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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Assunto que repercute de forma constante nos atuais veículos de informações da atualidade tem gerado uma problematização constante, devido as opiniões opostas. O tema que concentra as atenções populares a espera de uma decisão, estão voltados ao Poder Judiciário. Que debatem se o réu deve ou não, ser preso após condenação em 2º instância. Por outro lado existem aqueles que defendem a posição de quem deve avançar o processo até o esgotamento de possibilidades do réu provar sua inocência. Para que então o acusado tenha sua ampla defesa e o devido processo legal. Todavia, o fato de se ter prolongado o processo por 2 níveis judiciários de julgamento, está mais do que provado a decisão dos juízes em indeferir o caso do acusado, além do mais acaba contribuindo pela celeridade do processo nos tribunais e não fomentar a impunibilidade que existe devido ao réu não ser considerado culpado até o transito julgado da sentença penal condenatória. Por trás do fato há detentores da opinião de que o Brasil é um país retrógado e impunível pelas leis e o sistema jurídico atuais que beneficiam os acusados e sentenciados, ficando assim distante de países onde as leis são severas e os índices de criminalidades são baixos. Contudo para que o Brasil possa chegar a notoriedade de um país soberano e justo, devemos nos conscientizar de que tudo começa pela aplicabilidade de normas impostas seja elas de direito oferecido e dever imposto.
[ 120, 120, 120, 120, 160, 640 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Com o passar dos anos a tecnologia cada vez mais toma espaço em setores da vida cotidiana, o dinheiro não ficaria fora disso. A criação do bitcoin em 2009 está abrindo portas para uma revolução econômica moderna. A criptomoeda chega para ultrapassar os bancos convencionais onde o governo exerce um forte controle estatal, através da emissão de moedas tradicionais no sistema financeiro atual. Por sua independência, os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar esse tipo de moeda, visando que tornaria seu controle obsoleto. Contudo, sua anatomia é o que conquista, agilizando transações econômicas, o sistema "blockchain" é formado por uma cadeia de blocos trancados por uma forte camada de criptografia, que torna impossível invadir esses recipientes, assegurando também que as moedas não sejam utilizadas mais de uma vez e cheguem ao destino certo. Esse sistema, uma espécie de livro contábil registra as transações de recebimento e envio de valores da criptomoeda, garantindo a segurança desejada pelos consumidores. A criptomoeda ainda não tem uma definição exata, mas veio para divergir o sistema financeiro mundial.
[ 120, 40, 40, 80, 0, 280 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
No Brasil, as melhores universidades sempre foram as públicas: USP e UNICAMP, por exemplo, figuram entre as 300 melhores do planeta, segundo o ranking inglês THE (Times Higher Education). Essa qualidade é proveniente de investimentos, principalmente em produção de conhecimento, além da oportunidade de ensino gratuito à população. Quanto à produção de conhecimento, pesquisas de enorme relevância são desenvolvidas no país. Na UnB (Universidade Federal de Brasília ), por exemplo, há o desenvolvimento de um equipamento para facilitar a cicatrização de diabéticos. Tal iniciativa pode reduzir gastos do SUS (Sistema Único de Saúde) com esses pacientes e proporcionar maior qualidade de vida, evitando o sofrimento de amputações. Se a instituição fosse privada, o mais provável é que esse estudo não existiria, pois a prioridade seria o lucro, indício disso é a inexistência de pesquisas científicas em faculdades particulares no território nacional. Em relação á gratuidade, se hoje os mais pobres são minoria no Ensino Superior público, a cobrança de mensalidade reduziria o percentual desses a próximo de zero. O número de estudantes oriundos de escolas públicas nas faculdades aumenta com programas sociais como cotas, subsídios e bolsas e não com mais um entrave financeiro. Enfim, o aparente gasto com pesquisas pode reduzir custos para o Governo, como no caso de estudos relacionados à saúde, e a gratuidade é essencial à formação de muitos alunos. A educação, portanto, precisa ser prioridade e os investimentos em Universidades públicas mantido ou, se possível, ampliado.
[ 160, 160, 160, 120, 40, 640 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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19.html
a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Na França, em 1789 à 1799 ocorreu a sua revolução. Este evento, trouxe pela primeira vez a nomeação de direita e esquerda, se referindo aos girondinos e Jacobinos respectivamente. Mas como esta classificação é vista na Para responder essa questão, analisemos nosso histórico de governo petista, no qual muitas pessoas se identificam com ideias de esquerda. Em contrapartida o candidato Jair Bolsonaro teve maior apoio nas últimas eleições, assim, evidenciamos uma preferência ao conservadorismo. Outro fator que também contribuiu para o resultado foi a identificação duma parcela da população com esses ideais. Ainda vivemos numa sociedade, na qual muitos acreditam que certos costumes devem ser preservados. Contudo, há uma preocupação adicional tangente aos direitos pessoais; dependendo do contexto, uma doutrina conservadora pode restringi-los. Porém, isso pode ser visto em diversos tipos de governo. Tendo em vista aspectos observados, concluímos que mudanças ideológicas ocorreram ou expandiram, e foram impostas, cabe aos cidadãos posicionar seus pensamentos, caso aquelas causem insatisfações.
[ 160, 160, 120, 160, 0, 600 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Em outubro de 2005, houve no Brasil um referendo a respeito da proibição do comércio de armas de fogo e munições no país. Os brasileiros votaram contra a proposta. Nesse contexto, em virtude do aumento da violência e atendendo ao pedido de uma parcela da população, o Presidente assinou o decreto que facilita a posse de armas para população brasileira. Todavia, a medida gera opiniões divergentes e coloca em xeque a sua efetividade. Com o intuito de cumprir uma promessa da sua campanha eleitoral, em 2018, o Presidente Jair Bolsonaro assinou o Decreto que flexibiliza e torna os critérios mais objetivos para a posse de armas de fogo no Brasil. Para apoiadores da medida, o armamento da população a torna mais segura. Outro ponto levantado e que o acesso facilitado às armas servirá de desestímulo aos criminosos. Além disso, o estatuto do desarmamento não cumpriu a sua função, haja vista que os números de homicídios por armas no país aumenta ano a ano. O número de mortes está entre os mais altos do mundo. Em contrapartida, para aqueles que discordam dessa posição, argumentam que se mais pessoas tiverem armas, a possibilidade de conflitos aumente e até mesmo a polícia estará mais vulnerável. De acordo com as pesquisas realizadas pelas universidades USP, PUC Rio, FGV, a taxa de homicídios nas cidades está atrelada com a disponibilidade de armas. Para as ONGs é função do Estado, e não do cidadão comum, lidar com a segurança e a criminalidade. Nesse sentido, mais armas não é garantia de menos violência. Segundo um estudo publicado pela universidade de Harvard, países que têm mais armas tendem a ter menos crimes. Ainda, de acordo com o mesmo estudo, ao longo dos últimos 20 anos, as vendas de armas aumentaram nos Estados Unidos, contudo os homicídios relacionados a armas de fogo diminuíram em 39%. Desse modo, embora ao a flexibilização do acesso à posse de armas de fogo traga a sensação de mais segurança para a população, tal medida não deve ser tratada de forma isolada. Faz se necessário que líderes governamentais associem a nova legislação com políticas públicas mais eficientes voltadas para a diminuição da violência.
[ 160, 160, 120, 160, 80, 680 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade so progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observar a crescente onda conservadora no Brasil, verifica-se que esse ideial iluminista e constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrisicamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convêm analisarmos as princípais consequências de tal postura perante a sociedade. Como primeira constatação observa-se que preocupações associadas ao aumento da classe conservadora não apenas existem como vêm crescendo a cada dia. Por conta disso é preciso buscar as causas dessas questão, entre as quais, emerge como a mais recorrente a constante ausência de políticas públicas destinadas a união das classes políticas e sociais, principalmente a de extrema esquerda que tem ideologia diferente. Isso acontece em virtude da predominância de pesamentos eraizados que definem um pensamento politico diferente, como um ataque as familias tradicionais, assim nota-se que todo pensamento oposto ao conservadorismo e recebido como a frota afronta aos bons custumes, nesse contexto cultural, e cada vez mais comum uma polarização entre classes políticas. Esse fatores atuam em fluxo continuo e favorecem na formação de um problema social com dimensões cada vez maiores para o Brasil. Outros ponto relevante, nessa temática, está relacionando às consequências geradas por esse contexto. Como efeito negatico dessa problemática está o preconceito e a violência sobre as classes minoritárias não conservadora. Tal situação ocorre devido ao aumento do extremo conservadorismo que, em sua pequena parte, é composta por radicais praticantes de preconceito e violência. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a politica deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilibrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possivel perceber que, na sociedade o aumento significativo do preconceito deve-se a onda crescente do conservadorismo e que, esse aumento tem sido prejudicial a estado democrático. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem a construção de um mundo melhor. Para que isso ocorra o Ministerio da Educação(MEC) em parceria com o Governo federal deve promover paletras que visem a união entre as classe sociais politicas brasileiras, bem como a união da sociedade. Dessa forma, todos na sociedade serão tratatos de forma justa, plena e igualitária, sem preconceito ou violência. Somente assim o Brasil superará qualquer crescimento sócio politico principalmente o conservadorismo.
[ 80, 160, 120, 200, 160, 720 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A floresta amazônica sempre despertou e ainda desperta vários interesses nacionais e internacionais. Ela é explorada nacionalmente por extratores de madeira, garimpos, agricultores, etc., já Já os outros países, demonstram preocupação ambiental, porém, grande parte com um falso discurso. É através de uma queimada que acontece naturalmente uma vez por ano, somada a fotos antigas divulgadas como se fosse a tempo real e em redes sociais por celebridades, que são disseminadas informação que a Amazônia está em chamas. Esta intenção é a demonstração de um sentido político contrário ao atual governo brasileiro que comprova claramente sua propriedade nacional que é essa região. Moradores deste local informam que essas queimadas acontecem anualmente devido ao clima seco da época do ano. O lençol freático da região é motivo de cobiça internacional e o presidente francês Macron, devido a perda de força política e credibilidade em seu governo, utiliza-se atualmente de discurso ambiental, se intitulando um salvador preocupado com o planeta. Todos devemos preservar o planeta e a Amazônia também é composta por regiões de outros países, sendo no Peru, altamente contaminada por mercúrio da extração de ouro, todavia somente o Brasil é lembrado. A Amazônia pertence ao Brasil e não é território internacional, sendo assim, benéfica ao mundo a partir do momento em que é preservada, sem deixar também de ser corretamente explorada para benefício econômico somente para o Brasil, da mesma forma que seria feito, talvez até de forma indiscriminada por nações hipócritas.
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
O carnaval é uma das maiores festas no Brasil, e nele vemos fantasias tanto conservadoras quanto vulgares. Nos últimos tempos vemos muitas pessoas a favor ou contra fantasias de índios ou as pessoas usarem um simples turbante na cabeça, que pode se resumir em apropriação cultural. Há muitas pessoas que concordam com esse tipo de fantasia, pois para eles, estão ajudando a índios ou a pessoas dentro de uma certa religião, serem aceitas pelas outras. Essas mesmas pessoas que pensam que estão ajudando, mas se sentem ofendidos quando índios usam uma roupa ou algum acessório tipicamente usados por pessoas brancas e da cidade, pois para eles, índios deveriam passar suas vidas inteiras dentro das florestas, isso tudo por falta de informações. A maioria das pessoas que são contra o uso da fantasia, acreditam que o carnaval é para diversão, e não para fingir ser uma pessoa cujo você não sabe o que ela passa durante o resto do ano, porque isso é uma ótima maneira de se mostrar um grande hipócrita. Em virtude do que foi mencionado, é um grande erro apropriar-se da cultura dos que sofrem racismo, muitas vezes vinda vindo de você mesmo. Nunca sabemos o que a outra pessoa passa, e mesmo se soubéssemos, não é uma razão para você dar vida a um simples personagem que você não irá se lembrar pelo resto do ano, até o próximo carnaval.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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disciplina-ordem-e-autoridade-favorecem-a-educacao
Antigamente a disciplina era cobrada nas escolas para obter bons resultados dos alunos. Mas infelizmente os tempos mudaram e hoje os estudantes estão se rebelando e se destacando entre os piores. Mas a culpa não seria primeiramente de casa? Até que ponto essa indisciplina chegará?O início de tudo é com os pais, pois a educação vem do lar, então cabe a eles educar e ensinar seus filhos respeitarem as autoridades. Se ali não são disciplinados a escola não será totalmente responsável pelos maus atos desse aluno.Contudo, sabe-se que a responsabilidade de agir com ordem e autoridade está na direção das escolas, pois é lá que preparam os jovens para o mundo. Se não for ensinado o respeito no ambiente escolar, não é do lado de fora que vão exercê-lo pelo contrário serão desrespeitados e o colégio ficará de mau exemplo para os próximos a estudar. Portanto, pode-se concluir que a educação vem primeiramente dos pais, mas a ordem, a autoridade e a disciplina nas escolas favorecem completamente o comportamento dos alunos. Se em casa não são ensinados o mundo os ensinará da pior maneira. Como diz a frase de um filósofo “Eduque as crianças e não será necessário punir os adultos”.
[ 160, 40, 40, 160, 40, 440 ]
2,015
Respirando disciplina No Colégio Militar Tiradentes, em Maceió (Alagoas) , os alunos vivem uma rotina militar. Lá se respira a palavra disciplina. Localizado no Trapiche da Barra, zona sul da cidade, há cinco anos se destaca no Enem por Escola com base em uma "didática" baseada no rigor. O estabelecimento tem a maior nota de uma escola da rede estadual no Estado, com média 521,17 entre as provas objetivas. Para estudar no Tiradentes, o visual do aluno também tem que estar alinhado: ele tem de estar com cabelos cortados e arrumados no padrão militar, uniforme limpo e passado a ferro com vinco e, ainda, bater continência para professores, coordenadores e direção. Segundo o professor de português e literatura, Paulo César dos Santos, a disciplina e o treino são fatores de sucesso dos alunos nos exames como o Enem. "O aluno escreve e nós corrigimos até o texto sair perfeito para entendimento de todos", disse. [UOL Educação] Cidadania, curiosidade e criatividade Especialistas discordam da aplicação da militarização em sala de aula para obter resultados satisfatórios. A professora de história, especialista em gestão de sistemas educacionais, Pilar Lacerda, diz que o modelo abre mão da pedagogia ao apelar para a rigidez e a disciplina militar. "A escola de educação básica é o lugar da formação de valores, de conhecer e respeitar o outro. Do diálogo e da construção de normas comuns. Que cidadão está sendo formado neste modelo militar? A não ser que o jovem queira seguir carreira militar", argumenta Lacerda. Ela explica que para estudantes se manterem focados nos estudos, a escola deve tornar a sala de aula mais atrativa e menos burocrática. "Que pense no projeto pedagógico que seja construído para o estudante entender o mundo e entender-se no mundo. Atiçar a curiosidade e incentivar a criatividade. Nada feito a força funciona", explica a professora. [UOL Educação] Nível melhor ou método autoritário? Considerado um retrocesso por alguns educadores, o sistema que mantém policiais na direção das escolas está em expansão em Goiás. Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos (em nove Estados os colégios ficaram em 1o entre as estaduais no Enem) . O Brasil possui atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas criou mais duas, chegando a 22 – elas atendem mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro. Em Goiás, o comerciário Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. "O nível dessas escolas é muito melhor. " Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. "Um ou outro PM é rude. Mas a maioria é aberta. " Para o pai, os alunos têm "voz ativa". "Sempre que minha filha reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo. "Diretor de ensino de um colégio de Anápolis (GO) , o sociólogo e capitão da PM Sirismar Silva diz que a polícia nas escolas não é ideal. "Mas é bom ouvir dos pais que seus filhos tiveram a vida mudada para melhor. " Para Maria Augusta Mundim, da Faculdade de Educação da federal de Goiás, o método é autoritário. "Cai por terra a busca por autonomia e de construção de identidade. "[Folha de S. Paulo]
Os colégios militares de vários Estados do Brasil se tornaram destaque nos meios de comunicação pelos bons resultados que seus alunos obtiveram no Enem no ano passado. Para muitos pais e educadores, estabelecimentos de ensino regidos pela disciplina militar proporcionam aos alunos aquilo que se espera de uma escola: formar alunos competentes para enfrentar os desafios da educação, entre os quais o Enem e, depois, a vida universitária. Naturalmente, há quem não concorde com isso e por motivos tão razoáveis quanto aqueles dos que pensam diferente. Há quem diga que a rigidez da ordem militar não colabora com a formação de mentes abertas, críticas e criativas. Veja opiniões a favor e contra essas escolas na coletânea de textos que integra esta proposta de redação. Depois disso, redija um texto dissertativo-argumentativo, dizendo se você estuda ou estudaria num colégio militar, e quais são os motivos que o levam a tomar sua posição. Conclua seu texto refletindo se a disciplina, a ordem, o respeito à autoridade são ou não são úteis no processo educacional de um jovem.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5, é clara ao determinar que, salvo nas hipóteses de prisões cautelares, ninguém será preso até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, ou seja, até que não caibam mais recursos. Apesar da previsão legal, o Supremo Tribunal Federal (STF) fez um "malabarismo interpretativo" ao julgar legítima a prisão do réu em segunda instância. Nesse contexto, a Corte Suprema, quando julgou o tema, se afastou de sua função precípua que é aplicar a lei, tendo em vista que a competência para elaborá-las é do Poder Legislativo. Sem dúvida, o STF, ao passo que ignorou a interpretação literal e lógica da Constituição, se comportou como um rei absolutista que cria e aplica as normas ao seu próprio alvedrio. Ademais, erroneamente, argumenta-se que a prisão após segunda instância é necessária, uma vez que o julgamento completo de uma ação penal, com o esgotamento de todos os recursos, é muito demorado e, assim, o réu permanece em liberdade durante todo o processo, de modo a fortificar o sentimento de impunidade perante a sociedade. Contudo, é importante dizer que não é razoável que alguém seja antecipadamente punido por pura ineficiência do Poder Judiciário em dar celeridade às suas demandas. Ora, se há morosidade, isso deve ser solucionado de uma forma que não aniquile o princípio da presunção de inocência! Portanto, tal medida validada pelo STF é um atentado contra a ordem constitucional. Por conta disso, para sanar tal controvérsia, deverá o Poder Legislativo aprovar lei que detalhe claramente a vedação à prisão em segunda instância, sob pena de violação a um caro direito fundamental.
[ 200, 160, 200, 200, 120, 880 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
No Brasil, a maior parte das famílias são consideradas de baixa renda. Desses são poucos os que têm interesse e condições de ingressarem no ensino superior, enfrentando condições difíceis e seus limites. A capacitada e a força de vontade de um estudante de baixa renda pode ser considerado semelhante ao de um estudante rico, porém, há discrepâncias relevantes entre eles com relação às técnicas e tecnologias utilizadas que impactam significamente no desempenho. O estudante de baixa renda tem que mudar radicalmente o seu modo de vida. Normalmente ele tem que trabalhar e estuda com os meios disponíveis, quando há oportunidades, enfrentando as dificuldades socioeconômicas no ambiente em que vive, muitas das vezes, sem o apoio da família e com insuficiência de tempo para os estudos. Enquanto isso, o estudante rico normalmente têm os melhores meios para estudar. Com o apoio da família, ele tem tudo o que precisa para ter o melhor desempenho nos estudos, tendo também uma maior quantidade de tempo livre pois ainda não precisa se preocupar com o trabalho. Portanto, tendo em vista as dificuldades econômicas que as universidades estão enfrentando, é necessário também reanalizar as dificuldades de cada grupo social. Por isso é necessário que o ministério da educaçāo reserve as universidades públicas para aqueles que estudaram integralmente em escolas públicas ou não tenham condições de pagar o ensino superior. Pois assim garantiremos que a educação gratuita seja disponibilizada para quem realmente necessita.
[ 120, 120, 120, 120, 120, 600 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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direitos-em-conflito-liberdade-de-expressao-e-intimidade
É notório que os direitos em conflitos devem ser separados para que haja um maior entendimento sobre o assunto. A liberdade de expressão, é um direito o qual não pode haver repressão. Já a intimidade é um direito individual o qual merece punição quando violado. Há de se compreender que a liberdade de expressão é um direito o qual não pode haver repressão segundo o artigo 5º da constituição brasileira de 1988, pois todos são iguais perante a lei, quando violado, deve existir de forma clara uma punição. Quanto aos veiculos de comunicação, deve ser seguido a mesma lei que é aplicada aos cidadãos, pelo fato de estar implantando uma opinião. Da mesma forma, a intimidade deve ser respeitada de forma individual, quando violado, é merecimento de punição. Por conseguinte, pode-se afirmar que os direitos como a liberdade de expressão e a intimidade devem ser seguidos de forma prevista na constituição.
[ 120, 80, 80, 120, 0, 400 ]
2,017
A letra da lei Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Constituição Federal de 1988 Proibição A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado. Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado. (...) Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são "relevantes e amparados em prova idônea". "A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro", diz o despacho. Folha de S. Paulo Opinião A imprensa tem de ser livre porque a liberdade de expressão e de informação está no capítulo dos nossos direitos fundamentais, a saber: o Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Lá se lê: “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” Logo, a Constituição veda que se proíba a imprensa de publicar isso e aquilo. Mas é preciso ver se outro dispositivo não está a ser desrespeitado. No caso em tela, o Inciso X, que vem na sequência, reza o seguinte: “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” . E foi com base nesse arcabouço que a Justiça decidiu (...) . Reinaldo Azevedo Conflito “O jornal não violou nenhum segredo judicial. Não vi nada no texto que pareça violação da privacidade da Marcela. Tudo o que está na reportagem está num processo público” , diz Roberto Dias, professor de direito constitucional da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. O caso é um exemplo clássico, segundo Dias, de conflito entre dois valores que são preservados pela Constituição: o direito à liberdade de expressão versus o direito à intimidade. "Em casos de conflitos como esse deve prevalecer a liberdade de expressão sobre o direito à privacidade, já que a informação divulgada é pública", defende Dias. Professora de direito constitucional da USP, Monica Herman Salem Caggiano escreveu um artigo sobre esse tema que será publicado num livro a ser editado por uma universidade da Itália, a de Camerino, fundada em 1336. "O embate entre privacidade e liberdade de expressão é uma questão delicada. Mas, a meu ver, o que está na internet você não pode retirar. A reportagem se baseia em informações públicas, que não podem ser ignoradas, escondidas ou colocadas nos bastidores. O direito de informar deve ser privilegiado. "Folha de S. Paulo
Em abril do ano passado, um hacker clonou o telefone da primeira-dama Marcela Temer e tentou chantageá-la, ameaçando divulgar conversas que jogariam “na lama” a reputação do presidente da República. O hacker foi rapidamente preso e condenado por estelionato e extorsão. Neste ano, quando publicaram reportagens sobre o assunto, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram surpreendidos por uma liminar que os proibiu de fazê-lo, obrigando-os a retirar do ar textos já publicados em seus sites na internet. A proibição dividiu opiniões. Para alguns, foi considerada censura e um atentado à liberdade de expressão. Para outros, uma defesa legítima da intimidade da primeira-dama. Por trás desses fatos, revelou-se um conflito entre dois incisos do quinto artigo da Constituição Federal, que se referem justamente aos dois direitos: a liberdade de expressão e a inviolabilidade da intimidade do cidadão. Leia os textos da coletânea sobre o caso e redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista sobre o tema: que fazer quando há conflitos entre dois direitos como esses? Qual deve prevalecer? Por quê?
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12.html
um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Os "Cinco do Central Park" é um seriado que mostra cinco jovens que foram condenados por um crime que não cometeram. Nesse sentido, o debate sobre a prisão após a segunda instância é determinante para evitar decisões errôneas. Assim, depreende-se que fatores como a ineficácia estatal de investigar os crimes e o precário sistema de defesa pública contribuem para que seja garantido a prisão após esgotados todos os recursos. A princípio, percebe-se que os índices de crimes investigados pelas polícias civis aumentaram exponencialmente, devido ao crescimento populacional e ao maior acesso aos conhecimentos de direitos individuais pela população. Entretanto, o aumento não foi acompanhado pela estrutura organizacional das delegacias que investigam os delitos, devido, assim, a pessoal insuficiente, prazos curtos e mecanização dos procedimentos investigativos. Consequentemente, torna-se o estado ineficiente para investigar devidamente os casos. Além disso, outro fator importante é o sistema de defensoria pública que em várias regiões do Brasil chega a ser precário. Porquanto, muitas regiões interiores do país contam com poucos defensores públicos para demasiadas causas e áreas de atuação. Dessa forma, deixam de prover a defesa integral de qualidade em todas suas instâncias de forma satisfatória a todos. Em suma, entende-se que a prisão após todos os recursos seria essencial para que pontos como a ineficácia para investigar e a defesa pública precária não sejam preponderantes para decisões errôneas. Como diz o ditado popular, a justiça tarda mas não falha.
[ 160, 160, 120, 160, 80, 680 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
No Brasil, nos últimos anos, podemos abservar um aumento no número de pessoas que sao cosideradas acima do peso e também de obesos. Cabe então aqui discutirmos sobre as causas, consequências e possiveis soluções para o problema. Segundo pesquisa realizada pelo IHME, Instituto de Métrica e Avaliação para a saúde, 30% da população é obesa. As principais causas desse problema é o sedentarismo atrelado a os maus hábitos alimentares. Além dos distúrbios hormonais que também podem causar aumento na massa corporal. Com isso, vem as consequências que são, na maioria das vezes, sociais e de saúde, aonde o indivíduo acometido com a doença sofre tanto com problemas derivados do acúmulo de gordura como o diabetes, artrite e artrose quanto a exclusão social, devido ao não enquadramento nos padrões de beleza virgentes. Com base no apresentado, é necessário, para que esse problema seja resolvido que o ministério da saúde implemente campanhas de conscientização quanto as consequências dos maus hábitos alimentares.
[ 80, 120, 120, 120, 120, 560 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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14.html
criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A tecnologia tem avançado de forma que o sistema financeiro também poderá ser afetado; como no filme "Valerian", que se passa no futuro e é protagonizado pela atriz Cara Delevingne, onde existe um mercado interdimensional visitado por humanos, as evoluções tecnológicas podem contribuir - bem ou mal - para a economia. O mais recente avanço é o bitcoin, moeda protegida por criptografia e completamente digitalizada, que pode enfraquecer instituições bancárias as quais poderão tomar medidas para evitar o prejuízo. A criptomoeda vem com a proposta de um menor controle financeiro estatal em relação a transações financeiras, além disso, tornará a existência das atuais instituições bancárias desnecessária ou pouco eficaz. Diante desse dilema, essas instituições não aceitariam as circunstâncias e encontrariam alguma forma de participar da economia, através da modernização dessas instituições - tornando-as completamente digitalizadas. Por conseguinte, uma revolução econômica poderia ser gerada, onde os bancos iriam falir (gerando consequências catastróficas) ou haveria uma grande transformação do sistema vigente através dessa digitalização completa. Ou seja, os bancos não fechariam, mas sim utilizariam apenas criptomoedas nas operações. E a privacidade monetária que o dinheiro virtual propõe, seria apenas uma ilusão. Para comprovar esta tese, podemos citar o Blockhain, um registro virtual de transações que, embora seja seguro e, de certa forma, eficaz na organização desses processos, é um exemplo de controle. É complicada a existência de um sistema financeiro onde não haja fiscalização, pois na falta dessa fiscalização haveriam problemas relativos a crimes, golpes e outras situações; isso dá abertura, facilmente, a um controle por parte do Estado. Portanto, a ideia de que a moeda virtual não será controlada é ilusória, pois esse tipo de avanço tecnológico ainda está se iniciando. Com uma possível revolução, as instituições financeiras encontrariam uma forma de lidar com esta problemática. Para evitar colapsos financeiros, uma alternativa seria, como citado anteriormente no texto, a modernização dessas instituições de forma gradual e com o consentimento de cada indivíduo.
[ 160, 160, 160, 160, 80, 720 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A obesidade é uma realidade enfrentada por cerca de 20% da população brasileira, e o sobrepeso atingiu mais de 54% da população, ou seja, mais da metade dos brasileiros sofrem com peso inadequado para seu biótipo. A cada cinco brasileiros, um é obeso. Segundo pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde, nos últimos 10 anos a prevalência da obesidade no Brasil aumentou em 60%. Isto são números preocupantes já que o acúmulo de gordura elevado interfere na saúde e no bem-estar dos seres humanos. O sobrepeso e a obesidade estão ligados diretamente à economia. Muitas empresas e comércios investem em alimentos com alto teor de gordura e açúcar, porque são alimentos altamente consumidos e com preços menos elevados, já que alguns alimentos da área "fitness'' possuem valores altos e sabores desagradáveis. Com esses preços elevados, alguns alimentos se tornam inacessíveis para a população mais pobre, fazendo com que os mesmos se alimentem de produtos industrializados e com pouco índice nutritivo por serem mais baratos e mais saborosos. A maioria dos brasileiros são sedentários, isto é, não fazem nenhum tipo de atividade física, facilitando o aumento de peso e problemas de saúde, como índice de gordura alto, pressão alta, colesterol alto, e outros fatores que surgem devido ao peso alto e a falta de praticar esportes. Também é comum a falta de acompanhamento médico para as pessoas que são acima do peso, dificultando o emagrecimento e a reeducação alimentar. Portanto, medidas devem ser tomadas para reduzir o número de pessoas acima do peso. As indústrias devem mexer o mínimo possível no alimento que chega das fazendas para que se mantenha os valores nutritivos conservados; os comércios podem reduzir os preços dos produtos para que se tornem acessíveis à toda população e as prefeituras devem fornecer atividades físicas em áreas públicas e também devem oferecer acompanhamento médico aos cidadãos uma vez por mês, gratuitamente, para garantir a saúde de todos.
[ 160, 120, 160, 160, 120, 720 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
É notório que a prisão após o julgamento em segunda instância traz divergências de opiniões, principalmente em relação a compatibilidade ou incompatibilidade com o ordenamento jurídico e com a Constituição. Dentre tantos fatores relevantes temos aspectos favoráveis e contrários a esse ato muitas vezes inconstitucional. Sabe-se que a maioria dos aspectos favoráveis ao cumprimento da pena em segunda instância referem-se a palavra impunidade. Essas pessoas dizem que os mais ricos jamais seriam presos, pois possuem todos os recursos e os melhores advogados para procrastinar ao máximo suas penas. Alegam que outros criminosos seriam igualmente beneficiados ante a demora na tramitação dos processos na justiça brasileira; tudo isso contribuiria ainda mais para o aumento do crime. Por outro lado, os que são contrários a prisão antes do trânsito em julgado fundamentam suas posições no texto da própria Constituição, no qual está escrito que ninguém considerado culpado senão após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória que só ocorre no momento que se esgotam todos os recursos. Essas pessoas também entendem que a Legislação Penal já criou medidas para inibir o crime e proteger a sociedade de perfis altamente perigoso, como a prisão preventiva e temporária. Por tudo isso, faz-se necessário que o poder judiciário cumpra o seu papel institucional e julgue com a maior brevidade possível. Não obstante, o Parlamento deve discutir sobre todo o sistema recursal penal brasileiro e a sua manutenção, enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal manter deve manter o acesso aos recurso previsto em lei.
[ 160, 200, 160, 160, 80, 760 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O conservadorismo, que vem ganhando espaço no Brasil, pode não ser tão conservador quanto se espera. Com os avanços da sociedade moderna o ecletismo está cada vez mais presente na democracia. Muito se tem falado sobre projetos de leis conservadores como os ligados à família - aborto por exemplo, e à religião. Isso se dá, em razão do aumento de segmentos, no Congresso Nacional, com aptidões religiosas, militares e ruralistas. Percebe-se um maior pluralismo de representatividade de parlamentares. Em que pese a diversidade do pensamento seja importante para legislações concludentes, não se pode misturar ideologias pessoais à política geral. É notório, por outro ângulo, que em uma democracia seja perfeitamente possível e normal que nem a esquerda nem a direita se mantenham no poder por muito tempo, pois os pontos negativos de um justificar-se-ão para a entrada no poder do outro. Nesse sentido, por mais que o conservadorismo, estando eleito, tenha pretensão de muitas mudanças, a própria população possui meios hábeis de aprovar ou não essas pretensões, pelo menos, enquanto a Constituição de 88 for a Carta Magna do Brasil.
[ 160, 120, 120, 120, 40, 560 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
A educação e a formação universitária é o sonho de consumo de milhões de pessoas que desejam uma vida profissional bem sucedida ou uma vida acadêmica de sucesso. Para que isso se concretize são necessários anos de preparo, que se inicia no ensino fundamental e que se estende até o final do ensino médio; isso sem levar em consideração aqueles que optam por fazer um cursinho pré vestibular - muito devido a péssima qualidade do ensino público. Atualmente quem paga as despesas das universidades públicas brasileiras é a população como um todo por meio da arrecadação de impostos. O problema com esse modelo, é que tal sistema é extremamente injusto com a população mais pobre da sociedade. Essa forma de subsídio é injusta, uma vez que a cobrança de impostos é pelo consumo, a população mais pobre da sociedade acaba pagando maior parte da conta, ao mesmo tempo em que as cadeiras dos cursos universitários públicos são ocupados pela população que possui mais condições financeiras. Em outras palavra, o atual modelo de subsídio universitário é um gerador de desigualdade social. Uma das maneiras de alterar tal quadro seria o estado brasileiro copiar modelos que são adotados mundo a fora, como o caso do sistema universitário Norte americano, que além dos recursos públicos é subisidiado por doações anuais bilionárias de ex alunos, e também pelos alunos que possuem condições financeiras para bancar o valor integral ou parcial da sua formação acadêmica. Dessa forma, o estado não ficaria tão sobrecarregado com impostos e a população de baixa renda não seria tão prejudicada. Em virtude dos fatos mencionados, é de extrema urgência o estado brasileiro adotar outras formas de subsídio universitário, seja através da cobrança daqueles que possuem condições financeiras para bancar sua própria formação acadêmica, seja através de doações do setor privado, assim como ocorre nos Estados Unidos.
[ 160, 120, 160, 160, 160, 760 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Ser vencedor é uma escolha Pesquisas apontam que, para grande parte dos brasileiros, o mais importante para vencer na vida é ter uma valorização da fé religiosa. Podemos muitas vezes pensar que, ganhar bem, ser bem-sucedido, seria o auge para se vencer na vida porém, as vezes, nos enganamos quanto a isso pois, do que iria adiantar tudo isso se não tivermos um propósito, uma confiança de que tudo irá melhorar para nos motivarmos? A fé seria nada mais nada menos do que essa motivação diária, essa confiança. Acordar todo dia com o propósito de vitória, e com a certeza de que a fé torna possível o impossível, seria basicamente o auge para se vencer na vida segundo grande parte dos brasileiros. A fé seria o impulso necessário de cada um. Mas isso varia de cada pessoa, pois muitos acreditam que ganhar bem, estudar seria mais importante do que ela. Portanto essa pergunta interfere na vida das pessoas de forma particular ou seja, cada um tem um pensamento diferente em relação à maneira estabelecida como propósito para ser um "vencedor", ou seja cada um pensa de maneira diferente em relação a essa pergunta, e cabe a todos respeitar a opinião do próximo.
[ 120, 120, 120, 120, 40, 520 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Apesar de muitos entenderem o contrário, a cultura o culto aos símbolos nacionais ainda identifica o patriotismo. Desta forma, a retomada de professores e alunos à canção do retomar o ato de cantar o Hino Nacional Brasileiro nas escolas busca resgatar valores postos em esquecimento. No entanto, isso deve ser incentivado de forma democrática, sem imposição estatal. Durante competições esportivas, como nos jogos mundiais da copa do mundo Copa do Mundo de futebol, é comum ser visto serem vistos grupos que entoam o Hino Nacional nos instantes antes do anteriores ao início da partida. Esse entusiasmo, no entanto, é proveniente da forte ligação que os brasileiros têm com o esporte. Mesmo que locutores esportivos convoquem, de forma indireta, que todos fiquem de pé, com a mão direita no "coração" para entoar a canção o hino da pátria, não há quem questione essa "obrigação". Isso se dá pelo fato de fazerem, não de o fazerem não por amor à pátria, mas aos jogos. A solicitação para professores e alunos entoarem o Hino Nacional do País país busca resgatar a ideologia de o patriotismo, o sentimento de pertencimento pertencer a uma nação e valorização do símbolo do Brasil de seus símbolos. Isso contribuirá para a formação da ideia de pertencimento e busca formar pessoas que possam lutar por sua pátria, não em guerras, conflitos armados, mas contra a corrupção da política, a desigualdade social; social e o crescimento da violência. Dessa forma, o país poderá ter uma democracia participativa em que todos estejam envolvidos. Por tudo isso, observa-se que a cultura o culto ao patriotismo deve começar nas escolas. Políticas públicas que valorizem o resgate ao aprendizado ao do Hino Nacional contribuirá contribuirão para o fortalecimento da democracia. Afinal, incentivar alunos e professores a cultuar os símbolos nacionais também e é uma forma de defender a nação.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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o-direito-ao-foro-privilegiado
O direito ao foro privilegiado não é uma invenção atual, tal prática pode ser relacionada aos anos da republica velha que se tinha a prática do coronelismo, onde coronéis eram pessoas influentes cheias de privilégios, assim como, observamos no cenário atual e isso é um problema. Esse benefício traz problemas, pois abrange uma grande quantidade de pessoas, que cada dia muda-se as estatística fazendo com que, as práticas dessas classes sejam escondidas principalmente pelas mídias e consequentemente sejam pouco divulgadas impedindo assim a conscientização da população. Esse problema por sua vez, também está longe de ser solucionado já que as mídias ao invés de divulgar o que se passa diante dos congressos, acabam sendo alienadas por partidos e por grandes pessoas influentes, impossibilitando o vazamento de atos imorais, destacando outros assuntos fazendo com que, acabe na maioria das hipóteses atos não julgados e impune. Como proposito de tal pratica é necessário que a punição para todos sejam rígidas e igualitárias pra ambos das classes, assim como também deve-se haver a conscientização da população sobre todas as práticas e reconhecimento das pessoas envolvidas sendo divulgada sua identidade independente da sua pratica para que possamos formar uma democracia justa e igualitária.
[ 120, 160, 160, 120, 120, 680 ]
2,018
Debate: foro privilegiado Um debate promovido pela Folha de S. Paulo, em maio de 2017, teve posições totalmente opostas sobre a existência do foro privilegiado, o benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância. Um dos debatedores, Fábio Medina Osório, especialista em direito constitucional e em direito administrativo e ex-ministro da Advocacia Geral da União criticou a ideia de que o foro é o responsável pela impunidade no país. Já Roberto Livianu, promotor de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, defendeu uma ampla reforma no modelo atual e sustentou que a existência do foro persiste por uma “cultura de privilégio” herdada dos tempos da monarquia. Ele citou democracias onde não há o instituto do foro, como Suíça, Espanha e Estados Unidos. Marcos da Costa, presidente da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , defendeu uma redução no tamanho das classes que hoje têm algum tipo de foro, que incluem, além de congressistas e ministros, juízes, promotores e prefeitos. Osório concordou que a quantidade de autoridades hoje abrigadas por algum tipo de foro poderia ser reduzida ou racionalizada. Livianu disse que não faz sentido permitir que detentores de poder “se escondam” atrás do foro e mencionou casos de prescrição de crimes no Supremo. “É inadequado, ruim e injusto” , disse. Folha de S. Paulo Teoria e prática Está correta, em seus princípios, a concessão a determinadas autoridades públicas do foro especial por prerrogativa de função, também chamado, de modo um tanto pejorativo, de foro privilegiado. Na prática, entretanto, há evidências suficientes a demonstrar que o modelo brasileiro de prerrogativa de foro se tornou disfuncional. Os motivos ganharam números mais precisos em levantamento desta Folha, publicado na edição desta terça-feira (24/05/18) . Constatou-se que a quantidade de autoridades beneficiadas pelo instituto ultrapassa a cifra estelar de 58 mil. As normas variam entre as unidades da Federação. Algumas chegam a estender o foro especial a comandantes de polícia e até dirigentes de empresas estatais. Não se conhece notícia de um rol tão grande de beneficiados, com garantias tão amplas, em outro lugar do mundo. Folha de S. Paulo
O foro privilegiado – benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância como os cidadãos comuns – entrou em discussão no Brasil, na sequência dos muitos casos de corrupção nas mais variadas esferas de governo. Há quem queira acabar com esse recurso: na internet, por exemplo, há pelo menos três abaixo-assinados com esse objetivo. Mas há também quem tenha posição contrária e veja aspectos positivos na existência do foro, como se pode ver pelos textos da coletânea que acompanha esta proposta de redação. Leia-os com atenção, reflita sobre eles, mobilize seus conhecimentos pessoais sobre o tema e desenvolva uma dissertação argumentativa sobre o tema: o direito ao foro privilegiado, expondo e justificando sua opinião sobre o assunto.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
O debate referente à posse de armas vem de anos atrás, e ganhou ainda mais força com a campanha para presidente de Jair Bolsonaro, defensor da mesma. Tal proposta foi abraçada por grande parte da população, também, muito pela carência de segurança pública, e um imediatismo na busca pela sua solução. Mas será que tal medida será maléfica ou benéfica à população? Existe uma grande possibilidade de esse decreto ter efeito ambivalente, com efeitos positivos e negativos. Alguns aspectos que podem ser favoráveis à desburocratização são, diminuição do número de furtos às residências, latrocínio, violência contra a mulher, já que o individuo de má índole conseguirá uma independentemente. Também, podendo gerar no mesmo certo receio quanto a chance da vítima poder reagir. Ainda que, as vantagens da liberação ao porte de armas não possam ser descartadas, existem também aspectos negativos. Como por exemplo, acidentes com crianças, brigas de casais, ou suicídios. E mesmo com extrema rigidez no controle de quem terá acesso à posse de armamento, é muito difícil calcular a volatilidade do temperamento do ser humano, que em dois segundos, é capaz de cometer erros imutáveis, tal qual em uma briga de casal um ou outro pode consumar um homicídio no momento de estresse. Ou nos Estados Unidos, onde a posse de armas é liberada e taxa de assassinato compõe uma fração mínima do total das mortes por arma de fogo, sendo da parcela total, aproximadamente 50% suicídios. Ainda, para argumentos como questão de segurança pública, não existe argumento que possa ser considerado unanimidade. Já que, para países como Japão e Honduras que o número de armas por habitantes são baixas, mas com cenários totalmente distintos, sendo o primeiro um dos países com menor taxa de homicídios do mundo e o segundo, seu oposto, distinguindo-se entre si pela severidade de suas leis. Por outro lado, países como Alemanha e Suécia tem elevado número de armas por habitantes, todavia, suas taxas de homicídios são das mais baixas do mundo. Portanto, a posse de armas é uma faca de dois gumes, possuindo argumentos à seu favor e contra. E para quem enxerga na legalização da posse de armas uma solução para questão de segurança pública, está equivocado, pois, a mudança no panorama dessa, depende da alteração de toda uma estrutura do código penal, para que este torne-se mais eficiente, diminuindo a sensação de impunidade ou complacência ao infrator. E já que, vivemos em uma democracia e a posse de armas foi umas das principais bandeiras defendidas por Bolsonaro e apoiada por enorme parcela da população, tendo essa, o direito de que sua vontade prevaleça, deve-se liberar a posse de armar, até que, por algum motivo, a vontade dessa maioria venha a mudar.
[ 160, 160, 160, 160, 40, 680 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Um estudo feito em fevereiro de 2019 pelo Instituto Datafolha aponta que uma grande parte dos brasileiros tem como princípio a fé religiosa para crescer na vida. A fé é passada de geração em geração o como um ensinamento para vida do ser humano, sendo assim, as pessoas sentem a necessidade de acreditar em uma força superior que a todo tempo está lhes ajudando. Através da fé o indivíduo adquire um equilíbrio psicológico para avançar na vida, fazendo com que ele tenha um encorajamento para seguir aprimorando seus estudos. A consequência que os estudos trazem na maioria das vezes é conseguir um bom emprego, gerando assim uma boa condição financeira, e trazendo o benefício de um dia ter o direito de se aposentar. Os dados sugerem, portanto, que a fé é importante para dar os primeiros passos para vencer na vida.
[ 120, 40, 40, 120, 0, 320 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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4.html
posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Há alguns anos, no Brasil, houve um referendo o qual questionava se a população era a favor ou contra o desarmamento no País, sendo a maioria dos votos contra, ou seja, já era a vontade do povo naquela época. Sem dúvida os índices de violência no País são absurdos, um dos maiores do mundo, com presídios lotados, assaltos e mortes a toda hora e em todo lugar, e com deliquentes cada vez mais jovens e despreocupados e cidadãos cada vez mais acuados e desprotegidos. Consoante ao pensamento de Pitágoras, “Educai às crianças e não será necessário castigar aos homens”, ou seja, a educação é a base de tudo, sem ela não haveria que se falar de armas para se promover segurança, que só ocasionaria confrontos armados causando mortes de muitos inocentes. Com base nisso se faz necessário que o governo em conjunto com as escolas promovam palestras abordando temas de violência, incentivos à educação para que os jovens não pensem que são incapez de conseguirem o que almejam de modo ilícito. Assim, talvez alguns anos mais tarde não será preciso estar armado para se sentir seguro, entretanto, para que hajam efeitos imediatos é imprescindível a melhora da estrutura das entidades de segurança pública e aumento e qualificação de policiais.
[ 120, 200, 120, 120, 200, 760 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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16.html
preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A floresta amazônica sempre despertou e ainda desperta vários interesses nacionais e internacionais. Ela é explorada nacionalmente por extratores de madeira, garimpos, agricultores, etc., já Já os outros países, demonstram preocupação ambiental, porém, grande parte com um falso discurso. É através de uma queimada que acontece naturalmente uma vez por ano, somada a fotos antigas divulgadas como se fosse a tempo real e em redes sociais por celebridades, que são disseminadas informação que a Amazônia está em chamas. Esta intenção é a demonstração de um sentido político contrário ao atual governo brasileiro que comprova claramente sua propriedade nacional que é essa região. Moradores deste local informam que essas queimadas acontecem anualmente devido ao clima seco da época do ano. O lençol freático da região é motivo de cobiça internacional e o presidente francês Macron, devido a perda de força política e credibilidade em seu governo, utiliza-se atualmente de discurso ambiental, se intitulando um salvador preocupado com o planeta. Todos devemos preservar o planeta e a Amazônia também é composta por regiões de outros países, sendo no Peru, altamente contaminada por mercúrio da extração de ouro, todavia somente o Brasil é lembrado. A Amazônia pertence ao Brasil e não é território internacional, sendo assim, benéfica ao mundo a partir do momento em que é preservada, sem deixar também de ser corretamente explorada para benefício econômico somente para o Brasil, da mesma forma que seria feito, talvez até de forma indiscriminada por nações hipócritas.
[ 120, 80, 80, 120, 40, 440 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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14.html
preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A floresta amazônica é maior floresta equatorial do mundo e sua maior parte está no território brasileiro. Após a promoção do povoamento da região norte foi implantado varias politicas de atração de investimento que subsidiaria expansão da região. Portanto, observa-se diante da intensa atividade antrópica na região tem ocasionado problemas ambientais sérios, as queimadas e desmatamento e entre outros; colocando em risco a fauna, flora, e posterior o aquecimento do planeta. Por conseguinte, há uma necessidade de interferir em frente aos desastres ambientais causados pela ação antrópica que tem deteriorado grande parte da floresta amazônica. Os estudos apontam que há uma urgência de controlar e sanar os danos que a floresta vem sofrendo, e assim preservar fauna e flora daquela região; são necessário medidas tente assegurar à preservação e impedirem de ataques a floresta. Todavia, as queimadas no norte do Brasil têm preocupado todos, por ser uma floresta de grande valia no equilíbrio do planeta. Após as polêmicas que geraram entorno da preservação, há um dilema que permeia na sociedade no diz respeita a preservação quem dever garantir; o governo do Brasil ou uma conjuntura de governos de outros países? O Brasil tem grande potencial de adotar medidas que promova a preservação da floresta e assim usufruir do patrimônio de forma sustentável. Contudo, é preciso que as politicas ambientais proporcionem bem-estar da floresta, assegurando a preservação rigidamente; o governo brasileiro e a sociedade tome consciência do patrimônio que tem. A sociedade reivindicar das autoridades promoção da educação ambiental para pessoas que reside na região e as indústria que se pretende instalar adotar medidas sustentáveis. As fiscalizações sejam constantes, e assim vise o ambiente livre de queimadas, desmatamento e etc.
[ 120, 120, 160, 120, 160, 680 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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5.html
carnaval-e-apropriacao-cultural
O carnaval é um período de festas. Com folia, fantasias, desfiles e danças. Entretanto, atualmente tem se tornado tema de debates. O principal questionamento levantado se refere ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. A problemática se desenvolve a partir do preconceito velado e da ignorância presente na sociedade. Uma vez que o problema não está no uso dos símbolos, mas na normalização de atitudes preconceituosas, gerando uma violência disfarçada. Por exemplo quando as pessoas vestem adereços e roupas de origem indígena e fazem gestos ridicularizando rituais ou costumes, estão estimulando a imagem de uma cultura selvagem, fora da realidade da "civilização", remetendo ao período histórico da colonização. Essa atitude é racista e está ferindo diretamente a identidade de um povo. Podemos ver o mesmo enredo com atos machistas, homofobicos, dentre outros. O único caminho é disseminar informação para as pessoas. Cabe mencionar que grande parte da população enxerga a reflexão dos símbolos representados como um ato "politicamente correto", alegando que o carnaval é uma celebração descontraída e não voltada para discussões sociais. Acabamos esquecendo o princípio do respeito ao próximo, do lugar de fala, as lutas através da resistência afim de firmar suas identidades e a da desconstrução de estereótipos. Precisamos refletir criticamente sobre essas questões, não apenas no carnaval, mas também, ao longo do ano, pois dessa forma teremos o progresso que almejamos, aprendendo que todas as culturas passam por transformações e precisamos valorizar cada uma em sua singularidade. Contudo, urge que o Ministério da Educação, acrescente na grade curricular das escolas conteúdos mais aprofundados sobre afrodescendência, indígenas, feminismo, histórias das lutas de resistência contra todo tipo de preconceito. Que os alunos possam ter contato não somente teórico, mas prático com a diversidade existente no nosso país, dessa forma também estendendo para a sociedade, através de palestras, investimentos em museus, parques e a valorização de patrimônios históricos. Para enfim termos uma sociedade mais tolerante e mais aberta a conhecer a cultura de diferentes grupos.
[ 160, 120, 160, 120, 160, 720 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
No ano de 2017, de acordo com o órgão federal Norte Americano CDC (Centers of Disease Control), aproximadamente 40.000 pessoas foram mortas por armas de fogo. Já no Brasil, esse número passa dos 43.000, é inegável que há uma correlação entre o acesso às armas e ao número de pessoas mortas por disparo de arma de fogo. Há aqueles — que apesar da clara correlação — acreditam que aumentar o número de armas irá ser beneficente ao país. Destarte, há um sentimento coletivo de insegurança da população brasileira, uma parcela da população acredita que o acesso às armas irá poder ficar em igualdade com os assaltantes. O decreto assinado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 15/01/2019, facilitaria a posse de arma para a população geral, além de dobrar o prazo de validade do registro de posse. Infelizmente, se até policiais são mortos a Outrossim, o aumento no número de armas em residência é especialmente alarmante para um grupo: as mulheres, o Brasil possuí a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, de acordo com a ONU. De acordo com Simone de Beauvoir, Tomás de Aquino referia-se às mulheres como “homens imperfeitos”, esse tipo de pensamento é presente na sociedade hodierna, e é utilizado para justificar o controle que os homens querem exercer sob as mulheres, sendo traduzido em forma de agressões físicas e psicológicas, o acesso à uma arma escalaria uma agressão para um feminicídio. Sobre esse viés, fica claro que aumentar o acesso do cidadão às armas de fogo, não irá resolver nenhum problema de segurança pública, muito menos abaixar a insegurança pessoal do brasileiro comum. O Governo deverá investir em segurança pública, para que o cidadão não se sinta desprotegido caso não porte uma arma, aumentando o número de ações para apreensão de armamentos ilegais, além de ter como foco a redução do narcotráfico, em todo território nacional. Aumentar o número de armas, mesmo que legais, no Brasil, é um verdadeiro tiro no pé.
[ 120, 200, 120, 120, 160, 720 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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18.html
epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
No Brasil, estamos vivenciando mortes de pessoas por causa de obesidade. Milhares de indivíduos estão com o seu peso lá nas alturas e é preciso ter muito cuidado, porque é algo preocupante. Crianças, jovens e adolescentes comem de tudo, sem saber que aquele alimento pode comprometer à sua saúde. Os pais devem cuidar a alimentação dos seus filhos e oferecer somente comidas saudáveis. Nada de frituras, doces e refrigerantes diariamente. Eles devem comer frutas, verduras e saladas. Claro que nem todo mundo é igual e não aceitam com facilidade o que oferecemos, mas é necessário tentar várias vezes o alimento para que ele experimente. Pode ser um processo complicado no início, porém mais tarde veremos que valeu a pena, porque ele não irá adquirir doenças como: diabetes, colesterol e pressão alta no decorrer da sua vida. Para que não conquistamos a obesidade, devemos praticar atividades físicas ou esportes, mudar a nossa rotina de alimentação e procurar ajuda de algum profissional especializado. Com isso, iremos ter mais qualidade de vida e mais disposição. Todo cuidado é pouco no mundo de hoje e podemos até evitar mortes causadas pelo sobrepeso. É importante também, que ajudamos quem sofre com essas causas. Temos que cuidar da nossa saúde, para sempre vivermos bem sem nenhum problema.
[ 160, 120, 160, 120, 160, 720 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Os resultados das urnas nas últimas eleições no Brasil, em 2018, demonstraram o desejo dos brasileiros de renovar os partidos políticos que representarão as vozes do povo e, o motivo principal dessa mudança foi a enorme insatisfação com os resultados derivados da corrupção e do trabalho pífio exercido pelos eleitos nos últimos anos. Apesar de a população ter se mostrado capaz de acordar e reagir contra o descaso dos governantes, não apresentam argumentos coerentes, pois, a grande maioria votou sem conhecer as bases filosóficas das doutrinas sociais daqueles que estavam apoiando, convencidos somente pelo resgate de valores tradicionais da família brasileira ou por oposição à hegemonia partidária. A falta de preparo e a presença de atitudes duvidosas - como preconceitos declarados e improbidades - de muitos políticos não chega a ser um defeito para os eleitores, pois a busca pela mudança através da oposição se tornou mais importante do que conhecimento e integridade moral dos candidatos. Essas atitudes presentes nas massas são parte do que constitui hoje em dia o “jeitinho brasileiro” que prefere arriscar e posteriormente remediar a se esforçar para buscar fontes para se informar e se conscientizar sobre a real necessidade de um país em construção econômica. O resultado das eleições reflete diretamente a necessidade de implementar um sistema educacional que incentive a reflexão e conscientização social, crie cidadãos antes de preparar estudantes para vestibulares e intercâmbios, ofereça o caminho do meio em vez de extremos e ensine seus alunos a serem pessoas responsáveis por suas atitudes e escolhas, principalmente aquelas que influenciam a vida de toda a sociedade. É possível concluir que a capacidade de mudança vem antes de tudo do conhecimento e por isso a educação é tão importante para combater atitudes radicais que beneficiam poucos e prejudicam muitos. Quando há conhecimento e entendimento da história de todos os lados não sobra espaço para unilateralismo ou atitudes irresponsáveis. Viver em sociedade implica em agir consciente de que uma ação afeta a muitos e todos possuem responsabilidade sobre a situação atual do país.
[ 160, 40, 40, 160, 0, 400 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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disciplina-ordem-e-autoridade-favorecem-a-educacao
Antigamente a disciplina era cobrada nas escolas para obter bons resultados dos alunos. Mas infelizmente os tempos mudaram e hoje os estudantes estão se rebelando e se destacando entre os piores. Mas a culpa não seria primeiramente de casa? Até que ponto essa indisciplina chegará?O início de tudo é com os pais, pois a educação vem do lar, então cabe a eles educar e ensinar seus filhos respeitarem as autoridades. Se ali não são disciplinados a escola não será totalmente responsável pelos maus atos desse aluno.Contudo, sabe-se que a responsabilidade de agir com ordem e autoridade está na direção das escolas, pois é lá que preparam os jovens para o mundo. Se não for ensinado o respeito no ambiente escolar, não é do lado de fora que vão exercê-lo pelo contrário serão desrespeitados e o colégio ficará de mau exemplo para os próximos a estudar. Portanto, pode-se concluir que a educação vem primeiramente dos pais, mas a ordem, a autoridade e a disciplina nas escolas favorecem completamente o comportamento dos alunos. Se em casa não são ensinados o mundo os ensinará da pior maneira. Como diz a frase de um filósofo “Eduque as crianças e não será necessário punir os adultos”.
[ 80, 40, 40, 80, 40, 280 ]
2,015
Respirando disciplina No Colégio Militar Tiradentes, em Maceió (Alagoas) , os alunos vivem uma rotina militar. Lá se respira a palavra disciplina. Localizado no Trapiche da Barra, zona sul da cidade, há cinco anos se destaca no Enem por Escola com base em uma "didática" baseada no rigor. O estabelecimento tem a maior nota de uma escola da rede estadual no Estado, com média 521,17 entre as provas objetivas. Para estudar no Tiradentes, o visual do aluno também tem que estar alinhado: ele tem de estar com cabelos cortados e arrumados no padrão militar, uniforme limpo e passado a ferro com vinco e, ainda, bater continência para professores, coordenadores e direção. Segundo o professor de português e literatura, Paulo César dos Santos, a disciplina e o treino são fatores de sucesso dos alunos nos exames como o Enem. "O aluno escreve e nós corrigimos até o texto sair perfeito para entendimento de todos", disse. [UOL Educação] Cidadania, curiosidade e criatividade Especialistas discordam da aplicação da militarização em sala de aula para obter resultados satisfatórios. A professora de história, especialista em gestão de sistemas educacionais, Pilar Lacerda, diz que o modelo abre mão da pedagogia ao apelar para a rigidez e a disciplina militar. "A escola de educação básica é o lugar da formação de valores, de conhecer e respeitar o outro. Do diálogo e da construção de normas comuns. Que cidadão está sendo formado neste modelo militar? A não ser que o jovem queira seguir carreira militar", argumenta Lacerda. Ela explica que para estudantes se manterem focados nos estudos, a escola deve tornar a sala de aula mais atrativa e menos burocrática. "Que pense no projeto pedagógico que seja construído para o estudante entender o mundo e entender-se no mundo. Atiçar a curiosidade e incentivar a criatividade. Nada feito a força funciona", explica a professora. [UOL Educação] Nível melhor ou método autoritário? Considerado um retrocesso por alguns educadores, o sistema que mantém policiais na direção das escolas está em expansão em Goiás. Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos (em nove Estados os colégios ficaram em 1o entre as estaduais no Enem) . O Brasil possui atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas criou mais duas, chegando a 22 – elas atendem mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro. Em Goiás, o comerciário Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. "O nível dessas escolas é muito melhor. " Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. "Um ou outro PM é rude. Mas a maioria é aberta. " Para o pai, os alunos têm "voz ativa". "Sempre que minha filha reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo. "Diretor de ensino de um colégio de Anápolis (GO) , o sociólogo e capitão da PM Sirismar Silva diz que a polícia nas escolas não é ideal. "Mas é bom ouvir dos pais que seus filhos tiveram a vida mudada para melhor. " Para Maria Augusta Mundim, da Faculdade de Educação da federal de Goiás, o método é autoritário. "Cai por terra a busca por autonomia e de construção de identidade. "[Folha de S. Paulo]
Os colégios militares de vários Estados do Brasil se tornaram destaque nos meios de comunicação pelos bons resultados que seus alunos obtiveram no Enem no ano passado. Para muitos pais e educadores, estabelecimentos de ensino regidos pela disciplina militar proporcionam aos alunos aquilo que se espera de uma escola: formar alunos competentes para enfrentar os desafios da educação, entre os quais o Enem e, depois, a vida universitária. Naturalmente, há quem não concorde com isso e por motivos tão razoáveis quanto aqueles dos que pensam diferente. Há quem diga que a rigidez da ordem militar não colabora com a formação de mentes abertas, críticas e criativas. Veja opiniões a favor e contra essas escolas na coletânea de textos que integra esta proposta de redação. Depois disso, redija um texto dissertativo-argumentativo, dizendo se você estuda ou estudaria num colégio militar, e quais são os motivos que o levam a tomar sua posição. Conclua seu texto refletindo se a disciplina, a ordem, o respeito à autoridade são ou não são úteis no processo educacional de um jovem.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Assunto que repercute de forma constante nos atuais veículos de informações da atualidade tem gerado uma problematização constante, devido as opiniões opostas. O tema que concentra as atenções populares a espera de uma decisão, estão voltados ao Poder Judiciário. Que debatem se o réu deve ou não, ser preso após condenação em 2º instância. Por outro lado existem aqueles que defendem a posição de quem deve avançar o processo até o esgotamento de possibilidades do réu provar sua inocência. Para que então o acusado tenha sua ampla defesa e o devido processo legal. Todavia, o fato de se ter prolongado o processo por 2 níveis judiciários de julgamento, está mais do que provado a decisão dos juízes em indeferir o caso do acusado, além do mais acaba contribuindo pela celeridade do processo nos tribunais e não fomentar a impunibilidade que existe devido ao réu não ser considerado culpado até o transito julgado da sentença penal condenatória. Por trás do fato há detentores da opinião de que o Brasil é um país retrógado e impunível pelas leis e o sistema jurídico atuais que beneficiam os acusados e sentenciados, ficando assim distante de países onde as leis são severas e os índices de criminalidades são baixos. Contudo para que o Brasil possa chegar a notoriedade de um país soberano e justo, devemos nos conscientizar de que tudo começa pela aplicabilidade de normas impostas seja elas de direito oferecido e dever imposto.
[ 120, 120, 120, 120, 40, 520 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Consoante a constituição federal vigente, ninguém será preso até a condenação transitada em julgado. A carta magna é clara quanto ao tempo em que se deve começar, de fato, o cumprimento do regime. Todavia, a constituição expressa a vontade do povo, o qual é realmente o detentor originário do poder constituinte, sendo assim, não é possível que se interprete a constituição apenas de forma literal, é necessário levar em conta também a opinião a quem vai recair essas mudanças. O Brasil é signatário de vários tratados e convenções internacionais, inclusive, a constituição federal de 1988 possui diversos dispositivos extraídos desses acordos. Um deles, de suma importância, decorre da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, o qual é o princípio da presunção de inocência. Muitas pessoas que são contra a prisão após a segunda instância se apoiam nesse princípio, dizendo que se ainda é possível recorrer, não há que se falar em prisão. O problema é que após a segunda instância não se avalia mais as provas e seus conteúdos, mas apenas as matérias constitucionais, ou seja, o condenado já é culpado, o que falta é apenas uma formalidade em que os tribunais superiores ratificam que tudo está em conformidade com a constituição. Além disso, essas instâncias superiores, de certo modo, ferem o princípio da isonomia, visto que não são acessíveis a todos, e sim a um grupo seleto de pessoas com alto poder aquisitivo, que podem contratar os melhores advogados com capacidade de elaborar e de se fazer chegar esses pedidos ao plenário dos tribunais superiores. Como nossa lei penal retroage em favor do réu, caso mudem o atual entendimento de que a prisão após segunda instância é lícita, muitos poderão ser beneficiados, inclusive, estupradores, traficantes, corruptos. Por ser maioria o número de pessoas a favor do entendimento atual e para se garantir o sentimento de justiça, o STF precisa manter seu entendimento de 2016, pois tais mudanças, em um espaço tão curto de tempo, acarretam prejuízos à sociedade e grave instabilidade na ordem jurídica. Percebe-se, portanto, que para que o país realmente deixe de ser conhecido como o país da impunidade, não basta que apenas seja mantida a prisão após segunda instância, como também que se endureça ainda mais as penas. Para que tudo isso seja possível, é imprescindível que a população mude seus pensamentos, mostre que realmente quer mudanças e que está disposta a lutar por isso, pois só assim, lutando, que será possível a concretização, de fato, do que traz a nossa constituição em seu artigo 5º: "todos são iguais perante a lei".
[ 200, 200, 200, 160, 40, 800 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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por-que-nao-ha-novas-manifestacoes-nas-ruas
Após as famosas manifestações de 2013, muitos achavam que o povo brasileiro havia se tornado politicamente consciente, abandonando seu comportamento apático, outrora conquistado, para se tornar mais participativo, sabedor de suas responsabilidades. Infelizmente, a teoria supracitada não vem se confirmando. Qual(is) seria(m) o(s) motivo(s) ? Evidentemente a análise para tal questionamento não é tão simplória quanto gostaríamos. Há uma imensidão de motivos para tomarmos às ruas e demonstrarmos toda nossa insatisfação com o atual cenário político e econômico (foco no político), todavia, será que vale a pena o risco de um cidadão de bem se misturar com baderneiros de face encoberta, ser alvejado por tiro de borracha ou sofrer os efeitos colaterais de bomba de gás lacrimogêneo e como recompensa saborear uma indigesta pizza? Se tornou corriqueiro testemunharmos deputado correndo com mala recheada de dinheiro e ficando livre, senador recebendo propina e se fazendo de vítima presidente tendo obscuras visitas noturnas na garagem, tudo isso ocorrendo paralelamente a diversos escândalos econômicos. Após tantas desilusões se torna possível compreender um pouco melhor o comportamento da sociedade brasileira, haja esperança e braço forte! A solução, assim como a análise, é altamente complexa. Passa por uma completa faxina política, reforma de leis, fim da impunidade e acima de tudo, voto consciente. Só assim voltaremos a viver um sonho intenso, um raio vívido.
[ 120, 120, 120, 120, 40, 520 ]
2,017
Por que Temer não cai? Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF. O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal. Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados —um terço da Casa— para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato. O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída. Se há algo que as ciências sociais são ruins em explicar é a eclosão de protestos generalizados. A literatura oferece apenas umas poucas pistas, que não são das mais animadoras para os que desejam ver o presidente expelido do cargo. O surgimento de manifestações maciças já foi correlacionado à inflação, particularmente à inflação de alimentos, e, paradoxalmente, a crescimento econômico recente (que, por alguma razão, passa a ser visto como ameaçado) . Nenhum dos dois elementos está presente no Brasil hoje, já que a inflação é cadente e o crescimento, após dois anos de recessão, não passa de uma pálida memória. Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo
Um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 29 de junho deste ano, do filósofo e jornalista Hélio Schwartsman, lança uma questão muito interessante sobre a complexa situação política do Brasil de hoje. O país enfrentou, há menos de um ano, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, vê-se diante da possibilidade de queda de seu sucessor: o presidente Michel Temer. “Por que Temer não cai?” - indaga-se o articulista, respondendo a seguir que uma explicação muito plausível é a ausência do povo nas ruas. Em junho de 2013, o Brasil viu emergir quase espontaneamente grandes manifestações contra a crise econômica e a corrupção, assim como também assistiu a protestos muito grandes em 2016, reunindo milhões de pessoas em todo o país, para pedir a saída de Dilma e apoiar a Operação Lava Jato. Diante disso, é interessante tentar compreender por que, agora, em 2017, as manifestações populares simplesmente não ocorrem. A corrupção não acabou e a economia não entrou nos trilhos... Na sua opinião, o que levou os brasileiros a essa atitude aparentemente passiva? A crença nas reformas que tirariam o país da crise? O apoio silencioso ao presidente ou à sua equipe econômica? Ou ainda um completo desencanto com a política, depois de tantos escândalos e de injustiças? Leia o texto do filósofo, reflita sobre o problema e redija uma dissertação argumentativa, expondo seu ponto de vista sobre o assunto.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Segunda a constituição da república federativa do Brasil a saúde é um direito de todos e dever do estado, ou seja, compete ao estado oferecer uma saúde integral e com equidade, segundo alguns princípios do SUS (sistema único de saúde ), para combater o agravo de doenças crónicas e agudas e oferecer uma melhor qualidade de vida a população brasileira. Porém, atualmente uma das grandes dificuldades que o governo brasileiro vem sofrendo é o combate da obesidade e o sobrepeso, sendo está problemática muitas das fezes Em primeiro lugar, é preciso levantar uma discussão sobre o grande mercado de empresas multinacionais do ramo alimentício que representa grande ação sobre o aumento nos casos de obesidade. Grande parte desses empresas possui um grande investimento em marketing para atrair novos clientes, e grande parte do público infantil é amplamente influenciado por meio da oferta do alimento junto com brinquedos que atrai a sua atenção. Dessa forma, divido ao consumo desses alimentos calóricos a adiposidade tende a aumentar principalmente no público infantil e agravar em doenças, como diabetes tipo 2 problemas cardiovasculares além de fomentar esse tipo indústria alimentícia. Sendo assim deve-se procurar alternativas para eliminar o crescente número de obesos, buscando controlar o crescimento dessas empresas. Em segundo lugar, outro motivo importante no aumento do índice de sobrepeso é o sedentarismo. Atualmente a transição de um público infantil que era estimulado a ter uma constante atividade física para um público que está influenciado por aparelhos tecnológicos, como vídeos games, celulares em outros dispositivos que não tem a necessidade de ter grande locomoção, leva ao sedentarismo que relacionado a falta de atividade física e com o consumo excessivo de alimentos calóricos, como os de fast food, desempenha considerável papel na obesidade. À vista disso, a obesidade infantil proporciona consequências graves, desde doenças crônicas e agudas até mesmo o bullying. Em virtude dos argumentos apresentados, infere-se, portanto, que deve-se buscar alternativas para combater a obesidade e o sobrepeso não devendo está fazer parte da sociedade brasileira. Logo, cabe ao governo federal, juntamente com o sistema único de saúde incentivar o consumo de alimentos saudáveis por meio de campanhas em mídias sociais e escolas a fim de combater o consumo de alimentos ricos em calorias. Ademais, é preciso que as escolas com apoio dos pais estimulem seus filhos a praticarem esportes, como natação, futebol, para que se possa combater o sedentarismo nas casas das famílias brasileiras. Dessarte, a obesidade e o sobrepeso no Brasil estarão se findando-se aos poucos.
[ 120, 160, 160, 160, 200, 800 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
Em meados do século XV a.c., originou-se o alfabeto fenício, primeiro a ser usado em larga escala, originando todos os outros os alfabetos da atualidade. Destacando esse contexto, torna-se pertinente destacar a temática de apropriação cultural, levando em conta fatores como liberdade individual e as trocas culturais. Primeiramente, entende-se liberdade como o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa. Tendo em vista isso, descreve-se como expressão da própria liberdade o direito de usar elementos cultural de um povo, desde que não seja com o intuito de ridicularizar e menosprezá-lo. Além disso, evidencia-se a constante miscigenação cultural ocorrida desde os primórdios da colonização brasileira. Nos apropriamos de conhecimentos, hábitos, músicas e de diversos elementos culturais, assim como no caso do alfabeto fenício, por se tratarem tratar de elementos que não se caracterizam como monopólio, ou seja, posse exclusiva ou propriedade de um só. Torna-se necessário, portanto, que o conceito de apropriação cultural seja tratado como processo natural de troca cultural entre a população. Assim, cabe ao governo nacional estabelecer uma nova definição judicial pra esse termo, e implantar em leis a liberdade de apropriação.
[ 200, 40, 40, 120, 40, 440 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
O crescimento da quantidade de negociações com criptomoedas e a recente valorização dessas moedas virtuais nos mercados financeiros demonstra o potencial que tal tecnologia tem para chamar a atenção na economia mundial. A característica mais marcante das criptomoedas é o fato de elas serem criadas e gerenciadas sem nenhuma intervenção estatal ou bancária. E é justamente isso que será o obstáculo que as impedirão de se tornarem uma revolução econômica. Um dos aspectos mais avaliados por investidores antes de eles fazerem qualquer investimento ou transação financeira é o risco. Uma prova disso está no fato de que os países de primeiro mundo, que possuem economias mais estáveis, são os principais destinos de investimentos internacionais, mesmo proporcionando menores rentabilidades. Ou seja, há uma regra no mercado financeiro, que faz com que quanto menor o risco de um investimento, menor a rentabilidade proporcionada. Ao passo que, quanto maior o risco, maior a possibilidade de lucro. Isso explica o fato de que moedas virtuais, como o bitcoin, estiveram entre as maiores altas nas negociações mundiais nos últimos anos, uma vez que pouco se sabe sobre como são controladas, além de não oferecerem nenhuma garantia e sofrerem, constantemente, a ação de "rackers". Por outro lado, as instituições financeiras possuem grande credibilidade, não só por serem um sistema financeiro criado há séculos, mas também pelo fato de investirem muito na segurança das aplicações que controlam. No Brasil, por exemplo, uma pessoa que possui uma conta em um banco ou em uma corretora de investimentos, além de contar com proteções contra fraudes e roubos, ainda possui garantia do Banco Central. Além do mais, é notória a capacidade que os grandes bancos possuem de influenciar o mercado financeiro e, assim, mesmo que investimentos em criptomoedas se tornem menos inseguros e, por conseguinte, mais populares entre os investidores, os banqueiros ainda terão poder para atraírem a atenção nesse mercado, por exemplo, oferecendo opções mais rentáveis. Dessa forma, fica claro que as criptomoedas são vistas mais como um investimento de alto risco do que uma possível transformação econômica, que preocuparia governos e banqueiros. Mesmo que exista a possibilidade de essas moedas virtuais se tornarem mais atrativas para os investidores, o sistema financeiro tradicional, com a capacidade que possui de evoluir, estará sempre à frente no mercado mundial.
[ 200, 120, 160, 160, 0, 640 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Hayek, economista da escola austríaca, acreditava haver distinção entre as ideias de lei e legislação, sendo a primeira o que é imposto pela sociedade e a segunda pelo estado. Recentemente, o MEC enviou o pedido de que ocorresse o canto do hino nacional brasileiro nas escolas em frente a bandeira, uma lei que existia, porém não era aplicada. Além disso, utilizou o slogan do atual presidente "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". É notória a irrelevância da aplicação dessa lei formal, tendo em vista uma sociedade que não segue ideais nacionalistas e a desqualificação do pedido, devido a violação do Artigo 5 da constituição de 1988. O povo é para a lei, assim como é a Massa para a Força na física, seguindo essa analogia, quanto mais pessoas se dispõem a lutar por algo, mais isto se prova significante. Assim, segue-se um ideal de máxima felicidade, o bom é o melhor para a maioria, nessa situação, há uma imposição - as crianças devem cantar o hino nacional em frente a bandeira - de uma obrigação a se seguir, pois não integra as leis consuetudinárias, logo, peca quanto aos direitos civis que buscam tratar da liberdade de escolha [s.i.c]. Na mensagem do MEC, Ministério da Educação, o slogan do atual presidente do brasil, era integrado a mensagem, "O Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Esse Slogan deixa claro, as ideias nacionalistas e também a centralização da fé, que nesse ponto é contrário ao que consta no Artigo 5 da constituição de 1988, liberdade de escolha da fé, o país é laico, ou seja, o estado não pode utilizar nenhuma religião para que o represente ou para que reprima outras crenças. Portanto, apresenta-se de forma importante uma reavaliação do pedido, pois não se mostra relevante da forma que sugere a aplicação. O MEC, deve apresentar pedidos de desculpas e caso o ideal, seja adorar o patrimônio nacional, que seja implementado em uma educação interdisciplinar entre o valor brasileiro e disciplinas, como: História, geografia, literatura e artes. Ou seja, que o nacionalismo venha acompanhado de avanços na educação, implementados na ementa acadêmica. Assim, a educação melhora e o conhecimento sobre o valor do país também.
[ 120, 200, 120, 160, 120, 720 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Após as eleições presidenciais de 2018, ficou claro que as políticas de segurança públicas seriam intensificadas. E seguindo nesta linha, uma das políticas mais importantes é a flexibilização do porte de armas de fogo. Anos atrás, passamos por um referendo popular no qual optamos pelo direito de comercializar armas de fogo. Mas, o estatuto do desarmamento, dificultava ou quase que impossibilitava ao cidadão de ter a posse de tal bem em casa ou em seu comércio, tirando assim sua oportunidade de defesa. Vivenciamos, em 2018, um processo eleitoral muito conturbado mas democrático e legítimo. E foi dada assim, a chance de todos os brasileiros escutar e analisar as propostas dos diversos candidatos. Uma destas propostas, justamente do candidato eleito, era facilitar o acesso da população as armas, seguindo alguns critérios estabelecidos como treinamento e teste psicológico. A flexibilização do porte de arma foi uma vitória, tanto do novo governo quanto da população de bem deste país. Agora cabe a ambos preservar este direito alcançado e legitimá-lo com ações e políticas sobre as questões dos riscos e responsabilidades.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
No Brasil contemporâneo em que o cenário contempla acaloradas discussões políticas, emerge a questão sobre cantar o Hino Nacional Brasileiro nas escolas. O assunto veio à tona novamente após um e-mail do Ministro da Educação, propondo que alunos e professores de escolas retomem essa prática. Cantar o Hino Nacional em escolas está previsto em leis que remontam desde a Era Vargas, na década de 30, até uma recente lei publicada durante o governo do ex-presidente Lula. O Hino Nacional Brasileiro é um dos símbolos da República Federativa do Brasil, junto da bandeira, das armas e dos selos nacionais, entoá-lo é prestar uma reverência à própria nação e sua história e também reverberar o espirito patriota. É um ato de valorização histórico-cultural, porque nos remete ao episódio da independência, da força do povo brasileiro que conquista a liberdade com braço forte, da dimensão colossal de nosso país, das maravilhas naturais e do quão acolhedora é nossa "mãe gentil", a pátria brasileira. Sendo essas as mensagens contidas na letra do Hino Nacional, melhor lugar não há para ser cantado do que nas escolas, onde há a concentração de pessoas em formação. Em que pese a tendência por movimentos cívicos seja característica do militarismo, estimular os alunos à prática desses atos não é uma tentativa de remontar a ditadura militar, mas exaltar o Brasil como nação por meio de suas próprias marcas: Sua história, sua grandeza, a luta do seu povo e a beleza de uma nação grandiosamente bondosa e acolhedora. É ensinar o quanto devemos amar nosso país, nosso próprio povo e a história dele, lutando para que aqui seja um lugar cada dia melhor, começando justamente com as bases: Nossos estudantes. Entoamos não apenas o Hino Nacional como também o Hino da República, que conclama a liberdade e que essa abra suas asas sobre nós. Cantemos também o Hino da Independência que cintila "brava gente brasileira" e que "do universo entre as nações/resplandece a do Brasil", dentre outras canções deste segmento que, sobretudo, exaltam a beleza e exuberância do povo, da nação, da terra, da pátria brasileira. Reavivar essa prática é marcar nos estudantes o quão nobre é nossa nação e com essa consciência, formar pessoas orgulhosas pela própria história e confiantes o suficiente para construir a "paz no futuro" com a "glória no passado".
[ 160, 160, 160, 120, 120, 720 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
A ideia de vencer na vida, presente no imaginário coletivo, divide opiniões quanto a qual seria o principal fator de mudança para o sucesso, na vida do cidadão brasileiro. Dessa forma, os resultados de uma pesquisa recentemente realizada pela ONG Oxfam Brasil, sobre este tema, transparecem uma realidade nacional que choca até os mais incautos. Segundo a pesquisa, a maior parte dos entrevistados (28%) acredita que ter uma fé religiosa possui maior importância quando o assunto é vencer na vida. Tal resultado condiz com a formação histórica e cultural do Brasil, colonizado pelos portugueses e cuja incumbência, entre outras, foi a catequização massiva da terra conquistada, o que foi decisivo para transformar o país em uma nação primordialmente cristã. Consequentemente, a convicção de vencer pela fé representa uma característica do povo brasileiro, visto o crescente número de igrejas que surgem a todo momento. Concomitante ao predomínio da Igreja na vida dos brasileiros, não houve um projeto de educação que visasse o crescimento intelectual e cultural da população, como mostra a pouca importância dada à cultura e ao lazer no que tange a obtenção do sucesso (2%). Todavia, o estudo, como forma de crescimento profissional aparece em destaque (21%), somente perdendo para a crença religiosa. Por certo, o estudo e o conhecimento adquirido são as formas mais eficazes de libertação da condição de menoridade do ser humano, que segundo Kant, atrasava o desenvolvimento das capacidades e possíveis chances de se vencer na vida. Assim, a fé como forma de libertação vai de encontro à visão iluminista, na qual apenas o conhecimento liberta. Assim, o estudo, além de desenvolver as capacidades técnicas a serem usadas profissionalmente pelo indivíduo, também aumenta sua perspectiva crítica de mundo, essencial para o convívio em sociedade e para distinguir inclusive, as possíveis armadilhas que a fé pode colocar em seu caminho, como promessas de ganhos pessoais feitas por pastores evangélicos, que nunca se concretizarão. Portanto, o estudo representa o fator de maior importância para melhorar de vida, cada vez mais valorizado no mercado de trabalho como forma de seleção de um bom profissional, além de apresentar ganhos concretos para seu "praticante", que terá uma visão mais ampla do mundo ao qual pertence e como poderá agir para modifica-lo, sem necessariamente buscar o lucro.
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2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
No Brasil, estamos vivenciando mortes de pessoas por causa de obesidade. Milhares de indivíduos estão com o seu peso lá nas alturas e é preciso ter muito cuidado, porque é algo preocupante. Crianças, jovens e adolescentes comem de tudo, sem saber que aquele alimento pode comprometer à sua saúde. Os pais devem cuidar a alimentação dos seus filhos e oferecer somente comidas saudáveis. Nada de frituras, doces e refrigerantes diariamente. Eles devem comer frutas, verduras e saladas. Claro que nem todo mundo é igual e não aceitam com facilidade o que oferecemos, mas é necessário tentar várias vezes o alimento para que ele experimente. Pode ser um processo complicado no início, porém mais tarde veremos que valeu a pena, porque ele não irá adquirir doenças como: diabetes, colesterol e pressão alta no decorrer da sua vida. Para que não conquistamos a obesidade, devemos praticar atividades físicas ou esportes, mudar a nossa rotina de alimentação e procurar ajuda de algum profissional especializado. Com isso, iremos ter mais qualidade de vida e mais disposição. Todo cuidado é pouco no mundo de hoje e podemos até evitar mortes causadas pelo sobrepeso. É importante também, que ajudamos quem sofre com essas causas. Temos que cuidar da nossa saúde, para sempre vivermos bem sem nenhum problema.
[ 160, 120, 120, 120, 120, 640 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Em 15 de janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro liberou o porte de arma de fogo no Brasil. É notável que partidos opostos e indivíduos que se puseram contra o armamento estão indignados, pois acreditam que não trará segurança aos Brasileiros. Mas, o outro lado da oposição considera-se a legalização um avanço para a sociedade, pois obtém-se segurança, dando o poder de legitima defesa. Atualmente, andasse sempre atentos pelas ruas, pois á vários casos de homicídio, violência e criminalidade, tentas-te proteger pode causar graves consequências e até mesmo gerar um custo maior, do que haverá com o roubo. Não é qualquer cidadão que terá uma arma de fogo, aplicaram-se leis e testes psicológicos para aqueles que desejam adquirir o armamento. Segundo o pesquisar do (FBSP) Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques aponta que, sem o estatuto, poderia ter mais homicídio 30,0 mortes para casa 100 habitantes. Entretanto, outros meios de seguranças seriam precárias para a população Brasileira, como contratar mais policiais qualificados, investir na educação. Não haveria necessidade de armas em residências.
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2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Ao se falar de condenação em 2ª instância o assunto traz um grande impasse, e que coloca, sobretudo, uma questão de inconstitucionalidade. As decisões sobre essas condenações vão de encontro a uma cláusula pétrea da Carta Magna, a presunção da Inocência. Segundo levantamento realizado pelo Ministro Lewandowski, um terço dos recursos de habeas corpus, ao Supremo Tribunal de Justiça, tem suas penas revistas, partindo desse pressuposto, entende-se que as diversas possibilidades de recursos existentes no código penal brasileiro auxiliam na correção de possíveis injustiças. Contudo, é evidente, em muitos casos, que recursos servem para postergar a penalidade do réu. Se há evidências e provas de sua autoria, não existem razões pelas quais protelar tal decisão, visto que os recursos aos tribunais superiores não tem por objetivo o julgamento individualizado do mérito. Ainda que a condenação em 2º instância venha causar inconformidade e julguem-a inconstitucional, é possível demonstrar o modo como ela vai de encontro a outros princípios constitucionais e favorece, se não aplicada, a impunidade. A exemplo desta temos o caso do jogador Edmundo que em 95 causou a morte de três pessoas em um acidente de transito, por conduzir seu veículo em alta velocidade. Após 4 anos, do fato, ele foi condenado em 1ª e em 2ª instancia. Porém, contestou novamente da decisão e interpôs recursos diversos, tantos foram que, somente depois de transcorridos mais dez anos foram concluídos. Assim, conclui-se que a condenação em 2ª instância traz créditos positivos a justiça brasileira e o reconhecimento de que ela é efetiva, célere e colabora com a paz social.
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2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
No artigo 205 da constituição brasileira de 1988, consta a educação como um direito de todos, devendo este ser fomentada pelo estado. Fora do papel, as instituições universitárias, apesar de públicas refletem uma maior participação da população mais rica, que em tese poderia arcar com os custos, desta forma, o ensino superior gratuito é pago por aqueles que não conseguem alcançar as faculdades. Essa situação perpetua uma desigualdade social fazendo assim, com que menos pessoas tenham acesso à educação. Em primeiro lugar, é importante destacar que, o fato que transforma as universidades públicas em agentes de desigualdade está relacionada ao acesso da camada mais rica da população as universidades. Segundo o IBGE, 2018, cerca de 80% dos alunos de ensino particular ingressam no ensino superior, em contrapartida, apenas 36% dos estudantes do setor público. Ainda, de acordo com IBGE quem possui ensino superior ganha em média 2,5 vezes mais do que quem alcançou apenas o nível médio, assim sendo, o sistema se perpetua. Por conseguinte, aqueles que não alcançam as instituições públicas, continuam em uma situação de estática, o que impossibilita ascensão social das classes menos favorecidas. Porém, mesmo aqueles que não acessam a educação, arcam com os gastos por meio de impostos. Assim, aqueles que não conseguem acessar as universidades públicas pagam os custos da população mais rica, que é o grupo que proporcionalmente ocupa o maior espaço nas universidades de ensino superior. Portanto, faz-se mister que o estado tome providências para assegurar o direito à educação à todos. Assim, para que seja possível um maior acesso e igualdade a educação urge que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) faça com que os estudantes que sejam capazes de arcar com os custos das universidades públicas o façam, para que assim, as instituições possuam maiores receitas, possibilitando mais vagas para ensino superior. As contribuições deveriam ser baseadas nos salários médios por família, estimando uma porcentagem de contribuição anual, assim, é possível ser mais igualitário nas cobranças e na formação educacional de todos.
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2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A tecnologia tem crescido muito nos últimos anos e possibilitou evoluções em inúmeras atividades e áreas na qual temos contato, inclusive na economia. Mas toda essa evolução não parou nos caixas eletrônicos e internet bankings, recentemente temos ouvido falar da moeda digital ou a criptomoeda que está crescendo e em passos curtos conquistando seu espaço no mundo. Podemos afirmar que a criptomoeda traz vantagens interessantes, como a praticidade no momento de usar seu "dinheiro" para fazer algum tipo de troca no nosso mundo capitalista e a dificuldade de roubo. Entretanto, há desvantagens que provocam uma reflexão profunda sobre o uso da criptomoeda neste momento. O acesso ao novo sistema monetário seria através da internet, mas nem todos os países estão prontos para isso. No Brasil, por exemplo, pouco mais de sessenta por cento da população tem acesso à internet, isso significa que parte da população teria mais dificuldades em termos de poder aquisitivo por não ter acesso à internet. Outra grande preocupação seria o fim dos bancos, esse acontecimento aumentaria demasiadamente o número de desempregados, causando maior desigualdade e miséria nos países, principalmente os emergentes. Além disso, há também as questões de segurança, quanto mais a internet cresce e ganha valor, mais hackers bem capacitados aparecem, o que coloca em risco a segurança do dinheiro virtual e também de dados pessoais. Todavia, a criptomoeda seria um ótimo sistema monetário quando se pensa em um futuro, onde os países já estejam bem desenvolvidos e igualados em termos como empregabilidade e meios de comunicação, caso contrário o processo dificultaria ainda mais a inclusão de diversos países emergentes na globalização. Como disse Yla Fernandes "é preciso subir degrau por degrau, não se chega lá em cima sem passar por cada etapa". Para o bom funcionamento da criptomoeda é necessário que problemas mais simples sejam resolvidos. Diante das informações apresentadas seria interessante, caso a implantação do novo sistema monetário se torne uma meta global, que os países, junto com órgãos competentes, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Ministério da Economia e Ministério da Educação, no caso do Brasil, invistam no desenvolvimento de profissões futuras, aumentem a porcentagem de acesso à internet de qualidade dentro dos países e trabalhem a preparação e adaptação dos funcionários de bancos à criptomoeda evitando futuras crises econômicas.
[ 120, 160, 120, 160, 160, 720 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
É conhecimento geral que a educação, principalmente a publica, está passando por serias dificuldades a muito tempo. O que tem é fruto de anos de governos descompromissados com a instrução do povo. Quando se imagina não ter mais nada para piorar, surge do ímpeto de gestores ufanistas uma tentativa de solucionar o caos no sistema educacional com uma medida no mínimo inconveniente. Coagir o corpo docente para filmar e obrigar as crianças cantarem é algo pouco eficaz no sentido didático e ilegal no ponto de vista jurídico. O sentimento de patriotismo e civismo surge do sentimento de pertencimento que os indivíduos têm pela nação que residem. Esse sentimento é uma reciprocidade de um Estado que o proporciona o mínimo de bem-estar, além de segurança tanto própria como da família. É nascido e construído, como em algumas nações da Europa em que o apreço pelas instituições governamentais beira ao fanatismo. Um exemplo é a Suíça, todas as casas possuem uma arma e os moradores são em potenciais membros das forças armadas. Diferente do Brasil que a palavra serviço público denota, para pessoas, ineficiência, corrupção e injustiça. Do ponto de vista jurídico vem o fato mais grave. O ECA (estatuto da criança e do adolescente ) proíbe a veiculação de imagem sem autorização dos responsáveis. Conseguir a autorização de todos os pais não seria tarefa nada fácil. Infringir a lei pelo suposto "amor à pátria" é contraditório demais. O que deve ser priorizado é o aprendizado como um todo. Melhorando índices básicos, com os de português e matemática. Os quais são pífios, conforme estatística de órgãos do governo. Se a educação melhorar, obrigar os alunos será desnecessário, pois na própria escola saberão que o hino, a bandeira e o selo são símbolos solenes. Os quais serão vivenciados por toda a fase adulta. A final de contas serão pessoas bem-sucedidas e instruídas. Cantar por cantar ou por imposição é algo tosco e retrógrado. Uma sinalização sombria sobre o porvir.
[ 120, 200, 120, 120, 120, 680 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
Apropriação cultural é um termo usado para se referir ao uso de elementos de uma cultura que não é a sua em diferentes contextos, como fez a atriz Alessandra Negrini ao optar por um cocar indígena para desfilar em seu bloco de carnaval. A artista recebeu fortes criticas em suas redes sociais por estar desrespeitando a cultura citada, com a justificativa de que "índio não é fantasia". Há diferentes opiniões das tribos em relação ao assunto e muitas delas consideram a representação indígena no carnaval como uma troca cultural e muitas vezes como uma forte critica social ao preconceito sofrido por eles. As festas carnavalescas são parte da identidade cultural do Brasil e trazer visibilidade a situação dos índios por meio delas pode ser a peça chave para diminuir o racismo e o preconceito que ainda é muito frequente na nossa sociedade. É necessário, sobretudo que haja o respeito com as diferentes etnias e que a representação do índio no meio social não seja feita de forma ofensiva e sim como um apoio as suas necessidades, pois uma identidade cultural não deve ser desvalorizada ou ridicularizada.
[ 160, 120, 120, 120, 40, 560 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Bitcoin é um exemplo de avanço a tecnologia pois é a primeira e maior moeda criptografada, digitalizada e conhecida mundialmente, sem interferências estatais. Após seu surgimento houveram muitos benefícios já que os compradores não precisam necessariamente de uma regulamentação própria e específica e nem de autorização para obtê-la. É notório que possivelmente tal revolução está mais significativa com o passar dos anos, já que tudo se resume em tecnologia, vale salientar também que entre 10 países que fazem o uso dessa moeda o Brasil está em 9º (nono) lugar, segundo a Blockchain. Sendo assim é exequível observar que alguns bancos tendem a desenvolver ligações com blockchain por excluir a necessidade de intermediários nas realizações de transações, e assim não ser cobrado de forma excessiva como geralmente acontece. Portanto observa-se que tal mudança seria vantajosa para o consumidor e também para os bancos se houvesse a ligação entre ambos pois diminuiriam taxas para transações, superlotação de pessoas em bancos e até mais segurança já que são criptografadas.
[ 160, 160, 120, 120, 0, 560 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O conservadorismo está em voga na contemporaneidade. Ele é estimulado quando a população de determinada região se sente ameaçada, como nos Estados Unidos e no continente Europeu com a crise dos refugiados. Já no caso do Brasil a violência e a prolongada crise econômica estimulam o crescimento da população conservadora. No Brasil, de acordo com o blog Movimento Brasil Livre (MBL), a expansão da onda conservadora foi estimulada por suscetíveis casos de corrupção no partido de esquerda que governava o país. Desse modo, criou-se uma polarização radical oposta, conservadora, que tenta se afastar de políticas que atrasam o desenvolvimento nacional. Em contra partida, de acordo a filósofa Hannah Arendt, líderes que demonstram força e geram a união do povo para lutar contra um “mau” em comum, geralmente podem cometer excessos, atingindo direitos e garantias fundamentais de pessoas que não compartilham os mesmos valores. Nesse sentido os Direitos Humanos devem estar acima de qualquer ideologia. Portanto, a onda conservadora é uma tendência em muitos países. Dessa forma, parcerias entre instituições formais e informais (igreja, família e escolas) devem ser formadas para se discutir e entender o melhor para a maioria sem agredir ou retirar os direitos das minorias. Assim, manteremos o Contrato Social de Rousseau vivo em nossa nação e continuaremos bons preservando a família.
[ 160, 200, 160, 120, 160, 800 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Atualmente, estamos vivenciando momentos de crise em nosso país. Por esse motivo, alguns custos estão sendo cortados em escolas e universidades públicas. Dessa maneira, encontram-se comprometido o estudo e o futuro de alguns jovens brasileiros, que não possuem condições financeiras para pagar uma faculdade. Além disso No entanto, sabemos o quanto a educação deve ser valorizada e gastos com o estudo não podem ser excluídos, até porque é um investimento insubstituível para os alunos. Temos a consciência de que, a privatização não é a melhor opção para apartar despesas que são extremamente necessárias. Em face a essa realidade, todos os indivíduos devem lutar pelo seus direitos, promovendo manifestações pelas ruas. Escolas, sociedade, famílias devem impor-se para pressionar o governador e fazer com que esses recursos jamais sejam suspensos.
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2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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1.html
criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
O crescimento da quantidade de negociações com criptomoedas e a recente valorização dessas moedas virtuais nos mercados financeiros demonstra o potencial que tal tecnologia tem para chamar a atenção na economia mundial. A característica mais marcante das criptomoedas é o fato de elas serem criadas e gerenciadas sem nenhuma intervenção estatal ou bancária. E é justamente isso que será o obstáculo que as impedirão de se tornarem uma revolução econômica. Um dos aspectos mais avaliados por investidores antes de eles fazerem qualquer investimento ou transação financeira é o risco. Uma prova disso está no fato de que os países de primeiro mundo, que possuem economias mais estáveis, são os principais destinos de investimentos internacionais, mesmo proporcionando menores rentabilidades. Ou seja, há uma regra no mercado financeiro, que faz com que quanto menor o risco de um investimento, menor a rentabilidade proporcionada. Ao passo que, quanto maior o risco, maior a possibilidade de lucro. Isso explica o fato de que moedas virtuais, como o bitcoin, estiveram entre as maiores altas nas negociações mundiais nos últimos anos, uma vez que pouco se sabe sobre como são controladas, além de não oferecerem nenhuma garantia e sofrerem, constantemente, a ação de "rackers". Por outro lado, as instituições financeiras possuem grande credibilidade, não só por serem um sistema financeiro criado há séculos, mas também pelo fato de investirem muito na segurança das aplicações que controlam. No Brasil, por exemplo, uma pessoa que possui uma conta em um banco ou em uma corretora de investimentos, além de contar com proteções contra fraudes e roubos, ainda possui garantia do Banco Central. Além do mais, é notória a capacidade que os grandes bancos possuem de influenciar o mercado financeiro e, assim, mesmo que investimentos em criptomoedas se tornem menos inseguros e, por conseguinte, mais populares entre os investidores, os banqueiros ainda terão poder para atraírem a atenção nesse mercado, por exemplo, oferecendo opções mais rentáveis. Dessa forma, fica claro que as criptomoedas são vistas mais como um investimento de alto risco do que uma possível transformação econômica, que preocuparia governos e banqueiros. Mesmo que exista a possibilidade de essas moedas virtuais se tornarem mais atrativas para os investidores, o sistema financeiro tradicional, com a capacidade que possui de evoluir, estará sempre à frente no mercado mundial.
[ 160, 160, 200, 200, 0, 720 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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19.html
carnaval-e-apropriacao-cultural
No que se refere, a apropriação cultural é um problema que está relacionado ao racismo. Dentre outras fatores, destaca-se um grave problema, que é a pessoa não ter vivido os preconceitos raciais e ainda não conhecer a cultura que está apropriando-se no Carnaval. Certamente, a apropriação cultural no Carnaval é um preconceito racial velado, pois a pessoa afirma não está cometendo racismo. Usar cocar no Carnaval é ignorar o fato de muitos indígenas terem sido caçados e mortos no começo do Brasil e ainda serem mortos até hoje. Além disso, o problema de uma pessoa está usando pinturas corporais, cocares e roupas indígenas como uma fantasia carnavalesca, sem mesmo conhecer a história daquela cultura. Apropriação cultural é um ato de caçoar com o passado daquele povo, pois você não conhece a origem daquela cultura e os costumes delas. Dessa forma, percebe-se a falta de conhecimento cultural que o próprio povo brasileiro tem de outras culturas nacionais e internacionais. São necessárias políticas públicas, do ministério da educação para maiores acesso a escolas com maiores conhecimento culturais do nosso próprio país e de outros. Assim teremos mais respeitos com nossas várias culturas brasileiras e mundiais.
[ 120, 120, 120, 120, 120, 600 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
A crise econômica das universidades públicas tem sido muito discutida nos últimos meses. Enquanto alguns defendem a privatização, outros insistem que deve ser mantido o ensino público e gratuito. Entre os dois extremos, existem aqueles que defendem que doações e parcerias privadas devem ser incentivadas, além de serem criadas mensalidades proporcionais aos estudantes de alta renda. Porém, acima de qualquer discussão de opiniões, deve-se ressaltar a desigualdade econômica existente no Brasil. De fato, o direito à educação deve ser oferecido a qualquer pessoa que busque uma oportunidade, porém, isso deve ser feito de forma que todos tenham a mesma chance. Visto que, muitos dos estudantes de universidades públicas fazem parte dos 20% mais ricos do país, se faz necessária adoção de políticas que garantam a igualdade na disputa das vagas para um ensino público e de qualidade. Com o objetivo de amenizar essa situação, o governo federal, divulgou no mês de Maio, alguns cortes que serão feitos em relação as verbas, antes, direcionadas a determinadas universidades públicas. De acordo com o governo, esses recursos serão destinados aos ensinos fundamental e médio, visando promover maior qualidade na educação básica pública. Essa decisão causou vários protestos pelo Brasil, tanto contra como a favor à medida aplicada. Portanto, é possível concluir que parte da população apresenta vantagens no processo de ingresso às universidades públicas, em relação aos menos favorecidos economicamente. Resultando no monopólio da educação gratuita. Essa situação influência negativamente a realidade de muitas pessoas, que acabam pagando a conta dessa crise criada na gestão das universidades públicas brasileiras.
[ 120, 120, 160, 160, 0, 560 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A nova moeda digital vem tendo um grande conhecimento da vida do ser humano, sendo no mercado geral, atraindo adolescente e adultos do meio econômico. Pouco se conhece de sua finalidade, mas devido sua comodidade está ganhando espaço. A grande preocupação internacional e nacional é que ela ocorre gradualmente no mercado digital, não ocorrendo de forma legal para os nossos governantes assim não pagando o devido impostos anual. A moeda virtual não é controlada por nenhum banco central. A maioria das crises econômicas surgem das falhas cometidas por esses bancos. Então, usar Bitcoin pode garantir "segurança" em qualquer crise econômica. É uma tecnologia não depende de um agente intermediador para realizar as transações, logo uma era autônoma. Criptomoedas ou bi tono rende, com o investimento altos onde todos bancos centrais com moedas tecnologia troca e sua finalidade. Para possui a moeda virtual terá de adquirir carteira virtual do aplicativo com um código secreto e incontrolável, acesso ao universo é um banco de código é uma operação eletrônica de qualquer lugar do planeta. Porém qualquer um poderá comprar, transferir, efetuar pagamentos através do Bitcoin. Em tempos de incerteza econômica, as criptomoedas podem ser escolhidas como um ativo de segurança, compartilha muitas características do ouro, a mais antiga forma de dinheiro usada no mundo até hoje para a humanidade se protegerem contra crises financeiras.
[ 80, 80, 80, 40, 0, 280 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Desde o fim da Ditadura Militar, o movimento conservador vinha sendo reprimido. Tal fato fez com que os simpatizantes desde movimento não encontrassem meios de serem ouvidos em detrimento ao discurso socialista e politicamente correto inspirados em Karl Marx. Até que então, surge uma conversão de preferência das mídias sociais. Tal movimento se mostrou eficaz na transmissão de pensamentos e argumentos que não precisavam ser auditados para alcançar a massiva população. A mudança de orientação política da população brasileira foi bem exposta nas eleições 2018. O consoante filósofo conservador Luiz Felipe Pondé cite que : “Se não fosse por Karl Marx, eu teria conquistado muito mais mulheres”. Através desse trecho é possível constatar que o discurso socialista, de esquerda, aquele que defende de uma forma romântica a igualdade e a liberdade soava muito mais atraente e atual se comparado a questões de ordens econômicas e políticas. Por muito tempo, o movimento esquerdista utilizou a força jovem para ganhar reconhecimento. Deixando os mais velhos, conservadores, com a imagem de pensamento ultrapassado. Outro aspecto de suma relevância para essa mudança de orientação política pode ser exemplificado na Física. Ao utilizar uma mola como exemplo para com o movimento conservador, podemos aferir que: Ao impor uma força sobre a mola, esta irá se retrair. Quando se retira o peso, esta ganha sua maior amplitude. Da mesma forma, o movimento conservador ganhou força sobre a população brasileira. O regime de governo durante muitos anos não deu atenção ao que seus eleitores buscavam. Infere-se, portanto, que o movimento conservador sempre existiu porém estava por muito tempo sendo reprimido. O advento das mídias sociais e sua popularização fizeram que vozes antes não ouvidas ganhassem amplitude suficiente para enxergar os reais problemas da população população, que não mais tolera discursos socialistas em esquecem fatores condicionais á satisfação do cidadão que são segurança, emprego e os índices de corrupção.
[ 120, 200, 120, 160, 0, 600 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
É de conhecimento geral que, todo armamento representa perigo. Uma vez que, aprofunda as tensões sociais existentes, pois, uma sociedade armada é mais violenta. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o Brasil é o décimo primeiro país com a maior taxa de homicídios no mundo. Logo, podemos observar que vários conflitos sociais ocasionam um aprofundamento da violência e a posse de arma não é a solução para isso, visto que, ela foi criada no intuito de sub-julgar e não proteger. Uma sociedade armada é mais violenta, segundo nicolau maquiavel o poder trás estabilidade e prestígio, contudo, e é necessário ser um poder representado pelo estado. Instaura-se um comportamento de disputa para a concentração de poder quando entregue a sociedade. Os indivíduos começam a presumir autossuficiência. Logo, deixa de importa-se com os direitos de todo ser humano e agem, deliberadamente, dado que, tem em suas mãos o que define o destino de uma vida. Portanto, é necessário que a mídia, o governo, escolas e a família elabore medidas que abordem a reflexão sobre o armamento da sociedade civil. Assim, é necessário a elaboração de projetos sociais para combater a proliferação do entendimento que armas são a solução para a minimizar a violência no Brasil.
[ 120, 200, 120, 160, 160, 760 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Uma das grandes preocupações mundiais da atualidade, é a obesidade. No momento que pesquisas apontam, ser essa, a segunda causa de morte da população, devido as complicações que esse mal gera, é notória a relevância do tema para a sociedade em geral. Mas, quais as causas e o que pode-se fazer para erradicar essa epidemia? No que tange as causas, não é temerário fazer uma reflexão sobre os avanços da sociedade moderna e capitalista dominante. O incentivo ao consumo imediato e compulsivo e a inserção de substâncias, nos alimentos, que geram sensações de prazer e até viciosas, para bancar o bem-estar do capital das empresas, colabora para maus hábitos alimentares e, consequentemente, o acúmulo de peso. Esse incentivo, também está em outros setores, fazendo com que o indivíduo busque bens materiais e se esforce para obtê-los, e assim, ele trabalha mais ou estuda mais horas por dia, dormindo menos e fazendo menos atividades físicas diárias, o que contribui para a obesidade. Conforme pesquisa da Universidade de Duke, dos Estados Unidos, 40% das nossas ações diárias são hábitos, ou seja, você não pensa, apenas, as faz. Nesse sentido, para combater a obesidade deve-se combater os hábitos que levam à procrastinação de uma vida saudável, como por exemplo, atividades físicas diárias, alimentação balanceada e menos calórica, repouso para o corpo e a mente após atitudes exaustivas. Muitas vezes, basta refletir sobre a rotina diária para enxergar onde estão e quais são os hábitos ruins que se tem, e, dessa forma, é possível substituí-los por outros mais saudáveis. Além da atuação governamental na educação de jovens e crianças a fim de esclarecer e incentivar a importância com o cuidado na alimentação e com a prática de hábitos saudáveis em geral, deve-se atuar incrementando políticas públicas, por meio de leis, por exemplo, que limitam empresas de colocar em alimentos substâncias viciosas ou que são potenciais para o acúmulo de gordura no corpo. Além disso, é necessário que o próprio cidadão esteja sempre atento consigo mesmo, para evitar hábitos que possam prejudicar sua saúde.
[ 160, 200, 160, 120, 120, 760 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Em contraponto às conquistas do Renascimento Científico, do século XVI, surgem debates em relação ao movimento que se denomina "Pós-verdade". Trata-se da valorização de crenças pessoais em detrimento de algumas afirmações dadas pela Ciência. Nesse contexto, deve-se afirmar que as conquistas histórias dos cientistas não devem ser objeto de questionamentos impertinentes. A Ciência trouxe inegáveis melhorias para a sociedade por meio de estudos, testes e comprovações. Nesse contexto, por exemplo, no que ficou conhecido como Revolta da Vacina, Oswaldo Cruz desenvolveu uma injeção que ajudou a salvar milhares de vidas. Quantidade essa que seria bem maior se não fosse a resistência da ignorante população. Diante disso, não se pode negar que afrontas irracionais às comprovações científicas prejudicam o progresso das condições de vida da humanidade. Outrossim, deve-se saber que argumentos pertinentes, para a Ciência, são aqueles que possuem grandes chances de desmentir ou modificar o já afirmado por ela. Por isso, afirmar que a terra é plena, sendo que gênios como Pitágoras e Aristóteles, bem como instituições hodiernas de grande prestígio, como o National Aeronautics and Space Administration (NASA), afirmaram e afirmam a esfericidade do planeta é um exemplo do que não se deve fazer sem um argumento plausível. Isso porque a Ciência não taxa algo de dogma sem a comprovação da sua certeza e indiscutibilidade. Portanto, os questionamentos às afirmações científicas devem ser analisados com criticidade, uma vez que a certeza é uma das bases da Ciência. No entanto, isso precisa ser encarado como estímulo para aperfeiçoamento das teorias existentes e descoberta de novas fórmulas para a contribuir com o bem-estar social. Com isso, serão garantidos tanto a liberdade de expressão quanto o desenvolvimento científico, que são protegidos pela Carta Magna.
[ 200, 200, 160, 160, 120, 840 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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16.html
universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Há muito que se discutir sobre o tema do ensino público superior no Brasil, que carece tanto de suporte material quanto de recursos humanos. Algo não está bem com o ensino superior, tanto que nos últimos anos o número de matrículas em escolas particulares cresceu assustadoramente, sendo atraídas não só pelo valor da mensalidade, mas também pela disponibilidade da educação a distância (EaD). Mesmo antes do corte de verbas proposto pelo executivo federal, as universidades federais brasileiras já eram (e continuam sendo) sucateadas e depredadas. Com isto, deve-se observar que há algo de diferente na administração dos recursos que são disponibilizados aos reitores. Uma auditoria em todas as universidades, antes dos cortes orçamentários, demonstraria uma boa atitude administrativa de avaliação da aplicação dos recursos públicos. O que certamente ocorreria com muita frequência, caso o dinheiro ali investido fosse privado e os gestores tivessem de prestar contas mais constantemente. Recentemente, um jornal de circulação nacional apontou algumas saídas para esse impasse, utilizando-se de modelos internacionais onde uma das sugestões seria empresas privadas investindo em universidades que gerariam profissionais para o mercado de trabalho; o estudo apresentava que, hoje, o foco das universidades federais se move mais para a área de pesquisa do que para o mercado, gerando um déficit de profissionais altamente qualificados. Há de que se considerar que o investimento privado, com critérios de pagamento de mensalidades para os que puderem com elas arcar (com regras claras e transparentes), é muito bem-vindo tanto para que haja uma supervisão pelas entidades privadas sobre a aplicação dos recursos, quanto para a qualidade do ensino que está sendo disponibilizado pela universidade. Não se trata de uma proposição de tutela privada sobre a universidade, mas de uma parceria de ganha-ganha. O Estado deve buscar essas parcerias, o que poderá trazer benefícios não só para solucionar o déficit financeiro, mas também para a área educacional, livrando as universidades de ideologias governamentais (de direita ou esquerda) tão presentes atualmente.
[ 200, 120, 160, 120, 160, 760 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que define os direitos e deveres dos cidadãos garante entre os demais símbolos o hino nacional brasileiro. No entanto, a dubiedade em diversos setores da sociedade, não oculta o valor que além de cultural e ainda histórico possui o ato de cantar o hino nacional do Brasil. Ante os fatos apontados, a relevante cultura de saudar o país por meio de seus símbolos denota não apenas um gesto moral e popular de patriotismo nobre, mas ainda convém citar como já dizia Frederich Nietzche: "A moralidade é a melhor das regras para orientar a humanidade". Uma vez que, urge similarmente relatar o contexto histórico que, assim sendo, representa as grandes glorias do passado bem como se reproduz em sua letra, além do mais, os grande marcos alcançados pelo país celebrados ao entoar esse símbolo da pátria faz jus a notável honra agregada ao feito. Consequentemente, pois, findando as incertezas, são medidas correspondentes tanto por parte do governo através dos ministérios da cidadania junto ao das relações exteriores promoverem com seus meios publicitários mais os informativos o estimulo cultural tornando praxe esse ato nobre para a população do Brasil nos eventos adeptos, quanto ainda, por parte do povo brasileiro que honrado pela história possa estar educando com os princípios morais os mais jovens motivando-os de modo positivo cantar o hino da República Federativa do Brasil.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
A condenação em segunda instância está causando muitas discussões no meio jurídico. Após a decisão de liberar alguns presos condenados em segunda instância, dentre eles o ex-presidente Lula, o assunto está presente diariamente na imprensa e nas mídias sociais. Trata-se de um assunto muito delicado, pois envolvem crimes que prejudicaram uma outra parte e que causaram danos irreparáveis para alguns. A justiça brasileira precisará analisar com muita cautela qual decisão será tomada, visto que não agradará parte da população independente da decisão que for tomada. Deve-se levar em conta que está sendo analisado apenas o lado do suposto criminoso e pouco se fala ou se faz para que a justiça seja feita de uma maneira que o(s) prejudicado(s) fiquem satisfeitos com as decisões proferidas. A justiça brasileira precisa fazer algumas modificações nas leis para que os acusados tenham a punição adequada e demonstrar para a população que a justiça funciona, minimizando ao máximo a sensação de impunidade e fortalecendo a credibilidade jurídica perante a população. Portanto, os condenados em segunda instância devem aguardar presos por seus julgamentos enquanto a justiça faz a parte dela apurando todos os fatos e recursos que forem necessários para que seja sentenciada a decisão correta.
[ 160, 120, 160, 160, 120, 720 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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18.html
carnaval-e-apropriacao-cultural
É necessário cautela quando o assunto é sobre culturas não relacionadas ao nosso campo de conhecimento e experiência de vida. A tolerância entre diferentes culturas também deve ser construída, o Estado e a sociedade precisam caminhar juntos com intuito de alcançar esta condescendência. Os ser humano na sua subjetividade possui valores, esses muitas vezes são invioláveis, pois em casos de resistência podem gerar insegurança, desconforto e insatisfação. A cultura em determinadas comunidades é considerada um valor velado, mesmo que a contemporaneidade brasileira esteja em alinhamento favorável à apropriação cultural podemos ter divergência desse entendimento dentro de culturas mais conservadoras. Usufruir de insígnias de outras culturas no Carnaval, por mais que exista uma intenção benigna nessa atitude, como propagar diferentes culturas e de valorizar a diversidade, pode acabar ofendendo os nativos da comunidade que está sendo referenciada. Não é comum vermos nas inúmeras fantasias do Carnaval brasileiro as pessoas fazendo referência ao Estados Islâmico extremista ou seus grupos como a Al-Qaeda. Organizações como essa se tornaram conhecidas por torturar e executar pessoas ou por atacar a outros países pelo fato de considerarem certas ações como uma agressão aos seus valores e princípios culturais. Obviamente, ao tratar desse assunto, saímos da esfera brasileira, mas as fantasias de Carnaval também se referenciam a culturas estrangeiras. O fato é que existe um conhecimento mais comum e facilitado da sociedade sobre as ações extremistas do Estado Islâmico devido ao alto grau de prejuízos gerados por elas, mas quando comparamos ao universo indígena as pessoas não retém a mesma quantidade de entendimento da cultura que constrói esse universo. Sabemos que a prática de tortura e execução não são comuns nos territórios indígenas, mas isso não significa que o valor atribuído a uma cultura não possa ser ofendido pelo simples fato do uso inadequado de uma determinada vestimenta. A apropriação cultural, mesmo com os inúmeros benefícios que ela pode trazer, deve ser realizada de forma minuciosa. A cultura do outro deve ser estudada, pesquisada, analisada, entrevistada para que essa apropriação seja feita de forma que não ofenda todo um povo e uma história. O Estado deve promover meios informativos e a sociedade precisa adquirir esses conhecimentos antes de colocar em uso os aspectos de uma outra cultura, gerando dessa forma diálogo e entendimento intraculturais e diminuindo a intolerância.
[ 160, 120, 120, 120, 120, 640 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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1.html
um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Consoante a constituição federal vigente, ninguém será preso até a condenação transitada em julgado. A carta magna é clara quanto ao tempo em que se deve começar, de fato, o cumprimento do regime. Todavia, a constituição expressa a vontade do povo, o qual é realmente o detentor originário do poder constituinte, sendo assim, não é possível que se interprete a constituição apenas de forma literal, é necessário levar em conta também a opinião a quem vai recair essas mudanças. O Brasil é signatário de vários tratados e convenções internacionais, inclusive, a constituição federal de 1988 possui diversos dispositivos extraídos desses acordos. Um deles, de suma importância, decorre da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, o qual é o princípio da presunção de inocência. Muitas pessoas que são contra a prisão após a segunda instância se apoiam nesse princípio, dizendo que se ainda é possível recorrer, não há que se falar em prisão. O problema é que após a segunda instância não se avalia mais as provas e seus conteúdos, mas apenas as matérias constitucionais, ou seja, o condenado já é culpado, o que falta é apenas uma formalidade em que os tribunais superiores ratificam que tudo está em conformidade com a constituição. Além disso, essas instâncias superiores, de certo modo, ferem o princípio da isonomia, visto que não são acessíveis a todos, e sim a um grupo seleto de pessoas com alto poder aquisitivo, que podem contratar os melhores advogados com capacidade de elaborar e de se fazer chegar esses pedidos ao plenário dos tribunais superiores. Como nossa lei penal retroage em favor do réu, caso mudem o atual entendimento de que a prisão após segunda instância é lícita, muitos poderão ser beneficiados, inclusive, estupradores, traficantes, corruptos. Por ser maioria o número de pessoas a favor do entendimento atual e para se garantir o sentimento de justiça, o STF precisa manter seu entendimento de 2016, pois tais mudanças, em um espaço tão curto de tempo, acarretam prejuízos à sociedade e grave instabilidade na ordem jurídica. Percebe-se, portanto, que para que o país realmente deixe de ser conhecido como o país da impunidade, não basta que apenas seja mantida a prisão após segunda instância, como também que se endureça ainda mais as penas. Para que tudo isso seja possível, é imprescindível que a população mude seus pensamentos, mostre que realmente quer mudanças e que está disposta a lutar por isso, pois só assim, lutando, que será possível a concretização, de fato, do que traz a nossa constituição em seu artigo 5º: "todos são iguais perante a lei".
[ 160, 200, 160, 160, 160, 840 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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13.html
epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
O sobrepeso e a obesidade podem ser entendidos como consequência de um consumo de calorias acima da capacidade do organismo de queimá-las. Muitos estudiosos vêm considerando-os uma epidemia, visto que já atingem 40% da população adulta global e 20% da infantil. A preocupação com o aumento do número de casos de obesidade vai além da questão estética; o ganho de peso traz consequências danosas à saúde e reduz a qualidade de vida desses indivíduos. Suas principais causas são o sedentarismo, o consumo exagerado de alimentos ricos em açúcares e altamente processados (biscoitos recheados, fast-food, refrigerantes, etc.) e também a hereditariedade que pode afetar o metabolismo individual. Sabe-se que o excesso de peso pode acarretar em diversos problemas, como as doenças cardiovasculares, artrose, osteoporose, distúrbios psicológicos, lombalgia e diversos tipos de câncer. Todas essas condições geram um ônus aos serviços de saúde públicos que nem sempre conseguem suprir as demandas dessa população. Por se tratar de uma condição complexa, os pacientes obesos requerem um atendimento multiprofissional que possa auxiliá-los em todas as dificuldades advindas de seu problema de saúde, para que esses possam ter confiança e buscar uma vida mais saudável. Diante do exposto, compreende-se que a obesidade vem se tornando um problema de saúde pública e, portanto, são necessárias políticas e posicionamentos que visem soluções para o problema em todos os níveis de atenção, abrangendo as diversas faixas etárias e condições sociais.
[ 160, 120, 120, 160, 80, 640 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
No contexto atual, com as divisões politicas mais extremisadas muitas ideias como essa do hino acaba tento proporções inesperadas. Visto que o sistema educacional tem problemas mais relevantes a serem resolvidos com maior rapidez isso se torna fútil no momento. Em uma primeira analise é preciso entender que o hino não nacional é muito importante para enaltecer o patriotismo. Mas com as divisões politicas que existe hoje no Brasil pré e pós-eleições 2018, ideias mal passadas acabam dando margens para interpretações maldosas, de caráter politico. O hino já foi obrigatório nas escolas por leis no governo Getúlio Vargas. Em uma segunda analise não é difícil entender a oposição a ideia, pois o sistema educacional brasileiro tem grandes problemas, haja visto que em um ranking sobre educação, elaborando pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil ficou em 35º no qual contava com 36 países avaliados. Então seria muito relevante o gasto de tempo e recursos do Ministério da Educação com falta de livros, melhor capacitação dos professores e das escolas. Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário analisar os fatos os quais são a favor e contra a ideia, no momento atual o hino não deve ter toda essa importância, pois o governo deve priorizar o efetivo conhecimento educacional, através de medidas para melhorar o ambiente escolar, alimentação dos alunos, matérias de ensino. Uma vez que são direitos básicos exigidos por leis.
[ 120, 160, 160, 120, 160, 720 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Estudantes perfilados, mão direita sob o peito esquerdo, eis que bate uma forte emoção e então começam a cantar. - "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas..." - O MEC nos últimos dias encaminhou uma carta as escolas da rede pública e privada de todo o Brasil no intuito de resgatar a tradição de cantar o Hino Nacionalpelos estudantes. A carta encaminhada pelo MEC, gerou uma série de discussões, no entanto cantar o Hino Nacional nas escolas seria sim uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes, por muito tempo essa prática era hábito no Brasil e foi se perdendo com o passar dos anos. Ademais vale ressaltar que países vizinhos ao Brasil cultivam desde cedo o amor e o respeito a pátria. Cantar o Hino Nacional é uma formalidade que deve ser praticada por todas as escolas de maneira a induzir na educação brasileira o amor a pátria. Levando em consideração o que foi exposto cantar o Hino Nacional é apenas uma forma de demonstrar patriotismo, seria interessante acrescentarem a grade letiva matérias que induzissem e cativassem a curiosidade dos estudantes pela a pátria amada.
[ 120, 40, 40, 120, 80, 400 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Ao analisar o decreto que facilita a posse de armas, vê-se que a medida busca promover a legitima defesa entre os cidadãos brasileiros. Nesse contexto, sabe-se ainda de crescentes taxas de violência mesmo em países com a presença da lei, além de trazer maiores riscos para dentro de casa. Nesse hiato, levantamentos já mostraram que a maioria dos crimes que há a presença das armas de fogo, foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, mostrando a despreparação psicológica da sociedade. Ademais, o decreto apresenta falhas ao não especificar a fiscalização. Portanto, medidas diferenciadas são necessárias para resolver a carência de segurança. Immanuel Kant diz “O homem é o que a educação faz dele”, dessa forma o Ministério da Educação deve instituir palestras para os pais e filhos, promovidos pela escola, sobre como defender-se primeiramente sem utilizar a violência. Ademais, é imperioso que para que o Estatuto do Desarmamento funcione haja uma fiscalização mais rigorosa e específica realizada não somente pela Polícia Federal, mas pela própria comunidade.
[ 160, 120, 120, 120, 200, 720 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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escravizar-e-humano
No Brasil e em outros paises no mundo ainda existe a escravidao apesar do indice brasileiro for baixo Ainda é um problema no pais. Uma grande maioria dessas pessoas que são escravas não tem sequer escolaridade esse é um fator que gera uma consequencia devido a alta dificuldade em entrar no mercado de trabalho sem o minimo de estudo há também pessoas que migram de outros paises ilegalmente e vão para as zonas rurais brasileiras aonde fica concentrado os "escravos mordenos" Na Amazônia em anos e anos resgatam um numero consideralmente de escravos em pessimas condições de higiene é a maioria de 15 a 40 anos. Estudiosos acreditam que a escravidão moderna existe por um fator lucro uma pesquisa feita estima que a escravidão moderna gera o equivalente a quatro das empresas mais lucrativas do mundo. A maioria é afetado por essa nova escravidão pois governo gasta receitas altas para processar casos de escravidão moderna esse dinheiro poderia ser investido na educação, saúde, seguranças entre outros. Contratar novos fiscais para a escravidao moderna e cria algo que gera empregos além de dar apoio a vitima da escravidao ja seria um começo para erradicar esse novo comercio ilegal.
[ 80, 120, 120, 120, 80, 520 ]
2,016
Panorama atual Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta. [UOL Notícias] Consequências da escravidão A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo. [50 for Freedom] A situação brasileira Segundo aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida. [UOL Notícias]
A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Hambúgueres, Milk-Shakes, Pizzas e Batatas-Fritas. Será surpreendente à qualquer um que retroceder na história até o período incipiente do processo de sedentarização a visão da vala abissal que segrega os nossos ancestrais caçadores-coletores de seus descendentes sobreviventes desta geração. Inesperadamente, mais na questão tecnológica do que na questão cultural. Digo isso pois a toda análise realizada por um atento espectador das eras caberá o fato de que o ser humano sempre buscou novas soluções com o fim de apresentar-se resiliente às adversidades de seu ambiente. É fruto dessa constante necessidade inata do homem o sedentarismo. Se a divergência tecnológica nos afasta de nossas remotas bases na árvore genealógica, o dado nutricional logra êxito em aproximar-nos deles, pois os mesmos alimentos que serviam a um mesmo fim não sofreram substituição ao atravessarem esses longos séculos. Apenas os consumimos de diferente maneira, bem menos saudável. A obesidade afeta cerca de 40% da população adulta mundial e as ramificações desse alarmante dado estatístico também atingem a esfera infantil, que já esta conta com cerca de 20% de crianças acima do peso. Ao contrário do tabagismo e do alcoolismo, que revelam a seus combatentes apenas um tipo de barreira, a obesidade descobre vários fatores que demandam igual atenção e cuidado para que se possa atingi-lô e mitiga-lô. Outra dificuldade é a influência constante das publicidades de alimentos industrializados que encontrou fôlego com a globalização e cujos produtos anunciados estão expostos nas prateleiras em muito maior quantidade do que aqueles considerados verdadeiramente saudáveis. Os ricos capitalistas donos de tais indústrias mostraram-se, previsivelmente, indolentes quanto a esse fato e as conquistas das atuais medidas contra a obesidade se mostraram impotentes para estabelecer o equilíbrio entre o que oferecido pela mídia e o que se deveria consumir. É trivial que a educação é um importante fator que influencia na formação do indivíduo, já que, para citarmos Kant, "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". Portanto, a educação nutricional deveria estar presente em todas as escolas, para que se estabeleça a consciência da necessidade de uma alimentação saudável nos futuros cidadãos brasileiros e os do resto do mundo.
[ 160, 120, 120, 120, 80, 600 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
A posse de uma arma de fogo significa segurança pessoal para quem dela faz uso? Em 2005, quando houve o referendo do desarmamento no Brasil, a maioria dos brasileiros votaram a favor da posse de arma de fogo ; argumentando ser útil e necessária para a segurança pessoal. Nos Estados Unidos, país com o maior arsenal de armas do mundo e que é modelo para o presidente Jair Bolsonaro na posse e porte de armas não é sinônimo de segurança social ou individual. Dados de 2017 apontam que os EUA são o segundo país com o maior número de mortes por arma de fogo do mundo – atrás apenas do Brasil. Este a A posse e o porte de arma não estão assegurados pela constituição como aquele que é assegurado constitucionalmente desde o século 18. Dados também afirma que nos Estados Unidos só em 2016, a maioria das mortes com armas de fogo (59%) consistiu em suicídio. Ou seja, esta é a arma preferida dos suicidas. No Brasil, os homicídios representaram 94,8% das mortes por arma de fogo em 2014. Com isso, pode-se confirmar o jargão: “aquilo me protege é minha maior ameaça”. Pois ao mesmo tempo que se defende a própria vida a arma pode ser usada em agressão a própria existência. Em 2018 mais de 220 policiais foram baleados no Rio de Janeiro, destes mais de 90 não resistiram; apenas 03 foram vítimas de disparos acidentais, 111 estavam no trabalho, todos portavam armas e foram treinados para isso. Feita uma comparação de dados entre guerra na Síria e mortes com arma de fogo no Brasil, do período entre 2011 a 2015 constatou-se que a guerra da Síria perdeu. Assim, com a flexibilização da posse de arma de fogo no Brasil pode-se repetir o ditado: “bala trocada não dói”, por outro lado, existe a possibilidade da multiplicação de mortes, uma vez que se recusa o outro ditado: “quando um não quer dois não brigam”. Considerando que a maioria dos latrocínios (roubo seguidos de morte) o meliante disparou devido a reação da vítima. A constatação que se infere da opinião pública em 2005 sobre o estatuto do desarmamento e que ainda persiste numa expressiva parte dos brasileiros consiste no descrédito das instituições de segurança pública, ou seja, dos governantes. Estes preferem que a população assegure o próprio destino. Que a posse de arma é um meio eficiente da segurança pessoal, isso o futuro dirá ao povo brasileiro. A história e os fatos mostram o contrário.
[ 120, 160, 160, 120, 0, 560 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
O carnaval chegou ao Brasil no período colonial assim sendo os escravos pintava os rostos e saiam nas ruas. Tradicionalmente aos católicos é o marco do início da Quaresma 40 dias segue até a sexta-feira santa dois Dias antes da Páscoa. Em primeira análise, o governador Federal libera um valor a cada estado ao incentivo à cultura, empresas privadas destinam partes dos impostos e aplica em eventos da festa. Em segunda análise a brincadeira que encanta diversos turistas de toda nação atrai, também a grandes riscos de vícios e desidratação aos cidadãos no desfile promovendo postos de ambulâncias e policiamento devida a negligencia humana ocasiona mortes acidentais. Por fim, em 2020, a escola de samba de São Clemente no figurino teve o enredo o Presidente da República, embora o carnavalesco pode-se ser usado para manifestar insatisfações sociais. Então, o MINSTÉRIO DA EDUCAÇÃO deve repensar, e assim veria que vale mais gastar o dinheiro da festa carnavalesca com criação de mais escolas com qualidade, mais hospitais públicos, investir em saneamento básico e por fim veria que o carnal de fato não é o símbolo da nacionalidade brasileira do século XXI.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Ser vencedor é uma escolha Pesquisas apontam que, para grande parte dos brasileiros, o mais importante para vencer na vida é ter uma valorização da fé religiosa. Podemos muitas vezes pensar que, ganhar bem, ser bem-sucedido, seria o auge para se vencer na vida porém, as vezes, nos enganamos quanto a isso pois, do que iria adiantar tudo isso se não tivermos um propósito, uma confiança de que tudo irá melhorar para nos motivarmos? A fé seria nada mais nada menos do que essa motivação diária, essa confiança. Acordar todo dia com o propósito de vitória, e com a certeza de que a fé torna possível o impossível, seria basicamente o auge para se vencer na vida segundo grande parte dos brasileiros. A fé seria o impulso necessário de cada um. Mas isso varia de cada pessoa, pois muitos acreditam que ganhar bem, estudar seria mais importante do que ela. Portanto essa pergunta interfere na vida das pessoas de forma particular ou seja, cada um tem um pensamento diferente em relação à maneira estabelecida como propósito para ser um "vencedor", ou seja cada um pensa de maneira diferente em relação a essa pergunta, e cabe a todos respeitar a opinião do próximo.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
A busca por oportunidades para melhorar de vida é constante e é vista na história da humanidade. Faz parte da essência do homem perseguir seus objetivos, por meio de metas que podem ou não levar ao sucesso. Algumas pessoas se apegam à religião como algo primordial à vida, outras, por sua vez, céticas, acreditam que o esforço pessoal é o que basta para o sucesso. Talvez o equilíbrio entre a fé, o esforço individual e o estudo seja o segredo para uma vida com realizações. Não que o sucesso, neste caso, permaneça constante, mas a fé é importante para que, nos momentos em que ocorram falhas no percurso da vida, mostre que existem caminhos diferentes para se chegar aonde se quer e que não é preciso desistir na primeira dificuldade. O esforço e o estudo também sofrem inconstâncias. Além disso, o acesso à saúde é primordial e faz parte da esfera social, devendo ser de fácil acesso a todos. Entretanto, a dificuldade imposta pelo sistema de saúde pública no país impõe uma visão utópica, o que distancia este direito da população mais carente. Já o laser também tem sua importância dentro do contexto citado, e não isoladamente. Em suma, melhorar de vida requer lutas diárias, fé seja em qual for o seu deus ou crença, saúde, estudo, iniciativa, resiliência, e tantos outros fatores que culminam no bem-estar físico, pessoal e profissional. Os fracassos fazem parte de um caminho de crescimento individual, pois tiram as pessoas da zona de conforto e impulsionam a superar os desafios, sendo que a busca por forças superiores também auxilia espiritualmente o indivíduo a se manter firme em suas decisões. Assim, o equilíbrio rege o homem e o leva a melhorar de vida.
[ 160, 120, 120, 160, 40, 600 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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violencia-e-drogas-o-papel-do-usuario
Infelizmente, no Brasil, na maioria dos lugares onde vamos notamos o alto nível da violência. Apesar de existir conflitos em solo brasileiro desde o início de nossa colonização, não podemos deixar de lutar por um país melhor e podemos conseguir através de um investimento melhor no sistema de educação. Segundo Immanuel Kant, o homem não é nada alem daquilo que a educação faz dele. Partindo desse pensamento nos resta investir mais no ensino de nossas crianças, exigindo que dedique-se nos estudos, colocando-as em cursinhos ou se for o caso tomando aulas de reforço. Jean Paul Sartre foi sábio em dizer: A violência independente de qual for, é furto da ignorância. Assim o Governo deve disponibilizar fundos suficientes para suprir o defasado ensino brasileiro, para que os orgãos competêntes com DRE invistam nas escolas, concomitante a violência diminuirá E a questão da maioridade penal ficaria em segundo plano. Com base nos fatos mencionados, o Brasil, por sua vez, juntamente com os pais ou responsáveis devem investir mais no Estado, dando ênfase na juventude, uma vez que essa fará a diferença proprocionando bem estar e segurança para as futuras gerações. Ademais o interesse por parte dos jovens é imprescindível.
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2,018
Quem matou ele? Madrugada no morro. Um grupo de policiais ataca de surpresa uma boca de fumo e mata dois traficantes. O Capitão Nascimento pega um dos consumidores pelos cabelos e o obriga a pôr o rosto nos buracos de bala no peito do bandido morto. O rapaz, apavorado, diz que é estudante, na tentativa de se defender. – Quem matou ele? – pergunta o capitão, aos berros. – Não sei – responde o rapaz. – Não sabe? Quem matou ele? – Vocês, foram vocês! – Nós? Quem matou ele foi você! A gente vem aqui limpar a m* que você faz! Não é à toa que essa cena, do filme Tropa de Elite, é uma das que mais chocam os espectadores. Ela toca numa questão crucial do tráfico: a taxa de responsabilidade dos consumidores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas aponta o dedo para uma parcela da elite. Maconha e cocaína no Brasil são bens de luxo, para a população com maior poder aquisitivo. De acordo com o levantamento, o consumidor-padrão de drogas no Brasil é homem, tem entre 20 e 29 anos, é da classe média alta e mora com os pais. “Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média” , diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Embora ilegal, o tráfico de drogas não infringe outro tipo de lei – a do mercado. Se não houvesse comprador, não haveria venda. O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha. A Suécia foi pelo caminho inverso: levou para a cadeia vendedores e consumidores, e hoje o número de drogados do país é um terço menor que no restante da Europa. Revista Época A culpa é da proibição "Quem financia o tráfico não é quem fuma, é quem proíbe"Dizeresde um cartaz exibido numa manifestação pela descriminalização da maconha em São Paulo. O ex-presidente e o STF Fernando Henrique Cardoso disse esperar que a crise no sistema prisional impulsione o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Em entrevista ao blog, os ex-presidente tucano declarou que caberá ao Supremo Tribunal Federal dar “os primeiros passos” . Corre no Supremo uma ação sobre a posse de drogas para uso recreativo. Três ministros votaram a favor da descriminalização de todas as drogas (Gilmar Mendes) ou apenas da maconha (Edson Fachin) , ainda que com a fixação de um limite de 25 gramas para a posse (Luis Roberto Barroso) . Veja trechos da entrevista: – O senhor aprovaria, portanto, a produção de maconha para consumo próprio? Sim. Qual é a minha preocupação? A droga, na prática, é livre nas mãos do bandido. Então, o Estado precisa começar a descriminalizar o que for razoável e, depois, regulamentar. É melhor ter algum tipo de regulamentação do que simplesmente deixar como está hoje. – Hoje existe a proibição legal, não? Sim, é proibido. Mas a droga circula. E quem vai para a cadeia são os pobres usuários, sobretudo mulheres. (...) – De que maneira a deterioração do sistema prisional interfere no debate sobre a descriminalização das drogas? O foco do debate está invertido. Como tem muita gente nos presídios, algumas pessoas dizem: “Vamos descriminalizar porque isso alevia a pressão nas prisões. ” Tudo bem, é verdade. Pode ter esta consequência. Mas não resolve por completo o problema da violência dentro dos grandes presídios. Essa violência é fruto de uma luta pelo controle das rotas de drogas. E isso vai continuar existindo, porque o Brasil é um grande consumidor de drogas. Sem mencionar o fato de que o Brasil é rota de passagem de drogas para outros países. Blog do Josias
Devido à explosão da violência, principalmente à relacionada ao tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está sob intervenção na Segurança Pública, com o Exército nas ruas e um general no comando. A questão do comércio de drogas ilegais pode ser examinada sob diversos pontos de vista: social, econômico, político, de saúde pública, etc. No âmbito econômico, por exemplo, o tráfico está vinculado à célebre lei da oferta e da procura. Em função disso, há quem responsabilize os usuários de drogas pela violência disseminada pelos traficantes. No entanto, há também quem os isente de culpa, atribuindo a violência ao tráfico, à proibição e à ilegalidade, que, se fossem abolidos, eliminariam a criminalidade. Leia os textos que acompanham essa proposta de redação e, a partir disso, redija uma dissertação argumentativa, expondo sua opinião: a violência do tráfico é consequência de uma política proibicionista, de combate às drogas, ou da dependência dos consumidores, que procuram os tóxicos e mantêm a contínua necessidade de oferta?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Inegavelmente, o ingresso de calouros nas universidades públicas brasileiras se dá em sua maioria por alunos oriundos de escolas particulares, os quais foram financiados desde o nível fundamental pelos pais. O atual governo brasileiro, no intuito de cortar gastos, contingenciou verbas das universidades federais, causando muitas manifestações por parte dos estudantes. Nesse sentido, a sociedade começa a repensar a estrutura atualmente adotada pelos sistemas educativos superiores. O corte de verbas nas universidades federais é uma atitude do governo atual para equilibrar a economia brasileira. Já na gestão anterior, havia ações nesse sentido, pois muitas universidades federais deixaram de investir em cursos EaD, por exemplo, neste caso, percebe-se uma tendência política em reduzir gastos com o ensino superior federal. Entre os alunos que passam nos vestibulares das melhores universidades públicas do país, estão os alunos cujas famílias possuem renda média ou alta, os demais são procedentes de cotas, seja de negros, pobres, estudantes de escolas públicas, deficientes e, em algumas, indígenas. Em alguns países, como a Itália, por exemplo, as instituições públicas de ensino superior não são totalmente gratuitas, pois cobram um valor anual de cada aluno, com descontos que consideram a comprovação de renda, ou seja, pessoas de baixa renda pagam mais barato. É necessário um estudo aprofundado que vise tanto o corte de verbas como o investimento particular nas universidades públicas, pois além de possuírem um método de ensino excelente, são base de pesquisas científicas no país, não podendo serem sucateadas ou terem seu desenvolvimento afetados.
[ 120, 120, 120, 120, 120, 600 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
Durante a colonização do Brasil, o índio foi sujeito a imposição portuguesa de forma grotesca que apesar da sua bravura e resistência acabaram sendo contidos e escravizados. Nos dias atuais, depois do romance indianista, tal figura ganhou popularidade e debates nas redes sociais juntamente com outros símbolos culturais, a fim de que possam esclarecer se é correto o uso de fantasias que não façam parte do seu âmbito cultural. A #índionãoéfantasia ganhou notoriedade quando a indígena Katú Mirim postou um vídeo nas redes sociais afirmando que tal fantasia é desrespeitosa e racista contra o seu povo além de enaltecer o estereótipo do índio folclórico. É nesse período de que as lojas começam a vender loucamente esse tipo de fantasia e que o brasileiro logo faz uma referência com a colonização e compra na tentativa de homenagear, mas quando perguntam aos mesmo, que povos estão sendo homenageado? não saberão responder e logo a fantasia deixa de ser um "singela homenagem" para se tornar mais uma peça de roupa que está apenas seguindo o rumo da moda. Essas discursões variam de época para época, não podemos confundir artifícios usados com o objetivo de trocas culturais a exemplo de intercâmbios, com essas tentativas banais semelhantes a de Alessandra Negrini de usar a cultura indígena para a autopromoção. Ainda no mesmo contexto há o "blackface", a prática de pessoas fenotipicamente brancas pintarem suas caras com tintas pretas, além da utilização de artifícios afro-americanos como turbantes, perucas blackpower, entre outros, na mesma ideia de homenagear, mas acaba sendo traduzido como apropriação cultural. Diante dos fatos expostos, o homem branco já conquistou muito espaço e interferir dentro da cultura que não lhe pertence é algo inadmissível. Cabe a nós a longo prazo educarmos as nossas crianças a dar valor a sua cultura e respeitar o espaço onde não lhe representa, a fim de que haja uma harmonia cultural além de repelir o uso exclusivo para a auto exaltação, sem relação com a realidade com a intenção de evitar possíveis afrontas.
[ 120, 160, 160, 120, 80, 640 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Nosso atual presidente Jair Messias Bolsonaro tem prometido desde sua campanha eleitoral mudar a legislação brasileira sobre o desarmamento e porte de armas para a legitima defesa da população. O decreto que facilita a posse de armas de fogo já foi assinado, porém vem gerando uma grande repercussão. Atualmente, sem termos essa facilitação da posse de armas no Brasil, sabe-se que há uma grande circulação de armas ilícitas e de pessoas não autorizadas em grande parte do país. O porte de armas deve ser algo em prol de toda a população brasileira, não só para as pessoas que possuem uma renda alta, pois a população que mora na periferia possui renda baixa (em alguns casos recebem menos que um salário mínimo) e não teriam recursos para a compra de uma arma de fogo e até então elas são os que mais precisam de defesa pessoal, pois nas comunidades ocorrem os maiores índices de mortes. As mulheres, negros, pessoas que moram nas periferias, a comunidade LGBTQ e todas as minorias serão as maiores prejudicadas, pois por muito menos elas já são mortas todos os dias, e isso só será um meio fácil das pessoas fazerem “justiça” pelas próprias mãos de acordo com o que eles acham ou não que é correto. A segurança publica é dever do estado e não dos próprios cidadãos de cuidarem de si mesmos, podem ser usados os diversos tipos de luta como defesa pessoal. O correto seria aumentar à quantidade de policias e seguranças nas ruas e estabelecimentos, que eles descem mais assistência às pessoas, circulassem mais nas ruas e bairros onde os índices de assaltos são maiores para maior proteção de toda a população, o que resultaria em um índice menor de mortes ou acidentes onde todos se sentiriam seguros mesmo não tendo o porte de qualquer arma de fogo.
[ 160, 120, 160, 120, 80, 640 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
No mês de fevereiro, muitos países entram no clima de carnaval, a festa se caracteriza pelas diversidades de fantasias. No Brasil, entretando, vem ocorrendo casos de apropriação Cultural sobre culturas indígenas e africanas. Nesse sentido, covem analisar, tais medidas para resolver esse problema. Inicialmente, os brasileiros costumam colocar suas criatividades em prática em fantasias para as festas de carnaval. No entanto, é constante os relatos de apropriação Cultural entre vários grupos sociais em adotar hábitos, vestuário, objetos ou comportamentos específicos de outra cultura. É inaceitável usar uma Cultura como representação de fantasia. Além disso, um caso clássico que já causou polêmica é o uso do turbante. Atualmente, ele pode ser facilmente comprado em lojas de departamento e visto em desfiles de moda. ou seja, ele se popularizou, foi apropriado pelo mercado. Contudo, para as religioes de matriz africana, esse elemento significa proteção para a cabeça, que é o elemento mais sagrado dentro desta prática religiosa. Vale ressaltar, que dependendo do modo como ele é colocado, o turbante indica o tempo em que a pessoa está inserida na religião. O ministério da cidadania, portanto, precisa criar um projeto de lei e reforçar nas mídias sobre o uso de atribuir como fantasia a cultura desses povos. É necessário que ocorra a conscientização da sociedade e respeito as culturas dos indígenas e africanos. Assim, o Brasil se tornará um país mais harmônico.
[ 160, 160, 120, 160, 160, 760 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
As manifestações contra teorias científicas não são de hoje, mesmo antes da expansão dos meios de comunicação elas já estavam presentes, Copérnico é um exemplo, ele questionava se a Terra estava no centro do nosso Sistema Solar, ele era contra a teoria aceita do Geocentrismo, contudo ele baseava sua teoria na observação e com provas científicas, além disso ele era astrônomo. Mas atualmente, nas redes sociais, as pessoas simplesmente questionam tudo, não confiam em governos, instituições e até mesmo na ciência, além disso formulam teorias que fazem sentido para elas, sem comprovação cientifica. Podemos dizer que estamos na época de um "Falso Iluminismo", as pessoas questionam assim como no século 18, contudo não apresentam comprovações científicas, apenas apresentam teorias que lhe fazem mais sentido. Assim como os meios de comunicação se expande, as pessoas expõe mais facilmente o que pensam, por conseguinte, se torna mais fácil de criar teorias nas redes sociais e podemos observar que essas teorias são bastante aprovadas. Essas teorias sem base científica criam um ambiente inseguro, assim as pessoas passam a acreditar mais nessas ideias do que na ciência, que por métodos e experiências comprovam suas teorias. A vacina pode ser tomada como exemplo, alguns pais deixam de levar seus filhos para tomar vacina por desconfiarem de seus efeitos, mas elas evitam doenças que no próprio século 18 não tinham solução, portanto vemos o quanto é perigoso acreditar em falsas teorias que circulam pelos meios de comunicação. Então devemos tomar cuidado com as informações expostas nas redes sociais não devemos adotar essas teorias como verdade absoluta, assim como a ciência não garante uma verdade absoluta, contudo, não devemos tomar essa forma de manifestação como um motivo para desacreditar em instituições, governos ou na ciência.
[ 120, 200, 160, 120, 80, 680 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O mês de novembro iniciou-se com grande discussão, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) está definindo se o réu deverá ficar preso ou permanecer solto até recorrer às últimas instâncias. Atualmente a legislação brasileira, em consonância com leis de países que inspiram nosso sistema criminal, possibilita as prisões de réus após condenações de segunda instância. Esse debate é característico do STF, que sendo órgão máximo da justiça do país discorre sobre questões jurisprudenciais, ou seja, os aspectos referentes às decisões, aplicações e interpretações das leis. A Corte Suprema pode mudar esse posicionamento, permitindo que os encarceramentos somente ocorram após o esgotamento das possibilidades recursais ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio STF. A base legal para mudança, caso aconteça, é a Constituição Federal que diz "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Percebe-se um grande impasse, por um lado a mudança do atual posicionamento acarretará aumento de criminosos às soltas aguardando julgamento - julgamento esse que já é moroso-, uma vez que a condenação só poderá acontecer após o julgamento do STJ e STF. Por outro lado, a conservação do entendimento em vigor pode ser compreendida como violação de um direito constitucional, já que haverá possibilidade de recursos às 3ª e 4ª instâncias. Luiza Cristina Frischeisen, do Ministério Público Federal, considera que "se o STF decidir que a decisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos), o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", infelizmente a impunidade é bem conhecida no país, e aumentá-la fará com que o brasileiro desacredite ainda mais na justiça do país.
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2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Ao se propor uma reflexão sobre o índice crescente de sobrepeso e obesidade na escala de doenças atuais, verifica-se a necessidade de conter esse crescimento. Nesse sentido, é necessário analisar as causas e as soluções a fim de se combater essa epidemia. É preciso avaliar, primeiramente, que a obesidade é uma doença causada não apenas pelo excesso de alimentos consumidos, mas também, por questões hormonais e psicológicas envolvidas. Atualmente, no mundo capitalista, onde o acesso a alimentos industrializados é mais rápido e de fácil aquisição, adultos e crianças se tornam vítimas da obesidade e sobrepeso pelo consumo constante desses alimentos de alto níveis calóricos e prejudiciais à saúde. Além disso, o estresse e alterações hormonais de difícil diagnóstico são exemplos da compulsividade alimentar que geram o sobrepeso e, através dele, problemas de saúde e aceitação diante da população, principalmente pelos padrões de beleza preconizados nas mídias. Outro ponto que merece destaque são as soluções para se combater essa epidemia. É preciso uma reeducação alimentar em escolas e ambiente familiar com o intuito de expor a necessidade de uma alimentação mais saudável. Ter um acompanhamento psicológico é essencial na inclusão do tratamento aos obesos, além de priorizar consultas médicas que visem diagnosticar e solucionar alterações hormonais através de campanhas educativas e inserção de programas governamentais vinculados tanto na preservação quanto na recuperação desses pacientes. Verifica-se, portanto, que o sobrepeso e a obesidade são questões de saúde pública e merecem atenção dos governantes. Afinal, obter hábitos alimentares corretos resultam em uma vida mais saudável e assim diminuem os custos com doenças secundárias como a hipertensão, diabetes tipo II, esteatose hepática dentre
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2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
O filme "Avatar" apresenta o planeta Pandora, local habitado pelos extraterrestres "Na´Vis", os quais mantêm uma relação harmoniosa com a Natureza. Entretanto, a chegada dos humanos à procura de metais preciosos nesse território perturba a paz dos nativos e ameaça o equilíbrio ambiental. Embora ficcional, esse panorama retrata a busca de ganho monetário em detrimento da preservação do Meio Ambiente, como as constantes perdas da cobertura vegetal da Amazônia, propiciadores do agronegócio. Com isso, o combate à exploração amazônica é um incontestável e urgente dever brasileiro. A princípio, é preciso analisar as causas da destruição da Amazônia. Nesse sentido, muitos agropecuaristas inconscientes desmatam essa região, ao retirar a vegetação natural, para formar pastos, onde ocorrerá a criação de gado, o qual posteriormente será comercializado. Esses locais, com o decorrer do tempo, após o intenso pisoteamento dos animais, desgastam-se e, consequentemente, perdem sua fertilidade. Além disso, também são realizados incêndios para facilitar a remoção da cobertura vegetal, o que libera CO2 em excesso, o qual fica retido no ar, intoxicando-o, principalmente pela falta de árvores que realizam a fotossíntese, ou seja, retêm dióxido de carbono e liberam oxigênio. Logo, esse tipo de pecuária não sustentável destrói o Meio Ambiente e deve ser combatido. Por conseguinte, esses crimes contra a Amazônia suscitam debates acerca da responsabilidade governamental do Brasil, focadas, atualmente, nos incêndios iniciados em Rondônia, que se espalharam para outros lugares do país e, ainda, não foram resolvidos. Desse modo, ao considerar a soberania brasileira com relação à região amazônica, denota-se a responsabilidade intransferível que o país tem de cuidar de sua preservação, além de prevenir crimes, o governo precisa fiscalizar adequadamente essas áreas e impedir a exploração desnecessária. Portanto, cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento incentivar, por meio de pagamento de subsídios agrícolas aos produtores, a prática da pecuária sustentável na Amazônia, ao rotacionar o uso do solo, evitando desgastá-lo, além de incitar a plantação de árvores para reduzir o impacto do agronegócio. Ademais, o governo deve fiscalizar essas áreas para que não haja atividades ilegais, impedindo a exploração mostrada em "Avatar".
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2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Uma revolução que nasceu na cidade da Lídia, no século 7 a.C., onde hoje se localiza a Turquia, vinha ao mundo nossa primeira moeda, usada no comercio como forma de troca e aquisição de bens materiais para população da época. Hoje, no século 21, a história se repete e uma nova forma de comercio se constrói através de uma moeda pioneira, a criptomoeda. Esta que poderia ser a resposta para problemas antes enfrentados, aterroriza os bancos e as formas estatais de controle econômico. Seria o nosso instinto engenhoso mais uma vez mirando para uma evolução necessária? Já se provou que quando a economia se encontra nas mãos de órgãos de poder, casos de corrupção e lavagem de dinheiro público são evidentes e presentes, mesmo países de grande escala de desenvolvimento. Problemas como este poderiam ser evitados com o uso das criptomoedas, visto que seu controle é descentralizado e estaria a salvo da política protecionista de emissão que os países exercem. Segundo o escritor Oscar Wilde: "O primeiro passo é o mais importante na evolução de uma nação" e a implementação da criptomoeda, sendo esse "passo" poderia viabilizar uma forma mais livre de comercio, livre de taxas e totalmente pessoal aos usuários, unindo assim nossa forma de comprar a forma como nossa tecnologia deve se comportar, viável e criptografada. Conclui-se que sempre existirão revoluções necessárias, assim como aconteceu na época das majestosas pirâmides, deve-se perceber a necessidade de uma nova posição quanto à forma de administrar a economia mundial. Através de implementações de sistemas que aceitem as moedas em estabelecimentos e locais públicos, a população vai conscientizar-se de como funcionam as moedas e o uso vai se tornar monótono, assim como as moedas de estanho na Lídia do século 7 a.C.
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2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O embate entre esquerda e direita, iniciado na revolução francesa, vem moldando os países desde a sua criação. Os termos, praticamente, se tornaram confusos ao longo dos séculos e hoje em dia, cada um ou cada grupo, tem sua própria concepção do que significa tais termos. A partir disso, cada um procura se colocar em um lado do espectro, ou às vezes, prefere o centro. Em uma democracia saudável, ambos os lados convivem ou deveriam conviver pacificamente, às vezes até se revezando como governo. Porém no Brasil, esse convívio se tornou tóxico ao ponto de um não suportar o outro. Após aproximadamente duas décadas de um governo militar considerado de direita, com seus erros e acertos, finalmente um governo civil tomou posse; e desde então a esquerda, ou para alguns, liberais, vem governando o país e tentando se perpetuar no poder. Essa tentativa se tornou mais clara com a chegada da extrema-esquerda extrema esquerda ao poder, em 2002. Sempre com pautas que agradam à primeira vista, ela foi ganhando cada vez mais seguidores. O que a maioria não percebeu, seguidor ou não, era que todas as boas intenções acobertavam os piores esquemas de corrupção que o mundo já havia visto. Compra de parlamentares, aparelhamento dos poderes da república, desvios bilionários de empresas estatais, tudo em prol de uma agenda maligna criada e aperfeiçoada desde então, por um “burguês socialista”, há uns dois séculos atrás, mais ou menos. Portanto, não é de se espantar que uma onda de direita conservadora tenha surgido em peso no Brasil recentemente. Como citado no texto, anteriormente, uma democracia saudável precisa de ambos os lados dialogando e chegando a um consenso para um bem-estar da população. Não pode ser aceitável em um país como o Brasil qualquer tipo de ditadura, seja de direita, ou uma ditadura corrupta corporativista de esquerda. Se um governo conservador vai ser bom, só o tempo dirá, mas 15 anos de governo progressista já se mostrou uma péssima experiência.
[ 160, 120, 120, 160, 120, 680 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
É conhecimento geral que a educação, principalmente a publica, está passando por serias dificuldades a muito tempo. O que tem é fruto de anos de governos descompromissados com a instrução do povo. Quando se imagina não ter mais nada para piorar, surge do ímpeto de gestores ufanistas uma tentativa de solucionar o caos no sistema educacional com uma medida no mínimo inconveniente. Coagir o corpo docente para filmar e obrigar as crianças cantarem é algo pouco eficaz no sentido didático e ilegal no ponto de vista jurídico. O sentimento de patriotismo e civismo surge do sentimento de pertencimento que os indivíduos têm pela nação que residem. Esse sentimento é uma reciprocidade de um Estado que o proporciona o mínimo de bem-estar, além de segurança tanto própria como da família. É nascido e construído, como em algumas nações da Europa em que o apreço pelas instituições governamentais beira ao fanatismo. Um exemplo é a Suíça, todas as casas possuem uma arma e os moradores são em potenciais membros das forças armadas. Diferente do Brasil que a palavra serviço público denota, para pessoas, ineficiência, corrupção e injustiça. Do ponto de vista jurídico vem o fato mais grave. O ECA (estatuto da criança e do adolescente ) proíbe a veiculação de imagem sem autorização dos responsáveis. Conseguir a autorização de todos os pais não seria tarefa nada fácil. Infringir a lei pelo suposto "amor à pátria" é contraditório demais. O que deve ser priorizado é o aprendizado como um todo. Melhorando índices básicos, com os de português e matemática. Os quais são pífios, conforme estatística de órgãos do governo. Se a educação melhorar, obrigar os alunos será desnecessário, pois na própria escola saberão que o hino, a bandeira e o selo são símbolos solenes. Os quais serão vivenciados por toda a fase adulta. A final de contas serão pessoas bem-sucedidas e instruídas. Cantar por cantar ou por imposição é algo tosco e retrógrado. Uma sinalização sombria sobre o porvir.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A Amazônia chegou em seu estado de deploração por culpa dos brasileiros junto ao governo, aqueles que fazem uso indevido e irresponsável da região, um lugar rico de recursos naturais pertencente ao território brasileiro e que deve ser protegido e explorado com responsabilidade. A ideia de quererem fazer da Amazônia um território internacional é algo que deve ser pensado, pois levantam várias e várias questões. Eles irão nos ajudar a reflorestar as terras, mas depois disso o que vão querer de nós? Vão apenas nos ajudar a proteger a Amazônia? Ou vão querer utilizar da mesma forma irresponsável que nós brasileiros? O Estado Amazônico não pode e nem deve de forma alguma virar um patrimônio internacional, pois os países dispostos a ajudar sabem da riqueza das terras e não vão querer apenas proteger e reflorestar as áreas desmatadas, que é um solo infértil por conta das queimadas. A Amazônia precisa ser cuidada e protegida por nós, é um território nosso, temos a responsabilidade de zelar e proteger aquilo que nos pertence.
[ 120, 120, 120, 120, 40, 520 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Hoje em dia a maioria dos brasileiros veem a fé religiosa como o meio mais provável de alcançar o sucesso na vida, isso pode estar ligado ao de que essas pessoas não encontram na forma de ensino das escolas algo atrativo que traga oportunidades para que elas possam ter um futuro próspero. Bom, essa forma de pensamento está enraizada na cultura brasileira desde o século XVII, onde as pessoas buscavam intensamente a religiosidade para se obter a salvação e sucesso na vida; mesmo vivendo em completa desarmonia entre a vida religiosa e os prazeres da vida terrena, essa desarmonia ficava por conta do Cultismo e o Conceptismo; o fato de as pessoas acreditarem mais na religiosidade do que na educação não deve ser encarado como um problema desde que não abandonem completamente a educação para se dedicar completamente a vida religiosa, mesmo sendo preciso para a mentalidade humana acreditar numa coisa positiva. Para que se evite possíveis "desarmonias" é necessário o empenho do ministério da educação desenvolver campanhas que incentivem e valorizem a educação como um dos principais pilares para um futuro próspero sem ferir as crenças da população, já que algo que as incentivam na vida. Como por exemplo no estado de Alagoas onde foi criado o sistema de escolas integradas que desenvolvem atividades que ofertam cursos profissionalizantes para os alunos que começam a ver a escola como um local que iram aprender algo a mais além das disciplinas tradicionais já que mercado de trabalho não fica satisfeito apenas o tradicional mas sim com o diferenciado.
[ 120, 160, 120, 120, 160, 680 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
A conclamação do ministro da educação ao registro de imagem de alunos cantando o hino nacional em escolas gerou, com razão, reações negativas em todo o país, o que pode ser observado na imprensa e nas mídias sociais. Ao que tudo indica, tratou-se de tentativa de angariar material audiovisual com intenção propagandística por parte do governo, prevendo inclusive a declamação do slogan da campanha eleitoral do Presidente. O pedido, nos moldes em que foi feito, é descabido, uma vez que constrange a autonomia pedagógica das escolas, além de trazer o risco de ferir o direito de imagem das crianças. Entretanto, deixando de lado a desmedida política, é profícuo aproveitar o fato para refletir acerca do sentido geral do costume, cada vez mais deixado de lado, de hastear a bandeira acompanhada da entoação do hino e em ambiente escolar. Como comparação, uma cena a que quase inevitavelmente somos remetidos é a dos jogadores da seleção de futebol antes de uma partida de mundial, ou ainda, na cerimônia de entrega do prêmio. Há quem se emocione e cante junto, assim como há também os torcedores que fazem troça ao flagrar as imagens dos atletas em descompasso com a letra. De todo modo, não há quem critique a solenidade quando inserida em ocasião esportiva. Mas será esse o único ambiente em que vale celebrar os símbolos nacionais? Talvez hoje pareça um procedimento burocrático o antigo protocolo de formar diariamente uma fila no pátio e cantar o hino antes de encaminhar as crianças às salas de aula. Por outro lado, não deixa de ser um ritual que demarca que a educação, antes de ser um requisito técnico do mercado global, é parte da formação de valores de cidadania, os quais incluem o respeito à unidade da federação. Afinal, se cantar o hino em escolas já foi lei instituída por governos tanto de direita quanto de esquerda, isso deve guardar relação com o fato de que a unidade e a soberania do Estado merecem ser relembradas constantemente. Acompanhada de outras medidas da escola que promovam discussões críticas a respeito da história e da atualidade, não faz mal nenhum cobrar, pelo menos em datas comemorativas, que os alunos conheçam de cor o hino nacional e o façam vibrar em uníssono na instituição que os acolhe. Contudo, isso deveria ser feito em caráter de hábito, independente de um fim de exibicionismo político.
[ 200, 120, 200, 200, 0, 720 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sócias, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. Somado a isso, tem-se o cenário desafiador dos riscos gerados pela nova economia virtual. Ocorrendo, devido o despreparo da população e é mantido pela ineficácia estatal. Nesse viés, o despreparo populacional vem desde o final do século XX, após a guerra fria, no qual se deu início a Revolução Técnico Cientifica, ou seja, os avanços tecnológicos. Com essa falta de conhecimento, as pessoas se tornam vulneráveis, podendo sofrer não só com roubos de dados mas também com prejuízos econômicos, pelas moedas virtuais, ou criptomoedas, como o Bitcoin. Portanto a escola deve fornecer uma orientação, tanto para os familiares como para os jovens, sobre os riscos causados pelas moedas virtuais. Além disso, a incapacidade estatal no ato de coibir os crimes potencializados pelas criptomoedas dificultam ainda mais essa realidade. Todavia, isso é consequência da ausência de aparatos tecnológicos para o combate tanto a pirataria quanto ao tráfico online. Para isso, foi feito o Marco Civil da Internet para que as pessoas possam ter sua privacidade garantida, por meio da proteção contra sites perigosos e assim essas moedas possam ser utilizadas com mais segurança. Desse modo, torna-se necessário propostas para melhorar o cenário desafiador dos riscos gerados pela revolução econômica virtual. O Estado - agente responsável pela ordem social -, deve promover o incremento da polícia técnica, por meio e parceria público-privadas com concursos para que a busca dos efetivo crimes virtuais (como a pirataria, roubo de dados e de criptomoedas) seja efetivada com sucesso e passem a não ocorrer mais.
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2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Amazonas, sem ela os dias do brasil estão contados, o presidente jair bolsonaro, devia estar fazendo algo para-lhe mostrar para nos brasileiros, mais eu na verdade ele deve estar brincando com a nossas caras. Mas e ele nao sente o ar pesado de poluição e desmatamento, à amazonas ela é importante para uma parte do planeta, ou melhor ela gera oxigênio limpo e puro e com esse incêndio, muitos estados de outros países vizinhos estão sofrendo com a umidade relativa do ar, à amazonas e bem da sociedade que se importa com a natureza e também com o planeta, mais uma coisa é certa logo esse incêndio ira ser controlado e apagado para a felicidade da nacionalidade brasileira...
[ 40, 40, 40, 40, 0, 160 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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politica-x-ciencia-a-pilula-do-cancer
A fosfoetanolamina é uma substância que é produzida pelo corpo humano e pode ser antitumoral, que possui antiproliferativa que estimula a opoptose e tudo isso impede que o câncer se espalhe. Esta substância foi estudada no começo dos anos 90 pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, no Instituto de Química de São Carlos - USP. Mas com base nas pesquisas os testes feitos em animais tiveram resultados positivos, e atualmente mais de 800 pessoas que se tratam com a substância estão tendo resultados positivos. Os cientistas querem mais testes e a ANVISA não libera a substância, pois não possui registro, e, a vida do povo tem que ser selada e mais testes tem que ser realizados. Mas e se a substância for a única solução para a pessoa?, para ter acesso da substância tem que entrar na justiça até os testes serem realizados e terem certeza que a cura do câncer está na fosfoetanolamina.
[ 160, 40, 40, 80, 0, 320 ]
2,016
Pressão popular Entre as manifestações de brasileiros que saíram às ruas no fim de 2015, um protesto na Avenida Paulista chamou a atenção por defender uma causa diferente às usuais demandas políticas. Com máscaras cirúrgicas, as pessoas ostentavam faixas com dizeres como “tomara que você não precise da fosfo” e “a cura do câncer existe” . Pediam fervorosamente a liberação da “pílula do câncer” . Uma mulher sem o seio esquerdo pintou o corpo de azul e branco, em referência às cores da pílula, e sobre o peito mutilado escreveu: “Foi preciso, mas foi necessário? ” . Protestavam pela regularização da fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” –, um composto criado por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo em São Carlos e defendido por eles e por muitos portadores de tumores malignos como um objeto de tratamento bem-sucedido contra o câncer. O remédio foi objeto de estudo por mais de duas décadas do professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, junto com outros cinco acadêmicos, e distribuído empiricamente a pacientes por 10 anos. Seu uso estava proibido devido à falta de testes definitivos sobre sua eficácia. Desde o dia 13, não está mais: Dilma Rousseff sancionou neste dia uma lei que libera o porte, o uso, a distribuição e também sua fabricação. Seus defensores comemoram a medida, enquanto cientistas criticam a presidente por um ato que consideram “populista” . [El País] Câncer não é doença Quem pede pela liberação da fosfoetanolamina sintética fabricada e distribuída na USP São Carlos acredita que a substância pode curar qualquer tipo de câncer. Mas é possível um único composto tratar mais de cem tipos de doenças? Segundo os oncologistas consultados pelo UOL a resposta é não. "É errado chamar o câncer de doença porque na verdade é um conjunto de mais de cem doenças que são tratadas de forma específica", afirma Gustavo dos Santos Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. [UOL Notícias] Bastante arriscado "Compreendo que a pressão das pessoas que têm câncer e de seus familiares possa ter movido tanto a Câmara e o Senado quanto a presidente a endossar esse tipo de norma. Porém, é bastante arriscado aprovar uma droga que não tem sequer passagem pelas etapas mínimas de pesquisa farmacêutica", diz Mauro Aranha, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) . Para Aranha, uma substância só pode ser liberada para fins terapêuticos após verificados quesitos como sua efetividade, segurança e a interação com outros medicamentos que o paciente esteja tomando. [UOL Notícias] Quatro pontos a favor 1 – Tratamento alternativo: Muitos pacientes são desacreditados pelos médicos devido a terem descoberto o câncer em um estágio muito avançado, quando já não é possível fazer quimioterapia ou cirurgias. Nesses casos, a fosfoetanolamina entraria como um tratamento alternativo da doença, garantindo assim uma possibilidade de melhora e até mesmo cura, de acordo com o que for descoberto após todas as pesquisas que precisam ser feitas. 2 – Qualidade de vida para pacientes no estado terminal: Algumas pessoas que fizeram o uso da fosfoetanolamina disseram ter notado uma melhora significativa mesmo quando a sentença de morte já era praticamente certa. Assim, a substância poderia ser utilizada para garantir uma maior qualidade de vida, mesmo que não com o fim de cura ou tratamento. 3 – Efeito placebo: Isso explicaria a melhora de alguns pacientes com câncer que fizeram uso da fosfoetanolamina caso a substância na verdade não possua toda a capacidade que o professor Chierice afirma que ela tem. Não é muito aconselhável, porém já representa alguma coisa para muitas pessoas que precisam lidar com a doença, tanto a sua própria quanto de alguém próximo e querido. 4 – Pesquisas já feitas apontam resultados promissores: Apesar de terem sido realizadas apenas em culturas de células e animais de laboratório, a substância apresentou resultados promissores em ambos os casos. O organismo do ser humano é sim mais complexo, mas com a realização de todas as pesquisas necessárias pode-se chegar a um resultado satisfatório, e quem sabe um dia a fosfoetanolamina realmente venha a fazer parte do tratamento de pelo menos alguns tipos da doença. [Biosom]
Sob pressão popular, o Congresso Nacional decretou e a presidente da República sancionou a lei 13.269, em 13 de abril deste ano, autorizando o uso da substância fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” - por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. A medida atendeu aos anseios de muitos cidadãos afetados por diversos tipos de cânceres e seus familiares, mas desagradou os cientistas, que questionam a eficácia da substância, bem como exigem pesquisas e testes antes da liberação de qualquer produto farmacêutico. Pois bem, se os cientistas, que são as principais autoridades nessas questões, foram contra a liberação, os políticos tinham o direito de contrariá-los, criando uma lei, por assim dizer, contrária aos princípios da ciência? Sobre questões de saúde, quem deve dar a última palavra: a Política ou a Ciência? Apresente sua opinião sobre a questão, defendendo sua posição com argumentos. A coletânea de textos que integra essa proposta de redação pode ajudá-lo a refletir sobre o tema.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Quartos grandes, cozinhas pequenas e salas vazias é o retrato das moradias nos tempos de hoje. As famílias já não se reúnem mais para o tradicional almoço de domingo. Cozinhar, bate-papo, ver as crianças correndo pela casa, isso ficou para trás, registrado na mente dos mais velhos, dos saudosistas. O prazer de cozinhar para o família e os amigos ficou no passado. Nos tempos de hoje a pessoas procuram pelo prático e rápido, o sabor de uma boa comida feita na hora ficou em segundo plano. Pra quê perder tempo cozinhando, com uma simples ligação qualquer tipo de refeição bate na sua porta a hora que você quiser. Uma passadinha rápida no supermercado tudo pronto, temperadinho. O reflexo de tanto comodismo é o sedentarismo e junto com ele uma grande quantidade de obesos de todas as idades e classes sociais. Envoltos nas redes sociais e programas televisivos que pregam a todo momento "se aceite como você é", e esquecem que essas pessoas estão com sobre peso e se não estão logo, logo ficarão com algum problema de saúde. A final ficar preso em um celular na frente de uma televisão, sem disposição até para pegar, fazer uma refeição não é nada saudável. Por quê ao invés de pregar se aceite como você é a mídia não começa uma campanha: Se aceite como você é, mas com saúde. Coma mais, melhor e viva mais. Vai que a moda pega como tantas outras. O Governo deveria desenvolver políticas sociais com orientações sobre que determinados alimentos causam a saúde, sobre taxar alimentos ricos em sal, açúcar e gorduras ruins. Possibilitar que as escolas sirvam somente produtos saudáveis. E principalmente que nos produtos industrializados venham com rótulos grandes de fácil entendimento a composição da composição do alimento que o indivíduo está ingerindo. O ideal seria que as famílias, que os amigos voltassem a se reunir mais em suas cozinhas, que resgatassem o prazer de cozinhar, de fazer uma boa e saudável comida, o bom e velho arroz com feijão.
[ 120, 120, 200, 120, 80, 640 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Desde o fim da Ditadura Militar, o movimento conservador vinha sendo reprimido. Tal fato fez com que os simpatizantes desde movimento não encontrassem meios de serem ouvidos em detrimento ao discurso socialista e politicamente correto inspirados em Karl Marx. Até que então, surge uma conversão de preferência das mídias sociais. Tal movimento se mostrou eficaz na transmissão de pensamentos e argumentos que não precisavam ser auditados para alcançar a massiva população. A mudança de orientação política da população brasileira foi bem exposta nas eleições 2018. O consoante filósofo conservador Luiz Felipe Pondé cite que : “Se não fosse por Karl Marx, eu teria conquistado muito mais mulheres”. Através desse trecho é possível constatar que o discurso socialista, de esquerda, aquele que defende de uma forma romântica a igualdade e a liberdade soava muito mais atraente e atual se comparado a questões de ordens econômicas e políticas. Por muito tempo, o movimento esquerdista utilizou a força jovem para ganhar reconhecimento. Deixando os mais velhos, conservadores, com a imagem de pensamento ultrapassado. Outro aspecto de suma relevância para essa mudança de orientação política pode ser exemplificado na Física. Ao utilizar uma mola como exemplo para com o movimento conservador, podemos aferir que: Ao impor uma força sobre a mola, esta irá se retrair. Quando se retira o peso, esta ganha sua maior amplitude. Da mesma forma, o movimento conservador ganhou força sobre a população brasileira. O regime de governo durante muitos anos não deu atenção ao que seus eleitores buscavam. Infere-se, portanto, que o movimento conservador sempre existiu porém estava por muito tempo sendo reprimido. O advento das mídias sociais e sua popularização fizeram que vozes antes não ouvidas ganhassem amplitude suficiente para enxergar os reais problemas da população população, que não mais tolera discursos socialistas em esquecem fatores condicionais á satisfação do cidadão que são segurança, emprego e os índices de corrupção.
[ 160, 120, 120, 120, 0, 520 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
No Brasil, nos últimos anos, podemos abservar um aumento no número de pessoas que sao cosideradas acima do peso e também de obesos. Cabe então aqui discutirmos sobre as causas, consequências e possiveis soluções para o problema. Segundo pesquisa realizada pelo IHME, Instituto de Métrica e Avaliação para a saúde, 30% da população é obesa. As principais causas desse problema é o sedentarismo atrelado a os maus hábitos alimentares. Além dos distúrbios hormonais que também podem causar aumento na massa corporal. Com isso, vem as consequências que são, na maioria das vezes, sociais e de saúde, aonde o indivíduo acometido com a doença sofre tanto com problemas derivados do acúmulo de gordura como o diabetes, artrite e artrose quanto a exclusão social, devido ao não enquadramento nos padrões de beleza virgentes. Com base no apresentado, é necessário, para que esse problema seja resolvido que o ministério da saúde implemente campanhas de conscientização quanto as consequências dos maus hábitos alimentares.
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2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A obesidade é uma realidade enfrentada por cerca de 20% da população brasileira, e o sobrepeso atingiu mais de 54% da população, ou seja, mais da metade dos brasileiros sofrem com peso inadequado para seu biótipo. A cada cinco brasileiros, um é obeso. Segundo pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde, nos últimos 10 anos a prevalência da obesidade no Brasil aumentou em 60%. Isto são números preocupantes já que o acúmulo de gordura elevado interfere na saúde e no bem-estar dos seres humanos. O sobrepeso e a obesidade estão ligados diretamente à economia. Muitas empresas e comércios investem em alimentos com alto teor de gordura e açúcar, porque são alimentos altamente consumidos e com preços menos elevados, já que alguns alimentos da área "fitness'' possuem valores altos e sabores desagradáveis. Com esses preços elevados, alguns alimentos se tornam inacessíveis para a população mais pobre, fazendo com que os mesmos se alimentem de produtos industrializados e com pouco índice nutritivo por serem mais baratos e mais saborosos. A maioria dos brasileiros são sedentários, isto é, não fazem nenhum tipo de atividade física, facilitando o aumento de peso e problemas de saúde, como índice de gordura alto, pressão alta, colesterol alto, e outros fatores que surgem devido ao peso alto e a falta de praticar esportes. Também é comum a falta de acompanhamento médico para as pessoas que são acima do peso, dificultando o emagrecimento e a reeducação alimentar. Portanto, medidas devem ser tomadas para reduzir o número de pessoas acima do peso. As indústrias devem mexer o mínimo possível no alimento que chega das fazendas para que se mantenha os valores nutritivos conservados; os comércios podem reduzir os preços dos produtos para que se tornem acessíveis à toda população e as prefeituras devem fornecer atividades físicas em áreas públicas e também devem oferecer acompanhamento médico aos cidadãos uma vez por mês, gratuitamente, para garantir a saúde de todos.
[ 160, 120, 160, 120, 120, 680 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
A onda conservadora no Brasil alcançou um elevado nível após a eleição de Jair Bolsonáro na presidência, pois temos a frente um homem que usou de bases históricas para alcançar a sua vitória. Além disso, não podemos ignorar que Jair Bolsonáro obteve aceitação da maior parte da população, pelo fato de que suas propostas estão diretamente ligadas ao conservadorismo. Tendo em vista que os brasileiros que tem posições tradicionais com relação a legalização do aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo, à pena de morte e à maioridade penal cresceu nos últimos anos. Sendo assim, o Brasil nos próximos anos, será apenas o reflexo da própria opinião de grande parte da sociedade, com base em suas próprias ações e manifestações.
[ 120, 120, 80, 120, 0, 440 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil já conseguiu dar um passo para renovação na política Brasileira, porque em anos vinha perdendo seu lado conversador de um país forte justo nas suas decisões a serem tomadas pelo povo que já estava cansado de tanta mentira desvio de dinheiro público que podia ajuda e manter setores essenciais no sistema público. A anos o povo Brasileiro vem pedindo mudança no sistema político e na sua forma de governar isso era antes que um só tipo de classe social governava a sua inconsequência disso, veio com a decorrência desse fenômeno Brasileiro o país tem uma esperança para dias melhores apesar tanto desgaste com população, mas o novo governo ele vai resgatar um pouco do lado conversador que o país perdeu um pouco como os valores da família do trabalho e educação com qualidade que falta no país, também falando sobre a segurança da sociedade que o policial bem preparado e bem pago para em frente a criminalidade que hoje toma conta do país sem poupar nenhuma classe social. Mais as mudanças são muito positivas para população porque o país já voltar tomar o rumo da economia para crescer bem equilibrado minimizar os desperdiço de dinheiro público, em toda mudança de governo vai ter alguns aspectos negativos em alguns lados do governo que não vão gostar de ajuste novo que nunca foram realizados, mas o país em cima de tudo vai chegar haver sua população bem no rumo do crescimento econômico em todo o país.
[ 80, 120, 80, 80, 0, 360 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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direitos-humanos-em-defesa-de-quem
Uma característica importante dos direitos humanos é que eles são fundados sob o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa, são universais e devem ser aplicados de forma igual e sem discriminação. Porém, esses direitos nem sempre são atingidos, no Brasil ocorre um alto índice de violação deles por alguns trabalhadores públicos. Além disso, ainda existe a falha de realização dos direitos civis devido a gênero. Em primeiro análise, grande número de trabalhadores públicos brasileiros que são acusados de cometerem algum crime utilizam o Foro privilegiado, e não são julgados pela justiça comum, de primeira instancia Em segundo análise, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda persiste. De acordo com a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina (CEPAL), as mulheres recebem, em média, apenas 83,9 unidades monetárias por 100 recebidas pelos homens. Observa-se que elas podem ganhara até 25,6% menos do que seus colegas de trabalho do sexo masculino em semelhantes condições. Logo, os direitos humanos que foi criado para manter a paz está sendo altamente desrespeitado. Conclui-se portanto, que a humanidade muitas vezes descumpri os direitos e deveres propostos em prol da paz, harmonia e uma boa convivência em sociedade. Para reverter esse quadro a ONU (Organização das Nações Unidas) por meio de rigorosas penas deve punir países que ainda apresentam tal fatalidade, com o intuito de prevenir que novas revoltas voltem a acontecer. Ademais, o governo de cada país precisa tomar consciência de que os direitos existem para serem cumpridos e por multas corrigirem os cidadãos que cometerem tal equivoco, com a intensão de promover uma relação harmoniosa e igualitária entre os habitantes de seu pais.
[ 120, 120, 80, 120, 200, 640 ]
2,018
"Criminosos e terroristas" Na opinião de seis em cada dez brasileiros, “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas” . O percentual de concordância com tal afirmação no Brasil é mais alto do que em outros países. Os dados são de uma pesquisa inédita do instituto Ipsos, obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. A pesquisa “Human Rights in 2018” , da Ipsos, foi feita em 28 países, incluindo o Brasil, com 23,2 mil entrevistados, entre os dias 25 de maio e 8 de junho de 2018. Ainda de acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados acreditam que algumas pessoas tiram vantagem injusta sobre direitos humanos. [UOL Notícias] O que são direitos humanos? O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) fez com que brasileiros debatessem o que significam exatamente os direitos pelos quais ela lutava, gerando acaloradas discussões online. De um lado, aqueles que lamentavam a perda de uma política ativa na defesa de minorias, e do outro insinuações de que como defensora dos direitos humanos ela “defendia bandidos” e que isso poderia ter uma relação com seu assassinato. Mas afinal, o que são direitos humanos? Defender os direitos humanos é defender bandidos? Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos, como, simplesmente, o direito à vida. Mas estão incluídos neles também o direito à moradia, à saúde, à liberdade e à educação. A advogada especialista em direitos humanos Joana Zylbersztajn, doutora em direito constitucional pela USP e consultora da Comissão Intramericana de Direitos Humanos na OEA (Organização dos Estados Americanos) lembra que “uma pessoa que comete crime tem direito à defesa, ao devido processo legal, e que cumpra pena à qual ela foi julgada” . “Os direitos humanos não vão garantir impunidade, vão garantir que a pessoa tenha defesa, tenha um processo justo. Isso é difícil de entender, às vezes” , diz Zylbersztajn, citando os sentimentos de “vingança” , de “não querer que criminosos tenham direitos protegidos” . [BBC Brasil] “Engajada com bandidos” A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) , afirmou no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL) , assassinada na quarta-feira, estava “engajada com bandidos” . O comentário foi feito como resposta a uma postagem do advogado Paulo Nader, que chamou a parlamentar de “lutadora dos direitos humanos” . [Revista Veja] Direitos Humanos ou Direito dos Manos? O problema atual da segurança pública do Brasil não guarda nenhuma relação com os Direitos Humanos, não são os direitos positivados causador da péssima eficiência do serviço público de segurança do país. O péssimo serviço prestado, pelas policias, está intimamente ligado com a má gestão dos políticos corruptos; e não com os direitos conquistados ao longo dos séculos à custa de sangue de inocentes. Os infinitos recursos protelatórios no Direito Penal estão ligados com a má vontade dos deputados e senadores em modernizar o código penal, talvez com medo de serem pegos pelas próprias mudanças, afinal, grande parte dos congressistas estão envolvidos em escândalos e serão julgados pelo código penal que é anterior a Magna Carta, então o ideal é ser julgado por um código penal ineficiente e, com um código de processo penal que admita recursos intermináveis. [Site JurídicoCerto, editado]
Seis em cada dez brasileiros acreditam que os direitos humanos só servem para defender bandidos, conforme pesquisa recente sobre o tema. Esse modo de ver o assunto é equivocado na visão de sociólogos e juristas, entre outros estudiosos da questão. Mesmo assim, os direitos humanos ainda provocam grande polêmica na sociedade brasileira, pois não faltam defensores qualificados da ideia de que não se respeitam esses direitos no caso das vítimas da violência generalizada que assola o país. Com a ajuda dos textos da coletânea e com base em seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação apresentando o seu ponto de vista sobre esse debate, justificando com argumentos a sua opinião. Afinal, a quem beneficiam os direitos humanos? Por quê?
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