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Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na América Latina, a do Paraguai. CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado). O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma repercussão. DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia. das Letras, 2002 (adaptado).
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre
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{'text': [' a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais \nmotivos dessa Guerra.\n', ' o caráter positivista das diferentes versões sobre \nessa Guerra.\n', ' o resultado das intervenções britânicas nos cenários \nde batalha.\n', ' a dificuldade de elaborar explicações convincentes \nsobre os motivos dessa Guerra.\n', ' o nível de crueldade das ações do exército brasileiro \ne argentino durante o conflito.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil. Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil.Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
O projeto industrializante de D.João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que características desse período explicam esse fato?
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{'text': [' A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o \nfechamento das manufaturas portuguesas.\n', ' A dependência portuguesa da \nInglaterra e o \npredomínio industrial inglês sobre suas redes de \ncomércio.\n', ' A desconfiança da burguesia industrial colonial \ndiante da chegada da família real portuguesa.\n', ' O confronto entre a França e a Inglaterra e a \nposição dúbia assumida por Portugal no comércio \ninternacional.\n', ' O atraso industrial da colônia provocado pela perda \nde mercados para as indústrias portuguesas.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do direito o seu oficio e transformou-se, em pouco tempo, em proeminente advogado da causa abolicionista. AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de História. Ano1, no 3. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama exemplifica a
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{'text': [' impossibilidade de ascensão social do negro forro em uma \nsociedade escravocrata, mesmo sendo alfabetizado.\n\n', ' extrema dificuldade de projeção dos intelectuais \nnegros nesse contexto e a utilização do Direito como \ncanal de luta pela liberdade.\n\n', ' rigidez de uma sociedade, assentada na escravidão, \nque inviabilizava os mecanismos de ascensão social. \n', ' possibilidade de ascensão social, viabilizada pelo \napoio das elites dominantes, a um mestiço filho de \npai português.\n', ' troca de favores entre um representante negro e \na elite agrária escravista que outorgara o direito \nadvocatício ao mesmo. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa para o Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no período 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesa permaneceram no Brasil. Entre esses eventos, destacam-se os seguintes: • Bahia — 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção da marinha britânica, fugindo de um possível ataque de Napoleão. • Rio de Janeiro — 1808: desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiriam durante sua permanência no Brasil. • Salvador — 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à esquadra portuguesa. • Rio de Janeiro — 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe, D. Maria I. • Pernambuco — 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana. GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado).
Uma das consequências desses eventos foi
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{'text': [' a decadência do império britânico, em razão do \ncontrabando de produtos ingleses através dos portos \nbrasileiros.\n\n', ' o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a \nInglaterra decretara, em 1806, a proibição do tráfico \nde escravos em seus domínios.\n\n', ' a conquista da região do rio da Prata em represália à \naliança entre a Espanha e a França de Napoleão.\n\n', ' a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do \nisolamento que vigorava entre as províncias do país, o \nque dificultava a comunicação antes de 1808.\n\n', ' o grande desenvolvimento econômico de Portugal \napós a vinda de D. João VI para o Brasil, uma vez \nque cessaram as despesas de manutenção do rei e \nde sua família.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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I - Para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto como herói republicano radical, mas sim como herói cívico- religioso, como mártir, integrador, portador da imagem do povo inteiro. CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. I — Ei-lo, o gigante da praça,/ O Cristo da multidão! É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão. ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO. J. M.C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
A 1ª República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime. Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço de construção de um simbolismo por parte da República estava relacionado
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{'text': [' ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, \nevidenciado nas ideias e na atuação de Tiradentes. \n', ' à identificação da Conjuração Mineira como o \nmovimento precursor do positivismo brasileiro.\n', ' ao fato de a proclamação da República ter sido \num movimento de poucas raízes populares, que \nprecisava de legitimação.\n', ' à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que \nproporcionaria, a um povo católico como o brasileiro, \numa fácil identificação.\n', ' ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem \nliderado movimentos separatistas no Nordeste e no \nSul do país.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem. HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. in: PERROT, M. (Org). História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol.4. São Paulo: Companhia das Letras,1991(adaptado).
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
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{'text': [' À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante. \n', ' Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.\n', ' A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.\n', ' À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.\n', ' Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O artigo 402 do Código penal Brasileiro de 1890 dizia: Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação de capoeiragem: andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumulto ou desordens. Pena: Prisão de dois a seis meses. SOARES, C. E. L. A Negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro: 1850-1890. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1994 (adaptado).
O artigo do primeiro Código Penal Republicano naturaliza medidas socialmente excludentes. Nesse contexto, tal regulamento expressava
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{'text': [' a manutenção de parte da legislação do Império com vistas ao controle da criminalidade urbana.\n', ' a defesa do retorno do cativeiro e escravidão pelos primeiros governos do período republicano.\n', ' o caráter disciplinador de uma sociedade industrializada, desejosa de um equilíbrio entre progresso e civilização.\n', ' a criminalização de práticas culturais e a persistência de valores que vinculavam certos grupos ao passado de escravidão.\n', ' o poder do regime escravista, que mantinha os negros como categoria social inferior, discriminada e segregada.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
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{'text': [' inércia do julgamento de crimes polêmicos.\n', ' bondade em relação ao comportamento dos mercenários.\n', ' compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.\n', ' neutralidade diante da condenação dos servos.\n', ' conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A política foi, inicialmente, a arte de impedir as pessoas de se ocuparem do que lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem. VALÉRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M. V. M. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.
Nessa definição, o autor entende que a história da política está dividida em dois momentos principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo, caracterizado por uma democracia incompleta. Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história política?
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{'text': [' A distribuição equilibrada do poder.\n', ' O impedimento da participação popular.\n', ' O controle das decisões por uma minoria.\n', ' A valorização das opiniões mais competentes.\n', ' A sistematização dos processos decisórios. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos “barões do café”, para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado
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{'text': [' por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.\n', ' por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.\n', ' pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de vida.\n', ' pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos “barões do café”.\n', ' pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuição da oferta de empregos e a desvalorização dos salários, provocadas pela inflação, levaram a uma intensa mobilização política popular, marcada por sucessivas ondas grevistas de várias categorias profissionais, o que aprofundou as tensões sociais. Dessa vez, as classes trabalhadoras se recusaram a pagar o pato pelas “sobras” do modelo econômico juscelinista. MENDONÇA, S. R. A Industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 (adaptado).
Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram principalmente
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{'text': [' da manipulação política empreendida pelo governo João Goulart.\n', ' das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.\n', ' do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.\n', ' da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves.\n', ' da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo. FOUCAULT, M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é
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{'text': [' combater ações violentas na guerra entre as nações. \n', ' coagir e servir para refrear a agressividade humana.\n', ' criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre \nos indivíduos de uma mesma nação.\n', ' estabelecer princípios éticos que regulamentam as \nações bélicas entre países inimigos. \n', ' organizar as relações de poder na sociedade e entre \nos Estados. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Opinião Podem me prender Podem me bater Podem até deixar-me sem comer Que eu não mudo de opinião. Aqui do morro eu não saio não Aqui do morro eu não saio não. Se não tem água Eu furo um poço Se não tem carne Eu compro um osso e ponho na sopa E deixa andar, deixa andar... Falem de mim Quem quiser falar Aqui eu não pago aluguel Se eu morrer amanhã seu doutor, Estou pertinho do céu Zé Ketti.Opinião. Disponível em: http:/www.mpbnet.com.br. Acesso em: 28 abr.2010.
Essa música fez parte de um importante espetáculo tea- tral que estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O pa- pel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela letra de música citada, foi o de
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{'text': [' entretenimento para os grupos intelectuais.\n', ' valorização do progresso econômico do país.\n', ' crítica à passividade dos setores populares. \n', ' denúncia da situação social e política do país.\n', ' mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar. DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos tempos de Getúlio: da revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.
A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-institucionais ocorridas no Brasil, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico de certas lideranças e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania. Desse processo resultou a
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{'text': [' criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que garantiu ao operariado autonomia para o exercício de atividades sindicais. \n', ' legislação previdenciária, que proibiu migrantes de ocuparem cargos de direção nos sindicatos. \n', ' criação da Justiça do Trabalho, para coibir ideologias \nconsideradas perturbadoras da “harmonia social”.\n', ' legislação trabalhista que atendeu reivindicações \ndos operários, garantido-lhes vários direitos e formas \nde proteção.\n', ' decretação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que impediu o controle estatal sobre as atividades políticas da classe operária. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e rediscutido, porque é produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que crie condições para o exercício de um pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é também uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza dos valores sociais para organizar também uma nova prática política. CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado).
O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como
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{'text': [' instrumento de garantia da cidadania, porque através \ndela os cidadãos passam a pensar e agir de acordo \ncom valores coletivos.\n\n', ' mecanismo de criação de direitos humanos, porque \né da natureza do homem ser ético e virtuoso.\n\n', ' meio para resolver os conflitos sociais no cenário da \nglobalização, pois a partir do entendimento do que \né efetivamente a ética, a política internacional se \nrealiza.\n\n', ' parâmetro para assegurar o exercício político \nprimando pelos interesses e ação privada dos \ncidadãos. \n\n', ' aceitação de valores universais implícitos numa \nsociedade que busca dimensionar sua vinculação à \noutras sociedades.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Os meios de comunicação funcionam como um elo entre os diferentes segmentos de uma sociedade. Nas últimas décadas, acompanhamos a inserção de um novo meio de comunicação que supera em muito outros já existentes, visto que pode contribuir para a democratização da vida social e política da sociedade à medida que possibilita a instituição de mecanismos eletrônicos para a efetiva participação política e disseminação de informações.
Constitui o exemplo mais expressivo desse novo conjunto de redes informacionais a
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{'text': [' Internet.\n', ' fibra ótica.\n', ' TV digital.\n', ' telefonia móvel.\n', ' portabilidade telefônica.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A chegada da televisão A caixa de pandora tecnológica penetra nos lares e libera suas cabeças falantes, astros, novelas, noticiários e as fabulosas, irresistíveis garotas-propaganda, versões modernizadas do tradicional homem-sanduíche. SEVCENKO, N. (Org). História da Vida Privada no Brasil 3. República: da Belle Époque à Era do Rádio. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
A TV, a partir da década de 1950, entrou nos lares brasileiros provocando mudanças consideráveis nos hábitos da população. Certos episódios da história brasileira revelaram que a TV, especialmente como espaço de ação da imprensa, tornou-se também veículo de utilidade pública, a favor da democracia, na medida em que
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{'text': [' amplificou os discursos nacionalistas e autoritários \ndurante o governo Vargas. \n', ' revelou para o país casos de corrupção na esfera \npolítica de vários governos.\n', ' maquiou indicadores sociais negativos durante as \ndécadas de 1970 e 1980. \n', ' apoiou, no governo Castelo Branco, as iniciativas de \nfechamento do parlamento. \n', ' corroborou a construção de obras faraônicas durante \nos governos militares. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A poluição e outras ofensas ambientais ainda não tinham esse nome, mas já eram largamente notadas no século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a própria chegada ao campo das estradas de ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o combate social contra os miasmas urbanos. SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2002 (adaptado).
O crescente desenvolvimento técnico-produtivo impõe modificações na paisagem e nos objetos culturais vivenciados pelas sociedades. De acordo com o texto, pode-se dizer que tais movimentos sociais emergiram e se expressaram por meio
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{'text': [' das ideologias conservacionistas, com milhares de \nadeptos no meio urbano. \n', ' das políticas governamentais de preservação dos \nobjetos naturais e culturais.\n', ' das teorias sobre a necessidade de harmonização \nentre técnica e natureza.\n', ' dos boicotes aos produtos das empresas \nexploradoras e poluentes.\n', ' da contestação à degradação do trabalho, das \ntradições e da natureza.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria? Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue? SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
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{'text': [' na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.\n', ' no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.\n', ' na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.\n', ' no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.\n', ' na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Na ética contemporânea, o sujeito não é mais um sujeito substancial, soberano e absolutamente livre, nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é simultaneamente os dois, na medida em que é um sujeito histórico-social. Assim, a ética adquire um dimensionamento político, uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, necessariamente, com a política, entendida esta como a área de avaliação dos valores que atravessam as relações sociais e que interliga os indivíduos entre si. SEVERINO, A. J. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1992 (adaptado).
O texto, ao evocar a dimensão histórica do processo de formação da ética na sociedade contemporânea, ressalta
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{'text': [' os conteúdos éticos decorrentes das ideologias político-partidárias.\n', ' o valor da ação humana derivada de preceitos metafísicos.\n', ' a sistematização de valores desassociados da cultura.\n', ' o sentido coletivo e político das ações humanas individuais.\n', ' o julgamento da ação ética pelos políticos eleitos democraticamente.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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“Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando. NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA, L. História da Vida Privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado). O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT — Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis ), nesse ano foram registrados 195 mortos por motivação homofóbica no País. Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).
A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no país estão associadas
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{'text': [' à baixa representatividade política de grupos \norganizados que defendem os direitos de cidadania \ndos homossexuais. \n\n', ' à falência da democracia no país, que torna \nimpeditiva a divulgação de estatísticas relacionadas \nà violência contra homossexuais.\n\n', ' à Constituição de 1988, que exclui do tecido social \nos homossexuais, além de impedi-los de exercer \nseus direitos políticos.\n\n', ' a um passado histórico marcado pela demonização do \ncorpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância.\n', ' a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado, \njustificada a partir dos posicionamentos de correntes \nfilosófico-científicas.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Um banco inglês decidiu cobrar de seus clientes cinco libras toda vez que recorressem aos funcionários de suas agências. E o motivo disso é que, na verdade, não querem clientes em suas agências; o que querem é reduzir o número de agências, fazendo com que os clientes usem as máquinas automáticas em todo o tipo de transações. Em suma, eles querem se livrar de seus funcionários. HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 (adaptado).
O exemplo mencionado permite identificar um aspecto da adoção de novas tecnologias na economia capitalista contemporânea. Um argumento utilizado pelas empresas e uma consequência social de tal aspecto estão em
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{'text': [' qualidade total e estabilidade no trabalho.\n', ' pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos.\n', ' diminuição dos custos e insegurança no emprego.\n', ' responsabilidade social e redução do desemprego.\n', ' maximização dos lucros e aparecimento de empregos.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Judiciário contribuiu com ditadura no Chile, diz Juiz Guzmán Tapia As cortes de apelação rejeitaram mais de 10 mil habeas corpus nos casos das pessoas desaparecidas. Nos tribunais militares, todas as causas foram concluídas com suspensões temporárias ou definitivas, e os desaparecimentos políticos tiveram apenas trâmite formal na Justiça. Assim, o Poder Judiciário contribuiu para que os agentes estatais ficassem impunes. Disponível em: http://www.cartamaior.com.br. Acesso em: 20 jul. 2010 (adaptado).
Segundo o texto, durante a ditadura chilena na década de 1970, a relação entre os poderes Executivo e Judiciário caracterizava-se pela
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{'text': [' preservação da autonomia institucional entre os poderes.\n', ' valorização da atuação independente de alguns juízes.\n', ' manutenção da interferência jurídica nos atos executivos.\n', ' transferência das funções dos juízes para o chefe de Estado.\n', ' subordinação do poder judiciário aos interesses políticos dominantes.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1991. Democracia: “regime político no qual a soberania é exercida pelo povo, pertence ao conjunto dos cidadãos.” JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Uma suposta “vacina” contra o despotismo, em um contexto democrático, tem por objetivo
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{'text': [' impedir a contratação de familiares para o serviço público.\n', ' reduzir a ação das instituições constitucionais.\n', ' combater a distribuição equilibrada de poder.\n', ' evitar a escolha de governantes autoritários.\n', ' restringir a atuação do Parlamento.\n\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A vacina, o soro e os antibióticos submetem os organismos a processos biológicos diferentes. Pessoas que viajam para regiões em que ocorrem altas incidências de febre amarela, de picadas de cobras peçonhentas e de leptospirose e querem evitar ou tratar problemas de saúde relacionados a essas ocorrências devem seguir determinadas orientações.
Ao procurar um posto de saúde, um viajante deveria ser orientado por um médico a tomar preventivamente ou como medida de tratamento
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{'text': [' antibiótico contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso seja picado por uma cobra e vacina contra a leptospirose.\n', ' vacina contra o vírus da febre amarela, soro antiofídico caso seja picado por uma cobra e antibiótico caso entre em contato com a Leptospira sp. \n', ' soro contra o vírus da febre amarela, antibiótico caso seja picado por uma cobra e soro contra toxinas bacterianas. \n', ' antibiótico ou soro, tanto contra o vírus da febre amarela como para veneno de cobras, e vacina contra a leptospirose.\n', ' soro antiofídico e antibiótico contra a Leptospira sp e vacina contra a febre amarela caso entre em contato com o vírus causador da doença. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Todo carro possui uma caixa de fusíveis, que são utilizados para proteção dos circuitos elétricos. Os fusíveis são constituídos de um material de baixo ponto de fusão, como o estanho, por exemplo, e se fundem quando percorridos por uma corrente elétrica igual ou maior do que aquela que são capazes de suportar. O quadro a seguir mostra uma série de fusíveis e os valores de corrente por eles suportados.
Um farol usa uma lâmpada de gás halogênio de 55 W de potência que opera com 36 V. Os dois faróis são ligados separadamente, com um fusível para cada um, mas, após um mau funcionamento, o motorista passou a conectá-los em paralelo, usando apenas um fusível. Dessa forma, admitindo-se que a fiação suporte a carga dos dois faróis, o menor valor de fusível adequado para proteção desse novo circuito é o
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{'text': [' azul.\n', ' preto.\n', ' laranja.\n', ' amarelo.\n', ' vermelho.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Em nosso cotidiano, utilizamos as palavras “calor” e “temperatura” de forma diferente de como elas são usadas no meio científico. Na linguagem corrente, calor é identificado como “algo quente” e temperatura mede a “quantidade de calor de um corpo”. Esses significados, no entanto, não conseguem explicar diversas situações que podem ser verificadas na prática.
Do ponto de vista científico, que situação prática mostra a limitação dos conceitos corriqueiros de calor e temperatura?
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{'text': [' A temperatura da água pode ficar constante durante o tempo em que estiver fervendo.\n', ' Uma mãe coloca a mão na água da banheira do bebê para verificar a temperatura da água.\n', ' A chama de um fogão pode ser usada para aumentar a temperatura da água em uma panela.\n', ' A água quente que está em uma caneca é passada para outra caneca a fim de diminuir sua temperatura.\n', ' Um forno pode fornecer calor para uma vasilha de água que está em seu interior com menor temperatura do que a dele.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A cárie dental resulta da atividade de bactérias que degradam os açúcares e os transformam em ácidos que corroem a porção mineralizada dos dentes. O flúor, juntamente com o cálcio e um açúcar chamado xilitol, agem inibindo esse processo. Quando não se escovam os dentes corretamente e neles acumulam-se restos de alimentos, as bactérias que vivem na boca aderem aos dentes, formando a placa bacteriana ou biofilme. Na placa, elas transformam o açúcar dos restos de alimentos em ácidos, que corroem o esmalte do dente formando uma cavidade, que é a cárie. Vale lembrar que a placa bacteriana se forma mesmo na ausência de ingestão de carboidratos fermentáveis, pois as bactérias possuem polissacarídeos intracelulares de reserva. Disponível em: http://www.diariodasaude.com.br. Acesso em: 11 ago 2010 (adaptado). cárie 1. destruição de um osso por corrosão progressiva. * cárie dentária: efeito da destruição da estrutura dentária por bactérias. HOUAISS, Antônio. Dicionário eletrônico. Versão 1.0. Editora Objetiva, 2001 (adaptado).
A partir da leitura do texto, que discute as causas do aparecimento de cáries, e da sua relação com as informações do dicionário, conclui-se que a cárie dental resulta, principalmente, de
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{'text': [' falta de flúor e de cálcio na alimentação diária da população brasileira.\n', ' consumo exagerado do xilitol, um açúcar, na dieta \nalimentar diária do indivíduo.\n', ' redução na proliferação bacteriana quando a saliva é \ndesbalanceada pela má alimentação.\n', ' uso exagerado do flúor, um agente que em alta \nquantidade torna-se tóxico à formação dos dentes.\n\n', ' consumo excessivo de açúcares na alimentação \ne má higienização bucal, que contribuem para a \nproliferação de bactérias.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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As ondas eletromagnéticas, como a luz visível e as ondas de rádio, viajam em linha reta em um meio homogêneo. Então, as ondas de rádio emitidas na região litorânea do Brasil não alcançariam a região amazônica do Brasil por causa da curvatura da Terra. Entretanto sabemos que é possível transmitir ondas de rádio entre essas localidades devido à ionosfera.
Com a ajuda da ionosfera, a transmissão de ondas planas entre o litoral do Brasil e a região amazônica é possível por meio da
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{'text': [' reflexão.\n', ' refração. \n', ' difração.\n', ' polarização. \n', ' interferência.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O fósforo, geralmente representado pelo íon de fosfato ( PO4 ), é um ingrediente insubstituível da vida, já que é parte constituinte das membranas celulares e das moléculas do DNA e do trifosfato de adenosina (ATP), principal forma de armazenamento de energia das células. O fósforo utilizado nos fertilizantes agrícolas é extraído de minas, cujas reservas estão cada vez mais escassas. Certas práticas agrícolas aceleram a erosão do solo, provocando o transporte de fósforo para sistemas aquáticos, que fica imobilizado nas rochas. Ainda, a colheita das lavouras e o transporte dos restos alimentares para os lixões diminuem a disponibilidade dos íons no solo. Tais fatores têm ameaçado a sustentabilidade desse íon.
Uma medida que amenizaria esse problema seria:
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{'text': [' Incentivar a reciclagem de resíduos biológicos, utilizando dejetos animais e restos de culturas para produção de adubo.\n', ' Repor o estoque retirado das minas com um íon sintético de fósforo para garantir o abastecimento da indústria de fertilizantes.\n', ' Aumentar a importação de íons fosfato dos países ricos para suprir as exigências das indústrias nacionais de fertilizantes.\n', ' Substituir o fósforo dos fertilizantes por outro elemento com a mesma função para suprir as necessidades do uso de seus íons.\n', ' Proibir, por meio de lei federal, o uso de fertilizantes com fósforo pelos agricultores, para diminuir sua extração das reservas naturais.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Com o objetivo de se testar a eficiência de fornos de micro-ondas, planejou-se o aquecimento em 10 ºC de amostras de diferentes substâncias, cada uma com determinada massa, em cinco fornos de marcas distintas. Nesse teste, cada forno operou à potência máxima.
O forno mais eficiente foi aquele que
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{'text': [' forneceu a maior quantidade de energia às amostras.\n', ' cedeu energia à amostra de maior massa em mais tempo.\n', ' forneceu a maior quantidade de energia em menos tempo.\n', ' cedeu energia à amostra de menor calor específico mais lentamente.\n', ' forneceu a menor quantidade de energia às amostras em menos tempo.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O texto “O vôo das Folhas” traz uma visão dos índios Ticunas para um fenômeno usualmente observado na natureza: O vôo das Folhas Com o vento as folhas se movimentam. E quando caem no chão ficam paradas em silêncio. Assim se forma o ngaura. O ngaura cobre o chão da floresta, enriquece a terra e alimenta as árvores.] As folhas velhas morrem para ajudar o crescimento das folhas novas.] Dentro do ngaura vivem aranhas, formigas, escorpiões, centopeias, minhocas, cogumelos e vários tipos de outros seres muito pequenos.] As folhas também caem nos lagos, nos igarapés e igapós. A natureza segundo os Ticunas/Livro das Árvores. Organização Geral dos Professores Bilíngues Ticunas, 2000.
Na visão dos índios Ticunas, a descrição sobre o ngaura permite classificá-lo como um produto diretamente relacionado ao ciclo
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{'text': [' da água.\n', ' do oxigênio.\n', ' do fósforo.\n', ' do carbono.\n', ' do nitrogênio.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Em visita a uma usina sucroalcooleira, um grupo de alunos pôde observar a série de processos de beneficiamento da cana-de-açúcar, entre os quais se destacam: 1. A cana chega cortada da lavoura por meio de caminhões e é despejada em mesas alimentadoras que a conduzem para as moendas. Antes de ser esmagada para a retirada do caldo açucarado, toda a cana é transportada por esteiras e passada por um eletroimã para a retirada de materiais metálicos. 2. Após se esmagar a cana, o bagaço segue para as caldeiras, que geram vapor e energia para toda a usina. 3. O caldo primário, resultante do esmagamento, é passado por filtros e sofre tratamento para transformar-se em açúcar refinado e etanol.
Com base nos destaques da observação dos alunos, quais operações físicas de separação de materiais foram realizadas nas etapas de beneficiamento da cana-de-açúcar?
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{'text': [' Separação mecânica, extração, decantação.\n', ' Separação magnética, combustão, filtração.\n', ' Separação magnética, extração, filtração.\n', ' Imantação, combustão, peneiração.\n', ' Imantação, destilação, filtração.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Júpiter, conhecido como o gigante gasoso, perdeu uma das suas listras mais proeminentes, deixando o seu hemisfério sul estranhamente vazio. Observe a região em que a faixa sumiu, destacada pela seta. Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em: 12 maio 2010 (adaptado).
A aparência de Júpiter é tipicamente marcada por duas faixas escuras em sua atmosfera — uma no hemisfério norte e outra no hemisfério sul. Como o gás está constantemente em movimento, o desaparecimento da faixa no planeta relaciona-se ao movimento das diversas camadas de nuvens em sua atmosfera. A luz do Sol, refletida nessas nuvens, gera a imagem que é captada pelos telescópios, no espaço ou na Terra. O desaparecimento da faixa sul pode ter sido determinado por uma alteração
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{'text': [' na temperatura da superfície do planeta.\n', ' no formato da camada gasosa do planeta.\n', ' no campo gravitacional gerado pelo planeta.\n', ' na composição química das nuvens do planeta.\n', ' na densidade das nuvens que compõem o planeta.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O despejo de dejetos de esgotos domésticos e industriais vem causando sérios problemas aos rios brasileiros. Esses poluentes são ricos em substâncias que contribuem para a eutrofização de ecossistemas, que é um enriquecimento da água por nutrientes, o que provoca um grande crescimento bacteriano e, por fim, pode promover escassez de oxigênio.
Uma maneira de evitar a diminuição da concentração de oxigênio no ambiente é:
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{'text': [' Aquecer as águas dos rios para aumentar a velocidade de decomposição dos dejetos.\n', ' Retirar do esgoto os materiais ricos em nutrientes para diminuir a sua concentração nos rios.\n', ' Adicionar bactérias anaeróbicas às águas dos rios para que elas sobrevivam mesmo sem o oxigênio.\n', ' Substituir produtos não degradáveis por biodegradáveis para que as bactérias possam utilizar os nutrientes.\n', ' Aumentar a solubilidade dos dejetos no esgoto para que os nutrientes fiquem mais acessíveis às bactérias. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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ZIEGLER, M.F. Energia Sustentável. Revista IstoÉ. 28 abr. 2010.
A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do mundo, é extraída do calor gerado
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{'text': [' pela circulação do magma no subsolo.\n', ' pelas erupções constantes dos vulcões.\n', ' pelo sol que aquece as águas com radiação ultravioleta.\n', ' pela queima do carvão e combustíveis fósseis.\n', ' pelos detritos e cinzas vulcânicas. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A lavoura arrozeira na planície costeira da região sul do Brasil comumente sofre perdas elevadas devido à salinização da água de irrigação, que ocasiona prejuízos diretos, como a redução de produção da lavoura. Solos com processo de salinização avançado não são indicados, por exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água do solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes são superiores às forças com que a água é retida no solo. WINKEL, H.L.;TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: salinização de solos em cultivos de arroz. Disponível em: http://agropage.tripod.com/saliniza.hml. Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado).
A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a absorção de água pelas plantas, o que provoca o fenômeno conhecido por seca fisiológica, caracterizado pelo(a)
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{'text': [' aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma concentração de sais maior que a das células das raízes das plantas, impedindo, assim, que a água seja absorvida.\n', ' aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível muito baixo de água, e as plantas não têm força de sucção para absorver a água.\n', ' diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas não têm força de sucção, fazendo com que a água não seja absorvida.\n', ' aumento da salinidade, que atinge um nível em que as plantas têm muita sudação, não tendo força de sucção para superá-la.\n', ' diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas ficam túrgidas e não têm força de sudação para superá-la.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Sob pressão normal (ao nível do mar), a água entra em ebulição à temperatura de 100 oC. Tendo por base essa informação, um garoto residente em uma cidade litorânea fez a seguinte experiência: • Colocou uma caneca metálica contendo água no fogareiro do fogão de sua casa. • Quando a água começou a ferver, encostou cuidadosamente a extremidade mais estreita de uma seringa de injeção, desprovida de agulha, na superfície do líquido e, erguendo o êmbolo da seringa, aspirou certa quantidade de água para seu interior, tapando-a em seguida. • Verificando após alguns instantes que a água da seringa havia parado de ferver, ele ergueu o êmbolo da seringa, constatando, intrigado, que a água voltou a ferver após um pequeno deslocamento do êmbolo.
Considerando o procedimento anterior, a água volta a ferver porque esse deslocamento
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{'text': [' permite a entrada de calor do ambiente externo para o interior da seringa.\n', ' provoca, por atrito, um aquecimento da água contida na seringa.\n', ' produz um aumento de volume que aumenta o ponto de ebulição da água.\n', ' proporciona uma queda de pressão no interior da seringa que diminui o ponto de ebulição da água.\n', ' possibilita uma diminuição da densidade da água que facilita sua ebulição.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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As cidades industrializadas produzem grandes proporções de gases como o CO2, o principal gás causador do efeito estufa. Isso ocorre por causa da quantidade de combustíveis fósseis queimados, principalmente no transporte, mas também em caldeiras industriais. Além disso, nessas cidades concentram-se as maiores áreas com solos asfaltados e concretados, o que aumenta a retenção de calor, formando o que se conhece por “ilhas de calor”. Tal fenômeno ocorre porque esses materiais absorvem o calor e o devolvem para o ar sob a forma de radiação térmica.
Em áreas urbanas, devido à atuação conjunta do efeito estufa e das “ilhas de calor”, espera-se que o consumo de energia elétrica
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{'text': [' diminua devido à utilização de caldeiras por indústrias metalúrgicas.\n', ' aumente devido ao bloqueio da luz do sol pelos gases do efeito estufa.\n', ' diminua devido à não necessidade de aquecer a água utilizada em indústrias.\n', ' aumente devido à necessidade de maior refrigeração de indústrias e residências.\n', ' diminua devido à grande quantidade de radiação térmica reutilizada.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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No ano de 2000, um vazamento em dutos de óleo na baía de Guanabara (RJ) causou um dos maiores acidentes ambientais do Brasil. Além de afetar a fauna e a flora, o acidente abalou o equilíbrio da cadeia alimentar de toda a baía. O petróleo forma uma película na superfície da água, o que prejudica as trocas gasosas da atmosfera com a água e desfavorece a realização de fotossíntese pelas algas, que estão na base da cadeia alimentar hídrica. Além disso, o derramamento de óleo contribuiu para o envenenamento das árvores e, consequentemente, para a intoxicação da fauna e flora aquáticas, bem como conduziu à morte diversas espécies de animais, entre outras formas de vida, afetando também a atividade pesqueira. LAUBIER, L. Diversidade da Maré Negra. In: Scientific American Brasil. 4(39), ago. 2005 (adaptado).
A situação exposta no texto e suas implicações
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{'text': [' indicam a independência da espécie humana com relação ao ambiente marinho.\n', ' alertam para a necessidade do controle da poluição ambiental para redução do efeito estufa.\n', ' ilustram a interdependência das diversas formas de vida (animal, vegetal e outras) e o seu habitat.\n', ' indicam a alta resistência do meio ambiente à ação do homem, além de evidenciar a sua sustentabilidade mesmo em condições extremas de poluição. \n', ' evidenciam a grande capacidade animal de se adaptar às mudanças ambientais, em contraste com a baixa capacidade das espécies vegetais, que estão na base da cadeia alimentar hídrica.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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As misturas efervescentes, em pó ou em comprimidos, são comuns para a administração de vitamina C ou de medicamentos para azia. Essa forma farmacêutica sólida foi desenvolvida para facilitar o transporte, aumentar a estabilidade de substâncias e, quando em solução, acelerar a absorção do fármaco pelo organismo. As matérias-primas que atuam na efervescência são, em geral, o ácido tartárico ou o ácido cítrico que reagem com um sal de caráter básico, como o bicarbonato de sódio (NaHCO3), quando em contato com a água. A partir do contato da mistura efervescente com a água, ocorre uma série de reações químicas simultâneas: liberação de íons, formação de ácido e liberação do gás carbônico — gerando a efervescência. As equações a seguir representam as etapas da reação da mistura efervescente na água, em que foram omitidos os estados de agregação dos reagentes, e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mi mathvariant="normal">H</mi><mn>3</mn></msub><mi mathvariant="normal">A</mi></math> representa o ácido cítrico.
A ionização, a dissociação iônica, a formação do ácido e a liberação do gás ocorrem, respectivamente, nas seguintes etapas:
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{'text': [' IV, I, II e III\n', ' I, IV, III e II\n', ' IV, III, I e II\n', ' I, IV, II e III\n', ' IV, I, III e II\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Um ambiente capaz de asfixiar todos os animais conhecidos do planeta foi colonizado por pelo menos três espécies diferentes de invertebrados marinhos. Descobertos a mais de 3 000 m de profundidade no Mediterrâneo, eles são os primeiros membros do reino animal a prosperar mesmo diante da ausência total de oxigênio. Até agora, achava-se que só bactérias pudessem ter esse estilo de vida. Não admira que os bichos pertençam a um grupo pouco conhecido, o dos loricíferos, que mal chegam a 1,0 mm. Apesar do tamanho, possuem cabeça, boca, sistema digestivo e uma carapaça. A adaptação dos bichos à vida no sufoco é tão profunda que suas células dispensaram as chamadas mitocôndrias. LOPES, R. J. Italianos descobrem animal que vive em água sem oxigênio. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 abr. 2010 (adaptado).
Que substâncias poderiam ter a mesma função do O2 na respiração celular realizada pelos loricíferos?
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{'text': [' <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mi mathvariant="normal">S</mi></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CH</mtext><mn>4</mn></msub></math>\n', ' <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mi mathvariant="normal">S</mi></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msubsup><mi>NO</mi><mn>3</mn><mo>-</mo></msubsup></math>\n', ' <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>H</mtext><mn>2</mn></msub></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msubsup><mi>NO</mi><mn>3</mn><mo>-</mo></msubsup></math>\n', ' <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CO</mtext><mn>2</mn></msub></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CH</mtext><mn>4</mn></msub></math>\n', ' <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>H</mtext><mn>2</mn></msub></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CO</mtext><mn>2</mn></msub></math>\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Alguns anfíbios e répteis são adaptados à vida subterrânea. Nessa situação, apresentam algumas características corporais como, por exemplo, ausência de patas, corpo anelado que facilita o deslocamento no subsolo e, em alguns casos, ausência de olhos.
Suponha que um biólogo tentasse explicar a origem das adaptações mencionadas no texto utilizando conceitos da teoria evolutiva de Lamarck. Ao adotar esse ponto de vista, ele diria que
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{'text': [' as características citadas no texto foram originadas pela seleção natural. \n', ' a ausência de olhos teria sido causada pela falta de \nuso dos mesmos, segundo a lei do uso e desuso.\n', ' o corpo anelado é uma característica fortemente transmitida apenas à adaptativa, mas seria primeira geração de descendentes.\n', ' as patas teriam sido perdidas pela falta de uso e, em seguida, essa característica foi incorporada ao patrimônio genético e então transmitidas aos descendentes.\n', ' as características citadas no texto foram adquiridas por meio de mutações e depois, ao longo do tempo, foram selecionadas por serem mais adaptadas ao \nambiente em que os organismos se encontram.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O crescimento da produção de energia elétrica ao longo do tempo tem influenciado decisivamente o progresso da humanidade, mas também tem criado uma séria preocupação: o prejuízo ao meio ambiente. Nos próximos anos, uma nova tecnologia de geração de energia elétrica deverá ganhar espaço: as células a combustível hidrogênio/oxigênio.
Com base no texto e na figura, a produção de energia elétrica por meio da célula a combustível hidrogênio/oxigênio diferencia-se dos processos convencionais porque
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{'text': [' transforma energia química em energia elétrica, sem causar danos ao meio ambiente, porque o principal subproduto formado é a água.\n', ' converte a energia química contida nas moléculas dos componentes em energia térmica, sem que ocorra a produção de gases poluentes nocivos ao meio ambiente.\n', ' transforma energia química em energia elétrica, porém emite gases poluentes da mesma forma que a produção de energia a partir dos combustíveis fósseis.\n', ' converte energia elétrica proveniente dos combustíveis fósseis em energia química, retendo os gases poluentes produzidos no processo sem alterar a qualidade do meio ambiente.\n', ' converte a energia potencial acumulada nas moléculas de água contidas no sistema em energia química, sem que ocorra a produção de gases \npoluentes nocivos ao meio ambiente.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Para explicar a absorção de nutrientes, bem como a função das microvilosidades das membranas das células que revestem as paredes internas do intestino delgado, um estudante realizou o seguinte experimento: Colocou 200 ml de água em dois recipientes. No primeiro recipiente, mergulhou, por 5 segundos, um pedaço de papel liso, como na FIGURA 1; no segundo recipiente, fez o mesmo com um pedaço de papel com dobras simulando as microvilosidades, conforme FIGURA 2. Os dados obtidos foram: a quantidade de água absorvida pelo papel liso foi de 8 ml, enquanto pelo papel dobrado foi de 12 ml. FIGURA 1 FIGURA 2 VILLULLAS, H. M; TICIANELLI, E. A; GONZÁLEZ, E. R. Química Nova Na Escola. No15, maio 2002.
Com base nos dados obtidos, infere-se que a função das microvilosidades intestinais com relação à absorção de nutrientes pelas células das paredes internas do intestino é a de
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{'text': [' manter o volume de absorção.\n', ' aumentar a superfície de absorção. \n', ' diminuir a velocidade de absorção.\n', ' aumentar o tempo de absorção. \n', ' manter a seletividade na absorção.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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No que tange à tecnologia de combustíveis alternativos, muitos especialistas em energia acreditam que os alcoóis vão crescer em importância em um futuro próximo. Realmente, alcoóis como metanol e etanol têm encontrado alguns nichos para uso doméstico como combustíveis há muitas décadas e, recentemente, vêm obtendo uma aceitação cada vez maior como aditivos, ou mesmo como substitutos para gasolina em veículos. Algumas das propriedades físicas desses combustíveis são mostradas no quadro seguinte. BAIRD, C. Química Ambiental. São Paulo: Artmed, 1995 (adaptado). Dados: Massas molares em g/mol: H = 1,0; C = 12,0; O = 16,0.
Considere que, em pequenos volumes, o custo de produção de ambos os alcoóis seja o mesmo. Dessa forma, do ponto de vista econômico, é mais vantajoso utilizar
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{'text': [' metanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 22,7 KJ de energia por litro de combustível queimado. \n', ' etanol, pois sua combustão completa fornece aproximadamente 29,7 KJ de energia por litro de combustível queimado. \n', ' metanol, pois sua combustão completa fornece \naproximadamente 17,9 MJ de energia por litro de \ncombustível queimado. \n', ' etanol, pois sua combustão completa fornece \naproximadamente 23,5 MJ de energia por litro de \ncombustível queimado. \n', ' etanol, pois sua combustão completa fornece \naproximadamente 33,7 MJ de energia por litro de \ncombustível queimado. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O abastecimento de nossas necessidades energéticas futuras dependerá certamente do desenvolvimento de tecnologias para aproveitar a energia solar com maior eficiência. A energia solar é a maior fonte de energia mundial. Num dia ensolarado, por exemplo, aproximadamente 1 KJ de energia solar atinge cada metro quadrado da superfície terrestre por segundo. No entanto, o aproveitamento dessa energia é difícil porque ela é diluída (distribuída por uma área muito extensa) e oscila com o horário e as condições climáticas. O uso efetivo da energia solar depende de formas de estocar a energia coletada para uso posterior. BROWN, T. Química a Ciência Central. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
Atualmente, uma das formas de se utilizar a energia solar tem sido armazená-la por meio de processos químicos endotérmicos que mais tarde podem ser revertidos para liberar calor. Considerando a reação: <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CH</mtext><mrow><mn>4</mn><mtext>(g)</mtext></mrow></msub><mo>+</mo><msub><mtext>H</mtext><mn>2</mn></msub><msub><mtext>O</mtext><mtext>(v)</mtext></msub><mo>+</mo><mtext>calor</mtext><mo>&#x21CB;</mo><msub><mtext>CO</mtext><mtext>(g)</mtext></msub><mo>+</mo><mn>3</mn><msub><mtext>H</mtext><mrow><mn>2</mn><mtext>(g)</mtext></mrow></msub></math> e analisando-a como potencial mecanismo para o aproveitamento posterior da energia solar, conclui-se que se trata de uma estratégia
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{'text': [' insatisfatória, pois a reação apresentada não permite que a energia presente no meio externo seja absorvida pelo sistema para ser utilizada posteriormente. \n', ' insatisfatória, uma vez que há formação de gases poluentes e com potencial poder explosivo, tornando-a uma reação perigosa e de difícil controle.\n', ' insatisfatória, uma vez que há formação de gás <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>CO</mtext></math> que não possui conteúdo energético passível de ser \naproveitado posteriormente e é considerado um gás poluente.\n', ' satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com absorção de calor e promove a formação das substâncias combustíveis que poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e realização de trabalho útil.\n', ' satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com liberação de calor havendo ainda a formação das substâncias combustíveis que poderão ser utilizadas posteriormente para obtenção de energia e realização de trabalho útil.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Todos os organismos necessitam de água e grande parte deles vive em rios, lagos e oceanos. Os processos biológicos, como respiração e fotossíntese, exercem profunda influência na química das águas naturais em todo o planeta. O oxigênio é ator dominante na química e na bioquímica da hidrosfera. Devido a sua baixa solubilidade em água (9,0 mg/l a 20ºC) a disponibilidade de oxigênio nos ecossistemas aquáticos estabelece o limite entre a vida aeróbica e anaeróbica. Nesse contexto, um parâmetro chamado Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) foi definido para medir a quantidade de matéria orgânica presente em um sistema hídrico. A DBO corresponde à massa de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math> em miligramas necessária para realizar a oxidação total do carbono orgânico em um litro de água. BAIRD, C. Quimica Ambiental. Ed. BooKmam, 2005 (adaptado).
Dados: Massas molares em g/mol: C = 12; H = 1; O = 16. Suponha que 10 mg de açúcar (fórmula mínima <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CH</mtext><mn>2</mn></msub><mtext>O</mtext></math> e massa molar igual a 30 g/mol) são dissolvidos em um litro de água; em quanto a DBO será aumentada?
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{'text': [' 0,4 mg de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math>/litro\n', ' 1,7 mg de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math>/ litro\n', ' 2,7 mg de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math>/ litro\n', ' 9,4 mg de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math>/ litro\n', ' 10,7 mg de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math>/ litro\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Observe a tabela seguinte. Ela traz especificações técnicas constantes no manual de instruções fornecido pelo fabricante de uma torneira elétrica. Disponível em: http://www.cardal.com.br/manualprod/Manuais/Torneira%20Suprema/ -Manual_Torneira_Suprema_roo.pdf
Considerando que o modelo de maior potência da versão 220 V da torneira suprema foi inadvertidamente conectada a uma rede com tensão nominal de 127 V, e que o aparelho está configurado para trabalhar em sua máxima potência. Qual o valor aproximado da potência ao ligar a torneira?
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{'text': [' 1.830 W\n', ' 2.800 W\n', ' 3.200 W\n', ' 4.030 W\n', ' 5.500 W\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A energia elétrica consumida nas residências é medida, em quilowatt-hora, por meio de um relógio medidor de consumo. Nesse relógio, da direita para esquerda, tem-se o ponteiro da unidade, da dezena, da centena e do milhar. Se um ponteiro estiver entre dois números, considera-se o último número ultrapassado pelo ponteiro. Suponha que as medidas indicadas nos esquemas seguintes tenham sido feitas em uma cidade em que o preço do quilowatt-hora fosse de R$ 0,20. FILHO , A.G.; BAROLLI, E. Instalação Elétrica. São Paulo: Scipione,1997.
O valor a ser pago pelo consumo de energia elétrica registrado seria de
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{'text': [' R$ 41,80.\n', ' R$ 42,00.\n', ' R$ 43,00.\n', ' R$ 43,80.\n', ' R$ 44,00.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O uso prolongado de lentes de contato, sobretudo durante a noite, aliado a condições precárias de higiene representam fatores de risco para o aparecimento de uma infecção denominada ceratite microbiana, que causa ulceração inflamatória da córnea. Para interromper o processo da doença, é necessário tratamento antibiótico. De modo geral, os fatores de risco provocam a diminuição da oxigenação corneana e determinam mudanças no seu metabolismo, de um estado aeróbico para anaeróbico. Como decorrência, observa-se a diminuição no número e na velocidade de mitoses do epitélio, o que predispõe ao aparecimento de defeitos epiteliais e à invasão bacteriana. CRESTA, F. Lente de contato e infecção ocular. Revista Sinopse de Oftalmologia. São Paulo: Moreira Jr.,v.04, n.04, 2002 (adaptado).
A instalação das bactérias e o avanço do processo infeccioso na córnea estão relacionados a algumas características gerais desses microrganismos, tais como:
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{'text': [' A grande capacidade de adaptação, considerando as constantes mudanças no ambiente em que se reproduzem e o processo aeróbico como a melhor opção desses microrganismos para a obtenção de energia.\n', ' A grande capacidade de sofrer mutações, aumentando a probabilidade do aparecimento de formas resistentes e o processo anaeróbico da fermentação como a principal via de obtenção de energia. \n', ' A diversidade morfológica entre as bactérias, aumentando a variedade de tipos de agentes infecciosos e a nutrição heterotrófica, como forma de esses microrganismos obterem matéria-prima e energia.\n', ' O alto poder de reprodução, aumentando a variabilidade genética dos milhares de indivíduos e a nutrição heterotrófica, como única forma de obtenção de matéria-prima e energia desses microrganismos. \n', ' O alto poder de reprodução, originando milhares de descendentes geneticamente idênticos entre si e a diversidade metabólica, considerando processos aeróbicos e anaeróbicos para a obtenção de energia.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Duas irmãs que dividem o mesmo quarto de estudos combinaram de comprar duas caixas com tampas para guardarem seus pertences dentro de suas caixas, evitando, assim, a bagunça sobre a mesa de estudos. Uma delas comprou uma metálica, e a outra, uma caixa de madeira de área e espessura lateral diferentes, para facilitar a identificação. Um dia as meninas foram estudar para a prova de Física e, ao se acomodarem na mesa de estudos, guardaram seus celulares ligados dentro de suas caixas. Ao longo desse dia, uma delas recebeu ligações telefônicas, enquanto os amigos da outra tentavam ligar e recebiam a mensagem de que o celular estava fora da área de cobertura ou desligado.
Para explicar essa situação, um físico deveria afirmar que o material da caixa, cujo telefone celular não recebeu as ligações é de
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{'text': [' madeira, e o telefone não funcionava porque a madeira não é um bom condutor de eletricidade.\n', ' metal, e o telefone não funcionava devido à blindagem eletrostática que o metal proporcionava.\n', ' metal, e o telefone não funcionava porque o metal refletia todo tipo de radiação que nele incidia.\n', ' metal, e o telefone não funcionava porque a área lateral da caixa de metal era maior.\n', ' madeira, e o telefone não funcionava porque a espessura desta caixa era maior que a espessura da caixa de metal.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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No ano de 2004, diversas mortes de animais por envenenamento no zoológico de São Paulo foram evidenciadas. Estudos técnicos apontam suspeita de intoxicação por monofluoracetato de sódio, conhecido como composto 1080 e ilegalmente comercializado como raticida. O monofluoracetato de sódio é um derivado do ácido monofluoracético e age no organismo dos mamíferos bloqueando o ciclo de Krebs, que pode levar à parada da respiração celular oxidativa e ao acúmulo de amônia na circulação monofluoracetato de sódio. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 05 ago. 2010 (adaptado).
O monofluoracetato de sódio pode ser obtido pela
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{'text': [' desidratação do ácido monofluoracético, com liberação de água. \n', ' hidrólise do ácido monofluoracético, sem formação liberação de água.\nC - perda de íons hidroxila do ácido monofluoracético, com liberação de hidróxido de sódio. \nD- neutralização do ácido monofluoracético usando \nhidróxido de sódio, com liberação de água.\nE- substituição dos íons hidrogênio por sódio na estrutura do ácido monofluoracético, sem formação de água.\n', None, ' neutralização do ácido monofluoracético usando \nhidróxido de sódio, com liberação de água.\n', ' substituição dos íons hidrogênio por sódio na estrutura do ácido monofluoracético, sem formação de água.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A eletrólise é muito empregada na indústria com o objetivo de reaproveitar parte dos metais sucateados. O cobre, por exemplo, é um dos metais com maior rendimento no processo de eletrólise, com uma recuperação de aproximadamente 99,9%. Por ser um metal de alto valor comercial e de múltiplas aplicações, sua recuperação torna-se viável economicamente.
Suponha que, em um processo de recuperação de cobre puro, tenha-se eletrolisado uma solução de sulfato de cobre (II) (<math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>CuSO</mtext><mn>4</mn></msub></math>) durante 3 h, empregando-se uma corrente elétrica de intensidade igual a 10 A. A massa de cobre puro recuperada é de aproximadamente Dados: Constante de Faraday F = 96 500 C/mol; Massa molar em g/mol: Cu = 63,5.
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{'text': [' 0,02 g. \n', ' 0,04 g. \n', ' 2,40 g. \n', ' 35,5 g.\n', ' 71,0 g.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A composição média de uma bateria automotiva esgotada é de aproximadamente 32% <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>Pb</mtext></math>, 3% <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>PbO</mtext></math>, 17% <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbO</mtext><mn>2</mn></msub></math> e 36% <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbSO</mtext><mn>4</mn></msub></math>. A média de massa da pasta residual de uma bateria usada é de 6 Kg, onde 19% é <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbO</mtext><mn>2</mn></msub></math>, 60% <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbSO</mtext><mn>4</mn></msub></math> e 21% <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>Pb</mtext></math>. Entre todos os compostos de chumbo presentes na pasta, o que mais preocupa é o sulfato de chumbo (II), pois nos processos pirometalúrgicos, em que os compostos de chumbo (placas das baterias) são fundidos, há a conversão de sulfato em dióxido de enxofre, gás muito poluente. Para reduzir o problema das emissões de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>SO</mtext><mrow><mn>2</mn><mtext>(g)</mtext></mrow></msub></math>, a indústria pode utilizar uma planta mista, ou seja, utilizar o processo hidrometalúrgico, para a dessulfuração antes da fusão do composto de chumbo. Nesse caso, a redução de sulfato presente no <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbSO</mtext><mn>4</mn></msub></math> é feita via lixiviação com solução de carbonato de sódio (<math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>Na</mtext><mn>2</mn></msub><msub><mtext>CO</mtext><mn>3</mn></msub></math>) 1M a 45 ºC, em que se obtém o carbonato de chumbo (II) com rendimento de 91%. Após esse processo, o material segue para a fundição para obter o chumbo metálico. <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbSO</mtext><mn>4</mn></msub><mo>+</mo><msub><mtext>&#xA0;Na</mtext><mn>2</mn></msub><msub><mtext>CO</mtext><mn>3</mn></msub><mo>&#x2192;</mo><msub><mtext>PbCO</mtext><mn>3</mn></msub><mo>+</mo><msub><mtext>Na</mtext><mn>2</mn></msub><msub><mtext>SO</mtext><mn>4</mn></msub></math> Dados: Massas Molares em g/mol Pb = 207; S = 32; Na = 23; O = 16; C = 12 ARAÚJO, R. V. V.; TINDADE, R. B. E.; SOARES, P. S. M. Reciclagem de chumbo de bateria auto- motiva: estudo de caso. Disponível em: http://www.iqsc.usp.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado).
Segundo as condições do processo apresentado para a obtenção de carbonato de chumbo (II) por meio da lixiviação por carbonato de sódio e considerando uma massa de pasta residual de uma bateria de 6 Kg, qual quantidade aproximada, em quilogramas, de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>PbCO</mtext><mn>3</mn></msub></math> é obtida?
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{'text': [' 1,7 Kg\n', ' 1,9 Kg\n', ' 2,9 Kg\n', ' 3,3 Kg\n', ' 3,6 Kg\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Investigadores das Universidades de Oxford e da Califórnia desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente modificada que é candidata para uso na busca de redução na transmissão do vírus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento do músculo das asas. A modificação genética introduzida é um gene dominante condicional, isso é, o gene tem expressão dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas fêmeas. FU, G. et al. Female-specific flightless phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554, 2010.
Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes aegypti demore ainda anos para ser implementada, pois há demanda de muitos estudos com relação ao impacto ambiental. A liberação de machos de Aedes aegypti dessa variedade geneticamente modificada reduziria o número de casos de dengue em uma determinada região porque
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{'text': [' diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos.\n', ' restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito.\n', ' dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença.\n', ' tornaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença.\n', ' dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente modificados.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Dois pesquisadores percorreram os trajetos marcados no mapa. A tarefa deles foi analisar os ecossistemas e, encontrando problemas, relatar e propor medidas de recuperação. A seguir, são reproduzidos trechos aleatórios extraídos dos relatórios desses dois pesquisadores. Trechos aleatórios extraídos do relatório do pesquisador P1: I. “Por causa da diminuição drástica das espécies vegetais deste ecossistema, como os pinheiros, a gralha azul também está em processo de extinção”. II. “As árvores de troncos tortuosos e cascas grossas que predominam nesse ecossistema estão sendo utilizadas em carvoarias”. Trechos aleatórios extraídos do relatório do pesquisador P2: III. “Das palmeiras que predominam nesta região podem ser extraídas substâncias importantes para a economia regional”. IV. “Apesar da aridez desta região, em que encontramos muitas plantas espinhosas, não se pode desprezar a sua biodiversidade.” Ecossistemas brasileiros: mapa da distribuição dos ecossistemas. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1686u52.jhtm. Acesso em: 20 abr. 2010 (adaptado).
Os trechos I, II, III e IV referem-se, pela ordem, aos seguintes ecossistemas:
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{'text': [' Caatinga, Cerrado, Zona dos cocais e Floresta Amazônica. \n', ' Mata de Araucárias, Cerrado, Zona dos cocais e Caatinga.\n', ' Manguezais, Zona dos cocais, Cerrado e Mata Atlântica.\n', ' Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica e Pampas.\n', ' Mata Atlântica, Cerrado, Zona dos cocais e Pantanal.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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As mobilizações para promover um planeta melhor para as futuras gerações são cada vez mais frequentes. A maior parte dos meios de transporte de massa é atualmente movida pela queima de um combustível fóssil. A título de exemplificação do ônus causado por essa prática, basta saber que um carro produz, em média, cerca de 200 g de dióxido de carbono por Km percorrido. Revista Aquecimento Global. Ano 2, nº 8. Publicação do Instituto Brasileiro de Cultura Ltda.
Um dos principais constituintes da gasolina é o octano (<math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>C</mtext><mn>8</mn></msub><msub><mtext>H</mtext><mn>18</mn></msub></math>). Por meio da combustão do octano é possível a liberação de energia, permitindo que o carro entre em movimento. A equação que representa a reação química desse processo demonstra que
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{'text': [' no processo há liberação de oxigênio, sob a forma de <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>O</mtext><mn>2</mn></msub></math>.\n', ' o coeficiente estequiométrico para a água é de 8 para 1 do octano.\n', ' no processo há consumo de água, para que haja liberação de energia.\n', ' o coeficiente estequiométrico para o oxigênio é de 12,5 para 1 do octano.\n', ' o coeficiente estequiométrico para o gás carbônico é de 9 para 1 do octano.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Ao colocar um pouco de açúcar na água e mexer até a obtenção de uma só fase, prepara-se uma solução. O mesmo acontece ao se adicionar um pouquinho de sal à água e misturar bem. Uma substância capaz de dissolver o soluto é denominada solvente; por exemplo, a água é um solvente para o açúcar, para o sal e para várias outras substâncias. A figura a seguir ilustra essa citação. Disponível em: www.sobiologia.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010.
Suponha que uma pessoa, para adoçar seu cafezinho, tenha utilizado 3,42 g de sacarose (massa molar igual a 342 g/mol) para uma xícara de 50 ml do líquido. Qual é a concentração final, em mol/l, de sacarose nesse cafezinho?
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{'text': [' 0,02 \n', ' 0,2\n', ' 2\n', ' 200\n', ' 2000\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Um grupo de cientistas liderado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, construiu o primeiro metamaterial que apresenta valor negativo do índice de refração relativo para a luz visível. Denomina-se metamaterial um material óptico artificial, tridimensional, formado por pequenas estruturas menores do que o comprimento de onda da luz, o que lhe dá propriedades e comportamentos que não são encontrados em materiais naturais. Esse material tem sido chamado de “canhoto”. Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).
Considerando o comportamento atípico desse metamaterial, qual é a figura que representa a refração da luz ao passar do ar para esse meio?
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{'text': [' \n', ' \n', ' \n', ' \n', ' \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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As baterias de Ni-Cd muito utilizadas no nosso cotidiano não devem ser descartadas em lixos comuns uma vez que uma considerável quantidade de cádmio é volatilizada e emitida para o meio ambiente quando as baterias gastas são incineradas como componente do lixo. Com o objetivo de evitar a emissão de cádmio para a atmosfera durante a combustão é indicado que seja feita a reciclagem dos materiais dessas baterias. Uma maneira de separar o cádmio dos demais compostos presentes na bateria é realizar o processo de lixiviação ácida. Nela, tanto os metais (<math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>Cd</mtext></math>, <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>Ni</mtext></math> e eventualmente <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>Co</mtext></math>) como os hidróxidos de íons metálicos <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>Cd(OH)</mtext><mrow><mn>2</mn><mtext>(s)</mtext></mrow></msub></math>, <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>Ni(OH)</mtext><mrow><mn>2</mn><mtext>(s)</mtext></mrow></msub></math> , <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>Co(OH)</mtext><mrow><mn>2</mn><mtext>(s)</mtext></mrow></msub></math> presentes na bateria, reagem com uma mistura ácida e são solubilizados. Em função da baixa seletividade (todos os íons metálicos são solubilizados), após a digestão ácida, é realizada uma etapa de extração dos metais com solventes orgânicos de acordo com a reação: <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msubsup><mtext>M</mtext><mtext>(aq)</mtext><mrow><mn>2</mn><mo>+</mo></mrow></msubsup><mo>+</mo><mn>2</mn><msub><mtext>&#xA0;HR</mtext><mtext>(org)</mtext></msub><mo>&#x21CC;</mo><msub><mtext>MR</mtext><mrow><mn>2</mn><mtext>(org)</mtext></mrow></msub><mo>+</mo><mn>2</mn><msubsup><mtext>H</mtext><mtext>(aq)</mtext><mo>+</mo></msubsup></math> Onde : <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msup><mtext>M</mtext><mrow><mn>2</mn><mo>+</mo></mrow></msup></math> = <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msup><mtext>Cd</mtext><mrow><mn>2</mn><mo>+</mo></mrow></msup></math> , <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msup><mtext>Ni</mtext><mrow><mn>2</mn><mo>+</mo></mrow></msup></math> ou <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msup><mtext>Co</mtext><mrow><mn>2</mn><mo>+</mo></mrow></msup></math> <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>HR</mtext><mo>=</mo><msub><mtext>C</mtext><mn>16</mn></msub><msub><mtext>H</mtext><mn>34</mn></msub><mo>-</mo><msub><mtext>PO</mtext><mn>2</mn></msub><mtext>H</mtext></math> : identificado no gráfico por X <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mtext>HR</mtext><mo>=</mo><msub><mtext>C</mtext><mn>12</mn></msub><msub><mtext>H</mtext><mn>34</mn></msub><mo>-</mo><msub><mtext>PO</mtext><mn>2</mn></msub><mtext>H</mtext></math>: identificado no gráfico por Y O gráfico mostra resultado da extração utilizando os solventes orgânicos X e Y em diferentes pH. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em 28 abr. 2010.
A reação descrita no texto mostra o processo de extração dos metais por meio da reação com moléculas orgânicas, X e Y. Considerando-se as estruturas de X e Y e o processo de separação descrito, pode-se afirmar que
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{'text': [' as moléculas X e Y atuam como extratores catiônicos uma vez que a parte polar da molécula troca o íon H+ pelo cátion do metal.\n', ' as moléculas X e Y atuam como extratores aniônicos uma vez que a parte polar da molécula troca o íon H+ pelo cátion do metal.\n', ' as moléculas X e Y atuam como extratores catiônicos uma vez que a parte apolar da molécula troca o íon pelo cátion do metal.\n', ' as moléculas X e Y atuam como extratores aniônicos uma vez que a parte polar da molécula troca o íon pelo cátion do metal.\n', ' as moléculas X e Y fazem ligações com os íons metálicos resultando em compostos com caráter apolar o que justifica a eficácia da extração.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Os pesticidas modernos são divididos em várias classes, entre as quais se destacam os organofosforados, materiais que apresentam efeito tóxico agudo para os seres humanos. Esses pesticidas contêm um átomo central de fósforo ao qual estão ligados outros átomos ou grupo de átomos como oxigênio, enxofre, grupos metoxi ou etoxi, ou um radical orgânico de cadeia longa. Os organofosforados são divididos em três subclasses: Tipo A, na qual o enxofre não se incorpora na molécula; Tipo B, na qual o oxigênio, que faz dupla ligação com fósforo, é substituído pelo enxofre; e Tipo C, no qual dois oxigênios são substituídos por enxofre. BAIRD, C. Química Ambiental. BooKmam, 2005.
Um exemplo de pesticida organofosforado Tipo B, que apresenta grupo etoxi em sua fórmula estrutural, está representado em:
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{'text': [' \n', ' \n', ' \n', ' \n', ' \n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Durante uma obra em um clube, um grupo de trabalhadores teve de remover uma escultura de ferro maciço colocada no fundo de uma piscina vazia. Cinco trabalhadores amarraram cordas à escultura e tentaram puxá-la para cima, sem sucesso.
Se a piscina for preenchida com água, ficará mais fácil para os trabalhadores removerem a escultura, pois a
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{'text': [' escultura flutuará. Dessa forma, os homens não precisarão fazer força para remover a escultura do fundo.\n', ' escultura ficará com peso menor. Dessa forma, a intensidade da força necessária para elevar a escultura será menor.\n', ' água exercerá uma força na escultura proporcional a sua massa, e para cima. Esta força se somará à força que os trabalhadores fazem para anular a ação \nda força peso da escultura.\n', ' água exercerá uma força na escultura para baixo, e esta passará a receber uma força ascendente do piso da piscina. Esta força ajudará a anular a ação da força peso na escultura.\n', ' água exercerá uma força na escultura proporcional ao seu volume, e para cima. Esta força se somará à força que os trabalhadores fazem, podendo resultar \nem uma força ascendente maior que o peso da escultura.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O lixão que recebia 130 toneladas de lixo e contaminava a região com o seu chorume (líquido derivado da decomposição de compostos orgânicos) foi recuperado, transformando-se em um aterro sanitário controlado, mudando a qualidade de vida e a paisagem e proporcionando condições dignas de trabalho para os que dele subsistiam. Revista Promoção da Saúde da Secretaria de Políticas de Saúde. Ano 1, nº 4, dez. 2000 (adaptado).
Quais procedimentos técnicos tornam o aterro sanitário mais vantajoso que o lixão, em relação às problemáticas abordadas no texto?
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{'text': [' O lixo é recolhido e incinerado pela combustão a altas temperaturas.\n', ' O lixo hospitalar é separado para ser enterrado e sobre ele, colocada cal virgem.\n', ' O lixo orgânico e inorgânico é encoberto, e o chorume canalizado para ser tratado e neutralizado.\n', ' O lixo orgânico é completamente separado do lixo inorgânico, evitando a formação de chorume.\n', ' O lixo industrial é separado e acondicionado de forma adequada, formando uma bolsa de resíduos.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Decisão de asfaltamento da rodovia MG-010, acompanhada da introdução de espécies exóticas, e a prática de incêndios criminosos, ameaçam o sofisticado ecossistema do campo rupestre da reserva da Serra do Espinhaço. As plantas nativas desta região, altamente adaptadas a uma alta concentração de alumínio, que inibe o crescimento das raízes e dificultam a absorção de nutrientes e água, estão sendo substituídas por espécies invasoras que não teriam naturalmente adaptação para este ambiente, no entanto elas estão dominando as margens da rodovia, equivocadamente chamada de “estrada ecológica”. Possivelmente a entrada de espécies de plantas exóticas neste ambiente foi provocada pelo uso, neste empreendimento, de um tipo de asfalto (cimento-solo), que possui uma mistura rica em cálcio, que causou modificações químicas aos solos adjacentes à rodovia MG-010. Scientific American. Brasil. Ano 7, nº 79, 2008 (adaptado).
Essa afirmação baseia-se no uso de cimento-solo, mistura rica em cálcio que
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{'text': [' inibe a toxicidade do alumínio, elevando o pH dessas áreas.\n', ' inibe a toxicidade do alumínio, reduzindo o pH dessas áreas. \n', ' aumenta a toxicidade do alumínio, elevando o pH dessas áreas. \n', ' aumenta a toxicidade do alumínio, reduzindo o pH dessas áreas. \n', ' neutraliza a toxicidade do alumínio, reduzindo o pH dessas áreas. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Deseja-se instalar uma estação de geração de energia elétrica em um município localizado no interior de um pequeno vale cercado de altas montanhas de difícil acesso. A cidade é cruzada por um rio, que é fonte de água para consumo, irrigação das lavouras de subsistência e pesca. Na região, que possui pequena extensão territorial, a incidência solar é alta o ano todo. A estação em questão irá abastecer apenas o município apresentado.
Qual forma de obtenção de energia, entre as apresentadas, é a mais indicada para ser implantada nesse município de modo a causar o menor impacto ambiental?
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{'text': [' Termelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no sistema de refrigeração.\n', ' Eólica, pois a geografia do local é própria para a captação desse tipo de energia.\n', ' Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus sistemas não afetaria a população.\n\n', ' Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que chega à superfície do local.\n\n', ' Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é suficiente para abastecer a usina construída.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Três dos quatro tipos de testes atualmente empregados para a detecção de príons patogênicos em tecidos cerebrais de gado morto são mostrados nas figuras a seguir. Uma vez identificado um animal morto infectado, funcionários das agências de saúde pública e fazendeiros podem removê-lo do suprimento alimentar ou rastrear os alimentos infectados que o animal possa ter consumido. Legenda : PrPSC — proteínas do Príon Scientific American. Brasil, ago. 2004 (adaptado).
Analisando os testes I, II e III, para a detecção de príons patogênicos, identifique as condições em que os resultados foram positivos para a presença de príons nos três testes:
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{'text': [' Animal A, lâmina B e gel A.\n', ' Animal A, lâmina A e gel B.\n', ' Animal B, lâmina A e gel B.\n', ' Animal B, lâmina B e gel A.\n', ' Animal A, lâmina B e gel B.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Diversos comportamentos e funções fisiológicas do nosso corpo são periódicos, sendo assim, são classificados como ritmo biológico. Quando o ritmo biológico responde a um período aproximado de 24 horas, ele é denominado ritmo circadiano. Esse ritmo diário é mantido pelas pistas ambientais de claro-escuro e determina comportamentos como o ciclo do sono-vigília e o da alimentação. Uma pessoa, em condições normais, acorda às 8 h e vai dormir às 21 h, mantendo seu ciclo de sono dentro do ritmo dia e noite. Imagine que essa mesma pessoa tenha sido mantida numa sala totalmente escura por mais de quinze dias. Ao sair de lá, ela dormia às 18 h e acordava às 3 h da manhã. Além disso, dormia mais vezes durante o dia, por curtos períodos de tempo, e havia perdido a noção da contagem dos dias, pois, quando saiu, achou que havia passado muito mais tempo no escuro. BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia. São Paulo: Atheneu, 2000 (adaptado).
Em função das características observadas, conclui-se que a pessoa
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{'text': [' apresentou aumento do seu período de sono contínuo e passou a dormir durante o dia, pois seu ritmo biológico foi alterado apenas no período noturno. \n', ' apresentou pouca alteração do seu ritmo circadiano, sendo que sua noção de tempo foi alterada somente pela sua falta de atenção à passagem do tempo.\n', ' estava com seu ritmo já alterado antes de entrar na sala, o que significa que apenas progrediu para um estado mais avançado de perda do ritmo biológico \nno escuro.\n', ' teve seu ritmo biológico alterado devido à ausência de luz e de contato com o mundo externo, no qual a noção de tempo de um dia é modulada pela presença \nou ausência do sol.\n', ' deveria não ter apresentado nenhuma mudança do seu período de sono porque, na realidade, continua com o seu ritmo normal, independentemente do \nambiente em que seja colocada.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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De 15% a 20% da área de um canavial precisa ser renovada anualmente. Entre o período de corte e o de plantação de novas canas, os produtores estão optando por plantar leguminosas, pois elas fixam nitrogênio no solo, um adubo natural para a cana. Essa opção de rotação é agronomicamente favorável, de forma que municípios canavieiros são hoje grandes produtores de soja, amendoim e feijão. As encruzilhadas da fome. Planeta. São Paulo, ano 36, nº. 430, jul. 2008 (adaptado).
A rotação de culturas citada no texto pode beneficiar economicamente os produtores de cana porque
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{'text': [' a decomposição da cobertura morta dessas culturas resulta em economia na aquisição de adubos industrializados.\n', ' o plantio de cana-de-açúcar propicia um solo mais adequado para o cultivo posterior da soja, do amendoim e do feijão.\n', ' as leguminosas absorvem do solo elementos químicos diferentes dos absorvidos pela cana, restabelecendo o equilíbrio do solo.\n', ' a queima dos restos vegetais do cultivo da cana-de-açúcar transforma-se em cinzas, sendo reincorporadas ao solo, o que gera economia na aquisição de adubo.\n', ' a soja, o amendoim e o feijão, além de possibilitarem a incorporação ao solo de determinadas moléculas disponíveis na atmosfera, são grãos comercializados no mercado produtivo.\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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referência
As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é
1
{'text': [' a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar \nde “foi”.\n', ' a ausência de artigo antes da palavra “árvore”.\n', ' o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal \n“está”.\n', ' o uso da contração “desse” em lugar da expressão \n“de esse”.\n', ' a utilização do pronome “que” em início de frase \nexclamativa.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha - se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona para ser transformado, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais - sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia. Nº7, ano 48, jul.2009.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é
2
{'text': [' vender um produto anunciado.\n', ' informar sobre astronomia.\n', ' ensinar os cuidados com a saúde.\n', ' expor a opinião de leitores em um jornal.\n', ' aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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No
S.O.S Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº 231, abr.2010 (fragmento adaptado).
O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas próprias do uso
3
{'text': [' regional, pela presença de léxico de determinada \nregião do Brasil. \n', ' literário, pela conformidade com as normas da \ngramática.\n', ' técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.\n', ' coloquial, por meio do registro de informalidade.\n', ' oral, por meio do uso de expressões típicas da \noralidade.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto e até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações. DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Predomina no texto a função da linguagem
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{'text': [' emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em \nrelação à ecologia.\n', ' fática, porque o texto testa o funcionamento do canal \nde comunicação.\n', ' poética, porque o texto chama a atenção para os \nrecursos de linguagem.\n', ' conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.\n', ' referencial, porque o texto trata de noções e \ninformações conceituais.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Campanha publicitária da loja de eletroeletrônicos. Revista Época. Nº 424, 03 jul. 2006.
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo configurações específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é
5
{'text': [' influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo.\n', ' definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado.\n', ' defender a importância do conhecimento de \ninformática pela população de baixo poder aquisitivo.\n', ' facilitar o uso de equipamentos de informática pelas \nclasses sociais economicamente desfavorecidas.\n', ' questionar o fato de o homem ser mais inteligente \nque a máquina, mesmo a mais moderna.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Testes Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca. Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os 12 anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma reação irônica no trecho:
6
{'text': [' “Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada \ntinham a ver”.\n', ' “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até \nos doze anos”.\n', ' “Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um \nsite da internet”. \n', ' “Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o \nseguinte”.\n', ' “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta \nparanormal com o pai da psicanálise”. \n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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No
No
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Na busca constante pela sua evolução, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilíbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor. RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas.Posigraf: 2003.
Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismos e até de ilustrações de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes épocas, como na seguinte imagem:
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{'text': [' Romero Brito.“Gisele Tom”.\n\n', ' Andy Warhol. \n“Michael Jackson”.\n\n', ' Funny Filez.“Monabean”.\n\n', ' Andy Warhol. \n“Marlyn Monroe”.\n\n', ' Pablo Picasso. “Retrato \nde Jaqueline Roque com \nas Mãos Cruzadas”.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Transtorno do comer compulsivo O transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido, nos últimos anos, como uma síndrome caracterizada por episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos, porém, diferentemente da bulimia nervosa, essas pessoas não tentam evitar ganho de peso com os métodos compensatórios. Os episódios vêm acompanhados de uma sensação de falta de controle sobre o ato de comer, sentimentos de culpa e de vergonha. Muitas pessoas com essa síndrome são obesas, apresentando uma história de variação de peso, pois a comida é usada para lidar com problemas psicológicos. O transtorno do comer compulsivo é encontrado em cerca de 2% da população em geral, mais frequentemente acometendo mulheres entre 20 e 30 anos de idade. Pesquisas demonstram que 30% das pessoas que procuram tratamento para obesidade ou para perda de peso são portadoras de transtorno do comer compulsivo. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br. Acesso em: 1 maio 2009 (adaptado).
Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de
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{'text': [' descrever e fornecer orientações sobre a síndrome \nda compulsão alimentícia.\n', ' narrar a vida das pessoas que têm o transtorno do \ncomer compulsivo.\n', ' aconselhar as pessoas obesas a perder peso com \nmétodos simples.\n', ' expor de forma geral o transtorno compulsivo por \nalimentação.\n', ' encaminhar as pessoas para a mudança de hábitos \nalimentícios.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Disponível em: http://algarveturistico.com/wp-content/uploads/2009/04/ptm-ginastica-ritmica-01.jpg. Acesso em: 01 set. 2010.
O desenvolvimento das capacidades físicas (qualidades motoras passíveis de treinamento) ajuda na tomada de decisões em relação à melhor execução do movimento. A capacidade física predominante no movimento representado na imagem é
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{'text': [' a velocidade, que permite ao músculo executar uma sucessão rápida de gestos em movimentação de intensidade máxima.\n', ' a resistência, que admite a realização de movimentos durante considerável período de tempo, sem perda da qualidade da execução.\n', ' a flexibilidade, que permite a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais articulações, sem causar lesões.\n', ' a agilidade, que possibilita a execução de movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção.\n', ' o equilíbrio, que permite a realização dos mais variados movimentos, com o objetivo de sustentar o corpo sobre uma base.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A gentileza é algo difícil de ser ensinado e vai muito além da palavra educação. Ela é difícil de ser ecnontrada, mas fácil de ser identificada, e acompanha pessoas generosas e desprendidas, que se interessam em contribuir para o bem do outro e da sociedade. É uma atitude desobrigada, que se manifesta nas situações cotidianas e das maneiras mais prosaicas. SIMURRO, S. A. B. Ser gentil é ser saudável. Disponível em: http://www.abqv.org.br. Acesso em: 22 jun. 2006 (adaptado).
No texto, menciona-se que a gentileza extrapola as regras de boa educação. A argumentação construída
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{'text': [' apresenta fatos que estabelecem entre si relações \nde causa e de consequência.\n', ' descreve condições para a ocorrência de atitudes \neducadas.\n', ' indica a finalidade pela qual a gentileza pode ser praticada.\n', ' enumera fatos sucessivos em uma relação temporal.\n', ' mostra oposição e acrescenta ideias.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura. BREGOLATO, R.A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.
As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira
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{'text': [' o Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição.\n', ' a Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira.\n', ' o Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança.\n', ' o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo. \n', ' o Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Carnavália Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim? [...] ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento).
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola de samba e à situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a)
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{'text': [' estrangeirismo, uso de elementos \nlinguísticos \noriginados em outras línguas e representativos de \noutras culturas.\n', ' neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos \nmecanismos que o sistema da língua disponibiliza.\n', ' gíria, que compõe uma linguagem originada em \ndeterminado grupo social e que pode vir a se \ndisseminar em uma comunidade mais ampla.\n', ' regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica.\n', ' termo técnico, dado que designa elemento de área \nespecifica de atividade. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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MONET, C. Mulher com sombrinha. 1875, 100x81cm. In: BECKETT, W. História da Pintura. São Paulo: Ática, 1997.
Em busca de maior naturalismo em suas obras e fundamentando-se em novo conceito estético, Monet, Degas, Renoir e outros artistas passaram a explorar novas formas de composição artística, que resultaram no estilo denominado Impressionismo. Observadores atentos da natureza, esses artistas passaram a
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{'text': [' retratar, em suas obras, as cores que idealizavam de \nacordo com o reflexo da luz solar nos objetos.\n', ' usar mais a cor preta, fazendo contornos nítidos, que \nmelhor definiam as imagens e as cores do objeto \nrepresentado.\n', ' retratar paisagens em diferentes horas do dia, \nrecriando, em suas telas, as imagens por eles \nidealizadas.\n', ' usar pinceladas rápidas de cores puras e dissociadas \ndiretamente na tela, sem misturá-las antes na paleta.\n', ' usar as sombras em tons de cinza e preto e com \nefeitos esfumaçados, tal como eram realizadas no \nRenascimento.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O Chat e sua linguagem virtual O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer "conversa". Essa conversa acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de comunicação síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo na internet, basta escolher a sala que deseja “entrar”, identificar-se e iniciar a conversa. Geralmente, as salas são divididas por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros. Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que identificará o participante durante a conversa. Algumas salas restringem a idade, mas não existe nenhum controle para verificar se a idade informada é realmente a idade de quem está acessando, facilitando que crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados para sua faixa etária. AMARAL, S. F. Internet: novos valores e novos comportamentos. In: SILVA, E. T. (Coord.). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003.(adaptado).
Segundo o texto, o chat proporciona a ocorrência de diálogos instantâneos com linguagem específica, uma vez que nesses ambientes interativos faz-se uso de protocolos diferenciados de interação. O chat, nessa perspectiva, cria uma nova forma de comunicação porque
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{'text': [' possibilita que ocorra diálogo sem a exposição \nda identidade real dos indivíduos, que podem \nrecorrer a apelidos fictícios sem comprometer o \nfluxo da comunicação em tempo real.\n', ' disponibiliza salas de bate-papo sobre diferentes \nassuntos com pessoas pré-selecionadas por \nmeio de um sistema de busca monitorado e \natualizado por autoridades no assunto.\n', ' seleciona previamente conteúdos adequados à \nfaixa etária dos usuários que serão distribuídos \nnas faixas de idade organizadas pelo site que \ndisponibiliza a ferramenta.\n', ' garante a gravação das conversas, o que possibilita que um diálogo permaneça aberto, independente da disposição de cada participante.\n', ' limita a quantidade de participantes conectados \nnas salas de bate-papo, a fim de garantir a \nqualidade e eficiência dos diálogos, evitando \nmal-entendidos.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Texto I Época. 12 out. 2009 (adaptado). Texto II CONEXÃO SEM FIO NO BRASIL Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar publicações para o Kindle Época. 12 out. 2009.
A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se que o advento do livro digital no Brasil
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{'text': [' possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às \ninformações antes restritas, uma vez que eliminará as \ndistâncias, por meio da distribuição virtual.\n', ' criará a expectativa de viabilizar a democratização da \nleitura, porém, esbarra na insuficiência do acesso à\ninternet por meio da telefonia celular, ainda deficiente no país.\n', ' fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos, \nem razão da diminuição dos gastos com os produtos \ndigitais gratuitamente distribuídos pela internet.\n', ' garantirá a democratização dos usos da tecnologia \nno país, levando em consideração as características \nde cada região no que se refere aos hábitos de \nleitura e acesso à informação.\n', ' impulsionará o crescimento da qualidade da leitura \ndos brasileiros, uma vez que as características do \nproduto permitem que a leitura aconteça a despeito \ndas adversidades geopolíticas.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Texto I Sob o olhar do Twitter Vivemos a era da exposição e do compartilhamento. Público e privado começam a se confundir. A ideia de privacidade vai mudar ou desaparecer. O trecho acima tem 140 caracteres exatos. É uma mensagem curta que tenta encapsular uma ideia complexa. Não é fácil esse tipo de síntese, mas dezenas de milhões de pessoas o praticam diariamente. No mundo todo, são disparados 2,4 trilhões de SMS por mês, e neles cabem 140 toques, ou pouco mais. Também é comum enviar e-mails, deixar recados no Orkut, falar com as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, receber chamados em qualquer parte, a qualquer hora. Estamos conectados. Superconectados, na verdade, de várias formas. [...] O mais recente exemplo de demanda por total conexão e de uma nova sintaxe social é o Twitter, o novo serviço de troca de mensagens pela internet. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os "seguidores" - gente que acompanha o emissor. Podem ser 30, 300 ou 409 mil seguidores. MARTINS, I.; LEAL, R. Época. 16 mar.2009 (fragmento adaptado). Texto II MARTINS, I.; LEAL, R. Época. 16 mar. 2009.
Da comparação entre os textos, depreende-se que o texto II constitui um passo a passo para interferir no comportamento dos usuários, dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto I
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{'text': [' adverte os leitores de que a \ninternet pode \ntransformar-se em um problema porque expõe \na vida dos usuários e, por isso, precisa ser \ninvestigada.\n', ' ensina aos leitores os procedimentos necessários \npara que as pessoas conheçam, em profundidade, \nos principais meios de comunicação da atualidade.\n', ' exemplifica e explica o novo serviço global de \nmensagens rápidas que desafia os hábitos \nde comunicação e reinventa o conceito de \nprivacidade.\n', ' procura esclarecer os leitores a respeito dos \nperigos que o uso do Twitter pode representar nas \nrelações de trabalho e também no plano pessoal.\n', ' apresenta uma enquete sobre as redes sociais \nmais usadas na atualidade e mostra que o Twitter\né preferido entre a maioria dos internautas. \n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O dia em que o peixe saiu de graça Uma operação do Ibama para combater a pesca ilegal na divisa entre os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins incinerou 110 quilômetros de redes usadas por pescadores durante o período em que os peixes se reproduzem. Embora tenha um impacto temporário na atividade econômica da região, a medida visa preservá-la ao longo prazo, evitando o risco de extinção dos animais. Cerca de 15 toneladas de peixes foram apreendidas e doadas para instituições de caridade. Época. 23 mar. 2009 (adaptado).
A notícia, do ponto de vista de seus elementos constitutivos,
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{'text': [' apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.\n', ' tem um título que resume o conteúdo do texto.\n', ' informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou \ne o resultado dessa ação.\n', ' dirige-se aos órgãos governamentais dos estados \nenvolvidos na referida operação do Ibama.\n', ' introduz um fato com a finalidade de incentivar \nmovimentos sociais em defesa do meio ambiente.\n\n \n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis. Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009.
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de
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{'text': [' fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter \nrealista, relativos à vida de um renomado escritor.\n', ' representações generalizadas acerca da vida de \nmembros da sociedade por seus trabalhos e vida \ncotidiana.\n', ' explicações da vida de um renomado escritor, com \nestrutura argumentativa, destacando como tema \nseus principais feitos.\n', ' questões controversas e fatos diversos da vida de \npersonalidade histórica, ressaltando sua intimidade \nfamiliar em detrimento de seus feitos públicos.\n', ' apresentação da vida de uma personalidade, organizada \nsobretudo pela ordem tipológica da narração, com um \nestilo marcado por linguagem objetiva.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A Herança Cultural da Inquisição A Inquisição gerou uma série de comportamentos humanos defensivos na população da época, especialmente por ter perdurado na Espanha e em Portugal durante quase 300 anos, ou no mínimo quinze gerações. Embora a Inquisição tenha terminado há mais de um século, a pergunta que fiz a vários sociólogos, historiadores e psicólogos era se alguns desses comportamentos culturais não poderiam ter-se perpetuado entre nós. Na maioria, as respostas foram negativas, ou seja, embora alterasse sem dúvida o comportamento da época, nenhum comportamento permanece tanto tempo depois, sem reforço ou estímulo continuado. Não sou psicólogo nem sociólogo para discordar, mas tenho a impressão de que existem alguns comportamentos estranhos na sociedade brasileira, e que fazem sentido se você os considerar resquícios da era da Inquisição. [...] KANITZ, S. A Herança Cultural da Inquisição. In: Revista Veja. Ano 38, nº 5, 2 fev. 2005 (fragmento).
Considerando-se o posicionamento do autor do fragmento a respeito de comportamentos humanos, o texto
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{'text': [' enfatiza a herança da Inquisição em comportamentos \nculturais observados em Portugal e na Espanha.\n', ' contesta sociólogos, psicólogos e historiadores sobre \na manutenção de comportamentos gerados pela \nInquisição.\n', ' contrapõe argumentos de historiadores e sociólogos a \nrespeito de comportamentos culturais inquisidores.\n', ' relativiza comportamentos originados na Inquisição e \nobservados na sociedade brasileira.\n', ' questiona a existência de comportamentos culturais \nbrasileiros marcados pela herança da Inquisição.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Resta saber o que ficou das línguas indígenas no português do Brasil. Serafim da Silva Neto afirma: "No português brasileiro não há, positivamente, influência das línguas africanas ou ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixasse marcas no português do Brasil. ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado). No final do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada "demótico", e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean- François Champollion voltou a estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução.
Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas, que
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{'text': [' cada língua é única e intraduzível.\n', ' elementos de uma língua são preservados, ainda \nque não haja mais falantes dessa língua.\n', ' a língua escrita de determinado grupo desaparece \nquando a sociedade que a produzia é extinta.\n', ' o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma \nestrutura gramatical, assim como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil.\n', ' o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras \nsimilares, o que possibilitou a comparação linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas \nbrasileiras e o português do Brasil.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas
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{'text': [' expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em \nque aparece no texto.\n', ' quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, \nse usado no início da frase.\n', ' ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na \nabertura da frase.\n', ' contém uma ideia de sequência temporal que \ndireciona a conclusão do leitor.\n', ' assume funções discursivas distintas nos dois \ncontextos de uso.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A Internet que você faz Uma pequena invenção, a Wikipédia, mudou o jeito de lidarmos com informações na rede. Trata-se de uma enciclopédia virtual colaborativa, que é feita e atualizada por qualquer internauta que tenha algo a contribuir. Em resumo: é como se você imprimisse uma nova página para a publicação desatualizada que encontrou na biblioteca. Antigamente, quando precisávamos de alguma informação confiável, tínhamos a enciclopédia como fonte segura de pesquisa para trabalhos, estudos e pesquisa em geral. Contudo, a novidade trazida pela Wikipédia nos coloca em uma nova circunstância, em que não podemos confiar integralmente no que lemos. Por ter como lema principal a escritura coletiva, seus textos trazem informações que podem ser editadas e reeditadas por pessoas do mundo inteiro. Ou seja, a relevância da informação não é determinada pela tradição cultural, como nas antigas enciclopédias, mas pela dinâmica da mídia. Assim, questiona-se a possibilidade de serem encontradas informações corretas entre sabotagens deliberadas e contribuições erradas. NÉO, A. et al. A Internet que você faz. In: Revista PENSE! Secretaria de Educação do Estado do Ceará. Ano 2, nº. 3, mar.-abr. 2010 (adaptado).
As novas Tecnologias de Informação e Comunicação, como a Wikipédia, têm trazido inovações que impactaram significativamente a sociedade. A respeito desse assunto, o texto apresentado mostra que a falta de confiança na veracidade dos conteúdos registrados na Wikipédia
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{'text': [' acontece pelo fato de sua construção coletiva \npossibilitar a edição e reedição das informações por \nqualquer pessoa no mundo inteiro.\n', ' limita a disseminação do saber, apesar do crescente \nnúmero de acessos ao site que a abriga, por falta de \nlegitimidade\n', ' ocorre pela facilidade de acesso à página, o que \ntorna a informação vulnerável, ou seja, pela dinâmica \nda mídia.\n', ' ressalta a crescente busca das enciclopédias \nimpressas para as pesquisas escolares.\n', ' revela o desconhecimento do usuário, impedindo-o \nde formar um juízo de valor sobre as informações.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Texto I Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos às canções que vinham das embarcações... AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento). Texto II À margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho ingazeiro - ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas necessidades de cachaça e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado. TREVISAN, D. 35 noites de paixão: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento).
Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem literária recorrente na literatura brasileira do século XX. Em ambos os textos,
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{'text': [' a linguagem afetiva aproxima os narradores dos \npersonagens marginalizados.\n', ' a ironia marca o distanciamento dos narradores em \nrelação aos personagens.\n', ' o detalhamento do cotidiano dos personagens revela \na sua origem social.\n', ' o espaço onde vivem os personagens é uma das \nmarcas de sua exclusão.\n', ' a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta.\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Soneto Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!... já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece... Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é
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{'text': [' a angústia alimentada pela constatação da \nirreversibilidade da morte.\n', ' a melancolia que frustra a possibilidade de reação \ndiante da perda. \n', ' o descontrole das emoções provocado pela \nautopiedade.\n', ' o desejo de morrer como alívio para a desilusão \namorosa.\n', ' o gosto pela escuridão como solução para o \nsofrimento.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Figura 1: Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/blog/fotos/235151post_foto.jpg. Figura 2: Disponível em: http://esporte.hsw.uol.com.br/volei-jogos-olimpicos.htm. Figura 3: Disponível em: http://www.arel.com.br/eurocup/volei/ Acesso em: 27 abr. 2010.
O voleibol é um dos esportes mais praticados na atualidade. Está presente nas competições esportivas, nos jogos escolares e na recreação. Nesse esporte, os praticantes utilizam alguns movimentos específicos como: saque, manchete, bloqueio, levantamento, toque, entre outros. Na sequência de imagens, identificam-se os movimentos de
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{'text': [' sacar e colocar a bola em jogo, defender a bola e realizar a cortada como forma de ataque. \n', ' arremessar a bola, tocar para passar a bola ao levantador e bloquear como forma de ataque. \n', ' tocar e colocar a bola em jogo, cortar para defender e levantar a bola para atacar.\n', ' passar a bola e iniciar a partida, lançar a bola ao levantador e realizar a manchete para defender.\n', ' cortar como forma de ataque, passar a bola para defender e bloquear como forma de ataque.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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O presidente Lula assinou, em 29 de setembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As novas regras afetam principalmente o uso dos acentos agudo e circunflexo, do trema e do hífen. Longe de um consenso, muita polêmica tem-se levantado em Macau e nos oito países de língua portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Comparando as diferentes opiniões sobre a validade de se estabelecer o acordo para fins de unificação, o argumento que, em grande parte, foge a essa discussão é
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{'text': [' "A Academia (Brasileira de Letras) encara essa aprovação como um marco histórico. Inscreve-se, finalmente, a Língua Portuguesa no rol daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unificação de seu sistema de grafar, numa demonstração de consciência da política do idioma e de maturidade na defesa, difusão e ilustração da língua da Lusofonia.”\nSANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponível em: http://www.academia.org.br. Acesso em: 10 nov. 2008.\n', ' "Acordo ortográfico? Não, obrigado. Sou contra. Visceralmente contra. Filosoficamente contra. Linguisticamente \ncontra. Eu gosto do “c” do “actor” e o “p” de “cepticismo”. Representam um património, uma pegada etimológica que faz parte de uma identidade cultural. A pluralidade é um valor que deve ser estudado e respeitado. Aceitar essa aberração significa apenas que a irmandade entre Portugal e o Brasil continua a ser a irmandade do atraso."\n\nCOUTINHO, J. P. Folha de São Paulo. Ilustrada. 28 set.2008, E1 (adaptado).\n\n', ' "Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas com vista à internacionalização do português como \nidentidade e marca econômica." "É possível que o (Fernando) Pessoa, como produto de exportação, valha mais do \nque a PT (Portugal Telecom). Tem um valor econômico único." \n\nRIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal. Disponível em: http://ultimahora.publico.clix.pt. Acesso em: 10 nov. 2008.\n\n', ' "É um acto cívico batermo-nos contra o Acordo Ortográfico." "O acordo não leva a unidade nenhuma." "Não se \npode aplicar na ordem interna um instrumento que não está aceito internacionalmente" e nem assegura "a defesa da língua como património, como prevê a Constituição nos artigos 9º e 68º." \n\nMOURA, V. G. Escritor e eurodeputado. Disponível em: www.mundoportugues.org. Acesso em: 10 nov. 2008.\n\n', ' "Se é para ter uma lusofonia, o conceito [unificação da língua] deve ser mais abrangente e temos de estar em paridade. Unidade não significa que temos que andar todos ao mesmo passo. Não é necessário que nos tornemos homogéneos. Até porque o que enriquece a língua portuguesa são as diversas literaturas e formas de utilização.”\n\nRODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Português do Oriente, sediado em Macau. Disponível em: http://taichungpou.blogspot.com. Acesso em: 10 nov. 2008 (adaptado).\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Texto I O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não fuma, mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros. O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os países do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça “de segunda mão", enquanto, nos Estados Unidos, 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país, depois do fumo ativo e do uso de álcool. Texto II Disponível em: www.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (fragmento). Disponível em:http://rickjaimecomics.blogspot.com. Acesso em: 27 abr.2010.
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos I e II procuram demonstrar que
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{'text': [' a quantidade de cigarros consumidos por pessoa, \ndiariamente, excede o máximo de nicotina \nrecomendado para os indivíduos, inclusive para os \nnão fumantes.\n', ' para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar, \nserá necessário aumentar as estatísticas de fumo \npassivo.\n', ' a conscientização dos fumantes passivos é uma \nmaneira de manter a privacidade de cada indivíduo e \ngarantir a saúde de todos.\n', ' os não fumantes precisam ser respeitados e \npoupados, pois estes também estão sujeitos às \ndoenças causadas pelo tabagismo.\n', ' o fumante passivo não é obrigado a inalar as \nmesmas toxinas que um fumante, portanto depende \ndele evitar ou não a contaminação proveniente da\nexposição ao fumo.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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“Todas as manhãs quando acordo, experimento um prazer supremo: o de ser Salvador Dalí.” NÉRET, G. Salvador Dalí. Taschen, 1996.
Assim escreveu o pintor dos “relógios moles” e das "girafas em chamas" em 1931. Esse artista excêntrico deu apoio ao general Franco durante a Guerra Civil Espanhola e, por esse motivo, foi afastado do movimento surrealista por seu líder, André Breton. Dessa forma, Dalí criou seu próprio estilo, baseado na interpretação dos sonhos e nos estudos de Sigmund Freud, denominado "método de interpretação paranoico". Esse método era constituído por textos visuais que demonstram imagens
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{'text': [' do fantástico, impregnado de civismo pelo governo \nespanhol, em que a busca pela emoção e pela \ndramaticidade desenvolveram um estilo incomparável.\n', ' do onírico, que misturava sonho com realidade e \ninteragia refletindo a unidade entre o consciente e o \ninconsciente como um universo único ou pessoal.\n', ' da linha inflexível da razão, dando vazão a uma forma \nde produção despojada no traço, na temática e nas \nformas vinculadas ao real.\n', ' do reflexo que, apesar do termo "paranoico", possui \nsobriedade e elegância advindas de uma técnica de \ncores discretas e desenhos precisos.\n', ' da expressão e intensidade entre o consciente e a \nliberdade, declarando o amor pela forma de conduzir o \nenredo histórico dos personagens retratados.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Choque a 36 000 km/h A faixa que vai de 160 quilômetros de altitude em volta da terra assemelha-se a uma avenida congestionada onde orbitam 3 000 satélites ativos. Eles disputam espaço com 17 000 fragmentos de artefatos lançados pela Terra e que se desmancharam — foguetes, satélites desativados e até ferramentas perdidas por astronautas. Com um tráfego celeste tão intenso, era questão de tempo para que acontecesse um acidente de grandes proporções, como o da semana passada. Na terça-feira, dois satélites em órbita desde os anos 90 colidiram em um ponto 790 quilômetros acima da Sibéria. A trombada dos satélites chama a atenção para os riscos que oferece a montanha de lixo espacial em órbita. Como os objetos viajam a grande velocidade, mesmo um pequeno fragmento de 10 centímetros poderia causar estragos consideráveis no telescópio Hubble ou na estação espacial Internacional — nesse caso pondo em risco a vida dos astronautas que lá trabalham. Revista Veja. 18 set. 2009 (adaptado).
Levando-se em consideração os elementos constitutivos de um texto jornalístico, infere-se que o autor teve como objetivo
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{'text': [' exaltar o emprego da linguagem figurada. \n', ' criar suspense e despertar temor no leitor.\n', ' influenciar a opinião dos leitores sobre o tema, com \nas marcas argumentativas de seu posicionamento.\n', ' induzir o leitor a pensar que os satélites artificiais \nrepresentam um grande perigo para toda a humanidade.\n', ' exercitar a ironia ao empregar “avenida \ncongestionada”; “tráfego celeste tão intenso”; \n“montanha de lixo”.\n\n\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado. O tráfico oferece aos jovens de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%. Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escolas, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema. A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime. Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan. 2003.
No Editorial, o autor defende a tese de que "as políticas sociais que procuram evitar a entrada dos jovens no tráfico não terão chance de sucesso enquanto a remuneração oferecida pelos traficantes for tão mais compensatória que aquela oferecida pelos programas do governo”. Para comprovar sua tese, o autor apresenta
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{'text': [' instituições que divulgam o crescimento de jovens no \ncrime organizado.\n', ' sugestões que ajudam a reduzir a atração exercida \npelo crime organizado.\n', ' políticas sociais que impedem o aliciamento de \ncrianças no crime organizado.\n', ' pesquisadores que se preocupam com os jovens \nenvolvidos no crime organizado.\n', ' números que comparam os valores pagos entre os \nprogramas de governo e o crime organizado.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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A carreira do crime Estudo feito por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo para explicar as dificuldades que o Estado enfrenta no combate ao crime organizado. O tráfico oferece aos jovens de escolaridade precária (nenhum dos entrevistados havia completado o ensino fundamental) um plano de carreira bem estruturado, com salários que variam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para uma base de comparação, convém notar que, segundo dados do IBGE de 2001, 59% da população brasileira com mais de dez anos que declara ter uma atividade remunerada ganha no máximo o ‘piso salarial’ oferecido pelo crime. Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% recebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na população brasileira essa taxa não ultrapassa 6%. Tais rendimentos mostram que as políticas sociais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que paga R$ 15 mensais por aluno matriculado), são por si só incapazes de impedir que o narcotráfico continue aliciando crianças provenientes de estratos de baixa renda: tais políticas aliviam um pouco o orçamento familiar e incentivam os pais a manterem os filhos estudando, o que de modo algum impossibilita a opção pela deliquência. No mesmo sentido, os programas voltados aos jovens vulneráveis ao crime organizado (circo-escolas, oficinas de cultura, escolinhas de futebol) são importantes, mas não resolvem o problema. A única maneira de reduzir a atração exercida pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos para os que escolhem esse caminho. Os rendimentos pagos aos adolescentes provam isso: eles são elevados precisamente porque a possibilidade de ser preso não é desprezível. É preciso que o Executivo federal e os estaduais desmontem as organizações paralelas erguidas pelas quadrilhas, para que a certeza de punição elimine o fascínio dos salários do crime. Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan. 2003.
Com base nos argumentos do autor, o texto aponta para
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{'text': [' uma denúncia de quadrilhas que se organizam em torno do narcotráfico.\n', ' a constatação de que o narcotráfico restringe-se aos \ncentros urbanos.\n', ' a informação de que as políticas sociais \ncompensatórias eliminarão a atividade criminosa a \nlongo prazo.\n', ' o convencimento do leitor de que para haver a \nsuperação do problema do narcotráfico é preciso \naumentar a ação policial.\n', ' uma exposição numérica realizada com o fim de \nmostrar que o negócio do narcotráfico é vantajoso e \nsem riscos.\n\n'], 'label': ['A', 'B', 'C', 'D', 'E']}
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https://www.ime.usp.br/~ddm/project/enem/
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