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11.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | A cultura brasileira é resultado da mistura de raças, etnias, crenças, valores, entre outros. Logo, o carnaval é fruto dessa miscigenação. Por isso, afirmar que essa festa - sinônimo de alegria e união - não deve receber contribuições externas, é um equívoco.
Ademais, na contemporaneidade, vive-se uma realidade globalizada, o que resulta na unificação política, econômica e, também, cultural. As interferências culturais não são mais vistas como uma ameaça, mas sim como um meio de unificar a humanidade.
Nas últimas décadas, os sambódromos têm sido palco de inúmeras questões políticas, geográficas, ideológicas ou étnicas. Essa festa não tem apenas retratado a realidade brasileira como também a realidade universal. Destarte, por que não inserir a cultura nativa nos diversos espaços ou contextos?
Intelectuais da literatura, como Oswald de Andrade, defendiam a aglutinação cultural estrangeira para, assim, criar uma nova cultura. Portanto, a troca de culturas é algo idealizado há tempo.
Por conseguinte, é imprescindível que cada indivíduo perceba o povo como um só - único, universal - mesmo repleto de diferenças. Dessa forma, a inserção de culturas distintas, onde quer que seja, será vista como parte de um todo e não como símbolo de discriminação ou preconceito. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
0.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Com os avanços que a sociedade deu em tecnologia, nas últimas décadas, o estudo se tornou indispensável para quem deseja progredir na vida. Apesar disso, recente pesquisa realizada pela Datafolha demonstra que o brasileiro considera ele segundo plano em comparação com a fé religiosa.
A rede mundial de computadores, desde sua criação nos anos 89 e 90, trouxe consigo muitas tecnologias e avanços em muitas áreas como na Medicina, na indústria e no serviço público. Nos hospitais e Laboratórios, os equipamentos modernos, como os de ressonância magnética, auxiliam muito no tratamento e prevenção da Saúde. Na indústria automobilística, os robôs assumem os postos de trabalhadores, que, outrora, eram de pessoas. Já no serviço público, os processos, do poder judiciário, por exemplo, são, em sua maioria, totalmente eletrônicos.
Pelo exposto, os profissionais que desejam atuar nessas e em diversas outras áreas necessitam de qualificação adequada, ou seja, estudo. Ademais, não basta tê-lo de forma superficial, é necessário o maior número de conhecimento possível na área em que se deseja atuar.
Nesse contexto, e, pensando num futuro ainda mais avançado com tecnologias em todos os setores da economia, fica evidente que o estudo é pilar fundamental para quem queira melhorar de vida.
Por fim, apesar dos brasileiros serem religiosos, em sua maioria, e terem fé em Deus, não se pode esperar que a religião, através dessa fé, possa substituir a busca individual da qualificação, do conhecimento e da Inteligência, que levará o indivíduo a alcançar os sonhos e planos traçados para a vida. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
3.html | redes-sociais-e-manipulacao-politica | Após a eleição do empresário Donald Trump à presidência dos Estados Unidos da América pelo Partido Republicano, a discussão ao redor do mundo sobre as redes sociais como instrumento de manipulação política tornou-se mais frequente e mais importante. Com a proximidade das eleições presidenciais no Brasil, surge a seguinte questão: como os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais e exercer o direito ao voto de modo consciente?
Os especialistas em educação tendem a convergir para a ideia de só ser possível não ser vítima de qualquer tipo de manipulação, em especial a de natureza política, por meio do desenvolvimento apurado de um senso crítico, o que só ocorrerá, segundo esses estudiosos, através da busca por conhecimento e da reflexão (sendo aquela uma condição essencial para esta ) constantes sobre vários temas socialmente relevantes, como educação, saúde, segurança, economia, direitos humanos, entre outros.
É de conhecimento geral, entretanto, que uma das mais seguras fontes de conhecimento (e, portanto, uma ótima ferramenta para auxiliar no desenvolvimento da capacidade de reflexão), a leitura, não está entre os hábitos culturais do brasileiro médio, fato possível de ser comprovado com o auxílio de pesquisas como a publicada em 2015 pela agência Nop World, segundo a qual o Brasil perde em horas de leitura por pessoa até para países vizinhos também considerados em desenvolvimento, como Argentina, Venezuela e México.
Mesmo assim, seria possível argumentar que há outros meios válidos além da leitura para a obtenção de conhecimento, como a audiência a programas culturais nos meios de comunicação audiovisuais de massa (televisão e internet), mas o fato é que, segundo o mesmo levantamento de 2015, apesar de o brasileiro passar muitas horas a mais em frente a esses veículos do que as que passa lendo, esses momentos são dedicados justamente a conteúdos não atrelados à cultura, invalidando, pois, essa linha de argumentação, e mantendo o eleitor médio à mercê da manipulação política por diversos meios.
É possível concluir, portanto, que a única maneira pela qual os brasileiros podem enfrentar a manipulação política pelas redes sociais, ou por quaisquer outros meios, e exercer o voto consciente é com a mudança radical de seus hábitos culturais no sentido de ampliar a busca pelo conhecimento para o desenvolvimento do senso crítico necessário à participação política efetiva, com essa transformação passando, necessariamente, pela ação governamental com a formulação e o aperfeiçoamento frequentes de novos projetos de incentivo à educação e à cultura de modo a, primeiro, conscientizar a população da importância do conhecimento nas mais diferentes áreas da vida e, depois, tornar cada vez mais acessíveis esses conhecimentos. | [
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] | 2,018 | Fake news, perfis falsos e análise de dados
A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na versão anterior da pesquisa, divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news (notícias mentirosas) , criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos. Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder, aplicativo usado para relacionamentos. Há também registro de ações organizadas para fazer determinado site ou tema ganhar relevância nos principais mecanismos de buscas da internet, como Google, Bing (da Microsoft) e Yahoo! . E a tendência é que isso se repita na disputa eleitoral brasileira, segundo a organizadora da pesquisa. "Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil", afirmou ela. [Folha de S. Paulo] | Há cerca de dez anos, as redes sociais se tornaram uma arma de manipulação da opinião pública, em especial no âmbito político e durante os períodos das campanhas eleitorais. Isso já atingiu 48 países recentemente e o Brasil está entre eles, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na reportagem que informa esta proposta de redação, é possível entender como esse processo manipulativo ocorre. De posse dessas informações, é o caso de se perguntar o que o eleitor pode fazer para não se deixar enganar, escapar das fake news e das promessas igualmente falsas. Ou seja, para votar conscientemente, em candidatos que ele realmente considere aptos a resolver ou contribuir com a resolução dos graves problemas nacionais. Na sua opinião, de que modo os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais? Se é que isso é possível... | grader_b |
12.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | O Brasil sempre é citado como um país do futuro: possui proporções continentais, clima predominantemente tropical, solos ricos em nutrientes e localização geográfica que não costuma ser afetada por fenômenos naturais devastadores. Contudo, apesar de tão favorecido pela natureza, ainda não embalou o desenvolvimento prometido pelo seu potencial. A que se poderia atribuir tal fato?
As eleições têm caráter obrigatório no país: é dever do cidadão exercer este direito. Porém, ainda assim, verifica-se o desinteresse da população através dos altos índices de abstenção. Um dos fatores contribuintes é o próprio cenário político: a cada ano surgem mais partidos, muitas vezes compostos por candidatos já conhecidos e que defendiam posições antagônicas, mas, em algum momento, perceberam que poderiam conciliar seus interesses. Com isso, os partidos já não têm mais uma identidade marcante e o eleitor enfrenta dificuldades para se sentir representado.
Entretanto, dada a história política brasileira recente, em que houve cassações e políticos poderosos foram acusados e condenados por atos de corrupção, é de se esperar que a população anseie por renovações. Educação, saúde, segurança e emprego estão sempre em pauta como problemas que requerem atenção e os grandes partidos que se alternaram no poder, nos últimos anos, não promoveram grandes evoluções, senão nos patrimônios de seus integrantes.
É por se encontrar neste impasse de promessa não cumprida que o Brasil chegou às polarizações apresentadas em 2018. Embora o partido mais conservador tenha sido eleito, o percentil que representa a oposição é muito expressivo. Por isso, não cabe falar na existência de uma “onda conservadora”, mas sim de uma população que necessita de soluções.
Assim, o que se precisa agora é que o eleitor satisfeito não se acomode: cobre pela implementação das propostas que conquistaram seu voto. E o que se decepcionou com os resultados também se mantenha participativo na busca por melhorias. O país somente poderá prosperar quando sua população se mantiver motivada e engajada em sua vida política. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
10.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Comenta-se que o ex presidente Lula no ano de 2016, após a decisão do Supremo Tribunal da Justiça foi condenado a segunda instância e foi diante a sua acusação do lava jato. Ainda mais que vários réus infratores de penalidade graves devem manter na prisão.
Em primeiro lugar 726 mil presos, no Brasil tem terceira maior população carcerária do mundo, isto é a gravidade de lotações no qual muitas vezes não possuem infraestrutura adequada para receber os condenados.
Além disso o desembargador após analisar a sentença, em seguida quando manter o detido, tornando a cadeia uma escola do crime isso é dificulta o processo de ressocialização dos criminosos.
Por fim conforme o livro A politica de Aristósteles acredita que a democracia e ética do ser humano e a felicidade do ser além disso quando aflige a lei da justiça deve cumprir sobre os seu atos.
Mediante a sintaxe, o Ministério Público Federal deve implantar apoio com o governo Jair Bolsonaro apoio à prisão em segunda instância julgar se condenados devem cumprir pena na prisão ou podem aguardar em liberdade enquanto recorrem aos tribunais superiores assim sendo horas depois o julgamento. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
17.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | No que se refere à apropriação cultural é possível afirmar que é um termo que está sendo bastante discutida nos últimos anos, tendo em vista que em época de carnaval a reflexão sobre o apoderamento aumenta pelas polêmicas, é um assunto a se pensar durante todo tempo.
Para a a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura), a cultura confere ao ser humano a capacidade de refletir sobre si mesmo, através da reflexão, o homem compreende valores e procura novos significados, entretanto a apropriação cultural refere-se a um determinado grupo social que é dominante que acaba adotando hábitos, vestimentas e comportamentos de outra cultura.
No carnaval, as fantasias de índios e negros são comumente vistas nos blocos de rua e acabam sendo banalizadas e estereotipadas. Um grande problema de sequestrar elementos de culturas não dominantes é usá-los de maneira descontextualizadas, causando uma desvalorização do seu real significado, enquanto os membros da cultura sofrem opressão.
A apropriação cultural e o intercâmbio cultural tem significados distintos, um se apropria e o outro compartilha sua cultura e não há dominação de um grupo. Apesar de ser mais discutida no carnaval, a apropriação é vista no cotidiano como uma pessoa branca que decide usar dreads e é vista como uma pessoa estilosa e o negro usando o mesmo elemento é discriminado ou percebido de forma pejorativo pela sociedade.
Fica claro, portanto, que por mais que o assunto esteja sendo repercutido, ainda assim não tem a visibilidade para que todos possam enxergar a importância da problematização e para que seja entendida, a propagação de propagandas poderia atingir o público alvo público-alvo rapidamente, trazendo conscientização entre todas as faixas etárias. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
16.html | por-que-nao-ha-novas-manifestacoes-nas-ruas | Com tantos casos vindo a conhecimento público não podemos deixar de reparar no descrédito dos brasileiros na política, sendo um desses a corrupção generalizada nos ramos da politica e economia, desmotivando toda sociedade brasileira.
Todavia, observando os fatos que vem ocorrendo nos últimos tempos, é notório o crescimento de escândalos envolvendo deputados, senadores, ministros e presidentes, constando corrupção, lavagem de dinheiro,caixa dois, onde o número de envolvidos é surpreendente. Assim, como os casos que mais abalaram o Brasil, sendo eles "Mensalão", "impeachment contra dois presidentes, sendo o primeiro Fernando Collor e o segundo contra Dilma Rousseff", "as prisões de governantes ", e as acusações contra o atual presidente Michel Temer".
Espavorecidos com tais casos que são relatados diariamente nos meios de comunicação os brasileiros esperam inquietos por algo que aparenta esta distante, a solução. A falta de punição ainda lidera quase tudo sempre. O papel da justiça habita exatamente aí, em acabar com o atual quadro de letargia e fazer cumprir as leis com mais eficiência e igualdade para todas as classes.
Contudo, a polícia federal deve continuar agindo da sua maneira, e dessa forma os políticos tendem a ter consciência dos seus atos e antes de pensar em transferir o dinheiro público para a conta pessoal, eles deveriam investir na necessidade de maior eficiência nos recursos disponíveis, priorizando a saúde e a educação. | [
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] | 2,017 | Por que Temer não cai?
Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF. O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal. Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados —um terço da Casa— para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato. O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída. Se há algo que as ciências sociais são ruins em explicar é a eclosão de protestos generalizados. A literatura oferece apenas umas poucas pistas, que não são das mais animadoras para os que desejam ver o presidente expelido do cargo. O surgimento de manifestações maciças já foi correlacionado à inflação, particularmente à inflação de alimentos, e, paradoxalmente, a crescimento econômico recente (que, por alguma razão, passa a ser visto como ameaçado) . Nenhum dos dois elementos está presente no Brasil hoje, já que a inflação é cadente e o crescimento, após dois anos de recessão, não passa de uma pálida memória. Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo | Um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 29 de junho deste ano, do filósofo e jornalista Hélio Schwartsman, lança uma questão muito interessante sobre a complexa situação política do Brasil de hoje. O país enfrentou, há menos de um ano, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, vê-se diante da possibilidade de queda de seu sucessor: o presidente Michel Temer. “Por que Temer não cai?” - indaga-se o articulista, respondendo a seguir que uma explicação muito plausível é a ausência do povo nas ruas. Em junho de 2013, o Brasil viu emergir quase espontaneamente grandes manifestações contra a crise econômica e a corrupção, assim como também assistiu a protestos muito grandes em 2016, reunindo milhões de pessoas em todo o país, para pedir a saída de Dilma e apoiar a Operação Lava Jato. Diante disso, é interessante tentar compreender por que, agora, em 2017, as manifestações populares simplesmente não ocorrem. A corrupção não acabou e a economia não entrou nos trilhos... Na sua opinião, o que levou os brasileiros a essa atitude aparentemente passiva? A crença nas reformas que tirariam o país da crise? O apoio silencioso ao presidente ou à sua equipe econômica? Ou ainda um completo desencanto com a política, depois de tantos escândalos e de injustiças? Leia o texto do filósofo, reflita sobre o problema e redija uma dissertação argumentativa, expondo seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
16.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | Sabe-se que a valorização nacional é algo fundamental em uma nação, isso estimula os fundamentos ético morais do cidadão. O ato de cantar o hino nacional desperta um sentimento de amor à pátria e proporciona um efeito de responsabilidade, onde todos devem proteger as nossas riquezas e cuidar da nossa gente.
Toda criança deveria ser estimulada a cantar o hino, desta forma, elas iriam crescer valorizando a nação e teriam uma formação educacional de qualidade, sabendo das suas obrigações e executando os seus deveres. Cantarolar a canção nacional é importante e deveria ser em todas as escolas, pois ensina valores aos seus alunos.
Um grande exemplo de patriotismo, onde se prega a valorização da responsabilidade e dos ensinamentos morais, são os militares. As instituições de ensino militar têm um nível de educação superior aos demais colégios, isso se deve ao aprendizado, que desde cedo são ensinados a ter respeito, demonstrando interesse na formação da cidadania.
Portanto, é indispensável o cantar do hino nacional nas escolas, pois ele é importante para o futuro, onde as pessoas irão ter respeito umas com as outras e serão mais educadas. É essencial a formação moral dos cidadãos, e o hino ressalta a obrigação de cada um com a sua pátria. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
3.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | O Brasil carrega desde o passado, características conservadoras que com o passar dos anos, tornaram-se a identidade do país. Com alterações pela sociedade moderna e com os conflitos culturais da sociedade conservadora do passado.
A sociedade moderna está implantando uma nova identidade para o Brasil, com formas de pensamentos e atitudes contrárias aos conservadores do passado mediante atitudes revolucionárias como o casamento e a adoção entre casais do mesmo sexo, legalização da maconha, pena de morte para quem cometa crimes hediondos e redução da maioridade penal.
Com isso, contrapondo-se com a realidade, os conservacionistas através das tradições, costumes e pensamentos em relação à família tradicional, a religião, opõem-se aos pensamentos modernos ditando regras, as quais a maioria não aceitam por causa da nova forma de pensamento das novas gerações.
Conclui-se que a sociedade moderna, precisa de posicionamento político, crenças e convicções mais incisivas. Com a população escolhendo seu futuro na hora de votar e posicionando-se frente as convicções políticas e ideológicas e enraizando o conservacionismo de forma respeitosa entre a população. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
2.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um de seus membros se mobiliza com o para resolver o problema do outro. No entanto, quando se observa a polêmica gerada pela proposta apresentada do pelo atual Ministro da Educação a respeito do hino nacional, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, como seria desejável. Nesse contexto, torna-se claro tornam-se claros os objetivos do atual Governo, enquanto os problemas que perpetua a se perpetuam na educação em nosso país não são colocados em pautas e nem debatidos.
A Na célebre série americana, Game Of Thornes, americana "Game of Thrones" existe um lugar chamado cidadela Cidadela, na qual tem está todo o conhecimento existente, contudo, os únicos que têm acesso a essa sabedoria são os mestres. Fora do universo audiovisual, essa é a realidade brasileira, em que os cidadãos são facilmente manipulados e enganados pelos representantes políticos, devido à falta de informação e participação política. Vivemos uma inversão de valores em nossa Sociedade, sociedade, na qual as escolas estão superlotadas e falta infraestrutura para uma educação de qualidade, além da má remuneração dos professores, enquanto os políticos vivem uma vida cheia de luxos a custo às custas dos cofres públicos. Apesar desse cenário revoltante revoltante, a população continua imparcial e não nada estar fazendo para essa realidade nada está fazendo para mudar essa realidade.
Outrossim, destaca-se a falta de engajamento dos cidadãos na política e na educação como impulsionador do problema. Conforme, pesquisa Conforme pesquisa lançada pelo Portal de Notícias G1, 60% dos brasileiros não sabe sabem cantar o hino nacional e não sabem de todos os seus direitos constitucionais. Logo, evidencia-se que a maioria da população não tem uma base solida um conhecimento sólido dos seus deveres e direito direitos políticos e educacionais, que deveriam ter aprendido e aprimorado no ambiente escolar, mas por causa do cenário atual do ensino público não é possível.
È É evidente, portanto, que há entraves para garantir a solidificação de solidificar políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal, deve Federal deve criar um plano de governo plano que tenha por objetivos resolver os principais problemas da educação em nosso país, partindo-se do reconhecimento e valorização do professores, dando-lhes salários dignos. Ademais, o MEC (Ministério da Educação) deve instituir nas escolas palestras, ministradas por psicólogos, que discutam o nosso papel na política e na educação, afim a fim de que o tecido social se despenda desprenda de certos tabus e não vivam a realidade das sombra sombras da alegoria da caverna, do filósofo Platão. Dessa forma, o conhecimento será acessível a todos. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
3.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | De fato, as discussões sobre o corte de verbas das nossas universidades e faculdades públicas tem sido um tema atualmente debatido, que gera diversas opiniões distintas. É compreensível o lado de todas as opiniões: pessoas de alta classe econômica se utilizam da universidade pública, mesmo tendo condições econômicas de pagar mensalidades em uma instituição privada, e os gastos na mesma são altíssimos, pois é uma ferramenta que necessita de alto poder econômico. Ao mesmo tempo, temos o lema do que significa ter acesso à educação superior, gratuita e pública, gerando oportunidades para todos.
A faculdade é paga com os impostos de todos os brasileiros, então, teoricamente, pessoas de classe alta também tem direito ao acesso. O que se discute é que, muitas vezes, as vagas limitadas da universidade são ocupadas em sua maioria pela classe alta, por terem melhores condições de ensino - por exemplo, ter estudado em colégio particular - então acabam sendo melhor preparados para os vestibulares. Em contrapartida existem as cotas, que tentam amenizar essa desigualdade educacional e social entre nossos estudantes. Ainda assim, universitários de classe alta ainda são majoritários na aquisição das vagas, e um dado, do Instituto Liberal de São Paulo, que mostra esse desequilíbrio constatou que metade dos calouros da USP, uma das melhores universidades públicas do Brasil, correspondem a 20% dos mais ricos do país.
Entretanto, como rege a nossa Constituição Federal, acredito que a educação deveria ser sim gratuita e de qualidade para todos nós brasileiros, que pagamos por ela com nossos tributos. Deveria haver também uma gestão de recursos mais bem organizada nas instituições, a fim de aplicá-los nas áreas certas, que possam garantir a qualidade de ensino dos estudantes. A área da pesquisa também deveria ser explorada, a fim de buscar investimentos de empresas privadas e/ou instituições que financiam pesquisas e avanços.
Infelizmente, o investimento, vindo do governo, na área de pesquisa e educação ainda é pouco valorizada - o que poderia trazer outros investimentos além do público, como já citados -, pois não é vista como investimento, e sim gasto social, talvez por isso o tamanho descaso com a educação e principalmente com os nossos professores. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
5.html | por-que-os-jovens-querem-deixar-o-brasil | No Brasil, o número de cidadãos que querem migrar para outros países tem crescido drasticamente.
Atualmente, o território brasileiro vem enfrentando uma crise desde séculos passados, como a queima do café em 1931 e a queda do PIB (produto interno bruto). Tais fatores, formalizaram a encomia do Brasil se estagnar durante anos. A problemática é que com a queda do capital, o desemprego cresceu, pois, os governos reduziram o número de servidores contratados.
Todavia, pesquisas realizadas pelo IBGE mostram que um quinto dos jovens brasileiros não estudam e não trabalham. O problema vem sendo que os jovens do Brasil não querem arrumar um emprego. Entretanto, para a preparação, formação e educação de um cidadão, a vida exigirá investimentos seguido por anos.
Como já dizia a música do famoso cantor Renato Russo: “O Brasil é um país do futuro”. Um país que vem acomodando grande parte de seu povo pela falta de investimentos na infraestrutura e deficiências na educação. Em destarte, vista tal situação, a maioria dos cidadãos hesitam por mais uma espera de décadas de conversão e optam assim por deixarem seu país de origem.
Portanto, medidas precisam ser tomadas para resolver o impasse. Novas leis deveriam ser aplicadas pelo Ministério Do Trabalho, possibilitando vagas de emprego para jovens ainda inexperientes. Assim dando novas oportunidades. Por ora, o MEC realizaria nas escolas públicas a verificação do ensino aplicado nos jovens acompanhando o desenvolvimento dos envolvidos. Em suma, a formação do jovem de hoje é a construção de uma sociedade de amanhã. | [
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] | 2,018 | 62% dos jovens brasileiros querem emigrar
Num piscar de olhos, a população dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná desapareceria do Brasil. Cerca de 70 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais deixariam o Brasil se pudessem, mostra o Datafolha. Na pesquisa, feita em todo o Brasil no mês passado, 43% da população adulta manifestou desejo de sair do país. Entre os que têm de 16 a 24 anos, a porcentagem vai a 62%. São 19 milhões de jovens que deixariam o Brasil, o equivalente a toda a população de Minas Gerais. O êxodo não fica apenas na intenção. O número de vistos para imigrantes brasileiros nos EUA, país preferido dos que querem se mudar, foi a 3. 366 em 2017, o dobro de 2008, início da crise global. Os pedidos de cidadania portuguesa aceleraram. Só no consulado de São Paulo, houve 50 mil concessões desde 2016. Há também grande frustração. “O Brasil de 2010 promoveu as expectativas de que nosso país seria diferente. O tombo foi maior quando se descobriu que não estávamos tão bem quanto se dizia” , explica Flávio Comim, professor de Economia da Universidade Ramón Llull, em Barcelona. “Afinal, o que é ser brasileiro hoje? Não pode ser ‘sou um desiludido, um desesperançado’. Cair nisso é muito perigoso para todos nós” , alerta o diretor de Mobilização do Todos pela Educação, Rodolfo Araújo. Há de fato um clima de desesperança. Levantamento feito no começo do mês de junho pelo Datafolha mostrou que, para 32% dos brasileiros, a economia vai piorar; 46% acreditam em alta do desemprego. “Gera uma angústia muito grande. Se nós já estamos em pânico, imagine os jovens” , diz Marcos Fernandes, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas. Enrico Aiex Oliveira, 19, um dos 12 mil brasileiros que cursam faculdade em Portugal, pretende fazer carreira no exterior. Gostaria de voltar um dia ao Brasil “se houvesse estabilidade econômica, reforma política e melhora na saúde e na educação” . O problema, segundo Comim, é que, “se há um futuro, ele não deve chegar tão breve. E dez anos podem não ser nada na vida de um país, mas é muito na de uma pessoa” . Nessa perspectiva, a vontade de ir embora “é uma atitude racional, de busca de uma vida melhor em um mundo no qual ficou mais fácil transitar” . (Folha de S. Paulo, editado) | Historicamente, o Brasil tem sido um país de imigração: gente de várias partes do mundo deixou seus países de origem para tentar conseguir aqui melhores condições de vida: portugueses, espanhóis, italianos, alemães, japoneses, árabes, coreanos, etc. No entanto, uma pesquisa do Datafolha realizada no mês de junho de 2018 aponta para uma grande mudança nesse quadro migratório. Agora, são os brasileiros que querem deixar o país, em busca de uma vida melhor no exterior: se pudessem, cerca de 70 milhões de brasileiros deixariam o Brasil, isto é, 43% de nossa população adulta. Entre os jovens, na faixa dos 16 aos 24 anos, o número aumenta: são 63% os que querem partir. Na sua opinião, o que explica esse fato? Por que o Brasil teria se transformado num país de emigração? Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre esse tema, apresentando o que lhe parece ser os motivos da mudança e avaliando se essa inversão do fluxo migratório se justifica ou não. | grader_a |
17.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | Tem sido generalizada a discussão do canto do Hino Nacional Brasileiro nas escolas do país, que deve ser cantadas por alunos de instuições públicas e privadas. Além de ser previsto por lei, o ato enaltece o país e reeduca a sociedade.
Deve-se primeiramente lembrar que, conforme a Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, as escolas devem cantá-lo uma vez por semana. Logo, não deveria repercutir negativamente o comunicado do ministério da educação. Devido às crises morais éticas que o país sofre, o incentivo de tal prática é muito conveniente.
Pode-se mencionar também, a importância e o valor histórico que a letra do hino traz a memória da população. Escrita pelo poeta e professor Joaquim Osório, o ensino dela é obrigatório nas instituições de educação, segundo o artigo 39 da mesma lei. Portanto, incluí-lo na rotina escolar, fará os alunos mais fluentes na pronúncia e no canto do hino.
Além disso, é relevante o contato dos Símbolos Nacionais desde a infância e juventude, pois inicia o cumprimento dos deveres cívicos e morais. Tais atos podem ser estender aos lares, às ruas e a sociedade. Desse modo, é incoerente dizer que essa proposta do governo seja uma imposição militar ou ditadura.
Diante dessas considerações, é legal e conclusivo o canto do Hino Nacional Brasileiro nas escolas visto que remete ao civismo e patriotismo, não apenas dos escolares, mas também de toda a população. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_b |
4.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Ao se propor uma reflexão sobre o índice crescente de sobrepeso e obesidade na escala de doenças atuais, verifica-se a necessidade de conter esse crescimento. Nesse sentido, é necessário analisar as causas e as soluções a fim de se combater essa epidemia.
É preciso avaliar, primeiramente, que a obesidade é uma doença causada não apenas pelo excesso de alimentos consumidos, mas também, por questões hormonais e psicológicas envolvidas. Atualmente, no mundo capitalista, onde o acesso a alimentos industrializados é mais rápido e de fácil aquisição, adultos e crianças se tornam vítimas da obesidade e sobrepeso pelo consumo constante desses alimentos de alto níveis calóricos e prejudiciais à saúde. Além disso, o estresse e alterações hormonais de difícil diagnóstico são exemplos da compulsividade alimentar que geram o sobrepeso e, através dele, problemas de saúde e aceitação diante da população, principalmente pelos padrões de beleza preconizados nas mídias.
Outro ponto que merece destaque são as soluções para se combater essa epidemia. É preciso uma reeducação alimentar em escolas e ambiente familiar com o intuito de expor a necessidade de uma alimentação mais saudável. Ter um acompanhamento psicológico é essencial na inclusão do tratamento aos obesos, além de priorizar consultas médicas que visem diagnosticar e solucionar alterações hormonais através de campanhas educativas e inserção de programas governamentais vinculados tanto na preservação quanto na recuperação desses pacientes.
Verifica-se, portanto, que o sobrepeso e a obesidade são questões de saúde pública e merecem atenção dos governantes. Afinal, obter hábitos alimentares corretos resultam em uma vida mais saudável e assim diminuem os custos com doenças secundárias como a hipertensão, diabetes tipo II, esteatose hepática dentre | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
16.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Há muito que se discutir sobre o tema do ensino público superior no Brasil, que carece tanto de suporte material quanto de recursos humanos. Algo não está bem com o ensino superior, tanto que nos últimos anos o número de matrículas em escolas particulares cresceu assustadoramente, sendo atraídas não só pelo valor da mensalidade, mas também pela disponibilidade da educação a distância (EaD).
Mesmo antes do corte de verbas proposto pelo executivo federal, as universidades federais brasileiras já eram (e continuam sendo) sucateadas e depredadas. Com isto, deve-se observar que há algo de diferente na administração dos recursos que são disponibilizados aos reitores. Uma auditoria em todas as universidades, antes dos cortes orçamentários, demonstraria uma boa atitude administrativa de avaliação da aplicação dos recursos públicos. O que certamente ocorreria com muita frequência, caso o dinheiro ali investido fosse privado e os gestores tivessem de prestar contas mais constantemente.
Recentemente, um jornal de circulação nacional apontou algumas saídas para esse impasse, utilizando-se de modelos internacionais onde uma das sugestões seria empresas privadas investindo em universidades que gerariam profissionais para o mercado de trabalho; o estudo apresentava que, hoje, o foco das universidades federais se move mais para a área de pesquisa do que para o mercado, gerando um déficit de profissionais altamente qualificados.
Há de que se considerar que o investimento privado, com critérios de pagamento de mensalidades para os que puderem com elas arcar (com regras claras e transparentes), é muito bem-vindo tanto para que haja uma supervisão pelas entidades privadas sobre a aplicação dos recursos, quanto para a qualidade do ensino que está sendo disponibilizado pela universidade. Não se trata de uma proposição de tutela privada sobre a universidade, mas de uma parceria de ganha-ganha. O Estado deve buscar essas parcerias, o que poderá trazer benefícios não só para solucionar o déficit financeiro, mas também para a área educacional, livrando as universidades de ideologias governamentais (de direita ou esquerda) tão presentes atualmente. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
14.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | A onda conservadora no Brasil alcançou um elevado nível após a eleição de Jair Bolsonáro na presidência, pois temos a frente um homem que usou de bases históricas para alcançar a sua vitória.
Além disso, não podemos ignorar que Jair Bolsonáro obteve aceitação da maior parte da população, pelo fato de que suas propostas estão diretamente ligadas ao conservadorismo.
Tendo em vista que os brasileiros que tem posições tradicionais com relação a legalização do aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo, à pena de morte e à maioridade penal cresceu nos últimos anos.
Sendo assim, o Brasil nos próximos anos, será apenas o reflexo da própria opinião de grande parte da sociedade, com base em suas próprias ações e manifestações. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
9.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | Em 2018, o Brasil encontrou-se em uma eleição presidencial extremista, em que as ideologias dos candidatos foram totalmente contrárias entre si. Neste contexto, a discussão sobre a “onda conservadora” no país foi levantada, juntamente com as questões morais da massa populacional, que, vislumbrando a decisão dentre os extremos, tomou partido em questões como, a pena de morte, prisão perpétua, casamento homossexual e tantas outras polêmicas, que anteriormente não eram levantadas com tanta frequência.
Segundo pesquisa do IBGE realizada no ano de 2016, 1% da população brasileira que equivale a 889 mil pessoas, é considerada rica, obtendo mensalmente a renda superior a R$ 27 mil reais. Já o número de pessoas que declaram ganhar por volta de R$ 747,00 reais mensalmente é de 4,4 milhões de habitantes, um alarmante sinal, de que a desigualdade social é gigantesca.
Hipoteticamente, pelo grande desnível de renda, a maior parte da população deveria considerar a esquerda como possível solução para que haja maior igualdade nos índices apresentados. Entretanto, uma grande parcela da população demonstra-se favorável ao capitalismo, considerando que o próximo presidente da república, já eleito, Jair Bolsonaro, é de extrema direita. Fato que pode ser atribuído à insatisfação popular que decorre aos anos de regime em que a extrema esquerda pairou pelo poder, sem que houvesse medidas extremas para resolução de diversos problemas, dentre eles, o apresentado acima.
Estafada com a situação de crise sem fim que o Brasil se encontra, a população vê como saída adotar o conservadorismo, já que o mesmo tende tomar medidas mais extremistas, que retoma à questão principal. Incontestavelmente o Brasil passa por uma onda conservadora, o que é uma sequela arrasadora que a população carrega por falta de expectativa. Todavia, como sempre existiu, há divergência de ideias, e podem ser manifestadas nos próximos anos, para que a democracia sempre exista, e acima de qualquer ideologia, a massa seja favorecida. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
6.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | No artigo 205 da constituição brasileira de 1988, consta a educação como um direito de todos, devendo este ser fomentada pelo estado. Fora do papel, as instituições universitárias, apesar de públicas refletem uma maior participação da população mais rica, que em tese poderia arcar com os custos, desta forma, o ensino superior gratuito é pago por aqueles que não conseguem alcançar as faculdades. Essa situação perpetua uma desigualdade social fazendo assim, com que menos pessoas tenham acesso à educação.
Em primeiro lugar, é importante destacar que, o fato que transforma as universidades públicas em agentes de desigualdade está relacionada ao acesso da camada mais rica da população as universidades. Segundo o IBGE, 2018, cerca de 80% dos alunos de ensino particular ingressam no ensino superior, em contrapartida, apenas 36% dos estudantes do setor público. Ainda, de acordo com IBGE quem possui ensino superior ganha em média 2,5 vezes mais do que quem alcançou apenas o nível médio, assim sendo, o sistema se perpetua.
Por conseguinte, aqueles que não alcançam as instituições públicas, continuam em uma situação de estática, o que impossibilita ascensão social das classes menos favorecidas. Porém, mesmo aqueles que não acessam a educação, arcam com os gastos por meio de impostos. Assim, aqueles que não conseguem acessar as universidades públicas pagam os custos da população mais rica, que é o grupo que proporcionalmente ocupa o maior espaço nas universidades de ensino superior.
Portanto, faz-se mister que o estado tome providências para assegurar o direito à educação à todos. Assim, para que seja possível um maior acesso e igualdade a educação urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) faça com que os estudantes que sejam capazes de arcar com os custos das universidades públicas o façam, para que assim, as instituições possuam maiores receitas, possibilitando mais vagas para ensino superior. As contribuições deveriam ser baseadas nos salários médios por família, estimando uma porcentagem de contribuição anual, assim, é possível ser mais igualitário nas cobranças e na formação educacional de todos. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
12.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | O debate referente à posse de armas vem de anos atrás, e ganhou ainda mais força com a campanha para presidente de Jair Bolsonaro, defensor da mesma. Tal proposta foi abraçada por grande parte da população, também, muito pela carência de segurança pública, e um imediatismo na busca pela sua solução. Mas será que tal medida será maléfica ou benéfica à população?
Existe uma grande possibilidade de esse decreto ter efeito ambivalente, com efeitos positivos e negativos. Alguns aspectos que podem ser favoráveis à desburocratização são, diminuição do número de furtos às residências, latrocínio, violência contra a mulher, já que o individuo de má índole conseguirá uma independentemente. Também, podendo gerar no mesmo certo receio quanto a chance da vítima poder reagir.
Ainda que, as vantagens da liberação ao porte de armas não possam ser descartadas, existem também aspectos negativos. Como por exemplo, acidentes com crianças, brigas de casais, ou suicídios. E mesmo com extrema rigidez no controle de quem terá acesso à posse de armamento, é muito difícil calcular a volatilidade do temperamento do ser humano, que em dois segundos, é capaz de cometer erros imutáveis, tal qual em uma briga de casal um ou outro pode consumar um homicídio no momento de estresse. Ou nos Estados Unidos, onde a posse de armas é liberada e taxa de assassinato compõe uma fração mínima do total das mortes por arma de fogo, sendo da parcela total, aproximadamente 50% suicídios.
Ainda, para argumentos como questão de segurança pública, não existe argumento que possa ser considerado unanimidade. Já que, para países como Japão e Honduras que o número de armas por habitantes são baixas, mas com cenários totalmente distintos, sendo o primeiro um dos países com menor taxa de homicídios do mundo e o segundo, seu oposto, distinguindo-se entre si pela severidade de suas leis. Por outro lado, países como Alemanha e Suécia tem elevado número de armas por habitantes, todavia, suas taxas de homicídios são das mais baixas do mundo.
Portanto, a posse de armas é uma faca de dois gumes, possuindo argumentos à seu favor e contra. E para quem enxerga na legalização da posse de armas uma solução para questão de segurança pública, está equivocado, pois, a mudança no panorama dessa, depende da alteração de toda uma estrutura do código penal, para que este torne-se mais eficiente, diminuindo a sensação de impunidade ou complacência ao infrator. E já que, vivemos em uma democracia e a posse de armas foi umas das principais bandeiras defendidas por Bolsonaro e apoiada por enorme parcela da população, tendo essa, o direito de que sua vontade prevaleça, deve-se liberar a posse de armar, até que, por algum motivo, a vontade dessa maioria venha a mudar. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
19.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | Na França, em 1789 à 1799 ocorreu a sua revolução. Este evento, trouxe pela primeira vez a nomeação de direita e esquerda, se referindo aos girondinos e Jacobinos respectivamente. Mas como esta classificação é vista na
Para responder essa questão, analisemos nosso histórico de governo petista, no qual muitas pessoas se identificam com ideias de esquerda. Em contrapartida o candidato Jair Bolsonaro teve maior apoio nas últimas eleições, assim, evidenciamos uma preferência ao conservadorismo.
Outro fator que também contribuiu para o resultado foi a identificação duma parcela da população com esses ideais. Ainda vivemos numa sociedade, na qual muitos acreditam que certos costumes devem ser preservados.
Contudo, há uma preocupação adicional tangente aos direitos pessoais; dependendo do contexto, uma doutrina conservadora pode restringi-los. Porém, isso pode ser visto em diversos tipos de governo.
Tendo em vista aspectos observados, concluímos que mudanças ideológicas ocorreram ou expandiram, e foram impostas, cabe aos cidadãos posicionar seus pensamentos, caso aquelas causem insatisfações. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_b |
7.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Em 15 de janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro liberou o porte de arma de fogo no Brasil. É notável que partidos opostos e indivíduos que se puseram contra o armamento estão indignados, pois acreditam que não trará segurança aos Brasileiros. Mas, o outro lado da oposição considera-se a legalização um avanço para a sociedade, pois obtém-se segurança, dando o poder de legitima defesa.
Atualmente, andasse sempre atentos pelas ruas, pois á vários casos de homicídio, violência e criminalidade, tentas-te proteger pode causar graves consequências e até mesmo gerar um custo maior, do que haverá com o roubo. Não é qualquer cidadão que terá uma arma de fogo, aplicaram-se leis e testes psicológicos para aqueles que desejam adquirir o armamento. Segundo o pesquisar do (FBSP) Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques aponta que, sem o estatuto, poderia ter mais homicídio 30,0 mortes para casa 100 habitantes.
Entretanto, outros meios de seguranças seriam precárias para a população Brasileira, como contratar mais policiais qualificados, investir na educação. Não haveria necessidade de armas em residências. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_b |
13.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Atualmente, estamos vivenciando momentos de crise em nosso país. Por esse motivo, alguns custos estão sendo cortados em escolas e universidades públicas. Dessa maneira, encontram-se comprometido o estudo e o futuro de alguns jovens brasileiros, que não possuem condições financeiras para pagar uma faculdade.
Além disso No entanto, sabemos o quanto a educação deve ser valorizada e gastos com o estudo não podem ser excluídos, até porque é um investimento insubstituível para os alunos. Temos a consciência de que, a privatização não é a melhor opção para apartar despesas que são extremamente necessárias.
Em face a essa realidade, todos os indivíduos devem lutar pelo seus direitos, promovendo manifestações pelas ruas. Escolas, sociedade, famílias devem impor-se para pressionar o governador e fazer com que esses recursos jamais sejam suspensos. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
15.html | direitos-humanos-em-defesa-de-quem | Uma característica importante dos direitos humanos é que eles são fundados sob o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa, são universais e devem ser aplicados de forma igual e sem discriminação. Porém, esses direitos nem sempre são atingidos, no Brasil ocorre um alto índice de violação deles por alguns trabalhadores públicos. Além disso, ainda existe a falha de realização dos direitos civis devido a gênero.
Em primeiro análise, grande número de trabalhadores públicos brasileiros que são acusados de cometerem algum crime utilizam o Foro privilegiado, e não são julgados pela justiça comum, de primeira instancia
Em segundo análise, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda persiste. De acordo com a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina (CEPAL), as mulheres recebem, em média, apenas 83,9 unidades monetárias por 100 recebidas pelos homens. Observa-se que elas podem ganhara até 25,6% menos do que seus colegas de trabalho do sexo masculino em semelhantes condições. Logo, os direitos humanos que foi criado para manter a paz está sendo altamente desrespeitado.
Conclui-se portanto, que a humanidade muitas vezes descumpri os direitos e deveres propostos em prol da paz, harmonia e uma boa convivência em sociedade. Para reverter esse quadro a ONU (Organização das Nações Unidas) por meio de rigorosas penas deve punir países que ainda apresentam tal fatalidade, com o intuito de prevenir que novas revoltas voltem a acontecer. Ademais, o governo de cada país precisa tomar consciência de que os direitos existem para serem cumpridos e por multas corrigirem os cidadãos que cometerem tal equivoco, com a intensão de promover uma relação harmoniosa e igualitária entre os habitantes de seu pais. | [
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] | 2,018 | "Criminosos e terroristas"
Na opinião de seis em cada dez brasileiros, “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas” . O percentual de concordância com tal afirmação no Brasil é mais alto do que em outros países. Os dados são de uma pesquisa inédita do instituto Ipsos, obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. A pesquisa “Human Rights in 2018” , da Ipsos, foi feita em 28 países, incluindo o Brasil, com 23,2 mil entrevistados, entre os dias 25 de maio e 8 de junho de 2018. Ainda de acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados acreditam que algumas pessoas tiram vantagem injusta sobre direitos humanos. [UOL Notícias]
O que são direitos humanos?
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) fez com que brasileiros debatessem o que significam exatamente os direitos pelos quais ela lutava, gerando acaloradas discussões online. De um lado, aqueles que lamentavam a perda de uma política ativa na defesa de minorias, e do outro insinuações de que como defensora dos direitos humanos ela “defendia bandidos” e que isso poderia ter uma relação com seu assassinato. Mas afinal, o que são direitos humanos? Defender os direitos humanos é defender bandidos? Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos, como, simplesmente, o direito à vida. Mas estão incluídos neles também o direito à moradia, à saúde, à liberdade e à educação. A advogada especialista em direitos humanos Joana Zylbersztajn, doutora em direito constitucional pela USP e consultora da Comissão Intramericana de Direitos Humanos na OEA (Organização dos Estados Americanos) lembra que “uma pessoa que comete crime tem direito à defesa, ao devido processo legal, e que cumpra pena à qual ela foi julgada” . “Os direitos humanos não vão garantir impunidade, vão garantir que a pessoa tenha defesa, tenha um processo justo. Isso é difícil de entender, às vezes” , diz Zylbersztajn, citando os sentimentos de “vingança” , de “não querer que criminosos tenham direitos protegidos” . [BBC Brasil]
“Engajada com bandidos”
A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) , afirmou no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL) , assassinada na quarta-feira, estava “engajada com bandidos” . O comentário foi feito como resposta a uma postagem do advogado Paulo Nader, que chamou a parlamentar de “lutadora dos direitos humanos” . [Revista Veja]
Direitos Humanos ou Direito dos Manos?
O problema atual da segurança pública do Brasil não guarda nenhuma relação com os Direitos Humanos, não são os direitos positivados causador da péssima eficiência do serviço público de segurança do país. O péssimo serviço prestado, pelas policias, está intimamente ligado com a má gestão dos políticos corruptos; e não com os direitos conquistados ao longo dos séculos à custa de sangue de inocentes. Os infinitos recursos protelatórios no Direito Penal estão ligados com a má vontade dos deputados e senadores em modernizar o código penal, talvez com medo de serem pegos pelas próprias mudanças, afinal, grande parte dos congressistas estão envolvidos em escândalos e serão julgados pelo código penal que é anterior a Magna Carta, então o ideal é ser julgado por um código penal ineficiente e, com um código de processo penal que admita recursos intermináveis. [Site JurídicoCerto, editado] | Seis em cada dez brasileiros acreditam que os direitos humanos só servem para defender bandidos, conforme pesquisa recente sobre o tema. Esse modo de ver o assunto é equivocado na visão de sociólogos e juristas, entre outros estudiosos da questão. Mesmo assim, os direitos humanos ainda provocam grande polêmica na sociedade brasileira, pois não faltam defensores qualificados da ideia de que não se respeitam esses direitos no caso das vítimas da violência generalizada que assola o país. Com a ajuda dos textos da coletânea e com base em seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação apresentando o seu ponto de vista sobre esse debate, justificando com argumentos a sua opinião. Afinal, a quem beneficiam os direitos humanos? Por quê? | grader_a |
13.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | As reflexões acerca de como o uso das criptomoedas pode representar uma revolução econômica mundial atestam a relevância do assunto na atualidade. Entretanto, embora essa tecnologia de criptografia possa exprimir uma política monetária dos novos tempos e proporcionar grande autonomia para seus usuários, há uma série de problemas que podem impedir uma revolução dessa proporção. Entre esses problemas estão: a resistência dos governos diante da perda de controle econômico em seus países e os riscos que apresentam para seus investidores.
A criação das criptomoedas foi possibilitada pela tecnologia blockchain (cadeia em blocos), composta por uma base de dados que armazena o histórico de transações e possui uma forte criptografia nesse processo. Assim, diferentemente das moedas tradicionais, as moedas virtuais não são controladas pelo Banco Central, ou seja, o seu uso é livre de instâncias burocráticas. Dessa forma, como a maior fonte de poder para os governos são os seus bancos centrais e o monopólio de dinheiro, a possível mudança de um controle monetário centralizado para um descentralizado apresenta forte resistência dos governos, pois acabaria com tal poder. Um exemplo dessa perda de controle é que o governo ficaria impedido de emitir e valorizar a moeda e ainda de bloquear o dinheiro das pessoas, como historicamente já aconteceu em políticas econômicas de alguns países.
É inegável a relevante transformação econômica, política e social que o uso das criptomoedas pode proporcionar para a sociedade atual vez que elas desburocratizam os processos, eliminam intermediários e permitem a descentralização da moeda. Todavia, existem riscos para os investidores nessas moedas em razão da abertura que elas oferecem para operações ilícitas. Nesse sentido, a moeda virtual é baseada em um software de código aberto que permite o anonimato das pessoas e, devido à dificuldade de rastrear os usuários, o mercado das moedas virtuais estimula a prática de crimes como a corrupção e a lavagem de dinheiro. Os bitcoins (primeira moeda virtual do mundo) utilizados pelos investidores no intuito de movimentar grandes quantias não declaradas são um exemplo dessa prática ilícita.
Portanto, verifica-se que vários são os fatores que impedem uma revolução econômica mundial proveniente das criptomoedas. Diante disso, para se esperar um crescimento considerável desse novo tipo de dinheiro são necessárias relevantes medidas, entre as quais estão a regulamentação específica da moeda virtual no que concerne a sua utilização e comercialização e o atendimento a critérios amplamente divergentes como a descentralização com proteção ao consumidor e a preservação do anonimato dos usuários sem ser um canal de evasões fiscais e outras ilicitudes. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
19.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | A população brasileira apontou a fé como fator importante para melhorar a vida deixando fatores como estudos, acesso à saúde, aposentadoria, trabalho, lazer e outros para trás. Essa foi a resposta de 28% dos entrevistados que caracteriza o Brasil como uma sociedade com moral enraizada em preceitos e mandamentos religiosos e que isso gera melhora de vida como consequência. Esse resultado é a coadunação do senso comum com a ciência, pois são numerosas as pesquisas médicas que incluem a fé como assunto a ser tratado em consultórios, hospitais e até grades acadêmicas.
A fé colabora para a participação de um fenômeno chamado coping: a capacidade humana de superar adversidades e não é necessário crer em uma divindade, pois os estudos voltados para essa área encontram essa capacidade também em ateus que creem em máximas ou jaculatórias como "vai ficar tudo bem", "eu vou superar isso" e outras afirmações positivas, colhendo efeitos minorados de um diagnóstico de doença como menores níveis de estresse. Equivale dizer que os benefícios da fé à saúde encontram embasamento científico.
A exemplo disso é a Santa Casa de Porto Alegre que em parceria com a Universidade Duke, dos Estados Unidos, tem desenvolvido estudos para mensurar os benefícios biológicos da fé. Mas há mais, as principais universidades norte americanas têm dedicado uma disciplina específica ao assunto. Significa que a fé influencia no trato que temos com as pessoas, nas reações diante das dificuldades do dia-a-dia e também na reação com os acontecimentos bons.
A fé é ponto fundamental para melhorar a vida, seja a própria, seja a vida em sociedade, inclusive em tempos de crise, segregação e instabilidade político-econômica que o brasileiro vive e esse é o porquê a população apontou a fé antes dos demais itens da pesquisa, pois assim já dizia Gilberto Gil "andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar". | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
5.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | O carnaval é um período de festas. Com folia, fantasias, desfiles e danças. Entretanto, atualmente tem se tornado tema de debates. O principal questionamento levantado se refere ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. A problemática se desenvolve a partir do preconceito velado e da ignorância presente na sociedade.
Uma vez que o problema não está no uso dos símbolos, mas na normalização de atitudes preconceituosas, gerando uma violência disfarçada. Por exemplo quando as pessoas vestem adereços e roupas de origem indígena e fazem gestos ridicularizando rituais ou costumes, estão estimulando a imagem de uma cultura selvagem, fora da realidade da "civilização", remetendo ao período histórico da colonização. Essa atitude é racista e está ferindo diretamente a identidade de um povo. Podemos ver o mesmo enredo com atos machistas, homofobicos, dentre outros. O único caminho é disseminar informação para as pessoas.
Cabe mencionar que grande parte da população enxerga a reflexão dos símbolos representados como um ato "politicamente correto", alegando que o carnaval é uma celebração descontraída e não voltada para discussões sociais. Acabamos esquecendo o princípio do respeito ao próximo, do lugar de fala, as lutas através da resistência afim de firmar suas identidades e a da desconstrução de estereótipos. Precisamos refletir criticamente sobre essas questões, não apenas no carnaval, mas também, ao longo do ano, pois dessa forma teremos o progresso que almejamos, aprendendo que todas as culturas passam por transformações e precisamos valorizar cada uma em sua singularidade.
Contudo, urge que o Ministério da Educação, acrescente na grade curricular das escolas conteúdos mais aprofundados sobre afrodescendência, indígenas, feminismo, histórias das lutas de resistência contra todo tipo de preconceito. Que os alunos possam ter contato não somente teórico, mas prático com a diversidade existente no nosso país, dessa forma também estendendo para a sociedade, através de palestras, investimentos em museus, parques e a valorização de patrimônios históricos. Para enfim termos uma sociedade mais tolerante e mais aberta a conhecer a cultura de diferentes grupos. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
10.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Em uma pesquisa recente realizada pela ONG Oxfam Brasil mostra que a maioria dos brasileiros entrevistados consideram a religião mais importante para mudar de vida. É fato que a religião exerce um papel social e trabalha principalmente com o sentimento de "pertencer", mas seria a fé o fator mais importante para mudar de vida?
Pensadores como Karl Marx definem a religião como o ópio do povo. A linha entre o fanatismo religioso e a religiosidade exercida de forma correta, sem preconceitos com demais religiões e pessoas é tênua, e nem sempre respeitada por aqueles que escolhem o caminho da religião.
Os dados da pesquisa mencionada anteriormente mostram que a maior parte dos brasileiros colocam a fé religiosa acima da educação como método para mudar de vida, pensamento que na idade média era exercido pela igreja católica colocando a fé acima da razão.
Não é possível escolher apenas um âmbito social para mudança de vida pois é um conjunto de iniciativas que não se limitam á apenas um item. Para uma transformação social é necessário o apoio da família ensinando suas próprias crenças e o respeito com as demais devoções e a importância da educação.
A escola por sua vez deve mostrar a diversidade religiosa e acima de tudo exercer o estudo das demais matérias. O governo portanto deve fazer investimento nas áreas de educação, lazer e saúde, que contribuem para uma mudança social. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
9.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Recentemente há uma discussão que está em andamento no Supremo Tribunal Federal, se o réu aguarda o julgamento em liberdade ou é preso no máximo em segunda instância. Muitas vezes é necessário rever o caso para não haver injustiça, pois cada caso é um caso, mas em determinados casos, quando as evidências são comprovadas na primeira instância, é necessário expedir a prisão do réu logo no início, por fazermos parte de um país que permite certas liberdades e facilidades, como por exemplo o caso do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva que está sendo acusado por vários processos.
Nesses últimos anos o que mais vemos e acompanhamos de notícias no país é que o mesmo está respondendo por vários processos (do sítio em Atibaia, tríplex no Guarujá, envolvimentos por receptação de benefícios por licitações, entre outros), mas como a justiça aqui no Brasil é lenta e está mais que comprovando o seu envolvimento direto nestes casos, faz-se necessária a prisão imediata para não haver a liberdade de pedir asilo político a outros países e assim permitir-se ficar livre.
Enquanto não tivermos uma justiça precisa, eficiente e certeira, todos sem exceção devem cumprir a mesma regra para que não haja injustiça perante os demais. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
16.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | A Obesidade é um problema atual no mundo, sabe-se que essa doença é a segunda maior causa de morte e tem acabado com o alto estima de muitas pessoas que sofrem com essa epidermia.
Hoje em dia existe várias opções de alimentos com altas calorias e gorduras e propagandas que atraem o consumidor para ingerir em excesso alimentos industrializados e pobres em proteínas trazendo a obesidade e outras causas, por exemplo, baixa pressão arterial diabete e depressão, uma má alimentação pode leva a óbito e causa transtornos para a vida toda.
Estima-se que 40% da população adulta e 20% das crianças e adolescentes já sofrem com o sobrepeso ou obesidade. "A maior riqueza é a saúde" confirmar o filósofo Waldo, baseado nisso, acredita-se que o governo tem que toma atitudes na saúde pública para combate a obesidade e evitar mais mortes. Os Estados unidos e o Brasil é um dos primeiros nas pesquisas feitas pelas universidades a ter o maior consumo de calorias.
Reduzindo os produtos industrializados e calóricos na merenda escolar e nos supermercados é a medida que o governo deve toma, trazer também projetos educativos para ensinar a população a ter uma boa alimentação e colocar no prato das crianças alimentos ricos em proteínas e vitaminas e disponibilizar consultas com nutricionistas e com psicológos para direcionar as pessoas já enfrentam a obesidade a ter o controle sobre o corpo, exercendo essas atividades pode trazer benefícios econômicos e o bem estar da nação. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
15.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | A condenação em segunda instância está causando muitas discussões no meio jurídico. Após a decisão de liberar alguns presos condenados em segunda instância, dentre eles o ex-presidente Lula, o assunto está presente diariamente na imprensa e nas mídias sociais.
Trata-se de um assunto muito delicado, pois envolvem crimes que prejudicaram uma outra parte e que causaram danos irreparáveis para alguns. A justiça brasileira precisará analisar com muita cautela qual decisão será tomada, visto que não agradará parte da população independente da decisão que for tomada.
Deve-se levar em conta que está sendo analisado apenas o lado do suposto criminoso e pouco se fala ou se faz para que a justiça seja feita de uma maneira que o(s) prejudicado(s) fiquem satisfeitos com as decisões proferidas. A justiça brasileira precisa fazer algumas modificações nas leis para que os acusados tenham a punição adequada e demonstrar para a população que a justiça funciona, minimizando ao máximo a sensação de impunidade e fortalecendo a credibilidade jurídica perante a população.
Portanto, os condenados em segunda instância devem aguardar presos por seus julgamentos enquanto a justiça faz a parte dela apurando todos os fatos e recursos que forem necessários para que seja sentenciada a decisão correta. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
8.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Em 1808 o acesso ao ensino superior no Brasil era restrito apenas a homens pertencentes a famílias de alto poder aquisitivo. Quase dois séculos depois, essa restrição persiste, embora de forma mais sutil. Por este fato, a privatização das universidades apenas contribuiria com a desigualdade.
Ingressar em uma instituição pública de ensino superior é o desejo de grande parte da população, todavia, não é uma tarefa simples, a começar pelo fato de que os vestibulares têm um nível de cobrança que não condiz com o conteúdo programático da maioria das escolas de ensino básico.
Tal fenômeno ocorre porque o investimento no ensino superior é maior em comparação ao nível básico. Famílias que possuem renda elevada podem custear escolas especializadas em preparar os estudantes para os vestibulares de alto nível, e isso deixa em desvantagem alunos de rede pública que várias vezes não possuem professores nas escolas.
Maiores investimentos no setor básico de ensino poderiam mudar drasticamente a história da educação no Brasil. Tendo em vista que, culturalmente, ingressar em uma universidade pública é mais fácil quando se tem maior quantidade de dinheiro, a privatização tornaria mais penoso o processo de graduação para a população de baixa renda, o que consequentemente aumentaria as taxas de desemprego no país. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
14.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | Com o passar dos anos, utilizar a ciência para prever, curar e até mesmo restaurar o que se perde, tornou-se uma tarefa de extrema importância, já que, permite-se vislumbrar quanto os seres humanos vem evoluindo. Mas, há aqueles que ousam, de forma tênue, questionar com ignorância fatos e ações que são os pilares da ciência atualmente.
Tal ato, fica expresso de forma evidente, quando acessa-se alguma rede social e se coloca o tema "Vacina" na barra de pesquisa. Nota-se que os internautas sem qualquer estudo no assunto, dialogam sobre males causados pela aplicação da vacina, sem nenhuma confirmação científica ou validada. O que muitos não sabem, é que, segundo a Fundação Oswaldo Cruz, doenças como sarampo e rubéola já foram eliminadas, consequentemente pelo uso de vacinas.
Outras ramificações se formam quando o assunto é questionar a ciência. Uma delas é o fato da duvida entre a Terra ser redonda ou plana. O que se torna cômico quando se estuda o mínimo sobre o assunto, pois bem antes de 1946, já há uma imagem registrada pelo Balão Explorer 2, onde é possível ver claramente a curvatura do planeta. Além do mais, se a Terra fosse realmente plana não poderiam haver estações ou qualquer fenômeno conhecido, devido a forma redonda do planeta, segundo o site BBC NEWS.
Desta forma, há de se concluir que, a ciência deve sim ser questionada, não precipitadamente, mas sim de forma á entende-lá e estuda-lá, para então, expor fatos que podem mudar a humanidade e o que se sabe sobre ela. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
19.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Hambúgueres, Milk-Shakes, Pizzas e Batatas-Fritas. Será surpreendente à qualquer um que retroceder na história até o período incipiente do processo de sedentarização a visão da vala abissal que segrega os nossos ancestrais caçadores-coletores de seus descendentes sobreviventes desta geração. Inesperadamente, mais na questão tecnológica do que na questão cultural. Digo isso pois a toda análise realizada por um atento espectador das eras caberá o fato de que o ser humano sempre buscou novas soluções com o fim de apresentar-se resiliente às adversidades de seu ambiente. É fruto dessa constante necessidade inata do homem o sedentarismo. Se a divergência tecnológica nos afasta de nossas remotas bases na árvore genealógica, o dado nutricional logra êxito em aproximar-nos deles, pois os mesmos alimentos que serviam a um mesmo fim não sofreram substituição ao atravessarem esses longos séculos. Apenas os consumimos de diferente maneira, bem menos saudável.
A obesidade afeta cerca de 40% da população adulta mundial e as ramificações desse alarmante dado estatístico também atingem a esfera infantil, que já esta conta com cerca de 20% de crianças acima do peso. Ao contrário do tabagismo e do alcoolismo, que revelam a seus combatentes apenas um tipo de barreira, a obesidade descobre vários fatores que demandam igual atenção e cuidado para que se possa atingi-lô e mitiga-lô. Outra dificuldade é a influência constante das publicidades de alimentos industrializados que encontrou fôlego com a globalização e cujos produtos anunciados estão expostos nas prateleiras em muito maior quantidade do que aqueles considerados verdadeiramente saudáveis. Os ricos capitalistas donos de tais indústrias mostraram-se, previsivelmente, indolentes quanto a esse fato e as conquistas das atuais medidas contra a obesidade se mostraram impotentes para estabelecer o equilíbrio entre o que oferecido pela mídia e o que se deveria consumir.
É trivial que a educação é um importante fator que influencia na formação do indivíduo, já que, para citarmos Kant, "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". Portanto, a educação nutricional deveria estar presente em todas as escolas, para que se estabeleça a consciência da necessidade de uma alimentação saudável nos futuros cidadãos brasileiros e os do resto do mundo. | [
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De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
8.html | escravizar-e-humano | A escravidão é algo que não está destacado na sociedade atual tendo como consequência a inocência das pessoas sobre esse tema, fazendo assim com que elas pensem na escravidão apenas como um conceito historico.
Um dos grandes problemas da escravidão, também podendo ser visto como uma consequência, é a desigualdade social que ela provoca. Ela é a que faz com que a maioria das pessoas sejam vitímas do trabalho escravo.
A maior desumanidade na escravidão está no fato de a maioria dos escravos serem crianças privando-as de estudar e de se alfabetizarem se tornando adultos, geralmente, pobres e sem nenhuma estrutura para o mundo sendo assim vitímas das desigualdades sociais.
A escravidão, ao contrário do que muitos pensam, não afeta somente o escravizado, afeta também as pessoas que compram coisas de origem escrava pois elas acabam influênciando a escravidão mesmo que indiretamente.
Além de influênciar a desigualdade social, a escravidão mostra que mesmo sabendo não ser o certo, alguém se julga auto suficiente o bastante para tirar a liberdade de um semelhante para o próprio benefício, o que é desumano. | [
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] | 2,016 | Panorama atual
Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta. [UOL Notícias]
Consequências da escravidão
A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo. [50 for Freedom]
A situação brasileira
Segundo aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida. [UOL Notícias] | A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão. | grader_a |
2.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | O país está em transição para um novo governo conservador, que passou muito anos sendo governado pelo PT (Partido dos Trabalhadores), considerado de esquerda. Tendo como eleito o presidente Jair Bolsonaro, considerado de direita, e trazendo com ele a maior bancada conservadora no congresso. Uns dos principais causadores do descontentamento são a corrupção, uma crise que perduraram anos, e políticas públicas ineficientes.
A nação passou por uma onda de corrupção jamais vista, tendo os maiores esquemas sendo descobertos no governo PT e como principais o Mensalão e a Lava Jato, colocando o país em uma crise que perdurou por anos.
Como consequência também, dessa onda conservadora, temos também as políticas públicas ineficientes, principalmente em setores como segurança, educação e saúde, que comparado a vários países coloca o Brasil em uma posição desconfortável.
Por parte desse governo que estar por vir, avalia-se um governo conservador, defensor das tradições e valores religiosos e ao nacionalismo, contra as imigrações de estrangeiros, contra as minorias, entre outras. Resta a população brasileira esperar os desdobramentos dessa nova transição para posterior avaliação. Para a sociedade, não importa se de direita ou de esquerda, o importante é que governem para o povo e pelo povo. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_b |
5.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | O Supremo Tribunal Federal discute nesse mês sobre a prisão em 2º instância, questionando se o réu deve ou não ficar preso após a decisão do juiz, validada pelo colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça. É fato, que o réu deve ser mantido preso após condenação em 2º instância, visto que o aguardo em liberdade após o trânsito em julgado reforça a impunidade da justiça brasileira, bem como desvalida a decisão tomada pelo juiz e pelo colegiado de desembargadores do TJ, acumulando processos no STF.
Em primeira análise, cabe ressaltar que se o réu aguarda o julgamento em liberdade, após encerrado todos os recursos, há reforço da impunidade no Brasil. Para Luiza Frischeisen, do Ministério Público Federal tal decisão incentiva à impunidade, visto que há diversos meios para recorrer de acordo com a lei penal. Dessa forma, entende-se a importância de prender os réus em segunda instância, a fim de não estimular a prática de crimes, bem como sua impunidade.
Além disso, cabe frisar também que o aguardo a liberdade em trânsito em julgado, desvalida a decisão tomada pelo juiz e pelo colegiado de desembargadores do TJ, acumulando processos no STF. De acordo com a Folha de S. Paulo, os acordos internacionais sobre os direitos fundamentais apontam que as decisões da 1ª e 2ª instância bastam para garantir o direito do réu em recorrer. Assim, verifica-se que a liberdade em trânsito julgado incha a maquina pública, causando maior lentidão nos processos, podendo esses serem prescritos.
Levando-se os aspectos apresentados acima, é importante ressaltar que o réu deve ser mantido preso em 2ª instância, uma vez que o aguardo em liberdade após o trânsito em julgado reforça a impunidade da justiça brasileira, bem como desvalida a decisão tomada pelo juiz e pelo colegiado de desembargadores do TJ. Portanto, é necessário que o Ministério Público em parceria com os tribunais de justiça reflitam e pensem a respeito das consequências da soltura dos criminosos em 2º instância no nosso país. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
8.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Ao falar sobre a floresta amazônica ela vitima de irresponsabilidade do governo e dos grupos criminoso que explorar de maneira irregular sem o devido processo de sustentabilidade tanto que somos observado diariamente mundo lá fora.
inicialmente, a negligencia do governo quando se fala na questão ambiental e tratada de modo relaxada, além disso as legislação já existente não e dada atenção correta que deixa todos preocupados ocorrido dentro do pais revela na qual não estamos fazendo nossa obrigação correta para sua preservação já imaginamos uma floresta sem arvore com rios poluído de metais pesado devido extração de ouro e outros matérias pois é possível se essa medidas não for colocada em prioridade em pouco tempo não teremos essa biodiversidade de características única que países como França alertou não só o brasil como também Colômbia, Bolívia, Peru. levantou uma hipótese sobre a internacionalização, evidente que França tem uma colônia na floresta amazônica localizada na Guiana francesa e maior área protegida não só pelos franceses mas da união europeia são modelo para outras nações.
é importante ressaltar que sustentabilidade poderá ser um dos requisito para um pais ser desenvolver economicamente com outra nação diverso acordo comercial uma vez afirmado sinaliza estamos comprimindo as nossa leis interna porque somos os responsável pelo ato que produzimos não podemos terceirizar as nossa responsabilidade.
por fim as consequências devastadora de uma politica ambiental obsoletada mostra que mundo tão acompanhado atenciosamente as atitudes tomada teremos muitos desafio para cumprir ser um pais em que possa preservar é crescer de forma sustentável. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
1.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Após as eleições presidenciais de 2018, ficou claro que as políticas de segurança públicas seriam intensificadas. E seguindo nesta linha, uma das políticas mais importantes é a flexibilização do porte de armas de fogo.
Anos atrás, passamos por um referendo popular no qual optamos pelo direito de comercializar armas de fogo. Mas, o estatuto do desarmamento, dificultava ou quase que impossibilitava ao cidadão de ter a posse de tal bem em casa ou em seu comércio, tirando assim sua oportunidade de defesa.
Vivenciamos, em 2018, um processo eleitoral muito conturbado mas democrático e legítimo. E foi dada assim, a chance de todos os brasileiros escutar e analisar as propostas dos diversos candidatos. Uma destas propostas, justamente do candidato eleito, era facilitar o acesso da população as armas, seguindo alguns critérios estabelecidos como treinamento e teste psicológico.
A flexibilização do porte de arma foi uma vitória, tanto do novo governo quanto da população de bem deste país. Agora cabe a ambos preservar este direito alcançado e legitimá-lo com ações e políticas sobre as questões dos riscos e responsabilidades. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
19.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | A Amazonaspatrimônio brasileiro, tem um ecossistema rico de variações.
Contudo ao invés de usarmos ao nosso favor, cuidando e explorando nossa fauna e flora, temos nos importado pouco, deixando que aconteça catástrofes, tendo como exemplo as queimadas que aconteceram atualmente.
Tendo em vista que não foi a primeira vez e nem a segunda, portanto o que levou tanta comoção na internet e em programas de TV foi que chegou a grande São Paulo, tendo muita visibilidade.
Se o Brasil tiver como investi no reflorestamento e cuidados na fauna e flora presente na Amazonas, seria bom, ao contrário temos que pensar no nosso planeta não só no país e deixar com um país que tenha como investir nela. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
14.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Quartos grandes, cozinhas pequenas e salas vazias é o retrato das moradias nos tempos de hoje. As famílias já não se reúnem mais para o tradicional almoço de domingo. Cozinhar, bate-papo, ver as crianças correndo pela casa, isso ficou para trás, registrado na mente dos mais velhos, dos saudosistas.
O prazer de cozinhar para o família e os amigos ficou no passado. Nos tempos de hoje a pessoas procuram pelo prático e rápido, o sabor de uma boa comida feita na hora ficou em segundo plano. Pra quê perder tempo cozinhando, com uma simples ligação qualquer tipo de refeição bate na sua porta a hora que você quiser. Uma passadinha rápida no supermercado tudo pronto, temperadinho.
O reflexo de tanto comodismo é o sedentarismo e junto com ele uma grande quantidade de obesos de todas as idades e classes sociais. Envoltos nas redes sociais e programas televisivos que pregam a todo momento "se aceite como você é", e esquecem que essas pessoas estão com sobre peso e se não estão logo, logo ficarão com algum problema de saúde. A final ficar preso em um celular na frente de uma televisão, sem disposição até para pegar, fazer uma refeição não é nada saudável.
Por quê ao invés de pregar se aceite como você é a mídia não começa uma campanha: Se aceite como você é, mas com saúde. Coma mais, melhor e viva mais. Vai que a moda pega como tantas outras.
O Governo deveria desenvolver políticas sociais com orientações sobre que determinados alimentos causam a saúde, sobre taxar alimentos ricos em sal, açúcar e gorduras ruins. Possibilitar que as escolas sirvam somente produtos saudáveis. E principalmente que nos produtos industrializados venham com rótulos grandes de fácil entendimento a composição da composição do alimento que o indivíduo está ingerindo.
O ideal seria que as famílias, que os amigos voltassem a se reunir mais em suas cozinhas, que resgatassem o prazer de cozinhar, de fazer uma boa e saudável comida, o bom e velho arroz com feijão. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
18.html | o-direito-ao-foro-privilegiado | O direito ao foro privilegiado não é uma invenção atual, tal prática pode ser relacionada aos anos da republica velha que se tinha a prática do coronelismo, onde coronéis eram pessoas influentes cheias de privilégios, assim como, observamos no cenário atual e isso é um problema.
Esse benefício traz problemas, pois abrange uma grande quantidade de pessoas, que cada dia muda-se as estatística fazendo com que, as práticas dessas classes sejam escondidas principalmente pelas mídias e consequentemente sejam pouco divulgadas impedindo assim a conscientização da população.
Esse problema por sua vez, também está longe de ser solucionado já que as mídias ao invés de divulgar o que se passa diante dos congressos, acabam sendo alienadas por partidos e por grandes pessoas influentes, impossibilitando o vazamento de atos imorais, destacando outros assuntos fazendo com que, acabe na maioria das hipóteses atos não julgados e impune.
Como proposito de tal pratica é necessário que a punição para todos sejam rígidas e igualitárias pra ambos das classes, assim como também deve-se haver a conscientização da população sobre todas as práticas e reconhecimento das pessoas envolvidas sendo divulgada sua identidade independente da sua pratica para que possamos formar uma democracia justa e igualitária. | [
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] | 2,018 | Debate: foro privilegiado
Um debate promovido pela Folha de S. Paulo, em maio de 2017, teve posições totalmente opostas sobre a existência do foro privilegiado, o benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância. Um dos debatedores, Fábio Medina Osório, especialista em direito constitucional e em direito administrativo e ex-ministro da Advocacia Geral da União criticou a ideia de que o foro é o responsável pela impunidade no país. Já Roberto Livianu, promotor de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, defendeu uma ampla reforma no modelo atual e sustentou que a existência do foro persiste por uma “cultura de privilégio” herdada dos tempos da monarquia. Ele citou democracias onde não há o instituto do foro, como Suíça, Espanha e Estados Unidos. Marcos da Costa, presidente da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , defendeu uma redução no tamanho das classes que hoje têm algum tipo de foro, que incluem, além de congressistas e ministros, juízes, promotores e prefeitos. Osório concordou que a quantidade de autoridades hoje abrigadas por algum tipo de foro poderia ser reduzida ou racionalizada. Livianu disse que não faz sentido permitir que detentores de poder “se escondam” atrás do foro e mencionou casos de prescrição de crimes no Supremo. “É inadequado, ruim e injusto” , disse. Folha de S. Paulo
Teoria e prática
Está correta, em seus princípios, a concessão a determinadas autoridades públicas do foro especial por prerrogativa de função, também chamado, de modo um tanto pejorativo, de foro privilegiado. Na prática, entretanto, há evidências suficientes a demonstrar que o modelo brasileiro de prerrogativa de foro se tornou disfuncional. Os motivos ganharam números mais precisos em levantamento desta Folha, publicado na edição desta terça-feira (24/05/18) . Constatou-se que a quantidade de autoridades beneficiadas pelo instituto ultrapassa a cifra estelar de 58 mil. As normas variam entre as unidades da Federação. Algumas chegam a estender o foro especial a comandantes de polícia e até dirigentes de empresas estatais. Não se conhece notícia de um rol tão grande de beneficiados, com garantias tão amplas, em outro lugar do mundo. Folha de S. Paulo | O foro privilegiado – benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância como os cidadãos comuns – entrou em discussão no Brasil, na sequência dos muitos casos de corrupção nas mais variadas esferas de governo. Há quem queira acabar com esse recurso: na internet, por exemplo, há pelo menos três abaixo-assinados com esse objetivo. Mas há também quem tenha posição contrária e veja aspectos positivos na existência do foro, como se pode ver pelos textos da coletânea que acompanha esta proposta de redação. Leia-os com atenção, reflita sobre eles, mobilize seus conhecimentos pessoais sobre o tema e desenvolva uma dissertação argumentativa sobre o tema: o direito ao foro privilegiado, expondo e justificando sua opinião sobre o assunto. | grader_a |
7.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | A série "Aruanas" narra a história de três mulheres líderes de uma ONG, que lutam pelos direitos de preservação da floresta amazônica.
Infelizmente o problema retratado pela série também existe na vida real. Dados mostram que o desmatamento não é um problema recente, que 17% da floresta amazônica desapareceu durante os últimos 50 anos. De acordo com o INPE, em cada 100 incêndios 99 % são de causa criminosa.
Vale ressaltar que o território da Amazônia é essencial para controle da temperatura no planeta, e ao serem queimadas essas árvores liberam gás carbônico para a atmosfera o que agrava ainda mais o aquecimento global. Então pode-se afirmar que o problema não é apenas interno, uma vez que todas essas florestas ajudam também a manter o equilíbrio do clima geral.
Como resolver essa situação difícil? É preciso que os países vizinhos estejam dispostos a contribuir com o Brasil no combate à queimadas e ao desmatamento ilegal. Toda ajuda é necessária para o reflorestamento da Amazônia já que o Brasil não possui verba suficiente para resolver o problema de forma efetiva. Assim as fiscalizações, o controle de queimadas e a punição a empresas clandestinas que desmatam de forma ilegal vão ser intensificados. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_b |
5.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | O atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no seu primeiro mês de mandato, assinou um Decreto que facilita a posse de armas no Brasil. A atitude foi criticada por parte da sociedade que não foi consultada previamente e que não contempla benefícios ao se armar a população. Por outro lado, tem-se outra parte da população que aprova a atitude do presidente, vendo positividade no assunto.
O primeiro fator, refere-se a falta de consulta prévia à sociedade envolvida. Um assunto extremamente sério, não poderia ser decidido apenas nas instâncias superiores, sendo mais prudente haver um plebiscito sobre o assunto. O atual presidente usou como indagação o plebiscito que ocorreu à época do governo Lula, em 2005, em que se discutia o comércio de armas e não sua posse. O que mostra-se ser irrelevante, visto que os assuntos são diferentes. Além disso, armas em casa coloca em risco à vida de crianças do lugar ou suicídios.
O segundo fator contempla uma parte da população que aprovou a atitude do atual presidente. Como argumento tem-se o fato de o indivíduo se sentir mais protegido dentro de sua casa ou trabalho, mais facilidade na compra de armas, legalização do comércio de armas.
Conclui-se, então, que o documento liberando a posse de armas não tira do Estado a obrigação de proteger o cidadão. A polução não foi consultada sobre a questão, cabendo fazer o controle posterior sobre o assunto a fim de que se minimize possíveis fraudes na efetivação do documento de posse, comprovando a idoneidade do solicitante. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
11.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | A Lei Fleury ficou conhecida como a lei criada com o objetivo de proteger o delegado Sérgio Fleury de ser preso durante o regime da ditadura militar no Brasil. Atualmente, é possível dizer que o caso, de certa forma, está se repetindo, tendo em vista a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar inconstitucional a prisão de pessoas durante processos julgados até a segunda instância.
Nesse contexto, vale citar o caso do ex-presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, que foi um dos beneficiados pela decisão do STF, cuja libertação provocou repercussão nacional e até internacional. Eis que, de um lado, o favorecimento dos presos, de outro a sensação de impunidade por parte do povo brasileiro.
Partindo do pressuposto de que o ato de condenação é resultado de um estudo aprofundado dos casos pautados por provas, nada mais plausível do que a prisão do condenado, independentemente da instância julgadora. Aguardar o trânsito em julgado de um processo em um país como o Brasil que dispõe de excessivos recursos, principalmente na esfera criminal, significa andar em direção contrária ao desenvolvimento nacional, assim como se configura como um desrespeito à população brasileira. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
12.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Alimentação no passar de décadas vem cedo muito industrializado cheio de substância que causa o aumento de obesidade de corrente de uma má alimentação, isso também sendo um agravante na sociedade por esta acima do peso por uma falta de educação alimentar e também falando do fator genético ou hereditário. A obesidade é grande problema na sociedade porque ela traz (várias) complicação na saúde com, por exemplo: dificuldade de respirar e caminhar ou fazer qualquer atividade física (problemas) no coração e sanguíneos com isso o sobrepeso querendo ou não falta de educação alimentar por descuido do dia a dia, por fatores da vida cotidiana a sociedade por não ter um abito de ter alimentação saudável. Mais o Brasil ainda caminha em passo pequeno sobre cuidar da obesidade que uma epidemia junto sobre o peso por causa também de aspectos culturais das suas culinárias Brasileiras e por falta de interesses muitas da sociedade que se acomoda, que poucos fazer atividades físicas para cuidar da saúde. Sobre os jovens nas escolas públicas fica difícil porque por falta de profissionais habilitados na área da nutrição e também recursos para fazer um programa de assuntos relacionados (alimentação) é pouco falado também sobre a obesidade e sobre o peso que é uma decorrência da epidemia da alimentação e da má educação nas partes da população de baixa renda, mais a outra parte da sociedade não se preocupa muito nessa questão, mas a relação sobre a epidemia alimentar e da obesidade e sobre o peso preocupante em quase toda a sociedade. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
17.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | A era da pós-verdade questiona vários aspectos antes visto como "do bem" ou "pró-saúde".
Afinal, vacinação faz bem a saúde ou não?
Segundo a OMS a resistência a vacinação foi considerada uma das dez maiores ameaças à saúde global em 2019.
Muitas pessoas se recusam a tomar vacinas, e muitas vezes impedem que seus filhos tomem, alegando que tomando a vacina é mais fácil de se contrair a doença.
É fácil de se observar que o crescimento da doença sarampo (altamente contagiosa ) chega a 300% nos primeiros 3 meses do ano, em comparação ao ano anterior (2018).
Isso se deu devido a recusa das pessoas à vacinação. As pessoas se negam a serem vacinadas.
Mas afinal, como funciona a vacina? Em si, a vacina é o vírus morto aplicado ao corpo do ser humano, que ao contrair esse vírus morto, crie anticorpos e caso futuramente ele venha contrair a doença, seu corpo está imune a ela.
Falta informação e conscientização às pessoas do bem que a vacina faz e conscientiza-las de que é ideal tomar. Evitando assim a recusa das pessoas a vacina. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_a |
11.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | A maioria dos países da América do Sul passaram para o lado conservador. Paralelamente a isso, o Brasil presenciou na última eleição presidencial uma dicotomia política: direita e esquerda. O primeiro é conservador; o segundo, socialista. Em uma disputa à presidência acirrada entre esses dois polos opostos, o país decidiu democraticamente pelo conservadorismo. Mas afinal, o que mudará daqui pra frente no país com a nova “onda conservadora”?
Há muito assunto em discussão, mas o principal é de que o país entraria em uma ditadura militar. Antes de tudo, o presidente deve honrar a Constituição Brasileira de 1988 – CF/88, ou seja, não pode desrespeitar a lei maior por ser presidente. Além disso, tal questão feriria as cláusulas pétreas: princípios fundamentais que regem o país, guiando-o juntamente com a democracia.
Com o Jair Bolsonaro no comando do país, o exposto acima poderia não ser seguido, já que é ultraconservador, e também porque a metade das cadeiras do Congresso Nacional estão ocupadas por direitistas. Dessa forma, se dependesse desses líderes para trazer o período militar, tal iniciativa até que se confirmaria, mas a questão é que não depende, há outros coadjuvantes que analisariam essa atitude contraia à democracia, como o Supremo Tribunal Federal – STF –, guardião da CF/88. E também porque a população brasileira não aceitaria apagar sua história democrática em ascensão para regredir ao passado ditatorial.
Além disso, fala-se também na legalização do porte de arma para o brasileiro e, devido a isso, poderia ser o holocausto dos homossexuais. Não é bem assim. Nas redes sociais circulam muitas notícias falsas a respeito dessa ideia. Não é porque o país mudou de esquerda-liberal para direita-extremista que isso vai acontecer. Pode ser que ocorra em alguns casos isolados visto que o país ainda é muito homofóbico.
Conclui-se, portanto, que há muito em jogo em ralação a um novo período com um presidente conversador. Este, caso seja contrário à democracia, temos o impeachment para tirá-lo. Seja de direta ou de esquerda, isso não importa mais, o importante é que o Brasil precisa de mudanças políticas e socias positivas e efetivas antes de qualquer opinião precipitada sobre essa nova hegemonia. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
10.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Desde o periodo pré-colonial com a chegada dos portugueses (1500) o desmatamento tem se tornado constante, danificando o ecossistema. Muita das árvores que crescem no Brasil, cada uma com sua peculiaridade, foi ou é utilizada para o consumo econômico dos que o fazem, extraindo borracha, tinta ou algo que possa render capital para si.
Queimas ou desmatamento na Amazônia é algo que sempre ocorreu, considerando um evento natural que pode ser agravado pelo homem. Só que, em 2019 houve um aumento que supera todos os outros anos que o mesmo o tinha ocorrido, procupando não só o Brasil, mas também os outros países.
O problema da Amazônia é algo que o proprietário desse imenso terrêno deve se preocupar. Mas, se o dono não consegue resolver, por ser algo que ira prejudicar não só uma área mas sim o mundo todo, ai passa há ser um desafio internacional, já que todo o globo pode passar por mudanças indesejáveis.
Baseado nos fatos abordados acima, podemos observar que o Brasil sofre mudanças negativas em suas florestas há mais de cinco séculos e que se algo não for feito, provavelmente esses anos ira estender. Se o governo aumentase a segurança via aérea e terrestre, pode ser que fosse controlada e até mesmo diminuida gradativamente as ações do homem. Com isso evitando a morte da Amazônia, o aquecimento global e as mudanças climaticas. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_b |
16.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | A Obesidade é um problema atual no mundo, sabe-se que essa doença é a segunda maior causa de morte e tem acabado com o alto estima de muitas pessoas que sofrem com essa epidermia.
Hoje em dia existe várias opções de alimentos com altas calorias e gorduras e propagandas que atraem o consumidor para ingerir em excesso alimentos industrializados e pobres em proteínas trazendo a obesidade e outras causas, por exemplo, baixa pressão arterial diabete e depressão, uma má alimentação pode leva a óbito e causa transtornos para a vida toda.
Estima-se que 40% da população adulta e 20% das crianças e adolescentes já sofrem com o sobrepeso ou obesidade. "A maior riqueza é a saúde" confirmar o filósofo Waldo, baseado nisso, acredita-se que o governo tem que toma atitudes na saúde pública para combate a obesidade e evitar mais mortes. Os Estados unidos e o Brasil é um dos primeiros nas pesquisas feitas pelas universidades a ter o maior consumo de calorias.
Reduzindo os produtos industrializados e calóricos na merenda escolar e nos supermercados é a medida que o governo deve toma, trazer também projetos educativos para ensinar a população a ter uma boa alimentação e colocar no prato das crianças alimentos ricos em proteínas e vitaminas e disponibilizar consultas com nutricionistas e com psicológos para direcionar as pessoas já enfrentam a obesidade a ter o controle sobre o corpo, exercendo essas atividades pode trazer benefícios econômicos e o bem estar da nação. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
7.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | Criptomoedas são moedas digitais geradas por um algoritmo específico. Essa tecnologia dispensa o estado e não depende deste para que assegurem o seu valor, diferente do dinheiro convencional. A implementação desse novo modelo é vantajosa, pois possibilita que transações sejam feitas com maior facilidade, no entanto, poderá haver consequências.
A transformação que as criptocoins trarão é inevitável, colocando a humanidade em uma nova fase, onde o dinheiro será descentralizado e basta apenas uma carteira virtual para armazená-lo. No entanto, o estado será enfraquecido, pois não terá poder sobre o dinheiro e tentará barrar a disseminação dessa tecnologia, criando suas próprias moedas digitais, colocando assim, o poder novamente em suas mãos, exemplo disso são países como Rússia e China que já estão desenvolvendo criptomoedas próprias.
Portanto, não é possível conter o avanço dessa tecnologia, mas podem adaptar-se a ela, criando um novo sistema financeiro. Não é possível afirmar com certeza se as transformações serão benéficas, porém o futuro é agora e se não houver a modificação da maneira como tratamos o assunto poderão haver prejuízos no futuro, sendo assim, o estado deve analisar o que está lidando e tentar criar alternativas que serão benéficas para todos, como a integração do dinheiro comum com o digital. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
9.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | A obesidade humana é um problema que vem se agravando, a cada dia, e poucas medidas são tomadas pela nossa sociedade, que seja realmente eficiente para a solução desse caso alarmante.
Ninguém consegue viver sem comer, isso é óbvio. No entanto a comida pode se tornar um inimigo mortal do ser humano. Quase 40%, por cento, da população mundial adulta e 20%, por cento, das crianças e adolescentes, entre 5 e 18 anos, já sofrem de sobrepeso e obesidade sendo a segunda causa de morte no mundo, devido a série de riscos que acarreta a saúde.
Em virtude dos fatos mencionados, para combater o sobrepeso e a obesidade da população, são necessárias várias medidas de conscientização da população, dos governantes e setores industriais ao consumo saudável dos alimentos a esse "novo ciclo" da vida moderna. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
9.html | o-direito-ao-foro-privilegiado | No Brasil existe grande quantidade de privilégios para os altos escalões do poder político, em especial a nível federal, mas estados e municípios também não ficam atrás, quando se fala em beneficiar os poderosos com mais regalias. Uma dessas benesses que vem causando grande discussão nos últimos tempos é o chamado foro privilegiado.
As críticas a esse instituto são muitas, mas a maior delas tem a ver com a impunidade. Não são raros os casos em que deputados e senadores ou outras autoridades com foro especial são denunciados por crimes cometidos e os processos acabam prescrevendo nas instâncias superiores, em especial no Supremo Tribunal Federal, talvez por acúmulo de trabalho para apenas onze ministros ou até mesmo pela falta de vontade política de se punir os poderosos no país.
Por outro lado, existe quem defenda o argumento de que o foro por prerrogativa de função seria uma proteção para o exercício do cargo público, uma vez que na primeira instância as autoridades estariam sujeitas a um denuncismo que poderia prejudicar o andamento dos trabalhos na função que exercem. Esse argumento pode ser facilmente refutado quando se observa a experiência de países como os Estados Unidos e a Suíça, que não adotam esse instituto e as autoridades não ficam impedidas de exercer suas funções por causa de um suposto entrave judicial.
Atualmente o STF está discutindo a redução do alcance do foro especial, visando limitar o instituto aos crimes praticados por parlamentares durante o mandato e em razão dele. Existem também iniciativas legislativas no Congresso Nacional para extinguir esse privilégio, apesar de que, como tem-se observado nos últimos tempos, os parlamentares não costumam legislar contra seus próprios interesses e esse é um tema bastante sensível para os deputados e senadores, em sua maioria respondendo a processos por crimes, como o caso dos denunciados pela operação Lava Jato por desvios de verbas públicas e recebimento de propina.
Assim, o que se observa hoje no Brasil é uma cultura de benefícios explícitos a autoridades, muitos deles injustificados nos tempos atuais, como é o caso do foro privilegiado. A Constituição Federal de 1988 diz em seu artigo quinto que todos são iguais perante a lei. Se isso é verdade, o foro especial não se justifica e é uma contradição a esse princípio. | [
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] | 2,018 | Debate: foro privilegiado
Um debate promovido pela Folha de S. Paulo, em maio de 2017, teve posições totalmente opostas sobre a existência do foro privilegiado, o benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância. Um dos debatedores, Fábio Medina Osório, especialista em direito constitucional e em direito administrativo e ex-ministro da Advocacia Geral da União criticou a ideia de que o foro é o responsável pela impunidade no país. Já Roberto Livianu, promotor de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, defendeu uma ampla reforma no modelo atual e sustentou que a existência do foro persiste por uma “cultura de privilégio” herdada dos tempos da monarquia. Ele citou democracias onde não há o instituto do foro, como Suíça, Espanha e Estados Unidos. Marcos da Costa, presidente da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , defendeu uma redução no tamanho das classes que hoje têm algum tipo de foro, que incluem, além de congressistas e ministros, juízes, promotores e prefeitos. Osório concordou que a quantidade de autoridades hoje abrigadas por algum tipo de foro poderia ser reduzida ou racionalizada. Livianu disse que não faz sentido permitir que detentores de poder “se escondam” atrás do foro e mencionou casos de prescrição de crimes no Supremo. “É inadequado, ruim e injusto” , disse. Folha de S. Paulo
Teoria e prática
Está correta, em seus princípios, a concessão a determinadas autoridades públicas do foro especial por prerrogativa de função, também chamado, de modo um tanto pejorativo, de foro privilegiado. Na prática, entretanto, há evidências suficientes a demonstrar que o modelo brasileiro de prerrogativa de foro se tornou disfuncional. Os motivos ganharam números mais precisos em levantamento desta Folha, publicado na edição desta terça-feira (24/05/18) . Constatou-se que a quantidade de autoridades beneficiadas pelo instituto ultrapassa a cifra estelar de 58 mil. As normas variam entre as unidades da Federação. Algumas chegam a estender o foro especial a comandantes de polícia e até dirigentes de empresas estatais. Não se conhece notícia de um rol tão grande de beneficiados, com garantias tão amplas, em outro lugar do mundo. Folha de S. Paulo | O foro privilegiado – benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância como os cidadãos comuns – entrou em discussão no Brasil, na sequência dos muitos casos de corrupção nas mais variadas esferas de governo. Há quem queira acabar com esse recurso: na internet, por exemplo, há pelo menos três abaixo-assinados com esse objetivo. Mas há também quem tenha posição contrária e veja aspectos positivos na existência do foro, como se pode ver pelos textos da coletânea que acompanha esta proposta de redação. Leia-os com atenção, reflita sobre eles, mobilize seus conhecimentos pessoais sobre o tema e desenvolva uma dissertação argumentativa sobre o tema: o direito ao foro privilegiado, expondo e justificando sua opinião sobre o assunto. | grader_a |
16.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Desde o início da civilização ocidental, o sistema greco-romano compõem os alicerces destas sociedades. Com seu cerne no sistema citado, a aplicação da justiça brasileira poderá sofrer mudanças a partir da decisão do STF se um réu deve ou não ser condenado em segunda instância. Diante dessa questão, cabe analisar os dois principais motivos pelos quais a decisão deve ser a favor do encarceramento em segunda instância.
Primeiramente, a revogação da prisão em segunda instância viola o estado democrático de direito. Sabe-se que, na interpretação jurídica vigente, um réu, após ser condenado por um juiz e um desembargador, possui sua liberdade cassada. Entretanto, caso o STF decida pela liberdade do réu até que este seja julgado em terceira instância, o estado estará desconsiderando os julgamentos anteriores dos profissionais defensores da lei. Nesse sentido, a medida em que o órgão governamental de certa forma anulas as duas decisões judiciais anteriores, vigorando apenas o terceiro julgamento, este está, portanto, indo contra o princípio democrático, que baseia-se na decisão da maioria.
Em segundo plano, a retirada do aprisionamento em segunda instância promove a manutenção da impunidade no país. De acordo com Emile Durkheim, em virtude de transformações, as normas e valores sociais de uma civilização podem ser desestruturados. Sob esse viés, em uma sociedade em que indivíduos não possuem sua liberdade retirada após serem condenados em dois julgamentos, ocorre o esfacelamento da norma social de boa conduta.
Em suma, a decisão do Superior Tribunal Federal contra a condenação em segunda instância acarreta em dois grandes entraves para a sociedade brasileira, que serão responsáveis pela desestruturação da moral e da democracia. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
2.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | O aumento da renda da população e o grande número de redes de "fast food" desencadearam uma epidemia alimentar. Isso revela, que o sobrepeso e a obesidade são problemas de saúde pública.
As agitadas rotinas da sociedade moderna, leva a população a adquirir hábitos não tão saudáveis. Dessa forma, crianças, jovens e adultos se alimentam na maioria das vezes de alimentos industrializados que contém grandes quantidades de sal e açúcar, como comidas congeladas e refrigerantes, o que elevou em 20% o aumento de pessoas na faixa do sobrepeso em todas as faixas etárias e classes sociais, conforme dados estatísticos do IBGE publicados no jornal Folha de São Paulo, por isso, pandemias, como diabetes tipo 2, problemas de pressão arterial, doenças cardiovasculares e o próprio câncer tem se tornado tão comum comuns.
Além disso, a obesidade mórbida também afeta grande parte da população. Isso demonstra, que métodos preventivos e educativos ainda são precários, pois o número de pacientes que procura o sistema Único de Saúde, atráz de procedimentos invasivos, como a cirurgia bariátrica aumenta cada vez mais. Assim, boa parte dos recursos do SUS - meio bilhão de reais anual - são direcionados diretamente ao combate da doença e uma baixa porcentagem desse valor é revertido aos métodos preventivos de combate a obesidade.
Em síntese, políticas públicas para combater o sobrepeso e a obesidade devem ser tomadas. Portanto, maiores investimentos em consultas com psicólogos e nutricionistas são essenciais, como também campanhas publicitárias para incentivar uma alimentação in natura de frutas e legumes. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
13.html | o-direito-ao-foro-privilegiado | Recentemente, a pauta do foro especial por prerrogativa de função, mais popularmente conhecida como foro privilegiado, tem sido bastante discutida com as novas medidas que restringem a sua amplitude em relação àqueles que dele se beneficiam. O foro determina que ocupantes de certos cargos públicos sejam julgados por instâncias específicas do judiciário, como o supremo tribunal federal, e não pela primeira instância, como os cidadãos comuns.
Diversos intelectuais e pesquisadores defendem a extinção de tal foro, como ocorre em países como a Suíça e os Estados Unidos, em que não há essa especialidade. Segundo eles, o foro é herança de uma cultura de privilégios que data desde a colonização do país e a escravatura, da qual necessita-se uma urgente reforma, assim como em todo sistema político brasileiro.
Por outro lado, defensores do foro especial, justificam seus pontos de vista ao dizerem que a primeira instância não teria condições e a especialidade para julgar crimes e conflitos cometidos por determinadas autoridades, como os senadores e deputados federais, no período de exercício parlamentar. Além disso, o foro se destinaria a proteger o cargo, função e a atividade pública e não a pessoa que a exerce.
O que ocorre é que o foro de prerrogativa de função que tem essa intenção de proteção ao cargo e função pública, por desvios do sistema político brasileiro, acaba se tornando um foro de privilégios pessoais. Assim, deputados e senadores se beneficiam, não por exercerem tais atividades, mas por questões particulares que não deveriam se tornar políticas. | [
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] | 2,018 | Debate: foro privilegiado
Um debate promovido pela Folha de S. Paulo, em maio de 2017, teve posições totalmente opostas sobre a existência do foro privilegiado, o benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância. Um dos debatedores, Fábio Medina Osório, especialista em direito constitucional e em direito administrativo e ex-ministro da Advocacia Geral da União criticou a ideia de que o foro é o responsável pela impunidade no país. Já Roberto Livianu, promotor de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, defendeu uma ampla reforma no modelo atual e sustentou que a existência do foro persiste por uma “cultura de privilégio” herdada dos tempos da monarquia. Ele citou democracias onde não há o instituto do foro, como Suíça, Espanha e Estados Unidos. Marcos da Costa, presidente da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , defendeu uma redução no tamanho das classes que hoje têm algum tipo de foro, que incluem, além de congressistas e ministros, juízes, promotores e prefeitos. Osório concordou que a quantidade de autoridades hoje abrigadas por algum tipo de foro poderia ser reduzida ou racionalizada. Livianu disse que não faz sentido permitir que detentores de poder “se escondam” atrás do foro e mencionou casos de prescrição de crimes no Supremo. “É inadequado, ruim e injusto” , disse. Folha de S. Paulo
Teoria e prática
Está correta, em seus princípios, a concessão a determinadas autoridades públicas do foro especial por prerrogativa de função, também chamado, de modo um tanto pejorativo, de foro privilegiado. Na prática, entretanto, há evidências suficientes a demonstrar que o modelo brasileiro de prerrogativa de foro se tornou disfuncional. Os motivos ganharam números mais precisos em levantamento desta Folha, publicado na edição desta terça-feira (24/05/18) . Constatou-se que a quantidade de autoridades beneficiadas pelo instituto ultrapassa a cifra estelar de 58 mil. As normas variam entre as unidades da Federação. Algumas chegam a estender o foro especial a comandantes de polícia e até dirigentes de empresas estatais. Não se conhece notícia de um rol tão grande de beneficiados, com garantias tão amplas, em outro lugar do mundo. Folha de S. Paulo | O foro privilegiado – benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância como os cidadãos comuns – entrou em discussão no Brasil, na sequência dos muitos casos de corrupção nas mais variadas esferas de governo. Há quem queira acabar com esse recurso: na internet, por exemplo, há pelo menos três abaixo-assinados com esse objetivo. Mas há também quem tenha posição contrária e veja aspectos positivos na existência do foro, como se pode ver pelos textos da coletânea que acompanha esta proposta de redação. Leia-os com atenção, reflita sobre eles, mobilize seus conhecimentos pessoais sobre o tema e desenvolva uma dissertação argumentativa sobre o tema: o direito ao foro privilegiado, expondo e justificando sua opinião sobre o assunto. | grader_b |
10.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | A posse de arma tem essa tese em que trará mas segurança para a sociedade, porque a maioria da população influenciada pelo presidente, que e um ex-militar bem trenado a usar uma arma e tem psicologico para o mesmo, mas por outro lado não vêem as pessoas de diferentes personalidades com a posse de arma, como por exemplo; uma briga de vizinhos, um aluno que sofreu buling na escola e sabe que a unica forma de se defender é a arma que seu pai tem em casa, ou um comerciante qu estar pra ser assaltado e tem frações de segundos para reagir e matar um ladrão, como consequência o comerciante não terá o prazer de viver no mesmo ambiente por conta das ameaças de outros bandidos.
ao inves de dá armas, poque não dar livros, um educação mas apropriada com qualidade, mas investimentos nos esportes, no lazer da família. O presidente junto com o ministerio da educação, poderiam assinar leis em que os professores sejam mais beneficiados, espelhando nas salas de aulas com um ensino melhor, com tudo teremos um futuro com mais educação e menos armas. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
2.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | É de fundamental importância a valorização da cultura para a formação da identidade de uma região. Mas, comenta-se com frequência, a respeito da apropriação cultural - julgada inadequada- causada pela falta de conhecimento geral e influência midiática ou da moda.
Ao se examinarem alguns aspectos atuais evidência se essa aculturação, por exemplo, o uso de turbantes por mulheres brancas, item pertencente a cultura negra. Muitas dessas mulheres fazem uso desse adereço pela sua estética e não pela história que o mesmo representa.
Outro fator existente é a influência que a moda e a mídia exercem sobre a sociedade, ditam comportamentos, ações e até ideologias. Muitas vezes os indivíduos nem percebem essa influência, levando os mesmos a aderirem características de outras culturas.
Levando-se em consideração esses aspectos, conclui-se que a sociedade deve semear o conhecimento sobre sua própria cultura, através do ensino de artes nas escolas, apresentando danças, músicas, personalidades e obras de todas as regiões do país. O governo também pode atuar nesse tema em incentivos como com a democratização do acesso a museus, teatros, cinemas, etc. Torna-se perceptível para a população a cultura a que estão inseridos e saberão reconhecer a apropriação cultural e elimina-la quando necessário, valorizando assim, sua cultura e identidade própria. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
15.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | Atualmente, vivemos um período de intensas trocas informacionais através da internet, que facilita a vida de todos tornando processos do dia a dia muito práticos. Porém com a internet a desconfiança das pessoas com relação a ciência vem aumentando cada vez mais, a ponto de que vários movimentos como o da anti-vacinação e o dos terraplanistas vem surgindo.
Primeiramente, essa falta de confiança se deve pela manipulação de informações pelas grandes mídias, que em busca de privilégios acabam não sendo totalmente imparciais e geram revoltas por parte da população. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts mostra que as fake news possuem um apelo maior em relação as demais notícias e portanto, são divulgadas cerca de 70% mais rápido. Além disso com a disseminação das fake news muitas das verdades provadas séculos atrás, vem sendo mistificadas.
Em segundo lugar, apesar de estar garantido pelos direitos humanos o direito de se expressar vários dos movimentos que vem sendo criados desmentem a veracidade da ciência, e utilizam conceitos sem nenhuma prova para ganhar apoio da população.
Tendo em vista os fatos acima a solução mais viável seria uma tentativa de redenção do governo e das mídias através da criação de um jornal federal que fosse o mais imparcial possível e que não manipulasse as informações. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
8.html | escravizar-e-humano | A escravidão é algo que não está destacado na sociedade atual tendo como consequência a inocência das pessoas sobre esse tema, fazendo assim com que elas pensem na escravidão apenas como um conceito historico.
Um dos grandes problemas da escravidão, também podendo ser visto como uma consequência, é a desigualdade social que ela provoca. Ela é a que faz com que a maioria das pessoas sejam vitímas do trabalho escravo.
A maior desumanidade na escravidão está no fato de a maioria dos escravos serem crianças privando-as de estudar e de se alfabetizarem se tornando adultos, geralmente, pobres e sem nenhuma estrutura para o mundo sendo assim vitímas das desigualdades sociais.
A escravidão, ao contrário do que muitos pensam, não afeta somente o escravizado, afeta também as pessoas que compram coisas de origem escrava pois elas acabam influênciando a escravidão mesmo que indiretamente.
Além de influênciar a desigualdade social, a escravidão mostra que mesmo sabendo não ser o certo, alguém se julga auto suficiente o bastante para tirar a liberdade de um semelhante para o próprio benefício, o que é desumano. | [
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] | 2,016 | Panorama atual
Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta. [UOL Notícias]
Consequências da escravidão
A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo. [50 for Freedom]
A situação brasileira
Segundo aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida. [UOL Notícias] | A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão. | grader_b |
3.html | redes-sociais-e-manipulacao-politica | Após a eleição do empresário Donald Trump à presidência dos Estados Unidos da América pelo Partido Republicano, a discussão ao redor do mundo sobre as redes sociais como instrumento de manipulação política tornou-se mais frequente e mais importante. Com a proximidade das eleições presidenciais no Brasil, surge a seguinte questão: como os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais e exercer o direito ao voto de modo consciente?
Os especialistas em educação tendem a convergir para a ideia de só ser possível não ser vítima de qualquer tipo de manipulação, em especial a de natureza política, por meio do desenvolvimento apurado de um senso crítico, o que só ocorrerá, segundo esses estudiosos, através da busca por conhecimento e da reflexão (sendo aquela uma condição essencial para esta ) constantes sobre vários temas socialmente relevantes, como educação, saúde, segurança, economia, direitos humanos, entre outros.
É de conhecimento geral, entretanto, que uma das mais seguras fontes de conhecimento (e, portanto, uma ótima ferramenta para auxiliar no desenvolvimento da capacidade de reflexão), a leitura, não está entre os hábitos culturais do brasileiro médio, fato possível de ser comprovado com o auxílio de pesquisas como a publicada em 2015 pela agência Nop World, segundo a qual o Brasil perde em horas de leitura por pessoa até para países vizinhos também considerados em desenvolvimento, como Argentina, Venezuela e México.
Mesmo assim, seria possível argumentar que há outros meios válidos além da leitura para a obtenção de conhecimento, como a audiência a programas culturais nos meios de comunicação audiovisuais de massa (televisão e internet), mas o fato é que, segundo o mesmo levantamento de 2015, apesar de o brasileiro passar muitas horas a mais em frente a esses veículos do que as que passa lendo, esses momentos são dedicados justamente a conteúdos não atrelados à cultura, invalidando, pois, essa linha de argumentação, e mantendo o eleitor médio à mercê da manipulação política por diversos meios.
É possível concluir, portanto, que a única maneira pela qual os brasileiros podem enfrentar a manipulação política pelas redes sociais, ou por quaisquer outros meios, e exercer o voto consciente é com a mudança radical de seus hábitos culturais no sentido de ampliar a busca pelo conhecimento para o desenvolvimento do senso crítico necessário à participação política efetiva, com essa transformação passando, necessariamente, pela ação governamental com a formulação e o aperfeiçoamento frequentes de novos projetos de incentivo à educação e à cultura de modo a, primeiro, conscientizar a população da importância do conhecimento nas mais diferentes áreas da vida e, depois, tornar cada vez mais acessíveis esses conhecimentos. | [
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] | 2,018 | Fake news, perfis falsos e análise de dados
A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na versão anterior da pesquisa, divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news (notícias mentirosas) , criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos. Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder, aplicativo usado para relacionamentos. Há também registro de ações organizadas para fazer determinado site ou tema ganhar relevância nos principais mecanismos de buscas da internet, como Google, Bing (da Microsoft) e Yahoo! . E a tendência é que isso se repita na disputa eleitoral brasileira, segundo a organizadora da pesquisa. "Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil", afirmou ela. [Folha de S. Paulo] | Há cerca de dez anos, as redes sociais se tornaram uma arma de manipulação da opinião pública, em especial no âmbito político e durante os períodos das campanhas eleitorais. Isso já atingiu 48 países recentemente e o Brasil está entre eles, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na reportagem que informa esta proposta de redação, é possível entender como esse processo manipulativo ocorre. De posse dessas informações, é o caso de se perguntar o que o eleitor pode fazer para não se deixar enganar, escapar das fake news e das promessas igualmente falsas. Ou seja, para votar conscientemente, em candidatos que ele realmente considere aptos a resolver ou contribuir com a resolução dos graves problemas nacionais. Na sua opinião, de que modo os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais? Se é que isso é possível... | grader_a |
10.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Em uma pesquisa recente realizada pela ONG Oxfam Brasil mostra que a maioria dos brasileiros entrevistados consideram a religião mais importante para mudar de vida. É fato que a religião exerce um papel social e trabalha principalmente com o sentimento de "pertencer", mas seria a fé o fator mais importante para mudar de vida?
Pensadores como Karl Marx definem a religião como o ópio do povo. A linha entre o fanatismo religioso e a religiosidade exercida de forma correta, sem preconceitos com demais religiões e pessoas é tênua, e nem sempre respeitada por aqueles que escolhem o caminho da religião.
Os dados da pesquisa mencionada anteriormente mostram que a maior parte dos brasileiros colocam a fé religiosa acima da educação como método para mudar de vida, pensamento que na idade média era exercido pela igreja católica colocando a fé acima da razão.
Não é possível escolher apenas um âmbito social para mudança de vida pois é um conjunto de iniciativas que não se limitam á apenas um item. Para uma transformação social é necessário o apoio da família ensinando suas próprias crenças e o respeito com as demais devoções e a importância da educação.
A escola por sua vez deve mostrar a diversidade religiosa e acima de tudo exercer o estudo das demais matérias. O governo portanto deve fazer investimento nas áreas de educação, lazer e saúde, que contribuem para uma mudança social. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
2.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | É notável que, a segurança do Brasil está precária e diariamente brasileiros ao saírem de suas casas com destino ao seu trabalho ou qualquer outro lugar, correm perigo. Isso porque pessoas não adequadas possuem armas e por essa mesma ferramenta cidadões inocentes morrem.
A posse de uma arma letal pode trazer maior sensação de segurança ao indivíduo, ao saber que se um criminoso invadisse sua casa teria como se proteger. E em 2005, 64% da população votou a favor do comércio de armas, isso significa que a maior parte da sociedade brasileira quer ter um acesso mais fácil à elas, e a ideia de a maior parcela do corpo social sendo elas “de bem” estarem armadas significaria diminuir o índice de criminalidade no país.
Em controvérsia, ter uma arma em casa significa maior vulnerabilidade e maiores riscos de acidentes com crianças, suicídios e brigas pessoais banais que poderiam resultar em mortes. Em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que facilita a posse de armas no Brasil, mas neste mesmo documento não há nenhuma especificação sobre fiscalizar as informações declaradas ao se tratar da posse de armas, ou seja, pouca fiscalização tem como consequência mais facilidade para ocorrência de fraudes.
Em suma, o Brasil como um país democrata, tem o dever de atender o desejo da maioria, mas é necessário e indispensável que o governo crie propostas melhores para aumentar a segurança e a confiança do povo brasileiro, como um teste de aptidão psicológica para o civil que deseja ter em sua casa uma arma. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_b |
3.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | A atitude do Ministro da Educação em enviar e-mails às escolas públicas e privadas pedindo que os alunos cantassem o Hino Nacional diante da bandeira foi motivo de sérias críticas por parte de alguns civis. Muitos alegam que a iniciativa tem semelhança com atos realizados na Ditadura Brasileira, iniciada por Getúlio Vargas. Talvez a resistência não tenha sido pelo ato em si de cantar o hino, mas pelo motivo do aviso ter sido entrelaçado ao slogan do atual presidente Jair Bolsonaro.
Tendo em vista essa referência ao slogan de Bolsonaro que acompanhou o aviso, a ação do MEC foi problematizada, pois incentivaria, ainda que indiretamente, uma devoção obrigada ao presidente por parte dos estudantes brasileiros, caso o slogan também fosse reproduzido pelos mesmos. Tal incentivo é preocupante visto que, a República Democrática vigente nos permite descordar dos governos atuantes e ainda permite um estado laico, implicitamente contrariado pelo entrelaço ao discurso do presidente. Impor Deus acima de todos os brasileiros de forma muito forte vai contra a liberdade de crenças.
Em relação ao ato de cantar o Hino Nacional, excluindo a reprodução inadequada da frase do presidente, não seria uma má ideia. Resgatar um pouco do patriotismo que se perdeu com o tempo através do hino nacional nas escolas é uma boa atitude. É importante que tenhamos cidadãos que conheçam, no mínimo, o Hino Nacional e saibam o seu significado. Este conhecimento não remete uma ditadura, é apenas uma forma de valorização do país em que vivemos nos abrigamos, diferentemente de alusões à concordância e devoção total ao governo/presidente atuante.
Diante das questões levantadas, as medidas que poderiam ser tomadas incluem o Ministro da Educação fazer uma retificação em seu e-mail, tirando qualquer referência ao presidente ou à alguma crença deixando para as escola e instituições, de forma imparcial, a execução o Hino Nacional diante da bandeira e, às mesmas citadas, caberia praticar a entoação do hino com os alunos como reconhecimento de um patrimônio nacional. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_b |
13.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Opositores ao governo atual insistem em dizer que o decreto assinado em quinze de janeiro de dois mil e dezenove, pelo presidente Bolsonaro, libera qualquer cidadão para que ande armado pelas ruas, sendo que um indivíduo que anda mal intencionado e armado não necessita de uma regulamentação para isso.
O decreto não autoriza o trânsito ou a locomoção, haja vista, ser para a posse e não para o porte, sendo este o deslocamento com a arma fora da residência, e aquele, somente para ter em casa.
Todo o tipo de escória humana, como homicidas e latrocidas, não entregaram suas armas com o estatuto do desarmamento no ano de dois mil e cinco, onde este referendo foi assinado para desarmar o cidadão de bem.
Um conjunto de atitudes há algum tempo não tomadas, como este decreto de janeiro somado a possíveis endurecimentos em lei, as quais reforçam a legítima defesa, fará com que pessoas má intencionadas tenham cautela ou pensem mais antes de qualquer atitude errônea que possa resultar na perda da própria vida.
Devemos ter uma preocupação e esta não é se irá aumentar o nível de violência, seja no campo e nas cidades, e sim se irá diminuir, pois aumentada já esta | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
17.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | A sociedade contemporânea vem enfrentando alguns desafios que se referem muitas vezes a um estilo de vida adotado pela própria população, a epidemia da obesidade é um desses desafios.
Com o tempo cada vez mais escasso, muitas pessoas acabam trocando uma alimentação saudável e balanceada, por restaurantes fast food, que em sua grande maioria oferecem alimentos pobres em nutrientes e ricos em calorias, entre eles, o mais comum é o hambúrguer com batata frita. A mídia também explora em seus comerciais, o consumo de alimentos altamente calóricos e industrializados, que reflete em obesidade de jovens e crianças que são muito influenciados por ela.
O resultado disso é uma população com problemas de sobrepeso e obesa, que precisa enfrentar problemas maiores relacionados a esse mal, pois a obesidade é porta de entrada para doenças mais graves como as cardíacas e o diabetes.
Para combater a obesidade é preciso que o governo invista na educação alimentar desde o ensino básico, que apontem os benefícios de uma dieta balanceada e saudável, e que mostre os riscos de uma alimentação que a primeira vista pode ser muito tentadora, mas que trará malefícios ao longo dos anos. Além de agências reguladoras que possam monitorar e tentar minimizar a aparição e exploração exagerada na mídia de alimentos que comprovadamente fazem mal à saúde. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
6.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | Os resultados das urnas nas últimas eleições no Brasil, em 2018, demonstraram o desejo dos brasileiros de renovar os partidos políticos que representarão as vozes do povo e, o motivo principal dessa mudança foi a enorme insatisfação com os resultados derivados da corrupção e do trabalho pífio exercido pelos eleitos nos últimos anos. Apesar de a população ter se mostrado capaz de acordar e reagir contra o descaso dos governantes, não apresentam argumentos coerentes, pois, a grande maioria votou sem conhecer as bases filosóficas das doutrinas sociais daqueles que estavam apoiando, convencidos somente pelo resgate de valores tradicionais da família brasileira ou por oposição à hegemonia partidária.
A falta de preparo e a presença de atitudes duvidosas - como preconceitos declarados e improbidades - de muitos políticos não chega a ser um defeito para os eleitores, pois a busca pela mudança através da oposição se tornou mais importante do que conhecimento e integridade moral dos candidatos. Essas atitudes presentes nas massas são parte do que constitui hoje em dia o “jeitinho brasileiro” que prefere arriscar e posteriormente remediar a se esforçar para buscar fontes para se informar e se conscientizar sobre a real necessidade de um país em construção econômica.
O resultado das eleições reflete diretamente a necessidade de implementar um sistema educacional que incentive a reflexão e conscientização social, crie cidadãos antes de preparar estudantes para vestibulares e intercâmbios, ofereça o caminho do meio em vez de extremos e ensine seus alunos a serem pessoas responsáveis por suas atitudes e escolhas, principalmente aquelas que influenciam a vida de toda a sociedade.
É possível concluir que a capacidade de mudança vem antes de tudo do conhecimento e por isso a educação é tão importante para combater atitudes radicais que beneficiam poucos e prejudicam muitos. Quando há conhecimento e entendimento da história de todos os lados não sobra espaço para unilateralismo ou atitudes irresponsáveis. Viver em sociedade implica em agir consciente de que uma ação afeta a muitos e todos possuem responsabilidade sobre a situação atual do país. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
17.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | A flexibilização da posse de armas de fogo é um tema bastante polêmico. Existem dois posicionamentos, o dos que acreditam que o armamento inibirá a prática de crimes e o dos que entendem que a violência irá aumentar. Estes últimos parecem ter argumentos mais sólidos para demonstrar que o armamento da população não resolverá a questão da segurança pública.
Em primeiro lugar, apesar de as pessoas terem que cumprir uma série de requisitos para adquirir a posse da arma, elas não terão a preparação técnica e psicológica que um policial tem para manusear uma arma, a consequência é que a existência de armas de fogo em casa aumentará a ocorrência de crimes passionais e por motivos banais e também acidentes (principalmente envolvendo crianças). Por mais que seja necessário manter essas armas em cofres, haverá uma grande dificuldade de fiscalizar se essa exigência está sendo cumprida.
Ademais, pesquisa mostram que grande parte das armas apreendidas com criminosos forma adquiridas legalmente e depois extraviadas, furtadas ou roubadas. O resultado será o aumento do armamento dos delinquentes, deixando a população ainda mais vulnerável.
Além disso, percebe-se a transferência para a sociedade de uma obrigação estatal, que é a segurança pública, demonstrando a ineficiência do Governo em cumprir com suas competências.
Por todos esses motivos, vislumbra-se que a flexibilização da posse de armas de fogo não diminuirá a criminalidade, pelo contrário, poderá aumentar os crimes passionais e mortes acidentais, além de facilitar o acesso de armas pelos criminosos e mostra que o Estado tenta com essa medida se desvencilhar de suas obrigações com a população. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_b |
18.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | As manifestações contra teorias científicas não são de hoje, mesmo antes da expansão dos meios de comunicação elas já estavam presentes, Copérnico é um exemplo, ele questionava se a Terra estava no centro do nosso Sistema Solar, ele era contra a teoria aceita do Geocentrismo, contudo ele baseava sua teoria na observação e com provas científicas, além disso ele era astrônomo. Mas atualmente, nas redes sociais, as pessoas simplesmente questionam tudo, não confiam em governos, instituições e até mesmo na ciência, além disso formulam teorias que fazem sentido para elas, sem comprovação cientifica.
Podemos dizer que estamos na época de um "Falso Iluminismo", as pessoas questionam assim como no século 18, contudo não apresentam comprovações científicas, apenas apresentam teorias que lhe fazem mais sentido. Assim como os meios de comunicação se expande, as pessoas expõe mais facilmente o que pensam, por conseguinte, se torna mais fácil de criar teorias nas redes sociais e podemos observar que essas teorias são bastante aprovadas.
Essas teorias sem base científica criam um ambiente inseguro, assim as pessoas passam a acreditar mais nessas ideias do que na ciência, que por métodos e experiências comprovam suas teorias. A vacina pode ser tomada como exemplo, alguns pais deixam de levar seus filhos para tomar vacina por desconfiarem de seus efeitos, mas elas evitam doenças que no próprio século 18 não tinham solução, portanto vemos o quanto é perigoso acreditar em falsas teorias que circulam pelos meios de comunicação.
Então devemos tomar cuidado com as informações expostas nas redes sociais não devemos adotar essas teorias como verdade absoluta, assim como a ciência não garante uma verdade absoluta, contudo, não devemos tomar essa forma de manifestação como um motivo para desacreditar em instituições, governos ou na ciência. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
2.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | É de fundamental importância a valorização da cultura para a formação da identidade de uma região. Mas, comenta-se com frequência, a respeito da apropriação cultural - julgada inadequada- causada pela falta de conhecimento geral e influência midiática ou da moda.
Ao se examinarem alguns aspectos atuais evidência se essa aculturação, por exemplo, o uso de turbantes por mulheres brancas, item pertencente a cultura negra. Muitas dessas mulheres fazem uso desse adereço pela sua estética e não pela história que o mesmo representa.
Outro fator existente é a influência que a moda e a mídia exercem sobre a sociedade, ditam comportamentos, ações e até ideologias. Muitas vezes os indivíduos nem percebem essa influência, levando os mesmos a aderirem características de outras culturas.
Levando-se em consideração esses aspectos, conclui-se que a sociedade deve semear o conhecimento sobre sua própria cultura, através do ensino de artes nas escolas, apresentando danças, músicas, personalidades e obras de todas as regiões do país. O governo também pode atuar nesse tema em incentivos como com a democratização do acesso a museus, teatros, cinemas, etc. Torna-se perceptível para a população a cultura a que estão inseridos e saberão reconhecer a apropriação cultural e elimina-la quando necessário, valorizando assim, sua cultura e identidade própria. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
18.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Em uma primeira análise, ressalva-se a importância dos laços internacionais para a preservação dos interesses brasileiros, no mundo globalizado sobra pouco espaço para individualismos, pois mais que nunca, questões quanto a preservação ambiental se tornaram mundiais, devendo as nações trabalharem juntas para se alcançar meios eficazes de proteção das diversas áreas florestais.
Considerando a prévia colocação, é de interesse brasileiro que esses laços internacionais sejam fortalecidos, pois planos de proteção como o acordo de Paris são de amplo interesse brasileiro, já que nosso país possui algumas das maiores reservas florestais do mundo. A manutenção desses laços significa reconhecer a gravidade do problema e aceitar incentivos direcionados a sua solução.
Levando isso em conta, a questão da soberania que foi posta na balança se torna irrelevante, já que o interesse da preservação é tanto nosso quanto dos demais países, e os incentivos fortalecem também a economia pois o país sustentável se torna turisticamente atraente para a população mundial.
Em uma última análise, reforça-se que não é a soberania nacional que está em jogo, mas a imagem do Brasil como país capaz de tomar decisões racionais. É necessário que a população demonstre sua postura e influencie nas decisões dos nossos representantes para uma boa manutenção de laços internacionais com consequências benéficas a longo prazo mundial e nacionalmente, pois afinal como refletia Confúcio, "não corrigir os erros do passado é o mesmo que cometer novos erros". | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_b |
11.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | No século XX, o Brasil vivenciou, após a Revolução de 1930, a ascensão e a queda do governo de Getúlio Vargas, cujas principais características foram a aproximação do governo getulista com a classe trabalhadora e o nacionalismo. Percebe-se que há décadas a busca por incitar a sensação de pertencimento do povo brasileiro ao país existe. Sendo assim, os esforços devem ser mantidos, por meio da valorização do hino nacional, visando estimular o nacionalismo de uma forma moderada.
Engendrada a partir de um período colonial de jugo à Portugal, a sociedade brasileira está, de forma a desvalorizar a luta pela construção da identidade brasileira, cada vez mais preterindo os símbolos nacionais do país, o que exprime a necessidade de se propagar elementos importantes do país para os mais jovens de forma igual. Logo, visto que está sendo desvalorizado pelos jovens, e uma vez que se faz importante para estimular o nacionalismo e incentivá-los a se engajar políticamente, o hino nacional mostra-se uma ferramenta para o desenvolvimento pleno da cidadania.
Contudo, o processo de retomada da valorização do hino deve ocorrer de forma cautelosa, tendo em vista a importância de tal símbolo. Sendo assim, não deve haver a associação de símbolos nacionais a partidos políticos e tampouco deve haver atos que exponham os jovens, como, por exemplo, a gravação não autorizada desses, pois tais atos representariam um projeto contrário ao desenvolvimento da cidadania e desrespeitoso aos cidadãos.
Infere-se, portanto, que o hino nacional deve ser executado nas escolas do país, seguindo um projeto que vise apenas ao desenvolvimento do nacionalismo sem um caráter exacerbado. Desse modo, poder-se-á, finalmente, executar o hino nacional nas escolas, visando estimular o nacionalismo nos jovens e, por conseguinte, torná-los questionadores dos problemas e ordem existentes no país. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
16.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | É de fundamental importância destacar, de como a ciência transformou-se no mundo atualmente. Por esse motivo, a era da pós-verdade influenciou grupo de pessoas, governos, instituições sociais e meios de comunicação. Isso aconteceu, porque muitos ocorridos são questionados, sem saber a verdadeira certeza. De uma forma ou de outra, os indivíduos desconfiam e acabam comentando sobre temas diversos.
Pode-se mencionar também como exemplos, a terra, vacinas, vírus de HIV e espécies. Nesses fatos citados, as vacinas ressaltam de maneira mais ampla, por ser um fato preocupante, já que trata de saúde.
Em uma segunda análise, a tecnologia também está presente, pois o uso da internet é excessivo e fatores como boatos e mensagens falsas podem ser criados e divulgados por meio da mesma, comprometendo a afirmação. Muitos métodos científicos são utilizados para experimentos, atividades e testes abrangentes do determinado conteúdo. Além disso, alguns casos são comprovados e esclarecidos.
Conclui-se por meio desses aspectos, que a ciência da pós-verdade jamais será ignorada. Teorias e técnicas científicas precisam ser exploradas e realizadas para o melhor desenvolvimento e credibilidade do nosso planeta. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
17.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | Uma revolução que nasceu na cidade da Lídia, no século 7 a.C., onde hoje se localiza a Turquia, vinha ao mundo nossa primeira moeda, usada no comercio como forma de troca e aquisição de bens materiais para população da época. Hoje, no século 21, a história se repete e uma nova forma de comercio se constrói através de uma moeda pioneira, a criptomoeda. Esta que poderia ser a resposta para problemas antes enfrentados, aterroriza os bancos e as formas estatais de controle econômico. Seria o nosso instinto engenhoso mais uma vez mirando para uma evolução necessária?
Já se provou que quando a economia se encontra nas mãos de órgãos de poder, casos de corrupção e lavagem de dinheiro público são evidentes e presentes, mesmo países de grande escala de desenvolvimento. Problemas como este poderiam ser evitados com o uso das criptomoedas, visto que seu controle é descentralizado e estaria a salvo da política protecionista de emissão que os países exercem.
Segundo o escritor Oscar Wilde: "O primeiro passo é o mais importante na evolução de uma nação" e a implementação da criptomoeda, sendo esse "passo" poderia viabilizar uma forma mais livre de comercio, livre de taxas e totalmente pessoal aos usuários, unindo assim nossa forma de comprar a forma como nossa tecnologia deve se comportar, viável e criptografada.
Conclui-se que sempre existirão revoluções necessárias, assim como aconteceu na época das majestosas pirâmides, deve-se perceber a necessidade de uma nova posição quanto à forma de administrar a economia mundial. Através de implementações de sistemas que aceitem as moedas em estabelecimentos e locais públicos, a população vai conscientizar-se de como funcionam as moedas e o uso vai se tornar monótono, assim como as moedas de estanho na Lídia do século 7 a.C. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
3.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | No decorrer do tempo a sociedade foi evoluindo. A indústria também acompanhou esse processo, tanto que estamos caminhando para a 4a revolução industrial. Com o advento da "internet das coisas", tudo foi se conectando cada vez mais. Veículos, eletrodomésticos, etc., tudo sendo construido para estar conectado na internet. As criptomoedas surgem nesse contexto, e, sem a regulamentação de como utilizá-la, pode ser a porta para o surgimento de diversos crimes.
É preciso que haja um controle para não surgir conflitos. As pessoas, quando não são guiadas sobre o que podem ou não fazer, tendem a defender apenas o ponto de vista delas, desprezando o dos outros. É nesse momento que o homem se torna o lobo do homem, como já pensava Thomas Hobbes.
Pensando nisso o governo brasileiro vem tentando adquirir um maior controle sobre as criptomoedas. Recentemente foi anunciado um projeto para que os investimentos que forem feitos com criptomoedas sejam informados aos órgãos do governo. O objetivo dessa medida é combater crimes como a lavagem de dinheiro.
Portanto, é importante a atuação do governo na fiscalização das criptomoedas. Por isso é necessário que o governo crie mecanismos para fiscalizar movimentações financeiras suspeitas envolvendo as criptomoedas. Assim não só a revolução, mas também a evolução, vão se tornar evidentes. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
4.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | Durante a colonização do Brasil, o índio foi sujeito a imposição portuguesa de forma grotesca que apesar da sua bravura e resistência acabaram sendo contidos e escravizados. Nos dias atuais, depois do romance indianista, tal figura ganhou popularidade e debates nas redes sociais juntamente com outros símbolos culturais, a fim de que possam esclarecer se é correto o uso de fantasias que não façam parte do seu âmbito cultural.
A #índionãoéfantasia ganhou notoriedade quando a indígena Katú Mirim postou um vídeo nas redes sociais afirmando que tal fantasia é desrespeitosa e racista contra o seu povo além de enaltecer o estereótipo do índio folclórico. É nesse período de que as lojas começam a vender loucamente esse tipo de fantasia e que o brasileiro logo faz uma referência com a colonização e compra na tentativa de homenagear, mas quando perguntam aos mesmo, que povos estão sendo homenageado? não saberão responder e logo a fantasia deixa de ser um "singela homenagem" para se tornar mais uma peça de roupa que está apenas seguindo o rumo da moda.
Essas discursões variam de época para época, não podemos confundir artifícios usados com o objetivo de trocas culturais a exemplo de intercâmbios, com essas tentativas banais semelhantes a de Alessandra Negrini de usar a cultura indígena para a autopromoção. Ainda no mesmo contexto há o "blackface", a prática de pessoas fenotipicamente brancas pintarem suas caras com tintas pretas, além da utilização de artifícios afro-americanos como turbantes, perucas blackpower, entre outros, na mesma ideia de homenagear, mas acaba sendo traduzido como apropriação cultural.
Diante dos fatos expostos, o homem branco já conquistou muito espaço e interferir dentro da cultura que não lhe pertence é algo inadmissível. Cabe a nós a longo prazo educarmos as nossas crianças a dar valor a sua cultura e respeitar o espaço onde não lhe representa, a fim de que haja uma harmonia cultural além de repelir o uso exclusivo para a auto exaltação, sem relação com a realidade com a intenção de evitar possíveis afrontas. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
0.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Com os avanços que a sociedade deu em tecnologia, nas últimas décadas, o estudo se tornou indispensável para quem deseja progredir na vida. Apesar disso, recente pesquisa realizada pela Datafolha demonstra que o brasileiro considera ele segundo plano em comparação com a fé religiosa.
A rede mundial de computadores, desde sua criação nos anos 89 e 90, trouxe consigo muitas tecnologias e avanços em muitas áreas como na Medicina, na indústria e no serviço público. Nos hospitais e Laboratórios, os equipamentos modernos, como os de ressonância magnética, auxiliam muito no tratamento e prevenção da Saúde. Na indústria automobilística, os robôs assumem os postos de trabalhadores, que, outrora, eram de pessoas. Já no serviço público, os processos, do poder judiciário, por exemplo, são, em sua maioria, totalmente eletrônicos.
Pelo exposto, os profissionais que desejam atuar nessas e em diversas outras áreas necessitam de qualificação adequada, ou seja, estudo. Ademais, não basta tê-lo de forma superficial, é necessário o maior número de conhecimento possível na área em que se deseja atuar.
Nesse contexto, e, pensando num futuro ainda mais avançado com tecnologias em todos os setores da economia, fica evidente que o estudo é pilar fundamental para quem queira melhorar de vida.
Por fim, apesar dos brasileiros serem religiosos, em sua maioria, e terem fé em Deus, não se pode esperar que a religião, através dessa fé, possa substituir a busca individual da qualificação, do conhecimento e da Inteligência, que levará o indivíduo a alcançar os sonhos e planos traçados para a vida. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
19.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | Recentemente, vêm sendo levantados questionamentos sobre a credibilidade de informações fornecidas pela ciência. Grupos que questionam a forma da Terra e até mesmo a periculosidade das vacinas ganham espaço na internet expandindosuas críticas, questionamentos e pontos de vista. O caso dos Antivacinas tem sido preocupantes, pois o número de doentes têm aumentado significativamente. Por conta do movimento, muitos acreditam que estamos entrando em uma era de pós-verdade, onde só acreditamos em um fato se ele está em acordo com a nossa moral e crença.
Entretanto, muitas das críticas às informações científicas estão sendo feitas com base em observações limitadas. Nem todas essas observações estão sendo colocadas à prova ou sendo aprofundadas. Muitas pessoas estão aderindo às ideias sem pesquisar sobre a confiabilidade dessas informações. Estamos nos tornando uma geração que acredita no que se lê no Facebook sem questionar, em outras fontes, a veracidade do que está sendo compartilhado.
Portanto, uma informação vinda de um órgão especializado em um determinado assunto, que pesquisa e gasta milhões, por ano, com equipamento adequado para correr atrás de provas do que será passado para a população não deveria ter menos créditos que informações tiradas de teorias com rasas justificativas, provas ou de notícias publicadas por diversão no meio virtual.
Todos temos o direito de expormos nossas opiniões, mas a melhor maneira de acreditar em um novo ponto de vista é fazer prova do mesmo, como no Iluminismo, quando os estudiosos não faziam apenas teorias, mas tentavam prová-las de diversas formas diferentes. Não podemos voltar aos tempos de trevas e acreditar apenas no que nos falam. Temos que correr atrás e pesquisar, procurar saber se o que lemos na internet é verdadeiro e se posso confiar naquilo. Isso serve para fake news, montagens e teorias da pós-verdade.
Diante do que foi citado, uma das medidas cabíveis para resolver a falta de credibilidade dos fatos científicos divulgados seria a maior valorização e apoio aos órgão responsáveis pelos estudos e pesquisas dentro dos países, por exemplo, ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, no Brasil. E, como "o ser humano é aquilo que a educação faz dele", segundo Immanuel Kant, o Ministério da Educação também poderia promover campanhas nas escolas e comunidade incentivando pesquisas e a busca por informação em meios confiáveis, esse incentivo também pode ajudar na redução de compartilhamentos de fake news, não só de teorias vazias. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_a |
9.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Segundo Benedetto Croce, a violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. Com essa frase, Croce leva a crer que a liberação da posse de armas não será capaz de gerar a paz, tampouco, preserva-lá.
É indubitável que há um sentimento de insegurança da população Brasileira, sendo que uma parcela acredita que portando armas estará em igualdade com assaltantes e irá poder se defender. Porém, se até policiais são mortos ao reagirem a assaltos, o cidadão comum não está mais seguro com uma arma na mão.
Outrossim, mais armas em casa em casa levanta a questão do feminicídio, visto que segundo a ONU, o Brasil é o 5º país no ranking mundial de países que mais matam mulheres. Como a grande parte das vítimas são assassinadas por parceiros dentro da própria residência, a posse de armas teria um efeito catastrófico.
Portanto, é notório que para o estado é muito mais cômodo deixar a questão da segurança nas mãos dos cidadãos, do que tentar aperfeiçoa-la. O governo deverá investir em segurança pública, para que o mesmo não se sinta desprotegido caso não porte uma arma, aumentando o número de ações para apreensão de armamentos ilegais. Aumentar o número de armas, mesmo que legais, no Brasil, é um verdadeiro tiro no pé. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
3.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | No decorrer do tempo a sociedade foi evoluindo. A indústria também acompanhou esse processo, tanto que estamos caminhando para a 4a revolução industrial. Com o advento da "internet das coisas", tudo foi se conectando cada vez mais. Veículos, eletrodomésticos, etc., tudo sendo construido para estar conectado na internet. As criptomoedas surgem nesse contexto, e, sem a regulamentação de como utilizá-la, pode ser a porta para o surgimento de diversos crimes.
É preciso que haja um controle para não surgir conflitos. As pessoas, quando não são guiadas sobre o que podem ou não fazer, tendem a defender apenas o ponto de vista delas, desprezando o dos outros. É nesse momento que o homem se torna o lobo do homem, como já pensava Thomas Hobbes.
Pensando nisso o governo brasileiro vem tentando adquirir um maior controle sobre as criptomoedas. Recentemente foi anunciado um projeto para que os investimentos que forem feitos com criptomoedas sejam informados aos órgãos do governo. O objetivo dessa medida é combater crimes como a lavagem de dinheiro.
Portanto, é importante a atuação do governo na fiscalização das criptomoedas. Por isso é necessário que o governo crie mecanismos para fiscalizar movimentações financeiras suspeitas envolvendo as criptomoedas. Assim não só a revolução, mas também a evolução, vão se tornar evidentes. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
10.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | A apropriação cultural acontece quando um indivíduo utiliza elementos de um povo sem ser parte dele como mero acessório.
No Carnaval especificamente esse ato de apoderar-se pode ser considerado mais grave, uma vez que o sujeito usa os adereços de um grupo como mera fantasia, anulando o costume exclusivo de uma estirpe.
No entanto, deve haver diferenciação quando os adornos são usados como forma de manifestação e para fortalecer uma comunidade, tratando-se de algo nobre e não apoderamento.
Portanto o carnaval é além de uma época de festividades também uma forma de estimular a interpretação e debater quando uma etnia está sendo meramente usurpada para entretenimento bem como os trajes intercorrem aos protestos para que a visibilidade deles aumentem mas acabam sem receber a devida importância pela falta de compreensão da sociedade.
Resta então ao receptor entender a mensagem carnavalesca do emissor, cabendo a todos aproveitar essa temporada do ano com respeito e sensatez. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
15.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Apesar dos recentes cortes no financiamento das Universidades Públicas, as universidades públicas brasileiras são exemplo em qualidade de gestão, ensino e pesquisa. Por um lado, precisamos desenvolver outra forma de financiamento para as universidades aproximando-as de uma parceria junto ao setor privado, e por outro, temos que nos atentar a equalização do acesso a elas para as camadas mais socialmente vulneráveis.
Hoje no Brasil, seis entre dez universidades que mais registram patentes são públicas. Apesar dessa excelência demonstrada em dados, parte significativa daquilo que é produzida no ambiente acadêmico não é aproveitada de fato juntos ao setor privado com potencial de desenvolvimento econômico e social, muito se tem produzido, embora nem sempre seja usado para desenvolvimento econômico e social, existe aí um descompasso, entre o que se produz e o que é aproveitado.
Embora tenham ocorrido progressos, o acesso às universidades públicas encontra-se longe da universalidade, quanto a oportunizar a maioria da população brasileira, não deixando de reconhecer os avanços recentes. Contudo, legislações de suma importância deram celeridade e implementaram cotas e metas quanto a criação e reserva de vagas nas universidades.
Por fim, é preciso criar legislações ou fortalecer as já existem que possam garantir o financiamento e fortalecimento das universidades. Fazem-se necessárias Políticas Públicas, que incentivem as parcerias públicas junto ao setor privado, como forma de contrapartida ao financiamento do fomento à pesquisa e desenvolvimento social. Assim, garantirá os avanços expressivos na criação de novas vagas nas universidades, destinando mais recursos, mesmo que para isso seja necessário à criação de novas formas de subsidiar, de forma complementar as já existente. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
0.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Sabe-se que, apesar de a Amazônia não ser o pulmão do mundo, ela é fundamental para o controle ambiental do planeta. As decorrentes queimadas e o desmatamento colocam em risco o equilíbrio da floresta e conseguintemente, dos demais biomas.
O atual presidente da França levantou, após doações de diversos países a fim de reestruturar a floresta, uma sugestão: tornar seu estatuto internacional. Não só a Amazônia, mas também outros territórios que implicam no funcionamento ambiental, como as zonas glaciais, tornando-as de importância mundial.
Devido aos fatos mencionados, nota-se que os países que custearam a manutenção da floresta desejam, além de reconhecimento, regência acerca do bioma. O que é conveniente, afinal, aumentaria a interação entre os países na exploração correta da floresta, além da sua proteção melhor distribuída, tornando-a "problema" de todos.
No momento, a reestruturação da Amazônia é prioridade e também é de suma importância sua proteção, prevenindo-a de destruições futuras. Além disso, a exploração adequada de seus recursos, contribuindo para a economia e crescimento do Brasil e dos países aliados ao bioma que é patrimônio da humanidade. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
12.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | O caminho do sucesso
É de fundamental importância, destacar como os brasileiros possuem dificuldades em se manter bem no mundo atual. A sociedade em comum é diversificada quando se comenta em termos de dinheiro, estudo, trabalho e fé religiosa. Cada indivíduo emprega seu modo de viver, da melhor maneira possível em todos os aspectos da vida cotidiana. Pessoas em geral, acham que só têm uma vida excelente, ou seja, que não passam dificuldades, quem realmente estudar e ter uma profissão para poder exercer.
Atualmente, observa-se que está cada vez mais dificultoso de se preservar com salários pequenos, miseráveis que não pagam parte das dívidas. É um fato assustador, pois dependemos de várias coisas para viver adequadamente. Pode-se mencionar, por exemplo, farmácia, alimentação, moradia, energia, água, dentre outros. Todos nós necessitamos de tudo isso para sobreviver, então é preciso que tenhamos uma vivência agradável.
Levando em consideração esses aspectos, evidenciamos que o estudo é de fundamental importância. Desse modo, com estudo, dedicação e batalha, alcançaremos o sucesso desejado. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
13.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Atualmente o número de processos criminais no Brasil é muito grande, com isso a prisão após a condenação do réu em 2ª instância, se torna insensata, pois as prisões brasileiras estão superlotadas, e esse fato supracitado só piora tal situação.
Em primeiro lugar devemos destacar que uma decisão nesse sentido favorece a injustiça. Além disso no direito penal brasileiro existe um grande número de recursos que devem ser respeitados. Uma vez que é direito do réu permanecer em liberdade até que se esgotem todos os recursos disponíveis.
Dessa maneira para mudar a realidade do nosso país o Governo Federal deve criar leis que proíbam a prisão em 2ª instância. Como disse Desmóstenes : "É necessário que os princípios de uma política sejam justos e verdadeiros", Ou seja, deve ser preso quem realmente merece ser preso! | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
13.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Hoje em dia, vencer na vida é algo que muitos cidadãos desejam para si. O ato de, procurar um bom emprego, ter uma boa casa, dar a sua família conforto e bem estar faz com que pessoas trabalhem e estudem muito, sonhando em um dia, poder ter e dar a toda sua família conforto e segurança.
Talvez, ter dinheiro não seja o principal para conseguir vencer na vida, para alguns, a saúde, a união familiar, a religiosidade traz crescimento e felicidade pessoal. Ademais, acredita-se que ter a família sempre unida também é algo que soma na felicidade.
De certo, vencer na vida é algo que depende só de si mesmo, dos caminhos que se escolhe, das pessoas com quem se convive, isso sim fara você vencer na vida, pois tudo o que você faz, fara com amor, colocando Deus e sua família em primeiro lugar. Com isso, as conquistas virão normalmente, a pessoa vive mais motivada a buscar e vencer porém sem colocar os bens materiais em primeiro lugar.
Sendo assim, sabe-se que nem tudo é dinheiro, o mais importante é viver tranquilo e feliz consigo mesmo. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
9.html | escravizar-e-humano | A escravidão é um fato decorrente há séculos e ainda se faz presente. Principalmente por pessoas com baixa renda e grau de escolaridade, com isso perde sua liberdade e contudo seus direitos, ocorre com mais frequência em países pobres e nos países ricos é mais comum entre rivalidades de empresas.
Mesmo com tantos avanços da humanidade, a escravidão não foi abolida mas um pouco esquecida. Os dados apontados demonstram o quanto é contínuo, em muitos os fatos a escravidão moderna não tem todas as proporções do passado, mas traz consigo a principal consequência, de não se sentir humano e cidadão.
A liberdade na qual é imposta para todos os cidadãos, sobretudo o escravizado não leva consigo o mesmo. Levando em prática uma vida baseada no trabalho forçado em alguns dos fatos com baixo salário e mais persistente sem remuneração alguma.
Em muitos os casos a sociedade se omite para expressar essa realidade, é preciso tomar iniciativas pelo combate em abolição a escravidão. Apoios à "walk free" fundação na qual tem o incentivo com o fim da escravidão. O sujeito merece total apoio e ajuda. Afinal todos temos direitos e aqueles que por consequência-os perdem, é preciso ter o consentimento na ajuda de fazer essas pessoas se sentirem o humano que devem ser. | [
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] | 2,016 | Panorama atual
Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta. [UOL Notícias]
Consequências da escravidão
A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo. [50 for Freedom]
A situação brasileira
Segundo aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida. [UOL Notícias] | A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão. | grader_a |
19.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Em outubro de 2005, houve no Brasil um referendo a respeito da proibição do comércio de armas de fogo e munições no país. Os brasileiros votaram contra a proposta. Nesse contexto, em virtude do aumento da violência e atendendo ao pedido de uma parcela da população, o Presidente assinou o decreto que facilita a posse de armas para população brasileira. Todavia, a medida gera opiniões divergentes e coloca em xeque a sua efetividade.
Com o intuito de cumprir uma promessa da sua campanha eleitoral, em 2018, o Presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto que flexibiliza e torna os critérios mais objetivos para a posse de armas de fogo no Brasil. Para apoiadores da medida, o armamento da população a torna mais segura. Outro ponto levantado e que o acesso facilitado às armas servirá de desestímulo aos criminosos. Além disso, o estatuto do desarmamento não cumpriu a sua função, haja vista que os números de homicídios por armas no país aumenta ano a ano. O número de mortes está entre os mais altos do mundo.
Em contrapartida, para aqueles que discordam dessa posição, argumentam que se mais pessoas tiverem armas, a possibilidade de conflitos aumente e até mesmo a polícia estará mais vulnerável. De acordo com as pesquisas realizadas pelas universidades USP, PUC Rio, FGV, a taxa de homicídios nas cidades está atrelada com a disponibilidade de armas. Para as ONGs é função do Estado, e não do cidadão comum, lidar com a segurança e a criminalidade. Nesse sentido, mais armas não é garantia de menos violência.
Segundo um estudo publicado pela universidade de Harvard, países que têm mais armas tendem a ter menos crimes. Ainda, de acordo com o mesmo estudo, ao longo dos últimos 20 anos, as vendas de armas aumentaram nos Estados Unidos, contudo os homicídios relacionados a armas de fogo diminuíram em 39%.
Desse modo, embora ao a flexibilização do acesso à posse de armas de fogo traga a sensação de mais segurança para a população, tal medida não deve ser tratada de forma isolada. Faz se necessário que líderes governamentais associem a nova legislação com políticas públicas mais eficientes voltadas para a diminuição da violência. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
18.html | disciplina-ordem-e-autoridade-favorecem-a-educacao | Em uma época na qual vivemos hoje, onde o maior índice de drogas é na porta das escolas, acredito que a educacao militar de forma rigida, porem aberta a ouvir os alunos, seria talvez a solucao para o problema de adolescentes com as drogas a sua disposicao e ainda diminuiria o indice de pessoas pouco qualificadas para vagas de emprego.A diciplina dos militares de certa forma deve mudar a perspectiva dos alunos em relacao a forma de levar a propria vida.Hoje tenho 26 anos e estou buscando minha formacao, se meus pais tivessem sido rigidos comigo na epoca do colegial, jamais teria deixado de estudar para trabalhar, e hoje já estaria formada e exercendo a funcao escolhida e trabalhando num cargo a nivel superior. | [
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] | 2,015 | Respirando disciplina
No Colégio Militar Tiradentes, em Maceió (Alagoas) , os alunos vivem uma rotina militar. Lá se respira a palavra disciplina. Localizado no Trapiche da Barra, zona sul da cidade, há cinco anos se destaca no Enem por Escola com base em uma "didática" baseada no rigor. O estabelecimento tem a maior nota de uma escola da rede estadual no Estado, com média 521,17 entre as provas objetivas. Para estudar no Tiradentes, o visual do aluno também tem que estar alinhado: ele tem de estar com cabelos cortados e arrumados no padrão militar, uniforme limpo e passado a ferro com vinco e, ainda, bater continência para professores, coordenadores e direção. Segundo o professor de português e literatura, Paulo César dos Santos, a disciplina e o treino são fatores de sucesso dos alunos nos exames como o Enem. "O aluno escreve e nós corrigimos até o texto sair perfeito para entendimento de todos", disse. [UOL Educação]
Cidadania, curiosidade e criatividade
Especialistas discordam da aplicação da militarização em sala de aula para obter resultados satisfatórios. A professora de história, especialista em gestão de sistemas educacionais, Pilar Lacerda, diz que o modelo abre mão da pedagogia ao apelar para a rigidez e a disciplina militar. "A escola de educação básica é o lugar da formação de valores, de conhecer e respeitar o outro. Do diálogo e da construção de normas comuns. Que cidadão está sendo formado neste modelo militar? A não ser que o jovem queira seguir carreira militar", argumenta Lacerda. Ela explica que para estudantes se manterem focados nos estudos, a escola deve tornar a sala de aula mais atrativa e menos burocrática. "Que pense no projeto pedagógico que seja construído para o estudante entender o mundo e entender-se no mundo. Atiçar a curiosidade e incentivar a criatividade. Nada feito a força funciona", explica a professora. [UOL Educação]
Nível melhor ou método autoritário?
Considerado um retrocesso por alguns educadores, o sistema que mantém policiais na direção das escolas está em expansão em Goiás. Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos (em nove Estados os colégios ficaram em 1o entre as estaduais no Enem) . O Brasil possui atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas criou mais duas, chegando a 22 – elas atendem mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro. Em Goiás, o comerciário Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. "O nível dessas escolas é muito melhor. " Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. "Um ou outro PM é rude. Mas a maioria é aberta. " Para o pai, os alunos têm "voz ativa". "Sempre que minha filha reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo. "Diretor de ensino de um colégio de Anápolis (GO) , o sociólogo e capitão da PM Sirismar Silva diz que a polícia nas escolas não é ideal. "Mas é bom ouvir dos pais que seus filhos tiveram a vida mudada para melhor. " Para Maria Augusta Mundim, da Faculdade de Educação da federal de Goiás, o método é autoritário. "Cai por terra a busca por autonomia e de construção de identidade. "[Folha de S. Paulo] | Os colégios militares de vários Estados do Brasil se tornaram destaque nos meios de comunicação pelos bons resultados que seus alunos obtiveram no Enem no ano passado. Para muitos pais e educadores, estabelecimentos de ensino regidos pela disciplina militar proporcionam aos alunos aquilo que se espera de uma escola: formar alunos competentes para enfrentar os desafios da educação, entre os quais o Enem e, depois, a vida universitária. Naturalmente, há quem não concorde com isso e por motivos tão razoáveis quanto aqueles dos que pensam diferente. Há quem diga que a rigidez da ordem militar não colabora com a formação de mentes abertas, críticas e criativas. Veja opiniões a favor e contra essas escolas na coletânea de textos que integra esta proposta de redação. Depois disso, redija um texto dissertativo-argumentativo, dizendo se você estuda ou estudaria num colégio militar, e quais são os motivos que o levam a tomar sua posição. Conclua seu texto refletindo se a disciplina, a ordem, o respeito à autoridade são ou não são úteis no processo educacional de um jovem. | grader_b |
6.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Múltiplos fatores são considerados na condenação de um réu e isso pode trazer à tona algumas polêmicas. Atualmente, está em voga o questionamento quanto a legalidade da pena após a decisão do juiz ter ocorrido em segunda instância.
Alguns países servem de exemplo para melhor esclarecimento entre as ideias opostas, e alguns casos específicos trazem a noção de que o cumprimento da pena é algo orgânico, por assim dizer, pode ser eliminado, diminuído ou ampliado, mediante apuração de novas provas, ou comportamento do réu após a batida do martelo.
Assim, sabendo que a punição ou absolvição, deve ocorrer em face do ato praticado, relacionando as consequências desse ato e principalmente a preservação do bem estar social, há a certeza de que o refinamento de antigos processos são positivos ao sentido da justiça. Então, a despeito da última palavra decisória ter sido declarada em qualquer instância possível, é preciso reforçar a ideia de que o objetivo da libertação de um preso deve acontecer, exclusivamente, caso seja benéfico ao Brasil. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
6.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Vencer é algo que desde cedo somos instruídos a realizar. A fim de analisarmos o que é mais importante para vencer na vida, é necessário entender que existem duas vertentes: aquela que de fato é importante para cada um e a que é necessária para tal triunfo.
Muitos são os princípios e valores do homem, sendo assim, para muitos, o sucesso pode estar associado à religião (através da salvação e/ou vida eterna), bem como à realizações pessoais, a exemplo da família e amigos. Tal veracidade pode ser confirmado numa simples conversa em um grupo alternativo. Porém, as prioridades citadas podem nem sempre ser bem vistas ao olhar geral do meio social em que vivemos.
Em livros e revistas são citados como "vencedores" aqueles que ocupam grandes cargos, se graduam cedo, ou adquirem vagas em importantes instituições, para se confirmar o que digo: sabemos quem é Einstein, Aristóteles, mas não sabemos quem foi o primeiro homem a reunir um grupo de amigos, e isso não é errante, muito pelo contrário, é imperioso para o desenvolver e crescer de uma nação. Sendo assim, somos pressionados a ocupar grandes cargos e vagas para só depois fazermos o que seja de nossa escolha. Por isso existem pessoas frustradas que só buscam a "vitória" e esquecem o "viver".
Então, o que pode ser feito para que alcancemos a nossa realização pessoal e profissional? Que busquemos o que nos faz bem, a religião que cremos, os valores que admiramos e julgamos necessários, e profissionalmente os cargos que sejam de nosso querer, sem nunca deixar de lado aquilo que precisamos dominar para saber como as coisas funcionam e foram criadas, e até mesmo entender quem somos. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
1.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | De acordo com pesquisas, o Brasil é o país da América do Sul com o maior percentual de doenças psicológicas como a depressão e a ansiedade, presente maioritariamente em adultos e idosos do sexo feminino. Dessa forma, a saúde física e mental é um dos tópicos mais tratados quando é discutido o que um indivíduo necessita para vencer na vida.
Não obstante, para obter a saúde - pensando além da biologia do corpo - é necessária uma conexão de sentimentos e forças adquiridas através das relações humanas, como o amor, carinho e compaixão. De acordo com Bauman, a vida tende como um pêndulo: quando temos uma coisa, logo passamos a querer outra, mergulhando em uma modernidade líquida aonde as relações não são bem exploradas, aonde pessoas são descartáveis e levando, então, as doenças do mal do século como depressão e ansiedade.
Em decorrência, o índice de pessoas que não acham motivos para crescer na vida, tornando-se infelizes, desanimados, dando espaço para esse mal do século, aumenta. E para combater o impasse, surge a fé: o núcleo da vida humana, o subjetivismo que leva o ser humano a acreditar em algo maior para que se possa fazer o bem, procurando a empatia.
De certa maneira, a fé, divergente dos rótulos religiosos, é o que mantém um ser em consciência mútua da realidade, consentindo-a com a irrealidade -presente na metafísica de Aristóteles, na qual o ser procura conhecimento na essência das coisas além da ciência.
Portanto, é através da fé que a sociedade encontra o esforço para lutar pelos direitos ao trabalho, a educação, conquistando outros objetivos superficiais, mas de grande valor social, como explicado pela modernidade líquida de Bauman. Desse jeito, através da conscientização da população a buscar a fé, aderindo compaixão e empatia em suas rotinas, o século XX pode superar os problemas sociais, psicológicos, emocionais e de saúde, conquistando o melhor da vida e vencendo em seus objetivos. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
10.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | É nítida a precariedade na educação em um dos países que mais investe em educação superior como o Brasil, em que os estudantes de baixa renda - os quais não possuem recursos financeiros suficientes - competem de forma igualitária com os de alta renda - os quais pagaram, por anos, estudos em escolas privadas. Não é apenas questão financeira, mas também de oportunidades.
Grande parte dos impostos no Brasil são pagos pelos de baixa renda, ou seja, os que arcam com as despesas como salário dos professores, energia, luz, mantimentos das Universidades públicas, as quais correm o risco de fecharem as portas por falta de recurso financeiro.
Notou-se este ano em jornais, revistas, redes sociais as grandes ameaças como os cortes na educação superior, cursos que serão extintos, entre outros, consequências advindas da pouca verba investida em um setor tão importante e que afeta de forma direta, os mais necessitados. O sistema brasileiro não permite que a falta de um serviço seja suprindo com recursos de outro. A privatizaçao afetaria grotescamente aos de baixa renda, principalmente nos cursos de maior concorrência. Novamente nota-se quem são os atingidos, que além de arcar com os impostos, correm o risco de perderem os seus estudos.
A oportunidade é para todos, mas claro que há muita desigualdade quando nos referimos a educação. Por que passar anos pagando mensalidades altas em rede privada e, quando se fala em cursar superior, recorrer às Universidades públicas? Vagas de quem realmente necessita são ocupadas, deixando essas com seu futuro adiado enquanto ambas poderiam juntas, uma cá e outra lá, trabalharem por um país melhor.
Logo, deverá ser estudada uma solução que beneficie maior parte possível dos estudantes. Um projeto para melhorar a organização na política educacional, no direcionamento da verba pública, no quadro da Instituição, enfim, desde que a educação permaneça sendo primordial ao desenvolvimento do país, o crescimento será certo. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
11.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | A forma como usamos, damos, emprestamos dinheiro está ficando obsoleta. Assim como a tecnologia evolui e atualiza, nosso dinheiro também pode mudar. Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que possibilita usarmos tanto em compras e vendas on-line. Essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias.
Portanto, com esse modelo funcionando em todo o mundo torna o atual totalmente retrógrado, substituindo as agências por computadores e banco de dados, proporcionando uma nova experiência a todas as pessoas e facilitando a comercialização. Tendo em mãos um programa para controlar o fluxo de suas bitcoins, suas contas, finanças, entre outras coisas fica mais simples e tudo de imediato.
O Blockchain, a ferramenta destacada acima veio para isso, com seu modelo mais seguro que o atual, que funciona por agências. Esse equipamento possibilita a pessoa controlar tudo em seu Blockchain. Mas, com toda certeza que o governo e os banqueiros barrariam essa revolução, por tirarem a fonte de seus trabalhos. Sua utilidade será de muita ajuda, beneficiando todas pessoas nessa revolução.
Portanto, todo esse modelo das criptomoedas e Blockchain será uma ótima alternativa para facilitar a vida das pessoas, sem ter que ir as agências para ver o que ocorreu com sua conta, podendo fazer isso de sua própria casa ou do local onde estiver. Por isso, essa revolução será muito bem-vinda pela maioria, e regeitada pelos que dependem do modelo atual para viver, ao menos que se ajustem e adaptem para essa Nova Era. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
0.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | No que se refere à apropriação cultural, é possível destacar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, a interação entre culturas diferentes contribui para o enriquecimento cultural não só do indivíduo, mas também da sociedade; por outro, o uso indevido de adereços de um povo pode causar ainda mais intolerância.
Relativo ao apoderamento de outras culturas, a adoção de costumes distintos por um país ajuda a modelar um caráter mais tolerante na sociedade, uma vez que ao conhecer a história de um povo pode-se olhar para o mundo por um outro ponto de vista e compreender as suas lutas e dificuldades.
No entanto, a apropriação fora de contexto aliada à ausência de conhecimento histórico resulta numa maior austeridade entre os grupos culturais, visto que a ignorância de indivíduos faz com que retratem de forma pejorativa os traços culturais de outros povos.
Desse modo, é importante que antes de se apropriar de adereços e costumes de uma cultura, as pessoas busquem não só entender o significado, mas também a origem, através de livros e documentários para uma maior flexibilidade e menos preconceito entre culturas diferentes. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
10.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | Nosso mundo hoje está muito tecnológico, mas há muitas falhas, dados de pessoais podem ser vasculhados por especialista da tecnologia do mundo do crime, até dinheiro no caso das Criptomoedas (moeda universal), que podem causar furtos virtuais, vícios muito grandes e um mundo sem leis.
Segundo dados da Folha de São Paulo, mais de R$ 6,35 milhões foram furtados por grupos de hackers em 2018, deixando várias empresas e pessoas em crises financeiras, pelo mundo todo, pois a Criptomoeda é uma moeda universal, ou seja, válida no mundo todo.
Hoje em nosso mundo capitalista, as pessoas ficam em torno do dinheiro, em uma ambição enorme, dependendo do caso o indivíduo comete crimes, deixando crises por onde cometem esse caso de furtos de dinheiro.
Neste mundo anônimo, muitos crimes são cometidos, mas os criminosos apagam dados, localidade e como fez esse delito sem deixar pistas de quem cometeu esses graves crimes.
Diante de tais problemas, as possíveis soluções é : fortalecer sistemas de seguranças para evitar essas invasões e o governo investir na investigações destes crimes, contratando mais equipes de especialistas para evitar esses roubos e punições drásticas para quem cometer esses delitos. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
11.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Hodiernamente, no Brasil, a violência parece infindável, mas isso não justifica ações precipitadas como armar os cidadãos para se auto defenderem. Não há problema nenhum em alguém desejar comprar uma arma como medida de proteção pessoal ou de seus familiares quando este achar necessário e se sentir mais seguro assim. O direito à compra de arma nunca foi negado aos cidadãos brasileiros, o que havia antes das mudanças no Estatuto do Desarmamento era mais burocracias, tais como comprovação da necessidade de se ter uma arma, limite reduzido da validade do registro de posse, dentre outras. O verdadeiro problema está nessas mudanças, facilitar o porte significa dar aval para uma grande abertura de entrada de armas no país, e sem uma administração rígida e honesta de fiscalização, logo essas armas servirão não para a proteção do cidadão de bem e sim para abastecer e munir as organizações criminosas e indivíduos mal intencionados.
É fato conhecido em todo o mundo que parte das armas de fogo que são vendidas legalmente e por algum motivo são extraviadas ou surrupiadas, acabam nas mãos de entidades criminosas. Com um volume maior de armas circulando, a tendência é que maior também será a quantidade de armas destinadas para o crime. Sendo assim, os crimes com arma de fogo serão mais frequentes, e os índices de violência, mortes, tiroteios e ataques terroristas irão se elevar drasticamente.
Além desses casos, onde armas regularizadas tomam uma direção errada, há ainda os casos onde pessoas autorizadas e armadas legalmente, como policiais e militares, usam suas armas de forma ilícitas, ao ponto de cometerem homicídios. O feminicídio é um exemplo incontestável disso, onde comumente vemos nos noticiários pessoas que foram treinadas e preparadas para portar armas e por alguma vulnerabilidade as usam agindo com violência desregrada. Pouco mais de 40% das mortes de mulheres no Brasil foram homicídios que aconteceram em casa por meio de arma de fogo. Em 2018, a OMS revelou-nos como o quinto país que mais mata mulheres e o nono país mais violento do mundo. Esses dados são de suma importância para reconsiderar a flexibilização da posse de armas.
Ademais, o aumento da violência não é a única a preocupar, existem mais facetas da realidade de nossa sociedade. A considerada doença do século tem nos atingido como uma epidemia, cada vez mais jovens e adultos são diagnosticados com depressão. Uma arma em casa, pode ser letal à essas pessoas também, fora os acidentes que podem ocorrer mesmo para os que não tinham intenção de suicídio.
Quando o governo faz uma ação liberativa como esta, o mínimo a se esperar é que sejam mais específicos para que não deixem espaços para outros agirem de forma maldosa. De outro modo, a impressão que nos passa é que o Estado está lavando as mãos e nos deixando por conta própria para fazer nossa segurança.
Acenderia os ânimos dos que temem os resultados deste decreto, se o governo se posicionasse com mais firmeza, preenchendo as questões vagas. Algumas soluções possíveis seria a intensificação da fiscalização de informações declaradas dos que adquirirem a posse de arma e dos comerciantes do produto; verificação de antecedentes criminais e controle intenso das condições psicológicas de quem tem a posse. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
16.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Atualmente, é comum ver a diversidade de pessoas que utilizam e creem em um ser "maior" como melhorias e aspectos atual de moradia, educação e até mesmo saúde.
No Brasil, conforme pesquisas da ONG, cerca de 28% da população de diversas cidades e estados, dizem que "a fé é um meio de se vencer e melhorar as condições de vida".
Colocando abaixo desse tópico, a educação e estudos. Adiante afirmam que a fé é um muito importante.
Sendo assim, se o governo investir em meios educativos, promovendo a educação e a colocando como única e realmente funcional para melhoria de vida, crendo que, a população estaria com altos conhecimentos para que possam ver com outros olhos as perspectivas de melhoria. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
2.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um de seus membros se mobiliza com o para resolver o problema do outro. No entanto, quando se observa a polêmica gerada pela proposta apresentada do pelo atual Ministro da Educação a respeito do hino nacional, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, como seria desejável. Nesse contexto, torna-se claro tornam-se claros os objetivos do atual Governo, enquanto os problemas que perpetua a se perpetuam na educação em nosso país não são colocados em pautas e nem debatidos.
A Na célebre série americana, Game Of Thornes, americana "Game of Thrones" existe um lugar chamado cidadela Cidadela, na qual tem está todo o conhecimento existente, contudo, os únicos que têm acesso a essa sabedoria são os mestres. Fora do universo audiovisual, essa é a realidade brasileira, em que os cidadãos são facilmente manipulados e enganados pelos representantes políticos, devido à falta de informação e participação política. Vivemos uma inversão de valores em nossa Sociedade, sociedade, na qual as escolas estão superlotadas e falta infraestrutura para uma educação de qualidade, além da má remuneração dos professores, enquanto os políticos vivem uma vida cheia de luxos a custo às custas dos cofres públicos. Apesar desse cenário revoltante revoltante, a população continua imparcial e não nada estar fazendo para essa realidade nada está fazendo para mudar essa realidade.
Outrossim, destaca-se a falta de engajamento dos cidadãos na política e na educação como impulsionador do problema. Conforme, pesquisa Conforme pesquisa lançada pelo Portal de Notícias G1, 60% dos brasileiros não sabe sabem cantar o hino nacional e não sabem de todos os seus direitos constitucionais. Logo, evidencia-se que a maioria da população não tem uma base solida um conhecimento sólido dos seus deveres e direito direitos políticos e educacionais, que deveriam ter aprendido e aprimorado no ambiente escolar, mas por causa do cenário atual do ensino público não é possível.
È É evidente, portanto, que há entraves para garantir a solidificação de solidificar políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal, deve Federal deve criar um plano de governo plano que tenha por objetivos resolver os principais problemas da educação em nosso país, partindo-se do reconhecimento e valorização do professores, dando-lhes salários dignos. Ademais, o MEC (Ministério da Educação) deve instituir nas escolas palestras, ministradas por psicólogos, que discutam o nosso papel na política e na educação, afim a fim de que o tecido social se despenda desprenda de certos tabus e não vivam a realidade das sombra sombras da alegoria da caverna, do filósofo Platão. Dessa forma, o conhecimento será acessível a todos. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_b |
11.html | escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido | Atualmente é muito discutido um problema na questão política que pode ter tido início em meados 1930 com o governo provisório de Getulio Vargas que induzia a população de baixa renda através de propostas educacionais.
A situação abordada refere-se a politicagem introduzida nas instituições de ensino, e com isso podemos citar um fato que ocorre principalmente nas escolas públicas que acontece a partir de um programa chamado Bolsa Família e segundo o MEC 95% dos alunos participantes só frequentam a escola para conseguirem desembolsar os benefícios que o governo oferece as famílias carentes.
Outro fato a ser abordado é a questão dos professores introduzirem sua opinião pessoal em questões políticas para favorecer algo ou alguém.
Portanto medidas são necessárias para resolver o impasse e com isso foi criado uma proposta que tem como nome "Escola Sem Partido" onde existe deveres a serem cumpridas pelos educadores. Como cita o filósofo Immanuel Kant "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele" e assim não devemos em hipótese alguma aceitar esses abusos cometidos. | [
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] | 2,016 | O debate
O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui)
Liberdade de crença
Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui)
Suposta doutrinação
O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) . | Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta. | grader_a |
10.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. Com isso, a epidemia alimentar, quando se refere ao sobrepeso e à obesidade, seja por discriminação social, seja por falta de instrução alimentar, reflete essa realidade.
É indubitável que o governo federal bem como as aplicações de leis esteja entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a discriminação social contra indivíduos que sofrem de distúrbios alimentares - os chamados "gordinhos" -, rompe essa harmonia, haja vista que, embora existam grandes avanços em projetos de leis, há lacunas que permitem a ocorrência dos crimes, como as muitas vítimas que sofrem por não ter acessibilidade adequada nos transportes públicos coletivos. Desse modo, evidencia-se a importância do esforço da regulamentação como forma de combate à problemática.
Outrossim, destaca-se a falta de educação alimentar como elemento marcante ou impulsionador da epidemia alimentar. Segundo Paulo Freire, se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a inexistência instrucional alimentar pode ser encaixada na teoria do filósofo, uma vez que, se a família, que é a grande responsável por gerir e formar o indivíduo, não ensinar a sua descendência bons hábitos alimentares, a tendência é a pessoa ser influenciada a adotar o mesmo comportamento. Assim, enquanto existir a mentalidade de que a escola é responsável por 100% de todo o ensino que pode ser transmitido para uma criança, o problema continuará se agravando no Brasil.
O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço da epidemia alimentar, deve torna-se efetivo uma vez que a discriminação social e a falta de educação alimentar continuam intrinsecamente ligada à realidade do país. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar o sobrepeso e a obesidade, construindo uma sociedade mais fiel aos princípios fundamentais da constituição. | [
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De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
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