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18.html | disciplina-ordem-e-autoridade-favorecem-a-educacao | Em uma época na qual vivemos hoje, onde o maior índice de drogas é na porta das escolas, acredito que a educacao militar de forma rigida, porem aberta a ouvir os alunos, seria talvez a solucao para o problema de adolescentes com as drogas a sua disposicao e ainda diminuiria o indice de pessoas pouco qualificadas para vagas de emprego.A diciplina dos militares de certa forma deve mudar a perspectiva dos alunos em relacao a forma de levar a propria vida.Hoje tenho 26 anos e estou buscando minha formacao, se meus pais tivessem sido rigidos comigo na epoca do colegial, jamais teria deixado de estudar para trabalhar, e hoje já estaria formada e exercendo a funcao escolhida e trabalhando num cargo a nivel superior. | [
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] | 2,015 | Respirando disciplina
No Colégio Militar Tiradentes, em Maceió (Alagoas) , os alunos vivem uma rotina militar. Lá se respira a palavra disciplina. Localizado no Trapiche da Barra, zona sul da cidade, há cinco anos se destaca no Enem por Escola com base em uma "didática" baseada no rigor. O estabelecimento tem a maior nota de uma escola da rede estadual no Estado, com média 521,17 entre as provas objetivas. Para estudar no Tiradentes, o visual do aluno também tem que estar alinhado: ele tem de estar com cabelos cortados e arrumados no padrão militar, uniforme limpo e passado a ferro com vinco e, ainda, bater continência para professores, coordenadores e direção. Segundo o professor de português e literatura, Paulo César dos Santos, a disciplina e o treino são fatores de sucesso dos alunos nos exames como o Enem. "O aluno escreve e nós corrigimos até o texto sair perfeito para entendimento de todos", disse. [UOL Educação]
Cidadania, curiosidade e criatividade
Especialistas discordam da aplicação da militarização em sala de aula para obter resultados satisfatórios. A professora de história, especialista em gestão de sistemas educacionais, Pilar Lacerda, diz que o modelo abre mão da pedagogia ao apelar para a rigidez e a disciplina militar. "A escola de educação básica é o lugar da formação de valores, de conhecer e respeitar o outro. Do diálogo e da construção de normas comuns. Que cidadão está sendo formado neste modelo militar? A não ser que o jovem queira seguir carreira militar", argumenta Lacerda. Ela explica que para estudantes se manterem focados nos estudos, a escola deve tornar a sala de aula mais atrativa e menos burocrática. "Que pense no projeto pedagógico que seja construído para o estudante entender o mundo e entender-se no mundo. Atiçar a curiosidade e incentivar a criatividade. Nada feito a força funciona", explica a professora. [UOL Educação]
Nível melhor ou método autoritário?
Considerado um retrocesso por alguns educadores, o sistema que mantém policiais na direção das escolas está em expansão em Goiás. Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos (em nove Estados os colégios ficaram em 1o entre as estaduais no Enem) . O Brasil possui atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas criou mais duas, chegando a 22 – elas atendem mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro. Em Goiás, o comerciário Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. "O nível dessas escolas é muito melhor. " Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. "Um ou outro PM é rude. Mas a maioria é aberta. " Para o pai, os alunos têm "voz ativa". "Sempre que minha filha reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo. "Diretor de ensino de um colégio de Anápolis (GO) , o sociólogo e capitão da PM Sirismar Silva diz que a polícia nas escolas não é ideal. "Mas é bom ouvir dos pais que seus filhos tiveram a vida mudada para melhor. " Para Maria Augusta Mundim, da Faculdade de Educação da federal de Goiás, o método é autoritário. "Cai por terra a busca por autonomia e de construção de identidade. "[Folha de S. Paulo] | Os colégios militares de vários Estados do Brasil se tornaram destaque nos meios de comunicação pelos bons resultados que seus alunos obtiveram no Enem no ano passado. Para muitos pais e educadores, estabelecimentos de ensino regidos pela disciplina militar proporcionam aos alunos aquilo que se espera de uma escola: formar alunos competentes para enfrentar os desafios da educação, entre os quais o Enem e, depois, a vida universitária. Naturalmente, há quem não concorde com isso e por motivos tão razoáveis quanto aqueles dos que pensam diferente. Há quem diga que a rigidez da ordem militar não colabora com a formação de mentes abertas, críticas e criativas. Veja opiniões a favor e contra essas escolas na coletânea de textos que integra esta proposta de redação. Depois disso, redija um texto dissertativo-argumentativo, dizendo se você estuda ou estudaria num colégio militar, e quais são os motivos que o levam a tomar sua posição. Conclua seu texto refletindo se a disciplina, a ordem, o respeito à autoridade são ou não são úteis no processo educacional de um jovem. | grader_a |
2.html | redes-sociais-e-manipulacao-politica | Com certeza, um dos assuntos mais comentados e discutidos esse ano foram as notícias falsas e suas possíveis implicações nas eleições presidenciais. Divulgadas em plataformas que possibilitam a interação dos indivíduos, como o facebook e o twitter, tais notícias (que não são notícias) têm grandes influências sobre pessoas que não conhecem seus verdadeiros propósitos.
Infelizmente, as redes sociais, o meio que pensamos ser o mais democrático para se informar, discutir e verificar os fatos e as notícias, são palco para indivíduos não preocupados com a verdade e a busca de melhorias para todos, e sim com o próprio umbigo e a garantia de seus poderes. Em se tratando de política, são pessoas e movimentos muitas vezes extremamente radicais que não toleram diferenças ou mesmo o diálogo, e criam perfis falsos para divulgar informações nem sempre verdadeiras a seu favor e atacar adversários, disseminando, assim, o ódio.
Esse é um cenário preocupante, visto a proximidade das eleições presidenciais e o impacto que esses perfis geram na escolha do candidato. Para se ter ideia da gravidade da situação, em 2016 Donald Trump foi eleito nos EUA com a ajuda da boca invisível, os boatos virtuais. Além disso, um dos movimentos que tiveram grande protagonismo no impeachment da presidenta Dilma Rousseff teve 87 perfis retirados do ar recentemente pelo próprio Facebook por “violar severamente as políticas de autenticidade da rede social”, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Nós, cidadãos, devemos ficar bastante atentos às informações que nos é passada, principalmente via redes sociais, inclusive o Whatsapp. É necessário verificar sempre as fontes das notícias ou apurá-las em jornais reconhecidos para saber se não estamos caindo em alguma armadilha. Além disso, para contornar o problema, jornais e profissionais da comunicação estão cada vez mais criando plataformas de checagem de informações; a Agência Lupa da revista Piauí e a Truco da Agência Pública são dois bons exemplos desse novo serviço da área. | [
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] | 2,018 | Fake news, perfis falsos e análise de dados
A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na versão anterior da pesquisa, divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news (notícias mentirosas) , criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos. Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder, aplicativo usado para relacionamentos. Há também registro de ações organizadas para fazer determinado site ou tema ganhar relevância nos principais mecanismos de buscas da internet, como Google, Bing (da Microsoft) e Yahoo! . E a tendência é que isso se repita na disputa eleitoral brasileira, segundo a organizadora da pesquisa. "Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil", afirmou ela. [Folha de S. Paulo] | Há cerca de dez anos, as redes sociais se tornaram uma arma de manipulação da opinião pública, em especial no âmbito político e durante os períodos das campanhas eleitorais. Isso já atingiu 48 países recentemente e o Brasil está entre eles, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na reportagem que informa esta proposta de redação, é possível entender como esse processo manipulativo ocorre. De posse dessas informações, é o caso de se perguntar o que o eleitor pode fazer para não se deixar enganar, escapar das fake news e das promessas igualmente falsas. Ou seja, para votar conscientemente, em candidatos que ele realmente considere aptos a resolver ou contribuir com a resolução dos graves problemas nacionais. Na sua opinião, de que modo os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais? Se é que isso é possível... | grader_b |
12.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | O carnaval no Brasil é uma tradição que simboliza a alegria do povo brasileiro. Todos os anos, os festeiros surpreendem com as fantasias criativas, exuberantes e muitas vezes ousadas. Infelizmente, surpreendem, nem sempre de forma positiva, pois dependendo da escolha dos adereços, pode causar polêmica, principalmente por vivermos em um momento histórico em que tanto se discute a respeito do multiculturalismo.
O Brasil é um país que possui uma diversidade cultural muito grande e é reconhecido por ser um povo acolhedor. No entanto, a fama não impede que existam situações que causam polêmicas relacionadas à discriminação. Muitas vezes, pessoas se encontram em polêmicas por descuido, outras por desrespeito.
A fantasia carnavalesca, com referência indígena, da atriz Alessandra Negrini é um exemplo de polêmica relacionada ao multiculturalismo. Enquanto alguns interpretaram a fantasia como uma forma de desrespeito cultural, outros entenderam que se tratava de uma fantasia como outra qualquer e que o importante é o momento festivo, e que o objetivo da fantasia foi sair da "fantasia habitual" e apenas entrar no clima carnavalesco.
Diante da situação, o importante é manter o diálogo e ouvir sempre os dois lados, pois a ofensa nesse caso entra no campo da interpretação, pois no caso em questão não se observa uma ofensa direta. O cuidado deve ser no sentido de não enquadrar tudo o que é diferente como ofensivo, pois nesse caso tudo seria desrespeito a culturas diferentes. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
9.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | O Famoso bitcoin é uma forma de dinheiro eletrônico, são moedas virtuais criptografadas que possuem gestão descentralizada, ou seja, não são controladas por nenhum banco ou governo. Tem como função primordial a compra e venda de produtos e serviços online, de maneira rápida e segura. Entretanto, a falta de centralização e controle estatal torna essa moeda acessível a compra e vendas ilegais. Dessa forma, é imprescindível salientar o impacto dessa tecnologia nas transações financeiras.
Em primeiro ponto, vale a ressalva de que um dos fatores positivos do uso dessa criptomoeda é a facilitação do processo de compra e pagamento, sem a necessidade de manuseio de cédulas, além disso as transações com bitcoins evitam a necessidade de conversão monetária ao se realizar a aquisição de produtos de países estrangeiros. Por fim sua descentralização torna-se um dinheiro desprovido de impostos e taxas bancarias.
Todavia, os bitcoins também possui lados negativos. Necessita-se enfatizar que a moeda virtual não é emitida por nenhum Banco Central, ou seja, compradores e vendedores criminosos, podem utilizar desse meio de pagamento para comercializar materiais ilícitos como drogas armas de fogo, vendas de órgãos, entre outros. Assim sendo, da utilização dessa tecnologia sem a devida regulamentação estatal deixará brechas para os crimes do mercado ilegal.
Portanto, Torna-se evidente que, por mais que as criptomoedas tenham pontos positivos, a liberdade de seu uso sem devida regulamentação, poderá facilitar o crescimento do comercio ilegal. O Fundo Monetário Internacional (FMI), junto ao governo federal de cada país, precisam vincular aos bancos centrais a regulamentação da moeda virtual, criando departamentos para formaliza-lo com intuito de investigar transações ilegais ou duvidosas. Dessa maneira, as compras e vendas ilegais serão suprimidas e os usuários ainda poderão desfrutar dos serviços de pagamento online e da especulação financeira. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
4.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | A prisão do réu após a condenação em segunda instância é algo que já foi discutido em ocasiões passadas e vem sendo discutido novamente no Brasil. Com isso, levante-se a questão se é justo ou não tal atitude antes mesmo de esgotados todos os recursos cabíveis, ou seja, antes do trânsito em julgado.
O primeiro aspecto a ser abordado é que atualmente, no Brasil, o réu é preso logo após a condenação em segunda instância, momento em que ele passa a cumprir sua pena. No entanto, isso vai em desacordo com um dispositivo da constitucional, que versa que o réu só poderá ser preso após o trânsito em julgado, bem como fere o princípio da presunção de inocência.
O segundo aspecto a ser frisado é a questão da impunibilidade, haja vista que se a justiça brasileira decretar a prisão do réu só depois de esgotado todos os recursos cabíveis, a sensação de não punição aumentaria entre as pessoas e, por conseguinte, os delitos aumentariam, gerando ainda mais morosidade na justiça brasileira.
Dessa forma, torna-se evidente que a prisão do réu seja logo após a condenação em primeira instância, para que a sociedade acredite na função punitiva do Estado, e os delituosos possam ter o mínimo de sensação de punibilidade por parte do Estado. Caso contrário, a morosidade processual impactaria ainda mais, devido aos grandes números de processos tramitando perante à justiça brasileira. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
18.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | Ao se refletir sobre a questão de referências políticas é importante destacar que o país vivenciou, por mais de 12 anos, um Estado de esquerda com tendências comunistas. Durante esse período, o Brasil apresentou acréscimos nos índices de violência, desemprego e corrupção. Nesse sentido, a eleição do candidato Jair Bolsonaro - adotante de uma reforma política no país - nada mais é que um pedido de socorro por parte da população brasileira.
Inicialmente, a visão conservadora ganhou grande repercussão com a transparência das operações Lava Jato, que fez transparecer crimes dos mais diversos contra a Administração Pública. Dessa forma, a má gestão por parte dos representantes no Congresso Nacional – grande maioria envolvida em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro com o Partido dos Trabalhadores (PT) – incentivou ideias opostas e aproximou seus eleitores de um posicionamento de direita e liberal.
Além disso, é imprescindível a reforma da previdência social, a qual em uma posição conservadora e liberalista poderá inverter o atual cenário de déficit de mais de 150 bilhões de reais, adotada pelo candidato eleito. Ademais, algumas ideias adotadas por essa onda conservadora são: diminuir o custeio da máquina pública, corte de gastos com “super salários” e remanejo do orçamento público.
É, portanto, lícito constatar que um novo padrão de vida surgirá nos próximos anos. Assim, a fim de se obter um mundo isonômico, com igualdade de valores sociais e econômicos, não só as pessoas devem criticar o governo de forma construtiva, sem ódio, como também permitir, com mais tolerância e respeito, ideias que divergem das suas visões de mundo. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
9.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | O Famoso bitcoin é uma forma de dinheiro eletrônico, são moedas virtuais criptografadas que possuem gestão descentralizada, ou seja, não são controladas por nenhum banco ou governo. Tem como função primordial a compra e venda de produtos e serviços online, de maneira rápida e segura. Entretanto, a falta de centralização e controle estatal torna essa moeda acessível a compra e vendas ilegais. Dessa forma, é imprescindível salientar o impacto dessa tecnologia nas transações financeiras.
Em primeiro ponto, vale a ressalva de que um dos fatores positivos do uso dessa criptomoeda é a facilitação do processo de compra e pagamento, sem a necessidade de manuseio de cédulas, além disso as transações com bitcoins evitam a necessidade de conversão monetária ao se realizar a aquisição de produtos de países estrangeiros. Por fim sua descentralização torna-se um dinheiro desprovido de impostos e taxas bancarias.
Todavia, os bitcoins também possui lados negativos. Necessita-se enfatizar que a moeda virtual não é emitida por nenhum Banco Central, ou seja, compradores e vendedores criminosos, podem utilizar desse meio de pagamento para comercializar materiais ilícitos como drogas armas de fogo, vendas de órgãos, entre outros. Assim sendo, da utilização dessa tecnologia sem a devida regulamentação estatal deixará brechas para os crimes do mercado ilegal.
Portanto, Torna-se evidente que, por mais que as criptomoedas tenham pontos positivos, a liberdade de seu uso sem devida regulamentação, poderá facilitar o crescimento do comercio ilegal. O Fundo Monetário Internacional (FMI), junto ao governo federal de cada país, precisam vincular aos bancos centrais a regulamentação da moeda virtual, criando departamentos para formaliza-lo com intuito de investigar transações ilegais ou duvidosas. Dessa maneira, as compras e vendas ilegais serão suprimidas e os usuários ainda poderão desfrutar dos serviços de pagamento online e da especulação financeira. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
9.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Os fatores mais importantes para vencer na vida é focar nos estudos e continuar tentando. No Brasil todos nós temos o direito à educação esse já é o primeiro passo para vencer na vida. Isso evidência não só pela educação e também onde vive.
Em diversas cidades do Brasil as escolas encontram-se em situações precárias, alunos vão a escola e faltam professores. Governadores ainda reduzem as verbas da educação.
Todos têm o direito à educação, mas poucos tem o acesso às escolas, alguns deles por morar em lugares muitos distantes, sem infraestrutura, onde as estradas são de chão, sem iluminação pública e os cidadãos não conseguem o acesso o transporte público da cidade.
Por todos esses aspectos apresentados conclui-se que, é fundamental melhorar o ensino das escolas públicas e melhorar a infraestrutura para facilitar o acesso dos cidadãos as escolas públicas. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
8.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | Todos os anos, foliões vão as ruas fantasiados ou utilizando simbolos das mais diversas culturas como a indígena por exemplo. Uma simples tradição, que no entanto vira polêmica por aqueles que não aprovam essa prática, alegando ser desrespeitosa e perpetuacão de estereótipos, alcunhando a prática de apropriação cultural. Todavia esses se esquecem que uso desses símbolos é um fenômeno não apenas natural e espontâneo como também benéfico para uma sociedade.
Primeiramente, é importante pontuar que a cultura de um povo não é algo fechado e restrito, pelo contrário, é um processo dinâmico sujeito a mudanças no decorrer do tempo. O intercambio cultural entre povos é um fenômeno que permeou toda a história da civilização. A cultura ocidental é resultados das trocas culturais que se originaram do período helenístico. Outro exemplo se dá na formação da rica e diversificada cultura brasileira construída sobre o tripé do povo indígenas, africana e europeia.
Além disso, o uso desses símbolos representa uma forma de preservação da memória histórica de um povo. Durante o carnaval, os blocos de rua e desfiles de escolas de samba cumprem esse papel homenageando as diversas culturas por meio dos figurinos e enredos com mensagens de união e tolerância promovendo assim um belo espetáculo. Outro exemplo é a capoeira, uma prática originada dos escravizados que se difundiu no país e hoje representa a luta daquele povo contra o regime escravagista. Dessa forma a assimilação de culturas presente nessas manifestações promove inclusão e memória histórica.
Desse modo, fica evidente que a crítica negativa ao uso de fantasias não faz sentido diante a natureza espontânea desse processo. Ademais, não considera a importância da apropriação cultural à medida que contribui para o amadurecimento de uma sociedade. Sendo assim, o folião pode celebrar ainda mais sabendo que a fantasia de índio não é instrumento de depreciação mas sim de representatividade. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
6.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | Criptomoeda é um nome geral que se refere a todas as moedas digitais criptografadas e descentralizadas. A criação da mesma, reflete hoje, de como a nossa sociedade está no caminho do "aposento" do dinheiro físico! Nesse sentido, foi aberta novas portas de investimento no mercado, fomentando órgãos de suma importância para a sociedade, como a economia. As moedas virtuais facilitam várias ações do nosso dia a dia, afim de não haver mais transtornos nas nossas vidas. Contudo é perceptível que o ser humano está se inovando e transformando um mundo de burocracia uma verdadeira facilidade.
O governo não reconhece as criptomoedas como uma moeda oficial, ou seja, não há nenhuma proteção a essas moedas já que elas não possuem regulamento, outra desvantagem é que como é uma moeda virtual, a mesma só pode ser controlada através de computadores, onde é um ambiente muito suscetível para invasões e clonagens de dados pessoais. Mas na contrapartida, as criptomoedas facilitam o nosso dia a dia, pois podemos usá-la em qualquer país do mundo! A mesma pode ser até considerada uma moeda universal.
Tendo em vista que as criptomoedas é um aparato virtual, temos que adotar um pensamento sociológico sobre tal fato, uma vez que a sociedade está no caminho da inovação, a mesma possui muita ambição no âmbito de ter! Com a repercussão dessas moedas virtuais, nos dá uma perspectiva muito grande com relação à fraudes e roubos, uma vez que a internet é um ambiente propício para tal acontecimento sendo que é o lugar onde tem um número grande de hackers.
Para evitar fraudes, clonagens etc. das moedas virtuais é necessário tomarmos várias ações, na perspectiva de evitar tais problemas. A checagem se o site é seguro, por exemplo é crucial para evitar invasões e clonagens de dados pessoais. Outra forma de evitar é nunca salvar os dados para outra pesquisa, pois seu computador poderá ser invadido a qualquer momento. Outra questão a ser levantada é a questão de não clicar em hiper-links, pois o mesmo pode estar carregado de vírus capazes de travar o computador e deixar os dados pessoais vulneráveis. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
13.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | O sobrepeso e a obesidade podem ser entendidos como consequência de um consumo de calorias acima da capacidade do organismo de queimá-las. Muitos estudiosos vêm considerando-os uma epidemia, visto que já atingem 40% da população adulta global e 20% da infantil.
A preocupação com o aumento do número de casos de obesidade vai além da questão estética; o ganho de peso traz consequências danosas à saúde e reduz a qualidade de vida desses indivíduos. Suas principais causas são o sedentarismo, o consumo exagerado de alimentos ricos em açúcares e altamente processados (biscoitos recheados, fast-food, refrigerantes, etc.) e também a hereditariedade que pode afetar o metabolismo individual.
Sabe-se que o excesso de peso pode acarretar em diversos problemas, como as doenças cardiovasculares, artrose, osteoporose, distúrbios psicológicos, lombalgia e diversos tipos de câncer. Todas essas condições geram um ônus aos serviços de saúde públicos que nem sempre conseguem suprir as demandas dessa população.
Por se tratar de uma condição complexa, os pacientes obesos requerem um atendimento multiprofissional que possa auxiliá-los em todas as dificuldades advindas de seu problema de saúde, para que esses possam ter confiança e buscar uma vida mais saudável.
Diante do exposto, compreende-se que a obesidade vem se tornando um problema de saúde pública e, portanto, são necessárias políticas e posicionamentos que visem soluções para o problema em todos os níveis de atenção, abrangendo as diversas faixas etárias e condições sociais. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
11.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Foi-se o tempo em que os gringos chegavam aqui e levavam para si madeira e minério. Aqui não é mais terra de índio e estrangeiro algum, com ladainha furada, vai pôr a mão naquilo que nos pertence.
O ponto em questão é que, os líderes europeus querem para si a tutela da amazônia, para repetirem o que foi feito há séculos, extrair! Extrair como extraíram por todo canto que passaram e nunca "consertaram" o estrago causado, visto seus próprios quintais, praticamente zerados de vegetação nativa.
Com que audácia esses pseudoambientalistas de terno e gravata falam que não cuidamos do nosso país, fingem que não sabem que é em terras brasileiras que se encontram as florestas mais preservadas do mundo. Acusam a agricultura e a pecuária de vilões do desmatamento, mas são os homens do campo os maiores preservadores da mata nativa e da água que temos aqui. Nossas leis ambientais são as mais rígidas do mundo, justamente para manter viva nossa fauna e flora.
Nossas florestas estão bem conservadas, basta olhar com atenção os verdadeiros dados, porque está cheio de informações falsas espalhadas por aí, com a intenção de formar opiniões que a eles convém que convém a quem as difunde.
São as nossas florestas que estão verdes e em pé, não as da Europa, logo, não é difícil saber quem entende mais de preservação ambiental. A amazônia é nossa, fique você, Macron, com o que sobrou da catedral de Notre Dame. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
5.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | O atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no seu primeiro mês de mandato, assinou um Decreto que facilita a posse de armas no Brasil. A atitude foi criticada por parte da sociedade que não foi consultada previamente e que não contempla benefícios ao se armar a população. Por outro lado, tem-se outra parte da população que aprova a atitude do presidente, vendo positividade no assunto.
O primeiro fator, refere-se a falta de consulta prévia à sociedade envolvida. Um assunto extremamente sério, não poderia ser decidido apenas nas instâncias superiores, sendo mais prudente haver um plebiscito sobre o assunto. O atual presidente usou como indagação o plebiscito que ocorreu à época do governo Lula, em 2005, em que se discutia o comércio de armas e não sua posse. O que mostra-se ser irrelevante, visto que os assuntos são diferentes. Além disso, armas em casa coloca em risco à vida de crianças do lugar ou suicídios.
O segundo fator contempla uma parte da população que aprovou a atitude do atual presidente. Como argumento tem-se o fato de o indivíduo se sentir mais protegido dentro de sua casa ou trabalho, mais facilidade na compra de armas, legalização do comércio de armas.
Conclui-se, então, que o documento liberando a posse de armas não tira do Estado a obrigação de proteger o cidadão. A polução não foi consultada sobre a questão, cabendo fazer o controle posterior sobre o assunto a fim de que se minimize possíveis fraudes na efetivação do documento de posse, comprovando a idoneidade do solicitante. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_b |
8.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | É notório que os alunos da rede regular de ensino, estão perdendo o costume de cantar o hino nacional. Dentre tantos fatores relevantes, destacam-se: o desinteresse patriota e também como elemento marcante a corrupção.
Sabe-se que a maioria dos adolescentes crescem com sua atenção voltada a tecnologia, coisas do momento e acabam perdendo o interesse a velhos hábitos, como por exemplo o canto do hino. É necessário ressaltar que muitos alunos usam palavras rudes e até mesmo imorais no momento cívico.
Além disso, a política de um pais revela diretamente como o mesmo é visto, por esse lado o Brasil se destaca ao se falar de corrupção, esse é um dos motivos pelo qual a sociedade está perdendo seu senso patriótico.
Diante disso, ficasse claro fica a importância das escolas organizarem um momento para que possa se cantar o hino, pois é de suma importância para o desenvolvimento de um pais que seu povo se orgulhe e acredite em seu potencial. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_b |
14.html | internacao-compulsoria-de-dependentes-de-crack | O costumeiro descaso dos governos, independentemente de esferas ou de partidos, é o responsável pelo surgimento e expansão das cracolândias de São Paulo e de outras capitais do Brasil. Não só não se fez nada para combater o problema em suas origens, como se foi, posteriormente, “empurrando com a barriga”, provavelmente porque as diversas administrações paulistas e paulistanas acreditavam que aquela área decadente da cidade jamais viria a prejudicá-los na hora de pedir votos para se eleger. Houve até prefeito que tentou se capitalizar politicamente com aquela versão tupiniquim do inferno, acolhendo de braços abertos os dependentes de crack e até lhes dando uns trocados para sustentarem o pobre do vício, que viria da exclusão social e demais maldades intrínsecas ao capitalismo.
Desse modo, a cracolândia, que já ia de vento em popa sem a colaboração municipal, tornou-se ainda maior e se transformou numa espécie de Galeria Pajé dos psicotrópicos, reunindo consumidores e fornecedores a céu aberto, 24 horas por dia, sete dias por semana. Afinal, varrido em primeiro turno o prefeito anterior de Piratininga, complacente e solidário com a toxicodependência, uma intervenção de fato só acabou por acontecer no início da administração João Dória, com uma ação policial para reprimir os traficantes da área, ordenada pelo governador do Estado, que aparentemente não a comunicou ao novo prefeito, de seu mesmo partido, o PSDB, contumaz protagonista de vacilações e trapalhadas.
Não há dúvida de que a operação não surtiu o efeito desejado: a retomada pelo poder público da região privatizada por traficantes e drogados. Pior, ainda teve diversos efeitos colaterais, como espalhar os dependentes e seus fornecedores por outros locais do centro da cidade, para não falar do surgimento de movimentos e manifestações de protesto contra o governo tucano, capitaneadas por Organizações Não Governamentais (paradoxalmente sustentadas por verbas públicas), ligadas a partidos políticos ou à máfia dos autodenominados sem-teto.
Pois bem, as críticas ao prefeito de São Paulo – teleguiadas por todos sabem quem – obtiveram forte eco nos meios de comunicação, que procuraram declarações de especialistas e até de dependentes completamente “chapados” para reiterá-las e condenar a iniciativa, com a mesma veemência com que aplaudiam a ação deletéria da gestão anterior. No cerne dessas críticas, estava o pedido de autorização judicial para o estado e o município poderem internar compulsoriamente as pessoas que já se transformaram em verdadeiros zumbis, dados os danos causados ao cérebro pelo crack, o que lhes abortou há muito tempo o livre-arbítrio. O argumento essencial contrário à compulsoriedade é muito simples: alega-se que ele atenta contra a liberdade do cidadão, além de ser ineficiente, ao contrário das internações voluntárias – essas, sim, o caminho lúcido para o paraíso da sobriedade.
Ora, se o problema é o fato de a internação ser compulsória, se o que está em pauta é a compulsão propriamente dita, há um argumento irrefutável para desmascarar esses supostos campeões da liberdade e dos direitos humanos: o próprio consumo de crack por essas pessoas também é compulsório. É compulsivamente que eles se entregam ao vício e não por vontade própria, o que qualquer psiquiatra com um mínimo de honestidade deveria atestar. Além disso, uma internação compulsória é certamente menos cruel do que a compulsão pela ingestão do entorpecente, porque em vez de manter os adictos na situação degradada e desumana em que vivem, visa livrá-los da escravidão, do cativeiro em que se enfiaram até certo ponto por conta própria, mas do qual jamais se libertarão por sua própria vontade. Simples assim. | [
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] | 2,017 | A favor, a contragosto
A contragosto, sou daqueles a favor da internação compulsória dos dependentes de crack. (...) No crack, como em outras drogas inaladas, a absorção no interior dos alvéolos pulmonares é muito rápida: do cachimbo ao cérebro, a cocaína tragada leva seis a dez segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de prazer avassalador, mas de curta duração, combinação de características que aprisiona o usuário nas garras do traficante. Quebrar essa sequência perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta manter o usuário longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato com pessoas sob o efeito dela. (...) Vale a pena chegar perto de uma cracolândia para entender como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir, em sã consciência, o melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão, ele é um farrapo automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma pedraDr. Drauzio Varella (artigo do site oficial do oncologista, datado de 2011)
Negativa, de maneira geral
Para o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira (professor da Unifesp - Universidade Federal de São Paulo) , a internação forçada é negativa, de maneira geral. Ela se justifica apenas em aproximadamente 5% dos casos, quando o dependente de crack também apresenta um problema mental grave. Segundo ele, o tratamento de usuários de drogas mais efetivo é voluntário e envolve visitas regulares a clínicas e centros especializados. Segundo ele, há situações específicas, do ponto de vista médico, nas quais se justifica a internação involuntária. Isso acontece quando o paciente apresenta psicose (delírios de perseguição e alucinações) ou risco iminente de suicídio. BBC Brasil
Desserviço à saúde pública
Isabel Coelho, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e Maria Helena Barros de Oliveira, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, defendem que a internação compulsória é um desserviço à saúde pública. Em um artigo de 2014, elas argumentam que, “partindo-se da premissa que os dependentes químicos não são doentes mentais, a internação compulsória, além de ser agressiva e uma forma de tratamento ineficaz, constitui um modo de eliminação dos indesejados, constituindo-se em prática higienista violadora de direitos humanos” . Nexo Jornal
Ato de solidariedade
Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, internar de forma compulsória moradores de rua extremamente dependentes de crack é um "ato de solidariedade". Segundo ele, a maioria das pessoas que chegam contra sua vontade em clínicas de tratamento acabam aderindo voluntariamente ao tratamento após os primeiros dias de internação. Laranjeira é professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) . Ele se diz favorável à facilitação das internações compulsórias em casos extremos, desde que acompanhada de uma linha especial de cuidados ao paciente após sua desintoxicação inicial. BBC Brasil | Recentemente, a chamada cracolândia da capital paulista tornou-se notícia em todo o país, devido a uma ação policial, que, visando reprimir o tráfico de drogas, resultou em muita polêmica e numa disputa entre o município e o Ministério Público. A prefeitura de São Paulo pediu autorização à Justiça para poder internar compulsoriamente os dependentes químicos do crack em instituições onde receberiam tratamento. Contrário à medida, o MP reagiu e o processo judicial continua. De qualquer modo, a questão da internação obrigatória divide os especialistas em dependência química de entorpecentes. Há argumentos a favor, mas também contrários ao método, como você pode ver pelos textos da coletânea desta proposta de redação. Baseado neles e nos seus próprios conhecimentos, o que você pensa sobre a internação compulsória para tratar dependentes de drogas? Redija uma dissertação argumentativa sobre o assunto | grader_b |
15.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | O mundo evoluiu, trazendo junto a sua evolução alguns problemas, dentre eles o sobrepeso e a obesidade que acomete crianças, adultos e idosos causando lhes sérios problemas de saúde que podem inclusive levar a morte. A organização mundial da saúde atribui o excesso de peso e a obesidade a vários fatores, e tem se preocupado em alertar a população a respeito disso, como a mesma já declarou: um desses fatores é a propaganda que exerce importante influência para o crescimento desses problemas.
A alimentação é considerada a maior vilã de todo esse transtorno, mas outros agentes causadores desses problemas são: a genética, pois existe a questão da hereditariedade, a cultura, que depende do meio onde a pessoa está inserida e até a economia, no que diz respeito a falta de recursos para uma boa alimentação. Aliado a isso, somos bombardeados diariamente tanto nas redes sociais, como na televisão e nas ruas com propagandas de comidas nada saudáveis que acabam sendo irresistíveis e tentadoras.
Um público alvo dessas propagandas são as crianças que não resistem a mistura prazerosa de açúcar, sal e gordura, quem não se lembra do comercial do Mc Donald`s, onde eles ofereciam brinquedos como brindes dentro do pacotinho de lanche como uma forma de atrai-los, muitos pais mesmo sabendo do risco fazem a vontade dos filhos, alguns cientes de que a longo prazo problemas de saúde podem aparecer, e quando estes aparecem são ali jogados fora toda uma infância, ou dependendo da situação toda uma vida.
Contudo, a criação de hábitos saudáveis começa em casa, com uma boa educação alimentar procurando atenuar ao máximo problemas de saúde futuros. Para combater a questão da desigualdade econômica e a cultura, os governos poderiam diminuir a taxação sobre alimentos saudáveis para que esses pudessem ser mais acessíveis a todos, e criar nas escola um programa que substitua a merenda escolar tradicional por uma mais saudável, fazer palestras e seminários com o tema e investir pesado em propagandas de incentivo a boa alimentação. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
13.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | A ciência passou por constantes descobertas ao longo dos anos e atualmente está no seu auge junto à tecnologia, ela é um fator decisivo em determinados assuntos. Entretanto, ainda existem coisas em que a ciência não é capaz de comprovar.
No passado quando a ciência ainda era precária a maioria dos fatos surreais que aconteciam sempre era ligada de alguma forma a religião, por exemplo, o surgimento de tempestades que era visto como obra de deuses enfurecidos.
Hoje em dia vivemos em uma era pós-verdade, onde começam a surgir duvidas sobre a ciência, se tudo na verdade não é manipulação por interesses políticos ou simplesmente uma grande conspiração. Um conceito que cresceu bastante nos últimos anos foi a teoria da terra plana, que tem um apoio de aproximadamente cem mil, existem diversas provas de que a terra tem um formato esférico, porém os "terraplanistas" ignoram fatos como, a lua ser uma esfera (seria muito incomum apenas a terra ser plana no nosso universo), a gravidade, poder dar uma volta ao mundo e etc.
Pensar fora do padrão é algo que todos temos que praticar, contudo defender teorias sem a menor viabilidade é um atraso no nosso pensamento e abertura para uma mente ignorante.
Portanto deve se criar seu próprio julgamento sobre esse tipo de questão mas considerando fatos e não teorias. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_a |
13.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | As reflexões acerca de como o uso das criptomoedas pode representar uma revolução econômica mundial atestam a relevância do assunto na atualidade. Entretanto, embora essa tecnologia de criptografia possa exprimir uma política monetária dos novos tempos e proporcionar grande autonomia para seus usuários, há uma série de problemas que podem impedir uma revolução dessa proporção. Entre esses problemas estão: a resistência dos governos diante da perda de controle econômico em seus países e os riscos que apresentam para seus investidores.
A criação das criptomoedas foi possibilitada pela tecnologia blockchain (cadeia em blocos), composta por uma base de dados que armazena o histórico de transações e possui uma forte criptografia nesse processo. Assim, diferentemente das moedas tradicionais, as moedas virtuais não são controladas pelo Banco Central, ou seja, o seu uso é livre de instâncias burocráticas. Dessa forma, como a maior fonte de poder para os governos são os seus bancos centrais e o monopólio de dinheiro, a possível mudança de um controle monetário centralizado para um descentralizado apresenta forte resistência dos governos, pois acabaria com tal poder. Um exemplo dessa perda de controle é que o governo ficaria impedido de emitir e valorizar a moeda e ainda de bloquear o dinheiro das pessoas, como historicamente já aconteceu em políticas econômicas de alguns países.
É inegável a relevante transformação econômica, política e social que o uso das criptomoedas pode proporcionar para a sociedade atual vez que elas desburocratizam os processos, eliminam intermediários e permitem a descentralização da moeda. Todavia, existem riscos para os investidores nessas moedas em razão da abertura que elas oferecem para operações ilícitas. Nesse sentido, a moeda virtual é baseada em um software de código aberto que permite o anonimato das pessoas e, devido à dificuldade de rastrear os usuários, o mercado das moedas virtuais estimula a prática de crimes como a corrupção e a lavagem de dinheiro. Os bitcoins (primeira moeda virtual do mundo) utilizados pelos investidores no intuito de movimentar grandes quantias não declaradas são um exemplo dessa prática ilícita.
Portanto, verifica-se que vários são os fatores que impedem uma revolução econômica mundial proveniente das criptomoedas. Diante disso, para se esperar um crescimento considerável desse novo tipo de dinheiro são necessárias relevantes medidas, entre as quais estão a regulamentação específica da moeda virtual no que concerne a sua utilização e comercialização e o atendimento a critérios amplamente divergentes como a descentralização com proteção ao consumidor e a preservação do anonimato dos usuários sem ser um canal de evasões fiscais e outras ilicitudes. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
5.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | No início da civilização, a base do comércio era realizada com troca de mercadorias, ou seja, escambo. E com as demandas, havia necessidade de procurar meios de garantir maior diversidade no câmbio dos produtos, criou-se, então, as moedas. Pressupõe que, para aquela época tal substituição tenha enfrentado resistência por ser algo inovador. Nos dias atuais, a humanidade passa pelo mesmo dilema com a criação das criptomoedas, percebe-se à ignorância e a relutância de alguns grupos por conta desse novo recurso.
Em se tratar do novo, o desconhecido, passa a ser alvo de preconceito e polêmica por parte de alguns indivíduos desinformados no assunto, não tirariam conclusões precipitadas e seriam mais receptivos as inovações, se buscassem estudar e conhecer sobre as - moedas digitais, que se propõe na substituição do dinheiro convencional, para facilitar e agilizar transações realizadas on line. Segundo Stives Jobs, um dos fundadores da companhia "apple", ele disse: "... Se você faz algo muito bom, você deveria fazer outra coisa sensacional, não se gabar da primeira coisa por muito tempo". Assim, como as mercadorias eram as moedas da época, as criptomoedas podem ser as do futuro.
Além do mais, é perceptível a resistência de bancos e governos, em se tratar da substituição convencional pela digital. Pois, com as criptomoedas dispensaria as intermediações, as taxas cobradas pelas transações e movimentações e não existiria o poder financeiro centralizador do governo e facilitaria para o cidadão ter o controle de seu próprio capital. Como disse Jobs, a tecnologia move o mundo. Então, é somente questão de tempo e esclarecimento, para que a humanidade perceba que se adaptar as novas tecnologias, não é dificuldade e sim facilidade. E os grupos controladores das finanças, buscarem formas de andarem juntos as inovações, pois não há como parar no tempo, a tecnologia se movimenta todos os dias.
Portanto, a sociedade precisa se tornar esclarecida quanto a possibilidade de novas mudanças comerciais, e as instituições educacionais possam esclarecer e incentivar o estudo da importância dessas inovações. E a mídia divulgar sobre os benefícios e formas de expansão, além disso, as empresas de tecnologias poderiam criar projetos e bolsas que possam ajudar mentes criativas a desenvolverem mecanismos na criação de novas formas de comércios, para assim, expandir a amplitude da negociação entre os povos e quebrar a barreira monetária as barreiras monetárias. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
19.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | A Amazonaspatrimônio brasileiro, tem um ecossistema rico de variações.
Contudo ao invés de usarmos ao nosso favor, cuidando e explorando nossa fauna e flora, temos nos importado pouco, deixando que aconteça catástrofes, tendo como exemplo as queimadas que aconteceram atualmente.
Tendo em vista que não foi a primeira vez e nem a segunda, portanto o que levou tanta comoção na internet e em programas de TV foi que chegou a grande São Paulo, tendo muita visibilidade.
Se o Brasil tiver como investi no reflorestamento e cuidados na fauna e flora presente na Amazonas, seria bom, ao contrário temos que pensar no nosso planeta não só no país e deixar com um país que tenha como investir nela. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_b |
11.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | A cultura brasileira é resultado da mistura de raças, etnias, crenças, valores, entre outros. Logo, o carnaval é fruto dessa miscigenação. Por isso, afirmar que essa festa - sinônimo de alegria e união - não deve receber contribuições externas, é um equívoco.
Ademais, na contemporaneidade, vive-se uma realidade globalizada, o que resulta na unificação política, econômica e, também, cultural. As interferências culturais não são mais vistas como uma ameaça, mas sim como um meio de unificar a humanidade.
Nas últimas décadas, os sambódromos têm sido palco de inúmeras questões políticas, geográficas, ideológicas ou étnicas. Essa festa não tem apenas retratado a realidade brasileira como também a realidade universal. Destarte, por que não inserir a cultura nativa nos diversos espaços ou contextos?
Intelectuais da literatura, como Oswald de Andrade, defendiam a aglutinação cultural estrangeira para, assim, criar uma nova cultura. Portanto, a troca de culturas é algo idealizado há tempo.
Por conseguinte, é imprescindível que cada indivíduo perceba o povo como um só - único, universal - mesmo repleto de diferenças. Dessa forma, a inserção de culturas distintas, onde quer que seja, será vista como parte de um todo e não como símbolo de discriminação ou preconceito. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
7.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Inegavelmente, o ingresso de calouros nas universidades públicas brasileiras se dá em sua maioria por alunos oriundos de escolas particulares, os quais foram financiados desde o nível fundamental pelos pais. O atual governo brasileiro, no intuito de cortar gastos, contingenciou verbas das universidades federais, causando muitas manifestações por parte dos estudantes. Nesse sentido, a sociedade começa a repensar a estrutura atualmente adotada pelos sistemas educativos superiores.
O corte de verbas nas universidades federais é uma atitude do governo atual para equilibrar a economia brasileira. Já na gestão anterior, havia ações nesse sentido, pois muitas universidades federais deixaram de investir em cursos EaD, por exemplo, neste caso, percebe-se uma tendência política em reduzir gastos com o ensino superior federal.
Entre os alunos que passam nos vestibulares das melhores universidades públicas do país, estão os alunos cujas famílias possuem renda média ou alta, os demais são procedentes de cotas, seja de negros, pobres, estudantes de escolas públicas, deficientes e, em algumas, indígenas.
Em alguns países, como a Itália, por exemplo, as instituições públicas de ensino superior não são totalmente gratuitas, pois cobram um valor anual de cada aluno, com descontos que consideram a comprovação de renda, ou seja, pessoas de baixa renda pagam mais barato.
É necessário um estudo aprofundado que vise tanto o corte de verbas como o investimento particular nas universidades públicas, pois além de possuírem um método de ensino excelente, são base de pesquisas científicas no país, não podendo serem sucateadas ou terem seu desenvolvimento afetados. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
9.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Os fatores mais importantes para vencer na vida é focar nos estudos e continuar tentando. No Brasil todos nós temos o direito à educação esse já é o primeiro passo para vencer na vida. Isso evidência não só pela educação e também onde vive.
Em diversas cidades do Brasil as escolas encontram-se em situações precárias, alunos vão a escola e faltam professores. Governadores ainda reduzem as verbas da educação.
Todos têm o direito à educação, mas poucos tem o acesso às escolas, alguns deles por morar em lugares muitos distantes, sem infraestrutura, onde as estradas são de chão, sem iluminação pública e os cidadãos não conseguem o acesso o transporte público da cidade.
Por todos esses aspectos apresentados conclui-se que, é fundamental melhorar o ensino das escolas públicas e melhorar a infraestrutura para facilitar o acesso dos cidadãos as escolas públicas. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
17.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | No que se refere à apropriação cultural é possível afirmar que é um termo que está sendo bastante discutida nos últimos anos, tendo em vista que em época de carnaval a reflexão sobre o apoderamento aumenta pelas polêmicas, é um assunto a se pensar durante todo tempo.
Para a a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura), a cultura confere ao ser humano a capacidade de refletir sobre si mesmo, através da reflexão, o homem compreende valores e procura novos significados, entretanto a apropriação cultural refere-se a um determinado grupo social que é dominante que acaba adotando hábitos, vestimentas e comportamentos de outra cultura.
No carnaval, as fantasias de índios e negros são comumente vistas nos blocos de rua e acabam sendo banalizadas e estereotipadas. Um grande problema de sequestrar elementos de culturas não dominantes é usá-los de maneira descontextualizadas, causando uma desvalorização do seu real significado, enquanto os membros da cultura sofrem opressão.
A apropriação cultural e o intercâmbio cultural tem significados distintos, um se apropria e o outro compartilha sua cultura e não há dominação de um grupo. Apesar de ser mais discutida no carnaval, a apropriação é vista no cotidiano como uma pessoa branca que decide usar dreads e é vista como uma pessoa estilosa e o negro usando o mesmo elemento é discriminado ou percebido de forma pejorativo pela sociedade.
Fica claro, portanto, que por mais que o assunto esteja sendo repercutido, ainda assim não tem a visibilidade para que todos possam enxergar a importância da problematização e para que seja entendida, a propagação de propagandas poderia atingir o público alvo público-alvo rapidamente, trazendo conscientização entre todas as faixas etárias. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
15.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | Carnaval é alegria, diversão, contravenção. É o momento de se despir do maçante compromisso cotidiano das relações profissionais e se permitir sorrir e brincar. Por isso, usar fantasias, roupas coloridas, chapéus estilizados e outros adereços, que nos permitam compartilhar essa felicidade com outros cidadãos, não pode ser encarado como ofensivo ou uma apropriação indevida de uma cultura por outra.
É importante salientar, inicialmente, que as pessoas vão para as ruas para se divertir, esquecer por instantes os problemas e lutas cotidianas. Querem comida, diversão e arte para dar um sentido mais amplo a sua existência. O que prevalece nesse momento é a brincadeira, o lúdico, o entretenimento, passando ao longe a ideia de hostilizar e humilhar qualquer segmento ideológico e cultural, mesmo a cultura indígena, tão sofrida e desrespeitada, principalmente pela classe política.
Convém ressaltar que o desrespeito não advém do fato de as pessoas usarem cocares ou adereços que façam referência à cultura indígena. Ele se consolida na não aceitação da forma que eles vivem, no preconceito contra os nativos, na hostilidade que sofrem ou sofreram, como no caso do indígena incendiado em um ponto de ônibus em Brasília, na invasão e expulsão de suas terras, no pensamento estilizado que eles são vagabundos. Esses fatores, somados, revelam um profundo desprezo e demonstram o quanto precisamos fazer e transformar para garantir a eles uma existência digna.
Com isso, focar a atenção em fantasias de carnaval é perder tempo com polêmicas supérfluas diante do gigantesco desafio de eliminar as graves agressões sofridas historicamente. Eles precisam de respeito, reconhecimento, segurança e que seus direitos, como cidadãos brasileiros, sejam respeitados. Necessitam que o governo garanta a inviolabilidade do seu território para não se tornarem vítimas de exploradores gananciosos. Por fim, cabe aos governantes e a sociedade civil organizada mudar o rumo dessa verdadeira tragédia para que eles não percam sua identidade. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
12.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | A palavra "pós-verdade" foi definida como o termo do ano segundo o dicionário de Oxford em 2016. Ela representa uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importância que os apelos às emoções e crenças pessoais. Dessa forma, grandes veículos de comunicação estão passando por uma crise de credibilidade, onde as pessoas passam a duvidar e questionar fatos sólidos. Nesse contexto, nem mesmo a ciência passa despercebida e acaba tendo uma desconfiança popular, culminando na disseminação de notícias falsas e na desinformação da sociedade.
À medida que as pessoas passam a dar mais valor à sua subjetividade, a circulação de notícias falsas tendem a aumentar, já que elas se constroem muito facilmente nas redes sociais que são muito presentes na vida moderna. Para ilustrar o tema, temos como exemplo o movimento terraplanista, propagado pelo norte-americano Eric Dubay. As primeiras ideias começaram a ser discutidas no YouTube e Facebook nos Estados Unidos, que alcançou mais de 100 mil seguidores. Fica nítido que as conquistas científicas que comprovam a esfericidade da Terra são superadas por um discurso persuasivo, através do qual vários indivíduos julgaram correto de acordo com sua percepção.
Com a avalanche de notícias e opiniões que nos cercam todos os dias nas mídias, tornou-se automático distinguir o verdadeiro do falso, gerando desinformação na sociedade. Para o historiador Leandro Karnal, a pós-verdade é uma "seleção afetiva de identidade", em que as pessoas se identificam com as notícias que melhor se adaptam aos seus conceitos. Ou seja, ainda no exemplo do movimento terraplanista, mesmo sendo refutavelmente comprovado pela ciência, há quem leia os argumentos de Eric Dubay e os abrace como verdadeiros de acordo com seu atual nível de noção. Dessa forma a sociedade vai ficando desinformada uma vez que cada um chega em um consenso diferente.
Portanto é necessário a construção de uma hierarquia de saberes que seja respeitada por todos para que não haja uma exacerbação de ideias e conceitos distintos que possam atrasar a evolução tecnológica da ciência. É inegável que a informação chega a muitas pessoas e, com tantas opções de escolher uma veracidade, as escolhas individuais acabam sendo influenciadas com base no conforto e acolhimento de um grupo social. Por isso é importante que pessoas qualificadas em conhecimentos determinem minunciosamente através de métodos e técnicas as verdades, para que elas possam ser globalmente confiáveis. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
10.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Comenta-se que o ex presidente Lula no ano de 2016, após a decisão do Supremo Tribunal da Justiça foi condenado a segunda instância e foi diante a sua acusação do lava jato. Ainda mais que vários réus infratores de penalidade graves devem manter na prisão.
Em primeiro lugar 726 mil presos, no Brasil tem terceira maior população carcerária do mundo, isto é a gravidade de lotações no qual muitas vezes não possuem infraestrutura adequada para receber os condenados.
Além disso o desembargador após analisar a sentença, em seguida quando manter o detido, tornando a cadeia uma escola do crime isso é dificulta o processo de ressocialização dos criminosos.
Por fim conforme o livro A politica de Aristósteles acredita que a democracia e ética do ser humano e a felicidade do ser além disso quando aflige a lei da justiça deve cumprir sobre os seu atos.
Mediante a sintaxe, o Ministério Público Federal deve implantar apoio com o governo Jair Bolsonaro apoio à prisão em segunda instância julgar se condenados devem cumprir pena na prisão ou podem aguardar em liberdade enquanto recorrem aos tribunais superiores assim sendo horas depois o julgamento. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
17.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | A flexibilização da posse de armas de fogo é um tema bastante polêmico. Existem dois posicionamentos, o dos que acreditam que o armamento inibirá a prática de crimes e o dos que entendem que a violência irá aumentar. Estes últimos parecem ter argumentos mais sólidos para demonstrar que o armamento da população não resolverá a questão da segurança pública.
Em primeiro lugar, apesar de as pessoas terem que cumprir uma série de requisitos para adquirir a posse da arma, elas não terão a preparação técnica e psicológica que um policial tem para manusear uma arma, a consequência é que a existência de armas de fogo em casa aumentará a ocorrência de crimes passionais e por motivos banais e também acidentes (principalmente envolvendo crianças). Por mais que seja necessário manter essas armas em cofres, haverá uma grande dificuldade de fiscalizar se essa exigência está sendo cumprida.
Ademais, pesquisa mostram que grande parte das armas apreendidas com criminosos forma adquiridas legalmente e depois extraviadas, furtadas ou roubadas. O resultado será o aumento do armamento dos delinquentes, deixando a população ainda mais vulnerável.
Além disso, percebe-se a transferência para a sociedade de uma obrigação estatal, que é a segurança pública, demonstrando a ineficiência do Governo em cumprir com suas competências.
Por todos esses motivos, vislumbra-se que a flexibilização da posse de armas de fogo não diminuirá a criminalidade, pelo contrário, poderá aumentar os crimes passionais e mortes acidentais, além de facilitar o acesso de armas pelos criminosos e mostra que o Estado tenta com essa medida se desvencilhar de suas obrigações com a população. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
13.html | o-direito-ao-foro-privilegiado | Recentemente, a pauta do foro especial por prerrogativa de função, mais popularmente conhecida como foro privilegiado, tem sido bastante discutida com as novas medidas que restringem a sua amplitude em relação àqueles que dele se beneficiam. O foro determina que ocupantes de certos cargos públicos sejam julgados por instâncias específicas do judiciário, como o supremo tribunal federal, e não pela primeira instância, como os cidadãos comuns.
Diversos intelectuais e pesquisadores defendem a extinção de tal foro, como ocorre em países como a Suíça e os Estados Unidos, em que não há essa especialidade. Segundo eles, o foro é herança de uma cultura de privilégios que data desde a colonização do país e a escravatura, da qual necessita-se uma urgente reforma, assim como em todo sistema político brasileiro.
Por outro lado, defensores do foro especial, justificam seus pontos de vista ao dizerem que a primeira instância não teria condições e a especialidade para julgar crimes e conflitos cometidos por determinadas autoridades, como os senadores e deputados federais, no período de exercício parlamentar. Além disso, o foro se destinaria a proteger o cargo, função e a atividade pública e não a pessoa que a exerce.
O que ocorre é que o foro de prerrogativa de função que tem essa intenção de proteção ao cargo e função pública, por desvios do sistema político brasileiro, acaba se tornando um foro de privilégios pessoais. Assim, deputados e senadores se beneficiam, não por exercerem tais atividades, mas por questões particulares que não deveriam se tornar políticas. | [
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] | 2,018 | Debate: foro privilegiado
Um debate promovido pela Folha de S. Paulo, em maio de 2017, teve posições totalmente opostas sobre a existência do foro privilegiado, o benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância. Um dos debatedores, Fábio Medina Osório, especialista em direito constitucional e em direito administrativo e ex-ministro da Advocacia Geral da União criticou a ideia de que o foro é o responsável pela impunidade no país. Já Roberto Livianu, promotor de Justiça e presidente do Instituto Não Aceito Corrupção, defendeu uma ampla reforma no modelo atual e sustentou que a existência do foro persiste por uma “cultura de privilégio” herdada dos tempos da monarquia. Ele citou democracias onde não há o instituto do foro, como Suíça, Espanha e Estados Unidos. Marcos da Costa, presidente da seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) , defendeu uma redução no tamanho das classes que hoje têm algum tipo de foro, que incluem, além de congressistas e ministros, juízes, promotores e prefeitos. Osório concordou que a quantidade de autoridades hoje abrigadas por algum tipo de foro poderia ser reduzida ou racionalizada. Livianu disse que não faz sentido permitir que detentores de poder “se escondam” atrás do foro e mencionou casos de prescrição de crimes no Supremo. “É inadequado, ruim e injusto” , disse. Folha de S. Paulo
Teoria e prática
Está correta, em seus princípios, a concessão a determinadas autoridades públicas do foro especial por prerrogativa de função, também chamado, de modo um tanto pejorativo, de foro privilegiado. Na prática, entretanto, há evidências suficientes a demonstrar que o modelo brasileiro de prerrogativa de foro se tornou disfuncional. Os motivos ganharam números mais precisos em levantamento desta Folha, publicado na edição desta terça-feira (24/05/18) . Constatou-se que a quantidade de autoridades beneficiadas pelo instituto ultrapassa a cifra estelar de 58 mil. As normas variam entre as unidades da Federação. Algumas chegam a estender o foro especial a comandantes de polícia e até dirigentes de empresas estatais. Não se conhece notícia de um rol tão grande de beneficiados, com garantias tão amplas, em outro lugar do mundo. Folha de S. Paulo | O foro privilegiado – benefício que permite que políticos e ocupantes de determinados cargos públicos não sejam julgados na primeira instância como os cidadãos comuns – entrou em discussão no Brasil, na sequência dos muitos casos de corrupção nas mais variadas esferas de governo. Há quem queira acabar com esse recurso: na internet, por exemplo, há pelo menos três abaixo-assinados com esse objetivo. Mas há também quem tenha posição contrária e veja aspectos positivos na existência do foro, como se pode ver pelos textos da coletânea que acompanha esta proposta de redação. Leia-os com atenção, reflita sobre eles, mobilize seus conhecimentos pessoais sobre o tema e desenvolva uma dissertação argumentativa sobre o tema: o direito ao foro privilegiado, expondo e justificando sua opinião sobre o assunto. | grader_a |
16.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | Com o passar dos anos a tecnologia cada vez mais toma espaço em setores da vida cotidiana, o dinheiro não ficaria fora disso. A criação do bitcoin em 2009 está abrindo portas para uma revolução econômica moderna.
A criptomoeda chega para ultrapassar os bancos convencionais onde o governo exerce um forte controle estatal, através da emissão de moedas tradicionais no sistema financeiro atual. Por sua independência, os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar esse tipo de moeda, visando que tornaria seu controle obsoleto.
Contudo, sua anatomia é o que conquista, agilizando transações econômicas, o sistema "blockchain" é formado por uma cadeia de blocos trancados por uma forte camada de criptografia, que torna impossível invadir esses recipientes, assegurando também que as moedas não sejam utilizadas mais de uma vez e cheguem ao destino certo.
Esse sistema, uma espécie de livro contábil registra as transações de recebimento e envio de valores da criptomoeda, garantindo a segurança desejada pelos consumidores. A criptomoeda ainda não tem uma definição exata, mas veio para divergir o sistema financeiro mundial. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_a |
9.html | artes-e-educacao-fisica-opcionais-ou-obrigatorias | No que se refere á exclusão de disciplinas Educação Física e Artes, é possível afirmar que essas matérias são essenciais para o desenvolvimento do ser humano, não só em termos de cultura, lazer, entretenimento, mas também na vida estudantil do aluno.
A exclusão dessas disciplinas da grade curricular dos estudos conforme o novo ensino médio proposto pelo atual governo, é possível destacar tanto aspectos positivos e negativos. Se por um lado os alunos optam se estudam ou não as matérias que não estão mais obrigadas, por outro, a carga horária de estudos dobrará mas sem a obrigatoriedade de ser ensinadas.
Tendo em vista que, nos tempos atuais a maioria de jovens e adultos utilizam o seu tempo não apenas praticando atividades e exercícios físicos como também se expressam através de meios artísticos, ou seja, suprimem a chance de aprender cada vez mais de modo que as outras matérias oferecem.
O atual governo, portanto, deveria manter as disciplinas Educação Física e Artes no currículo de estudos do ensino médio, porque dessa forma os estudantes que não possuem uma chance para desenvolverem suas habilidades e talentos, ganham uma oportunidade não só de aprenderem de uma forma diferente, dinâmica, como também testarem seus conhecimentos com um grupo ou com a própria sociedade. | [
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] | 2,016 | Educação integral
Ao justificar a reforma, os diferentes escalões do Ministério da Educação (MEC) afirmam que as mudanças estão alinhadas com os currículos de países que têm altos índices de educação nas avaliações internacionais. Contudo, diversas reportagens mostraram recentemente que em todos esses países a Educação Física é uma disciplina obrigatória. Para debatermos esta questão, devemos ir além de apenas comparar currículos. É preciso entender como as aulas de Artes e Educação Física dialogam com o conceito de Educação Integral, voltado para os interesses e necessidades dos jovens do século 21. (...) Neste contexto, a Educação Física responde não apenas ao desejo das crianças e jovens de praticar esportes, mas principalmente ao impacto que essas aulas têm em seu desenvolvimento completo. Afinal, diversos estudos científicos mostram como a Educação Física é importante na prevenção e combate à obesidade entre crianças e jovens. (...) As aulas de Artes são também fundamentais para o desenvolvimento pleno das crianças e dos jovens, por diversos motivos. Ao debruçar-se neste universo, o aluno tem a possibilidade de fazer uma nova leitura de mundo e criar uma visão crítica de seu entorno. Isso é muito importante, sobretudo considerando-se o fato de que a maioria dos alunos de famílias com maior vulnerabilidade social tem poucas oportunidades de ampliação de seu repertório cultural. A Arte é ainda um meio fundamental de expressão, de sensibilização e de criatividade. São inúmeros os exemplos de trabalhos de escolas, ONGs e também de jovens da Fundação Casa que mostram essa criatividade. [Maria Alice Setúbal/UOL Educação]
Flexibilidade
Pareceu-me correta a linha geral da reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer. A medida provisória aposta na flexibilização das disciplinas, com o objetivo de reduzir os absurdos níveis de evasão registrados nessa etapa, e na ampliação da carga horária, o que tende a ter impacto positivo sobre a qualidade, hoje estacionada em níveis muito abaixo dos aceitáveis. Há, porém, várias dúvidas e uma série de problemas. (...) Achei muito bacana eliminar a obrigatoriedade de quase todas as matérias. É claro que a própria flexibilização seria impossível se as 13 disciplinas hoje obrigatórias permanecessem nessa condição, mas gostei de ver alguém finalmente colocar a autonomia dos alunos à frente dos interesses corporativos. Vamos ver se essa mudança vai resistir à força dos lobbies. [Hélio Schwartsman/Folha de S. Paulo]
Benefícios indiretos
Dedicar-se a uma atividade artística –seja tocar piano ou aprender técnicas de escultura– faz uma pessoa ficar mais inteligente e melhorar seu desempenho em outras disciplinas, como matemática e redação. Praticar uma atividade física, além de melhorar coordenação motora e aumentar a sociabilidade, diminui drasticamente a incidência de doenças como diabetes, obesidade, câncer e acidentes cardiovasculares. (...) No mundo, mais da metade dos jovens pratica menos que o recomendado de cinco horas semanais de atividades físicas moderadas a intensas, fato que se repete no Brasil – remover a educação física do rol de disciplinas poderia ser considerado um desincentivo à melhoria desse panorama. (...) Além de oferecer o contato com uma possível área de profissionalização, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) diz acreditar que "a felicidade dos indivíduos será maior em países onde a arte tem um papel proeminente nas escolas", apesar de não haver um estudo que aborde exatamente essa questão. A entidade também elege a arte como a melhor maneira de fomentar a criatividade, competência hoje muito buscada em profissionais por causa da capacidade de inovar e de achar soluções não usuais para toda sorte de problemas. [Folha de S. Paulo] | No mês de setembro passado, o governo federal editou uma medida provisória instituindo uma reforma no ensino médio no país. Originalmente, a medida previa o fim da obrigatoriedade das disciplinas de educação física e artes no ensino médio. Mediante reações contrárias de educadores e professores o governo voltou atrás e a eliminação dessas disciplinas foi suspensa. Independentemente disso, supondo que a obrigatoriedade de esportes e artes venha mesmo a acabar, como você se posicionaria sobre essa questão? Concorda em que as duas disciplinas devem necessariamente ser parte do currículo do ensino médio? Ou elas podem ser opcionais, assim como outras (à exceção de português, matemática e inglês)? Veja na coletânea de textos que informa esta proposta de redação opiniões sobre o assunto. Você está de acordo com alguma delas? Apresente os motivos que o levam ser a favor da obrigatoriedade ou contra ela? Você acha que artes e educação física são essenciais à formação dos estudantes do ensino médio? Por quê? Exponha suas ideias numa dissertação argumentativa. | grader_b |
17.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Há alguns dias os jovens estão passando por um caso muito democrático, pois seus direitos estão sendo bastante, prejudicado.
Por tanto nem todo mundo tem condições exatas para poder pagar ou entrar em uma Universidade.
Exatamente durante o mês de maio foi onde ocorreu, varios debates sobre o assunto, onde alguns são a favor e outros contra a Universidade ser de gratuita. Mais se todos aparecem pra observa direito, com os estudos de Universidade grátis teria no Brasil mais jovens, qualificados trabalhando no mercado livre, É através dessas decisões e atitudes que a maioria dos jovens nao tem nem por começo o Português atualizado, se os mais ricos paracem de se importa com si mesmo, e observacem ao seu redor a população mais prejudicada que são a comunidade mais humilde, mais sincera e que sempre correr atrás dos seus direitos. Se pelo menos os jovens da população, mais pobre podecem ser ouvidos teria menos confusão e mais Jovens formados em Universidade e com o diploma na mão.
Tudo isso e só falta de diálogo e atitudes decentes!! | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
14.html | posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo | Nosso atual presidente Jair Messias Bolsonaro tem prometido desde sua campanha eleitoral mudar a legislação brasileira sobre o desarmamento e porte de armas para a legitima defesa da população. O decreto que facilita a posse de armas de fogo já foi assinado, porém vem gerando uma grande repercussão. Atualmente, sem termos essa facilitação da posse de armas no Brasil, sabe-se que há uma grande circulação de armas ilícitas e de pessoas não autorizadas em grande parte do país.
O porte de armas deve ser algo em prol de toda a população brasileira, não só para as pessoas que possuem uma renda alta, pois a população que mora na periferia possui renda baixa (em alguns casos recebem menos que um salário mínimo) e não teriam recursos para a compra de uma arma de fogo e até então elas são os que mais precisam de defesa pessoal, pois nas comunidades ocorrem os maiores índices de mortes. As mulheres, negros, pessoas que moram nas periferias, a comunidade LGBTQ e todas as minorias serão as maiores prejudicadas, pois por muito menos elas já são mortas todos os dias, e isso só será um meio fácil das pessoas fazerem “justiça” pelas próprias mãos de acordo com o que eles acham ou não que é correto.
A segurança publica é dever do estado e não dos próprios cidadãos de cuidarem de si mesmos, podem ser usados os diversos tipos de luta como defesa pessoal. O correto seria aumentar à quantidade de policias e seguranças nas ruas e estabelecimentos, que eles descem mais assistência às pessoas, circulassem mais nas ruas e bairros onde os índices de assaltos são maiores para maior proteção de toda a população, o que resultaria em um índice menor de mortes ou acidentes onde todos se sentiriam seguros mesmo não tendo o porte de qualquer arma de fogo. | [
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] | 2,019 | A opinião do presidente
“O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo
O que é posse de arma?
É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil
Argumentos a favor
• O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1
Argumentos contrários
• A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1 | No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras? | grader_a |
7.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | O "vencer na vida" pode ser interpretado como algo relativo e particular de cada indivíduo, população e cultura. Entre os inúmeros fatores que interferem no ponto de se considerar um vencedor na vida vem o fator fé.
A bíblia relata a fé como "certeza das coisas que se esperam, convicção de fatos que não se vêem ", e, de fato, é algo subjetivo e invisível, mas que influencia objetivamente na vida das pessoas, ajudando-as a enfrentar seus desafios pessoais, que muitas vezes são grandes.
A ciência já constatou que pessoas com fé (independente de suas religiões) são mais felizes, têm melhor recuperação de doenças e possuem um grau de superação maior em relação à quem diz não acreditar em nada.
A Universidade de Duke (EUA), em parceria com a Santa Casa de Porto Alegre (Revista Exame, 2014), chega a mostrar em suas pesquisas os benefícios biológicos de indivíduos submetidos à procedimentos cirúrgicos, apresentando menor resposta inflamatória exacerbada em relação aos demais indivíduos que afirmavam ser ateus.
A oração, por exemplo, já é compreendida como fator de bem estar psíquico, já que permite à mente entrar em um estado de maior tranquilidade, promovendo liberação de endorfinas, além de colaborar em melhora nos níveis de pressão arterial desses indivíduos, diminuição de dores e de insônia.
O livro "Revolução Espiritual", do psiquiatra Harold Koenig, também aborda sobre a influência da fé no bem estar e saúde mental das pessoas, de modo positivo.
Assim, quando respondemos à questionamentos como "o que é mais importante para vencer na vida?", a fé, sem dúvida, é o principal motivo, a base, já que por meio dela conseguimos o essencial para nos fortalecer e dar o próximo passo na vida, sejam em nossas relações amorosas, viagens, curas físicas e emocionais, obtenção de sucesso nos negócios e estudos.
Não há quem vença na vida sem que primeiro tenha acreditado que venceria, ou seja, houve fé. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
19.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | O patriotismo é bom, e fundamental para o funcionamento de um país. Ele é responsável por criar um sentimento de valorização nacional, e contribuí para que a cultura de um país não se apague ao entrar em contato com elementos culturais estrangeiros, o que acontece cada dia mais em virtude do mundo globalizado dos dias atuais. Nesse sentido, cantar o hino em escolas é uma atitude positiva, tendo em vista que contribui na criação de um sentimento patriota na população desde a infância. Toda via, é preciso ter cuidado, para que o patriotismo não se torne uma forma distorcida de nacionalismo xenofóbico, ou uma mera forma do governo reforçar sua imagem diante do povo com fins eleitoreiros.
A criação de um Estado forte e soberano, passa por uma população patriota, que o valorize. Não atoa, muitos dos países mais estáveis economicamente do mundo são também aqueles que possuem altos índices de patriotismo dentre seus residentes. O maior desses exemplos é, talvez, os Estados Unidos, famoso pelas bandeiras asteadas em toda a escola, e por um hino conhecido por toda nação norte americana. Por outro lado, países como a antiga União Soviética, ou a antiga Tchecoslováquia, acabaram se desmantelando justamente por não conseguirem formar uma identidade nacional que ultrapassasse os patriotismos regionais. Uma pessoa que vivesse na Polônia ou na Ucrânia durante os anos 70, dificilmente se descreveria como soviética, mas sim como polonesa ou ucraniana.
Ademais, outra característica importante do sentimento patriota é a valorização nacional. A autovalorização de um povo por sua cultura, é fundamental para a sobrevivência da mesma no mundo globalizado, no qual elementos culturais estrangeiros circulam livremente no Brasil. Como já descrito pelo escritor Nelson Rodrigues, o brasileiro apresenta um "complexo de vira lata" quando se compara a países do chamado "primeiro mundo". Nesse sentido, a execução do hino nacional em escolas, só tem a contribuir com a construção de um sentimento nacional dentre os brasileiros e a sobrevivência de tradições culturais no Brasil. No entanto, é preciso atentar para que o patriotismo não se transforme em um gatilho para práticas xenofóbicas ou um espaço de propaganda partidária.
O nacionalismo, ao contrário do patriotismo, não se restringe apenas a valorizar elementos nacionais, mas acaba por também desvalorizar elementos e populações estrangeiras. Esse tipo de nacionalismo é extremamente prejudicial ao país, uma vez que cria aversão aos estrangeiros, que muito podem contribuir para o desenvolvimento da nação. Como forma de combater esse sentimento, as escolas devem conscientizar seus alunos sobre o perigo da xenofobia, através de aulas temáticas e interdisciplinares, como forma de coibir o surgimento desse sentimento junto ao patriotismo. Além disso, a mídia deve fiscalizar a execução do hino nas escolas, visando denunciar casos em que o espaço cívico se torne um local de "nacionalismo partidário" por parte do governo, visando denunciar essa prática. Dessa forma, terá-se tanto a eliminação do complexo de vira-lata, quanto a prevenção de qualquer número de partido estampado na bandeira nacional. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
1.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | O controle das queimadas na região amazônica é, sim, um desafio internacional, porém há que se respeitar a soberania do estado brasileiro no que diz respeito ao seu território.
Porém lideres políticos do atual governo defendem a ideia de que o Brasil não precisa da intervenção internacional para controlar as queimadas na região amazônica e que esse interesse em intervir, de outros países como a França por exemplo, trata-se de um complô para que o Brasil perca a soberania sobre a região amazônica e consequentemente o seu direito de exploração.
Entretanto o fundo amazônico criado para auxiliar as "ong's" que trabalham com a preservação e combate a queimadas na região amazônica, custeado por alguns países europeus, é a prova cabal de que os recursos internacionais são importantes para o governo brasileiro. Nesse sentido basta observar que a suspenção desse fundo por parte dos países colaboradores, devido a uma reformulação na politica ambiental por parte do atual governo, resultou no aumento no aumento das queimadas, visto que as "ong's" ficaram sem recursos para auxiliar os órgãos responsáveis. Isso levou o governo a tomar medidas emergências : emissão de decreto presidencial suspendendo as queimadas, ainda que legais, e o envio das forças armadas para auxiliar no combate as queimadas.
Portanto fica evidente a necessidade do apoio de outros países na preservação da região amazônica respeitando, sempre, a soberania do estado brasileiro. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_b |
19.html | por-que-os-jovens-querem-deixar-o-brasil | Com apenas 20 anos de idade, o poeta romântico Gonçalves Dias compôs, no século XIX, a “Canção do exílio”, expressão do sentimento nacionalista de retorno à pátria amada. Caso o poeta vivesse no Brasil atual, dificilmente rogaria à Deus para que não morresse antes de voltar aos trópicos. Segundo pesquisa Datafolha, a maioria dos jovens brasileiros – entre 16 a 24 anos – querem deixar o país, abandonar as palmeiras e os sabiás em nome do sucesso que raramente encontram cá, mas é abundante lá. Afinal, o que motiva esses jovens?
O Brasil foi construído sob a miscigenação de diferentes povos. Imigrantes portugueses, espanhóis, japoneses, italianos, entre tantas outras culturas vieram em busca da prosperidade que não desfrutavam em seus países. As Grandes Guerras do século passado, a fome e as perseguições políticas forçaram muitas famílias a cruzarem o Atlântico rumo ao recomeço de vida. Sem dúvida, as crises são fatores preponderantes na decisão de abandonar a própria pátria.
Dessa forma, a crise brasileira desmotiva sobretudo a juventude. O sistema de ensino público, carente de investimento, não instiga o jovem a produzir e transmitir conhecimentos. Universidades sucateadas, como a UERJ, são reflexos de um Estado omisso e despreocupado em garantir a formação intelectual da população. Ademais, mesmo com um diploma, conseguir o primeiro emprego não é fácil: a especialização exigida afunila, cada vez mais, a competição no mercado de trabalho. Estudar, trabalhar e aposentar: no Brasil, sinônimos de frustrações.
Inclusive, no clima de desesperança, nuvens negras do fascismo e da intolerância já são vistas no horizonte. A juventude assiste ao despontar de lideranças autoritárias, cujos discursos já se ouviram na ditatura: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Inevitavelmente, com a democracia ameaçada, a educação abandonada e o emprego que mal paga as contas não bastam estrelas, flores ou amores suficientes para permanecer no Brasil.
Assim, torna-se evidente que, sem estímulos, cada vez mais jovens abandonarão a pátria rumo aos países desenvolvidos. Lá, encontrarão boas escolas, universidades e empregos, além de impostos menores (comparados aos brasileiros); enfim, encontrarão oportunidades de ascensão social. Somente quando o Brasil ofertar dignidade para a sua juventude não haverá fuga da nova geração. Caso contrário, quem ouvirá a canção do sabiá? | [
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] | 2,018 | 62% dos jovens brasileiros querem emigrar
Num piscar de olhos, a população dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná desapareceria do Brasil. Cerca de 70 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais deixariam o Brasil se pudessem, mostra o Datafolha. Na pesquisa, feita em todo o Brasil no mês passado, 43% da população adulta manifestou desejo de sair do país. Entre os que têm de 16 a 24 anos, a porcentagem vai a 62%. São 19 milhões de jovens que deixariam o Brasil, o equivalente a toda a população de Minas Gerais. O êxodo não fica apenas na intenção. O número de vistos para imigrantes brasileiros nos EUA, país preferido dos que querem se mudar, foi a 3. 366 em 2017, o dobro de 2008, início da crise global. Os pedidos de cidadania portuguesa aceleraram. Só no consulado de São Paulo, houve 50 mil concessões desde 2016. Há também grande frustração. “O Brasil de 2010 promoveu as expectativas de que nosso país seria diferente. O tombo foi maior quando se descobriu que não estávamos tão bem quanto se dizia” , explica Flávio Comim, professor de Economia da Universidade Ramón Llull, em Barcelona. “Afinal, o que é ser brasileiro hoje? Não pode ser ‘sou um desiludido, um desesperançado’. Cair nisso é muito perigoso para todos nós” , alerta o diretor de Mobilização do Todos pela Educação, Rodolfo Araújo. Há de fato um clima de desesperança. Levantamento feito no começo do mês de junho pelo Datafolha mostrou que, para 32% dos brasileiros, a economia vai piorar; 46% acreditam em alta do desemprego. “Gera uma angústia muito grande. Se nós já estamos em pânico, imagine os jovens” , diz Marcos Fernandes, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas. Enrico Aiex Oliveira, 19, um dos 12 mil brasileiros que cursam faculdade em Portugal, pretende fazer carreira no exterior. Gostaria de voltar um dia ao Brasil “se houvesse estabilidade econômica, reforma política e melhora na saúde e na educação” . O problema, segundo Comim, é que, “se há um futuro, ele não deve chegar tão breve. E dez anos podem não ser nada na vida de um país, mas é muito na de uma pessoa” . Nessa perspectiva, a vontade de ir embora “é uma atitude racional, de busca de uma vida melhor em um mundo no qual ficou mais fácil transitar” . (Folha de S. Paulo, editado) | Historicamente, o Brasil tem sido um país de imigração: gente de várias partes do mundo deixou seus países de origem para tentar conseguir aqui melhores condições de vida: portugueses, espanhóis, italianos, alemães, japoneses, árabes, coreanos, etc. No entanto, uma pesquisa do Datafolha realizada no mês de junho de 2018 aponta para uma grande mudança nesse quadro migratório. Agora, são os brasileiros que querem deixar o país, em busca de uma vida melhor no exterior: se pudessem, cerca de 70 milhões de brasileiros deixariam o Brasil, isto é, 43% de nossa população adulta. Entre os jovens, na faixa dos 16 aos 24 anos, o número aumenta: são 63% os que querem partir. Na sua opinião, o que explica esse fato? Por que o Brasil teria se transformado num país de emigração? Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre esse tema, apresentando o que lhe parece ser os motivos da mudança e avaliando se essa inversão do fluxo migratório se justifica ou não. | grader_b |
9.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | Atualmente a ciência já desmitificou vários fatos importante de grande relevância com também contribui para sociedade em diverso acontecimento histórico, porém gerou-se outros mitos sobre a terra plana ou redonda.
segundo relatos dos livros de historias no período do século xiv e xv nas grandes navegações expansão marítima tinha diversos mitos sobre a terra que era comentado uns do grande mito o qual desse era sobre de que o planeta era plano e também poderia cair um grande abismo com diversos monstros, entretanto era no período que existia tantos recursos tecnológico com hoje de equipamento de precisão, diversas pesquisas fundamentada, publicação em revista cientifica conceituada a qual demonstra uma veracidade para comprovar para a população porem deixou uma lacuna em aberto para outra parte da sociedade mais em intelectual que desacorda em alguns itens ou duvida sobre a existência. São acontecimento de relevância que trouxe beneficio um exemplo Albert Einstein com uma formula de energia massa velocidade luz onde contribuiu para desvenda à energia atômica é como isso acrescentou para desenvolvimento militar como a bomba atômica mas também com usina nuclear para gerar eletricidade.
por tanto, fica claro que a ciência buscar desenvolver é contribui e demonstra para a sociedade de que realmente pode acreditar nela até porque especulação não tem fundamento cientifico é abstrato. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
12.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | O contingenciamento das verbas das universidades federais que foi anunciada pelo governo, prejudicou vários setores. Gastos como contas de luz, água, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. Quase 5,8 bilhões foram bloqueados.
Hoje no Brasil existem quatro programas importantes para ajudar os estudantes a ingressar no ensino superior. São eles: Sisu, ProUni, Fies, Enem. Os dados gerais nacionais mostram que, nas universidades federais, 50,6% dos estudantes são de escolas públicas.
Estudantes, desde o jardim ao ensino médio, são preparados para concorrer a essas vagas. Questão essa, que foi discutida pelo governador da Bahia, que para melhorar o investimento em vários setores no Brasil, segundo ele, os pais de alunos que tenham condições de pagar uma universidade particular, que paguem por ela.
Já foi a época que só faculdade particular era boa, atualmente a mais concorrência por uma universidade pública do quer particular.
Bem, esperamos que esse contingenciamento seja cancelado o mais rápido possível, pois a população brasileira cresce cada dia mais. Que o acesso a educação seja para todos. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
0.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | Muito se discute, atualmente, no Brasil, a respeito do civismo nacional. Não obstante, o Ministério da Educação viabilizou uma ação na qual as escolas teriam a obrigatória missão de fazer com que seus estudantes cantassem o famoso hino nacional. Não bastasse o cântico, os alunos também deveriam ser gravados cantando-o, fato esse que despertou um sentimento de revolta nos pais, que viram essa imposição como invasiva e autoritária. Nesse sentido, observa-se a paralela questão, no que tange cantar ou não o hino, e se é pelo civismo, o que mudaria?
É válido salientar, que a Lei 12.031 de 2009, hodiernamente vigente pela Constituição de 1988, prevê o hasteamento da bandeira nacional acompanhado da declamação do hino brasileiro. Contudo, observa-se o descaso pela mesma, que em apenas poucas escolas é posta em prática, evidenciando assim, se não a despreocupação, a noção de inutilidade do ato, sendo considerado uma perda de tempo e que não desperta sequer um sentimento cândido pelo país. Torna-se claro então, que mesmo estabelecido por Lei, o cantar do hino por muitos é considerado uma prática ineficiente no que se refere ao despertar do amor pátrio, além de ser visto como uma ação obsoleta.
Destarte, no período que vigorava o Regime Militar - época em que o canto solene já era obrigatório -, tem-se um profundo sentimento de recusa ao que concerne a melodia pátria, pois nesses anos o tinham como uma obrigação e não um ato nacionalista. Além disso, enxergavam-o como uma forma de glorificar o país, mesmo ele anulando inúmeros direitos cidadãs, fato que desagradava os cidadãos, a exemplo da institucionalização do AI-5. Nesse viés, faz-se visível que a imposição, sem a devida concordância da civilização, fomenta a declamação um caráter autoritário e não democrático.
Desse modo, diante do problemático questionamento acerca do ato de cantar o hino nas escolas, é necessário que haja uma breve discussão, no que refere-se a vocaliza-lo, entre todos àqueles que compõem a nação brasileira. É viável também, que o Ministério da Educação se retrate ante a sociedade, desvinculando a solicitação feita às instituições de ensino. Paralelo a isso, é preciso que os meios de comunicação, por meio da sua influência, divulgue o lado positivo de se declarar a melodia, com o fito de se reconstruir uma nova imagem do ato pátrio, que pode sim, servir-se como um gesto cívico de respeito à nação se tomadas as devidas providências. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_b |
0.html | politica-x-ciencia-a-pilula-do-cancer | Muitas foram as pesquisas feitas por cientistas para descobrirem a cura do câncer, um estudo por mais de duas décadas do professor Gilberto Orivalde Chierice do instituto de químico da universidade de São Paulo em São Carlos com objetivo de tratamento bem sucedido contra o câncer.
Pesquisas realizadas em culturas de células e animais de laboratório, a substância apresentou resultados promissores em ambos os casos promissores, e o no organismo do ser Humano mais complexos a realização de todas as pesquisas necessárias o resultado foi satisfatório, quem sabe um dia a fosfoetanolamina realmente venha fazer parte do tratamento de alguns tipos de doença.
Com mascaras cirurgicas e com faixas com diseres como “Tomara que você não precise da fosfo” ou “A cura do câncer existe”, manifestantes sairam na Avenida Paulista a protestar a favor da liberação da pílula.
Algumas pessoas fizeram o uso disseram ter notado uma melhora significativa assim a substancia poderia ser utilizada para garantir uma maior qualidade de vida. Com tudo isso sob a pressão popular, o congresso nacional e a presidente da republica decretou a lei 13.269 em 13 de Abril de 2016 autorizando o uso da substancia fosfoetanolamina sintética a chamada “pílula do câncer”. | [
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] | 2,016 | Pressão popular
Entre as manifestações de brasileiros que saíram às ruas no fim de 2015, um protesto na Avenida Paulista chamou a atenção por defender uma causa diferente às usuais demandas políticas. Com máscaras cirúrgicas, as pessoas ostentavam faixas com dizeres como “tomara que você não precise da fosfo” e “a cura do câncer existe” . Pediam fervorosamente a liberação da “pílula do câncer” . Uma mulher sem o seio esquerdo pintou o corpo de azul e branco, em referência às cores da pílula, e sobre o peito mutilado escreveu: “Foi preciso, mas foi necessário? ” . Protestavam pela regularização da fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” –, um composto criado por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo em São Carlos e defendido por eles e por muitos portadores de tumores malignos como um objeto de tratamento bem-sucedido contra o câncer. O remédio foi objeto de estudo por mais de duas décadas do professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, junto com outros cinco acadêmicos, e distribuído empiricamente a pacientes por 10 anos. Seu uso estava proibido devido à falta de testes definitivos sobre sua eficácia. Desde o dia 13, não está mais: Dilma Rousseff sancionou neste dia uma lei que libera o porte, o uso, a distribuição e também sua fabricação. Seus defensores comemoram a medida, enquanto cientistas criticam a presidente por um ato que consideram “populista” . [El País]
Câncer não é doença
Quem pede pela liberação da fosfoetanolamina sintética fabricada e distribuída na USP São Carlos acredita que a substância pode curar qualquer tipo de câncer. Mas é possível um único composto tratar mais de cem tipos de doenças? Segundo os oncologistas consultados pelo UOL a resposta é não. "É errado chamar o câncer de doença porque na verdade é um conjunto de mais de cem doenças que são tratadas de forma específica", afirma Gustavo dos Santos Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. [UOL Notícias]
Bastante arriscado
"Compreendo que a pressão das pessoas que têm câncer e de seus familiares possa ter movido tanto a Câmara e o Senado quanto a presidente a endossar esse tipo de norma. Porém, é bastante arriscado aprovar uma droga que não tem sequer passagem pelas etapas mínimas de pesquisa farmacêutica", diz Mauro Aranha, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) . Para Aranha, uma substância só pode ser liberada para fins terapêuticos após verificados quesitos como sua efetividade, segurança e a interação com outros medicamentos que o paciente esteja tomando. [UOL Notícias]
Quatro pontos a favor
1 – Tratamento alternativo: Muitos pacientes são desacreditados pelos médicos devido a terem descoberto o câncer em um estágio muito avançado, quando já não é possível fazer quimioterapia ou cirurgias. Nesses casos, a fosfoetanolamina entraria como um tratamento alternativo da doença, garantindo assim uma possibilidade de melhora e até mesmo cura, de acordo com o que for descoberto após todas as pesquisas que precisam ser feitas. 2 – Qualidade de vida para pacientes no estado terminal: Algumas pessoas que fizeram o uso da fosfoetanolamina disseram ter notado uma melhora significativa mesmo quando a sentença de morte já era praticamente certa. Assim, a substância poderia ser utilizada para garantir uma maior qualidade de vida, mesmo que não com o fim de cura ou tratamento. 3 – Efeito placebo: Isso explicaria a melhora de alguns pacientes com câncer que fizeram uso da fosfoetanolamina caso a substância na verdade não possua toda a capacidade que o professor Chierice afirma que ela tem. Não é muito aconselhável, porém já representa alguma coisa para muitas pessoas que precisam lidar com a doença, tanto a sua própria quanto de alguém próximo e querido. 4 – Pesquisas já feitas apontam resultados promissores: Apesar de terem sido realizadas apenas em culturas de células e animais de laboratório, a substância apresentou resultados promissores em ambos os casos. O organismo do ser humano é sim mais complexo, mas com a realização de todas as pesquisas necessárias pode-se chegar a um resultado satisfatório, e quem sabe um dia a fosfoetanolamina realmente venha a fazer parte do tratamento de pelo menos alguns tipos da doença. [Biosom] | Sob pressão popular, o Congresso Nacional decretou e a presidente da República sancionou a lei 13.269, em 13 de abril deste ano, autorizando o uso da substância fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” - por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. A medida atendeu aos anseios de muitos cidadãos afetados por diversos tipos de cânceres e seus familiares, mas desagradou os cientistas, que questionam a eficácia da substância, bem como exigem pesquisas e testes antes da liberação de qualquer produto farmacêutico. Pois bem, se os cientistas, que são as principais autoridades nessas questões, foram contra a liberação, os políticos tinham o direito de contrariá-los, criando uma lei, por assim dizer, contrária aos princípios da ciência? Sobre questões de saúde, quem deve dar a última palavra: a Política ou a Ciência? Apresente sua opinião sobre a questão, defendendo sua posição com argumentos. A coletânea de textos que integra essa proposta de redação pode ajudá-lo a refletir sobre o tema. | grader_a |
1.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | A crise econômica sem precedentes pela qual o Brasil vem passando causou uma piora nos serviços públicos, sobretudo em razão da diminuição na arrecadação de impostos e a consequente redução dos gastos estatais. Um exemplo disso é o recente contingenciamento de parte das verbas das universidades públicas anunciado pelo atual governo, que gerou protestos e aumentou o debate sobre o financiamento dessas escolas superiores.
Uma das características que mais chamam a atenção nas universidades públicas brasileiras é o perfil dos alunos que as frequentam, já que a maioria desses estudantes é de famílias ricas. Isso se deve à dificuldade das provas dos vestibulares de acesso a tais escolas, nos quais são aprovados aqueles que obtiveram melhor preparação nos ensinos fundamental e médio, ou seja, quem teve condição de pagar pela educação.
Dentre as consequências dessa barreira que os estudantes com poucas condições financeiras encontram para entrar nas universidades públicas é a manutenção da desigualdade existente no país, uma vez que, eles têm poucas chances de acesso àquelas carreiras profissionais, às quais o mercado oferece mais vagas e com melhores salários.
Essa discrepância, atrelada às graves dificuldades financeiras pelas quais os governos estaduais e o federal estão passando, demonstra a necessidade de as universidades públicas cobrarem dos alunos que podem pagar pelo ensino superior, o que diminuiria o custo desse ensino para o país. Quem é aprovado para cursos como o de Medicina, um dos que mais demandam recursos estatais, um dos mais concorridos, com maiores notas de corte, é, quase sempre, da classe média alta, que tem plenas condições de pagar pelos estudos. Por outro lado, os mais pobres, que gastam muito do que ganham para pagar impostos, ficam de fora e só lhes resta ir para as faculdades particulares.
Dessa forma, fica claro que é preciso mudar o jeito como as universidades estaduais e federais são financiadas e assim evitar que o governo seja obrigado a reduzir verbas destinadas a elas, ao mesmo tempo em que pessoas ricas tenham acesso gratuito a esse serviço. Isso geraria uma economia de dinheiro, que poderia ser utilizado na melhoria dessas escolas e, mais importante, na abertura de mais vagas, cuja consequência seria a facilitação do acesso, para todos, a essas universidades. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
0.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Estamos vivendo uma epidemia de obesidade e sobrepeso em grande parte do planeta.
É necessário reverter esta situação, conscientizando e alertando as pessoas a respeito dos perigos deste mal.
É comprovado pela ciência e pela medicina, que o excesso de peso pode acarretar sérios problemas e riscos à saúde da população, com o surgimento de muitas doenças e outros males.
Muitas vezes, uma alimentação errada, como as comidas fast food, refrigerantes, salgadinhos, doces, chocolates, etc., contribuem para que as pessoas fiquem com o peso elevado.
Talvez, então, a solução esteja no consumo de alimentos menos calóricos e a mudança nos hábitos alimentares, uma boa dieta, além da prática regular de atividades e exercícios físicos nas academias.
Só assim, estaremos tomando medidas para combater o sobrepeso e ter um padrão e uma qualidade de vida mais saudável. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_b |
17.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | A era da pós-verdade questiona vários aspectos antes visto como "do bem" ou "pró-saúde".
Afinal, vacinação faz bem a saúde ou não?
Segundo a OMS a resistência a vacinação foi considerada uma das dez maiores ameaças à saúde global em 2019.
Muitas pessoas se recusam a tomar vacinas, e muitas vezes impedem que seus filhos tomem, alegando que tomando a vacina é mais fácil de se contrair a doença.
É fácil de se observar que o crescimento da doença sarampo (altamente contagiosa ) chega a 300% nos primeiros 3 meses do ano, em comparação ao ano anterior (2018).
Isso se deu devido a recusa das pessoas à vacinação. As pessoas se negam a serem vacinadas.
Mas afinal, como funciona a vacina? Em si, a vacina é o vírus morto aplicado ao corpo do ser humano, que ao contrair esse vírus morto, crie anticorpos e caso futuramente ele venha contrair a doença, seu corpo está imune a ela.
Falta informação e conscientização às pessoas do bem que a vacina faz e conscientiza-las de que é ideal tomar. Evitando assim a recusa das pessoas a vacina. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
7.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | A série "Aruanas" narra a história de três mulheres líderes de uma ONG, que lutam pelos direitos de preservação da floresta amazônica.
Infelizmente o problema retratado pela série também existe na vida real. Dados mostram que o desmatamento não é um problema recente, que 17% da floresta amazônica desapareceu durante os últimos 50 anos. De acordo com o INPE, em cada 100 incêndios 99 % são de causa criminosa.
Vale ressaltar que o território da Amazônia é essencial para controle da temperatura no planeta, e ao serem queimadas essas árvores liberam gás carbônico para a atmosfera o que agrava ainda mais o aquecimento global. Então pode-se afirmar que o problema não é apenas interno, uma vez que todas essas florestas ajudam também a manter o equilíbrio do clima geral.
Como resolver essa situação difícil? É preciso que os países vizinhos estejam dispostos a contribuir com o Brasil no combate à queimadas e ao desmatamento ilegal. Toda ajuda é necessária para o reflorestamento da Amazônia já que o Brasil não possui verba suficiente para resolver o problema de forma efetiva. Assim as fiscalizações, o controle de queimadas e a punição a empresas clandestinas que desmatam de forma ilegal vão ser intensificados. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
17.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Muito se tem discutido e comentado sobre os problemas críticos que a Amazônia está sofrendo ultimamente. Queimadas, devastação, riscos ambientais é o que está agravando cada vez mais a preservação da floresta amazônica. Este acontecimento não impressionou somente os brasileiros, mas também outros países do mundo.
Convém lembrar de que a Amazônia é algo grandioso para o nosso Brasil, porém deve ser protegida por todos, em função da importância para o equilíbrio ecológico do planeta. Em relação a esses fatos mencionados, a Amazônia deve ganhar status internacional, pois é de extrema necessidade para todas as pessoas.
Em uma segunda análise, observa-se que muitos seres humanos não contribuem para o meio ambiente, ou seja, não dão importância para ocorridos questionáveis como esse. Podemos destacar essa notícia em jornais, programas de televisão e redes sociais.
Faz-se necessário que providências sejam tomadas para que essas complicações sejam suspensas. Governos, população e demais autoridades precisam agir e solucionar esse problema. Se isso não for resolvido, também estaremos comprometendo nossa vida e possíveis problemas de saúde virão. É fundamental que as escolas ensinam os alunos, através de palestras para que ficam conscientes e preservam nosso planeta. | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
14.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | A apropriação cultural contínua das escolas de samba sobre a diversidade de culturas em suas alegorias e fantasias, expressam algo sem ao menos ter conhecimento sobre as suas origens e tradições.
Em seu vídeo publicado no youtube a ativista Katú Mirim, relata como a sociedade expõe certa cultura e seus modos de agir ao público sem haver estudado sobre a seu fato histórico e a cada símbolo retratado, torna-se ato de racismo.
Desde o período colonial é lícito dizer que há uma grande miscigenação de raças, idiomas e diversas culturas no Brasil. E isso faz que a etnia na qual é alvo pertinência seja aberta de modo que tenha conhecimento sobre seus desafios e dificuldades diárias e a cada objeto simbólico estudado. Não tendo teorias sobre o tema abordado pode gerar conflitos entre as raças e a sociedade, gerando violência, derespeito e racismo.
Ademais a persistência em demonstrar multiculturas encaradas como homenagem se torna uma ofensa. Tais povos por exemplo como negros e indígenas, quando possuem acessórios, roupas e outros objetos do povo branco, tem olhares de discriminação sobre a sociedade encaradas de forma etnocêntrica.
Por tudo isso, o ministério de educação e cultura devem apresentar a comunidade em forma de palestras e práticas em todos os institutos abertos ao corpo social a diversidade de grupos que há em nosso país, e que saibam usufruir este conhecimento e expor tal etnia em grandes eventos com fatos relatados. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
5.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Em uma sociedade desigual como a que estamos inseridos, é comum que muitas pessoas, especificamente de renda baixa, tenham a universidade pública e gratuita como uma das principais possibilidades de uma vida melhor. Tendo em vista que o estudo é o principal fator necessário para construir uma vida profissional de maior reconhecimento financeiro e social e que o preço de uma faculdade privada não é acessível a todos.
Além disso, a universidade pública é preferível por grande parte dos estudantes por seu investimento em pesquisas - objeto de estudo fundamental para o desenvolvimento de novos fatos -, característica que só é possível graças à sua gratuidade, já que o dinheiro que seria recebido através de mensalidades não alcançaria o valor que é custeado pela sociedade.
Ainda é possível reforçar que as vagas que são conquistadas na universidade não se devem apenas ao dinheiro gasto com ensino fundamental e médio privado, já que as vagas destinadas aos oriundos de escolas públicas não poderão, de forma alguma, ser ocupadas por ricos que desfrutaram de privilégios desde a infância.
Tendo em vista os âmbitos acima e os gastos altos de uma universidade pública gratuita, a mais viável solução seria não cobrar mensalidades de nenhum aluno, visando a igualdade como todos devem ser tratados, mas criar campanhas de incentivo tanto à doação de dinheiro quanto à serviços comunitários por parte dos alunos a fim de arrecadar dinheiro para a instituição. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
11.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | No Limiar do séc. XXI, a educação de nível superior vem sendo cada vez mais cobrada do que nos anos anteriores. Diversas Faculdades Federais vêm sendo criada abrangendo um grande número de alunos. Por serem gratuitas, essas faculdades são destinadas principalmente para pessoas de baixa renda, mas sabe-se que no Brasil não é bem assim que "a banda toca".
Inicialmente, é importante destacar, que grande parte dos jovens que moram em bairros periféricos, não tem condições de pagar uma faculdade particular, e optam por tentar conseguir uma bolsa, ou vaga em alguma faculdade pública através de vestibulares. Isso dá uma chance desses jovens mudarem sua realidade de vida.
Contrário a isso, existe jovens com boas condições que também optam por faculdades federais, provocando vários gasto que a verba não cobre, e que deveria ser gasto com os alunos menos favorecidos. Consequentemente, isso causa indignação da parte daqueles que realmente precisam da vaga.
Conclui-se que, com o aumento de alunos nas universidades federais, cabe ao MEC propor uma lei, aonde aqueles alunos com uma melhor condição financeira pague uma taxa. Com essa proposta, as universidades terão mais recursos para o bem estar e educação do aluno. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
3.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | A atitude do Ministro da Educação em enviar e-mails às escolas públicas e privadas pedindo que os alunos cantassem o Hino Nacional diante da bandeira foi motivo de sérias críticas por parte de alguns civis. Muitos alegam que a iniciativa tem semelhança com atos realizados na Ditadura Brasileira, iniciada por Getúlio Vargas. Talvez a resistência não tenha sido pelo ato em si de cantar o hino, mas pelo motivo do aviso ter sido entrelaçado ao slogan do atual presidente Jair Bolsonaro.
Tendo em vista essa referência ao slogan de Bolsonaro que acompanhou o aviso, a ação do MEC foi problematizada, pois incentivaria, ainda que indiretamente, uma devoção obrigada ao presidente por parte dos estudantes brasileiros, caso o slogan também fosse reproduzido pelos mesmos. Tal incentivo é preocupante visto que, a República Democrática vigente nos permite descordar dos governos atuantes e ainda permite um estado laico, implicitamente contrariado pelo entrelaço ao discurso do presidente. Impor Deus acima de todos os brasileiros de forma muito forte vai contra a liberdade de crenças.
Em relação ao ato de cantar o Hino Nacional, excluindo a reprodução inadequada da frase do presidente, não seria uma má ideia. Resgatar um pouco do patriotismo que se perdeu com o tempo através do hino nacional nas escolas é uma boa atitude. É importante que tenhamos cidadãos que conheçam, no mínimo, o Hino Nacional e saibam o seu significado. Este conhecimento não remete uma ditadura, é apenas uma forma de valorização do país em que vivemos nos abrigamos, diferentemente de alusões à concordância e devoção total ao governo/presidente atuante.
Diante das questões levantadas, as medidas que poderiam ser tomadas incluem o Ministro da Educação fazer uma retificação em seu e-mail, tirando qualquer referência ao presidente ou à alguma crença deixando para as escola e instituições, de forma imparcial, a execução o Hino Nacional diante da bandeira e, às mesmas citadas, caberia praticar a entoação do hino com os alunos como reconhecimento de um patrimônio nacional. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
16.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Desde o início da civilização ocidental, o sistema greco-romano compõem os alicerces destas sociedades. Com seu cerne no sistema citado, a aplicação da justiça brasileira poderá sofrer mudanças a partir da decisão do STF se um réu deve ou não ser condenado em segunda instância. Diante dessa questão, cabe analisar os dois principais motivos pelos quais a decisão deve ser a favor do encarceramento em segunda instância.
Primeiramente, a revogação da prisão em segunda instância viola o estado democrático de direito. Sabe-se que, na interpretação jurídica vigente, um réu, após ser condenado por um juiz e um desembargador, possui sua liberdade cassada. Entretanto, caso o STF decida pela liberdade do réu até que este seja julgado em terceira instância, o estado estará desconsiderando os julgamentos anteriores dos profissionais defensores da lei. Nesse sentido, a medida em que o órgão governamental de certa forma anulas as duas decisões judiciais anteriores, vigorando apenas o terceiro julgamento, este está, portanto, indo contra o princípio democrático, que baseia-se na decisão da maioria.
Em segundo plano, a retirada do aprisionamento em segunda instância promove a manutenção da impunidade no país. De acordo com Emile Durkheim, em virtude de transformações, as normas e valores sociais de uma civilização podem ser desestruturados. Sob esse viés, em uma sociedade em que indivíduos não possuem sua liberdade retirada após serem condenados em dois julgamentos, ocorre o esfacelamento da norma social de boa conduta.
Em suma, a decisão do Superior Tribunal Federal contra a condenação em segunda instância acarreta em dois grandes entraves para a sociedade brasileira, que serão responsáveis pela desestruturação da moral e da democracia. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
8.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Tudo em excesso faz mal. Com a alimentação não é diferente. Segundo uma pesquisa da BBC Brasil, ela mostrou que quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. No Brasil, isso não é diferente do resto do mundo. Sendo assim, quais seriam as causas do aumento da obesidade e como acabar com ela e ter uma vida mais saudável?
Sabe-se que o excesso de uma má alimentação tem sido o principal fator para o aumento de peso da polução brasileira. As redes de fast food - comida rápida - são as principais causadoras e campeãs em termos de aumento da obesidade. A maioria dos brasileiros, principalmente as crianças, são apaixonados por esse tipo de comida e, claro, também pela comodidade e praticidade que elas proporcionam, além da saciedade momentânea. No entanto, nesse tipo de alimentação esconde vilões, como o sódio, principal potencializador da hipertensão, ou seja, causa a parada do coração, bem como o açúcar, que aumenta o sobrepeso das pessoas.
Além disso, o sedentarismo também contribui para o aumento da obesidade no país. Muitas pessoas passam mais tempo em casa, ainda mais agora com a era das redes socias, conversando no Facebook e no Instagram, por exemplo, do que pedalando, nadando e caminhando em espaços públicos e abertos, enfim, exercitando-se. Tudo isso tem um impacto no corpo, como o acúmulo de gorduras, aumentando, assim, o peso desses indivíduos. E em casos mais graves, levando até à morte, uma vez que a obesidade, segundo levantamentos, tornou-se a segunda causa de mortes no mundo.
Conclui-se, portanto, que medidas simples ajudariam a diminuir a obesidade da maioria dos brasileiros. Como alimentar-se em casa e de preferência com alimentos de origens conhecidas, como as que são feitas em casa, livres de conservantes. Além disso, passar a frequentar mais parques e academias para não deixar o modismo do sedentarismo acompanhá-los. Só assim, eles terão a oportunidade de ter uma vida mais saudável, além de manter a saúde do corpo humano em dia e longe do sobrepeso. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
15.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Apesar dos recentes cortes no financiamento das Universidades Públicas, as universidades públicas brasileiras são exemplo em qualidade de gestão, ensino e pesquisa. Por um lado, precisamos desenvolver outra forma de financiamento para as universidades aproximando-as de uma parceria junto ao setor privado, e por outro, temos que nos atentar a equalização do acesso a elas para as camadas mais socialmente vulneráveis.
Hoje no Brasil, seis entre dez universidades que mais registram patentes são públicas. Apesar dessa excelência demonstrada em dados, parte significativa daquilo que é produzida no ambiente acadêmico não é aproveitada de fato juntos ao setor privado com potencial de desenvolvimento econômico e social, muito se tem produzido, embora nem sempre seja usado para desenvolvimento econômico e social, existe aí um descompasso, entre o que se produz e o que é aproveitado.
Embora tenham ocorrido progressos, o acesso às universidades públicas encontra-se longe da universalidade, quanto a oportunizar a maioria da população brasileira, não deixando de reconhecer os avanços recentes. Contudo, legislações de suma importância deram celeridade e implementaram cotas e metas quanto a criação e reserva de vagas nas universidades.
Por fim, é preciso criar legislações ou fortalecer as já existem que possam garantir o financiamento e fortalecimento das universidades. Fazem-se necessárias Políticas Públicas, que incentivem as parcerias públicas junto ao setor privado, como forma de contrapartida ao financiamento do fomento à pesquisa e desenvolvimento social. Assim, garantirá os avanços expressivos na criação de novas vagas nas universidades, destinando mais recursos, mesmo que para isso seja necessário à criação de novas formas de subsidiar, de forma complementar as já existente. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
19.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Ao se falar de condenação em 2ª instância o assunto traz um grande impasse, e que coloca, sobretudo, uma questão de inconstitucionalidade. As decisões sobre essas condenações vão de encontro a uma cláusula pétrea da Carta Magna, a presunção da Inocência.
Segundo levantamento realizado pelo Ministro Lewandowski, um terço dos recursos de habeas corpus, ao Supremo Tribunal de Justiça, tem suas penas revistas, partindo desse pressuposto, entende-se que as diversas possibilidades de recursos existentes no código penal brasileiro auxiliam na correção de possíveis injustiças.
Contudo, é evidente, em muitos casos, que recursos servem para postergar a penalidade do réu. Se há evidências e provas de sua autoria, não existem razões pelas quais protelar tal decisão, visto que os recursos aos tribunais superiores não tem por objetivo o julgamento individualizado do mérito. Ainda que a condenação em 2º instância venha causar inconformidade e julguem-a inconstitucional, é possível demonstrar o modo como ela vai de encontro a outros princípios constitucionais e favorece, se não aplicada, a impunidade. A exemplo desta temos o caso do jogador Edmundo que em 95 causou a morte de três pessoas em um acidente de transito, por conduzir seu veículo em alta velocidade. Após 4 anos, do fato, ele foi condenado em 1ª e em 2ª instancia. Porém, contestou novamente da decisão e interpôs recursos diversos, tantos foram que, somente depois de transcorridos mais dez anos foram concluídos.
Assim, conclui-se que a condenação em 2ª instância traz créditos positivos a justiça brasileira e o reconhecimento de que ela é efetiva, célere e colabora com a paz social. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
5.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | A grave crise econômica enfrentada no país nos últimos 3 anos, a pior recessão de nossa história e um alto índice de desemprego afetaram gravemente a nossa população. Além disto, os sucessivos escândalos de corrupção investigados e desvendados pela Operação Lava Jato do Ministério Público, trouxeram à tona uma realidade nua e crua: a de que vários políticos, dos mais diversos escalões do Governo, foram descobertos e muitos deles, condenados à prisão por improbidade administrativa, corrupção passiva e ativa e desvios de dinheiro público.
Apesar de todo o sofrimento causado pelo contexto atual e uma “tempestade perfeita” no cenário macroeconômico, houve um aspecto extremamente positivo: despertou nos brasileiros um desejo de mudança, de renovação de seus representantes na Presidência da República, na Câmara de Deputados e no Senado Federal. Pela primeira vez em muitos anos, o PSDB e o PT, partidos tradicionais na disputa política no Brasil, não conseguiram eleger um presidente e perderam vários assentos no Senado e na Câmara.
O recado geral dar população foi também muito claro para os políticos da “velha guarda”, que não conseguiram se eleger ou reeleger: José Sarney, Roseana Sarney, Romero Jucá, Geraldo Alckmin, a ex-presidente Dilma Rousseff e Eduardo Suplicy, para citar alguns nomes tradicionais do cenário político. O PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, terá a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados, tendo elevado de 8 para 52 representantes. Embora a polarização durante a campanha política nacional principalmente entre PT e PSL tenha provocado conflitos, tanto nas redes sociais como em protestos nas ruas, trouxe um amadurecimento e maior conscientização na escolha de seus candidatos.
Minha avaliação é a de que vivemos um processo de evolução, maior rigor na escolha dos candidatos e maior mobilização social sobre os temas que interessam à sociedade como um todo. Portanto, se a polarização trouxe renovação política; se o recado das urnas trará maior seriedade no gerenciamento dos recursos públicos; e se o presidente eleito Jair Bolsonaro respeitar a democracia e a Constituição Brasileira, teremos um saldo bastante positivo: um país de novo na rota do crescimento e uma classe política mais atenta às suas responsabilidades para com o povo brasileiro, que também aprendeu a cobrar seus direitos de seus representantes. O tempo dirá. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_b |
8.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Certamente, vencer é o essencial de tudo, ninguém aceita ser derrotado. Mas, para vencer na vida você deve se dedicar naquilo que tanto deseja ter, não desistir de seus sonhos e objetivos.
Cada erro que você comete é mais um aprendizado para si mesmo, não desista facilmente, corra atrás do seus planos. Se não deu certo hoje, amanhã ou depois irá dar, tenha a paciência para esperar, pois, nada é no seu próprio tempo, nada é como você quer.
A sociedade impõe para quetu compita com outras pessoas, mas tu deve competir com si mesmo, tentar ser uma pessoa melhor com o passar dos dias. Tenha humildade, não se vanglorie com cada conquista sua, se alegre fique orgulhosa de ti, mas tenha a humildade de falar que não foi fácil, mas conseguiste. Aqueles que precisam de ajuda tu deves ajudar, pois quando precisaste alguns estavam ao seu lado.
Nada é fácil nessa vida, você não irá carregar algo nas suas costas se você não conseguir, o caminho vai ser difícil, mas, é esse caminho que valerá a pena. Haverá alguns equívocos, algumas decepções, vontade de desistir, mas lembre-se que você é capaz de ter aquilo que quer.
Tenha uma opinião formada para se defender, uma mente aberta para sonhar alto, desejar sempre o bem para o próximo e não sentir inveja da conquista deles. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
10.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | O nosso país está vivenciando diversos acontecimentos, inclusive a administração do mesmo. Jair Bolsonaro, candidato do partido (PSL), é o mais novo Presidente da República. Mas será que estamos no caminho certo?
Durante o período de eleições, milhares de brasileiros foram para as ruas protestar e fazer manifestações. Cada um foi para defender seus direitos e suas escolhas.
Infelizmente vivemos em um país onde existe muito machismo, racismo e preconceito diante da sociedade. Jair Bolsonaro não aceita a homofobia, declarou que os negros não merecem nada e acha que as mulheres devem ser menosprezadas. É lamentável ter no comando uma pessoa desse tipo, que pensa coisas absurdas.
Cada um pensa diferente e analisa fatos diferentes. Eu, como cidadã brasileira jamais votaria no Bolsonaro. Porém, milhares de pessoas votaram nele para que o Brasil mudasse. As armas estão liberadas para usufruir modo que cada um deseja, não tem limite específico. Se o Brasil já estava complicado antes, imagina agora.
Esperamos e queremos que nos próximos anos, o Brasil esteja mais favorável. Cada indivíduo deve continuar e manter-se do seu jeito, da sua maneira. Vamos nos empenhar e correr atrás do que é nosso também. A iniciativa é o começo de tudo. #Por um Brasil melhor! | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_b |
7.html | redes-sociais-e-manipulacao-politica | O termo anglófono "fake news" (em português, "notícias falsas"), palavra do ano de 2017 segundo o dicionário em inglês da editora britânica Collins, tem se tornado cada vez mais relevante para o debate político público no Brasil, pois essas notícias, amplamente divulgadas nas redes sociais, passaram a ser mais um instrumento de manipulação política nas vindouras eleições de 2018, tornando importante a discussão sobre como os eleitores brasileiros poderão enfrentar essa manipulação.
Mesmo antes de qualquer debate acerca de "fake news", havia outras práticas em vigor na política brasileira com o fim de anular o valor do voto consciente e favorecer determinados partidos e/ou candidatos em eleições. Na história brasileira, por exemplo, não são raros os relatos sobre manipulação por meio de falsas (e, em muitos casos, irreais) promessas de campanha, compra de votos, voto de cabresto, coalizões partidárias eticamente questionáveis e ideologicamente incoerentes, entre outras práticas pouco republicanas.
Esses relatos, contudo, pertencem não só aos tempos da monarquia ou aos primórdios do período republicano brasileiro, mas também aos processos eleitorais mais recentes, com as coalizões duvidosas passando a serem articuladas de modo cada vez menos velado, significando, na prática, a quase inutilidade da luta contra essas atitudes politicamente danosas mesmo antes de as redes sociais sequer poderem influenciar, de qualquer modo, no resultado desses pleitos.
Com a interferência das redes sociais, esse quadro tende não a melhorar, mas a piorar, pois, apesar de essas ferramentas eletrônicas poderem ser ótimos instrumentos no combate a esses males políticos, torna-se cada vez mais nítido que são justamente os grupos mais interessados na manipulação do debate político público os que dominam esses espaços e disseminam as narrativas políticas mais aceitas pelo eleitor brasileiro médio, o qual, pela falta de senso crítico e de real interesse por política, inevitavelmente será refém de toda manipulação imaginável.
É possível concluir, portanto, que o eleitor brasileiro médio não conseguirá combater com sucesso a manipulação política nas redes sociais não só pelo histórico nacional de vulnerabilidade a manipulações dessa natureza, mas também por não estarem reunidos, na população, o senso crítico e o real interesse por política tão caros ao exercício consciente do direito ao voto. | [
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] | 2,018 | Fake news, perfis falsos e análise de dados
A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na versão anterior da pesquisa, divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news (notícias mentirosas) , criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos. Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder, aplicativo usado para relacionamentos. Há também registro de ações organizadas para fazer determinado site ou tema ganhar relevância nos principais mecanismos de buscas da internet, como Google, Bing (da Microsoft) e Yahoo! . E a tendência é que isso se repita na disputa eleitoral brasileira, segundo a organizadora da pesquisa. "Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil", afirmou ela. [Folha de S. Paulo] | Há cerca de dez anos, as redes sociais se tornaram uma arma de manipulação da opinião pública, em especial no âmbito político e durante os períodos das campanhas eleitorais. Isso já atingiu 48 países recentemente e o Brasil está entre eles, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na reportagem que informa esta proposta de redação, é possível entender como esse processo manipulativo ocorre. De posse dessas informações, é o caso de se perguntar o que o eleitor pode fazer para não se deixar enganar, escapar das fake news e das promessas igualmente falsas. Ou seja, para votar conscientemente, em candidatos que ele realmente considere aptos a resolver ou contribuir com a resolução dos graves problemas nacionais. Na sua opinião, de que modo os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais? Se é que isso é possível... | grader_a |
8.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | Em 1808 o acesso ao ensino superior no Brasil era restrito apenas a homens pertencentes a famílias de alto poder aquisitivo. Quase dois séculos depois, essa restrição persiste, embora de forma mais sutil. Por este fato, a privatização das universidades apenas contribuiria com a desigualdade.
Ingressar em uma instituição pública de ensino superior é o desejo de grande parte da população, todavia, não é uma tarefa simples, a começar pelo fato de que os vestibulares têm um nível de cobrança que não condiz com o conteúdo programático da maioria das escolas de ensino básico.
Tal fenômeno ocorre porque o investimento no ensino superior é maior em comparação ao nível básico. Famílias que possuem renda elevada podem custear escolas especializadas em preparar os estudantes para os vestibulares de alto nível, e isso deixa em desvantagem alunos de rede pública que várias vezes não possuem professores nas escolas.
Maiores investimentos no setor básico de ensino poderiam mudar drasticamente a história da educação no Brasil. Tendo em vista que, culturalmente, ingressar em uma universidade pública é mais fácil quando se tem maior quantidade de dinheiro, a privatização tornaria mais penoso o processo de graduação para a população de baixa renda, o que consequentemente aumentaria as taxas de desemprego no país. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_b |
10.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | É nítida a precariedade na educação em um dos países que mais investe em educação superior como o Brasil, em que os estudantes de baixa renda - os quais não possuem recursos financeiros suficientes - competem de forma igualitária com os de alta renda - os quais pagaram, por anos, estudos em escolas privadas. Não é apenas questão financeira, mas também de oportunidades.
Grande parte dos impostos no Brasil são pagos pelos de baixa renda, ou seja, os que arcam com as despesas como salário dos professores, energia, luz, mantimentos das Universidades públicas, as quais correm o risco de fecharem as portas por falta de recurso financeiro.
Notou-se este ano em jornais, revistas, redes sociais as grandes ameaças como os cortes na educação superior, cursos que serão extintos, entre outros, consequências advindas da pouca verba investida em um setor tão importante e que afeta de forma direta, os mais necessitados. O sistema brasileiro não permite que a falta de um serviço seja suprindo com recursos de outro. A privatizaçao afetaria grotescamente aos de baixa renda, principalmente nos cursos de maior concorrência. Novamente nota-se quem são os atingidos, que além de arcar com os impostos, correm o risco de perderem os seus estudos.
A oportunidade é para todos, mas claro que há muita desigualdade quando nos referimos a educação. Por que passar anos pagando mensalidades altas em rede privada e, quando se fala em cursar superior, recorrer às Universidades públicas? Vagas de quem realmente necessita são ocupadas, deixando essas com seu futuro adiado enquanto ambas poderiam juntas, uma cá e outra lá, trabalharem por um país melhor.
Logo, deverá ser estudada uma solução que beneficie maior parte possível dos estudantes. Um projeto para melhorar a organização na política educacional, no direcionamento da verba pública, no quadro da Instituição, enfim, desde que a educação permaneça sendo primordial ao desenvolvimento do país, o crescimento será certo. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
2.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | A busca por oportunidades para melhorar de vida é constante e é vista na história da humanidade. Faz parte da essência do homem perseguir seus objetivos, por meio de metas que podem ou não levar ao sucesso. Algumas pessoas se apegam à religião como algo primordial à vida, outras, por sua vez, céticas, acreditam que o esforço pessoal é o que basta para o sucesso.
Talvez o equilíbrio entre a fé, o esforço individual e o estudo seja o segredo para uma vida com realizações. Não que o sucesso, neste caso, permaneça constante, mas a fé é importante para que, nos momentos em que ocorram falhas no percurso da vida, mostre que existem caminhos diferentes para se chegar aonde se quer e que não é preciso desistir na primeira dificuldade. O esforço e o estudo também sofrem inconstâncias.
Além disso, o acesso à saúde é primordial e faz parte da esfera social, devendo ser de fácil acesso a todos. Entretanto, a dificuldade imposta pelo sistema de saúde pública no país impõe uma visão utópica, o que distancia este direito da população mais carente. Já o laser também tem sua importância dentro do contexto citado, e não isoladamente.
Em suma, melhorar de vida requer lutas diárias, fé seja em qual for o seu deus ou crença, saúde, estudo, iniciativa, resiliência, e tantos outros fatores que culminam no bem-estar físico, pessoal e profissional. Os fracassos fazem parte de um caminho de crescimento individual, pois tiram as pessoas da zona de conforto e impulsionam a superar os desafios, sendo que a busca por forças superiores também auxilia espiritualmente o indivíduo a se manter firme em suas decisões. Assim, o equilíbrio rege o homem e o leva a melhorar de vida. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
9.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | Apropriação cultural significa uma pessoa poder usar elementos de outras cultura como roupas, símbolos e vários outros elementos. Que tenham algum significado para determinada cultura.
Ao usar em um festival como carnaval a "fantasia" de índio estará cometendo apropriação cultural, sim estará pois não á nem um indígena no local que permitiu fazer o uso da sua cultura. Apropriação cultural só acontece quando você faz o uso da cultura sem a permissão do grupo e quando a zombam.
Mas se você fizer o uso dos elementos da cultura no meio daquele povo com o consenso deles, até eles se agradaram pois mostrará como uma forma de respeito e interesse pela cultura.
Apropriação cultural foi um tema muito debatido após o carnaval de 2020 onde houve até famosos que fizeram esta atitude. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
19.html | direitos-em-conflito-liberdade-de-expressao-e-intimidade | A liberdade e privacidade na vida é um princípio básico e muito bem desejo em nosso cotidiano.
A prinmeira dama exigiu a sua privacidade pelo fato de não querer se expor em redes sócias, em assuntos que não a deixava a vontade. e preferindo assim, fazendo que tirassem para que, se sentisse tranquila em seu dia-a-dia.
Entretanto, muitos a criticaram em fato que poderiam haver coisas explicitas que muitos teriam duvidas sobre sua vida e de seu marido, para que, assim desvendasse aquilo que muitos almejam.
Porém, o indivíduo usou isso de uma forma errônea, porque todos nos temos direitos de liberdade e isso foi uma invasão de privacidade. Contudo, o jornal quis aproveitar a situação e pegar carrona na noticia, mas não percebendo a desagradavel situação. | [
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] | 2,017 | A letra da lei
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Constituição Federal de 1988
Proibição
A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça de Brasília censurou reportagem da Folha sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado. Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado. (...) Segundo o juiz, os fundamentos apresentados pela defesa da primeira-dama são "relevantes e amparados em prova idônea". "A inviolabilidade da intimidade tem resguardo legal claro", diz o despacho. Folha de S. Paulo
Opinião
A imprensa tem de ser livre porque a liberdade de expressão e de informação está no capítulo dos nossos direitos fundamentais, a saber: o Artigo 5º da Constituição, que é cláusula pétrea. Lá se lê: “IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;” Logo, a Constituição veda que se proíba a imprensa de publicar isso e aquilo. Mas é preciso ver se outro dispositivo não está a ser desrespeitado. No caso em tela, o Inciso X, que vem na sequência, reza o seguinte: “X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” . E foi com base nesse arcabouço que a Justiça decidiu (...) . Reinaldo Azevedo
Conflito
“O jornal não violou nenhum segredo judicial. Não vi nada no texto que pareça violação da privacidade da Marcela. Tudo o que está na reportagem está num processo público” , diz Roberto Dias, professor de direito constitucional da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. O caso é um exemplo clássico, segundo Dias, de conflito entre dois valores que são preservados pela Constituição: o direito à liberdade de expressão versus o direito à intimidade. "Em casos de conflitos como esse deve prevalecer a liberdade de expressão sobre o direito à privacidade, já que a informação divulgada é pública", defende Dias. Professora de direito constitucional da USP, Monica Herman Salem Caggiano escreveu um artigo sobre esse tema que será publicado num livro a ser editado por uma universidade da Itália, a de Camerino, fundada em 1336. "O embate entre privacidade e liberdade de expressão é uma questão delicada. Mas, a meu ver, o que está na internet você não pode retirar. A reportagem se baseia em informações públicas, que não podem ser ignoradas, escondidas ou colocadas nos bastidores. O direito de informar deve ser privilegiado. "Folha de S. Paulo | Em abril do ano passado, um hacker clonou o telefone da primeira-dama Marcela Temer e tentou chantageá-la, ameaçando divulgar conversas que jogariam “na lama” a reputação do presidente da República. O hacker foi rapidamente preso e condenado por estelionato e extorsão. Neste ano, quando publicaram reportagens sobre o assunto, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo foram surpreendidos por uma liminar que os proibiu de fazê-lo, obrigando-os a retirar do ar textos já publicados em seus sites na internet. A proibição dividiu opiniões. Para alguns, foi considerada censura e um atentado à liberdade de expressão. Para outros, uma defesa legítima da intimidade da primeira-dama. Por trás desses fatos, revelou-se um conflito entre dois incisos do quinto artigo da Constituição Federal, que se referem justamente aos dois direitos: a liberdade de expressão e a inviolabilidade da intimidade do cidadão. Leia os textos da coletânea sobre o caso e redija uma dissertação argumentativa apresentando e defendendo seu ponto de vista sobre o tema: que fazer quando há conflitos entre dois direitos como esses? Qual deve prevalecer? Por quê? | grader_a |
9.html | perigos-do-universo-digital | Uma das maiores preocupações dos pais, nos últimos anos, é encontrar maneiras para proteger seus filhos contra os perigos da internet, já que a facilidade para acessar este ambiente e disseminar informações de forma indiscriminada pode trazer consequências muito negativas à vida de crianças e adolescentes.
Prova disso é a quantidade crescente de jovens que sofrem "bullying" ou que tem sua intimidade exposta através da internet, levando muitos deles a caírem em depressão ou até mesmo a cometerem suicídio, tamanho o impacto que tais ataques têm em suas vidas. Os agressores, na maioria dos casos, também são jovens e fazem parte do círculo social da vítima, sendo que muitos não tem plena consciência do mal que estão praticando. O anonimato propiciado pela internet também facilita a ação de pedófilos que criam perfis falsos nas redes sociais para se aproximarem de crianças, incitando-as a compartilharem fotos e vídeos para satisfazer seus desejos pervertidos.
Neste cenário, muitos pais perguntam sobre qual a melhor maneira de defender seus filhos, já que é difícil impedi-los de acessarem a internet através de computadores e celulares, dada a ampla disponibilidade de tais aparelhos. Forçá-los a fornecer senhas de redes sociais ou instalar filtros nos navegadores não é o suficiente, pois muitos dão um jeito de burlar as regras impostas por seus pais. O melhor caminho, portanto, ainda é dialogar com os filhos sobre a importância do respeito ao próximo e da preservação da própria intimidade ao usar a internet, alertando-os sobre as ameaças ocultas no vasto universo cibernético.
Por fim, a sociedade não pode esperar que a tarefa de proteger crianças e jovens contra os perigos da internet seja feita apenas pelas escolas e pelo poder público. É fundamental que os pais estreitem os laços de confiança e amizade com seus filhos, pois o diálogo em família ainda é a melhor arma para diminuir o número de vítimas e agressores no mundo virtual. | [
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] | 2,017 | Nomofobia
Nomofobia é uma doença relativamente nova que pode ser definida como o medo de ficar sem celular, até mesmo pânico, caracterizando uma fobia de ficar sem celular. E não é um transtorno para ignorar, porque pode ter consequências para a saúde. Entre os sintomas mais comuns, ansiedade e estresse de perder o telefone ou não ter cobertura de operadora de internet/WiFi para se manter conectado. Esta dependência psicopatológica vai além de uma fobia simples. Baixa autoestima e dificuldades nos relacionamentos sociais são fatores de risco do transtorno. O vício no sistema de recompensa de redes sociais – como os likes de Facebook, retuítes, views em vídeo de Youtube, e ‘corações’ no Instagram – também pode ser um fator que contribui na dependência, pois é uma forma de obter pequenos prazeres psicológicos de forma fácil e rápida. Sozinho, é possível tentar se “desviciar” aos poucos, encontrando outros interesses que não sejam na internet e tentando priorizar as atividades offline e os encontros sociais presenciais. E também começar a considerar que não é necessário tirar foto de todos os momentos da sua vida para colocar em Instagram, Facebook, Snapchat, etc. Psicoativo
Pornografia e estupro
O alerta está sendo dado por Sue Berelowitz, Comissária para a Infância no Reino Unido, que aponta que não há cidade ou vila em que as crianças não estão sendo vítimas de exploração sexual. O número de vítimas está na casa dos milhares e, segundo Peter Davies, diretor do Child Exploitation and Online Protection Centre, uma em cada 20 crianças é vítima de abuso sexual. E o acesso precoce à pornografia na internet está na raiz desta exploração: as crianças estão crescendo com uma visão totalmente deturpada do que é sexo e do que é um comportamento sexual normal. Alguns dos meninos que estavam envolvidos em atos de abuso sexual falaram que “era como estar dentro de um filme pornô” . Hypescience
Família
“A internet mudou o mundo e isto é fantástico. Com ela as crianças podem aprender, se divertir e entrar em contato com pessoas com os mesmos interesses", argumenta o especialista Ernie Allen. “O lado negativo é a enorme exposição de menores de idade a imagens de conteúdo adulto, a comportamentos de agressão verbal e bullying, à pornografia, além da proliferação de crimes como roubo de identidade, uso inapropriado de dados pessoais, tráfico de armas, venda de drogas e redes de pedofilia. Existem medidas simples e básicas para minimizar os riscos para as crianças, mas são pouco utilizadas pelas famílias. As empresas de tecnologia têm feito um enorme esforço para promover o uso gratuito de filtros e sistemas de bloqueio de conteúdos inapropriados para menores, mas apenas 28% dos pais empregam estes sistemas. No caso de celulares é ainda pior: o uso cai para 16%. ” BBC Brasil | Alguém consegue viver sem a internet nos dias de hoje? Ela possibilita interagir com novas pessoas, fazer compras, obter informações, estudar, jogar, assistir filmes e ouvir músicas. Possibilidades não faltam, seja no computador, no tablet ou no celular. Mas existe um outro lado da moeda. Entre os perigos da web, encontram-se o vício no mundo virtual e o isolamento do mundo real, sem falar em questões ainda mais graves ou até mesmo em crimes: bullying virtual, violação da privacidade, pedofilia, exposição precoce à pornografia, etc. Para proteger crianças e adolescentes, os especialistas alertam para a necessidade de os pais ficarem atentos ao que os seus filhos veem ou a seus relacionamentos no mundo virtual, mesmo que isso possa ser considerado invasivo. Na sua opinião, essa vigilância maior dos adultos é suficiente para evitar que os jovens corram perigos online? Ou, no caso dos adolescentes, a responsabilidade não deve recair também sobre eles mesmos? O que fazer para se proteger dos perigos do mundo digital? Redija um texto dissertativo-argumentativo expondo seu ponto de vista sobre o assunto, fundamentando-o com argumentos. | grader_a |
0.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | No que se refere à apropriação cultural, é possível destacar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, a interação entre culturas diferentes contribui para o enriquecimento cultural não só do indivíduo, mas também da sociedade; por outro, o uso indevido de adereços de um povo pode causar ainda mais intolerância.
Relativo ao apoderamento de outras culturas, a adoção de costumes distintos por um país ajuda a modelar um caráter mais tolerante na sociedade, uma vez que ao conhecer a história de um povo pode-se olhar para o mundo por um outro ponto de vista e compreender as suas lutas e dificuldades.
No entanto, a apropriação fora de contexto aliada à ausência de conhecimento histórico resulta numa maior austeridade entre os grupos culturais, visto que a ignorância de indivíduos faz com que retratem de forma pejorativa os traços culturais de outros povos.
Desse modo, é importante que antes de se apropriar de adereços e costumes de uma cultura, as pessoas busquem não só entender o significado, mas também a origem, através de livros e documentários para uma maior flexibilidade e menos preconceito entre culturas diferentes. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
5.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | No contexto atual, com as divisões politicas mais extremisadas muitas ideias como essa do hino acaba tento proporções inesperadas. Visto que o sistema educacional tem problemas mais relevantes a serem resolvidos com maior rapidez isso se torna fútil no momento.
Em uma primeira analise é preciso entender que o hino não nacional é muito importante para enaltecer o patriotismo. Mas com as divisões politicas que existe hoje no Brasil pré e pós-eleições 2018, ideias mal passadas acabam dando margens para interpretações maldosas, de caráter politico. O hino já foi obrigatório nas escolas por leis no governo Getúlio Vargas.
Em uma segunda analise não é difícil entender a oposição a ideia, pois o sistema educacional brasileiro tem grandes problemas, haja visto que em um ranking sobre educação, elaborando pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil ficou em 35º no qual contava com 36 países avaliados. Então seria muito relevante o gasto de tempo e recursos do Ministério da Educação com falta de livros, melhor capacitação dos professores e das escolas.
Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário analisar os fatos os quais são a favor e contra a ideia, no momento atual o hino não deve ter toda essa importância, pois o governo deve priorizar o efetivo conhecimento educacional, através de medidas para melhorar o ambiente escolar, alimentação dos alunos, matérias de ensino. Uma vez que são direitos básicos exigidos por leis. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
8.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | Todos os anos, foliões vão as ruas fantasiados ou utilizando simbolos das mais diversas culturas como a indígena por exemplo. Uma simples tradição, que no entanto vira polêmica por aqueles que não aprovam essa prática, alegando ser desrespeitosa e perpetuacão de estereótipos, alcunhando a prática de apropriação cultural. Todavia esses se esquecem que uso desses símbolos é um fenômeno não apenas natural e espontâneo como também benéfico para uma sociedade.
Primeiramente, é importante pontuar que a cultura de um povo não é algo fechado e restrito, pelo contrário, é um processo dinâmico sujeito a mudanças no decorrer do tempo. O intercambio cultural entre povos é um fenômeno que permeou toda a história da civilização. A cultura ocidental é resultados das trocas culturais que se originaram do período helenístico. Outro exemplo se dá na formação da rica e diversificada cultura brasileira construída sobre o tripé do povo indígenas, africana e europeia.
Além disso, o uso desses símbolos representa uma forma de preservação da memória histórica de um povo. Durante o carnaval, os blocos de rua e desfiles de escolas de samba cumprem esse papel homenageando as diversas culturas por meio dos figurinos e enredos com mensagens de união e tolerância promovendo assim um belo espetáculo. Outro exemplo é a capoeira, uma prática originada dos escravizados que se difundiu no país e hoje representa a luta daquele povo contra o regime escravagista. Dessa forma a assimilação de culturas presente nessas manifestações promove inclusão e memória histórica.
Desse modo, fica evidente que a crítica negativa ao uso de fantasias não faz sentido diante a natureza espontânea desse processo. Ademais, não considera a importância da apropriação cultural à medida que contribui para o amadurecimento de uma sociedade. Sendo assim, o folião pode celebrar ainda mais sabendo que a fantasia de índio não é instrumento de depreciação mas sim de representatividade. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
1.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | Desde o grande avanço da tecnologia, tem surgido algumas dúvidas e questionamentos em relação à ciência, que sempre tem sido contestada por muitas pessoas.
Um dos assuntos mais questionados tem sido a eficiência das vacinas que varia de um ano para o outro.
De acordo com a organização Mundial da Saúde, o impacto das vacinas de baixa eficácia em nível populacional não foram determinadas, por outro lado, a falta de informação e a divulgação de informações não científicas tem contribuído para a reemergência de diversos países do mundo e põe em risco planos globais.
Deste modo a população deve estar bem informada quanto aos riscos e benefícios da vacinação e os profissionais da saúde devem assumir o papel de divulgar informações verídicas, com compromisso ético e profissional junto à sociedade. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
0.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | De acordo com a poesia do poeta maranhense, nauro Machado: "Um atrás do outro, atrás um do outro, ano após ano, ano após outros, minuto após minutos, século após séculos, e de novo um atrás do outro, um atrás do outro". Se ainda, estivesse vivo, certamente conversaria com ele, hoje, sobre sentido dessa frase que de imediato estaria relacionado com "a ciência na era da pós-modernidade", em virtude da discussão da vacina e do formato da terra, mostra-se como um dos debates da atualidade.
Certamente, hoje, em sociedade existe um grande debate sobre se a vacinação é realmente eficaz durante a vida. Seria, sim, mais uma incredulidade geral de certas instituições, com intuito de moldar a sociedade a favor de seus pensamentos, mesmo após o primeiro ato esses membros estarão construindo uma sociedade negativas a cerca das décadas subsequentes.
Da mesma forma, um dos grandes contra versas de que a terra não é redonda é o estadunidense Eric Dubai, autor do livro "200 provas que a terra não é uma bola giratória". Com isso, conquistou adeptos em todo mundo, de certo modo a terra é redonda que gira em torno do sol e provas que tenhamos em sociedade como: o homem na lua satélite, fotos e vídeos.
A poesia citada inicialmente, com os argumentos expostos, não está seguindo a mesma lógica. Portanto, os grandes estudiosos como: médicos, cientistas universitários, demostrar de maneira clara para a sociedade civil que não só as problemáticas abordadas como outros assuntos seja esclarecido, promovendo esclarecimento da ciência antes da pós-modernidade. Só assim a poesia de nauro Machado, estará alinhado com o tema sem nenhuma desconfiança. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_a |
18.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | Em uma primeira análise, ressalva-se a importância dos laços internacionais para a preservação dos interesses brasileiros, no mundo globalizado sobra pouco espaço para individualismos, pois mais que nunca, questões quanto a preservação ambiental se tornaram mundiais, devendo as nações trabalharem juntas para se alcançar meios eficazes de proteção das diversas áreas florestais.
Considerando a prévia colocação, é de interesse brasileiro que esses laços internacionais sejam fortalecidos, pois planos de proteção como o acordo de Paris são de amplo interesse brasileiro, já que nosso país possui algumas das maiores reservas florestais do mundo. A manutenção desses laços significa reconhecer a gravidade do problema e aceitar incentivos direcionados a sua solução.
Levando isso em conta, a questão da soberania que foi posta na balança se torna irrelevante, já que o interesse da preservação é tanto nosso quanto dos demais países, e os incentivos fortalecem também a economia pois o país sustentável se torna turisticamente atraente para a população mundial.
Em uma última análise, reforça-se que não é a soberania nacional que está em jogo, mas a imagem do Brasil como país capaz de tomar decisões racionais. É necessário que a população demonstre sua postura e influencie nas decisões dos nossos representantes para uma boa manutenção de laços internacionais com consequências benéficas a longo prazo mundial e nacionalmente, pois afinal como refletia Confúcio, "não corrigir os erros do passado é o mesmo que cometer novos erros". | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
10.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | O nosso país está vivenciando diversos acontecimentos, inclusive a administração do mesmo. Jair Bolsonaro, candidato do partido (PSL), é o mais novo Presidente da República. Mas será que estamos no caminho certo?
Durante o período de eleições, milhares de brasileiros foram para as ruas protestar e fazer manifestações. Cada um foi para defender seus direitos e suas escolhas.
Infelizmente vivemos em um país onde existe muito machismo, racismo e preconceito diante da sociedade. Jair Bolsonaro não aceita a homofobia, declarou que os negros não merecem nada e acha que as mulheres devem ser menosprezadas. É lamentável ter no comando uma pessoa desse tipo, que pensa coisas absurdas.
Cada um pensa diferente e analisa fatos diferentes. Eu, como cidadã brasileira jamais votaria no Bolsonaro. Porém, milhares de pessoas votaram nele para que o Brasil mudasse. As armas estão liberadas para usufruir modo que cada um deseja, não tem limite específico. Se o Brasil já estava complicado antes, imagina agora.
Esperamos e queremos que nos próximos anos, o Brasil esteja mais favorável. Cada indivíduo deve continuar e manter-se do seu jeito, da sua maneira. Vamos nos empenhar e correr atrás do que é nosso também. A iniciativa é o começo de tudo. #Por um Brasil melhor! | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
8.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Certamente, vencer é o essencial de tudo, ninguém aceita ser derrotado. Mas, para vencer na vida você deve se dedicar naquilo que tanto deseja ter, não desistir de seus sonhos e objetivos.
Cada erro que você comete é mais um aprendizado para si mesmo, não desista facilmente, corra atrás do seus planos. Se não deu certo hoje, amanhã ou depois irá dar, tenha a paciência para esperar, pois, nada é no seu próprio tempo, nada é como você quer.
A sociedade impõe para quetu compita com outras pessoas, mas tu deve competir com si mesmo, tentar ser uma pessoa melhor com o passar dos dias. Tenha humildade, não se vanglorie com cada conquista sua, se alegre fique orgulhosa de ti, mas tenha a humildade de falar que não foi fácil, mas conseguiste. Aqueles que precisam de ajuda tu deves ajudar, pois quando precisaste alguns estavam ao seu lado.
Nada é fácil nessa vida, você não irá carregar algo nas suas costas se você não conseguir, o caminho vai ser difícil, mas, é esse caminho que valerá a pena. Haverá alguns equívocos, algumas decepções, vontade de desistir, mas lembre-se que você é capaz de ter aquilo que quer.
Tenha uma opinião formada para se defender, uma mente aberta para sonhar alto, desejar sempre o bem para o próximo e não sentir inveja da conquista deles. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
18.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | O novo ministro da educação mandou e-mails para escolas públicas e privadas dizendo que alunos, professores e funcionários deveriam prestigiar a bandeira e cantar o hino nacional, por mais que a proposta já tenha sido decretada por lei no ano de 1936.
Nos dias atuais os jovens não sabem se quer o hino nacional completo, porém há outras prioridades no ensino para se preocupar, como o salário dos professores e funcionários, a segurança da comunidade escolar, a qualidade do ensino.
De certo modo ser patriota é fundamental, pois vivemos em um país extremamente bonito e diverso, enfileirar os alunos, professores e funcionários todos os dias é desnecessário, não podem obrigar os alunos, professores e funcionários a saudar um país que não nos dá segurança.
Portanto podemos dizer que a lei que fala para cantar solenemente o hino nacional nas escolas já foi testada e desaprovada pela população, como disse anteriormente, é algo completamente desnecessário, assim poderíamos usar o tempo de cantar o hino para a educação ou para ensinar a respeitar a diversidade. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
17.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | A onda conservadora tomou proporções significativas com a eleição do novo presidente do Brasil (Jair Bolsonaro). A marola cresceu e virou uma grande onda que varrerá o país nos próximos quatro anos. E pode-se dizer que essa benéfica mudança é fruto de uma decepção gradativa que vem de anos.
Os próximos quatro anos serão marcados por mudanças radicais em nosso Brasil. No que se refere a termos políticos a transformação foi severa, com a troca da maioria dos governantes e parlamentares. Isso reflete o clamor nacional pela recuperação de valores, e com certeza foi de extrema importância essa rotatividade porque limpou os velhos costumes empreguinados e colocou uma nova esperança para a nação, com menos privilégios políticos e mais justiça.
Do ponto de vista social é possível afirmar que melhoras significativas virão junto com a onda conservadora no novo governo 2019 – 2023. A expectativa é de leis mais rígidas em defesa da população de bem para punir aqueles que atentam contra a constituição, como também a conservação dos princípios inerentes a família e a criação familiar.
Indubitavelmente, os próximos quatro anos serão totalmente opostos aos anos antecessores. O governo em busca de moral social e princípios políticos justos vêm com força para mostrar aos eleitores que fazem parte da onda conservadora que a decisão deles foi correta. E realmente será. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
15.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | No Brasil contemporâneo em que o cenário contempla acaloradas discussões políticas, emerge a questão sobre cantar o Hino Nacional Brasileiro nas escolas. O assunto veio à tona novamente após um e-mail do Ministro da Educação, propondo que alunos e professores de escolas retomem essa prática. Cantar o Hino Nacional em escolas está previsto em leis que remontam desde a Era Vargas, na década de 30, até uma recente lei publicada durante o governo do ex-presidente Lula.
O Hino Nacional Brasileiro é um dos símbolos da República Federativa do Brasil, junto da bandeira, das armas e dos selos nacionais, entoá-lo é prestar uma reverência à própria nação e sua história e também reverberar o espirito patriota. É um ato de valorização histórico-cultural, porque nos remete ao episódio da independência, da força do povo brasileiro que conquista a liberdade com braço forte, da dimensão colossal de nosso país, das maravilhas naturais e do quão acolhedora é nossa "mãe gentil", a pátria brasileira. Sendo essas as mensagens contidas na letra do Hino Nacional, melhor lugar não há para ser cantado do que nas escolas, onde há a concentração de pessoas em formação.
Em que pese a tendência por movimentos cívicos seja característica do militarismo, estimular os alunos à prática desses atos não é uma tentativa de remontar a ditadura militar, mas exaltar o Brasil como nação por meio de suas próprias marcas: Sua história, sua grandeza, a luta do seu povo e a beleza de uma nação grandiosamente bondosa e acolhedora. É ensinar o quanto devemos amar nosso país, nosso próprio povo e a história dele, lutando para que aqui seja um lugar cada dia melhor, começando justamente com as bases: Nossos estudantes.
Entoamos não apenas o Hino Nacional como também o Hino da República, que conclama a liberdade e que essa abra suas asas sobre nós. Cantemos também o Hino da Independência que cintila "brava gente brasileira" e que "do universo entre as nações/resplandece a do Brasil", dentre outras canções deste segmento que, sobretudo, exaltam a beleza e exuberância do povo, da nação, da terra, da pátria brasileira. Reavivar essa prática é marcar nos estudantes o quão nobre é nossa nação e com essa consciência, formar pessoas orgulhosas pela própria história e confiantes o suficiente para construir a "paz no futuro" com a "glória no passado". | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_a |
10.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. Com isso, a epidemia alimentar, quando se refere ao sobrepeso e à obesidade, seja por discriminação social, seja por falta de instrução alimentar, reflete essa realidade.
É indubitável que o governo federal bem como as aplicações de leis esteja entre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a discriminação social contra indivíduos que sofrem de distúrbios alimentares - os chamados "gordinhos" -, rompe essa harmonia, haja vista que, embora existam grandes avanços em projetos de leis, há lacunas que permitem a ocorrência dos crimes, como as muitas vítimas que sofrem por não ter acessibilidade adequada nos transportes públicos coletivos. Desse modo, evidencia-se a importância do esforço da regulamentação como forma de combate à problemática.
Outrossim, destaca-se a falta de educação alimentar como elemento marcante ou impulsionador da epidemia alimentar. Segundo Paulo Freire, se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a inexistência instrucional alimentar pode ser encaixada na teoria do filósofo, uma vez que, se a família, que é a grande responsável por gerir e formar o indivíduo, não ensinar a sua descendência bons hábitos alimentares, a tendência é a pessoa ser influenciada a adotar o mesmo comportamento. Assim, enquanto existir a mentalidade de que a escola é responsável por 100% de todo o ensino que pode ser transmitido para uma criança, o problema continuará se agravando no Brasil.
O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço da epidemia alimentar, deve torna-se efetivo uma vez que a discriminação social e a falta de educação alimentar continuam intrinsecamente ligada à realidade do país. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar o sobrepeso e a obesidade, construindo uma sociedade mais fiel aos princípios fundamentais da constituição. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
13.html | escravizar-e-humano | No Brasil e em outros paises no mundo ainda existe a escravidao apesar do indice brasileiro for baixo Ainda é um problema no pais. Uma grande maioria dessas pessoas que são escravas não tem sequer escolaridade esse é um fator que gera uma consequencia devido a alta dificuldade em entrar no mercado de trabalho sem o minimo de estudo há também pessoas que migram de outros paises ilegalmente e vão para as zonas rurais brasileiras aonde fica concentrado os "escravos mordenos"
Na Amazônia em anos e anos resgatam um numero consideralmente de escravos em pessimas condições de higiene é a maioria de 15 a 40 anos. Estudiosos acreditam que a escravidão moderna existe por um fator lucro uma pesquisa feita estima que a escravidão moderna gera o equivalente a quatro das empresas mais lucrativas do mundo.
A maioria é afetado por essa nova escravidão pois governo gasta receitas altas para processar casos de escravidão moderna esse dinheiro poderia ser investido na educação, saúde, seguranças entre outros. Contratar novos fiscais para a escravidao moderna e cria algo que gera empregos além de dar apoio a vitima da escravidao ja seria um começo para erradicar esse novo comercio ilegal. | [
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] | 2,016 | Panorama atual
Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta. [UOL Notícias]
Consequências da escravidão
A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo. [50 for Freedom]
A situação brasileira
Segundo aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida. [UOL Notícias] | A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão. | grader_b |
12.html | preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional | O filme "Avatar" apresenta o planeta Pandora, local habitado pelos extraterrestres "Na´Vis", os quais mantêm uma relação harmoniosa com a Natureza. Entretanto, a chegada dos humanos à procura de metais preciosos nesse território perturba a paz dos nativos e ameaça o equilíbrio ambiental. Embora ficcional, esse panorama retrata a busca de ganho monetário em detrimento da preservação do Meio Ambiente, como as constantes perdas da cobertura vegetal da Amazônia, propiciadores do agronegócio. Com isso, o combate à exploração amazônica é um incontestável e urgente dever brasileiro.
A princípio, é preciso analisar as causas da destruição da Amazônia. Nesse sentido, muitos agropecuaristas inconscientes desmatam essa região, ao retirar a vegetação natural, para formar pastos, onde ocorrerá a criação de gado, o qual posteriormente será comercializado. Esses locais, com o decorrer do tempo, após o intenso pisoteamento dos animais, desgastam-se e, consequentemente, perdem sua fertilidade. Além disso, também são realizados incêndios para facilitar a remoção da cobertura vegetal, o que libera CO2 em excesso, o qual fica retido no ar, intoxicando-o, principalmente pela falta de árvores que realizam a fotossíntese, ou seja, retêm dióxido de carbono e liberam oxigênio. Logo, esse tipo de pecuária não sustentável destrói o Meio Ambiente e deve ser combatido.
Por conseguinte, esses crimes contra a Amazônia suscitam debates acerca da responsabilidade governamental do Brasil, focadas, atualmente, nos incêndios iniciados em Rondônia, que se espalharam para outros lugares do país e, ainda, não foram resolvidos. Desse modo, ao considerar a soberania brasileira com relação à região amazônica, denota-se a responsabilidade intransferível que o país tem de cuidar de sua preservação, além de prevenir crimes, o governo precisa fiscalizar adequadamente essas áreas e impedir a exploração desnecessária.
Portanto, cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento incentivar, por meio de pagamento de subsídios agrícolas aos produtores, a prática da pecuária sustentável na Amazônia, ao rotacionar o uso do solo, evitando desgastá-lo, além de incitar a plantação de árvores para reduzir o impacto do agronegócio. Ademais, o governo deve fiscalizar essas áreas para que não haja atividades ilegais, impedindo a exploração mostrada em "Avatar". | [
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] | 2,019 | Status internacional
O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo
A Amazônia é nossa
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado) | No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação. | grader_a |
4.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | A crise econômica das universidades públicas tem sido muito discutida nos últimos meses. Enquanto alguns defendem a privatização, outros insistem que deve ser mantido o ensino público e gratuito. Entre os dois extremos, existem aqueles que defendem que doações e parcerias privadas devem ser incentivadas, além de serem criadas mensalidades proporcionais aos estudantes de alta renda. Porém, acima de qualquer discussão de opiniões, deve-se ressaltar a desigualdade econômica existente no Brasil.
De fato, o direito à educação deve ser oferecido a qualquer pessoa que busque uma oportunidade, porém, isso deve ser feito de forma que todos tenham a mesma chance. Visto que, muitos dos estudantes de universidades públicas fazem parte dos 20% mais ricos do país, se faz necessária adoção de políticas que garantam a igualdade na disputa das vagas para um ensino público e de qualidade.
Com o objetivo de amenizar essa situação, o governo federal, divulgou no mês de Maio, alguns cortes que serão feitos em relação as verbas, antes, direcionadas a determinadas universidades públicas. De acordo com o governo, esses recursos serão destinados aos ensinos fundamental e médio, visando promover maior qualidade na educação básica pública. Essa decisão causou vários protestos pelo Brasil, tanto contra como a favor à medida aplicada.
Portanto, é possível concluir que parte da população apresenta vantagens no processo de ingresso às universidades públicas, em relação aos menos favorecidos economicamente. Resultando no monopólio da educação gratuita. Essa situação influência negativamente a realidade de muitas pessoas, que acabam pagando a conta dessa crise criada na gestão das universidades públicas brasileiras. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
15.html | epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade | O mundo evoluiu, trazendo junto a sua evolução alguns problemas, dentre eles o sobrepeso e a obesidade que acomete crianças, adultos e idosos causando lhes sérios problemas de saúde que podem inclusive levar a morte. A organização mundial da saúde atribui o excesso de peso e a obesidade a vários fatores, e tem se preocupado em alertar a população a respeito disso, como a mesma já declarou: um desses fatores é a propaganda que exerce importante influência para o crescimento desses problemas.
A alimentação é considerada a maior vilã de todo esse transtorno, mas outros agentes causadores desses problemas são: a genética, pois existe a questão da hereditariedade, a cultura, que depende do meio onde a pessoa está inserida e até a economia, no que diz respeito a falta de recursos para uma boa alimentação. Aliado a isso, somos bombardeados diariamente tanto nas redes sociais, como na televisão e nas ruas com propagandas de comidas nada saudáveis que acabam sendo irresistíveis e tentadoras.
Um público alvo dessas propagandas são as crianças que não resistem a mistura prazerosa de açúcar, sal e gordura, quem não se lembra do comercial do Mc Donald`s, onde eles ofereciam brinquedos como brindes dentro do pacotinho de lanche como uma forma de atrai-los, muitos pais mesmo sabendo do risco fazem a vontade dos filhos, alguns cientes de que a longo prazo problemas de saúde podem aparecer, e quando estes aparecem são ali jogados fora toda uma infância, ou dependendo da situação toda uma vida.
Contudo, a criação de hábitos saudáveis começa em casa, com uma boa educação alimentar procurando atenuar ao máximo problemas de saúde futuros. Para combater a questão da desigualdade econômica e a cultura, os governos poderiam diminuir a taxação sobre alimentos saudáveis para que esses pudessem ser mais acessíveis a todos, e criar nas escola um programa que substitua a merenda escolar tradicional por uma mais saudável, fazer palestras e seminários com o tema e investir pesado em propagandas de incentivo a boa alimentação. | [
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] | 2,018 | Perigo imediato
De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado
Múltiplos fatores
O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense
Relação emotiva e química
Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista | Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão. | grader_a |
8.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | Nunca se falou tanto no país em direita e esquerda, em conservadorismo e liberalismo, talvez, depois de 1964, temos a maior polarização política nesses últimos tempos, em 2010, era considerado quase um crime se declarar de direita, com isso surgiram dois grandes problemas, o primeiro é que o Brasil é um país conservador, segundo é que em consequência deste conservadorismo, algumas ideias liberais modernas dificilmente serão bem recebidas.
Em 2010, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o censo sobre religião declarando que o 86,8% do Brasil é cristão, em sua maioria católica. Isto por si só já prova o quanto o país é conservador, em agosto de 2018 o Datafolha publicou uma pesquisa onde que 59% dos brasileiros eram contra a legalização do aborto. Alguns comentaristas políticos durante uma programação na rádio Jovem Pan de São Paulo, pouco antes das eleições, tinham afirmado que estas seriam decididas em pautas morais.
Consequentemente o lado mais liberal dessa história foi perdendo espaço, pra se ter uma ideia o país está com mais de 13 milhões de desempregados, segundo o IBGE, mas a população parece está mais preocupada é em assuntos como: casamento gay, aborto, pena de morte, armamento, entre tantos outros. Um importante fator para a decadência da esquerda brasileira foram as mídias sociais, pela qual a população passou a acompanhar mais de perto o passo a passo deste movimento e viu que suas ideias feriam os seus princípios.
Diante disso está mais do que provado que o Brasil é um país conservador e que não vai, pelo menos nos dias atuais, se amoldar a esse sistema liberal que bate de frente com seu moralismo, quem sabe talvez daqui a uns 50 anos isso pode mudar, mas a única certeza que se pode ter é que o país não quer negociar seus princípios, as eleições presidenciais de 2018 provaram que os números estatísticos estão certos pois
Estas eleições estavam bem polarizadas entre conservadorismo e liberalismo. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_b |
14.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | De acordo com a constituição federal todos têm o direito à ampla defesa, no entanto, todos os réus responderem em liberdade até a última instância, não será benéfica à sociedade, ou seja, os infratores ficaram soltos praticando crimes, aumentando o sentimento de insegurança do cidadão.
O direito de responder em liberdade é uma garantia que vem expressa na constituição federal, em um dos artigos determina que nenhuma pessoa será considerada culpada até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, porém, existem casos que a lei prejudica o cidadão e beneficia ao bandido.
Além disso, a sensação é que a impunidade aumenta a cada leis e decretos sancionados, ou seja, a justiça deve beneficiar ao cidadão a não ao bandido, pois, para não ser preso, basta não cometer crimes.
Outro ponto a mencionar é a insegurança que as novas leis poderão trazer as vítimas que foram prejudicadas por tais infratores, isto é, caso eles permanecerem soltos voltarão a cometer crimes à pessoa que o denunciou, acarretando infrações mais sérias.
Diante disso, é importante ressaltar o dever de cumprir as leis impostas leis, porém, o supremo tribunal federal deve priorizar o cidadão, criando súmulas que trazem benefícios à sociedade e não ao bandido, com isso, o país se tornará um lugar justo. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
7.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | Em meados do século XV a.c., originou-se o alfabeto fenício, primeiro a ser usado em larga escala, originando todos os outros os alfabetos da atualidade. Destacando esse contexto, torna-se pertinente destacar a temática de apropriação cultural, levando em conta fatores como liberdade individual e as trocas culturais.
Primeiramente, entende-se liberdade como o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa. Tendo em vista isso, descreve-se como expressão da própria liberdade o direito de usar elementos cultural de um povo, desde que não seja com o intuito de ridicularizar e menosprezá-lo.
Além disso, evidencia-se a constante miscigenação cultural ocorrida desde os primórdios da colonização brasileira. Nos apropriamos de conhecimentos, hábitos, músicas e de diversos elementos culturais, assim como no caso do alfabeto fenício, por se tratarem tratar de elementos que não se caracterizam como monopólio, ou seja, posse exclusiva ou propriedade de um só.
Torna-se necessário, portanto, que o conceito de apropriação cultural seja tratado como processo natural de troca cultural entre a população. Assim, cabe ao governo nacional estabelecer uma nova definição judicial pra esse termo, e implantar em leis a liberdade de apropriação. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_b |
4.html | escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido | Representado pelo projeto de lei 193/2016, o movimento “escola sem partido” alega proteger alunos da doutrinação coordenada em escolas de todo o Brasil. Ao longo da história, conflitos foram travados a fim de defender ideias, fronteiras foram construídas e territórios tomados. O conhecimento é a arma mais poderosa, e o debate é a sua munição. Sendo assim, a chamada “neutralidade política na educação” apresentaria eficácia contra o senso crítico dos jovens?
Deste modo, controlar o que é dito em sala de aula limita o conceito de lecionar, que deveria ser feito através da troca de conhecimentos. Tamanha é a responsabilidade em defender um ideal, ainda mais tendo a visão focada apenas em um dos lados, a ignorância apresenta perigo para a sociedade. Entretanto, no caso de jovens que dominam o assunto político o ameaçado é o Estado.
Analisando casos da educação sendo controlado, a escola foi palco de divulgação de ideias, onde, distorcendo a realidade, esculpiram a mentalidade de uma geração. Sendo assim, privar o debate político e livre é uma maneira de cultivar uma geração submissa ao que geradores de opinião propagam. Em tempos onde adolescentes organizam grupos políticos e discutem questões sociais, o movimento “escola sem partido” seria um retrocesso e mais um motivo para a revolta dessa legião de ativistas. | [
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] | 2,016 | O debate
O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui)
Liberdade de crença
Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui)
Suposta doutrinação
O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) . | Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta. | grader_a |
5.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Prolongada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem social. No entanto, um dos maiores problemas é a desigualdade de rendas, impossibilitando que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para nossa sociedade.
A educação é o fator principal no desenvolvimento de um país. Modernamente ocupando a nona posição na econômica mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no número de desemprego. Segundo o filósofo Platão o importante não é viver, mas viver bem.
Diante do exposto cade-se salientar que a população não pode aceitar negligência do governo.
Infere-se, portanto que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
16.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | É de fundamental importância destacar, de como a ciência transformou-se no mundo atualmente. Por esse motivo, a era da pós-verdade influenciou grupo de pessoas, governos, instituições sociais e meios de comunicação. Isso aconteceu, porque muitos ocorridos são questionados, sem saber a verdadeira certeza. De uma forma ou de outra, os indivíduos desconfiam e acabam comentando sobre temas diversos.
Pode-se mencionar também como exemplos, a terra, vacinas, vírus de HIV e espécies. Nesses fatos citados, as vacinas ressaltam de maneira mais ampla, por ser um fato preocupante, já que trata de saúde.
Em uma segunda análise, a tecnologia também está presente, pois o uso da internet é excessivo e fatores como boatos e mensagens falsas podem ser criados e divulgados por meio da mesma, comprometendo a afirmação. Muitos métodos científicos são utilizados para experimentos, atividades e testes abrangentes do determinado conteúdo. Além disso, alguns casos são comprovados e esclarecidos.
Conclui-se por meio desses aspectos, que a ciência da pós-verdade jamais será ignorada. Teorias e técnicas científicas precisam ser exploradas e realizadas para o melhor desenvolvimento e credibilidade do nosso planeta. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_a |
11.html | direitos-humanos-em-defesa-de-quem | Os direitos humanos foram elaborados com o intuito de trazer igualdade e benefícios para a população em geral, de modo que todos tenham seus direitos garantidos. No entanto, o mundo viveu e vive uma época de grandes conflitos e esses direitos vem
Durante toda a história guerras, mortes e terrorismo faz parte dos países em geral. Tais situações temos a primeira e segunda guerra mundial, entre outras, além de um número incalculável de pessoas feridas e mortas. O terror presente mesmo em países mais desenvolvidos, como o exemplo, o ataque as torres gêmeas, em setembro, na cidade de Nova Iorque, repercute ainda hoje.
Segundo a constituição todos são iguais por lei, porém essa igualdade está bem longe da nossa sociedade, tais situações são perceptíveis como exemplo muitas pessoas ainda não possui uma moradia, passando os dias e as noites nas ruas. O salário dos homens ainda continua superior ao das mulheres. Essas desigualdades vem principalmente de consequências dos conflitos sociais e éticos, como os descritos acima e o machismo presente em nossa sociedade.
Dessa forma mesmo com os direitos humanos sendo desrespeitados, é preciso que o povo acorde e levante, garantindo seus direitos, além do respeito às leis e ao próximo e uma supervisão mais segura e detalhada com o que está sendo feito. | [
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] | 2,018 | "Criminosos e terroristas"
Na opinião de seis em cada dez brasileiros, “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas” . O percentual de concordância com tal afirmação no Brasil é mais alto do que em outros países. Os dados são de uma pesquisa inédita do instituto Ipsos, obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. A pesquisa “Human Rights in 2018” , da Ipsos, foi feita em 28 países, incluindo o Brasil, com 23,2 mil entrevistados, entre os dias 25 de maio e 8 de junho de 2018. Ainda de acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados acreditam que algumas pessoas tiram vantagem injusta sobre direitos humanos. [UOL Notícias]
O que são direitos humanos?
O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) fez com que brasileiros debatessem o que significam exatamente os direitos pelos quais ela lutava, gerando acaloradas discussões online. De um lado, aqueles que lamentavam a perda de uma política ativa na defesa de minorias, e do outro insinuações de que como defensora dos direitos humanos ela “defendia bandidos” e que isso poderia ter uma relação com seu assassinato. Mas afinal, o que são direitos humanos? Defender os direitos humanos é defender bandidos? Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos, como, simplesmente, o direito à vida. Mas estão incluídos neles também o direito à moradia, à saúde, à liberdade e à educação. A advogada especialista em direitos humanos Joana Zylbersztajn, doutora em direito constitucional pela USP e consultora da Comissão Intramericana de Direitos Humanos na OEA (Organização dos Estados Americanos) lembra que “uma pessoa que comete crime tem direito à defesa, ao devido processo legal, e que cumpra pena à qual ela foi julgada” . “Os direitos humanos não vão garantir impunidade, vão garantir que a pessoa tenha defesa, tenha um processo justo. Isso é difícil de entender, às vezes” , diz Zylbersztajn, citando os sentimentos de “vingança” , de “não querer que criminosos tenham direitos protegidos” . [BBC Brasil]
“Engajada com bandidos”
A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) , afirmou no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL) , assassinada na quarta-feira, estava “engajada com bandidos” . O comentário foi feito como resposta a uma postagem do advogado Paulo Nader, que chamou a parlamentar de “lutadora dos direitos humanos” . [Revista Veja]
Direitos Humanos ou Direito dos Manos?
O problema atual da segurança pública do Brasil não guarda nenhuma relação com os Direitos Humanos, não são os direitos positivados causador da péssima eficiência do serviço público de segurança do país. O péssimo serviço prestado, pelas policias, está intimamente ligado com a má gestão dos políticos corruptos; e não com os direitos conquistados ao longo dos séculos à custa de sangue de inocentes. Os infinitos recursos protelatórios no Direito Penal estão ligados com a má vontade dos deputados e senadores em modernizar o código penal, talvez com medo de serem pegos pelas próprias mudanças, afinal, grande parte dos congressistas estão envolvidos em escândalos e serão julgados pelo código penal que é anterior a Magna Carta, então o ideal é ser julgado por um código penal ineficiente e, com um código de processo penal que admita recursos intermináveis. [Site JurídicoCerto, editado] | Seis em cada dez brasileiros acreditam que os direitos humanos só servem para defender bandidos, conforme pesquisa recente sobre o tema. Esse modo de ver o assunto é equivocado na visão de sociólogos e juristas, entre outros estudiosos da questão. Mesmo assim, os direitos humanos ainda provocam grande polêmica na sociedade brasileira, pois não faltam defensores qualificados da ideia de que não se respeitam esses direitos no caso das vítimas da violência generalizada que assola o país. Com a ajuda dos textos da coletânea e com base em seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação apresentando o seu ponto de vista sobre esse debate, justificando com argumentos a sua opinião. Afinal, a quem beneficiam os direitos humanos? Por quê? | grader_b |
9.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Recentemente há uma discussão que está em andamento no Supremo Tribunal Federal, se o réu aguarda o julgamento em liberdade ou é preso no máximo em segunda instância. Muitas vezes é necessário rever o caso para não haver injustiça, pois cada caso é um caso, mas em determinados casos, quando as evidências são comprovadas na primeira instância, é necessário expedir a prisão do réu logo no início, por fazermos parte de um país que permite certas liberdades e facilidades, como por exemplo o caso do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva que está sendo acusado por vários processos.
Nesses últimos anos o que mais vemos e acompanhamos de notícias no país é que o mesmo está respondendo por vários processos (do sítio em Atibaia, tríplex no Guarujá, envolvimentos por receptação de benefícios por licitações, entre outros), mas como a justiça aqui no Brasil é lenta e está mais que comprovando o seu envolvimento direto nestes casos, faz-se necessária a prisão imediata para não haver a liberdade de pedir asilo político a outros países e assim permitir-se ficar livre.
Enquanto não tivermos uma justiça precisa, eficiente e certeira, todos sem exceção devem cumprir a mesma regra para que não haja injustiça perante os demais. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
15.html | criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica | A tecnologia tem crescido muito nos últimos anos e possibilitou evoluções em inúmeras atividades e áreas na qual temos contato, inclusive na economia. Mas toda essa evolução não parou nos caixas eletrônicos e internet bankings, recentemente temos ouvido falar da moeda digital ou a criptomoeda que está crescendo e em passos curtos conquistando seu espaço no mundo.
Podemos afirmar que a criptomoeda traz vantagens interessantes, como a praticidade no momento de usar seu "dinheiro" para fazer algum tipo de troca no nosso mundo capitalista e a dificuldade de roubo. Entretanto, há desvantagens que provocam uma reflexão profunda sobre o uso da criptomoeda neste momento. O acesso ao novo sistema monetário seria através da internet, mas nem todos os países estão prontos para isso. No Brasil, por exemplo, pouco mais de sessenta por cento da população tem acesso à internet, isso significa que parte da população teria mais dificuldades em termos de poder aquisitivo por não ter acesso à internet.
Outra grande preocupação seria o fim dos bancos, esse acontecimento aumentaria demasiadamente o número de desempregados, causando maior desigualdade e miséria nos países, principalmente os emergentes. Além disso, há também as questões de segurança, quanto mais a internet cresce e ganha valor, mais hackers bem capacitados aparecem, o que coloca em risco a segurança do dinheiro virtual e também de dados pessoais.
Todavia, a criptomoeda seria um ótimo sistema monetário quando se pensa em um futuro, onde os países já estejam bem desenvolvidos e igualados em termos como empregabilidade e meios de comunicação, caso contrário o processo dificultaria ainda mais a inclusão de diversos países emergentes na globalização. Como disse Yla Fernandes "é preciso subir degrau por degrau, não se chega lá em cima sem passar por cada etapa". Para o bom funcionamento da criptomoeda é necessário que problemas mais simples sejam resolvidos.
Diante das informações apresentadas seria interessante, caso a implantação do novo sistema monetário se torne uma meta global, que os países, junto com órgãos competentes, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Ministério da Economia e Ministério da Educação, no caso do Brasil, invistam no desenvolvimento de profissões futuras, aumentem a porcentagem de acesso à internet de qualidade dentro dos países e trabalhem a preparação e adaptação dos funcionários de bancos à criptomoeda evitando futuras crises econômicas. | [
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] | 2,019 | O que são criptomoedas?
Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado)
Dispensando os intermediários
O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br
Blockchain: garantia de segurança e descentralização
A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia | Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente? | grader_b |
8.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | É notório o aumento da discussão acerca da influência da ciência na era da pós-verdade. Devido a existência de diversos grupos com pensamentos opostos, bem como o aumento da divulgação de informações a partir do advento da internet, há diversas teorias, consagradas no meio científico, sendo contestadas.
Observando esse cenário, é possível perceber uma crescente divulgação de pensamentos divergentes de ideais antes tido como dogmas. Alguns grupos tem apresentado versões diversas que trazem a tona discussões acerca de algumas verdades historicamente construídas, tais como as que refutam a necessidade de vacinar as pessoas, evitando a proliferação de doenças. Quem se opõe, garante a não segurança da imunização, pois pode tornar os microrganismos responsáveis pelas doenças ainda mais resistentes. No entanto, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, em 2017, quanto maior a cobertura da população com vacinações, menor é a chance do fortalecimento dos vírus e bactérias no ambiente.
Além disso, é importante destacar o papel das redes sociais e outros meios de comunicação virtual na divulgação de dados nem sempre com respaldo científico. Essa ampliação maciça de notícias traz dúvidas pelo excesso de informações às pessoas, que não conseguem formar sua opinião a respeito dos fatos a partir de fontes imparciais.
Logo, é importante que o governo amplie a divulgação, através de fontes oficiais, de dados e informações verídicas a respeito, sobretudo de temas importantes, como questões relacionadas à saúde pública, definindo a partir de evidências e comprovações científicas o que é verdade, evitando a disseminação de notícias que possam diminuir a segurança de todos. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_b |
13.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | Atualmente o número de processos criminais no Brasil é muito grande, com isso a prisão após a condenação do réu em 2ª instância, se torna insensata, pois as prisões brasileiras estão superlotadas, e esse fato supracitado só piora tal situação.
Em primeiro lugar devemos destacar que uma decisão nesse sentido favorece a injustiça. Além disso no direito penal brasileiro existe um grande número de recursos que devem ser respeitados. Uma vez que é direito do réu permanecer em liberdade até que se esgotem todos os recursos disponíveis.
Dessa maneira para mudar a realidade do nosso país o Governo Federal deve criar leis que proíbam a prisão em 2ª instância. Como disse Desmóstenes : "É necessário que os princípios de uma política sejam justos e verdadeiros", Ou seja, deve ser preso quem realmente merece ser preso! | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_b |
19.html | carnaval-e-apropriacao-cultural | No que se refere, a apropriação cultural é um problema que está relacionado ao racismo. Dentre outras fatores, destaca-se um grave problema, que é a pessoa não ter vivido os preconceitos raciais e ainda não conhecer a cultura que está apropriando-se no Carnaval.
Certamente, a apropriação cultural no Carnaval é um preconceito racial velado, pois a pessoa afirma não está cometendo racismo. Usar cocar no Carnaval é ignorar o fato de muitos indígenas terem sido caçados e mortos no começo do Brasil e ainda serem mortos até hoje.
Além disso, o problema de uma pessoa está usando pinturas corporais, cocares e roupas indígenas como uma fantasia carnavalesca, sem mesmo conhecer a história daquela cultura. Apropriação cultural é um ato de caçoar com o passado daquele povo, pois você não conhece a origem daquela cultura e os costumes delas.
Dessa forma, percebe-se a falta de conhecimento cultural que o próprio povo brasileiro tem de outras culturas nacionais e internacionais. São necessárias políticas públicas, do ministério da educação para maiores acesso a escolas com maiores conhecimento culturais do nosso próprio país e de outros. Assim teremos mais respeitos com nossas várias culturas brasileiras e mundiais. | [
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] | 2,020 | Índio não é fantasia
Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1
Troca de culturas
"Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil | No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura. | grader_a |
0.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | É indiscutível que o sistema educacional brasileiro está corrompido há muito tempo, e cada vez mais, estamos caminhando para uma verdadeira concepção da ignorância.
A polêmica relacionada ao corte de recursos para formação superior, evidência-se como uma comprovação de que aqueles que deveriam ser os responsáveis pela administração de um Ministério da Educação de fato preocupado em garantir a fomentação do saber e o cultivo do aprendizado da população, não cumprem com suas respectivas funções.
Cada vez mais a sociedade se vê a mercê de não somente representatividade, mas também de voz, além da emancipação da falta de conhecimento. Prova disso, está no número demasiado de jovens que são prejudicados com as diversas negligências educacionais, e simplesmente não se dão conta da proporção do problema, já que, na maioria das vezes, se quer buscam compreender o que se passa no âmbito político, socioeducativo, e dos direitos fundamentais dos indivíduos.
Portanto, mostra-se de extrema importância que nós, enquanto cidadãos desta nação, devemos promover manifestações para reivindicação do alicerce da humanidade; a educação, visto que esta é o maior investimento para um futuro próspero. Além disso, ao passo que a manipulação de pessoas se torna algo comum, é necessário que sejamos um país crítico, lutando contra a obscuridade do desconhecimento. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
4.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | Conforme os dicionários brasileiros, pode-se compreender que a fé consiste em uma convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade. A fé é algo possível a todos, uma vez que não corresponde a um bem que se precisa adquirir antes: para ter fé, basta - de fato - acreditar! Assim sendo, quando uma pessoa deseja melhorar de vida, a fé, dentre os itens mencionados na pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil, é o item mais rápido de ser acionado e ser desenvolvido, mesmo que não seja o único responsável pela mudança e ainda possa ser uma força motivadora durante o processo.
Ter estudos, saúde, trabalho, dinheiro, aposentadoria, apoio financeiro da família, cultura e lazer, enfim, todos esses itens, em algum momento, dependerão de outros fatores e pessoas para obter e desenvolver. Pode depender de políticas públicas, de bens familiares, de oportunidades de emprego geradas pelas empresas, da natureza. Ter fé depende apenas da capacidade individual de "plantar" esperança no presente independentemente das circunstâncias deste. E não se pode negar que a realidade de muitos brasileiros carece de recursos.
Pode-se pensar que ter fé na mudança de vida (e independentemente de qual religião a pessoa seja) é o primeiro passo, mas não significa que o sujeito em questão não irá acionar outros itens que irão ajudá-lo nesse processo de mudança. Na religião cristã, é ensinado que a fé sem ações "é morta", perde o sentido de existir. De fato, alguma atitude no mínimo é necessária para mudar a realidade pessoal: para pedir ajuda ou auxílio e mesmo que seja para ganhar algo, é necessário se identificar como ganhador, alcançar o "prêmio" e utilizá-lo de alguma forma.
A convicção na melhora de vida conforme há esforço para tal também pode ser entendida como uma força motivacional, necessária para manter o sujeito focado durante as dificuldades que poderão surgir. Aprimorar nos estudos, buscar um trabalho melhor, ir atrás dos direitos para a aposentadoria nem sempre são atividades simples, requer persistência, paciência na própria evolução, para as quais são necessários controle emocional e mental, os quais podem ser beneficiados pela fé.
Segundo o escritor latino Publilius Syrus que viveu antes de Cristo: "Bis vincit qui se vincit", ou seja, vence duas vezes quem vence a si mesmo. Nos dias atuais, superar a própria realidade continua a ser uma grande vitória, uma conquista louvável. Para tal, pode-se contar com a fé, a qual é uma força popular e gratuita. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_a |
8.html | um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia | A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5, é clara ao determinar que, salvo nas hipóteses de prisões cautelares, ninguém será preso até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, ou seja, até que não caibam mais recursos. Apesar da previsão legal, o Supremo Tribunal Federal (STF) fez um "malabarismo interpretativo" ao julgar legítima a prisão do réu em segunda instância.
Nesse contexto, a Corte Suprema, quando julgou o tema, se afastou de sua função precípua que é aplicar a lei, tendo em vista que a competência para elaborá-las é do Poder Legislativo. Sem dúvida, o STF, ao passo que ignorou a interpretação literal e lógica da Constituição, se comportou como um rei absolutista que cria e aplica as normas ao seu próprio alvedrio.
Ademais, erroneamente, argumenta-se que a prisão após segunda instância é necessária, uma vez que o julgamento completo de uma ação penal, com o esgotamento de todos os recursos, é muito demorado e, assim, o réu permanece em liberdade durante todo o processo, de modo a fortificar o sentimento de impunidade perante a sociedade. Contudo, é importante dizer que não é razoável que alguém seja antecipadamente punido por pura ineficiência do Poder Judiciário em dar celeridade às suas demandas. Ora, se há morosidade, isso deve ser solucionado de uma forma que não aniquile o princípio da presunção de inocência!
Portanto, tal medida validada pelo STF é um atentado contra a ordem constitucional. Por conta disso, para sanar tal controvérsia, deverá o Poder Legislativo aprovar lei que detalhe claramente a vedação à prisão em segunda instância, sob pena de violação a um caro direito fundamental. | [
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] | 2,019 | O que está em vigor até o julgamento da questão
As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo
Como e por que isso pode mudar
O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo
Argumento para não mudar
Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias
Como funciona em outros países
Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias | No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores? | grader_a |
16.html | cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao | Sabe-se que a valorização nacional é algo fundamental em uma nação, isso estimula os fundamentos ético morais do cidadão. O ato de cantar o hino nacional desperta um sentimento de amor à pátria e proporciona um efeito de responsabilidade, onde todos devem proteger as nossas riquezas e cuidar da nossa gente.
Toda criança deveria ser estimulada a cantar o hino, desta forma, elas iriam crescer valorizando a nação e teriam uma formação educacional de qualidade, sabendo das suas obrigações e executando os seus deveres. Cantarolar a canção nacional é importante e deveria ser em todas as escolas, pois ensina valores aos seus alunos.
Um grande exemplo de patriotismo, onde se prega a valorização da responsabilidade e dos ensinamentos morais, são os militares. As instituições de ensino militar têm um nível de educação superior aos demais colégios, isso se deve ao aprendizado, que desde cedo são ensinados a ter respeito, demonstrando interesse na formação da cidadania.
Portanto, é indispensável o cantar do hino nacional nas escolas, pois ele é importante para o futuro, onde as pessoas irão ter respeito umas com as outras e serão mais educadas. É essencial a formação moral dos cidadãos, e o hino ressalta a obrigação de cada um com a sua pátria. | [
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] | 2,019 | O disparate do MEC
O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019)
Momento cívico
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola
Revivendo o Regime Militar
“Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução
"Resgate do civismo"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação | No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos. | grader_b |
11.html | universidade-em-crise-quem-paga-a-conta | No Limiar do séc. XXI, a educação de nível superior vem sendo cada vez mais cobrada do que nos anos anteriores. Diversas Faculdades Federais vêm sendo criada abrangendo um grande número de alunos. Por serem gratuitas, essas faculdades são destinadas principalmente para pessoas de baixa renda, mas sabe-se que no Brasil não é bem assim que "a banda toca".
Inicialmente, é importante destacar, que grande parte dos jovens que moram em bairros periféricos, não tem condições de pagar uma faculdade particular, e optam por tentar conseguir uma bolsa, ou vaga em alguma faculdade pública através de vestibulares. Isso dá uma chance desses jovens mudarem sua realidade de vida.
Contrário a isso, existe jovens com boas condições que também optam por faculdades federais, provocando vários gasto que a verba não cobre, e que deveria ser gasto com os alunos menos favorecidos. Consequentemente, isso causa indignação da parte daqueles que realmente precisam da vaga.
Conclui-se que, com o aumento de alunos nas universidades federais, cabe ao MEC propor uma lei, aonde aqueles alunos com uma melhor condição financeira pague uma taxa. Com essa proposta, as universidades terão mais recursos para o bem estar e educação do aluno. | [
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] | 2,019 | Quem pode deve pagar
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação
Pela privatização do ensino superior
Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo
Pela universidade pública e gratuita
Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo | Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos? | grader_a |
2.html | a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos | O país está em transição para um novo governo conservador, que passou muito anos sendo governado pelo PT (Partido dos Trabalhadores), considerado de esquerda. Tendo como eleito o presidente Jair Bolsonaro, considerado de direita, e trazendo com ele a maior bancada conservadora no congresso. Uns dos principais causadores do descontentamento são a corrupção, uma crise que perduraram anos, e políticas públicas ineficientes.
A nação passou por uma onda de corrupção jamais vista, tendo os maiores esquemas sendo descobertos no governo PT e como principais o Mensalão e a Lava Jato, colocando o país em uma crise que perdurou por anos.
Como consequência também, dessa onda conservadora, temos também as políticas públicas ineficientes, principalmente em setores como segurança, educação e saúde, que comparado a vários países coloca o Brasil em uma posição desconfortável.
Por parte desse governo que estar por vir, avalia-se um governo conservador, defensor das tradições e valores religiosos e ao nacionalismo, contra as imigrações de estrangeiros, contra as minorias, entre outras. Resta a população brasileira esperar os desdobramentos dessa nova transição para posterior avaliação. Para a sociedade, não importa se de direita ou de esquerda, o importante é que governem para o povo e pelo povo. | [
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] | 2,018 | A nova onda conservadora no Brasil
Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil
Existe mesmo uma onda conservadora?
Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper | Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê? | grader_a |
15.html | a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor | "Melhorar de vida", isto é, ascender socialmente, está relacionado aos mais diferentes motivos: sorte, herança da família, estudos, trabalho, fé, etc. Mas, o que, via de regra, influencia positivamente o status social de qualquer indivíduo em um país tão diverso como Brasil?
Pesquisas socioeconômicas revelam um fator de alta relevância na ascensão de classe dos brasileiros de qualquer renda, etnia, macrorregião, entre outros: os estudos. Relatórios do Ministério da Educação apontam que indivíduos com Ensino Médio Técnico ganham, em média, vinte e oito por cento acima daqueles que concluíram Ensino Normal apenas. Além das melhorias a si próprio, quanto mais anos de escolaridade dos pais, maior é o nível educacional dos filhos e, consequentemente, sua classe social. Portanto, a educação é tão poderosa para a transformação socioeconômica que muda a vida da família toda.
Entretanto, para vinte e oito por cento dos brasileiros, segundo a ONG Oxfam, a fé é o elemento preponderante para crescer na vida. Em paralelo, a Psicologia indica que a mentalidade positiva e o otimismo são de suma importância para atingirmos o sucesso; pois, isso bloqueia a autossabotagem, fortalecendo o indivíduo frente às dificuldades. E a fé, em uma sociedade majoritariamente teísta, é onde as pessoas buscam inspiração para superação de obstáculos.
Sendo assim, salvo raras exceções, conforme os fatos acima, a educação é o elemento mais proeminente para ascender economicamente. Mesmo assim, o efeito da crença como combustível que potencializa a autoconfiança do ser humano em si mesmo frente aos obstáculos não deve ser negligenciado. | [
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] | 2,019 | Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida
A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia | Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista. | grader_b |
12.html | a-ciencia-na-era-da-pos-verdade | A palavra "pós-verdade" foi definida como o termo do ano segundo o dicionário de Oxford em 2016. Ela representa uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importância que os apelos às emoções e crenças pessoais. Dessa forma, grandes veículos de comunicação estão passando por uma crise de credibilidade, onde as pessoas passam a duvidar e questionar fatos sólidos. Nesse contexto, nem mesmo a ciência passa despercebida e acaba tendo uma desconfiança popular, culminando na disseminação de notícias falsas e na desinformação da sociedade.
À medida que as pessoas passam a dar mais valor à sua subjetividade, a circulação de notícias falsas tendem a aumentar, já que elas se constroem muito facilmente nas redes sociais que são muito presentes na vida moderna. Para ilustrar o tema, temos como exemplo o movimento terraplanista, propagado pelo norte-americano Eric Dubay. As primeiras ideias começaram a ser discutidas no YouTube e Facebook nos Estados Unidos, que alcançou mais de 100 mil seguidores. Fica nítido que as conquistas científicas que comprovam a esfericidade da Terra são superadas por um discurso persuasivo, através do qual vários indivíduos julgaram correto de acordo com sua percepção.
Com a avalanche de notícias e opiniões que nos cercam todos os dias nas mídias, tornou-se automático distinguir o verdadeiro do falso, gerando desinformação na sociedade. Para o historiador Leandro Karnal, a pós-verdade é uma "seleção afetiva de identidade", em que as pessoas se identificam com as notícias que melhor se adaptam aos seus conceitos. Ou seja, ainda no exemplo do movimento terraplanista, mesmo sendo refutavelmente comprovado pela ciência, há quem leia os argumentos de Eric Dubay e os abrace como verdadeiros de acordo com seu atual nível de noção. Dessa forma a sociedade vai ficando desinformada uma vez que cada um chega em um consenso diferente.
Portanto é necessário a construção de uma hierarquia de saberes que seja respeitada por todos para que não haja uma exacerbação de ideias e conceitos distintos que possam atrasar a evolução tecnológica da ciência. É inegável que a informação chega a muitas pessoas e, com tantas opções de escolher uma veracidade, as escolhas individuais acabam sendo influenciadas com base no conforto e acolhimento de um grupo social. Por isso é importante que pessoas qualificadas em conhecimentos determinem minunciosamente através de métodos e técnicas as verdades, para que elas possam ser globalmente confiáveis. | [
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] | 2,019 | Pós-verdade
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação
A Terra plana
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação
Contra as vacinas
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu
Validade e falseabilidade
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação | Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. | grader_a |
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