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Meia-sola constitucional
BRASÍLIA - Uma "meia-sola constitucional". Assim o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, definiu o acordão tramado na corte para manter Renan Calheiros na presidência do Senado. O julgamento ainda estava começando, mas os juízes e a plateia já conheciam seu desfecho. O tribunal daria uma pirueta jurídica para salvar o peemedebista, com patrocínio do governo e transmissão ao vivo na TV. A ação contra Renan seguia uma lógica cristalina. Em novembro, seis ministros do Supremo estabeleceram que um réu não pode suceder o presidente da República. Na semana passada, o alagoano passou a responder a um processo por peculato. Como o presidente do Senado está na linha sucessória, Renan teria perdido as condições de ocupar no cargo. Foi o que Marco Aurélio entendeu ao determinar a sua saída em caráter provisório, na segunda-feira (5). Contrariado, o senador decidiu afrontar a decisão. Numa atitude que levaria qualquer cidadão para a cadeia, recusou-se a assinar a notificação e desobedeceu a ordem judicial. O presidente Michel Temer recebeu o amotinado no Planalto, em sinal público de apoio. O governo, que fritava Renan, passou a negociar votos para salvá-lo no Supremo. Tudo pelo compromisso, assumido pelo senador, de aprovar a emenda do teto de gastos na semana que vem. Sensibilizada pelo governo, a corte adotou uma solução "deplorável", nas palavras de Marco Aurélio: Renan sai da linha sucessória, mas permanece no cargo. O ministro alertou que o casuísmo seria recebido como "deboche" e levaria a uma "desmoralização ímpar do Supremo". O apelo não surtiu efeito, e o tribunal aprovou a "meia-sola" por 6 a 3. Ao apoiá-la, o ministro Luiz Fux deixou claro que os juízes não estavam pensando só na Constituição. "Estamos agindo com a responsabilidade política que se nos impõe", disse. Vitorioso, Renan elogiou a "decisão patriótica" e declarou que sua confiança na Justiça "continua inabalada".
colunas
Meia-sola constitucionalBRASÍLIA - Uma "meia-sola constitucional". Assim o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, definiu o acordão tramado na corte para manter Renan Calheiros na presidência do Senado. O julgamento ainda estava começando, mas os juízes e a plateia já conheciam seu desfecho. O tribunal daria uma pirueta jurídica para salvar o peemedebista, com patrocínio do governo e transmissão ao vivo na TV. A ação contra Renan seguia uma lógica cristalina. Em novembro, seis ministros do Supremo estabeleceram que um réu não pode suceder o presidente da República. Na semana passada, o alagoano passou a responder a um processo por peculato. Como o presidente do Senado está na linha sucessória, Renan teria perdido as condições de ocupar no cargo. Foi o que Marco Aurélio entendeu ao determinar a sua saída em caráter provisório, na segunda-feira (5). Contrariado, o senador decidiu afrontar a decisão. Numa atitude que levaria qualquer cidadão para a cadeia, recusou-se a assinar a notificação e desobedeceu a ordem judicial. O presidente Michel Temer recebeu o amotinado no Planalto, em sinal público de apoio. O governo, que fritava Renan, passou a negociar votos para salvá-lo no Supremo. Tudo pelo compromisso, assumido pelo senador, de aprovar a emenda do teto de gastos na semana que vem. Sensibilizada pelo governo, a corte adotou uma solução "deplorável", nas palavras de Marco Aurélio: Renan sai da linha sucessória, mas permanece no cargo. O ministro alertou que o casuísmo seria recebido como "deboche" e levaria a uma "desmoralização ímpar do Supremo". O apelo não surtiu efeito, e o tribunal aprovou a "meia-sola" por 6 a 3. Ao apoiá-la, o ministro Luiz Fux deixou claro que os juízes não estavam pensando só na Constituição. "Estamos agindo com a responsabilidade política que se nos impõe", disse. Vitorioso, Renan elogiou a "decisão patriótica" e declarou que sua confiança na Justiça "continua inabalada".
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Nova fase da OMC
Durante quase toda a história da OMC (Organização Mundial de Comércio), as negociações multilaterais foram improdutivas. Há dois anos, isso começou a mudar. Em 2013, a OMC fechou o chamado Pacote de Bali, que inclui o Acordo de Facilitação de Comércio. Semana passada, em nossa Conferência Ministerial de Nairóbi (Quênia), concluímos outro pacote expressivo de acordos. A OMC está começando a se habituar ao sucesso. É hora de o mundo passar a olhá-la com mais atenção. Esses acordos têm impacto econômico real, o que pode melhorar as condições de vida em todas as regiões do mundo. O Acordo de Facilitação do Comércio, por exemplo, harmoniza e simplifica procedimentos alfandegários de maneira global. Isso vai ampliar o comércio internacional em cerca de US$ 1 trilhão a cada ano e apoiar a criação de até 20 milhões de empregos. Já as decisões tomadas em Nairóbi na semana passada incluem uma série de medidas para eliminar subsídios à exportação agrícola e melhorar a segurança alimentar, além de projetos em favor de países menos avançados. A remoção dos subsídios à exportação é muito significativa. É a reforma mais importante do comércio agrícola internacional nos 20 anos da OMC. Países em desenvolvimento, e o Brasil em particular, pedem há muito tempo uma ação nesse sentido, em resposta às distorções criadas por esse tipo de ajuda. Desde que subsídios para a exportação de bens industriais foram proibidos, há mais de 50 anos, essa era uma questão a ser resolvida. Outro avanço importante obtido em Nairóbi foi a expansão do Acordo sobre Tecnologia da Informação, fechado por um grupo expressivo de membros. O ITA2, como é chamado, vai eliminar tarifas em 201 produtos de tecnologia de nova geração e cobrir cerca de US$ 1,3 trilhão a cada ano –10% do comércio global. O acordo zera tarifas de importação nesses mercados, mesmo para produtos vindos de países que não participaram da negociação, como o Brasil. Isso vai diminuir custos para empresas de vários portes, reduzir preços para o consumidor e gerar empregos. Os acordos dos anos recentes foram alcançados apesar de diferenças profundas de opinião entre os membros. O impasse na Rodada Doha, a principal agenda negociadora da OMC, é motivo de frustração, o que levou muitos países a buscarem acordos em negociações regionais ou bilaterais. Esse é um problema que devemos enfrentar. Os ministros da OMC colocaram no papel essa diferença de opinião na declaração de Nairóbi. Determinaram que suas delegações em Genebra busquem formas de avançar as negociações. O mundo precisa decidir sobre o futuro de Doha e o melhor caminho para a OMC. Inação, a esta altura, também é uma escolha. O preço dessa opção seria muito alto para todos os que contam com a modernização do sistema comercial, principalmente nos países mais pobres. Nos últimos meses a comunidade internacional acertou um novo conjunto de objetivos de desenvolvimento sustentável, costurando um acordo em Paris para combater a mudança climática. As vitórias em Nairóbi e Bali mostram que negociações comerciais multilaterais também podem dar resultados. É o que vamos continuar fazendo em 2016. O multilateralismo recupera seu vigor. Na OMC, vamos buscar mais. ROBERTO AZEVÊDO, 58, diplomata, é diretor-geral da OMC - Organização Mundial do Comércio * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Nova fase da OMCDurante quase toda a história da OMC (Organização Mundial de Comércio), as negociações multilaterais foram improdutivas. Há dois anos, isso começou a mudar. Em 2013, a OMC fechou o chamado Pacote de Bali, que inclui o Acordo de Facilitação de Comércio. Semana passada, em nossa Conferência Ministerial de Nairóbi (Quênia), concluímos outro pacote expressivo de acordos. A OMC está começando a se habituar ao sucesso. É hora de o mundo passar a olhá-la com mais atenção. Esses acordos têm impacto econômico real, o que pode melhorar as condições de vida em todas as regiões do mundo. O Acordo de Facilitação do Comércio, por exemplo, harmoniza e simplifica procedimentos alfandegários de maneira global. Isso vai ampliar o comércio internacional em cerca de US$ 1 trilhão a cada ano e apoiar a criação de até 20 milhões de empregos. Já as decisões tomadas em Nairóbi na semana passada incluem uma série de medidas para eliminar subsídios à exportação agrícola e melhorar a segurança alimentar, além de projetos em favor de países menos avançados. A remoção dos subsídios à exportação é muito significativa. É a reforma mais importante do comércio agrícola internacional nos 20 anos da OMC. Países em desenvolvimento, e o Brasil em particular, pedem há muito tempo uma ação nesse sentido, em resposta às distorções criadas por esse tipo de ajuda. Desde que subsídios para a exportação de bens industriais foram proibidos, há mais de 50 anos, essa era uma questão a ser resolvida. Outro avanço importante obtido em Nairóbi foi a expansão do Acordo sobre Tecnologia da Informação, fechado por um grupo expressivo de membros. O ITA2, como é chamado, vai eliminar tarifas em 201 produtos de tecnologia de nova geração e cobrir cerca de US$ 1,3 trilhão a cada ano –10% do comércio global. O acordo zera tarifas de importação nesses mercados, mesmo para produtos vindos de países que não participaram da negociação, como o Brasil. Isso vai diminuir custos para empresas de vários portes, reduzir preços para o consumidor e gerar empregos. Os acordos dos anos recentes foram alcançados apesar de diferenças profundas de opinião entre os membros. O impasse na Rodada Doha, a principal agenda negociadora da OMC, é motivo de frustração, o que levou muitos países a buscarem acordos em negociações regionais ou bilaterais. Esse é um problema que devemos enfrentar. Os ministros da OMC colocaram no papel essa diferença de opinião na declaração de Nairóbi. Determinaram que suas delegações em Genebra busquem formas de avançar as negociações. O mundo precisa decidir sobre o futuro de Doha e o melhor caminho para a OMC. Inação, a esta altura, também é uma escolha. O preço dessa opção seria muito alto para todos os que contam com a modernização do sistema comercial, principalmente nos países mais pobres. Nos últimos meses a comunidade internacional acertou um novo conjunto de objetivos de desenvolvimento sustentável, costurando um acordo em Paris para combater a mudança climática. As vitórias em Nairóbi e Bali mostram que negociações comerciais multilaterais também podem dar resultados. É o que vamos continuar fazendo em 2016. O multilateralismo recupera seu vigor. Na OMC, vamos buscar mais. ROBERTO AZEVÊDO, 58, diplomata, é diretor-geral da OMC - Organização Mundial do Comércio * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Projeto de Jamie Oliver sobre comida em escolas no Brasil vira alvo de ONG
O projeto de Jamie Oliver com a Sadia realizado em escolas de SP e Santa Catarina está sendo questionado pelo Instituto Alana. A organização combate a publicidade dirigida a crianças. MOLHO O Alana enviou notificação à empresa pedindo explicações sobre o Saber Alimenta, iniciativa em que o chef e apresentador britânico e outros profissionais falam a alunos sobre "mudança de hábitos" e "alimentos saudáveis". Para o instituto, trata-se de "ação comercial camuflada de iniciativa educativa". MESMA MESA A marca, que tem uma linha de produtos congelados à base de frango com o nome de Oliver, diz em nota que "acredita plenamente nos princípios" do projeto, que está em "fase de implantação" e "não contempla comunicação mercadológica direcionada ao público infantil", como argumenta o Alana. As duas partes vão se reunir no dia 9. TERRA EM TRANSE Um acordo entre o Brasil e o Haiti que poderia ajudar o país caribenho a enfrentar desastres como a passagem do furacão Matthew está parado. Assinado em maio de 2014, o convênio previa que o Exército brasileiro apoiasse a formação de um corpo de engenharia militar haitiano. A cooperação, com duração de seis anos, tinha orçamento total de R$ 110 milhões. TERRA 2 "Seria oportuno acelerar a implementação desse acordo", diz o embaixador do Haiti no Brasil, Madsen Chérubin. O projeto, afirma, prepararia o país para lidar com catástrofes, quase inevitáveis na região, que fica na rota dos furacões e tem alto risco sísmico. TERRA 3 Segundo o Ministério da Defesa, o acordo não teve andamento e as negociações travaram de vez após o presidente Michel Martelly deixar o cargo, em fevereiro deste ano. A pasta diz esperar a posse de um novo presidente para retomar o projeto. As eleições no país foram adiadas depois do furacão. Chérubin se diz grato ao governo e ao povo brasileiro pelas doações às vítimas. ARTE NO BATALHÃO O prédio do comando do Batalhão de Choque da PM, na Luz, vai receber mês que vem um festival de grafite organizado pelo artista Pagu e pela produtora Andrea Franco. Paredes do lugar serão pintadas, incluindo um muro que costumava ter o logotipo da polícia. "Me perguntam se eu tô louco, mas, quando explico que é preciso abrir um diálogo, o pessoal topa participar", diz Pagu, cuja única relação anterior com a PM era ter sido detido sete vezes. ENCONTRO CATÓLICO O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, receberá no dia 30 o patriarca da Igreja Católica Siríaca, Inácio José 3º Younan. Os dois vão celebrar uma missa na catedral da Sé em homenagem à comunidade siríaca local e também às vítimas da guerra civil na Síria, do conflito no Iraque e da disputa entre israelenses e palestinos. FIM DE CICLO Próxima de completar dois anos de funcionamento, a Spcine vai apresentar em novembro um balanço de suas ações. Entre os números que serão mostrados estão os 220 mil espectadores das salas públicas de cinema e a movimentação de R$ 197,8 milhões desde maio deste ano, quando a São Paulo Film Commission, que incentiva filmagens na capital, foi lançada. CORRENTE DO BEM Uma campanha para ajudar o Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) começou a receber doações em dinheiro pela internet. Chamada de Protesto do Bem, ela é realizada pelos cartórios de protesto do Estado de São Paulo e vai durar um ano. Contribuições podem ser feitas pelo site www.protestodobem.com.br. - CHOQUE NO MATO, POSE NO MAR Gisele Bündchen diz que teve que "segurar as lágrimas várias vezes" ao gravar um programa sobre o desmatamento da Amazônia para o canal National Geographic. "Um dos momentos que mais me chocaram foi ver o desmatamento de cima. Constatar claramente o lindo tapete verde que a nossa floresta é e, logo ao lado, cortes geométricos enormes", diz a modelo à "Vogue" de novembro. Ela posou no Copacabana Palace, no Rio, em ensaio com inspiração no "clima carioca", segundo a revista. - BONS OLHOS Rosana e Marcelo Cunha fizeram um jantar beneficente em prol do Projeto Novo Olhar na quinta (20). Além da apresentadora Ana Hickmann, madrinha da ação, o casal de oftalmologistas recebeu no restaurante Rubaiyat Faria Lima o historiador Leandro Karnal, a estilista Martha Medeiros e o empresário Sergio Habib. - CURTO-CIRCUITO A Aasp (Associação dos Advogados de SP) realiza nesta segunda (24) colóquio sobre o STF, com a presença de ministros. O diretor Bruno Ilogti, que assinou a direção de clipes de cantoras como Anitta e Fergie, foi contratado pela equipe da O2 Filmes. O maestro Renato Misiuk participa nesta segunda do evento de mercado de casamento Estrelas 2016, na Vila Olímpia. O Seminário Gestão Escolar para a Equidade — Juventude Negra ocorre nesta segunda. Iniciativa do Instituto Unibanco, Fundo Baobá e UFSCar. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO.
colunas
Projeto de Jamie Oliver sobre comida em escolas no Brasil vira alvo de ONGO projeto de Jamie Oliver com a Sadia realizado em escolas de SP e Santa Catarina está sendo questionado pelo Instituto Alana. A organização combate a publicidade dirigida a crianças. MOLHO O Alana enviou notificação à empresa pedindo explicações sobre o Saber Alimenta, iniciativa em que o chef e apresentador britânico e outros profissionais falam a alunos sobre "mudança de hábitos" e "alimentos saudáveis". Para o instituto, trata-se de "ação comercial camuflada de iniciativa educativa". MESMA MESA A marca, que tem uma linha de produtos congelados à base de frango com o nome de Oliver, diz em nota que "acredita plenamente nos princípios" do projeto, que está em "fase de implantação" e "não contempla comunicação mercadológica direcionada ao público infantil", como argumenta o Alana. As duas partes vão se reunir no dia 9. TERRA EM TRANSE Um acordo entre o Brasil e o Haiti que poderia ajudar o país caribenho a enfrentar desastres como a passagem do furacão Matthew está parado. Assinado em maio de 2014, o convênio previa que o Exército brasileiro apoiasse a formação de um corpo de engenharia militar haitiano. A cooperação, com duração de seis anos, tinha orçamento total de R$ 110 milhões. TERRA 2 "Seria oportuno acelerar a implementação desse acordo", diz o embaixador do Haiti no Brasil, Madsen Chérubin. O projeto, afirma, prepararia o país para lidar com catástrofes, quase inevitáveis na região, que fica na rota dos furacões e tem alto risco sísmico. TERRA 3 Segundo o Ministério da Defesa, o acordo não teve andamento e as negociações travaram de vez após o presidente Michel Martelly deixar o cargo, em fevereiro deste ano. A pasta diz esperar a posse de um novo presidente para retomar o projeto. As eleições no país foram adiadas depois do furacão. Chérubin se diz grato ao governo e ao povo brasileiro pelas doações às vítimas. ARTE NO BATALHÃO O prédio do comando do Batalhão de Choque da PM, na Luz, vai receber mês que vem um festival de grafite organizado pelo artista Pagu e pela produtora Andrea Franco. Paredes do lugar serão pintadas, incluindo um muro que costumava ter o logotipo da polícia. "Me perguntam se eu tô louco, mas, quando explico que é preciso abrir um diálogo, o pessoal topa participar", diz Pagu, cuja única relação anterior com a PM era ter sido detido sete vezes. ENCONTRO CATÓLICO O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, receberá no dia 30 o patriarca da Igreja Católica Siríaca, Inácio José 3º Younan. Os dois vão celebrar uma missa na catedral da Sé em homenagem à comunidade siríaca local e também às vítimas da guerra civil na Síria, do conflito no Iraque e da disputa entre israelenses e palestinos. FIM DE CICLO Próxima de completar dois anos de funcionamento, a Spcine vai apresentar em novembro um balanço de suas ações. Entre os números que serão mostrados estão os 220 mil espectadores das salas públicas de cinema e a movimentação de R$ 197,8 milhões desde maio deste ano, quando a São Paulo Film Commission, que incentiva filmagens na capital, foi lançada. CORRENTE DO BEM Uma campanha para ajudar o Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) começou a receber doações em dinheiro pela internet. Chamada de Protesto do Bem, ela é realizada pelos cartórios de protesto do Estado de São Paulo e vai durar um ano. Contribuições podem ser feitas pelo site www.protestodobem.com.br. - CHOQUE NO MATO, POSE NO MAR Gisele Bündchen diz que teve que "segurar as lágrimas várias vezes" ao gravar um programa sobre o desmatamento da Amazônia para o canal National Geographic. "Um dos momentos que mais me chocaram foi ver o desmatamento de cima. Constatar claramente o lindo tapete verde que a nossa floresta é e, logo ao lado, cortes geométricos enormes", diz a modelo à "Vogue" de novembro. Ela posou no Copacabana Palace, no Rio, em ensaio com inspiração no "clima carioca", segundo a revista. - BONS OLHOS Rosana e Marcelo Cunha fizeram um jantar beneficente em prol do Projeto Novo Olhar na quinta (20). Além da apresentadora Ana Hickmann, madrinha da ação, o casal de oftalmologistas recebeu no restaurante Rubaiyat Faria Lima o historiador Leandro Karnal, a estilista Martha Medeiros e o empresário Sergio Habib. - CURTO-CIRCUITO A Aasp (Associação dos Advogados de SP) realiza nesta segunda (24) colóquio sobre o STF, com a presença de ministros. O diretor Bruno Ilogti, que assinou a direção de clipes de cantoras como Anitta e Fergie, foi contratado pela equipe da O2 Filmes. O maestro Renato Misiuk participa nesta segunda do evento de mercado de casamento Estrelas 2016, na Vila Olímpia. O Seminário Gestão Escolar para a Equidade — Juventude Negra ocorre nesta segunda. Iniciativa do Instituto Unibanco, Fundo Baobá e UFSCar. Com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e DIEGO ZERBATO.
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Em estreia, Bolt vence eliminatória com facilidade e avança à semi dos 100 m
MARCEL RIZZO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO Usain Bolt estreou na Rio-2016 como todos esperavam: vencendo com tranquilidade a sua eliminatória dos 100 m rasos masculino, com o tempo de 10s07, e avançando à semifinal. A final da prova está marcada para as 22h25 deste domingo (14) –antes, às 21h, acontecem as semis. "Estou feliz. Não tive uma boa largada, mas me senti à vontade. Não costumo correr tão cedo, mas espero que amanhã eu consiga estar em boa condição para correr novamente", afirmou Bolt. A prova teve início às 12h42. O Engenhão e os trens de acesso ao estádio encheram para ver o astro jamaicano. "O trem expresso para ir ao Estádio Olímpico sai na plataforma 2. Competições de atletismo. E hoje tem o Bolt". O aviso de um dos funcionários da estação de trem na Central do Brasil, com um megafone, explicava a multidão que lotava o trem expresso rumo à estação Olímpica Engenho Dentro, por volta das 9h deste sábado (13). Na Rio-2016, o Engenhão recebe as provas de atletismo, que tem como principal astro o bicampeão olímpico e recordista mundial dos 100 m e 200 m, Usain Bolt. "Deu para comprar esses ingressos das eliminatórias. Para a final estava difícil, muito caro e acabou rápido. Mas ver o Bolt, seja final ou não, era o que eu queria nessa Olimpíada", disse Renilton Barbosa Carvalho, 43, bancário que viajou de Volta Redonda, a 120 km do Rio, para ver o ídolo. Os ingressos das semifinais e finais dos 100 m, na sessão noturna de domingo, custavam de R$ 350 a R$ 1,2 mil, enquanto para a sessão matutina de sábado era de R$ 260 a R$ 900. Na chegada dos torcedores à estação ao lado do Engenhão, outro funcionário com megafone avisava: as filas estavam grandes. E como estavam. Renilton Barbosa se assustou ao ver que o acesso do setor leste, onde entraria, estava com filas que dobravam a esquina e chegavam à entrada sul. Os primeiros da fila avisavam que já estavam por ali havia 50 minutos, por volta das 10h15, uma hora e meia antes de Bolt entrar na pista. DRAMA A etíope Etenesh Diro, uma das favoritas à medalha, completou a prova eliminatória dos 3.000 com obstáculos sem uma das suas sapatilhas. O tempo dela não foi suficiente para avançar à final, mas a organização decidiu, após análise de vídeo, que ela estará na decisão na segunda (15) por ter sido prejudicada. Diro perdeu o calçado no decorrer da bateria, quando liderava, após uma atleta que caiu ter se chocado contra o seu calcanhar. Para não perder tempo, a etíope deixou a sapatilha para trás e continuou correndo, saltando obstáculos e fossos com água. Ela cruzou a linha de chegada em sétimo lugar (entre 17 competidoras), com 9min34s70. Na classificação geral, acabou na 24º posição. A princípio, apenas 15 atletas passariam à final. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
esporte
Em estreia, Bolt vence eliminatória com facilidade e avança à semi dos 100 m MARCEL RIZZO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO Usain Bolt estreou na Rio-2016 como todos esperavam: vencendo com tranquilidade a sua eliminatória dos 100 m rasos masculino, com o tempo de 10s07, e avançando à semifinal. A final da prova está marcada para as 22h25 deste domingo (14) –antes, às 21h, acontecem as semis. "Estou feliz. Não tive uma boa largada, mas me senti à vontade. Não costumo correr tão cedo, mas espero que amanhã eu consiga estar em boa condição para correr novamente", afirmou Bolt. A prova teve início às 12h42. O Engenhão e os trens de acesso ao estádio encheram para ver o astro jamaicano. "O trem expresso para ir ao Estádio Olímpico sai na plataforma 2. Competições de atletismo. E hoje tem o Bolt". O aviso de um dos funcionários da estação de trem na Central do Brasil, com um megafone, explicava a multidão que lotava o trem expresso rumo à estação Olímpica Engenho Dentro, por volta das 9h deste sábado (13). Na Rio-2016, o Engenhão recebe as provas de atletismo, que tem como principal astro o bicampeão olímpico e recordista mundial dos 100 m e 200 m, Usain Bolt. "Deu para comprar esses ingressos das eliminatórias. Para a final estava difícil, muito caro e acabou rápido. Mas ver o Bolt, seja final ou não, era o que eu queria nessa Olimpíada", disse Renilton Barbosa Carvalho, 43, bancário que viajou de Volta Redonda, a 120 km do Rio, para ver o ídolo. Os ingressos das semifinais e finais dos 100 m, na sessão noturna de domingo, custavam de R$ 350 a R$ 1,2 mil, enquanto para a sessão matutina de sábado era de R$ 260 a R$ 900. Na chegada dos torcedores à estação ao lado do Engenhão, outro funcionário com megafone avisava: as filas estavam grandes. E como estavam. Renilton Barbosa se assustou ao ver que o acesso do setor leste, onde entraria, estava com filas que dobravam a esquina e chegavam à entrada sul. Os primeiros da fila avisavam que já estavam por ali havia 50 minutos, por volta das 10h15, uma hora e meia antes de Bolt entrar na pista. DRAMA A etíope Etenesh Diro, uma das favoritas à medalha, completou a prova eliminatória dos 3.000 com obstáculos sem uma das suas sapatilhas. O tempo dela não foi suficiente para avançar à final, mas a organização decidiu, após análise de vídeo, que ela estará na decisão na segunda (15) por ter sido prejudicada. Diro perdeu o calçado no decorrer da bateria, quando liderava, após uma atleta que caiu ter se chocado contra o seu calcanhar. Para não perder tempo, a etíope deixou a sapatilha para trás e continuou correndo, saltando obstáculos e fossos com água. Ela cruzou a linha de chegada em sétimo lugar (entre 17 competidoras), com 9min34s70. Na classificação geral, acabou na 24º posição. A princípio, apenas 15 atletas passariam à final. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Direita radical alemã avança para se tornar principal oposição a Merkel
O ato de encerramento de campanha do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) reuniu líderes regionais e candidatos ao Parlamento diante de 120 pessoas, em Magdeburgo, segunda maior cidade do Estado de Saxônia-Anhalt e reduto da legenda, na quinta (21). "Não tem esse papo de integração [com imigrantes]. Não somos nós que precisamos mudar. Este é nosso país, são nossas regras", disse um representante da agremiação, sob aplausos da plateia. "O destino da Alemanha está em jogo. Está em jogo se milhões de pessoas vão continuar chegando. Precisamos dizer não, e o único partido que diz não é a AfD. Não vamos dar mais nenhum centavo a esse experimento 'multiculti' esquerdista!". Vieram aplausos de pé e assobios. "Se dizer a verdade é ser de extrema direita, então eu sou extremista de direita!" A Saxônia-Anhalt integrava a antiga Alemanha Oriental e está entre os Estados que não se adaptaram à reunificação alemã, em 1991. Sem crescimento em 2015, seu PIB é o quarto pior, e o desemprego, o terceiro maior do país. Mas pelas regras de distribuição populacional, o Estado recebeu menos de 3% dos cerca de 1,5 milhão de refugiados que chegaram à Alemanha no auge da crise. Nas eleições estaduais de abril de 2016, a AfD obteve aqui seu melhor resultado: 24,2% dos votos. Pesquisas agora indicam que no âmbito nacional o partido pode alcançar 10% dos votos, podendo obter 70 vagas no Bundestag. Hoje, não tem nenhuma. Nas eleições de 2013, a AfD havia acabado de ser criada. Chegou a concorrer, mas não superou a cláusula de barreira segundo a qual quem obtém menos de 5% dos votos fica de fora do Parlamento. XENOFOBIA Quando foi fundada, em 2013, a AfD tinha como principal bandeira a oposição ao resgate de membros da União Europeia, como a Grécia. Mas com o tempo se tornou essencialmente um partido islamofóbico e anti-imigração. Dividem a liderança nacional da legenda Alexander Gauland, um advogado e jornalista de 76 anos que já foi filiado à CDU de Angela Merkel e é tido como radical, e a economista Alice Weidel, 38, que vive parte do tempo na Suíça com a mulher e dois filhos, vista como moderada. Segundo projeção da Forschungsgruppe Wahlen, a AfD tem 11% dos votos, atrás apenas dos dois maiores partidos, CDU (36%) e SPD (21,5%), e tecnicamente empatada com o tradicional FDP (10%) -a margem de erro é de três pontos percentuais. Dependendo do tipo de coalizão que o partido vencedor (provavelmente a CDU) forme e dos resultados finais, a AfD pode se tornar o principal partido de oposição no país. Não é pouca coisa para uma legenda que há menos de cinco anos não existia. "Vamos levar os grandes partidos ao chão!", disse o líder regional da AfD, André Poggenburg. Parte desse desempenho é culpa da própria CDU, avalia a analista Ulrike Franke. "O avanço da AfD se deve em parte a Merkel ter aberto espaço na ala à direita de seu partido. Historicamente, a CDU é conservadora de centro-direita, mas sempre tomou medidas para impedir que emergissem novas forças à sua direita", disse à Folha. "Isso é algo que Merkel negligenciou ao mover seu partido em direção à centro-esquerda, especialmente com o debate sobre a imigração."
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Direita radical alemã avança para se tornar principal oposição a MerkelO ato de encerramento de campanha do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) reuniu líderes regionais e candidatos ao Parlamento diante de 120 pessoas, em Magdeburgo, segunda maior cidade do Estado de Saxônia-Anhalt e reduto da legenda, na quinta (21). "Não tem esse papo de integração [com imigrantes]. Não somos nós que precisamos mudar. Este é nosso país, são nossas regras", disse um representante da agremiação, sob aplausos da plateia. "O destino da Alemanha está em jogo. Está em jogo se milhões de pessoas vão continuar chegando. Precisamos dizer não, e o único partido que diz não é a AfD. Não vamos dar mais nenhum centavo a esse experimento 'multiculti' esquerdista!". Vieram aplausos de pé e assobios. "Se dizer a verdade é ser de extrema direita, então eu sou extremista de direita!" A Saxônia-Anhalt integrava a antiga Alemanha Oriental e está entre os Estados que não se adaptaram à reunificação alemã, em 1991. Sem crescimento em 2015, seu PIB é o quarto pior, e o desemprego, o terceiro maior do país. Mas pelas regras de distribuição populacional, o Estado recebeu menos de 3% dos cerca de 1,5 milhão de refugiados que chegaram à Alemanha no auge da crise. Nas eleições estaduais de abril de 2016, a AfD obteve aqui seu melhor resultado: 24,2% dos votos. Pesquisas agora indicam que no âmbito nacional o partido pode alcançar 10% dos votos, podendo obter 70 vagas no Bundestag. Hoje, não tem nenhuma. Nas eleições de 2013, a AfD havia acabado de ser criada. Chegou a concorrer, mas não superou a cláusula de barreira segundo a qual quem obtém menos de 5% dos votos fica de fora do Parlamento. XENOFOBIA Quando foi fundada, em 2013, a AfD tinha como principal bandeira a oposição ao resgate de membros da União Europeia, como a Grécia. Mas com o tempo se tornou essencialmente um partido islamofóbico e anti-imigração. Dividem a liderança nacional da legenda Alexander Gauland, um advogado e jornalista de 76 anos que já foi filiado à CDU de Angela Merkel e é tido como radical, e a economista Alice Weidel, 38, que vive parte do tempo na Suíça com a mulher e dois filhos, vista como moderada. Segundo projeção da Forschungsgruppe Wahlen, a AfD tem 11% dos votos, atrás apenas dos dois maiores partidos, CDU (36%) e SPD (21,5%), e tecnicamente empatada com o tradicional FDP (10%) -a margem de erro é de três pontos percentuais. Dependendo do tipo de coalizão que o partido vencedor (provavelmente a CDU) forme e dos resultados finais, a AfD pode se tornar o principal partido de oposição no país. Não é pouca coisa para uma legenda que há menos de cinco anos não existia. "Vamos levar os grandes partidos ao chão!", disse o líder regional da AfD, André Poggenburg. Parte desse desempenho é culpa da própria CDU, avalia a analista Ulrike Franke. "O avanço da AfD se deve em parte a Merkel ter aberto espaço na ala à direita de seu partido. Historicamente, a CDU é conservadora de centro-direita, mas sempre tomou medidas para impedir que emergissem novas forças à sua direita", disse à Folha. "Isso é algo que Merkel negligenciou ao mover seu partido em direção à centro-esquerda, especialmente com o debate sobre a imigração."
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Censo em beneficiários de auxílio-doença será feito neste ano
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira (1) que o governo federal fará ainda neste ano o censo nos auxílios doença concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para verificar a existência de eventuais irregularidades. Na quinta-feira (30), o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou o pente-fino será feito em beneficiários afastados há mais de dois anos. Ele explicou que será feito o censo para verificar se as pessoas continuam mesmo doentes ou se recebem o benefício por falta de perícia. Os pagamentos dos benefícios têm um custo anual de R$ 23 bilhões por ano, sendo que o montante de R$ 13 bilhões é pago apenas a pessoas licenciadas no período por problemas de saúde. "Nós temos por amostragem na Previdência Social indicadores de que devemos fazer uma revisão nos cadastros. E, seguramente, nós vamos ver bilhões serem reconduzidos ao Tesouro Nacional. Não por que iremos buscar de volta, mas porque deixaremos de pagar", disse Padilha. O governo federal tem realizado também pente-fino semelhante em programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, para verificar a existência de fraudes e irregularidades. Na quinta-feira (30), foi publicado decreto no "Diário Oficial da União" que permite o compartilhamento desses dados entre os órgão públicos.
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Censo em beneficiários de auxílio-doença será feito neste anoO ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira (1) que o governo federal fará ainda neste ano o censo nos auxílios doença concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para verificar a existência de eventuais irregularidades. Na quinta-feira (30), o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou o pente-fino será feito em beneficiários afastados há mais de dois anos. Ele explicou que será feito o censo para verificar se as pessoas continuam mesmo doentes ou se recebem o benefício por falta de perícia. Os pagamentos dos benefícios têm um custo anual de R$ 23 bilhões por ano, sendo que o montante de R$ 13 bilhões é pago apenas a pessoas licenciadas no período por problemas de saúde. "Nós temos por amostragem na Previdência Social indicadores de que devemos fazer uma revisão nos cadastros. E, seguramente, nós vamos ver bilhões serem reconduzidos ao Tesouro Nacional. Não por que iremos buscar de volta, mas porque deixaremos de pagar", disse Padilha. O governo federal tem realizado também pente-fino semelhante em programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, para verificar a existência de fraudes e irregularidades. Na quinta-feira (30), foi publicado decreto no "Diário Oficial da União" que permite o compartilhamento desses dados entre os órgão públicos.
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Seleção terá três mudanças para jogo na Bolívia pelas eliminatórias
O zagueiro Thiago Silva, o lateral esquerdo Alex Sandro e o meia-atacante Philippe Coutinho serão as novidades da seleção brasileira para o duelo contra a Bolívia, marcado para a próxima quinta-feira (5), às 17h, em La Paz, pelas eliminatórias sul-americanas. Thiago Silva substituirá Marquinhos. Assim, formará a dupla de zaga com Miranda. No duelo contra a Colômbia, o zagueiro também foi titular. Ele atuou no lugar de Miranda, machucado. Já Alex Sandro ganhou a disputa com Jorge. Desta vez, Tite não terá os seus dois jogadores preferidos da posição: Filipe Luís e Marcelo, que foram cortados por contusão. Já Coutinho recupera a vaga após ficar as duas últimas partidas no banco. Ele entra no lugar de Willian, titular na vitória sobre o Equador e no empate contra a Colômbia. "Marquinhos e Miranda fizeram oito jogos juntos. Thiago e Marquinhos fizeram um. Miranda e Thiago fizeram meio. Então, tenho que prepará-los para circunstâncias que podem acontecer. Por isso Thiago e Miranda", explicou Tite sobre a mudança no setor. O técnico também adiantou que o goleiro Ederson, do Manchester City, será titular no confronto contra o Chile, marcado para o dia 10, último jogo do Brasil na competição.
esporte
Seleção terá três mudanças para jogo na Bolívia pelas eliminatóriasO zagueiro Thiago Silva, o lateral esquerdo Alex Sandro e o meia-atacante Philippe Coutinho serão as novidades da seleção brasileira para o duelo contra a Bolívia, marcado para a próxima quinta-feira (5), às 17h, em La Paz, pelas eliminatórias sul-americanas. Thiago Silva substituirá Marquinhos. Assim, formará a dupla de zaga com Miranda. No duelo contra a Colômbia, o zagueiro também foi titular. Ele atuou no lugar de Miranda, machucado. Já Alex Sandro ganhou a disputa com Jorge. Desta vez, Tite não terá os seus dois jogadores preferidos da posição: Filipe Luís e Marcelo, que foram cortados por contusão. Já Coutinho recupera a vaga após ficar as duas últimas partidas no banco. Ele entra no lugar de Willian, titular na vitória sobre o Equador e no empate contra a Colômbia. "Marquinhos e Miranda fizeram oito jogos juntos. Thiago e Marquinhos fizeram um. Miranda e Thiago fizeram meio. Então, tenho que prepará-los para circunstâncias que podem acontecer. Por isso Thiago e Miranda", explicou Tite sobre a mudança no setor. O técnico também adiantou que o goleiro Ederson, do Manchester City, será titular no confronto contra o Chile, marcado para o dia 10, último jogo do Brasil na competição.
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Veja o que de melhor aconteceu na terça (9) nos Jogos Olímpicos
MATEUS LUIZ DE SOUZA DE SÃO PAULO Nesta segunda-feira aconteceu o quarto dia de provas dos Jogos. Está passando rápido, e daqui a pouco sentiremos saudades igual sentíamos da Copa. Oeaaa Enquanto o quinto dia de disputas não começa, a Folha traz os principais destaques do dia anterior. Começamos pela nossa judoca Mariana Silva, que arrancou bem logo pela manhã, mas acabou sendo derrotada na semifinal e também na disputa pela medalha de bronze. Sem problemas, Mariana. Você conquistou o público, assim como Rafaela Silva ontem e como Marta Silva no futebol. Peraí, só tem Silva fazendo sucesso? Isso mesmo, esse sobrenome conquistou o Brasil. Silvas E então à noite, no Estádio Aquático do Rio, a maior lenda olímpica de todos os tempos entrou em ação novamente. O peixe humano Michael Phelps conquistou dois ouros em um intervalo de 73 minutos e só aumentou seus números pessoais. Agora totaliza 25 medalhas no quadro geral, sendo 21 de ouro. Saiu ovacionado de lá e ainda teve tempo de beijar seu filho e sua mulher entre uma medalha e outra. Quanto ao Brasil, o dia foi de alegrias e frustrações. Fomos bem no vôlei masculino, conseguindo a segundo vitória em dois jogos. No futebol feminino, apenas empatamos sem gols com a África do Sul, mas já estávamos classificados. Tanto que o treinador Vadão poupou Marta e Formiga. A ausência da craque no primeiro tempo frustrou torcedores que foram ao estádio. A sorte que na segunda etapa ela entrou no gramado e a internet comemorou. Marta No tênis, no entanto, os favoritos Melo e Soares, nas duplas, perderam e deram um adeus precoce, visto que nos últimos anos conseguiram bons resultados. Para compensar, Bellucci venceu tenista uruguaio Pablo Cuevas e avançou à terceira fase. Por último, os brasileiros no estádio não perdoaram o frango da goleira americana Hope Solo, que se vestiu de zika antes dos Jogos. A torcida pega no pé a cada lance com ela e grita no estádio "zika, zika, zika". E pelo jeito "zikaram" a arqueira, que é uma das melhores jogadoras de futebol de todos os tempos.
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Veja o que de melhor aconteceu na terça (9) nos Jogos Olímpicos MATEUS LUIZ DE SOUZA DE SÃO PAULO Nesta segunda-feira aconteceu o quarto dia de provas dos Jogos. Está passando rápido, e daqui a pouco sentiremos saudades igual sentíamos da Copa. Oeaaa Enquanto o quinto dia de disputas não começa, a Folha traz os principais destaques do dia anterior. Começamos pela nossa judoca Mariana Silva, que arrancou bem logo pela manhã, mas acabou sendo derrotada na semifinal e também na disputa pela medalha de bronze. Sem problemas, Mariana. Você conquistou o público, assim como Rafaela Silva ontem e como Marta Silva no futebol. Peraí, só tem Silva fazendo sucesso? Isso mesmo, esse sobrenome conquistou o Brasil. Silvas E então à noite, no Estádio Aquático do Rio, a maior lenda olímpica de todos os tempos entrou em ação novamente. O peixe humano Michael Phelps conquistou dois ouros em um intervalo de 73 minutos e só aumentou seus números pessoais. Agora totaliza 25 medalhas no quadro geral, sendo 21 de ouro. Saiu ovacionado de lá e ainda teve tempo de beijar seu filho e sua mulher entre uma medalha e outra. Quanto ao Brasil, o dia foi de alegrias e frustrações. Fomos bem no vôlei masculino, conseguindo a segundo vitória em dois jogos. No futebol feminino, apenas empatamos sem gols com a África do Sul, mas já estávamos classificados. Tanto que o treinador Vadão poupou Marta e Formiga. A ausência da craque no primeiro tempo frustrou torcedores que foram ao estádio. A sorte que na segunda etapa ela entrou no gramado e a internet comemorou. Marta No tênis, no entanto, os favoritos Melo e Soares, nas duplas, perderam e deram um adeus precoce, visto que nos últimos anos conseguiram bons resultados. Para compensar, Bellucci venceu tenista uruguaio Pablo Cuevas e avançou à terceira fase. Por último, os brasileiros no estádio não perdoaram o frango da goleira americana Hope Solo, que se vestiu de zika antes dos Jogos. A torcida pega no pé a cada lance com ela e grita no estádio "zika, zika, zika". E pelo jeito "zikaram" a arqueira, que é uma das melhores jogadoras de futebol de todos os tempos.
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MoMA abre mostra para exotismo de Björk
Quinze anos se passaram desde que o curador do MoMA, Klaus Biesenbach, iniciou sua jornada para tentar convencer a cantora islandesa Björk a aceitar a ideia de ter uma retrospectiva criada para o museu, em Nova York. Ao finalmente aceitar, em 2012, a artista impôs a ele uma condição. "Ela me disse: 'Eu sou, primeiro e principalmente, música. É possível para o MoMA fazer uma exposição em que a música seja uma experiência autêntica, como uma pintura é?", conta o curador. O resultado do desafio pode ser visto a partir deste domingo (8), na mostra que reconta os pouco mais de 20 anos da carreira de Björk, 49, desde o lançamento de seu primeiro álbum solo "Debut" de 1993, até seu último trabalho, "Vulnicura", lançado em janeiro deste ano. O centro da exposição é um tour labiríntico batizado de "Songlines" –algo como "linha do tempo de canções". Ao entrar, o visitante recebe um guia de áudio que alterna músicas da cantora com uma biografia fictícia em forma de poesia, escrita por seu amigo islandês Sjón. Munido da trilha sonora apropriada, o visitante passeia entre os figurinos, fotos, partituras e diversos objetos que recontam o trabalho de Björk ao longo dos anos. Estão lá os diários da cantora escritos desde os nove anos de idade. Também é possível ver o vestido de cisne eternizado após sua aparição no tapete vermelho do Oscar de 2001, em um manequim de Björk feito em 3D –há outros espalhados pela "linha do tempo"– ao lado dos robôs do clipe de "All Is Full of Love", de 1999. "Björk é a artista paradigmática dos anos 1990", afirma Biesenbach. "Esse período foi sobre a estética relacional e a colaboração entre arte, cinema, moda e fotografia." Em sua carreira, a cantora islandesa fez experimentações com sons, imagens, tecnologia e temas que variavam da natureza ao feminismo. Ao longo dos anos, colaborou com diversos artistas, estilistas e cineastas como Michel Gondry e Lars von Trier. Para mostrar os videoclipes que são a síntese dessa colaboração, o MoMA montou um cinema em que é possível assisti-los em ordem cronológica. Mas, para o curador, a principal peça da exibição é um vídeo de dez minutos, financiado pelo museu e gravado na Islândia, para a música "Black Lake", um hino do coração partido que está no novo álbum de Björk, escrito após sua separação do artista plástico norte-americano Matthew Barney. "Foi uma jornada incrivelmente íntima para mim", disse a artista, na apresentação do vídeo. A exposição fica em cartaz até 7 de junho.
ilustrada
MoMA abre mostra para exotismo de BjörkQuinze anos se passaram desde que o curador do MoMA, Klaus Biesenbach, iniciou sua jornada para tentar convencer a cantora islandesa Björk a aceitar a ideia de ter uma retrospectiva criada para o museu, em Nova York. Ao finalmente aceitar, em 2012, a artista impôs a ele uma condição. "Ela me disse: 'Eu sou, primeiro e principalmente, música. É possível para o MoMA fazer uma exposição em que a música seja uma experiência autêntica, como uma pintura é?", conta o curador. O resultado do desafio pode ser visto a partir deste domingo (8), na mostra que reconta os pouco mais de 20 anos da carreira de Björk, 49, desde o lançamento de seu primeiro álbum solo "Debut" de 1993, até seu último trabalho, "Vulnicura", lançado em janeiro deste ano. O centro da exposição é um tour labiríntico batizado de "Songlines" –algo como "linha do tempo de canções". Ao entrar, o visitante recebe um guia de áudio que alterna músicas da cantora com uma biografia fictícia em forma de poesia, escrita por seu amigo islandês Sjón. Munido da trilha sonora apropriada, o visitante passeia entre os figurinos, fotos, partituras e diversos objetos que recontam o trabalho de Björk ao longo dos anos. Estão lá os diários da cantora escritos desde os nove anos de idade. Também é possível ver o vestido de cisne eternizado após sua aparição no tapete vermelho do Oscar de 2001, em um manequim de Björk feito em 3D –há outros espalhados pela "linha do tempo"– ao lado dos robôs do clipe de "All Is Full of Love", de 1999. "Björk é a artista paradigmática dos anos 1990", afirma Biesenbach. "Esse período foi sobre a estética relacional e a colaboração entre arte, cinema, moda e fotografia." Em sua carreira, a cantora islandesa fez experimentações com sons, imagens, tecnologia e temas que variavam da natureza ao feminismo. Ao longo dos anos, colaborou com diversos artistas, estilistas e cineastas como Michel Gondry e Lars von Trier. Para mostrar os videoclipes que são a síntese dessa colaboração, o MoMA montou um cinema em que é possível assisti-los em ordem cronológica. Mas, para o curador, a principal peça da exibição é um vídeo de dez minutos, financiado pelo museu e gravado na Islândia, para a música "Black Lake", um hino do coração partido que está no novo álbum de Björk, escrito após sua separação do artista plástico norte-americano Matthew Barney. "Foi uma jornada incrivelmente íntima para mim", disse a artista, na apresentação do vídeo. A exposição fica em cartaz até 7 de junho.
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Leitores comentam especial sobre 20 anos da Folha na internet
Leitores comentaram nas redes sociais sobre o especial "Folha, 20 anos na internet". Ana Sadock elogiou a pesquisa feita pelo Datafolha que analisa o perfil da geração que nasceu junto com a versão on-line do jornal. O estudo mostrou que 30% dos jovens já namorou alguém que conheceu pela internet e que 51% acha errado ver pornografia. folha Outros leitores enfatizaram a importância do tema tratado. folha folha Alguns internautas ainda aproveitaram a data para falar sobre o modelo de pagamento para consumo de notícias na internet. Roberto Berruezo criticou o paywall poroso adotado pela Folha, sistema em que até 20 reportagens são disponibilizadas gratuitamente por mês. folha A leitora Gi Rubio também criticou a cobrança por conteúdo. folha Já a jornalista Paula Valduga, que trabalha no jornal "Pioneiro", do grupo gaúcho RBS, disse que admira a Folha e ponderou que o paywall é uma forma de valorizar o jornalismo. "Começamos a falar da Folha lembrando que foi o primeiro site de jornal a cobrar por conteúdo. Acredito que o pagamento dá mais valor ao trabalho feito por empresas de comunicação sérias", escreveu em seu blog.
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Leitores comentam especial sobre 20 anos da Folha na internetLeitores comentaram nas redes sociais sobre o especial "Folha, 20 anos na internet". Ana Sadock elogiou a pesquisa feita pelo Datafolha que analisa o perfil da geração que nasceu junto com a versão on-line do jornal. O estudo mostrou que 30% dos jovens já namorou alguém que conheceu pela internet e que 51% acha errado ver pornografia. folha Outros leitores enfatizaram a importância do tema tratado. folha folha Alguns internautas ainda aproveitaram a data para falar sobre o modelo de pagamento para consumo de notícias na internet. Roberto Berruezo criticou o paywall poroso adotado pela Folha, sistema em que até 20 reportagens são disponibilizadas gratuitamente por mês. folha A leitora Gi Rubio também criticou a cobrança por conteúdo. folha Já a jornalista Paula Valduga, que trabalha no jornal "Pioneiro", do grupo gaúcho RBS, disse que admira a Folha e ponderou que o paywall é uma forma de valorizar o jornalismo. "Começamos a falar da Folha lembrando que foi o primeiro site de jornal a cobrar por conteúdo. Acredito que o pagamento dá mais valor ao trabalho feito por empresas de comunicação sérias", escreveu em seu blog.
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Homens armados de fuzis e pistolas fecham túnel no centro do Rio; assista
Um grupo de homens armados de pistolas e fuzis tentou roubar os motoristas que trafegavam pelo túnel Prefeito Marcello Alencar, que liga a revitalizada zona portuária do Rio ao aeroporto Santos Dumont, no centro. A ação aconteceu por volta das 19h do dia 1° de setembro e foi flagrada pelas câmeras do circuito interno de TV. A Porto Maravilha, concessionária que administra a via, precisou fechar o túnel. Não houve registro de vítimas. No vídeo, um carro com cinco criminosos entra em alta velocidade na via expressa. Quatro homens armados descem do carro e apontam as armas para um veículo que vinha logo atrás. O motorista acelera e consegue fugir do bloqueio do grupo. Eles depois correm pela via até retornar ao carro. A Polícia Militar explicou que policiais que atendem a região foram mobilizados, mas nenhum criminoso foi encontrado quando chegaram ao local. A ousadia surpreendeu as autoridades. Há dez dias, o secretário da Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, decidiu retirar os fuzis dos policiais por considerar não ser preciso utilizar a arma na região. Mesmo para o patrulhamento das vias expressas. O túnel Prefeito Marcello Alencar têm 3.382 metros de extensão por onde circulam, segundo a concessionária, cerca de 110 mil veículos por dia. O túnel, sentido aterro do Flamengo, foi aberto no dia 19 de junho deste ano. Já no sentido avenida Brasil e ponte Rio-Niterói, os motoristas tiveram acesso liberado no dia 21 de julho. A Prefeitura do Rio considera a via fundamental para desafogar o trânsito no centro da cidade.
cotidiano
Homens armados de fuzis e pistolas fecham túnel no centro do Rio; assistaUm grupo de homens armados de pistolas e fuzis tentou roubar os motoristas que trafegavam pelo túnel Prefeito Marcello Alencar, que liga a revitalizada zona portuária do Rio ao aeroporto Santos Dumont, no centro. A ação aconteceu por volta das 19h do dia 1° de setembro e foi flagrada pelas câmeras do circuito interno de TV. A Porto Maravilha, concessionária que administra a via, precisou fechar o túnel. Não houve registro de vítimas. No vídeo, um carro com cinco criminosos entra em alta velocidade na via expressa. Quatro homens armados descem do carro e apontam as armas para um veículo que vinha logo atrás. O motorista acelera e consegue fugir do bloqueio do grupo. Eles depois correm pela via até retornar ao carro. A Polícia Militar explicou que policiais que atendem a região foram mobilizados, mas nenhum criminoso foi encontrado quando chegaram ao local. A ousadia surpreendeu as autoridades. Há dez dias, o secretário da Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, decidiu retirar os fuzis dos policiais por considerar não ser preciso utilizar a arma na região. Mesmo para o patrulhamento das vias expressas. O túnel Prefeito Marcello Alencar têm 3.382 metros de extensão por onde circulam, segundo a concessionária, cerca de 110 mil veículos por dia. O túnel, sentido aterro do Flamengo, foi aberto no dia 19 de junho deste ano. Já no sentido avenida Brasil e ponte Rio-Niterói, os motoristas tiveram acesso liberado no dia 21 de julho. A Prefeitura do Rio considera a via fundamental para desafogar o trânsito no centro da cidade.
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Peças infantojuvenis discutem temas como bullying e sustentabilidade
MARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO O Alvo Conta a história das adolescentes Amanda, Maria Anna, Amélia, Rebecca e Nina, amigas desde o ensino fundamental. As meninas, agora no ensino médio, foram chamadas pela diretoria da instituição por conta de um acidente com Maria Cláudia, a garota "mais zoada do colégio" -e que se machucou ao cair de uma escada da escola. Informe-se sobre o evento * Os Recicláveis Inspirado na trilogia de livros de Toni Brandão, o musical conta a história de Pedro, um menino com consciência ecológica que se preocupa com questões como reciclagem de lixo e aquecimento global. Porém, ele se apaixona por Isabela -que não partilha dos seus ideais. A montagem é embalada por composições dos Beatles, Rita Lee, Zeca Baleiro, Roberto Carlos, Skank e James Brown. Informe-se sobre o evento * Meu Vo(o) Polinário O espetáculo, baseado no livro do escritor Daniel Munduruku, narra a história de um adolescente que sofre bullying na escola por conta de sua origem indígena. Mas, ao ter contato com a sabedoria de seus ancestrais e com os ensinamentos de seu avô, durante o período de férias em que fica na aldeia, o menino passa a ter outra visão de sua origem. Informe-se sobre o evento * Círculo de Giz Fala sobre um garoto que está hospitalizado e decide dirigir uma peça sobre sua própria vida. O jovem escolhe uma fábula dos tempos da China antiga e os atores da história são sua mãe e os funcionários do hospital. A montagem é resultado de um intercâmbio entre a Cia. Paideia de Teatro e a Cia. Grips Theater, de Berlim. Informe-se sobre o evento - OS ELEITOS Fabiana Futema, do blog 'Maternar', sugere a peça "O Corcunda Quaquá" O espetáculo conta a história de um rapaz tão feio que ganha o concurso de máscara mais horrorosa. Só que ele não usava nada para esconder o rosto. Quaquá tem uma corcunda e perdeu a audição. Solitário, ele vai se revelar doce e corajoso. A peça usa linguagens de sinais integrada à trama. Informe-se sobre o evento * Mônica Rodrigues da Costa, editora de livros da Publifolhinha, indica o espetáculo "João e Maria" Adapta o conto dos irmãos Grimm para uma versão cômica em que dois pássaros comentam a história das duas crianças abandonadas na floresta. Bicudona e Bicudinha comem os farelos de pão que marcam o caminho dos protagonistas de volta para casa e provocam confusão. Da Cia. Le Plat du Jour. Informe-se sobre o evento * Gabriela Romeu, jornalista especializada em crianças, cita o livro "Uniforme" É daqueles livros que se abrem em muitas leituras, ainda mais quando compartilhado entre pais e filhos. Tino Freitas traz a história de Clóvis, um menino-camaleão que está em busca de sua identidade. Nas inusitadas ilustrações de Renato Moriconi, ele se camufla em muitos seres e brinca de esconde-esconde com o leitor. Autor: Tino Freitas. Ilustrador: Renato Moriconi.
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Peças infantojuvenis discutem temas como bullying e sustentabilidadeMARIANA AGUNZI DE SÃO PAULO O Alvo Conta a história das adolescentes Amanda, Maria Anna, Amélia, Rebecca e Nina, amigas desde o ensino fundamental. As meninas, agora no ensino médio, foram chamadas pela diretoria da instituição por conta de um acidente com Maria Cláudia, a garota "mais zoada do colégio" -e que se machucou ao cair de uma escada da escola. Informe-se sobre o evento * Os Recicláveis Inspirado na trilogia de livros de Toni Brandão, o musical conta a história de Pedro, um menino com consciência ecológica que se preocupa com questões como reciclagem de lixo e aquecimento global. Porém, ele se apaixona por Isabela -que não partilha dos seus ideais. A montagem é embalada por composições dos Beatles, Rita Lee, Zeca Baleiro, Roberto Carlos, Skank e James Brown. Informe-se sobre o evento * Meu Vo(o) Polinário O espetáculo, baseado no livro do escritor Daniel Munduruku, narra a história de um adolescente que sofre bullying na escola por conta de sua origem indígena. Mas, ao ter contato com a sabedoria de seus ancestrais e com os ensinamentos de seu avô, durante o período de férias em que fica na aldeia, o menino passa a ter outra visão de sua origem. Informe-se sobre o evento * Círculo de Giz Fala sobre um garoto que está hospitalizado e decide dirigir uma peça sobre sua própria vida. O jovem escolhe uma fábula dos tempos da China antiga e os atores da história são sua mãe e os funcionários do hospital. A montagem é resultado de um intercâmbio entre a Cia. Paideia de Teatro e a Cia. Grips Theater, de Berlim. Informe-se sobre o evento - OS ELEITOS Fabiana Futema, do blog 'Maternar', sugere a peça "O Corcunda Quaquá" O espetáculo conta a história de um rapaz tão feio que ganha o concurso de máscara mais horrorosa. Só que ele não usava nada para esconder o rosto. Quaquá tem uma corcunda e perdeu a audição. Solitário, ele vai se revelar doce e corajoso. A peça usa linguagens de sinais integrada à trama. Informe-se sobre o evento * Mônica Rodrigues da Costa, editora de livros da Publifolhinha, indica o espetáculo "João e Maria" Adapta o conto dos irmãos Grimm para uma versão cômica em que dois pássaros comentam a história das duas crianças abandonadas na floresta. Bicudona e Bicudinha comem os farelos de pão que marcam o caminho dos protagonistas de volta para casa e provocam confusão. Da Cia. Le Plat du Jour. Informe-se sobre o evento * Gabriela Romeu, jornalista especializada em crianças, cita o livro "Uniforme" É daqueles livros que se abrem em muitas leituras, ainda mais quando compartilhado entre pais e filhos. Tino Freitas traz a história de Clóvis, um menino-camaleão que está em busca de sua identidade. Nas inusitadas ilustrações de Renato Moriconi, ele se camufla em muitos seres e brinca de esconde-esconde com o leitor. Autor: Tino Freitas. Ilustrador: Renato Moriconi.
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Motivos e princípios
O ministro José Serra adiou sua intenção de suprimir a parte ruim do Mercosul, que é a união alfandegária, mas rapidamente, pela inação, está suprimindo a parte boa, que é a cláusula democrática. Propondo o adiamento de uma decisão até agosto, tenta conciliar a posição paraguaia, favorável à suspensão da Venezuela, com a uruguaia, que pretende cumprir a regra usual, transferindo a presidência rotativa do bloco ao regime de Nicolás Maduro. É uma forma de fugir ao dilema político que revela tanto a fraqueza estrutural do governo Temer quanto a inaptidão de Serra para chefiar o Itamaraty. "O que pensa da postura do Brasil diante da posição paraguaia?", perguntei a Aloysio Nunes Ferreira, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e um dos parlamentares que, no ano passado, foi a Caracas prestar solidariedade aos presos políticos venezuelanos. Na resposta, ele preferiu não opinar, mas declarou compreender a posição paraguaia, "porque reflete a mágoa de um país que foi suspenso do Mercosul sem que tenha havido uma ruptura da ordem democrática". Há dois erros aí: 1) A suspensão obedeceu ao espírito da cláusula democrática pois, embora seguindo a letra da lei, o "impeachment-express" no Paraguai violou o princípio geral do direito de defesa do presidente impedido; 2) A especulação sobre os motivos da solicitação paraguaia de suspensão da Venezuela não passa de um pretexto malicioso para silenciar sobre a tática do apaziguamento conduzida por Serra. O Paraguai tem razão, independentemente de suas motivações. O Protocolo de Ushuaia do Mercosul reza que "a plena vigência das instituições democráticas é condição essencial" para a integração. O Protocolo de Assunção, de 2010, vai além e identifica "os direitos humanos e as liberdades fundamentais" como "pilares" do bloco. Eis o motivo pelo qual a Venezuela deveria ter sido suspensa há mais de um ano, quando o regime encarcerou centenas de opositores, inclusive líderes políticos eleitos, provocando protestos da ONU e do Parlamento Europeu. Mas o Itamaraty de Serra mostra-se disposto a conviver com um sócio que escarnece dos dois protocolos –desde que, para manter as aparências, ele não seja alçado à presidência do Mercosul. Princípios importam mais que motivos. O governo Dilma tinha razão ao forçar a suspensão do Paraguai, mesmo se apenas seguia sua estrela ideológica, como ficou provado quando calou diante dos encarceramentos políticos da falida "revolução bolivariana", uma violação incomparavelmente mais grave. Hoje, a soma do desrespeito aos direitos humanos com a ruptura institucional representada pela anulação das prerrogativas da Assembleia Nacional por um tribunal servil ao regime coloca a Venezuela fora do campo das democracias. Os motivos da inação do governo Temer são diferentes dos da inação do governo Dilma, mas ambos confluem no pátio de um ilusório "realismo" que subordina os princípios a mesquinhas conveniências. O "realismo" de Serra mal dissimula o medo de agir. "A Venezuela rechaça as insolentes e amorais declarações do chanceler de facto do Brasil", respondeu a chanceler de Maduro à mera proposição postergatória do Itamaraty, aproveitando para repetir que o impeachment de Dilma configura um "golpe de Estado". O cenário onírico no qual um país com presos políticos brada sobre uma ruptura democrática no Brasil só serve como evidência da tolice do apaziguamento de Serra. A tática desastrada, além de tudo, aprofunda as divisões no Mercosul, paralisando o bloco e minando o pouco que resta da liderança regional brasileira. "As nações fazem sempre a coisa certa, depois de esgotar todas as demais possibilidades", disse certa feita o chanceler israelense Abba Eban. O Brasil aguardará até o fechamento formal da Assembleia venezuelana para, tarde demais, fazer a coisa certa?
colunas
Motivos e princípiosO ministro José Serra adiou sua intenção de suprimir a parte ruim do Mercosul, que é a união alfandegária, mas rapidamente, pela inação, está suprimindo a parte boa, que é a cláusula democrática. Propondo o adiamento de uma decisão até agosto, tenta conciliar a posição paraguaia, favorável à suspensão da Venezuela, com a uruguaia, que pretende cumprir a regra usual, transferindo a presidência rotativa do bloco ao regime de Nicolás Maduro. É uma forma de fugir ao dilema político que revela tanto a fraqueza estrutural do governo Temer quanto a inaptidão de Serra para chefiar o Itamaraty. "O que pensa da postura do Brasil diante da posição paraguaia?", perguntei a Aloysio Nunes Ferreira, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e um dos parlamentares que, no ano passado, foi a Caracas prestar solidariedade aos presos políticos venezuelanos. Na resposta, ele preferiu não opinar, mas declarou compreender a posição paraguaia, "porque reflete a mágoa de um país que foi suspenso do Mercosul sem que tenha havido uma ruptura da ordem democrática". Há dois erros aí: 1) A suspensão obedeceu ao espírito da cláusula democrática pois, embora seguindo a letra da lei, o "impeachment-express" no Paraguai violou o princípio geral do direito de defesa do presidente impedido; 2) A especulação sobre os motivos da solicitação paraguaia de suspensão da Venezuela não passa de um pretexto malicioso para silenciar sobre a tática do apaziguamento conduzida por Serra. O Paraguai tem razão, independentemente de suas motivações. O Protocolo de Ushuaia do Mercosul reza que "a plena vigência das instituições democráticas é condição essencial" para a integração. O Protocolo de Assunção, de 2010, vai além e identifica "os direitos humanos e as liberdades fundamentais" como "pilares" do bloco. Eis o motivo pelo qual a Venezuela deveria ter sido suspensa há mais de um ano, quando o regime encarcerou centenas de opositores, inclusive líderes políticos eleitos, provocando protestos da ONU e do Parlamento Europeu. Mas o Itamaraty de Serra mostra-se disposto a conviver com um sócio que escarnece dos dois protocolos –desde que, para manter as aparências, ele não seja alçado à presidência do Mercosul. Princípios importam mais que motivos. O governo Dilma tinha razão ao forçar a suspensão do Paraguai, mesmo se apenas seguia sua estrela ideológica, como ficou provado quando calou diante dos encarceramentos políticos da falida "revolução bolivariana", uma violação incomparavelmente mais grave. Hoje, a soma do desrespeito aos direitos humanos com a ruptura institucional representada pela anulação das prerrogativas da Assembleia Nacional por um tribunal servil ao regime coloca a Venezuela fora do campo das democracias. Os motivos da inação do governo Temer são diferentes dos da inação do governo Dilma, mas ambos confluem no pátio de um ilusório "realismo" que subordina os princípios a mesquinhas conveniências. O "realismo" de Serra mal dissimula o medo de agir. "A Venezuela rechaça as insolentes e amorais declarações do chanceler de facto do Brasil", respondeu a chanceler de Maduro à mera proposição postergatória do Itamaraty, aproveitando para repetir que o impeachment de Dilma configura um "golpe de Estado". O cenário onírico no qual um país com presos políticos brada sobre uma ruptura democrática no Brasil só serve como evidência da tolice do apaziguamento de Serra. A tática desastrada, além de tudo, aprofunda as divisões no Mercosul, paralisando o bloco e minando o pouco que resta da liderança regional brasileira. "As nações fazem sempre a coisa certa, depois de esgotar todas as demais possibilidades", disse certa feita o chanceler israelense Abba Eban. O Brasil aguardará até o fechamento formal da Assembleia venezuelana para, tarde demais, fazer a coisa certa?
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Líder do PMDB exclui contrários a Dilma de comissão de impeachment
O líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou na noite desta segunda-feira (7) os oito integrantes indicados por ele para a comissão do impeachment. Não há na lista nenhum dos que defendem a saída de Dilma Rousseff. Um dos principais negociadores pelo PMDB da reforma ministerial que contemplou o partido com sete pastas, Picciani é contra o impeachment de Dilma e vem sofrendo uma tentativa de destituição da liderança. Cerca de um terço da bancada de 66 deputados é favorável ao afastamento da petista. Os nomes indicados por Picciani são para a chapa com viés governista. Ele não indicou integrantes do PMDB para a chapa que será lançada pela oposição e por aliados de Cunha. "Considero essas indicações equilibradas, sem compromisso de votar da forma 'a' ou da forma 'b'. Não são aqueles que só pretendem fazer a luta política", afirmou o líder da bancada. Picciani indicou ele próprio e os deputados peemedebistas Celso Maldaner (SC), Daniel Vilela (GO), Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante (PA), Rodrigo Pacheco (MG) e Washington Reis (RJ). Comissão do Impeachment - Opinião dos deputados sobre o afastamento de Dilma Rousseff
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Líder do PMDB exclui contrários a Dilma de comissão de impeachmentO líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), anunciou na noite desta segunda-feira (7) os oito integrantes indicados por ele para a comissão do impeachment. Não há na lista nenhum dos que defendem a saída de Dilma Rousseff. Um dos principais negociadores pelo PMDB da reforma ministerial que contemplou o partido com sete pastas, Picciani é contra o impeachment de Dilma e vem sofrendo uma tentativa de destituição da liderança. Cerca de um terço da bancada de 66 deputados é favorável ao afastamento da petista. Os nomes indicados por Picciani são para a chapa com viés governista. Ele não indicou integrantes do PMDB para a chapa que será lançada pela oposição e por aliados de Cunha. "Considero essas indicações equilibradas, sem compromisso de votar da forma 'a' ou da forma 'b'. Não são aqueles que só pretendem fazer a luta política", afirmou o líder da bancada. Picciani indicou ele próprio e os deputados peemedebistas Celso Maldaner (SC), Daniel Vilela (GO), Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante (PA), Rodrigo Pacheco (MG) e Washington Reis (RJ). Comissão do Impeachment - Opinião dos deputados sobre o afastamento de Dilma Rousseff
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Dólar fecha cotado a R$ 2,86 com dúvidas sobre Grécia e Brasil
O dólar subiu pelo terceiro pregão seguido e retornou ao patamar de R$ 2,86 nesta quinta-feira (19), pressionado pelas incertezas em torno da aprovação da prorrogação do acordo de empréstimo da Grécia e também pelas dúvidas sobre a economia brasileira, que deve encerrar o ano com retração. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,92%, a R$ 2,867. Já o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, fechou com avanço de 0,84%, a R$ 2,866. Afetaram a moeda americana nesta sessão fatores internos e externos. No cenário doméstico, a incerteza sobre a recuperação da economia brasileira pesou neste pregão. Na quarta-feira, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) admitiu que o crescimento do PIB em 2014 "pode ter sido negativo" e que 2015 será um ano de desafios. O prognóstico do ministro veio em linha com o esperado pelo mercado, após o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, trazer a projeção de que a economia brasileira terá retração de 0,42% neste ano. O custo do programa de intervenção do Banco Central também tem pesado sobre o dólar, afirma Fabio Lemos, analista de renda variável da São Paulo Investments. A discussão se dá em torno do fim das atuações diárias do BC no mercado cambial. "De uns tempos para cá, começou-se a discutir o custo do swap. O próprio Levy disse que o governo não deveria intervir tanto no câmbio, então a moeda está caminhando para refletir os fundamentos da economia do país, que são ruins", afirma. Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2.000 contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,9 milhões. O BC também vendeu a oferta integral de até 13.000 swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 66% do lote total. No exterior, a Grécia formalizou nesta quinta-feira o pedido de prorrogação por seis meses de seu acordo de empréstimo em um esforço para evitar a falta de dinheiro dentro de algumas semanas. O ministério alemão das Finanças rejeitou, no entanto, a proposta de Atenas. Segundo Martin Jaeger, porta-voz do ministério das Finanças alemão, no entanto, "a carta de Atenas não é uma proposta que leva a uma solução substancial". Nesta sexta-feira, os ministros das Finanças da zona do euro se reunirão em Bruxelas para avaliar o pedido grego, disse o presidente do grupo, Jeroen Dijsselbloem, em um tuíte. BOLSA Já o índice Ibovespa, o principal do mercado acionário brasileiro, fechou estável após oscilar bastante durante o dia. O índice teve leve alta de 0,03%, a 51.294 pontos, e se manteve no maior patamar em dois meses. O volume financeiro do pregão foi de R$ 4,7 bilhões, bem abaixo do giro médio diário, que é de R$ 6,85 bilhões até o dia 18. No início do pregão, a Bolsa foi pressionada pela forte baixa da Petrobras, após a divulgação de que os estoques de petróleo nos Estados Unidos teriam aumentado na semana passada, de acordo com dados do Instituto Americano do Petróleo. À tarde, porém, a Administração de Informação de Energia, do governo dos EUA, divulgou que a alta dos estoques no país na semana passada ficou bem abaixo da projeção da indústria. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, fecharam o dia com queda de 3,66%, a R$ 9,75. Já as ações ordinárias, com direito a voto, caíram 3,12%, para R$ 9,64. Pesa contra a empresa também a possibilidade de novo rebaixamento da nota de crédito pela agência de classificação de risco Moody's, diz Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners. "A agência deve divulgar até o final do mês o novo rating da Petrobras, e uma avaliação para baixo da petrolífera pode levar pessimismo ao mercado", afirma. As ações da Vale também tiveram queda, depois de subirem por quatro sessões seguidas. Os papéis preferenciais da mineradora caíram 2,51%, a R$ 19,06. As ações ordinárias perderam 2,69%, a R$ 22,10. A empresa encerrou 2014 com produção anual recorde de 319,2 milhões de toneladas de minério de ferro, contribuindo para o excedente de oferta global que derrubou os preços da matéria-prima do aço nos últimos meses. O volume de minério de ferro produzido pela Vale, que exclui a produção atribuível à Samarco, foi 6,5% superior ao registrado em 2013, informou a mineradora nesta quinta-feira.
mercado
Dólar fecha cotado a R$ 2,86 com dúvidas sobre Grécia e BrasilO dólar subiu pelo terceiro pregão seguido e retornou ao patamar de R$ 2,86 nesta quinta-feira (19), pressionado pelas incertezas em torno da aprovação da prorrogação do acordo de empréstimo da Grécia e também pelas dúvidas sobre a economia brasileira, que deve encerrar o ano com retração. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,92%, a R$ 2,867. Já o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, fechou com avanço de 0,84%, a R$ 2,866. Afetaram a moeda americana nesta sessão fatores internos e externos. No cenário doméstico, a incerteza sobre a recuperação da economia brasileira pesou neste pregão. Na quarta-feira, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) admitiu que o crescimento do PIB em 2014 "pode ter sido negativo" e que 2015 será um ano de desafios. O prognóstico do ministro veio em linha com o esperado pelo mercado, após o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, trazer a projeção de que a economia brasileira terá retração de 0,42% neste ano. O custo do programa de intervenção do Banco Central também tem pesado sobre o dólar, afirma Fabio Lemos, analista de renda variável da São Paulo Investments. A discussão se dá em torno do fim das atuações diárias do BC no mercado cambial. "De uns tempos para cá, começou-se a discutir o custo do swap. O próprio Levy disse que o governo não deveria intervir tanto no câmbio, então a moeda está caminhando para refletir os fundamentos da economia do país, que são ruins", afirma. Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2.000 contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 800 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.200 para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,9 milhões. O BC também vendeu a oferta integral de até 13.000 swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 66% do lote total. No exterior, a Grécia formalizou nesta quinta-feira o pedido de prorrogação por seis meses de seu acordo de empréstimo em um esforço para evitar a falta de dinheiro dentro de algumas semanas. O ministério alemão das Finanças rejeitou, no entanto, a proposta de Atenas. Segundo Martin Jaeger, porta-voz do ministério das Finanças alemão, no entanto, "a carta de Atenas não é uma proposta que leva a uma solução substancial". Nesta sexta-feira, os ministros das Finanças da zona do euro se reunirão em Bruxelas para avaliar o pedido grego, disse o presidente do grupo, Jeroen Dijsselbloem, em um tuíte. BOLSA Já o índice Ibovespa, o principal do mercado acionário brasileiro, fechou estável após oscilar bastante durante o dia. O índice teve leve alta de 0,03%, a 51.294 pontos, e se manteve no maior patamar em dois meses. O volume financeiro do pregão foi de R$ 4,7 bilhões, bem abaixo do giro médio diário, que é de R$ 6,85 bilhões até o dia 18. No início do pregão, a Bolsa foi pressionada pela forte baixa da Petrobras, após a divulgação de que os estoques de petróleo nos Estados Unidos teriam aumentado na semana passada, de acordo com dados do Instituto Americano do Petróleo. À tarde, porém, a Administração de Informação de Energia, do governo dos EUA, divulgou que a alta dos estoques no país na semana passada ficou bem abaixo da projeção da indústria. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, fecharam o dia com queda de 3,66%, a R$ 9,75. Já as ações ordinárias, com direito a voto, caíram 3,12%, para R$ 9,64. Pesa contra a empresa também a possibilidade de novo rebaixamento da nota de crédito pela agência de classificação de risco Moody's, diz Eduardo Velho, economista-chefe da gestora INVX Global Partners. "A agência deve divulgar até o final do mês o novo rating da Petrobras, e uma avaliação para baixo da petrolífera pode levar pessimismo ao mercado", afirma. As ações da Vale também tiveram queda, depois de subirem por quatro sessões seguidas. Os papéis preferenciais da mineradora caíram 2,51%, a R$ 19,06. As ações ordinárias perderam 2,69%, a R$ 22,10. A empresa encerrou 2014 com produção anual recorde de 319,2 milhões de toneladas de minério de ferro, contribuindo para o excedente de oferta global que derrubou os preços da matéria-prima do aço nos últimos meses. O volume de minério de ferro produzido pela Vale, que exclui a produção atribuível à Samarco, foi 6,5% superior ao registrado em 2013, informou a mineradora nesta quinta-feira.
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STF deve julgar na terça recurso para devolver eletrolão para Sergio Moro
O STF (Supremo Tribunal Federal) deve definir na terça-feira (15) se mantém com a Justiça do Rio ou se devolve para o juiz Sergio Moro, do Paraná, o controle das investigações da principal ação penal relativa a fraudes e corrupção na estatal Eletronuclear. Os ministros da segunda turma vão discutir recurso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra a decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, que enviou o caso para a justiça do Rio sob o argumento de que não há conexão direta com as fraudes apuradas nas obras da Usina Nuclear de Angra 3 e o esquema de corrupção da Petrobras apurado na Operação Lava Jato. Teori avaliou, no final de 2015, que a ação penal não deveria continuar com Moro porque ele não teria prevenção para analisar a ação, diante da falta de conexão, e nem teria competência territorial para continuar tocando o processo, pois a estatal é sediada no Rio. O recurso da Procuradoria começou a ser discutido pela segunda turma do STF há duas semanas, quando um pedido de vista do ministro Dias Toffoli suspendeu o julgamento. Teori votou para rejeitar o recurso da PGR. Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello admitiram o questionamento, votando para que ação retorne para as mãos de Moro. Além de Toffoli, a ministra Cármen Lúcia ainda precisa votar no caso. Atualmente, a ação penal tramita na 7 vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, sob os cuidados do juiz Marcelo Bretas, e está na fase de tomada de depoimentos. Para Janot, os fatos em apuração no chamado eletrolão remontam a uma organização criminosa única e complexa, com várias ramificações. A Procuradoria sustenta que trata-se de infrações que foram praticadas por diversos autores coincidentes, dentro dessa organização, inclusive com momentos temporais próximos, além de que as provas dos crimes em apuração na Petrobras influírem diretamente na elucidação dos crimes cometidos no âmbito da Eletronuclear e vice-versa. Na avaliação dos investigadores da Lava Jato, há ocorrência de diversos elementos em comum com os fatos relacionados às investigações de práticas espúrias da mesma natureza no âmbito da Petrobras. A investigação abrange crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
poder
STF deve julgar na terça recurso para devolver eletrolão para Sergio MoroO STF (Supremo Tribunal Federal) deve definir na terça-feira (15) se mantém com a Justiça do Rio ou se devolve para o juiz Sergio Moro, do Paraná, o controle das investigações da principal ação penal relativa a fraudes e corrupção na estatal Eletronuclear. Os ministros da segunda turma vão discutir recurso do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra a decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, que enviou o caso para a justiça do Rio sob o argumento de que não há conexão direta com as fraudes apuradas nas obras da Usina Nuclear de Angra 3 e o esquema de corrupção da Petrobras apurado na Operação Lava Jato. Teori avaliou, no final de 2015, que a ação penal não deveria continuar com Moro porque ele não teria prevenção para analisar a ação, diante da falta de conexão, e nem teria competência territorial para continuar tocando o processo, pois a estatal é sediada no Rio. O recurso da Procuradoria começou a ser discutido pela segunda turma do STF há duas semanas, quando um pedido de vista do ministro Dias Toffoli suspendeu o julgamento. Teori votou para rejeitar o recurso da PGR. Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello admitiram o questionamento, votando para que ação retorne para as mãos de Moro. Além de Toffoli, a ministra Cármen Lúcia ainda precisa votar no caso. Atualmente, a ação penal tramita na 7 vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, sob os cuidados do juiz Marcelo Bretas, e está na fase de tomada de depoimentos. Para Janot, os fatos em apuração no chamado eletrolão remontam a uma organização criminosa única e complexa, com várias ramificações. A Procuradoria sustenta que trata-se de infrações que foram praticadas por diversos autores coincidentes, dentro dessa organização, inclusive com momentos temporais próximos, além de que as provas dos crimes em apuração na Petrobras influírem diretamente na elucidação dos crimes cometidos no âmbito da Eletronuclear e vice-versa. Na avaliação dos investigadores da Lava Jato, há ocorrência de diversos elementos em comum com os fatos relacionados às investigações de práticas espúrias da mesma natureza no âmbito da Petrobras. A investigação abrange crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
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Mortes: Comunista, escreveu sobre a clandestinidade
Marco Albertim teve sorte de namorar Ionalda, filha do único fotógrafo de Goiana (a 63 km do Recife) em 1970. Naquele ano, o regime militar (1964-85) precisou do profissional para imprimir cartazes de procurados pelo governo, e Marco estava na lista. Ao ver as fotos que seriam impressas, uma tia de Ionalda alertou Marco do perigo, e o jovem de 20 anos fugiu do Recife, onde estudava jornalismo, para viver na clandestinidade em Fortaleza, lá ficando por quatro anos. Em 1975, após passar por outras cidades, voltou ao Recife, onde se casou com Ionalda. Os dois se conheciam desde crianças, por causa da amizade entre suas famílias em Goiana, cidade em que Marco nasceu e passou a juventude. Seus colegas não compreendiam o relacionamento entre Marcão, como era chamado, e a "burguesinha", com quem teve dois filhos. Depois de se separar, teve um terceiro filho com Marta, colega de militância. Ao todo, foram cinco companheiras. Na política, Marco foi figura importante na reorganização do PCdoB em Pernambuco, após a Lei da Anistia, em 1979. Militou até o fim da vida com grandes amigos, como o escritor Urariano Mota e Luciano Siqueira, atual vice-prefeito de Recife. Foi também escritor, principalmente de contos e crônicas que falam da clandestinidade, de pessoas pobres e de tradições regionais. Morreu no último dia 10, de infarto do miocárdio, aos 64 anos. Estava feliz pois acabara de saber que seu romance "Conspiração no Guadalupe" seria publicado. O livro deve sair neste ano. Marco deixa três filhos e dois netos. [email protected] - VEJA AS MISSAS PUBLICADAS NESTE DOMINGO 7º DIA Haruttium Burunsizian - Hoje (19/4), às 10h30, na Igreja Apostólica Armênia São Jorge, av. Santos Dumont, 55, Bom Retiro. Maria Tereza Pereira Pimenta - Hoje (19/4), às 17h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32 Jardim Europa. Álvaro Bovolenta - Amanhã (20/4), às 19h, na basílica Nossa Senhora do Carmo, r. Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista. * 24º ANO Augusto Giusti - Hoje (19/4), às 10h, na igreja Nossa Senhora Aparecida, r. Labatut, 781, Ipiranga.
cotidiano
Mortes: Comunista, escreveu sobre a clandestinidadeMarco Albertim teve sorte de namorar Ionalda, filha do único fotógrafo de Goiana (a 63 km do Recife) em 1970. Naquele ano, o regime militar (1964-85) precisou do profissional para imprimir cartazes de procurados pelo governo, e Marco estava na lista. Ao ver as fotos que seriam impressas, uma tia de Ionalda alertou Marco do perigo, e o jovem de 20 anos fugiu do Recife, onde estudava jornalismo, para viver na clandestinidade em Fortaleza, lá ficando por quatro anos. Em 1975, após passar por outras cidades, voltou ao Recife, onde se casou com Ionalda. Os dois se conheciam desde crianças, por causa da amizade entre suas famílias em Goiana, cidade em que Marco nasceu e passou a juventude. Seus colegas não compreendiam o relacionamento entre Marcão, como era chamado, e a "burguesinha", com quem teve dois filhos. Depois de se separar, teve um terceiro filho com Marta, colega de militância. Ao todo, foram cinco companheiras. Na política, Marco foi figura importante na reorganização do PCdoB em Pernambuco, após a Lei da Anistia, em 1979. Militou até o fim da vida com grandes amigos, como o escritor Urariano Mota e Luciano Siqueira, atual vice-prefeito de Recife. Foi também escritor, principalmente de contos e crônicas que falam da clandestinidade, de pessoas pobres e de tradições regionais. Morreu no último dia 10, de infarto do miocárdio, aos 64 anos. Estava feliz pois acabara de saber que seu romance "Conspiração no Guadalupe" seria publicado. O livro deve sair neste ano. Marco deixa três filhos e dois netos. [email protected] - VEJA AS MISSAS PUBLICADAS NESTE DOMINGO 7º DIA Haruttium Burunsizian - Hoje (19/4), às 10h30, na Igreja Apostólica Armênia São Jorge, av. Santos Dumont, 55, Bom Retiro. Maria Tereza Pereira Pimenta - Hoje (19/4), às 17h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32 Jardim Europa. Álvaro Bovolenta - Amanhã (20/4), às 19h, na basílica Nossa Senhora do Carmo, r. Martiniano de Carvalho, 114, Bela Vista. * 24º ANO Augusto Giusti - Hoje (19/4), às 10h, na igreja Nossa Senhora Aparecida, r. Labatut, 781, Ipiranga.
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Liniker canta 'Zero'
Não frequentava os campinhos de pelada da cidade. Preferia espiar, na casa de sua avó, os tios compondo sambas, debruçados em cadernos e cavaquinhos. Nunca vestiu uma chuteira na vida. Gosta mesmo é de maquiagem, brincos, colares, saia e turbante, principalmente quando está no palco, cantando black e soul music.Ao que tudo indica, Liniker acertou em preterir o futebol pela música. Seu grupo, Liniker e os Caramelows, já tem público cativo com apenas cinco meses de estrada.Em outubro, lançou na internet um EP (Extended Play) com três faixas: "Louise du Bresil", "Caeu" e "Zero" -o clipe desta última atingiu 1,2 milhão de visualizações no Youtube em dezembro.Em fevereiro, se apresentou para 30 mil pessoas no festival Rec Beat, em Recife, ao lado de Johnny Hooker. No mesmo mês, abriu show de Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci no Circo Voador, no Rio.Leia mais: http://folha.com/no1754532
tv
Liniker canta 'Zero'Não frequentava os campinhos de pelada da cidade. Preferia espiar, na casa de sua avó, os tios compondo sambas, debruçados em cadernos e cavaquinhos. Nunca vestiu uma chuteira na vida. Gosta mesmo é de maquiagem, brincos, colares, saia e turbante, principalmente quando está no palco, cantando black e soul music.Ao que tudo indica, Liniker acertou em preterir o futebol pela música. Seu grupo, Liniker e os Caramelows, já tem público cativo com apenas cinco meses de estrada.Em outubro, lançou na internet um EP (Extended Play) com três faixas: "Louise du Bresil", "Caeu" e "Zero" -o clipe desta última atingiu 1,2 milhão de visualizações no Youtube em dezembro.Em fevereiro, se apresentou para 30 mil pessoas no festival Rec Beat, em Recife, ao lado de Johnny Hooker. No mesmo mês, abriu show de Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci no Circo Voador, no Rio.Leia mais: http://folha.com/no1754532
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Vilarejo na Suíça prefere pagar R$ 1 mi em multa a receber dez refugiados
Um dos vilarejos mais ricos da Europa enfrenta um dilema: acolher dez refugiados ou pagar uma multa de cerca de US$ 300 mil para não recebê-los. Oberwil-Lieli fica no cantão de Aargau, no norte da Suíça. Com pouco mais de cinco quilômetros quadrados e uma população de 2.222 pessoas, a cidade tem pelo menos 300 milionários. Em novembro do ano passado, segundo conta um dos residentes, Dominique Lang, o tema dos refugiados foi abordado em uma reunião na assembleia municipal para discutir o orçamento para o ano de 2016. Na ocasião, duas perguntas foram feitas aos participantes: Segundo Lang, a maioria dos participantes da reunião era favorável a acolher os refugiados distribuídos em um programa de cotas recentemente lançado na Suíça. Mas a forma como a consulta foi realizada deixou muitos no vilarejo insatisfeitos. Em janeiro, quatro eleitores decidiram convocar um referendo. PLEBISCITO "Convocar um referendo é um direito de qualquer eleitor suíço, especialmente depois de uma assembleia municipal", disse à BBC Cornelia Hermann, porta-voz do município de Oberwil-Lili. Os proponentes da consulta recolheram 492 assinaturas —cinco a mais que as 487 necessárias. A votação foi realizada no dia 1º de maio e participaram 1.105 eleitores. A maioria (579) optou por pagar a multa e não receber refugiados. A decisão ainda não é a palavra final sobre o assunto. Hermann e Lang dizem que outra assembleia municipal será realizada nesta sexta-feira (10) para rediscutir o orçamento. "Os eleitores terão de aceitar ou rejeitar o orçamento para 2016, que inclui a multa. Se rejeitá-lo, todo o processo tem de começar de novo", disse Lang. A multa será arrecada a partir da coleta de impostos no vilarejo e paga às autoridades do cantão de Aargau, que usaria o dinheiro no cuidado aos refugiados em outros locais nessa região. O montante representa 110 francos suíços por dia para cada requerente de asilo que Oberwil-Lieli não aceitar. SOLIDARIEDADE Lang e outros 14 outros habitantes de Oberwil-Lieli compõem um grupo chamado IG Solidaritaet, formado em setembro passado quando o debate sobre acolher ou não refugiados na cidade ganhou corpo. "Queremos expressar a nossa solidariedade para com os refugiados que chegam à Europa em busca de asilo e que fogem de guerras e outras circunstâncias que ameaçam suas vidas", diz Lang. "E também com outras cidades e vilarejos na região de Aargau que cumprem seu dever de ajudar e não pagam multas para os outros façam por eles." Lang acredita que o medo é o que levou muitos vizinhos a fechar as portas do vilarejo para os forasteiros. "Muitas pessoas disseram que trabalharam toda a sua vida pelo seu dinheiro e não querem dividir isso", relata. "Eles têm medo de que vá aumentar a criminalidade no país. Têm medo de que não possam mais deixar seus filhos sair para brincar lá fora ou ir à escola." A verdade por trás disso, opina, é que "eles não querem ser amigos de estranhos". "Querem ficar entre suíços, com pessoas que já conhecem, que pensam da mesma maneira, que têm a mesma religião. Os muçulmanos não são bem-vindos, de jeito nenhum." AJUDA À DISTÂNCIA Mas o prefeito, Andreas Glarner, descarta que a decisão tomada na votação seja fruto de preconceito ou simplesmente de falta de solidariedade. "Não fomos informados se essas dez pessoas vêm da Síria ou se estão imigrando por razões econômicas de outros países," disse ele ao diário britânico "Daily Online". "Temos de ajudar os refugiados sírios, mas é melhor para eles que seja em acampamentos perto de sua terra natal." O prefeito disse que "o dinheiro pode ser enviado para ajudar, mas se os recebermos aqui estaremos enviando uma mensagem errada." "Outros virão e arriscarão suas vidas atravessando o oceano e pagando traficantes (de pessoas)."
mundo
Vilarejo na Suíça prefere pagar R$ 1 mi em multa a receber dez refugiadosUm dos vilarejos mais ricos da Europa enfrenta um dilema: acolher dez refugiados ou pagar uma multa de cerca de US$ 300 mil para não recebê-los. Oberwil-Lieli fica no cantão de Aargau, no norte da Suíça. Com pouco mais de cinco quilômetros quadrados e uma população de 2.222 pessoas, a cidade tem pelo menos 300 milionários. Em novembro do ano passado, segundo conta um dos residentes, Dominique Lang, o tema dos refugiados foi abordado em uma reunião na assembleia municipal para discutir o orçamento para o ano de 2016. Na ocasião, duas perguntas foram feitas aos participantes: Segundo Lang, a maioria dos participantes da reunião era favorável a acolher os refugiados distribuídos em um programa de cotas recentemente lançado na Suíça. Mas a forma como a consulta foi realizada deixou muitos no vilarejo insatisfeitos. Em janeiro, quatro eleitores decidiram convocar um referendo. PLEBISCITO "Convocar um referendo é um direito de qualquer eleitor suíço, especialmente depois de uma assembleia municipal", disse à BBC Cornelia Hermann, porta-voz do município de Oberwil-Lili. Os proponentes da consulta recolheram 492 assinaturas —cinco a mais que as 487 necessárias. A votação foi realizada no dia 1º de maio e participaram 1.105 eleitores. A maioria (579) optou por pagar a multa e não receber refugiados. A decisão ainda não é a palavra final sobre o assunto. Hermann e Lang dizem que outra assembleia municipal será realizada nesta sexta-feira (10) para rediscutir o orçamento. "Os eleitores terão de aceitar ou rejeitar o orçamento para 2016, que inclui a multa. Se rejeitá-lo, todo o processo tem de começar de novo", disse Lang. A multa será arrecada a partir da coleta de impostos no vilarejo e paga às autoridades do cantão de Aargau, que usaria o dinheiro no cuidado aos refugiados em outros locais nessa região. O montante representa 110 francos suíços por dia para cada requerente de asilo que Oberwil-Lieli não aceitar. SOLIDARIEDADE Lang e outros 14 outros habitantes de Oberwil-Lieli compõem um grupo chamado IG Solidaritaet, formado em setembro passado quando o debate sobre acolher ou não refugiados na cidade ganhou corpo. "Queremos expressar a nossa solidariedade para com os refugiados que chegam à Europa em busca de asilo e que fogem de guerras e outras circunstâncias que ameaçam suas vidas", diz Lang. "E também com outras cidades e vilarejos na região de Aargau que cumprem seu dever de ajudar e não pagam multas para os outros façam por eles." Lang acredita que o medo é o que levou muitos vizinhos a fechar as portas do vilarejo para os forasteiros. "Muitas pessoas disseram que trabalharam toda a sua vida pelo seu dinheiro e não querem dividir isso", relata. "Eles têm medo de que vá aumentar a criminalidade no país. Têm medo de que não possam mais deixar seus filhos sair para brincar lá fora ou ir à escola." A verdade por trás disso, opina, é que "eles não querem ser amigos de estranhos". "Querem ficar entre suíços, com pessoas que já conhecem, que pensam da mesma maneira, que têm a mesma religião. Os muçulmanos não são bem-vindos, de jeito nenhum." AJUDA À DISTÂNCIA Mas o prefeito, Andreas Glarner, descarta que a decisão tomada na votação seja fruto de preconceito ou simplesmente de falta de solidariedade. "Não fomos informados se essas dez pessoas vêm da Síria ou se estão imigrando por razões econômicas de outros países," disse ele ao diário britânico "Daily Online". "Temos de ajudar os refugiados sírios, mas é melhor para eles que seja em acampamentos perto de sua terra natal." O prefeito disse que "o dinheiro pode ser enviado para ajudar, mas se os recebermos aqui estaremos enviando uma mensagem errada." "Outros virão e arriscarão suas vidas atravessando o oceano e pagando traficantes (de pessoas)."
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Ocupações contra extinção do MinC já acontecem em ao menos 16 capitais
Prédios públicos por todo o país permanecem ocupados por manifestantes nesta quinta (19). Os protestos são contrárias ao governo interino do presidente Michel Temer (PMDB) e à extinção do Ministério da Cultura, que foi incorporado à pasta de Educação. As manifestações começaram na sexta-feira (13), em Curitiba, e se alastraram por ao menos outras 15 capitais: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belém, São Luís, Natal, Manaus, Macapá, Cuiabá, Aracaju, Recife e João Pessoa. Em todos os Estados, os participantes organizam agendas culturais com shows, oficinas e palestras nos locais. Na capital paulista, a ocupação ocorre na Funarte. no centro. Desde terça (17), cerca de 60 pessoas dormem em colchões em uma das salas do prédio, mas o público varia a cada dia. Nesta quinta (19), um ato de repúdio à extinção do MinC ocorre no local às 17h. No Palácio Gustavo Capanema, no Rio, os manifestantes não divulgam o número de pessoas que ocupam efetivamente o prédio. Eles estimam que o público chegue a cerca de 1.000 pessoas durante os atos e shows, que acontecem no pilotis. Nesta quinta, a atriz Marieta Severo, que na segunda (16) participou de reunião de artistas contrários ao fim do MinC, leu um poema de Vinicius de Moraes para os participantes da ocupação. Os cantores Frejat, Leoni, Pedro Luis e Lenine também se apresentam no local nesta tarde (veja nos vídeos abaixo). assista assista Para a sexta (20), estão previstos shows de Caetano Veloso e Erasmo Carlos. A PM do Rio não divulga estimativa de quantidade pessoas em nenhum tipo de evento. Em Curitiba, há 15 barracas montadas na área externa do Iphan. Segundo os participantes do ato, mesmo com o frio —mínima hoje prevista é de 8ºC, diz o Cptec—, cerca de 30 pessoas têm dormido no local, mas o público é flutuante e, em eventos à noite, chega a 60 e até 150 pessoas, segundo o produtor de audiovisual Guilherme Daldin. De acordo com funcionários do Iphan, a média é de 20 a 30 pessoas que dormem no local, com público maior durante os shows —cerca de 60 pessoas ou mais, sem ter uma estimativa exata. Tanto funcionários do Iphan como participantes do ato esperam público maior no fim de semana. Diariamente, a agenda cultural do dia é publicada —nesta quinta, haverá exibição de curtas-metragens de cineastas locais, shows e debates. Em Belo Horizonte, os grupos que ocupam a Funarte não fazem estimativa do número de pessoas na ocupação, nem a Polícia Militar, que não esteve no local. Os participantes continuam a organizar assembleias para discutir políticas públicas e apresentações culturais. Ocupação MinC A organização estima que 150 pessoas participem da ocupação da Fundação Palmares, onde funciona a representação regional do Ministério da Cultura em Salvador. Contudo, o número de manifestantes que dormem no local foi limitado a 30 para evitar danos ao patrimônio, já que o prédio é tombado. A polícia não esteve no local. Já em Fortaleza, cerca de 100 pessoas ocupam o Iphan desde terça-feira (17), segundo os organizadores. No Recife, aproximadamente 60 manifestantes também dormem na sede do instituto. Na programação desta quinta, o espaço recebe oficina de malabares e acrobacia, shows e exibição de filmes. Questionados sobre o objetivo da ocupação na capital pernambucana, os integrantes disseram que o entendimento é do "direito à cultura e à democracia, contra a tentativa de extinção do MinC por parte do governo golpista de Temer, como atitude de medo, por saber que as pessoas que trabalham com cultura valorizam a democracia". Em páginas nas redes sociais, participantes dos atos pelo país pedem doações de alimentos, utensílios e itens de higiene pessoal. JOÃO PEDRO PITOMBO, JOSÉ MARQUES, JULIANA COISSI, LUIZA FRANCO, RODOLFO VIANA, MARCELA BALBINO
ilustrada
Ocupações contra extinção do MinC já acontecem em ao menos 16 capitaisPrédios públicos por todo o país permanecem ocupados por manifestantes nesta quinta (19). Os protestos são contrárias ao governo interino do presidente Michel Temer (PMDB) e à extinção do Ministério da Cultura, que foi incorporado à pasta de Educação. As manifestações começaram na sexta-feira (13), em Curitiba, e se alastraram por ao menos outras 15 capitais: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belém, São Luís, Natal, Manaus, Macapá, Cuiabá, Aracaju, Recife e João Pessoa. Em todos os Estados, os participantes organizam agendas culturais com shows, oficinas e palestras nos locais. Na capital paulista, a ocupação ocorre na Funarte. no centro. Desde terça (17), cerca de 60 pessoas dormem em colchões em uma das salas do prédio, mas o público varia a cada dia. Nesta quinta (19), um ato de repúdio à extinção do MinC ocorre no local às 17h. No Palácio Gustavo Capanema, no Rio, os manifestantes não divulgam o número de pessoas que ocupam efetivamente o prédio. Eles estimam que o público chegue a cerca de 1.000 pessoas durante os atos e shows, que acontecem no pilotis. Nesta quinta, a atriz Marieta Severo, que na segunda (16) participou de reunião de artistas contrários ao fim do MinC, leu um poema de Vinicius de Moraes para os participantes da ocupação. Os cantores Frejat, Leoni, Pedro Luis e Lenine também se apresentam no local nesta tarde (veja nos vídeos abaixo). assista assista Para a sexta (20), estão previstos shows de Caetano Veloso e Erasmo Carlos. A PM do Rio não divulga estimativa de quantidade pessoas em nenhum tipo de evento. Em Curitiba, há 15 barracas montadas na área externa do Iphan. Segundo os participantes do ato, mesmo com o frio —mínima hoje prevista é de 8ºC, diz o Cptec—, cerca de 30 pessoas têm dormido no local, mas o público é flutuante e, em eventos à noite, chega a 60 e até 150 pessoas, segundo o produtor de audiovisual Guilherme Daldin. De acordo com funcionários do Iphan, a média é de 20 a 30 pessoas que dormem no local, com público maior durante os shows —cerca de 60 pessoas ou mais, sem ter uma estimativa exata. Tanto funcionários do Iphan como participantes do ato esperam público maior no fim de semana. Diariamente, a agenda cultural do dia é publicada —nesta quinta, haverá exibição de curtas-metragens de cineastas locais, shows e debates. Em Belo Horizonte, os grupos que ocupam a Funarte não fazem estimativa do número de pessoas na ocupação, nem a Polícia Militar, que não esteve no local. Os participantes continuam a organizar assembleias para discutir políticas públicas e apresentações culturais. Ocupação MinC A organização estima que 150 pessoas participem da ocupação da Fundação Palmares, onde funciona a representação regional do Ministério da Cultura em Salvador. Contudo, o número de manifestantes que dormem no local foi limitado a 30 para evitar danos ao patrimônio, já que o prédio é tombado. A polícia não esteve no local. Já em Fortaleza, cerca de 100 pessoas ocupam o Iphan desde terça-feira (17), segundo os organizadores. No Recife, aproximadamente 60 manifestantes também dormem na sede do instituto. Na programação desta quinta, o espaço recebe oficina de malabares e acrobacia, shows e exibição de filmes. Questionados sobre o objetivo da ocupação na capital pernambucana, os integrantes disseram que o entendimento é do "direito à cultura e à democracia, contra a tentativa de extinção do MinC por parte do governo golpista de Temer, como atitude de medo, por saber que as pessoas que trabalham com cultura valorizam a democracia". Em páginas nas redes sociais, participantes dos atos pelo país pedem doações de alimentos, utensílios e itens de higiene pessoal. JOÃO PEDRO PITOMBO, JOSÉ MARQUES, JULIANA COISSI, LUIZA FRANCO, RODOLFO VIANA, MARCELA BALBINO
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Um em cada 3 vegetarianos impõe a mesma dieta que segue aos seus pets
Donos de cães e gatos escolhem o produto com o qual vão alimentar seus animais com base no que consideram mais saudável e benéfico para eles. Mas, para vegetarianos, a decisão desperta um conflito ideológico e moral, pois a maioria das rações comerciais é feita com ingredientes de origem animal. As razões que guiam a escolha da dieta dos pets e o drama dos vegetarianos estão descritos em levantamentos publicados entre 2013 e 2014. Mas nenhum deles respondeu à pergunta: quantos decidiram adotar a mesma dieta para seus animais? Uma pesquisa conjunta de pesquisadores do Canadá e da Nova Zelândia traz as primeiras pistas desse universo. Apresentado no 21° Congresso da Sociedade Europeia de Veterinária e Nutrição Comparada, no mês passado, na Inglaterra, o estudo ouviu 3.673 donos de cães e gatos em seis países de língua inglesa. Dos entrevistados, 6% declararam seguir pessoalmente uma dieta que exclui produtos de origem animal (outros 10% admitem peixe ou derivados de leite nas refeições) e 2,4% afirmaram ter estendido o vegetarianismo aos seus pets (3% dos cães e 1% dos gatos). No total, pouco mais de 1 em cada 3 vegetarianos impõe ao animal a mesma dieta que segue. De um lado, a preocupação com o bem-estar e os direitos dos animais usados para a produção de carne são os motivos apontados pelos responsáveis para justificar a opção por dietas vegetarianas. De outro, a dúvida sobre a adequação nutricional dessas dietas é a razão mais citada pela maioria dos donos de cães e gatos que, embora sejam vegetarianos, oferecem aos pets produtos de origem animal. O assunto é polêmico, sobretudo no que diz respeito aos gatos, animais que, na natureza, são carnívoros estritos. O que os próximos estudos terão de responder é a quantas anda a saúde desses pets vegetarianos. * A coluna "Bichos" é publicada todos os domingos na revista sãopaulo.
colunas
Um em cada 3 vegetarianos impõe a mesma dieta que segue aos seus petsDonos de cães e gatos escolhem o produto com o qual vão alimentar seus animais com base no que consideram mais saudável e benéfico para eles. Mas, para vegetarianos, a decisão desperta um conflito ideológico e moral, pois a maioria das rações comerciais é feita com ingredientes de origem animal. As razões que guiam a escolha da dieta dos pets e o drama dos vegetarianos estão descritos em levantamentos publicados entre 2013 e 2014. Mas nenhum deles respondeu à pergunta: quantos decidiram adotar a mesma dieta para seus animais? Uma pesquisa conjunta de pesquisadores do Canadá e da Nova Zelândia traz as primeiras pistas desse universo. Apresentado no 21° Congresso da Sociedade Europeia de Veterinária e Nutrição Comparada, no mês passado, na Inglaterra, o estudo ouviu 3.673 donos de cães e gatos em seis países de língua inglesa. Dos entrevistados, 6% declararam seguir pessoalmente uma dieta que exclui produtos de origem animal (outros 10% admitem peixe ou derivados de leite nas refeições) e 2,4% afirmaram ter estendido o vegetarianismo aos seus pets (3% dos cães e 1% dos gatos). No total, pouco mais de 1 em cada 3 vegetarianos impõe ao animal a mesma dieta que segue. De um lado, a preocupação com o bem-estar e os direitos dos animais usados para a produção de carne são os motivos apontados pelos responsáveis para justificar a opção por dietas vegetarianas. De outro, a dúvida sobre a adequação nutricional dessas dietas é a razão mais citada pela maioria dos donos de cães e gatos que, embora sejam vegetarianos, oferecem aos pets produtos de origem animal. O assunto é polêmico, sobretudo no que diz respeito aos gatos, animais que, na natureza, são carnívoros estritos. O que os próximos estudos terão de responder é a quantas anda a saúde desses pets vegetarianos. * A coluna "Bichos" é publicada todos os domingos na revista sãopaulo.
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Brasileira é eleita a melhor jogadora de handebol do mundo
A brasileira Duda Amorim, 28, foi eleita a melhor jogadora de handebol do mundo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25) pela Federação Internacional de Handebol (IHF), em eleição com cerca de 55 mil votos de fãs e mídia especializada na modalidade. "Melhor do mundo. Sonho realizado. Muito obrigado a todos", disse Duda por meio das redes sociais, nas quais postou também o vídeo clipe da música "Happy", de Pharrell Williams. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, ela falou sobre sua recuperação física. A armadora passou por uma cirurgia no joelho esquerdo e deve voltar a jogar apenas em julho. Em dezembro, o Brasil disputará o Mundial na Dinamarca. "Vai ter uma pressão maior agora [em jogar o Mundial como melhor do mundo, em dezembro, na Dinamarca]. Vou chegar preparada no Mundial. Estava vindo campeonato atrás de campeonato. Agora estou com saudade do handebol. Vou voltar pra quadra comendo a bola". Nascida em Blumenau (SC), Duda se torna a segunda brasileira a ganhar o prêmio. No início de 2013, Alexandra Nascimento foi eleita a melhor do mundo de 2012. Em dezembro daquela ano, Alê e Duda estavam na seleção brasileira que conquistou o título mundial na Sérvia. A primeira foi vice-artilheira da competição e, a segunda, a jogadora mais valiosa do Mundial. Armadora esquerda da seleção e do clube húngaro Gyori ETO KC, Duda obteve 35,2% dos votos, deixando Cristina Neagu, da Romênia, em segundo lugar, com 25,8%, e a norueguesa Heide Loke, em terceiro, com 16,8%. Estas, respectivamente eleitas melhores do mundo em 2010 e 2011. A equipe de Duda é a atual bicampeã da Liga dos Campeões da Europa. Antes de jogar na Hungria, ela atuou na Macedônia, no Gjorce Petrov Kometal, junto com a irmã mais velha Ana Amorim, que também defendeu a seleção brasileira, inclusive na Olimpíada de Atenas-2004. Atualmente Duda se recupera de uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Ela se lesionou em amistoso da seleção brasileira com a Tunísia, em novembro do ano passado. Ela é casada com o macedônio Dean Taleski. No masculino, com 33,7% dos votos, o astro francês Nikola Karabatic, do Barcelona, venceu o prêmio de melhor do mundo pela segunda vez. Em 2007, o jogador já havia conquistado a premiação. Karabatic foi um dos principais jogadores da França na conquista do título mundial no Qatar, no início do mês.
esporte
Brasileira é eleita a melhor jogadora de handebol do mundoA brasileira Duda Amorim, 28, foi eleita a melhor jogadora de handebol do mundo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (25) pela Federação Internacional de Handebol (IHF), em eleição com cerca de 55 mil votos de fãs e mídia especializada na modalidade. "Melhor do mundo. Sonho realizado. Muito obrigado a todos", disse Duda por meio das redes sociais, nas quais postou também o vídeo clipe da música "Happy", de Pharrell Williams. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, ela falou sobre sua recuperação física. A armadora passou por uma cirurgia no joelho esquerdo e deve voltar a jogar apenas em julho. Em dezembro, o Brasil disputará o Mundial na Dinamarca. "Vai ter uma pressão maior agora [em jogar o Mundial como melhor do mundo, em dezembro, na Dinamarca]. Vou chegar preparada no Mundial. Estava vindo campeonato atrás de campeonato. Agora estou com saudade do handebol. Vou voltar pra quadra comendo a bola". Nascida em Blumenau (SC), Duda se torna a segunda brasileira a ganhar o prêmio. No início de 2013, Alexandra Nascimento foi eleita a melhor do mundo de 2012. Em dezembro daquela ano, Alê e Duda estavam na seleção brasileira que conquistou o título mundial na Sérvia. A primeira foi vice-artilheira da competição e, a segunda, a jogadora mais valiosa do Mundial. Armadora esquerda da seleção e do clube húngaro Gyori ETO KC, Duda obteve 35,2% dos votos, deixando Cristina Neagu, da Romênia, em segundo lugar, com 25,8%, e a norueguesa Heide Loke, em terceiro, com 16,8%. Estas, respectivamente eleitas melhores do mundo em 2010 e 2011. A equipe de Duda é a atual bicampeã da Liga dos Campeões da Europa. Antes de jogar na Hungria, ela atuou na Macedônia, no Gjorce Petrov Kometal, junto com a irmã mais velha Ana Amorim, que também defendeu a seleção brasileira, inclusive na Olimpíada de Atenas-2004. Atualmente Duda se recupera de uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Ela se lesionou em amistoso da seleção brasileira com a Tunísia, em novembro do ano passado. Ela é casada com o macedônio Dean Taleski. No masculino, com 33,7% dos votos, o astro francês Nikola Karabatic, do Barcelona, venceu o prêmio de melhor do mundo pela segunda vez. Em 2007, o jogador já havia conquistado a premiação. Karabatic foi um dos principais jogadores da França na conquista do título mundial no Qatar, no início do mês.
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Neymar é o brasileiro com mais seguidores no Instagram
Neymar é a personalidade brasileira com mais seguidores no Instagram, segundo ranking que será divulgado hoje pela rede social. O jogador tem 32,5 milhões de fãs. * Sua foto mais curtida, com 1,6 milhão de "likes", é dele com o filho, Davi Lucca. TROCO LIKES Na sequência da lista, estão a atriz Bruna Marquezine e o jogador David Luiz. A cantora Anitta, quarta colocada em número de seguidores, tem como imagem mais curtida de seu perfil uma foto da atriz Fernanda Souza e do cantor Thiaguinho no casamento deles. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Neymar é o brasileiro com mais seguidores no InstagramNeymar é a personalidade brasileira com mais seguidores no Instagram, segundo ranking que será divulgado hoje pela rede social. O jogador tem 32,5 milhões de fãs. * Sua foto mais curtida, com 1,6 milhão de "likes", é dele com o filho, Davi Lucca. TROCO LIKES Na sequência da lista, estão a atriz Bruna Marquezine e o jogador David Luiz. A cantora Anitta, quarta colocada em número de seguidores, tem como imagem mais curtida de seu perfil uma foto da atriz Fernanda Souza e do cantor Thiaguinho no casamento deles. Leia a coluna completa aqui.
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Acidente entre duas carretas causa lentidão na Fernão Dias em Atibaia
Um acidente entre duas carretas interdita totalmente a faixa da direita da rodovia Fernão Dias –principal ligação entre São Paulo e Minas Gerais– no sentido São Paulo, na altura do km 57, região de Atibaia. A batida ocorreu por volta das 3h15 desta segunda-feira (12). Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), uma pessoa ficou ferida e foi socorrida a Hospital de Mairiporã e não corre risco de morte. Com o impacto, uma das carretas quebrou o engate e sua carga de chapas de aço precisará ser transferida para outro caminhão. Para remover a carreta da pista será necessário um guincho terceirizado, já que a concessionária não conta com esse tipo de equipamento. Com o bloqueio na via, o motorista que vem para São Paulo conta apenas com uma faixa liberada. Ainda de acordo com a PRF, a lentidão no local do acidente é de três quilômetros e deve aumentar nas primeiras horas da manhã, isso porque não há previsão da chegada do guincho.
cotidiano
Acidente entre duas carretas causa lentidão na Fernão Dias em AtibaiaUm acidente entre duas carretas interdita totalmente a faixa da direita da rodovia Fernão Dias –principal ligação entre São Paulo e Minas Gerais– no sentido São Paulo, na altura do km 57, região de Atibaia. A batida ocorreu por volta das 3h15 desta segunda-feira (12). Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), uma pessoa ficou ferida e foi socorrida a Hospital de Mairiporã e não corre risco de morte. Com o impacto, uma das carretas quebrou o engate e sua carga de chapas de aço precisará ser transferida para outro caminhão. Para remover a carreta da pista será necessário um guincho terceirizado, já que a concessionária não conta com esse tipo de equipamento. Com o bloqueio na via, o motorista que vem para São Paulo conta apenas com uma faixa liberada. Ainda de acordo com a PRF, a lentidão no local do acidente é de três quilômetros e deve aumentar nas primeiras horas da manhã, isso porque não há previsão da chegada do guincho.
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BC britânico corta juros pela primeira vez desde 2009 e compra títulos
O banco central britânico cortou nesta quinta-feira (4) a taxa de juros pela primeira vez desde 2009 e disse que vai comprar mais 60 bilhões de libras em títulos públicos para aliviar o impacto da votação de 23 de junho para o Reino Unido deixar a União Europeia. O Banco da Inglaterra informou ainda que tomará "qualquer ação que for necessária" e que espera estagnação da economia para o restante de 2016 e fraco crescimento ao longo do próximo ano. A taxa de juros foi cortada de 0,50% para 0,25%, em linha com as expectativas do mercado. O banco central também lançou dois novos programas, um para comprar 10 bilhões de libras em títulos de empresas com grau de investimento e outro, potencialmente no valor de 100 bilhões de libras, para garantir que os bancos mantenham empréstimos mesmo após o corte dos juros. A libra caiu 1% em relação ao dólar após o anúncio, enquanto os rendimentos de títulos do governo britânico atingiram mínimas recordes e o principal índice de ações subiu 1%. A maioria dos membros do comitê de política monetária do Banco da Inglaterra também espera que o banco corte os juros novamente neste ano à taxa "perto, mas um pouco acima de zero" se a economia tiver desempenho tão ruim quanto previsto. O corte nos juros e a medida, que pretendem assegurar que os bancos repassem para os consumidores, ganharam o apoio unânime. Mas três autoridades se opuseram a elevar a meta para a compra de títulos do governo do total de 375 bilhões de libras alcançados no final de 2012 para 435 bilhões de libras. O Banco da Inglaterra manteve sua previsão de crescimento deste ano em 2%, após a economia crescer mais rápido no primeiro semestre do que era esperado em maio. O banco central aumentou suas previsões de inflação, devido à grande desvalorização da libra desde a crise financeira, prevendo que ela vai bater 2,4% em 2018 e 2019. O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, disse que "o banco continua preparado para tomar qualquer ação que for necessária para atingir seus objetivos para a estabilidade monetária e financeira, na medida que o Reino Unido se ajusta às novas realidades e avança para aproveitar novas oportunidades fora da UE". O ministro das Finanças, Philip Hammond, saudou o corte nos juros e disse que ele e Carney têm "as ferramentas que nós precisamos para dar suporte à economia." BREXIT O presidente do banco central britânico, Mark Carney, disse que o plebiscito no qual o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia marcou uma "mudança de regime" para a economia e que se ajustar a essa nova realidade pode se mostrar difícil. A política monetária sozinha não pode compensar imediatamente ou por completo o choque da votação, disse Carney, após o Banco da Inglaterra cortar a taxa de juros.
mercado
BC britânico corta juros pela primeira vez desde 2009 e compra títulosO banco central britânico cortou nesta quinta-feira (4) a taxa de juros pela primeira vez desde 2009 e disse que vai comprar mais 60 bilhões de libras em títulos públicos para aliviar o impacto da votação de 23 de junho para o Reino Unido deixar a União Europeia. O Banco da Inglaterra informou ainda que tomará "qualquer ação que for necessária" e que espera estagnação da economia para o restante de 2016 e fraco crescimento ao longo do próximo ano. A taxa de juros foi cortada de 0,50% para 0,25%, em linha com as expectativas do mercado. O banco central também lançou dois novos programas, um para comprar 10 bilhões de libras em títulos de empresas com grau de investimento e outro, potencialmente no valor de 100 bilhões de libras, para garantir que os bancos mantenham empréstimos mesmo após o corte dos juros. A libra caiu 1% em relação ao dólar após o anúncio, enquanto os rendimentos de títulos do governo britânico atingiram mínimas recordes e o principal índice de ações subiu 1%. A maioria dos membros do comitê de política monetária do Banco da Inglaterra também espera que o banco corte os juros novamente neste ano à taxa "perto, mas um pouco acima de zero" se a economia tiver desempenho tão ruim quanto previsto. O corte nos juros e a medida, que pretendem assegurar que os bancos repassem para os consumidores, ganharam o apoio unânime. Mas três autoridades se opuseram a elevar a meta para a compra de títulos do governo do total de 375 bilhões de libras alcançados no final de 2012 para 435 bilhões de libras. O Banco da Inglaterra manteve sua previsão de crescimento deste ano em 2%, após a economia crescer mais rápido no primeiro semestre do que era esperado em maio. O banco central aumentou suas previsões de inflação, devido à grande desvalorização da libra desde a crise financeira, prevendo que ela vai bater 2,4% em 2018 e 2019. O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, disse que "o banco continua preparado para tomar qualquer ação que for necessária para atingir seus objetivos para a estabilidade monetária e financeira, na medida que o Reino Unido se ajusta às novas realidades e avança para aproveitar novas oportunidades fora da UE". O ministro das Finanças, Philip Hammond, saudou o corte nos juros e disse que ele e Carney têm "as ferramentas que nós precisamos para dar suporte à economia." BREXIT O presidente do banco central britânico, Mark Carney, disse que o plebiscito no qual o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia marcou uma "mudança de regime" para a economia e que se ajustar a essa nova realidade pode se mostrar difícil. A política monetária sozinha não pode compensar imediatamente ou por completo o choque da votação, disse Carney, após o Banco da Inglaterra cortar a taxa de juros.
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Filme de Scorsese sobre intolerância religiosa terá estreia no Vaticano
Descrito como a obsessão de Martin Scorsese, "Silence" terá sua estreia diretamente do Vaticano nesta terça (29), informou o jornal britânico "The Guardian". De acordo com a publicação, o papa não deverá comparecer à sessão, que terá a presença de 400 padres jesuítas, mas deve encontrar com o diretor separadamente. No filme, Liam Neeson interpreta um padre jesuíta que desaparece no Japão do século 17 e tem sua fé questionada pela Igreja. A adaptação da obra homônima, publicada em 1966 pelo japonês Shusaku Endo (ed. Planeta), é tida como o projeto dos sonhos do cineasta, que estaria trabalhando no filme há cerca de trinta anos. Inspirado no romance histórico, o filme aborda a intolerância religiosa no país durante o período Edo e relata a arriscada empreitada de dois jesuítas portugueses (Andrew Garfield e Adam Driver) em busca do seu mentor (Neeson). O livro narra como os japoneses costumavam torturar os católicos que tentavam pregar no país –mergulhá-los em água fervente e submetê-los a rituais de negação da fé, como pisotear crucifixos, eram algumas das práticas. Dezenas de milhares de cristãos japoneses foram perseguidos, torturados e mortos durante os mais de dois séculos que a religião foi banida no país. A adaptação só chega aos cinemas no dia 23 de dezembro, mas já é considerada um forte concorrente ao Oscar –se vencer, será o segundo de Scorsese, que já levou o prêmio da Academia por "Os Infiltrados", em 2006.
ilustrada
Filme de Scorsese sobre intolerância religiosa terá estreia no VaticanoDescrito como a obsessão de Martin Scorsese, "Silence" terá sua estreia diretamente do Vaticano nesta terça (29), informou o jornal britânico "The Guardian". De acordo com a publicação, o papa não deverá comparecer à sessão, que terá a presença de 400 padres jesuítas, mas deve encontrar com o diretor separadamente. No filme, Liam Neeson interpreta um padre jesuíta que desaparece no Japão do século 17 e tem sua fé questionada pela Igreja. A adaptação da obra homônima, publicada em 1966 pelo japonês Shusaku Endo (ed. Planeta), é tida como o projeto dos sonhos do cineasta, que estaria trabalhando no filme há cerca de trinta anos. Inspirado no romance histórico, o filme aborda a intolerância religiosa no país durante o período Edo e relata a arriscada empreitada de dois jesuítas portugueses (Andrew Garfield e Adam Driver) em busca do seu mentor (Neeson). O livro narra como os japoneses costumavam torturar os católicos que tentavam pregar no país –mergulhá-los em água fervente e submetê-los a rituais de negação da fé, como pisotear crucifixos, eram algumas das práticas. Dezenas de milhares de cristãos japoneses foram perseguidos, torturados e mortos durante os mais de dois séculos que a religião foi banida no país. A adaptação só chega aos cinemas no dia 23 de dezembro, mas já é considerada um forte concorrente ao Oscar –se vencer, será o segundo de Scorsese, que já levou o prêmio da Academia por "Os Infiltrados", em 2006.
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Memórias da infância levaram cineasta a dirigir novo 'Star Trek'
Justin Lin tinha oito anos quando se mudou de Taiwan para os EUA com os pais. No sonho de construir uma vida melhor, os Lin abriram um restaurante de "fish and chips" (peixe e batata frita) em Anaheim, em Los Angeles. O casal trabalhava 12 horas e pedalava mais uma para casa, onde Justin ficava com o irmão mais novo. A família só se reunia depois do jantar, às 23h, quando a reprise da série "Jornada nas Estrelas" entrava no ar. Aos 44 anos e requisitado pelos estúdios após salvar a franquia "Velozes e Furiosos", o cineasta diz que as memórias da infância foram essenciais para que aceitasse o convite para dirigir "Star Trek: Sem Fronteiras", o 13º longa de "Jornada nas Estrelas" e o terceiro depois da reimaginação feita por J.J. Abrams, em 2009. "Planejava fazer um filme independente depois do último 'Velozes e Furiosos', quando recebi uma ligação de J.J. Abrams", diz à Folha. "Eu basicamente precisava criar 'Jornada nas Estrelas' em seis meses. Era insano, mas lembrei de como a série era especial e o desafio era válido. Aos oito anos, nos EUA, me sentia sozinho, e 'Jornada nas Estrelas' me ensinou que família ia além da ligação sanguínea." Lin conseguiu entregar um dos longas de "Jornada nas Estrelas" mais elogiados dos últimos anos, mas não teve a mesma sorte com as bilheterias: com orçamento de R$ 185 milhões, "Sem Fronteiras" estacionou próximo dos US$ 150 milhões nos cinemas americanos e deve terminar a carreira no mundo todo perto dos US$ 300 milhões. Apesar disso, um quarto episódio já foi confirmado por J.J. Abrams, o produtor da série, mas Lin não sabe se voltará. "Preciso dormir um pouco", brinca. "Sequências são coisas que você conquista, mas não sei se tenho outra ideia tão emocionante." A tal "ideia emocionante" de "Sem Fronteiras" é a destruição da Enterprise (a quarta vez na história) já na primeira meia hora de filme, deixando a tripulação liderada por Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto) à deriva em um planeta inóspito. "Foi uma discussão acalorada sobre em que momento isso deveria acontecer", diz o diretor. "Mas queria desconstruir a ideia do que é 'Jornada nas Estrelas' e refirmar as razões de amarmos tanto a série. Isso só seria possível eliminando o tecido que unia a tripulação: a Enterprise." Segundo Lin, Abrams lhe teria aconselhado que "fosse ousado e fizesse um filme com sua personalidade". Isso aconteceu. As cenas de ação de "Sem Fronteiras" são as melhores da nova série e até os efeitos especiais da velocidade de dobra espacial ganharam novas cores. "Ao assistir à série original, notei como eles já tinha feito tudo. Então quis buscar novos movimentos e ângulos que respeitassem os personagens." E ele conseguiu. Há momentos emotivos no longa, principalmente por ter um tributo a Leonard Nimoy, que interpretou Spock na série original,morto em fevereiro de 2015. "Percebemos que seria uma forma de fechar o ciclo do personagem e de Leonard", diz Simon Pegg, corroteirista e intérprete de Montgomery Scott. Além disso, um mês antes da estreia, a produção teve de lidar com a morte de Anton Yelchin, que interpretou Chekov, esmagado contra um pilar de casa pelo próprio carro. "Ele não era apenas um bom ator, mas uma boa pessoa, que não perdia o sorriso nem mesmo filmando poucas falas às quatro da manhã", diz Lin, emocionado. "Quando soube da notícia, foi chocante. A primeira coisa que fiz foi rever tudo que filmamos com Chekov. Trouxe várias lembranças especiais."
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Memórias da infância levaram cineasta a dirigir novo 'Star Trek'Justin Lin tinha oito anos quando se mudou de Taiwan para os EUA com os pais. No sonho de construir uma vida melhor, os Lin abriram um restaurante de "fish and chips" (peixe e batata frita) em Anaheim, em Los Angeles. O casal trabalhava 12 horas e pedalava mais uma para casa, onde Justin ficava com o irmão mais novo. A família só se reunia depois do jantar, às 23h, quando a reprise da série "Jornada nas Estrelas" entrava no ar. Aos 44 anos e requisitado pelos estúdios após salvar a franquia "Velozes e Furiosos", o cineasta diz que as memórias da infância foram essenciais para que aceitasse o convite para dirigir "Star Trek: Sem Fronteiras", o 13º longa de "Jornada nas Estrelas" e o terceiro depois da reimaginação feita por J.J. Abrams, em 2009. "Planejava fazer um filme independente depois do último 'Velozes e Furiosos', quando recebi uma ligação de J.J. Abrams", diz à Folha. "Eu basicamente precisava criar 'Jornada nas Estrelas' em seis meses. Era insano, mas lembrei de como a série era especial e o desafio era válido. Aos oito anos, nos EUA, me sentia sozinho, e 'Jornada nas Estrelas' me ensinou que família ia além da ligação sanguínea." Lin conseguiu entregar um dos longas de "Jornada nas Estrelas" mais elogiados dos últimos anos, mas não teve a mesma sorte com as bilheterias: com orçamento de R$ 185 milhões, "Sem Fronteiras" estacionou próximo dos US$ 150 milhões nos cinemas americanos e deve terminar a carreira no mundo todo perto dos US$ 300 milhões. Apesar disso, um quarto episódio já foi confirmado por J.J. Abrams, o produtor da série, mas Lin não sabe se voltará. "Preciso dormir um pouco", brinca. "Sequências são coisas que você conquista, mas não sei se tenho outra ideia tão emocionante." A tal "ideia emocionante" de "Sem Fronteiras" é a destruição da Enterprise (a quarta vez na história) já na primeira meia hora de filme, deixando a tripulação liderada por Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto) à deriva em um planeta inóspito. "Foi uma discussão acalorada sobre em que momento isso deveria acontecer", diz o diretor. "Mas queria desconstruir a ideia do que é 'Jornada nas Estrelas' e refirmar as razões de amarmos tanto a série. Isso só seria possível eliminando o tecido que unia a tripulação: a Enterprise." Segundo Lin, Abrams lhe teria aconselhado que "fosse ousado e fizesse um filme com sua personalidade". Isso aconteceu. As cenas de ação de "Sem Fronteiras" são as melhores da nova série e até os efeitos especiais da velocidade de dobra espacial ganharam novas cores. "Ao assistir à série original, notei como eles já tinha feito tudo. Então quis buscar novos movimentos e ângulos que respeitassem os personagens." E ele conseguiu. Há momentos emotivos no longa, principalmente por ter um tributo a Leonard Nimoy, que interpretou Spock na série original,morto em fevereiro de 2015. "Percebemos que seria uma forma de fechar o ciclo do personagem e de Leonard", diz Simon Pegg, corroteirista e intérprete de Montgomery Scott. Além disso, um mês antes da estreia, a produção teve de lidar com a morte de Anton Yelchin, que interpretou Chekov, esmagado contra um pilar de casa pelo próprio carro. "Ele não era apenas um bom ator, mas uma boa pessoa, que não perdia o sorriso nem mesmo filmando poucas falas às quatro da manhã", diz Lin, emocionado. "Quando soube da notícia, foi chocante. A primeira coisa que fiz foi rever tudo que filmamos com Chekov. Trouxe várias lembranças especiais."
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Grécia dá calote de € 1,6 bilhão no FMI
A expectativa se confirmou e a Grécia não pagou a dívida de € 1,6 bilhão com o Fundo Monetário Internacional (FMI) vencida nesta terça-feira (30), transformando-se no primeiro país desenvolvido a dar um calote no Fundo. Segundo o FMI, o país fica impedido de receber novos financiamentos enquanto estiver devedor. O drama aumenta porque expirou também o socorro de € 245 bilhões dado pelo FMI e pelo BCE (Banco Central Europeu): os gregos ficaram pela primeira vez desde 2010 sem ajuda financeira externa. O temor de um colapso econômico gera apreensão pelas ruas de Atenas, capital de um país com o maior desemprego da Europa (25%) e dívida pública de quase 180% do PIB (leia mais na pág. A14). Os bancos seguem fechados em razão do controle de capital (restrição para transações financeiras, com limite no saque em caixas automáticos) imposto pelo governo há dois dias para evitar a insolvência de suas instituições. Editoria de arte/Folhapress PROTESTO E PLEBISCITO Um grande protesto ocorreu à noite no centro de Atenas a favor de um acordo com os credores, aumentando a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, eleito em janeiro. Um plebiscito foi convocado para o domingo (5) para aprovar ou não um acordo. O problema é que, em tese, a proposta em votação –medidas discutidas até sexta passada– não existe mais. Tsipras tentou uma última cartada na tarde de terça: propôs estender o prazo do programa de resgate, que expirou ontem. Sem essa extensão, eles perdem o direito de receber a última parcela (de € 7,2 bilhões), necessária para pagar FMI, funcionalismo e pensionistas. Pediu ainda um socorro de dois anos ao ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira), fundo vinculado à União Europeia e que foi criado três anos depois que a crise grega contaminou outros países da região. Não deu certo. Os ministros de Finanças do bloco da moeda única, que tem 19 países incluindo a Grécia, negaram a prorrogação. O bloco avisou que deve rediscutir o novo socorro nesta quarta, mas não deu brecha para salvar o país do calote. O governo da Alemanha se posicionou imediatamente contra o socorro emergencial. A chanceler Angela Merkel quer esperar o plebiscito porque aposta na vitória do "sim", a favor de uma negociação com a zona do euro, enfraquecendo o premiê grego, que faz campanha pelo "não". Na segunda (29), Tsipras, que faz campanha abertamente pelo "não", insinuou que pode renunciar se o "sim" vencer. Como ainda está aberta a negociação para um novo socorro até sexta-feira (3), não se descarta que o plebiscito seja cancelado –por ora, no entanto, está mantido. O calote no FMI é o capítulo mais dramático de uma novela de cinco meses de negociação, em que credores exigiam medidas de austeridade fiscais não aceitas pela Grécia. Tsipras foi eleito com discurso contrário a esses cortes, negociados pelos governos de centro-direita durante a crise que atingiu o país nos últimos anos. Ele chegou a propor um ajuste, considerado insuficiente. As negociações romperam-se de vez no sábado (27), depois que o premiê anunciou na noite anterior a decisão de convocar um plebiscito para o dia 5.
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Grécia dá calote de € 1,6 bilhão no FMIA expectativa se confirmou e a Grécia não pagou a dívida de € 1,6 bilhão com o Fundo Monetário Internacional (FMI) vencida nesta terça-feira (30), transformando-se no primeiro país desenvolvido a dar um calote no Fundo. Segundo o FMI, o país fica impedido de receber novos financiamentos enquanto estiver devedor. O drama aumenta porque expirou também o socorro de € 245 bilhões dado pelo FMI e pelo BCE (Banco Central Europeu): os gregos ficaram pela primeira vez desde 2010 sem ajuda financeira externa. O temor de um colapso econômico gera apreensão pelas ruas de Atenas, capital de um país com o maior desemprego da Europa (25%) e dívida pública de quase 180% do PIB (leia mais na pág. A14). Os bancos seguem fechados em razão do controle de capital (restrição para transações financeiras, com limite no saque em caixas automáticos) imposto pelo governo há dois dias para evitar a insolvência de suas instituições. Editoria de arte/Folhapress PROTESTO E PLEBISCITO Um grande protesto ocorreu à noite no centro de Atenas a favor de um acordo com os credores, aumentando a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, eleito em janeiro. Um plebiscito foi convocado para o domingo (5) para aprovar ou não um acordo. O problema é que, em tese, a proposta em votação –medidas discutidas até sexta passada– não existe mais. Tsipras tentou uma última cartada na tarde de terça: propôs estender o prazo do programa de resgate, que expirou ontem. Sem essa extensão, eles perdem o direito de receber a última parcela (de € 7,2 bilhões), necessária para pagar FMI, funcionalismo e pensionistas. Pediu ainda um socorro de dois anos ao ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira), fundo vinculado à União Europeia e que foi criado três anos depois que a crise grega contaminou outros países da região. Não deu certo. Os ministros de Finanças do bloco da moeda única, que tem 19 países incluindo a Grécia, negaram a prorrogação. O bloco avisou que deve rediscutir o novo socorro nesta quarta, mas não deu brecha para salvar o país do calote. O governo da Alemanha se posicionou imediatamente contra o socorro emergencial. A chanceler Angela Merkel quer esperar o plebiscito porque aposta na vitória do "sim", a favor de uma negociação com a zona do euro, enfraquecendo o premiê grego, que faz campanha pelo "não". Na segunda (29), Tsipras, que faz campanha abertamente pelo "não", insinuou que pode renunciar se o "sim" vencer. Como ainda está aberta a negociação para um novo socorro até sexta-feira (3), não se descarta que o plebiscito seja cancelado –por ora, no entanto, está mantido. O calote no FMI é o capítulo mais dramático de uma novela de cinco meses de negociação, em que credores exigiam medidas de austeridade fiscais não aceitas pela Grécia. Tsipras foi eleito com discurso contrário a esses cortes, negociados pelos governos de centro-direita durante a crise que atingiu o país nos últimos anos. Ele chegou a propor um ajuste, considerado insuficiente. As negociações romperam-se de vez no sábado (27), depois que o premiê anunciou na noite anterior a decisão de convocar um plebiscito para o dia 5.
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Trânsitos dos planetas descobertos facilitam observação a partir da Terra
Uma combinação de fatores torna a descoberta do sistema de planetas em Trappist-1 dos mais importantes da história da pesquisa de mundos fora do Sistema Solar. Isso porque ele reúne duas condições fundamentais: está perto o suficiente de nós e seus planetas realizam trânsitos frequentes à frente de sua estrela, com relação a observadores por aqui. São raríssimos os casos conhecidos até agora a combinar essas duas qualidades. Os milhares de planetas descobertos até hoje pelo satélite Kepler, da Nasa, fazem os tais trânsitos, mas costumam estar longe demais. Já os mundos descobertos nas redondezas do Sistema Solar, como o intrigante Proxima Centauri b, a apenas 4,2 anos-luz de distância, não parecem estar alinhados para realizar trânsitos, do nosso ponto de vista. Ao reunirem as duas qualidades, os planetas de Trappist-1 colocam suas atmosferas à disposição dos cientistas. Toda vez que eles realizam um trânsito à frente dela, parte da luz estelar cruza de raspão seu invólucro de ar e chega até nós, carregando consigo a "assinatura" de átomos e moléculas que encontrou pelo caminho. Esse seria um caminho para determinar a composição atmosférica dos planetas e, quem sabe, detectar até mesmo evidências de vida neles. Se um astrônomo extraterrestre analisasse o "espectro de transmissão" da Terra, para usar o jargão (científico, não alienígena), ele veria grandes quantidades de oxigênio molecular nela. Outros planetas potencialmente habitáveis Essa presença, por sua vez, não poderia ser explicada por nenhum fenômeno conhecido, exceto a vida. São as plantas e cianobactérias que injetam constantemente o oxigênio que respiramos no ar. É exatamente isso que os cientistas querem começar a fazer agora. O Telescópio Espacial Hubble já começou investigações desse tipo. Observações feitas com ele, por exemplo, permitiram descartar a presença de atmosferas ricas em hidrogênio e hélio para os dois planetas mais externos do sistema Trappist-1 –algo que já era esperado, uma vez que atmosferas assim são típicas de gigantes gasosos, e não mundos rochosos. A grande revolução deve começar, contudo, a partir de 2018, quando a Nasa pretende lançar o Telescópio Espacial James Webb. Com espelho maior que o do Hubble (6,5 m contra 2,4 m) e espectrógrafos sensíveis em infravermelho, ele poderá detectar diversos componentes atmosféricos importantes, como metano, oxigênio, ozônio e vapor d'água. RAIO-X DO NOVO SISTEMA Isso quer dizer que vamos encontrar vida em algum dos planetas em Trappist-1? Não necessariamente. Como lembrou ontem Sara Seager, astrônoma do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e especialista em estudos de atmosfera de exoplanetas, "nós teremos a capacidade de detectar bioassinaturas, mas a natureza terá de fazer a sua parte". O Trappist-1, com seus sete planetas, é um ótimo ponto de partida para essa busca. Mas, claro, precisamos de mais alvos. Por isso, até o fim deste ano, a Nasa também pretende lançar o satélite Tess. À moda do Kepler, ele procurará planetas ao detectar trânsitos deles à frente de suas estrelas –mas deve se concentrar em alvos como o Trappist-1, cuja proximidade permitirá posterior caracterização atmosférica.
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Trânsitos dos planetas descobertos facilitam observação a partir da TerraUma combinação de fatores torna a descoberta do sistema de planetas em Trappist-1 dos mais importantes da história da pesquisa de mundos fora do Sistema Solar. Isso porque ele reúne duas condições fundamentais: está perto o suficiente de nós e seus planetas realizam trânsitos frequentes à frente de sua estrela, com relação a observadores por aqui. São raríssimos os casos conhecidos até agora a combinar essas duas qualidades. Os milhares de planetas descobertos até hoje pelo satélite Kepler, da Nasa, fazem os tais trânsitos, mas costumam estar longe demais. Já os mundos descobertos nas redondezas do Sistema Solar, como o intrigante Proxima Centauri b, a apenas 4,2 anos-luz de distância, não parecem estar alinhados para realizar trânsitos, do nosso ponto de vista. Ao reunirem as duas qualidades, os planetas de Trappist-1 colocam suas atmosferas à disposição dos cientistas. Toda vez que eles realizam um trânsito à frente dela, parte da luz estelar cruza de raspão seu invólucro de ar e chega até nós, carregando consigo a "assinatura" de átomos e moléculas que encontrou pelo caminho. Esse seria um caminho para determinar a composição atmosférica dos planetas e, quem sabe, detectar até mesmo evidências de vida neles. Se um astrônomo extraterrestre analisasse o "espectro de transmissão" da Terra, para usar o jargão (científico, não alienígena), ele veria grandes quantidades de oxigênio molecular nela. Outros planetas potencialmente habitáveis Essa presença, por sua vez, não poderia ser explicada por nenhum fenômeno conhecido, exceto a vida. São as plantas e cianobactérias que injetam constantemente o oxigênio que respiramos no ar. É exatamente isso que os cientistas querem começar a fazer agora. O Telescópio Espacial Hubble já começou investigações desse tipo. Observações feitas com ele, por exemplo, permitiram descartar a presença de atmosferas ricas em hidrogênio e hélio para os dois planetas mais externos do sistema Trappist-1 –algo que já era esperado, uma vez que atmosferas assim são típicas de gigantes gasosos, e não mundos rochosos. A grande revolução deve começar, contudo, a partir de 2018, quando a Nasa pretende lançar o Telescópio Espacial James Webb. Com espelho maior que o do Hubble (6,5 m contra 2,4 m) e espectrógrafos sensíveis em infravermelho, ele poderá detectar diversos componentes atmosféricos importantes, como metano, oxigênio, ozônio e vapor d'água. RAIO-X DO NOVO SISTEMA Isso quer dizer que vamos encontrar vida em algum dos planetas em Trappist-1? Não necessariamente. Como lembrou ontem Sara Seager, astrônoma do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e especialista em estudos de atmosfera de exoplanetas, "nós teremos a capacidade de detectar bioassinaturas, mas a natureza terá de fazer a sua parte". O Trappist-1, com seus sete planetas, é um ótimo ponto de partida para essa busca. Mas, claro, precisamos de mais alvos. Por isso, até o fim deste ano, a Nasa também pretende lançar o satélite Tess. À moda do Kepler, ele procurará planetas ao detectar trânsitos deles à frente de suas estrelas –mas deve se concentrar em alvos como o Trappist-1, cuja proximidade permitirá posterior caracterização atmosférica.
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Risco externo
É uma velha tradição da classe política brasileira só atentar para grandes transformações globais quando já é tarde demais. Foi assim em 1979, quando a elite governante sentiu que algo estava acontecendo, mas levou anos para entender o significado e o alcance da "globalização". E foi assim em 2009, quando a crise financeira do Atlântico Norte dominou as atenções em Brasília, e quase ninguém registrou o problema — tão ou mais grave para nossos interesses — de desaceleração da China. Em ambos os casos, os governos de plantão foram incapazes de interpretar mudanças globais a tempo de reagir de forma estratégica. A reação, quando finalmente chegou, foi atabalhoada. Nossa tendência a repetir esse equívoco deve-se a um problema estrutural: o Brasil está longe dos grandes centros de reflexão, sua economia é relativamente fechada e sua elite não é globalizada. Ao contrário de Índia, México e Hong Kong, aqui o inglês não é língua franca. Mesmo nos mais altos escalões, todos se referem ao resto do planeta como "lá fora". Tomar a temperatura do mundo em tempo real vira um desafio árduo. Em 2016 temos mais do mesmo. Em meio à crise nacional, o país volta-se para dentro. Quando a crise acabar, voltaremos a olhar para fora e, mais uma vez, descobriremos que muita coisa mudou. Quem for governo terá de correr atrás do prejuízo com a desvantagem de quem chega atrasado. Os Estados Unidos encontram dificuldade para manter o ordenamento global que, apesar de suas brutais injustiças e turbulências, foi e continua sendo central para nosso desenvolvimento. A Europa desunida chacoalha o tabuleiro geoeconômico do qual dependemos. A América do Sul, com a paz colombiana equacionada, assiste a uma reconfiguração do fluxo de cocaína e crime organizado na qual o Brasil já virou epicentro. E nossa economia está sendo moldada por um ambiente regulatório global inédito em áreas de alta tecnologia, comércio internacional e segurança cibernética. A roda gira. É hora de quebrar o ciclo de despreparo que tem sido nossa marca registrada. O Estado brasileiro tem boa capacidade instalada para coletar e processar informações sobre tendências globais. O que falta é um modelo de gestão capaz de absorver e integrar o conhecimento gerado em nossa rede de embaixadas e na pesquisa de ponta realizada no Banco Central, IPEA e outros ministérios. O que temos hoje é um sistema pulverizado que produz material disperso e de utilidade limitada para quem governa. Bem gerida, porém, a estimativa de riscos externos (e as medidas necessárias para mitiga-los) seria um instrumento primoroso de política pública.
colunas
Risco externoÉ uma velha tradição da classe política brasileira só atentar para grandes transformações globais quando já é tarde demais. Foi assim em 1979, quando a elite governante sentiu que algo estava acontecendo, mas levou anos para entender o significado e o alcance da "globalização". E foi assim em 2009, quando a crise financeira do Atlântico Norte dominou as atenções em Brasília, e quase ninguém registrou o problema — tão ou mais grave para nossos interesses — de desaceleração da China. Em ambos os casos, os governos de plantão foram incapazes de interpretar mudanças globais a tempo de reagir de forma estratégica. A reação, quando finalmente chegou, foi atabalhoada. Nossa tendência a repetir esse equívoco deve-se a um problema estrutural: o Brasil está longe dos grandes centros de reflexão, sua economia é relativamente fechada e sua elite não é globalizada. Ao contrário de Índia, México e Hong Kong, aqui o inglês não é língua franca. Mesmo nos mais altos escalões, todos se referem ao resto do planeta como "lá fora". Tomar a temperatura do mundo em tempo real vira um desafio árduo. Em 2016 temos mais do mesmo. Em meio à crise nacional, o país volta-se para dentro. Quando a crise acabar, voltaremos a olhar para fora e, mais uma vez, descobriremos que muita coisa mudou. Quem for governo terá de correr atrás do prejuízo com a desvantagem de quem chega atrasado. Os Estados Unidos encontram dificuldade para manter o ordenamento global que, apesar de suas brutais injustiças e turbulências, foi e continua sendo central para nosso desenvolvimento. A Europa desunida chacoalha o tabuleiro geoeconômico do qual dependemos. A América do Sul, com a paz colombiana equacionada, assiste a uma reconfiguração do fluxo de cocaína e crime organizado na qual o Brasil já virou epicentro. E nossa economia está sendo moldada por um ambiente regulatório global inédito em áreas de alta tecnologia, comércio internacional e segurança cibernética. A roda gira. É hora de quebrar o ciclo de despreparo que tem sido nossa marca registrada. O Estado brasileiro tem boa capacidade instalada para coletar e processar informações sobre tendências globais. O que falta é um modelo de gestão capaz de absorver e integrar o conhecimento gerado em nossa rede de embaixadas e na pesquisa de ponta realizada no Banco Central, IPEA e outros ministérios. O que temos hoje é um sistema pulverizado que produz material disperso e de utilidade limitada para quem governa. Bem gerida, porém, a estimativa de riscos externos (e as medidas necessárias para mitiga-los) seria um instrumento primoroso de política pública.
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Cameron e Obama defendem vigiar internet
Em meio às tensões geradas pelos ataques na França e operações para conter novas ameaças na Bélgica, o presidente dos EUA, Barack Obama, se encontrou com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta sexta-feira (16), em Washington. Juntos, prometeram combater a "ideologia venenosa" dos extremistas islâmicos e defenderam o monitoramento de suspeitos na internet, apesar das preocupações com a privacidade. "Esse fenômeno do extremismo violento –a ideologia, a rede, a capacidade de recrutar jovens– está amplamente espalhado. Ele penetrou as comunidades ao redor do mundo", disse Obama. "Com nossos aliados, vamos confrontar essa ideologia fanática onde quer que ela apareça", disse Cameron. Em entrevista coletiva, eles afirmaram que chegaram a um acordo para conter ameaças cibernéticas ao melhorar as habilidades tecnológicas nos dois países, além de elevar o compartilhamento de informações de inteligência. Os dois líderes ainda desaconselharam o Congresso americano a aprovar novas sanções contra o Irã. Obama afirmou, inclusive, que vetaria qualquer tentativa de projeto bipartidário sobre o assunto. O Congresso precisa demonstrar "paciência" enquanto as negociações sobre o programa nuclear de Teerã continuam pelos próximos meses, disse o presidente. "Por que tomaríamos medidas que podem prejudicar a possibilidade de um acordo pelos próximos 60 ou 90 dias?", questionou Obama.
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Cameron e Obama defendem vigiar internetEm meio às tensões geradas pelos ataques na França e operações para conter novas ameaças na Bélgica, o presidente dos EUA, Barack Obama, se encontrou com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta sexta-feira (16), em Washington. Juntos, prometeram combater a "ideologia venenosa" dos extremistas islâmicos e defenderam o monitoramento de suspeitos na internet, apesar das preocupações com a privacidade. "Esse fenômeno do extremismo violento –a ideologia, a rede, a capacidade de recrutar jovens– está amplamente espalhado. Ele penetrou as comunidades ao redor do mundo", disse Obama. "Com nossos aliados, vamos confrontar essa ideologia fanática onde quer que ela apareça", disse Cameron. Em entrevista coletiva, eles afirmaram que chegaram a um acordo para conter ameaças cibernéticas ao melhorar as habilidades tecnológicas nos dois países, além de elevar o compartilhamento de informações de inteligência. Os dois líderes ainda desaconselharam o Congresso americano a aprovar novas sanções contra o Irã. Obama afirmou, inclusive, que vetaria qualquer tentativa de projeto bipartidário sobre o assunto. O Congresso precisa demonstrar "paciência" enquanto as negociações sobre o programa nuclear de Teerã continuam pelos próximos meses, disse o presidente. "Por que tomaríamos medidas que podem prejudicar a possibilidade de um acordo pelos próximos 60 ou 90 dias?", questionou Obama.
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Falta d'água ameaça segurança alimentar no Brasil, diz chefe da FAO
A crise hídrica que o Brasil atravessa põe em risco não só o abastecimento de suas cidades, mas também a oferta de alimentos nos mercados do país, diz o brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da agência da ONU para agricultura e segurança alimentar (FAO). "Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos", diz Graziano. Segundo ele, a estiagem deve resultar em preços mais altos nas prateleiras nos próximos meses. Em entrevista à BBC Brasil, o chefe da FAO afirma ainda que o Brasil terá de ampliar seus estoques de alimentos e privilegiar culturas mais resistentes a secas, fenômeno que deve se tornar cada vez mais frequente por causa das mudanças climáticas. Leia abaixo os principais trechos da entrevista, concedida durante a última Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica, na semana passada. BBC Brasil - A crise hídrica que o Brasil atravessa pode afetar a segurança alimentar do país? José Graziano - Sem dúvida. Tenho desde 1987 uma pequena chácara perto de Campinas (SP) e nunca meu poço tinha secado. Cheguei a perder árvores frutíferas. É um exemplo de como o Brasil, que não faz uso da irrigação em grande escala e se beneficia muito de um sistema de chuvas regulares, tem sua produção afetada por uma seca como essa. A seca é um efeito das mudanças climáticas? Na FAO, a nossa avaliação é que neste ano o impacto do El Niño (superaquecimento das águas do Pacífico que esquenta a atmosfera) foi muito maior que o esperado. Nunca havia chegado ao ponto de ameaçar o abastecimento urbano, como estamos vendo em São Paulo. Estamos atravessando o período das águas no Brasil e deveria estar chovendo muito mais do que está. Tivemos deficiência hídrica de praticamente um metro d'água na região centro-sul do Brasil. Espera-se a normalização das chuvas no próximo ano agrícola, que começa em setembro, mas até lá vamos enfrentar resíduos da falta de água e todos os agravantes que isso tem. Estiagem prolongada prejudica a agricultura e expõe deficiência no planejamento de grandes cidades do Sudeste Quais agravantes? Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos. Até mesmo da cana de açúcar, que é bastante insensível ao regime de chuvas. Isso vai resultar em aumento de preços. Aliás, estamos vendo muita oscilação de preços resultante do impacto das mudanças climáticas. Há uma irregularidade da produção. Situações de seca, que antes se repetiam a cada cem anos, agora ocorrem a cada 20 anos. O jeito é ter estoques. O Brasil tem alguns estoques bons, como o de milho, fruto da boa colheita do ano passado, mas não tem em outras áreas. Precisa até importar trigo. Como reduzir os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola? Estamos trabalhando muito com a adaptação de culturas à seca. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estatal ligada ao Ministério da Agricultura) já tomou essa iniciativa e está desenvolvendo variedades até de arroz adaptado à seca. Também devemos substituir culturas. A quinoa demanda muito menos água que o arroz e tem um valor nutritivo muito maior. Estamos promovendo a substituição do trigo nas regiões tropicais e a recuperação de produtos tradicionais. A mandioca, por exemplo, que tinha sido abandonada, hoje está em alta no Caribe, onde está sendo adicionada à confecção do pão para reduzir a dependência da importação do trigo. Outra possibilidade é expandir a irrigação para evitar crises de abastecimento. Aumentar a irrigação não é incompatível com o cenário atual, com reservatórios cada vez mais vazios? Temos menos água armazenada em São Paulo, mas na Cantareira. A [represa] Billings está cheia. Precisa haver um sistema de integração dessas bacias, porque a distribuição das chuvas é muito errática. Essa prática é muito usada na Ásia. E temos de ter a capacidade de absorver a água da chuva. Na minha chácara, por exemplo, comprei cisternas plásticas e hoje tenho capacidade de armazenar pelo menos 20 mil litros de água da chuva. A crise hídrica e a instabilidade na produção de alimentos gerada pelas mudanças climáticas indicam a necessidade de repensar o modelo agrícola do país, hoje muito voltado a commodities para exportação, como a soja? Eu diria que se trata mais de pensar em mudanças tecnológicas. No passado, utilizamos intensivamente a mecanização. Hoje estamos promovendo o cultivo mínimo, que significa não arar o solo e manter a vegetação que o cobre. Isso facilita a absorção da água e preserva a matéria orgânica. A Argentina tem hoje mais de 90% de suas áreas de soja e milho baseadas em cultivo mínimo e tem aumentado a produtividade mesmo na seca.
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Falta d'água ameaça segurança alimentar no Brasil, diz chefe da FAOA crise hídrica que o Brasil atravessa põe em risco não só o abastecimento de suas cidades, mas também a oferta de alimentos nos mercados do país, diz o brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da agência da ONU para agricultura e segurança alimentar (FAO). "Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos", diz Graziano. Segundo ele, a estiagem deve resultar em preços mais altos nas prateleiras nos próximos meses. Em entrevista à BBC Brasil, o chefe da FAO afirma ainda que o Brasil terá de ampliar seus estoques de alimentos e privilegiar culturas mais resistentes a secas, fenômeno que deve se tornar cada vez mais frequente por causa das mudanças climáticas. Leia abaixo os principais trechos da entrevista, concedida durante a última Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac), na Costa Rica, na semana passada. BBC Brasil - A crise hídrica que o Brasil atravessa pode afetar a segurança alimentar do país? José Graziano - Sem dúvida. Tenho desde 1987 uma pequena chácara perto de Campinas (SP) e nunca meu poço tinha secado. Cheguei a perder árvores frutíferas. É um exemplo de como o Brasil, que não faz uso da irrigação em grande escala e se beneficia muito de um sistema de chuvas regulares, tem sua produção afetada por uma seca como essa. A seca é um efeito das mudanças climáticas? Na FAO, a nossa avaliação é que neste ano o impacto do El Niño (superaquecimento das águas do Pacífico que esquenta a atmosfera) foi muito maior que o esperado. Nunca havia chegado ao ponto de ameaçar o abastecimento urbano, como estamos vendo em São Paulo. Estamos atravessando o período das águas no Brasil e deveria estar chovendo muito mais do que está. Tivemos deficiência hídrica de praticamente um metro d'água na região centro-sul do Brasil. Espera-se a normalização das chuvas no próximo ano agrícola, que começa em setembro, mas até lá vamos enfrentar resíduos da falta de água e todos os agravantes que isso tem. Estiagem prolongada prejudica a agricultura e expõe deficiência no planejamento de grandes cidades do Sudeste Quais agravantes? Estamos tendo uma quebra enorme da safra de todos os produtos. Até mesmo da cana de açúcar, que é bastante insensível ao regime de chuvas. Isso vai resultar em aumento de preços. Aliás, estamos vendo muita oscilação de preços resultante do impacto das mudanças climáticas. Há uma irregularidade da produção. Situações de seca, que antes se repetiam a cada cem anos, agora ocorrem a cada 20 anos. O jeito é ter estoques. O Brasil tem alguns estoques bons, como o de milho, fruto da boa colheita do ano passado, mas não tem em outras áreas. Precisa até importar trigo. Como reduzir os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola? Estamos trabalhando muito com a adaptação de culturas à seca. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, estatal ligada ao Ministério da Agricultura) já tomou essa iniciativa e está desenvolvendo variedades até de arroz adaptado à seca. Também devemos substituir culturas. A quinoa demanda muito menos água que o arroz e tem um valor nutritivo muito maior. Estamos promovendo a substituição do trigo nas regiões tropicais e a recuperação de produtos tradicionais. A mandioca, por exemplo, que tinha sido abandonada, hoje está em alta no Caribe, onde está sendo adicionada à confecção do pão para reduzir a dependência da importação do trigo. Outra possibilidade é expandir a irrigação para evitar crises de abastecimento. Aumentar a irrigação não é incompatível com o cenário atual, com reservatórios cada vez mais vazios? Temos menos água armazenada em São Paulo, mas na Cantareira. A [represa] Billings está cheia. Precisa haver um sistema de integração dessas bacias, porque a distribuição das chuvas é muito errática. Essa prática é muito usada na Ásia. E temos de ter a capacidade de absorver a água da chuva. Na minha chácara, por exemplo, comprei cisternas plásticas e hoje tenho capacidade de armazenar pelo menos 20 mil litros de água da chuva. A crise hídrica e a instabilidade na produção de alimentos gerada pelas mudanças climáticas indicam a necessidade de repensar o modelo agrícola do país, hoje muito voltado a commodities para exportação, como a soja? Eu diria que se trata mais de pensar em mudanças tecnológicas. No passado, utilizamos intensivamente a mecanização. Hoje estamos promovendo o cultivo mínimo, que significa não arar o solo e manter a vegetação que o cobre. Isso facilita a absorção da água e preserva a matéria orgânica. A Argentina tem hoje mais de 90% de suas áreas de soja e milho baseadas em cultivo mínimo e tem aumentado a produtividade mesmo na seca.
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Depois de arrastões, PM fará 17 bloqueios a ônibus em praias cariocas
A Polícia Militar anunciou nesta quinta que vai instalar 17 barreiras para revistar passageiros dos ônibus que vão chegar a partir de sábado (26) nas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. As blitze fazem parte da estratégia da Secretaria de Segurança Pública para evitar arrastões na orla carioca. No último domingo, banhistas foram roubados na areia por grupos de jovens. A PM promete que a operação terá mais de 700 policiais, entre eles, as unidades especiais da corporação como o Batalhão de Choque e a unidade de ações com cães. A Guarda Municipal e a secretaria de Ordem Pública vão instalar sete tendas nas areias da praia, entre os postos 6 e 9, para tentar reprimir a ação de assaltantes. PMs também estarão caminhando na areia entre os banhistas. O grupo policial que estará na areia integra o Batalhão de Grandes Eventos, habituado em atuar junto a grande número de pessoas. Todos estarão portando armas não letais, como pistolas de choque. O helicóptero da corporação no Rio também sobrevoará a orla, como na semana passada, com a intenção de filmar qualquer movimentação suspeita e transmitir as imagens para um veículo que estará estacionado na altura da praia do Arpoador. O sobrevoo acontecerá entre a praia de Botafogo, na zona sul, até a praia do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste.
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Depois de arrastões, PM fará 17 bloqueios a ônibus em praias cariocasA Polícia Militar anunciou nesta quinta que vai instalar 17 barreiras para revistar passageiros dos ônibus que vão chegar a partir de sábado (26) nas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. As blitze fazem parte da estratégia da Secretaria de Segurança Pública para evitar arrastões na orla carioca. No último domingo, banhistas foram roubados na areia por grupos de jovens. A PM promete que a operação terá mais de 700 policiais, entre eles, as unidades especiais da corporação como o Batalhão de Choque e a unidade de ações com cães. A Guarda Municipal e a secretaria de Ordem Pública vão instalar sete tendas nas areias da praia, entre os postos 6 e 9, para tentar reprimir a ação de assaltantes. PMs também estarão caminhando na areia entre os banhistas. O grupo policial que estará na areia integra o Batalhão de Grandes Eventos, habituado em atuar junto a grande número de pessoas. Todos estarão portando armas não letais, como pistolas de choque. O helicóptero da corporação no Rio também sobrevoará a orla, como na semana passada, com a intenção de filmar qualquer movimentação suspeita e transmitir as imagens para um veículo que estará estacionado na altura da praia do Arpoador. O sobrevoo acontecerá entre a praia de Botafogo, na zona sul, até a praia do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste.
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Leitores comentam avaliação negativa do governo Dilma em pesquisa
Entre os brasileiros, 89% avaliam o governo Dilma como regular, ruim ou péssimo. Mesmo diante de sucessivos aumentos de impostos, escândalos de corrupção, aumento da inflação e da taxa desemprego, 9% da população considera o governo ótimo ou bom. Para quem fala em "mulher sapiens", está muito bem cotada. JOSÉ CARLOS SARAIVA DA COSTA (Rio de Janeiro, RJ) * * Falem o que quiserem e usem as desculpas que acharem mais convenientes, mas 9% de ótimo e bom e caindo e 68% de péssimo e ruim e subindo é o retrato inequívoco da incompetência e da falta de credibilidade do atual governo. E agora, presidente Dilma? LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP) * Segundo pesquisa CNI-Ibope, a rejeição de dona Dilma continua em ascensão (68%), enquanto sua aprovação despenca para 9%. Esta constatação popular tem origem na incompetência e na corrupção, encobertas por deslavadas mentiras, cujas consequências atingiram em cheio o órgão mais sensível do corpo humano: o bolso. A pergunta que não quer calar: como pode se sustentar no comando da nação? ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam avaliação negativa do governo Dilma em pesquisaEntre os brasileiros, 89% avaliam o governo Dilma como regular, ruim ou péssimo. Mesmo diante de sucessivos aumentos de impostos, escândalos de corrupção, aumento da inflação e da taxa desemprego, 9% da população considera o governo ótimo ou bom. Para quem fala em "mulher sapiens", está muito bem cotada. JOSÉ CARLOS SARAIVA DA COSTA (Rio de Janeiro, RJ) * * Falem o que quiserem e usem as desculpas que acharem mais convenientes, mas 9% de ótimo e bom e caindo e 68% de péssimo e ruim e subindo é o retrato inequívoco da incompetência e da falta de credibilidade do atual governo. E agora, presidente Dilma? LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP) * Segundo pesquisa CNI-Ibope, a rejeição de dona Dilma continua em ascensão (68%), enquanto sua aprovação despenca para 9%. Esta constatação popular tem origem na incompetência e na corrupção, encobertas por deslavadas mentiras, cujas consequências atingiram em cheio o órgão mais sensível do corpo humano: o bolso. A pergunta que não quer calar: como pode se sustentar no comando da nação? ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Desigualdade freia avanço dos EUA, afirma sociólogo
Os Estados Unidos experimentaram um avanço excepcional entre o fim da Guerra Civil (1861-1865) e 1970. Inovações revolucionaram a forma de viver e políticas públicas criaram uma pujante sociedade de consumo de massas, com inclusão social. Foi um feito único, sem paralelo na história mundial e não se repetirá. Desde então, porém, o crescimento perdeu o ímpeto. A desigualdade astronômica freia o desenvolvimento. Há regressões, pioras em indicadores de qualidade de vida, empregos ruins, educação cambaleante, saúde cara e precária, pobreza crescente. Um exemplo: mulheres brancas sem diploma universitário perderam cinco anos na sua expectativa de vida entre 1990 e 2008 –um declínio comparável ao que viveram as russas quando acabou a União Soviética e o caos tomou conta do país. A mortalidade feminina cresce em mais de 40% dos distritos norte-americanos. Para enfrentar seus problemas, o país terá que reduzir as desigualdades: taxar os mais ricos, aumentar os salários, investir em políticas públicas e discutir temas como a legalização das drogas e o rígido sistema de encarceramento –que dilacera especialmente as famílias mais pobres. É o que defende o sociólogo Robert J. Gordon em "The Rise and Fall of American Growth" [ascensão e queda do crescimento americano]. É um trabalho de muito fôlego, recheadíssimo de estatísticas, com referências culturais e sem medo de atacar ícones, como o das maravilhas da sociedade digital. Para ele, a chamada terceira revolução industrial, essa que trouxe os computadores, celulares e quejandos, tem importância menor do que a segunda. Essa, sim, desde o final do século 19, modificou definitivamente o modo de viver, com a eletricidade, água encanada, o automóvel, o telefone, o avião. Apesar da avalanche cotidiana de novos produtos, a mudança que veio com a digitalização tem um ritmo mais lento, menos abrangente, mais concentrado em entretenimento e comunicação, defende o autor. "Queríamos carros voadores, mas, em vez disso, temos 140 caracteres" –já disse o empresário norte-americano Peter Thiel. Ou, como afirmou o jornalista Robert Cringely, "se o automóvel tivesse seguido o mesmo desenvolvimento que o computador, um Roll Royce custaria hoje US$ 100, rodaria um milhão de milhas com um galão e explodiria uma vez por ano com todo mundo dentro". Com toques assim de crítica, ceticismo e bom humor, o livro vai do campo de batalha da Guerra Civil, onde os soldados experimentaram inovações como o leite condensado, até o lançamento do último iPhone. O foco do autor, professor de ciências sociais da Universidade de Northwestern, é o cotidiano. Da moda dos vestidos importados da Europa –como os de Scarlett O'Hara nos primórdios de "...E o Vento Levou"– ele salta para as vendas de catálogo –embriões de megacadeias varejistas–, passando pelas oficinas de trabalho análogo à escravidão. Vestuário, habitação, saúde, alimentação, educação, transporte, entretenimento, jornalismo –uma variedade de temas é esmiuçada. Há dados para todos os gostos: sobre consumo de calorias, horas trabalhadas, tempo gasto com lazer, viagens de trem e de avião. Por vezes, o leitor se sente quase afogado em tantos números. A obra tem uma face quase enciclopédica, relatando, por exemplo, a história das principais invenções. Mas também traz um tom analítico. Gordon avalia que o New Deal, de Franklin Roosevelt, e a Segunda Guerra Mundial desempenharam um papel vital para a emergência da economia norte-americana. Ressalta a importância dos investimentos estatais –em infraestrutura (estradas, oleodutos, pontes), educação pública e em fábricas. Um só dado: o número de máquinas-ferramenta dobrou nos EUA entre 1940 e 1945 _"e quase todos esses novos equipamentos foram pagos pelo governo", conta o sociólogo. A narrativa abre algum espaço para conflitos cruciais na história do avanço norte-americano. Rememora como, no início do século 20, eram deploráveis as condições sanitárias da produção industrial de alimentos –como reportou Upton Sinclair no seu clássico "The Jungle" (1906). Foram protestos de mulheres, exigindo controle estatal sobre a qualidade da comida, que provocaram a criação do embrião da agência do setor, a Food and Drug Administration –que hoje estabelece padrões de fabricação e consumo. Sem desprezar os enormes avanços na área científica, especialmente na medicina, Gordon observa como a maioria da sociedade está à margem das melhorias: o sistema de saúde é caríssimo, está mercantilizado e oferece baixa cobertura à população. Abrangente e audacioso, o livro tem mais vigor quando trata do passado, antes da década de 1970. Mesmo sem uma análise mais contundente em alguns aspectos (o sistema financeiro é um ponto cego no trabalho), a obra traça um panorama diversificado e preocupante sobre o líder mundial. The Rise and Fall of American Growth AUTOR Robert J. Gordon EDITORA Princeton University Press QUANTO R$ 92 na amazon.com.br (784 págs.) AVALIAÇÃO Muito Bom
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Desigualdade freia avanço dos EUA, afirma sociólogoOs Estados Unidos experimentaram um avanço excepcional entre o fim da Guerra Civil (1861-1865) e 1970. Inovações revolucionaram a forma de viver e políticas públicas criaram uma pujante sociedade de consumo de massas, com inclusão social. Foi um feito único, sem paralelo na história mundial e não se repetirá. Desde então, porém, o crescimento perdeu o ímpeto. A desigualdade astronômica freia o desenvolvimento. Há regressões, pioras em indicadores de qualidade de vida, empregos ruins, educação cambaleante, saúde cara e precária, pobreza crescente. Um exemplo: mulheres brancas sem diploma universitário perderam cinco anos na sua expectativa de vida entre 1990 e 2008 –um declínio comparável ao que viveram as russas quando acabou a União Soviética e o caos tomou conta do país. A mortalidade feminina cresce em mais de 40% dos distritos norte-americanos. Para enfrentar seus problemas, o país terá que reduzir as desigualdades: taxar os mais ricos, aumentar os salários, investir em políticas públicas e discutir temas como a legalização das drogas e o rígido sistema de encarceramento –que dilacera especialmente as famílias mais pobres. É o que defende o sociólogo Robert J. Gordon em "The Rise and Fall of American Growth" [ascensão e queda do crescimento americano]. É um trabalho de muito fôlego, recheadíssimo de estatísticas, com referências culturais e sem medo de atacar ícones, como o das maravilhas da sociedade digital. Para ele, a chamada terceira revolução industrial, essa que trouxe os computadores, celulares e quejandos, tem importância menor do que a segunda. Essa, sim, desde o final do século 19, modificou definitivamente o modo de viver, com a eletricidade, água encanada, o automóvel, o telefone, o avião. Apesar da avalanche cotidiana de novos produtos, a mudança que veio com a digitalização tem um ritmo mais lento, menos abrangente, mais concentrado em entretenimento e comunicação, defende o autor. "Queríamos carros voadores, mas, em vez disso, temos 140 caracteres" –já disse o empresário norte-americano Peter Thiel. Ou, como afirmou o jornalista Robert Cringely, "se o automóvel tivesse seguido o mesmo desenvolvimento que o computador, um Roll Royce custaria hoje US$ 100, rodaria um milhão de milhas com um galão e explodiria uma vez por ano com todo mundo dentro". Com toques assim de crítica, ceticismo e bom humor, o livro vai do campo de batalha da Guerra Civil, onde os soldados experimentaram inovações como o leite condensado, até o lançamento do último iPhone. O foco do autor, professor de ciências sociais da Universidade de Northwestern, é o cotidiano. Da moda dos vestidos importados da Europa –como os de Scarlett O'Hara nos primórdios de "...E o Vento Levou"– ele salta para as vendas de catálogo –embriões de megacadeias varejistas–, passando pelas oficinas de trabalho análogo à escravidão. Vestuário, habitação, saúde, alimentação, educação, transporte, entretenimento, jornalismo –uma variedade de temas é esmiuçada. Há dados para todos os gostos: sobre consumo de calorias, horas trabalhadas, tempo gasto com lazer, viagens de trem e de avião. Por vezes, o leitor se sente quase afogado em tantos números. A obra tem uma face quase enciclopédica, relatando, por exemplo, a história das principais invenções. Mas também traz um tom analítico. Gordon avalia que o New Deal, de Franklin Roosevelt, e a Segunda Guerra Mundial desempenharam um papel vital para a emergência da economia norte-americana. Ressalta a importância dos investimentos estatais –em infraestrutura (estradas, oleodutos, pontes), educação pública e em fábricas. Um só dado: o número de máquinas-ferramenta dobrou nos EUA entre 1940 e 1945 _"e quase todos esses novos equipamentos foram pagos pelo governo", conta o sociólogo. A narrativa abre algum espaço para conflitos cruciais na história do avanço norte-americano. Rememora como, no início do século 20, eram deploráveis as condições sanitárias da produção industrial de alimentos –como reportou Upton Sinclair no seu clássico "The Jungle" (1906). Foram protestos de mulheres, exigindo controle estatal sobre a qualidade da comida, que provocaram a criação do embrião da agência do setor, a Food and Drug Administration –que hoje estabelece padrões de fabricação e consumo. Sem desprezar os enormes avanços na área científica, especialmente na medicina, Gordon observa como a maioria da sociedade está à margem das melhorias: o sistema de saúde é caríssimo, está mercantilizado e oferece baixa cobertura à população. Abrangente e audacioso, o livro tem mais vigor quando trata do passado, antes da década de 1970. Mesmo sem uma análise mais contundente em alguns aspectos (o sistema financeiro é um ponto cego no trabalho), a obra traça um panorama diversificado e preocupante sobre o líder mundial. The Rise and Fall of American Growth AUTOR Robert J. Gordon EDITORA Princeton University Press QUANTO R$ 92 na amazon.com.br (784 págs.) AVALIAÇÃO Muito Bom
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Após onda de frio e chuva, sol deve aparecer em São Paulo no domingo
Após uma onda de frio seguida por chuva, o paulistano terá uma oportunidade rápida de guardar o casaco no armário e o guarda-chuva neste final de semana. Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão que faz a medição oficial da temperatura no país, a manhã deste domingo (20) será de sol e temperatura máxima na casa dos 24ºC na capital paulista. A mínima prevista será de 17ºC. O retorno do sol será uma oportunidade para uma caminhada na avenida Paulista, que fica tomada de atrações culturais, ou de um piquenique nos parques. Mas a subida da temperatura terá curta duração. Já na tarde de domingo, a chegada de uma frente fria derrubará novamente os termômetros e trará muita chuva para a cidade. O frio de domingo será ocasionado pelo encontro de ventos oriundos da Amazônia com uma massa de ar polar formada no Paraguai, que vai ganhar força e se deslocar pelo Sul e Sudeste do Brasil. Além do Sudeste, a força da frente fria também deverá derrubar as temperaturas em parte dos Estados de Centro-Oeste e Norte do país. A chuva forte se estenderá entre segunda-feira (21) e terça (22) em vários pontos da capital paulista, com muito frio e ventania. Na segunda, por exemplo, a temperatura vai variar entre 12ºC e 14ºC. Até o sol voltar a brilhar no domingo, este sábado continuará frio e chuvoso, com temperaturas entre 16ºC e 22ºC.
cotidiano
Após onda de frio e chuva, sol deve aparecer em São Paulo no domingoApós uma onda de frio seguida por chuva, o paulistano terá uma oportunidade rápida de guardar o casaco no armário e o guarda-chuva neste final de semana. Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão que faz a medição oficial da temperatura no país, a manhã deste domingo (20) será de sol e temperatura máxima na casa dos 24ºC na capital paulista. A mínima prevista será de 17ºC. O retorno do sol será uma oportunidade para uma caminhada na avenida Paulista, que fica tomada de atrações culturais, ou de um piquenique nos parques. Mas a subida da temperatura terá curta duração. Já na tarde de domingo, a chegada de uma frente fria derrubará novamente os termômetros e trará muita chuva para a cidade. O frio de domingo será ocasionado pelo encontro de ventos oriundos da Amazônia com uma massa de ar polar formada no Paraguai, que vai ganhar força e se deslocar pelo Sul e Sudeste do Brasil. Além do Sudeste, a força da frente fria também deverá derrubar as temperaturas em parte dos Estados de Centro-Oeste e Norte do país. A chuva forte se estenderá entre segunda-feira (21) e terça (22) em vários pontos da capital paulista, com muito frio e ventania. Na segunda, por exemplo, a temperatura vai variar entre 12ºC e 14ºC. Até o sol voltar a brilhar no domingo, este sábado continuará frio e chuvoso, com temperaturas entre 16ºC e 22ºC.
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Homem com facão é baleado por PM em Itu (SP)
Um homem de 31 anos que aparentemente passava por um surto e ameaçava se matar com um facão acabou baleado por um policial militar na rua Waldomito Correa de Camargo, no bairro Cidade Nova, em Itu (a 101 quilômetros de São Paulo), na tarde da última quarta-feira (11). O comando policial da cidade investiga a ação, e o PM que fez os dois disparos foi afastado momentaneamente de suas funções. Um inquérito policial foi aberto para investigar a conduta do agente. Os outros policiais que participaram da ação não serão investigados. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o homem –identificado como Odair da Rocha Coutinho– com um facão na mão discutindo com ao menos quatro policiais, mas não é possível entender o que ele fala. Coutinho chega a colocar o facão no próprio pescoço e se ajoelha no chão. Após se levantar, ele parece avançar contra os policiais, mas desiste. Segundo depois, é possível ouvir dois disparos e Coutinho cai no chão. Em seguida, duas pessoas o colocam em uma maca e o levam para dentro de uma ambulância que já estava no local. Veja o vídeo O homem foi socorrido e encaminhado ao Hospital São Camilo, onde passou por cirurgia e continua em estado estável, segundo a PM. A unidade hospitalar não divulgou o estado de saúde dele. Segundo o boletim de ocorrência, os PMs foram acionados para conter um homem que estava transtornado, ameaçando a população e tentando suicídio. Durante tentativa de convencimento, o jovem teria partido para cima dos policiais com a faca em posição de ataque e por isso foi baleado. Ainda segundo o boletim, Coutinho estaria sob efeitos de drogas. Após a ocorrência, a perícia foi acionada para o local. O policial teve a arma apreendida para passar por perícia. ARMA NÃO LETAL ESTAVA A CAMINHO O comando policial de Itu considerou a atitude do PM necessária para contê-lo. "A conduta do policial será investigada e ele está afastado para passar por avaliação psicológica, o que é praxe em ocorrências do tipo. Ele ficará em funções administrativas até o fim da investigação. Porém, em um primeiro momento, pelo que apuramos, os disparos foram necessários até para evitar que ele tirasse a própria vida", comentou o capitão da PM Rogério Mariano de Lima. Ainda segundo o capitão, os disparos foram direcionados para o braço e a região dorsal do homem. "Infelizmente um dos disparos desviou e atingiu o abdome e o baço. Mas o policial usou a arma que ele tinha naquele momento para conter o homem. Não deu tempo de esperar o taser [arma de choque elétrico], que estava a caminho", explicou. Em nota, o Comando do 50º Batalhão da PM do Interior informou que, no momento da negociação, foi solicitada uma arma não letal para conter o homem. "Porém não houve tempo hábil da chegada da mesma ao sítio do evento", diz o texto. O comunicado também apontou que "os disparos não foram letais, contribuindo apenas para que ele soltasse o facão, evitando o suicídio".
cotidiano
Homem com facão é baleado por PM em Itu (SP)Um homem de 31 anos que aparentemente passava por um surto e ameaçava se matar com um facão acabou baleado por um policial militar na rua Waldomito Correa de Camargo, no bairro Cidade Nova, em Itu (a 101 quilômetros de São Paulo), na tarde da última quarta-feira (11). O comando policial da cidade investiga a ação, e o PM que fez os dois disparos foi afastado momentaneamente de suas funções. Um inquérito policial foi aberto para investigar a conduta do agente. Os outros policiais que participaram da ação não serão investigados. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o homem –identificado como Odair da Rocha Coutinho– com um facão na mão discutindo com ao menos quatro policiais, mas não é possível entender o que ele fala. Coutinho chega a colocar o facão no próprio pescoço e se ajoelha no chão. Após se levantar, ele parece avançar contra os policiais, mas desiste. Segundo depois, é possível ouvir dois disparos e Coutinho cai no chão. Em seguida, duas pessoas o colocam em uma maca e o levam para dentro de uma ambulância que já estava no local. Veja o vídeo O homem foi socorrido e encaminhado ao Hospital São Camilo, onde passou por cirurgia e continua em estado estável, segundo a PM. A unidade hospitalar não divulgou o estado de saúde dele. Segundo o boletim de ocorrência, os PMs foram acionados para conter um homem que estava transtornado, ameaçando a população e tentando suicídio. Durante tentativa de convencimento, o jovem teria partido para cima dos policiais com a faca em posição de ataque e por isso foi baleado. Ainda segundo o boletim, Coutinho estaria sob efeitos de drogas. Após a ocorrência, a perícia foi acionada para o local. O policial teve a arma apreendida para passar por perícia. ARMA NÃO LETAL ESTAVA A CAMINHO O comando policial de Itu considerou a atitude do PM necessária para contê-lo. "A conduta do policial será investigada e ele está afastado para passar por avaliação psicológica, o que é praxe em ocorrências do tipo. Ele ficará em funções administrativas até o fim da investigação. Porém, em um primeiro momento, pelo que apuramos, os disparos foram necessários até para evitar que ele tirasse a própria vida", comentou o capitão da PM Rogério Mariano de Lima. Ainda segundo o capitão, os disparos foram direcionados para o braço e a região dorsal do homem. "Infelizmente um dos disparos desviou e atingiu o abdome e o baço. Mas o policial usou a arma que ele tinha naquele momento para conter o homem. Não deu tempo de esperar o taser [arma de choque elétrico], que estava a caminho", explicou. Em nota, o Comando do 50º Batalhão da PM do Interior informou que, no momento da negociação, foi solicitada uma arma não letal para conter o homem. "Porém não houve tempo hábil da chegada da mesma ao sítio do evento", diz o texto. O comunicado também apontou que "os disparos não foram letais, contribuindo apenas para que ele soltasse o facão, evitando o suicídio".
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Receita altera consulta aos dados do CPF; veja o que mudou
A Receita Federal disponibilizou nesta segunda-feira (1º) novo comprovante de situação cadastral no CPF, documento que informa sobre a regularidade cadastral do contribuinte perante o Cadastro de Pessoas Físicas. O novo comprovante agrega maior segurança ao processo de consulta. Além disso, os novos dados dão maior transparência à sociedade sobre a real situação cadastral do contribuinte perante o CPF, reduzindo, assim, os riscos de fraudes. Entre as principais novidades do novo serviço destacam-se: a) Forma de consulta: o contribuinte deverá informar o número de inscrição no CPF e a data de nascimento. b) Novas informações cadastrais do contribuinte: além do nome e da situação cadastral, o comprovante traz novas informações: data de nascimento; data da inscrição no CPF e ano de óbito (se houver). c) Consulta por meio do APP pessoa física: além da consulta por meio do site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br ), o novo comprovante poderá ser acessado por meio do APP pessoa física disponível para dispositivos móveis (smartphones, tablets etc). d) Confirmação da autenticidade do novo comprovante: a autenticidade do novo comprovante e dos dados nele constantes podem ser confirmadas por meio do serviço "Confirmação da Autenticidade do Comprovante de Inscrição ou de Situação Cadastral", disponível no site.
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Receita altera consulta aos dados do CPF; veja o que mudouA Receita Federal disponibilizou nesta segunda-feira (1º) novo comprovante de situação cadastral no CPF, documento que informa sobre a regularidade cadastral do contribuinte perante o Cadastro de Pessoas Físicas. O novo comprovante agrega maior segurança ao processo de consulta. Além disso, os novos dados dão maior transparência à sociedade sobre a real situação cadastral do contribuinte perante o CPF, reduzindo, assim, os riscos de fraudes. Entre as principais novidades do novo serviço destacam-se: a) Forma de consulta: o contribuinte deverá informar o número de inscrição no CPF e a data de nascimento. b) Novas informações cadastrais do contribuinte: além do nome e da situação cadastral, o comprovante traz novas informações: data de nascimento; data da inscrição no CPF e ano de óbito (se houver). c) Consulta por meio do APP pessoa física: além da consulta por meio do site da Receita (www.receita.fazenda.gov.br ), o novo comprovante poderá ser acessado por meio do APP pessoa física disponível para dispositivos móveis (smartphones, tablets etc). d) Confirmação da autenticidade do novo comprovante: a autenticidade do novo comprovante e dos dados nele constantes podem ser confirmadas por meio do serviço "Confirmação da Autenticidade do Comprovante de Inscrição ou de Situação Cadastral", disponível no site.
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Morre aos 89 o ator Jorge Loredo, o Zé Bonitinho
"Câmera, close! Microfone, please! Vou dar a vocês agora um tostão da minha voz." O galanteio brasileiro nunca mais será o mesmo. O ator e comediante Jorge Loredo, criador do conquistador Zé Bonitinho, morreu na manhã desta quinta (26), aos 89, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Loredo estava hospitalizado desde fevereiro no Hospital São Lucas, no Rio. Segundo o hospital, ele lutava há anos contra uma doença pulmonar crônica e um enfisema. veja mais fotos O corpo do ator será velado a partir das 8h desta sexta (27) no Memorial do Carmo, Cemitério do Caju, no Rio. A cremação será às 15h. Zé Bonitinho passou sua última cantada em março de 2012, no programa "A Praça É Nossa" (SBT), no qual atuava desde 2001. Loredo teve que interromper a carreira por conta da saúde frágil. O humorista nasceu em 7 de maio de 1925, em Campo Grande, no Rio. O início de sua vida foi mais um filme de horror do que uma comédia. Aos 12 anos, com osteomielite, doença infecciosa que provoca inflamação nos ossos -no caso, o fêmur-, sentia fortes dores e só conseguia se locomover com dificuldade. "Vivi bastante isolado. Era um garoto que não se relacionava com ninguém. Meu único amigo era cego. Eu perneta, ele cego!", relatou o ator no livro de memórias "O Perigote do Brasil", escrito por Cláudio Fragata e publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em 2009. Aos 20 anos, contraiu tuberculose. Passou um ano em um sanatório para se tratar. Ao receber alta, enfim a sorte começou a lhe sorrir. Um teste vocacional deu-lhe três conselhos: o magistério, a diplomacia ou "atividades exibicionistas". Entrou para a faculdade de direito (formou-se em 1957) e para o teatro. "Eu não sabia que eu era humorista. A coisa foi surgindo naturalmente", contou em entrevista ao SBT em 2010. Em 1958, ganhou fama ao viver um mendigo filósofo no programa "A Praça da Alegria", na TV Rio. Mas o grande marco de sua carreira veio dois anos depois, quando Zé Bonitinho estreou no "Noites Cariocas", dirigido por Chico Anysio na mesma emissora. O sujeito de topete, delgado bigodinho, gravata borboleta e pente gigantes e terno extravagante, caricatura do típico cafajeste, tornou-se um clássico do humor popular brasileiro. A inspiração veio de um amigo de juventude metido a garanhão. "O Jarbas era uma figura, cantava todas as mulheres, parava em frente ao espelho para pentear o bigode. Eu o imitava nas festas e as pessoas se divertiam demais", disse à Folha em entrevista de 2010. Zé Bonitinho foi também um símbolo para a contracultura dos anos 1960 e 1970. Atuou em dois filmes do Rogério Sganzerla, "Sem Essa, Aranha" (1970) e "O Abismo" (1978). No primeiro, deu vida ao capitalista Aranha, tipo decalcado do Bonitinho, retrato mordaz da boçalidade do país. "Ele é um gênio. O trabalho que ele fez nos filmes de Rogério foram consagrados internacionalmente. Adorei trabalhar com ele", diz a atriz Helena Ignez, viúva de Sganzerla. A última atuação no cinema foi no filme "O Palhaço", de Selton Mello, em 2011. "Loredo foi um grande artista. Quando o conheci, fiquei fascinado pelo homem culto, amante dos filmes italianos clássicos", diz Selton em nota. Diferente de seu espalhafatoso personagem, Loredo, era bastante discreto. Dizia nunca ter sido mulherengo. Casou-se três vezes e teve dois filhos. "O artista só pode representar aquilo que não é, no máximo aquilo que gostaria de ser. Se tivesse algo do Bonitinho, não faria o personagem.", afirmou em 2010. Veja cena do personagem Zé Bonitinho no humorístico "A Praça é Nossa": SBT
ilustrada
Morre aos 89 o ator Jorge Loredo, o Zé Bonitinho"Câmera, close! Microfone, please! Vou dar a vocês agora um tostão da minha voz." O galanteio brasileiro nunca mais será o mesmo. O ator e comediante Jorge Loredo, criador do conquistador Zé Bonitinho, morreu na manhã desta quinta (26), aos 89, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Loredo estava hospitalizado desde fevereiro no Hospital São Lucas, no Rio. Segundo o hospital, ele lutava há anos contra uma doença pulmonar crônica e um enfisema. veja mais fotos O corpo do ator será velado a partir das 8h desta sexta (27) no Memorial do Carmo, Cemitério do Caju, no Rio. A cremação será às 15h. Zé Bonitinho passou sua última cantada em março de 2012, no programa "A Praça É Nossa" (SBT), no qual atuava desde 2001. Loredo teve que interromper a carreira por conta da saúde frágil. O humorista nasceu em 7 de maio de 1925, em Campo Grande, no Rio. O início de sua vida foi mais um filme de horror do que uma comédia. Aos 12 anos, com osteomielite, doença infecciosa que provoca inflamação nos ossos -no caso, o fêmur-, sentia fortes dores e só conseguia se locomover com dificuldade. "Vivi bastante isolado. Era um garoto que não se relacionava com ninguém. Meu único amigo era cego. Eu perneta, ele cego!", relatou o ator no livro de memórias "O Perigote do Brasil", escrito por Cláudio Fragata e publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em 2009. Aos 20 anos, contraiu tuberculose. Passou um ano em um sanatório para se tratar. Ao receber alta, enfim a sorte começou a lhe sorrir. Um teste vocacional deu-lhe três conselhos: o magistério, a diplomacia ou "atividades exibicionistas". Entrou para a faculdade de direito (formou-se em 1957) e para o teatro. "Eu não sabia que eu era humorista. A coisa foi surgindo naturalmente", contou em entrevista ao SBT em 2010. Em 1958, ganhou fama ao viver um mendigo filósofo no programa "A Praça da Alegria", na TV Rio. Mas o grande marco de sua carreira veio dois anos depois, quando Zé Bonitinho estreou no "Noites Cariocas", dirigido por Chico Anysio na mesma emissora. O sujeito de topete, delgado bigodinho, gravata borboleta e pente gigantes e terno extravagante, caricatura do típico cafajeste, tornou-se um clássico do humor popular brasileiro. A inspiração veio de um amigo de juventude metido a garanhão. "O Jarbas era uma figura, cantava todas as mulheres, parava em frente ao espelho para pentear o bigode. Eu o imitava nas festas e as pessoas se divertiam demais", disse à Folha em entrevista de 2010. Zé Bonitinho foi também um símbolo para a contracultura dos anos 1960 e 1970. Atuou em dois filmes do Rogério Sganzerla, "Sem Essa, Aranha" (1970) e "O Abismo" (1978). No primeiro, deu vida ao capitalista Aranha, tipo decalcado do Bonitinho, retrato mordaz da boçalidade do país. "Ele é um gênio. O trabalho que ele fez nos filmes de Rogério foram consagrados internacionalmente. Adorei trabalhar com ele", diz a atriz Helena Ignez, viúva de Sganzerla. A última atuação no cinema foi no filme "O Palhaço", de Selton Mello, em 2011. "Loredo foi um grande artista. Quando o conheci, fiquei fascinado pelo homem culto, amante dos filmes italianos clássicos", diz Selton em nota. Diferente de seu espalhafatoso personagem, Loredo, era bastante discreto. Dizia nunca ter sido mulherengo. Casou-se três vezes e teve dois filhos. "O artista só pode representar aquilo que não é, no máximo aquilo que gostaria de ser. Se tivesse algo do Bonitinho, não faria o personagem.", afirmou em 2010. Veja cena do personagem Zé Bonitinho no humorístico "A Praça é Nossa": SBT
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Fidel Castro, o 'imorrível'
A imagem de Fidel Castro amparado por Evo Morales para sair de uma van, no dia de seu 89º aniversário (quinta, 13), fornece duas sensações opostas. Primeiro, a de um vencedor. Afinal, foi por Fidel que se arriou a bandeira norte-americana diante da embaixada em Havana, e é uma vitória para ele que o regime que encarnou tenha sobrevivido aos 54 anos de confronto e de tentativas de desestabilização. Mas o vitorioso aparece, justamente na véspera da volta da bandeira ao mastro, tão caído, tão frágil, que dá pena. Se eu fosse do ministério da propaganda de Cuba, esconderia Fidel para que a imagem dele permanecesse a do homem de espessa barba negra, vitorioso em Sierra Maestra, e não do ancião de barba rala e embranquecida que se viu na quinta-feira. A menos que a propaganda cubana queira dizer que Fidel é "inmorrible", como se dizia, 40 anos atrás, de Francisco Franco Bahamonde, o "caudilho de Espanha pela graça de Deus", quando ele agonizava no seu Palácio do Pardo. Foi tão longa a agonia que os espanhóis diziam: "Franco não é imortal, mas é imorrível". Foi exatamente essa a sensação que tive ao ver as fotos de Fidel com Evo Morales. Afinal, prognostiquei a sua agonia final já em 1997, ou seja, há quase um quarto de século. Tudo porque encontrei-o em Genebra, após as comemorações do cinquentenário do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio, rebatizado para Organização Mundial do Comércio). Estava pálido, a barba já mostrava enormes falhas, tinha um cor de doente –exatamente como apareceu nas fotos deste agosto de 2015. Ainda por cima, chegou a ser internado brevemente na cidade suíça naquela ocasião. Na volta ao Brasil, fiz um relatório para a Direção de Redação, relatando as minhas impressões do encontro com Fidel e sugerindo que se enviasse alguém a Cuba para começar a levantar o material para o pós-Fidel, que eu achava que poderia não tardar muito. Levou 11 anos para que a doença de fato o abatesse e o forçasse a transferir o poder para o irmão. É claro que não é a mesma coisa um homem de 71 anos com a aparência de doente, como era o Fidel de 1997, e outra coisa o mesmo homem, com aparência ainda mais decaída, aos 89 anos. Portanto, é possível que Fidel Castro de fato morra em breve. Mas eu continuo achando que ele é "imorrível"..
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Fidel Castro, o 'imorrível'A imagem de Fidel Castro amparado por Evo Morales para sair de uma van, no dia de seu 89º aniversário (quinta, 13), fornece duas sensações opostas. Primeiro, a de um vencedor. Afinal, foi por Fidel que se arriou a bandeira norte-americana diante da embaixada em Havana, e é uma vitória para ele que o regime que encarnou tenha sobrevivido aos 54 anos de confronto e de tentativas de desestabilização. Mas o vitorioso aparece, justamente na véspera da volta da bandeira ao mastro, tão caído, tão frágil, que dá pena. Se eu fosse do ministério da propaganda de Cuba, esconderia Fidel para que a imagem dele permanecesse a do homem de espessa barba negra, vitorioso em Sierra Maestra, e não do ancião de barba rala e embranquecida que se viu na quinta-feira. A menos que a propaganda cubana queira dizer que Fidel é "inmorrible", como se dizia, 40 anos atrás, de Francisco Franco Bahamonde, o "caudilho de Espanha pela graça de Deus", quando ele agonizava no seu Palácio do Pardo. Foi tão longa a agonia que os espanhóis diziam: "Franco não é imortal, mas é imorrível". Foi exatamente essa a sensação que tive ao ver as fotos de Fidel com Evo Morales. Afinal, prognostiquei a sua agonia final já em 1997, ou seja, há quase um quarto de século. Tudo porque encontrei-o em Genebra, após as comemorações do cinquentenário do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio, rebatizado para Organização Mundial do Comércio). Estava pálido, a barba já mostrava enormes falhas, tinha um cor de doente –exatamente como apareceu nas fotos deste agosto de 2015. Ainda por cima, chegou a ser internado brevemente na cidade suíça naquela ocasião. Na volta ao Brasil, fiz um relatório para a Direção de Redação, relatando as minhas impressões do encontro com Fidel e sugerindo que se enviasse alguém a Cuba para começar a levantar o material para o pós-Fidel, que eu achava que poderia não tardar muito. Levou 11 anos para que a doença de fato o abatesse e o forçasse a transferir o poder para o irmão. É claro que não é a mesma coisa um homem de 71 anos com a aparência de doente, como era o Fidel de 1997, e outra coisa o mesmo homem, com aparência ainda mais decaída, aos 89 anos. Portanto, é possível que Fidel Castro de fato morra em breve. Mas eu continuo achando que ele é "imorrível"..
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'PT ganhou a guerra da comunicação', diz líder do PSDB sobre terceirizações
O PSDB irá liberar seus 52 deputados federais a votar como quiser na sessão que deve definir, nesta quarta-feira (15), o futuro do projeto que regulamenta as terceirizações no país. Sob o argumento de que estudou melhor o tema e que é sensível à pressão das redes sociais, o partido rachou ao meio. Vinte e seis deputados tucanos defendem liberar a terceirização para as chamadas atividades-fim das empresas, que é o cerne do projeto. Já outros 26 são contra. O placar, auferido em reuniões e consultas internas, representa uma forte recuo em relação à semana passada, quando 50 deputados tucanos votaram a favor da terceirização da atividade-fim. Entre os que recuaram está o líder da bancada, Carlos Sampaio (SP). Ele afirma ter sido convencido de que é melhor para o trabalhador que seja mantida a proibição atual, que é baseada em jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre o tema. "Eu revi minha posição. Enquanto o STF não decidir, prefiro ficar do lado dos trabalhadores. (...) Na guerra da comunicação, perdemos. O PT e o governo viram esse tema como a tábua de salvação deles. Se apegaram nessa posição para dizer que estão do lado dos trabalhadores", afirmou Sampaio. A liberação da terceirização para a atividade-fim (a linha de produção de uma montadora de veículos, por exemplo) é uma das principais bandeiras do empresariado e é defendida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo aliados do peemedebista, a orientação para o recuo tucano partiu do presidente do PSDB, Aécio Neves, que teme desgaste político com a medida.
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'PT ganhou a guerra da comunicação', diz líder do PSDB sobre terceirizaçõesO PSDB irá liberar seus 52 deputados federais a votar como quiser na sessão que deve definir, nesta quarta-feira (15), o futuro do projeto que regulamenta as terceirizações no país. Sob o argumento de que estudou melhor o tema e que é sensível à pressão das redes sociais, o partido rachou ao meio. Vinte e seis deputados tucanos defendem liberar a terceirização para as chamadas atividades-fim das empresas, que é o cerne do projeto. Já outros 26 são contra. O placar, auferido em reuniões e consultas internas, representa uma forte recuo em relação à semana passada, quando 50 deputados tucanos votaram a favor da terceirização da atividade-fim. Entre os que recuaram está o líder da bancada, Carlos Sampaio (SP). Ele afirma ter sido convencido de que é melhor para o trabalhador que seja mantida a proibição atual, que é baseada em jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre o tema. "Eu revi minha posição. Enquanto o STF não decidir, prefiro ficar do lado dos trabalhadores. (...) Na guerra da comunicação, perdemos. O PT e o governo viram esse tema como a tábua de salvação deles. Se apegaram nessa posição para dizer que estão do lado dos trabalhadores", afirmou Sampaio. A liberação da terceirização para a atividade-fim (a linha de produção de uma montadora de veículos, por exemplo) é uma das principais bandeiras do empresariado e é defendida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo aliados do peemedebista, a orientação para o recuo tucano partiu do presidente do PSDB, Aécio Neves, que teme desgaste político com a medida.
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Confira 5 opções para aproveitar São Paulo com crianças e adultos
DE SÃO PAULO Deise de Oliveira, editora-adjunta de "novas plataformas" da Folha e mãe de Lucia, 5, sugere opções para curtir com crianças e (só) adultos, * ATELIER FAZENDO ARTE Acolhedor, o local oferece oficinas de arte para crianças e adultos. Nas festas infantis, as atividades valorizam a criatividade, com contação de história e confecção de peças R. Dr. Miranda de Azevedo, 691, Vila Anglo Brasileira, região oeste,, São Paulo, SP. Tel. (11) 3868-1510. Livre. Somente c/ agendamento (seg. a sáb., 9h às 18h). * CERVEJARIA IDEAL A casa é ampla e avarandada. Para a cerveja de fim de tarde, há um espaço com pufes e sofás que isola as crianças da calçada. Experimente a cerveja tipo witbier (aromatizada sem ser enjoativa), por R$ 13 (300 ml) e o trio de linguiças (R$ 39) R. Min. Ferreira Alves, 203 - Perdizes, região oeste, São Paulo. Tel. (11) 3578-7534. Ter. a sex.: 18h à 1h. Sáb.: 12h à 1h.~ * TEATRO VIRADALATA Opções de peças infantis bem montadas, que desafiam adultos e crianças. Três estão em cartaz, entre elas a "Panos e Lendas". Há sessões dominicais, ao meio-dia R. Apinajés, 1.387, Sumaré, região oeste, São Paulo, SP. Tel. (11) 3868-2535. Bilheteria: abre duas horas antes em dias de espetáculo. Valet (R$ 20).~ * PAELLAS PEPE Costumo dizer que é possível viver em São Paulo fazendo tudo perto de casa. Mas, "saindo do meu quadrado", sugiro um passeio pelo parque da Independência, com almoço, na sequência, na Paella R. Bom Pastor, 1.660 - Ipiranga, região sul, São Paulo, SP. Tel. (11) 3798-7616. Ter. a qui.: 19h30 às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h30 às 24h. Dom.: 12h às 17h.~ * MINHOCÃO DE BIKE Passo de carro pelo elevado diariamente, mas é de bicicleta que vejo os prédios, seus detalhes, e as pichações. Recomendo a ciclofaixa em direção à prefeitura. No caminho, há o Theatro Municipal e a biblioteca Mário de Andrade. A feira gastronômica da praça do Patriarca é opção para reabastecer para a volta.
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Confira 5 opções para aproveitar São Paulo com crianças e adultosDE SÃO PAULO Deise de Oliveira, editora-adjunta de "novas plataformas" da Folha e mãe de Lucia, 5, sugere opções para curtir com crianças e (só) adultos, * ATELIER FAZENDO ARTE Acolhedor, o local oferece oficinas de arte para crianças e adultos. Nas festas infantis, as atividades valorizam a criatividade, com contação de história e confecção de peças R. Dr. Miranda de Azevedo, 691, Vila Anglo Brasileira, região oeste,, São Paulo, SP. Tel. (11) 3868-1510. Livre. Somente c/ agendamento (seg. a sáb., 9h às 18h). * CERVEJARIA IDEAL A casa é ampla e avarandada. Para a cerveja de fim de tarde, há um espaço com pufes e sofás que isola as crianças da calçada. Experimente a cerveja tipo witbier (aromatizada sem ser enjoativa), por R$ 13 (300 ml) e o trio de linguiças (R$ 39) R. Min. Ferreira Alves, 203 - Perdizes, região oeste, São Paulo. Tel. (11) 3578-7534. Ter. a sex.: 18h à 1h. Sáb.: 12h à 1h.~ * TEATRO VIRADALATA Opções de peças infantis bem montadas, que desafiam adultos e crianças. Três estão em cartaz, entre elas a "Panos e Lendas". Há sessões dominicais, ao meio-dia R. Apinajés, 1.387, Sumaré, região oeste, São Paulo, SP. Tel. (11) 3868-2535. Bilheteria: abre duas horas antes em dias de espetáculo. Valet (R$ 20).~ * PAELLAS PEPE Costumo dizer que é possível viver em São Paulo fazendo tudo perto de casa. Mas, "saindo do meu quadrado", sugiro um passeio pelo parque da Independência, com almoço, na sequência, na Paella R. Bom Pastor, 1.660 - Ipiranga, região sul, São Paulo, SP. Tel. (11) 3798-7616. Ter. a qui.: 19h30 às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb.: 12h às 16h e 19h30 às 24h. Dom.: 12h às 17h.~ * MINHOCÃO DE BIKE Passo de carro pelo elevado diariamente, mas é de bicicleta que vejo os prédios, seus detalhes, e as pichações. Recomendo a ciclofaixa em direção à prefeitura. No caminho, há o Theatro Municipal e a biblioteca Mário de Andrade. A feira gastronômica da praça do Patriarca é opção para reabastecer para a volta.
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TRT apreende facas e até estrelas-ninja com pessoas antes de audiências
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região apreendeu 194 armas brancas, em duas semanas, com pessoas que foram participar de audiências e julgamentos. Os objetos foram retidos desde o dia 9, quando o órgão reforçou o controle de acesso aos prédios da Justiça e decidiu confiscar os artefatos. Antes eles eram devolvidos às pessoas na saída. Agora são destruídos. ZONA DE RISCO A nova política, em vigor nos 32 endereços do tribunal, é como a dos aeroportos. No ano passado, o órgão reteve 6.339 armas brancas –entre elas canivetes, punhais, socos ingleses e até estrelas-ninja (com várias pontas afiadas). Leia a coluna completa aqui
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TRT apreende facas e até estrelas-ninja com pessoas antes de audiênciasO Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região apreendeu 194 armas brancas, em duas semanas, com pessoas que foram participar de audiências e julgamentos. Os objetos foram retidos desde o dia 9, quando o órgão reforçou o controle de acesso aos prédios da Justiça e decidiu confiscar os artefatos. Antes eles eram devolvidos às pessoas na saída. Agora são destruídos. ZONA DE RISCO A nova política, em vigor nos 32 endereços do tribunal, é como a dos aeroportos. No ano passado, o órgão reteve 6.339 armas brancas –entre elas canivetes, punhais, socos ingleses e até estrelas-ninja (com várias pontas afiadas). Leia a coluna completa aqui
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Grupo espanhol negocia compra de ativos da construtora Delta
O grupo espanhol Essentium negocia assumir as dívidas e obras ainda tocadas pela Delta Construções, empreiteira em recuperação judicial após suspeitas de corrupção em 2012. A operação é uma forma de o grupo entrar com força no mercado nacional, de olho na eventual dificuldade financeira de empreiteiras investigadas na operação Lava Jato. A Essentium vai se associar a um grupo de engenheiros da Delta, que terá 10% da nova empresa a ser formada. O grupo assumirá 134 obras que ainda estão sob responsabilidade da Delta. São contratos assinados antes de junho de 2012, quando a empresa foi declarada inidônea, o que impediu novos acordos com órgãos públicos. O grupo também vai assumir o pagamento da dívida, estimada em cerca de R$ 250 milhões. Ela também tocará as obras para as quais a Técnica Construções –subsidiária criada no processo de recuperação judicial– foi contratada. Receberá ainda equipamentos, veículos e máquinas da empreiteira. A entrada de empreiteiras estrangeiras tem sido vista no governo federal como uma saída para o caso de crise financeira das investigadas no operação Lava Jato. Teme-se a paralisação de obras no país com o envolvimento das grandes do setor, como Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, e Andrade Gutierrez. Todas negam estar sob risco. A transação depende da homologação na Justiça do aditivo ao plano de recuperação judicial da Delta que prevê a venda. CRISE DA DELTA Após ter receita bruta de R$ 3 bilhões em 2010 e se tornar a empreiteira com o maior volume de contratos com o governo federal, a Delta entrou em crise financeira com investigações contra a empreiteira. A PF apontou elo entre diretor da empresa e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ela também passou a ser alvo após a revelação da amizade próxima entre seu dono, o empresário Fernando Cavendish, e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). A empresa tinha mais de R$ 1 bilhão em contratos no Rio. Em 2013, a Delta teve uma receita bruta de R$ 725 milhões. A empreiteira afirma que, após as investigações, passou a não receber de governos por serviços já prestados –o que chamou de "bullying empresarial". Já a Técnica venceu 12 licitações, mas não conseguiu assinar todos os contratos. Alguns órgãos consideraram que a inidoneidade da Delta se estendeu à subsidiária, embora decisão judicial livre a empresa da punição. Se concretizada a venda, a Delta vai manter operação reduzida. Deve focar suas atividades em obras privadas. INCURSÃO Não é a primeira incursão do grupo Essentium no Brasil. Após negociação frustrada com a WTorre, os espanhóis compraram metade da Niplan Engenharia em 2012. O negócio, porém, se tornou uma disputa judicial. A Essentium é acusada de não injetar os R$ 40 milhões acordados, o que ela nega. Através de seu braço de engenharia, a Assignia, o grupo espanhol conseguiu seu primeiro contrato no país no início do ano passado. Em consórcio com a construtora Continental, se tornou responsável pela manutenção de estradas federais em Santa Catarina. A aquisição da Delta, contudo, visa garantir uma gama de contratos mais ampla e com funcionários com experiência no país. O grupo Essentium teve uma receita bruta de € 484 milhões em 2013. A empresa afirma estar presente em 40 países e concentra 54% dos seus 8.425 funcionários no exterior. A presidente do grupo, Susana Monje, é também tesoureira do Barcelona. Permaneceu no clube de futebol mesmo após a renúncia do presidente Sandro Rosell, que deixou o cargo no início de 2014, após controvérsia sobre a aquisição dos direitos do brasileiro Neymar.
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Grupo espanhol negocia compra de ativos da construtora DeltaO grupo espanhol Essentium negocia assumir as dívidas e obras ainda tocadas pela Delta Construções, empreiteira em recuperação judicial após suspeitas de corrupção em 2012. A operação é uma forma de o grupo entrar com força no mercado nacional, de olho na eventual dificuldade financeira de empreiteiras investigadas na operação Lava Jato. A Essentium vai se associar a um grupo de engenheiros da Delta, que terá 10% da nova empresa a ser formada. O grupo assumirá 134 obras que ainda estão sob responsabilidade da Delta. São contratos assinados antes de junho de 2012, quando a empresa foi declarada inidônea, o que impediu novos acordos com órgãos públicos. O grupo também vai assumir o pagamento da dívida, estimada em cerca de R$ 250 milhões. Ela também tocará as obras para as quais a Técnica Construções –subsidiária criada no processo de recuperação judicial– foi contratada. Receberá ainda equipamentos, veículos e máquinas da empreiteira. A entrada de empreiteiras estrangeiras tem sido vista no governo federal como uma saída para o caso de crise financeira das investigadas no operação Lava Jato. Teme-se a paralisação de obras no país com o envolvimento das grandes do setor, como Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, e Andrade Gutierrez. Todas negam estar sob risco. A transação depende da homologação na Justiça do aditivo ao plano de recuperação judicial da Delta que prevê a venda. CRISE DA DELTA Após ter receita bruta de R$ 3 bilhões em 2010 e se tornar a empreiteira com o maior volume de contratos com o governo federal, a Delta entrou em crise financeira com investigações contra a empreiteira. A PF apontou elo entre diretor da empresa e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ela também passou a ser alvo após a revelação da amizade próxima entre seu dono, o empresário Fernando Cavendish, e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). A empresa tinha mais de R$ 1 bilhão em contratos no Rio. Em 2013, a Delta teve uma receita bruta de R$ 725 milhões. A empreiteira afirma que, após as investigações, passou a não receber de governos por serviços já prestados –o que chamou de "bullying empresarial". Já a Técnica venceu 12 licitações, mas não conseguiu assinar todos os contratos. Alguns órgãos consideraram que a inidoneidade da Delta se estendeu à subsidiária, embora decisão judicial livre a empresa da punição. Se concretizada a venda, a Delta vai manter operação reduzida. Deve focar suas atividades em obras privadas. INCURSÃO Não é a primeira incursão do grupo Essentium no Brasil. Após negociação frustrada com a WTorre, os espanhóis compraram metade da Niplan Engenharia em 2012. O negócio, porém, se tornou uma disputa judicial. A Essentium é acusada de não injetar os R$ 40 milhões acordados, o que ela nega. Através de seu braço de engenharia, a Assignia, o grupo espanhol conseguiu seu primeiro contrato no país no início do ano passado. Em consórcio com a construtora Continental, se tornou responsável pela manutenção de estradas federais em Santa Catarina. A aquisição da Delta, contudo, visa garantir uma gama de contratos mais ampla e com funcionários com experiência no país. O grupo Essentium teve uma receita bruta de € 484 milhões em 2013. A empresa afirma estar presente em 40 países e concentra 54% dos seus 8.425 funcionários no exterior. A presidente do grupo, Susana Monje, é também tesoureira do Barcelona. Permaneceu no clube de futebol mesmo após a renúncia do presidente Sandro Rosell, que deixou o cargo no início de 2014, após controvérsia sobre a aquisição dos direitos do brasileiro Neymar.
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Após 20 anos, Nuzman indica linha sucessória com novo vice
Numa eleição com um único candidato que confirmará um quarto de século de poder à frente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a escolha do seu vice surge como rara novidade. Número dois na chapa de Carlos Arthur Nuzman, 74 anos, o potiguar Paulo Wanderley Teixeira, 66, vira aposta para suceder o presidente da entidade. Isso poderá acontecer até mesmo antes do final dos quatro anos do novo mandato de Nuzman, que encerra em 2020. Existe a expectativa de que o cartola se licencie ou afaste para finalizar os relatórios e balanços do Comitê Organizador dos Jogos do Rio, que têm de ser entregues nos próximos anos. Nuzman também cobiça a chefia da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), cuja eleição deverá ocorrer ainda em 2016. À parte o destino de Nuzman, Teixeira é o personagem central de uma transição por que passará o comitê. Ele encerra em 2016 um período de 16 anos à frente da Confederação Brasileira de Judô. O esporte conquistou 12 medalhas olímpicas e 30 em Campeonatos Mundiais que o judô brasileiro desde ele assumiu a entidade em 2001. A modalidade, com os três pódios que obteve nos Jogos do Rio, se isolou como a maior vencedora de medalhas olímpicas do país. Natural de Caicó, Rio Grande do Norte, Teixeira se radicou em Vitória ainda na infância. Na capital capixaba aprendeu o judô, esporte no qual a carreira enveredou. Formado em Educação Física, presidiu a federação do Estado do Espírito Santo e treinou a seleção brasileira por mais de dez anos. Seu ápice foi participar dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992. O cartola é tido no meio esportivo como exigente e, por vezes autoritário. No único Campeonato Mundial em que a seleção de judô saiu sem medalhas em sua gestão, em 2009, na Holanda, ele esbravejou contra a comissão técnica e a equipe de atletas. Afirmou que não admitiria uma repetição daquele fracasso. Desde então, o time não voltou a passar em branco em grandes eventos internacionais -o judô vai ao pódio em Jogos Olímpicos, seguidamente, desde os Jogos de Los Angeles-1984. "Eu delego, mas cobro a tarefa. Meus colaboradores [na CBJ] têm autonomia, mas eu também exijo", afirma. "Quanto mais trabalho, mais tenho sorte. Estou nessa linha. gosto do que faço, me dedico a isso. Não há segredo", completa. Neste ano, um disputa política respingou na sua ficha. Segundo o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, ele foi obrigado a deixar a presidência da Confederação Pan-Americana de Judô, que também comandava, no final de 2015, em assembleia. O motivo foi um racha dele com outros cartolas da entidade desportiva. Segundo seus pares, o brasileiro: "[fazia] tentativa de concentração de poder, a tomada de decisões sem consulta prévia a países membros e destituição de dirigentes que se opunham a seus pontos de vista". Por causa disso, também tiraram o Pan-Americano da modalidade que seria disputado no Brasil, em abril deste ano, antes dos Jogos. O evento foi realizado em Cuba. Teixeira e outros dois aliados na presidência da Confederação Pan-Americana ainda tentaram, sem sucesso, reaver os seus cargos por meio de apelação na Corte Arbitral do Esporte.
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Após 20 anos, Nuzman indica linha sucessória com novo viceNuma eleição com um único candidato que confirmará um quarto de século de poder à frente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a escolha do seu vice surge como rara novidade. Número dois na chapa de Carlos Arthur Nuzman, 74 anos, o potiguar Paulo Wanderley Teixeira, 66, vira aposta para suceder o presidente da entidade. Isso poderá acontecer até mesmo antes do final dos quatro anos do novo mandato de Nuzman, que encerra em 2020. Existe a expectativa de que o cartola se licencie ou afaste para finalizar os relatórios e balanços do Comitê Organizador dos Jogos do Rio, que têm de ser entregues nos próximos anos. Nuzman também cobiça a chefia da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), cuja eleição deverá ocorrer ainda em 2016. À parte o destino de Nuzman, Teixeira é o personagem central de uma transição por que passará o comitê. Ele encerra em 2016 um período de 16 anos à frente da Confederação Brasileira de Judô. O esporte conquistou 12 medalhas olímpicas e 30 em Campeonatos Mundiais que o judô brasileiro desde ele assumiu a entidade em 2001. A modalidade, com os três pódios que obteve nos Jogos do Rio, se isolou como a maior vencedora de medalhas olímpicas do país. Natural de Caicó, Rio Grande do Norte, Teixeira se radicou em Vitória ainda na infância. Na capital capixaba aprendeu o judô, esporte no qual a carreira enveredou. Formado em Educação Física, presidiu a federação do Estado do Espírito Santo e treinou a seleção brasileira por mais de dez anos. Seu ápice foi participar dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992. O cartola é tido no meio esportivo como exigente e, por vezes autoritário. No único Campeonato Mundial em que a seleção de judô saiu sem medalhas em sua gestão, em 2009, na Holanda, ele esbravejou contra a comissão técnica e a equipe de atletas. Afirmou que não admitiria uma repetição daquele fracasso. Desde então, o time não voltou a passar em branco em grandes eventos internacionais -o judô vai ao pódio em Jogos Olímpicos, seguidamente, desde os Jogos de Los Angeles-1984. "Eu delego, mas cobro a tarefa. Meus colaboradores [na CBJ] têm autonomia, mas eu também exijo", afirma. "Quanto mais trabalho, mais tenho sorte. Estou nessa linha. gosto do que faço, me dedico a isso. Não há segredo", completa. Neste ano, um disputa política respingou na sua ficha. Segundo o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, ele foi obrigado a deixar a presidência da Confederação Pan-Americana de Judô, que também comandava, no final de 2015, em assembleia. O motivo foi um racha dele com outros cartolas da entidade desportiva. Segundo seus pares, o brasileiro: "[fazia] tentativa de concentração de poder, a tomada de decisões sem consulta prévia a países membros e destituição de dirigentes que se opunham a seus pontos de vista". Por causa disso, também tiraram o Pan-Americano da modalidade que seria disputado no Brasil, em abril deste ano, antes dos Jogos. O evento foi realizado em Cuba. Teixeira e outros dois aliados na presidência da Confederação Pan-Americana ainda tentaram, sem sucesso, reaver os seus cargos por meio de apelação na Corte Arbitral do Esporte.
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Com 2 gols de Gabriel Jesus, Palmeiras vence e volta ao G-4 do Brasileiro
Pelo quinto jogo consecutivo, o Palmeiras conseguiu fazer um gol antes dos dez minutos de partida. A abertura precoce no placar, no entanto, não foi garantia de vida fácil à equipe da casa, que venceu o Joinville por 3 a 2, neste domingo (30), pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Destaque na classificação sobre o Cruzeiro na Copa do Brasil, Gabriel Jesus voltou a ser titular e justificou a confiança do técnico Marcelo Oliveira com dois gols, sendo o primeiro deles logo aos 50 segundos de jogo. No segundo tempo, o atacante de 18 anos marcou o terceiro da equipe e garantiu a vitória. O triunfo recoloca o Palmeiras no G-4 do Campeonato Brasileiro. Com 34 pontos, a equipe ultrapassa o São Paulo no saldo de gols e ocupa a quarta colocação. O Joinville permanece em 19º lugar, com 19 pontos. Na próxima rodada, o Palmeiras vai a Goiânia enfrentar o Goiás, na quarta-feira (2). No mesmo dia, o Joinville recebe o São Paulo em seu estádio. Veja vídeo O JOGO Gabriel Jesus foi escalado no ataque e deu indícios de que o Palmeiras teria uma vitória tranquila em seu estádio sobre o penúltimo colocado na tabela logo aos 50 segundos de jogo. O atacante recebeu lançamento de Victor Ramos e finalizou com categoria no canto esquerdo do goleiro Agenor. A teoria de uma vitória mais fácil ganhou ainda mais força aos 23min. A defesa do Joinville afastou cobrança de escanteio e Zé Roberto acertou um lindo chute de primeira de fora da área. O goleiro Agenor espalmou, mas não evitou o gol de Dudu no rebote. A partir dos 26min, porém, o Joinville chegou a um empate relâmpago com dois gols de Marcelinho Paraíba. Em lance de contra-ataque, o experiente meia de 40 anos recebeu na área e tocou na saída de Fernando Prass. Logo depois, o Joinville igualou em uma trapalhada da defesa palmeirense. João Pedro chutou em cima de Zé Roberto e a bola sobrou nos pés de Marcelinho Paraíba, que finalizou com força. No segundo tempo, Marcelo Oliveira colocou Alecsandro no lugar de Lucas Barrios, em uma alteração de centroavantes. O gol da vitória veio aos 22min, em uma jogada dos outros atacantes da equipe. Dudu cruzou rasteiro da direita e Gabriel Jesus apareceu de carrinho para marcar o terceiro gol do time da casa e garantir o retorno do clube ao G-4 do Campeonato Brasileiro.
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Com 2 gols de Gabriel Jesus, Palmeiras vence e volta ao G-4 do BrasileiroPelo quinto jogo consecutivo, o Palmeiras conseguiu fazer um gol antes dos dez minutos de partida. A abertura precoce no placar, no entanto, não foi garantia de vida fácil à equipe da casa, que venceu o Joinville por 3 a 2, neste domingo (30), pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Destaque na classificação sobre o Cruzeiro na Copa do Brasil, Gabriel Jesus voltou a ser titular e justificou a confiança do técnico Marcelo Oliveira com dois gols, sendo o primeiro deles logo aos 50 segundos de jogo. No segundo tempo, o atacante de 18 anos marcou o terceiro da equipe e garantiu a vitória. O triunfo recoloca o Palmeiras no G-4 do Campeonato Brasileiro. Com 34 pontos, a equipe ultrapassa o São Paulo no saldo de gols e ocupa a quarta colocação. O Joinville permanece em 19º lugar, com 19 pontos. Na próxima rodada, o Palmeiras vai a Goiânia enfrentar o Goiás, na quarta-feira (2). No mesmo dia, o Joinville recebe o São Paulo em seu estádio. Veja vídeo O JOGO Gabriel Jesus foi escalado no ataque e deu indícios de que o Palmeiras teria uma vitória tranquila em seu estádio sobre o penúltimo colocado na tabela logo aos 50 segundos de jogo. O atacante recebeu lançamento de Victor Ramos e finalizou com categoria no canto esquerdo do goleiro Agenor. A teoria de uma vitória mais fácil ganhou ainda mais força aos 23min. A defesa do Joinville afastou cobrança de escanteio e Zé Roberto acertou um lindo chute de primeira de fora da área. O goleiro Agenor espalmou, mas não evitou o gol de Dudu no rebote. A partir dos 26min, porém, o Joinville chegou a um empate relâmpago com dois gols de Marcelinho Paraíba. Em lance de contra-ataque, o experiente meia de 40 anos recebeu na área e tocou na saída de Fernando Prass. Logo depois, o Joinville igualou em uma trapalhada da defesa palmeirense. João Pedro chutou em cima de Zé Roberto e a bola sobrou nos pés de Marcelinho Paraíba, que finalizou com força. No segundo tempo, Marcelo Oliveira colocou Alecsandro no lugar de Lucas Barrios, em uma alteração de centroavantes. O gol da vitória veio aos 22min, em uma jogada dos outros atacantes da equipe. Dudu cruzou rasteiro da direita e Gabriel Jesus apareceu de carrinho para marcar o terceiro gol do time da casa e garantir o retorno do clube ao G-4 do Campeonato Brasileiro.
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São Paulo tem 95% da frota de ônibus a diesel, apesar de lei exigir mudança
RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Toda cidade precisa escolher, de tempos em tempos, como montará sua frota de ônibus. Como num jogo de cartas "Super Trunfo", não há opção perfeita. Os veículos mais baratos e fáceis de operar poluem mais e fazem muito barulho, enquanto os coletivos mais eficientes e limpos custam caro. Para impedir que os empresários joguem sempre com as mesmas cartas, os governos criam normas para estimular (ou obrigar) mudanças na partida. São Paulo elaborou a sua em 2009: a lei 14.933 determina que até 2018 toda a frota de transporte público da cidade deverá operar apenas com combustíveis não fósseis. "Acho dificil", diz o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, sobre a chance de cumprir essa meta. "Hoje não tem produção em escala [de ônibus com combustíveis limpos], o custo é muito alto e quem paga é o poder público". A lei 14.933 não estabelece punições em caso de descumprimento da meta. A Secretaria de Transportes trabalha com o Ministério Público para criar uma cronograma de implantação de ônibus que poluem menos, mas ele ainda não está concluído. O encontro ocorreu após a Promotoria questionar o fato de a licitação que escolherá as empresas que farão a operação dos ônibus da capital não determinar o uso de veículos limpos. "Poderíamos colocar todos os ônibus para rodar com biodiesel, adaptando os motores, mas teria um custo de R$ 2 bilhões a mais por ano. Para isso, ou aumenta o subsídio ou a tarifa", diz Francisco Christovam, presidente do SPUrbanuss, sindicato das viações de São Paulo. Apesar de gerar poluição e barulho, o ônibus a diesel puro responde por 95% da frota paulistana. Testes com fontes mais limpas são feitos desde os anos 1990, com opções como gás natural, etanol e motores híbridos, embora nenhum deles tenha sido adotado em larga escala. O projeto municipal Ecofrota, iniciado em 2011 e que usa diesel misturado com até 10% de biodiesel, enfrentou problemas como desgaste dos motores dos ônibus e variação do preço do combustível, que sobe se há problemas na safra, por exemplo. Além da poluição, os veículos a diesel apresentam maior desgaste. Eles duram em torno de dez anos, contra até 30 anos de um elétrico. "Com a vibração do motor, as peças se soltam com mais facilidade", explica Olímpio Andrade, consultor em transportes. Apesar desses problemas, o diesel segue dominante por ser a tecnologia com a qual os operadores estão acostumados. "Os mecânicos tem experiência neles. E muitas viações também atuam na venda de ônibus", prossegue Olímpio. Para mudar esse jogo, os fabricantes de ônibus colocam novos naipes na mesa. A principal evolução é nas baterias, que ficaram menores e com maior capacidade. O modelo híbrido da Volvo usa o motor elétrico nas partidas e, ao atingir 20 km/h, o motor a diesel é ligado automaticamente. Ele é capaz de recarregar a própria bateria com o movimento das rodas. No entanto, custa 50% a mais do que um ônibus normal, por ter dois motores. Para Luis Carlos Pimenta, presidente de ônibus da Volvo para a América Latina, um dos entraves à mudança no país foram os protestos de junho de 2013. "As tarifas foram reduzidas artificialmente e as contas ficaram apertadas. Com isso, não há renovação de frota", afirma. Em estágio experimental, a EMTU testa veículos movidos a hidrogênio desde março nas ruas do ABC. Desenvolvido com tecnologia nacional, o projeto resultou em três ônibus, ao custo de US$ 1 milhão cada um (cerca de R$ 3,5 milhões), e em uma estação de produção de hidrogênio, que gera combustível necessário para abastecer quatro ônibus por dia. Há jogadas mais ousadas no exterior. Em 2011, a prefeitura de Londres determinou que até 2020 nenhum ônibus a diesel poderá entrar na área central. Com isso, a cidade já trocou parte de sua frota, inclusive dos famosos ônibus vermelhos de dois andares, e aposta em várias estratégias enquanto avalia qual é a melhor.
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São Paulo tem 95% da frota de ônibus a diesel, apesar de lei exigir mudançaRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Toda cidade precisa escolher, de tempos em tempos, como montará sua frota de ônibus. Como num jogo de cartas "Super Trunfo", não há opção perfeita. Os veículos mais baratos e fáceis de operar poluem mais e fazem muito barulho, enquanto os coletivos mais eficientes e limpos custam caro. Para impedir que os empresários joguem sempre com as mesmas cartas, os governos criam normas para estimular (ou obrigar) mudanças na partida. São Paulo elaborou a sua em 2009: a lei 14.933 determina que até 2018 toda a frota de transporte público da cidade deverá operar apenas com combustíveis não fósseis. "Acho dificil", diz o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, sobre a chance de cumprir essa meta. "Hoje não tem produção em escala [de ônibus com combustíveis limpos], o custo é muito alto e quem paga é o poder público". A lei 14.933 não estabelece punições em caso de descumprimento da meta. A Secretaria de Transportes trabalha com o Ministério Público para criar uma cronograma de implantação de ônibus que poluem menos, mas ele ainda não está concluído. O encontro ocorreu após a Promotoria questionar o fato de a licitação que escolherá as empresas que farão a operação dos ônibus da capital não determinar o uso de veículos limpos. "Poderíamos colocar todos os ônibus para rodar com biodiesel, adaptando os motores, mas teria um custo de R$ 2 bilhões a mais por ano. Para isso, ou aumenta o subsídio ou a tarifa", diz Francisco Christovam, presidente do SPUrbanuss, sindicato das viações de São Paulo. Apesar de gerar poluição e barulho, o ônibus a diesel puro responde por 95% da frota paulistana. Testes com fontes mais limpas são feitos desde os anos 1990, com opções como gás natural, etanol e motores híbridos, embora nenhum deles tenha sido adotado em larga escala. O projeto municipal Ecofrota, iniciado em 2011 e que usa diesel misturado com até 10% de biodiesel, enfrentou problemas como desgaste dos motores dos ônibus e variação do preço do combustível, que sobe se há problemas na safra, por exemplo. Além da poluição, os veículos a diesel apresentam maior desgaste. Eles duram em torno de dez anos, contra até 30 anos de um elétrico. "Com a vibração do motor, as peças se soltam com mais facilidade", explica Olímpio Andrade, consultor em transportes. Apesar desses problemas, o diesel segue dominante por ser a tecnologia com a qual os operadores estão acostumados. "Os mecânicos tem experiência neles. E muitas viações também atuam na venda de ônibus", prossegue Olímpio. Para mudar esse jogo, os fabricantes de ônibus colocam novos naipes na mesa. A principal evolução é nas baterias, que ficaram menores e com maior capacidade. O modelo híbrido da Volvo usa o motor elétrico nas partidas e, ao atingir 20 km/h, o motor a diesel é ligado automaticamente. Ele é capaz de recarregar a própria bateria com o movimento das rodas. No entanto, custa 50% a mais do que um ônibus normal, por ter dois motores. Para Luis Carlos Pimenta, presidente de ônibus da Volvo para a América Latina, um dos entraves à mudança no país foram os protestos de junho de 2013. "As tarifas foram reduzidas artificialmente e as contas ficaram apertadas. Com isso, não há renovação de frota", afirma. Em estágio experimental, a EMTU testa veículos movidos a hidrogênio desde março nas ruas do ABC. Desenvolvido com tecnologia nacional, o projeto resultou em três ônibus, ao custo de US$ 1 milhão cada um (cerca de R$ 3,5 milhões), e em uma estação de produção de hidrogênio, que gera combustível necessário para abastecer quatro ônibus por dia. Há jogadas mais ousadas no exterior. Em 2011, a prefeitura de Londres determinou que até 2020 nenhum ônibus a diesel poderá entrar na área central. Com isso, a cidade já trocou parte de sua frota, inclusive dos famosos ônibus vermelhos de dois andares, e aposta em várias estratégias enquanto avalia qual é a melhor.
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Retrocesso econômico provocado por políticas de Dilma Rousseff é um crime
Vamos tirar as luvas que encobrem as palavras duras e dizer, com toda a clareza, que o retrocesso econômico-social provocado pelas políticas de Dilma Rousseff é o equivalente a um crime. Um crime de lesa pátria. Não há outra palavra adequada para qualificar a redução de quase 10% na renda de cada brasileiro. Dilma Rousseff foi punida pelo crime. Que ninguém se iluda: ela não foi afastada pelas pedaladas fiscais. Foi vítima de um teorema clássico na política: um governo fracassa, o público se irrita, os políticos oportunistas abandonam o governante e se cria um pretexto para o impeachment, afinal consumado. O problema é que, punida Dilma, ficou de pé todo o "sistema" que a sustentava, para chamá-lo de alguma maneira. Cito meu guru na análise econômica, Vinicius Torres Freire, na coluna desta quarta-feira (8) : O que trouxe o país a "esse abismo sórdido" foi "a 'pax luliana', o acordão entre petismo e agregados esquerdistas com os donos da grande empresa e do dinheiro grosso em geral". O que se tem agora é a "pax temeriana". Saem o PT e os agregados esquerdistas, mas fica o PMDB, partido corresponsável de resto pelo crime de lesa pátria que é essa brutal recessão. No lugar do PT, entra o PSDB, partidos que a Lava Jato tornou mais indistinguíveis do que já eram antes dela. Basta lembrar um detalhe: Henrique de Campos de Meirelles foi eleito, em 2002, pelo PSDB, mas se tornou, em 2003, o ministro da Fazenda de fato do governo petista, na condição de presidente do Banco Central. Volta, no novo acordão, como ministro "de jure" e de fato do governo Temer. Claro que continuam no novo "sistema" os donos da grande empresa e do dinheiro grosso. Estão sempre com o governo, seja qual for o governo, e representam o que os argentinos gostam de chamar de "poderes fácticos". Os que na verdade mandam. É possível que o novo acordão ressuscite um país que respira por aparelhos? Que retire o país da UTI é perfeitamente possível e até esperável. De um lado porque nenhuma das invenções modernas ou antigas foi capaz de pôr um fim aos ciclos econômicos. Do outro porque os novos gestores parecem determinados a não cometer mais os desatinos que arruinaram o país. Mas, entre sair da UTI e se tornar hígido, há um espaço fundamental, que por enquanto não está nem remotamente no horizonte. A crise não fez o país perder apenas renda, o que já é uma enormidade. Perdeu ambição. Como aponta essa excelente repórter que é Érica Fraga, "as estimativas do chamado PIB potencial brasileiro —capacidade de crescer sem gerar pressões inflacionárias— variam, atualmente, de 1,5% a 3,5%". É muito pouco por si só, mas se torna um crescimento anêmico quando se pensa que, não faz tanto tempo assim, havia estimativas de que o país precisaria crescer 7% ao ano (na média, claro) para se tornar de fato desenvolvido. Com essas perspectivas, calcula a Folha, apenas em 2023 o país retornará ao mesmo nível de renda média de 2013, "numa década inteira de estagnação". É ou não um crime?
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Retrocesso econômico provocado por políticas de Dilma Rousseff é um crimeVamos tirar as luvas que encobrem as palavras duras e dizer, com toda a clareza, que o retrocesso econômico-social provocado pelas políticas de Dilma Rousseff é o equivalente a um crime. Um crime de lesa pátria. Não há outra palavra adequada para qualificar a redução de quase 10% na renda de cada brasileiro. Dilma Rousseff foi punida pelo crime. Que ninguém se iluda: ela não foi afastada pelas pedaladas fiscais. Foi vítima de um teorema clássico na política: um governo fracassa, o público se irrita, os políticos oportunistas abandonam o governante e se cria um pretexto para o impeachment, afinal consumado. O problema é que, punida Dilma, ficou de pé todo o "sistema" que a sustentava, para chamá-lo de alguma maneira. Cito meu guru na análise econômica, Vinicius Torres Freire, na coluna desta quarta-feira (8) : O que trouxe o país a "esse abismo sórdido" foi "a 'pax luliana', o acordão entre petismo e agregados esquerdistas com os donos da grande empresa e do dinheiro grosso em geral". O que se tem agora é a "pax temeriana". Saem o PT e os agregados esquerdistas, mas fica o PMDB, partido corresponsável de resto pelo crime de lesa pátria que é essa brutal recessão. No lugar do PT, entra o PSDB, partidos que a Lava Jato tornou mais indistinguíveis do que já eram antes dela. Basta lembrar um detalhe: Henrique de Campos de Meirelles foi eleito, em 2002, pelo PSDB, mas se tornou, em 2003, o ministro da Fazenda de fato do governo petista, na condição de presidente do Banco Central. Volta, no novo acordão, como ministro "de jure" e de fato do governo Temer. Claro que continuam no novo "sistema" os donos da grande empresa e do dinheiro grosso. Estão sempre com o governo, seja qual for o governo, e representam o que os argentinos gostam de chamar de "poderes fácticos". Os que na verdade mandam. É possível que o novo acordão ressuscite um país que respira por aparelhos? Que retire o país da UTI é perfeitamente possível e até esperável. De um lado porque nenhuma das invenções modernas ou antigas foi capaz de pôr um fim aos ciclos econômicos. Do outro porque os novos gestores parecem determinados a não cometer mais os desatinos que arruinaram o país. Mas, entre sair da UTI e se tornar hígido, há um espaço fundamental, que por enquanto não está nem remotamente no horizonte. A crise não fez o país perder apenas renda, o que já é uma enormidade. Perdeu ambição. Como aponta essa excelente repórter que é Érica Fraga, "as estimativas do chamado PIB potencial brasileiro —capacidade de crescer sem gerar pressões inflacionárias— variam, atualmente, de 1,5% a 3,5%". É muito pouco por si só, mas se torna um crescimento anêmico quando se pensa que, não faz tanto tempo assim, havia estimativas de que o país precisaria crescer 7% ao ano (na média, claro) para se tornar de fato desenvolvido. Com essas perspectivas, calcula a Folha, apenas em 2023 o país retornará ao mesmo nível de renda média de 2013, "numa década inteira de estagnação". É ou não um crime?
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Ignácio de Loyola Brandão escreve novo romance após prêmio da ABL
O romancista Ignácio de Loyola Brandão, 79, foi anunciado nesta quinta-feira (7) como o vencedor do prêmio Machado de Assis, outorgado pela Academia Brasileira de Letras a um escritor pelo conjunto da obra desde 1941. O autor de "Não Verás País Nenhum" receberá diploma e gratificação de R$ 300 mil no Salão Nobre do Petit Trianon, em 20 de julho, quando a ABL celebra 119 anos de fundação. Loyola Brandão disse à Folha que o reconhecimento destravou o processo de escrita de seu próximo romance, "Desta Terra Nada Vai Sobrar a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela", "que é um pouco como vai ser este país", acrescentou. "Só não gosta de prêmio quem não recebe", disse o escritor. "A Lygia Fagundes Telles sempre diz: 'O que quero são as glórias quentes'. Não é aquela glória que vem depois que você morreu e está embaixo do mármore frio. É aqui, com o coração pulsando. Receber um prêmio desses em vida é você sentir a emoção, o carinho." O troféu marca a reformulação das gratificações da Academia, que até 2015 concedia prêmios nas áreas de poesia, ficção, ensaio, literatura infantojuvenil, tradução, cinema e história e ciências sociais.
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Ignácio de Loyola Brandão escreve novo romance após prêmio da ABLO romancista Ignácio de Loyola Brandão, 79, foi anunciado nesta quinta-feira (7) como o vencedor do prêmio Machado de Assis, outorgado pela Academia Brasileira de Letras a um escritor pelo conjunto da obra desde 1941. O autor de "Não Verás País Nenhum" receberá diploma e gratificação de R$ 300 mil no Salão Nobre do Petit Trianon, em 20 de julho, quando a ABL celebra 119 anos de fundação. Loyola Brandão disse à Folha que o reconhecimento destravou o processo de escrita de seu próximo romance, "Desta Terra Nada Vai Sobrar a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela", "que é um pouco como vai ser este país", acrescentou. "Só não gosta de prêmio quem não recebe", disse o escritor. "A Lygia Fagundes Telles sempre diz: 'O que quero são as glórias quentes'. Não é aquela glória que vem depois que você morreu e está embaixo do mármore frio. É aqui, com o coração pulsando. Receber um prêmio desses em vida é você sentir a emoção, o carinho." O troféu marca a reformulação das gratificações da Academia, que até 2015 concedia prêmios nas áreas de poesia, ficção, ensaio, literatura infantojuvenil, tradução, cinema e história e ciências sociais.
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Com Corinthians, Liga das Américas promete investir mais que Globo
O projeto de uma Liga dos Campeões das Américas começa a ganhar força nos bastidores. Uma empresa de marketing esportivo tem visitado clubes por todo o continente para pedir apoio à nova competição. E tem conseguido. Boca Juniors, River Plate, Corinthians e Flamengo já declararam o interesse em participar. A proposta é ousada e chama a atenção, principalmente, pelo dinheiro envolvido. Um torneio com 64 clubes, no mesmo formato que o principal campeonato da Europa, com patrocinadores já prospectados e apalavrados com a ideia. O investimento seria maior do que o que a Globo faz atualmente no Campeonato Brasileiro: mais de R$ 1,7 bilhão, dinheiro que seria dividido entre prêmios e direitos de transmissão para os participantes. Para atrair o apoio de dirigentes, a Liga promete um mínimo de 5 milhões de dólares por temporada, ou seja, quase o valor de um patrocínio máster para cada time, cerca de R$ 20 milhões, o que atende justamente uma reclamação constante das diretorias em relação à Copa Libertadores. Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, chegou a dizer mais de uma vez que o clube acabava pagando para disputar o torneio, que tem prêmios ruins e altas taxas, como o repasse de 10% de bilheteria para a Conmebol, por jogo. Segundo levantamento da empresa que faz a proposta, a MP & Silva, comandada pelo italiano Riccardo Silva, a Libertadores distribui aproximadamente 70 milhões de dólares aos participantes, cerca de R$ 280 milhões. Ao campeão, paga atualmente cerca de 5,9 milhões de dólares, ou R$ 24 milhões, considerando o câmbio de agora. Na nova competição, o ganhador do título levaria 30 milhões de dólares, R$ 120 milhões. Em contato com a reportagem, a MP & Silva explicou que abrirá um escritório no Brasil em no máximo dois meses e já conta com 22 sedes espalhadas pelo mundo. Para a empresa, o presidente corintiano Roberto de Andrade enviou uma declaração, dizendo: "O Corinthians tem um grande interesse em participar da Liga dos Campeões das Américas se ela acontecer. Eu acredito que é uma grande iniciativa para os clubes e para os torcedores e que pode ser uma forma de criar uma sustentabilidade econômica, podendo ajudar no crescimento dos times e da modalidade". Os cinco principais clubes argentinos também formalizaram o interesse no projeto, que conta até mesmo com o apoio da Federação Argentina. Apesar de aparecer como uma concorrente à Libertadores, a empresa garante que não tem intenção de mexer nos campeonatos que acontecem atualmente e promete formalizar uma proposta para adequar a sua competição aos calendários locais.
esporte
Com Corinthians, Liga das Américas promete investir mais que GloboO projeto de uma Liga dos Campeões das Américas começa a ganhar força nos bastidores. Uma empresa de marketing esportivo tem visitado clubes por todo o continente para pedir apoio à nova competição. E tem conseguido. Boca Juniors, River Plate, Corinthians e Flamengo já declararam o interesse em participar. A proposta é ousada e chama a atenção, principalmente, pelo dinheiro envolvido. Um torneio com 64 clubes, no mesmo formato que o principal campeonato da Europa, com patrocinadores já prospectados e apalavrados com a ideia. O investimento seria maior do que o que a Globo faz atualmente no Campeonato Brasileiro: mais de R$ 1,7 bilhão, dinheiro que seria dividido entre prêmios e direitos de transmissão para os participantes. Para atrair o apoio de dirigentes, a Liga promete um mínimo de 5 milhões de dólares por temporada, ou seja, quase o valor de um patrocínio máster para cada time, cerca de R$ 20 milhões, o que atende justamente uma reclamação constante das diretorias em relação à Copa Libertadores. Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, chegou a dizer mais de uma vez que o clube acabava pagando para disputar o torneio, que tem prêmios ruins e altas taxas, como o repasse de 10% de bilheteria para a Conmebol, por jogo. Segundo levantamento da empresa que faz a proposta, a MP & Silva, comandada pelo italiano Riccardo Silva, a Libertadores distribui aproximadamente 70 milhões de dólares aos participantes, cerca de R$ 280 milhões. Ao campeão, paga atualmente cerca de 5,9 milhões de dólares, ou R$ 24 milhões, considerando o câmbio de agora. Na nova competição, o ganhador do título levaria 30 milhões de dólares, R$ 120 milhões. Em contato com a reportagem, a MP & Silva explicou que abrirá um escritório no Brasil em no máximo dois meses e já conta com 22 sedes espalhadas pelo mundo. Para a empresa, o presidente corintiano Roberto de Andrade enviou uma declaração, dizendo: "O Corinthians tem um grande interesse em participar da Liga dos Campeões das Américas se ela acontecer. Eu acredito que é uma grande iniciativa para os clubes e para os torcedores e que pode ser uma forma de criar uma sustentabilidade econômica, podendo ajudar no crescimento dos times e da modalidade". Os cinco principais clubes argentinos também formalizaram o interesse no projeto, que conta até mesmo com o apoio da Federação Argentina. Apesar de aparecer como uma concorrente à Libertadores, a empresa garante que não tem intenção de mexer nos campeonatos que acontecem atualmente e promete formalizar uma proposta para adequar a sua competição aos calendários locais.
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Receita identifica 9,3 mil fraudes no IR com falsas domésticas
A Receita Federal identificou 9.319 pessoas físicas que fraudaram a declaração de Imposto de Renda com informações sobre falsas despesas com empregadas domésticas desde 2013. Esse tipo de irregularidade já havia sido encontrado no ano passado em Minas Gerais, e a Receita estendeu as investigações para todo o país. Pela legislação, é possível deduzir parte da contribuição previdenciária a domésticas do IR. Nesses casos, no entanto, descobriu-se que as pessoas não tinham esse tipo de empregado. Com as fraudes já identificadas, a expectativa é arrecadar R$ 12 milhões em multas. O subsecretário de fiscalização da Receita Federal, Iágaro Jung Martins, afirmou que a Receita irá fiscalizar 285,3 mil pessoas físicas neste ano por conta de irregularidades na declaração de IR. Até o momento, já foram encontradas 44,4 mil fraudes, que somam R$ 315 milhões. O caso das domésticas representa 21% do total de contribuintes. A expectativa da Receita é arrecadar R$ 6 bilhões com esses procedimentos neste ano, mais que os R$ 4,8 bilhões de 2015, mas ainda abaixo do recorde de R$ 6,7 bilhões de 2014. PESSOAL CRIATIVO A Receita cita ainda a descoberta de fraudes com falsas pensões alimentícias e despesas médicas, falta de recolhimento mensal no carnê-leão (para profissionais liberais) e uso irregular da isenção na venda de imóveis como principais irregularidades. "O pessoal é bastante criativo em tentar inventar novas formas de tentar fraudar a Receita. A gente acha curioso que as pessoas façam isso diante da facilidade que temos de cruzar informações", afirmou o subsecretário de fiscalização da Receita. "São pessoas que vão responder por crime, vão ter uma notação na sua folha corrida, por algo que é muito fácil de ser identificado." Apenas uma minoria (0,1%) das declarações têm algum problema. No ano passado, 78% dos contribuintes avisados pela Receita sobre informações incorretas fizeram a correção da declaração sem serem multados. Essas pessoas respondem por 14% do imposto recuperado no ano pela malha fina. A autorregularização é para quem comete equívocos no preenchimento da declaração, segundo o Fisco. "A Receita não quer fiscalizar quem comete equívocos. Não temos interesse em fiscalizar assalariado. O interesse é concentrar esforço em grandes esquemas", afirmou. Iágaro disse que muitas pessoas vão para as ruas protestar contra a corrupção, mas praticam a sonegação sem nenhum constrangimento. "Sonegação e corrupção são os dois lados da mesma moeda. Corrupção é o dinheiro que entrou nos cofres públicos e foi desviado de forma ilícita. E sonegação é o dinheiro que, também de forma ilícita, não entra nos cofres públicos."
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Receita identifica 9,3 mil fraudes no IR com falsas domésticasA Receita Federal identificou 9.319 pessoas físicas que fraudaram a declaração de Imposto de Renda com informações sobre falsas despesas com empregadas domésticas desde 2013. Esse tipo de irregularidade já havia sido encontrado no ano passado em Minas Gerais, e a Receita estendeu as investigações para todo o país. Pela legislação, é possível deduzir parte da contribuição previdenciária a domésticas do IR. Nesses casos, no entanto, descobriu-se que as pessoas não tinham esse tipo de empregado. Com as fraudes já identificadas, a expectativa é arrecadar R$ 12 milhões em multas. O subsecretário de fiscalização da Receita Federal, Iágaro Jung Martins, afirmou que a Receita irá fiscalizar 285,3 mil pessoas físicas neste ano por conta de irregularidades na declaração de IR. Até o momento, já foram encontradas 44,4 mil fraudes, que somam R$ 315 milhões. O caso das domésticas representa 21% do total de contribuintes. A expectativa da Receita é arrecadar R$ 6 bilhões com esses procedimentos neste ano, mais que os R$ 4,8 bilhões de 2015, mas ainda abaixo do recorde de R$ 6,7 bilhões de 2014. PESSOAL CRIATIVO A Receita cita ainda a descoberta de fraudes com falsas pensões alimentícias e despesas médicas, falta de recolhimento mensal no carnê-leão (para profissionais liberais) e uso irregular da isenção na venda de imóveis como principais irregularidades. "O pessoal é bastante criativo em tentar inventar novas formas de tentar fraudar a Receita. A gente acha curioso que as pessoas façam isso diante da facilidade que temos de cruzar informações", afirmou o subsecretário de fiscalização da Receita. "São pessoas que vão responder por crime, vão ter uma notação na sua folha corrida, por algo que é muito fácil de ser identificado." Apenas uma minoria (0,1%) das declarações têm algum problema. No ano passado, 78% dos contribuintes avisados pela Receita sobre informações incorretas fizeram a correção da declaração sem serem multados. Essas pessoas respondem por 14% do imposto recuperado no ano pela malha fina. A autorregularização é para quem comete equívocos no preenchimento da declaração, segundo o Fisco. "A Receita não quer fiscalizar quem comete equívocos. Não temos interesse em fiscalizar assalariado. O interesse é concentrar esforço em grandes esquemas", afirmou. Iágaro disse que muitas pessoas vão para as ruas protestar contra a corrupção, mas praticam a sonegação sem nenhum constrangimento. "Sonegação e corrupção são os dois lados da mesma moeda. Corrupção é o dinheiro que entrou nos cofres públicos e foi desviado de forma ilícita. E sonegação é o dinheiro que, também de forma ilícita, não entra nos cofres públicos."
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Hoje na TV: Fluminense x Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro
9h - Wimbledon Tênis, ESPN, ESPN + e SporTV 2 10h40 - B. Dortmund x S. Tigers Amistoso, Fox Sports 12h - Argentina x Senegal Mundial de fut. de areia, SporTV 3 16h - Grêmio x Flamengo Brasileiro sub-20, ESPN Brasil 16h30 - Atlético-MG x Guarani Taça BH sub-17, SporTV 2 18h30 - Bahia x Vasco Taça BH sub-17, SporTV 19h - AABB x São Paulo Liga Paulista de futsal, SporTV 2 21h - Fluminense x Cruzeiro Campeonato Brasileiro, SporTV 22h20 - México x Cuba Copa Ouro, SporTV 2
esporte
Hoje na TV: Fluminense x Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro9h - Wimbledon Tênis, ESPN, ESPN + e SporTV 2 10h40 - B. Dortmund x S. Tigers Amistoso, Fox Sports 12h - Argentina x Senegal Mundial de fut. de areia, SporTV 3 16h - Grêmio x Flamengo Brasileiro sub-20, ESPN Brasil 16h30 - Atlético-MG x Guarani Taça BH sub-17, SporTV 2 18h30 - Bahia x Vasco Taça BH sub-17, SporTV 19h - AABB x São Paulo Liga Paulista de futsal, SporTV 2 21h - Fluminense x Cruzeiro Campeonato Brasileiro, SporTV 22h20 - México x Cuba Copa Ouro, SporTV 2
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Pescadores são 'convocados' a capturar 80 mil trutas fugidas na Dinamarca
Um acidente causou a liberação de até 80 mil trutas-arco-íris criadas em cativeiro no mar na Dinamarca, levando ambientalistas a "convocar" pescadores para tentar capturar os peixes, que podem ameaçar espécies locais. O acidente aconteceu quando um cargueiro atingiu uma fazenda de piscicultura nos fiordes de Horsens, na península de Jutland. Ambientalistas temem que os peixes, cada um pesando cerca de três quilos, atrapalhem a reprodução das espécies locais de trutas. Soren Knabe, presidente do grupo ambientalista Vandpleje Fyn e membro da Associação de Pesca da Dinamarca, pediu que "qualquer um com equipamento de pesca vá pescar". Em entrevista ao jornal local Copenhagen Post, Knabe explicou que agora é o pior momento possível para uma "invasão" de trutas-arco-íris em águas dinamarquesas. "As trutas marinhas estão indo para a corrente da (ilha de) Funen para desovar e ovos de truta marinha são a comida predileta da truta-arco-íris", contou o ambientalista, em referência à ilha ao sul da fazenda onde ocorreu o acidente. IMPACTOS AMBIENTAIS O cargueiro estava a caminho do porto de Kolding na terça-feira quando acertou a fazenda de piscicultura. Jon Svendsen, pesquisador do Instituto Nacional de Recursos Aquáticos da Dinamarca, afirmou que as trutas-arco-íris que escaparam com o acidente podem ameaçar a reprodução da truta marinha ao devorar os ovos dela enquanto elas mesmas tentam desovar. Para Svendsen, o acidente terá impacto ambiental imediato e o momento em que tudo aconteceu foi "muito infeliz". O pesquisador aprovou a convocação de pescadores para tentar capturar os peixes. Mas acrescentou que a ameaça não é duradoura, já que a truta-arco-íris não deve se estabelecer como população natural permanente na Dinamarca. Ele alerta, no entanto, que existem ameaças maiores para o ambiente local: a extração de areia para construção, espécies invasoras, mudanças climáticas e as próprias fazendas de piscicultura que criam estas trutas. "Fazendas de piscicultura são ameaças bem maiores para o ambiente marinho local, principalmente pela liberação de nutrientes no ambiente, que podem estar associados com a proliferação de algas e a subsequente hipóxia (queda nos níveis de oxigênio na água)", afirmou Svendsen à BBC.
ambiente
Pescadores são 'convocados' a capturar 80 mil trutas fugidas na DinamarcaUm acidente causou a liberação de até 80 mil trutas-arco-íris criadas em cativeiro no mar na Dinamarca, levando ambientalistas a "convocar" pescadores para tentar capturar os peixes, que podem ameaçar espécies locais. O acidente aconteceu quando um cargueiro atingiu uma fazenda de piscicultura nos fiordes de Horsens, na península de Jutland. Ambientalistas temem que os peixes, cada um pesando cerca de três quilos, atrapalhem a reprodução das espécies locais de trutas. Soren Knabe, presidente do grupo ambientalista Vandpleje Fyn e membro da Associação de Pesca da Dinamarca, pediu que "qualquer um com equipamento de pesca vá pescar". Em entrevista ao jornal local Copenhagen Post, Knabe explicou que agora é o pior momento possível para uma "invasão" de trutas-arco-íris em águas dinamarquesas. "As trutas marinhas estão indo para a corrente da (ilha de) Funen para desovar e ovos de truta marinha são a comida predileta da truta-arco-íris", contou o ambientalista, em referência à ilha ao sul da fazenda onde ocorreu o acidente. IMPACTOS AMBIENTAIS O cargueiro estava a caminho do porto de Kolding na terça-feira quando acertou a fazenda de piscicultura. Jon Svendsen, pesquisador do Instituto Nacional de Recursos Aquáticos da Dinamarca, afirmou que as trutas-arco-íris que escaparam com o acidente podem ameaçar a reprodução da truta marinha ao devorar os ovos dela enquanto elas mesmas tentam desovar. Para Svendsen, o acidente terá impacto ambiental imediato e o momento em que tudo aconteceu foi "muito infeliz". O pesquisador aprovou a convocação de pescadores para tentar capturar os peixes. Mas acrescentou que a ameaça não é duradoura, já que a truta-arco-íris não deve se estabelecer como população natural permanente na Dinamarca. Ele alerta, no entanto, que existem ameaças maiores para o ambiente local: a extração de areia para construção, espécies invasoras, mudanças climáticas e as próprias fazendas de piscicultura que criam estas trutas. "Fazendas de piscicultura são ameaças bem maiores para o ambiente marinho local, principalmente pela liberação de nutrientes no ambiente, que podem estar associados com a proliferação de algas e a subsequente hipóxia (queda nos níveis de oxigênio na água)", afirmou Svendsen à BBC.
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Hamas divulga imagens de israelense Shalit fazendo churrasco no cativeiro
O grupo islâmico palestino Hamas divulgou neste domingo (3) novas imagens do soldado israelense Gilad Schalit, que passou mais de cinco anos sob poder de militantes do grupo até ser libertado, em 2011. Nas imagens, Shalit aparece sorrindo, lendo cartas, jantando e até mesmo ajudando seus sequestradores a fazer um churrasco. A divulgação do vídeo no canal de TV do Hamas, que controla o território palestino da faixa de Gaza, foi analisada pela imprensa israelense como ferramenta de propaganda do grupo para mostrar o suposto tratamento humano que dão aos prisioneiros israelenses. "[Eles] tratam os prisioneiros inimigos honradamente, em linha com as regras do Islã, e providenciam suas necessidades, levando em conta o tratamento dado aos prisioneiros da resistência nas mãos do inimigo", diz o vídeo. As imagens de Shalit aparecem em uma montagem que visa a homenagear os militantes que o mantiveram em cativeiro até sua libertação, parte de um acordo com o governo de Israel, que se comprometeu a libertar mais de mil palestinos. O vídeo seria uma continuação de outro clipe divulgado na semana passada pelo Hamas que mostra detalhes de sua abdução. Shalit foi capturado em 25 de junho de 2006, quando tinha 19 anos. Ele servia em um posto do Exército israelense na fronteira com Gaza. O grupo divulgou ainda, pela primeira vez, o nome dos cinco militantes que mantiveram Shalit no cativeiro —Sami al-Hamaydi, Abdullah Ali Labad, Khaled Abu Bakra, Muhammad Rashid Daoud e Abdel Rahman al-Mubasher. Segundo o braço armado do Hamas, todos já morreram. No vídeo, eles são descritos como mártires.
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Hamas divulga imagens de israelense Shalit fazendo churrasco no cativeiroO grupo islâmico palestino Hamas divulgou neste domingo (3) novas imagens do soldado israelense Gilad Schalit, que passou mais de cinco anos sob poder de militantes do grupo até ser libertado, em 2011. Nas imagens, Shalit aparece sorrindo, lendo cartas, jantando e até mesmo ajudando seus sequestradores a fazer um churrasco. A divulgação do vídeo no canal de TV do Hamas, que controla o território palestino da faixa de Gaza, foi analisada pela imprensa israelense como ferramenta de propaganda do grupo para mostrar o suposto tratamento humano que dão aos prisioneiros israelenses. "[Eles] tratam os prisioneiros inimigos honradamente, em linha com as regras do Islã, e providenciam suas necessidades, levando em conta o tratamento dado aos prisioneiros da resistência nas mãos do inimigo", diz o vídeo. As imagens de Shalit aparecem em uma montagem que visa a homenagear os militantes que o mantiveram em cativeiro até sua libertação, parte de um acordo com o governo de Israel, que se comprometeu a libertar mais de mil palestinos. O vídeo seria uma continuação de outro clipe divulgado na semana passada pelo Hamas que mostra detalhes de sua abdução. Shalit foi capturado em 25 de junho de 2006, quando tinha 19 anos. Ele servia em um posto do Exército israelense na fronteira com Gaza. O grupo divulgou ainda, pela primeira vez, o nome dos cinco militantes que mantiveram Shalit no cativeiro —Sami al-Hamaydi, Abdullah Ali Labad, Khaled Abu Bakra, Muhammad Rashid Daoud e Abdel Rahman al-Mubasher. Segundo o braço armado do Hamas, todos já morreram. No vídeo, eles são descritos como mártires.
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Honoré de Balzac revela influxos de Shakespeare em 'O Pai Goriot'
Quando Honoré de Balzac (1799-1850) lançou "O Pai Goriot", em 1835, ficou evidente na trama a influência de "Rei Lear", de William Shakespeare. É um do textos mais conhecidos da "Comédia Humana", obra com mais de 90 romances e novelas, que marcou a importância do escritor francês na literatura mundial. O romance, que faz parte dos "Estudos dos Costumes - Cenas da Vida Privada", é o 21º volume da Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura e vai para as bancas no próximo domingo, dia 21. Vários personagens são importantes e cativantes, como as duas filhas ingratas que arrancam todo dinheiro do pai para depois abandoná-lo –eis aí a apropriação de "Rei Lear"–, ou um jovem ambicioso que se desencanta com a alta sociedade e um criminoso foragido e astuto. Autor de muitos e muitos livros, Balzac sempre escreveu com observações dos aspectos psicológicos dos seus personagens. Um dos seus romances mais famosos talvez seja "A Mulher de 30 Anos" –que popularizou o adjetivo "balzaquiana" para classificar um mulher com mais de 30 anos–, mas "O Pai Goriot" também é fundamental para se compreender o papel que Balzac ocupa na literatura. No texto de apresentação, o escritor e tradutor Bernardo Ajzenberg diz que, "com seu virtuosismo descritivo e narrativo, Balzac traça o retrato da capital francesa no início do século 19, seus ambientes, ruas e habitantes, de uma hospedaria simplória à grande mansão aristocrática, do foragido cheio de ardis ao escritor brioso, passando por mesquinhos políticos, condes e condessas, e conta uma história de incrível atualidade".
ilustrada
Honoré de Balzac revela influxos de Shakespeare em 'O Pai Goriot'Quando Honoré de Balzac (1799-1850) lançou "O Pai Goriot", em 1835, ficou evidente na trama a influência de "Rei Lear", de William Shakespeare. É um do textos mais conhecidos da "Comédia Humana", obra com mais de 90 romances e novelas, que marcou a importância do escritor francês na literatura mundial. O romance, que faz parte dos "Estudos dos Costumes - Cenas da Vida Privada", é o 21º volume da Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura e vai para as bancas no próximo domingo, dia 21. Vários personagens são importantes e cativantes, como as duas filhas ingratas que arrancam todo dinheiro do pai para depois abandoná-lo –eis aí a apropriação de "Rei Lear"–, ou um jovem ambicioso que se desencanta com a alta sociedade e um criminoso foragido e astuto. Autor de muitos e muitos livros, Balzac sempre escreveu com observações dos aspectos psicológicos dos seus personagens. Um dos seus romances mais famosos talvez seja "A Mulher de 30 Anos" –que popularizou o adjetivo "balzaquiana" para classificar um mulher com mais de 30 anos–, mas "O Pai Goriot" também é fundamental para se compreender o papel que Balzac ocupa na literatura. No texto de apresentação, o escritor e tradutor Bernardo Ajzenberg diz que, "com seu virtuosismo descritivo e narrativo, Balzac traça o retrato da capital francesa no início do século 19, seus ambientes, ruas e habitantes, de uma hospedaria simplória à grande mansão aristocrática, do foragido cheio de ardis ao escritor brioso, passando por mesquinhos políticos, condes e condessas, e conta uma história de incrível atualidade".
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Hamilton tem chance de igualar na Áustria recorde que dura 45 anos
Lewis Hamilton tem a chance de acrescentar mais um recorde para seu currículo neste domingo, no GP da Áustria, oitava etapa do Mundial de Fórmula 1. Primeiro colocado na classificação do campeonato e vencedor de quatro provas na temporada, caso lidere a corrida no Red Bull Ring o inglês irá igualar uma marca estabelecida por Jackie Stewart há 45 anos. O escocês liderou 17 corridas seguidas entre os GPs dos EUA de 1968 até o GP da Bélgica de 1970. Com a vitória no Canadá, há duas semanas, Hamilton chegou à marca de 16 etapas na primeira posição por pelo menos uma volta. Sua sequência vem desde o GP da Hungria do ano passado, quando largou em 22o lugar por conta de um problema no motor de seu Mercedes, liderou a corrida e chegou na terceira colocação. Pelo que mostrou até aqui nos primeiros treinos para o GP da Áustria, é grande a possibilidade de liderar ao menos uma volta na corrida de domingo, cuja largada está prevista para as 9h (de Brasília). "Não gosto muito de dizer que estou atravessando um bom momento porque venho de uma vitória na última corrida porque há duas semanas entre uma etapa e outra. Não estamos no carro todos os dias então essa sensação meio que morre", afirmou Hamilton em Spielberg. "Claro que vamos para a corrida sabendo que vencemos a última, mas isso não chega a me afetar", completou o bicampeão mundial, segundo colocado no GP da Áustria do ano passado _Nico Rosberg, seu parceiro de Mercedes, venceu a corrida.
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Hamilton tem chance de igualar na Áustria recorde que dura 45 anosLewis Hamilton tem a chance de acrescentar mais um recorde para seu currículo neste domingo, no GP da Áustria, oitava etapa do Mundial de Fórmula 1. Primeiro colocado na classificação do campeonato e vencedor de quatro provas na temporada, caso lidere a corrida no Red Bull Ring o inglês irá igualar uma marca estabelecida por Jackie Stewart há 45 anos. O escocês liderou 17 corridas seguidas entre os GPs dos EUA de 1968 até o GP da Bélgica de 1970. Com a vitória no Canadá, há duas semanas, Hamilton chegou à marca de 16 etapas na primeira posição por pelo menos uma volta. Sua sequência vem desde o GP da Hungria do ano passado, quando largou em 22o lugar por conta de um problema no motor de seu Mercedes, liderou a corrida e chegou na terceira colocação. Pelo que mostrou até aqui nos primeiros treinos para o GP da Áustria, é grande a possibilidade de liderar ao menos uma volta na corrida de domingo, cuja largada está prevista para as 9h (de Brasília). "Não gosto muito de dizer que estou atravessando um bom momento porque venho de uma vitória na última corrida porque há duas semanas entre uma etapa e outra. Não estamos no carro todos os dias então essa sensação meio que morre", afirmou Hamilton em Spielberg. "Claro que vamos para a corrida sabendo que vencemos a última, mas isso não chega a me afetar", completou o bicampeão mundial, segundo colocado no GP da Áustria do ano passado _Nico Rosberg, seu parceiro de Mercedes, venceu a corrida.
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Em grampo, Lula ironiza vaias a Marta Suplicy em ato de 13 de março
Em conversa com o então ministro Jaques Wagner interceptada pela Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou as vaias recebidas pela ex-petista Marta Suplicy quando ela tentava participar do protesto contra o PT e o ex-presidente no último domingo (13). Além de Marta, também foram hostilizados pelos manifestantes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro Aécio Neves, ambos do PSDB. O diálogo está entre os revelados com o fim do sigilo decidido pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba, decretado nesta quarta-feira (16) em relação às ligações interceptadas pela Polícia Federal, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Os dois avaliaram os impactos da manifestação de domingo ocorrido nas capitais e em outras cidades do país. Ao ser questionado por Lula sobre o protesto em seu Estado, Wagner, ex-governador da Bahia, minimizou o público, dizendo ter reunido apenas entre 10 mil e 15 mil pessoas em Salvador –foram 20 mil, segundo estimativa da PM, e 25 mil, conforme os organizadores. Lula faz, então, sua avaliação sobre o ato em São Paulo, na avenida Paulista: "Ninguém conseguiu falar, dos dirigentes, Alckmin, Aécio...". "A Marta teve que se trancar na Fiesp [prédio da federação das industriais, bastante conhecido na avenida]. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca", afirmou o ex-presidente. Ao que Wagner responde: "É bom pra nega aprender." Na conversa, em tom bem-humorado, o ex-presidente brinca com Wagner que vai tirá-lo do cargo de ministro da Casa Civil –a ligação ocorreu antes da nomeação de Lula para a função. Ao encerrar o diálogo, o ex-governador baiano diz que o cargo de ministro "está à disposição" de Lula e que ele pode ser seu "carregador de documentos". "Eu serei seu ajudante, seu adjunto", responde Lula, em tom de brincadeira. * LEIA A ÍNTEGRA DO DIÁLOGO: Jaques Wagner: Diga, Excelência. Lula: Você viu que eu já tirei você da Casa Civil, né, porra? Wagner: Beleza. Sou o segundo, sem nenhum problema, o maior prazer. Lula: Querido, estou pensando em Brasília amanha. Ela tá aí em Brasília? Wagner: Claro. Lula: Chego 18h, 19h. Se ela quiser de noite, de manhã. Vê quando é melhor. Se quiser tomar um café da manhã gostoso...preciso de só meia hora, depois entra a tropa. Wagner: Tá bom. Lula: Foi bom o dia hoje? Wagner: Foi bom. Lula: Como foi a manifestação na Bahia? Wagner: Ah, teve 10, 15 mil. O Aleluia foi falar, tomou uma vai da porra, e ninguém mais quis falar. Na verdade generalizou porque é uma manifestação contra a política. Lula: Acho que essa é a pedra. Acabei de [inaudível] com o Mino Carta aqui, para ele escrever um artigo mostrando que teve duas coisas: primeiro a vontade das pessoas que o combate a corrupção continue, e o Moro representa isso fortemente. Segundo, que a negação política é total. E o resultado disso, você sabe o que é? Wagner: Lógico, o caminho pro autoritarismo. Lula: E aqui em SP ninguém conseguiu falar dos dirigentes, Marta, Aécio. A Marta teve que se trancar na Fiesp. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca. Wagner: É bom pra nega aprender. Bom, eu aviso a ela aqui e a gente conversa amanhã Lula: Tá bom. Wagner: E você amadurecendo a cabeça? Lula: Tá amadurecendo, quase caindo de podre. Tenho recebido muito pedido pra mim aceitar, muito, muito. O sem-terra tava agora reunido. Wagner: Meu cargo está a sua disposição. Eu posso ser seu carregador de documentos. Lula: Eu serei seu ajudante. Seu adjunto. Wagner: Um abraço.
poder
Em grampo, Lula ironiza vaias a Marta Suplicy em ato de 13 de marçoEm conversa com o então ministro Jaques Wagner interceptada pela Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou as vaias recebidas pela ex-petista Marta Suplicy quando ela tentava participar do protesto contra o PT e o ex-presidente no último domingo (13). Além de Marta, também foram hostilizados pelos manifestantes o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador mineiro Aécio Neves, ambos do PSDB. O diálogo está entre os revelados com o fim do sigilo decidido pelo juiz Sergio Moro, em Curitiba, decretado nesta quarta-feira (16) em relação às ligações interceptadas pela Polícia Federal, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Os dois avaliaram os impactos da manifestação de domingo ocorrido nas capitais e em outras cidades do país. Ao ser questionado por Lula sobre o protesto em seu Estado, Wagner, ex-governador da Bahia, minimizou o público, dizendo ter reunido apenas entre 10 mil e 15 mil pessoas em Salvador –foram 20 mil, segundo estimativa da PM, e 25 mil, conforme os organizadores. Lula faz, então, sua avaliação sobre o ato em São Paulo, na avenida Paulista: "Ninguém conseguiu falar, dos dirigentes, Alckmin, Aécio...". "A Marta teve que se trancar na Fiesp [prédio da federação das industriais, bastante conhecido na avenida]. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca", afirmou o ex-presidente. Ao que Wagner responde: "É bom pra nega aprender." Na conversa, em tom bem-humorado, o ex-presidente brinca com Wagner que vai tirá-lo do cargo de ministro da Casa Civil –a ligação ocorreu antes da nomeação de Lula para a função. Ao encerrar o diálogo, o ex-governador baiano diz que o cargo de ministro "está à disposição" de Lula e que ele pode ser seu "carregador de documentos". "Eu serei seu ajudante, seu adjunto", responde Lula, em tom de brincadeira. * LEIA A ÍNTEGRA DO DIÁLOGO: Jaques Wagner: Diga, Excelência. Lula: Você viu que eu já tirei você da Casa Civil, né, porra? Wagner: Beleza. Sou o segundo, sem nenhum problema, o maior prazer. Lula: Querido, estou pensando em Brasília amanha. Ela tá aí em Brasília? Wagner: Claro. Lula: Chego 18h, 19h. Se ela quiser de noite, de manhã. Vê quando é melhor. Se quiser tomar um café da manhã gostoso...preciso de só meia hora, depois entra a tropa. Wagner: Tá bom. Lula: Foi bom o dia hoje? Wagner: Foi bom. Lula: Como foi a manifestação na Bahia? Wagner: Ah, teve 10, 15 mil. O Aleluia foi falar, tomou uma vai da porra, e ninguém mais quis falar. Na verdade generalizou porque é uma manifestação contra a política. Lula: Acho que essa é a pedra. Acabei de [inaudível] com o Mino Carta aqui, para ele escrever um artigo mostrando que teve duas coisas: primeiro a vontade das pessoas que o combate a corrupção continue, e o Moro representa isso fortemente. Segundo, que a negação política é total. E o resultado disso, você sabe o que é? Wagner: Lógico, o caminho pro autoritarismo. Lula: E aqui em SP ninguém conseguiu falar dos dirigentes, Marta, Aécio. A Marta teve que se trancar na Fiesp. Foi chamada de puta, vagabunda, vira-casaca. Wagner: É bom pra nega aprender. Bom, eu aviso a ela aqui e a gente conversa amanhã Lula: Tá bom. Wagner: E você amadurecendo a cabeça? Lula: Tá amadurecendo, quase caindo de podre. Tenho recebido muito pedido pra mim aceitar, muito, muito. O sem-terra tava agora reunido. Wagner: Meu cargo está a sua disposição. Eu posso ser seu carregador de documentos. Lula: Eu serei seu ajudante. Seu adjunto. Wagner: Um abraço.
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Veja cartum de Bruno Maron na "Ilustríssima" desta semana
BRUNO MARON, 38, é quadrinista.
ilustrissima
Veja cartum de Bruno Maron na "Ilustríssima" desta semanaBRUNO MARON, 38, é quadrinista.
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A volta dos vovôs do techno
ANDRÉ BARCINSKI ESPECIAL PARA A sãopaulo Houve um tempo, no fim dos longínquos anos 1990, em que a música eletrônica dominou o mundo. Fatboy Slim, The Prodigy, Daft Punk, The Crystal Method, Groove Armada, The Chemical Brothers e outros saíram das pistas dos clubes para os grandes festivais pop e venderam muitos discos. Esses nomes se tornaram "superstar DJs", como diziam os Chemical Brothers na faixa "Hey Boy Hey Girl" (1999), um dos grandes sucessos daquele período. A ascensão das bandas eletrônicas veio na esteira da crise de outros gêneros: Kurt Cobain, do Nirvana, havia se matado em 1994, sepultando o grunge. O britpop estava em decadência, sem conseguir replicar a popularidade da famosa briga entre Oasis e Blur, em 1995. O mundo estava pronto para uma música dançante e "sem face", com astros que se escondiam atrás de imensos equipamentos (ou, no caso do Daft Punk, atrás de máscaras de robôs). Foi quando dois colegas de escola, Tom Rowlands e Ed Simons, fizeram sucesso com uma mistura empolgante de techno, acid house e breakbeats, este um gênero mais "quebrado" da música eletrônica, marcado por batidas de hip-hop. Rowlands e Simons já eram conhecidos no underground da cena eletrônica inglesa como DJs e produtores —sob a alcunha de "The Dust Brothers". Mas foi com o primeiro disco do Chemical Brothers, "Exit Planet Dust" (1995), que se tornaram conhecidos por uma audiência mais ampla. No ano seguinte, o duo abria o concerto do Oasis no imenso festival de Knebworth, diante de mais de 120 mil pessoas, o que mostrava a sintonia entre os públicos do britpop e da música eletrônica na Inglaterra. Um salto de 20 anos no tempo e alguns desses artistas estão de volta com tudo: o Prodigy acaba de lançar um novo trabalho, o Daft Punk teve o maior sucesso da carreira com "Get Lucky" e o Chemical Brothers retorna com seu oitavo álbum, "Born in the Echoes", o primeiro em cinco anos. E que disco bom: com participações de Beck, Q-Tip, Annie Clark e outros, traz o duo em ótima forma e canções que funcionam tanto na pista quanto em casa. Conexões THE DAY IS MY ENEMY O grupo sempre misturou às batidas eletrônicas nuances de rock pesado, como guitarras distorcidas. Este novo disco continua na mesma linha e vai agradar a fãs de heavy metal. ARTISTA: The Prodigy Gravadora: Lab 344 (2015, R$ 29,90) RANDOM ACCESS MEMORIES Apenas o quarto disco em carreira de mais de 25 anos, periga ser o melhor do Daft Punk, misturando discoteca, soul, house e techno e trazendo um dos maiores "singles" dos últimos tempos: "Get Lucky". ARTISTA: Daft Punk Gravadorea: Sony Music (2013, R$ 28,90) * LIVRO NÚMERO ZERO Baseado em episódios reais da recente história italiana, o romance é a vingança de Eco contra o mau jornalismo, a corrupção do governo e a deterioração moral. A trama cita o lançamento do jornal de um magnata da mídia que pretende usar a publicação para chantagear e destruir inimigos. Umberto Eco (Record, 2015, 208 págs., R$ 35) DISCO MEU APETITE POR DESTRUIÇÃO - SEXO, DROGAS E GUNS N' ROSES Adler foi o baterista da formação original do Guns N' Roses e gravou o clássico "Appetite for Destruction". Tinha um apetite por drogas, sexo e insanidades que fazia os colegas parecerem escoteiros. Para quem gosta de histórias escabrosas, é prato cheio. Steven Adler (Ideal, 2015, 304 págs., R$ 44,90) FILME SAINT LAURENT Cinebiografia de Yves Saint-Laurent (1936-2008), um dos mais influentes estilistas da alta costura. A narrativa é um pouco esquemática e, por vezes, fria, mas a história de vida de Saint-Laurent é tão interessante, e a atuação de Gaspard Ulliel no papel-título, tão boa, que o filme funciona. Bertrand Bonello (Imovision, 2015, R$ 39,90)
saopaulo
A volta dos vovôs do technoANDRÉ BARCINSKI ESPECIAL PARA A sãopaulo Houve um tempo, no fim dos longínquos anos 1990, em que a música eletrônica dominou o mundo. Fatboy Slim, The Prodigy, Daft Punk, The Crystal Method, Groove Armada, The Chemical Brothers e outros saíram das pistas dos clubes para os grandes festivais pop e venderam muitos discos. Esses nomes se tornaram "superstar DJs", como diziam os Chemical Brothers na faixa "Hey Boy Hey Girl" (1999), um dos grandes sucessos daquele período. A ascensão das bandas eletrônicas veio na esteira da crise de outros gêneros: Kurt Cobain, do Nirvana, havia se matado em 1994, sepultando o grunge. O britpop estava em decadência, sem conseguir replicar a popularidade da famosa briga entre Oasis e Blur, em 1995. O mundo estava pronto para uma música dançante e "sem face", com astros que se escondiam atrás de imensos equipamentos (ou, no caso do Daft Punk, atrás de máscaras de robôs). Foi quando dois colegas de escola, Tom Rowlands e Ed Simons, fizeram sucesso com uma mistura empolgante de techno, acid house e breakbeats, este um gênero mais "quebrado" da música eletrônica, marcado por batidas de hip-hop. Rowlands e Simons já eram conhecidos no underground da cena eletrônica inglesa como DJs e produtores —sob a alcunha de "The Dust Brothers". Mas foi com o primeiro disco do Chemical Brothers, "Exit Planet Dust" (1995), que se tornaram conhecidos por uma audiência mais ampla. No ano seguinte, o duo abria o concerto do Oasis no imenso festival de Knebworth, diante de mais de 120 mil pessoas, o que mostrava a sintonia entre os públicos do britpop e da música eletrônica na Inglaterra. Um salto de 20 anos no tempo e alguns desses artistas estão de volta com tudo: o Prodigy acaba de lançar um novo trabalho, o Daft Punk teve o maior sucesso da carreira com "Get Lucky" e o Chemical Brothers retorna com seu oitavo álbum, "Born in the Echoes", o primeiro em cinco anos. E que disco bom: com participações de Beck, Q-Tip, Annie Clark e outros, traz o duo em ótima forma e canções que funcionam tanto na pista quanto em casa. Conexões THE DAY IS MY ENEMY O grupo sempre misturou às batidas eletrônicas nuances de rock pesado, como guitarras distorcidas. Este novo disco continua na mesma linha e vai agradar a fãs de heavy metal. ARTISTA: The Prodigy Gravadora: Lab 344 (2015, R$ 29,90) RANDOM ACCESS MEMORIES Apenas o quarto disco em carreira de mais de 25 anos, periga ser o melhor do Daft Punk, misturando discoteca, soul, house e techno e trazendo um dos maiores "singles" dos últimos tempos: "Get Lucky". ARTISTA: Daft Punk Gravadorea: Sony Music (2013, R$ 28,90) * LIVRO NÚMERO ZERO Baseado em episódios reais da recente história italiana, o romance é a vingança de Eco contra o mau jornalismo, a corrupção do governo e a deterioração moral. A trama cita o lançamento do jornal de um magnata da mídia que pretende usar a publicação para chantagear e destruir inimigos. Umberto Eco (Record, 2015, 208 págs., R$ 35) DISCO MEU APETITE POR DESTRUIÇÃO - SEXO, DROGAS E GUNS N' ROSES Adler foi o baterista da formação original do Guns N' Roses e gravou o clássico "Appetite for Destruction". Tinha um apetite por drogas, sexo e insanidades que fazia os colegas parecerem escoteiros. Para quem gosta de histórias escabrosas, é prato cheio. Steven Adler (Ideal, 2015, 304 págs., R$ 44,90) FILME SAINT LAURENT Cinebiografia de Yves Saint-Laurent (1936-2008), um dos mais influentes estilistas da alta costura. A narrativa é um pouco esquemática e, por vezes, fria, mas a história de vida de Saint-Laurent é tão interessante, e a atuação de Gaspard Ulliel no papel-título, tão boa, que o filme funciona. Bertrand Bonello (Imovision, 2015, R$ 39,90)
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BMW reestrutura divisão de veículos elétricos e mira autônomos
A BMW transformou sua divisão "i" num centro de desenvolvimento para carros autônomos, uma grande mudança estratégica para a unidade que anteriormente focava a fabricação de uma linha de veículos elétricos leves. Enquanto o Model 3, da Tesla chegará às concessionárias em 2017 e as rivais Porsche e Audi trabalham em carros totalmente elétricos para lançamento até 2019, a BMW parece ter colocado tais veículos em banho-maria. Seu próximo carro totalmente elétrico não estará pronto até 2021. A empresa mudou de direção após seu único carro completamente movido a bateria, o BMW i3, não ter atraído a atenção do público, com apenas 25 mil vendidos em 2015. Em comparação, a Tesla já recebeu mais de 370 mil pedidos para seu Model 3. Agora, em vez de tentar competir com Tesla e Porsche com uma nova limousine esportiva livre de emissões nos próximos dois anos, seu foco será o desenvolvimento de um carro elétrico com a próxima geração de tecnologia: a direção autônoma. Em entrevista em Munique, o membro do conselho da BMW Klaus Froehlich, responsável pelo desenvolvimento, disse que relançou a divisão em abril como unidade dedicada à produção de carros autônomos. Tipos de veículos elétricos
mercado
BMW reestrutura divisão de veículos elétricos e mira autônomosA BMW transformou sua divisão "i" num centro de desenvolvimento para carros autônomos, uma grande mudança estratégica para a unidade que anteriormente focava a fabricação de uma linha de veículos elétricos leves. Enquanto o Model 3, da Tesla chegará às concessionárias em 2017 e as rivais Porsche e Audi trabalham em carros totalmente elétricos para lançamento até 2019, a BMW parece ter colocado tais veículos em banho-maria. Seu próximo carro totalmente elétrico não estará pronto até 2021. A empresa mudou de direção após seu único carro completamente movido a bateria, o BMW i3, não ter atraído a atenção do público, com apenas 25 mil vendidos em 2015. Em comparação, a Tesla já recebeu mais de 370 mil pedidos para seu Model 3. Agora, em vez de tentar competir com Tesla e Porsche com uma nova limousine esportiva livre de emissões nos próximos dois anos, seu foco será o desenvolvimento de um carro elétrico com a próxima geração de tecnologia: a direção autônoma. Em entrevista em Munique, o membro do conselho da BMW Klaus Froehlich, responsável pelo desenvolvimento, disse que relançou a divisão em abril como unidade dedicada à produção de carros autônomos. Tipos de veículos elétricos
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Foo Fighters fará show beneficente em teatro de 2.000 anos na Acrópole
A banda de rock americana Foo Fighters irá fazer um raro show que será exibido na televisão na Acrópole de Atenas, um dos mais icônicos sítios históricos do mundo, produtores anunciaram nesta sexta-feira (30). Os ícones do rock alternativo liderados por Dave Grohl, que integrava o Nirvana, se apresentarão no dia 10 de julho no Odeão de Herodes Ático, o teatro de pedra de 2.000 anos, localizado em uma encosta da antiga cidadela que observa Atenas do alto. O valor arrecadado pelo show será destinado à ações de caridade na Grécia. O show irá ao ar posteriormente na emissora americana de sinal aberto PBS, como parte da série "Landmarks Live in Concert," na qual artistas tocam em locais consagrados e discutem a relevância disso juntamente ao baterista da banda californiana Red Hot Chili Peppers, Chad Smith. "Sempre quis trabalhar com o Foo Fighters e fazer um show na Grécia", disse Daniel Catullo, que dirige a série na PBS, em comunicado oficial. "Nós tivemos shows incríveis até o momento, mas esse com certeza nos faz chegar a outro nível", afirma ele. Outros episódios incluem o tenor italiano Andrea Bocelli se apresentando no Palazzo Vecchio de Florença, enquanto Alicia Keys solta a sua voz no Apollo Theater, local histórico para o jazz em Nova York. O Odeão, construído no primeiro século d.C sob domínio romano, tem capacidade para até 5 mil pessoas, e já foi palco de muitos shows históricos, principalmente da música clássica e do mundo da ópera. Artistas de outros gêneros também já se apresentaram na Acrópole, como Elton John, Frank Sinatra e Sting, assim como o pioneiro da música eletrônica, o francês Jen-Michel Jarre. Foo Fighters lançará no dia 15 de setembro seu nono álbum, "Concrete and Gold", no qual de acordo com informações divulgadas marcará o retorno ao som pesado e virtuosismo na guitarra, característicos do Nirvana.
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Foo Fighters fará show beneficente em teatro de 2.000 anos na AcrópoleA banda de rock americana Foo Fighters irá fazer um raro show que será exibido na televisão na Acrópole de Atenas, um dos mais icônicos sítios históricos do mundo, produtores anunciaram nesta sexta-feira (30). Os ícones do rock alternativo liderados por Dave Grohl, que integrava o Nirvana, se apresentarão no dia 10 de julho no Odeão de Herodes Ático, o teatro de pedra de 2.000 anos, localizado em uma encosta da antiga cidadela que observa Atenas do alto. O valor arrecadado pelo show será destinado à ações de caridade na Grécia. O show irá ao ar posteriormente na emissora americana de sinal aberto PBS, como parte da série "Landmarks Live in Concert," na qual artistas tocam em locais consagrados e discutem a relevância disso juntamente ao baterista da banda californiana Red Hot Chili Peppers, Chad Smith. "Sempre quis trabalhar com o Foo Fighters e fazer um show na Grécia", disse Daniel Catullo, que dirige a série na PBS, em comunicado oficial. "Nós tivemos shows incríveis até o momento, mas esse com certeza nos faz chegar a outro nível", afirma ele. Outros episódios incluem o tenor italiano Andrea Bocelli se apresentando no Palazzo Vecchio de Florença, enquanto Alicia Keys solta a sua voz no Apollo Theater, local histórico para o jazz em Nova York. O Odeão, construído no primeiro século d.C sob domínio romano, tem capacidade para até 5 mil pessoas, e já foi palco de muitos shows históricos, principalmente da música clássica e do mundo da ópera. Artistas de outros gêneros também já se apresentaram na Acrópole, como Elton John, Frank Sinatra e Sting, assim como o pioneiro da música eletrônica, o francês Jen-Michel Jarre. Foo Fighters lançará no dia 15 de setembro seu nono álbum, "Concrete and Gold", no qual de acordo com informações divulgadas marcará o retorno ao som pesado e virtuosismo na guitarra, característicos do Nirvana.
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Livro investiga discos voadores que povoaram a antiga imprensa brasileira
Ao que tudo indica, o pioneiro dos relatos sobre sexo entre humanos e ETs foi um jovem agricultor de São Francisco de Sales (MG). Durante o Carnaval de 1958, Antônio Villas Boas, então com 23 anos, foi até o Rio de Janeiro para se encontrar com o repórter João Martins, da revista "O Cruzeiro", e com o médico e ufólogo Olavo Teixeira Fontes. Contou que estava em sua propriedade quando foi arrastado para dentro de um objeto voador por estranhos seres baixinhos. Lá dentro, teria sido induzido a ter relações sexuais com uma loira de 1,33 m, olhos azuis, com pelos ruivos nas axilas e no púbis, que apontou para a própria barriga e para o céu após a conclusão da cópula. "Era isso o que queriam comigo, um bom reprodutor para melhorar a raça deles", concluiu Villas Boas. Apesar do ineditismo em relação ao sexo interplanetário, histórias sobre alienígenas e discos voadores registradas no país têm muito em comum com o que acontecia no resto do mundo nos 1940 e 1950: mistério, paranoia típica da Guerra Fria e uma imprensa popular na qual sobrava criatividade e faltavam pudores jornalísticos. De fato, parece mesmo coisa de outro mundo o retrato da mídia nacional feito pelo historiador Rodolpho Gauthier Cardoso do Santos, do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais), no livro "A Invenção dos Discos Voadores: Guerra Fria, Imprensa e Ciência no Brasil (1947-1958)". A obra mostra que jornais e revistas da época não hesitavam em publicar relatos sobre objetos voadores não identificados nos quais não constavam nomes de testemunhas, raramente se davam ao trabalho de consultar a comunidade científica brasileira sobre o tema e, em alguns casos, forjaram mesmo imagens sensacionais de naves do espaço (é o caso da revista carioca "O Cruzeiro"). O historiador conta que começou a se interessar pelo tema quando ainda era adolescente e vivia em Araraquara (interior de São Paulo). "Fiz parte de um desses milhares de pequenos grupos de ufologia que existem Brasil afora, os quais reúnem pessoas interessadas pelo assunto para trocar informações e organizam palestras. Quando cheguei à universidade, percebi que havia pouquíssimos trabalhos sobre o tema no Brasil. Quanto mais fui lendo, mais cético fui ficando", brinca Santos. A análise da imprensa brasileira de meados do século 20 mostra uma série de ondas de avistamentos de óvnis, muitas vezes desencadeadas por relatos publicados pela mídia dos EUA –país onde o termo "disco voador" foi cunhado em 1947. Nos primeiros anos do fenômeno, tanto nos EUA quanto por aqui, era mais comum que os supostos objetos fossem associados à corrida armamentista terráquea, desencadeada pela rivalidade entre americanos e soviéticos. As pessoas temiam novos tipos de armas atômicas ou aeronaves avançadíssimas dos russos (ou dos ianques). A preocupação com a guerra nuclear permaneceu, mas uma mutação cultural importante levou as pessoas a imaginar os supostos objetos extraterrestres como mensageiros da paz –os habitantes do espaço teriam detectado as explosões atômicas produzidas pelo Homo sapiens e teriam vindo para nos advertir sobre seu perigo. CONEXÃO ESPÍRITA? Um elemento que parece ter tornado os brasileiros mais receptivos à ideia de que os discos voadores eram embaixadores foi a presença relativamente forte do espiritismo no país. Médiuns brasileiros já tinham psicografado mensagens de supostos espíritos interplanetários antes mesmo das primeiras ondas de relatos sobre óvnis "" a ideia se encaixava na crença de que diferentes astros Cosmos afora poderiam abrigar seres com níveis variados de evolução espiritual. Depois que as aparições ganharam fama na imprensa, alguns best-sellers kardecistas voltaram ao tema, como "A Vida no Planeta Marte e os Discos Voadores", psicografado por Hercílio Maes, e "Os Exilados de Capela", de Edgard Armond. "Tudo indica que se trata de uma especificidade do Brasil", diz Santos. Até os não seguidores dessa crença sentiam necessidade de mencioná-la, como um certo Ílio de Almeida, ouvido em São Paulo pelo jornal "A Noite" em julho de 1947. "Eu não sou espírita, mas acredito que outros planetas sejam habitados", declarou ele. A INVENÇÃO DOS DISCOS VOADORES AUTOR Rodolpho Gauthier Cardoso dos Santos EDITORA Alameda QUANTO R$ 64 (270 págs.)
ilustrada
Livro investiga discos voadores que povoaram a antiga imprensa brasileiraAo que tudo indica, o pioneiro dos relatos sobre sexo entre humanos e ETs foi um jovem agricultor de São Francisco de Sales (MG). Durante o Carnaval de 1958, Antônio Villas Boas, então com 23 anos, foi até o Rio de Janeiro para se encontrar com o repórter João Martins, da revista "O Cruzeiro", e com o médico e ufólogo Olavo Teixeira Fontes. Contou que estava em sua propriedade quando foi arrastado para dentro de um objeto voador por estranhos seres baixinhos. Lá dentro, teria sido induzido a ter relações sexuais com uma loira de 1,33 m, olhos azuis, com pelos ruivos nas axilas e no púbis, que apontou para a própria barriga e para o céu após a conclusão da cópula. "Era isso o que queriam comigo, um bom reprodutor para melhorar a raça deles", concluiu Villas Boas. Apesar do ineditismo em relação ao sexo interplanetário, histórias sobre alienígenas e discos voadores registradas no país têm muito em comum com o que acontecia no resto do mundo nos 1940 e 1950: mistério, paranoia típica da Guerra Fria e uma imprensa popular na qual sobrava criatividade e faltavam pudores jornalísticos. De fato, parece mesmo coisa de outro mundo o retrato da mídia nacional feito pelo historiador Rodolpho Gauthier Cardoso do Santos, do IFMG (Instituto Federal de Minas Gerais), no livro "A Invenção dos Discos Voadores: Guerra Fria, Imprensa e Ciência no Brasil (1947-1958)". A obra mostra que jornais e revistas da época não hesitavam em publicar relatos sobre objetos voadores não identificados nos quais não constavam nomes de testemunhas, raramente se davam ao trabalho de consultar a comunidade científica brasileira sobre o tema e, em alguns casos, forjaram mesmo imagens sensacionais de naves do espaço (é o caso da revista carioca "O Cruzeiro"). O historiador conta que começou a se interessar pelo tema quando ainda era adolescente e vivia em Araraquara (interior de São Paulo). "Fiz parte de um desses milhares de pequenos grupos de ufologia que existem Brasil afora, os quais reúnem pessoas interessadas pelo assunto para trocar informações e organizam palestras. Quando cheguei à universidade, percebi que havia pouquíssimos trabalhos sobre o tema no Brasil. Quanto mais fui lendo, mais cético fui ficando", brinca Santos. A análise da imprensa brasileira de meados do século 20 mostra uma série de ondas de avistamentos de óvnis, muitas vezes desencadeadas por relatos publicados pela mídia dos EUA –país onde o termo "disco voador" foi cunhado em 1947. Nos primeiros anos do fenômeno, tanto nos EUA quanto por aqui, era mais comum que os supostos objetos fossem associados à corrida armamentista terráquea, desencadeada pela rivalidade entre americanos e soviéticos. As pessoas temiam novos tipos de armas atômicas ou aeronaves avançadíssimas dos russos (ou dos ianques). A preocupação com a guerra nuclear permaneceu, mas uma mutação cultural importante levou as pessoas a imaginar os supostos objetos extraterrestres como mensageiros da paz –os habitantes do espaço teriam detectado as explosões atômicas produzidas pelo Homo sapiens e teriam vindo para nos advertir sobre seu perigo. CONEXÃO ESPÍRITA? Um elemento que parece ter tornado os brasileiros mais receptivos à ideia de que os discos voadores eram embaixadores foi a presença relativamente forte do espiritismo no país. Médiuns brasileiros já tinham psicografado mensagens de supostos espíritos interplanetários antes mesmo das primeiras ondas de relatos sobre óvnis "" a ideia se encaixava na crença de que diferentes astros Cosmos afora poderiam abrigar seres com níveis variados de evolução espiritual. Depois que as aparições ganharam fama na imprensa, alguns best-sellers kardecistas voltaram ao tema, como "A Vida no Planeta Marte e os Discos Voadores", psicografado por Hercílio Maes, e "Os Exilados de Capela", de Edgard Armond. "Tudo indica que se trata de uma especificidade do Brasil", diz Santos. Até os não seguidores dessa crença sentiam necessidade de mencioná-la, como um certo Ílio de Almeida, ouvido em São Paulo pelo jornal "A Noite" em julho de 1947. "Eu não sou espírita, mas acredito que outros planetas sejam habitados", declarou ele. A INVENÇÃO DOS DISCOS VOADORES AUTOR Rodolpho Gauthier Cardoso dos Santos EDITORA Alameda QUANTO R$ 64 (270 págs.)
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'Cortina de Ferro' se perde por vezes na busca pelo relato objetivo
CORTINA DE FERRO (bom) QUANTO: R$ 109,90 (712 págs.) AUTOR: Anne Applebaum TRADUÇÃO: Alexandre Morales EDITORA: Três Estrelas Anne Applebaum começa e acaba seu colosso acerca da ocupação soviética da Europa Oriental contando a história da Liga das Mulheres Polonesas, na cidade de Lodz. Instituição de caridade, em 1945 a liga oferecia ajuda aos deslocados da Segunda Guerra Mundial. Em cinco anos, virou pedaço orgânico do Partido Comunista local durante a transformação da Polônia em um Estado-satélite da União Soviética. Em 1990, após o descerramento da Cortina de Ferro que dá título à obra da jornalista, havia voltado à origem. A descrição do processo de absorção de estruturas da sociedade pelos planejadores soviéticos, focalizando o período de auge do stalinismo, entre 1944 e 1956, é a força motriz do livro e, ao mesmo tempo, sua fraqueza. Impressiona o grau de detalhamento da ação de transformação social nos países em que o Exército Vermelho se viu estacionado após derrotar os nazistas em 1945. Oficiais treinados para doutrinação e gestão nas áreas ocupadas estavam prontos para agir, à semelhança dos esquadrões de extermínio das SS que acompanhavam tropas regulares alemãs no leste. Applebaum tem lado. É casada com um ex-chanceler polonês e já havia escrutinado tema correlato em um livro sobre os campos de degredo político soviéticos. Mas isso não a impede de buscar compreender por que os cidadãos afetados, com as exceções conhecidas, majoritariamente adaptaram-se à nova realidade na esperança de alguma normalidade após os horrores da guerra. Depoimentos pontuados por referências culturais de proa, como o escritor húngaro Sándor Márai ou seu colega polonês Czeslaw Milosz, iluminam o quadro sem, contudo, deixá-lo colorido. É um livro pesado, monocórdico várias vezes, o que não facilita o transcurso de suas 595 páginas –notas e índices vão até a página 710. Há também um paradoxo narrativo. A busca pelo relato objetivo acaba expondo certa falta de visão analítica. Ao discutir os interesses soviéticos, Applebaum se limita a descartar a tese revisionista segundo a qual Stálin apenas reagia a ameaças americanas quando desceu sobre a Europa a famosa cortina –expressão de brilhante sacada retórica do líder britânico Winston Churchill. É verdade, mas perde-se o contexto geopolítico. Basta um mapa para entender a razão inicial, ainda que não única, dos soviéticos. Eles repetiam o que os Románov haviam feito ao montar seu império e o que Putin busca na Ucrânia, Geórgia e afins: estabelecer áreas que dessem profundidade estratégica entre seu território e o Ocidente hostil. Há também um problema de foco. A autora escolhe a "sua" Polônia, a Hungria e a Alemanha Oriental para a dissecção. À parte as diferenças entre esses países, não é possível contar uma história que se queira abrangente da região sem analisar regimes que tomaram caminhos díspares, como o da Iugoslávia. Tudo isso não tira o valor do trabalho empreendido, vigoroso, mas o torna algo monolítico como o seu objeto.
ilustrada
'Cortina de Ferro' se perde por vezes na busca pelo relato objetivoCORTINA DE FERRO (bom) QUANTO: R$ 109,90 (712 págs.) AUTOR: Anne Applebaum TRADUÇÃO: Alexandre Morales EDITORA: Três Estrelas Anne Applebaum começa e acaba seu colosso acerca da ocupação soviética da Europa Oriental contando a história da Liga das Mulheres Polonesas, na cidade de Lodz. Instituição de caridade, em 1945 a liga oferecia ajuda aos deslocados da Segunda Guerra Mundial. Em cinco anos, virou pedaço orgânico do Partido Comunista local durante a transformação da Polônia em um Estado-satélite da União Soviética. Em 1990, após o descerramento da Cortina de Ferro que dá título à obra da jornalista, havia voltado à origem. A descrição do processo de absorção de estruturas da sociedade pelos planejadores soviéticos, focalizando o período de auge do stalinismo, entre 1944 e 1956, é a força motriz do livro e, ao mesmo tempo, sua fraqueza. Impressiona o grau de detalhamento da ação de transformação social nos países em que o Exército Vermelho se viu estacionado após derrotar os nazistas em 1945. Oficiais treinados para doutrinação e gestão nas áreas ocupadas estavam prontos para agir, à semelhança dos esquadrões de extermínio das SS que acompanhavam tropas regulares alemãs no leste. Applebaum tem lado. É casada com um ex-chanceler polonês e já havia escrutinado tema correlato em um livro sobre os campos de degredo político soviéticos. Mas isso não a impede de buscar compreender por que os cidadãos afetados, com as exceções conhecidas, majoritariamente adaptaram-se à nova realidade na esperança de alguma normalidade após os horrores da guerra. Depoimentos pontuados por referências culturais de proa, como o escritor húngaro Sándor Márai ou seu colega polonês Czeslaw Milosz, iluminam o quadro sem, contudo, deixá-lo colorido. É um livro pesado, monocórdico várias vezes, o que não facilita o transcurso de suas 595 páginas –notas e índices vão até a página 710. Há também um paradoxo narrativo. A busca pelo relato objetivo acaba expondo certa falta de visão analítica. Ao discutir os interesses soviéticos, Applebaum se limita a descartar a tese revisionista segundo a qual Stálin apenas reagia a ameaças americanas quando desceu sobre a Europa a famosa cortina –expressão de brilhante sacada retórica do líder britânico Winston Churchill. É verdade, mas perde-se o contexto geopolítico. Basta um mapa para entender a razão inicial, ainda que não única, dos soviéticos. Eles repetiam o que os Románov haviam feito ao montar seu império e o que Putin busca na Ucrânia, Geórgia e afins: estabelecer áreas que dessem profundidade estratégica entre seu território e o Ocidente hostil. Há também um problema de foco. A autora escolhe a "sua" Polônia, a Hungria e a Alemanha Oriental para a dissecção. À parte as diferenças entre esses países, não é possível contar uma história que se queira abrangente da região sem analisar regimes que tomaram caminhos díspares, como o da Iugoslávia. Tudo isso não tira o valor do trabalho empreendido, vigoroso, mas o torna algo monolítico como o seu objeto.
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Buraqueira persiste nas ruas de SP, e borracheiros passam ilesos pela crise
Há mais de 20 anos trabalhando na mesma borracharia, na alameda Casa Branca, nos Jardins (zona oeste), Paulo César dos Santos, 47, já passou por sete prefeitos, por idas e vindas da situação econômica, novas e velhas crateras. A cada mudança, uma coisa é certa: as queixas dos clientes sobre a buraqueira das vias paulistanas se repetem. Neste começo de 2017, diz ele, conhecido como Pelé, a situação não é diferente. Isso mesmo em área nobre, com calçadas melhores, onde os serviços da prefeitura em geral "são bons" e "a reclamação é forte", como define. Por dia, Pelé tem recebido em média três pneus rasgados nas ruas para conserto. O borracheiro lembra: "Na [alameda] Ministro Rocha Azevedo [vizinha à oficina] tinha um buraco há um ano e meio que já me deu muito lucro". Como mostrou a Folha no último dia 3, esse problema foi acentuado no fim da gestão Fernando Haddad (PT), em meio à queda nos serviços para fazer esses reparos, e se estende pelo começo da gestão João Doria (PSDB). A média de buracos tapados na capital paulista por mês caiu de 35,6 mil, em 2013, para 16,6 mil em 2016. Em novembro, só 7,6 mil buracos foram alvo de conserto. Sem os reparos e em época de chuva, eles não só sobrevivem como se espalham –e crescem de tamanho– pelas ruas. A gestão Doria já divulgou ter mais que dobrado as equipes de tapa-buraco e que trabalha num novo edital de licitação para um serviço mais eficiente e barato do que os da atual usina de asfalto. Pneus rasgados por buracos, guias irregulares nas calçadas, má qualidade do asfalto, agravada ainda pelos temporais, garantem a vida nas borracharias da cidade. Entre os borracheiros com quem a Folha conversou nos últimos dias, os ganhos costumam variar de R$ 2.000 a R$ 4.000 líquidos por mês. Alex Vidal, 29, afirma que também nunca ficou sem serviço. Na segunda-feira (20), quando ele conversou com a reportagem, já havia reparado no meio do dia três pneus. "Todo dia tem pelo menos um pneu cortado por buraco. De segunda a sábado, os motoristas vêm e reclamam bastante", afirma Vidal. Mesmo a atual crise econômica não retira as borracharias do lugar onde estão. Há 10 anos na Autopeças Galo, na alameda Glete, no centro de São Paulo, Vidal diz que a movimentação na oficina até caiu nos últimos meses, mas essa mudança está longe de atrapalhar a continuidade do negócio. O estabelecimento, que tem clientes de toda a capital paulista, permanece no mesmo ponto desde 1968. O mecânico Paulo Shinkawa, 62, é vizinho dali há 40 anos, na avenida São João, também no centro paulistano, com a oficina Santa Isabel. Entre pneus furados, cortados ou rasgados nas ruas da região, conta em média dez por dia. E ele afirma: "Vêm mais em dias de chuva". Isto é, quanto piores as condições do clima, mais movimento nas borracharias. "Buraco é o que mais tem na cidade. Quando chove, tem mais buraco e tem mais gente que vem", diz Givaldo Souza, 40, há 20 anos no ramo, na Borracharia do Marques, na rua Amaral Gurgel, no centro. Diante do temporal que atingiu a região central da capital paulista na tarde desta quarta-feira (22), já poderia esperar novos clientes.
cotidiano
Buraqueira persiste nas ruas de SP, e borracheiros passam ilesos pela criseHá mais de 20 anos trabalhando na mesma borracharia, na alameda Casa Branca, nos Jardins (zona oeste), Paulo César dos Santos, 47, já passou por sete prefeitos, por idas e vindas da situação econômica, novas e velhas crateras. A cada mudança, uma coisa é certa: as queixas dos clientes sobre a buraqueira das vias paulistanas se repetem. Neste começo de 2017, diz ele, conhecido como Pelé, a situação não é diferente. Isso mesmo em área nobre, com calçadas melhores, onde os serviços da prefeitura em geral "são bons" e "a reclamação é forte", como define. Por dia, Pelé tem recebido em média três pneus rasgados nas ruas para conserto. O borracheiro lembra: "Na [alameda] Ministro Rocha Azevedo [vizinha à oficina] tinha um buraco há um ano e meio que já me deu muito lucro". Como mostrou a Folha no último dia 3, esse problema foi acentuado no fim da gestão Fernando Haddad (PT), em meio à queda nos serviços para fazer esses reparos, e se estende pelo começo da gestão João Doria (PSDB). A média de buracos tapados na capital paulista por mês caiu de 35,6 mil, em 2013, para 16,6 mil em 2016. Em novembro, só 7,6 mil buracos foram alvo de conserto. Sem os reparos e em época de chuva, eles não só sobrevivem como se espalham –e crescem de tamanho– pelas ruas. A gestão Doria já divulgou ter mais que dobrado as equipes de tapa-buraco e que trabalha num novo edital de licitação para um serviço mais eficiente e barato do que os da atual usina de asfalto. Pneus rasgados por buracos, guias irregulares nas calçadas, má qualidade do asfalto, agravada ainda pelos temporais, garantem a vida nas borracharias da cidade. Entre os borracheiros com quem a Folha conversou nos últimos dias, os ganhos costumam variar de R$ 2.000 a R$ 4.000 líquidos por mês. Alex Vidal, 29, afirma que também nunca ficou sem serviço. Na segunda-feira (20), quando ele conversou com a reportagem, já havia reparado no meio do dia três pneus. "Todo dia tem pelo menos um pneu cortado por buraco. De segunda a sábado, os motoristas vêm e reclamam bastante", afirma Vidal. Mesmo a atual crise econômica não retira as borracharias do lugar onde estão. Há 10 anos na Autopeças Galo, na alameda Glete, no centro de São Paulo, Vidal diz que a movimentação na oficina até caiu nos últimos meses, mas essa mudança está longe de atrapalhar a continuidade do negócio. O estabelecimento, que tem clientes de toda a capital paulista, permanece no mesmo ponto desde 1968. O mecânico Paulo Shinkawa, 62, é vizinho dali há 40 anos, na avenida São João, também no centro paulistano, com a oficina Santa Isabel. Entre pneus furados, cortados ou rasgados nas ruas da região, conta em média dez por dia. E ele afirma: "Vêm mais em dias de chuva". Isto é, quanto piores as condições do clima, mais movimento nas borracharias. "Buraco é o que mais tem na cidade. Quando chove, tem mais buraco e tem mais gente que vem", diz Givaldo Souza, 40, há 20 anos no ramo, na Borracharia do Marques, na rua Amaral Gurgel, no centro. Diante do temporal que atingiu a região central da capital paulista na tarde desta quarta-feira (22), já poderia esperar novos clientes.
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São Paulo tem dia mais chuvoso da primavera nesta segunda
Clima instável, com muita chuva e pontos de alagamento em diferentes locais da capital paulista marcaram o dia mais chuvoso da primavera registrado até agora. Esta segunda-feira (26) teve o maior índice de chuva na cidade. De acordo com os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, das 0h às 7h foi registrada precipitação média de 24,9mm. São Paulo ficou em estado de alerta para alagamentos entre 14h e 4h10 desta madrugada. Foram registrados 14 pontos de alagamento na cidade. Motoristas devem seguir em alerta. Por volta das 13h, havia nove pontos ainda ativos, sendo oito transitáveis e um intransitável. Este, na avenida Cruzeiro do Sul, na altura do número 400, sentido Santana. "As áreas de instabilidade vindas do interior do Estado nesta madrugada atingiram a capital a partir das zonas sul e oeste, onde foram observados os maiores volumes de chuva", afirma Michael Pantera, meteorologista do CGE. Os maiores índices pluviométricos foram registrados nas subprefeituras de Pinheiros (zona oeste), com 33,6mm, Vila Mariana (região sudeste), com 33mm, Lapa (zona oeste), com 31,2mm, Jabaquara (região sudeste), com 31mm e Campo Limpo (zona sul), com 28,6mm. Com isso, o mês de outubro já acumula o equivalente a 72% do volume esperado para o mês de acordo com a média histórica do CGE, que é de 111,5mm. Segundo o CGE, no período da tarde desta segunda (26), pode ocorrer mais chuva de forte intensidade acompanhada de raios e rajadas de vento. PRÓXIMOS DIAS Para esta terça-feira (27), a previsão é de aumento da instabilidade, e ocorrem chuvas na forma de pancadas alternadas com períodos de sessão. Essa dinâmica é apontada pelo CGE como um potencial para formação de alagamentos. As temperaturas variam entre 18ºC e 25ºC. A quarta-feira (28) segue com muita nebulosidade e chuvas concentradas no período da tarde. Os termômetros variam entre 17ºC e 24ºC. VILA MARIANA A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na madrugada desta segunda-feira (26) derrubou uma árvore de grande porte na rua Cubatão, na Vila Mariana, na zona sul da capital paulista. Não há informações de feridos. A árvore caiu por volta das 3h sobre a fiação na rua Cubatão com a avenida Conselheiro Rodrigues Alves e deixou a região sem energia. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que a árvore derrubou dois postes e que o tráfego está bloqueado na via. Sem energia elétrica, o Hospital Santa Rita suspendeu as cirurgias agendadas para esta segunda. De acordo com o hospital, o atendimento no pronto-socorro continua a ser realizado e as cirurgias agendadas serão remarcadas. A Eletropaulo afirmou, em nota, que equipes fazem manobras na rede que permitem isolar o trecho atingido pela árvore sem impactar o fornecimento para os demais clientes. O fornecimento só será normalizado após a retirada da árvore.
cotidiano
São Paulo tem dia mais chuvoso da primavera nesta segundaClima instável, com muita chuva e pontos de alagamento em diferentes locais da capital paulista marcaram o dia mais chuvoso da primavera registrado até agora. Esta segunda-feira (26) teve o maior índice de chuva na cidade. De acordo com os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, das 0h às 7h foi registrada precipitação média de 24,9mm. São Paulo ficou em estado de alerta para alagamentos entre 14h e 4h10 desta madrugada. Foram registrados 14 pontos de alagamento na cidade. Motoristas devem seguir em alerta. Por volta das 13h, havia nove pontos ainda ativos, sendo oito transitáveis e um intransitável. Este, na avenida Cruzeiro do Sul, na altura do número 400, sentido Santana. "As áreas de instabilidade vindas do interior do Estado nesta madrugada atingiram a capital a partir das zonas sul e oeste, onde foram observados os maiores volumes de chuva", afirma Michael Pantera, meteorologista do CGE. Os maiores índices pluviométricos foram registrados nas subprefeituras de Pinheiros (zona oeste), com 33,6mm, Vila Mariana (região sudeste), com 33mm, Lapa (zona oeste), com 31,2mm, Jabaquara (região sudeste), com 31mm e Campo Limpo (zona sul), com 28,6mm. Com isso, o mês de outubro já acumula o equivalente a 72% do volume esperado para o mês de acordo com a média histórica do CGE, que é de 111,5mm. Segundo o CGE, no período da tarde desta segunda (26), pode ocorrer mais chuva de forte intensidade acompanhada de raios e rajadas de vento. PRÓXIMOS DIAS Para esta terça-feira (27), a previsão é de aumento da instabilidade, e ocorrem chuvas na forma de pancadas alternadas com períodos de sessão. Essa dinâmica é apontada pelo CGE como um potencial para formação de alagamentos. As temperaturas variam entre 18ºC e 25ºC. A quarta-feira (28) segue com muita nebulosidade e chuvas concentradas no período da tarde. Os termômetros variam entre 17ºC e 24ºC. VILA MARIANA A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na madrugada desta segunda-feira (26) derrubou uma árvore de grande porte na rua Cubatão, na Vila Mariana, na zona sul da capital paulista. Não há informações de feridos. A árvore caiu por volta das 3h sobre a fiação na rua Cubatão com a avenida Conselheiro Rodrigues Alves e deixou a região sem energia. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que a árvore derrubou dois postes e que o tráfego está bloqueado na via. Sem energia elétrica, o Hospital Santa Rita suspendeu as cirurgias agendadas para esta segunda. De acordo com o hospital, o atendimento no pronto-socorro continua a ser realizado e as cirurgias agendadas serão remarcadas. A Eletropaulo afirmou, em nota, que equipes fazem manobras na rede que permitem isolar o trecho atingido pela árvore sem impactar o fornecimento para os demais clientes. O fornecimento só será normalizado após a retirada da árvore.
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Descriminalização do uso de drogas é questão de saúde, diz especialista
Presidente da Fiocruz e da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, Paulo Gadelha defende que a descriminalização das drogas para uso próprio é uma questão de cidadania e saúde pública. Segundo ele, a ideia de que o sistema de saúde não tem espaço para receber viciados é um absurdo. O julgamento na descriminalização, no STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a ser suspenso nesta quinta depois que o ministro Luiz Edson Fachin pediu vista do processo para analisar com mais profundidade o caso. Não há data para que a discussão seja retomada. Clique na infografia: Entenda a descriminalização das drogas * Folha - De que forma a Fiocruz e a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia atuam na decisão desta quinta-feira? Paulo Gadelha - Um dos pontos centrais da discussão é a subjetividade da legislação para discriminar quem é o usuário e quem é o traficante. A novidade que a comissão trabalhou com o Instituto Igarapé é que, por meio de uma série consultas na experiência internacional e pesquisas de uso de drogas no Brasil, desenhamos três cenários de porte no caso da maconha, cocaína e crack. Um deles mostra uma situação mais conservadora e dois cenários são mais realistas do ponto de vista do padrão de uso nacional. No caso da maconha, a gente defende que essa quantidade seja de 40 a 100 gramas. No caso de plantas para consumo próprio, que seja de dez a vinte pés e, no caso da cocaína e crack, de 12 a 15 gramas. Estamos tentando, portanto, dar subsídio ao STF para enfrentar a questão mais complexa e mais decisiva que é a fixação das quantidades de uso próprio. É fundamental que haja essa decisão e que se encaminhe para uma especificação de quantidade porque, senão, nós teremos uma lacuna jurídica que é terrível pra todos os atores envolvidos. Por que você é a favor? Porque eu acho que esse é um passo fundamental para você distinguir as coisas. O usuário que chega a uma situação de abuso precisa de cuidado. Ele não pode ser penalizado duas vezes. Não pode ser penalizado por ter um problema e não saber lidar com uma situação de risco e ao mesmo ter o sofrimento de ser considerado um criminoso. Isso é terrível, porque impede a sociedade de criar estruturas de atenção e suporte a quem está sofrendo. Uma pessoa que usa álcool de forma abusiva e tem sérios problemas de saúde, também pode ter sérios problemas sociais, mas ninguém propõe que ela seja encarcerada enquanto não fez nenhum crime sob o efeito do álcool. A partir momento em que a pessoa está utilizando uma droga lícita ou ilícita e não está criando nenhum dano aos outros, essa questão tem que ser trabalhada como direito à privacidade e individualidade. Quando você criminaliza, cria um estigma muito forte. É uma questão da cidadania, da maneira como os cidadãos interagem em relação a problemas relacionados a comportamentos e sofrimentos. É uma questão relacionada a reduzir os efeitos nefastos do combate às drogas, que geram muito mais violência. E é também uma forma de possibilitar que a área da saúde possa exercer sua função de cuidar das pessoas. Enquanto elas são consideradas criminosas, tem uma barreira imensa que impede isso. Um dos argumentos contra é o de que a área da saúde não teria espaço para receber pessoas com problemas além do tabaco e do álcool. Isso é um absurdo. É a mesma coisa que dizer que, se surgisse um surto de ebola, eu não poderia cuidar disso porque já estou tratando outras questões. Nosso trabalho é lidar com a realidade e a realidade de hoje é que que as drogas são um problema de saúde pública. Eu reconheço que a população precisa, mas vou discriminar o que atendo ou deixo de atender? Temos que enfrentar a situação, e não escolher a fatia que vamos tratar. E quanto ao argumento do impacto das drogas na saúde do indivíduo? Já foi mais do que comprovado que não há evidência científica que sustente a classificação das drogas legais e ilegais. Os efeitos do alcoolismo, no ponto de vista da saúde individual, são muito mais impactantes que o uso da maconha. A decisão de colocar o álcool como uma droga legal e a maconha como ilegal é feita por critérios alheios aos campos da ciência e da medicina. É feita por critérios de natureza social, política, de forma que a sociedade resolva considerar o que ela acha nocivo. Não se pode querer valer da ciência para responder coisas que não estão na alçada da ciência. Você acha que o debate sobre a descriminalização demorou a ser feito? Sim. Primeiro porque toda a apreciação na raiz do direito indica que essa criminalização fere os direitos fundamentais do cidadão. Segundo porque existe a percepção de que essa é uma questão crucial para a sociedade. A consequência de não se pronunciar sobre ela é deixá-la em um vácuo que só tem trazido confusão. O STF tem a oportunidade ímpar de balizar para a sociedade um referencial de natureza do direito, da clarificação de um problema que vem se estendendo desde que a legislação descriminalizou o usuário mas não fixou padrões para a diferenciação.
cotidiano
Descriminalização do uso de drogas é questão de saúde, diz especialistaPresidente da Fiocruz e da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, Paulo Gadelha defende que a descriminalização das drogas para uso próprio é uma questão de cidadania e saúde pública. Segundo ele, a ideia de que o sistema de saúde não tem espaço para receber viciados é um absurdo. O julgamento na descriminalização, no STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a ser suspenso nesta quinta depois que o ministro Luiz Edson Fachin pediu vista do processo para analisar com mais profundidade o caso. Não há data para que a discussão seja retomada. Clique na infografia: Entenda a descriminalização das drogas * Folha - De que forma a Fiocruz e a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia atuam na decisão desta quinta-feira? Paulo Gadelha - Um dos pontos centrais da discussão é a subjetividade da legislação para discriminar quem é o usuário e quem é o traficante. A novidade que a comissão trabalhou com o Instituto Igarapé é que, por meio de uma série consultas na experiência internacional e pesquisas de uso de drogas no Brasil, desenhamos três cenários de porte no caso da maconha, cocaína e crack. Um deles mostra uma situação mais conservadora e dois cenários são mais realistas do ponto de vista do padrão de uso nacional. No caso da maconha, a gente defende que essa quantidade seja de 40 a 100 gramas. No caso de plantas para consumo próprio, que seja de dez a vinte pés e, no caso da cocaína e crack, de 12 a 15 gramas. Estamos tentando, portanto, dar subsídio ao STF para enfrentar a questão mais complexa e mais decisiva que é a fixação das quantidades de uso próprio. É fundamental que haja essa decisão e que se encaminhe para uma especificação de quantidade porque, senão, nós teremos uma lacuna jurídica que é terrível pra todos os atores envolvidos. Por que você é a favor? Porque eu acho que esse é um passo fundamental para você distinguir as coisas. O usuário que chega a uma situação de abuso precisa de cuidado. Ele não pode ser penalizado duas vezes. Não pode ser penalizado por ter um problema e não saber lidar com uma situação de risco e ao mesmo ter o sofrimento de ser considerado um criminoso. Isso é terrível, porque impede a sociedade de criar estruturas de atenção e suporte a quem está sofrendo. Uma pessoa que usa álcool de forma abusiva e tem sérios problemas de saúde, também pode ter sérios problemas sociais, mas ninguém propõe que ela seja encarcerada enquanto não fez nenhum crime sob o efeito do álcool. A partir momento em que a pessoa está utilizando uma droga lícita ou ilícita e não está criando nenhum dano aos outros, essa questão tem que ser trabalhada como direito à privacidade e individualidade. Quando você criminaliza, cria um estigma muito forte. É uma questão da cidadania, da maneira como os cidadãos interagem em relação a problemas relacionados a comportamentos e sofrimentos. É uma questão relacionada a reduzir os efeitos nefastos do combate às drogas, que geram muito mais violência. E é também uma forma de possibilitar que a área da saúde possa exercer sua função de cuidar das pessoas. Enquanto elas são consideradas criminosas, tem uma barreira imensa que impede isso. Um dos argumentos contra é o de que a área da saúde não teria espaço para receber pessoas com problemas além do tabaco e do álcool. Isso é um absurdo. É a mesma coisa que dizer que, se surgisse um surto de ebola, eu não poderia cuidar disso porque já estou tratando outras questões. Nosso trabalho é lidar com a realidade e a realidade de hoje é que que as drogas são um problema de saúde pública. Eu reconheço que a população precisa, mas vou discriminar o que atendo ou deixo de atender? Temos que enfrentar a situação, e não escolher a fatia que vamos tratar. E quanto ao argumento do impacto das drogas na saúde do indivíduo? Já foi mais do que comprovado que não há evidência científica que sustente a classificação das drogas legais e ilegais. Os efeitos do alcoolismo, no ponto de vista da saúde individual, são muito mais impactantes que o uso da maconha. A decisão de colocar o álcool como uma droga legal e a maconha como ilegal é feita por critérios alheios aos campos da ciência e da medicina. É feita por critérios de natureza social, política, de forma que a sociedade resolva considerar o que ela acha nocivo. Não se pode querer valer da ciência para responder coisas que não estão na alçada da ciência. Você acha que o debate sobre a descriminalização demorou a ser feito? Sim. Primeiro porque toda a apreciação na raiz do direito indica que essa criminalização fere os direitos fundamentais do cidadão. Segundo porque existe a percepção de que essa é uma questão crucial para a sociedade. A consequência de não se pronunciar sobre ela é deixá-la em um vácuo que só tem trazido confusão. O STF tem a oportunidade ímpar de balizar para a sociedade um referencial de natureza do direito, da clarificação de um problema que vem se estendendo desde que a legislação descriminalizou o usuário mas não fixou padrões para a diferenciação.
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Erramos: Atrasados do IR pagam multa sobre total do imposto devido
O texto "Atrasados do IR pagam multa sobre total do imposto devido", publicado na versão impressa e no site da Folha (Mercado - 04/05/2015 - 18h09), informou incorretamente que o contribuinte que perdeu o prazo para declarar o Imposto de Renda pagaria multa de R$ 165,74 mais 1% do total do imposto devido. Na verdade, a multa é de R$ 165,74 ou 1% ao mês sobre o total de imposto devido, o que for maior, até o limite de 20%. A Selic (taxa de juros básica) atual é 13,25% e não 12,75%, como foi publicado. O texto foi corrigido.
mercado
Erramos: Atrasados do IR pagam multa sobre total do imposto devidoO texto "Atrasados do IR pagam multa sobre total do imposto devido", publicado na versão impressa e no site da Folha (Mercado - 04/05/2015 - 18h09), informou incorretamente que o contribuinte que perdeu o prazo para declarar o Imposto de Renda pagaria multa de R$ 165,74 mais 1% do total do imposto devido. Na verdade, a multa é de R$ 165,74 ou 1% ao mês sobre o total de imposto devido, o que for maior, até o limite de 20%. A Selic (taxa de juros básica) atual é 13,25% e não 12,75%, como foi publicado. O texto foi corrigido.
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Leitores criticam mudanças no Fies
O governo Dilma muda as regras do Fies em pleno andamento e sem nenhum aviso prévio aos alunos inscritos ou àqueles que tentaram ingressar. Mais uma vez é a população que paga pela incompetência e má gestão do dinheiro público. O secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, reconhece que tais mudanças foram necessárias devido a restrições orçamentárias. Está na hora de a senhora presidenta mudar o seu slogan, pois de pátria educadora o Brasil não tem nada. PAULO ROBERTO MARTINS THULER (Suzano, SP) * A educação não era prioridade máxima no governo de Dilma? O que significam estas filas humilhantes, para dizer o mínimo, para nossos jovens que querem e precisam estudar? SILVIA TAKESHITA DE TOLEDO (São Paulo, SP) * A manchete "Crédito estudantil terá limite de vagas e sistema unificado" é a explicação bem acabada deste governo para o slogan que os marqueteiros cunharam para o segundo mandato de Dilma, que termina, praticamente, sem começar: Brasil, Pátria Educadora! Somos todos idiotas? WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores criticam mudanças no FiesO governo Dilma muda as regras do Fies em pleno andamento e sem nenhum aviso prévio aos alunos inscritos ou àqueles que tentaram ingressar. Mais uma vez é a população que paga pela incompetência e má gestão do dinheiro público. O secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, reconhece que tais mudanças foram necessárias devido a restrições orçamentárias. Está na hora de a senhora presidenta mudar o seu slogan, pois de pátria educadora o Brasil não tem nada. PAULO ROBERTO MARTINS THULER (Suzano, SP) * A educação não era prioridade máxima no governo de Dilma? O que significam estas filas humilhantes, para dizer o mínimo, para nossos jovens que querem e precisam estudar? SILVIA TAKESHITA DE TOLEDO (São Paulo, SP) * A manchete "Crédito estudantil terá limite de vagas e sistema unificado" é a explicação bem acabada deste governo para o slogan que os marqueteiros cunharam para o segundo mandato de Dilma, que termina, praticamente, sem começar: Brasil, Pátria Educadora! Somos todos idiotas? WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Outro Canal: Em 2014, Cartoon só perdeu para a Globo entre crianças
VITOR MORENO (interino) O canal infantil Cartoon Network fechou 2014 com números de gente grande. Entre os assinantes de TV paga, foi o segundo canal mais assistido por crianças de 4 a 11 anos, mesmo quando entram na lista os ... Leia post completo no blog
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Outro Canal: Em 2014, Cartoon só perdeu para a Globo entre criançasVITOR MORENO (interino) O canal infantil Cartoon Network fechou 2014 com números de gente grande. Entre os assinantes de TV paga, foi o segundo canal mais assistido por crianças de 4 a 11 anos, mesmo quando entram na lista os ... Leia post completo no blog
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Depois de muito relutar, finalmente entrei pro Tinder
Estava há muito tempo relutante, mas finalmente cedi. Entrei pro Tinder. Não foi fácil encontrar alguém legal, alguém de jogar pra direita com convicção. Qualquer menina com camisa da seleção (tem muitas) eu achava que ia sair comigo só pra me espancar com um Pixuleko. "Toda paranoia não passa de vaidade", disse a minha analista, "porque você precisa se dar muita importância pra achar que as pessoas perdem tempo querendo te matar." Minha analista nunca leu os comentários da Folha. Finalmente encontrei uma menina que parecia de esquerda e fiz mais ou menos como Michel Temer fez com o país: joguei forte pra direita. Uma tarja diagonal atravessava seu rosto: Não Vai Ter Golpe. Paixão ao primeiro frame. Marcamos no Bar da Cachaça. O primeiro encontro foi sensacional, um típico encontro do pessoal de humanas: falamos do golpe, do golpe, do golpe, de astrologia e do golpe. Viemos pra casa e achei meio estranha a obsessão dela com a luta armada. "Quando é que a gente vai organizar a ditadura do proletariado?" Não ouvia a palavra proletariado desde que... Calma aí. Acho que nunca tinha ouvido a palavra proletariado. Transamos e ela gritava: "Quem é sua empoderada? Quem é?" Estranho. Mas quem sou eu pra julgar? No segundo encontro, apresentei meus amigos e ela logo perguntou quem era o líder. "Líder do que?" E ela: "Da revolução". Rimos achando que era piada. No final, pedimos a conta e ela reclamou. "Não é o PT que vai pagar?" Todos riram. Ela não achou graça. "A gente defende tanto o PT que ele podia retribuir pagando a conta com os milhões que ele desviou do dinheiro público." Todos perplexos. Naquela noite, me pediu, na cama, que eu falasse no ouvido dela onde foi que o Lula escondeu o dinheiro. "Não sei do que você tá falando." Só percebi o que estava acontecendo no dia seguinte, quando acordei mais cedo e ela estava no computador fazendo um Powerpoint. Nunca ninguém de esquerda fez um Powerpoint. Consegui ler meu nome no centro e ao redor várias setas que apontavam pra ele. "Maconheiro. Cachaceiro. Acha que é golpe." Percebi uma saliência na sua nuca. Puxei com força e saiu uma máscara de látex, como nos filmes 'Missão Impossível'. Eis que se vira, constrangido, um sujeito gordo e de bigodes. Capitão Pinto. Me enganou direitinho. Por isso peço atenção, juventude socialista! Não divulgue nossos projetos de tomada de poder para quem acabou de conhecer no Tinder. É o futuro da revolução que está em jogo.
colunas
Depois de muito relutar, finalmente entrei pro TinderEstava há muito tempo relutante, mas finalmente cedi. Entrei pro Tinder. Não foi fácil encontrar alguém legal, alguém de jogar pra direita com convicção. Qualquer menina com camisa da seleção (tem muitas) eu achava que ia sair comigo só pra me espancar com um Pixuleko. "Toda paranoia não passa de vaidade", disse a minha analista, "porque você precisa se dar muita importância pra achar que as pessoas perdem tempo querendo te matar." Minha analista nunca leu os comentários da Folha. Finalmente encontrei uma menina que parecia de esquerda e fiz mais ou menos como Michel Temer fez com o país: joguei forte pra direita. Uma tarja diagonal atravessava seu rosto: Não Vai Ter Golpe. Paixão ao primeiro frame. Marcamos no Bar da Cachaça. O primeiro encontro foi sensacional, um típico encontro do pessoal de humanas: falamos do golpe, do golpe, do golpe, de astrologia e do golpe. Viemos pra casa e achei meio estranha a obsessão dela com a luta armada. "Quando é que a gente vai organizar a ditadura do proletariado?" Não ouvia a palavra proletariado desde que... Calma aí. Acho que nunca tinha ouvido a palavra proletariado. Transamos e ela gritava: "Quem é sua empoderada? Quem é?" Estranho. Mas quem sou eu pra julgar? No segundo encontro, apresentei meus amigos e ela logo perguntou quem era o líder. "Líder do que?" E ela: "Da revolução". Rimos achando que era piada. No final, pedimos a conta e ela reclamou. "Não é o PT que vai pagar?" Todos riram. Ela não achou graça. "A gente defende tanto o PT que ele podia retribuir pagando a conta com os milhões que ele desviou do dinheiro público." Todos perplexos. Naquela noite, me pediu, na cama, que eu falasse no ouvido dela onde foi que o Lula escondeu o dinheiro. "Não sei do que você tá falando." Só percebi o que estava acontecendo no dia seguinte, quando acordei mais cedo e ela estava no computador fazendo um Powerpoint. Nunca ninguém de esquerda fez um Powerpoint. Consegui ler meu nome no centro e ao redor várias setas que apontavam pra ele. "Maconheiro. Cachaceiro. Acha que é golpe." Percebi uma saliência na sua nuca. Puxei com força e saiu uma máscara de látex, como nos filmes 'Missão Impossível'. Eis que se vira, constrangido, um sujeito gordo e de bigodes. Capitão Pinto. Me enganou direitinho. Por isso peço atenção, juventude socialista! Não divulgue nossos projetos de tomada de poder para quem acabou de conhecer no Tinder. É o futuro da revolução que está em jogo.
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Manchester United perde fora de casa e cai na tabela do Inglês
O Manchester United desperdiçou a chance de continuar colado no rival Manchester City na disputa pela quarta posição do Campeonato Inglês e perdeu para o West Bromwich por 1 a 0 neste domingo (6), fora de casa, pelo encerramento da 29ª rodada. Prejudicado pela expulsão do meia espanhol Juan Mata ainda no meio do primeiro tempo, o time de Manchester não suportou a pressão dos donos da casa e levou o gol da derrota, marcado por Salomon Rondon, aos 22min da etapa final. Com o resultado, o Manchester United perdeu a quinta colocação e caiu para o sexto lugar na tabela, com 47 pontos, três a menos do que o Manchester City e dois em relação ao West Ham, que é o novo quinto colocado. Para piorar, a equipe do técnico Louis van Gaal viu a aproximação do Liverpool, que derrotou o Cystal Palace por 2 a 1, também fora de casa, e chegou a 44 pontos. O atacante brasileiro Roberto Firmino, convocado logo após a partida para a seleção brasileira, anotou um dos gols na vitória dos visitantes. Benteke, de pênalti, fez o outro. Neste sábado (5), o líder Leicester venceu o Watford por 1 a 0, fora de casa, e abriu cinco pontos de vantagem na ponta do torneio, chegando aos 60. CONFIRA OS RESULTADOS DA 29ª RODADA DO INGLÊS: SÁBADO (5): Tottenham 2x2 Arsenal Swansea City 1x0 Norwich Southampton 1x1 Sunderland Newcastle 1x3 Bournemouth Manchester City 4x0 Aston Villa Chelsea 1x1 Stoke City Everton 2x3 West Ham Watford 0x1 Leicester DOMINGO (6) Crystal Palace 1x2 Liverpool West Bromwich 1x0 Manchester United Com Lancepress
esporte
Manchester United perde fora de casa e cai na tabela do InglêsO Manchester United desperdiçou a chance de continuar colado no rival Manchester City na disputa pela quarta posição do Campeonato Inglês e perdeu para o West Bromwich por 1 a 0 neste domingo (6), fora de casa, pelo encerramento da 29ª rodada. Prejudicado pela expulsão do meia espanhol Juan Mata ainda no meio do primeiro tempo, o time de Manchester não suportou a pressão dos donos da casa e levou o gol da derrota, marcado por Salomon Rondon, aos 22min da etapa final. Com o resultado, o Manchester United perdeu a quinta colocação e caiu para o sexto lugar na tabela, com 47 pontos, três a menos do que o Manchester City e dois em relação ao West Ham, que é o novo quinto colocado. Para piorar, a equipe do técnico Louis van Gaal viu a aproximação do Liverpool, que derrotou o Cystal Palace por 2 a 1, também fora de casa, e chegou a 44 pontos. O atacante brasileiro Roberto Firmino, convocado logo após a partida para a seleção brasileira, anotou um dos gols na vitória dos visitantes. Benteke, de pênalti, fez o outro. Neste sábado (5), o líder Leicester venceu o Watford por 1 a 0, fora de casa, e abriu cinco pontos de vantagem na ponta do torneio, chegando aos 60. CONFIRA OS RESULTADOS DA 29ª RODADA DO INGLÊS: SÁBADO (5): Tottenham 2x2 Arsenal Swansea City 1x0 Norwich Southampton 1x1 Sunderland Newcastle 1x3 Bournemouth Manchester City 4x0 Aston Villa Chelsea 1x1 Stoke City Everton 2x3 West Ham Watford 0x1 Leicester DOMINGO (6) Crystal Palace 1x2 Liverpool West Bromwich 1x0 Manchester United Com Lancepress
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Trump e o Acordo de Paris
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou na semana passada o Acordo de Paris, firmado pela gestão anterior e considerado um marco histórico no combate ao aquecimento global por engajar 196 países e extrair compromissos dos maiores poluidores do mundo. O aquecimento global é descrito como um dos principais temas de nossa era, sendo tratado pela comunidade científica como matéria que requer medidas urgentes. Não à toa, há mais de 40 anos, desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, ganhou destaque no campo das negociações diplomáticas internacionais, dando origem a diferentes arranjos multilaterais. Todos sabemos que o assunto é delicado e controverso. Primeiro, porque estamos lidando com um bem público, cujas crises o mundo inteiro sofre, mas sobre o qual nem todos os países estão dispostos a assumir custos e responsabilidades. Segundo, porque algumas nações possuem mais condições de barganha do que outras no processo de negociar. Para moldar a agenda e aderir a um regime de meio ambiente, há de se considerar a capacidade que um governo tem de resistir a pressões internas, com interesses sensíveis ao que é negociado, assim como de arcar com o ônus das mudanças e adaptações necessárias. Trump alegou que os termos do Acordo de Paris prejudicam a competitividade dos Estados Unidos e a criação de empregos, retomando uma narrativa já empregada no passado por outros negociadores norte-americanos. Além disso, afirmou que o tratado não extraiu compromisso significativo de players importantes, sobretudo da China, o que também não é novo. A administração norte-americana perde de vista que, para além da preservação do meio ambiente, o Acordo de Paris representa um legado importante em matéria de criação de consensos. No plano internacional, conseguiu encontrar zonas de convergência que permitiram aproximar quase todos os países do mundo, com exceção de Síria e Nicarágua. No plano doméstico, convenceu a maior parte da opinião pública norte-americana de que seus termos pareciam razoáveis, o que teve repercussões significativas inclusive no setor empresarial -Apple e IBM, por exemplo, seguem apoiando o texto, e até mesmo a ExxonMobil reconhece sua importância. Trump reforça a impressão de que seu objetivo central é negar por completo a agenda de seu antecessor, o democrata Barack Obama. Grandes acordos tendem a ser imperfeitos pela multiplicidade de interesses que envolvem. Apesar disso, em tempos nos quais é difícil construir pactos consensuais, tanto sociais quanto internacionais, Trump desperdiçou a chance de colocar-se como líder em um dos poucos arranjos nos quais já havia vencido a capacidade conciliadora. Poderia beneficiar-se desse status sem comprometer elevado capital político. No lugar disso, preferiu governar para a minoria, para a ala nacionalista do Partido Republicano e parte do eleitorado conservador. Outra vez, virou as costas para a ordem internacional erigida pelos próprios Estados Unidos há 70 anos. Trata-se de uma manifestação do lado perverso da política: quando visões de mundo divergentes, acompanhadas de vaidade e senso de oportunidade, comprometem a criação de um projeto de desenvolvimento de longo prazo. O governo norte-americano poderá propor uma renegociação futura do Acordo de Paris -e mesmo a retirada efetiva deste compromisso não é imediata, devendo levar anos. De qualquer forma, os Estados Unidos de Trump ainda carecem de um plano estratégico. Sem pensar o futuro, seguem tentando reviver o passado. FERNANDA MAGNOTTA, especialista em política dos Estados Unidos, é coordenadora do curso de relações internacionais da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
Trump e o Acordo de ParisO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou na semana passada o Acordo de Paris, firmado pela gestão anterior e considerado um marco histórico no combate ao aquecimento global por engajar 196 países e extrair compromissos dos maiores poluidores do mundo. O aquecimento global é descrito como um dos principais temas de nossa era, sendo tratado pela comunidade científica como matéria que requer medidas urgentes. Não à toa, há mais de 40 anos, desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, ganhou destaque no campo das negociações diplomáticas internacionais, dando origem a diferentes arranjos multilaterais. Todos sabemos que o assunto é delicado e controverso. Primeiro, porque estamos lidando com um bem público, cujas crises o mundo inteiro sofre, mas sobre o qual nem todos os países estão dispostos a assumir custos e responsabilidades. Segundo, porque algumas nações possuem mais condições de barganha do que outras no processo de negociar. Para moldar a agenda e aderir a um regime de meio ambiente, há de se considerar a capacidade que um governo tem de resistir a pressões internas, com interesses sensíveis ao que é negociado, assim como de arcar com o ônus das mudanças e adaptações necessárias. Trump alegou que os termos do Acordo de Paris prejudicam a competitividade dos Estados Unidos e a criação de empregos, retomando uma narrativa já empregada no passado por outros negociadores norte-americanos. Além disso, afirmou que o tratado não extraiu compromisso significativo de players importantes, sobretudo da China, o que também não é novo. A administração norte-americana perde de vista que, para além da preservação do meio ambiente, o Acordo de Paris representa um legado importante em matéria de criação de consensos. No plano internacional, conseguiu encontrar zonas de convergência que permitiram aproximar quase todos os países do mundo, com exceção de Síria e Nicarágua. No plano doméstico, convenceu a maior parte da opinião pública norte-americana de que seus termos pareciam razoáveis, o que teve repercussões significativas inclusive no setor empresarial -Apple e IBM, por exemplo, seguem apoiando o texto, e até mesmo a ExxonMobil reconhece sua importância. Trump reforça a impressão de que seu objetivo central é negar por completo a agenda de seu antecessor, o democrata Barack Obama. Grandes acordos tendem a ser imperfeitos pela multiplicidade de interesses que envolvem. Apesar disso, em tempos nos quais é difícil construir pactos consensuais, tanto sociais quanto internacionais, Trump desperdiçou a chance de colocar-se como líder em um dos poucos arranjos nos quais já havia vencido a capacidade conciliadora. Poderia beneficiar-se desse status sem comprometer elevado capital político. No lugar disso, preferiu governar para a minoria, para a ala nacionalista do Partido Republicano e parte do eleitorado conservador. Outra vez, virou as costas para a ordem internacional erigida pelos próprios Estados Unidos há 70 anos. Trata-se de uma manifestação do lado perverso da política: quando visões de mundo divergentes, acompanhadas de vaidade e senso de oportunidade, comprometem a criação de um projeto de desenvolvimento de longo prazo. O governo norte-americano poderá propor uma renegociação futura do Acordo de Paris -e mesmo a retirada efetiva deste compromisso não é imediata, devendo levar anos. De qualquer forma, os Estados Unidos de Trump ainda carecem de um plano estratégico. Sem pensar o futuro, seguem tentando reviver o passado. FERNANDA MAGNOTTA, especialista em política dos Estados Unidos, é coordenadora do curso de relações internacionais da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Estradas de SP devem ter movimento intenso na terça com volta do feriado
As estradas paulistas devem ter movimento intenso nesta terça-feira (21) devido à volta do feriado prolongado de Tiradentes. A maior parte das concessionárias estima tráfego maior entre a tarde e a noite, podendo em alguns casos se estender até a madrugada de quarta (22). O motorista também deve ficar atento ao tempo, já que a previsão aponta possibilidade de pancadas fortes de chuva, a partir da tarde, com trovoadas e rajadas de vento, especialmente no leste, centro e sul do Estado. As pancadas serão provocadas por uma frente fria, que também deve provocar queda das temperaturas. As estradas estaduais receberam mais de 1 milhão de motoristas entre sexta e sábado, sendo que em torno de 400 mil usaram as rodovias que dão acesso ao litoral e 600 mil para o interior e região serrana. A estimativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), porém, era que 2 milhões de veículos deixassem a capital paulista. As rodovias que mais registraram filas na saída para o feriados foram a Raposo e a Régis Bittencourt, que chegaram a ter trechos com mais de 10 km de retenção. Para quem decidiu permanecer na capital paulista, o rodízio de veículos permanecerá suspenso, voltando a operar normalmente apenas na quarta. Está mantido apenas o rodízio de veículos pesados, a ZMRC (Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões) e a ZMRF (Zona de Máxima Restrição ao Fretamento). As ciclofaixas de lazer, que costumam ser montadas em diversos pontos da capital paulista aos domingos, funcionarão também nesta terça por conta do feriado.
cotidiano
Estradas de SP devem ter movimento intenso na terça com volta do feriadoAs estradas paulistas devem ter movimento intenso nesta terça-feira (21) devido à volta do feriado prolongado de Tiradentes. A maior parte das concessionárias estima tráfego maior entre a tarde e a noite, podendo em alguns casos se estender até a madrugada de quarta (22). O motorista também deve ficar atento ao tempo, já que a previsão aponta possibilidade de pancadas fortes de chuva, a partir da tarde, com trovoadas e rajadas de vento, especialmente no leste, centro e sul do Estado. As pancadas serão provocadas por uma frente fria, que também deve provocar queda das temperaturas. As estradas estaduais receberam mais de 1 milhão de motoristas entre sexta e sábado, sendo que em torno de 400 mil usaram as rodovias que dão acesso ao litoral e 600 mil para o interior e região serrana. A estimativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), porém, era que 2 milhões de veículos deixassem a capital paulista. As rodovias que mais registraram filas na saída para o feriados foram a Raposo e a Régis Bittencourt, que chegaram a ter trechos com mais de 10 km de retenção. Para quem decidiu permanecer na capital paulista, o rodízio de veículos permanecerá suspenso, voltando a operar normalmente apenas na quarta. Está mantido apenas o rodízio de veículos pesados, a ZMRC (Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões) e a ZMRF (Zona de Máxima Restrição ao Fretamento). As ciclofaixas de lazer, que costumam ser montadas em diversos pontos da capital paulista aos domingos, funcionarão também nesta terça por conta do feriado.
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Esperando legislação, empresas de jogos de azar traçam estratégias
À espera da legislação que tramita no Congresso com o objetivo de legalizar os jogos de azar no Brasil, empresas interessadas estabelecem estratégias para sair na frente caso o mercado se abra. É o caso da espanhola Codere, que opera cassinos em outros países, mas no Brasil atua apenas no segmento do turfe. A exploração da aposta no turfe por hipódromos ou agências credenciadas é permitida no país pela lei 7.291, de 1984. Aqui, a companhia já firmou parcerias com jóqueis para prestar serviços como o processamento de apostas e a distribuição delas por meio de internet e telefone. A estratégia da empresa é fazer crescer e fixar a marca no segmento onde a legislação já permite, para estar com uma participação expressiva quando vierem os concorrentes estrangeiros. "Estamos olhando imóveis, debatendo com parceiros locais e acompanhando a discussão em Brasília. O desenvolvimento do negócio está bem ativo e tenho dedicado grande parte do meu tempo a isso, para nos posicionarmos bem no caso da eventual regulamentação", afirma André Gelfi, diretor-geral da Codere no Brasil. As sondagens já começaram no mercado imobiliário, segundo a corretora Valentina Caran, que tem em seu portfólio o imóvel que abrigava o bingo Imperador, um dos maiores de São Paulo antes da proibição para o funcionamento, determinada em 2004. A propriedade tem 3.500 metros quadrados e já se cobrou R$ 300 mil pelo aluguel. Hoje o valor é menor. "Recebemos propostas de um grupo americano e de um empresário do Paraná, mas ainda não houve negócio." CAÇA-NÍQUEL Com base no desempenho de países onde o jogo é regulado, o Instituto Jogo Legal, que defende a causa entre os congressistas, estima que o mercado no Brasil pode alcançar R$ 59 bilhões ao ano. "Caso siga a tributação mundial, de 30%, se arrecadaria R$ 18 bilhões anualmente em impostos com a regulamentação de todas as modalidades. Isso sem incluir ganhos com outorga, licença, autorização e o investimento na implantação das casa de apostas", calcula Magno José de Sousa, presidente da entidade.
mercado
Esperando legislação, empresas de jogos de azar traçam estratégiasÀ espera da legislação que tramita no Congresso com o objetivo de legalizar os jogos de azar no Brasil, empresas interessadas estabelecem estratégias para sair na frente caso o mercado se abra. É o caso da espanhola Codere, que opera cassinos em outros países, mas no Brasil atua apenas no segmento do turfe. A exploração da aposta no turfe por hipódromos ou agências credenciadas é permitida no país pela lei 7.291, de 1984. Aqui, a companhia já firmou parcerias com jóqueis para prestar serviços como o processamento de apostas e a distribuição delas por meio de internet e telefone. A estratégia da empresa é fazer crescer e fixar a marca no segmento onde a legislação já permite, para estar com uma participação expressiva quando vierem os concorrentes estrangeiros. "Estamos olhando imóveis, debatendo com parceiros locais e acompanhando a discussão em Brasília. O desenvolvimento do negócio está bem ativo e tenho dedicado grande parte do meu tempo a isso, para nos posicionarmos bem no caso da eventual regulamentação", afirma André Gelfi, diretor-geral da Codere no Brasil. As sondagens já começaram no mercado imobiliário, segundo a corretora Valentina Caran, que tem em seu portfólio o imóvel que abrigava o bingo Imperador, um dos maiores de São Paulo antes da proibição para o funcionamento, determinada em 2004. A propriedade tem 3.500 metros quadrados e já se cobrou R$ 300 mil pelo aluguel. Hoje o valor é menor. "Recebemos propostas de um grupo americano e de um empresário do Paraná, mas ainda não houve negócio." CAÇA-NÍQUEL Com base no desempenho de países onde o jogo é regulado, o Instituto Jogo Legal, que defende a causa entre os congressistas, estima que o mercado no Brasil pode alcançar R$ 59 bilhões ao ano. "Caso siga a tributação mundial, de 30%, se arrecadaria R$ 18 bilhões anualmente em impostos com a regulamentação de todas as modalidades. Isso sem incluir ganhos com outorga, licença, autorização e o investimento na implantação das casa de apostas", calcula Magno José de Sousa, presidente da entidade.
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Entidades de imprensa criticam nova lei sobre direito de resposta
Entidades que reúnem veículos de comunicação criticaram nesta quarta-feira (12) a lei que regulamenta o direito de resposta, sancionada na terça-feira (11) pela presidente Dilma Rousseff. A principal reclamação é em relação ao prazo estabelecido para que os veículos contestem eventuais requerimentos de direito de resposta. De acordo com a nova lei, quem se sentir ofendido por uma publicação tem 60 dias para apresentar um pedido de reparação a um juiz. O magistrado, então, notifica o veículo, que tem 24 horas para apresentar seus argumentos. Para a ANJ (Associação Nacional dos Jornais), o prazo estabelecido para os veículos é exíguo. A entidade afirmou em nota que estuda tomar medidas legais questionando a norma aprovada. Daniel Slaviero, presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) concorda. Ele considerou os prazos inconstitucionais e afirmou que a entidade cogita entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o "amplo direito de defesa dos veículos". Na terça, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) disse que a lei torna "quase impossível" recorrer de uma decisão judicial. Além disso, afirmou que discorda do ponto que determina que a resposta terá a mesma dimensão ou duração da matéria que a ensejou. Para a Abraji, isso possibilita que alguém que tenha se sentido ofendido por uma linha de uma reportagem pleiteie todo o espaço que ela ocupou para responder à informação contestada. A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) também criticou a nova lei, que "abriga um conjunto de interpretações elásticas" que podem intervir "contra a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional". VETO Apesar das críticas, a Abert elogiou o veto da presidente ao dispositivo segundo o qual "tratando-se de veículo de mídia televisiva ou radiofônica, o ofendido poderá requerer o direito de dar a resposta ou fazer a retificação pessoalmente". O mecanismo permitia ao ofendido exercer o direito de resposta por meio de um vídeo ou um áudio gravado previamente e aprovado pelo juiz responsável. "A gente reconhece e louva a Presidência por ter vetado a maior excrescência desse projeto", afirmou Daniel Slaviero por telefone à Folha. De autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), o projeto de lei do direito de resposta foi votado pelo Senado em 2013, mas só foi analisado pela Câmara no último dia 20 e aprovado pelo Senado em 4 de novembro. A lei sancionada na terça acaba com um vácuo jurídico criado em 2009, quando o Supremo revogou a chamada Lei de Imprensa, editada pela ditadura militar. Apesar de assegurar o direito de resposta "proporcional ao agravo", a Constituição não detalha as regras de aplicação do mecanismo. Desde o fim da Lei de Imprensa, portanto, o Judiciário vinha decidindo sobre pedidos de direito de resposta com base apenas nos códigos Penal e Civil. Como, contudo, eles também não versam especificamente sobre o de direito de resposta, ritos e prazos costumam mudar de acordo com a interpretação de cada magistrado. Direito de resposta
poder
Entidades de imprensa criticam nova lei sobre direito de respostaEntidades que reúnem veículos de comunicação criticaram nesta quarta-feira (12) a lei que regulamenta o direito de resposta, sancionada na terça-feira (11) pela presidente Dilma Rousseff. A principal reclamação é em relação ao prazo estabelecido para que os veículos contestem eventuais requerimentos de direito de resposta. De acordo com a nova lei, quem se sentir ofendido por uma publicação tem 60 dias para apresentar um pedido de reparação a um juiz. O magistrado, então, notifica o veículo, que tem 24 horas para apresentar seus argumentos. Para a ANJ (Associação Nacional dos Jornais), o prazo estabelecido para os veículos é exíguo. A entidade afirmou em nota que estuda tomar medidas legais questionando a norma aprovada. Daniel Slaviero, presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) concorda. Ele considerou os prazos inconstitucionais e afirmou que a entidade cogita entrar com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir o "amplo direito de defesa dos veículos". Na terça, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) disse que a lei torna "quase impossível" recorrer de uma decisão judicial. Além disso, afirmou que discorda do ponto que determina que a resposta terá a mesma dimensão ou duração da matéria que a ensejou. Para a Abraji, isso possibilita que alguém que tenha se sentido ofendido por uma linha de uma reportagem pleiteie todo o espaço que ela ocupou para responder à informação contestada. A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) também criticou a nova lei, que "abriga um conjunto de interpretações elásticas" que podem intervir "contra a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional". VETO Apesar das críticas, a Abert elogiou o veto da presidente ao dispositivo segundo o qual "tratando-se de veículo de mídia televisiva ou radiofônica, o ofendido poderá requerer o direito de dar a resposta ou fazer a retificação pessoalmente". O mecanismo permitia ao ofendido exercer o direito de resposta por meio de um vídeo ou um áudio gravado previamente e aprovado pelo juiz responsável. "A gente reconhece e louva a Presidência por ter vetado a maior excrescência desse projeto", afirmou Daniel Slaviero por telefone à Folha. De autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), o projeto de lei do direito de resposta foi votado pelo Senado em 2013, mas só foi analisado pela Câmara no último dia 20 e aprovado pelo Senado em 4 de novembro. A lei sancionada na terça acaba com um vácuo jurídico criado em 2009, quando o Supremo revogou a chamada Lei de Imprensa, editada pela ditadura militar. Apesar de assegurar o direito de resposta "proporcional ao agravo", a Constituição não detalha as regras de aplicação do mecanismo. Desde o fim da Lei de Imprensa, portanto, o Judiciário vinha decidindo sobre pedidos de direito de resposta com base apenas nos códigos Penal e Civil. Como, contudo, eles também não versam especificamente sobre o de direito de resposta, ritos e prazos costumam mudar de acordo com a interpretação de cada magistrado. Direito de resposta
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Governos de Israel e Gaza são marcados por impasses e agenda dupla
No aniversário de um ano do último conflito em Gaza, o principal assessor para assuntos internacionais da Presidência de Israel esboça um discurso de comunhão. Numa sala de reuniões no gabinete presidencial, David Saranga, 51, afirma que Israel tem todo o interesse em construir uma relação de paz com os vizinhos. O problema seria a falta de união do outro lado: divididos entre a Autoridade Nacional Palestina de Mahmoud Abbas e o Hamas, os palestinos não têm liderança capaz de oferecer um acordo no momento. Editoria de Arte/Folhapress Divisões existem também dentro de Israel, um país cada vez mais fragmentado entre judeus seculares, religiosos nacionalistas, ultraortodoxos e árabes. Todas essas tribos, e o termo é do próprio presidente Reuven Rivlin, temem e são hostis às outras. O discurso de união, de defesa dos direitos de palestinos e de integração com os compatriotas árabes-israelenses coloca o presidente à esquerda do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Apesar de ambos integrarem o direitista e crescentemente intolerante partido Likud, o discurso do presidente não casa com a agenda política do premiê. Saranga é um jovial diplomata que nos últimos anos foi um dos principais responsáveis pelas campanhas de "rebranding" (reposicionamento de marca, em marquetês) do Estado de Israel diante da opinião pública internacional, especialmente durante sua temporada nos EUA. Ficou conhecido por responder via Twitter a perguntas sobre a guerra com Gaza em 2008. Hoje, faz parte da equipe do presidente Rivlin e tenta se esquivar quando a tensão entre os poderes vira assunto. Chega a afirmar que a política de expansão de assentamentos na Cisjordânia, marca do governo Netanyahu, não seria obstáculo para a paz na região. Do outro lado, a retórica dupla também é marca do Hamas. Se por um lado ergue monumentos vitoriosos no centro de Gaza para comemorar o aniversário da morte de soldados israelenses e explora um discurso de enfrentamento, por outro, através de oficiais e porta-vozes como Salah Bardawil, fala abertamente em trégua e acordo com Israel. Nos últimos meses, é crescente o número de enviados europeus e do Qatar a Gaza para discutir termos de uma possível intermediação. Mas o caminho é longo. Nas ruas, é comum ouvir tanto de palestinos quanto de israelenses que a própria crise é um instrumento de poder para a Autoridade Nacional Palestina, o Hamas e Israel. Interessa diretamente a certos setores que o processo de paz jamais se conclua. Essa indecisão traduzida em medo serviria para legitimar decisões políticas beligerantes que no fundo não interessam ao povo, mas sim a alguns de seus governantes. No entanto, enquanto novas forças políticas não surjam capitalizando esta consciência, ainda vai demorar para que os muros caiam.
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Governos de Israel e Gaza são marcados por impasses e agenda duplaNo aniversário de um ano do último conflito em Gaza, o principal assessor para assuntos internacionais da Presidência de Israel esboça um discurso de comunhão. Numa sala de reuniões no gabinete presidencial, David Saranga, 51, afirma que Israel tem todo o interesse em construir uma relação de paz com os vizinhos. O problema seria a falta de união do outro lado: divididos entre a Autoridade Nacional Palestina de Mahmoud Abbas e o Hamas, os palestinos não têm liderança capaz de oferecer um acordo no momento. Editoria de Arte/Folhapress Divisões existem também dentro de Israel, um país cada vez mais fragmentado entre judeus seculares, religiosos nacionalistas, ultraortodoxos e árabes. Todas essas tribos, e o termo é do próprio presidente Reuven Rivlin, temem e são hostis às outras. O discurso de união, de defesa dos direitos de palestinos e de integração com os compatriotas árabes-israelenses coloca o presidente à esquerda do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Apesar de ambos integrarem o direitista e crescentemente intolerante partido Likud, o discurso do presidente não casa com a agenda política do premiê. Saranga é um jovial diplomata que nos últimos anos foi um dos principais responsáveis pelas campanhas de "rebranding" (reposicionamento de marca, em marquetês) do Estado de Israel diante da opinião pública internacional, especialmente durante sua temporada nos EUA. Ficou conhecido por responder via Twitter a perguntas sobre a guerra com Gaza em 2008. Hoje, faz parte da equipe do presidente Rivlin e tenta se esquivar quando a tensão entre os poderes vira assunto. Chega a afirmar que a política de expansão de assentamentos na Cisjordânia, marca do governo Netanyahu, não seria obstáculo para a paz na região. Do outro lado, a retórica dupla também é marca do Hamas. Se por um lado ergue monumentos vitoriosos no centro de Gaza para comemorar o aniversário da morte de soldados israelenses e explora um discurso de enfrentamento, por outro, através de oficiais e porta-vozes como Salah Bardawil, fala abertamente em trégua e acordo com Israel. Nos últimos meses, é crescente o número de enviados europeus e do Qatar a Gaza para discutir termos de uma possível intermediação. Mas o caminho é longo. Nas ruas, é comum ouvir tanto de palestinos quanto de israelenses que a própria crise é um instrumento de poder para a Autoridade Nacional Palestina, o Hamas e Israel. Interessa diretamente a certos setores que o processo de paz jamais se conclua. Essa indecisão traduzida em medo serviria para legitimar decisões políticas beligerantes que no fundo não interessam ao povo, mas sim a alguns de seus governantes. No entanto, enquanto novas forças políticas não surjam capitalizando esta consciência, ainda vai demorar para que os muros caiam.
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Senado torna crime hediondo homicídio de policiais e militares
Os crimes de homicídio e lesão corporal cometidos contra policiais, militares, membros de forças de segurança ou do sistema prisional serão considerados hediondos e terão as penas ampliadas pelo Código Penal. Projeto aprovado nesta quinta-feira (11) pelo Senado agrava as sanções e inclui os homicídios e lesões corporais no rol dos crimes hediondos se as vítimas forem as autoridades policiais, mesmo que fora do exercício do trabalho. As penas mais duras também se estendem aos cônjuges e parentes até terceiro grau dos policiais e militares, em casos de assassinatos ou lesões corporais. O projeto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. A decisão vale para policiais civis, militares, rodoviários e federais, além de integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança e do sistema prisional, seja no exercício da função ou em decorrência do cargo ocupado. O projeto altera o Código Penal e a Lei dos Crimes Hediondos. As penas para homicídios passam a ser de reclusão de 12 a 30 anos de reclusão, enquanto a prevista atualmente nos casos de homicídios simples variam de 6 a 20 anos de prisão. No caso das leões corporais, as penas serão ampliadas de um a dois terços se as vítimas estiverem no rol das forças policiais contempladas no projeto. Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que o projeto é um "avanço" para a segurança pública do país por punir de forma mais dura os ataques às forças policiais. Renan afirmou que a mudança não soluciona os problemas de segurança pública, mas dá um "passo importante" no combate à criminalidade. "Há uma cobrança muito forte da sociedade. O parlamento há anos estava devendo avanços sobre esse assunto", afirmou. Relator do projeto, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que as penas por crimes cometidos contra policiais e militares devem ser ampliadas. "Mesmo com o passar dos anos, o Senado Federal ainda não conseguiu transformar em norma jurídica o reconhecido anseio dos profissionais da segurança pública por uma melhor proteção penal de seus integrantes e familiares", afirmou. As mudanças entram em vigor de imediato após a sanção do projeto, mas a presidente Dilma tem a prerrogativa de vetar a proposta integral ou parcialmente. Os senadores esperam que a proposta seja sancionada sem vetos, uma vez que o projeto foi aprovado por acordo, em votação simbólica, sem o registro individual dos votos de cada parlamentar.
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Senado torna crime hediondo homicídio de policiais e militaresOs crimes de homicídio e lesão corporal cometidos contra policiais, militares, membros de forças de segurança ou do sistema prisional serão considerados hediondos e terão as penas ampliadas pelo Código Penal. Projeto aprovado nesta quinta-feira (11) pelo Senado agrava as sanções e inclui os homicídios e lesões corporais no rol dos crimes hediondos se as vítimas forem as autoridades policiais, mesmo que fora do exercício do trabalho. As penas mais duras também se estendem aos cônjuges e parentes até terceiro grau dos policiais e militares, em casos de assassinatos ou lesões corporais. O projeto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. A decisão vale para policiais civis, militares, rodoviários e federais, além de integrantes das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança e do sistema prisional, seja no exercício da função ou em decorrência do cargo ocupado. O projeto altera o Código Penal e a Lei dos Crimes Hediondos. As penas para homicídios passam a ser de reclusão de 12 a 30 anos de reclusão, enquanto a prevista atualmente nos casos de homicídios simples variam de 6 a 20 anos de prisão. No caso das leões corporais, as penas serão ampliadas de um a dois terços se as vítimas estiverem no rol das forças policiais contempladas no projeto. Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que o projeto é um "avanço" para a segurança pública do país por punir de forma mais dura os ataques às forças policiais. Renan afirmou que a mudança não soluciona os problemas de segurança pública, mas dá um "passo importante" no combate à criminalidade. "Há uma cobrança muito forte da sociedade. O parlamento há anos estava devendo avanços sobre esse assunto", afirmou. Relator do projeto, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que as penas por crimes cometidos contra policiais e militares devem ser ampliadas. "Mesmo com o passar dos anos, o Senado Federal ainda não conseguiu transformar em norma jurídica o reconhecido anseio dos profissionais da segurança pública por uma melhor proteção penal de seus integrantes e familiares", afirmou. As mudanças entram em vigor de imediato após a sanção do projeto, mas a presidente Dilma tem a prerrogativa de vetar a proposta integral ou parcialmente. Os senadores esperam que a proposta seja sancionada sem vetos, uma vez que o projeto foi aprovado por acordo, em votação simbólica, sem o registro individual dos votos de cada parlamentar.
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Ministros do STF defendem voto distrital misto e cláusula de barreira
Dois ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) defenderam nesta terça (22) o voto distrital misto e a implementação de cláusula de barreira. Para Alexandre de Moraes, o voto distrital misto pode baratear o pleito. "O melhor no Brasil nesse momento seria o voto distrital misto, com lista fechada. Como na Alemanha, com cláusula de desempenho", disse. Segundo ele, foi um erro "adotar o sistema proporcional com coligação partidária sem uma cláusula de desempenho". "No mínimo, deveríamos ter para o ano que vem o fim das coligações proporcionais e cláusula de desempenho", completou. CLÁUSULA DE BARREIRA Ricardo Lewandowski concordou que a cláusula de barreira deve ser repensada. "A cláusula de desempenho, quando votamos, entendemos que naquele momento a lei como estava redigida não permitia que os pequenos partidos pudessem eventualmente tornar-se grandes partidos, protagonista do cenário público. O STF não colocou uma barreira intransponível quando derrubou aquela cláusula existente", afirmou. "Acho que cabe ao Congresso, dentro das balizas que o STF estabeleceu, fazer uma nova cláusula. Não há nada inconstitucional em se estabelecer cláusulas de barreira", disse. Lewandowski também citou a Alemanha como exemplo de sistema que deu certo. "O distrital misto é praticado na Alemanha e tem dado certo. É um sistema consagrado porque ao mesmo tempo fortalece os partidos políticos e dá maior possibilidade de o eleitor eleger, concentrar seus votos em nome de um determinado distrito." VOTO PROPORCIONAL Para ele, "o voto proporcional com coligações tem apresentado distorções reconhecidas pelos especialistas, pelos políticos" e isso "precisa ser modificado". Além de Moraes e Lewandowski, Luís Roberto Barroso em entrevista à Folha também defendeu a implementação do voto distrital misto. Moraes e o colega Marco Aurélio criticaram a criação de um fundo eleitoral no valor de R$ 3,6 bilhões, em debate no Congresso. "Vejo como muito dinheiro. Vamos esperar para ver o que ocorrerá", afirmou Marco Aurélio. "Não sou a favor de um fundo partidário de quase R$ 4 bilhões", disse Moraes. Barroso já disse que o fundo público de R$ 3,6 bilhões proposto na reforma política é o símbolo máximo da falta de sintonia do Congresso Nacional com a população. FINANCIAMENTO Em 2015, por 8 votos a 3, o STF decidiu que é inconstitucional o financiamento de empresas para campanhas eleitorais e partidos. A decisão impacta as disputas eleitorais, uma vez que as empresas são os maiores doadores de políticos e partidos. Agora, os parlamentares pretendem aprovar um novo fundo de R$ 3,6 bilhões para ampliar o financiamento público. "O horário eleitoral gratuito tem isenção de impostos para quem cede. O fundo partidário é um dinheiro que poderia ir para o contribuinte", disse Moraes, acrescentando que "não seria razoável" criar o fundo com esse montante. Eles defendem que as campanhas sejam barateadas. "Penso que vai haver realmente um barateamento nas eleições. Continuo entendendo que a melhor propaganda é em viva voz, quando o candidato revela plataforma e diz o que pensa em fazer uma vez ocupando a cadeira. E que venha ocupar a cadeira para servir, não se servir dela", disse Marco Aurélio. Alexandre de Moraes tem o mesmo entendimento: "Por que campanha política precisa ser cinematográfica? Existem campanhas, principalmente majoritárias, cuja gravação é melhor do que de minissérie".
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Ministros do STF defendem voto distrital misto e cláusula de barreiraDois ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) defenderam nesta terça (22) o voto distrital misto e a implementação de cláusula de barreira. Para Alexandre de Moraes, o voto distrital misto pode baratear o pleito. "O melhor no Brasil nesse momento seria o voto distrital misto, com lista fechada. Como na Alemanha, com cláusula de desempenho", disse. Segundo ele, foi um erro "adotar o sistema proporcional com coligação partidária sem uma cláusula de desempenho". "No mínimo, deveríamos ter para o ano que vem o fim das coligações proporcionais e cláusula de desempenho", completou. CLÁUSULA DE BARREIRA Ricardo Lewandowski concordou que a cláusula de barreira deve ser repensada. "A cláusula de desempenho, quando votamos, entendemos que naquele momento a lei como estava redigida não permitia que os pequenos partidos pudessem eventualmente tornar-se grandes partidos, protagonista do cenário público. O STF não colocou uma barreira intransponível quando derrubou aquela cláusula existente", afirmou. "Acho que cabe ao Congresso, dentro das balizas que o STF estabeleceu, fazer uma nova cláusula. Não há nada inconstitucional em se estabelecer cláusulas de barreira", disse. Lewandowski também citou a Alemanha como exemplo de sistema que deu certo. "O distrital misto é praticado na Alemanha e tem dado certo. É um sistema consagrado porque ao mesmo tempo fortalece os partidos políticos e dá maior possibilidade de o eleitor eleger, concentrar seus votos em nome de um determinado distrito." VOTO PROPORCIONAL Para ele, "o voto proporcional com coligações tem apresentado distorções reconhecidas pelos especialistas, pelos políticos" e isso "precisa ser modificado". Além de Moraes e Lewandowski, Luís Roberto Barroso em entrevista à Folha também defendeu a implementação do voto distrital misto. Moraes e o colega Marco Aurélio criticaram a criação de um fundo eleitoral no valor de R$ 3,6 bilhões, em debate no Congresso. "Vejo como muito dinheiro. Vamos esperar para ver o que ocorrerá", afirmou Marco Aurélio. "Não sou a favor de um fundo partidário de quase R$ 4 bilhões", disse Moraes. Barroso já disse que o fundo público de R$ 3,6 bilhões proposto na reforma política é o símbolo máximo da falta de sintonia do Congresso Nacional com a população. FINANCIAMENTO Em 2015, por 8 votos a 3, o STF decidiu que é inconstitucional o financiamento de empresas para campanhas eleitorais e partidos. A decisão impacta as disputas eleitorais, uma vez que as empresas são os maiores doadores de políticos e partidos. Agora, os parlamentares pretendem aprovar um novo fundo de R$ 3,6 bilhões para ampliar o financiamento público. "O horário eleitoral gratuito tem isenção de impostos para quem cede. O fundo partidário é um dinheiro que poderia ir para o contribuinte", disse Moraes, acrescentando que "não seria razoável" criar o fundo com esse montante. Eles defendem que as campanhas sejam barateadas. "Penso que vai haver realmente um barateamento nas eleições. Continuo entendendo que a melhor propaganda é em viva voz, quando o candidato revela plataforma e diz o que pensa em fazer uma vez ocupando a cadeira. E que venha ocupar a cadeira para servir, não se servir dela", disse Marco Aurélio. Alexandre de Moraes tem o mesmo entendimento: "Por que campanha política precisa ser cinematográfica? Existem campanhas, principalmente majoritárias, cuja gravação é melhor do que de minissérie".
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A conta não fecha
Não causam surpresa, mas são significativos os resultados divulgados na semana passada a respeito da pesquisa de opinião realizada de 11 a 14 de dezembro pelo instituto Vox Brasil, a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Avaliou-se a receptividade dos entrevistados a propostas de reforma na Previdência, que voltam a entrar nas cogitações do Executivo, e a outras medidas para a superação da crise econômica. De acordo com o levantamento, expressivos 88% dos brasileiros, ouvidos em 153 municípios, opõem-se a qualquer alteração nas regras para aposentadorias; não se registram variações significativas nessa atitude, qualquer que seja a faixa de renda, a idade ou a escolaridade dos entrevistados. Natural que seja assim –pois a ninguém, individualmente, haverá de agradar a ideia de esperar mais tempo para desfrutar do benefício. A pesquisa da CUT surge, obviamente, não só como um conjunto de informações para o debate mas também como instrumento de pressão sobre o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Como nunca, entretanto, a realidade econômica e demográfica se contrapõe ao plano das aspirações e dos desejos. O deficit previdenciário atinge proporções insustentáveis. Foram R$ 88,9 bilhões neste ano, calculando-se para 2016 um aumento de 40% sobre esse valor. À falta de equilíbrio próprio, o sistema depende de aportes do Tesouro. Este, igualmente quebrado, não pode cobrir um rombo sem abrir outro, em uma equação que só atingirá a igualdade com elevação de impostos, aumento da inflação ou corte de gastos sociais –e vale lembrar que tais sacrifícios não se excluem mutuamente. A opinião dos entrevistados na pesquisa da CUT, todavia, escancara o dilema. Não se mostram contrários apenas às mudanças na Previdência, mas também aos cortes sociais e a aumentos de impostos. Algumas particularidades são dignas de nota. A proporção dos que se opõem a alterações em programa sociais (75%) é menor do que os 88% que defendem a permanência das regras previdenciárias. Quanto ao sistema tributário, nem a elevação nos impostos sobre lucros das empresas tem grande apelo: 49% consideram que tal medida seria benéfica ao país. Como resultado, as contas simplesmente não fecham. Talvez a opinião majoritária considere que o combate à corrupção seja suficiente para equilibrar o Orçamento. Ainda que indispensável, a moralização do Estado nessa área não responderia por parcela decisiva no atual desequilíbrio. Além de recursos, falta sem dúvida mais debate –e esclarecimento para superá-lo. [email protected]
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A conta não fechaNão causam surpresa, mas são significativos os resultados divulgados na semana passada a respeito da pesquisa de opinião realizada de 11 a 14 de dezembro pelo instituto Vox Brasil, a pedido da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Avaliou-se a receptividade dos entrevistados a propostas de reforma na Previdência, que voltam a entrar nas cogitações do Executivo, e a outras medidas para a superação da crise econômica. De acordo com o levantamento, expressivos 88% dos brasileiros, ouvidos em 153 municípios, opõem-se a qualquer alteração nas regras para aposentadorias; não se registram variações significativas nessa atitude, qualquer que seja a faixa de renda, a idade ou a escolaridade dos entrevistados. Natural que seja assim –pois a ninguém, individualmente, haverá de agradar a ideia de esperar mais tempo para desfrutar do benefício. A pesquisa da CUT surge, obviamente, não só como um conjunto de informações para o debate mas também como instrumento de pressão sobre o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Como nunca, entretanto, a realidade econômica e demográfica se contrapõe ao plano das aspirações e dos desejos. O deficit previdenciário atinge proporções insustentáveis. Foram R$ 88,9 bilhões neste ano, calculando-se para 2016 um aumento de 40% sobre esse valor. À falta de equilíbrio próprio, o sistema depende de aportes do Tesouro. Este, igualmente quebrado, não pode cobrir um rombo sem abrir outro, em uma equação que só atingirá a igualdade com elevação de impostos, aumento da inflação ou corte de gastos sociais –e vale lembrar que tais sacrifícios não se excluem mutuamente. A opinião dos entrevistados na pesquisa da CUT, todavia, escancara o dilema. Não se mostram contrários apenas às mudanças na Previdência, mas também aos cortes sociais e a aumentos de impostos. Algumas particularidades são dignas de nota. A proporção dos que se opõem a alterações em programa sociais (75%) é menor do que os 88% que defendem a permanência das regras previdenciárias. Quanto ao sistema tributário, nem a elevação nos impostos sobre lucros das empresas tem grande apelo: 49% consideram que tal medida seria benéfica ao país. Como resultado, as contas simplesmente não fecham. Talvez a opinião majoritária considere que o combate à corrupção seja suficiente para equilibrar o Orçamento. Ainda que indispensável, a moralização do Estado nessa área não responderia por parcela decisiva no atual desequilíbrio. Além de recursos, falta sem dúvida mais debate –e esclarecimento para superá-lo. [email protected]
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Justiça manda BNDES divulgar salários de diretores na internet
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) publique em seu site os salários de diretores e demais funcionários que recebem gratificações. Na decisão desta quarta-feira (13), os três desembargadores da 8ª turma do Tribunal concordaram com o argumento do Ministério Público Federal de que o BNDES precisa se submeter à Lei de Acesso à Informação. O Tribunal reformou, dessa forma, a sentença de primeira instância que negou, em outubro, a obrigatoriedade. A Justiça ainda precisa publicar a decisão estabelecendo o prazo para a divulgação dos dados e a multa em caso de descumprimento. No processo, o Ministério Público alegou que a lei de 2011 se aplica a toda empresa pública e sociedade de economia mista, e não apenas à União, Estados, Distrito Federal e municípios. O BNDES alega, na ação, que não seria obrigado a divulgar os salários por atuar em regime de concorrência, atendendo às normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para assegurar a competitividade e a governança corporativa. "O BNDES evidentemente não concorre no mercado com o Itaú e com o Bradesco, até porque seus empréstimos de grande monta são a taxa juros mega subsidiadas para grandes obras públicas de infraestrutura", afirmou o procurador Tomaz Henrique Leonardos em nota. A ação do Ministério Público foi movida em julho de 2013 e pedia à Justiça que fixasse um prazo de 60 dias para que o BNDES publicasse no site todas as tabelas de salários de diretores e servidores com gratificações. Em nota, o banco informou que ainda não tem conhecimento da decisão porque ela não foi publicada. "Quando se tornar oficial, seguindo os trâmites jurídicos, o banco vai recorrer".
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Justiça manda BNDES divulgar salários de diretores na internetO Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) publique em seu site os salários de diretores e demais funcionários que recebem gratificações. Na decisão desta quarta-feira (13), os três desembargadores da 8ª turma do Tribunal concordaram com o argumento do Ministério Público Federal de que o BNDES precisa se submeter à Lei de Acesso à Informação. O Tribunal reformou, dessa forma, a sentença de primeira instância que negou, em outubro, a obrigatoriedade. A Justiça ainda precisa publicar a decisão estabelecendo o prazo para a divulgação dos dados e a multa em caso de descumprimento. No processo, o Ministério Público alegou que a lei de 2011 se aplica a toda empresa pública e sociedade de economia mista, e não apenas à União, Estados, Distrito Federal e municípios. O BNDES alega, na ação, que não seria obrigado a divulgar os salários por atuar em regime de concorrência, atendendo às normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para assegurar a competitividade e a governança corporativa. "O BNDES evidentemente não concorre no mercado com o Itaú e com o Bradesco, até porque seus empréstimos de grande monta são a taxa juros mega subsidiadas para grandes obras públicas de infraestrutura", afirmou o procurador Tomaz Henrique Leonardos em nota. A ação do Ministério Público foi movida em julho de 2013 e pedia à Justiça que fixasse um prazo de 60 dias para que o BNDES publicasse no site todas as tabelas de salários de diretores e servidores com gratificações. Em nota, o banco informou que ainda não tem conhecimento da decisão porque ela não foi publicada. "Quando se tornar oficial, seguindo os trâmites jurídicos, o banco vai recorrer".
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Veja os lançamentos da área jurídica em destaque nesta semana
A Folha seleciona semanalmente sugestões de livros jurídicos. Confira os destaques: SANÇÃO E ACORDO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Autora Juliana Bonarcosi de Palma Editora Malheiros / (11) 3078-7205 Quanto R$ 87 (326 págs.) A talentosa autora apresenta a complexidade trazida pela abertura normativa à consensualidade, no âmbito da administração. Introduz a agenda jurídica do debate e analisa criticamente os discursos de resistência aos acordos administrativos. A obra é desafiadora e instigante. PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO Autores Luiz Kignel, Márcia S. Phebo e José Henrique Longo Editora Noeses / (11) 3666-6055 Quanto R$ 120 (293 págs.) É um guia bastante prático e funcional sobre sucessão. A análise é apresentada em seus aspectos tributário, societário e de família. Trata de mudanças introduzidas pelo Código Civil de 2002 e aborda projetos de lei, instruções normativas, súmulas e dados estatísticos. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Autor Marcelo Harger Editora Atlas / 0800-171944 Quanto R$ 71 (232 págs.) A obra trata da lei n° 8.429 de 1992. Traz como pressuposto uma crítica às interpretações ampliadas da lei. Propõe uma análise em conformidade com a Constituição e uma abordagem mais técnico-jurídica. Não se reduz ao modelo tradicional de comentários artigo por artigo. Boas referências bibliográficas. ACIDENTE DE TRABALHO Autor Jarbas Miguel Tortorello Editora Baraúna / (11) 3167-4261 Quanto R$ 28,50 (148 págs.) Trata-se de orientações aplicadas destinadas a profissionais em direito do trabalho. Aborda questões jurídicas relacionadas a acidentes e indica os principais benefícios, inclusive para empregados domésticos. Traz conceitos-chave, formas de cálculo e modelos para petições. Cumpre papel de guia prático.
cotidiano
Veja os lançamentos da área jurídica em destaque nesta semanaA Folha seleciona semanalmente sugestões de livros jurídicos. Confira os destaques: SANÇÃO E ACORDO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Autora Juliana Bonarcosi de Palma Editora Malheiros / (11) 3078-7205 Quanto R$ 87 (326 págs.) A talentosa autora apresenta a complexidade trazida pela abertura normativa à consensualidade, no âmbito da administração. Introduz a agenda jurídica do debate e analisa criticamente os discursos de resistência aos acordos administrativos. A obra é desafiadora e instigante. PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO Autores Luiz Kignel, Márcia S. Phebo e José Henrique Longo Editora Noeses / (11) 3666-6055 Quanto R$ 120 (293 págs.) É um guia bastante prático e funcional sobre sucessão. A análise é apresentada em seus aspectos tributário, societário e de família. Trata de mudanças introduzidas pelo Código Civil de 2002 e aborda projetos de lei, instruções normativas, súmulas e dados estatísticos. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Autor Marcelo Harger Editora Atlas / 0800-171944 Quanto R$ 71 (232 págs.) A obra trata da lei n° 8.429 de 1992. Traz como pressuposto uma crítica às interpretações ampliadas da lei. Propõe uma análise em conformidade com a Constituição e uma abordagem mais técnico-jurídica. Não se reduz ao modelo tradicional de comentários artigo por artigo. Boas referências bibliográficas. ACIDENTE DE TRABALHO Autor Jarbas Miguel Tortorello Editora Baraúna / (11) 3167-4261 Quanto R$ 28,50 (148 págs.) Trata-se de orientações aplicadas destinadas a profissionais em direito do trabalho. Aborda questões jurídicas relacionadas a acidentes e indica os principais benefícios, inclusive para empregados domésticos. Traz conceitos-chave, formas de cálculo e modelos para petições. Cumpre papel de guia prático.
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Exército sírio assume o controle de toda a área antiga de Aleppo
As forças do governo sírio assumiram o controle de toda a área antiga de Aleppo, após a retirada dos rebeldes, informou nesta quarta-feira (7) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Os combatentes rebeldes se retiraram das partes da área antiga que ainda controlavam depois que as tropas do regime de Bashar al-Assad reconquistaram os bairros vizinhos de Bab al-Hadid e Aqyul. "Recuaram pelo temor de um cerco na área antiga", explicou a ONG. O exército sírio e seus aliados avançam rapidamente na parte leste de Aleppo e já controlam mais de 75% da área, três semanas depois do início de uma vasta ofensiva para reconquistar toda a cidade. O regime controla no momento toda a parte ao leste da cidadela histórica. Durante a noite, o exército executou intensos bombardeios em áreas ainda controladas pelos rebeldes, como o bairro de Al-Zabdiya, segundo o OSDH. Ao menos 15 pessoas, incluindo uma criança, morreram na terça-feira na zona leste de Aleppo. Três crianças também estavam entre as 11 pessoas mortas em ataques dos rebeldes nos bairros da zona oeste de Aleppo, controlados pelo governo. O OSDH informou que ao menos 80.000 pessoas fugiram do leste de Aleppo desde o início, em 15 de novembro, da ofensiva do regime sírio para reconquistar esta área controlada pelos rebeldes. Os deslocados buscaram refúgio nos bairros controlados pelo governo na zona oeste da cidade e em áreas controladas pelas forças curdas, explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane. O número não inclui as pessoas que seguiram para bairros ainda sob controle dos rebeldes. Rahmane afirmou que 250.000 pessoas moravam na zona leste de Aleppo antes do início da ofensiva do governo. CESSAR-FOGO Rebeldes sírios na cidade sitiada de Aleppo pediram por um cessar-fogo imediato de cinco dias, negociações sobre o futuro da localidade e a retirada segura de civis e feridos em um plano humanitário publicado nesta quarta-feira. Uma autoridade rebelde com base na Turquia disse à Reuters que o plano foi enviado a partes internacionais, que ainda devem responder. O documento de "iniciativa humanitária" assinado em nome do Conselho de Liderança da Aleppo pede para que todas as partes envolvidas discutam o futuro da cidade quando a situação humanitária no setor controlado por rebeldes da cidade dividida for aliviada. O documento também pede a retirada de cerca de 500 feridos em estado grave do leste de Aleppo sob a supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU). Civis que queiram deixar o leste de Aleppo devem ser retirados para o norte de Aleppo, ao invés da província de Idlib, segundo o plano. Combatentes e civis de áreas controladas por rebeldes ao redor da Síria foram com frequência transferidos para Idlib, controlada por rebeldes, sob acordos alcançados com o exército sírio. O documento diz, no entanto, que agora Idlib é muito perigosa por conta dos intensos ataques aéreos, bem como por ser incapaz de lidar com mais pessoas deslocadas. O documento afirma que rebeldes em Aleppo irão dar suporte a qualquer iniciativa regional ou internacional de aliviar o sofrimento de seu povo, e repetiu sua prontidão em garantir a segurança das Nações Unidas e de organizações humanitárias que queiram realizar operações. ISRAEL Também nesta quarta, vários mísseis israelenses caíram nos arredores da base militar de Mazzé, periferia de Damasco, capital síria, informou a agência oficial Sana. "O inimigo israelense lançou vários mísseis terra-terra a partir dos territórios ocupados", afirmou a agência, citando uma fonte militar. A agência assegurou que o ataque provocou um incêndio, mas não mencionou vítimas.
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Exército sírio assume o controle de toda a área antiga de AleppoAs forças do governo sírio assumiram o controle de toda a área antiga de Aleppo, após a retirada dos rebeldes, informou nesta quarta-feira (7) a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Os combatentes rebeldes se retiraram das partes da área antiga que ainda controlavam depois que as tropas do regime de Bashar al-Assad reconquistaram os bairros vizinhos de Bab al-Hadid e Aqyul. "Recuaram pelo temor de um cerco na área antiga", explicou a ONG. O exército sírio e seus aliados avançam rapidamente na parte leste de Aleppo e já controlam mais de 75% da área, três semanas depois do início de uma vasta ofensiva para reconquistar toda a cidade. O regime controla no momento toda a parte ao leste da cidadela histórica. Durante a noite, o exército executou intensos bombardeios em áreas ainda controladas pelos rebeldes, como o bairro de Al-Zabdiya, segundo o OSDH. Ao menos 15 pessoas, incluindo uma criança, morreram na terça-feira na zona leste de Aleppo. Três crianças também estavam entre as 11 pessoas mortas em ataques dos rebeldes nos bairros da zona oeste de Aleppo, controlados pelo governo. O OSDH informou que ao menos 80.000 pessoas fugiram do leste de Aleppo desde o início, em 15 de novembro, da ofensiva do regime sírio para reconquistar esta área controlada pelos rebeldes. Os deslocados buscaram refúgio nos bairros controlados pelo governo na zona oeste da cidade e em áreas controladas pelas forças curdas, explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane. O número não inclui as pessoas que seguiram para bairros ainda sob controle dos rebeldes. Rahmane afirmou que 250.000 pessoas moravam na zona leste de Aleppo antes do início da ofensiva do governo. CESSAR-FOGO Rebeldes sírios na cidade sitiada de Aleppo pediram por um cessar-fogo imediato de cinco dias, negociações sobre o futuro da localidade e a retirada segura de civis e feridos em um plano humanitário publicado nesta quarta-feira. Uma autoridade rebelde com base na Turquia disse à Reuters que o plano foi enviado a partes internacionais, que ainda devem responder. O documento de "iniciativa humanitária" assinado em nome do Conselho de Liderança da Aleppo pede para que todas as partes envolvidas discutam o futuro da cidade quando a situação humanitária no setor controlado por rebeldes da cidade dividida for aliviada. O documento também pede a retirada de cerca de 500 feridos em estado grave do leste de Aleppo sob a supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU). Civis que queiram deixar o leste de Aleppo devem ser retirados para o norte de Aleppo, ao invés da província de Idlib, segundo o plano. Combatentes e civis de áreas controladas por rebeldes ao redor da Síria foram com frequência transferidos para Idlib, controlada por rebeldes, sob acordos alcançados com o exército sírio. O documento diz, no entanto, que agora Idlib é muito perigosa por conta dos intensos ataques aéreos, bem como por ser incapaz de lidar com mais pessoas deslocadas. O documento afirma que rebeldes em Aleppo irão dar suporte a qualquer iniciativa regional ou internacional de aliviar o sofrimento de seu povo, e repetiu sua prontidão em garantir a segurança das Nações Unidas e de organizações humanitárias que queiram realizar operações. ISRAEL Também nesta quarta, vários mísseis israelenses caíram nos arredores da base militar de Mazzé, periferia de Damasco, capital síria, informou a agência oficial Sana. "O inimigo israelense lançou vários mísseis terra-terra a partir dos territórios ocupados", afirmou a agência, citando uma fonte militar. A agência assegurou que o ataque provocou um incêndio, mas não mencionou vítimas.
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Bahia volta atrás e fecha acordo para seguir jogando na Fonte Nova
O Bahia informou nesta quinta-feira (2) que seguirá mandando seus jogos na Fonte Nova. O anunciou foi feito três dias após o clube afirmar que não renovaria o contrato com o estádio e que jogaria suas partidas no estádio de Pituaçu, em Salvador. Depois de mais uma rodada de negociação, porém, o Bahia aceitou permanecer jogando na Fonte Nova e assinou um novo contrato de três anos. O desfecho aconteceu na noite desta quarta-feira (1º), em reunião entre dirigentes do clube baiano, diretores da Arena Fonte Nova e representantes do governo da Bahia. Em nota publicada em seu site oficial, o clube tricolor reforça que fechou um 'acordo vantajoso' para permanecer jogando na Fonte Nova. Segundo o Bahia, "no novo modelo de contrato, haverá decisões compartilhadas entre Clube e Consórcio sobre o preço dos ingressos, operação das bilheterias e acesso ao estádio em dias de jogos com mando de campo do Bahia". De acordo com o presidente Marcelo Sant'Ana, o Bahia receberá uma quantia fixa de R$ 6 milhões por ano, além de outros benefícios: "Quanto maior for o público pagante, a partir de agora, o Bahia receberá um valor maior no contrato". O jogo entre Bahia e Sport válido pelas semifinais da Copa do Nordeste, marcado para o dia 12 de abril, volta a acontecer na Fonte Nova, e não em Pituaçu, como foi divulgado na tabela da competição regional. À VENDA Com o acordo do Bahia com a administração da Fonte Nova, agora são duas arenas da Copa do Mundo que não contam com clubes mandantes. A Arena das Dunas, em Natal, e o estádio Nacional de Brasília não possuem clubes que disputam partidas regularmente nos locais. Além das negociações com a diretoria do clube baiano, a Fonte Nova também se vê envolvida em outra polêmica. Dona de 50% da Fonte Nova, a OAS anunciou na última quarta-feira (31), que sua participação no estádio está à venda. A empreiteira pretende negociar a metade da arena com uma empresa estrangeira. VEJA NOTA OFICIAL DO BAHIA À Nação Tricolor. O Esporte Clube Bahia, a Fonte Nova Negócios e Participações e o Governo do Estado da Bahia confirmam a renovação do contrato entre o Clube e o Consórcio por três anos. No novo modelo de contrato, haverá decisões compartilhadas entre Clube e Consórcio sobre o preço dos ingressos, operação das bilheterias e acesso ao estádio em dias de jogos com mando de campo do Bahia. Esta opção busca melhorar a qualidade do serviço oferecido aos torcedores do Bahia e, progressivamente, transformar a Fonte Nova na Casa do Esquadrão, local onde somos respeitados, tratados com dignidade e ganhamos títulos. Graças a esta integração, teremos direito a Loja Oficial, Memorial, sede administrativa, Central de Atendimento ao Sócio, vestiário e banco de reservas fixos. Na Fonte Nova, nos tornamos grandes. Através da Fonte Nova, seremos ainda maiores. Os bancos de dados do Bahia e da Arena vão ser sincronizados, facilitando, futuramente, a oferta de benefícios aos sócios e agilizando a entrada destes ao estádio. Outra novidade é que, além da garantia mínima de R$ 6 milhões, o Bahia terá participação em receitas diretamente relacionadas aos jogos, como a própria bilheteria, mas também camarotes, Lounge e catering (alimentos e bebidas). O percentual repassado ao Clube pelo contrato de naming rights/official suppliertambém terá acréscimo. Caso a média de público anual seja, por exemplo, de 15 mil torcedores, o Bahia terá direito a uma contrapartida no valor de R$12,3 milhões, valor 20% superior ao pago no contrato anterior. Não existe teto máximo. Ou seja: quanto maior o público pagante, maior a receita destinada ao Clube. As receitas de estádio, sem considerar o potencial de crescimento do sócio torcedor, que sai fortalecido após este acordo, já se estabelecem como a segunda maior fonte de renda do Clube. A Diretoria Executiva agradece à Fonte Nova Negócios e Participações pela parceria junto ao Clube e ao Governo do Estado da Bahia pela serena mediação para chegarmos a um entendimento benéfico a todos. A Diretoria Executiva também agradece ao Conselho Deliberativo pela parceria e união em prol do Esporte Clube Bahia e valoriza, principalmente, a postura proativa da Nação Tricolor, sempre ativa e parceira na defesa dos interesses do Clube. É pela alegria e pelo orgulho da torcida em vestir as cores do Bahia que nós trabalhamos. Seja sócio!
esporte
Bahia volta atrás e fecha acordo para seguir jogando na Fonte NovaO Bahia informou nesta quinta-feira (2) que seguirá mandando seus jogos na Fonte Nova. O anunciou foi feito três dias após o clube afirmar que não renovaria o contrato com o estádio e que jogaria suas partidas no estádio de Pituaçu, em Salvador. Depois de mais uma rodada de negociação, porém, o Bahia aceitou permanecer jogando na Fonte Nova e assinou um novo contrato de três anos. O desfecho aconteceu na noite desta quarta-feira (1º), em reunião entre dirigentes do clube baiano, diretores da Arena Fonte Nova e representantes do governo da Bahia. Em nota publicada em seu site oficial, o clube tricolor reforça que fechou um 'acordo vantajoso' para permanecer jogando na Fonte Nova. Segundo o Bahia, "no novo modelo de contrato, haverá decisões compartilhadas entre Clube e Consórcio sobre o preço dos ingressos, operação das bilheterias e acesso ao estádio em dias de jogos com mando de campo do Bahia". De acordo com o presidente Marcelo Sant'Ana, o Bahia receberá uma quantia fixa de R$ 6 milhões por ano, além de outros benefícios: "Quanto maior for o público pagante, a partir de agora, o Bahia receberá um valor maior no contrato". O jogo entre Bahia e Sport válido pelas semifinais da Copa do Nordeste, marcado para o dia 12 de abril, volta a acontecer na Fonte Nova, e não em Pituaçu, como foi divulgado na tabela da competição regional. À VENDA Com o acordo do Bahia com a administração da Fonte Nova, agora são duas arenas da Copa do Mundo que não contam com clubes mandantes. A Arena das Dunas, em Natal, e o estádio Nacional de Brasília não possuem clubes que disputam partidas regularmente nos locais. Além das negociações com a diretoria do clube baiano, a Fonte Nova também se vê envolvida em outra polêmica. Dona de 50% da Fonte Nova, a OAS anunciou na última quarta-feira (31), que sua participação no estádio está à venda. A empreiteira pretende negociar a metade da arena com uma empresa estrangeira. VEJA NOTA OFICIAL DO BAHIA À Nação Tricolor. O Esporte Clube Bahia, a Fonte Nova Negócios e Participações e o Governo do Estado da Bahia confirmam a renovação do contrato entre o Clube e o Consórcio por três anos. No novo modelo de contrato, haverá decisões compartilhadas entre Clube e Consórcio sobre o preço dos ingressos, operação das bilheterias e acesso ao estádio em dias de jogos com mando de campo do Bahia. Esta opção busca melhorar a qualidade do serviço oferecido aos torcedores do Bahia e, progressivamente, transformar a Fonte Nova na Casa do Esquadrão, local onde somos respeitados, tratados com dignidade e ganhamos títulos. Graças a esta integração, teremos direito a Loja Oficial, Memorial, sede administrativa, Central de Atendimento ao Sócio, vestiário e banco de reservas fixos. Na Fonte Nova, nos tornamos grandes. Através da Fonte Nova, seremos ainda maiores. Os bancos de dados do Bahia e da Arena vão ser sincronizados, facilitando, futuramente, a oferta de benefícios aos sócios e agilizando a entrada destes ao estádio. Outra novidade é que, além da garantia mínima de R$ 6 milhões, o Bahia terá participação em receitas diretamente relacionadas aos jogos, como a própria bilheteria, mas também camarotes, Lounge e catering (alimentos e bebidas). O percentual repassado ao Clube pelo contrato de naming rights/official suppliertambém terá acréscimo. Caso a média de público anual seja, por exemplo, de 15 mil torcedores, o Bahia terá direito a uma contrapartida no valor de R$12,3 milhões, valor 20% superior ao pago no contrato anterior. Não existe teto máximo. Ou seja: quanto maior o público pagante, maior a receita destinada ao Clube. As receitas de estádio, sem considerar o potencial de crescimento do sócio torcedor, que sai fortalecido após este acordo, já se estabelecem como a segunda maior fonte de renda do Clube. A Diretoria Executiva agradece à Fonte Nova Negócios e Participações pela parceria junto ao Clube e ao Governo do Estado da Bahia pela serena mediação para chegarmos a um entendimento benéfico a todos. A Diretoria Executiva também agradece ao Conselho Deliberativo pela parceria e união em prol do Esporte Clube Bahia e valoriza, principalmente, a postura proativa da Nação Tricolor, sempre ativa e parceira na defesa dos interesses do Clube. É pela alegria e pelo orgulho da torcida em vestir as cores do Bahia que nós trabalhamos. Seja sócio!
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Dilma torpedear a delação premiada não tem cabimento, afirma leitor
Sobre a reportagem Condenar sem ter provas é 'um tanto Idade Média', afirma Dilma, cumpre lembrar que a delação premiada está prevista na legislação, e a presidente prestigiou o pacote anticorrupção. Não tem cabimento, portanto, Dilma torpedear, no exterior, instituto legal do país que preside, justamente nos EUA, onde é corrente esse tipo de acordo entre o criminoso –é bom frisar– e a Justiça. JOAQUIM QUINTINO FILHO (Pirassununga, SP) * * Dilma está tentando mudar a história do Brasil. Não existe termo de comparação entre o tratamento de presos políticos durante a ditadura –humilhação, violência física e assassinatos– e a "fidalguia" com que a Polícia Federal e a Justiça tratam os acusados do Petrolão (Dilma diz que não respeita delator e rejeita acusações). Digo isso por experiência própria. Entre 1964 e 1974, fui seis vezes encarcerado e vivi, a partir de 1970, os horrores dos calabouços da ditadura. No ano passado, prestei dois depoimentos à Comissão Nacional da Verdade. AMILCAR BAIARDI (Salvador, BA) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Dilma torpedear a delação premiada não tem cabimento, afirma leitorSobre a reportagem Condenar sem ter provas é 'um tanto Idade Média', afirma Dilma, cumpre lembrar que a delação premiada está prevista na legislação, e a presidente prestigiou o pacote anticorrupção. Não tem cabimento, portanto, Dilma torpedear, no exterior, instituto legal do país que preside, justamente nos EUA, onde é corrente esse tipo de acordo entre o criminoso –é bom frisar– e a Justiça. JOAQUIM QUINTINO FILHO (Pirassununga, SP) * * Dilma está tentando mudar a história do Brasil. Não existe termo de comparação entre o tratamento de presos políticos durante a ditadura –humilhação, violência física e assassinatos– e a "fidalguia" com que a Polícia Federal e a Justiça tratam os acusados do Petrolão (Dilma diz que não respeita delator e rejeita acusações). Digo isso por experiência própria. Entre 1964 e 1974, fui seis vezes encarcerado e vivi, a partir de 1970, os horrores dos calabouços da ditadura. No ano passado, prestei dois depoimentos à Comissão Nacional da Verdade. AMILCAR BAIARDI (Salvador, BA) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Haddad passou sete meses sem ser atendido por Dilma
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), não era atendido por Dilma Rousseff desde setembro –nem mesmo ao telefone. Na semana passada, dias antes de cair, ela finalmente retornou a uma ligação dele. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Haddad passou sete meses sem ser atendido por DilmaO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), não era atendido por Dilma Rousseff desde setembro –nem mesmo ao telefone. Na semana passada, dias antes de cair, ela finalmente retornou a uma ligação dele. Leia a coluna completa aqui.
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Veja as mortes e missas publicadas nesta sexta-feira
MORTES Fiszel Czeresnia - Aos 92, viúvo de Rosa Kon Czeresnia. Deixa as filhas, Iara e Tamara, irmãos e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Jenny Villas-Boas Faria - Aos 100. Deixa sobrinhos. Cem. São Paulo. José Novaes de Andrade - Aos 87, casado. Deixa filhos e netos. Crematório Vila Alpina. * 7º DIA Alaíde Diogo - Hoje (27/2), às 18h, na igreja Imaculado Coração de Maria, rua Jaguaribe, 735, Higienópolis, e às 19h, na igreja Nossa Senhora do Bom Conselho, rua da Mooca, 3.911, Mooca. Edgard Schoroeder San Juan - Hoje (27/2), às 12h30, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rua Honório Líbero, 100, Jardim Paulistano. Frei Barruel de Lagenest - Amanhã (28/2), às 12h15, na igreja São Domingos, rua Caiubi, 164, Perdizes. Heloisa Vidigal Barbosa de Almeida- Hoje (27/2), às 19h, na igreja Nossa Senhora Mãe do Salvador (Cruz Torta), avenida Professor Frederico Hermann Júnior, 105, Alto de Pinheiros. Lidia Rachid Perrone - Amanhã (28/2), às 16h, na igreja Nossa Senhora da Esperança, avenida dos Eucaliptos, 566, Moema. Noriyuki Yoshino - Amanhã (28/2), às 18h, na igreja Santo Ivo, largo da Batalha, 189, Jardim Luzitânia. * 1º ANO Ana Carmelita Visconti Weingrill - Hoje (27/2), às 19h, na igreja São Domingos, rua Caiubi, 164, Perdizes. * 202º MÊS Norma Vasques Dominguez - Hoje (27/2), às 20h, na igreja Nossa Senhora da Saúde, rua Domingos de Moraes, 2.387, Vila Mariana * 25º ANO Walcyr Barcellos - Hoje (27/2), às 18h, na igreja Imaculado Coração de Maria, rua Jaguaribe, 735, Higienópolis, e às 19h, na igreja Nossa Senhora do Bom Conselho, rua da Mooca, 3.911, Mooca.
cotidiano
Veja as mortes e missas publicadas nesta sexta-feiraMORTES Fiszel Czeresnia - Aos 92, viúvo de Rosa Kon Czeresnia. Deixa as filhas, Iara e Tamara, irmãos e netos. Cemitério Israelita do Butantã. Jenny Villas-Boas Faria - Aos 100. Deixa sobrinhos. Cem. São Paulo. José Novaes de Andrade - Aos 87, casado. Deixa filhos e netos. Crematório Vila Alpina. * 7º DIA Alaíde Diogo - Hoje (27/2), às 18h, na igreja Imaculado Coração de Maria, rua Jaguaribe, 735, Higienópolis, e às 19h, na igreja Nossa Senhora do Bom Conselho, rua da Mooca, 3.911, Mooca. Edgard Schoroeder San Juan - Hoje (27/2), às 12h30, na igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rua Honório Líbero, 100, Jardim Paulistano. Frei Barruel de Lagenest - Amanhã (28/2), às 12h15, na igreja São Domingos, rua Caiubi, 164, Perdizes. Heloisa Vidigal Barbosa de Almeida- Hoje (27/2), às 19h, na igreja Nossa Senhora Mãe do Salvador (Cruz Torta), avenida Professor Frederico Hermann Júnior, 105, Alto de Pinheiros. Lidia Rachid Perrone - Amanhã (28/2), às 16h, na igreja Nossa Senhora da Esperança, avenida dos Eucaliptos, 566, Moema. Noriyuki Yoshino - Amanhã (28/2), às 18h, na igreja Santo Ivo, largo da Batalha, 189, Jardim Luzitânia. * 1º ANO Ana Carmelita Visconti Weingrill - Hoje (27/2), às 19h, na igreja São Domingos, rua Caiubi, 164, Perdizes. * 202º MÊS Norma Vasques Dominguez - Hoje (27/2), às 20h, na igreja Nossa Senhora da Saúde, rua Domingos de Moraes, 2.387, Vila Mariana * 25º ANO Walcyr Barcellos - Hoje (27/2), às 18h, na igreja Imaculado Coração de Maria, rua Jaguaribe, 735, Higienópolis, e às 19h, na igreja Nossa Senhora do Bom Conselho, rua da Mooca, 3.911, Mooca.
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Sete apostas de Serra
O governo interino promete chacoalhar a política de comércio exterior herdada do PT. Trata-se de aposta ambiciosa, pois há pouco tempo para negociar e reverter décadas de uma política equivocada, cujo efeito mais direto foi deixar o país e seus cidadãos mais pobres. Mas há bons motivos para ter alguma esperança, pois tudo o que o governo precisa fazer é mostrar espírito propositivo e sede por criar comércio novo. Há sete áreas específicas em que dá para fazer muito em pouco tempo e com o apoio dos principais grupos de interesse envolvidos. 1) Dobrar a aposta com a União Europeia. Ainda com Dilma, os europeus fizeram uma oferta ruim à qual o Brasil respondeu com outra proposta ruim. Serra pode subir a ambição do acordo. Em vez de oferecer 80% do universo tarifário, oferecemos 90% e pomos na mesa temas espinhosos como meio ambiente e direitos trabalhistas. 2) Realizar um "exercício de escopo" com os Estados Unidos. No prazo de 180 dias, Brasília e Washington publicariam um relatório listando as áreas em que é possível avançar na agenda comercial bilateral. Há muito espaço para avançar com os americanos. E nada seria mais eficaz para tirar os europeus da pachorra. 3) Dilma iniciou conversas com México para um acordo de livre comércio muito benéfico para a indústria brasileira. Bastaria a Serra sinalizar compromisso com a boa empreitada. 4) Atacar a burocracia alfandegária. Para o setor privado, ela atrapalha mais que tributação, financiamento ou logística. Bastaria a Serra antecipar a implementação do Acordo de Facilitação do Comércio da OMC (Organização Mundial do Comércio) e apoiar programas inovadores como o Portal Único de Comércio Exterior e o Operador Econômico Autorizado. 5) Discutir a adesão à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Não se trata de entrar para o clube dos ricos, mas de forçar a conversa pública sobre o assunto. Da última vez que a proposta foi posta sobre a mesa, o Itamaraty optou por mata-la em silêncio. 6) Aderir ao TISA. Este acordo regula serviços, que representam 65% do valor agregado de nossa indústria, 40% das exportações de manufaturados e mais da metade da riqueza brasileira. Como barateia custos, torna a indústria mais competitiva, recuperando um setor muito punido no governo Dilma. 7) Assinar o Acordo sobre Compras Governamentais da OMC. Ele impõe transparência às licitações públicas, dá segurança jurídica às novas concessões, reduz o custo do governo e tem cláusula de reciprocidade que abre mercados a nossas empreiteiras em crise. O melhor sinal de que o combate à corrupção está no centro da agenda nacional.
colunas
Sete apostas de SerraO governo interino promete chacoalhar a política de comércio exterior herdada do PT. Trata-se de aposta ambiciosa, pois há pouco tempo para negociar e reverter décadas de uma política equivocada, cujo efeito mais direto foi deixar o país e seus cidadãos mais pobres. Mas há bons motivos para ter alguma esperança, pois tudo o que o governo precisa fazer é mostrar espírito propositivo e sede por criar comércio novo. Há sete áreas específicas em que dá para fazer muito em pouco tempo e com o apoio dos principais grupos de interesse envolvidos. 1) Dobrar a aposta com a União Europeia. Ainda com Dilma, os europeus fizeram uma oferta ruim à qual o Brasil respondeu com outra proposta ruim. Serra pode subir a ambição do acordo. Em vez de oferecer 80% do universo tarifário, oferecemos 90% e pomos na mesa temas espinhosos como meio ambiente e direitos trabalhistas. 2) Realizar um "exercício de escopo" com os Estados Unidos. No prazo de 180 dias, Brasília e Washington publicariam um relatório listando as áreas em que é possível avançar na agenda comercial bilateral. Há muito espaço para avançar com os americanos. E nada seria mais eficaz para tirar os europeus da pachorra. 3) Dilma iniciou conversas com México para um acordo de livre comércio muito benéfico para a indústria brasileira. Bastaria a Serra sinalizar compromisso com a boa empreitada. 4) Atacar a burocracia alfandegária. Para o setor privado, ela atrapalha mais que tributação, financiamento ou logística. Bastaria a Serra antecipar a implementação do Acordo de Facilitação do Comércio da OMC (Organização Mundial do Comércio) e apoiar programas inovadores como o Portal Único de Comércio Exterior e o Operador Econômico Autorizado. 5) Discutir a adesão à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Não se trata de entrar para o clube dos ricos, mas de forçar a conversa pública sobre o assunto. Da última vez que a proposta foi posta sobre a mesa, o Itamaraty optou por mata-la em silêncio. 6) Aderir ao TISA. Este acordo regula serviços, que representam 65% do valor agregado de nossa indústria, 40% das exportações de manufaturados e mais da metade da riqueza brasileira. Como barateia custos, torna a indústria mais competitiva, recuperando um setor muito punido no governo Dilma. 7) Assinar o Acordo sobre Compras Governamentais da OMC. Ele impõe transparência às licitações públicas, dá segurança jurídica às novas concessões, reduz o custo do governo e tem cláusula de reciprocidade que abre mercados a nossas empreiteiras em crise. O melhor sinal de que o combate à corrupção está no centro da agenda nacional.
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Editorial sobre denúncia contra Temer é correto e equilibrado, dizem leitores
SERGIO MORO As investigações da Lava Jato revelam, a cada dia, que muitos dos políticos brasileiros podem ser identificados como corruptos. Nós, eleitores, precisamos desinfetar a classe política em 2018. Força, Moro. Seus pequenos erros desaparecem diante dos benefícios que seu trabalho proporciona a nossa democracia. MARIA DE NASARÉ SERPA (Bragança Paulista, SP) * Sergio Moro é uma das esperanças do país. Trabalha firme, ao lado da equipe da Lava Jato, para estancar a roubalheira no país. A sociedade acompanha de perto sua atuação e espera ver os corruptos condenados e obrigados a restituírem o que roubaram. IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP) * Em relação à entrevista do juiz Sergio Moro, é preciso fazer um esclarecimento. Nem todo político é igual. Eu, por exemplo, estou, sim, preocupado com o combate à corrupção. Meu projeto de lei que cria a Política Municipal de Prevenção à Corrupção, já aprovado em primeira votação na Câmara Municipal, reduziria as brechas para o desvio de dinheiro e pouparia juízes do trabalho de investigação e prisão de políticos. POLICE NETO, vereador de São Paulo pelo PSD (São Paulo, SP) * Deplorável em todos os sentidos a entrevista do juiz Sergio Moro. Ao defender a utilização de prova indireta, ele esquece que a Justiça é o equilíbrio entre a moral e o direito. Ao apoiar-se em prova indireta para condenar um réu, o juiz corrompe o direito com reticências e descambando para a imoralidade. CLÉCIO RIBEIRO, advogado (São Paulo, SP) * Moro explicitou bem um conflito que está no âmago da nossa interminável crise: o corporativismo e o instinto de autopreservação da classe política são maiores que o interesse em colocar o país na rota da ordem e do crescimento. Como esperar destes mesmos políticos uma reforma eleitoral que devolva à sociedade o sentimento de representatividade? RICHARD DUBOIS (Brasília, DF) * - PSOL Parabéns, Luciana Genro, pela coragem em romper com o pacto de cinismo que ainda hoje impera em setores expressivos da esquerda no Brasil. Lula e o PT, com seu pragmatismo oportunista, agora colhem os frutos amargos das alianças que tabularam com líderes do PMDB. PAULO WATRIN (Belém, PA) * É fácil chutar cachorro morto, agora que o PT está desmoralizado. PSOL e PT, na verdade, são exatamente iguais. Ambos se beneficiaram do grande esquema de corrupção que tomou conta do país. JOÃO MANOEL LUIZ FILHO (Macaé, RJ) EDITORIAL O equilibrado editorial "A decisão que urge" segue a postura da Folha de manifestar sua posição institucional perante temas de alta relevância para o povo brasileiro. Quanto ao mérito do assunto, acredito que o resumo do mesmo fica refletido a partir da alta rejeição de Michel Temer. Juridicamente, as dúvidas devem se pautar em favor da sociedade. Ou alguém duvida de que a sociedade brasileira não confia em uma vírgula do que diz o presidente da República? JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR) * Perfeito o editorial. De fato, é lamentável ter um presidente da República sob investigação. E mais lamentável ainda é ele tentar cooptar seus julgadores promovendo jantares à custa do contribuinte brasileiro. Quanta imoralidade! Onde estão os homens de bem deste país? Ainda existem? NELI DE FARIA (Foz do Iguaçu, PR) * Os brasileiros agradecem à Folha por seu editorial a respeito da óbvia necessidade de levar ao STF as denúncias gravíssimas de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. Entretanto, todos sabemos que, a depender da vontade da maioria da Câmara dos Deputados, Temer não será julgado. Apesar dos indícios veementes, muitos congressistas preferem a continuidade de seu governo, comprados com dinheiro e cargos públicos para seus protegidos. Resta esperar que o povo saiba julgar esses políticos na próxima eleição. ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP) * O editorial está correto ao afirmar que o acúmulo de indícios impõe que se investigue o presidente. Investigar sim, condenar pelos indícios, não. Que Justiça é esta que se atreve a condenar o réu com base exclusivamente nos indícios? Não é este o caminho de todo poder arbitrário e prepotente? Os nós górdios da Justiça não devem ser cortados pela espada do poder, e sim desatados com a paciência e imparcialidade dos homens justos. GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP) * Melhor seria não haver prerrogativa de foro no país. A necessidade de que a Câmara autorize a investigação contra o presidente é outra das medidas esdrúxulas da legislação brasileira. CARLOS GUIMARÃES (Curitiba, PR) * Excelente o editorial. Precisamos acabar com a ditadura das ilicitudes e resgatar nossa democracia o quanto antes. Assim como sua incompetente antecessora, o presidente deve ser retirado de seu posto. A Câmara precisa demonstrar ao país que, apesar de tudo, é realmente uma casa democrática. EDUARDO GIULIANI (São Paulo, SP) * Que dificuldade em ser objetivo. Que peça de contorcionismo. Lamentável, Folha, outrora tão direta e incisiva com o poder. PEDRO T. DA SILVA (Teresina, Piauí) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Editorial sobre denúncia contra Temer é correto e equilibrado, dizem leitoresSERGIO MORO As investigações da Lava Jato revelam, a cada dia, que muitos dos políticos brasileiros podem ser identificados como corruptos. Nós, eleitores, precisamos desinfetar a classe política em 2018. Força, Moro. Seus pequenos erros desaparecem diante dos benefícios que seu trabalho proporciona a nossa democracia. MARIA DE NASARÉ SERPA (Bragança Paulista, SP) * Sergio Moro é uma das esperanças do país. Trabalha firme, ao lado da equipe da Lava Jato, para estancar a roubalheira no país. A sociedade acompanha de perto sua atuação e espera ver os corruptos condenados e obrigados a restituírem o que roubaram. IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP) * Em relação à entrevista do juiz Sergio Moro, é preciso fazer um esclarecimento. Nem todo político é igual. Eu, por exemplo, estou, sim, preocupado com o combate à corrupção. Meu projeto de lei que cria a Política Municipal de Prevenção à Corrupção, já aprovado em primeira votação na Câmara Municipal, reduziria as brechas para o desvio de dinheiro e pouparia juízes do trabalho de investigação e prisão de políticos. POLICE NETO, vereador de São Paulo pelo PSD (São Paulo, SP) * Deplorável em todos os sentidos a entrevista do juiz Sergio Moro. Ao defender a utilização de prova indireta, ele esquece que a Justiça é o equilíbrio entre a moral e o direito. Ao apoiar-se em prova indireta para condenar um réu, o juiz corrompe o direito com reticências e descambando para a imoralidade. CLÉCIO RIBEIRO, advogado (São Paulo, SP) * Moro explicitou bem um conflito que está no âmago da nossa interminável crise: o corporativismo e o instinto de autopreservação da classe política são maiores que o interesse em colocar o país na rota da ordem e do crescimento. Como esperar destes mesmos políticos uma reforma eleitoral que devolva à sociedade o sentimento de representatividade? RICHARD DUBOIS (Brasília, DF) * - PSOL Parabéns, Luciana Genro, pela coragem em romper com o pacto de cinismo que ainda hoje impera em setores expressivos da esquerda no Brasil. Lula e o PT, com seu pragmatismo oportunista, agora colhem os frutos amargos das alianças que tabularam com líderes do PMDB. PAULO WATRIN (Belém, PA) * É fácil chutar cachorro morto, agora que o PT está desmoralizado. PSOL e PT, na verdade, são exatamente iguais. Ambos se beneficiaram do grande esquema de corrupção que tomou conta do país. JOÃO MANOEL LUIZ FILHO (Macaé, RJ) EDITORIAL O equilibrado editorial "A decisão que urge" segue a postura da Folha de manifestar sua posição institucional perante temas de alta relevância para o povo brasileiro. Quanto ao mérito do assunto, acredito que o resumo do mesmo fica refletido a partir da alta rejeição de Michel Temer. Juridicamente, as dúvidas devem se pautar em favor da sociedade. Ou alguém duvida de que a sociedade brasileira não confia em uma vírgula do que diz o presidente da República? JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR) * Perfeito o editorial. De fato, é lamentável ter um presidente da República sob investigação. E mais lamentável ainda é ele tentar cooptar seus julgadores promovendo jantares à custa do contribuinte brasileiro. Quanta imoralidade! Onde estão os homens de bem deste país? Ainda existem? NELI DE FARIA (Foz do Iguaçu, PR) * Os brasileiros agradecem à Folha por seu editorial a respeito da óbvia necessidade de levar ao STF as denúncias gravíssimas de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. Entretanto, todos sabemos que, a depender da vontade da maioria da Câmara dos Deputados, Temer não será julgado. Apesar dos indícios veementes, muitos congressistas preferem a continuidade de seu governo, comprados com dinheiro e cargos públicos para seus protegidos. Resta esperar que o povo saiba julgar esses políticos na próxima eleição. ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP) * O editorial está correto ao afirmar que o acúmulo de indícios impõe que se investigue o presidente. Investigar sim, condenar pelos indícios, não. Que Justiça é esta que se atreve a condenar o réu com base exclusivamente nos indícios? Não é este o caminho de todo poder arbitrário e prepotente? Os nós górdios da Justiça não devem ser cortados pela espada do poder, e sim desatados com a paciência e imparcialidade dos homens justos. GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP) * Melhor seria não haver prerrogativa de foro no país. A necessidade de que a Câmara autorize a investigação contra o presidente é outra das medidas esdrúxulas da legislação brasileira. CARLOS GUIMARÃES (Curitiba, PR) * Excelente o editorial. Precisamos acabar com a ditadura das ilicitudes e resgatar nossa democracia o quanto antes. Assim como sua incompetente antecessora, o presidente deve ser retirado de seu posto. A Câmara precisa demonstrar ao país que, apesar de tudo, é realmente uma casa democrática. EDUARDO GIULIANI (São Paulo, SP) * Que dificuldade em ser objetivo. Que peça de contorcionismo. Lamentável, Folha, outrora tão direta e incisiva com o poder. PEDRO T. DA SILVA (Teresina, Piauí) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Atos que lembram 42 anos da ditadura deixam ao menos dez feridos no Chile
Uma grande manifestação em homenagem às vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) percorreu neste domingo (13) as ruas de Santiago (Chile) e terminou com violentos confrontos com a polícia. Os participantes da marcha pediam o fechamento de uma prisão especial onde ex-militares condenados por crimes durante a ditadura teriam privilégios. Entre a noite de quinta (10) e a noite deste sábado (12), ao menos dez pessoas ficaram feridas, a maioria em Santiago, e 52 foram detidas em distúrbios com a polícia durante atos que lembraram o golpe militar. Em um acontecimento inédito, a marcha deste domingo–que lembrou os 42 anos do golpe militar que instalou a ditadura– terminou em um cemitério que abriga um memorial aos desaparecidos e mortos pelo regime ditatorial. "A ferida segue aberta, porque a verdade não está contada e não foi feita justiça", disse à agência AFP Tania Núñez, 53, que participou da manifestação carregando uma foto de um dos mais de 3.200 assassinados pela ditadura. Com a voz de Allende saindo de alto-falantes, milhares de pessoas, dançando ao som de tambores, cruzaram o palácio La Moneda para começar uma caminhada de vários quilômetros. Ao longo do caminho, o descontentamento contra a prisão de Punta Peuco –localizada a 50 km de Santiago e que abriga uma centena de ex-membros das Forças Armadas condenados por torturas, sequestros e mortes– foi sentido através dos cantos, cartazes e comentários entre os participantes. O governo da socialista Michelle Bachelet –que atravessa seu nível mais baixo de aprovação, com 22%– reiterou no sábado que está avaliando um possível fechamento da prisão, embora tenha negado que existam privilégios no centro de reclusão. Na sexta-feira, Bachelet destacou que 42 anos após o golpe que "devastou" o país ainda resta uma dívida pendente e que faltam "verdades a conhecer e justiça por aplicar". Diante do imenso memorial com milhares de nomes daqueles que foram mortos pela repressão militar, os familiares depositaram cravos. A poucos metros dali foram registrados violentos confrontos que terminaram com a polícia lançando água e gases nos manifestantes. A sangrenta ditadura de Pinochet deixou mais de 3.200 mortos e cerca de 38 mil torturados. VIOLADOR MORTO Na sexta-feira, dia em que o golpe militar no Chile completou 42 anos, morreu Marcelo Moren Brito, 80, uma das principais figuras da temida polícia política da ditadura de Pinochet, a Dina. Brito teve participação comprovada em emblemáticos crimes, incluindo na Caravana da Morte, viagem de extermínio que percorreu o país e que deixou dezenas de mortos. O ex-coronel estava condenado a mais de 300 anos por violação dos direitos humanos e cumpria sua condenação na prisão de Punta Peuco
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Atos que lembram 42 anos da ditadura deixam ao menos dez feridos no ChileUma grande manifestação em homenagem às vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) percorreu neste domingo (13) as ruas de Santiago (Chile) e terminou com violentos confrontos com a polícia. Os participantes da marcha pediam o fechamento de uma prisão especial onde ex-militares condenados por crimes durante a ditadura teriam privilégios. Entre a noite de quinta (10) e a noite deste sábado (12), ao menos dez pessoas ficaram feridas, a maioria em Santiago, e 52 foram detidas em distúrbios com a polícia durante atos que lembraram o golpe militar. Em um acontecimento inédito, a marcha deste domingo–que lembrou os 42 anos do golpe militar que instalou a ditadura– terminou em um cemitério que abriga um memorial aos desaparecidos e mortos pelo regime ditatorial. "A ferida segue aberta, porque a verdade não está contada e não foi feita justiça", disse à agência AFP Tania Núñez, 53, que participou da manifestação carregando uma foto de um dos mais de 3.200 assassinados pela ditadura. Com a voz de Allende saindo de alto-falantes, milhares de pessoas, dançando ao som de tambores, cruzaram o palácio La Moneda para começar uma caminhada de vários quilômetros. Ao longo do caminho, o descontentamento contra a prisão de Punta Peuco –localizada a 50 km de Santiago e que abriga uma centena de ex-membros das Forças Armadas condenados por torturas, sequestros e mortes– foi sentido através dos cantos, cartazes e comentários entre os participantes. O governo da socialista Michelle Bachelet –que atravessa seu nível mais baixo de aprovação, com 22%– reiterou no sábado que está avaliando um possível fechamento da prisão, embora tenha negado que existam privilégios no centro de reclusão. Na sexta-feira, Bachelet destacou que 42 anos após o golpe que "devastou" o país ainda resta uma dívida pendente e que faltam "verdades a conhecer e justiça por aplicar". Diante do imenso memorial com milhares de nomes daqueles que foram mortos pela repressão militar, os familiares depositaram cravos. A poucos metros dali foram registrados violentos confrontos que terminaram com a polícia lançando água e gases nos manifestantes. A sangrenta ditadura de Pinochet deixou mais de 3.200 mortos e cerca de 38 mil torturados. VIOLADOR MORTO Na sexta-feira, dia em que o golpe militar no Chile completou 42 anos, morreu Marcelo Moren Brito, 80, uma das principais figuras da temida polícia política da ditadura de Pinochet, a Dina. Brito teve participação comprovada em emblemáticos crimes, incluindo na Caravana da Morte, viagem de extermínio que percorreu o país e que deixou dezenas de mortos. O ex-coronel estava condenado a mais de 300 anos por violação dos direitos humanos e cumpria sua condenação na prisão de Punta Peuco
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Com dengue, gripe pode sobrecarregar saúde, diz diretor de ministério
O aumento de casos da gripe H1N1 em período atípico e em meio ao avanço de dengue, zika e chikungunya ainda não é um fenômeno nacional e tem dimensão imprevisível. A tendência, porém, é sobrecarregar os serviços de saúde, afirma Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde. "Não adianta vendermos uma tranquilidade que não é verdadeira. Estamos todos preocupados com a quantidade de doenças transmissíveis ao mesmo tempo. A que mais provoca mortes é a gripe." De acordo com ele, a pasta está "em plena preparação para uma gravidade maior". Maierovitch diz que, além de São Paulo, é possível perceber um aumento de casos de H1N1 em Goiás e Santa Catarina, mas que nos outros Estados eles ainda são isolados. Confira trechos da entrevista. * Folha - Como o ministério vê o avanço da gripe H1N1? Cláudio Maierovitch - Estamos vivendo um aumento de casos. É atípico que já comecem nesta fase do ano. A questão é que não existe medida de saúde pública capaz de impedir a circulação dos vírus de gripe. A vacinação serve para reduzir a proporção de casos graves e óbitos entre as pessoas que têm maior risco de gravidade. Ela não é capaz de reduzir a circulação do vírus, mas de proteger pessoas de maior risco, como gestantes e idosos. Temos medidas de proteção: orientar que as pessoas cubram a boca o nariz quando espirram ou tossem, e que lavem as mãos com muita frequência. Pessoas doentes não devem tocar em outras pessoas, nem serem tocadas por outros, porque é difícil imaginar que o vírus fica restrito à região do rosto. E quando estão doentes devem se afastar de outras atividades que envolvem contato com outras pessoas. Ter algum nível de restrição do contato interpessoal pode servir para reduzir a velocidade de transmissão. Isso não vai impedir a circulação do vírus, mas pode fazer com que ele circule mais lentamente. O que pode explicar esse aumento de casos fora de época? De verdade: não sabemos. Algumas pessoas têm falado que foi uma época em que as pessoas viajaram ao hemisfério Norte e trouxeram vírus de lá. Mas isso ocorre todo ano, o tempo todo. Sabemos, por experiências anteriores, que os anos em que o vírus começa a circular mais cedo tendem a ser mais preocupantes do ponto de vista do comportamento epidêmico. Qual é a expectativa do Ministério da Saúde? A situação pode ficar mais grave? Estamos em plena preparação para uma gravidade maior. Isso pode acontecer. Podemos qualificar isso como uma nova epidemia? Todo ano temos epidemia de gripe. Podemos falar em três perguntas: quando começa, qual a intensidade e qual vírus que predomina. Neste ano, sabemos que começou mais cedo, e sabemos que até o momento tem predominado o H1N1. Difícil ter uma previsão, mas essas duas coisas juntas aconteceram em 2012 e 2013 e nos deram muita dor de cabeça. Nós tivemos uma boa resposta naqueles dois anos, porque ficamos muito preocupados que o tratamento não iniciasse no tempo adequado. Estamos trabalhando nisso também neste ano para que os profissionais de saúde estejam em alerta quanto ao momento de se iniciar o tratamento com o antiviral, a qualquer sinal de falta de ar. Esse é o grande sinal de agravamento da doença. A situação que temos agora indica aumento de casos de SRAG (Síndrome Aguda Respiratória Grave). Houve outro momento semelhante? Não faz muito tempo, infelizmente. 2015 foi um ano excepcionalmente calmo, que não deve servir como comparador, talvez porque não teve muito inverno. 2014 também. 2013 foi um ano do qual estamos nos lembrando agora, de circulação intensa do vírus na região Sudeste. 2012 também deu trabalho, mas principalmente na região Sul, em Estados menos populosos que São Paulo. Ainda não sabemos como vai ser o comportamento neste ano. Boletim traz notificações em 11 Estados. A abrangência é maior neste ano? Ainda não podemos falar nisso, porque todos os anos temos isolamento de vírus em praticamente todos os Estados. O que preocupa não é o fato de ter o vírus ou um óbito causado pela gripe. Isso temos todos os anos. Durante muito tempo ainda teremos gente morrendo por gripe todos os anos. A questão é observarmos um aumento na quantidade de casos. Por enquanto observamos que no Estado de São Paulo está havendo aumento. Temos indícios de que em Goiás e Santa Catarina há algum aumento também. Não podemos fazer essa afirmação ainda em relação a outros Estados. Não temos esse indicativo [de epidemia em vários locais], e espero que não tenhamos. Estamos num período com várias epidemias e surtos. Essa situação atual pode fazer com que se perca a atenção em relação aos casos de zika, dengue e chikungunya? Estamos num ano intenso em vários sentidos. Parece que a política está se manifestando também nos vírus. Nós estamos acostumados todo ano a ter uma epidemia de verão e uma de inverno. A de verão é de dengue, e a de inverno é de gripe. No momento em que as coisas se sobrepõem, existe a tendência de que os serviços de saúde fiquem sobrecarregados. Isso exige um esforço a mais que já vinha sendo exigido em função da entrada desses novos vírus, que são zika e chikungunya. Não adianta vendermos uma tranquilidade que não é verdadeira. Estamos todos preocupados com a quantidade de doenças transmissíveis ao mesmo tempo. A que mais provoca mortes é a gripe. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Já se falou em usar a vacina utilizada em 2015. Ela seria eficaz neste caso? A vacina de 2015, assim como a de 2016, tem três cepas de vírus. Uma delas é coincidente entre os dois anos, que é justamente a H1N1 de 2009 [quando ocorreu a pandemia de gripe A]. Para este componente, ela é igualmente eficaz. Mas ela não dá cobertura para os outros dois vírus que têm circulação provável em 2016, o H3N2 e o vírus B. A prevenção é a única forma de diminuir a circulação do vírus. Trabalhamos em três pilares: redução da velocidade de circulação do vírus, proteção das pessoas mais vulneráveis com uso da vacina e tratamento precoce das mais vulneráveis ou em casos com maior gravidade. Seria a pior situação desde 2009, quando tivemos a pandemia? Difícil saber, pois estamos no começo. O ano da pandemia não pode ser um comparador, porque quando pega o gráfico, é muito diferente de tudo. A comparação que podemos fazer neste ano é que tivemos mais casos para essa mesma época do ano. Por enquanto, podemos dizer que é um ano que preocupa mais. Pode ser que tenhamos uma boa surpresa, e assim como começou antes, também acabe antes. Mas isso é imprevisível.
cotidiano
Com dengue, gripe pode sobrecarregar saúde, diz diretor de ministérioO aumento de casos da gripe H1N1 em período atípico e em meio ao avanço de dengue, zika e chikungunya ainda não é um fenômeno nacional e tem dimensão imprevisível. A tendência, porém, é sobrecarregar os serviços de saúde, afirma Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde. "Não adianta vendermos uma tranquilidade que não é verdadeira. Estamos todos preocupados com a quantidade de doenças transmissíveis ao mesmo tempo. A que mais provoca mortes é a gripe." De acordo com ele, a pasta está "em plena preparação para uma gravidade maior". Maierovitch diz que, além de São Paulo, é possível perceber um aumento de casos de H1N1 em Goiás e Santa Catarina, mas que nos outros Estados eles ainda são isolados. Confira trechos da entrevista. * Folha - Como o ministério vê o avanço da gripe H1N1? Cláudio Maierovitch - Estamos vivendo um aumento de casos. É atípico que já comecem nesta fase do ano. A questão é que não existe medida de saúde pública capaz de impedir a circulação dos vírus de gripe. A vacinação serve para reduzir a proporção de casos graves e óbitos entre as pessoas que têm maior risco de gravidade. Ela não é capaz de reduzir a circulação do vírus, mas de proteger pessoas de maior risco, como gestantes e idosos. Temos medidas de proteção: orientar que as pessoas cubram a boca o nariz quando espirram ou tossem, e que lavem as mãos com muita frequência. Pessoas doentes não devem tocar em outras pessoas, nem serem tocadas por outros, porque é difícil imaginar que o vírus fica restrito à região do rosto. E quando estão doentes devem se afastar de outras atividades que envolvem contato com outras pessoas. Ter algum nível de restrição do contato interpessoal pode servir para reduzir a velocidade de transmissão. Isso não vai impedir a circulação do vírus, mas pode fazer com que ele circule mais lentamente. O que pode explicar esse aumento de casos fora de época? De verdade: não sabemos. Algumas pessoas têm falado que foi uma época em que as pessoas viajaram ao hemisfério Norte e trouxeram vírus de lá. Mas isso ocorre todo ano, o tempo todo. Sabemos, por experiências anteriores, que os anos em que o vírus começa a circular mais cedo tendem a ser mais preocupantes do ponto de vista do comportamento epidêmico. Qual é a expectativa do Ministério da Saúde? A situação pode ficar mais grave? Estamos em plena preparação para uma gravidade maior. Isso pode acontecer. Podemos qualificar isso como uma nova epidemia? Todo ano temos epidemia de gripe. Podemos falar em três perguntas: quando começa, qual a intensidade e qual vírus que predomina. Neste ano, sabemos que começou mais cedo, e sabemos que até o momento tem predominado o H1N1. Difícil ter uma previsão, mas essas duas coisas juntas aconteceram em 2012 e 2013 e nos deram muita dor de cabeça. Nós tivemos uma boa resposta naqueles dois anos, porque ficamos muito preocupados que o tratamento não iniciasse no tempo adequado. Estamos trabalhando nisso também neste ano para que os profissionais de saúde estejam em alerta quanto ao momento de se iniciar o tratamento com o antiviral, a qualquer sinal de falta de ar. Esse é o grande sinal de agravamento da doença. A situação que temos agora indica aumento de casos de SRAG (Síndrome Aguda Respiratória Grave). Houve outro momento semelhante? Não faz muito tempo, infelizmente. 2015 foi um ano excepcionalmente calmo, que não deve servir como comparador, talvez porque não teve muito inverno. 2014 também. 2013 foi um ano do qual estamos nos lembrando agora, de circulação intensa do vírus na região Sudeste. 2012 também deu trabalho, mas principalmente na região Sul, em Estados menos populosos que São Paulo. Ainda não sabemos como vai ser o comportamento neste ano. Boletim traz notificações em 11 Estados. A abrangência é maior neste ano? Ainda não podemos falar nisso, porque todos os anos temos isolamento de vírus em praticamente todos os Estados. O que preocupa não é o fato de ter o vírus ou um óbito causado pela gripe. Isso temos todos os anos. Durante muito tempo ainda teremos gente morrendo por gripe todos os anos. A questão é observarmos um aumento na quantidade de casos. Por enquanto observamos que no Estado de São Paulo está havendo aumento. Temos indícios de que em Goiás e Santa Catarina há algum aumento também. Não podemos fazer essa afirmação ainda em relação a outros Estados. Não temos esse indicativo [de epidemia em vários locais], e espero que não tenhamos. Estamos num período com várias epidemias e surtos. Essa situação atual pode fazer com que se perca a atenção em relação aos casos de zika, dengue e chikungunya? Estamos num ano intenso em vários sentidos. Parece que a política está se manifestando também nos vírus. Nós estamos acostumados todo ano a ter uma epidemia de verão e uma de inverno. A de verão é de dengue, e a de inverno é de gripe. No momento em que as coisas se sobrepõem, existe a tendência de que os serviços de saúde fiquem sobrecarregados. Isso exige um esforço a mais que já vinha sendo exigido em função da entrada desses novos vírus, que são zika e chikungunya. Não adianta vendermos uma tranquilidade que não é verdadeira. Estamos todos preocupados com a quantidade de doenças transmissíveis ao mesmo tempo. A que mais provoca mortes é a gripe. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Já se falou em usar a vacina utilizada em 2015. Ela seria eficaz neste caso? A vacina de 2015, assim como a de 2016, tem três cepas de vírus. Uma delas é coincidente entre os dois anos, que é justamente a H1N1 de 2009 [quando ocorreu a pandemia de gripe A]. Para este componente, ela é igualmente eficaz. Mas ela não dá cobertura para os outros dois vírus que têm circulação provável em 2016, o H3N2 e o vírus B. A prevenção é a única forma de diminuir a circulação do vírus. Trabalhamos em três pilares: redução da velocidade de circulação do vírus, proteção das pessoas mais vulneráveis com uso da vacina e tratamento precoce das mais vulneráveis ou em casos com maior gravidade. Seria a pior situação desde 2009, quando tivemos a pandemia? Difícil saber, pois estamos no começo. O ano da pandemia não pode ser um comparador, porque quando pega o gráfico, é muito diferente de tudo. A comparação que podemos fazer neste ano é que tivemos mais casos para essa mesma época do ano. Por enquanto, podemos dizer que é um ano que preocupa mais. Pode ser que tenhamos uma boa surpresa, e assim como começou antes, também acabe antes. Mas isso é imprevisível.
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Em discurso, Trump acena a eleitores de Sanders e cúpula republicana
Donald Trump está pronto para receber os eleitores do democrata Bernie Sanders, que foram "deixados no escuro" por um "sistema viciado", "de braços abertos". Com o fim da corrida interna, após cinco Estados realizarem suas primárias republicanas nesta terça-feira (7), Trump fez um discurso incomum para seus padrões: leu um texto pelo teleprompter —durante um ano de campanha, só aconteceu duas vezes antes— e foi econômico em polêmicas. Em uma de suas propriedades no interior do Estado de Nova York, ao lado de filhos e da mulher, Melania, Trump fez o aceno a Sanders, que já está matematicamente impedido de vencer Hillary e ser o indicado democrata à Casa Branca. O magnata do setor imobiliário e o senador que se diz socialista têm pontos em comum: ambos adotam o discurso anti-Washington e reclamam que o sistema político está quebrado. Os dois têm apelo com a classe média branca, operária e frustrada com a perda de empregos industriais —este Nordeste americano é uma das esperanças de Trump para ganhar de Hillary nas eleições gerais, em novembro. Trump, que só será chancelado como presidenciável oficial da legenda na Convenção Republicana de julho, também mandou um recado para líderes partidários refratários à sua candidatura. "Nunca, nunca vou decepcionar vocês. Vou deixá-los orgulhosos de seu partido." O tom foi encarado como bandeira branca, após uma semana conflituosa. Caciques republicanos o criticaram por atacar o juiz Gonzalo Curiel, responsável por uma ação que acusa a extinta Universidade Trump de fraude. Segundo o magnata, Curiel é "parcial" por ser "mexicano" —o magistrado é filho de imigrantes do país vizinho. O presidente da Câmara, Paul Ryan, declarou apoio a Trump dias atrás, pressionado a ajudar a unificar o partido em torno de seu candidato. Nesta terça, contudo, foi um entre muitos congressistas que repreendeu o tom do empresário. "Esta é a definição no dicionário de comentário racista", disse. No discurso desta noite, Trump não mencionou a polêmica. Atacou a provável rival democrata, Hillary Clinton, seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, e o presidente Barack Obama. O casal Clinton, afirmou, vale-se da política para irrigar com "milhões de dólares" seus negócios pessoais. Para mitigar sua imagem de alguém avesso a minorias, Trump também sinalizou a um eleitorado que costuma votar em democratas. "Vamos cuidar dos nossos afro-americanos, que foram maltratados por tanto tempo." "Dizem que sou um lutador, mas minha preferência é sempre pela paz", afirmou. Minutos depois, saiu do palco, ao som do sucesso do Queen "We Are the Champions".
mundo
Em discurso, Trump acena a eleitores de Sanders e cúpula republicanaDonald Trump está pronto para receber os eleitores do democrata Bernie Sanders, que foram "deixados no escuro" por um "sistema viciado", "de braços abertos". Com o fim da corrida interna, após cinco Estados realizarem suas primárias republicanas nesta terça-feira (7), Trump fez um discurso incomum para seus padrões: leu um texto pelo teleprompter —durante um ano de campanha, só aconteceu duas vezes antes— e foi econômico em polêmicas. Em uma de suas propriedades no interior do Estado de Nova York, ao lado de filhos e da mulher, Melania, Trump fez o aceno a Sanders, que já está matematicamente impedido de vencer Hillary e ser o indicado democrata à Casa Branca. O magnata do setor imobiliário e o senador que se diz socialista têm pontos em comum: ambos adotam o discurso anti-Washington e reclamam que o sistema político está quebrado. Os dois têm apelo com a classe média branca, operária e frustrada com a perda de empregos industriais —este Nordeste americano é uma das esperanças de Trump para ganhar de Hillary nas eleições gerais, em novembro. Trump, que só será chancelado como presidenciável oficial da legenda na Convenção Republicana de julho, também mandou um recado para líderes partidários refratários à sua candidatura. "Nunca, nunca vou decepcionar vocês. Vou deixá-los orgulhosos de seu partido." O tom foi encarado como bandeira branca, após uma semana conflituosa. Caciques republicanos o criticaram por atacar o juiz Gonzalo Curiel, responsável por uma ação que acusa a extinta Universidade Trump de fraude. Segundo o magnata, Curiel é "parcial" por ser "mexicano" —o magistrado é filho de imigrantes do país vizinho. O presidente da Câmara, Paul Ryan, declarou apoio a Trump dias atrás, pressionado a ajudar a unificar o partido em torno de seu candidato. Nesta terça, contudo, foi um entre muitos congressistas que repreendeu o tom do empresário. "Esta é a definição no dicionário de comentário racista", disse. No discurso desta noite, Trump não mencionou a polêmica. Atacou a provável rival democrata, Hillary Clinton, seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, e o presidente Barack Obama. O casal Clinton, afirmou, vale-se da política para irrigar com "milhões de dólares" seus negócios pessoais. Para mitigar sua imagem de alguém avesso a minorias, Trump também sinalizou a um eleitorado que costuma votar em democratas. "Vamos cuidar dos nossos afro-americanos, que foram maltratados por tanto tempo." "Dizem que sou um lutador, mas minha preferência é sempre pela paz", afirmou. Minutos depois, saiu do palco, ao som do sucesso do Queen "We Are the Champions".
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Parties in Rio Are Good for Those Looking to Hook-Up During the Games
ROBERTO DE OLIVEIRA SPECIAL ENVOY TO RIO With the temperature mild and the city crowded with tourists, the 'carioca' (as Rio is locally referred to) night is completely boiling. At Olympic parties, there is always room to make friends, find a crush, date, partner, or who knows, dream of getting married. "I worked as a volunteer at the World Cup, but no husband showed up. So now my hope is the Olympics." With this plan, actress Eucimara Linda, 29, from São Paulo, shakes loose her hair on the dance floor of the Rio Scenarium in the Lapa neighborhood. "I'm only leaving Rio married", she says, sure that she will be a hit with foreigners. Eucimara doesn't have any problem with Brazilians, but she prefers gringos. Among their advantages she sees the chance to get to know other cultures and to improve her English. Leaving aside the rationality of her criteria for choosing, she recognizes that the "chase" also matters. It's 3:45 am on Sunday morning and the bars in Lapa are packed full. In the middle of the boil, carioca promoter Christiane Godoy, 32, explains what she isn't doing here: "There are folks who look at you thinking that you are a delegation wannabe, that you are looking for a passport with a visa. That's not it. I'm an independent woman who pays my own way." Having just said this she exclaims: "I like tall, blond, blue-eyed, and preferentially Scandinavian men. I fall easily for Fins, Swedes and Danes". The schedule for hot event locales varies. Things heat up at the end of the afternoon on Sunday at Baixo Gávea. On Monday, it's Pedra do Sal day. On Tuesdays, get-togethers take place in Ipanema. During the weekend, it's at Lapa that the romancing is happening. On any day, the Olympic night-out happening place is Live House, in the Olympic Park. Like a good German, without abandoning his beer glass, economist Mario Bäcker, 30, says that Brazilian women "are impulsive, love the beauty salon, and if you don't control them, buy clothing every day". On the other side of the dance floor, Stela Novaes, 30, from São Paulo, says that in addition to watching the Olympic gymnastics she isn't missing the parties. "I am getting to know other tongues, literally." On her first stop in South American, American Melina Sinessiou, 29, admires the men, while watching the pulsating bodies at Pedra do Sul, an icon of carioca black culture. "They're heterogeneous. By their looks they could be Americans, Indians, Mexicans or Europeans." Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Spectators Make a Joke Out of Protest Ban at Olympics *American Website Exposes Gay Athletes at Olympics and Receives Media Backlash *Highway Patrolman Assigned to Olympics Is Shot in Rio
esporte
Parties in Rio Are Good for Those Looking to Hook-Up During the Games ROBERTO DE OLIVEIRA SPECIAL ENVOY TO RIO With the temperature mild and the city crowded with tourists, the 'carioca' (as Rio is locally referred to) night is completely boiling. At Olympic parties, there is always room to make friends, find a crush, date, partner, or who knows, dream of getting married. "I worked as a volunteer at the World Cup, but no husband showed up. So now my hope is the Olympics." With this plan, actress Eucimara Linda, 29, from São Paulo, shakes loose her hair on the dance floor of the Rio Scenarium in the Lapa neighborhood. "I'm only leaving Rio married", she says, sure that she will be a hit with foreigners. Eucimara doesn't have any problem with Brazilians, but she prefers gringos. Among their advantages she sees the chance to get to know other cultures and to improve her English. Leaving aside the rationality of her criteria for choosing, she recognizes that the "chase" also matters. It's 3:45 am on Sunday morning and the bars in Lapa are packed full. In the middle of the boil, carioca promoter Christiane Godoy, 32, explains what she isn't doing here: "There are folks who look at you thinking that you are a delegation wannabe, that you are looking for a passport with a visa. That's not it. I'm an independent woman who pays my own way." Having just said this she exclaims: "I like tall, blond, blue-eyed, and preferentially Scandinavian men. I fall easily for Fins, Swedes and Danes". The schedule for hot event locales varies. Things heat up at the end of the afternoon on Sunday at Baixo Gávea. On Monday, it's Pedra do Sal day. On Tuesdays, get-togethers take place in Ipanema. During the weekend, it's at Lapa that the romancing is happening. On any day, the Olympic night-out happening place is Live House, in the Olympic Park. Like a good German, without abandoning his beer glass, economist Mario Bäcker, 30, says that Brazilian women "are impulsive, love the beauty salon, and if you don't control them, buy clothing every day". On the other side of the dance floor, Stela Novaes, 30, from São Paulo, says that in addition to watching the Olympic gymnastics she isn't missing the parties. "I am getting to know other tongues, literally." On her first stop in South American, American Melina Sinessiou, 29, admires the men, while watching the pulsating bodies at Pedra do Sul, an icon of carioca black culture. "They're heterogeneous. By their looks they could be Americans, Indians, Mexicans or Europeans." Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Spectators Make a Joke Out of Protest Ban at Olympics *American Website Exposes Gay Athletes at Olympics and Receives Media Backlash *Highway Patrolman Assigned to Olympics Is Shot in Rio
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Não há sinais de tiros em centro médico dos EUA, dizem investigadores
Investigadores informaram nesta terça-feira (26) não ter encontrado "absolutamente nada" para confirmar relatos de que tiros foram disparados no porão de um prédio no Centro Médico Naval de San Diego, disse o capitão da Marinha Curt Jones, citado pela rede de TV americana CNN. Apesar disso, acrescentou, as autoridades ainda vasculham o prédio. A informação de que tiros haviam sido disparados no local surgiu depois das 8h locais (14 horas em Brasília). Em sua página no Facebook, o centro médico chegou a postar: "Há um atirador ativo no prédio número 26 do Centro Médico Naval. Todos os presentes no local são aconselhadas a correr, se esconder ou lutar." Para Jones, os relatos iniciais de disparos teriam surgido de "uma pessoa que achou ter ouvido algo". Por causa do alerta, policiais se posicionaram nas vizinhanças, desviando a rota de pedestres e carros. Em seu site, o centro médico se descreve como "o maior e mais completo sistema de assistência à saúde militar no oeste dos EUA". O centro tem oito clínicas para militares na ativa e nove locais de assistência básica para parentes. A instalação teve mais de 1,2 milhão de consultas ambulatoriais em 2014, admitindo mais de 19 mil pacientes naquele ano. O hospital oferece uma grande variedade de serviços médicos, incluindo partos.
mundo
Não há sinais de tiros em centro médico dos EUA, dizem investigadoresInvestigadores informaram nesta terça-feira (26) não ter encontrado "absolutamente nada" para confirmar relatos de que tiros foram disparados no porão de um prédio no Centro Médico Naval de San Diego, disse o capitão da Marinha Curt Jones, citado pela rede de TV americana CNN. Apesar disso, acrescentou, as autoridades ainda vasculham o prédio. A informação de que tiros haviam sido disparados no local surgiu depois das 8h locais (14 horas em Brasília). Em sua página no Facebook, o centro médico chegou a postar: "Há um atirador ativo no prédio número 26 do Centro Médico Naval. Todos os presentes no local são aconselhadas a correr, se esconder ou lutar." Para Jones, os relatos iniciais de disparos teriam surgido de "uma pessoa que achou ter ouvido algo". Por causa do alerta, policiais se posicionaram nas vizinhanças, desviando a rota de pedestres e carros. Em seu site, o centro médico se descreve como "o maior e mais completo sistema de assistência à saúde militar no oeste dos EUA". O centro tem oito clínicas para militares na ativa e nove locais de assistência básica para parentes. A instalação teve mais de 1,2 milhão de consultas ambulatoriais em 2014, admitindo mais de 19 mil pacientes naquele ano. O hospital oferece uma grande variedade de serviços médicos, incluindo partos.
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Governo quer mostrar agenda positiva com aprovação da reforma trabalhista
O governo quer acelerar a aprovação da reforma trabalhista para criar uma agenda positiva e mostrar que não está paralisado pela lista de políticos citados nas delações da Odebrecht. A avaliação é que as mudanças na lei foram bem recebidas na Câmara e entre empresários e especialistas. Assim, o relatório apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) deverá ter apoio do Planalto. O presidente Michel Temer e Marinho se encontraram na quarta (12) para conversar sobre o que consideraram uma boa repercussão do relatório. Na noite anterior, Temer e assessores próximos, entre eles os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), alçaram a reforma à "agenda positiva". Há um item, porém, que pode empacar no Congresso: o fim da contribuição sindical obrigatória, que enfrenta resistência de sindicalistas. O dinheiro também irriga entidades empresariais como a Fiesp (federação das indústrias de São Paulo) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que participaram da elaboração da reforma. Temer mandou mensagem aos descontentes: não vai interferir. Não pedirá votos nem a favor nem contra. As centrais ainda confiam em que o presidente liberará a votação, mas vetará o trecho caso seja aprovado no Congresso. Para demonstrar apoio, o Planalto convidou Marinho para apresentar o relatório aos 411 deputados da base aliada em café marcado para a próxima terça-feira (18). O objetivo inicial do encontro era apresentar apenas o relatório da reforma da Previdência.
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Governo quer mostrar agenda positiva com aprovação da reforma trabalhistaO governo quer acelerar a aprovação da reforma trabalhista para criar uma agenda positiva e mostrar que não está paralisado pela lista de políticos citados nas delações da Odebrecht. A avaliação é que as mudanças na lei foram bem recebidas na Câmara e entre empresários e especialistas. Assim, o relatório apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) deverá ter apoio do Planalto. O presidente Michel Temer e Marinho se encontraram na quarta (12) para conversar sobre o que consideraram uma boa repercussão do relatório. Na noite anterior, Temer e assessores próximos, entre eles os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), alçaram a reforma à "agenda positiva". Há um item, porém, que pode empacar no Congresso: o fim da contribuição sindical obrigatória, que enfrenta resistência de sindicalistas. O dinheiro também irriga entidades empresariais como a Fiesp (federação das indústrias de São Paulo) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que participaram da elaboração da reforma. Temer mandou mensagem aos descontentes: não vai interferir. Não pedirá votos nem a favor nem contra. As centrais ainda confiam em que o presidente liberará a votação, mas vetará o trecho caso seja aprovado no Congresso. Para demonstrar apoio, o Planalto convidou Marinho para apresentar o relatório aos 411 deputados da base aliada em café marcado para a próxima terça-feira (18). O objetivo inicial do encontro era apresentar apenas o relatório da reforma da Previdência.
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Veja os blocos que desfilam em São Paulo na tarde desta terça
Pelo menos 42 blocos devem desfilar pelas ruas de São Paulo nesta terça-feira (28). Durante os quatro dias de folia, 149 blocos estavam registrados para sair, segundo a programação oficial. Os blocos Agora Vai!, o Tô de Bowie, que traz arranjos com músicas de David Bowie e um gingado brasileiro, e o Dzi Croquettes são alguns dos destaques desta terça na cidade. A folia tem início às 9h, a depender da região, e segue até o horário determinado pela prefeitura para a dispersão: às 19h30, na Vila Mariana; às 20h, em Pinheiros; às 21h, na Lapa e até as 22h, na Sé. Para o atendimento de emergências médicas serão montados 48 postos e disponibilizadas 365 ambulâncias de remoção e 209 ambulâncias com Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A organização do trânsito no entorno do percurso dos blocos será feita por 2,9 mil agentes. Serão espalhados 275 faixas e 36 banners com avisos aos moradores das regiões onde haverá blocos. Confira o horário e local de concentração dos blocos que saem na tarde desta terça-feira em São Paulo: 12h: Bloco das Lokas - Rua Domingos Rosolia (Butantã) 12h: Eco Folia - Frei Caneca (Sé) 13h: Bloco da Família - Entorno da praça 7 (Itaquera) 13h: Me Leva que eu vou - R. Cel. Esdras de Oliveira (Jaçanã/Tremembé) 13h: Bloco Carnavalesco Sacada da Gil - Rua Manuel Gaya, 800 (Jaçanã/Tremembé) 13h: Bloco Carnavalesco Tioheliaoeventos - Rua Manuel Gaya, 800 (Jaçanã/Tremembé) 13h: Locomotiva Piritubana - Av Elisio Cordeiro de Siqueira, 1200 (Pirituba/Jaraguá) 13h: Bloco Amigos de São Miguel - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco do Baião - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Auto Estima Brasil - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Motos Clubs - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Caia na Folia - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Afro Babalotim - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco União do Morro - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 14h: Bloco Mágico - Padre De Carvalho (Pinheiros) 14h: Bloco de Rua Vem Ku Nóis ó - Praça Monsenhor Escrivá (Freguesia do Ó/Brasilândia) 14h: Bloco Explode Coração - Rua Barão de Tatuí (Sé) 15h: Bloco Tô de Bowie - Lago do Arouche (Sé) 15h: Bloco dos Cabeças da Cinco - Rua Domingos de Santa Maria (Jabaquara) 15h: Bloco do Gleubs - Rua Jacinto Pereira nº 172 (Pirituba/Jaraguá) 15h: Zélia, Cassia, Rita, Carolina e Todas Minas - Rua Tibério (Lapa) 15h: Bloco Carnavalesco Império do Morro - Rua Inácio Dias de Oliveira (M'Boi Mirim) 15h: Bloco dos Invertidos - Rua Ouvidor Peleja (Vila Mariana) 15h: MadriGras - Rua Chanés (Vila Mariana) 15h: Vai quem quer - Largo de Pinheiros (Pinheiros) 15h: SP Beats - Largo do Paiçandu (Sé) 15h: Folia Do Glicério (Batuq Do Glicério) - Prç. Min. Costa Manso (Sé) 15h: Bloco Pagu - Pátio do Colégio (Sé) 16h: Gaiola das Loucas - Avenida Vieira de Carvalho (Sé) 16h: Bloco Eco Campos Pholia - Rua Salgueiro do Campo (M'Boi Mirim) 16h: Cordão do Barbosa - Rua 13 de Maio (Sé) 16h: Bloco Conselho do Samba - Largo da Vila Alpina (Vila Prudente) 16h: Bloco Jegue Elétrico SP - Pça da Republica (Sé) 16h: Bloco Dzi Croquettes - Rua Augusta, 66 (Sé) 16h: Bloco Itaquerendo Folia - Avenida Itaquera (Itaquera) 18h: G.R.C.S.A.E.S. Extremo Sul - Rua Terezinha do Prado Oliveira (Parelheiros) 18h: Perus Folia 2017 - Rua Mogeiro (Perus) 18h: G.R.C.E. Samba Valença Perus 2 - Rua Mogeiro (Perus) Acesse aqui a programação completa do Carnaval de rua pelo Brasil.
cotidiano
Veja os blocos que desfilam em São Paulo na tarde desta terçaPelo menos 42 blocos devem desfilar pelas ruas de São Paulo nesta terça-feira (28). Durante os quatro dias de folia, 149 blocos estavam registrados para sair, segundo a programação oficial. Os blocos Agora Vai!, o Tô de Bowie, que traz arranjos com músicas de David Bowie e um gingado brasileiro, e o Dzi Croquettes são alguns dos destaques desta terça na cidade. A folia tem início às 9h, a depender da região, e segue até o horário determinado pela prefeitura para a dispersão: às 19h30, na Vila Mariana; às 20h, em Pinheiros; às 21h, na Lapa e até as 22h, na Sé. Para o atendimento de emergências médicas serão montados 48 postos e disponibilizadas 365 ambulâncias de remoção e 209 ambulâncias com Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A organização do trânsito no entorno do percurso dos blocos será feita por 2,9 mil agentes. Serão espalhados 275 faixas e 36 banners com avisos aos moradores das regiões onde haverá blocos. Confira o horário e local de concentração dos blocos que saem na tarde desta terça-feira em São Paulo: 12h: Bloco das Lokas - Rua Domingos Rosolia (Butantã) 12h: Eco Folia - Frei Caneca (Sé) 13h: Bloco da Família - Entorno da praça 7 (Itaquera) 13h: Me Leva que eu vou - R. Cel. Esdras de Oliveira (Jaçanã/Tremembé) 13h: Bloco Carnavalesco Sacada da Gil - Rua Manuel Gaya, 800 (Jaçanã/Tremembé) 13h: Bloco Carnavalesco Tioheliaoeventos - Rua Manuel Gaya, 800 (Jaçanã/Tremembé) 13h: Locomotiva Piritubana - Av Elisio Cordeiro de Siqueira, 1200 (Pirituba/Jaraguá) 13h: Bloco Amigos de São Miguel - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco do Baião - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Auto Estima Brasil - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Motos Clubs - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Caia na Folia - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco Afro Babalotim - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 13h: Bloco União do Morro - Avenida Deputado Dr. José Aristodemo Pinotti (São Miguel Paulista) 14h: Bloco Mágico - Padre De Carvalho (Pinheiros) 14h: Bloco de Rua Vem Ku Nóis ó - Praça Monsenhor Escrivá (Freguesia do Ó/Brasilândia) 14h: Bloco Explode Coração - Rua Barão de Tatuí (Sé) 15h: Bloco Tô de Bowie - Lago do Arouche (Sé) 15h: Bloco dos Cabeças da Cinco - Rua Domingos de Santa Maria (Jabaquara) 15h: Bloco do Gleubs - Rua Jacinto Pereira nº 172 (Pirituba/Jaraguá) 15h: Zélia, Cassia, Rita, Carolina e Todas Minas - Rua Tibério (Lapa) 15h: Bloco Carnavalesco Império do Morro - Rua Inácio Dias de Oliveira (M'Boi Mirim) 15h: Bloco dos Invertidos - Rua Ouvidor Peleja (Vila Mariana) 15h: MadriGras - Rua Chanés (Vila Mariana) 15h: Vai quem quer - Largo de Pinheiros (Pinheiros) 15h: SP Beats - Largo do Paiçandu (Sé) 15h: Folia Do Glicério (Batuq Do Glicério) - Prç. Min. Costa Manso (Sé) 15h: Bloco Pagu - Pátio do Colégio (Sé) 16h: Gaiola das Loucas - Avenida Vieira de Carvalho (Sé) 16h: Bloco Eco Campos Pholia - Rua Salgueiro do Campo (M'Boi Mirim) 16h: Cordão do Barbosa - Rua 13 de Maio (Sé) 16h: Bloco Conselho do Samba - Largo da Vila Alpina (Vila Prudente) 16h: Bloco Jegue Elétrico SP - Pça da Republica (Sé) 16h: Bloco Dzi Croquettes - Rua Augusta, 66 (Sé) 16h: Bloco Itaquerendo Folia - Avenida Itaquera (Itaquera) 18h: G.R.C.S.A.E.S. Extremo Sul - Rua Terezinha do Prado Oliveira (Parelheiros) 18h: Perus Folia 2017 - Rua Mogeiro (Perus) 18h: G.R.C.E. Samba Valença Perus 2 - Rua Mogeiro (Perus) Acesse aqui a programação completa do Carnaval de rua pelo Brasil.
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Cabeleireiro ensina como fazer baby-liss em casa
Cabelo com ondas soltas é o visual que as modelos e atrizes mais usam. Por isso, hoje nos salões o baby-liss trabalha quase tanto quanto a chapinha. O cabeleireiro, Diego Queiroz, do MG Hair, ensina algumas dicas para fazer as ondas em casa. A ideia é deixar o aspecto dos fios bagunçadinhos, naturais (apesar do esforço e dos produtos). As dicas aqui são para quem tem cabelos lisos e ondulados. As cacheadas e crespas que já tem os cachinhos naturais, podem usar o baby-liss mais fininhos, apenas para evidenciar um ou outro cachinho que desmanche. Ondas nas pontas Vamos às dicas: 1- Seja qual for a textura do seu cabelo, aplique sempre protetor térmico. Isso é algo inegociável quando se submete a fibra capilar à altas temperaturas 2- O segredo para o babyliss durar é aplicar os produtos corretos. Passe uma mousse em todo os fios, logo depois do banho, e seque normalmente. Não precisa fazer escova mega-lisa, basta secar passando a escova ou as mãos no fios. Lembre-se: cabelos muito agredidos por processos químicos pedem de cuidados especiais antes, como hidratação, porque muito calor pode ressecar e quebrar os fios 3- Para conseguir o aspecto das ondas do momento, o messy hair, o importante é deixar o cabelo com aspecto mais natural possível, então, esqueça aqueles cachinhos com as pontas impecavelmente enroladas. O shape atual demanda menos trabalho preservando as pontas do calor. 4- O diâmetro do ferro do babyliss influência no resultado. O mais comum é o médio, mas dependendo do tamanho e da textura do seu cabelo, o diâmetro muda. Se quiser uma ondulação mais aberta, com menos ondas e aspecto bem natural, use um babyliss mais grosso. 5- Vamos pôr a mão na massa? Coloque o babyliss na posição vertical, faça um torcido com a mecha, e evolva o equipamento com o cabelo. É importante deixar a ponta solta, você deve continuar segurando-a com os dedos. O ideal é não usar a pinça do baby-liss, passando a mecha de cabelo com o equipamento fechado. Deixe no cabelo de 5 a 10 segundos, dependendo do tipo de fio. Baby-liss é opção para as noivas 6- O que diferencia o resultado de salão para o que você faz em casa, é a direção que é feito as ondas. É importante intercalar as mechas. Mude o sentido da torção: uma trás e outra para a frente, assim sucessivamente. Isso dá deixa o feito mais natural, com movimento, pois os fios vão se encaixando. 7- Os modeladores de cachos por sucção cumprem o que promete - enrolam o cabelo - mas não alcançam o efeito messy, além disso, não pode ser usado com nenhum tipo de produto de fixação, nem de proteção térmica, pois o cabelo vai ficar dentro do aparelho. 8- Assim como o secador e a chapinha, o babyliss é uma fonte de calor que resseca os fios se usado com muita frequência. Não use por mais de duas vezes por semana, para não sensibilizar as madeixas. 9- Shampoo a seco e pomada em spray tira oleosidade do couro cabeludo, promovem volume com textura e podem ser usados no momento da finalização. Ondas e semi-preso
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Cabeleireiro ensina como fazer baby-liss em casaCabelo com ondas soltas é o visual que as modelos e atrizes mais usam. Por isso, hoje nos salões o baby-liss trabalha quase tanto quanto a chapinha. O cabeleireiro, Diego Queiroz, do MG Hair, ensina algumas dicas para fazer as ondas em casa. A ideia é deixar o aspecto dos fios bagunçadinhos, naturais (apesar do esforço e dos produtos). As dicas aqui são para quem tem cabelos lisos e ondulados. As cacheadas e crespas que já tem os cachinhos naturais, podem usar o baby-liss mais fininhos, apenas para evidenciar um ou outro cachinho que desmanche. Ondas nas pontas Vamos às dicas: 1- Seja qual for a textura do seu cabelo, aplique sempre protetor térmico. Isso é algo inegociável quando se submete a fibra capilar à altas temperaturas 2- O segredo para o babyliss durar é aplicar os produtos corretos. Passe uma mousse em todo os fios, logo depois do banho, e seque normalmente. Não precisa fazer escova mega-lisa, basta secar passando a escova ou as mãos no fios. Lembre-se: cabelos muito agredidos por processos químicos pedem de cuidados especiais antes, como hidratação, porque muito calor pode ressecar e quebrar os fios 3- Para conseguir o aspecto das ondas do momento, o messy hair, o importante é deixar o cabelo com aspecto mais natural possível, então, esqueça aqueles cachinhos com as pontas impecavelmente enroladas. O shape atual demanda menos trabalho preservando as pontas do calor. 4- O diâmetro do ferro do babyliss influência no resultado. O mais comum é o médio, mas dependendo do tamanho e da textura do seu cabelo, o diâmetro muda. Se quiser uma ondulação mais aberta, com menos ondas e aspecto bem natural, use um babyliss mais grosso. 5- Vamos pôr a mão na massa? Coloque o babyliss na posição vertical, faça um torcido com a mecha, e evolva o equipamento com o cabelo. É importante deixar a ponta solta, você deve continuar segurando-a com os dedos. O ideal é não usar a pinça do baby-liss, passando a mecha de cabelo com o equipamento fechado. Deixe no cabelo de 5 a 10 segundos, dependendo do tipo de fio. Baby-liss é opção para as noivas 6- O que diferencia o resultado de salão para o que você faz em casa, é a direção que é feito as ondas. É importante intercalar as mechas. Mude o sentido da torção: uma trás e outra para a frente, assim sucessivamente. Isso dá deixa o feito mais natural, com movimento, pois os fios vão se encaixando. 7- Os modeladores de cachos por sucção cumprem o que promete - enrolam o cabelo - mas não alcançam o efeito messy, além disso, não pode ser usado com nenhum tipo de produto de fixação, nem de proteção térmica, pois o cabelo vai ficar dentro do aparelho. 8- Assim como o secador e a chapinha, o babyliss é uma fonte de calor que resseca os fios se usado com muita frequência. Não use por mais de duas vezes por semana, para não sensibilizar as madeixas. 9- Shampoo a seco e pomada em spray tira oleosidade do couro cabeludo, promovem volume com textura e podem ser usados no momento da finalização. Ondas e semi-preso
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Lava Jato não deixará vencedores no setor de construção, avalia Fitch
A crise no setor de construção pesada desencadeada pela Operação Lava Jato fará com que todas as empresas percam no curto prazo, segundo a agência de risco Fitch Ratings. O escândalo de corrupção revelado pela operação fez com que os bancos se tornassem mais exigentes na concessão de crédito para as empresas do setor e "fechou" o mercado de dívida para essas companhias. Além disso, fizeram com que novos projetos de concessão fossem suspensos, reduzindo a renovação do portfólio de obras das empresas. "Não vemos nenhum vencedor no curto prazo", disse Alexandre Garcia, analista sênior do setor de construção pesada da Fitch no Brasil. "As empresas menores não têm condições de substituir as líderes. É uma questão de expertise e de capital. É preciso ter uma forte estrutura de capital para suportar longas obras e atrasos nos pagamentos", afirmou. Segundo Garcia, as empreiteiras que forem consideradas inocentes das acusações, como formação de cartel e pagamento de propina a funcionários da Petrobras, e consigam manter dinheiro suficiente em caixa para passar pela turbulência poderão ganhar mercado, mas somente no longo prazo. Ele lembrou que a discussão na Justiça pode levar anos e não se sabe ainda se as companhias envolvidas serão impedidas de disputar novas licitações pelo governo.
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Lava Jato não deixará vencedores no setor de construção, avalia FitchA crise no setor de construção pesada desencadeada pela Operação Lava Jato fará com que todas as empresas percam no curto prazo, segundo a agência de risco Fitch Ratings. O escândalo de corrupção revelado pela operação fez com que os bancos se tornassem mais exigentes na concessão de crédito para as empresas do setor e "fechou" o mercado de dívida para essas companhias. Além disso, fizeram com que novos projetos de concessão fossem suspensos, reduzindo a renovação do portfólio de obras das empresas. "Não vemos nenhum vencedor no curto prazo", disse Alexandre Garcia, analista sênior do setor de construção pesada da Fitch no Brasil. "As empresas menores não têm condições de substituir as líderes. É uma questão de expertise e de capital. É preciso ter uma forte estrutura de capital para suportar longas obras e atrasos nos pagamentos", afirmou. Segundo Garcia, as empreiteiras que forem consideradas inocentes das acusações, como formação de cartel e pagamento de propina a funcionários da Petrobras, e consigam manter dinheiro suficiente em caixa para passar pela turbulência poderão ganhar mercado, mas somente no longo prazo. Ele lembrou que a discussão na Justiça pode levar anos e não se sabe ainda se as companhias envolvidas serão impedidas de disputar novas licitações pelo governo.
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A primeira CatCon de Los Angeles foi muito fofa, porém tensa
Sou uma pessoa que curte mais cachorros, então fiquei meio cínica quando ouvi falar na CatCon. Eu não sabia muito bem o que esperar; além disso, o site do evento não entrava muito em detalhes, prometendo em sua descrição "a maior feira de produtos voltados para gatos, incluindo móveis, arte, brinquedos e roupas... além de discussões com os maiores especialistas em gatos do mundo". Fiquei achando que a convenção seria só mais um mar de produtos de memes de gatos a preços exorbitantes. Assim, fui à CatCon com uma certa cautela e uma resolução de aço de não comprar nada. Dando as boas-vindas na entrada da convenção, estava um quiosque de café da Stumptown que teve uma ideia genial: encher os visitantes já excitados com cafeína logo no começo do dia. Café era o único produto que vi que não era uma compra fofa e completamente desnecessária, pois (para o meu desgosto) eu o queria desesperadamente. O primeiro estande que vi estava vendendo produtos da Pusheen the Cat, o que instantaneamente destruiu meu cinismo e minha resolução de não gastar dinheiro. Se você não conhece a Pusheen, ela é uma gata gordinha de desenho que faz coisas fofas na forma de GIF. A CatCon tinha um estoque enorme de Pusheens de pelúcia de tamanho normal, mas a Pusheen de Grace era do tamanho de uma cama pequena. Era a coisa mais fofa que já vi na vida. Encostei minha cabeça nela e rezei para alguém aparecer, ver quanto eu precisava disso e comprar para mim. Essa Pusheen não tinha uma etiqueta de preço. E, se você precisa perguntar, é porque você não pode pagar. Também tinha muita coisa fofa para quem não curte gatos tanto assim. Passei por um estande vendendo "steamed buns", coelhinhos de pelúcia com cara de bravos enfiados em potinhos de bambu. Por que animais fofinhos bravos são tão fofos? Fiz uma matemática rápida na cabeça para ver se eu podia comprar um desses. Isso podia me motivar a fazer meu trabalho, pensei comigo mesma, aumentando minha moral no escritório (meu apartamento). Felizmente, antes que eu tomasse uma decisão ruim, me distraí com dois caras usando sungas com temática de gato. Eles estavam numa fila enorme para ver o Lil' Bub's Big Show. Lil' Bub, claro, é uma gata celebridade de olhos esbugalhados e língua quase sempre visível. Ela é mais famosa do que qualquer um de nós vai ser na vida. Descobri que o evento dela tinha participação de Jack McBrayer e começava às 16 horas. Eram 14h32 quando passei pelos caras de sunga, e eles me disseram que a fila tinha começado pelo menos uma hora antes. Eu tinha visto muitos produtos e eventos para humanos até aquele momento, mas nada para gatos de verdade. Aí vi um display do Katris, um móvel composto de várias peças que funciona como árvore de gatos, prateleira de livros e mesinha de café numa coisa só. E os móveis para gatos não paravam por aí. Passei pelo estande da CatistrophiCreation, que vendia móveis complicados e caros especialmente para gatos, incluindo uma ponte de corda e uma "árvore tornado". Essas casinhas de gato eram muito mais legais do que qualquer lugar onde já morei. Se seu gato ficasse entediado de todos esses móveis especiais, você podia comprar uma roda de exercícios para gatos no estande seguinte. A One Fast Cat estava vendendo o que era basicamente uma roda de hamster gigante para gatos. A "roda de exercícios" deles custava US$ 249, mais US$ 20 para cada pad de espuma extra que você precisasse. É difícil imaginar ver isso na casa de alguém e não questionar a sanidade da pessoa, mas os gatos nos vídeos da One Fast Cat pareciam estar se divertindo, então quem sou eu para dizer alguma coisa, né? One Fast Cat Nesse ponto, eu já estava lá há uma hora, e comecei a sentir uma certa conquista por não ter comprado nada. O que não foi tarefa fácil. Além de estandes e mais estandes vendendo coisas fofas, vários comerciantes e promotores itinerantes estavam entregando panfletos e cartões de visita. O panfleto mais estranho que recebi era de um vídeo de gato —não um canal do YouTube, só um vídeo. Era a propaganda do clipe "Cool Cat" da Stereolizza, que supostamente seria "O VÍDEO DE GATO MAIS ENGRAÇADO DA HISTÓRIA!!!" (Caps e pontos de exclamação tirados diretamente do panfleto). Assisti o vídeo e, para ser sincera, não é o vídeo de gato mais engraçado da história. Como eu tinha mostrado um autocontrole heroico não comprando nada, senti que merecia um café das várias barraquinhas da Stumptown dentro da convenção, cujo único erro foi não fazer uma faixa escrito "fique gatfeinado!" Isso é Marketing 01, gente. Mas o destino tinha outros planos para mim, então na minha jornada desgraçada até a barraquinha de café, passei pela The Little Friends of Printmaking. Só o nome já me dizia que eu não tinha chance. Apesar das impressões não serem especialmente voltadas para gatos, os pôsteres deles cativaram o público. Todos eram extremamente fofos e inspirados num estilo vintage anos 60. Me descontrolei e acabei comprando o pôster de dois ratinhos comendo um morando. O título era "Amor e Amizade". O que eu podia fazer? Meu ceticismo inicial não teve chance contra a magia da CatCon. Longe de parecer uma armadilha de consumismo, a convenção estava cheia de pequenos empresários brilhando com o entusiasmo dos compradores. Vários donos de negócios me disseram que tinham vendido tudo no primeiro dia. E é difícil se sentir cínico cercado de gente vestindo acessórios de gato da cabeça aos pés. E mais: parte das vendas ia para a FixNation, uma organização sem fins lucrativos que resgata gatos de rua. Então eu era moralmente obrigada a comprar alguma coisa, né? Né, gente??? Siga a Allegra Ringo no Twitter. TRADUZIDO POR MARINA SCHNOOR
vice
A primeira CatCon de Los Angeles foi muito fofa, porém tensaSou uma pessoa que curte mais cachorros, então fiquei meio cínica quando ouvi falar na CatCon. Eu não sabia muito bem o que esperar; além disso, o site do evento não entrava muito em detalhes, prometendo em sua descrição "a maior feira de produtos voltados para gatos, incluindo móveis, arte, brinquedos e roupas... além de discussões com os maiores especialistas em gatos do mundo". Fiquei achando que a convenção seria só mais um mar de produtos de memes de gatos a preços exorbitantes. Assim, fui à CatCon com uma certa cautela e uma resolução de aço de não comprar nada. Dando as boas-vindas na entrada da convenção, estava um quiosque de café da Stumptown que teve uma ideia genial: encher os visitantes já excitados com cafeína logo no começo do dia. Café era o único produto que vi que não era uma compra fofa e completamente desnecessária, pois (para o meu desgosto) eu o queria desesperadamente. O primeiro estande que vi estava vendendo produtos da Pusheen the Cat, o que instantaneamente destruiu meu cinismo e minha resolução de não gastar dinheiro. Se você não conhece a Pusheen, ela é uma gata gordinha de desenho que faz coisas fofas na forma de GIF. A CatCon tinha um estoque enorme de Pusheens de pelúcia de tamanho normal, mas a Pusheen de Grace era do tamanho de uma cama pequena. Era a coisa mais fofa que já vi na vida. Encostei minha cabeça nela e rezei para alguém aparecer, ver quanto eu precisava disso e comprar para mim. Essa Pusheen não tinha uma etiqueta de preço. E, se você precisa perguntar, é porque você não pode pagar. Também tinha muita coisa fofa para quem não curte gatos tanto assim. Passei por um estande vendendo "steamed buns", coelhinhos de pelúcia com cara de bravos enfiados em potinhos de bambu. Por que animais fofinhos bravos são tão fofos? Fiz uma matemática rápida na cabeça para ver se eu podia comprar um desses. Isso podia me motivar a fazer meu trabalho, pensei comigo mesma, aumentando minha moral no escritório (meu apartamento). Felizmente, antes que eu tomasse uma decisão ruim, me distraí com dois caras usando sungas com temática de gato. Eles estavam numa fila enorme para ver o Lil' Bub's Big Show. Lil' Bub, claro, é uma gata celebridade de olhos esbugalhados e língua quase sempre visível. Ela é mais famosa do que qualquer um de nós vai ser na vida. Descobri que o evento dela tinha participação de Jack McBrayer e começava às 16 horas. Eram 14h32 quando passei pelos caras de sunga, e eles me disseram que a fila tinha começado pelo menos uma hora antes. Eu tinha visto muitos produtos e eventos para humanos até aquele momento, mas nada para gatos de verdade. Aí vi um display do Katris, um móvel composto de várias peças que funciona como árvore de gatos, prateleira de livros e mesinha de café numa coisa só. E os móveis para gatos não paravam por aí. Passei pelo estande da CatistrophiCreation, que vendia móveis complicados e caros especialmente para gatos, incluindo uma ponte de corda e uma "árvore tornado". Essas casinhas de gato eram muito mais legais do que qualquer lugar onde já morei. Se seu gato ficasse entediado de todos esses móveis especiais, você podia comprar uma roda de exercícios para gatos no estande seguinte. A One Fast Cat estava vendendo o que era basicamente uma roda de hamster gigante para gatos. A "roda de exercícios" deles custava US$ 249, mais US$ 20 para cada pad de espuma extra que você precisasse. É difícil imaginar ver isso na casa de alguém e não questionar a sanidade da pessoa, mas os gatos nos vídeos da One Fast Cat pareciam estar se divertindo, então quem sou eu para dizer alguma coisa, né? One Fast Cat Nesse ponto, eu já estava lá há uma hora, e comecei a sentir uma certa conquista por não ter comprado nada. O que não foi tarefa fácil. Além de estandes e mais estandes vendendo coisas fofas, vários comerciantes e promotores itinerantes estavam entregando panfletos e cartões de visita. O panfleto mais estranho que recebi era de um vídeo de gato —não um canal do YouTube, só um vídeo. Era a propaganda do clipe "Cool Cat" da Stereolizza, que supostamente seria "O VÍDEO DE GATO MAIS ENGRAÇADO DA HISTÓRIA!!!" (Caps e pontos de exclamação tirados diretamente do panfleto). Assisti o vídeo e, para ser sincera, não é o vídeo de gato mais engraçado da história. Como eu tinha mostrado um autocontrole heroico não comprando nada, senti que merecia um café das várias barraquinhas da Stumptown dentro da convenção, cujo único erro foi não fazer uma faixa escrito "fique gatfeinado!" Isso é Marketing 01, gente. Mas o destino tinha outros planos para mim, então na minha jornada desgraçada até a barraquinha de café, passei pela The Little Friends of Printmaking. Só o nome já me dizia que eu não tinha chance. Apesar das impressões não serem especialmente voltadas para gatos, os pôsteres deles cativaram o público. Todos eram extremamente fofos e inspirados num estilo vintage anos 60. Me descontrolei e acabei comprando o pôster de dois ratinhos comendo um morando. O título era "Amor e Amizade". O que eu podia fazer? Meu ceticismo inicial não teve chance contra a magia da CatCon. Longe de parecer uma armadilha de consumismo, a convenção estava cheia de pequenos empresários brilhando com o entusiasmo dos compradores. Vários donos de negócios me disseram que tinham vendido tudo no primeiro dia. E é difícil se sentir cínico cercado de gente vestindo acessórios de gato da cabeça aos pés. E mais: parte das vendas ia para a FixNation, uma organização sem fins lucrativos que resgata gatos de rua. Então eu era moralmente obrigada a comprar alguma coisa, né? Né, gente??? Siga a Allegra Ringo no Twitter. TRADUZIDO POR MARINA SCHNOOR
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Teto de R$ 4.663,75 do INSS leva trabalhador para plano privado
Quem quer manter o padrão de consumo depois de se aposentar deve ficar atento ao teto pago pelo INSS (R$ 4.663,75). Os trabalhadores que ganham acima desse limite terão de se planejar para complementar a renda com outros mecanismos, como planos de previdência privada. "Muitas pessoas fazem planos privados por acharem que a Previdência Social em algum momento terá de ser reformulada, porque não terá como entregar o que hoje promete", afirma Osvaldo Nascimento, presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada). Segundo a entidade, 12,1 milhões de pessoas contribuem com esses planos no Brasil. Uma das ideias em estudo para adequar o orçamento à longevidade crescente da população é a adoção de uma idade mínima nas aposentadorias por tempo de contribuição. Não há restrição atualmente, mas os trabalhadores que se aposentam cedo têm o benefício reduzido devido ao fator previdenciário, que considera a expectativa de sobrevida. A partir deste ano, há a opção, com regras mais favoráveis, do fator 85/95 (veja quadro ao lado). Vale ressaltar também que, mesmo que o trabalhador tenha sempre contribuído pelo teto do INSS, receberá um valor menor ao se aposentar. O cálculo considera a média das contribuições mensais corrigidas desde julho de 1994, excluindo-se os 20% mais baixos. No entanto, essa média não atinge o limite atual porque o teto previdenciário foi elevado algumas vezes de forma abrupta, muito acima da inflação, criando a distorção. "As pessoas quando se aposentam pelo INSS acham que vão ganhar o teto, mas, quando vemos a média dos salários desde 1994, normalmente existe uma diferença razoável", diz Flávio Castro, presidente do Instituto Brasileiro de Atuária. 10 passos para controlar suas finanças * MUDANÇAS PREVIDENCIÁRIAS Benefícios alterados neste ano > AUXÍLIO-DOENÇA Regra anterior Calculado pela média dos 80% maiores salários de contribuição Nova regra Benefício limitado à média das últimas 12 contribuições > PENSÃO POR MORTE * Regras anteriores Não há tempo mínimo de contribuição Não há tempo mínimo de casamento ou união estável A pensão é vitalícia Novas regras Tempo mínimo de 18 meses de contribuição ** Tempo mínimo de 24 meses de casamento ou união estável Pensão vitalícia para cônjuges a partir de 44 anos e proporcional à idade para os mais jovens > APOSENTADORIA PELO INSS Foi criada a fórmula 85/95, que garante o benefício sem diminuição pelo fator previdenciário caso a soma da idade e do tempo de contribuição chegue a 85 anos, no caso das mulheres, ou 95 anos, no caso dos homens. A soma terá aumento gradual a partir de 2018 e chegará a 90/100 em 2026 *As mudanças não se aplicam aos atuais beneficiários do INSS **Exceto para casos de acidente de trabalho e doença profissional ou do trabalho * NOVIDADE Conheça o VGBL Saúde; plano deve estar no mercado nos próximos anos > VGBL SAÚDE Plano de aposentadoria que permite destinar parte do saldo acumulado para o pagamento de plano e seguro saúde, sem a incidência de IR > SÓ EM 2017 O plano foi aprovado pelo Senado e deve voltar para a Câmara antes de seguir para sanção da presidente Dilma. Devido ao tempo de tramitação do projeto, a expectativa é que o produto só seja viabilizado a partir de 2017 > TERCEIRA IDADE A medida foi pensada para possibilitar que aposentados paguem seus próprios seguros e planos de saúde na terceira idade > DISTORÇÃO O plano também permite corrigir uma distorção tributária que beneficiava contribuintes de maior renda no acúmulo de recursos para aposentadoria > COMO SERÁ O PAGAMENTO O gestor do VGBL Saúde faz o pagamento direto para a administradora do seguro ou plano de saúde. O dinheiro não pode ser usado para pagar médicos, clínicas e hospitais. Caso o contribuinte opte por receber esse dinheiro, o IR será cobrado > TRIBUTAÇÃO Será como nos demais planos do tipo VGBL, nas tabelas regressiva (35% antes de dois anos e até 10% após dez anos) e progressiva (15% na fonte e depois ajuste na declaração de IR) > PORTABILIDADE Não será permitido fazer portabilidade de um VGBL tradicional para VGBL Saúde > SEM ENCARGOS Permite que as empresas façam contribuições ao VGBL Saúde do funcionário sem que o valor seja considerado parte do salário –portanto, sem a incidência de encargos proporcionais de FGTS, INSS, entre outros. Hoje, isso só é possível nos planos do tipo PGBL, voltados aos assalariados de maior renda que fazem a declaração do IR pelo modelo completo > RENDA MENOR O contribuinte de menor renda, em geral, não tem gastos com saúde, educação, dependentes e previdência suficientes para ultrapassar o desconto de 20% permitido pela declaração simplificada. Normalmente, ele prefere contribuir, portanto, para o plano do tipo VGBL. Já o PGBL permite que o contribuinte deduza as contribuições previdenciárias até o limite de 12% da renda tributável na declaração pelo modelo completo
mercado
Teto de R$ 4.663,75 do INSS leva trabalhador para plano privadoQuem quer manter o padrão de consumo depois de se aposentar deve ficar atento ao teto pago pelo INSS (R$ 4.663,75). Os trabalhadores que ganham acima desse limite terão de se planejar para complementar a renda com outros mecanismos, como planos de previdência privada. "Muitas pessoas fazem planos privados por acharem que a Previdência Social em algum momento terá de ser reformulada, porque não terá como entregar o que hoje promete", afirma Osvaldo Nascimento, presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada). Segundo a entidade, 12,1 milhões de pessoas contribuem com esses planos no Brasil. Uma das ideias em estudo para adequar o orçamento à longevidade crescente da população é a adoção de uma idade mínima nas aposentadorias por tempo de contribuição. Não há restrição atualmente, mas os trabalhadores que se aposentam cedo têm o benefício reduzido devido ao fator previdenciário, que considera a expectativa de sobrevida. A partir deste ano, há a opção, com regras mais favoráveis, do fator 85/95 (veja quadro ao lado). Vale ressaltar também que, mesmo que o trabalhador tenha sempre contribuído pelo teto do INSS, receberá um valor menor ao se aposentar. O cálculo considera a média das contribuições mensais corrigidas desde julho de 1994, excluindo-se os 20% mais baixos. No entanto, essa média não atinge o limite atual porque o teto previdenciário foi elevado algumas vezes de forma abrupta, muito acima da inflação, criando a distorção. "As pessoas quando se aposentam pelo INSS acham que vão ganhar o teto, mas, quando vemos a média dos salários desde 1994, normalmente existe uma diferença razoável", diz Flávio Castro, presidente do Instituto Brasileiro de Atuária. 10 passos para controlar suas finanças * MUDANÇAS PREVIDENCIÁRIAS Benefícios alterados neste ano > AUXÍLIO-DOENÇA Regra anterior Calculado pela média dos 80% maiores salários de contribuição Nova regra Benefício limitado à média das últimas 12 contribuições > PENSÃO POR MORTE * Regras anteriores Não há tempo mínimo de contribuição Não há tempo mínimo de casamento ou união estável A pensão é vitalícia Novas regras Tempo mínimo de 18 meses de contribuição ** Tempo mínimo de 24 meses de casamento ou união estável Pensão vitalícia para cônjuges a partir de 44 anos e proporcional à idade para os mais jovens > APOSENTADORIA PELO INSS Foi criada a fórmula 85/95, que garante o benefício sem diminuição pelo fator previdenciário caso a soma da idade e do tempo de contribuição chegue a 85 anos, no caso das mulheres, ou 95 anos, no caso dos homens. A soma terá aumento gradual a partir de 2018 e chegará a 90/100 em 2026 *As mudanças não se aplicam aos atuais beneficiários do INSS **Exceto para casos de acidente de trabalho e doença profissional ou do trabalho * NOVIDADE Conheça o VGBL Saúde; plano deve estar no mercado nos próximos anos > VGBL SAÚDE Plano de aposentadoria que permite destinar parte do saldo acumulado para o pagamento de plano e seguro saúde, sem a incidência de IR > SÓ EM 2017 O plano foi aprovado pelo Senado e deve voltar para a Câmara antes de seguir para sanção da presidente Dilma. Devido ao tempo de tramitação do projeto, a expectativa é que o produto só seja viabilizado a partir de 2017 > TERCEIRA IDADE A medida foi pensada para possibilitar que aposentados paguem seus próprios seguros e planos de saúde na terceira idade > DISTORÇÃO O plano também permite corrigir uma distorção tributária que beneficiava contribuintes de maior renda no acúmulo de recursos para aposentadoria > COMO SERÁ O PAGAMENTO O gestor do VGBL Saúde faz o pagamento direto para a administradora do seguro ou plano de saúde. O dinheiro não pode ser usado para pagar médicos, clínicas e hospitais. Caso o contribuinte opte por receber esse dinheiro, o IR será cobrado > TRIBUTAÇÃO Será como nos demais planos do tipo VGBL, nas tabelas regressiva (35% antes de dois anos e até 10% após dez anos) e progressiva (15% na fonte e depois ajuste na declaração de IR) > PORTABILIDADE Não será permitido fazer portabilidade de um VGBL tradicional para VGBL Saúde > SEM ENCARGOS Permite que as empresas façam contribuições ao VGBL Saúde do funcionário sem que o valor seja considerado parte do salário –portanto, sem a incidência de encargos proporcionais de FGTS, INSS, entre outros. Hoje, isso só é possível nos planos do tipo PGBL, voltados aos assalariados de maior renda que fazem a declaração do IR pelo modelo completo > RENDA MENOR O contribuinte de menor renda, em geral, não tem gastos com saúde, educação, dependentes e previdência suficientes para ultrapassar o desconto de 20% permitido pela declaração simplificada. Normalmente, ele prefere contribuir, portanto, para o plano do tipo VGBL. Já o PGBL permite que o contribuinte deduza as contribuições previdenciárias até o limite de 12% da renda tributável na declaração pelo modelo completo
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Beleza urbana
A beleza urbana parece ter voltado, felizmente, à pauta política de São Paulo. A promessa de enterrar a fiação elétrica, o surgimento de paredes com jardins verticais e o embate a respeito das diferenças entre o grafite artístico e a pichação propiciaram debates estéticos até então rarefeitos. Por muito tempo os brasileiros estiveram anestesiados pela feiura de suas cidades, considera o primeiro brasileiro a integrar o júri do prêmio Pritzker, equivalente ao Nobel da Arquitetura. Em entrevista a esta Folha, o embaixador André Corrêa do Lago lamentou que o poder estatal e o mercado tenham feito pouco para melhorar a aparência dos grandes centros urbanos. Na metrópole paulistana, mesmo bairros que atraíram fartos investimentos continuam carentes de cuidados com o espaço público. Em visita à capital, o urbanista dinamarquês Jan Gehl espantou-se com a ausência de praças, bancos e comércio ao nível da calçada na região da Nova Faria Lima, importante centro financeiro. Nos áridos conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida ou no entorno dos estádios da Copa pelo país, a desatenção com projetos e acabamento limita o efeito positivo de obras que consumiram elevados recursos do Estado. Da mesma forma, descuida-se da valorização de marcos arquitetônicos. Copan e Conjunto Nacional ficam escondidos, respectivamente, por uma lona de proteção e dezenas de aparelhos de ar condicionado. O mesmo se dá com inúmeros outros edifícios. Não faltam exemplos internacionais a mostrar caminhos mais proveitosos. Barcelona, nos anos 1980, soube canalizar a demanda reprimida pela proibição dos outdoors. A empresa que patrocinasse o restauro de um prédio histórico poderia ocupar a tela de proteção das obras com seu logotipo. Recuperaram-se, assim, mais de 600 imóveis, inclusive boa parte do legado do arquiteto Antoni Gaudí, hoje um dos principais atrativos culturais e turísticos da cidade. A beleza, longe de ser supérflua, proporciona benefícios para a urbe que não se limitam aos gastos dos visitantes. Quando árvores caem sobre o horrendo emaranhado da fiação elétrica, sucedem-se blecautes e falhas em semáforos. Calçadas esburacadas e estreitas espantam os pedestres e tornam as ruas mais inseguras. A feiura das cidades significa, enfim, menor qualidade de vida. [email protected]
opiniao
Beleza urbanaA beleza urbana parece ter voltado, felizmente, à pauta política de São Paulo. A promessa de enterrar a fiação elétrica, o surgimento de paredes com jardins verticais e o embate a respeito das diferenças entre o grafite artístico e a pichação propiciaram debates estéticos até então rarefeitos. Por muito tempo os brasileiros estiveram anestesiados pela feiura de suas cidades, considera o primeiro brasileiro a integrar o júri do prêmio Pritzker, equivalente ao Nobel da Arquitetura. Em entrevista a esta Folha, o embaixador André Corrêa do Lago lamentou que o poder estatal e o mercado tenham feito pouco para melhorar a aparência dos grandes centros urbanos. Na metrópole paulistana, mesmo bairros que atraíram fartos investimentos continuam carentes de cuidados com o espaço público. Em visita à capital, o urbanista dinamarquês Jan Gehl espantou-se com a ausência de praças, bancos e comércio ao nível da calçada na região da Nova Faria Lima, importante centro financeiro. Nos áridos conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida ou no entorno dos estádios da Copa pelo país, a desatenção com projetos e acabamento limita o efeito positivo de obras que consumiram elevados recursos do Estado. Da mesma forma, descuida-se da valorização de marcos arquitetônicos. Copan e Conjunto Nacional ficam escondidos, respectivamente, por uma lona de proteção e dezenas de aparelhos de ar condicionado. O mesmo se dá com inúmeros outros edifícios. Não faltam exemplos internacionais a mostrar caminhos mais proveitosos. Barcelona, nos anos 1980, soube canalizar a demanda reprimida pela proibição dos outdoors. A empresa que patrocinasse o restauro de um prédio histórico poderia ocupar a tela de proteção das obras com seu logotipo. Recuperaram-se, assim, mais de 600 imóveis, inclusive boa parte do legado do arquiteto Antoni Gaudí, hoje um dos principais atrativos culturais e turísticos da cidade. A beleza, longe de ser supérflua, proporciona benefícios para a urbe que não se limitam aos gastos dos visitantes. Quando árvores caem sobre o horrendo emaranhado da fiação elétrica, sucedem-se blecautes e falhas em semáforos. Calçadas esburacadas e estreitas espantam os pedestres e tornam as ruas mais inseguras. A feiura das cidades significa, enfim, menor qualidade de vida. [email protected]
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