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Vídeo viral com piada de Obama sobre Brasil é falso
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Um vídeo compartilhado nas redes sociais nos últimos dias, mostrando o que seria uma piada do presidente americano, Barack Obama, com o Brasil é falso. Nos trechos em que o presidente americano supostamente faz referências ao Brasil, as legendas em português não correspondem ao que ele diz em inglês. O discurso em questão, na verdade, foi feito em outubro de 2010, em um evento chamado "Fortune Most Powerful Women Summit" e está disponível na íntegra no site da Casa Branca. No trecho do discurso usado pelo vídeo distribuído no Brasil, um barulho ecoa no púlpito e o presidente brinca com a plateia em referência ao problema técnico. Na versão que viralizou pelas redes sociais, aparece na legenda em português: "Seria isso um grampo? Ah, graças a Deus. Está tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que se fosse no Brasil estariam realmente nervosos agora". Em seguida, ainda na versão erroneamente traduzida para o português, a legenda diz que, "caçam juízes em vez de bandidos, lá [no Brasil], agora mesmo". O vídeo foi divulgado por uma página no Facebook intitulada "Jair Bolsonaro Presidente 2018" e já teve mais de 7 milhões de visualizações. "Obama faz menção à corrupção do Brasil", escreveram ao postar as imagens. Pelo WhatsApp, muitas pessoas compartilharam o vídeo dizendo que "o Brasil já tinha virado piada nos Estados Unidos". Quando se aproxima do púlpito, Obama diz apenas: "Ops... Isso foi meu...? Meu Deus. Tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que tem alguém ali atrás que está realmente nervoso agora". O administrador de uma das páginas que reproduziram o vídeo disse que tudo não passou de um mal entendido e que o vídeo era apenas uma paródia. O vídeo faz parte de um discurso de quase 20 minutos de Obama sobre mulheres poderosas –como sua avó, que não fez faculdade mas conseguiu se tornar uma das primeiras mulheres a assumir a vice-presidência de um banco no Estado do Havaí. O presidente americano não cita o Brasil durante sua fala. A brincadeira feita com as legendas aconteceu em um momento em que a crise política no Brasil tem se acirrado cada vez mais. A suposta piada faz menção aos "grampos" que foram divulgados na última semana contendo conversas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, entre outras gravações de diálogos do petista com advogados e outros políticos.
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poder
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Vídeo viral com piada de Obama sobre Brasil é falsoUm vídeo compartilhado nas redes sociais nos últimos dias, mostrando o que seria uma piada do presidente americano, Barack Obama, com o Brasil é falso. Nos trechos em que o presidente americano supostamente faz referências ao Brasil, as legendas em português não correspondem ao que ele diz em inglês. O discurso em questão, na verdade, foi feito em outubro de 2010, em um evento chamado "Fortune Most Powerful Women Summit" e está disponível na íntegra no site da Casa Branca. No trecho do discurso usado pelo vídeo distribuído no Brasil, um barulho ecoa no púlpito e o presidente brinca com a plateia em referência ao problema técnico. Na versão que viralizou pelas redes sociais, aparece na legenda em português: "Seria isso um grampo? Ah, graças a Deus. Está tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que se fosse no Brasil estariam realmente nervosos agora". Em seguida, ainda na versão erroneamente traduzida para o português, a legenda diz que, "caçam juízes em vez de bandidos, lá [no Brasil], agora mesmo". O vídeo foi divulgado por uma página no Facebook intitulada "Jair Bolsonaro Presidente 2018" e já teve mais de 7 milhões de visualizações. "Obama faz menção à corrupção do Brasil", escreveram ao postar as imagens. Pelo WhatsApp, muitas pessoas compartilharam o vídeo dizendo que "o Brasil já tinha virado piada nos Estados Unidos". Quando se aproxima do púlpito, Obama diz apenas: "Ops... Isso foi meu...? Meu Deus. Tudo bem. Todos vocês sabem quem eu sou. Mas tenho certeza que tem alguém ali atrás que está realmente nervoso agora". O administrador de uma das páginas que reproduziram o vídeo disse que tudo não passou de um mal entendido e que o vídeo era apenas uma paródia. O vídeo faz parte de um discurso de quase 20 minutos de Obama sobre mulheres poderosas –como sua avó, que não fez faculdade mas conseguiu se tornar uma das primeiras mulheres a assumir a vice-presidência de um banco no Estado do Havaí. O presidente americano não cita o Brasil durante sua fala. A brincadeira feita com as legendas aconteceu em um momento em que a crise política no Brasil tem se acirrado cada vez mais. A suposta piada faz menção aos "grampos" que foram divulgados na última semana contendo conversas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, entre outras gravações de diálogos do petista com advogados e outros políticos.
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População deve cobrar rigor em outros escândalos, diz leitor
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Neste momento de rivalidades viscerais, deve-se iniciar uma campanha por um pacto de cidadania para ajudar o Brasil. Pedir andamento ao processo do mensalão do PSDB, concomitantemente ao do petrolão. Deve-se exigir cobertura total dos meios de comunicação, como é feito com o petrolão, e estender essas exigências ao "trensalão" e à Operação Zelotes. Se não há mesmo o que temer, a comparação franca e direta entre cada um dos casos, exposta e escancarada, poderá ajudar o PSDB a mostrar que realmente é diferente do PT. Ou não o é? RICARDO DE CALLIS PESCE (Bauru, SP) * Quando Emílio Odebrecht (Uma agenda para o futuro) cita dificuldades criadas por órgãos fiscalizadores para viabilizar obras no país fica claro que se trata da equação "criar dificuldade para vender facilidade", que nada mais é do que a chave do cofre da corrupção na máquina pública no Brasil. DIRCEU ORTEGA MARQUES, aposentado (São José do Rio Preto, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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População deve cobrar rigor em outros escândalos, diz leitorNeste momento de rivalidades viscerais, deve-se iniciar uma campanha por um pacto de cidadania para ajudar o Brasil. Pedir andamento ao processo do mensalão do PSDB, concomitantemente ao do petrolão. Deve-se exigir cobertura total dos meios de comunicação, como é feito com o petrolão, e estender essas exigências ao "trensalão" e à Operação Zelotes. Se não há mesmo o que temer, a comparação franca e direta entre cada um dos casos, exposta e escancarada, poderá ajudar o PSDB a mostrar que realmente é diferente do PT. Ou não o é? RICARDO DE CALLIS PESCE (Bauru, SP) * Quando Emílio Odebrecht (Uma agenda para o futuro) cita dificuldades criadas por órgãos fiscalizadores para viabilizar obras no país fica claro que se trata da equação "criar dificuldade para vender facilidade", que nada mais é do que a chave do cofre da corrupção na máquina pública no Brasil. DIRCEU ORTEGA MARQUES, aposentado (São José do Rio Preto, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Suportes permitem levar as plantas e flores para dentro de casa
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MICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Quer expandir a área para ter plantas e fores em casa? Confira sugestões de produtos para colocá-las em outros espaços. Cachepô Pitel, de crochê, R$ 22. Meu Móvel de Madeira. meumoveldemadeira.com.br Estante Verty Linn, de aço e madeira, R$ 1.799. Westwing. westwing.com.br Suporte de piso Andorinha, de aço-carbono e 30 cm de altura, R$ 310. Selvvva. selvvva.com Suporte pendente Hanger Listras, de nylon R$ 35. Hometeka. hometeka.com.br * Julia Rettmann e Denise Yui designers da Selvvva Qual o segredo para ter uma linda coleção de plantas em casa? É preciso se relacionar com cada uma delas e não ter medo de errar. Comece com poucas variedades, para se dar o tempo de conhecer aos poucos cada espécie e suas necessidades. Cuidar das plantas é uma troca afetiva: damos água, terra, luz e elas crescem, irradiam conforto e alteram profundamente o seu entorno. Essa relação é dinâmica, construída com tempo e observação.
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saopaulo
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Suportes permitem levar as plantas e flores para dentro de casaMICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Quer expandir a área para ter plantas e fores em casa? Confira sugestões de produtos para colocá-las em outros espaços. Cachepô Pitel, de crochê, R$ 22. Meu Móvel de Madeira. meumoveldemadeira.com.br Estante Verty Linn, de aço e madeira, R$ 1.799. Westwing. westwing.com.br Suporte de piso Andorinha, de aço-carbono e 30 cm de altura, R$ 310. Selvvva. selvvva.com Suporte pendente Hanger Listras, de nylon R$ 35. Hometeka. hometeka.com.br * Julia Rettmann e Denise Yui designers da Selvvva Qual o segredo para ter uma linda coleção de plantas em casa? É preciso se relacionar com cada uma delas e não ter medo de errar. Comece com poucas variedades, para se dar o tempo de conhecer aos poucos cada espécie e suas necessidades. Cuidar das plantas é uma troca afetiva: damos água, terra, luz e elas crescem, irradiam conforto e alteram profundamente o seu entorno. Essa relação é dinâmica, construída com tempo e observação.
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Com gestão feminina, casa de tiro reúne esportistas e novatos que só querem se defender
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MARIANA LAJOLO COLABORAÇÃO PARA A SÃOPAULO Fotos de cachorros na porta do armário, santos e bruxinhas nas paredes, capa com renda no bebedouro, toalhinhas de fuxico e vasos de flores sobre as mesas. Todos os detalhes da decoração da área de recepção são pensados com cuidado pelas três mulheres que tocam o lugar. E criam uma curiosa harmonia com o que ocorre mais ao fundo: armas, alvos e tiros. Esse é o cenário de um dos mais tradicionais clubes de tiro do país, num amplo galpão na Vila Maria, zona norte paulistana. Um local que recebe não apenas atletas e praticantes, mas também guarda uma parte importante da história da modalidade no Brasil. A ADDG (Associação Desportiva Durval Guimarães) foi criada pelo homem que a batiza. Durval disputou cinco Olimpíadas, cinco Mundiais e nove Jogos Pan-Americanos —dos quais voltou com duas pratas e seis bronzes. O ex-atleta, que chegou a comandar a confederação brasileira, tem 81 anos e está em coma há cinco por causa de complicações decorrentes de uma pancreatite. Quem continua a tocar a administração do espaço é Maria Helena, 72, casada com ele há 55 anos. São delas as toalhas e peças de artesanato que decoram a associação. Seu humor também dá um toque ao local. Em uma parede, acima de duas cadeiras aparece uma placa: "Canto da fofoca". "Aqui eu faço fuxico e faço fofoca", brinca ela. "Já fui atiradora, agora sou aturadora. De vez em quando eu desanimo e penso em fechar tudo, mas isso aqui é uma grande família, esses amigos não me deixam cair. Muitos aqui me chamam de mãe." Maria Helena e Durval se conheceram em 1961. Ele era caminhoneiro e tinha uma transportadora. Ela, filha da dona de um restaurante perto do Mercado Municipal onde o ex-atleta almoçava. Casaram-se no ano seguinte. Mais ou menos na mesma época, Durval foi entregar munição em um estande de tiro e se apaixonou pelo esporte. Começava ali sua ligação com o tiro. A associação foi fundada em 1995. As três filhas, Andréa, 45, Leni, 53, e Rose, 51, herdaram do pai o gosto pelo esporte e também foram atiradoras. As duas mais novas ajudam a mãe a administrar a ADDG. O clube tem hoje 200 sócios, que podem aprender a usar armas de diversos calibres, inclusive usadas em Olimpíadas. Segundo a proprietária, a maior parte dos novatos que procuram a associação quer saber atirar para se defender. Os homens são maioria. Alguns atiradores criados na ADDG, no entanto, queriam só um hobby e acabaram virando atletas. Stenio Yamamoto, 55, chegou aos Jogos Olímpicos. Ele começou a atirar por brincadeira, com o pai, antes dos dez anos. Mas só começou a se dedicar em 1999. Procurava alguma atividade para substituir a pesca. Durval percebeu que ele tinha talento e o convenceu a investir na carreira. "Ele disse que eu tinha condições de representar o Brasil, viajar para o exterior. Achei que seria incrível", relembra ele, que é dentista. Em 2000, já estava na seleção. Em 2008, representou o Brasil nos Jogos de Pequim. Fora da Rio-2016, ele sonha com Tóquio-2020 e que a Olimpíada em casa ajude a mudar o estigma do tiro esportivo. "As pessoas associam muito tiro à violência e esquecem que é um esporte que ajuda a relaxar, a se concentrar. O segredo está na cabeça, quando atira, você se desliga de tudo." ADDG. Rua da Gávea, 1348, Vila Maria, tel.: 2954-1224.
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saopaulo
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Com gestão feminina, casa de tiro reúne esportistas e novatos que só querem se defenderMARIANA LAJOLO COLABORAÇÃO PARA A SÃOPAULO Fotos de cachorros na porta do armário, santos e bruxinhas nas paredes, capa com renda no bebedouro, toalhinhas de fuxico e vasos de flores sobre as mesas. Todos os detalhes da decoração da área de recepção são pensados com cuidado pelas três mulheres que tocam o lugar. E criam uma curiosa harmonia com o que ocorre mais ao fundo: armas, alvos e tiros. Esse é o cenário de um dos mais tradicionais clubes de tiro do país, num amplo galpão na Vila Maria, zona norte paulistana. Um local que recebe não apenas atletas e praticantes, mas também guarda uma parte importante da história da modalidade no Brasil. A ADDG (Associação Desportiva Durval Guimarães) foi criada pelo homem que a batiza. Durval disputou cinco Olimpíadas, cinco Mundiais e nove Jogos Pan-Americanos —dos quais voltou com duas pratas e seis bronzes. O ex-atleta, que chegou a comandar a confederação brasileira, tem 81 anos e está em coma há cinco por causa de complicações decorrentes de uma pancreatite. Quem continua a tocar a administração do espaço é Maria Helena, 72, casada com ele há 55 anos. São delas as toalhas e peças de artesanato que decoram a associação. Seu humor também dá um toque ao local. Em uma parede, acima de duas cadeiras aparece uma placa: "Canto da fofoca". "Aqui eu faço fuxico e faço fofoca", brinca ela. "Já fui atiradora, agora sou aturadora. De vez em quando eu desanimo e penso em fechar tudo, mas isso aqui é uma grande família, esses amigos não me deixam cair. Muitos aqui me chamam de mãe." Maria Helena e Durval se conheceram em 1961. Ele era caminhoneiro e tinha uma transportadora. Ela, filha da dona de um restaurante perto do Mercado Municipal onde o ex-atleta almoçava. Casaram-se no ano seguinte. Mais ou menos na mesma época, Durval foi entregar munição em um estande de tiro e se apaixonou pelo esporte. Começava ali sua ligação com o tiro. A associação foi fundada em 1995. As três filhas, Andréa, 45, Leni, 53, e Rose, 51, herdaram do pai o gosto pelo esporte e também foram atiradoras. As duas mais novas ajudam a mãe a administrar a ADDG. O clube tem hoje 200 sócios, que podem aprender a usar armas de diversos calibres, inclusive usadas em Olimpíadas. Segundo a proprietária, a maior parte dos novatos que procuram a associação quer saber atirar para se defender. Os homens são maioria. Alguns atiradores criados na ADDG, no entanto, queriam só um hobby e acabaram virando atletas. Stenio Yamamoto, 55, chegou aos Jogos Olímpicos. Ele começou a atirar por brincadeira, com o pai, antes dos dez anos. Mas só começou a se dedicar em 1999. Procurava alguma atividade para substituir a pesca. Durval percebeu que ele tinha talento e o convenceu a investir na carreira. "Ele disse que eu tinha condições de representar o Brasil, viajar para o exterior. Achei que seria incrível", relembra ele, que é dentista. Em 2000, já estava na seleção. Em 2008, representou o Brasil nos Jogos de Pequim. Fora da Rio-2016, ele sonha com Tóquio-2020 e que a Olimpíada em casa ajude a mudar o estigma do tiro esportivo. "As pessoas associam muito tiro à violência e esquecem que é um esporte que ajuda a relaxar, a se concentrar. O segredo está na cabeça, quando atira, você se desliga de tudo." ADDG. Rua da Gávea, 1348, Vila Maria, tel.: 2954-1224.
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Fies e Prouni bancam mais de um terço das matrículas em 18 Estados
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Na maior parte do país, ao menos 1 em cada 3 alunos do ensino superior privado conta com algum subsídio do governo federal para estudar. O número consta de mapeamento inédito dos programas Fies e Prouni feito pelo IDados, entidade de pesquisa educacional ligada ao Instituto Alfa e Beto, com informações do Ministério da Educação relativas ao período entre 2009 e 2014. O governo federal tem dois programas para facilitar o acesso a cursos de ensino superior privados. Pelo Prouni, o aluno tem bolsa de 50% ou 100% e, em troca, a instituição ganha isenção de alguns tributos. Pelo Fies, o estudante financia a mensalidade, ou parte dela, com juros de 6,5% —portanto, abaixo da inflação, que foi de 8,7% nos últimos 12 meses. No total, em 18 unidades da federação, mais de um terço dos alunos do ensino superior privado estava em algum dos dois programas em 2014. A proporção chega a 74% no Acre, que lidera o ranking. Considerando o país todo, a média é de 30% –22% apenas com o Fies. NO BRASIL - Estudantes do ensino superior privado com Fies e Prouni, em milhões O programa teve crescimento expressivo a partir de 2010, quando o governo alterou as regras do financiamento, reduzindo os juros para taxas abaixo da inflação e autorizando que contratos fossem fechados ao longo do ano todo, e não em um período específico, entre outras mudanças. Com isso, a proporção de ingressantes com Fies no ensino privado superior passou de 2% em 2010 para 29% quatro anos depois. Em 2015, na esteira do ajuste fiscal, o Ministério da Educação limitou o número de novos contratos, passou a exigir desempenho mínimo no Enem e estabeleceu um limite de renda para o programa. Assim, a quantidade de novas bolsas sofreu uma queda de 732 mil, em 2014, para 325 mil em 2016. Os mais de 1 milhão de contratos ativos, porém, foram mantidos. Para o consultor Carlos Monteiro, a alta procura pelo Fies é positiva, pois o país tem só 17,7% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior e tem que chegar a 33% em 2024 para cumprir a meta do Plano Nacional de Educação. POR ESTADO - % com Fies e/ou Prouni "Alunos e governos tendem a pensar diferente em momentos de crise, mas o estudo mostra que o programa tem forte adesão", diz Paulo Oliveira, presidente do IDados. Ele avalia que o mais urgente é entender a taxa de inadimplência do Fies, de 47% em 2014. Para projetar se os beneficiados pelo programa teriam condições de pagar o financiamento, o estudo comparou as prestações com o salário médio dos formados. A conclusão é que o débito varia de 3% a 23% do ganho médio, a depender do curso. Para Oliveira, esses índices não justificariam uma inadimplência tão alta. "É preciso rever os mecanismos de controle", afirma. O estudo do IDados mostra ainda que as notas dos alunos do Prouni no Enade (exame federal do ensino superior) são próximas das médias dos estudantes das universidades federais. Já as do Fies tendem a ser mais baixas. Financiamento Estudantil
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educacao
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Fies e Prouni bancam mais de um terço das matrículas em 18 EstadosNa maior parte do país, ao menos 1 em cada 3 alunos do ensino superior privado conta com algum subsídio do governo federal para estudar. O número consta de mapeamento inédito dos programas Fies e Prouni feito pelo IDados, entidade de pesquisa educacional ligada ao Instituto Alfa e Beto, com informações do Ministério da Educação relativas ao período entre 2009 e 2014. O governo federal tem dois programas para facilitar o acesso a cursos de ensino superior privados. Pelo Prouni, o aluno tem bolsa de 50% ou 100% e, em troca, a instituição ganha isenção de alguns tributos. Pelo Fies, o estudante financia a mensalidade, ou parte dela, com juros de 6,5% —portanto, abaixo da inflação, que foi de 8,7% nos últimos 12 meses. No total, em 18 unidades da federação, mais de um terço dos alunos do ensino superior privado estava em algum dos dois programas em 2014. A proporção chega a 74% no Acre, que lidera o ranking. Considerando o país todo, a média é de 30% –22% apenas com o Fies. NO BRASIL - Estudantes do ensino superior privado com Fies e Prouni, em milhões O programa teve crescimento expressivo a partir de 2010, quando o governo alterou as regras do financiamento, reduzindo os juros para taxas abaixo da inflação e autorizando que contratos fossem fechados ao longo do ano todo, e não em um período específico, entre outras mudanças. Com isso, a proporção de ingressantes com Fies no ensino privado superior passou de 2% em 2010 para 29% quatro anos depois. Em 2015, na esteira do ajuste fiscal, o Ministério da Educação limitou o número de novos contratos, passou a exigir desempenho mínimo no Enem e estabeleceu um limite de renda para o programa. Assim, a quantidade de novas bolsas sofreu uma queda de 732 mil, em 2014, para 325 mil em 2016. Os mais de 1 milhão de contratos ativos, porém, foram mantidos. Para o consultor Carlos Monteiro, a alta procura pelo Fies é positiva, pois o país tem só 17,7% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior e tem que chegar a 33% em 2024 para cumprir a meta do Plano Nacional de Educação. POR ESTADO - % com Fies e/ou Prouni "Alunos e governos tendem a pensar diferente em momentos de crise, mas o estudo mostra que o programa tem forte adesão", diz Paulo Oliveira, presidente do IDados. Ele avalia que o mais urgente é entender a taxa de inadimplência do Fies, de 47% em 2014. Para projetar se os beneficiados pelo programa teriam condições de pagar o financiamento, o estudo comparou as prestações com o salário médio dos formados. A conclusão é que o débito varia de 3% a 23% do ganho médio, a depender do curso. Para Oliveira, esses índices não justificariam uma inadimplência tão alta. "É preciso rever os mecanismos de controle", afirma. O estudo do IDados mostra ainda que as notas dos alunos do Prouni no Enade (exame federal do ensino superior) são próximas das médias dos estudantes das universidades federais. Já as do Fies tendem a ser mais baixas. Financiamento Estudantil
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Brasil vê com simpatia candidaturas à ONU de Argentina e Portugal, diz Serra
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O ministro José Serra (Relações Exteriores) afirmou nesta sexta-feira (2) que o governo vê com "simpatia" os nomes da argentina Susana Malcorra e do português António Guterres para a vaga de novo secretário-geral da ONU. Questionado sobre se o Brasil já tinha um candidato escolhido, Serra disse que o governo ainda estava na expectativa das prévias da corrida. "Claro que vemos com simpatia a possibilidade da Argentina, como vemos também a possibilidade de Portugal. A ONU está fazendo seu processo eleitoral de sondagens", disse o ministro em Hangzhou, para onde viajou acompanhando o presidente Michel Temer, que participará da cúpula do G-20 a partir de domingo (4). O sul-coreano Ban Ki-moon, que comanda as Nações Unidas há cinco anos, deixará o posto em dezembro. A búlgara Irina Bokova, chefe da Unesco (braço da ONU para cultura e educação), é tida como candidata favorita a sucedê-lo, na primeira eleição "às claras" da ONU desde sua criação, em 1945. Além de Malcorra, Guterres e Bokova, concorrem Helen Clark (ex-premiê da Nova Zelândia), Vesna Pusic (ex-chanceler da Croácia), Natalia Gherman (ex-premiê de Moldova), Danilo Türk (ex-presidente da Eslovênia), Vuk Jeremic (ex-chanceler da Sérvia) e Igor Luksic (chanceler de Montenegro).
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mundo
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Brasil vê com simpatia candidaturas à ONU de Argentina e Portugal, diz SerraO ministro José Serra (Relações Exteriores) afirmou nesta sexta-feira (2) que o governo vê com "simpatia" os nomes da argentina Susana Malcorra e do português António Guterres para a vaga de novo secretário-geral da ONU. Questionado sobre se o Brasil já tinha um candidato escolhido, Serra disse que o governo ainda estava na expectativa das prévias da corrida. "Claro que vemos com simpatia a possibilidade da Argentina, como vemos também a possibilidade de Portugal. A ONU está fazendo seu processo eleitoral de sondagens", disse o ministro em Hangzhou, para onde viajou acompanhando o presidente Michel Temer, que participará da cúpula do G-20 a partir de domingo (4). O sul-coreano Ban Ki-moon, que comanda as Nações Unidas há cinco anos, deixará o posto em dezembro. A búlgara Irina Bokova, chefe da Unesco (braço da ONU para cultura e educação), é tida como candidata favorita a sucedê-lo, na primeira eleição "às claras" da ONU desde sua criação, em 1945. Além de Malcorra, Guterres e Bokova, concorrem Helen Clark (ex-premiê da Nova Zelândia), Vesna Pusic (ex-chanceler da Croácia), Natalia Gherman (ex-premiê de Moldova), Danilo Türk (ex-presidente da Eslovênia), Vuk Jeremic (ex-chanceler da Sérvia) e Igor Luksic (chanceler de Montenegro).
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Coutinho volta a treinar com bola na seleção e estará à disposição de Dunga
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O meia Philippe Coutinho, que desfalcou a seleção brasileira na estreia da Copa América no domingo (14) contra o Peru, treinou com bola normalmente nesta segunda (15), no primeiro trabalho do time em Santiago. Coutinho, que seria titular na vaga de Oscar, que nem foi convocado devido a lesão, estava com incômodo na coxa e foi poupado da estreia. Em seu lugar jogou Fred, meia de 22 anos do Shakhtar Donetsk, que agradou Dunga e deve ser mantido, apesar da recuperação de Coutinho. Somente os atletas que jogaram menos de 45 minutos foram a campo no centro de treinamento da Universidad de Chile, base do Brasil na capital chilena. Neymar e os titulares ficaram no hotel em recuperação física. O Brasil enfrenta na quarta (17) a Colômbia, no estádio Monumental, em Santiago.
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esporte
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Coutinho volta a treinar com bola na seleção e estará à disposição de DungaO meia Philippe Coutinho, que desfalcou a seleção brasileira na estreia da Copa América no domingo (14) contra o Peru, treinou com bola normalmente nesta segunda (15), no primeiro trabalho do time em Santiago. Coutinho, que seria titular na vaga de Oscar, que nem foi convocado devido a lesão, estava com incômodo na coxa e foi poupado da estreia. Em seu lugar jogou Fred, meia de 22 anos do Shakhtar Donetsk, que agradou Dunga e deve ser mantido, apesar da recuperação de Coutinho. Somente os atletas que jogaram menos de 45 minutos foram a campo no centro de treinamento da Universidad de Chile, base do Brasil na capital chilena. Neymar e os titulares ficaram no hotel em recuperação física. O Brasil enfrenta na quarta (17) a Colômbia, no estádio Monumental, em Santiago.
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Integração de terapias contra o câncer pode evitar sofrimento, diz oncologista
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A combinação de tratamentos que vão da imunoterapia ao acompanhamento psicológico na oncologia foi o tema central da mesa "Atendimento Interdisciplinar em Câncer" no segundo e último dia do Fórum o Futuro do Combate ao Câncer, realizado pela Folha com patrocínio dos laboratórios Bristol-Myers Squibb e MSD. Para o cirurgião oncológico Ademar Lopes, vice-presidente do A.C. Camargo Cancer Center, a multidisciplinaridade aplicada no tratamento do paciente com câncer é acompanhada de uma evolução do conhecimento que se tem da doença hoje. "Houve uma quebra de paradigma ao longo do tempo. Até pouco tempo atrás, uma mulher com câncer de mama, por exemplo, tinha a remoção completa da mama e a taxa de retorno da doença ainda era alto. Hoje, é possível fazer o diagnóstico com perfil biológico e molecular e oferecer uma associação de armas terapêuticas com maior eficiência: hormonoterapia, imunoterapia, radioterapia, quimioterapia e cirurgia oncológica", afirmou. Segundo Lopes, a integração de terapias pode evitar cenários onde o paciente passa por tratamento sofríveis e desnecessários. "Um exemplo disso está na aplicação da cirurgia oncológica. Uma pesquisa da revista médica de 'The Lancet' mostrava que 65% dos pacientes passaram por esse tipo de cirurgia de maneira errada, seja por falta de treinamento adequado do médico ou estrutura hospitalar multidisciplinar", disse. Para Antônio Carlos Buzaid, chefe do Centro de Oncologia Antonio Ermírio de Moraes, ligado à Beneficência Portuguesa, o tratamento interdisciplinar é uma necessidade perante as limitações dos tratamentos disponíveis atualmente. "De fato, a multidisciplinaridade é também uma testemunha da nossa incapacidade para tratamento sistêmicos mais eficazes. Não tem nada mais triste no consultório do que ver um paciente amputado por causa de câncer, o que poderia ser evitado com mais conhecimento. Mas as armas disponíveis hoje são estas, e integrar tratamentos é uma arte", disse. Fernanda Capareli, oncologista do Hospital Sírio-Libanês e também do Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), relatou que tratamentos em ambientes de multidisciplinaridade, combinados ao diagnóstico precoce da doença, estão entre os principais fatores para a cura. "Não tem como fazer boa oncologia sem conversar com os pares. Ver cada etapa do tratamento auxilia na formação de um olhar holístico sobre o paciente e a família. Mesmo quando houver uma droga mágica, a conversa entre as equipes médicas será essencial, pois o câncer, como já foi colocado, é um conjunto de dezenas de doenças", disse ela. CARGA EMOCIONAL A coordenadora do serviço de psico-oncologia do Instituto Paulista de Cancerologia, Vera Anita Bifulco, disse que a participação de outros profissionais da área médica pode ser importante para tirar dos oncologistas a pesada carga emocional que pode existir na relação entre médico e paciente. "Eu faço parte de uma equipe multiprofissional e não vejo isso no tratamento de outros lugares. O tratamento ainda é marcado por desigualdade e o encargo emocional do câncer todos os dias pode ser pesado demais para um único profissional". Segundo ela, o acompanhamento psicológico também pode ser essencial para amparar o paciente após o diagnóstico, muitas vezes aceito com dificuldade. "O momento do diagnóstico ainda é o mais sensível e, quando a cura não é mais possível em alguns casos, oferecer cuidados paliativos da mais alta qualidade é uma necessidade, pois para muitos pacientes o que pesa mais é o social, o emocional ou o espiritual", afirmou ela.
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seminariosfolha
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Integração de terapias contra o câncer pode evitar sofrimento, diz oncologistaA combinação de tratamentos que vão da imunoterapia ao acompanhamento psicológico na oncologia foi o tema central da mesa "Atendimento Interdisciplinar em Câncer" no segundo e último dia do Fórum o Futuro do Combate ao Câncer, realizado pela Folha com patrocínio dos laboratórios Bristol-Myers Squibb e MSD. Para o cirurgião oncológico Ademar Lopes, vice-presidente do A.C. Camargo Cancer Center, a multidisciplinaridade aplicada no tratamento do paciente com câncer é acompanhada de uma evolução do conhecimento que se tem da doença hoje. "Houve uma quebra de paradigma ao longo do tempo. Até pouco tempo atrás, uma mulher com câncer de mama, por exemplo, tinha a remoção completa da mama e a taxa de retorno da doença ainda era alto. Hoje, é possível fazer o diagnóstico com perfil biológico e molecular e oferecer uma associação de armas terapêuticas com maior eficiência: hormonoterapia, imunoterapia, radioterapia, quimioterapia e cirurgia oncológica", afirmou. Segundo Lopes, a integração de terapias pode evitar cenários onde o paciente passa por tratamento sofríveis e desnecessários. "Um exemplo disso está na aplicação da cirurgia oncológica. Uma pesquisa da revista médica de 'The Lancet' mostrava que 65% dos pacientes passaram por esse tipo de cirurgia de maneira errada, seja por falta de treinamento adequado do médico ou estrutura hospitalar multidisciplinar", disse. Para Antônio Carlos Buzaid, chefe do Centro de Oncologia Antonio Ermírio de Moraes, ligado à Beneficência Portuguesa, o tratamento interdisciplinar é uma necessidade perante as limitações dos tratamentos disponíveis atualmente. "De fato, a multidisciplinaridade é também uma testemunha da nossa incapacidade para tratamento sistêmicos mais eficazes. Não tem nada mais triste no consultório do que ver um paciente amputado por causa de câncer, o que poderia ser evitado com mais conhecimento. Mas as armas disponíveis hoje são estas, e integrar tratamentos é uma arte", disse. Fernanda Capareli, oncologista do Hospital Sírio-Libanês e também do Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), relatou que tratamentos em ambientes de multidisciplinaridade, combinados ao diagnóstico precoce da doença, estão entre os principais fatores para a cura. "Não tem como fazer boa oncologia sem conversar com os pares. Ver cada etapa do tratamento auxilia na formação de um olhar holístico sobre o paciente e a família. Mesmo quando houver uma droga mágica, a conversa entre as equipes médicas será essencial, pois o câncer, como já foi colocado, é um conjunto de dezenas de doenças", disse ela. CARGA EMOCIONAL A coordenadora do serviço de psico-oncologia do Instituto Paulista de Cancerologia, Vera Anita Bifulco, disse que a participação de outros profissionais da área médica pode ser importante para tirar dos oncologistas a pesada carga emocional que pode existir na relação entre médico e paciente. "Eu faço parte de uma equipe multiprofissional e não vejo isso no tratamento de outros lugares. O tratamento ainda é marcado por desigualdade e o encargo emocional do câncer todos os dias pode ser pesado demais para um único profissional". Segundo ela, o acompanhamento psicológico também pode ser essencial para amparar o paciente após o diagnóstico, muitas vezes aceito com dificuldade. "O momento do diagnóstico ainda é o mais sensível e, quando a cura não é mais possível em alguns casos, oferecer cuidados paliativos da mais alta qualidade é uma necessidade, pois para muitos pacientes o que pesa mais é o social, o emocional ou o espiritual", afirmou ela.
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Dez ideias para melhorar o centro sem afetar o bolso do contribuinte
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Projetos grandiosos de "revitalização" do centro de São Paulo se empilham na prefeitura, feitos por diferentes gestões, mas com resultados parecidos e bem modestos. A sensação de insegurança deixa espaços desertos. Prédios se deterioram, a população de rua se multiplica e milhares de metros quadrados permanecem encalhados. Aqui, dez propostas rápidas para melhorar um pouco a vida no centro. * ANHANGABAÚ À NOITE O Anhangabaú poderia ser, à noite, aquilo em que a Paulista se transformou aos domingos –com música, esportes e pessoas caminhando. Para começar, é preciso acelerar a obra da praça das Artes, que faria jus ao nome: com eventos e apresentações. Sem os problemas de barulho de outras áreas da cidade, a região favorece a instalação de bares e comércio. Já que o prefeito se orgulha do bom trânsito com o governo federal, poderia convencer os Correios a darem uso aos espaços ociosos de sua antiga (e restaurada) agência central. Promessas para instalar café, restaurante e auditório poderiam ser ressuscitadas. FATIANDO PRÉDIOS Projeto do empreendedor Baixo Ribeiro sugere que prédios vazios há muito tempo sejam reocupados por partes. Para ele, a infraestrutura é um grande gargalo para empresas se instalarem no centro. "Poderia haver um plano de ocupação paulatina do imóvel. Primeiro andar e térreo, negócios com maior potencial de atendimento ao público. No segundo, escritórios compartilhados com necessidade de pouco espaço, mas muita conexão. Andares intermediários para residências de artistas, estudantes e moradia temporária de baixo custo." PAPELADA ANTICENTRO Se um restaurante nos Jardins chega a ficar cinco anos à espera de alvará dos Bombeiros, imagine o que ocorre com prédios antigos no centro, sem escadas externas ou portas corta-fogo. São vistorias tecnossubjetivas, laudos e mais laudos, órgãos (da segurança ao patrimônio) que não conversam, achaques de fiscais. Enquanto custar o triplo se instalar no centro, o resto da cidade terá vantagem. MARKETING DAS FACHADAS Imagine se a tela que cobre o Copan há anos, enquanto um restauro não vem, ostentasse o logotipo da empresa que patrocinasse limpeza e troca de pastilhas? Barcelona fez isso nos anos 1980, e 600 prédios foram restaurados. Dória ameaça afrouxar a Lei Cidade Limpa nas marginais, mas melhor seria manter a dureza e canalizar anunciantes para recuperar edifícios como o Trussardi, o Metrópole ou a Galeria Presidente. Prédios de importância histórica e arquitetônica poderiam também ganhar boa iluminação, patrocinada por empresas de iluminação ou eletricidade. Na lista dos que merecem mais holofotes estão o Itália, o ex-Mappin e o Martinelli. VALORES CRISTÃOS Igrejas neopentecostais abriram templos gigantes no centro. A Igreja Católica tem ali diversos imóveis subutilizados. Seguindo ensinamentos cristãos, poderiam manter abrigos permanentes, que não despejem as pessoas às 6h. Quem sabe possam competir pelo melhor tratamento para a população de rua. Em Nova York e Washington, elas tiveram papel fundamental contra a epidemia de crack nos anos 1980 e 1990. MAIS LIMPEZA É difícil falar em Cidade Linda quando a região que concentra a história paulistana tem lixo por todos os lados. Poderia haver campanhas e multas para sujões reincidentes. MAIS VERDE Prefeitos de ideologias variadas parecem só se importar com o Ibirapuera e o "parque" Augusta. O parque Dom Pedro 2º, que fará cem anos em 2022, tem o triplo do tamanho do terreno na Augusta. É vizinho do maior terminal de ônibus da cidade, com 240 mil passageiros/dia, e da estação de metrô homônima. Enquanto tanta empresa fala em sustentabilidade, o parque parece um terreno baldio -com uma passagem apelidada de "Faixa de Gaza". SILÍCIO Iniciativas que apoiam microempresas digitais têm ocorrido no centro, da Tech Sampa ao Mobilab. Se essa cena tiver onde se instalar, representará centenas de novos empregos na região. Para que moradores se beneficiem da virada tecnológica, é fundamental que surjam cursos de programação, inglês e matemática. Universidades privadas, com crescimento em boa parte alimentado por dinheiro público, poderiam oferecer formação a taxas camaradas. Prédio vazio não falta. NAS ALTURAS Poucas áreas pelo mundo com tantos arranha-céus têm tão poucos mirantes. Com exceção do veterano Itália e de festas no shopping Light, há poucas opções para ver São Paulo do alto. Os salões de festas dos edifícios Viadutos e Planalto, de Artacho Jurado, poderiam abrigar mais eventos diurnos. O Santander pode dar nova vida ao antigo Banespão, que lhe pertence. A pequena réplica do Empire State tem boa parte de seus 35 andares, mirante e saguão ociosos há anos. PORTAS ABERTAS Um projeto para ceder a Galeria Prestes Maia, vazia há 20 anos, ao Centro Cultural Banco do Brasil não foi adiante. O Tribunal de Justiça de SP voltou a dar vida ao antigo Hotel Hilton, vizinho à praça Roosevelt, mas a reabertura do belo teatro do prédio cilíndrico renovaria também os finais de semana da área.
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seminariosfolha
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Dez ideias para melhorar o centro sem afetar o bolso do contribuinteProjetos grandiosos de "revitalização" do centro de São Paulo se empilham na prefeitura, feitos por diferentes gestões, mas com resultados parecidos e bem modestos. A sensação de insegurança deixa espaços desertos. Prédios se deterioram, a população de rua se multiplica e milhares de metros quadrados permanecem encalhados. Aqui, dez propostas rápidas para melhorar um pouco a vida no centro. * ANHANGABAÚ À NOITE O Anhangabaú poderia ser, à noite, aquilo em que a Paulista se transformou aos domingos –com música, esportes e pessoas caminhando. Para começar, é preciso acelerar a obra da praça das Artes, que faria jus ao nome: com eventos e apresentações. Sem os problemas de barulho de outras áreas da cidade, a região favorece a instalação de bares e comércio. Já que o prefeito se orgulha do bom trânsito com o governo federal, poderia convencer os Correios a darem uso aos espaços ociosos de sua antiga (e restaurada) agência central. Promessas para instalar café, restaurante e auditório poderiam ser ressuscitadas. FATIANDO PRÉDIOS Projeto do empreendedor Baixo Ribeiro sugere que prédios vazios há muito tempo sejam reocupados por partes. Para ele, a infraestrutura é um grande gargalo para empresas se instalarem no centro. "Poderia haver um plano de ocupação paulatina do imóvel. Primeiro andar e térreo, negócios com maior potencial de atendimento ao público. No segundo, escritórios compartilhados com necessidade de pouco espaço, mas muita conexão. Andares intermediários para residências de artistas, estudantes e moradia temporária de baixo custo." PAPELADA ANTICENTRO Se um restaurante nos Jardins chega a ficar cinco anos à espera de alvará dos Bombeiros, imagine o que ocorre com prédios antigos no centro, sem escadas externas ou portas corta-fogo. São vistorias tecnossubjetivas, laudos e mais laudos, órgãos (da segurança ao patrimônio) que não conversam, achaques de fiscais. Enquanto custar o triplo se instalar no centro, o resto da cidade terá vantagem. MARKETING DAS FACHADAS Imagine se a tela que cobre o Copan há anos, enquanto um restauro não vem, ostentasse o logotipo da empresa que patrocinasse limpeza e troca de pastilhas? Barcelona fez isso nos anos 1980, e 600 prédios foram restaurados. Dória ameaça afrouxar a Lei Cidade Limpa nas marginais, mas melhor seria manter a dureza e canalizar anunciantes para recuperar edifícios como o Trussardi, o Metrópole ou a Galeria Presidente. Prédios de importância histórica e arquitetônica poderiam também ganhar boa iluminação, patrocinada por empresas de iluminação ou eletricidade. Na lista dos que merecem mais holofotes estão o Itália, o ex-Mappin e o Martinelli. VALORES CRISTÃOS Igrejas neopentecostais abriram templos gigantes no centro. A Igreja Católica tem ali diversos imóveis subutilizados. Seguindo ensinamentos cristãos, poderiam manter abrigos permanentes, que não despejem as pessoas às 6h. Quem sabe possam competir pelo melhor tratamento para a população de rua. Em Nova York e Washington, elas tiveram papel fundamental contra a epidemia de crack nos anos 1980 e 1990. MAIS LIMPEZA É difícil falar em Cidade Linda quando a região que concentra a história paulistana tem lixo por todos os lados. Poderia haver campanhas e multas para sujões reincidentes. MAIS VERDE Prefeitos de ideologias variadas parecem só se importar com o Ibirapuera e o "parque" Augusta. O parque Dom Pedro 2º, que fará cem anos em 2022, tem o triplo do tamanho do terreno na Augusta. É vizinho do maior terminal de ônibus da cidade, com 240 mil passageiros/dia, e da estação de metrô homônima. Enquanto tanta empresa fala em sustentabilidade, o parque parece um terreno baldio -com uma passagem apelidada de "Faixa de Gaza". SILÍCIO Iniciativas que apoiam microempresas digitais têm ocorrido no centro, da Tech Sampa ao Mobilab. Se essa cena tiver onde se instalar, representará centenas de novos empregos na região. Para que moradores se beneficiem da virada tecnológica, é fundamental que surjam cursos de programação, inglês e matemática. Universidades privadas, com crescimento em boa parte alimentado por dinheiro público, poderiam oferecer formação a taxas camaradas. Prédio vazio não falta. NAS ALTURAS Poucas áreas pelo mundo com tantos arranha-céus têm tão poucos mirantes. Com exceção do veterano Itália e de festas no shopping Light, há poucas opções para ver São Paulo do alto. Os salões de festas dos edifícios Viadutos e Planalto, de Artacho Jurado, poderiam abrigar mais eventos diurnos. O Santander pode dar nova vida ao antigo Banespão, que lhe pertence. A pequena réplica do Empire State tem boa parte de seus 35 andares, mirante e saguão ociosos há anos. PORTAS ABERTAS Um projeto para ceder a Galeria Prestes Maia, vazia há 20 anos, ao Centro Cultural Banco do Brasil não foi adiante. O Tribunal de Justiça de SP voltou a dar vida ao antigo Hotel Hilton, vizinho à praça Roosevelt, mas a reabertura do belo teatro do prédio cilíndrico renovaria também os finais de semana da área.
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Do México ao Brasil, Del Valle é escolhida melhor marca de suco, diz Datafolha
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FELIPE GIACOMELLI DE SÃO PAULO O italiano Luis Ferruccio Cetto já era um experiente produtor de vinhos quando, em 1947, quis explorar as uvas na Cidade do México. Mas a Del Valle, empresa que fundou, não tinha nada de bebidas alcoólicas. A ideia era fazer o suco direto da fruta. Com os produtos sendo bem recebidos pelo público, o México ficou pequeno para a marca. No começo da década de 1990, ela chegou aos Estados Unidos e, em 1997, ao Brasil, primeiro importando o líquido e, depois, abrindo uma fábrica própria em Americana, no interior paulista. Cetto não comandava mais a empresa quando, em 2006, ela foi adquirida pela Coca-Cola. A multinacional queria ampliar seu portfólio de produtos mais saudáveis, pois já percebia a rejeição que os refrigerantes começavam a enfrentar. Se em 2010 cada brasileiro tomava em média 89 litros de refrigerante por ano, o número caiu para 75 litros em 2015. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas. Os sucos seguiram no caminho oposto e seu consumo cresceu no mesmo período. Mas nem mesmo eles escaparam do escrutínio nutricional. As reclamações eram muitas: a quantidade de açúcar ainda era alta e havia pouco suco natural nas bebidas. Ciente dos problemas, a Del Valle mudou suas fórmulas. Na linha Néctar, por exemplo, há 40% de fruta na composição das bebidas. Para adoçá-las, é usado suco de maçã. A marca segue apostando em bebidas mais saudáveis, ampliando a linha 100% Suco para ser vendida também em garrafa pet (300 ml). Segundo a empresa, é para atrair um público mais adulto e que busca maior praticidade no café da manhã e no lanche da tarde.
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Do México ao Brasil, Del Valle é escolhida melhor marca de suco, diz DatafolhaFELIPE GIACOMELLI DE SÃO PAULO O italiano Luis Ferruccio Cetto já era um experiente produtor de vinhos quando, em 1947, quis explorar as uvas na Cidade do México. Mas a Del Valle, empresa que fundou, não tinha nada de bebidas alcoólicas. A ideia era fazer o suco direto da fruta. Com os produtos sendo bem recebidos pelo público, o México ficou pequeno para a marca. No começo da década de 1990, ela chegou aos Estados Unidos e, em 1997, ao Brasil, primeiro importando o líquido e, depois, abrindo uma fábrica própria em Americana, no interior paulista. Cetto não comandava mais a empresa quando, em 2006, ela foi adquirida pela Coca-Cola. A multinacional queria ampliar seu portfólio de produtos mais saudáveis, pois já percebia a rejeição que os refrigerantes começavam a enfrentar. Se em 2010 cada brasileiro tomava em média 89 litros de refrigerante por ano, o número caiu para 75 litros em 2015. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas. Os sucos seguiram no caminho oposto e seu consumo cresceu no mesmo período. Mas nem mesmo eles escaparam do escrutínio nutricional. As reclamações eram muitas: a quantidade de açúcar ainda era alta e havia pouco suco natural nas bebidas. Ciente dos problemas, a Del Valle mudou suas fórmulas. Na linha Néctar, por exemplo, há 40% de fruta na composição das bebidas. Para adoçá-las, é usado suco de maçã. A marca segue apostando em bebidas mais saudáveis, ampliando a linha 100% Suco para ser vendida também em garrafa pet (300 ml). Segundo a empresa, é para atrair um público mais adulto e que busca maior praticidade no café da manhã e no lanche da tarde.
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Rebeldes islâmicos invadem prisão e libertam 158 detentos nas Filipinas
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Cerca de cem homens armados ligados a rebeldes muçulmanos invadiram uma prisão no sul das Filipinas nesta quarta (4) e libertaram 158 prisioneiros, alguns deles militantes islâmicos. As autoridades informaram que um guarda foi morto durante a ação. O país do Sudeste Asiático, de maioria católica, é alvo há décadas de insurgentes islâmicos em ilhas da região sul. A prisão invadida fica em Kidawapan, em Cotabato do Norte, e abrigava 1.511 detentos. Oito prisioneiros foram recapturados desde então, dois se renderam e seis foram mortos. O governador da província de Cotabato do Norte, Shirlyn Macasarte, informou que seu gabinete foi avisado de um plano do grupo BIFF (Combatentes pela Liberdade do Bangsamoro Islâmico, na sigla em inglês) de libertar seus membros já no segundo trimestre do ano passado. "Eles estavam envolvidos em assassinatos e também acredito que eles tenham experiência no preparo de bombas, então estávamos vigiando-os de perto", disse Macasarte. O líder dos atacantes, conhecido pelo apelido de Comandante Derbie, tem vínculos com o BIFF, que é uma facção dissidente da MILF (Frente Moro de Libertação Islâmica, na sigla em inglês). Membros da MILF e do BIFF estariam por trás do assassinato de 44 policiais durante uma missão secreta, dois anos atrás, para capturar um fabricante de bombas da Malásia, cuja captura tinha recompensa de US$ 5 milhões do Departamento de Estado dos EUA. Em 2014, o governo das Filipinas assinou um acordo de paz com a MILF, o maior grupo rebelde islâmico, mas confrontos ainda ocorrem com grupos menores.
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mundo
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Rebeldes islâmicos invadem prisão e libertam 158 detentos nas FilipinasCerca de cem homens armados ligados a rebeldes muçulmanos invadiram uma prisão no sul das Filipinas nesta quarta (4) e libertaram 158 prisioneiros, alguns deles militantes islâmicos. As autoridades informaram que um guarda foi morto durante a ação. O país do Sudeste Asiático, de maioria católica, é alvo há décadas de insurgentes islâmicos em ilhas da região sul. A prisão invadida fica em Kidawapan, em Cotabato do Norte, e abrigava 1.511 detentos. Oito prisioneiros foram recapturados desde então, dois se renderam e seis foram mortos. O governador da província de Cotabato do Norte, Shirlyn Macasarte, informou que seu gabinete foi avisado de um plano do grupo BIFF (Combatentes pela Liberdade do Bangsamoro Islâmico, na sigla em inglês) de libertar seus membros já no segundo trimestre do ano passado. "Eles estavam envolvidos em assassinatos e também acredito que eles tenham experiência no preparo de bombas, então estávamos vigiando-os de perto", disse Macasarte. O líder dos atacantes, conhecido pelo apelido de Comandante Derbie, tem vínculos com o BIFF, que é uma facção dissidente da MILF (Frente Moro de Libertação Islâmica, na sigla em inglês). Membros da MILF e do BIFF estariam por trás do assassinato de 44 policiais durante uma missão secreta, dois anos atrás, para capturar um fabricante de bombas da Malásia, cuja captura tinha recompensa de US$ 5 milhões do Departamento de Estado dos EUA. Em 2014, o governo das Filipinas assinou um acordo de paz com a MILF, o maior grupo rebelde islâmico, mas confrontos ainda ocorrem com grupos menores.
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Desempenho do Congresso em 2016 foi positivo? SIM
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MAIS COM MENOS Os tempos exigiram e o Congresso Nacional respondeu com novas práticas. Atualizou leis e assumiu suas responsabilidades sem hesitações em um dos períodos mais borrascosos da história. O que marca 2016 é a crise -política, econômica e social. As instituições, contudo, responderam de acordo e saímos maiores porque honramos a democracia, que apesar de jovem reafirmou-se robusta. Sua perpetuidade nem sequer é questionada. Essa perspectiva reclama que redobremos os esforços para preservar premissas sagradas como a independência dos Poderes, as garantias individuais e coletivas, a liberdade de expressão e a presunção da inocência. O Senado nunca foi agente da crise, mas parte da solução. No impeachment nos pautamos pela isenção. Não fui governista nem oposicionista, mas legalista. Na presidência a voz da oposição foi sagrada e também o amplo direito de defesa. Quando o Senado foi invadido pela Polícia Federal, em outubro, defendemos a instituição enfaticamente porque a circunstância exigia. A usurpação da primeira instância foi reformada pelo Supremo Tribunal Federal. O Senado também foi altivo na liminar monocrática dada por ministro do STF afastando o presidente da instituição. Na crise de 2016, propostas relevantes foram aprovadas. Entre elas a Lei da Responsabilidade das Estatais, a liberdade da Petrobras no pré-sal, a profissionalização nos fundos de pensão e a universalização do teto salarial. Tudo para colaborar com as contas públicas. O Senado, nos últimos anos, antecipou-se à crise e adotou o mantra de fazer mais com menos. Enxugamos a administração e eliminamos privilégios. Com isso, a economia foi de mais de R$ 850 milhões em quatro anos. Nesse período deliberamos sobre 2.929 matérias. Estendemos os direitos trabalhistas aos domésticos, aprovamos o Estatuto da Juventude, o orçamento impositivo e os royalties do petróleo para educação, saúde, Estados e municípios. Aprovamos o código de proteção ao usuário do serviço público, a universalização da Defensoria Pública, o refinanciamento das dívidas estaduais, a troca do indexador, a prevenção e repressão ao tráfico de pessoas, a redução tributária para microempresas, a PEC para combater trabalho escravo, o novo marco civil da internet e ampliação do supersimples. Atualizamos ainda 11 códigos. A primeira demonstração desse vigor legislativo foi em 2013. Aprovamos mais de 40 propostas em menos de 20 dias, dando respostas às ruas. Pautados pelo civismo, agravamos a corrupção como crime hediondo, estabelecemos a ficha limpa para servidores, o fim da aposentadoria com prêmio para magistrados e promotores condenados e o fim de voto secreto para vetos e cassações no Senado. Avançamos no pacto federativo e no compartilhamento dos recursos das vendas não presenciais do comércio eletrônico. Relevante foi a repatriação de ativos, iniciada e aprovada pelo Senado Federal, fonte de recursos importantes para União e Estados. No ápice da crise, oferecemos a Agenda Brasil com propósito de melhorar o ambiente de negócios, dar previsibilidade jurídica, recuperar os níveis de produtividade e a confiança dos agentes econômicos. Os vetos passaram a ser votados obrigatoriamente. Quanto às medidas provisórias, deixamos de examinar aquelas que chegam ao Senado com menos de sete dias, devolvemos as inconstitucionais e criamos a pertinência temática para evitar os "jabutis". Tudo isso transformou o Senado em bastião democrático contra o flerte perigoso de alguns setores com o fascismo e o totalitarismo. Eles não terão êxito. RENAN CALHEIROS é presidente do Senado. Foi deputado federal e ministro da Justiça (governo FHC) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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opiniao
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Desempenho do Congresso em 2016 foi positivo? SIMMAIS COM MENOS Os tempos exigiram e o Congresso Nacional respondeu com novas práticas. Atualizou leis e assumiu suas responsabilidades sem hesitações em um dos períodos mais borrascosos da história. O que marca 2016 é a crise -política, econômica e social. As instituições, contudo, responderam de acordo e saímos maiores porque honramos a democracia, que apesar de jovem reafirmou-se robusta. Sua perpetuidade nem sequer é questionada. Essa perspectiva reclama que redobremos os esforços para preservar premissas sagradas como a independência dos Poderes, as garantias individuais e coletivas, a liberdade de expressão e a presunção da inocência. O Senado nunca foi agente da crise, mas parte da solução. No impeachment nos pautamos pela isenção. Não fui governista nem oposicionista, mas legalista. Na presidência a voz da oposição foi sagrada e também o amplo direito de defesa. Quando o Senado foi invadido pela Polícia Federal, em outubro, defendemos a instituição enfaticamente porque a circunstância exigia. A usurpação da primeira instância foi reformada pelo Supremo Tribunal Federal. O Senado também foi altivo na liminar monocrática dada por ministro do STF afastando o presidente da instituição. Na crise de 2016, propostas relevantes foram aprovadas. Entre elas a Lei da Responsabilidade das Estatais, a liberdade da Petrobras no pré-sal, a profissionalização nos fundos de pensão e a universalização do teto salarial. Tudo para colaborar com as contas públicas. O Senado, nos últimos anos, antecipou-se à crise e adotou o mantra de fazer mais com menos. Enxugamos a administração e eliminamos privilégios. Com isso, a economia foi de mais de R$ 850 milhões em quatro anos. Nesse período deliberamos sobre 2.929 matérias. Estendemos os direitos trabalhistas aos domésticos, aprovamos o Estatuto da Juventude, o orçamento impositivo e os royalties do petróleo para educação, saúde, Estados e municípios. Aprovamos o código de proteção ao usuário do serviço público, a universalização da Defensoria Pública, o refinanciamento das dívidas estaduais, a troca do indexador, a prevenção e repressão ao tráfico de pessoas, a redução tributária para microempresas, a PEC para combater trabalho escravo, o novo marco civil da internet e ampliação do supersimples. Atualizamos ainda 11 códigos. A primeira demonstração desse vigor legislativo foi em 2013. Aprovamos mais de 40 propostas em menos de 20 dias, dando respostas às ruas. Pautados pelo civismo, agravamos a corrupção como crime hediondo, estabelecemos a ficha limpa para servidores, o fim da aposentadoria com prêmio para magistrados e promotores condenados e o fim de voto secreto para vetos e cassações no Senado. Avançamos no pacto federativo e no compartilhamento dos recursos das vendas não presenciais do comércio eletrônico. Relevante foi a repatriação de ativos, iniciada e aprovada pelo Senado Federal, fonte de recursos importantes para União e Estados. No ápice da crise, oferecemos a Agenda Brasil com propósito de melhorar o ambiente de negócios, dar previsibilidade jurídica, recuperar os níveis de produtividade e a confiança dos agentes econômicos. Os vetos passaram a ser votados obrigatoriamente. Quanto às medidas provisórias, deixamos de examinar aquelas que chegam ao Senado com menos de sete dias, devolvemos as inconstitucionais e criamos a pertinência temática para evitar os "jabutis". Tudo isso transformou o Senado em bastião democrático contra o flerte perigoso de alguns setores com o fascismo e o totalitarismo. Eles não terão êxito. RENAN CALHEIROS é presidente do Senado. Foi deputado federal e ministro da Justiça (governo FHC) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Região do sul da China produz 60% das reproduções de arte do mundo
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RESUMO Dafen, região de Shenzhen, no sul da China, produz cerca de 60% das reproduções de pintura do mundo -no topo da lista estão obras de Monet e Van Gogh. Tema de livro e documentário, o local levanta questões centrais para a teoria da arte, como a identidade do artista e o valor da imitação. * Imagine ter uma pintura de Monet na sala de sua casa, ou de Van Gogh, ou de Klimt. Não uma impressão sobre papel, mas um óleo sobre tela. Pois para quem não tem cifras que giram em torno dos US$ 100 milhões (R$ 270 milhões) -"O Retrato de Adele Bloch-Bauer II", de 1912, de Klimt, foi vendido em 2006 por cerca de US$ 88 mi (R$ 237 mi)- e não se importa com autenticidade, há opções na China. O país dos grandes números e das cópias não fica atrás no quesito pinturas e produz, em um só lugar, cerca de 60% das reproduções de arte do mundo. Dafen, intitulado o bairro da pintura a óleo, na periferia de Shenzhen, cidade no sul da China, reúne em torno de 5.000 artistas. A região repleta de lojas, ateliês e galerias -onde são pintadas e vendidas cópias de pinturas dos grandes mestres tanto das artes ocidentais quanto da arte chinesa- é tema do documentário "Affordable Art" (arte acessível) que o cineasta Loh Yeuk Sun, chinês de Hong Kong, está finalizando. Sun, que foi diretor de programas de televisão e já esteve no Brasil para o Festival Internacional de Curtas de São Paulo em 2011 com o filme "Random Travel" (viagem aleatória), conta à Folha que na primeira visita que fez ao local se sentiu hipnotizado. "É surpreendente ver tantos pintores nas ruas ou do lado de fora das galerias desenhando a óleo com grande habilidade e eficiência", diz. "Aquilo me fez pensar se existe arte naquelas cópias profissionais. Quando conversei com eles percebi que a maioria daqueles pintores ama tanto pintar que extrai satisfação no processo, mesmo que seja apenas uma imitação vendida por preços tão baixos." Em Dafen, e também on-line em galerias que entregam em diversos países do mundo, é possível comprar réplicas dos girassóis de Van Gogh por US$ 50 (cerca de R$ 135). Vídeo Shenzhen é também sede do parque Window of the World (janela do mundo), semelhante ao parque menor próximo a Pequim que serve de cenário ao filme "O Mundo" (2004), de Jia Zhang-ke. Aberto em 1994, o espaço reúne 130 reproduções em tamanho reduzido de marcos de diferentes lugares do mundo, como o Taj Mahal, as pirâmides do Egito e a Torre Eiffel, em escala de 1:3. É como dar a volta ao mundo em um dia. MODELO Em 2004, Dafen foi elevada a modelo de indústria cultural. Na ocasião, o governo chinês, respondendo a acusações de violações de direitos autorais do Ocidente, alegou que, graças às habilidades de imitação dos artistas dali, consumidores de todo o planeta podiam ter acesso ao mundo da grande arte, como conta Winnie Wong em "Van Gogh on Demand: China and the Readymade" [University of Chicago Press; 320 págs., R$ 66,71, e-book na Livraria Cultura]. O livro da professora da Universidade da Califórnia em Berkeley parte do caso de Dafen para investigar a relação entre a apropriação chinesa da cultura ocidental e a construção no imaginário do Ocidente de uma China que representa o mimetismo por excelência. A cópia como método de aprendizagem, comum nas academias de artes no mundo todo, faz parte da cultura chinesa e de sua pedagogia, ligada ao pensamento de Confúcio, para quem copiar é um exercício de humildade, grande valor de seus ensinamentos. No bairro de pintores, donos de oficinas contratam e treinam centenas de aspirantes a artistas e camponeses que abandonaram o meio rural mudando-se para Shenzhen, uma das Zonas Econômicas Especiais do país. "Se você for eficiente e tiver habilidades básicas de desenho você pode trabalhar ali", afirma Sun. "Com exceção daqueles que passaram por escolas de artes nas grandes cidades, muitos dos pintores não estão interessados nos artistas das pinturas originais e não têm conhecimentos sobre esses personagens. Eles estão preocupados com o tamanho da pintura, porque é o tamanho que determina o preço." Desde 2008, existe um órgão fiscalizador de violações de direitos autorais em Dafen. Porém, ainda que a lei chinesa permita reproduções de artistas que morreram há mais de 50 anos, os quadros de Salvador Dalí, morto em 1989, por exemplo, estão entre os copiados. Os outros favoritos em Dafen são Monet, Van Gogh, Bouguereau, Klimt e o russo Ivan Chichkin. Ainda que existam pintores originais na região e copistas que realizam todas as etapas de um mesmo quadro -estes mais caros-, grande parte dos empregados ali executa tarefas como em uma linha de montagem. Cerca de um terço do valor da venda do quadro fica com os pintores. "Eles encaram isso como um trabalho e o fazem para sobreviver, recebem ordens e repetem a tarefa como trabalhadores de fábricas. Mas o dinheiro que recebem é bem mais do que o salário de uma fábrica qualquer na China e as condições de trabalho também são muito melhores", afirma Sun. Há também artistas recém-saídos das escolas de artes que, por conta da grande concorrência em Xangai e Pequim, começam a carreira em Dafen. "Eles insistem em fazer pinturas originais, muitas vezes por um preço abaixo da cópia." Em seu livro, Wong defende que Dafen não é apenas onde são feitas "cópias chinesas 'perfeitas' de originais 'verdadeiros' ocidentais" por trabalhadores explorados em más condições de trabalho, mas um lugar que abarca práticas artísticas eminentemente modernas e contemporâneas. Para ela, assim como os artistas conceituais, os de Dafen levantam questões centrais para a história e a teoria da arte, tais como técnica, habilidade, delegação, autoria, fotografia, gênero e participação do Estado. Segundo Sun, artistas chineses famosos vão em busca das habilidades técnicas dos pintores de Dafen para finalização de seus próprios trabalhos, antes de vendê-los pelo preço que o prestígio de seus nomes acrescenta às obras. Para ele, o local estimula a discussão sobre a comercialização da arte, a identidade do artista e do pintor copista e sobre os valores da arte e de sua imitação. DANÇA DAS PAREDES Ainda que a região próxima ao porto de Hong Kong tenha ligações com a pintura desde o século 18, com número crescente de oficinas nos anos 1980, e que exista uma demanda de pinturas para exportação para a Europa no sul da China desde a década de 1760, o governo criou uma narrativa oficial de "fundação" de Dafen que remete a apenas um homem: Huang Jiang, um negociante de Hong Kong que fundou "a primeira" oficina de pintura em Dafen em 1989. A região conheceu o auge da fama e das vendas em meados dos anos 2000, exportando cerca de US$ 193 milhões (R$ 521 milhões) entre 2006 e o começo de 2008, segundo a Associação da Indústria de Arte de Dafen. Porém, a região sentiu as consequências da crise financeira que atingiu os Estados Unidos e a Europa -então maiores compradores de suas reproduções. "A maioria dos quadros vendidos em Dafen são para decoração de ambientes, não apenas de casas, mas de hotéis e centros de compras", explica Sun. "O cliente pode até ter algum conhecimento de arte, mas não tem dinheiro o suficiente para comprar obras de artistas conhecidos." Em 2012, as exportações em Dafen caíram 50% e os chefes das mais de 1.200 oficinas tiveram de cortar seu pessoal. Hoje, praticamente recuperada, a região dá mais atenção ao gosto local e, além de reproduções ocidentais em óleo, produz cópias de arte tradicional do país. Criações originais respondem por cerca de 20% das vendas. Afinal, apesar da crise imobiliária nos EUA, as paredes chinesas não param de subir e precisam de quadros para serem pendurados nelas. ÚRSULA PASSOS, 27, é redatora da "Ilustríssima".
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Região do sul da China produz 60% das reproduções de arte do mundoRESUMO Dafen, região de Shenzhen, no sul da China, produz cerca de 60% das reproduções de pintura do mundo -no topo da lista estão obras de Monet e Van Gogh. Tema de livro e documentário, o local levanta questões centrais para a teoria da arte, como a identidade do artista e o valor da imitação. * Imagine ter uma pintura de Monet na sala de sua casa, ou de Van Gogh, ou de Klimt. Não uma impressão sobre papel, mas um óleo sobre tela. Pois para quem não tem cifras que giram em torno dos US$ 100 milhões (R$ 270 milhões) -"O Retrato de Adele Bloch-Bauer II", de 1912, de Klimt, foi vendido em 2006 por cerca de US$ 88 mi (R$ 237 mi)- e não se importa com autenticidade, há opções na China. O país dos grandes números e das cópias não fica atrás no quesito pinturas e produz, em um só lugar, cerca de 60% das reproduções de arte do mundo. Dafen, intitulado o bairro da pintura a óleo, na periferia de Shenzhen, cidade no sul da China, reúne em torno de 5.000 artistas. A região repleta de lojas, ateliês e galerias -onde são pintadas e vendidas cópias de pinturas dos grandes mestres tanto das artes ocidentais quanto da arte chinesa- é tema do documentário "Affordable Art" (arte acessível) que o cineasta Loh Yeuk Sun, chinês de Hong Kong, está finalizando. Sun, que foi diretor de programas de televisão e já esteve no Brasil para o Festival Internacional de Curtas de São Paulo em 2011 com o filme "Random Travel" (viagem aleatória), conta à Folha que na primeira visita que fez ao local se sentiu hipnotizado. "É surpreendente ver tantos pintores nas ruas ou do lado de fora das galerias desenhando a óleo com grande habilidade e eficiência", diz. "Aquilo me fez pensar se existe arte naquelas cópias profissionais. Quando conversei com eles percebi que a maioria daqueles pintores ama tanto pintar que extrai satisfação no processo, mesmo que seja apenas uma imitação vendida por preços tão baixos." Em Dafen, e também on-line em galerias que entregam em diversos países do mundo, é possível comprar réplicas dos girassóis de Van Gogh por US$ 50 (cerca de R$ 135). Vídeo Shenzhen é também sede do parque Window of the World (janela do mundo), semelhante ao parque menor próximo a Pequim que serve de cenário ao filme "O Mundo" (2004), de Jia Zhang-ke. Aberto em 1994, o espaço reúne 130 reproduções em tamanho reduzido de marcos de diferentes lugares do mundo, como o Taj Mahal, as pirâmides do Egito e a Torre Eiffel, em escala de 1:3. É como dar a volta ao mundo em um dia. MODELO Em 2004, Dafen foi elevada a modelo de indústria cultural. Na ocasião, o governo chinês, respondendo a acusações de violações de direitos autorais do Ocidente, alegou que, graças às habilidades de imitação dos artistas dali, consumidores de todo o planeta podiam ter acesso ao mundo da grande arte, como conta Winnie Wong em "Van Gogh on Demand: China and the Readymade" [University of Chicago Press; 320 págs., R$ 66,71, e-book na Livraria Cultura]. O livro da professora da Universidade da Califórnia em Berkeley parte do caso de Dafen para investigar a relação entre a apropriação chinesa da cultura ocidental e a construção no imaginário do Ocidente de uma China que representa o mimetismo por excelência. A cópia como método de aprendizagem, comum nas academias de artes no mundo todo, faz parte da cultura chinesa e de sua pedagogia, ligada ao pensamento de Confúcio, para quem copiar é um exercício de humildade, grande valor de seus ensinamentos. No bairro de pintores, donos de oficinas contratam e treinam centenas de aspirantes a artistas e camponeses que abandonaram o meio rural mudando-se para Shenzhen, uma das Zonas Econômicas Especiais do país. "Se você for eficiente e tiver habilidades básicas de desenho você pode trabalhar ali", afirma Sun. "Com exceção daqueles que passaram por escolas de artes nas grandes cidades, muitos dos pintores não estão interessados nos artistas das pinturas originais e não têm conhecimentos sobre esses personagens. Eles estão preocupados com o tamanho da pintura, porque é o tamanho que determina o preço." Desde 2008, existe um órgão fiscalizador de violações de direitos autorais em Dafen. Porém, ainda que a lei chinesa permita reproduções de artistas que morreram há mais de 50 anos, os quadros de Salvador Dalí, morto em 1989, por exemplo, estão entre os copiados. Os outros favoritos em Dafen são Monet, Van Gogh, Bouguereau, Klimt e o russo Ivan Chichkin. Ainda que existam pintores originais na região e copistas que realizam todas as etapas de um mesmo quadro -estes mais caros-, grande parte dos empregados ali executa tarefas como em uma linha de montagem. Cerca de um terço do valor da venda do quadro fica com os pintores. "Eles encaram isso como um trabalho e o fazem para sobreviver, recebem ordens e repetem a tarefa como trabalhadores de fábricas. Mas o dinheiro que recebem é bem mais do que o salário de uma fábrica qualquer na China e as condições de trabalho também são muito melhores", afirma Sun. Há também artistas recém-saídos das escolas de artes que, por conta da grande concorrência em Xangai e Pequim, começam a carreira em Dafen. "Eles insistem em fazer pinturas originais, muitas vezes por um preço abaixo da cópia." Em seu livro, Wong defende que Dafen não é apenas onde são feitas "cópias chinesas 'perfeitas' de originais 'verdadeiros' ocidentais" por trabalhadores explorados em más condições de trabalho, mas um lugar que abarca práticas artísticas eminentemente modernas e contemporâneas. Para ela, assim como os artistas conceituais, os de Dafen levantam questões centrais para a história e a teoria da arte, tais como técnica, habilidade, delegação, autoria, fotografia, gênero e participação do Estado. Segundo Sun, artistas chineses famosos vão em busca das habilidades técnicas dos pintores de Dafen para finalização de seus próprios trabalhos, antes de vendê-los pelo preço que o prestígio de seus nomes acrescenta às obras. Para ele, o local estimula a discussão sobre a comercialização da arte, a identidade do artista e do pintor copista e sobre os valores da arte e de sua imitação. DANÇA DAS PAREDES Ainda que a região próxima ao porto de Hong Kong tenha ligações com a pintura desde o século 18, com número crescente de oficinas nos anos 1980, e que exista uma demanda de pinturas para exportação para a Europa no sul da China desde a década de 1760, o governo criou uma narrativa oficial de "fundação" de Dafen que remete a apenas um homem: Huang Jiang, um negociante de Hong Kong que fundou "a primeira" oficina de pintura em Dafen em 1989. A região conheceu o auge da fama e das vendas em meados dos anos 2000, exportando cerca de US$ 193 milhões (R$ 521 milhões) entre 2006 e o começo de 2008, segundo a Associação da Indústria de Arte de Dafen. Porém, a região sentiu as consequências da crise financeira que atingiu os Estados Unidos e a Europa -então maiores compradores de suas reproduções. "A maioria dos quadros vendidos em Dafen são para decoração de ambientes, não apenas de casas, mas de hotéis e centros de compras", explica Sun. "O cliente pode até ter algum conhecimento de arte, mas não tem dinheiro o suficiente para comprar obras de artistas conhecidos." Em 2012, as exportações em Dafen caíram 50% e os chefes das mais de 1.200 oficinas tiveram de cortar seu pessoal. Hoje, praticamente recuperada, a região dá mais atenção ao gosto local e, além de reproduções ocidentais em óleo, produz cópias de arte tradicional do país. Criações originais respondem por cerca de 20% das vendas. Afinal, apesar da crise imobiliária nos EUA, as paredes chinesas não param de subir e precisam de quadros para serem pendurados nelas. ÚRSULA PASSOS, 27, é redatora da "Ilustríssima".
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Companhia aérea Gol segue receita 'premium' da sócia Delta
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Sócia da Gol com 9% de participação, a americana Delta Airlines tem ajudado a companhia brasileira a atravessar as turbulências do mercado nacional (teve prejuízo de R$ 4,3 bilhões em 2015), com injeção de capital e garantia de liquidez. Mas a parceria vai muito além do suporte financeiro. A Delta, que hoje detém um assento no conselho da empresa da família Constantino, está ajudando a Gol a deixar de ser percebida como empresa "low cost" (baixo custo) para se transformar em uma companhia aérea "premium". A receita do bolo vem da própria Delta, que há uma década estava a beira da falência e conseguiu dar a volta por cima e se transformar na maior aérea do mundo em passageiros transportados e uma das mais rentáveis. Desde 2013, a empresa já distribuiu US$ 5 bilhões aos acionistas. Só no ano passado, os cerca de 80 mil funcionários receberam US$ 1,5 bilhão em participação nos lucros –a maior distribuição já realizada por uma companhia aérea nos EUA. A PARCERIA GOL E DELTA - Raio-X das empresas "Em 2005, tínhamos um deficit em termos de marca com relação à concorrência", diz Ed Bastian, novo presidente-executivo da Delta. "Nossas tarifas estavam 10% abaixo da média do mercado. Hoje estão 10% acima. Essa diferença de 20 pontos percentuais representou US$ 8 bilhões. As pessoas estão pagando mais para voar de Delta." Entre a série de fatores que levaram a Delta a elevar sua receita, está a recusa em tratar a viagem aérea como commodity, diz Bastian. "Estamos competindo em qualidade de serviço, e não em preço. E isso é bom para o consumidor." GOL 'PREMIUM' Na avaliação da vice-presidente de Relações com Investidores da Delta, Jill Sullivan Greer, a Gol já possui um nível de performance operacional característico de um serviço "premium", como uma frota jovem e altos índices de pontualidade –no primeiro trimestre, 95% dos voos da Gol saíram no horário (menos de 30 minutos de atraso), melhor desempenho no setor. Ela também possui a maior oferta de assentos do mercado doméstico na categoria A de conforto na classificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que mede a distância entre poltronas. A questão é fazer o mercado corporativo perceber essas mudanças e pagar mais por isso. Atualmente, a Gol detém 31,6% de participação dentro do segmento corporativo. "Estamos ajudando a Gol a reposicionar sua marca para atrair uma maior receita pois eles têm um produto que é 'premium'", diz Greer. "Eles possuem os melhores slots [horários de pouso e decolagem] em Congonhas e no Santos Dumont. É hora de reduzir um pouco a presença em hubs como Brasília e focar em São Paulo e Rio, que é onde está o passageiro premium. E, claro, assegurar que o consumidor perceba isso." Dentre as medidas já implementadas, está a criação da classe Gol + Conforto (inspirada na Comfort + da Delta), que oferece, na frota doméstica, mais distância entre os assentos e maior reclinação do encosto. Recentemente, a Gol deu um upgrade na sua classe executiva em voos internacionais, que agora passa a se chamar Premium. No caso da Delta, além de reduzir atrasos, cancelamentos e índices de perda de bagagem, ela investiu na reforma dos interiores, com cadeira que vira cama na executiva, wi-fi em todos os aviões e amenidades como cerveja artesanal e café Starbucks. ALÉM DO BRASIL A fórmula da Delta de incrementar as receitas oferecendo um produto voltado para o viajante de negócios está sendo aplicada não apenas na Gol, mas também na Aeroméxico. Lá, contudo, as coisas estão avançando mais rapidamente pois o momento da economia é melhor. Com a perspectiva de aprovação de um acordo de céus abertos (abertura de mercado) entre os Estados Unidos e México, a Delta vai aumentar a sua participação na Aeroméxico para 49%. No Brasil, rumores de que o governo poderia aprovar o aumento de capital estrangeiro no setor costumam elevar as ações da Gol. "Não temos planos de aumentar a participação na Gol neste momento", disse Ed Bastian, ressaltando que não se arrepende do investimento, apesar dos problemas no mercado brasileiro. "O Brasil é muito importante para nós do ponto de vista estratégico e esse é um investimento de longo prazo. Mas é um país difícil e estamos vendo que é também muito volátil e cíclico. Estamos, porém, confiantes de que a tempestade vai passar e que a Gol sairá muito bem." Em 2015, a Delta investiu US$ 90 milhões na Gol e ofereceu garantias para um empréstimo de quase US$ 300 milhões. Em 2011, a empresa já tinha investido US$ 100 milhões, assegurando 3% do capital da aérea brasileira. - MEDIDAS ADOTADAS PELA GOL PARA ATRAIR O PASSAGEIRO PREMIUM Milhas Parcerias com companhias estrangeiras para venda de passagem em voos da empresa parceira, permitindo acumular e resgatar milhas Smiles nos voos internacionais destas empresas: Delta, Air France-KLM, Qatar, Etihad, Air Canada, entre outras Mais espaço Assentos mais espaçosos localizados nas sete primeiras fileiras do avião, com distância de 34 polegadas (86,3 cm) e reclinação do encosto 50% maior. Foi lançado na ponte aérea RJ-São Paulo em novembro de 2013 e, desde o final de 2014, em toda a frota Classe executiva Nova classe executiva em voos internacionais, lançada em março deste ano. Oferece prioridade no check-in e no embarque, poltrona do meio bloqueada, kit composto por manta e travesseiro, refeição quente ou lanches e sobremesa, entre outros
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Companhia aérea Gol segue receita 'premium' da sócia DeltaSócia da Gol com 9% de participação, a americana Delta Airlines tem ajudado a companhia brasileira a atravessar as turbulências do mercado nacional (teve prejuízo de R$ 4,3 bilhões em 2015), com injeção de capital e garantia de liquidez. Mas a parceria vai muito além do suporte financeiro. A Delta, que hoje detém um assento no conselho da empresa da família Constantino, está ajudando a Gol a deixar de ser percebida como empresa "low cost" (baixo custo) para se transformar em uma companhia aérea "premium". A receita do bolo vem da própria Delta, que há uma década estava a beira da falência e conseguiu dar a volta por cima e se transformar na maior aérea do mundo em passageiros transportados e uma das mais rentáveis. Desde 2013, a empresa já distribuiu US$ 5 bilhões aos acionistas. Só no ano passado, os cerca de 80 mil funcionários receberam US$ 1,5 bilhão em participação nos lucros –a maior distribuição já realizada por uma companhia aérea nos EUA. A PARCERIA GOL E DELTA - Raio-X das empresas "Em 2005, tínhamos um deficit em termos de marca com relação à concorrência", diz Ed Bastian, novo presidente-executivo da Delta. "Nossas tarifas estavam 10% abaixo da média do mercado. Hoje estão 10% acima. Essa diferença de 20 pontos percentuais representou US$ 8 bilhões. As pessoas estão pagando mais para voar de Delta." Entre a série de fatores que levaram a Delta a elevar sua receita, está a recusa em tratar a viagem aérea como commodity, diz Bastian. "Estamos competindo em qualidade de serviço, e não em preço. E isso é bom para o consumidor." GOL 'PREMIUM' Na avaliação da vice-presidente de Relações com Investidores da Delta, Jill Sullivan Greer, a Gol já possui um nível de performance operacional característico de um serviço "premium", como uma frota jovem e altos índices de pontualidade –no primeiro trimestre, 95% dos voos da Gol saíram no horário (menos de 30 minutos de atraso), melhor desempenho no setor. Ela também possui a maior oferta de assentos do mercado doméstico na categoria A de conforto na classificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que mede a distância entre poltronas. A questão é fazer o mercado corporativo perceber essas mudanças e pagar mais por isso. Atualmente, a Gol detém 31,6% de participação dentro do segmento corporativo. "Estamos ajudando a Gol a reposicionar sua marca para atrair uma maior receita pois eles têm um produto que é 'premium'", diz Greer. "Eles possuem os melhores slots [horários de pouso e decolagem] em Congonhas e no Santos Dumont. É hora de reduzir um pouco a presença em hubs como Brasília e focar em São Paulo e Rio, que é onde está o passageiro premium. E, claro, assegurar que o consumidor perceba isso." Dentre as medidas já implementadas, está a criação da classe Gol + Conforto (inspirada na Comfort + da Delta), que oferece, na frota doméstica, mais distância entre os assentos e maior reclinação do encosto. Recentemente, a Gol deu um upgrade na sua classe executiva em voos internacionais, que agora passa a se chamar Premium. No caso da Delta, além de reduzir atrasos, cancelamentos e índices de perda de bagagem, ela investiu na reforma dos interiores, com cadeira que vira cama na executiva, wi-fi em todos os aviões e amenidades como cerveja artesanal e café Starbucks. ALÉM DO BRASIL A fórmula da Delta de incrementar as receitas oferecendo um produto voltado para o viajante de negócios está sendo aplicada não apenas na Gol, mas também na Aeroméxico. Lá, contudo, as coisas estão avançando mais rapidamente pois o momento da economia é melhor. Com a perspectiva de aprovação de um acordo de céus abertos (abertura de mercado) entre os Estados Unidos e México, a Delta vai aumentar a sua participação na Aeroméxico para 49%. No Brasil, rumores de que o governo poderia aprovar o aumento de capital estrangeiro no setor costumam elevar as ações da Gol. "Não temos planos de aumentar a participação na Gol neste momento", disse Ed Bastian, ressaltando que não se arrepende do investimento, apesar dos problemas no mercado brasileiro. "O Brasil é muito importante para nós do ponto de vista estratégico e esse é um investimento de longo prazo. Mas é um país difícil e estamos vendo que é também muito volátil e cíclico. Estamos, porém, confiantes de que a tempestade vai passar e que a Gol sairá muito bem." Em 2015, a Delta investiu US$ 90 milhões na Gol e ofereceu garantias para um empréstimo de quase US$ 300 milhões. Em 2011, a empresa já tinha investido US$ 100 milhões, assegurando 3% do capital da aérea brasileira. - MEDIDAS ADOTADAS PELA GOL PARA ATRAIR O PASSAGEIRO PREMIUM Milhas Parcerias com companhias estrangeiras para venda de passagem em voos da empresa parceira, permitindo acumular e resgatar milhas Smiles nos voos internacionais destas empresas: Delta, Air France-KLM, Qatar, Etihad, Air Canada, entre outras Mais espaço Assentos mais espaçosos localizados nas sete primeiras fileiras do avião, com distância de 34 polegadas (86,3 cm) e reclinação do encosto 50% maior. Foi lançado na ponte aérea RJ-São Paulo em novembro de 2013 e, desde o final de 2014, em toda a frota Classe executiva Nova classe executiva em voos internacionais, lançada em março deste ano. Oferece prioridade no check-in e no embarque, poltrona do meio bloqueada, kit composto por manta e travesseiro, refeição quente ou lanches e sobremesa, entre outros
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Empresas prometem curar vício de pessoas em celular
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Como quase todo mundo, Susan Butler olha demais para seu smartphone. No entanto, ao contrário da maioria das pessoas, ela tomou uma atitude: comprou por US$ 195 o serviço de uma empresa chamada Ringly, que promete "que você deixe seu telefone à distância e fique tranquilo". A Ringly faz isso conectando seus toques a um filtro, de modo que o usuário possa silenciar as notificações do Facebook ou do Gmail enquanto preserva os alertas importantes, que fazem o aparelho se iluminar ou vibrar. "Espero que ele mantenha a distância entre meu telefone e minha mão", disse Butler, consultora de tecnologia que vive em Austin, Texas. Diante da rapidez com que os celulares dominaram as pessoas, é fácil esquecer que eles são uma tecnologia relativamente nova. O primeiro iPhone saiu há oito anos. Ainda assim, algumas pessoas já passam de três a quatro horas por dia olhando para uma tela de celular -sem contar o tempo gasto realmente falando ao telefone. Em uma pesquisa sobre o uso de smartphones feita pelo Bank of America, cerca de um terço dos entrevistados disse que verifica "constantemente" o smartphone e pouco mais de dois terços disseram que vão para a cama com o celular ao lado. "A tecnologia evoluiu tão rapidamente que caímos numa espiral descontrolada. Ninguém parou para pensar em como isso vai impactar nossa vida", disse Kate Unsworth, fundadora da empresa britânica Kovert, que também faz joias high-tech. Algumas empresas veem oportunidades de negócios em ajudar as pessoas a se livrar do vício. Smartwatches como o Apple Watch são desenhados para incentivar mais olhares e menos verificações no telefone. Em junho, a Google e a Levi's anunciaram planos de uma linha de roupas high-tech que permitirá que as pessoas façam coisas como desligar um telefone que toca esfregando o punho do paletó. O Offtime limita o acesso dos clientes a apps muito utilizados e produz gráficos sobre quanto tempo eles passam ao telefone. A Moment incentiva as pessoas a compartilharem o uso do telefone com amigos para competir em um jogo de quem olha menos para o celular. O Light Phone, do tamanho de um cartão de crédito, não faz nada além de ligações telefônicas. Já o NoPhone é um pedaço de plástico de US$ 12 que parece um smartphone, mas na verdade não faz nada -3.200 unidades do produto já foram vendidas, apesar disso. Adam Gazzaley, neurologista e professor de neurociência na Universidade da Califórnia, disse: "Você tem uma população que começa a dizer: 'Espere, nós amamos toda essa tecnologia, mas parece que há um preço... seja meu relacionamento, meu trabalho ou minha segurança, porque estou dirigindo e usando o celular'". Alguns produtos tentam encontrar um equilíbrio. O Google Now usa dados para incomodá-lo só quando você precisa. "Se estou quase esquecendo o aniversário do meu filho, quero que o telefone grite comigo até que eu faça algo a respeito", disse Sundar Pichai, vice-presidente de produtos do Google. Os smartphones são um poderoso mecanismo de liberação de dois impulsos humanos fundamentais, segundo Paul Atchley, professor de psicologia na Universidade do Kansas: a busca por novas e interessantes distrações e o desejo de sentir que concluímos uma tarefa. "O cérebro fica literalmente programado para se ligar -para constantemente buscar novidades, o que torna difícil desligar o telefone", disse ele. Vício ou não, Butler ainda procurou a ajuda do Ringly. Atchley é cético. O tratamento bem-sucedido, disse ele, tem a ver com controlar seus demônios -não terceirizá-los.
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Empresas prometem curar vício de pessoas em celularComo quase todo mundo, Susan Butler olha demais para seu smartphone. No entanto, ao contrário da maioria das pessoas, ela tomou uma atitude: comprou por US$ 195 o serviço de uma empresa chamada Ringly, que promete "que você deixe seu telefone à distância e fique tranquilo". A Ringly faz isso conectando seus toques a um filtro, de modo que o usuário possa silenciar as notificações do Facebook ou do Gmail enquanto preserva os alertas importantes, que fazem o aparelho se iluminar ou vibrar. "Espero que ele mantenha a distância entre meu telefone e minha mão", disse Butler, consultora de tecnologia que vive em Austin, Texas. Diante da rapidez com que os celulares dominaram as pessoas, é fácil esquecer que eles são uma tecnologia relativamente nova. O primeiro iPhone saiu há oito anos. Ainda assim, algumas pessoas já passam de três a quatro horas por dia olhando para uma tela de celular -sem contar o tempo gasto realmente falando ao telefone. Em uma pesquisa sobre o uso de smartphones feita pelo Bank of America, cerca de um terço dos entrevistados disse que verifica "constantemente" o smartphone e pouco mais de dois terços disseram que vão para a cama com o celular ao lado. "A tecnologia evoluiu tão rapidamente que caímos numa espiral descontrolada. Ninguém parou para pensar em como isso vai impactar nossa vida", disse Kate Unsworth, fundadora da empresa britânica Kovert, que também faz joias high-tech. Algumas empresas veem oportunidades de negócios em ajudar as pessoas a se livrar do vício. Smartwatches como o Apple Watch são desenhados para incentivar mais olhares e menos verificações no telefone. Em junho, a Google e a Levi's anunciaram planos de uma linha de roupas high-tech que permitirá que as pessoas façam coisas como desligar um telefone que toca esfregando o punho do paletó. O Offtime limita o acesso dos clientes a apps muito utilizados e produz gráficos sobre quanto tempo eles passam ao telefone. A Moment incentiva as pessoas a compartilharem o uso do telefone com amigos para competir em um jogo de quem olha menos para o celular. O Light Phone, do tamanho de um cartão de crédito, não faz nada além de ligações telefônicas. Já o NoPhone é um pedaço de plástico de US$ 12 que parece um smartphone, mas na verdade não faz nada -3.200 unidades do produto já foram vendidas, apesar disso. Adam Gazzaley, neurologista e professor de neurociência na Universidade da Califórnia, disse: "Você tem uma população que começa a dizer: 'Espere, nós amamos toda essa tecnologia, mas parece que há um preço... seja meu relacionamento, meu trabalho ou minha segurança, porque estou dirigindo e usando o celular'". Alguns produtos tentam encontrar um equilíbrio. O Google Now usa dados para incomodá-lo só quando você precisa. "Se estou quase esquecendo o aniversário do meu filho, quero que o telefone grite comigo até que eu faça algo a respeito", disse Sundar Pichai, vice-presidente de produtos do Google. Os smartphones são um poderoso mecanismo de liberação de dois impulsos humanos fundamentais, segundo Paul Atchley, professor de psicologia na Universidade do Kansas: a busca por novas e interessantes distrações e o desejo de sentir que concluímos uma tarefa. "O cérebro fica literalmente programado para se ligar -para constantemente buscar novidades, o que torna difícil desligar o telefone", disse ele. Vício ou não, Butler ainda procurou a ajuda do Ringly. Atchley é cético. O tratamento bem-sucedido, disse ele, tem a ver com controlar seus demônios -não terceirizá-los.
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Leitora critica Renan Calheiros e benefícios concedidos a congressistas
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Senhor Renan Calheiros, que coragem a sua de dizer que houve economia nos últimos dois anos, gabando-se disso. Foram eliminados o 14º e o 15º salários? Isso nunca deveria ter existido! A luta de vocês é para se manter no poder, não pelo povo. Para isso não medem esforços, fazendo conchavos mesmo com desafetos. Fica aqui meu desprezo pela classe política. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitora critica Renan Calheiros e benefícios concedidos a congressistasSenhor Renan Calheiros, que coragem a sua de dizer que houve economia nos últimos dois anos, gabando-se disso. Foram eliminados o 14º e o 15º salários? Isso nunca deveria ter existido! A luta de vocês é para se manter no poder, não pelo povo. Para isso não medem esforços, fazendo conchavos mesmo com desafetos. Fica aqui meu desprezo pela classe política. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Colombiano Cuadrado diz que treina em dobro para a Copa América
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O meia colombiano Cuadrado, adversário do Brasil em partida nesta quarta-feira (17), afirmou que tem treinado em dobro para compensar a falta de continuidade no Chelsea e para estar preparado para a Copa América. "Sempre fui um grande profissional, mas sempre tive em mente trabalhar forte, em dobro, porque sabia que viria [para a Copa América]. Treinei forte para estar aqui, é um orgulho estar na seleção", disse o meia nesta terça-feira (16), em coletiva de imprensa. O treinador da Colômbia, José Pekerman, garantiu que a equipe está muito melhor agora que no início da preparação para a Copa América, e disse que todos os jogadores estão recuperados do ponto de vista físico. Sobre a partida contra o Brasil, Cuadrado disse que a Colômbia entra com a convicção de ganhar e com a mentalidade de atacar para surpreender os brasileiros. Infográfico Seleções na Copa América
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esporte
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Colombiano Cuadrado diz que treina em dobro para a Copa AméricaO meia colombiano Cuadrado, adversário do Brasil em partida nesta quarta-feira (17), afirmou que tem treinado em dobro para compensar a falta de continuidade no Chelsea e para estar preparado para a Copa América. "Sempre fui um grande profissional, mas sempre tive em mente trabalhar forte, em dobro, porque sabia que viria [para a Copa América]. Treinei forte para estar aqui, é um orgulho estar na seleção", disse o meia nesta terça-feira (16), em coletiva de imprensa. O treinador da Colômbia, José Pekerman, garantiu que a equipe está muito melhor agora que no início da preparação para a Copa América, e disse que todos os jogadores estão recuperados do ponto de vista físico. Sobre a partida contra o Brasil, Cuadrado disse que a Colômbia entra com a convicção de ganhar e com a mentalidade de atacar para surpreender os brasileiros. Infográfico Seleções na Copa América
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Alalaô: Unidos de Vila Maria abre segundo dia de desfiles do Carnaval de São Paulo
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O poder e a força por trás do diamante é o enredo da Unidos de Vila Maria, escola da zona norte, que abre, a partir das 22h30 deste sábado (14), o segundo dia do desfile das escolas de samba do ... Leia post completo no blog
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Alalaô: Unidos de Vila Maria abre segundo dia de desfiles do Carnaval de São PauloO poder e a força por trás do diamante é o enredo da Unidos de Vila Maria, escola da zona norte, que abre, a partir das 22h30 deste sábado (14), o segundo dia do desfile das escolas de samba do ... Leia post completo no blog
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Com eleições adiadas, furacão aumenta caos político no Haiti
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Duas semanas depois de atingir o Haiti e deixar mil mortos e 60 mil desalojados, o furacão Matthew deve também causar estragos nos planos do país para deixar de ser a nação mais pobre das Américas. No campo político, o desastre piorou um cenário que já era conturbado. As eleições presidenciais, marcadas para 9 de outubro, foram adiadas devido à tempestade. Já há uma nova data marcada, 20 de novembro, mas há dúvidas sobre a capacidade do governo haitiano de realizar um pleito tão pouco tempo depois da pior crise humanitária desde o terremoto de 2010, que matou 220 mil pessoas. Estima-se que cerca de 70% dos prédios do departamento Sul que seriam usados como posto de votação foram danificados. Além disso, é esperado que parte significativa das vítimas, especialmente na camada mais pobre, tenha perdido seus documentos na tempestade, o que dificultaria que votassem. Por conta desses problemas, a ONU pressionava nos bastidores para que o pleito acontecesse daqui a pelo menos dois meses. Na avaliação da organização, os esforços do governo e da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) deveriam se concentrar em prover assistência às vítimas nesta fase mais aguda do desastre. "Desde janeiro insistimos para que as eleições acontecessem o quanto antes, mas achamos que agora seria melhor que o Haiti esperasse um pouco mais", afirmou à Folha o general Ajax Porto Pinheiro, brasileiro que comanda o braço militar da Minustah, antes da definição da nova data. Às complicações causadas pelo furacão soma-se o já problemático cenário eleitoral pré-Matthew. O primeiro turno das eleições aconteceu em outubro do ano passado, mas foi anulado depois de acusações de fraude no processo. O segundo, marcado para janeiro, nunca aconteceu, e o presidente do Senado, Jocelerme Privert, foi escolhido em eleições indiretas para ocupar o cargo até um novo pleito. Os 120 dias previstos em seu mandato interino acabaram em junho, as eleições não vieram e, mesmo sem autorização expressa do Congresso, Privert segue no poder. ECONOMIA O embaixador do Brasil no Haiti, Fernando Vidal, admite que o furacão aumentou o caos eleitoral, mas sustenta que o pior dano causado ao futuro do país é na agricultura. Diferentemente do terremoto de 2010, que dizimou a capital Porto Príncipe, o furacão atingiu mais a área rural do Haiti e arruinou a maior parte das plantações do departamento Sul. "As plantações de banana, uma das bases na alimentação local, foram destruídas e, no curto prazo, as pessoas não têm o que comer se não receberem ajuda humanitária", afirma Vidal. É o que também acredita o historiador americano Laurent Dubois, autor do livro "Haiti: Aftershocks of History" (Haiti: Abalos Secundários da História, em tradução livre). Segundo ele, a questão da segurança alimentar já era crítica antes do furacão e a partir de agora será "dramática". "No passado, o Haiti era capaz de prover alimento para sua população e ainda exportar alguns produtos. Antes do Matthew, já importava metade da sua comida", afirma. TURISMO Os danos causados pelo furacão ainda devem afetar lateralmente as pretensões do país de alavancar a economia por meio do turismo. Várias cidades atingidas, como Port Salut, ficam em praias tipicamente caribenhas, de água transparente e areia branca. "O estrago só não foi maior porque a infraestrutura existente já era muito precária", diz o embaixador Vidal. A base de comparação quando se fala em desenvolver o turismo no Haiti é a República Dominicana, que fica na mesma ilha que a ex-colônica francesa. Cerca de 60% do PIB daquele país vem do setor de serviços, do qual o turismo tem a maior fatia. Em 2014, os dominicanos receberam 5,1 milhões de turistas. Para efeito de comparação, o Brasil recebeu 6,4 milhões no mesmo período. Já o Haiti teve apenas 465 mil visitantes. "O Haiti tem um potencial turístico enorme, mas, além da falta de estrutura hoteleira, precisa superar problemas como o alto custo da energia elétrica, a instabilidade política que afasta investidores e até a imagem de que é um país marcado por desastres. É uma tarefa difícil", diz Cláudio Leopoldino, ministro-conselheiro da embaixada brasileira.
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mundo
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Com eleições adiadas, furacão aumenta caos político no HaitiDuas semanas depois de atingir o Haiti e deixar mil mortos e 60 mil desalojados, o furacão Matthew deve também causar estragos nos planos do país para deixar de ser a nação mais pobre das Américas. No campo político, o desastre piorou um cenário que já era conturbado. As eleições presidenciais, marcadas para 9 de outubro, foram adiadas devido à tempestade. Já há uma nova data marcada, 20 de novembro, mas há dúvidas sobre a capacidade do governo haitiano de realizar um pleito tão pouco tempo depois da pior crise humanitária desde o terremoto de 2010, que matou 220 mil pessoas. Estima-se que cerca de 70% dos prédios do departamento Sul que seriam usados como posto de votação foram danificados. Além disso, é esperado que parte significativa das vítimas, especialmente na camada mais pobre, tenha perdido seus documentos na tempestade, o que dificultaria que votassem. Por conta desses problemas, a ONU pressionava nos bastidores para que o pleito acontecesse daqui a pelo menos dois meses. Na avaliação da organização, os esforços do governo e da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) deveriam se concentrar em prover assistência às vítimas nesta fase mais aguda do desastre. "Desde janeiro insistimos para que as eleições acontecessem o quanto antes, mas achamos que agora seria melhor que o Haiti esperasse um pouco mais", afirmou à Folha o general Ajax Porto Pinheiro, brasileiro que comanda o braço militar da Minustah, antes da definição da nova data. Às complicações causadas pelo furacão soma-se o já problemático cenário eleitoral pré-Matthew. O primeiro turno das eleições aconteceu em outubro do ano passado, mas foi anulado depois de acusações de fraude no processo. O segundo, marcado para janeiro, nunca aconteceu, e o presidente do Senado, Jocelerme Privert, foi escolhido em eleições indiretas para ocupar o cargo até um novo pleito. Os 120 dias previstos em seu mandato interino acabaram em junho, as eleições não vieram e, mesmo sem autorização expressa do Congresso, Privert segue no poder. ECONOMIA O embaixador do Brasil no Haiti, Fernando Vidal, admite que o furacão aumentou o caos eleitoral, mas sustenta que o pior dano causado ao futuro do país é na agricultura. Diferentemente do terremoto de 2010, que dizimou a capital Porto Príncipe, o furacão atingiu mais a área rural do Haiti e arruinou a maior parte das plantações do departamento Sul. "As plantações de banana, uma das bases na alimentação local, foram destruídas e, no curto prazo, as pessoas não têm o que comer se não receberem ajuda humanitária", afirma Vidal. É o que também acredita o historiador americano Laurent Dubois, autor do livro "Haiti: Aftershocks of History" (Haiti: Abalos Secundários da História, em tradução livre). Segundo ele, a questão da segurança alimentar já era crítica antes do furacão e a partir de agora será "dramática". "No passado, o Haiti era capaz de prover alimento para sua população e ainda exportar alguns produtos. Antes do Matthew, já importava metade da sua comida", afirma. TURISMO Os danos causados pelo furacão ainda devem afetar lateralmente as pretensões do país de alavancar a economia por meio do turismo. Várias cidades atingidas, como Port Salut, ficam em praias tipicamente caribenhas, de água transparente e areia branca. "O estrago só não foi maior porque a infraestrutura existente já era muito precária", diz o embaixador Vidal. A base de comparação quando se fala em desenvolver o turismo no Haiti é a República Dominicana, que fica na mesma ilha que a ex-colônica francesa. Cerca de 60% do PIB daquele país vem do setor de serviços, do qual o turismo tem a maior fatia. Em 2014, os dominicanos receberam 5,1 milhões de turistas. Para efeito de comparação, o Brasil recebeu 6,4 milhões no mesmo período. Já o Haiti teve apenas 465 mil visitantes. "O Haiti tem um potencial turístico enorme, mas, além da falta de estrutura hoteleira, precisa superar problemas como o alto custo da energia elétrica, a instabilidade política que afasta investidores e até a imagem de que é um país marcado por desastres. É uma tarefa difícil", diz Cláudio Leopoldino, ministro-conselheiro da embaixada brasileira.
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Dilma, hidrelétricas e empreiteiras
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Aprende-se na escola de jornalismo que frequentemente o importante perde destaque para o impactante nos jornais. Isso talvez explique o silêncio quase absoluto em torno dos vetos da presidente Dilma Rousseff aos itens do Plano Plurianual que indicavam prioridade para o incremento da produção de energia renovável com fontes alternativas à matriz hidrelétrica. Não é só no discurso sobre a impossibilidade de estocar vento (sucesso absoluto como meme na internet) que a presidente ataca as chamadas fontes alternativas. Desde quando era ministra de Minas e Energia, vem dando provas de conservadorismo ao tratar de planos de produção de energia para atender a demanda futura do país. A marca de Dilma como imperatriz da Energia é a preservação do duopólio de hidrelétricas e termoelétricas. Por isso mesmo, não é possível separar sua aversão da herança de 12 anos como estrategista da eletricidade no país: a quebra da Petrobrás, da Eletrobrás e das empresas elétricas privadas, ao lado da acelerada destruição dos rios afetados pelo faraônico plano de hidrelétricas que criou para a Amazônia. Gerado no Executivo, discutido e aprovado pelo Congresso, o Plano Plurianual é uma espécie mapa para o futuro. É feito para estabelecer prioridades além dos mandatos de cada governante, comprometendo o Estado com políticas de longo prazo. Ao vetar os itens que propõem incentivo a energias renováveis não-hidráulicas, a presidente nos aferra ao passado, à produção com represamento de rios da energia de que o país precisará para sustentar o crescimento econômico. Diante das mudanças climáticas que têm gerado secas inéditas, as represas do país todo estão baixas e a alternativa tem sido queimar petróleo. Isso tende a piorar. Portanto, os vetos da presidente nos condenam também ao uso frequente de termoelétricas ao atrasar o desenvolvimento de um menu mais sofisticado de fontes. Durante a ditadura militar, nos anos 1970, o governo do general Geisel concluiu que a implantação de hidrelétricas esgotaria rapidamente seu potencial. As regiões com maior produtividade (o sul e o sudeste) já tinham barrado todos os rios mais importantes e a Amazônia exige lagos amplos demais, com baixa eficiência. O governo ditatorial deixou um plano pronto de ocupação do rio Xingu, que veio a ser arquivado logo após a redemocratização, porque afetaria muitas terras e povos e destruiria o ambiente de forma irracional. Empossada ministra em 2003, Dilma desarquivou o plano dos militares para o Xingu: com novo nome, surgiu Belo Monte, que enganou a opinião pública com a promessa de desgaste mínimo para rio e floresta e, antes mesmo de gerar energia, já dá provas de que será conhecida por nossos filhos como uma bomba ambiental. Dilma também implementou um plano de instalação de cerca de cem hidrelétricas de diferentes tamanhos na Amazônia. Nesse pacote, mudou o gabarito das chamadas "pequenas hidrelétricas" para permitir a implantação de usinas de porte médio sem licenciamento ambiental, o que já provocou o desaparecimento de peixes de bacias que não chamam atenção da opinião pública. No mundo todo, o crescimento da energia eólica já beneficia matrizes de países tão diferentes quanto Alemanha, México, China, Dinamarca, Índia e Estados Unidos. No Brasil, seu crescimento tem sido puxado pelo preço 30% a 50% menor do que o da energia produzida com biomassa ou com luz solar. E nenhuma delas emite gases de efeito estufa. Enquanto não surgem explicações políticas e psiquiátricas para o retrocesso dos vetos presidenciais, deixo aqui minha hipótese: a hidrelétrica é a única forma de produção de energia renovável inteiramente dominada pelas grandes empreiteiras de obras públicas brasileiras, aquelas que têm seus diretores presos ou processados em inquéritos sobre corrupção. Essas empresas resistem à produção eólica, solar e com biomassa porque não exigem construções imensas e nem uso intensivo de mão de obra, cimento e concreto, especialidade de empresas como OAS, Odebrecht, Camargo Correia, Andrade Gutierrez etc. Coincidentemente, o establishment governamental brasileiro é sempre servil à matriz hidrelétrica.
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Dilma, hidrelétricas e empreiteirasAprende-se na escola de jornalismo que frequentemente o importante perde destaque para o impactante nos jornais. Isso talvez explique o silêncio quase absoluto em torno dos vetos da presidente Dilma Rousseff aos itens do Plano Plurianual que indicavam prioridade para o incremento da produção de energia renovável com fontes alternativas à matriz hidrelétrica. Não é só no discurso sobre a impossibilidade de estocar vento (sucesso absoluto como meme na internet) que a presidente ataca as chamadas fontes alternativas. Desde quando era ministra de Minas e Energia, vem dando provas de conservadorismo ao tratar de planos de produção de energia para atender a demanda futura do país. A marca de Dilma como imperatriz da Energia é a preservação do duopólio de hidrelétricas e termoelétricas. Por isso mesmo, não é possível separar sua aversão da herança de 12 anos como estrategista da eletricidade no país: a quebra da Petrobrás, da Eletrobrás e das empresas elétricas privadas, ao lado da acelerada destruição dos rios afetados pelo faraônico plano de hidrelétricas que criou para a Amazônia. Gerado no Executivo, discutido e aprovado pelo Congresso, o Plano Plurianual é uma espécie mapa para o futuro. É feito para estabelecer prioridades além dos mandatos de cada governante, comprometendo o Estado com políticas de longo prazo. Ao vetar os itens que propõem incentivo a energias renováveis não-hidráulicas, a presidente nos aferra ao passado, à produção com represamento de rios da energia de que o país precisará para sustentar o crescimento econômico. Diante das mudanças climáticas que têm gerado secas inéditas, as represas do país todo estão baixas e a alternativa tem sido queimar petróleo. Isso tende a piorar. Portanto, os vetos da presidente nos condenam também ao uso frequente de termoelétricas ao atrasar o desenvolvimento de um menu mais sofisticado de fontes. Durante a ditadura militar, nos anos 1970, o governo do general Geisel concluiu que a implantação de hidrelétricas esgotaria rapidamente seu potencial. As regiões com maior produtividade (o sul e o sudeste) já tinham barrado todos os rios mais importantes e a Amazônia exige lagos amplos demais, com baixa eficiência. O governo ditatorial deixou um plano pronto de ocupação do rio Xingu, que veio a ser arquivado logo após a redemocratização, porque afetaria muitas terras e povos e destruiria o ambiente de forma irracional. Empossada ministra em 2003, Dilma desarquivou o plano dos militares para o Xingu: com novo nome, surgiu Belo Monte, que enganou a opinião pública com a promessa de desgaste mínimo para rio e floresta e, antes mesmo de gerar energia, já dá provas de que será conhecida por nossos filhos como uma bomba ambiental. Dilma também implementou um plano de instalação de cerca de cem hidrelétricas de diferentes tamanhos na Amazônia. Nesse pacote, mudou o gabarito das chamadas "pequenas hidrelétricas" para permitir a implantação de usinas de porte médio sem licenciamento ambiental, o que já provocou o desaparecimento de peixes de bacias que não chamam atenção da opinião pública. No mundo todo, o crescimento da energia eólica já beneficia matrizes de países tão diferentes quanto Alemanha, México, China, Dinamarca, Índia e Estados Unidos. No Brasil, seu crescimento tem sido puxado pelo preço 30% a 50% menor do que o da energia produzida com biomassa ou com luz solar. E nenhuma delas emite gases de efeito estufa. Enquanto não surgem explicações políticas e psiquiátricas para o retrocesso dos vetos presidenciais, deixo aqui minha hipótese: a hidrelétrica é a única forma de produção de energia renovável inteiramente dominada pelas grandes empreiteiras de obras públicas brasileiras, aquelas que têm seus diretores presos ou processados em inquéritos sobre corrupção. Essas empresas resistem à produção eólica, solar e com biomassa porque não exigem construções imensas e nem uso intensivo de mão de obra, cimento e concreto, especialidade de empresas como OAS, Odebrecht, Camargo Correia, Andrade Gutierrez etc. Coincidentemente, o establishment governamental brasileiro é sempre servil à matriz hidrelétrica.
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Conheça quatro jovens atletas de clubes paulistanos que se preparam para a Olimpíada de 2020
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MARIANA LAJOLO COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo O Brasil foi representado por 462 atletas nos Jogos do Rio. A maior parte deles, cerca de 35%, nasceu em São Paulo. Esse celeiro de competidores conta com alguns dos principais clubes do país, que escolheram uma fórmula comum rumo à próxima Olimpíada: investir na juventude. O Pinheiros, por exemplo, tem como meta aumentar o número de atletas de 19 a 24 anos. "São nomes que estarão ativos em 2020 e também em 2024", diz Cláudio Castilho, gerente de esporte competitivo da instituição. O Sesi, por sua vez, incrementa a promoção dos atletas da base para o adulto, gerando competitividade. Ainda faltam três anos para os Jogos, mas, prontos ou em formação, atletas que irão subir no pódio em Tóquio-2020 já estão treinando. Conheça quatro deles a seguir: Cosme, no boxe | Gabriel, na natação | Derick, no atletismo | Marcos, no polo | * . Boxe 23 anos 1,90 m 91 kg Em 1998, Cosme Nascimento, então com cinco anos de idade, assistiu ao narrador Galvão Bueno gritar o nome de Acelino "Popó" Freitas após a conquista de um título mundial de boxe. A cena não saiu de sua cabeça. Aos 14, enquanto trabalhava na roça ao lado do pai, na chácara da família em Santana do Parnaíba (SP), ele disparou: "Vou treinar boxe". "Eu cresci com aquilo na cabeça, nunca contei para ninguém. Eu queria ouvir o Galvão gritando meu nome. Então decidi tentar. Para mim, um jeito de me dar bem saindo de uma cidade pequena, de um bairro humilde, era por meio do esporte", relembra o atleta da categoria superpesado (sem limite de peso máximo acima de 91 kg) do Palmeiras. De casa até a academia, Nascimento tinha de percorrer nove quilômetros em uma estrada sem iluminação. Na primeira noite, voltou correndo. "Eu sentia que tinha alguém atrás de mim", conta ele, rindo da cena. Aos 17 anos, ele foi chamado para treinar no Palmeiras, que possui uma das melhores equipes do país -o clube tem como prioridade o futebol, e as modalidades olímpicas precisam se manter com as próprias pernas. Cosme chegou com uma pequena mochila pendurada nas costas, embasbacado com os prédios e com o movimento da capital paulista. "Era tudo muito diferente, as pessoas são muito diferentes", diz o grandalhão de 1,90 m de altura que cumprimenta com bom dia, boa tarde e boa noite a todos os estranhos que encontra pela rua. "Não vou mudar o mundo, mas faço minha parte." No boxe, o atleta já foi três vezes campeão brasileiro e terminou em terceiro lugar a fase classificatória para a Rio-2016, conquista que guarda com mais carinho, mesmo sem ter conquistado vaga na competição. "Quero ir a Tóquio [2020], mas se algo acontecer, esse foi o mais perto que cheguei dos Jogos", diz. Voltar ao topo do texto * . Natação 21 anos 1,83 m 78 kg O Pinheiros levou 65 atletas à Rio-2016 -15% da delegação. Um deles foi Gabriel Silva, 21. Tudo aconteceu muito rápido para o jovem paulistano, há dez anos no clube. Em 2015, ele não tinha nem medalhas no Nacional adulto. No ano seguinte, estava na final olímpica do revezamento 4 x 100 m livre -terminou em quinto. No Mundial deste ano, ganhou a prata com a equipe. "Ter vivência ao lado de atletas experientes, passar o conhecimento de geração para geração é muito importante", diz. Voltar ao topo do texto * . Atletismo 19 anos 1,82 m 75 kg Nascido em Curicica, no Rio, ele despontou na corrida por acaso: foi convidado por um professor a disputar uma competição escolar. O atletismo, porém, é uma tradição familiar –seu pai, Leandro, foi lançador de martelo e arremessador de peso, e a mãe, Marília, recordista sul-americana dos 100 m com barreiras. Sua primeira competição ocorreu em 2013. Três anos depois, mudou-se para São Paulo. "Duro foi ficar longe da minha mãe, mas acostumei. Nos falamos sempre, e ela me esculacha quando faço algo errado", diz o atleta do Pinheiros. Derick, 19, corre os 100 m em 10s33. Sua meta é quebrar a barreira de 10 s, jamais superada por um brasileiro. E ele quer chegar a 2020 fazendo da promessa realidade. Voltar ao topo do texto * . Polo aquático 19 anos 1,88 m 95 kg Basquete e natação eram os esportes preferidos de Marcos Paulo Pedroso até o dia em que ele foi chamado para completar o time de polo aquático em um treino no Sesi de Ribeirão Preto (interior de SP), em 2011. A habilidade para lançar a bola somada à desenvoltura na água eram características perfeitas para a nova modalidade. "Gostei do primeiro contato com a modalidade. Comecei a disputar campeonatos e, quando percebi, estava vindo para São Paulo defender o time adulto do Sesi", relembra Pedroso. Foi então que, há dois anos, mudou-se para a capital paulista com outros dois atletas e formou uma república. Atualmente, faz faculdade de educação física pela manhã, treina duas horas e meia no começo da tarde e mais três até o começo da noite. "É puxado, mas é a rotina que escolhi", diz. Precoce, o paulista de 19 anos já defende a seleção adulta do Brasil. "No começo foi difícil porque na minha posição [centro] é preciso ter muita força, e eu sofria por ser o mais novo. Mas melhorei muito neste ano", diz o jogador. Na seleção, Marcos Paulo gera nos mais velhos a pressão de uma nova geração que chega para conquistar seu espaço. No clube, ele já se sente como veterano, pressionado pelos garotos da base. "O Sesi sempre teve essa filosofia de dar espaço aos mais jovens. É bom ter alguém puxando seu pé, mostrando que você precisa jogar bem ou vai perder o lugar", diz. A entidade deve investir cerca de R$ 40 milhões no esporte em 2017, cerca de 5% a menos do que no ano passado. "Somos formadores. Temos jovens nos nossos times que serão realidade em 2020, outros em 2024... Estamos sempre pensando nos ciclos seguintes", afirma Eduardo Carreiro, gerente executivo de esporte e vida saudável da entidade. Voltar ao topo do texto
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saopaulo
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Conheça quatro jovens atletas de clubes paulistanos que se preparam para a Olimpíada de 2020MARIANA LAJOLO COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo O Brasil foi representado por 462 atletas nos Jogos do Rio. A maior parte deles, cerca de 35%, nasceu em São Paulo. Esse celeiro de competidores conta com alguns dos principais clubes do país, que escolheram uma fórmula comum rumo à próxima Olimpíada: investir na juventude. O Pinheiros, por exemplo, tem como meta aumentar o número de atletas de 19 a 24 anos. "São nomes que estarão ativos em 2020 e também em 2024", diz Cláudio Castilho, gerente de esporte competitivo da instituição. O Sesi, por sua vez, incrementa a promoção dos atletas da base para o adulto, gerando competitividade. Ainda faltam três anos para os Jogos, mas, prontos ou em formação, atletas que irão subir no pódio em Tóquio-2020 já estão treinando. Conheça quatro deles a seguir: Cosme, no boxe | Gabriel, na natação | Derick, no atletismo | Marcos, no polo | * . Boxe 23 anos 1,90 m 91 kg Em 1998, Cosme Nascimento, então com cinco anos de idade, assistiu ao narrador Galvão Bueno gritar o nome de Acelino "Popó" Freitas após a conquista de um título mundial de boxe. A cena não saiu de sua cabeça. Aos 14, enquanto trabalhava na roça ao lado do pai, na chácara da família em Santana do Parnaíba (SP), ele disparou: "Vou treinar boxe". "Eu cresci com aquilo na cabeça, nunca contei para ninguém. Eu queria ouvir o Galvão gritando meu nome. Então decidi tentar. Para mim, um jeito de me dar bem saindo de uma cidade pequena, de um bairro humilde, era por meio do esporte", relembra o atleta da categoria superpesado (sem limite de peso máximo acima de 91 kg) do Palmeiras. De casa até a academia, Nascimento tinha de percorrer nove quilômetros em uma estrada sem iluminação. Na primeira noite, voltou correndo. "Eu sentia que tinha alguém atrás de mim", conta ele, rindo da cena. Aos 17 anos, ele foi chamado para treinar no Palmeiras, que possui uma das melhores equipes do país -o clube tem como prioridade o futebol, e as modalidades olímpicas precisam se manter com as próprias pernas. Cosme chegou com uma pequena mochila pendurada nas costas, embasbacado com os prédios e com o movimento da capital paulista. "Era tudo muito diferente, as pessoas são muito diferentes", diz o grandalhão de 1,90 m de altura que cumprimenta com bom dia, boa tarde e boa noite a todos os estranhos que encontra pela rua. "Não vou mudar o mundo, mas faço minha parte." No boxe, o atleta já foi três vezes campeão brasileiro e terminou em terceiro lugar a fase classificatória para a Rio-2016, conquista que guarda com mais carinho, mesmo sem ter conquistado vaga na competição. "Quero ir a Tóquio [2020], mas se algo acontecer, esse foi o mais perto que cheguei dos Jogos", diz. Voltar ao topo do texto * . Natação 21 anos 1,83 m 78 kg O Pinheiros levou 65 atletas à Rio-2016 -15% da delegação. Um deles foi Gabriel Silva, 21. Tudo aconteceu muito rápido para o jovem paulistano, há dez anos no clube. Em 2015, ele não tinha nem medalhas no Nacional adulto. No ano seguinte, estava na final olímpica do revezamento 4 x 100 m livre -terminou em quinto. No Mundial deste ano, ganhou a prata com a equipe. "Ter vivência ao lado de atletas experientes, passar o conhecimento de geração para geração é muito importante", diz. Voltar ao topo do texto * . Atletismo 19 anos 1,82 m 75 kg Nascido em Curicica, no Rio, ele despontou na corrida por acaso: foi convidado por um professor a disputar uma competição escolar. O atletismo, porém, é uma tradição familiar –seu pai, Leandro, foi lançador de martelo e arremessador de peso, e a mãe, Marília, recordista sul-americana dos 100 m com barreiras. Sua primeira competição ocorreu em 2013. Três anos depois, mudou-se para São Paulo. "Duro foi ficar longe da minha mãe, mas acostumei. Nos falamos sempre, e ela me esculacha quando faço algo errado", diz o atleta do Pinheiros. Derick, 19, corre os 100 m em 10s33. Sua meta é quebrar a barreira de 10 s, jamais superada por um brasileiro. E ele quer chegar a 2020 fazendo da promessa realidade. Voltar ao topo do texto * . Polo aquático 19 anos 1,88 m 95 kg Basquete e natação eram os esportes preferidos de Marcos Paulo Pedroso até o dia em que ele foi chamado para completar o time de polo aquático em um treino no Sesi de Ribeirão Preto (interior de SP), em 2011. A habilidade para lançar a bola somada à desenvoltura na água eram características perfeitas para a nova modalidade. "Gostei do primeiro contato com a modalidade. Comecei a disputar campeonatos e, quando percebi, estava vindo para São Paulo defender o time adulto do Sesi", relembra Pedroso. Foi então que, há dois anos, mudou-se para a capital paulista com outros dois atletas e formou uma república. Atualmente, faz faculdade de educação física pela manhã, treina duas horas e meia no começo da tarde e mais três até o começo da noite. "É puxado, mas é a rotina que escolhi", diz. Precoce, o paulista de 19 anos já defende a seleção adulta do Brasil. "No começo foi difícil porque na minha posição [centro] é preciso ter muita força, e eu sofria por ser o mais novo. Mas melhorei muito neste ano", diz o jogador. Na seleção, Marcos Paulo gera nos mais velhos a pressão de uma nova geração que chega para conquistar seu espaço. No clube, ele já se sente como veterano, pressionado pelos garotos da base. "O Sesi sempre teve essa filosofia de dar espaço aos mais jovens. É bom ter alguém puxando seu pé, mostrando que você precisa jogar bem ou vai perder o lugar", diz. A entidade deve investir cerca de R$ 40 milhões no esporte em 2017, cerca de 5% a menos do que no ano passado. "Somos formadores. Temos jovens nos nossos times que serão realidade em 2020, outros em 2024... Estamos sempre pensando nos ciclos seguintes", afirma Eduardo Carreiro, gerente executivo de esporte e vida saudável da entidade. Voltar ao topo do texto
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Netflix estreia '3%', sua primeira série brasileira estimada em R$ 10 milhões
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O futuro do Brasil, segundo a Netflix, é tenebroso. Em "3%", sua primeira série produzida no país, o que restará são apenas escombros das grandes cidades. Dirigida por César Charlone –de "O Banheiro do Papa" e diretor de fotografia de "Cidade de Deus"–, a primeira temporada, de oito episódios, entra no ar no mundo inteiro nesta sexta-feira (25). Essa história, porém, começou em 2009, quando o estudante de cinema da USP Pedro Aguilera, então com 20 anos, leu os clássicos "Admirável Mundo Novo" (1932), de Aldous Huxley, e "1984" (1949), de George Orwell. Aguilera quis ligar a atmosfera totalitária da literatura distópica com a angústia juvenil. A sacada foi usar os processos seletivos que ele próprio passava nessa fase da vida: vestibular, primeiro emprego etc. Com os colegas Dani Libardi, Daina Giannecchini, Ivan Nakamura e Jotagá Crema, criou uma piloto sobre uma terra arrasada, onde os habitantes têm uma única chance na vida de escapar para uma espécie de paraíso. E adivinhe quantos passam na seleção? 3% da população. A turma da USP sabe do que está falando: eles próprios foram reprovados quando submeteram "3%" em um edital do Ministério da Cultura em 2010. Mas ali conheceram o produtor Tiago Mello, que comprou a ideia e, cinco anos depois, emplacou a série na Netflix –não sem antes amargarem rejeições em uma série de canais pagos (97% deles?). Foi nesse momento que a Netflix, com intenção de produzir no Brasil, se deparou com a versão amadora de "3%", que fazia certo sucesso no YouTube. Segundo Erik Barmack (vice-presidente de conteúdo original internacional da Netflix), a empresa sabia que os brasileiros gostavam de ficção científica e fantasia. "O que não significava que íamos encomendar algo desse gênero. Mas quando essa história chegou até nós, essas informações nos deram o conforto de que seria a decisão certa", afirmou em março, em uma conferência para o mercado audiovisual no Rio de Janeiro. Os criadores não podem falar em valores. A Folha apurou que o orçamento da série está na casa dos R$ 10 milhões, valor compatível com a realidade do audiovisual nacional. Comparando, estima-se que a Netflix gaste 20 vezes mais em uma temporada da inglesa "The Crown". MERITOCRACIA Ao desenvolver o roteiro, os criadores não esperavam estrear em um momento de crise. Ver na tela um Brasil apocalíptico, arrasado por alguma tragédia (não explicada no roteiro) e onde o discurso da meritocracia anula as regras num vale-tudo entre os competidores, pode até soar como niilismo. Para o diretor Charlone, porém, é o contrário: "Todas essas distopias têm um fundo semelhante: o futuro é uma merda, mas a promessa do que virá é maravilhosa". A história apresenta a seleção na qual 3% serão vitoriosos ao mesmo tempo em que abre um flanco revolucionário, que se fortalece no 104º ano do "processo". Um grupo tenta infiltrar um jovem na seleção para aniquilar a estrutura totalitária. O mistério sobre quem é esse agente é uma das principais tramas do primeiro episódio. Entre os competidores, o principal nome é o de Bianca Comparato, atriz escalada antes mesmo do diretor. Ela faz a valente e maltrapilha Michele, forte concorrente a deixar o Continente (o país arrasado) e migrar para o Mar Alto (ilha tecnológica, onde nada falta). Do lado dos controladores, destaca-se Ezequiel (João Miguel), claramente inspirado no Grande Irmão de Orwell, aparecendo em telas gigantes e vociferando regras. Cenários paulistanos podem ser identificados (veja quadro nesta página), mas o trunfo do seriado, nas palavras do produtor, é seu diálogo com um sentimento universal de desesperança. "Há uma insatisfação geral no mundo", afirma o produtor Tiago Mello. "Ao mesmo tempo, a série trata de um tema bem brasileiro, a desigualdade." Num mundo como o nosso atual, que até parece apocalíptico, diz ele, ficções como "3%" provocam uma espécie de catarse: "Elas nascem num campo simbólico para fazer toda essa violência e injustiça se chocarem na tela". NA TV 3% QUANDO primeira temporada completa a partir de sexta (25), na Netflix
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Netflix estreia '3%', sua primeira série brasileira estimada em R$ 10 milhõesO futuro do Brasil, segundo a Netflix, é tenebroso. Em "3%", sua primeira série produzida no país, o que restará são apenas escombros das grandes cidades. Dirigida por César Charlone –de "O Banheiro do Papa" e diretor de fotografia de "Cidade de Deus"–, a primeira temporada, de oito episódios, entra no ar no mundo inteiro nesta sexta-feira (25). Essa história, porém, começou em 2009, quando o estudante de cinema da USP Pedro Aguilera, então com 20 anos, leu os clássicos "Admirável Mundo Novo" (1932), de Aldous Huxley, e "1984" (1949), de George Orwell. Aguilera quis ligar a atmosfera totalitária da literatura distópica com a angústia juvenil. A sacada foi usar os processos seletivos que ele próprio passava nessa fase da vida: vestibular, primeiro emprego etc. Com os colegas Dani Libardi, Daina Giannecchini, Ivan Nakamura e Jotagá Crema, criou uma piloto sobre uma terra arrasada, onde os habitantes têm uma única chance na vida de escapar para uma espécie de paraíso. E adivinhe quantos passam na seleção? 3% da população. A turma da USP sabe do que está falando: eles próprios foram reprovados quando submeteram "3%" em um edital do Ministério da Cultura em 2010. Mas ali conheceram o produtor Tiago Mello, que comprou a ideia e, cinco anos depois, emplacou a série na Netflix –não sem antes amargarem rejeições em uma série de canais pagos (97% deles?). Foi nesse momento que a Netflix, com intenção de produzir no Brasil, se deparou com a versão amadora de "3%", que fazia certo sucesso no YouTube. Segundo Erik Barmack (vice-presidente de conteúdo original internacional da Netflix), a empresa sabia que os brasileiros gostavam de ficção científica e fantasia. "O que não significava que íamos encomendar algo desse gênero. Mas quando essa história chegou até nós, essas informações nos deram o conforto de que seria a decisão certa", afirmou em março, em uma conferência para o mercado audiovisual no Rio de Janeiro. Os criadores não podem falar em valores. A Folha apurou que o orçamento da série está na casa dos R$ 10 milhões, valor compatível com a realidade do audiovisual nacional. Comparando, estima-se que a Netflix gaste 20 vezes mais em uma temporada da inglesa "The Crown". MERITOCRACIA Ao desenvolver o roteiro, os criadores não esperavam estrear em um momento de crise. Ver na tela um Brasil apocalíptico, arrasado por alguma tragédia (não explicada no roteiro) e onde o discurso da meritocracia anula as regras num vale-tudo entre os competidores, pode até soar como niilismo. Para o diretor Charlone, porém, é o contrário: "Todas essas distopias têm um fundo semelhante: o futuro é uma merda, mas a promessa do que virá é maravilhosa". A história apresenta a seleção na qual 3% serão vitoriosos ao mesmo tempo em que abre um flanco revolucionário, que se fortalece no 104º ano do "processo". Um grupo tenta infiltrar um jovem na seleção para aniquilar a estrutura totalitária. O mistério sobre quem é esse agente é uma das principais tramas do primeiro episódio. Entre os competidores, o principal nome é o de Bianca Comparato, atriz escalada antes mesmo do diretor. Ela faz a valente e maltrapilha Michele, forte concorrente a deixar o Continente (o país arrasado) e migrar para o Mar Alto (ilha tecnológica, onde nada falta). Do lado dos controladores, destaca-se Ezequiel (João Miguel), claramente inspirado no Grande Irmão de Orwell, aparecendo em telas gigantes e vociferando regras. Cenários paulistanos podem ser identificados (veja quadro nesta página), mas o trunfo do seriado, nas palavras do produtor, é seu diálogo com um sentimento universal de desesperança. "Há uma insatisfação geral no mundo", afirma o produtor Tiago Mello. "Ao mesmo tempo, a série trata de um tema bem brasileiro, a desigualdade." Num mundo como o nosso atual, que até parece apocalíptico, diz ele, ficções como "3%" provocam uma espécie de catarse: "Elas nascem num campo simbólico para fazer toda essa violência e injustiça se chocarem na tela". NA TV 3% QUANDO primeira temporada completa a partir de sexta (25), na Netflix
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Incra atrasa repasse e assentados perdem assistência técnica
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O atraso de repasses do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a um instituto contratado para prestar assistência técnica a assentamentos rurais causou a suspensão do atendimento a mais de 6.000 famílias no interior de São Paulo. Responsável por três dos cinco lotes em que o Estado foi dividido, o IBS (Instituto BioSistêmico) paralisou as atividades neste mês, sem dinheiro até para abastecer veículos usados pela equipe. O IBS diz ter dívida de cerca de R$ 3 milhões causada por atrasos nos repasses desde junho do ano passado. O valor anual do contrato é de R$ 9 milhões, segundo o IBS. O Incra confirma o débito e diz estar "empenhado" em resolver o problema. Com a paralisação, 60% das famílias assentadas no Estado deixaram de receber suporte para adoção de práticas agrícolas adequadas, intermediação de acesso a crédito e fomento à venda da produção, entre outros. Foram afetadas regiões como as de Araraquara -2.600 famílias-, Ribeirão Preto, Bauru, Sorocaba e os Vales do Paraíba e do Ribeira. Em Ribeirão Preto, a implantação de sistemas agroflorestais está parada, assim como a recomposição da reserva legal do assentamento, que fica em área de recarga do aquífero Guarani. Em Promissão, técnicas de pastoreio para aumentar a produtividade dos rebanhos deixaram de ser desenvolvidas para quase mil famílias. "Toda a equipe está parada. Além de combustível, não tínhamos mais condição de pegar dinheiro para alimentação. Estamos parados e vamos continuar se não tiver pagamento", disse Claudio Pinheiro, diretor do IBS. O imbróglio ocorre porque o Incra não tem equipe de servidores para atender a demanda, o que o obriga a terceirizar as atividades. Assentado em Serra Azul, Adilson Aniceto afirmou que a assistência técnica contribui para o produtor de tal forma que ele só tenha que se preocupar com o campo. "A comida do Brasil depende da agricultura familiar. Hoje o problema é o feijão, mas amanhã pode ser outro produto e depois outro. Sem a assistência, ficamos muito preocupados", disse. OUTRO LADO O Incra confirmou ter conhecimento da suspensão dos serviços, disse que deve R$ 2,2 milhões ao IBS e admitiu que o valor pode ser superior devido a notas dos meses de abril e maio, ainda não constantes do sistema. Informou ainda estar "empenhado em normalizar os pagamentos para evitar maiores prejuízos às famílias assentadas".
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Incra atrasa repasse e assentados perdem assistência técnicaO atraso de repasses do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a um instituto contratado para prestar assistência técnica a assentamentos rurais causou a suspensão do atendimento a mais de 6.000 famílias no interior de São Paulo. Responsável por três dos cinco lotes em que o Estado foi dividido, o IBS (Instituto BioSistêmico) paralisou as atividades neste mês, sem dinheiro até para abastecer veículos usados pela equipe. O IBS diz ter dívida de cerca de R$ 3 milhões causada por atrasos nos repasses desde junho do ano passado. O valor anual do contrato é de R$ 9 milhões, segundo o IBS. O Incra confirma o débito e diz estar "empenhado" em resolver o problema. Com a paralisação, 60% das famílias assentadas no Estado deixaram de receber suporte para adoção de práticas agrícolas adequadas, intermediação de acesso a crédito e fomento à venda da produção, entre outros. Foram afetadas regiões como as de Araraquara -2.600 famílias-, Ribeirão Preto, Bauru, Sorocaba e os Vales do Paraíba e do Ribeira. Em Ribeirão Preto, a implantação de sistemas agroflorestais está parada, assim como a recomposição da reserva legal do assentamento, que fica em área de recarga do aquífero Guarani. Em Promissão, técnicas de pastoreio para aumentar a produtividade dos rebanhos deixaram de ser desenvolvidas para quase mil famílias. "Toda a equipe está parada. Além de combustível, não tínhamos mais condição de pegar dinheiro para alimentação. Estamos parados e vamos continuar se não tiver pagamento", disse Claudio Pinheiro, diretor do IBS. O imbróglio ocorre porque o Incra não tem equipe de servidores para atender a demanda, o que o obriga a terceirizar as atividades. Assentado em Serra Azul, Adilson Aniceto afirmou que a assistência técnica contribui para o produtor de tal forma que ele só tenha que se preocupar com o campo. "A comida do Brasil depende da agricultura familiar. Hoje o problema é o feijão, mas amanhã pode ser outro produto e depois outro. Sem a assistência, ficamos muito preocupados", disse. OUTRO LADO O Incra confirmou ter conhecimento da suspensão dos serviços, disse que deve R$ 2,2 milhões ao IBS e admitiu que o valor pode ser superior devido a notas dos meses de abril e maio, ainda não constantes do sistema. Informou ainda estar "empenhado em normalizar os pagamentos para evitar maiores prejuízos às famílias assentadas".
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Pelé lança 'Esperança', música para celebrar Jogos Olímpicos do Rio
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DE SÃO PAULO Pelé, 75, lançou, nesta sexta-feira (15), a música "Esperança", em homenagem aos Jogos Olímpicos do Rio. Trata-se de mais um tributo do ex-jogador à juventude para celebrar os primeiros Jogos da América do Sul. Ouça trecho No início da semana, Pelé havia anunciado em seu perfil oficial do Facebook que lançaria a música. "Eu escrevi e gravei uma canção chamada "Esperança", sobre o sentimento de esperança e felicidade ao redor do mundo durante as Olimpíadas", diz a postagem. Na canção, Pelé é acompanhado por um coro de criança. A letra evoca a "festa brasileira" que "fará todo o mundo feliz" Pelé já fez incursões pela música nos anos 1960. Em 2006, lançou o disco "Pelé Ginga", com a participação de artistas como Gilberto Gil. Pelé CASAMENTO No último sábado (9), Pelé se casou com a empresária Marcia Cibele Aoki, 50. Foi o terceiro casamento do ex-atleta.
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esporte
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Pelé lança 'Esperança', música para celebrar Jogos Olímpicos do Rio
DE SÃO PAULO Pelé, 75, lançou, nesta sexta-feira (15), a música "Esperança", em homenagem aos Jogos Olímpicos do Rio. Trata-se de mais um tributo do ex-jogador à juventude para celebrar os primeiros Jogos da América do Sul. Ouça trecho No início da semana, Pelé havia anunciado em seu perfil oficial do Facebook que lançaria a música. "Eu escrevi e gravei uma canção chamada "Esperança", sobre o sentimento de esperança e felicidade ao redor do mundo durante as Olimpíadas", diz a postagem. Na canção, Pelé é acompanhado por um coro de criança. A letra evoca a "festa brasileira" que "fará todo o mundo feliz" Pelé já fez incursões pela música nos anos 1960. Em 2006, lançou o disco "Pelé Ginga", com a participação de artistas como Gilberto Gil. Pelé CASAMENTO No último sábado (9), Pelé se casou com a empresária Marcia Cibele Aoki, 50. Foi o terceiro casamento do ex-atleta.
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Palmeiras já recebeu quatro negativas de chineses por Rafael Marques
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As negociações entre Palmeiras e o Henan Jianye, da China, para a continuidade do atacante Rafael Marques no clube paulista têm se arrastado por meses, mas até o momento o desfecho ainda não foi positivo. Segundo a Folha apurou, os chineses já rejeitaram quatro propostas do Palmeiras pelo jogador nos últimos meses. Nesta segunda-feira (4) eles devem dar mais uma resposta. Em caso de mais uma negativa, o jogador deve intensificar conversas com outros clubes nacionais, já que deseja ficar no Brasil. A multa para liberação do jogador estava fixada em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 6 milhões), mas como seu contrato de empréstimo se encerrou no dia 31 de dezembro, o Palmeiras perdeu a prioridade de compra e o Henan Jianye não precisa vender o jogador por uma oferta que contemple o valor da multa. De todo modo, as propostas do Palmeiras ainda não chegaram ao patamar desejado pelos chineses. A primeira proposta apresentada pelo clube alviverde foi de US$ 300 mil (R$ 1,2 milhão), que então foi aumentada progressivamente, mas ainda sem alcançar o US$ 1,5 milhão estipulado inicialmente. As negociações salariais entre clube e jogador estão avançadas, mas ainda não foram concluídas por pequenas divergências de valores. Os envolvidos encaram com otimismo a possibilidade de permanência do jogador na equipe paulista.
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Palmeiras já recebeu quatro negativas de chineses por Rafael MarquesAs negociações entre Palmeiras e o Henan Jianye, da China, para a continuidade do atacante Rafael Marques no clube paulista têm se arrastado por meses, mas até o momento o desfecho ainda não foi positivo. Segundo a Folha apurou, os chineses já rejeitaram quatro propostas do Palmeiras pelo jogador nos últimos meses. Nesta segunda-feira (4) eles devem dar mais uma resposta. Em caso de mais uma negativa, o jogador deve intensificar conversas com outros clubes nacionais, já que deseja ficar no Brasil. A multa para liberação do jogador estava fixada em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 6 milhões), mas como seu contrato de empréstimo se encerrou no dia 31 de dezembro, o Palmeiras perdeu a prioridade de compra e o Henan Jianye não precisa vender o jogador por uma oferta que contemple o valor da multa. De todo modo, as propostas do Palmeiras ainda não chegaram ao patamar desejado pelos chineses. A primeira proposta apresentada pelo clube alviverde foi de US$ 300 mil (R$ 1,2 milhão), que então foi aumentada progressivamente, mas ainda sem alcançar o US$ 1,5 milhão estipulado inicialmente. As negociações salariais entre clube e jogador estão avançadas, mas ainda não foram concluídas por pequenas divergências de valores. Os envolvidos encaram com otimismo a possibilidade de permanência do jogador na equipe paulista.
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Saída de Dilma do governo federal é alívio, afirma banqueiro
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A iminência de saída da presidente Dilma Rousseff é um alívio e o vice Michel Temer poderá assumir em um ambiente mais favorável, com possível apoio para realizar medidas necessárias, queda de juro e atração de investimento. A avaliação é de Marco Antonio Bologna, que foi presidente da TAM e está hoje à frente do Banco Fator. Para ele, Dilma perdeu a capacidade de atrair nomes de peso do setor privado a sua equipe econômica, mas Temer chega num momento em que "todo mundo quer contribuir". "É quase um salvamento", diz Bologna, que ressalta a carência de ortodoxia e pragmatismo na economia. Folha - O mercado está aliviado? Com Dilma não se vê mais saída possível? Marco Antonio Bologna - Há um esgotamento, um cansaço. Se não resolve o lado político, o econômico fica complicado. O impeachment leva tempo, mas pelo menos tira da frente um tema que vem deixando aquele imobilismo na tomada de decisão. Sente-se um alívio em ver que há pelo menos o início de um rumo. Alívio é a palavra, porque fica esse vai não vai, com o governo imobilizado para tomar medidas necessárias e um ambiente ruim para negócios. Estamos falando de uma transição que possa resgatar um pouco a normalidade. Que melhoras vislumbram? Um ambiente melhor na parte monetária, lembrando que a inflação já está mostrando fraqueza, pela própria debilidade de consumo. E o mundo não está com movimento de taxa de juros para cima. Na economia americana, o Fed já mostrou que vai mais devagar. Acho que há ambiente favorável para cair juros. Qualquer um que estiver lá vai dar boas notícias na taxa de juros, o que é bom para quem deve e para quem toma dinheiro. E bom para as finanças, para reduzir endividamento total do país. Na área cambial também há um momento mais favorável. E o problema? Onde está? Na área fiscal. Sabe-se que o que precisa ser feito na área fiscal depende do Congresso. Entre os principais temas está a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que dá maior flexibilidade orçamentária. Isso precisa ser aprovado. E a CPMF, uma alternativa emergencial. A parte mais estrutural, que é mais explosiva quando você faz as projeções, é a Previdência. Além disso, precisa destravar as concessões. Como o PIB voltará a crescer? A exportação começa a contribuir, o superavit de balança já está dando na margem uma contribuição de PIB. Mas não é suficiente. O mundo não está crescendo como deveria, então não dá para esperar que a volta do crescimento venha só da exportação. Faltam pontos de interesse ao investidor privado. O destravamento das concessões contribuiria para ter investimento na infraestrutura. Ter política de concessão mais amigável, não querer limitar taxa de retorno. Ele terá apoio do Congresso? Ele já pega um ambiente mais favorável. Vimos pela votação do impeachment na Câmara. E é um politico experiente. Além disso, há vontade do empresariado de que as coisas andem. Há um esgotamento. Muitos esperavam manifestações violentas e, no fim, foi pacífico, porque ninguém aguenta mais. O esgotamento traz a vontade de virar a página, de andar com as medidas emergenciais e sinalizar a quem está esperando para investir. O país continua interessante? Sim. Mesmo reduzindo a taxa de juros, ainda tem juro real e um câmbio interessante para investidor estrangeiro. Há coisas que ainda estão com boa relação de preço e retorno. Uma pequena volta do investimento estrangeiro já significa muito dinheiro. O choque de confiança dura quanto tempo? Não sei se é choque de confiança, é um destravamento mesmo. Vai depender de como as coisas acontecerão. Vamos ter volatilidade, porque há o imponderável, mas do ponto de vista da virada de página política está claro que agora está começando. Só vai se concretizar nas eleições de 2018, mas isso já distensiona. Ele vai conseguir atrair bons nomes à equipe econômica? Sim. Está claro que não queremos nada heterodoxo. Vai atrair nomes que mostrem ortodoxia, objetividade, sem soluções jabuticaba, que não aguentamos mais. Até pelo ambiente atual, todo mundo quer contribuir para melhorar. Ela já estava esgotada e já não tinha capacidade de atrair quem não fosse muito próximo. Mas aquele que chega vem num momento em que há vontade de fazer algo pelo país. É quase um salvamento. O ideal é que fosse um nome alinhado às boas práticas internacionais. Veja a Argentina: continua com problemas estruturais, mas mudou a percepção do risco e o dinheiro voltou a fluir. - Raio-x Marco A. Bologna Carreira Presidente do Banco Fator e do conselho da TAM/SA Trajetória Antes de ser presidente da TAM, atuou no mercado financeiro em bancos como Inter American Express. Grupo Fator/2015 Patrimônio consolidado: R$ 345 milhões Gestão de ativos: R$ 3,8 bilhões Gestão de private: R$ 3,5 bilhões Funcionários: 250
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mercado
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Saída de Dilma do governo federal é alívio, afirma banqueiroA iminência de saída da presidente Dilma Rousseff é um alívio e o vice Michel Temer poderá assumir em um ambiente mais favorável, com possível apoio para realizar medidas necessárias, queda de juro e atração de investimento. A avaliação é de Marco Antonio Bologna, que foi presidente da TAM e está hoje à frente do Banco Fator. Para ele, Dilma perdeu a capacidade de atrair nomes de peso do setor privado a sua equipe econômica, mas Temer chega num momento em que "todo mundo quer contribuir". "É quase um salvamento", diz Bologna, que ressalta a carência de ortodoxia e pragmatismo na economia. Folha - O mercado está aliviado? Com Dilma não se vê mais saída possível? Marco Antonio Bologna - Há um esgotamento, um cansaço. Se não resolve o lado político, o econômico fica complicado. O impeachment leva tempo, mas pelo menos tira da frente um tema que vem deixando aquele imobilismo na tomada de decisão. Sente-se um alívio em ver que há pelo menos o início de um rumo. Alívio é a palavra, porque fica esse vai não vai, com o governo imobilizado para tomar medidas necessárias e um ambiente ruim para negócios. Estamos falando de uma transição que possa resgatar um pouco a normalidade. Que melhoras vislumbram? Um ambiente melhor na parte monetária, lembrando que a inflação já está mostrando fraqueza, pela própria debilidade de consumo. E o mundo não está com movimento de taxa de juros para cima. Na economia americana, o Fed já mostrou que vai mais devagar. Acho que há ambiente favorável para cair juros. Qualquer um que estiver lá vai dar boas notícias na taxa de juros, o que é bom para quem deve e para quem toma dinheiro. E bom para as finanças, para reduzir endividamento total do país. Na área cambial também há um momento mais favorável. E o problema? Onde está? Na área fiscal. Sabe-se que o que precisa ser feito na área fiscal depende do Congresso. Entre os principais temas está a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que dá maior flexibilidade orçamentária. Isso precisa ser aprovado. E a CPMF, uma alternativa emergencial. A parte mais estrutural, que é mais explosiva quando você faz as projeções, é a Previdência. Além disso, precisa destravar as concessões. Como o PIB voltará a crescer? A exportação começa a contribuir, o superavit de balança já está dando na margem uma contribuição de PIB. Mas não é suficiente. O mundo não está crescendo como deveria, então não dá para esperar que a volta do crescimento venha só da exportação. Faltam pontos de interesse ao investidor privado. O destravamento das concessões contribuiria para ter investimento na infraestrutura. Ter política de concessão mais amigável, não querer limitar taxa de retorno. Ele terá apoio do Congresso? Ele já pega um ambiente mais favorável. Vimos pela votação do impeachment na Câmara. E é um politico experiente. Além disso, há vontade do empresariado de que as coisas andem. Há um esgotamento. Muitos esperavam manifestações violentas e, no fim, foi pacífico, porque ninguém aguenta mais. O esgotamento traz a vontade de virar a página, de andar com as medidas emergenciais e sinalizar a quem está esperando para investir. O país continua interessante? Sim. Mesmo reduzindo a taxa de juros, ainda tem juro real e um câmbio interessante para investidor estrangeiro. Há coisas que ainda estão com boa relação de preço e retorno. Uma pequena volta do investimento estrangeiro já significa muito dinheiro. O choque de confiança dura quanto tempo? Não sei se é choque de confiança, é um destravamento mesmo. Vai depender de como as coisas acontecerão. Vamos ter volatilidade, porque há o imponderável, mas do ponto de vista da virada de página política está claro que agora está começando. Só vai se concretizar nas eleições de 2018, mas isso já distensiona. Ele vai conseguir atrair bons nomes à equipe econômica? Sim. Está claro que não queremos nada heterodoxo. Vai atrair nomes que mostrem ortodoxia, objetividade, sem soluções jabuticaba, que não aguentamos mais. Até pelo ambiente atual, todo mundo quer contribuir para melhorar. Ela já estava esgotada e já não tinha capacidade de atrair quem não fosse muito próximo. Mas aquele que chega vem num momento em que há vontade de fazer algo pelo país. É quase um salvamento. O ideal é que fosse um nome alinhado às boas práticas internacionais. Veja a Argentina: continua com problemas estruturais, mas mudou a percepção do risco e o dinheiro voltou a fluir. - Raio-x Marco A. Bologna Carreira Presidente do Banco Fator e do conselho da TAM/SA Trajetória Antes de ser presidente da TAM, atuou no mercado financeiro em bancos como Inter American Express. Grupo Fator/2015 Patrimônio consolidado: R$ 345 milhões Gestão de ativos: R$ 3,8 bilhões Gestão de private: R$ 3,5 bilhões Funcionários: 250
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Após arrastão em ônibus, policial militar de folga mata suspeita
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Um policial militar de folga matou uma mulher e feriu um homem suspeitos de fazer um arrastão em um ônibus da Viação Cometa na rodovia Presidente Castello Branco, em Barueri, Grande São Paulo, por volta das 20h30 desta quarta-feira (22). O ônibus com ao menos 16 passageiros tinha saído de Sorocaba (99 km de São Paulo) com destino ao terminal rodoviário da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Com o coletivo em movimento, um casal armado, que fingiu ser passageiro, se levantou e anunciou o roubo. O homem parou ao lado do motorista, enquanto a mulher começou a recolher celulares, joias e dinheiro das vítimas. A ação durou aproximadamente dez minutos. Após o roubo, os ladrões desceram do ônibus no km 22 da rodovia. Um cabo da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que estava no ônibus, esperou os criminosos desembarcarem para dar voz de prisão. Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), os ladrões reagiram e atiraram contra o policial. Na troca de tiros, a suspeita de roubo morreu no local e o homem ficou ferido. Apesar de ferido, o ladrão tentou fugir por um barranco que dá acesso a uma rua paralela à rodovia, onde tentou obrigar um motorista a ajudá-lo na fuga. O motorista se recusou a abrir a porta do veículo e foi baleado no braço pelo ladrão. Ferido, o motorista fugiu e pediu ajuda em posto da Polícia Militar. Ele foi levado pelo Samu (Serviço Médico de Urgência) a um hospital da região. O ladrão foi detido pelo PM e levado a um hospital em Barueri. O estado de saúde dele não foi informado. Os objetos roubados dos passageiros foram recuperados e levados à delegacia de plantão de Barueri, onde o caso foi registrado.
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cotidiano
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Após arrastão em ônibus, policial militar de folga mata suspeitaUm policial militar de folga matou uma mulher e feriu um homem suspeitos de fazer um arrastão em um ônibus da Viação Cometa na rodovia Presidente Castello Branco, em Barueri, Grande São Paulo, por volta das 20h30 desta quarta-feira (22). O ônibus com ao menos 16 passageiros tinha saído de Sorocaba (99 km de São Paulo) com destino ao terminal rodoviário da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Com o coletivo em movimento, um casal armado, que fingiu ser passageiro, se levantou e anunciou o roubo. O homem parou ao lado do motorista, enquanto a mulher começou a recolher celulares, joias e dinheiro das vítimas. A ação durou aproximadamente dez minutos. Após o roubo, os ladrões desceram do ônibus no km 22 da rodovia. Um cabo da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que estava no ônibus, esperou os criminosos desembarcarem para dar voz de prisão. Segundo a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), os ladrões reagiram e atiraram contra o policial. Na troca de tiros, a suspeita de roubo morreu no local e o homem ficou ferido. Apesar de ferido, o ladrão tentou fugir por um barranco que dá acesso a uma rua paralela à rodovia, onde tentou obrigar um motorista a ajudá-lo na fuga. O motorista se recusou a abrir a porta do veículo e foi baleado no braço pelo ladrão. Ferido, o motorista fugiu e pediu ajuda em posto da Polícia Militar. Ele foi levado pelo Samu (Serviço Médico de Urgência) a um hospital da região. O ladrão foi detido pelo PM e levado a um hospital em Barueri. O estado de saúde dele não foi informado. Os objetos roubados dos passageiros foram recuperados e levados à delegacia de plantão de Barueri, onde o caso foi registrado.
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Jogos do Rio mostrarão corrupção brasileira ao mundo, diz leitor
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OLIMPÍADA A realização dos Jogos do Rio em um momento tão turbulento da vida nacional terá ao menos uma vantagem: mostrar ao mundo a triste realidade brasileira, consequência de tanta corrupção. Ao fim dos Jogos, espera-se que os causadores de tanta decepção estejam na cadeia. Talvez aí possamos recomeçar a vida de acordo com os parâmetros mais civilizados. ELIZIO NILO CALIMAN (Brasília, DF) * É uma piada que o governo federal ceda à chantagem do governo do Rio e use nosso dinheiro para pagar despesas de uma festa sem sentido e sem nenhuma utilidade para o Brasil, como a Olimpíada. Não bastassem os rombos e roubos da Copa, agora o país inteiro terá que trabalhar para pagar os Jogos Olímpicos? NELIO ALVES GOMES (Curitiba, PR) - HABEAS CORPUS Quero parabenizar os procuradores da República Carlos Fernando dos Santos Lima e Diogo Castor de Mattos pelo excelente artigo "Medalha de ouro para o habeas corpus". A decisão do ministro do STF Dias Toffoli, que determinou a soltura do ex-ministro Paulo Bernardo, chocou 200 milhões de brasileiros. SYLVÉRIO DEL GROSI (Fernandópolis, SP) Se os atos praticados por Romero Jucá, José Sarney, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não motivam prisão preventiva, porque Paulo Bernardo deveria ser preso ? Analogias e a retórica de Chicos e Franciscos são aplicadas conforme a preferência partidária? Nesse espírito, Toffoli foi coerente, já que a prisão nem deveria ter sido requisitada. GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP) - PERÍCIA DO SENADO O leitor Tomaz de Aquino dos Santos pergunta como deve ser o caráter da senadora Vanessa Grazziotin, por ela defender Dilma. Eu pergunto: qual é o caráter de uma pessoa que apoia um golpe de Estado? ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP) * A senadora Grazziotin tem todo o direito de defender o que quiser. Mas seria esperado que, pelo posto que ocupa, fizesse a defesa de sua tese manejando minimamente o instrumental teórico exigido para o caso. O laudo apresentado por técnicos do Senado deve ser lido como todo e qualquer laudo num processo de natureza criminal. Aos peritos cabe responder se houve o fato investigado. A definição da autoria, por sua vez, é atribuição de quem julga. ANA LÚCIA AMARAL (São Paulo, SP) * Se a perícia isentou a presidente Dilma Rousseff, ela deve ser reconduzida ao poder pelo Senado, a despeito do que pretendem ou pensem os seus adversários e desafetos políticos. PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR) VIOLÊNCIA Na edição deste domingo (3/7), o "Painel do Leitor" publicou duas cartas sobre o candente tema da violência. Numa delas, o qualificado autor propõe que os governantes "ponham o enfrentamento do crime no topo de suas prioridades". Cabe aqui enfatizar que esse enfrentamento, que a cada dia se mostra mais necessário e urgente, só será viável quando se reestruturar as polícias, se corrigir a absurda defasagem de seus efetivos e se pagar um salário digno aos seus integrantes, indistintamente. JARIM LOPES ROSEIRA, presidente da seção de São Paulo da International Police Association (São Paulo - SP) - BRIGA DE POETAS As rusgas dos poetas Augusto de Campos e Ferreira Gullar são concretas caretices. A ambição de ambos pela exclusiva autoria da "descoberta" de Oswald de Andrade mais parece picaretagem, em detrimento da oswaldiana linguagem. Augusto e Gullar estão transformando o modernismo em arcaísmo. Que Oswald de Andrade desculpe os encomiastas pugilistas. NEY JOSÉ PEREIRA (SÃO PAULO, SP) - MICHAEL CIMINO Grande diretor de cinema, Michael Cimino nos brindou com pelo menos um clássico, "O Franco Atirador" (1978), um dos melhores, talvez o melhor, filmes sobre a Guerra do Vietnã. Que descanse em paz. REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP) - CHARGE A charge de Jean Galvão, criada a partir do símbolo da Caixa Econômica Federal, está absolutamente certa, pois a Petrobras foi apenas o aperitivo da Operação Lava Jato. Quando as caixas-pretas da Caixa, Previ e outras autarquias públicas forem abertas, teremos muitas descobertas desse esquema de corrupção que alcançou a máquina do Estado de uma maneira inédita e inimaginável. Parabéns ao cartunista pela antecipação das futuras manchetes. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Araçatuba, SP) - COLUNISTAS O colunista Elio Gaspari pinta uma Dilma inocente e prensada entre vilões. Por que não citou a incompetência política monumental da presidente afastada Dilma e de seu partido, que não tinham outro objetivo a não ser saquear o país em todos os setores? Os benefícios que aconteceram durante a gestão petista foram apenas "um detalhe", ainda que elogiáveis. MARCOS BONASSI, professor (São Paulo, SP) * Lamentável a colunista Tati Bernardi achar que não há vida inteligente atrás de um volante do Uber. Comentários como "não sabe a diferença entre esquerda e direita" demonstram o perfil de uma pessoa preconceituosa, contrariando a imagem que tinha da autora. EDSON BALBUENO (São Paulo, SP)
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Jogos do Rio mostrarão corrupção brasileira ao mundo, diz leitorOLIMPÍADA A realização dos Jogos do Rio em um momento tão turbulento da vida nacional terá ao menos uma vantagem: mostrar ao mundo a triste realidade brasileira, consequência de tanta corrupção. Ao fim dos Jogos, espera-se que os causadores de tanta decepção estejam na cadeia. Talvez aí possamos recomeçar a vida de acordo com os parâmetros mais civilizados. ELIZIO NILO CALIMAN (Brasília, DF) * É uma piada que o governo federal ceda à chantagem do governo do Rio e use nosso dinheiro para pagar despesas de uma festa sem sentido e sem nenhuma utilidade para o Brasil, como a Olimpíada. Não bastassem os rombos e roubos da Copa, agora o país inteiro terá que trabalhar para pagar os Jogos Olímpicos? NELIO ALVES GOMES (Curitiba, PR) - HABEAS CORPUS Quero parabenizar os procuradores da República Carlos Fernando dos Santos Lima e Diogo Castor de Mattos pelo excelente artigo "Medalha de ouro para o habeas corpus". A decisão do ministro do STF Dias Toffoli, que determinou a soltura do ex-ministro Paulo Bernardo, chocou 200 milhões de brasileiros. SYLVÉRIO DEL GROSI (Fernandópolis, SP) Se os atos praticados por Romero Jucá, José Sarney, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não motivam prisão preventiva, porque Paulo Bernardo deveria ser preso ? Analogias e a retórica de Chicos e Franciscos são aplicadas conforme a preferência partidária? Nesse espírito, Toffoli foi coerente, já que a prisão nem deveria ter sido requisitada. GILMAIR RIBEIRO DA SILVA (Piracicaba, SP) - PERÍCIA DO SENADO O leitor Tomaz de Aquino dos Santos pergunta como deve ser o caráter da senadora Vanessa Grazziotin, por ela defender Dilma. Eu pergunto: qual é o caráter de uma pessoa que apoia um golpe de Estado? ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP) * A senadora Grazziotin tem todo o direito de defender o que quiser. Mas seria esperado que, pelo posto que ocupa, fizesse a defesa de sua tese manejando minimamente o instrumental teórico exigido para o caso. O laudo apresentado por técnicos do Senado deve ser lido como todo e qualquer laudo num processo de natureza criminal. Aos peritos cabe responder se houve o fato investigado. A definição da autoria, por sua vez, é atribuição de quem julga. ANA LÚCIA AMARAL (São Paulo, SP) * Se a perícia isentou a presidente Dilma Rousseff, ela deve ser reconduzida ao poder pelo Senado, a despeito do que pretendem ou pensem os seus adversários e desafetos políticos. PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR) VIOLÊNCIA Na edição deste domingo (3/7), o "Painel do Leitor" publicou duas cartas sobre o candente tema da violência. Numa delas, o qualificado autor propõe que os governantes "ponham o enfrentamento do crime no topo de suas prioridades". Cabe aqui enfatizar que esse enfrentamento, que a cada dia se mostra mais necessário e urgente, só será viável quando se reestruturar as polícias, se corrigir a absurda defasagem de seus efetivos e se pagar um salário digno aos seus integrantes, indistintamente. JARIM LOPES ROSEIRA, presidente da seção de São Paulo da International Police Association (São Paulo - SP) - BRIGA DE POETAS As rusgas dos poetas Augusto de Campos e Ferreira Gullar são concretas caretices. A ambição de ambos pela exclusiva autoria da "descoberta" de Oswald de Andrade mais parece picaretagem, em detrimento da oswaldiana linguagem. Augusto e Gullar estão transformando o modernismo em arcaísmo. Que Oswald de Andrade desculpe os encomiastas pugilistas. NEY JOSÉ PEREIRA (SÃO PAULO, SP) - MICHAEL CIMINO Grande diretor de cinema, Michael Cimino nos brindou com pelo menos um clássico, "O Franco Atirador" (1978), um dos melhores, talvez o melhor, filmes sobre a Guerra do Vietnã. Que descanse em paz. REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP) - CHARGE A charge de Jean Galvão, criada a partir do símbolo da Caixa Econômica Federal, está absolutamente certa, pois a Petrobras foi apenas o aperitivo da Operação Lava Jato. Quando as caixas-pretas da Caixa, Previ e outras autarquias públicas forem abertas, teremos muitas descobertas desse esquema de corrupção que alcançou a máquina do Estado de uma maneira inédita e inimaginável. Parabéns ao cartunista pela antecipação das futuras manchetes. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Araçatuba, SP) - COLUNISTAS O colunista Elio Gaspari pinta uma Dilma inocente e prensada entre vilões. Por que não citou a incompetência política monumental da presidente afastada Dilma e de seu partido, que não tinham outro objetivo a não ser saquear o país em todos os setores? Os benefícios que aconteceram durante a gestão petista foram apenas "um detalhe", ainda que elogiáveis. MARCOS BONASSI, professor (São Paulo, SP) * Lamentável a colunista Tati Bernardi achar que não há vida inteligente atrás de um volante do Uber. Comentários como "não sabe a diferença entre esquerda e direita" demonstram o perfil de uma pessoa preconceituosa, contrariando a imagem que tinha da autora. EDSON BALBUENO (São Paulo, SP)
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Planos nada didáticos
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Começou repleto de dificuldades o ano letivo de centenas de milhares de alunos das redes estadual e municipal de São Paulo. Três semanas após o início das aulas, cerca de 125 mil estudantes da capital não haviam recebido da prefeitura seus uniformes escolares. Além disso, a 541 mil alunos –nada menos que dois terços da rede– não tinham sido entregues os kits compostos por lápis, canetas, cadernos e outros apetrechos. À falta de boa justificativa, a administração Fernando Haddad (PT) se defende com uma desculpa esfarrapada. Atribui os atrasos a dificuldades na distribuição e ao tamanho da rede, como se fossem desconhecidos o número de alunos ou a data do início das turmas. No âmbito estadual, as falhas atingem a alimentação dos estudantes. Ao menos 90 mil deles tiveram a merenda alterada. O prato de arroz, feijão, carne e salada deu lugar a bolacha e leite. O declínio nutricional ocorreu em diversos municípios. Recebendo repasses inferiores aos custos da refeição, prefeituras decidiram suspender o convênio que mantinham com o governo paulista. Por lei, cabe a este assumir o fornecimento. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), porém, não se mostrou capaz de prover a rede do antigo cardápio no início do ano letivo. Afetando área estratégica para o desenvolvimento nacional, os problemas com materiais escolares e merenda seriam criticáveis mesmo se tivessem origem na penúria orçamentária que o país conhece. Os governos Alckmin e Haddad, porém, deram exemplo de outra característica deplorável do poder público: a falta de planejamento. Cumpre chamar a atenção para isso. O país vem buscando superar gargalos no ensino. Com esse fim aprovou-se, em 2014, o Plano Nacional de Educação. Entre os exageros dessa carta de boas intenções está a determinação de elevar até 10% do PIB os gastos no setor. Não que debater o orçamento seja ruim; o problema está em, como sempre, deixar a eficiência de lado. Num país como o Brasil, todos deveriam se empenhar em aproveitar melhor os recursos disponíveis. Trata-se, entre outras coisas, de bom planejamento –e tanto Geraldo Alckmin como Fernando Haddad deram mostra didática do que ocorre quando falta esse atributo. [email protected]
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opiniao
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Planos nada didáticosComeçou repleto de dificuldades o ano letivo de centenas de milhares de alunos das redes estadual e municipal de São Paulo. Três semanas após o início das aulas, cerca de 125 mil estudantes da capital não haviam recebido da prefeitura seus uniformes escolares. Além disso, a 541 mil alunos –nada menos que dois terços da rede– não tinham sido entregues os kits compostos por lápis, canetas, cadernos e outros apetrechos. À falta de boa justificativa, a administração Fernando Haddad (PT) se defende com uma desculpa esfarrapada. Atribui os atrasos a dificuldades na distribuição e ao tamanho da rede, como se fossem desconhecidos o número de alunos ou a data do início das turmas. No âmbito estadual, as falhas atingem a alimentação dos estudantes. Ao menos 90 mil deles tiveram a merenda alterada. O prato de arroz, feijão, carne e salada deu lugar a bolacha e leite. O declínio nutricional ocorreu em diversos municípios. Recebendo repasses inferiores aos custos da refeição, prefeituras decidiram suspender o convênio que mantinham com o governo paulista. Por lei, cabe a este assumir o fornecimento. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB), porém, não se mostrou capaz de prover a rede do antigo cardápio no início do ano letivo. Afetando área estratégica para o desenvolvimento nacional, os problemas com materiais escolares e merenda seriam criticáveis mesmo se tivessem origem na penúria orçamentária que o país conhece. Os governos Alckmin e Haddad, porém, deram exemplo de outra característica deplorável do poder público: a falta de planejamento. Cumpre chamar a atenção para isso. O país vem buscando superar gargalos no ensino. Com esse fim aprovou-se, em 2014, o Plano Nacional de Educação. Entre os exageros dessa carta de boas intenções está a determinação de elevar até 10% do PIB os gastos no setor. Não que debater o orçamento seja ruim; o problema está em, como sempre, deixar a eficiência de lado. Num país como o Brasil, todos deveriam se empenhar em aproveitar melhor os recursos disponíveis. Trata-se, entre outras coisas, de bom planejamento –e tanto Geraldo Alckmin como Fernando Haddad deram mostra didática do que ocorre quando falta esse atributo. [email protected]
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Derrotas em sequência colocam em xeque governo pós-reforma
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A sequência de derrotas da "superquarta" em Brasília coloca em xeque a capacidade de o "terceiro governo" de Dilma Rousseff, inaugurado a partir da reforma ministerial da sexta passada (2), em lidar com a crise política. As ameaças mais graves ao mandato da presidente chegam mais fortes ao fim desta quarta (7). Se havia a expectativa de que prevaleceria racionalidade econômica de um Congresso apaziguado pela entrega ao PMDB e aliados de fatias expressivas do ministério na hora de avaliar os vetos à "pauta-bomba", ela se desfez antes da hora do almoço. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), orquestrou o esvaziamento da sessão, flanqueando as ações dos novos responsáveis pela articulação política do Planalto, Ricardo Berzoini e Jaques Wagner. Ressalte-se que foi uma ação de Cunha, mas nem o PT ajudou o governo. As más notícias continuaram com o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitando a manobra do governo que buscava afastar o ministro Augusto Nardes da relatoria das contas da presidente em 2014, sob alegação de que ele havia antecipado seu voto contra Dilma. O tiro de misericórdia veio com a histórica rejeição das contas numa sessão aguda e carregada de simbolismo político. Com ou sem análise do Congresso do parecer, o pedido de impeachment apontando irresponsabilidade fiscal do governo agora ganhou embasamento técnico oficial. O Planalto conseguiu piorar sua própria situação. Ao colocar o peso da área jurídica do governo para, na prática, carimbar a rejeição como política, o governo só conseguiu unir a corte contra si e "piscar": mostrou que está jogando no desespero. Se realmente seguir na linha de judicializar a questão, o governo apenas joga em favor do acirramento dos ânimos e arrisca-se a esgrimar inocuidades: politicamente, a batalha desta quarta está perdida. A estratégia palaciana era de atrasar o andamento da rejeição no TCU na esperança de que ela se dessincronizasse do ritmo da análise dos pedidos de impeachment contra Dilma, na mão de Cunha. Assim, poderia também torcer que o agravamento da situação do peemedebista, alvo de investigação pela Lava Jato e pelas autoridades da Suíça, tirasse gás de seu poder de articulação. Na mesma tarde começaram a surgir mais evidências complicando Cunha no caso das contas suíças, dificultando a vida de quem acredita em coincidências em Brasília. Resta saber se os problemas de Cunha serão suficientes para mudar o passo da engrenagem acionada do impeachment, que avança em passos anunciados, como a rejeição dos pedidos e o recurso para levar o caso a plenário pela oposição. Falta também ter claro se, caso o processo chegue a ser apreciado, o governo terá os 171 votos necessários na Câmara para impedir seu progresso. Como já foi entregue até o Ministério da Saúde para tentar garantir um apoio que não se materializou, a margem para o Planalto parece reduzida no campo do varejo político. Além de contar com a derrocada acelerada de Cunha, Dilma precisará de auxílio em outras frentes, como no Senado capitaneado pelo oscilante Renan Calheiros (PMDB-AL).
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poder
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Derrotas em sequência colocam em xeque governo pós-reformaA sequência de derrotas da "superquarta" em Brasília coloca em xeque a capacidade de o "terceiro governo" de Dilma Rousseff, inaugurado a partir da reforma ministerial da sexta passada (2), em lidar com a crise política. As ameaças mais graves ao mandato da presidente chegam mais fortes ao fim desta quarta (7). Se havia a expectativa de que prevaleceria racionalidade econômica de um Congresso apaziguado pela entrega ao PMDB e aliados de fatias expressivas do ministério na hora de avaliar os vetos à "pauta-bomba", ela se desfez antes da hora do almoço. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), orquestrou o esvaziamento da sessão, flanqueando as ações dos novos responsáveis pela articulação política do Planalto, Ricardo Berzoini e Jaques Wagner. Ressalte-se que foi uma ação de Cunha, mas nem o PT ajudou o governo. As más notícias continuaram com o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitando a manobra do governo que buscava afastar o ministro Augusto Nardes da relatoria das contas da presidente em 2014, sob alegação de que ele havia antecipado seu voto contra Dilma. O tiro de misericórdia veio com a histórica rejeição das contas numa sessão aguda e carregada de simbolismo político. Com ou sem análise do Congresso do parecer, o pedido de impeachment apontando irresponsabilidade fiscal do governo agora ganhou embasamento técnico oficial. O Planalto conseguiu piorar sua própria situação. Ao colocar o peso da área jurídica do governo para, na prática, carimbar a rejeição como política, o governo só conseguiu unir a corte contra si e "piscar": mostrou que está jogando no desespero. Se realmente seguir na linha de judicializar a questão, o governo apenas joga em favor do acirramento dos ânimos e arrisca-se a esgrimar inocuidades: politicamente, a batalha desta quarta está perdida. A estratégia palaciana era de atrasar o andamento da rejeição no TCU na esperança de que ela se dessincronizasse do ritmo da análise dos pedidos de impeachment contra Dilma, na mão de Cunha. Assim, poderia também torcer que o agravamento da situação do peemedebista, alvo de investigação pela Lava Jato e pelas autoridades da Suíça, tirasse gás de seu poder de articulação. Na mesma tarde começaram a surgir mais evidências complicando Cunha no caso das contas suíças, dificultando a vida de quem acredita em coincidências em Brasília. Resta saber se os problemas de Cunha serão suficientes para mudar o passo da engrenagem acionada do impeachment, que avança em passos anunciados, como a rejeição dos pedidos e o recurso para levar o caso a plenário pela oposição. Falta também ter claro se, caso o processo chegue a ser apreciado, o governo terá os 171 votos necessários na Câmara para impedir seu progresso. Como já foi entregue até o Ministério da Saúde para tentar garantir um apoio que não se materializou, a margem para o Planalto parece reduzida no campo do varejo político. Além de contar com a derrocada acelerada de Cunha, Dilma precisará de auxílio em outras frentes, como no Senado capitaneado pelo oscilante Renan Calheiros (PMDB-AL).
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7 em cada 10 policiais mortos em SP estavam fora de serviço, aponta estudo
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Policiais são assassinados no exercício de suas funções e matam em número elevado porque chegam mais rápido ao local da ocorrência, onde encontram criminosos mais fortemente armados, favorecendo confronto e mortes. Uma pesquisa inédita do Instituto Sou da Paz indica que as três premissas da frase acima, recorrentes na análise da morte de e por policiais, não têm respaldo estatístico. O estudo analisou 601 boletins de ocorrência de mortes provocadas pela polícia e de mortes de policiais de 2013 e 2014 na cidade de São Paulo. Os resultados apontam que ao menos 70% dos policiais mortos estavam de folga e só 7,5% estavam em serviço atendendo a ocorrências –em 22,5% não foi possível mapear pelos registros oficiais. Além disso, 49% daqueles mortos pela polícia foram abordados na rua após suspeita do policial, enquanto 34% dessas mortes ocorreram depois de acionamento de pessoas na rua ou chamados passados pela central. Das armas apreendidas em poder de criminosos, 68% são revólveres e 19%, pistolas –armas de menor ou igual potencial ofensivo que as usadas pelas forças policiais. Causas das mortes de policiais - Em % POLICIAL 24 HORAS A morte de policiais fora de serviço, segundo especialistas, está relacionada a pelo menos dois fatores: o porte de arma (70% dos policiais mortos estavam armados) e os chamados bicos (9% estavam desempenhando funções de segurança privada). Os agentes morrem de folga quando são vítimas de crimes, tendo ou não reagido, ou ao intervir em uma ocorrência em andamento, sem apoio e aparato de proteção. "O policial não precisa ser herói", afirma o coronel Ernesto Neto, chefe da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Militar de São Paulo. "Há procedimento operacional para atendimento de ocorrência em momento de folga", explica ele. O primeiro deles é ligar para o 190. Para ele, "é difícil dizer ao PM: você não vai fazer isso [intervir]. Está no sangue". "Faltam orientações mais claras e retreinamento de medidas de segurança do policial de folga", avalia José Vicente, coronel reformado da PM. "O policial fora de serviço nada mais é que um cidadão com uma arma na mão. Quando está em serviço, tem o Estado e toda a força policial ao seu lado", afirma Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz. Origem das abordagens que resultaramem mortes por policiais - Em % MORTES EVITÁVEIS? Em 2016, 30% das mortes violentas de São Paulo foram provocadas por policiais, que mataram 440 pessoas. No Reino Unido, quatro foram mortos por policiais em 2016. Boa parte das mortes ocorreu após abordagem policial na rua, 40% delas após roubos de veículos, situação em que o desfecho morte aumentou 111% entre 2013 e 2014. Neto afirma que a PM paulistana tem, em média, 1.400 confrontos anuais e que 71% dos infratores que disparam contra um policial são presos ilesos ou evadem ilesos, 14% são feridos e 15%, mortos. Flagrantes em vídeo de policiais executando suspeitos e plantando armas falsas em cenas de mortes indicam que a realidade é mais complexa. "Nosso grande problema é que somos formados por 90 mil seres humanos", diz o coronel da PM. "Ficamos nervosos, estressados, abalados." Armas apreendidas em 2014 - Em % Para Marques, "polícia só é polícia porque pode usar a força letal". "O desafio, portanto, é determinar como deve usar esse mandato e minimizar o resultado morte." Para o ouvidor da polícia, Júlio César Neves, "existe o medo do policial que faz com que, na possibilidade de levar um tiro, ele atire antes". "Se a polícia praticasse o método Giraldi, salvaria a sua vida e a dos outros", afirma, em referência a uma série de procedimentos de uso progressivo da força, ensinada na formação policial. Além disso, a lógica de que "bandido bom é bandido morto", com a qual metade dos brasileiros concorda (conforme Datafolha de 2015), também penetra as forças policiais. "Conseguimos detectar desvios e psicopatias, e essa pessoa não entra na PM. Mas, se a pessoa não tem esses desvios, mas acredita nessa ideia, ela pode entrar na polícia", admite o coronel. "Nossa formação é voltada para desconstruir isso. Conseguimos 100%? Não. Tanto é que, só neste ano, 108 policiais foram expulsos, demitidos ou reformados." ASSASSINATO No último dia das mães, o cabo da Polícia Militar Eliandro Rodrigues Barbosa, 45, estava de folga, na rua de sua casa, no bairro de Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, quando avistou um de seus vizinhos, dentro do carro, sendo assaltado por dois homens. Rodrigues estava armado e interveio no crime. O policial entrou em confronto com os bandidos e acabou ferido no tórax. Socorrido, não resistiu e morreu. Para o tenente coronel Luiz Gonzaga de Oliveira Jr., 47, comandante do 2º Batalhão de Policiamento de Choque, onde Rodrigues atuava, foi mais do que o sexto assassinato de um policial militar durante seu dia de folga, que ele contava apenas nos últimos seis meses: foi também a morte de um amigo. "Claro que agora acho que ele não deveria ter intervindo porque poderia estar aqui", lamenta o policial. "Mas, de repente, o vizinho dele não estaria vivo. É muito difícil avaliar a ação dele." De acordo com Oliveira Jr., o policial militar, em geral, esquece que está de folga e tenta intervir nas ocorrências que presenciam, apesar de a instrução oficial ser diferente. "É instinto do policial", afirma. Ele admite, no entanto, que os policiais de folga devem agir de forma a resguardar a própria segurança. "[Eles] têm de colocar a mão na cabeça para não intervir e se preservar", diz. Como comandante, Oliveira Jr., afirma ser necessário "conversar muito com a tropa para não haver nenhum tipo de vingança nem vontade de fazer justiça com as próprias mãos". De acordo com ele, a Corregedoria da corporação tem uma sessão específica para investigar esses casos, com quase 90% de sucesso na resolução desses crimes. "RESISTÊNCIA" O boletim de ocorrência registrado em 12 de março de 2011 por dois policiais militares descrevia a morte de Dileone Lacerda de Aquino, 27, como tendo ocorrido durante troca de tiros com a Polícia Militar após resistência à prisão por furto. Vinte dias depois, a família do jovem, que era egresso do sistema prisional, descobriu que uma testemunha havia presenciado policiais executarem Aquino num cemitério em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Além disso, a mesma pessoa fez uma ligação para o 190, da Polícia Militar. No telefonema, gravado pela polícia, a testemunha relata os fatos e identifica o carro da polícia. Em seguida, é abordada por um dos PMs, que alega ter socorrido Aquino. Ao ser informado de que ela estava ao telefone com a polícia, uma segunda voz a intimida: "Vai complicar pra você", diz. Como consequência, os policiais Ailton Vital da Silva e Filipe Daniel da Silva foram presos e expulsos da corporação. Em 2013, no entanto, ambos foram inocentados pelo Tribunal do Júri, decisão da qual a família de Aquino recorre. Uma pessoa da família de Aquino, que não quis se identificar por receio de sofrer represálias, afirma que o advogado dos policiais militares levou PMs para o tribunal e que isso pode ter intimidado os jurados. O familiar de Aquino afirma que os policiais militares agiram de forma arbitrária, abusiva e ilegal, o que explica o medo que a polícia causa em muitas pessoas. Um novo júri está marcado para o dia 13 de julho. Procurado pela reportagem, o advogado dos PMs, Celso Vendramini, afirma que renunciou ao caso e que durante o julgamento não havia policiais fardados no plenário fora de serviço.
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cotidiano
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7 em cada 10 policiais mortos em SP estavam fora de serviço, aponta estudoPoliciais são assassinados no exercício de suas funções e matam em número elevado porque chegam mais rápido ao local da ocorrência, onde encontram criminosos mais fortemente armados, favorecendo confronto e mortes. Uma pesquisa inédita do Instituto Sou da Paz indica que as três premissas da frase acima, recorrentes na análise da morte de e por policiais, não têm respaldo estatístico. O estudo analisou 601 boletins de ocorrência de mortes provocadas pela polícia e de mortes de policiais de 2013 e 2014 na cidade de São Paulo. Os resultados apontam que ao menos 70% dos policiais mortos estavam de folga e só 7,5% estavam em serviço atendendo a ocorrências –em 22,5% não foi possível mapear pelos registros oficiais. Além disso, 49% daqueles mortos pela polícia foram abordados na rua após suspeita do policial, enquanto 34% dessas mortes ocorreram depois de acionamento de pessoas na rua ou chamados passados pela central. Das armas apreendidas em poder de criminosos, 68% são revólveres e 19%, pistolas –armas de menor ou igual potencial ofensivo que as usadas pelas forças policiais. Causas das mortes de policiais - Em % POLICIAL 24 HORAS A morte de policiais fora de serviço, segundo especialistas, está relacionada a pelo menos dois fatores: o porte de arma (70% dos policiais mortos estavam armados) e os chamados bicos (9% estavam desempenhando funções de segurança privada). Os agentes morrem de folga quando são vítimas de crimes, tendo ou não reagido, ou ao intervir em uma ocorrência em andamento, sem apoio e aparato de proteção. "O policial não precisa ser herói", afirma o coronel Ernesto Neto, chefe da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Militar de São Paulo. "Há procedimento operacional para atendimento de ocorrência em momento de folga", explica ele. O primeiro deles é ligar para o 190. Para ele, "é difícil dizer ao PM: você não vai fazer isso [intervir]. Está no sangue". "Faltam orientações mais claras e retreinamento de medidas de segurança do policial de folga", avalia José Vicente, coronel reformado da PM. "O policial fora de serviço nada mais é que um cidadão com uma arma na mão. Quando está em serviço, tem o Estado e toda a força policial ao seu lado", afirma Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz. Origem das abordagens que resultaramem mortes por policiais - Em % MORTES EVITÁVEIS? Em 2016, 30% das mortes violentas de São Paulo foram provocadas por policiais, que mataram 440 pessoas. No Reino Unido, quatro foram mortos por policiais em 2016. Boa parte das mortes ocorreu após abordagem policial na rua, 40% delas após roubos de veículos, situação em que o desfecho morte aumentou 111% entre 2013 e 2014. Neto afirma que a PM paulistana tem, em média, 1.400 confrontos anuais e que 71% dos infratores que disparam contra um policial são presos ilesos ou evadem ilesos, 14% são feridos e 15%, mortos. Flagrantes em vídeo de policiais executando suspeitos e plantando armas falsas em cenas de mortes indicam que a realidade é mais complexa. "Nosso grande problema é que somos formados por 90 mil seres humanos", diz o coronel da PM. "Ficamos nervosos, estressados, abalados." Armas apreendidas em 2014 - Em % Para Marques, "polícia só é polícia porque pode usar a força letal". "O desafio, portanto, é determinar como deve usar esse mandato e minimizar o resultado morte." Para o ouvidor da polícia, Júlio César Neves, "existe o medo do policial que faz com que, na possibilidade de levar um tiro, ele atire antes". "Se a polícia praticasse o método Giraldi, salvaria a sua vida e a dos outros", afirma, em referência a uma série de procedimentos de uso progressivo da força, ensinada na formação policial. Além disso, a lógica de que "bandido bom é bandido morto", com a qual metade dos brasileiros concorda (conforme Datafolha de 2015), também penetra as forças policiais. "Conseguimos detectar desvios e psicopatias, e essa pessoa não entra na PM. Mas, se a pessoa não tem esses desvios, mas acredita nessa ideia, ela pode entrar na polícia", admite o coronel. "Nossa formação é voltada para desconstruir isso. Conseguimos 100%? Não. Tanto é que, só neste ano, 108 policiais foram expulsos, demitidos ou reformados." ASSASSINATO No último dia das mães, o cabo da Polícia Militar Eliandro Rodrigues Barbosa, 45, estava de folga, na rua de sua casa, no bairro de Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, quando avistou um de seus vizinhos, dentro do carro, sendo assaltado por dois homens. Rodrigues estava armado e interveio no crime. O policial entrou em confronto com os bandidos e acabou ferido no tórax. Socorrido, não resistiu e morreu. Para o tenente coronel Luiz Gonzaga de Oliveira Jr., 47, comandante do 2º Batalhão de Policiamento de Choque, onde Rodrigues atuava, foi mais do que o sexto assassinato de um policial militar durante seu dia de folga, que ele contava apenas nos últimos seis meses: foi também a morte de um amigo. "Claro que agora acho que ele não deveria ter intervindo porque poderia estar aqui", lamenta o policial. "Mas, de repente, o vizinho dele não estaria vivo. É muito difícil avaliar a ação dele." De acordo com Oliveira Jr., o policial militar, em geral, esquece que está de folga e tenta intervir nas ocorrências que presenciam, apesar de a instrução oficial ser diferente. "É instinto do policial", afirma. Ele admite, no entanto, que os policiais de folga devem agir de forma a resguardar a própria segurança. "[Eles] têm de colocar a mão na cabeça para não intervir e se preservar", diz. Como comandante, Oliveira Jr., afirma ser necessário "conversar muito com a tropa para não haver nenhum tipo de vingança nem vontade de fazer justiça com as próprias mãos". De acordo com ele, a Corregedoria da corporação tem uma sessão específica para investigar esses casos, com quase 90% de sucesso na resolução desses crimes. "RESISTÊNCIA" O boletim de ocorrência registrado em 12 de março de 2011 por dois policiais militares descrevia a morte de Dileone Lacerda de Aquino, 27, como tendo ocorrido durante troca de tiros com a Polícia Militar após resistência à prisão por furto. Vinte dias depois, a família do jovem, que era egresso do sistema prisional, descobriu que uma testemunha havia presenciado policiais executarem Aquino num cemitério em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Além disso, a mesma pessoa fez uma ligação para o 190, da Polícia Militar. No telefonema, gravado pela polícia, a testemunha relata os fatos e identifica o carro da polícia. Em seguida, é abordada por um dos PMs, que alega ter socorrido Aquino. Ao ser informado de que ela estava ao telefone com a polícia, uma segunda voz a intimida: "Vai complicar pra você", diz. Como consequência, os policiais Ailton Vital da Silva e Filipe Daniel da Silva foram presos e expulsos da corporação. Em 2013, no entanto, ambos foram inocentados pelo Tribunal do Júri, decisão da qual a família de Aquino recorre. Uma pessoa da família de Aquino, que não quis se identificar por receio de sofrer represálias, afirma que o advogado dos policiais militares levou PMs para o tribunal e que isso pode ter intimidado os jurados. O familiar de Aquino afirma que os policiais militares agiram de forma arbitrária, abusiva e ilegal, o que explica o medo que a polícia causa em muitas pessoas. Um novo júri está marcado para o dia 13 de julho. Procurado pela reportagem, o advogado dos PMs, Celso Vendramini, afirma que renunciou ao caso e que durante o julgamento não havia policiais fardados no plenário fora de serviço.
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Programa de regularização tributária da Receita vale a partir desta quarta
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A Receita Federal regulamentou nesta quarta-feira (1º) o Programa de Regularização Tributária, iniciativa que beneficia principalmente grandes empresas. O principal atrativo do programa, que é a possibilidade de abater prejuízos de débitos com o fisco, será acessível para 160 mil empresas que declaram pelo lucro real. O restante usa outros regimes tributários, como o Simples ou o lucro presumido. Para pequenas e médias empresas, o programa permite o parcelamento em até 120 vezes dos débitos, alternativa considerada por especialistas menos interessante do que os Refis que vigoraram entre 2000 e 2014. Diferentemente dos Refis, o novo programa não dá desconto no pagamento de multas e juros. Hoje, quando uma empresa fica no vermelho, pode usar esse prejuízo para abatimento futuro no Imposto de Renda. Quando tiver lucro, 30% do resultado positivo pode ser abatido pelo prejuízo fiscal gerado antes. A regulamentação da Receita publicada nesta quinta prevê que as empresas usem esse prejuízo ou suas bases negativas de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para quitar dívidas com o fisco. Para aderir ao programa, precisam pagar 20%, à vista, ou 24% em 24 meses. Depois disso, amortizam o restante com os prejuízos fiscais e, se sobrarem dívidas, parcelam o restante em até 60 meses. Já as empresas que não possuem créditos podem aderir ao pagamento de 20% à vista, com o parcelamento do restante em 96 vezes, ou parcelamento em 120 vezes. A medida vale para dívidas com vencimento até 30 de novembro de 2016. O contribuinte terá 120 dias, a partir desta quarta, para aderir ao programa. O requerimento está disponível na página da Receita Federal na internet. O secretário da Receita, Jorge Rachid, rebateu as críticas de que o programa beneficia somente as grandes empresas. "Esse programa está alinhado com o Simples, onde as pequenas já tiveram esse benefício de parcelamento em 120 meses". CONGRESSO Como o programa foi instituído através de medida provisória, mesmo que esteja valendo a partir desta quarta as medidas passarão pelo Congresso Nacional. Entre especialistas, a avaliação é que o programa pode ser alterado pelos parlamentares para incluir desconto no pagamento de multas e juros, por exemplo. Rachid declarou que a Receita "tem que trabalhar com a legislação atual". "Não me cabe temer ou não [mudanças no programa]. O debate é soberano", declarou. Ele lembrou que eventuais mudanças seriam sancionadas ou não pelo presidente da República.
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Programa de regularização tributária da Receita vale a partir desta quartaA Receita Federal regulamentou nesta quarta-feira (1º) o Programa de Regularização Tributária, iniciativa que beneficia principalmente grandes empresas. O principal atrativo do programa, que é a possibilidade de abater prejuízos de débitos com o fisco, será acessível para 160 mil empresas que declaram pelo lucro real. O restante usa outros regimes tributários, como o Simples ou o lucro presumido. Para pequenas e médias empresas, o programa permite o parcelamento em até 120 vezes dos débitos, alternativa considerada por especialistas menos interessante do que os Refis que vigoraram entre 2000 e 2014. Diferentemente dos Refis, o novo programa não dá desconto no pagamento de multas e juros. Hoje, quando uma empresa fica no vermelho, pode usar esse prejuízo para abatimento futuro no Imposto de Renda. Quando tiver lucro, 30% do resultado positivo pode ser abatido pelo prejuízo fiscal gerado antes. A regulamentação da Receita publicada nesta quinta prevê que as empresas usem esse prejuízo ou suas bases negativas de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para quitar dívidas com o fisco. Para aderir ao programa, precisam pagar 20%, à vista, ou 24% em 24 meses. Depois disso, amortizam o restante com os prejuízos fiscais e, se sobrarem dívidas, parcelam o restante em até 60 meses. Já as empresas que não possuem créditos podem aderir ao pagamento de 20% à vista, com o parcelamento do restante em 96 vezes, ou parcelamento em 120 vezes. A medida vale para dívidas com vencimento até 30 de novembro de 2016. O contribuinte terá 120 dias, a partir desta quarta, para aderir ao programa. O requerimento está disponível na página da Receita Federal na internet. O secretário da Receita, Jorge Rachid, rebateu as críticas de que o programa beneficia somente as grandes empresas. "Esse programa está alinhado com o Simples, onde as pequenas já tiveram esse benefício de parcelamento em 120 meses". CONGRESSO Como o programa foi instituído através de medida provisória, mesmo que esteja valendo a partir desta quarta as medidas passarão pelo Congresso Nacional. Entre especialistas, a avaliação é que o programa pode ser alterado pelos parlamentares para incluir desconto no pagamento de multas e juros, por exemplo. Rachid declarou que a Receita "tem que trabalhar com a legislação atual". "Não me cabe temer ou não [mudanças no programa]. O debate é soberano", declarou. Ele lembrou que eventuais mudanças seriam sancionadas ou não pelo presidente da República.
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Assad diz a Putin que Síria 'está pronta' para respeitar cessar-fogo
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Em conversa por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ditador da Síria, Bashar al-Assad, assegurou que "está pronto" para respeitar a proposta de cessar-fogo entre o regime e a oposição feita pela Rússia e pelos EUA, informou nesta quarta-feira (24) o Kremlin. Assad "confirmou que o governo sírio está disposto a contribuir para a implementação do cessar-fogo", diz o comunicado divulgado pelo governo russo. O ditador sírio disse que essa trégua, cujo início está previsto para a meia-noite da sexta-feira no horário de Damasco (19h de Brasília) é "um passo importante na busca de uma solução política para o conflito", segundo o Kremlin. O comunicado ressalta, porém, que os dois dirigentes ressaltaram "a importância de uma luta intransigente contra o Estado Islâmico, a Frente Al-Nusra e outros grupos terroristas ligados a estes". O Ministério das Relações Exteriores sírio havia dito na terça-feira à AFP que o regime aceitou a trégua, mas continuaria suas "operações militares para combater o terrorismo Dáesh (sigla árabe EI), Frente Al Nosra e outros grupos considerados terroristas pela ONU". O Ministério das Relações Exteriores da Síria já havia afirmado na terça-feira que o regime sírio aceitava a trégua, mas prosseguiria com suas operações militares contra o EI, a Frente Al-Nusra e outros grupos associados e eles. ARÁBIA SAUDITA Putin telefonou nesta quarta ao rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, para dar detalhes das propostas do acordo de cessar-fogo na Síria assinado com os EUA. Segundo o Kremlin, "o rei da Arábia Saudita saudou os acordos e expressou a sua disponibilidade para trabalhar em conjunto com a Rússia para que eles tenham efeito"
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mundo
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Assad diz a Putin que Síria 'está pronta' para respeitar cessar-fogoEm conversa por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ditador da Síria, Bashar al-Assad, assegurou que "está pronto" para respeitar a proposta de cessar-fogo entre o regime e a oposição feita pela Rússia e pelos EUA, informou nesta quarta-feira (24) o Kremlin. Assad "confirmou que o governo sírio está disposto a contribuir para a implementação do cessar-fogo", diz o comunicado divulgado pelo governo russo. O ditador sírio disse que essa trégua, cujo início está previsto para a meia-noite da sexta-feira no horário de Damasco (19h de Brasília) é "um passo importante na busca de uma solução política para o conflito", segundo o Kremlin. O comunicado ressalta, porém, que os dois dirigentes ressaltaram "a importância de uma luta intransigente contra o Estado Islâmico, a Frente Al-Nusra e outros grupos terroristas ligados a estes". O Ministério das Relações Exteriores sírio havia dito na terça-feira à AFP que o regime aceitou a trégua, mas continuaria suas "operações militares para combater o terrorismo Dáesh (sigla árabe EI), Frente Al Nosra e outros grupos considerados terroristas pela ONU". O Ministério das Relações Exteriores da Síria já havia afirmado na terça-feira que o regime sírio aceitava a trégua, mas prosseguiria com suas operações militares contra o EI, a Frente Al-Nusra e outros grupos associados e eles. ARÁBIA SAUDITA Putin telefonou nesta quarta ao rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, para dar detalhes das propostas do acordo de cessar-fogo na Síria assinado com os EUA. Segundo o Kremlin, "o rei da Arábia Saudita saudou os acordos e expressou a sua disponibilidade para trabalhar em conjunto com a Rússia para que eles tenham efeito"
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Dilemas tucanos
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Todo partido importante oscila entre dois polos. De um lado, cabe-lhe firmar a própria identidade. De outro, preparar-se para exercer o poder. Entre seus adeptos, o dilema se traduz, conforme o perfil de cada sigla, na polaridade entre radicalização e governabilidade. Em nenhum partido, provavelmente, essa escolha se apresenta tão dramática quanto no PSDB. Ninguém há de negar, na mentalidade de seus principais líderes, o gosto pelo realismo administrativo, pela sensatez política, pelo meio-termo ideológico. Ao mesmo tempo, o eleitorado de oposição tende, cada vez mais, a atitudes extremas: a bandeira do impeachment possui, na militância tucana, um prestígio que seus líderes não estão propriamente felizes em compartilhar. Prosseguem, evidentemente, na batalha judicial que contesta a lisura da eleição de Dilma Rousseff (PT). Enquanto a causa é examinada no Tribunal Superior Eleitoral e os sucessivos escândalos envolvendo o PT acendem a indignação e a incredulidade da opinião pública, o mundo apartidário da economia e do Orçamento continua a dar seus próprios sinais de alarme. Não deixa de ser bem-vinda, portanto, a disposição do novo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA). O peessedebista diz-se pronto a admitir erros cometidos no ano passado. Entre outros, decerto pensa na votação pela derrubada do fator previdenciário, uma iniciativa criada no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). De fato, o PSDB tem investido menos na coerência doutrinária do que no esforço de inviabilizar a administração petista. Por gigantescos que tenham sido os erros de Dilma, qualquer tentativa de corrigi-los deve ser vista com bons olhos. Derrubar o seu governo –uma possibilidade que depende de novas revelações e reforço nos escândalos– é menos importante, no momento, do que enfrentar a crise que Dilma criou. A presidente, em suas últimas manifestações, parece consciente dos problemas que sua mendaz campanha eleitoral insistiu em disfarçar. Pode não ser justo, do ponto de vista doutrinário, apoiar medidas que o petismo sempre renegou. A alternativa seria pior. Um PSDB sectário e irracional, como o que se tem visto nas últimas decisões parlamentares, pode atender à ira de seus militantes. Não se qualifica, todavia, como opção razoável de poder. A mentira, na política, pode ter rápido sucesso. Nada mais equivocado, a longo prazo, do que um partido aparentar o que não é. O PT paga por isso. O PSDB tem enveredado pelo mesmo caminho –mas indica disposição de mudar. [email protected]
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opiniao
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Dilemas tucanosTodo partido importante oscila entre dois polos. De um lado, cabe-lhe firmar a própria identidade. De outro, preparar-se para exercer o poder. Entre seus adeptos, o dilema se traduz, conforme o perfil de cada sigla, na polaridade entre radicalização e governabilidade. Em nenhum partido, provavelmente, essa escolha se apresenta tão dramática quanto no PSDB. Ninguém há de negar, na mentalidade de seus principais líderes, o gosto pelo realismo administrativo, pela sensatez política, pelo meio-termo ideológico. Ao mesmo tempo, o eleitorado de oposição tende, cada vez mais, a atitudes extremas: a bandeira do impeachment possui, na militância tucana, um prestígio que seus líderes não estão propriamente felizes em compartilhar. Prosseguem, evidentemente, na batalha judicial que contesta a lisura da eleição de Dilma Rousseff (PT). Enquanto a causa é examinada no Tribunal Superior Eleitoral e os sucessivos escândalos envolvendo o PT acendem a indignação e a incredulidade da opinião pública, o mundo apartidário da economia e do Orçamento continua a dar seus próprios sinais de alarme. Não deixa de ser bem-vinda, portanto, a disposição do novo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA). O peessedebista diz-se pronto a admitir erros cometidos no ano passado. Entre outros, decerto pensa na votação pela derrubada do fator previdenciário, uma iniciativa criada no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). De fato, o PSDB tem investido menos na coerência doutrinária do que no esforço de inviabilizar a administração petista. Por gigantescos que tenham sido os erros de Dilma, qualquer tentativa de corrigi-los deve ser vista com bons olhos. Derrubar o seu governo –uma possibilidade que depende de novas revelações e reforço nos escândalos– é menos importante, no momento, do que enfrentar a crise que Dilma criou. A presidente, em suas últimas manifestações, parece consciente dos problemas que sua mendaz campanha eleitoral insistiu em disfarçar. Pode não ser justo, do ponto de vista doutrinário, apoiar medidas que o petismo sempre renegou. A alternativa seria pior. Um PSDB sectário e irracional, como o que se tem visto nas últimas decisões parlamentares, pode atender à ira de seus militantes. Não se qualifica, todavia, como opção razoável de poder. A mentira, na política, pode ter rápido sucesso. Nada mais equivocado, a longo prazo, do que um partido aparentar o que não é. O PT paga por isso. O PSDB tem enveredado pelo mesmo caminho –mas indica disposição de mudar. [email protected]
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Investigação da Lava Jato contra políticos será demorada, diz Janot
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quarta-feira (15) que será demorada a investigação contra políticos investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de participação no esquema de corrupção na Petrobras. Janot afirmou que há uma série de procedimentos que precisam ser desenvolvidos, mas assegurou que "as investigações estão seguindo um curso normal". "Como eu disse lá atrás, essa é uma investigação que não é curta, será demorada. As diligências estão sendo cumpridas a contento. Enfim, caminhamos firmes na elucidação desses fatos", disse o procurador. "É difícil [de prever a duração]. Em alguns casos, devemos fazer perícia, em outros casos vamos ter que fazer quebra [de sigilos], em outros que contar cooperação internacional. Então depende do inquérito, depende da diligência em si para apurar essas provas. Tem inquéritos mais avançados, outros menos avançados, diligências mais complexas, e outras diligências menos complexas", completou. Nesta semana, a Polícia Federal solicitou ao STF ampliação do prazo para a coleta de provas em 15 dos 26 inquéritos que tratam da Lava Jato. Os casos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, que deve ouvir Janot em relação à demanda. Normalmente, o relato dos casos costuma acatar a extensão do prazo. Entre os casos que tiveram pedido de prorrogação estão: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Humberto Costa (PT-PE), Antonio Anastasia (PSDB-MG), entre outros. "Isso [pedidos] é uma rotina na tramitação dos inquéritos. Então, a autoridade policial tem um prazo determinado para cumprimento de diligências. No caso específico, várias das diligências foram requisitadas pelo próprio Ministério Público. Vencido esse prazo, a autoridade policial pede a prorrogação de prazo e estamos analisando e devemos restituir ainda ao ministro Teori. E a tendência será realmente a concessão de mais prazo porque são várias as diligências a serem realizadas", afirmou.
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Investigação da Lava Jato contra políticos será demorada, diz JanotO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quarta-feira (15) que será demorada a investigação contra políticos investigados no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de participação no esquema de corrupção na Petrobras. Janot afirmou que há uma série de procedimentos que precisam ser desenvolvidos, mas assegurou que "as investigações estão seguindo um curso normal". "Como eu disse lá atrás, essa é uma investigação que não é curta, será demorada. As diligências estão sendo cumpridas a contento. Enfim, caminhamos firmes na elucidação desses fatos", disse o procurador. "É difícil [de prever a duração]. Em alguns casos, devemos fazer perícia, em outros casos vamos ter que fazer quebra [de sigilos], em outros que contar cooperação internacional. Então depende do inquérito, depende da diligência em si para apurar essas provas. Tem inquéritos mais avançados, outros menos avançados, diligências mais complexas, e outras diligências menos complexas", completou. Nesta semana, a Polícia Federal solicitou ao STF ampliação do prazo para a coleta de provas em 15 dos 26 inquéritos que tratam da Lava Jato. Os casos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, que deve ouvir Janot em relação à demanda. Normalmente, o relato dos casos costuma acatar a extensão do prazo. Entre os casos que tiveram pedido de prorrogação estão: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Humberto Costa (PT-PE), Antonio Anastasia (PSDB-MG), entre outros. "Isso [pedidos] é uma rotina na tramitação dos inquéritos. Então, a autoridade policial tem um prazo determinado para cumprimento de diligências. No caso específico, várias das diligências foram requisitadas pelo próprio Ministério Público. Vencido esse prazo, a autoridade policial pede a prorrogação de prazo e estamos analisando e devemos restituir ainda ao ministro Teori. E a tendência será realmente a concessão de mais prazo porque são várias as diligências a serem realizadas", afirmou.
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Ataque à Amazônia
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BRASÍLIA - Ninguém foi avisado, ninguém foi consultado. A notícia chegou de surpresa, estampada no "Diário Oficial da União". O presidente Michel Temer extinguiu, por decreto, uma reserva mineral maior do que a Dinamarca. A área fica no coração da Amazônia, entre os Estados do Amapá e do Pará. É uma região rica em ouro e cobre. Foi protegida pela ditadura militar, que não se destacava pela preocupação com o meio ambiente. Agora será entregue às mineradoras por um governo chefiado pelo PMDB. A eliminação da reserva não é um risco apenas para a preservação da floresta. A liberação do garimpo pode contaminar rios, agravar conflitos fundiários e ameaçar a sobrevivência de povos indígenas. É o caso da comunidade Wajãpi, que só foi contatada pela Funai em 1973. "Podemos assistir a uma nova corrida do ouro, como aconteceu em Serra Pelada", alerta o ambientalista Nilo D'ávila, diretor do Greenpeace. "O decreto abre espaço a uma ocupação desordenada e predatória em áreas de floresta", afirma. O senador João Capiberibe, do PSB, descreve a medida do governo como uma "insensatez". "É a maior agressão que a Amazônia já sofreu", diz o amapaense. "O governo está entregando a reserva para um dos setores mais nocivos ao meio ambiente. É um ato de lesa-pátria", resume. Nesta sexta, um conjunto de ONGs deve divulgar uma nota à imprensa internacional. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, vai recorrer à Justiça Federal para tentar sustar os efeitos do decreto. Ele descreve o fim da reserva como uma "catástrofe anunciada". Anunciada, mas não isolada. Desde a posse de Temer, o governo avança em várias frentes contra a preservação das florestas. Nos últimos meses, editou a MP da Grilagem, propôs a redução de reservas e defendeu o afrouxamento das regras de licenciamento ambiental. "Estamos vivendo numa república ruralista. É desalentador", diz Nilo D'ávila, do Greenpeace.
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Ataque à AmazôniaBRASÍLIA - Ninguém foi avisado, ninguém foi consultado. A notícia chegou de surpresa, estampada no "Diário Oficial da União". O presidente Michel Temer extinguiu, por decreto, uma reserva mineral maior do que a Dinamarca. A área fica no coração da Amazônia, entre os Estados do Amapá e do Pará. É uma região rica em ouro e cobre. Foi protegida pela ditadura militar, que não se destacava pela preocupação com o meio ambiente. Agora será entregue às mineradoras por um governo chefiado pelo PMDB. A eliminação da reserva não é um risco apenas para a preservação da floresta. A liberação do garimpo pode contaminar rios, agravar conflitos fundiários e ameaçar a sobrevivência de povos indígenas. É o caso da comunidade Wajãpi, que só foi contatada pela Funai em 1973. "Podemos assistir a uma nova corrida do ouro, como aconteceu em Serra Pelada", alerta o ambientalista Nilo D'ávila, diretor do Greenpeace. "O decreto abre espaço a uma ocupação desordenada e predatória em áreas de floresta", afirma. O senador João Capiberibe, do PSB, descreve a medida do governo como uma "insensatez". "É a maior agressão que a Amazônia já sofreu", diz o amapaense. "O governo está entregando a reserva para um dos setores mais nocivos ao meio ambiente. É um ato de lesa-pátria", resume. Nesta sexta, um conjunto de ONGs deve divulgar uma nota à imprensa internacional. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, vai recorrer à Justiça Federal para tentar sustar os efeitos do decreto. Ele descreve o fim da reserva como uma "catástrofe anunciada". Anunciada, mas não isolada. Desde a posse de Temer, o governo avança em várias frentes contra a preservação das florestas. Nos últimos meses, editou a MP da Grilagem, propôs a redução de reservas e defendeu o afrouxamento das regras de licenciamento ambiental. "Estamos vivendo numa república ruralista. É desalentador", diz Nilo D'ávila, do Greenpeace.
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Desespero de Dilma ultrapassa limite
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Se vende a imagem de que sairia "lutando" e "com dignidade", conforme seus assessores espalharam à medida em que seu afastamento se tornou inexorável, Dilma Rousseff apelou a uma farsa perigosa em sua última tentativa de manter-se na cadeira. Usar o inacreditável Waldir Maranhão como marionete de uma artimanha jurídica que parece ter curtíssima validade e alto poder de disrupção demonstra que o desespero da petista ultrapassou o limite do direito ao esperneio. O dólar disparou e a Bolsa de Valores despencou, para ficar nos sinais mais evidentes e superficiais da confusão armada. Mas o que fica é algo pior para a imagem do país: o flerte com a baderna institucional. Pelas informações iniciais da Mesa da Câmara, parece não haver como um recurso desses prosperar, por soberano o plenário. Fora o óbvio: dizer que 367 deputados votaram contra Dilma com um cabresto imposto pela orientação partidária é despropositado. Há muito a criticar no comportamento dos parlamentares naquele dia 17 de abril, mas certamente ninguém votou com uma arma na cabeça. Como agravante, Dilma se fez de desentendida em discurso no começo da tarde. Se há alguma tentativa de golpe no país, como choramingam os petistas, ele passa por esse tipo de ação contra a normalidade institucional. Por estarmos numa República que insiste em sua vocação bananeira, tudo parece possível, e novamente o Supremo Tribunal Federal deverá ser instado a imiscuir-se em questões de outro Poder - desta vez por culpa de um terceiro, o Executivo. Nessas horas ganha atualidade a famosa frase de um embaixador brasileiro em Paris que é atribuída incorretamente ao presidente francês Charles de Gaulle: o Brasil não é um país sério.
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Desespero de Dilma ultrapassa limiteSe vende a imagem de que sairia "lutando" e "com dignidade", conforme seus assessores espalharam à medida em que seu afastamento se tornou inexorável, Dilma Rousseff apelou a uma farsa perigosa em sua última tentativa de manter-se na cadeira. Usar o inacreditável Waldir Maranhão como marionete de uma artimanha jurídica que parece ter curtíssima validade e alto poder de disrupção demonstra que o desespero da petista ultrapassou o limite do direito ao esperneio. O dólar disparou e a Bolsa de Valores despencou, para ficar nos sinais mais evidentes e superficiais da confusão armada. Mas o que fica é algo pior para a imagem do país: o flerte com a baderna institucional. Pelas informações iniciais da Mesa da Câmara, parece não haver como um recurso desses prosperar, por soberano o plenário. Fora o óbvio: dizer que 367 deputados votaram contra Dilma com um cabresto imposto pela orientação partidária é despropositado. Há muito a criticar no comportamento dos parlamentares naquele dia 17 de abril, mas certamente ninguém votou com uma arma na cabeça. Como agravante, Dilma se fez de desentendida em discurso no começo da tarde. Se há alguma tentativa de golpe no país, como choramingam os petistas, ele passa por esse tipo de ação contra a normalidade institucional. Por estarmos numa República que insiste em sua vocação bananeira, tudo parece possível, e novamente o Supremo Tribunal Federal deverá ser instado a imiscuir-se em questões de outro Poder - desta vez por culpa de um terceiro, o Executivo. Nessas horas ganha atualidade a famosa frase de um embaixador brasileiro em Paris que é atribuída incorretamente ao presidente francês Charles de Gaulle: o Brasil não é um país sério.
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Advogado de mulher de embaixador morto diz que ela se sente injustiçada
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A defesa de Françoise Oliveira, 40, presa temporariamente por suspeita de ter planejado a morte do marido, o embaixador grego Kyriakos Amiridis, 59, diz que ela se sente injustiçada pela polícia. Seu advogado, Jorge Viana Dória, critica a forma como os investigadores colheram o depoimento de Françoise. "Ela prestou depoimento na ausência de defesa. Quando a pessoa está sozinha, há palavras que são extorquidas. A polícia é muito truculenta, não avisa que a pessoa tem o direito de ficar calada e não produzir provas contra si. Ela ficou acuada", diz o advogado. Dória reitera o que Oliveira dissera em depoimento, que nega ter planejado o crime, mas acusa o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, que seria seu amante, de ter cometido o crime. O advogado diz que, por não ter tido acesso à íntegra do processo, não pode comentar detalhes. "Era um casal harmonioso. Trabalham juntos em uma feira em Brasília para ajudar refugiados. Isso indica que é uma pessoa preocupada com injustiças. Era comum o embaixador passar dias fora de casa, por isso ela só procurou a polícia dois dias depois do desaparecimento", disse o advogado. Em depoimento à polícia, Oliveira disse que tinha uma relação extraconjugal havia seis meses com o soldado da PM Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, e que foi ele o autor do crime. A motivação, disse ela, teria sido o fato de ele não aprovar da relação dela com o marido. O policial e um primo dele também estão presos sob suspeita de participação na morte do diplomata. Em seu relato, ela disse, segundo a polícia, que não poderia ter evitado o crime. Afirmou que estava fora de casa no momento em que tudo aconteceu. Segundo as investigações, Kyriakos Amiridis foi morto na própria casa e, na sequência, seu corpo foi retirado do local pelo policial militar e levado no próprio carro alugado pelo embaixador a um local onde foi queimado junto com o veículo. Segundo a polícia, ela disse que notou, no dia seguinte ao desaparecimento do embaixador, que o sofá do apartamento onde o casal estava hospedado, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estava molhado. O sofá foi peça-chave da investigação da polícia, pois os agentes encontraram nele manchas de sangue. Segundo depoimento, ela então questionou o amante, que então teria confessado a ela ter matado o embaixador. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Evaristo Pontes, o soldado da PM confessou à polícia ter matado o diplomata. Em depoimento, negou que o ato tivesse sido premeditado e disse que foi resultado de uma luta corporal entre os dois. Sérgio está preso temporariamente na unidade prisional da PM, em Niterói. O soldado está na Polícia Militar desde abril de 2012 e trabalhava na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fallet/Fogueteiro. Ele será submetido a processo administrativo disciplinar e um conselho de revisão disciplinar decidirá por sua permanência ou exclusão da instituição. SUSPEITA A polícia diz não acreditar na versão de Françoise. O delegado responsável pelo caso afirma ter provas do envolvimento dela, mas não divulgou quais são os indícios que a incriminam. Parte da suspeita tem base no depoimento do primo do soldado, Eduardo Moreira, 24, também preso temporariamente. A polícia o acusa de ter sido cúmplice do crime ao ajudar o primo PM a se desfazer do corpo do embaixador. Em seu relato, Eduardo afirmou que Françoise havia oferecido R$ 80 mil para que ele participasse do assassinato, valor que seria pago 30 dias após o assassinato. Embora enfatize serem investigações preliminares, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido planejado pelo casal para que a viúva herdasse seus bens. Segundo o delegado, Françoise ainda não tem defesa constituída. A Folha procurou a Polícia Civil e aguarda uma posição do órgão de investigação sobre os procedimentos feitos para colher o depoimento de Françoise. DESAPARECIMENTO O embaixador morava em Brasília, mas o casal mantinha um apartamento em Nova Iguaçu, cidade onde vivem os parentes de Françoise. O embaixador estava de férias no Rio até o próximo dia 9, quando deveria voltar ao trabalho na embaixada em Brasília. Ele fora visto pela última vez na segunda-feira (26). Foi a própria viúva do embaixador que comunicou o sumiço do marido à Polícia Federal, dois dias depois. De imediato, a PF avaliou que o desaparecimento não tinha relação com a atividade diplomática de Amiridis no Brasil. Por isso, o caso foi encaminhado à Polícia Civil, que tem um setor específico para investigações de desaparecimentos. Na noite de quinta (29), um corpo foi encontrado dentro de um carro cuja placa era a mesma do veículo que havia sido alugado pelo diplomata. O veículo estava queimado, sob um viaduto, no bairro da Figueira, em Nova Iguaçu. Posteriormente, a polícia confirmou que o corpo era dele. Na sexta (30), os três suspeitos foram ouvidos pela polícia, que pediu a prisão temporária, concedida pela Justiça na mesma noite.
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cotidiano
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Advogado de mulher de embaixador morto diz que ela se sente injustiçadaA defesa de Françoise Oliveira, 40, presa temporariamente por suspeita de ter planejado a morte do marido, o embaixador grego Kyriakos Amiridis, 59, diz que ela se sente injustiçada pela polícia. Seu advogado, Jorge Viana Dória, critica a forma como os investigadores colheram o depoimento de Françoise. "Ela prestou depoimento na ausência de defesa. Quando a pessoa está sozinha, há palavras que são extorquidas. A polícia é muito truculenta, não avisa que a pessoa tem o direito de ficar calada e não produzir provas contra si. Ela ficou acuada", diz o advogado. Dória reitera o que Oliveira dissera em depoimento, que nega ter planejado o crime, mas acusa o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, que seria seu amante, de ter cometido o crime. O advogado diz que, por não ter tido acesso à íntegra do processo, não pode comentar detalhes. "Era um casal harmonioso. Trabalham juntos em uma feira em Brasília para ajudar refugiados. Isso indica que é uma pessoa preocupada com injustiças. Era comum o embaixador passar dias fora de casa, por isso ela só procurou a polícia dois dias depois do desaparecimento", disse o advogado. Em depoimento à polícia, Oliveira disse que tinha uma relação extraconjugal havia seis meses com o soldado da PM Sérgio Gomes Moreira Filho, 29, e que foi ele o autor do crime. A motivação, disse ela, teria sido o fato de ele não aprovar da relação dela com o marido. O policial e um primo dele também estão presos sob suspeita de participação na morte do diplomata. Em seu relato, ela disse, segundo a polícia, que não poderia ter evitado o crime. Afirmou que estava fora de casa no momento em que tudo aconteceu. Segundo as investigações, Kyriakos Amiridis foi morto na própria casa e, na sequência, seu corpo foi retirado do local pelo policial militar e levado no próprio carro alugado pelo embaixador a um local onde foi queimado junto com o veículo. Segundo a polícia, ela disse que notou, no dia seguinte ao desaparecimento do embaixador, que o sofá do apartamento onde o casal estava hospedado, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estava molhado. O sofá foi peça-chave da investigação da polícia, pois os agentes encontraram nele manchas de sangue. Segundo depoimento, ela então questionou o amante, que então teria confessado a ela ter matado o embaixador. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Evaristo Pontes, o soldado da PM confessou à polícia ter matado o diplomata. Em depoimento, negou que o ato tivesse sido premeditado e disse que foi resultado de uma luta corporal entre os dois. Sérgio está preso temporariamente na unidade prisional da PM, em Niterói. O soldado está na Polícia Militar desde abril de 2012 e trabalhava na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fallet/Fogueteiro. Ele será submetido a processo administrativo disciplinar e um conselho de revisão disciplinar decidirá por sua permanência ou exclusão da instituição. SUSPEITA A polícia diz não acreditar na versão de Françoise. O delegado responsável pelo caso afirma ter provas do envolvimento dela, mas não divulgou quais são os indícios que a incriminam. Parte da suspeita tem base no depoimento do primo do soldado, Eduardo Moreira, 24, também preso temporariamente. A polícia o acusa de ter sido cúmplice do crime ao ajudar o primo PM a se desfazer do corpo do embaixador. Em seu relato, Eduardo afirmou que Françoise havia oferecido R$ 80 mil para que ele participasse do assassinato, valor que seria pago 30 dias após o assassinato. Embora enfatize serem investigações preliminares, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido planejado pelo casal para que a viúva herdasse seus bens. Segundo o delegado, Françoise ainda não tem defesa constituída. A Folha procurou a Polícia Civil e aguarda uma posição do órgão de investigação sobre os procedimentos feitos para colher o depoimento de Françoise. DESAPARECIMENTO O embaixador morava em Brasília, mas o casal mantinha um apartamento em Nova Iguaçu, cidade onde vivem os parentes de Françoise. O embaixador estava de férias no Rio até o próximo dia 9, quando deveria voltar ao trabalho na embaixada em Brasília. Ele fora visto pela última vez na segunda-feira (26). Foi a própria viúva do embaixador que comunicou o sumiço do marido à Polícia Federal, dois dias depois. De imediato, a PF avaliou que o desaparecimento não tinha relação com a atividade diplomática de Amiridis no Brasil. Por isso, o caso foi encaminhado à Polícia Civil, que tem um setor específico para investigações de desaparecimentos. Na noite de quinta (29), um corpo foi encontrado dentro de um carro cuja placa era a mesma do veículo que havia sido alugado pelo diplomata. O veículo estava queimado, sob um viaduto, no bairro da Figueira, em Nova Iguaçu. Posteriormente, a polícia confirmou que o corpo era dele. Na sexta (30), os três suspeitos foram ouvidos pela polícia, que pediu a prisão temporária, concedida pela Justiça na mesma noite.
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Desembolsos do BNDES encolhem 28% em 2015, pior desempenho desde 1996
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Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) encolheram em 28% no ano passado, para R$ 135,9 bilhões –o pior desempenho desde 1996, o primeiro ano com as variações disponíveis. Com o maior custo do crédito em meio ao ajuste do governo e a menor demanda por financiamento dos empresários, os desembolsos do BNDES no ano passado foram os menores desde 2008 (R$ 90,9 bilhões). Os dados foram divulgados pelo banco nesta segunda-feira (25). Considerados os dados da série histórica deflacionados, ou seja, corrigidos com a inflação pelo IPCA (índice oficial do país), os valores desembolsados pelo banco no ano passado retrocederiam ainda mais. Seriam os menores desde 2007 (R$ 107,5 bilhões). Naquele ano, o banco acelerava seus financiamentos a grandes empresas após a posse de Luciano Coutinho na presidência da instituição, em abril de 2007. Era o início de uma fase de forte expansão do banco e da política de "campeões nacionais". Evolução dos desembolsos - No comparativo com o ano anterior, valores concedidos tiveram a maior queda desde 1996 PSI Um dos responsáveis pela queda dos desembolsos foi o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), programa lançado na crise de 2009 e que sofreu cortes de orçamento no ano passado por causa do ajuste fiscal do governo. Segundo o banco, os desembolsos do PSI recuaram 56% em 2015, para R$ 33,2 bilhões. O programa financiava compra de máquinas e equipamentos, caminhões e ônibus. O programa foi extinto pelo governo em 31 de dezembro do ano passado. SETORES Considerando os diferentes setores da economia, a maior queda percentual foi nos desembolsos para o setor de comércio e serviços com recuo de 41%, para R$ 30,5 bilhões no ano passado. Com maior peso na carteira do banco, os desembolsos para o setor de infraestrutura (o que inclui desde energia a rodovias, passando por telecomunicações e ferrovias) encolheram em 20%, para R$ 54,9 bilhões. O setor de energia elétrica, neste caso, ainda cresceu, em 15% em 2015, para R$ 21,9 bilhões. O ramo de construção, contudo, encolheu em 18%, para R$ 2,2 bilhões. Telecomunicações caiu 60%, recuando para R$ 2,1 bilhões em 2015. CONSULTAS Um dos números que chamam atenção no resultado do banco é a linha de consultas de novos financiamentos, que serve como um termômetro dos futuros desembolsos do BNDES. As consultas ao banco –primeira etapa do processo de pedido de empréstimo– tiveram queda de 47% no ano passado, para R$ 124,6 bilhões. Jás os empréstimos aprovados pelo banco tiveram uma queda semelhante, de 47%, para R$ 109 bilhões. Considerado o pesos dos diferentes setores, o destaque, neste caso, foi o setor de infraestrutura, com uma queda de 48% (R$ 22,.75 bilhões). Nesta segunda-feira, o presidente do banco, Luciano Coutinho, disse à Folha que a expectativa é que os empréstimos para os setores de infraestrutura e energia cresçam 10% em 2016, na comparação ao ano passado. O BNDES recebeu em dezembro uma parcela de equalização de atrasados do PSI, em valores de cerca de R$ 23 bilhões. Na entrevista, Coutinho disse que com essa parcela o banco poderá ter "uma política um pouco mais ativa para olhar as necessidade reais da economia".
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Desembolsos do BNDES encolhem 28% em 2015, pior desempenho desde 1996Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) encolheram em 28% no ano passado, para R$ 135,9 bilhões –o pior desempenho desde 1996, o primeiro ano com as variações disponíveis. Com o maior custo do crédito em meio ao ajuste do governo e a menor demanda por financiamento dos empresários, os desembolsos do BNDES no ano passado foram os menores desde 2008 (R$ 90,9 bilhões). Os dados foram divulgados pelo banco nesta segunda-feira (25). Considerados os dados da série histórica deflacionados, ou seja, corrigidos com a inflação pelo IPCA (índice oficial do país), os valores desembolsados pelo banco no ano passado retrocederiam ainda mais. Seriam os menores desde 2007 (R$ 107,5 bilhões). Naquele ano, o banco acelerava seus financiamentos a grandes empresas após a posse de Luciano Coutinho na presidência da instituição, em abril de 2007. Era o início de uma fase de forte expansão do banco e da política de "campeões nacionais". Evolução dos desembolsos - No comparativo com o ano anterior, valores concedidos tiveram a maior queda desde 1996 PSI Um dos responsáveis pela queda dos desembolsos foi o PSI (Programa de Sustentação do Investimento), programa lançado na crise de 2009 e que sofreu cortes de orçamento no ano passado por causa do ajuste fiscal do governo. Segundo o banco, os desembolsos do PSI recuaram 56% em 2015, para R$ 33,2 bilhões. O programa financiava compra de máquinas e equipamentos, caminhões e ônibus. O programa foi extinto pelo governo em 31 de dezembro do ano passado. SETORES Considerando os diferentes setores da economia, a maior queda percentual foi nos desembolsos para o setor de comércio e serviços com recuo de 41%, para R$ 30,5 bilhões no ano passado. Com maior peso na carteira do banco, os desembolsos para o setor de infraestrutura (o que inclui desde energia a rodovias, passando por telecomunicações e ferrovias) encolheram em 20%, para R$ 54,9 bilhões. O setor de energia elétrica, neste caso, ainda cresceu, em 15% em 2015, para R$ 21,9 bilhões. O ramo de construção, contudo, encolheu em 18%, para R$ 2,2 bilhões. Telecomunicações caiu 60%, recuando para R$ 2,1 bilhões em 2015. CONSULTAS Um dos números que chamam atenção no resultado do banco é a linha de consultas de novos financiamentos, que serve como um termômetro dos futuros desembolsos do BNDES. As consultas ao banco –primeira etapa do processo de pedido de empréstimo– tiveram queda de 47% no ano passado, para R$ 124,6 bilhões. Jás os empréstimos aprovados pelo banco tiveram uma queda semelhante, de 47%, para R$ 109 bilhões. Considerado o pesos dos diferentes setores, o destaque, neste caso, foi o setor de infraestrutura, com uma queda de 48% (R$ 22,.75 bilhões). Nesta segunda-feira, o presidente do banco, Luciano Coutinho, disse à Folha que a expectativa é que os empréstimos para os setores de infraestrutura e energia cresçam 10% em 2016, na comparação ao ano passado. O BNDES recebeu em dezembro uma parcela de equalização de atrasados do PSI, em valores de cerca de R$ 23 bilhões. Na entrevista, Coutinho disse que com essa parcela o banco poderá ter "uma política um pouco mais ativa para olhar as necessidade reais da economia".
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Crise política segura alta da Bolsa brasileira em dia de máximas nos EUA
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A cautela com o cenário político fez a Bolsa oscilar pouco nesta segunda-feira apesar do dia positivo para os mercados de risco ao redor do mundo. O dólar comercial fechou estável. No final de semana, a revista "Época" publicou entrevista com Joesley Batista, que repetiu acusações contra o presidente Michel Temer e seus aliados, realimentando a crise política um mês depois da divulgação do gravação do empresário da JBS em conversa com Temer. O Ibovespa ganhou 0,62% e terminou o dia a 62.014 pontos, sustentado pelo desempenho das ações da Vale e da Embraer. Os papéis preferenciais da Vale ganharam 1,85%, a R$ 24,77. Os ordinários avançaram 3,24%, a R$ 26,39. As ações da Embraer avançaram 4,6%, liderando os ganhos do Ibovespa, após notícia de que os Estados Unidos vão avaliar o avião de ataque A-29 Super Tucano, com potencial para se converter em uma compra de mais de 120 unidades, e expectativa por novas encomendas Já as ações da Petrobras fecharam em direções opostas. Os papéis preferenciais subiram 0,08%, enquanto as ações ordinárias cederam 1,18%. Os papéis da JBS, que registram oscilações bruscas desde que executivos da empresa delataram casos de corrupção, recuaram 4,07%, a R$ 6,35. No exterior, Bolsas americanas e europeias fecharam em alta. O índice Dow Jones bateu novo recorde e fechou em 21.528 pontos. O mesmo ocorreu com o S&P 500, que terminou a 2.453 pontos. Os dois índices acionários foram impulsionados pela recuperação das ações das empresas de tecnologia, que vinham amargando perdas nas últimas semanas. DÓLAR A moeda americana chegou a ensaiar um movimento de alta mais expressiva e ultrapassou os R$ 3,30 no começo do pregão. No entanto, o novo patamar de preços desencadeou um movimento de vendas. O dólar comercial (usado em operações de comércio exterior) encerrou estável a R$ 3,2890. O dólar à vista, referência para o mercado financeiro e que fecha mais cedo, avançou 0,08%, a R$ 3,2957.
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Crise política segura alta da Bolsa brasileira em dia de máximas nos EUAA cautela com o cenário político fez a Bolsa oscilar pouco nesta segunda-feira apesar do dia positivo para os mercados de risco ao redor do mundo. O dólar comercial fechou estável. No final de semana, a revista "Época" publicou entrevista com Joesley Batista, que repetiu acusações contra o presidente Michel Temer e seus aliados, realimentando a crise política um mês depois da divulgação do gravação do empresário da JBS em conversa com Temer. O Ibovespa ganhou 0,62% e terminou o dia a 62.014 pontos, sustentado pelo desempenho das ações da Vale e da Embraer. Os papéis preferenciais da Vale ganharam 1,85%, a R$ 24,77. Os ordinários avançaram 3,24%, a R$ 26,39. As ações da Embraer avançaram 4,6%, liderando os ganhos do Ibovespa, após notícia de que os Estados Unidos vão avaliar o avião de ataque A-29 Super Tucano, com potencial para se converter em uma compra de mais de 120 unidades, e expectativa por novas encomendas Já as ações da Petrobras fecharam em direções opostas. Os papéis preferenciais subiram 0,08%, enquanto as ações ordinárias cederam 1,18%. Os papéis da JBS, que registram oscilações bruscas desde que executivos da empresa delataram casos de corrupção, recuaram 4,07%, a R$ 6,35. No exterior, Bolsas americanas e europeias fecharam em alta. O índice Dow Jones bateu novo recorde e fechou em 21.528 pontos. O mesmo ocorreu com o S&P 500, que terminou a 2.453 pontos. Os dois índices acionários foram impulsionados pela recuperação das ações das empresas de tecnologia, que vinham amargando perdas nas últimas semanas. DÓLAR A moeda americana chegou a ensaiar um movimento de alta mais expressiva e ultrapassou os R$ 3,30 no começo do pregão. No entanto, o novo patamar de preços desencadeou um movimento de vendas. O dólar comercial (usado em operações de comércio exterior) encerrou estável a R$ 3,2890. O dólar à vista, referência para o mercado financeiro e que fecha mais cedo, avançou 0,08%, a R$ 3,2957.
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Veja as mortes e missas publicadas nesta terça-feira
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MORTES Nanci Borges - Aos 67. Deixa três filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras, Guarulhos (SP). Luiz Froiman - Aos 84. Deixa os filhos Berta, Marcos e Mirtes. Cemitério Israelita do Embu das Artes. Adriana Duval Bolonhini - Aos 47, casada com Manoel Rodrigues Gomes. Deixa dois filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras, Guarulhos (SP). Nelson Vainzov - Aos 55. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Waldemar Indalécio Júnior - Hoje (13/1), às 20h, no Santuário São Judas Tadeu, avenida Jabaquara, 2.682, Jabaquara. Maria Aparecida de Abreu Carvalhaes - Hoje (13/1), às 20h, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na rua Honório Líbero, 100, Jardim Paulistano. Italo Arnaldo Tronca - Amanhã (14/1), às 20h15, na igreja Santa Rita de Cássia, praça Santa Rita de Cássia, 133, Saúde. * 9º ANO Maria do Rosário Ferreira de Marco - Amanhã (14/1), às 19h30, na paróquia Nossa Senhora de Salete, rua Dr. Zuquim, 1746, Santana.
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Veja as mortes e missas publicadas nesta terça-feiraMORTES Nanci Borges - Aos 67. Deixa três filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras, Guarulhos (SP). Luiz Froiman - Aos 84. Deixa os filhos Berta, Marcos e Mirtes. Cemitério Israelita do Embu das Artes. Adriana Duval Bolonhini - Aos 47, casada com Manoel Rodrigues Gomes. Deixa dois filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras, Guarulhos (SP). Nelson Vainzov - Aos 55. Cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Waldemar Indalécio Júnior - Hoje (13/1), às 20h, no Santuário São Judas Tadeu, avenida Jabaquara, 2.682, Jabaquara. Maria Aparecida de Abreu Carvalhaes - Hoje (13/1), às 20h, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na rua Honório Líbero, 100, Jardim Paulistano. Italo Arnaldo Tronca - Amanhã (14/1), às 20h15, na igreja Santa Rita de Cássia, praça Santa Rita de Cássia, 133, Saúde. * 9º ANO Maria do Rosário Ferreira de Marco - Amanhã (14/1), às 19h30, na paróquia Nossa Senhora de Salete, rua Dr. Zuquim, 1746, Santana.
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Mortes: Comissária pioneira, atuou por mais de 60 anos
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Apesar dos mais de 60 anos dedicados à aviação, Alice Editha Klausz costumava dizer que cada voo era diferente por conta das pessoas que servia. Nas últimas décadas, eram pesquisadores, militares, políticos e até pinguins, indo ou vindo da Antártida. Nascida em São Paulo, tia Alice, como era conhecida, foi ainda pequena para Porto Alegre. Com pai húngaro e mãe romena, falava mais alemão que português e não tinha muitos parentes no país. Estudou biblioteconomia e chegou a iniciar a faculdade de direito, mas foi só ver um anúncio no jornal para mudar tudo. Era a primeira seleção para comissárias da Varig. Aprovada, tia Alice fez seu primeiro voo em 1954 e logo se apaixonou pela profissão. Era séria, exigente, perfeccionista. Preocupava-se até com as gravatas dos funcionários. Fez o primeiro voo internacional da companhia, serviu presidentes como Juscelino Kubitschek e João Goulart, fez o primeiro manual da empresa para comissárias de bordo e dirigiu a escola de comissárias no Rio. Aposentou-se apenas no final dos anos 80. Fora da Varig, tia Alice conheceu o Proantar (programa da Marinha brasileira de pesquisa na Antártida) e se tornou voluntária para os voos da FAB do programa. Apesar da falta de luxo das aeronaves, ela mantinha a sofisticação e chegou a revolucionar a comida, até então servida fria. Foram mais de cem voos para a Antártida. Nas paradas, em Pelotas (RS) e Punta Arenas, no Chile, levava revistas e chocolate aos amigos que fez pelo caminho. Morreu dia 20, aos 88 anos, após problema do coração. Deixa a irmã, Vera, e os sobrinhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Mortes: Comissária pioneira, atuou por mais de 60 anosApesar dos mais de 60 anos dedicados à aviação, Alice Editha Klausz costumava dizer que cada voo era diferente por conta das pessoas que servia. Nas últimas décadas, eram pesquisadores, militares, políticos e até pinguins, indo ou vindo da Antártida. Nascida em São Paulo, tia Alice, como era conhecida, foi ainda pequena para Porto Alegre. Com pai húngaro e mãe romena, falava mais alemão que português e não tinha muitos parentes no país. Estudou biblioteconomia e chegou a iniciar a faculdade de direito, mas foi só ver um anúncio no jornal para mudar tudo. Era a primeira seleção para comissárias da Varig. Aprovada, tia Alice fez seu primeiro voo em 1954 e logo se apaixonou pela profissão. Era séria, exigente, perfeccionista. Preocupava-se até com as gravatas dos funcionários. Fez o primeiro voo internacional da companhia, serviu presidentes como Juscelino Kubitschek e João Goulart, fez o primeiro manual da empresa para comissárias de bordo e dirigiu a escola de comissárias no Rio. Aposentou-se apenas no final dos anos 80. Fora da Varig, tia Alice conheceu o Proantar (programa da Marinha brasileira de pesquisa na Antártida) e se tornou voluntária para os voos da FAB do programa. Apesar da falta de luxo das aeronaves, ela mantinha a sofisticação e chegou a revolucionar a comida, até então servida fria. Foram mais de cem voos para a Antártida. Nas paradas, em Pelotas (RS) e Punta Arenas, no Chile, levava revistas e chocolate aos amigos que fez pelo caminho. Morreu dia 20, aos 88 anos, após problema do coração. Deixa a irmã, Vera, e os sobrinhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Erramos: Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBF
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Diferentemente do informado no texto "Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBF" (As Mais - 16/04/2015 - 12h00) o que Mano Menezes assumiu em julho de 2010 foi o comando da seleção, não o da CBF. O texto já foi corrigido.
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Erramos: Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBFDiferentemente do informado no texto "Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBF" (As Mais - 16/04/2015 - 12h00) o que Mano Menezes assumiu em julho de 2010 foi o comando da seleção, não o da CBF. O texto já foi corrigido.
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Governador do PT é grande derrotado desta eleição em Salvador, diz ACM Neto
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JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR Reeleito para a prefeitura de Salvador com 73% dos votos válidos e potencial candidato a governador em 2018, ACM Neto (DEM) afirmou neste domingo (2) que o governador da Bahia, Rui Costa (PT) foi o grande derrotado destas eleições. "Não posso deixar de revelar que o governador foi o grande derrotado desta eleição. O PT não teve a capacidade de lançar um candidato e, além disso, a candidata que ele abraçou teve o resultado que teve", afirmou. Apoiada pelo governador Rui Costa, Alice Portugal (PCdoB) teve apenas 14,5% dos votos na disputa pela prefeitura. Em terceiro lugar ficou o Pastor Isidório (PDT), também da base do governador, com 8,6%. "Todos sabem que o governador assumiu um lado, trabalhou contra a nossa candidatura, mas o povo de Salvador falou mais alto", disse. Segundo o prefeito, o resultado das urnas não quer dizer que ele será candidato ao governo do Estado nem que vá polarizar com o governador Rui Costa nos próximos dois anos. "Manterei uma relação institucional, construtiva e de respeito com ele", disse Neto. Além da derrota em Salvador, a base do governador também sofreu derrotas em importantes cidades da Bahia. Em Feira de Santana, o prefeito José Ronaldo (DEM) foi reeleito com 69%. Em Camaçari, cidade que é base política de Jaques Wagner, Elinaldo (DEM) venceu com 63%. "Tivemos vitórias importantíssimas no interior, em cidades que eram historicamente governadas pelo PT. O desenho político da Bahia mudou em 2016", disse. A derrota da base do governador também se refletiu na Câmara Municipal de Salvador. O PT, que tinha eleito sete vereadores em 2012, desta vez elegeu apenas três. GOLPE NÃO COLOU Aliado de ACM Neto, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) afirmou que a vitória folgada do prefeito é reflexo de uma "gestão qualificada". "Ninguém quer mais o discurso do ódio. Esta história do golpe não colou em lugar nenhum do Brasil", disse. Na campanha, a candidata Alice Portugal buscou associar a imagem de ACM Neto a do presidente Michel Temer (PMDB), apontando o prefeito como um apoiador do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
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Governador do PT é grande derrotado desta eleição em Salvador, diz ACM NetoJOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR Reeleito para a prefeitura de Salvador com 73% dos votos válidos e potencial candidato a governador em 2018, ACM Neto (DEM) afirmou neste domingo (2) que o governador da Bahia, Rui Costa (PT) foi o grande derrotado destas eleições. "Não posso deixar de revelar que o governador foi o grande derrotado desta eleição. O PT não teve a capacidade de lançar um candidato e, além disso, a candidata que ele abraçou teve o resultado que teve", afirmou. Apoiada pelo governador Rui Costa, Alice Portugal (PCdoB) teve apenas 14,5% dos votos na disputa pela prefeitura. Em terceiro lugar ficou o Pastor Isidório (PDT), também da base do governador, com 8,6%. "Todos sabem que o governador assumiu um lado, trabalhou contra a nossa candidatura, mas o povo de Salvador falou mais alto", disse. Segundo o prefeito, o resultado das urnas não quer dizer que ele será candidato ao governo do Estado nem que vá polarizar com o governador Rui Costa nos próximos dois anos. "Manterei uma relação institucional, construtiva e de respeito com ele", disse Neto. Além da derrota em Salvador, a base do governador também sofreu derrotas em importantes cidades da Bahia. Em Feira de Santana, o prefeito José Ronaldo (DEM) foi reeleito com 69%. Em Camaçari, cidade que é base política de Jaques Wagner, Elinaldo (DEM) venceu com 63%. "Tivemos vitórias importantíssimas no interior, em cidades que eram historicamente governadas pelo PT. O desenho político da Bahia mudou em 2016", disse. A derrota da base do governador também se refletiu na Câmara Municipal de Salvador. O PT, que tinha eleito sete vereadores em 2012, desta vez elegeu apenas três. GOLPE NÃO COLOU Aliado de ACM Neto, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) afirmou que a vitória folgada do prefeito é reflexo de uma "gestão qualificada". "Ninguém quer mais o discurso do ódio. Esta história do golpe não colou em lugar nenhum do Brasil", disse. Na campanha, a candidata Alice Portugal buscou associar a imagem de ACM Neto a do presidente Michel Temer (PMDB), apontando o prefeito como um apoiador do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
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Darwin e Deus: Trabalhe conosco!
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A pedido do meu idolatrado chefinho, Ricardo Mioto, editor de Ciência e Saúde desta Folha, e da editora de Treinamento do jornal (e ex-ombudskvinna - esse é o feminino de ombudsman, minha gente) Suzana Singer, tenho a honra de convidar ... Leia post completo no blog
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Darwin e Deus: Trabalhe conosco!A pedido do meu idolatrado chefinho, Ricardo Mioto, editor de Ciência e Saúde desta Folha, e da editora de Treinamento do jornal (e ex-ombudskvinna - esse é o feminino de ombudsman, minha gente) Suzana Singer, tenho a honra de convidar ... Leia post completo no blog
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Prefeitos levavam 10% dos contratos de projetos da educação, diz PF
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Prefeitos de cidades da Bahia, Minas Gerais e São Paulo recebiam 10% do valor de contratos fraudados na área da educação, segundo a Polícia Federal, que deflagrou nesta segunda-feira (13) operação para desarticular quadrilha suspeita de desviar recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica). A PF estima em aproximadamente R$ 57 milhões os prejuízos causados pela organização criminosa, que forjava licitações, em conluio com agentes públicos e mediante o pagamento de propina, para desviar recursos do Fundeb. Segundo os delegados federais Fernando Bebert e Fábio Muniz, os prefeitos receberiam 10% do valor dos contratos, enquanto 3% ficava para lobistas que atuavam como intermediários. O esquema fraudava licitações e superfaturava contratos de projetos de "inclusão digital". "Os projetos licitatórios eram completamente fraudados, desde a licitação até o edital. Nós temos certeza da participação dos prefeitos", afirmou Bebert. Quatro empresas participavam do esquema, sendo que duas venciam as licitações e outras duas atuavam como figurantes nos certames. Os contratos eram apenas parcialmente executados e, em alguns casos, sequer houve a implantação dos projetos de inclusão digital. Nesta segunda, a polícia cumpriu 96 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva no Distrito Federal e nos Estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, 450 policiais participam da Operação Águia de Haia. Vinte municípios participaram desses desvios: 18 na Bahia, 1 em Minas Gerias e 1 em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha começou a sua atuação em 2009, em São Paulo, tendo migrado posteriormente para Minas Gerais e Bahia. Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. MANDADOS DE PRISÃO Foram cumpridos quatro mandados de prisão expedidos pelo TRF (Tribunal Regional Federal). Não há políticos entre os presos. Segundo a PF, um deputado estaria envolvido no esquema, mas seu nome não foi divulgado. Na manhã desta segunda, foi realizada busca e apreensão no gabinete do deputado estadual Calos Ubaldino (PSC-BA). A reportagem não conseguiu localizar o parlamentar. O nome da operação, "Águia de Haia", faz referência ao político e jurista baiano Ruy Barbosa, que ganhou este apelido após participar com destaque da Conferência da Paz de Haia em 1907. A prefeitura da cidade de Ruy Barbosa (a 320 km de Salvador) está entre as investigadas.
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Prefeitos levavam 10% dos contratos de projetos da educação, diz PFPrefeitos de cidades da Bahia, Minas Gerais e São Paulo recebiam 10% do valor de contratos fraudados na área da educação, segundo a Polícia Federal, que deflagrou nesta segunda-feira (13) operação para desarticular quadrilha suspeita de desviar recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica). A PF estima em aproximadamente R$ 57 milhões os prejuízos causados pela organização criminosa, que forjava licitações, em conluio com agentes públicos e mediante o pagamento de propina, para desviar recursos do Fundeb. Segundo os delegados federais Fernando Bebert e Fábio Muniz, os prefeitos receberiam 10% do valor dos contratos, enquanto 3% ficava para lobistas que atuavam como intermediários. O esquema fraudava licitações e superfaturava contratos de projetos de "inclusão digital". "Os projetos licitatórios eram completamente fraudados, desde a licitação até o edital. Nós temos certeza da participação dos prefeitos", afirmou Bebert. Quatro empresas participavam do esquema, sendo que duas venciam as licitações e outras duas atuavam como figurantes nos certames. Os contratos eram apenas parcialmente executados e, em alguns casos, sequer houve a implantação dos projetos de inclusão digital. Nesta segunda, a polícia cumpriu 96 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva no Distrito Federal e nos Estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, 450 policiais participam da Operação Águia de Haia. Vinte municípios participaram desses desvios: 18 na Bahia, 1 em Minas Gerias e 1 em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, a quadrilha começou a sua atuação em 2009, em São Paulo, tendo migrado posteriormente para Minas Gerais e Bahia. Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. MANDADOS DE PRISÃO Foram cumpridos quatro mandados de prisão expedidos pelo TRF (Tribunal Regional Federal). Não há políticos entre os presos. Segundo a PF, um deputado estaria envolvido no esquema, mas seu nome não foi divulgado. Na manhã desta segunda, foi realizada busca e apreensão no gabinete do deputado estadual Calos Ubaldino (PSC-BA). A reportagem não conseguiu localizar o parlamentar. O nome da operação, "Águia de Haia", faz referência ao político e jurista baiano Ruy Barbosa, que ganhou este apelido após participar com destaque da Conferência da Paz de Haia em 1907. A prefeitura da cidade de Ruy Barbosa (a 320 km de Salvador) está entre as investigadas.
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Qual o futuro do Brasil com governo sem credibilidade?, pergunta leitor
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O rebaixamento da nota dada pela agência S&P mostra a total incapacidade do governo da presidente Dilma Rousseff de honrar as contas públicas (Descontrole das contas públicas faz agência S&P tirar do Brasil selo de país bom pagador). A economia, que já era ruim, vai ficar pior. O governo tem de entender que precisa cortar gastos e diminuir impostos. Qual será o futuro do Brasil com um governo sem credibilidade? LUCAS RIGHETTI (Severínia, SP) * * Não entendi a surpresa do ministro Nelson Barbosa (Barbosa fala em fase de 'travessia'; Levy defende aperto fiscal), pois foi ele, juntamente com o ministro Aloizio Mercadante, o responsável por fazer a presidente Dilma Rousseff enviar proposta de Orçamento com deficit, contrariando a posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Isso demonstra, publicamente, a falta de unidade nas propostas dos auxiliares diretos da chefe do Executivo. Afinal o que eles desejam? GILBERTO SERRA (Campinas, SP) * Será que o Ministério do Planejamento não conseguiu antever o que todo o mercado já sabia? O que é que esse ministério faz? ROBERTO LUIGI BETTONI (Santo André, SP) * O PT e seus governantes são simpatizantes de governos populistas autoritários latinos e africanos. Não devemos estranhar PIB pequeno (ou negativo), inflação beirando dois dígitos, disparada do dólar ou rebaixamento por órgãos internacionais de crédito. É exatamente o que ocorre (ou ocorreu) nos países nos quais se espelham os ideais do PT. RODRIGO ENS (Curitiba, PR) * Votei em Dilma para o primeiro mandato dela, mas acho que o processo de impedimento deve começar porque houve desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, além das mentiras da senhora presidenta. Se houvesse uma lei do eleitor, nos moldes do Código de Defesa do Consumidor, Dilma estaria respondendo por suas mentiras. OTAVIO DE QUEROZ (São Paulo, SP) * O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem razão de que a democracia no Brasil veio para ficar. Todavia, a Lei de Responsabilidade Fiscal também veio para ficar em nosso país. Portanto, a presidente da República pode incorrer em crime de responsabilidade em 2016 se houver a reprovação das contas públicas de 2014, se a meta de superavit fiscal de 2015 tampouco for cumprida até o final do ano e se o Orçamento de 2016 for encaminhado com deficit para o Congresso Nacional. Assim sendo, não há nenhum movimento antidemocrático e golpista em andamento, pois pode haver base jurídica para o impeachment. LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP) * O rebaixamento da economia do Brasil para grau especulativo é mais um sinal que estamos correndo grandes riscos se o governo não tomar providências urgentes. Além de cortar gastos e enfrentar a rebeldia daqueles que irão perder a "boquinha" –e são muitos–, elevar impostos também deve ser descartado, pois a própria base aliada é contra esse absurdo que iria agravar mais a crise. Espero que o governo tome providências e não faça apenas uma nota de repúdio à mesma agência que em 2008 elevou a nota que foi motivo de comemoração. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Qual o futuro do Brasil com governo sem credibilidade?, pergunta leitorO rebaixamento da nota dada pela agência S&P mostra a total incapacidade do governo da presidente Dilma Rousseff de honrar as contas públicas (Descontrole das contas públicas faz agência S&P tirar do Brasil selo de país bom pagador). A economia, que já era ruim, vai ficar pior. O governo tem de entender que precisa cortar gastos e diminuir impostos. Qual será o futuro do Brasil com um governo sem credibilidade? LUCAS RIGHETTI (Severínia, SP) * * Não entendi a surpresa do ministro Nelson Barbosa (Barbosa fala em fase de 'travessia'; Levy defende aperto fiscal), pois foi ele, juntamente com o ministro Aloizio Mercadante, o responsável por fazer a presidente Dilma Rousseff enviar proposta de Orçamento com deficit, contrariando a posição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Isso demonstra, publicamente, a falta de unidade nas propostas dos auxiliares diretos da chefe do Executivo. Afinal o que eles desejam? GILBERTO SERRA (Campinas, SP) * Será que o Ministério do Planejamento não conseguiu antever o que todo o mercado já sabia? O que é que esse ministério faz? ROBERTO LUIGI BETTONI (Santo André, SP) * O PT e seus governantes são simpatizantes de governos populistas autoritários latinos e africanos. Não devemos estranhar PIB pequeno (ou negativo), inflação beirando dois dígitos, disparada do dólar ou rebaixamento por órgãos internacionais de crédito. É exatamente o que ocorre (ou ocorreu) nos países nos quais se espelham os ideais do PT. RODRIGO ENS (Curitiba, PR) * Votei em Dilma para o primeiro mandato dela, mas acho que o processo de impedimento deve começar porque houve desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, além das mentiras da senhora presidenta. Se houvesse uma lei do eleitor, nos moldes do Código de Defesa do Consumidor, Dilma estaria respondendo por suas mentiras. OTAVIO DE QUEROZ (São Paulo, SP) * O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem razão de que a democracia no Brasil veio para ficar. Todavia, a Lei de Responsabilidade Fiscal também veio para ficar em nosso país. Portanto, a presidente da República pode incorrer em crime de responsabilidade em 2016 se houver a reprovação das contas públicas de 2014, se a meta de superavit fiscal de 2015 tampouco for cumprida até o final do ano e se o Orçamento de 2016 for encaminhado com deficit para o Congresso Nacional. Assim sendo, não há nenhum movimento antidemocrático e golpista em andamento, pois pode haver base jurídica para o impeachment. LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP) * O rebaixamento da economia do Brasil para grau especulativo é mais um sinal que estamos correndo grandes riscos se o governo não tomar providências urgentes. Além de cortar gastos e enfrentar a rebeldia daqueles que irão perder a "boquinha" –e são muitos–, elevar impostos também deve ser descartado, pois a própria base aliada é contra esse absurdo que iria agravar mais a crise. Espero que o governo tome providências e não faça apenas uma nota de repúdio à mesma agência que em 2008 elevou a nota que foi motivo de comemoração. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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'Casa Grande' expõe abismo social do país sob olhar de jovem
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É noite na Barra da Tijuca. Sentado à beira de uma piscina, Hugo (Marcello Novaes) se levanta e se dirige a sua mansão: numa sequência de mais de três minutos vai apagando as luzes dos cômodos do casarão de três andares, "1.400 metros de área construída". Estreia de Fellipe Barbosa na direção de um longa de ficção, "Casa Grande" retrata a derrocada financeira de uma rica família carioca. O título do filme, alusão à obra do sociólogo Gilberto Freyre, já anuncia que o embate social está no centro da trama. O longa adota o ponto de vista de Jean (Thales Cavalcanti), estudante do São Bento, tradicional colégio para meninos da classe alta do Rio, que aos poucos assiste à falência da família, chefiada pelo personagem de Novaes. Os empregados vão sendo dispensados. A mãe, dondoca que fala em francês com o marido, se vê obrigada a vender produtos de beleza às amigas para ajudar nas despesas da casa. Um dia o motorista da família é demitido. "Tirou férias" é a justificativa que Jean ouve do pai, gestor de fundo de investimento envolvido com ações do conglomerado de Eike Batista. Forçado a ir à escola de transporte público, Jean sai do casulo para descobrir os contrastes da cidade em que vive. Em entrevista à Folha, o diretor afirma que quis confrontar a riqueza, encará-la de forma crítica –universo, aliás, que lhe é familiar: Barbosa estudou no mesmo colégio que o protagonista e também testemunhou a própria família entrar em colapso financeiro. "O filme é baseado em fatos da minha vida, mas tem muita construção", diz o diretor. "Há algo de cômico numa família que tinha quatro carros e passa a ter dois porque está ficando pobre. No Brasil, mobilidade social é tão difícil para cima quanto para baixo." É no trajeto de ônibus para o colégio que Jean conhece Luiza (Bruna Amaya), garota parda, estudante de escola pública, com quem passa a sair e que será uma das fontes de embate com a sua família. Numa das cenas, um churrasco de domingo, o sistema de cotas vira assunto. "Com elas o nível das universidades públicas vai cair", diz um amigo do pai de Jean. A garota rebate: "Que médico ou advogado negro vocês conhecem?". A mulher do amigo intervém: "Ah, tem aquele advogado negro, o Joaquim Barbosa, que nunca precisou de cota nenhuma para virar presidente do Supremo". NOVO 'O SOM AO REDOR' "Casa Grande" faturou prêmios nos festivais do Rio (melhor filme segundo o público), Paulínia (menção especial do júri) e na Mostra de São Paulo (melhor longa nacional segundo a crítica). Também fez carreira internacional em festivais como San Sebastián e Roterdã, onde foi comparado a outro drama social, "O Som ao Redor" (2012), do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho. "O filme dele traz um mosaico de personagens. O meu tem uma narrativa mais clássica, funciona em torno do que o protagonista não sabe." A semelhança, contudo, "é natural", segundo Barbosa. "Estamos os dois falando do Brasil, o Kleber por meio da rua dele; e eu, por meio da casa da minha adolescência." E como o diretor encara o fato de seu drama social estrear em meio a uma semana marcada por protestos nas principais cidades do país? "O filme é o oposto a essas manifestações, a esse desejo de linchamento, a esse grito desordenado sem qualquer proposta", diz. "Eu tento ter compaixão pelos dois polos, pela direita e pela esquerda."
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ilustrada
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'Casa Grande' expõe abismo social do país sob olhar de jovemÉ noite na Barra da Tijuca. Sentado à beira de uma piscina, Hugo (Marcello Novaes) se levanta e se dirige a sua mansão: numa sequência de mais de três minutos vai apagando as luzes dos cômodos do casarão de três andares, "1.400 metros de área construída". Estreia de Fellipe Barbosa na direção de um longa de ficção, "Casa Grande" retrata a derrocada financeira de uma rica família carioca. O título do filme, alusão à obra do sociólogo Gilberto Freyre, já anuncia que o embate social está no centro da trama. O longa adota o ponto de vista de Jean (Thales Cavalcanti), estudante do São Bento, tradicional colégio para meninos da classe alta do Rio, que aos poucos assiste à falência da família, chefiada pelo personagem de Novaes. Os empregados vão sendo dispensados. A mãe, dondoca que fala em francês com o marido, se vê obrigada a vender produtos de beleza às amigas para ajudar nas despesas da casa. Um dia o motorista da família é demitido. "Tirou férias" é a justificativa que Jean ouve do pai, gestor de fundo de investimento envolvido com ações do conglomerado de Eike Batista. Forçado a ir à escola de transporte público, Jean sai do casulo para descobrir os contrastes da cidade em que vive. Em entrevista à Folha, o diretor afirma que quis confrontar a riqueza, encará-la de forma crítica –universo, aliás, que lhe é familiar: Barbosa estudou no mesmo colégio que o protagonista e também testemunhou a própria família entrar em colapso financeiro. "O filme é baseado em fatos da minha vida, mas tem muita construção", diz o diretor. "Há algo de cômico numa família que tinha quatro carros e passa a ter dois porque está ficando pobre. No Brasil, mobilidade social é tão difícil para cima quanto para baixo." É no trajeto de ônibus para o colégio que Jean conhece Luiza (Bruna Amaya), garota parda, estudante de escola pública, com quem passa a sair e que será uma das fontes de embate com a sua família. Numa das cenas, um churrasco de domingo, o sistema de cotas vira assunto. "Com elas o nível das universidades públicas vai cair", diz um amigo do pai de Jean. A garota rebate: "Que médico ou advogado negro vocês conhecem?". A mulher do amigo intervém: "Ah, tem aquele advogado negro, o Joaquim Barbosa, que nunca precisou de cota nenhuma para virar presidente do Supremo". NOVO 'O SOM AO REDOR' "Casa Grande" faturou prêmios nos festivais do Rio (melhor filme segundo o público), Paulínia (menção especial do júri) e na Mostra de São Paulo (melhor longa nacional segundo a crítica). Também fez carreira internacional em festivais como San Sebastián e Roterdã, onde foi comparado a outro drama social, "O Som ao Redor" (2012), do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho. "O filme dele traz um mosaico de personagens. O meu tem uma narrativa mais clássica, funciona em torno do que o protagonista não sabe." A semelhança, contudo, "é natural", segundo Barbosa. "Estamos os dois falando do Brasil, o Kleber por meio da rua dele; e eu, por meio da casa da minha adolescência." E como o diretor encara o fato de seu drama social estrear em meio a uma semana marcada por protestos nas principais cidades do país? "O filme é o oposto a essas manifestações, a esse desejo de linchamento, a esse grito desordenado sem qualquer proposta", diz. "Eu tento ter compaixão pelos dois polos, pela direita e pela esquerda."
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Festas de Réveillon em hotéis do Rio e de SP chegam a R$ 4.000 por pessoa
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Para quem não quer passar a virada de ano em casa e nem se preocupar em preparar a ceia, os hotéis podem ser boas opções. Eles oferecem jantar, bebida, música e, quem quiser, já pode dormir por ali mesmo. O preço, no entanto, pode ser salgado nessa época do ano. Para curtir uma das festas de réveillon mais famosas do país, a do Copacabana Palace, por exemplo, o convidado terá que desembolsar mais de R$ 4.000, contando com o ingresso e a taxa de serviço. Veja opções de festas de ano novo em hotéis de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os valores são por pessoa e não incluem hospedagem. * SOFITEL COPACABANA No restaurante Atlantis, a principal atração será a queima de fogos em Copacabana. Além do buffet com pratos frios, quentes e sobremesas, a festa terá open bar com champanhe, vinhos branco e tinto, whisky, caipirinha, caipiroska, vodca, cerveja, energético, refrigerante, água e suco. O som ficará por conta da DJ Mary Olivetti, da Rádio Ibiza. Quanto Na varanda, R$ 3.200, mais 10%. Na parte interna, R$ 2.800, mais 10% Informações (21) 2525-1232; sofitel.com COPACABANA PALACE Com vista privilegiada para a queima de fogos da praia de Copacabana, a festa terá banda ao vivo a partir das 20h e buffet elaborado pelo chef, com bebidas inclusas. As mesas de 10 e 12 lugares serão compartilhadas pelos convidados. O hotel também oferecerá ceias em seus três restaurantes: Pérgula, Cipriani e Mee (com preços diferentes). Quanto R$ 3.650 por pessoa, mais 10% Informações (21) 2545-8799; belmond.com LOCANDA DELLA MIMOSA (em Petrópolis) A festa, no lounge da piscina, terá buffet assinado pelo chef Danio Braga, open bar, banda, DJ e queima de fogos. Quanto R$ 600 à vista ou R$ 650 no cartão Informações (24) 2233-5405; locanda.com.br _ TRANSAMÉRICA Com queima de fogos, a festa terá música ao vivo e cardápio especial, que inclui uma minigarrafa de espumante por pessoa. Quanto R$ 790. Crianças de 5 a 12 anos pagam metade Informações 0800 012 6060; transamerica.com.br/saopaulo EMILIANO O menu do chef Andrea Montella terá cinco pratos e incluirá um welcome drink e uma taça de champagne Perrier-Jouët Grand Brut. O jantar será será servido a partir das 20h, ao som de uma banda de jazz. Quanto R$ 880, mais 12% de serviço Informações (11) 3068-4390; emiliano.com.br SHERATON WTC O cantor Toquinho abrirá a festa, que começa às 20h. Depois da meia-noite, o som ficará por conta da banda Santa Maria. O menu da ceia, assinado pela Levy Restaurantes, de Chicago (EUA), inclui pratos como salmão ao molho de alcaparras e lichia e camarão ao molho cremoso de curry. Quanto R$ 1.000. Entre 9 e 16 anos, crianças e adolescentes pagam meia Informações (11) 3055-8000; sheratonsaopaulowtc.com.br FASANO A comemoração inclui ceia no restaurante Fasano, com bebidas não-alcoólicas, uma taça de champanhe Perrier-Jouët Belle Époque e de rum Zacapa. A partir das 23h, começa a festa no bar Baretto, com música ao vivo e DJ. Cada casal terá direito a uma garrafa de Perrier-Jouët. Quanto R$ 1.980. Só a ceia, R$ 1.200. Só a festa, R$ 1.000 Informações (11) 3896-4000; fasano.com.br TORIBA, (em Campos do Jordão) A programação contará com apresentação musical, show pirotécnico e DJ tocando a partir da meia-noite. No jantar, serão servidos canapés, saladas, assados, grelhados, guarnições e sobremesas. Quanto R$590 para adultos e R$250 para crianças de 7 a 12 anos Informações 0800 178 179; toriba.com.br
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turismo
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Festas de Réveillon em hotéis do Rio e de SP chegam a R$ 4.000 por pessoaPara quem não quer passar a virada de ano em casa e nem se preocupar em preparar a ceia, os hotéis podem ser boas opções. Eles oferecem jantar, bebida, música e, quem quiser, já pode dormir por ali mesmo. O preço, no entanto, pode ser salgado nessa época do ano. Para curtir uma das festas de réveillon mais famosas do país, a do Copacabana Palace, por exemplo, o convidado terá que desembolsar mais de R$ 4.000, contando com o ingresso e a taxa de serviço. Veja opções de festas de ano novo em hotéis de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os valores são por pessoa e não incluem hospedagem. * SOFITEL COPACABANA No restaurante Atlantis, a principal atração será a queima de fogos em Copacabana. Além do buffet com pratos frios, quentes e sobremesas, a festa terá open bar com champanhe, vinhos branco e tinto, whisky, caipirinha, caipiroska, vodca, cerveja, energético, refrigerante, água e suco. O som ficará por conta da DJ Mary Olivetti, da Rádio Ibiza. Quanto Na varanda, R$ 3.200, mais 10%. Na parte interna, R$ 2.800, mais 10% Informações (21) 2525-1232; sofitel.com COPACABANA PALACE Com vista privilegiada para a queima de fogos da praia de Copacabana, a festa terá banda ao vivo a partir das 20h e buffet elaborado pelo chef, com bebidas inclusas. As mesas de 10 e 12 lugares serão compartilhadas pelos convidados. O hotel também oferecerá ceias em seus três restaurantes: Pérgula, Cipriani e Mee (com preços diferentes). Quanto R$ 3.650 por pessoa, mais 10% Informações (21) 2545-8799; belmond.com LOCANDA DELLA MIMOSA (em Petrópolis) A festa, no lounge da piscina, terá buffet assinado pelo chef Danio Braga, open bar, banda, DJ e queima de fogos. Quanto R$ 600 à vista ou R$ 650 no cartão Informações (24) 2233-5405; locanda.com.br _ TRANSAMÉRICA Com queima de fogos, a festa terá música ao vivo e cardápio especial, que inclui uma minigarrafa de espumante por pessoa. Quanto R$ 790. Crianças de 5 a 12 anos pagam metade Informações 0800 012 6060; transamerica.com.br/saopaulo EMILIANO O menu do chef Andrea Montella terá cinco pratos e incluirá um welcome drink e uma taça de champagne Perrier-Jouët Grand Brut. O jantar será será servido a partir das 20h, ao som de uma banda de jazz. Quanto R$ 880, mais 12% de serviço Informações (11) 3068-4390; emiliano.com.br SHERATON WTC O cantor Toquinho abrirá a festa, que começa às 20h. Depois da meia-noite, o som ficará por conta da banda Santa Maria. O menu da ceia, assinado pela Levy Restaurantes, de Chicago (EUA), inclui pratos como salmão ao molho de alcaparras e lichia e camarão ao molho cremoso de curry. Quanto R$ 1.000. Entre 9 e 16 anos, crianças e adolescentes pagam meia Informações (11) 3055-8000; sheratonsaopaulowtc.com.br FASANO A comemoração inclui ceia no restaurante Fasano, com bebidas não-alcoólicas, uma taça de champanhe Perrier-Jouët Belle Époque e de rum Zacapa. A partir das 23h, começa a festa no bar Baretto, com música ao vivo e DJ. Cada casal terá direito a uma garrafa de Perrier-Jouët. Quanto R$ 1.980. Só a ceia, R$ 1.200. Só a festa, R$ 1.000 Informações (11) 3896-4000; fasano.com.br TORIBA, (em Campos do Jordão) A programação contará com apresentação musical, show pirotécnico e DJ tocando a partir da meia-noite. No jantar, serão servidos canapés, saladas, assados, grelhados, guarnições e sobremesas. Quanto R$590 para adultos e R$250 para crianças de 7 a 12 anos Informações 0800 178 179; toriba.com.br
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Rodada pelo mundo foi marcada por gol 400 de Messi, Ronaldinho ovacionado e campeonatos na reta final
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Com mais um recorde de Messi, o Barcelona venceu o Valencia por 2 a 0, neste sábado (18) pelo Campeonato Espanhol. O argentino chegou ao gol de número 400 em jogos oficiais pelo clube catalão e garantiu a equipe por mais uma rodada na liderança da competição. Com a vitória, o Barcelona chegou a 78 pontos, contra 76 do Real Madrid, vice-líder, que venceu o Málaga por 2 a 1, no Santiago Bernabéu. - Muito contestado no México após diversas polêmicas extra-campo, Ronaldinho Gaúcho voltou a brilhar, pelo menos, por pouco tempo. Neste sábado (18), o brasileiro entrou em campo no segundo tempo e precisou de oito minutos para fazer dois gols e garantir a vitória do Querétaro, por 4 a 0, sobre o Amércia-MEX, pelo Campeonato Mexicano, no estádio Azteca. O meia repetiu um feito que poucos jogadores conseguiram. Assim como em 2005, quando jogava pelo Barcelona e foi ovacionado pela torcida do Real Madrid no Santiago Bernabéu, o atleta foi novamente aplaudido pela torcida adversária. - O Bayer Leverkusen rescindiu o contrato com o zagueiro bósnio Emir Spahic por justa causa na último domingo (12). O motivo da demissão foi uma agressão do jogador à um funcionário do clube logo após a partida em que o Leverkusen foi eliminado pelo Bayern Munique na Copa da Alemanha. Neste sábado, no entanto, a torcida protestou na vitória do clube sobre o Hannover por 4 a 0 estendendo camisas com o número 5 em apoio ao atleta. - Chegando ao final das competições nacionais na Europa, algumas equipes já podem comemorar o título com antecedência nas próximas rodadas. Pelo Italiano, a Juventus abriu 15 pontos da vice-líder Lazio faltando sete rodadas para o fim do campeonato — ainda há 21 pontos em disputas. Pelo Alemão, o Bayern de Munique vê o título cada vez mais perto. Após vencer o Hoffenheim por 2 a 0, e ver o segundo colocado Wolfsburg empatar, a equipe comandada por Pep Guardiola disparou na ponta da tabela e abriu 12 pontos de vantagem faltando cinco jogos para o fim do Alemão — 15 pontos ainda estão em disputa, e o Bayern pode ser campeão na próxima rodada. No Inglês, a situação do Chelsea também é bem confortável. No sábado, o líder venceu o Manchester United, concorrente direto ao título, por 1 a 0, e agora tem 10 pontos de diferença para o vice-líder Arsenal, faltando cinco rodadas para o término da competição. - O clássico italiano entre Inter de Milão e Milan já foi um dos mais badalados do futebol. Porém, a história atual é muito diferente. Neste domingo (19), as duas equipes se encontraram pelo Campeonato Italiano e provaram mais uma vez o porque de estarem em má posição na competição. No Giuseppe Meazza, as equipes fizeram uma partida fraca e ficaram no 0 a 0. O resultado deixa os times no meio da tabela. A Inter fica com 42 pontos, em 10º lugar, uma posição abaixo do Milan, que têm 43. - O PSV Eindhoven foi a primeira equipe a conquistar o título de um campeonato nacional na Europa em 2015. A equipe comandada por Philipp Cocu venceu o Heerenveen por 4 a 1, no sábado (18), e se sagrou campeão Holandês. Este é o 22.º título do clube na competição, que não celebrava desde 2007/08. A conquista da equipe encerra uma série de quatro títulos consecutivos do Ajax e garante o retorno à Liga dos Campeões. Na Grécia o Olympiacos faturou o pentacampeonato. O time nem precisava entrar em campo neste domingo (19) para garantir a conquista. Mais cedo, o rival Panathinaikos perdeu por 2 a 1 para o Panthrakikos, o que já era suficiente para comemorar mais um troféu. Mas o time do brasileiro Leandro Salino fez o dever de casa, goleou o Levadiakos por 4 a 0, no estádio Georgios Karaiskáki, e fez a festa da torcida. -
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asmais
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Rodada pelo mundo foi marcada por gol 400 de Messi, Ronaldinho ovacionado e campeonatos na reta finalCom mais um recorde de Messi, o Barcelona venceu o Valencia por 2 a 0, neste sábado (18) pelo Campeonato Espanhol. O argentino chegou ao gol de número 400 em jogos oficiais pelo clube catalão e garantiu a equipe por mais uma rodada na liderança da competição. Com a vitória, o Barcelona chegou a 78 pontos, contra 76 do Real Madrid, vice-líder, que venceu o Málaga por 2 a 1, no Santiago Bernabéu. - Muito contestado no México após diversas polêmicas extra-campo, Ronaldinho Gaúcho voltou a brilhar, pelo menos, por pouco tempo. Neste sábado (18), o brasileiro entrou em campo no segundo tempo e precisou de oito minutos para fazer dois gols e garantir a vitória do Querétaro, por 4 a 0, sobre o Amércia-MEX, pelo Campeonato Mexicano, no estádio Azteca. O meia repetiu um feito que poucos jogadores conseguiram. Assim como em 2005, quando jogava pelo Barcelona e foi ovacionado pela torcida do Real Madrid no Santiago Bernabéu, o atleta foi novamente aplaudido pela torcida adversária. - O Bayer Leverkusen rescindiu o contrato com o zagueiro bósnio Emir Spahic por justa causa na último domingo (12). O motivo da demissão foi uma agressão do jogador à um funcionário do clube logo após a partida em que o Leverkusen foi eliminado pelo Bayern Munique na Copa da Alemanha. Neste sábado, no entanto, a torcida protestou na vitória do clube sobre o Hannover por 4 a 0 estendendo camisas com o número 5 em apoio ao atleta. - Chegando ao final das competições nacionais na Europa, algumas equipes já podem comemorar o título com antecedência nas próximas rodadas. Pelo Italiano, a Juventus abriu 15 pontos da vice-líder Lazio faltando sete rodadas para o fim do campeonato — ainda há 21 pontos em disputas. Pelo Alemão, o Bayern de Munique vê o título cada vez mais perto. Após vencer o Hoffenheim por 2 a 0, e ver o segundo colocado Wolfsburg empatar, a equipe comandada por Pep Guardiola disparou na ponta da tabela e abriu 12 pontos de vantagem faltando cinco jogos para o fim do Alemão — 15 pontos ainda estão em disputa, e o Bayern pode ser campeão na próxima rodada. No Inglês, a situação do Chelsea também é bem confortável. No sábado, o líder venceu o Manchester United, concorrente direto ao título, por 1 a 0, e agora tem 10 pontos de diferença para o vice-líder Arsenal, faltando cinco rodadas para o término da competição. - O clássico italiano entre Inter de Milão e Milan já foi um dos mais badalados do futebol. Porém, a história atual é muito diferente. Neste domingo (19), as duas equipes se encontraram pelo Campeonato Italiano e provaram mais uma vez o porque de estarem em má posição na competição. No Giuseppe Meazza, as equipes fizeram uma partida fraca e ficaram no 0 a 0. O resultado deixa os times no meio da tabela. A Inter fica com 42 pontos, em 10º lugar, uma posição abaixo do Milan, que têm 43. - O PSV Eindhoven foi a primeira equipe a conquistar o título de um campeonato nacional na Europa em 2015. A equipe comandada por Philipp Cocu venceu o Heerenveen por 4 a 1, no sábado (18), e se sagrou campeão Holandês. Este é o 22.º título do clube na competição, que não celebrava desde 2007/08. A conquista da equipe encerra uma série de quatro títulos consecutivos do Ajax e garante o retorno à Liga dos Campeões. Na Grécia o Olympiacos faturou o pentacampeonato. O time nem precisava entrar em campo neste domingo (19) para garantir a conquista. Mais cedo, o rival Panathinaikos perdeu por 2 a 1 para o Panthrakikos, o que já era suficiente para comemorar mais um troféu. Mas o time do brasileiro Leandro Salino fez o dever de casa, goleou o Levadiakos por 4 a 0, no estádio Georgios Karaiskáki, e fez a festa da torcida. -
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Cinema e hotéis levam glamour a Park City para atrair esquiadores
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Não é preciso status de celebridade para aproveitar o glamour de Park City, uma cidade charmosa de 8.000 habitantes conhecida por hospedar todo mês de janeiro o Festival de Cinema de Sundance, que lota restaurantes e hotéis com festas repletas de gente de Hollywood. Com grandes investimentos em turismo nos últimos anos, Park City começou a rivalizar com a clássica Aspen nos quesitos esqui e luxo. Por ser menos conhecida entre turistas, não atrai multidões às suas montanhas, além de ter um acesso bem mais fácil –fica a 45 minutos de carro do aeroporto de Salt Lake City, capital de Utah. Desde 2015, a região virou o maior complexo de esqui dos EUA, ultrapassando Vail, outro resort que, como Aspen, fica no Estado vizinho do Colorado. Park City, que agora engloba o Canyons Resort, reúne cerca de 3.000 hectares de terrenos para pistas e ganhou na temporada passada uma gôndola de alta velocidade que conecta os picos dos dois complexos. Qualquer guia local é rápido em responder o diferencial da cidade: "best powder", eles repetem, sobre o tipo neve, seca e leve, em vez de um tipo duro, menos suave para prática de esportes. Não à toa, aqui é onde treina o time de esqui dos EUA desde 1974. Em 2002, o local foi sede da Olimpíada de Inverno. O Parque Olímpico é aberto para visitas, tem um museu gratuito e atividades para o verão, embora o grande atrativo sejam os passeios de bobslead na pista oficial. Os carrinhos levam três pessoas e são pilotados por profissionais, chegando a uma velocidade de 150 km/h –US$ 175 por pessoa (R$ 560). Esqui nos EUA Para quem procura uma experiência personalizada, menos filas e serviços de luxo, Park City é casa também do Deer Valley Resort, com 101 pistas onde é proibida a prática de snowboard. É lá que fica o Stein Eriksen Lodge, que figura com frequência nas listas de melhor hotel de esqui do mundo, com quartos que trazem enormes banheiras na varanda, com vistas espetaculares para as montanhas. O hotel e mesmo o resort foram criados com a ajuda do esquiador medalhista olímpico Stein Eriksen (1927-2015), responsável por popularizar Park City como um destino de inverno. Para os mais moderninhos e baladeiros, o hotel Montage oferece boliche, restaurante japonês, pub e espaço para shows. A novidade da última temporada foi uma aconchegante tenda montada nos pés da pista de esqui para a champanheria Veuve Cliquot –taça a US$ 32 (R$ 102). Quem quiser ter uma experiência gastronômica invernal pode ir ao Fireside Dining, o melhor lugar para fondues. O espaço espaço tem quatro lareiras, cada uma com uma especialidade, como cordeiro, massas, queijos e chocolates (US$ 65 ou cerca de R$ 200 por pessoa). Outra opção de "après-ski", como chamam os happy hours após um longo dia nas montanhas, é a High West Distillery, no centro histórico de Park City. O bar fica perto da rua principal, com lojas, restaurantes e o cinema de estreias de Sundance, o Egyptian Theatre. Perto dali está o grafite feito pelo artista de rua inglês Banksy, deixado por ele em 2010, quando seu filme "Exit Through the Gift Shop" era exibido no festival. * * US$ 1.395 (R$ 4.466) Valor por pessoa para cinco noites em Vail. Não inclui aéreo nem 'skipass', que dá acesso a montanhas e pistas de esqui. Na Teresa Perez: teresaperez.com.br US$ 1.425,70 (R$ 4.563) Sete noites em Park City, com Epic Pass, que dá acesso ilimitado às estações de esqui. Valor não inclui aéreo. Na Snowtime Ski Travel: snowtime.com.br US$ 1.827 (R$ 5.850) Sete noites em Aspen, em janeiro. Valor inclui 'skipass' por seis dias, mas não prevê passagens aéreas. Por pessoa. Na Interpoint: interpoint.com.br R$ 6.806 Seis noites em Aspen com café da manhã incluso, sem 'skipass' no valor. Por pessoa, com passagens aéreas. Na Submarino: submarinoviagens.com.br US$ 2.939 (R$ 9.410) Com 'skipass' incluso, sete noites em Heavenly, sem alimentação no pacote. Com aéreo. Na SkiBrasil: skibrasil.com.br R$ 9.954 Com aéreo, três noites em Denver, no The Pines Lodge, a RockResort. Pacote para duas pessoas, com aéreo. Não inclui 'skipass'. Na Expedia: expedia.com.br US$ 3.373 (R$ 10.799) Sem aéreo, valor por pessoa para sete noites em Wyoming e 'skipass' de seis dias para a estação de Jackson Hole. Na Sete Mares: setemaresturismo.com.br
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turismo
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Cinema e hotéis levam glamour a Park City para atrair esquiadoresNão é preciso status de celebridade para aproveitar o glamour de Park City, uma cidade charmosa de 8.000 habitantes conhecida por hospedar todo mês de janeiro o Festival de Cinema de Sundance, que lota restaurantes e hotéis com festas repletas de gente de Hollywood. Com grandes investimentos em turismo nos últimos anos, Park City começou a rivalizar com a clássica Aspen nos quesitos esqui e luxo. Por ser menos conhecida entre turistas, não atrai multidões às suas montanhas, além de ter um acesso bem mais fácil –fica a 45 minutos de carro do aeroporto de Salt Lake City, capital de Utah. Desde 2015, a região virou o maior complexo de esqui dos EUA, ultrapassando Vail, outro resort que, como Aspen, fica no Estado vizinho do Colorado. Park City, que agora engloba o Canyons Resort, reúne cerca de 3.000 hectares de terrenos para pistas e ganhou na temporada passada uma gôndola de alta velocidade que conecta os picos dos dois complexos. Qualquer guia local é rápido em responder o diferencial da cidade: "best powder", eles repetem, sobre o tipo neve, seca e leve, em vez de um tipo duro, menos suave para prática de esportes. Não à toa, aqui é onde treina o time de esqui dos EUA desde 1974. Em 2002, o local foi sede da Olimpíada de Inverno. O Parque Olímpico é aberto para visitas, tem um museu gratuito e atividades para o verão, embora o grande atrativo sejam os passeios de bobslead na pista oficial. Os carrinhos levam três pessoas e são pilotados por profissionais, chegando a uma velocidade de 150 km/h –US$ 175 por pessoa (R$ 560). Esqui nos EUA Para quem procura uma experiência personalizada, menos filas e serviços de luxo, Park City é casa também do Deer Valley Resort, com 101 pistas onde é proibida a prática de snowboard. É lá que fica o Stein Eriksen Lodge, que figura com frequência nas listas de melhor hotel de esqui do mundo, com quartos que trazem enormes banheiras na varanda, com vistas espetaculares para as montanhas. O hotel e mesmo o resort foram criados com a ajuda do esquiador medalhista olímpico Stein Eriksen (1927-2015), responsável por popularizar Park City como um destino de inverno. Para os mais moderninhos e baladeiros, o hotel Montage oferece boliche, restaurante japonês, pub e espaço para shows. A novidade da última temporada foi uma aconchegante tenda montada nos pés da pista de esqui para a champanheria Veuve Cliquot –taça a US$ 32 (R$ 102). Quem quiser ter uma experiência gastronômica invernal pode ir ao Fireside Dining, o melhor lugar para fondues. O espaço espaço tem quatro lareiras, cada uma com uma especialidade, como cordeiro, massas, queijos e chocolates (US$ 65 ou cerca de R$ 200 por pessoa). Outra opção de "après-ski", como chamam os happy hours após um longo dia nas montanhas, é a High West Distillery, no centro histórico de Park City. O bar fica perto da rua principal, com lojas, restaurantes e o cinema de estreias de Sundance, o Egyptian Theatre. Perto dali está o grafite feito pelo artista de rua inglês Banksy, deixado por ele em 2010, quando seu filme "Exit Through the Gift Shop" era exibido no festival. * * US$ 1.395 (R$ 4.466) Valor por pessoa para cinco noites em Vail. Não inclui aéreo nem 'skipass', que dá acesso a montanhas e pistas de esqui. Na Teresa Perez: teresaperez.com.br US$ 1.425,70 (R$ 4.563) Sete noites em Park City, com Epic Pass, que dá acesso ilimitado às estações de esqui. Valor não inclui aéreo. Na Snowtime Ski Travel: snowtime.com.br US$ 1.827 (R$ 5.850) Sete noites em Aspen, em janeiro. Valor inclui 'skipass' por seis dias, mas não prevê passagens aéreas. Por pessoa. Na Interpoint: interpoint.com.br R$ 6.806 Seis noites em Aspen com café da manhã incluso, sem 'skipass' no valor. Por pessoa, com passagens aéreas. Na Submarino: submarinoviagens.com.br US$ 2.939 (R$ 9.410) Com 'skipass' incluso, sete noites em Heavenly, sem alimentação no pacote. Com aéreo. Na SkiBrasil: skibrasil.com.br R$ 9.954 Com aéreo, três noites em Denver, no The Pines Lodge, a RockResort. Pacote para duas pessoas, com aéreo. Não inclui 'skipass'. Na Expedia: expedia.com.br US$ 3.373 (R$ 10.799) Sem aéreo, valor por pessoa para sete noites em Wyoming e 'skipass' de seis dias para a estação de Jackson Hole. Na Sete Mares: setemaresturismo.com.br
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Iniciativa privada cobra caro pelo que oferece na educação, diz leitor
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GOVERNO TEMER Um governo torna-se popular quando o povo se sente representado condignamente. Isso passa necessariamente pela economia. Tendo sido vice no governo anterior, é natural que Temer seja considerado pela população mais partícipe do modelo que nos levou à crise que um modificador. Os atuais gestores do setor econômico escolhidos para aplicar o choque capaz de reverter a implosão vivida são considerados craques em sua área. SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP) * O governo Temer poderá inscrever-se na história se exercer o pragmatismo que peculiarmente lhe é permitido ao não buscar popularidade e reeleição e, assim, realizar as reformas tão necessárias para "destravar" o país: trabalhista, da Previdência e fiscal. Restam dois anos e três meses de mandato, tempo mais do que suficiente. MARCELO FRICK (Rio de Janeiro, RJ) * O senador Ronaldo Caiado foi ao ponto em seu artigo. Se o governo Temer não entender que a comunicação com a rua tem de ser total e urgente, de modo a mostrar os verdadeiros golpistas do país, que deixaram um rastro de destruição em todas as áreas sendo o desemprego de 12 milhões de brasileiros o mais perverso, daqui a pouco a vítima vai abraçar o ladrão. Já dizia o ditado: "Quem não se comunica se trumbica". ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP) - PROTESTOS Para começo de conversa, também não aceito Temer na Presidência e acho corretas as manifestações contrárias. O que reputo inconcebível é que milhares de brasileiros clamem pela volta da presidente Dilma. Na iniciativa privada, qualquer dirigente que tivesse cometido os desmandos, a incompetência e a omissão de tanta roubalheira durante seus mandatos (Presidência, Casa Civil e conselho da Petrobras) já teria perdido o emprego há muito tempo. WAGNER JOSÉ CALLEGARI, professor (Limeira, SP) - EDUARDO CUNHA O colunista Bernardo Mello Franco foi brilhante ao enumerar de maneira elegante e bem-humorada os malfeitos que culminam com a derrocada do famigerado deputado Eduardo Cunha. Já diz o velho dito popular: quem com ferro fere... JOSÉ MARIA DE ALENCASTRO PELLES (Goiânia, GO) * Eduardo Cunha já cumpriu sua função no golpe e pode ser descartado. ALEXANDRE DIAS (Curitiba, PR) - SÍRIA Não é de hoje que o secretário de Estado americano, John Kerry, destaca-se na diplomacia. O episódio do cessar-fogo na Síria é mais um acerto de um político à altura de seu presidente. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) - COLUNISTAS Não entendo como a Folha mantém Reinaldo Azevedo no seu quadro. Não tem boa linguagem, incita ódio e raiva, fala de outros colunistas. Já criticou Janio de Freitas, Duvivier, Saflate e Boulos. Criticou até a ombudsman. Ele pensa que é o dono da verdade. Não é bom para o debate democrático. Maria Helena Beauchamp (São Paulo, SP) - EDUCAÇÃO O que mais choca é que a iniciativa privada é incapaz de melhorar e cobra caro pelo que oferece. O Brasil precisa de reforma na educação, mas isso demorará décadas, pois os bons professores são muito raros e as fábricas de diplomas jogam uma leva pior que a outra no mercado. É preciso investir em todos níveis, pois não há quem saiba ensinar. WAGNER SANTOS (Ribeirão Preto, SP) * O ensino no Brasil só piora, especialmente quando se compara com o resto do mundo. Esse é o resultado da "Pátria Educadora": discurso manipulador, perfumaria, fracasso, descaso e inação. DENIS TAVARES (Brasília, DF) - ACIDENTE São relativamente comuns casos de acidentes envolvendo caminhões transportando cargas de alta periculosidade. Cabe perguntar aos representantes das transportadoras e das autoridades responsáveis pela segurança de trânsito: como é feita a seleção dos condutores? Qual é o grau de instrução e o nível salarial deles? JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG) - MARCO AURÉLIO CUNHA A volta de Marco Aurélio Cunha ao corpo executivo do São Paulo Futebol Clube é muito auspiciosa e transmite aos seus torcedores um otimismo sem exageros, pois, com certeza, ele saberá conciliar as várias tendências tricolores que impedem o caminhar do time em busca de vitórias. ANTONIO CLARÉT MACIEL SANTOS (São Paulo, SP) - "AQUARIUS" Genial o truque de marketing do filme "Aquarius". Em maio, artistas e diretores aparecem em Cannes portando faixas antigolpe, com a repercussão alavancada pela mídia. Depois, lançaram o filme comercialmente logo após a votação do impeachment. Bolação digna de gênios como João Santana e similares. JOSÉ FRANCISCO DE PAULA SALLES (São Paulo, SP)
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Iniciativa privada cobra caro pelo que oferece na educação, diz leitorGOVERNO TEMER Um governo torna-se popular quando o povo se sente representado condignamente. Isso passa necessariamente pela economia. Tendo sido vice no governo anterior, é natural que Temer seja considerado pela população mais partícipe do modelo que nos levou à crise que um modificador. Os atuais gestores do setor econômico escolhidos para aplicar o choque capaz de reverter a implosão vivida são considerados craques em sua área. SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP) * O governo Temer poderá inscrever-se na história se exercer o pragmatismo que peculiarmente lhe é permitido ao não buscar popularidade e reeleição e, assim, realizar as reformas tão necessárias para "destravar" o país: trabalhista, da Previdência e fiscal. Restam dois anos e três meses de mandato, tempo mais do que suficiente. MARCELO FRICK (Rio de Janeiro, RJ) * O senador Ronaldo Caiado foi ao ponto em seu artigo. Se o governo Temer não entender que a comunicação com a rua tem de ser total e urgente, de modo a mostrar os verdadeiros golpistas do país, que deixaram um rastro de destruição em todas as áreas sendo o desemprego de 12 milhões de brasileiros o mais perverso, daqui a pouco a vítima vai abraçar o ladrão. Já dizia o ditado: "Quem não se comunica se trumbica". ADAUTO LEVI CARDOSO (Sorocaba, SP) - PROTESTOS Para começo de conversa, também não aceito Temer na Presidência e acho corretas as manifestações contrárias. O que reputo inconcebível é que milhares de brasileiros clamem pela volta da presidente Dilma. Na iniciativa privada, qualquer dirigente que tivesse cometido os desmandos, a incompetência e a omissão de tanta roubalheira durante seus mandatos (Presidência, Casa Civil e conselho da Petrobras) já teria perdido o emprego há muito tempo. WAGNER JOSÉ CALLEGARI, professor (Limeira, SP) - EDUARDO CUNHA O colunista Bernardo Mello Franco foi brilhante ao enumerar de maneira elegante e bem-humorada os malfeitos que culminam com a derrocada do famigerado deputado Eduardo Cunha. Já diz o velho dito popular: quem com ferro fere... JOSÉ MARIA DE ALENCASTRO PELLES (Goiânia, GO) * Eduardo Cunha já cumpriu sua função no golpe e pode ser descartado. ALEXANDRE DIAS (Curitiba, PR) - SÍRIA Não é de hoje que o secretário de Estado americano, John Kerry, destaca-se na diplomacia. O episódio do cessar-fogo na Síria é mais um acerto de um político à altura de seu presidente. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) - COLUNISTAS Não entendo como a Folha mantém Reinaldo Azevedo no seu quadro. Não tem boa linguagem, incita ódio e raiva, fala de outros colunistas. Já criticou Janio de Freitas, Duvivier, Saflate e Boulos. Criticou até a ombudsman. Ele pensa que é o dono da verdade. Não é bom para o debate democrático. Maria Helena Beauchamp (São Paulo, SP) - EDUCAÇÃO O que mais choca é que a iniciativa privada é incapaz de melhorar e cobra caro pelo que oferece. O Brasil precisa de reforma na educação, mas isso demorará décadas, pois os bons professores são muito raros e as fábricas de diplomas jogam uma leva pior que a outra no mercado. É preciso investir em todos níveis, pois não há quem saiba ensinar. WAGNER SANTOS (Ribeirão Preto, SP) * O ensino no Brasil só piora, especialmente quando se compara com o resto do mundo. Esse é o resultado da "Pátria Educadora": discurso manipulador, perfumaria, fracasso, descaso e inação. DENIS TAVARES (Brasília, DF) - ACIDENTE São relativamente comuns casos de acidentes envolvendo caminhões transportando cargas de alta periculosidade. Cabe perguntar aos representantes das transportadoras e das autoridades responsáveis pela segurança de trânsito: como é feita a seleção dos condutores? Qual é o grau de instrução e o nível salarial deles? JOSÉ MARIA ALVES DA SILVA (Viçosa, MG) - MARCO AURÉLIO CUNHA A volta de Marco Aurélio Cunha ao corpo executivo do São Paulo Futebol Clube é muito auspiciosa e transmite aos seus torcedores um otimismo sem exageros, pois, com certeza, ele saberá conciliar as várias tendências tricolores que impedem o caminhar do time em busca de vitórias. ANTONIO CLARÉT MACIEL SANTOS (São Paulo, SP) - "AQUARIUS" Genial o truque de marketing do filme "Aquarius". Em maio, artistas e diretores aparecem em Cannes portando faixas antigolpe, com a repercussão alavancada pela mídia. Depois, lançaram o filme comercialmente logo após a votação do impeachment. Bolação digna de gênios como João Santana e similares. JOSÉ FRANCISCO DE PAULA SALLES (São Paulo, SP)
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Dois executivos da Camargo Corrêa fecham acordo de delação
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Dois executivos da cúpula da Camargo Corrêa fecharam na noite desta sexta-feira (27) um acordo de delação premiada com procuradores e policiais federais da Operação Lava Jato. São os primeiros integrantes de uma empreiteira de grande porte que decidem colaborar com as investigações sobre desvios na Petrobras para tentar obter uma pena menor. Os procuradores, no entanto, recusaram o acordo com João Auler, presidente do conselho de administração da empreiteira. Segundo a Folha apurou, o acordo foi recusado porque os procuradores consideram que o executivo não contara tudo o que sabia sobre as irregularidades em que a empreiteira está supostamente envolvida. A dupla que fez o acordo é formada pelo presidente da empreiteira, Dalton Avancini, e pelo vice-presidente Eduardo Leite. Com os novos acordos, a Lava Jato passa a ter 15 delatores. Os dois novos delatores acertaram o pagamento de uma multa cujo valor deve ultrapassar R$ 10 milhões. O trio está preso desde novembro do ano passado, quando a Polícia Federal desencadeou a nona fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final. Eles são acusados de pagar propina para conseguir contratos com a Petrobras. A dupla que fechou o acordo deve ser solta nos próximos dias. A Camargo Corrêa tinha uma espécie de conta-corrente com Youssef, segundo o próprio doleiro, que disse ter adiantado dinheiro para a empreiteira em certos casos. Numa conversa gravada pela Polícia Federal, Youssef reclama: "Tô com um pepinão aqui na Camargo que você nem imagina. Cara me deve 12 paus [R$ 12 milhões], não paga. Pior que diretor é amigo, vice-presidente é amigo". A expectativa dos procuradores é que os executivos revelem, além dos problemas da Petrobras, irregularidades na construção da usina de Belo Monte, na Amazônia. MULTA E QUEBRA DA EMPRESA A empreiteira havia tentado fechar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, mas abandonou as negociações alegando que a multa proposta pelos procuradores, de R$ 1,5 bilhão, provocaria a quebra da empresa. Acordo de leniência é o equivalente ao acordo de delação para empresas. O primeiro valor estipulado pelo grupo de procuradores foi de R$ 2 bilhões, superior ao valor da empreiteira antes da Lava Jato, de R$ 1,7 bilhão, segundo avaliação de um banco, de acordo com um executivo da empresa ouvido pela Folha. A Camargo Corrêa aceitava pagar até R$ 500 milhões, mas os procuradores declinaram da oferta por considerar o valor baixo. Após a operação, a estimativa de executivos da Camargo Corrêa e de concorrentes é que a empresa valha menos de R$ 1 bilhão. Em 2013, a empreiteira teve uma receita de R$ 5,9 bilhões e tinha 28 mil funcionários, segundo o relatório anual do grupo. A Camargo Corrêa perdeu valor após as investigações porque terá de pagar multas milionárias impostas pela Justiça e vai perder negócios futuros da Petrobras, que a colocou no final de 2014 numa lista de 23 empresas proibidas de assinar novos contratos com a estatal petroleira. Só numa ação de improbidade apresentada na semana passada, os procuradores pedem que a Camargo pague uma multa de R$ 844 milhões junto à Sanko Sider (empresa acusada de ter sido usada para o repasse de suborno pago pela empreiteira). Em outra ação penal, contra a Camargo Corrêa e a UTC, o Ministério Público cobra mais R$ 429 milhões. O grupo do qual a Camargo faz parte, no entanto, alcançou uma receita de R$ 25,8 bilhões em 2013, o último dado disponível. Procuradores da Lava Jato acusam a Camargo Corrêa de ter pago cerca de R$ 40 milhões em propina para conseguir contratos como o da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a modernização da refinaria Presidente Vargas, no Paraná. Só esses dois contratos com a Petrobras somam R$ 7,9 bilhões. OUTRO LADO O advogado de dois executivos da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, disse às 22h30 desta sexta (27) que não havia sido avisado "oficialmente" sobre a conclusão do acordo –ele defende João Auler e Dalton Avancini. Vilardi afirmou que, sendo verdadeira a conclusão do acordo, vai renunciar à defesa de Avancini e continuará atuando no caso de João Auler. Ele não quis emitir julgamentos sobre os dois que se tornaram delatores por não conhecer os termos do acordo. O advogado diz que foi Auler quem preferiu não fechar o acordo. A Camargo Corrêa diz ter tomado conhecimento apenas pela imprensa que seus executivos firmaram acordos de colaboração com o MPF. "A companhia lamenta que tenham sido submetidos a longo período de prisão, antes do julgamento do caso. Embora não tenha participado do citado acordo, a companhia permanecerá à disposição das autoridades para o que for necessário e sanará eventuais irregularidades, aprimorando a governança administrativa para seguir contribuindo com o desenvolvimento do País", afirmou a empresa, em nota.
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Dois executivos da Camargo Corrêa fecham acordo de delaçãoDois executivos da cúpula da Camargo Corrêa fecharam na noite desta sexta-feira (27) um acordo de delação premiada com procuradores e policiais federais da Operação Lava Jato. São os primeiros integrantes de uma empreiteira de grande porte que decidem colaborar com as investigações sobre desvios na Petrobras para tentar obter uma pena menor. Os procuradores, no entanto, recusaram o acordo com João Auler, presidente do conselho de administração da empreiteira. Segundo a Folha apurou, o acordo foi recusado porque os procuradores consideram que o executivo não contara tudo o que sabia sobre as irregularidades em que a empreiteira está supostamente envolvida. A dupla que fez o acordo é formada pelo presidente da empreiteira, Dalton Avancini, e pelo vice-presidente Eduardo Leite. Com os novos acordos, a Lava Jato passa a ter 15 delatores. Os dois novos delatores acertaram o pagamento de uma multa cujo valor deve ultrapassar R$ 10 milhões. O trio está preso desde novembro do ano passado, quando a Polícia Federal desencadeou a nona fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final. Eles são acusados de pagar propina para conseguir contratos com a Petrobras. A dupla que fechou o acordo deve ser solta nos próximos dias. A Camargo Corrêa tinha uma espécie de conta-corrente com Youssef, segundo o próprio doleiro, que disse ter adiantado dinheiro para a empreiteira em certos casos. Numa conversa gravada pela Polícia Federal, Youssef reclama: "Tô com um pepinão aqui na Camargo que você nem imagina. Cara me deve 12 paus [R$ 12 milhões], não paga. Pior que diretor é amigo, vice-presidente é amigo". A expectativa dos procuradores é que os executivos revelem, além dos problemas da Petrobras, irregularidades na construção da usina de Belo Monte, na Amazônia. MULTA E QUEBRA DA EMPRESA A empreiteira havia tentado fechar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, mas abandonou as negociações alegando que a multa proposta pelos procuradores, de R$ 1,5 bilhão, provocaria a quebra da empresa. Acordo de leniência é o equivalente ao acordo de delação para empresas. O primeiro valor estipulado pelo grupo de procuradores foi de R$ 2 bilhões, superior ao valor da empreiteira antes da Lava Jato, de R$ 1,7 bilhão, segundo avaliação de um banco, de acordo com um executivo da empresa ouvido pela Folha. A Camargo Corrêa aceitava pagar até R$ 500 milhões, mas os procuradores declinaram da oferta por considerar o valor baixo. Após a operação, a estimativa de executivos da Camargo Corrêa e de concorrentes é que a empresa valha menos de R$ 1 bilhão. Em 2013, a empreiteira teve uma receita de R$ 5,9 bilhões e tinha 28 mil funcionários, segundo o relatório anual do grupo. A Camargo Corrêa perdeu valor após as investigações porque terá de pagar multas milionárias impostas pela Justiça e vai perder negócios futuros da Petrobras, que a colocou no final de 2014 numa lista de 23 empresas proibidas de assinar novos contratos com a estatal petroleira. Só numa ação de improbidade apresentada na semana passada, os procuradores pedem que a Camargo pague uma multa de R$ 844 milhões junto à Sanko Sider (empresa acusada de ter sido usada para o repasse de suborno pago pela empreiteira). Em outra ação penal, contra a Camargo Corrêa e a UTC, o Ministério Público cobra mais R$ 429 milhões. O grupo do qual a Camargo faz parte, no entanto, alcançou uma receita de R$ 25,8 bilhões em 2013, o último dado disponível. Procuradores da Lava Jato acusam a Camargo Corrêa de ter pago cerca de R$ 40 milhões em propina para conseguir contratos como o da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a modernização da refinaria Presidente Vargas, no Paraná. Só esses dois contratos com a Petrobras somam R$ 7,9 bilhões. OUTRO LADO O advogado de dois executivos da Camargo Corrêa, Celso Vilardi, disse às 22h30 desta sexta (27) que não havia sido avisado "oficialmente" sobre a conclusão do acordo –ele defende João Auler e Dalton Avancini. Vilardi afirmou que, sendo verdadeira a conclusão do acordo, vai renunciar à defesa de Avancini e continuará atuando no caso de João Auler. Ele não quis emitir julgamentos sobre os dois que se tornaram delatores por não conhecer os termos do acordo. O advogado diz que foi Auler quem preferiu não fechar o acordo. A Camargo Corrêa diz ter tomado conhecimento apenas pela imprensa que seus executivos firmaram acordos de colaboração com o MPF. "A companhia lamenta que tenham sido submetidos a longo período de prisão, antes do julgamento do caso. Embora não tenha participado do citado acordo, a companhia permanecerá à disposição das autoridades para o que for necessário e sanará eventuais irregularidades, aprimorando a governança administrativa para seguir contribuindo com o desenvolvimento do País", afirmou a empresa, em nota.
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PSD comenta editorial sobre transporte público em São Paulo
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Em relação ao editorial "Planos passageiros", informamos que a gestão Gilberto Kassab investiu R$ 1 bilhão na expansão do Metrô, entregou 11,8 km de corredores de ônibus e deixou mais 68,5 km licitados, reformou oito dos dez corredores, fez 100 km de faixas exclusivas e deixou outros 40 km planejados, inaugurou seis terminais, aumentou a velocidade dos corredores em 10%, renovou 89% da frota, com aumento de 13,7% de vagas ofertadas, iniciou o uso de combustíveis menos poluentes e, exemplo de continuidade administrativa, construiu 25 novos CEUs na cidade, que tinha 46 unidades ao final de 2012. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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PSD comenta editorial sobre transporte público em São PauloEm relação ao editorial "Planos passageiros", informamos que a gestão Gilberto Kassab investiu R$ 1 bilhão na expansão do Metrô, entregou 11,8 km de corredores de ônibus e deixou mais 68,5 km licitados, reformou oito dos dez corredores, fez 100 km de faixas exclusivas e deixou outros 40 km planejados, inaugurou seis terminais, aumentou a velocidade dos corredores em 10%, renovou 89% da frota, com aumento de 13,7% de vagas ofertadas, iniciou o uso de combustíveis menos poluentes e, exemplo de continuidade administrativa, construiu 25 novos CEUs na cidade, que tinha 46 unidades ao final de 2012. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Veja a programação do Fórum Conformidade nos Negócios
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A Folha promove, nos próximos dias 10 e 11 de abril (segunda e terça-feira), o Fórum Conformidade nos Negócios. O seminário discutirá regras de conduta das empresas na relação com o setor público e propostas de melhorias nas normas que regem as instituições e na responsabilização de indivíduos e empresas. * fórum conformidade nos negócios - dia 10 (segunda) Fórum Conformidade nos Negócios - Dia 11 (terça)
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Veja a programação do Fórum Conformidade nos NegóciosA Folha promove, nos próximos dias 10 e 11 de abril (segunda e terça-feira), o Fórum Conformidade nos Negócios. O seminário discutirá regras de conduta das empresas na relação com o setor público e propostas de melhorias nas normas que regem as instituições e na responsabilização de indivíduos e empresas. * fórum conformidade nos negócios - dia 10 (segunda) Fórum Conformidade nos Negócios - Dia 11 (terça)
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Nigel Farage renuncia ao posto de líder do UKIP
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Dez dias depois da vitória, em plebiscito, do voto pela saída britânica da União Europeia, Nigel Farage, um dos mais ferrenhos defensores do chamado "Brexit", anunciou nesta segunda (4) sua renúncia ao posto de líder do Ukip (Partido pela Independência do Reino Unido). Farage, 52, justificou a decisão dizendo já ter feito a sua parte e que, a partir de agora, "não poderia conquistar mais nada". "Durante o plebiscito, eu disse que queria meu país de volta, agora eu quero a minha vida de volta", afirmou o político ultranacionalista. A renúncia se soma à dança das cadeiras e à pressão política que atingiu também os altos escalões dos dois principais partidos britânicos —Conservador e Trabalhista— e que colocou o Reino Unido em um vácuo político num dos momentos mais sensíveis de sua história moderna. No dia seguinte ao plebiscito, o premiê David Cameron, líder dos conservadores, prometeu apresentar sua renúncia, iniciando uma disputa política por sua sucessão em meio às crescentes incertezas sobre o futuro do Reino Unido fora do bloco do europeu. Na última semana, o principal nome para suceder Cameron, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson –que, com Farage, esteve na linha de frente pela saída britânica da UE– desistiu da disputa, embaralhando ainda mais o cenário político. Na oposição, o clima de incerteza não é menor. O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, enfrenta a pressão dos correligionários para deixar o posto após seu fraco desempenho para conter a vitória do Brexit. Mais de três quartos dos parlamentares trabalhistas negaram seu voto de confiança após o plebiscito e dois terços dos membros do gabinete paralelo (que monitora ações do governo) renunciaram. Nesta segunda (4), Corbyn divulgou um vídeo em que pede união no partido horas depois de a deputada trabalhista Angela Eagle pressionar para que o líder renuncie "logo" sob o risco de ser desafiado por ela no voto. "É um risco o fato de o Reino Unido não ter uma liderança forte e clara quando mais precisa dela", diz o cientista político Matthew Flinders, da Universidade de Sheffield, e co-autor de "The Oxford Handbook of British Politics". Segundo Flinders, os dois principais partidos "não conseguem apresentar, no momento, um líder que ofereça uma narrativa que explique o que está acontecendo". SUCESSÃO NO UKIP A renúncia surpreendente de Farage abriu espaço para especulações de que o partido poderia agora ter um líder menos "polarizador". Entre os nomes mais cotados estão Steven Woolfe, porta-voz a sigla para temas de imigração, e o vice-líder Paul Nuttall. Para Flinders, a rápida desistência política dos principais defensores do Brexit se explica pela descrença dos próprios líderes da campanha sobre uma vitória do voto pela saída. "Eles ficaram surpresos. Não havia um plano para após o referendo", afirma. A ausência de Johnson e Farage da cena política, contudo, pode ser um entrave para a aplicação do Brexit, aponta o especialista. "O sistema político pode encontrar uma forma de não implementar o voto do referendo: o que vai ser mais fácil agora sem Farage."
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mundo
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Nigel Farage renuncia ao posto de líder do UKIPDez dias depois da vitória, em plebiscito, do voto pela saída britânica da União Europeia, Nigel Farage, um dos mais ferrenhos defensores do chamado "Brexit", anunciou nesta segunda (4) sua renúncia ao posto de líder do Ukip (Partido pela Independência do Reino Unido). Farage, 52, justificou a decisão dizendo já ter feito a sua parte e que, a partir de agora, "não poderia conquistar mais nada". "Durante o plebiscito, eu disse que queria meu país de volta, agora eu quero a minha vida de volta", afirmou o político ultranacionalista. A renúncia se soma à dança das cadeiras e à pressão política que atingiu também os altos escalões dos dois principais partidos britânicos —Conservador e Trabalhista— e que colocou o Reino Unido em um vácuo político num dos momentos mais sensíveis de sua história moderna. No dia seguinte ao plebiscito, o premiê David Cameron, líder dos conservadores, prometeu apresentar sua renúncia, iniciando uma disputa política por sua sucessão em meio às crescentes incertezas sobre o futuro do Reino Unido fora do bloco do europeu. Na última semana, o principal nome para suceder Cameron, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson –que, com Farage, esteve na linha de frente pela saída britânica da UE– desistiu da disputa, embaralhando ainda mais o cenário político. Na oposição, o clima de incerteza não é menor. O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, enfrenta a pressão dos correligionários para deixar o posto após seu fraco desempenho para conter a vitória do Brexit. Mais de três quartos dos parlamentares trabalhistas negaram seu voto de confiança após o plebiscito e dois terços dos membros do gabinete paralelo (que monitora ações do governo) renunciaram. Nesta segunda (4), Corbyn divulgou um vídeo em que pede união no partido horas depois de a deputada trabalhista Angela Eagle pressionar para que o líder renuncie "logo" sob o risco de ser desafiado por ela no voto. "É um risco o fato de o Reino Unido não ter uma liderança forte e clara quando mais precisa dela", diz o cientista político Matthew Flinders, da Universidade de Sheffield, e co-autor de "The Oxford Handbook of British Politics". Segundo Flinders, os dois principais partidos "não conseguem apresentar, no momento, um líder que ofereça uma narrativa que explique o que está acontecendo". SUCESSÃO NO UKIP A renúncia surpreendente de Farage abriu espaço para especulações de que o partido poderia agora ter um líder menos "polarizador". Entre os nomes mais cotados estão Steven Woolfe, porta-voz a sigla para temas de imigração, e o vice-líder Paul Nuttall. Para Flinders, a rápida desistência política dos principais defensores do Brexit se explica pela descrença dos próprios líderes da campanha sobre uma vitória do voto pela saída. "Eles ficaram surpresos. Não havia um plano para após o referendo", afirma. A ausência de Johnson e Farage da cena política, contudo, pode ser um entrave para a aplicação do Brexit, aponta o especialista. "O sistema político pode encontrar uma forma de não implementar o voto do referendo: o que vai ser mais fácil agora sem Farage."
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Reação aconselhada
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Começou na segunda-feira (27) o processo de consulta pública sobre as novas regras de funcionamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que, de acordo com a Polícia Federal, abrigava um esquema bilionário de sonegação de tributos. Segundo o Ministério da Fazenda, ao qual o conselho se vincula, as mudanças visam a melhorar a gestão do órgão, aumentar sua celeridade e fortalecer mecanismos de transparência e controle. Como atesta a Operação Zelotes, deflagrada no final de março pela PF, as alterações são prementes. Se os investigadores estiverem corretos, os cofres públicos sofreram um desfalque formidável de ao menos R$ 5,7 bilhões como resultado da ação ilícita de membros do Carf. Estes, em troca de propina, garantiam a grandes empresas a diminuição ou o cancelamento de volumosas dívidas tributárias. Funcionando como espécie de tribunal da Receita Federal, o conselho dá ao contribuinte a oportunidade de discutir multas que lhe tenham sido aplicadas. Sendo órgão administrativo e especializado, tende a resolver conflitos com maior agilidade e excelência técnica do que o próprio Judiciário. Além disso, sua composição paritária –três auditores nomeados pelo Ministério da Fazenda e três representantes indicados por setores da sociedade– assegura a oxigenação dos julgamentos e amplia o equilíbrio do jogo. Há sentido, pois, em procurar aperfeiçoar o Carf, sem que isso signifique sua total reestruturação. As propostas de modificação do regimento, em debate até a próxima segunda (4), seguem o espírito incremental –e têm como pano de fundo, naturalmente, as fraudes apuradas na Operação Zelotes. A simplificação de normas para consolidar entendimentos por meio de súmulas e as novas diretrizes sobre pedidos de vista, por exemplo, devem trazer ganhos de eficiência e dificultar a atuação mal-intencionada de conselheiros. Sugere-se também a diminuição do total de turmas e o aumento do número de seus membros, medidas destinadas a facilitar o controle das decisões, mas que podem cobrar um preço em celeridade. Disposições como a de reformar o regimento do Carf, no intuito de dificultar a ação de larápios, bem que poderiam ser a regra num governo ao qual não faltam escândalos de corrupção –mas não há de ser coincidência que tal ânimo apareça apenas quando os desvios ocorrem antes de o dinheiro chegar aos cofres públicos.
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opiniao
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Reação aconselhadaComeçou na segunda-feira (27) o processo de consulta pública sobre as novas regras de funcionamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que, de acordo com a Polícia Federal, abrigava um esquema bilionário de sonegação de tributos. Segundo o Ministério da Fazenda, ao qual o conselho se vincula, as mudanças visam a melhorar a gestão do órgão, aumentar sua celeridade e fortalecer mecanismos de transparência e controle. Como atesta a Operação Zelotes, deflagrada no final de março pela PF, as alterações são prementes. Se os investigadores estiverem corretos, os cofres públicos sofreram um desfalque formidável de ao menos R$ 5,7 bilhões como resultado da ação ilícita de membros do Carf. Estes, em troca de propina, garantiam a grandes empresas a diminuição ou o cancelamento de volumosas dívidas tributárias. Funcionando como espécie de tribunal da Receita Federal, o conselho dá ao contribuinte a oportunidade de discutir multas que lhe tenham sido aplicadas. Sendo órgão administrativo e especializado, tende a resolver conflitos com maior agilidade e excelência técnica do que o próprio Judiciário. Além disso, sua composição paritária –três auditores nomeados pelo Ministério da Fazenda e três representantes indicados por setores da sociedade– assegura a oxigenação dos julgamentos e amplia o equilíbrio do jogo. Há sentido, pois, em procurar aperfeiçoar o Carf, sem que isso signifique sua total reestruturação. As propostas de modificação do regimento, em debate até a próxima segunda (4), seguem o espírito incremental –e têm como pano de fundo, naturalmente, as fraudes apuradas na Operação Zelotes. A simplificação de normas para consolidar entendimentos por meio de súmulas e as novas diretrizes sobre pedidos de vista, por exemplo, devem trazer ganhos de eficiência e dificultar a atuação mal-intencionada de conselheiros. Sugere-se também a diminuição do total de turmas e o aumento do número de seus membros, medidas destinadas a facilitar o controle das decisões, mas que podem cobrar um preço em celeridade. Disposições como a de reformar o regimento do Carf, no intuito de dificultar a ação de larápios, bem que poderiam ser a regra num governo ao qual não faltam escândalos de corrupção –mas não há de ser coincidência que tal ânimo apareça apenas quando os desvios ocorrem antes de o dinheiro chegar aos cofres públicos.
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Veja dez pequenos luxos para deixar a casa mais confortável e sofisticada
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CAROLINA MUNIZ DE SÃO PAULO Nada do que você verá a seguir é essencial, mas esses detalhes, como toalheiro térmico ou desembaçador de espelho, podem deixar a casa mais aconchegante. "Esses mimos fazem muita diferença na decoração. Na hora de uma reforma, vale a pena investir nos detalhes para melhorar seu dia a dia", diz o arquiteto Thales Drumond. Veja dez ideias que ajudam a deixar sua rotina mais fácil e sofisticada. LAREIRA ECOLÓGICA Não é necessário fazer uma reforma pesada para ter uma lareira em casa. Modelos que usam álcool ou fluido especial não emanam fumaça e, por isso, dispensam dutos de exaustão ou chaminé. "Não tem custo de obra e ainda não deixa cheiro", diz a arquiteta Andrezza Alencar. Há opções embutidas, como a da foto abaixo, e portáteis, que podem ser usadas em ambientes internos e externos. Os preços variam bastante. O modelo mais barato da marca K3 Imports, por exemplo, sai por a partir R$ 595. Feito de chapa de aço, parece um vaso e esquenta uma área de 15 metros quadrados. Já o mais caro custa a partir de R$ 5.000 -tem base de madeira, proteção com vidros temperados e rodinhas. O espaço aquecido é de 50 metros quadrados DIMMER É um dispositivo utilizado para variar a intensidade da iluminação. Barato e simples de instalar, é ideal para ambientes com usos variados."Faz bastante diferença quando, por exemplo, a sala de TV está no mesmo espaço que a de estar. Com o dimmer, dá para deixar o cômodo mais escuro para assistir a um filme ou mais claro para receber os amigos", afirma a arquiteta Bruna Cancellara. O único cuidado é usar uma lâmpada dimerizada, que permite fazer essa regulagem. No mercado, há desde os modelos mais simples, com o botão giratório (a partir de R$ 15), até os mais sofisticados, com tecnologia "touch", sensível ao toque (com opções em torno de R$ 70) TOALHEIRO TÉRMICO Toalhas secas e quentinhas são um conforto nos dias mais frios. "É interessante instalar o aparelho principalmente nos banheiros com pouca ventilação", afirma o arquiteto Thales Drumond. Ligado à tomada, o equipamento aquece até os 40º C e seca a toalha em, no máximo, quatro horas, dependendo da umidade e da temperatura ambiente. O gasto de energia não é alto -equivale a cerca de 5% do consumo de uma máquina de secar roupas. O toalheiro térmico não queima ou resseca os tecidos (exceto nylon). Os modelos mais simples não têm temporizador, que pode ser adquirido separadamente e acoplado. Um dos cuidados na hora da compra é escolher o lado certo do fio (na haste direita ou esquerda) para facilitar o acesso à tomada. O toalheiro cromado para duas toalhas da marca Flape, na foto abaixo, custa R$ 989, mas há opções no mercado a partir de R$ 259,90 DESEMBAÇADOR DO ESPELHO É uma boa opção para quem divide o mesmo banheiro. "Enquanto um está no banho, o outro consegue se maquiar ou se barbear sem que seu reflexo seja escondido pelo vapor", diz a arquiteta Inah Mantovani. O aparelho funciona da mesma maneira que o desembaçador de vidro dos carros, explica Simone Sadalla, sócia-diretora da empresa especializada Hot Mirror. Em uma película adesiva instalada atrás do espelho, passam fiações que esquentam a superfície e impedem que a água se condense ali. O equipamento pode ser aplicado em qualquer tipo de espelho, pendurado ou colado à parede -mas, nesse caso, tem de estar previsto no projeto. Ainda há a possibilidade de colocar a película em toda a superfície ou só na área de visão, logo acima da pia. O metro quadrado custa R$ 700 LUZ NOTURNA No meio da noite, uma iluminação próxima ao chão, na altura do rodapé, ajuda a sinalizar o caminho dentro do banheiro sem ofuscar a visão. Isso pode ser feito com balizadores embutidos na parede ou com equipamentos ligados à tomada. A luz noturna da marca Brilia tem sensor e acende assim que toda a iluminação do ambiente é apagada. O aparelho custa partir de R$ 19,90. Outra dica é instalar luminárias portáteis de LED dentro dos armários para facilitar a busca por roupas enquanto outra pessoa dorme no mesmo cômodo, no escuro. Há modelos que funcionam à pilha e têm fita adesiva para serem fixados na parte superior do móvel TORNEIRA COM FILTRO Para quem gosta de cozinhar, ter uma torneira com filtro perto do fogão, o que facilita o preparo dos alimentos, é um pequeno luxo que vale a pena. "Não é necessário instalar uma cuba embaixo, porque não é para lavar nenhuma louça", diz o arquiteto Thales Drumond. O objetivo é apenas deixar a rotina do cozinheiro mais prática. "A pessoa não precisa levar a panela até a pia. Já tem ali do lado o ponto de água filtrada", diz. Ele instalou o equipamento em sua própria cozinha, que aparece na foto abaixo. O modelo escolhido foi o filtro de mesa single da Deca, que custa a partir de R$ 545,89. Para evitar obras, Drumond recomenda que esse ponto de água extra seja previsto na fase de projeto FIXADOR DE PORTA Baratos e de simples instalação, esses equipamentos evitam o bater de portas pelo vento. Uma opção interessante é o fixador magnético, como o que aparece na foto abaixo. Da marca Vonder, pode ser encontrado por a partir de R$ 20,90. É composto por duas peças: uma presa ao chão e a outra, colada na parte de trás da porta. O imã segura o peso da porta, mas basta fazer uma leve força para conseguir soltá-la ÁGUA QUENTE NA PIA DA COZINHA Não é apenas um conforto para lavar louça nos dias mais frios, mas também ajuda a remover a gordura de panelas e pratos, defende o arquiteto Junior Piacesi. Para quem só tem água fria na cozinha, ele recomenda instalar um aquecedor elétrico dentro do gabinete -mais discreto que uma torneira elétrica. Para não precisar fazer o ajuste da temperatura no aparelho, o indicado é instalar ainda uma torneira com misturador ESCOVA DE VEDAÇÃO Vedar bem portas e janelas impede a entrada de poeira e água, aumenta o isolamento térmico e acústico e ainda evita a trepidação, que provoca barulho. Fitas autoadesivas com escovinhas têm baixo custo (R$ 42,90/5 metros na Leroy Merlin) e são fáceis de aplicar. Mesmo assim, o ideal é procurar um profissional para instalar, diz Luis Claudio Viesti, coordenador técnico da Afeal (associação de fabricantes de esquadrias de alumínio) LÂMPADA CONECTADA Alternativas mais baratas à automação das luzes de casa, essas lâmpadas de LED com conexão sem fio podem ser comandadas por um controle fixado à parede, celular ou tablet. O morador pode trocar a cor da iluminação, que passa por todos os tons do arco-íris, e regular sua intensidade. É possível ainda programá-las para acender sempre no mesmo horário pela manhã ou comandá-las à distância, mesmo de férias em outro país. As lâmpadas podem ser controladas individualmente ou em conjunto -o sistema comporta até 50 delas. Um kit da Philips Hue com três unidades sai por R$ 599, na Americanas.com.
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Veja dez pequenos luxos para deixar a casa mais confortável e sofisticada
CAROLINA MUNIZ DE SÃO PAULO Nada do que você verá a seguir é essencial, mas esses detalhes, como toalheiro térmico ou desembaçador de espelho, podem deixar a casa mais aconchegante. "Esses mimos fazem muita diferença na decoração. Na hora de uma reforma, vale a pena investir nos detalhes para melhorar seu dia a dia", diz o arquiteto Thales Drumond. Veja dez ideias que ajudam a deixar sua rotina mais fácil e sofisticada. LAREIRA ECOLÓGICA Não é necessário fazer uma reforma pesada para ter uma lareira em casa. Modelos que usam álcool ou fluido especial não emanam fumaça e, por isso, dispensam dutos de exaustão ou chaminé. "Não tem custo de obra e ainda não deixa cheiro", diz a arquiteta Andrezza Alencar. Há opções embutidas, como a da foto abaixo, e portáteis, que podem ser usadas em ambientes internos e externos. Os preços variam bastante. O modelo mais barato da marca K3 Imports, por exemplo, sai por a partir R$ 595. Feito de chapa de aço, parece um vaso e esquenta uma área de 15 metros quadrados. Já o mais caro custa a partir de R$ 5.000 -tem base de madeira, proteção com vidros temperados e rodinhas. O espaço aquecido é de 50 metros quadrados DIMMER É um dispositivo utilizado para variar a intensidade da iluminação. Barato e simples de instalar, é ideal para ambientes com usos variados."Faz bastante diferença quando, por exemplo, a sala de TV está no mesmo espaço que a de estar. Com o dimmer, dá para deixar o cômodo mais escuro para assistir a um filme ou mais claro para receber os amigos", afirma a arquiteta Bruna Cancellara. O único cuidado é usar uma lâmpada dimerizada, que permite fazer essa regulagem. No mercado, há desde os modelos mais simples, com o botão giratório (a partir de R$ 15), até os mais sofisticados, com tecnologia "touch", sensível ao toque (com opções em torno de R$ 70) TOALHEIRO TÉRMICO Toalhas secas e quentinhas são um conforto nos dias mais frios. "É interessante instalar o aparelho principalmente nos banheiros com pouca ventilação", afirma o arquiteto Thales Drumond. Ligado à tomada, o equipamento aquece até os 40º C e seca a toalha em, no máximo, quatro horas, dependendo da umidade e da temperatura ambiente. O gasto de energia não é alto -equivale a cerca de 5% do consumo de uma máquina de secar roupas. O toalheiro térmico não queima ou resseca os tecidos (exceto nylon). Os modelos mais simples não têm temporizador, que pode ser adquirido separadamente e acoplado. Um dos cuidados na hora da compra é escolher o lado certo do fio (na haste direita ou esquerda) para facilitar o acesso à tomada. O toalheiro cromado para duas toalhas da marca Flape, na foto abaixo, custa R$ 989, mas há opções no mercado a partir de R$ 259,90 DESEMBAÇADOR DO ESPELHO É uma boa opção para quem divide o mesmo banheiro. "Enquanto um está no banho, o outro consegue se maquiar ou se barbear sem que seu reflexo seja escondido pelo vapor", diz a arquiteta Inah Mantovani. O aparelho funciona da mesma maneira que o desembaçador de vidro dos carros, explica Simone Sadalla, sócia-diretora da empresa especializada Hot Mirror. Em uma película adesiva instalada atrás do espelho, passam fiações que esquentam a superfície e impedem que a água se condense ali. O equipamento pode ser aplicado em qualquer tipo de espelho, pendurado ou colado à parede -mas, nesse caso, tem de estar previsto no projeto. Ainda há a possibilidade de colocar a película em toda a superfície ou só na área de visão, logo acima da pia. O metro quadrado custa R$ 700 LUZ NOTURNA No meio da noite, uma iluminação próxima ao chão, na altura do rodapé, ajuda a sinalizar o caminho dentro do banheiro sem ofuscar a visão. Isso pode ser feito com balizadores embutidos na parede ou com equipamentos ligados à tomada. A luz noturna da marca Brilia tem sensor e acende assim que toda a iluminação do ambiente é apagada. O aparelho custa partir de R$ 19,90. Outra dica é instalar luminárias portáteis de LED dentro dos armários para facilitar a busca por roupas enquanto outra pessoa dorme no mesmo cômodo, no escuro. Há modelos que funcionam à pilha e têm fita adesiva para serem fixados na parte superior do móvel TORNEIRA COM FILTRO Para quem gosta de cozinhar, ter uma torneira com filtro perto do fogão, o que facilita o preparo dos alimentos, é um pequeno luxo que vale a pena. "Não é necessário instalar uma cuba embaixo, porque não é para lavar nenhuma louça", diz o arquiteto Thales Drumond. O objetivo é apenas deixar a rotina do cozinheiro mais prática. "A pessoa não precisa levar a panela até a pia. Já tem ali do lado o ponto de água filtrada", diz. Ele instalou o equipamento em sua própria cozinha, que aparece na foto abaixo. O modelo escolhido foi o filtro de mesa single da Deca, que custa a partir de R$ 545,89. Para evitar obras, Drumond recomenda que esse ponto de água extra seja previsto na fase de projeto FIXADOR DE PORTA Baratos e de simples instalação, esses equipamentos evitam o bater de portas pelo vento. Uma opção interessante é o fixador magnético, como o que aparece na foto abaixo. Da marca Vonder, pode ser encontrado por a partir de R$ 20,90. É composto por duas peças: uma presa ao chão e a outra, colada na parte de trás da porta. O imã segura o peso da porta, mas basta fazer uma leve força para conseguir soltá-la ÁGUA QUENTE NA PIA DA COZINHA Não é apenas um conforto para lavar louça nos dias mais frios, mas também ajuda a remover a gordura de panelas e pratos, defende o arquiteto Junior Piacesi. Para quem só tem água fria na cozinha, ele recomenda instalar um aquecedor elétrico dentro do gabinete -mais discreto que uma torneira elétrica. Para não precisar fazer o ajuste da temperatura no aparelho, o indicado é instalar ainda uma torneira com misturador ESCOVA DE VEDAÇÃO Vedar bem portas e janelas impede a entrada de poeira e água, aumenta o isolamento térmico e acústico e ainda evita a trepidação, que provoca barulho. Fitas autoadesivas com escovinhas têm baixo custo (R$ 42,90/5 metros na Leroy Merlin) e são fáceis de aplicar. Mesmo assim, o ideal é procurar um profissional para instalar, diz Luis Claudio Viesti, coordenador técnico da Afeal (associação de fabricantes de esquadrias de alumínio) LÂMPADA CONECTADA Alternativas mais baratas à automação das luzes de casa, essas lâmpadas de LED com conexão sem fio podem ser comandadas por um controle fixado à parede, celular ou tablet. O morador pode trocar a cor da iluminação, que passa por todos os tons do arco-íris, e regular sua intensidade. É possível ainda programá-las para acender sempre no mesmo horário pela manhã ou comandá-las à distância, mesmo de férias em outro país. As lâmpadas podem ser controladas individualmente ou em conjunto -o sistema comporta até 50 delas. Um kit da Philips Hue com três unidades sai por R$ 599, na Americanas.com.
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Leitor diz que novo modelo de Justiça em SP é leniente com criminosos
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O novo sistema de flagrantes festejado pelo TJ/SP joga uma pá de cal sobre o já frustrante trabalho policial e de quebra enterra o sonho dos cidadãos honestos deste Estado em ver algum dia aqui aplicada a "teoria da janela quebrada" onde até mesmo o menor delito tem punição imediata por um juiz severo visando a coibir no futuro que aquele que foi punido um dia por um delito menor, tendo aprendido a lição por uma justiça efetiva, não mais venha a cometer crime algum devido a não-impunidade de seu erro anterior ! Este é mesmo um país onde ser bandido vale a pena, desta feita, pelas mãos de juízes ideologicamente piedosos com criminosos (vistos como "excluídos sociais" ou "cidadãos em confronto com a lei") observadores de uma lei penal caquética, calcada por sua vez historicamente em um catolicismo classicamente desculpante. É definitivo, o Brasil é mesmo um país de vítimas. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor diz que novo modelo de Justiça em SP é leniente com criminososO novo sistema de flagrantes festejado pelo TJ/SP joga uma pá de cal sobre o já frustrante trabalho policial e de quebra enterra o sonho dos cidadãos honestos deste Estado em ver algum dia aqui aplicada a "teoria da janela quebrada" onde até mesmo o menor delito tem punição imediata por um juiz severo visando a coibir no futuro que aquele que foi punido um dia por um delito menor, tendo aprendido a lição por uma justiça efetiva, não mais venha a cometer crime algum devido a não-impunidade de seu erro anterior ! Este é mesmo um país onde ser bandido vale a pena, desta feita, pelas mãos de juízes ideologicamente piedosos com criminosos (vistos como "excluídos sociais" ou "cidadãos em confronto com a lei") observadores de uma lei penal caquética, calcada por sua vez historicamente em um catolicismo classicamente desculpante. É definitivo, o Brasil é mesmo um país de vítimas. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Convites aos delinquentes
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Dizer que alguém foi detido 15 vezes, antes do crime em que testemunhas o identificam como autor, é um modo de dizer que foi solto 15 vezes. Assim é o registro por ora conhecido do jovem acusado de assassinar a facadas o médico Jaime Gold às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas: entre os 12 e os 16 anos, cinco assaltos à mão armada com faca, furtos, roubos e drogas, perfazendo os 15 motivos de detenção. Se foi detido 15 vezes, a polícia fez a sua parte. Se nas 15 vezes foi solto, ou a suspeita que o atingiu não pôde ser provada, ou era fundada e algo falhou para impedir os seus novos atos delituosos, ao menos na quantidade, na rapidez da sequência e na gravidade crescente em que se deram. Mas as 15 detenções se deram por fatos com vítimas comprovadas. Com testemunhas. Apesar disso, e com uma só ocasião de recolhimento por menos de mês e meio a uma "entidade socioeducativa", todos resultaram em soltura sem problema. Seria assim ainda que a maioridade penal estivesse fixada em 14 ou até em 10 anos. A formidável relação do apontado assassino de Gold com a liberdade não é excepcional. É garantida, está protegida. E aplicada com justiça distributiva, aquela que falta em tudo o mais. Dias antes daquele crime, outros assaltados a faca levaram a polícia a deter um grupo grande de meninos e jovens naquela área. Vários foram soltos ali mesmo, por inútil levá-los. Os armados e os restantes foram levados à delegacia. Apenas para o que, sem exagero, não passa de um ritual. Também por aqueles dias, foram detidos mais de 30 no Aterro do Flamengo, acometido por uma onda de assaltos a faca. Cumprido o ritual, voltaram todos ao ponto de partida. Nem o detido com flagrante de posse de faca permanece em detenção. Sem frequentar escola, sem trabalhar, vagueando longe de onde mora, com uma faca sob a roupa: se alguém imaginar que a faca serve a maus fins, ao menos não esqueça de que a posse de arma branca, como quer a lei, é só contravenção. Não sujeita a prisão ou a ficar detido. As facas são um sucesso: fáceis de furtar nos bares, para os assaltantes têm o mesmo potencial criminoso do revólver –que vale muito, fica mal sob a roupa e, se apreendido pela polícia, dá prejuízo e prisão. Enquanto se gagueja uma discussão em torno da idade penal mínima, outros componentes da velha legislação criminal continuam, por dezenas de anos, excluídos de qualquer apreciação sobre os seus eventuais ou inevitáveis efeitos nefastos. A soltura tão simples e rápida é como um convite para continuar na vida fácil do furto, do pequeno tráfico que um dia crescerá, do roubo armado que avançará até o assassinato. A lei que dificulta a detenção incentiva a continuação no crime. De repente, a lei e o crime se associam. Contra a população. A propósito do jovem de 15 detenções, 15 solturas e apontado por testemunha como autor de homicídio com a perversidade de esfaquear mais três vezes a vítima já caída, disse o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Fernando de Carvalho: "O que faltou foi um policiamento ostensivo, eficiente, que fosse preventivo e impedisse a barbárie". Faltou, sim. E sempre faltará. Só a Lagoa Rodrigo de Freitas tem cerca de 40 pontos de acesso e saída. Não há como mantê-los o tempo todo policiados para impedir a chegada e a fuga de pivetes. A tv como monopólio mental e a classe média, com o velho horror a raciocínio, fazem o seu carnaval dramático de acusações e reclamações. Mas a realidade brasileira é até simplória. No Rio e em todas as cidades de porte médio ou maior, é impossível policiar todas as oportunidades de delinquência para tantos milhares de jovens dispostos a cometê-la. Insuflados pelas desgraças da vida, pela progressão dos costumes consumistas, pela justificada sensação de que o trabalho não faz justiça nem compensa mais que o delito. Nos formigueiros que são nossas cidades, já passou da hora de abandonar a obtusa ilusão do policiamento total e infalível. Desprezamos as possibilidades de preservar dimensões viáveis e modos de vida aceitáveis. E não queremos nem ver onde estão os problemas: as falsas soluções bastam, desde que voltadas para baixo.
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colunas
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Convites aos delinquentesDizer que alguém foi detido 15 vezes, antes do crime em que testemunhas o identificam como autor, é um modo de dizer que foi solto 15 vezes. Assim é o registro por ora conhecido do jovem acusado de assassinar a facadas o médico Jaime Gold às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas: entre os 12 e os 16 anos, cinco assaltos à mão armada com faca, furtos, roubos e drogas, perfazendo os 15 motivos de detenção. Se foi detido 15 vezes, a polícia fez a sua parte. Se nas 15 vezes foi solto, ou a suspeita que o atingiu não pôde ser provada, ou era fundada e algo falhou para impedir os seus novos atos delituosos, ao menos na quantidade, na rapidez da sequência e na gravidade crescente em que se deram. Mas as 15 detenções se deram por fatos com vítimas comprovadas. Com testemunhas. Apesar disso, e com uma só ocasião de recolhimento por menos de mês e meio a uma "entidade socioeducativa", todos resultaram em soltura sem problema. Seria assim ainda que a maioridade penal estivesse fixada em 14 ou até em 10 anos. A formidável relação do apontado assassino de Gold com a liberdade não é excepcional. É garantida, está protegida. E aplicada com justiça distributiva, aquela que falta em tudo o mais. Dias antes daquele crime, outros assaltados a faca levaram a polícia a deter um grupo grande de meninos e jovens naquela área. Vários foram soltos ali mesmo, por inútil levá-los. Os armados e os restantes foram levados à delegacia. Apenas para o que, sem exagero, não passa de um ritual. Também por aqueles dias, foram detidos mais de 30 no Aterro do Flamengo, acometido por uma onda de assaltos a faca. Cumprido o ritual, voltaram todos ao ponto de partida. Nem o detido com flagrante de posse de faca permanece em detenção. Sem frequentar escola, sem trabalhar, vagueando longe de onde mora, com uma faca sob a roupa: se alguém imaginar que a faca serve a maus fins, ao menos não esqueça de que a posse de arma branca, como quer a lei, é só contravenção. Não sujeita a prisão ou a ficar detido. As facas são um sucesso: fáceis de furtar nos bares, para os assaltantes têm o mesmo potencial criminoso do revólver –que vale muito, fica mal sob a roupa e, se apreendido pela polícia, dá prejuízo e prisão. Enquanto se gagueja uma discussão em torno da idade penal mínima, outros componentes da velha legislação criminal continuam, por dezenas de anos, excluídos de qualquer apreciação sobre os seus eventuais ou inevitáveis efeitos nefastos. A soltura tão simples e rápida é como um convite para continuar na vida fácil do furto, do pequeno tráfico que um dia crescerá, do roubo armado que avançará até o assassinato. A lei que dificulta a detenção incentiva a continuação no crime. De repente, a lei e o crime se associam. Contra a população. A propósito do jovem de 15 detenções, 15 solturas e apontado por testemunha como autor de homicídio com a perversidade de esfaquear mais três vezes a vítima já caída, disse o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Fernando de Carvalho: "O que faltou foi um policiamento ostensivo, eficiente, que fosse preventivo e impedisse a barbárie". Faltou, sim. E sempre faltará. Só a Lagoa Rodrigo de Freitas tem cerca de 40 pontos de acesso e saída. Não há como mantê-los o tempo todo policiados para impedir a chegada e a fuga de pivetes. A tv como monopólio mental e a classe média, com o velho horror a raciocínio, fazem o seu carnaval dramático de acusações e reclamações. Mas a realidade brasileira é até simplória. No Rio e em todas as cidades de porte médio ou maior, é impossível policiar todas as oportunidades de delinquência para tantos milhares de jovens dispostos a cometê-la. Insuflados pelas desgraças da vida, pela progressão dos costumes consumistas, pela justificada sensação de que o trabalho não faz justiça nem compensa mais que o delito. Nos formigueiros que são nossas cidades, já passou da hora de abandonar a obtusa ilusão do policiamento total e infalível. Desprezamos as possibilidades de preservar dimensões viáveis e modos de vida aceitáveis. E não queremos nem ver onde estão os problemas: as falsas soluções bastam, desde que voltadas para baixo.
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Tite relaciona reforços para o clássico, mas Arana é vetado
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O técnico do Corinthians, Tite, relacionou os atacantes recém-contratados Lincom e Lucca para o jogo contra o Santos, marcado para este domingo (20), às 11h, no Itaquerão, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois jogadores foram apresentados neste sábado após o treino realizado no CT Joaquim Grava. Lincom, que chega por empréstimo do Bragantino até o fim do ano, vestirá a camisa 9 que era de Paolo Guerrero. Já Lucca, que foi cedido ao time paulista pelo Criciúma até o Campeonato Paulista do ano que vem, usará a número 30. "É uma oportunidade sensacional, aconteceu tudo rápido, importante é que deu certo, estamos nesse grupo maravilhoso. Receberam a gente muito bem aqui", afirmou Lucca. Apesar de relacionar os dois jogadores, Tite terá um desfalque importante. O lateral esquerdo Arana não participou do treino deste sábado e foi preservado. Ele se recupera de uma lesão na coxa esquerda. Além de Arana, Tite também não conta com o lateral esquerdo Uendel, contundido, e Edílson, suspenso. Com isso, improvisará o zagueiro Yago no setor. A provável escalação do Corinthians para o clássico contra o Santos é Cássio, Fagner, Felipe, Gil e Yago; Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto e Malcom; Vagner Love. O Corinthians é líder do Campeonato Brasileiro com 54 pontos, contra 49 do vice-líder Atlético-MG, que recebe o Flamengo também no domingo.
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esporte
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Tite relaciona reforços para o clássico, mas Arana é vetadoO técnico do Corinthians, Tite, relacionou os atacantes recém-contratados Lincom e Lucca para o jogo contra o Santos, marcado para este domingo (20), às 11h, no Itaquerão, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os dois jogadores foram apresentados neste sábado após o treino realizado no CT Joaquim Grava. Lincom, que chega por empréstimo do Bragantino até o fim do ano, vestirá a camisa 9 que era de Paolo Guerrero. Já Lucca, que foi cedido ao time paulista pelo Criciúma até o Campeonato Paulista do ano que vem, usará a número 30. "É uma oportunidade sensacional, aconteceu tudo rápido, importante é que deu certo, estamos nesse grupo maravilhoso. Receberam a gente muito bem aqui", afirmou Lucca. Apesar de relacionar os dois jogadores, Tite terá um desfalque importante. O lateral esquerdo Arana não participou do treino deste sábado e foi preservado. Ele se recupera de uma lesão na coxa esquerda. Além de Arana, Tite também não conta com o lateral esquerdo Uendel, contundido, e Edílson, suspenso. Com isso, improvisará o zagueiro Yago no setor. A provável escalação do Corinthians para o clássico contra o Santos é Cássio, Fagner, Felipe, Gil e Yago; Ralf, Elias, Jadson, Renato Augusto e Malcom; Vagner Love. O Corinthians é líder do Campeonato Brasileiro com 54 pontos, contra 49 do vice-líder Atlético-MG, que recebe o Flamengo também no domingo.
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Ciclovia provoca revolta, e prefeito é cassado no RS
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As ciclovias dividem opiniões, e não apenas em São Paulo. A insatisfação na cidade gaúcha de Montenegro (a 44 km de Porto Alegre) com uma faixa de 1,5 km exclusiva para ciclistas foi tão grande que culminou no impeachment do prefeito. Na capital paulista, já são mais de 200 km de ciclovias inauguradas na gestão Haddad (PT). A maioria dos paulistanos (66%, segundo o Datafolha) aprova dividir o trânsito com as bicicletas –mas esse número já foi de 80%. Em Montenegro, os vereadores votaram em maio pela cassação do mandato de Paulo Azeredo (PDT). O pedido foi protocolado por um líder comunitário da cidade e aceito na Câmara por oito votos a favor e dois contra. A ciclovia foi construída em janeiro deste ano, em três dias, e custou R$ 80 mil. Na última semana, foi desfeita. Apesar de ficar no centro da via, parte dos comerciantes reclamou que ela tirava lugares de estacionamento. "Compra é emoção. Se o cliente passa na frente da loja e não tem vaga para estacionar, ele desiste", diz Alexandre Schmitz, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Montenegro. IRREGULARIDADES O pedido de impeachment argumentava que a pista não estava de acordo com o plano de mobilidade municipal e que não houve licitação. Pelo plano, ela deveria ocupar uma faixa de cada lado da rua, com sentidos opostos. Mas Azeredo optou por montá-la no centro, assim como a ciclovia na avenida Paulista. Ele não consultou o conselho de trânsito da cidade sobre a mudança e dispensou licitação. "Ninguém queria de um lado, ninguém queria de outro. Decidimos fazer no meio, para não atrapalhar", justifica o prefeito cassado. A promotora Carmem Lucia Garcia argumenta que desfazer a ciclovia era uma questão de segurança. Antes de as calotas de proteção serem instaladas, os carros invadiam a faixa, diz. PONTA DO ICEBERG Azeredo recorreu da decisão da Câmara, mas o pedido foi indeferido pela Justiça. O prefeito cassado havia ganhado a eleição com uma diferença de apenas 56 votos, na cidade de 62,8 mil habitantes. A maioria dos vereadores apoiou seu adversário durante a campanha. "[A ciclovia] foi só a ponta do iceberg. Era uma gestão antidemocrática", diz o vereador Márcio Müller (PTB), presidente da Câmara. Para o jurista Celso Três, procurador da República, antidemocrática é a legislação de 1967 que prevê a cassação de um prefeito a partir de critérios subjetivos. Ele diz também que há outras sanções possíveis aos gestores, antes da punição máxima, como um parecer negativo do tribunal de contas, que poderia tornar o prefeito inelegível. O fato é que, mesmo com a retirada da ciclovia, a discórdia em Montenegro continua. Enquanto o presidente da Câmara diz que, "agora, a cidade está pacificada", o ciclista Marco Aurélio de Lima, 30, classifica como uma "palhaçada" o impeachment. "Tem bastante gente que precisa de ciclovia para ir e voltar do trabalho", diz.
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cotidiano
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Ciclovia provoca revolta, e prefeito é cassado no RSAs ciclovias dividem opiniões, e não apenas em São Paulo. A insatisfação na cidade gaúcha de Montenegro (a 44 km de Porto Alegre) com uma faixa de 1,5 km exclusiva para ciclistas foi tão grande que culminou no impeachment do prefeito. Na capital paulista, já são mais de 200 km de ciclovias inauguradas na gestão Haddad (PT). A maioria dos paulistanos (66%, segundo o Datafolha) aprova dividir o trânsito com as bicicletas –mas esse número já foi de 80%. Em Montenegro, os vereadores votaram em maio pela cassação do mandato de Paulo Azeredo (PDT). O pedido foi protocolado por um líder comunitário da cidade e aceito na Câmara por oito votos a favor e dois contra. A ciclovia foi construída em janeiro deste ano, em três dias, e custou R$ 80 mil. Na última semana, foi desfeita. Apesar de ficar no centro da via, parte dos comerciantes reclamou que ela tirava lugares de estacionamento. "Compra é emoção. Se o cliente passa na frente da loja e não tem vaga para estacionar, ele desiste", diz Alexandre Schmitz, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Montenegro. IRREGULARIDADES O pedido de impeachment argumentava que a pista não estava de acordo com o plano de mobilidade municipal e que não houve licitação. Pelo plano, ela deveria ocupar uma faixa de cada lado da rua, com sentidos opostos. Mas Azeredo optou por montá-la no centro, assim como a ciclovia na avenida Paulista. Ele não consultou o conselho de trânsito da cidade sobre a mudança e dispensou licitação. "Ninguém queria de um lado, ninguém queria de outro. Decidimos fazer no meio, para não atrapalhar", justifica o prefeito cassado. A promotora Carmem Lucia Garcia argumenta que desfazer a ciclovia era uma questão de segurança. Antes de as calotas de proteção serem instaladas, os carros invadiam a faixa, diz. PONTA DO ICEBERG Azeredo recorreu da decisão da Câmara, mas o pedido foi indeferido pela Justiça. O prefeito cassado havia ganhado a eleição com uma diferença de apenas 56 votos, na cidade de 62,8 mil habitantes. A maioria dos vereadores apoiou seu adversário durante a campanha. "[A ciclovia] foi só a ponta do iceberg. Era uma gestão antidemocrática", diz o vereador Márcio Müller (PTB), presidente da Câmara. Para o jurista Celso Três, procurador da República, antidemocrática é a legislação de 1967 que prevê a cassação de um prefeito a partir de critérios subjetivos. Ele diz também que há outras sanções possíveis aos gestores, antes da punição máxima, como um parecer negativo do tribunal de contas, que poderia tornar o prefeito inelegível. O fato é que, mesmo com a retirada da ciclovia, a discórdia em Montenegro continua. Enquanto o presidente da Câmara diz que, "agora, a cidade está pacificada", o ciclista Marco Aurélio de Lima, 30, classifica como uma "palhaçada" o impeachment. "Tem bastante gente que precisa de ciclovia para ir e voltar do trabalho", diz.
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Tornado nos EUA arrasa casas e vira caminhão em estrada
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Um tornado destruiu casas e matou uma pessoa em Illinois, nos Estados Unidos, na última quinta-feira (9). Ao menos 15 casas foram destruídas. Veja Vídeo Os 200 habitantes do vilarejo de Fairdale tiveram que ser retirados às pressas. Uma mulher morreu e sete pessoas se feriram. A tempestade que gerou o tornado continua avançando para cidades na costa atlântica dos Estados Unidos.
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bbc
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Tornado nos EUA arrasa casas e vira caminhão em estradaUm tornado destruiu casas e matou uma pessoa em Illinois, nos Estados Unidos, na última quinta-feira (9). Ao menos 15 casas foram destruídas. Veja Vídeo Os 200 habitantes do vilarejo de Fairdale tiveram que ser retirados às pressas. Uma mulher morreu e sete pessoas se feriram. A tempestade que gerou o tornado continua avançando para cidades na costa atlântica dos Estados Unidos.
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Qual é o mistério por trás da massinha fedorenta? Livro conta a história
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Na escola, quando crianças se deparam com um monte de massinha, uma mágica acontece. Elas vão para o espaço sideral, encontram extraterrestres, serpentes e monstros. E resolvem criar um concurso para escolher as criações com massinha mais caprichadas, esquisitas, bonitas e feias. Em meio à gincana, surge um mistério: um monte de massa com um cheiro horrível. As ilustrações de Adriana Fernandes se inspiram nesse universo infinito de cores e formatos das massinhas. O ESTRANHOCASO DA MASSINHA FEDORENTA Autora Heloisa Prieto Editora Companhia das Letrinhas Preço R$ 34,90 Indicação a partir de 6 anos
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folhinha
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Qual é o mistério por trás da massinha fedorenta? Livro conta a históriaNa escola, quando crianças se deparam com um monte de massinha, uma mágica acontece. Elas vão para o espaço sideral, encontram extraterrestres, serpentes e monstros. E resolvem criar um concurso para escolher as criações com massinha mais caprichadas, esquisitas, bonitas e feias. Em meio à gincana, surge um mistério: um monte de massa com um cheiro horrível. As ilustrações de Adriana Fernandes se inspiram nesse universo infinito de cores e formatos das massinhas. O ESTRANHOCASO DA MASSINHA FEDORENTA Autora Heloisa Prieto Editora Companhia das Letrinhas Preço R$ 34,90 Indicação a partir de 6 anos
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Ataque pouco eficiente do Palmeiras precisa de dois gols na Libertadores
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Defesa que ninguém passa ou linha atacante de raça? Cuca sabe que a resposta, para seguir sonhando com a conquista da Libertadores depois do jogo desta noite, às 21h45, no Allianz Parque contra o Barcelona do Equador, é que o Palmeiras precisa dos dois. O técnico alviverde, que está tirando a pressão sobre o elenco faz mais de uma semana, dizendo que o "mundo não acaba após a partida", sabe também que o seu conhecimento sobre futebol vai ser colocado em xeque se a derrota por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores não for revertida. Para fazer os dois gols que necessita, o time vai precisar construir mais jogadas de gol, o que não ocorreu no Equador. E, principalmente, melhorar a sua eficiência. Nos dois jogos que Cuca dirigiu o time alviverde na Libertadores (veja abaixo), a média de gols feitos pela equipe diminuiu, apesar de a média de chutes ao gol ter se mantido no mesmo nível. Os mapas de calor (ferramenta usada pelos estudiosos do futebol para saber onde cada jogador ficou durante o jogo) do encontro em Guayaquil dão a pista. O Palmeiras não frequentou a área adversária. Por isso, a ainda não garantida escalação de Guerra, que tem sido decisivo nas assistências para finalização do time, foram 13 participações em 19, é muito importante. Sem o artilheiro da equipe, Willian, machucado, Cuca deverá escalar Deyverson. Contratação mais cara da história do clube, por R$ 33 milhões, Miguel Borja, ficará novamente no banco. Temor do técnico, o gol tomado em casa é um risco para o Palmeiras. O time dirigido por Guillermo Almada costuma atacar pelas laterais do campo. E todas as três vezes que atuou como visitante na Libertadores (uma derrota e duas vitórias) procurou dominar a posse de bola. O que significa que os laterais do Palmeiras terão papel chave no sistema defensivo. As escolhas das peças por Cuca, treinador que prefere marcação individual, vão ser determinantes. Tanto os nomes quanto o sistema escolhido estão sob escrutínio. Na partida do outro lado dos Andes, o gol do Barcelona saiu de um erro coletivo do time. Três palmeirenses do lado direito da defesa falharam ao ir atrás da bola. Deixaram Jonatan Álvez livre para marcar. O preferido para atuar na direita é Mayke. Com problemas físicos, pode ser substituído por Jean. Do lado esquerdo, depois de muitos testes, Cuca definiu por Egídio. Um dos desafios da defesa, nesta noite, num Allianz Parque que estará lotado, é rebater menos a bola para o adversário. De cada cinco finalizações dos jogadores do Barcelona nas partidas, uma sai das rebatidas dos adversários. BAIXA EFICIÊNCIA - Números do ataque do Palmeiras na Libertadores antes e depois de Cuca Os dados do serviço de estatísticas Footstats mostram que o Palmeiras é o time que mais rebate bolas na Libertadores. Com Eduardo Baptista, nos cincos primeiros jogos do campeonato, os defensores rebatiam mais a bola (42,6 por jogo), que seguia menos ao gol de Fernando Prass, outra peça já substituída. O titular agora é Jaílson. A defesa treinada por Cuca desarma mais no geral do que antes e também toma menos gols, na média das últimas duas partidas em relação aos primeiros cinco jogos. Mas não há perfeição. Os desarmes incompletos aumentaram. Sair rápido com a bola, contra um Barcelona que também perde bastante a posse, pode ser decisivo. * NA TV Palmeiras x Barcelona 21h45 - TV Globo e Fox Sports
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esporte
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Ataque pouco eficiente do Palmeiras precisa de dois gols na LibertadoresDefesa que ninguém passa ou linha atacante de raça? Cuca sabe que a resposta, para seguir sonhando com a conquista da Libertadores depois do jogo desta noite, às 21h45, no Allianz Parque contra o Barcelona do Equador, é que o Palmeiras precisa dos dois. O técnico alviverde, que está tirando a pressão sobre o elenco faz mais de uma semana, dizendo que o "mundo não acaba após a partida", sabe também que o seu conhecimento sobre futebol vai ser colocado em xeque se a derrota por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores não for revertida. Para fazer os dois gols que necessita, o time vai precisar construir mais jogadas de gol, o que não ocorreu no Equador. E, principalmente, melhorar a sua eficiência. Nos dois jogos que Cuca dirigiu o time alviverde na Libertadores (veja abaixo), a média de gols feitos pela equipe diminuiu, apesar de a média de chutes ao gol ter se mantido no mesmo nível. Os mapas de calor (ferramenta usada pelos estudiosos do futebol para saber onde cada jogador ficou durante o jogo) do encontro em Guayaquil dão a pista. O Palmeiras não frequentou a área adversária. Por isso, a ainda não garantida escalação de Guerra, que tem sido decisivo nas assistências para finalização do time, foram 13 participações em 19, é muito importante. Sem o artilheiro da equipe, Willian, machucado, Cuca deverá escalar Deyverson. Contratação mais cara da história do clube, por R$ 33 milhões, Miguel Borja, ficará novamente no banco. Temor do técnico, o gol tomado em casa é um risco para o Palmeiras. O time dirigido por Guillermo Almada costuma atacar pelas laterais do campo. E todas as três vezes que atuou como visitante na Libertadores (uma derrota e duas vitórias) procurou dominar a posse de bola. O que significa que os laterais do Palmeiras terão papel chave no sistema defensivo. As escolhas das peças por Cuca, treinador que prefere marcação individual, vão ser determinantes. Tanto os nomes quanto o sistema escolhido estão sob escrutínio. Na partida do outro lado dos Andes, o gol do Barcelona saiu de um erro coletivo do time. Três palmeirenses do lado direito da defesa falharam ao ir atrás da bola. Deixaram Jonatan Álvez livre para marcar. O preferido para atuar na direita é Mayke. Com problemas físicos, pode ser substituído por Jean. Do lado esquerdo, depois de muitos testes, Cuca definiu por Egídio. Um dos desafios da defesa, nesta noite, num Allianz Parque que estará lotado, é rebater menos a bola para o adversário. De cada cinco finalizações dos jogadores do Barcelona nas partidas, uma sai das rebatidas dos adversários. BAIXA EFICIÊNCIA - Números do ataque do Palmeiras na Libertadores antes e depois de Cuca Os dados do serviço de estatísticas Footstats mostram que o Palmeiras é o time que mais rebate bolas na Libertadores. Com Eduardo Baptista, nos cincos primeiros jogos do campeonato, os defensores rebatiam mais a bola (42,6 por jogo), que seguia menos ao gol de Fernando Prass, outra peça já substituída. O titular agora é Jaílson. A defesa treinada por Cuca desarma mais no geral do que antes e também toma menos gols, na média das últimas duas partidas em relação aos primeiros cinco jogos. Mas não há perfeição. Os desarmes incompletos aumentaram. Sair rápido com a bola, contra um Barcelona que também perde bastante a posse, pode ser decisivo. * NA TV Palmeiras x Barcelona 21h45 - TV Globo e Fox Sports
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Dedos de massinha enganam leitores de impressão digital
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Um desenvolvedor de sensores demonstrou, no Congresso Mundial de Telefonia Móvel, em Barcelona, como dedos falsos podem enganar leitores de impressão digital de smartphones. A empresa Vkansee, que produz leitores de alta resolução, disse à BBC que sensores de baixa resolução podem ser enganados por dedos feitos de massinha de modelar. É bom ressaltar, porém, que para o molde funcionar é necessário que a massinha fique 5 minutos em contato com a digital do dono do telefone. O presidente da companhia chinesa tem feito o teste para destacar seu produto: afirma que o dispositivo criado por eles tem quatro vezes mais resolução do que outros e identifica microcaracterísticas da impressão digital. Segundo ele, isso o tornaria melhor em evitar fraudes. Clique para assistir ao vídeo
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Dedos de massinha enganam leitores de impressão digitalUm desenvolvedor de sensores demonstrou, no Congresso Mundial de Telefonia Móvel, em Barcelona, como dedos falsos podem enganar leitores de impressão digital de smartphones. A empresa Vkansee, que produz leitores de alta resolução, disse à BBC que sensores de baixa resolução podem ser enganados por dedos feitos de massinha de modelar. É bom ressaltar, porém, que para o molde funcionar é necessário que a massinha fique 5 minutos em contato com a digital do dono do telefone. O presidente da companhia chinesa tem feito o teste para destacar seu produto: afirma que o dispositivo criado por eles tem quatro vezes mais resolução do que outros e identifica microcaracterísticas da impressão digital. Segundo ele, isso o tornaria melhor em evitar fraudes. Clique para assistir ao vídeo
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Imposto de Renda sobre aplicações pode subir após mudança de MP
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Com aval do Ministério da Fazenda e da Receita Federal, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) alterou a medida provisória 694 para incluir no texto aumento de Imposto de Renda sobre aplicações financeiras a partir de 1º de janeiro de 2016. Jucá é relator da MP e apresentou nesta quarta-feira (16) um parecer que será votado na comissão mista que analisa o texto. Entre as propostas está o fim da isenção para letras de crédito rural e imobiliárias, as LCA e LCI. Além disso, investimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósitos Interfinanceiros) ou à taxa básica Selic terão alíquota única de 22,5%. Hoje, a tributação na renda fixa varia de 15% a 22,5% dependendo do prazo da aplicação. O imposto sobre o ganho no investimento em ações, que hoje é de 15%, também passa a variar de acordo com o prazo, com as mesmas alíquotas da renda fixa. A tabela de tributação da renda fixa –e que passará a incluir renda variável– também muda para obrigar o investidor a deixar o dinheiro mais tempo aplicado se quiser pagar menos IR. A alíquota de 22,5% alcancará aplicações de até um ano. Hoje, o imposto já cai a partir do sexto mês. Atualmente, o rendimento de aplicações entre 181 e 360 dias é tributado em 20%. Agora, essa alíquota valerá para o período entre 361 e 720 dias. Para pagar menos imposto com a alíquota de 17,5% será necessário deixar o dinheiro aplicado por pelo menos dois anos. Hoje, esse percentual já beneficia o investimento entre um e dois anos. Por fim, a menor alíquota da tabela, de 15%, será usadas em aplicações acima de cinco anos. Hoje, ela já se aplica nos investimentos a partir de dois anos. LCI E LCA Pela proposta, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) terá alíquotas entre 10% e 17,5% também de acordo com o prazo. O mesmo vale para outros três títulos desse setor (CRI, LH e LIG). Se o papel estiver indexado ao CDI ou à Selic, no entanto, vale a alíquota única de 22,5% independente do prazo. Excepcionalmente para as letras emitidas em 2016 e 2017, o rendimento a qualquer tempo terá alíquotas reduzidas em 50%. Para papéis do agronegócio (LCAs, CDAs, WAs, CDCAs, CRAs e CPRs), haverá alíquota única de 10%, sendo de 5% para títulos emitidos em 2016. Os rendimentos das aplicações em renda fixa e variável realizadas até 31 de dezembro de 2015 continuam seguindo as regras atuais, de acordo com o parecer do senador. Para as LCIs e LCAs, a isenção vale até a sanção da lei. Se forem emitidas ainda em 2015, mas após a publicação da lei, a isenção só se aplica ao rendimento produzido neste ano.
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mercado
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Imposto de Renda sobre aplicações pode subir após mudança de MPCom aval do Ministério da Fazenda e da Receita Federal, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) alterou a medida provisória 694 para incluir no texto aumento de Imposto de Renda sobre aplicações financeiras a partir de 1º de janeiro de 2016. Jucá é relator da MP e apresentou nesta quarta-feira (16) um parecer que será votado na comissão mista que analisa o texto. Entre as propostas está o fim da isenção para letras de crédito rural e imobiliárias, as LCA e LCI. Além disso, investimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósitos Interfinanceiros) ou à taxa básica Selic terão alíquota única de 22,5%. Hoje, a tributação na renda fixa varia de 15% a 22,5% dependendo do prazo da aplicação. O imposto sobre o ganho no investimento em ações, que hoje é de 15%, também passa a variar de acordo com o prazo, com as mesmas alíquotas da renda fixa. A tabela de tributação da renda fixa –e que passará a incluir renda variável– também muda para obrigar o investidor a deixar o dinheiro mais tempo aplicado se quiser pagar menos IR. A alíquota de 22,5% alcancará aplicações de até um ano. Hoje, o imposto já cai a partir do sexto mês. Atualmente, o rendimento de aplicações entre 181 e 360 dias é tributado em 20%. Agora, essa alíquota valerá para o período entre 361 e 720 dias. Para pagar menos imposto com a alíquota de 17,5% será necessário deixar o dinheiro aplicado por pelo menos dois anos. Hoje, esse percentual já beneficia o investimento entre um e dois anos. Por fim, a menor alíquota da tabela, de 15%, será usadas em aplicações acima de cinco anos. Hoje, ela já se aplica nos investimentos a partir de dois anos. LCI E LCA Pela proposta, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) terá alíquotas entre 10% e 17,5% também de acordo com o prazo. O mesmo vale para outros três títulos desse setor (CRI, LH e LIG). Se o papel estiver indexado ao CDI ou à Selic, no entanto, vale a alíquota única de 22,5% independente do prazo. Excepcionalmente para as letras emitidas em 2016 e 2017, o rendimento a qualquer tempo terá alíquotas reduzidas em 50%. Para papéis do agronegócio (LCAs, CDAs, WAs, CDCAs, CRAs e CPRs), haverá alíquota única de 10%, sendo de 5% para títulos emitidos em 2016. Os rendimentos das aplicações em renda fixa e variável realizadas até 31 de dezembro de 2015 continuam seguindo as regras atuais, de acordo com o parecer do senador. Para as LCIs e LCAs, a isenção vale até a sanção da lei. Se forem emitidas ainda em 2015, mas após a publicação da lei, a isenção só se aplica ao rendimento produzido neste ano.
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O núcleo duro da divergência entre ortodoxos e heterodoxos na economia
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RESUMO Autores entram na longa polêmica sobre as diferenças entre economistas heterodoxos e ortodoxos. Eles discordam que a clivagem possa ser feita segundo o critério da adesão ou não ao método científico. O divisor de águas seria o "núcleo duro" (os pressupostos) de cada corrente, que não é testado empiricamente. * Numa série de artigos publicados recentemente na "Ilustríssima", temos observado um acalorado debate a respeito das diferenças entre a ortodoxia e a heterodoxia econômica no Brasil. Para autores como Samuel Pessôa e Marcos Lisboa, a diferença entre essas correntes seria essencialmente o método de análise. Enquanto a ortodoxia se basearia em conjecturas precisas e "falseáveis", ou seja, sujeitas a rejeição por intermédio de testes empíricos, a heterodoxia se basearia em "grandes narrativas" apoiadas em "fatos estilizados" selecionados de forma casuística –ou ainda na leitura exegética dos grandes autores do passado, como Karl Marx ou John Maynard Keynes. Já para autores como Luiz Fernando de Paula e Elias Jabbour, a ênfase dada pelos ortodoxos à importância decisiva dos testes empíricos seria apenas um artifício retórico, ou seja, uma estratégia de convencimento do grande público acerca da alegada superioridade científica da agenda ortodoxa. A história do pensamento econômico, não custa lembrar, está repleta de casos em que a evidência empírica foi insuficiente para resolver as controvérsias, como demonstrado em artigo de Pérsio Arida ("A História do Pensamento Econômico como Teoria e Retórica", 1996). Nos parece que a resposta de Paula e Jabbour é uma chancela tácita ao argumento de que a diferença entre as abordagens ortodoxa e heterodoxa se refere ao método de análise. Isso porque, como ressaltado por Lisboa e Pessôa, "em momento algum os autores questionaram a nossa taxonomia, contrapondo exemplos de abordagens heterodoxas que, sistematicamente, testam [...] as suas conjecturas, utilizando a melhor metodologia disponível". Mas será mesmo que a taxonomia usada por Lisboa e Pessôa está correta? A grande maioria dos economistas heterodoxos no Brasil e no mundo escreve artigos nos quais suas conjecturas teóricas também passam pelo crivo dos testes empíricos, inclusive os escribas que assinam este texto (seriamos nós ortodoxos?). Basta uma rápida análise dos principais periódicos heterodoxos indexados no Brasil e no exterior para se constatar que grande parte da pesquisa heterodoxa segue exatamente o mesmo protocolo defendido por Lisboa e Pessôa, ou seja, o protocolo do método científico. ETIMOLOGIA O termo ortodoxia tem sua origem no grego, em que orthos significa reto, e doxa, fé ou crença. Ortodoxo significa, portanto, aquele que segue fielmente um princípio, norma ou doutrina. Está claro que a origem etimológica do termo não é suficiente para estabelecermos a diferença entre "ortodoxia" e "heterodoxia" na economia, pois um economista marxista que seguisse fielmente os princípios de Marx também poderia ser chamado de "ortodoxo". No Brasil, a expressão "economista ortodoxo" é usualmente entendida como "economista neoclássico", ou seja, aquele que compartilha o programa de pesquisa neoclássico, definido a partir de um núcleo duro de proposições formado por princípios como a racionalidade econômica, entendida como a maximização da satisfação ou lucro, e o equilíbrio dos mercados como norma ou "ponto de referência" para o funcionamento do sistema. Deve-se destacar aqui que esses princípios básicos do programa de pesquisa neoclássico são tidos como axiomas, ou seja, fazem parte da "visão de mundo" dos economistas neoclássicos, sendo aceitos como verdades autoevidentes, não estando, em princípio, sujeitos a comprovação empírica. Em outras palavras, o que está sujeito ao teste empírico são as conjecturas obtidas a partir de modelos teóricos (o assim chamado "cinturão protetor") que se baseiam nesses princípios. O conceito de programa de pesquisa, de acordo com Lakatos ("The Methodology of Scientific Research Programmes", 1978), consiste num conjunto de regras metodológicas que definem os caminhos que devem ser evitados e os que devem ser trilhados. Nesse contexto, o programa de pesquisa possui uma "heurística negativa", a qual define um conjunto de proposições (o "núcleo" do programa) que não estão sujeitas ao critério de falseabilidade exposto por Karl Popper, ou seja, que são tidas como "irrefutáveis" por parte dos aderentes ao programa de pesquisa. No entorno desse núcleo de proposições são estabelecidas diversas hipóteses auxiliares, as quais devem ser testadas contra os fatos observados. Além da "heurística negativa", existe também uma "heurística positiva", que é constituída por um conjunto parcialmente articulado de sugestões de como mudar e desenvolver as "variantes refutáveis" do programa de pesquisa. Aqui se inclui uma cadeia de modelos cada vez mais sofisticados que buscam "explicar" a realidade. Na formulação dos programas de pesquisa, é de esperar que algumas de suas variantes particulares (o "cinturão protetor") sejam refutadas pelos testes empíricos. A função da "heurística positiva" é, portanto, de contornar esses problemas, definindo as regras que devem ser obedecidas na construção de novas variantes particulares do programa. Em contraposição à ortodoxia entendida em economia como adesão ao programa de pesquisa neoclássico, a heterodoxia se define como rejeição ao núcleo duro desse programa. MAXIMIZAÇÃO Em outras palavras, os economistas heterodoxos são todos aqueles que discordam da ideia de que o núcleo duro de um programa de pesquisa deva ser construído a partir dos princípios da maximização e do equilíbrio dos mercados. Economistas marxistas, por exemplo, acreditam que uma análise séria a respeito do funcionamento do sistema econômico deva se basear na dinâmica de conflitos entre as classes sociais, particularmente entre capital e trabalho. Nesse contexto, a racionalidade individual –maximizadora ou não– é irrelevante para o entendimento do funcionamento do sistema econômico. Já economistas pós-keynesianos não discordam da necessidade de basear a análise econômica no suposto de racionalidade individual, mas acreditam que a incerteza que permeia o ambiente econômico torna impossível analisar as decisões individuais a partir do suposto de maximização. Num contexto de incerteza, o comportamento dos agentes é baseado em convenções ou rotinas que não só simplificam o processo de tomada de decisão como também permitem àqueles lidar com o fato inescrutável da extrema precariedade e incompletude do conjunto de informações sobre o qual decisões racionais devem ser tomadas. A moeda e a preferência pela liquidez, por exemplo, adquirem, nesse contexto, papel fundamental para explicar o funcionamento do sistema econômico, algo que em princípio parece não fazer sentido para o programa de pesquisa neoclássico, como se pode constatar pela ginástica que os manuais mais modernos dessa corrente têm que fazer para incorporar a moeda na estrutura dos modelos de equilíbrio geral. Essas divergências entre os programas de pesquisa são diferenças do núcleo duro, ou seja, naquela parte dos programas que não é falseável no sentido de Popper e que, portanto, não está sujeita ao crivo do teste empírico. A refutação empírica só pode ser aplicada às conjecturas desenvolvidas a partir dos modelos teóricos construídos segundo as regras metodológicas definidas pelo núcleo duro. PLURALISMO Se os programas de pesquisa não podem ser rejeitados com base em testes empíricos, pois são constituídos a partir de um núcleo duro não refutável, então a única atitude cientificamente honesta e politicamente democrática é aceitar, incentivar e conviver com o pluralismo teórico. Ninguém pode afirmar que daqui a cem anos o programa de pesquisa neoclássico continuará hegemônico na comunidade científica. Isso porque não podemos descartar a possibilidade de que esse programa entre em trajetória degenerativa. Ou seja, que, em função do acúmulo de anomalias que não podem ser explicadas a partir de modelos construídos segundo a metodologia definida pelo núcleo duro, o referido programa comece a recorrer a hipóteses "ad hoc" para explicá-las. Existem sinais importantes de que isso já está acontecendo com o programa de pesquisa neoclássico, mas certamente trata-se de um tema que demandaria outro texto; por isso, não o abordaremos. Em suma, não é verdade que a diferença entre ortodoxos e heterodoxos no Brasil ou no mundo se resuma ao uso ou não de testes empíricos para aceitar ou refutar conjecturas. A diferença entre essas correntes se baseia em diferentes "núcleos duros", não sujeitos a comprovação empírica. Nesse contexto, a melhor política será sempre "deixar que mil flores floresçam no campo" e que o tempo, senhor da razão, decida quem deve prosperar ou desaparecer. JOSÉ LUIS OREIRO, 45, professor de economia da UFRJ, é autor de "Macroeconomia do Desenvolvimento: uma Perspectiva Keynesiana" (LTC). PAULO GALA, 40, é professor de economia da FGV-SP.
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ilustrissima
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O núcleo duro da divergência entre ortodoxos e heterodoxos na economiaRESUMO Autores entram na longa polêmica sobre as diferenças entre economistas heterodoxos e ortodoxos. Eles discordam que a clivagem possa ser feita segundo o critério da adesão ou não ao método científico. O divisor de águas seria o "núcleo duro" (os pressupostos) de cada corrente, que não é testado empiricamente. * Numa série de artigos publicados recentemente na "Ilustríssima", temos observado um acalorado debate a respeito das diferenças entre a ortodoxia e a heterodoxia econômica no Brasil. Para autores como Samuel Pessôa e Marcos Lisboa, a diferença entre essas correntes seria essencialmente o método de análise. Enquanto a ortodoxia se basearia em conjecturas precisas e "falseáveis", ou seja, sujeitas a rejeição por intermédio de testes empíricos, a heterodoxia se basearia em "grandes narrativas" apoiadas em "fatos estilizados" selecionados de forma casuística –ou ainda na leitura exegética dos grandes autores do passado, como Karl Marx ou John Maynard Keynes. Já para autores como Luiz Fernando de Paula e Elias Jabbour, a ênfase dada pelos ortodoxos à importância decisiva dos testes empíricos seria apenas um artifício retórico, ou seja, uma estratégia de convencimento do grande público acerca da alegada superioridade científica da agenda ortodoxa. A história do pensamento econômico, não custa lembrar, está repleta de casos em que a evidência empírica foi insuficiente para resolver as controvérsias, como demonstrado em artigo de Pérsio Arida ("A História do Pensamento Econômico como Teoria e Retórica", 1996). Nos parece que a resposta de Paula e Jabbour é uma chancela tácita ao argumento de que a diferença entre as abordagens ortodoxa e heterodoxa se refere ao método de análise. Isso porque, como ressaltado por Lisboa e Pessôa, "em momento algum os autores questionaram a nossa taxonomia, contrapondo exemplos de abordagens heterodoxas que, sistematicamente, testam [...] as suas conjecturas, utilizando a melhor metodologia disponível". Mas será mesmo que a taxonomia usada por Lisboa e Pessôa está correta? A grande maioria dos economistas heterodoxos no Brasil e no mundo escreve artigos nos quais suas conjecturas teóricas também passam pelo crivo dos testes empíricos, inclusive os escribas que assinam este texto (seriamos nós ortodoxos?). Basta uma rápida análise dos principais periódicos heterodoxos indexados no Brasil e no exterior para se constatar que grande parte da pesquisa heterodoxa segue exatamente o mesmo protocolo defendido por Lisboa e Pessôa, ou seja, o protocolo do método científico. ETIMOLOGIA O termo ortodoxia tem sua origem no grego, em que orthos significa reto, e doxa, fé ou crença. Ortodoxo significa, portanto, aquele que segue fielmente um princípio, norma ou doutrina. Está claro que a origem etimológica do termo não é suficiente para estabelecermos a diferença entre "ortodoxia" e "heterodoxia" na economia, pois um economista marxista que seguisse fielmente os princípios de Marx também poderia ser chamado de "ortodoxo". No Brasil, a expressão "economista ortodoxo" é usualmente entendida como "economista neoclássico", ou seja, aquele que compartilha o programa de pesquisa neoclássico, definido a partir de um núcleo duro de proposições formado por princípios como a racionalidade econômica, entendida como a maximização da satisfação ou lucro, e o equilíbrio dos mercados como norma ou "ponto de referência" para o funcionamento do sistema. Deve-se destacar aqui que esses princípios básicos do programa de pesquisa neoclássico são tidos como axiomas, ou seja, fazem parte da "visão de mundo" dos economistas neoclássicos, sendo aceitos como verdades autoevidentes, não estando, em princípio, sujeitos a comprovação empírica. Em outras palavras, o que está sujeito ao teste empírico são as conjecturas obtidas a partir de modelos teóricos (o assim chamado "cinturão protetor") que se baseiam nesses princípios. O conceito de programa de pesquisa, de acordo com Lakatos ("The Methodology of Scientific Research Programmes", 1978), consiste num conjunto de regras metodológicas que definem os caminhos que devem ser evitados e os que devem ser trilhados. Nesse contexto, o programa de pesquisa possui uma "heurística negativa", a qual define um conjunto de proposições (o "núcleo" do programa) que não estão sujeitas ao critério de falseabilidade exposto por Karl Popper, ou seja, que são tidas como "irrefutáveis" por parte dos aderentes ao programa de pesquisa. No entorno desse núcleo de proposições são estabelecidas diversas hipóteses auxiliares, as quais devem ser testadas contra os fatos observados. Além da "heurística negativa", existe também uma "heurística positiva", que é constituída por um conjunto parcialmente articulado de sugestões de como mudar e desenvolver as "variantes refutáveis" do programa de pesquisa. Aqui se inclui uma cadeia de modelos cada vez mais sofisticados que buscam "explicar" a realidade. Na formulação dos programas de pesquisa, é de esperar que algumas de suas variantes particulares (o "cinturão protetor") sejam refutadas pelos testes empíricos. A função da "heurística positiva" é, portanto, de contornar esses problemas, definindo as regras que devem ser obedecidas na construção de novas variantes particulares do programa. Em contraposição à ortodoxia entendida em economia como adesão ao programa de pesquisa neoclássico, a heterodoxia se define como rejeição ao núcleo duro desse programa. MAXIMIZAÇÃO Em outras palavras, os economistas heterodoxos são todos aqueles que discordam da ideia de que o núcleo duro de um programa de pesquisa deva ser construído a partir dos princípios da maximização e do equilíbrio dos mercados. Economistas marxistas, por exemplo, acreditam que uma análise séria a respeito do funcionamento do sistema econômico deva se basear na dinâmica de conflitos entre as classes sociais, particularmente entre capital e trabalho. Nesse contexto, a racionalidade individual –maximizadora ou não– é irrelevante para o entendimento do funcionamento do sistema econômico. Já economistas pós-keynesianos não discordam da necessidade de basear a análise econômica no suposto de racionalidade individual, mas acreditam que a incerteza que permeia o ambiente econômico torna impossível analisar as decisões individuais a partir do suposto de maximização. Num contexto de incerteza, o comportamento dos agentes é baseado em convenções ou rotinas que não só simplificam o processo de tomada de decisão como também permitem àqueles lidar com o fato inescrutável da extrema precariedade e incompletude do conjunto de informações sobre o qual decisões racionais devem ser tomadas. A moeda e a preferência pela liquidez, por exemplo, adquirem, nesse contexto, papel fundamental para explicar o funcionamento do sistema econômico, algo que em princípio parece não fazer sentido para o programa de pesquisa neoclássico, como se pode constatar pela ginástica que os manuais mais modernos dessa corrente têm que fazer para incorporar a moeda na estrutura dos modelos de equilíbrio geral. Essas divergências entre os programas de pesquisa são diferenças do núcleo duro, ou seja, naquela parte dos programas que não é falseável no sentido de Popper e que, portanto, não está sujeita ao crivo do teste empírico. A refutação empírica só pode ser aplicada às conjecturas desenvolvidas a partir dos modelos teóricos construídos segundo as regras metodológicas definidas pelo núcleo duro. PLURALISMO Se os programas de pesquisa não podem ser rejeitados com base em testes empíricos, pois são constituídos a partir de um núcleo duro não refutável, então a única atitude cientificamente honesta e politicamente democrática é aceitar, incentivar e conviver com o pluralismo teórico. Ninguém pode afirmar que daqui a cem anos o programa de pesquisa neoclássico continuará hegemônico na comunidade científica. Isso porque não podemos descartar a possibilidade de que esse programa entre em trajetória degenerativa. Ou seja, que, em função do acúmulo de anomalias que não podem ser explicadas a partir de modelos construídos segundo a metodologia definida pelo núcleo duro, o referido programa comece a recorrer a hipóteses "ad hoc" para explicá-las. Existem sinais importantes de que isso já está acontecendo com o programa de pesquisa neoclássico, mas certamente trata-se de um tema que demandaria outro texto; por isso, não o abordaremos. Em suma, não é verdade que a diferença entre ortodoxos e heterodoxos no Brasil ou no mundo se resuma ao uso ou não de testes empíricos para aceitar ou refutar conjecturas. A diferença entre essas correntes se baseia em diferentes "núcleos duros", não sujeitos a comprovação empírica. Nesse contexto, a melhor política será sempre "deixar que mil flores floresçam no campo" e que o tempo, senhor da razão, decida quem deve prosperar ou desaparecer. JOSÉ LUIS OREIRO, 45, professor de economia da UFRJ, é autor de "Macroeconomia do Desenvolvimento: uma Perspectiva Keynesiana" (LTC). PAULO GALA, 40, é professor de economia da FGV-SP.
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Queda do turismo no Egito faz cavalos passarem fome e precisarem de ajuda
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Em um estábulo úmido, à sombra das pirâmides, há um garanhão deitado no chão com uma pata engessada. O dono, Farag Abu Ghoneim, assiste de perto ao tratamento dado ao animal pela enfermeira australiana Jill Barton. Ela veio ao Egito para conhecer as pirâmides, em 2013, mas acabou ficando para ajudar os cavalos maltratados de Nazlet el-Samman, uma espécie de favela da região. "Ele não vai melhorar. Você tem de deixá-lo descansar", disse a enfermeira. Abu Ghoneim fechou a cara. "Cabe a Deus e só a Deus tirar uma vida", disse. Barton encara uma forte resistência dos moradores do local, que sempre viram cavalos como animais de trabalho e não costumam se envolver emocionalmente com suas dores. Muitas vezes ela defende a eutanásia, mas os donos querem que os animais trabalhem até o fim. Há gerações, os homens de Nazlet el-Samman ganham a vida oferecendo cavalos e camelos para que turistas passeiem em torno das pirâmides. Ou, como Abu Ghoneim, alugam cavalos para desfiles em casamentos, usando ornamentos vistosos. Os homens ganham o equivalente a US$ 7 (R$ 24) por hora por um passeio a cavalo em volta das pirâmides, e uma dança equina de 20 minutos custa US$ 20 (R$ 68) num casamento. Depois da Primavera Árabe, o levante da população contra o governo do país em 2011, o turismo no Egito sofreu um colapso, caindo de 14,7 milhões de visitantes em 2010 para 3,3 milhões neste ano. Isso fez com que os cavalos passassem fome. Camelos foram abatidos, e sua carne, vendida a açougues. Seguindo o exemplo de um veterinário do Brooke Hospital for Animals, que há anos faz visitas semanais gratuitas ao local, diversas organizações de defesa dos direitos dos animais correram para ajudar. Uma delas alimentou os cavalos de graça até que seu dinheiro acabasse. Ahmed al-Shurbaji, que opera um abrigo para cachorros na região, às vezes visita a comunidade com um veterinário para oferecer tratamento aos animais machucados. MISSÃO Barton disse que, quando chegou ao Egito, se apresentou como voluntária a um abrigo de animais, mas logo percebeu que a organização negligenciava cavalos e burros que dizia salvar. Depois disso, decidiu usar suas economias para criar a Egypt Equine Aid. A clínica gratuita fica no subúrbio do Cairo e, em dois anos, tratou mais de 300 cavalos e burros. Ficar no Egito foi um chamado para Barton. Isso também representa uma "dívida", disse ela, que acredita que os cavalos descendam dos Australian Walers. Essa variedade de animal foi deixada no país pelas tropas britânicas depois da Primeira Guerra Mundial, último conflito em que equinos foram usados em larga escala. Parte dos animais foi vendida ao exército britânico na Índia, outra parte aos egípcios. Em recente visita a Nazlet al-Samman em companhia de Barton, a sensação era de que o local mal havia mudado desde 1931, quando Dorothy Brooke, uma inglesa moradora do Cairo, escreveu uma carta a um jornal britânico solicitando doações para promover a eutanásia de cavalos envelhecidos vendidos pelos britânicos. Há animais em toda parte na favela, amarrados a cochos que ladeiam vielas e as tornam parecidas a um estacionamento equino. Muitos deles estão com os ossos aparecendo sob a pele. Homens apanham seus filhos na escola usando charretes puxadas por cavalos. Também as empregam para carregar compras. Quando surge a notícia de que há turistas nas pirâmides, alguns apanham os animais e vão lá. O cavalo de Abu Ghoneim é a única fonte de renda para as 12 pessoas da sua família e lhes gera cerca de US$ 100 por semana desfilando em casamentos. Ele vendeu os 36 cavalos que tinha em seu estábulo anos atrás, quando o turismo despencou. Vendo o animal se contorcer, Abu Ghoneim concordou com a eutanásia. Depois, voltou atrás. No fim, foi preciso mais uma semana de insistência de Barton para que ele permitisse. "Agora acabou. Não há mais festas. Não sobrou coisa alguma", disse. Ele afirmou que quer comprar outro cavalo em breve. "Amanhã", disse Abu Ghoneim, em tom esperançoso. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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turismo
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Queda do turismo no Egito faz cavalos passarem fome e precisarem de ajudaEm um estábulo úmido, à sombra das pirâmides, há um garanhão deitado no chão com uma pata engessada. O dono, Farag Abu Ghoneim, assiste de perto ao tratamento dado ao animal pela enfermeira australiana Jill Barton. Ela veio ao Egito para conhecer as pirâmides, em 2013, mas acabou ficando para ajudar os cavalos maltratados de Nazlet el-Samman, uma espécie de favela da região. "Ele não vai melhorar. Você tem de deixá-lo descansar", disse a enfermeira. Abu Ghoneim fechou a cara. "Cabe a Deus e só a Deus tirar uma vida", disse. Barton encara uma forte resistência dos moradores do local, que sempre viram cavalos como animais de trabalho e não costumam se envolver emocionalmente com suas dores. Muitas vezes ela defende a eutanásia, mas os donos querem que os animais trabalhem até o fim. Há gerações, os homens de Nazlet el-Samman ganham a vida oferecendo cavalos e camelos para que turistas passeiem em torno das pirâmides. Ou, como Abu Ghoneim, alugam cavalos para desfiles em casamentos, usando ornamentos vistosos. Os homens ganham o equivalente a US$ 7 (R$ 24) por hora por um passeio a cavalo em volta das pirâmides, e uma dança equina de 20 minutos custa US$ 20 (R$ 68) num casamento. Depois da Primavera Árabe, o levante da população contra o governo do país em 2011, o turismo no Egito sofreu um colapso, caindo de 14,7 milhões de visitantes em 2010 para 3,3 milhões neste ano. Isso fez com que os cavalos passassem fome. Camelos foram abatidos, e sua carne, vendida a açougues. Seguindo o exemplo de um veterinário do Brooke Hospital for Animals, que há anos faz visitas semanais gratuitas ao local, diversas organizações de defesa dos direitos dos animais correram para ajudar. Uma delas alimentou os cavalos de graça até que seu dinheiro acabasse. Ahmed al-Shurbaji, que opera um abrigo para cachorros na região, às vezes visita a comunidade com um veterinário para oferecer tratamento aos animais machucados. MISSÃO Barton disse que, quando chegou ao Egito, se apresentou como voluntária a um abrigo de animais, mas logo percebeu que a organização negligenciava cavalos e burros que dizia salvar. Depois disso, decidiu usar suas economias para criar a Egypt Equine Aid. A clínica gratuita fica no subúrbio do Cairo e, em dois anos, tratou mais de 300 cavalos e burros. Ficar no Egito foi um chamado para Barton. Isso também representa uma "dívida", disse ela, que acredita que os cavalos descendam dos Australian Walers. Essa variedade de animal foi deixada no país pelas tropas britânicas depois da Primeira Guerra Mundial, último conflito em que equinos foram usados em larga escala. Parte dos animais foi vendida ao exército britânico na Índia, outra parte aos egípcios. Em recente visita a Nazlet al-Samman em companhia de Barton, a sensação era de que o local mal havia mudado desde 1931, quando Dorothy Brooke, uma inglesa moradora do Cairo, escreveu uma carta a um jornal britânico solicitando doações para promover a eutanásia de cavalos envelhecidos vendidos pelos britânicos. Há animais em toda parte na favela, amarrados a cochos que ladeiam vielas e as tornam parecidas a um estacionamento equino. Muitos deles estão com os ossos aparecendo sob a pele. Homens apanham seus filhos na escola usando charretes puxadas por cavalos. Também as empregam para carregar compras. Quando surge a notícia de que há turistas nas pirâmides, alguns apanham os animais e vão lá. O cavalo de Abu Ghoneim é a única fonte de renda para as 12 pessoas da sua família e lhes gera cerca de US$ 100 por semana desfilando em casamentos. Ele vendeu os 36 cavalos que tinha em seu estábulo anos atrás, quando o turismo despencou. Vendo o animal se contorcer, Abu Ghoneim concordou com a eutanásia. Depois, voltou atrás. No fim, foi preciso mais uma semana de insistência de Barton para que ele permitisse. "Agora acabou. Não há mais festas. Não sobrou coisa alguma", disse. Ele afirmou que quer comprar outro cavalo em breve. "Amanhã", disse Abu Ghoneim, em tom esperançoso. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Tábuas em formas divertidas dão toque de novidade na cozinha; confira seleção
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MICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Elas estão sempre lá para cortar e servir. Mas as tábuas de madeira também podem ser objetos de design –e dar aquele toque de novidade na cozinha. Veja a seleção da sãopaulo abaixo: * Fernando Jaeger designer Por que decidiram criar tábuas de madeira? Gosto muito de cozinhar e sempre uso tábuas de tamanhos e formatos diversos. Daí surgiu a ideia de criar algumas, com formas inusitadas. Como elas se relacionam com os produtos da marca? Procuramos ofertar acessórios que têm a mesma identidade dos móveis, caso dessa linha de tábuas, que faz uso da madeira maciça de teca, com uma charmosa alça de couro.
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saopaulo
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Tábuas em formas divertidas dão toque de novidade na cozinha; confira seleçãoMICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Elas estão sempre lá para cortar e servir. Mas as tábuas de madeira também podem ser objetos de design –e dar aquele toque de novidade na cozinha. Veja a seleção da sãopaulo abaixo: * Fernando Jaeger designer Por que decidiram criar tábuas de madeira? Gosto muito de cozinhar e sempre uso tábuas de tamanhos e formatos diversos. Daí surgiu a ideia de criar algumas, com formas inusitadas. Como elas se relacionam com os produtos da marca? Procuramos ofertar acessórios que têm a mesma identidade dos móveis, caso dessa linha de tábuas, que faz uso da madeira maciça de teca, com uma charmosa alça de couro.
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Ciclo vicioso do atraso
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A equipe econômica do governo afastado deixou em curso iniciativas que aumentam ainda mais a carga tributária. Algumas já estão em análise no Congresso, como a CPMF e a elevação da tributação das empresas optantes pelo lucro presumido. Outras aguardam decisão do novo governo para eventual envio, como a proposta de reforma do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), cujas linhas mestras foram apresentadas em diferentes ocasiões. Vendidas para a sociedade como estratégias de "simplificação", as mudanças planejadas no PIS/Cofins beneficiariam um pequeno conjunto de empresas, que já apuram as contribuições pelo regime não cumulativo, no qual se abatem créditos fiscais da aquisição de insumos. Pela proposta, essas empresas passariam a usar o modelo de crédito financeiro, gerando um pequeno volume adicional de créditos de PIS/Cofins, hoje não compensáveis, obtendo alguma redução no valor final dos tributos. Entretanto, a questão é bem mais ampla, com desvantagens muito significativas, podendo agravar a crise econômica e o desemprego. A verdade é que a reforma prejudicará mais de 1 milhão de empresas e seus trabalhadores, aumentando a carga fiscal e as obrigações acessórias. São empresas que estão em setores diversos, enquadradas no regime cumulativo do PIS/Cofins, ou pequenas e médias que optaram por usar o lucro presumido. Pela reforma anunciada, essas empresas, que pagam hoje uma alíquota somada de PIS/Cofins de 3,65% sobre o faturamento, migrariam para pelo menos 9,25%. Elas passariam para o complexo regime não cumulativo, ampliando a já sufocante burocracia fiscal. O Ministério da Fazenda divulgou a intenção de promover uma "reforma neutra", sem aumento de imposto. Entretanto, a situação assemelha-se à reforma realizada no PIS/Pasep no passado (Medida Provisória nº 66/2002), que aumentou em 35% a arrecadação desses tributos, já no primeiro ano de sua vigência. Seriam mais afetados os setores de educação, saúde, comunicação social, telecomunicações, segurança e informática, atingindo empresas que geram mais de 20 milhões de empregos. Segundo o governo afastado, a mudança provocaria "aumentos abruptos de tributação sobre os setores que migrarem" para o modelo proposto. Assim, propôs criar alíquotas reduzidas e intermediárias, porém sem especificá-las. A consequência dessa reforma seria o aumento da mensalidade escolar, do plano de saúde, da conta de celular e de tantos outros serviços que pesam no bolso do cidadão, sem contar os efeitos deletérios sobre empresas, empregos e renda. Em 2016, mais de 1 milhão de crianças e jovens foram forçados a migrar de escolas particulares para públicas devido ao custo das mensalidades. Com mais impostos, essa situação pode se agravar, inclusive com desemprego de professores, ampliando os gastos públicos e reduzindo a arrecadação. O resultado acabará sendo a necessidade de aumentar novamente os impostos, o que reforçaria esse ciclo vicioso de atraso e desequilíbrio fiscal. Em suma, as conclusões técnicas justificam manter o regime cumulativo para o setor de serviços, evitando agravar esse indesejável ciclo. Espera-se que o caminho seja o de enxugar os gastos do Estado, e não sufocar ainda mais a iniciativa privada, em linha com os sinais emitidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nessa direção, o Congresso Nacional estará pronto para contribuir para um novo ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico e social do Brasil. LAÉRCIO OLIVEIRA, deputado federal (SDD/SE), é presidente da Comissão para o Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
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opiniao
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Ciclo vicioso do atrasoA equipe econômica do governo afastado deixou em curso iniciativas que aumentam ainda mais a carga tributária. Algumas já estão em análise no Congresso, como a CPMF e a elevação da tributação das empresas optantes pelo lucro presumido. Outras aguardam decisão do novo governo para eventual envio, como a proposta de reforma do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), cujas linhas mestras foram apresentadas em diferentes ocasiões. Vendidas para a sociedade como estratégias de "simplificação", as mudanças planejadas no PIS/Cofins beneficiariam um pequeno conjunto de empresas, que já apuram as contribuições pelo regime não cumulativo, no qual se abatem créditos fiscais da aquisição de insumos. Pela proposta, essas empresas passariam a usar o modelo de crédito financeiro, gerando um pequeno volume adicional de créditos de PIS/Cofins, hoje não compensáveis, obtendo alguma redução no valor final dos tributos. Entretanto, a questão é bem mais ampla, com desvantagens muito significativas, podendo agravar a crise econômica e o desemprego. A verdade é que a reforma prejudicará mais de 1 milhão de empresas e seus trabalhadores, aumentando a carga fiscal e as obrigações acessórias. São empresas que estão em setores diversos, enquadradas no regime cumulativo do PIS/Cofins, ou pequenas e médias que optaram por usar o lucro presumido. Pela reforma anunciada, essas empresas, que pagam hoje uma alíquota somada de PIS/Cofins de 3,65% sobre o faturamento, migrariam para pelo menos 9,25%. Elas passariam para o complexo regime não cumulativo, ampliando a já sufocante burocracia fiscal. O Ministério da Fazenda divulgou a intenção de promover uma "reforma neutra", sem aumento de imposto. Entretanto, a situação assemelha-se à reforma realizada no PIS/Pasep no passado (Medida Provisória nº 66/2002), que aumentou em 35% a arrecadação desses tributos, já no primeiro ano de sua vigência. Seriam mais afetados os setores de educação, saúde, comunicação social, telecomunicações, segurança e informática, atingindo empresas que geram mais de 20 milhões de empregos. Segundo o governo afastado, a mudança provocaria "aumentos abruptos de tributação sobre os setores que migrarem" para o modelo proposto. Assim, propôs criar alíquotas reduzidas e intermediárias, porém sem especificá-las. A consequência dessa reforma seria o aumento da mensalidade escolar, do plano de saúde, da conta de celular e de tantos outros serviços que pesam no bolso do cidadão, sem contar os efeitos deletérios sobre empresas, empregos e renda. Em 2016, mais de 1 milhão de crianças e jovens foram forçados a migrar de escolas particulares para públicas devido ao custo das mensalidades. Com mais impostos, essa situação pode se agravar, inclusive com desemprego de professores, ampliando os gastos públicos e reduzindo a arrecadação. O resultado acabará sendo a necessidade de aumentar novamente os impostos, o que reforçaria esse ciclo vicioso de atraso e desequilíbrio fiscal. Em suma, as conclusões técnicas justificam manter o regime cumulativo para o setor de serviços, evitando agravar esse indesejável ciclo. Espera-se que o caminho seja o de enxugar os gastos do Estado, e não sufocar ainda mais a iniciativa privada, em linha com os sinais emitidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Nessa direção, o Congresso Nacional estará pronto para contribuir para um novo ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico e social do Brasil. LAÉRCIO OLIVEIRA, deputado federal (SDD/SE), é presidente da Comissão para o Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected].
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Salame Piemonte ganha selo que o protege de falsificações
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O "salame Piemonte" conquistou o certificado de Indicação Geográfica Protegida (IGP) em nível europeu e agora será protegido de imitações e falsificações, informou a União Europeia nesta sexta-feira (17). Com o selo, o produto típico ganha status de uma das iguarias mais importantes para a gastronomia italiana e entra em uma lista de mais de 100 itens. Entre os protegidos da legislação estão, por exemplo, o aceto balsâmico de Módena, o Chianti clássico e os queijos grana padano e gorgonzola. A receita tradicional do salame é caracterizada pela presença de vinho tinto piemontês, com denominação de origem e produzido, exclusivamente, com as variedades de uvas nebbiolo, barbera e dolcetto. O vinho reflete no sabor e no aroma do embutido, e sempre o distinguiu de produtos similares no mercado. O salame Piemonte tem textura suave e sabor levemente adocicado, resultado do curto período de maturação.
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comida
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Salame Piemonte ganha selo que o protege de falsificaçõesO "salame Piemonte" conquistou o certificado de Indicação Geográfica Protegida (IGP) em nível europeu e agora será protegido de imitações e falsificações, informou a União Europeia nesta sexta-feira (17). Com o selo, o produto típico ganha status de uma das iguarias mais importantes para a gastronomia italiana e entra em uma lista de mais de 100 itens. Entre os protegidos da legislação estão, por exemplo, o aceto balsâmico de Módena, o Chianti clássico e os queijos grana padano e gorgonzola. A receita tradicional do salame é caracterizada pela presença de vinho tinto piemontês, com denominação de origem e produzido, exclusivamente, com as variedades de uvas nebbiolo, barbera e dolcetto. O vinho reflete no sabor e no aroma do embutido, e sempre o distinguiu de produtos similares no mercado. O salame Piemonte tem textura suave e sabor levemente adocicado, resultado do curto período de maturação.
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Líder do PMDB exclui contrários a Dilma de comissão de impeachment
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O líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou na noite desta segunda-feira (7) os oito integrantes indicados por ele para a comissão do impeachment. Não há na lista nenhum dos que defendem a saída de Dilma Rousseff. Um dos principais negociadores pelo PMDB da reforma ministerial que contemplou o partido com sete pastas, Picciani é contra o impeachment de Dilma e vem sofrendo uma tentativa de destituição da liderança. Cerca de um terço da bancada de 66 deputados é favorável ao afastamento da petista. Os nomes indicados por Picciani são para a chapa com viés governista. Ele não indicou integrantes do PMDB para a chapa que será lançada pela oposição e por aliados de Cunha. "Considero essas indicações equilibradas, sem compromisso de votar da forma 'a' ou da forma 'b'. Não são aqueles que só pretendem fazer a luta política", afirmou o líder da bancada. Picciani indicou ele próprio e os deputados peemedebistas Celso Maldaner (SC), Daniel Vilela (GO), Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante (PA), Rodrigo Pacheco (MG) e Washington Reis (RJ). Comissão do Impeachment - Opinião dos deputados sobre o afastamento de Dilma Rousseff
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Líder do PMDB exclui contrários a Dilma de comissão de impeachmentO líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou na noite desta segunda-feira (7) os oito integrantes indicados por ele para a comissão do impeachment. Não há na lista nenhum dos que defendem a saída de Dilma Rousseff. Um dos principais negociadores pelo PMDB da reforma ministerial que contemplou o partido com sete pastas, Picciani é contra o impeachment de Dilma e vem sofrendo uma tentativa de destituição da liderança. Cerca de um terço da bancada de 66 deputados é favorável ao afastamento da petista. Os nomes indicados por Picciani são para a chapa com viés governista. Ele não indicou integrantes do PMDB para a chapa que será lançada pela oposição e por aliados de Cunha. "Considero essas indicações equilibradas, sem compromisso de votar da forma 'a' ou da forma 'b'. Não são aqueles que só pretendem fazer a luta política", afirmou o líder da bancada. Picciani indicou ele próprio e os deputados peemedebistas Celso Maldaner (SC), Daniel Vilela (GO), Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante (PA), Rodrigo Pacheco (MG) e Washington Reis (RJ). Comissão do Impeachment - Opinião dos deputados sobre o afastamento de Dilma Rousseff
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Corpo de menina de 5 anos é achado a 70 km de barragem em Mariana (MG)
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O primeiro corpo de uma criança vítima do rompimento de barragens em Mariana (MG) foi identificado nesta terça-feira (10). Emanuelly Vitória Fernandes, 5, foi achada em Ponte do Gama, subdistrito de Ponte Nova, cidade que fica a 70 km de Mariana. Segundo o delegado da Polícia Civil Rodrigo Bustamante, a criança foi reconhecida pela família por conta do cabelo, o formato do pé e a arcada dentária. Oficialmente, o número de mortos passou para quatro pessoas e o de desaparecidos, para 22 –11 funcionários da mineradora Samarco e 11 moradores dos distritos de Bento Rodrigues e Camargos. Uma das pessoas desaparecidas, Maria Aparecida Vieira, 65, foi encontrada na casa de parentes. Há, ainda, um corpo resgatado pelos bombeiros, mas ainda não reconhecido. Emanuelly, 5, escapou dos braços do pai, Wesley Isabel, 23, e sumiu na lama que cobriu o subdistrito de Bento Rodrigues, na última quinta-feira (5). Desesperada, a família espalhou cartazes pelo centro de acolhida dos desabrigados e hospitais com foto da menina e telefones de contato de parentes. Wesley estava com a menina e o outro filho, Nicolas, 3, na casa onde moravam no subdistrito quando recebeu o aviso para fugir para uma parte alta da comunidade e escapar, assim, do mar de lama. A mãe das crianças já havia sido socorrida por vizinhos. O pai agarrou as duas crianças e atravessava a rua quando foi atingido pela lama. Vizinhos conseguiram puxar Wesley e Nicolas, mas Emanuelly foi arrastada. O enterro de Emanuellly ocorreu nesta tarde, com a presença de muitos moradores de Bento Rodrigues. TREMOR Nesta manhã, um pequeno tremor de terra ocorreu na região, de 2,1 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Sismologia da USP. Em nota conjunta, prefeitura, Estado e empresa dizem que não houve novos danos nas estruturas das barragens. Até o fim do dia, serão instalados sismógrafos nas proximidades. No domingo (8), o governador Fernando Pimentel disse que a chance de encontrar sobreviventes é pequena.
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cotidiano
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Corpo de menina de 5 anos é achado a 70 km de barragem em Mariana (MG)O primeiro corpo de uma criança vítima do rompimento de barragens em Mariana (MG) foi identificado nesta terça-feira (10). Emanuelly Vitória Fernandes, 5, foi achada em Ponte do Gama, subdistrito de Ponte Nova, cidade que fica a 70 km de Mariana. Segundo o delegado da Polícia Civil Rodrigo Bustamante, a criança foi reconhecida pela família por conta do cabelo, o formato do pé e a arcada dentária. Oficialmente, o número de mortos passou para quatro pessoas e o de desaparecidos, para 22 –11 funcionários da mineradora Samarco e 11 moradores dos distritos de Bento Rodrigues e Camargos. Uma das pessoas desaparecidas, Maria Aparecida Vieira, 65, foi encontrada na casa de parentes. Há, ainda, um corpo resgatado pelos bombeiros, mas ainda não reconhecido. Emanuelly, 5, escapou dos braços do pai, Wesley Isabel, 23, e sumiu na lama que cobriu o subdistrito de Bento Rodrigues, na última quinta-feira (5). Desesperada, a família espalhou cartazes pelo centro de acolhida dos desabrigados e hospitais com foto da menina e telefones de contato de parentes. Wesley estava com a menina e o outro filho, Nicolas, 3, na casa onde moravam no subdistrito quando recebeu o aviso para fugir para uma parte alta da comunidade e escapar, assim, do mar de lama. A mãe das crianças já havia sido socorrida por vizinhos. O pai agarrou as duas crianças e atravessava a rua quando foi atingido pela lama. Vizinhos conseguiram puxar Wesley e Nicolas, mas Emanuelly foi arrastada. O enterro de Emanuellly ocorreu nesta tarde, com a presença de muitos moradores de Bento Rodrigues. TREMOR Nesta manhã, um pequeno tremor de terra ocorreu na região, de 2,1 graus na escala Richter, segundo o Instituto de Sismologia da USP. Em nota conjunta, prefeitura, Estado e empresa dizem que não houve novos danos nas estruturas das barragens. Até o fim do dia, serão instalados sismógrafos nas proximidades. No domingo (8), o governador Fernando Pimentel disse que a chance de encontrar sobreviventes é pequena.
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Livro sobre Zózimo Barrozo do Amaral, cronista da elite, é delicioso
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Era uma vez uma elite tapuia bem mais divertida do que esta que atualmente escancara os dentes no Instagram. Parece difícil de acreditar, mas houve um tempo em que as pessoas faziam parte do topo da pirâmide por atributos outros que não sua capacidade de acumular tranqueiras produzidas pelo mercado de luxo, que explora a labuta dos mortos de fome do outro lado do globo. Naquela era de inocente e espontânea diversão, que podemos situar entre o final dos 50 e o começo dos anos 80, o Rio de Janeiro foi a capital do glamour e do hedonismo. E Zózimo Barrozo do Amaral, seu cronista-mor. Primeiro nas páginas de "O Globo" e depois nas do "Jornal do Brasil". "Enquanto Houver Champanhe, Há Esperança "" Uma Biografia de Zózimo Barrozo do Amaral", do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, é uma reconstrução documentada em grande esmero de uma época que se perdeu e cujos personagens foram substituídos pelo signo do cifrão e pelas recepções corporativas, hoje conhecidas como "eventos", das quais qualquer executivo hoje é obrigado a participar por motivos profissionais. Antes disso, havia o "jet set" internacional e, no Brasil, seu contraponto, o "electra set", alusão aos aviões da ponte aérea que o "beau monde" usava para ir e vir de São Paulo, que já se apresentava como usina produtiva do país, e do Rio de Janeiro, recém destituído do status de capital, mas que nem por isso deixara de ditar moda, de esbanjar glamour ou de arregimentar a elite cultural do país. Zózimo começou a assinar sua coluna em uma época em que a televisão ainda não traduzia para seu público o que acontecia nas grandes praças da moda e do bem viver, função que mais tarde viria a ser preenchida pelas telenovelas do fim da tarde e da noite, especialmente aquelas assinadas por Gilberto Braga ("Dancin' Days", que saudades!) e Cassiano Gabus Mendes. Em São Paulo, no começo dos anos 60, a editora Abril lançara a "Cláudia", primeira publicação que ensinava a receber e a vestir. A coluna de Tavares de Miranda, na página dois da "Ilustrada" –onde hoje Monica Bergamo dispara um furo atrás do outro sobre os temas mais relevantes do país–, relatava didaticamente as entranhas dos jantares e recepções da grã-finada paulistana em textos longos, que incluíam o cardápio da noite, a cor da toalha da mesa e a aparelhagem de louças e talheres utilizados, bem como a descrição esmiuçada dos trajes das senhoras. Antes de todos, Zózimo se deu conta de que as colunas sociais seriam engolidas pela informação da TV e que as publicações de moda já estavam dando conta de traduzir o espírito do seu tempo para o público ávido pelos últimos gritos da moda. Repleto de histórias deliciosas e fazendo referência a algumas das notas que traduzem bem o espírito do cronista, o livro emplaca a tese de que o sucesso de Zózimo se deu em razão de seu temperamento, sempre fiel ao leitor, ao mesmo tempo em que era um "insider" discreto e confiável em um mundo que não fazia questão de ser visto ou ouvido pelo grande público. Preferia se divertir, entre taças de champanhe e festas particulares, sem se dar conta de que estava vivendo o último ato da era da inocência e do cavalheirismo de verdade. A remissão de nomes da biografia de Joaquim dos Santos, que vai da página 603 até a 637 (!), pode ser lida como uma típica agenda de telefones VIP do fim do século passado. Conheço cerca de 90% das pessoas ali citadas, com ao menos 30% vivi histórias memoráveis. E impublicáveis pelos padrões xiitas de hoje. Proustiano, "Enquanto Houver Champanhe..." traz de volta um estilo de vida que foi encerrado pelo politicamente correto e pelo fenômeno que transformou o uso da imagem pessoal em atividade profissional. Convém mergulhar de cabeça em sua leitura a fim de desvendar um tempo em que o prazer existia como finalidade em si e não como método de ascensão social. ENQUANTO HOUVER CHAMPANHE, HÁ ESPERANÇA QUANTO: R$ 69,90 (672 PÁGS.) AUTOR: JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS EDITORA: INTRÍNSECA
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ilustrada
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Livro sobre Zózimo Barrozo do Amaral, cronista da elite, é deliciosoEra uma vez uma elite tapuia bem mais divertida do que esta que atualmente escancara os dentes no Instagram. Parece difícil de acreditar, mas houve um tempo em que as pessoas faziam parte do topo da pirâmide por atributos outros que não sua capacidade de acumular tranqueiras produzidas pelo mercado de luxo, que explora a labuta dos mortos de fome do outro lado do globo. Naquela era de inocente e espontânea diversão, que podemos situar entre o final dos 50 e o começo dos anos 80, o Rio de Janeiro foi a capital do glamour e do hedonismo. E Zózimo Barrozo do Amaral, seu cronista-mor. Primeiro nas páginas de "O Globo" e depois nas do "Jornal do Brasil". "Enquanto Houver Champanhe, Há Esperança "" Uma Biografia de Zózimo Barrozo do Amaral", do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, é uma reconstrução documentada em grande esmero de uma época que se perdeu e cujos personagens foram substituídos pelo signo do cifrão e pelas recepções corporativas, hoje conhecidas como "eventos", das quais qualquer executivo hoje é obrigado a participar por motivos profissionais. Antes disso, havia o "jet set" internacional e, no Brasil, seu contraponto, o "electra set", alusão aos aviões da ponte aérea que o "beau monde" usava para ir e vir de São Paulo, que já se apresentava como usina produtiva do país, e do Rio de Janeiro, recém destituído do status de capital, mas que nem por isso deixara de ditar moda, de esbanjar glamour ou de arregimentar a elite cultural do país. Zózimo começou a assinar sua coluna em uma época em que a televisão ainda não traduzia para seu público o que acontecia nas grandes praças da moda e do bem viver, função que mais tarde viria a ser preenchida pelas telenovelas do fim da tarde e da noite, especialmente aquelas assinadas por Gilberto Braga ("Dancin' Days", que saudades!) e Cassiano Gabus Mendes. Em São Paulo, no começo dos anos 60, a editora Abril lançara a "Cláudia", primeira publicação que ensinava a receber e a vestir. A coluna de Tavares de Miranda, na página dois da "Ilustrada" –onde hoje Monica Bergamo dispara um furo atrás do outro sobre os temas mais relevantes do país–, relatava didaticamente as entranhas dos jantares e recepções da grã-finada paulistana em textos longos, que incluíam o cardápio da noite, a cor da toalha da mesa e a aparelhagem de louças e talheres utilizados, bem como a descrição esmiuçada dos trajes das senhoras. Antes de todos, Zózimo se deu conta de que as colunas sociais seriam engolidas pela informação da TV e que as publicações de moda já estavam dando conta de traduzir o espírito do seu tempo para o público ávido pelos últimos gritos da moda. Repleto de histórias deliciosas e fazendo referência a algumas das notas que traduzem bem o espírito do cronista, o livro emplaca a tese de que o sucesso de Zózimo se deu em razão de seu temperamento, sempre fiel ao leitor, ao mesmo tempo em que era um "insider" discreto e confiável em um mundo que não fazia questão de ser visto ou ouvido pelo grande público. Preferia se divertir, entre taças de champanhe e festas particulares, sem se dar conta de que estava vivendo o último ato da era da inocência e do cavalheirismo de verdade. A remissão de nomes da biografia de Joaquim dos Santos, que vai da página 603 até a 637 (!), pode ser lida como uma típica agenda de telefones VIP do fim do século passado. Conheço cerca de 90% das pessoas ali citadas, com ao menos 30% vivi histórias memoráveis. E impublicáveis pelos padrões xiitas de hoje. Proustiano, "Enquanto Houver Champanhe..." traz de volta um estilo de vida que foi encerrado pelo politicamente correto e pelo fenômeno que transformou o uso da imagem pessoal em atividade profissional. Convém mergulhar de cabeça em sua leitura a fim de desvendar um tempo em que o prazer existia como finalidade em si e não como método de ascensão social. ENQUANTO HOUVER CHAMPANHE, HÁ ESPERANÇA QUANTO: R$ 69,90 (672 PÁGS.) AUTOR: JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS EDITORA: INTRÍNSECA
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Ações chinesas caem 7% e negócios são interrompidos pela 1ª vez após regra
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Os mercados acionários chineses despencaram cerca de 7% nesta segunda-feira (4), na primeira sessão de 2016, pressionados por pesquisas que apontam para atividade industrial fraca na China. Os índices também foram afetados pela queda do yuan, que aumenta as preocupações em relação à economia chinesa. Com a desvalorização, as Bolsas foram forçadas a suspender suas operações pela primeira vez desde dezembro do ano passado, quando foram finalizadas as novas regras de "circuit breaker". Segundo a norma, se o índice CSI300 —que reúne grandes bancos e empresas de petróleo estatais das Bolsas de Xangai e Shenzhen— registrar alta ou queda superior a 7%, as negociações devem ser suspensas pelo restante da sessão. O índice despencou 7,02%, para 3.469 pontos. O índice de Xangai caiu 6,86%, para 3.296 pontos. E o de Shenzhen teve baixa de 8,22%, para 2.119 pontos. A queda ocorreu após pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostrar que a atividade industrial da China se contraiu pelo décimo mês seguido em dezembro, a um ritmo mais rápido do que em novembro, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). O PMI do Caixin/Markit caiu para 48,2 em dezembro, abaixo dos 48,6 de novembro e do centro das apostas de analistas, que era de 48,9. Essa foi a leitura mais baixa desde setembro e bem abaixo do nível de 50 pontos que separa contração de expansão. O setor industrial chinês luta contra a fraca demanda no país, indicando que a segunda maior economia do mundo vai iniciar 2016 mais fraca do que o esperado. A pesquisa concentra-se em pequenas e médias empresas privadas. Outra pesquisa oficial divulgada na sexta-feira, que foca as empresas estatais maiores, mostrou o quinto mês de contração, embora a um ritmo ligeiramente mais modesto. DESVALORIZAÇÃO DO YUAN Somando às preocupações sobre a China, o banco central do país desvalorizou o yuan para a mínima de 4 anos e meio nesta segunda. A China estabeleceu o valor diário de referência do yuan abaixo dos 6,5 yuan por dólar, em um sinal de que a fraqueza que a moeda enfrentou no ano passado deve continuar a ser uma tendência no mercado com a chegada de 2016. O valor de referência é a cotação central em torno da qual a moeda chinesa é autorizada a flutuar em até 2%, para mais ou para menos. Com esse sistema, o governo chinês busca impedir mudanças bruscas no valor da moeda, assim como mantê-la sob seu controle. Os dados ruins provocaram perdas no começo da sessão que se intensificaram rapidamente. As operações foram suspensas por volta das 3h30 (horário de Brasília), cerca de 90 minutos antes do horário regulamentar de fechamento. As vendas se intensificaram após breve interrupção das operações por 15 minutos, quando os principais índices recuavam 5%. A atividade do dia em Xangai e Shenzhen foi interrompida logo depois. Esse foi o primeiro dia em que os "circuit breakers", destinados a limitar a volatilidade, foram colocados em prática. O mecanismo interrompe as atividades do dia com o objetivo de minimizar os efeitos de venda ou compra coletiva de papéis, que poderiam derrubar ou valorizar excessivamente as ações. Em agosto, a autoridade reguladora suspendeu as compras de ações em larga escala, embora tenha se comprometido a manter a posse dos papéis indefinidamente. As ofertas públicas de ações voltaram no mês passado, após uma interrupção imposta em julho, em movimento que poderia afastar a demanda por ações. Em novembro, o regulador retirou uma proibição de vendas de ações por corretores. A proibição de venda de ações prevista para expirar na sexta-feira afeta detentores de papéis que possuam participação de 5% ou mais em uma empresa. PÂNICO NO MUNDO Apesar da volatilidade, o índice de Xangai fechou o ano passado com ganho de 9,4%, após medidas de compra em larga escala por instituições financeiras nas mãos de estatais conhecidas como a "equipe nacional". Essas compras turbinaram a recuperação após as Bolsas chinesas desabarem no final de agosto. O índice de Shenzhen fechou o ano com alta de 63,15%. Agora, o temor do mercado é de que as medidas de emergência sejam suspensas, colocando nova pressão sobre o mercado. No exterior, investidores reagiram vendendo ações também. A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda, a primeira do ano, com queda de 3,06%. O índice Nikkei 225 caiu 3,06%, para 18.450,98 pontos. Na Europa, as Bolsas caem com força. Às 10h10, a Bolsa de Frankfurt tinha desvalorização de 4,12%, enquanto o índice de Paris tinha baixa de 2,59% e o de Londres, de 2,38%.
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Ações chinesas caem 7% e negócios são interrompidos pela 1ª vez após regraOs mercados acionários chineses despencaram cerca de 7% nesta segunda-feira (4), na primeira sessão de 2016, pressionados por pesquisas que apontam para atividade industrial fraca na China. Os índices também foram afetados pela queda do yuan, que aumenta as preocupações em relação à economia chinesa. Com a desvalorização, as Bolsas foram forçadas a suspender suas operações pela primeira vez desde dezembro do ano passado, quando foram finalizadas as novas regras de "circuit breaker". Segundo a norma, se o índice CSI300 —que reúne grandes bancos e empresas de petróleo estatais das Bolsas de Xangai e Shenzhen— registrar alta ou queda superior a 7%, as negociações devem ser suspensas pelo restante da sessão. O índice despencou 7,02%, para 3.469 pontos. O índice de Xangai caiu 6,86%, para 3.296 pontos. E o de Shenzhen teve baixa de 8,22%, para 2.119 pontos. A queda ocorreu após pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostrar que a atividade industrial da China se contraiu pelo décimo mês seguido em dezembro, a um ritmo mais rápido do que em novembro, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). O PMI do Caixin/Markit caiu para 48,2 em dezembro, abaixo dos 48,6 de novembro e do centro das apostas de analistas, que era de 48,9. Essa foi a leitura mais baixa desde setembro e bem abaixo do nível de 50 pontos que separa contração de expansão. O setor industrial chinês luta contra a fraca demanda no país, indicando que a segunda maior economia do mundo vai iniciar 2016 mais fraca do que o esperado. A pesquisa concentra-se em pequenas e médias empresas privadas. Outra pesquisa oficial divulgada na sexta-feira, que foca as empresas estatais maiores, mostrou o quinto mês de contração, embora a um ritmo ligeiramente mais modesto. DESVALORIZAÇÃO DO YUAN Somando às preocupações sobre a China, o banco central do país desvalorizou o yuan para a mínima de 4 anos e meio nesta segunda. A China estabeleceu o valor diário de referência do yuan abaixo dos 6,5 yuan por dólar, em um sinal de que a fraqueza que a moeda enfrentou no ano passado deve continuar a ser uma tendência no mercado com a chegada de 2016. O valor de referência é a cotação central em torno da qual a moeda chinesa é autorizada a flutuar em até 2%, para mais ou para menos. Com esse sistema, o governo chinês busca impedir mudanças bruscas no valor da moeda, assim como mantê-la sob seu controle. Os dados ruins provocaram perdas no começo da sessão que se intensificaram rapidamente. As operações foram suspensas por volta das 3h30 (horário de Brasília), cerca de 90 minutos antes do horário regulamentar de fechamento. As vendas se intensificaram após breve interrupção das operações por 15 minutos, quando os principais índices recuavam 5%. A atividade do dia em Xangai e Shenzhen foi interrompida logo depois. Esse foi o primeiro dia em que os "circuit breakers", destinados a limitar a volatilidade, foram colocados em prática. O mecanismo interrompe as atividades do dia com o objetivo de minimizar os efeitos de venda ou compra coletiva de papéis, que poderiam derrubar ou valorizar excessivamente as ações. Em agosto, a autoridade reguladora suspendeu as compras de ações em larga escala, embora tenha se comprometido a manter a posse dos papéis indefinidamente. As ofertas públicas de ações voltaram no mês passado, após uma interrupção imposta em julho, em movimento que poderia afastar a demanda por ações. Em novembro, o regulador retirou uma proibição de vendas de ações por corretores. A proibição de venda de ações prevista para expirar na sexta-feira afeta detentores de papéis que possuam participação de 5% ou mais em uma empresa. PÂNICO NO MUNDO Apesar da volatilidade, o índice de Xangai fechou o ano passado com ganho de 9,4%, após medidas de compra em larga escala por instituições financeiras nas mãos de estatais conhecidas como a "equipe nacional". Essas compras turbinaram a recuperação após as Bolsas chinesas desabarem no final de agosto. O índice de Shenzhen fechou o ano com alta de 63,15%. Agora, o temor do mercado é de que as medidas de emergência sejam suspensas, colocando nova pressão sobre o mercado. No exterior, investidores reagiram vendendo ações também. A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda, a primeira do ano, com queda de 3,06%. O índice Nikkei 225 caiu 3,06%, para 18.450,98 pontos. Na Europa, as Bolsas caem com força. Às 10h10, a Bolsa de Frankfurt tinha desvalorização de 4,12%, enquanto o índice de Paris tinha baixa de 2,59% e o de Londres, de 2,38%.
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Petistas anunciam voto contra ajuste e criticam governo em manifesto
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Com a participação de dois senadores do PT, onze congressistas divulgaram manifesto nesta quarta-feira (20) para anunciar que vão votar contra as duas medidas provisórias do ajuste fiscal que tramitam no Senado Federal. Os senadores prometem derrubar a MP que muda regras do abono salarial e no seguro-desemprego, além de aprovar outra medida com mudanças no chamado fator previdenciário. As duas MPs reúnem as medidas de ajuste fiscal elaboradas pela equipe econômica do governo. A MP 665, que será analisada nesta quarta pelo Senado, traz como principal medida o aumento do tempo de trabalho para que a pessoa requeira pela primeira vez o seguro-desemprego: de seis para 12 meses. O governo queria originalmente 18 meses, mas foi obrigado a recuar. A MP também endurece a regra para concessão do abono salarial. Até então, a exigência do tempo mínimo trabalhado para ter acesso ao benefício era de um mês. O governo queria ampliar para seis, mas o Congresso reduziu para três. "Vários senadores que assinam o manifesto apoiaram a campanha da presidente Dilma Rousseff. Para esse governo dar certo, tem que mudar o rumo da política econômica. Não há nenhuma medida que taxe os mais ricos. É o ajuste que está sendo feito é em cima dos trabalhadores", atacou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Lindbergh e Paulo Paim (PT-RS) assinam o manifesto e vão votar contra a MP 665. Apesar de serem do partido de Dilma, os dois fizeram duros ataques à equipe econômica e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda). O PT tem como bandeira histórica a defesa de direitos dos trabalhadores e a defesa do fim do fator previdenciário. "Não estamos contra a presidente Dilma, mas contra a política econômica do governo que vai na contramão de tudo o que sempre defendemos", disse Paim. Também assinam o manifesto senadores de partidos aliados da presidente como o PMDB, PDT, PRB, PSD. O PSB, que se declarou "independente", aderiu ao protesto. APOIO O manifesto ainda tem o apoio de entidades da sociedade civil e petistas históricos, como o MST (Movimento dos Sem-Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e personalidades como ex-ministros do governo Lula, Samuel Pinheiro Guimarães e José Gomes Temporão, além do ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT). No texto, o grupo exalta feitos de governos do PT nos últimos anos, mas afirma que o governo parece "encurralado e não demonstra capacidade de ampliar o horizonte político". "O desequilíbrio fiscal das contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas. As causas desse desequilíbrio foram a desoneração fiscal de mais de R$ 100 bilhões concedida pelo governo às grandes empresas, as elevadas taxas de juros e a queda de arrecadação devido ao baixo crescimento no ano passado", diz o manifesto. O governo teme sair derrotado na votação das duas MPs no Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a primeira medida provisória do ajuste, a 665, pode sofrer impactos com a ameaça da presidente Dilma de vetar as mudanças no fator previdenciário, caso sejam mantidas pelos senadores. "Esse processo de formação das maiorias é muito complicado no Brasil. A gente nunca sabe direito o que é que vai acontecer. Tem que aguardar", afirmou Renan.
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mercado
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Petistas anunciam voto contra ajuste e criticam governo em manifestoCom a participação de dois senadores do PT, onze congressistas divulgaram manifesto nesta quarta-feira (20) para anunciar que vão votar contra as duas medidas provisórias do ajuste fiscal que tramitam no Senado Federal. Os senadores prometem derrubar a MP que muda regras do abono salarial e no seguro-desemprego, além de aprovar outra medida com mudanças no chamado fator previdenciário. As duas MPs reúnem as medidas de ajuste fiscal elaboradas pela equipe econômica do governo. A MP 665, que será analisada nesta quarta pelo Senado, traz como principal medida o aumento do tempo de trabalho para que a pessoa requeira pela primeira vez o seguro-desemprego: de seis para 12 meses. O governo queria originalmente 18 meses, mas foi obrigado a recuar. A MP também endurece a regra para concessão do abono salarial. Até então, a exigência do tempo mínimo trabalhado para ter acesso ao benefício era de um mês. O governo queria ampliar para seis, mas o Congresso reduziu para três. "Vários senadores que assinam o manifesto apoiaram a campanha da presidente Dilma Rousseff. Para esse governo dar certo, tem que mudar o rumo da política econômica. Não há nenhuma medida que taxe os mais ricos. É o ajuste que está sendo feito é em cima dos trabalhadores", atacou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Lindbergh e Paulo Paim (PT-RS) assinam o manifesto e vão votar contra a MP 665. Apesar de serem do partido de Dilma, os dois fizeram duros ataques à equipe econômica e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda). O PT tem como bandeira histórica a defesa de direitos dos trabalhadores e a defesa do fim do fator previdenciário. "Não estamos contra a presidente Dilma, mas contra a política econômica do governo que vai na contramão de tudo o que sempre defendemos", disse Paim. Também assinam o manifesto senadores de partidos aliados da presidente como o PMDB, PDT, PRB, PSD. O PSB, que se declarou "independente", aderiu ao protesto. APOIO O manifesto ainda tem o apoio de entidades da sociedade civil e petistas históricos, como o MST (Movimento dos Sem-Terra), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e personalidades como ex-ministros do governo Lula, Samuel Pinheiro Guimarães e José Gomes Temporão, além do ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT). No texto, o grupo exalta feitos de governos do PT nos últimos anos, mas afirma que o governo parece "encurralado e não demonstra capacidade de ampliar o horizonte político". "O desequilíbrio fiscal das contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas. As causas desse desequilíbrio foram a desoneração fiscal de mais de R$ 100 bilhões concedida pelo governo às grandes empresas, as elevadas taxas de juros e a queda de arrecadação devido ao baixo crescimento no ano passado", diz o manifesto. O governo teme sair derrotado na votação das duas MPs no Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a primeira medida provisória do ajuste, a 665, pode sofrer impactos com a ameaça da presidente Dilma de vetar as mudanças no fator previdenciário, caso sejam mantidas pelos senadores. "Esse processo de formação das maiorias é muito complicado no Brasil. A gente nunca sabe direito o que é que vai acontecer. Tem que aguardar", afirmou Renan.
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Envolvimento de Nuzman na Lava Jato preocupa dirigentes de confederações
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O sempre movimentado grupo de Whatsapp dos presidentes de confederações ligadas ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) passou parte desta terça (5) em silêncio. O motivo foi a operação PF que intimou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB há 22 anos, a dar depoimento. Os líderes de confederação temem que a implicação do cartola possa gerar desdobramentos, sobretudo financeiros, ao comitê e suas entidades. Nuzman não vai poder tentar um novo mandato após 2020, devido a determinações da Lei Pelé, o COB não tem patrocinadores e as confederações tiveram redução em repasses após a Rio-2016. Segundo um presidente ouvido pela Folha, que pediu para não ser identificado, "acordar com essa notícia foi um choque, um baque". Ele, porém, defendeu que se lhe dê voto de confiança. Outro afirmou que "todo mundo foi nocauteado pela operação" da Polícia Federal. E contou uma história curiosa. Há cerca de duas semanas, o COB promoveu uma reunião em sua sede, no Rio de Janeiro. Diretores, entre eles Nuzman, anunciaram que pretendiam implementar um sistema –chamado de GET (governança, ética e transparência)– nas confederações. Agora, com a operação que envolveu o principal cartola do comitê, não haveria qualquer credibilidade para empurrar um sistema para as filiadas. Em meio à situação, a maioria dos dirigentes evita fazer manifestações por temor de futura represália. Boa parte das confederações –como as de tiro esportivo, hóquei sobre grama e pentatlo moderno– não tem patrocinadores e subsistem somente dos repasses vindos da Lei Piva. A legislação manda que o COB distribua entre os órgãos um percentual do que é arrecadado em loterias federais. Procurado, o Ministério do Esporte não se pronunciou sobre a investigação a respeito das atividades de Carlos Nuzman.
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esporte
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Envolvimento de Nuzman na Lava Jato preocupa dirigentes de confederaçõesO sempre movimentado grupo de Whatsapp dos presidentes de confederações ligadas ao COB (Comitê Olímpico do Brasil) passou parte desta terça (5) em silêncio. O motivo foi a operação PF que intimou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB há 22 anos, a dar depoimento. Os líderes de confederação temem que a implicação do cartola possa gerar desdobramentos, sobretudo financeiros, ao comitê e suas entidades. Nuzman não vai poder tentar um novo mandato após 2020, devido a determinações da Lei Pelé, o COB não tem patrocinadores e as confederações tiveram redução em repasses após a Rio-2016. Segundo um presidente ouvido pela Folha, que pediu para não ser identificado, "acordar com essa notícia foi um choque, um baque". Ele, porém, defendeu que se lhe dê voto de confiança. Outro afirmou que "todo mundo foi nocauteado pela operação" da Polícia Federal. E contou uma história curiosa. Há cerca de duas semanas, o COB promoveu uma reunião em sua sede, no Rio de Janeiro. Diretores, entre eles Nuzman, anunciaram que pretendiam implementar um sistema –chamado de GET (governança, ética e transparência)– nas confederações. Agora, com a operação que envolveu o principal cartola do comitê, não haveria qualquer credibilidade para empurrar um sistema para as filiadas. Em meio à situação, a maioria dos dirigentes evita fazer manifestações por temor de futura represália. Boa parte das confederações –como as de tiro esportivo, hóquei sobre grama e pentatlo moderno– não tem patrocinadores e subsistem somente dos repasses vindos da Lei Piva. A legislação manda que o COB distribua entre os órgãos um percentual do que é arrecadado em loterias federais. Procurado, o Ministério do Esporte não se pronunciou sobre a investigação a respeito das atividades de Carlos Nuzman.
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Erdogan diz que Turquia dirá 'adeus' à UE se negociações não avançarem
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A Turquia dirá "adeus" à União Europeia (UE) caso esta não abra novos capítulos de negociação para a adesão de Ancara ao bloco, declarou nesta terça-feira (2) o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. "Vocês não têm outra opção se não abrir os capítulos que não foram abertos", ameaçou Erdogan durante um discurso em Ancara. "Se abrirem, muito bem. Em caso contrário, adeus!", ressaltou. Nesta terça-feira, o presidente turco voltou a integrar o partido islâmico conservador no poder, quase três anos após abandoná-lo, em aplicação da primeira parte da reforma constitucional aprovada no referendo de 16 de abril. Erdogan, que precisou renunciar a sua militância no Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) quando foi eleito chefe de Estado, em 2014, assinou um documento que oficializa seu retorno em uma cerimônia na sede do partido. O AKP realizará em 21 de maio um congresso extraordinário em que nomeará Erdogan como seu novo líder, segundo indicou o primeiro-ministro Binali Yildirim, atual dirigente do partido.
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mundo
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Erdogan diz que Turquia dirá 'adeus' à UE se negociações não avançaremA Turquia dirá "adeus" à União Europeia (UE) caso esta não abra novos capítulos de negociação para a adesão de Ancara ao bloco, declarou nesta terça-feira (2) o presidente turco Recep Tayyip Erdogan. "Vocês não têm outra opção se não abrir os capítulos que não foram abertos", ameaçou Erdogan durante um discurso em Ancara. "Se abrirem, muito bem. Em caso contrário, adeus!", ressaltou. Nesta terça-feira, o presidente turco voltou a integrar o partido islâmico conservador no poder, quase três anos após abandoná-lo, em aplicação da primeira parte da reforma constitucional aprovada no referendo de 16 de abril. Erdogan, que precisou renunciar a sua militância no Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) quando foi eleito chefe de Estado, em 2014, assinou um documento que oficializa seu retorno em uma cerimônia na sede do partido. O AKP realizará em 21 de maio um congresso extraordinário em que nomeará Erdogan como seu novo líder, segundo indicou o primeiro-ministro Binali Yildirim, atual dirigente do partido.
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'Falta coragem para acabar com tempo de contribuição para aposentadoria'
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Especialista em Previdência com mais de uma centena de livros publicados e ainda produzindo aos 79 anos, o advogado Wladimir Novaes Martinez diz que as mudanças na pensão por morte do INSS são importantes para conter os gastos previdenciários, mas insuficientes. "Deveria acabar a aposentadoria por tempo de contribuição." Ele defende que a exigência para a aposentadoria seja uma combinação de idade e tempo de contribuição, em que a soma de ambos seja igual a 85, para a mulher, ou 95, para o homem –a chamada fórmula 95. Criado por ele em 1992, o índice retornou à discussão no Congresso, mas com alterações que só aumentam o deficit da Previdência. Uma emenda à medida provisória que alterou as regras da pensão estabelece que, se o trabalhador atingir tal índice, poderia se aposentar sem a incidência do fator. A fórmula de Martinez mantém o fator previdenciário e seria uma medida para o adiamento do pedido de benefício, como ele explica nesta entrevista à Folha. * Folha - A mudança nas regras da pensão por morte resolve o problema no caixa da Previdência? Wladimir Novas Martinez - Não, a economia será pequena. A Previdência precisaria de R$ 40 bilhões, R$ 60 bilhões. A economia que se terá com as mudanças baixou de R$ 20 bilhões para R$ 16 bilhões, porque já houve um acordo no Congresso. A medida foi correta, seguindo parâmetros internacionais, mas deve causar alguma mudança na sociedade. Como? Há uma expectativa, nos casamentos em que um dos cônjuges não trabalha, de que se ele morrer, deixará uma pensão para o sustento da família. Não estou falando só de um Brasil antigo, isso ainda existe. Não podemos pensar unicamente em São Paulo; pelo interior a coisa muda de figura, tem muita gente vivendo assim. O que vai fazer uma mulher que nunca trabalhou e que terá a pensão só por três anos? Antes ela era doméstica, ou seja, do lar, e agora vai ser o quê? Empregada doméstica? É uma ideia meio antiga, mas que não pode ser ignorada. Pouca gente tratou disso. Então não deveriam ter mexido na pensão? A medida foi correta, nossa pensão era uma maluquice. Só que o governo deveria ter discutido antes, feito audiência pública. A MP, por exemplo, não acaba com a pensão para quem casar de novo. Deveria ter acabado. Também não foi colocada a questão da dependência econômica. Se o cônjuge não era economicamente dependente do trabalhador que morreu, não tem por que receber pensão. O governo também não mexeu na aposentadoria. O governo não tem coragem de acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição, que é um absurdo, outra maluquice, por causa dos efeitos políticos e partidários. Aí criou o fator previdenciário, e agora falam da fórmula 95, que eu criei em 1992. Se uma pessoa começou a contribuir com 14 anos, como era possível anos atrás, com quantos anos vai se aposentar? E quem vai pagar a aposentadoria dele esses anos todos? O país não tem capacidade de criar riqueza para ter esse benefício. Ou seja, sem limitador de idade, a aposentadoria por tempo de contribuição é concedida muito cedo. Isso. E o brasileiro está vivendo mais. Eu tenho 79 anos. Vinte anos atrás, todo mundo morria com 70 anos. Tem um custo para manter essas aposentadorias, e o empresariado não está disposto a manter isso, tem a concorrência internacional, precisa vencer a China. Então como não tem dinheiro, não tem como pagar por este benefício. Houve uma tentativa de se diminuir a aposentadoria precoce com o fator previdenciário, que entrou em vigor em 1999, mas não melhorou nada. Da forma como é hoje, então, há dois problemas? O o aposentado reclama do valor recebido, baixo devido ao fator previdenciário. Já o governo tem um custo alto porque esse aposentado vai receber por bastante tempo? Claro. Uma aposentadoria aos 53 anos é muito precoce. No mundo inteiro não é assim, as pessoas se aposentam com 65 anos. Na França, já passou para 67 anos. Mas há resistência contra medidas que adiem a aposentadoria, e o trabalhador pede o benefício assim que tem direito a ele. Ninguém fala o porquê de o trabalhador continuar se aposentando cedo. Quem tem previdência complementar pode se aposentar cedo, porque terá complementação de renda. Quem não tem fundo precisa se aposentar mais tarde para receber um valor maiorO problema é que o trabalhador mais velho começa a ter mais gastos – com cuidados médicos, novas tecnologias, novos produtos etc.– e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Ele se aposenta e continua trabalhando. Em países desenvolvidos, quem se aposenta para de trabalhar porque o que recebe mantém o padrão de vida. E mesmo que o benefício seja menor que o salário, o Estado oferece muita coisa para o aposentado, como tratamento médico gratuito. Não há uma forma de se garantir isso? Claro que há, mas desde que houvesse uma preocupação das pessoas e do Estado em carrear recursos. Os autônomos, por exemplo, devem contribuir à Previdência sobre o total de sua remuneração, ou pelo teto da Previdência. Mas dou uma aula sobre direito previdenciário para 100 advogados, e quando pergunto quem paga o INSS, só 40 levantam a mão. Destes, 35 contribuem sobre o salário mínimo. Os cinco que pagam mais que o piso são os mais velhos, que precisam elevar a contribuição para fins de aposentadoria. Os autônomos, os empresários, estão fugindo da previdência pública e estão entrando na previdência complementar. Qual seria a idade-limite para conceder o benefício sem prejudicar as contas? Com tendência a subir nos próximos anos, 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher, com aposentadoria integral. E subir para 66 daqui dois anos, para 67 daqui a quatro e assim por diante, e ir aumentando enquanto a expectativa de vida aumentar. E se a expectativa de vida diminuir, o que pode acontecer, você diminui a essa idade mínima. O sr. propõe a fórmula 85/95 para elevar a idade ao se aposentar, e que voltou à discussão com as mudanças na pensão. Só que os deputados discutem a fórmula 85/95 sem acabar com o modelo atual, mantendo a opção do trabalhador continuar se aposentando cedo. A única alteração é a garantia da aposentadoria integral caso a soma 85/95 fosse atingida. E não resolve nada, porque possibilita a aposentadoria de quem não atingir o índice. Na minha proposta não há tempo mínimo de contribuição. Mas para ter direito à aposentadoria é preciso ter soma 85, para mulher, e 95, para homem. Uma pessoa que começou a trabalhar formalmente aos 16 anos, terá 40 anos de contribuição aos 56 anos de idade e já poderá se aposentar. Vai receber por bastante tempo do INSS, mas também contribuiu por bastante tempo. Outro que começou a contribuir aos 35 anos, atingirá a fórmula aos 65 anos. Terá contribuído por apenas 30 anos, menos que o outro, mas vai receber do INSS por menos tempo. Você pode variar a idade e o tempo de contribuição, o importante é que se chegue ao índice. Quem começou a contribuir cedo e vai se aposentar logo, que leve ao INSS um tempo maior de contribuição. O pressuposto dessa fórmula é não causar prejuízo para o sistema. Eu criei a fórmula em 1992 e sugeri isso ao Ministério da Previdência em 2003. Como a expectativa de vida aumentou, já estou pensando em fórmula 95/105, em vez de 95, mas isso ainda é uma ideia. E para o trabalhador que passou boa parte na informalidade, que não contribuiu por tempo suficiente para chegar a essa fórmula? Que é geralmente o hipossuficiente, o trabalhador mais pobre, que não teve estudo, morador da periferia, de Estados mais pobres. Imagine que um médico, aos 65 anos de idade, tenha 30 anos de contribuição. Trinta mais 65 dá 95, ele já poderia se aposentar. Agora imagine um servente que vai fazer uma obra na casa dele, também com 65 anos, mas com apenas 15 anos de contribuição. Como ele vai se aposentar? Na minha fórmula, proponho um índice divisor sobre o tempo de contribuição, que varia em função do salário médio do segurado. Quanto maior o salário, mais próximo de 1 é esse índice. Quando o índice for menor que 1, há um incremento no tempo de contribuição, de modo que o trabalhador poderá se aposentar. No exemplo, se o servente tiver média salarial baixa, esse índice divisor poderia ser 0,5. Como 15 dividido por 0,5 dá 30, a soma (30 + 65) resulta em 95. Para o médico com salário alto, o índice seria 1. O que se sr. propõe é uma forma de distribuir renda. Eu quero "premiar" esse trabalhador hipossuficiente. Ele já passa a vida sem casa própria, comendo mal, no andar de baixo. A Previdência Social tem como essência a solidariedade das gerações. Quem trabalha hoje paga o benefício de quem trabalhou lá atrás. Mas existe também uma solidariedade das classes sociais. A previdência privada não é assim, ela é particular. A social, sim, e a sociedade é desequilibrada. Essa fórmula é uma tentativa de se fazer equilíbrio social. Quem vai pagar essa conta? A classe média, os ricos. É assim no mundo inteiro, é assim que tem que ser. O sr. acredita que assim esse índice como o sr. apresenta seria mais fácil de ser aprovado, inclusive pelas centrais sindicais, já que ajuda os mais pobres? Acontece que tem a questão matemática. Eu escrevi isso várias vezes, mas nunca deram bola. Liderança sindical estuda direito do trabalho, e não direito previdenciário. Não defendem essa tese possivelmente porque não a conhecem. E quando se fala em matemática, você perde a comunicação. Pela sua fórmula, o trabalhador teria o benefício integral? Não. Ela é determinante para o direito à aposentadoria. Para o valor, entra o fator previdenciário atual, que é uma correlação entre o tempo de contribuição e a idade ao se aposentar. Se você pagou por pouco tempo à Previdência, tem que receber pouco. Se pagou mais tempo, tem que receber mais. Não tem muito sentido falar em acabar com o fator previdenciário. Se uma nova fórmula fosse aplicada, possivelmente valeria só para novos trabalhadores, e não para aqueles que já estão no mercado ou prestes a se aposentar. O impacto no deficit previdenciário, cujo rombo foi de R$ 56,7 bilhões em 2014, seria pouco ou quase nada agora. Eu não acho que tenha deficit. Bastaria o governo pegar o dinheiro que repassa para outros pagamentos e deixar tudo na Previdência. O sr. tira a seguridade social da conta... O que há é transferência de recursos. E a aposentadoria rural não é a vilã. O rural contribui ao INSS desde 1991, e seu trabalho vale muito mais do que o do urbano. Você passa sem um telefone, mas não passa sem comida. O rural, portanto, é essencial para a subsistência de todos. E eu considero que a minha fórmula também deve valer também para o trabalhador rural. O sr. é um dos primeiros a falar em desaposentação, ou troca de aposentadoria. Ainda defende a tese? Sim, e acho que quem trocar de benefício precisa restituir parte do que recebeu, de acordo com sua expectativa de sobrevida. E se morrer, a viúva pensionista paga. Acho que o Supremo Tribunal Federal, onde está o processo, vai exigir a devolução porque alguém da Previdência vai lá falar no ouvido dos ministros. E tem outra coisa que precisa ser considerada. Quem é esta pessoa que se aposentou cedo e continuou trabalhando? Um dos motivos que leva a isso é a complementação de renda. Outro motivo pode ser a demissão. O que precisa acontecer é a aposentadoria ocorrer mais tarde. E para isso, as empresas têm que se preparar para receber os trabalhadores mais velhos. O sr. também considera haver um problema na perícia médica para concessão de benefícios por incapacidade. É que todo mundo procura o INSS para resolver seus problemas. Surgiu um fenômeno interessante de uns anos para cá: o sujeito desempregado, e não incapaz, que vai ao INSS pedir auxílio-doença porque não tem como obter a sua subsistência. O médico não pode dar o benefício, porque o trabalhador não está incapaz. E isso acaba gerando estresse nos postos, com pressão contra os médicos peritos. Hoje se um segurado vai ao INSS dizer que não pode trabalhar porque o ar condicionado da empresa ora é muito frio, ora é muito quente, e lhe causa gripe o tempo todo, o perito deveria ir lá verificar. Isso não acontece. Tem uma série de coisas que precisa melhorar.
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'Falta coragem para acabar com tempo de contribuição para aposentadoria'Especialista em Previdência com mais de uma centena de livros publicados e ainda produzindo aos 79 anos, o advogado Wladimir Novaes Martinez diz que as mudanças na pensão por morte do INSS são importantes para conter os gastos previdenciários, mas insuficientes. "Deveria acabar a aposentadoria por tempo de contribuição." Ele defende que a exigência para a aposentadoria seja uma combinação de idade e tempo de contribuição, em que a soma de ambos seja igual a 85, para a mulher, ou 95, para o homem –a chamada fórmula 95. Criado por ele em 1992, o índice retornou à discussão no Congresso, mas com alterações que só aumentam o deficit da Previdência. Uma emenda à medida provisória que alterou as regras da pensão estabelece que, se o trabalhador atingir tal índice, poderia se aposentar sem a incidência do fator. A fórmula de Martinez mantém o fator previdenciário e seria uma medida para o adiamento do pedido de benefício, como ele explica nesta entrevista à Folha. * Folha - A mudança nas regras da pensão por morte resolve o problema no caixa da Previdência? Wladimir Novas Martinez - Não, a economia será pequena. A Previdência precisaria de R$ 40 bilhões, R$ 60 bilhões. A economia que se terá com as mudanças baixou de R$ 20 bilhões para R$ 16 bilhões, porque já houve um acordo no Congresso. A medida foi correta, seguindo parâmetros internacionais, mas deve causar alguma mudança na sociedade. Como? Há uma expectativa, nos casamentos em que um dos cônjuges não trabalha, de que se ele morrer, deixará uma pensão para o sustento da família. Não estou falando só de um Brasil antigo, isso ainda existe. Não podemos pensar unicamente em São Paulo; pelo interior a coisa muda de figura, tem muita gente vivendo assim. O que vai fazer uma mulher que nunca trabalhou e que terá a pensão só por três anos? Antes ela era doméstica, ou seja, do lar, e agora vai ser o quê? Empregada doméstica? É uma ideia meio antiga, mas que não pode ser ignorada. Pouca gente tratou disso. Então não deveriam ter mexido na pensão? A medida foi correta, nossa pensão era uma maluquice. Só que o governo deveria ter discutido antes, feito audiência pública. A MP, por exemplo, não acaba com a pensão para quem casar de novo. Deveria ter acabado. Também não foi colocada a questão da dependência econômica. Se o cônjuge não era economicamente dependente do trabalhador que morreu, não tem por que receber pensão. O governo também não mexeu na aposentadoria. O governo não tem coragem de acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição, que é um absurdo, outra maluquice, por causa dos efeitos políticos e partidários. Aí criou o fator previdenciário, e agora falam da fórmula 95, que eu criei em 1992. Se uma pessoa começou a contribuir com 14 anos, como era possível anos atrás, com quantos anos vai se aposentar? E quem vai pagar a aposentadoria dele esses anos todos? O país não tem capacidade de criar riqueza para ter esse benefício. Ou seja, sem limitador de idade, a aposentadoria por tempo de contribuição é concedida muito cedo. Isso. E o brasileiro está vivendo mais. Eu tenho 79 anos. Vinte anos atrás, todo mundo morria com 70 anos. Tem um custo para manter essas aposentadorias, e o empresariado não está disposto a manter isso, tem a concorrência internacional, precisa vencer a China. Então como não tem dinheiro, não tem como pagar por este benefício. Houve uma tentativa de se diminuir a aposentadoria precoce com o fator previdenciário, que entrou em vigor em 1999, mas não melhorou nada. Da forma como é hoje, então, há dois problemas? O o aposentado reclama do valor recebido, baixo devido ao fator previdenciário. Já o governo tem um custo alto porque esse aposentado vai receber por bastante tempo? Claro. Uma aposentadoria aos 53 anos é muito precoce. No mundo inteiro não é assim, as pessoas se aposentam com 65 anos. Na França, já passou para 67 anos. Mas há resistência contra medidas que adiem a aposentadoria, e o trabalhador pede o benefício assim que tem direito a ele. Ninguém fala o porquê de o trabalhador continuar se aposentando cedo. Quem tem previdência complementar pode se aposentar cedo, porque terá complementação de renda. Quem não tem fundo precisa se aposentar mais tarde para receber um valor maiorO problema é que o trabalhador mais velho começa a ter mais gastos – com cuidados médicos, novas tecnologias, novos produtos etc.– e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Ele se aposenta e continua trabalhando. Em países desenvolvidos, quem se aposenta para de trabalhar porque o que recebe mantém o padrão de vida. E mesmo que o benefício seja menor que o salário, o Estado oferece muita coisa para o aposentado, como tratamento médico gratuito. Não há uma forma de se garantir isso? Claro que há, mas desde que houvesse uma preocupação das pessoas e do Estado em carrear recursos. Os autônomos, por exemplo, devem contribuir à Previdência sobre o total de sua remuneração, ou pelo teto da Previdência. Mas dou uma aula sobre direito previdenciário para 100 advogados, e quando pergunto quem paga o INSS, só 40 levantam a mão. Destes, 35 contribuem sobre o salário mínimo. Os cinco que pagam mais que o piso são os mais velhos, que precisam elevar a contribuição para fins de aposentadoria. Os autônomos, os empresários, estão fugindo da previdência pública e estão entrando na previdência complementar. Qual seria a idade-limite para conceder o benefício sem prejudicar as contas? Com tendência a subir nos próximos anos, 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher, com aposentadoria integral. E subir para 66 daqui dois anos, para 67 daqui a quatro e assim por diante, e ir aumentando enquanto a expectativa de vida aumentar. E se a expectativa de vida diminuir, o que pode acontecer, você diminui a essa idade mínima. O sr. propõe a fórmula 85/95 para elevar a idade ao se aposentar, e que voltou à discussão com as mudanças na pensão. Só que os deputados discutem a fórmula 85/95 sem acabar com o modelo atual, mantendo a opção do trabalhador continuar se aposentando cedo. A única alteração é a garantia da aposentadoria integral caso a soma 85/95 fosse atingida. E não resolve nada, porque possibilita a aposentadoria de quem não atingir o índice. Na minha proposta não há tempo mínimo de contribuição. Mas para ter direito à aposentadoria é preciso ter soma 85, para mulher, e 95, para homem. Uma pessoa que começou a trabalhar formalmente aos 16 anos, terá 40 anos de contribuição aos 56 anos de idade e já poderá se aposentar. Vai receber por bastante tempo do INSS, mas também contribuiu por bastante tempo. Outro que começou a contribuir aos 35 anos, atingirá a fórmula aos 65 anos. Terá contribuído por apenas 30 anos, menos que o outro, mas vai receber do INSS por menos tempo. Você pode variar a idade e o tempo de contribuição, o importante é que se chegue ao índice. Quem começou a contribuir cedo e vai se aposentar logo, que leve ao INSS um tempo maior de contribuição. O pressuposto dessa fórmula é não causar prejuízo para o sistema. Eu criei a fórmula em 1992 e sugeri isso ao Ministério da Previdência em 2003. Como a expectativa de vida aumentou, já estou pensando em fórmula 95/105, em vez de 95, mas isso ainda é uma ideia. E para o trabalhador que passou boa parte na informalidade, que não contribuiu por tempo suficiente para chegar a essa fórmula? Que é geralmente o hipossuficiente, o trabalhador mais pobre, que não teve estudo, morador da periferia, de Estados mais pobres. Imagine que um médico, aos 65 anos de idade, tenha 30 anos de contribuição. Trinta mais 65 dá 95, ele já poderia se aposentar. Agora imagine um servente que vai fazer uma obra na casa dele, também com 65 anos, mas com apenas 15 anos de contribuição. Como ele vai se aposentar? Na minha fórmula, proponho um índice divisor sobre o tempo de contribuição, que varia em função do salário médio do segurado. Quanto maior o salário, mais próximo de 1 é esse índice. Quando o índice for menor que 1, há um incremento no tempo de contribuição, de modo que o trabalhador poderá se aposentar. No exemplo, se o servente tiver média salarial baixa, esse índice divisor poderia ser 0,5. Como 15 dividido por 0,5 dá 30, a soma (30 + 65) resulta em 95. Para o médico com salário alto, o índice seria 1. O que se sr. propõe é uma forma de distribuir renda. Eu quero "premiar" esse trabalhador hipossuficiente. Ele já passa a vida sem casa própria, comendo mal, no andar de baixo. A Previdência Social tem como essência a solidariedade das gerações. Quem trabalha hoje paga o benefício de quem trabalhou lá atrás. Mas existe também uma solidariedade das classes sociais. A previdência privada não é assim, ela é particular. A social, sim, e a sociedade é desequilibrada. Essa fórmula é uma tentativa de se fazer equilíbrio social. Quem vai pagar essa conta? A classe média, os ricos. É assim no mundo inteiro, é assim que tem que ser. O sr. acredita que assim esse índice como o sr. apresenta seria mais fácil de ser aprovado, inclusive pelas centrais sindicais, já que ajuda os mais pobres? Acontece que tem a questão matemática. Eu escrevi isso várias vezes, mas nunca deram bola. Liderança sindical estuda direito do trabalho, e não direito previdenciário. Não defendem essa tese possivelmente porque não a conhecem. E quando se fala em matemática, você perde a comunicação. Pela sua fórmula, o trabalhador teria o benefício integral? Não. Ela é determinante para o direito à aposentadoria. Para o valor, entra o fator previdenciário atual, que é uma correlação entre o tempo de contribuição e a idade ao se aposentar. Se você pagou por pouco tempo à Previdência, tem que receber pouco. Se pagou mais tempo, tem que receber mais. Não tem muito sentido falar em acabar com o fator previdenciário. Se uma nova fórmula fosse aplicada, possivelmente valeria só para novos trabalhadores, e não para aqueles que já estão no mercado ou prestes a se aposentar. O impacto no deficit previdenciário, cujo rombo foi de R$ 56,7 bilhões em 2014, seria pouco ou quase nada agora. Eu não acho que tenha deficit. Bastaria o governo pegar o dinheiro que repassa para outros pagamentos e deixar tudo na Previdência. O sr. tira a seguridade social da conta... O que há é transferência de recursos. E a aposentadoria rural não é a vilã. O rural contribui ao INSS desde 1991, e seu trabalho vale muito mais do que o do urbano. Você passa sem um telefone, mas não passa sem comida. O rural, portanto, é essencial para a subsistência de todos. E eu considero que a minha fórmula também deve valer também para o trabalhador rural. O sr. é um dos primeiros a falar em desaposentação, ou troca de aposentadoria. Ainda defende a tese? Sim, e acho que quem trocar de benefício precisa restituir parte do que recebeu, de acordo com sua expectativa de sobrevida. E se morrer, a viúva pensionista paga. Acho que o Supremo Tribunal Federal, onde está o processo, vai exigir a devolução porque alguém da Previdência vai lá falar no ouvido dos ministros. E tem outra coisa que precisa ser considerada. Quem é esta pessoa que se aposentou cedo e continuou trabalhando? Um dos motivos que leva a isso é a complementação de renda. Outro motivo pode ser a demissão. O que precisa acontecer é a aposentadoria ocorrer mais tarde. E para isso, as empresas têm que se preparar para receber os trabalhadores mais velhos. O sr. também considera haver um problema na perícia médica para concessão de benefícios por incapacidade. É que todo mundo procura o INSS para resolver seus problemas. Surgiu um fenômeno interessante de uns anos para cá: o sujeito desempregado, e não incapaz, que vai ao INSS pedir auxílio-doença porque não tem como obter a sua subsistência. O médico não pode dar o benefício, porque o trabalhador não está incapaz. E isso acaba gerando estresse nos postos, com pressão contra os médicos peritos. Hoje se um segurado vai ao INSS dizer que não pode trabalhar porque o ar condicionado da empresa ora é muito frio, ora é muito quente, e lhe causa gripe o tempo todo, o perito deveria ir lá verificar. Isso não acontece. Tem uma série de coisas que precisa melhorar.
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Facebook contratará 1.200 em novas áreas, como drones e realidade virtual
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Óculos de realidade virtual, drones e data centers estão gerando uma profusão de contratações no Facebook que vai aumentar seu quadro de funcionários em até 14% no curto prazo, de acordo com uma análise das ofertas de emprego no site da companhia. A empresa pretende adicionar cerca de 1.200 novos funcionários, resultado de investimentos agressivos que os executivos disseram que definirão o próximo ano. A Oculus Rift, fabricante de "headsets" de realidade virtual que o Facebook adquiriu em um negócio de US$ 2 bilhões no ano passado, está entre as principais áreas determinadas para crescimento, com 54 vagas de emprego listadas no seu site, de acordo com a análise da listagem, feita pela Reuters. Entre os cargos que o Facebook precisa preencher para a Oculus, há vagas para gerentes para supervisionar a logística, compras e planejamento da cadeia de fornecimento global –um sinal, dizem alguns analistas, de que o produto está se aproximando da sua fase de lançamento comercial. O mercado para headsets de realidade virtual ainda é novo. Mas se a realidade virtual decolar no setor de jogos, entretenimento, comunicação ou computação, o Facebook poderá estar no centro da nova plataforma com a Oculus. O esforço ambicioso do Facebook de construir seus próprios satélites e drones capazes de oferecer serviços de internet para regiões remotas do mundo é outra área importante para contratações: o Facebook está procurando especialistas em áreas como aviônica, comunicação de rádio frequência e engenharia térmica. "Somos uma empresa ambiciosa, dirigida por um presidente ambicioso", disse Sheryl Sandberg, vice-presidente operacional do Facebook em uma entrevista à Reuters. "Nossa rede de usuários está crescendo, nossa empresa também e queremos apoiar isso", disse, ressaltando que os negócios do Facebook são muito mais amplos hoje do que há alguns anos, com escritórios ao redor do mundo. As vagas de emprego são direcionadas desde a profissionais de vendas quanto a engenheiros de software para a rede social com 1,35 bilhão de membros. O rápido crescimento do Facebook acontece no momento em que a empresa se expande para novos mercados e enfrenta a dura concorrência de rivais da web, como o Google, o Grupo Alibaba, e empresas iniciantes bem capitalizadas como a Snapchat. "Há uma relativa correlação direta entre o investimento deles em pessoas, servidores e infraestrutura e a sua capacidade de se manterem competitivos", disse o analista Colin Sebastian, da Robert Baird & Co. O Facebook tinha no final de setembro 8.348 funcionários em tempo integral, muito menos do que os cerca de 55 mil funcionários do Google ou dos aproximadamente 127 mil funcionários da Microsoft. A Microsoft anunciou no verão do hemisfério norte que pretende cortar 18 mil postos de trabalho.
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Facebook contratará 1.200 em novas áreas, como drones e realidade virtualÓculos de realidade virtual, drones e data centers estão gerando uma profusão de contratações no Facebook que vai aumentar seu quadro de funcionários em até 14% no curto prazo, de acordo com uma análise das ofertas de emprego no site da companhia. A empresa pretende adicionar cerca de 1.200 novos funcionários, resultado de investimentos agressivos que os executivos disseram que definirão o próximo ano. A Oculus Rift, fabricante de "headsets" de realidade virtual que o Facebook adquiriu em um negócio de US$ 2 bilhões no ano passado, está entre as principais áreas determinadas para crescimento, com 54 vagas de emprego listadas no seu site, de acordo com a análise da listagem, feita pela Reuters. Entre os cargos que o Facebook precisa preencher para a Oculus, há vagas para gerentes para supervisionar a logística, compras e planejamento da cadeia de fornecimento global –um sinal, dizem alguns analistas, de que o produto está se aproximando da sua fase de lançamento comercial. O mercado para headsets de realidade virtual ainda é novo. Mas se a realidade virtual decolar no setor de jogos, entretenimento, comunicação ou computação, o Facebook poderá estar no centro da nova plataforma com a Oculus. O esforço ambicioso do Facebook de construir seus próprios satélites e drones capazes de oferecer serviços de internet para regiões remotas do mundo é outra área importante para contratações: o Facebook está procurando especialistas em áreas como aviônica, comunicação de rádio frequência e engenharia térmica. "Somos uma empresa ambiciosa, dirigida por um presidente ambicioso", disse Sheryl Sandberg, vice-presidente operacional do Facebook em uma entrevista à Reuters. "Nossa rede de usuários está crescendo, nossa empresa também e queremos apoiar isso", disse, ressaltando que os negócios do Facebook são muito mais amplos hoje do que há alguns anos, com escritórios ao redor do mundo. As vagas de emprego são direcionadas desde a profissionais de vendas quanto a engenheiros de software para a rede social com 1,35 bilhão de membros. O rápido crescimento do Facebook acontece no momento em que a empresa se expande para novos mercados e enfrenta a dura concorrência de rivais da web, como o Google, o Grupo Alibaba, e empresas iniciantes bem capitalizadas como a Snapchat. "Há uma relativa correlação direta entre o investimento deles em pessoas, servidores e infraestrutura e a sua capacidade de se manterem competitivos", disse o analista Colin Sebastian, da Robert Baird & Co. O Facebook tinha no final de setembro 8.348 funcionários em tempo integral, muito menos do que os cerca de 55 mil funcionários do Google ou dos aproximadamente 127 mil funcionários da Microsoft. A Microsoft anunciou no verão do hemisfério norte que pretende cortar 18 mil postos de trabalho.
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Site disponibiliza mapa com senhas de wi-fi em aeroportos pelo mundo
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Em tempos nos quais smartphones se tornaram grandes aliados de viagens, as conexões wi-fi em aeroportos são essenciais para muitos passageiros –seja como uma forma de ter o que fazer enquanto o embarque não começa, seja para consultar algo com urgência ao sair do avião. Como nem sempre é fácil obter a conexão (muitas vezes é preciso se cadastrar, possuir uma senha específica ou até um número de telefone local), um blogueiro de viagens de origem turca decidiu pedir ajuda a seus leitores e, meses atrás, montou um banco de senhas de redes wi-fi de aeroportos pelo mundo. Na semana passada, Anil Polat melhorou o sistema e disponibilizou, em seu site FoxNomad, um mapa interativo com essas informações. Ao clicar no avião azul correspondente a um aeroporto, o internauta recebe informações de onde está a melhor conexão de internet sem fio naquele terminal, com a respectiva senha –quando uma for exigida. Em Guarulhos, por exemplo, único aeroporto brasileiro com informações disponíveis, a sugestão do blogueiro é ir ao lounge da American Airlines. Nos três de Nova York (JFK, Newark e LaGuardia), o usuário fica sabendo a senha do Delta Sky Club, da companhia de mesmo nome. Alguns terminais guardam instruções precisas e curiosas: no de Lima (Peru), a informação é de que há internet grátis para clientes da Starbucks no segundo andar; no de Adis Abeba, na Etiópia, o melhor é "encontrar o London Bar"; em Amsterdã, a instrução é se sentar ao lado do lounge da KLM. São mais de 130 aeroportos já listados no mapa. Alguns bem populares, como os de Paris e de Lisboa, não estão relacionados. Para momentos em que o turista não encontrar a conexão, vale dizer que é possível baixar o mapa, feito no Google Maps, em uma versão off-line ou no aplicativo criado por Polat, chamado de WiFox (disponível para iOS e Android). FoxNomad
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turismo
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Site disponibiliza mapa com senhas de wi-fi em aeroportos pelo mundoEm tempos nos quais smartphones se tornaram grandes aliados de viagens, as conexões wi-fi em aeroportos são essenciais para muitos passageiros –seja como uma forma de ter o que fazer enquanto o embarque não começa, seja para consultar algo com urgência ao sair do avião. Como nem sempre é fácil obter a conexão (muitas vezes é preciso se cadastrar, possuir uma senha específica ou até um número de telefone local), um blogueiro de viagens de origem turca decidiu pedir ajuda a seus leitores e, meses atrás, montou um banco de senhas de redes wi-fi de aeroportos pelo mundo. Na semana passada, Anil Polat melhorou o sistema e disponibilizou, em seu site FoxNomad, um mapa interativo com essas informações. Ao clicar no avião azul correspondente a um aeroporto, o internauta recebe informações de onde está a melhor conexão de internet sem fio naquele terminal, com a respectiva senha –quando uma for exigida. Em Guarulhos, por exemplo, único aeroporto brasileiro com informações disponíveis, a sugestão do blogueiro é ir ao lounge da American Airlines. Nos três de Nova York (JFK, Newark e LaGuardia), o usuário fica sabendo a senha do Delta Sky Club, da companhia de mesmo nome. Alguns terminais guardam instruções precisas e curiosas: no de Lima (Peru), a informação é de que há internet grátis para clientes da Starbucks no segundo andar; no de Adis Abeba, na Etiópia, o melhor é "encontrar o London Bar"; em Amsterdã, a instrução é se sentar ao lado do lounge da KLM. São mais de 130 aeroportos já listados no mapa. Alguns bem populares, como os de Paris e de Lisboa, não estão relacionados. Para momentos em que o turista não encontrar a conexão, vale dizer que é possível baixar o mapa, feito no Google Maps, em uma versão off-line ou no aplicativo criado por Polat, chamado de WiFox (disponível para iOS e Android). FoxNomad
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Candidato a presidir a Câmara, Jovair diz que pautará anistia ao caixa 2
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Líder do PTB há dez anos e candidato à presidência da Câmara, o deputado Jovair Arantes (GO) disse à Folha que, se eleito, pautará a votação do projeto que prevê anistia ao crime de caixa dois e que, no âmbito da Operação Lava Jato, vai buscar "o direito dos deputados". Questionado se levaria adiante eventuais processos de cassação de deputados, ele adotou discurso corporativista. "Se eu for presidente e mexer com alguém daqui injustamente, vai mexer comigo. Como presidente da Casa, não permitirei", disse o candidato do PTB. Jovair aponta interferência do Planalto a favor do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e diz não haver risco de não disputar a eleição no próximo dia 2. * Folha - Sua candidatura é um projeto pessoal? Jovair Arantes - É um projeto de um grupo de deputados que está sofrendo a baixa que a Câmara sofreu diante da comunidade. É o pior momento desde a redemocratização. Um exemplo claro disso é a tentativa de se rasgar a Constituição para fazer uma candidatura objetivando um interesse pessoal. Não podemos expor à Casa para ela ficar tutelada pela Justiça. Sua eventual gestão vai ser de valorização do baixo clero? Não acredito que existe o baixo clero. Você tem que levar em consideração que qualquer deputado que for eleito em qualquer canto do país tem que ter protagonismo porque representa o desejo de uma comunidade. Vai pautar a reforma da Previdência? Vamos botar para votar, para discutir. Todo projeto chega aqui como uma joia bruta. Você tem que lapidar. É preciso discutir de uma forma efetiva para amaciar a votação em plenário. O Planalto está interferindo na eleição? De certa forma, interferiu. No momento em que o presidente da República diz que não vai interferir, que não aceita interferência, e no outro dia tem uma reunião do possível candidato Rodrigo Maia no Recife e vão ministros que não são do partido dele, acho que há uma interferência. [Após a entrevista, Jovair se reuniu com Michel Temer em São Paulo e disse à Folha ter ouvido dele que não há preferência por nenhum candidato]. O sr. diz que sua candidatura não é pelo centrão. É uma tentativa de se descolar de Eduardo Cunha? Não existe o centrão. Sou candidato do PTB. Meu partido me deu total respaldo. Sua proximidade com Cunha quando ele era presidente é uma sombra na sua candidatura? Longe disso. Sou líder do PTB há dez anos. Passaram nesse tempo vários presidentes e minha proximidade foi com todos. É minha função como líder ter proximidade com todos os presidentes. Sua candidatura vai até o fim? Há alguma chance de desistir? Se Deus me tirar antes disso, não serei candidato, evidentemente. Fora dessa possibilidade, nenhuma chance. Vai levar adiante eventuais processos de cassação? Isso faz parte da convivência de independência e de respeito com a Casa e com a sociedade. Não está fora do contexto de independência e não está fora do contexto da coragem para estabelecer defesa intransigente dos deputados. Eu vi alguém de um Poder dizer recentemente: "Mexeu com alguém daqui, mexeu comigo". Se eu for presidente e mexer com alguém daqui injustamente, vai mexer comigo. Como presidente da Casa, não permitirei. Vou buscar os direitos que os deputados têm que ter no livre exercício do seu mandato. O sr. pode ser presidente em um biênio tumultuado por causa da Lava Jato. Como pretende administrar isso? Com a serenidade, a independência e o respeito que o caso merece. Isso não será, com certeza, uma matéria da ordem do dia. Vai pautar temas reforma política e anistia de caixa dois? A Casa tem que funcionar num colegiado. Tudo o que for necessário votar para estabelecer a transparência junto da sociedade brasileira será votado. Seja ácido ou seja doce. Temos que votar. Não dá para deputado votar qualquer matéria aqui e não ser respeitado. Não ficou claro. Anistia a caixa dois, o sr. vai votar ou não? Se tiver algum projeto nesta direção e for necessário colocar para votar, vai ser votado. Não vou dizer agora que vou ou que não vou votar projeto A ou B. É um tema polêmico e o sr. não foi claro. Eu sou claro. Todos os temas que dizem respeito à Casa que precisar votar serão votados. Quem tem que dizer se vai votar a favor ou contra são os deputados.
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Candidato a presidir a Câmara, Jovair diz que pautará anistia ao caixa 2Líder do PTB há dez anos e candidato à presidência da Câmara, o deputado Jovair Arantes (GO) disse à Folha que, se eleito, pautará a votação do projeto que prevê anistia ao crime de caixa dois e que, no âmbito da Operação Lava Jato, vai buscar "o direito dos deputados". Questionado se levaria adiante eventuais processos de cassação de deputados, ele adotou discurso corporativista. "Se eu for presidente e mexer com alguém daqui injustamente, vai mexer comigo. Como presidente da Casa, não permitirei", disse o candidato do PTB. Jovair aponta interferência do Planalto a favor do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e diz não haver risco de não disputar a eleição no próximo dia 2. * Folha - Sua candidatura é um projeto pessoal? Jovair Arantes - É um projeto de um grupo de deputados que está sofrendo a baixa que a Câmara sofreu diante da comunidade. É o pior momento desde a redemocratização. Um exemplo claro disso é a tentativa de se rasgar a Constituição para fazer uma candidatura objetivando um interesse pessoal. Não podemos expor à Casa para ela ficar tutelada pela Justiça. Sua eventual gestão vai ser de valorização do baixo clero? Não acredito que existe o baixo clero. Você tem que levar em consideração que qualquer deputado que for eleito em qualquer canto do país tem que ter protagonismo porque representa o desejo de uma comunidade. Vai pautar a reforma da Previdência? Vamos botar para votar, para discutir. Todo projeto chega aqui como uma joia bruta. Você tem que lapidar. É preciso discutir de uma forma efetiva para amaciar a votação em plenário. O Planalto está interferindo na eleição? De certa forma, interferiu. No momento em que o presidente da República diz que não vai interferir, que não aceita interferência, e no outro dia tem uma reunião do possível candidato Rodrigo Maia no Recife e vão ministros que não são do partido dele, acho que há uma interferência. [Após a entrevista, Jovair se reuniu com Michel Temer em São Paulo e disse à Folha ter ouvido dele que não há preferência por nenhum candidato]. O sr. diz que sua candidatura não é pelo centrão. É uma tentativa de se descolar de Eduardo Cunha? Não existe o centrão. Sou candidato do PTB. Meu partido me deu total respaldo. Sua proximidade com Cunha quando ele era presidente é uma sombra na sua candidatura? Longe disso. Sou líder do PTB há dez anos. Passaram nesse tempo vários presidentes e minha proximidade foi com todos. É minha função como líder ter proximidade com todos os presidentes. Sua candidatura vai até o fim? Há alguma chance de desistir? Se Deus me tirar antes disso, não serei candidato, evidentemente. Fora dessa possibilidade, nenhuma chance. Vai levar adiante eventuais processos de cassação? Isso faz parte da convivência de independência e de respeito com a Casa e com a sociedade. Não está fora do contexto de independência e não está fora do contexto da coragem para estabelecer defesa intransigente dos deputados. Eu vi alguém de um Poder dizer recentemente: "Mexeu com alguém daqui, mexeu comigo". Se eu for presidente e mexer com alguém daqui injustamente, vai mexer comigo. Como presidente da Casa, não permitirei. Vou buscar os direitos que os deputados têm que ter no livre exercício do seu mandato. O sr. pode ser presidente em um biênio tumultuado por causa da Lava Jato. Como pretende administrar isso? Com a serenidade, a independência e o respeito que o caso merece. Isso não será, com certeza, uma matéria da ordem do dia. Vai pautar temas reforma política e anistia de caixa dois? A Casa tem que funcionar num colegiado. Tudo o que for necessário votar para estabelecer a transparência junto da sociedade brasileira será votado. Seja ácido ou seja doce. Temos que votar. Não dá para deputado votar qualquer matéria aqui e não ser respeitado. Não ficou claro. Anistia a caixa dois, o sr. vai votar ou não? Se tiver algum projeto nesta direção e for necessário colocar para votar, vai ser votado. Não vou dizer agora que vou ou que não vou votar projeto A ou B. É um tema polêmico e o sr. não foi claro. Eu sou claro. Todos os temas que dizem respeito à Casa que precisar votar serão votados. Quem tem que dizer se vai votar a favor ou contra são os deputados.
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Em um ano na Microsoft, executivo mudou jeito como a gigante vê a web
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A Microsoft promoveu, na quarta-feira passada (21), um de seus eventos mais importantes na história recente: detalhou o Windows 10, apresentou um novo browser, lançou um "tablet" de 84 polegadas e revelou os óculos de realidade virtual HoloLens. Mais do que isso, o evento foi a materialização de transformações implantadas por Satya Nadella, que completa na semana que vem um ano como presidente-executivo. "Nós daremos capacidade para que todas as pessoas e todas as organizações do planeta façam mais e atinjam mais resultados", disse, repetindo o que escreveu a funcionários em julho de 2014. Nadella, 47, herdou uma empresa estagnada em inovação. Apesar dos lucros das divisões de negócios corporativos, incluindo Windows e Office, pouco se esperava de novidades significativas. Resultado da estratégia de seu antecessor, Steve Ballmer, 58. Apesar do carisma de suas aparições -ao contrário de Nadella, mais na dele-, Ballmer é um homem de negócios e prefere proteger margens de lucro a arriscar. Ele chegou a dizer que o iPhone daria errado porque não tinha teclado. Anos depois confessou ter se arrependido de não ter entrado antes no mercado móvel. Quando entrou, era tarde. Apple e Google dominavam -o Windows Phone terminou 2013 com 3,2% do mercado, segundo a consultoria Gartner. A outra tentativa da empresa de entrar no mundo das telas sensíveis e dos apps foi um fracasso. Para satisfazer usuários da "nova era", o Windows 8 alienava antigos clientes, acostumados ao mouse e ao teclado. Conseguiu desagradar a todos. Para piorar, o Windows 8 não conversava com o Windows Phone, que não dialogava com o Windows RT (versão para tablets da plataforma). Sem contar o Xbox, uma espécie de bolha na empresa. Na prática, Microsoft e desenvolvedores tinham que lidar com quatro plataformas. UNIÃO Com 22 anos de casa, Nadella percebeu que deveria unir as divisões da companhia. Algumas mudanças foram aceleradas. O quadro de funcionários diminuiu 14% (a maior rodada de demissões cortou 18 mil vagas), e membros de diferentes áreas incentivados a trabalhar juntos. As mudanças surtem efeito lentamente. Nesta segunda-feira (26), a empresa divulgou os resultados do último trimestre de 2014, com aumento na receita em relação aos dois anos anteriores, mas queda de 11,7% nos lucros. "Ele parece ter senso de urgência, muito respeito pelos competidores e compreensão clara dos pontos fortes e fracos da Microsoft", diz Carolina Milanesi, analista da consultoria Kantar Worldpanel. O resultado é que o Windows 10 rodará em qualquer tipo de dispositivo -de supercomputadores a celulares, de sistemas de realidade virtual a tablets. Será possível até jogar Xbox One em PCs. "Quando falamos sobre mobilidade, não falamos sobre mobilidade de um único dispositivo", disse Nadella no evento. "Falamos sobre mobilidade de experiência." A guinada empolgou até Ballmer, que escreveu no Twitter: "A onda de hardware e serviços do Windows 10 é animal. Eu amo a Microsoft".
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Em um ano na Microsoft, executivo mudou jeito como a gigante vê a webA Microsoft promoveu, na quarta-feira passada (21), um de seus eventos mais importantes na história recente: detalhou o Windows 10, apresentou um novo browser, lançou um "tablet" de 84 polegadas e revelou os óculos de realidade virtual HoloLens. Mais do que isso, o evento foi a materialização de transformações implantadas por Satya Nadella, que completa na semana que vem um ano como presidente-executivo. "Nós daremos capacidade para que todas as pessoas e todas as organizações do planeta façam mais e atinjam mais resultados", disse, repetindo o que escreveu a funcionários em julho de 2014. Nadella, 47, herdou uma empresa estagnada em inovação. Apesar dos lucros das divisões de negócios corporativos, incluindo Windows e Office, pouco se esperava de novidades significativas. Resultado da estratégia de seu antecessor, Steve Ballmer, 58. Apesar do carisma de suas aparições -ao contrário de Nadella, mais na dele-, Ballmer é um homem de negócios e prefere proteger margens de lucro a arriscar. Ele chegou a dizer que o iPhone daria errado porque não tinha teclado. Anos depois confessou ter se arrependido de não ter entrado antes no mercado móvel. Quando entrou, era tarde. Apple e Google dominavam -o Windows Phone terminou 2013 com 3,2% do mercado, segundo a consultoria Gartner. A outra tentativa da empresa de entrar no mundo das telas sensíveis e dos apps foi um fracasso. Para satisfazer usuários da "nova era", o Windows 8 alienava antigos clientes, acostumados ao mouse e ao teclado. Conseguiu desagradar a todos. Para piorar, o Windows 8 não conversava com o Windows Phone, que não dialogava com o Windows RT (versão para tablets da plataforma). Sem contar o Xbox, uma espécie de bolha na empresa. Na prática, Microsoft e desenvolvedores tinham que lidar com quatro plataformas. UNIÃO Com 22 anos de casa, Nadella percebeu que deveria unir as divisões da companhia. Algumas mudanças foram aceleradas. O quadro de funcionários diminuiu 14% (a maior rodada de demissões cortou 18 mil vagas), e membros de diferentes áreas incentivados a trabalhar juntos. As mudanças surtem efeito lentamente. Nesta segunda-feira (26), a empresa divulgou os resultados do último trimestre de 2014, com aumento na receita em relação aos dois anos anteriores, mas queda de 11,7% nos lucros. "Ele parece ter senso de urgência, muito respeito pelos competidores e compreensão clara dos pontos fortes e fracos da Microsoft", diz Carolina Milanesi, analista da consultoria Kantar Worldpanel. O resultado é que o Windows 10 rodará em qualquer tipo de dispositivo -de supercomputadores a celulares, de sistemas de realidade virtual a tablets. Será possível até jogar Xbox One em PCs. "Quando falamos sobre mobilidade, não falamos sobre mobilidade de um único dispositivo", disse Nadella no evento. "Falamos sobre mobilidade de experiência." A guinada empolgou até Ballmer, que escreveu no Twitter: "A onda de hardware e serviços do Windows 10 é animal. Eu amo a Microsoft".
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Corinthians anuncia a contratação do atacante turco Kazim
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O Corinthians anunciou nesta sexta-feira (6) a contratação do atacante Kazim, 30. O clube paulista desembolsou R$ 1,2 milhão para contar com o jogador turco. O contrato é válido por duas temporadas. Ele se apresentará com o restante do elenco alvinegro, no próximo dia 11. Colin Kazim-Richards iniciou sua carreira internacional jogando pelo Bury, da Inglaterra. Depois, o atacante passou por Sheffield United, Celtic, Blackburn, Fenerbahçe, Galatasaray e Olympiakos. No Brasil, atuou pelo Coritiba em 2016 —ele também disputou 37 jogos pela seleção da Turquia. Kazim é o terceiro reforço do Corinthians para 2017, todos para o ataque: Jô, centroavante, e Luidy, ponta. O clube tem acordo verbal com o meia Wagner, mas espera que ele tenha liberação na China. Para o treinador Fábio Carille, Kazim pode atuar como centroavante ou nas duas pontas do ataque. Ele foi companheiro do volante Cristian no Fenerbahce-TUR e chegou ao Brasil na temporada passada. Kazin
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esporte
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Corinthians anuncia a contratação do atacante turco KazimO Corinthians anunciou nesta sexta-feira (6) a contratação do atacante Kazim, 30. O clube paulista desembolsou R$ 1,2 milhão para contar com o jogador turco. O contrato é válido por duas temporadas. Ele se apresentará com o restante do elenco alvinegro, no próximo dia 11. Colin Kazim-Richards iniciou sua carreira internacional jogando pelo Bury, da Inglaterra. Depois, o atacante passou por Sheffield United, Celtic, Blackburn, Fenerbahçe, Galatasaray e Olympiakos. No Brasil, atuou pelo Coritiba em 2016 —ele também disputou 37 jogos pela seleção da Turquia. Kazim é o terceiro reforço do Corinthians para 2017, todos para o ataque: Jô, centroavante, e Luidy, ponta. O clube tem acordo verbal com o meia Wagner, mas espera que ele tenha liberação na China. Para o treinador Fábio Carille, Kazim pode atuar como centroavante ou nas duas pontas do ataque. Ele foi companheiro do volante Cristian no Fenerbahce-TUR e chegou ao Brasil na temporada passada. Kazin
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Sergio Moro e a Lava Jato
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Recentemente, numa declaração reproduzida no jornal "The New York Times", o juiz federal Sergio Moro disse que o caso conhecido como "Lava Jato" representa o fim da impunidade como regra no Brasil, especialmente para a corrupção e os crimes correlatos. Mas, segundo ele, é preciso saber se haverá uma transformação permanente ou apenas temporária. Nesse cenário, vale refletir: concorde ou não, Sergio Moro simboliza uma face do novo Brasil, embora a Operação Lava Jato se revele uma engrenagem complexa e sofisticada, que envolve respeitadas instituições e profissionais qualificados, éticos, e abnegados. Estamos falando de servidores e membros do Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Advocacia-Geral da União, Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Receita e Polícia Federal. Vale destacar, ainda, o papel dos desembargadores e ministros de Tribunais Superiores, que vêm ratificando entendimentos importantes no combate à impunidade. Sempre procurei defender a compatibilidade dos direitos fundamentais dos acusados com a defesa dos interesses gerais da coletividade, e isso começa a prevalecer no Brasil. A afirmação da jurisdição de Sergio Moro permitiu que se visualizassem os ilícitos de uma forma integrada e coerente, algo essencial à percepção do crime organizado e suas múltiplas vertentes. Trata-se de um magistrado técnico, com visão unitária e completa sobre os fatos abrangidos na Lava Jato, conhecido por seu perfil correto e idôneo. Uma característica central do juiz Moro -não há quem discorde- é sua dedicação ao estudo minucioso e profundo, até detalhista, dos processos sob sua jurisdição, o que certamente fez a diferença para o sucesso da operação desde o seu nascedouro. Mesmo os adversários de Sergio Moro reconhecem nele alguns traços basilares, inerentes ao bom magistrado: ele fundamenta de forma consistente suas decisões e conhece bem o direito aplicável à matéria penal, especialmente quanto aos crimes do "colarinho branco". As críticas, e divergências, são inerentes ao ofício jurídico, assim como eventuais equívocos que podem ser corrigidos por recursos. As audiências nesses processos criminais costumam ser gravadas e públicas, mostrando transparência e a forma republicana na condução dos trabalhos e no tratamento dispensado aos advogados. A Lava Jato posicionou o Brasil num patamar de visibilidade positiva no cenário mundial, incluindo-o no rol de países compromissados com o combate à corrupção. Uma decorrência dessa nova cultura é a visão de instituições de Estado, que começa a se enraizar na sociedade. A agenda anticorrupção não pertence apenas ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, mas também ao Poder Executivo, cujos braços, através da Polícia Federal e de outros órgãos, têm participado ativamente dessa construção, não obstante a falta de compreensão de parcela da classe política. Em uma palestra recente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lembrou que algumas instituições, antes consideradas de governo, passaram a ser reconhecidas como de Estado. Isso ocorreu com o Judiciário, com o Ministério Público e agora com a Polícia Federal, que pleiteia mais autonomia orçamentária e administrativa. Diante dessa nova realidade, também o setor privado torna-se responsável pelo combate à corrupção, por meio das exigências de integridade corporativa e de respeito à legislação anticorrupção. Trata-se de um outro efeito da era pós-Lava Jato e de uma adaptação do Brasil a imperativos do sistema global. Empresas privadas necessitam combater práticas ilícitas e cooperar com as autoridades públicas nesse enfrentamento. O juiz Sergio Moro tem muito a ver com toda esta nova cultura anticorrupção no Brasil. Pode-se afirmar que é parte desta transformação, ainda que como uma "face" ou símbolo deste Brasil que pode emergir com uma poderosa agenda econômica ligada à solidez das instituições democráticas e republicanas. Então, quais são as ameaças a todo esse processo civilizatório em curso? Um risco seria as instituições confundirem autonomia com corporativismo, arbitrariedade e falta de limites às suas ações, incorrendo numa espécie de deslumbramento com os holofotes. Outra ameaça seria a de legisladores atuarem em causa própria ou investigados tentarem desconstruir a operação a partir de ataques à reputação dos investigadores e julgadores, valendo-se do poder político e econômico. A população dirá, em 2018, o rumo a ser trilhado. Tudo indica que esse caminho não terá retrocesso, pois a sociedade, por meio da imprensa e das redes sociais, permanecerá atenta e vigilante. O cidadão exercerá, pelo voto, suas escolhas pautadas por juízos cada vez mais críticos e maduros. Todavia, a democracia não se esgota no voto. Como já alertava Eduardo García de Enterría, um dos maiores juristas contemporâneos, o voto nunca foi, e nem será, um cheque em branco para o cometimento de crimes. Assim, mesmo aos eleitos, ou aos concursados, ou aos nomeados, vale a advertência de que estão sob o império da Constituição e que a lei vale para todos. A desobediência pode acarretar perda de mandato, de função pública e até prisão. A democracia nunca pode ser confundida com impunidade. O recado que o Brasil vem passando ao mundo é muito claro: aqui impera um Estado democrático de Direito. FÁBIO MEDINA OSÓRIO é jurista, ex-ministro da Advocacia-Geral da União e doutor em Direito Administrativo (Universidade Complutense de Madri) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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opiniao
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Sergio Moro e a Lava JatoRecentemente, numa declaração reproduzida no jornal "The New York Times", o juiz federal Sergio Moro disse que o caso conhecido como "Lava Jato" representa o fim da impunidade como regra no Brasil, especialmente para a corrupção e os crimes correlatos. Mas, segundo ele, é preciso saber se haverá uma transformação permanente ou apenas temporária. Nesse cenário, vale refletir: concorde ou não, Sergio Moro simboliza uma face do novo Brasil, embora a Operação Lava Jato se revele uma engrenagem complexa e sofisticada, que envolve respeitadas instituições e profissionais qualificados, éticos, e abnegados. Estamos falando de servidores e membros do Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Advocacia-Geral da União, Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Receita e Polícia Federal. Vale destacar, ainda, o papel dos desembargadores e ministros de Tribunais Superiores, que vêm ratificando entendimentos importantes no combate à impunidade. Sempre procurei defender a compatibilidade dos direitos fundamentais dos acusados com a defesa dos interesses gerais da coletividade, e isso começa a prevalecer no Brasil. A afirmação da jurisdição de Sergio Moro permitiu que se visualizassem os ilícitos de uma forma integrada e coerente, algo essencial à percepção do crime organizado e suas múltiplas vertentes. Trata-se de um magistrado técnico, com visão unitária e completa sobre os fatos abrangidos na Lava Jato, conhecido por seu perfil correto e idôneo. Uma característica central do juiz Moro -não há quem discorde- é sua dedicação ao estudo minucioso e profundo, até detalhista, dos processos sob sua jurisdição, o que certamente fez a diferença para o sucesso da operação desde o seu nascedouro. Mesmo os adversários de Sergio Moro reconhecem nele alguns traços basilares, inerentes ao bom magistrado: ele fundamenta de forma consistente suas decisões e conhece bem o direito aplicável à matéria penal, especialmente quanto aos crimes do "colarinho branco". As críticas, e divergências, são inerentes ao ofício jurídico, assim como eventuais equívocos que podem ser corrigidos por recursos. As audiências nesses processos criminais costumam ser gravadas e públicas, mostrando transparência e a forma republicana na condução dos trabalhos e no tratamento dispensado aos advogados. A Lava Jato posicionou o Brasil num patamar de visibilidade positiva no cenário mundial, incluindo-o no rol de países compromissados com o combate à corrupção. Uma decorrência dessa nova cultura é a visão de instituições de Estado, que começa a se enraizar na sociedade. A agenda anticorrupção não pertence apenas ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, mas também ao Poder Executivo, cujos braços, através da Polícia Federal e de outros órgãos, têm participado ativamente dessa construção, não obstante a falta de compreensão de parcela da classe política. Em uma palestra recente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lembrou que algumas instituições, antes consideradas de governo, passaram a ser reconhecidas como de Estado. Isso ocorreu com o Judiciário, com o Ministério Público e agora com a Polícia Federal, que pleiteia mais autonomia orçamentária e administrativa. Diante dessa nova realidade, também o setor privado torna-se responsável pelo combate à corrupção, por meio das exigências de integridade corporativa e de respeito à legislação anticorrupção. Trata-se de um outro efeito da era pós-Lava Jato e de uma adaptação do Brasil a imperativos do sistema global. Empresas privadas necessitam combater práticas ilícitas e cooperar com as autoridades públicas nesse enfrentamento. O juiz Sergio Moro tem muito a ver com toda esta nova cultura anticorrupção no Brasil. Pode-se afirmar que é parte desta transformação, ainda que como uma "face" ou símbolo deste Brasil que pode emergir com uma poderosa agenda econômica ligada à solidez das instituições democráticas e republicanas. Então, quais são as ameaças a todo esse processo civilizatório em curso? Um risco seria as instituições confundirem autonomia com corporativismo, arbitrariedade e falta de limites às suas ações, incorrendo numa espécie de deslumbramento com os holofotes. Outra ameaça seria a de legisladores atuarem em causa própria ou investigados tentarem desconstruir a operação a partir de ataques à reputação dos investigadores e julgadores, valendo-se do poder político e econômico. A população dirá, em 2018, o rumo a ser trilhado. Tudo indica que esse caminho não terá retrocesso, pois a sociedade, por meio da imprensa e das redes sociais, permanecerá atenta e vigilante. O cidadão exercerá, pelo voto, suas escolhas pautadas por juízos cada vez mais críticos e maduros. Todavia, a democracia não se esgota no voto. Como já alertava Eduardo García de Enterría, um dos maiores juristas contemporâneos, o voto nunca foi, e nem será, um cheque em branco para o cometimento de crimes. Assim, mesmo aos eleitos, ou aos concursados, ou aos nomeados, vale a advertência de que estão sob o império da Constituição e que a lei vale para todos. A desobediência pode acarretar perda de mandato, de função pública e até prisão. A democracia nunca pode ser confundida com impunidade. O recado que o Brasil vem passando ao mundo é muito claro: aqui impera um Estado democrático de Direito. FÁBIO MEDINA OSÓRIO é jurista, ex-ministro da Advocacia-Geral da União e doutor em Direito Administrativo (Universidade Complutense de Madri) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Polícia muda estratégia e reprime manifestação contra tarifa em SP
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O segundo ato expressivo contra a alta das tarifas de ônibus, trens e metrô em São Paulo foi marcado pela mudança de estratégia da Polícia Militar, que reprimiu a manifestação de forma mais intensa antes mesmo de haver confronto com "black blocs" e usou bombas para dispensar os participantes.A polícia decidiu bloquear a avenida Paulista e revistar manifestantes antes do começo do protesto e impedir que eles avançassem pela avenida Rebouças. Após empurra-empurra, lançou bombas de gás que acabou dividindo os grupos por diferentes ruas e provocando correria.Leia a reportagem completa aqui
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Polícia muda estratégia e reprime manifestação contra tarifa em SPO segundo ato expressivo contra a alta das tarifas de ônibus, trens e metrô em São Paulo foi marcado pela mudança de estratégia da Polícia Militar, que reprimiu a manifestação de forma mais intensa antes mesmo de haver confronto com "black blocs" e usou bombas para dispensar os participantes.A polícia decidiu bloquear a avenida Paulista e revistar manifestantes antes do começo do protesto e impedir que eles avançassem pela avenida Rebouças. Após empurra-empurra, lançou bombas de gás que acabou dividindo os grupos por diferentes ruas e provocando correria.Leia a reportagem completa aqui
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Entretempos: Cinco pontos sobre a Feira Plana
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A Feira Plana, evento que reuniu mais de 120 expositores de publicações independentes neste fim de semana, no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, chegou a sua terceira edição com público de 9 mil pessoas, segundo estimativa ... Leia post completo no blog
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ilustrada
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Entretempos: Cinco pontos sobre a Feira PlanaA Feira Plana, evento que reuniu mais de 120 expositores de publicações independentes neste fim de semana, no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, chegou a sua terceira edição com público de 9 mil pessoas, segundo estimativa ... Leia post completo no blog
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Esquerda e direita, parecidas demais
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Um desavisado pode achar que o PT tem uma agenda radicalmente diferente do governo Temer. O partido votou contra o teto dos gastos, tem feito oposição sistemática à reforma da Previdência e criticado a agenda do governo, como se fosse o reverso da sua. No entanto, pouco tempo atrás, o governo Dilma apresentou propostas semelhantes. Como escapamos da oposição aparente entre as forças políticas —na prática tão parecidas— e criamos alternativas reais? Em janeiro de 2016, o ex-ministro Nelson Barbosa anunciou a proposta de criar um teto para os gastos. A proposta era mais sofisticada que a de Temer, incluía um teto com banda e um sistema gradual de cortes em caso de deficit. Pode-se argumentar que as diferenças eram significativas, mas eram de grau e detalhe, não de substância. A mesma coisa acontece com a Previdência. Dilma tinha anunciado uma reforma para elevar a idade dos que se aposentam, por meio do estabelecimento de idade mínima ou uma combinação entre idade e contribuição. A proposta de Temer era mais ampla, mas, depois da resistência que sofreu, deve ficar parecida com a da ex-presidente. Se a diferença das propostas de Temer e Dilma é apenas de grau e detalhe, por que a retórica do PT faz crer que vivíamos um processo de expansão dos direitos e agora vivemos um "desmonte golpista"? A explicação do petismo é que, ao contrário do PMDB, seus governos estão em disputa e podem avançar mais, sendo necessário engajamento para fazer prevalecer a posição progressista. O que teria faltado aos governos petistas é vontade e compromisso. Essa falsa explicação esconde e coloca fora do alcance das pessoas comuns o problema dos constrangimentos da política: limites contábeis, imperativos da gestão macroeconômica, equilíbrio das forças que apoiam o governo e opções estratégicas entre diferentes agendas. Ao fazer parecer que o que impede a adoção de políticas alternativas é falta de compromisso, e não os constrangimentos institucionais, a cidadania é deixada à margem dos processos decisórios e não pode exercer controle sobre as opções estratégicas da classe política. Ela fica ocupada, discutindo falsas questões. Se quisermos influenciar a ação dos políticos, temos que parar de nos deixar enganar, entender os constrangimentos da política institucional e controlar os políticos no jogo da política real e não no da ilusão que nos vendem para nos distrair. Quem sabe assim poderemos escapar da triste situação de escolher entre versões mais ou menos fortes das reformas liberais e conseguimos colocar sobre a mesa propostas factíveis das mudanças que tanto precisamos.
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Esquerda e direita, parecidas demaisUm desavisado pode achar que o PT tem uma agenda radicalmente diferente do governo Temer. O partido votou contra o teto dos gastos, tem feito oposição sistemática à reforma da Previdência e criticado a agenda do governo, como se fosse o reverso da sua. No entanto, pouco tempo atrás, o governo Dilma apresentou propostas semelhantes. Como escapamos da oposição aparente entre as forças políticas —na prática tão parecidas— e criamos alternativas reais? Em janeiro de 2016, o ex-ministro Nelson Barbosa anunciou a proposta de criar um teto para os gastos. A proposta era mais sofisticada que a de Temer, incluía um teto com banda e um sistema gradual de cortes em caso de deficit. Pode-se argumentar que as diferenças eram significativas, mas eram de grau e detalhe, não de substância. A mesma coisa acontece com a Previdência. Dilma tinha anunciado uma reforma para elevar a idade dos que se aposentam, por meio do estabelecimento de idade mínima ou uma combinação entre idade e contribuição. A proposta de Temer era mais ampla, mas, depois da resistência que sofreu, deve ficar parecida com a da ex-presidente. Se a diferença das propostas de Temer e Dilma é apenas de grau e detalhe, por que a retórica do PT faz crer que vivíamos um processo de expansão dos direitos e agora vivemos um "desmonte golpista"? A explicação do petismo é que, ao contrário do PMDB, seus governos estão em disputa e podem avançar mais, sendo necessário engajamento para fazer prevalecer a posição progressista. O que teria faltado aos governos petistas é vontade e compromisso. Essa falsa explicação esconde e coloca fora do alcance das pessoas comuns o problema dos constrangimentos da política: limites contábeis, imperativos da gestão macroeconômica, equilíbrio das forças que apoiam o governo e opções estratégicas entre diferentes agendas. Ao fazer parecer que o que impede a adoção de políticas alternativas é falta de compromisso, e não os constrangimentos institucionais, a cidadania é deixada à margem dos processos decisórios e não pode exercer controle sobre as opções estratégicas da classe política. Ela fica ocupada, discutindo falsas questões. Se quisermos influenciar a ação dos políticos, temos que parar de nos deixar enganar, entender os constrangimentos da política institucional e controlar os políticos no jogo da política real e não no da ilusão que nos vendem para nos distrair. Quem sabe assim poderemos escapar da triste situação de escolher entre versões mais ou menos fortes das reformas liberais e conseguimos colocar sobre a mesa propostas factíveis das mudanças que tanto precisamos.
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Prefeito de Curitiba é internado novamente com coágulo no pulmão
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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, foi internado novamente nesta segunda-feira (2) no Hospital Marcelino Champagnat. Era seu primeiro dia de trabalho após assumir a prefeitura no domingo (1º). Greca foi diagnosticado com tromboembolia pulmonar, quando um coágulo de sangue se aloja em vasos do pulmão. Ele será mantido no hospital para receber medicação até que seu estado clínico volte ao normal. O prefeito já havia sido hospitalizado na tarde de sábado (31), após sentir falta de ar, mas acabou sendo liberado depois de passar por uma bateria de exames cardiológicos e de sangue. A suspeita inicial era uma crise de ansiedade. Ele tem 60 anos. Ao tomar posse no domingo (1º), Greca usou uma entrada lateral para chegar ao Plenário da Câmara. Os médicos recomendaram que ele não usasse a entrada principal para não ter que subir a escada de 13 degraus do prédio histórico.
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cotidiano
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Prefeito de Curitiba é internado novamente com coágulo no pulmãoO prefeito de Curitiba, Rafael Greca, foi internado novamente nesta segunda-feira (2) no Hospital Marcelino Champagnat. Era seu primeiro dia de trabalho após assumir a prefeitura no domingo (1º). Greca foi diagnosticado com tromboembolia pulmonar, quando um coágulo de sangue se aloja em vasos do pulmão. Ele será mantido no hospital para receber medicação até que seu estado clínico volte ao normal. O prefeito já havia sido hospitalizado na tarde de sábado (31), após sentir falta de ar, mas acabou sendo liberado depois de passar por uma bateria de exames cardiológicos e de sangue. A suspeita inicial era uma crise de ansiedade. Ele tem 60 anos. Ao tomar posse no domingo (1º), Greca usou uma entrada lateral para chegar ao Plenário da Câmara. Os médicos recomendaram que ele não usasse a entrada principal para não ter que subir a escada de 13 degraus do prédio histórico.
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Remuneração de CDB nos grandes bancos é parecida com a da poupança
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Tirar as economias da poupança para colocar em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) de um grande banco pode ser uma clássica troca de seis por meia dúzia. A remuneração desse produto está muito parecida com o minguado rendimento da caderneta, que vinha perdendo até para a inflação. Em alguns casos, o dinheiro só crescerá mais que na poupança no longo prazo. Contra o CDB ainda pesam limitações de valores mínimos de aplicação e a cobrança de Imposto de Renda. A Folha comparou CDBs pós-fixados (cuja remuneração é atrelada a um percentual do CDI, a taxa de juros cobrada entre instituições financeiras). Foram escolhidos produtos de regras simples e menor valor de aplicação. Enquanto o rendimento estimado para a poupança nos próximos 12 meses é de 8,8%, aplicar em CDBs no curto prazo pode render de 8,4% a 9,3%, dependendo do banco. Por um período de dois anos, a remuneração iria de 8,9% a 10,0% (veja quadro abaixo). A única opção pós-fixada oferecida aos clientes do banco Itaú é Itauvest, que parte de 30% do CDI (ou 4,23% bruto ao ano) e tem taxa de juros progressiva. Essa remuneração, muito abaixo da inflação e da poupança, sobe para 100% do CDI se o dinheiro for mantido por mais de três anos. E, se o dinheiro ficar efetivamente pelo período, o rendimento de 100% do CDI retroage e passa a valer para todo o período de aplicação. Ainda assim, o cliente encontra opções com rendimentos melhores fora dos grandes bancos. O mesmo dinheiro investido no Tesouro Direto –a aplicação conservadora mais recomendada pelos planejadores financeiros hoje– renderia de 10,9% a 12,3% ao ano. A remuneração vale para quem compra Tesouro Selic, papel que acompanha a taxa básica de juros da economia. Outra vantagem de escolher o Tesouro Direto é a possibilidade de poupar em pequenos valores, em uma dinâmica mais parecida com a da poupança. Um investidor pode fazer uma aplicação com cerca de R$ 80 em Tesouro Selic. Para quem ainda assim prefere investir em CDBs, que têm a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), os bancos médios oferecem taxas mais atrativas, acima de 100% do CDI. A desvantagem é abrir mão de resgatar o dinheiro a qualquer momento, antes da data de vencimento. POR QUE TÃO POUCO? O CDB é um dos instrumentos que o banco tem para captar o dinheiro que depois será emprestado aos correntistas. A principal receita do banco vem da diferença entre a taxa que ele paga pelo dinheiro do cliente no CDB e o juro que ele cobra de quem pede o empréstimo. O problema é que hoje os bancos estão limitando os novos financiamentos, com receio de calotes. No primeiro trimestre deste ano, a carteira de crédito dos bancos (total de dinheiro emprestado a correntistas) ficou praticamente estável nas principais instituições. "O banco capta de acordo com a necessidade. Se ele não está precisando de dinheiro agora –e ele não está, porque não está emprestando–, não quer pegar o dinheiro do correntista. E, se o cliente mesmo assim quiser deixar o dinheiro lá, o banco vai pagar baratinho", afirma Michael Viriato, do Insper. Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil, explica ainda que o banco consegue captar de forma pulverizada em sua rede de agência, o que diminui a necessidade de remunerar bem o pequeno investidor. E há ainda o problema de não competir com a fonte de captação para crédito agrícola. MIGRAÇÃO "Se eu tiver um produto de varejo com rentabilidade muito maior que a da poupança, vou estimular a migração para outros produtos. Para financiar o agronegócio, preciso ter um saldo de poupança, não posso estimular canibalização", diz Casalatina. "Cada instituição tem a sua estratégia de necessidade de caixa", afirma Marcos Daré, diretor de Investimentos do Bradesco. Ele considera que neste momento o banco precisa de menos funding para novos empréstimos. Para atender clientes que não atingem os R$ 2.000 mínimos para aplicar em CDBs, o Bradesco sugere fundo simples de renda fixa, que tem taxa de administração. Em nota, o Santander afirmou que a remuneração leva em conta o valor total dos investimentos do cliente no banco e o prazo que o recurso permanece aplicado.
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mercado
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Remuneração de CDB nos grandes bancos é parecida com a da poupançaTirar as economias da poupança para colocar em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) de um grande banco pode ser uma clássica troca de seis por meia dúzia. A remuneração desse produto está muito parecida com o minguado rendimento da caderneta, que vinha perdendo até para a inflação. Em alguns casos, o dinheiro só crescerá mais que na poupança no longo prazo. Contra o CDB ainda pesam limitações de valores mínimos de aplicação e a cobrança de Imposto de Renda. A Folha comparou CDBs pós-fixados (cuja remuneração é atrelada a um percentual do CDI, a taxa de juros cobrada entre instituições financeiras). Foram escolhidos produtos de regras simples e menor valor de aplicação. Enquanto o rendimento estimado para a poupança nos próximos 12 meses é de 8,8%, aplicar em CDBs no curto prazo pode render de 8,4% a 9,3%, dependendo do banco. Por um período de dois anos, a remuneração iria de 8,9% a 10,0% (veja quadro abaixo). A única opção pós-fixada oferecida aos clientes do banco Itaú é Itauvest, que parte de 30% do CDI (ou 4,23% bruto ao ano) e tem taxa de juros progressiva. Essa remuneração, muito abaixo da inflação e da poupança, sobe para 100% do CDI se o dinheiro for mantido por mais de três anos. E, se o dinheiro ficar efetivamente pelo período, o rendimento de 100% do CDI retroage e passa a valer para todo o período de aplicação. Ainda assim, o cliente encontra opções com rendimentos melhores fora dos grandes bancos. O mesmo dinheiro investido no Tesouro Direto –a aplicação conservadora mais recomendada pelos planejadores financeiros hoje– renderia de 10,9% a 12,3% ao ano. A remuneração vale para quem compra Tesouro Selic, papel que acompanha a taxa básica de juros da economia. Outra vantagem de escolher o Tesouro Direto é a possibilidade de poupar em pequenos valores, em uma dinâmica mais parecida com a da poupança. Um investidor pode fazer uma aplicação com cerca de R$ 80 em Tesouro Selic. Para quem ainda assim prefere investir em CDBs, que têm a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), os bancos médios oferecem taxas mais atrativas, acima de 100% do CDI. A desvantagem é abrir mão de resgatar o dinheiro a qualquer momento, antes da data de vencimento. POR QUE TÃO POUCO? O CDB é um dos instrumentos que o banco tem para captar o dinheiro que depois será emprestado aos correntistas. A principal receita do banco vem da diferença entre a taxa que ele paga pelo dinheiro do cliente no CDB e o juro que ele cobra de quem pede o empréstimo. O problema é que hoje os bancos estão limitando os novos financiamentos, com receio de calotes. No primeiro trimestre deste ano, a carteira de crédito dos bancos (total de dinheiro emprestado a correntistas) ficou praticamente estável nas principais instituições. "O banco capta de acordo com a necessidade. Se ele não está precisando de dinheiro agora –e ele não está, porque não está emprestando–, não quer pegar o dinheiro do correntista. E, se o cliente mesmo assim quiser deixar o dinheiro lá, o banco vai pagar baratinho", afirma Michael Viriato, do Insper. Edmar Casalatina, diretor de empréstimos e financiamentos do Banco do Brasil, explica ainda que o banco consegue captar de forma pulverizada em sua rede de agência, o que diminui a necessidade de remunerar bem o pequeno investidor. E há ainda o problema de não competir com a fonte de captação para crédito agrícola. MIGRAÇÃO "Se eu tiver um produto de varejo com rentabilidade muito maior que a da poupança, vou estimular a migração para outros produtos. Para financiar o agronegócio, preciso ter um saldo de poupança, não posso estimular canibalização", diz Casalatina. "Cada instituição tem a sua estratégia de necessidade de caixa", afirma Marcos Daré, diretor de Investimentos do Bradesco. Ele considera que neste momento o banco precisa de menos funding para novos empréstimos. Para atender clientes que não atingem os R$ 2.000 mínimos para aplicar em CDBs, o Bradesco sugere fundo simples de renda fixa, que tem taxa de administração. Em nota, o Santander afirmou que a remuneração leva em conta o valor total dos investimentos do cliente no banco e o prazo que o recurso permanece aplicado.
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Dívida emergente
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A turbulência no mercado financeiro internacional tem crescido nos últimos meses. Bolsas em queda, juros em alta para empresas de diversos países e dólar fortalecido refletem a incerteza quanto ao impacto de dois fatores –o esperado aperto monetário nos EUA e a transição chinesa para uma etapa de menor crescimento econômico. Dito de outra maneira, aguarda-se a mudança do padrão de funcionamento da economia mundial em vigor desde a crise de 2008, no qual países desenvolvidos mantêm juros próximos de zero para combater a recessão e a China, em expansão veloz, favorece as exportações e a renda dos demais emergentes. Tal combinação impulsionou o fluxo de dinheiro rumo ao mundo em desenvolvimento, em especial na forma de financiamentos a empresas. Entre 2004 e 2014, segundo pesquisa do FMI, o endividamento empresarial nos principais emergentes saltou de US$ 4 trilhões para US$ 18 trilhões, na maior elevação já contabilizada. O documento publicado pelo organismo não detalha montantes por países, mas menciona que o aumento ocorrido no Brasil de 2007 para cá só é superado pelos de China, Turquia e Chile. A mera expectativa de reversão da política americana de juro zero tem provocado rápida alta do dólar –exacerbada, aqui, pela crise doméstica– e reforçado as preocupações com a vulnerabilidade das empresas à variação cambial. No cotidiano corporativo, os temores significam maior custo para a renovação dos empréstimos. Adiciona-se às incertezas a freada da China, de intensidade ainda pouco previsível. Sofrem com a desaceleração do gigante asiático tanto os países fornecedores de matérias-primas, caso brasileiro, quanto os de bens industriais, como Coreia do Sul e Taiwan. Numa evidência da piora das perspectivas para os emergentes, o Instituto de Finanças Internacionais previu nesta quinta (1º) que haverá neste ano saída líquida de capital externo desse grupo de países, o que não ocorre desde 1988. Como resposta à deterioração do cenário, que pode prejudicar a economia norte-americana, o Fed (banco central dos EUA) adiou a alta de juros esperada para o mês passado. A maior parte dos analistas, porém, considera que o alívio será apenas temporário. O Brasil tem sido um foco especial de preocupação, dada a fragilidade das contas públicas e o alto endividamento de empresas, principalmente a Petrobras. A completa desorientação dos planos do governo contribui para manter o país no rol dos mais frágeis. [email protected]
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opiniao
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Dívida emergenteA turbulência no mercado financeiro internacional tem crescido nos últimos meses. Bolsas em queda, juros em alta para empresas de diversos países e dólar fortalecido refletem a incerteza quanto ao impacto de dois fatores –o esperado aperto monetário nos EUA e a transição chinesa para uma etapa de menor crescimento econômico. Dito de outra maneira, aguarda-se a mudança do padrão de funcionamento da economia mundial em vigor desde a crise de 2008, no qual países desenvolvidos mantêm juros próximos de zero para combater a recessão e a China, em expansão veloz, favorece as exportações e a renda dos demais emergentes. Tal combinação impulsionou o fluxo de dinheiro rumo ao mundo em desenvolvimento, em especial na forma de financiamentos a empresas. Entre 2004 e 2014, segundo pesquisa do FMI, o endividamento empresarial nos principais emergentes saltou de US$ 4 trilhões para US$ 18 trilhões, na maior elevação já contabilizada. O documento publicado pelo organismo não detalha montantes por países, mas menciona que o aumento ocorrido no Brasil de 2007 para cá só é superado pelos de China, Turquia e Chile. A mera expectativa de reversão da política americana de juro zero tem provocado rápida alta do dólar –exacerbada, aqui, pela crise doméstica– e reforçado as preocupações com a vulnerabilidade das empresas à variação cambial. No cotidiano corporativo, os temores significam maior custo para a renovação dos empréstimos. Adiciona-se às incertezas a freada da China, de intensidade ainda pouco previsível. Sofrem com a desaceleração do gigante asiático tanto os países fornecedores de matérias-primas, caso brasileiro, quanto os de bens industriais, como Coreia do Sul e Taiwan. Numa evidência da piora das perspectivas para os emergentes, o Instituto de Finanças Internacionais previu nesta quinta (1º) que haverá neste ano saída líquida de capital externo desse grupo de países, o que não ocorre desde 1988. Como resposta à deterioração do cenário, que pode prejudicar a economia norte-americana, o Fed (banco central dos EUA) adiou a alta de juros esperada para o mês passado. A maior parte dos analistas, porém, considera que o alívio será apenas temporário. O Brasil tem sido um foco especial de preocupação, dada a fragilidade das contas públicas e o alto endividamento de empresas, principalmente a Petrobras. A completa desorientação dos planos do governo contribui para manter o país no rol dos mais frágeis. [email protected]
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Veja peças que serão exibidas na mostra Paralela, em São Paulo
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DE SÃO PAULO Desenhos geométricos, estampas de animais e peças com detalhes em vidro são algumas das tendências que serão apresentadas na mostra de decoração Paralela, que será realizada de 24 a 27 de julho no pavilhão da Bienal (na zona sul de São Paulo). "A proposta é reunir o que há de melhor no design do Brasil, dos novos estúdios a grandes empresas", diz Daniela Refinetti, uma das sócias do evento. Mais de 60 expositores participarão da feira, que chega ao seu 15° ano. Veja algumas peças que serão exibidas.
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sobretudo
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Veja peças que serão exibidas na mostra Paralela, em São Paulo
DE SÃO PAULO Desenhos geométricos, estampas de animais e peças com detalhes em vidro são algumas das tendências que serão apresentadas na mostra de decoração Paralela, que será realizada de 24 a 27 de julho no pavilhão da Bienal (na zona sul de São Paulo). "A proposta é reunir o que há de melhor no design do Brasil, dos novos estúdios a grandes empresas", diz Daniela Refinetti, uma das sócias do evento. Mais de 60 expositores participarão da feira, que chega ao seu 15° ano. Veja algumas peças que serão exibidas.
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Rihanna lança música em parceria com produtor Mike Will Made-It; ouça
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Após o bem-sucedido lançamento de seu mais recente disco, "Anti" —que inclui o megasucesso "Work"—, Rihanna apareceu nesta sexta (3) em uma nova canção, dessa vez em parceria com o produtor musical Mike Will Made-It. "Nothing Is Promise" é o primeiro single do álbum Ransom 2 do produtor, que será lançado no segundo semestre deste ano pela Westbury Road Entertainment, gravadora da cantora. Não é o primeiro trabalho de Made-It com Rihanna. Em 2012, ele produziu o single "Pour It Up", do sétimo álbum de estúdio da artista, "Unapologetic". O produtor também já fez parcerias com Lil Wayne, Miley Cyrus e Mariah Carey. Ouça no spotify
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ilustrada
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Rihanna lança música em parceria com produtor Mike Will Made-It; ouçaApós o bem-sucedido lançamento de seu mais recente disco, "Anti" —que inclui o megasucesso "Work"—, Rihanna apareceu nesta sexta (3) em uma nova canção, dessa vez em parceria com o produtor musical Mike Will Made-It. "Nothing Is Promise" é o primeiro single do álbum Ransom 2 do produtor, que será lançado no segundo semestre deste ano pela Westbury Road Entertainment, gravadora da cantora. Não é o primeiro trabalho de Made-It com Rihanna. Em 2012, ele produziu o single "Pour It Up", do sétimo álbum de estúdio da artista, "Unapologetic". O produtor também já fez parcerias com Lil Wayne, Miley Cyrus e Mariah Carey. Ouça no spotify
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Anvisa aprova novo medicamento para tratamento da hepatite C
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de um novo medicamento para ser usado no tratamento de hepatite C, o primeiro a ser administrado por via oral. A medida deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (6), segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A expectativa é que o produto passe a ser oferecido pelo SUS ainda no primeiro semestre deste ano, conforme a coluna Mônica Bergamo adiantou nesta segunda (5). O daclastavir é o primeiro de uma série de três medicamentos inovadores que deverão ser incorporados ao sistema público de saúde para o tratamento da doença. Os outros dois são o sofosbuvir e simesprevir. Hoje, pacientes precisam recorrer à Justiça para fazer com que o SUS pague os medicamentos –o custo chega a atingir cerca de R$ 40 mil durante o período de tratamento –de três meses. Segundo Chioro, a expectativa é que os gastos para oferecer os medicamentos no SUS sejam equivalentes aos gastos que já ocorrem com as medidas judiciais. Questionado, o Ministério da Saúde não informou quanto já gastou após os pedidos na Justiça. De acordo com a pasta, os novos medicamentos apresentam um percentual de cura de até 90% –o tratamento atual oferecido no SUS tem chance de cura de até 60%. Além de benefícios como o uso oral e a a diminuição no tempo de tratamento, que passa de um ano para três meses, o medicamento aprovado apresenta menos efeitos colaterais. Cerca de 16 mil pessoas são tratadas por ano contra hepatite C no sistema público de saúde. A doença, responsável por grande parcela dos casos de transplantes e de câncer no fígado, é transmitida por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas –como seringas–, de outros materiais cortantes e de objetos de higiene pessoal.
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equilibrioesaude
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Anvisa aprova novo medicamento para tratamento da hepatite CA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro de um novo medicamento para ser usado no tratamento de hepatite C, o primeiro a ser administrado por via oral. A medida deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (6), segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A expectativa é que o produto passe a ser oferecido pelo SUS ainda no primeiro semestre deste ano, conforme a coluna Mônica Bergamo adiantou nesta segunda (5). O daclastavir é o primeiro de uma série de três medicamentos inovadores que deverão ser incorporados ao sistema público de saúde para o tratamento da doença. Os outros dois são o sofosbuvir e simesprevir. Hoje, pacientes precisam recorrer à Justiça para fazer com que o SUS pague os medicamentos –o custo chega a atingir cerca de R$ 40 mil durante o período de tratamento –de três meses. Segundo Chioro, a expectativa é que os gastos para oferecer os medicamentos no SUS sejam equivalentes aos gastos que já ocorrem com as medidas judiciais. Questionado, o Ministério da Saúde não informou quanto já gastou após os pedidos na Justiça. De acordo com a pasta, os novos medicamentos apresentam um percentual de cura de até 90% –o tratamento atual oferecido no SUS tem chance de cura de até 60%. Além de benefícios como o uso oral e a a diminuição no tempo de tratamento, que passa de um ano para três meses, o medicamento aprovado apresenta menos efeitos colaterais. Cerca de 16 mil pessoas são tratadas por ano contra hepatite C no sistema público de saúde. A doença, responsável por grande parcela dos casos de transplantes e de câncer no fígado, é transmitida por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de material para uso de drogas –como seringas–, de outros materiais cortantes e de objetos de higiene pessoal.
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Aécio contesta reportagem sobre uso de aviões de MG por celebridades
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Sobre a reportagem Aécio cedeu avião de Minas a políticos e celebridades, informamos que não é obrigatória a presença do governador nos deslocamentos feitos em aeronaves oficiais. O decreto em vigor em MG não restringe o uso delas ao transporte do governador, prevendo o atendimento de demandas apresentadas dentro dos interesses do Estado. Os atores José Wilker e Milton Gonçalves estavam em agenda como convidados oficiais de ato do Ministério Público. Lamentavelmente a Folha não publicou esclarecimentos do ex-chefe do Gabinete Militar, autor da resolução que regula o uso de aeronaves, sobre a legalidade do transporte de autoridades e convidados do Estado. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Aécio contesta reportagem sobre uso de aviões de MG por celebridadesSobre a reportagem Aécio cedeu avião de Minas a políticos e celebridades, informamos que não é obrigatória a presença do governador nos deslocamentos feitos em aeronaves oficiais. O decreto em vigor em MG não restringe o uso delas ao transporte do governador, prevendo o atendimento de demandas apresentadas dentro dos interesses do Estado. Os atores José Wilker e Milton Gonçalves estavam em agenda como convidados oficiais de ato do Ministério Público. Lamentavelmente a Folha não publicou esclarecimentos do ex-chefe do Gabinete Militar, autor da resolução que regula o uso de aeronaves, sobre a legalidade do transporte de autoridades e convidados do Estado. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Sábado deve ser quente e tem mostra de museus no parque da Água Branca e samba da velha guarda
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 17 de setembro de 2016. Sábado. Bom dia para você que nunca fica de ressaca! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Dia no museu | O Parque da Água Branca recebe, das 10h às 18h, a terceira edição da Mostra de Museus, evento que reúne 50 atividades dos 19 museus da Secretaria da Cultura. A atividade tem como objetivo apresentar um pouco do que cada uma dessas instituições oferecem. Confira a programação completa aqui. Samba | A veterana sambista Dona Inah celebra 65 anos de carreira em show às 21h no Sesc Pompeia. Ao lado dos amigos Zé Velha, Silvério Pontes, Eduardo Gudin e Osvaldinho da Cuíca, Inah interpreta músicas de sua trajetória e canta temas de Dona Ivone Lara e Cartola, entre outros. Ingressos custam de R$ 9 a R$ 30. Veja mais aqui. Teatro | A comédia "IML - Instituto Meio Legal" estreia no teatro Maria Della Costa. A peça conta a história de Dona Glória, uma mulher que começa a trabalhar na limpeza de um necrotério e acaba sendo testemunha de vários fatos estranhos. Ingressos custam de R$ 40. Saiba mais aqui. Quase esgotado | Termina neste sábado (17) o Pauliceia Literária, festival gratuito que está na terceira edição e vem reunindo autores nacionais e estrangeiros na Aasp (Associação dos Advogados de São Paulo), no centro da capital paulista. Até a manhã desta sexta (16), restavam poucas vagas para as mesas de sábado. Veja mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Reintegração | O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) adiou, a pedido da prefeitura, a reintegração de posse do Cine Marrocos, no centro de São Paulo. A operação estava prevista para este sábado (17). O pedido foi feito pela gestão municipal nesta sexta-feira (16) e a reintegração não tem uma nova data para acontecer. Recuo | O presidente Michel Temer desistiu de conceder uma pequena parte do reajuste salarial pleiteado por defensores públicos e vetou integralmente a proposta que aumentava o salário da categoria em até 67%. Menos | Em reunião com os sindicatos na manhã desta sexta-feira (16), a direção da Petrobras propôs aos petroleiros um aumento de até 4,97% nos rendimentos da categoria, além de redução no valor das horas extras e opção de corte da jornada de trabalho e do salário de empregados da área administrativa. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para este sábado é de 28ºC. A mínima deve ficar em 15ºC, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O céu deve ficar parcialmente nublado. Zona oeste | A rua Francisco Leitão, será interditada entre a rua Teodoro Sampaio e a rua Cardeal Arcoverde das 6h às 21h30 deste sábado para a realização do evento "Aniversário de Pinheiros - 456 Anos". O trecho entre as ruas Guadalupe e Estados Unidos terá a pista da esquerda bloqueada próximo à praça Homero Vaz do Amaral, das 7h às 21h, para a realização do evento "Panela na Rua. Zona oeste 2 | A av. Sumaré terá interdição parcial no sentido Ponte do Limão entre a praça Marrey Júnior e a rua Palestra Itália até as 5h de segunda (19) devido a obras de ampliação das galerias dos córregos Sumaré e Água Preta. Centro | A rua Santa Ifigênia será interditada entre as avenidas Ipiranga e Cásper Líbero para a realização do evento "Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição", de responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Os bloqueios ocorrem das das 16h às 23h deste sábado (17) e do domingo (18). Centro 2 | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona sul | A rua Arizona, no Brooklyn, será bloqueada entre as ruas Califórnia e Nova York, até as 18h de sábado (10) para estacionamento de guindaste e içamento de materiais. A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan. Zona sul 2 | A Avenida João Dias será parcialmente interditada no sentido bairro entre as ruas Doutor Fritz Martin e Missionários até a próxima sexta (23) devido à continuidade das obras de construção da extensão Viária Chucri Zaidan, e dura
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Sábado deve ser quente e tem mostra de museus no parque da Água Branca e samba da velha guardaBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO São Paulo, 17 de setembro de 2016. Sábado. Bom dia para você que nunca fica de ressaca! Veja o que você precisa saber para tocar e aproveitar o seu dia: * PARA CURTIR A CIDADE Dia no museu | O Parque da Água Branca recebe, das 10h às 18h, a terceira edição da Mostra de Museus, evento que reúne 50 atividades dos 19 museus da Secretaria da Cultura. A atividade tem como objetivo apresentar um pouco do que cada uma dessas instituições oferecem. Confira a programação completa aqui. Samba | A veterana sambista Dona Inah celebra 65 anos de carreira em show às 21h no Sesc Pompeia. Ao lado dos amigos Zé Velha, Silvério Pontes, Eduardo Gudin e Osvaldinho da Cuíca, Inah interpreta músicas de sua trajetória e canta temas de Dona Ivone Lara e Cartola, entre outros. Ingressos custam de R$ 9 a R$ 30. Veja mais aqui. Teatro | A comédia "IML - Instituto Meio Legal" estreia no teatro Maria Della Costa. A peça conta a história de Dona Glória, uma mulher que começa a trabalhar na limpeza de um necrotério e acaba sendo testemunha de vários fatos estranhos. Ingressos custam de R$ 40. Saiba mais aqui. Quase esgotado | Termina neste sábado (17) o Pauliceia Literária, festival gratuito que está na terceira edição e vem reunindo autores nacionais e estrangeiros na Aasp (Associação dos Advogados de São Paulo), no centro da capital paulista. Até a manhã desta sexta (16), restavam poucas vagas para as mesas de sábado. Veja mais aqui. * PARA TER ASSUNTO Reintegração | O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) adiou, a pedido da prefeitura, a reintegração de posse do Cine Marrocos, no centro de São Paulo. A operação estava prevista para este sábado (17). O pedido foi feito pela gestão municipal nesta sexta-feira (16) e a reintegração não tem uma nova data para acontecer. Recuo | O presidente Michel Temer desistiu de conceder uma pequena parte do reajuste salarial pleiteado por defensores públicos e vetou integralmente a proposta que aumentava o salário da categoria em até 67%. Menos | Em reunião com os sindicatos na manhã desta sexta-feira (16), a direção da Petrobras propôs aos petroleiros um aumento de até 4,97% nos rendimentos da categoria, além de redução no valor das horas extras e opção de corte da jornada de trabalho e do salário de empregados da área administrativa. * É MELHOR SE PREVENIR... Tempo | A temperatura máxima prevista para este sábado é de 28ºC. A mínima deve ficar em 15ºC, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O céu deve ficar parcialmente nublado. Zona oeste | A rua Francisco Leitão, será interditada entre a rua Teodoro Sampaio e a rua Cardeal Arcoverde das 6h às 21h30 deste sábado para a realização do evento "Aniversário de Pinheiros - 456 Anos". O trecho entre as ruas Guadalupe e Estados Unidos terá a pista da esquerda bloqueada próximo à praça Homero Vaz do Amaral, das 7h às 21h, para a realização do evento "Panela na Rua. Zona oeste 2 | A av. Sumaré terá interdição parcial no sentido Ponte do Limão entre a praça Marrey Júnior e a rua Palestra Itália até as 5h de segunda (19) devido a obras de ampliação das galerias dos córregos Sumaré e Água Preta. Centro | A rua Santa Ifigênia será interditada entre as avenidas Ipiranga e Cásper Líbero para a realização do evento "Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição", de responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. Os bloqueios ocorrem das das 16h às 23h deste sábado (17) e do domingo (18). Centro 2 | A rua Elisa Witacker, no Brás, fica interditada entre as ruas Monsenhor Andrade e Rodrigues dos Santos até 23/9 para manutenção de adutora d'água. A rua Sergipe, em Higienópolis, está interditada para o trânsito de veículos na altura da rua Ceará. O bloqueio se dá em razão de obras da futura estação Angélica/Mackenzie da linha 6-laranja do metrô e deve durar aproximadamente três anos. Zona sul | A rua Arizona, no Brooklyn, será bloqueada entre as ruas Califórnia e Nova York, até as 18h de sábado (10) para estacionamento de guindaste e içamento de materiais. A rua Pedro de Toledo também fica interditada entre as ruas Domingos de Morais e Tenente Gomes Ribeiro para a continuação de obras da linha 5-lilás do metrô. O bloqueio segue até fevereiro de 2018. A rua José Guerra fica fechada entre as ruas da Paz e Alexandre Dumas até 30 de outubro para obras de extensão na av. Dr. Chucri Zaidan. Zona sul 2 | A Avenida João Dias será parcialmente interditada no sentido bairro entre as ruas Doutor Fritz Martin e Missionários até a próxima sexta (23) devido à continuidade das obras de construção da extensão Viária Chucri Zaidan, e dura
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Festival de hambúrguer terá virada gastronômica de 30 horas
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Começa na sexta-feira (15) a sexta edição do Burger Fest. Casas de São Paulo e Campinas vão incluir receitas inéditas em seus cardápios. Serão cerca de 150 novos sanduíches. Entram no festival casas como Esquina Mocotó, La Reina, Capim Santo, Empório Sagarana, Obá Restaurante, Feed Food e Forneria San Paolo. O festival vai até o dia 31/5. Nesta edição acontecerá também o "Burger Weekend", uma virada gastronômica do hambúrguer, das 12h de sábado (16) às 18h de domingo (17). Durante o período, barraquinhas vão vender receitas na feirinha gastronômica Jardim das Perdizes. Participam, por exemplo, 12 Burger Bistrot, Born to Grill e Vinil Burger. Onze barraquinhas vão vender cervejas artesanais. Na Feirinha Gastronômica especial Burger Fest, no Butantan Food Park, haverá aulas de hambúrguer, com o passo a passo da receita. O evento acontecerá no dia 27/5. O ramen burger, que tem "pães" feitos com miojo, será vendido no It Burger, no Tatuapé, durante o festival por R$ 33. Veja aqui a receita. Burger Fest no Brasil Quando de 15/5 a 31/5 Informações facebook.com/BurgerFestOficial e burgerfest.com.br Butantan Food Park Onde r. Agostinho Cantu, Butantã Jardim das Perdizes Onde av. Marquês de São Vicente, 2.301, Jardim das Perdizes It Burger Onde r. Fernandes Pinheiro, 51, Tatuapé
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Festival de hambúrguer terá virada gastronômica de 30 horasComeça na sexta-feira (15) a sexta edição do Burger Fest. Casas de São Paulo e Campinas vão incluir receitas inéditas em seus cardápios. Serão cerca de 150 novos sanduíches. Entram no festival casas como Esquina Mocotó, La Reina, Capim Santo, Empório Sagarana, Obá Restaurante, Feed Food e Forneria San Paolo. O festival vai até o dia 31/5. Nesta edição acontecerá também o "Burger Weekend", uma virada gastronômica do hambúrguer, das 12h de sábado (16) às 18h de domingo (17). Durante o período, barraquinhas vão vender receitas na feirinha gastronômica Jardim das Perdizes. Participam, por exemplo, 12 Burger Bistrot, Born to Grill e Vinil Burger. Onze barraquinhas vão vender cervejas artesanais. Na Feirinha Gastronômica especial Burger Fest, no Butantan Food Park, haverá aulas de hambúrguer, com o passo a passo da receita. O evento acontecerá no dia 27/5. O ramen burger, que tem "pães" feitos com miojo, será vendido no It Burger, no Tatuapé, durante o festival por R$ 33. Veja aqui a receita. Burger Fest no Brasil Quando de 15/5 a 31/5 Informações facebook.com/BurgerFestOficial e burgerfest.com.br Butantan Food Park Onde r. Agostinho Cantu, Butantã Jardim das Perdizes Onde av. Marquês de São Vicente, 2.301, Jardim das Perdizes It Burger Onde r. Fernandes Pinheiro, 51, Tatuapé
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Estreante Sheyla Smanioto leva prêmio literário da Biblioteca Nacional
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A romancista de primeira viagem Sheyla Smanioto é a vencedora do Prêmio Machado de Assis, com "Desesterro" (ed. Record), anunciou a Biblioteca Nacional na tarde desta sexta-feira (18). Na semana passada, a autora já havia ficado em terceiro lugar no Prêmio Jabuti. Smanioto também foi finalista do Prêmio São Paulo, que acabou vencido por Rafael Gallo, com o livro "Rebentar" (Record). "Desesterro" foi publicado depois de vencer o Prêmio Sesc de 2015, voltado para revelar autores estreantes. Smanioto já havia publicado antes um livro de poesia ("Dentro de Folha"), um de contos ("Selfie Service") e escrito uma peça ("No Ponto Cego"). "Mesmo escrevendo romance, não larguei a poesia. 'Desesterro' é marcado pelo uso da linguagem. A ideia é não só contar uma história, mas fazer a pessoa senti-la", diz a autora, que já trabalha em um novo romance. A ganhadora do Prêmio Clarice Lispector (contos) foi a carioca Marta Barcellos, com "Antes que Seque" (Record) —também publicado após vencer o Prêmio Sesc do ano passado. Na categoria de poesia, o livro eleito foi "Poesia Reunida" (Record), de Adélia Prado Alphonsus de Guimararaens (poesia) ficou com o volume da "Poesia Reunida" de Adélia Prado, lançado pela Record. O Prêmio Paulo Rónai (tradução) ficou José Roberto Andrade Féres, pela sua versão de "O Sumiço", de Georges Perec —como a versão original, a edição brasileira não tem a letra E. Veja a lista completa dos vencedores: Conto - Prêmio Clarice Lispector Autor: Marta Barcellos Obra: "Antes que Seque" (ed. Record) Ensaio literário - Prêmio Mário de Andrade Autor: Murilo Marcondes de Moura Obra: "O mundo sitiado: a poesia brasileira e a segunda guerra mundial" (ed. 34) Ensaio social - Prêmio Sérgio Buarque de Holanda Autor: Douglas Attila Marcelino, Obra: "O corpo da Nova República: funerais presidenciais, representação histórica e imaginário político" (ed. FGV) Literatura infantil - Prêmio Sylvia Orthof Autor: Eliandro Rocha Obra: "Roupa de Brincar" (ed. Pulo do Gato) Literatura juvenil - Prêmio Glória Pondé Autor:Érica Bombardi Obra "Canto do Uirapuru" (Escrita Fina Edições) Poesia - Prêmio Alphonsus de Guimaraens Autor: Adélia Prado Obra "Poesia reunida" (ed. Record) Projeto Gráfico - Prêmio Aloísio Magalhães Autor: Raquel Matsushita Obra "Coleção Pedro fugiu de casa" (Edições de Janeiro) Romance - Prêmio Machado de Assis Autor: Sheyla Smanioto Obra: "Desesterro" (ed. Record) Tradução - Prêmio Paulo Rónai Autor: José Roberto Andrade Féres (Zéfere) Obra: "O sumiço" (ed. Autêntica)
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Estreante Sheyla Smanioto leva prêmio literário da Biblioteca NacionalA romancista de primeira viagem Sheyla Smanioto é a vencedora do Prêmio Machado de Assis, com "Desesterro" (ed. Record), anunciou a Biblioteca Nacional na tarde desta sexta-feira (18). Na semana passada, a autora já havia ficado em terceiro lugar no Prêmio Jabuti. Smanioto também foi finalista do Prêmio São Paulo, que acabou vencido por Rafael Gallo, com o livro "Rebentar" (Record). "Desesterro" foi publicado depois de vencer o Prêmio Sesc de 2015, voltado para revelar autores estreantes. Smanioto já havia publicado antes um livro de poesia ("Dentro de Folha"), um de contos ("Selfie Service") e escrito uma peça ("No Ponto Cego"). "Mesmo escrevendo romance, não larguei a poesia. 'Desesterro' é marcado pelo uso da linguagem. A ideia é não só contar uma história, mas fazer a pessoa senti-la", diz a autora, que já trabalha em um novo romance. A ganhadora do Prêmio Clarice Lispector (contos) foi a carioca Marta Barcellos, com "Antes que Seque" (Record) —também publicado após vencer o Prêmio Sesc do ano passado. Na categoria de poesia, o livro eleito foi "Poesia Reunida" (Record), de Adélia Prado Alphonsus de Guimararaens (poesia) ficou com o volume da "Poesia Reunida" de Adélia Prado, lançado pela Record. O Prêmio Paulo Rónai (tradução) ficou José Roberto Andrade Féres, pela sua versão de "O Sumiço", de Georges Perec —como a versão original, a edição brasileira não tem a letra E. Veja a lista completa dos vencedores: Conto - Prêmio Clarice Lispector Autor: Marta Barcellos Obra: "Antes que Seque" (ed. Record) Ensaio literário - Prêmio Mário de Andrade Autor: Murilo Marcondes de Moura Obra: "O mundo sitiado: a poesia brasileira e a segunda guerra mundial" (ed. 34) Ensaio social - Prêmio Sérgio Buarque de Holanda Autor: Douglas Attila Marcelino, Obra: "O corpo da Nova República: funerais presidenciais, representação histórica e imaginário político" (ed. FGV) Literatura infantil - Prêmio Sylvia Orthof Autor: Eliandro Rocha Obra: "Roupa de Brincar" (ed. Pulo do Gato) Literatura juvenil - Prêmio Glória Pondé Autor:Érica Bombardi Obra "Canto do Uirapuru" (Escrita Fina Edições) Poesia - Prêmio Alphonsus de Guimaraens Autor: Adélia Prado Obra "Poesia reunida" (ed. Record) Projeto Gráfico - Prêmio Aloísio Magalhães Autor: Raquel Matsushita Obra "Coleção Pedro fugiu de casa" (Edições de Janeiro) Romance - Prêmio Machado de Assis Autor: Sheyla Smanioto Obra: "Desesterro" (ed. Record) Tradução - Prêmio Paulo Rónai Autor: José Roberto Andrade Féres (Zéfere) Obra: "O sumiço" (ed. Autêntica)
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Segunda tem vacina contra H1N1 para mães e mostra de Lasar Segall
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Mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias e pessoas com doenças crônicas começam a ser vacinadas contra a gripe H1N1 nesta segunda (18). As vacinas estarão disponíveis nos postos de saúde de segunda a sexta, das 7 às 19h. Nas UBS/AMAs Integradas, na capital, a vacinação se estenderá aos sábados, no mesmo horário. A marginal Tietê, sentido Ayrton Senna, ficará parcialmente interditada das 23h desta segunda (18) às 4h da terça (19), para manutenção viária. Na pista expressa, os bloqueios ficarão entre a ponte Ulysses Guimarães e a ponte das Bandeiras; já na central, também entre a Ulysses Guimarães e a Jornalista Walter Abrãao (Casa Verde). * TEMPO Dia deve ser quente, com máxima de 33ºC e mínima de 19ºC. Não há previsão de chuva, segundo o Climatempo. * AGENDA CULTURAL Exposição | Estreia a mostra com 70 trabalhos de Lasar Segall (1891-1957) na Pinakotheke. Pinakotheke. R. Min. Nelson Hungria, 200, Vila Tramontano, tel. 3758-5202. Seg. a sex.: 10h às 18h. Sáb.: 10h às 16h. Até 28/5. Livre. GRÁTIS Shows | Semana terá apresentações de Arnaldo Antunes, Lenine e Filarmônica de Pasárgada. Confira 20 opções
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Segunda tem vacina contra H1N1 para mães e mostra de Lasar SegallMulheres que deram à luz nos últimos 45 dias e pessoas com doenças crônicas começam a ser vacinadas contra a gripe H1N1 nesta segunda (18). As vacinas estarão disponíveis nos postos de saúde de segunda a sexta, das 7 às 19h. Nas UBS/AMAs Integradas, na capital, a vacinação se estenderá aos sábados, no mesmo horário. A marginal Tietê, sentido Ayrton Senna, ficará parcialmente interditada das 23h desta segunda (18) às 4h da terça (19), para manutenção viária. Na pista expressa, os bloqueios ficarão entre a ponte Ulysses Guimarães e a ponte das Bandeiras; já na central, também entre a Ulysses Guimarães e a Jornalista Walter Abrãao (Casa Verde). * TEMPO Dia deve ser quente, com máxima de 33ºC e mínima de 19ºC. Não há previsão de chuva, segundo o Climatempo. * AGENDA CULTURAL Exposição | Estreia a mostra com 70 trabalhos de Lasar Segall (1891-1957) na Pinakotheke. Pinakotheke. R. Min. Nelson Hungria, 200, Vila Tramontano, tel. 3758-5202. Seg. a sex.: 10h às 18h. Sáb.: 10h às 16h. Até 28/5. Livre. GRÁTIS Shows | Semana terá apresentações de Arnaldo Antunes, Lenine e Filarmônica de Pasárgada. Confira 20 opções
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