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Não quer ajudar, não atrapalha
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É sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris no avatar. Depois vem uma onda de gente criticando quem trocou o avatar. Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida começam a criticar quem criticou os que criticaram. Nesse momento já começaram as ofensas pessoais e já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o nome para guarani kayowá, ou abraçado qualquer outra causa. Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa bandeira é fácil, quero ver levantar bandeira contra a transfobia. Você é contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca gente se comparada ao machismo. Você é contra o machismo: mas a mulher está muito mais incluída na sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de esquerda, mas não doa pros pobres? Hipócrita. Ah, você doa pros pobres? Populista. Culpado. Assistencialista. Cintia Suzuki resumiu bem: "Você coloca um avatar coloridinho, aí não pode porque tem gente passando fome. Aí o governo faz um programa pras pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é sustentar vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem entenderem, já que você não vai ajudar ninguém". Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não comer carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: "De onde você tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos peruanos que não podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?" O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à carne, não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor para o mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo alguma coisa lembra a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando o vizinho separa o lixo, você se sente mal por não separar. A solução? Xingar o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é fácil, vizinho. Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada —melhor seria se usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.
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Não quer ajudar, não atrapalhaÉ sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris no avatar. Depois vem uma onda de gente criticando quem trocou o avatar. Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida começam a criticar quem criticou os que criticaram. Nesse momento já começaram as ofensas pessoais e já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o nome para guarani kayowá, ou abraçado qualquer outra causa. Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa bandeira é fácil, quero ver levantar bandeira contra a transfobia. Você é contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca gente se comparada ao machismo. Você é contra o machismo: mas a mulher está muito mais incluída na sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de esquerda, mas não doa pros pobres? Hipócrita. Ah, você doa pros pobres? Populista. Culpado. Assistencialista. Cintia Suzuki resumiu bem: "Você coloca um avatar coloridinho, aí não pode porque tem gente passando fome. Aí o governo faz um programa pras pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é sustentar vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem entenderem, já que você não vai ajudar ninguém". Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não comer carne. Chato mesmo é aguentar a reação dos carnívoros: "De onde você tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula você não tem pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos peruanos que não podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?" O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à carne, não há quem não concorde que o vegetarianismo seria melhor para o mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio ambiente, ou da saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo alguma coisa lembra a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando o vizinho separa o lixo, você se sente mal por não separar. A solução? Xingar o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é fácil, vizinho. Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada —melhor seria se usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.
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Carioca faz índice, e Brasil terá atleta na prova mais nobre do atletismo na Rio-16
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MARCEL RIZZO DE SÃO BERNARDO O Brasil terá um atleta na prova mais nobre do atletismo na Rio-2016, em agosto. Vitor Hugo dos Santos, 20, conseguiu na tarde desta quinta (30) o índice para participar dos 100m nos Jogos Olímpicos. Ele obteve a marca de 10s11 na semifinal do Troféu Brasil, que está sendo disputado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo O índice exigido para participar da Rio-2016 é 10s16 –há 11 dias, Vitor havia alcançado 10s17 no Grand Prix, também na pista da Arena Caixa, que é o centro de rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) "Eu tinha combinado com meu técnico que na eliminatória só correria para me classificar, e que já tentaria o índice na semifinal. Estava preparado, acho que é importante o Brasil ter um representante nos 100m. Estou feliz", disse Vitor Hugo, que nasceu no Rio mas há um ano mudou para São Paulo para intensificar os treinamentos. O Brasil voltará a ter um representante nos 100m depois de não classificar um atleta para os jogos de Londres, em 2012. Em 2008, em Pequim, José Carlos Moreira e Vicente Lenílson participaram da prova, sem destaque. "O objetivo agora é melhorar essa marca. Tenho um sonho que é correr abaixo dos 10 segundos, e vou brigar para isso. Acho que temos que representar atletas que já correram essa prova, o Claudinei [Quirino], o Vicente [Lenilson], o Robson [Caetano]. Quem sabe até ser melhor do que eles", disse Vitor Hugo. Nunca um brasileiro correu os 100m abaixo dos 10 segundos –o recorde nacional, de Robson Caetano em 1988, é de 10 segundos cravado, obtido em uma competição no México. Atualmente, o jamaicano Usain Bolt detém os recordes mundial, com 9s58, e olímpico, com 9s63. Antes de Vitor Hugo obter a marca, o Brasil já tinha 49 atletas classificados para a Rio-2016. Ele será, inclusive, um dos atletas que representará o Brasil na prova do revezamento 4z100m, que já estava garantida na competição. "Eu estava buscando melhorar minha saída na prova. Acho que consegui. Vamos ver se melhor esse tempo até a Olimpíada", disse Vitor Hugo. Na final, Vitor Hugo dos Santos foi o primeiro nos 100m, no meio da tarde, com tempo inferior ao da semi. Para ficar com o ouro ele fez 10s21. Prova dos 100 m rasos - Melhores brasileiros de todos os tempos
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esporte
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Carioca faz índice, e Brasil terá atleta na prova mais nobre do atletismo na Rio-16
MARCEL RIZZO DE SÃO BERNARDO O Brasil terá um atleta na prova mais nobre do atletismo na Rio-2016, em agosto. Vitor Hugo dos Santos, 20, conseguiu na tarde desta quinta (30) o índice para participar dos 100m nos Jogos Olímpicos. Ele obteve a marca de 10s11 na semifinal do Troféu Brasil, que está sendo disputado em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo O índice exigido para participar da Rio-2016 é 10s16 –há 11 dias, Vitor havia alcançado 10s17 no Grand Prix, também na pista da Arena Caixa, que é o centro de rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) "Eu tinha combinado com meu técnico que na eliminatória só correria para me classificar, e que já tentaria o índice na semifinal. Estava preparado, acho que é importante o Brasil ter um representante nos 100m. Estou feliz", disse Vitor Hugo, que nasceu no Rio mas há um ano mudou para São Paulo para intensificar os treinamentos. O Brasil voltará a ter um representante nos 100m depois de não classificar um atleta para os jogos de Londres, em 2012. Em 2008, em Pequim, José Carlos Moreira e Vicente Lenílson participaram da prova, sem destaque. "O objetivo agora é melhorar essa marca. Tenho um sonho que é correr abaixo dos 10 segundos, e vou brigar para isso. Acho que temos que representar atletas que já correram essa prova, o Claudinei [Quirino], o Vicente [Lenilson], o Robson [Caetano]. Quem sabe até ser melhor do que eles", disse Vitor Hugo. Nunca um brasileiro correu os 100m abaixo dos 10 segundos –o recorde nacional, de Robson Caetano em 1988, é de 10 segundos cravado, obtido em uma competição no México. Atualmente, o jamaicano Usain Bolt detém os recordes mundial, com 9s58, e olímpico, com 9s63. Antes de Vitor Hugo obter a marca, o Brasil já tinha 49 atletas classificados para a Rio-2016. Ele será, inclusive, um dos atletas que representará o Brasil na prova do revezamento 4z100m, que já estava garantida na competição. "Eu estava buscando melhorar minha saída na prova. Acho que consegui. Vamos ver se melhor esse tempo até a Olimpíada", disse Vitor Hugo. Na final, Vitor Hugo dos Santos foi o primeiro nos 100m, no meio da tarde, com tempo inferior ao da semi. Para ficar com o ouro ele fez 10s21. Prova dos 100 m rasos - Melhores brasileiros de todos os tempos
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Dupla é detida ao tentar roubar casa de alto padrão no Morumbi, em SP
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Um homem foi preso e um adolescente apreendido após invadirem uma casa de alto padrão na região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, na noite desta quinta-feira (13). Um terceiro suspeito está foragido. Ao menos três suspeitos pularam o muro e invadiram a casa na rua Pacobá, por volta das 22h30. Armados com um revólver calibre 32, eles renderam a babá e duas crianças de 5 e 3 anos. O casal dono do imóvel tinha ido ao shopping. Os suspeitos mantiveram a babá e as crianças reféns em um quarto da casa, enquanto separavam eletroeletrônicos e joias. O casal recebeu uma mensagem da empresa de segurança com monitoramento à distância informando que a casa tinha sido invadida. Imediatamente, ligaram para o 190 e voltaram para casa. O casal chegou ao imóvel junto com a Polícia Militar. No interior da casa, os PMs ouviram barulho no quarto andar. Após uma rápida negociação com os ladrões, a babá e as crianças foram liberadas. Os dois ladrões se deitaram no chão e um deles entregou a arma. No quarto, havia vários eletroeletrônicos e joias separados. A babá disse aos policiais que um terceiro ladrão tinha invadido a casa. A PM fez buscas no imóvel e na região, mas ele não foi localizado. A dupla foi levada ao 89º DP (Portal do Morumbi).
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cotidiano
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Dupla é detida ao tentar roubar casa de alto padrão no Morumbi, em SPUm homem foi preso e um adolescente apreendido após invadirem uma casa de alto padrão na região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, na noite desta quinta-feira (13). Um terceiro suspeito está foragido. Ao menos três suspeitos pularam o muro e invadiram a casa na rua Pacobá, por volta das 22h30. Armados com um revólver calibre 32, eles renderam a babá e duas crianças de 5 e 3 anos. O casal dono do imóvel tinha ido ao shopping. Os suspeitos mantiveram a babá e as crianças reféns em um quarto da casa, enquanto separavam eletroeletrônicos e joias. O casal recebeu uma mensagem da empresa de segurança com monitoramento à distância informando que a casa tinha sido invadida. Imediatamente, ligaram para o 190 e voltaram para casa. O casal chegou ao imóvel junto com a Polícia Militar. No interior da casa, os PMs ouviram barulho no quarto andar. Após uma rápida negociação com os ladrões, a babá e as crianças foram liberadas. Os dois ladrões se deitaram no chão e um deles entregou a arma. No quarto, havia vários eletroeletrônicos e joias separados. A babá disse aos policiais que um terceiro ladrão tinha invadido a casa. A PM fez buscas no imóvel e na região, mas ele não foi localizado. A dupla foi levada ao 89º DP (Portal do Morumbi).
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Leitores elogiam artigo do cartunista Mauricio de Sousa
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Parabéns a Mauricio de Sousa e à Folha pelo artigo Quadrinho é literatura (Tendências/Debates, 20/4), em que o desenhista revela que seu amor pela leitura foi inspirado por seus pais, alimentado em revistas em quadrinhos, pelas quais foi se alfabetizando até chegar ao sempre admirado e jamais esquecido Monteiro Lobato. Eu também tive a mesma iniciação, por meu pai, em Juiz de Fora, que desabrochou quando eu vim estudar no Rio, em 1943. THIAGO RIBAS FILHO, desembargador aposentado (Rio de Janeiro, RJ) * * A iniciação literária relatada por Mauricio de Sousa também foi a minha. Deve-se usar o estímulo da arte visual para a apresentação do texto, como nos foram apresentadas as Mônicas e Emílias. Ainda mais hoje, quando o fantástico é a literatura capilarizada entre os jovens, parece estar faltando essa transição para leituras, digamos, mais densas e profundas. ADILSON ROBERTO GONÇALVES, vice-presidente da Academia de Letras de Lorena (Lorena, SP) * De pleno acordo com Mauricio de Sousa, que ao diz que quadrinhos também são literatura. Gibis de meu tempo primavam pelo respeito à linguagem e antepunham o bem ao mal no campo ético. O maniqueísmo romântico preconizava a vitória invariável do bem, porém, não se pode afirmar que a simplificação deixasse de conduzir nossos jovens em direção a justos arquétipos. Hoje o predomínio é o do demônio destruidor, que, lamentavelmente, influencia nossa juventude petrificada ante a suposta beleza do mal gerada por estonteantes efeitos especiais, que os transforma em robôs "desbussolados". AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP) * Aprendi a ler antes de entrar na escola em função dos gibis da turma da Mônica e não tenho dúvida de que se trata de literatura, como disse o genial Mauricio de Souza. E muitas vezes melhor literatura do que muitos livros. MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores elogiam artigo do cartunista Mauricio de SousaParabéns a Mauricio de Sousa e à Folha pelo artigo Quadrinho é literatura (Tendências/Debates, 20/4), em que o desenhista revela que seu amor pela leitura foi inspirado por seus pais, alimentado em revistas em quadrinhos, pelas quais foi se alfabetizando até chegar ao sempre admirado e jamais esquecido Monteiro Lobato. Eu também tive a mesma iniciação, por meu pai, em Juiz de Fora, que desabrochou quando eu vim estudar no Rio, em 1943. THIAGO RIBAS FILHO, desembargador aposentado (Rio de Janeiro, RJ) * * A iniciação literária relatada por Mauricio de Sousa também foi a minha. Deve-se usar o estímulo da arte visual para a apresentação do texto, como nos foram apresentadas as Mônicas e Emílias. Ainda mais hoje, quando o fantástico é a literatura capilarizada entre os jovens, parece estar faltando essa transição para leituras, digamos, mais densas e profundas. ADILSON ROBERTO GONÇALVES, vice-presidente da Academia de Letras de Lorena (Lorena, SP) * De pleno acordo com Mauricio de Sousa, que ao diz que quadrinhos também são literatura. Gibis de meu tempo primavam pelo respeito à linguagem e antepunham o bem ao mal no campo ético. O maniqueísmo romântico preconizava a vitória invariável do bem, porém, não se pode afirmar que a simplificação deixasse de conduzir nossos jovens em direção a justos arquétipos. Hoje o predomínio é o do demônio destruidor, que, lamentavelmente, influencia nossa juventude petrificada ante a suposta beleza do mal gerada por estonteantes efeitos especiais, que os transforma em robôs "desbussolados". AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP) * Aprendi a ler antes de entrar na escola em função dos gibis da turma da Mônica e não tenho dúvida de que se trata de literatura, como disse o genial Mauricio de Souza. E muitas vezes melhor literatura do que muitos livros. MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Na natação, EUA contra Austrália tem rivalidade digna de Brasil e Argentina
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MARIANA LAJOLO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO É como um Fla-Flu. Ou, guardadas as devidas proporções, um Brasil versus Argentina. Estados Unidos x Austrália, maior rivalidade da natação mundial, vê um novo capítulo a partir deste sábado. E poucas vezes as duas nações chegaram a uma edição dos Jogos Olímpicos tão iguais como no Rio. Os norte-americanos são a potência número 1 da natação mundial em todos os tempos, com 520 pódios olímpicos, quase o triplo dos australianos, seus perseguidores diretos (178). Entretanto, com a ascensão do rival desde a Olimpíada de Londres-2012, os ianques veem a condição de soberania em risco. De acordo com o ranking mundial desta temporada, 23 norte-americanos chegam ao Rio entre os três primeiros no ranking mundial das provas individuais, ou seja, na zona de pódio. A Austrália tem 14. Só que os azarões têm mais atletas como líderes de ranking (7 contra 6), recordistas mundiais e uma geração jovem que representa um perigo real para os favoritos. O destaque do primeiro dia deve ser o embate entre os países no revezamento 4 x 100 m feminino. Tudo começou com um fracasso. Há quatro anos, a Austrália teve seu pior desempenho olímpico neste milênio, com só uma medalha de ouro e dez no total -os EUA tiveram 16 e 31, respectivamente. A escassez de láureas provocou uma revolução no país. A federação de local contratou uma investigação independente para averiguar as causas do problema, demitiu o então diretor-técnico e contratou o holandês Jacco Verhaeren para o cargo. Mal comparando, seria como a seleção brasileira de futebol assinar com um treinador estrangeiro. "Eu queria trazer algo novo para a Austrália", disse Verhaeren nesta terça (2), em entrevista coletiva no Rio. Não se sabe bem o que ele fez, mas os australianos se transformaram. Da solitária medalha dourada em 2012, eles evoluíram para três no Mundial de Barcelona-2013 e sete no de Kazan-2015. Enquanto isso, norte-americanos caíram de 29 pódios na Espanha para 23 na Rússia. "Não estamos aqui [no Rio] para nos redimir de algum resultado ruim, mas para fazer nosso melhor. Ninguém pensa no que aconteceu ou no que vai acontecer, todos estão preocupados com o agora", complementou Verhaeren. Dois fatores explicam a maré favorável: um é a consolidação de talentos como Cameron McEvoy, 22, e as irmãs Cate, 24, e Bronte Campbell, 22. Ele registrou em abril, durante a seletiva nacional, o melhor tempo da história dos 100 m livre se desconsiderados os trajes de poliuretano, hoje banidos (47s04). O recorde mundial (46s91), obtido com o supermaiô, pertence ao brasileiro Cesar Cielo. Cate, no mês passado, bateu o recorde mundial dos 100 m livre (52s06). Outros nomes em ascensão são o de Mitch Larkin e Emily Seehbom, campeões mundiais tanto dos 100 m quanto dos 200 m costas. A possibilidade de encarar os norte-americanos é presente no discurso dos atletas. "Existe essa rivalidade, mas também um respeito mútuo. É isso que traz vida ao esporte", comentou McEvoy, vice-campeão mundial dos 100 m. "A rivalidade é saudável. Nós os empurramos e eles nos empurram. A Austrália não seria o que é sem os EUA e vice-versa", concluiu Cate Campbell. OCASO O outro fator favorável aos australianos é o declínio de alguns carros-chefes dos EUA. Michael Phelps, que em Pequim-2008 conquistou oito ouros e detém 22 pódios olímpicos na carreira, nadará no máximo seis provas no Rio. Ryan Lochte, dono de 11 láureas nos Jogos, só se classificou para uma prova individual. Missy Franklin, grande nome da natação feminina do país em Londres, com quatro ouros, aparecerá apenas em três. O grande trunfo da delegação é Katie Ledecky, 19, favorita ao ouros 200 m, 400 m e 800 m livre -ela é recordista mundial das duas últimas. "Os australianos fizeram melhorias nos últimos anos e jovens surgiram. Isso traz mais empolgação para o esporte. Traz de volta memórias de [Ian] Thorpe e [Grant] Hackett", disse Phelps, em referência aos australianos, que juntos somam 16 medalhas olímpicas. "Comecei a prestar atenção em Olimpíadas em 2000, nos Jogos de Sydney. Ouço as histórias de Michael e Anthony [Ervin, que competiram há 16 anos] sobre a rivalidade entre os dois países. Será bem interessante reviver esses momentos", disse Nathan Adrian, ouro nos 100 m livre em Londres.
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esporte
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Na natação, EUA contra Austrália tem rivalidade digna de Brasil e Argentina
MARIANA LAJOLO PAULO ROBERTO CONDE ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO É como um Fla-Flu. Ou, guardadas as devidas proporções, um Brasil versus Argentina. Estados Unidos x Austrália, maior rivalidade da natação mundial, vê um novo capítulo a partir deste sábado. E poucas vezes as duas nações chegaram a uma edição dos Jogos Olímpicos tão iguais como no Rio. Os norte-americanos são a potência número 1 da natação mundial em todos os tempos, com 520 pódios olímpicos, quase o triplo dos australianos, seus perseguidores diretos (178). Entretanto, com a ascensão do rival desde a Olimpíada de Londres-2012, os ianques veem a condição de soberania em risco. De acordo com o ranking mundial desta temporada, 23 norte-americanos chegam ao Rio entre os três primeiros no ranking mundial das provas individuais, ou seja, na zona de pódio. A Austrália tem 14. Só que os azarões têm mais atletas como líderes de ranking (7 contra 6), recordistas mundiais e uma geração jovem que representa um perigo real para os favoritos. O destaque do primeiro dia deve ser o embate entre os países no revezamento 4 x 100 m feminino. Tudo começou com um fracasso. Há quatro anos, a Austrália teve seu pior desempenho olímpico neste milênio, com só uma medalha de ouro e dez no total -os EUA tiveram 16 e 31, respectivamente. A escassez de láureas provocou uma revolução no país. A federação de local contratou uma investigação independente para averiguar as causas do problema, demitiu o então diretor-técnico e contratou o holandês Jacco Verhaeren para o cargo. Mal comparando, seria como a seleção brasileira de futebol assinar com um treinador estrangeiro. "Eu queria trazer algo novo para a Austrália", disse Verhaeren nesta terça (2), em entrevista coletiva no Rio. Não se sabe bem o que ele fez, mas os australianos se transformaram. Da solitária medalha dourada em 2012, eles evoluíram para três no Mundial de Barcelona-2013 e sete no de Kazan-2015. Enquanto isso, norte-americanos caíram de 29 pódios na Espanha para 23 na Rússia. "Não estamos aqui [no Rio] para nos redimir de algum resultado ruim, mas para fazer nosso melhor. Ninguém pensa no que aconteceu ou no que vai acontecer, todos estão preocupados com o agora", complementou Verhaeren. Dois fatores explicam a maré favorável: um é a consolidação de talentos como Cameron McEvoy, 22, e as irmãs Cate, 24, e Bronte Campbell, 22. Ele registrou em abril, durante a seletiva nacional, o melhor tempo da história dos 100 m livre se desconsiderados os trajes de poliuretano, hoje banidos (47s04). O recorde mundial (46s91), obtido com o supermaiô, pertence ao brasileiro Cesar Cielo. Cate, no mês passado, bateu o recorde mundial dos 100 m livre (52s06). Outros nomes em ascensão são o de Mitch Larkin e Emily Seehbom, campeões mundiais tanto dos 100 m quanto dos 200 m costas. A possibilidade de encarar os norte-americanos é presente no discurso dos atletas. "Existe essa rivalidade, mas também um respeito mútuo. É isso que traz vida ao esporte", comentou McEvoy, vice-campeão mundial dos 100 m. "A rivalidade é saudável. Nós os empurramos e eles nos empurram. A Austrália não seria o que é sem os EUA e vice-versa", concluiu Cate Campbell. OCASO O outro fator favorável aos australianos é o declínio de alguns carros-chefes dos EUA. Michael Phelps, que em Pequim-2008 conquistou oito ouros e detém 22 pódios olímpicos na carreira, nadará no máximo seis provas no Rio. Ryan Lochte, dono de 11 láureas nos Jogos, só se classificou para uma prova individual. Missy Franklin, grande nome da natação feminina do país em Londres, com quatro ouros, aparecerá apenas em três. O grande trunfo da delegação é Katie Ledecky, 19, favorita ao ouros 200 m, 400 m e 800 m livre -ela é recordista mundial das duas últimas. "Os australianos fizeram melhorias nos últimos anos e jovens surgiram. Isso traz mais empolgação para o esporte. Traz de volta memórias de [Ian] Thorpe e [Grant] Hackett", disse Phelps, em referência aos australianos, que juntos somam 16 medalhas olímpicas. "Comecei a prestar atenção em Olimpíadas em 2000, nos Jogos de Sydney. Ouço as histórias de Michael e Anthony [Ervin, que competiram há 16 anos] sobre a rivalidade entre os dois países. Será bem interessante reviver esses momentos", disse Nathan Adrian, ouro nos 100 m livre em Londres.
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Lama de Mariana chega ao litoral do ES com protesto de moradores
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A lama liberada com o rompimento de barragens em Mariana (MG), no dia 5, chegou ao mar do Espírito Santo na tarde deste sábado (21) acompanhada por barcos de pescadores e protesto de moradores do vilarejo próximo, Regência, na cidade de Linhares. Um dos líderes do povoado guiou o protesto vestido de Morte, com túnica preta e uma foice com a inscrição Samarco, mineradora responsável pelas barragens e que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton. Oito pessoas morreram, 12 estão desaparecidas e há quatro corpos que aguarda identificação. A enxurrada de lama atingiu o mar aproximadamente às 15h, em camadas menos densas de barro. A reportagem sobrevoou por volta das 17h a foz do rio Doce, no encontro com o mar, na altura da praia de Regência. Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil ao longo do rio Doce, apontava que a lama chegaria ao oceano na próxima semana. Entretanto, a massa de argila e silte, sedimentos com grãos muito finos, alcançou o litoral neste sábado. A região de Regência, na foz do rio, é área ambiental protegida por ser considerada berçário para diversas espécies marinhas, em especial tartarugas. Nos últimos dias, integrantes do projeto Tamar deslocaram ninhos de tartarugas da rota da lama como medida preventiva. Um fio dividindo a água ainda clara da barrenta estendia-se da foz do rio até o oceano. Em outros pontos do mar era possível ver manchas de tom marrom claro espalhadas pelo mar. As barreiras colocadas ao longo do rio nos últimos dois dias, vistas do alto como boias vermelhas, não impediram que o material barrento se misturasse com a água limpa tanto do rio quanto do mar. A previsão é que a enxurrada de lama deverá atingir uma área de 9 km de mar ao longo do litoral do Espírito Santo, de acordo com um modelo matemático elaborado por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). E, embora os impactos no oceano devam ser menos drásticos do que no vale do rio Doce, eles poderão ser duradouros e afetar, por muitos anos, a presença de algas, moluscos, crustáceos e peixes. 'O RIO É DOCE, A VALE É AMARGA' Na praça central de Regência, vilarejo onde vivem cerca de 1.200 pessoas, moradores decidiram receber a lama da mineradora com cruzes, faixas de protesto e oração. "A gente recebe essa lama com uma expectativa muito negativa, não sabe o que vai ser do futuro das nossas crianças", disse o comerciante Messias Caliman, 49, presidente da ACR (Associação Comercial de Regência) e trajado de "Morte" no protesto. Cartazes com dizeres como "Quanto Vale o Rio Doce" eram acompanhados de cruzes nas mãos de crianças. o cortejo seguiu com gritos de "O Rio é Doce! A vale é amarga", trechos de um poema de Carlos Drummond de Andrade relembrado desde a catástrofe em Mariana. Ao encontrarem ao píer do rio Doce, parte da população deitou no chão, ao lado da "Morte" para simbolizar a fatalidade por que passa o rio com a tragédia. Assista ao vídeo A palavra passou então a uma das mais antigas moradoras de Regência, Hilda Lourenço Pessanha, 73. "O Senhor Jesus deu água boa para nós beber, e não essa água amargosa, barrenta. O que será da nossa vida sem água para beber?". A matriarca do vilarejo rezou então um pai-nosso e ave-maria, acompanhada dos moradores. Ao protesto pacífico, seguiu-se uma apreensão: a notícia de que máquinas escavariam parte do rio para entrada de uma balsa, o que levaria à derrubada de algumas árvores. Em defesa delas, o grupo seguiu então em direção ao maquinário. As árvores não haviam sido arrancadas até as 19h30 deste sábado, e pareciam que seriam poupadas. Mas pequenos coqueiros foram arrancados por retroescavadeiras, ação seguida de vaias de moradores e surfistas que praticam o esporte na praia de Regência. Um dos mais revoltados com a chegada da lama, no protesto, parecia ser o comerciante André Luis Machado de Oliveira, 45. Ele observou que não só dentro do leito do rio a natureza está sendo afetada. "Aqui perto do rio, onde estamos, não pode entrar carro. Em 30 anos que moro aqui, hoje foi a primeira vez que entrei de carro para ajudar na manutenção de uma máquina. E agora vejo esse maquinário pesado aqui. É uma tristeza só. Infográfico: Caminho da lama ESCOAMENTO NO MAR A Justiça Estadual do Espírito Santo determinou que a Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, adote as medidas necessárias para facilitar o escoamento da água do rio Doce, para que ela se dissipe no mar. A decisão, de acordo com o TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo, foi tomada pelo juiz Thiago Albani Oliveira, da Vara da Fazenda Pública, Registros Públicos e Meio Ambiente de Linhares, depois de ouvir especialistas e reunir representantes de órgãos como o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Segundo a assessoria do TJ, o juiz destaca em sua decisão que "o pedido principal da presente demanda é garantir que a lama expelida com o rompimento da barragem em Minas Gerais –que já passou por diversos municípios– passe sem retenções por Linhares, o último município antes de a lama atingir o mar". A ação foi movida pela Prefeitura de Linhares, que alega que conter a lama no município seria temerário. A avaliação de membros da administração é a de que bloquear a chegada da lama ao mar seria como "estacionar a morte na frente da cidade". Com a decisão judicial, a mineradora deverá fazer a abertura imediata dos pontos de vazão naturais do rio Doce para o mar, em sua foz, e que estejam assoreados. A Samarco terá ainda de proteger acessos da água do rio Doce a outras fontes de água, como lagoas e afluentes, levando em conta pontos identificados pelo ICMBio e Iema. A decisão contraria decisão anterior da Justiça Federal do Espírito Santo, que determinou, por meio de liminar, que a Samarco impedisse a lama de chegar ao mar e previa multa de R$ 10 milhões por dia em caso de descumprimento. Para os participantes da reunião que embasou a decisão de Oliveira, a chegada da lama ao mar seria menos prejudicial para o ambiente do que seu represamento no rio Doce. A lama com rejeitos de mineração afetou, até agora, pelo menos dez municípios em Minas Gerais e dois no Espírito Santo, provocando desabastecimento em cidades como Governador Valadares (MG) e Colatina (ES). A decisão do juiz Oliveira diz que os pontos de vazão naturais do rio para o mar devem ser mantidos abertos e com razoável vazão até nova deliberação dos órgãos ambientais. À Samarco caberá ainda remover obstáculos que possam conter a água do rio para o mar -natural ou artificial–, após ser notificada pelo instituto ambiental estadual. A Justiça determinou também que sejam resgatados representantes de todas as espécies da fauna aquática nativa que têm o rio como habitat, assim como ovos de tartarugas marinhas que possam ser afetadas pelo "mar de lama". Uma multa de R$ 20 milhões foi fixada em caso de descumprimento da decisão, além de mais R$ 1 milhão por dia. Procurada, a Samarco informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está tomando todas as providências definidas por órgãos como Ministério Público, Projeto Tamar, Iema e ICMBio "para direcionar a pluma de turbidez para o mar e proteger a fauna e a flora na foz do rio Doce". Ainda de acordo com a empresa, a recomendação dos órgãos é deixar que a lama chegue ao mar, local mais adequado para recebê-la. Equipamentos foram fornecidos pela Samarco para a abertura do banco de areia que impede a chegada do rio ao mar no lado sul da foz do rio. Infográfico: Bacia do rio Doce
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cotidiano
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Lama de Mariana chega ao litoral do ES com protesto de moradoresA lama liberada com o rompimento de barragens em Mariana (MG), no dia 5, chegou ao mar do Espírito Santo na tarde deste sábado (21) acompanhada por barcos de pescadores e protesto de moradores do vilarejo próximo, Regência, na cidade de Linhares. Um dos líderes do povoado guiou o protesto vestido de Morte, com túnica preta e uma foice com a inscrição Samarco, mineradora responsável pelas barragens e que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton. Oito pessoas morreram, 12 estão desaparecidas e há quatro corpos que aguarda identificação. A enxurrada de lama atingiu o mar aproximadamente às 15h, em camadas menos densas de barro. A reportagem sobrevoou por volta das 17h a foz do rio Doce, no encontro com o mar, na altura da praia de Regência. Monitoramento do Serviço Geológico do Brasil ao longo do rio Doce, apontava que a lama chegaria ao oceano na próxima semana. Entretanto, a massa de argila e silte, sedimentos com grãos muito finos, alcançou o litoral neste sábado. A região de Regência, na foz do rio, é área ambiental protegida por ser considerada berçário para diversas espécies marinhas, em especial tartarugas. Nos últimos dias, integrantes do projeto Tamar deslocaram ninhos de tartarugas da rota da lama como medida preventiva. Um fio dividindo a água ainda clara da barrenta estendia-se da foz do rio até o oceano. Em outros pontos do mar era possível ver manchas de tom marrom claro espalhadas pelo mar. As barreiras colocadas ao longo do rio nos últimos dois dias, vistas do alto como boias vermelhas, não impediram que o material barrento se misturasse com a água limpa tanto do rio quanto do mar. A previsão é que a enxurrada de lama deverá atingir uma área de 9 km de mar ao longo do litoral do Espírito Santo, de acordo com um modelo matemático elaborado por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). E, embora os impactos no oceano devam ser menos drásticos do que no vale do rio Doce, eles poderão ser duradouros e afetar, por muitos anos, a presença de algas, moluscos, crustáceos e peixes. 'O RIO É DOCE, A VALE É AMARGA' Na praça central de Regência, vilarejo onde vivem cerca de 1.200 pessoas, moradores decidiram receber a lama da mineradora com cruzes, faixas de protesto e oração. "A gente recebe essa lama com uma expectativa muito negativa, não sabe o que vai ser do futuro das nossas crianças", disse o comerciante Messias Caliman, 49, presidente da ACR (Associação Comercial de Regência) e trajado de "Morte" no protesto. Cartazes com dizeres como "Quanto Vale o Rio Doce" eram acompanhados de cruzes nas mãos de crianças. o cortejo seguiu com gritos de "O Rio é Doce! A vale é amarga", trechos de um poema de Carlos Drummond de Andrade relembrado desde a catástrofe em Mariana. Ao encontrarem ao píer do rio Doce, parte da população deitou no chão, ao lado da "Morte" para simbolizar a fatalidade por que passa o rio com a tragédia. Assista ao vídeo A palavra passou então a uma das mais antigas moradoras de Regência, Hilda Lourenço Pessanha, 73. "O Senhor Jesus deu água boa para nós beber, e não essa água amargosa, barrenta. O que será da nossa vida sem água para beber?". A matriarca do vilarejo rezou então um pai-nosso e ave-maria, acompanhada dos moradores. Ao protesto pacífico, seguiu-se uma apreensão: a notícia de que máquinas escavariam parte do rio para entrada de uma balsa, o que levaria à derrubada de algumas árvores. Em defesa delas, o grupo seguiu então em direção ao maquinário. As árvores não haviam sido arrancadas até as 19h30 deste sábado, e pareciam que seriam poupadas. Mas pequenos coqueiros foram arrancados por retroescavadeiras, ação seguida de vaias de moradores e surfistas que praticam o esporte na praia de Regência. Um dos mais revoltados com a chegada da lama, no protesto, parecia ser o comerciante André Luis Machado de Oliveira, 45. Ele observou que não só dentro do leito do rio a natureza está sendo afetada. "Aqui perto do rio, onde estamos, não pode entrar carro. Em 30 anos que moro aqui, hoje foi a primeira vez que entrei de carro para ajudar na manutenção de uma máquina. E agora vejo esse maquinário pesado aqui. É uma tristeza só. Infográfico: Caminho da lama ESCOAMENTO NO MAR A Justiça Estadual do Espírito Santo determinou que a Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, adote as medidas necessárias para facilitar o escoamento da água do rio Doce, para que ela se dissipe no mar. A decisão, de acordo com o TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo, foi tomada pelo juiz Thiago Albani Oliveira, da Vara da Fazenda Pública, Registros Públicos e Meio Ambiente de Linhares, depois de ouvir especialistas e reunir representantes de órgãos como o Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Segundo a assessoria do TJ, o juiz destaca em sua decisão que "o pedido principal da presente demanda é garantir que a lama expelida com o rompimento da barragem em Minas Gerais –que já passou por diversos municípios– passe sem retenções por Linhares, o último município antes de a lama atingir o mar". A ação foi movida pela Prefeitura de Linhares, que alega que conter a lama no município seria temerário. A avaliação de membros da administração é a de que bloquear a chegada da lama ao mar seria como "estacionar a morte na frente da cidade". Com a decisão judicial, a mineradora deverá fazer a abertura imediata dos pontos de vazão naturais do rio Doce para o mar, em sua foz, e que estejam assoreados. A Samarco terá ainda de proteger acessos da água do rio Doce a outras fontes de água, como lagoas e afluentes, levando em conta pontos identificados pelo ICMBio e Iema. A decisão contraria decisão anterior da Justiça Federal do Espírito Santo, que determinou, por meio de liminar, que a Samarco impedisse a lama de chegar ao mar e previa multa de R$ 10 milhões por dia em caso de descumprimento. Para os participantes da reunião que embasou a decisão de Oliveira, a chegada da lama ao mar seria menos prejudicial para o ambiente do que seu represamento no rio Doce. A lama com rejeitos de mineração afetou, até agora, pelo menos dez municípios em Minas Gerais e dois no Espírito Santo, provocando desabastecimento em cidades como Governador Valadares (MG) e Colatina (ES). A decisão do juiz Oliveira diz que os pontos de vazão naturais do rio para o mar devem ser mantidos abertos e com razoável vazão até nova deliberação dos órgãos ambientais. À Samarco caberá ainda remover obstáculos que possam conter a água do rio para o mar -natural ou artificial–, após ser notificada pelo instituto ambiental estadual. A Justiça determinou também que sejam resgatados representantes de todas as espécies da fauna aquática nativa que têm o rio como habitat, assim como ovos de tartarugas marinhas que possam ser afetadas pelo "mar de lama". Uma multa de R$ 20 milhões foi fixada em caso de descumprimento da decisão, além de mais R$ 1 milhão por dia. Procurada, a Samarco informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está tomando todas as providências definidas por órgãos como Ministério Público, Projeto Tamar, Iema e ICMBio "para direcionar a pluma de turbidez para o mar e proteger a fauna e a flora na foz do rio Doce". Ainda de acordo com a empresa, a recomendação dos órgãos é deixar que a lama chegue ao mar, local mais adequado para recebê-la. Equipamentos foram fornecidos pela Samarco para a abertura do banco de areia que impede a chegada do rio ao mar no lado sul da foz do rio. Infográfico: Bacia do rio Doce
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Dupla é presa com anabolizantes contrabandeados do Paraguai e Índia
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Policiais militares prenderam dois homens suspeitos de vender anabolizantes contrabandeados, na zona leste de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (27). Por volta da 1h, os policiais desconfiaram de três ocupantes de uma Tucson na avenida Rodolfo Pirani e deram ordem de parar. No interior do carro, os policiais encontraram uma sacola com anabolizantes do Paraguai e da Índia. Um fisiculturista, que estava no carro, disse que era o dono dos anabolizantes e indicou o endereço dos fornecedores. Ele foi levado à delegacia como averiguado e outros dois ocupantes do carro, uma veterinária e um soldado do Exército, compareceram como testemunhas. Os policiais apreenderam cerca de 30 caixas com anabolizantes em um casa na Travessa Cachoeira Benfica. Dois irmãos, um técnico em química e um comerciante, foram presos e levados ao 49º DP (São Mateus). Segundo a Polícia Militar, os dois irmãos distribuíam os anabolizantes em academias.
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cotidiano
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Dupla é presa com anabolizantes contrabandeados do Paraguai e ÍndiaPoliciais militares prenderam dois homens suspeitos de vender anabolizantes contrabandeados, na zona leste de São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (27). Por volta da 1h, os policiais desconfiaram de três ocupantes de uma Tucson na avenida Rodolfo Pirani e deram ordem de parar. No interior do carro, os policiais encontraram uma sacola com anabolizantes do Paraguai e da Índia. Um fisiculturista, que estava no carro, disse que era o dono dos anabolizantes e indicou o endereço dos fornecedores. Ele foi levado à delegacia como averiguado e outros dois ocupantes do carro, uma veterinária e um soldado do Exército, compareceram como testemunhas. Os policiais apreenderam cerca de 30 caixas com anabolizantes em um casa na Travessa Cachoeira Benfica. Dois irmãos, um técnico em química e um comerciante, foram presos e levados ao 49º DP (São Mateus). Segundo a Polícia Militar, os dois irmãos distribuíam os anabolizantes em academias.
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Textura da selva emerge da vigorosa fabulação de Kipling
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Criticado por representar o ideal imperial britânico, Rudyard Kipling foi também aquele que primeiro revelou aos conterrâneos a existência epidérmica de suas colônias indianas. Se suas posições políticas pesaram negativamente sobre sua recepção crítica, é inegável o alcance de sua influência sobre o imaginário de fins do século 19 e começo do 20. O sucesso rendeu-lhe proximidade com figuras poderosas, entre elas o rei George 5º. Borges, que amava declaradamente sua literatura e relia seus livros de maneira obsessiva, lembra que Kipling era um dos únicos autores ocidentais capazes de escrever manejando com naturalidade o dicionário inteiro. Nascido em Bombaim em 1865, sua língua materna foi o hindi, com o qual conservou a relação de intimidade até o fim da vida. Os textos que compõem "Os Livros da Selva" foram publicados entre 1894 e 1895 de maneira esparsa, antes de serem reunidos em uma única edição. No entanto, trata-se ainda de um corpus instável, pois há muitas edições que desmembram os dois livros, além dos volumes simplificados impulsionados pela adaptação Disney de 1967. No Brasil, só em 2015 foi lançada uma edição completa, pela Companhia das Letras. Pela editora Zahar, sai uma com 28 ilustrações do próprio autor e de W.H. Drake, na ótima tradução de Alexandre Barbosa de Souza. São 15 contos, muitos voltados para a figura e a vida de Mowgli, o menino criado por um casal de lobos na selva indiana. Essas ficções, que incluem também poemas narrativos, cristalizam e espelham inquietudes que mobilizaram a cultura do final do século 19, dialogando com outras figuras do "homem natural", como Tarzan, Kaspar Hauser e Victor l'Aveyron. Na época da escrita dessas histórias, circulavam na Grã-Bretanha notícias sobre sete casos de meninos-lobos encontrados nas colônias. No contexto de publicação, pesava igualmente a literatura científica dos viajantes naturalistas, como Charles Darwin. É inegável o caráter moral da narrativa do menino criado na alcateia de Seeonee, o que levou o livro a ser adotado como inspiração para o movimento dos escoteiros-mirins por um amigo de Kipling, o tenente e escritor britânico Robert Baden-Powell. No segundo livro, Kipling introduz o poder de Mowgli sobre a selva, redesenhando a hierarquia tradicional entre o homem e o animal. Esse poder, identificado por críticos com o próprio poder imperial, cristaliza-se na conversão de Mowgli em guarda-florestal. A desenvoltura e o ritmo com que Kipling conduz a narrativa são absolutamente fascinantes e nos colocam com uma naturalidade diabólica no epicentro de uma aventura selvagem que não tem nada de romântico e tampouco se contenta em narrar a coabitação do humano e do animal, mas se empenha em desvelar com minúcia um mundo altamente codificado. LEIS DA SELVA A história de Mowgli é também a do aprendizado das leis da selva, dos rituais de julgamento que regem a relação entre as espécies. Enquanto o "filhote de homem" aprende com o urso Baloo as regras de convívio, a selva revela uma estrutura jurídica e policiada. Kipling projeta uma linguagem implantada nos movimentos que descreve, a ponto de produzir em nós a sensação de estarmos sendo carregados nos braços dos macacos que avançam loucamente pulando entre as árvores. Quando descreve o pelo nanquim da pantera-negra Bagheera, é como se fosse possível sentir sua textura. Com uma precisão descritiva perfeitamente entremeada na cadência narrativa, trazendo até nós o cheiro e a textura da selva no som das palavras, Kipling produz uma das experiências mais vigorosas de fabulação literária. * OS LIVROS DA SELVA AUTOR Rudyard Kipling TRADUÇÃO Alexandre Barbosa de Souza EDITORA Zahar QUANTO: R$ 64,90 (400 págs.)
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ilustrada
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Textura da selva emerge da vigorosa fabulação de KiplingCriticado por representar o ideal imperial britânico, Rudyard Kipling foi também aquele que primeiro revelou aos conterrâneos a existência epidérmica de suas colônias indianas. Se suas posições políticas pesaram negativamente sobre sua recepção crítica, é inegável o alcance de sua influência sobre o imaginário de fins do século 19 e começo do 20. O sucesso rendeu-lhe proximidade com figuras poderosas, entre elas o rei George 5º. Borges, que amava declaradamente sua literatura e relia seus livros de maneira obsessiva, lembra que Kipling era um dos únicos autores ocidentais capazes de escrever manejando com naturalidade o dicionário inteiro. Nascido em Bombaim em 1865, sua língua materna foi o hindi, com o qual conservou a relação de intimidade até o fim da vida. Os textos que compõem "Os Livros da Selva" foram publicados entre 1894 e 1895 de maneira esparsa, antes de serem reunidos em uma única edição. No entanto, trata-se ainda de um corpus instável, pois há muitas edições que desmembram os dois livros, além dos volumes simplificados impulsionados pela adaptação Disney de 1967. No Brasil, só em 2015 foi lançada uma edição completa, pela Companhia das Letras. Pela editora Zahar, sai uma com 28 ilustrações do próprio autor e de W.H. Drake, na ótima tradução de Alexandre Barbosa de Souza. São 15 contos, muitos voltados para a figura e a vida de Mowgli, o menino criado por um casal de lobos na selva indiana. Essas ficções, que incluem também poemas narrativos, cristalizam e espelham inquietudes que mobilizaram a cultura do final do século 19, dialogando com outras figuras do "homem natural", como Tarzan, Kaspar Hauser e Victor l'Aveyron. Na época da escrita dessas histórias, circulavam na Grã-Bretanha notícias sobre sete casos de meninos-lobos encontrados nas colônias. No contexto de publicação, pesava igualmente a literatura científica dos viajantes naturalistas, como Charles Darwin. É inegável o caráter moral da narrativa do menino criado na alcateia de Seeonee, o que levou o livro a ser adotado como inspiração para o movimento dos escoteiros-mirins por um amigo de Kipling, o tenente e escritor britânico Robert Baden-Powell. No segundo livro, Kipling introduz o poder de Mowgli sobre a selva, redesenhando a hierarquia tradicional entre o homem e o animal. Esse poder, identificado por críticos com o próprio poder imperial, cristaliza-se na conversão de Mowgli em guarda-florestal. A desenvoltura e o ritmo com que Kipling conduz a narrativa são absolutamente fascinantes e nos colocam com uma naturalidade diabólica no epicentro de uma aventura selvagem que não tem nada de romântico e tampouco se contenta em narrar a coabitação do humano e do animal, mas se empenha em desvelar com minúcia um mundo altamente codificado. LEIS DA SELVA A história de Mowgli é também a do aprendizado das leis da selva, dos rituais de julgamento que regem a relação entre as espécies. Enquanto o "filhote de homem" aprende com o urso Baloo as regras de convívio, a selva revela uma estrutura jurídica e policiada. Kipling projeta uma linguagem implantada nos movimentos que descreve, a ponto de produzir em nós a sensação de estarmos sendo carregados nos braços dos macacos que avançam loucamente pulando entre as árvores. Quando descreve o pelo nanquim da pantera-negra Bagheera, é como se fosse possível sentir sua textura. Com uma precisão descritiva perfeitamente entremeada na cadência narrativa, trazendo até nós o cheiro e a textura da selva no som das palavras, Kipling produz uma das experiências mais vigorosas de fabulação literária. * OS LIVROS DA SELVA AUTOR Rudyard Kipling TRADUÇÃO Alexandre Barbosa de Souza EDITORA Zahar QUANTO: R$ 64,90 (400 págs.)
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O relacionamento aberto
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"Todos os relacionamentos fechados se parecem", diria Tolstói em "Anna Kariênina". "Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira." Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente. E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: "Valia a pena tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD". Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os —mesmo que, em ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação. Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece que esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma porta aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede. O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por paixão. Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove meses por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento intermunicipal costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha no final de semana. O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de trancados, ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser. Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: "Não, não. Estou num relacionamento". Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em 2017, assim como as ombreiras e a pochete. Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima coisa a voltar pode ser o Crocs.
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colunas
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O relacionamento aberto"Todos os relacionamentos fechados se parecem", diria Tolstói em "Anna Kariênina". "Cada relacionamento aberto é infeliz à sua maneira." Abrir um relacionamento pode se revelar uma tarefa mais difícil do que abrir uma embalagem de CD. Há grandes chances de você perder um dente. E, depois de aberto, há grandes chances de você se perguntar: "Valia a pena tudo isso? Nem gostava desse CD. Aliás, ninguém mais ouve CD". Há, no entanto, quem defenda que os relacionamentos, assim como as ostras, merecem que a gente perca tempo abrindo-os —mesmo que, em ambos os casos, exista um forte risco de intoxicação. Uma porta pode estar aberta, encostada, entreaberta, escancarada. Na relação escancarada, tudo é possível e nada é passível de ciúme (parece que esse fenômeno só aconteceu uma vez, e foi nos anos 1970). Há muitas relações escancaradas que, quando você vai ver de perto, são de fato escancaradas, mas não são relações: não se pode dizer que existe uma porta aberta porque não há sequer porta, já que tampouco há parede. O relacionamento entreaberto, no entanto, pode se entreabrir de mil maneiras: pode poder tudo desde que conte tudo pro outro ou desde que o outro não fique sabendo ou desde que não seja com amigos ou desde que seja com amigos ou desde que não se apaixone ou desde que seja por paixão. Há relacionamentos cuja abertura é sazonal: o namoro à distância internacional costuma ser como as cantinas de escola, que abrem nove meses por ano e fecham nas férias, enquanto o relacionamento intermunicipal costuma funcionar como os correios: abre em dia útil, fecha no final de semana. O relacionamento encostado parece que está trancado. Mas para amigos e vizinhos, é só empurrar o portão. E tem os namoros que, apesar de trancados, ninguém trocou a fechadura: o ex ainda tem a chave e entra quando quiser. Há, é claro, o relacionamento trancado a sete chaves e blindado. Aquele que se uma paixão de adolescência batesse na porta, e se por acaso vocês transassem, ninguém ficaria sabendo, mas mesmo assim você diz: "Não, não. Estou num relacionamento". Parece que esse aí morreu. Talvez fique pra história como as ombreiras ou a pochete. Talvez volte com tudo em 2017, assim como as ombreiras e a pochete. Preparem-se. Não sei se estamos prontos pra essa loucura. A próxima coisa a voltar pode ser o Crocs.
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Xerox se dividirá em duas empresas, afirma jornal
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A Xerox se dividirá em duas empresas e dará ao investidor ativista Carl Icahn três assentos no Conselho de uma das empresas, disse o jornal The Wall Street Journal. Uma das empresas abrigará as operações de hardware da Xerox e a outra seus negócios de serviços, noticiou o jornal nesta quinta-feira (28), citando pessoas familiarizadas com o assunto. Icahn receberá três assentos no Conselho da companhia que deterá os negócios de serviços da Xerox. A Xerox não quis comentar a reportagem. Icahn divulgou uma porcentagem de 7,1% na fabricante de impressoras e copiadoras em novembro e considerou suas ações "subvalorizadas". A Xerox deve anunciar a cisão na sexta-feira (19), quando divulgará seus resultados trimestrais, disse o jornal.
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mercado
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Xerox se dividirá em duas empresas, afirma jornalA Xerox se dividirá em duas empresas e dará ao investidor ativista Carl Icahn três assentos no Conselho de uma das empresas, disse o jornal The Wall Street Journal. Uma das empresas abrigará as operações de hardware da Xerox e a outra seus negócios de serviços, noticiou o jornal nesta quinta-feira (28), citando pessoas familiarizadas com o assunto. Icahn receberá três assentos no Conselho da companhia que deterá os negócios de serviços da Xerox. A Xerox não quis comentar a reportagem. Icahn divulgou uma porcentagem de 7,1% na fabricante de impressoras e copiadoras em novembro e considerou suas ações "subvalorizadas". A Xerox deve anunciar a cisão na sexta-feira (19), quando divulgará seus resultados trimestrais, disse o jornal.
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Tela com Tiradentes volta a ser moldura de calvário do governo Dilma
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De autoria de Rafael Falco (1885-1967), a tela "Tiradentes ante o Carrasco", querida por fotógrafos que buscam simbolismos em sessões na Câmara dos Deputados, voltou a ser moldura nas reuniões da comissão de impeachment. O quadro é de 1951, mas passou a fazer parte da história em 1959, quando a Casa o recebeu como doação –o Rio ainda era a capital do país. A tela foi exposta inicialmente na Comissão de Constituição e Justiça da então sede do Legislativo brasileiro, o Palácio Tiradentes (que hoje abriga a Assembleia Legislativa do Rio). Pintor e professor nascido na Argélia, Falco veio ainda criança ao Brasil. Viveu em Taubaté e São Carlos, interior de SP. A cena de "Tiradentes ante o Carrasco" retrata a manhã de 21 de abril de 1792, quando Joaquim José da Silva Xavier, mártir da Inconfidência Mineira, preparava-se para receber a veste branca que condenados à morte usavam durante as execuções. Por coincidência, o episódio pintado em óleo sobre tela ocorreu na Cadeia Velha, no Rio, sobre a qual foi construído o Palácio Tiradentes, sede do Parlamento nacional quando a tela foi doada. A imagem do quadro extrapolou o Poder Legislativo em 1963, quando caiu nas mãos do povo: a inflação da época obrigou o governo a lançar cédulas de 5.000 cruzeiros e a cena pintada por Rafael Falco enfeitou o verso das notas. Em circulação, a cédula "viu" o golpe de 1964 e os governos Castelo Branco, Costa e Silva, Médici e Geisel, até ser extinta, em 1974. Antes de ser pano de fundo da atual comissão do impeachment, a obra de Falco já ilustrou outro mau momento do governo Dilma. Foi com ela ao fundo que o então ministro Orlando Silva, do Esporte, teve que se explicar sobre suspeitas de irregularidades na pasta, em 2011. Ele acabou por deixar o cargo. Na época, Dilma era conhecida por promover uma "faxina ética" na Esplanada.
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poder
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Tela com Tiradentes volta a ser moldura de calvário do governo DilmaDe autoria de Rafael Falco (1885-1967), a tela "Tiradentes ante o Carrasco", querida por fotógrafos que buscam simbolismos em sessões na Câmara dos Deputados, voltou a ser moldura nas reuniões da comissão de impeachment. O quadro é de 1951, mas passou a fazer parte da história em 1959, quando a Casa o recebeu como doação –o Rio ainda era a capital do país. A tela foi exposta inicialmente na Comissão de Constituição e Justiça da então sede do Legislativo brasileiro, o Palácio Tiradentes (que hoje abriga a Assembleia Legislativa do Rio). Pintor e professor nascido na Argélia, Falco veio ainda criança ao Brasil. Viveu em Taubaté e São Carlos, interior de SP. A cena de "Tiradentes ante o Carrasco" retrata a manhã de 21 de abril de 1792, quando Joaquim José da Silva Xavier, mártir da Inconfidência Mineira, preparava-se para receber a veste branca que condenados à morte usavam durante as execuções. Por coincidência, o episódio pintado em óleo sobre tela ocorreu na Cadeia Velha, no Rio, sobre a qual foi construído o Palácio Tiradentes, sede do Parlamento nacional quando a tela foi doada. A imagem do quadro extrapolou o Poder Legislativo em 1963, quando caiu nas mãos do povo: a inflação da época obrigou o governo a lançar cédulas de 5.000 cruzeiros e a cena pintada por Rafael Falco enfeitou o verso das notas. Em circulação, a cédula "viu" o golpe de 1964 e os governos Castelo Branco, Costa e Silva, Médici e Geisel, até ser extinta, em 1974. Antes de ser pano de fundo da atual comissão do impeachment, a obra de Falco já ilustrou outro mau momento do governo Dilma. Foi com ela ao fundo que o então ministro Orlando Silva, do Esporte, teve que se explicar sobre suspeitas de irregularidades na pasta, em 2011. Ele acabou por deixar o cargo. Na época, Dilma era conhecida por promover uma "faxina ética" na Esplanada.
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Após falar com bancos, ministra se diz tranquila com financiamento da safra
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Após reunião com produtores agrícolas e representantes dos bancos privados e públicos nesta terça-feira (25) para discutir o financiamento da safra, a ministra Kátia Abreu (Agricultura) avaliou que, apesar da maior cautela dos bancos diante do cenário de incerteza econômica, não há, no geral, falta de recursos para o setor. "Estão todos tranquilos no sentido de esperar que essa tendência de julho se repita no mês de agosto", afirmou Kátia Abreu a jornalistas. Na segunda-feira, a Folha mostrou, no entanto, que o atraso na liberação de crédito estava empurrando para a frente a importação de insumos como sementes e fertilizantes, que fica dia a dia mais cara com a alta do dólar, que bateu R$ 3,64 nesta quarta. Em meados de agosto de 2014, os agricultores de Mato Grosso, principal Estado produtor de soja, já haviam feito todas as suas encomendas de insumos. Atualmente, esse percentual está em 82%, segundo o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Crédito para o agronegócio A ministra afirma que, depois de um primeiro semestre de retração do crédito para o custeio e comercialização da produção, os financiamentos tiveram uma alta expressiva em julho, alavancados pelo aumento dos desembolsos do Banco do Brasil. Ainda assim, a ministra pediu aos bancos que levantem informações mais detalhadas sobre o desempenho do crédito por produto e por região para identificar eventuais gargalos. Uma nova reunião foi marcada para o final de setembro. A iniciativa de convocar os bancos foi tomada diante de reclamações feitas por produtores sobre dificuldades de acesso ao crédito a menos de um mês do início do plantio da nova safra. Abreu disse que não pode pressionar os bancos privados a reduzir a cobrança de garantias dos produtores, e que considera normal que, em um momento de ajustes na economia, as instituições fiquem mais exigentes na oferta de financiamento. "De que forma a ministra da Agricultura vai interferir na iniciativa privada? Como eu posso ligar para um presidente de um banco privado e pedir que ele fique menos exigente com as regras e com as garantias? Não posso fazer isso. Agora, em relação aos bancos públicos não estou vendo redução de financiamento", afirmou Kátia Abreu. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, também afirmou que não há escassez de crédito, mas disse que a reunião com os bancos foi importante para reduzir a insegurança dos produtores no cenário de maior risco econômico. O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, afirmou que a cobrança de garantias "é um gesto de responsabilidade de quem gere um banco público" e informou que as operações de crédito rural do banco para o custeio aumentaram 93% em julho.
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mercado
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Após falar com bancos, ministra se diz tranquila com financiamento da safraApós reunião com produtores agrícolas e representantes dos bancos privados e públicos nesta terça-feira (25) para discutir o financiamento da safra, a ministra Kátia Abreu (Agricultura) avaliou que, apesar da maior cautela dos bancos diante do cenário de incerteza econômica, não há, no geral, falta de recursos para o setor. "Estão todos tranquilos no sentido de esperar que essa tendência de julho se repita no mês de agosto", afirmou Kátia Abreu a jornalistas. Na segunda-feira, a Folha mostrou, no entanto, que o atraso na liberação de crédito estava empurrando para a frente a importação de insumos como sementes e fertilizantes, que fica dia a dia mais cara com a alta do dólar, que bateu R$ 3,64 nesta quarta. Em meados de agosto de 2014, os agricultores de Mato Grosso, principal Estado produtor de soja, já haviam feito todas as suas encomendas de insumos. Atualmente, esse percentual está em 82%, segundo o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Crédito para o agronegócio A ministra afirma que, depois de um primeiro semestre de retração do crédito para o custeio e comercialização da produção, os financiamentos tiveram uma alta expressiva em julho, alavancados pelo aumento dos desembolsos do Banco do Brasil. Ainda assim, a ministra pediu aos bancos que levantem informações mais detalhadas sobre o desempenho do crédito por produto e por região para identificar eventuais gargalos. Uma nova reunião foi marcada para o final de setembro. A iniciativa de convocar os bancos foi tomada diante de reclamações feitas por produtores sobre dificuldades de acesso ao crédito a menos de um mês do início do plantio da nova safra. Abreu disse que não pode pressionar os bancos privados a reduzir a cobrança de garantias dos produtores, e que considera normal que, em um momento de ajustes na economia, as instituições fiquem mais exigentes na oferta de financiamento. "De que forma a ministra da Agricultura vai interferir na iniciativa privada? Como eu posso ligar para um presidente de um banco privado e pedir que ele fique menos exigente com as regras e com as garantias? Não posso fazer isso. Agora, em relação aos bancos públicos não estou vendo redução de financiamento", afirmou Kátia Abreu. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, também afirmou que não há escassez de crédito, mas disse que a reunião com os bancos foi importante para reduzir a insegurança dos produtores no cenário de maior risco econômico. O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias, afirmou que a cobrança de garantias "é um gesto de responsabilidade de quem gere um banco público" e informou que as operações de crédito rural do banco para o custeio aumentaram 93% em julho.
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Petrobras muda tendência, sobe mais de 2% e faz Bolsa fechar no zero a zero
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Após operarem boa parte do dia no vermelho, as ações da Petrobras mudaram a tendência no meio da tarde e fecharam em alta de mais de 2%. O movimento, segundo analistas, foi estimulado por boatos em relação ao balanço da companhia e uma possível troca de sua presidente, Graça Foster. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, fecharam em alta de 2,62%, para R$ 10,17 cada um. Eles chegaram a cair 3,83% mais cedo, antes de subirem até 4,64% ao longo da tarde. Já os ordinários, com direito a voto, encerraram a sessão com ganho de 1,05%, para R$ 9,64, após oscilarem entre alta de 3,56% e baixa de 4,19% durante o dia. O movimento amenizou a queda do principal índice da Bolsa brasileira. Depois de ter atingido baixa de até 2,52%, o Ibovespa fechou a terça-feira no zero a zero, com ligeira valorização de 0,03%, para 48.591 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,716 bilhões. Analistas citaram que a forte virada dos papéis da Petrobras pode ter refletido rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles pudesse substituir Graça Foster na presidência da estatal. Esse boato já havia sido ventilado no mercado quando as denúncias de corrupção dentro da companhia, reveladas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, surgiram. "Não é primeira vez que há essa especulação. É improvável, mas, se fosse confirmada, a entrada de Meirelles poderia dar um choque de credibilidade à Petrobras. Haveria uma melhora na governança da empresa, o que seria visto com bons olhos pelos investidores", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos. A presidente Dilma Rousseff (PT), no entanto, já afirmou em outras ocasiões que não há intenção de substituir Graça Foster do cargo de presidente da petroleira. A Petrobras deverá divulgar seu balanço não auditado referente ao terceiro trimestre do ano passado nesta noite. O mercado estima baixa contábil de R$ 10 bilhões a R$ 48 bilhões referente aos casos de corrupção revelados pela Lava Jato. A avaliação é que uma mudança tão grande no desempenho das ações da estatal nesta terça possa ter sido também estimulada por apostas de que a baixa contábil seja menor do que a esperada. "Os rumores podem ter motivado os 'vendidos' [que apostam na queda das ações] a zerar suas posições, gerando uma reação em cadeia que catapultou os preços dos papéis", afirma Rogério Oliveira, especialista em Bolsa da Icap. Para Ricardo Kim, da XP Investimentos, a grande questão é de quanto será a baixa contábil no balanço desta noite e quando a companhia divulgará a versão auditada do balanço. "Vale ressaltar que a presidente da companhia, Graça Foster também admitiu a dificuldade em tornar público os números oficiais, já que, a cada denúncia de desvio de recursos, a realidade financeira da companhia é alterada", disse em relatório. RACIONAMENTO Além da expectativa pelo balanço da Petrobras, continuou influenciando o desempenho da Bolsa brasileira a possibilidade de racionamento de água e energia no país, o que derrubou as ações de elétricas e empresas de saneamento na semana passada. "A situação é dramática e a cada nova previsão de chuvas para o restante do ano mostra que o racionamento é inevitável, do ponto de vista elétrico (ter energia nos momentos de pico de consumo) como do ponto de vista energético: termos energia para chegar em dezembro de 2015 com alguma água nos reservatórios", afirmou Kim. No exterior, os mercados europeus e americanos fecharam queda, refletindo a incerteza política na Grécia, após o líder esquerdista Alexis Tsipras ter se tornado o primeiro-ministro do país, dados da economia chinesa e resultados de empresas. A desaceleração econômica da China em 2014 afetou o lucro do setor industrial daquele país em dezembro, que recuou 8% na comparação anual, pior desempenho em pelo menos um ano. Com isso, as ações preferenciais da Vale cederam 2,80%, para R$ 16,99 cada uma. As ordinárias caíram 2,96%, para R$ 19. O país asiático é o principal destino das exportações da mineradora brasileira. Os papéis da varejista Hering despencaram 6,66%, para R$ 18,35 cada um, após a empresa divulgar queda de 3,8% nas vendas no quarto trimestre de 2014 em lojas abertas há mais de 12 meses e aumento modesto de 0,5% na receita bruta. O setor de telecomunicações também sofreu. O Ministério Público da Bahia instaurou inquérito civil para apurar o descumprimento de regras impostas pelo Marco Civil da Internet. Na mira está a TIM, que lançou promoção para acesso ilimitado ao WhatsApp, sem desconto da franquia do usuário, produto chamado "TIM WhatsApp". As ações da TIM registraram desvalorização de 0,74%, para R$ 12,05, enquanto os papéis da Oi lideraram as quedas do Ibovespa, com baixa de 8,95%, para R$ 6 cada um. CÂMBIO O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com desvalorização de 0,47% sobre o real, para R$ 2,577 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,73%, também para R$ 2,571. A moeda americana teve alta nos dois últimos pregões. O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 2.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98,5 milhões. A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 487,9 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 85% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões. Com Reuters
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Petrobras muda tendência, sobe mais de 2% e faz Bolsa fechar no zero a zeroApós operarem boa parte do dia no vermelho, as ações da Petrobras mudaram a tendência no meio da tarde e fecharam em alta de mais de 2%. O movimento, segundo analistas, foi estimulado por boatos em relação ao balanço da companhia e uma possível troca de sua presidente, Graça Foster. Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, fecharam em alta de 2,62%, para R$ 10,17 cada um. Eles chegaram a cair 3,83% mais cedo, antes de subirem até 4,64% ao longo da tarde. Já os ordinários, com direito a voto, encerraram a sessão com ganho de 1,05%, para R$ 9,64, após oscilarem entre alta de 3,56% e baixa de 4,19% durante o dia. O movimento amenizou a queda do principal índice da Bolsa brasileira. Depois de ter atingido baixa de até 2,52%, o Ibovespa fechou a terça-feira no zero a zero, com ligeira valorização de 0,03%, para 48.591 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,716 bilhões. Analistas citaram que a forte virada dos papéis da Petrobras pode ter refletido rumores de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles pudesse substituir Graça Foster na presidência da estatal. Esse boato já havia sido ventilado no mercado quando as denúncias de corrupção dentro da companhia, reveladas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, surgiram. "Não é primeira vez que há essa especulação. É improvável, mas, se fosse confirmada, a entrada de Meirelles poderia dar um choque de credibilidade à Petrobras. Haveria uma melhora na governança da empresa, o que seria visto com bons olhos pelos investidores", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos. A presidente Dilma Rousseff (PT), no entanto, já afirmou em outras ocasiões que não há intenção de substituir Graça Foster do cargo de presidente da petroleira. A Petrobras deverá divulgar seu balanço não auditado referente ao terceiro trimestre do ano passado nesta noite. O mercado estima baixa contábil de R$ 10 bilhões a R$ 48 bilhões referente aos casos de corrupção revelados pela Lava Jato. A avaliação é que uma mudança tão grande no desempenho das ações da estatal nesta terça possa ter sido também estimulada por apostas de que a baixa contábil seja menor do que a esperada. "Os rumores podem ter motivado os 'vendidos' [que apostam na queda das ações] a zerar suas posições, gerando uma reação em cadeia que catapultou os preços dos papéis", afirma Rogério Oliveira, especialista em Bolsa da Icap. Para Ricardo Kim, da XP Investimentos, a grande questão é de quanto será a baixa contábil no balanço desta noite e quando a companhia divulgará a versão auditada do balanço. "Vale ressaltar que a presidente da companhia, Graça Foster também admitiu a dificuldade em tornar público os números oficiais, já que, a cada denúncia de desvio de recursos, a realidade financeira da companhia é alterada", disse em relatório. RACIONAMENTO Além da expectativa pelo balanço da Petrobras, continuou influenciando o desempenho da Bolsa brasileira a possibilidade de racionamento de água e energia no país, o que derrubou as ações de elétricas e empresas de saneamento na semana passada. "A situação é dramática e a cada nova previsão de chuvas para o restante do ano mostra que o racionamento é inevitável, do ponto de vista elétrico (ter energia nos momentos de pico de consumo) como do ponto de vista energético: termos energia para chegar em dezembro de 2015 com alguma água nos reservatórios", afirmou Kim. No exterior, os mercados europeus e americanos fecharam queda, refletindo a incerteza política na Grécia, após o líder esquerdista Alexis Tsipras ter se tornado o primeiro-ministro do país, dados da economia chinesa e resultados de empresas. A desaceleração econômica da China em 2014 afetou o lucro do setor industrial daquele país em dezembro, que recuou 8% na comparação anual, pior desempenho em pelo menos um ano. Com isso, as ações preferenciais da Vale cederam 2,80%, para R$ 16,99 cada uma. As ordinárias caíram 2,96%, para R$ 19. O país asiático é o principal destino das exportações da mineradora brasileira. Os papéis da varejista Hering despencaram 6,66%, para R$ 18,35 cada um, após a empresa divulgar queda de 3,8% nas vendas no quarto trimestre de 2014 em lojas abertas há mais de 12 meses e aumento modesto de 0,5% na receita bruta. O setor de telecomunicações também sofreu. O Ministério Público da Bahia instaurou inquérito civil para apurar o descumprimento de regras impostas pelo Marco Civil da Internet. Na mira está a TIM, que lançou promoção para acesso ilimitado ao WhatsApp, sem desconto da franquia do usuário, produto chamado "TIM WhatsApp". As ações da TIM registraram desvalorização de 0,74%, para R$ 12,05, enquanto os papéis da Oi lideraram as quedas do Ibovespa, com baixa de 8,95%, para R$ 6 cada um. CÂMBIO O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com desvalorização de 0,47% sobre o real, para R$ 2,577 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,73%, também para R$ 2,571. A moeda americana teve alta nos dois últimos pregões. O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 2.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), por US$ 98,5 milhões. A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar 10 mil contratos de swap que venceriam em 2 de fevereiro, por US$ 487,9 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 85% do lote total com prazo para o segundo dia do mês que vem, equivalente a US$ 10,405 bilhões. Com Reuters
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Alckmin afirma que também irá congelar investimentos neste ano
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Os investimentos também serão atingidos pelo congelamento de R$ 6,9 bilhões do Orçamento de 2016, afirmou nesta sexta-feira (15) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano não disse, porém, quais serão os projetos e as áreas mais atingidas. "Saúde, educação e segurança estão fora. Nós pretendemos executar o Orçamento. Agora, é uma medida de contingenciamento. Não quer dizer que não vá ser executado, mas o contingenciamento é necessário", disse. "À medida que vai arrecadando, e nós temos a expectativa de que a economia possa melhorar dentro de alguns meses, você vai liberando o que estava contingenciado", complementou o governador. Conforme revelado pela Folha na edição desta sexta, o congelamento de R$ 6,9 bilhões equivale a 3,3% do total previsto na peça orçamentária do governo paulista deste ano, de R$ 207,4 bilhões. O governo alega que os bloqueios serão necessários em razão da crise econômica que atinge o país e da queda de arrecadação. Do valor contingenciado, R$ 3,9 bilhões são referentes a despesas de custeio e R$ 900 milhões, a serviços da dívida (pagamento de juros). Segundo Alckmin, as obras já iniciadas e aquelas que têm financiamento terão continuidade. O governador também disse que terão andamento as ações de concessão de rodovias, aeroportos e transportes. O governador afirmou também que a expectativa é de que a economia melhore e, aos poucos, o dinheiro congelado seja liberado. A declaração foi dada em Americana, no interior de São Paulo, onde ele inaugurou uma unidade do Instituto de Criminalística e um IML (Instituto Médico Legal), reivindicações antigas dos prefeitos da região. SITUAÇÃO RUIM Alckmin evitou criticar a política econômica atual. Apenas citou a situação ruim de Estados e municípios. As dificuldades na economia atingem praticamente todos os Estados. A situação é mais dramática em locais como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, em que salários estão sendo atrasados e serviços essenciais, como os de saúde, prejudicados. A Folha mostrou no início do mês que as maiores cidades do país também amargam queda expressiva na arrecadação de impostos e passaram a cortar investimentos e a enxugar gastos. Levantamento da reportagem mostrou que, em 38 dos 50 municípios mais populosos, houve queda nas receitas de impostos.
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Alckmin afirma que também irá congelar investimentos neste anoOs investimentos também serão atingidos pelo congelamento de R$ 6,9 bilhões do Orçamento de 2016, afirmou nesta sexta-feira (15) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano não disse, porém, quais serão os projetos e as áreas mais atingidas. "Saúde, educação e segurança estão fora. Nós pretendemos executar o Orçamento. Agora, é uma medida de contingenciamento. Não quer dizer que não vá ser executado, mas o contingenciamento é necessário", disse. "À medida que vai arrecadando, e nós temos a expectativa de que a economia possa melhorar dentro de alguns meses, você vai liberando o que estava contingenciado", complementou o governador. Conforme revelado pela Folha na edição desta sexta, o congelamento de R$ 6,9 bilhões equivale a 3,3% do total previsto na peça orçamentária do governo paulista deste ano, de R$ 207,4 bilhões. O governo alega que os bloqueios serão necessários em razão da crise econômica que atinge o país e da queda de arrecadação. Do valor contingenciado, R$ 3,9 bilhões são referentes a despesas de custeio e R$ 900 milhões, a serviços da dívida (pagamento de juros). Segundo Alckmin, as obras já iniciadas e aquelas que têm financiamento terão continuidade. O governador também disse que terão andamento as ações de concessão de rodovias, aeroportos e transportes. O governador afirmou também que a expectativa é de que a economia melhore e, aos poucos, o dinheiro congelado seja liberado. A declaração foi dada em Americana, no interior de São Paulo, onde ele inaugurou uma unidade do Instituto de Criminalística e um IML (Instituto Médico Legal), reivindicações antigas dos prefeitos da região. SITUAÇÃO RUIM Alckmin evitou criticar a política econômica atual. Apenas citou a situação ruim de Estados e municípios. As dificuldades na economia atingem praticamente todos os Estados. A situação é mais dramática em locais como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, em que salários estão sendo atrasados e serviços essenciais, como os de saúde, prejudicados. A Folha mostrou no início do mês que as maiores cidades do país também amargam queda expressiva na arrecadação de impostos e passaram a cortar investimentos e a enxugar gastos. Levantamento da reportagem mostrou que, em 38 dos 50 municípios mais populosos, houve queda nas receitas de impostos.
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Menina de nove anos morre após ser baleada por tio no Rio
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Uma menina de nove anos morreu dentro de um carro na noite deste sábado (03) após ser atingida por disparos realizados por seu tio, no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, o tio, que é Policial Militar, pensou que o carro estava sendo roubado e realizou os disparos. Um dos tiros atingiu a menor, que chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Saracuruna, na mesma região. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu. Ainda segundo os agentes, um primo do PM teria pego o carro sem avisar, o que causou a suspeita de roubo. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense foi acionada e ficará responsável pela investigação do caso. A arma do militar foi apreendida e será encaminhada para perícia. Na delegacia, o PM afirmou que iniciou uma perseguição após ver o veículo circulando na rua e só efetuou os disparos após o motorista se negar a parar. Em menos de um mês, esse é o terceiro caso de crianças sendo atingidas por balas perdidas. No dia 8 de setembro, um garoto de 13 anos morreu após ser atingido no peito em Manguinhos, zona norte do Rio, durante uma operação da Polícia Militar na região. Já o segundo caso ocorreu no dia 23 de outubro, quando um jovem de 11 anos foi baleado e morto na comunidade do Parque Alegria, também na zona norte do Rio. Ele chegou a ser socorrido na UPA da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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cotidiano
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Menina de nove anos morre após ser baleada por tio no RioUma menina de nove anos morreu dentro de um carro na noite deste sábado (03) após ser atingida por disparos realizados por seu tio, no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, o tio, que é Policial Militar, pensou que o carro estava sendo roubado e realizou os disparos. Um dos tiros atingiu a menor, que chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Saracuruna, na mesma região. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu. Ainda segundo os agentes, um primo do PM teria pego o carro sem avisar, o que causou a suspeita de roubo. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense foi acionada e ficará responsável pela investigação do caso. A arma do militar foi apreendida e será encaminhada para perícia. Na delegacia, o PM afirmou que iniciou uma perseguição após ver o veículo circulando na rua e só efetuou os disparos após o motorista se negar a parar. Em menos de um mês, esse é o terceiro caso de crianças sendo atingidas por balas perdidas. No dia 8 de setembro, um garoto de 13 anos morreu após ser atingido no peito em Manguinhos, zona norte do Rio, durante uma operação da Polícia Militar na região. Já o segundo caso ocorreu no dia 23 de outubro, quando um jovem de 11 anos foi baleado e morto na comunidade do Parque Alegria, também na zona norte do Rio. Ele chegou a ser socorrido na UPA da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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Depois dos vazamentos
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As considerações do procurador-geral Rodrigo Janot, em resposta às feitas sobre seu pedido de prisão de José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, foram exaltadas (com certa razão), mas sem o essencial. Sua indignação com insinuações de planos eleitorais e com a atribuição do vazamento à própria Procuradoria da República –sugestão que envolve o ministro Gilmar Mendes– leva-o ao propósito de identificar as respectivas origens. O que muitos consideram já vir tarde. E, a ser feito mesmo, deve começar por reconhecer o direito dos jornalistas (os profissionais, que são os jornalistas de fato) ao sigilo sobre suas fontes de informação. Lembrança necessária em tempos de arbitrariedades judiciais. Em artigo anterior, ficou aqui a estranheza com o pedido de Janot em razão de conversas que não formalizaram a alegada obstrução à Justiça, em particular à Lava Jato. Nas gravações traiçoeiras de Sérgio Machado, quem vai mais longe é Romero Jucá, e ainda assim não passa da proposta de um pacto incluindo o Supremo Tribunal Federal para interromper a Lava Jato. Há outro e mais forte motivo para a possibilidade de causa tática, emocional ou política no ato de Janot. O Supremo tornou bem definidas, e reiteradas muitas vezes, as funções admitidas nos dois tipos de gravações. As que receberam autorização judicial podem ter validade judicial plena, para acusação e para defesa. As feitas sem autorização judicial, não importa em que condições e por quem realizadas, têm validade judicial restrita: são admitidas apenas para defesa. Janot, por juntar no pedido os três atraiçoados por Sérgio Machado, indica o uso das gravações como base para prendê-los por articulação contra a Lava Jato. Não há dúvida de que Rodrigo Janot conhece a norma assentada pelo Supremo para o uso judicial de gravações. Se a desprezou, apesar da possível previsão de que o Supremo não atenderia o seu pedido, insinua a existência de um propósito subjacente ao que vazou da sua iniciativa. Mas isso o procurador-geral não mencionou nem sugeriu na sua reação exaltada. Situações semelhantes repetem-se como uma das novas características, acentuadas na Lava Jato, da Procuradoria da República e da Polícia Federal. Trata-se de um descaso irremediável pela opinião pública, que é mobilizada e logo deixada no ar, não só em curiosidade, mas, é o que importa, em diferentes inseguranças. Esse é um dos alimentadores e aceleradores das tensões, dos temores e do desalento que contaminaram o país todo. Da parte de quem o pratica, é um sinal a mais da presunção de não dever explicações, de desfrutar da liberdade para a todos manipular, de só ter discordantes e críticos de má-fé. É o autoritarismo em nome de moralidade e de justiça. E, desse jeito, um dos ingredientes mais agudos da crise que nem é mais apenas política ou econômica. O que desagradou a Janot, com razão, não é suficiente para dispensá-lo, já que houve o vazamento parcial, de proporcionar à opinião pública os esclarecimentos convenientes. No mínimo, por dever de servidor público. Também porque, afinal de contas, o vazamento só poderia vir do conjunto de áreas e servidores de que Rodrigo Janot é um dos responsáveis maiores. Além disso, foi Janot quem divulgou uma advertência lúcida sobre a necessidade de contenção da vaidade e da prepotência nos que lidam com Justiça. MESQUINHEZ Depois de restringir ao percurso entre Brasília e Porto Alegre o uso de avião da FAB por Dilma, Michel Temer manda reexaminar outros direitos da presidente afastada, a pretexto de que os usa para lutar contra o impeachment. Temer não fez outra coisa com os recursos públicos na conspiração pelo impeachment, centralizada em sua residência oficial. Michel Temer não precisava acrescentar um espetáculo de mesquinharia aos muitos que sua perplexidade proporciona.
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colunas
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Depois dos vazamentosAs considerações do procurador-geral Rodrigo Janot, em resposta às feitas sobre seu pedido de prisão de José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, foram exaltadas (com certa razão), mas sem o essencial. Sua indignação com insinuações de planos eleitorais e com a atribuição do vazamento à própria Procuradoria da República –sugestão que envolve o ministro Gilmar Mendes– leva-o ao propósito de identificar as respectivas origens. O que muitos consideram já vir tarde. E, a ser feito mesmo, deve começar por reconhecer o direito dos jornalistas (os profissionais, que são os jornalistas de fato) ao sigilo sobre suas fontes de informação. Lembrança necessária em tempos de arbitrariedades judiciais. Em artigo anterior, ficou aqui a estranheza com o pedido de Janot em razão de conversas que não formalizaram a alegada obstrução à Justiça, em particular à Lava Jato. Nas gravações traiçoeiras de Sérgio Machado, quem vai mais longe é Romero Jucá, e ainda assim não passa da proposta de um pacto incluindo o Supremo Tribunal Federal para interromper a Lava Jato. Há outro e mais forte motivo para a possibilidade de causa tática, emocional ou política no ato de Janot. O Supremo tornou bem definidas, e reiteradas muitas vezes, as funções admitidas nos dois tipos de gravações. As que receberam autorização judicial podem ter validade judicial plena, para acusação e para defesa. As feitas sem autorização judicial, não importa em que condições e por quem realizadas, têm validade judicial restrita: são admitidas apenas para defesa. Janot, por juntar no pedido os três atraiçoados por Sérgio Machado, indica o uso das gravações como base para prendê-los por articulação contra a Lava Jato. Não há dúvida de que Rodrigo Janot conhece a norma assentada pelo Supremo para o uso judicial de gravações. Se a desprezou, apesar da possível previsão de que o Supremo não atenderia o seu pedido, insinua a existência de um propósito subjacente ao que vazou da sua iniciativa. Mas isso o procurador-geral não mencionou nem sugeriu na sua reação exaltada. Situações semelhantes repetem-se como uma das novas características, acentuadas na Lava Jato, da Procuradoria da República e da Polícia Federal. Trata-se de um descaso irremediável pela opinião pública, que é mobilizada e logo deixada no ar, não só em curiosidade, mas, é o que importa, em diferentes inseguranças. Esse é um dos alimentadores e aceleradores das tensões, dos temores e do desalento que contaminaram o país todo. Da parte de quem o pratica, é um sinal a mais da presunção de não dever explicações, de desfrutar da liberdade para a todos manipular, de só ter discordantes e críticos de má-fé. É o autoritarismo em nome de moralidade e de justiça. E, desse jeito, um dos ingredientes mais agudos da crise que nem é mais apenas política ou econômica. O que desagradou a Janot, com razão, não é suficiente para dispensá-lo, já que houve o vazamento parcial, de proporcionar à opinião pública os esclarecimentos convenientes. No mínimo, por dever de servidor público. Também porque, afinal de contas, o vazamento só poderia vir do conjunto de áreas e servidores de que Rodrigo Janot é um dos responsáveis maiores. Além disso, foi Janot quem divulgou uma advertência lúcida sobre a necessidade de contenção da vaidade e da prepotência nos que lidam com Justiça. MESQUINHEZ Depois de restringir ao percurso entre Brasília e Porto Alegre o uso de avião da FAB por Dilma, Michel Temer manda reexaminar outros direitos da presidente afastada, a pretexto de que os usa para lutar contra o impeachment. Temer não fez outra coisa com os recursos públicos na conspiração pelo impeachment, centralizada em sua residência oficial. Michel Temer não precisava acrescentar um espetáculo de mesquinharia aos muitos que sua perplexidade proporciona.
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'Esquadrão Suicida' reúne oito vilões forçados a lutar pelo bem e o Coringa
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"Esquadrão Suicida" chega aos cinemas cercado de expectativa. Equipe de vilões que são forçados pelo governo a participar de missões do bem, o grupo protagoniza um filme destinado a mostrar que a DC Comics também pode fazer longas legais e divertidos, como a rival Marvel conseguiu nos últimos anos. Para isso, a Warner, dona da editora e gigante no cinema, cercou a produção de cuidados. Depois de "Batman Vs. Superman - A Origem da Justiça" receber críticas, entre elas a falta de humor, "Esquadrão Suicida" tenta descontrair a trilha do heróis DC nas telas e fazer a ponte para o esperado "Liga da Justiça", previsto para 2017. Eis alguns pontos importantes na produção: primeiro, escolher os heróis, ou melhor, vilões. A turma do mal sempre foi mais cômica do que os mocinhos sérios –alguém duvida que Lex Luthor é o personagem mais bacana de "Batman vs. Superman"? Cheio de canalhas com algum charme, o Esquadrão Suicida permite roteiros em que trapacear e trair são parte da estratégia. Segundo, não ter medo de ousar. O Esquadrão Suicida teve várias versões no gibi. O filme quebra a fidelidade ao HQ optando por juntar personagens de fases diferentes do grupo. É uma mistura que fãs puristas não engolem muito bem, mas dá a cada integrante espaço para ação e piadas. Terceiro, convocar uma estrela. Will Smith aparece como o Pistoleiro, que seguidores brasileiros mais fanáticos só chamam pelo nome original no gibi, Deadshot. Ele é o homem que jamais erra um tiro e tem o ar falastrão que Smith gosta de adotar em seus personagens de ação. Esquadrão Suicida JEANS PERTURBADOR Quarto, ter uma bomba sexy no elenco. Margot Robbie, a mulher coberta de dólares em "O Lobo de Wall Street" e atualmente em cartaz nos cinemas como a Jane do novo "Tarzan", está devastadora como a Arlequina. A namorada do Coringa e seu shortinho jeans vão perturbar o sono de gerações nerds. Quinto, o Coringa, que não é da equipe, continua maldoso. Num papel que já foi de Jack Nicholson em 1989 e deu um Oscar póstumo a Heath Ledger em 2009, a Warner foi atrás de outro "oscarizado": Jared Leto. Menos intenso que os antecessores, mas dá uma loucura jovial ao vilão. Sexto, Joel McKinnaman e Viola Davis. Nomes de prestígio em séries –ele como o Holder de "The Killing" e ela como a advogada professora Annalise Keating de "How to Get Away with Murder"–, eles têm o desafio de fazer os personagens sem superpoderes para encantar o público. Ela é Amanda Walker, criadora do Esquadrão, e ele faz o papel de Rick Flag, o soldado das Forças Especiais com a tarefa de controlar em campo as ações dos supervilões. Sétimo, e talvez a mais importante das ideias: Batman. Ben Affleck volta ao papel do Homem-Morcego e, embora apareça pouco, é o suficiente para atiçar os fãs à espera do filme da Liga da Justiça. A reação inicial da crítica não é unânime e fãs reclamam da falta de fidelidade ao gibi. O diretor David Ayer foi às redes sociais dizer que acredita no filme ("a maior experiência da minha vida"). Embora a revista inglesa "Empire" tenha dado quatro estrelas num máximo de cinco, o site "Hollywood Reporter" sentenciou que o roteiro não sabe o que fazer com o time de estrelas da vilania. Trailer de "Esquadrão Suicida"
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ilustrada
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'Esquadrão Suicida' reúne oito vilões forçados a lutar pelo bem e o Coringa"Esquadrão Suicida" chega aos cinemas cercado de expectativa. Equipe de vilões que são forçados pelo governo a participar de missões do bem, o grupo protagoniza um filme destinado a mostrar que a DC Comics também pode fazer longas legais e divertidos, como a rival Marvel conseguiu nos últimos anos. Para isso, a Warner, dona da editora e gigante no cinema, cercou a produção de cuidados. Depois de "Batman Vs. Superman - A Origem da Justiça" receber críticas, entre elas a falta de humor, "Esquadrão Suicida" tenta descontrair a trilha do heróis DC nas telas e fazer a ponte para o esperado "Liga da Justiça", previsto para 2017. Eis alguns pontos importantes na produção: primeiro, escolher os heróis, ou melhor, vilões. A turma do mal sempre foi mais cômica do que os mocinhos sérios –alguém duvida que Lex Luthor é o personagem mais bacana de "Batman vs. Superman"? Cheio de canalhas com algum charme, o Esquadrão Suicida permite roteiros em que trapacear e trair são parte da estratégia. Segundo, não ter medo de ousar. O Esquadrão Suicida teve várias versões no gibi. O filme quebra a fidelidade ao HQ optando por juntar personagens de fases diferentes do grupo. É uma mistura que fãs puristas não engolem muito bem, mas dá a cada integrante espaço para ação e piadas. Terceiro, convocar uma estrela. Will Smith aparece como o Pistoleiro, que seguidores brasileiros mais fanáticos só chamam pelo nome original no gibi, Deadshot. Ele é o homem que jamais erra um tiro e tem o ar falastrão que Smith gosta de adotar em seus personagens de ação. Esquadrão Suicida JEANS PERTURBADOR Quarto, ter uma bomba sexy no elenco. Margot Robbie, a mulher coberta de dólares em "O Lobo de Wall Street" e atualmente em cartaz nos cinemas como a Jane do novo "Tarzan", está devastadora como a Arlequina. A namorada do Coringa e seu shortinho jeans vão perturbar o sono de gerações nerds. Quinto, o Coringa, que não é da equipe, continua maldoso. Num papel que já foi de Jack Nicholson em 1989 e deu um Oscar póstumo a Heath Ledger em 2009, a Warner foi atrás de outro "oscarizado": Jared Leto. Menos intenso que os antecessores, mas dá uma loucura jovial ao vilão. Sexto, Joel McKinnaman e Viola Davis. Nomes de prestígio em séries –ele como o Holder de "The Killing" e ela como a advogada professora Annalise Keating de "How to Get Away with Murder"–, eles têm o desafio de fazer os personagens sem superpoderes para encantar o público. Ela é Amanda Walker, criadora do Esquadrão, e ele faz o papel de Rick Flag, o soldado das Forças Especiais com a tarefa de controlar em campo as ações dos supervilões. Sétimo, e talvez a mais importante das ideias: Batman. Ben Affleck volta ao papel do Homem-Morcego e, embora apareça pouco, é o suficiente para atiçar os fãs à espera do filme da Liga da Justiça. A reação inicial da crítica não é unânime e fãs reclamam da falta de fidelidade ao gibi. O diretor David Ayer foi às redes sociais dizer que acredita no filme ("a maior experiência da minha vida"). Embora a revista inglesa "Empire" tenha dado quatro estrelas num máximo de cinco, o site "Hollywood Reporter" sentenciou que o roteiro não sabe o que fazer com o time de estrelas da vilania. Trailer de "Esquadrão Suicida"
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Trump defende que aliados paguem por ações dos EUA no exterior
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O pré-candidato republicano Donald Trump afirmou que, se eleito presidente, poderia interromper a compra de petróleo da Arábia Saudita e de outros aliados árabes a não ser que eles se comprometam a ceder tropas terrestres para combater o Estado Islâmico ou "substancialmente reembolsem" os Estados Unidos por sua ofensiva contra a facção radical islâmica. "Se a Arábia Saudita não tivesse a capa de proteção americana, não acho que ainda existiria", disse Trump, em uma entrevista sobre política externa concedida por telefone e que durou cem minutos. O republicano disse também que estaria aberto a permitir que o Japão e a Coreia do Sul construíssem seus próprios arsenais nucleares para não depender dos EUA na proteção contra a Coreia do Norte e a China, ambas nações com armamento nuclear. "Se os EUA continuarem em seu caminho, seu atual caminho de fraqueza, eles vão querer [um arsenal próprio] de qualquer forma, com ou sem eu discutindo o tema", disse Trump. O pré-candidato disse ainda que está disposto a retirar as forças americanas do Japão e da Coreia do Sul se eles não aumentarem substancialmente os custos de habitação e alimentação dos militares. "A resposta é sim." Se for eleito para ocupar a Casa Branca, Trump afirmou que renegociaria muitos dos tratados fundamentais dos EUA com seus aliados, incluindo o acordo de 56 anos com o Japão, que ele classificou como unilateral. Na visão do empresário milionário, os EUA se transformaram em uma potência diluída. Para recuperar o papel central do país no mundo, ele defende apelar à barganha econômica. O republicano abordou quase todos os atuais conflitos internacionais pelo prisma da negociação, mesmo quando foi impreciso sobre os objetivos estratégicos que deseja alcançar. E culpou mais uma vez a administração do democrata Barack Obama nas negociações com o Irã no ano passado. "Seria tão melhor se eles tivessem ido embora algumas vezes", disse. Mas ofereceu apenas uma nova ideia sobre como mudaria o conteúdo do acordo nuclear das potências ocidentais com Teerã: proibir o comércio iraniano com a Coreia do Norte. Trump deu argumentos similares quando discutiu o futuro da Otan, a aliança atlântica, que chamou de "injusta, economicamente, para nós". Ele disse estar aberto a uma organização alternativa focada em contraterrorismo. Ele argumentou ainda que o melhor modo de impedir a China de posicionar bases aéreas e armamento nas ilhas disputadas no mar do Sul da China é ameaçar o acesso de Pequim aos mercados americanos. As ilhas são historicamente disputadas por diversos países, como Malásia, Filipinas, Taiwan, Brunei e Vietnã. "Nós temos tremendo poder econômico sobre a China. E esse é o poder do comércio", disse Trump, que não fez menção à capacidade da China de retaliação econômica a uma medida desse porte. SÃO TUDO NEGÓCIOS As visões de Trump, como ele as explicou, não se encaixam nos ideais defendidos pelo Partido Republicano na história recente. Ele não está no campo internacionalista do ex-presidente George H.W. Bush (1989-1993) nem na missão defendida pelo também ex-presidente George W. Bush (2001-2009) de espalhar a democracia pelo mundo. Ele concordou com a sugestão de que suas ideias poderiam ser resumidas como "a América em primeiro lugar". As ideia de Trump parecem refletir seu pouco apreço às potenciais consequências ao redor do mundo. Ele sugere que sua estratégia depende parcialmente de "quão amigável [as nações] foram" com os EUA, não apenas dos interesses nacionais e das alianças. Em nenhum momento, Trump disse acreditar que as forças americanas que atuam em bases ao redor do mundo fazem um trabalho valioso para os EUA, apesar de administrações democratas e republicanas defenderem por décadas que a presença militar internacional é essencial para proteger o país e reunir informações estratégicas. Como Richard Nixon, Trump enfatizou a importância da "imprevisibilidade" de um presidente americano, argumentando que as tradições do país de democracia e abertura diplomática tornaram muito fácil para os adversários e aliados preverem suas ações. "Eu não gostaria que eles soubessem o que realmente estou pensando", disse, quando questionado sobre que tipo de ação estaria disposto a tomar sobre a disputa com a China sobre o mar do Sul da China. Até recentemente, os pronunciamentos de Trump sobre política externa vieram por slogans como "pegue o petróleo", "construa um muro" e "impeça a entrada de imigrantes muçulmanos". Mas conforme a nomeação do candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano chega mais perto, ele tem sido pressionado a se explicar. Sobre o "pegue o petróleo" controlado pelo Estado Islâmico no Oriente Médio, Trump admite que esse esforço exigiria o uso de tropas terrestres, o que ele não defende. "Nós deveríamos ter pego", disse, em referência aos anos de ocupação americana no Iraque. "Agora nós temos que destruir o petróleo." Trump não rejeitou espionar aliados americanos, incluindo líderes estrangeiros como a chanceler alemã, Angela Merkel, cujo celular estaria entre os vigiados pela NSA, a agência nacional de segurança. Obama disse que os EUA não mais espionarão seu celular, mas não se comprometeu a parar a vigilância sobre o resto da Alemanha. "Eu não tenho certeza de que eu gostaria de falar sobre isso", disse Trump. "Você entende o que quero dizer." O republicano não ficou impressionado, contudo, com a forma que Merkel tratou a crise de refugiados e migrantes na Europa. "A Alemanha está sendo destruída por ingenuidade da Merkel, ou pior", disse ele, sugerindo que a Alemanha e as nações do Golfo devem pagar pelas "zonas seguras" que ele quer construir na Síria. Ao longo da entrevista, Trump pintou um quadro sombrio dos Estados Unidos como uma força diminuída no mundo, uma opinião que ele mantém desde o final dos anos 1980, quando colocou anúncios no "The New York Times" e outros jornais pedindo que Japão e Arábia Saudita gastassem mais dinheiro na defesa de seus territórios. A nova ameaça de Trump de cortar a compra de petróleo dos sauditas fazia parte de uma denúncia mais ampla sobre os aliados árabes dos EUA que muitos na administração Obama compartilham: muitas vezes esses países esperam que os EUA sirvam de polícia do Oriente Médio, sem colocar sua próprias tropas em risco. "Defendemos todos", disse Trump. "Quando em dúvida, venha para os Estados Unidos. Nós vamos defendê-lo. Em alguns casos, gratuitamente." Ele não fez nenhuma menção aos riscos da retirada das tropas americanas da região, como, por exemplo, que isso encorajaria o Irã a dominar o Golfo, que a presença de tropas americanas faz parte da defesa de Israel e que as bases navais e aéreas dos EUA na região são pontos de coleta de inteligência, além de bases para drones das forças de operações especiais. Ao criticar o acordo nuclear com o Irã, Trump manifestou particular indignação com a forma como os cerca de US$ 150 bilhões liberados para o Irã estavam sendo gastos. "Você notou que eles estão comprando de todos, menos dos Estados Unidos?" Quando questionado sobre o fato de que as sanções previstas nos EUA ainda impedem a maioria das empresas americanas de fazer negócios com o Irã, Trump respondeu: "Então, o quão estúpido é isso? Nós damos dinheiro a eles e agora dizemos: 'Vá comprar Airbus em vez de Boeing'". Mas Trump, que tem sido pressionado a demonstrar um entendimento básico de assuntos internacionais, insistiu que os eleitores não devem duvidar de sua fluência em política externa. "Eu sei o meu tema", disse.
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Trump defende que aliados paguem por ações dos EUA no exteriorO pré-candidato republicano Donald Trump afirmou que, se eleito presidente, poderia interromper a compra de petróleo da Arábia Saudita e de outros aliados árabes a não ser que eles se comprometam a ceder tropas terrestres para combater o Estado Islâmico ou "substancialmente reembolsem" os Estados Unidos por sua ofensiva contra a facção radical islâmica. "Se a Arábia Saudita não tivesse a capa de proteção americana, não acho que ainda existiria", disse Trump, em uma entrevista sobre política externa concedida por telefone e que durou cem minutos. O republicano disse também que estaria aberto a permitir que o Japão e a Coreia do Sul construíssem seus próprios arsenais nucleares para não depender dos EUA na proteção contra a Coreia do Norte e a China, ambas nações com armamento nuclear. "Se os EUA continuarem em seu caminho, seu atual caminho de fraqueza, eles vão querer [um arsenal próprio] de qualquer forma, com ou sem eu discutindo o tema", disse Trump. O pré-candidato disse ainda que está disposto a retirar as forças americanas do Japão e da Coreia do Sul se eles não aumentarem substancialmente os custos de habitação e alimentação dos militares. "A resposta é sim." Se for eleito para ocupar a Casa Branca, Trump afirmou que renegociaria muitos dos tratados fundamentais dos EUA com seus aliados, incluindo o acordo de 56 anos com o Japão, que ele classificou como unilateral. Na visão do empresário milionário, os EUA se transformaram em uma potência diluída. Para recuperar o papel central do país no mundo, ele defende apelar à barganha econômica. O republicano abordou quase todos os atuais conflitos internacionais pelo prisma da negociação, mesmo quando foi impreciso sobre os objetivos estratégicos que deseja alcançar. E culpou mais uma vez a administração do democrata Barack Obama nas negociações com o Irã no ano passado. "Seria tão melhor se eles tivessem ido embora algumas vezes", disse. Mas ofereceu apenas uma nova ideia sobre como mudaria o conteúdo do acordo nuclear das potências ocidentais com Teerã: proibir o comércio iraniano com a Coreia do Norte. Trump deu argumentos similares quando discutiu o futuro da Otan, a aliança atlântica, que chamou de "injusta, economicamente, para nós". Ele disse estar aberto a uma organização alternativa focada em contraterrorismo. Ele argumentou ainda que o melhor modo de impedir a China de posicionar bases aéreas e armamento nas ilhas disputadas no mar do Sul da China é ameaçar o acesso de Pequim aos mercados americanos. As ilhas são historicamente disputadas por diversos países, como Malásia, Filipinas, Taiwan, Brunei e Vietnã. "Nós temos tremendo poder econômico sobre a China. E esse é o poder do comércio", disse Trump, que não fez menção à capacidade da China de retaliação econômica a uma medida desse porte. SÃO TUDO NEGÓCIOS As visões de Trump, como ele as explicou, não se encaixam nos ideais defendidos pelo Partido Republicano na história recente. Ele não está no campo internacionalista do ex-presidente George H.W. Bush (1989-1993) nem na missão defendida pelo também ex-presidente George W. Bush (2001-2009) de espalhar a democracia pelo mundo. Ele concordou com a sugestão de que suas ideias poderiam ser resumidas como "a América em primeiro lugar". As ideia de Trump parecem refletir seu pouco apreço às potenciais consequências ao redor do mundo. Ele sugere que sua estratégia depende parcialmente de "quão amigável [as nações] foram" com os EUA, não apenas dos interesses nacionais e das alianças. Em nenhum momento, Trump disse acreditar que as forças americanas que atuam em bases ao redor do mundo fazem um trabalho valioso para os EUA, apesar de administrações democratas e republicanas defenderem por décadas que a presença militar internacional é essencial para proteger o país e reunir informações estratégicas. Como Richard Nixon, Trump enfatizou a importância da "imprevisibilidade" de um presidente americano, argumentando que as tradições do país de democracia e abertura diplomática tornaram muito fácil para os adversários e aliados preverem suas ações. "Eu não gostaria que eles soubessem o que realmente estou pensando", disse, quando questionado sobre que tipo de ação estaria disposto a tomar sobre a disputa com a China sobre o mar do Sul da China. Até recentemente, os pronunciamentos de Trump sobre política externa vieram por slogans como "pegue o petróleo", "construa um muro" e "impeça a entrada de imigrantes muçulmanos". Mas conforme a nomeação do candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano chega mais perto, ele tem sido pressionado a se explicar. Sobre o "pegue o petróleo" controlado pelo Estado Islâmico no Oriente Médio, Trump admite que esse esforço exigiria o uso de tropas terrestres, o que ele não defende. "Nós deveríamos ter pego", disse, em referência aos anos de ocupação americana no Iraque. "Agora nós temos que destruir o petróleo." Trump não rejeitou espionar aliados americanos, incluindo líderes estrangeiros como a chanceler alemã, Angela Merkel, cujo celular estaria entre os vigiados pela NSA, a agência nacional de segurança. Obama disse que os EUA não mais espionarão seu celular, mas não se comprometeu a parar a vigilância sobre o resto da Alemanha. "Eu não tenho certeza de que eu gostaria de falar sobre isso", disse Trump. "Você entende o que quero dizer." O republicano não ficou impressionado, contudo, com a forma que Merkel tratou a crise de refugiados e migrantes na Europa. "A Alemanha está sendo destruída por ingenuidade da Merkel, ou pior", disse ele, sugerindo que a Alemanha e as nações do Golfo devem pagar pelas "zonas seguras" que ele quer construir na Síria. Ao longo da entrevista, Trump pintou um quadro sombrio dos Estados Unidos como uma força diminuída no mundo, uma opinião que ele mantém desde o final dos anos 1980, quando colocou anúncios no "The New York Times" e outros jornais pedindo que Japão e Arábia Saudita gastassem mais dinheiro na defesa de seus territórios. A nova ameaça de Trump de cortar a compra de petróleo dos sauditas fazia parte de uma denúncia mais ampla sobre os aliados árabes dos EUA que muitos na administração Obama compartilham: muitas vezes esses países esperam que os EUA sirvam de polícia do Oriente Médio, sem colocar sua próprias tropas em risco. "Defendemos todos", disse Trump. "Quando em dúvida, venha para os Estados Unidos. Nós vamos defendê-lo. Em alguns casos, gratuitamente." Ele não fez nenhuma menção aos riscos da retirada das tropas americanas da região, como, por exemplo, que isso encorajaria o Irã a dominar o Golfo, que a presença de tropas americanas faz parte da defesa de Israel e que as bases navais e aéreas dos EUA na região são pontos de coleta de inteligência, além de bases para drones das forças de operações especiais. Ao criticar o acordo nuclear com o Irã, Trump manifestou particular indignação com a forma como os cerca de US$ 150 bilhões liberados para o Irã estavam sendo gastos. "Você notou que eles estão comprando de todos, menos dos Estados Unidos?" Quando questionado sobre o fato de que as sanções previstas nos EUA ainda impedem a maioria das empresas americanas de fazer negócios com o Irã, Trump respondeu: "Então, o quão estúpido é isso? Nós damos dinheiro a eles e agora dizemos: 'Vá comprar Airbus em vez de Boeing'". Mas Trump, que tem sido pressionado a demonstrar um entendimento básico de assuntos internacionais, insistiu que os eleitores não devem duvidar de sua fluência em política externa. "Eu sei o meu tema", disse.
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Clássico destratado
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Maior confissão de incompetência não poderia haver: não fosse a Justiça, Palmeiras e Corinthians jogariam hoje só para palmeirense ver. Pedido do promotor Paulo Castilho, que há anos descuida da questão de violência de torcidas no Ministério Público paulista –e no do Esporte, à época em que assumiu a diretoria de Direitos do Torcedor da pasta durante o infeliz período de Aldo Rebelo. Agora Castilho está cotado para assumir a Secretaria de Futebol do ministério do Esporte e, apóstolo da paz dos cemitérios, talvez sonhe com jogos sem torcida alguma e sem bola, para evitar que alguém se machuque numa dividida mais ríspida. Em vez de tomar medidas que afastem a minoria bandida entre os torcedores uniformizados, Castilho propõe outras que proíbem a presença da maioria, os torcedores comuns. E lança livro sobre o tema na sede da entidade que deveria fiscalizar, a Federação Paulista de Futebol, em relação promíscua com a cartolagem. Castilho alega ter detectado, nas redes sociais, o agendamento de embate entre os vândalos alvinegros e alviverdes. Vândalos mais que conhecidos e que, frequentemente, se reúnem com as autoridades, que acabam por avalizá-los, embora se saiba da participação até do PCC nas chamadas torcidas organizadas. É claro que, diante de um problema que sobrevive já há mais de duas décadas, medidas como a da exigência de torcida única encontra defensores e a direção do Palmeiras estava feliz por poder preservar seu estádio que, no entanto, pelo bem do futebol, tem de abrigar, como o corintiano abrigou no ano passado, as duas torcidas. Entre outras coisas porque não havia nenhuma garantia de que os marginais dos dois lados deixariam de se encontrar antes ou depois do jogo –porque fica até mais fácil para os bandidos banidos de um jogo identificar todos os que se dirigirem ao campo do rival como inimigos. De tudo, de mais um passo atrás dos cartolas e dos responsáveis pela insegurança dos torcedores comuns, fica a esperança de que, enfim em vias de ser desengavetado, o relatório Klein, pronto há uma década, seja posto em prática no país por iniciativa do governo federal. Porque, por enquanto, Castilho que fez bem ao futebol brasileiro só o lendário goleiro do Fluminense e da seleção brasileira nos anos 50 e 60. DERBINHO Veio em boa hora a derrota do Palmeiras para a Ponte Preta, no primeiro jogo do time verde, literalmente, contra outro da primeira divisão nacional. O Palmeiras está em construção e tem de ter os pés no chão. Já o Corinthians, com a cabeça na lua da cidade colombiana de Manizales, que fica bem mais perto dela que de São Paulo, deve jogar com um time mesclado, embora, diante do desrespeito ao seu torcedor, devesse mesmo ir só com reservas, como resposta ao Ministério Público e à FPF. O Paulistinha teria assim um inédito e mutilado derbinho à altura da competência dos que o diminuíram.
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colunas
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Clássico destratadoMaior confissão de incompetência não poderia haver: não fosse a Justiça, Palmeiras e Corinthians jogariam hoje só para palmeirense ver. Pedido do promotor Paulo Castilho, que há anos descuida da questão de violência de torcidas no Ministério Público paulista –e no do Esporte, à época em que assumiu a diretoria de Direitos do Torcedor da pasta durante o infeliz período de Aldo Rebelo. Agora Castilho está cotado para assumir a Secretaria de Futebol do ministério do Esporte e, apóstolo da paz dos cemitérios, talvez sonhe com jogos sem torcida alguma e sem bola, para evitar que alguém se machuque numa dividida mais ríspida. Em vez de tomar medidas que afastem a minoria bandida entre os torcedores uniformizados, Castilho propõe outras que proíbem a presença da maioria, os torcedores comuns. E lança livro sobre o tema na sede da entidade que deveria fiscalizar, a Federação Paulista de Futebol, em relação promíscua com a cartolagem. Castilho alega ter detectado, nas redes sociais, o agendamento de embate entre os vândalos alvinegros e alviverdes. Vândalos mais que conhecidos e que, frequentemente, se reúnem com as autoridades, que acabam por avalizá-los, embora se saiba da participação até do PCC nas chamadas torcidas organizadas. É claro que, diante de um problema que sobrevive já há mais de duas décadas, medidas como a da exigência de torcida única encontra defensores e a direção do Palmeiras estava feliz por poder preservar seu estádio que, no entanto, pelo bem do futebol, tem de abrigar, como o corintiano abrigou no ano passado, as duas torcidas. Entre outras coisas porque não havia nenhuma garantia de que os marginais dos dois lados deixariam de se encontrar antes ou depois do jogo –porque fica até mais fácil para os bandidos banidos de um jogo identificar todos os que se dirigirem ao campo do rival como inimigos. De tudo, de mais um passo atrás dos cartolas e dos responsáveis pela insegurança dos torcedores comuns, fica a esperança de que, enfim em vias de ser desengavetado, o relatório Klein, pronto há uma década, seja posto em prática no país por iniciativa do governo federal. Porque, por enquanto, Castilho que fez bem ao futebol brasileiro só o lendário goleiro do Fluminense e da seleção brasileira nos anos 50 e 60. DERBINHO Veio em boa hora a derrota do Palmeiras para a Ponte Preta, no primeiro jogo do time verde, literalmente, contra outro da primeira divisão nacional. O Palmeiras está em construção e tem de ter os pés no chão. Já o Corinthians, com a cabeça na lua da cidade colombiana de Manizales, que fica bem mais perto dela que de São Paulo, deve jogar com um time mesclado, embora, diante do desrespeito ao seu torcedor, devesse mesmo ir só com reservas, como resposta ao Ministério Público e à FPF. O Paulistinha teria assim um inédito e mutilado derbinho à altura da competência dos que o diminuíram.
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O que mais mata os jovens no Brasil e no mundo, segundo a OMS
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A violência interpessoal é a principal razão pela qual jovens de 10 a 19 anos perdem a vida precocemente no Brasil, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS) à BBC Brasil. A informação vem de um estudo global sobre óbito de adolescentes, publicado nesta terça-feira. A OMS estima que 1,2 milhão de adolescentes morrem por ano no mundo - três mil por dia. De acordo com a entidade, as principais causas de mortes entre adolescentes brasileiros de 10 a 15 anos são, nesta ordem: violência interpessoal, acidentes de trânsito, afogamento, leucemia e infecções respiratórias. Já jovens na faixa de 15 a 19 anos morrem em decorrência de violência interpessoal, acidentes de trânsito, suicídio, afogamento e infecções respiratórias. A OMS repassou esse ranking estimado com exclusividade à BBC Brasil, mas não ofereceu números absolutos para ilustrar a lista, pois o estudo foi organizado por regiões. O Global Acceleration Action for the Health of Adolescents (Ação Global Acelerada para a Saúde de Adolescentes, em tradução livre) não avalia países individualmente, mas áreas econômicas do planeta. O Brasil está inserido na categoria "países de renda baixa-média das Américas". A tendência observada dentro desse grupo também aponta a violência interpessoal como principal causa da morte, representando 43% dos óbitos. "O Brasil se insere exatamente no perfil da região", disse à BBC Brasil, por email, Kate Strong, especialista da OMS para o monitoramento de crianças e jovens. VIOLÊNCIA INTERPESSOAL O conceito de violência interpessoal explorado no documento é bastante amplo, pois engloba desde a preponderante agressão relacionada às gangues e ao narcotráfico até o feminicídio. "Inclui assassinatos, agressão, brigas, bullying, violência entre parceiros sexuais e abuso emocional", descreve o documento. De acordo com números da edição de 2016 do relatório, publicado pela iniciativa Mapadaviolência.org.br, a situação é preocupante. "A principal vítima da violência homicida no Brasil é a juventude", afirma o documento nacional. Nesse levantamento, que compilou dados de 2014, foi observado que jovens de 15 a 29 anos de idade representavam aproximadamente 26% da população do país, mas a participação deles no total de homicídios por armas de fogo era desproporcionalmente superior. O peso demográfico dos jovens nos casos de mortes com armas correspondem a quase 60% dos crimes. No resto do mundo, as cinco principais causas de morte entre jovens de ambos os sexos, de 10 e 19 anos são: acidentes de trânsito, infecções respiratórias (pneumonia), suicídio, infecções intestinais (diarreia) e afogamentos. Mais de dois terços dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, revelam os dados de 2015 da OMS. Dividindo por sexo, a estimativa aponta que, no mundo todo, meninos de 10 a 19 anos morrem principalmente por acidentes de trânsito, violência interpessoal, afogamento, infecção do sistema respiratório e suicídio. As meninas da mesma faixa-etária têm mortes atribuídas a infecções do sistema respiratório, suicídio, infecções intestinais, problemas relacionados à maternidade e acidentes de trânsito. Essas tragédias poderiam ser evitadas se os países investissem mais em educação, serviços de saúde e apoio social, diz a OMS. "O período da adolescência é um momento particularmente importante para a saúde, porque definirá hábitos que terão impacto na qualidade de vida pelas próximas décadas. É nessa época que a inatividade física, a má dieta e o comportamento sexual de risco têm início", disse a OMS. A organização critica a falta de atenção dada a essa faixa-etária da população nas políticas públicas. "Adolescentes estiveram completamente ausentes dos planejamentos de saúde nacional por décadas", lamentou Flávia Bustreo, Diretora-Geral assistente da OMS. SOLUÇÕES O documento aponta ainda soluções que podem ajudar a evitar essas mortes precoces. São sugestões de políticas públicas que podem ter grande impacto nas estatísticas. Um exemplo é a recomendações da implementação de leis e campanhas de conscientização pelo uso do cinto de segurança. Em 2015, acidentes de trânsito mataram 115 mil jovens de 10 a 19 anos no mundo todo. O Brasil é citado no documento como caso bem sucedido no combate a mortes no trânsito. "Entre 1991 e 1997 o Ministério da Saúde do Brasil registrou aumento dramático na mortalidade de jovens em acidentes de trânsito", afirma o documento. "Em resposta, legisladores introduziram um novo código de trânsito em 1998 que tornava mais severa as punições aos infratores". O novo código de trânsito teria ajudado a salvar 5 mil vidas no período entre 1998 e 2001 segundo a OMS. Apesar de o trânsito ser um problema universal, há marcantes diferenças entre as regiões quanto às causas de óbito. Nos países de renda baixa-média da África, doenças transmissíveis como HIV-AIDS, infecções do sistema respiratório, meningite e diarréia são os principais vilões. A anemia, doença causada pela deficiência de ferro no sangue, também é um mal muito comum, que atinge milhares de jovens no mundo todo em países pobres e ricos. O suicídio, ou a morte acidental causada por atitudes auto-destrutivas, foi a terceira causa de mortalidade de adolescentes em 2015, totalizando 67 mil mortes. Em sua maioria, as vítimas são adolescentes mais velhos. Em regiões com boas condições econômicas como a Europa, o suicídio também aparece entre as principais causas. Cortar a si mesmo é o tipo de auto-violência mais comum observado no continente. A estimativa global da OMS é de que até 10% da população adolescente mundial cometa algum ato de violência contra si. O documento recomenda fazer mais investimentos e dar atenção especial às pessoas nessa fase da vida, onde grandes frustrações e incertezas despontam: "jovens normalmente tomam responsabilidades de adultos como cuidar de irmãos menores, trabalhar, ter de abandonar os estudos, casar cedo, praticar sexo por dinheiro, simplesmente porque precisam dar conta das necessidades básicas de sobrevivência. Como resultado, eles sofrem de desnutrição, acidentes, gravidez indesejada, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis e transtornos mentais", resume o documento. "Melhorar a forma como o sistema de saúde atende aos adolescentes é apenas uma parte da melhora da saúde deles", diz Anthony Costello, médico da OMS. "Uma família e uma comunidade que apoia os seus jovens são extremamente importantes", completa. Entre as políticas básicas que os países devem tentar implementar para diminuir o risco de mortes precoces estão: programas de orientação sexual na escola, aumento da idade mínima para consumo de álcool, obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nos automóveis e de capacetes para ciclistas e motociclistas; redução do acesso a armas de fogo, aumento da qualidade da água e melhoria da infra-estrutura sanitária.
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cotidiano
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O que mais mata os jovens no Brasil e no mundo, segundo a OMSA violência interpessoal é a principal razão pela qual jovens de 10 a 19 anos perdem a vida precocemente no Brasil, revelou a Organização Mundial da Saúde (OMS) à BBC Brasil. A informação vem de um estudo global sobre óbito de adolescentes, publicado nesta terça-feira. A OMS estima que 1,2 milhão de adolescentes morrem por ano no mundo - três mil por dia. De acordo com a entidade, as principais causas de mortes entre adolescentes brasileiros de 10 a 15 anos são, nesta ordem: violência interpessoal, acidentes de trânsito, afogamento, leucemia e infecções respiratórias. Já jovens na faixa de 15 a 19 anos morrem em decorrência de violência interpessoal, acidentes de trânsito, suicídio, afogamento e infecções respiratórias. A OMS repassou esse ranking estimado com exclusividade à BBC Brasil, mas não ofereceu números absolutos para ilustrar a lista, pois o estudo foi organizado por regiões. O Global Acceleration Action for the Health of Adolescents (Ação Global Acelerada para a Saúde de Adolescentes, em tradução livre) não avalia países individualmente, mas áreas econômicas do planeta. O Brasil está inserido na categoria "países de renda baixa-média das Américas". A tendência observada dentro desse grupo também aponta a violência interpessoal como principal causa da morte, representando 43% dos óbitos. "O Brasil se insere exatamente no perfil da região", disse à BBC Brasil, por email, Kate Strong, especialista da OMS para o monitoramento de crianças e jovens. VIOLÊNCIA INTERPESSOAL O conceito de violência interpessoal explorado no documento é bastante amplo, pois engloba desde a preponderante agressão relacionada às gangues e ao narcotráfico até o feminicídio. "Inclui assassinatos, agressão, brigas, bullying, violência entre parceiros sexuais e abuso emocional", descreve o documento. De acordo com números da edição de 2016 do relatório, publicado pela iniciativa Mapadaviolência.org.br, a situação é preocupante. "A principal vítima da violência homicida no Brasil é a juventude", afirma o documento nacional. Nesse levantamento, que compilou dados de 2014, foi observado que jovens de 15 a 29 anos de idade representavam aproximadamente 26% da população do país, mas a participação deles no total de homicídios por armas de fogo era desproporcionalmente superior. O peso demográfico dos jovens nos casos de mortes com armas correspondem a quase 60% dos crimes. No resto do mundo, as cinco principais causas de morte entre jovens de ambos os sexos, de 10 e 19 anos são: acidentes de trânsito, infecções respiratórias (pneumonia), suicídio, infecções intestinais (diarreia) e afogamentos. Mais de dois terços dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, revelam os dados de 2015 da OMS. Dividindo por sexo, a estimativa aponta que, no mundo todo, meninos de 10 a 19 anos morrem principalmente por acidentes de trânsito, violência interpessoal, afogamento, infecção do sistema respiratório e suicídio. As meninas da mesma faixa-etária têm mortes atribuídas a infecções do sistema respiratório, suicídio, infecções intestinais, problemas relacionados à maternidade e acidentes de trânsito. Essas tragédias poderiam ser evitadas se os países investissem mais em educação, serviços de saúde e apoio social, diz a OMS. "O período da adolescência é um momento particularmente importante para a saúde, porque definirá hábitos que terão impacto na qualidade de vida pelas próximas décadas. É nessa época que a inatividade física, a má dieta e o comportamento sexual de risco têm início", disse a OMS. A organização critica a falta de atenção dada a essa faixa-etária da população nas políticas públicas. "Adolescentes estiveram completamente ausentes dos planejamentos de saúde nacional por décadas", lamentou Flávia Bustreo, Diretora-Geral assistente da OMS. SOLUÇÕES O documento aponta ainda soluções que podem ajudar a evitar essas mortes precoces. São sugestões de políticas públicas que podem ter grande impacto nas estatísticas. Um exemplo é a recomendações da implementação de leis e campanhas de conscientização pelo uso do cinto de segurança. Em 2015, acidentes de trânsito mataram 115 mil jovens de 10 a 19 anos no mundo todo. O Brasil é citado no documento como caso bem sucedido no combate a mortes no trânsito. "Entre 1991 e 1997 o Ministério da Saúde do Brasil registrou aumento dramático na mortalidade de jovens em acidentes de trânsito", afirma o documento. "Em resposta, legisladores introduziram um novo código de trânsito em 1998 que tornava mais severa as punições aos infratores". O novo código de trânsito teria ajudado a salvar 5 mil vidas no período entre 1998 e 2001 segundo a OMS. Apesar de o trânsito ser um problema universal, há marcantes diferenças entre as regiões quanto às causas de óbito. Nos países de renda baixa-média da África, doenças transmissíveis como HIV-AIDS, infecções do sistema respiratório, meningite e diarréia são os principais vilões. A anemia, doença causada pela deficiência de ferro no sangue, também é um mal muito comum, que atinge milhares de jovens no mundo todo em países pobres e ricos. O suicídio, ou a morte acidental causada por atitudes auto-destrutivas, foi a terceira causa de mortalidade de adolescentes em 2015, totalizando 67 mil mortes. Em sua maioria, as vítimas são adolescentes mais velhos. Em regiões com boas condições econômicas como a Europa, o suicídio também aparece entre as principais causas. Cortar a si mesmo é o tipo de auto-violência mais comum observado no continente. A estimativa global da OMS é de que até 10% da população adolescente mundial cometa algum ato de violência contra si. O documento recomenda fazer mais investimentos e dar atenção especial às pessoas nessa fase da vida, onde grandes frustrações e incertezas despontam: "jovens normalmente tomam responsabilidades de adultos como cuidar de irmãos menores, trabalhar, ter de abandonar os estudos, casar cedo, praticar sexo por dinheiro, simplesmente porque precisam dar conta das necessidades básicas de sobrevivência. Como resultado, eles sofrem de desnutrição, acidentes, gravidez indesejada, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis e transtornos mentais", resume o documento. "Melhorar a forma como o sistema de saúde atende aos adolescentes é apenas uma parte da melhora da saúde deles", diz Anthony Costello, médico da OMS. "Uma família e uma comunidade que apoia os seus jovens são extremamente importantes", completa. Entre as políticas básicas que os países devem tentar implementar para diminuir o risco de mortes precoces estão: programas de orientação sexual na escola, aumento da idade mínima para consumo de álcool, obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nos automóveis e de capacetes para ciclistas e motociclistas; redução do acesso a armas de fogo, aumento da qualidade da água e melhoria da infra-estrutura sanitária.
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YouTube pago planeja investir em programas com brasileiros
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Para Robert Kyncl, chefe de negócios do YouTube, a companhia vive, como os jornais, o desafio de ter de oferecer conteúdo de graça e, ao mesmo tempo, atrair usuários dispostos a pagar. "Encaramos o mesmo dilema", afirmou em entrevista à Folha. Com 1 bilhão de usuários por mês, a plataforma de vídeos é uma das principais frentes de negócios e receitas do Google. A gigante da internet ainda tenta, contudo, torná-la de fato lucrativa. Há duas semanas, lançou o serviço pago YouTube Red. Ele permitirá que usuários assistam ao conteúdo do site sem anúncios e a vídeos produzidos pela empresa. Kyncl, que ganhou notoriedade ao ajudar a Netflix a migrar do aluguel de DVDs para o streaming de vídeos, participa nesta quinta (5) de evento do YouTube para o mercado publicitário brasileiro. A empresa quer aproveitar a crise para ir atrás dos anunciantes dos canais de televisão. * Folha - O YouTube já promove um evento para o mercado publicitário em outros países. Por que trazê-lo agora ao Brasil? Robert Kyncl - Nos últimos 12 meses, a audiência do YouTube no Brasil cresceu 80%, enquanto a do site no mundo todo aumentou 60%. Entre os brasileiros que assistem a vídeos on-line, 95% usam o YouTube. Temos um engajamento enorme dos consumidores, uma comunidade criativa e, ao mesmo tempo, anunciantes indo para internet. É o momento perfeito. Se não há quase competidores on-line, de quem estão atrás? Não vejo o Brasil de forma diferente de outras partes do mundo. A competição vem de empresas de mídia, como os canais de TV, que estão entrando no mundo digital. Eles têm conteúdo e estão distribuindo pela web ou vendendo aplicativos. Vem também das empresas de internet. Como imagina que os canais de TV do Brasil irão reagir? Não sei (risos). Se usar como referência nossa experiência em outros mercados, não teremos consequências negativas. A maior parte das redes de TV tem relações conosco. Estamos todos contribuindo e competindo uns com os outros. O Brasil é o 2º maior mercado em audiência. Tem a mesma importância em receitas? Ainda não, mas está crescendo de forma muito rápida. O Brasil é um dos mercados de que falamos o tempo todo. A crise econômica vivida pelo país mudou de alguma forma os planos do YouTube? Não. Durante as crises, as pessoas estão procurando preços melhores para um carro ou para uma casa. Se você é um anunciante, você também busca isso. Estamos protegidos para crescer. O YouTube Red é pago. Por que acreditam que as pessoas pagarão por algo que estão habituadas a ter de graça? Ficamos muito tempo para responder a essa pergunta. Há muitas pessoas que estão usando bloqueadores de anúncio, porque não gostam de vê-los. E elas não tinham opção de ver sem anúncio. O YouTube tem um catálogo enorme de músicas e isso tem um apelo muito grande. Há ainda pessoas com milhões de seguidores no YouTube e podemos produzir conteúdo original [com elas]. Serão então rivais do Netflix? Não acredito que estaremos no mesmo espaço. Vamos trabalhar com os talentos da casa que têm grande número de seguidores. O que estamos fazendo é gastar nosso dinheiro para criar programas maiores com essas pessoas. Quando o YouTube Red estará disponível no Brasil? Ainda não sabemos. Mas esperaria em algum momento no ano que vem. Os jornais oferecem conteúdo de graça na internet para atrair leitores. Mas também precisam de assinantes para ter resultado. O YouTube vive o mesmo dilema? É curioso você perguntar isso, porque olhamos o modelo de negócios da mídia em geral —imprensa, televisão e rádio. A maior parte das empresas é financiada por assinantes e publicidade. Pensamos que faria sentido para nós nos posicionar dessa maneira para o futuro. Então, sim, estamos encarando o mesmo dilema. O YouTube Red é uma tentativa de tornar o negócio finalmente lucrativo? Não divulgamos quão lucrativo somos. O que posso dizer é que reinvestimos toda a receita. Estamos focados em crescer e fazer com que os produtores de conteúdo do YouTube ganhem mais dinheiro. Investirão em programas com brasileiros? Uma vez que lançarmos no Brasil, esse é o plano. No futuro, teremos atores contratados pelo Google? Não há atores contratados pelos estúdios de Hollywood. No Brasil, porém, há muitos que trabalham para a Globo. Então, provavelmente não nos EUA, mas talvez no Brasil. Estamos vivendo um bolha das empresas de tecnologia? Há muito dinheiro investido. E, quando isso acontece, há preocupação. A questão sobre bolhas é que depende de onde você olha. Houve uma em 2000, que estourou. Mas os números daquela época agora são pequenos. - Cargo: diretor de negócios do YouTube Formação: bacharel em relações internacionais pela State University of New York; MBA pela Pepperdine University Trajetória: foi vice-presidente de conteúdo da Netflix
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mercado
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YouTube pago planeja investir em programas com brasileirosPara Robert Kyncl, chefe de negócios do YouTube, a companhia vive, como os jornais, o desafio de ter de oferecer conteúdo de graça e, ao mesmo tempo, atrair usuários dispostos a pagar. "Encaramos o mesmo dilema", afirmou em entrevista à Folha. Com 1 bilhão de usuários por mês, a plataforma de vídeos é uma das principais frentes de negócios e receitas do Google. A gigante da internet ainda tenta, contudo, torná-la de fato lucrativa. Há duas semanas, lançou o serviço pago YouTube Red. Ele permitirá que usuários assistam ao conteúdo do site sem anúncios e a vídeos produzidos pela empresa. Kyncl, que ganhou notoriedade ao ajudar a Netflix a migrar do aluguel de DVDs para o streaming de vídeos, participa nesta quinta (5) de evento do YouTube para o mercado publicitário brasileiro. A empresa quer aproveitar a crise para ir atrás dos anunciantes dos canais de televisão. * Folha - O YouTube já promove um evento para o mercado publicitário em outros países. Por que trazê-lo agora ao Brasil? Robert Kyncl - Nos últimos 12 meses, a audiência do YouTube no Brasil cresceu 80%, enquanto a do site no mundo todo aumentou 60%. Entre os brasileiros que assistem a vídeos on-line, 95% usam o YouTube. Temos um engajamento enorme dos consumidores, uma comunidade criativa e, ao mesmo tempo, anunciantes indo para internet. É o momento perfeito. Se não há quase competidores on-line, de quem estão atrás? Não vejo o Brasil de forma diferente de outras partes do mundo. A competição vem de empresas de mídia, como os canais de TV, que estão entrando no mundo digital. Eles têm conteúdo e estão distribuindo pela web ou vendendo aplicativos. Vem também das empresas de internet. Como imagina que os canais de TV do Brasil irão reagir? Não sei (risos). Se usar como referência nossa experiência em outros mercados, não teremos consequências negativas. A maior parte das redes de TV tem relações conosco. Estamos todos contribuindo e competindo uns com os outros. O Brasil é o 2º maior mercado em audiência. Tem a mesma importância em receitas? Ainda não, mas está crescendo de forma muito rápida. O Brasil é um dos mercados de que falamos o tempo todo. A crise econômica vivida pelo país mudou de alguma forma os planos do YouTube? Não. Durante as crises, as pessoas estão procurando preços melhores para um carro ou para uma casa. Se você é um anunciante, você também busca isso. Estamos protegidos para crescer. O YouTube Red é pago. Por que acreditam que as pessoas pagarão por algo que estão habituadas a ter de graça? Ficamos muito tempo para responder a essa pergunta. Há muitas pessoas que estão usando bloqueadores de anúncio, porque não gostam de vê-los. E elas não tinham opção de ver sem anúncio. O YouTube tem um catálogo enorme de músicas e isso tem um apelo muito grande. Há ainda pessoas com milhões de seguidores no YouTube e podemos produzir conteúdo original [com elas]. Serão então rivais do Netflix? Não acredito que estaremos no mesmo espaço. Vamos trabalhar com os talentos da casa que têm grande número de seguidores. O que estamos fazendo é gastar nosso dinheiro para criar programas maiores com essas pessoas. Quando o YouTube Red estará disponível no Brasil? Ainda não sabemos. Mas esperaria em algum momento no ano que vem. Os jornais oferecem conteúdo de graça na internet para atrair leitores. Mas também precisam de assinantes para ter resultado. O YouTube vive o mesmo dilema? É curioso você perguntar isso, porque olhamos o modelo de negócios da mídia em geral —imprensa, televisão e rádio. A maior parte das empresas é financiada por assinantes e publicidade. Pensamos que faria sentido para nós nos posicionar dessa maneira para o futuro. Então, sim, estamos encarando o mesmo dilema. O YouTube Red é uma tentativa de tornar o negócio finalmente lucrativo? Não divulgamos quão lucrativo somos. O que posso dizer é que reinvestimos toda a receita. Estamos focados em crescer e fazer com que os produtores de conteúdo do YouTube ganhem mais dinheiro. Investirão em programas com brasileiros? Uma vez que lançarmos no Brasil, esse é o plano. No futuro, teremos atores contratados pelo Google? Não há atores contratados pelos estúdios de Hollywood. No Brasil, porém, há muitos que trabalham para a Globo. Então, provavelmente não nos EUA, mas talvez no Brasil. Estamos vivendo um bolha das empresas de tecnologia? Há muito dinheiro investido. E, quando isso acontece, há preocupação. A questão sobre bolhas é que depende de onde você olha. Houve uma em 2000, que estourou. Mas os números daquela época agora são pequenos. - Cargo: diretor de negócios do YouTube Formação: bacharel em relações internacionais pela State University of New York; MBA pela Pepperdine University Trajetória: foi vice-presidente de conteúdo da Netflix
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PSOL cresce nas eleições e tenta ser alternativa da esquerda ao PT
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GUSTAVO SIMON CAROLINA LINHARES ANGELA BOLDRINI DE SÃO PAULO Em meio a uma crise da mais tradicional liderança partidária da esquerda, o PT –que elegeu 256 prefeitos neste domingo (2), ante 644 quatro anos atrás–, o PSOL busca se firmar no pleito deste ano como sigla alternativa nesse campo político. Nas capitais, a sigla petista lançou nomes em 19 cidades e obteve mais de 10% dos votos em 7 delas (ganhou uma no primeiro turno, Rio Branco, e só em outra, Recife, terá representante no segundo turno). O PSOL, com estrutura bem menor, superou 10% dos votos em 5 das 22 capitais em que concorreu –está no segundo turno em duas, Belém e Rio de Janeiro. O partido já garantiu duas prefeituras (Janduís e Jaçanã, ambas no Rio Grande do Norte), mesmo número de 2012, e disputa o segundo turno em Sorocaba, além das duas capitais. Zé Bezerra, eleito com 55% dos votos, já fora prefeito de Janduís entre 1989 e 1992 pelo PT. Ele e um grupo de petistas tradicionais na cidade migraram para o PSOL há cerca de dois anos. O PT terá candidatos na segunda rodada em sete municípios. Em relação aos vereadores, o PSOL passou de 49 eleitos em 2012 para 53 neste ano. O crescimento tímido, porém, veio com a sigla tendo o parlamentar mais votado em capitais como Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre (Marinor Brito, Áurea Carolina e Fernanda Melchionna, respectivamente). Juliano Medeiros, presidente da fundação Lauro Campos, ligada ao PSOL, disse que o sucesso das três vereadoras se deve ao "engajamento da militância do PSOL pelos direitos das mulheres". O partido também foi um dos que capitanearam a campanha pela redução no voto em legenda para as Câmaras –uma mudança na regra eleitoral passou a exigir um piso de votos nominais para a eleição de vereadores. No Rio, por exemplo, a proporção de votos na legenda para a coligação PSOL-PCB passou de 50% em 2012 para 12% neste ano –nesse processo, a sigla passou de quatro para seis representantes. A avaliação de dirigentes do partido, no entanto, é de que o desempenho nacional foi "uma vitória dentro de uma grande derrota", em referência ao crescimento de siglas que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff. "Ter ampliado nosso tamanho é um feito. Os partidos conservadores estavam na ofensiva, eles retomaram o protagonismo após o impeachment", disse à Folha. "Para a esquerda como um todo foi ruim, mas o PSOL não sai derrotado, até cresceu em números absolutos", diz Pedro Ekman, marqueteiro responsável pela campanha de Edmilson Rodrigues em Belém e de Luiza Erundina em São Paulo. "Somos um oásis no avanço rápido da direita." A vereadora Marinor Brito, reeleita em Belém, faz o seguinte balanço do PSOL até aqui nesta eleição: "A estrada que se abria para o crescimento do partido recebeu uma camada de asfalto". Em São Paulo, o PSOL reelegeu o vereador Toninho Vespoli e garantiu uma cadeira a mais, ocupada por Sâmia Bomfim. REDE A Rede Sustentabilidade, fundada pela ex-senadora Marina Silva, teve desempenho tímido nesta eleição. O partido lançou candidatos em 154 cidades, mas elegeu só cinco prefeitos no primeiro turno –outros três foram ao segundo turno, em Serra (ES), Ponta Grossa (PR) e Macapá, onde Clécio Luís tenta a reeleição. Em grandes capitais, como Rio e São Paulo, os nomes do partido (respectivamente, Alessandro Molon e Ricardo Young) não superaram 1,5% dos votos. Nas Câmaras, a Rede elegeu 180 vereadores pelo país.
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PSOL cresce nas eleições e tenta ser alternativa da esquerda ao PTGUSTAVO SIMON CAROLINA LINHARES ANGELA BOLDRINI DE SÃO PAULO Em meio a uma crise da mais tradicional liderança partidária da esquerda, o PT –que elegeu 256 prefeitos neste domingo (2), ante 644 quatro anos atrás–, o PSOL busca se firmar no pleito deste ano como sigla alternativa nesse campo político. Nas capitais, a sigla petista lançou nomes em 19 cidades e obteve mais de 10% dos votos em 7 delas (ganhou uma no primeiro turno, Rio Branco, e só em outra, Recife, terá representante no segundo turno). O PSOL, com estrutura bem menor, superou 10% dos votos em 5 das 22 capitais em que concorreu –está no segundo turno em duas, Belém e Rio de Janeiro. O partido já garantiu duas prefeituras (Janduís e Jaçanã, ambas no Rio Grande do Norte), mesmo número de 2012, e disputa o segundo turno em Sorocaba, além das duas capitais. Zé Bezerra, eleito com 55% dos votos, já fora prefeito de Janduís entre 1989 e 1992 pelo PT. Ele e um grupo de petistas tradicionais na cidade migraram para o PSOL há cerca de dois anos. O PT terá candidatos na segunda rodada em sete municípios. Em relação aos vereadores, o PSOL passou de 49 eleitos em 2012 para 53 neste ano. O crescimento tímido, porém, veio com a sigla tendo o parlamentar mais votado em capitais como Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre (Marinor Brito, Áurea Carolina e Fernanda Melchionna, respectivamente). Juliano Medeiros, presidente da fundação Lauro Campos, ligada ao PSOL, disse que o sucesso das três vereadoras se deve ao "engajamento da militância do PSOL pelos direitos das mulheres". O partido também foi um dos que capitanearam a campanha pela redução no voto em legenda para as Câmaras –uma mudança na regra eleitoral passou a exigir um piso de votos nominais para a eleição de vereadores. No Rio, por exemplo, a proporção de votos na legenda para a coligação PSOL-PCB passou de 50% em 2012 para 12% neste ano –nesse processo, a sigla passou de quatro para seis representantes. A avaliação de dirigentes do partido, no entanto, é de que o desempenho nacional foi "uma vitória dentro de uma grande derrota", em referência ao crescimento de siglas que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff. "Ter ampliado nosso tamanho é um feito. Os partidos conservadores estavam na ofensiva, eles retomaram o protagonismo após o impeachment", disse à Folha. "Para a esquerda como um todo foi ruim, mas o PSOL não sai derrotado, até cresceu em números absolutos", diz Pedro Ekman, marqueteiro responsável pela campanha de Edmilson Rodrigues em Belém e de Luiza Erundina em São Paulo. "Somos um oásis no avanço rápido da direita." A vereadora Marinor Brito, reeleita em Belém, faz o seguinte balanço do PSOL até aqui nesta eleição: "A estrada que se abria para o crescimento do partido recebeu uma camada de asfalto". Em São Paulo, o PSOL reelegeu o vereador Toninho Vespoli e garantiu uma cadeira a mais, ocupada por Sâmia Bomfim. REDE A Rede Sustentabilidade, fundada pela ex-senadora Marina Silva, teve desempenho tímido nesta eleição. O partido lançou candidatos em 154 cidades, mas elegeu só cinco prefeitos no primeiro turno –outros três foram ao segundo turno, em Serra (ES), Ponta Grossa (PR) e Macapá, onde Clécio Luís tenta a reeleição. Em grandes capitais, como Rio e São Paulo, os nomes do partido (respectivamente, Alessandro Molon e Ricardo Young) não superaram 1,5% dos votos. Nas Câmaras, a Rede elegeu 180 vereadores pelo país.
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Denúncia de Janot sofre de gigantismo e falta de investigação
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escolheu um caminho arriscado para o futuro da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer ao adotar os depoimentos de delatores como o alicerce da sua peça. Nada menos que 37 colaboradores e mais dois candidatos a delator são arrolados ao final do texto como testemunhas. Sem rastreamento sobre as finanças e o patrimônio pessoal de Temer e de sua família, sem intercepção de seus telefones ou de seus e-mails, passos básicos de uma investigação séria que Janot, a exemplo da primeira denúncia, inexplicavelmente ignorou, é a palavra dos delatores que faz a ligação entre diversos fatos já conhecidos sobre outros peemedebistas com a figura de Temer. Há provas que documentam esses outros crimes, e a Justiça deles já se ocupa há algum tempo e muito bem (Eduardo Cunha está preso em Curitiba, aliás após uma investigação exemplar conduzida pelo mesmo Janot; Henrique Alves, em Natal, e Geddel Vieira Lima, em Brasília). A respeito dessas acusações, como a montanha de R$ 51 milhões encontrada pela PF no endereço ligado a Geddel ou a dinheirama de Cunha no exterior, não restam muitas dúvidas. Mas a denúncia desta quinta-feira (14) trata essencialmente de outro suposto crime: uma quadrilha de parlamentares comandada pelo presidente da República que usa alianças políticas "como ferramenta para arrecadar propina", no dizer da denúncia. É uma tese impactante, muitos dirão verossímil. Mas como prová-la? Esse dever recai sobre o acusador. Para resolver os buracos da sua tese, é aos delatores que Janot frequentemente recorre. É a partir deles que Janot conclui, por exemplo, que Temer tem papel central no grupo criminoso ou que as indicações políticas que passavam por ele tinham interesse pecuniário ou que Cunha disse certa coisa reveladora sobre ele. São, em síntese, pessoas falando sobre pessoas. A estratégia pode se revelar um tiro n'água a longo prazo. Se todos os depoimentos prestados pelos delatores forem desconsiderados como provas, o que um tribunal pode fazer no ato do julgamento, ela desaba. Está mais do que explicado por inúmeros julgamentos em tribunais diversos e pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que a palavra dos delatores não deve ser interpretada como prova, mas sim como um mero passo para a obtenção dela. Ou seja, um meio para se chegar a um fim. Na denúncia, Janot transformou-a em meio e fim ao mesmo tempo. Nesse tópico, é curioso ver que um dos testemunhos citados é o do ex-senador Delcídio do Amaral. Ora, a mesma delação é hoje alvo do Ministério Público Federal do Distrito Federal, para quem o acordo deve ser revogado porque o ex-senador teria contado mentiras. Na hipótese de a Justiça acolher o pedido de anulação, como ficariam as citações de Delcídio na nova denúncia? NARRATIVA EXTENSA A peça de Janot sofre de um gigantismo, doença que provoca o crescimento desproporcional de membros de uma pessoa, talvez incurável. Com suas 245 páginas dignas de um livro, traz mais de uma centena de nomes de pessoas e empresas, diferentes situações e episódios separados no tempo e no espaço estrelados por diferentes personagens. A escolha por essa narrativa grandiloquente tem como efeito colateral colocar em segundo plano outros crimes sobre os quais ele poderia ter mais provas e sucesso, como a obstrução de Justiça que emana da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista. Em vez de focar no que era possível, mesmo que um "crime menor", e disso tentar extrair uma condenação, Janot optou por uma visão geral da situação. Esse problema, vale dizer, é o mesmo do relatório de mais de 490 páginas do delegado da PF Marlon Cajado. O gigantismo também marca a própria proposta ambiciosa da peça de Janot. Recheada de adjetivos, pretende provar que o PMDB não passa de uma organização criminosa. É construída uma "narrativa", expressão usada por Janot em um seminário de jornalistas em julho, em São Paulo, que faz muito sucesso em redes sociais em tempos de discussão apaixonada e polarizada, mas flerta com a criminalização da política. Para comprovar a tese, Janot comete humor involuntário. Cita, por exemplo, 9.523 ligações telefônicas trocadas entre os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves de 2012 a 2014. Esse dado está no seguinte tópico: "A associação criminosa: gênese, estrutura e modo de operação". Visto acriticamente, o dado chama a atenção —foi até exibido no "Jornal Nacional" desta quinta-feira (14)—, mas a rigor não significa absolutamente nada, pois os membros de partidos políticos devem se falar todos os dias, em todos os cantos do país, a todo tempo. É constrangedor ter que lembrar a um procurador da República que conversar é fazer política. Partidos são agremiações formadas por pessoas mais ou menos espertas que conversam entre si o tempo todo em torno de objetivos comuns. Janot faz afirmações de difícil comprovação, que não resistem a um olhar crítico. Escreveu, por exemplo, que os valores relacionados a Geddel e apreendidos na Bahia "certamente guardam relação direta com os esquemas ilícitos operados pelos denunciados". Frases soltas assim, sem qualquer cuidado ou amparo, reforçam a triste sensação de que a montanha pariu um rato. O uso de depoimentos tomados em delação premiada para a base de uma denúncia é extremamente perigoso e deveria ser alvo de preocupação por todos que se interessam por crime, Justiça e impunidade. Delatores, como se sabe, são pessoas que querem se livrar de acusações e de prisões e por isso podem sim, a qualquer momento e sem o menor pudor, inflar acusações, transformar dúvidas em certezas e construir cenários apenas para agradar o acusador. O mesmo acusador que poderá lhe dar um singelo perdão judicial. As pessoas podem indagar: "Como é possível uma pessoa inventar uma acusação que a incrimina?" Há, porém, inúmeros exemplos muito bem documentados de que isso não é só possível como comum, um fenômeno já batizado de "falsas confissões" que atrai a atenção de estudiosos mundo afora (uma nova série documental do canal Netflix, "The Confession Tapes", expõe essa realidade perturbadora). Pressionada por horas a fio por interrogadores habilidosos, uma pessoa passa a admitir atos que simplesmente nunca cometeu. Agora, se uma pessoa pode acusar a si própria com uma inverdade, imaginemos o que um preso acuado pode dizer sobre terceiros. Pode tudo, na verdade. É por isso que a lei estabelece a palavra do delator como meio de obtenção da prova. Encurtar esse caminho, como pretende Janot, ou seja, valorizar uma delação no lugar de uma prova não obtida, é receita para um desastre judicial. A palavra de um delator tem peso, claro, para compreensão dos fatos, para iluminar caminhos e apontar operadores, esquemas e contas bancárias, e tem também um valor histórico, mas é insuficiente para embasar uma ação penal. Insistir nesse tipo de prova pode ser, a longo prazo, um estímulo à impunidade.
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Denúncia de Janot sofre de gigantismo e falta de investigaçãoO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, escolheu um caminho arriscado para o futuro da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer ao adotar os depoimentos de delatores como o alicerce da sua peça. Nada menos que 37 colaboradores e mais dois candidatos a delator são arrolados ao final do texto como testemunhas. Sem rastreamento sobre as finanças e o patrimônio pessoal de Temer e de sua família, sem intercepção de seus telefones ou de seus e-mails, passos básicos de uma investigação séria que Janot, a exemplo da primeira denúncia, inexplicavelmente ignorou, é a palavra dos delatores que faz a ligação entre diversos fatos já conhecidos sobre outros peemedebistas com a figura de Temer. Há provas que documentam esses outros crimes, e a Justiça deles já se ocupa há algum tempo e muito bem (Eduardo Cunha está preso em Curitiba, aliás após uma investigação exemplar conduzida pelo mesmo Janot; Henrique Alves, em Natal, e Geddel Vieira Lima, em Brasília). A respeito dessas acusações, como a montanha de R$ 51 milhões encontrada pela PF no endereço ligado a Geddel ou a dinheirama de Cunha no exterior, não restam muitas dúvidas. Mas a denúncia desta quinta-feira (14) trata essencialmente de outro suposto crime: uma quadrilha de parlamentares comandada pelo presidente da República que usa alianças políticas "como ferramenta para arrecadar propina", no dizer da denúncia. É uma tese impactante, muitos dirão verossímil. Mas como prová-la? Esse dever recai sobre o acusador. Para resolver os buracos da sua tese, é aos delatores que Janot frequentemente recorre. É a partir deles que Janot conclui, por exemplo, que Temer tem papel central no grupo criminoso ou que as indicações políticas que passavam por ele tinham interesse pecuniário ou que Cunha disse certa coisa reveladora sobre ele. São, em síntese, pessoas falando sobre pessoas. A estratégia pode se revelar um tiro n'água a longo prazo. Se todos os depoimentos prestados pelos delatores forem desconsiderados como provas, o que um tribunal pode fazer no ato do julgamento, ela desaba. Está mais do que explicado por inúmeros julgamentos em tribunais diversos e pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que a palavra dos delatores não deve ser interpretada como prova, mas sim como um mero passo para a obtenção dela. Ou seja, um meio para se chegar a um fim. Na denúncia, Janot transformou-a em meio e fim ao mesmo tempo. Nesse tópico, é curioso ver que um dos testemunhos citados é o do ex-senador Delcídio do Amaral. Ora, a mesma delação é hoje alvo do Ministério Público Federal do Distrito Federal, para quem o acordo deve ser revogado porque o ex-senador teria contado mentiras. Na hipótese de a Justiça acolher o pedido de anulação, como ficariam as citações de Delcídio na nova denúncia? NARRATIVA EXTENSA A peça de Janot sofre de um gigantismo, doença que provoca o crescimento desproporcional de membros de uma pessoa, talvez incurável. Com suas 245 páginas dignas de um livro, traz mais de uma centena de nomes de pessoas e empresas, diferentes situações e episódios separados no tempo e no espaço estrelados por diferentes personagens. A escolha por essa narrativa grandiloquente tem como efeito colateral colocar em segundo plano outros crimes sobre os quais ele poderia ter mais provas e sucesso, como a obstrução de Justiça que emana da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista. Em vez de focar no que era possível, mesmo que um "crime menor", e disso tentar extrair uma condenação, Janot optou por uma visão geral da situação. Esse problema, vale dizer, é o mesmo do relatório de mais de 490 páginas do delegado da PF Marlon Cajado. O gigantismo também marca a própria proposta ambiciosa da peça de Janot. Recheada de adjetivos, pretende provar que o PMDB não passa de uma organização criminosa. É construída uma "narrativa", expressão usada por Janot em um seminário de jornalistas em julho, em São Paulo, que faz muito sucesso em redes sociais em tempos de discussão apaixonada e polarizada, mas flerta com a criminalização da política. Para comprovar a tese, Janot comete humor involuntário. Cita, por exemplo, 9.523 ligações telefônicas trocadas entre os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves de 2012 a 2014. Esse dado está no seguinte tópico: "A associação criminosa: gênese, estrutura e modo de operação". Visto acriticamente, o dado chama a atenção —foi até exibido no "Jornal Nacional" desta quinta-feira (14)—, mas a rigor não significa absolutamente nada, pois os membros de partidos políticos devem se falar todos os dias, em todos os cantos do país, a todo tempo. É constrangedor ter que lembrar a um procurador da República que conversar é fazer política. Partidos são agremiações formadas por pessoas mais ou menos espertas que conversam entre si o tempo todo em torno de objetivos comuns. Janot faz afirmações de difícil comprovação, que não resistem a um olhar crítico. Escreveu, por exemplo, que os valores relacionados a Geddel e apreendidos na Bahia "certamente guardam relação direta com os esquemas ilícitos operados pelos denunciados". Frases soltas assim, sem qualquer cuidado ou amparo, reforçam a triste sensação de que a montanha pariu um rato. O uso de depoimentos tomados em delação premiada para a base de uma denúncia é extremamente perigoso e deveria ser alvo de preocupação por todos que se interessam por crime, Justiça e impunidade. Delatores, como se sabe, são pessoas que querem se livrar de acusações e de prisões e por isso podem sim, a qualquer momento e sem o menor pudor, inflar acusações, transformar dúvidas em certezas e construir cenários apenas para agradar o acusador. O mesmo acusador que poderá lhe dar um singelo perdão judicial. As pessoas podem indagar: "Como é possível uma pessoa inventar uma acusação que a incrimina?" Há, porém, inúmeros exemplos muito bem documentados de que isso não é só possível como comum, um fenômeno já batizado de "falsas confissões" que atrai a atenção de estudiosos mundo afora (uma nova série documental do canal Netflix, "The Confession Tapes", expõe essa realidade perturbadora). Pressionada por horas a fio por interrogadores habilidosos, uma pessoa passa a admitir atos que simplesmente nunca cometeu. Agora, se uma pessoa pode acusar a si própria com uma inverdade, imaginemos o que um preso acuado pode dizer sobre terceiros. Pode tudo, na verdade. É por isso que a lei estabelece a palavra do delator como meio de obtenção da prova. Encurtar esse caminho, como pretende Janot, ou seja, valorizar uma delação no lugar de uma prova não obtida, é receita para um desastre judicial. A palavra de um delator tem peso, claro, para compreensão dos fatos, para iluminar caminhos e apontar operadores, esquemas e contas bancárias, e tem também um valor histórico, mas é insuficiente para embasar uma ação penal. Insistir nesse tipo de prova pode ser, a longo prazo, um estímulo à impunidade.
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"Por que denegrir a imagem dos evangélicos?", questiona professor
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A televisão brasileira é objetiva e clara. O pai da família de evangélicos na novela "Babilônia" é um prefeito que toda hora evoca o "Altíssimo", mas, na política, é um corrupto de primeira linha e, na privacidade do lar, um adúltero, acobertado pela própria mãe. Por que denegrir a imagem dos evangélicos? São os parlamentares evangélicos que impedem o avanço de projetos contrários à família, como aborto, ideologia de gênero, lei da mordaça e quejandos abjetos. EDSON LUIZ SAMPEL, professor da faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP) * * Emocionante o artigo de Contardo Calligaris legitimando a encenação da transgênero Viviany, ao desfilar pregada numa cruz na última Parada Gay, em São Paulo. Só mesmo um psicanalista para dar um "salve geral" na bancada evangélica da Câmara, colocando o limite que há muito a sociedade deveria ter dado, visto que se comportam como delinquentes juvenis, rindo, gargalhando e debochando de nossa boa vontade, de nossa inteligência e de nossa capacidade de amar o próximo como a nós mesmos. SYLVIA MANZANO (Praia Grande, SP) * O leitor Hélder Galvão destila na Folha ranço "anti-judaizante" –termo usado na Inquisição– baseado na sua profunda ignorância sobre o Novo Testamento e sobre o judaísmo. Nos episódios da "greco-fenícia" e da "sírio-fenícia", Jesus recusou-se a ser importunado enquanto almoçava com judeus para atender a uma gentia, chegando a compara-la com cachorros, numa atitude que afronta o judaísmo. Jesus nunca pregou aos gentios. ZALMAN GIFT (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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"Por que denegrir a imagem dos evangélicos?", questiona professorA televisão brasileira é objetiva e clara. O pai da família de evangélicos na novela "Babilônia" é um prefeito que toda hora evoca o "Altíssimo", mas, na política, é um corrupto de primeira linha e, na privacidade do lar, um adúltero, acobertado pela própria mãe. Por que denegrir a imagem dos evangélicos? São os parlamentares evangélicos que impedem o avanço de projetos contrários à família, como aborto, ideologia de gênero, lei da mordaça e quejandos abjetos. EDSON LUIZ SAMPEL, professor da faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP) * * Emocionante o artigo de Contardo Calligaris legitimando a encenação da transgênero Viviany, ao desfilar pregada numa cruz na última Parada Gay, em São Paulo. Só mesmo um psicanalista para dar um "salve geral" na bancada evangélica da Câmara, colocando o limite que há muito a sociedade deveria ter dado, visto que se comportam como delinquentes juvenis, rindo, gargalhando e debochando de nossa boa vontade, de nossa inteligência e de nossa capacidade de amar o próximo como a nós mesmos. SYLVIA MANZANO (Praia Grande, SP) * O leitor Hélder Galvão destila na Folha ranço "anti-judaizante" –termo usado na Inquisição– baseado na sua profunda ignorância sobre o Novo Testamento e sobre o judaísmo. Nos episódios da "greco-fenícia" e da "sírio-fenícia", Jesus recusou-se a ser importunado enquanto almoçava com judeus para atender a uma gentia, chegando a compara-la com cachorros, numa atitude que afronta o judaísmo. Jesus nunca pregou aos gentios. ZALMAN GIFT (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Incerteza eleitoral
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, dava mostras de compensar a pouca destreza nos palanques com a habilidade nos bastidores do poder. Seus pontos fracos, entretanto, têm sobressaído à medida que se aproximam as eleições marcadas para a próxima quinta-feira (8). May assumiu o posto quase um atrás, no cenário turbulento que se seguiu à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia. Conseguiu consolidar-se como liderança capaz de substituir o também conservador David Cameron, derrotado no plebiscito do Brexit. Contrariando as expectativas da maior parte dos economistas, a decisão de abandonar o bloco continental não lançou o país numa recessão instantânea. Constata-se, pelo contrário, que a confiança do consumidor não foi abalada, e o PIB se manteve em crescimento satisfatório para o padrão dos países ricos. Os salários médios subiram 2,2% no ano passado, e o desemprego está em confortáveis 4,5%. Parecia, enfim, o cenário ideal para qualquer governo disputar eleições. Até alguns dias atrás, as pesquisas corroboravam a impressão de que fora acertada a decisão de May de antecipar o pleito nacional. Projetava-se um vitória conservadora com larga vantagem sobre os rivais trabalhistas. A mudança operou-se com a campanha eleitoral. Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, adotou uma retórica mais à esquerda, o que contentou parte importante do eleitorado. Embora passe longe do brilhantismo em debates e discursos, ele esquivou-se de erros mais graves até o momento. O mesmo não se pode dizer de May. Além das dificuldades diante das câmeras e no contato com o público, passou impressão de excessiva inconstância ao promover modificações importantes em seu plano de reformas na assistência social quatro dias depois de anunciá-lo. O fato ensejou que outras mudanças bruscas em suas posições fossem relembradas, como em relação à saída da União Europeia e à antecipação de eleições (a atual premiê era contrária a ambas). Colou-se em sua imagem a etiqueta de pouco resoluta, com claro impacto nas pesquisas de voto. Os conservadores ainda são tidos como favoritos, mas já se estima que os trabalhistas conquistarão mais cadeiras no Parlamento do que o previsto inicialmente. Isso, é claro, se as pesquisas não estiverem mais uma vez equivocadas, como já ocorreu com as que previam a derrota do Brexit. [email protected]
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opiniao
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Incerteza eleitoralA primeira-ministra britânica, Theresa May, dava mostras de compensar a pouca destreza nos palanques com a habilidade nos bastidores do poder. Seus pontos fracos, entretanto, têm sobressaído à medida que se aproximam as eleições marcadas para a próxima quinta-feira (8). May assumiu o posto quase um atrás, no cenário turbulento que se seguiu à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia. Conseguiu consolidar-se como liderança capaz de substituir o também conservador David Cameron, derrotado no plebiscito do Brexit. Contrariando as expectativas da maior parte dos economistas, a decisão de abandonar o bloco continental não lançou o país numa recessão instantânea. Constata-se, pelo contrário, que a confiança do consumidor não foi abalada, e o PIB se manteve em crescimento satisfatório para o padrão dos países ricos. Os salários médios subiram 2,2% no ano passado, e o desemprego está em confortáveis 4,5%. Parecia, enfim, o cenário ideal para qualquer governo disputar eleições. Até alguns dias atrás, as pesquisas corroboravam a impressão de que fora acertada a decisão de May de antecipar o pleito nacional. Projetava-se um vitória conservadora com larga vantagem sobre os rivais trabalhistas. A mudança operou-se com a campanha eleitoral. Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, adotou uma retórica mais à esquerda, o que contentou parte importante do eleitorado. Embora passe longe do brilhantismo em debates e discursos, ele esquivou-se de erros mais graves até o momento. O mesmo não se pode dizer de May. Além das dificuldades diante das câmeras e no contato com o público, passou impressão de excessiva inconstância ao promover modificações importantes em seu plano de reformas na assistência social quatro dias depois de anunciá-lo. O fato ensejou que outras mudanças bruscas em suas posições fossem relembradas, como em relação à saída da União Europeia e à antecipação de eleições (a atual premiê era contrária a ambas). Colou-se em sua imagem a etiqueta de pouco resoluta, com claro impacto nas pesquisas de voto. Os conservadores ainda são tidos como favoritos, mas já se estima que os trabalhistas conquistarão mais cadeiras no Parlamento do que o previsto inicialmente. Isso, é claro, se as pesquisas não estiverem mais uma vez equivocadas, como já ocorreu com as que previam a derrota do Brexit. [email protected]
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Alalaô: Ingressos para Desfile das Campeãs do Carnaval já estão à venda no Rio
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DA AGÊNCIA BRASIL A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) iniciou nesta segunda-feira (26) a venda dos ingressos para arquibancadas e cadeiras individuais do Desfile das Campeãs, que será no dia 21 de fevereiro, ... Leia post completo no blog
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cotidiano
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Alalaô: Ingressos para Desfile das Campeãs do Carnaval já estão à venda no RioDA AGÊNCIA BRASIL A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) iniciou nesta segunda-feira (26) a venda dos ingressos para arquibancadas e cadeiras individuais do Desfile das Campeãs, que será no dia 21 de fevereiro, ... Leia post completo no blog
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Ministro da Saúde diz 'torcer' para que mulheres peguem zika para ficarem imunes
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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, cometeu uma gafe nesta quarta-feira (13) ao dizer que iria "torcer" para que essas mulheres pegassem zika –o que faria com que a vacina não fosse necessária. "Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Vamos dar para as pessoas em período fértil. E vamos torcer para que antes de entrar no período fértil que elas peguem a zika, para ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina", disse. Castro afirmou "ter esperança" de cumprir a meta de que agentes de endemias e do Exército visitem 100% dos imóveis do país até o fim de janeiro. O objetivo é realizar inspeções e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. "Hoje, mais de dois terços dos criadouros estão dentro das residências. Precisamos mobilizar a sociedade porque, sem ela, não vamos ter êxito", disse. Outra ação prevista, segundo Castro, é a instalação de telas em caixas de água e canos de alguns Estados do Nordeste, como o Ceará. "O armazenamento dessas águas estava sendo um excelente criadouro do mosquito", criticou.
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cotidiano
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Ministro da Saúde diz 'torcer' para que mulheres peguem zika para ficarem imunesO ministro da Saúde, Marcelo Castro, cometeu uma gafe nesta quarta-feira (13) ao dizer que iria "torcer" para que essas mulheres pegassem zika –o que faria com que a vacina não fosse necessária. "Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Vamos dar para as pessoas em período fértil. E vamos torcer para que antes de entrar no período fértil que elas peguem a zika, para ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina", disse. Castro afirmou "ter esperança" de cumprir a meta de que agentes de endemias e do Exército visitem 100% dos imóveis do país até o fim de janeiro. O objetivo é realizar inspeções e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. "Hoje, mais de dois terços dos criadouros estão dentro das residências. Precisamos mobilizar a sociedade porque, sem ela, não vamos ter êxito", disse. Outra ação prevista, segundo Castro, é a instalação de telas em caixas de água e canos de alguns Estados do Nordeste, como o Ceará. "O armazenamento dessas águas estava sendo um excelente criadouro do mosquito", criticou.
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Refazer provas antigas do Enem pode ajudar na reta final, diz professor
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Daqui a dois dias mais de 8,6 milhões de estudantes farão o exame do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, que é um dos principais meios de acesso ao ensino superior do Brasil, além de conceder bolsas, parciais e integrais, na rede privada. O exame é uma prova de resistência e os estudantes precisam estar bem preparados física e mentalmente para enfrentar as dez horas de prova. Os participantes devem responder a 180 questões objetivas de múltiplas escolhas, divididas em ciências humanas e ciências da natureza, no sábado (5), e linguagens e códigos, matemática e redação no domingo (6). Para a primeira etapa do exame, o coordenador-geral do Colégio Etapa, Edmilson Motta, afirma que o ideal é que os participantes cheguem nessa reta final com todo o conteúdo programático lido, mas para aqueles que não conseguiram se preparar adequadamente ainda há uma chance. "Se o estudante ainda não leu todo o conteúdo da prova, ainda dá tempo para corrigir um pouco. Para os que estão nesse caso, o ideal é refazer os últimos exames do Enem para saber controlar o tempo e sentir o ritmo de prova", diz Motta. O coordenador diz que nessa reta final não dá para dar uma superguinada, mas o estudante pode rever também alguns conteúdos em que ele tenha dificuldade. "Para alguns alunos, rever tópicos é importante porque eles vão se sentir melhor e chegarão com a consciência mais tranquila no dia da prova. Se o aluno estiver cansado, o melhor é relaxar nesses dias para estar disposto para o exame." É o caso da estudante do terceiro ano do ensino médio do Colégio Etapa Internacional, Maysa Ohshi, 17. "Agora é descansar, já estudei. Se eu ficar estressada isso pode me prejudicar. Quero aproveitar a família e amigos antes do exame." Ohshi diz estar mais tranquila com o Enem porque sua prioridade é ingressar em uma instituição americana, de preferência, na Universidade de Nova York ou de Columbia, ambas nos EUA, onde pretende fazer carreira na área de exatas. No Brasil, ela fará apenas o Enem e a Fuvest, vestibular da USP (Universidade de São Paulo) para o curso de engenharia de produção. "Me encantei com o sistema de ensino americano e lá os campus são maravilhosos e há pessoas do mundo todo", disse Ohshi. Ela também ressalta que os docentes têm mais reconhecimento internacional e estão mais ligados à pesquisa do que no Brasil. Ohshi também critica o exame do Enem por ser muito longo e cansativo. "Não concordo com o sistema de vestibular daqui. É muito cansativo. Deveria ser como o processo dos EUA, que leva em consideração outros critérios, como seu desempenho acadêmico e atividades extracurriculares. Isso mostra outro lado seu." DICAS Uma dica importante, segundo Edmilson Motta, é o estudante manter o seu ritmo e não dormir tarde nem acordar tão cedo. Motta diz ainda que o participante deve comer comida leve e levar frutas e água para a prova. Motta diz ainda que o estudante deve verificar até um dia antes o percurso até o local de prova e chegar com antecedência para evitar surpresas. No dia do exame, o estudante deve ficar até o final da prova, porque o Enem tem enunciados muito longos e a leitura deles pode ajudar a encontrar a reposta correta. Para o coordenador, o estudante deve se desligar um pouco entre a primeira e segunda etapa do exame. "Ele deve tentar desligar de um exame para outro. Não é bom ficar revendo as questões para saber se acertou ou não porque isso não muda nada para o dia seguinte. Olhar apenas aqueles questões em que tenha ficado na dúvida." Motta diz ainda que o participante deve ficar atento à leitura do enunciado, pois muitas respostas estão na própria pergunta. Além disso, o estudante deve pular apenas aquelas questões que realmente não saiba responder, pois se pular muitas talvez não tenha tempo suficiente para voltar e refazê-las. Para a prova de ciências humanas, a dica é rever conteúdos que tenham a ver com o Brasil, como história e geografia do Brasil. Uma pegadinha do Enem, lembra Motta, é haver duas alternativas corretas nas provas de humanidades, mas uma delas não está ligada ao contexto do enunciado. Já na prova de ciências da natureza, a dica é rever conteúdo de ondulatória e os ligados a física da visão e da audição, a físico-química e aos temas relacionados com a saúde pública. O coordenador diz que ler bem os gráficos pode ajudar o estudante a responder a questões. Enem 2016 - Dicas de geografia para o Enem - Dicas de geografia para o Enem - Dicas de filosofia para o Enem - Dicas de sociologia para o Enem - Dicas de química para o Enem - Dicas de física para o Enem - Dicas de biologia para o Enem -
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educacao
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Refazer provas antigas do Enem pode ajudar na reta final, diz professorDaqui a dois dias mais de 8,6 milhões de estudantes farão o exame do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, que é um dos principais meios de acesso ao ensino superior do Brasil, além de conceder bolsas, parciais e integrais, na rede privada. O exame é uma prova de resistência e os estudantes precisam estar bem preparados física e mentalmente para enfrentar as dez horas de prova. Os participantes devem responder a 180 questões objetivas de múltiplas escolhas, divididas em ciências humanas e ciências da natureza, no sábado (5), e linguagens e códigos, matemática e redação no domingo (6). Para a primeira etapa do exame, o coordenador-geral do Colégio Etapa, Edmilson Motta, afirma que o ideal é que os participantes cheguem nessa reta final com todo o conteúdo programático lido, mas para aqueles que não conseguiram se preparar adequadamente ainda há uma chance. "Se o estudante ainda não leu todo o conteúdo da prova, ainda dá tempo para corrigir um pouco. Para os que estão nesse caso, o ideal é refazer os últimos exames do Enem para saber controlar o tempo e sentir o ritmo de prova", diz Motta. O coordenador diz que nessa reta final não dá para dar uma superguinada, mas o estudante pode rever também alguns conteúdos em que ele tenha dificuldade. "Para alguns alunos, rever tópicos é importante porque eles vão se sentir melhor e chegarão com a consciência mais tranquila no dia da prova. Se o aluno estiver cansado, o melhor é relaxar nesses dias para estar disposto para o exame." É o caso da estudante do terceiro ano do ensino médio do Colégio Etapa Internacional, Maysa Ohshi, 17. "Agora é descansar, já estudei. Se eu ficar estressada isso pode me prejudicar. Quero aproveitar a família e amigos antes do exame." Ohshi diz estar mais tranquila com o Enem porque sua prioridade é ingressar em uma instituição americana, de preferência, na Universidade de Nova York ou de Columbia, ambas nos EUA, onde pretende fazer carreira na área de exatas. No Brasil, ela fará apenas o Enem e a Fuvest, vestibular da USP (Universidade de São Paulo) para o curso de engenharia de produção. "Me encantei com o sistema de ensino americano e lá os campus são maravilhosos e há pessoas do mundo todo", disse Ohshi. Ela também ressalta que os docentes têm mais reconhecimento internacional e estão mais ligados à pesquisa do que no Brasil. Ohshi também critica o exame do Enem por ser muito longo e cansativo. "Não concordo com o sistema de vestibular daqui. É muito cansativo. Deveria ser como o processo dos EUA, que leva em consideração outros critérios, como seu desempenho acadêmico e atividades extracurriculares. Isso mostra outro lado seu." DICAS Uma dica importante, segundo Edmilson Motta, é o estudante manter o seu ritmo e não dormir tarde nem acordar tão cedo. Motta diz ainda que o participante deve comer comida leve e levar frutas e água para a prova. Motta diz ainda que o estudante deve verificar até um dia antes o percurso até o local de prova e chegar com antecedência para evitar surpresas. No dia do exame, o estudante deve ficar até o final da prova, porque o Enem tem enunciados muito longos e a leitura deles pode ajudar a encontrar a reposta correta. Para o coordenador, o estudante deve se desligar um pouco entre a primeira e segunda etapa do exame. "Ele deve tentar desligar de um exame para outro. Não é bom ficar revendo as questões para saber se acertou ou não porque isso não muda nada para o dia seguinte. Olhar apenas aqueles questões em que tenha ficado na dúvida." Motta diz ainda que o participante deve ficar atento à leitura do enunciado, pois muitas respostas estão na própria pergunta. Além disso, o estudante deve pular apenas aquelas questões que realmente não saiba responder, pois se pular muitas talvez não tenha tempo suficiente para voltar e refazê-las. Para a prova de ciências humanas, a dica é rever conteúdos que tenham a ver com o Brasil, como história e geografia do Brasil. Uma pegadinha do Enem, lembra Motta, é haver duas alternativas corretas nas provas de humanidades, mas uma delas não está ligada ao contexto do enunciado. Já na prova de ciências da natureza, a dica é rever conteúdo de ondulatória e os ligados a física da visão e da audição, a físico-química e aos temas relacionados com a saúde pública. O coordenador diz que ler bem os gráficos pode ajudar o estudante a responder a questões. Enem 2016 - Dicas de geografia para o Enem - Dicas de geografia para o Enem - Dicas de filosofia para o Enem - Dicas de sociologia para o Enem - Dicas de química para o Enem - Dicas de física para o Enem - Dicas de biologia para o Enem -
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STF pode revogar prisão de empreiteiro da Lava Jato
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O STF (Supremo Tribunal Federal) pode julgar na próxima terça-feira (28) o habeas corpus que pede a libertação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. O ministro Teori Zavaski, que preside a turma que julgará o caso, já sinalizou a outros magistrados que deve incluí-lo na pauta na próxima semana. TESTE SUPREMO O julgamento é considerado um divisor de águas. Caso Pessoa seja solto, será a primeira vez que uma corte superior contrariará decisão do juiz federal Sergio Moro, que só tem liberado os investigados que concordam em delatar os esquemas de corrupção. Ricardo Pessoa, por sinal, chegou a ensaiar aderir à delação. As negociações com o Ministério Público, no entanto, empacaram. MUITA CALMA A possibilidade de o STF revogar a prisão do empreiteiro é considerada grande. Os ministros que integram a turma que julgará o caso –entre eles, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Zavaski– são considerados "garantistas", ou seja, não admitiriam manter presa indefinidamente pessoa que ainda não foi julgada. O advogado Alberto Toron diz estar "apreensivo e esperançoso" com o desfecho. Fotos VISITA DO BEM Estrelada pelos atores Sérgio Mamberti e Ricardo Gelli, a peça "Visitando o Sr. Green" teve pré-estreia beneficente na quarta (22), promovida pela Unibes. O autor do texto original, Jeff Baron, assistiu à apresentação, no Teatro Jaraguá. Estiveram no local Cassio Scapin, diretor do espetáculo, e a secretária municipal de Assistência Social de SP, Luciana Temer. NADA DEVO Donos de pequenos teatros de SP comemoram a isenção do IPTU para os estabelecimentos, sancionada pela prefeitura na semana passada. "Era super necessário. Estávamos até pensando em transformar o Satyros numa igreja pra ter a isenção", brinca Rodolfo García Vázquez, um dos fundadores da casa, que vai economizar R$ 1.200 por mês. NADA DEVO 2 "Vai ajudar todos os que estão tentando se manter", diz Antoniela Canto, sócia do Cemitério de Automóveis, que terá redução de quase R$ 8 mil por ano nos gastos. O Club Noir, de Roberto Alvim, economizará quantia parecida: R$ 9 mil por ano. Para o Centro da Terra, o imposto chega a 25% dos gastos, segundo o dono Ricardo Karman. Fotos DUPLA DE OURO Após 30 anos de parceria, a cantora Ná Ozzetti, 56, e o músico Zé Miguel Wisnik, 66, lançam o álbum "Ná e Zé". O repertório será apresentado no Sesc Vila Mariana, entre 22 e 24 de maio. * Entre as canções do disco, uma das mais marcantes para Ozzetti é "Tudo Vezes Dois", composta por Wisnik em 86, na primeira turnê da dupla. "Uma das apresentações caiu no dia do aniversário meu e da Suzana Salles, que participava do show. Ele fez a música de surpresa para nós." DE PERTO Antes de receber o prefeito Fernando Haddad, de SP, para uma conversa, no Rio, seguida de jantar, integrantes da Open Society Foundations, do bilionário George Soros, visitaram a capital paulista para conhecer detalhes do projeto Braços Abertos, implementado pela prefeitura na cracolândia. Depois do encontro, Soros já enviou e-mails ao petista para tratar do tema. DE LONGE Os convidados de Soros ficaram surpresos quando Haddad comentou que o maior adversário do projeto é o PSDB –partido de Fernando Henrique Cardoso, que também estava no jantar e defende a descriminalização de todas as drogas. O ex-presidente afirmou que, de fato, tem divergências com a legenda sobre o tema. VIDA EM TELA O cineasta Cristiano Burlan começa a rodar no segundo semestre um híbrido de filme e documentário sobre sua mãe, assassinada pelo companheiro em 2011. "Elegia de Um Crime" é a terceira parte da trilogia do luto iniciada com "Construção" e com o premiado "Mataram Meu Irmão", que trata sobre o irmão do diretor, que também foi assassinado. "Fazer esse filme é um caminho sem volta, um rito de passagem", afirma Burlan. PATRIMÔNIO A capela da Ordem Franciscana Secular do Valongo, construída em Santos no século 17 ao lado da Igreja Santo Antônio do Valongo, vai ser restaurada pelo ICD (Instituto de Cultura Democrática). Fotos DOSE DUPLA O regente do titular do Coral Lírico do Theatro Municipal, Bruno Greco Facio, e o ex-locutor Osmar Santos estiveram na estreia das óperas "Um Homem Só/Ainadamar", na quarta (22), no Theatro Municipal. William Nacked, presidente do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, também assistiu ao espetáculo. CURTO-CIRCUITO A festa KitLing tem 1ª edição hoje no Kitsch Club. O chef R. J. Cooper dá aula hoje na Universidade Anhembi Morumbi. Às 11h. O Prêmio Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas anuncia hoje os vencedores da 5ª edição. No MAC-USP. Paula Toller lança o disco "Transbordada". Hoje, às 22h, no Citibank Hall. O Espaço Cult abriu inscrições para curso sobre mercado da música com o jornalista Alexandre Matias. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI; colaborou TAÍS HIRATA
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STF pode revogar prisão de empreiteiro da Lava JatoO STF (Supremo Tribunal Federal) pode julgar na próxima terça-feira (28) o habeas corpus que pede a libertação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC. O ministro Teori Zavaski, que preside a turma que julgará o caso, já sinalizou a outros magistrados que deve incluí-lo na pauta na próxima semana. TESTE SUPREMO O julgamento é considerado um divisor de águas. Caso Pessoa seja solto, será a primeira vez que uma corte superior contrariará decisão do juiz federal Sergio Moro, que só tem liberado os investigados que concordam em delatar os esquemas de corrupção. Ricardo Pessoa, por sinal, chegou a ensaiar aderir à delação. As negociações com o Ministério Público, no entanto, empacaram. MUITA CALMA A possibilidade de o STF revogar a prisão do empreiteiro é considerada grande. Os ministros que integram a turma que julgará o caso –entre eles, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Zavaski– são considerados "garantistas", ou seja, não admitiriam manter presa indefinidamente pessoa que ainda não foi julgada. O advogado Alberto Toron diz estar "apreensivo e esperançoso" com o desfecho. Fotos VISITA DO BEM Estrelada pelos atores Sérgio Mamberti e Ricardo Gelli, a peça "Visitando o Sr. Green" teve pré-estreia beneficente na quarta (22), promovida pela Unibes. O autor do texto original, Jeff Baron, assistiu à apresentação, no Teatro Jaraguá. Estiveram no local Cassio Scapin, diretor do espetáculo, e a secretária municipal de Assistência Social de SP, Luciana Temer. NADA DEVO Donos de pequenos teatros de SP comemoram a isenção do IPTU para os estabelecimentos, sancionada pela prefeitura na semana passada. "Era super necessário. Estávamos até pensando em transformar o Satyros numa igreja pra ter a isenção", brinca Rodolfo García Vázquez, um dos fundadores da casa, que vai economizar R$ 1.200 por mês. NADA DEVO 2 "Vai ajudar todos os que estão tentando se manter", diz Antoniela Canto, sócia do Cemitério de Automóveis, que terá redução de quase R$ 8 mil por ano nos gastos. O Club Noir, de Roberto Alvim, economizará quantia parecida: R$ 9 mil por ano. Para o Centro da Terra, o imposto chega a 25% dos gastos, segundo o dono Ricardo Karman. Fotos DUPLA DE OURO Após 30 anos de parceria, a cantora Ná Ozzetti, 56, e o músico Zé Miguel Wisnik, 66, lançam o álbum "Ná e Zé". O repertório será apresentado no Sesc Vila Mariana, entre 22 e 24 de maio. * Entre as canções do disco, uma das mais marcantes para Ozzetti é "Tudo Vezes Dois", composta por Wisnik em 86, na primeira turnê da dupla. "Uma das apresentações caiu no dia do aniversário meu e da Suzana Salles, que participava do show. Ele fez a música de surpresa para nós." DE PERTO Antes de receber o prefeito Fernando Haddad, de SP, para uma conversa, no Rio, seguida de jantar, integrantes da Open Society Foundations, do bilionário George Soros, visitaram a capital paulista para conhecer detalhes do projeto Braços Abertos, implementado pela prefeitura na cracolândia. Depois do encontro, Soros já enviou e-mails ao petista para tratar do tema. DE LONGE Os convidados de Soros ficaram surpresos quando Haddad comentou que o maior adversário do projeto é o PSDB –partido de Fernando Henrique Cardoso, que também estava no jantar e defende a descriminalização de todas as drogas. O ex-presidente afirmou que, de fato, tem divergências com a legenda sobre o tema. VIDA EM TELA O cineasta Cristiano Burlan começa a rodar no segundo semestre um híbrido de filme e documentário sobre sua mãe, assassinada pelo companheiro em 2011. "Elegia de Um Crime" é a terceira parte da trilogia do luto iniciada com "Construção" e com o premiado "Mataram Meu Irmão", que trata sobre o irmão do diretor, que também foi assassinado. "Fazer esse filme é um caminho sem volta, um rito de passagem", afirma Burlan. PATRIMÔNIO A capela da Ordem Franciscana Secular do Valongo, construída em Santos no século 17 ao lado da Igreja Santo Antônio do Valongo, vai ser restaurada pelo ICD (Instituto de Cultura Democrática). Fotos DOSE DUPLA O regente do titular do Coral Lírico do Theatro Municipal, Bruno Greco Facio, e o ex-locutor Osmar Santos estiveram na estreia das óperas "Um Homem Só/Ainadamar", na quarta (22), no Theatro Municipal. William Nacked, presidente do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, também assistiu ao espetáculo. CURTO-CIRCUITO A festa KitLing tem 1ª edição hoje no Kitsch Club. O chef R. J. Cooper dá aula hoje na Universidade Anhembi Morumbi. Às 11h. O Prêmio Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas anuncia hoje os vencedores da 5ª edição. No MAC-USP. Paula Toller lança o disco "Transbordada". Hoje, às 22h, no Citibank Hall. O Espaço Cult abriu inscrições para curso sobre mercado da música com o jornalista Alexandre Matias. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI; colaborou TAÍS HIRATA
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Cristiano Ronaldo faz dois, Real Madrid vence e encosta no Barcelona
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O Campeonato Espanhol ganhou um novo artilheiro em sua 24ª rodada. Após marcar duas vezes na vitória do Real Madrid por 4 a 2 sobre o Athletic Bilbao, o atacante português Cristiano Ronaldo se isolou na artilharia da competição, com 21 gols, um a mais do que o uruguaio Suárez, do Barcelona. Com a vitória em casa, o Real chegou aos 53 pontos, um a menos do que o Barça, mas com dois jogos a mais do que o rival. Até o final da rodada, a equipe madrilenha ainda pode ser ultrapassada pelo Atlético de Madri, que enfrenta o Getafe neste domingo. O JOGO Apesar do placar, o Real não teve vida fácil contra o Bilbao. A equipe da capital espanhola abriu o placar logo aos 2 min de jogo, em bela jogada de Cristiano Ronaldo, mas levou o empate sete minutos depois, após Eraso aproveitar falha da defesa madrilenha. A tranquilidade só voltou no final do primeiro tempo, quando o Real marcou duas vezes, com James Rodriguez e Toni Kroos. No final da partida, Ronaldo ainda marcaria pela segunda vez, isolando-se na artilharia do campeonato, enquanto Elustondo ainda descontaria para o Bilbao. Na próxima rodada, o Real enfrenta o Málaga, fora de casa, enquanto o Bilbao recebe o Real Sociedad. 24ª RODADA DO CAMPEONATO ESPANHOL SEXTA (12) Sporting Gijón 2 x 2 Rayo Vallecano SÁBADO (13) Real Madrid 4 X 2 Athletic Bilbao Villarreal x Málaga Valencia x Espanyol Deportivo La Coruña x Real Betis DOMINGO (14) Real Sociedad x Granada Sevilla x Las Palmas Eibar x Levante Getafe x Atlético de Madri Barcelona x Celta de Vigo
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esporte
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Cristiano Ronaldo faz dois, Real Madrid vence e encosta no BarcelonaO Campeonato Espanhol ganhou um novo artilheiro em sua 24ª rodada. Após marcar duas vezes na vitória do Real Madrid por 4 a 2 sobre o Athletic Bilbao, o atacante português Cristiano Ronaldo se isolou na artilharia da competição, com 21 gols, um a mais do que o uruguaio Suárez, do Barcelona. Com a vitória em casa, o Real chegou aos 53 pontos, um a menos do que o Barça, mas com dois jogos a mais do que o rival. Até o final da rodada, a equipe madrilenha ainda pode ser ultrapassada pelo Atlético de Madri, que enfrenta o Getafe neste domingo. O JOGO Apesar do placar, o Real não teve vida fácil contra o Bilbao. A equipe da capital espanhola abriu o placar logo aos 2 min de jogo, em bela jogada de Cristiano Ronaldo, mas levou o empate sete minutos depois, após Eraso aproveitar falha da defesa madrilenha. A tranquilidade só voltou no final do primeiro tempo, quando o Real marcou duas vezes, com James Rodriguez e Toni Kroos. No final da partida, Ronaldo ainda marcaria pela segunda vez, isolando-se na artilharia do campeonato, enquanto Elustondo ainda descontaria para o Bilbao. Na próxima rodada, o Real enfrenta o Málaga, fora de casa, enquanto o Bilbao recebe o Real Sociedad. 24ª RODADA DO CAMPEONATO ESPANHOL SEXTA (12) Sporting Gijón 2 x 2 Rayo Vallecano SÁBADO (13) Real Madrid 4 X 2 Athletic Bilbao Villarreal x Málaga Valencia x Espanyol Deportivo La Coruña x Real Betis DOMINGO (14) Real Sociedad x Granada Sevilla x Las Palmas Eibar x Levante Getafe x Atlético de Madri Barcelona x Celta de Vigo
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Mortes: Serjão da musculação inaugurou o fitness em Americana
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"Serjão! Serjão! Serjão!" Sérgio Ceotto ouvia a plateia gritar seu nome depois que, confirmando prognósticos, a atração principal do circo despachou seu primeiro oponente naquela noite. O burburinho sobre ela já era grande antes de a companhia chegar em Americana: uma temida lutadora que devastava os adversários por onde passava no interior de SP. Ao subir no ringue, um homem o puxou. "Se ganhar, leva mil; se perder, são 5.000". Serjão balançou –os tempos andavam bicudos. Tomou uns cascudos no começo da luta, mas não aguentou. Preferiu o prêmio menor. A expectativa em torno do duelo era óbvia. Desde quando se mudou para a cidade, aos 17, Serjão se tornou uma celebridade local. Dono de um porte descomunal, foi precursor do halterofilismo na região –improvisava os halteres com barras de ferro e blocos de cimento. Foi com essa criatividade que abriu sua primeira academia, no porão do Rio Branco Esporte Clube. Sem dinheiro para comprar os aparelhos que via em anúncios, ele mesmo os soldou e fabricou. Era fã de lutas. Seus alunos mais antigos são testemunhas (não necessariamente por vontade própria). "Ele montou um ringue pequeno no porão e trancava a porta. Só deixava o pessoal ir embora depois que todos lutassem com ele", conta o filho André. Passaram-se 65 anos desde a primeira sessão de musculação e o endereço mudou, mas os equipamentos de ferro e cimento são maioria até hoje na academia do Serjão. Morreu aos 84 anos, após quatro lutando contra um câncer. Deixa cinco filhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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cotidiano
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Mortes: Serjão da musculação inaugurou o fitness em Americana"Serjão! Serjão! Serjão!" Sérgio Ceotto ouvia a plateia gritar seu nome depois que, confirmando prognósticos, a atração principal do circo despachou seu primeiro oponente naquela noite. O burburinho sobre ela já era grande antes de a companhia chegar em Americana: uma temida lutadora que devastava os adversários por onde passava no interior de SP. Ao subir no ringue, um homem o puxou. "Se ganhar, leva mil; se perder, são 5.000". Serjão balançou –os tempos andavam bicudos. Tomou uns cascudos no começo da luta, mas não aguentou. Preferiu o prêmio menor. A expectativa em torno do duelo era óbvia. Desde quando se mudou para a cidade, aos 17, Serjão se tornou uma celebridade local. Dono de um porte descomunal, foi precursor do halterofilismo na região –improvisava os halteres com barras de ferro e blocos de cimento. Foi com essa criatividade que abriu sua primeira academia, no porão do Rio Branco Esporte Clube. Sem dinheiro para comprar os aparelhos que via em anúncios, ele mesmo os soldou e fabricou. Era fã de lutas. Seus alunos mais antigos são testemunhas (não necessariamente por vontade própria). "Ele montou um ringue pequeno no porão e trancava a porta. Só deixava o pessoal ir embora depois que todos lutassem com ele", conta o filho André. Passaram-se 65 anos desde a primeira sessão de musculação e o endereço mudou, mas os equipamentos de ferro e cimento são maioria até hoje na academia do Serjão. Morreu aos 84 anos, após quatro lutando contra um câncer. Deixa cinco filhos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Edição crítica celebra 80 anos de "Raízes do Brasil"
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RESUMO Edição crítica de 80 anos de "Raízes do Brasil" expõe mudanças feitas por Sérgio Buarque de Holanda na obra e permite ampliar debate sobre ela. Clássico da historiografia tem entusiastas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e críticos, como o cientista social Jessé Souza. "Era no mínimo estranho que um livro tido como um dos principais da historiografia brasileira não tivesse sua história esmiuçada", diz à Folha o professor de literatura da Universidade de Princeton Pedro Meira Monteiro. O pesquisador organizou, com a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, professora da USP e também da universidade norte-americana, a edição crítica de "Raízes do Brasil" [Companhia das Letras, 520 págs., R$ 94,90, R$ 44,90 em e-book], de Sérgio Buarque de Holanda (1902-82), lançada agora em comemoração aos 80 anos da publicação original da obra. O volume, que traz nova introdução e novos posfácios à obra, será lançado em São Paulo com evento nesta segunda-feira (8), às 19h, no teatro Eva Herz, da Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, tel. 11-3170-4033). O lançamento do volume inaugura as comemorações de 30 anos da Companhia das Letras. A edição traz o texto atual de "Raízes do Brasil", ou seja, a última edição que o historiador aprovou em vida, publicada em 1969, mas também mostra as alterações pelas quais passou através das quatro edições que a precederam. O comovente caderno de imagens –veja galeria– é um exemplo. Expõe o modo como o autor insere, corta e retifica títulos e trechos inteiros do texto, em algumas partes com rabiscos ou apontamentos à mão, noutras batendo à máquina parágrafos colados nas páginas em que deveriam ser inseridos. "As mudanças que Sérgio Buarque fez não foram nada cosméticas, ele foi realizando uma varredura no livro. É um livro vivo, consideravelmente alterado por três décadas", diz Schwarcz. A alteração mais marcante se dá entre a edição original, de 1936, e a segunda, de 1948. "Quando foi publicado, 'Raízes' continha uma dose importante de desconfiança em relação às grandes teses liberais", explicam, na introdução, os organizadores. Essa desconfiança fundamentava-se no contexto histórico que a região vivia. Sérgio Buarque sentia um "desconforto" com os "caudilhismos" latino-americanos e não acreditava que uma visão mais impessoal da política pudesse derrotar o personalismo que então predominava na América Latina. Essa visão, porém, alterou-se profundamente no cenário da segunda edição do livro, em 1948, quando o autor, nas palavras de Monteiro, "exorciza a desconfiança que tinha do pacto liberal da década de 30". "E a razão é clara, já não se podia mais manter o texto daquela forma num contexto pós-Segunda Guerra." As mudanças dessa versão mostram que Sérgio Buarque não quis deixar nenhum indício que justificasse uma acusação de que fosse um "antiliberal". "Raízes", a partir de então, penderia de forma decidida, e radical, para o lado da democracia. DEBATE AMPLIADO Essa é uma das novas discussões que a edição crítica propõe, ampliando o debate sobre a obra, que nos últimos anos se reduziu ao que Sérgio Buarque, afinal, teria querido dizer ao conceber o brasileiro como "homem cordial". O conceito rendeu uma polêmica que se prolongou por décadas, mas que pode ser resumida assim: na edição original, o historiador paulistano justificava que a cordialidade, como herança de nosso passado rural e ibérico, significaria a prevalência da importância das relações pessoais e afetivas sobre os modos mais impessoais de regras de funcionamento da sociedade. Dessa forma, favorecia o surgimento dos compadrios e da força do "pistolão". Sugeria que, à medida que o país se urbanizasse, o "homem cordial" morreria. Foi então que o poeta Cassiano Ricardo abriu fogo contra a ideia, interpretando a cordialidade como uma "técnica da bondade", relacionando-a a uma ideia de polidez. Sérgio Buarque respondeu, em carta incorporada às edições seguintes, a partir da terceira (1956). Explicou que a cordialidade tinha tanto a ver com a bondade como com a inimizade e que o homem cordial era o contrário do homem polido, por ser avesso a rituais públicos e por cultivar grande intimidade na atividade política. Diante da seriedade que a contenda tomou, não se imaginaria que o historiador a enfrentaria com tal bom humor, tentando baixar seu nível de estridência: "Confesso sem vergonha, e também sem vanglória, que não me sinto muito à vontade em esgrimas literárias". E acrescentava: "Não me agarro com unhas e dentes à expressão cordial, que mereceu objeções. Se dela me apropriei foi à falta de melhor". Para Monteiro, falta ainda fazer uma genealogia da questão da cordialidade a partir de um ponto de vista latino-americano. Ele lembra que o próprio Sérgio Buarque usou a expressão lida na correspondência entre Ribeiro Couto e o mexicano Alfonso Reyes (1889-1959), mas que já havia sido identificada em outros escritos. O nicaraguense Rubén Darío (1867-1916), por exemplo, havia se referido ao "homem cordial" latino-americano, em artigo para o jornal argentino "La Nación", ao comentar as repercussões da tomada de Cuba e Porto Rico por parte dos EUA em 1898. "Entendo que existam críticos da cordialidade que dizem que é uma generalização, mas, como se vê, é uma generalização feita há muito tempo e que segue presente. E as generalizações, ainda que sejam de certo modo uma ficção, têm a função de criar um parâmetro para iluminar a realidade", diz Monteiro. RADICALISMOS A edição traz ainda o famoso prefácio de Antonio Candido, incorporado à quinta edição, em 1969, e escrito dois anos antes. Para Schwarcz, o autor de "Formação da Literatura Brasileira" estava "delineando nessa época sua interpretação sobre a importância dos 'radicalismos' na produção intelectual brasileira". "O termo vinha de raiz e supunha que, mais do que um pensamento conservador, essa era uma forma de os intelectuais nacionais assumirem sempre soluções de compromisso, tendo o Estado para mediar os conflitos. E foi assim que ele definiu o livro de Sérgio Buarque, transformando esse prefácio em um capítulo essencial do livro." "Raízes" foi publicado inicialmente pela José Olympio, dentro da coleção Documentos Brasileiros, dirigida por Gilberto Freyre (1900-87). Passou para a Companhia das Letras em 1995 e, desde então, vendeu mais de 250 mil exemplares. No fim da vida, Sérgio Buarque chegou a lamentar que "Raízes" ficasse conhecido como sua principal obra, em vez de trabalhos de fases mais maduras, como "Visão do Paraíso" e "História Geral da Civilização Brasileira". Para Schwarcz, uma explicação possível viria do fato de que "'Raízes' ainda nos assombra, assim como assombrou seu autor, porque vemos até hoje essas ideias de algum modo vivas na nossa sociedade" –"por exemplo no modo como a esfera pública é vista como uma extensão da privacidade e das relações de intimidade". SYLVIA COLOMBO, 44, é repórter especial da Folha.
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ilustrissima
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Edição crítica celebra 80 anos de "Raízes do Brasil"RESUMO Edição crítica de 80 anos de "Raízes do Brasil" expõe mudanças feitas por Sérgio Buarque de Holanda na obra e permite ampliar debate sobre ela. Clássico da historiografia tem entusiastas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e críticos, como o cientista social Jessé Souza. "Era no mínimo estranho que um livro tido como um dos principais da historiografia brasileira não tivesse sua história esmiuçada", diz à Folha o professor de literatura da Universidade de Princeton Pedro Meira Monteiro. O pesquisador organizou, com a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, professora da USP e também da universidade norte-americana, a edição crítica de "Raízes do Brasil" [Companhia das Letras, 520 págs., R$ 94,90, R$ 44,90 em e-book], de Sérgio Buarque de Holanda (1902-82), lançada agora em comemoração aos 80 anos da publicação original da obra. O volume, que traz nova introdução e novos posfácios à obra, será lançado em São Paulo com evento nesta segunda-feira (8), às 19h, no teatro Eva Herz, da Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, tel. 11-3170-4033). O lançamento do volume inaugura as comemorações de 30 anos da Companhia das Letras. A edição traz o texto atual de "Raízes do Brasil", ou seja, a última edição que o historiador aprovou em vida, publicada em 1969, mas também mostra as alterações pelas quais passou através das quatro edições que a precederam. O comovente caderno de imagens –veja galeria– é um exemplo. Expõe o modo como o autor insere, corta e retifica títulos e trechos inteiros do texto, em algumas partes com rabiscos ou apontamentos à mão, noutras batendo à máquina parágrafos colados nas páginas em que deveriam ser inseridos. "As mudanças que Sérgio Buarque fez não foram nada cosméticas, ele foi realizando uma varredura no livro. É um livro vivo, consideravelmente alterado por três décadas", diz Schwarcz. A alteração mais marcante se dá entre a edição original, de 1936, e a segunda, de 1948. "Quando foi publicado, 'Raízes' continha uma dose importante de desconfiança em relação às grandes teses liberais", explicam, na introdução, os organizadores. Essa desconfiança fundamentava-se no contexto histórico que a região vivia. Sérgio Buarque sentia um "desconforto" com os "caudilhismos" latino-americanos e não acreditava que uma visão mais impessoal da política pudesse derrotar o personalismo que então predominava na América Latina. Essa visão, porém, alterou-se profundamente no cenário da segunda edição do livro, em 1948, quando o autor, nas palavras de Monteiro, "exorciza a desconfiança que tinha do pacto liberal da década de 30". "E a razão é clara, já não se podia mais manter o texto daquela forma num contexto pós-Segunda Guerra." As mudanças dessa versão mostram que Sérgio Buarque não quis deixar nenhum indício que justificasse uma acusação de que fosse um "antiliberal". "Raízes", a partir de então, penderia de forma decidida, e radical, para o lado da democracia. DEBATE AMPLIADO Essa é uma das novas discussões que a edição crítica propõe, ampliando o debate sobre a obra, que nos últimos anos se reduziu ao que Sérgio Buarque, afinal, teria querido dizer ao conceber o brasileiro como "homem cordial". O conceito rendeu uma polêmica que se prolongou por décadas, mas que pode ser resumida assim: na edição original, o historiador paulistano justificava que a cordialidade, como herança de nosso passado rural e ibérico, significaria a prevalência da importância das relações pessoais e afetivas sobre os modos mais impessoais de regras de funcionamento da sociedade. Dessa forma, favorecia o surgimento dos compadrios e da força do "pistolão". Sugeria que, à medida que o país se urbanizasse, o "homem cordial" morreria. Foi então que o poeta Cassiano Ricardo abriu fogo contra a ideia, interpretando a cordialidade como uma "técnica da bondade", relacionando-a a uma ideia de polidez. Sérgio Buarque respondeu, em carta incorporada às edições seguintes, a partir da terceira (1956). Explicou que a cordialidade tinha tanto a ver com a bondade como com a inimizade e que o homem cordial era o contrário do homem polido, por ser avesso a rituais públicos e por cultivar grande intimidade na atividade política. Diante da seriedade que a contenda tomou, não se imaginaria que o historiador a enfrentaria com tal bom humor, tentando baixar seu nível de estridência: "Confesso sem vergonha, e também sem vanglória, que não me sinto muito à vontade em esgrimas literárias". E acrescentava: "Não me agarro com unhas e dentes à expressão cordial, que mereceu objeções. Se dela me apropriei foi à falta de melhor". Para Monteiro, falta ainda fazer uma genealogia da questão da cordialidade a partir de um ponto de vista latino-americano. Ele lembra que o próprio Sérgio Buarque usou a expressão lida na correspondência entre Ribeiro Couto e o mexicano Alfonso Reyes (1889-1959), mas que já havia sido identificada em outros escritos. O nicaraguense Rubén Darío (1867-1916), por exemplo, havia se referido ao "homem cordial" latino-americano, em artigo para o jornal argentino "La Nación", ao comentar as repercussões da tomada de Cuba e Porto Rico por parte dos EUA em 1898. "Entendo que existam críticos da cordialidade que dizem que é uma generalização, mas, como se vê, é uma generalização feita há muito tempo e que segue presente. E as generalizações, ainda que sejam de certo modo uma ficção, têm a função de criar um parâmetro para iluminar a realidade", diz Monteiro. RADICALISMOS A edição traz ainda o famoso prefácio de Antonio Candido, incorporado à quinta edição, em 1969, e escrito dois anos antes. Para Schwarcz, o autor de "Formação da Literatura Brasileira" estava "delineando nessa época sua interpretação sobre a importância dos 'radicalismos' na produção intelectual brasileira". "O termo vinha de raiz e supunha que, mais do que um pensamento conservador, essa era uma forma de os intelectuais nacionais assumirem sempre soluções de compromisso, tendo o Estado para mediar os conflitos. E foi assim que ele definiu o livro de Sérgio Buarque, transformando esse prefácio em um capítulo essencial do livro." "Raízes" foi publicado inicialmente pela José Olympio, dentro da coleção Documentos Brasileiros, dirigida por Gilberto Freyre (1900-87). Passou para a Companhia das Letras em 1995 e, desde então, vendeu mais de 250 mil exemplares. No fim da vida, Sérgio Buarque chegou a lamentar que "Raízes" ficasse conhecido como sua principal obra, em vez de trabalhos de fases mais maduras, como "Visão do Paraíso" e "História Geral da Civilização Brasileira". Para Schwarcz, uma explicação possível viria do fato de que "'Raízes' ainda nos assombra, assim como assombrou seu autor, porque vemos até hoje essas ideias de algum modo vivas na nossa sociedade" –"por exemplo no modo como a esfera pública é vista como uma extensão da privacidade e das relações de intimidade". SYLVIA COLOMBO, 44, é repórter especial da Folha.
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Presidente da Fifa não garante Copa das Confederações em 2021
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O jogo entre Alemanha e Chile neste domingo (2), que decidirá o título da Copa das Confederações da Rússia, poderá ser o último da história do torneio. A sequência da competição não está garantida a partir de 2021. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi questionado sobre o futuro da competição –que é disputada desde 1992– e fez mistério. "O futuro da Copa das Confederações é a final que vai ser amanhã. Este é o futuro. O que acontece depois disso, vamos analisar, como fizemos com todas as competições desde que cheguei à Fifa. Primeiro focamos na Copa do Mundo e depois de muita análise resolvemos aumentar de 32 para 48 seleções. Estamos estudando todas as competições e obviamente vamos analisar a Copa das Confederações. Talvez possamos aumentar para 48 seleções, ou talvez não (risos)", disse o presidente da entidade. O maior problema que a Fifa pode ter para organizar a Copa das Confederações de 2021 no Qatar é o calendário. A época mais propícia para a realização do torneio seria no inverno, entre novembro e dezembro. Entretanto, isso bate diretamente com a temporada europeia, o que causaria briga com os clubes. Em 2022, já haverá a paralisação dos campeonatos europeus para a disputa da Copa do Mundo do Qatar no fim do ano. Desde 2001, quando a Coreia do Sul e o Japão sediaram o torneio, ele é realizado um ano antes do Mundial como evento-teste. A única exceção foi a edição de 2003, na França, quando a competição ainda acontecia a cada dois anos. DOPING A entrevista coletiva de Infantino, a única desde que chegou à Rússia, também foi marcada por diversas perguntas sobre o suposto doping dos 23 jogadores russos que disputaram a Copa do Mundo de 2014. A informação foi publicada pelo jornal britânico "Daily Mail"no último domingo (25). O excesso de questões irritou Vitaly Mutko, presidente da União Russa de Futebol, do Comitê Organizador do Mundial e vice-primeiro ministro. "Se eu começar a dançar uma dança típica russa aqui, agora, vocês param com essas perguntas ou não? Não sei mais o que fazer", disse o cartola, que em inúmeras oportunidades negou que haja doping no futebol russo. Infantino, por sua vez, afirmou que os testes feitos até agora com atletas russos em competições da Fifa e da Uefa nunca apontaram nenhum uso de substâncias ilegais. Ele fez questão de reforçar que os testes são conduzidos por laboratórios credenciados pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e seguem os mais rigorosos controles. O presidente da Fifa afirmou também que a investigação para apurar as denúncias feitas pelo jornal estão sendo conduzidas em cooperação com a Wada e que haverá punição caso algo seja comprovado.. "Se algo surgir, claro que teremos punições. Quando os resultados saírem e se tiver alguma regra violada, faremos punições disciplinares, é claro. Há tolerância zero para o doping, seja com a Rússia ou com qualquer outro país", disse.
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esporte
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Presidente da Fifa não garante Copa das Confederações em 2021O jogo entre Alemanha e Chile neste domingo (2), que decidirá o título da Copa das Confederações da Rússia, poderá ser o último da história do torneio. A sequência da competição não está garantida a partir de 2021. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi questionado sobre o futuro da competição –que é disputada desde 1992– e fez mistério. "O futuro da Copa das Confederações é a final que vai ser amanhã. Este é o futuro. O que acontece depois disso, vamos analisar, como fizemos com todas as competições desde que cheguei à Fifa. Primeiro focamos na Copa do Mundo e depois de muita análise resolvemos aumentar de 32 para 48 seleções. Estamos estudando todas as competições e obviamente vamos analisar a Copa das Confederações. Talvez possamos aumentar para 48 seleções, ou talvez não (risos)", disse o presidente da entidade. O maior problema que a Fifa pode ter para organizar a Copa das Confederações de 2021 no Qatar é o calendário. A época mais propícia para a realização do torneio seria no inverno, entre novembro e dezembro. Entretanto, isso bate diretamente com a temporada europeia, o que causaria briga com os clubes. Em 2022, já haverá a paralisação dos campeonatos europeus para a disputa da Copa do Mundo do Qatar no fim do ano. Desde 2001, quando a Coreia do Sul e o Japão sediaram o torneio, ele é realizado um ano antes do Mundial como evento-teste. A única exceção foi a edição de 2003, na França, quando a competição ainda acontecia a cada dois anos. DOPING A entrevista coletiva de Infantino, a única desde que chegou à Rússia, também foi marcada por diversas perguntas sobre o suposto doping dos 23 jogadores russos que disputaram a Copa do Mundo de 2014. A informação foi publicada pelo jornal britânico "Daily Mail"no último domingo (25). O excesso de questões irritou Vitaly Mutko, presidente da União Russa de Futebol, do Comitê Organizador do Mundial e vice-primeiro ministro. "Se eu começar a dançar uma dança típica russa aqui, agora, vocês param com essas perguntas ou não? Não sei mais o que fazer", disse o cartola, que em inúmeras oportunidades negou que haja doping no futebol russo. Infantino, por sua vez, afirmou que os testes feitos até agora com atletas russos em competições da Fifa e da Uefa nunca apontaram nenhum uso de substâncias ilegais. Ele fez questão de reforçar que os testes são conduzidos por laboratórios credenciados pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e seguem os mais rigorosos controles. O presidente da Fifa afirmou também que a investigação para apurar as denúncias feitas pelo jornal estão sendo conduzidas em cooperação com a Wada e que haverá punição caso algo seja comprovado.. "Se algo surgir, claro que teremos punições. Quando os resultados saírem e se tiver alguma regra violada, faremos punições disciplinares, é claro. Há tolerância zero para o doping, seja com a Rússia ou com qualquer outro país", disse.
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Girafinha nascida no Zoo de SP é batizada com nome de pedra preciosa
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DE SÃO PAULO Depois de dois meses esperando por um nome, a girafinha do Zoológico de São Paulo, nascida no começo de maio, foi finalmente batizada de Ágatha —uma pedra semi-preciosa de várias cores, que também pode significar "amizade ou vitalidade". A decisão veio por votação através do site do Zoo e contou com 2.104 votos, somando 46% do total. Mais de 4 mil pessoas votaram, escolhendo entre Ágatha, Melita e Malika. Nascida em cativeiro, ela é filha de Mel e Palito e a 27º da espécie a nascer no Zoo de São Paulo. Seu irmão, Girafales, também teve o nome escolhido por votação na internet, em 2013. Ambos estão em exposição no recinto das girafas. Informe-se sobre o local
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saopaulo
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Girafinha nascida no Zoo de SP é batizada com nome de pedra preciosaDE SÃO PAULO Depois de dois meses esperando por um nome, a girafinha do Zoológico de São Paulo, nascida no começo de maio, foi finalmente batizada de Ágatha —uma pedra semi-preciosa de várias cores, que também pode significar "amizade ou vitalidade". A decisão veio por votação através do site do Zoo e contou com 2.104 votos, somando 46% do total. Mais de 4 mil pessoas votaram, escolhendo entre Ágatha, Melita e Malika. Nascida em cativeiro, ela é filha de Mel e Palito e a 27º da espécie a nascer no Zoo de São Paulo. Seu irmão, Girafales, também teve o nome escolhido por votação na internet, em 2013. Ambos estão em exposição no recinto das girafas. Informe-se sobre o local
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Avanço conservador
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Em tempos normais, a controvérsia em torno da escolha de um juiz para a Suprema Corte dos EUA seria limitada à regulação de temas sensíveis como as liberdades individuais, o direito ao aborto e a situação dos imigrantes —o que já não seria pouco. Não vivemos, entretanto, tempos normais. Prenuncia-se, com efeito, um exame extremamente conturbado da indicação de Neil Gorsuch para substituir o conservador Antonin Scalia na mais alta instância da Justiça americana. E não apenas porque seu nome foi indicado por Donald Trump. Na oposição, os democratas entendem que essa cadeira na corte lhes foi surrupiada. Scalia morreu um ano atrás, mas os republicanos, majoritários no Senado, recusaram-se a considerar o indicado de Barack Obama. A desforra agora prometida deverá acirrar ainda mais a polarização no Legislativo e na sociedade do país. Beligerância partidária à parte, cumpre observar que há uma agenda conservadora perfeitamente legítima, goste-se ou não dela, e, afinal, vitoriosa nas urnas. Com isso, a escolha de Gorsuch —descrito como jurista independente, de sólida formação e erudição— está em plena conformidade. Trata-se, como Scalia, de um originalista, que defende uma leitura inflexível da Constituição americana tal como foi escrita, a partir de 1787, sem margem para considerar a intenção dos legisladores ou as consequências práticas das decisões judiciais. Sua confirmação pelo Senado criará uma apertada maioria conservadora —de 5 num total de 9 membros— na Suprema Corte, onde um relativo equilíbrio ideológico tem perdurado ao longo dos anos graças à saudável alternância no poder presidencial. Donald Trump, lamentavelmente, milita contra a normalidade. Suas primeiras atitudes no governo têm sido embaladas em lances de retórica eleitoral, açodamento, revanchismo e prepotência, rompendo com sólidas tradições políticas e administrativas. Em casos mais dramáticos, como o da ampla proibição, por meio de decreto, à entrada de estrangeiros de sete nações de maioria muçulmana, o republicano caminhou perigosamente no limite da legalidade. A medida, aliás, caminha para a esfera judicial. Nos poucos dias em que está no poder, Trump já deixou evidente que pretende testar os limites das instituições americanas, notadamente a Justiça e o Congresso. Espera-se que ambos estejam à altura da imensa tarefa que terão pela frente, a de moderar os ímpetos do atual presidente e resguardar os EUA como uma democracia referencial para todo o mundo. [email protected]
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opiniao
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Avanço conservadorEm tempos normais, a controvérsia em torno da escolha de um juiz para a Suprema Corte dos EUA seria limitada à regulação de temas sensíveis como as liberdades individuais, o direito ao aborto e a situação dos imigrantes —o que já não seria pouco. Não vivemos, entretanto, tempos normais. Prenuncia-se, com efeito, um exame extremamente conturbado da indicação de Neil Gorsuch para substituir o conservador Antonin Scalia na mais alta instância da Justiça americana. E não apenas porque seu nome foi indicado por Donald Trump. Na oposição, os democratas entendem que essa cadeira na corte lhes foi surrupiada. Scalia morreu um ano atrás, mas os republicanos, majoritários no Senado, recusaram-se a considerar o indicado de Barack Obama. A desforra agora prometida deverá acirrar ainda mais a polarização no Legislativo e na sociedade do país. Beligerância partidária à parte, cumpre observar que há uma agenda conservadora perfeitamente legítima, goste-se ou não dela, e, afinal, vitoriosa nas urnas. Com isso, a escolha de Gorsuch —descrito como jurista independente, de sólida formação e erudição— está em plena conformidade. Trata-se, como Scalia, de um originalista, que defende uma leitura inflexível da Constituição americana tal como foi escrita, a partir de 1787, sem margem para considerar a intenção dos legisladores ou as consequências práticas das decisões judiciais. Sua confirmação pelo Senado criará uma apertada maioria conservadora —de 5 num total de 9 membros— na Suprema Corte, onde um relativo equilíbrio ideológico tem perdurado ao longo dos anos graças à saudável alternância no poder presidencial. Donald Trump, lamentavelmente, milita contra a normalidade. Suas primeiras atitudes no governo têm sido embaladas em lances de retórica eleitoral, açodamento, revanchismo e prepotência, rompendo com sólidas tradições políticas e administrativas. Em casos mais dramáticos, como o da ampla proibição, por meio de decreto, à entrada de estrangeiros de sete nações de maioria muçulmana, o republicano caminhou perigosamente no limite da legalidade. A medida, aliás, caminha para a esfera judicial. Nos poucos dias em que está no poder, Trump já deixou evidente que pretende testar os limites das instituições americanas, notadamente a Justiça e o Congresso. Espera-se que ambos estejam à altura da imensa tarefa que terão pela frente, a de moderar os ímpetos do atual presidente e resguardar os EUA como uma democracia referencial para todo o mundo. [email protected]
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Livro ensina administração a partir de piadas; veja lançamentos
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O Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Acordos quase Impossíveis AUTOR Deepak Malhotra EDITORA Bookman QUANTO R$ 60 (224 págs.) Professor de Harvard (EUA) analisa o funcionamento de negociações, destacando estratégias que vão além do uso da força e do dinheiro. Trata de casos reais, como guerras, greves e a Crise dos Mísseis de Cuba, de 1962. 170 Piadas Sobre Estratégia AUTOR Bruno Divetta EDITORA autopublicação na Amazon QUANTO R$ 10 (livro digital; 118 págs.) Combina anedotas e pequenos ensinamentos sobre negócios trazidos por elas. Trata de comunicação, tempo, inovação, pessoas e vendas. Mais Marx AUTORES vários EDITORA Boitempo QUANTO R$ 49,00 (144 págs.) Livro de apoio para a leitura da obra "O Capital", de Karl Marx (1818-1883), apresenta os principais conceitos discutidos pelo filósofo alemão, textos introdutórios para sua leitura e quadros ilustrativos. Cultura e a Economia da Alegria AUTOR João Paulo dos Reis Velloso(coordenação) EDITORA Fórum Nacional QUANTO livro digital gratuito em www.inae.gov.br (108 págs.) Reune textos de artistas, acadêmicos e membros do setor público que tratam das relações entre cultura, educação e desenvolvimento. INTERNACIONAIS The Struggle to Save the Soviet Economy AUTOR Chris Miller EDITORA The University of North Carolina Press QUANTO R$ 88,8*5 (livro digital; 257 págs.) Professor de Yale (EUA) analisa o contexto do fim da União Soviética e as reformas econômicas de Mikhail Gorbachev. Reorg AUTORES Stephen Heidari-Robinson e Suzanne Heywood EDITORA Harvard Business Review QUANTO R$ 70 (livro digital; 256 págs.) Guia em cinco passos para reorganizações de empresas, trata de planejamento, comunicação e controle.
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mercado
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Livro ensina administração a partir de piadas; veja lançamentosO Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Acordos quase Impossíveis AUTOR Deepak Malhotra EDITORA Bookman QUANTO R$ 60 (224 págs.) Professor de Harvard (EUA) analisa o funcionamento de negociações, destacando estratégias que vão além do uso da força e do dinheiro. Trata de casos reais, como guerras, greves e a Crise dos Mísseis de Cuba, de 1962. 170 Piadas Sobre Estratégia AUTOR Bruno Divetta EDITORA autopublicação na Amazon QUANTO R$ 10 (livro digital; 118 págs.) Combina anedotas e pequenos ensinamentos sobre negócios trazidos por elas. Trata de comunicação, tempo, inovação, pessoas e vendas. Mais Marx AUTORES vários EDITORA Boitempo QUANTO R$ 49,00 (144 págs.) Livro de apoio para a leitura da obra "O Capital", de Karl Marx (1818-1883), apresenta os principais conceitos discutidos pelo filósofo alemão, textos introdutórios para sua leitura e quadros ilustrativos. Cultura e a Economia da Alegria AUTOR João Paulo dos Reis Velloso(coordenação) EDITORA Fórum Nacional QUANTO livro digital gratuito em www.inae.gov.br (108 págs.) Reune textos de artistas, acadêmicos e membros do setor público que tratam das relações entre cultura, educação e desenvolvimento. INTERNACIONAIS The Struggle to Save the Soviet Economy AUTOR Chris Miller EDITORA The University of North Carolina Press QUANTO R$ 88,8*5 (livro digital; 257 págs.) Professor de Yale (EUA) analisa o contexto do fim da União Soviética e as reformas econômicas de Mikhail Gorbachev. Reorg AUTORES Stephen Heidari-Robinson e Suzanne Heywood EDITORA Harvard Business Review QUANTO R$ 70 (livro digital; 256 págs.) Guia em cinco passos para reorganizações de empresas, trata de planejamento, comunicação e controle.
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Professores do Paraná mantêm greve apesar de liminar da Justiça
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Os professores estaduais do Paraná mantêm nesta segunda-feira (2) a greve que dura mais de três semanas, apesar de o governo do Estado ter obtido uma liminar determinando a volta parcial aos trabalhos. No último sábado (28), a Justiça determinou o retorno das atividades dos docentes do último ano do ensino médio e de 30% dos servidores administrativos. O governo de Beto Richa (PSDB) havia solicitado que a paralisação fosse considerada ilegal. Argumentou que se comprometeu a atender às reivindicações dos professores e que mesmo assim a greve foi mantida. A Justiça considerou que a paralisação das atividades prejudica especialmente os alunos do último ano do ensino médio, que farão vestibular ou Enem ainda em 2015. O prazo dado para o cumprimento da decisão é de 48 horas após a notificação do sindicato dos professores, o que só ocorreu na manhã desta segunda. Os professores afirmam que vão recorrer da decisão e mantiveram mobilizações na rua nesta segunda. Uma assembleia será realizada na quarta-feira (4) para discutir os rumos da paralisação –não é descartada a possibilidade de encerrar a greve. O sindicato pede, entre outros pontos, a nomeação de concursados, o pagamento de atrasados e a retirada de propostas que alterem a Previdência. O governo afirma que vai apresentar um cronograma para os pagamentos e que uma nova proposta para a Previdência será debatida com sindicatos dos servidores. Também diz que o comando de greve faz um "movimento político" para desgastar o governador. A greve afeta quase 1 milhão de alunos. O governo do Paraná vive uma crise financeira que resultou no atraso do pagamento de benefícios aos professores. Há três semanas, milhares de pessoas protestaram em Curitiba contra um projeto do governo Beto Richa de alterações na Previdência. O governo acabou recuando do pacote de corte de gastos.
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Professores do Paraná mantêm greve apesar de liminar da JustiçaOs professores estaduais do Paraná mantêm nesta segunda-feira (2) a greve que dura mais de três semanas, apesar de o governo do Estado ter obtido uma liminar determinando a volta parcial aos trabalhos. No último sábado (28), a Justiça determinou o retorno das atividades dos docentes do último ano do ensino médio e de 30% dos servidores administrativos. O governo de Beto Richa (PSDB) havia solicitado que a paralisação fosse considerada ilegal. Argumentou que se comprometeu a atender às reivindicações dos professores e que mesmo assim a greve foi mantida. A Justiça considerou que a paralisação das atividades prejudica especialmente os alunos do último ano do ensino médio, que farão vestibular ou Enem ainda em 2015. O prazo dado para o cumprimento da decisão é de 48 horas após a notificação do sindicato dos professores, o que só ocorreu na manhã desta segunda. Os professores afirmam que vão recorrer da decisão e mantiveram mobilizações na rua nesta segunda. Uma assembleia será realizada na quarta-feira (4) para discutir os rumos da paralisação –não é descartada a possibilidade de encerrar a greve. O sindicato pede, entre outros pontos, a nomeação de concursados, o pagamento de atrasados e a retirada de propostas que alterem a Previdência. O governo afirma que vai apresentar um cronograma para os pagamentos e que uma nova proposta para a Previdência será debatida com sindicatos dos servidores. Também diz que o comando de greve faz um "movimento político" para desgastar o governador. A greve afeta quase 1 milhão de alunos. O governo do Paraná vive uma crise financeira que resultou no atraso do pagamento de benefícios aos professores. Há três semanas, milhares de pessoas protestaram em Curitiba contra um projeto do governo Beto Richa de alterações na Previdência. O governo acabou recuando do pacote de corte de gastos.
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Empresários e PSB sofrem derrota judicial sobre acidente de Campos
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Empresários e o partido envolvidos no episódio que culminou com a morte de Eduardo Campos em Santos já foram responsabilizados judicialmente pelo acidente. Marlene Martinez e suas duas irmãs, que tiveram seu imóvel atingido no acidente, devem receber R$ 37 mil como tutela antecipada para os prejuízos em um prazo de cerca de dois meses, segundo prevê o advogado Luiz Roberto Stamatis de Arruda Sampaio, especialista em acidentes aéreos. Ele representa a maioria dos moradores afetados pelo acidente em ações judiciais. A 9ª Vara Cível de Santos determinou, em 2015, R$ 50 mil de tutela a serem pagos pelos empresários às moradoras, mas somente R$ 37 mil foram encontrados nas contas, segundo o advogado. Trabalhando há 30 anos com acidentes aéreos, ele disse que nunca viu um caso tão "complicado" como este. Em março deste ano, uma sentença da 6ª Vara Cível de Santos apontou que houve responsabilidade da AF Andrade e do PSB em relação aos prejuízos no colégio Plenitude, na rua Alexandre Herculano. Foi fixada uma indenização de R$ 9,5 mil pelos danos materiais. Na avaliação do advogado Alexandre Ferreira, que representa a escola, a decisão abre um precedente importante. O valor ainda não foi pago, segundo Ferreira, porque a AF Andrade e o PSB recorreram. O PSB, a AF Andrade e o advogado Carlos Gonçalves Júnior, que representa os empresários que se apresentaram como proprietários do avião, não se pronunciaram ou não foram encontrados pela Folha para comentar o assunto. TURBULÊNCIA João Carlos Lyra Pessoa Filho e Apolo Santana Vieira estão presos desde 21 de junho, quando foram alvos da Operação Turbulência, da PF (Polícia Federal). Além deles, foram presos os também empresários Eduardo Bezerra Leite e Arthur Roberto Lapa Rosal. Eles são suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e em Goiás que teria movimentado cerca de R$ 600 milhões nos últimos seis anos. A investigação começou depois que a PF descobriu operações suspeitas nas empresas envolvidas na compra do Cessna Citation.
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Empresários e PSB sofrem derrota judicial sobre acidente de CamposEmpresários e o partido envolvidos no episódio que culminou com a morte de Eduardo Campos em Santos já foram responsabilizados judicialmente pelo acidente. Marlene Martinez e suas duas irmãs, que tiveram seu imóvel atingido no acidente, devem receber R$ 37 mil como tutela antecipada para os prejuízos em um prazo de cerca de dois meses, segundo prevê o advogado Luiz Roberto Stamatis de Arruda Sampaio, especialista em acidentes aéreos. Ele representa a maioria dos moradores afetados pelo acidente em ações judiciais. A 9ª Vara Cível de Santos determinou, em 2015, R$ 50 mil de tutela a serem pagos pelos empresários às moradoras, mas somente R$ 37 mil foram encontrados nas contas, segundo o advogado. Trabalhando há 30 anos com acidentes aéreos, ele disse que nunca viu um caso tão "complicado" como este. Em março deste ano, uma sentença da 6ª Vara Cível de Santos apontou que houve responsabilidade da AF Andrade e do PSB em relação aos prejuízos no colégio Plenitude, na rua Alexandre Herculano. Foi fixada uma indenização de R$ 9,5 mil pelos danos materiais. Na avaliação do advogado Alexandre Ferreira, que representa a escola, a decisão abre um precedente importante. O valor ainda não foi pago, segundo Ferreira, porque a AF Andrade e o PSB recorreram. O PSB, a AF Andrade e o advogado Carlos Gonçalves Júnior, que representa os empresários que se apresentaram como proprietários do avião, não se pronunciaram ou não foram encontrados pela Folha para comentar o assunto. TURBULÊNCIA João Carlos Lyra Pessoa Filho e Apolo Santana Vieira estão presos desde 21 de junho, quando foram alvos da Operação Turbulência, da PF (Polícia Federal). Além deles, foram presos os também empresários Eduardo Bezerra Leite e Arthur Roberto Lapa Rosal. Eles são suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e em Goiás que teria movimentado cerca de R$ 600 milhões nos últimos seis anos. A investigação começou depois que a PF descobriu operações suspeitas nas empresas envolvidas na compra do Cessna Citation.
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Amor, ordem e progresso
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No ato quatro, cena um, de "O Mercador de Veneza", o judeu Shylock justifica a cobrança de uma libra de carne, que levará à morte o cristão devedor Antônio, com o seguinte argumento: "Alguns não suportam ouvir grunhir um porco; outros, ao ver um gato, ficam loucos (...) e a urina não retêm. É que a impressão, senhora dos instintos, vos faz odiar ou amar como apetece. Não podemos apresentar razão satisfatória da antipatia de um pelo grunhido do porco, da daquela pela vista de um gato, sendo força cedermos ao opróbrio inevitável de ofendermos, quando nos virmos ofendidos: de igual modo, não sei de outra razão, nem saber quero, se não for o ódio inato e a repugnância que Antônio me desperta e que me leva a persistir assim numa demanda tão onerosa. Dei-vos a resposta?" Dia desses, acordei com a notícia de que estavam excomungando minha família e meus antepassados na rede, por conta da defesa do Ministério da Cultura feita por minha mãe. Foi-se o tempo em que os artistas eram vistos como defensores do bem, do bom e do justo. As leis de incentivo à Cultura deram cabo da admiração. O "fica, MinC" cresceu insuflado pelo "fora, Temer". Com a volta do ministério, quem aceitou dialogar com o Planalto foi tachado de oportunista, e os que insistem em negar o governo provisório enfrentam a ira dos pró-impeachment. E toma-lhe chute, soco e pontapé. A veiculação dos telefonemas de Sérgio Machado dá corpo às vozes pela impugnação do ex-vice. O time do pragmatismo econômico revida, esfregando os R$ 170 bilhões de rombo nas fuças do "volta, Dilma". Eu comi o pão que o diabo amassou por estar alheia às novas diretrizes do feminismo. O raio-X da Câmara durante a votação do impeachment, que nos brindou com o elogio ao torturador Ustra e com a cusparada de Jean Wyllys em Bolsonaro, elucida a fúria das bacantes. O baixo clero ganha força e independência. As bancadas do boi, da bala e da Bíblia representam uma fatia significante da população. A atriz Bruna Linzmeyer foi agredida por ter assumido seu relacionamento com uma mulher, e Taís Araújo chamada de "criola" por sua posição contrária à extinção do MinC. Na avenida Paulista, uma professora defeca na foto de Bolsonaro. "Carmina Burana" vira hino de repúdio a Temer, e o Capanema canta em uníssono "Odeeeeio você, Te-mer!" e "Êeeeeta, êta, êta, êta, Edu-ardo Cu-nha quer con-trolar minha buceta". O CD com os hits das ocupações promete sair em breve. O desemprego cresce, os estudantes ocupam, o MST invade e a polícia endurece. O "homem cordial", que preferia o arranjo pessoal ao cívico, agoniza junto ao slogan interino "ORDEM E PROGRESSO". A bandeira brasileira apagou a palavra "AMOR" da máxima positivista. Urge retomá-la, embora Sérgio Buarque de Holanda alerte: "Todo afeto entre os homens funda-se forçosamente em preferências. Amar alguém é amá-lo mais do que a outros. (...) A benevolência democrática é comparável nisto à polidez, resulta de um comportamento social que procura orientar-se pelo equilíbrio dos egoísmos." Descarrilhamos agarrados aos instintos mais primitivos. Ódio e amor se equivalem, atiçados pelo eterno oportunismo. Estamos a léguas de distância de qualquer arranjo possível.
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colunas
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Amor, ordem e progressoNo ato quatro, cena um, de "O Mercador de Veneza", o judeu Shylock justifica a cobrança de uma libra de carne, que levará à morte o cristão devedor Antônio, com o seguinte argumento: "Alguns não suportam ouvir grunhir um porco; outros, ao ver um gato, ficam loucos (...) e a urina não retêm. É que a impressão, senhora dos instintos, vos faz odiar ou amar como apetece. Não podemos apresentar razão satisfatória da antipatia de um pelo grunhido do porco, da daquela pela vista de um gato, sendo força cedermos ao opróbrio inevitável de ofendermos, quando nos virmos ofendidos: de igual modo, não sei de outra razão, nem saber quero, se não for o ódio inato e a repugnância que Antônio me desperta e que me leva a persistir assim numa demanda tão onerosa. Dei-vos a resposta?" Dia desses, acordei com a notícia de que estavam excomungando minha família e meus antepassados na rede, por conta da defesa do Ministério da Cultura feita por minha mãe. Foi-se o tempo em que os artistas eram vistos como defensores do bem, do bom e do justo. As leis de incentivo à Cultura deram cabo da admiração. O "fica, MinC" cresceu insuflado pelo "fora, Temer". Com a volta do ministério, quem aceitou dialogar com o Planalto foi tachado de oportunista, e os que insistem em negar o governo provisório enfrentam a ira dos pró-impeachment. E toma-lhe chute, soco e pontapé. A veiculação dos telefonemas de Sérgio Machado dá corpo às vozes pela impugnação do ex-vice. O time do pragmatismo econômico revida, esfregando os R$ 170 bilhões de rombo nas fuças do "volta, Dilma". Eu comi o pão que o diabo amassou por estar alheia às novas diretrizes do feminismo. O raio-X da Câmara durante a votação do impeachment, que nos brindou com o elogio ao torturador Ustra e com a cusparada de Jean Wyllys em Bolsonaro, elucida a fúria das bacantes. O baixo clero ganha força e independência. As bancadas do boi, da bala e da Bíblia representam uma fatia significante da população. A atriz Bruna Linzmeyer foi agredida por ter assumido seu relacionamento com uma mulher, e Taís Araújo chamada de "criola" por sua posição contrária à extinção do MinC. Na avenida Paulista, uma professora defeca na foto de Bolsonaro. "Carmina Burana" vira hino de repúdio a Temer, e o Capanema canta em uníssono "Odeeeeio você, Te-mer!" e "Êeeeeta, êta, êta, êta, Edu-ardo Cu-nha quer con-trolar minha buceta". O CD com os hits das ocupações promete sair em breve. O desemprego cresce, os estudantes ocupam, o MST invade e a polícia endurece. O "homem cordial", que preferia o arranjo pessoal ao cívico, agoniza junto ao slogan interino "ORDEM E PROGRESSO". A bandeira brasileira apagou a palavra "AMOR" da máxima positivista. Urge retomá-la, embora Sérgio Buarque de Holanda alerte: "Todo afeto entre os homens funda-se forçosamente em preferências. Amar alguém é amá-lo mais do que a outros. (...) A benevolência democrática é comparável nisto à polidez, resulta de um comportamento social que procura orientar-se pelo equilíbrio dos egoísmos." Descarrilhamos agarrados aos instintos mais primitivos. Ódio e amor se equivalem, atiçados pelo eterno oportunismo. Estamos a léguas de distância de qualquer arranjo possível.
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Por que o excesso de otimismo pode travar sua carreira?
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Quando o empresário dinamarquês Michael Stausholm deixou seu emprego em uma das maiores transportadoras mundiais para abrir sua primeira empresa, há 15 anos, seu sócio projetou um futuro positivo para os dois, com muito sucesso. Stausholm acreditou no parceiro e se sentiu animado. "O pensamento positivo é algo que faz parte do DNA de qualquer empreendedor. Sem ele, você nunca deveria começar um negócio", afirma. Mas quando a firma começou a ter problemas, o dinamarquês aprendeu uma dura lição. "Só pensar positivo e manter uma atitude otimista não adianta. É preciso misturar tudo com uma boa dose de realismo." O poder do pensamento positivo tem sido um princípio de líderes do mundo dos negócios ao menos desde 1936. Foi quando Napoleon Hill, assessor de dois presidentes americanos, publicou "Quem Pensa Enriquece", com a "receita" do sucesso de alguns dos mais bem-sucedidos empresários de sua geração. Duas décadas depois, Norman Vincent Peale escreveu "O Poder do Pensamento Positivo", que vendeu mais de 21 milhões de cópias no mundo. Mais recentemente, "O Segredo", de Rhonda Byrne, foi adotado como uma espécie de Bíblia por homens de negócios, com sua promessa de sucesso baseada no otimismo. Segundo essas obras, dúvidas e pensamentos negativos são obstáculos para o sucesso. Mas, na realidade, uma nova leva de pesquisas está descobrindo que o pensamento positivo também tem suas limitações —e armam suas próprias ciladas. Ou seja, o otimismo pode emperrar o sucesso. O PODER DA FANTASIA Segundo Gabriele Oettingen, professora de psicologia na Universidade de Nova York e autora de "Rethink Positive Thinking: Inside the New Science of Motivation" ("Repensando o pensamento positivo: por dentro da nova ciência da motivação", em tradução livre), ao começar a estudar o assunto, ela descobriu que os níveis de energia caem quando as pessoas mentalizam fantasias positivas sobre o futuro, como ter um bom emprego ou ganhar bem. "O problema é que quando as pessoas fantasiam sobre seus objetivos elas frequentemente não fazem o esforço necessário para atingi-los", diz a psicóloga. O estudo de Oettingen revelou que jovens que pensavam positivamente sobre ter um bom emprego, dois anos após deixar a universidade, acabavam ganhando menos e tendo menores chances de contratação do que colegas com mais dúvidas e preocupações. Os mais otimistas também se candidatavam a menos vagas do que os pessimistas. "Eles criam uma fantasia e já se sentem realizados e relaxados, perdendo a motivação necessária para que as coisas de fato aconteçam", afirma. Nimita Shah, diretora do grupo The Career Psychologist, com sede em Londres, conta que muitos clientes reclamam da frustração por não conseguirem manifestar seus desejos, e falam da culpa que sentem por serem pessimistas, como se isso fosse parte do problema. "O efeito é o mesmo de fazer uma 'dieta milagrosa'. Criar uma imagem positiva do futuro pode servir como estímulo imediato, mas a longo prazo só serve para fazer o indivíduo se sentir pior", afirma Shah. ATITUDE NATURAL Será, então, que devemos passar a acreditar sempre no pior? Isso pode ser difícil. Segundo Tali Sharot, autora de "O Viés Otimista" e diretora de um grupo de estudos sobre o efeito das emoções sobre o cérebro, o otimismo está embutido na psique humana. Em seus primeiros experimentos, Sharot pediu a voluntários que imaginassem situações futuras negativas, como perder o emprego ou terminar um relacionamento. Ela observou que as pessoas automaticamente tentavam transformar a experiência em algo positivo —como, por exemplo, separar-se do parceiro e arrumar outro melhor. "Nós temos uma tendência inerente a nos inclinarmos ao otimismo. Estamos sempre imaginando o futuro como algo melhor do que o passado", diz. Esse viés otimista, que, segundo Sharot, ocorre em cerca de 80% da população, independentemente de sua origem cultural ou nacionalidade, ajuda as pessoas a manter a motivação. Estudos científicos também mostram que os otimistas vivem mais e têm mais chances de serem saudáveis. "O pensamento positivo pode ser tornar uma espécie de profecia autorrealizável. Quem acredita que irá viver melhor pode acabar tendo uma alimentação mais adequada e uma rotina de exercícios apropriada", afirma Sharot. "O otimismo ajuda as pessoas a superar circunstâncias difíceis", diz. No entanto, o viés otimista também acaba fazendo com que indivíduos subestimem riscos. EQUILÍBRIO CERTO Para suprimirmos essa inclinação natural a ser positivo, é preciso encontrar a dose certa de negativismo, de forma a compensar fantasias que dificultam uma visão realista. Com base em 20 anos de pesquisas, Oettingen desenvolveu uma ferramenta que batizou de Woop (sigla em inglês para desejo, resultado, obstáculo e planejamento). Lançado em um site e em um aplicativo de smartphone, o Woop oferece ao usuário uma série de exercícios desenvolvidos para ajudar a elaborar estratégias concretas para atingir objetivos de curto e longo prazos, misturando pensamento positivo com atenção para a existência de um lado negativo ou de obstáculos. "Trata-se de uma maneira de fazer com que a pessoa entenda que, no mínimo, ela pode colocar de lado aquela meta sem ter um peso na consciência e sabendo que olhou para o problema a partir de todos os ângulos possíveis", explica a psicóloga. Voltando ao empresário dinamarquês, a lição aprendida com o excesso de otimismo acabou compensando. Há alguns anos, Stausholm fundou a fabricante de lápis sustentáveis Sprout, tomando o cuidado de colocar seus planos no papel e se planejar para o caso de tudo acabar mal. Hoje, sua empresa vende mais de 450 mil lápis por mês em 60 países, resultados que surpreenderam o próprio Stausholm, hoje um pessimista convicto.
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Por que o excesso de otimismo pode travar sua carreira?Quando o empresário dinamarquês Michael Stausholm deixou seu emprego em uma das maiores transportadoras mundiais para abrir sua primeira empresa, há 15 anos, seu sócio projetou um futuro positivo para os dois, com muito sucesso. Stausholm acreditou no parceiro e se sentiu animado. "O pensamento positivo é algo que faz parte do DNA de qualquer empreendedor. Sem ele, você nunca deveria começar um negócio", afirma. Mas quando a firma começou a ter problemas, o dinamarquês aprendeu uma dura lição. "Só pensar positivo e manter uma atitude otimista não adianta. É preciso misturar tudo com uma boa dose de realismo." O poder do pensamento positivo tem sido um princípio de líderes do mundo dos negócios ao menos desde 1936. Foi quando Napoleon Hill, assessor de dois presidentes americanos, publicou "Quem Pensa Enriquece", com a "receita" do sucesso de alguns dos mais bem-sucedidos empresários de sua geração. Duas décadas depois, Norman Vincent Peale escreveu "O Poder do Pensamento Positivo", que vendeu mais de 21 milhões de cópias no mundo. Mais recentemente, "O Segredo", de Rhonda Byrne, foi adotado como uma espécie de Bíblia por homens de negócios, com sua promessa de sucesso baseada no otimismo. Segundo essas obras, dúvidas e pensamentos negativos são obstáculos para o sucesso. Mas, na realidade, uma nova leva de pesquisas está descobrindo que o pensamento positivo também tem suas limitações —e armam suas próprias ciladas. Ou seja, o otimismo pode emperrar o sucesso. O PODER DA FANTASIA Segundo Gabriele Oettingen, professora de psicologia na Universidade de Nova York e autora de "Rethink Positive Thinking: Inside the New Science of Motivation" ("Repensando o pensamento positivo: por dentro da nova ciência da motivação", em tradução livre), ao começar a estudar o assunto, ela descobriu que os níveis de energia caem quando as pessoas mentalizam fantasias positivas sobre o futuro, como ter um bom emprego ou ganhar bem. "O problema é que quando as pessoas fantasiam sobre seus objetivos elas frequentemente não fazem o esforço necessário para atingi-los", diz a psicóloga. O estudo de Oettingen revelou que jovens que pensavam positivamente sobre ter um bom emprego, dois anos após deixar a universidade, acabavam ganhando menos e tendo menores chances de contratação do que colegas com mais dúvidas e preocupações. Os mais otimistas também se candidatavam a menos vagas do que os pessimistas. "Eles criam uma fantasia e já se sentem realizados e relaxados, perdendo a motivação necessária para que as coisas de fato aconteçam", afirma. Nimita Shah, diretora do grupo The Career Psychologist, com sede em Londres, conta que muitos clientes reclamam da frustração por não conseguirem manifestar seus desejos, e falam da culpa que sentem por serem pessimistas, como se isso fosse parte do problema. "O efeito é o mesmo de fazer uma 'dieta milagrosa'. Criar uma imagem positiva do futuro pode servir como estímulo imediato, mas a longo prazo só serve para fazer o indivíduo se sentir pior", afirma Shah. ATITUDE NATURAL Será, então, que devemos passar a acreditar sempre no pior? Isso pode ser difícil. Segundo Tali Sharot, autora de "O Viés Otimista" e diretora de um grupo de estudos sobre o efeito das emoções sobre o cérebro, o otimismo está embutido na psique humana. Em seus primeiros experimentos, Sharot pediu a voluntários que imaginassem situações futuras negativas, como perder o emprego ou terminar um relacionamento. Ela observou que as pessoas automaticamente tentavam transformar a experiência em algo positivo —como, por exemplo, separar-se do parceiro e arrumar outro melhor. "Nós temos uma tendência inerente a nos inclinarmos ao otimismo. Estamos sempre imaginando o futuro como algo melhor do que o passado", diz. Esse viés otimista, que, segundo Sharot, ocorre em cerca de 80% da população, independentemente de sua origem cultural ou nacionalidade, ajuda as pessoas a manter a motivação. Estudos científicos também mostram que os otimistas vivem mais e têm mais chances de serem saudáveis. "O pensamento positivo pode ser tornar uma espécie de profecia autorrealizável. Quem acredita que irá viver melhor pode acabar tendo uma alimentação mais adequada e uma rotina de exercícios apropriada", afirma Sharot. "O otimismo ajuda as pessoas a superar circunstâncias difíceis", diz. No entanto, o viés otimista também acaba fazendo com que indivíduos subestimem riscos. EQUILÍBRIO CERTO Para suprimirmos essa inclinação natural a ser positivo, é preciso encontrar a dose certa de negativismo, de forma a compensar fantasias que dificultam uma visão realista. Com base em 20 anos de pesquisas, Oettingen desenvolveu uma ferramenta que batizou de Woop (sigla em inglês para desejo, resultado, obstáculo e planejamento). Lançado em um site e em um aplicativo de smartphone, o Woop oferece ao usuário uma série de exercícios desenvolvidos para ajudar a elaborar estratégias concretas para atingir objetivos de curto e longo prazos, misturando pensamento positivo com atenção para a existência de um lado negativo ou de obstáculos. "Trata-se de uma maneira de fazer com que a pessoa entenda que, no mínimo, ela pode colocar de lado aquela meta sem ter um peso na consciência e sabendo que olhou para o problema a partir de todos os ângulos possíveis", explica a psicóloga. Voltando ao empresário dinamarquês, a lição aprendida com o excesso de otimismo acabou compensando. Há alguns anos, Stausholm fundou a fabricante de lápis sustentáveis Sprout, tomando o cuidado de colocar seus planos no papel e se planejar para o caso de tudo acabar mal. Hoje, sua empresa vende mais de 450 mil lápis por mês em 60 países, resultados que surpreenderam o próprio Stausholm, hoje um pessimista convicto.
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Analistas veem risco iminente de novos apagões
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O apagão que atingiu dez Estados e o Distrito Federal na tarde desta segunda-feira (19) deve se repetir nas próximas semanas, dizem especialistas. O aumento do consumo de energia devido ao forte calor deve continuar sobrecarregando o sistema, avalia Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc, maior comercializadora independente de energia. "O nível dos reservatórios está crítico e situações parecidas com essa podem ocorrer nas próximas semanas", diz. Para o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos de Oliveira Mello, novos apagões devem acontecer caso não haja uma recuperação do nível dos reservatórios até abril, quando a decisão sobre um eventual racionamento terá de ser tomada. "A oferta [de energia] está limitada devido ao baixo nível dos reservatórios. Quando isso ocorre, as máquinas perdem potência e não conseguem gerar energia na velocidade necessária para atender a demanda. Não há alternativa, tem que cortar para proteger o sistema", afirma Mello. O aumento da demanda sem o aumento correspondente de oferta leva a uma queda da frequência da rede elétrica e, para se proteger, o sistema se desliga automaticamente. Foi o que aconteceu nesta segunda, quando o alto consumo de energia no pico do calor, por volta de 15h, levou ao desligamento de usinas geradoras. Para prevenir um apagão de maior proporção, o ONS solicitou às distribuidoras de energia que cortassem o fornecimento de 5% da carga do sistema. O nível de armazenamento de água do sistema hidrelétrico no Sudeste está em 18,3%. Para evitar o risco de racionamento, esse nível precisaria chegar a 33% até abril. "O risco de apagão, ou seja, a chance de não atingir o volume de água necessário, é de 40%", aponta Mello. "A situação está muito ruim. Está muito calor, a classe média se expandiu e comprou ar-condicionado. Essa mobilidade social também contribui para o problema." Para Marcelo Parodi, sócio da comercializadora de energia Compass, a situação está no limite. "Parece que a ficha ainda não caiu para a sociedade", diz. "Na medida em que o nível dos reservatórios cai, a capacidade do sistema de ofertar fica ainda mais limitada, aumentando riscos de apagão." racionamento Para Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, é urgente a realização de campanhas de redução do consumo. "Deveria ter sido feito há um ano, mas não foi feito por razões políticas. É melhor racionar o uso do que enfrentar cortes maiores no futuro." Outra alternativa, diz o presidente da Thymos, seria determinar que as indústrias transfiram o consumo para horários de menor demanda (à noite, por exemplo). "Mas os sindicatos não iriam gostar."
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mercado
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Analistas veem risco iminente de novos apagõesO apagão que atingiu dez Estados e o Distrito Federal na tarde desta segunda-feira (19) deve se repetir nas próximas semanas, dizem especialistas. O aumento do consumo de energia devido ao forte calor deve continuar sobrecarregando o sistema, avalia Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc, maior comercializadora independente de energia. "O nível dos reservatórios está crítico e situações parecidas com essa podem ocorrer nas próximas semanas", diz. Para o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos de Oliveira Mello, novos apagões devem acontecer caso não haja uma recuperação do nível dos reservatórios até abril, quando a decisão sobre um eventual racionamento terá de ser tomada. "A oferta [de energia] está limitada devido ao baixo nível dos reservatórios. Quando isso ocorre, as máquinas perdem potência e não conseguem gerar energia na velocidade necessária para atender a demanda. Não há alternativa, tem que cortar para proteger o sistema", afirma Mello. O aumento da demanda sem o aumento correspondente de oferta leva a uma queda da frequência da rede elétrica e, para se proteger, o sistema se desliga automaticamente. Foi o que aconteceu nesta segunda, quando o alto consumo de energia no pico do calor, por volta de 15h, levou ao desligamento de usinas geradoras. Para prevenir um apagão de maior proporção, o ONS solicitou às distribuidoras de energia que cortassem o fornecimento de 5% da carga do sistema. O nível de armazenamento de água do sistema hidrelétrico no Sudeste está em 18,3%. Para evitar o risco de racionamento, esse nível precisaria chegar a 33% até abril. "O risco de apagão, ou seja, a chance de não atingir o volume de água necessário, é de 40%", aponta Mello. "A situação está muito ruim. Está muito calor, a classe média se expandiu e comprou ar-condicionado. Essa mobilidade social também contribui para o problema." Para Marcelo Parodi, sócio da comercializadora de energia Compass, a situação está no limite. "Parece que a ficha ainda não caiu para a sociedade", diz. "Na medida em que o nível dos reservatórios cai, a capacidade do sistema de ofertar fica ainda mais limitada, aumentando riscos de apagão." racionamento Para Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, é urgente a realização de campanhas de redução do consumo. "Deveria ter sido feito há um ano, mas não foi feito por razões políticas. É melhor racionar o uso do que enfrentar cortes maiores no futuro." Outra alternativa, diz o presidente da Thymos, seria determinar que as indústrias transfiram o consumo para horários de menor demanda (à noite, por exemplo). "Mas os sindicatos não iriam gostar."
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Neymar diz que Messi vai ganhar Bola de Ouro, mas espera estar na final
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Neymar acha que nem se ganhar a Copa América, batendo o amigo Lionel Messi, o fará melhor do mundo em 2015. Para o atacante do Brasil, campeão espanhol, da Copa do Rei da Espanha e da Liga dos Campeões pelo Barcelona nesta temporada europeia de 2014/2015, o seu parceiro de clube espanhol será escolhido o melhor do mundo pela Fifa em anúncio que será feito em janeiro de 2016, na Suíça. "Este ano o melhor do mundo já tem dono. Por tudo o que ele fez, compôs, ele merece", disse Neymar. Pressionado a dizer "quem é ele", Neymar falou "é o Messi, é o Messi". Para o atacante, disparado o principal jogador do Brasil na atualidade, e destaque da seleção brasileira, que depende muito de seu futebol, há possibilidade de estar entre os três finalistas pela primeira vez – a imprensa europeia aposta que Neymar pode estar ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo na finalíssima – a votação é feita por jornalistas, capitães e técnicos das 209 federações associadas da Fifa. "Quem sabe não dá para dar uma beliscadinha entre os três", disse Neymar. Neste domingo (14), na estreia da seleção brasileira na Copa América, ficou evidente a dependência da seleção com Neymar. Ele fez o primeiro gol, e deu passe preciso para o segundo, de Douglas Costa, na virada de 2 a 1 frente ao Peru.
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esporte
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Neymar diz que Messi vai ganhar Bola de Ouro, mas espera estar na finalNeymar acha que nem se ganhar a Copa América, batendo o amigo Lionel Messi, o fará melhor do mundo em 2015. Para o atacante do Brasil, campeão espanhol, da Copa do Rei da Espanha e da Liga dos Campeões pelo Barcelona nesta temporada europeia de 2014/2015, o seu parceiro de clube espanhol será escolhido o melhor do mundo pela Fifa em anúncio que será feito em janeiro de 2016, na Suíça. "Este ano o melhor do mundo já tem dono. Por tudo o que ele fez, compôs, ele merece", disse Neymar. Pressionado a dizer "quem é ele", Neymar falou "é o Messi, é o Messi". Para o atacante, disparado o principal jogador do Brasil na atualidade, e destaque da seleção brasileira, que depende muito de seu futebol, há possibilidade de estar entre os três finalistas pela primeira vez – a imprensa europeia aposta que Neymar pode estar ao lado de Messi e Cristiano Ronaldo na finalíssima – a votação é feita por jornalistas, capitães e técnicos das 209 federações associadas da Fifa. "Quem sabe não dá para dar uma beliscadinha entre os três", disse Neymar. Neste domingo (14), na estreia da seleção brasileira na Copa América, ficou evidente a dependência da seleção com Neymar. Ele fez o primeiro gol, e deu passe preciso para o segundo, de Douglas Costa, na virada de 2 a 1 frente ao Peru.
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Ministério da Educação francês proíbe dissecação de animais em escolas
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Depois de uma longa batalha entre Ongs de defesa de direitos animais, sindicatos de professores e governo, o Ministério da Educação da França anunciou nesta semana que a dissecação de vertebrados para fins científicos está proibida nas escolas do país. A maioria dos estabelecimentos de ensino ainda utilizam a prática nas aulas da disciplina Ciências da Vida e da Terra (SVT). Os animais mais comuns utilizados para o estudo da anatomia são camundongos, rãs e coelhos. A circular do Ministério francês da Educação é clara: a dissecação de animais nas aulas de SVT, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio do país, para fins científicos está proibida. Mais de 2 milhões de animais são sacrificados por ano na França em nome da ciência. No entanto, vertebrados que não foram mortos com a única finalidade de serem dissecados em sala de aula ou órgãos dos mesmos, ainda poderão ser utilizados pelas escolas. Ou seja, a legislação ainda permite que animais utilizados na alimentação, como rãs, continuem sendo dissecados em sala de aula. "Os professores, dentro de sua liberdade pedagógica, julgarão qual a melhor forma de trabalhar as competências científicas com seus alunos, dentro da preocupação de enriquecer o conhecimento dos alunos, mas também de sensibilizá-los para respeitar os seres vivos", escreve a ministra da Educação Najat Vallaud-Belkacem em comunicado. A recomendação é que as escolas favoreçam a utilização de modelos anatômicos, vídeos, animações e programas de simulação de organismos de animais. Um dos principais sindicatos de professores da França, o SNE-FSU, defensor da permanência das dissecações no programa escolar, alega, em vários comunicados publicados em seu site, que as alternativas propostas pelo governo para substituir os animais nas aulas de ciência são ineficazes porque não permitem a manipulação e o contato com os seres vivos. A decisão é um "entrave suplementar à liberdade pedagógica e que favorece o desaparecimento de trabalhos práticos nas aulas de SVT", publica o órgão em sua página na internet*. ONGS COMEMORAM DECISÃO "A circular do Ministério da Educação é um boa notícia para nós", diz Arnaud Gavard, porta-voz da associação Pro Anima, que realiza há vários anos a campanha "Dissecação Objeção". Segundo ele, a decisão mostra aos alunos que é preciso respeitar os seres vivos e motiva os professores e alunos a encontrar alternativas de ensinar e aprender sem matar os animais. Para Gavard, a posição de alguns sindicatos e professores é incompreensível, "uma afronta ao progresso", classifica. Ele ressalta que há inúmeras alternativas para ensinar anatomia, sem que seja necessário matar os animais. "Não há razões para interromper a vida de milhares de seres vivo apenas para uma aula que vai durar cerca de meia hora", reitera. Já o diretor da Ong Antidote Europe, André Ménache, lamenta que alguns animais ainda continuarão sendo dissecados, mas espera que a decisão do governo vá estimular os estabelecimentos de ensino a colocar um fim à prática. "No mundo inteiro, observamos que os estabelecimentos de ensino utilizam cada vez mais outros métodos que não seja a dissecação nas aulas de Ciências e Biologia", enfatiza. Por isso, a campanha da organização, "Ensinar sem Animais", terá seguimento. Ménache também lembra que muitos professores são contra a prática e que alguns alunos, mais sensíveis, se sentem mal durante as aulas. O ativista sugere que os bichos sejam estudados vivos, na natureza. "É desta forma que a noção de respeito à vida será repassada aos alunos", diz. Além disso, preconiza, "os tempos mudam e precisamos acompanhar a evolução de comportamentos e de ideias". MOBILIZAÇÃO No blog da Pro Anima, multiplicam-se os depoimentos de pais e alunos que protestam contra a dissecação de animais. Há três anos, o caso de uma garota de 12 anos da cidade de Rouen, no norte da França, comoveu o país. Ela liderou uma petição contra o métodos para estudar anatomia nas escolas e escreveu uma carta aberta ao governo francês, pedindo o fim da prática. "Será que precisamos massacrar os bichos para aprender?", diz, descrevendo o mal estar que sentiu ao ver colegas se divertindo ao retalhar um peixe morto na aula de Ciências. Já para o estudante Elie Straumann, de 15 anos, a dissecação serve para ir além das teorias das aulas de SVT. Ele conta que a maioria de seus colegas aprecia a aula "porque é uma maneira diferente de aprender", mas lembra que alguns tiveram problemas com a prática. "Como trabalhamos em dupla, quem não queria fazer a dissecação, deixava o outro colega fazer", diz, ressaltando que os animais utilizados em sua escola já estavam no final do ciclo vital.
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mundo
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Ministério da Educação francês proíbe dissecação de animais em escolasDepois de uma longa batalha entre Ongs de defesa de direitos animais, sindicatos de professores e governo, o Ministério da Educação da França anunciou nesta semana que a dissecação de vertebrados para fins científicos está proibida nas escolas do país. A maioria dos estabelecimentos de ensino ainda utilizam a prática nas aulas da disciplina Ciências da Vida e da Terra (SVT). Os animais mais comuns utilizados para o estudo da anatomia são camundongos, rãs e coelhos. A circular do Ministério francês da Educação é clara: a dissecação de animais nas aulas de SVT, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio do país, para fins científicos está proibida. Mais de 2 milhões de animais são sacrificados por ano na França em nome da ciência. No entanto, vertebrados que não foram mortos com a única finalidade de serem dissecados em sala de aula ou órgãos dos mesmos, ainda poderão ser utilizados pelas escolas. Ou seja, a legislação ainda permite que animais utilizados na alimentação, como rãs, continuem sendo dissecados em sala de aula. "Os professores, dentro de sua liberdade pedagógica, julgarão qual a melhor forma de trabalhar as competências científicas com seus alunos, dentro da preocupação de enriquecer o conhecimento dos alunos, mas também de sensibilizá-los para respeitar os seres vivos", escreve a ministra da Educação Najat Vallaud-Belkacem em comunicado. A recomendação é que as escolas favoreçam a utilização de modelos anatômicos, vídeos, animações e programas de simulação de organismos de animais. Um dos principais sindicatos de professores da França, o SNE-FSU, defensor da permanência das dissecações no programa escolar, alega, em vários comunicados publicados em seu site, que as alternativas propostas pelo governo para substituir os animais nas aulas de ciência são ineficazes porque não permitem a manipulação e o contato com os seres vivos. A decisão é um "entrave suplementar à liberdade pedagógica e que favorece o desaparecimento de trabalhos práticos nas aulas de SVT", publica o órgão em sua página na internet*. ONGS COMEMORAM DECISÃO "A circular do Ministério da Educação é um boa notícia para nós", diz Arnaud Gavard, porta-voz da associação Pro Anima, que realiza há vários anos a campanha "Dissecação Objeção". Segundo ele, a decisão mostra aos alunos que é preciso respeitar os seres vivos e motiva os professores e alunos a encontrar alternativas de ensinar e aprender sem matar os animais. Para Gavard, a posição de alguns sindicatos e professores é incompreensível, "uma afronta ao progresso", classifica. Ele ressalta que há inúmeras alternativas para ensinar anatomia, sem que seja necessário matar os animais. "Não há razões para interromper a vida de milhares de seres vivo apenas para uma aula que vai durar cerca de meia hora", reitera. Já o diretor da Ong Antidote Europe, André Ménache, lamenta que alguns animais ainda continuarão sendo dissecados, mas espera que a decisão do governo vá estimular os estabelecimentos de ensino a colocar um fim à prática. "No mundo inteiro, observamos que os estabelecimentos de ensino utilizam cada vez mais outros métodos que não seja a dissecação nas aulas de Ciências e Biologia", enfatiza. Por isso, a campanha da organização, "Ensinar sem Animais", terá seguimento. Ménache também lembra que muitos professores são contra a prática e que alguns alunos, mais sensíveis, se sentem mal durante as aulas. O ativista sugere que os bichos sejam estudados vivos, na natureza. "É desta forma que a noção de respeito à vida será repassada aos alunos", diz. Além disso, preconiza, "os tempos mudam e precisamos acompanhar a evolução de comportamentos e de ideias". MOBILIZAÇÃO No blog da Pro Anima, multiplicam-se os depoimentos de pais e alunos que protestam contra a dissecação de animais. Há três anos, o caso de uma garota de 12 anos da cidade de Rouen, no norte da França, comoveu o país. Ela liderou uma petição contra o métodos para estudar anatomia nas escolas e escreveu uma carta aberta ao governo francês, pedindo o fim da prática. "Será que precisamos massacrar os bichos para aprender?", diz, descrevendo o mal estar que sentiu ao ver colegas se divertindo ao retalhar um peixe morto na aula de Ciências. Já para o estudante Elie Straumann, de 15 anos, a dissecação serve para ir além das teorias das aulas de SVT. Ele conta que a maioria de seus colegas aprecia a aula "porque é uma maneira diferente de aprender", mas lembra que alguns tiveram problemas com a prática. "Como trabalhamos em dupla, quem não queria fazer a dissecação, deixava o outro colega fazer", diz, ressaltando que os animais utilizados em sua escola já estavam no final do ciclo vital.
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Terror de Aronofsky com Jennifer Lawrence foi concebido em cinco dias
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O filme de terror de Darren Aronofsky sobre a imparável destruição da Terra pela humanidade, "Mãe!", foi concebido em somente cinco dias, disse o diretor nesta terça-feira (5). Aronofsky, mais conhecido por "Cisne Negro" e "O Lutador", disse no Festival de Cinema de Veneza que a maioria de seus filmes demora anos para serem criados, mas que este foi diferente. Ele foi inspirado pelo que viu ao seu redor e sua inabilidade em fazer algo sobre: dos Estados Unidos deixando o acordo climático de Paris, um iceberg derretendo no Ártico a pessoas passando fome enquanto outras vivem em abundância. "Eu só tinha muita fúria e raiva e eu queria canalizá-las para uma emoção, um sentimento", disse o diretor indicado ao Oscar. "E em cinco dias eu escrevi a primeira versão do roteiro. Ele foi basicamente derramado de mim." O resultado é uma metáfora apocalíptica rica em sentidos religiosos, ambientais e políticos. Jennifer Lawrence interpreta mãe, uma jovem esposa que vive com seu marido poeta, interpretado por Javier Bardem, em uma isolada casa de campo. Enquanto ele está tentando superar uma séria crise de bloqueio criativo, ela está ocupada restaurando a casa da família de seu marido. A aparente existência idílica do casal começa a desmoronar quando visitantes inesperados - começando com Ed Harris e Michelle Pfeiffer - chegam à sua porta. Jennifer, cujos papéis normalmente focam em fortes lideranças femininas, é empurrada para interpretar alguém que vive para fazer o marido feliz e solicitada a dar e dar até não ter mais nada a entregar. "Foi uma personagem completamente diferente de qualquer coisa que já fiz antes, mas foi também um lado completamente diferente de mim mesma que eu não estava em contato, ainda não conhecia realmente", disse a vencedora do Oscar de 27 anos. O filme de duas horas de duração se passa em uma casa, uma grande quinta cercada por campos de grama. Aronofsky disse que queria construir sobre a ideia de que embora possamos ignorar o que está acontecendo do outro lado do mundo, nós todos podemos nos identificar com o desconforto de ter alguém invadindo nossas casas e privacidades. Inspirado pelo filme surrealista "O Anjo Exterminador", de Luis Buñuel, o diretor quis colocar a estrutura social em uma casa e olhar enquanto ela "se torna desfeita pela humanidade". Este filme é sobre "como as pessoas são insaciáveis. Há este consumo infinito", disse. Confira o trailer do longa, que estreia em 27 de setembro no Brasil. Trailer do filme
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ilustrada
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Terror de Aronofsky com Jennifer Lawrence foi concebido em cinco diasO filme de terror de Darren Aronofsky sobre a imparável destruição da Terra pela humanidade, "Mãe!", foi concebido em somente cinco dias, disse o diretor nesta terça-feira (5). Aronofsky, mais conhecido por "Cisne Negro" e "O Lutador", disse no Festival de Cinema de Veneza que a maioria de seus filmes demora anos para serem criados, mas que este foi diferente. Ele foi inspirado pelo que viu ao seu redor e sua inabilidade em fazer algo sobre: dos Estados Unidos deixando o acordo climático de Paris, um iceberg derretendo no Ártico a pessoas passando fome enquanto outras vivem em abundância. "Eu só tinha muita fúria e raiva e eu queria canalizá-las para uma emoção, um sentimento", disse o diretor indicado ao Oscar. "E em cinco dias eu escrevi a primeira versão do roteiro. Ele foi basicamente derramado de mim." O resultado é uma metáfora apocalíptica rica em sentidos religiosos, ambientais e políticos. Jennifer Lawrence interpreta mãe, uma jovem esposa que vive com seu marido poeta, interpretado por Javier Bardem, em uma isolada casa de campo. Enquanto ele está tentando superar uma séria crise de bloqueio criativo, ela está ocupada restaurando a casa da família de seu marido. A aparente existência idílica do casal começa a desmoronar quando visitantes inesperados - começando com Ed Harris e Michelle Pfeiffer - chegam à sua porta. Jennifer, cujos papéis normalmente focam em fortes lideranças femininas, é empurrada para interpretar alguém que vive para fazer o marido feliz e solicitada a dar e dar até não ter mais nada a entregar. "Foi uma personagem completamente diferente de qualquer coisa que já fiz antes, mas foi também um lado completamente diferente de mim mesma que eu não estava em contato, ainda não conhecia realmente", disse a vencedora do Oscar de 27 anos. O filme de duas horas de duração se passa em uma casa, uma grande quinta cercada por campos de grama. Aronofsky disse que queria construir sobre a ideia de que embora possamos ignorar o que está acontecendo do outro lado do mundo, nós todos podemos nos identificar com o desconforto de ter alguém invadindo nossas casas e privacidades. Inspirado pelo filme surrealista "O Anjo Exterminador", de Luis Buñuel, o diretor quis colocar a estrutura social em uma casa e olhar enquanto ela "se torna desfeita pela humanidade". Este filme é sobre "como as pessoas são insaciáveis. Há este consumo infinito", disse. Confira o trailer do longa, que estreia em 27 de setembro no Brasil. Trailer do filme
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Dietas com suplementação natural podem melhorar visão
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Será possível amenizar, com mudanças na dieta, problemas de visão que se agravam com a idade? O médico e apresentador da BBC Michael Mosley foi atrás da resposta. Eis o que ele descobriu: "Minha visão nunca foi boa. Passei a maior parte de minha vida usando óculos e, à medida que envelheço, a expectativa é que a situação apenas piore. Quando a equipe do programa da BBC Trust Me, I'm a Doctor ("Confie em Mim, Sou Médico", em tradução livre) me pediu para tentar tomar suplementos para melhorar minha visão, reagi com ceticismo - não sou fã de suplementos. Mesmo assim fui me encontrar com John Barbur, professor da City University de Londres, para fazer um exame completo de visão. Ele se interessou muito pela minha retina, a parte do olho sensível à luz, e me fez olhar para uma tela de computador no escuro durante horas, enquanto ocorriam outros exames e testes para medir minhas limitações na percepção de cores, minha visão noturna e minha capacidade de detectar objetos pequenos e imagens tênues. Também foi medido o nível de proteção da área mais delicada da minha retina, a mácula, contra danos causados por luzes azuis de alta energia e raios UV. Essa proteção, feita de um "pigmento macular" amarelado, é uma espécie de filtro solar natural que temos para proteger as células que detectam a luz. RESULTADOS Os resultados foram fascinantes e deprimentes. Minha capacidade de detectar as cores amarela e azul era muito baixa. Minha visão noturna e percepção de detalhes também são baixas comparadas às de pessoas mais jovens, mas estão de acordo com a minha idade. A equipe da BBC então me entregou um estoque de suplementos que duraria 90 dias e que deveriam ajudar. Os suplementos têm concentrações de certos compostos encontrados em plantas. Foram extraídos de calêndulas, mas dois dos compostos mais importantes - luteína e zeaxantina - também são encontrados em uma série de alimentos que consumimos regularmente, como gemas de ovo, espinafre e couve. Uma equipe de pesquisadores americanos elaborou receita de uma bebida diária que, eles esperam, possa fornecer a quantidade adequada de luteína e zeaxantina. Era uma mistura de frutas e verduras como couve e kiwi com gorduras como leite e gérmen de trigo, que ajudam a absorver os compostos mais importantes. MUDANÇAS Doze semanas depois, voltei à City University para ver se o consumo diário de suplementos tinha feito alguma diferença em minha visão. Os resultados foram surpreendentes até para John Barbur: houve melhoras em vários aspectos de minha visão. A minha percepção do azul e do amarelo tinha voltado ao normal e minha visão noturna estava muito melhor. Os níveis do pigmento macular de proteção também melhoraram. John Nolan, da Universidade de Waterford, na Irlanda, não ficou tão surpreso. Ele e uma equipe de pesquisadores estudam os pigmentos maculares há anos e recentemente completaram um teste de um ano com mais de cem participantes no qual eles observaram resultados parecidos com os meus. Eles perceberam que a mudança na dieta com os três pigmentos maculares - luteína, zeaxantina e mesozeanxantina - levou a melhoras significativas na proteção da mácula e também melhorou a visão. Também há provas de que este tipo de suplementação pode ajudar a desacelerar ou até mesmo evitar a degeneração macular relacionada ao envelhecimento. Mas ainda existe polêmica em relação a estes resultados. A pergunta é: devemos todos nós tomar suplementos para proteger e melhorar nossa visão? DIETA X SUPLEMENTOS A pesquisa demonstrou que os suplementos funcionam –mesmo para alguém como eu, que tem uma dieta relativamente saudável com muitas frutas e verduras. E, no meu caso, os níveis de compostos no sangue que não estavam particularmente baixos receberam uma forcinha desses compostos. No entanto, alguns pesquisadores acreditam que apenas a dieta, sem os suplementos, pode ser o bastante. Por exemplo, a luteína. É um composto amarelo sintetizado apenas pelas plantas. Elas sintetizam a luteína para absorver a luz azul como parte de seu mecanismo para capturar energia da luz do sol através da fotossíntese. Os animais conseguem a luteína ao consumir plantas –espinafre e couve são boas fontes, ou a gema do ovo. A luteína é usada como um suplemento para alimentar galinhas em granjas, para tornar as gemas de seus ovos mais amarelas e atraentes. A zeaxantina é outro composto amarelo, quase idêntico à luteína, sintetizado por plantas para absorver luz. É o que dá a cor amarela ao milho, pimentões e ao açafrão. A mesozeaxantina é uma forma da zeaxantina que geralmente não é encontrada em plantas mas é sintetizada no corpo a partir da luteína. É preciso fazer mais pesquisas para saber mais sobre a eficiência deste processo. Ela é encontrada em alguns peixes (principalmente na pele), mas em suplementos contendo extrato de calêndula parece que o processo industrial pelo qual a calêndula passa pode criar a mesozeaxantina (e foi descoberta em alguns suplementos de extrato de calêndula, mesmo que não esteja listado no rótulo do suplemento). Os voluntários que tomaram uma vitamina com as quantidades de plantas calculadas para aumentar as quantidades de luteína e zeaxantina realmente tiveram um aumento de luteína, mas não de zeaxantina. E isso deixa claro que é preciso mais pesquisa para elaborar uma receita melhor para a bebida. Então, devido ao avanço atual das pesquisas, este pode ser um daqueles casos raros nos quais eu escolho os suplementos, principalmente para aqueles que não comem tantas verduras como deveriam, e para as pessoas mais velhas (que absorvem nutrientes com menos eficácia). Mas, para todas as vezes em que mães e avós disseram que comer cenoura fazia bem para os olhos, eis um esclarecimento. Apesar de a luteína e a zeaxantina (e a mesozeaxantina) serem compostos conhecidos como carotenoides, esses compostos são encontrados principalmente em plantas verdes ou nas partes verdes das plantas que ficam acima do chão. E, se você quiser melhorar sua visão, vai ter mesmo que mastigar verduras (junto com algumas gorduras para ajudar na absorção destes compostos solúveis em gordura)."
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equilibrioesaude
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Dietas com suplementação natural podem melhorar visãoSerá possível amenizar, com mudanças na dieta, problemas de visão que se agravam com a idade? O médico e apresentador da BBC Michael Mosley foi atrás da resposta. Eis o que ele descobriu: "Minha visão nunca foi boa. Passei a maior parte de minha vida usando óculos e, à medida que envelheço, a expectativa é que a situação apenas piore. Quando a equipe do programa da BBC Trust Me, I'm a Doctor ("Confie em Mim, Sou Médico", em tradução livre) me pediu para tentar tomar suplementos para melhorar minha visão, reagi com ceticismo - não sou fã de suplementos. Mesmo assim fui me encontrar com John Barbur, professor da City University de Londres, para fazer um exame completo de visão. Ele se interessou muito pela minha retina, a parte do olho sensível à luz, e me fez olhar para uma tela de computador no escuro durante horas, enquanto ocorriam outros exames e testes para medir minhas limitações na percepção de cores, minha visão noturna e minha capacidade de detectar objetos pequenos e imagens tênues. Também foi medido o nível de proteção da área mais delicada da minha retina, a mácula, contra danos causados por luzes azuis de alta energia e raios UV. Essa proteção, feita de um "pigmento macular" amarelado, é uma espécie de filtro solar natural que temos para proteger as células que detectam a luz. RESULTADOS Os resultados foram fascinantes e deprimentes. Minha capacidade de detectar as cores amarela e azul era muito baixa. Minha visão noturna e percepção de detalhes também são baixas comparadas às de pessoas mais jovens, mas estão de acordo com a minha idade. A equipe da BBC então me entregou um estoque de suplementos que duraria 90 dias e que deveriam ajudar. Os suplementos têm concentrações de certos compostos encontrados em plantas. Foram extraídos de calêndulas, mas dois dos compostos mais importantes - luteína e zeaxantina - também são encontrados em uma série de alimentos que consumimos regularmente, como gemas de ovo, espinafre e couve. Uma equipe de pesquisadores americanos elaborou receita de uma bebida diária que, eles esperam, possa fornecer a quantidade adequada de luteína e zeaxantina. Era uma mistura de frutas e verduras como couve e kiwi com gorduras como leite e gérmen de trigo, que ajudam a absorver os compostos mais importantes. MUDANÇAS Doze semanas depois, voltei à City University para ver se o consumo diário de suplementos tinha feito alguma diferença em minha visão. Os resultados foram surpreendentes até para John Barbur: houve melhoras em vários aspectos de minha visão. A minha percepção do azul e do amarelo tinha voltado ao normal e minha visão noturna estava muito melhor. Os níveis do pigmento macular de proteção também melhoraram. John Nolan, da Universidade de Waterford, na Irlanda, não ficou tão surpreso. Ele e uma equipe de pesquisadores estudam os pigmentos maculares há anos e recentemente completaram um teste de um ano com mais de cem participantes no qual eles observaram resultados parecidos com os meus. Eles perceberam que a mudança na dieta com os três pigmentos maculares - luteína, zeaxantina e mesozeanxantina - levou a melhoras significativas na proteção da mácula e também melhorou a visão. Também há provas de que este tipo de suplementação pode ajudar a desacelerar ou até mesmo evitar a degeneração macular relacionada ao envelhecimento. Mas ainda existe polêmica em relação a estes resultados. A pergunta é: devemos todos nós tomar suplementos para proteger e melhorar nossa visão? DIETA X SUPLEMENTOS A pesquisa demonstrou que os suplementos funcionam –mesmo para alguém como eu, que tem uma dieta relativamente saudável com muitas frutas e verduras. E, no meu caso, os níveis de compostos no sangue que não estavam particularmente baixos receberam uma forcinha desses compostos. No entanto, alguns pesquisadores acreditam que apenas a dieta, sem os suplementos, pode ser o bastante. Por exemplo, a luteína. É um composto amarelo sintetizado apenas pelas plantas. Elas sintetizam a luteína para absorver a luz azul como parte de seu mecanismo para capturar energia da luz do sol através da fotossíntese. Os animais conseguem a luteína ao consumir plantas –espinafre e couve são boas fontes, ou a gema do ovo. A luteína é usada como um suplemento para alimentar galinhas em granjas, para tornar as gemas de seus ovos mais amarelas e atraentes. A zeaxantina é outro composto amarelo, quase idêntico à luteína, sintetizado por plantas para absorver luz. É o que dá a cor amarela ao milho, pimentões e ao açafrão. A mesozeaxantina é uma forma da zeaxantina que geralmente não é encontrada em plantas mas é sintetizada no corpo a partir da luteína. É preciso fazer mais pesquisas para saber mais sobre a eficiência deste processo. Ela é encontrada em alguns peixes (principalmente na pele), mas em suplementos contendo extrato de calêndula parece que o processo industrial pelo qual a calêndula passa pode criar a mesozeaxantina (e foi descoberta em alguns suplementos de extrato de calêndula, mesmo que não esteja listado no rótulo do suplemento). Os voluntários que tomaram uma vitamina com as quantidades de plantas calculadas para aumentar as quantidades de luteína e zeaxantina realmente tiveram um aumento de luteína, mas não de zeaxantina. E isso deixa claro que é preciso mais pesquisa para elaborar uma receita melhor para a bebida. Então, devido ao avanço atual das pesquisas, este pode ser um daqueles casos raros nos quais eu escolho os suplementos, principalmente para aqueles que não comem tantas verduras como deveriam, e para as pessoas mais velhas (que absorvem nutrientes com menos eficácia). Mas, para todas as vezes em que mães e avós disseram que comer cenoura fazia bem para os olhos, eis um esclarecimento. Apesar de a luteína e a zeaxantina (e a mesozeaxantina) serem compostos conhecidos como carotenoides, esses compostos são encontrados principalmente em plantas verdes ou nas partes verdes das plantas que ficam acima do chão. E, se você quiser melhorar sua visão, vai ter mesmo que mastigar verduras (junto com algumas gorduras para ajudar na absorção destes compostos solúveis em gordura)."
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Conspiração de silêncio
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RIO DE JANEIRO - Semanas depois da morte do engenheiro de som Rudy Van Gelder, responsável pela gravação de tantos grandes discos de jazz, a música popular – o que resta dela – pode ter perdido outro baluarte: o arranjador alemão Claus Ogerman, famoso por sua parceria com Tom Jobim. Esta é a notícia que circula em surdina pelas internas: Claus Ogerman morreu. Mas ninguém sabe quando, onde e como. Pior: ninguém confirma ou desmente oficialmente a informação. Se é verdade que ele morreu, por que isso deveria ser mantido em segredo? A página de Ogerman na Wikipédia registra sua data de nascimento – 29/4/1930 – e arrisca a de falecimento: 2016, sem nenhum outro dado. Ao mesmo tempo, o site da gravadora Verve, que hoje controla 90% de sua obra, não acusa sua morte. Os amigos que ligam para seu escritório em Munique, na Alemanha, só recebem o silêncio como resposta. Dois importantes colegas americanos de Claus, um produtor e o outro, também engenheiro de som, garantem que ele morreu. Mas não querem ser citados, o que reforça a ideia de uma conspiração de silêncio. Produtores, músicos e cantores que trabalharam com Claus nos últimos dez anos comentam que ele se queixava de estar velho e doente. Mas quantos, aos 86 anos, não fazem o mesmo? Ogerman era um arranjador ativo, mas algo opaco, na Alemanha e nos EUA, quando, em 1963, o produtor Creed Taylor o acoplou com Tom Jobim para a gravação de "The Composer of 'Desafinado', Plays". O resto é história. Ogerman pôs no papel as cordas que, para mim, Jobim sempre teve na cabeça e, juntos, fizeram o primeiro LP de Tom com Frank Sinatra, a obra-prima "Wave" e mais cinco discos, todos fabulosos. Outro de seus troféus foi "Amoroso", de João Gilberto. Se existem casamentos no céu, o de Claus Ogerman com a bossa nova foi um.
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colunas
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Conspiração de silêncioRIO DE JANEIRO - Semanas depois da morte do engenheiro de som Rudy Van Gelder, responsável pela gravação de tantos grandes discos de jazz, a música popular – o que resta dela – pode ter perdido outro baluarte: o arranjador alemão Claus Ogerman, famoso por sua parceria com Tom Jobim. Esta é a notícia que circula em surdina pelas internas: Claus Ogerman morreu. Mas ninguém sabe quando, onde e como. Pior: ninguém confirma ou desmente oficialmente a informação. Se é verdade que ele morreu, por que isso deveria ser mantido em segredo? A página de Ogerman na Wikipédia registra sua data de nascimento – 29/4/1930 – e arrisca a de falecimento: 2016, sem nenhum outro dado. Ao mesmo tempo, o site da gravadora Verve, que hoje controla 90% de sua obra, não acusa sua morte. Os amigos que ligam para seu escritório em Munique, na Alemanha, só recebem o silêncio como resposta. Dois importantes colegas americanos de Claus, um produtor e o outro, também engenheiro de som, garantem que ele morreu. Mas não querem ser citados, o que reforça a ideia de uma conspiração de silêncio. Produtores, músicos e cantores que trabalharam com Claus nos últimos dez anos comentam que ele se queixava de estar velho e doente. Mas quantos, aos 86 anos, não fazem o mesmo? Ogerman era um arranjador ativo, mas algo opaco, na Alemanha e nos EUA, quando, em 1963, o produtor Creed Taylor o acoplou com Tom Jobim para a gravação de "The Composer of 'Desafinado', Plays". O resto é história. Ogerman pôs no papel as cordas que, para mim, Jobim sempre teve na cabeça e, juntos, fizeram o primeiro LP de Tom com Frank Sinatra, a obra-prima "Wave" e mais cinco discos, todos fabulosos. Outro de seus troféus foi "Amoroso", de João Gilberto. Se existem casamentos no céu, o de Claus Ogerman com a bossa nova foi um.
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Crítica: Montagem atualiza 'Woyzeck' em tom mais pessimista
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Se "Woyzeck", texto de Georg Büchner (1813-1837), desloca a possibilidade trágica para o seio da vida ordinária, agora a companhia [pH2]: estado de teatro, em adaptação livre, vem dizer que, do século 19 para cá, algo piorou. Mais pessimista que o original, "Stereo Franz" cria a sensação da catástrofe infiltrando-se pela vida cotidiana. Em parte, efeito da alienação. Vem à mente Franz Kafka. Sabe-se lá se essa ponte entre os dois escritores foi intencional, mesmo porque o nome Franz aparece já no original de Büchner como apelido dado ao protagonista por sua amada, a mesma que ele mata, deslocando-se do papel de oprimido para o de opressor. Mas essa é uma relação, tanto quanto estranha, iminente, pois a dramaturgia de Nicole Oliveira e a direção de Paola Lopes sublinham em Woyzeck o sujeito dragado pela dificuldade de se libertar por meio de sua língua, tema tocado por Kafka. O público assiste à aniquilação de Woyzeck levando aperitivos à boca, mecanismo hábil que torna a plateia cúmplice do mal. Embora original e estimulada pela ironia, a montagem tem força dissipada nos excessos cênicos. Há como que a vontade de tocar tudo o que é emblematicamente contemporâneo, uso de câmeras, expansão do espaço cênico para fora do palco, acumulações. O elenco dá tudo de si em cena, e esse "tudo" também se revela histérico, ainda que perdoável, frente à dificuldade de tocar plateias calejada por catástrofes espetaculares. STEREO FRANZ QUANDO sex., às 21h, sáb. e dom., às 19h; até 8/2 ONDE Sesc Santo Amaro, r. Amador Bueno, 505, tel. (11) 5541-4000 QUANTO de R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 18 anos AVALIAÇÃO regular
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ilustrada
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Crítica: Montagem atualiza 'Woyzeck' em tom mais pessimistaSe "Woyzeck", texto de Georg Büchner (1813-1837), desloca a possibilidade trágica para o seio da vida ordinária, agora a companhia [pH2]: estado de teatro, em adaptação livre, vem dizer que, do século 19 para cá, algo piorou. Mais pessimista que o original, "Stereo Franz" cria a sensação da catástrofe infiltrando-se pela vida cotidiana. Em parte, efeito da alienação. Vem à mente Franz Kafka. Sabe-se lá se essa ponte entre os dois escritores foi intencional, mesmo porque o nome Franz aparece já no original de Büchner como apelido dado ao protagonista por sua amada, a mesma que ele mata, deslocando-se do papel de oprimido para o de opressor. Mas essa é uma relação, tanto quanto estranha, iminente, pois a dramaturgia de Nicole Oliveira e a direção de Paola Lopes sublinham em Woyzeck o sujeito dragado pela dificuldade de se libertar por meio de sua língua, tema tocado por Kafka. O público assiste à aniquilação de Woyzeck levando aperitivos à boca, mecanismo hábil que torna a plateia cúmplice do mal. Embora original e estimulada pela ironia, a montagem tem força dissipada nos excessos cênicos. Há como que a vontade de tocar tudo o que é emblematicamente contemporâneo, uso de câmeras, expansão do espaço cênico para fora do palco, acumulações. O elenco dá tudo de si em cena, e esse "tudo" também se revela histérico, ainda que perdoável, frente à dificuldade de tocar plateias calejada por catástrofes espetaculares. STEREO FRANZ QUANDO sex., às 21h, sáb. e dom., às 19h; até 8/2 ONDE Sesc Santo Amaro, r. Amador Bueno, 505, tel. (11) 5541-4000 QUANTO de R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 18 anos AVALIAÇÃO regular
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Após queda de braço, PT perde cargo ligado à Integração Nacional para o PP
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O PT perdeu a queda de braço e um dos órgãos de segundo escalão mais cobiçados do governo federal, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), será comandado pelo PP do Piauí. Indicado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-vice-governador do Piauí Felipe Mendes foi escolhido como novo presidente do órgão. A nomeação foi publicada "Diário Oficial" da União nesta terça-feira (19). A escolha de um apadrinhado do PP para a vaga marca o processo de redistribuição de cargos federais —sob coordenação do vice-presidente Michel Temer (PMDB)—, no qual o PT abrirá mais espaço para aliados. Desde 2011, a Codevasf era comandada pelo engenheiro Elmo Vaz, indicado para ao cargo pelo ex-governador da Bahia e hoje ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT). A disputa, contudo, foi precedida de uma intensa queda de braço entre petistas e pepistas do Nordeste. Após perder o Ministério das Cidades para o PSD, do atual ministro Gilberto Kassab, e ser compensado com a pasta da Integração Nacional, o PP pressionou para obter o ministério com "porteira fechada" e nomear dirigentes de órgãos como a Codevasf. Já o ministro Jaques Wagner, tido como um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff (PT), defendeu a permanência de Elmo Vaz. O coro foi engrossado por um ofício assinado por 25 deputados que foi encaminhado à presidente. Em nota, o senador Otto Alencar (PSD-BA), aliado de Jaques Wagner, criticou a substituição no comando da Codevesf, creditando a mudança à "pressão política que o Palácio do Planalto se submeteu". "Toda vez que o Poder Executivo se submete a pressão, na figura da presidente da República, o governo perde mais credibilidade e mais se desqualifica com decisões desta natureza", afirmou. ESTRATÉGICO Com um orçamento de R$ 490 milhões para 2015, a Codevasf é responsável por executar as obras de revitalização do rio São Francisco, além da implantação de perímetros irrigados. É cobiçado por sua capilaridade no Nordeste e em Minas Gerais, já que possui três escritórios de representação e oito superintendências regionais. Para os petistas baianos, o órgão era tido como estratégico por ser responsável pela execução do eixo sul da transposição do rio São Francisco. Orçada em R$ 4 bilhões, a obra é prioridade do governador da Bahia, Rui Costa (PT). O novo presidente da Codevasf, Felipe Mendes, assumiu o cargo prometendo investimentos em projetos de irrigação no Piauí, base eleitoral de seus aliados. Antes de ocupar esse posto, Mendes foi vice-governador de Hugo Napoleão (então no PFL, hoje no PSD), secretário de Planejamento do Piauí no governo Zé Filho (PMDB) e secretário de Finanças em Teresina na gestão de Sílvio Mendes (PSDB).
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poder
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Após queda de braço, PT perde cargo ligado à Integração Nacional para o PPO PT perdeu a queda de braço e um dos órgãos de segundo escalão mais cobiçados do governo federal, a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), será comandado pelo PP do Piauí. Indicado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-vice-governador do Piauí Felipe Mendes foi escolhido como novo presidente do órgão. A nomeação foi publicada "Diário Oficial" da União nesta terça-feira (19). A escolha de um apadrinhado do PP para a vaga marca o processo de redistribuição de cargos federais —sob coordenação do vice-presidente Michel Temer (PMDB)—, no qual o PT abrirá mais espaço para aliados. Desde 2011, a Codevasf era comandada pelo engenheiro Elmo Vaz, indicado para ao cargo pelo ex-governador da Bahia e hoje ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT). A disputa, contudo, foi precedida de uma intensa queda de braço entre petistas e pepistas do Nordeste. Após perder o Ministério das Cidades para o PSD, do atual ministro Gilberto Kassab, e ser compensado com a pasta da Integração Nacional, o PP pressionou para obter o ministério com "porteira fechada" e nomear dirigentes de órgãos como a Codevasf. Já o ministro Jaques Wagner, tido como um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff (PT), defendeu a permanência de Elmo Vaz. O coro foi engrossado por um ofício assinado por 25 deputados que foi encaminhado à presidente. Em nota, o senador Otto Alencar (PSD-BA), aliado de Jaques Wagner, criticou a substituição no comando da Codevesf, creditando a mudança à "pressão política que o Palácio do Planalto se submeteu". "Toda vez que o Poder Executivo se submete a pressão, na figura da presidente da República, o governo perde mais credibilidade e mais se desqualifica com decisões desta natureza", afirmou. ESTRATÉGICO Com um orçamento de R$ 490 milhões para 2015, a Codevasf é responsável por executar as obras de revitalização do rio São Francisco, além da implantação de perímetros irrigados. É cobiçado por sua capilaridade no Nordeste e em Minas Gerais, já que possui três escritórios de representação e oito superintendências regionais. Para os petistas baianos, o órgão era tido como estratégico por ser responsável pela execução do eixo sul da transposição do rio São Francisco. Orçada em R$ 4 bilhões, a obra é prioridade do governador da Bahia, Rui Costa (PT). O novo presidente da Codevasf, Felipe Mendes, assumiu o cargo prometendo investimentos em projetos de irrigação no Piauí, base eleitoral de seus aliados. Antes de ocupar esse posto, Mendes foi vice-governador de Hugo Napoleão (então no PFL, hoje no PSD), secretário de Planejamento do Piauí no governo Zé Filho (PMDB) e secretário de Finanças em Teresina na gestão de Sílvio Mendes (PSDB).
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Medidas do governo fazem Maduro resistir como presidente da Venezuela
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Ameaçado pela crise econômica e social que está devastando a Venezuela, o chavismo manobra para se manter no poder. Mesmo quebrado, endividado e impopular, o governo de Nicolás Maduro resiste a investidas internas e externas. Chavistas perderam o domínio da Assembleia Nacional para a oposição em janeiro, mas ainda controlam três instituições-chave: o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ, corte suprema), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE, órgão eleitoral) e as Forças Armadas. "Engana-se quem pensa que o governo está morto. Pelo contrário, ainda detém o monopólio do poder no país", diz um importante estrategista da oposição. "O governo de Cuba esteve em situação muito pior e não caiu." No plano interno, Maduro neutralizou a Assembleia graças ao TSJ. Nenhuma lei aprovada pelo Legislativo entrou em vigor —muito menos a que visava desaparelhar a Corte. Vetos parlamentares a iniciativas presidenciais, incluindo controversas medidas econômicas, foram contornados graças ao TSJ, que valida tudo do Executivo. O governo também se blinda contra um projeto de referendo revogatório para abreviar a presidência de Maduro, eleito em 2013 para um mandato de seis anos. O mecanismo está previsto na Constituição, mas novas eleições só ocorrerão se Maduro for destituído até o fim deste ano. Se isso ocorrer em 2017, o vice-presidente assumiria até o fim do mandato. Por isso, o CNE atravanca a ativação do referendo revogatório, que depende de sucessivas coletas e verificações de assinaturas. Protestos pela aceleração dos trâmites foram reprimidos. Na semana passada, um deputado opositor teve o nariz fraturado por militantes chavistas. Ninguém foi preso. Apesar de recorrentes relatos de insatisfação nas forças de segurança, o alto comando militar e policial continua aplacando com eficiência protestos e saques contra a falta de alimentos e remédios. "Se houver convulsão social, não seria a oposição quem se beneficiaria, pois ela está desorganizada, não tem lideres nem armas. Quem se beneficiaria seriam o Exército e o governo", diz o analista Luis Vicente León. Os indicadores econômicos são desastrosos, mas o governo tomou medidas capazes de ao menos atenuar a espiral negativa. O dólar turismo foi desvalorizado em 180% nos últimos dois meses, o que ajuda a diluir dívidas do Estado em bolívares. Importações foram cortadas em 50% para economizar dólares, cada vez mais escassos devido à queda do preço do petróleo. O governo também flexibilizou preços de alimentos básicos, como a farinha de milho. O vice-presidente para a área econômica, Miguel Pérez Abad, disse que as medidas surtirão efeito no dia a dia da população em seis meses. A Venezuela obteve da China empréstimo adicional de US$ 5 bilhões e renegociou velhas dívidas. Somado à venda dos estoques de ouro do Banco Central, isso deverá ajudar a Venezuela a honrar o pagamento de US$ 10 bilhões em títulos da dívida soberana até o fim do ano. Maduro reverteu parte da pressão externa graças à vitória diplomática contra o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, que havia endossado pedido da oposição venezuelana para aplicar a Carta Democrática contra a Venezuela e expulsá-la do órgão. A iniciativa até agora foi freada pela diplomacia venezuelana, que costurou apoios suficientes para evitar sanções. O assunto voltará a ser debatido em 23 de junho, mas diplomatas veem poucas chances de sanções. Críticos dizem, porém, que a situação é tão crítica que as medidas podem permitir ao governo, no máximo, uma sobrevida. Para a socióloga Margarita López Maya, parte do futuro reside na capacidade da oposição. "Se atuarem mal, é possível que ajudem o governo a ressuscitar." * MEDIDAS DO GOVERNO > Vendeu US$ 1,7 bilhões de seu estoque em ouro desde o início de 2016 > Corte de importações em quase 50% para economizar dólares > Renegociação da dívida com a China para obter US$ 5 bilhões adicionais. Total emprestado por Pequim supera US$ 55 bi > Desvalorização do dólar turismo em 180% nos últimos dois meses para quitar dívidas > Aumento de 1000% do preço de alguns itens tabelados > Ofensiva diplomática na busca de votos para impedir aplicação da Carta Democrática da OEA > Estado de exceção e emergência econômica em todo o país > Veto a lei da Assembleia Nacional para reformar o Tribunal Supremo de Justiça, hoje controlado pelo chavismo Preço médio do barril venezuelano, em US$
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mundo
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Medidas do governo fazem Maduro resistir como presidente da VenezuelaAmeaçado pela crise econômica e social que está devastando a Venezuela, o chavismo manobra para se manter no poder. Mesmo quebrado, endividado e impopular, o governo de Nicolás Maduro resiste a investidas internas e externas. Chavistas perderam o domínio da Assembleia Nacional para a oposição em janeiro, mas ainda controlam três instituições-chave: o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ, corte suprema), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE, órgão eleitoral) e as Forças Armadas. "Engana-se quem pensa que o governo está morto. Pelo contrário, ainda detém o monopólio do poder no país", diz um importante estrategista da oposição. "O governo de Cuba esteve em situação muito pior e não caiu." No plano interno, Maduro neutralizou a Assembleia graças ao TSJ. Nenhuma lei aprovada pelo Legislativo entrou em vigor —muito menos a que visava desaparelhar a Corte. Vetos parlamentares a iniciativas presidenciais, incluindo controversas medidas econômicas, foram contornados graças ao TSJ, que valida tudo do Executivo. O governo também se blinda contra um projeto de referendo revogatório para abreviar a presidência de Maduro, eleito em 2013 para um mandato de seis anos. O mecanismo está previsto na Constituição, mas novas eleições só ocorrerão se Maduro for destituído até o fim deste ano. Se isso ocorrer em 2017, o vice-presidente assumiria até o fim do mandato. Por isso, o CNE atravanca a ativação do referendo revogatório, que depende de sucessivas coletas e verificações de assinaturas. Protestos pela aceleração dos trâmites foram reprimidos. Na semana passada, um deputado opositor teve o nariz fraturado por militantes chavistas. Ninguém foi preso. Apesar de recorrentes relatos de insatisfação nas forças de segurança, o alto comando militar e policial continua aplacando com eficiência protestos e saques contra a falta de alimentos e remédios. "Se houver convulsão social, não seria a oposição quem se beneficiaria, pois ela está desorganizada, não tem lideres nem armas. Quem se beneficiaria seriam o Exército e o governo", diz o analista Luis Vicente León. Os indicadores econômicos são desastrosos, mas o governo tomou medidas capazes de ao menos atenuar a espiral negativa. O dólar turismo foi desvalorizado em 180% nos últimos dois meses, o que ajuda a diluir dívidas do Estado em bolívares. Importações foram cortadas em 50% para economizar dólares, cada vez mais escassos devido à queda do preço do petróleo. O governo também flexibilizou preços de alimentos básicos, como a farinha de milho. O vice-presidente para a área econômica, Miguel Pérez Abad, disse que as medidas surtirão efeito no dia a dia da população em seis meses. A Venezuela obteve da China empréstimo adicional de US$ 5 bilhões e renegociou velhas dívidas. Somado à venda dos estoques de ouro do Banco Central, isso deverá ajudar a Venezuela a honrar o pagamento de US$ 10 bilhões em títulos da dívida soberana até o fim do ano. Maduro reverteu parte da pressão externa graças à vitória diplomática contra o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, que havia endossado pedido da oposição venezuelana para aplicar a Carta Democrática contra a Venezuela e expulsá-la do órgão. A iniciativa até agora foi freada pela diplomacia venezuelana, que costurou apoios suficientes para evitar sanções. O assunto voltará a ser debatido em 23 de junho, mas diplomatas veem poucas chances de sanções. Críticos dizem, porém, que a situação é tão crítica que as medidas podem permitir ao governo, no máximo, uma sobrevida. Para a socióloga Margarita López Maya, parte do futuro reside na capacidade da oposição. "Se atuarem mal, é possível que ajudem o governo a ressuscitar." * MEDIDAS DO GOVERNO > Vendeu US$ 1,7 bilhões de seu estoque em ouro desde o início de 2016 > Corte de importações em quase 50% para economizar dólares > Renegociação da dívida com a China para obter US$ 5 bilhões adicionais. Total emprestado por Pequim supera US$ 55 bi > Desvalorização do dólar turismo em 180% nos últimos dois meses para quitar dívidas > Aumento de 1000% do preço de alguns itens tabelados > Ofensiva diplomática na busca de votos para impedir aplicação da Carta Democrática da OEA > Estado de exceção e emergência econômica em todo o país > Veto a lei da Assembleia Nacional para reformar o Tribunal Supremo de Justiça, hoje controlado pelo chavismo Preço médio do barril venezuelano, em US$
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Fachin envia denúncia de Dilma, Lula e Mercadante para primeira instância
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O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou denúncia contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e o ex-ministro Aloizio Mercadante para a primeira instância do Distrito Federal. O caso é referente a apuração do crime de obstrução de Justiça envolvendo a nomeação de Lula para a Casa Civil ainda no governo Dilma. Na última quarta-feira (6), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou os petistas e, na mesma peça, pediu o arquivamento das suspeitas contra o ministro Marcelo Navarro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ao decidir sobre o caso, Fachin acatou o pedido de Janot sobre Navarro. Por esse motivo, o ministro entendeu que não há mais motivos para que o processo fique no STF, já que não existem outros detentores de foro na Corte neste inquérito. DELCÍDIO O inquérito foi aberto em 2016 com diferentes frentes de investigação. Uma delas era para apurar se Dilma e Lula tentaram obstruir a Lava Jato por meio da nomeação do ex-presidente para a Casa Civil. Na avaliação dos procuradores, a nomeação de Lula teria ocorrido com o propósito de dar a ele o direito de ser investigado e julgado em foro no Supremo, evitando que o ex-presidente fosse alvo do juiz Sergio Moro -o que representa desvio de finalidade. Os petistas temiam que Moro mandasse prender Lula. Quando pediu a abertura do inquérito, Janot afirmou que antes de Lula ser alvo de condução coercitiva, não havia notícias de que ele fosse ocupar a Casa Civil. Janot citou ainda que o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, havia assumido o cargo apenas cinco meses antes e, portanto, a nomeação havia sido uma acomodação político-administrativa em favor de Lula para que ele voltasse a ter foro, apurou a reportagem. Outra linha de investigação apurava se Dilma e Mercadante tentaram impedir que Delcídio fizesse delação premiada, no fim de 2015. O então senador havia sido preso pela Lava Jato. Seu assessor, Eduardo Marzagão, gravou secretamente uma conversa com Mercadante, ministro de Dilma, que era, na época, um dos mais próximos assessores da ex-presidente. O diálogo revela Mercadante sugerindo a Marzagão que o parlamentar não deveria firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público, o que acabou ocorrendo. No diálogo, Mercadante oferece ajuda financeira e sugere a possibilidade de o então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, ser procurado para atuar pela soltura de Delcídio. Em depoimento, Delcídio disse também que outras pessoas próximas ao PT e ao governo buscaram envolvidos na Lava Jato para convencê-los a não fechar delação premiada. Em relatório recente a Polícia Federal recomendou o desmembramento da investigação para que o caso seja investigado fora do Supremo, no âmbito da Justiça Federal do Distrito Federal, já que não há o envolvimento de pessoas com foro privilegiado. Ainda no despacho, o relator da Lava Jato no STF acatou pedido de Janot para retirar sigilo das investigações.
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Fachin envia denúncia de Dilma, Lula e Mercadante para primeira instânciaO ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou denúncia contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e o ex-ministro Aloizio Mercadante para a primeira instância do Distrito Federal. O caso é referente a apuração do crime de obstrução de Justiça envolvendo a nomeação de Lula para a Casa Civil ainda no governo Dilma. Na última quarta-feira (6), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou os petistas e, na mesma peça, pediu o arquivamento das suspeitas contra o ministro Marcelo Navarro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ao decidir sobre o caso, Fachin acatou o pedido de Janot sobre Navarro. Por esse motivo, o ministro entendeu que não há mais motivos para que o processo fique no STF, já que não existem outros detentores de foro na Corte neste inquérito. DELCÍDIO O inquérito foi aberto em 2016 com diferentes frentes de investigação. Uma delas era para apurar se Dilma e Lula tentaram obstruir a Lava Jato por meio da nomeação do ex-presidente para a Casa Civil. Na avaliação dos procuradores, a nomeação de Lula teria ocorrido com o propósito de dar a ele o direito de ser investigado e julgado em foro no Supremo, evitando que o ex-presidente fosse alvo do juiz Sergio Moro -o que representa desvio de finalidade. Os petistas temiam que Moro mandasse prender Lula. Quando pediu a abertura do inquérito, Janot afirmou que antes de Lula ser alvo de condução coercitiva, não havia notícias de que ele fosse ocupar a Casa Civil. Janot citou ainda que o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, havia assumido o cargo apenas cinco meses antes e, portanto, a nomeação havia sido uma acomodação político-administrativa em favor de Lula para que ele voltasse a ter foro, apurou a reportagem. Outra linha de investigação apurava se Dilma e Mercadante tentaram impedir que Delcídio fizesse delação premiada, no fim de 2015. O então senador havia sido preso pela Lava Jato. Seu assessor, Eduardo Marzagão, gravou secretamente uma conversa com Mercadante, ministro de Dilma, que era, na época, um dos mais próximos assessores da ex-presidente. O diálogo revela Mercadante sugerindo a Marzagão que o parlamentar não deveria firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público, o que acabou ocorrendo. No diálogo, Mercadante oferece ajuda financeira e sugere a possibilidade de o então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, ser procurado para atuar pela soltura de Delcídio. Em depoimento, Delcídio disse também que outras pessoas próximas ao PT e ao governo buscaram envolvidos na Lava Jato para convencê-los a não fechar delação premiada. Em relatório recente a Polícia Federal recomendou o desmembramento da investigação para que o caso seja investigado fora do Supremo, no âmbito da Justiça Federal do Distrito Federal, já que não há o envolvimento de pessoas com foro privilegiado. Ainda no despacho, o relator da Lava Jato no STF acatou pedido de Janot para retirar sigilo das investigações.
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Organização divulga datas da edição 2016 do Lollapalooza em São Paulo
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A organização do festival Lollapalooza divulgou na manhã desta quinta-feira (6) as datas do evento em São Paulo, em 2016. Como nas duas últimas edições, o festival será realizado no Autódromo de Interlagos. Os shows acontecerão no fim de semana de 12 e 13 de março. Ainda não há atrações confirmadas nem valor de ingressos para a próxima edição do Lollapalooza, segundo a organização. Em 2015, o festival –com Pharrell Williams, Smashing Pumpkins, Robert Plant e Jack White entre as atrações principais– atraiu 136 mil pessoas nos dois dias.
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Organização divulga datas da edição 2016 do Lollapalooza em São PauloA organização do festival Lollapalooza divulgou na manhã desta quinta-feira (6) as datas do evento em São Paulo, em 2016. Como nas duas últimas edições, o festival será realizado no Autódromo de Interlagos. Os shows acontecerão no fim de semana de 12 e 13 de março. Ainda não há atrações confirmadas nem valor de ingressos para a próxima edição do Lollapalooza, segundo a organização. Em 2015, o festival –com Pharrell Williams, Smashing Pumpkins, Robert Plant e Jack White entre as atrações principais– atraiu 136 mil pessoas nos dois dias.
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Governo estuda elevar prestação da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida
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O ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse à Folha que o governo vai revisar as condições de financiamento e o valor do subsídio pago pelo Tesouro no programa Minha Casa, Minha Vida. "Estamos reavaliando as condições do Minha Casa, Minha Vida. Muito provavelmente haverá a revisão das condições de financiamento e de subsídio", afirmou. Ele não quis antecipar detalhes das mudanças afirmando que a decisão ainda não foi tomada e pode sofrer alterações. Entre elas, está o aumento das prestações que os beneficiários têm de pagar. Segundo assessores, a última proposta discutida com o setor da construção civil elevava o valor mínimo das prestações da primeira faixa do programa de R$ 25 para R$ 80, para famílias com renda de até R$ 800,00, e percentuais entre 10% e 20% do ganho mensal quando este ficar entre R$ 800,01 e R$ 1.800,00. Nessa faixa, o Tesouro banca o valor das construções para as empreiteiras e assume o risco de inadimplência –ela estava em 21,8% dos financiamentos concedidos em março do ano passado. Os calotes, nesse caso, são cobertos pelo Tesouro. Setores do governo ligados a movimentos sociais querem um aumento menor da prestação para evitar mais desgaste para a imagem da presidente Dilma Rousseff. Hoje, são atendidos nesta faixa beneficiários com renda de até R$ 1.600. Na fase três do Minha Casa, esse limite subirá para R$ 1.800. "Vamos adequar o subsídio ao espaço fiscal que a gente tem", disse Barbosa. Hoje, o valor máximo do imóvel da faixa 1 do programa varia de R$ 54.000 a R$ 76.000. Pela proposta em estudo, os beneficiários pagariam ao Tesouro entre R$ 9.600 e R$ 43.200 pela aquisição de uma casa. Ainda não há data definida para o anúncio das novas regras do Minha Casa, Minha Vida, mas a intenção é divulgá-las ainda no primeiro semestre deste ano. PAGAMENTO ATRASADO Para empresários, a prioridade é o pagamento das obras já entregues e acertar um cronograma para as que estão em andamento no país. Hoje, mesmo com a reformulação das regras da fase três do programa, o governo não tem recursos para começar sua implementação. Nelson Barbosa disse à Folha que o governo está avaliando formas de reduzir "o mais rapidamente possível os restos a pagar do governo" para atender à reivindicação da construção civil. O ministro confirmou que a maior parte dos pagamento do Minha Casa, Minha Vida neste ano "vai ser para obras já contratadas, já em andamento". Segundo ele, o governo tem hoje mais de 1,5 milhão de casas em construção, o que já estaria previsto no Orçamento da União.
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mercado
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Governo estuda elevar prestação da faixa 1 do Minha Casa, Minha VidaO ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse à Folha que o governo vai revisar as condições de financiamento e o valor do subsídio pago pelo Tesouro no programa Minha Casa, Minha Vida. "Estamos reavaliando as condições do Minha Casa, Minha Vida. Muito provavelmente haverá a revisão das condições de financiamento e de subsídio", afirmou. Ele não quis antecipar detalhes das mudanças afirmando que a decisão ainda não foi tomada e pode sofrer alterações. Entre elas, está o aumento das prestações que os beneficiários têm de pagar. Segundo assessores, a última proposta discutida com o setor da construção civil elevava o valor mínimo das prestações da primeira faixa do programa de R$ 25 para R$ 80, para famílias com renda de até R$ 800,00, e percentuais entre 10% e 20% do ganho mensal quando este ficar entre R$ 800,01 e R$ 1.800,00. Nessa faixa, o Tesouro banca o valor das construções para as empreiteiras e assume o risco de inadimplência –ela estava em 21,8% dos financiamentos concedidos em março do ano passado. Os calotes, nesse caso, são cobertos pelo Tesouro. Setores do governo ligados a movimentos sociais querem um aumento menor da prestação para evitar mais desgaste para a imagem da presidente Dilma Rousseff. Hoje, são atendidos nesta faixa beneficiários com renda de até R$ 1.600. Na fase três do Minha Casa, esse limite subirá para R$ 1.800. "Vamos adequar o subsídio ao espaço fiscal que a gente tem", disse Barbosa. Hoje, o valor máximo do imóvel da faixa 1 do programa varia de R$ 54.000 a R$ 76.000. Pela proposta em estudo, os beneficiários pagariam ao Tesouro entre R$ 9.600 e R$ 43.200 pela aquisição de uma casa. Ainda não há data definida para o anúncio das novas regras do Minha Casa, Minha Vida, mas a intenção é divulgá-las ainda no primeiro semestre deste ano. PAGAMENTO ATRASADO Para empresários, a prioridade é o pagamento das obras já entregues e acertar um cronograma para as que estão em andamento no país. Hoje, mesmo com a reformulação das regras da fase três do programa, o governo não tem recursos para começar sua implementação. Nelson Barbosa disse à Folha que o governo está avaliando formas de reduzir "o mais rapidamente possível os restos a pagar do governo" para atender à reivindicação da construção civil. O ministro confirmou que a maior parte dos pagamento do Minha Casa, Minha Vida neste ano "vai ser para obras já contratadas, já em andamento". Segundo ele, o governo tem hoje mais de 1,5 milhão de casas em construção, o que já estaria previsto no Orçamento da União.
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Fãs de São Paulo têm show de Bon Jovi que Rock in Rio queria
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"Chupa, Rock in Rio" era a frase que mais se ouvia em meio aos fãs que foram ao show da banda Bon Jovi nesse sábado (23) no Allianz Park. Enquanto o público do festival carioca se esgoelou em vão, na sexta-feira (22), pedindo um dos maiores hits do grupo, "Always", até o fim do show, em São Paulo, o vocalista Jon Bon Jovi cantou o clássico sem precisar do apelo da massa —e levando o público ao delírio. A música não fazia parte do set list original e foi incluída pela banda no repertório em cima da hora. O cantor, que mantém a pinta de galã aos 55 anos, mas que hoje desfila cabelos grisalhos que combinam com os dentes reluzentes, parecia dizer "chupa" também aos que pensavam que ele não era mais capaz de alcançar os agudos da canção. Ele realmente não é, mas, esperto, usa vários truques pra disfarçar: abaixa o tom das músicas, faz pausas entre os versos —em que o resto da banda assume os vocais— e, claro, joga pra galera, que adora cantar junto. Foram duas horas e meia de apresentação com a plateia ganha na única noite com ingressos esgotados no festival São Paulo Trip, rebarba paulistana do Rock in Rio. Além do desfile de hits dos mais de 30 anos de carreira da banda de Nova Jersey, como "You Give Love a Bad Name", "Born to be My Baby" e " In These Arms", o grupo também apresentou algumas músicas do álbum mais novo, "This House Is Not for Sale" (2016) —a faixa-título e "Knockout". O show deste ano foi, em muitos aspectos, melhor que o último da banda por aqui, em 2013 (também em São Paulo e no Rock in Rio). Naquela época, o guitarrista Richie Sambora havia acabado de se desligar do grupo. E o baterista Tico Torres teve que fazer uma cirurgia na vesícula e cancelou a vinda ao Brasil em cima da hora. O público de São Paulo em 2013 ainda contou com uma chuva torrencial que atrapalhou o show, a saída do Morumbi e o ânimo pós-show. Dessa vez, tudo parecia mais azeitado —banda, repertório, tempo. O ritmo caiu por vezes, mas o público do Bon Jovi é como boa torcida de time de futebol, não desanima nem quando a equipe está por baixo. Para agradecer o apoio, o vocalista encerrou o show prometendo voltar no ano que vem, em nova turnê mundial. Antes do Bon Jovi, o duo The Kills, formado pela americana Alison Mosshart e pelo britânico Jamie Hince, serviu de esquenta fino e deu um toque mais indie e garageiro ao festival roqueiro. Alison e Jamie fizeram um bom show, e os fãs de Bon Jovi foram simpáticos e aplaudiram. Mas quase ninguém parecia estar ali por eles. * SET LIST "This House Is Not For Sale" "Raise Your Hands" "Knockout" "You Give Love A Bad Name " "Born To Be My Baby" "Lost Highway" "Born To Follow" "Lay Your Hands On Me" "In These Arms" "New Year's Day" "Memory" "Bed Of Roses" "It's My Life" "Someday I'll Be Saturday Night" "Wanted Dead Or Alive" "I'll Sleep When I'm Dead" "Have A Nice Day" "Keep The Faith" "Bad Medicine" bis "Always" "Livin' On A Prayer" "These Days
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Fãs de São Paulo têm show de Bon Jovi que Rock in Rio queria"Chupa, Rock in Rio" era a frase que mais se ouvia em meio aos fãs que foram ao show da banda Bon Jovi nesse sábado (23) no Allianz Park. Enquanto o público do festival carioca se esgoelou em vão, na sexta-feira (22), pedindo um dos maiores hits do grupo, "Always", até o fim do show, em São Paulo, o vocalista Jon Bon Jovi cantou o clássico sem precisar do apelo da massa —e levando o público ao delírio. A música não fazia parte do set list original e foi incluída pela banda no repertório em cima da hora. O cantor, que mantém a pinta de galã aos 55 anos, mas que hoje desfila cabelos grisalhos que combinam com os dentes reluzentes, parecia dizer "chupa" também aos que pensavam que ele não era mais capaz de alcançar os agudos da canção. Ele realmente não é, mas, esperto, usa vários truques pra disfarçar: abaixa o tom das músicas, faz pausas entre os versos —em que o resto da banda assume os vocais— e, claro, joga pra galera, que adora cantar junto. Foram duas horas e meia de apresentação com a plateia ganha na única noite com ingressos esgotados no festival São Paulo Trip, rebarba paulistana do Rock in Rio. Além do desfile de hits dos mais de 30 anos de carreira da banda de Nova Jersey, como "You Give Love a Bad Name", "Born to be My Baby" e " In These Arms", o grupo também apresentou algumas músicas do álbum mais novo, "This House Is Not for Sale" (2016) —a faixa-título e "Knockout". O show deste ano foi, em muitos aspectos, melhor que o último da banda por aqui, em 2013 (também em São Paulo e no Rock in Rio). Naquela época, o guitarrista Richie Sambora havia acabado de se desligar do grupo. E o baterista Tico Torres teve que fazer uma cirurgia na vesícula e cancelou a vinda ao Brasil em cima da hora. O público de São Paulo em 2013 ainda contou com uma chuva torrencial que atrapalhou o show, a saída do Morumbi e o ânimo pós-show. Dessa vez, tudo parecia mais azeitado —banda, repertório, tempo. O ritmo caiu por vezes, mas o público do Bon Jovi é como boa torcida de time de futebol, não desanima nem quando a equipe está por baixo. Para agradecer o apoio, o vocalista encerrou o show prometendo voltar no ano que vem, em nova turnê mundial. Antes do Bon Jovi, o duo The Kills, formado pela americana Alison Mosshart e pelo britânico Jamie Hince, serviu de esquenta fino e deu um toque mais indie e garageiro ao festival roqueiro. Alison e Jamie fizeram um bom show, e os fãs de Bon Jovi foram simpáticos e aplaudiram. Mas quase ninguém parecia estar ali por eles. * SET LIST "This House Is Not For Sale" "Raise Your Hands" "Knockout" "You Give Love A Bad Name " "Born To Be My Baby" "Lost Highway" "Born To Follow" "Lay Your Hands On Me" "In These Arms" "New Year's Day" "Memory" "Bed Of Roses" "It's My Life" "Someday I'll Be Saturday Night" "Wanted Dead Or Alive" "I'll Sleep When I'm Dead" "Have A Nice Day" "Keep The Faith" "Bad Medicine" bis "Always" "Livin' On A Prayer" "These Days
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Tevez marca, Juventus vence Milan e abre 10 pontos de vantagem na ponta
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Com um gol marcado pelo argentino Tevez, a Juventus venceu o Milan por 3 a 1, neste sábado (7), em casa, pela 22ª rodada do Campeonato Italiano. Com o resultado, a Juventus chegou a 53 pontos, sete a mais do que a Roma, que entrou venceu o Cagliari no domingo (8) por 2 a 1, fora de casa. Já o Milan soma 29 pontos. Tevez marcou o primeiro gol da vitória da Juventus. Foi o 14º gol do atacante que é o artilheiro isolado da competição. Os outros foram marcados por Bonucci e Morata. Antonelli descontou para o Milan. CONFIRA OS JOGOS E RESULTADOS DA 22ª RODADA DO CAMPEONATO ITALIANO SÁBADO (7) Verona 1 x 3 Torino Juventus 3 x 1 Milan DOMINGO (8) Fiorentina 3 x 2 Atalanta Empoli 2 x 0 Cesena Parma x Chievo (adiado) Cagliari 1 x 2 Roma Sampdoria 1 x 1 Sassuolo Napoli 3 x 1 Udinese Inter x Palermo SEGUNDA-FEIRA (9) Lazio x Genoa
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esporte
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Tevez marca, Juventus vence Milan e abre 10 pontos de vantagem na pontaCom um gol marcado pelo argentino Tevez, a Juventus venceu o Milan por 3 a 1, neste sábado (7), em casa, pela 22ª rodada do Campeonato Italiano. Com o resultado, a Juventus chegou a 53 pontos, sete a mais do que a Roma, que entrou venceu o Cagliari no domingo (8) por 2 a 1, fora de casa. Já o Milan soma 29 pontos. Tevez marcou o primeiro gol da vitória da Juventus. Foi o 14º gol do atacante que é o artilheiro isolado da competição. Os outros foram marcados por Bonucci e Morata. Antonelli descontou para o Milan. CONFIRA OS JOGOS E RESULTADOS DA 22ª RODADA DO CAMPEONATO ITALIANO SÁBADO (7) Verona 1 x 3 Torino Juventus 3 x 1 Milan DOMINGO (8) Fiorentina 3 x 2 Atalanta Empoli 2 x 0 Cesena Parma x Chievo (adiado) Cagliari 1 x 2 Roma Sampdoria 1 x 1 Sassuolo Napoli 3 x 1 Udinese Inter x Palermo SEGUNDA-FEIRA (9) Lazio x Genoa
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Sem vagas em cadeias, presos ficarão em ônibus no Rio Grande do Sul
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O governo do Rio Grande do Sul vai utilizar um ônibus para manter os presos quando não houver vagas no sistema prisional. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou nesta terça-feira (22) que vai melhorar o espaço do ônibus, que será utilizado exclusivamente para a triagem dos presos. O local onde o veículo ficará não foi informado. Com a medida, o governo pretende reduzir o número de presos que esperam em celas de delegacias e carros da Polícia Militar a abertura de vagas no sistema prisional. Desativado em 2013, o ônibus com 46 lugares era utilizado para transportar detentos.
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cotidiano
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Sem vagas em cadeias, presos ficarão em ônibus no Rio Grande do SulO governo do Rio Grande do Sul vai utilizar um ônibus para manter os presos quando não houver vagas no sistema prisional. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou nesta terça-feira (22) que vai melhorar o espaço do ônibus, que será utilizado exclusivamente para a triagem dos presos. O local onde o veículo ficará não foi informado. Com a medida, o governo pretende reduzir o número de presos que esperam em celas de delegacias e carros da Polícia Militar a abertura de vagas no sistema prisional. Desativado em 2013, o ônibus com 46 lugares era utilizado para transportar detentos.
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Escolas perto de cerco a suspeitos de ataque a jornal são esvaziadas
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Autoridades francesas da cidade de Dammartin-en-Goële, na região de Seine-et-Marne (a 42 km da capital francesa) começaram a esvaziar as escolas que ficam próximas ao local onde os dois suspeitos do ataque ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo", mantém um refém em uma gráfica no norte da cidade. Cerca de mil crianças foram levadas a um ginásio esportivo no centro da cidade para serem entregues a seus pais, disse o vice-prefeito Thierry Chevalier, afirmando que creches e escolas de educação fundamental serão as prioridades. "Eles já esvaziaram a escola mais perto ao local do sequestro e agora vão esvaziar as outras", disse o vice-prefeito. As forças francesas tentam estabelecer contato com os suspeitos, que se entrincheiraram numa gráfica em Dammartin-en-Goële, para conseguir uma saída pacífica para a situação. O porta-voz do ministério do Interior, Pierre Henry Brandet, informou aos jornalistas presentes em Dammartin-en-Goële que "a prioridade é estabelecer um diálogo para que haja a solução mais pacífica possível". No atentado da última quarta, Said Kouachi, 34, Chérif Kouachi, 32, mataram 12 pessoas em Paris. Entre as vítimas -mortas a tiros- no atentado da última quarta está o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb. Foram mortos 8 funcionários do jornal, um colaborador da publicação, um funcionário do prédio em que funciona o veículo e dois policiais. Além dos mortos, 11 ficaram feridos, quatro em estado grave.
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mundo
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Escolas perto de cerco a suspeitos de ataque a jornal são esvaziadasAutoridades francesas da cidade de Dammartin-en-Goële, na região de Seine-et-Marne (a 42 km da capital francesa) começaram a esvaziar as escolas que ficam próximas ao local onde os dois suspeitos do ataque ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo", mantém um refém em uma gráfica no norte da cidade. Cerca de mil crianças foram levadas a um ginásio esportivo no centro da cidade para serem entregues a seus pais, disse o vice-prefeito Thierry Chevalier, afirmando que creches e escolas de educação fundamental serão as prioridades. "Eles já esvaziaram a escola mais perto ao local do sequestro e agora vão esvaziar as outras", disse o vice-prefeito. As forças francesas tentam estabelecer contato com os suspeitos, que se entrincheiraram numa gráfica em Dammartin-en-Goële, para conseguir uma saída pacífica para a situação. O porta-voz do ministério do Interior, Pierre Henry Brandet, informou aos jornalistas presentes em Dammartin-en-Goële que "a prioridade é estabelecer um diálogo para que haja a solução mais pacífica possível". No atentado da última quarta, Said Kouachi, 34, Chérif Kouachi, 32, mataram 12 pessoas em Paris. Entre as vítimas -mortas a tiros- no atentado da última quarta está o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb. Foram mortos 8 funcionários do jornal, um colaborador da publicação, um funcionário do prédio em que funciona o veículo e dois policiais. Além dos mortos, 11 ficaram feridos, quatro em estado grave.
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Scioli cai na estrada para tentar reverter desvantagem eleitoral
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O candidato governista à Presidência da Argentina, Daniel Scioli, caiu na estrada nestes últimos dias de campanha eleitoral antes do segundo turno, no próximo domingo (22). Em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto, Scioli tenta capturar votos no interior e em regiões de tradição peronista (corrente política da qual faz parte). Na segunda, percorreu o norte do país. Nesta terça (17) viajou para três províncias: Córdoba, Mendoza e San Juan. Tentando administrar a vantagem, Macri se limitou a dar entrevistas a veículos locais. Na terça, antes da viagem ao interior, Scioli reuniu cientistas e reitores de universidades públicas em ato em Buenos Aires em favor de sua candidatura. Uma professora do ensino básico da capital, governada pelo opositor Mauricio Macri, foi convidada a discursar e tratou de falar mal do rival de Scioli. "Macri cortou o orçamento para a educação e nós estamos sem receber material", afirmou. "Tentaram demolir nossa escola para passar o Metrobus [corredor exclusivo para ônibus], mas nós, junto com a comunidade, conseguimos impedir." O físico Juan Pablo Paz, vencedor do prêmio cientista nacional deste ano, também discursou e afirmou que "não dá no mesmo" votar em Macri ou em Scioli. "Hoje há desemprego zero entre os profissionais da física, da química. Quero viver neste país e quero que este seja o país dos meus filhos", afirmou. Feitos como o lançamento de dois satélites e a promessa de construir duas usinas nucleares (em acordo assinado com a China há poucos dias) fazem com que a comunidade científica penda a favor do governo nesta eleição. SEM CRISTINA Mas é fora da comunidade científica que Scioli precisa conquistar votos, dos mais de 60% dos eleitores que não votaram no governista no primeiro turno eleitoral. Na primeira etapa, Scioli marcou 37%, ante 34% de Macri. Seus aliados afirmam que, para tanto, o candidato governistai deverá aparecer sozinho, longe da presidente Cristina Kirchner, nesta reta final. Seu fechamento de campanha deverá ter eventos nas cidades de La Matanza e Mar del Plata, ambas na província de Buenos Aires, onde governa, mas obteve menos votos do que o esperado. Um político peronista ligado a Scioli afirmou que Cristina não quer "tapar" a candidatura de Scioli neste momento e que seria positivo que ficasse no banco de reservas nestes dias. Há rumores, ainda não confirmados pela Casa Rosada, de que a presidente pode fazer um pronunciamento público na próxima sexta (20). Candidato, Scioli já não poderia participar, uma vez que não pode aparecer em comícios a partir das 8h da manhã de sexta, de acordo com a legislação eleitoral argentina.
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Scioli cai na estrada para tentar reverter desvantagem eleitoralO candidato governista à Presidência da Argentina, Daniel Scioli, caiu na estrada nestes últimos dias de campanha eleitoral antes do segundo turno, no próximo domingo (22). Em desvantagem nas pesquisas de intenção de voto, Scioli tenta capturar votos no interior e em regiões de tradição peronista (corrente política da qual faz parte). Na segunda, percorreu o norte do país. Nesta terça (17) viajou para três províncias: Córdoba, Mendoza e San Juan. Tentando administrar a vantagem, Macri se limitou a dar entrevistas a veículos locais. Na terça, antes da viagem ao interior, Scioli reuniu cientistas e reitores de universidades públicas em ato em Buenos Aires em favor de sua candidatura. Uma professora do ensino básico da capital, governada pelo opositor Mauricio Macri, foi convidada a discursar e tratou de falar mal do rival de Scioli. "Macri cortou o orçamento para a educação e nós estamos sem receber material", afirmou. "Tentaram demolir nossa escola para passar o Metrobus [corredor exclusivo para ônibus], mas nós, junto com a comunidade, conseguimos impedir." O físico Juan Pablo Paz, vencedor do prêmio cientista nacional deste ano, também discursou e afirmou que "não dá no mesmo" votar em Macri ou em Scioli. "Hoje há desemprego zero entre os profissionais da física, da química. Quero viver neste país e quero que este seja o país dos meus filhos", afirmou. Feitos como o lançamento de dois satélites e a promessa de construir duas usinas nucleares (em acordo assinado com a China há poucos dias) fazem com que a comunidade científica penda a favor do governo nesta eleição. SEM CRISTINA Mas é fora da comunidade científica que Scioli precisa conquistar votos, dos mais de 60% dos eleitores que não votaram no governista no primeiro turno eleitoral. Na primeira etapa, Scioli marcou 37%, ante 34% de Macri. Seus aliados afirmam que, para tanto, o candidato governistai deverá aparecer sozinho, longe da presidente Cristina Kirchner, nesta reta final. Seu fechamento de campanha deverá ter eventos nas cidades de La Matanza e Mar del Plata, ambas na província de Buenos Aires, onde governa, mas obteve menos votos do que o esperado. Um político peronista ligado a Scioli afirmou que Cristina não quer "tapar" a candidatura de Scioli neste momento e que seria positivo que ficasse no banco de reservas nestes dias. Há rumores, ainda não confirmados pela Casa Rosada, de que a presidente pode fazer um pronunciamento público na próxima sexta (20). Candidato, Scioli já não poderia participar, uma vez que não pode aparecer em comícios a partir das 8h da manhã de sexta, de acordo com a legislação eleitoral argentina.
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Advogada pede para ex-presidente da Conmebol cumprir prisão domiciliar
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Karen Pintos, advogada do uruguaio Eugenio Figueredo, 83, ex-presidente da Conmebol, afirmou que vai lutar para que seu cliente cumpra prisão domiciliar. Figueredo retornou à prisão no último sábado (26) após sofrer um mal-estar e ser encaminhado a um hospital de Montevidéu para se tratar. "Os requisitos que a lei exige para a prisão domiciliar são a idade e a doença", disse a advogada ao jornal "El País". O ex-dirigente já passou por três cirurgias no coração. Ela já havia solicitado que seu cliente respondesse o processo em prisão domiciliar, mas teve o pedido negado pela justiça até o momento. O ex-dirigente está sendo julgado por crimes de fraude e lavagem de dinheiro no Uruguai, já que movimentava esse dinheiro no país. As penas previstas no código penal uruguaio para os crimes citados são de 2 a 15 anos de prisão. Figueredo, que foi extraditado da Suíça a pedido do Uruguai, chegou ao país sul-americano na quinta-feira e depôs durante várias horas perante à justiça uruguaia. No depoimento, reconheceu que existe corrupção na entidade que rege o futebol sul-americano, segundo comunicado do promotor que pediu a prisão do dirigente no Uruguai. Figueredo "reconhece que são evidentes as movimentações indevidas de dinheiro na Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol] e, pelos contratos que assinava, ao assumir o cargo de presidente, procurou 'legalizar' o 'dinheiro sujo' que dividiam" em "uma rede de corrupção que arruinou o futebol sul-americano, uma impunidade que se manteve durante décadas", escreveu o promotor Juan Gómez em seu primeiro comunicado sobre o caso O uruguaio foi vice-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) entre 1993 e 2013, ano em que assumiu o cargo de presidente, e comandou a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entre 1997 e 2006. Também foi um dos vice-presidentes da Fifa. Ele estava detido na Suíça desde 27 de maio teve sua extradição solicitada pelo Uruguai após a explosão do escândalo de corrupção abala a entidade que comanda o futebol mundial.
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Advogada pede para ex-presidente da Conmebol cumprir prisão domiciliarKaren Pintos, advogada do uruguaio Eugenio Figueredo, 83, ex-presidente da Conmebol, afirmou que vai lutar para que seu cliente cumpra prisão domiciliar. Figueredo retornou à prisão no último sábado (26) após sofrer um mal-estar e ser encaminhado a um hospital de Montevidéu para se tratar. "Os requisitos que a lei exige para a prisão domiciliar são a idade e a doença", disse a advogada ao jornal "El País". O ex-dirigente já passou por três cirurgias no coração. Ela já havia solicitado que seu cliente respondesse o processo em prisão domiciliar, mas teve o pedido negado pela justiça até o momento. O ex-dirigente está sendo julgado por crimes de fraude e lavagem de dinheiro no Uruguai, já que movimentava esse dinheiro no país. As penas previstas no código penal uruguaio para os crimes citados são de 2 a 15 anos de prisão. Figueredo, que foi extraditado da Suíça a pedido do Uruguai, chegou ao país sul-americano na quinta-feira e depôs durante várias horas perante à justiça uruguaia. No depoimento, reconheceu que existe corrupção na entidade que rege o futebol sul-americano, segundo comunicado do promotor que pediu a prisão do dirigente no Uruguai. Figueredo "reconhece que são evidentes as movimentações indevidas de dinheiro na Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol] e, pelos contratos que assinava, ao assumir o cargo de presidente, procurou 'legalizar' o 'dinheiro sujo' que dividiam" em "uma rede de corrupção que arruinou o futebol sul-americano, uma impunidade que se manteve durante décadas", escreveu o promotor Juan Gómez em seu primeiro comunicado sobre o caso O uruguaio foi vice-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) entre 1993 e 2013, ano em que assumiu o cargo de presidente, e comandou a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entre 1997 e 2006. Também foi um dos vice-presidentes da Fifa. Ele estava detido na Suíça desde 27 de maio teve sua extradição solicitada pelo Uruguai após a explosão do escândalo de corrupção abala a entidade que comanda o futebol mundial.
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O Hofstetter e a faculdade
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O empresário Mario Richard Hofstetter, 57, está preocupado. Indeciso, tenta escolher o primeiro carro para seu filho, que em breve entrará na faculdade. No seu tempo, era diferente. Quando tinha 17 anos, em 1973, Hofstetter decidiu construir seu próprio automóvel. Inspirado nas linhas retas do Alfa Romeo Carabo e do Maserati Boomerang, ele desenhou e moldou em fibra de vidro uma carroceria a seu gosto, com direito a portas asas de gaivota que seguiam o estilo do Mercedes-Benz 300SL. Durante sete anos, Hofstetter trabalhou até tarde no carro, como um hobby. Desenhou as rodas, soldou chassis, fez os moldes para a fibra. Arrumou um motor de Cosworth-Hart de um Fórmula 2 e um câmbio Hewland. Após a instalação, o conjunto acabou não funcionando para rua, pois trabalhava a elevados 12 mil giros. Mas o protótipo atraía tantos potenciais compradores que fez parecer que seria viável fabricá-lo. Com chassis próprio (tubular em formato de espinha dorsal), o carro recebeu então um motor Volkswagen AP 1.8, com turbo e 150 cv. Isso fazia o esportivo passar dos 200 km/h. O carro tinha painel digital, ar-condicionado (obrigatório devido à falta de janelas), um exaustor que era ligado ao se puxar o cinzeiro, faróis escamoteáveis e portas com acionamento por botão. Foi o maior sucesso de mídia do Salão do Automóvel de 1984. Havia fila para ver o carro, que ofuscou lançamentos de montadoras maiores. Em dois anos, começou a fabricação em um galpão na Vila Olímpia (zona oeste de São Paulo). Os custos, no entanto, eram muito altos: o carro era vendido por cerca de US$ 70 mil. Foram fabricadas apenas 18 unidades até 1991. Hofstetter não se arrepende de nada, pois aprendeu muito fazendo seu carro. Seu pai brincava que, se tivesse pago uma universidade lá fora, teria saído mais caro -e o filho não teria adquirido tanto conhecimento.
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colunas
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O Hofstetter e a faculdadeO empresário Mario Richard Hofstetter, 57, está preocupado. Indeciso, tenta escolher o primeiro carro para seu filho, que em breve entrará na faculdade. No seu tempo, era diferente. Quando tinha 17 anos, em 1973, Hofstetter decidiu construir seu próprio automóvel. Inspirado nas linhas retas do Alfa Romeo Carabo e do Maserati Boomerang, ele desenhou e moldou em fibra de vidro uma carroceria a seu gosto, com direito a portas asas de gaivota que seguiam o estilo do Mercedes-Benz 300SL. Durante sete anos, Hofstetter trabalhou até tarde no carro, como um hobby. Desenhou as rodas, soldou chassis, fez os moldes para a fibra. Arrumou um motor de Cosworth-Hart de um Fórmula 2 e um câmbio Hewland. Após a instalação, o conjunto acabou não funcionando para rua, pois trabalhava a elevados 12 mil giros. Mas o protótipo atraía tantos potenciais compradores que fez parecer que seria viável fabricá-lo. Com chassis próprio (tubular em formato de espinha dorsal), o carro recebeu então um motor Volkswagen AP 1.8, com turbo e 150 cv. Isso fazia o esportivo passar dos 200 km/h. O carro tinha painel digital, ar-condicionado (obrigatório devido à falta de janelas), um exaustor que era ligado ao se puxar o cinzeiro, faróis escamoteáveis e portas com acionamento por botão. Foi o maior sucesso de mídia do Salão do Automóvel de 1984. Havia fila para ver o carro, que ofuscou lançamentos de montadoras maiores. Em dois anos, começou a fabricação em um galpão na Vila Olímpia (zona oeste de São Paulo). Os custos, no entanto, eram muito altos: o carro era vendido por cerca de US$ 70 mil. Foram fabricadas apenas 18 unidades até 1991. Hofstetter não se arrepende de nada, pois aprendeu muito fazendo seu carro. Seu pai brincava que, se tivesse pago uma universidade lá fora, teria saído mais caro -e o filho não teria adquirido tanto conhecimento.
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Mercosul não pode punir Venezuela por presos políticos, diz kirchnerista
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Aliado do candidato a presidente da situação Daniel Scioli, o ex-ministro da Educação Daniel Filmus afirmou nesta terça (17) que a Argentina não pode acionar a cláusula democrática do Mercosul contra a Venezuela, como planeja o opositor Mauricio Macri. Líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da Argentina, Macri vem afirmando que, se eleito, vai pressionar o bloco para aplicar sanções sobre o governo de Nicolás Maduro contra as prisões dos políticos Leopoldo López e Antonio Ledezma. De orientação de centro-direita, Macri faz oposição ao governo de Cristina Kirchner, mais alinhada às lideranças de esquerda e bolivarianas da região. Ex-titular da Comissão de Assuntos Exteriores do Senado argentina (entre 2007 e 2013) e hoje funcionário da diplomacia argentina, Filmus, que chefiou o Ministério da Educação na gestão Néstor Kirchner (2003-2007), deve ocupar a vaga de ministro de Ciência e Tecnologia de Daniel Scioli, se o político vencer a disputa pela Casa Rosada no próximo domingo (22). Segundo ele, Macri está mal informado sobre as regras que regem o Mercosul. "O Mercosul pode intervir em casos como o do Paraguai, quando se rompe a institucionalidade", afirmou, referindo-se à suspensão do país do bloco em 2012, após o impeachment de Fernando Lugo. "Voltaram as eleições no Paraguai e o país voltou a integrar o bloco." "Imagine se o Mercosul interviesse na Argentina porque há suspeita de fraude eleitoral na Argentina? Não se pode intervir na política interna de um país. Só quando há uma ruptura da ordem institucional. Essa cláusula democrática não existe apenas no Mercosul, mas também na Unasul." Filmus afirmou que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) já vai enviar pessoas para acompanhar a eleição venezuelana, indicando ser o suficiente em termos de influência externa sobre o que ocorre no país. "Políticos presos há em muitos lugares, como em Cuba por exemplo. Mas não podemos intervir na política interna. 192 países votaram a favor do fim do embargo americano a Cuba, mas ninguém votou no tema dos presos políticos", acrescentou. A Argentina e o Brasil têm evitado se pronunciar sobre as prisões de políticos na Venezuela.
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mundo
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Mercosul não pode punir Venezuela por presos políticos, diz kirchneristaAliado do candidato a presidente da situação Daniel Scioli, o ex-ministro da Educação Daniel Filmus afirmou nesta terça (17) que a Argentina não pode acionar a cláusula democrática do Mercosul contra a Venezuela, como planeja o opositor Mauricio Macri. Líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da Argentina, Macri vem afirmando que, se eleito, vai pressionar o bloco para aplicar sanções sobre o governo de Nicolás Maduro contra as prisões dos políticos Leopoldo López e Antonio Ledezma. De orientação de centro-direita, Macri faz oposição ao governo de Cristina Kirchner, mais alinhada às lideranças de esquerda e bolivarianas da região. Ex-titular da Comissão de Assuntos Exteriores do Senado argentina (entre 2007 e 2013) e hoje funcionário da diplomacia argentina, Filmus, que chefiou o Ministério da Educação na gestão Néstor Kirchner (2003-2007), deve ocupar a vaga de ministro de Ciência e Tecnologia de Daniel Scioli, se o político vencer a disputa pela Casa Rosada no próximo domingo (22). Segundo ele, Macri está mal informado sobre as regras que regem o Mercosul. "O Mercosul pode intervir em casos como o do Paraguai, quando se rompe a institucionalidade", afirmou, referindo-se à suspensão do país do bloco em 2012, após o impeachment de Fernando Lugo. "Voltaram as eleições no Paraguai e o país voltou a integrar o bloco." "Imagine se o Mercosul interviesse na Argentina porque há suspeita de fraude eleitoral na Argentina? Não se pode intervir na política interna de um país. Só quando há uma ruptura da ordem institucional. Essa cláusula democrática não existe apenas no Mercosul, mas também na Unasul." Filmus afirmou que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) já vai enviar pessoas para acompanhar a eleição venezuelana, indicando ser o suficiente em termos de influência externa sobre o que ocorre no país. "Políticos presos há em muitos lugares, como em Cuba por exemplo. Mas não podemos intervir na política interna. 192 países votaram a favor do fim do embargo americano a Cuba, mas ninguém votou no tema dos presos políticos", acrescentou. A Argentina e o Brasil têm evitado se pronunciar sobre as prisões de políticos na Venezuela.
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Idade do homem também afeta sucesso de reprodução assistida
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Não é só a mulher que precisa se preocupar com o avanço da idade caso deseje ter filhos. O tempo é implacável com os homens. É o que sugere pesquisa apresentada nessa terça-feira (4) em Genebra, na Suíça, durante a 33ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia. O estudo, liderado pela especialista em biologia reprodutiva Laura Dodge, do Centro Médico Diaconista Beth Israel e da Escola de Medicina de Harvard, dos Estados Unidos, mostra que a idade do homem tem importante influência no sucesso de tratamentos de fertilização in vitro. Foram analisados 19 mil ciclos de fertilização in vitro realizados por 7.753 casais em uma clínica de reprodução assistida na região de Boston, nos EUA, entre 2000 e 2014. As mulheres e os homens foram divididos em diferentes grupos etários: menos de 30 anos, de 30 a 35 anos, de 35 a 40 anos e 40 a 42 anos. No caso dos homens também foi criado um grupo para quem tinha mais de 42 anos. Avaliou-se, então, a taxa de fertilizações bem-sucedidas envolvendo a combinação destes grupos. Para mulheres de até 40 anos, quanto mais velho o homem, menor era a taxa de fertilizações bem-sucedidas. A associação de mulheres com menos de 30 anos com homens com idades entre 40 e 42 anos, por exemplo, levou a uma taxa de nascimento de apenas 42%. Quando estes parceiros tinham de 30 a 35 anos, contudo, a taxa subiu para 73%. Isso também foi verificado nos grupos de mulheres com idades entre 35 e 40 anos. A associação com homens de menos de 30 anos resultou em uma taxa de 70%, ante 54% nos casos de homens de 30 a 35 anos (aumento de 30%). O estudo apontou a mutação e aumento progressivo de danos no DNA dos espermatozoides ao longo dos anos e o menor número de espermatozoides em homens mais velhos como alguns dos fatores que podem explicar essa relação entre o avanço da idade e a menor fertilidade masculina. "Com o passar do tempo, a quantidade de espermatozoides diminui e também a qualidade, causando um impacto negativo nas taxas de gravidez dos tratamentos de reprodução humana", explica Giuliano Bedoschi, especialista em reprodução humana, que esteve na apresentação do estudo em Genebra. Como esperado, a menor taxa de fecundação ocorreu quando foram envolvidas mulheres de 40 a 42 anos, independentemente da idade do parceiro. MULHERES Avaliando apenas o efeito da idade em cada um dos gêneros, independente da associação com o sexo oposto, o estudo confirmou, entretanto, o fato de que o avanço da idade tem um efeito maior nas mulheres do que nos homens. Óvulos de mulheres entre 40 e 42 anos têm 46% menos chances de serem fecundados do que os de mulheres com menos de 30 anos. Entre os homens, a redução desta taxa envolvendo homens destas mesmas idades foi de 20%. Para Bedoschi, o próximo passo é estudar outros grupos de pacientes, como os que engravidam de maneira natural. "Não podemos extrapolar esses achados para todos os grupos, mas não ficaria surpreso com achados semelhantes em casais que engravidam naturalmente", diz.
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equilibrioesaude
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Idade do homem também afeta sucesso de reprodução assistidaNão é só a mulher que precisa se preocupar com o avanço da idade caso deseje ter filhos. O tempo é implacável com os homens. É o que sugere pesquisa apresentada nessa terça-feira (4) em Genebra, na Suíça, durante a 33ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia. O estudo, liderado pela especialista em biologia reprodutiva Laura Dodge, do Centro Médico Diaconista Beth Israel e da Escola de Medicina de Harvard, dos Estados Unidos, mostra que a idade do homem tem importante influência no sucesso de tratamentos de fertilização in vitro. Foram analisados 19 mil ciclos de fertilização in vitro realizados por 7.753 casais em uma clínica de reprodução assistida na região de Boston, nos EUA, entre 2000 e 2014. As mulheres e os homens foram divididos em diferentes grupos etários: menos de 30 anos, de 30 a 35 anos, de 35 a 40 anos e 40 a 42 anos. No caso dos homens também foi criado um grupo para quem tinha mais de 42 anos. Avaliou-se, então, a taxa de fertilizações bem-sucedidas envolvendo a combinação destes grupos. Para mulheres de até 40 anos, quanto mais velho o homem, menor era a taxa de fertilizações bem-sucedidas. A associação de mulheres com menos de 30 anos com homens com idades entre 40 e 42 anos, por exemplo, levou a uma taxa de nascimento de apenas 42%. Quando estes parceiros tinham de 30 a 35 anos, contudo, a taxa subiu para 73%. Isso também foi verificado nos grupos de mulheres com idades entre 35 e 40 anos. A associação com homens de menos de 30 anos resultou em uma taxa de 70%, ante 54% nos casos de homens de 30 a 35 anos (aumento de 30%). O estudo apontou a mutação e aumento progressivo de danos no DNA dos espermatozoides ao longo dos anos e o menor número de espermatozoides em homens mais velhos como alguns dos fatores que podem explicar essa relação entre o avanço da idade e a menor fertilidade masculina. "Com o passar do tempo, a quantidade de espermatozoides diminui e também a qualidade, causando um impacto negativo nas taxas de gravidez dos tratamentos de reprodução humana", explica Giuliano Bedoschi, especialista em reprodução humana, que esteve na apresentação do estudo em Genebra. Como esperado, a menor taxa de fecundação ocorreu quando foram envolvidas mulheres de 40 a 42 anos, independentemente da idade do parceiro. MULHERES Avaliando apenas o efeito da idade em cada um dos gêneros, independente da associação com o sexo oposto, o estudo confirmou, entretanto, o fato de que o avanço da idade tem um efeito maior nas mulheres do que nos homens. Óvulos de mulheres entre 40 e 42 anos têm 46% menos chances de serem fecundados do que os de mulheres com menos de 30 anos. Entre os homens, a redução desta taxa envolvendo homens destas mesmas idades foi de 20%. Para Bedoschi, o próximo passo é estudar outros grupos de pacientes, como os que engravidam de maneira natural. "Não podemos extrapolar esses achados para todos os grupos, mas não ficaria surpreso com achados semelhantes em casais que engravidam naturalmente", diz.
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Cunha diz que não manterá pedido de impeachment na gaveta
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou as redes sociais para reiterar que, num eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, caberá a ele apenas aceitar ou rejeitar o pedido de instauração do processo. "Não tenho qualquer outro papel que não seja esse. Os que falam gostariam que eu mantivesse (a representação pela abertura do impeachment) na gaveta, e isso não ocorrerá. A minha obrigação é despachar", escreveu. Cunha reafirmou sua posição em sua conta no Twitter, ao comentar reportagem da Folha publicada neste domingo. A matéria revela que auxiliares de Dilma estão se preparando para reagir, caso o presidente da Câmara se movimente para viabilizar a análise do impeachment na Casa. "Acho engraçado que ficam achando conspiração em tudo. Se eu aceitar (o pedido de instauração) é porque estou viabilizando e, se rejeitar, também estou viabilizando", criticou. VETOS Pela mesma rede social, o deputado peemedebista negou estar articulando para esvaziar a sessão do Congresso marcada para a próxima terça-feira de manhã, em que está prevista a apreciação dos vetos presidenciais, como mostrou outra reportagem da Folha deste domingo. Dilma vetou, entre outros tópicos da reforma política, o que permite a empresas privadas doarem a campanhas políticas. Cunha, defensor das doações por pessoas jurídicas, argumentou que, agora, é indiferente a data em que o Congresso irá apreciar esse veto. "O prazo para se alterar a lei eleitoral para valer nas próximas eleições se esgotou na sexta, dia 2. Agora, tanto faz. Votar os vetos da reforma política na semana que vem ou daqui a 30 dias nada muda", afirmou. BOICOTE O parlamentar fluminense comentou ainda o mais recente capítulo do imbróglio: ao serem informados de que o veto ao financiamento por empresas não estaria na pauta, os deputados boicotaram a sessão do Congresso em que seriam discutidas outras canetadas presidenciais. "Na semana passada, a decisão dos líderes da Câmara foi de não ter a sessão (do Congresso), em função de se querer apreciar os dois vetos da reforma política –o veto ao financiamento e o veto ao voto impresso", sustentou Cunha, adiantando que se dispõe a apreciar os vetos na terça-feira. O presidente da Câmara também aproveitou para, mais uma vez, criticar o Senado e, indiretamente, o presidente da Casa vizinha, Renan Calheiros (PMDB-AL). "E nunca é demais lembrar que a chamada pauta bomba (projetos que geram aumento de despesas para o governo) do reajuste do Judiciário não foi criada pela Câmara e, sim, pelo Senado, que votou unânime", disparou.
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poder
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Cunha diz que não manterá pedido de impeachment na gavetaO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou as redes sociais para reiterar que, num eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, caberá a ele apenas aceitar ou rejeitar o pedido de instauração do processo. "Não tenho qualquer outro papel que não seja esse. Os que falam gostariam que eu mantivesse (a representação pela abertura do impeachment) na gaveta, e isso não ocorrerá. A minha obrigação é despachar", escreveu. Cunha reafirmou sua posição em sua conta no Twitter, ao comentar reportagem da Folha publicada neste domingo. A matéria revela que auxiliares de Dilma estão se preparando para reagir, caso o presidente da Câmara se movimente para viabilizar a análise do impeachment na Casa. "Acho engraçado que ficam achando conspiração em tudo. Se eu aceitar (o pedido de instauração) é porque estou viabilizando e, se rejeitar, também estou viabilizando", criticou. VETOS Pela mesma rede social, o deputado peemedebista negou estar articulando para esvaziar a sessão do Congresso marcada para a próxima terça-feira de manhã, em que está prevista a apreciação dos vetos presidenciais, como mostrou outra reportagem da Folha deste domingo. Dilma vetou, entre outros tópicos da reforma política, o que permite a empresas privadas doarem a campanhas políticas. Cunha, defensor das doações por pessoas jurídicas, argumentou que, agora, é indiferente a data em que o Congresso irá apreciar esse veto. "O prazo para se alterar a lei eleitoral para valer nas próximas eleições se esgotou na sexta, dia 2. Agora, tanto faz. Votar os vetos da reforma política na semana que vem ou daqui a 30 dias nada muda", afirmou. BOICOTE O parlamentar fluminense comentou ainda o mais recente capítulo do imbróglio: ao serem informados de que o veto ao financiamento por empresas não estaria na pauta, os deputados boicotaram a sessão do Congresso em que seriam discutidas outras canetadas presidenciais. "Na semana passada, a decisão dos líderes da Câmara foi de não ter a sessão (do Congresso), em função de se querer apreciar os dois vetos da reforma política –o veto ao financiamento e o veto ao voto impresso", sustentou Cunha, adiantando que se dispõe a apreciar os vetos na terça-feira. O presidente da Câmara também aproveitou para, mais uma vez, criticar o Senado e, indiretamente, o presidente da Casa vizinha, Renan Calheiros (PMDB-AL). "E nunca é demais lembrar que a chamada pauta bomba (projetos que geram aumento de despesas para o governo) do reajuste do Judiciário não foi criada pela Câmara e, sim, pelo Senado, que votou unânime", disparou.
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Micale faz primeiro coletivo na seleção e escala Gabriel, Neymar e Gabriel Jesus
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SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS O técnico Rogério Micale escalou um time ofensivo no seu primeiro coletivo da seleção brasileira olímpica durante a preparação para a disputa dos Jogos Olímpicos. Ele armou a equipe com Gabriel Jesus e Gabriel ao lado de Neymar no ataque. O treinador ainda posicionou o meia Felipe Anderson mais adiantado e próximo dos atacantes. Nesta quarta (20), Tite visitou o centro de treinamento da seleção e disse que pretendia ver os três no ataque. O treinador da seleção principal é conselheiro de Micale durante a disputa do evento. Os volantes Rodrigo Dourado e Thiago Maia completaram o meio de campo, enquanto na defesa, o treinador escalou Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos, além do goleiro Fernando Prass. Com isso, Micale pretende tirar proveito por jogar no Brasil e vai armar uma equipe agressiva no torneio. Antes da competição, a equipe brasileira ainda deve ter Renato Augusto entre os titulares. O ex-corintiano só se apresentará a Micale no dia 27, quando a seleção chegará em Goiânia. Assim, Maia deverá perder a posição. No dia 30, a equipe enfrentará o Japão, no Serra Dourada, no primeiro e último amistoso da preparação. CONVERSA COM NEYMAR No final do treino, Neymar e Micale conversaram por cerca de cinco minutos no centro do gramado sobre o ensaio tático da equipe. Depois, o atacante tirou foto com torcedores e pegou até criança no colo. Já o meia Rafinha ficou de fora do coletivo. Ele se recupera de uma lesão muscular na coxa direita. O jogador do Barcelona realizou exercícios físicos no gramado. Nesta quinta (21), Marquinhos se apresentou na Granja Comary e participou normalmente do coletivo. A seleção brasileira estreia contra a África do Sul, dia 4, em Brasília.
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esporte
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Micale faz primeiro coletivo na seleção e escala Gabriel, Neymar e Gabriel Jesus
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS O técnico Rogério Micale escalou um time ofensivo no seu primeiro coletivo da seleção brasileira olímpica durante a preparação para a disputa dos Jogos Olímpicos. Ele armou a equipe com Gabriel Jesus e Gabriel ao lado de Neymar no ataque. O treinador ainda posicionou o meia Felipe Anderson mais adiantado e próximo dos atacantes. Nesta quarta (20), Tite visitou o centro de treinamento da seleção e disse que pretendia ver os três no ataque. O treinador da seleção principal é conselheiro de Micale durante a disputa do evento. Os volantes Rodrigo Dourado e Thiago Maia completaram o meio de campo, enquanto na defesa, o treinador escalou Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos, além do goleiro Fernando Prass. Com isso, Micale pretende tirar proveito por jogar no Brasil e vai armar uma equipe agressiva no torneio. Antes da competição, a equipe brasileira ainda deve ter Renato Augusto entre os titulares. O ex-corintiano só se apresentará a Micale no dia 27, quando a seleção chegará em Goiânia. Assim, Maia deverá perder a posição. No dia 30, a equipe enfrentará o Japão, no Serra Dourada, no primeiro e último amistoso da preparação. CONVERSA COM NEYMAR No final do treino, Neymar e Micale conversaram por cerca de cinco minutos no centro do gramado sobre o ensaio tático da equipe. Depois, o atacante tirou foto com torcedores e pegou até criança no colo. Já o meia Rafinha ficou de fora do coletivo. Ele se recupera de uma lesão muscular na coxa direita. O jogador do Barcelona realizou exercícios físicos no gramado. Nesta quinta (21), Marquinhos se apresentou na Granja Comary e participou normalmente do coletivo. A seleção brasileira estreia contra a África do Sul, dia 4, em Brasília.
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Com políticos, grupo faz ato contra o governo Temer no Rio
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Manifestantes se reúnem na noite desta sexta (13) diante da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, centro da cidade, para protestar contra o presidente interino Michel Temer (PMDB). Com gritos de "Temer Jamais", deputados estaduais, federais e vereadores de partidos como PSOL, PT e PC do B também estivam presentes e convocavam as pessoas da praça. "Aquela foto do novo ministério era a foto do Brasil colônia: dos brancos, ricos e donos de gado e terra. Os sem-voto não passarão", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). "O PMDB sempre foi nosso inimigo. Se faltou jovem, mulher e negro, aqui não falta", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), colunista da Folha. Deputado Marcelo Freixo discursa ao lado de Chico Alecar e Jean Wyllys O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também esteve presente. Em seus discursos, os políticos lembraram o fim do Ministério da Cultura e a ocupação por estudantes de escolas públicas estaduais – atualmente, cerca de 70 escolas estão ocupadas na cidade. Entre os manifestantes, muitos jovens, alguns com camisas vermelhas, outros com bandeiras com o nome da presidente afastada, Dilma Rousseff. Pouco antes do fim do protesto, manifestantes queimaram um boneco que representava o presidente interino Michel Temer. O boneco colado a ele um cartaz com a inscrição: "Temer Golpista". "Fascistas, golpistas, não passarão", foi um dos gritos mais ouvidos entre os manifestantes. Os organizadores estimaram 5.000 presentes; a Polícia Militar do Rio não divulga estimativas. Após o ato, os manifestantes passaram a cantar sambas na praça da Cinelândia, diante da Câmara Municipal do Rio e próximo ao Teatro Municipal. As pessoas deixam o local de forma tranquila e até o momento a Polícia Militar não registrou qualquer incidente.
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Com políticos, grupo faz ato contra o governo Temer no RioManifestantes se reúnem na noite desta sexta (13) diante da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, centro da cidade, para protestar contra o presidente interino Michel Temer (PMDB). Com gritos de "Temer Jamais", deputados estaduais, federais e vereadores de partidos como PSOL, PT e PC do B também estivam presentes e convocavam as pessoas da praça. "Aquela foto do novo ministério era a foto do Brasil colônia: dos brancos, ricos e donos de gado e terra. Os sem-voto não passarão", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). "O PMDB sempre foi nosso inimigo. Se faltou jovem, mulher e negro, aqui não falta", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), colunista da Folha. Deputado Marcelo Freixo discursa ao lado de Chico Alecar e Jean Wyllys O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também esteve presente. Em seus discursos, os políticos lembraram o fim do Ministério da Cultura e a ocupação por estudantes de escolas públicas estaduais – atualmente, cerca de 70 escolas estão ocupadas na cidade. Entre os manifestantes, muitos jovens, alguns com camisas vermelhas, outros com bandeiras com o nome da presidente afastada, Dilma Rousseff. Pouco antes do fim do protesto, manifestantes queimaram um boneco que representava o presidente interino Michel Temer. O boneco colado a ele um cartaz com a inscrição: "Temer Golpista". "Fascistas, golpistas, não passarão", foi um dos gritos mais ouvidos entre os manifestantes. Os organizadores estimaram 5.000 presentes; a Polícia Militar do Rio não divulga estimativas. Após o ato, os manifestantes passaram a cantar sambas na praça da Cinelândia, diante da Câmara Municipal do Rio e próximo ao Teatro Municipal. As pessoas deixam o local de forma tranquila e até o momento a Polícia Militar não registrou qualquer incidente.
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'Bon vivant' confessa e aparentemente coopera com autoridades no caso Fifa
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Em seu quarto em um hospital de New York, Chuck Blazer, ex-representante da Fifa nos Estados Unidos, estava verificando e-mails no celular, quarta-feira (27) de manhã, e parecia um homem muito diferente do bon vivant do futebol que um dia teve enorme apetite por jantares caros, viagens de luxo, vida extravagante e, de acordo com as autoridades federais norte-americanas, a busca corrupta do enriquecimento pessoal. Em seus dias mais afortunados, Blazer chegava até a circular levando um papagaio no ombro. Ele mantinha dois apartamentos no Trump Tower de Manhattan, um para ele e o segundo como escritório ocasionalmente ocupado por seus gatos. Seu pendor por receber comissões como intermediário de transações futebolísticas lhe valeu o apelido "Mr. 10 Percent" ("Sr. Dez por Cento"). Agora, no quarto de hospital, ele parecia pálido, e sua barba desgrenhada e longos cabelos estão brancos. Na manhã da quarta, autoridades federais dos Estados Unidos haviam anunciado que Blazer havia admitido culpa por dez acusações, entre as quais extorsão, fraude telegráfica, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, como parte de uma ampla investigação sobre a corrupção descontrolada do futebol internacional. No mesmo dia, a polícia prendeu sete executivos do futebol –incluindo o ex-presidente da Fifa José Maria Marin– que participariam de um congresso da Fifa. A admissão de culpa foi feita em 25 de novembro de 2013, momento em que Blazer pagou US$ 1,9 milhão em penalidades, segundo as autoridades. Ele concordou em pagar uma segunda quantia a ser determinada no momento da sentença. Agora, Blazer pode ser sentenciado a até dez anos de prisão por não declarar contas bancárias no exterior, e a outros cinco anos por sonegação de impostos. Diante de suas dificuldades judiciais, Blazer aparentemente decidiu cooperar com as autoridades como informante que ajudou a conduzir os investigadores pelo mundo obscuro do futebol internacional e ajudou a preparar o indiciamento de 13 outros executivos de marketing e futebol. Mas ele tinha pouco a dizer sobre qualquer dessas coisas. "Não posso falar", murmurou. Perguntado se estava sofrendo de câncer no cólon, ele disse que "não, isso passou", e apontou na direção do abdome, como que mencionando outra cirurgia, sem identificá-la. Perguntado sobre suas chances de recuperação, ele respondeu com um gesto que parecia indicar otimismo. Em conversa telefônica, uma integrante de sua equipe de advogados, Mary Mulligan, se limitou a dizer "sem comentário". ALTO ESCALÃO Pai de crianças que jogavam futebol em Westchester, Nova York, e empresário que conquistou o sucesso como dono de uma empresa que fabricava buttons com faces amarelas sorridentes, Blazer ascendeu aos mais altos escalões do futebol internacional, como um homem corpulento, gregário e carismático, dono de um papagaio chamado Max. De abril de 1990 as dezembro de 2011, Blazer foi secretário geral, ou segundo em comando, da Concacaf, a organização que comanda o futebol na América do Norte, América Central e Caribe. De 1997 a 2013, ele foi membro do comitê executivo da Fifa, a organização que controla o futebol mundial, e jamais foi um sujeito tímido e acanhado. Mas havia um lado mais sombrio nas atividades de Blazer, de acordo com o indiciamento federal contra ele. O indiciamento acusa Blazer e outros conspiradores de enriquecimento ilícito por meio de pagamentos ilegais, propinas, subornos e outros esquemas de ganho, não especificados. Houve transferências maciças de dinheiro, realizadas irregularmente e ocultas por companhias de fachada e contas bancárias em paraísos fiscais, de acordo com o indiciamento. Centenas de milhares de dólares em subornos e propinas foram transferidos a contas controladas por Blazer de uma companhia sul-americana que buscava adquirir direitos de mídia e marketing sobre a Copa Ouro, um torneio regional, de acordo com o indiciamento. ÁFRICA DO SUL Em 2004, antes da votação para selecionar o país-sede da Copa do Mundo de 2010, Blazer conspirou com dois outros dirigentes de primeiro escalão do futebol e aceitou propina de US$ 1 milhão, de uma oferta de US$ 10 milhões feita pelo governo sul-africano em um esforço para comprar votos dos delegados da Fifa, de acordo com o indiciamento. Blazer votou pela África do Sul, que conquistou o direito de organizar a Copa do Mundo, o indiciamento afirma. Ele recebeu três pagamentos de valor total de US$ 750 mil de um cúmplice, mas "jamais recebeu a quantia restante do pagamento de US$ 1 milhão prometido". Na Concacaf, a organização que comanda o futebol regional, Blazer por muito tempo foi o braço direito do presidente Jack Warner, de Trinidad Tobago. Os dois se desentenderam em 2011, e Warner se retirou da Concacaf e da Fifa depois de ser acusado de envolvimento em um esquema de suborno antes da eleição presidencial da organização naquele ano. Warner foi um dos indiciados na quarta-feira. Em 2013, um relatório do comitê de integridade da Concacaf acusou Blazer e Warner de fraude e apropriação indébita de fundos. De 1996 a 2011, Blazer recebeu mais de US$ 20,6 milhões em pagamentos e comissões, honorários e pagamentos de aluguel da organização futebolística, muitos dos quais sem fiscalização ou autorização, segundo o relatório. David Simmons, que presidiu o Comitê de Integridade da Concacaf, definiu o relatório como "história triste e lamentável", e como um caso de "abuso de posto e poder" da parte de Blazer e Warner, que ajudaram a colocar a organização no azul mas "se enriqueceram explorando seus postos". Blazer deixou a Concacaf e a Fifa, mas sustenta que estava "perfeitamente satisfeito" por um "trabalho excelente", dizendo, certa vez, que "dediquei 21 anos a construir a confederação e seus torneios e renda, e sou o responsável pelo bom nível de renda que ela atingiu". OCULTAÇÃO DE RENDA Mas seus problemas não acabaram. Entre 2005 e 2010, Blazer não apresentou declarações de impostos, e tentou ocultar sua renda real do Serviço de Receita Federal dos Estados Unidos, de acordo com o indiciamento. Isso levou a um confronto incomum com as autoridades federais no final de 2011, descrito em novembro passado pelo "New York Daily News": Blazer estava rolando pela calçada em sua cadeira de rodas elétrica, a caminho de uma refeição no Elaine's, um famoso restaurante agora fechado, quando foi interceptado por um agente do Serviço Federal de Investigações (FBI) e um da Receita, que supostamente lhe disseram: "Você pode ir conosco agora, algemado; ou pode cooperar". Na metade do ano seguinte, reportou o "Daily News", Blazer foi equipado com um chaveiro dotado de microfone aos jogos olímpicos de Londres, e gravou suas conversas com dirigentes internacionais de futebol. Há quem possa considerar Blazer como quase um herói por suas denúncias. Mas outras pessoas foram menos generosas. Richard Weber, que comanda o departamento de investigação criminal da Receita norte-americana, disse que Blazer e outros estavam recebendo um "cartão vermelho" na "Copa do Mundo da fraude". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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esporte
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'Bon vivant' confessa e aparentemente coopera com autoridades no caso FifaEm seu quarto em um hospital de New York, Chuck Blazer, ex-representante da Fifa nos Estados Unidos, estava verificando e-mails no celular, quarta-feira (27) de manhã, e parecia um homem muito diferente do bon vivant do futebol que um dia teve enorme apetite por jantares caros, viagens de luxo, vida extravagante e, de acordo com as autoridades federais norte-americanas, a busca corrupta do enriquecimento pessoal. Em seus dias mais afortunados, Blazer chegava até a circular levando um papagaio no ombro. Ele mantinha dois apartamentos no Trump Tower de Manhattan, um para ele e o segundo como escritório ocasionalmente ocupado por seus gatos. Seu pendor por receber comissões como intermediário de transações futebolísticas lhe valeu o apelido "Mr. 10 Percent" ("Sr. Dez por Cento"). Agora, no quarto de hospital, ele parecia pálido, e sua barba desgrenhada e longos cabelos estão brancos. Na manhã da quarta, autoridades federais dos Estados Unidos haviam anunciado que Blazer havia admitido culpa por dez acusações, entre as quais extorsão, fraude telegráfica, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, como parte de uma ampla investigação sobre a corrupção descontrolada do futebol internacional. No mesmo dia, a polícia prendeu sete executivos do futebol –incluindo o ex-presidente da Fifa José Maria Marin– que participariam de um congresso da Fifa. A admissão de culpa foi feita em 25 de novembro de 2013, momento em que Blazer pagou US$ 1,9 milhão em penalidades, segundo as autoridades. Ele concordou em pagar uma segunda quantia a ser determinada no momento da sentença. Agora, Blazer pode ser sentenciado a até dez anos de prisão por não declarar contas bancárias no exterior, e a outros cinco anos por sonegação de impostos. Diante de suas dificuldades judiciais, Blazer aparentemente decidiu cooperar com as autoridades como informante que ajudou a conduzir os investigadores pelo mundo obscuro do futebol internacional e ajudou a preparar o indiciamento de 13 outros executivos de marketing e futebol. Mas ele tinha pouco a dizer sobre qualquer dessas coisas. "Não posso falar", murmurou. Perguntado se estava sofrendo de câncer no cólon, ele disse que "não, isso passou", e apontou na direção do abdome, como que mencionando outra cirurgia, sem identificá-la. Perguntado sobre suas chances de recuperação, ele respondeu com um gesto que parecia indicar otimismo. Em conversa telefônica, uma integrante de sua equipe de advogados, Mary Mulligan, se limitou a dizer "sem comentário". ALTO ESCALÃO Pai de crianças que jogavam futebol em Westchester, Nova York, e empresário que conquistou o sucesso como dono de uma empresa que fabricava buttons com faces amarelas sorridentes, Blazer ascendeu aos mais altos escalões do futebol internacional, como um homem corpulento, gregário e carismático, dono de um papagaio chamado Max. De abril de 1990 as dezembro de 2011, Blazer foi secretário geral, ou segundo em comando, da Concacaf, a organização que comanda o futebol na América do Norte, América Central e Caribe. De 1997 a 2013, ele foi membro do comitê executivo da Fifa, a organização que controla o futebol mundial, e jamais foi um sujeito tímido e acanhado. Mas havia um lado mais sombrio nas atividades de Blazer, de acordo com o indiciamento federal contra ele. O indiciamento acusa Blazer e outros conspiradores de enriquecimento ilícito por meio de pagamentos ilegais, propinas, subornos e outros esquemas de ganho, não especificados. Houve transferências maciças de dinheiro, realizadas irregularmente e ocultas por companhias de fachada e contas bancárias em paraísos fiscais, de acordo com o indiciamento. Centenas de milhares de dólares em subornos e propinas foram transferidos a contas controladas por Blazer de uma companhia sul-americana que buscava adquirir direitos de mídia e marketing sobre a Copa Ouro, um torneio regional, de acordo com o indiciamento. ÁFRICA DO SUL Em 2004, antes da votação para selecionar o país-sede da Copa do Mundo de 2010, Blazer conspirou com dois outros dirigentes de primeiro escalão do futebol e aceitou propina de US$ 1 milhão, de uma oferta de US$ 10 milhões feita pelo governo sul-africano em um esforço para comprar votos dos delegados da Fifa, de acordo com o indiciamento. Blazer votou pela África do Sul, que conquistou o direito de organizar a Copa do Mundo, o indiciamento afirma. Ele recebeu três pagamentos de valor total de US$ 750 mil de um cúmplice, mas "jamais recebeu a quantia restante do pagamento de US$ 1 milhão prometido". Na Concacaf, a organização que comanda o futebol regional, Blazer por muito tempo foi o braço direito do presidente Jack Warner, de Trinidad Tobago. Os dois se desentenderam em 2011, e Warner se retirou da Concacaf e da Fifa depois de ser acusado de envolvimento em um esquema de suborno antes da eleição presidencial da organização naquele ano. Warner foi um dos indiciados na quarta-feira. Em 2013, um relatório do comitê de integridade da Concacaf acusou Blazer e Warner de fraude e apropriação indébita de fundos. De 1996 a 2011, Blazer recebeu mais de US$ 20,6 milhões em pagamentos e comissões, honorários e pagamentos de aluguel da organização futebolística, muitos dos quais sem fiscalização ou autorização, segundo o relatório. David Simmons, que presidiu o Comitê de Integridade da Concacaf, definiu o relatório como "história triste e lamentável", e como um caso de "abuso de posto e poder" da parte de Blazer e Warner, que ajudaram a colocar a organização no azul mas "se enriqueceram explorando seus postos". Blazer deixou a Concacaf e a Fifa, mas sustenta que estava "perfeitamente satisfeito" por um "trabalho excelente", dizendo, certa vez, que "dediquei 21 anos a construir a confederação e seus torneios e renda, e sou o responsável pelo bom nível de renda que ela atingiu". OCULTAÇÃO DE RENDA Mas seus problemas não acabaram. Entre 2005 e 2010, Blazer não apresentou declarações de impostos, e tentou ocultar sua renda real do Serviço de Receita Federal dos Estados Unidos, de acordo com o indiciamento. Isso levou a um confronto incomum com as autoridades federais no final de 2011, descrito em novembro passado pelo "New York Daily News": Blazer estava rolando pela calçada em sua cadeira de rodas elétrica, a caminho de uma refeição no Elaine's, um famoso restaurante agora fechado, quando foi interceptado por um agente do Serviço Federal de Investigações (FBI) e um da Receita, que supostamente lhe disseram: "Você pode ir conosco agora, algemado; ou pode cooperar". Na metade do ano seguinte, reportou o "Daily News", Blazer foi equipado com um chaveiro dotado de microfone aos jogos olímpicos de Londres, e gravou suas conversas com dirigentes internacionais de futebol. Há quem possa considerar Blazer como quase um herói por suas denúncias. Mas outras pessoas foram menos generosas. Richard Weber, que comanda o departamento de investigação criminal da Receita norte-americana, disse que Blazer e outros estavam recebendo um "cartão vermelho" na "Copa do Mundo da fraude". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Espero que aconteça, diz Mayweather sobre luta com Pacquiao
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O boxeador americano Floyd Mayweather, 37, disse no domingo (15) que espera que a tão aguardada luta contra o filipino Manny Pacquiao, 36, aconteça, apesar de ainda não ter assinado o acordo para a realização do combate. "Não é verdade [que a luta já está programada]. Eu não assinei nada e ele não assinou nada. Isso é apenas especulação e rumor. Mas espero que possamos fazer essa luta acontecer", disse Mayweather em entrevista para o canal TNT durante o Jogo das Estrelas da NBA, em Nova York. Em janeiro deste ano, Pacquiao e o seu promotor, Bob Arum, aceitaram as condições para que o combate seja realizado no dia 2 de maio, em Las Vegas. Resta apenas saber se Mayweather, o atleta mais bem pago do mundo, vai aceitar o desafio. Arum disse que, quando o americano ver que tem a possibilidade de ganhar US$ 120 milhões (cerca de R$ 340 milhões), 60% da cota para os lutadores, não terá razão para rejeitar o combate. Além disso, uma recusa poderia ser vista como medo de perder para o filipino, que registra 57 vitórias, 38 delas por nocaute, cinco derrotas e dois empates. Mayweather, por sua vez, está invicto na carreira (são 47 lutas, 26 delas vencidas por nocaute). A luta entre os dois começou a ser cogitada em 2009, mas nunca aconteceu. De acordo com Arum, os representantes de Mayweather têm todas as informações sobre o conteúdo do contrato, mas ainda precisam aprová-lo. Já se fala também que o combate será promovido de forma conjunta pelas duas emissoras que possuem os direitos de transmissão dos pugilistas, a HBO, que tem os de Pacquiao, e a Showtime, que adquiriu os de Mayweather.
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esporte
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Espero que aconteça, diz Mayweather sobre luta com PacquiaoO boxeador americano Floyd Mayweather, 37, disse no domingo (15) que espera que a tão aguardada luta contra o filipino Manny Pacquiao, 36, aconteça, apesar de ainda não ter assinado o acordo para a realização do combate. "Não é verdade [que a luta já está programada]. Eu não assinei nada e ele não assinou nada. Isso é apenas especulação e rumor. Mas espero que possamos fazer essa luta acontecer", disse Mayweather em entrevista para o canal TNT durante o Jogo das Estrelas da NBA, em Nova York. Em janeiro deste ano, Pacquiao e o seu promotor, Bob Arum, aceitaram as condições para que o combate seja realizado no dia 2 de maio, em Las Vegas. Resta apenas saber se Mayweather, o atleta mais bem pago do mundo, vai aceitar o desafio. Arum disse que, quando o americano ver que tem a possibilidade de ganhar US$ 120 milhões (cerca de R$ 340 milhões), 60% da cota para os lutadores, não terá razão para rejeitar o combate. Além disso, uma recusa poderia ser vista como medo de perder para o filipino, que registra 57 vitórias, 38 delas por nocaute, cinco derrotas e dois empates. Mayweather, por sua vez, está invicto na carreira (são 47 lutas, 26 delas vencidas por nocaute). A luta entre os dois começou a ser cogitada em 2009, mas nunca aconteceu. De acordo com Arum, os representantes de Mayweather têm todas as informações sobre o conteúdo do contrato, mas ainda precisam aprová-lo. Já se fala também que o combate será promovido de forma conjunta pelas duas emissoras que possuem os direitos de transmissão dos pugilistas, a HBO, que tem os de Pacquiao, e a Showtime, que adquiriu os de Mayweather.
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Feriado suspende rodízio, lota estradas e altera serviços nesta 6ª em SP; veja
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O feriado prolongado vai alterar o funcionamento de alguns serviços na capital paulista nesta sexta-feira (14). O rodízio de veículos ficará suspenso e o movimento nas estradas deve ficar acima do normal, principalmente, pela manhã, já que 1,8 milhão de veículos devem deixar São Paulo. Entre os serviços que terão mudanças estão os bancos, Correios e Poupatempo, que não abrirão na Sexta-Feira Santa. Os shoppings funcionarão com horário de domingo e alguns mercados municipais terão seus horários de funcionamento reduzido. Os parques, no entanto, funcionarão normalmente (veja tabela abaixo). Já em relação ao trânsito, além do rodízio, também ficarão suspensas as restrições a fretados e caminhões –essas duas voltam a valer já no sábado (15), enquanto o rodízio retorna na segunda (17). As ciclofaixas de lazer, montadas normalmente aos domingos, também estarão em operação. Nas estradas, o movimento que já foi acima do normal na noite de quinta, deve se manter intenso até o início da tarde, segundo previsão das concessionárias das principais rodovias do Estado. Na Castello Branco, por exemplo, o tráfego acima da média é esperado até por volta das 16h. A frente fria que deixou o tempo nublado e provocou queda de temperaturas nos últimos dias deve se afastar, fazendo com que o tempo volte a melhorar a partir da tarde desta sexta. Não deve haver chuva e as temperaturas subirão de forma gradativa, até registrar máxima de 29°C no domingo de Páscoa. PREPARE-SE PARA O FERIADO - Confira a expectativa para as estradas a os piores horários para viajar PREPARE-SE PARA O FERIADO - Confira o que abre e fecha
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Feriado suspende rodízio, lota estradas e altera serviços nesta 6ª em SP; vejaO feriado prolongado vai alterar o funcionamento de alguns serviços na capital paulista nesta sexta-feira (14). O rodízio de veículos ficará suspenso e o movimento nas estradas deve ficar acima do normal, principalmente, pela manhã, já que 1,8 milhão de veículos devem deixar São Paulo. Entre os serviços que terão mudanças estão os bancos, Correios e Poupatempo, que não abrirão na Sexta-Feira Santa. Os shoppings funcionarão com horário de domingo e alguns mercados municipais terão seus horários de funcionamento reduzido. Os parques, no entanto, funcionarão normalmente (veja tabela abaixo). Já em relação ao trânsito, além do rodízio, também ficarão suspensas as restrições a fretados e caminhões –essas duas voltam a valer já no sábado (15), enquanto o rodízio retorna na segunda (17). As ciclofaixas de lazer, montadas normalmente aos domingos, também estarão em operação. Nas estradas, o movimento que já foi acima do normal na noite de quinta, deve se manter intenso até o início da tarde, segundo previsão das concessionárias das principais rodovias do Estado. Na Castello Branco, por exemplo, o tráfego acima da média é esperado até por volta das 16h. A frente fria que deixou o tempo nublado e provocou queda de temperaturas nos últimos dias deve se afastar, fazendo com que o tempo volte a melhorar a partir da tarde desta sexta. Não deve haver chuva e as temperaturas subirão de forma gradativa, até registrar máxima de 29°C no domingo de Páscoa. PREPARE-SE PARA O FERIADO - Confira a expectativa para as estradas a os piores horários para viajar PREPARE-SE PARA O FERIADO - Confira o que abre e fecha
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Odebrecht proíbe funcionários de fazer doação eleitoral
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BELA MEGALE DE BRASÍLIA MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO A Odebrecht enviou na quinta (1º) um comunicado proibindo os funcionários do grupo de fazer doações a candidatos nas eleições deste ano. A empresa lembra seus funcionários que doações de empresas para campanhas políticas estão proibidas no país. O veto foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado. "São vedadas quaisquer doações por integrantes com recursos direta ou indiretamente providos por empresas que integre a Organização Odebrecht, ou consórcio de que faça parte", diz a nota, que é assinada pelo presidente do grupo baiano Newton de Souza. Ele assumiu o cargo depois que Marcelo Odebrecht foi preso, em junho de 2015. O comunicado também proíbe que qualquer funcionário do grupo realize pagamentos e serviços que possam ter vínculos com campanhas eleitorais, como aluguel de espaços e equipamentos, meios de transportes de candidatos e suas equipes ou de gráficas e outras empresas envolvidas na área. A Odebrecht é um dos principais alvos da Operação Lava Jato. O ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, está preso há um ano e dois meses, sob acusação de comandar um esquema de pagamento de propinas para conseguir contratos em empresas estatais como a Petrobras e a Eletrobras. O grupo, o maior do país na área de construção e engenharia, negocia um acordo de delação premiada para reduzir as penas a seus executivos. A empresa já revelou no período de negociações que fez doações ilegais para PT, PMDB e PSDB, entre outros partidos. O acordo com a Odebrecht é considerado o mais bombástico da Lava Jato, pelo número de políticos que foram corrompidos pelo grupo. DOAÇÕES A Odebrecht faz parte das empreiteiras investigadas pela Lava Jato que despontavam como as maiores doadoras de campanhas do Brasil. Só para a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de 2014, Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia doaram juntas cerca de R$ 65 milhões. O segundo colocado no pleito, Aécio Neves (PSDB), recebeu em torno de R$ 34 milhões de Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão.
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Odebrecht proíbe funcionários de fazer doação eleitoralBELA MEGALE DE BRASÍLIA MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO A Odebrecht enviou na quinta (1º) um comunicado proibindo os funcionários do grupo de fazer doações a candidatos nas eleições deste ano. A empresa lembra seus funcionários que doações de empresas para campanhas políticas estão proibidas no país. O veto foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado. "São vedadas quaisquer doações por integrantes com recursos direta ou indiretamente providos por empresas que integre a Organização Odebrecht, ou consórcio de que faça parte", diz a nota, que é assinada pelo presidente do grupo baiano Newton de Souza. Ele assumiu o cargo depois que Marcelo Odebrecht foi preso, em junho de 2015. O comunicado também proíbe que qualquer funcionário do grupo realize pagamentos e serviços que possam ter vínculos com campanhas eleitorais, como aluguel de espaços e equipamentos, meios de transportes de candidatos e suas equipes ou de gráficas e outras empresas envolvidas na área. A Odebrecht é um dos principais alvos da Operação Lava Jato. O ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, está preso há um ano e dois meses, sob acusação de comandar um esquema de pagamento de propinas para conseguir contratos em empresas estatais como a Petrobras e a Eletrobras. O grupo, o maior do país na área de construção e engenharia, negocia um acordo de delação premiada para reduzir as penas a seus executivos. A empresa já revelou no período de negociações que fez doações ilegais para PT, PMDB e PSDB, entre outros partidos. O acordo com a Odebrecht é considerado o mais bombástico da Lava Jato, pelo número de políticos que foram corrompidos pelo grupo. DOAÇÕES A Odebrecht faz parte das empreiteiras investigadas pela Lava Jato que despontavam como as maiores doadoras de campanhas do Brasil. Só para a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de 2014, Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia doaram juntas cerca de R$ 65 milhões. O segundo colocado no pleito, Aécio Neves (PSDB), recebeu em torno de R$ 34 milhões de Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS e Queiroz Galvão.
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Dossiê de ONG denuncia Rio-2016 por violações a direitos humanos
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Os Jogos Olímpicos do Rio-2016 foram acusados de violar os direitos de crianças e adolescentes, de acordo com um relatório elaborado pela ONG Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do RJ, que analisa a ligação de megaeventos no Rio de Janeiro a violações dos direitos humanos. A quarta versão do relatório 'Jogos da Exclusão' – a primeira foi lançada em março de 2012 – detalha pontos de desrespeito ligados a questões de moradia, mobilidade, trabalho, esportes, meio ambiente, segurança pública, gênero, criança e adolescente, e informações e orçamento. Segundo o dossiê, 4.120 famílias perderam suas casas e outras 2.486 estão ameaçadas pela mesma situação como resultado do avanço de projetos de infraestrutura ligados aos Jogos e à Copa do Mundo de 2014. Como consequência, a ONG afirma que milhares de crianças foram realocadas e perderam, pelo menos temporariamente, acesso a educação, saúde e outros serviços. Segundo o dossiê, jovens foram vítimas de violência policial e do Exército, remoções, exploração sexual e trabalho escravo. A Operação Choque de Ordem, criada em 2009 e intensificada durante os megaeventos promovia a "limpeza das ruas", com o recolhimento de lixo, mercadorias ilegais de ambulantes, mas também pessoas que estejam morando nas ruas. Antes da Copa, diz o dossiê, houve um aumento de exploração sexual e assédio a meninas pobres e em situação de vulnerabilidade - entre 9 a 17 anos – perto de novas zonas de prostituição criadas no entorno das obras dos estádios. O Comitê Popular e os parceiros na elaboração do material pedem que o Comitê Olímpico Internacional (COI) se assegure de que os Jogos no Rio não causem ou exacerbem os abusos aos direitos de criança e adolescentes no Rio.
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esporte
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Dossiê de ONG denuncia Rio-2016 por violações a direitos humanosOs Jogos Olímpicos do Rio-2016 foram acusados de violar os direitos de crianças e adolescentes, de acordo com um relatório elaborado pela ONG Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do RJ, que analisa a ligação de megaeventos no Rio de Janeiro a violações dos direitos humanos. A quarta versão do relatório 'Jogos da Exclusão' – a primeira foi lançada em março de 2012 – detalha pontos de desrespeito ligados a questões de moradia, mobilidade, trabalho, esportes, meio ambiente, segurança pública, gênero, criança e adolescente, e informações e orçamento. Segundo o dossiê, 4.120 famílias perderam suas casas e outras 2.486 estão ameaçadas pela mesma situação como resultado do avanço de projetos de infraestrutura ligados aos Jogos e à Copa do Mundo de 2014. Como consequência, a ONG afirma que milhares de crianças foram realocadas e perderam, pelo menos temporariamente, acesso a educação, saúde e outros serviços. Segundo o dossiê, jovens foram vítimas de violência policial e do Exército, remoções, exploração sexual e trabalho escravo. A Operação Choque de Ordem, criada em 2009 e intensificada durante os megaeventos promovia a "limpeza das ruas", com o recolhimento de lixo, mercadorias ilegais de ambulantes, mas também pessoas que estejam morando nas ruas. Antes da Copa, diz o dossiê, houve um aumento de exploração sexual e assédio a meninas pobres e em situação de vulnerabilidade - entre 9 a 17 anos – perto de novas zonas de prostituição criadas no entorno das obras dos estádios. O Comitê Popular e os parceiros na elaboração do material pedem que o Comitê Olímpico Internacional (COI) se assegure de que os Jogos no Rio não causem ou exacerbem os abusos aos direitos de criança e adolescentes no Rio.
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Banda de rua pega carona em show dos Stones
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A banda de surf music Beach Combers abriu para os Rolling Stones, que tocarão no Maracanã, no Rio, na noite deste sábado (20) —mas fora dos portões. À tarde, o grupo se instalou debaixo da passarela que liga o metrô Maracanã a uma das entradas da arena. Durante a semana, a banda colou em postes da cidade um panfleto que brincava: "Beach Combers: sábado no Maracanã. Show de encerramento: The Rolling Stones". Fãs pagam até R$ 70 por camiseta Abertura dos portões atrasa uma hora O show atraiu o público que chegava. A banda, composta por Lucas Leão, 29 (bateria), Gustavo Loureiro, 36 (baixo) e Bernar Gomma, 28 (guitarra), é conhecida por se apresentar na rua. Os músicos colocam sempre CDs e merchandising à venda. Neste sábado pretendiam dar um jeito de assistir a banda inglesa, da qual são fãs. "Não temos esquema nem dinheiro, mas vai que damos a maior sorte do mundo e conseguimos entrar. A equipe de comunicação dos Stones passou aqui, tirou fotinho e tudo", diz Gomma. O som, instrumental, lembra um rock psicodélico de garagem da Califórnia nos anos 1960.
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ilustrada
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Banda de rua pega carona em show dos StonesA banda de surf music Beach Combers abriu para os Rolling Stones, que tocarão no Maracanã, no Rio, na noite deste sábado (20) —mas fora dos portões. À tarde, o grupo se instalou debaixo da passarela que liga o metrô Maracanã a uma das entradas da arena. Durante a semana, a banda colou em postes da cidade um panfleto que brincava: "Beach Combers: sábado no Maracanã. Show de encerramento: The Rolling Stones". Fãs pagam até R$ 70 por camiseta Abertura dos portões atrasa uma hora O show atraiu o público que chegava. A banda, composta por Lucas Leão, 29 (bateria), Gustavo Loureiro, 36 (baixo) e Bernar Gomma, 28 (guitarra), é conhecida por se apresentar na rua. Os músicos colocam sempre CDs e merchandising à venda. Neste sábado pretendiam dar um jeito de assistir a banda inglesa, da qual são fãs. "Não temos esquema nem dinheiro, mas vai que damos a maior sorte do mundo e conseguimos entrar. A equipe de comunicação dos Stones passou aqui, tirou fotinho e tudo", diz Gomma. O som, instrumental, lembra um rock psicodélico de garagem da Califórnia nos anos 1960.
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Enterrada por 2 anos, 'Les Revenants' estreia hoje nova temporada no Brasil
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O que aconteceu com a série francesa "Les Revenants" poderia bem render um capítulo dessa história sobre mortos que, misteriosamente, ganham uma nova chance em uma cidade longínqua nos alpes. A segunda temporada volta ao ar no Brasil nesta segunda (2), às 21h, pelo canal pago MAX, após o seriado ter ficado enterrado por dois anos desde a exibição do final do primeiro ano. Sem espaço para "flashbacks" e explicações sobre eventos pregressos, "Les Revenants" retoma a narrativa seis meses depois de onde parou: uma inundação atinge a cidadela onde os zumbis foram confinados e some com os mortos-vivos e com os vigilantes que tentavam combatê-los, sem maiores explicações. A estranha (e não explicada) relação dos "retornados" com a água é um dos mistérios da produção desde o início: quando eles começam a voltar, o nível de água da represa que abastece a cidade começa a cair. Recapitulando: entre os mortos-vivos, quatro ganham destaque. Serge, um "serial killer", Camille, uma estudante, um garoto chamado Victor, morto há 35 anos, e o suicida Simon. Ao longo dos episódios, basicamente, os personagens se confrontam com as suas mortes e tentam entender como continuar entre o vivos sob as novas condições mórbidas —e é nisso em que reside a beleza dramática da história. Visualmente, a história imerge numa atmosfera cinzenta e diáfana, envolta nos nevoeiros dos Alpes. Victor acaba encontrando o ladrão que o matou em um assalto, junto com a família, há 35 anos. Serge faz uma nova vítima: uma garçonete, que não demora a ser uma "retornada". Simon quer reconquistar a viúva, Adèle, com quem se relaciona outra vez e engravida (a série para após a notícia da gestação) Some-se a isso a chegada de mais mortos-vivos à cidade e uma população que, assustada, tenta isolá-los sob a vigia de guardas. Seis meses depois, algumas questões martelam em "Les Revenants" —como as misteriosas cicatrizes que aparecem nos corpos dos zumbis. A expectativa é de que, caso eles tenham sobrevivido à inundação, a série retome a formação do vínculo social entre os personagens. Após peregrinar pelas zonas afastadas da cidade, nos últimos capítulos eles finalmente designam uma líder e começam a se organizar. Abraçado pela crítica como uma versão "cult" das histórias de zumbi, "Les Revenants" levou o Emmy internacional de melhor série dramática em 2013. Não evitou que ficasse na geladeira: foi cancelada pela produtora francesa, com o público em baixa. Enquanto isso, ganhou adaptação americana, produzida pela Netflix e com uma temporada disponível no serviço brasileiro. NA TV Les Revenants Estreia da 2ª temporada QUANDO seg. (2), às 21h, no MAX
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ilustrada
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Enterrada por 2 anos, 'Les Revenants' estreia hoje nova temporada no BrasilO que aconteceu com a série francesa "Les Revenants" poderia bem render um capítulo dessa história sobre mortos que, misteriosamente, ganham uma nova chance em uma cidade longínqua nos alpes. A segunda temporada volta ao ar no Brasil nesta segunda (2), às 21h, pelo canal pago MAX, após o seriado ter ficado enterrado por dois anos desde a exibição do final do primeiro ano. Sem espaço para "flashbacks" e explicações sobre eventos pregressos, "Les Revenants" retoma a narrativa seis meses depois de onde parou: uma inundação atinge a cidadela onde os zumbis foram confinados e some com os mortos-vivos e com os vigilantes que tentavam combatê-los, sem maiores explicações. A estranha (e não explicada) relação dos "retornados" com a água é um dos mistérios da produção desde o início: quando eles começam a voltar, o nível de água da represa que abastece a cidade começa a cair. Recapitulando: entre os mortos-vivos, quatro ganham destaque. Serge, um "serial killer", Camille, uma estudante, um garoto chamado Victor, morto há 35 anos, e o suicida Simon. Ao longo dos episódios, basicamente, os personagens se confrontam com as suas mortes e tentam entender como continuar entre o vivos sob as novas condições mórbidas —e é nisso em que reside a beleza dramática da história. Visualmente, a história imerge numa atmosfera cinzenta e diáfana, envolta nos nevoeiros dos Alpes. Victor acaba encontrando o ladrão que o matou em um assalto, junto com a família, há 35 anos. Serge faz uma nova vítima: uma garçonete, que não demora a ser uma "retornada". Simon quer reconquistar a viúva, Adèle, com quem se relaciona outra vez e engravida (a série para após a notícia da gestação) Some-se a isso a chegada de mais mortos-vivos à cidade e uma população que, assustada, tenta isolá-los sob a vigia de guardas. Seis meses depois, algumas questões martelam em "Les Revenants" —como as misteriosas cicatrizes que aparecem nos corpos dos zumbis. A expectativa é de que, caso eles tenham sobrevivido à inundação, a série retome a formação do vínculo social entre os personagens. Após peregrinar pelas zonas afastadas da cidade, nos últimos capítulos eles finalmente designam uma líder e começam a se organizar. Abraçado pela crítica como uma versão "cult" das histórias de zumbi, "Les Revenants" levou o Emmy internacional de melhor série dramática em 2013. Não evitou que ficasse na geladeira: foi cancelada pela produtora francesa, com o público em baixa. Enquanto isso, ganhou adaptação americana, produzida pela Netflix e com uma temporada disponível no serviço brasileiro. NA TV Les Revenants Estreia da 2ª temporada QUANDO seg. (2), às 21h, no MAX
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Reabertura de embaixadas entre EUA e Cuba é boa para região, diz Itamaraty
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O governo brasileiro saudou o anúncio, feito nesta quarta-feira (1º), da reabertura de embaixadas entre Cuba e Estados Unidos a partir do dia 20 de julho. Segundo o Itamaraty, esse "passo importante" traz efeitos "potencialmente positivos para todo o continente". "Trata-se de passo importante no processo de normalização das relações entre dois países com os quais o Brasil mantém tradicionais e profundos vínculos de amizade e cooperação", diz o texto, divulgado minutos após o anúncio. "O governo brasileiro cumprimenta os governos de Cuba e dos Estados Unidos pela opção que fizeram pelo diálogo e por essa histórica decisão, que representa a superação de animosidades anacrônicas e traz efeitos potencialmente positivos para todo o continente americano", disse o Itamaraty, no comunicado. Em vários momentos durante sua visita aos EUA nos últimos dois dias, a presidente Dilma Rousseff elogiou a reaproximação entre Washington e Havana. Na terça-feira (30), ela parabenizou o colega americano, Barack Obama, dizendo que a retomada das relações é "um momento decisivo na relação com a América Latina". "O estabelecimento de uma relação de qualidade muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região", disse Dilma. Na ocasião, ela aproveitou para afirmar que a posição adotada com Cuba "é um padrão e um exemplo de relação que deve ser seguido" com outros países da região -numa referência à Venezuela. Em março, os EUA estabeleceram sanções contra sete integrantes do governo de Nicolás Maduro e consideraram o país uma "ameaça extraordinária à segurança dos EUA" –o que estremeceu ainda mais as relações entre Washington e Caracas. PREPARAÇÃO As representações americana na ilha e cubana em Washington estão fechadas desde 1961. A reabertura era esperada desde dezembro, quando o descongelamento das relações foi oficializado por Obama e o ditador Raúl Castro. O anúncio foi feito inicialmente em nota do Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Pouco antes do comunicado cubano, o chefe da seção de negócios americano em Cuba, Jeffrey DeLaurentis, entregou o pedido formal a Marcelino Medina, ministro interino das Relações Exteriores cubano. A expectativa é que o prédio que hoje abriga a seção de negócios americana seja aberto como embaixada em evento com a participação do secretário de Estado, John Kerry. Ele será responsável por hastear a bandeira no local. Ao mesmo tempo, Cuba faz reformas a casa onde fica sua seção de negócios em Washington. O prédio teve sua cerca pintada e ganhou um mastro onde deverá ser hasteada a bandeira.
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mundo
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Reabertura de embaixadas entre EUA e Cuba é boa para região, diz ItamaratyO governo brasileiro saudou o anúncio, feito nesta quarta-feira (1º), da reabertura de embaixadas entre Cuba e Estados Unidos a partir do dia 20 de julho. Segundo o Itamaraty, esse "passo importante" traz efeitos "potencialmente positivos para todo o continente". "Trata-se de passo importante no processo de normalização das relações entre dois países com os quais o Brasil mantém tradicionais e profundos vínculos de amizade e cooperação", diz o texto, divulgado minutos após o anúncio. "O governo brasileiro cumprimenta os governos de Cuba e dos Estados Unidos pela opção que fizeram pelo diálogo e por essa histórica decisão, que representa a superação de animosidades anacrônicas e traz efeitos potencialmente positivos para todo o continente americano", disse o Itamaraty, no comunicado. Em vários momentos durante sua visita aos EUA nos últimos dois dias, a presidente Dilma Rousseff elogiou a reaproximação entre Washington e Havana. Na terça-feira (30), ela parabenizou o colega americano, Barack Obama, dizendo que a retomada das relações é "um momento decisivo na relação com a América Latina". "O estabelecimento de uma relação de qualidade muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região", disse Dilma. Na ocasião, ela aproveitou para afirmar que a posição adotada com Cuba "é um padrão e um exemplo de relação que deve ser seguido" com outros países da região -numa referência à Venezuela. Em março, os EUA estabeleceram sanções contra sete integrantes do governo de Nicolás Maduro e consideraram o país uma "ameaça extraordinária à segurança dos EUA" –o que estremeceu ainda mais as relações entre Washington e Caracas. PREPARAÇÃO As representações americana na ilha e cubana em Washington estão fechadas desde 1961. A reabertura era esperada desde dezembro, quando o descongelamento das relações foi oficializado por Obama e o ditador Raúl Castro. O anúncio foi feito inicialmente em nota do Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Pouco antes do comunicado cubano, o chefe da seção de negócios americano em Cuba, Jeffrey DeLaurentis, entregou o pedido formal a Marcelino Medina, ministro interino das Relações Exteriores cubano. A expectativa é que o prédio que hoje abriga a seção de negócios americana seja aberto como embaixada em evento com a participação do secretário de Estado, John Kerry. Ele será responsável por hastear a bandeira no local. Ao mesmo tempo, Cuba faz reformas a casa onde fica sua seção de negócios em Washington. O prédio teve sua cerca pintada e ganhou um mastro onde deverá ser hasteada a bandeira.
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Assaltantes levam cerca de R$ 35 mil de lotérica de shopping em Porto Alegre
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Uma quadrilha armada assaltou uma lotérica dentro do Shopping Bourbon, na zona norte de Porto Alegre (RS), por volta das 20h30 desta sexta (5). De acordo com a Polícia Civil, não houve feridos. A quadrilha era composta por, ao menos, quatro assaltantes. Dois entraram no estabelecimento e renderam os funcionários, enquanto os demais aguardavam ao lado de fora. Segundo o proprietário da lotérica, os bandidos levaram cerca de R$ 35 mil. Os criminosos fugiram em um carro roubado, que abandonaram próximo ao shopping, após avistarem uma viatura da Polícia Militar. De acordo com informações iniciais da polícia, uma pessoa foi feita refém, mas logo foi libertada no estacionamento do shopping. Os bandidos não usavam máscaras. A Polícia Civil está fazendo buscas na região, mas os suspeitos ainda não foram encontrados. O caso foi registrado na 9º DP de Porto Alegre.
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cotidiano
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Assaltantes levam cerca de R$ 35 mil de lotérica de shopping em Porto AlegreUma quadrilha armada assaltou uma lotérica dentro do Shopping Bourbon, na zona norte de Porto Alegre (RS), por volta das 20h30 desta sexta (5). De acordo com a Polícia Civil, não houve feridos. A quadrilha era composta por, ao menos, quatro assaltantes. Dois entraram no estabelecimento e renderam os funcionários, enquanto os demais aguardavam ao lado de fora. Segundo o proprietário da lotérica, os bandidos levaram cerca de R$ 35 mil. Os criminosos fugiram em um carro roubado, que abandonaram próximo ao shopping, após avistarem uma viatura da Polícia Militar. De acordo com informações iniciais da polícia, uma pessoa foi feita refém, mas logo foi libertada no estacionamento do shopping. Os bandidos não usavam máscaras. A Polícia Civil está fazendo buscas na região, mas os suspeitos ainda não foram encontrados. O caso foi registrado na 9º DP de Porto Alegre.
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UFSCar divulga peso e nota mínima para concorrer a uma vaga pelo Sisu
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A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) divulgou o peso de cada disciplina e a nota mínima para entrar em cada um dos cursos da universidade por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A instituição oferece 2.873 vagas de 63 cursos de graduação a candidatos selecionados por meio do Sisu, que usa a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A universidade ainda anunciou a criação de 50 vagas no curso de administração e outras 40 em ciências biológicas, todas no campus Lagoa do Sino, localizado na cidade de Buri (a 257 km de SP). Os dois cursos são de bacharelado em período integral. A universidade vai publicar o cronograma completo de seleção do Sisu logo após o MEC divulgar os resultados do Enem 2015. As datas de chamadas, matrículas e o calendário completo das inscrições estarão disponíveis no site da UFSCar . Para mais informações o estudante deve entrar em contato com a coordenadoria do vestibular da UFSCar pelo telefone (16) 3351-8152 ou pelo e-mail [email protected].
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educacao
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UFSCar divulga peso e nota mínima para concorrer a uma vaga pelo SisuA UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) divulgou o peso de cada disciplina e a nota mínima para entrar em cada um dos cursos da universidade por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). A instituição oferece 2.873 vagas de 63 cursos de graduação a candidatos selecionados por meio do Sisu, que usa a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A universidade ainda anunciou a criação de 50 vagas no curso de administração e outras 40 em ciências biológicas, todas no campus Lagoa do Sino, localizado na cidade de Buri (a 257 km de SP). Os dois cursos são de bacharelado em período integral. A universidade vai publicar o cronograma completo de seleção do Sisu logo após o MEC divulgar os resultados do Enem 2015. As datas de chamadas, matrículas e o calendário completo das inscrições estarão disponíveis no site da UFSCar . Para mais informações o estudante deve entrar em contato com a coordenadoria do vestibular da UFSCar pelo telefone (16) 3351-8152 ou pelo e-mail [email protected].
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Lula conta história do frango assado no cofre e diverte policiais federais
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Uma das histórias pitorescas da tensa manhã em que Lula prestou depoimento em Congonhas, na semana passada, é a do frango guardado num cofre. * Os policiais federais perguntavam ao ex-presidente quem paga as viagens dele quando vai ao exterior dar palestras. "O contratante", respondeu Lula. E os seguranças que o acompanham? Eles recebem diária do governo –ex-presidentes têm direito a assessores bancados pela União. * Os investigadores aproveitaram a deixa para reclamar que a diária está muito baixa. Lula concordou. E contou o incidente com sua equipe: eles estavam com tão pouco dinheiro em determinada viagem ao exterior que decidiram comprar um frango assado para comer no hotel. * No quarto, eles resolveram guardar a comida na geladeira do hotel cinco estrelas. Abriram a porta, colocaram o frango lá dentro, fecharam e... ao tentar reabri-la, descobriram que se tratava de um cofre. "Acho que o frango está lá até hoje", disse Lula. Os policiais caíram na risada, num raro momento de descontração. - Leia a coluna completa aqui.
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colunas
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Lula conta história do frango assado no cofre e diverte policiais federaisUma das histórias pitorescas da tensa manhã em que Lula prestou depoimento em Congonhas, na semana passada, é a do frango guardado num cofre. * Os policiais federais perguntavam ao ex-presidente quem paga as viagens dele quando vai ao exterior dar palestras. "O contratante", respondeu Lula. E os seguranças que o acompanham? Eles recebem diária do governo –ex-presidentes têm direito a assessores bancados pela União. * Os investigadores aproveitaram a deixa para reclamar que a diária está muito baixa. Lula concordou. E contou o incidente com sua equipe: eles estavam com tão pouco dinheiro em determinada viagem ao exterior que decidiram comprar um frango assado para comer no hotel. * No quarto, eles resolveram guardar a comida na geladeira do hotel cinco estrelas. Abriram a porta, colocaram o frango lá dentro, fecharam e... ao tentar reabri-la, descobriram que se tratava de um cofre. "Acho que o frango está lá até hoje", disse Lula. Os policiais caíram na risada, num raro momento de descontração. - Leia a coluna completa aqui.
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O pontapé inicial
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Estou participando de uma nova seleção. Trata-se do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, instalado recentemente pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), para o qual eu tive o prazer de ser convidado. Como ex-jogador, fico feliz por ser lembrado ao lado de grandes atletas campeões do mundo, como Ricardo Rocha e o eterno capitão Carlos Alberto Torres. Sabemos o quanto é difícil dar o primeiro passo. Cada "começo de partida" gera ansiedade, um desejo de ser bem-sucedido, ainda mais quando essa nova etapa diz respeito ao esporte ao qual tenho me dedicado, que proporcionou os mais intensos momentos de minha vida. Minha primeira impressão do comitê foi ótima. Senti-me pertencendo a um grupo de pessoas apaixonadas, entusiasmadas, que querem colaborar para promover transformações que modernizem o futebol brasileiro. Esse também é o anseio da entidade, que teve a coragem de instalar o comitê e está disposta a implementar todas as mudanças necessárias. Inspirado no formato adotado pela Fifa para revisão de seus processos, o comitê é uma iniciativa inédita na América do Sul e adota os mais modernos conceitos na busca de soluções para a gestão da CBF, bem como para o futebol brasileiro. Seu papel é avaliar, discutir, propor e acompanhar uma agenda de melhorias nos âmbitos de ética e transparência, governança e gestão, sustentabilidade e modernização do futebol. Ainda que esse núcleo seja fundamental para iniciar o processo e organizar as atividades, é preciso que a sociedade participe. Aos três ex-jogadores coube a responsabilidade de dar início a um grande debate a respeito do calendário do futebol nacional. Na primeira reunião do comitê, ficamos sabendo que a CBF recebe, a cada mês, uma média de seis diferentes propostas de calendários oriundos de federações, clubes e, especialmente, torcedores. Isso dá uma ideia do trabalho que teremos pela frente. Eu aceitei esse desafio pois sinto-me também responsável pela qualidade do nosso futebol. Não sou do time dos "Derrotados Futebol Clube", que só critica e reclama: quero propor, ajudar, contribuir. Campeonato de mau humor nunca me empolgou. Ninguém muda nada tendo como motivação o descrédito. Minha carreira sempre foi marcada pela fé, superação, dedicação e tenacidade. É assim que vencemos. É assim que evoluímos. Vou abraçar o trabalho do comitê de reformas e lutarei pelas mudanças com a garra que sempre tive, sempre respeitando o espírito de equipe. Trata-se de uma boa causa e as boas causas me motivam. Foi assim com a Fundação Edmílson, que exerce suas atividades há mais de dez anos. Aos torcedores e amantes do futebol, fica meu pedido para que participem pelos canais oferecidos pelo comitê. Já é possível opinar sobre o Estatuto da CBF e o Código de Ética, que pela primeira vez estão sendo debatidos de forma pública e transparente. O pontapé inicial foi dado. E você está convidado a participar. Acesse o site do comitê (www.cbf.com.br/comitedereformas), vá ao campo "temas e documentos", analise e deixe sua opinião. Ajude a construir o futuro do futebol brasileiro. JOSÉ EDMÍLSON GOMES DE MORAES, 39, ex-jogador de futebol, foi pentacampeão mundial pela seleção brasileira em 2002. É integrante do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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O pontapé inicialEstou participando de uma nova seleção. Trata-se do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro, instalado recentemente pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), para o qual eu tive o prazer de ser convidado. Como ex-jogador, fico feliz por ser lembrado ao lado de grandes atletas campeões do mundo, como Ricardo Rocha e o eterno capitão Carlos Alberto Torres. Sabemos o quanto é difícil dar o primeiro passo. Cada "começo de partida" gera ansiedade, um desejo de ser bem-sucedido, ainda mais quando essa nova etapa diz respeito ao esporte ao qual tenho me dedicado, que proporcionou os mais intensos momentos de minha vida. Minha primeira impressão do comitê foi ótima. Senti-me pertencendo a um grupo de pessoas apaixonadas, entusiasmadas, que querem colaborar para promover transformações que modernizem o futebol brasileiro. Esse também é o anseio da entidade, que teve a coragem de instalar o comitê e está disposta a implementar todas as mudanças necessárias. Inspirado no formato adotado pela Fifa para revisão de seus processos, o comitê é uma iniciativa inédita na América do Sul e adota os mais modernos conceitos na busca de soluções para a gestão da CBF, bem como para o futebol brasileiro. Seu papel é avaliar, discutir, propor e acompanhar uma agenda de melhorias nos âmbitos de ética e transparência, governança e gestão, sustentabilidade e modernização do futebol. Ainda que esse núcleo seja fundamental para iniciar o processo e organizar as atividades, é preciso que a sociedade participe. Aos três ex-jogadores coube a responsabilidade de dar início a um grande debate a respeito do calendário do futebol nacional. Na primeira reunião do comitê, ficamos sabendo que a CBF recebe, a cada mês, uma média de seis diferentes propostas de calendários oriundos de federações, clubes e, especialmente, torcedores. Isso dá uma ideia do trabalho que teremos pela frente. Eu aceitei esse desafio pois sinto-me também responsável pela qualidade do nosso futebol. Não sou do time dos "Derrotados Futebol Clube", que só critica e reclama: quero propor, ajudar, contribuir. Campeonato de mau humor nunca me empolgou. Ninguém muda nada tendo como motivação o descrédito. Minha carreira sempre foi marcada pela fé, superação, dedicação e tenacidade. É assim que vencemos. É assim que evoluímos. Vou abraçar o trabalho do comitê de reformas e lutarei pelas mudanças com a garra que sempre tive, sempre respeitando o espírito de equipe. Trata-se de uma boa causa e as boas causas me motivam. Foi assim com a Fundação Edmílson, que exerce suas atividades há mais de dez anos. Aos torcedores e amantes do futebol, fica meu pedido para que participem pelos canais oferecidos pelo comitê. Já é possível opinar sobre o Estatuto da CBF e o Código de Ética, que pela primeira vez estão sendo debatidos de forma pública e transparente. O pontapé inicial foi dado. E você está convidado a participar. Acesse o site do comitê (www.cbf.com.br/comitedereformas), vá ao campo "temas e documentos", analise e deixe sua opinião. Ajude a construir o futuro do futebol brasileiro. JOSÉ EDMÍLSON GOMES DE MORAES, 39, ex-jogador de futebol, foi pentacampeão mundial pela seleção brasileira em 2002. É integrante do Comitê de Reformas do Futebol Brasileiro * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Ação do EI na Líbia pode impulsionar fluxo de imigrantes para Europa
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A recente decapitação de 21 egípcios cristãos sequestrados pelo Estado Islâmico (EI) na Líbia não só demonstrou que a facção está ativa no país como também soou o alarme para o risco de um aumento da imigração clandestina para a Itália pelo mar Mediterrâneo, diante de um cenário de mais violência na Líbia. Uma primeira medida já foi tomada na última semana: fotos da bandeira do Estado Islâmico têm sido mostradas a imigrantes resgatados a caminho da ilha italiana de Lampedusa, segundo relatou à Folha a OIM (Organização Internacional de Migração), que monitora a chegada deles ao território europeu. Ao mostrar fotos da bandeira do EI, as autoridades querem saber se eles identificam a imagem da facção entre os grupos criminosos que agem nos distúrbios no território líbio e no tráfico de pessoas para a Europa. "Começamos a mostrar imagens de bandeiras, pegas na internet, mas por enquanto não houve ninguém que fizesse esse tipo de identificação direta", afirmou Flavio Di Giacomo, porta-voz da OIM na Itália. A proximidade entre a Líbia e Itália abre espaço para outra preocupação do governo italiano: o uso das viagens clandestinas como porta de entrada para que integrantes do Estado Islâmico cheguem à Europa infiltrados nos barcos. Documentos atribuídos a apoiadores do EI, divulgados pela mídia britânica na última semana, mencionam estratégias de usar a rota para atingir o continente europeu. A Líbia seria, no caso, o melhor ponto de partida, diante do descontrole político da região. IMPULSO PARA FUGA No último dia 15, o EI divulgou um vídeo de cinco minutos mostrando a morte dos cristãos egípcios, capturados no começo de janeiro enquanto trabalhavam na Líbia. Para as autoridades envolvidas no controle do fluxo migratório para a Europa, a presença da milícia radical na Líbia pode aumentar o temor de viver no país. Isso poderia, por sua vez, impulsionar o movimento de pessoas que estão na região à espera de uma chance de embarcar, mesmo que em condições precárias, arriscadas e pagando até € 2.000 (cerca de R$ 6.500) a aliciadores. "A nossa preocupação é que as disputas devem aumentar dentro do país, e muita gente está fugindo disso. A ação do EI preocupa porque deteriora ainda mais a situação na Líbia", disse Giacomo. Os relatos dos imigrantes, diz, são de um cenário de conflito armado no país. A Líbia, instável politicamente desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011, é a origem de pelo menos 90% dos embarques de barcos e botes ilegais para o sul da Itália. Entre os dias 13 e 17 deste mês, 3.800 pessoas foram resgatadas no mar fugindo em direção à Sicília (Itália), segundo a OIM –dessas, cerca de 1.200 foram levadas para a ilha de Lampedusa. Considerando todo o mês de fevereiro, o número chega a 4.300, acima dos 3.500 registrados em janeiro. Pelo menos 300 morreram afogados. Em 2014, 170 mil foram salvos, quatro vezes mais do que no ano anterior. Estima-se que 200 mil pessoas de vários países africanos e da Síria estejam em território líbio em busca de trabalho e no aguardo dessa oportunidade de viajar. Muitos são cristãos da Eritreia e da África subsaariana, potenciais alvos da repressão do Estado Islâmico. BLOQUEIO AO EI Na quinta-feira (19), em meio à repercussão da decapitação dos egípcios, o primeiro-ministro italiano, Mario Renzi, declarou que o país está pronto para liderar ações na Líbia para barrar o movimento do Estado Islâmico. Uma célula terrorista vinculada à facção radical teria sido responsável por um triplo atentado, no dia seguinte, que deixou 45 mortos e 70 feridos na Líbia. O ataque foi à cidade de Qubbah, no leste líbio, que abriga apoiadores do EI. A ação seria represália ao bombardeio egípcio à região depois da morte dos 21 cristãos.
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Ação do EI na Líbia pode impulsionar fluxo de imigrantes para EuropaA recente decapitação de 21 egípcios cristãos sequestrados pelo Estado Islâmico (EI) na Líbia não só demonstrou que a facção está ativa no país como também soou o alarme para o risco de um aumento da imigração clandestina para a Itália pelo mar Mediterrâneo, diante de um cenário de mais violência na Líbia. Uma primeira medida já foi tomada na última semana: fotos da bandeira do Estado Islâmico têm sido mostradas a imigrantes resgatados a caminho da ilha italiana de Lampedusa, segundo relatou à Folha a OIM (Organização Internacional de Migração), que monitora a chegada deles ao território europeu. Ao mostrar fotos da bandeira do EI, as autoridades querem saber se eles identificam a imagem da facção entre os grupos criminosos que agem nos distúrbios no território líbio e no tráfico de pessoas para a Europa. "Começamos a mostrar imagens de bandeiras, pegas na internet, mas por enquanto não houve ninguém que fizesse esse tipo de identificação direta", afirmou Flavio Di Giacomo, porta-voz da OIM na Itália. A proximidade entre a Líbia e Itália abre espaço para outra preocupação do governo italiano: o uso das viagens clandestinas como porta de entrada para que integrantes do Estado Islâmico cheguem à Europa infiltrados nos barcos. Documentos atribuídos a apoiadores do EI, divulgados pela mídia britânica na última semana, mencionam estratégias de usar a rota para atingir o continente europeu. A Líbia seria, no caso, o melhor ponto de partida, diante do descontrole político da região. IMPULSO PARA FUGA No último dia 15, o EI divulgou um vídeo de cinco minutos mostrando a morte dos cristãos egípcios, capturados no começo de janeiro enquanto trabalhavam na Líbia. Para as autoridades envolvidas no controle do fluxo migratório para a Europa, a presença da milícia radical na Líbia pode aumentar o temor de viver no país. Isso poderia, por sua vez, impulsionar o movimento de pessoas que estão na região à espera de uma chance de embarcar, mesmo que em condições precárias, arriscadas e pagando até € 2.000 (cerca de R$ 6.500) a aliciadores. "A nossa preocupação é que as disputas devem aumentar dentro do país, e muita gente está fugindo disso. A ação do EI preocupa porque deteriora ainda mais a situação na Líbia", disse Giacomo. Os relatos dos imigrantes, diz, são de um cenário de conflito armado no país. A Líbia, instável politicamente desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011, é a origem de pelo menos 90% dos embarques de barcos e botes ilegais para o sul da Itália. Entre os dias 13 e 17 deste mês, 3.800 pessoas foram resgatadas no mar fugindo em direção à Sicília (Itália), segundo a OIM –dessas, cerca de 1.200 foram levadas para a ilha de Lampedusa. Considerando todo o mês de fevereiro, o número chega a 4.300, acima dos 3.500 registrados em janeiro. Pelo menos 300 morreram afogados. Em 2014, 170 mil foram salvos, quatro vezes mais do que no ano anterior. Estima-se que 200 mil pessoas de vários países africanos e da Síria estejam em território líbio em busca de trabalho e no aguardo dessa oportunidade de viajar. Muitos são cristãos da Eritreia e da África subsaariana, potenciais alvos da repressão do Estado Islâmico. BLOQUEIO AO EI Na quinta-feira (19), em meio à repercussão da decapitação dos egípcios, o primeiro-ministro italiano, Mario Renzi, declarou que o país está pronto para liderar ações na Líbia para barrar o movimento do Estado Islâmico. Uma célula terrorista vinculada à facção radical teria sido responsável por um triplo atentado, no dia seguinte, que deixou 45 mortos e 70 feridos na Líbia. O ataque foi à cidade de Qubbah, no leste líbio, que abriga apoiadores do EI. A ação seria represália ao bombardeio egípcio à região depois da morte dos 21 cristãos.
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Pivô de escândalo de escutas ilegais deve retornar a grupo midiático
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A pivô de um escândalo de escutas telefônicas ilegais revelado em 2011, Rebekah Brooks, deve voltar a trabalhar no grupo midiático News Corp. A jornalista britânica, afastada da empresa desde a revelação escândalo, foi absolvida em 2014 das acusações de envolvimento no caso. Embora ainda não se saiba exatamente qual cargo Rebekah Brooks ocupará na multinacional, é provável que ela trabalhe na área de mídias sociais e digitais. Segundo o "New York Times", o News Corp. quer que Brooks dirija a Storyful, agência de notícias relacionadas a mídias sociais adquirida pelo grupo em 2013. Rebekah Brooks renunciou ao cargo de diretora-executiva da News International, subsidiária britânica da News Corp., após o escândalo de escutas telefônicas ilegais revelado em 2011. ESCÂNDALO Rebekah Brooks foi acusada judicialmente de estar envolvida nas interceptações telefônicas ilegais feitas pelo tabloide "News of the World" ("NoW"), controlado pelo News International. O jornal, que havia sido investigado em 2006 e 2007 por grampos ilegais envolvendo a família real britânica, fechou em julho de 2011 após um novo escândalo. Foi divulgado que o "NoW" teria grampeado o telefone celular –inclusive apagando mensagens– de Milly Dowler, adolescente que desapareceu em 2002, época em que Rebekah Brooks era editora-chefe do jornal. A manipulação das mensagens, ainda em 2002, fez a polícia e a família da jovem acreditarem que ela ainda estaria viva, já que a sua caixa postal continuava sendo "limpa". O corpo foi encontrado seis meses depois. Rebekah Brooks e outros funcionários do News International foram acusados de rastrear telefones para conseguir histórias exclusivas através de pagamentos ilegais a funcionários públicos e de tentar atrapalhar a investigação policial após o desaparecimento de Milly Dowler. Em 2014, Brooks foi absolvida de todas as acusações pela Justiça britânica. Já Andy Coulson, editor do "News of the World" entre 2003 e 2007, foi condenado a 18 meses de prisão por fazer parte da conspiração das escutas clandestinas.
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Pivô de escândalo de escutas ilegais deve retornar a grupo midiáticoA pivô de um escândalo de escutas telefônicas ilegais revelado em 2011, Rebekah Brooks, deve voltar a trabalhar no grupo midiático News Corp. A jornalista britânica, afastada da empresa desde a revelação escândalo, foi absolvida em 2014 das acusações de envolvimento no caso. Embora ainda não se saiba exatamente qual cargo Rebekah Brooks ocupará na multinacional, é provável que ela trabalhe na área de mídias sociais e digitais. Segundo o "New York Times", o News Corp. quer que Brooks dirija a Storyful, agência de notícias relacionadas a mídias sociais adquirida pelo grupo em 2013. Rebekah Brooks renunciou ao cargo de diretora-executiva da News International, subsidiária britânica da News Corp., após o escândalo de escutas telefônicas ilegais revelado em 2011. ESCÂNDALO Rebekah Brooks foi acusada judicialmente de estar envolvida nas interceptações telefônicas ilegais feitas pelo tabloide "News of the World" ("NoW"), controlado pelo News International. O jornal, que havia sido investigado em 2006 e 2007 por grampos ilegais envolvendo a família real britânica, fechou em julho de 2011 após um novo escândalo. Foi divulgado que o "NoW" teria grampeado o telefone celular –inclusive apagando mensagens– de Milly Dowler, adolescente que desapareceu em 2002, época em que Rebekah Brooks era editora-chefe do jornal. A manipulação das mensagens, ainda em 2002, fez a polícia e a família da jovem acreditarem que ela ainda estaria viva, já que a sua caixa postal continuava sendo "limpa". O corpo foi encontrado seis meses depois. Rebekah Brooks e outros funcionários do News International foram acusados de rastrear telefones para conseguir histórias exclusivas através de pagamentos ilegais a funcionários públicos e de tentar atrapalhar a investigação policial após o desaparecimento de Milly Dowler. Em 2014, Brooks foi absolvida de todas as acusações pela Justiça britânica. Já Andy Coulson, editor do "News of the World" entre 2003 e 2007, foi condenado a 18 meses de prisão por fazer parte da conspiração das escutas clandestinas.
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Livro que conta a história da maconha mostra as metamorfoses da substância
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De todos os poderes da maconha, um dos menos conhecidos é sua capacidade mais-que-camaleônica de mudar de forma, de aparência e de significado. É essa a revelação mais impressionante do livro agradável e preciso de Jean Marcel Carvalho França, que resgata cinco séculos sobre a Cannabis sativa. Leia a entrevista com Jean Marcel Carvalho França. A mesma maconha que no século 19 nos transformava em assassinos enlouquecidos induzia, cem anos depois, a um pacifismo boçal e perigoso. Num dia ela era a droga dos pobres, culpada pela degeneração da raça brasileira, no outro de playboys inconsequentes. Vista pela direita, era subversiva, uma estratégia comunista contra a liberdade. Pela esquerda, alienante, inimiga da luta dos trabalhadores. O livro é fascinante porque mostra como o discurso que justificou a estigmatização da planta foi se metamorfoseando ao sabor do medo do momento. Apesar de trazer na capa uma folha de Cannabis sativa, a obra é muito mais reveladora sobre outra espécie: o Homo sapiens. Ela revela nossa tendência de comprar qualquer discurso com ares científicos que confirme nossas inseguranças e preconceitos. Os primeiros registros do uso psicoativo de maconha são em ocorrências policiais. O mais antigo que França encontrou é de 1749: um músico acusado de encher a cabeça de cachaça e pito e depois se deitar com vários rapazes. "Foi no pecado de sodomia agente e paciente", acusa o documento, registrado pelo Santo Ofício. Relatos assim dão a entender que maconha era usada havia muito tempo nas classes mais baixas, mas que, se não era vista com bons olhos, tampouco gerava maiores preocupações. A história muda no século 19, quando os ditos especialistas criam um padrão que perdura até hoje: textos de tom científico, alarmistas, enxergando logo adiante um pandemônio. Isso abre caminho para a proibição violenta do século 20. O padrão só começa a ser quebrado ao fim dos anos 1980, com uma narrativa cada vez mais tolerante. Nas primeiras décadas do século 21, a maconha sofre sua última metamorfose: uma substância com riscos, sim, mas que pode ser inofensiva para alguns usuários e até salvar a vida de outros. DENIS RUSSO BURGIERMAN é diretor de Redação da revista "Superinteressante". Escreveu "O Fim da Guerra" (Leya), sobre políticas para as drogas * HISTÓRIA DA MACONHA NO BRASIL Autor: Jean Marcel Carvalho França Editora Três Estrelas Preço R$ 22,40 Avaliação Bom
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ciencia
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Livro que conta a história da maconha mostra as metamorfoses da substânciaDe todos os poderes da maconha, um dos menos conhecidos é sua capacidade mais-que-camaleônica de mudar de forma, de aparência e de significado. É essa a revelação mais impressionante do livro agradável e preciso de Jean Marcel Carvalho França, que resgata cinco séculos sobre a Cannabis sativa. Leia a entrevista com Jean Marcel Carvalho França. A mesma maconha que no século 19 nos transformava em assassinos enlouquecidos induzia, cem anos depois, a um pacifismo boçal e perigoso. Num dia ela era a droga dos pobres, culpada pela degeneração da raça brasileira, no outro de playboys inconsequentes. Vista pela direita, era subversiva, uma estratégia comunista contra a liberdade. Pela esquerda, alienante, inimiga da luta dos trabalhadores. O livro é fascinante porque mostra como o discurso que justificou a estigmatização da planta foi se metamorfoseando ao sabor do medo do momento. Apesar de trazer na capa uma folha de Cannabis sativa, a obra é muito mais reveladora sobre outra espécie: o Homo sapiens. Ela revela nossa tendência de comprar qualquer discurso com ares científicos que confirme nossas inseguranças e preconceitos. Os primeiros registros do uso psicoativo de maconha são em ocorrências policiais. O mais antigo que França encontrou é de 1749: um músico acusado de encher a cabeça de cachaça e pito e depois se deitar com vários rapazes. "Foi no pecado de sodomia agente e paciente", acusa o documento, registrado pelo Santo Ofício. Relatos assim dão a entender que maconha era usada havia muito tempo nas classes mais baixas, mas que, se não era vista com bons olhos, tampouco gerava maiores preocupações. A história muda no século 19, quando os ditos especialistas criam um padrão que perdura até hoje: textos de tom científico, alarmistas, enxergando logo adiante um pandemônio. Isso abre caminho para a proibição violenta do século 20. O padrão só começa a ser quebrado ao fim dos anos 1980, com uma narrativa cada vez mais tolerante. Nas primeiras décadas do século 21, a maconha sofre sua última metamorfose: uma substância com riscos, sim, mas que pode ser inofensiva para alguns usuários e até salvar a vida de outros. DENIS RUSSO BURGIERMAN é diretor de Redação da revista "Superinteressante". Escreveu "O Fim da Guerra" (Leya), sobre políticas para as drogas * HISTÓRIA DA MACONHA NO BRASIL Autor: Jean Marcel Carvalho França Editora Três Estrelas Preço R$ 22,40 Avaliação Bom
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Planalto devolverá obras de Portinari e Ianelli ao Museu de Belas Artes, no Rio
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Mais de 48 obras, entre pinturas, esculturas e mobiliário de artistas famosos como Portinari, Amoedo, Ianelli e Guignard, que estavam expostos no palácios do Planalto e do Alvorada, serão devolvidos ao Museu Nacional de Belas Artes, no Rio. As obras começaram a ser emprestadas à Presidência a partir de 1956, num contrato que foi prorrogado até o fim deste ano. O pedido para que elas retornassem partiu da própria diretora do museu, Mônica Xexéo. "Solicitamos a devolução por questão protocolar de preservação", diz Xexéo. Segundo ela, com o retorno das obras, a ideia é organizar mostras temporárias com esse acervo. "Recebemos um público anual de 150 mil pessoas, vindas de todas as partes do país." As obras serão devolvidas em duas levas, a começar nesta semana e a terminar na primeira semana de janeiro. A primeira leva, com cerca de 30 itens, chegou nesta quarta (28) no Rio. Segundo informou a assessoria de imprensa do Planalto, as peças serão substituídas por material do acervo da presidência. A diretora do museu confirma que chegou a oferecer a substituição das peças por obras de outros artistas, incluindo Romero Britto, o que despertou críticas nas redes sociais assim que a notícia foi publicada. "Todos os artistas devem ser respeitados, mas nunca houve uma contrapartida específica, como a de substituir Portinari por Romero Britto", diz. "Acho até deselegante prestigiar um e depreciar o outro. Todos têm o seu renome."
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ilustrada
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Planalto devolverá obras de Portinari e Ianelli ao Museu de Belas Artes, no RioMais de 48 obras, entre pinturas, esculturas e mobiliário de artistas famosos como Portinari, Amoedo, Ianelli e Guignard, que estavam expostos no palácios do Planalto e do Alvorada, serão devolvidos ao Museu Nacional de Belas Artes, no Rio. As obras começaram a ser emprestadas à Presidência a partir de 1956, num contrato que foi prorrogado até o fim deste ano. O pedido para que elas retornassem partiu da própria diretora do museu, Mônica Xexéo. "Solicitamos a devolução por questão protocolar de preservação", diz Xexéo. Segundo ela, com o retorno das obras, a ideia é organizar mostras temporárias com esse acervo. "Recebemos um público anual de 150 mil pessoas, vindas de todas as partes do país." As obras serão devolvidas em duas levas, a começar nesta semana e a terminar na primeira semana de janeiro. A primeira leva, com cerca de 30 itens, chegou nesta quarta (28) no Rio. Segundo informou a assessoria de imprensa do Planalto, as peças serão substituídas por material do acervo da presidência. A diretora do museu confirma que chegou a oferecer a substituição das peças por obras de outros artistas, incluindo Romero Britto, o que despertou críticas nas redes sociais assim que a notícia foi publicada. "Todos os artistas devem ser respeitados, mas nunca houve uma contrapartida específica, como a de substituir Portinari por Romero Britto", diz. "Acho até deselegante prestigiar um e depreciar o outro. Todos têm o seu renome."
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Novo edital desrespeita e fere princípios da lei de fomento
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Em março, o secretário municipal da Cultura de São Paulo, André Sturm, substituiu o 22º edital da dança já em curso. A verba foi pulverizada (mais grupos ganham menos) e é considerada insuficiente por parte dos núcleos para a realização adequada das atividades. As mudanças da política ao setor são hoje o principal conflito entre a classe artística e a gestão de João Doria (PSDB). A prefeitura abre dois editais por ano para investir em projetos de pesquisa e produção em dança. Leia abaixo a opinião da jornalista Elaine Calux sobre a polêmica com o edital (veja também o artigo de André Sturm): * A Lei de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, fruto de uma intensa luta dos profissionais da dança, foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Vereadores, em 2005. Seu objetivo era subsidiar grupos, selecionar projetos de trabalho continuado em dança contemporânea e difundir a produção artística independente. Da união entre artistas e poder público, inúmeras conquistas decorreram nesses 11 anos, sempre resultando em editais aprimorados e cada vez mais em consonância com o desenvolvimento de ações eficazes na cidade. A desarmonia começou quando o atual secretário municipal de Cultura, André Sturm, revogou o primeiro edital do ano, com número recorde de inscrições (68 projetos) e anulou sua comissão julgadora, lançando, em seguida, novo edital que desrespeita e fere os princípios do Fomento à Dança. Nos termos da nova seleção, há afronta clara à letra da Lei de Fomento à Dança: redução do período máximo dos projetos de dois para um ano; supressão de competência da comissão em analisar o orçamento e determinar os valores que cada projeto receberá; e pagamento de 60% do valor do projeto somente após sua conclusão. Essa última medida exige que os grupos se autofinanciem, quando o edital deveria subsidiar propostas com "dificuldade de sustentação econômica do projeto no mercado" (art.15, VII). O novo edital modifica, assim, o sentido da palavra fomento, destruindo o programa de forma transversal, porque o torna inexequível. Há ainda, nesse processo, contradições inexplicáveis. Passados 45 dias do lançamento do novo edital, a secretaria não convocou entidades representativas para indicação de nomes que irão compor a comissão de seleção (o que é uma exigência legal). No entanto não ter havido ampla convocação foi um dos argumentos usados para anulação de comissão anterior. Outro agravo é que o Tribunal de Contas do Município pediu suspensão do edital por irregularidades, e no entanto as inscrições permanecem abertas –e ainda tiveram o seu prazo final prorrogado por três vezes. A categoria, representada pelas cooperativas de dança e de teatro, movimentos organizados e universidades de todo o Brasil (que mostraram seu apoio irrestrito, com o envio de cartas), segue explicitando que não o reconhece, pois são apenas 11 inscritos até o momento. Esse dado, por si só, faz cair por terra a justificativa do secretário de que desobedece a lei sob a alegação de falta de verba (devido ao congelamento de quase 50% do já inócuo Orçamento da Cultura –menos de 1% do Orçamento da Cidade) e intenção de contemplar mais grupos. Desde a 10ª edição, o programa contempla a totalidade de projetos (30). Com o corte da verba do 22º edital, aprovado para 2017 (a própria categoria se esforça junto à Câmara dos Vereadores na implementação e aprovação do Orçamento para a pasta), os valores retornam aos praticados na época da instituição da lei, 21 edições atrás. ELAINE CALUX, jornalista, foi coordenadora do Núcleo do Fomento à Dança de 2009 a 2012, na gestão de Carlos Augusto Calil.
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Novo edital desrespeita e fere princípios da lei de fomentoEm março, o secretário municipal da Cultura de São Paulo, André Sturm, substituiu o 22º edital da dança já em curso. A verba foi pulverizada (mais grupos ganham menos) e é considerada insuficiente por parte dos núcleos para a realização adequada das atividades. As mudanças da política ao setor são hoje o principal conflito entre a classe artística e a gestão de João Doria (PSDB). A prefeitura abre dois editais por ano para investir em projetos de pesquisa e produção em dança. Leia abaixo a opinião da jornalista Elaine Calux sobre a polêmica com o edital (veja também o artigo de André Sturm): * A Lei de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, fruto de uma intensa luta dos profissionais da dança, foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Vereadores, em 2005. Seu objetivo era subsidiar grupos, selecionar projetos de trabalho continuado em dança contemporânea e difundir a produção artística independente. Da união entre artistas e poder público, inúmeras conquistas decorreram nesses 11 anos, sempre resultando em editais aprimorados e cada vez mais em consonância com o desenvolvimento de ações eficazes na cidade. A desarmonia começou quando o atual secretário municipal de Cultura, André Sturm, revogou o primeiro edital do ano, com número recorde de inscrições (68 projetos) e anulou sua comissão julgadora, lançando, em seguida, novo edital que desrespeita e fere os princípios do Fomento à Dança. Nos termos da nova seleção, há afronta clara à letra da Lei de Fomento à Dança: redução do período máximo dos projetos de dois para um ano; supressão de competência da comissão em analisar o orçamento e determinar os valores que cada projeto receberá; e pagamento de 60% do valor do projeto somente após sua conclusão. Essa última medida exige que os grupos se autofinanciem, quando o edital deveria subsidiar propostas com "dificuldade de sustentação econômica do projeto no mercado" (art.15, VII). O novo edital modifica, assim, o sentido da palavra fomento, destruindo o programa de forma transversal, porque o torna inexequível. Há ainda, nesse processo, contradições inexplicáveis. Passados 45 dias do lançamento do novo edital, a secretaria não convocou entidades representativas para indicação de nomes que irão compor a comissão de seleção (o que é uma exigência legal). No entanto não ter havido ampla convocação foi um dos argumentos usados para anulação de comissão anterior. Outro agravo é que o Tribunal de Contas do Município pediu suspensão do edital por irregularidades, e no entanto as inscrições permanecem abertas –e ainda tiveram o seu prazo final prorrogado por três vezes. A categoria, representada pelas cooperativas de dança e de teatro, movimentos organizados e universidades de todo o Brasil (que mostraram seu apoio irrestrito, com o envio de cartas), segue explicitando que não o reconhece, pois são apenas 11 inscritos até o momento. Esse dado, por si só, faz cair por terra a justificativa do secretário de que desobedece a lei sob a alegação de falta de verba (devido ao congelamento de quase 50% do já inócuo Orçamento da Cultura –menos de 1% do Orçamento da Cidade) e intenção de contemplar mais grupos. Desde a 10ª edição, o programa contempla a totalidade de projetos (30). Com o corte da verba do 22º edital, aprovado para 2017 (a própria categoria se esforça junto à Câmara dos Vereadores na implementação e aprovação do Orçamento para a pasta), os valores retornam aos praticados na época da instituição da lei, 21 edições atrás. ELAINE CALUX, jornalista, foi coordenadora do Núcleo do Fomento à Dança de 2009 a 2012, na gestão de Carlos Augusto Calil.
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Mortes: Fiscal de voo orgulhoso, não faltava ao trabalho
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Por mais de 20 anos, Eleodoro da Silva Negrão percorreu pistas e hangares do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. Ao recordar esse período, falava das inúmeras irregularidades que viu e da fama de "chato" que ganhou por não fazer vista grossa a nenhuma delas. A carreira de fiscal de voo era um dos maiores orgulhos de seu Negrão, embora não tenha sido sua primeira opção. Antes, tentou entrar na Marinha, mas foi reprovado no teste físico -era magro demais. Mas isso não o desanimou. Entrou na Aeronáutica e foi atuar no Campo de Marte. Orgulhoso, dizia não ter faltado nem uma vez ao trabalho. Nascido na pequena Novo Horizonte (a 399 km de São Paulo), teve uma infância bastante pobre. Contava que chegou a usar roupa de saco de farinha para ir à escola. Acabou voltando para o interior quando se aposentou, dessa vez para Bady Bassitt (a 450 km de São Paulo). Apesar de aposentado, não ficava parado. Ficou conhecido na cidade por consertar ferro e liquidificador, sem cobrar. Casou-se duas vezes e teve quatro filhos. Da mais nova, Raquel, acabou sendo mãe e pai, depois que sua segunda mulher morreu, quando a menina ainda tinha dez anos. "Ele cuidou de mim enquanto pôde, depois eu é que passei a cuidar dele", brinca ela. Sério, seu Negrão sempre dizia o que pensava, ganhando assim a fama de ranzinza. Mas ele também sabia cativar as pessoas. Sempre acompanhando os noticiários, adorava conversar, opinar, sobre os mais diversos assuntos. Morreu dia 16, aos 88 anos, devido a uma parada cardíaca. Deixa os filhos e netos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
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cotidiano
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Mortes: Fiscal de voo orgulhoso, não faltava ao trabalhoPor mais de 20 anos, Eleodoro da Silva Negrão percorreu pistas e hangares do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. Ao recordar esse período, falava das inúmeras irregularidades que viu e da fama de "chato" que ganhou por não fazer vista grossa a nenhuma delas. A carreira de fiscal de voo era um dos maiores orgulhos de seu Negrão, embora não tenha sido sua primeira opção. Antes, tentou entrar na Marinha, mas foi reprovado no teste físico -era magro demais. Mas isso não o desanimou. Entrou na Aeronáutica e foi atuar no Campo de Marte. Orgulhoso, dizia não ter faltado nem uma vez ao trabalho. Nascido na pequena Novo Horizonte (a 399 km de São Paulo), teve uma infância bastante pobre. Contava que chegou a usar roupa de saco de farinha para ir à escola. Acabou voltando para o interior quando se aposentou, dessa vez para Bady Bassitt (a 450 km de São Paulo). Apesar de aposentado, não ficava parado. Ficou conhecido na cidade por consertar ferro e liquidificador, sem cobrar. Casou-se duas vezes e teve quatro filhos. Da mais nova, Raquel, acabou sendo mãe e pai, depois que sua segunda mulher morreu, quando a menina ainda tinha dez anos. "Ele cuidou de mim enquanto pôde, depois eu é que passei a cuidar dele", brinca ela. Sério, seu Negrão sempre dizia o que pensava, ganhando assim a fama de ranzinza. Mas ele também sabia cativar as pessoas. Sempre acompanhando os noticiários, adorava conversar, opinar, sobre os mais diversos assuntos. Morreu dia 16, aos 88 anos, devido a uma parada cardíaca. Deixa os filhos e netos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas -
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Deixem o botox em paz
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Meu nome é Mariliz, tenho 43 anos, uso botox no rosto desde os... deixe ver, acho que 29 ou 30 anos, já fiz preenchimento com ácido hialurônico no bigode chinês, faço sessões de laser há uns dez anos para remover manchas de sol, para estimular a produção de colágeno, para reforçar a musculatura facial, aplico anualmente botox nas axilas porque tenho hiperhidrose (em bom português, suo em bicas). Ir ao dermatologista no Brasil e tratar a pele é tão polêmico que muita gente prefere o anonimato. Quem me conhece talvez fique surpreso com essas revelações porque estou longe do estereótipo que criaram para a perua doida que aplica botox até dentro dos olhos e fica com cara de pão de queijo requentado. Deveria ficar bom, mas o resultado é péssimo. Li recentemente que mulheres com menos de 30 anos estão usando botox. Notícia velha. Isso já é feito desde o final dos anos 1990, quando houve um boom dos consultório de dermatologia no Brasil e os médicos dessa especialidade se tornaram mini-celebridades. Tinha modelo de 19 anos querendo fazer para prevenir as rugas. Loucas. Mas estou falando sobre isso porque todos os dias tem alguém escrevendo bobagem em reportagens ou em comentários em redes sociais. As técnicas de dermatologia se sofisticaram e se popularizaram. As pessoas descobriram que ao prevenir o envelhecimento da pele de forma menos invasiva, o tal dia da cirurgia plástica poderia ser adiado e, quem sabe, evitado. Claro, isso para quem quer. Se você não liga para os pés de galinha, ótimo para você. Tenho vontade de rir cada vez que uma atriz linda, em seus 50, 60 ou 70 anos aparece em algum tapete vermelho e os comentários são de que "ela sabe envelhecer", "não se rendeu ao botox", "ela medita", "só come orgânico". Acordem. Além de, obviamente, serem donas de genéticas privilegiadas, o que atrizes como Sandra Bullock, Bruna Lombardi e Sophia Loren tem em comum são excelentes dermatologistas e, em alguns casos, cirurgiões plásticos. Assim, elas entram e saem de consultórios com a mesma cara. E é exatamente isso que bons médicos fazem. Corrigem ou previnem pequenos danos, incômodos, queixas, sem que a gente fique parecendo arremedo de nós mesmas. Entro e saio da minha dermatologista com a mesma cara faz 15 anos. Obviamente não pareço ter 30 anos. A diferença é que não está tudo caindo. Tive apenas dois médicos nesse meio tempo, escolhidos a dedo. Profissionais que não me vendem uma sobrancelha da Malévola, uma boca de pato, uma bochecha de modelo infanto-juvenil. Eu sei que não sou mais uma menina, mas também não tenho obrigação de sentar e deixar que as rugas tomem conta do meu rosto apenas porque o tribunal do botox acha um absurdo que as mulheres não aceitem que as bochechas caiam ou que o cabelo fique branco. Tem gente que exagera? Tem. E daí?! Longe de mim criticar quem o faz. Cada um envelhece como quer. Inclusive meio torto, meio estufado, meio ridículo. Envelhecer bem é um conceito muito variado. Para você ter rugas na testa, pés de galinha, bigode chinês podem ser apenas sinais da vida. E você se apegou ao papinho que está crescendo embaixo do queixo. Acho bonita essa filosofia de envelhecer naturalmente, mas ainda estou numa idade que gosto mais de botox. E antes de criticar, se informem. Botox é o nome comercial de uma substância chamada toxina botulínica. É usada para diminuir rugas, na testa, ao redor dos olhos e eu outros pontos muito específicos. Ele relaxa a musculatura e por isso as rugas desaparecem. É também um santo tratamento para quem vive com duas pizzas embaixo do sovaco porque ele bloqueia o estímulo das glândulas sudoríparas. A famosa boca de pato, tanto criticada, é efeito de uma técnica chamada preenchimento, feita com substâncias como o ácido hialurônico. Esse procedimento pode ser feito em outras regiões do rosto, como as bochechas. Se feita com parcimônia, apenas devolve o volume que o rosto perde ao longo dos anos. Do contrário, bem, do contrário, fica um desastre mesmo. Então, por favor, deixem o botox em paz. Parem de falar besteira. E não esqueçam de usar filtro solar. É um conselho que ficou famoso num vídeo de autoajuda, mas que adia de verdade o dia do botox e das pelancas.
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colunas
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Deixem o botox em pazMeu nome é Mariliz, tenho 43 anos, uso botox no rosto desde os... deixe ver, acho que 29 ou 30 anos, já fiz preenchimento com ácido hialurônico no bigode chinês, faço sessões de laser há uns dez anos para remover manchas de sol, para estimular a produção de colágeno, para reforçar a musculatura facial, aplico anualmente botox nas axilas porque tenho hiperhidrose (em bom português, suo em bicas). Ir ao dermatologista no Brasil e tratar a pele é tão polêmico que muita gente prefere o anonimato. Quem me conhece talvez fique surpreso com essas revelações porque estou longe do estereótipo que criaram para a perua doida que aplica botox até dentro dos olhos e fica com cara de pão de queijo requentado. Deveria ficar bom, mas o resultado é péssimo. Li recentemente que mulheres com menos de 30 anos estão usando botox. Notícia velha. Isso já é feito desde o final dos anos 1990, quando houve um boom dos consultório de dermatologia no Brasil e os médicos dessa especialidade se tornaram mini-celebridades. Tinha modelo de 19 anos querendo fazer para prevenir as rugas. Loucas. Mas estou falando sobre isso porque todos os dias tem alguém escrevendo bobagem em reportagens ou em comentários em redes sociais. As técnicas de dermatologia se sofisticaram e se popularizaram. As pessoas descobriram que ao prevenir o envelhecimento da pele de forma menos invasiva, o tal dia da cirurgia plástica poderia ser adiado e, quem sabe, evitado. Claro, isso para quem quer. Se você não liga para os pés de galinha, ótimo para você. Tenho vontade de rir cada vez que uma atriz linda, em seus 50, 60 ou 70 anos aparece em algum tapete vermelho e os comentários são de que "ela sabe envelhecer", "não se rendeu ao botox", "ela medita", "só come orgânico". Acordem. Além de, obviamente, serem donas de genéticas privilegiadas, o que atrizes como Sandra Bullock, Bruna Lombardi e Sophia Loren tem em comum são excelentes dermatologistas e, em alguns casos, cirurgiões plásticos. Assim, elas entram e saem de consultórios com a mesma cara. E é exatamente isso que bons médicos fazem. Corrigem ou previnem pequenos danos, incômodos, queixas, sem que a gente fique parecendo arremedo de nós mesmas. Entro e saio da minha dermatologista com a mesma cara faz 15 anos. Obviamente não pareço ter 30 anos. A diferença é que não está tudo caindo. Tive apenas dois médicos nesse meio tempo, escolhidos a dedo. Profissionais que não me vendem uma sobrancelha da Malévola, uma boca de pato, uma bochecha de modelo infanto-juvenil. Eu sei que não sou mais uma menina, mas também não tenho obrigação de sentar e deixar que as rugas tomem conta do meu rosto apenas porque o tribunal do botox acha um absurdo que as mulheres não aceitem que as bochechas caiam ou que o cabelo fique branco. Tem gente que exagera? Tem. E daí?! Longe de mim criticar quem o faz. Cada um envelhece como quer. Inclusive meio torto, meio estufado, meio ridículo. Envelhecer bem é um conceito muito variado. Para você ter rugas na testa, pés de galinha, bigode chinês podem ser apenas sinais da vida. E você se apegou ao papinho que está crescendo embaixo do queixo. Acho bonita essa filosofia de envelhecer naturalmente, mas ainda estou numa idade que gosto mais de botox. E antes de criticar, se informem. Botox é o nome comercial de uma substância chamada toxina botulínica. É usada para diminuir rugas, na testa, ao redor dos olhos e eu outros pontos muito específicos. Ele relaxa a musculatura e por isso as rugas desaparecem. É também um santo tratamento para quem vive com duas pizzas embaixo do sovaco porque ele bloqueia o estímulo das glândulas sudoríparas. A famosa boca de pato, tanto criticada, é efeito de uma técnica chamada preenchimento, feita com substâncias como o ácido hialurônico. Esse procedimento pode ser feito em outras regiões do rosto, como as bochechas. Se feita com parcimônia, apenas devolve o volume que o rosto perde ao longo dos anos. Do contrário, bem, do contrário, fica um desastre mesmo. Então, por favor, deixem o botox em paz. Parem de falar besteira. E não esqueçam de usar filtro solar. É um conselho que ficou famoso num vídeo de autoajuda, mas que adia de verdade o dia do botox e das pelancas.
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Casa onde Janis Joplin cresceu no Texas é posta à venda por US$ 500 mil
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A modesta casa de Port Arthur, cidade do Estado norte-americano do Texas, onde a lenda do rock Janis Joplin (1943-1970) cresceu nos anos 1950 foi posta à venda por US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão), informou uma corretora de imóveis nesta quarta-feira (8). O valor estimado da propriedade de 121 metros quadrados, que tem uma pequena varanda frontal, é cerca de dez vezes maior que o de outras casas na área. O lar dos Joplin tem uma placa comemorativa e um fluxo contínuo de fãs da cantora, conhecida por canções como "Me and Bobby McGee" e "Piece of My Heart". Os proprietários atuais da residência, a cerca de 145 quilômetros de Houston, cultivaram uma cerca viva ao seu redor para impedir que curiosos olhem pelas janelas, segundo a corretora Diane Fernandez. "Os donos já receberam pessoas de todo o mundo. Elas vêm da Europa, da Austrália. Algumas lhes ofereceram US$ 2.000 [quase R$ 6.800] para dormir no chão do quarto de Janis", contou. Diane disse que os donos, que não quiseram se identificar, nunca aceitaram as propostas. O imóvel tem até um autógrafo, de acordo com Sarah Bellian, do Museu da Costa do Golfo. "Janis e sua irmã entalharam seus nomes na madeira da casa", explicou.
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Casa onde Janis Joplin cresceu no Texas é posta à venda por US$ 500 milA modesta casa de Port Arthur, cidade do Estado norte-americano do Texas, onde a lenda do rock Janis Joplin (1943-1970) cresceu nos anos 1950 foi posta à venda por US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão), informou uma corretora de imóveis nesta quarta-feira (8). O valor estimado da propriedade de 121 metros quadrados, que tem uma pequena varanda frontal, é cerca de dez vezes maior que o de outras casas na área. O lar dos Joplin tem uma placa comemorativa e um fluxo contínuo de fãs da cantora, conhecida por canções como "Me and Bobby McGee" e "Piece of My Heart". Os proprietários atuais da residência, a cerca de 145 quilômetros de Houston, cultivaram uma cerca viva ao seu redor para impedir que curiosos olhem pelas janelas, segundo a corretora Diane Fernandez. "Os donos já receberam pessoas de todo o mundo. Elas vêm da Europa, da Austrália. Algumas lhes ofereceram US$ 2.000 [quase R$ 6.800] para dormir no chão do quarto de Janis", contou. Diane disse que os donos, que não quiseram se identificar, nunca aceitaram as propostas. O imóvel tem até um autógrafo, de acordo com Sarah Bellian, do Museu da Costa do Golfo. "Janis e sua irmã entalharam seus nomes na madeira da casa", explicou.
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CPI pede quebra de sigilos de brasileiro procurado pela Interpol
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O senador Romário (PSB-RJ) apresentou um requerimento para a CPI do Futebol de quebra de sigilo fiscal e bancário do brasileiro José Margulies, apontado pelo FBI como envolvido no escândalo de corrupção da Fifa e procurado pela Interpol. Conhecido como José Lazaro, ele intermediava contratos da Conmebol com emissoras de televisão e empresas de marketing esportivo. O pedido do ex-jogador, que é o presidente da comissão, ainda precisa ser apreciado e aprovado pelos demais senadores. Na justificativa apresentada por Romário em seu requerimento está o fato de Lázaro ter trabalhado por muito anos com José Hawilla, dono da Traffic, réu confesso, que segundo o governo dos Estados Unidos teria concordado em devolver US$ 151 milhões (R$ 473 milhões na cotação atual) de seu patrimônio. Ainda de acordo com a Justiça americana, US$ 25 milhões (R$ 78 milhões) deste total já teriam sido pagos no momento da confissão.
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esporte
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CPI pede quebra de sigilos de brasileiro procurado pela InterpolO senador Romário (PSB-RJ) apresentou um requerimento para a CPI do Futebol de quebra de sigilo fiscal e bancário do brasileiro José Margulies, apontado pelo FBI como envolvido no escândalo de corrupção da Fifa e procurado pela Interpol. Conhecido como José Lazaro, ele intermediava contratos da Conmebol com emissoras de televisão e empresas de marketing esportivo. O pedido do ex-jogador, que é o presidente da comissão, ainda precisa ser apreciado e aprovado pelos demais senadores. Na justificativa apresentada por Romário em seu requerimento está o fato de Lázaro ter trabalhado por muito anos com José Hawilla, dono da Traffic, réu confesso, que segundo o governo dos Estados Unidos teria concordado em devolver US$ 151 milhões (R$ 473 milhões na cotação atual) de seu patrimônio. Ainda de acordo com a Justiça americana, US$ 25 milhões (R$ 78 milhões) deste total já teriam sido pagos no momento da confissão.
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Chile barra carne brasileira, mas Argentina mantém importações
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O ministro da agricultura do Chile, Carlos Furche, anunciou nesta segunda (20), a suspensão temporária da importação de "todo tipo de carne brasileira" (bovina, frango e porco) devido ao escândalo revelado pela Operação Carne Fraca. "Estivemos analisando o assunto durante todo o fim de semana e tomamos essa decisão até termos informações mais precisas das autoridades brasileiras", disse Furche. Em entrevista à rádio Bio-Bio, o diretor nacional do Serviço Agrícola e Pecuário (SAG), Angel Sartori, disse que a medida só seria flexibilizada ou revertida depois que o Brasil "recuperasse a confiança" diante dos chilenos como exportador. "Tivemos uma quebra na confiança com relação ao Brasil e esse tipo de coisa custa para ser recuperada. As autoridades brasileiras têm de prestar contas do que está sendo feito para esclarecer a situação e garantir a qualidade do que for vendido futuramente", disse. Segundo dados da Associação Chilena de Carne (ACHIC), 33,5% da carne bovina importada pelo país vem do Brasil. O país também compra o produto do Paraguai (41,2%), da Argentina (17%), dos EUA (5,1%) e do Uruguai (3,3%). OUTROS PAÍSES Funcionários do governo da Argentina disseram à Folha que o país, por ora, não considera anunciar medidas contra a carne brasileira. A mídia local tem chamado a atenção para o fato de os frigoríficos brasileiros envolvidos no escândalo serem donos de marcas famosas na Argentina, como as de hambúrgueres e salsichas Paty, Goodmark e Swift, assim como de restaurantes de grande visitação turística, como o Cabaña Las Lilas, em Puerto Madero. Os meios argentinos chamaram a atenção para o fato de a divulgação do escândalo acontecer justamente quando representações do Mercosul e da União Europeia estão, nesta semana, reunidos em Buenos Aires para tentar destravar o acordo entre os dois blocos. Já no Uruguai, o ministro da agricultura local, Tabaré Aguerre, declarou que "No Brasil falharam os controles e há um problema de corrupção muito grande. No Uruguai temos normas e mecanismos locais muito seguros", afirmando que uma possível contaminação de produtos importados pelo país seria detectada e que não havia risco de haver carne comprometida no mercado uruguaio.
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mercado
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Chile barra carne brasileira, mas Argentina mantém importaçõesO ministro da agricultura do Chile, Carlos Furche, anunciou nesta segunda (20), a suspensão temporária da importação de "todo tipo de carne brasileira" (bovina, frango e porco) devido ao escândalo revelado pela Operação Carne Fraca. "Estivemos analisando o assunto durante todo o fim de semana e tomamos essa decisão até termos informações mais precisas das autoridades brasileiras", disse Furche. Em entrevista à rádio Bio-Bio, o diretor nacional do Serviço Agrícola e Pecuário (SAG), Angel Sartori, disse que a medida só seria flexibilizada ou revertida depois que o Brasil "recuperasse a confiança" diante dos chilenos como exportador. "Tivemos uma quebra na confiança com relação ao Brasil e esse tipo de coisa custa para ser recuperada. As autoridades brasileiras têm de prestar contas do que está sendo feito para esclarecer a situação e garantir a qualidade do que for vendido futuramente", disse. Segundo dados da Associação Chilena de Carne (ACHIC), 33,5% da carne bovina importada pelo país vem do Brasil. O país também compra o produto do Paraguai (41,2%), da Argentina (17%), dos EUA (5,1%) e do Uruguai (3,3%). OUTROS PAÍSES Funcionários do governo da Argentina disseram à Folha que o país, por ora, não considera anunciar medidas contra a carne brasileira. A mídia local tem chamado a atenção para o fato de os frigoríficos brasileiros envolvidos no escândalo serem donos de marcas famosas na Argentina, como as de hambúrgueres e salsichas Paty, Goodmark e Swift, assim como de restaurantes de grande visitação turística, como o Cabaña Las Lilas, em Puerto Madero. Os meios argentinos chamaram a atenção para o fato de a divulgação do escândalo acontecer justamente quando representações do Mercosul e da União Europeia estão, nesta semana, reunidos em Buenos Aires para tentar destravar o acordo entre os dois blocos. Já no Uruguai, o ministro da agricultura local, Tabaré Aguerre, declarou que "No Brasil falharam os controles e há um problema de corrupção muito grande. No Uruguai temos normas e mecanismos locais muito seguros", afirmando que uma possível contaminação de produtos importados pelo país seria detectada e que não havia risco de haver carne comprometida no mercado uruguaio.
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Chef Daniel Boulud será homenageado por conjunto da obra no 50 Best
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O francês radicado nos Estados Unidos Daniel Boulud foi anunciado na manhã desta terça-feira (12) como vencedor do prêmio de conjunto da obra concedido pela revista britânica "Restaurant". O título é parte das premiações da lista 50 Best, de 50 melhores restaurantes do mundo. Segundo William Drew, editor do ranking, Boulud é um dos chefs mais completos da França e dos EUA, de "talento extraordinário". "Sua cozinha clássica evoluiu para incorporar técnicas modernas e sabores internacionais", disse, no comunicado que anunciou o prêmio. Nascido em Lyon, Boulud trabalhou com grandes nomes da cozinha francesa, como Roger Vergé e Michel Guérard, antes de se mudar para os EUA. Em Nova York, cozinhou nos restaurantes dos hotéis The Westbury e Plaza Athenée antes de abrir, em 1993, a própria casa, que leva seu nome, em Upper East Side, na ilha de Manhattan. Hoje, ele é dono de um grupo que tem casas em outras cidades americanas, como Las Vegas, Boston e Miami, e fora dos EUA –no Canadá, em Londres (Inglaterra) e em Cingapura. Segundo a publicação britânica, a cozinha do restaurante Daniel –40º lugar na lista no ano passado– "tem fortes raízes na história da gastronomia francesa", ao mesmo tempo em que abarca "uma apresentação mais moderna, elegante e sazonal". A carta de vinhos do lugar é, segundo a revista, uma das "mais impressionantes" de Nova York, com mais de 2.000 rótulos internacionais. "Sempre procurei criar uma experiência para os comensais que seja memorável", disse Boulud. "O desafio –e pelo qual eu deveria ser julgado– é a criatividade e o nível de detalhe e serviço em cada um dos meus restaurantes. Isso, e guiar novos chefs, é o trabalho da minha vida, e do que tenho mais orgulho". A cerimônia de entrega dos prêmios do 50 Best será em 1º de junho, em Londres. A "Restaurant" já havia anunciado a vencedora do prêmio de melhor chef mulher do mundo –a francesa Hélène Darroze. Esta é a 10ª vez que a "Restaurant" premia o conjunto da obra de um chef. Antes de Boulud, foram celebrados nomes como os franceses Paul Bocuse, Alain Ducasse e Joël Robuchon, o espanhol Juan Mari Arzak, os americanos Thomas Keller e Alice Waters e, no ano passado, o inglês Fergus Henderson.
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comida
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Chef Daniel Boulud será homenageado por conjunto da obra no 50 BestO francês radicado nos Estados Unidos Daniel Boulud foi anunciado na manhã desta terça-feira (12) como vencedor do prêmio de conjunto da obra concedido pela revista britânica "Restaurant". O título é parte das premiações da lista 50 Best, de 50 melhores restaurantes do mundo. Segundo William Drew, editor do ranking, Boulud é um dos chefs mais completos da França e dos EUA, de "talento extraordinário". "Sua cozinha clássica evoluiu para incorporar técnicas modernas e sabores internacionais", disse, no comunicado que anunciou o prêmio. Nascido em Lyon, Boulud trabalhou com grandes nomes da cozinha francesa, como Roger Vergé e Michel Guérard, antes de se mudar para os EUA. Em Nova York, cozinhou nos restaurantes dos hotéis The Westbury e Plaza Athenée antes de abrir, em 1993, a própria casa, que leva seu nome, em Upper East Side, na ilha de Manhattan. Hoje, ele é dono de um grupo que tem casas em outras cidades americanas, como Las Vegas, Boston e Miami, e fora dos EUA –no Canadá, em Londres (Inglaterra) e em Cingapura. Segundo a publicação britânica, a cozinha do restaurante Daniel –40º lugar na lista no ano passado– "tem fortes raízes na história da gastronomia francesa", ao mesmo tempo em que abarca "uma apresentação mais moderna, elegante e sazonal". A carta de vinhos do lugar é, segundo a revista, uma das "mais impressionantes" de Nova York, com mais de 2.000 rótulos internacionais. "Sempre procurei criar uma experiência para os comensais que seja memorável", disse Boulud. "O desafio –e pelo qual eu deveria ser julgado– é a criatividade e o nível de detalhe e serviço em cada um dos meus restaurantes. Isso, e guiar novos chefs, é o trabalho da minha vida, e do que tenho mais orgulho". A cerimônia de entrega dos prêmios do 50 Best será em 1º de junho, em Londres. A "Restaurant" já havia anunciado a vencedora do prêmio de melhor chef mulher do mundo –a francesa Hélène Darroze. Esta é a 10ª vez que a "Restaurant" premia o conjunto da obra de um chef. Antes de Boulud, foram celebrados nomes como os franceses Paul Bocuse, Alain Ducasse e Joël Robuchon, o espanhol Juan Mari Arzak, os americanos Thomas Keller e Alice Waters e, no ano passado, o inglês Fergus Henderson.
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Com desgaste físico, Lucas é vetado e desfalca o Palmeiras contra o Vasco
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O lateral direito Lucas vai desfalcar o Palmeiras contra o Vasco neste domingo (8), às 17h, no estádio Allianz Parque, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. De acordo com a equipe alviverde, o lateral foi vetado por conta de um desgaste físico. Com isso, João Pedro será titular. O técnico Marcelo OliveIra convocou o jovem Lucas Taylor para ficar como opção na reserva. Além de Lucas, Marcelo Oliveira também não poderá contar com os atacantes Dudu e Cristaldo, que estão suspensos. Por outro lado, terá o meia-atacante Fellype Gabriel, que ainda não estreou pelo clube. Recuperado de contusão, o jogador vive a expectativa de entrar durante a partida. Assim, a provável formação do Palmeiras para o duelo contra o Vasco é Fernando Prass; João Pedro, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos, Zé Roberto e Robinho; Rafael Marques, Gabriel Jesus e Barrios LISTA DE RELACIONADOS DO PALMEIRAS Goleiros: Fernando Prass e Fábio Zagueiros: Vitor Hugo, Leandro Almeida, Nathan e Jackson Laterais: Egídio, João Pedro, João Paulo e Taylor Volantes: Thiago Santos, Amaral e Matheus Sales Meias: Robinho, Zé Roberto, Allione e Fellype Gabriel Atacantes: Rafael Marques, Kelvin, Mouche, Gabriel Jesus, Lucas Barrios e Alecsandro
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esporte
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Com desgaste físico, Lucas é vetado e desfalca o Palmeiras contra o VascoO lateral direito Lucas vai desfalcar o Palmeiras contra o Vasco neste domingo (8), às 17h, no estádio Allianz Parque, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. De acordo com a equipe alviverde, o lateral foi vetado por conta de um desgaste físico. Com isso, João Pedro será titular. O técnico Marcelo OliveIra convocou o jovem Lucas Taylor para ficar como opção na reserva. Além de Lucas, Marcelo Oliveira também não poderá contar com os atacantes Dudu e Cristaldo, que estão suspensos. Por outro lado, terá o meia-atacante Fellype Gabriel, que ainda não estreou pelo clube. Recuperado de contusão, o jogador vive a expectativa de entrar durante a partida. Assim, a provável formação do Palmeiras para o duelo contra o Vasco é Fernando Prass; João Pedro, Jackson, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos, Zé Roberto e Robinho; Rafael Marques, Gabriel Jesus e Barrios LISTA DE RELACIONADOS DO PALMEIRAS Goleiros: Fernando Prass e Fábio Zagueiros: Vitor Hugo, Leandro Almeida, Nathan e Jackson Laterais: Egídio, João Pedro, João Paulo e Taylor Volantes: Thiago Santos, Amaral e Matheus Sales Meias: Robinho, Zé Roberto, Allione e Fellype Gabriel Atacantes: Rafael Marques, Kelvin, Mouche, Gabriel Jesus, Lucas Barrios e Alecsandro
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Goldman faz tréplica a Doria, e aliados de ambos reagem
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o vice-presidente do PSDB Alberto Goldman protagonizaram neste sábado (7) uma discussão pública, motivando a reação de aliados de parte a parte. Nos bastidores, tucanos avaliam que Doria, ao responder a Goldman, prepara o terreno para justificar a eventual saída do PSDB para disputar a Presidência em 2018 contra o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Auxiliares de Doria criticaram Goldman. "Statler & Waldorf eram dois velhos rabugentos do Muppets, que geralmente apareciam logo no começo do espetáculo, resmungando de tudo e de todos, sentados na sacada do teatro. Esses dois se parecem com qual figura pública do PSDB?", cutucou Fabio Lepique, secretário-adjunto de Prefeituras Regionais. João Doria "Só se pode lamentar as afirmações de Alberto Goldman. Mostra desconhecimento sobre uma cidade que ele já não frequenta e mostra desinformação sobre uma gestão inovadora do PSDB.", disse Jorge Damião, secretário municipal de Esportes. "Goldman, você precisa conversar com seu partido. Você devia, neste momento, estar ajudando o PSDB a buscar caminhos para as novas eleições. Caminhos para enfrentar os novos problemas do brasil. Talvez você não tenha tido essa coragem, mas nós estamos tendo essa coragem. Estamos enfrentando esse problema de frente e construindo um grande governo em São Paulo", afirmou Julio Semeghini, secretário de governo. "Não vamos permitir que você questione a nossa honestidade, a nossa seriedade. Isso vamos levar para ser esclarecido na polícia", completou. Denise Abreu, o Departamento de Iluminação Pública (Ilume) da prefeitura, também gravou vídeo. "Goldman, vá se informar antes de tentar mal informar a população com mentiras, com calúnias, com uma carga enorme de inveja que nem deveria mais se estabelecer numa pessoa de sua idade." Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde, também criticou o ex-governador. "O senhor precisa estar um pouco mais informado. Estamos trabalhando muito. Nós realmente zeramos a fila de exames e a fila não se formou mais. Estamos zerando a fila de cirurgia, regularizamos a entrega de remédios." O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio Neto, saiu em defesa do ex-governador paulista. "Goldman merece o respeito de todos. Até daquele que não gostam dele. Aceite ou conteste as críticas que ele lhe faz, prefeito João Doria. Mas sem apelar para a baixaria e o desrespeito." Veja O ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD), que saiu do PSDB em disputa com Doria, também reagiu. "Diante dos ataques pessoais que o ex-governador recebeu na manhã deste sábado, manifesto minha total solidariedade e respeito. O discurso de ódio e ataques pessoais não trazem resposta à críticas políticas fundamentadas." Goldman publicou novo vídeo na tarde de sábado em que acusou Doria de atacá-lo em "tom bastante raivoso, prepotente, arrogante, preconceituoso. Me acusa de 'velho'. De fato, faço nesta semana 80 anos, o que é uma uma idade respeitável". "Sou velho, mas não sou velhaco", rebateu. A réplica emula um episódio famoso na política brasileira: em 1992, Ulysses Guimarães deu a mesma resposta ao então presidente Fernando Collor, que o chamara de "senil e desequilibrado". A reação de Doria repercutiu mal entre expoentes do tucanato, que passaram o sábado conversando entre si para avaliar o episódio. Um dirigente do partido disse que o prefeito tinha razões para responder a Goldman, mas que teria sido agressivo demais. Para ele, isso sugere que Doria está se sentindo pressionado em sua busca para viabilizar-se como presidenciável tucano em 2018, numa disputa com seu padrinho político, o governador Alckmin. Esse tucano lembra que Goldman tem história partidária, mas não muita densidade no debate interno, o que deveria contar na hora de calibrar a resposta. Em vídeo, Doria chamou Goldman de "improdutivo, fracassado". Disse que o dirigente tucano só teve derrotas políticas na vida "e agora vive de pijamas em sua casa", enquanto ele, Doria, vive "ao lado do povo, que me elegeu prefeito de São Paulo, que me acolhe". Na véspera, o ex-governador havia postado vídeo com críticas contundentes ao prefeito de São Paulo. "Ele é político sim, um dos piores políticos que já tivemos", afirmou Goldman. "O prefeito ainda não nasceu", disse o ex-governador. "A única coisa que nasceu foi o candidato à Presidência". A desavença entre os dois vem desde as prévias para a disputa municipal em 2016 e chegou neste final de semana a seu ápice.
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poder
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Goldman faz tréplica a Doria, e aliados de ambos reagemO prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o vice-presidente do PSDB Alberto Goldman protagonizaram neste sábado (7) uma discussão pública, motivando a reação de aliados de parte a parte. Nos bastidores, tucanos avaliam que Doria, ao responder a Goldman, prepara o terreno para justificar a eventual saída do PSDB para disputar a Presidência em 2018 contra o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Auxiliares de Doria criticaram Goldman. "Statler & Waldorf eram dois velhos rabugentos do Muppets, que geralmente apareciam logo no começo do espetáculo, resmungando de tudo e de todos, sentados na sacada do teatro. Esses dois se parecem com qual figura pública do PSDB?", cutucou Fabio Lepique, secretário-adjunto de Prefeituras Regionais. João Doria "Só se pode lamentar as afirmações de Alberto Goldman. Mostra desconhecimento sobre uma cidade que ele já não frequenta e mostra desinformação sobre uma gestão inovadora do PSDB.", disse Jorge Damião, secretário municipal de Esportes. "Goldman, você precisa conversar com seu partido. Você devia, neste momento, estar ajudando o PSDB a buscar caminhos para as novas eleições. Caminhos para enfrentar os novos problemas do brasil. Talvez você não tenha tido essa coragem, mas nós estamos tendo essa coragem. Estamos enfrentando esse problema de frente e construindo um grande governo em São Paulo", afirmou Julio Semeghini, secretário de governo. "Não vamos permitir que você questione a nossa honestidade, a nossa seriedade. Isso vamos levar para ser esclarecido na polícia", completou. Denise Abreu, o Departamento de Iluminação Pública (Ilume) da prefeitura, também gravou vídeo. "Goldman, vá se informar antes de tentar mal informar a população com mentiras, com calúnias, com uma carga enorme de inveja que nem deveria mais se estabelecer numa pessoa de sua idade." Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde, também criticou o ex-governador. "O senhor precisa estar um pouco mais informado. Estamos trabalhando muito. Nós realmente zeramos a fila de exames e a fila não se formou mais. Estamos zerando a fila de cirurgia, regularizamos a entrega de remédios." O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio Neto, saiu em defesa do ex-governador paulista. "Goldman merece o respeito de todos. Até daquele que não gostam dele. Aceite ou conteste as críticas que ele lhe faz, prefeito João Doria. Mas sem apelar para a baixaria e o desrespeito." Veja O ex-vereador Andrea Matarazzo (PSD), que saiu do PSDB em disputa com Doria, também reagiu. "Diante dos ataques pessoais que o ex-governador recebeu na manhã deste sábado, manifesto minha total solidariedade e respeito. O discurso de ódio e ataques pessoais não trazem resposta à críticas políticas fundamentadas." Goldman publicou novo vídeo na tarde de sábado em que acusou Doria de atacá-lo em "tom bastante raivoso, prepotente, arrogante, preconceituoso. Me acusa de 'velho'. De fato, faço nesta semana 80 anos, o que é uma uma idade respeitável". "Sou velho, mas não sou velhaco", rebateu. A réplica emula um episódio famoso na política brasileira: em 1992, Ulysses Guimarães deu a mesma resposta ao então presidente Fernando Collor, que o chamara de "senil e desequilibrado". A reação de Doria repercutiu mal entre expoentes do tucanato, que passaram o sábado conversando entre si para avaliar o episódio. Um dirigente do partido disse que o prefeito tinha razões para responder a Goldman, mas que teria sido agressivo demais. Para ele, isso sugere que Doria está se sentindo pressionado em sua busca para viabilizar-se como presidenciável tucano em 2018, numa disputa com seu padrinho político, o governador Alckmin. Esse tucano lembra que Goldman tem história partidária, mas não muita densidade no debate interno, o que deveria contar na hora de calibrar a resposta. Em vídeo, Doria chamou Goldman de "improdutivo, fracassado". Disse que o dirigente tucano só teve derrotas políticas na vida "e agora vive de pijamas em sua casa", enquanto ele, Doria, vive "ao lado do povo, que me elegeu prefeito de São Paulo, que me acolhe". Na véspera, o ex-governador havia postado vídeo com críticas contundentes ao prefeito de São Paulo. "Ele é político sim, um dos piores políticos que já tivemos", afirmou Goldman. "O prefeito ainda não nasceu", disse o ex-governador. "A única coisa que nasceu foi o candidato à Presidência". A desavença entre os dois vem desde as prévias para a disputa municipal em 2016 e chegou neste final de semana a seu ápice.
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STJ decide que proibir a entrada de comida de fora em cinema é abusivo
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Cinemas que proíbem os clientes de entrar na sala com comida de fora praticam venda casada, decidiu uma turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta semana. O caso chegou ao tribunal depois que a rede Centerplex recorreu de uma decisão de primeira instância em Mogi das Cruzes (SP), e vale para essa cidade, mas o entendimento do STJ pode embasar decisões de outras comarcas. A Centerplex não atendeu a reportagem para informar se irá recorrer da sentença. Sem a exclusividade, as salas vão aumentar o preço do ingresso, diz Caio Silva, diretor-executivo da Abraplex (associação dos multiplex). NOUVELLE VAGUE - Aberturas de salas nos últimos anos "A bombonière representa 20% da receita. Grosso modo, o cinema paga o custo, e a comida dá o lucro." O serviço tem se sofisticado —em São Paulo, há ofertas de crepes e champagnes. Hoje, há uma ação da Abraplex no Supremo para evitar que algum órgão público tome atitudes que a associação considera desrespeito a um preceito fundamental -nesse caso, da livre iniciativa. O advogado João Carlos Banhos Velloso, que representa a Abraplex no STF, defendeu a Centerplex no STJ. O argumento também é igual: o cliente não é obrigado a comprar pipoca para ver o filme, portanto uma venda não condiciona a outra. O ministro Ricado Villas Bôas Cuevas, relator do recurso, escreveu que a sala "dissimula uma venda casada e limita a liberdade de escolha do consumidor". - NOVA IDENTIDADE A marca Yasuda Marítima vai mudar para Sompo Seguros S/A. A Susep autorizou a mudança de nome e, a partir de 1º de julho próximo, a companhia adotará a identidade de sua controladora. A operação no Brasil, que resulta da fusão da Yasuda, do grupo, à Marítima, é a maior fora do Japão. "Fizemos a transição e achamos que era o momento de mudar. Sompo está em outros lugares do mundo. Usar o nome global ajuda o cliente quando está fora", diz o diretor-presidente Francisco Vidigal Filho. foi o total de prêmios emitidos até maio de 2016 foi o patrimônio líquido registrado em maio - GRAU DE INVESTIMENTO Uma parcela de 8,5% dos mais bem avaliados imóveis corporativos de São Paulo foi rebaixada pela consultoria Newmark: deixaram as categorias A+ ou A e passaram a pertencer à B. São classificados mais de mil edifícios, cujos ratings vão de C a A+. Desses, 30 deixaram as melhores categorias, em um total de 200 mil metros quadrados. Agora, 300 prédios de escritórios da cidade se enquadram nas categorias A+ e A. O principal fator que fez com que esses imóveis tenham perdido nota foi a idade, afirma Marina Cury, presidente da Newmark Brasil. "Se o critério para a avaliação não incluísse a idade, talvez a conta não fosse essa." Algumas características levadas em consideração pela consultoria são recentes —a existência de cogeradores de energia ou certificados que não existiam no passado, como os de construções verdes. Os edifícios do Rio de Janeiro vão passar por uma reavaliação semelhante. * RATING DE ESCRITÓRIO Lajes acima de mil m², geradores para áreas comuns e cogeração de energia, elevadores privativos separados e uma vaga de garagem para cada 35 m² Construções mais recentes, de 500 a mil m² de laje, até quatro conjuntos por andar, gerenciado por empresas, piso elevado e ar-condicionado Prédios com mais de 20 anos, lajes de até 500 m², pisos com canaleta, ar-condicionado central, pé-direito de até 2,70 m e gerenciamento não-profissional Edifícios devem ter menos de seis conjuntos por andar, e cada um deles precisa ter mais de 50 m² Fonte: Newmark - DE PONTO EM PONTO A Dotz, empresa de programas de fidelidade, vai investir R$ 100 milhões pelos próximos três anos para aprimorar seus sistemas de informação e expandir sua atuação a outras regiões do país. Hoje em 12 Estados, a empresa deverá fechar parcerias na Bahia e no Rio Grande do Sul neste ano. A companhia também prevê entrar no mercado paulistano, diz o presidente, Roberto Chade. "A maior parte do investimento será aplicada em tecnologia e na criação de novas ferramentas de inteligência, para traçar o perfil de consumo dos clientes." Após um 2015 com crescimento de receita "pouco acima da inflação", diz ele, a projeção para este ano é de uma alta de 15%. - SUSTENTO CAMBALEANTE Apenas 25% das empresas desenvolveram um projeto de negócio sustentável que possa servir de exemplo atraente para investidores, segundo estudo do BCG em parceria com a MIT Sloam Management Review. Ao mesmo tempo, 75% dos altos executivos afirmam avaliar o impacto nas metas de sustentabilidade da empresa como um ponto a se considerar para a tomada de decisões de negócios. Além disso, quase metade dos entrevistados diz que não colaboraria com uma instituição que tivesse um histórico iniciativas dessa natureza. A maioria dos entrevistados também apontou que essas questões são cada vez mais importantes para os investidores e têm um impacto sobre o sucesso financeiro da companhia a longo prazo. O levantamento ouviu mais de 3.000 profissionais de 113 países, entre eles o Brasil. - Mais medicados A região Centro-Oeste foi a que teve o maior crescimento no número de beneficiários de planos de saúde. Em março, na comparação com 2015, o aumento foi de 1%, o que equivale a 3,1 milhões, segundo a FenaSaúde. Pagar o pato Para 45% dos contadores associados ao Sescon (sindicato da categoria), seria um grande erro do governo insistir na volta da CPMF. Ainda assim, 33% dizem acreditar que o aumento de impostos hoje é inevitável. Almoço... A Abbraccio, de culinária italiana, vai inaugurar uma unidade em Ribeirão Preto (SP) e deve fechar este ano com sete estabelecimentos. ...dividido "O novo sócio está em treinamento. Nós entramos com o capital. Ele, com o trabalho", diz Ricardo Carvalheira, presidente da rede. - HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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STJ decide que proibir a entrada de comida de fora em cinema é abusivoCinemas que proíbem os clientes de entrar na sala com comida de fora praticam venda casada, decidiu uma turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta semana. O caso chegou ao tribunal depois que a rede Centerplex recorreu de uma decisão de primeira instância em Mogi das Cruzes (SP), e vale para essa cidade, mas o entendimento do STJ pode embasar decisões de outras comarcas. A Centerplex não atendeu a reportagem para informar se irá recorrer da sentença. Sem a exclusividade, as salas vão aumentar o preço do ingresso, diz Caio Silva, diretor-executivo da Abraplex (associação dos multiplex). NOUVELLE VAGUE - Aberturas de salas nos últimos anos "A bombonière representa 20% da receita. Grosso modo, o cinema paga o custo, e a comida dá o lucro." O serviço tem se sofisticado —em São Paulo, há ofertas de crepes e champagnes. Hoje, há uma ação da Abraplex no Supremo para evitar que algum órgão público tome atitudes que a associação considera desrespeito a um preceito fundamental -nesse caso, da livre iniciativa. O advogado João Carlos Banhos Velloso, que representa a Abraplex no STF, defendeu a Centerplex no STJ. O argumento também é igual: o cliente não é obrigado a comprar pipoca para ver o filme, portanto uma venda não condiciona a outra. O ministro Ricado Villas Bôas Cuevas, relator do recurso, escreveu que a sala "dissimula uma venda casada e limita a liberdade de escolha do consumidor". - NOVA IDENTIDADE A marca Yasuda Marítima vai mudar para Sompo Seguros S/A. A Susep autorizou a mudança de nome e, a partir de 1º de julho próximo, a companhia adotará a identidade de sua controladora. A operação no Brasil, que resulta da fusão da Yasuda, do grupo, à Marítima, é a maior fora do Japão. "Fizemos a transição e achamos que era o momento de mudar. Sompo está em outros lugares do mundo. Usar o nome global ajuda o cliente quando está fora", diz o diretor-presidente Francisco Vidigal Filho. foi o total de prêmios emitidos até maio de 2016 foi o patrimônio líquido registrado em maio - GRAU DE INVESTIMENTO Uma parcela de 8,5% dos mais bem avaliados imóveis corporativos de São Paulo foi rebaixada pela consultoria Newmark: deixaram as categorias A+ ou A e passaram a pertencer à B. São classificados mais de mil edifícios, cujos ratings vão de C a A+. Desses, 30 deixaram as melhores categorias, em um total de 200 mil metros quadrados. Agora, 300 prédios de escritórios da cidade se enquadram nas categorias A+ e A. O principal fator que fez com que esses imóveis tenham perdido nota foi a idade, afirma Marina Cury, presidente da Newmark Brasil. "Se o critério para a avaliação não incluísse a idade, talvez a conta não fosse essa." Algumas características levadas em consideração pela consultoria são recentes —a existência de cogeradores de energia ou certificados que não existiam no passado, como os de construções verdes. Os edifícios do Rio de Janeiro vão passar por uma reavaliação semelhante. * RATING DE ESCRITÓRIO Lajes acima de mil m², geradores para áreas comuns e cogeração de energia, elevadores privativos separados e uma vaga de garagem para cada 35 m² Construções mais recentes, de 500 a mil m² de laje, até quatro conjuntos por andar, gerenciado por empresas, piso elevado e ar-condicionado Prédios com mais de 20 anos, lajes de até 500 m², pisos com canaleta, ar-condicionado central, pé-direito de até 2,70 m e gerenciamento não-profissional Edifícios devem ter menos de seis conjuntos por andar, e cada um deles precisa ter mais de 50 m² Fonte: Newmark - DE PONTO EM PONTO A Dotz, empresa de programas de fidelidade, vai investir R$ 100 milhões pelos próximos três anos para aprimorar seus sistemas de informação e expandir sua atuação a outras regiões do país. Hoje em 12 Estados, a empresa deverá fechar parcerias na Bahia e no Rio Grande do Sul neste ano. A companhia também prevê entrar no mercado paulistano, diz o presidente, Roberto Chade. "A maior parte do investimento será aplicada em tecnologia e na criação de novas ferramentas de inteligência, para traçar o perfil de consumo dos clientes." Após um 2015 com crescimento de receita "pouco acima da inflação", diz ele, a projeção para este ano é de uma alta de 15%. - SUSTENTO CAMBALEANTE Apenas 25% das empresas desenvolveram um projeto de negócio sustentável que possa servir de exemplo atraente para investidores, segundo estudo do BCG em parceria com a MIT Sloam Management Review. Ao mesmo tempo, 75% dos altos executivos afirmam avaliar o impacto nas metas de sustentabilidade da empresa como um ponto a se considerar para a tomada de decisões de negócios. Além disso, quase metade dos entrevistados diz que não colaboraria com uma instituição que tivesse um histórico iniciativas dessa natureza. A maioria dos entrevistados também apontou que essas questões são cada vez mais importantes para os investidores e têm um impacto sobre o sucesso financeiro da companhia a longo prazo. O levantamento ouviu mais de 3.000 profissionais de 113 países, entre eles o Brasil. - Mais medicados A região Centro-Oeste foi a que teve o maior crescimento no número de beneficiários de planos de saúde. Em março, na comparação com 2015, o aumento foi de 1%, o que equivale a 3,1 milhões, segundo a FenaSaúde. Pagar o pato Para 45% dos contadores associados ao Sescon (sindicato da categoria), seria um grande erro do governo insistir na volta da CPMF. Ainda assim, 33% dizem acreditar que o aumento de impostos hoje é inevitável. Almoço... A Abbraccio, de culinária italiana, vai inaugurar uma unidade em Ribeirão Preto (SP) e deve fechar este ano com sete estabelecimentos. ...dividido "O novo sócio está em treinamento. Nós entramos com o capital. Ele, com o trabalho", diz Ricardo Carvalheira, presidente da rede. - HORA DO CAFÉ com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Trump defende que transgêneros usem qualquer banheiro nos EUA
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Caitlyn Jenner é bem-vinda em qualquer banheiro da Trump Tower, masculino ou feminino, disse Donald Trump na quinta (21). A estrela do reality "I Am Cait" era conhecida até 2015 como Bruce Jenner, ex-atleta olímpico e ex-padastro da socialite Kim Kardashian. Mudou de sexo e, desde março, é um entre tantos transexuais que estão proibidos por lei de usar um banheiro distinto de seu "gênero biológico" (entendido como aquele na "certidão de nascimento") na Carolina do Norte. Pré-candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano, mais recatado no campo moral, Trump sugeriu que as pessoas escolham "qualquer banheiro que sintam ser o mais apropriado", inclusive no prédio onde mora, em Manhattan. O rival Ted Cruz não deixou barato e criticou suas credenciais "conservadoras". Ungido pelo Tea Party, o senador pelo Texas se disse ultrajado, "como pai de duas meninas", pela possibilidade de um homem "de nascença" se aliviar ao lado de mulheres. Ir contra essa ideia "é senso comum", afirmou. Pomo (de Adão ou não) da discórdia, Caitlyn manifestou em março seu apreço por Cruz, "um grande conservador", apesar de ser "provavelmente um dos piores [candidatos] para a causa trans". Prefere republicanos a democratas pois gosta do capitalismo, disse à revista LGBT "The Advocate". "O socialismo não construiu este país. Precisamos de uma economia vibrante. Quero um emprego para todos os trans." Ela contou que conheceu o senador antes de sua operação "e ele foi bem gentil". Gostaria de ser "sua embaixadora trans" na Casa Branca. MACONHA Cruz já havia criticado outras causas progressistas, como a legalização da maconha. No Colorado, onde o uso recreativo é permitido, ironizou dias atrás: distribuiria "brownies especiais" (incrementados com a substância) depois de um ato. Trump já disse que deixaria a cargo dos Estados decidir se querem ou não liberar a maconha. Para especialistas, o empresário mira as eleições presidenciais de novembro, contra um democrata, ao adotar a visão progressista sobre a lei dos banheiros na Carolina do Norte. Um documento interno de sua campanha, divulgado pelo "Washington Post", projeta que ele terá por volta de 1.400 delegados até a convenção republicana, em julho. O otimismo vem após uma vitória folgada em Nova York, onde Cruz amargou um terceiro lugar, atrás de John Kasich. Trump precisa de 1.237 de 2.472 representantes partidários para ser o cabeça de chapa da legenda. Com essa maioria, evitaria uma convenção disputada, na qual a cúpula republicana poderia respaldar alguém mais a seu gosto. Com um novo estrategista a bordo, o veterano Paul Manafort, ele também se esmera para ser mais disciplinado, amaciando a imagem de intolerante. Na quinta (21), prometeu ser "tão presidenciável na Casa Branca que deixaria todo mundo entediado". Há ainda o "homem de negócios" na jogada. Ao aprovar uma legislação considerada discriminatória, a Carolina do Norte foi alvo de boicotes de várias empresas (da Apple ao Facebook), e bandas como Pearl Jam cancelaram shows no Estado. Para Trump, o empresário, "a punição econômica" não compensa.
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mundo
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Trump defende que transgêneros usem qualquer banheiro nos EUACaitlyn Jenner é bem-vinda em qualquer banheiro da Trump Tower, masculino ou feminino, disse Donald Trump na quinta (21). A estrela do reality "I Am Cait" era conhecida até 2015 como Bruce Jenner, ex-atleta olímpico e ex-padastro da socialite Kim Kardashian. Mudou de sexo e, desde março, é um entre tantos transexuais que estão proibidos por lei de usar um banheiro distinto de seu "gênero biológico" (entendido como aquele na "certidão de nascimento") na Carolina do Norte. Pré-candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano, mais recatado no campo moral, Trump sugeriu que as pessoas escolham "qualquer banheiro que sintam ser o mais apropriado", inclusive no prédio onde mora, em Manhattan. O rival Ted Cruz não deixou barato e criticou suas credenciais "conservadoras". Ungido pelo Tea Party, o senador pelo Texas se disse ultrajado, "como pai de duas meninas", pela possibilidade de um homem "de nascença" se aliviar ao lado de mulheres. Ir contra essa ideia "é senso comum", afirmou. Pomo (de Adão ou não) da discórdia, Caitlyn manifestou em março seu apreço por Cruz, "um grande conservador", apesar de ser "provavelmente um dos piores [candidatos] para a causa trans". Prefere republicanos a democratas pois gosta do capitalismo, disse à revista LGBT "The Advocate". "O socialismo não construiu este país. Precisamos de uma economia vibrante. Quero um emprego para todos os trans." Ela contou que conheceu o senador antes de sua operação "e ele foi bem gentil". Gostaria de ser "sua embaixadora trans" na Casa Branca. MACONHA Cruz já havia criticado outras causas progressistas, como a legalização da maconha. No Colorado, onde o uso recreativo é permitido, ironizou dias atrás: distribuiria "brownies especiais" (incrementados com a substância) depois de um ato. Trump já disse que deixaria a cargo dos Estados decidir se querem ou não liberar a maconha. Para especialistas, o empresário mira as eleições presidenciais de novembro, contra um democrata, ao adotar a visão progressista sobre a lei dos banheiros na Carolina do Norte. Um documento interno de sua campanha, divulgado pelo "Washington Post", projeta que ele terá por volta de 1.400 delegados até a convenção republicana, em julho. O otimismo vem após uma vitória folgada em Nova York, onde Cruz amargou um terceiro lugar, atrás de John Kasich. Trump precisa de 1.237 de 2.472 representantes partidários para ser o cabeça de chapa da legenda. Com essa maioria, evitaria uma convenção disputada, na qual a cúpula republicana poderia respaldar alguém mais a seu gosto. Com um novo estrategista a bordo, o veterano Paul Manafort, ele também se esmera para ser mais disciplinado, amaciando a imagem de intolerante. Na quinta (21), prometeu ser "tão presidenciável na Casa Branca que deixaria todo mundo entediado". Há ainda o "homem de negócios" na jogada. Ao aprovar uma legislação considerada discriminatória, a Carolina do Norte foi alvo de boicotes de várias empresas (da Apple ao Facebook), e bandas como Pearl Jam cancelaram shows no Estado. Para Trump, o empresário, "a punição econômica" não compensa.
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Com mais idosos no futuro, SP deve ter menos baladas e mais bailes à tarde
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Com o aumento da expectativa de vida e a queda da natalidade, a projeção é que, em 2050, para cada dez jovens, haja 21 idosos em São Paulo. Hoje, a relação é de seis idosos para dez jovens, segundo a Fundação Seade. "O idoso estará mais próximo da tecnologia e mais ativo politicamente", afirma Marília Berzins, do Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento (Olhe). "Provavelmente teremos menos festas na madrugada e mais bailes à tarde", diz Bibiana Graeff, professora do curso de gerontologia da USP. Lúcia França, autora de "O Desafio da Aposentadoria" (ed. Rocco) diz que a educação deverá ser mais incentivada para manter os novíssimos idosos competitivos para o mercado profissional. Em 2030, 20% dos paulistanos terão mais de 60 anos. Problemas de saúde, mais comuns nessa fase da vida, devem colocar maior pressão sobre o sistema municipal. O menor número de filhos e a redução do tamanho das moradias também poderá obrigar o Estado a ampliar os cuidados com os idosos, afirma Guiomar Lopes, coordenadora de políticas para idosos da prefeitura. Mesmo assim, o envelhecimento ainda não é uma preocupação para o poder público nem para entidades privadas, criticam os especialistas ouvidos pela Folha. A má qualidade do transporte público lidera as reclamações entre os idosos atualmente, segundo Lopes. Para a coordenadora municipal, "estamos correndo contra o tempo" na preparação da cidade para a mudança. "São Paulo não é acolhedora para jovens e adultos, imagina para os mais velhos. Se continuar assim, fará dos idosos reféns de suas próprias casas", diz Marília Berzins, do Olhe.
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cotidiano
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Com mais idosos no futuro, SP deve ter menos baladas e mais bailes à tardeCom o aumento da expectativa de vida e a queda da natalidade, a projeção é que, em 2050, para cada dez jovens, haja 21 idosos em São Paulo. Hoje, a relação é de seis idosos para dez jovens, segundo a Fundação Seade. "O idoso estará mais próximo da tecnologia e mais ativo politicamente", afirma Marília Berzins, do Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento (Olhe). "Provavelmente teremos menos festas na madrugada e mais bailes à tarde", diz Bibiana Graeff, professora do curso de gerontologia da USP. Lúcia França, autora de "O Desafio da Aposentadoria" (ed. Rocco) diz que a educação deverá ser mais incentivada para manter os novíssimos idosos competitivos para o mercado profissional. Em 2030, 20% dos paulistanos terão mais de 60 anos. Problemas de saúde, mais comuns nessa fase da vida, devem colocar maior pressão sobre o sistema municipal. O menor número de filhos e a redução do tamanho das moradias também poderá obrigar o Estado a ampliar os cuidados com os idosos, afirma Guiomar Lopes, coordenadora de políticas para idosos da prefeitura. Mesmo assim, o envelhecimento ainda não é uma preocupação para o poder público nem para entidades privadas, criticam os especialistas ouvidos pela Folha. A má qualidade do transporte público lidera as reclamações entre os idosos atualmente, segundo Lopes. Para a coordenadora municipal, "estamos correndo contra o tempo" na preparação da cidade para a mudança. "São Paulo não é acolhedora para jovens e adultos, imagina para os mais velhos. Se continuar assim, fará dos idosos reféns de suas próprias casas", diz Marília Berzins, do Olhe.
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Japonesa Asahi fecha acordo com AB InBev e avança no mercado europeu
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A Asahi Group Holdings vai comprar um grupo de marcas de cervejas do leste europeu da Anheuser-Busch InBev por € 7,3 bilhões, ampliando sua presença na região, no maior acordo internacional fechado por uma cervejaria japonesa. A Anheuser-Busch InBev concordou em vender marcas incluindo a tcheca Pilsner Urquell, as polonesas Tyskie e Lech, a húngara Dreher e a romena Ursus para facilitar a liberação de reguladores de concorrência para sua aquisição de US$ 100 bilhões da SABMiller, finalizada em outubro. O acordo, que deve ser finalizado na primeira metade do ano que vem, será a maior aquisição da Asahi. A companhia já comprou a marca italiana Peroni, da SABMiller, e a cerveja holandesa Grolsch. A compra foi anunciada na manhã desta terça-feira (13), pouco menos de 24 horas depois do prazo final para propostas definitivas, de acordo com fontes próximas ao assunto. A Asahi informou nesta terça-feira que teve ganhos anuais, antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de € 493,8 milhões no ano até o final de março. Com base neste número, sua proposta representa um múltiplo de 14,8 vezes, que é mais alto que as 12 a 14 vezes que ativos de cervejarias normalmente alcançam em mercados maduros.
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mercado
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Japonesa Asahi fecha acordo com AB InBev e avança no mercado europeuA Asahi Group Holdings vai comprar um grupo de marcas de cervejas do leste europeu da Anheuser-Busch InBev por € 7,3 bilhões, ampliando sua presença na região, no maior acordo internacional fechado por uma cervejaria japonesa. A Anheuser-Busch InBev concordou em vender marcas incluindo a tcheca Pilsner Urquell, as polonesas Tyskie e Lech, a húngara Dreher e a romena Ursus para facilitar a liberação de reguladores de concorrência para sua aquisição de US$ 100 bilhões da SABMiller, finalizada em outubro. O acordo, que deve ser finalizado na primeira metade do ano que vem, será a maior aquisição da Asahi. A companhia já comprou a marca italiana Peroni, da SABMiller, e a cerveja holandesa Grolsch. A compra foi anunciada na manhã desta terça-feira (13), pouco menos de 24 horas depois do prazo final para propostas definitivas, de acordo com fontes próximas ao assunto. A Asahi informou nesta terça-feira que teve ganhos anuais, antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de € 493,8 milhões no ano até o final de março. Com base neste número, sua proposta representa um múltiplo de 14,8 vezes, que é mais alto que as 12 a 14 vezes que ativos de cervejarias normalmente alcançam em mercados maduros.
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Manifestantes iniciam ato pró-Dilma e contra o impeachment em Maceió
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Manifestantes iniciaram na manhã desta quarta-feira (16) em Maceió um ato em favor do governo Dilma Rousseff e contra o impeachment da presidente petista.O manifesto, chamado de Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia, é ainda contra o ajuste fiscal e a favor da cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).Realizados por entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), os atos estão agendados para ocorrer em diversas cidades brasileiras -a grande maioria deles será à tarde. Em São Paulo, a concentração está prevista para o vão livre do Masp a partir das 17h.Leia a Reportagem
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Manifestantes iniciam ato pró-Dilma e contra o impeachment em MaceióManifestantes iniciaram na manhã desta quarta-feira (16) em Maceió um ato em favor do governo Dilma Rousseff e contra o impeachment da presidente petista.O manifesto, chamado de Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia, é ainda contra o ajuste fiscal e a favor da cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).Realizados por entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), os atos estão agendados para ocorrer em diversas cidades brasileiras -a grande maioria deles será à tarde. Em São Paulo, a concentração está prevista para o vão livre do Masp a partir das 17h.Leia a Reportagem
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Raio-x da crise
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A Folha reuniu diferentes dados para explicar a atual situação de escassez de água enfrentada pelo Estado e, principalmente, pela Grande São Paulo
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infograficos
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Raio-x da criseA Folha reuniu diferentes dados para explicar a atual situação de escassez de água enfrentada pelo Estado e, principalmente, pela Grande São Paulo
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Brasil e Chile defendem diálogo para solucionar crise na Venezuela
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Brasil e Chile fizeram nesta quarta-feira (1º) um chamado ao diálogo na tentativa de solucionar a crise na Venezuela. Durante reunião da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em Paris, o ministro interino José Serra (Relações Exteriores) e seu homólogo chileno, Heraldo Muñoz, defenderam uma solução pacífica para a Venezuela. A manifestação dos dois chanceleres acontece depois que o chefe da OEA (Organização dos Estados Americano) invocou a Carta Democrática Interamericana, num movimento que pode suspender a Venezuela da organização. Num ato incomum, o secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, convocou nesta terça (31) uma sessão urgente do Conselho Permanente da entidade para discutir a crise no país. "Reitero que o Chile quer esgotar as ações diplomáticas para um diálogo efetivo, real e com resultados concretos e, isso, inclui todas as ações pacíficas", disse Muñoz, citando inclusive a possibilidade de um plebiscito. A consulta à população foi endossada nesta semana por uma nota conjunta do Chile, Argentina, Colômbia e Uruguai. José Serra, por sua vez, reiterou haver várias propostas para tentar solucionar a crise na Venezuela. A posição do chanceler brasileiro, segundo ele próprio, é apoiar uma ação única –ele ainda não a anunciou qual será endossada pelo Brasil. Nesta quarta, Serra disse a agências internacionais que "não parece fácil", mas que ao menos uma das várias propostas já colocadas pode ser bem sucedida. Além da OEA, o secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Ernesto Samper, também tem tentando costurar uma ação sobre a situação na Venezuela. Serra não esconde a preocupação com os desdobramentos dos problemas econômicos e políticos. Diplomatas avaliam que, além de choques violentos, poderá haver êxodo de venezuelanos em direção à fronteira brasileira.
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mundo
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Brasil e Chile defendem diálogo para solucionar crise na VenezuelaBrasil e Chile fizeram nesta quarta-feira (1º) um chamado ao diálogo na tentativa de solucionar a crise na Venezuela. Durante reunião da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em Paris, o ministro interino José Serra (Relações Exteriores) e seu homólogo chileno, Heraldo Muñoz, defenderam uma solução pacífica para a Venezuela. A manifestação dos dois chanceleres acontece depois que o chefe da OEA (Organização dos Estados Americano) invocou a Carta Democrática Interamericana, num movimento que pode suspender a Venezuela da organização. Num ato incomum, o secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, convocou nesta terça (31) uma sessão urgente do Conselho Permanente da entidade para discutir a crise no país. "Reitero que o Chile quer esgotar as ações diplomáticas para um diálogo efetivo, real e com resultados concretos e, isso, inclui todas as ações pacíficas", disse Muñoz, citando inclusive a possibilidade de um plebiscito. A consulta à população foi endossada nesta semana por uma nota conjunta do Chile, Argentina, Colômbia e Uruguai. José Serra, por sua vez, reiterou haver várias propostas para tentar solucionar a crise na Venezuela. A posição do chanceler brasileiro, segundo ele próprio, é apoiar uma ação única –ele ainda não a anunciou qual será endossada pelo Brasil. Nesta quarta, Serra disse a agências internacionais que "não parece fácil", mas que ao menos uma das várias propostas já colocadas pode ser bem sucedida. Além da OEA, o secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Ernesto Samper, também tem tentando costurar uma ação sobre a situação na Venezuela. Serra não esconde a preocupação com os desdobramentos dos problemas econômicos e políticos. Diplomatas avaliam que, além de choques violentos, poderá haver êxodo de venezuelanos em direção à fronteira brasileira.
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Reino Unido autoriza embrião com DNA de três pessoas
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Com o objetivo de prevenir uma classe de doenças genéticas incuráveis, o Reino Unido se tornou a primeira nação a autorizar a geração de bebês com DNA de três pessoas diferentes. A Câmara dos Lordes (que seria equivalente ao Senado brasileiro) votou 280 a 48 a favor da mudança da lei. No começo do mês, a mudança tinha sido aprovada na Câmara dos Comuns por 382 a 128. Agora, para realizar o procedimento, clínicas de reprodução assistida do Reino Unido poderão pedir autorização governamental. O procedimento é bastante conhecido por pesquisadores e consiste em formar um embrião que tenha o núcleo com o DNA do pai e da mãe e, ao mesmo tempo, mitocôndrias de uma outra mulher. As mitocôndrias (que geram energia para a célula) têm um DNA próprio, e uma pequena parte da carga genética da criança será herdada da segunda mulher. Com isso, segundo cientistas, doenças graves que poderiam ser transmitidas ao bebê por uma mitocôndria materna sabidamente defeituosa poderiam ser evitadas. Só uma pequena fatia do DNA total de um organismo humano está na mitocôndria –cerca de 0,1%. O parlamentar John Gummer disse aos lordes que não era eticamente contrário à técnica, mas que estava preocupado com um conflito com a legislação europeia. "Não se deve mergulhar em algo até que se esteja certo de ter levado todas as questões em conta", disse. O médico e parlamentar Robert Winston disse que o começo será arriscado, como andar no escuro, mas que o mesmo aconteceu com a fertilização in vitro e outros avanços da ciência médica. "Seria extremamente incorreto esta casa rejeitar aquilo que foi aprovado pela câmera eleita democraticamente", disse Winston.
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equilibrioesaude
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Reino Unido autoriza embrião com DNA de três pessoasCom o objetivo de prevenir uma classe de doenças genéticas incuráveis, o Reino Unido se tornou a primeira nação a autorizar a geração de bebês com DNA de três pessoas diferentes. A Câmara dos Lordes (que seria equivalente ao Senado brasileiro) votou 280 a 48 a favor da mudança da lei. No começo do mês, a mudança tinha sido aprovada na Câmara dos Comuns por 382 a 128. Agora, para realizar o procedimento, clínicas de reprodução assistida do Reino Unido poderão pedir autorização governamental. O procedimento é bastante conhecido por pesquisadores e consiste em formar um embrião que tenha o núcleo com o DNA do pai e da mãe e, ao mesmo tempo, mitocôndrias de uma outra mulher. As mitocôndrias (que geram energia para a célula) têm um DNA próprio, e uma pequena parte da carga genética da criança será herdada da segunda mulher. Com isso, segundo cientistas, doenças graves que poderiam ser transmitidas ao bebê por uma mitocôndria materna sabidamente defeituosa poderiam ser evitadas. Só uma pequena fatia do DNA total de um organismo humano está na mitocôndria –cerca de 0,1%. O parlamentar John Gummer disse aos lordes que não era eticamente contrário à técnica, mas que estava preocupado com um conflito com a legislação europeia. "Não se deve mergulhar em algo até que se esteja certo de ter levado todas as questões em conta", disse. O médico e parlamentar Robert Winston disse que o começo será arriscado, como andar no escuro, mas que o mesmo aconteceu com a fertilização in vitro e outros avanços da ciência médica. "Seria extremamente incorreto esta casa rejeitar aquilo que foi aprovado pela câmera eleita democraticamente", disse Winston.
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Londrinos prestam homenagem no bairro onde David Bowie nasceu
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No coração de Brixton, no sul de Londres, o cinema Ritzy não anunciava filmes nesta segunda (11). No lugar dos nomes de suas atrações, em letras maiúsculas no topo do prédio, havia uma curta mensagem: "DAVID BOWIE - OUR BRIXTON BOY - RIP (David Bowie - Nosso garoto de Brixton - Descanse em paz). O bairro onde nasceu o cantor que tanto transformou a música e as artes ao redor do mundo amanhecera de luto. A poucos metros dali, um painel com o rosto de David Bowie pintado em 2013 pelo australiano James Cochran, inspirado na capa do disco "Aladdin Sane" (1973), servia de ponto de encontro de fãs, que faziam tributo ao ídolo. "Eu não havia percebido quão importante ele era para mim até hoje de manhã", disse a inglesa Gillian Gould, moradora de Brixton. Enquanto conversava com a Folha, Gillian enxugava as lágrimas. "Ele nunca será esquecido. Ele era um homem lindo Talvez ele tenha vindo mesmo de outro planeta." Outro inglês, Gary Grant, passou alguns minutos ajoelhado após depositar sua flor no local da homenagem. Aos 56, ele lembra de quando viu Bowie pela primeira vez. "Quando ele apareceu na televisão, parecia um alienígena. Os adolescentes perguntavam, 'Quem é esse cara?'." David Bowie - discografia PRIMEIRA CASA A casa de número 40 da Stansfield Road, em Brixton, era onde a família do cantor vivia quando ele nasceu, em 1947, e onde ele passou os primeiros anos de sua vida. Em frente ao imóvel, estavam flores e uma cópia do single "Absolute Beginners" (1986). A inglesa Jan Lee falava do ídolo com tristeza. "Ele é um deus. Eu fui à 'igreja' David Bowie", afirmou. "Ele me ajudou a superar tantos problemas na minha vida." Um deus que conforta: os modos de Bowie inspiraram liberdade —sexual, inclusive— para ser quem se é. "Podemos ser heróis por um dia", diz um de seus famosos refrões. No centro de Londres, alguns fãs depositaram flores em outro local marcado pela carreira de Bowie, a rua Heddon, onde foi feita a foto da capa do álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars" (1972). O inglês Gregory Brown fez questão de ir ao local, que ele já visitara antes. "Quando eu tinha 19 anos, deixei de me sentir tão só depois que ouvi Bowie pela primeira vez." Em Brixton, a noite de segunda seria de festa. Moradores foram chamados para uma celebração de rua, em frente ao Ritzy, em homenagem a Bowie. O pub Prince Albert, a poucos metros dali, preparava uma noite com DJ tocando músicas do cantor. Veja o vídeo
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ilustrada
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Londrinos prestam homenagem no bairro onde David Bowie nasceuNo coração de Brixton, no sul de Londres, o cinema Ritzy não anunciava filmes nesta segunda (11). No lugar dos nomes de suas atrações, em letras maiúsculas no topo do prédio, havia uma curta mensagem: "DAVID BOWIE - OUR BRIXTON BOY - RIP (David Bowie - Nosso garoto de Brixton - Descanse em paz). O bairro onde nasceu o cantor que tanto transformou a música e as artes ao redor do mundo amanhecera de luto. A poucos metros dali, um painel com o rosto de David Bowie pintado em 2013 pelo australiano James Cochran, inspirado na capa do disco "Aladdin Sane" (1973), servia de ponto de encontro de fãs, que faziam tributo ao ídolo. "Eu não havia percebido quão importante ele era para mim até hoje de manhã", disse a inglesa Gillian Gould, moradora de Brixton. Enquanto conversava com a Folha, Gillian enxugava as lágrimas. "Ele nunca será esquecido. Ele era um homem lindo Talvez ele tenha vindo mesmo de outro planeta." Outro inglês, Gary Grant, passou alguns minutos ajoelhado após depositar sua flor no local da homenagem. Aos 56, ele lembra de quando viu Bowie pela primeira vez. "Quando ele apareceu na televisão, parecia um alienígena. Os adolescentes perguntavam, 'Quem é esse cara?'." David Bowie - discografia PRIMEIRA CASA A casa de número 40 da Stansfield Road, em Brixton, era onde a família do cantor vivia quando ele nasceu, em 1947, e onde ele passou os primeiros anos de sua vida. Em frente ao imóvel, estavam flores e uma cópia do single "Absolute Beginners" (1986). A inglesa Jan Lee falava do ídolo com tristeza. "Ele é um deus. Eu fui à 'igreja' David Bowie", afirmou. "Ele me ajudou a superar tantos problemas na minha vida." Um deus que conforta: os modos de Bowie inspiraram liberdade —sexual, inclusive— para ser quem se é. "Podemos ser heróis por um dia", diz um de seus famosos refrões. No centro de Londres, alguns fãs depositaram flores em outro local marcado pela carreira de Bowie, a rua Heddon, onde foi feita a foto da capa do álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars" (1972). O inglês Gregory Brown fez questão de ir ao local, que ele já visitara antes. "Quando eu tinha 19 anos, deixei de me sentir tão só depois que ouvi Bowie pela primeira vez." Em Brixton, a noite de segunda seria de festa. Moradores foram chamados para uma celebração de rua, em frente ao Ritzy, em homenagem a Bowie. O pub Prince Albert, a poucos metros dali, preparava uma noite com DJ tocando músicas do cantor. Veja o vídeo
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Absurdo dos absurdos, diz professor sobre violência no Rio
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No Complexo do Alemão, uma adolescente de 14 anos perde a mãe de 41. Dia seguinte, mãe de 40 anos perde filho de 10. Absurdo dos absurdos. Mais duas tragédias atingindo famílias indefesas. Um desmando policialesco. Uma polícia que mata muito mais do que sarampo, coqueluche e poliomielite. Dessas, a medicina vem dando conta. Mas a banda assassina da polícia continua em crescente afronta. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Absurdo dos absurdos, diz professor sobre violência no RioNo Complexo do Alemão, uma adolescente de 14 anos perde a mãe de 41. Dia seguinte, mãe de 40 anos perde filho de 10. Absurdo dos absurdos. Mais duas tragédias atingindo famílias indefesas. Um desmando policialesco. Uma polícia que mata muito mais do que sarampo, coqueluche e poliomielite. Dessas, a medicina vem dando conta. Mas a banda assassina da polícia continua em crescente afronta. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Assim Como Você: Nosso estranho amor
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-Que maravilha você ter vindo acompanhar sua irmãzinha hoje. Vocês são superparecidos, sabia? E como ela é cuidadosa contigo! Dá para ver na cara dela o carinho que tem por você. Coisa mais linda, viu. Fico até emocionada... Olho ao ... Leia post completo no blog
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cotidiano
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Assim Como Você: Nosso estranho amor-Que maravilha você ter vindo acompanhar sua irmãzinha hoje. Vocês são superparecidos, sabia? E como ela é cuidadosa contigo! Dá para ver na cara dela o carinho que tem por você. Coisa mais linda, viu. Fico até emocionada... Olho ao ... Leia post completo no blog
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