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direitos-em-conflito-liberdade-de-expressao-e-intimidade
É notório que os direitos em conflitos devem ser separados para que haja um maior entendimento sobre o assunto. A liberdade de expressão, é um direito o qual não pode haver repressão. Já a intimidade é um direito individual o qual merece punição quando violado. Há de se compreender que a liberdade de expressão é um direito o qual não pode haver repressão segundo o artigo 5º da constituição brasileira de 1988, pois todos são iguais perante a lei, quando violado, deve existir de forma clara uma punição. Quanto aos veiculos de comunicação, deve ser seguido a mesma lei que é aplicada aos cidadãos, pelo fato de estar implantando uma opinião. Da mesma forma, a intimidade deve ser respeitada de forma individual, quando violado, é merecimento de punição. Por conseguinte, pode-se afirmar que os direitos como a liberdade de expressão e a intimidade devem ser seguidos de forma prevista na constituição.
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,017
A letra da lei Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Constituição Federal de 1988 Proibição A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado. Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado. (...) Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são "relevantes e amparados em prova idônea". "A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro", diz o despacho. Folha de S. Paulo Opinião A imprensa tem de ser livre porque a liberdade de expressão e de informação está no capítulo dos nossos direitos fundamentais, a saber: o Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Lá se lê: “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” Logo, a Constituição veda que se proíba a imprensa de publicar isso e aquilo. Mas é preciso ver se outro dispositivo não está a ser desrespeitado. No caso em tela, o Inciso X, que vem na sequência, reza o seguinte: “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” . E foi com base nesse arcabouço que a Justiça decidiu (...) . Reinaldo Azevedo Conflito “O jornal não violou nenhum segredo judicial. Não vi nada no texto que pareça violação da privacidade da Marcela. Tudo o que está na reportagem está num processo público” , diz Roberto Dias, professor de direito constitucional da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. O caso é um exemplo clássico, segundo Dias, de conflito entre dois valores que são preservados pela Constituição: o direito à liberdade de expressão versus o direito à intimidade. "Em casos de conflitos como esse deve prevalecer a liberdade de expressão sobre o direito à privacidade, já que a informação divulgada é pública", defende Dias. Professora de direito constitucional da USP, Monica Herman Salem Caggiano escreveu um artigo sobre esse tema que será publicado num livro a ser editado por uma universidade da Itália, a de Camerino, fundada em 1336. "O embate entre privacidade e liberdade de expressão é uma questão delicada. Mas, a meu ver, o que está na internet você não pode retirar. A reportagem se baseia em informações públicas, que não podem ser ignoradas, escondidas ou colocadas nos bastidores. O direito de informar deve ser privilegiado. "Folha de S. Paulo
Em abril do ano passado, um hacker clonou o telefone da primeira-dama Marcela Temer e tentou chantageá-la, ameaçando divulgar conversas que jogariam “na lama” a reputação do presidente da República. O hacker foi rapidamente preso e condenado por estelionato e extorsão. Neste ano, quando publicaram reportagens sobre o assunto, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram surpreendidos por uma liminar que os proibiu de fazê-lo, obrigando-os a retirar do ar textos já publicados em seus sites na internet. A proibição dividiu opiniões. Para alguns, foi considerada censura e um atentado à liberdade de expressão. Para outros, uma defesa legítima da intimidade da primeira-dama. Por trás desses fatos, revelou-se um conflito entre dois incisos do quinto artigo da Constituição Federal, que se referem justamente aos dois direitos: a liberdade de expressão e a inviolabilidade da intimidade do cidadão. Leia os textos da coletânea sobre o caso e redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista sobre o tema: que fazer quando há conflitos entre dois direitos como esses? Qual deve prevalecer? Por quê?
grader_a
6.html
a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Em contraponto às conquistas do Renascimento Científico, do século XVI, surgem debates em relação ao movimento que se denomina "Pós-verdade". Trata-se da valorização de crenças pessoais em detrimento de algumas afirmações dadas pela Ciência. Nesse contexto, deve-se afirmar que as conquistas histórias dos cientistas não devem ser objeto de questionamentos impertinentes. A Ciência trouxe inegáveis melhorias para a sociedade por meio de estudos, testes e comprovações. Nesse contexto, por exemplo, no que ficou conhecido como Revolta da Vacina, Oswaldo Cruz desenvolveu uma injeção que ajudou a salvar milhares de vidas. Quantidade essa que seria bem maior se não fosse a resistência da ignorante população. Diante disso, não se pode negar que afrontas irracionais às comprovações científicas prejudicam o progresso das condições de vida da humanidade. Outrossim, deve-se saber que argumentos pertinentes, para a Ciência, são aqueles que possuem grandes chances de desmentir ou modificar o já afirmado por ela. Por isso, afirmar que a terra é plena, sendo que gênios como Pitágoras e Aristóteles, bem como instituições hodiernas de grande prestígio, como o National Aeronautics and Space Administration (NASA), afirmaram e afirmam a esfericidade do planeta é um exemplo do que não se deve fazer sem um argumento plausível. Isso porque a Ciência não taxa algo de dogma sem a comprovação da sua certeza e indiscutibilidade. Portanto, os questionamentos às afirmações científicas devem ser analisados com criticidade, uma vez que a certeza é uma das bases da Ciência. No entanto, isso precisa ser encarado como estímulo para aperfeiçoamento das teorias existentes e descoberta de novas fórmulas para a contribuir com o bem-estar social. Com isso, serão garantidos tanto a liberdade de expressão quanto o desenvolvimento científico, que são protegidos pela Carta Magna.
[ 160, 200, 160, 200, 80, 800 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
grader_b
7.html
a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Rene Descartes e Galileu Galilei são duas figuras ícones da ciência. Esses pensadores produziram um tipo de conhecimento fundamentado no uso da razão e da experimentação. Desde o século XV, a credibilidade da ciência tem sido legítima. Apenas o conhecimento religioso e o conhecimento filosófico intentam questionar os vieses científicos, no entanto, sem êxito. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro, além do papel social da ciência na atualidade. Deve-se, pontuar, de início, que a construção histórica da ciência, enquanto instituição social do saber e do conhecimento, não se baseia no senso comum e muito menos no conhecimento religioso: bíblico ou encantado. Max Weber traçou o perfil sociológico da ciência: instituição da racionalidade e do cálculo, da experimentação e da exatidão. Característico do mundo ocidental, a ciência tem legitimidade e credibilidade, desse modo, os que acreditam e constroem essa instituição não hesitam e defendê-la. Embora o conhecimento científico seja questionável e refutável, os discursos e métodos da ciência não deixam de ser válidos e cumprem uma função social de explicação e compreensão em suas épocas vigentes. Michel Foucault afirma que os discursos científicos produzem verdades, mas não são verdades absolutas, inquestionáveis. Elas são reflexões e técnicas, métodos e experiências, creditadas e aceitas socialmente. Sendo, assim, Sendo assim é indispensável reforçar a legitimidade da ciência e sua contribuição para a sociedade: a produção de remédios, a produção de tecnologias, a construção de ideias políticas, os avanços no sistema de longevidade entre outros, apenas reverbera a importância dessa instituição, na história, e cumpre uma função social, hoje em dia, de facilitar a vida das pessoas na sociedade.
[ 160, 40, 40, 120, 0, 360 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O maior momento nacionalista, no Brasil, ocorre de quatro em quatro anos durante a Copa do Mundo, sob esses viés, não é errôneo considerá-lo uma pátria carente de amor. Por causa dessa lacuna, o ministro da Educação propôs a execução do hino nas escolas, como forma de valorizar os símbolos nacionais. No entanto, em um país cheio de problemáticas, bandeiras e hinos não despertam real patriotismo. Segundo Émille Durkheim, o indivíduo só pode agir à medida que possui conhecimento sobre suas origens e o contexto em que está inserido. Em analogia ao pensamento desse sociólogo, o brasileiro nunca será nacionalista enquanto permanecer ignorante à sua cultura e à sua realidade. Dessa forma, antes de hastear uma bandeira, é necessário cidadãos críticos e conscientes de todas as desigualdades sociais, econômicas e de direitos que permeiam o país. Não bastasse isso, o Estado brasileiro falta com muitos dos seus deveres fundamentais. Por conseguinte, dessa irresponsabilidade, existem centenas de escolas com estruturas precárias, de profissionais desempregados ou com salários atrasados e postos sem medicamentos. Embora diversos expoentes do movimento modernista tenham tentado fomentar uma identidade nacional, enquanto não houver educação, segurança e saúde de qualidade, o brasileiro não será suscetível ao patriotismo somente cantando o hino nacional. As instituições educacionais, portanto, devem trabalhar em conjunto para nutrir o sentimento de pertencimento à pátria na população corretamente, visto que este é de suma importância para a construção da democracia e para a promoção da cidadania. De maneira que, para tal, a escola deve dar destaque e incentivo a aulas como história e filosofia, tornando-as interdisciplinares com a atualidade e críticas. Além de promover a participação política e social do indivíduo a fim de mantê-lo ativo no seu papel cidadão enquanto garante que o governo cumpra a Constituição.
[ 160, 40, 40, 200, 40, 480 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A ciência contribuiu, ao longo dos séculos, para o desenvolvimento da sociedade tal como conhecemos. Graças à ela, diversas comodidades, como meios de comunicação, internet e medicamentos, estão disponíveis. Entretanto, seu prestigio vem diminuindo entre a população. Este fenômeno está bastante associado às novas formas de consumo de informações e pode trazer grandes prejuízos ao povo. Atualmente, a disseminação de informações tornou-se mais dinâmica. Entretanto, isto favoreceu as chamadas "fake news", caracterizadas por apresentarem inverdades, muitas vezes convenientes para alguns segmentos da sociedade. Ainda, o impacto destas notícias é favorecido pela chamada era da pós-verdade, que, como explica o filósofo Paulo Ghiraldelli, caracteriza-se por uma situação em que fatores pessoais pesam mais no momento de analisar uma informação do que qualquer outro. Com isto, tanto o pensamento crítico, como o científico são postos para escanteio. Além disso, a descrença na ciência traz consequências negativas para a população, sendo um claro exemplo desta relação o caso da vacinação. Tal ligação se dá pelo fato de o Brasil, nos últimos anos, ter passado de país modelo na pauta de imunização à figurante entre os principais países com aumento na incidência de sarampo. Neste processo, o disseminado movimento anti-vacinas, carente de base técnica, teve importante contribuição. Associado à ele, também contribui a falta de criticidade relativa às informações. Dado o exposto, faz-se necessário trabalhar pela valorização da ciência. Neste processo, as instituições educacionais são fundamentais e devem contribuir para a formação de cidadãos críticos. Além disso, devem estimular o primeiro contato com a ciência e sua compreensão, por meio de atividades práticas contextualizadas com o dia a dia. Além disso, é de suma importância que as empresas ligadas à comunicação desenvolvam mecanismos de combate às "fake news", a fim de evitar a disseminação de informações prejudiciais à população. Desta forma, contribuir-se-á para o melhor uso do conhecimento.
[ 160, 160, 160, 160, 160, 800 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Muito se tem discutido e comentado sobre os problemas críticos que a Amazônia está sofrendo ultimamente. Queimadas, devastação, riscos ambientais é o que está agravando cada vez mais a preservação da floresta amazônica. Este acontecimento não impressionou somente os brasileiros, mas também outros países do mundo. Convém lembrar de que a Amazônia é algo grandioso para o nosso Brasil, porém deve ser protegida por todos, em função da importância para o equilíbrio ecológico do planeta. Em relação a esses fatos mencionados, a Amazônia deve ganhar status internacional, pois é de extrema necessidade para todas as pessoas. Em uma segunda análise, observa-se que muitos seres humanos não contribuem para o meio ambiente, ou seja, não dão importância para ocorridos questionáveis como esse. Podemos destacar essa notícia em jornais, programas de televisão e redes sociais. Faz-se necessário que providências sejam tomadas para que essas complicações sejam suspensas. Governos, população e demais autoridades precisam agir e solucionar esse problema. Se isso não for resolvido, também estaremos comprometendo nossa vida e possíveis problemas de saúde virão. É fundamental que as escolas ensinam os alunos, através de palestras para que ficam conscientes e preservam nosso planeta.
[ 160, 120, 160, 160, 120, 720 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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perigos-do-universo-digital
Uma das maiores preocupações dos pais, nos últimos anos, é encontrar maneiras para proteger seus filhos contra os perigos da internet, já que a facilidade para acessar este ambiente e disseminar informações de forma indiscriminada pode trazer consequências muito negativas à vida de crianças e adolescentes. Prova disso é a quantidade crescente de jovens que sofrem "bullying" ou que tem sua intimidade exposta através da internet, levando muitos deles a caírem em depressão ou até mesmo a cometerem suicídio, tamanho o impacto que tais ataques têm em suas vidas. Os agressores, na maioria dos casos, também são jovens e fazem parte do círculo social da vítima, sendo que muitos não tem plena consciência do mal que estão praticando. O anonimato propiciado pela internet também facilita a ação de pedófilos que criam perfis falsos nas redes sociais para se aproximarem de crianças, incitando-as a compartilharem fotos e vídeos para satisfazer seus desejos pervertidos. Neste cenário, muitos pais perguntam sobre qual a melhor maneira de defender seus filhos, já que é difícil impedi-los de acessarem a internet através de computadores e celulares, dada a ampla disponibilidade de tais aparelhos. Forçá-los a fornecer senhas de redes sociais ou instalar filtros nos navegadores não é o suficiente, pois muitos dão um jeito de burlar as regras impostas por seus pais. O melhor caminho, portanto, ainda é dialogar com os filhos sobre a importância do respeito ao próximo e da preservação da própria intimidade ao usar a internet, alertando-os sobre as ameaças ocultas no vasto universo cibernético. Por fim, a sociedade não pode esperar que a tarefa de proteger crianças e jovens contra os perigos da internet seja feita apenas pelas escolas e pelo poder público. É fundamental que os pais estreitem os laços de confiança e amizade com seus filhos, pois o diálogo em família ainda é a melhor arma para diminuir o número de vítimas e agressores no mundo virtual.
[ 160, 120, 200, 200, 80, 760 ]
2,017
Nomofobia Nomofobia é uma doença relativamente nova que pode ser definida como o medo de ficar sem celular, até mesmo pânico, caracterizando uma fobia de ficar sem celular. E não é um transtorno para ignorar, porque pode ter consequências para a saúde. Entre os sintomas mais comuns, ansiedade e estresse de perder o telefone ou não ter cobertura de operadora de internet/WiFi para se manter conectado. Esta dependência psicopatológica vai além de uma fobia simples. Baixa autoestima e dificuldades nos relacionamentos sociais são fatores de risco do transtorno. O vício no sistema de recompensa de redes sociais – como os likes de Facebook, retuítes, views em vídeo de Youtube, e ‘corações’ no Instagram – também pode ser um fator que contribui na dependência, pois é uma forma de obter pequenos prazeres psicológicos de forma fácil e rápida. Sozinho, é possível tentar se “desviciar” aos poucos, encontrando outros interesses que não sejam na internet e tentando priorizar as atividades offline e os encontros sociais presenciais. E também começar a considerar que não é necessário tirar foto de todos os momentos da sua vida para colocar em Instagram, Facebook, Snapchat, etc. Psicoativo Pornografia e estupro O alerta está sendo dado por Sue Berelowitz, Comissária para a Infância no Reino Unido, que aponta que não há cidade ou vila em que as crianças não estão sendo vítimas de exploração sexual. O número de vítimas está na casa dos milhares e, segundo Peter Davies, diretor do Child Exploitation and Online Protection Centre, uma em cada 20 crianças é vítima de abuso sexual. E o acesso precoce à pornografia na internet está na raiz desta exploração: as crianças estão crescendo com uma visão totalmente deturpada do que é sexo e do que é um comportamento sexual normal. Alguns dos meninos que estavam envolvidos em atos de abuso sexual falaram que “era como estar dentro de um filme pornô” . Hypescience Família “A internet mudou o mundo e isto é fantástico. Com ela as crianças podem aprender, se divertir e entrar em contato com pessoas com os mesmos interesses", argumenta o especialista Ernie Allen. “O lado negativo é a enorme exposição de menores de idade a imagens de conteúdo adulto, a comportamentos de agressão verbal e bullying, à pornografia, além da proliferação de crimes como roubo de identidade, uso inapropriado de dados pessoais, tráfico de armas, venda de drogas e redes de pedofilia. Existem medidas simples e básicas para minimizar os riscos para as crianças, mas são pouco utilizadas pelas famílias. As empresas de tecnologia têm feito um enorme esforço para promover o uso gratuito de filtros e sistemas de bloqueio de conteúdos inapropriados para menores, mas apenas 28% dos pais empregam estes sistemas. No caso de celulares é ainda pior: o uso cai para 16%. ” BBC Brasil
Alguém consegue viver sem a internet nos dias de hoje? Ela possibilita interagir com novas pessoas, fazer compras, obter informações, estudar, jogar, assistir filmes e ouvir músicas. Possibilidades não faltam, seja no computador, no tablet ou no celular. Mas existe um outro lado da moeda. Entre os perigos da web, encontram-se o vício no mundo virtual e o isolamento do mundo real, sem falar em questões ainda mais graves ou até mesmo em crimes: bullying virtual, violação da privacidade, pedofilia, exposição precoce à pornografia, etc. Para proteger crianças e adolescentes, os especialistas alertam para a necessidade de os pais ficarem atentos ao que os seus filhos veem ou a seus relacionamentos no mundo virtual, mesmo que isso possa ser considerado invasivo. Na sua opinião, essa vigilância maior dos adultos é suficiente para evitar que os jovens corram perigos online? Ou, no caso dos adolescentes, a responsabilidade não deve recair também sobre eles mesmos? O que fazer para se proteger dos perigos do mundo digital? Redija um texto dissertativo-argumentativo expondo seu ponto de vista sobre o assunto, fundamentando-o com argumentos.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
A prisão do réu após a condenação em segunda instância é algo que já foi discutido em ocasiões passadas e vem sendo discutido novamente no Brasil. Com isso, levante-se a questão se é justo ou não tal atitude antes mesmo de esgotados todos os recursos cabíveis, ou seja, antes do trânsito em julgado. O primeiro aspecto a ser abordado é que atualmente, no Brasil, o réu é preso logo após a condenação em segunda instância, momento em que ele passa a cumprir sua pena. No entanto, isso vai em desacordo com um dispositivo da constitucional, que versa que o réu só poderá ser preso após o trânsito em julgado, bem como fere o princípio da presunção de inocência. O segundo aspecto a ser frisado é a questão da impunibilidade, haja vista que se a justiça brasileira decretar a prisão do réu só depois de esgotado todos os recursos cabíveis, a sensação de não punição aumentaria entre as pessoas e, por conseguinte, os delitos aumentariam, gerando ainda mais morosidade na justiça brasileira. Dessa forma, torna-se evidente que a prisão do réu seja logo após a condenação em primeira instância, para que a sociedade acredite na função punitiva do Estado, e os delituosos possam ter o mínimo de sensação de punibilidade por parte do Estado. Caso contrário, a morosidade processual impactaria ainda mais, devido aos grandes números de processos tramitando perante à justiça brasileira.
[ 160, 120, 160, 160, 80, 680 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
No Brasil, a maior parte das famílias são consideradas de baixa renda. Desses são poucos os que têm interesse e condições de ingressarem no ensino superior, enfrentando condições difíceis e seus limites. A capacitada e a força de vontade de um estudante de baixa renda pode ser considerado semelhante ao de um estudante rico, porém, há discrepâncias relevantes entre eles com relação às técnicas e tecnologias utilizadas que impactam significamente no desempenho. O estudante de baixa renda tem que mudar radicalmente o seu modo de vida. Normalmente ele tem que trabalhar e estuda com os meios disponíveis, quando há oportunidades, enfrentando as dificuldades socioeconômicas no ambiente em que vive, muitas das vezes, sem o apoio da família e com insuficiência de tempo para os estudos. Enquanto isso, o estudante rico normalmente têm os melhores meios para estudar. Com o apoio da família, ele tem tudo o que precisa para ter o melhor desempenho nos estudos, tendo também uma maior quantidade de tempo livre pois ainda não precisa se preocupar com o trabalho. Portanto, tendo em vista as dificuldades econômicas que as universidades estão enfrentando, é necessário também reanalizar as dificuldades de cada grupo social. Por isso é necessário que o ministério da educaçāo reserve as universidades públicas para aqueles que estudaram integralmente em escolas públicas ou não tenham condições de pagar o ensino superior. Pois assim garantiremos que a educação gratuita seja disponibilizada para quem realmente necessita.
[ 160, 120, 120, 160, 120, 680 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
O caminho do sucesso É de fundamental importância, destacar como os brasileiros possuem dificuldades em se manter bem no mundo atual. A sociedade em comum é diversificada quando se comenta em termos de dinheiro, estudo, trabalho e fé religiosa. Cada indivíduo emprega seu modo de viver, da melhor maneira possível em todos os aspectos da vida cotidiana. Pessoas em geral, acham que só têm uma vida excelente, ou seja, que não passam dificuldades, quem realmente estudar e ter uma profissão para poder exercer. Atualmente, observa-se que está cada vez mais dificultoso de se preservar com salários pequenos, miseráveis que não pagam parte das dívidas. É um fato assustador, pois dependemos de várias coisas para viver adequadamente. Pode-se mencionar, por exemplo, farmácia, alimentação, moradia, energia, água, dentre outros. Todos nós necessitamos de tudo isso para sobreviver, então é preciso que tenhamos uma vivência agradável. Levando em consideração esses aspectos, evidenciamos que o estudo é de fundamental importância. Desse modo, com estudo, dedicação e batalha, alcançaremos o sucesso desejado.
[ 120, 80, 40, 80, 40, 360 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
Apropriação cultural significa uma pessoa poder usar elementos de outras cultura como roupas, símbolos e vários outros elementos. Que tenham algum significado para determinada cultura. Ao usar em um festival como carnaval a "fantasia" de índio estará cometendo apropriação cultural, sim estará pois não á nem um indígena no local que permitiu fazer o uso da sua cultura. Apropriação cultural só acontece quando você faz o uso da cultura sem a permissão do grupo e quando a zombam. Mas se você fizer o uso dos elementos da cultura no meio daquele povo com o consenso deles, até eles se agradaram pois mostrará como uma forma de respeito e interesse pela cultura. Apropriação cultural foi um tema muito debatido após o carnaval de 2020 onde houve até famosos que fizeram esta atitude.
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Hodiernamente, no Brasil, a violência parece infindável, mas isso não justifica ações precipitadas como armar os cidadãos para se auto defenderem. Não há problema nenhum em alguém desejar comprar uma arma como medida de proteção pessoal ou de seus familiares quando este achar necessário e se sentir mais seguro assim. O direito à compra de arma nunca foi negado aos cidadãos brasileiros, o que havia antes das mudanças no Estatuto do Desarmamento era mais burocracias, tais como comprovação da necessidade de se ter uma arma, limite reduzido da validade do registro de posse, dentre outras. O verdadeiro problema está nessas mudanças, facilitar o porte significa dar aval para uma grande abertura de entrada de armas no país, e sem uma administração rígida e honesta de fiscalização, logo essas armas servirão não para a proteção do cidadão de bem e sim para abastecer e munir as organizações criminosas e indivíduos mal intencionados. É fato conhecido em todo o mundo que parte das armas de fogo que são vendidas legalmente e por algum motivo são extraviadas ou surrupiadas, acabam nas mãos de entidades criminosas. Com um volume maior de armas circulando, a tendência é que maior também será a quantidade de armas destinadas para o crime. Sendo assim, os crimes com arma de fogo serão mais frequentes, e os índices de violência, mortes, tiroteios e ataques terroristas irão se elevar drasticamente. Além desses casos, onde armas regularizadas tomam uma direção errada, há ainda os casos onde pessoas autorizadas e armadas legalmente, como policiais e militares, usam suas armas de forma ilícitas, ao ponto de cometerem homicídios. O feminicídio é um exemplo incontestável disso, onde comumente vemos nos noticiários pessoas que foram treinadas e preparadas para portar armas e por alguma vulnerabilidade as usam agindo com violência desregrada. Pouco mais de 40% das mortes de mulheres no Brasil foram homicídios que aconteceram em casa por meio de arma de fogo. Em 2018, a OMS revelou-nos como o quinto país que mais mata mulheres e o nono país mais violento do mundo. Esses dados são de suma importância para reconsiderar a flexibilização da posse de armas. Ademais, o aumento da violência não é a única a preocupar, existem mais facetas da realidade de nossa sociedade. A considerada doença do século tem nos atingido como uma epidemia, cada vez mais jovens e adultos são diagnosticados com depressão. Uma arma em casa, pode ser letal à essas pessoas também, fora os acidentes que podem ocorrer mesmo para os que não tinham intenção de suicídio. Quando o governo faz uma ação liberativa como esta, o mínimo a se esperar é que sejam mais específicos para que não deixem espaços para outros agirem de forma maldosa. De outro modo, a impressão que nos passa é que o Estado está lavando as mãos e nos deixando por conta própria para fazer nossa segurança. Acenderia os ânimos dos que temem os resultados deste decreto, se o governo se posicionasse com mais firmeza, preenchendo as questões vagas. Algumas soluções possíveis seria a intensificação da fiscalização de informações declaradas dos que adquirirem a posse de arma e dos comerciantes do produto; verificação de antecedentes criminais e controle intenso das condições psicológicas de quem tem a posse.
[ 160, 200, 200, 160, 80, 800 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
A posse de uma arma de fogo significa segurança pessoal para quem dela faz uso? Em 2005, quando houve o referendo do desarmamento no Brasil, a maioria dos brasileiros votaram a favor da posse de arma de fogo ; argumentando ser útil e necessária para a segurança pessoal. Nos Estados Unidos, país com o maior arsenal de armas do mundo e que é modelo para o presidente Jair Bolsonaro na posse e porte de armas não é sinônimo de segurança social ou individual. Dados de 2017 apontam que os EUA são o segundo país com o maior número de mortes por arma de fogo do mundo – atrás apenas do Brasil. Este a A posse e o porte de arma não estão assegurados pela constituição como aquele que é assegurado constitucionalmente desde o século 18. Dados também afirma que nos Estados Unidos só em 2016, a maioria das mortes com armas de fogo (59%) consistiu em suicídio. Ou seja, esta é a arma preferida dos suicidas. No Brasil, os homicídios representaram 94,8% das mortes por arma de fogo em 2014. Com isso, pode-se confirmar o jargão: “aquilo me protege é minha maior ameaça”. Pois ao mesmo tempo que se defende a própria vida a arma pode ser usada em agressão a própria existência. Em 2018 mais de 220 policiais foram baleados no Rio de Janeiro, destes mais de 90 não resistiram; apenas 03 foram vítimas de disparos acidentais, 111 estavam no trabalho, todos portavam armas e foram treinados para isso. Feita uma comparação de dados entre guerra na Síria e mortes com arma de fogo no Brasil, do período entre 2011 a 2015 constatou-se que a guerra da Síria perdeu. Assim, com a flexibilização da posse de arma de fogo no Brasil pode-se repetir o ditado: “bala trocada não dói”, por outro lado, existe a possibilidade da multiplicação de mortes, uma vez que se recusa o outro ditado: “quando um não quer dois não brigam”. Considerando que a maioria dos latrocínios (roubo seguidos de morte) o meliante disparou devido a reação da vítima. A constatação que se infere da opinião pública em 2005 sobre o estatuto do desarmamento e que ainda persiste numa expressiva parte dos brasileiros consiste no descrédito das instituições de segurança pública, ou seja, dos governantes. Estes preferem que a população assegure o próprio destino. Que a posse de arma é um meio eficiente da segurança pessoal, isso o futuro dirá ao povo brasileiro. A história e os fatos mostram o contrário.
[ 120, 200, 160, 120, 0, 600 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Os "Cinco do Central Park" é um seriado que mostra cinco jovens que foram condenados por um crime que não cometeram. Nesse sentido, o debate sobre a prisão após a segunda instância é determinante para evitar decisões errôneas. Assim, depreende-se que fatores como a ineficácia estatal de investigar os crimes e o precário sistema de defesa pública contribuem para que seja garantido a prisão após esgotados todos os recursos. A princípio, percebe-se que os índices de crimes investigados pelas polícias civis aumentaram exponencialmente, devido ao crescimento populacional e ao maior acesso aos conhecimentos de direitos individuais pela população. Entretanto, o aumento não foi acompanhado pela estrutura organizacional das delegacias que investigam os delitos, devido, assim, a pessoal insuficiente, prazos curtos e mecanização dos procedimentos investigativos. Consequentemente, torna-se o estado ineficiente para investigar devidamente os casos. Além disso, outro fator importante é o sistema de defensoria pública que em várias regiões do Brasil chega a ser precário. Porquanto, muitas regiões interiores do país contam com poucos defensores públicos para demasiadas causas e áreas de atuação. Dessa forma, deixam de prover a defesa integral de qualidade em todas suas instâncias de forma satisfatória a todos. Em suma, entende-se que a prisão após todos os recursos seria essencial para que pontos como a ineficácia para investigar e a defesa pública precária não sejam preponderantes para decisões errôneas. Como diz o ditado popular, a justiça tarda mas não falha.
[ 120, 120, 120, 160, 80, 600 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O mês de novembro iniciou-se com grande discussão, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) está definindo se o réu deverá ficar preso ou permanecer solto até recorrer às últimas instâncias. Atualmente a legislação brasileira, em consonância com leis de países que inspiram nosso sistema criminal, possibilita as prisões de réus após condenações de segunda instância. Esse debate é característico do STF, que sendo órgão máximo da justiça do país discorre sobre questões jurisprudenciais, ou seja, os aspectos referentes às decisões, aplicações e interpretações das leis. A Corte Suprema pode mudar esse posicionamento, permitindo que os encarceramentos somente ocorram após o esgotamento das possibilidades recursais ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio STF. A base legal para mudança, caso aconteça, é a Constituição Federal que diz "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Percebe-se um grande impasse, por um lado a mudança do atual posicionamento acarretará aumento de criminosos às soltas aguardando julgamento - julgamento esse que já é moroso-, uma vez que a condenação só poderá acontecer após o julgamento do STJ e STF. Por outro lado, a conservação do entendimento em vigor pode ser compreendida como violação de um direito constitucional, já que haverá possibilidade de recursos às 3ª e 4ª instâncias. Luiza Cristina Frischeisen, do Ministério Público Federal, considera que "se o STF decidir que a decisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos), o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", infelizmente a impunidade é bem conhecida no país, e aumentá-la fará com que o brasileiro desacredite ainda mais na justiça do país.
[ 200, 80, 120, 120, 0, 520 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil já conseguiu dar um passo para renovação na política Brasileira, porque em anos vinha perdendo seu lado conversador de um país forte justo nas suas decisões a serem tomadas pelo povo que já estava cansado de tanta mentira desvio de dinheiro público que podia ajuda e manter setores essenciais no sistema público. A anos o povo Brasileiro vem pedindo mudança no sistema político e na sua forma de governar isso era antes que um só tipo de classe social governava a sua inconsequência disso, veio com a decorrência desse fenômeno Brasileiro o país tem uma esperança para dias melhores apesar tanto desgaste com população, mas o novo governo ele vai resgatar um pouco do lado conversador que o país perdeu um pouco como os valores da família do trabalho e educação com qualidade que falta no país, também falando sobre a segurança da sociedade que o policial bem preparado e bem pago para em frente a criminalidade que hoje toma conta do país sem poupar nenhuma classe social. Mais as mudanças são muito positivas para população porque o país já voltar tomar o rumo da economia para crescer bem equilibrado minimizar os desperdiço de dinheiro público, em toda mudança de governo vai ter alguns aspectos negativos em alguns lados do governo que não vão gostar de ajuste novo que nunca foram realizados, mas o país em cima de tudo vai chegar haver sua população bem no rumo do crescimento econômico em todo o país.
[ 80, 80, 40, 40, 0, 240 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Com o advento da internet na última metade do século XX e, agora, início do XXI, o chamado mundo virtual passou a aderir tudo que está conceitualmente abstrato - uma moeda é real, mas o valor de troca é racional e depende de fatores coletivos e quantitativos. Nesse sentido, a parte interativa da realidade pode ser espelhada na internet sem a física. Por isso uma revolução provocada pelo dinheiro criptografado, como o Bitcoin, é possível, até mesmo provável, e contribuí para uma dinâmica de mercado menos centralizadora. No entanto, cabe ao Estado garantir o cumprimento dos preceitos de mercado, principalmente. Percebe-se, quanto a avanços tecnológicos, semelhantes ao supracitado, a tendência do desenvolvimento ocorrer da forma fragmentada, com contribuição de centenas de pesquisadores de todo o planeta. Assim ocorreu com a decodificação do DNA humano, por exemplo. Analogamente ocorre com milhares de fóruns da rede social de computadores e, portanto, torna-se impossível parar com a integração das moedas virtuais no meio social. Sendo assim os fatos caminham para relações comerciais mais autônomas e independentes de terceiros como o governo. Destarte, instituições financeiras: bancos, financeiras etcétera etc. terão de adaptarem-se a trabalhar com menos fundos de clientes, uma vez que a diminuição da supervisão governamental torná-las-iam em investimento de risco. Outro âmbito notado corresponde a perda de poder do governo na economia, condizente com a teoria de John Locke, considerado o pai do liberalismo. Por esse sentido, é correto considerar tal rompimento com as conjunturas atuais provocado pelas criptomoedas como benéfico. Por outro lado, favorecendo a teoria liberal - que no contexto revolucionário discutido seria regra -, a regulamentação das práticas de comércio deveria possuir punições mais forte àqueles que a desobedecerem, uma vez que, diferentemente de hoje, o Estado não terá conhecimento dos valores monetários dos indivíduos. Por conseguinte, ele não terá real dimensão do prejuízo causado. Para tanto, as instituições ligadas a economia devem realizar conselhos de debates sobre os impactos e as soluções relacionados a problemas e vantagens vindas das moedas online. Desta forma, as incertezas e surpresas serão diminuídas quando se tratar de planos futuros.
[ 160, 160, 200, 160, 80, 760 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Ao analisar o decreto que facilita a posse de armas, vê-se que a medida busca promover a legitima defesa entre os cidadãos brasileiros. Nesse contexto, sabe-se ainda de crescentes taxas de violência mesmo em países com a presença da lei, além de trazer maiores riscos para dentro de casa. Nesse hiato, levantamentos já mostraram que a maioria dos crimes que há a presença das armas de fogo, foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, mostrando a despreparação psicológica da sociedade. Ademais, o decreto apresenta falhas ao não especificar a fiscalização. Portanto, medidas diferenciadas são necessárias para resolver a carência de segurança. Immanuel Kant diz “O homem é o que a educação faz dele”, dessa forma o Ministério da Educação deve instituir palestras para os pais e filhos, promovidos pela escola, sobre como defender-se primeiramente sem utilizar a violência. Ademais, é imperioso que para que o Estatuto do Desarmamento funcione haja uma fiscalização mais rigorosa e específica realizada não somente pela Polícia Federal, mas pela própria comunidade.
[ 160, 160, 120, 120, 120, 680 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A descoberta do fogo pelo homem, ocasionou a Revolução Neolítica, que possibilitou caracterizar o ser humano antes e depois desse evento. A ciência acompanhou o homem durante toda a história, são inúmeros os marcos que mudaram a estrutura econômica e social da sociedade. Entretanto, no presente, barreiras são moldadas e o avanço está cada vez mais prejudicado por falsas crenças individuais e, até mesmo, políticas. A pesquisa no mundo contemporâneo passa por uma assombrosa crise de credibilidade e investimento, que irá propor um abismo as futuras gerações. Em primeiro plano, é essencial expor as consequências de a sociedade estar aceitando, facilmente, falsas teorias, opiniões próprias ou simples "Fake News" espalhadas em determinadas redes sociais. Portanto, por exemplo, o Movimento Antivacina foi listado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como umas das dez maiores ameaças a saúde global de 2019. Contudo, o movimento ganha cada vez mais força e adeptos, visto que doenças como o sarampo obteve um aumento de 300% no mundo, nos últimos três meses, o que é, indubitavelmente, preocupante a sociedade que questiona da medicina. Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de fato social de Émile Durkeim, que explica a maneira coletiva de agir e pensar. Desse modo, é possível estabelecer um paralelo com a teoria do sociólogo, o indivíduo que tem em seu meio convive com pessoas que acreditam em pós-verdades, tende a adotá-lo também por conta da vivência em coletivo. Assim, inverdades serão, continuadamente, propagadas pela sociedade de geração em geração. Destarte, é importante evidenciar que não há um bom futuro sem o avanço da ciência, o que existe é o retrocesso de uma sociedade cega em suas próprias convicções. Dessa maneira, questionar o que foi estudado, observado, experimentado até ser, finalmente, sintetizado por meras teorias conspiratórias é um tanto arriscado. A ciência impulsiona o homem a evoluir e se reinventar, portanto, não deve ser colocada como uma farsa as pessoas.
[ 160, 200, 160, 120, 40, 680 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
As pautas ambientalistas têm sido cada vez mais discutidas no cenário mundial, o qual, mais recentemente, passou a discutir sobre a exploração da floresta amazônica. A grande questão é se a floresta deve ganhar "status" internacional ou se deve continuar sendo responsabilidade dos países que compõem a Amazônia. Mas seria justa que apenas alguns países da América do Sul tivessem que ceder suas florestas em prol do planeta, enquanto outras nações que já exploraram suas vegetações não pagam nada por isso? A floresta amazônica é a maior do mundo e sua exploração causaria muitos impactos ao planeta, no entanto, não se pode exigir que apenas os países que compõem a Amazônia paguem a conta pelos países que já exploraram suas vegetações. Para que isso ocorra de maneira justa, todos os países deveriam ter uma porcentagem mínima de floresta preservada, e os que não conseguissem manter o mínimo, deveriam pagar aos que possuem mais áreas preservadas. Dessa maneira, o Brasil seria capaz de extrair recursos financeiros da Amazônia sem ter que explorá-la, mantendo, assim, a integridade do ecossistema do planeta. Com isso, pode-se concluir que é preciso sim preservar a floresta amazônica, mas essa tarefa também é responsabilidade dos países que já exploraram suas vegetações e devem, portanto, pagar por isso. Assim, o Brasil preservaria suas florestas em prol do planeta e seria remunerado pelas nações que não puderam fazê-lo.
[ 200, 120, 120, 160, 160, 760 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Supremo Tribunal Federal discute nesse mês sobre a prisão em 2º instância, questionando se o réu deve ou não ficar preso após a decisão do juiz, validada pelo colegiado de desembargadores do Tribunal de Justiça. É fato, que o réu deve ser mantido preso após condenação em 2º instância, visto que o aguardo em liberdade após o trânsito em julgado reforça a impunidade da justiça brasileira, bem como desvalida a decisão tomada pelo juiz e pelo colegiado de desembargadores do TJ, acumulando processos no STF. Em primeira análise, cabe ressaltar que se o réu aguarda o julgamento em liberdade, após encerrado todos os recursos, há reforço da impunidade no Brasil. Para Luiza Frischeisen, do Ministério Público Federal tal decisão incentiva à impunidade, visto que há diversos meios para recorrer de acordo com a lei penal. Dessa forma, entende-se a importância de prender os réus em segunda instância, a fim de não estimular a prática de crimes, bem como sua impunidade. Além disso, cabe frisar também que o aguardo a liberdade em trânsito em julgado, desvalida a decisão tomada pelo juiz e pelo colegiado de desembargadores do TJ, acumulando processos no STF. De acordo com a Folha de S. Paulo, os acordos internacionais sobre os direitos fundamentais apontam que as decisões da 1ª e 2ª instância bastam para garantir o direito do réu em recorrer. Assim, verifica-se que a liberdade em trânsito julgado incha a maquina pública, causando maior lentidão nos processos, podendo esses serem prescritos. Levando-se os aspectos apresentados acima, é importante ressaltar que o réu deve ser mantido preso em 2ª instância, uma vez que o aguardo em liberdade após o trânsito em julgado reforça a impunidade da justiça brasileira, bem como desvalida a decisão tomada pelo juiz e pelo colegiado de desembargadores do TJ. Portanto, é necessário que o Ministério Público em parceria com os tribunais de justiça reflitam e pensem a respeito das consequências da soltura dos criminosos em 2º instância no nosso país.
[ 160, 200, 120, 160, 80, 720 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Uma das grandes preocupações mundiais da atualidade, é a obesidade. No momento que pesquisas apontam, ser essa, a segunda causa de morte da população, devido as complicações que esse mal gera, é notória a relevância do tema para a sociedade em geral. Mas, quais as causas e o que pode-se fazer para erradicar essa epidemia? No que tange as causas, não é temerário fazer uma reflexão sobre os avanços da sociedade moderna e capitalista dominante. O incentivo ao consumo imediato e compulsivo e a inserção de substâncias, nos alimentos, que geram sensações de prazer e até viciosas, para bancar o bem-estar do capital das empresas, colabora para maus hábitos alimentares e, consequentemente, o acúmulo de peso. Esse incentivo, também está em outros setores, fazendo com que o indivíduo busque bens materiais e se esforce para obtê-los, e assim, ele trabalha mais ou estuda mais horas por dia, dormindo menos e fazendo menos atividades físicas diárias, o que contribui para a obesidade. Conforme pesquisa da Universidade de Duke, dos Estados Unidos, 40% das nossas ações diárias são hábitos, ou seja, você não pensa, apenas, as faz. Nesse sentido, para combater a obesidade deve-se combater os hábitos que levam à procrastinação de uma vida saudável, como por exemplo, atividades físicas diárias, alimentação balanceada e menos calórica, repouso para o corpo e a mente após atitudes exaustivas. Muitas vezes, basta refletir sobre a rotina diária para enxergar onde estão e quais são os hábitos ruins que se tem, e, dessa forma, é possível substituí-los por outros mais saudáveis. Além da atuação governamental na educação de jovens e crianças a fim de esclarecer e incentivar a importância com o cuidado na alimentação e com a prática de hábitos saudáveis em geral, deve-se atuar incrementando políticas públicas, por meio de leis, por exemplo, que limitam empresas de colocar em alimentos substâncias viciosas ou que são potenciais para o acúmulo de gordura no corpo. Além disso, é necessário que o próprio cidadão esteja sempre atento consigo mesmo, para evitar hábitos que possam prejudicar sua saúde.
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2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Apesar de muitos entenderem o contrário, a cultura o culto aos símbolos nacionais ainda identifica o patriotismo. Desta forma, a retomada de professores e alunos à canção do retomar o ato de cantar o Hino Nacional Brasileiro nas escolas busca resgatar valores postos em esquecimento. No entanto, isso deve ser incentivado de forma democrática, sem imposição estatal. Durante competições esportivas, como nos jogos mundiais da copa do mundo Copa do Mundo de futebol, é comum ser visto serem vistos grupos que entoam o Hino Nacional nos instantes antes do anteriores ao início da partida. Esse entusiasmo, no entanto, é proveniente da forte ligação que os brasileiros têm com o esporte. Mesmo que locutores esportivos convoquem, de forma indireta, que todos fiquem de pé, com a mão direita no "coração" para entoar a canção o hino da pátria, não há quem questione essa "obrigação". Isso se dá pelo fato de fazerem, não de o fazerem não por amor à pátria, mas aos jogos. A solicitação para professores e alunos entoarem o Hino Nacional do País país busca resgatar a ideologia de o patriotismo, o sentimento de pertencimento pertencer a uma nação e valorização do símbolo do Brasil de seus símbolos. Isso contribuirá para a formação da ideia de pertencimento e busca formar pessoas que possam lutar por sua pátria, não em guerras, conflitos armados, mas contra a corrupção da política, a desigualdade social; social e o crescimento da violência. Dessa forma, o país poderá ter uma democracia participativa em que todos estejam envolvidos. Por tudo isso, observa-se que a cultura o culto ao patriotismo deve começar nas escolas. Políticas públicas que valorizem o resgate ao aprendizado ao do Hino Nacional contribuirá contribuirão para o fortalecimento da democracia. Afinal, incentivar alunos e professores a cultuar os símbolos nacionais também e é uma forma de defender a nação.
[ 160, 120, 160, 120, 120, 680 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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o-direito-ao-foro-privilegiado
No Brasil existe grande quantidade de privilégios para os altos escalões do poder político, em especial a nível federal, mas estados e municípios também não ficam atrás, quando se fala em beneficiar os poderosos com mais regalias. Uma dessas benesses que vem causando grande discussão nos últimos tempos é o chamado foro privilegiado. As críticas a esse instituto são muitas, mas a maior delas tem a ver com a impunidade. Não são raros os casos em que deputados e senadores ou outras autoridades com foro especial são denunciados por crimes cometidos e os processos acabam prescrevendo nas instâncias superiores, em especial no Supremo Tribunal Federal, talvez por acúmulo de trabalho para apenas onze ministros ou até mesmo pela falta de vontade política de se punir os poderosos no país. Por outro lado, existe quem defenda o argumento de que o foro por prerrogativa de função seria uma proteção para o exercício do cargo público, uma vez que na primeira instância as autoridades estariam sujeitas a um denuncismo que poderia prejudicar o andamento dos trabalhos na função que exercem. Esse argumento pode ser facilmente refutado quando se observa a experiência de países como os Estados Unidos e a Suíça, que não adotam esse instituto e as autoridades não ficam impedidas de exercer suas funções por causa de um suposto entrave judicial. Atualmente o STF está discutindo a redução do alcance do foro especial, visando limitar o instituto aos crimes praticados por parlamentares durante o mandato e em razão dele. Existem também iniciativas legislativas no Congresso Nacional para extinguir esse privilégio, apesar de que, como tem-se observado nos últimos tempos, os parlamentares não costumam legislar contra seus próprios interesses e esse é um tema bastante sensível para os deputados e senadores, em sua maioria respondendo a processos por crimes, como o caso dos denunciados pela operação Lava Jato por desvios de verbas públicas e recebimento de propina. Assim, o que se observa hoje no Brasil é uma cultura de benefícios explícitos a autoridades, muitos deles injustificados nos tempos atuais, como é o caso do foro privilegiado. A Constituição Federal de 1988 diz em seu artigo quinto que todos são iguais perante a lei. Se isso é verdade, o foro especial não se justifica e é uma contradição a esse princípio.
[ 160, 200, 200, 200, 0, 760 ]
2,018
Debate: foro privilegiado Um debate promovido pela Folha de S. Paulo, em maio de 2017, teve posições totalmente opostas sobre a existência do foro privilegiado, o benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância. Um dos debatedores, Fábio Medina Osório, especialista em direito constitucional e em direito administrativo e ex-ministro da Advocacia Geral da União criticou a ideia de que o foro é o responsável pela impunidade no país. Já Roberto Livianu, promotor de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, defendeu uma ampla reforma no modelo atual e sustentou que a existência do foro persiste por uma “cultura de privilégio” herdada dos tempos da monarquia. Ele citou democracias onde não há o instituto do foro, como Suíça, Espanha e Estados Unidos. Marcos da Costa, presidente da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , defendeu uma redução no tamanho das classes que hoje têm algum tipo de foro, que incluem, além de congressistas e ministros, juízes, promotores e prefeitos. Osório concordou que a quantidade de autoridades hoje abrigadas por algum tipo de foro poderia ser reduzida ou racionalizada. Livianu disse que não faz sentido permitir que detentores de poder “se escondam” atrás do foro e mencionou casos de prescrição de crimes no Supremo. “É inadequado, ruim e injusto” , disse. Folha de S. Paulo Teoria e prática Está correta, em seus princípios, a concessão a determinadas autoridades públicas do foro especial por prerrogativa de função, também chamado, de modo um tanto pejorativo, de foro privilegiado. Na prática, entretanto, há evidências suficientes a demonstrar que o modelo brasileiro de prerrogativa de foro se tornou disfuncional. Os motivos ganharam números mais precisos em levantamento desta Folha, publicado na edição desta terça-feira (24/05/18) . Constatou-se que a quantidade de autoridades beneficiadas pelo instituto ultrapassa a cifra estelar de 58 mil. As normas variam entre as unidades da Federação. Algumas chegam a estender o foro especial a comandantes de polícia e até dirigentes de empresas estatais. Não se conhece notícia de um rol tão grande de beneficiados, com garantias tão amplas, em outro lugar do mundo. Folha de S. Paulo
O foro privilegiado – benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância como os cidadãos comuns – entrou em discussão no Brasil, na sequência dos muitos casos de corrupção nas mais variadas esferas de governo. Há quem queira acabar com esse recurso: na internet, por exemplo, há pelo menos três abaixo-assinados com esse objetivo. Mas há também quem tenha posição contrária e veja aspectos positivos na existência do foro, como se pode ver pelos textos da coletânea que acompanha esta proposta de redação. Leia-os com atenção, reflita sobre eles, mobilize seus conhecimentos pessoais sobre o tema e desenvolva uma dissertação argumentativa sobre o tema: o direito ao foro privilegiado, expondo e justificando sua opinião sobre o assunto.
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direitos-em-conflito-liberdade-de-expressao-e-intimidade
É notório que a liberdade de expressão deve ser livre mais moderada não afetando a intimidade de nenhum cidadão. Uma vez que a liberdade de expressão não é divulgar a vida pessoal de um individuo e as leis previnem contra tal abuso. Sabe-se que a liberdade de expressão é um meio de se defender á si e a população contra algo que esta prejudicando a sociedade, assim não envolvendo a intimidade, pois um ato não envolve o outro. Se expressar é um meio de mostrar sua opinião, mas sem afetar a vida pessoal de outra pessoa, que não deve por hipótese alguma ter que sofrer tal abuso na rede. Alem disso as leis ajudam á punir esses abusadores que são chamados de “hackers” que invadem informações como redes-sociais, bate-papos e contatos, expondo informações de total particularidade. Conforme a Constituição Federal de 1988, o individuo que teve sua intimidade exposta pode receber indenizações, e informações apagadas, não podendo ser divulgadas e o hacker sendo detido por abuso de informações pessoais. Por tudo isso é importante esclarecer que a intimidade e a liberdade de expressão devem ser moderadas, pois pequenos detalhes podem prejudicar de imediato a vida social de uma pessoa. Sabendo disso a mídia não deve expor tantas intimidades, a sociedade deve acusar menos e a família ajudar a essa pessoa passar por tal crise em sua vida. Pois como se diz o filosofo Paulo Freire “Não é saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes”.
[ 80, 120, 120, 120, 80, 520 ]
2,017
A letra da lei Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Constituição Federal de 1988 Proibição A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado. Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado. (...) Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são "relevantes e amparados em prova idônea". "A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro", diz o despacho. Folha de S. Paulo Opinião A imprensa tem de ser livre porque a liberdade de expressão e de informação está no capítulo dos nossos direitos fundamentais, a saber: o Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Lá se lê: “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” Logo, a Constituição veda que se proíba a imprensa de publicar isso e aquilo. Mas é preciso ver se outro dispositivo não está a ser desrespeitado. No caso em tela, o Inciso X, que vem na sequência, reza o seguinte: “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” . E foi com base nesse arcabouço que a Justiça decidiu (...) . Reinaldo Azevedo Conflito “O jornal não violou nenhum segredo judicial. Não vi nada no texto que pareça violação da privacidade da Marcela. Tudo o que está na reportagem está num processo público” , diz Roberto Dias, professor de direito constitucional da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. O caso é um exemplo clássico, segundo Dias, de conflito entre dois valores que são preservados pela Constituição: o direito à liberdade de expressão versus o direito à intimidade. "Em casos de conflitos como esse deve prevalecer a liberdade de expressão sobre o direito à privacidade, já que a informação divulgada é pública", defende Dias. Professora de direito constitucional da USP, Monica Herman Salem Caggiano escreveu um artigo sobre esse tema que será publicado num livro a ser editado por uma universidade da Itália, a de Camerino, fundada em 1336. "O embate entre privacidade e liberdade de expressão é uma questão delicada. Mas, a meu ver, o que está na internet você não pode retirar. A reportagem se baseia em informações públicas, que não podem ser ignoradas, escondidas ou colocadas nos bastidores. O direito de informar deve ser privilegiado. "Folha de S. Paulo
Em abril do ano passado, um hacker clonou o telefone da primeira-dama Marcela Temer e tentou chantageá-la, ameaçando divulgar conversas que jogariam “na lama” a reputação do presidente da República. O hacker foi rapidamente preso e condenado por estelionato e extorsão. Neste ano, quando publicaram reportagens sobre o assunto, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram surpreendidos por uma liminar que os proibiu de fazê-lo, obrigando-os a retirar do ar textos já publicados em seus sites na internet. A proibição dividiu opiniões. Para alguns, foi considerada censura e um atentado à liberdade de expressão. Para outros, uma defesa legítima da intimidade da primeira-dama. Por trás desses fatos, revelou-se um conflito entre dois incisos do quinto artigo da Constituição Federal, que se referem justamente aos dois direitos: a liberdade de expressão e a inviolabilidade da intimidade do cidadão. Leia os textos da coletânea sobre o caso e redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista sobre o tema: que fazer quando há conflitos entre dois direitos como esses? Qual deve prevalecer? Por quê?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O conservadorismo está em voga na contemporaneidade. Ele é estimulado quando a população de determinada região se sente ameaçada, como nos Estados Unidos e no continente Europeu com a crise dos refugiados. Já no caso do Brasil a violência e a prolongada crise econômica estimulam o crescimento da população conservadora. No Brasil, de acordo com o blog Movimento Brasil Livre (MBL), a expansão da onda conservadora foi estimulada por suscetíveis casos de corrupção no partido de esquerda que governava o país. Desse modo, criou-se uma polarização radical oposta, conservadora, que tenta se afastar de políticas que atrasam o desenvolvimento nacional. Em contra partida, de acordo a filósofa Hannah Arendt, líderes que demonstram força e geram a união do povo para lutar contra um “mau” em comum, geralmente podem cometer excessos, atingindo direitos e garantias fundamentais de pessoas que não compartilham os mesmos valores. Nesse sentido os Direitos Humanos devem estar acima de qualquer ideologia. Portanto, a onda conservadora é uma tendência em muitos países. Dessa forma, parcerias entre instituições formais e informais (igreja, família e escolas) devem ser formadas para se discutir e entender o melhor para a maioria sem agredir ou retirar os direitos das minorias. Assim, manteremos o Contrato Social de Rousseau vivo em nossa nação e continuaremos bons preservando a família.
[ 120, 160, 120, 160, 160, 720 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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por-que-os-jovens-querem-deixar-o-brasil
Com apenas 20 anos de idade, o poeta romântico Gonçalves Dias compôs, no século XIX, a “Canção do exílio”, expressão do sentimento nacionalista de retorno à pátria amada. Caso o poeta vivesse no Brasil atual, dificilmente rogaria à Deus para que não morresse antes de voltar aos trópicos. Segundo pesquisa Datafolha, a maioria dos jovens brasileiros – entre 16 a 24 anos – querem deixar o país, abandonar as palmeiras e os sabiás em nome do sucesso que raramente encontram cá, mas é abundante lá. Afinal, o que motiva esses jovens? O Brasil foi construído sob a miscigenação de diferentes povos. Imigrantes portugueses, espanhóis, japoneses, italianos, entre tantas outras culturas vieram em busca da prosperidade que não desfrutavam em seus países. As Grandes Guerras do século passado, a fome e as perseguições políticas forçaram muitas famílias a cruzarem o Atlântico rumo ao recomeço de vida. Sem dúvida, as crises são fatores preponderantes na decisão de abandonar a própria pátria. Dessa forma, a crise brasileira desmotiva sobretudo a juventude. O sistema de ensino público, carente de investimento, não instiga o jovem a produzir e transmitir conhecimentos. Universidades sucateadas, como a UERJ, são reflexos de um Estado omisso e despreocupado em garantir a formação intelectual da população. Ademais, mesmo com um diploma, conseguir o primeiro emprego não é fácil: a especialização exigida afunila, cada vez mais, a competição no mercado de trabalho. Estudar, trabalhar e aposentar: no Brasil, sinônimos de frustrações. Inclusive, no clima de desesperança, nuvens negras do fascismo e da intolerância já são vistas no horizonte. A juventude assiste ao despontar de lideranças autoritárias, cujos discursos já se ouviram na ditatura: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Inevitavelmente, com a democracia ameaçada, a educação abandonada e o emprego que mal paga as contas não bastam estrelas, flores ou amores suficientes para permanecer no Brasil. Assim, torna-se evidente que, sem estímulos, cada vez mais jovens abandonarão a pátria rumo aos países desenvolvidos. Lá, encontrarão boas escolas, universidades e empregos, além de impostos menores (comparados aos brasileiros); enfim, encontrarão oportunidades de ascensão social. Somente quando o Brasil ofertar dignidade para a sua juventude não haverá fuga da nova geração. Caso contrário, quem ouvirá a canção do sabiá?
[ 200, 200, 200, 120, 80, 800 ]
2,018
62% dos jovens brasileiros querem emigrar Num piscar de olhos, a população dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná desapareceria do Brasil. Cerca de 70 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais deixariam o Brasil se pudessem, mostra o Datafolha. Na pesquisa, feita em todo o Brasil no mês passado, 43% da população adulta manifestou desejo de sair do país. Entre os que têm de 16 a 24 anos, a porcentagem vai a 62%. São 19 milhões de jovens que deixariam o Brasil, o equivalente a toda a população de Minas Gerais. O êxodo não fica apenas na intenção. O número de vistos para imigrantes brasileiros nos EUA, país preferido dos que querem se mudar, foi a 3. 366 em 2017, o dobro de 2008, início da crise global. Os pedidos de cidadania portuguesa aceleraram. Só no consulado de São Paulo, houve 50 mil concessões desde 2016. Há também grande frustração. “O Brasil de 2010 promoveu as expectativas de que nosso país seria diferente. O tombo foi maior quando se descobriu que não estávamos tão bem quanto se dizia” , explica Flávio Comim, professor de Economia da Universidade Ramón Llull, em Barcelona. “Afinal, o que é ser brasileiro hoje? Não pode ser ‘sou um desiludido, um desesperançado’. Cair nisso é muito perigoso para todos nós” , alerta o diretor de Mobilização do Todos pela Educação, Rodolfo Araújo. Há de fato um clima de desesperança. Levantamento feito no começo do mês de junho pelo Datafolha mostrou que, para 32% dos brasileiros, a economia vai piorar; 46% acreditam em alta do desemprego. “Gera uma angústia muito grande. Se nós já estamos em pânico, imagine os jovens” , diz Marcos Fernandes, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas. Enrico Aiex Oliveira, 19, um dos 12 mil brasileiros que cursam faculdade em Portugal, pretende fazer carreira no exterior. Gostaria de voltar um dia ao Brasil “se houvesse estabilidade econômica, reforma política e melhora na saúde e na educação” . O problema, segundo Comim, é que, “se há um futuro, ele não deve chegar tão breve. E dez anos podem não ser nada na vida de um país, mas é muito na de uma pessoa” . Nessa perspectiva, a vontade de ir embora “é uma atitude racional, de busca de uma vida melhor em um mundo no qual ficou mais fácil transitar” . (Folha de S. Paulo, editado)
Historicamente, o Brasil tem sido um país de imigração: gente de várias partes do mundo deixou seus países de origem para tentar conseguir aqui melhores condições de vida: portugueses, espanhóis, italianos, alemães, japoneses, árabes, coreanos, etc. No entanto, uma pesquisa do Datafolha realizada no mês de junho de 2018 aponta para uma grande mudança nesse quadro migratório. Agora, são os brasileiros que querem deixar o país, em busca de uma vida melhor no exterior: se pudessem, cerca de 70 milhões de brasileiros deixariam o Brasil, isto é, 43% de nossa população adulta. Entre os jovens, na faixa dos 16 aos 24 anos, o número aumenta: são 63% os que querem partir. Na sua opinião, o que explica esse fato? Por que o Brasil teria se transformado num país de emigração? Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre esse tema, apresentando o que lhe parece ser os motivos da mudança e avaliando se essa inversão do fluxo migratório se justifica ou não.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
Apropriação cultural é um termo usado para se referir ao uso de elementos de uma cultura que não é a sua em diferentes contextos, como fez a atriz Alessandra Negrini ao optar por um cocar indígena para desfilar em seu bloco de carnaval. A artista recebeu fortes criticas em suas redes sociais por estar desrespeitando a cultura citada, com a justificativa de que "índio não é fantasia". Há diferentes opiniões das tribos em relação ao assunto e muitas delas consideram a representação indígena no carnaval como uma troca cultural e muitas vezes como uma forte critica social ao preconceito sofrido por eles. As festas carnavalescas são parte da identidade cultural do Brasil e trazer visibilidade a situação dos índios por meio delas pode ser a peça chave para diminuir o racismo e o preconceito que ainda é muito frequente na nossa sociedade. É necessário, sobretudo que haja o respeito com as diferentes etnias e que a representação do índio no meio social não seja feita de forma ofensiva e sim como um apoio as suas necessidades, pois uma identidade cultural não deve ser desvalorizada ou ridicularizada.
[ 120, 200, 120, 120, 80, 640 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que define os direitos e deveres dos cidadãos garante entre os demais símbolos o hino nacional brasileiro. No entanto, a dubiedade em diversos setores da sociedade, não oculta o valor que além de cultural e ainda histórico possui o ato de cantar o hino nacional do Brasil. Ante os fatos apontados, a relevante cultura de saudar o país por meio de seus símbolos denota não apenas um gesto moral e popular de patriotismo nobre, mas ainda convém citar como já dizia Frederich Nietzche: "A moralidade é a melhor das regras para orientar a humanidade". Uma vez que, urge similarmente relatar o contexto histórico que, assim sendo, representa as grandes glorias do passado bem como se reproduz em sua letra, além do mais, os grande marcos alcançados pelo país celebrados ao entoar esse símbolo da pátria faz jus a notável honra agregada ao feito. Consequentemente, pois, findando as incertezas, são medidas correspondentes tanto por parte do governo através dos ministérios da cidadania junto ao das relações exteriores promoverem com seus meios publicitários mais os informativos o estimulo cultural tornando praxe esse ato nobre para a população do Brasil nos eventos adeptos, quanto ainda, por parte do povo brasileiro que honrado pela história possa estar educando com os princípios morais os mais jovens motivando-os de modo positivo cantar o hino da República Federativa do Brasil.
[ 120, 120, 120, 120, 160, 640 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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13.html
carnaval-e-apropriacao-cultural
O uso de fantasias e alegorias no Carnaval que remetem às culturas inferiorizadas é criticado por diversas pessoas como sendo um caso de apropriação cultural. Entretanto, é preciso saber diferenciar apropriação de intercâmbio cultural, uma vez que a primeira agrava o preconceito e o desprestígio, enquanto o outro procura não só homenagear, mas também trazer notoriedade para a cultura e às causas enfrentadas pela mesma. Dito isto, é importante notar que a apropriação cultural está vinculada a uma prática de desmérito, pois uma etnia que é retratada sem contextualização e resumida em um vestuário bonito e exótico tem sua imagem estereotipada, como também seu valor esquecido. No Carnaval, as pessoas apreciam plumagens exuberantes, por exemplo, sem conhecerem os maus tratos aos pássaros e todo o comércio por trás de fantasias que servem somente de entretenimento. Contudo, o intercâmbio cultural é completamente diferente, pois trata-se de uma homenagem a qual considera a história e as batalhas de uma cultura como aspectos fundamentais para retratá-la com veracidade. Por exemplo, "O Guarani" e mais outros livros do romancista José de Alencar utilizaram o encontro do branco com o índio como uma narrativa que evidenciou um Brasil ignorado por muitos. Traçando um paralelo, as escolas de samba têm a oportunidade de usar de sua visibilidade para alavancar políticas sociais e ambientais em prol das minorias. Assim, concluímos que a problemática de se retratar culturas inferiorizadas no Carnaval está na maneira como a mensagem é transmitida. A fim de evitar a apropriação cultural, as escolas de samba que optarem pelo tema precisam expor as dificuldades que diversas etnias enfrentam na sociedade, dando a oportunidade aos indivíduos pertencentes às tais culturas de participarem dos desfiles e de se expressarem para milhões de pessoas, despertando assim o interesse no espectador em participar ativamente das batalhas dessas etnias.
[ 160, 160, 160, 160, 160, 800 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Foi-se o tempo em que os gringos chegavam aqui e levavam para si madeira e minério. Aqui não é mais terra de índio e estrangeiro algum, com ladainha furada, vai pôr a mão naquilo que nos pertence. O ponto em questão é que, os líderes europeus querem para si a tutela da amazônia, para repetirem o que foi feito há séculos, extrair! Extrair como extraíram por todo canto que passaram e nunca "consertaram" o estrago causado, visto seus próprios quintais, praticamente zerados de vegetação nativa. Com que audácia esses pseudoambientalistas de terno e gravata falam que não cuidamos do nosso país, fingem que não sabem que é em terras brasileiras que se encontram as florestas mais preservadas do mundo. Acusam a agricultura e a pecuária de vilões do desmatamento, mas são os homens do campo os maiores preservadores da mata nativa e da água que temos aqui. Nossas leis ambientais são as mais rígidas do mundo, justamente para manter viva nossa fauna e flora. Nossas florestas estão bem conservadas, basta olhar com atenção os verdadeiros dados, porque está cheio de informações falsas espalhadas por aí, com a intenção de formar opiniões que a eles convém que convém a quem as difunde. São as nossas florestas que estão verdes e em pé, não as da Europa, logo, não é difícil saber quem entende mais de preservação ambiental. A amazônia é nossa, fique você, Macron, com o que sobrou da catedral de Notre Dame.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Um estudo feito em fevereiro de 2019 pelo Instituto Datafolha aponta que uma grande parte dos brasileiros tem como princípio a fé religiosa para crescer na vida. A fé é passada de geração em geração o como um ensinamento para vida do ser humano, sendo assim, as pessoas sentem a necessidade de acreditar em uma força superior que a todo tempo está lhes ajudando. Através da fé o indivíduo adquire um equilíbrio psicológico para avançar na vida, fazendo com que ele tenha um encorajamento para seguir aprimorando seus estudos. A consequência que os estudos trazem na maioria das vezes é conseguir um bom emprego, gerando assim uma boa condição financeira, e trazendo o benefício de um dia ter o direito de se aposentar. Os dados sugerem, portanto, que a fé é importante para dar os primeiros passos para vencer na vida.
[ 120, 80, 80, 160, 0, 440 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Conforme os dicionários brasileiros, pode-se compreender que a fé consiste em uma convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade. A fé é algo possível a todos, uma vez que não corresponde a um bem que se precisa adquirir antes: para ter fé, basta - de fato - acreditar! Assim sendo, quando uma pessoa deseja melhorar de vida, a fé, dentre os itens mencionados na pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil, é o item mais rápido de ser acionado e ser desenvolvido, mesmo que não seja o único responsável pela mudança e ainda possa ser uma força motivadora durante o processo. Ter estudos, saúde, trabalho, dinheiro, aposentadoria, apoio financeiro da família, cultura e lazer, enfim, todos esses itens, em algum momento, dependerão de outros fatores e pessoas para obter e desenvolver. Pode depender de políticas públicas, de bens familiares, de oportunidades de emprego geradas pelas empresas, da natureza. Ter fé depende apenas da capacidade individual de "plantar" esperança no presente independentemente das circunstâncias deste. E não se pode negar que a realidade de muitos brasileiros carece de recursos. Pode-se pensar que ter fé na mudança de vida (e independentemente de qual religião a pessoa seja) é o primeiro passo, mas não significa que o sujeito em questão não irá acionar outros itens que irão ajudá-lo nesse processo de mudança. Na religião cristã, é ensinado que a fé sem ações "é morta", perde o sentido de existir. De fato, alguma atitude no mínimo é necessária para mudar a realidade pessoal: para pedir ajuda ou auxílio e mesmo que seja para ganhar algo, é necessário se identificar como ganhador, alcançar o "prêmio" e utilizá-lo de alguma forma. A convicção na melhora de vida conforme há esforço para tal também pode ser entendida como uma força motivacional, necessária para manter o sujeito focado durante as dificuldades que poderão surgir. Aprimorar nos estudos, buscar um trabalho melhor, ir atrás dos direitos para a aposentadoria nem sempre são atividades simples, requer persistência, paciência na própria evolução, para as quais são necessários controle emocional e mental, os quais podem ser beneficiados pela fé. Segundo o escritor latino Publilius Syrus que viveu antes de Cristo: "Bis vincit qui se vincit", ou seja, vence duas vezes quem vence a si mesmo. Nos dias atuais, superar a própria realidade continua a ser uma grande vitória, uma conquista louvável. Para tal, pode-se contar com a fé, a qual é uma força popular e gratuita.
[ 160, 160, 160, 120, 0, 600 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
A posse de arma é quando uma pessoa tem tanto em sua casa, como em uma chácara ou até mesmo em um local de trabalho uma arma de fogo. O mesmo se aplica para os acessórios e munições. Caso a posse seja ilegal, o tempo estimado de prisão é de até 6 anos, além também do pagamento de uma multa. Em 2005, foi feito um referendo a favor da posse de armas, onde chegaram a uma conclusão de que 64% da população estava sim a favor do acesso facilitado a armas de fogo. Com a legalização da posse, a população brasileira terá uma maior facilidade em alguns recursos onde a ampliação da validade do documento foi feita de 5 para 10 anos, possibilitando assim uma facilidade maior com que os armamentos se mantenham legalizados. Segundo a Revista Época: “Armas estão entre os bens mais valorizados por ladrões. São um motivo a mais para o assalto.”, onde a “ilusão de segurança” começa a partir do momento em que um familiar pensa que terá tempo de perceber um assalto e poderá reagir, onde muitas vezes não é o que de fato acontece. Portanto, é dado por um consenso geral que a posse de armas é um direito de todo cidadão para auto defesa, porém a partir do momento em que alguém tem uma arma, automaticamente essa pessoa vai estar em risco, ou seja, o Brasil pode ter sim a facilidade no acesso de armas desde que a sociedade tenha um pensamento maduro a respeito do assunto.
[ 120, 40, 40, 120, 0, 320 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A descoberta do fogo pelo homem, ocasionou a Revolução Neolítica, que possibilitou caracterizar o ser humano antes e depois desse evento. A ciência acompanhou o homem durante toda a história, são inúmeros os marcos que mudaram a estrutura econômica e social da sociedade. Entretanto, no presente, barreiras são moldadas e o avanço está cada vez mais prejudicado por falsas crenças individuais e, até mesmo, políticas. A pesquisa no mundo contemporâneo passa por uma assombrosa crise de credibilidade e investimento, que irá propor um abismo as futuras gerações. Em primeiro plano, é essencial expor as consequências de a sociedade estar aceitando, facilmente, falsas teorias, opiniões próprias ou simples "Fake News" espalhadas em determinadas redes sociais. Portanto, por exemplo, o Movimento Antivacina foi listado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como umas das dez maiores ameaças a saúde global de 2019. Contudo, o movimento ganha cada vez mais força e adeptos, visto que doenças como o sarampo obteve um aumento de 300% no mundo, nos últimos três meses, o que é, indubitavelmente, preocupante a sociedade que questiona da medicina. Outro ponto relevante, nessa temática, é o conceito de fato social de Émile Durkeim, que explica a maneira coletiva de agir e pensar. Desse modo, é possível estabelecer um paralelo com a teoria do sociólogo, o indivíduo que tem em seu meio convive com pessoas que acreditam em pós-verdades, tende a adotá-lo também por conta da vivência em coletivo. Assim, inverdades serão, continuadamente, propagadas pela sociedade de geração em geração. Destarte, é importante evidenciar que não há um bom futuro sem o avanço da ciência, o que existe é o retrocesso de uma sociedade cega em suas próprias convicções. Dessa maneira, questionar o que foi estudado, observado, experimentado até ser, finalmente, sintetizado por meras teorias conspiratórias é um tanto arriscado. A ciência impulsiona o homem a evoluir e se reinventar, portanto, não deve ser colocada como uma farsa as pessoas.
[ 160, 160, 200, 160, 40, 720 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O embate entre esquerda e direita, iniciado na revolução francesa, vem moldando os países desde a sua criação. Os termos, praticamente, se tornaram confusos ao longo dos séculos e hoje em dia, cada um ou cada grupo, tem sua própria concepção do que significa tais termos. A partir disso, cada um procura se colocar em um lado do espectro, ou às vezes, prefere o centro. Em uma democracia saudável, ambos os lados convivem ou deveriam conviver pacificamente, às vezes até se revezando como governo. Porém no Brasil, esse convívio se tornou tóxico ao ponto de um não suportar o outro. Após aproximadamente duas décadas de um governo militar considerado de direita, com seus erros e acertos, finalmente um governo civil tomou posse; e desde então a esquerda, ou para alguns, liberais, vem governando o país e tentando se perpetuar no poder. Essa tentativa se tornou mais clara com a chegada da extrema-esquerda extrema esquerda ao poder, em 2002. Sempre com pautas que agradam à primeira vista, ela foi ganhando cada vez mais seguidores. O que a maioria não percebeu, seguidor ou não, era que todas as boas intenções acobertavam os piores esquemas de corrupção que o mundo já havia visto. Compra de parlamentares, aparelhamento dos poderes da república, desvios bilionários de empresas estatais, tudo em prol de uma agenda maligna criada e aperfeiçoada desde então, por um “burguês socialista”, há uns dois séculos atrás, mais ou menos. Portanto, não é de se espantar que uma onda de direita conservadora tenha surgido em peso no Brasil recentemente. Como citado no texto, anteriormente, uma democracia saudável precisa de ambos os lados dialogando e chegando a um consenso para um bem-estar da população. Não pode ser aceitável em um país como o Brasil qualquer tipo de ditadura, seja de direita, ou uma ditadura corrupta corporativista de esquerda. Se um governo conservador vai ser bom, só o tempo dirá, mas 15 anos de governo progressista já se mostrou uma péssima experiência.
[ 160, 120, 120, 120, 0, 520 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Ao analisar o tema, vê-se que a frase "tempo é dinheiro", de Benjamin Franklin, resume essa era da Criptomoeda que revolucionará a economia mundial. Pode-se notar que as diferenças de valores das moedas de cada país são causadas pelo uso de cédulas distintas, que prejudicam imigrantes e até o próprio estado na conversão do dinheiro estrangeiro. Com isso, será feito com que valha uma única quantia universal, que irá ser controlada virtualmente, o que facilita o acesso em qualquer continente; e claro com a máxima proteção para que não haja assaltos e golpes virtuais. As organizações econômicas de cada país devem implantar aos poucos a criptomoeda para que o povo se acostume devagar com a ideia; divulgar mais sobre e investir na proteção digital.
[ 160, 80, 80, 120, 80, 520 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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violencia-e-drogas-o-papel-do-usuario
Em todos os lugares do Brasil temos violência, incluindo os usuários de drogas. A segurança pública contra traficante e vice-versa, formando a guerra entre eles e trazendo a morte dos dois lados, temos casos da segurança invadindo as comunidades e atirando para todos sem nem querer saber se é inocente, e traficantes indo atrás de quem matou aquelas pessoas. Existe drogas em todo o Brasil e usuários, e assim gerando a guerra, até entre as famílias por causa do vício, sempre haverá comprador é assim trazendo o vendedor. O Brasil tem que melhorar no sistema público para que a violência diminua e discutir sobre a legalização de drogas, pois a droga é proibida, mas continua no Brasil.
[ 80, 80, 80, 120, 120, 480 ]
2,018
Quem matou ele? Madrugada no morro. Um grupo de policiais ataca de surpresa uma boca de fumo e mata dois traficantes. O Capitão Nascimento pega um dos consumidores pelos cabelos e o obriga a pôr o rosto nos buracos de bala no peito do bandido morto. O rapaz, apavorado, diz que é estudante, na tentativa de se defender. – Quem matou ele? – pergunta o capitão, aos berros. – Não sei – responde o rapaz. – Não sabe? Quem matou ele? – Vocês, foram vocês! – Nós? Quem matou ele foi você! A gente vem aqui limpar a m* que você faz! Não é à toa que essa cena, do filme Tropa de Elite, é uma das que mais chocam os espectadores. Ela toca numa questão crucial do tráfico: a taxa de responsabilidade dos consumidores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas aponta o dedo para uma parcela da elite. Maconha e cocaína no Brasil são bens de luxo, para a população com maior poder aquisitivo. De acordo com o levantamento, o consumidor-padrão de drogas no Brasil é homem, tem entre 20 e 29 anos, é da classe média alta e mora com os pais. “Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média” , diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Embora ilegal, o tráfico de drogas não infringe outro tipo de lei – a do mercado. Se não houvesse comprador, não haveria venda. O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha. A Suécia foi pelo caminho inverso: levou para a cadeia vendedores e consumidores, e hoje o número de drogados do país é um terço menor que no restante da Europa. Revista Época A culpa é da proibição "Quem financia o tráfico não é quem fuma, é quem proíbe"Dizeresde um cartaz exibido numa manifestação pela descriminalização da maconha em São Paulo. O ex-presidente e o STF Fernando Henrique Cardoso disse esperar que a crise no sistema prisional impulsione o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Em entrevista ao blog, os ex-presidente tucano declarou que caberá ao Supremo Tribunal Federal dar “os primeiros passos” . Corre no Supremo uma ação sobre a posse de drogas para uso recreativo. Três ministros votaram a favor da descriminalização de todas as drogas (Gilmar Mendes) ou apenas da maconha (Edson Fachin) , ainda que com a fixação de um limite de 25 gramas para a posse (Luis Roberto Barroso) . Veja trechos da entrevista: – O senhor aprovaria, portanto, a produção de maconha para consumo próprio? Sim. Qual é a minha preocupação? A droga, na prática, é livre nas mãos do bandido. Então, o Estado precisa começar a descriminalizar o que for razoável e, depois, regulamentar. É melhor ter algum tipo de regulamentação do que simplesmente deixar como está hoje. – Hoje existe a proibição legal, não? Sim, é proibido. Mas a droga circula. E quem vai para a cadeia são os pobres usuários, sobretudo mulheres. (...) – De que maneira a deterioração do sistema prisional interfere no debate sobre a descriminalização das drogas? O foco do debate está invertido. Como tem muita gente nos presídios, algumas pessoas dizem: “Vamos descriminalizar porque isso alevia a pressão nas prisões. ” Tudo bem, é verdade. Pode ter esta consequência. Mas não resolve por completo o problema da violência dentro dos grandes presídios. Essa violência é fruto de uma luta pelo controle das rotas de drogas. E isso vai continuar existindo, porque o Brasil é um grande consumidor de drogas. Sem mencionar o fato de que o Brasil é rota de passagem de drogas para outros países. Blog do Josias
Devido à explosão da violência, principalmente à relacionada ao tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está sob intervenção na Segurança Pública, com o Exército nas ruas e um general no comando. A questão do comércio de drogas ilegais pode ser examinada sob diversos pontos de vista: social, econômico, político, de saúde pública, etc. No âmbito econômico, por exemplo, o tráfico está vinculado à célebre lei da oferta e da procura. Em função disso, há quem responsabilize os usuários de drogas pela violência disseminada pelos traficantes. No entanto, há também quem os isente de culpa, atribuindo a violência ao tráfico, à proibição e à ilegalidade, que, se fossem abolidos, eliminariam a criminalidade. Leia os textos que acompanham essa proposta de redação e, a partir disso, redija uma dissertação argumentativa, expondo sua opinião: a violência do tráfico é consequência de uma política proibicionista, de combate às drogas, ou da dependência dos consumidores, que procuram os tóxicos e mantêm a contínua necessidade de oferta?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Em 2018, o Brasil encontrou-se em uma eleição presidencial extremista, em que as ideologias dos candidatos foram totalmente contrárias entre si. Neste contexto, a discussão sobre a “onda conservadora” no país foi levantada, juntamente com as questões morais da massa populacional, que, vislumbrando a decisão dentre os extremos, tomou partido em questões como, a pena de morte, prisão perpétua, casamento homossexual e tantas outras polêmicas, que anteriormente não eram levantadas com tanta frequência. Segundo pesquisa do IBGE realizada no ano de 2016, 1% da população brasileira que equivale a 889 mil pessoas, é considerada rica, obtendo mensalmente a renda superior a R$ 27 mil reais. Já o número de pessoas que declaram ganhar por volta de R$ 747,00 reais mensalmente é de 4,4 milhões de habitantes, um alarmante sinal, de que a desigualdade social é gigantesca. Hipoteticamente, pelo grande desnível de renda, a maior parte da população deveria considerar a esquerda como possível solução para que haja maior igualdade nos índices apresentados. Entretanto, uma grande parcela da população demonstra-se favorável ao capitalismo, considerando que o próximo presidente da república, já eleito, Jair Bolsonaro, é de extrema direita. Fato que pode ser atribuído à insatisfação popular que decorre aos anos de regime em que a extrema esquerda pairou pelo poder, sem que houvesse medidas extremas para resolução de diversos problemas, dentre eles, o apresentado acima. Estafada com a situação de crise sem fim que o Brasil se encontra, a população vê como saída adotar o conservadorismo, já que o mesmo tende tomar medidas mais extremistas, que retoma à questão principal. Incontestavelmente o Brasil passa por uma onda conservadora, o que é uma sequela arrasadora que a população carrega por falta de expectativa. Todavia, como sempre existiu, há divergência de ideias, e podem ser manifestadas nos próximos anos, para que a democracia sempre exista, e acima de qualquer ideologia, a massa seja favorecida.
[ 200, 160, 200, 160, 0, 720 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
O Brasil vive uma epidemia de homicídios nas últimas décadas. A violência é comum a países com alto grau de desigualdade social - como o Brasil. O decreto que flexibiliza a posse de arma, bem como, os anseios de uma parcela da população que concorda com este, põe em cheque a fragilidade do estado em garantir a segurança aos cidadãos pagadores de impostos. A violência escancarada nos jornais não é resultado da falta de armas e sim do excesso delas, principalmente por estarem “nas mãos erradas”. Outro fator que corrobora com o aumento da violência é a falta de investimentos em educação e emprego. Uma população sem expectativas, sem oportunidades, se torna muito mais vulnerável e atraída para o tráfico de drogas, armas, etc. Portanto, para conter a escalada do número de homicídios, é preciso ir além de decretos e leis que “joguem” ainda mais armas diante de uma população que carece do básico. Carece de educação, de emprego, saúde e dignidade.
[ 120, 120, 160, 160, 40, 600 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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15.html
posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Tema muito discutido atualmente, e que teve grande influência nas eleições de 2018. A posse de arma vem gerando debates polêmicos e dividindo o país entre prós e contras, mas não é uma questão tão simples como aparenta ser. O projeto de lei jà decretado flexibiliza algumas exigências para a posse de armas de calibre irrestrito. O que em tese aumentaria a segurança, mas e inegável que teriamos um aumento significativo na taxa de homicídios, será que na sociedade em que vivemos hoje estamos devidamente preparados para o uso de armas de fogo. Esse armamento da população também vai contra a ideia de que a violência não é a melhor opção. E que através da educação encontraremos o caminho da paz. Portanto uma solução eficiente seria, a implantação de projetos educacionais para crianças e jovens em comunidades e áreas com alto índice de criminalidade, por parte do ministério da educação e projetos socias. E para um combate ao crime organizado, mais investimento em forças policiais e políticas públicas de inserção de reeducandos na sociedade por parte do governo e empresas. Por que como disse Nelson Mandela, a educação e a arma mais poderosa pra se mudar o mundo.
[ 120, 160, 120, 120, 160, 680 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Atualmente a ciência já desmitificou vários fatos importante de grande relevância com também contribui para sociedade em diverso acontecimento histórico, porém gerou-se outros mitos sobre a terra plana ou redonda. segundo relatos dos livros de historias no período do século xiv e xv nas grandes navegações expansão marítima tinha diversos mitos sobre a terra que era comentado uns do grande mito o qual desse era sobre de que o planeta era plano e também poderia cair um grande abismo com diversos monstros, entretanto era no período que existia tantos recursos tecnológico com hoje de equipamento de precisão, diversas pesquisas fundamentada, publicação em revista cientifica conceituada a qual demonstra uma veracidade para comprovar para a população porem deixou uma lacuna em aberto para outra parte da sociedade mais em intelectual que desacorda em alguns itens ou duvida sobre a existência. São acontecimento de relevância que trouxe beneficio um exemplo Albert Einstein com uma formula de energia massa velocidade luz onde contribuiu para desvenda à energia atômica é como isso acrescentou para desenvolvimento militar como a bomba atômica mas também com usina nuclear para gerar eletricidade. por tanto, fica claro que a ciência buscar desenvolver é contribui e demonstra para a sociedade de que realmente pode acreditar nela até porque especulação não tem fundamento cientifico é abstrato.
[ 80, 200, 80, 120, 0, 480 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
A educação e a formação universitária é o sonho de consumo de milhões de pessoas que desejam uma vida profissional bem sucedida ou uma vida acadêmica de sucesso. Para que isso se concretize são necessários anos de preparo, que se inicia no ensino fundamental e que se estende até o final do ensino médio; isso sem levar em consideração aqueles que optam por fazer um cursinho pré vestibular - muito devido a péssima qualidade do ensino público. Atualmente quem paga as despesas das universidades públicas brasileiras é a população como um todo por meio da arrecadação de impostos. O problema com esse modelo, é que tal sistema é extremamente injusto com a população mais pobre da sociedade. Essa forma de subsídio é injusta, uma vez que a cobrança de impostos é pelo consumo, a população mais pobre da sociedade acaba pagando maior parte da conta, ao mesmo tempo em que as cadeiras dos cursos universitários públicos são ocupados pela população que possui mais condições financeiras. Em outras palavra, o atual modelo de subsídio universitário é um gerador de desigualdade social. Uma das maneiras de alterar tal quadro seria o estado brasileiro copiar modelos que são adotados mundo a fora, como o caso do sistema universitário Norte americano, que além dos recursos públicos é subisidiado por doações anuais bilionárias de ex alunos, e também pelos alunos que possuem condições financeiras para bancar o valor integral ou parcial da sua formação acadêmica. Dessa forma, o estado não ficaria tão sobrecarregado com impostos e a população de baixa renda não seria tão prejudicada. Em virtude dos fatos mencionados, é de extrema urgência o estado brasileiro adotar outras formas de subsídio universitário, seja através da cobrança daqueles que possuem condições financeiras para bancar sua própria formação acadêmica, seja através de doações do setor privado, assim como ocorre nos Estados Unidos.
[ 120, 160, 200, 120, 120, 720 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Vencer é algo que desde cedo somos instruídos a realizar. A fim de analisarmos o que é mais importante para vencer na vida, é necessário entender que existem duas vertentes: aquela que de fato é importante para cada um e a que é necessária para tal triunfo. Muitos são os princípios e valores do homem, sendo assim, para muitos, o sucesso pode estar associado à religião (através da salvação e/ou vida eterna), bem como à realizações pessoais, a exemplo da família e amigos. Tal veracidade pode ser confirmado numa simples conversa em um grupo alternativo. Porém, as prioridades citadas podem nem sempre ser bem vistas ao olhar geral do meio social em que vivemos. Em livros e revistas são citados como "vencedores" aqueles que ocupam grandes cargos, se graduam cedo, ou adquirem vagas em importantes instituições, para se confirmar o que digo: sabemos quem é Einstein, Aristóteles, mas não sabemos quem foi o primeiro homem a reunir um grupo de amigos, e isso não é errante, muito pelo contrário, é imperioso para o desenvolver e crescer de uma nação. Sendo assim, somos pressionados a ocupar grandes cargos e vagas para só depois fazermos o que seja de nossa escolha. Por isso existem pessoas frustradas que só buscam a "vitória" e esquecem o "viver". Então, o que pode ser feito para que alcancemos a nossa realização pessoal e profissional? Que busquemos o que nos faz bem, a religião que cremos, os valores que admiramos e julgamos necessários, e profissionalmente os cargos que sejam de nosso querer, sem nunca deixar de lado aquilo que precisamos dominar para saber como as coisas funcionam e foram criadas, e até mesmo entender quem somos.
[ 160, 120, 120, 160, 120, 680 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Com o passar dos anos, utilizar a ciência para prever, curar e até mesmo restaurar o que se perde, tornou-se uma tarefa de extrema importância, já que, permite-se vislumbrar quanto os seres humanos vem evoluindo. Mas, há aqueles que ousam, de forma tênue, questionar com ignorância fatos e ações que são os pilares da ciência atualmente. Tal ato, fica expresso de forma evidente, quando acessa-se alguma rede social e se coloca o tema "Vacina" na barra de pesquisa. Nota-se que os internautas sem qualquer estudo no assunto, dialogam sobre males causados pela aplicação da vacina, sem nenhuma confirmação científica ou validada. O que muitos não sabem, é que, segundo a Fundação Oswaldo Cruz, doenças como sarampo e rubéola já foram eliminadas, consequentemente pelo uso de vacinas. Outras ramificações se formam quando o assunto é questionar a ciência. Uma delas é o fato da duvida entre a Terra ser redonda ou plana. O que se torna cômico quando se estuda o mínimo sobre o assunto, pois bem antes de 1946, já há uma imagem registrada pelo Balão Explorer 2, onde é possível ver claramente a curvatura do planeta. Além do mais, se a Terra fosse realmente plana não poderiam haver estações ou qualquer fenômeno conhecido, devido a forma redonda do planeta, segundo o site BBC NEWS. Desta forma, há de se concluir que, a ciência deve sim ser questionada, não precipitadamente, mas sim de forma á entende-lá e estuda-lá, para então, expor fatos que podem mudar a humanidade e o que se sabe sobre ela.
[ 120, 200, 160, 160, 120, 760 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Há alguns dias os jovens estão passando por um caso muito democrático, pois seus direitos estão sendo bastante, prejudicado. Por tanto nem todo mundo tem condições exatas para poder pagar ou entrar em uma Universidade. Exatamente durante o mês de maio foi onde ocorreu, varios debates sobre o assunto, onde alguns são a favor e outros contra a Universidade ser de gratuita. Mais se todos aparecem pra observa direito, com os estudos de Universidade grátis teria no Brasil mais jovens, qualificados trabalhando no mercado livre, É através dessas decisões e atitudes que a maioria dos jovens nao tem nem por começo o Português atualizado, se os mais ricos paracem de se importa com si mesmo, e observacem ao seu redor a população mais prejudicada que são a comunidade mais humilde, mais sincera e que sempre correr atrás dos seus direitos. Se pelo menos os jovens da população, mais pobre podecem ser ouvidos teria menos confusão e mais Jovens formados em Universidade e com o diploma na mão. Tudo isso e só falta de diálogo e atitudes decentes!!
[ 80, 80, 80, 120, 0, 360 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido
Em meio a recente polarização política, um debate vem ganhando relevância, o da escola sem partido. O projeto, segundo seus autores, tem como objetivo libertar o sistema de ensino da doutrinação esquerdista e da ideologia de gênero. No entanto, é irônico que um projeto que diz defender uma Escola Livre traga como resultado uma maior restrição ao sistema de ensino e um declínio ainda maior da relevância da escola como local de conhecimento. O projeto, apoiado pelas partes mais conservadoras da sociedade, traz como discurso a criação de uma educação neutra, o problema no entanto é que tal ideal não pode ser alcançado, tal visão imparcial nada mais é do que uma defesa do conformismo e manutenção do status-quo. À partir dessa ideia vaga é criada uma linha tênue do que pode ser ensinado e o que não pode. O que ali é ideologia e o que ali são fatos? O que ali pode estar atacando os valores morais ou religiosos de determinado aluno? Nesse espaço aberto a interpretações, encontra-se um constante policiamento e controle de qualquer discurso minimamente crítico. A Escola Sem Partido, portanto, não tem como objetivo livrar a educação de qualquer ideologia, mas permitir o perpetuamento de ideias defasadas e atrasadas. Usando de um discurso histérico e hiperbólico uma camada da sociedade defende seus ideias conservadores, impedindo que estes entrem em atrito ou sejam debatidos na escola, um ambiente em que o senso crítico deve ser deixado em casa.
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2,016
O debate O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui) Liberdade de crença Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) Suposta doutrinação O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) .
Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A internet vem tornando-se cada dia menos um espaço restrito e o número de usuários só tende a aumentar. No entanto, esse recurso traz consigo algumas adversidades, se não usado com cautela. Simultaneamente, ingressam nesta vasta rede pessoas, e inclusive algumas instituições, a fim de propagarem desinformação, boatos e notícias caluniosas em troca de um clique alheio. Mas como essas estratégias impactam a sociedade? Apesar dos inúmeros progressos que a ciência obteve nos últimos séculos, com uma metodologia clara e objetiva, ainda sim é possível observar indivíduos com posicionamentos extremamente negacionistas. Decerto, a problemática mais se agravou com a expansão das redes sociais, sendo estas agora as principais fontes de informação. Indubitavelmente, outro problema analisado seria a falta de interesse e estímulos a fontes mais fidedignas, que como citado anteriormente, perderam oportunidades e permanecem em segundo plano. Contudo, o fraco comprometimento com a verdade por parte dos usuários é apenas um agravante, junto com o ímpeto do compartilhamento precipitado. Os criadores de conteúdo pseudocientífico, menção ao movimento antivacina e terraplanistas, trazem danos irreparáveis à sociedade; como a volta de doenças quase que totalmente erradicadas e, sobretudo, mortes. Portanto, o questionamento cego, ausente de embasamento e empírico é uma ameaça gravíssima ao bem-estar social e um retrocesso de anos de pesquisas meticulosamente formalizadas. De fato, a era da informação está sendo uma das mais afetadas pela infindável leva de ignorância. Caberá, pois, aos veículos de comunicação mais acessíveis à população, a elaboração de campanhas e incentivos a um comportamento virtual prudente, junto de questionamentos acerca das fontes provenientes de uma determinada matéria. Nesse aspecto, o trabalho da perícia cibernética é imprescindível, com o objetivo de investigar possíveis disseminadores de conhecimento ilusório, bem como seus autores.
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2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Hayek, economista da escola austríaca, acreditava haver distinção entre as ideias de lei e legislação, sendo a primeira o que é imposto pela sociedade e a segunda pelo estado. Recentemente, o MEC enviou o pedido de que ocorresse o canto do hino nacional brasileiro nas escolas em frente a bandeira, uma lei que existia, porém não era aplicada. Além disso, utilizou o slogan do atual presidente "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". É notória a irrelevância da aplicação dessa lei formal, tendo em vista uma sociedade que não segue ideais nacionalistas e a desqualificação do pedido, devido a violação do Artigo 5 da constituição de 1988. O povo é para a lei, assim como é a Massa para a Força na física, seguindo essa analogia, quanto mais pessoas se dispõem a lutar por algo, mais isto se prova significante. Assim, segue-se um ideal de máxima felicidade, o bom é o melhor para a maioria, nessa situação, há uma imposição - as crianças devem cantar o hino nacional em frente a bandeira - de uma obrigação a se seguir, pois não integra as leis consuetudinárias, logo, peca quanto aos direitos civis que buscam tratar da liberdade de escolha [s.i.c]. Na mensagem do MEC, Ministério da Educação, o slogan do atual presidente do brasil, era integrado a mensagem, "O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Esse Slogan deixa claro, as ideias nacionalistas e também a centralização da fé, que nesse ponto é contrário ao que consta no Artigo 5 da constituição de 1988, liberdade de escolha da fé, o país é laico, ou seja, o estado não pode utilizar nenhuma religião para que o represente ou para que reprima outras crenças. Portanto, apresenta-se de forma importante uma reavaliação do pedido, pois não se mostra relevante da forma que sugere a aplicação. O MEC, deve apresentar pedidos de desculpas e caso o ideal, seja adorar o patrimônio nacional, que seja implementado em uma educação interdisciplinar entre o valor brasileiro e disciplinas, como: História, geografia, literatura e artes. Ou seja, que o nacionalismo venha acompanhado de avanços na educação, implementados na ementa acadêmica. Assim, a educação melhora e o conhecimento sobre o valor do país também.
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2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil vive uma nova fase na política, com a eleição do novo presidente Jair Bolsonaro que venceu as eleições 2018, ela é chamada como a nova onda conservadora que veio para fazer oposição à esquerda, onde o PT (Partido dos Trabalhadores) governava desde 2002- eleição ganha pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva- o Lula, líder sindical. Esta nova onda de conservadorismo se deve a várias questões, entre elas está o combate à corrupção, onde ministros foram acusados de fazerem parte de esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro e que levou à delação premiada de alguns políticos. Vários escândalos vieram à tona, mas o mais significativo foi a prisão do ex-presidente Lula e o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os brasileiros se mostraram descontentes com a política de esquerda e com todas as ondas de insegurança que assola o país. Mesmo sendo uma campanha que fez piada com vários grupos como o LGBT, os conservadores prometem uma nova política que primará pela segurança pública, a redução da maioridade penal e valores cristãos, que teve apoio massivo da bancada evangélica no Congresso e os levou à vitória da presidência. Os conservadores têm como princípios a ética e a moral do país, onde está acima de todos para que se reconstrua a nação brasileira, que segundo eles foi posta de lado em relação aos valores da esquerda que se viram envolvidos em escândalos de corrupção e formação de quadrilha. Segundo Roberto Schwarz no seu livro Cultura e Política 1964-1969, houve uma época que a esquerda dominava em pleno regime militar, as livrarias mostram nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, nos movimentos estudantis, nas proclamações do clero avançado, naquele tempo a esquerda opunha-se à ditadura militar e fazia um discurso de liberdade de presos políticos, pessoas desaparecidas e torturados. No entanto, eram outros tempos e a política brasileira sofreu mudanças junto com o país e a sua população, que clama por segurança e pede punição para crimes hediondos que, diariamente, fazem parte das notícias de jornais, rádio e televisão. A violência também aumentou e fez com que as pessoas estejam preocupadas com as suas famílias e pessoas próximas e de suas relações, todos esses fatos fizeram com que o conservadorismo avançasse como a nova solução para esses graves problemas que desestabilizaram o país e só aumentaram a onda de medo e insegurança.
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2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Atualmente, no Brasil, há um número alarmante de focos de incêndio, sobretudo, na região Amazônica. Tal situação trouxe à tona discussões em países europeus sobre a proteção desse bioma. Assim, é preciso considerar a preservação das florestas brasileiras como um desafio a ser enfrentado de maneira mais organizada pelo Estado soberano em acordo com a comunidade internacional. Nesse sentido, convém analisarmos os principais impasses dessa problemática. É fundamental pontuar, de início, que o Brasil é considerado o grande exportador mundial de carne bovina, tendo como consumidores os mercados asiáticos e da União Europeia. Logo, é importante colocar que esses países contribuem ativamente com a destruição do ecossistema local. Segundo o Greenpeace, nas últimas décadas, o consumo europeu desmatou uma área equivalente a Irlanda, em países como Índia, Brasil e África. Portanto, a situação de degradação da Amazônia não é causada apenas pelas necessidades nacionais, mas também pela demanda insaciável por carne, leite e derivados vinda de outras partes do globo. Vale ressaltar também que apesar de o país possuir uma legislação ambiental abrangente, a fiscalização é muitas vezes ineficaz visto as dimensões da região. Além disso, a diversidade de interesses econômicos que podem ser gerados a partir da biodiversidade local, abre espaço a ação de pessoas mal-intencionadas que tomam posse das áreas. Dessa maneira, é fundamental que os países desenvolvidos contribuam com a conservação, sem ameaçar a soberania nacional. Portanto, o Governo Federal deve promover a proteção ambiental em território por meio de investimento em tecnologias de imagem e rastreamento de queimadas e desmatamento, aumentar o número de fiscais de meio ambiental e buscar formas de agronegócio sustentável através de estudos e pesquisas relacionados a área. Espera-se, com isso, reduzir a incidência de crimes ambientais e promover a valorização do nosso patrimônio natural.
[ 160, 40, 40, 200, 40, 480 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O conservadorismo, que vem ganhando espaço no Brasil, pode não ser tão conservador quanto se espera. Com os avanços da sociedade moderna o ecletismo está cada vez mais presente na democracia. Muito se tem falado sobre projetos de leis conservadores como os ligados à família - aborto por exemplo, e à religião. Isso se dá, em razão do aumento de segmentos, no Congresso Nacional, com aptidões religiosas, militares e ruralistas. Percebe-se um maior pluralismo de representatividade de parlamentares. Em que pese a diversidade do pensamento seja importante para legislações concludentes, não se pode misturar ideologias pessoais à política geral. É notório, por outro ângulo, que em uma democracia seja perfeitamente possível e normal que nem a esquerda nem a direita se mantenham no poder por muito tempo, pois os pontos negativos de um justificar-se-ão para a entrada no poder do outro. Nesse sentido, por mais que o conservadorismo, estando eleito, tenha pretensão de muitas mudanças, a própria população possui meios hábeis de aprovar ou não essas pretensões, pelo menos, enquanto a Constituição de 88 for a Carta Magna do Brasil.
[ 120, 120, 160, 160, 0, 560 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
É notório que os alunos da rede regular de ensino, estão perdendo o costume de cantar o hino nacional. Dentre tantos fatores relevantes, destacam-se: o desinteresse patriota e também como elemento marcante a corrupção. Sabe-se que a maioria dos adolescentes crescem com sua atenção voltada a tecnologia, coisas do momento e acabam perdendo o interesse a velhos hábitos, como por exemplo o canto do hino. É necessário ressaltar que muitos alunos usam palavras rudes e até mesmo imorais no momento cívico. Além disso, a política de um pais revela diretamente como o mesmo é visto, por esse lado o Brasil se destaca ao se falar de corrupção, esse é um dos motivos pelo qual a sociedade está perdendo seu senso patriótico. Diante disso, ficasse claro fica a importância das escolas organizarem um momento para que possa se cantar o hino, pois é de suma importância para o desenvolvimento de um pais que seu povo se orgulhe e acredite em seu potencial.
[ 160, 40, 40, 120, 40, 400 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
A posse de arma tem essa tese em que trará mas segurança para a sociedade, porque a maioria da população influenciada pelo presidente, que e um ex-militar bem trenado a usar uma arma e tem psicologico para o mesmo, mas por outro lado não vêem as pessoas de diferentes personalidades com a posse de arma, como por exemplo; uma briga de vizinhos, um aluno que sofreu buling na escola e sabe que a unica forma de se defender é a arma que seu pai tem em casa, ou um comerciante qu estar pra ser assaltado e tem frações de segundos para reagir e matar um ladrão, como consequência o comerciante não terá o prazer de viver no mesmo ambiente por conta das ameaças de outros bandidos. ao inves de dá armas, poque não dar livros, um educação mas apropriada com qualidade, mas investimentos nos esportes, no lazer da família. O presidente junto com o ministerio da educação, poderiam assinar leis em que os professores sejam mais beneficiados, espelhando nas salas de aulas com um ensino melhor, com tudo teremos um futuro com mais educação e menos armas.
[ 80, 40, 80, 80, 80, 360 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Recentemente, o Governo Federal anunciou um contingenciamento de verbas para a educação superior, o que gerou grande divergência entre os brasileiros: enquanto uns apoiaram a medida, outros foram às ruas para se manifestar contra ela. Nesse contexto, alguns defenderam a privatização das universidades ou a cobrança de mensalidades para os mais ricos a fim de solucionar a crise financeira do ensino superior. Porém, o mais justo é manter esse serviço público e gratuito a todos, embora certas ações sejam necessárias para maximizar os benefícios dessa decisão. Primordialmente, é válido considerar que as universidades públicas são as mais bem avaliadas do país. Segundo uma pesquisa do grupo britânico QS (Quacquarelli Symonds), UNICAMP e USP, por exemplo, estão entre as melhores da América Latina. Ademais, um levantamento recente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) mostrou que mais de 90% das pesquisas científicas do Brasil vêm das escolas superiores públicas. Sendo assim, a privatização das universidades seria prejudicial ao país, já que sua qualidade tenderia a piorar e a quantidade dessas pesquisas, a diminuir. Além disso, seria provável que tais estudos, lamentavelmente, fossem voltados somente a áreas que trazem maior retorno financeiro imediato. Desse modo, conclui-se que as instituições públicas de ensino superior devem continuar sendo do Estado. Em segunda análise, convém lembrar que o Artigo 206 garante o ensino gratuito em estabelecimentos oficiais. Logo, ninguém deveria ser privado de ter uma educação superior gratuita e de qualidade, independentemente da classe social. Infelizmente, isso não acontece na prática: boa parte da população, sobretudo os mais pobres, não tem acesso a esse serviço. Todavia, a cobrança de mensalidades não seria uma solução adequada para o impasse, pois não só violaria a Constituição, mas também poderia desestimular os mais ricos a ingressarem e realizarem pesquisas nessas instituições. Assim, é possível concluir que a universidade pública deve ser gratuita para todos. Portanto, a privatização das universidades públicas e a cobrança da mensalidade dos mais ricos não solucionariam o problema da crise financeira no ensino superior. Contudo, o Poder Público precisa agir para resolvê-lo e proporcionar, ainda, uma maior igualdade de acesso a essas instituições. Primeiramente, verbas de setores menos relevantes (a exemplo das Forças Armadas) devem ser destinadas a áreas mais essenciais, como a educação superior. Além do mais, para esse mesmo fim, deve haver privatizações de empresas estatais (os Correios, por exemplo). Por fim, para que haja maior igualdade de oportunidades nas universidades, é necessário que as cotas sociais (àqueles que estudaram em escolas públicas) sejam ampliadas. Dessa forma, a crise financeira do ensino superior será solucionada de maneira justa e em respeito à Constituição Federal.
[ 200, 200, 200, 200, 160, 960 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Há alguns anos, no Brasil, houve um referendo o qual questionava se a população era a favor ou contra o desarmamento no País, sendo a maioria dos votos contra, ou seja, já era a vontade do povo naquela época. Sem dúvida os índices de violência no País são absurdos, um dos maiores do mundo, com presídios lotados, assaltos e mortes a toda hora e em todo lugar, e com deliquentes cada vez mais jovens e despreocupados e cidadãos cada vez mais acuados e desprotegidos. Consoante ao pensamento de Pitágoras, “Educai às crianças e não será necessário castigar aos homens”, ou seja, a educação é a base de tudo, sem ela não haveria que se falar de armas para se promover segurança, que só ocasionaria confrontos armados causando mortes de muitos inocentes. Com base nisso se faz necessário que o governo em conjunto com as escolas promovam palestras abordando temas de violência, incentivos à educação para que os jovens não pensem que são incapez de conseguirem o que almejam de modo ilícito. Assim, talvez alguns anos mais tarde não será preciso estar armado para se sentir seguro, entretanto, para que hajam efeitos imediatos é imprescindível a melhora da estrutura das entidades de segurança pública e aumento e qualificação de policiais.
[ 120, 120, 120, 120, 200, 680 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A internet vem tornando-se cada dia menos um espaço restrito e o número de usuários só tende a aumentar. No entanto, esse recurso traz consigo algumas adversidades, se não usado com cautela. Simultaneamente, ingressam nesta vasta rede pessoas, e inclusive algumas instituições, a fim de propagarem desinformação, boatos e notícias caluniosas em troca de um clique alheio. Mas como essas estratégias impactam a sociedade? Apesar dos inúmeros progressos que a ciência obteve nos últimos séculos, com uma metodologia clara e objetiva, ainda sim é possível observar indivíduos com posicionamentos extremamente negacionistas. Decerto, a problemática mais se agravou com a expansão das redes sociais, sendo estas agora as principais fontes de informação. Indubitavelmente, outro problema analisado seria a falta de interesse e estímulos a fontes mais fidedignas, que como citado anteriormente, perderam oportunidades e permanecem em segundo plano. Contudo, o fraco comprometimento com a verdade por parte dos usuários é apenas um agravante, junto com o ímpeto do compartilhamento precipitado. Os criadores de conteúdo pseudocientífico, menção ao movimento antivacina e terraplanistas, trazem danos irreparáveis à sociedade; como a volta de doenças quase que totalmente erradicadas e, sobretudo, mortes. Portanto, o questionamento cego, ausente de embasamento e empírico é uma ameaça gravíssima ao bem-estar social e um retrocesso de anos de pesquisas meticulosamente formalizadas. De fato, a era da informação está sendo uma das mais afetadas pela infindável leva de ignorância. Caberá, pois, aos veículos de comunicação mais acessíveis à população, a elaboração de campanhas e incentivos a um comportamento virtual prudente, junto de questionamentos acerca das fontes provenientes de uma determinada matéria. Nesse aspecto, o trabalho da perícia cibernética é imprescindível, com o objetivo de investigar possíveis disseminadores de conhecimento ilusório, bem como seus autores.
[ 120, 120, 160, 120, 160, 680 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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15.html
a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
"Melhorar de vida", isto é, ascender socialmente, está relacionado aos mais diferentes motivos: sorte, herança da família, estudos, trabalho, fé, etc. Mas, o que, via de regra, influencia positivamente o status social de qualquer indivíduo em um país tão diverso como Brasil? Pesquisas socioeconômicas revelam um fator de alta relevância na ascensão de classe dos brasileiros de qualquer renda, etnia, macrorregião, entre outros: os estudos. Relatórios do Ministério da Educação apontam que indivíduos com Ensino Médio Técnico ganham, em média, vinte e oito por cento acima daqueles que concluíram Ensino Normal apenas. Além das melhorias a si próprio, quanto mais anos de escolaridade dos pais, maior é o nível educacional dos filhos e, consequentemente, sua classe social. Portanto, a educação é tão poderosa para a transformação socioeconômica que muda a vida da família toda. Entretanto, para vinte e oito por cento dos brasileiros, segundo a ONG Oxfam, a fé é o elemento preponderante para crescer na vida. Em paralelo, a Psicologia indica que a mentalidade positiva e o otimismo são de suma importância para atingirmos o sucesso; pois, isso bloqueia a autossabotagem, fortalecendo o indivíduo frente às dificuldades. E a fé, em uma sociedade majoritariamente teísta, é onde as pessoas buscam inspiração para superação de obstáculos. Sendo assim, salvo raras exceções, conforme os fatos acima, a educação é o elemento mais proeminente para ascender economicamente. Mesmo assim, o efeito da crença como combustível que potencializa a autoconfiança do ser humano em si mesmo frente aos obstáculos não deve ser negligenciado.
[ 200, 200, 160, 120, 0, 680 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Bom, como podemos observar, os brasileiros estão sofrendo com as queimadas e possíveis desmatamentos que acontecem na floresta, porém esse status atual é decorrente de ações que já são feitas a tempos atrás. É de conhecimento geral que a exploração dessa região é feita geralmente para termos papéis, móveis, construções de estruturas, entre outras coisas que são importantes no nosso dia a dia. Cabe salientar que o oxigênio que é oferecido por essa floresta não é só o Brasil que o recebe, porém se a França se preocupasse realmente com essa causa, não estaria sofrendo a décadas com garimpos ilegais que são feitos em sua parte da floresta, Guiana. Todavia é possível prevê que o Brasil ao aceitar essa união passará a sofrer pelos mesmos motivos. Então, nessa situação, o cabível seria a conscientização da população em não degradar ainda mais essa área, porque sempre tivemos queimadas já que resultam de tempo seco e muito quente, mas esse ano a preocupação não é só de queimadas ou de explorações e sim de desmatamento ou até mesmo crime ambiental. Portanto, como o Presidente do Brasil já providenciou ajudas específicas das autoridades cabíveis seria sublime agora a ajuda da população, pois mantendo o país saudável estaremos também ajudando essa floresta.
[ 160, 120, 120, 160, 40, 600 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Alimentação no passar de décadas vem cedo muito industrializado cheio de substância que causa o aumento de obesidade de corrente de uma má alimentação, isso também sendo um agravante na sociedade por esta acima do peso por uma falta de educação alimentar e também falando do fator genético ou hereditário. A obesidade é grande problema na sociedade porque ela traz (várias) complicação na saúde com, por exemplo: dificuldade de respirar e caminhar ou fazer qualquer atividade física (problemas) no coração e sanguíneos com isso o sobrepeso querendo ou não falta de educação alimentar por descuido do dia a dia, por fatores da vida cotidiana a sociedade por não ter um abito de ter alimentação saudável. Mais o Brasil ainda caminha em passo pequeno sobre cuidar da obesidade que uma epidemia junto sobre o peso por causa também de aspectos culturais das suas culinárias Brasileiras e por falta de interesses muitas da sociedade que se acomoda, que poucos fazer atividades físicas para cuidar da saúde. Sobre os jovens nas escolas públicas fica difícil porque por falta de profissionais habilitados na área da nutrição e também recursos para fazer um programa de assuntos relacionados (alimentação) é pouco falado também sobre a obesidade e sobre o peso que é uma decorrência da epidemia da alimentação e da má educação nas partes da população de baixa renda, mais a outra parte da sociedade não se preocupa muito nessa questão, mas a relação sobre a epidemia alimentar e da obesidade e sobre o peso preocupante em quase toda a sociedade.
[ 80, 40, 40, 80, 0, 240 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
É notório o aumento da discussão acerca da influência da ciência na era da pós-verdade. Devido a existência de diversos grupos com pensamentos opostos, bem como o aumento da divulgação de informações a partir do advento da internet, há diversas teorias, consagradas no meio científico, sendo contestadas. Observando esse cenário, é possível perceber uma crescente divulgação de pensamentos divergentes de ideais antes tido como dogmas. Alguns grupos tem apresentado versões diversas que trazem a tona discussões acerca de algumas verdades historicamente construídas, tais como as que refutam a necessidade de vacinar as pessoas, evitando a proliferação de doenças. Quem se opõe, garante a não segurança da imunização, pois pode tornar os microrganismos responsáveis pelas doenças ainda mais resistentes. No entanto, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, em 2017, quanto maior a cobertura da população com vacinações, menor é a chance do fortalecimento dos vírus e bactérias no ambiente. Além disso, é importante destacar o papel das redes sociais e outros meios de comunicação virtual na divulgação de dados nem sempre com respaldo científico. Essa ampliação maciça de notícias traz dúvidas pelo excesso de informações às pessoas, que não conseguem formar sua opinião a respeito dos fatos a partir de fontes imparciais. Logo, é importante que o governo amplie a divulgação, através de fontes oficiais, de dados e informações verídicas a respeito, sobretudo de temas importantes, como questões relacionadas à saúde pública, definindo a partir de evidências e comprovações científicas o que é verdade, evitando a disseminação de notícias que possam diminuir a segurança de todos.
[ 160, 200, 160, 160, 200, 880 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
A ideia de vencer na vida, presente no imaginário coletivo, divide opiniões quanto a qual seria o principal fator de mudança para o sucesso, na vida do cidadão brasileiro. Dessa forma, os resultados de uma pesquisa recentemente realizada pela ONG Oxfam Brasil, sobre este tema, transparecem uma realidade nacional que choca até os mais incautos. Segundo a pesquisa, a maior parte dos entrevistados (28%) acredita que ter uma fé religiosa possui maior importância quando o assunto é vencer na vida. Tal resultado condiz com a formação histórica e cultural do Brasil, colonizado pelos portugueses e cuja incumbência, entre outras, foi a catequização massiva da terra conquistada, o que foi decisivo para transformar o país em uma nação primordialmente cristã. Consequentemente, a convicção de vencer pela fé representa uma característica do povo brasileiro, visto o crescente número de igrejas que surgem a todo momento. Concomitante ao predomínio da Igreja na vida dos brasileiros, não houve um projeto de educação que visasse o crescimento intelectual e cultural da população, como mostra a pouca importância dada à cultura e ao lazer no que tange a obtenção do sucesso (2%). Todavia, o estudo, como forma de crescimento profissional aparece em destaque (21%), somente perdendo para a crença religiosa. Por certo, o estudo e o conhecimento adquirido são as formas mais eficazes de libertação da condição de menoridade do ser humano, que segundo Kant, atrasava o desenvolvimento das capacidades e possíveis chances de se vencer na vida. Assim, a fé como forma de libertação vai de encontro à visão iluminista, na qual apenas o conhecimento liberta. Assim, o estudo, além de desenvolver as capacidades técnicas a serem usadas profissionalmente pelo indivíduo, também aumenta sua perspectiva crítica de mundo, essencial para o convívio em sociedade e para distinguir inclusive, as possíveis armadilhas que a fé pode colocar em seu caminho, como promessas de ganhos pessoais feitas por pastores evangélicos, que nunca se concretizarão. Portanto, o estudo representa o fator de maior importância para melhorar de vida, cada vez mais valorizado no mercado de trabalho como forma de seleção de um bom profissional, além de apresentar ganhos concretos para seu "praticante", que terá uma visão mais ampla do mundo ao qual pertence e como poderá agir para modifica-lo, sem necessariamente buscar o lucro.
[ 160, 160, 160, 160, 80, 720 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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artes-e-educacao-fisica-opcionais-ou-obrigatorias
No que se refere á exclusão de disciplinas Educação Física e Artes, é possível afirmar que essas matérias são essenciais para o desenvolvimento do ser humano, não só em termos de cultura, lazer, entretenimento, mas também na vida estudantil do aluno. A exclusão dessas disciplinas da grade curricular dos estudos conforme o novo ensino médio proposto pelo atual governo, é possível destacar tanto aspectos positivos e negativos. Se por um lado os alunos optam se estudam ou não as matérias que não estão mais obrigadas, por outro, a carga horária de estudos dobrará mas sem a obrigatoriedade de ser ensinadas. Tendo em vista que, nos tempos atuais a maioria de jovens e adultos utilizam o seu tempo não apenas praticando atividades e exercícios físicos como também se expressam através de meios artísticos, ou seja, suprimem a chance de aprender cada vez mais de modo que as outras matérias oferecem. O atual governo, portanto, deveria manter as disciplinas Educação Física e Artes no currículo de estudos do ensino médio, porque dessa forma os estudantes que não possuem uma chance para desenvolverem suas habilidades e talentos, ganham uma oportunidade não só de aprenderem de uma forma diferente, dinâmica, como também testarem seus conhecimentos com um grupo ou com a própria sociedade.
[ 120, 120, 80, 120, 120, 560 ]
2,016
Educação integral Ao justificar a reforma, os diferentes escalões do Ministério da Educação (MEC) afirmam que as mudanças estão alinhadas com os currículos de países que têm altos índices de educação nas avaliações internacionais. Contudo, diversas reportagens mostraram recentemente que em todos esses países a Educação Física é uma disciplina obrigatória. Para debatermos esta questão, devemos ir além de apenas comparar currículos. É preciso entender como as aulas de Artes e Educação Física dialogam com o conceito de Educação Integral, voltado para os interesses e necessidades dos jovens do século 21. (...) Neste contexto, a Educação Física responde não apenas ao desejo das crianças e jovens de praticar esportes, mas principalmente ao impacto que essas aulas têm em seu desenvolvimento completo. Afinal, diversos estudos científicos mostram como a Educação Física é importante na prevenção e combate à obesidade entre crianças e jovens. (...) As aulas de Artes são também fundamentais para o desenvolvimento pleno das crianças e dos jovens, por diversos motivos. Ao debruçar-se neste universo, o aluno tem a possibilidade de fazer uma nova leitura de mundo e criar uma visão crítica de seu entorno. Isso é muito importante, sobretudo considerando-se o fato de que a maioria dos alunos de famílias com maior vulnerabilidade social tem poucas oportunidades de ampliação de seu repertório cultural. A Arte é ainda um meio fundamental de expressão, de sensibilização e de criatividade. São inúmeros os exemplos de trabalhos de escolas, ONGs e também de jovens da Fundação Casa que mostram essa criatividade. [Maria Alice Setúbal/UOL Educação] Flexibilidade Pareceu-me correta a linha geral da reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer. A medida provisória aposta na flexibilização das disciplinas, com o objetivo de reduzir os absurdos níveis de evasão registrados nessa etapa, e na ampliação da carga horária, o que tende a ter impacto positivo sobre a qualidade, hoje estacionada em níveis muito abaixo dos aceitáveis. Há, porém, várias dúvidas e uma série de problemas. (...) Achei muito bacana eliminar a obrigatoriedade de quase todas as matérias. É claro que a própria flexibilização seria impossível se as 13 disciplinas hoje obrigatórias permanecessem nessa condição, mas gostei de ver alguém finalmente colocar a autonomia dos alunos à frente dos interesses corporativos. Vamos ver se essa mudança vai resistir à força dos lobbies. [Hélio Schwartsman/Folha de S. Paulo] Benefícios indiretos Dedicar-se a uma atividade artística –seja tocar piano ou aprender técnicas de escultura– faz uma pessoa ficar mais inteligente e melhorar seu desempenho em outras disciplinas, como matemática e redação. Praticar uma atividade física, além de melhorar coordenação motora e aumentar a sociabilidade, diminui drasticamente a incidência de doenças como diabetes, obesidade, câncer e acidentes cardiovasculares. (...) No mundo, mais da metade dos jovens pratica menos que o recomendado de cinco horas semanais de atividades físicas moderadas a intensas, fato que se repete no Brasil – remover a educação física do rol de disciplinas poderia ser considerado um desincentivo à melhoria desse panorama. (...) Além de oferecer o contato com uma possível área de profissionalização, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) diz acreditar que "a felicidade dos indivíduos será maior em países onde a arte tem um papel proeminente nas escolas", apesar de não haver um estudo que aborde exatamente essa questão. A entidade também elege a arte como a melhor maneira de fomentar a criatividade, competência hoje muito buscada em profissionais por causa da capacidade de inovar e de achar soluções não usuais para toda sorte de problemas. [Folha de S. Paulo]
No mês de setembro passado, o governo federal editou uma medida provisória instituindo uma reforma no ensino médio no país. Originalmente, a medida previa o fim da obrigatoriedade das disciplinas de educação física e artes no ensino médio. Mediante reações contrárias de educadores e professores o governo voltou atrás e a eliminação dessas disciplinas foi suspensa. Independentemente disso, supondo que a obrigatoriedade de esportes e artes venha mesmo a acabar, como você se posicionaria sobre essa questão? Concorda em que as duas disciplinas devem necessariamente ser parte do currículo do ensino médio? Ou elas podem ser opcionais, assim como outras (à exceção de português, matemática e inglês)? Veja na coletânea de textos que informa esta proposta de redação opiniões sobre o assunto. Você está de acordo com alguma delas? Apresente os motivos que o levam ser a favor da obrigatoriedade ou contra ela? Você acha que artes e educação física são essenciais à formação dos estudantes do ensino médio? Por quê? Exponha suas ideias numa dissertação argumentativa.
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17.html
a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Com a atual crise que os cidadãos brasileiros estão enfrentando é comum questionar qual o principal fator para ter uma vida melhor. A maior parte dos brasileiros considera a fé religiosa mais importante do que estudar ou trabalhar, levando em consideração a situação precária que se encontram as instituições públicas que atendem as necessidades básicas da sociedade é indispensável afirmar que somente a fé não vai garantir uma boa qualidade de vida. É compreensível que as pessoas coloquem a fé em primeiro lugar, pois a fé proporciona sim uma melhora na qualidade de vida espiritual, trazendo motivação e ânimo para conquistar as demais necessidades, porém saber separar uma coisa da outra é muito importante. A fé segundo algumas pessoas religiosas, traz felicidade, algo considerado indispensável para se ter uma vida boa pela maioria, no entanto, não garante tudo que é preciso e importante para vencer na vida em todos os aspectos. Para se ter uma boa qualidade de vida é preciso: obter acesso a atendimento médico, uma boa educação para também garantir um bom emprego no mercado de trabalho, dinheiro para sustento e conforto, entre outros. Sem estudo e trabalho é impossível adquirir estas coisas primordiais para viver, e sendo assim impossível ter uma boa vida. Nos dias atuais em que o descaso na saúde pública, escolas e saneamento básico tem sido cada vez mais frequentes, convém citar o trabalho como fundamental para uma boa vida, visto que não se pode mas contar com as instituições públicas. Os estudos também são muito importantes, principalmente para os jovens que mais tarde se tornaram adultos e obteram maior satisfação com sua vida profissional e financeira.
[ 160, 120, 120, 120, 80, 600 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Bitcoin é um exemplo de avanço a tecnologia pois é a primeira e maior moeda criptografada, digitalizada e conhecida mundialmente, sem interferências estatais. Após seu surgimento houveram muitos benefícios já que os compradores não precisam necessariamente de uma regulamentação própria e específica e nem de autorização para obtê-la. É notório que possivelmente tal revolução está mais significativa com o passar dos anos, já que tudo se resume em tecnologia, vale salientar também que entre 10 países que fazem o uso dessa moeda o Brasil está em 9º (nono) lugar, segundo a Blockchain. Sendo assim é exequível observar que alguns bancos tendem a desenvolver ligações com blockchain por excluir a necessidade de intermediários nas realizações de transações, e assim não ser cobrado de forma excessiva como geralmente acontece. Portanto observa-se que tal mudança seria vantajosa para o consumidor e também para os bancos se houvesse a ligação entre ambos pois diminuiriam taxas para transações, superlotação de pessoas em bancos e até mais segurança já que são criptografadas.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade so progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observar a crescente onda conservadora no Brasil, verifica-se que esse ideial iluminista e constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrisicamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convêm analisarmos as princípais consequências de tal postura perante a sociedade. Como primeira constatação observa-se que preocupações associadas ao aumento da classe conservadora não apenas existem como vêm crescendo a cada dia. Por conta disso é preciso buscar as causas dessas questão, entre as quais, emerge como a mais recorrente a constante ausência de políticas públicas destinadas a união das classes políticas e sociais, principalmente a de extrema esquerda que tem ideologia diferente. Isso acontece em virtude da predominância de pesamentos eraizados que definem um pensamento politico diferente, como um ataque as familias tradicionais, assim nota-se que todo pensamento oposto ao conservadorismo e recebido como a frota afronta aos bons custumes, nesse contexto cultural, e cada vez mais comum uma polarização entre classes políticas. Esse fatores atuam em fluxo continuo e favorecem na formação de um problema social com dimensões cada vez maiores para o Brasil. Outros ponto relevante, nessa temática, está relacionando às consequências geradas por esse contexto. Como efeito negatico dessa problemática está o preconceito e a violência sobre as classes minoritárias não conservadora. Tal situação ocorre devido ao aumento do extremo conservadorismo que, em sua pequena parte, é composta por radicais praticantes de preconceito e violência. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a politica deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilibrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possivel perceber que, na sociedade o aumento significativo do preconceito deve-se a onda crescente do conservadorismo e que, esse aumento tem sido prejudicial a estado democrático. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra o Ministerio da Educação(MEC) em parceria com o Governo federal deve promover paletras que visem a união entre as classe sociais politicas brasileiras, bem como a união da sociedade. Dessa forma, todos na sociedade serão tratatos de forma justa, plena e igualitária, sem preconceito ou violência. Somente assim o Brasil superará qualquer crescimento sócio politico principalmente o conservadorismo.
[ 120, 120, 120, 160, 120, 640 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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17.html
a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
A onda conservadora tomou proporções significativas com a eleição do novo presidente do Brasil (Jair Bolsonaro). A marola cresceu e virou uma grande onda que varrerá o país nos próximos quatro anos. E pode-se dizer que essa benéfica mudança é fruto de uma decepção gradativa que vem de anos. Os próximos quatro anos serão marcados por mudanças radicais em nosso Brasil. No que se refere a termos políticos a transformação foi severa, com a troca da maioria dos governantes e parlamentares. Isso reflete o clamor nacional pela recuperação de valores, e com certeza foi de extrema importância essa rotatividade porque limpou os velhos costumes empreguinados e colocou uma nova esperança para a nação, com menos privilégios políticos e mais justiça. Do ponto de vista social é possível afirmar que melhoras significativas virão junto com a onda conservadora no novo governo 2019 – 2023. A expectativa é de leis mais rígidas em defesa da população de bem para punir aqueles que atentam contra a constituição, como também a conservação dos princípios inerentes a família e a criação familiar. Indubitavelmente, os próximos quatro anos serão totalmente opostos aos anos antecessores. O governo em busca de moral social e princípios políticos justos vêm com força para mostrar aos eleitores que fazem parte da onda conservadora que a decisão deles foi correta. E realmente será.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
No ano de 2019, a Administração da Aeronaútica e Espaço (NASA), coletou dados que atestam o aumento exponencial das queimadas na Amazônia. Isso foi o suficiente para fortalecer o debate quanto a sua internacionalização que, sem dúvida, revela-se como um atentado à soberania brasileira. O Brasil, apesar de ser um país pobre, é detentor da maior parte da floresta amazônica, região onde há um forte potencial energético, seja por causa dos rios, madeira ou minérios. Por esse motivo, nações desenvolvidas têm grande interesse em internacionalizá-la, não porque preservá-la garantiria o equilíbrio ambiental do planeta, mas puramente por razões econômicas. Além disso, elevar a Amazônia a um status internacional não asseguraria a sua efetiva preservação. Ora, pactos internacionais de proteção ao meio ambiente são constantemente desrespeitados, a exemplo dos Estados Unidos que não assinaram o Protocolo de Kyoto, continuaram a emitir grandes quantidades de CO2 e sequer sofreram retaliações por isso. Diante dessa situação, qual seria a garantia que a maior floresta tropical do mundo estaria salva? Nesse sentido, há algumas alternativas para que ela seja preservada e, ao mesmo tempo, não seja violada a soberania do Estado brasileiro. De início, a forma mais eficiente é a imposição de embargos econômicos aos produtos de origem brasileira, quando houver a comprovação de degradação ambiental. A outra forma é a fiscalização interna, a partir do investimento no IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para poder inspecionar as áreas de reserva legal. Tais medidas, certamente, contribuiriam eficazmente à preservação da Amazônia sem a necessidade de internacionalizá-la.
[ 200, 200, 160, 160, 160, 880 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
A grave crise econômica enfrentada no país nos últimos 3 anos, a pior recessão de nossa história e um alto índice de desemprego afetaram gravemente a nossa população. Além disto, os sucessivos escândalos de corrupção investigados e desvendados pela Operação Lava Jato do Ministério Público, trouxeram à tona uma realidade nua e crua: a de que vários políticos, dos mais diversos escalões do Governo, foram descobertos e muitos deles, condenados à prisão por improbidade administrativa, corrupção passiva e ativa e desvios de dinheiro público. Apesar de todo o sofrimento causado pelo contexto atual e uma “tempestade perfeita” no cenário macroeconômico, houve um aspecto extremamente positivo: despertou nos brasileiros um desejo de mudança, de renovação de seus representantes na Presidência da República, na Câmara de Deputados e no Senado Federal. Pela primeira vez em muitos anos, o PSDB e o PT, partidos tradicionais na disputa política no Brasil, não conseguiram eleger um presidente e perderam vários assentos no Senado e na Câmara. O recado geral dar população foi também muito claro para os políticos da “velha guarda”, que não conseguiram se eleger ou reeleger: José Sarney, Roseana Sarney, Romero Jucá, Geraldo Alckmin, a ex-presidente Dilma Rousseff e Eduardo Suplicy, para citar alguns nomes tradicionais do cenário político. O PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, terá a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, tendo elevado de 8 para 52 representantes. Embora a polarização durante a campanha política nacional principalmente entre PT e PSL tenha provocado conflitos, tanto nas redes sociais como em protestos nas ruas, trouxe um amadurecimento e maior conscientização na escolha de seus candidatos. Minha avaliação é a de que vivemos um processo de evolução, maior rigor na escolha dos candidatos e maior mobilização social sobre os temas que interessam à sociedade como um todo. Portanto, se a polarização trouxe renovação política; se o recado das urnas trará maior seriedade no gerenciamento dos recursos públicos; e se o presidente eleito Jair Bolsonaro respeitar a democracia e a Constituição Brasileira, teremos um saldo bastante positivo: um país de novo na rota do crescimento e uma classe política mais atenta às suas responsabilidades para com o povo brasileiro, que também aprendeu a cobrar seus direitos de seus representantes. O tempo dirá.
[ 160, 120, 160, 120, 0, 560 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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violencia-e-drogas-o-papel-do-usuario
Em todos os lugares do Brasil temos violência, incluindo os usuários de drogas. A segurança pública contra traficante e vice-versa, formando a guerra entre eles e trazendo a morte dos dois lados, temos casos da segurança invadindo as comunidades e atirando para todos sem nem querer saber se é inocente, e traficantes indo atrás de quem matou aquelas pessoas. Existe drogas em todo o Brasil e usuários, e assim gerando a guerra, até entre as famílias por causa do vício, sempre haverá comprador é assim trazendo o vendedor. O Brasil tem que melhorar no sistema público para que a violência diminua e discutir sobre a legalização de drogas, pois a droga é proibida, mas continua no Brasil.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,018
Quem matou ele? Madrugada no morro. Um grupo de policiais ataca de surpresa uma boca de fumo e mata dois traficantes. O Capitão Nascimento pega um dos consumidores pelos cabelos e o obriga a pôr o rosto nos buracos de bala no peito do bandido morto. O rapaz, apavorado, diz que é estudante, na tentativa de se defender. – Quem matou ele? – pergunta o capitão, aos berros. – Não sei – responde o rapaz. – Não sabe? Quem matou ele? – Vocês, foram vocês! – Nós? Quem matou ele foi você! A gente vem aqui limpar a m* que você faz! Não é à toa que essa cena, do filme Tropa de Elite, é uma das que mais chocam os espectadores. Ela toca numa questão crucial do tráfico: a taxa de responsabilidade dos consumidores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas aponta o dedo para uma parcela da elite. Maconha e cocaína no Brasil são bens de luxo, para a população com maior poder aquisitivo. De acordo com o levantamento, o consumidor-padrão de drogas no Brasil é homem, tem entre 20 e 29 anos, é da classe média alta e mora com os pais. “Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média” , diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Embora ilegal, o tráfico de drogas não infringe outro tipo de lei – a do mercado. Se não houvesse comprador, não haveria venda. O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha. A Suécia foi pelo caminho inverso: levou para a cadeia vendedores e consumidores, e hoje o número de drogados do país é um terço menor que no restante da Europa. Revista Época A culpa é da proibição "Quem financia o tráfico não é quem fuma, é quem proíbe"Dizeresde um cartaz exibido numa manifestação pela descriminalização da maconha em São Paulo. O ex-presidente e o STF Fernando Henrique Cardoso disse esperar que a crise no sistema prisional impulsione o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Em entrevista ao blog, os ex-presidente tucano declarou que caberá ao Supremo Tribunal Federal dar “os primeiros passos” . Corre no Supremo uma ação sobre a posse de drogas para uso recreativo. Três ministros votaram a favor da descriminalização de todas as drogas (Gilmar Mendes) ou apenas da maconha (Edson Fachin) , ainda que com a fixação de um limite de 25 gramas para a posse (Luis Roberto Barroso) . Veja trechos da entrevista: – O senhor aprovaria, portanto, a produção de maconha para consumo próprio? Sim. Qual é a minha preocupação? A droga, na prática, é livre nas mãos do bandido. Então, o Estado precisa começar a descriminalizar o que for razoável e, depois, regulamentar. É melhor ter algum tipo de regulamentação do que simplesmente deixar como está hoje. – Hoje existe a proibição legal, não? Sim, é proibido. Mas a droga circula. E quem vai para a cadeia são os pobres usuários, sobretudo mulheres. (...) – De que maneira a deterioração do sistema prisional interfere no debate sobre a descriminalização das drogas? O foco do debate está invertido. Como tem muita gente nos presídios, algumas pessoas dizem: “Vamos descriminalizar porque isso alevia a pressão nas prisões. ” Tudo bem, é verdade. Pode ter esta consequência. Mas não resolve por completo o problema da violência dentro dos grandes presídios. Essa violência é fruto de uma luta pelo controle das rotas de drogas. E isso vai continuar existindo, porque o Brasil é um grande consumidor de drogas. Sem mencionar o fato de que o Brasil é rota de passagem de drogas para outros países. Blog do Josias
Devido à explosão da violência, principalmente à relacionada ao tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está sob intervenção na Segurança Pública, com o Exército nas ruas e um general no comando. A questão do comércio de drogas ilegais pode ser examinada sob diversos pontos de vista: social, econômico, político, de saúde pública, etc. No âmbito econômico, por exemplo, o tráfico está vinculado à célebre lei da oferta e da procura. Em função disso, há quem responsabilize os usuários de drogas pela violência disseminada pelos traficantes. No entanto, há também quem os isente de culpa, atribuindo a violência ao tráfico, à proibição e à ilegalidade, que, se fossem abolidos, eliminariam a criminalidade. Leia os textos que acompanham essa proposta de redação e, a partir disso, redija uma dissertação argumentativa, expondo sua opinião: a violência do tráfico é consequência de uma política proibicionista, de combate às drogas, ou da dependência dos consumidores, que procuram os tóxicos e mantêm a contínua necessidade de oferta?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil carrega desde o passado, características conservadoras que com o passar dos anos, tornaram-se a identidade do país. Com alterações pela sociedade moderna e com os conflitos culturais da sociedade conservadora do passado. A sociedade moderna está implantando uma nova identidade para o Brasil, com formas de pensamentos e atitudes contrárias aos conservadores do passado mediante atitudes revolucionárias como o casamento e a adoção entre casais do mesmo sexo, legalização da maconha, pena de morte para quem cometa crimes hediondos e redução da maioridade penal. Com isso, contrapondo-se com a realidade, os conservacionistas através das tradições, costumes e pensamentos em relação à família tradicional, a religião, opõem-se aos pensamentos modernos ditando regras, as quais a maioria não aceitam por causa da nova forma de pensamento das novas gerações. Conclui-se que a sociedade moderna, precisa de posicionamento político, crenças e convicções mais incisivas. Com a população escolhendo seu futuro na hora de votar e posicionando-se frente as convicções políticas e ideológicas e enraizando o conservacionismo de forma respeitosa entre a população.
[ 120, 120, 80, 80, 40, 440 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Amazonas, sem ela os dias do brasil estão contados, o presidente jair bolsonaro, devia estar fazendo algo para-lhe mostrar para nos brasileiros, mais eu na verdade ele deve estar brincando com a nossas caras. Mas e ele nao sente o ar pesado de poluição e desmatamento, à amazonas ela é importante para uma parte do planeta, ou melhor ela gera oxigênio limpo e puro e com esse incêndio, muitos estados de outros países vizinhos estão sofrendo com a umidade relativa do ar, à amazonas e bem da sociedade que se importa com a natureza e também com o planeta, mais uma coisa é certa logo esse incêndio ira ser controlado e apagado para a felicidade da nacionalidade brasileira...
[ 80, 40, 40, 120, 40, 320 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Recentemente, vêm sendo levantados questionamentos sobre a credibilidade de informações fornecidas pela ciência. Grupos que questionam a forma da Terra e até mesmo a periculosidade das vacinas ganham espaço na internet expandindosuas críticas, questionamentos e pontos de vista. O caso dos Antivacinas tem sido preocupantes, pois o número de doentes têm aumentado significativamente. Por conta do movimento, muitos acreditam que estamos entrando em uma era de pós-verdade, onde só acreditamos em um fato se ele está em acordo com a nossa moral e crença. Entretanto, muitas das críticas às informações científicas estão sendo feitas com base em observações limitadas. Nem todas essas observações estão sendo colocadas à prova ou sendo aprofundadas. Muitas pessoas estão aderindo às ideias sem pesquisar sobre a confiabilidade dessas informações. Estamos nos tornando uma geração que acredita no que se lê no Facebook sem questionar, em outras fontes, a veracidade do que está sendo compartilhado. Portanto, uma informação vinda de um órgão especializado em um determinado assunto, que pesquisa e gasta milhões, por ano, com equipamento adequado para correr atrás de provas do que será passado para a população não deveria ter menos créditos que informações tiradas de teorias com rasas justificativas, provas ou de notícias publicadas por diversão no meio virtual. Todos temos o direito de expormos nossas opiniões, mas a melhor maneira de acreditar em um novo ponto de vista é fazer prova do mesmo, como no Iluminismo, quando os estudiosos não faziam apenas teorias, mas tentavam prová-las de diversas formas diferentes. Não podemos voltar aos tempos de trevas e acreditar apenas no que nos falam. Temos que correr atrás e pesquisar, procurar saber se o que lemos na internet é verdadeiro e se posso confiar naquilo. Isso serve para fake news, montagens e teorias da pós-verdade. Diante do que foi citado, uma das medidas cabíveis para resolver a falta de credibilidade dos fatos científicos divulgados seria a maior valorização e apoio aos órgão responsáveis pelos estudos e pesquisas dentro dos países, por exemplo, ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, no Brasil. E, como "o ser humano é aquilo que a educação faz dele", segundo Immanuel Kant, o Ministério da Educação também poderia promover campanhas nas escolas e comunidade incentivando pesquisas e a busca por informação em meios confiáveis, esse incentivo também pode ajudar na redução de compartilhamentos de fake news, não só de teorias vazias.
[ 160, 160, 200, 160, 160, 840 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Tema muito discutido atualmente, e que teve grande influência nas eleições de 2018. A posse de arma vem gerando debates polêmicos e dividindo o país entre prós e contras, mas não é uma questão tão simples como aparenta ser. O projeto de lei jà decretado flexibiliza algumas exigências para a posse de armas de calibre irrestrito. O que em tese aumentaria a segurança, mas e inegável que teriamos um aumento significativo na taxa de homicídios, será que na sociedade em que vivemos hoje estamos devidamente preparados para o uso de armas de fogo. Esse armamento da população também vai contra a ideia de que a violência não é a melhor opção. E que através da educação encontraremos o caminho da paz. Portanto uma solução eficiente seria, a implantação de projetos educacionais para crianças e jovens em comunidades e áreas com alto índice de criminalidade, por parte do ministério da educação e projetos socias. E para um combate ao crime organizado, mais investimento em forças policiais e políticas públicas de inserção de reeducandos na sociedade por parte do governo e empresas. Por que como disse Nelson Mandela, a educação e a arma mais poderosa pra se mudar o mundo.
[ 120, 80, 80, 120, 80, 480 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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5.html
epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A epidemia global de sobrepeso e obesidade vem se intensificando na maioria dos países como consequência principalmente da mudança de hábitos alimentares e comportamentais das últimas décadas e do aumento da disponibilidade de comida rápida, barata e altamente processada. Com a intensa globalização, os hábitos de vida das pessoas sofreram grandes transformações. Aplicativos de entrega rápida, maior socialização online, trabalho em casa ou mais restrito à cadeira em frente a um computador; todas essas mudanças diminuíram a necessidade de locomoção e, consequentemente, o esforço e gasto calórico, de acordo com pesquisa da London School of Economics (LSE). É visível, ainda, a relação com alteração da qualidade do sono, pois esse vem sendo interrompido por notificações de celular, por exemplo, interferindo na produção de hormônio melatonina, responsável pelo sono reparador. Assim, a pessoa acorda cansada, e com necessidade de consumir alimentos energéticos, contribuindo para a escalada do aumento de peso que é vista em todo o mundo. Além disso, a facilidade de acesso e aquisição de comida processada e altamente calórica é um fator determinante para explicar a presente epidemia de obesidade e sobrepeso. Segundo pesquisa do Centro Rudd de Políticas Alimentares e Obesidade da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, um dos fortes indicadores de obesidade em uma região é a presença de pântanos alimentares, que são áreas com alta densidade de estabelecimentos com comida barata e calórica - os "fast foods". Alia-se à isso o aumento da renda populacional - no Brasil, o poder de compra da classe média cresceu 71% entre 2005 e 2015, segundo pesquisa do Instituto Data Popular - e a necessidade de comidas rápidas devido ao menos tempo disponível que vem da mudança de hábitos advinda da globalização, de acordo com Cláudio Mottin, diretor do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Todas essas mudanças expõem causas determinantes para o crescimento dos níveis de sobrepeso e obesidade mundiais. Tal crescimento nos números de obesos e com sobrepeso deve ser combatido com medidas positivas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Governo como um todo, impondo restrições qualitativas e quantitativas às indústrias alimentícias, promovendo reeducação alimentar nas escolas e apoio nutricional completo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, aos poucos, a população vai reaprendendo e se readaptando às suas atuais necessidades alimentares.
[ 200, 200, 160, 160, 120, 840 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A epidemia global de sobrepeso e obesidade vem se intensificando na maioria dos países como consequência principalmente da mudança de hábitos alimentares e comportamentais das últimas décadas e do aumento da disponibilidade de comida rápida, barata e altamente processada. Com a intensa globalização, os hábitos de vida das pessoas sofreram grandes transformações. Aplicativos de entrega rápida, maior socialização online, trabalho em casa ou mais restrito à cadeira em frente a um computador; todas essas mudanças diminuíram a necessidade de locomoção e, consequentemente, o esforço e gasto calórico, de acordo com pesquisa da London School of Economics (LSE). É visível, ainda, a relação com alteração da qualidade do sono, pois esse vem sendo interrompido por notificações de celular, por exemplo, interferindo na produção de hormônio melatonina, responsável pelo sono reparador. Assim, a pessoa acorda cansada, e com necessidade de consumir alimentos energéticos, contribuindo para a escalada do aumento de peso que é vista em todo o mundo. Além disso, a facilidade de acesso e aquisição de comida processada e altamente calórica é um fator determinante para explicar a presente epidemia de obesidade e sobrepeso. Segundo pesquisa do Centro Rudd de Políticas Alimentares e Obesidade da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, um dos fortes indicadores de obesidade em uma região é a presença de pântanos alimentares, que são áreas com alta densidade de estabelecimentos com comida barata e calórica - os "fast foods". Alia-se à isso o aumento da renda populacional - no Brasil, o poder de compra da classe média cresceu 71% entre 2005 e 2015, segundo pesquisa do Instituto Data Popular - e a necessidade de comidas rápidas devido ao menos tempo disponível que vem da mudança de hábitos advinda da globalização, de acordo com Cláudio Mottin, diretor do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Todas essas mudanças expõem causas determinantes para o crescimento dos níveis de sobrepeso e obesidade mundiais. Tal crescimento nos números de obesos e com sobrepeso deve ser combatido com medidas positivas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Governo como um todo, impondo restrições qualitativas e quantitativas às indústrias alimentícias, promovendo reeducação alimentar nas escolas e apoio nutricional completo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, aos poucos, a população vai reaprendendo e se readaptando às suas atuais necessidades alimentares.
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2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
A apropriação cultural contínua das escolas de samba sobre a diversidade de culturas em suas alegorias e fantasias, expressam algo sem ao menos ter conhecimento sobre as suas origens e tradições. Em seu vídeo publicado no youtube a ativista Katú Mirim, relata como a sociedade expõe certa cultura e seus modos de agir ao público sem haver estudado sobre a seu fato histórico e a cada símbolo retratado, torna-se ato de racismo. Desde o período colonial é lícito dizer que há uma grande miscigenação de raças, idiomas e diversas culturas no Brasil. E isso faz que a etnia na qual é alvo pertinência seja aberta de modo que tenha conhecimento sobre seus desafios e dificuldades diárias e a cada objeto simbólico estudado. Não tendo teorias sobre o tema abordado pode gerar conflitos entre as raças e a sociedade, gerando violência, derespeito e racismo. Ademais a persistência em demonstrar multiculturas encaradas como homenagem se torna uma ofensa. Tais povos por exemplo como negros e indígenas, quando possuem acessórios, roupas e outros objetos do povo branco, tem olhares de discriminação sobre a sociedade encaradas de forma etnocêntrica. Por tudo isso, o ministério de educação e cultura devem apresentar a comunidade em forma de palestras e práticas em todos os institutos abertos ao corpo social a diversidade de grupos que há em nosso país, e que saibam usufruir este conhecimento e expor tal etnia em grandes eventos com fatos relatados.
[ 120, 120, 120, 160, 160, 680 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
No ano de 2019, a Administração da Aeronaútica e Espaço (NASA), coletou dados que atestam o aumento exponencial das queimadas na Amazônia. Isso foi o suficiente para fortalecer o debate quanto a sua internacionalização que, sem dúvida, revela-se como um atentado à soberania brasileira. O Brasil, apesar de ser um país pobre, é detentor da maior parte da floresta amazônica, região onde há um forte potencial energético, seja por causa dos rios, madeira ou minérios. Por esse motivo, nações desenvolvidas têm grande interesse em internacionalizá-la, não porque preservá-la garantiria o equilíbrio ambiental do planeta, mas puramente por razões econômicas. Além disso, elevar a Amazônia a um status internacional não asseguraria a sua efetiva preservação. Ora, pactos internacionais de proteção ao meio ambiente são constantemente desrespeitados, a exemplo dos Estados Unidos que não assinaram o Protocolo de Kyoto, continuaram a emitir grandes quantidades de CO2 e sequer sofreram retaliações por isso. Diante dessa situação, qual seria a garantia que a maior floresta tropical do mundo estaria salva? Nesse sentido, há algumas alternativas para que ela seja preservada e, ao mesmo tempo, não seja violada a soberania do Estado brasileiro. De início, a forma mais eficiente é a imposição de embargos econômicos aos produtos de origem brasileira, quando houver a comprovação de degradação ambiental. A outra forma é a fiscalização interna, a partir do investimento no IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para poder inspecionar as áreas de reserva legal. Tais medidas, certamente, contribuiriam eficazmente à preservação da Amazônia sem a necessidade de internacionalizá-la.
[ 200, 160, 200, 200, 160, 920 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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15.html
a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Atualmente, vivemos um período de intensas trocas informacionais através da internet, que facilita a vida de todos tornando processos do dia a dia muito práticos. Porém com a internet a desconfiança das pessoas com relação a ciência vem aumentando cada vez mais, a ponto de que vários movimentos como o da anti-vacinação e o dos terraplanistas vem surgindo. Primeiramente, essa falta de confiança se deve pela manipulação de informações pelas grandes mídias, que em busca de privilégios acabam não sendo totalmente imparciais e geram revoltas por parte da população. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts mostra que as fake news possuem um apelo maior em relação as demais notícias e portanto, são divulgadas cerca de 70% mais rápido. Além disso com a disseminação das fake news muitas das verdades provadas séculos atrás, vem sendo mistificadas. Em segundo lugar, apesar de estar garantido pelos direitos humanos o direito de se expressar vários dos movimentos que vem sendo criados desmentem a veracidade da ciência, e utilizam conceitos sem nenhuma prova para ganhar apoio da população. Tendo em vista os fatos acima a solução mais viável seria uma tentativa de redenção do governo e das mídias através da criação de um jornal federal que fosse o mais imparcial possível e que não manipulasse as informações.
[ 160, 160, 120, 160, 160, 760 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Os hábitos alimentares são culturais e representam os valores de uma nação ou de um grupo. Quando se opta por consumir um alimento em detrimento de outro, deve-se levar em consideração todo o processo anterior que levou o indivíduo a fazer aquela escolha. O grave problema de excesso de peso há de passar por essa análise para se chegar a uma solução. Os hábitos alimentares são reflexos não só dos valores de um indivíduo, como de um grupo ou nação. Na Índia, é comum não se come carne; na Itália, as massas reinam soberanas; os veganos rejeitam qualquer alimento de origem animal. Essas características nos concedem uma essência, demonstrando escolhas conscientes e substanciais. O Brasil é rico em biodiversidade, o que proporciona uma grande variedade de alimentos, não só os convencionais, como também os não convencionais - as famigeradas PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Apesar disso, o que leva um brasileiro a preferir ir ao McDonald fazer sua refeição em vez de optar por uma refeição composta de produtos naturais? Porque é mais gostoso, é "legal", é rápido e fácil. É isso? Fizeram-nos acreditar pelo menos. Uma mentira repetida mil vezes... É "legal" porque todo mundo está comendo também. É rápido porque no mundo contemporâneo somos impelidos a investir nosso tempo em coisas mais "importantes" (por exemplo: trabalhar à estafa para fazer muito dinheiro para subsidiar o tratamento das doenças que vamos adquirir por ter negligenciado a alimentação a vida inteira). É gostoso porque fomos doutrinados a achar que é, assim como fomos doutrinados a depender do açúcar e do sal para dar sabor aos alimentos quando, em verdade, não é necessário. Estamos falando de um processo de alienação cruel, de uma imposição cultural. É questionável, por exemplo, como grandes empresas de refrigerante ainda se mantém no mercado. Clarice Lispector, em "A Hora da Estrela", disse, ironicamente, que um determinado refrigerante famoso (esse mesmo!) tinha gosto de esmalte, mas ainda assim as pessoas eram subservientes a ele. Ora, não consumimos apenas o refrigerante, mas também o sonho americano, assinamos um tratado referendando a cultura norte-americana. E não há como negá-la como grande influenciadora da nossa alimentação, sobretudo após os Estados Unidos se firmarem como nação sobrepujante após a Guerra Fria. Se formos analisar o problema do excesso de peso sob a ótica da alienação cultural, será possível perceber o quanto esse aspecto é determinante. Vide o atual surto de diabetes e obesidade entre os índios xavantes no Brasil. Não há falar em proibição de se consumir certos alimentos, mas por que eles são consumidos mesmo sabendo dos seus malefícios. É preciso haver um resgate de si mesmo como sujeito capaz de determinar o tipo de alimentação que se quer consumir e responder a si mesmo o porquê dessa escolha: ela é legítima? O escritor Henry David Thoreau, em "Walden", fala que o que degrada o homem é comer aquilo que não é alimento para nossa vida animal ou para inspirar nossa vida espiritual, e sim alimento para os vermes que nos possuem.
[ 160, 200, 120, 120, 40, 640 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Tudo em excesso faz mal. Com a alimentação não é diferente. Segundo uma pesquisa da BBC Brasil, ela mostrou que quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. No Brasil, isso não é diferente do resto do mundo. Sendo assim, quais seriam as causas do aumento da obesidade e como acabar com ela e ter uma vida mais saudável? Sabe-se que o excesso de uma má alimentação tem sido o principal fator para o aumento de peso da polução brasileira. As redes de fast food - comida rápida - são as principais causadoras e campeãs em termos de aumento da obesidade. A maioria dos brasileiros, principalmente as crianças, são apaixonados por esse tipo de comida e, claro, também pela comodidade e praticidade que elas proporcionam, além da saciedade momentânea. No entanto, nesse tipo de alimentação esconde vilões, como o sódio, principal potencializador da hipertensão, ou seja, causa a parada do coração, bem como o açúcar, que aumenta o sobrepeso das pessoas. Além disso, o sedentarismo também contribui para o aumento da obesidade no país. Muitas pessoas passam mais tempo em casa, ainda mais agora com a era das redes socias, conversando no Facebook e no Instagram, por exemplo, do que pedalando, nadando e caminhando em espaços públicos e abertos, enfim, exercitando-se. Tudo isso tem um impacto no corpo, como o acúmulo de gorduras, aumentando, assim, o peso desses indivíduos. E em casos mais graves, levando até à morte, uma vez que a obesidade, segundo levantamentos, tornou-se a segunda causa de mortes no mundo. Conclui-se, portanto, que medidas simples ajudariam a diminuir a obesidade da maioria dos brasileiros. Como alimentar-se em casa e de preferência com alimentos de origens conhecidas, como as que são feitas em casa, livres de conservantes. Além disso, passar a frequentar mais parques e academias para não deixar o modismo do sedentarismo acompanhá-los. Só assim, eles terão a oportunidade de ter uma vida mais saudável, além de manter a saúde do corpo humano em dia e longe do sobrepeso.
[ 160, 120, 160, 160, 120, 720 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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direitos-em-conflito-liberdade-de-expressao-e-intimidade
É notório que a liberdade de expressão deve ser livre mais moderada não afetando a intimidade de nenhum cidadão. Uma vez que a liberdade de expressão não é divulgar a vida pessoal de um individuo e as leis previnem contra tal abuso. Sabe-se que a liberdade de expressão é um meio de se defender á si e a população contra algo que esta prejudicando a sociedade, assim não envolvendo a intimidade, pois um ato não envolve o outro. Se expressar é um meio de mostrar sua opinião, mas sem afetar a vida pessoal de outra pessoa, que não deve por hipótese alguma ter que sofrer tal abuso na rede. Alem disso as leis ajudam á punir esses abusadores que são chamados de “hackers” que invadem informações como redes-sociais, bate-papos e contatos, expondo informações de total particularidade. Conforme a Constituição Federal de 1988, o individuo que teve sua intimidade exposta pode receber indenizações, e informações apagadas, não podendo ser divulgadas e o hacker sendo detido por abuso de informações pessoais. Por tudo isso é importante esclarecer que a intimidade e a liberdade de expressão devem ser moderadas, pois pequenos detalhes podem prejudicar de imediato a vida social de uma pessoa. Sabendo disso a mídia não deve expor tantas intimidades, a sociedade deve acusar menos e a família ajudar a essa pessoa passar por tal crise em sua vida. Pois como se diz o filosofo Paulo Freire “Não é saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes”.
[ 120, 160, 120, 160, 120, 680 ]
2,017
A letra da lei Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Constituição Federal de 1988 Proibição A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado. Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado. (...) Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são "relevantes e amparados em prova idônea". "A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro", diz o despacho. Folha de S. Paulo Opinião A imprensa tem de ser livre porque a liberdade de expressão e de informação está no capítulo dos nossos direitos fundamentais, a saber: o Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Lá se lê: “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” Logo, a Constituição veda que se proíba a imprensa de publicar isso e aquilo. Mas é preciso ver se outro dispositivo não está a ser desrespeitado. No caso em tela, o Inciso X, que vem na sequência, reza o seguinte: “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” . E foi com base nesse arcabouço que a Justiça decidiu (...) . Reinaldo Azevedo Conflito “O jornal não violou nenhum segredo judicial. Não vi nada no texto que pareça violação da privacidade da Marcela. Tudo o que está na reportagem está num processo público” , diz Roberto Dias, professor de direito constitucional da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. O caso é um exemplo clássico, segundo Dias, de conflito entre dois valores que são preservados pela Constituição: o direito à liberdade de expressão versus o direito à intimidade. "Em casos de conflitos como esse deve prevalecer a liberdade de expressão sobre o direito à privacidade, já que a informação divulgada é pública", defende Dias. Professora de direito constitucional da USP, Monica Herman Salem Caggiano escreveu um artigo sobre esse tema que será publicado num livro a ser editado por uma universidade da Itália, a de Camerino, fundada em 1336. "O embate entre privacidade e liberdade de expressão é uma questão delicada. Mas, a meu ver, o que está na internet você não pode retirar. A reportagem se baseia em informações públicas, que não podem ser ignoradas, escondidas ou colocadas nos bastidores. O direito de informar deve ser privilegiado. "Folha de S. Paulo
Em abril do ano passado, um hacker clonou o telefone da primeira-dama Marcela Temer e tentou chantageá-la, ameaçando divulgar conversas que jogariam “na lama” a reputação do presidente da República. O hacker foi rapidamente preso e condenado por estelionato e extorsão. Neste ano, quando publicaram reportagens sobre o assunto, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram surpreendidos por uma liminar que os proibiu de fazê-lo, obrigando-os a retirar do ar textos já publicados em seus sites na internet. A proibição dividiu opiniões. Para alguns, foi considerada censura e um atentado à liberdade de expressão. Para outros, uma defesa legítima da intimidade da primeira-dama. Por trás desses fatos, revelou-se um conflito entre dois incisos do quinto artigo da Constituição Federal, que se referem justamente aos dois direitos: a liberdade de expressão e a inviolabilidade da intimidade do cidadão. Leia os textos da coletânea sobre o caso e redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista sobre o tema: que fazer quando há conflitos entre dois direitos como esses? Qual deve prevalecer? Por quê?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
No início da civilização, a base do comércio era realizada com troca de mercadorias, ou seja, escambo. E com as demandas, havia necessidade de procurar meios de garantir maior diversidade no câmbio dos produtos, criou-se, então, as moedas. Pressupõe que, para aquela época tal substituição tenha enfrentado resistência por ser algo inovador. Nos dias atuais, a humanidade passa pelo mesmo dilema com a criação das criptomoedas, percebe-se à ignorância e a relutância de alguns grupos por conta desse novo recurso. Em se tratar do novo, o desconhecido, passa a ser alvo de preconceito e polêmica por parte de alguns indivíduos desinformados no assunto, não tirariam conclusões precipitadas e seriam mais receptivos as inovações, se buscassem estudar e conhecer sobre as - moedas digitais, que se propõe na substituição do dinheiro convencional, para facilitar e agilizar transações realizadas on line. Segundo Stives Jobs, um dos fundadores da companhia "apple", ele disse: "... Se você faz algo muito bom, você deveria fazer outra coisa sensacional, não se gabar da primeira coisa por muito tempo". Assim, como as mercadorias eram as moedas da época, as criptomoedas podem ser as do futuro. Além do mais, é perceptível a resistência de bancos e governos, em se tratar da substituição convencional pela digital. Pois, com as criptomoedas dispensaria as intermediações, as taxas cobradas pelas transações e movimentações e não existiria o poder financeiro centralizador do governo e facilitaria para o cidadão ter o controle de seu próprio capital. Como disse Jobs, a tecnologia move o mundo. Então, é somente questão de tempo e esclarecimento, para que a humanidade perceba que se adaptar as novas tecnologias, não é dificuldade e sim facilidade. E os grupos controladores das finanças, buscarem formas de andarem juntos as inovações, pois não há como parar no tempo, a tecnologia se movimenta todos os dias. Portanto, a sociedade precisa se tornar esclarecida quanto a possibilidade de novas mudanças comerciais, e as instituições educacionais possam esclarecer e incentivar o estudo da importância dessas inovações. E a mídia divulgar sobre os benefícios e formas de expansão, além disso, as empresas de tecnologias poderiam criar projetos e bolsas que possam ajudar mentes criativas a desenvolverem mecanismos na criação de novas formas de comércios, para assim, expandir a amplitude da negociação entre os povos e quebrar a barreira monetária as barreiras monetárias.
[ 160, 160, 120, 160, 160, 760 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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violencia-e-drogas-o-papel-do-usuario
Ultimamente, temos observado, um aumento considerável de adolescentes envolvidos com drogas, e o que é mais grave traficando entorpecentes, de maneira desafiadora, demonstrando total desrespeito ao estado de direito, usando armas, atirando contra policia, matando sem piedade, sob argumento que sua punição é diminuta. sob esta ótica, tornam-se verdadeiros facínoras, criam quadrihas etc. Brasil, país em que o trafico toma conta de uma parte das grandes metrópoles e que os usuários de drogas estão por todo lugar, há pessoas que defendem o fato de que essas pessoas lá no passado não tiveram uma oportunidade da sociedade para ser “alguém na vida”, já outras falam que isso acontece por influencia de amigos, mas o que ninguém fala é que nós aprendemos a ir no mais fácil, me diga, se você ver uma moeda de um real no chão e do lado uma sédula de dois reais embaixo de uma pedra, eu você e qualquer outra pessoa vai pegar a moeda primeiro, até parece um modo meio tolo de explicação, mas se parar para analisar reflete bem o que a maioria de nós somos.
[ 120, 40, 40, 120, 0, 320 ]
2,018
Quem matou ele? Madrugada no morro. Um grupo de policiais ataca de surpresa uma boca de fumo e mata dois traficantes. O Capitão Nascimento pega um dos consumidores pelos cabelos e o obriga a pôr o rosto nos buracos de bala no peito do bandido morto. O rapaz, apavorado, diz que é estudante, na tentativa de se defender. – Quem matou ele? – pergunta o capitão, aos berros. – Não sei – responde o rapaz. – Não sabe? Quem matou ele? – Vocês, foram vocês! – Nós? Quem matou ele foi você! A gente vem aqui limpar a m* que você faz! Não é à toa que essa cena, do filme Tropa de Elite, é uma das que mais chocam os espectadores. Ela toca numa questão crucial do tráfico: a taxa de responsabilidade dos consumidores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas aponta o dedo para uma parcela da elite. Maconha e cocaína no Brasil são bens de luxo, para a população com maior poder aquisitivo. De acordo com o levantamento, o consumidor-padrão de drogas no Brasil é homem, tem entre 20 e 29 anos, é da classe média alta e mora com os pais. “Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média” , diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Embora ilegal, o tráfico de drogas não infringe outro tipo de lei – a do mercado. Se não houvesse comprador, não haveria venda. O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha. A Suécia foi pelo caminho inverso: levou para a cadeia vendedores e consumidores, e hoje o número de drogados do país é um terço menor que no restante da Europa. Revista Época A culpa é da proibição "Quem financia o tráfico não é quem fuma, é quem proíbe"Dizeresde um cartaz exibido numa manifestação pela descriminalização da maconha em São Paulo. O ex-presidente e o STF Fernando Henrique Cardoso disse esperar que a crise no sistema prisional impulsione o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Em entrevista ao blog, os ex-presidente tucano declarou que caberá ao Supremo Tribunal Federal dar “os primeiros passos” . Corre no Supremo uma ação sobre a posse de drogas para uso recreativo. Três ministros votaram a favor da descriminalização de todas as drogas (Gilmar Mendes) ou apenas da maconha (Edson Fachin) , ainda que com a fixação de um limite de 25 gramas para a posse (Luis Roberto Barroso) . Veja trechos da entrevista: – O senhor aprovaria, portanto, a produção de maconha para consumo próprio? Sim. Qual é a minha preocupação? A droga, na prática, é livre nas mãos do bandido. Então, o Estado precisa começar a descriminalizar o que for razoável e, depois, regulamentar. É melhor ter algum tipo de regulamentação do que simplesmente deixar como está hoje. – Hoje existe a proibição legal, não? Sim, é proibido. Mas a droga circula. E quem vai para a cadeia são os pobres usuários, sobretudo mulheres. (...) – De que maneira a deterioração do sistema prisional interfere no debate sobre a descriminalização das drogas? O foco do debate está invertido. Como tem muita gente nos presídios, algumas pessoas dizem: “Vamos descriminalizar porque isso alevia a pressão nas prisões. ” Tudo bem, é verdade. Pode ter esta consequência. Mas não resolve por completo o problema da violência dentro dos grandes presídios. Essa violência é fruto de uma luta pelo controle das rotas de drogas. E isso vai continuar existindo, porque o Brasil é um grande consumidor de drogas. Sem mencionar o fato de que o Brasil é rota de passagem de drogas para outros países. Blog do Josias
Devido à explosão da violência, principalmente à relacionada ao tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está sob intervenção na Segurança Pública, com o Exército nas ruas e um general no comando. A questão do comércio de drogas ilegais pode ser examinada sob diversos pontos de vista: social, econômico, político, de saúde pública, etc. No âmbito econômico, por exemplo, o tráfico está vinculado à célebre lei da oferta e da procura. Em função disso, há quem responsabilize os usuários de drogas pela violência disseminada pelos traficantes. No entanto, há também quem os isente de culpa, atribuindo a violência ao tráfico, à proibição e à ilegalidade, que, se fossem abolidos, eliminariam a criminalidade. Leia os textos que acompanham essa proposta de redação e, a partir disso, redija uma dissertação argumentativa, expondo sua opinião: a violência do tráfico é consequência de uma política proibicionista, de combate às drogas, ou da dependência dos consumidores, que procuram os tóxicos e mantêm a contínua necessidade de oferta?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Recentemente acompanhamos a grande repercussão sobre a questão de preservação da Amazônia, que foi questionada perante os grandes incêndios que assolaram a região. Diante disto, Emmanuel Macrom, presidente francês, propôs algo que poderia ajudar: a região amazônica passasse a ser internacional. Mas como isso auxiliaria? Fácil, todos os países poderiam proteger a floresta de qualquer decisão prejudicial à a ela tomada pelo governo brasileiro. Mas isso implicaria também na exploração desses, já que o Brasil perderia a soberania. Num primeiro momento a ideia parece boa, pois "garantiria" o cuidado com este bem tão precioso. Mas, pensando um pouco, a área ficaria sob controle de quem? Não causaria certo caos entregar uma parte tão importante de nosso país á nações tão diferentes e com interesses tão distintos o que poderia causar ainda mais exploração? Não seria melhor chegar a uma "solução nacional"? Uma solução nossa, para resolver aquilo que está acontecendo no nosso país. Conseguinte a tudo isso, caberia ao Governo Federal e ao Ministério do Meio Ambiente estabelecer leis severas sobre a preservação e reflorestamento da área amazônica, garantindo a sustentabilidade e o domínio brasileiro sobre a "nossa casa".
[ 160, 120, 120, 120, 120, 640 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
A posse de arma é quando uma pessoa tem tanto em sua casa, como em uma chácara ou até mesmo em um local de trabalho uma arma de fogo. O mesmo se aplica para os acessórios e munições. Caso a posse seja ilegal, o tempo estimado de prisão é de até 6 anos, além também do pagamento de uma multa. Em 2005, foi feito um referendo a favor da posse de armas, onde chegaram a uma conclusão de que 64% da população estava sim a favor do acesso facilitado a armas de fogo. Com a legalização da posse, a população brasileira terá uma maior facilidade em alguns recursos onde a ampliação da validade do documento foi feita de 5 para 10 anos, possibilitando assim uma facilidade maior com que os armamentos se mantenham legalizados. Segundo a Revista Época: “Armas estão entre os bens mais valorizados por ladrões. São um motivo a mais para o assalto.”, onde a “ilusão de segurança” começa a partir do momento em que um familiar pensa que terá tempo de perceber um assalto e poderá reagir, onde muitas vezes não é o que de fato acontece. Portanto, é dado por um consenso geral que a posse de armas é um direito de todo cidadão para auto defesa, porém a partir do momento em que alguém tem uma arma, automaticamente essa pessoa vai estar em risco, ou seja, o Brasil pode ter sim a facilidade no acesso de armas desde que a sociedade tenha um pensamento maduro a respeito do assunto.
[ 120, 120, 120, 160, 0, 520 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A ciência passou por constantes descobertas ao longo dos anos e atualmente está no seu auge junto à tecnologia, ela é um fator decisivo em determinados assuntos. Entretanto, ainda existem coisas em que a ciência não é capaz de comprovar. No passado quando a ciência ainda era precária a maioria dos fatos surreais que aconteciam sempre era ligada de alguma forma a religião, por exemplo, o surgimento de tempestades que era visto como obra de deuses enfurecidos. Hoje em dia vivemos em uma era pós-verdade, onde começam a surgir duvidas sobre a ciência, se tudo na verdade não é manipulação por interesses políticos ou simplesmente uma grande conspiração. Um conceito que cresceu bastante nos últimos anos foi a teoria da terra plana, que tem um apoio de aproximadamente cem mil, existem diversas provas de que a terra tem um formato esférico, porém os "terraplanistas" ignoram fatos como, a lua ser uma esfera (seria muito incomum apenas a terra ser plana no nosso universo), a gravidade, poder dar uma volta ao mundo e etc. Pensar fora do padrão é algo que todos temos que praticar, contudo defender teorias sem a menor viabilidade é um atraso no nosso pensamento e abertura para uma mente ignorante. Portanto deve se criar seu próprio julgamento sobre esse tipo de questão mas considerando fatos e não teorias.
[ 120, 80, 80, 120, 40, 440 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
O aumento da renda da população e o grande número de redes de "fast food" desencadearam uma epidemia alimentar. Isso revela, que o sobrepeso e a obesidade são problemas de saúde pública. As agitadas rotinas da sociedade moderna, leva a população a adquirir hábitos não tão saudáveis. Dessa forma, crianças, jovens e adultos se alimentam na maioria das vezes de alimentos industrializados que contém grandes quantidades de sal e açúcar, como comidas congeladas e refrigerantes, o que elevou em 20% o aumento de pessoas na faixa do sobrepeso em todas as faixas etárias e classes sociais, conforme dados estatísticos do IBGE publicados no jornal Folha de São Paulo, por isso, pandemias, como diabetes tipo 2, problemas de pressão arterial, doenças cardiovasculares e o próprio câncer tem se tornado tão comum comuns. Além disso, a obesidade mórbida também afeta grande parte da população. Isso demonstra, que métodos preventivos e educativos ainda são precários, pois o número de pacientes que procura o sistema Único de Saúde, atráz de procedimentos invasivos, como a cirurgia bariátrica aumenta cada vez mais. Assim, boa parte dos recursos do SUS - meio bilhão de reais anual - são direcionados diretamente ao combate da doença e uma baixa porcentagem desse valor é revertido aos métodos preventivos de combate a obesidade. Em síntese, políticas públicas para combater o sobrepeso e a obesidade devem ser tomadas. Portanto, maiores investimentos em consultas com psicólogos e nutricionistas são essenciais, como também campanhas publicitárias para incentivar uma alimentação in natura de frutas e legumes.
[ 160, 120, 160, 120, 120, 680 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido
Atualmente é muito discutido um problema na questão política que pode ter tido início em meados 1930 com o governo provisório de Getulio Vargas que induzia a população de baixa renda através de propostas educacionais. A situação abordada refere-se a politicagem introduzida nas instituições de ensino, e com isso podemos citar um fato que ocorre principalmente nas escolas públicas que acontece a partir de um programa chamado Bolsa Família e segundo o MEC 95% dos alunos participantes só frequentam a escola para conseguirem desembolsar os benefícios que o governo oferece as famílias carentes. Outro fato a ser abordado é a questão dos professores introduzirem sua opinião pessoal em questões políticas para favorecer algo ou alguém. Portanto medidas são necessárias para resolver o impasse e com isso foi criado uma proposta que tem como nome "Escola Sem Partido" onde existe deveres a serem cumpridas pelos educadores. Como cita o filósofo Immanuel Kant "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele" e assim não devemos em hipótese alguma aceitar esses abusos cometidos.
[ 120, 120, 80, 120, 40, 480 ]
2,016
O debate O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui) Liberdade de crença Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) Suposta doutrinação O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) .
Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Brasil tem vivido momentos conturbados em relação à política. No meio de tantos escândalos e corrupções, não sabemos ao certo quem está certo ou não. Este tipo de conflito costuma ser resolvido por grandes tribunais (STJ, STF e afins), que exercem esse trabalho por nós. Nas últimas semanas, foi decidido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), através de uma votação, que a pena de um réu só poderá ser emitida, após o mesmo não ter mais recursos contra essa determinação e, a seguir, ser julgado pelo próprio Supremo Tribunal Federal. De acordo com à Constituição Federal, a terceira instância não existe. Porém, o réu pode recorrer ao Supremo para revisar às medidas judiciais tomadas pela 2° instância. Neste momento, o mais cabível, seria em que o réu começasse a "pagar" sua pena enquanto aguarda esta revisão. Em certos pontos, os Guardiões da Constituição estão indo contra à mesma, e isso em certo ponto causa discórdia entre a população. Isso demonstra, cada vez mais o quanto o Brasil, em questões políticas, ainda engatinha lentamente para evoluir.
[ 160, 120, 120, 120, 40, 560 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Atualmente, é comum ver a diversidade de pessoas que utilizam e creem em um ser "maior" como melhorias e aspectos atual de moradia, educação e até mesmo saúde. No Brasil, conforme pesquisas da ONG, cerca de 28% da população de diversas cidades e estados, dizem que "a fé é um meio de se vencer e melhorar as condições de vida". Colocando abaixo desse tópico, a educação e estudos. Adiante afirmam que a fé é um muito importante. Sendo assim, se o governo investir em meios educativos, promovendo a educação e a colocando como única e realmente funcional para melhoria de vida, crendo que, a população estaria com altos conhecimentos para que possam ver com outros olhos as perspectivas de melhoria.
[ 120, 120, 80, 120, 80, 520 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
De fato, as discussões sobre o corte de verbas das nossas universidades e faculdades públicas tem sido um tema atualmente debatido, que gera diversas opiniões distintas. É compreensível o lado de todas as opiniões: pessoas de alta classe econômica se utilizam da universidade pública, mesmo tendo condições econômicas de pagar mensalidades em uma instituição privada, e os gastos na mesma são altíssimos, pois é uma ferramenta que necessita de alto poder econômico. Ao mesmo tempo, temos o lema do que significa ter acesso à educação superior, gratuita e pública, gerando oportunidades para todos. A faculdade é paga com os impostos de todos os brasileiros, então, teoricamente, pessoas de classe alta também tem direito ao acesso. O que se discute é que, muitas vezes, as vagas limitadas da universidade são ocupadas em sua maioria pela classe alta, por terem melhores condições de ensino - por exemplo, ter estudado em colégio particular - então acabam sendo melhor preparados para os vestibulares. Em contrapartida existem as cotas, que tentam amenizar essa desigualdade educacional e social entre nossos estudantes. Ainda assim, universitários de classe alta ainda são majoritários na aquisição das vagas, e um dado, do Instituto Liberal de São Paulo, que mostra esse desequilíbrio constatou que metade dos calouros da USP, uma das melhores universidades públicas do Brasil, correspondem a 20% dos mais ricos do país. Entretanto, como rege a nossa Constituição Federal, acredito que a educação deveria ser sim gratuita e de qualidade para todos nós brasileiros, que pagamos por ela com nossos tributos. Deveria haver também uma gestão de recursos mais bem organizada nas instituições, a fim de aplicá-los nas áreas certas, que possam garantir a qualidade de ensino dos estudantes. A área da pesquisa também deveria ser explorada, a fim de buscar investimentos de empresas privadas e/ou instituições que financiam pesquisas e avanços. Infelizmente, o investimento, vindo do governo, na área de pesquisa e educação ainda é pouco valorizada - o que poderia trazer outros investimentos além do público, como já citados -, pois não é vista como investimento, e sim gasto social, talvez por isso o tamanho descaso com a educação e principalmente com os nossos professores.
[ 160, 120, 160, 160, 120, 720 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Atualmente, no Brasil, há um número alarmante de focos de incêndio, sobretudo, na região Amazônica. Tal situação trouxe à tona discussões em países europeus sobre a proteção desse bioma. Assim, é preciso considerar a preservação das florestas brasileiras como um desafio a ser enfrentado de maneira mais organizada pelo Estado soberano em acordo com a comunidade internacional. Nesse sentido, convém analisarmos os principais impasses dessa problemática. É fundamental pontuar, de início, que o Brasil é considerado o grande exportador mundial de carne bovina, tendo como consumidores os mercados asiáticos e da União Europeia. Logo, é importante colocar que esses países contribuem ativamente com a destruição do ecossistema local. Segundo o Greenpeace, nas últimas décadas, o consumo europeu desmatou uma área equivalente a Irlanda, em países como Índia, Brasil e África. Portanto, a situação de degradação da Amazônia não é causada apenas pelas necessidades nacionais, mas também pela demanda insaciável por carne, leite e derivados vinda de outras partes do globo. Vale ressaltar também que apesar de o país possuir uma legislação ambiental abrangente, a fiscalização é muitas vezes ineficaz visto as dimensões da região. Além disso, a diversidade de interesses econômicos que podem ser gerados a partir da biodiversidade local, abre espaço a ação de pessoas mal-intencionadas que tomam posse das áreas. Dessa maneira, é fundamental que os países desenvolvidos contribuam com a conservação, sem ameaçar a soberania nacional. Portanto, o Governo Federal deve promover a proteção ambiental em território por meio de investimento em tecnologias de imagem e rastreamento de queimadas e desmatamento, aumentar o número de fiscais de meio ambiental e buscar formas de agronegócio sustentável através de estudos e pesquisas relacionados a área. Espera-se, com isso, reduzir a incidência de crimes ambientais e promover a valorização do nosso patrimônio natural.
[ 160, 160, 200, 160, 200, 880 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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direitos-em-conflito-liberdade-de-expressao-e-intimidade
A liberdade e privacidade na vida é um princípio básico e muito bem desejo em nosso cotidiano. A prinmeira dama exigiu a sua privacidade pelo fato de não querer se expor em redes sócias, em assuntos que não a deixava a vontade. e preferindo assim, fazendo que tirassem para que, se sentisse tranquila em seu dia-a-dia. Entretanto, muitos a criticaram em fato que poderiam haver coisas explicitas que muitos teriam duvidas sobre sua vida e de seu marido, para que, assim desvendasse aquilo que muitos almejam. Porém, o indivíduo usou isso de uma forma errônea, porque todos nos temos direitos de liberdade e isso foi uma invasão de privacidade. Contudo, o jornal quis aproveitar a situação e pegar carrona na noticia, mas não percebendo a desagradavel situação.
[ 80, 40, 40, 120, 0, 280 ]
2,017
A letra da lei Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Constituição Federal de 1988 Proibição A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado. Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado. (...) Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são "relevantes e amparados em prova idônea". "A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro", diz o despacho. Folha de S. Paulo Opinião A imprensa tem de ser livre porque a liberdade de expressão e de informação está no capítulo dos nossos direitos fundamentais, a saber: o Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Lá se lê: “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” Logo, a Constituição veda que se proíba a imprensa de publicar isso e aquilo. Mas é preciso ver se outro dispositivo não está a ser desrespeitado. No caso em tela, o Inciso X, que vem na sequência, reza o seguinte: “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” . E foi com base nesse arcabouço que a Justiça decidiu (...) . Reinaldo Azevedo Conflito “O jornal não violou nenhum segredo judicial. Não vi nada no texto que pareça violação da privacidade da Marcela. Tudo o que está na reportagem está num processo público” , diz Roberto Dias, professor de direito constitucional da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. O caso é um exemplo clássico, segundo Dias, de conflito entre dois valores que são preservados pela Constituição: o direito à liberdade de expressão versus o direito à intimidade. "Em casos de conflitos como esse deve prevalecer a liberdade de expressão sobre o direito à privacidade, já que a informação divulgada é pública", defende Dias. Professora de direito constitucional da USP, Monica Herman Salem Caggiano escreveu um artigo sobre esse tema que será publicado num livro a ser editado por uma universidade da Itália, a de Camerino, fundada em 1336. "O embate entre privacidade e liberdade de expressão é uma questão delicada. Mas, a meu ver, o que está na internet você não pode retirar. A reportagem se baseia em informações públicas, que não podem ser ignoradas, escondidas ou colocadas nos bastidores. O direito de informar deve ser privilegiado. "Folha de S. Paulo
Em abril do ano passado, um hacker clonou o telefone da primeira-dama Marcela Temer e tentou chantageá-la, ameaçando divulgar conversas que jogariam “na lama” a reputação do presidente da República. O hacker foi rapidamente preso e condenado por estelionato e extorsão. Neste ano, quando publicaram reportagens sobre o assunto, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram surpreendidos por uma liminar que os proibiu de fazê-lo, obrigando-os a retirar do ar textos já publicados em seus sites na internet. A proibição dividiu opiniões. Para alguns, foi considerada censura e um atentado à liberdade de expressão. Para outros, uma defesa legítima da intimidade da primeira-dama. Por trás desses fatos, revelou-se um conflito entre dois incisos do quinto artigo da Constituição Federal, que se referem justamente aos dois direitos: a liberdade de expressão e a inviolabilidade da intimidade do cidadão. Leia os textos da coletânea sobre o caso e redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista sobre o tema: que fazer quando há conflitos entre dois direitos como esses? Qual deve prevalecer? Por quê?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
É notável que, a segurança do Brasil está precária e diariamente brasileiros ao saírem de suas casas com destino ao seu trabalho ou qualquer outro lugar, correm perigo. Isso porque pessoas não adequadas possuem armas e por essa mesma ferramenta cidadões inocentes morrem. A posse de uma arma letal pode trazer maior sensação de segurança ao indivíduo, ao saber que se um criminoso invadisse sua casa teria como se proteger. E em 2005, 64% da população votou a favor do comércio de armas, isso significa que a maior parte da sociedade brasileira quer ter um acesso mais fácil à elas, e a ideia de a maior parcela do corpo social sendo elas “de bem” estarem armadas significaria diminuir o índice de criminalidade no país. Em controvérsia, ter uma arma em casa significa maior vulnerabilidade e maiores riscos de acidentes com crianças, suicídios e brigas pessoais banais que poderiam resultar em mortes. Em janeiro deste ano, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que facilita a posse de armas no Brasil, mas neste mesmo documento não há nenhuma especificação sobre fiscalizar as informações declaradas ao se tratar da posse de armas, ou seja, pouca fiscalização tem como consequência mais facilidade para ocorrência de fraudes. Em suma, o Brasil como um país democrata, tem o dever de atender o desejo da maioria, mas é necessário e indispensável que o governo crie propostas melhores para aumentar a segurança e a confiança do povo brasileiro, como um teste de aptidão psicológica para o civil que deseja ter em sua casa uma arma.
[ 160, 120, 160, 120, 160, 720 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Muito se discute, atualmente, no Brasil, a respeito do civismo nacional. Não obstante, o Ministério da Educação viabilizou uma ação na qual as escolas teriam a obrigatória missão de fazer com que seus estudantes cantassem o famoso hino nacional. Não bastasse o cântico, os alunos também deveriam ser gravados cantando-o, fato esse que despertou um sentimento de revolta nos pais, que viram essa imposição como invasiva e autoritária. Nesse sentido, observa-se a paralela questão, no que tange cantar ou não o hino, e se é pelo civismo, o que mudaria? É válido salientar, que a Lei 12.031 de 2009, hodiernamente vigente pela Constituição de 1988, prevê o hasteamento da bandeira nacional acompanhado da declamação do hino brasileiro. Contudo, observa-se o descaso pela mesma, que em apenas poucas escolas é posta em prática, evidenciando assim, se não a despreocupação, a noção de inutilidade do ato, sendo considerado uma perda de tempo e que não desperta sequer um sentimento cândido pelo país. Torna-se claro então, que mesmo estabelecido por Lei, o cantar do hino por muitos é considerado uma prática ineficiente no que se refere ao despertar do amor pátrio, além de ser visto como uma ação obsoleta. Destarte, no período que vigorava o Regime Militar - época em que o canto solene já era obrigatório -, tem-se um profundo sentimento de recusa ao que concerne a melodia pátria, pois nesses anos o tinham como uma obrigação e não um ato nacionalista. Além disso, enxergavam-o como uma forma de glorificar o país, mesmo ele anulando inúmeros direitos cidadãs, fato que desagradava os cidadãos, a exemplo da institucionalização do AI-5. Nesse viés, faz-se visível que a imposição, sem a devida concordância da civilização, fomenta a declamação um caráter autoritário e não democrático. Desse modo, diante do problemático questionamento acerca do ato de cantar o hino nas escolas, é necessário que haja uma breve discussão, no que refere-se a vocaliza-lo, entre todos àqueles que compõem a nação brasileira. É viável também, que o Ministério da Educação se retrate ante a sociedade, desvinculando a solicitação feita às instituições de ensino. Paralelo a isso, é preciso que os meios de comunicação, por meio da sua influência, divulgue o lado positivo de se declarar a melodia, com o fito de se reconstruir uma nova imagem do ato pátrio, que pode sim, servir-se como um gesto cívico de respeito à nação se tomadas as devidas providências.
[ 120, 120, 120, 200, 200, 760 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A Amazônia chegou em seu estado de deploração por culpa dos brasileiros junto ao governo, aqueles que fazem uso indevido e irresponsável da região, um lugar rico de recursos naturais pertencente ao território brasileiro e que deve ser protegido e explorado com responsabilidade. A ideia de quererem fazer da Amazônia um território internacional é algo que deve ser pensado, pois levantam várias e várias questões. Eles irão nos ajudar a reflorestar as terras, mas depois disso o que vão querer de nós? Vão apenas nos ajudar a proteger a Amazônia? Ou vão querer utilizar da mesma forma irresponsável que nós brasileiros? O Estado Amazônico não pode e nem deve de forma alguma virar um patrimônio internacional, pois os países dispostos a ajudar sabem da riqueza das terras e não vão querer apenas proteger e reflorestar as áreas desmatadas, que é um solo infértil por conta das queimadas. A Amazônia precisa ser cuidada e protegida por nós, é um território nosso, temos a responsabilidade de zelar e proteger aquilo que nos pertence.
[ 120, 120, 120, 80, 80, 520 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
O controle das queimadas na região amazônica é, sim, um desafio internacional, porém há que se respeitar a soberania do estado brasileiro no que diz respeito ao seu território. Porém lideres políticos do atual governo defendem a ideia de que o Brasil não precisa da intervenção internacional para controlar as queimadas na região amazônica e que esse interesse em intervir, de outros países como a França por exemplo, trata-se de um complô para que o Brasil perca a soberania sobre a região amazônica e consequentemente o seu direito de exploração. Entretanto o fundo amazônico criado para auxiliar as "ong's" que trabalham com a preservação e combate a queimadas na região amazônica, custeado por alguns países europeus, é a prova cabal de que os recursos internacionais são importantes para o governo brasileiro. Nesse sentido basta observar que a suspenção desse fundo por parte dos países colaboradores, devido a uma reformulação na politica ambiental por parte do atual governo, resultou no aumento no aumento das queimadas, visto que as "ong's" ficaram sem recursos para auxiliar os órgãos responsáveis. Isso levou o governo a tomar medidas emergências : emissão de decreto presidencial suspendendo as queimadas, ainda que legais, e o envio das forças armadas para auxiliar no combate as queimadas. Portanto fica evidente a necessidade do apoio de outros países na preservação da região amazônica respeitando, sempre, a soberania do estado brasileiro.
[ 120, 120, 160, 160, 80, 640 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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redes-sociais-e-manipulacao-politica
O termo anglófono "fake news" (em português, "notícias falsas"), palavra do ano de 2017 segundo o dicionário em inglês da editora britânica Collins, tem se tornado cada vez mais relevante para o debate político público no Brasil, pois essas notícias, amplamente divulgadas nas redes sociais, passaram a ser mais um instrumento de manipulação política nas vindouras eleições de 2018, tornando importante a discussão sobre como os eleitores brasileiros poderão enfrentar essa manipulação. Mesmo antes de qualquer debate acerca de "fake news", havia outras práticas em vigor na política brasileira com o fim de anular o valor do voto consciente e favorecer determinados partidos e/ou candidatos em eleições. Na história brasileira, por exemplo, não são raros os relatos sobre manipulação por meio de falsas (e, em muitos casos, irreais) promessas de campanha, compra de votos, voto de cabresto, coalizões partidárias eticamente questionáveis e ideologicamente incoerentes, entre outras práticas pouco republicanas. Esses relatos, contudo, pertencem não só aos tempos da monarquia ou aos primórdios do período republicano brasileiro, mas também aos processos eleitorais mais recentes, com as coalizões duvidosas passando a serem articuladas de modo cada vez menos velado, significando, na prática, a quase inutilidade da luta contra essas atitudes politicamente danosas mesmo antes de as redes sociais sequer poderem influenciar, de qualquer modo, no resultado desses pleitos. Com a interferência das redes sociais, esse quadro tende não a melhorar, mas a piorar, pois, apesar de essas ferramentas eletrônicas poderem ser ótimos instrumentos no combate a esses males políticos, torna-se cada vez mais nítido que são justamente os grupos mais interessados na manipulação do debate político público os que dominam esses espaços e disseminam as narrativas políticas mais aceitas pelo eleitor brasileiro médio, o qual, pela falta de senso crítico e de real interesse por política, inevitavelmente será refém de toda manipulação imaginável. É possível concluir, portanto, que o eleitor brasileiro médio não conseguirá combater com sucesso a manipulação política nas redes sociais não só pelo histórico nacional de vulnerabilidade a manipulações dessa natureza, mas também por não estarem reunidos, na população, o senso crítico e o real interesse por política tão caros ao exercício consciente do direito ao voto.
[ 200, 200, 200, 200, 0, 800 ]
2,018
Fake news, perfis falsos e análise de dados A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na versão anterior da pesquisa, divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news (notícias mentirosas) , criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos. Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder, aplicativo usado para relacionamentos. Há também registro de ações organizadas para fazer determinado site ou tema ganhar relevância nos principais mecanismos de buscas da internet, como Google, Bing (da Microsoft) e Yahoo! . E a tendência é que isso se repita na disputa eleitoral brasileira, segundo a organizadora da pesquisa. "Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil", afirmou ela. [Folha de S. Paulo]
Há cerca de dez anos, as redes sociais se tornaram uma arma de manipulação da opinião pública, em especial no âmbito político e durante os períodos das campanhas eleitorais. Isso já atingiu 48 países recentemente e o Brasil está entre eles, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na reportagem que informa esta proposta de redação, é possível entender como esse processo manipulativo ocorre. De posse dessas informações, é o caso de se perguntar o que o eleitor pode fazer para não se deixar enganar, escapar das fake news e das promessas igualmente falsas. Ou seja, para votar conscientemente, em candidatos que ele realmente considere aptos a resolver ou contribuir com a resolução dos graves problemas nacionais. Na sua opinião, de que modo os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais? Se é que isso é possível...
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Ao longo da história da humanidade o dinheiro assumiu diversas formas, uma das primeiras foram as moedas rudimentares de ouro e prata, depois surgiram os bancos que assumiram a responsabilidade de guardar esse recurso e também de controlar sua emissão junto ao governo. Uma nova forma de moeda surgiu em 2009, a bitcoin, uma criptomoeda descentralizada que não depende das regras dos órgãos reguladores. É fato que tal feito é uma revolução econômica e tecnológica mundial. Após o lançamento da bitcoin outras criptomoedas foram criadas a partir dela, o que facilita o acesso a essa inovação. Por serem novas ainda não possuem uma regulamentação governamental, o que permite pleno controle de cada indivíduo sobre seu capital. A novidade toma dos bancos a autoridade de controlar a riqueza, proporcionando uma maneira diferente de operar o dinheiro que não depende de serviços secundários e diminui os custos de taxas; isso impede qualquer órgão de confiscar o montante do sujeito. Dessa maneira dívidas com bancos podem ser extintas, o que ameniza crises econômicas e beneficiam os setores sociais. As criptomoedas não pertencem a um país, portanto são de fácil circulação e mundiais, o que possibilita compras e transações com maior rapidez e sem difíceis conversões. A criação de criptomoedas não depende de órgão governamentais, isentando-as de medidas protecionistas. Essa mudança permite que conflitos políticos e econômicos sejam aplacados uma vez que as grandes disparidades entre as diferentes moedas centralizadas não existirão. Ao analisar os fatos mencionados conclui-se que o fenômeno dessa revolução econômica não pode ser evitado, uma vez que elaboração é feita por grupos independentes livres de regras do mundo bancário. Portanto, na transformação no mundo econômico os bancos sairão prejudicados já que sua existência chega ao fim a menos que se adaptem e encontrem seu espaço na hodierna realidade. Tais entidades serão substituídas pelos formuladores das novas moedas que assumem um papel divergente do anterior. A política terá que se amoldar ao novo sistema financeiro monitorado descomplicadamente pela massa populacional.
[ 160, 120, 160, 160, 0, 600 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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