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Bebê de 6 meses morre após ser deixado dentro de carro em Curitiba
Um bebê de seis meses morreu nesta quinta-feira (1º) após ter sido deixado sozinho dentro de um carro em Curitiba. A mãe da criança tem 15 anos de idade e disse à Polícia Civil do Paraná que a deixou sozinha por apenas cinco minutos. Ao retornar ao veículo, ela acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a criança já estava morta. A mãe e o pai, maior de idade, foram ouvidos na Delegacia de Homicídios e liberados. A polícia vai investigar o caso e se houve negligência dos pais. OUTROS CASOS Uma criança de 2 anos e quatro meses morreu no dia 17 de dezembro após ter sido esquecida dentro de um carro , no bairro Anchieta, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Segundo informações da Polícia Militar, o carro estava estacionado na rua 23 de Maio, próximo ao Fórum da cidade. O pai da criança só retornou ao local quando policiais militares já haviam chegado e constatado o óbito. No Rio de Janeiro, uma criança de dois anos morreu no dia 12 após ter sido deixada trancada dentro de um carro de transporte escolar irregular no bairro de Jardim América. Primeiramente, a condutora do veículo, Cláudia Vidal da Silva, 33, disse ter desmaiado ao lado da criança. Segundo esta versão, ela só recobrou a consciência quando a criança já estava morta. A Polícia Civil ouvirá novamente Cláudia depois de descobrir que ela pode ter mentido em seu depoimento. Segundo a polícia, ela teria ido à um salão de beleza quando a criança ficou presa no carro e morreu.
cotidiano
Bebê de 6 meses morre após ser deixado dentro de carro em CuritibaUm bebê de seis meses morreu nesta quinta-feira (1º) após ter sido deixado sozinho dentro de um carro em Curitiba. A mãe da criança tem 15 anos de idade e disse à Polícia Civil do Paraná que a deixou sozinha por apenas cinco minutos. Ao retornar ao veículo, ela acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a criança já estava morta. A mãe e o pai, maior de idade, foram ouvidos na Delegacia de Homicídios e liberados. A polícia vai investigar o caso e se houve negligência dos pais. OUTROS CASOS Uma criança de 2 anos e quatro meses morreu no dia 17 de dezembro após ter sido esquecida dentro de um carro , no bairro Anchieta, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Segundo informações da Polícia Militar, o carro estava estacionado na rua 23 de Maio, próximo ao Fórum da cidade. O pai da criança só retornou ao local quando policiais militares já haviam chegado e constatado o óbito. No Rio de Janeiro, uma criança de dois anos morreu no dia 12 após ter sido deixada trancada dentro de um carro de transporte escolar irregular no bairro de Jardim América. Primeiramente, a condutora do veículo, Cláudia Vidal da Silva, 33, disse ter desmaiado ao lado da criança. Segundo esta versão, ela só recobrou a consciência quando a criança já estava morta. A Polícia Civil ouvirá novamente Cláudia depois de descobrir que ela pode ter mentido em seu depoimento. Segundo a polícia, ela teria ido à um salão de beleza quando a criança ficou presa no carro e morreu.
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A marcha da história
SÃO PAULO - Retomo o tema do veto às marchinhas com letras politicamente incorretas. Como minha coluna de 12/2 gerou alguns e-mails de leitores, continuei pensando sobre o assunto e cheguei a mais um argumento em favor de que se mantenha uma posição de tolerância para com os autores do passado. Se parássemos de tocar canções com alusões racistas, sexistas etc., estaríamos sinalizando que a moral é absoluta e estática, isto é, que sempre foi errado escravizar pessoas, discriminar minorias, impor castigos físicos a crianças e outras mazelas que eram regra no passado. Além de historicamente insustentável, essa interpretação, bem ao gosto das religiões fundamentalistas, praticamente fecha as portas para a possibilidade da ampliação do círculo de solidariedade moral da humanidade, fenômeno que, na visão de alguns autores, estamos experimentando ao longo do último par de séculos. Com efeito, antigamente, o homem ligava só para si e, por imperativos biológicos, para seus filhos. Com o decorrer do tempo e a melhora das condições materiais de vida, passou a preocupar-se (talvez mais em teoria que na prática) também com vizinhos, compatriotas, correligionários e, por fim, com todo o gênero humano e até com alguns animais. Trocando em miúdos, militar para banir marchinhas ou impor outras formas de sanitização politicamente correta é, numa analogia pintada com tintas fortes, o equivalente intelectual de depredar museus ou queimar livros para apagar registros da história. Ouso até dizer que seria mais proveitoso para os militantes usar músicas e referências literárias para mostrar com clareza quão disseminado e naturalizado era o preconceito e quanto conseguimos melhorar nos últimos tempos, já que hoje a ideia de que todos devem ter os mesmos direitos independentemente de raça, cor, gênero, orientação sexual etc. está plenamente incorporada à visão de mundo ocidental.
colunas
A marcha da históriaSÃO PAULO - Retomo o tema do veto às marchinhas com letras politicamente incorretas. Como minha coluna de 12/2 gerou alguns e-mails de leitores, continuei pensando sobre o assunto e cheguei a mais um argumento em favor de que se mantenha uma posição de tolerância para com os autores do passado. Se parássemos de tocar canções com alusões racistas, sexistas etc., estaríamos sinalizando que a moral é absoluta e estática, isto é, que sempre foi errado escravizar pessoas, discriminar minorias, impor castigos físicos a crianças e outras mazelas que eram regra no passado. Além de historicamente insustentável, essa interpretação, bem ao gosto das religiões fundamentalistas, praticamente fecha as portas para a possibilidade da ampliação do círculo de solidariedade moral da humanidade, fenômeno que, na visão de alguns autores, estamos experimentando ao longo do último par de séculos. Com efeito, antigamente, o homem ligava só para si e, por imperativos biológicos, para seus filhos. Com o decorrer do tempo e a melhora das condições materiais de vida, passou a preocupar-se (talvez mais em teoria que na prática) também com vizinhos, compatriotas, correligionários e, por fim, com todo o gênero humano e até com alguns animais. Trocando em miúdos, militar para banir marchinhas ou impor outras formas de sanitização politicamente correta é, numa analogia pintada com tintas fortes, o equivalente intelectual de depredar museus ou queimar livros para apagar registros da história. Ouso até dizer que seria mais proveitoso para os militantes usar músicas e referências literárias para mostrar com clareza quão disseminado e naturalizado era o preconceito e quanto conseguimos melhorar nos últimos tempos, já que hoje a ideia de que todos devem ter os mesmos direitos independentemente de raça, cor, gênero, orientação sexual etc. está plenamente incorporada à visão de mundo ocidental.
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Após ataques, EUA planejam vasculhar redes sociais para emitir vistos
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos está trabalhando em um projeto para implementar a análise de publicações em redes sociais de pessoas que solicitarem vistos para visitar e, principalmente, morar no país. O plano, revelado pelo jornal americano "The Wall Street Journal", dá continuidade a três projetos piloto adotados no começo deste ano, que analisam de forma intermitente esse tipo de site. A nova estratégia leva em conta os recentes ataques de atiradores em San Bernardino, na Califórnia, no último dia 2. A paquistanesa Tashfeen Malik, autora dos ataques ao lado do marido, o americano de origem paquistanesa Syed Rizwan Farook, se mudou para os Estados Unidos em 2014, com um visto do tipo K-1, para pessoas que vão se casar com nativos dos EUA. Segundo as investigações do caso, Malik, que morreu durante uma perseguição policial, prometera lealdade ao Estado Islâmico em publicações usando um pseudônimo no Facebook. Ainda não está claro, de qualquer forma, segundo o "WSJ", quanto tempo seria necessário para implementar esse programa de escrutínio de redes sociais, tampouco a forma como ele funcionaria. A agência Reuters, citando o jornal "Los Angeles Times", também disse que funcionários do Departamento de Segurança Interna confirmaram a nova política de análise de rastros digitais que o órgão deve adotar, mas não especificaram quais técnicas de monitoramento seriam usadas –a cautela com relação a possível invasão de privacidade é uma questão importante. Os Estados Unidos têm discutido, depois dos ataques de San Bernardino, mudanças na emissão de vistos para o país. O Congresso aprovou, por exemplo, o veto à entrada no programa de isenção de vistos que os EUA mantêm com diversos países –considerado crucial para a indústria do turismo e que beneficia até 20 milhões de viajantes– a qualquer pessoa que tenha visitado, recentemente, o Iraque ou a Síria. Também está em curso, segundo o jornal "The New York Times", uma revisão na relação de vistos do tipo K-1. Cerca de 90 mil permissões dadas nos últimos dois anos serão analisadas e é possível que haja uma moratória ao programa.
turismo
Após ataques, EUA planejam vasculhar redes sociais para emitir vistosO Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos está trabalhando em um projeto para implementar a análise de publicações em redes sociais de pessoas que solicitarem vistos para visitar e, principalmente, morar no país. O plano, revelado pelo jornal americano "The Wall Street Journal", dá continuidade a três projetos piloto adotados no começo deste ano, que analisam de forma intermitente esse tipo de site. A nova estratégia leva em conta os recentes ataques de atiradores em San Bernardino, na Califórnia, no último dia 2. A paquistanesa Tashfeen Malik, autora dos ataques ao lado do marido, o americano de origem paquistanesa Syed Rizwan Farook, se mudou para os Estados Unidos em 2014, com um visto do tipo K-1, para pessoas que vão se casar com nativos dos EUA. Segundo as investigações do caso, Malik, que morreu durante uma perseguição policial, prometera lealdade ao Estado Islâmico em publicações usando um pseudônimo no Facebook. Ainda não está claro, de qualquer forma, segundo o "WSJ", quanto tempo seria necessário para implementar esse programa de escrutínio de redes sociais, tampouco a forma como ele funcionaria. A agência Reuters, citando o jornal "Los Angeles Times", também disse que funcionários do Departamento de Segurança Interna confirmaram a nova política de análise de rastros digitais que o órgão deve adotar, mas não especificaram quais técnicas de monitoramento seriam usadas –a cautela com relação a possível invasão de privacidade é uma questão importante. Os Estados Unidos têm discutido, depois dos ataques de San Bernardino, mudanças na emissão de vistos para o país. O Congresso aprovou, por exemplo, o veto à entrada no programa de isenção de vistos que os EUA mantêm com diversos países –considerado crucial para a indústria do turismo e que beneficia até 20 milhões de viajantes– a qualquer pessoa que tenha visitado, recentemente, o Iraque ou a Síria. Também está em curso, segundo o jornal "The New York Times", uma revisão na relação de vistos do tipo K-1. Cerca de 90 mil permissões dadas nos últimos dois anos serão analisadas e é possível que haja uma moratória ao programa.
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Belo Monte rumo à geração de energia
Depois de mais de 40 anos de estudos, debates e realizações, é um orgulho para o Brasil ver Belo Monte se tornando uma realidade. Com a liberação da licença de operação pelo Ibama, atingimos mais um marco importante do empreendimento, pois assinala o início do enchimento do reservatório, que, quando concluído, permitirá o início da geração de energia elétrica em Belo Monte. A usina, localizada no sudoeste do Pará, teve os estudos de seu potencial energético no rio Xingu iniciados em 1975, 40 anos atrás, mas foi especialmente a partir da concessão da licença prévia pelo Ibama, no início de 2010, que ocorreram as negociações mais intensas. No mesmo período, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou os estudos de viabilidade da usina. Em junho de 2011, foi concedida a licença de instalação para a hidrelétrica. Com 11.233 megawatts de potência instalada e um custo de R$ 25,9 bilhões, em valores de abril de 2010, data do leilão público de concessão da usina, Belo Monte, quando concluída em 2019, será a maior hidrelétrica genuinamente brasileira – Itaipu pertence ao Brasil e ao Paraguai– e a quarta do mundo. Sua energia chegará a 17 Estados brasileiros, com capacidade para atender 18 milhões de residências, ou 60 milhões de pessoas –população equivalente à soma dos moradores dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A importância da hidrelétrica, no entanto, vai muito além da produção de energia. Seu projeto de engenharia é inovador, composto por dois reservatórios, um canal de 20 quilômetros de extensão, quase 300 metros de largura e 25 metros de profundidade, com 28 diques de contenção, alguns com até 60 metros de altura e outros com até 2.000 metros de extensão. Foi a solução desenvolvida para aproveitar o potencial hidrelétrico do rio Xingu, com o mínimo impacto ambiental, e, principalmente, manter intactas as terras indígenas. De fato, nenhum centímetro de área indígena será afetado pelo reservatório. Outro grande marco de Belo Monte é o valor investido em projetos socioambientais, cujo montante atinge cerca de R$ 4,2 bilhões em valores nominais, em áreas urbanas, rurais e em terras indígenas, além de projetos estruturantes para o desenvolvimento sustentável da região de influência da hidrelétrica. Nenhum outro projeto de infraestrutura no Brasil tem valores tão significativos em ações sociais e de mitigação de impactos. O cumprimento do Projeto Básico Ambiental (PBA) exigiu investimentos que levaram melhoria na qualidade de vida da população dos municípios do entorno da obra. A usina de Belo Monte deixa um legado de realizações e de transformações socioambientais para as comunidades indígenas e tradicionais –dentre tantas ações registra-se as 30 Unidades Básicas de Saúde e 4 hospitais construídos e equipados. Nossas ações na área de educação contemplaram mais de 22 mil alunos. Também retiramos cerca de 25 mil pessoas de áreas afetadas, beneficiando mais de 3,7 mil famílias que receberam casas de qualidade em novos bairros equipados. Todos esses benefícios só foram possíveis pela ação direta da Norte Energia na construção dessa colossal obra de infraestrutura que é a usina hidrelétrica de Belo Monte. DUÍLIO DINIZ DE FIGUEIREDO, 66, engenheiro, é presidente da Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina de Belo Monte * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
Belo Monte rumo à geração de energiaDepois de mais de 40 anos de estudos, debates e realizações, é um orgulho para o Brasil ver Belo Monte se tornando uma realidade. Com a liberação da licença de operação pelo Ibama, atingimos mais um marco importante do empreendimento, pois assinala o início do enchimento do reservatório, que, quando concluído, permitirá o início da geração de energia elétrica em Belo Monte. A usina, localizada no sudoeste do Pará, teve os estudos de seu potencial energético no rio Xingu iniciados em 1975, 40 anos atrás, mas foi especialmente a partir da concessão da licença prévia pelo Ibama, no início de 2010, que ocorreram as negociações mais intensas. No mesmo período, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou os estudos de viabilidade da usina. Em junho de 2011, foi concedida a licença de instalação para a hidrelétrica. Com 11.233 megawatts de potência instalada e um custo de R$ 25,9 bilhões, em valores de abril de 2010, data do leilão público de concessão da usina, Belo Monte, quando concluída em 2019, será a maior hidrelétrica genuinamente brasileira – Itaipu pertence ao Brasil e ao Paraguai– e a quarta do mundo. Sua energia chegará a 17 Estados brasileiros, com capacidade para atender 18 milhões de residências, ou 60 milhões de pessoas –população equivalente à soma dos moradores dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A importância da hidrelétrica, no entanto, vai muito além da produção de energia. Seu projeto de engenharia é inovador, composto por dois reservatórios, um canal de 20 quilômetros de extensão, quase 300 metros de largura e 25 metros de profundidade, com 28 diques de contenção, alguns com até 60 metros de altura e outros com até 2.000 metros de extensão. Foi a solução desenvolvida para aproveitar o potencial hidrelétrico do rio Xingu, com o mínimo impacto ambiental, e, principalmente, manter intactas as terras indígenas. De fato, nenhum centímetro de área indígena será afetado pelo reservatório. Outro grande marco de Belo Monte é o valor investido em projetos socioambientais, cujo montante atinge cerca de R$ 4,2 bilhões em valores nominais, em áreas urbanas, rurais e em terras indígenas, além de projetos estruturantes para o desenvolvimento sustentável da região de influência da hidrelétrica. Nenhum outro projeto de infraestrutura no Brasil tem valores tão significativos em ações sociais e de mitigação de impactos. O cumprimento do Projeto Básico Ambiental (PBA) exigiu investimentos que levaram melhoria na qualidade de vida da população dos municípios do entorno da obra. A usina de Belo Monte deixa um legado de realizações e de transformações socioambientais para as comunidades indígenas e tradicionais –dentre tantas ações registra-se as 30 Unidades Básicas de Saúde e 4 hospitais construídos e equipados. Nossas ações na área de educação contemplaram mais de 22 mil alunos. Também retiramos cerca de 25 mil pessoas de áreas afetadas, beneficiando mais de 3,7 mil famílias que receberam casas de qualidade em novos bairros equipados. Todos esses benefícios só foram possíveis pela ação direta da Norte Energia na construção dessa colossal obra de infraestrutura que é a usina hidrelétrica de Belo Monte. DUÍLIO DINIZ DE FIGUEIREDO, 66, engenheiro, é presidente da Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina de Belo Monte * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Cozinha derrapa no Armazém, em SP, mas sua 'versão bar' compensa
Não é só no fogão que a comida se faz, dizia o cronista gastronômico Apicius, que escreveu dos anos 1970 aos 1990 no "Jornal do Brasil". A comida também se faz no coração, na cabeça, na biblioteca. As histórias do Armazém Alvares Tibiriçá, em um sobrado na Vila Buarque desde dezembro, podem ser mais valiosas do que sua comida. Pois a cozinha derrapa e passa a sensação de que ainda não acertou a mão -falta equilíbrio e constância, e o serviço anda bem atrapalhado. As batatas fritas são carregadas no óleo e seguem na companhia de um hambúrguer alto que, apesar de suculento, não dá para abocanhar de uma só vez. Bacon, queijo, tomate e picles ficam deslocados e não se sente o gosto do todo (R$ 35). As lulas empanadas (R$ 34) têm seu apelo: são envolvidas em farinha panko (seca e crocante), mas esta massacra o sabor delicado do fruto do mar. Otis Redding canta ao fundo uma de suas baladas e aquece o ambiente, agradável e despojado, adornado com peças de antiquários, garimpadas pelo sócio, José Tibiriçá Martins, 50 (da Caos e ex-clube Vegas e Z Carniceria). Esse empresário da noite, o Tibira, é o mesmo sujeito que cresceu em uma casa no Bexiga, com um quintal no qual, vez ou outra, o pai português soltava galinhas, patos e cabritos vivos para que seu tio os abatesse para o almoço familiar de domingo. Foi nessa herança que buscou inspiração para montar o cardápio. A alheira da Dora (R$ 34) leva o nome de sua mãe -a autora da receita. Quem combina miolo de pão, carne suína e alho é um senhor português que lhe fornece o embutido. O resultado é um recheio denso e untuoso. Dá calor ao coração -e chega fumegante à mesa- o cozidinho de lula, com peixe branco (o que estiver mais fresco no dia), chorizo (que empresta sabor ao prato) e feijão-branco (R$ 49). Sua versão bar está bem preparada: há drinques clássicos e inventivos, boa carta de cervejas, chope Madalena (de colarinho persistente e cremoso) e destilados. ARMAZÉM ALVARES TIBIRIÇÁ ONDE: r. Marquês De Itú, 847, Vila Buarque; Tel. (11) 2365-1671 HORÁRIO: ter. a qui., 12h às 16h e 19h à 0h; sex. e sáb., 12h às 16h e 19h à 1h; dom., 12h às 16h
comida
Cozinha derrapa no Armazém, em SP, mas sua 'versão bar' compensaNão é só no fogão que a comida se faz, dizia o cronista gastronômico Apicius, que escreveu dos anos 1970 aos 1990 no "Jornal do Brasil". A comida também se faz no coração, na cabeça, na biblioteca. As histórias do Armazém Alvares Tibiriçá, em um sobrado na Vila Buarque desde dezembro, podem ser mais valiosas do que sua comida. Pois a cozinha derrapa e passa a sensação de que ainda não acertou a mão -falta equilíbrio e constância, e o serviço anda bem atrapalhado. As batatas fritas são carregadas no óleo e seguem na companhia de um hambúrguer alto que, apesar de suculento, não dá para abocanhar de uma só vez. Bacon, queijo, tomate e picles ficam deslocados e não se sente o gosto do todo (R$ 35). As lulas empanadas (R$ 34) têm seu apelo: são envolvidas em farinha panko (seca e crocante), mas esta massacra o sabor delicado do fruto do mar. Otis Redding canta ao fundo uma de suas baladas e aquece o ambiente, agradável e despojado, adornado com peças de antiquários, garimpadas pelo sócio, José Tibiriçá Martins, 50 (da Caos e ex-clube Vegas e Z Carniceria). Esse empresário da noite, o Tibira, é o mesmo sujeito que cresceu em uma casa no Bexiga, com um quintal no qual, vez ou outra, o pai português soltava galinhas, patos e cabritos vivos para que seu tio os abatesse para o almoço familiar de domingo. Foi nessa herança que buscou inspiração para montar o cardápio. A alheira da Dora (R$ 34) leva o nome de sua mãe -a autora da receita. Quem combina miolo de pão, carne suína e alho é um senhor português que lhe fornece o embutido. O resultado é um recheio denso e untuoso. Dá calor ao coração -e chega fumegante à mesa- o cozidinho de lula, com peixe branco (o que estiver mais fresco no dia), chorizo (que empresta sabor ao prato) e feijão-branco (R$ 49). Sua versão bar está bem preparada: há drinques clássicos e inventivos, boa carta de cervejas, chope Madalena (de colarinho persistente e cremoso) e destilados. ARMAZÉM ALVARES TIBIRIÇÁ ONDE: r. Marquês De Itú, 847, Vila Buarque; Tel. (11) 2365-1671 HORÁRIO: ter. a qui., 12h às 16h e 19h à 0h; sex. e sáb., 12h às 16h e 19h à 1h; dom., 12h às 16h
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Governo tira chance de rever imposto sindical em nova versão da MP
Depois de uma série de controvérsias, o governo resolveu não alterar o texto da reforma trabalhista sobre o fim da obrigatoriedade do imposto sindical. Uma nova versão da minuta da Medida Provisória que modificará o texto aprovado no Congresso, obtida pela Folha, retira sugestão anterior de rever o tema. Essa é uma nova versão da minuta que foi apresentada aos senadores em junho pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), antes da votação do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Entre as mudanças que foram feitas no texto lido à época, e o que deverá ser entregue nesta quinta-feira (13) aos senadores, está a retirada da possibilidade de o governo rever o fim da obrigatoriedade do imposto. O tema gerou conflitos com a Câmara dos Deputados e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a dizer esta semana que "barraria" a MP. Depois de uma nova rodada de conversas, o governo resolveu alterar a nova lei trabalhistas apenas nos pontos já acordados anteriormente, como a regulamentação da jornada 12h x 36h —que deve ser prevista em acordo coletivo—; a regulamentação da jornada intermitente (quando o trabalhador é contratado sob demanda); e a proibição de grávidas e lactantes de trabalhar em locais insalubres, por exemplo. Outro ponto revisto em relação à versão anterior é a salvaguarda para que um trabalhador contratado sob regime comum não possa ser demitido e recontratado imediatamente por meio de um contrato de jornada intermitente. Pela proposta da MP, será necessário um intervalo de 18 meses entre a demissão e a nova contratação. Contudo, um outro dispositivo do texto diz que a salvaguarda valerá apenas por três anos após a validade da medida. Inicialmente, o governo previa uma validade menor, de apenas dois anos. Apesar de a MP não prever mudanças em relação ao imposto sindical, Jucá deixou em aberto, nesta quarta (12), a possibilidade de o texto ser emendado durante a tramitação nas duas casas legislativas. A minuta deve ser distribuída nesta quinta aos senadores, como previu Jucá. Um grupo de parlamentares da base criticou o governo na quarta depois da fala de Maia, que ameaçou dificultar a tramitação da MP na Câmara, o que descumpriria um acordo firmado pelo presidente Michel Temer com a base no Senado. Para evitar que os senadores modificassem o texto aprovado na Câmara, o Palácio do Planalto se comprometeu a fazer ajustes no texto criado pelos deputados por meio de vetos e de uma MP. O objetivo era evitar o atraso da aprovação do projeto, que o governo esperava aprovar no primeiro semestre deste ano. Reforma trabalhista - Confira os principais pontos que mudam com a reforma
mercado
Governo tira chance de rever imposto sindical em nova versão da MPDepois de uma série de controvérsias, o governo resolveu não alterar o texto da reforma trabalhista sobre o fim da obrigatoriedade do imposto sindical. Uma nova versão da minuta da Medida Provisória que modificará o texto aprovado no Congresso, obtida pela Folha, retira sugestão anterior de rever o tema. Essa é uma nova versão da minuta que foi apresentada aos senadores em junho pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), antes da votação do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Entre as mudanças que foram feitas no texto lido à época, e o que deverá ser entregue nesta quinta-feira (13) aos senadores, está a retirada da possibilidade de o governo rever o fim da obrigatoriedade do imposto. O tema gerou conflitos com a Câmara dos Deputados e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a dizer esta semana que "barraria" a MP. Depois de uma nova rodada de conversas, o governo resolveu alterar a nova lei trabalhistas apenas nos pontos já acordados anteriormente, como a regulamentação da jornada 12h x 36h —que deve ser prevista em acordo coletivo—; a regulamentação da jornada intermitente (quando o trabalhador é contratado sob demanda); e a proibição de grávidas e lactantes de trabalhar em locais insalubres, por exemplo. Outro ponto revisto em relação à versão anterior é a salvaguarda para que um trabalhador contratado sob regime comum não possa ser demitido e recontratado imediatamente por meio de um contrato de jornada intermitente. Pela proposta da MP, será necessário um intervalo de 18 meses entre a demissão e a nova contratação. Contudo, um outro dispositivo do texto diz que a salvaguarda valerá apenas por três anos após a validade da medida. Inicialmente, o governo previa uma validade menor, de apenas dois anos. Apesar de a MP não prever mudanças em relação ao imposto sindical, Jucá deixou em aberto, nesta quarta (12), a possibilidade de o texto ser emendado durante a tramitação nas duas casas legislativas. A minuta deve ser distribuída nesta quinta aos senadores, como previu Jucá. Um grupo de parlamentares da base criticou o governo na quarta depois da fala de Maia, que ameaçou dificultar a tramitação da MP na Câmara, o que descumpriria um acordo firmado pelo presidente Michel Temer com a base no Senado. Para evitar que os senadores modificassem o texto aprovado na Câmara, o Palácio do Planalto se comprometeu a fazer ajustes no texto criado pelos deputados por meio de vetos e de uma MP. O objetivo era evitar o atraso da aprovação do projeto, que o governo esperava aprovar no primeiro semestre deste ano. Reforma trabalhista - Confira os principais pontos que mudam com a reforma
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Escritor John Banville tem ousadia e picaretagem em doses certas
RIO DE JANEIRO - Para rebater a ressaca olímpica, peguei na estante, ao acaso, um livro de John Banville. O escritor irlandês possui, em doses certas, a ousadia e a picaretagem dos verdadeiros artistas. É um estilista da língua inglesa, volta e meia comparado a Nabokov, e sempre bem cotado para o Nobel nas casas de apostas de Londres. Suas principais obras estão traduzidas no Brasil. Para entrar no seu universo de imposturas, recomendo "O Livro das Provas". Se não bastasse, assinando como Benjamin Black, escreve a melhor literatura noir da atualidade, protagonizada pelo patologista Garret Quirke, e já levada às telas da BBC. Com o "nom de plume", conseguiu a façanha de criar uma nova aventura do detetive Philip Marlowe, recuperando a atmosfera das tramas de Raymond Chandler e a voz, ao mesmo tempo sentimental e rude, do narrador em primeira pessoa. O sucesso do pseudônimo é tanto que, nos pesadelos de Banville, está um dicionário de escritores editado em 2080 no qual se lê no verbete destinado ao autor de "O Mar": "Banville, John. Ver Black, Benjamin". Pois não é que agora ele resolveu fazer uma continuação de "Retrato de uma Senhora"? É o primeiro grande romance de Henry James (1843-1916) e, para muitos críticos, sua obra máxima. A heroína é Isabel Archer, jovem americana que vai viver na Europa e herda uma fortuna. Parece enredo de folhetim, embora o autor, com suas sutilezas e frases intermináveis, proponha o contrário do entretenimento leve. Banville acha que está se transformando num papagaio. Dizendo-se apaixonado por Isabel Archer, afirma que não é ele nem Benjamin Black que está escrevendo a "sequel" da obra de James, mas uma terceira pessoa. O que lhe dá a oportunidade de se levantar e ir beber um café e, na volta, ao olhar o último parágrafo escrito, perguntar: "Como vai isso?"
colunas
Escritor John Banville tem ousadia e picaretagem em doses certasRIO DE JANEIRO - Para rebater a ressaca olímpica, peguei na estante, ao acaso, um livro de John Banville. O escritor irlandês possui, em doses certas, a ousadia e a picaretagem dos verdadeiros artistas. É um estilista da língua inglesa, volta e meia comparado a Nabokov, e sempre bem cotado para o Nobel nas casas de apostas de Londres. Suas principais obras estão traduzidas no Brasil. Para entrar no seu universo de imposturas, recomendo "O Livro das Provas". Se não bastasse, assinando como Benjamin Black, escreve a melhor literatura noir da atualidade, protagonizada pelo patologista Garret Quirke, e já levada às telas da BBC. Com o "nom de plume", conseguiu a façanha de criar uma nova aventura do detetive Philip Marlowe, recuperando a atmosfera das tramas de Raymond Chandler e a voz, ao mesmo tempo sentimental e rude, do narrador em primeira pessoa. O sucesso do pseudônimo é tanto que, nos pesadelos de Banville, está um dicionário de escritores editado em 2080 no qual se lê no verbete destinado ao autor de "O Mar": "Banville, John. Ver Black, Benjamin". Pois não é que agora ele resolveu fazer uma continuação de "Retrato de uma Senhora"? É o primeiro grande romance de Henry James (1843-1916) e, para muitos críticos, sua obra máxima. A heroína é Isabel Archer, jovem americana que vai viver na Europa e herda uma fortuna. Parece enredo de folhetim, embora o autor, com suas sutilezas e frases intermináveis, proponha o contrário do entretenimento leve. Banville acha que está se transformando num papagaio. Dizendo-se apaixonado por Isabel Archer, afirma que não é ele nem Benjamin Black que está escrevendo a "sequel" da obra de James, mas uma terceira pessoa. O que lhe dá a oportunidade de se levantar e ir beber um café e, na volta, ao olhar o último parágrafo escrito, perguntar: "Como vai isso?"
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Ministro estuda alterar política de conteúdo nacional para Petrobras
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que está sendo estudada uma flexibilização das exigências de conteúdo nacional na fase de produção dos projetos de petróleo no Brasil. Atualmente, as empresas, ao adquirirem área em leilão, comprometem-se com percentuais mínimos de contratação na indústria nacional. "[Será] uma flexibilização muito bem calibrada. Para essa rodada [no final do ano], não vai dar tempo. Mas estamos efetivamente trabalhando." Braga disse ainda que a queda nos preços do petróleo deve adiar a oferta de áreas do pré-sal, no modelo de partilha, para 2017. O único leilão organizado pela ANP nesse modelo regulatório, exclusivo para blocos com forte potencial de reservas no pré-sal, foi realizado em outubro de 2013. Tal modelo determina que a Petrobras entre como operadora e investidora em todos os blocos, com participação mínima de 30%. Quando questionado se os leilões deverão ficar para 2017, Braga disse que "pode ser que sim". "Basicamente em função da volatilidade. Não tem como se fazer uma previsibilidade tão grande, numa distância tão grande, com um mercado tão volátil como está. Estamos falando de áreas de grande potencial. Fazer isso num momento de viés de baixa não é interessante para o país", afirmou o ministro em Houston, nos EUA. Braga viajou à cidade texana para participar da OTC, feira mundial da indústria do petróleo especializada em exploração e produção em reservas submarinas. REVISÃO DO MODELO Braga, voltou a defender que seja revista a exigência de que a Petrobras seja sócia obrigatória de pelo menos 30% de cada bloco de exploração e produção do pré-sal. Segundo o ministro, a queda da exigência poderia ser "uma boa estratégia". Mas o assunto não está sendo discutido pelo governo, disse. O ministro aproveitará para encontrar-se com representantes de cinco empresas globais do setor de exploração e produção, com o objetivo de falar das áreas com potencial de extração de petróleo que serão oferecidas ao mercado no último trimestre deste ano, no modelo regulatório de concessão –que vale atualmente para todas as demais regiões com potencial petrolífero fora do pré-sal. Segundo Braga, a chamada 13ª rodada será apresentada à americana Exxon, à britânica BP, à anglo-holandesa Shell, à francesa Total e à anglo-australiana BHP –líder mundial em mineração, mas que também atua no setor de petróleo. A previsão é que sejam oferecidas 269 áreas, em bacias no mar e em terra. Na Bacia de Campos, de onde sai 70% do petróleo brasileiro, haverá blocos em águas rasas. Não serão oferecidas áreas da Bacia de Santos, onde estão as mais promissoras reservas do pré-sal. De acordo com o ministro, as principais ofertas serão em Alagoas e Sergipe. Para Braga, será possível arrecadar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões em bônus de assinatura –pago pela empresa que arremata as áreas.
mercado
Ministro estuda alterar política de conteúdo nacional para PetrobrasO ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que está sendo estudada uma flexibilização das exigências de conteúdo nacional na fase de produção dos projetos de petróleo no Brasil. Atualmente, as empresas, ao adquirirem área em leilão, comprometem-se com percentuais mínimos de contratação na indústria nacional. "[Será] uma flexibilização muito bem calibrada. Para essa rodada [no final do ano], não vai dar tempo. Mas estamos efetivamente trabalhando." Braga disse ainda que a queda nos preços do petróleo deve adiar a oferta de áreas do pré-sal, no modelo de partilha, para 2017. O único leilão organizado pela ANP nesse modelo regulatório, exclusivo para blocos com forte potencial de reservas no pré-sal, foi realizado em outubro de 2013. Tal modelo determina que a Petrobras entre como operadora e investidora em todos os blocos, com participação mínima de 30%. Quando questionado se os leilões deverão ficar para 2017, Braga disse que "pode ser que sim". "Basicamente em função da volatilidade. Não tem como se fazer uma previsibilidade tão grande, numa distância tão grande, com um mercado tão volátil como está. Estamos falando de áreas de grande potencial. Fazer isso num momento de viés de baixa não é interessante para o país", afirmou o ministro em Houston, nos EUA. Braga viajou à cidade texana para participar da OTC, feira mundial da indústria do petróleo especializada em exploração e produção em reservas submarinas. REVISÃO DO MODELO Braga, voltou a defender que seja revista a exigência de que a Petrobras seja sócia obrigatória de pelo menos 30% de cada bloco de exploração e produção do pré-sal. Segundo o ministro, a queda da exigência poderia ser "uma boa estratégia". Mas o assunto não está sendo discutido pelo governo, disse. O ministro aproveitará para encontrar-se com representantes de cinco empresas globais do setor de exploração e produção, com o objetivo de falar das áreas com potencial de extração de petróleo que serão oferecidas ao mercado no último trimestre deste ano, no modelo regulatório de concessão –que vale atualmente para todas as demais regiões com potencial petrolífero fora do pré-sal. Segundo Braga, a chamada 13ª rodada será apresentada à americana Exxon, à britânica BP, à anglo-holandesa Shell, à francesa Total e à anglo-australiana BHP –líder mundial em mineração, mas que também atua no setor de petróleo. A previsão é que sejam oferecidas 269 áreas, em bacias no mar e em terra. Na Bacia de Campos, de onde sai 70% do petróleo brasileiro, haverá blocos em águas rasas. Não serão oferecidas áreas da Bacia de Santos, onde estão as mais promissoras reservas do pré-sal. De acordo com o ministro, as principais ofertas serão em Alagoas e Sergipe. Para Braga, será possível arrecadar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões em bônus de assinatura –pago pela empresa que arremata as áreas.
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Bebê com microcefalia associada ao vírus da zika morre no Texas (EUA)
Um bebê morreu em Houston, no Texas (EUA), por complicações de uma microcefalia associada ao vírus da zika, informaram autoridades americanas de saúde nesta terça-feira (9). A criança morreu pouco depois de nascer, se tornando a primeira vítima do vírus no Texas, anunciou o delegado estadual dos Serviços de Saúde, John Hellerstedt. A mãe da criança tinha viajado quando estava grávida à América Latina, onde foi provavelmente infectada pelo vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. Exames confirmaram que o bebê tinha microcefalia relacionada com a doença da mãe. Zika e microcefalia O Estado do Texas contabiliza quase cem casos da zika, além de dois bebês com microcefalia associada ao vírus no condado de Harris. Em todos os casos, o vírus foi contraído no exterior. Na semana passada, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos EUA, incluiu o sul da Flórida na lista de destinos onde há risco de contrair o vírus da zika. Nesta terça, o governo anunciou que os casos de transmissão local aumentaram para 21, com o registro de quatro novas infecções em dois bairros turísticos de Miami. "A cada dia que passa, e o Congresso e o presidente não chegam a um acordo, nossa resposta nacional à zika fica dificultada. Isto não só é um problema que nos afeta aqui na Flórida, é uma questão nacional", criticou o governador da Flórida, Rick Scott. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
cotidiano
Bebê com microcefalia associada ao vírus da zika morre no Texas (EUA)Um bebê morreu em Houston, no Texas (EUA), por complicações de uma microcefalia associada ao vírus da zika, informaram autoridades americanas de saúde nesta terça-feira (9). A criança morreu pouco depois de nascer, se tornando a primeira vítima do vírus no Texas, anunciou o delegado estadual dos Serviços de Saúde, John Hellerstedt. A mãe da criança tinha viajado quando estava grávida à América Latina, onde foi provavelmente infectada pelo vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. Exames confirmaram que o bebê tinha microcefalia relacionada com a doença da mãe. Zika e microcefalia O Estado do Texas contabiliza quase cem casos da zika, além de dois bebês com microcefalia associada ao vírus no condado de Harris. Em todos os casos, o vírus foi contraído no exterior. Na semana passada, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos EUA, incluiu o sul da Flórida na lista de destinos onde há risco de contrair o vírus da zika. Nesta terça, o governo anunciou que os casos de transmissão local aumentaram para 21, com o registro de quatro novas infecções em dois bairros turísticos de Miami. "A cada dia que passa, e o Congresso e o presidente não chegam a um acordo, nossa resposta nacional à zika fica dificultada. Isto não só é um problema que nos afeta aqui na Flórida, é uma questão nacional", criticou o governador da Flórida, Rick Scott. Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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Hora de se entusiasmar com os piores jargões corporativos
O ano passado foi excelente para o prêmio "Flanela de Ouro". Sei que digo isso todos os anos, mas 2015 quebrou todos os recordes de ofuscação, eufemismo e feiura. Filtrando os disparates —dos quais muitos chegaram por meio do site novo do "Financial Times", o Guffipedia— em busca de vencedores dignos para o "Flanela", o que se destacou foi o número de registros que ofendem não somente os olhos e os ouvidos, mas também fazem mal ao corpo. Então, decidi adicionar uma nova categoria —o "Sick Bucket Gong" [gongada da náusea], para a qual a lista é ao mesmo tempo forte e revoltante. Houve o "suar mais a sua pegada" ("sweat the footprint"), que traz o temor de pé de atleta. Houve um banqueiro que estava "grávido do acordo" ("pregnant with the deal"). Houve o "teste da referência" ("bench testing") e o "grude de vendedor" ("merchant stickiness"). Mas o vencedor foi, de longe, o "sobrecarga do executivo" ("executive brownout"), expressão que chegou a nós pela "Harvard Business Review". Um dos prêmios mais aguardados de todos os anos é o "Obfuscation Champion Chief" [Campeonato do Chefe da Ofuscação]. Estou desconfortavelmente ciente de que prometi entregá-lo para o veterano em disparates Tim Armstrong, por causa do seu novo verbo "to game-change" [algo como virar o jogo], mas espero que o chefe AOL me perdoe por mudar de ideia. No ano passado, dois CEOs sucessivos de Twitter perverteram a clareza e a concisão que seu site supostamente promove. Dick Costolo amontoou em uma só frase interminável "iterar" ("iterate"), "experiência desconectada" ("log out experience"), "curadoria" ("curate"), "momentos" ("moments"), "plataforma" ("platform") e "entregar" ("deliver"). Em seguida, ele renunciou e foi substituído por Jack Dorsey, que prometeu falar honesta e objetivamente em um e-mail apenas para polvilhá-lo com expressões como "ir em frente" ("moving forwards"), "planos" ("roadmaps"), e "reinvistir nossas prioridades mais impactantes" ("reinvest our most impactful priorities"). No entanto, até mesmo os esforços da dupla do Twitter são débeis em comparação com um diretor de RH, anônimo, que alertou os gestores presentes em uma reunião fora do local de trabalho a "estarem cientes da ótica de sua marca pessoal" ("be cognizant of the optics of your personal brand"). Ele é o campeão de ofuscação deste ano. Dorsey quase ganhou um prêmio de consolação pelo o melhor eufemismo para demitir pessoas ("trilhar rotas distintas" ["part ways"]), mas esse vai para o chefe de RH de um grupo grande de petróleo que anunciou planos de "ventilar" ("to ventilate") funcionários de performance abaixo do esperado. Isso sugere que as pessoas são como ar viciado e que, se você abrir a janela, vão voar. O Prêmio Nerb —dado a substantivos que fingem ser verbos— teve um ano abundante, com alguns deslumbrantes vice-campeões: to effort [esforçar-se], to town hall ["burocracizar"] e to future ["futurear"]. Qualquer um teria sido digno de vencer; no entanto, todos foram varridos por "to language" ["linguar"]. Um leitor ouviu um colega dizendo: "Deve haver uma maneira melhor de dizer isso". Ele está certo. Tem que ter. A Copa da Comunicação —cujo prêmio é dado à pior maneira de se descrever uma reunião— tem uma lista impressionante: "diarising" "visitations" [visitações "diarizadas"]; "co-creating conversations" [conversas cocriativas] e (a favorita) to front-face [encarar de frente]. No entanto, o vencedor é "reunião telefônica bilateral" ("bilateral telephonic meeting"), o que revela a triste verdade que teleconferência virou de tal forma a regra que uma conversa entre duas pessoas precisa de um termo especial para ser descrita. O Prêmio Metáfora Misturada vai para Rick Hamada, CEO da Avnet, que disse: "Conseguir mais um sucesso em serviços, na verdade, é pensar em múltiplas raias de oportunidade em torno do negócio". Cada uma dessas metáforas virou moda, e ele tem nos presenteado com elas, "na verdade", para nada. De fato, merece o prêmio. Muitos títulos me foram enviados em 2015. Gostei do Diretora Catalisadora de Manifesto, que trabalha na Danone. No entanto, o vencedor maior é a McKinsey, que chama alguns consultores de "Master Experts", uma tautologia, sem dúvida, um estratagema para amolecer o cliente como um prelúdio para cobrar o dobro. Agora vem a palavra que resume o ano de 2015. Primeiro, pense em "viagem". No "FT", estávamos em uma "viagem de eficácia" até que nossos antigos proprietários, a Pearson, acabaram com ela nos punindo. Enquanto isso, no aeroporto de Stansted (onde começam viagens reais) o departamento de reclamações de clientes disse que a "viagem ao cliente é uma transição suave, intuitiva durante toda a viagem dos passageiros", adicionando que "nossa equipe de atendimento ao cliente oferece agora uma equipe de embaixadores proporcionando uma presença humana". Ao ler isso mudei de opinião. A palavra do ano não é "viagem". É "humano/a". Howard Schultz, da Starbucks, um excelente vendedor de disparates, fala de uma forma esplêndida: "A inovação é a força que vai continuar a conduzir nossos negócios e nos permitirá expandir e aumentar receitas e lucros —sempre através de um olhar de humanidade." Para o futuro, vou fazer uma previsão para o maior disparate de 2016. Eu o encontrei no memorando de Larry Page da Alphabet, no qual, depois de professar cinco vezes estar "entusiasmado" e "superentusiasmado", ele diz: "Estamos muito entusiasmados em relação ao crescimento de nosso braço de investimento." Espero que vocês estejam preparados para 2016. Vocês vão ficar entusiasmados, gostem ou não. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
colunas
Hora de se entusiasmar com os piores jargões corporativosO ano passado foi excelente para o prêmio "Flanela de Ouro". Sei que digo isso todos os anos, mas 2015 quebrou todos os recordes de ofuscação, eufemismo e feiura. Filtrando os disparates —dos quais muitos chegaram por meio do site novo do "Financial Times", o Guffipedia— em busca de vencedores dignos para o "Flanela", o que se destacou foi o número de registros que ofendem não somente os olhos e os ouvidos, mas também fazem mal ao corpo. Então, decidi adicionar uma nova categoria —o "Sick Bucket Gong" [gongada da náusea], para a qual a lista é ao mesmo tempo forte e revoltante. Houve o "suar mais a sua pegada" ("sweat the footprint"), que traz o temor de pé de atleta. Houve um banqueiro que estava "grávido do acordo" ("pregnant with the deal"). Houve o "teste da referência" ("bench testing") e o "grude de vendedor" ("merchant stickiness"). Mas o vencedor foi, de longe, o "sobrecarga do executivo" ("executive brownout"), expressão que chegou a nós pela "Harvard Business Review". Um dos prêmios mais aguardados de todos os anos é o "Obfuscation Champion Chief" [Campeonato do Chefe da Ofuscação]. Estou desconfortavelmente ciente de que prometi entregá-lo para o veterano em disparates Tim Armstrong, por causa do seu novo verbo "to game-change" [algo como virar o jogo], mas espero que o chefe AOL me perdoe por mudar de ideia. No ano passado, dois CEOs sucessivos de Twitter perverteram a clareza e a concisão que seu site supostamente promove. Dick Costolo amontoou em uma só frase interminável "iterar" ("iterate"), "experiência desconectada" ("log out experience"), "curadoria" ("curate"), "momentos" ("moments"), "plataforma" ("platform") e "entregar" ("deliver"). Em seguida, ele renunciou e foi substituído por Jack Dorsey, que prometeu falar honesta e objetivamente em um e-mail apenas para polvilhá-lo com expressões como "ir em frente" ("moving forwards"), "planos" ("roadmaps"), e "reinvistir nossas prioridades mais impactantes" ("reinvest our most impactful priorities"). No entanto, até mesmo os esforços da dupla do Twitter são débeis em comparação com um diretor de RH, anônimo, que alertou os gestores presentes em uma reunião fora do local de trabalho a "estarem cientes da ótica de sua marca pessoal" ("be cognizant of the optics of your personal brand"). Ele é o campeão de ofuscação deste ano. Dorsey quase ganhou um prêmio de consolação pelo o melhor eufemismo para demitir pessoas ("trilhar rotas distintas" ["part ways"]), mas esse vai para o chefe de RH de um grupo grande de petróleo que anunciou planos de "ventilar" ("to ventilate") funcionários de performance abaixo do esperado. Isso sugere que as pessoas são como ar viciado e que, se você abrir a janela, vão voar. O Prêmio Nerb —dado a substantivos que fingem ser verbos— teve um ano abundante, com alguns deslumbrantes vice-campeões: to effort [esforçar-se], to town hall ["burocracizar"] e to future ["futurear"]. Qualquer um teria sido digno de vencer; no entanto, todos foram varridos por "to language" ["linguar"]. Um leitor ouviu um colega dizendo: "Deve haver uma maneira melhor de dizer isso". Ele está certo. Tem que ter. A Copa da Comunicação —cujo prêmio é dado à pior maneira de se descrever uma reunião— tem uma lista impressionante: "diarising" "visitations" [visitações "diarizadas"]; "co-creating conversations" [conversas cocriativas] e (a favorita) to front-face [encarar de frente]. No entanto, o vencedor é "reunião telefônica bilateral" ("bilateral telephonic meeting"), o que revela a triste verdade que teleconferência virou de tal forma a regra que uma conversa entre duas pessoas precisa de um termo especial para ser descrita. O Prêmio Metáfora Misturada vai para Rick Hamada, CEO da Avnet, que disse: "Conseguir mais um sucesso em serviços, na verdade, é pensar em múltiplas raias de oportunidade em torno do negócio". Cada uma dessas metáforas virou moda, e ele tem nos presenteado com elas, "na verdade", para nada. De fato, merece o prêmio. Muitos títulos me foram enviados em 2015. Gostei do Diretora Catalisadora de Manifesto, que trabalha na Danone. No entanto, o vencedor maior é a McKinsey, que chama alguns consultores de "Master Experts", uma tautologia, sem dúvida, um estratagema para amolecer o cliente como um prelúdio para cobrar o dobro. Agora vem a palavra que resume o ano de 2015. Primeiro, pense em "viagem". No "FT", estávamos em uma "viagem de eficácia" até que nossos antigos proprietários, a Pearson, acabaram com ela nos punindo. Enquanto isso, no aeroporto de Stansted (onde começam viagens reais) o departamento de reclamações de clientes disse que a "viagem ao cliente é uma transição suave, intuitiva durante toda a viagem dos passageiros", adicionando que "nossa equipe de atendimento ao cliente oferece agora uma equipe de embaixadores proporcionando uma presença humana". Ao ler isso mudei de opinião. A palavra do ano não é "viagem". É "humano/a". Howard Schultz, da Starbucks, um excelente vendedor de disparates, fala de uma forma esplêndida: "A inovação é a força que vai continuar a conduzir nossos negócios e nos permitirá expandir e aumentar receitas e lucros —sempre através de um olhar de humanidade." Para o futuro, vou fazer uma previsão para o maior disparate de 2016. Eu o encontrei no memorando de Larry Page da Alphabet, no qual, depois de professar cinco vezes estar "entusiasmado" e "superentusiasmado", ele diz: "Estamos muito entusiasmados em relação ao crescimento de nosso braço de investimento." Espero que vocês estejam preparados para 2016. Vocês vão ficar entusiasmados, gostem ou não. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Sem habilitação e alcoolizado, homem atropela personal trainer em SP
Um motorista sem habilitação e que admitiu à polícia ter ingerido bebidas alcoólicas causou um acidente que deixou um morto, na manhã deste domingo (26), na Barra Funda, bairro da zona oeste de São Paulo. Segundo uma testemunha, um Pajero TR4 cinza desceu a rua de marcha a ré e em zigue-zague, invadiu a calçada e atingiu um banco onde estavam o personal trainer Cristiano Stridelli, 41, e três amigos dele. Stridelli foi arrastado pelo veículo e morreu na calçada. As outras vítimas tiveram ferimentos leves. Ele havia saído da boate D-Edge, próxima ao local do acidente, onde acontecia uma festa que começou às 5h. Segundo a polícia, o motorista estava com um amigo, dono do veículo, em um bar na região. O proprietário pediu para que o colega estacionasse o veículo mais próximo de onde estavam. Apesar de ter admitido a ingestão de bebidas alcoólicas, o motorista não fez teste do bafômetro no local, diz a polícia. Ainda de acordo com a PM, seguranças da festa amarraram as mãos do motorista e do amigo com panos até que a polícia chegasse ao local. O motorista poderá responder por homicídio e o dono do jipe, por entregar veículo a pessoa não habilitada.
cotidiano
Sem habilitação e alcoolizado, homem atropela personal trainer em SPUm motorista sem habilitação e que admitiu à polícia ter ingerido bebidas alcoólicas causou um acidente que deixou um morto, na manhã deste domingo (26), na Barra Funda, bairro da zona oeste de São Paulo. Segundo uma testemunha, um Pajero TR4 cinza desceu a rua de marcha a ré e em zigue-zague, invadiu a calçada e atingiu um banco onde estavam o personal trainer Cristiano Stridelli, 41, e três amigos dele. Stridelli foi arrastado pelo veículo e morreu na calçada. As outras vítimas tiveram ferimentos leves. Ele havia saído da boate D-Edge, próxima ao local do acidente, onde acontecia uma festa que começou às 5h. Segundo a polícia, o motorista estava com um amigo, dono do veículo, em um bar na região. O proprietário pediu para que o colega estacionasse o veículo mais próximo de onde estavam. Apesar de ter admitido a ingestão de bebidas alcoólicas, o motorista não fez teste do bafômetro no local, diz a polícia. Ainda de acordo com a PM, seguranças da festa amarraram as mãos do motorista e do amigo com panos até que a polícia chegasse ao local. O motorista poderá responder por homicídio e o dono do jipe, por entregar veículo a pessoa não habilitada.
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Mudança de rumo
Qual é o lugar que queremos para o Brasil no mundo? Depois de 13 anos de uma política externa subordinada a uma plataforma partidária, sem conexão real com os interesses do país e com a integração econômica no mercado global, finalmente se anuncia uma mudança nos rumos do Itamaraty. O discurso de posse do ministro José Serra sinaliza com clareza um novo posicionamento: sai de cena a diplomacia alimentada por afinidades ideológicas, cujo maior feito foi nos isolar, restaurando-se a consciência de que a política externa deve servir ao Estado e aos interesses legítimos do conjunto da sociedade. O Brasil tem, por sua complexidade e potencial, a obrigação de ampliar a sua inserção no comércio internacional. No percurso errático dos últimos anos, deixamos de firmar parcerias que multiplicariam oportunidades para o país. Há muito tempo o Brasil não firma acordos comerciais expressivos, alinhado a países com baixa taxa de crescimento e alta voltagem ideológica, como a Venezuela, e subestimando uma aproximação com nações mais dinâmicas da Aliança do Pacífico. O resultado é que ficamos para trás, vinculados ao Mercosul e às suas exigências de exclusividade. É hora de recuperar o tempo perdido. Não se trata de virar as costas para as relações sul-sul, que terão sempre sua importância, ou de desprezar as parcerias com nossos vizinhos mais estratégicos, como a Argentina, que devem ser fortalecidas. Mas é hora de ampliar nossa presença em outras regiões do planeta. É importante saber que essa mudança não será feita sem críticas, que já começaram. Mas basta olhar para o conjunto da obra realizada por nossa política externa na última década para constatar a fragilidade dos argumentos que vêm sendo utilizados em sua defesa. Para a combalida economia brasileira, a abertura e a ampliação de mercados vão contribuir para soerguer diversos setores, viabilizando, inclusive, o aumento da produtividade do parque industrial brasileiro. Isso porque os acordos externos não devem ser vistos apenas por seus impactos na balança comercial mas também pelo acesso a tecnologias avançadas e mercados sofisticados que podem propiciar. Tudo isso é sinônimo de investimentos, modernização, geração de empregos. O caminho para a reinserção do país nas cadeias globais de produção é longo. O Brasil tem reconhecidamente uma das economias mais fechadas do mundo. E muita coisa precisa mudar. Nenhum acordo comercial será virtuoso se não formos mais produtivos e competitivos. Precisamos construir um protagonismo equivalente aos nossos potenciais e à nossa importância. Isso só poderá ser feito com o resgate da credibilidade e da responsabilidade.
colunas
Mudança de rumoQual é o lugar que queremos para o Brasil no mundo? Depois de 13 anos de uma política externa subordinada a uma plataforma partidária, sem conexão real com os interesses do país e com a integração econômica no mercado global, finalmente se anuncia uma mudança nos rumos do Itamaraty. O discurso de posse do ministro José Serra sinaliza com clareza um novo posicionamento: sai de cena a diplomacia alimentada por afinidades ideológicas, cujo maior feito foi nos isolar, restaurando-se a consciência de que a política externa deve servir ao Estado e aos interesses legítimos do conjunto da sociedade. O Brasil tem, por sua complexidade e potencial, a obrigação de ampliar a sua inserção no comércio internacional. No percurso errático dos últimos anos, deixamos de firmar parcerias que multiplicariam oportunidades para o país. Há muito tempo o Brasil não firma acordos comerciais expressivos, alinhado a países com baixa taxa de crescimento e alta voltagem ideológica, como a Venezuela, e subestimando uma aproximação com nações mais dinâmicas da Aliança do Pacífico. O resultado é que ficamos para trás, vinculados ao Mercosul e às suas exigências de exclusividade. É hora de recuperar o tempo perdido. Não se trata de virar as costas para as relações sul-sul, que terão sempre sua importância, ou de desprezar as parcerias com nossos vizinhos mais estratégicos, como a Argentina, que devem ser fortalecidas. Mas é hora de ampliar nossa presença em outras regiões do planeta. É importante saber que essa mudança não será feita sem críticas, que já começaram. Mas basta olhar para o conjunto da obra realizada por nossa política externa na última década para constatar a fragilidade dos argumentos que vêm sendo utilizados em sua defesa. Para a combalida economia brasileira, a abertura e a ampliação de mercados vão contribuir para soerguer diversos setores, viabilizando, inclusive, o aumento da produtividade do parque industrial brasileiro. Isso porque os acordos externos não devem ser vistos apenas por seus impactos na balança comercial mas também pelo acesso a tecnologias avançadas e mercados sofisticados que podem propiciar. Tudo isso é sinônimo de investimentos, modernização, geração de empregos. O caminho para a reinserção do país nas cadeias globais de produção é longo. O Brasil tem reconhecidamente uma das economias mais fechadas do mundo. E muita coisa precisa mudar. Nenhum acordo comercial será virtuoso se não formos mais produtivos e competitivos. Precisamos construir um protagonismo equivalente aos nossos potenciais e à nossa importância. Isso só poderá ser feito com o resgate da credibilidade e da responsabilidade.
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Após recontagem, governo do RN confirma 56 fugas em Alcaçuz
Depois de 11 dias do início da rebelião no presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta (RN), o governo do Rio Grande do Norte confirmou nesta quarta-feira (25) que 56 presos fugiram durante o motim. O número de fugas foi confirmado em recontagem de presos feita na terça-feira (24) após operação de intervenção e retomada do controle do presídio. Dos 56 presos que fugiram, quatro foram recapturados. A operação para recontagem e revista dos presos foi iniciada às 10h desta terça. Homens do Bope, Tropa de Choque e Grupo de Operações Especiais da Secretaria de Justiça e Cidadania entraram na unidade usando bombas de efeito moral. A entrada dos policiais no presídio também tem como objetivo garantir a segurança dos operários para a conclusão da obra de muro de contêineres, erguido para separar os pavilhões das facções PCC e Sindicato do RN. A força-tarefa especial de agentes penitenciários chegou a Natal nesta quarta, mas deve começar a atuar só na quinta (26), de acordo com o governo. Com permanência autorizada pelo governo federal de 30 dias, com possibilidade de renovação, eles terão treinamento específico para atuar em situações de emergência em presídios. Nesta quarta, o governo do Estado informou que está investindo R$ 754 mil nas obras emergenciais dentro do presídio desde o início da rebelião. A instalação dos contêineres, que passou a separar provisoriamente os presos das facções rivais, custou R$ 166 mil. Já o muro que será erguido para separar os pavilhões de forma permanente R$ 238 mil. Com 90 metros de comprimento e 6,4 metros de altura, ele deve ficar pronto em duas semanas, segundo o governo. Outros R$ 360 mil serão investidos para instalação de piso de concreto no entorno do presídio. O objetivo é evitar fugas por meio de túneis escavado no terreno arenoso da região. O presídio foi erguido em cima de uma duna. Iniciada no dia 14 de janeiro, a rebelião em Alcaçuz foi motivada por uma briga nos pavilhões 4 e 5 do presídio envolvendo as facções após a invasão de um pavilhão por presos inimigos, o que deu início ao motim. A prisão permaneceu sob o controle das facções, com presos amotinados exibindo facões e bandeiras de seus grupos em cima do telhado dos pavilhões. No sábado (21), o governo iniciou a instalação dos contêineres dentro da prisão para separar presos das duas fações criminosas que circulavam livremente pelo presídio. O governo diz que, desde segunda (23), vem trabalhando para a recuperação do presídio, com pintura das pichações em muros, retirada de bandeiras e reconstrução de parte dos muros destruídos, feita pelos próprios presos. GREVE A Justiça frustrou o plano de greve dos agentes penitenciários do Estado, que haviam aprovado, na última semana, paralisação a partir desta quarta, em meio ao caos no maior presídio do Estado. Os agentes reivindicam a contratação de agentes temporários para suprir a demanda emergencial e a realização de um concurso público. O juiz Múcio Nobre, do Tribunal de Justiça do RN, determinou que o sindicato se abstenha de deflagrar a greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento –o que não chegou a acontecer. O magistrado argumentou que o trabalho dos agentes penitenciários trata-se de serviço público essencial e que o direito de greve não pode ser exercido nesse caso, "sob pena de grave comprometimento da ordem pública". Os ônibus em Natal voltaram a circular com toda a frota só nesta quarta. Desde a última semana, as empresas recolheram os carros mais cedo com medo de ataques. Houve 42 incêndios ou tentativas de incêndio a veículos e prédios públicos desde o começo da rebelião em Alcaçuz Desde o último domingo (22), 1.846 homens do Exército estão atuando no policiamento ostensivo em Natal.
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Após recontagem, governo do RN confirma 56 fugas em AlcaçuzDepois de 11 dias do início da rebelião no presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta (RN), o governo do Rio Grande do Norte confirmou nesta quarta-feira (25) que 56 presos fugiram durante o motim. O número de fugas foi confirmado em recontagem de presos feita na terça-feira (24) após operação de intervenção e retomada do controle do presídio. Dos 56 presos que fugiram, quatro foram recapturados. A operação para recontagem e revista dos presos foi iniciada às 10h desta terça. Homens do Bope, Tropa de Choque e Grupo de Operações Especiais da Secretaria de Justiça e Cidadania entraram na unidade usando bombas de efeito moral. A entrada dos policiais no presídio também tem como objetivo garantir a segurança dos operários para a conclusão da obra de muro de contêineres, erguido para separar os pavilhões das facções PCC e Sindicato do RN. A força-tarefa especial de agentes penitenciários chegou a Natal nesta quarta, mas deve começar a atuar só na quinta (26), de acordo com o governo. Com permanência autorizada pelo governo federal de 30 dias, com possibilidade de renovação, eles terão treinamento específico para atuar em situações de emergência em presídios. Nesta quarta, o governo do Estado informou que está investindo R$ 754 mil nas obras emergenciais dentro do presídio desde o início da rebelião. A instalação dos contêineres, que passou a separar provisoriamente os presos das facções rivais, custou R$ 166 mil. Já o muro que será erguido para separar os pavilhões de forma permanente R$ 238 mil. Com 90 metros de comprimento e 6,4 metros de altura, ele deve ficar pronto em duas semanas, segundo o governo. Outros R$ 360 mil serão investidos para instalação de piso de concreto no entorno do presídio. O objetivo é evitar fugas por meio de túneis escavado no terreno arenoso da região. O presídio foi erguido em cima de uma duna. Iniciada no dia 14 de janeiro, a rebelião em Alcaçuz foi motivada por uma briga nos pavilhões 4 e 5 do presídio envolvendo as facções após a invasão de um pavilhão por presos inimigos, o que deu início ao motim. A prisão permaneceu sob o controle das facções, com presos amotinados exibindo facões e bandeiras de seus grupos em cima do telhado dos pavilhões. No sábado (21), o governo iniciou a instalação dos contêineres dentro da prisão para separar presos das duas fações criminosas que circulavam livremente pelo presídio. O governo diz que, desde segunda (23), vem trabalhando para a recuperação do presídio, com pintura das pichações em muros, retirada de bandeiras e reconstrução de parte dos muros destruídos, feita pelos próprios presos. GREVE A Justiça frustrou o plano de greve dos agentes penitenciários do Estado, que haviam aprovado, na última semana, paralisação a partir desta quarta, em meio ao caos no maior presídio do Estado. Os agentes reivindicam a contratação de agentes temporários para suprir a demanda emergencial e a realização de um concurso público. O juiz Múcio Nobre, do Tribunal de Justiça do RN, determinou que o sindicato se abstenha de deflagrar a greve, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento –o que não chegou a acontecer. O magistrado argumentou que o trabalho dos agentes penitenciários trata-se de serviço público essencial e que o direito de greve não pode ser exercido nesse caso, "sob pena de grave comprometimento da ordem pública". Os ônibus em Natal voltaram a circular com toda a frota só nesta quarta. Desde a última semana, as empresas recolheram os carros mais cedo com medo de ataques. Houve 42 incêndios ou tentativas de incêndio a veículos e prédios públicos desde o começo da rebelião em Alcaçuz Desde o último domingo (22), 1.846 homens do Exército estão atuando no policiamento ostensivo em Natal.
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Na ficção, Muhammad Ali subiu ao ringue e derrotou Superman
Em 1977, o projeto mais ambicioso da gigante americana de quadrinhos DC Comics era colocar Muhammad Ali em um gibi. Não só isso. No gibi, ele subiria ao ringue e enfrentaria o Superman, então o maior vendedor de revistas da editora. O investimento em "Superman Vs. Muhammad Ali" foi pesado. Para escrever e desenhar o gibizão (tinha o dobro do tamanho das revistas normais de heróis), a DC escalou a melhor dupla que tinha, o roteirista Dennis O'Neil e o artista Neal Adams. Os dois são lendas entre autores de HQ e foram fundamentais na trajetória de vários personagens da casa, notadamente Batman e Arqueiro Verde. A coisa tomou um rumo tão grandioso que o projeto atrasou demais. Tanto que só foi chegar às bancas americanas em 1978 (quando saiu também no Brasil, pela editora Ebal). O pior: nesse intervalo Ali perdeu o título mundial para Leon Spinks. A decisão da editora foi desprezar o fato. Afinal, Ali era o campeão carismático, um nome planetário, o Superman do boxe. Veja o vídeo Para colocá-los frente a frente, o roteiro é uma maluquice tremenda. Uma raça de alienígenas, do planeta Scrubb, tem planos para invadir a Terra. Depois de várias reviravoltas, fica decidido que o maior lutador de Scrubb deve enfrentar o melhor representante terrestre. Para decidir quem lutará, Ali e Superman sobem ao ringue para ver quem é o melhor. O combate é realizado em outro planeta, num sistema de sol vermelho, que retira praticamente todos os poderes do Superman. Na luta, Ali mostra que é o bom e dá uma surra no herói, que não cai, mas é derrotado por nocaute técnico depois de tanto apanhar. Em seguida, enquanto Ali enfrenta o alien, Superman, já recuperado, combate as naves do planeta inimigo. No final, os dois saem vitoriosos e Muhammad Ali alcança o status de herói que nem em seus momentos mais delirantes e presunçosos ele poderia imaginar. O lance mais legal do gibi é sua capa. Adams tomou a liberdade de colocar os dois sobre um ringue cercado de celebridades da época na plateia. Entre elas, os Beatles, Andy Warhol, John Wayne, Frank Sinatra, Jackson 5, o presidente americano Jimmy Carter, Pelé e até Christopher Reeve, o ator que então interpretava o Superman no cinema. Ao lado deles, Batman, Flash, Lanterna Verde, Mulher Maravilha e outros superpoderosos. No lançamento original, "Superman V. Muhammad Ali" custava US$ 2,50 (quase R$ 9). Item valioso em sites de revenda de gibis antigos, um exemplar chegou a ser vendido em 2011 por US$ 1.100 (cerca de R$ 3.800).
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Na ficção, Muhammad Ali subiu ao ringue e derrotou SupermanEm 1977, o projeto mais ambicioso da gigante americana de quadrinhos DC Comics era colocar Muhammad Ali em um gibi. Não só isso. No gibi, ele subiria ao ringue e enfrentaria o Superman, então o maior vendedor de revistas da editora. O investimento em "Superman Vs. Muhammad Ali" foi pesado. Para escrever e desenhar o gibizão (tinha o dobro do tamanho das revistas normais de heróis), a DC escalou a melhor dupla que tinha, o roteirista Dennis O'Neil e o artista Neal Adams. Os dois são lendas entre autores de HQ e foram fundamentais na trajetória de vários personagens da casa, notadamente Batman e Arqueiro Verde. A coisa tomou um rumo tão grandioso que o projeto atrasou demais. Tanto que só foi chegar às bancas americanas em 1978 (quando saiu também no Brasil, pela editora Ebal). O pior: nesse intervalo Ali perdeu o título mundial para Leon Spinks. A decisão da editora foi desprezar o fato. Afinal, Ali era o campeão carismático, um nome planetário, o Superman do boxe. Veja o vídeo Para colocá-los frente a frente, o roteiro é uma maluquice tremenda. Uma raça de alienígenas, do planeta Scrubb, tem planos para invadir a Terra. Depois de várias reviravoltas, fica decidido que o maior lutador de Scrubb deve enfrentar o melhor representante terrestre. Para decidir quem lutará, Ali e Superman sobem ao ringue para ver quem é o melhor. O combate é realizado em outro planeta, num sistema de sol vermelho, que retira praticamente todos os poderes do Superman. Na luta, Ali mostra que é o bom e dá uma surra no herói, que não cai, mas é derrotado por nocaute técnico depois de tanto apanhar. Em seguida, enquanto Ali enfrenta o alien, Superman, já recuperado, combate as naves do planeta inimigo. No final, os dois saem vitoriosos e Muhammad Ali alcança o status de herói que nem em seus momentos mais delirantes e presunçosos ele poderia imaginar. O lance mais legal do gibi é sua capa. Adams tomou a liberdade de colocar os dois sobre um ringue cercado de celebridades da época na plateia. Entre elas, os Beatles, Andy Warhol, John Wayne, Frank Sinatra, Jackson 5, o presidente americano Jimmy Carter, Pelé e até Christopher Reeve, o ator que então interpretava o Superman no cinema. Ao lado deles, Batman, Flash, Lanterna Verde, Mulher Maravilha e outros superpoderosos. No lançamento original, "Superman V. Muhammad Ali" custava US$ 2,50 (quase R$ 9). Item valioso em sites de revenda de gibis antigos, um exemplar chegou a ser vendido em 2011 por US$ 1.100 (cerca de R$ 3.800).
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Leitores comentam derrota de reforma política proposta por Eduardo Cunha
É preciso encontrar um meio de o custo da campanha eleitoral (Câmara rejeita bandeiras de Cunha para reforma política) ser explicado sem gerar um escândalo e os eleitos não precisarem praticar escambo de votos e cargos. Os partidos deveriam assumir posições claras sobre os assuntos de interesse nacional e divulgá-las, justificando-as. Isso nos ajudaria a ter agremiações e políticos mais respeitados e em condições de efetivamente representar a sociedade, longe de serem vistos como defensores apenas de seus próprios interesses. DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Associação de Assistência Social da PM-SP (São Paulo, SP) * A sociedade brasileira perdeu mais um "round" da luta pelo aperfeiçoamento das regras político-eleitorais. O sistema proporcional está claramente esgotado; as manifestações de 2013, somadas às de março e abril deste ano, deixaram claro o "gap" existente entre a vontade do eleitor e a de seus (supostos) representantes no Parlamento. O modelo distrital misto mereceria uma chance de ser experimentado. Uma pena a Câmara ter deixado escoar essa oportunidade de ouro para lapidar o sistema eleitoral. SILVIO NATAL (São Paulo, SP) * Está na hora de colocar em pauta a diminuição do número de deputados federais. Atualmente são 513 deputados, poderiam ser em torno de 360, com representatividade proporcional à população dos Estados. Isso reduziria o número de partidos, a confusão e os gastos no Congresso. O efeito cascata nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores seria uma consequência positiva. JORGE ANTONIO DEGRAZIA SARTURI (Macaé, RJ) * É da maior importância que nossos congressistas deixem clara a independência entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Não podemos admitir que os juízes do STF sejam indicados pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo. Também que sejam definidas atribuições e limites aos Poderes Executivo e Legislativo. Caso os eleitos para o Legislativo queiram se candidatar ao Executivo, obrigatoriamente deverão renunciar ao mandato, não apenas se licenciarem. PÉRICLES CAPELLO CRUZ (Atibaia, SP) * Basta de sermos levados a reboque de Congressos fajutos, que só servem para adiar nossas vontades. Foi assim nas Diretas-Já e foi assim na reeleição. Sou contra a reeleição e sou libertário. FILIPE DIWAN, advogado (Santos, SP) Felizmente a Câmara dos Deputados rejeitou a ideia absurda do presidente da Casa, Eduardo Cunha, de instituir o chamado "distritão". Não tenho dúvida de que o distrital-misto seria uma alternativa mais do que recomendável para aperfeiçoar o nosso modelo de representação. Porém, o fato de Cunha sofrer uma derrota no plenário já mostra que ditadura no Brasil, nunca mais! WILLIAN MARTINS, publicitário (Guararema, SP). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam derrota de reforma política proposta por Eduardo CunhaÉ preciso encontrar um meio de o custo da campanha eleitoral (Câmara rejeita bandeiras de Cunha para reforma política) ser explicado sem gerar um escândalo e os eleitos não precisarem praticar escambo de votos e cargos. Os partidos deveriam assumir posições claras sobre os assuntos de interesse nacional e divulgá-las, justificando-as. Isso nos ajudaria a ter agremiações e políticos mais respeitados e em condições de efetivamente representar a sociedade, longe de serem vistos como defensores apenas de seus próprios interesses. DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Associação de Assistência Social da PM-SP (São Paulo, SP) * A sociedade brasileira perdeu mais um "round" da luta pelo aperfeiçoamento das regras político-eleitorais. O sistema proporcional está claramente esgotado; as manifestações de 2013, somadas às de março e abril deste ano, deixaram claro o "gap" existente entre a vontade do eleitor e a de seus (supostos) representantes no Parlamento. O modelo distrital misto mereceria uma chance de ser experimentado. Uma pena a Câmara ter deixado escoar essa oportunidade de ouro para lapidar o sistema eleitoral. SILVIO NATAL (São Paulo, SP) * Está na hora de colocar em pauta a diminuição do número de deputados federais. Atualmente são 513 deputados, poderiam ser em torno de 360, com representatividade proporcional à população dos Estados. Isso reduziria o número de partidos, a confusão e os gastos no Congresso. O efeito cascata nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores seria uma consequência positiva. JORGE ANTONIO DEGRAZIA SARTURI (Macaé, RJ) * É da maior importância que nossos congressistas deixem clara a independência entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Não podemos admitir que os juízes do STF sejam indicados pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo. Também que sejam definidas atribuições e limites aos Poderes Executivo e Legislativo. Caso os eleitos para o Legislativo queiram se candidatar ao Executivo, obrigatoriamente deverão renunciar ao mandato, não apenas se licenciarem. PÉRICLES CAPELLO CRUZ (Atibaia, SP) * Basta de sermos levados a reboque de Congressos fajutos, que só servem para adiar nossas vontades. Foi assim nas Diretas-Já e foi assim na reeleição. Sou contra a reeleição e sou libertário. FILIPE DIWAN, advogado (Santos, SP) Felizmente a Câmara dos Deputados rejeitou a ideia absurda do presidente da Casa, Eduardo Cunha, de instituir o chamado "distritão". Não tenho dúvida de que o distrital-misto seria uma alternativa mais do que recomendável para aperfeiçoar o nosso modelo de representação. Porém, o fato de Cunha sofrer uma derrota no plenário já mostra que ditadura no Brasil, nunca mais! WILLIAN MARTINS, publicitário (Guararema, SP). * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Dori Caymmi exibe vigor em boa safra de músicas inéditas
Aos 73 anos, a produção recente do cantor e compositor Dori Caymmi é admirável, um caso raro de pertinência artística e vigor juvenil. "Voz de Mágoa (Música do Brasil)" é seu quinto álbum de material inédito nos últimos oito anos. Além de mostrar a boa forma de Dori, o disco é uma celebração dos 45 anos de gravações da parceria dele com Paulo César Pinheiro. Em 1972 foram feitos os primeiros registros de "Evangelho" e "Tati, a Garota". A parceria é responsável por 13 das 16 faixas do novo álbum. A voz grave soa como uma marca registrada do encontro dos versos bonitos e falsamente simples com o violão econômico e preciso. A opção por gravar tudo em voz e violão só reforça a capacidade de arranjador e cantor do artista. Dori vai fácil de momentos mais solares a versos de melancolia. Na faixa que abre e dá título ao álbum, essa performance vocal parece resumida nos versos "Mas o meu contentamento/ Sai de mim com voz de mágoa". "Preta Velha", uma faixa de vocalização complexa, poderia ser um sucesso popular de rádio se as emissoras ainda tivessem a mínima preocupação com a relevância do que transmitem. Até uma canção praieira como "Manhã de Pescaria" revela uma tessitura sofisticada por baixo de uma camada de apelo popular. Quem conhece de perto a obra de Dori e Pinheiro poderá descobrir rapidamente o parentesco da faixa "Padroeiro" com uma canção anterior da dupla, "Saudade do Rio". Ambas falam das agruras que a cidade impõe atualmente aos moradores. Em "Canção Sem Fim", Dori canta que "enquanto nascer gente vai haver canção de amor." Melhor ainda se forem boas como essas. VOZ DE MÁGOA (MÚSICA DO BRASIL) ARTISTA Dori Caymmi LANÇAMENTO Acari Records QUANTO R$ 25 (CD)
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Dori Caymmi exibe vigor em boa safra de músicas inéditasAos 73 anos, a produção recente do cantor e compositor Dori Caymmi é admirável, um caso raro de pertinência artística e vigor juvenil. "Voz de Mágoa (Música do Brasil)" é seu quinto álbum de material inédito nos últimos oito anos. Além de mostrar a boa forma de Dori, o disco é uma celebração dos 45 anos de gravações da parceria dele com Paulo César Pinheiro. Em 1972 foram feitos os primeiros registros de "Evangelho" e "Tati, a Garota". A parceria é responsável por 13 das 16 faixas do novo álbum. A voz grave soa como uma marca registrada do encontro dos versos bonitos e falsamente simples com o violão econômico e preciso. A opção por gravar tudo em voz e violão só reforça a capacidade de arranjador e cantor do artista. Dori vai fácil de momentos mais solares a versos de melancolia. Na faixa que abre e dá título ao álbum, essa performance vocal parece resumida nos versos "Mas o meu contentamento/ Sai de mim com voz de mágoa". "Preta Velha", uma faixa de vocalização complexa, poderia ser um sucesso popular de rádio se as emissoras ainda tivessem a mínima preocupação com a relevância do que transmitem. Até uma canção praieira como "Manhã de Pescaria" revela uma tessitura sofisticada por baixo de uma camada de apelo popular. Quem conhece de perto a obra de Dori e Pinheiro poderá descobrir rapidamente o parentesco da faixa "Padroeiro" com uma canção anterior da dupla, "Saudade do Rio". Ambas falam das agruras que a cidade impõe atualmente aos moradores. Em "Canção Sem Fim", Dori canta que "enquanto nascer gente vai haver canção de amor." Melhor ainda se forem boas como essas. VOZ DE MÁGOA (MÚSICA DO BRASIL) ARTISTA Dori Caymmi LANÇAMENTO Acari Records QUANTO R$ 25 (CD)
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90% das hidrelétricas aceitam acordo que compensa perdas, diz ministro
A maior parte das hidrelétricas do Brasil aceitou um acordo proposto pelo governo federal para compensar parcialmente perdas de faturamento com a seca em 2015, afirmou nesta segunda-feira (18) o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que estimou a adesão em cerca de 90% das usinas envolvidas nas discussão. "Pelo que temos registrado, chega muito perto disso, em volume de megawatts", disse Braga a jornalistas, ao chegar ao ministério. Terminou na sexta-feira passada o prazo para as empresas decidirem se aceitavam não a compensação. Como contrapartida ao acordo, as empresas se comprometem a retirar ações judiciais que davam a elas proteção contra prejuízos causados pela seca. Braga acredita que a adesão ao acordo "com certeza" vai destravar as liquidações financeiras do mercado de curto prazo de energia, que estavam paralisadas desde novembro devido ao excesso de ações judiciais. CCEE Nesta segunda-feira a CCEE (Câmara de Compensação de Energia Elétrica) informou que destravou parte das operações, com o processamento de uma liquidação referente a setembro, mas as operações de outubro e novembro ainda não têm data para serem liquidadas. Originalmente, elas deveriam ter sido processadas em dezembro e janeiro, respectivamente. "Os resultados (das liquidações) vão aparecer já nos balanços que serão publicados pelas diversas empresas agora no início de 2016 e terão grande impacto na capacidade de investimento (das geradoras)", disse Braga. Segundo o ministro, quem não aderiu ao acordo foram empresas que atuam exclusivamente no mercado livre de eletricidade, em que as geradoras negociam contratos diretamente com consumidores ou comercializadores. "Os grandes participantes no mercado livre, que também estão no regulado, esses fizeram a opção. O resultado foi muito bom. Seria excepcional, obviamente, se todos do mercado livre também tivessem optado", disse Braga. Apesar da falta de adesão pelas usinas do ambiente livre, o acordo costurado pelo governo definiu que empresas que aceitassem os termos oferecidos para os contratos regulados não poderiam mais pedir na Justiça um tratamento diferenciado para a energia vendida em negociações no mercado livre.
mercado
90% das hidrelétricas aceitam acordo que compensa perdas, diz ministroA maior parte das hidrelétricas do Brasil aceitou um acordo proposto pelo governo federal para compensar parcialmente perdas de faturamento com a seca em 2015, afirmou nesta segunda-feira (18) o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que estimou a adesão em cerca de 90% das usinas envolvidas nas discussão. "Pelo que temos registrado, chega muito perto disso, em volume de megawatts", disse Braga a jornalistas, ao chegar ao ministério. Terminou na sexta-feira passada o prazo para as empresas decidirem se aceitavam não a compensação. Como contrapartida ao acordo, as empresas se comprometem a retirar ações judiciais que davam a elas proteção contra prejuízos causados pela seca. Braga acredita que a adesão ao acordo "com certeza" vai destravar as liquidações financeiras do mercado de curto prazo de energia, que estavam paralisadas desde novembro devido ao excesso de ações judiciais. CCEE Nesta segunda-feira a CCEE (Câmara de Compensação de Energia Elétrica) informou que destravou parte das operações, com o processamento de uma liquidação referente a setembro, mas as operações de outubro e novembro ainda não têm data para serem liquidadas. Originalmente, elas deveriam ter sido processadas em dezembro e janeiro, respectivamente. "Os resultados (das liquidações) vão aparecer já nos balanços que serão publicados pelas diversas empresas agora no início de 2016 e terão grande impacto na capacidade de investimento (das geradoras)", disse Braga. Segundo o ministro, quem não aderiu ao acordo foram empresas que atuam exclusivamente no mercado livre de eletricidade, em que as geradoras negociam contratos diretamente com consumidores ou comercializadores. "Os grandes participantes no mercado livre, que também estão no regulado, esses fizeram a opção. O resultado foi muito bom. Seria excepcional, obviamente, se todos do mercado livre também tivessem optado", disse Braga. Apesar da falta de adesão pelas usinas do ambiente livre, o acordo costurado pelo governo definiu que empresas que aceitassem os termos oferecidos para os contratos regulados não poderiam mais pedir na Justiça um tratamento diferenciado para a energia vendida em negociações no mercado livre.
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BC do Japão corta projeção de inflação e amplia esquema de empréstimos
O banco central do Japão reduziu a previsão de inflação para o próximo ano fiscal nesta quarta-feira (21) e ampliou um esquema de empréstimo, em uma ação contra as críticas de que não está agindo conforme a queda dos preços do petróleo mantém a inflação abaixo de sua meta. Como esperado, o banco central não expandiu seu forte programa de estímulo e manteve a promessa de elevar a base monetária em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes (US$ 678 bilhões) através da compra de títulos do governo e ativos de risco. REVISÕES Em uma revisão de suas estimativas, o banco central reduziu a projeção da inflação ao consumidor para o ano que começa em abril a 1,0%, contra 1,7% há três meses. Mas elevou ligeiramente a perspectiva de inflação para o ano fiscal de 2016 a 2,2%, sobre 2,1%, um sinal de que as autoridades mantêm a visão de que o Japão irá atingir a meta de 2%. "A inflação ao consumidor vai desacelerar por enquanto devido à queda dos preços do petróleo", disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda, após a decisão. "Assumindo que os preços do petróleo vão se estabilizar nos atuais níveis e subir moderadamente à frente, o efeito do declínio dos preços vai diminuir. Se for assim, esperamos que a inflação ao consumidor alcance 2% em um período centrado no ano fiscal de 2015." O BC japonês também prorrogou por um ano dois esquemas de empréstimo com o objetivo de encorajar os bancos a emprestar mais, ampliando um deles em 3 trilhões de ienes. PACOTE O governo do Japão aprovou em dezembro um pacote de estímulo nos gastos no valor de US$ 29 bilhões, destinados a ajudar as regiões menos desenvolvidas e as famílias do país com subsídios, mercadorias e outras atividades, mas analistas estão céticos sobre o quanto isso pode estimular o crescimento. O pacote de 3,5 trilhões de ienes (US$ 29,12 bilhões) foi revelado duas semanas após uma vitória eleitoral maciça da coalizão governista do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que lhe rendeu um novo mandato. O governo disse que espera que o plano de estímulo impulsione o PIB do Japão em 0,7%. Considerando as finanças públicas ruins do Japão, o governo vai evitar a emissão de dívida e financiará o pacote com o dinheiro não gasto de orçamentos anteriores e as receitas fiscais que excederam as previsões orçamentais devido à recuperação econômica.
mercado
BC do Japão corta projeção de inflação e amplia esquema de empréstimosO banco central do Japão reduziu a previsão de inflação para o próximo ano fiscal nesta quarta-feira (21) e ampliou um esquema de empréstimo, em uma ação contra as críticas de que não está agindo conforme a queda dos preços do petróleo mantém a inflação abaixo de sua meta. Como esperado, o banco central não expandiu seu forte programa de estímulo e manteve a promessa de elevar a base monetária em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes (US$ 678 bilhões) através da compra de títulos do governo e ativos de risco. REVISÕES Em uma revisão de suas estimativas, o banco central reduziu a projeção da inflação ao consumidor para o ano que começa em abril a 1,0%, contra 1,7% há três meses. Mas elevou ligeiramente a perspectiva de inflação para o ano fiscal de 2016 a 2,2%, sobre 2,1%, um sinal de que as autoridades mantêm a visão de que o Japão irá atingir a meta de 2%. "A inflação ao consumidor vai desacelerar por enquanto devido à queda dos preços do petróleo", disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda, após a decisão. "Assumindo que os preços do petróleo vão se estabilizar nos atuais níveis e subir moderadamente à frente, o efeito do declínio dos preços vai diminuir. Se for assim, esperamos que a inflação ao consumidor alcance 2% em um período centrado no ano fiscal de 2015." O BC japonês também prorrogou por um ano dois esquemas de empréstimo com o objetivo de encorajar os bancos a emprestar mais, ampliando um deles em 3 trilhões de ienes. PACOTE O governo do Japão aprovou em dezembro um pacote de estímulo nos gastos no valor de US$ 29 bilhões, destinados a ajudar as regiões menos desenvolvidas e as famílias do país com subsídios, mercadorias e outras atividades, mas analistas estão céticos sobre o quanto isso pode estimular o crescimento. O pacote de 3,5 trilhões de ienes (US$ 29,12 bilhões) foi revelado duas semanas após uma vitória eleitoral maciça da coalizão governista do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que lhe rendeu um novo mandato. O governo disse que espera que o plano de estímulo impulsione o PIB do Japão em 0,7%. Considerando as finanças públicas ruins do Japão, o governo vai evitar a emissão de dívida e financiará o pacote com o dinheiro não gasto de orçamentos anteriores e as receitas fiscais que excederam as previsões orçamentais devido à recuperação econômica.
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Professores reclamam de falta de tecnologia nas escolas do país
Acesso à internet e ferramentas digitais parecem intrínsecos à rotina moderna. Mas em salas de aula no Brasil, essa não é uma realidade. Pesquisa da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em 34 países revelou índice elevado de insatisfação de professores e de docentes com o uso de ferramentas tecnológicas na aprendizagem. As perguntas da Talis (sigla em inglês para Pesquisa Internacional Sobre Ensino e Aprendizagem) foram feitas entre 2012 e 2013 e se aplicam à rotina de escolas públicas e privadas dos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano). De acordo com o Inep (órgão responsável por aplicar o teste no Brasil e subordinado ao Ministério da Educação), as respostas da amostra de 14,2 mil professores e de cerca de mil diretores refletem a realidade nacional. Os dados mostram que quase metade dos professores (48,8%) dessa etapa do ensino afirmam ter "acesso à internet insuficiente". Esses docentes atuam em escolas onde, segundo os diretores, o fator prejudica "até certo ponto" ou "muito" a oferta de ensino de qualidade. Outros 45% apontam "escassez ou inadequação" de computadores. Entre os Estados brasileiros, há variações. No caso do Maranhão, a ausência de equipamentos ultrapassa 75% dos casos. O índice capta exclusivamente a realidade de escolas municipais e estaduais. Presidente da Undime (entidade que representa os secretários municipais de Educação), Cleuza Repulho afirma que houve melhorias nos últimos anos, mas o acesso à internet de qualidade ainda é precário em muitas escolas. O programa do governo federal para levar conexão às escolas públicas, chamado "Banda Larga nas Escolas", foi lançado em 2008, mas não há prazo para sua conclusão. Dados do Ministério das Comunicações mostram que o projeto conseguiu conectar 92,24% do colégios. Os entraves agora, segundo a pasta, estão concentrados em problemas de infraestrutura das escolas (que impede a instalação da rede) ou no descumprimento de prestadoras de telefonia, que mesmo notificadas sobre as escolas desconectadas não completaram as instalações. Repulho aponta ainda certa dificuldade dos professores em adotar esse recurso como rotina em sala de aula. "Ainda tem muito de 'vamos para o laboratório de informática'. Poucas são as redes onde a internet faz parte do cotidiano. Não é fácil fazer a transposição." Diretora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Lívia Borges pondera que o ambiente escolar "leva tempo maior para assimilar as tecnologias que chegam à sociedade". Para ela, as limitações do uso das tecnologias se devem principalmente à carência de apoio técnico nas escolas e de tempo limitado dos docentes para se aprimorarem.
cotidiano
Professores reclamam de falta de tecnologia nas escolas do paísAcesso à internet e ferramentas digitais parecem intrínsecos à rotina moderna. Mas em salas de aula no Brasil, essa não é uma realidade. Pesquisa da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) em 34 países revelou índice elevado de insatisfação de professores e de docentes com o uso de ferramentas tecnológicas na aprendizagem. As perguntas da Talis (sigla em inglês para Pesquisa Internacional Sobre Ensino e Aprendizagem) foram feitas entre 2012 e 2013 e se aplicam à rotina de escolas públicas e privadas dos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano). De acordo com o Inep (órgão responsável por aplicar o teste no Brasil e subordinado ao Ministério da Educação), as respostas da amostra de 14,2 mil professores e de cerca de mil diretores refletem a realidade nacional. Os dados mostram que quase metade dos professores (48,8%) dessa etapa do ensino afirmam ter "acesso à internet insuficiente". Esses docentes atuam em escolas onde, segundo os diretores, o fator prejudica "até certo ponto" ou "muito" a oferta de ensino de qualidade. Outros 45% apontam "escassez ou inadequação" de computadores. Entre os Estados brasileiros, há variações. No caso do Maranhão, a ausência de equipamentos ultrapassa 75% dos casos. O índice capta exclusivamente a realidade de escolas municipais e estaduais. Presidente da Undime (entidade que representa os secretários municipais de Educação), Cleuza Repulho afirma que houve melhorias nos últimos anos, mas o acesso à internet de qualidade ainda é precário em muitas escolas. O programa do governo federal para levar conexão às escolas públicas, chamado "Banda Larga nas Escolas", foi lançado em 2008, mas não há prazo para sua conclusão. Dados do Ministério das Comunicações mostram que o projeto conseguiu conectar 92,24% do colégios. Os entraves agora, segundo a pasta, estão concentrados em problemas de infraestrutura das escolas (que impede a instalação da rede) ou no descumprimento de prestadoras de telefonia, que mesmo notificadas sobre as escolas desconectadas não completaram as instalações. Repulho aponta ainda certa dificuldade dos professores em adotar esse recurso como rotina em sala de aula. "Ainda tem muito de 'vamos para o laboratório de informática'. Poucas são as redes onde a internet faz parte do cotidiano. Não é fácil fazer a transposição." Diretora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Lívia Borges pondera que o ambiente escolar "leva tempo maior para assimilar as tecnologias que chegam à sociedade". Para ela, as limitações do uso das tecnologias se devem principalmente à carência de apoio técnico nas escolas e de tempo limitado dos docentes para se aprimorarem.
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João Doria diz que vídeo usado em ação contra ele é ilícito
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, afirmou em defesa apresentada na tarde desta quarta (27) que o vídeo que mostra o tucano em um jantar bancado por uma empresa é uma "prova ilícita". A ação foi iniciada pelo MPE (Ministério Público Eleitoral). A defesa do tucano nega que tenha havido propaganda antecipada, o que é proibido pela lei, e diz que o jantar não teve natureza eleitoral. O texto, assinado pelo advogado do PSDB, Anderson Pomini, classifica o vídeo como "uma mídia apócrifa e clandestina", já que a gravação foi feita em "ambiente fechado e privado", sem autorização da Justiça. Por isso, deveria ser descartada dos autos. O vídeo mostrando o tucano no jantar bancado por uma empresa entrou na mira do MPE há duas semanas. No evento, em junho, ele fala abertamente como pré-candidato a prefeito. No entendimento da promotoria, o ato configura doação de campanha por pessoa jurídica, o que o Supremo vetou em setembro de 2015. Pomini afirmou à Folha que, mesmo que a prova fosse lícita, Doria estava sendo homenageado como empresário, e não como candidato a prefeito. O evento, de acordo com o advogado, aconteceu em "em razão do afastamento temporário de Doria da direção dos trabalhos do Grupo Lide". O discurso em que o então pré-candidato disse que pretendia ser prefeito foi, segundo a defesa, um "agradecimento aos presentes, informando a razão de seu afastamento", e "mais parecia uma conversa informal entre amigos e colegas". Se acolhida pela Justiça, a ação pode levar à cassação da candidatura ou do mandato, caso João Doria seja eleito.
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João Doria diz que vídeo usado em ação contra ele é ilícitoO candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, afirmou em defesa apresentada na tarde desta quarta (27) que o vídeo que mostra o tucano em um jantar bancado por uma empresa é uma "prova ilícita". A ação foi iniciada pelo MPE (Ministério Público Eleitoral). A defesa do tucano nega que tenha havido propaganda antecipada, o que é proibido pela lei, e diz que o jantar não teve natureza eleitoral. O texto, assinado pelo advogado do PSDB, Anderson Pomini, classifica o vídeo como "uma mídia apócrifa e clandestina", já que a gravação foi feita em "ambiente fechado e privado", sem autorização da Justiça. Por isso, deveria ser descartada dos autos. O vídeo mostrando o tucano no jantar bancado por uma empresa entrou na mira do MPE há duas semanas. No evento, em junho, ele fala abertamente como pré-candidato a prefeito. No entendimento da promotoria, o ato configura doação de campanha por pessoa jurídica, o que o Supremo vetou em setembro de 2015. Pomini afirmou à Folha que, mesmo que a prova fosse lícita, Doria estava sendo homenageado como empresário, e não como candidato a prefeito. O evento, de acordo com o advogado, aconteceu em "em razão do afastamento temporário de Doria da direção dos trabalhos do Grupo Lide". O discurso em que o então pré-candidato disse que pretendia ser prefeito foi, segundo a defesa, um "agradecimento aos presentes, informando a razão de seu afastamento", e "mais parecia uma conversa informal entre amigos e colegas". Se acolhida pela Justiça, a ação pode levar à cassação da candidatura ou do mandato, caso João Doria seja eleito.
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No Dia das Mães, prepare um cremoso arroz de pato; confira o passo a passo
Não se sinta culpado, deixar para decidir o cardápio do Dia das Mães para a última hora é normal. Escolher uma boa receita, com grande chance de acerto pode ser uma tarefa difícil. O "Comida" sugere o arroz de pato, cremoso, com lascas da carne, ervilhas e cebola frita para finalizar. A receita do chef Carlos Martignago, do Tempranillo Vinho & Cozinha, leva arroz bomba. "É um prato saborosíssimo, um dos mais pedidos no restaurante. Um dos segredos é a atenção ao caldo do cozimento do pato que é reduzido e entra para finalizar o prato. Tem que ser bem feito e rico em sabor." Confira a receita. No restaurante, o prato custa R$ 45. TEMPRANILLO VINHO & COZINHA Onde R. Jacques Felix, 381, Vila Nova Conceição; tel. (11) 3926-5121
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No Dia das Mães, prepare um cremoso arroz de pato; confira o passo a passoNão se sinta culpado, deixar para decidir o cardápio do Dia das Mães para a última hora é normal. Escolher uma boa receita, com grande chance de acerto pode ser uma tarefa difícil. O "Comida" sugere o arroz de pato, cremoso, com lascas da carne, ervilhas e cebola frita para finalizar. A receita do chef Carlos Martignago, do Tempranillo Vinho & Cozinha, leva arroz bomba. "É um prato saborosíssimo, um dos mais pedidos no restaurante. Um dos segredos é a atenção ao caldo do cozimento do pato que é reduzido e entra para finalizar o prato. Tem que ser bem feito e rico em sabor." Confira a receita. No restaurante, o prato custa R$ 45. TEMPRANILLO VINHO & COZINHA Onde R. Jacques Felix, 381, Vila Nova Conceição; tel. (11) 3926-5121
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Pixar planeja com diretor de 'Toy Story' filme em homenagem ao México
Em tempos de crescente tensão xenófoba nos Estados Unidos, a Pixar planeja um filme que será "uma carta de amor ao México", anunciou o estúdio. Com a celebração do Dia dos Mortos como tema, "Coco" chegará aos cinemas em novembro de 2017, cerca de um ano após a vitória eleitoral de Donald Trump, que durante sua campanha chamou os mexicanos de estupradores e criminosos e ameaçou construir um muro gigante na fronteira Sul do país. "Estamos criando o filme para o mundo e será, esperamos, uma influência positiva", disse o diretor de "Coco", Lee Unkrich, que trabalhou com o estúdio na edição de "Toy Story", em 1995, e, em seguida, co-dirigiu as duas sequências da animação. "Mas para o México, em particular, estamos tentando criar de alguma forma uma carta de amor e espero que as pessoas o recebam como tal", acrescentou. Pixar mostrou à imprensa os primeiros trabalhos de arte para este filme em seus estúdios em São Francisco. Estrelado por Anthony Gonzalez, Gael García Bernal e Benjamin Bratt, "Coco" conta a história de um jovem músico que viaja para a Terra da Morte em busca de seus antepassados. Esse será o 19º longa-metragem da Pixar, que soma 11 bilhões de dólares em bilheterias e 13 Oscars desde o lançamento de "Toy Story", o primeiro filme computadorizado. CRIATIVIDADE A empresa começou em 1979 como Graphics Group, a divisão informática da Lucasfilm, encarregada por George Lucas de desenvolver o sistema de edição de som e cinema digital, bem como melhorar a computação gráfica. John Lasseter, o lendário fundador da divisão de produção, chegou em 1983, três anos antes de o fundador da Apple, Steve Jobs, comprar a empresa e rebatizá-la com seu nome atual: Pixar. Depois de arrancar aplausos com uma pioneira série de curtas, o estúdio voltou sua atenção para o cinema e foi ali que se uniu à Disney para produzir "Toy Story", que se tornou o filme de maior bilheteria de 1995, arrecadando 374 milhões de dólares em bilheterias ao redor do mundo. "É claro que naquela época ficamos muito animados com o sucesso [do filme]. Nesse momento tive a certeza que queria continuar sendo parte da Pixar e, felizmente, eles queriam que eu continuasse a ajudá-los", explicou Unkrich à AFP. SEQUÊNCIAS A Pixar já havia conquistado o Oscar de melhor filme de animação com "Procurando Nemo" e "Os Incríveis" quando a Disney a comprou por 7,4 bilhões de dólares em 2006. Outras estatuetas vieram com "Ratatouille", "WALL-E" e "Up! Altas Aventuas", tornando a Pixar o novo rei da animação. Mas nem tudo tem sido um sucesso: "Carros 2" foi visto como um erro criativo e esmagado pelos críticos, enquanto "O Bom Dinossauro" terminou com uma bilheteria menor do que o orçamento investido. Unkrich lembra como "Toy Story 2" entrou em crise quando a equipe de produção se deu conta, já em cima da hora, que a história não estava funcionando. A equipe voltou para os trilhos depois que Jobs, morto em 2011, disse a Unkrich que os projetos dos quais tinha mais orgulho foram aqueles que "não teve tempo ou recursos suficientes, mas que de alguma forma as pessoas se uniram e conseguiram fazer o trabalho". "Coco" faz parte da nova onda de produtos originais que a Pixar está desenvolvendo após o recente anúncio do estúdio de não fazer mais sequências após o lançamento de "Toy Story 4". "Nunca há garantia de que o trabalho será aceito. Tentamos dar o nosso melhor em cada filme que nos interessa e só esperamos que o resto do mundo também goste", concluiu.
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Pixar planeja com diretor de 'Toy Story' filme em homenagem ao MéxicoEm tempos de crescente tensão xenófoba nos Estados Unidos, a Pixar planeja um filme que será "uma carta de amor ao México", anunciou o estúdio. Com a celebração do Dia dos Mortos como tema, "Coco" chegará aos cinemas em novembro de 2017, cerca de um ano após a vitória eleitoral de Donald Trump, que durante sua campanha chamou os mexicanos de estupradores e criminosos e ameaçou construir um muro gigante na fronteira Sul do país. "Estamos criando o filme para o mundo e será, esperamos, uma influência positiva", disse o diretor de "Coco", Lee Unkrich, que trabalhou com o estúdio na edição de "Toy Story", em 1995, e, em seguida, co-dirigiu as duas sequências da animação. "Mas para o México, em particular, estamos tentando criar de alguma forma uma carta de amor e espero que as pessoas o recebam como tal", acrescentou. Pixar mostrou à imprensa os primeiros trabalhos de arte para este filme em seus estúdios em São Francisco. Estrelado por Anthony Gonzalez, Gael García Bernal e Benjamin Bratt, "Coco" conta a história de um jovem músico que viaja para a Terra da Morte em busca de seus antepassados. Esse será o 19º longa-metragem da Pixar, que soma 11 bilhões de dólares em bilheterias e 13 Oscars desde o lançamento de "Toy Story", o primeiro filme computadorizado. CRIATIVIDADE A empresa começou em 1979 como Graphics Group, a divisão informática da Lucasfilm, encarregada por George Lucas de desenvolver o sistema de edição de som e cinema digital, bem como melhorar a computação gráfica. John Lasseter, o lendário fundador da divisão de produção, chegou em 1983, três anos antes de o fundador da Apple, Steve Jobs, comprar a empresa e rebatizá-la com seu nome atual: Pixar. Depois de arrancar aplausos com uma pioneira série de curtas, o estúdio voltou sua atenção para o cinema e foi ali que se uniu à Disney para produzir "Toy Story", que se tornou o filme de maior bilheteria de 1995, arrecadando 374 milhões de dólares em bilheterias ao redor do mundo. "É claro que naquela época ficamos muito animados com o sucesso [do filme]. Nesse momento tive a certeza que queria continuar sendo parte da Pixar e, felizmente, eles queriam que eu continuasse a ajudá-los", explicou Unkrich à AFP. SEQUÊNCIAS A Pixar já havia conquistado o Oscar de melhor filme de animação com "Procurando Nemo" e "Os Incríveis" quando a Disney a comprou por 7,4 bilhões de dólares em 2006. Outras estatuetas vieram com "Ratatouille", "WALL-E" e "Up! Altas Aventuas", tornando a Pixar o novo rei da animação. Mas nem tudo tem sido um sucesso: "Carros 2" foi visto como um erro criativo e esmagado pelos críticos, enquanto "O Bom Dinossauro" terminou com uma bilheteria menor do que o orçamento investido. Unkrich lembra como "Toy Story 2" entrou em crise quando a equipe de produção se deu conta, já em cima da hora, que a história não estava funcionando. A equipe voltou para os trilhos depois que Jobs, morto em 2011, disse a Unkrich que os projetos dos quais tinha mais orgulho foram aqueles que "não teve tempo ou recursos suficientes, mas que de alguma forma as pessoas se uniram e conseguiram fazer o trabalho". "Coco" faz parte da nova onda de produtos originais que a Pixar está desenvolvendo após o recente anúncio do estúdio de não fazer mais sequências após o lançamento de "Toy Story 4". "Nunca há garantia de que o trabalho será aceito. Tentamos dar o nosso melhor em cada filme que nos interessa e só esperamos que o resto do mundo também goste", concluiu.
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Principal rivalidade paulista deve acabar ofuscada em rodada
A rivalidade entre corintianos e palmeirenses deve ficar de lado pelo menos por parte da equipe alviverde neste domingo (23), quando será realizada a 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Isso porque o Corinthians encara o Flamengo, vice-líder e principal rival do Palmeiras na briga pelo título. Caso o time carioca perca o jogo, o Palmeiras pode abrir sete pontos de vantagem se vencer o Sport. Hoje, o clube paulista tem 64 pontos, contra 60 da equipe rubro-negra. Essa não será a primeira vez que um se vê obrigado a torcer pelo outro. Nas duas ocasiões anteriores, foram os corintianos que fizeram o "sacrifício" de desejar a vitória do rival. Para chegar à final do Campeonato Paulista de 1988, o Corinthians precisava vencer o Santos e contar com ao menos um empate do Palmeiras sobre o São Paulo. O time alvinegro fez sua parte e teve a ajuda do rival, que venceu com gol de Gerson Caçapa aos 42 minutos do segundo tempo. Os corintianos souberam do resultado pelo alto-falante do Pacaembu. A reação foi inédita: alvinegros gritaram o nome do Palmeiras. Vinte e dois anos depois, o roteiro se repetiu, mas com um final diferente. No Campeonato Brasileiro de 2010, Corinthians e Fluminense disputavam o título ponto a ponto. Os cariocas chegaram à penúltima rodada com um ponto a mais na classificação. Sem pretensões no torneio e com as atenções voltadas para a semifinal da Copa Sul-Americana, o Palmeiras enfrentou o Fluminense com um time misto. O clube alviverde saiu na frente, mas perdeu de virada para a festa de sua própria torcida. Na época, Deola, que fez pelo menos cinco defesas difíceis na etapa final, foi um dos mais xingados pelos torcedores da equipe. "Na época fiquei chateado, claro, mas hoje fico até feliz por saber que desempenhei bem meu trabalho", afirmou o goleiro à Folha. Com o resultado, o Fluminense continuou na liderança e faturou o título do torneio na rodada seguinte. Diferentemente de 2010, quando o Palmeiras não tinha pretensões, o Brasileiro agora é o único caminho corintiano para chegar à Libertadores. Hoje, a equipe comandada por Oswaldo de Oliveira está em sétimo lugar, a um ponto do Atlético-PR, o sexto.
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Principal rivalidade paulista deve acabar ofuscada em rodadaA rivalidade entre corintianos e palmeirenses deve ficar de lado pelo menos por parte da equipe alviverde neste domingo (23), quando será realizada a 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Isso porque o Corinthians encara o Flamengo, vice-líder e principal rival do Palmeiras na briga pelo título. Caso o time carioca perca o jogo, o Palmeiras pode abrir sete pontos de vantagem se vencer o Sport. Hoje, o clube paulista tem 64 pontos, contra 60 da equipe rubro-negra. Essa não será a primeira vez que um se vê obrigado a torcer pelo outro. Nas duas ocasiões anteriores, foram os corintianos que fizeram o "sacrifício" de desejar a vitória do rival. Para chegar à final do Campeonato Paulista de 1988, o Corinthians precisava vencer o Santos e contar com ao menos um empate do Palmeiras sobre o São Paulo. O time alvinegro fez sua parte e teve a ajuda do rival, que venceu com gol de Gerson Caçapa aos 42 minutos do segundo tempo. Os corintianos souberam do resultado pelo alto-falante do Pacaembu. A reação foi inédita: alvinegros gritaram o nome do Palmeiras. Vinte e dois anos depois, o roteiro se repetiu, mas com um final diferente. No Campeonato Brasileiro de 2010, Corinthians e Fluminense disputavam o título ponto a ponto. Os cariocas chegaram à penúltima rodada com um ponto a mais na classificação. Sem pretensões no torneio e com as atenções voltadas para a semifinal da Copa Sul-Americana, o Palmeiras enfrentou o Fluminense com um time misto. O clube alviverde saiu na frente, mas perdeu de virada para a festa de sua própria torcida. Na época, Deola, que fez pelo menos cinco defesas difíceis na etapa final, foi um dos mais xingados pelos torcedores da equipe. "Na época fiquei chateado, claro, mas hoje fico até feliz por saber que desempenhei bem meu trabalho", afirmou o goleiro à Folha. Com o resultado, o Fluminense continuou na liderança e faturou o título do torneio na rodada seguinte. Diferentemente de 2010, quando o Palmeiras não tinha pretensões, o Brasileiro agora é o único caminho corintiano para chegar à Libertadores. Hoje, a equipe comandada por Oswaldo de Oliveira está em sétimo lugar, a um ponto do Atlético-PR, o sexto.
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Com discurso contra polarização, grupo Acredito lança manifesto
Com discursos de renovação na política e de combate à desigualdade, o movimento Acredito lançou neste sábado (29) um manifesto de princípios. Suprapartidário e disposto a se colocar à margem da polarização, segundo seus diretores, o grupo reuniu cerca de 80 pessoas em um "coworking" (espaço compartilhado de trabalho) na avenida Paulista. O texto rechaça "a disputa simplista entre Estado grande e mínimo", fala em buscar uma política de drogas oposta à atual "guerra" e defende "visão madura da economia de mercado". O grupo, que é formado por voluntários de vários Estados e quer lançar 30 candidaturas em 2018, realizou atos simultâneos em mais sete capitais, com grupos menores de pessoas. As outras cidades participaram do debate por meio de videoconferência. O evento foi transmitido ao vivo via internet. Segundo o documento, a ideia de incentivar as candidaturas para o Legislativo é para ajudar a formar "um novo Congresso com a cara do Brasil". "Queremos soluções para os problemas, independentemente se elas vêm da direita ou da esquerda", disse o consultor José Frederico Lyra Netto, 33, um dos líderes. Assim como parte dos outros fundadores, todos na faixa dos 30 anos, ele é ex-aluno da universidade Harvard, nos Estados Unidos. "Estamos cansados dessa discordância que não leva a lugar nenhum", afirmou a pesquisadora Tábata Pontes, 23, também integrante da linha de frente. Estiveram no local filiados a partidos como Rede, PT, PSDB, PSB e Podemos (ex-PTN). A ex-secretária de Educação do Rio de Janeiro Claudia Costin e o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, também participaram. O tom geral nos discursos, embora crítico à realidade do país, não foi de ataque direto a políticos ou partidos. Os participantes reclamaram do "momento em que o Brasil se encontra" e afirmaram que "a política é o único caminho para a transformação". Adauto Modesto Júnior, 31, membro da coordenação nacional e também filiado ao PT, disse que "é preciso preservar legados e seguir adiante". Funcionário público, com passagem por cargos no governo Dilma Rousseff, ele se diz afastado da vida partidária atualmente. "Aqui [no Acredito] quero entrar nesse debate de como reestruturar o sistema político no Brasil. E vejo que não há projetos pessoais de poder, só uma vontade gigante de resgatar a nossa democracia, que está tão cambaleante." EM REDE O Acredito tem apoio da Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), criada pelo empresário Guilherme Leal, da Natura, e de outras fundações. Leal foi candidato a vice de Marina Silva (hoje na Rede, à época no PV) em 2010. A Raps funciona como uma incubadora de "start ups" políticas. Tábata Pontes enumerou no encontro 53 organizações e movimentos que apoiam a iniciativa da qual faz parte. "Querem construir [o projeto] com a gente", disse ela, citando o grupo Quebrando o Tabu, a plataforma Avaaz, a USP, o Insper, a Câmara Municipal de São Paulo e a ONG Educafro, entre outros.
poder
Com discurso contra polarização, grupo Acredito lança manifestoCom discursos de renovação na política e de combate à desigualdade, o movimento Acredito lançou neste sábado (29) um manifesto de princípios. Suprapartidário e disposto a se colocar à margem da polarização, segundo seus diretores, o grupo reuniu cerca de 80 pessoas em um "coworking" (espaço compartilhado de trabalho) na avenida Paulista. O texto rechaça "a disputa simplista entre Estado grande e mínimo", fala em buscar uma política de drogas oposta à atual "guerra" e defende "visão madura da economia de mercado". O grupo, que é formado por voluntários de vários Estados e quer lançar 30 candidaturas em 2018, realizou atos simultâneos em mais sete capitais, com grupos menores de pessoas. As outras cidades participaram do debate por meio de videoconferência. O evento foi transmitido ao vivo via internet. Segundo o documento, a ideia de incentivar as candidaturas para o Legislativo é para ajudar a formar "um novo Congresso com a cara do Brasil". "Queremos soluções para os problemas, independentemente se elas vêm da direita ou da esquerda", disse o consultor José Frederico Lyra Netto, 33, um dos líderes. Assim como parte dos outros fundadores, todos na faixa dos 30 anos, ele é ex-aluno da universidade Harvard, nos Estados Unidos. "Estamos cansados dessa discordância que não leva a lugar nenhum", afirmou a pesquisadora Tábata Pontes, 23, também integrante da linha de frente. Estiveram no local filiados a partidos como Rede, PT, PSDB, PSB e Podemos (ex-PTN). A ex-secretária de Educação do Rio de Janeiro Claudia Costin e o coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, também participaram. O tom geral nos discursos, embora crítico à realidade do país, não foi de ataque direto a políticos ou partidos. Os participantes reclamaram do "momento em que o Brasil se encontra" e afirmaram que "a política é o único caminho para a transformação". Adauto Modesto Júnior, 31, membro da coordenação nacional e também filiado ao PT, disse que "é preciso preservar legados e seguir adiante". Funcionário público, com passagem por cargos no governo Dilma Rousseff, ele se diz afastado da vida partidária atualmente. "Aqui [no Acredito] quero entrar nesse debate de como reestruturar o sistema político no Brasil. E vejo que não há projetos pessoais de poder, só uma vontade gigante de resgatar a nossa democracia, que está tão cambaleante." EM REDE O Acredito tem apoio da Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), criada pelo empresário Guilherme Leal, da Natura, e de outras fundações. Leal foi candidato a vice de Marina Silva (hoje na Rede, à época no PV) em 2010. A Raps funciona como uma incubadora de "start ups" políticas. Tábata Pontes enumerou no encontro 53 organizações e movimentos que apoiam a iniciativa da qual faz parte. "Querem construir [o projeto] com a gente", disse ela, citando o grupo Quebrando o Tabu, a plataforma Avaaz, a USP, o Insper, a Câmara Municipal de São Paulo e a ONG Educafro, entre outros.
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Butantan aos trancos e barrancos
Qualquer gestor consciente do setor de ciência e tecnologia reconhecerá que o Instituto Butantan é inerentemente ingovernável. Isso é consequência de sua natureza ambivalente, pois a instituição inclui missões divergentes, tais como a fabricação de vacinas, a pesquisa básica e o desenvolvimento de substâncias de interesse terapêutico, inclusive vacinas. A fábrica, a produção de bens, só tem sucesso se desenvolver uma cultura baseada em valores específicos, tais como rentabilidade, penetração em mercados, produtividade etc. Uma instituição de pesquisas de qualidade só se estabelece se seus valores próprios -tais como a obstinada busca de explicação dos fenômenos naturais e o estrito respeito à verdade- forem preponderantes. É claro que, em essência, não há conflito entre esses dois conjuntos de valores. A hierarquização inevitável entre eles é que provocará antagonismos insuperáveis. O pós-guerra viu um espetacular desenvolvimento da ciência pura e aplicada nos EUA e no resto do mundo pela atuação das grandes corporações industriais. Todavia, essas organizações foram suficientemente hábeis para separar inteiramente tanto a gestão quanto a localização de suas fábricas das de seus laboratórios de pesquisas, fossem estes aplicados ou de ciência básica. O Butantan teve seu apogeu na gestão de Isaias Raw, que era ele mesmo um misto de gestor com experiência tanto em empresas quanto em pesquisas. Sua desinteressada dedicação e obstinada vocação missionária permitiram o relativo sucesso como gestor da multifacetada instituição. Mas homens como ele não se encontram com facilidade. O governo do Estado de São Paulo deveria considerar a possibilidade de segmentar o atual Butantan em duas instituições com gestões inteiramente independentes. É um engano supor, como já se pensou no passado, que há mais benefícios do que prejuízos em associar pesquisa à produção. Hoje sabemos que mesmo a pesquisa aplicada, o desenvolvimento de produtos e processos, é incompatível com o sistema de produção de bens, ou seja, com fabricação. A situação se complica com o tempo, e as fraturas ocasionadas por divergências conceituais, para não dizer ideológicas, têm como consequência a formação de corporações por oportunistas. E tudo se agrava quando os funcionários são estáveis e, portanto, irremovíveis. A solução óbvia é, portanto, separar a produção da pesquisa. A simples divisão em produção e pesquisa com grupos distintos de servidores em uma mesma instituição não resolve o conflito, pois no caso em vista há uma gestão única, um orçamento comum. Mas para isso é preciso vontade política, coragem e gestores adequados. ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
Butantan aos trancos e barrancosQualquer gestor consciente do setor de ciência e tecnologia reconhecerá que o Instituto Butantan é inerentemente ingovernável. Isso é consequência de sua natureza ambivalente, pois a instituição inclui missões divergentes, tais como a fabricação de vacinas, a pesquisa básica e o desenvolvimento de substâncias de interesse terapêutico, inclusive vacinas. A fábrica, a produção de bens, só tem sucesso se desenvolver uma cultura baseada em valores específicos, tais como rentabilidade, penetração em mercados, produtividade etc. Uma instituição de pesquisas de qualidade só se estabelece se seus valores próprios -tais como a obstinada busca de explicação dos fenômenos naturais e o estrito respeito à verdade- forem preponderantes. É claro que, em essência, não há conflito entre esses dois conjuntos de valores. A hierarquização inevitável entre eles é que provocará antagonismos insuperáveis. O pós-guerra viu um espetacular desenvolvimento da ciência pura e aplicada nos EUA e no resto do mundo pela atuação das grandes corporações industriais. Todavia, essas organizações foram suficientemente hábeis para separar inteiramente tanto a gestão quanto a localização de suas fábricas das de seus laboratórios de pesquisas, fossem estes aplicados ou de ciência básica. O Butantan teve seu apogeu na gestão de Isaias Raw, que era ele mesmo um misto de gestor com experiência tanto em empresas quanto em pesquisas. Sua desinteressada dedicação e obstinada vocação missionária permitiram o relativo sucesso como gestor da multifacetada instituição. Mas homens como ele não se encontram com facilidade. O governo do Estado de São Paulo deveria considerar a possibilidade de segmentar o atual Butantan em duas instituições com gestões inteiramente independentes. É um engano supor, como já se pensou no passado, que há mais benefícios do que prejuízos em associar pesquisa à produção. Hoje sabemos que mesmo a pesquisa aplicada, o desenvolvimento de produtos e processos, é incompatível com o sistema de produção de bens, ou seja, com fabricação. A situação se complica com o tempo, e as fraturas ocasionadas por divergências conceituais, para não dizer ideológicas, têm como consequência a formação de corporações por oportunistas. E tudo se agrava quando os funcionários são estáveis e, portanto, irremovíveis. A solução óbvia é, portanto, separar a produção da pesquisa. A simples divisão em produção e pesquisa com grupos distintos de servidores em uma mesma instituição não resolve o conflito, pois no caso em vista há uma gestão única, um orçamento comum. Mas para isso é preciso vontade política, coragem e gestores adequados. ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Praias, chapadas e história: Bahia é eleito o melhor Estado brasileiro de destino turístico
MATHEUS MAGENTA EDITOR DE CULTURA O vazio em frente à cachoeira da Fumaça exerce tal atração que a água se confunde e cai para cima. Na baiana Chapada Diamantina, as lembranças persistem. Há mesa de café abastecida e consumida coletivamente, patrimônio histórico neogótico, pão caseiro, caverna, carne de fumeiro, pastel de jaca, rio gelado, trilhas, falta de 3G ou música alta. É um lugar para deitar, praticar o "deboísmo" e conversar até sozinho. Ficar de boa, mesmo calado, deixa de ser irritante para o entorno quando a frequência é a mesma. É como se o motorista lento não ouvisse mais buzina. O visitante já sabe que a quantidade de dias na Bahia será insuficiente, mas fazer o quê, é o que tem. Dá vontade de fazer tudo. Parece o primeiro planejamento de viagem à Europa, 40 países em 15 dias para "aproveitar que tá indo, sabe-se lá quando vai dar para voltar". Praia agitada, praia deserta, trilha, fazenda, road trip, rafting, tour gastronômico ou centro histórico? Pouco importa. A sensação será a mesma. O lugar é inesquecível e inesgotável (se for uma vida só). No interior, aipim e as carnes de sol e de fumeiro dominam cardápios. No litoral, a dupla coentro e dendê se impõe em restaurantes ditos obrigatórios. Pensar no custo-benefício de abrir e comer um caranguejo torna-se lateral com uma vista para a Baía de Todos os Santos. Pode tirar milhares de fotos, comprar fitinha do Senhor do Bonfim e todos os fui-à-Bahia-e-lembrei-de-você. Nada vai superar a lembrança dos gostos e cheiros de uma moqueca de camarão e polvo. Sem falar dos pés na areia. * QUEM LEVA CVC Com tour por Salvador, inclui quatro noites em apto. duplo e aéreo. A partir de R$ 1.128. cvc.com.br; tel. 3003-9282. VENTURAS Oito dias em apto. duplo, com passeio à Chapada Diamantina. Sem aéreo. A partir de R$ 1.172. venturas.com.br; tel. 3879-9494.
saopaulo
Praias, chapadas e história: Bahia é eleito o melhor Estado brasileiro de destino turísticoMATHEUS MAGENTA EDITOR DE CULTURA O vazio em frente à cachoeira da Fumaça exerce tal atração que a água se confunde e cai para cima. Na baiana Chapada Diamantina, as lembranças persistem. Há mesa de café abastecida e consumida coletivamente, patrimônio histórico neogótico, pão caseiro, caverna, carne de fumeiro, pastel de jaca, rio gelado, trilhas, falta de 3G ou música alta. É um lugar para deitar, praticar o "deboísmo" e conversar até sozinho. Ficar de boa, mesmo calado, deixa de ser irritante para o entorno quando a frequência é a mesma. É como se o motorista lento não ouvisse mais buzina. O visitante já sabe que a quantidade de dias na Bahia será insuficiente, mas fazer o quê, é o que tem. Dá vontade de fazer tudo. Parece o primeiro planejamento de viagem à Europa, 40 países em 15 dias para "aproveitar que tá indo, sabe-se lá quando vai dar para voltar". Praia agitada, praia deserta, trilha, fazenda, road trip, rafting, tour gastronômico ou centro histórico? Pouco importa. A sensação será a mesma. O lugar é inesquecível e inesgotável (se for uma vida só). No interior, aipim e as carnes de sol e de fumeiro dominam cardápios. No litoral, a dupla coentro e dendê se impõe em restaurantes ditos obrigatórios. Pensar no custo-benefício de abrir e comer um caranguejo torna-se lateral com uma vista para a Baía de Todos os Santos. Pode tirar milhares de fotos, comprar fitinha do Senhor do Bonfim e todos os fui-à-Bahia-e-lembrei-de-você. Nada vai superar a lembrança dos gostos e cheiros de uma moqueca de camarão e polvo. Sem falar dos pés na areia. * QUEM LEVA CVC Com tour por Salvador, inclui quatro noites em apto. duplo e aéreo. A partir de R$ 1.128. cvc.com.br; tel. 3003-9282. VENTURAS Oito dias em apto. duplo, com passeio à Chapada Diamantina. Sem aéreo. A partir de R$ 1.172. venturas.com.br; tel. 3879-9494.
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Astrologia
Oscilação movimenta política, e realismo sobrepuja fantasias. Lua minguante em Virgem: 3/12 Áries (21 mar. a 20 abr.) O ambiente está oscilando muito hoje; não leve a ferro e fogo as palavras ditas! Tudo pode mudar amanhã. Pequenas viagens e algum estudo interessante em destaque: saboreie momentos de pura descoberta. Vênus protege seus amores. Touro (21 abr. a 20 mai.) Um dia fluido para tratar de dinheiro e de assuntos correlatos; você entra numa onda astral positiva que anuncia mais autoconfiança também. No amor e nas amizades, fruição total. Trate da saúde com um pouco mais de cuidado esta noite. Gêmeos (21 mai. a 20 jun.) Com a Lua ainda transitando o seu signo, a regra de ouro é ainda cuidar mais de si do que do resto do mundo. A tendência a dispersão está maior, combata com exercícios que exigem foco. Meditação pode ajudar. O amor tem de esperar. Câncer (21 jun. a 21 jul.) Mercúrio e Saturno advertem: ficar sem dormir e sem se alimentar direito fará mal a sua saúde agora! Pode ser que em outros tempos seu organismo não se ressentisse tanto, mas agora é diferente. Invente um outro estilo de vida, mais saudável. Leão (22 jul. a 22 ago.) Esta semana há uma confluência de astros em Sagitário; com este sinal astral, há importantes decisões a tomar em relação a filhos e amores. Limites e regras precisam estar claros; névoas não ajudam a organizar a convivência. Encare e resolva. Virgem (23 ago. a 22 set.) Dia de atribulações, enriquecedor, porém estafante. E haja paciência para resolver tantos pequenos detalhes! Mas confie, você é dos que fazem as engrenagens eficientes. De noite, Vênus e Lua trazem encontros refinados e elegantes. Libra (23 set. a 22 out.) Socialize seus conhecimentos com aquela turma sedenta de conhecimentos. É hora de parar um pouco, olhar para trás e reconhecer o quanto você andou nestes anos. Quilômetros de experiência! Agora é o momento de compartilhar tudo isso. Escorpião (23 out. a 21 nov.) Você usa sua intuição e ela garante bons resultados, mas agora tem de ser mais racional no uso do dinheiro. Alguma fonte de renda não está mais dando aquele resultado esperado. Mercúrio e Saturno aconselham a refazer as contas e enxugar algo. Sagitário (22 nov. a 21 dez.) Atenda a seus limites, sem pretender ir além deles em momento nenhum! Nestes dias, percebe melhor como deve viver de um jeito mais equilibrado. Vá na onda dessa percepção e remaneje compromissos; espante a tristeza e o desanimo também. Capricórnio (22 dez. a 20 jan.) Se você anda com insônia, prepare-se para uma temporada de grandes reflexões: uma etapa se encerra, neste ano, e tem a ver com laços familiares, imóveis ou pessoas queridas se afastando. Você está vivendo esta fase, não tenha pressa do futuro ainda. Aquário (21 jan. a 19 fev.) Mercúrio e Saturno, associados ao Sol, aprofundam sua consciência do presente. O que é possível e o que não é são temas de peso. Vênus e Lua em signos irmãos garantem amizade, acolhida e afetos trocados. Invista mais na sua vida social hoje. Peixes (20 fev. a 20 mar.) Saturno e Netuno em ângulo forçam a barra para que você distinga direitinho o que é fantasia do que é obrigação, o que é quimera do que é possível ser feito. Assim, para realizar um desejo forte, Saturno indica o caminho do realismo e da ação concreta.
ilustrada
AstrologiaOscilação movimenta política, e realismo sobrepuja fantasias. Lua minguante em Virgem: 3/12 Áries (21 mar. a 20 abr.) O ambiente está oscilando muito hoje; não leve a ferro e fogo as palavras ditas! Tudo pode mudar amanhã. Pequenas viagens e algum estudo interessante em destaque: saboreie momentos de pura descoberta. Vênus protege seus amores. Touro (21 abr. a 20 mai.) Um dia fluido para tratar de dinheiro e de assuntos correlatos; você entra numa onda astral positiva que anuncia mais autoconfiança também. No amor e nas amizades, fruição total. Trate da saúde com um pouco mais de cuidado esta noite. Gêmeos (21 mai. a 20 jun.) Com a Lua ainda transitando o seu signo, a regra de ouro é ainda cuidar mais de si do que do resto do mundo. A tendência a dispersão está maior, combata com exercícios que exigem foco. Meditação pode ajudar. O amor tem de esperar. Câncer (21 jun. a 21 jul.) Mercúrio e Saturno advertem: ficar sem dormir e sem se alimentar direito fará mal a sua saúde agora! Pode ser que em outros tempos seu organismo não se ressentisse tanto, mas agora é diferente. Invente um outro estilo de vida, mais saudável. Leão (22 jul. a 22 ago.) Esta semana há uma confluência de astros em Sagitário; com este sinal astral, há importantes decisões a tomar em relação a filhos e amores. Limites e regras precisam estar claros; névoas não ajudam a organizar a convivência. Encare e resolva. Virgem (23 ago. a 22 set.) Dia de atribulações, enriquecedor, porém estafante. E haja paciência para resolver tantos pequenos detalhes! Mas confie, você é dos que fazem as engrenagens eficientes. De noite, Vênus e Lua trazem encontros refinados e elegantes. Libra (23 set. a 22 out.) Socialize seus conhecimentos com aquela turma sedenta de conhecimentos. É hora de parar um pouco, olhar para trás e reconhecer o quanto você andou nestes anos. Quilômetros de experiência! Agora é o momento de compartilhar tudo isso. Escorpião (23 out. a 21 nov.) Você usa sua intuição e ela garante bons resultados, mas agora tem de ser mais racional no uso do dinheiro. Alguma fonte de renda não está mais dando aquele resultado esperado. Mercúrio e Saturno aconselham a refazer as contas e enxugar algo. Sagitário (22 nov. a 21 dez.) Atenda a seus limites, sem pretender ir além deles em momento nenhum! Nestes dias, percebe melhor como deve viver de um jeito mais equilibrado. Vá na onda dessa percepção e remaneje compromissos; espante a tristeza e o desanimo também. Capricórnio (22 dez. a 20 jan.) Se você anda com insônia, prepare-se para uma temporada de grandes reflexões: uma etapa se encerra, neste ano, e tem a ver com laços familiares, imóveis ou pessoas queridas se afastando. Você está vivendo esta fase, não tenha pressa do futuro ainda. Aquário (21 jan. a 19 fev.) Mercúrio e Saturno, associados ao Sol, aprofundam sua consciência do presente. O que é possível e o que não é são temas de peso. Vênus e Lua em signos irmãos garantem amizade, acolhida e afetos trocados. Invista mais na sua vida social hoje. Peixes (20 fev. a 20 mar.) Saturno e Netuno em ângulo forçam a barra para que você distinga direitinho o que é fantasia do que é obrigação, o que é quimera do que é possível ser feito. Assim, para realizar um desejo forte, Saturno indica o caminho do realismo e da ação concreta.
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Governo proíbe parada gay em Istambul pelo segundo ano seguido
O governo de Istambul, na Turquia, proibiu uma parada do orgulho LGBT na cidade, que estava prevista para o domingo (25), citando razões de segurança depois de surgirem ameaças de um grupo ultra nacionalista. Será o segundo ano que a marcha, apontada no passado como a maior do mundo muçulmano, foi barrada pelas autoridades locais. Na semana passada, o grupo ultra nacionalista Alperen ameaçou impedir a parada se as autoridades a permitissem. No sábado (24), o governo disse que tomou a decisão de suspender a marcha em nome da segurança dos participantes, turistas e moradores. Os organizadores do evento disseram que a proibição legitima o que eles chamam de crimes de ódio de grupos como Alperen, e pediu que o governo reveja a decisão. Ao enfatizar a questão de segurança pública, o governo faz um esforço para distorcer a imagem de uma parada pacífica e planejada, disseram, em um comunicado divulgado na internet. "Nós vamos marchar. Se acostumem. Estamos Aqui. Não vamos embora". A parada gay de Istambul —uma cidade vista como relativa segura pela comunidade LGBT do Oriente Médio, incluindo refugiados da Síria e do Iraque— costumava ser um evento pacífico. No entanto, em 2015, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os participantes, depois que os organizadores tiveram autorização para o evento negada por coincidir com o mês sagrado do Ramadã. A homossexualidade não é um crime na Turquia, enquanto que em muitos outros países islâmicos a homofobia segue generalizada. O presidente Recepp Tayyip Erdogan e seu partido, o AK, são criticados por opositores por mostrar pouco interesse em expandir direitos para minorias, gays e mulheres, e são intolerantes com dissidentes.
mundo
Governo proíbe parada gay em Istambul pelo segundo ano seguidoO governo de Istambul, na Turquia, proibiu uma parada do orgulho LGBT na cidade, que estava prevista para o domingo (25), citando razões de segurança depois de surgirem ameaças de um grupo ultra nacionalista. Será o segundo ano que a marcha, apontada no passado como a maior do mundo muçulmano, foi barrada pelas autoridades locais. Na semana passada, o grupo ultra nacionalista Alperen ameaçou impedir a parada se as autoridades a permitissem. No sábado (24), o governo disse que tomou a decisão de suspender a marcha em nome da segurança dos participantes, turistas e moradores. Os organizadores do evento disseram que a proibição legitima o que eles chamam de crimes de ódio de grupos como Alperen, e pediu que o governo reveja a decisão. Ao enfatizar a questão de segurança pública, o governo faz um esforço para distorcer a imagem de uma parada pacífica e planejada, disseram, em um comunicado divulgado na internet. "Nós vamos marchar. Se acostumem. Estamos Aqui. Não vamos embora". A parada gay de Istambul —uma cidade vista como relativa segura pela comunidade LGBT do Oriente Médio, incluindo refugiados da Síria e do Iraque— costumava ser um evento pacífico. No entanto, em 2015, a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os participantes, depois que os organizadores tiveram autorização para o evento negada por coincidir com o mês sagrado do Ramadã. A homossexualidade não é um crime na Turquia, enquanto que em muitos outros países islâmicos a homofobia segue generalizada. O presidente Recepp Tayyip Erdogan e seu partido, o AK, são criticados por opositores por mostrar pouco interesse em expandir direitos para minorias, gays e mulheres, e são intolerantes com dissidentes.
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Brasileiras 'jogam capoeira' e ficam em 4º no 1º dia do nado sincronizado
As brasileiras Luisa Borges, 19, e Maria Eduarda Miccuci, 20, "jogaram capoeira" na piscina do Centro Aquático Pan-Americano em Toronto, nesta quinta-feira (9) e tiveram um resultado abaixo do esperado. Ao som de berimbaus e vários "paranauês", o dueto do Brasil estreou com a quarta melhor nota (80.9667) nas apresentações técnicas do nado sincronizado. "Fizemos uma excelente nadada hoje e vamos buscar uma medalha com uma coreografia de altíssimo grau de dificuldade no dueto livre. O tema será a Amazônia e iremos interpretar cinco animais dentro da água. Acredito que temos chances de surpreender", disse Maria Eduarda. No sábado (11), elas retornam à piscina para a rotina livre. A soma das duas notas define o pódio no Pan -havia a expectativa de que elas pudessem disputar até a prata. O Canadá, dono da casa, é favorito ao título.  Nas últimas duas edições dos Jogos o Brasil ficou com o bronze no dueto e também por equipes (totalizando oito terceiros lugares na história do nado no evento). As melhores do dia foram as canadenses Jacqueline Simoneau e Karine Thomas (88.0881). Em segundo ficaram as mexicanas Karem Achach e Nuria Diosdado (84.4133). E, em terceiro, as norte-americanas Mariya Koroleva e Alison Williams, com a nota 82.5209. As brasileiras foram as primeiras a se apresentarem entre os 12 duetos. Dentro d'água, fizeram movimentos de capoeira como se estivessem dançando nos 2min30 que têm à disposição.  Ao final, foram aplaudidas e ainda ouviram as companheiras de seleção cantar "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" nas arquibancadas. A apresentação da equipe nacional acontece ainda nesta quinta, às 19h (de Brasília). Ao todo, são 15 árbitros que julgam execução, impressão e elementos de cada dueto.
esporte
Brasileiras 'jogam capoeira' e ficam em 4º no 1º dia do nado sincronizadoAs brasileiras Luisa Borges, 19, e Maria Eduarda Miccuci, 20, "jogaram capoeira" na piscina do Centro Aquático Pan-Americano em Toronto, nesta quinta-feira (9) e tiveram um resultado abaixo do esperado. Ao som de berimbaus e vários "paranauês", o dueto do Brasil estreou com a quarta melhor nota (80.9667) nas apresentações técnicas do nado sincronizado. "Fizemos uma excelente nadada hoje e vamos buscar uma medalha com uma coreografia de altíssimo grau de dificuldade no dueto livre. O tema será a Amazônia e iremos interpretar cinco animais dentro da água. Acredito que temos chances de surpreender", disse Maria Eduarda. No sábado (11), elas retornam à piscina para a rotina livre. A soma das duas notas define o pódio no Pan -havia a expectativa de que elas pudessem disputar até a prata. O Canadá, dono da casa, é favorito ao título.  Nas últimas duas edições dos Jogos o Brasil ficou com o bronze no dueto e também por equipes (totalizando oito terceiros lugares na história do nado no evento). As melhores do dia foram as canadenses Jacqueline Simoneau e Karine Thomas (88.0881). Em segundo ficaram as mexicanas Karem Achach e Nuria Diosdado (84.4133). E, em terceiro, as norte-americanas Mariya Koroleva e Alison Williams, com a nota 82.5209. As brasileiras foram as primeiras a se apresentarem entre os 12 duetos. Dentro d'água, fizeram movimentos de capoeira como se estivessem dançando nos 2min30 que têm à disposição.  Ao final, foram aplaudidas e ainda ouviram as companheiras de seleção cantar "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" nas arquibancadas. A apresentação da equipe nacional acontece ainda nesta quinta, às 19h (de Brasília). Ao todo, são 15 árbitros que julgam execução, impressão e elementos de cada dueto.
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Pessoas comuns não devem se preocupar com a CIA, dizem analistas
Você usa apps de mensagens como o WhatsApp ou Signal, ou tem uma TV inteligente e computador. Há motivos para que se preocupe com escutas da CIA (serviço secreto dos Estados Unidos) em suas comunicações? A resposta resumida é não. Uma resposta mais completa seria talvez, ainda que continue bastante improvável que você precise se preocupar muito. As revelações do site de denúncias WikiLeaks sobre ferramentas secretas da CIA para invadir computadores, celulares e mesmo smart TVs poderiam certamente ter implicações reais para qualquer pessoa que use tecnologia conectada à internet. Os documentos vazados pelo WikiLeaks sugerem especialmente que a CIA tentou transformar televisores em instrumentos de escuta e encontrar formas alternativas de acesso a aparelhos que empregam criptografia de dados, ainda que não seja capaz de decifrar os códigos empregados. Mas para as pessoas preocupadas com as revelações incessantes sobre ataques de hackers, espionagem governamental e preocupações de segurança, a notícia não deve ter causado surpresa. "As informações vazadas hoje certamente me preocupam, mas a esta altura aceitei que riscos de segurança são parte inerente da tecnologia moderna", disse Andrew Marshello, operador de mesa de som em Queens, Nova York, em mensagem de e-mail. "Como essa tecnologia está tão integrada à nossa sociedade, é difícil tomar providências razoáveis –abandonar certos aparelhos inteligentes, reduzir o uso de apps de mensagens etc.– sem sacrificar uma parte de nossa vida social". Embora esteja "certamente preocupado" com as implicações mais profundas da espionagem e vigilância governamental, Marshello diz que não tirará seu iPhone ou os modernos apps de mensagens que usa de sua vida. Mas ele não tem um televisor inteligente e não planeja comprar um desses aparelhos, seu microfone fica desconectado e a câmera de seu computador fica coberta quando o laptop não está em uso. Ele também mantém desligado o sistema de reconhecimento de voz de seu celular. E Marshello não é o único. Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, aparece em uma foto na qual a câmera e microfone de seu laptop estão cobertos com fita adesiva. Algumas pessoas o chamaram de paranoico, mas também houve quem dissesse que isso mostrava que ele estava sendo esperto. POR QUE ISSO IMPORTA "O que todo mundo deveria estar perguntando é se qualquer desses recursos foi compartilhado com as autoridades locais de segurança", disse Scott Vernick, sócio no escritório de advocacia Fox Rothschild, cujo foco está na privacidade e segurança de dados. O que ele quer dizer é que interessa saber se a CIA revelou algumas dessas técnicas ao FBI (polícia federal americana) e outras agências norte-americanas de policiamento e segurança que poderiam empregá-las dentro do país. Ed Mierzwinski, diretor do programa de defesa do consumidor na PIRG, uma organização norte-americana de defesa dos consumidores, disse que a notícia deveria alertar os consumidores quanto à vulnerabilidade de seus aparelhos conectados à Internet. "Você não precisa se preocupar que a CIA invada seus aparelhos, a menos que esteja fazendo algo de ilegal", ele disse. "Mas a notícia deveria servir de alerta ao consumidor médio". Ele recomendou mudar as senhas em televisores inteligentes, câmeras e outros dispositivos conectados à internet de modo tão frequente quanto os consumidores mudam as senhas em seus computadores. "Quer você esteja falando de um refrigerador, sistema inteligente de iluminação programado pelo celular ou babá eletrônica, os sistemas de segurança na maioria dos produtos da 'internet das coisas' são na verdade burros, não inteligentes." CANSAÇO E PRIVACIDADE "A esta altura, estou tão acostumado a ler histórias sobre contas sendo invadidas que já comecei a esperar que isso aconteça", disse Matt Holden, editor e coordenador de mídia social em Dallas, Texas, em mensagem de e-mail. Holden se preocupa com a segurança de informações pessoais como seu número de previdência social e detalhes financeiros, mas diz que a segurança de seus apps de mensagens o preocupa menos. "Enquanto eu me comportar de uma forma que significa que nada tenho a esconder, não me preocupo que o governo bisbilhote", ele disse. Em recente pesquisa da Pew, conduzida no segundo trimestre de 2016 e publicada em janeiro, 46% dos entrevistados afirmaram que o governo deveria ter direito de acesso a sistemas de comunicações cifradas quando está investigando crimes. Apenas 44% dos entrevistados consideram que as empresas de tecnologia devem ter direito de usar recursos criptográficos "inquebráveis" pelas autoridades. Os jovens e os eleitores do Partido Democrata tendem a apoiar mais o uso de sistemas criptográficos fortes. Se forem autênticos, os documentos da CIA vazados expõem uma realidade sinistra: pode ser que nenhuma conversa, foto ou qualquer outra forma de comunicação digital esteja protegida contra espiões e intrusos que bisbilhotam smartphones, computadores e outros aparelhos conectados à Internet. Outra realidade: muita gente nem liga. "As pessoas estão cansadas de se preocupar com a privacidade, especialmente quando o assunto é violação de dados e, em alguma medida, ações de hackers", disse Eva Velasquez, presidente do Centro de Recursos sobre Roubo de Identidade, segundo a qual é difícil imaginar que espécie de abuso seria necessário para levar essas pessoas a abandonarem seus smartphones. "As pessoas adoram seus brinquedos e seus aparelhos", ela diz. A INTERNET DAS COISAS QUE ESPIONAM "Não sabemos sobre o papel da CIA, mas sabemos que qualquer coisa que contenha um chip e esteja conectada à internet é vulnerável a hackers", disse Avivah Litan, analista da Gartner. Um ataque de hackers em outubro passado que perturbou sites como a Amazon e Netflix, por exemplo, se originou de aparelhos conectados à internet como câmeras de vídeo caseiras. "Basicamente, a 'Internet das coisas' é vulnerável e foi colocada em operação sem que as pessoas primeiro considerassem a segurança", disse Litan. Qualquer pessoa que tenha motivo para acreditar que alguém a poderia estar espionando "deveria pensar duas vezes antes de usar um carro conectado ou uma câmera conectada". Tradução de PAULO MIGLIACCI
mundo
Pessoas comuns não devem se preocupar com a CIA, dizem analistasVocê usa apps de mensagens como o WhatsApp ou Signal, ou tem uma TV inteligente e computador. Há motivos para que se preocupe com escutas da CIA (serviço secreto dos Estados Unidos) em suas comunicações? A resposta resumida é não. Uma resposta mais completa seria talvez, ainda que continue bastante improvável que você precise se preocupar muito. As revelações do site de denúncias WikiLeaks sobre ferramentas secretas da CIA para invadir computadores, celulares e mesmo smart TVs poderiam certamente ter implicações reais para qualquer pessoa que use tecnologia conectada à internet. Os documentos vazados pelo WikiLeaks sugerem especialmente que a CIA tentou transformar televisores em instrumentos de escuta e encontrar formas alternativas de acesso a aparelhos que empregam criptografia de dados, ainda que não seja capaz de decifrar os códigos empregados. Mas para as pessoas preocupadas com as revelações incessantes sobre ataques de hackers, espionagem governamental e preocupações de segurança, a notícia não deve ter causado surpresa. "As informações vazadas hoje certamente me preocupam, mas a esta altura aceitei que riscos de segurança são parte inerente da tecnologia moderna", disse Andrew Marshello, operador de mesa de som em Queens, Nova York, em mensagem de e-mail. "Como essa tecnologia está tão integrada à nossa sociedade, é difícil tomar providências razoáveis –abandonar certos aparelhos inteligentes, reduzir o uso de apps de mensagens etc.– sem sacrificar uma parte de nossa vida social". Embora esteja "certamente preocupado" com as implicações mais profundas da espionagem e vigilância governamental, Marshello diz que não tirará seu iPhone ou os modernos apps de mensagens que usa de sua vida. Mas ele não tem um televisor inteligente e não planeja comprar um desses aparelhos, seu microfone fica desconectado e a câmera de seu computador fica coberta quando o laptop não está em uso. Ele também mantém desligado o sistema de reconhecimento de voz de seu celular. E Marshello não é o único. Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, aparece em uma foto na qual a câmera e microfone de seu laptop estão cobertos com fita adesiva. Algumas pessoas o chamaram de paranoico, mas também houve quem dissesse que isso mostrava que ele estava sendo esperto. POR QUE ISSO IMPORTA "O que todo mundo deveria estar perguntando é se qualquer desses recursos foi compartilhado com as autoridades locais de segurança", disse Scott Vernick, sócio no escritório de advocacia Fox Rothschild, cujo foco está na privacidade e segurança de dados. O que ele quer dizer é que interessa saber se a CIA revelou algumas dessas técnicas ao FBI (polícia federal americana) e outras agências norte-americanas de policiamento e segurança que poderiam empregá-las dentro do país. Ed Mierzwinski, diretor do programa de defesa do consumidor na PIRG, uma organização norte-americana de defesa dos consumidores, disse que a notícia deveria alertar os consumidores quanto à vulnerabilidade de seus aparelhos conectados à Internet. "Você não precisa se preocupar que a CIA invada seus aparelhos, a menos que esteja fazendo algo de ilegal", ele disse. "Mas a notícia deveria servir de alerta ao consumidor médio". Ele recomendou mudar as senhas em televisores inteligentes, câmeras e outros dispositivos conectados à internet de modo tão frequente quanto os consumidores mudam as senhas em seus computadores. "Quer você esteja falando de um refrigerador, sistema inteligente de iluminação programado pelo celular ou babá eletrônica, os sistemas de segurança na maioria dos produtos da 'internet das coisas' são na verdade burros, não inteligentes." CANSAÇO E PRIVACIDADE "A esta altura, estou tão acostumado a ler histórias sobre contas sendo invadidas que já comecei a esperar que isso aconteça", disse Matt Holden, editor e coordenador de mídia social em Dallas, Texas, em mensagem de e-mail. Holden se preocupa com a segurança de informações pessoais como seu número de previdência social e detalhes financeiros, mas diz que a segurança de seus apps de mensagens o preocupa menos. "Enquanto eu me comportar de uma forma que significa que nada tenho a esconder, não me preocupo que o governo bisbilhote", ele disse. Em recente pesquisa da Pew, conduzida no segundo trimestre de 2016 e publicada em janeiro, 46% dos entrevistados afirmaram que o governo deveria ter direito de acesso a sistemas de comunicações cifradas quando está investigando crimes. Apenas 44% dos entrevistados consideram que as empresas de tecnologia devem ter direito de usar recursos criptográficos "inquebráveis" pelas autoridades. Os jovens e os eleitores do Partido Democrata tendem a apoiar mais o uso de sistemas criptográficos fortes. Se forem autênticos, os documentos da CIA vazados expõem uma realidade sinistra: pode ser que nenhuma conversa, foto ou qualquer outra forma de comunicação digital esteja protegida contra espiões e intrusos que bisbilhotam smartphones, computadores e outros aparelhos conectados à Internet. Outra realidade: muita gente nem liga. "As pessoas estão cansadas de se preocupar com a privacidade, especialmente quando o assunto é violação de dados e, em alguma medida, ações de hackers", disse Eva Velasquez, presidente do Centro de Recursos sobre Roubo de Identidade, segundo a qual é difícil imaginar que espécie de abuso seria necessário para levar essas pessoas a abandonarem seus smartphones. "As pessoas adoram seus brinquedos e seus aparelhos", ela diz. A INTERNET DAS COISAS QUE ESPIONAM "Não sabemos sobre o papel da CIA, mas sabemos que qualquer coisa que contenha um chip e esteja conectada à internet é vulnerável a hackers", disse Avivah Litan, analista da Gartner. Um ataque de hackers em outubro passado que perturbou sites como a Amazon e Netflix, por exemplo, se originou de aparelhos conectados à internet como câmeras de vídeo caseiras. "Basicamente, a 'Internet das coisas' é vulnerável e foi colocada em operação sem que as pessoas primeiro considerassem a segurança", disse Litan. Qualquer pessoa que tenha motivo para acreditar que alguém a poderia estar espionando "deveria pensar duas vezes antes de usar um carro conectado ou uma câmera conectada". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Aviso
Excepcionalmente a colunista não escreve nesta sexta-feira (28).
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Justiça manda prender braço direito de Abilio Diniz na BRF
A Justiça Federal mandou prender o principal aliado de Abilio Diniz dentro da BRF, aumentando a pressão sobre a posição do empresário como presidente do conselho de administração da líder do mercado de alimentos processados no Brasil. José Roberto Pernomian Rodrigues, vice-presidente de Integridade da BRF, terá de cumprir a pena de 5 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto, segundo decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo. Em julgamento de recursos no dia 20, o desembargador Nino Toldo manteve a condenação em duas instâncias, mas aceitou mudar o regime inicial de cumprimento de pena de fechado para semiaberto. O executivo pode recorrer, mas terá de dar expediente e dormir na cadeia. RAIO-X BRF - Acionistas (2017), em % O caso não tem a ver com a BRF. Pernomian, ou JR, como é chamado, foi condenado por fraude na importação de computadores em 2007. Ele chegou a ser preso. JR era o diretor da Mude, representante da fabricante americana de computadores Cisco no Brasil. À época, sua defesa negou irregularidades. No fim de 2016, o Carf (órgão do Ministério da Fazenda) condenou JR e seus então sócios a pagar R$ 2,64 bilhões pelo caso. GESTÃO TEMERÁRIA Segundo a Folha apurou, um grupo de acionistas da BRF prepara uma queixa de gestão temerária à CVM e à sua análoga americana, a SEC, já que a empresa é listada na Bolsa de Nova York. Eles devem pedir o afastamento de JR e também questionam a gestão da empresa, que de 2016 até março de 2017, perdeu R$ 658 milhões. A administração culpa a recessão e os efeitos da Operação Carne Fraca, da PF, que investiga desde março suspeitas de irregularidades e corrupção de fiscais. RAIO-X BRF - Preço das ações, em R$ As críticas não são consensuais. Um conselheiro ouvido diz que a empresa já apresenta sinais positivos, com a recuperação de fatias antes perdidas de mercado. Como quem dá as cartas na BRF são dois fundos de pensão estatais, o Petros (Petrobras, com 14% do controle) e a Previ (BB, 13%), o governo foi alertado sobre as críticas. Em 3 de abril, o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu governadores e senadores de Estados em que a BRF atua: Goiás (Marconi Perillo, PSDB), Mato Grosso (Pedro Taques, PSDB), Paraná (Beto Richa, PSDB) e Santa Catarina (no caso, o vice, Eduardo Pinho Moreira, PMDB). BENDINE Eles entregaram um documento reservado apontando o que chamavam de aparelhamento do conselho da empresa pelo PT, que naquele momento contava com Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do BB, preso pela Operação Lava Jato na semana passada. Relatavam o caso de JR. "É uma prova da absoluta falta de critérios", dizia o texto, ao qual a Folha teve acesso. "É hora de mudar" o comando da empresa, escreveram. Com efeito, a reunião do conselho ocorrida 23 dias depois removeu Bendine e outro nome ligado ao PT, o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa, do grupo. Eles eram indicados dos fundos na gestão petista, que também haviam colocado na empresa dois ex-conselheiros que estavam na folha de pagamento de propina da rival JBS, segundo a delação do empresário Joesley Batista. A suspeita é de que pretendiam ajudar na compra da BRF pela rival. Abilio, por sua vez, foi reconduzido à presidência do conselho na ocasião, até porque a empresa estava sob o fogo da Carne Fraca. Segundo um outro conselheiro ouvido pela Folha, o tema JR foi discutido apenas na terceira reunião do fórum com nova composição. Ele diz que o tema terá de ser tratado pelo executivo-chefe da BRF, Pedro Faria ­_sócio do fundo Tarpon, um dos controladores da empresa no cargo desde 2014. Na Carne Fraca, JR teve o pedido de prisão negado, mas foi levado coercitivamente para depor e viu dois diretores sob sua alçada serem detidos. JR foi consultor de Abilio na disputa com o grupo francês Casino pelo controle do Pão de Açúcar. Mesmo com a condenação já em recurso e outros 16 processos judiciais pendentes, ele entrou na BRF em 2013 como consultor. Virou diretor jurídico e, em 2016, foi eleito por dois anos como vice-presidente da área de "compliance" e ética empresarial. OUTRO LADO José Roberto Pernomian Rodrigues não quis comentar a decisão da Justiça. Em nota, a BRF afirmou que "sempre teve conhecimento da situação de José Roberto, a qual não gera impedimento para sua atuação como administrador". Mas também diz que, "havendo necessidade, a BRF tomará as providências cabíveis no melhor interesse dos seus negócios, nos termos da legislação e de suas políticas e normas internas". Segundo a empresa, o caso "concerne a fatos ocorridos há mais de dez anos, os quais não se relacionam às suas atividades atuais nem interferem no trabalho na BRF". Abilio Diniz não quis conceder entrevista. A interlocutores diz ter confiança em JR e em sua inocência.
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Justiça manda prender braço direito de Abilio Diniz na BRFA Justiça Federal mandou prender o principal aliado de Abilio Diniz dentro da BRF, aumentando a pressão sobre a posição do empresário como presidente do conselho de administração da líder do mercado de alimentos processados no Brasil. José Roberto Pernomian Rodrigues, vice-presidente de Integridade da BRF, terá de cumprir a pena de 5 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto, segundo decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo. Em julgamento de recursos no dia 20, o desembargador Nino Toldo manteve a condenação em duas instâncias, mas aceitou mudar o regime inicial de cumprimento de pena de fechado para semiaberto. O executivo pode recorrer, mas terá de dar expediente e dormir na cadeia. RAIO-X BRF - Acionistas (2017), em % O caso não tem a ver com a BRF. Pernomian, ou JR, como é chamado, foi condenado por fraude na importação de computadores em 2007. Ele chegou a ser preso. JR era o diretor da Mude, representante da fabricante americana de computadores Cisco no Brasil. À época, sua defesa negou irregularidades. No fim de 2016, o Carf (órgão do Ministério da Fazenda) condenou JR e seus então sócios a pagar R$ 2,64 bilhões pelo caso. GESTÃO TEMERÁRIA Segundo a Folha apurou, um grupo de acionistas da BRF prepara uma queixa de gestão temerária à CVM e à sua análoga americana, a SEC, já que a empresa é listada na Bolsa de Nova York. Eles devem pedir o afastamento de JR e também questionam a gestão da empresa, que de 2016 até março de 2017, perdeu R$ 658 milhões. A administração culpa a recessão e os efeitos da Operação Carne Fraca, da PF, que investiga desde março suspeitas de irregularidades e corrupção de fiscais. RAIO-X BRF - Preço das ações, em R$ As críticas não são consensuais. Um conselheiro ouvido diz que a empresa já apresenta sinais positivos, com a recuperação de fatias antes perdidas de mercado. Como quem dá as cartas na BRF são dois fundos de pensão estatais, o Petros (Petrobras, com 14% do controle) e a Previ (BB, 13%), o governo foi alertado sobre as críticas. Em 3 de abril, o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu governadores e senadores de Estados em que a BRF atua: Goiás (Marconi Perillo, PSDB), Mato Grosso (Pedro Taques, PSDB), Paraná (Beto Richa, PSDB) e Santa Catarina (no caso, o vice, Eduardo Pinho Moreira, PMDB). BENDINE Eles entregaram um documento reservado apontando o que chamavam de aparelhamento do conselho da empresa pelo PT, que naquele momento contava com Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do BB, preso pela Operação Lava Jato na semana passada. Relatavam o caso de JR. "É uma prova da absoluta falta de critérios", dizia o texto, ao qual a Folha teve acesso. "É hora de mudar" o comando da empresa, escreveram. Com efeito, a reunião do conselho ocorrida 23 dias depois removeu Bendine e outro nome ligado ao PT, o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa, do grupo. Eles eram indicados dos fundos na gestão petista, que também haviam colocado na empresa dois ex-conselheiros que estavam na folha de pagamento de propina da rival JBS, segundo a delação do empresário Joesley Batista. A suspeita é de que pretendiam ajudar na compra da BRF pela rival. Abilio, por sua vez, foi reconduzido à presidência do conselho na ocasião, até porque a empresa estava sob o fogo da Carne Fraca. Segundo um outro conselheiro ouvido pela Folha, o tema JR foi discutido apenas na terceira reunião do fórum com nova composição. Ele diz que o tema terá de ser tratado pelo executivo-chefe da BRF, Pedro Faria ­_sócio do fundo Tarpon, um dos controladores da empresa no cargo desde 2014. Na Carne Fraca, JR teve o pedido de prisão negado, mas foi levado coercitivamente para depor e viu dois diretores sob sua alçada serem detidos. JR foi consultor de Abilio na disputa com o grupo francês Casino pelo controle do Pão de Açúcar. Mesmo com a condenação já em recurso e outros 16 processos judiciais pendentes, ele entrou na BRF em 2013 como consultor. Virou diretor jurídico e, em 2016, foi eleito por dois anos como vice-presidente da área de "compliance" e ética empresarial. OUTRO LADO José Roberto Pernomian Rodrigues não quis comentar a decisão da Justiça. Em nota, a BRF afirmou que "sempre teve conhecimento da situação de José Roberto, a qual não gera impedimento para sua atuação como administrador". Mas também diz que, "havendo necessidade, a BRF tomará as providências cabíveis no melhor interesse dos seus negócios, nos termos da legislação e de suas políticas e normas internas". Segundo a empresa, o caso "concerne a fatos ocorridos há mais de dez anos, os quais não se relacionam às suas atividades atuais nem interferem no trabalho na BRF". Abilio Diniz não quis conceder entrevista. A interlocutores diz ter confiança em JR e em sua inocência.
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Com Nasr ameaçado na Sauber, Brasil corre sério risco de ficar fora do grid
Antes cotado para equipes promissoras como Force India e Renault, Felipe Nasr, 24, viu suas opções de cockpit minguarem, e o Brasil corre sério risco de não ter um piloto na F-1 no próximo ano. Até agora, apenas as duas piores escuderias do campeonato, Sauber e Manor, não anunciaram sua dupla de pilotos para 2017 -e a equipe suíça hesita em confirmar a renovação de seu contrato. "Felipe é certamente uma das nossas opções", afirmou a chefe de equipe da Sauber, Monisha Kaltenborn, nesta sexta-feira (11). "Nós o conhecemos bem, conhecemos suas habilidades. Tivemos muitas experiências com ele, boas e ruins, por isso podemos avaliá-lo muito bem. É isso o que eu posso dizer." A equipe quer anunciar a definição de suas duas vagas antes do final da temporada, dia 27, em Abu Dhabi. Nasr disse estar tranquilo. "Estou na F-1, curtindo meu momento. Sei que tenho condições de continuar aqui. Não tenho de me envolver com isso. Há grandes chances de eu permanecer", comentou. Sobre as possíveis conversas com a Manor, afirmou que "vale a pena analisar tudo, mas tenho um pé na Sauber por já conhecer [a equipe]". À beira da falência, a equipe foi comprada neste ano pela Longbow Finance, que promete um aporte financeiro e aposta na mudança de regulamento para superar um ano de 2016 desastroso. Segundo a revista "Autosport", a permanência do piloto brasiliense depende das negociações de seu principal patrocinador, o Banco do Brasil, com a Sauber. Caso o acordo não se concretize, o país ficará ausente do grid pela primeira vez desde 1970, quando Emerson Fittipaldi fez a sua estreia na categoria. Desde então, ao menos um piloto brasileiro esteve presente em todos os campeonatos. Ao longo das últimas quatro décadas e meia, apenas uma vez o país ficou fora de uma corrida propriamente dita. No GP da Itália de 1977, os dois representantes nacionais, Emerson Fittipaldi e Alex Dias Ribeiro, não obtiveram tempo na classificação para alinhar na prova. vídeo Veja o vídeo 360º em dispositivos móveis. Depois daquilo, porém, a presença brasileira só fez crescer, chegando a uma aparição regular de quatro pilotos entre o fim dos anos 1980 e o início dos 1990, incluindo os campeões mundiais Ayrton Senna e Nelson Piquet. O recorde de participações ocorreu em 2001, nos GPs do Canadá e da Alemanha, com cinco pilotos. Nessas provas, largaram Rubens Barrichello, Enrique Bernoldi, Ricardo Zonta, Luciano Burti e Tarso Marques. Com 22 carros na pista, mais de um a cada cinco pilotos que largaram vieram do Brasil -na época, Zonta era reserva da Jordan e assumiu o cockpit nessas duas oportunidades. Nos últimos 15 anos, a presença de jovens talentos brasileiros nas categorias de base internacionais também começou a rarear. Em 2016, o único título nas pistas fora do país foi para o gaúcho Matheus Leist, da F-3 Inglesa, campeonato que há mais de uma década deixou de ser a porta de entrada por excelência para a F-1. A GP2, de onde Nasr saiu, não tem nenhum brasileiro em sua disputa neste ano. Veja especial F-1
esporte
Com Nasr ameaçado na Sauber, Brasil corre sério risco de ficar fora do gridAntes cotado para equipes promissoras como Force India e Renault, Felipe Nasr, 24, viu suas opções de cockpit minguarem, e o Brasil corre sério risco de não ter um piloto na F-1 no próximo ano. Até agora, apenas as duas piores escuderias do campeonato, Sauber e Manor, não anunciaram sua dupla de pilotos para 2017 -e a equipe suíça hesita em confirmar a renovação de seu contrato. "Felipe é certamente uma das nossas opções", afirmou a chefe de equipe da Sauber, Monisha Kaltenborn, nesta sexta-feira (11). "Nós o conhecemos bem, conhecemos suas habilidades. Tivemos muitas experiências com ele, boas e ruins, por isso podemos avaliá-lo muito bem. É isso o que eu posso dizer." A equipe quer anunciar a definição de suas duas vagas antes do final da temporada, dia 27, em Abu Dhabi. Nasr disse estar tranquilo. "Estou na F-1, curtindo meu momento. Sei que tenho condições de continuar aqui. Não tenho de me envolver com isso. Há grandes chances de eu permanecer", comentou. Sobre as possíveis conversas com a Manor, afirmou que "vale a pena analisar tudo, mas tenho um pé na Sauber por já conhecer [a equipe]". À beira da falência, a equipe foi comprada neste ano pela Longbow Finance, que promete um aporte financeiro e aposta na mudança de regulamento para superar um ano de 2016 desastroso. Segundo a revista "Autosport", a permanência do piloto brasiliense depende das negociações de seu principal patrocinador, o Banco do Brasil, com a Sauber. Caso o acordo não se concretize, o país ficará ausente do grid pela primeira vez desde 1970, quando Emerson Fittipaldi fez a sua estreia na categoria. Desde então, ao menos um piloto brasileiro esteve presente em todos os campeonatos. Ao longo das últimas quatro décadas e meia, apenas uma vez o país ficou fora de uma corrida propriamente dita. No GP da Itália de 1977, os dois representantes nacionais, Emerson Fittipaldi e Alex Dias Ribeiro, não obtiveram tempo na classificação para alinhar na prova. vídeo Veja o vídeo 360º em dispositivos móveis. Depois daquilo, porém, a presença brasileira só fez crescer, chegando a uma aparição regular de quatro pilotos entre o fim dos anos 1980 e o início dos 1990, incluindo os campeões mundiais Ayrton Senna e Nelson Piquet. O recorde de participações ocorreu em 2001, nos GPs do Canadá e da Alemanha, com cinco pilotos. Nessas provas, largaram Rubens Barrichello, Enrique Bernoldi, Ricardo Zonta, Luciano Burti e Tarso Marques. Com 22 carros na pista, mais de um a cada cinco pilotos que largaram vieram do Brasil -na época, Zonta era reserva da Jordan e assumiu o cockpit nessas duas oportunidades. Nos últimos 15 anos, a presença de jovens talentos brasileiros nas categorias de base internacionais também começou a rarear. Em 2016, o único título nas pistas fora do país foi para o gaúcho Matheus Leist, da F-3 Inglesa, campeonato que há mais de uma década deixou de ser a porta de entrada por excelência para a F-1. A GP2, de onde Nasr saiu, não tem nenhum brasileiro em sua disputa neste ano. Veja especial F-1
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PMDB deve lealdade ao governo, diz ministro Helder Barbalho
O ministro da Secretaria Especial de Portos, Helder Barbalho (PMDB-PA), disse nesta quarta-feira (9) que o PMDB deve lealdade ao governo federal. "O PMDB compõe o governo e, por isso, deve lealdade ao governo da senhora presidenta. Todos aqueles que compõem o governo devem colaborar para que o Brasil encontre o caminho para essa travessia", disse Barbalho a jornalistas, após participar do leilão de portos realizado nesta quarta (9) na BM&FBovespa, em São Paulo. Questionado se essa também será a posição dos parlamentares do PMDB na votação do impeachment, Barbalho respondeu que pela "bancada da Câmara falam os deputados e o seu líder". No dia seguinte à derrota do Palácio do Planalto para a composição da comissão especial do impeachment, porém, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ), aliado da presidente Dilma Rousseff, foi destituído do posto líder do PMDB na Câmara. O movimento que teve o respaldo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um grupo de parlamentares peemedebistas favoráveis ao afastamento da petista protocolou no final da manhã desta quarta abaixo-assinado, na secretaria-geral da Câmara, pedindo a troca da liderança. A ala oposicionista conseguiu reunir a assinatura de mais da metade dos integrantes da bancada, 35 de 66 deputados federais e indicou como novo líder o deputado federal Leonardo Quintão (MG). A secretaria-geral já realizou a checagem das assinaturas e Quintão já aparece como novo líder do partido. Na tentativa de reverter o episódio, Picciani já começou a recolher assinaturas, incluindo de deputados federais signatários do abaixo-assinado contra ele. TEMER Na terça-feira (8), os dissidentes peemedebistas se reuniram com o vice-presidente Michel Temer para pedir o seu apoio à destituição de Picciani. À frente dos rebelados, estava o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos peemedebistas mais próximos a Temer e defensor do impeachment. Com a saída de Picciani, o Palácio do Planalto deve perder o controle sobre a maior bancada da Câmara dos Deputados e, por enquanto, o maior partido aliado do governo federal. Aliado de Dilma, Picciani se recusou a indicar deputados contrários ao impeachment para a comissão especial que analisará o pedido. Os rebelados do PMDB também procuraram o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO).
poder
PMDB deve lealdade ao governo, diz ministro Helder BarbalhoO ministro da Secretaria Especial de Portos, Helder Barbalho (PMDB-PA), disse nesta quarta-feira (9) que o PMDB deve lealdade ao governo federal. "O PMDB compõe o governo e, por isso, deve lealdade ao governo da senhora presidenta. Todos aqueles que compõem o governo devem colaborar para que o Brasil encontre o caminho para essa travessia", disse Barbalho a jornalistas, após participar do leilão de portos realizado nesta quarta (9) na BM&FBovespa, em São Paulo. Questionado se essa também será a posição dos parlamentares do PMDB na votação do impeachment, Barbalho respondeu que pela "bancada da Câmara falam os deputados e o seu líder". No dia seguinte à derrota do Palácio do Planalto para a composição da comissão especial do impeachment, porém, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ), aliado da presidente Dilma Rousseff, foi destituído do posto líder do PMDB na Câmara. O movimento que teve o respaldo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um grupo de parlamentares peemedebistas favoráveis ao afastamento da petista protocolou no final da manhã desta quarta abaixo-assinado, na secretaria-geral da Câmara, pedindo a troca da liderança. A ala oposicionista conseguiu reunir a assinatura de mais da metade dos integrantes da bancada, 35 de 66 deputados federais e indicou como novo líder o deputado federal Leonardo Quintão (MG). A secretaria-geral já realizou a checagem das assinaturas e Quintão já aparece como novo líder do partido. Na tentativa de reverter o episódio, Picciani já começou a recolher assinaturas, incluindo de deputados federais signatários do abaixo-assinado contra ele. TEMER Na terça-feira (8), os dissidentes peemedebistas se reuniram com o vice-presidente Michel Temer para pedir o seu apoio à destituição de Picciani. À frente dos rebelados, estava o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos peemedebistas mais próximos a Temer e defensor do impeachment. Com a saída de Picciani, o Palácio do Planalto deve perder o controle sobre a maior bancada da Câmara dos Deputados e, por enquanto, o maior partido aliado do governo federal. Aliado de Dilma, Picciani se recusou a indicar deputados contrários ao impeachment para a comissão especial que analisará o pedido. Os rebelados do PMDB também procuraram o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO).
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Jornais e institutos criticam restrição a pesquisas eleitorais
Aprovada na quarta (2) no Senado, a proposta que restringe a contratação de institutos de pesquisa por órgãos de imprensa retira o direito do eleitor de ter informação sobre a disputa eleitoral. A opinião é da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e de institutos de pesquisa. A medida faz parte da proposta de reforma política do Senado. A redação final do projeto foi aprovada nesta terça-feira (8) e seguirá para análise da Câmara, onde poderá ser alterada. Pela proposta, a imprensa fica proibida de contratar institutos de pesquisa que tenham trabalhado para partidos políticos, candidatos ou órgãos públicos no período de um ano antes das eleições. O texto veta a "contratação do instituto que tenha prestado serviço na esfera administrativa a que se referir a abrangência da pesquisa eleitoral". Ou seja, se uma empresa foi contratada pelo governo de um determinado Estado, ela não poderá realizar pesquisas neste mesmo Estado para um veículo de comunicação por um período de um ano antes do pleito eleitoral. "É mais uma tentativa de dificultar a divulgação de pesquisas. O Congresso ensaia diversos atos desse tipo. É um desejo que os políticos têm de dificultar o acesso a informação. Para eles, o ideal é que apenas eles mesmos tenham acesso aos resultados das pesquisas", disse o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. "Em uma democracia é importante que a opinião pública seja explicitada. Qualquer tipo de dificuldade neste sentido atenta contra a democracia", completou Paulino. Para o diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, a restrição limita a liberdade de expressão. "Se limita de forma indireta a liberdade de expressão na medida em que se limita a possibilidade de as pessoas serem informadas." "É importante que os veículos de comunicação tenham a liberdade de contratar as pesquisas que quiserem", afirmou ainda. Para a diretora do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, a regra fere a Constituição "na questão do direito de acesso a informação". "O eleitor tem direito a ter a informação e é sua a decisão de usá-la ou não. Quem tem que decidir isso é o eleitor e não o Senado." Para o autor da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a intenção da nova regra é evitar que o instituto preste serviço a "dois senhores" diferentes e visa coibir práticas "escusas" principalmente no interior do país, em que muitos institutos pequenos são ligados a políticos da região e acabam por produzir pesquisas enviesadas. Para que as novas regras entrem em vigor a tempo de valer para as eleições de 2016, a proposta deve ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff até 2 de outubro.
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Jornais e institutos criticam restrição a pesquisas eleitoraisAprovada na quarta (2) no Senado, a proposta que restringe a contratação de institutos de pesquisa por órgãos de imprensa retira o direito do eleitor de ter informação sobre a disputa eleitoral. A opinião é da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e de institutos de pesquisa. A medida faz parte da proposta de reforma política do Senado. A redação final do projeto foi aprovada nesta terça-feira (8) e seguirá para análise da Câmara, onde poderá ser alterada. Pela proposta, a imprensa fica proibida de contratar institutos de pesquisa que tenham trabalhado para partidos políticos, candidatos ou órgãos públicos no período de um ano antes das eleições. O texto veta a "contratação do instituto que tenha prestado serviço na esfera administrativa a que se referir a abrangência da pesquisa eleitoral". Ou seja, se uma empresa foi contratada pelo governo de um determinado Estado, ela não poderá realizar pesquisas neste mesmo Estado para um veículo de comunicação por um período de um ano antes do pleito eleitoral. "É mais uma tentativa de dificultar a divulgação de pesquisas. O Congresso ensaia diversos atos desse tipo. É um desejo que os políticos têm de dificultar o acesso a informação. Para eles, o ideal é que apenas eles mesmos tenham acesso aos resultados das pesquisas", disse o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. "Em uma democracia é importante que a opinião pública seja explicitada. Qualquer tipo de dificuldade neste sentido atenta contra a democracia", completou Paulino. Para o diretor-executivo da ANJ, Ricardo Pedreira, a restrição limita a liberdade de expressão. "Se limita de forma indireta a liberdade de expressão na medida em que se limita a possibilidade de as pessoas serem informadas." "É importante que os veículos de comunicação tenham a liberdade de contratar as pesquisas que quiserem", afirmou ainda. Para a diretora do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari, a regra fere a Constituição "na questão do direito de acesso a informação". "O eleitor tem direito a ter a informação e é sua a decisão de usá-la ou não. Quem tem que decidir isso é o eleitor e não o Senado." Para o autor da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a intenção da nova regra é evitar que o instituto preste serviço a "dois senhores" diferentes e visa coibir práticas "escusas" principalmente no interior do país, em que muitos institutos pequenos são ligados a políticos da região e acabam por produzir pesquisas enviesadas. Para que as novas regras entrem em vigor a tempo de valer para as eleições de 2016, a proposta deve ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff até 2 de outubro.
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O primeiro esportivo do país
O Willys Interlagos lançado no Salão do Automóvel de 1961, realizado no pavilhão do Ibirapuera, foi o primeiro esportivo e o primeiro carro de produção a usar fibra de vidro no Brasil. O modelo era uma cópia do francês Renault Alpine A108, criado pelo designer italiano Giovanni Michelotti. Entre Ferraris e Maseratis, ele criou também o Triumph TR4, o Spitfire e o BMW 2002. No começo da década de 1960, a Willys Overland do Brasil fabricava carros de projeto americano como o Jeep, o Aero-Willys e, sob licença da Renault francesa, o Dauphine e o Gordini. O Interlagos tinha mecânica baseada no Dauphine. O mais potente era um 1.0 com quatro cilindros em linha e câmbio de quatro marchas. Com esse propulsor, o modelo atingia potência máxima de 70 cv e, graças a suas pequenas dimensões e baixo peso (535 quilos na versão Berlineta), atingia 160 km/h, o que era excelente para época. Tanto que, junto com o time da DKW-Vemag, a equipe Willys dominou o automobilismo brasileiro. Seus Interlagos de corrida eram guiados por pilotos como os irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Luiz Bueno e Bird Clemente. Nessa velha guarda dos pioneiros do automobilismo nacional, também se destacava Luiz Evandro "Águia", hoje com 72 anos. Águia tem mais de 200 corridas realizadas, sendo 50 fora do Brasil. Foi campeão brasileiro de rali de velocidade, vice-campeão das Mil Milhas Stock Car e obteve destaque nos EUA. Parou de correr profissionalmente em 1991. Em 2004, ele foi convidado para o primeiro campeonato paulista de carros antigos, hoje chamado Classic Cup. Nada mais adequado para essa prova que seu Willys Interlagos Berlineta 1966, com preparação feita por Elisio Casado, um ex-mecânico da Equipe Willys. O resultado não podia ser outro. Águia e o Interlagos foram novamente os grandes campeões.
colunas
O primeiro esportivo do paísO Willys Interlagos lançado no Salão do Automóvel de 1961, realizado no pavilhão do Ibirapuera, foi o primeiro esportivo e o primeiro carro de produção a usar fibra de vidro no Brasil. O modelo era uma cópia do francês Renault Alpine A108, criado pelo designer italiano Giovanni Michelotti. Entre Ferraris e Maseratis, ele criou também o Triumph TR4, o Spitfire e o BMW 2002. No começo da década de 1960, a Willys Overland do Brasil fabricava carros de projeto americano como o Jeep, o Aero-Willys e, sob licença da Renault francesa, o Dauphine e o Gordini. O Interlagos tinha mecânica baseada no Dauphine. O mais potente era um 1.0 com quatro cilindros em linha e câmbio de quatro marchas. Com esse propulsor, o modelo atingia potência máxima de 70 cv e, graças a suas pequenas dimensões e baixo peso (535 quilos na versão Berlineta), atingia 160 km/h, o que era excelente para época. Tanto que, junto com o time da DKW-Vemag, a equipe Willys dominou o automobilismo brasileiro. Seus Interlagos de corrida eram guiados por pilotos como os irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Luiz Bueno e Bird Clemente. Nessa velha guarda dos pioneiros do automobilismo nacional, também se destacava Luiz Evandro "Águia", hoje com 72 anos. Águia tem mais de 200 corridas realizadas, sendo 50 fora do Brasil. Foi campeão brasileiro de rali de velocidade, vice-campeão das Mil Milhas Stock Car e obteve destaque nos EUA. Parou de correr profissionalmente em 1991. Em 2004, ele foi convidado para o primeiro campeonato paulista de carros antigos, hoje chamado Classic Cup. Nada mais adequado para essa prova que seu Willys Interlagos Berlineta 1966, com preparação feita por Elisio Casado, um ex-mecânico da Equipe Willys. O resultado não podia ser outro. Águia e o Interlagos foram novamente os grandes campeões.
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Justiça decide que assassino de Glauco deve responder por crimes em Goiás
A Justiça aceitou os laudos que atestam que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, pode responder judicialmente por quatro crimes cometidos em Goiânia no ano passado. Com isso, a ação penal contra ele, que havia sido suspensa em dezembro de 2014, voltará a tramitar. Cadu irá responder por dois latrocínios, porte ilegal de arma com numeração raspada e receptação de automóvel. Ele é acusado de dois latrocínios cometidos em Goiânia em agosto do ano passado. O agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes D'Abadia e o estudante Matheus Pinheiro de Morais, 21, morreram em datas diferentes após terem os carros roubados. Os laudos –resultados de um exame de insanidade mental e de outro psicológico– foram solicitados pela defesa de Cadu e divulgados no último dia 9 de abril pelo promotor de Justiça Fernando Braga Viggiano. Cadu, que é assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele Raoni, mortos em março de 2010, em Osasco (SP), havia sido considerado esquizofrênico e declarado inimputável pela Justiça em 2011. Em razão disso, foi aplicada na época uma medida de segurança, iniciada com internação em hospital de custódia no Paraná e continuada em Goiânia por meio do Paili (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator). Quando foi preso pelos crimes praticados em Goiânia, em 1º de setembro de 2014, Cadu estava no período de acompanhamento ambulatorial pelo programa. Logo depois que o Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra Cadu à Justiça, a defesa argumentou que ele já fora considerado inimputável e pediu a realização de novos laudos periciais. A ação foi suspensa desde então. Agora, com a homologação do resultado pela juíza Bianca Melo Cintra, o processo será retomado e volta à fase inicial. A defesa de Cadu tem o prazo de dez dias para apresentar resposta à acusação. Procurado pela reportagem, o advogado Sérgio Divino Carvalho Filho, que representa Cadu, disse que não sabia da homologação e pediu que a reportagem lhe telefonasse mais tarde para comentar. Depois, não atendeu mais o telefone.
cotidiano
Justiça decide que assassino de Glauco deve responder por crimes em GoiásA Justiça aceitou os laudos que atestam que Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, pode responder judicialmente por quatro crimes cometidos em Goiânia no ano passado. Com isso, a ação penal contra ele, que havia sido suspensa em dezembro de 2014, voltará a tramitar. Cadu irá responder por dois latrocínios, porte ilegal de arma com numeração raspada e receptação de automóvel. Ele é acusado de dois latrocínios cometidos em Goiânia em agosto do ano passado. O agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes D'Abadia e o estudante Matheus Pinheiro de Morais, 21, morreram em datas diferentes após terem os carros roubados. Os laudos –resultados de um exame de insanidade mental e de outro psicológico– foram solicitados pela defesa de Cadu e divulgados no último dia 9 de abril pelo promotor de Justiça Fernando Braga Viggiano. Cadu, que é assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele Raoni, mortos em março de 2010, em Osasco (SP), havia sido considerado esquizofrênico e declarado inimputável pela Justiça em 2011. Em razão disso, foi aplicada na época uma medida de segurança, iniciada com internação em hospital de custódia no Paraná e continuada em Goiânia por meio do Paili (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator). Quando foi preso pelos crimes praticados em Goiânia, em 1º de setembro de 2014, Cadu estava no período de acompanhamento ambulatorial pelo programa. Logo depois que o Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra Cadu à Justiça, a defesa argumentou que ele já fora considerado inimputável e pediu a realização de novos laudos periciais. A ação foi suspensa desde então. Agora, com a homologação do resultado pela juíza Bianca Melo Cintra, o processo será retomado e volta à fase inicial. A defesa de Cadu tem o prazo de dez dias para apresentar resposta à acusação. Procurado pela reportagem, o advogado Sérgio Divino Carvalho Filho, que representa Cadu, disse que não sabia da homologação e pediu que a reportagem lhe telefonasse mais tarde para comentar. Depois, não atendeu mais o telefone.
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Alalaô: Acadêmicos do Tucuruvi conta história do Carnaval na avenida
Neste ano, a escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi busca o tão sonhado título do Carnaval de  São Paulo contando a história da festa, desde as marchinhas, que começaram no Rio de Janeiro, passando pelos bailes de salões, pelos carnavais ... Leia post completo no blog
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Alalaô: Acadêmicos do Tucuruvi conta história do Carnaval na avenidaNeste ano, a escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi busca o tão sonhado título do Carnaval de  São Paulo contando a história da festa, desde as marchinhas, que começaram no Rio de Janeiro, passando pelos bailes de salões, pelos carnavais ... Leia post completo no blog
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Duas vítimas de Paraty são sepultadas; empresa nega que ônibus estivesse lotado
Duas irmãs, bibliotecárias, vítimas do acidente com o ônibus da Colitur, em Paraty (RJ) foram sepultadas na tarde desta terça-feira (8), no cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O acidente com o ônibus da Colitur matou 15 pessoas e deixou 66 feridas. Todos os passageiros que morreram foram identificados no IML (Instituto Médico Legal), de Angra dos Reis, na manhã desta terça. Entre os 15 mortos, dez eram de São Paulo, três do Rio e dois de Minas Gerais. A Colitur informou que o veículo tinha capacidade para transportar 45 passageiros sentados e 38 em pé, o que totaliza 83 pessoas. por isso, "não é o caso de superlotação". No momento do acidente, 81 pessoas estavam no ônibus. A polícia investiga se houve falha mecânica ou se o ônibus estava superlotado. As irmãs Raquel, 41, e Talita Amâncio, 31, foram passar o feriado de Sete de Setembro em Paraty, cidade que costumavam visitar na feira literária que acontece anualmente no município. Cerca de 100 pessoas estiveram no sepultamento. Até a tarde desta terça, apenas duas vítimas permaneciam no IML aguardando liberação: Kênia Diany Garcia, 22, e Alex Pinho Medeiros, 34. Ainda nesta terça havia 15 pessoas que permaneciam internadas, cinco delas em estado grave. Peritos realizaram durante a tarde de terça uma nova análise do ônibus da Colitur que virou no Morro do Deus Me Livre, trecho entre o centro da cidade de Paraty e a praia de Trindade. A previsão dos peritos é entregar o resultado da perícia em 30 dias. O delegado João Dias, da delegacia de Paraty, já começou a tomar os depoimentos dos feridos. Assista ACIDENTE O veículo seguia do centro de Paraty para Trindade, bairro a cerca de 32 km, quando tombou no acostamento no trecho conhecido como Morro Deus Me Livre, assim chamado por ser uma estrada sinuosa e ladeada por abismos. A maioria dos passageiros eram turistas. Fotos e vídeos publicados na internet mostram que grande parte dos passageiros eram jovens. Em nota, a empresa dona do ônibus diz lamentar o acidente e que irá investigar suas causas. "A Colitur lamenta profundamente o ocorrido e informa que está apurando as causas do acidente e prestando todos os esclarecimentos às autoridades. Informa também que está prestando todo o apoio às vítimas e aos familiares das vítimas fatais". Mapa: Local do acidente - VÍTIMAS FATAIS DO ACIDENTE > Alex Pinho Medeiros, 34 > Bruno Mariani da Silva, 26, de Ferraz de Vasconcelos (SP) Trabalhava em uma fábrica de tecidos e fazia curso para ser designer -deixa dois filhos, um de três meses e outro de seis anos de idade > Claudia Maria Arruda, 54, de Timóteo (MG) > Gabriele Mateus de Macedo, 21, de São Paulo Cursava publicidade na Faculdade Butantã -havia viajado com a amiga Kathellyn > Juliana Rocha Medeiros dos Santos, 26, de São Paulo Estudava direito na UNIP > Kathellyn Fernanda Xavier de Abreu, 18, de São Paulo Cursava pedagogia e havia acabado de passar num concurso para inspetora na rede municipal -havia viajado com a amiga Gabriele > Michele Aparecida Oliveira, 21 Namorada de Ricardo > Raquel Amâncio de Souza, 39, de São João de Meriti (RJ) Irmã de Thalita; ambas estava com a Tatiane > Ricardo Henrique de Souza, 22 Namorado de Michele > Robson Antunes Braga, 52, de Timóteo (MG) > Sueli Testai Atui, 68, de São Paulo Viajava com uma amiga que tem dificuldade de locomoção e que se feriu no acidente, mas não morreu > Tatiane de Assis Albuquerque, 38, do Rio Moradora da Ilha do Governador, zona norte da cidade. Moradora da Ilha do Governador, zona norte da cidade. Ela havia viajado a Paraty com o marido, Adailto Antônio Brás Sobrinho, 37, e um grupo de amigos. Adailto, que também estava no ônibus, está internado num hospital em Angra dos Reis > Thalita Amâncio de Souza, 31, de São João de Meriti (RJ) Irmã de Raquel; ambas estava com a Tatiane > Vanilda Santana Moura, 62, de São Paulo Ela havia viajado à Paraty com três filhos e outras duas pessoas. Estava no ônibus com um de seus filhos.
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Duas vítimas de Paraty são sepultadas; empresa nega que ônibus estivesse lotadoDuas irmãs, bibliotecárias, vítimas do acidente com o ônibus da Colitur, em Paraty (RJ) foram sepultadas na tarde desta terça-feira (8), no cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O acidente com o ônibus da Colitur matou 15 pessoas e deixou 66 feridas. Todos os passageiros que morreram foram identificados no IML (Instituto Médico Legal), de Angra dos Reis, na manhã desta terça. Entre os 15 mortos, dez eram de São Paulo, três do Rio e dois de Minas Gerais. A Colitur informou que o veículo tinha capacidade para transportar 45 passageiros sentados e 38 em pé, o que totaliza 83 pessoas. por isso, "não é o caso de superlotação". No momento do acidente, 81 pessoas estavam no ônibus. A polícia investiga se houve falha mecânica ou se o ônibus estava superlotado. As irmãs Raquel, 41, e Talita Amâncio, 31, foram passar o feriado de Sete de Setembro em Paraty, cidade que costumavam visitar na feira literária que acontece anualmente no município. Cerca de 100 pessoas estiveram no sepultamento. Até a tarde desta terça, apenas duas vítimas permaneciam no IML aguardando liberação: Kênia Diany Garcia, 22, e Alex Pinho Medeiros, 34. Ainda nesta terça havia 15 pessoas que permaneciam internadas, cinco delas em estado grave. Peritos realizaram durante a tarde de terça uma nova análise do ônibus da Colitur que virou no Morro do Deus Me Livre, trecho entre o centro da cidade de Paraty e a praia de Trindade. A previsão dos peritos é entregar o resultado da perícia em 30 dias. O delegado João Dias, da delegacia de Paraty, já começou a tomar os depoimentos dos feridos. Assista ACIDENTE O veículo seguia do centro de Paraty para Trindade, bairro a cerca de 32 km, quando tombou no acostamento no trecho conhecido como Morro Deus Me Livre, assim chamado por ser uma estrada sinuosa e ladeada por abismos. A maioria dos passageiros eram turistas. Fotos e vídeos publicados na internet mostram que grande parte dos passageiros eram jovens. Em nota, a empresa dona do ônibus diz lamentar o acidente e que irá investigar suas causas. "A Colitur lamenta profundamente o ocorrido e informa que está apurando as causas do acidente e prestando todos os esclarecimentos às autoridades. Informa também que está prestando todo o apoio às vítimas e aos familiares das vítimas fatais". Mapa: Local do acidente - VÍTIMAS FATAIS DO ACIDENTE > Alex Pinho Medeiros, 34 > Bruno Mariani da Silva, 26, de Ferraz de Vasconcelos (SP) Trabalhava em uma fábrica de tecidos e fazia curso para ser designer -deixa dois filhos, um de três meses e outro de seis anos de idade > Claudia Maria Arruda, 54, de Timóteo (MG) > Gabriele Mateus de Macedo, 21, de São Paulo Cursava publicidade na Faculdade Butantã -havia viajado com a amiga Kathellyn > Juliana Rocha Medeiros dos Santos, 26, de São Paulo Estudava direito na UNIP > Kathellyn Fernanda Xavier de Abreu, 18, de São Paulo Cursava pedagogia e havia acabado de passar num concurso para inspetora na rede municipal -havia viajado com a amiga Gabriele > Michele Aparecida Oliveira, 21 Namorada de Ricardo > Raquel Amâncio de Souza, 39, de São João de Meriti (RJ) Irmã de Thalita; ambas estava com a Tatiane > Ricardo Henrique de Souza, 22 Namorado de Michele > Robson Antunes Braga, 52, de Timóteo (MG) > Sueli Testai Atui, 68, de São Paulo Viajava com uma amiga que tem dificuldade de locomoção e que se feriu no acidente, mas não morreu > Tatiane de Assis Albuquerque, 38, do Rio Moradora da Ilha do Governador, zona norte da cidade. Moradora da Ilha do Governador, zona norte da cidade. Ela havia viajado a Paraty com o marido, Adailto Antônio Brás Sobrinho, 37, e um grupo de amigos. Adailto, que também estava no ônibus, está internado num hospital em Angra dos Reis > Thalita Amâncio de Souza, 31, de São João de Meriti (RJ) Irmã de Raquel; ambas estava com a Tatiane > Vanilda Santana Moura, 62, de São Paulo Ela havia viajado à Paraty com três filhos e outras duas pessoas. Estava no ônibus com um de seus filhos.
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Veja obra inédita de Tunga que estará em mostra do artista, morto em junho
O artista pernambucano Tunga, morto em junho, é tema de uma exposição concebida em vida; dezenas de trabalhos inéditos estão em "Pálpebras", de 15/10 a 12/11, na galeria Millan, em São Paulo.
serafina
Veja obra inédita de Tunga que estará em mostra do artista, morto em junhoO artista pernambucano Tunga, morto em junho, é tema de uma exposição concebida em vida; dezenas de trabalhos inéditos estão em "Pálpebras", de 15/10 a 12/11, na galeria Millan, em São Paulo.
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Governo confirma reajuste de até 7,7% no preço dos medicamentos
O preço dos medicamentos deve sofrer reajuste de até 7,7% neste ano. O índice foi divulgado nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União. O valor, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, confirma os cálculos de indústrias do setor, divulgados na última semana. Segundo o governo, os remédios devem ter seus preços reajustados em, no máximo, 5%, 6,35% e 7,7%, conforme a categoria do produto. Os índices, embora ainda dentro da inflação do período, são superiores aos do ano passado, quando os valores máximos permitidos para o reajuste eram de 1%, 3,35% e 5,7%. Além da inflação, os novos índices foram calculados com base em fatores como produtividade, custo dos insumos e concorrência dentro do setor. PREVISÃO Ao todo, 9.120 medicamentos estão sujeitos ao novo reajuste, que pode ser aplicado já a partir desta terça-feira (31). A previsão do setor, no entanto, é que as variações de preço ocorram principalmente entre junho e julho, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem praticar um reajuste menor do que permitido, principalmente em casos de produtos de grande concorrência. TIPOS DE MEDICAMENTOS Em geral, os medicamentos são divididos em três faixas, com base na concentração do mercado. Assim, remédios mais simples e produzidos por mais empresas costumam ter permissão de reajuste maior –uma vez que a indústria costuma baixar os preços para manter a concorrência. Entram nessa lista, por exemplo, medicamentos como omeprazol, usado para tratamento de gastrite. Neste caso, o reajuste no preço pode chegar a, no máximo, 7,7%. Na outra ponta, remédios fabricados por menos empresas, os quais as indústrias teriam facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido, atualmente em até 5%. Neste ano, com mudanças na classificação dos remédios, cerca de 50% dos produtos disponíveis no mercado passam a fazer parte deste grupo –caso da ritalina, por exemplo, usada para tratamento de déficit de atenção. Os demais medicamentos ficam com reajuste médio, de 6,35%.
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Governo confirma reajuste de até 7,7% no preço dos medicamentosO preço dos medicamentos deve sofrer reajuste de até 7,7% neste ano. O índice foi divulgado nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União. O valor, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, confirma os cálculos de indústrias do setor, divulgados na última semana. Segundo o governo, os remédios devem ter seus preços reajustados em, no máximo, 5%, 6,35% e 7,7%, conforme a categoria do produto. Os índices, embora ainda dentro da inflação do período, são superiores aos do ano passado, quando os valores máximos permitidos para o reajuste eram de 1%, 3,35% e 5,7%. Além da inflação, os novos índices foram calculados com base em fatores como produtividade, custo dos insumos e concorrência dentro do setor. PREVISÃO Ao todo, 9.120 medicamentos estão sujeitos ao novo reajuste, que pode ser aplicado já a partir desta terça-feira (31). A previsão do setor, no entanto, é que as variações de preço ocorram principalmente entre junho e julho, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem praticar um reajuste menor do que permitido, principalmente em casos de produtos de grande concorrência. TIPOS DE MEDICAMENTOS Em geral, os medicamentos são divididos em três faixas, com base na concentração do mercado. Assim, remédios mais simples e produzidos por mais empresas costumam ter permissão de reajuste maior –uma vez que a indústria costuma baixar os preços para manter a concorrência. Entram nessa lista, por exemplo, medicamentos como omeprazol, usado para tratamento de gastrite. Neste caso, o reajuste no preço pode chegar a, no máximo, 7,7%. Na outra ponta, remédios fabricados por menos empresas, os quais as indústrias teriam facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido, atualmente em até 5%. Neste ano, com mudanças na classificação dos remédios, cerca de 50% dos produtos disponíveis no mercado passam a fazer parte deste grupo –caso da ritalina, por exemplo, usada para tratamento de déficit de atenção. Os demais medicamentos ficam com reajuste médio, de 6,35%.
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Terry Crews defende comédia e feminismo em 'Brooklyn Nine-Nine'
"Eu acho uma pena comediantes receberem cachês menores do que os de outros atores", diz o comediante Terry Crews, 47. Em entrevista à Folha durante o Festival de Televisão de Monte Carlo,em junho, o norte-americano levantou a bandeira pela igualdade entre a comédia e os demais gêneros do cinema e da TV. "Por que um comediante é bom o suficiente para apresentar o Oscar, mas não para ser indicado a um prêmio da Academia?", questiona o ator, que deixou a carreira de jogador de futebol americano para se dedicar ao cinema. "A Academia pensa que comédia não é importante e eu não concordo com isso. O Bradley Cooper de 'Se Beber Não Case' é tão importante quanto o de 'Sniper Americano'", defende. "Eddie Murphy em 'Professor Aloprado' é genial, difícil de achar igual." Conhecido por comédias escrachadas como "As Branquelas" (2004), o americano de 1,89 m de altura está fazendo humor atualmente na série "Brooklyn Nine-Nine", exibida no Brasil pelo canal TBS. Estrelada por Andy Samberg (do humorístico "Saturday Night Live"), "Brooklyn Nine-Nine" ganhou repercussão nos EUA logo em sua estreia, em 2013. Ambientada em um departamento policial do bairro de Nova York, a série dos mesmos criadores de "Parks and Recreation" e "The Office" vai pela mesma toada: sátira ao ambiente de trabalho. Crews rouba a cena no papel de Terry Jeffords, também conhecido como Elbony Falcon, um sargento que acaba afastado das ruas após uma crise de pânico. O personagem tem um lado feminino aflorado, e Crews admite sua semelhança com o sargento. "Eu sou mais Terry Jeffords que Terry Jeffords", diz o intérprete, feminista declarado e autor de um livro sobre o assunto, "Manhood" (masculinidade, em português). "Não aceito participar de projetos que mostram a mulher como objeto sexual", completa. SEM-VERGONHA Para o ator, não há segredo em fazer comédia. "Você faz e, se não funcionar, você faz de novo", diz. "Se eu tiver que soltar um pum na frente de milhões de pessoas, eu faço. Pum é uma qualidade do ser humano. Você precisa ser honesto e sem-vergonha. Qualquer inibição mata a comédia. Mas humor também não pode ofender o espectador." O americano, que também apresenta o programa "Quem quer Ser um Milionário?" nos Estados Unidos, confessa que teve dúvidas sobre o sucesso de "Brooklyn Nine-Nine". "Já fiz filmes que, pelo roteiro, percebi que não dariam certo, mas eu já havia assinado o contrato. Mas alguns filmes, que no início achava que seriam péssimos, acabaram se tornando lendários", afirma, em referência ao longa "Idiocracia", de 2006. "Pensei que 'Brooklyn Nine-Nine' fosse pelo mesmo caminho [de fracasso], mas se tornou um sucesso imediato. Ficamos chocados." A série ganhou dois Globos de Ouro em 2014 e foi renovada para a terceira temporada, que estreia em setembro nos EUA. BROOKLYN NINE-NINE Último episódio da 2ª temporada QUANDO 28/8, às 14h45, na TBS
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Terry Crews defende comédia e feminismo em 'Brooklyn Nine-Nine'"Eu acho uma pena comediantes receberem cachês menores do que os de outros atores", diz o comediante Terry Crews, 47. Em entrevista à Folha durante o Festival de Televisão de Monte Carlo,em junho, o norte-americano levantou a bandeira pela igualdade entre a comédia e os demais gêneros do cinema e da TV. "Por que um comediante é bom o suficiente para apresentar o Oscar, mas não para ser indicado a um prêmio da Academia?", questiona o ator, que deixou a carreira de jogador de futebol americano para se dedicar ao cinema. "A Academia pensa que comédia não é importante e eu não concordo com isso. O Bradley Cooper de 'Se Beber Não Case' é tão importante quanto o de 'Sniper Americano'", defende. "Eddie Murphy em 'Professor Aloprado' é genial, difícil de achar igual." Conhecido por comédias escrachadas como "As Branquelas" (2004), o americano de 1,89 m de altura está fazendo humor atualmente na série "Brooklyn Nine-Nine", exibida no Brasil pelo canal TBS. Estrelada por Andy Samberg (do humorístico "Saturday Night Live"), "Brooklyn Nine-Nine" ganhou repercussão nos EUA logo em sua estreia, em 2013. Ambientada em um departamento policial do bairro de Nova York, a série dos mesmos criadores de "Parks and Recreation" e "The Office" vai pela mesma toada: sátira ao ambiente de trabalho. Crews rouba a cena no papel de Terry Jeffords, também conhecido como Elbony Falcon, um sargento que acaba afastado das ruas após uma crise de pânico. O personagem tem um lado feminino aflorado, e Crews admite sua semelhança com o sargento. "Eu sou mais Terry Jeffords que Terry Jeffords", diz o intérprete, feminista declarado e autor de um livro sobre o assunto, "Manhood" (masculinidade, em português). "Não aceito participar de projetos que mostram a mulher como objeto sexual", completa. SEM-VERGONHA Para o ator, não há segredo em fazer comédia. "Você faz e, se não funcionar, você faz de novo", diz. "Se eu tiver que soltar um pum na frente de milhões de pessoas, eu faço. Pum é uma qualidade do ser humano. Você precisa ser honesto e sem-vergonha. Qualquer inibição mata a comédia. Mas humor também não pode ofender o espectador." O americano, que também apresenta o programa "Quem quer Ser um Milionário?" nos Estados Unidos, confessa que teve dúvidas sobre o sucesso de "Brooklyn Nine-Nine". "Já fiz filmes que, pelo roteiro, percebi que não dariam certo, mas eu já havia assinado o contrato. Mas alguns filmes, que no início achava que seriam péssimos, acabaram se tornando lendários", afirma, em referência ao longa "Idiocracia", de 2006. "Pensei que 'Brooklyn Nine-Nine' fosse pelo mesmo caminho [de fracasso], mas se tornou um sucesso imediato. Ficamos chocados." A série ganhou dois Globos de Ouro em 2014 e foi renovada para a terceira temporada, que estreia em setembro nos EUA. BROOKLYN NINE-NINE Último episódio da 2ª temporada QUANDO 28/8, às 14h45, na TBS
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Bilionário Warren Buffett vende parte de sua fatia na IBM, diz CNBC
O investidor bilionário Warren Buffett vendeu parte da fatia detida por sua Berkshire Hathaway na IBM, publicou a CNBC no fim desta quinta-feira (4), reduzindo aposta que surpreendeu muitos e que ainda não se mostrou bem sucedida. Buffett detinha ao redor de 81 milhões de ações da IBM no fim de 2016 e repassou cerca de um terço desse volume entre o primeiro e segundo trimestres deste ano, publicou a CNBC citando o investidor. A ação da IBM atingiu valor de US$ 180 em 14 de fevereiro, mas encerrou na quinta-feira (4) a US$ 159,05. Representantes da Berkshire não comentaram o assunto de imediato. "Eu não avalio a IBM da mesma forma que avaliava seis anos atrás quando comecei a comprar... Eu reavaliei isso para baixo", disse Buffett, em entrevista à CNBC. O investimento da Berkshire na IBM foi considerado como uma surpresa pelo mercado diante da conhecida resistência de Buffett em investir em negócios que ele considera mais complexos de entender. Desde 2011, Buffett tem ações, avaliadas em US$ 12,3 bilhões, na centenária IBM. "As chances de estar muito enganado sobre a IBM são menores, provavelmente para nós, do que as chances de estar enganado sobre o Google ou a Apple. Eu simplesmente não sei avaliá-las", disse ele em 2012. Neste ano, o magnata comprou US$ 1 bilhão em ações da Apple —um movimento curioso porque o investidor historicamente evitava negócios de tecnologia e porque pode indicar que o perfil da companhia está mudando.
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Bilionário Warren Buffett vende parte de sua fatia na IBM, diz CNBCO investidor bilionário Warren Buffett vendeu parte da fatia detida por sua Berkshire Hathaway na IBM, publicou a CNBC no fim desta quinta-feira (4), reduzindo aposta que surpreendeu muitos e que ainda não se mostrou bem sucedida. Buffett detinha ao redor de 81 milhões de ações da IBM no fim de 2016 e repassou cerca de um terço desse volume entre o primeiro e segundo trimestres deste ano, publicou a CNBC citando o investidor. A ação da IBM atingiu valor de US$ 180 em 14 de fevereiro, mas encerrou na quinta-feira (4) a US$ 159,05. Representantes da Berkshire não comentaram o assunto de imediato. "Eu não avalio a IBM da mesma forma que avaliava seis anos atrás quando comecei a comprar... Eu reavaliei isso para baixo", disse Buffett, em entrevista à CNBC. O investimento da Berkshire na IBM foi considerado como uma surpresa pelo mercado diante da conhecida resistência de Buffett em investir em negócios que ele considera mais complexos de entender. Desde 2011, Buffett tem ações, avaliadas em US$ 12,3 bilhões, na centenária IBM. "As chances de estar muito enganado sobre a IBM são menores, provavelmente para nós, do que as chances de estar enganado sobre o Google ou a Apple. Eu simplesmente não sei avaliá-las", disse ele em 2012. Neste ano, o magnata comprou US$ 1 bilhão em ações da Apple —um movimento curioso porque o investidor historicamente evitava negócios de tecnologia e porque pode indicar que o perfil da companhia está mudando.
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Exposição reúne no Rio originais de J.Carlos
Se o Brasil teve uma cara na primeira metade do século 20, ela certamente foi desenhada com o traço elegante de José Carlos de Brito e Cunha (1884-1950), o J. Carlos. Principal artista gráfico do país, o ilustrador e chargista carioca ganha a partir deste sábado (25) uma exposição dedicada a seus originais no Instituto Moreira Salles do Rio. "Ele era um ídolo. Todo mundo adorava o J.Carlos. O desenho limpo, a clareza de raciocínio. É inconfundível", diz o jornalista e caricaturista Cássio Loredano, que já editou seis livros dedicados à obra do artista, além de uma biografia dele. A exposição tem quase 300 originais, selecionados a partir dos mil que pertencem à família de J.Carlos e estão sob a guarda do IMS. As peças gráficas abrangem desde a década de 1920 até o fim da década de 1940, e foram publicados em revistas como "Para Todos", "Careta" e "O Tico-Tico". "É a maior exposição que já houve com essa quantidade de originais dele. É importante para mostrar o processo [de criação]", diz o escritor Paulo Roberto Pires, que divide a curadoria com Loredano e com Julia Kovensky. A mostra traça um caminho em quatro etapas: a primeira traz as criações gráficas –letras, logotipos e títulos, além de desenhos que emolduravam textos. A segunda é dedicada às crônicas visuais, com cenas de costumes e acontecimentos do Brasil da época. Há uma extensa porção que mostra a produção durante a Segunda Guerra e o início da Guerra Fria, na qual se nota seu ativismo político pró-Aliados. E, por fim, suas histórias em quadrinhos e desenhos para as crianças. VIDA NA PRANCHETA Trabalhando numa era anterior à disseminação das fotografias, J.Carlos era o responsável por toda a parte visual nas publicações em que trabalhou. O artista não apenas desenhava caricaturas, ilustrações e charges – ele também criava as vinhetas, as capitulares, os anúncios. "Um jogo de futebol, um incêndio, a inauguração de uma estátua. Tudo era ele que pincelava, porque não tinha foto", diz Loredano. Não por acaso, sua produção é volumosa, ultrapassando os 50 mil desenhos, o primeiro deles publicado em 1902, no semanário "Tagarela". "Ele trabalhou até 1950, até morrer. Morreu em cima da prancheta, onde passou a vida", diz Loredano. * J.CARLOS: ORIGINAIS QUANDO ter. a dom., das 11h às 20h; até 22/10 ONDE: Instituto Moreira Salles - Rio, r. Marquês de São Vicente, 476, Gávea, tel. (21) 3284-7400 QUANTO: grátis; livre
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Exposição reúne no Rio originais de J.CarlosSe o Brasil teve uma cara na primeira metade do século 20, ela certamente foi desenhada com o traço elegante de José Carlos de Brito e Cunha (1884-1950), o J. Carlos. Principal artista gráfico do país, o ilustrador e chargista carioca ganha a partir deste sábado (25) uma exposição dedicada a seus originais no Instituto Moreira Salles do Rio. "Ele era um ídolo. Todo mundo adorava o J.Carlos. O desenho limpo, a clareza de raciocínio. É inconfundível", diz o jornalista e caricaturista Cássio Loredano, que já editou seis livros dedicados à obra do artista, além de uma biografia dele. A exposição tem quase 300 originais, selecionados a partir dos mil que pertencem à família de J.Carlos e estão sob a guarda do IMS. As peças gráficas abrangem desde a década de 1920 até o fim da década de 1940, e foram publicados em revistas como "Para Todos", "Careta" e "O Tico-Tico". "É a maior exposição que já houve com essa quantidade de originais dele. É importante para mostrar o processo [de criação]", diz o escritor Paulo Roberto Pires, que divide a curadoria com Loredano e com Julia Kovensky. A mostra traça um caminho em quatro etapas: a primeira traz as criações gráficas –letras, logotipos e títulos, além de desenhos que emolduravam textos. A segunda é dedicada às crônicas visuais, com cenas de costumes e acontecimentos do Brasil da época. Há uma extensa porção que mostra a produção durante a Segunda Guerra e o início da Guerra Fria, na qual se nota seu ativismo político pró-Aliados. E, por fim, suas histórias em quadrinhos e desenhos para as crianças. VIDA NA PRANCHETA Trabalhando numa era anterior à disseminação das fotografias, J.Carlos era o responsável por toda a parte visual nas publicações em que trabalhou. O artista não apenas desenhava caricaturas, ilustrações e charges – ele também criava as vinhetas, as capitulares, os anúncios. "Um jogo de futebol, um incêndio, a inauguração de uma estátua. Tudo era ele que pincelava, porque não tinha foto", diz Loredano. Não por acaso, sua produção é volumosa, ultrapassando os 50 mil desenhos, o primeiro deles publicado em 1902, no semanário "Tagarela". "Ele trabalhou até 1950, até morrer. Morreu em cima da prancheta, onde passou a vida", diz Loredano. * J.CARLOS: ORIGINAIS QUANDO ter. a dom., das 11h às 20h; até 22/10 ONDE: Instituto Moreira Salles - Rio, r. Marquês de São Vicente, 476, Gávea, tel. (21) 3284-7400 QUANTO: grátis; livre
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Graça Foster diz a Moro que Lava Jato é 'positiva' e lamenta 'sujeirada'
A ex-presidente da Petrobras Graça Foster disse em depoimento ao juiz Sergio Moro nesta segunda (19) que os efeitos da Operação Lava Jato são "extremamente positivos" para a empresa e lamentou a "sujeirada" em obras da companhia. Graça foi ouvida como testemunha, por meio de videoconferência, em uma ação penal relacionada à empreiteira Andrade Gutierrez. A ex-presidente contou que decidiu renunciar em outubro do ano passado, mas só "conseguiu" sair da empresa em fevereiro deste ano. "Em um processo de tantas denúncias, depois que veio os efeitos da Operação Lava Jato, que eu reconheço como extremamente positivos para a Petrobras, nós fizemos um trabalho de investigação interna", disse. Em outro momento, ao falar sobre o período em que foi diretora de Óleo e Gás da empresa, até 2012, disse que foram feitos "belos trabalhos". "A gente só lamenta essa sujeirada toda que prejudicou a todos", disse. Questionada pelo juiz e pelas partes do processo, ela disse que não tinha desconfiança sobre os ex-diretores que hoje são acusados de corrupção. Afirmou que o então presidente da companhia José Sérgio Gabrielli dava "muita liberdade" aos diretores, enquanto ela era "muito chata" e acompanhava os assuntos mais de perto. Mas disse que considerava "bons profissionais" os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada, hoje réus em ações da Lava Jato. Também afirmou que foi indicada para a diretoria da companhia por decisão direta da presidente Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil. Segundo Graça, a diretoria colegiada da empresa tinha a palavra final sobre os projetos da companhia, mas havia grande peso nas decisões dos diretores de cada área. "Poderíamos ter obstado [projetos], sim", disse. PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS A ex-presidente da Petrobras disse que havia "influência do governo" na política de preços de combustíveis por meio do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Eu ia muitas vezes a Brasília pedir aumento de preço", contou. Graça foi arrolada como testemunha pelo ex-diretor da Andrade Gutierrez Antônio Pedro Campello de Souza Dias, e disse não ter certeza de onde o conhece. Ela também falou sobre uma das obras investigadas na Lava Jato por suspeita de pagamento de propina, o gasoduto Urucu-Manaus (AM). "O custo do gasoduto inteiro com as estações, com pré-sal, com ramais, ficou 50% acima do preço. Foi uma obra muito cara." A executiva também afirmou que recebeu duas visitas do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, preso há quatro meses, no seu primeiro ano como presidente da Petrobras. Em um dos encontros, falaram sobre oportunidades na área de estaleiros. Ao final do depoimento, Graça disse que está à disposição para mais esclarecimentos e disse estar "muito orgulhosa" de conhecer o juiz Sergio Moro, ainda que por meio de videoconferência.
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Graça Foster diz a Moro que Lava Jato é 'positiva' e lamenta 'sujeirada'A ex-presidente da Petrobras Graça Foster disse em depoimento ao juiz Sergio Moro nesta segunda (19) que os efeitos da Operação Lava Jato são "extremamente positivos" para a empresa e lamentou a "sujeirada" em obras da companhia. Graça foi ouvida como testemunha, por meio de videoconferência, em uma ação penal relacionada à empreiteira Andrade Gutierrez. A ex-presidente contou que decidiu renunciar em outubro do ano passado, mas só "conseguiu" sair da empresa em fevereiro deste ano. "Em um processo de tantas denúncias, depois que veio os efeitos da Operação Lava Jato, que eu reconheço como extremamente positivos para a Petrobras, nós fizemos um trabalho de investigação interna", disse. Em outro momento, ao falar sobre o período em que foi diretora de Óleo e Gás da empresa, até 2012, disse que foram feitos "belos trabalhos". "A gente só lamenta essa sujeirada toda que prejudicou a todos", disse. Questionada pelo juiz e pelas partes do processo, ela disse que não tinha desconfiança sobre os ex-diretores que hoje são acusados de corrupção. Afirmou que o então presidente da companhia José Sérgio Gabrielli dava "muita liberdade" aos diretores, enquanto ela era "muito chata" e acompanhava os assuntos mais de perto. Mas disse que considerava "bons profissionais" os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada, hoje réus em ações da Lava Jato. Também afirmou que foi indicada para a diretoria da companhia por decisão direta da presidente Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil. Segundo Graça, a diretoria colegiada da empresa tinha a palavra final sobre os projetos da companhia, mas havia grande peso nas decisões dos diretores de cada área. "Poderíamos ter obstado [projetos], sim", disse. PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS A ex-presidente da Petrobras disse que havia "influência do governo" na política de preços de combustíveis por meio do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Eu ia muitas vezes a Brasília pedir aumento de preço", contou. Graça foi arrolada como testemunha pelo ex-diretor da Andrade Gutierrez Antônio Pedro Campello de Souza Dias, e disse não ter certeza de onde o conhece. Ela também falou sobre uma das obras investigadas na Lava Jato por suspeita de pagamento de propina, o gasoduto Urucu-Manaus (AM). "O custo do gasoduto inteiro com as estações, com pré-sal, com ramais, ficou 50% acima do preço. Foi uma obra muito cara." A executiva também afirmou que recebeu duas visitas do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, preso há quatro meses, no seu primeiro ano como presidente da Petrobras. Em um dos encontros, falaram sobre oportunidades na área de estaleiros. Ao final do depoimento, Graça disse que está à disposição para mais esclarecimentos e disse estar "muito orgulhosa" de conhecer o juiz Sergio Moro, ainda que por meio de videoconferência.
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Definição de currículo nacional para educação gera contradição no governo
A criação de um currículo nacional para a educação básica tem movimentado diferentes atores do governo federal –e não necessariamente na mesma direção. No ano passado, a sanção do Plano Nacional de Educação deu um prazo para a construção do documento: até junho de 2016, a proposta de uma base nacional comum deve ser enviada ao CNE (Conselho Nacional de Educação), após processo de "consulta pública nacional". Antes mesmo dessa etapa, no entanto, o tema é alvo de divergências na Esplanada. Encarregado da tarefa, o Ministério da Educação instituiu neste mês 29 comissões responsáveis por elaborar um primeiro esboço do currículo, a ser aplicado por escolas públicas e privadas do país. Hoje, o ministério possui diretrizes, mas o conteúdo abordado em sala de aula é definido por escolas e redes. A iniciativa do MEC reúne 116 consultores, entre professores da rede básica e pesquisadores de universidades, que irão indicar o que deve ser ensinado da educação infantil ao ensino médio. O secretário Manuel Palácios (Educação Básica) reconhece que o nível de detalhamento é um dos pontos mais delicados do debate. "Se for muito genérico, vai dar pouca orientação aos professores e elaboradores de material didático. Se for excessivamente detalhado, quase especifica o que deve ser dado em cada aula. As duas opções são ruins." A intenção é definir 60% do conteúdo e deixar o restante a critério das redes de diferentes regiões do país. O modelo é pensado pelo MEC a partir de disciplinas tradicionais como história, matemática e geografia. OUTRA FRENTE Ao mesmo tempo, o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) vem consultando especialistas e conhecendo experiências para elaborar uma outra sugestão. Segundo a Folha apurou, Unger defende um conceito mais "ousado", incluindo aulas de raciocínio lógico e interpretação de texto nos anos finais da educação básica. Recentemente, ele afirmou que é preciso "superar de uma vez por todas" a lógica "enciclopédica" nas escolas. Em evento na quarta (24), o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, defendeu a atuação da pasta. "Essa base nacional comum está sendo discutida por um grupo abrangente, com representantes dos Estados, dos municípios. E que se nutre de representantes qualificados. Não é um projeto de sábios externos ao mundo real", afirmou. A falta de consenso preocupa. "O que espero é que visões distintas e posturas ideológicas não tomem o lugar e imponham à juventude conteúdos e valores que lhes sejam estranhos", afirma Luiz Roberto Alves, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. O órgão será a instância final desse debate.
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Definição de currículo nacional para educação gera contradição no governoA criação de um currículo nacional para a educação básica tem movimentado diferentes atores do governo federal –e não necessariamente na mesma direção. No ano passado, a sanção do Plano Nacional de Educação deu um prazo para a construção do documento: até junho de 2016, a proposta de uma base nacional comum deve ser enviada ao CNE (Conselho Nacional de Educação), após processo de "consulta pública nacional". Antes mesmo dessa etapa, no entanto, o tema é alvo de divergências na Esplanada. Encarregado da tarefa, o Ministério da Educação instituiu neste mês 29 comissões responsáveis por elaborar um primeiro esboço do currículo, a ser aplicado por escolas públicas e privadas do país. Hoje, o ministério possui diretrizes, mas o conteúdo abordado em sala de aula é definido por escolas e redes. A iniciativa do MEC reúne 116 consultores, entre professores da rede básica e pesquisadores de universidades, que irão indicar o que deve ser ensinado da educação infantil ao ensino médio. O secretário Manuel Palácios (Educação Básica) reconhece que o nível de detalhamento é um dos pontos mais delicados do debate. "Se for muito genérico, vai dar pouca orientação aos professores e elaboradores de material didático. Se for excessivamente detalhado, quase especifica o que deve ser dado em cada aula. As duas opções são ruins." A intenção é definir 60% do conteúdo e deixar o restante a critério das redes de diferentes regiões do país. O modelo é pensado pelo MEC a partir de disciplinas tradicionais como história, matemática e geografia. OUTRA FRENTE Ao mesmo tempo, o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) vem consultando especialistas e conhecendo experiências para elaborar uma outra sugestão. Segundo a Folha apurou, Unger defende um conceito mais "ousado", incluindo aulas de raciocínio lógico e interpretação de texto nos anos finais da educação básica. Recentemente, ele afirmou que é preciso "superar de uma vez por todas" a lógica "enciclopédica" nas escolas. Em evento na quarta (24), o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, defendeu a atuação da pasta. "Essa base nacional comum está sendo discutida por um grupo abrangente, com representantes dos Estados, dos municípios. E que se nutre de representantes qualificados. Não é um projeto de sábios externos ao mundo real", afirmou. A falta de consenso preocupa. "O que espero é que visões distintas e posturas ideológicas não tomem o lugar e imponham à juventude conteúdos e valores que lhes sejam estranhos", afirma Luiz Roberto Alves, presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. O órgão será a instância final desse debate.
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Homem morto em Minnesota trabalhava com crianças em escola
Philando Castile, 32, era reincidente: "Ele empurrava mais comida para as crianças, como uma avó", disse o pai de um aluno da escola em que ele trabalhava como supervisor de refeitório, em Falcon Heights, 5.500 moradores (71% brancos e 8% negros como a vítima), Minnesota. Castile foi morto por um policial na noite de quarta (6), cena gravada pela namorada, Diamond Reynolds, e transmitida no Facebook. No vídeo, Reynolds diz que Castile tinha autorização para porte de arma. Ele teria avisado o policial sobre a pistola, segundo sua namorada, e ao tentar pegar a carteira de motorista recebeu um tiro. Alguns amigos chamavam Castile, com histórico de notas A no colégio, de "doc" (doutor), segundo um primo. Ele tinha acabado de cortar o cabelo quando foi parado numa blitz. Seus antecedentes incluem dirigir sem cinto de segurança e duas acusações de porte de maconha, ambas revogadas. Castile trabalhava desde 2002 em colégios e às vezes surpreendia alunos escondendo biscoitos nas mochila. No Facebook, postava comentários como "trabalho duro compensa!" e letras politizadas, uma do rapper Tupac Shakur (1971-1996): "Eles têm dinheiro para guerras, mas não podem alimentar seus pobres". Na véspera, outro policial branco matou outro homem negro: Alton Sterling, de Baton Rouge (Louisiana). O "gigante" gentil e asmático, como amigos definiram o homem de 140 kg, vendia CDs no estacionamento de um posto, onde foi morto. Segundo a CNN, um morador de rua acionou o número de emergência porque pediu dinheiro e, ao insistir, Sterling lhe mostrou uma arma. Ele era fichado na polícia por violência doméstica, luta corporal com um policial e agressão sexual contra uma jovem de 14 anos, que teria engravidado de Sterling, seu namorado, com 20 anos na época. Mãe de um filho de 15 anos de Sterling, Quinyetta McMillon pediu que a ficha criminal não fosse usada para "obscurecer a imagem de um homem que simplesmente tentava ganhar a vida para cuidar de suas crianças". Jovem negro é baleado pela polícia nos EUA, e mulher transmite cena ao vivo
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Homem morto em Minnesota trabalhava com crianças em escolaPhilando Castile, 32, era reincidente: "Ele empurrava mais comida para as crianças, como uma avó", disse o pai de um aluno da escola em que ele trabalhava como supervisor de refeitório, em Falcon Heights, 5.500 moradores (71% brancos e 8% negros como a vítima), Minnesota. Castile foi morto por um policial na noite de quarta (6), cena gravada pela namorada, Diamond Reynolds, e transmitida no Facebook. No vídeo, Reynolds diz que Castile tinha autorização para porte de arma. Ele teria avisado o policial sobre a pistola, segundo sua namorada, e ao tentar pegar a carteira de motorista recebeu um tiro. Alguns amigos chamavam Castile, com histórico de notas A no colégio, de "doc" (doutor), segundo um primo. Ele tinha acabado de cortar o cabelo quando foi parado numa blitz. Seus antecedentes incluem dirigir sem cinto de segurança e duas acusações de porte de maconha, ambas revogadas. Castile trabalhava desde 2002 em colégios e às vezes surpreendia alunos escondendo biscoitos nas mochila. No Facebook, postava comentários como "trabalho duro compensa!" e letras politizadas, uma do rapper Tupac Shakur (1971-1996): "Eles têm dinheiro para guerras, mas não podem alimentar seus pobres". Na véspera, outro policial branco matou outro homem negro: Alton Sterling, de Baton Rouge (Louisiana). O "gigante" gentil e asmático, como amigos definiram o homem de 140 kg, vendia CDs no estacionamento de um posto, onde foi morto. Segundo a CNN, um morador de rua acionou o número de emergência porque pediu dinheiro e, ao insistir, Sterling lhe mostrou uma arma. Ele era fichado na polícia por violência doméstica, luta corporal com um policial e agressão sexual contra uma jovem de 14 anos, que teria engravidado de Sterling, seu namorado, com 20 anos na época. Mãe de um filho de 15 anos de Sterling, Quinyetta McMillon pediu que a ficha criminal não fosse usada para "obscurecer a imagem de um homem que simplesmente tentava ganhar a vida para cuidar de suas crianças". Jovem negro é baleado pela polícia nos EUA, e mulher transmite cena ao vivo
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Moradores de cidade devastada por terremoto começam a avaliar estragos
As casinhas de pedra de Pescara del Tronto foram construídas nas encostas montanhosas dos entornos. Na quinta-feira (25), um dia após o forte terremoto que atingiu o centro da Itália, elas haviam desaparecido, deslizadas uma em cima da outra. De manhã, moradores voltavam ao cenário de seu trauma para recuperar pertences e avaliar o dano. "Precisamos dos nossos documentos, dos nossos telefones", afirma à Folha Marcelo enquanto pede autorização dos bombeiros para visitar sua casa, danificada. Ele prefere não dizer o sobrenome. Marcelo acordou durante o terremoto, assustado pelo tremor. Sua família estava presa por destroços que haviam bloqueado a porta. Apressados, saíram pelas janelas. Ninguém se feriu gravemente. "Foi muito forte." Pescara del Tronto foi cenário de um dos resgates mais emblemáticos deste desastre. Uma menina foi retirada viva de debaixo dos escombros 17 horas após o terremoto. "São histórias que simbolizam nossa vontade de viver", diz à reportagem o bombeiro Danilo Dionisi, que estava presente no momento. "Buscávamos a menina desde cedo. Quando encontraram ela, chorando, houve uma exaltação. Um silêncio. Nos deu força para continuar." Dionisi afirma que as buscas seguirão, e que nenhum dos socorristas trabalha com a hipótese de que já não haja sobreviventes. "Manteremos a mesma força." Enquanto as equipes seguiam sua procura entre as ruínas de Pescara, Giovanni D'Ercule caminhava saudando os moradores, acalmando-os. Bispo da região de Ascoli Piceno, ele havia viajado à cidade para "escutar". "Me perguntam coisas como 'por que meu filho morreu antes de mim?', e eu só posso ouvir." No topo de uma das encostas, diante da destruição do povoado, diz: "uma das infelicidades desse tipo de desastre é que essas casas nunca vão ser reconstruídas. As pessoas não vão mais voltar. No inverno, o lugar vai estar abandonado". TENDAS Em outra das cidades mais afetadas pelo terremoto, Amatrice, alguns dos moradores dormiam em um parque, em tendas improvisadas. De uma das casas dessa localidade de 2.600 habitantes, na quinta-feira havia apenas o batente da porta e as pedras arruinadas. "Foi longo e violento", Nadia Rendina, 53, descreve o desastre. Ela diz que, ainda que sua casa não estivesse rachada, não teria coragem de dormir ali. "As coisas caíam em cima da gente, e conseguimos escapar." Durante o dia, a reportagem aproximou-se de uma construção e perguntou a uma das funcionárias se aquele era um dos hotéis da cidade. "Era", Coca Cimpoiashu, 56, respondeu, com o rosto marcado por olheiras. "Agora não há nada." DEVASTAÇÃO O número de mortos do terremoto devastador que atingiu a região central da Itália subiu para ao menos 247 nas primeiras horas desta quinta-feira, depois que as equipes de resgate viraram a noite vasculhando destroços em busca de possíveis sobreviventes sobre os escombros de cidades destruídas. Autoridades disseram acreditar que o número subirá ainda mais, à medida que continuam os trabalhos de buscas. O tremor de magnitude 6,2 atingiu uma área que reúne várias pequenas cidades italianas a 140 quilômetros a leste de Roma na madrugada de quarta-feira, enquanto a maioria das pessoas dormia, destruindo centenas de casas. Centenas de tremores secundários atingiram a região depois do terremoto. Nesta quinta-feira, o sol acordou pessoas assustadas que dormiram dentro de carros e em barracas, com a terra ainda tremendo. Duas réplicas pouco antes do amanhecer tiveram magnitude 5,1 e 5,4.
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Moradores de cidade devastada por terremoto começam a avaliar estragosAs casinhas de pedra de Pescara del Tronto foram construídas nas encostas montanhosas dos entornos. Na quinta-feira (25), um dia após o forte terremoto que atingiu o centro da Itália, elas haviam desaparecido, deslizadas uma em cima da outra. De manhã, moradores voltavam ao cenário de seu trauma para recuperar pertences e avaliar o dano. "Precisamos dos nossos documentos, dos nossos telefones", afirma à Folha Marcelo enquanto pede autorização dos bombeiros para visitar sua casa, danificada. Ele prefere não dizer o sobrenome. Marcelo acordou durante o terremoto, assustado pelo tremor. Sua família estava presa por destroços que haviam bloqueado a porta. Apressados, saíram pelas janelas. Ninguém se feriu gravemente. "Foi muito forte." Pescara del Tronto foi cenário de um dos resgates mais emblemáticos deste desastre. Uma menina foi retirada viva de debaixo dos escombros 17 horas após o terremoto. "São histórias que simbolizam nossa vontade de viver", diz à reportagem o bombeiro Danilo Dionisi, que estava presente no momento. "Buscávamos a menina desde cedo. Quando encontraram ela, chorando, houve uma exaltação. Um silêncio. Nos deu força para continuar." Dionisi afirma que as buscas seguirão, e que nenhum dos socorristas trabalha com a hipótese de que já não haja sobreviventes. "Manteremos a mesma força." Enquanto as equipes seguiam sua procura entre as ruínas de Pescara, Giovanni D'Ercule caminhava saudando os moradores, acalmando-os. Bispo da região de Ascoli Piceno, ele havia viajado à cidade para "escutar". "Me perguntam coisas como 'por que meu filho morreu antes de mim?', e eu só posso ouvir." No topo de uma das encostas, diante da destruição do povoado, diz: "uma das infelicidades desse tipo de desastre é que essas casas nunca vão ser reconstruídas. As pessoas não vão mais voltar. No inverno, o lugar vai estar abandonado". TENDAS Em outra das cidades mais afetadas pelo terremoto, Amatrice, alguns dos moradores dormiam em um parque, em tendas improvisadas. De uma das casas dessa localidade de 2.600 habitantes, na quinta-feira havia apenas o batente da porta e as pedras arruinadas. "Foi longo e violento", Nadia Rendina, 53, descreve o desastre. Ela diz que, ainda que sua casa não estivesse rachada, não teria coragem de dormir ali. "As coisas caíam em cima da gente, e conseguimos escapar." Durante o dia, a reportagem aproximou-se de uma construção e perguntou a uma das funcionárias se aquele era um dos hotéis da cidade. "Era", Coca Cimpoiashu, 56, respondeu, com o rosto marcado por olheiras. "Agora não há nada." DEVASTAÇÃO O número de mortos do terremoto devastador que atingiu a região central da Itália subiu para ao menos 247 nas primeiras horas desta quinta-feira, depois que as equipes de resgate viraram a noite vasculhando destroços em busca de possíveis sobreviventes sobre os escombros de cidades destruídas. Autoridades disseram acreditar que o número subirá ainda mais, à medida que continuam os trabalhos de buscas. O tremor de magnitude 6,2 atingiu uma área que reúne várias pequenas cidades italianas a 140 quilômetros a leste de Roma na madrugada de quarta-feira, enquanto a maioria das pessoas dormia, destruindo centenas de casas. Centenas de tremores secundários atingiram a região depois do terremoto. Nesta quinta-feira, o sol acordou pessoas assustadas que dormiram dentro de carros e em barracas, com a terra ainda tremendo. Duas réplicas pouco antes do amanhecer tiveram magnitude 5,1 e 5,4.
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Após única mostra, Rosângela Rennó deixará área de fotografia do Masp
Depois de organizar uma única exposição no Masp como responsável pela área de fotografia do museu, a artista Rosângela Rennó não terá seu contrato renovado pela instituição e vai deixar seu cargo. Rennó fora apontada pelo diretor-artístico do Masp, Adriano Pedrosa, para comandar as mostras de fotografia da instituição no final de 2014, quando Heitor Martins assumiu a presidência do museu e trocou seu curador. "Foto Cine Clube Bandeirante: Do Arquivo à Rede", que entrou em cartaz em novembro do ano passado e segue até 20 de março no Masp, foi a única mostra realizada por Rennó na instituição. Ela reúne imagens do acervo do grupo de fotógrafos modernistas estabelecido em São Paulo no fim da década de 1930. De acordo com pessoas próximas à instituição, houve divergências entre Rennó e Pedrosa na condução da mostra –a artista queria mostrar o verso das imagens e não realizar só uma exposição convencional, explicitando a passagem das obras por uma série de salões e outros eventos. "Num processo curatorial há sempre múltiplas opiniões, o que é normal e saudável", disse Pedrosa à Folha. "Ficamos felizes com o trabalho de Rennó, porém seu contrato era de um ano e, como não tínhamos previsto nenhuma mostra de fotografia para os próximos anos, não o renovamos." Procurada, Rosângela Rennó não se manifestou até a conclusão desta edição. Pedrosa disse ainda que o museu não terá, por enquanto, um curador de fotografia. Outra profissional, responsável pela área de patronos do museu, Flávia Veloso deixou a instituição no ano passado. "Foi uma saída amistosa", disse Heitor Martins, presidente do Masp. "É um processo natural, não há nenhuma excepcionalidade nisso."
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Após única mostra, Rosângela Rennó deixará área de fotografia do MaspDepois de organizar uma única exposição no Masp como responsável pela área de fotografia do museu, a artista Rosângela Rennó não terá seu contrato renovado pela instituição e vai deixar seu cargo. Rennó fora apontada pelo diretor-artístico do Masp, Adriano Pedrosa, para comandar as mostras de fotografia da instituição no final de 2014, quando Heitor Martins assumiu a presidência do museu e trocou seu curador. "Foto Cine Clube Bandeirante: Do Arquivo à Rede", que entrou em cartaz em novembro do ano passado e segue até 20 de março no Masp, foi a única mostra realizada por Rennó na instituição. Ela reúne imagens do acervo do grupo de fotógrafos modernistas estabelecido em São Paulo no fim da década de 1930. De acordo com pessoas próximas à instituição, houve divergências entre Rennó e Pedrosa na condução da mostra –a artista queria mostrar o verso das imagens e não realizar só uma exposição convencional, explicitando a passagem das obras por uma série de salões e outros eventos. "Num processo curatorial há sempre múltiplas opiniões, o que é normal e saudável", disse Pedrosa à Folha. "Ficamos felizes com o trabalho de Rennó, porém seu contrato era de um ano e, como não tínhamos previsto nenhuma mostra de fotografia para os próximos anos, não o renovamos." Procurada, Rosângela Rennó não se manifestou até a conclusão desta edição. Pedrosa disse ainda que o museu não terá, por enquanto, um curador de fotografia. Outra profissional, responsável pela área de patronos do museu, Flávia Veloso deixou a instituição no ano passado. "Foi uma saída amistosa", disse Heitor Martins, presidente do Masp. "É um processo natural, não há nenhuma excepcionalidade nisso."
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'Amantes do teatro se tornam filósofos', diz historiador
O conceito de teatro político foi ampliado na América Latina e entrou numa onda de multiplicidade. A avaliação é do historiador e crítico argentino Jorge Dubatti, 53, para quem "todo amante do teatro torna-se um filósofo do teatro". Ele difunde há 20 anos diferentes bases teóricas para que se aprimore a experiência de ver um espetáculo –e aquilo que se diz sobre ele depois. Fundador da Escola de Espectadores de Buenos Aires, onde ministra aulas com lista de espera, lançou o livro "Teatro dos Mortos: Introdução a uma Filosofia do Teatro" (ed. Sesc, 204 págs., R$ 56). Em entrevista à Folha, ele traçou um panorama da pesquisa sobre teatro na América Latina e falou do potencial do teatro político. Folha - O senhor tem fomentado a filosofia do teatro. Analisar uma obra teatral por meio da semiótica, ou seja, dos signos presentes nela, é insuficiente? Jorge Dubatti - Há muitas construções científicas sobre o teatro, e cada uma defende uma abordagem diferente, com possibilidades e limitações distintas. As principais são a semiótica, a antropologia, a sociologia e a filosofia. A semiótica entende o teatro como linguagem, enquanto a filosofia do teatro o compreende como acontecimento, que é uma ideia muito maior. É fundamental que cada pensador saiba que não há uma única maneira de pensar o teatro e que essas formas podem se combinar e se enriquecer mutuamente. Em Buenos Aires acreditamos que a forma de compreensão mais rica e abrangente do fenômeno teatral seja a filosofia do teatro, entendida como filosofia da práxis teatral. Daí surge o protagonismo dos artistas na produção desse pensamento. O livro fala no aumento do número de artistas-pesquisadores. De que forma essa tendência faz avançar a investigação teórica? A universidade está começando a aceitar as ciências da arte, no sentido da produção de discurso científico (rigoroso, sistemático, fundamentado e validado por uma comunidade de especialistas) sobre os fenômenos artísticos. Também valoriza cada vez mais os artistas na produção do pensamento, um pensamento que surge da prática, numa filosofia da práxis artística. As combinações são múltiplas: o artista-pesquisador, o pesquisador-artista, as parcerias entre artistas e pesquisadores, e um novo modelo de pesquisador, aquele participativo, que, sem ser artista, faz do meio teatral seu laboratório, seja como espectador, seja como alguém próximo ao contexto de produção, circulação e recepção. Os artistas-pesquisadores e essas outras combinações produzem um pensamento único, específico, singular, que deve ser promovido e estimulado pela universidade, que se vê diante de um grande desafio na articulação com as artes. Existe alguma proposta para "controlar cientificamente a qualidade da produção de teatrologia", conforme o senhor sugere no livro? Cada comunidade de especialistas possui suas coordenadas de validação, de acordo com as bases epistemológicas, teóricas, metodológicas e analíticas. Muitas vezes essas diferentes coordenadas de validação geram discussões apaixonadas. A ciência é uma aventura cheia de paixão. A predominância do teatro político hoje estimula produções panfletárias? Na América Latina, ampliou-se o conceito de teatro político. Hoje observamos a força política do teatro em todos os níveis, na medida em que incide em um campo de poder que vai além dos partidos políticos, mas que pode incluí-los também. Como se cria uma escola de espectadores? É um espaço ao qual se convocam espectadores para analisar a cena teatral da cidade. Trata-se de estimulá-los a descobrir e alimentar a maravilha do teatro. Apostamos num espectador companheiro, crítico e filosófico.
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'Amantes do teatro se tornam filósofos', diz historiadorO conceito de teatro político foi ampliado na América Latina e entrou numa onda de multiplicidade. A avaliação é do historiador e crítico argentino Jorge Dubatti, 53, para quem "todo amante do teatro torna-se um filósofo do teatro". Ele difunde há 20 anos diferentes bases teóricas para que se aprimore a experiência de ver um espetáculo –e aquilo que se diz sobre ele depois. Fundador da Escola de Espectadores de Buenos Aires, onde ministra aulas com lista de espera, lançou o livro "Teatro dos Mortos: Introdução a uma Filosofia do Teatro" (ed. Sesc, 204 págs., R$ 56). Em entrevista à Folha, ele traçou um panorama da pesquisa sobre teatro na América Latina e falou do potencial do teatro político. Folha - O senhor tem fomentado a filosofia do teatro. Analisar uma obra teatral por meio da semiótica, ou seja, dos signos presentes nela, é insuficiente? Jorge Dubatti - Há muitas construções científicas sobre o teatro, e cada uma defende uma abordagem diferente, com possibilidades e limitações distintas. As principais são a semiótica, a antropologia, a sociologia e a filosofia. A semiótica entende o teatro como linguagem, enquanto a filosofia do teatro o compreende como acontecimento, que é uma ideia muito maior. É fundamental que cada pensador saiba que não há uma única maneira de pensar o teatro e que essas formas podem se combinar e se enriquecer mutuamente. Em Buenos Aires acreditamos que a forma de compreensão mais rica e abrangente do fenômeno teatral seja a filosofia do teatro, entendida como filosofia da práxis teatral. Daí surge o protagonismo dos artistas na produção desse pensamento. O livro fala no aumento do número de artistas-pesquisadores. De que forma essa tendência faz avançar a investigação teórica? A universidade está começando a aceitar as ciências da arte, no sentido da produção de discurso científico (rigoroso, sistemático, fundamentado e validado por uma comunidade de especialistas) sobre os fenômenos artísticos. Também valoriza cada vez mais os artistas na produção do pensamento, um pensamento que surge da prática, numa filosofia da práxis artística. As combinações são múltiplas: o artista-pesquisador, o pesquisador-artista, as parcerias entre artistas e pesquisadores, e um novo modelo de pesquisador, aquele participativo, que, sem ser artista, faz do meio teatral seu laboratório, seja como espectador, seja como alguém próximo ao contexto de produção, circulação e recepção. Os artistas-pesquisadores e essas outras combinações produzem um pensamento único, específico, singular, que deve ser promovido e estimulado pela universidade, que se vê diante de um grande desafio na articulação com as artes. Existe alguma proposta para "controlar cientificamente a qualidade da produção de teatrologia", conforme o senhor sugere no livro? Cada comunidade de especialistas possui suas coordenadas de validação, de acordo com as bases epistemológicas, teóricas, metodológicas e analíticas. Muitas vezes essas diferentes coordenadas de validação geram discussões apaixonadas. A ciência é uma aventura cheia de paixão. A predominância do teatro político hoje estimula produções panfletárias? Na América Latina, ampliou-se o conceito de teatro político. Hoje observamos a força política do teatro em todos os níveis, na medida em que incide em um campo de poder que vai além dos partidos políticos, mas que pode incluí-los também. Como se cria uma escola de espectadores? É um espaço ao qual se convocam espectadores para analisar a cena teatral da cidade. Trata-se de estimulá-los a descobrir e alimentar a maravilha do teatro. Apostamos num espectador companheiro, crítico e filosófico.
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Petróleo encerra 2015 com queda acumulada de 35%
Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, mas caíram até 35% no ano, após uma corrida de produtores do Meio Oeste dos Estados Unidos para extrair a commodity e produtores de petróleo não convencional (o chamado Shale oil) criarem um excesso de oferta sem precedentes que pode avançar ao longo de 2016. Os preços do petróleo tipo Brent e nos EUA subiram entre 1% e 2% nesta sessão, com as compras acentuadas, apesar do baixo volume antes do Ano Novo. No entanto, em 2015, a commodity registrou quedas de dois dígitos pelo segundo ano seguido, com a Arábia Saudita e outros membros da Opep não conseguindo impulsionar os preços do petróleo. O petróleo tipo Brent encerrou esta sessão com alta de 82 centavos de dólar, a US$ 37,28 o barril, recuperando-se da mínima em 11 anos de US$ 36,10 vista mais cedo na sessão. No mês, a queda foi de 16% e, no ano, a baixa foi de 35%. Em 2014, o petróleo tipo Brent caiu 48%. Já o petróleo nos EUA subiu 44 centavos de dólar nesta quinta-feira, a US$ 37,04 o barril. Em dezembro, a commodity caiu 11% e a baixa foi de 30% no ano, após a perda de 46% em 2014.
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Petróleo encerra 2015 com queda acumulada de 35%Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, mas caíram até 35% no ano, após uma corrida de produtores do Meio Oeste dos Estados Unidos para extrair a commodity e produtores de petróleo não convencional (o chamado Shale oil) criarem um excesso de oferta sem precedentes que pode avançar ao longo de 2016. Os preços do petróleo tipo Brent e nos EUA subiram entre 1% e 2% nesta sessão, com as compras acentuadas, apesar do baixo volume antes do Ano Novo. No entanto, em 2015, a commodity registrou quedas de dois dígitos pelo segundo ano seguido, com a Arábia Saudita e outros membros da Opep não conseguindo impulsionar os preços do petróleo. O petróleo tipo Brent encerrou esta sessão com alta de 82 centavos de dólar, a US$ 37,28 o barril, recuperando-se da mínima em 11 anos de US$ 36,10 vista mais cedo na sessão. No mês, a queda foi de 16% e, no ano, a baixa foi de 35%. Em 2014, o petróleo tipo Brent caiu 48%. Já o petróleo nos EUA subiu 44 centavos de dólar nesta quinta-feira, a US$ 37,04 o barril. Em dezembro, a commodity caiu 11% e a baixa foi de 30% no ano, após a perda de 46% em 2014.
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Corte do Banco do Brasil inviabiliza Felipe Nasr na F-1 em 2017
Apesar de ter garantido os dois primeiros pontos para a Sauber com seu nono lugar no GP Brasil, Felipe Nasr dificilmente estará na F-1 em 2017. O principal patrocinador do brasileiro, o Banco do Brasil, já definiu que não renovará o contrato com a equipe suíça e nem vai investir em outra escuderia para garantir a permanência do piloto brasileiro na categoria. A estatal gasta cerca de R$ 50 milhões por ano com a equipe suíça. No acordo, exige a permanência do piloto brasileiro, o que aconteceu nas últimas duas temporadas, em 2015 e 2016. O banco até estudou uma renovação do contrato, mas com diminuição dos valores e espaço de exposição da marca. A ideia era dividir o pacote para manter Nasr na Sauber com apoio de outras estatais. A Folha apurou que Petrobras foi procurada. Em crise e reduzindo investimentos, a empresa não se interessou pelo negócio. A assessoria de imprensa da estatal informou que não "que houve negociações relativas a patrocínio" para manter o piloto na F-1. Além do patrocínio à Sauber, o Banco do Brasil tem contrato com Nasr até 2019. O primeiro acordo de parceria foi em 2011. Três anos depois, surgiu o projeto de financiar a sua ida para a F-1. Na época, o banco tinha um projeto de internacionalização da marca, que foi revisto pela atual diretoria. A avaliação da nova gestão da estatal é que o investimento não é mais prioritário. Para manter Nasr na F-1, o banco gasta valor semelhante ao investido no vôlei, um dos esportes com maior retorno de visibilidade e que mesmo assim teve redução na cota de patrocínio para a confederação nacional para 2017. Em agosto, Nasr esteve reunido com o presidente da República, Michel Temer. Na quinta (10), três dias antes do GP Brasil, Temer esteve com Bernie Ecclestone, CEO da F-1. A Folha apurou que a situação do piloto brasileiro não foi tema da reunião, que teve como pauta a manutenção da etapa de F-1 do Brasil. Além da Sauber, apenas a Manor ainda não anunciou sua dupla para 2017. Ambas as equipes dizem considerar o brasileiro para ocupar uma das vagas. Marcus Ericsson, Pascal Wehrlein, Rio Haryanto e Esteban Gutiérrez também disputam um cockpit para a próxima temporada. PONTUAÇÃO Sem considerar o patrocínio, os dois pontos obtidos por Nasr devem reverter em cerca de US$ 30 milhões (o equivalente a R$ 101 mi) para a Sauber em prêmios no ano que vem. O cálculo é da rede de TV britânica Sky Sports. Isso porque uma parte do bolo da premiação é dividida entre as dez primeiras colocadas do Mundial de Construtores de F-1. Neste ano, a entrada da Haas fez com que o número de equipes subisse para 11. Antes do GP Brasil, a Sauber era a última colocada no campeonato, sem ter marcado ponto na temporada. A Manor havia conquistado o décimo posto com um ponto conquistado por Wehrlein, no GP da Áustria. Em condições normais, é improvável que qualquer uma das duas equipes pontue no último GP da temporada, em Abu Dhabi, no próximo dia 27. As premiações para cada equipe são calculadas a partir do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Formula One World Championship Ltd., empresa que controla os direitos comerciais da F-1. Dessa forma, não há como calcular o valor exato da premiação antes do fim da temporada. Nos últimos dois anos, Nasr teve um desempenho superior ao companheiro de Sauber, Ericsson, tendo conquistado 27 pontos em 2015, contra 9 do sueco. Ericsson, porém, se classificou à frente do brasileiro no grid de largada das últimas seis corridas. Apesar de não ter havido um anúncio oficial, a permanência do sueco na equipe suíça é dada como certa em 2017. Em resposta à Folha, a assessoria de imprensa da equipe Sauber afirmou que não vai comentar as negociações com patrocinadores e que vai anunciar sua dupla de pilotos assim que ela esteja definida. Em Interlagos, a chefe da equipe suíça, Monisha Kaltenborn, afirmou que pretende confirmar os ocupantes das vagas até o final da temporada. A assessoria de imprensa do piloto afirmou que as negociações sobre a permanência de Nasr estão a cargo de seu empresário, o inglês Steve Robertson, e prosseguem normalmente. Com a aposentadoria de Felipe Massa, Nasr é o único piloto do país com chance de alinhar no grid da F-1 em 2017. Caso o brasiliense não consiga a vaga, será o primeiro ano desde 1970 em que a categoria inicia uma temporada sem um brasileiro na disputa. Em nota o Banco do Brasil informa "que condicionou a renovação do contrato de patrocínio à escuderia Sauber na F1 à entrada de outros patrocinadores, públicos ou privados, reduzindo o valor investido pelo Banco no projeto de marketing". "O Banco do Brasil reconhece o talento do piloto Felipe Nasr, orgulha-se por ser o patrocinador responsável por seu ingresso na F1, mas, por restrições orçamentárias e estratégias de marketing, entende como necessário rever seu investimento na categoria neste momento", completa.
esporte
Corte do Banco do Brasil inviabiliza Felipe Nasr na F-1 em 2017Apesar de ter garantido os dois primeiros pontos para a Sauber com seu nono lugar no GP Brasil, Felipe Nasr dificilmente estará na F-1 em 2017. O principal patrocinador do brasileiro, o Banco do Brasil, já definiu que não renovará o contrato com a equipe suíça e nem vai investir em outra escuderia para garantir a permanência do piloto brasileiro na categoria. A estatal gasta cerca de R$ 50 milhões por ano com a equipe suíça. No acordo, exige a permanência do piloto brasileiro, o que aconteceu nas últimas duas temporadas, em 2015 e 2016. O banco até estudou uma renovação do contrato, mas com diminuição dos valores e espaço de exposição da marca. A ideia era dividir o pacote para manter Nasr na Sauber com apoio de outras estatais. A Folha apurou que Petrobras foi procurada. Em crise e reduzindo investimentos, a empresa não se interessou pelo negócio. A assessoria de imprensa da estatal informou que não "que houve negociações relativas a patrocínio" para manter o piloto na F-1. Além do patrocínio à Sauber, o Banco do Brasil tem contrato com Nasr até 2019. O primeiro acordo de parceria foi em 2011. Três anos depois, surgiu o projeto de financiar a sua ida para a F-1. Na época, o banco tinha um projeto de internacionalização da marca, que foi revisto pela atual diretoria. A avaliação da nova gestão da estatal é que o investimento não é mais prioritário. Para manter Nasr na F-1, o banco gasta valor semelhante ao investido no vôlei, um dos esportes com maior retorno de visibilidade e que mesmo assim teve redução na cota de patrocínio para a confederação nacional para 2017. Em agosto, Nasr esteve reunido com o presidente da República, Michel Temer. Na quinta (10), três dias antes do GP Brasil, Temer esteve com Bernie Ecclestone, CEO da F-1. A Folha apurou que a situação do piloto brasileiro não foi tema da reunião, que teve como pauta a manutenção da etapa de F-1 do Brasil. Além da Sauber, apenas a Manor ainda não anunciou sua dupla para 2017. Ambas as equipes dizem considerar o brasileiro para ocupar uma das vagas. Marcus Ericsson, Pascal Wehrlein, Rio Haryanto e Esteban Gutiérrez também disputam um cockpit para a próxima temporada. PONTUAÇÃO Sem considerar o patrocínio, os dois pontos obtidos por Nasr devem reverter em cerca de US$ 30 milhões (o equivalente a R$ 101 mi) para a Sauber em prêmios no ano que vem. O cálculo é da rede de TV britânica Sky Sports. Isso porque uma parte do bolo da premiação é dividida entre as dez primeiras colocadas do Mundial de Construtores de F-1. Neste ano, a entrada da Haas fez com que o número de equipes subisse para 11. Antes do GP Brasil, a Sauber era a última colocada no campeonato, sem ter marcado ponto na temporada. A Manor havia conquistado o décimo posto com um ponto conquistado por Wehrlein, no GP da Áustria. Em condições normais, é improvável que qualquer uma das duas equipes pontue no último GP da temporada, em Abu Dhabi, no próximo dia 27. As premiações para cada equipe são calculadas a partir do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Formula One World Championship Ltd., empresa que controla os direitos comerciais da F-1. Dessa forma, não há como calcular o valor exato da premiação antes do fim da temporada. Nos últimos dois anos, Nasr teve um desempenho superior ao companheiro de Sauber, Ericsson, tendo conquistado 27 pontos em 2015, contra 9 do sueco. Ericsson, porém, se classificou à frente do brasileiro no grid de largada das últimas seis corridas. Apesar de não ter havido um anúncio oficial, a permanência do sueco na equipe suíça é dada como certa em 2017. Em resposta à Folha, a assessoria de imprensa da equipe Sauber afirmou que não vai comentar as negociações com patrocinadores e que vai anunciar sua dupla de pilotos assim que ela esteja definida. Em Interlagos, a chefe da equipe suíça, Monisha Kaltenborn, afirmou que pretende confirmar os ocupantes das vagas até o final da temporada. A assessoria de imprensa do piloto afirmou que as negociações sobre a permanência de Nasr estão a cargo de seu empresário, o inglês Steve Robertson, e prosseguem normalmente. Com a aposentadoria de Felipe Massa, Nasr é o único piloto do país com chance de alinhar no grid da F-1 em 2017. Caso o brasiliense não consiga a vaga, será o primeiro ano desde 1970 em que a categoria inicia uma temporada sem um brasileiro na disputa. Em nota o Banco do Brasil informa "que condicionou a renovação do contrato de patrocínio à escuderia Sauber na F1 à entrada de outros patrocinadores, públicos ou privados, reduzindo o valor investido pelo Banco no projeto de marketing". "O Banco do Brasil reconhece o talento do piloto Felipe Nasr, orgulha-se por ser o patrocinador responsável por seu ingresso na F1, mas, por restrições orçamentárias e estratégias de marketing, entende como necessário rever seu investimento na categoria neste momento", completa.
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Abdelmassih recebe alta do Einstein e volta a cumprir prisão domiciliar
Após uma semana internado, o ex-médico Roger Abdelmassih, 73, teve alta do Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul da capital paulista, no início da tarde desta terça-feira (15). Ele deixou o local por volta das 12h18 e retornou para seu apartamento no Jardim Paulistano (zona oeste), onde voltou a cumprir prisão domiciliar. Abdelmassih se internou no Einstein no dia 7 deste mês para se submeter a um tratamento contra uma superbactéria que se instalou em seu sistema urinário. O ex-médico foi condenado a 181 anos de prisão por estupros praticados contra 47 pacientes. Ele obteve na Justiça o direito de cumprir a pena em casa no dia 4 de julho, após recurso de sua defesa que apontava a falta de condições do Complexo Penitenciário de Tremembé em atendê-lo de forma adequada. Abdelmassih tem insuficiência cardíaca crônica. CADEIA X CASA Com autorização da Justiça para ficar internado no Einstein até esta segunda (14), Abdelmassih não sabia até este final de semana se voltaria para casa ou para Tremembé assim que recebesse alta médica. Tudo porque na última sexta (11), uma decisão da juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, no interior de São Paulo, determinou o fim da prisão domiciliar dele por problemas ligados ao monitoramento por tornozeleiras. Armani se respaldou no rompimento da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) com a empresa responsável pelo monitoramento de presos por meio de tornozeleira eletrônica. O uso do equipamento foi condição imposta pela Justiça para permitir o cumprimento da pena domiciliar. De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), a tornozeleira de Abdelmassih continua ativa. Em protesto, o ex-médico chegou a divulgar ainda no leito do hospital uma foto usando tornozeleira eletrônica na perna esquerda. Neste domingo (13), a defesa de Abdelmassih ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi aceito pelo desembargador Ronaldo Sérgio Moreira da Silva. Na liminar que recuperou a prisão domiciliar, o desembargador Ronaldo da Silva argumentou que o réu não pode ser penalizado por uma falha do Estado. Uma vez liberado de ter que voltar para a prisão, o ex-médico deverá cumprir exigências da Justiça, como não se ausentar do endereço residencial e nem sair da cidade sem autorização. O CASO Abdelmassih ficou conhecido como "médico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual. O primeiro caso foi denunciado ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do ex-médico, como foi revelado pela Folha. Depois, outras pacientes, com idades entre 30 e 40 anos, disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica. As mulheres afirmam que foram surpreendidas por investidas do ex-médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente -os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação. Três dizem ter sido molestadas após sedação. Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por causa da prescrição de alguns crimes. Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) iniciou um processo contra o médico em 2009, logo após as denúncias, e a cassação definitiva do registro profissional saiu em maio de 2011.
cotidiano
Abdelmassih recebe alta do Einstein e volta a cumprir prisão domiciliarApós uma semana internado, o ex-médico Roger Abdelmassih, 73, teve alta do Hospital Israelita Albert Einstein, na zona sul da capital paulista, no início da tarde desta terça-feira (15). Ele deixou o local por volta das 12h18 e retornou para seu apartamento no Jardim Paulistano (zona oeste), onde voltou a cumprir prisão domiciliar. Abdelmassih se internou no Einstein no dia 7 deste mês para se submeter a um tratamento contra uma superbactéria que se instalou em seu sistema urinário. O ex-médico foi condenado a 181 anos de prisão por estupros praticados contra 47 pacientes. Ele obteve na Justiça o direito de cumprir a pena em casa no dia 4 de julho, após recurso de sua defesa que apontava a falta de condições do Complexo Penitenciário de Tremembé em atendê-lo de forma adequada. Abdelmassih tem insuficiência cardíaca crônica. CADEIA X CASA Com autorização da Justiça para ficar internado no Einstein até esta segunda (14), Abdelmassih não sabia até este final de semana se voltaria para casa ou para Tremembé assim que recebesse alta médica. Tudo porque na última sexta (11), uma decisão da juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, no interior de São Paulo, determinou o fim da prisão domiciliar dele por problemas ligados ao monitoramento por tornozeleiras. Armani se respaldou no rompimento da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) com a empresa responsável pelo monitoramento de presos por meio de tornozeleira eletrônica. O uso do equipamento foi condição imposta pela Justiça para permitir o cumprimento da pena domiciliar. De acordo com a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), a tornozeleira de Abdelmassih continua ativa. Em protesto, o ex-médico chegou a divulgar ainda no leito do hospital uma foto usando tornozeleira eletrônica na perna esquerda. Neste domingo (13), a defesa de Abdelmassih ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo, que foi aceito pelo desembargador Ronaldo Sérgio Moreira da Silva. Na liminar que recuperou a prisão domiciliar, o desembargador Ronaldo da Silva argumentou que o réu não pode ser penalizado por uma falha do Estado. Uma vez liberado de ter que voltar para a prisão, o ex-médico deverá cumprir exigências da Justiça, como não se ausentar do endereço residencial e nem sair da cidade sem autorização. O CASO Abdelmassih ficou conhecido como "médico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual. O primeiro caso foi denunciado ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do ex-médico, como foi revelado pela Folha. Depois, outras pacientes, com idades entre 30 e 40 anos, disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica. As mulheres afirmam que foram surpreendidas por investidas do ex-médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente -os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação. Três dizem ter sido molestadas após sedação. Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por causa da prescrição de alguns crimes. Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) iniciou um processo contra o médico em 2009, logo após as denúncias, e a cassação definitiva do registro profissional saiu em maio de 2011.
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Cidade mais islâmica da França vive dias de desconfiança
Nenhum outro lugar parece tão confortável socialmente para os muçulmanos da França como Roubaix, na fronteira com a Bélgica. Ainda mais em tempos de atentados terroristas no país reivindicados em nome do islã e do consequente desgaste da religião na sociedade local. Roubaix ostenta a fama de cidade mais muçulmana em um país no qual 63% da população vê o islã como incompatível com seus valores. "Aqui é completamente diferente. Nós nos sentimos bem, em casa, vivemos em paz", diz Noureddine Bensalem, 43, argelino que há 20 anos mora na cidade. A região também entrou no foco da investigação policial sobre os atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13 de novembro. Viveu em Roubaix Mohammed Khoulaed, detido na semana passada sob a suspeita de fabricar os explosivos usados pelos terroristas. Para fazer um trecho doméstico de dez minutos de trem entre Lille e Roubaix, a reportagem da Folha teve de apresentar o passaporte e responder a perguntas de um grupo de cinco policiais. "Posso garantir que Roubaix é segura. O islã não pode significar violência por causa de dois, três homens que agem como animais", diz o comerciante Bensalem. Estima-se que 7,5% da população da França seja adepta do islamismo, algo em torno de 4,7 milhões de pessoas. É a segunda maior religião do país, atrás do catolicismo. Em Roubaix, o percentual dobra. Dos 95 mil moradores, ao menos 20 mil são muçulmanos —estudos extraoficiais apontam que chegariam a metade dos habitantes. EM TODO LUGAR Isso explica um pouco o fato de Roubaix ter seis mesquitas. Seus líderes têm optado pelo silêncio sob o argumento de que a mídia francesa e os políticos buscam estigmatizar o islamismo. Sinais da religião e de sua cultura estão por toda parte em Roubaix. Das características de quem circula ali, como vestes e barbas, a estabelecimentos de comida típica. Moradores contam que, sob um clima social mais amistoso do que em outras partes do país, mulheres se arriscam às vezes a descumprir a lei que proíbe, desde 2010, o uso nas ruas de véus que cubram o rosto, regra que acirrou as divergências entre lideranças religiosas e parte da sociedade. A onda migratória de muçulmanos para Roubaix se deu sobretudo nos anos 60, quando milhares saíram de ex-colônias francesas na África para trabalhar na indústria têxtil que estimulou a economia local no século passado. Mas houve retração do setor nas décadas seguintes, fábricas fecharam, e Roubaix não se reergueu. A cidade registra hoje desemprego de 35%, um dos piores índices da França, cuja média é de 10%. A criminalidade é de 84 ocorrências para cada 1.000 habitantes, acima dos padrões locais. À procura de trabalho, por exemplo, está um filho de argelinos que leva nos documentos o nome de Alexandre. Soa estranho neste contexto cultural, mas ele logo explica a tática: "Meus pais decidiram não me registrar com meu nome árabe para que isso facilitasse minha vida na França, sobretudo para conseguir emprego. Virei Alex". Alexandre (ou Alex) não revela o nome árabe e diz que acaba de ser demitido de uma empresa de fechaduras. Reclama que ser muçulmano é um fator negativo na hora de concorrer a um posto no país. "Roubaix é exceção, você está vendo todos circulando normalmente no centro. Mas é só dar um pulo a Bondues, cidade vizinha, para ver como somos marginalizados", diz o jovem. "Nos olham de maneira diferente na rua."
mundo
Cidade mais islâmica da França vive dias de desconfiançaNenhum outro lugar parece tão confortável socialmente para os muçulmanos da França como Roubaix, na fronteira com a Bélgica. Ainda mais em tempos de atentados terroristas no país reivindicados em nome do islã e do consequente desgaste da religião na sociedade local. Roubaix ostenta a fama de cidade mais muçulmana em um país no qual 63% da população vê o islã como incompatível com seus valores. "Aqui é completamente diferente. Nós nos sentimos bem, em casa, vivemos em paz", diz Noureddine Bensalem, 43, argelino que há 20 anos mora na cidade. A região também entrou no foco da investigação policial sobre os atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13 de novembro. Viveu em Roubaix Mohammed Khoulaed, detido na semana passada sob a suspeita de fabricar os explosivos usados pelos terroristas. Para fazer um trecho doméstico de dez minutos de trem entre Lille e Roubaix, a reportagem da Folha teve de apresentar o passaporte e responder a perguntas de um grupo de cinco policiais. "Posso garantir que Roubaix é segura. O islã não pode significar violência por causa de dois, três homens que agem como animais", diz o comerciante Bensalem. Estima-se que 7,5% da população da França seja adepta do islamismo, algo em torno de 4,7 milhões de pessoas. É a segunda maior religião do país, atrás do catolicismo. Em Roubaix, o percentual dobra. Dos 95 mil moradores, ao menos 20 mil são muçulmanos —estudos extraoficiais apontam que chegariam a metade dos habitantes. EM TODO LUGAR Isso explica um pouco o fato de Roubaix ter seis mesquitas. Seus líderes têm optado pelo silêncio sob o argumento de que a mídia francesa e os políticos buscam estigmatizar o islamismo. Sinais da religião e de sua cultura estão por toda parte em Roubaix. Das características de quem circula ali, como vestes e barbas, a estabelecimentos de comida típica. Moradores contam que, sob um clima social mais amistoso do que em outras partes do país, mulheres se arriscam às vezes a descumprir a lei que proíbe, desde 2010, o uso nas ruas de véus que cubram o rosto, regra que acirrou as divergências entre lideranças religiosas e parte da sociedade. A onda migratória de muçulmanos para Roubaix se deu sobretudo nos anos 60, quando milhares saíram de ex-colônias francesas na África para trabalhar na indústria têxtil que estimulou a economia local no século passado. Mas houve retração do setor nas décadas seguintes, fábricas fecharam, e Roubaix não se reergueu. A cidade registra hoje desemprego de 35%, um dos piores índices da França, cuja média é de 10%. A criminalidade é de 84 ocorrências para cada 1.000 habitantes, acima dos padrões locais. À procura de trabalho, por exemplo, está um filho de argelinos que leva nos documentos o nome de Alexandre. Soa estranho neste contexto cultural, mas ele logo explica a tática: "Meus pais decidiram não me registrar com meu nome árabe para que isso facilitasse minha vida na França, sobretudo para conseguir emprego. Virei Alex". Alexandre (ou Alex) não revela o nome árabe e diz que acaba de ser demitido de uma empresa de fechaduras. Reclama que ser muçulmano é um fator negativo na hora de concorrer a um posto no país. "Roubaix é exceção, você está vendo todos circulando normalmente no centro. Mas é só dar um pulo a Bondues, cidade vizinha, para ver como somos marginalizados", diz o jovem. "Nos olham de maneira diferente na rua."
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Ingressos para show do Iron Maiden em São Paulo chegam a R$ 580
Quem quiser ver o Iron Maiden em São Paulo em 2016 terá de desembolsar entre R$ 100 e R$ 580. O show no Allianz Parque em 26 de março, o primeiro do giro que a banda fará no Brasil no ano que vem, teve seus preços divulgados pela organização nesta quarta-feira (28). O grupo de metal traz ao país a turnê do disco "The Book of Souls", o mais recente e o primeiro duplo gravado em estúdio, que estreou em primeiro lugar em 40 países. Em São Paulo, assistir ao show das cadeiras superiores A ou B custará R$ 200 (R$ 100 para estudantes). Os assentos nível C ou D custam de R$ 180 (meia-entrada) a R$ 360 (inteira). Entradas para a pista ficam entre R$ 140 e R$ 280 e vão de R$ 290 a R$ 580 na Budzone. Os demais destinos ainda não tiveram o valor de seus shows divulgado. O Iron Maiden desembarcará no Brasil a bordo do Ed Force One, um Boeing 747-400 Jumbo Jet, pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson. O líder da banda se disse empolgado: "Apesar de termos preparado toda a logística de levar um avião tão imenso na nossa turnê, preciso aprender a pilotá-lo antes de ir a qualquer lugar. Estou treinando para me qualificar como piloto e capitão de um Boing 747", disse ele em nota publicada na página da banda. "Estamos muito animados com a ideia de levar nossa nova turnê para fãs que nunca nos viram ao vivo e, claro, para os velhos amigos, também." Ao todo, o grupo de metal fará cinco apresentações no Brasil: na HSBC Arena, no Rio, em 17 de março; na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte, no dia 19; no Nilson Nelson Arena, em Brasília, em 22 do mesmo mês, e na Arena do Centro de Formação Olímpica, em Fortaleza, no dia 24. A temporada brasileira se encerra em São Paulo, no Allianz Parque, em 26 de março. Os ingressos para os shows poderão ser adquiridos a partir dos dias 5 (São Paulo), 12 (Rio), 19 (Belo Horizonte), 20 (Brasília) e 26 (Fortaleza) de novembro, no site da Livepass. Os membros do fã-clube da banda terão pré-venda exclusiva no site oficial. "Eu acho que os fãs vão se deliciar com o que estamos planejando para essa turnê. Nós também estamos criando um novo show e temos a certeza de que estamos trabalhando duro para trazer para todos algo espetacular", declarou Dickinson. As bandas Anthrax e The RavenAge abrem para o Iron Maiden no Brasil. Ao todo, a turnê "The Book of Souls" passará por 35 países em seis continentes. IRON MAIDEN EM SÃO PAULO QUANDO 26 de março de 2016, a partir das 19h (show de abertura) ONDE Allianz Parque - Rua Turiassú, 1840 - Perdizes, São Paulo QUANTO de R$ 100 (cadeira superior A ou B, meia-entrada) a R$ 580 (Budzone, inteira) PRÉ-VENDA segunda-feira, 2 de novembro, 00h01 (membros do fã clube) e terça-feira (3), 00h01 (clientes Samsung) VENDA quinta-feira, 5 de novembro, 00h01
ilustrada
Ingressos para show do Iron Maiden em São Paulo chegam a R$ 580Quem quiser ver o Iron Maiden em São Paulo em 2016 terá de desembolsar entre R$ 100 e R$ 580. O show no Allianz Parque em 26 de março, o primeiro do giro que a banda fará no Brasil no ano que vem, teve seus preços divulgados pela organização nesta quarta-feira (28). O grupo de metal traz ao país a turnê do disco "The Book of Souls", o mais recente e o primeiro duplo gravado em estúdio, que estreou em primeiro lugar em 40 países. Em São Paulo, assistir ao show das cadeiras superiores A ou B custará R$ 200 (R$ 100 para estudantes). Os assentos nível C ou D custam de R$ 180 (meia-entrada) a R$ 360 (inteira). Entradas para a pista ficam entre R$ 140 e R$ 280 e vão de R$ 290 a R$ 580 na Budzone. Os demais destinos ainda não tiveram o valor de seus shows divulgado. O Iron Maiden desembarcará no Brasil a bordo do Ed Force One, um Boeing 747-400 Jumbo Jet, pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson. O líder da banda se disse empolgado: "Apesar de termos preparado toda a logística de levar um avião tão imenso na nossa turnê, preciso aprender a pilotá-lo antes de ir a qualquer lugar. Estou treinando para me qualificar como piloto e capitão de um Boing 747", disse ele em nota publicada na página da banda. "Estamos muito animados com a ideia de levar nossa nova turnê para fãs que nunca nos viram ao vivo e, claro, para os velhos amigos, também." Ao todo, o grupo de metal fará cinco apresentações no Brasil: na HSBC Arena, no Rio, em 17 de março; na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte, no dia 19; no Nilson Nelson Arena, em Brasília, em 22 do mesmo mês, e na Arena do Centro de Formação Olímpica, em Fortaleza, no dia 24. A temporada brasileira se encerra em São Paulo, no Allianz Parque, em 26 de março. Os ingressos para os shows poderão ser adquiridos a partir dos dias 5 (São Paulo), 12 (Rio), 19 (Belo Horizonte), 20 (Brasília) e 26 (Fortaleza) de novembro, no site da Livepass. Os membros do fã-clube da banda terão pré-venda exclusiva no site oficial. "Eu acho que os fãs vão se deliciar com o que estamos planejando para essa turnê. Nós também estamos criando um novo show e temos a certeza de que estamos trabalhando duro para trazer para todos algo espetacular", declarou Dickinson. As bandas Anthrax e The RavenAge abrem para o Iron Maiden no Brasil. Ao todo, a turnê "The Book of Souls" passará por 35 países em seis continentes. IRON MAIDEN EM SÃO PAULO QUANDO 26 de março de 2016, a partir das 19h (show de abertura) ONDE Allianz Parque - Rua Turiassú, 1840 - Perdizes, São Paulo QUANTO de R$ 100 (cadeira superior A ou B, meia-entrada) a R$ 580 (Budzone, inteira) PRÉ-VENDA segunda-feira, 2 de novembro, 00h01 (membros do fã clube) e terça-feira (3), 00h01 (clientes Samsung) VENDA quinta-feira, 5 de novembro, 00h01
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Por que alguns corpos se mumificam naturalmente após a morte?
A mumificação era comum entre os egípcios, persas, algumas culturas andinas e em outras sociedades ao redor do mundo. Mas a natureza também faz seu próprio processo, de forma bem menos trabalhosa. Naturalmente, quando o coração deixa de bater, o corpo começa a se decompor, até restarem apenas ossos. No entanto, existem ocasiões, com mais frequência do que se imagina, em que ocorre uma mumificação natural (dessecação) dos tecidos moles –da pele e dos músculos– que são conservados mesmo após a morte. O fenômeno é tão comum que chegou a ser contemplado pela legislação italiana, explicou à BBC Mundo Dario Piombino-Mascali, antropólogo do mesmo país que atualmente pesquisa segredos médicos guardados pelos corpos mumificados em uma cripta na Lituânia. "A lei italiana, por exemplo, estabelece que quando se exuma um corpo num cemitério e se descobre que ele não foi mineralizado, ele precisa ser novamente enterrado com substâncias químicas para que restem apenas os ossos", explica Piombino-Mascali. Mas embora seja comum, isso apenas ocorre em circunstâncias específicas. AMBIENTE EXTREMO O contexto em cada caso pode ser diferente, mas é preciso, a princípio, um ambiente extremo: muito quente, muito seco ou muito frio. Depois da morte, nossas células liberam substâncias, incluindo enzimas. Isso cria um ambiente ideal para bactérias e fungos, que se incorporam a esta mistura e começam a decompor o corpo. Na maioria dos casos, as enzimas precisam de um ambiente aquoso para agir. Mas se a temperatura é muito alta, o corpo se desidrata antes que as enzimas entrem em ação, e aí ocorre a mumificação. "Isso também pode ocorrer quando a temperatura é muito baixa, porque o frio inibe a atividade das bactérias", disse Piombino-Mascali. Especialmente se o corpo permanece coberto de gelo ou neve. Um dos exemplos mais conhecidos é o do corpo mumificado de Ötzi, o homem do gelo que viveu há 5.300 anos nos Alpes suíços, considerado o caso forense mais antigo da história. NAS CRIPTAS Criptas, como as encontradas sob o solo de muitas igrejas europeias, são lugares apropriados para a ocorrência de mumificação de corpos, porque a temperatura é baixa, em geral há boa ventilação, e as construções por cima as protegem da água. A umidade, destaca o antropólogo, "é a inimiga número um das múmias". Por outro lado, os pântanos, úmidos por natureza, são outro ambiente natural que favorece a mumificação. Isto se deve ao fato de serem ambientes geralmente frios, ácidos e anaeróbicos. Além disso, muitos têm um tipo de musgo (Sphagnum, ou esfagno) que cria mudanças químicas capazes de frear a atividade microbiana, o que ajuda na preservação dos tecidos. Outro fator é a composição do solo: a areia, por exemplo, absorve os fluidos, enquanto a presença de metais pesados no solo pode retardar a ação das enzimas. O material do caixão também pode ter influência: a madeira pode ter propriedades que ajudam na preservação, e os tecidos que cobrem o corpo podem absorver os líquidos. Por último, o processo depende ainda das características corporais de cada indivíduo. É mais difícil que a mumificação ocorra se o morto tiver uma concentração alta de gordura corporal.
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Por que alguns corpos se mumificam naturalmente após a morte?A mumificação era comum entre os egípcios, persas, algumas culturas andinas e em outras sociedades ao redor do mundo. Mas a natureza também faz seu próprio processo, de forma bem menos trabalhosa. Naturalmente, quando o coração deixa de bater, o corpo começa a se decompor, até restarem apenas ossos. No entanto, existem ocasiões, com mais frequência do que se imagina, em que ocorre uma mumificação natural (dessecação) dos tecidos moles –da pele e dos músculos– que são conservados mesmo após a morte. O fenômeno é tão comum que chegou a ser contemplado pela legislação italiana, explicou à BBC Mundo Dario Piombino-Mascali, antropólogo do mesmo país que atualmente pesquisa segredos médicos guardados pelos corpos mumificados em uma cripta na Lituânia. "A lei italiana, por exemplo, estabelece que quando se exuma um corpo num cemitério e se descobre que ele não foi mineralizado, ele precisa ser novamente enterrado com substâncias químicas para que restem apenas os ossos", explica Piombino-Mascali. Mas embora seja comum, isso apenas ocorre em circunstâncias específicas. AMBIENTE EXTREMO O contexto em cada caso pode ser diferente, mas é preciso, a princípio, um ambiente extremo: muito quente, muito seco ou muito frio. Depois da morte, nossas células liberam substâncias, incluindo enzimas. Isso cria um ambiente ideal para bactérias e fungos, que se incorporam a esta mistura e começam a decompor o corpo. Na maioria dos casos, as enzimas precisam de um ambiente aquoso para agir. Mas se a temperatura é muito alta, o corpo se desidrata antes que as enzimas entrem em ação, e aí ocorre a mumificação. "Isso também pode ocorrer quando a temperatura é muito baixa, porque o frio inibe a atividade das bactérias", disse Piombino-Mascali. Especialmente se o corpo permanece coberto de gelo ou neve. Um dos exemplos mais conhecidos é o do corpo mumificado de Ötzi, o homem do gelo que viveu há 5.300 anos nos Alpes suíços, considerado o caso forense mais antigo da história. NAS CRIPTAS Criptas, como as encontradas sob o solo de muitas igrejas europeias, são lugares apropriados para a ocorrência de mumificação de corpos, porque a temperatura é baixa, em geral há boa ventilação, e as construções por cima as protegem da água. A umidade, destaca o antropólogo, "é a inimiga número um das múmias". Por outro lado, os pântanos, úmidos por natureza, são outro ambiente natural que favorece a mumificação. Isto se deve ao fato de serem ambientes geralmente frios, ácidos e anaeróbicos. Além disso, muitos têm um tipo de musgo (Sphagnum, ou esfagno) que cria mudanças químicas capazes de frear a atividade microbiana, o que ajuda na preservação dos tecidos. Outro fator é a composição do solo: a areia, por exemplo, absorve os fluidos, enquanto a presença de metais pesados no solo pode retardar a ação das enzimas. O material do caixão também pode ter influência: a madeira pode ter propriedades que ajudam na preservação, e os tecidos que cobrem o corpo podem absorver os líquidos. Por último, o processo depende ainda das características corporais de cada indivíduo. É mais difícil que a mumificação ocorra se o morto tiver uma concentração alta de gordura corporal.
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Google agora pertence à Alphabet, mas domínio Alphabet.com é da BMW
O Google anunciou na segunda-feira a criação da holding Alphabet, sob a qual ficarão as empresas do grupo. O domínio da internet Alphabet.com, no entanto, é de uma filial da fabricante automobilística BMW. A empresa presta serviços para companhias com frotas de veículos, opera em 18 países e fornece 530 mil veículos para clientes corporativos. O Google não estava disponível imediatamente para comentários. Um porta-voz da BMW afirmou nesta terça-feira (12) que a empresa estuda de forma rotineira os efeitos de direitos sobre a marca, mas que por enquanto nenhuma medida legal é planejada. "Estamos examinando se há quaisquer implicações sobre direitos de marca ou não", disse uma porta-voz. NOME COMUM Segundo o presidente-executivo e co-fundador do Google, Larry Page, o nome Alphabet foi escolhido porque o alfabeto representa a linguagem, uma das inovações mais importantes da humanidade, e é o "cerne de como nós indexamos" buscas no Google. Disputas legais são improváveis, já que o Google deixou claro em seu anúncio na segunda-feira que, ao criar uma holding chamada Alphabet não estava pretendendo criar produtos e marcas sob este nome. Se o fizesse, a companhia, que não é estranha a disputas sobre propriedade intelectual, poderia ter que enfrentar as consequências legais de atropelar detentores de direitos sobre uma marca bastante comum entre empresas norte-americanas. Além das centenas de pequenas firmas com Alphabet no nome, existem atualmente 103 registros de marca nos Estados Unidos que incluem a palavra "alphabet" ou outra variação próxima, segundo pesquisa no banco de dados do Departamento de Patentes e Marcas Registradas dos EUA. Os registros incluem jogos de computador, marcas de roupa, móveis, brinquedos, diversos tipos de livros infantis, além da Alphabet Vodka e da cervejaria Alphabet City Brewing em Nova York. Existe também o cereal matinal Alpha-bits. A maioria destas marcas tem pouco a ver com as investidas mais novas do Google que serão abrigadas sob o guarda-chuva da Alphabet Inc, incluindo suas unidades que trabalham em lentes de contato inteligentes e carros autônomos
mercado
Google agora pertence à Alphabet, mas domínio Alphabet.com é da BMWO Google anunciou na segunda-feira a criação da holding Alphabet, sob a qual ficarão as empresas do grupo. O domínio da internet Alphabet.com, no entanto, é de uma filial da fabricante automobilística BMW. A empresa presta serviços para companhias com frotas de veículos, opera em 18 países e fornece 530 mil veículos para clientes corporativos. O Google não estava disponível imediatamente para comentários. Um porta-voz da BMW afirmou nesta terça-feira (12) que a empresa estuda de forma rotineira os efeitos de direitos sobre a marca, mas que por enquanto nenhuma medida legal é planejada. "Estamos examinando se há quaisquer implicações sobre direitos de marca ou não", disse uma porta-voz. NOME COMUM Segundo o presidente-executivo e co-fundador do Google, Larry Page, o nome Alphabet foi escolhido porque o alfabeto representa a linguagem, uma das inovações mais importantes da humanidade, e é o "cerne de como nós indexamos" buscas no Google. Disputas legais são improváveis, já que o Google deixou claro em seu anúncio na segunda-feira que, ao criar uma holding chamada Alphabet não estava pretendendo criar produtos e marcas sob este nome. Se o fizesse, a companhia, que não é estranha a disputas sobre propriedade intelectual, poderia ter que enfrentar as consequências legais de atropelar detentores de direitos sobre uma marca bastante comum entre empresas norte-americanas. Além das centenas de pequenas firmas com Alphabet no nome, existem atualmente 103 registros de marca nos Estados Unidos que incluem a palavra "alphabet" ou outra variação próxima, segundo pesquisa no banco de dados do Departamento de Patentes e Marcas Registradas dos EUA. Os registros incluem jogos de computador, marcas de roupa, móveis, brinquedos, diversos tipos de livros infantis, além da Alphabet Vodka e da cervejaria Alphabet City Brewing em Nova York. Existe também o cereal matinal Alpha-bits. A maioria destas marcas tem pouco a ver com as investidas mais novas do Google que serão abrigadas sob o guarda-chuva da Alphabet Inc, incluindo suas unidades que trabalham em lentes de contato inteligentes e carros autônomos
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CPI do Futebol irá pedir contratos da CBF em amistosos da seleção
Comandada pelo senador e ex-atacante da seleção brasileira Romário (PSB-RJ), a CPI do Futebol no Senado irá pedir formalmente à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) os contratos fechados pela entidade referentes aos amistosos do Brasil realizados após a conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo, em 2002. A comissão votará o requerimento na próxima quinta-feira (20). Como houve acordo entre os senadores, acredita-se que ele será facilmente aprovado. A ideia surgiu durante a audiência pública realizada nesta terça-feira (18) com os jornalistas Juca Kfouri (Folha/UOL/CBN/ESPN Brasil), Jamil Chade ("O Estado de S. Paulo") e José Cruz (UOL). Eles foram chamados por já terem publicado reportagens investigativas sobre casos de corrupção no futebol. O pedido de informação deverá ser assinado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator no colegiado. Durante a reunião, Jucá também pediu aos repórteres que encaminhem para a CPI documentos que eles, eventualmente, possuam e que possam contribuir com as investigações, principalmente em relação à CBF. "Vamos apresentar uma série de pedidos de informação sobre contratos que a CBF tem a nível internacional e local, não só de organização e venda da imagem da seleção brasileira, mas também de patrocínio. Vamos querer saber também as transferências de recursos para as federações. Ou seja, estamos começando a levantar todos os dados e os desdobramentos virão a partir daí, com a convocação de mais pessoas e, se necessário, a quebra de sigilos bancários", explicou Jucá. Durante a reunião, os jornalistas criticaram a falta de transparência da entidade e a vinculação dos árbitros e da Justiça esportiva a ela, o que tira a isenção das duas atividades. Em relação à atuação da CPI, José Cruz afirmou que os depoimentos desta terça ajudaram a dar um foco mais preciso à comissão, direcionado a investigar a corrupção na CBF. "Antes a discussão estava muito burocrática, com eles falando sobre melhorias no esporte em geral. Mas a questão principal aqui é a corrupção no futebol", disse. Já para Jamil Chade, a CPI precisa avançar nas investigações para além do que os jornalistas são capazes de fazer. "Acho que as perguntas certas foram feitas, mas coisas novas podem surgir se a CPI cumprir a sua finalidade. Ou seja, se a CPI usar das armas e ferramentas que nós jornalistas não pudermos usar, como quebrar sigilos, apurar direito como são feitos os contratos da CBF", disse. Juca Kfouri disse, no entanto, ver a comissão com muito ceticismo porque há integrantes na comissão que são próximos de cartolas e integrantes da CBF. A comissão ainda deve ouvir os presidentes de federações estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Distrito Federal, Amazonas e Acre e dirigentes de clubes. Eles deverão expor a realidade local do futebol e do calendário de competições. Somente após esta primeira fase de depoimentos é que a CPI mergulhará nas investigações contra a CBF, em que deverá convocar integrantes da confederação e pessoas ligadas a ela, como o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o seu ex-presidente Ricardo Teixeira, que deixou o cargo em 2012. A proposta da criação da CPI surgiu depois que sete dirigentes ligados à Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foram presos na Suíça em maio, acusados de pagamento e recebimento de propinas em contratos de exploração comercial de competições esportivas.
esporte
CPI do Futebol irá pedir contratos da CBF em amistosos da seleçãoComandada pelo senador e ex-atacante da seleção brasileira Romário (PSB-RJ), a CPI do Futebol no Senado irá pedir formalmente à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) os contratos fechados pela entidade referentes aos amistosos do Brasil realizados após a conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo, em 2002. A comissão votará o requerimento na próxima quinta-feira (20). Como houve acordo entre os senadores, acredita-se que ele será facilmente aprovado. A ideia surgiu durante a audiência pública realizada nesta terça-feira (18) com os jornalistas Juca Kfouri (Folha/UOL/CBN/ESPN Brasil), Jamil Chade ("O Estado de S. Paulo") e José Cruz (UOL). Eles foram chamados por já terem publicado reportagens investigativas sobre casos de corrupção no futebol. O pedido de informação deverá ser assinado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator no colegiado. Durante a reunião, Jucá também pediu aos repórteres que encaminhem para a CPI documentos que eles, eventualmente, possuam e que possam contribuir com as investigações, principalmente em relação à CBF. "Vamos apresentar uma série de pedidos de informação sobre contratos que a CBF tem a nível internacional e local, não só de organização e venda da imagem da seleção brasileira, mas também de patrocínio. Vamos querer saber também as transferências de recursos para as federações. Ou seja, estamos começando a levantar todos os dados e os desdobramentos virão a partir daí, com a convocação de mais pessoas e, se necessário, a quebra de sigilos bancários", explicou Jucá. Durante a reunião, os jornalistas criticaram a falta de transparência da entidade e a vinculação dos árbitros e da Justiça esportiva a ela, o que tira a isenção das duas atividades. Em relação à atuação da CPI, José Cruz afirmou que os depoimentos desta terça ajudaram a dar um foco mais preciso à comissão, direcionado a investigar a corrupção na CBF. "Antes a discussão estava muito burocrática, com eles falando sobre melhorias no esporte em geral. Mas a questão principal aqui é a corrupção no futebol", disse. Já para Jamil Chade, a CPI precisa avançar nas investigações para além do que os jornalistas são capazes de fazer. "Acho que as perguntas certas foram feitas, mas coisas novas podem surgir se a CPI cumprir a sua finalidade. Ou seja, se a CPI usar das armas e ferramentas que nós jornalistas não pudermos usar, como quebrar sigilos, apurar direito como são feitos os contratos da CBF", disse. Juca Kfouri disse, no entanto, ver a comissão com muito ceticismo porque há integrantes na comissão que são próximos de cartolas e integrantes da CBF. A comissão ainda deve ouvir os presidentes de federações estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Distrito Federal, Amazonas e Acre e dirigentes de clubes. Eles deverão expor a realidade local do futebol e do calendário de competições. Somente após esta primeira fase de depoimentos é que a CPI mergulhará nas investigações contra a CBF, em que deverá convocar integrantes da confederação e pessoas ligadas a ela, como o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o seu ex-presidente Ricardo Teixeira, que deixou o cargo em 2012. A proposta da criação da CPI surgiu depois que sete dirigentes ligados à Fifa, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foram presos na Suíça em maio, acusados de pagamento e recebimento de propinas em contratos de exploração comercial de competições esportivas.
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Série de espiões que concorre ao Emmy é indicação para quem quer ficar em casa
DE SÃO PAULO Para aproveitar a semana sem precisar sair de casa, a sãopaulo selecionou dois programas disponíveis em serviços sob demanda. Confira. * REDENÇÃO Brigando pelo Emmy de melhor série de drama neste domingo (18), a série "The Americans" teve suas primeiras temporadas ignoradas pelo prêmio, que finalmente decidiu lhe dar valor. E você deveria fazer o mesmo com a produção, que conta a história de um casal de espiões soviética –interpretado por Keri Russell e Matthew Rhys– infiltrado nos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria. Mas prepare o espírito para os momentos de tensão –que são muitos. The Americans, quatro temporadas (as três primeiras estão disponíveis na Netflix). * FIM DO MUNDO? A turma do professor Charles Xavier (James McAvoy) mantém o fôlego da saga de mutantes depois de tantos filmes. O vilão da vez a ser combatido é Apocalipse (Oscar Isaac), que ressurge em buscar de poder. A maioria dos personagens já conhecidos está lá e há a chegada de novos, como Psylocke (Olivia Munn). X-Men: Apocalipse (144 minutos), no Google Play (R$ 14,90). Trailer de X-Men: Apocalipse Trailer de X-Men: Apocalipse
saopaulo
Série de espiões que concorre ao Emmy é indicação para quem quer ficar em casaDE SÃO PAULO Para aproveitar a semana sem precisar sair de casa, a sãopaulo selecionou dois programas disponíveis em serviços sob demanda. Confira. * REDENÇÃO Brigando pelo Emmy de melhor série de drama neste domingo (18), a série "The Americans" teve suas primeiras temporadas ignoradas pelo prêmio, que finalmente decidiu lhe dar valor. E você deveria fazer o mesmo com a produção, que conta a história de um casal de espiões soviética –interpretado por Keri Russell e Matthew Rhys– infiltrado nos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria. Mas prepare o espírito para os momentos de tensão –que são muitos. The Americans, quatro temporadas (as três primeiras estão disponíveis na Netflix). * FIM DO MUNDO? A turma do professor Charles Xavier (James McAvoy) mantém o fôlego da saga de mutantes depois de tantos filmes. O vilão da vez a ser combatido é Apocalipse (Oscar Isaac), que ressurge em buscar de poder. A maioria dos personagens já conhecidos está lá e há a chegada de novos, como Psylocke (Olivia Munn). X-Men: Apocalipse (144 minutos), no Google Play (R$ 14,90). Trailer de X-Men: Apocalipse Trailer de X-Men: Apocalipse
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Amnesty International Fears Increase in Police Violence During Olympic Games
PATRÍCIA CAMPOS MELLO FROM SÃO PAULO Last Thursday (2), Amnesty International published a report drawing attention to the potential risk of an increase in police violence and human rights violations during the 2016 Olympics. According to Amnesty International's Executive Director, Atila Roque, the main concern is an increase in violence in the slums and protest crackdowns. "During the World Cup, there was a 39.4 percent increase in homicides resulting from police intervention compared to the previous year; since then, we've made several recommendations, but very little has changed", he told Folha. "By being chosen to host the Games, Brazil committed to leaving a legacy of security, but this should not manifest itself as a legacy of militarization and the suspension of rights in the slums." Rio expects to employ 85,000 security officers during the Games, more than double what was needed during the London Olympic Games, in 2012. The report, "Violence is not part of the game! The risk of human rights violations during the 2016 Rio Olympic Games" recounts how the military occupied the Maré slum complex in April of 2014, in preparation for the Cup, but remained there until June of 2015. During that period, several violations were reported. "The Security team's priority during the Games should be to ensure peace, and not just send the military to Maré or other slums and turn them into areas exempt from rights", said Roque. Two months from the start of the Olympics, he says there is still time to implement measures to prevent violations. He mentions strengthening the police program in Rio that monitors weapon use among officers. The financial crisis currently affecting the state of Rio is another point of concern. "If working conditions deteriorate or there is a delay in the payment of [officer] wages, tensions will rise", he says. Data released in May from the Institute for Public Safety (ISP), shows that, from January to April, there was a 15.4 percent increase in the number of premeditated homicides compared to the same period in 2015. If you compare April's numbers alone, that percentage rises to 38.9 percent. Translated by SUGHEY RAMIREZ Read the article in the original language +Latest news in English *Former Director of Petrobras Says Rousseff Lied About the Purchase of Pasadena *Funk Music Has Explicit Machismo, but Popular Brazilian Songs Are Also Offensive to Women *Rio 2016 Olympic Committee Maneuvers to Hide Deficit of R$ 129 million
esporte
Amnesty International Fears Increase in Police Violence During Olympic Games PATRÍCIA CAMPOS MELLO FROM SÃO PAULO Last Thursday (2), Amnesty International published a report drawing attention to the potential risk of an increase in police violence and human rights violations during the 2016 Olympics. According to Amnesty International's Executive Director, Atila Roque, the main concern is an increase in violence in the slums and protest crackdowns. "During the World Cup, there was a 39.4 percent increase in homicides resulting from police intervention compared to the previous year; since then, we've made several recommendations, but very little has changed", he told Folha. "By being chosen to host the Games, Brazil committed to leaving a legacy of security, but this should not manifest itself as a legacy of militarization and the suspension of rights in the slums." Rio expects to employ 85,000 security officers during the Games, more than double what was needed during the London Olympic Games, in 2012. The report, "Violence is not part of the game! The risk of human rights violations during the 2016 Rio Olympic Games" recounts how the military occupied the Maré slum complex in April of 2014, in preparation for the Cup, but remained there until June of 2015. During that period, several violations were reported. "The Security team's priority during the Games should be to ensure peace, and not just send the military to Maré or other slums and turn them into areas exempt from rights", said Roque. Two months from the start of the Olympics, he says there is still time to implement measures to prevent violations. He mentions strengthening the police program in Rio that monitors weapon use among officers. The financial crisis currently affecting the state of Rio is another point of concern. "If working conditions deteriorate or there is a delay in the payment of [officer] wages, tensions will rise", he says. Data released in May from the Institute for Public Safety (ISP), shows that, from January to April, there was a 15.4 percent increase in the number of premeditated homicides compared to the same period in 2015. If you compare April's numbers alone, that percentage rises to 38.9 percent. Translated by SUGHEY RAMIREZ Read the article in the original language +Latest news in English *Former Director of Petrobras Says Rousseff Lied About the Purchase of Pasadena *Funk Music Has Explicit Machismo, but Popular Brazilian Songs Are Also Offensive to Women *Rio 2016 Olympic Committee Maneuvers to Hide Deficit of R$ 129 million
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Após 3 derrotas, Palmeiras vence o Flamengo em casa e chega ao 5º lugar
Na última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras reencontrou o caminho das vitórias e bateu o Flamengo por 4 a 2, em partida realizada no Allianz Parque, em São Paulo. O triunfo pôs fim a uma sequência de três derrotas da equipe comandada por Marcelo Oliveira —Atlético-PR, Cruzeiro e Coritiba. Com esse resultado, o Palmeiras chegou a 31 pontos e assumiu a quinta posição —tem dois pontos a menos que o Fluminense, quarto colocado, que ganhou do Figueirense por 2 a 1. Já o Flamengo é o 13º colocado com 23 pontos. gols O Palmeiras saiu na frente com o zagueiro Jackson, aos 5 minutos do primeiro tempo, mas o Flamengo conseguiu a virada com dois gols do meia Ederson, aos 5 e 11 minutos da etapa complementar. Atrás no placar, o time alviverde foi para o ataque e conseguiu empatar em gol contra de Samir, que desviou cabeceio de Cleiton Xavier, aos 13 minutos. Os gols que deram a vitória à equipe palmeirense foram anotados por Dudu e Alecsandro, respectivamente, aos 20 e 25 minutos. O Flamengo reclamou de dois pênaltis não marcados pelo árbitro na etapa inicial. O primeiro de Andrei Girotto em Pará e o segundo de Fernando Prass em Guerrero. Na abertura do segundo turno, o Palmeiras viaja a Belo Horizonte para enfrentar o Atlético-MG, domingo, às 18h30, enquanto o Flamengo recebe o São Paulo no Maracanã, também no domingo, às 16h. Para este confronto o técnico Cristóvão Borges não poderá contar com o volante Jonas e o lateral Jorge, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. O JOGO A partida começou bastante disputada no meio campo, com as equipes marcando em cima e sem dar espaços para a criação. Com a bola parada, uma das principais forças do Palmeiras, o time comandado por Marcelo Oliveira abriu o placar logo aos 5 minutos. Zé Roberto cobrou escanteio da esquerda e Jackson subiu mais que a zaga para testar firme e marcar o primeiro gol do jogo. O Flamengo teve a chance de empatar aos 16 minutos. Jackson dominou mal, Guerrero roubou a bola, passou por Fernando Prass e caiu na área pedindo pênalti. Mas o árbitro mandou seguir. No lance seguinte o time rubro-negro voltou a levar perigo. Jonas pegou a sobra de bola e arriscou da intermediária. A bola desviou em Arouca e quase encobriu o goleiro Fernando Prass, que espalmou para escanteio. Aos 21 minutos, novamente com Guerrero, o Flamengo teve outra chance de empatar, após escanteio cobrado na área e cabeceio firme do peruano. Fernando Prass espalmou. O Flamengo voltou dos vestiários com a marcação adiantada e sufocando a saída de bola do Plameiras. Logo aos 5 minutos, Emerson assistiu Ederson, que passou por Jackson e bateu firme. A bola desviou em Vítor Hugo e tirou qualquer chance de defesa de Fernando Prass. O Flamengo teve nova chance de gol aos 9 minutos. Guerrero lançou Pará na ponta direita, que rolou para Emerson Sheik chutar forte e a bola explodir no travessão. A pressão flamenguista deu resultado e o time carioca conseguiu a virada aos 11 minutos. Após escanteio cobrado na área, Ederson subiu sozinho para fazer seu segundo gol. Atrás no marcador, o Palmeiras foi para cima e conseguiu o empate aos 13 minutos. Arouca tocou para o meio da área, Cleiton Xavier finalizou de cabeça e a bola desviou em Samir e foi para o fundo do gol. A virada palmeirense aconteceu aos 20 minutos. Zé Roberto tocou em Alecsandro na referência. O centroavante fez o pivô e rolou para Dudu que bateu forte, sem chances para César. O quarto gol palmeirense foi marcado por Alecsandro, que pegou sobra de bola na área e bateu no canto esquerdo, aos 25 minutos. Este foi o primeiro gol do camisa 90 pelo Palmeiras. O Flamengo ainda tentou diminuir a vantagem palmeirense, principalmente em chutes de média distância, mas os arremates não levaram perigo ao goleiro Fernando Prass.
esporte
Após 3 derrotas, Palmeiras vence o Flamengo em casa e chega ao 5º lugarNa última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras reencontrou o caminho das vitórias e bateu o Flamengo por 4 a 2, em partida realizada no Allianz Parque, em São Paulo. O triunfo pôs fim a uma sequência de três derrotas da equipe comandada por Marcelo Oliveira —Atlético-PR, Cruzeiro e Coritiba. Com esse resultado, o Palmeiras chegou a 31 pontos e assumiu a quinta posição —tem dois pontos a menos que o Fluminense, quarto colocado, que ganhou do Figueirense por 2 a 1. Já o Flamengo é o 13º colocado com 23 pontos. gols O Palmeiras saiu na frente com o zagueiro Jackson, aos 5 minutos do primeiro tempo, mas o Flamengo conseguiu a virada com dois gols do meia Ederson, aos 5 e 11 minutos da etapa complementar. Atrás no placar, o time alviverde foi para o ataque e conseguiu empatar em gol contra de Samir, que desviou cabeceio de Cleiton Xavier, aos 13 minutos. Os gols que deram a vitória à equipe palmeirense foram anotados por Dudu e Alecsandro, respectivamente, aos 20 e 25 minutos. O Flamengo reclamou de dois pênaltis não marcados pelo árbitro na etapa inicial. O primeiro de Andrei Girotto em Pará e o segundo de Fernando Prass em Guerrero. Na abertura do segundo turno, o Palmeiras viaja a Belo Horizonte para enfrentar o Atlético-MG, domingo, às 18h30, enquanto o Flamengo recebe o São Paulo no Maracanã, também no domingo, às 16h. Para este confronto o técnico Cristóvão Borges não poderá contar com o volante Jonas e o lateral Jorge, suspensos pelo terceiro cartão amarelo. O JOGO A partida começou bastante disputada no meio campo, com as equipes marcando em cima e sem dar espaços para a criação. Com a bola parada, uma das principais forças do Palmeiras, o time comandado por Marcelo Oliveira abriu o placar logo aos 5 minutos. Zé Roberto cobrou escanteio da esquerda e Jackson subiu mais que a zaga para testar firme e marcar o primeiro gol do jogo. O Flamengo teve a chance de empatar aos 16 minutos. Jackson dominou mal, Guerrero roubou a bola, passou por Fernando Prass e caiu na área pedindo pênalti. Mas o árbitro mandou seguir. No lance seguinte o time rubro-negro voltou a levar perigo. Jonas pegou a sobra de bola e arriscou da intermediária. A bola desviou em Arouca e quase encobriu o goleiro Fernando Prass, que espalmou para escanteio. Aos 21 minutos, novamente com Guerrero, o Flamengo teve outra chance de empatar, após escanteio cobrado na área e cabeceio firme do peruano. Fernando Prass espalmou. O Flamengo voltou dos vestiários com a marcação adiantada e sufocando a saída de bola do Plameiras. Logo aos 5 minutos, Emerson assistiu Ederson, que passou por Jackson e bateu firme. A bola desviou em Vítor Hugo e tirou qualquer chance de defesa de Fernando Prass. O Flamengo teve nova chance de gol aos 9 minutos. Guerrero lançou Pará na ponta direita, que rolou para Emerson Sheik chutar forte e a bola explodir no travessão. A pressão flamenguista deu resultado e o time carioca conseguiu a virada aos 11 minutos. Após escanteio cobrado na área, Ederson subiu sozinho para fazer seu segundo gol. Atrás no marcador, o Palmeiras foi para cima e conseguiu o empate aos 13 minutos. Arouca tocou para o meio da área, Cleiton Xavier finalizou de cabeça e a bola desviou em Samir e foi para o fundo do gol. A virada palmeirense aconteceu aos 20 minutos. Zé Roberto tocou em Alecsandro na referência. O centroavante fez o pivô e rolou para Dudu que bateu forte, sem chances para César. O quarto gol palmeirense foi marcado por Alecsandro, que pegou sobra de bola na área e bateu no canto esquerdo, aos 25 minutos. Este foi o primeiro gol do camisa 90 pelo Palmeiras. O Flamengo ainda tentou diminuir a vantagem palmeirense, principalmente em chutes de média distância, mas os arremates não levaram perigo ao goleiro Fernando Prass.
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Apesar de começo promissor, 'O Contador' derrapa em hipocrisia
Ao apresentar várias histórias que cedo ou tarde confluem para Chris Wolff (Ben Affleck), o contador do título, o thriller começa de maneira promissora. O personagem é construído gradativamente, assim como o sólido suspense em torno dele. Chris é autista, extremamente dotado para lidar com números e incompetente para tratar com pessoas. Por meio de vários flashbacks, ficamos conhecendo as tribulações de sua infância, marcada pelo abandono da mãe e pelo tratamento duro que recebeu do pai, que o obrigou a aprender artes marciais. Por trás de uma aparência comum, Chris trabalha lavando dinheiro para várias organizações mafiosas. Quando o Tesouro dos EUA começa a seguir seu rastro, ele aceita atuar numa empresa legal, com a missão de detalhar um milionário desvio de fundos identificado por Dana Cummings (Anna Kendrick). Não demora muito para o contador ser caçado e seu misterioso grupo de assassinos de aluguel. Ali a narrativa desanda, bifurcando-se numa longuíssima cena espalhafatosa e cheia de tiros, e um arremedo de melodrama enxertado por novos flashbacks sobre o passado doloroso do personagem e pela relação deste com Dana, muito mal trabalhada. Para piorar, quando Chris enfrenta seus oponentes ele se aproxima mais do super-herói. O autismo lhe confere poderes especiais, pois ele se revela uma perfeita máquina de matar, conjetura tão extravagante quanto hipócrita que o filme abraça sem hesitar. ( O CONTADOR (The Accountant) DIREÇÃO Gavin O'Connor ELENCO Ben Affleck, Anna Kendrick e Jon Bernthal PRODUÇÃO EUA, 2016, 14 anos QUANDO estreia nesta quinta (20)
ilustrada
Apesar de começo promissor, 'O Contador' derrapa em hipocrisiaAo apresentar várias histórias que cedo ou tarde confluem para Chris Wolff (Ben Affleck), o contador do título, o thriller começa de maneira promissora. O personagem é construído gradativamente, assim como o sólido suspense em torno dele. Chris é autista, extremamente dotado para lidar com números e incompetente para tratar com pessoas. Por meio de vários flashbacks, ficamos conhecendo as tribulações de sua infância, marcada pelo abandono da mãe e pelo tratamento duro que recebeu do pai, que o obrigou a aprender artes marciais. Por trás de uma aparência comum, Chris trabalha lavando dinheiro para várias organizações mafiosas. Quando o Tesouro dos EUA começa a seguir seu rastro, ele aceita atuar numa empresa legal, com a missão de detalhar um milionário desvio de fundos identificado por Dana Cummings (Anna Kendrick). Não demora muito para o contador ser caçado e seu misterioso grupo de assassinos de aluguel. Ali a narrativa desanda, bifurcando-se numa longuíssima cena espalhafatosa e cheia de tiros, e um arremedo de melodrama enxertado por novos flashbacks sobre o passado doloroso do personagem e pela relação deste com Dana, muito mal trabalhada. Para piorar, quando Chris enfrenta seus oponentes ele se aproxima mais do super-herói. O autismo lhe confere poderes especiais, pois ele se revela uma perfeita máquina de matar, conjetura tão extravagante quanto hipócrita que o filme abraça sem hesitar. ( O CONTADOR (The Accountant) DIREÇÃO Gavin O'Connor ELENCO Ben Affleck, Anna Kendrick e Jon Bernthal PRODUÇÃO EUA, 2016, 14 anos QUANDO estreia nesta quinta (20)
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Vaccari e três ex-deputados presos na Lava Jato irão para cadeia comum
A Justiça Federal no Paraná determinou que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os três ex-deputados presos preventivamente na Operação Lava Jato sejam transferidos da sede da Polícia Federal em Curitiba para um presídio comum, na região metropolitana da cidade. A decisão foi tomada neste domingo (24) pelo juiz federal Sergio Moro, a pedido da Polícia Federal. Além de Vaccari, serão transferidos os ex-parlamentares André Vargas (ex-PT-PR, hoje sem partido), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Todos estão presos há pouco mais de um mês. Eles irão para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde já estão outros cinco presos da Lava Jato, como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o operador Fernando Soares, o Baiano. Os investigados ficarão numa ala reservada, tomarão banho frio e dividirão uma cela para três pessoas, com camas de concreto, uma pia e uma latrina. "O local vinha atendendo satisfatoriamente às condições de custódia dos presos provisórios", afirmou Moro, no despacho. "Ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação." A Polícia Federal argumentou que há dificuldades de espaço para abrigar todos os presos da Lava Jato em sua carceragem. Além dos quatro que serão transferidos, ainda estão no local o doleiro Alberto Youssef, a doleira Nelma Kodama, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o publicitário Ricardo Hoffmann e o empresário Milton Pascowitch. A transferência dos quatro presos deve ocorrer na terça-feira (26).
poder
Vaccari e três ex-deputados presos na Lava Jato irão para cadeia comumA Justiça Federal no Paraná determinou que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e os três ex-deputados presos preventivamente na Operação Lava Jato sejam transferidos da sede da Polícia Federal em Curitiba para um presídio comum, na região metropolitana da cidade. A decisão foi tomada neste domingo (24) pelo juiz federal Sergio Moro, a pedido da Polícia Federal. Além de Vaccari, serão transferidos os ex-parlamentares André Vargas (ex-PT-PR, hoje sem partido), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Todos estão presos há pouco mais de um mês. Eles irão para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, onde já estão outros cinco presos da Lava Jato, como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o operador Fernando Soares, o Baiano. Os investigados ficarão numa ala reservada, tomarão banho frio e dividirão uma cela para três pessoas, com camas de concreto, uma pia e uma latrina. "O local vinha atendendo satisfatoriamente às condições de custódia dos presos provisórios", afirmou Moro, no despacho. "Ficarão em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação." A Polícia Federal argumentou que há dificuldades de espaço para abrigar todos os presos da Lava Jato em sua carceragem. Além dos quatro que serão transferidos, ainda estão no local o doleiro Alberto Youssef, a doleira Nelma Kodama, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o publicitário Ricardo Hoffmann e o empresário Milton Pascowitch. A transferência dos quatro presos deve ocorrer na terça-feira (26).
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PMs e guarda são condenados por participação na maior chacina de SP
A Justiça de São Paulo condenou dois policiais militares e um guarda-civil de participação na maior chacina de SP, que deixou 17 mortos há dois anos em Osasco e Barueri, na Grande SP. As penas somam 604 anos de prisão. Foram condenados os policiais militares Fabrício Emmanuel Eleutério, a 255 anos e sete meses, e Thiago Barbosa Henklain, a 247 anos e sete meses, além do guarda municipal de Barueri Sérgio Manhanhã, a 100 anos e dez meses. Eles vão recorrer da sentença, presos. A defesa deve adotar a mesma estratégia dos policiais condenados pelo massacre do Carandiru, de que não houve individualização de conduta –não há informações sobre o que cada acusado fez no crime. "Eles já vieram todos condenados para cá. Durante dois anos, foram expostos como os culpados", disse a advogada Flávia Artilheiro. As famílias protestaram. "Estão enterrando meu filho vivo", disse o pai de Fabrício, José Eleutério. "E os verdadeiros culpados estão passando aqui na porta e rindo." "Foi surpreendente", disse Zilda Maria de Paula, mãe de uma das vítimas. "Mas não há nada o que comemorar. Eu não queria estar aqui, queria estar em casa com meu filho." "Os maus policiais, que são minoria, comecem a refletir sobre esse resultado ao ver que os jurados aqui não tem mais receio e entender que não se tolera mais violência com as próprias mãos, Justiça com as próprias mãos, matança, extermínio de um sujeito considerado por eles um criminoso", disse o promotor Marcelo de Oliveira. A juíza Elia Bulman se emocionou ao proferir a sentença. "Nós que trabalhamos no tribunal do júri trabalhamos com a dor da perda. A gente não se acostuma a ver as vidas, todas as vidas que são perdidas aqui na cidade. Engana-se quem pensa que um juiz do tribunal do júri ou quem quer que seja que trabalha aqui se acostuma com a morte, com a perda. A perda de uma vida que é igual à minha, a perda de uma vida que tem um valor tanto quanto a minha vida", disse. Outro policial militar, Victor Cristilder, 32, acusado de também participar do crime, será julgado em outra data, ainda não definida, porque ele foi o único que recorreu da sentença que mandou todos a júri. Todos estavam presos em São Paulo há cerca de dois anos. O júri começou na segunda-feira (18) e poderia durar até 12 dias, mas uma parte das testemunhas foi dispensada, o que acelerou o julgamento. Os principais indícios que foram levados ao júri buscando condenar os acusados foram o reconhecimento de Eleutério por sobrevivente; uma testemunha que disse ter ouvido de terceiro que a mulher de Henklain reconheceu o PM em imagens de TV entre os assassinos do bar; e uma comunicação entre o PM Victor Cristilder, também acusado, e o guarda municipal Manhanhã na noite do crime, antes e depois da chacina, por meio de WhatsApp, sem texto, só com um sinal de positivo e, na última mensagem, um braço forte. O promotor responsável pelo caso, Marcelo de Oliveira, chegou a dizer em entrevista à Folha em agosto do ano passado que a denúncia carecia de uma "prova contundente". "Vai ser bem difícil a condenação. Porque, de fato, não tem uma prova contundente, irrefutável", disse. A declaração foi utilizada pelos advogados para pedir a absolvição dos réus. Um áudio com a fala do promotor, que a Folha disponibilizou à época na reportagem foi reproduzido aos jurados. DEBATES Os últimos dias de julgamento foram marcados pelos debates, em que a Promotoria apresenta a tese de acusação, e a defesa rebate os pontos e apresenta os argumentos que eles consideram mais importantes para provar a inocência dos réus. Na quinta (21), o promotor Oliveira chegou a dizer que queria a condenação e esperava que os réus "morressem na prisão". Na sexta, ele recuou na declaração e disse que esperava que eles continuassem vivos, mas dentro da prisão. A defesa dos réus sustentou que as provas obtidas eram incapazes de levar à prisão uma pessoa por 300 anos, como defende Oliveira. Os advogados de Eleutério defenderam que havia dez provas da inocência do soldado da Rota, contra um único indício contra ele –o reconhecimento de uma testemunha, que, ainda segundo a defesa, apresentava contradições. A defesa do guarda Manhanhã diz que ficou provado nos depoimentos dos chefes da guarda que o réu não tinha competência para deslocar os carros da guarda para regiões distantes de onde aconteceria o ataque. Segundo a acusação, ele teria afastado dos locais do crime os carros da unidade que comandava na guarda. A defesa argumenta que até o sogro do promotor, que já foi chefe da guarda de Barueri, pediu a absolvição do Manhanhã. Além disso, argumentou que apenas uma mensagem com um sinal de positivo, sem contexto, não seria prova suficiente para condenar alguém. A defesa de Thiago Henklain argumentou que a testemunha apresentada pelo nome fictício Gama, que relatou que uma terceira pessoa ouviu uma briga entre Henklain e sua esposa após os ataques, foi ouvida apenas pela polícia, e não pela Justiça, o que tiraria o valor dessa declaração. Se fosse ouvida diante dos jurados, diz a defesa, certamente mudaria a versão, assim como a vizinha que ele diz ter ouvido a briga, negaria o fato. - Acusados da chacina na Grande SP Por quais penas cada um foi considerado culpado Fabrício Emmanuel Eleutério, 32 Pena estipulada: 255 anos e sete meses Crimes: 17 homicídios, 7 tentativas de homicídios e formação de quadrilha Thiago Barbosa Henklain, 30 Pena estipulada: 247 anos e sete meses Crimes: 17 homicídios, 7 tentativas de homicídio e formação de quadrilha Sérgio Manhanhã, 43 Pena estipulada: 100 anos e dez meses Crimes: 11 homicídios, 2 tentativas de homicídio e formação de quadrilha Victor Cristilder, 32 Será julgado em outra data, ainda não definida, porque foi o único que recorreu da sentença que mandou todos a júri popular - MEDO O início julgamento foi marcado pelo medo de sobreviventes. "Como fui alvejado, estou com medo", disse Amauri José, 56. Ele tomou um tiro no rosto e afirma não se lembrar do crime. Ele depôs no primeiro dia do julgamento, longe dos olhos dos três réus. No segundo dia, a testemunha que disse reconhecer Eleutério depôs em esquema especial de segurança, sem a presença do público ou de jornalistas. Na quinta-feira (21), o promotor Marcelo de Oliveira expôs o nome de outra testemunha protegida, até então apresentada pelo nome fictício de Gama, que disse à polícia ter ouvido acusações contra Henklain em um almoço de família. Oliveira minimizou a revelação: "Talvez ele fique até mais seguro se alguma coisa acontecer com ele", disse. Em 2015, a principal testemunha protegida de chacinas ocorridas em 2013 –também envolvendo PMs de Osasco– foi assassinada a tiros. Um outro episódio do julgamento, a cargo da defesa de um dos policiais, foi questionado pela Promotoria. O advogado Nilton Nunes, que defende o PM Eleutério, mencionou o nome e a profissão dos jurados no fim dos debates nesta quinta. Detalhes sobre os integrantes do júri vinham sendo mantidos sob reserva -sem divulgação a jornalistas. Para o promotor Oliveira, tratou-se de "uma tática baixa, para dizer o mínimo", pela hipótese de intimidação. "Não sei se ele fez de propósito ou de boa-fé. Se estiver de boa-fé, é muito ingênuo, mas é um tremendo ato de irresponsabilidade", disse. Nunes afirmou não haver nenhuma proibição e que não quis amedrontar ninguém. Disse que apenas tentou ser mais educado "para tratá-los por nome, e não por números". CASO Em agosto de 2015, ataques em série de homens encapuzados deixaram um saldo de 17 pessoas assassinadas em Osasco e na vizinha Barueri. De acordo com a acusação, a chacina foi provocada por um grupo de PMs, de Osasco, e guardas-civis, da vizinha Barueri, que se uniram para vingar a morte de dois colegas deles em dias anteriores. Nenhuma das vítimas da megachacina tinha ligação com a morte dos agentes em dias anteriores, e a maioria não tinha passagem policial. Os criminosos, usando touca ninja, saíram em ao menos dois carros por ruas dessas cidades atirando contra alvos escolhidos por eles. Em um único bar de Osasco, oito pessoas foram assassinadas e outras duas ficaram feridas. O governo paulista criou uma força-tarefa, mas não conseguiu encontrar armas, carros e roupas usados nos ataques. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirma que a polícia ouviu cerca de cem pessoas na investigação. Houve indiciamento de seis PMs e um guarda municipal. Posteriormente, a Promotoria denunciou os sete indiciados, mas três casos foram recusados pela Justiça. * Do que os 4 suspeitos foram acusados De estarem envolvidos no assassinato de 17 pessoas em 13.ago.2015, em Osasco e Barueri, em retaliação à morte de um PM e um guarda municipal em assaltos dias antes. Cada réu foi condenado por um número diferente de mortos e feridos O que dizia a denúncia Os réus faziam parte de uma milícia armada que atuava na segurança de comerciantes da região e na prática de crimes, como homicídios. Eles se conheciam por meio do PM Victor Cristilder, que seria chefe da segurança de um supermercado de Carapicuíba Principais evidências, segundo a Promotoria - Há 3 testemunhas: uma reconheceu um dos PMs na chacina, uma viu outro PM na pré-chacina e a terceira diz que vizinho ouviu uma briga - Um dos PMs e o GCM trocaram mensagens de "positivo" antes e depois do horário da chacina - Parte de cápsulas apreendidas eram de lote do Exército, onde um deles já trabalhou Fragilidades da acusação - Não havia provas da ligação entre os quatro réus, contrariando a tese de formação de milícia - Relatos das testemunhas apresentaram contradições - Faltavam evidências como armas, veículos e ligações em celular CRONOLOGIA DO CASO 7.ago.2015 Cabo da PM Ademilson Pereira, 42, é morto em assalto em Osasco 8 a 10.ago.2015 Ocorrem "pré-chacinas", com mortes em Itapevi, Carapicuíba e Osasco 12.ago.2015 Guarda-civil Jefferson Luiz da Silva, 40, é morto em assalto em Barueri 13.ago.2015 Um homem é morto em Itapevi, e chacina em Osasco e Barueri termina com 17 mortes Dez.2015 Após polícia concluir investigação, Ministério Público denuncia três PMs e um guarda municipal Out.2016 Os quatro suspeitos são presos Dez.2016 Victor Cristilder, um dos PMs, é absolvido em outra denúncia por morte em 8.ago ligada à chacina Fev.2017 Justiça decide que os quatro acusados no processo principal vão a júri popular 18.set.2017 Começa o julgamento do caso em tribunal de Osasco 22.set.2017 Dois policiais militares e um guarda-civil são condenados a penas que somam 604 anos de prisão
cotidiano
PMs e guarda são condenados por participação na maior chacina de SPA Justiça de São Paulo condenou dois policiais militares e um guarda-civil de participação na maior chacina de SP, que deixou 17 mortos há dois anos em Osasco e Barueri, na Grande SP. As penas somam 604 anos de prisão. Foram condenados os policiais militares Fabrício Emmanuel Eleutério, a 255 anos e sete meses, e Thiago Barbosa Henklain, a 247 anos e sete meses, além do guarda municipal de Barueri Sérgio Manhanhã, a 100 anos e dez meses. Eles vão recorrer da sentença, presos. A defesa deve adotar a mesma estratégia dos policiais condenados pelo massacre do Carandiru, de que não houve individualização de conduta –não há informações sobre o que cada acusado fez no crime. "Eles já vieram todos condenados para cá. Durante dois anos, foram expostos como os culpados", disse a advogada Flávia Artilheiro. As famílias protestaram. "Estão enterrando meu filho vivo", disse o pai de Fabrício, José Eleutério. "E os verdadeiros culpados estão passando aqui na porta e rindo." "Foi surpreendente", disse Zilda Maria de Paula, mãe de uma das vítimas. "Mas não há nada o que comemorar. Eu não queria estar aqui, queria estar em casa com meu filho." "Os maus policiais, que são minoria, comecem a refletir sobre esse resultado ao ver que os jurados aqui não tem mais receio e entender que não se tolera mais violência com as próprias mãos, Justiça com as próprias mãos, matança, extermínio de um sujeito considerado por eles um criminoso", disse o promotor Marcelo de Oliveira. A juíza Elia Bulman se emocionou ao proferir a sentença. "Nós que trabalhamos no tribunal do júri trabalhamos com a dor da perda. A gente não se acostuma a ver as vidas, todas as vidas que são perdidas aqui na cidade. Engana-se quem pensa que um juiz do tribunal do júri ou quem quer que seja que trabalha aqui se acostuma com a morte, com a perda. A perda de uma vida que é igual à minha, a perda de uma vida que tem um valor tanto quanto a minha vida", disse. Outro policial militar, Victor Cristilder, 32, acusado de também participar do crime, será julgado em outra data, ainda não definida, porque ele foi o único que recorreu da sentença que mandou todos a júri. Todos estavam presos em São Paulo há cerca de dois anos. O júri começou na segunda-feira (18) e poderia durar até 12 dias, mas uma parte das testemunhas foi dispensada, o que acelerou o julgamento. Os principais indícios que foram levados ao júri buscando condenar os acusados foram o reconhecimento de Eleutério por sobrevivente; uma testemunha que disse ter ouvido de terceiro que a mulher de Henklain reconheceu o PM em imagens de TV entre os assassinos do bar; e uma comunicação entre o PM Victor Cristilder, também acusado, e o guarda municipal Manhanhã na noite do crime, antes e depois da chacina, por meio de WhatsApp, sem texto, só com um sinal de positivo e, na última mensagem, um braço forte. O promotor responsável pelo caso, Marcelo de Oliveira, chegou a dizer em entrevista à Folha em agosto do ano passado que a denúncia carecia de uma "prova contundente". "Vai ser bem difícil a condenação. Porque, de fato, não tem uma prova contundente, irrefutável", disse. A declaração foi utilizada pelos advogados para pedir a absolvição dos réus. Um áudio com a fala do promotor, que a Folha disponibilizou à época na reportagem foi reproduzido aos jurados. DEBATES Os últimos dias de julgamento foram marcados pelos debates, em que a Promotoria apresenta a tese de acusação, e a defesa rebate os pontos e apresenta os argumentos que eles consideram mais importantes para provar a inocência dos réus. Na quinta (21), o promotor Oliveira chegou a dizer que queria a condenação e esperava que os réus "morressem na prisão". Na sexta, ele recuou na declaração e disse que esperava que eles continuassem vivos, mas dentro da prisão. A defesa dos réus sustentou que as provas obtidas eram incapazes de levar à prisão uma pessoa por 300 anos, como defende Oliveira. Os advogados de Eleutério defenderam que havia dez provas da inocência do soldado da Rota, contra um único indício contra ele –o reconhecimento de uma testemunha, que, ainda segundo a defesa, apresentava contradições. A defesa do guarda Manhanhã diz que ficou provado nos depoimentos dos chefes da guarda que o réu não tinha competência para deslocar os carros da guarda para regiões distantes de onde aconteceria o ataque. Segundo a acusação, ele teria afastado dos locais do crime os carros da unidade que comandava na guarda. A defesa argumenta que até o sogro do promotor, que já foi chefe da guarda de Barueri, pediu a absolvição do Manhanhã. Além disso, argumentou que apenas uma mensagem com um sinal de positivo, sem contexto, não seria prova suficiente para condenar alguém. A defesa de Thiago Henklain argumentou que a testemunha apresentada pelo nome fictício Gama, que relatou que uma terceira pessoa ouviu uma briga entre Henklain e sua esposa após os ataques, foi ouvida apenas pela polícia, e não pela Justiça, o que tiraria o valor dessa declaração. Se fosse ouvida diante dos jurados, diz a defesa, certamente mudaria a versão, assim como a vizinha que ele diz ter ouvido a briga, negaria o fato. - Acusados da chacina na Grande SP Por quais penas cada um foi considerado culpado Fabrício Emmanuel Eleutério, 32 Pena estipulada: 255 anos e sete meses Crimes: 17 homicídios, 7 tentativas de homicídios e formação de quadrilha Thiago Barbosa Henklain, 30 Pena estipulada: 247 anos e sete meses Crimes: 17 homicídios, 7 tentativas de homicídio e formação de quadrilha Sérgio Manhanhã, 43 Pena estipulada: 100 anos e dez meses Crimes: 11 homicídios, 2 tentativas de homicídio e formação de quadrilha Victor Cristilder, 32 Será julgado em outra data, ainda não definida, porque foi o único que recorreu da sentença que mandou todos a júri popular - MEDO O início julgamento foi marcado pelo medo de sobreviventes. "Como fui alvejado, estou com medo", disse Amauri José, 56. Ele tomou um tiro no rosto e afirma não se lembrar do crime. Ele depôs no primeiro dia do julgamento, longe dos olhos dos três réus. No segundo dia, a testemunha que disse reconhecer Eleutério depôs em esquema especial de segurança, sem a presença do público ou de jornalistas. Na quinta-feira (21), o promotor Marcelo de Oliveira expôs o nome de outra testemunha protegida, até então apresentada pelo nome fictício de Gama, que disse à polícia ter ouvido acusações contra Henklain em um almoço de família. Oliveira minimizou a revelação: "Talvez ele fique até mais seguro se alguma coisa acontecer com ele", disse. Em 2015, a principal testemunha protegida de chacinas ocorridas em 2013 –também envolvendo PMs de Osasco– foi assassinada a tiros. Um outro episódio do julgamento, a cargo da defesa de um dos policiais, foi questionado pela Promotoria. O advogado Nilton Nunes, que defende o PM Eleutério, mencionou o nome e a profissão dos jurados no fim dos debates nesta quinta. Detalhes sobre os integrantes do júri vinham sendo mantidos sob reserva -sem divulgação a jornalistas. Para o promotor Oliveira, tratou-se de "uma tática baixa, para dizer o mínimo", pela hipótese de intimidação. "Não sei se ele fez de propósito ou de boa-fé. Se estiver de boa-fé, é muito ingênuo, mas é um tremendo ato de irresponsabilidade", disse. Nunes afirmou não haver nenhuma proibição e que não quis amedrontar ninguém. Disse que apenas tentou ser mais educado "para tratá-los por nome, e não por números". CASO Em agosto de 2015, ataques em série de homens encapuzados deixaram um saldo de 17 pessoas assassinadas em Osasco e na vizinha Barueri. De acordo com a acusação, a chacina foi provocada por um grupo de PMs, de Osasco, e guardas-civis, da vizinha Barueri, que se uniram para vingar a morte de dois colegas deles em dias anteriores. Nenhuma das vítimas da megachacina tinha ligação com a morte dos agentes em dias anteriores, e a maioria não tinha passagem policial. Os criminosos, usando touca ninja, saíram em ao menos dois carros por ruas dessas cidades atirando contra alvos escolhidos por eles. Em um único bar de Osasco, oito pessoas foram assassinadas e outras duas ficaram feridas. O governo paulista criou uma força-tarefa, mas não conseguiu encontrar armas, carros e roupas usados nos ataques. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirma que a polícia ouviu cerca de cem pessoas na investigação. Houve indiciamento de seis PMs e um guarda municipal. Posteriormente, a Promotoria denunciou os sete indiciados, mas três casos foram recusados pela Justiça. * Do que os 4 suspeitos foram acusados De estarem envolvidos no assassinato de 17 pessoas em 13.ago.2015, em Osasco e Barueri, em retaliação à morte de um PM e um guarda municipal em assaltos dias antes. Cada réu foi condenado por um número diferente de mortos e feridos O que dizia a denúncia Os réus faziam parte de uma milícia armada que atuava na segurança de comerciantes da região e na prática de crimes, como homicídios. Eles se conheciam por meio do PM Victor Cristilder, que seria chefe da segurança de um supermercado de Carapicuíba Principais evidências, segundo a Promotoria - Há 3 testemunhas: uma reconheceu um dos PMs na chacina, uma viu outro PM na pré-chacina e a terceira diz que vizinho ouviu uma briga - Um dos PMs e o GCM trocaram mensagens de "positivo" antes e depois do horário da chacina - Parte de cápsulas apreendidas eram de lote do Exército, onde um deles já trabalhou Fragilidades da acusação - Não havia provas da ligação entre os quatro réus, contrariando a tese de formação de milícia - Relatos das testemunhas apresentaram contradições - Faltavam evidências como armas, veículos e ligações em celular CRONOLOGIA DO CASO 7.ago.2015 Cabo da PM Ademilson Pereira, 42, é morto em assalto em Osasco 8 a 10.ago.2015 Ocorrem "pré-chacinas", com mortes em Itapevi, Carapicuíba e Osasco 12.ago.2015 Guarda-civil Jefferson Luiz da Silva, 40, é morto em assalto em Barueri 13.ago.2015 Um homem é morto em Itapevi, e chacina em Osasco e Barueri termina com 17 mortes Dez.2015 Após polícia concluir investigação, Ministério Público denuncia três PMs e um guarda municipal Out.2016 Os quatro suspeitos são presos Dez.2016 Victor Cristilder, um dos PMs, é absolvido em outra denúncia por morte em 8.ago ligada à chacina Fev.2017 Justiça decide que os quatro acusados no processo principal vão a júri popular 18.set.2017 Começa o julgamento do caso em tribunal de Osasco 22.set.2017 Dois policiais militares e um guarda-civil são condenados a penas que somam 604 anos de prisão
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Autoridades da Indonésia apreendem passaportes de equipe da Globo
Autoridades de imigração em Cilacap (a 400 km de Jacarta) apreenderam neste sábado (17) os passaportes do repórter da TV Globo Márcio Gomes e de um cinegrafista da emissora. Ambos chegaram a ser detidos enquanto filmavam o porto de Cilacap, de onde saem as balsas rumo à ilha de Nusakambangan, onde seis presos serão executados nas primeiras horas de domingo (18), tarde de sábado no Brasil. Entre os executados estará Marco Archer Cardoso Moreira, 53. As autoridades da Indonésia sustentam que o entorno do porto é área restrita e que repórter e cinegrafista da TV Globo entraram no país com visto de turistas. Depois de algum tempo, Márcio e o cinegrafista foram liberados para voltar ao hotel onde estão hospedados, mas os seus passaportes estão retidos. O Itamaraty tenta ajudar a resolver a questão. Neste sábado pela manhã, a reportagem da Folha foi abordada por um homem que disse ser do setor de imigração, sob o argumento de que poderia ser deportada se entrevistasse alguém ou fizesse fotos. Dentro do Itamaraty, a medida foi vista como uma tentativa da Indonésia de afastar repórteres estrangeiros destacados para cobrir as execuções. Segundo a Comunicação da Globo, ainda não se sabe o porquê de os passaportes terem sido retidos.
cotidiano
Autoridades da Indonésia apreendem passaportes de equipe da GloboAutoridades de imigração em Cilacap (a 400 km de Jacarta) apreenderam neste sábado (17) os passaportes do repórter da TV Globo Márcio Gomes e de um cinegrafista da emissora. Ambos chegaram a ser detidos enquanto filmavam o porto de Cilacap, de onde saem as balsas rumo à ilha de Nusakambangan, onde seis presos serão executados nas primeiras horas de domingo (18), tarde de sábado no Brasil. Entre os executados estará Marco Archer Cardoso Moreira, 53. As autoridades da Indonésia sustentam que o entorno do porto é área restrita e que repórter e cinegrafista da TV Globo entraram no país com visto de turistas. Depois de algum tempo, Márcio e o cinegrafista foram liberados para voltar ao hotel onde estão hospedados, mas os seus passaportes estão retidos. O Itamaraty tenta ajudar a resolver a questão. Neste sábado pela manhã, a reportagem da Folha foi abordada por um homem que disse ser do setor de imigração, sob o argumento de que poderia ser deportada se entrevistasse alguém ou fizesse fotos. Dentro do Itamaraty, a medida foi vista como uma tentativa da Indonésia de afastar repórteres estrangeiros destacados para cobrir as execuções. Segundo a Comunicação da Globo, ainda não se sabe o porquê de os passaportes terem sido retidos.
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OAB vai pedir impeachment de Eduardo Cunha à Câmara e ao STF
O conselho federal da OAB decidiu nesta segunda (1º), em votação colegiada, pedir o impeachment do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A entidade deverá oficiar o parlamento e também o STF (Supremo Tribunal Federal) defendendo que Cunha seja afastado da presidência do parlamento. A OAB não defende, porém, o afastamento dele do mandato parlamentar, já que o peemedebista ainda tem direito de se defender das acusações que sofre. Os advogados pretendem reforçar pedido apresentado recentemente à corte pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que em dezembro solicitou o afastamento cautelar do peemedebista da presidência da Câmara. A saída de Cunha seria necessária, segundo Janot, para preservar as investigações contra o parlamentar.
colunas
OAB vai pedir impeachment de Eduardo Cunha à Câmara e ao STFO conselho federal da OAB decidiu nesta segunda (1º), em votação colegiada, pedir o impeachment do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A entidade deverá oficiar o parlamento e também o STF (Supremo Tribunal Federal) defendendo que Cunha seja afastado da presidência do parlamento. A OAB não defende, porém, o afastamento dele do mandato parlamentar, já que o peemedebista ainda tem direito de se defender das acusações que sofre. Os advogados pretendem reforçar pedido apresentado recentemente à corte pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que em dezembro solicitou o afastamento cautelar do peemedebista da presidência da Câmara. A saída de Cunha seria necessária, segundo Janot, para preservar as investigações contra o parlamentar.
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Leitores comentam vazamentos da delação da Odebrecht
DELAÇÃO DA ODEBRECHT Ainda por cima usam o Palácio do Jaburu, patrimônio publico, mantido com nosso dinheiro, para pedir propina e dividir o botim. É muita falta de vergonha na cara. Até quando? Acredito que o Brasil só vai ter jeito quando esse pessoal tiver medo de nós. NICOLA GRANATO (Santos, SP) * Quem diria? Odebrecht afirma, em delação, ter feito doação ilegal para as campanhas de Alckmin. Até tu, Geraldus! Todos rigorosamente iguais. GILBERTO M. COSTA FILHO (Santos, SP) * Santo, Caju, Feio, Caranguejo e Gripado; Primo, Próximus e Velhinho; Boca-Mole, Botafogo e Angorá. Parece escalação de time de várzea, mas é a seleção da política nacional envolvida na delação da Odebrecht. A rodada está só começando e já teve Lula três vezes réu, Renan no tapetão e juiz chamado de ladrão. Pode isso, Arnaldo? Ninguém sabe como vai acabar essa disputa de craques e pernas-de-pau, técnicos e cartolas de todas as agremiações. Mas a regra é clara: que não se olhe a cor da camisa nem o tamanho da torcida para privilegiar alguém nesse bem-vindo mata-mata. Caia quem tiver que cair. MAURICIO HUERTAS (São Paulo, SP) * Ao ler a edição deste sábado (10), achei que fosse a de sexta, pela manchete quase idêntica. Sugiro que o tema "delação da Odebrecht" seja manchete ao longo do mês de dezembro. Não faltarão personagens. ANA C. GALVÃO GALRÃO (São João del-Rei, MG) * Se condenados, Curitiba será pequena para tantos políticos denunciados pela Odebrecht. Fica claro, agora, o porquê da tentativa de "pacto", em março, para "estancar a sangria" da Lava Jato. A operação está destruindo os alicerces e levando à queda o império da corrupção. Despudoradamente, seus autores tentam calar juízes e procuradores. Que a sociedade se prepare, se organize e lute contra a reação que se anuncia, muito mais violenta. SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP) * A deleção da Odebrecht promete esvaziar o Congresso Nacional. Tudo dependerá do nível de celeridade da Justiça diante da profusão desembestada de nomes de grande peso político. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * Sobre a delação da Odebrecht envolvendo o governador Geraldo Alckmin, o diretório do PSDB-SP reafirma sua total confiança no governador, político de caráter como poucos, cuja vida foi pautada pela integridade, pela ética e pelo interesse público. O PSDB tem total convicção de que as investigações reforçarão sua inocência, como já indicam as reportagens que trataram do assunto ao afirmarem que os delatores negaram qualquer contato do governador. Reafirmamos ainda nosso total apoio à Operação Lava Jato. PEDRO TOBIAS, presidente estadual do Diretório do PSDB-SP (São Paulo, SP) - AFASTAMENTO DE RENAN A atitude do senador Renan Calheiros, negando-se a receber o oficial de Justiça, é uma instigação ao desrespeito à Justiça. Colegas oficias, doravante, com esse precedente, preparem-se para maiores dificuldades no cumprimento dos mandados. ANALICE VIEIRA QUEIROZ, oficial de Justiça (São Paulo, SP) * Até tu, Cármen Lúcia? Fico com as palavras do espetacular Clóvis Rossi : "Dizer, pois, que as instituições estão em frangalhos é dizer pouco. Estão é podres, imensamente podres". E nós estamos enojados. JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP) * Será aberto o 13º processo judicial contra Renan Calheiros por desacatar intimação da mais alta corte de Justiça, de modo ostensivo, arrogante e provocante? ALUÍSIO DOBES (Florianópolis, SC) - REFORMA DA PREVIDÊNCIA Os desalmados, ao elaborarem o projeto de aposentadoria que prejudica os velhinhos, fizeram clara distinção entre os armados e os desarmados. ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP) - COLUNISTAS Claudia Costin disse que a escola brasileira não funciona. Pois digo que não funciona porque os professores não funcionam! WALTER NEVES (São Paulo, SP) * Não consigo imaginar não ter mais a coluna do professor Pasquale, com sua clareza e enorme perspicácia para explicar a língua portuguesa por meio de fatos apresentados pelo próprio jornal. Vai fazer uma falta incomensurável. MARTHA M.CARDOSO (São Paulo, SP) - METRÔ Em "Metrô tem 'buraco' de 632 funcionários", a Folha deixa de destacar os fatos que realmente comprovam a qualidade do serviço oferecido aos usuários: a quantidade de viagens subiu 5% em 2016, com os trens percorrendo 50 mil km a mais com intervalos menores. O Metrô SP moderniza trens e sistemas, automatiza vendas de bilhetes, instala câmeras de vigilância e implanta processos e ferramentas de gestão para otimizar recursos, a exemplo de empresas privadas bem-sucedidas. Todas as vagas operacionais e de manutenção serão repostas no PDV. ADELE CLAUDIA NABHAN, chefe do departamento de imprensa do Metrô (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam vazamentos da delação da OdebrechtDELAÇÃO DA ODEBRECHT Ainda por cima usam o Palácio do Jaburu, patrimônio publico, mantido com nosso dinheiro, para pedir propina e dividir o botim. É muita falta de vergonha na cara. Até quando? Acredito que o Brasil só vai ter jeito quando esse pessoal tiver medo de nós. NICOLA GRANATO (Santos, SP) * Quem diria? Odebrecht afirma, em delação, ter feito doação ilegal para as campanhas de Alckmin. Até tu, Geraldus! Todos rigorosamente iguais. GILBERTO M. COSTA FILHO (Santos, SP) * Santo, Caju, Feio, Caranguejo e Gripado; Primo, Próximus e Velhinho; Boca-Mole, Botafogo e Angorá. Parece escalação de time de várzea, mas é a seleção da política nacional envolvida na delação da Odebrecht. A rodada está só começando e já teve Lula três vezes réu, Renan no tapetão e juiz chamado de ladrão. Pode isso, Arnaldo? Ninguém sabe como vai acabar essa disputa de craques e pernas-de-pau, técnicos e cartolas de todas as agremiações. Mas a regra é clara: que não se olhe a cor da camisa nem o tamanho da torcida para privilegiar alguém nesse bem-vindo mata-mata. Caia quem tiver que cair. MAURICIO HUERTAS (São Paulo, SP) * Ao ler a edição deste sábado (10), achei que fosse a de sexta, pela manchete quase idêntica. Sugiro que o tema "delação da Odebrecht" seja manchete ao longo do mês de dezembro. Não faltarão personagens. ANA C. GALVÃO GALRÃO (São João del-Rei, MG) * Se condenados, Curitiba será pequena para tantos políticos denunciados pela Odebrecht. Fica claro, agora, o porquê da tentativa de "pacto", em março, para "estancar a sangria" da Lava Jato. A operação está destruindo os alicerces e levando à queda o império da corrupção. Despudoradamente, seus autores tentam calar juízes e procuradores. Que a sociedade se prepare, se organize e lute contra a reação que se anuncia, muito mais violenta. SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP) * A deleção da Odebrecht promete esvaziar o Congresso Nacional. Tudo dependerá do nível de celeridade da Justiça diante da profusão desembestada de nomes de grande peso político. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * Sobre a delação da Odebrecht envolvendo o governador Geraldo Alckmin, o diretório do PSDB-SP reafirma sua total confiança no governador, político de caráter como poucos, cuja vida foi pautada pela integridade, pela ética e pelo interesse público. O PSDB tem total convicção de que as investigações reforçarão sua inocência, como já indicam as reportagens que trataram do assunto ao afirmarem que os delatores negaram qualquer contato do governador. Reafirmamos ainda nosso total apoio à Operação Lava Jato. PEDRO TOBIAS, presidente estadual do Diretório do PSDB-SP (São Paulo, SP) - AFASTAMENTO DE RENAN A atitude do senador Renan Calheiros, negando-se a receber o oficial de Justiça, é uma instigação ao desrespeito à Justiça. Colegas oficias, doravante, com esse precedente, preparem-se para maiores dificuldades no cumprimento dos mandados. ANALICE VIEIRA QUEIROZ, oficial de Justiça (São Paulo, SP) * Até tu, Cármen Lúcia? Fico com as palavras do espetacular Clóvis Rossi : "Dizer, pois, que as instituições estão em frangalhos é dizer pouco. Estão é podres, imensamente podres". E nós estamos enojados. JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP) * Será aberto o 13º processo judicial contra Renan Calheiros por desacatar intimação da mais alta corte de Justiça, de modo ostensivo, arrogante e provocante? ALUÍSIO DOBES (Florianópolis, SC) - REFORMA DA PREVIDÊNCIA Os desalmados, ao elaborarem o projeto de aposentadoria que prejudica os velhinhos, fizeram clara distinção entre os armados e os desarmados. ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP) - COLUNISTAS Claudia Costin disse que a escola brasileira não funciona. Pois digo que não funciona porque os professores não funcionam! WALTER NEVES (São Paulo, SP) * Não consigo imaginar não ter mais a coluna do professor Pasquale, com sua clareza e enorme perspicácia para explicar a língua portuguesa por meio de fatos apresentados pelo próprio jornal. Vai fazer uma falta incomensurável. MARTHA M.CARDOSO (São Paulo, SP) - METRÔ Em "Metrô tem 'buraco' de 632 funcionários", a Folha deixa de destacar os fatos que realmente comprovam a qualidade do serviço oferecido aos usuários: a quantidade de viagens subiu 5% em 2016, com os trens percorrendo 50 mil km a mais com intervalos menores. O Metrô SP moderniza trens e sistemas, automatiza vendas de bilhetes, instala câmeras de vigilância e implanta processos e ferramentas de gestão para otimizar recursos, a exemplo de empresas privadas bem-sucedidas. Todas as vagas operacionais e de manutenção serão repostas no PDV. ADELE CLAUDIA NABHAN, chefe do departamento de imprensa do Metrô (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Marina and the Diamonds cancela show no festival Lollapalooza
Marina and the Diamonds informou neste sábado (28) que não realizará o show que estava previsto para as 20h15 no Lollapalooza 2015, no autódromo de Interlagos. Segundo a página da cantora no Facebook, o voo que ela pegaria de Nova York para São Paulo foi cancelado. "Estou tão inacreditavelmente devastada e frustrada, mas tenho que confirmar que não serei capaz de me apresentar hoje no Lollapalooza. Estou presa no aeroporto depois de 12 horas de adiamentos do meu voo para São Paulo. Ele acabou sendo cancelado às 5h da manhã, e não há outros voos que eu possa pegar para alcançar vocês a tempo de fazer o show", escreveu a cantora. De acordo com o site FlighAware, que rastreia a situação de voos, houve de fato nesta madrugada um cancelamento de um voo que sairia de Newark, em Nova Jersey, vizinha a Nova York, com destino a São Paulo. A banda sul africana Kongos, que tocaria às 15h30, assume o horário do show de Marina and the Diamonds, passando para as 20h15 no palco Axe. Com a mudança, os shows chegam a atrasar uma hora. O Boogarins, que entraria às 13h, agora se apresenta às 14h. A organização do evento ainda não definiu o que será feito em relação a quem quiser devolver ingressos em razão do cancelamento. Abaixo os novos horários do Palco Axe para sábado: Palco Axe - sábado 12h30 - 13h30 Zimbra 14h - 15h Boogarins 15h30 - 16h30 Nem Liminha Ouviu 17h15 - 18h15 St. Vincent 18h45 - 19h45 Marcelo D2 20h15 - 21h15 Kongos 21h45 - 23h Bastille
ilustrada
Marina and the Diamonds cancela show no festival LollapaloozaMarina and the Diamonds informou neste sábado (28) que não realizará o show que estava previsto para as 20h15 no Lollapalooza 2015, no autódromo de Interlagos. Segundo a página da cantora no Facebook, o voo que ela pegaria de Nova York para São Paulo foi cancelado. "Estou tão inacreditavelmente devastada e frustrada, mas tenho que confirmar que não serei capaz de me apresentar hoje no Lollapalooza. Estou presa no aeroporto depois de 12 horas de adiamentos do meu voo para São Paulo. Ele acabou sendo cancelado às 5h da manhã, e não há outros voos que eu possa pegar para alcançar vocês a tempo de fazer o show", escreveu a cantora. De acordo com o site FlighAware, que rastreia a situação de voos, houve de fato nesta madrugada um cancelamento de um voo que sairia de Newark, em Nova Jersey, vizinha a Nova York, com destino a São Paulo. A banda sul africana Kongos, que tocaria às 15h30, assume o horário do show de Marina and the Diamonds, passando para as 20h15 no palco Axe. Com a mudança, os shows chegam a atrasar uma hora. O Boogarins, que entraria às 13h, agora se apresenta às 14h. A organização do evento ainda não definiu o que será feito em relação a quem quiser devolver ingressos em razão do cancelamento. Abaixo os novos horários do Palco Axe para sábado: Palco Axe - sábado 12h30 - 13h30 Zimbra 14h - 15h Boogarins 15h30 - 16h30 Nem Liminha Ouviu 17h15 - 18h15 St. Vincent 18h45 - 19h45 Marcelo D2 20h15 - 21h15 Kongos 21h45 - 23h Bastille
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Abdelmassih sai de prisão domiciliar para tratar superbactéria no Einstein
O ex-médico Roger Abdelmassih, 73, deixou seu apartamento no Jardim Paulistano, na zona oeste da capital paulista, para se internar no Hospital Israelita Albert Einstein na manhã desta segunda-feira (7). Abdelmassih procurou a unidade para se submeter a um tratamento contra uma superbactéria, segundo o advogado dele, Antonio Celso Fraga. Ele chegou ao local por volta das 7h em um táxi, acompanhado pela mulher. De acordo com Fraga, o ex-médico contraiu uma superbactéria identificada como Klebsiella pneumoniae. Ele descobriu a presença da infecção após os resultados de um exame de urina feito em 28 de julho na casa dele. O tratamento exige o uso de um antibiótico específico, que tem seu uso controlado. "Ele só poderia ter o tratamento adequado no hospital, já que o antibiótico que ele precisa não é vendido em farmácias. Por isso, solicitei à Justiça a saída dele de casa", disse Fraga. A superbactéria é responsável por originar pneumonia e infecções urinárias, que, no caso de Abdelmassih, que tem insuficiência cardíaca crônica, pode agravar ainda mais seu quadro de saúde. "Ele já estava se queixando de vários problemas aos médicos há algum tempo por conta da bactéria." A autorização para o tratamento dura uma semana. O benefício foi concedido na última sexta-feira (4) pela juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté (a 140 km de São Paulo). "Se ele precisar de mais tempo, teremos que comunicar a Justiça", afirmou Fraga. O Hospital Israelita Albert Einstein confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que Abdelmassih havia dado entrada na unidade nesta segunda. A direção não disse se ele ficaria internado ou se só faria exames de rotina no local até esta publicação. Abdelmassih cumpre prisão domiciliar desde o início do mês de julho, após ter sido condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de dezenas de pacientes que o procuravam para se submeter a tratamentos de fertilização para engravidar. Problemas de saúde levaram Abdelmassih a conseguir na Justiça a transferência da penitenciária de Tremembé, no interior de SP, onde estava preso desde 2014, para sua casa, na capital paulista. BATALHA JUDICIAL Em 21 de junho, a juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté, concedeu o benefício sustentado pela defesa de Abdelmassih, que alegou que a penitenciária não teria condições estruturais para tratá-lo. Laudo médico assinado pelo cardiologista Lamartine Cunha Ferraz e anexado ao pedido, no entanto, diz que Abdelmassih sofre de cardiopatia grave, que deve ser tratada de forma clínica, com administração de medicamentos "facilmente usados em qualquer ambiente fora do hospital", como revelou a Folha. Após o pedido ser concedido em primeira instância, o desembargador José Raul Gavião de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou pedido de mandado de segurança feito pelo promotor Luiz Marcelo Negrini de Oliveira de Mattos, da 3º Procuradoria de Justiça de Taubaté, para que o ex-médico fosse mandado de volta ao presídio, para onde retornou no dia 1º de julho. Mas uma nova decisão, desta vez, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), recolocou o ex-médico em casa. A presidente do STJ, Laurita Vaz, sustentou que a forma processual como o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo não foi adequada. "Ao analisar a matéria processual trazida no pedido de liminar, a ministra confirmou que configura constrangimento ilegal a utilização de mandado de segurança para restabelecer prisão na pendência de recurso interposto. Trata-se de entendimento consolidado pelo tribunal há muito tempo", afirma nota do STJ. O julgamento final do habeas corpus caberá à Quinta Turma do STJ. Não há data prevista. Uma das vítimas do ex-médico, Vanuzia Leite Lopes divulgou uma nota dizendo estar indignada após saber da ida dele para casa. "Como brasileira, mulher e vítima estou indignada em ver esse monstro em liberdade! Mas confio na Justiça e no STJ. Se houve algum vicio técnico, os atentos desembargadores saberão corrigi-lo e desfazer essa injustiça", afirma. ENTENDA O CASO Abdelmassih ficou conhecido como "médico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual. O primeiro caso foi denunciado ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do ex-médico, como foi revelado pela Folha. Depois, outras pacientes, com idades entre 30 e 40 anos, disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica. As mulheres afirmam que foram surpreendidas por investidas do ex-médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente -os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação. Três dizem ter sido molestadas após sedação. Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por causa da prescrição de alguns crimes. Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) iniciou um processo contra o médico em 2009, logo após as denúncias, e a cassação definitiva do registro profissional saiu em maio de 2011. * 2006 Ex-funcionária relata à Promotoria ter sido beijada à força por Abdelmassih Jan.2009 Folha revela que o médico era investigado pela polícia, e mais mulheres dizem ter sido vítimas; Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) inicia processo contra ele Ago.2009 Abdelmassih é preso em sua clínica de reprodução, em área nobre de São Paulo Dez.2009 STF concede habeas corpus e manda soltá-lo por entender que o médico não oferecia risco Nov.2010 Ele é condenado em primeira instância a 278 anos de prisão por 48 estupros, mas decisão do STF o mantém livre Jan.2011 Justiça determina prisão de Abdelmassih após ele tentar renovar seu passaporte, mas o médico foge Mai.2011 Cremesp cassa seu registro profissional de médico definitivamente Jul.2014 Secretaria da Segurança Pública de SP publica lista em que ele aparece como um dos dez mais procurados Ago.2014 Depois de mais de três anos e meio foragido, Abdelmassih é preso em Assunção, no Paraguai Out.2014 Alguns crimes prescrevem, e Justiça reduz sua condenação a 181 anos; pela lei brasileira, ele pode cumprir no máximo 30 Jul.2016 Ministério Público apresenta denúncia contra Abdelmassih sob nova acusação de atentado violento ao pudor; outros 36 casos prescrevem e são arquivados Mai.2017 Para tratar de pneumonia, ex-médico é levado a hospital em Taubaté, onde permanecia até hoje –desde que foi preso, ele saiu diversas vezes para cuidar de problemas de saúde Jun.2017 Justiça concede a ele direito de cumprir prisão domiciliar por conta de problemas de saúde, mas volta atrás da decisão apenas nove dias depois
cotidiano
Abdelmassih sai de prisão domiciliar para tratar superbactéria no EinsteinO ex-médico Roger Abdelmassih, 73, deixou seu apartamento no Jardim Paulistano, na zona oeste da capital paulista, para se internar no Hospital Israelita Albert Einstein na manhã desta segunda-feira (7). Abdelmassih procurou a unidade para se submeter a um tratamento contra uma superbactéria, segundo o advogado dele, Antonio Celso Fraga. Ele chegou ao local por volta das 7h em um táxi, acompanhado pela mulher. De acordo com Fraga, o ex-médico contraiu uma superbactéria identificada como Klebsiella pneumoniae. Ele descobriu a presença da infecção após os resultados de um exame de urina feito em 28 de julho na casa dele. O tratamento exige o uso de um antibiótico específico, que tem seu uso controlado. "Ele só poderia ter o tratamento adequado no hospital, já que o antibiótico que ele precisa não é vendido em farmácias. Por isso, solicitei à Justiça a saída dele de casa", disse Fraga. A superbactéria é responsável por originar pneumonia e infecções urinárias, que, no caso de Abdelmassih, que tem insuficiência cardíaca crônica, pode agravar ainda mais seu quadro de saúde. "Ele já estava se queixando de vários problemas aos médicos há algum tempo por conta da bactéria." A autorização para o tratamento dura uma semana. O benefício foi concedido na última sexta-feira (4) pela juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté (a 140 km de São Paulo). "Se ele precisar de mais tempo, teremos que comunicar a Justiça", afirmou Fraga. O Hospital Israelita Albert Einstein confirmou, por meio da assessoria de imprensa, que Abdelmassih havia dado entrada na unidade nesta segunda. A direção não disse se ele ficaria internado ou se só faria exames de rotina no local até esta publicação. Abdelmassih cumpre prisão domiciliar desde o início do mês de julho, após ter sido condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de dezenas de pacientes que o procuravam para se submeter a tratamentos de fertilização para engravidar. Problemas de saúde levaram Abdelmassih a conseguir na Justiça a transferência da penitenciária de Tremembé, no interior de SP, onde estava preso desde 2014, para sua casa, na capital paulista. BATALHA JUDICIAL Em 21 de junho, a juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté, concedeu o benefício sustentado pela defesa de Abdelmassih, que alegou que a penitenciária não teria condições estruturais para tratá-lo. Laudo médico assinado pelo cardiologista Lamartine Cunha Ferraz e anexado ao pedido, no entanto, diz que Abdelmassih sofre de cardiopatia grave, que deve ser tratada de forma clínica, com administração de medicamentos "facilmente usados em qualquer ambiente fora do hospital", como revelou a Folha. Após o pedido ser concedido em primeira instância, o desembargador José Raul Gavião de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, acatou pedido de mandado de segurança feito pelo promotor Luiz Marcelo Negrini de Oliveira de Mattos, da 3º Procuradoria de Justiça de Taubaté, para que o ex-médico fosse mandado de volta ao presídio, para onde retornou no dia 1º de julho. Mas uma nova decisão, desta vez, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), recolocou o ex-médico em casa. A presidente do STJ, Laurita Vaz, sustentou que a forma processual como o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo não foi adequada. "Ao analisar a matéria processual trazida no pedido de liminar, a ministra confirmou que configura constrangimento ilegal a utilização de mandado de segurança para restabelecer prisão na pendência de recurso interposto. Trata-se de entendimento consolidado pelo tribunal há muito tempo", afirma nota do STJ. O julgamento final do habeas corpus caberá à Quinta Turma do STJ. Não há data prevista. Uma das vítimas do ex-médico, Vanuzia Leite Lopes divulgou uma nota dizendo estar indignada após saber da ida dele para casa. "Como brasileira, mulher e vítima estou indignada em ver esse monstro em liberdade! Mas confio na Justiça e no STJ. Se houve algum vicio técnico, os atentos desembargadores saberão corrigi-lo e desfazer essa injustiça", afirma. ENTENDA O CASO Abdelmassih ficou conhecido como "médico das estrelas" e chegou a ser considerado um dos principais especialistas em reprodução assistida do país, antes de ser acusado por dezenas de pacientes por abuso sexual. O primeiro caso foi denunciado ao Ministério Público em abril de 2008, por uma ex-funcionária do ex-médico, como foi revelado pela Folha. Depois, outras pacientes, com idades entre 30 e 40 anos, disseram ter sido molestadas quando estavam na clínica. As mulheres afirmam que foram surpreendidas por investidas do ex-médico quando estavam sozinhas -sem o marido e sem enfermeira presente -os casos teriam ocorrido durante a entrevista médica ou nos quartos particulares de recuperação. Três dizem ter sido molestadas após sedação. Em 2010, o ex-médico foi condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pela série de estupros de pacientes. A pena acabou reduzida para 181 anos em 2014 por causa da prescrição de alguns crimes. Abdelmassih ficou foragido por três anos antes de ser preso e chegou a liderar a lista de procurados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Ele foi localizado em agosto de 2014, em Assunção, no Paraguai, de onde foi deportado. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) iniciou um processo contra o médico em 2009, logo após as denúncias, e a cassação definitiva do registro profissional saiu em maio de 2011. * 2006 Ex-funcionária relata à Promotoria ter sido beijada à força por Abdelmassih Jan.2009 Folha revela que o médico era investigado pela polícia, e mais mulheres dizem ter sido vítimas; Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) inicia processo contra ele Ago.2009 Abdelmassih é preso em sua clínica de reprodução, em área nobre de São Paulo Dez.2009 STF concede habeas corpus e manda soltá-lo por entender que o médico não oferecia risco Nov.2010 Ele é condenado em primeira instância a 278 anos de prisão por 48 estupros, mas decisão do STF o mantém livre Jan.2011 Justiça determina prisão de Abdelmassih após ele tentar renovar seu passaporte, mas o médico foge Mai.2011 Cremesp cassa seu registro profissional de médico definitivamente Jul.2014 Secretaria da Segurança Pública de SP publica lista em que ele aparece como um dos dez mais procurados Ago.2014 Depois de mais de três anos e meio foragido, Abdelmassih é preso em Assunção, no Paraguai Out.2014 Alguns crimes prescrevem, e Justiça reduz sua condenação a 181 anos; pela lei brasileira, ele pode cumprir no máximo 30 Jul.2016 Ministério Público apresenta denúncia contra Abdelmassih sob nova acusação de atentado violento ao pudor; outros 36 casos prescrevem e são arquivados Mai.2017 Para tratar de pneumonia, ex-médico é levado a hospital em Taubaté, onde permanecia até hoje –desde que foi preso, ele saiu diversas vezes para cuidar de problemas de saúde Jun.2017 Justiça concede a ele direito de cumprir prisão domiciliar por conta de problemas de saúde, mas volta atrás da decisão apenas nove dias depois
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Lançamento de 'GTA 5' para PCs é adiado para março
Previsto inicialmente para 27 de janeiro, o lançamento de "GTA 5" para computadores só deve ocorrer em 24 de março, informou a produtora Rockstar nesta terça (13). Em um comunicado, a empresa afirma que precisa de mais algumas semanas para fazer os últimos testes e ajustes no game. "GTA 5" "Mudar uma data de lançamento nunca é uma decisão fácil e é algo que fazemos quando sabemos que vai ser melhor para o jogo nossos fãs", diz a nota. A versão para PCs do jogo terá as mesmas melhorias trazidas para a edição de PlayStation 4 e Xbox One, lançada em novembro do ano passado – o game foi lançado originalmente em setembro de 2013 para a geração anterior de consoles. Um dos destaques é o modo de jogo em primeira pessoa, recurso inédito na série. "GTA 5" bateu o recorde de produto de entretenimento que mais rapidamente arrecadou US$ 1 bilhão -foram necessários apenas três dias. Até o fim de agosto do ano passado, mais de 34 milhões de cópias do game haviam sido vendidas.
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Lançamento de 'GTA 5' para PCs é adiado para marçoPrevisto inicialmente para 27 de janeiro, o lançamento de "GTA 5" para computadores só deve ocorrer em 24 de março, informou a produtora Rockstar nesta terça (13). Em um comunicado, a empresa afirma que precisa de mais algumas semanas para fazer os últimos testes e ajustes no game. "GTA 5" "Mudar uma data de lançamento nunca é uma decisão fácil e é algo que fazemos quando sabemos que vai ser melhor para o jogo nossos fãs", diz a nota. A versão para PCs do jogo terá as mesmas melhorias trazidas para a edição de PlayStation 4 e Xbox One, lançada em novembro do ano passado – o game foi lançado originalmente em setembro de 2013 para a geração anterior de consoles. Um dos destaques é o modo de jogo em primeira pessoa, recurso inédito na série. "GTA 5" bateu o recorde de produto de entretenimento que mais rapidamente arrecadou US$ 1 bilhão -foram necessários apenas três dias. Até o fim de agosto do ano passado, mais de 34 milhões de cópias do game haviam sido vendidas.
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Humor simplório de 'A Esperança É a Última que Morre' tem pernas curtas
Fazer rir com olhar crítico endereçado ao jornalismo sensacionalista é o mote desta estreia de Calvito Leal na direção de longas de ficção. O ponto de partida é interessante; o resultado, nem tanto. Hortência (Dani Calabresa) é uma desajeitada repórter de TV que só faz pautas irrelevantes. Quando surge a chance de ser âncora do telejornal, concorrendo com Vanessa (Katiuscia Canoro), é levada por dois amigos (Danton Mello e Rodrigo Sant'anna) a forjar crimes. Inventa um serial killer, o "assassino dos provérbios", cujos crimes seriam inspirados por ditos populares, uma reportagem "investigativa", que permite que ela brilhe. Mas a mentira tem perna curta, como diz o ditado. E o filme também não vai longe, pois o fôlego do roteiro e dos diálogos é limitado, os personagens são clichê, os atores não convencem, e a trama é simplória demais para ser engraçada. A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE ELENCO: ANI CALABRESA, AUGUSTO MADEIRA, DANTON MELLO PRODUÇÃO: BRASIL, 2013, 12 ANOS DIREÇÃO: CALVITO LEAL
ilustrada
Humor simplório de 'A Esperança É a Última que Morre' tem pernas curtasFazer rir com olhar crítico endereçado ao jornalismo sensacionalista é o mote desta estreia de Calvito Leal na direção de longas de ficção. O ponto de partida é interessante; o resultado, nem tanto. Hortência (Dani Calabresa) é uma desajeitada repórter de TV que só faz pautas irrelevantes. Quando surge a chance de ser âncora do telejornal, concorrendo com Vanessa (Katiuscia Canoro), é levada por dois amigos (Danton Mello e Rodrigo Sant'anna) a forjar crimes. Inventa um serial killer, o "assassino dos provérbios", cujos crimes seriam inspirados por ditos populares, uma reportagem "investigativa", que permite que ela brilhe. Mas a mentira tem perna curta, como diz o ditado. E o filme também não vai longe, pois o fôlego do roteiro e dos diálogos é limitado, os personagens são clichê, os atores não convencem, e a trama é simplória demais para ser engraçada. A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE ELENCO: ANI CALABRESA, AUGUSTO MADEIRA, DANTON MELLO PRODUÇÃO: BRASIL, 2013, 12 ANOS DIREÇÃO: CALVITO LEAL
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Governo gastará R$ 1,7 mi com serviço de bordo de aviões da Presidência
O governo de Michel Temer (PMDB) separou R$ 1,7 milhão do orçamento para contratar uma empresa para servir autoridades em viagens nos aviões da Presidência durante um ano. A firma que vencer a concorrência deve ter capacidade de oferecer refeições a bordo, como almoço, jantar, chá e lanche. O edital exige que vários itens tenham opções sem glúten, sem gordura e sem lactose. MERCADO O governo lançou também licitação para comprar 1.800 carimbos, com custo total estimado em quase R$ 29 mil. A Presidência diz que a aquisição é para atender aos seus diversos órgãos durante 2017. E que a compra no atacado vai garantir economia. Leia a coluna completa aqui.
colunas
Governo gastará R$ 1,7 mi com serviço de bordo de aviões da PresidênciaO governo de Michel Temer (PMDB) separou R$ 1,7 milhão do orçamento para contratar uma empresa para servir autoridades em viagens nos aviões da Presidência durante um ano. A firma que vencer a concorrência deve ter capacidade de oferecer refeições a bordo, como almoço, jantar, chá e lanche. O edital exige que vários itens tenham opções sem glúten, sem gordura e sem lactose. MERCADO O governo lançou também licitação para comprar 1.800 carimbos, com custo total estimado em quase R$ 29 mil. A Presidência diz que a aquisição é para atender aos seus diversos órgãos durante 2017. E que a compra no atacado vai garantir economia. Leia a coluna completa aqui.
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O poder concentrado
As leis não gozam de prestígio entre nós, mas há sempre discussão sobre a reforma ou criação de várias delas, como se daí viesse a solução de um grave problema por uma lei a ser de fato respeitada. Já pelo nível muito baixo da discussão, mas também pelo atropelo das propostas que se jogam umas sobre as outras, tudo escorrega para o esquecimento ou, se posto em lei, para a inutilidade. Às vezes, porém, certas circunstâncias fazem soar alarmes, no entanto pouco ouvidos. Entramos em um desses momentos de exacerbação perigosa. Entre o sumiço do governo e "ajustes" que não ajustam, Eduardo Cunha e Renan Calheiros praticam as presidências da Câmara e do Senado tomando em suas mãos poderes que não lhes pertencem. Cunha anuncia decisões da Câmara com uma antecipação que tanto expressa a subalternidade imposta a um número decisivo de deputados, como representa a individualização do poder que a democracia exige ser colegiado. "Em maio vamos fazer a reforma política", "o novo prédio da Câmara terá (...), está lançado o edital", coisas assim disfarçam-se com alegadas aprovações pela Mesa da Câmara e pela reunião dos líderes, sem que isso seja mais do que um truque tardio. Para burlar a lei que extingue a extorsão sofrida por estados e municípios devedores do governo federal, Joaquim Levy foi a Renan Calheiros. Foi "pedir que não ponha em votação" a nova cobrança da dívida. O ministro da Fazenda não procurou senadores para que, no colégio de líderes, deixassem fora da pauta a nova cobrança, criada por Dilma menos de um semestre antes de esquecê-la em fevereiro. Levy foi endossar, como se verdadeiro e legítimo, o poder que Calheiros então exerceu mesmo. Mais uma vez com justificada majestade. E o Rio havia ganho na Justiça, com adesão pública de São Paulo-capital, o direito de avaliação correta da dívida e de não pagar correção mais juros que vão a 9%. O BNDES aumentou agora os juros de seus empréstimos de 5,5% para 6% ao ano: as populações das cidades merecem tratamento pior do governo federal do que empresários financiados? Eduardo Cunha instaurou e Renan Calheiros adotou o personalismo autoritário. E é como se isso nada significasse e nada prenunciasse. Para o PSDB, o PPS e outras fajutas oposições, desde que deprecie Dilma e o PT, não importa o que ocorra com a democracia, o regime, a Constituição, o país –está tudo ótimo. Os outros, uns olham para os próprios pés, os demais contam seus novos cifrões. OS COFRES O ex-senador Demóstenes Torres foi o único a pagar no caso em torno de Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Falou agora pela primeira vez, sobre vínculos político-financeiros entre Carlinhos e o senador Ronaldo Caiado. Mas poucos talvez saibam como Demóstenes sobre os porões éticos de Brasília. Com muitas provas, porque seu amigo Carlinhos não é amador, como ficou provado desde o "caso Waldomiro" e, depois, com as gravações "não identificadas" na Praça dos Três Poderes. Se os dois abrirem mais a memória, a Lava Jato ficará reduzida a literatura infantil. LEIA LIVRO Desde a primeira metade do século 19, a imprensa é parte inseparável da política brasileira, ora em atividades equivalentes às de poderosos partidos, ora com ares autênticos ou não de voz da sociedade, por fim mesclando suas características originais com o jornalismo. Apesar desse desempenho histórico, a imprensa mereceu muito pouco, quase nada, da historiografia e da sociologia brasileiras. Um jornalista espanhol residente no Brasil há quase 60 anos oferece, com a Companhia das Letras, o primeiro volume de três previstos para uma resgatadora "História dos Jornais no Brasil". Antes de pesquisador minucioso e escritor admirável, Matias Molina credenciou-se com importante função na imprensa brasileira: a grande fase da "Gazeta Mercantil" de nossa época chegou a tanto por sua direção, a partir da qual também formou muitos dos melhores jornalistas brasileiros atuais. O primeiro volume, que cobre o Brasil de 1500 a 1840 sem que faltem referências contemporâneas, já é um grande livro. E promete o mesmo nos dois próximos.
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O poder concentradoAs leis não gozam de prestígio entre nós, mas há sempre discussão sobre a reforma ou criação de várias delas, como se daí viesse a solução de um grave problema por uma lei a ser de fato respeitada. Já pelo nível muito baixo da discussão, mas também pelo atropelo das propostas que se jogam umas sobre as outras, tudo escorrega para o esquecimento ou, se posto em lei, para a inutilidade. Às vezes, porém, certas circunstâncias fazem soar alarmes, no entanto pouco ouvidos. Entramos em um desses momentos de exacerbação perigosa. Entre o sumiço do governo e "ajustes" que não ajustam, Eduardo Cunha e Renan Calheiros praticam as presidências da Câmara e do Senado tomando em suas mãos poderes que não lhes pertencem. Cunha anuncia decisões da Câmara com uma antecipação que tanto expressa a subalternidade imposta a um número decisivo de deputados, como representa a individualização do poder que a democracia exige ser colegiado. "Em maio vamos fazer a reforma política", "o novo prédio da Câmara terá (...), está lançado o edital", coisas assim disfarçam-se com alegadas aprovações pela Mesa da Câmara e pela reunião dos líderes, sem que isso seja mais do que um truque tardio. Para burlar a lei que extingue a extorsão sofrida por estados e municípios devedores do governo federal, Joaquim Levy foi a Renan Calheiros. Foi "pedir que não ponha em votação" a nova cobrança da dívida. O ministro da Fazenda não procurou senadores para que, no colégio de líderes, deixassem fora da pauta a nova cobrança, criada por Dilma menos de um semestre antes de esquecê-la em fevereiro. Levy foi endossar, como se verdadeiro e legítimo, o poder que Calheiros então exerceu mesmo. Mais uma vez com justificada majestade. E o Rio havia ganho na Justiça, com adesão pública de São Paulo-capital, o direito de avaliação correta da dívida e de não pagar correção mais juros que vão a 9%. O BNDES aumentou agora os juros de seus empréstimos de 5,5% para 6% ao ano: as populações das cidades merecem tratamento pior do governo federal do que empresários financiados? Eduardo Cunha instaurou e Renan Calheiros adotou o personalismo autoritário. E é como se isso nada significasse e nada prenunciasse. Para o PSDB, o PPS e outras fajutas oposições, desde que deprecie Dilma e o PT, não importa o que ocorra com a democracia, o regime, a Constituição, o país –está tudo ótimo. Os outros, uns olham para os próprios pés, os demais contam seus novos cifrões. OS COFRES O ex-senador Demóstenes Torres foi o único a pagar no caso em torno de Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Falou agora pela primeira vez, sobre vínculos político-financeiros entre Carlinhos e o senador Ronaldo Caiado. Mas poucos talvez saibam como Demóstenes sobre os porões éticos de Brasília. Com muitas provas, porque seu amigo Carlinhos não é amador, como ficou provado desde o "caso Waldomiro" e, depois, com as gravações "não identificadas" na Praça dos Três Poderes. Se os dois abrirem mais a memória, a Lava Jato ficará reduzida a literatura infantil. LEIA LIVRO Desde a primeira metade do século 19, a imprensa é parte inseparável da política brasileira, ora em atividades equivalentes às de poderosos partidos, ora com ares autênticos ou não de voz da sociedade, por fim mesclando suas características originais com o jornalismo. Apesar desse desempenho histórico, a imprensa mereceu muito pouco, quase nada, da historiografia e da sociologia brasileiras. Um jornalista espanhol residente no Brasil há quase 60 anos oferece, com a Companhia das Letras, o primeiro volume de três previstos para uma resgatadora "História dos Jornais no Brasil". Antes de pesquisador minucioso e escritor admirável, Matias Molina credenciou-se com importante função na imprensa brasileira: a grande fase da "Gazeta Mercantil" de nossa época chegou a tanto por sua direção, a partir da qual também formou muitos dos melhores jornalistas brasileiros atuais. O primeiro volume, que cobre o Brasil de 1500 a 1840 sem que faltem referências contemporâneas, já é um grande livro. E promete o mesmo nos dois próximos.
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Dezenas de pessoas são presas em marcha neonazista na Suécia
A polícia sueca prendeu ao menos 20 pessoas em uma marcha de extrema-direita organizada pelo Movimento de Resistência Nórdico (NMR, na sigla em inglês), na Suécia. Cerca de 600 pessoas vestindo roupas pretas marcharam em formação em Gotemburgo, no sul do país. Algumas portavam capacetes e escudos. Manifestantes contrários ao NMR também compareceram ao local e tentaram várias vezes romper as barreiras policiais para confrontar os partidários do movimento. Antes do evento, a polícia local afixou cartazes em pontos da cidade alertando as pessoas a não agir de forma similar aos "protestos nacional-socialistas de 1930 e 1940". Um policial e vários manifestantes ficaram feridos.
mundo
Dezenas de pessoas são presas em marcha neonazista na SuéciaA polícia sueca prendeu ao menos 20 pessoas em uma marcha de extrema-direita organizada pelo Movimento de Resistência Nórdico (NMR, na sigla em inglês), na Suécia. Cerca de 600 pessoas vestindo roupas pretas marcharam em formação em Gotemburgo, no sul do país. Algumas portavam capacetes e escudos. Manifestantes contrários ao NMR também compareceram ao local e tentaram várias vezes romper as barreiras policiais para confrontar os partidários do movimento. Antes do evento, a polícia local afixou cartazes em pontos da cidade alertando as pessoas a não agir de forma similar aos "protestos nacional-socialistas de 1930 e 1940". Um policial e vários manifestantes ficaram feridos.
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Bombeiros controlam incêndio em região de comércio popular no Rio
Uma loja de calçados foi destruída por um incêndio na manhã desta terça-feira (29) na região do comércio popular da Saara, no centro do Rio. As ruas Senhor dos Passos e Regente Feijó foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros. A proprietária não quis se identificar e afirmou desconhecer a causa do incêndio. Às 10h30, quatro carros dos bombeiros estavam no local para conter o avanço das chamas. Por volta das 11h, o Corpo de Bombeiros informou que o fogo já havia sido controlado. Durante o incêndio, era possível sentir um forte cheiro de queimado e observar uma coluna de fumaça a uma distância de mais de 2 quilômetros. Aproximadamente 50 pessoas acompanhavam o trabalho da equipe. Entre elas, a comerciante Eva Sterenfeld, 55, que disse que estava trabalhando, com outras duas funcionárias, quando o incêndio começou. Ela é proprietária de uma loja de joias, vizinha à que pegou fogo. Apreensiva, acompanhava o desenrolar do incêndio. "Era 9h10 e começou com pouca fumaça, foi ganhando maior proporção e só deu tempo de fechar a minha loja", disse Eva. Ela ainda não sabe se o estabelecimento dela também foi atingido pelas chamas.
cotidiano
Bombeiros controlam incêndio em região de comércio popular no RioUma loja de calçados foi destruída por um incêndio na manhã desta terça-feira (29) na região do comércio popular da Saara, no centro do Rio. As ruas Senhor dos Passos e Regente Feijó foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros. A proprietária não quis se identificar e afirmou desconhecer a causa do incêndio. Às 10h30, quatro carros dos bombeiros estavam no local para conter o avanço das chamas. Por volta das 11h, o Corpo de Bombeiros informou que o fogo já havia sido controlado. Durante o incêndio, era possível sentir um forte cheiro de queimado e observar uma coluna de fumaça a uma distância de mais de 2 quilômetros. Aproximadamente 50 pessoas acompanhavam o trabalho da equipe. Entre elas, a comerciante Eva Sterenfeld, 55, que disse que estava trabalhando, com outras duas funcionárias, quando o incêndio começou. Ela é proprietária de uma loja de joias, vizinha à que pegou fogo. Apreensiva, acompanhava o desenrolar do incêndio. "Era 9h10 e começou com pouca fumaça, foi ganhando maior proporção e só deu tempo de fechar a minha loja", disse Eva. Ela ainda não sabe se o estabelecimento dela também foi atingido pelas chamas.
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'Não é correto' comparar 'black blocs' a facção criminosa, diz secretário
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta quarta-feira (14) que "não é correta" a comparação feita pela Polícia Militar de manifestantes adeptos da tática "black bloc" (depredação como forma de protesto) com criminosos da facção criminosa PCC. Por isso, Moraes afirma ter determinado a remoção imediata do conteúdo das redes sociais e, ainda, a implantação de regras para utilização das contas institucionais. "Qualquer opinião pessoal de algum policial, ou de alguém da assessoria da PM, deve ser colocado em Facebook próprio dessa pessoa. No Facebook institucional serão colocado dados e informações objetivas", disse ele durante cerimônia de posse do novo comandante da PM paulista. A PM fez uma comparação entre os manifestantes e criminosos no Facebook no nome da corporação com uma montagem com fotos de jovens mascarados em um protesto e criminosos em uma rebelião. "Qual é a diferença? Vandalismo é crime!", questiona a legenda da imagem. O PCC é a principal facção criminosa do país que, entre outros crimes, é apontada como responsável pelo assassinato de dezenas policiais militares e civis em São Paulo desde 2006. Já os adeptos da tática "black bloc" costumam ser anarquistas, pichadores e punks que ganharam destaque nos protestos de 2013. O novo comandante da PM, o coronel Ricardo Gambaroni, disse que foi "infeliz" a escolha da imagem utilizada, mas disse que a intenção não era fazer uma comparação entre manifestantes e criminosos. "Era apenas provocar uma reflexão, mas acabou tomando uma dimensão diferente. Não foi feito com dolo. Quem colocou aquilo talvez não teve a maldade de ver que aquilo poderia ter uma conotação diferente", disse.
cotidiano
'Não é correto' comparar 'black blocs' a facção criminosa, diz secretárioO secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta quarta-feira (14) que "não é correta" a comparação feita pela Polícia Militar de manifestantes adeptos da tática "black bloc" (depredação como forma de protesto) com criminosos da facção criminosa PCC. Por isso, Moraes afirma ter determinado a remoção imediata do conteúdo das redes sociais e, ainda, a implantação de regras para utilização das contas institucionais. "Qualquer opinião pessoal de algum policial, ou de alguém da assessoria da PM, deve ser colocado em Facebook próprio dessa pessoa. No Facebook institucional serão colocado dados e informações objetivas", disse ele durante cerimônia de posse do novo comandante da PM paulista. A PM fez uma comparação entre os manifestantes e criminosos no Facebook no nome da corporação com uma montagem com fotos de jovens mascarados em um protesto e criminosos em uma rebelião. "Qual é a diferença? Vandalismo é crime!", questiona a legenda da imagem. O PCC é a principal facção criminosa do país que, entre outros crimes, é apontada como responsável pelo assassinato de dezenas policiais militares e civis em São Paulo desde 2006. Já os adeptos da tática "black bloc" costumam ser anarquistas, pichadores e punks que ganharam destaque nos protestos de 2013. O novo comandante da PM, o coronel Ricardo Gambaroni, disse que foi "infeliz" a escolha da imagem utilizada, mas disse que a intenção não era fazer uma comparação entre manifestantes e criminosos. "Era apenas provocar uma reflexão, mas acabou tomando uma dimensão diferente. Não foi feito com dolo. Quem colocou aquilo talvez não teve a maldade de ver que aquilo poderia ter uma conotação diferente", disse.
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Destinos escolhidos para passar as férias revelam traços da personalidade
Como tiramos férias revela muito sobre nós, e isso vai além do clichê sobre como os americanos vivem para trabalhar e os europeus trabalham para viver –porque eles tiram um mês inteiro de férias no verão. Psicólogos da Universidade da Virgínia conversaram com estudantes do ensino médio e descobriram que os introvertidos preferem as montanhas, enquanto os extrovertidos preferem o mar, relatou Arthur C. Brooks no "NYT". Os pesquisadores também deduziram que aqueles que vivem em estados montanhosos são mais introvertidos do que os que vivem em áreas baixas. Outra pesquisa mostra que as pessoas são mais felizes quando estão planejando suas férias do que quando estão realmente viajando, especialmente se for uma viagem complicada que envolva detalhes estressantes. "Somente as pessoas com viagens simples e descontraídas parecem ter um ganho de felicidade", escreveu Brooks. "Pense nisso como o Paradoxo das Férias: você tem de escolher entre ser feliz antes ou depois. Desculpe." Alguns preferem tirar férias em uma ilha. Pelo menos é o caso do presidente Barack Obama. Martha's Vineyard, no litoral de Massachusetts, tem sido seu refúgio de férias em agosto em seis dos últimos sete anos, e os moradores se acostumaram a vê-lo por ali. Inclusive, há menos paparazzi. "A coisa se acalmou muito porque estamos agora habituados a vê-lo por aqui", disse Emily Roberts, cuja família é dona de uma rede de sorveterias na ilha. "É agosto, então Obama estará aqui", disse, encolhendo os ombros. "Nós fazíamos um sabor especial da semana quando o presidente vinha, mas não fazemos mais", acrescentou. Para Pete Wells, o crítico de restaurantes do "NYT", as férias são uma oportunidade de esquecer as difíceis reservas nos melhores restaurantes de Nova York e menus-degustação de quatro horas com coisas complicadas. Também é uma chance para relembrar o que o fez escolher essa profissão: ele adora cozinhar. "O jantar de hoje poderá começar com as sobras de ontem, e os restos de um maço de coentro que cortei na segunda-feira podem funcionar bem na quinta", escreveu ele. "Com uma semana inteira nas mãos, encontro novamente meu ritmo na cozinha." Todos nós encontramos nossa própria maneira de relaxar, mas alguns têm problemas para cortar o cordão digital. O repórter Nick Bilton descreveu o típico viciado em tecnologia: "No segundo em que você pousa, verifica o celular e é recebido por uma enxurrada de mensagens. Depois de uma hora sentado no hotel respondendo a e-mails de trabalho, finalmente você vai à praia. Tira seu iPad para ler um livro e, oh, tem uma mensagem no Facebook, para não falar no WhatsApp, Snapchat e Twitter. E como a praia é tão linda provavelmente é uma boa ideia tirar um Instagram. Depois de cem tentativas de captar a melhor e mais original foto de uma praia já tirada, você passa mais uma hora vendo quantas 'curtidas' sua foto recebeu". Uma solução é deixar o smartphone e o tablet em casa, mas muita gente usa esses equipamentos para ler revistas e livros, ouvir música, jogar e tirar fotos. Outra abordagem é colocar seus equipamentos no modo "avião" quando as férias começarem, para que você não possa acessar a internet. Danny Cohen, diretor de televisão na BBC, disse a Bilton que sua família tira duas semanas de férias anuais, sem smartphones. No caso de uma emergência relacionada ao trabalho, disse Cohen, algumas poucas pessoas sabem em que hotel ele está e podem lhe telefonar. "E adivinha o quê? Ninguém me telefona", relatou Cohen. "Acontece que a maioria das emergências de trabalho não são na verdade emergências. Pegar o telefone para perturbar as férias de um colega é muito mais difícil do que enviar um e-mail."
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Destinos escolhidos para passar as férias revelam traços da personalidadeComo tiramos férias revela muito sobre nós, e isso vai além do clichê sobre como os americanos vivem para trabalhar e os europeus trabalham para viver –porque eles tiram um mês inteiro de férias no verão. Psicólogos da Universidade da Virgínia conversaram com estudantes do ensino médio e descobriram que os introvertidos preferem as montanhas, enquanto os extrovertidos preferem o mar, relatou Arthur C. Brooks no "NYT". Os pesquisadores também deduziram que aqueles que vivem em estados montanhosos são mais introvertidos do que os que vivem em áreas baixas. Outra pesquisa mostra que as pessoas são mais felizes quando estão planejando suas férias do que quando estão realmente viajando, especialmente se for uma viagem complicada que envolva detalhes estressantes. "Somente as pessoas com viagens simples e descontraídas parecem ter um ganho de felicidade", escreveu Brooks. "Pense nisso como o Paradoxo das Férias: você tem de escolher entre ser feliz antes ou depois. Desculpe." Alguns preferem tirar férias em uma ilha. Pelo menos é o caso do presidente Barack Obama. Martha's Vineyard, no litoral de Massachusetts, tem sido seu refúgio de férias em agosto em seis dos últimos sete anos, e os moradores se acostumaram a vê-lo por ali. Inclusive, há menos paparazzi. "A coisa se acalmou muito porque estamos agora habituados a vê-lo por aqui", disse Emily Roberts, cuja família é dona de uma rede de sorveterias na ilha. "É agosto, então Obama estará aqui", disse, encolhendo os ombros. "Nós fazíamos um sabor especial da semana quando o presidente vinha, mas não fazemos mais", acrescentou. Para Pete Wells, o crítico de restaurantes do "NYT", as férias são uma oportunidade de esquecer as difíceis reservas nos melhores restaurantes de Nova York e menus-degustação de quatro horas com coisas complicadas. Também é uma chance para relembrar o que o fez escolher essa profissão: ele adora cozinhar. "O jantar de hoje poderá começar com as sobras de ontem, e os restos de um maço de coentro que cortei na segunda-feira podem funcionar bem na quinta", escreveu ele. "Com uma semana inteira nas mãos, encontro novamente meu ritmo na cozinha." Todos nós encontramos nossa própria maneira de relaxar, mas alguns têm problemas para cortar o cordão digital. O repórter Nick Bilton descreveu o típico viciado em tecnologia: "No segundo em que você pousa, verifica o celular e é recebido por uma enxurrada de mensagens. Depois de uma hora sentado no hotel respondendo a e-mails de trabalho, finalmente você vai à praia. Tira seu iPad para ler um livro e, oh, tem uma mensagem no Facebook, para não falar no WhatsApp, Snapchat e Twitter. E como a praia é tão linda provavelmente é uma boa ideia tirar um Instagram. Depois de cem tentativas de captar a melhor e mais original foto de uma praia já tirada, você passa mais uma hora vendo quantas 'curtidas' sua foto recebeu". Uma solução é deixar o smartphone e o tablet em casa, mas muita gente usa esses equipamentos para ler revistas e livros, ouvir música, jogar e tirar fotos. Outra abordagem é colocar seus equipamentos no modo "avião" quando as férias começarem, para que você não possa acessar a internet. Danny Cohen, diretor de televisão na BBC, disse a Bilton que sua família tira duas semanas de férias anuais, sem smartphones. No caso de uma emergência relacionada ao trabalho, disse Cohen, algumas poucas pessoas sabem em que hotel ele está e podem lhe telefonar. "E adivinha o quê? Ninguém me telefona", relatou Cohen. "Acontece que a maioria das emergências de trabalho não são na verdade emergências. Pegar o telefone para perturbar as férias de um colega é muito mais difícil do que enviar um e-mail."
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É preciso remover barreiras e resistir à tentação protecionista, diz Temer
O presidente Michel Temer aproveitou seu discurso na cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul) em Goa, na Índia, para dizer aos demais líderes do grupo que é preciso "avançar na remoção" de barreiras não tarifárias e "resistir à tentação protecionista". Durante a última semana, os ministros dos cinco países do grupo fracassaram em chegar a um acordo para a criação de um mecanismo sobre resolução de medidas não tarifárias, como as barreiras fitossanitárias e técnicas. A discussão ficará para a cúpula do próximo ano, já sob a presidência da China. "Podemos avançar na remoção de barreiras não tarifárias, como a simplificação de procedimentos aduaneiros e o reconhecimento mútuo de padrões e certificados", disse Temer neste domingo (16), acrescentando que barreiras sanitárias e fitossanitárias "são sempre fonte de incerteza no comércio". "Há um retorno da tentação protecionista. Há que se resisti-la. Há muito que podemos fazer para garantir mais comércio, mais crescimento e mais prosperidade", afirmou. O presidente saudou, contudo, a criação de um comitê de cooperação entre as autoridades aduaneiras dos cinco países, para facilitação do comércio. O texto prevê que o comitê facilite a aproximação entre as legislações aduaneiras dos países do grupo. Também foram assinados acordos na área de pesquisa agrícola e de parceria entre as academias diplomáticas dos membros dos Brics. AGÊNCIA DE RATING Outra proposta que não teve apoio suficiente para passar nesta cúpula foi a da criação de uma agência dos Brics de classificação de risco. A ideia, apresentada pelos indianos, é de criar uma agência, a exemplo de outras como Standard & Poor's e Moody's, que avaliaria os países em desenvolvimento de maneira "mais justa", segundo seus defensores. "O primeiro-ministro indiano reforçou isso na sua fala, mas não foram dadas as condições para que esse tema fosse examinado", disse o chanceler José Serra. Serra disse, no dia anterior, ser favorável à proposta, mas o Ministério da Fazenda quer mais discussões sobre o funcionamento e a credibilidade da agência. Sobre o banco dos Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que completou agora seu primeiro ano, Temer disse ser essa a "face mais visível" dos Brics e que sua consolidação deve ser prioridade para o grupo. "Seu êxito será o êxito do Brics. Nosso desempenho como grupo —e nossa capacidade de inovar no sistema internacional— serão avaliados com base no bom funcionamento dessa instituição." Segundo a Reuters, o presidente do BND, o indiano KV Kamath, disse que o banco aumentará a concessão de empréstimos para o valor de US$ 2,5 bilhões em 2017. Em abril, o banco aprovou seus primeiros projetos, todos na área de energia renovável. O Brasil vai receber US$ 300 milhões, via BNDES, para projetos em energia eólica.
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É preciso remover barreiras e resistir à tentação protecionista, diz TemerO presidente Michel Temer aproveitou seu discurso na cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul) em Goa, na Índia, para dizer aos demais líderes do grupo que é preciso "avançar na remoção" de barreiras não tarifárias e "resistir à tentação protecionista". Durante a última semana, os ministros dos cinco países do grupo fracassaram em chegar a um acordo para a criação de um mecanismo sobre resolução de medidas não tarifárias, como as barreiras fitossanitárias e técnicas. A discussão ficará para a cúpula do próximo ano, já sob a presidência da China. "Podemos avançar na remoção de barreiras não tarifárias, como a simplificação de procedimentos aduaneiros e o reconhecimento mútuo de padrões e certificados", disse Temer neste domingo (16), acrescentando que barreiras sanitárias e fitossanitárias "são sempre fonte de incerteza no comércio". "Há um retorno da tentação protecionista. Há que se resisti-la. Há muito que podemos fazer para garantir mais comércio, mais crescimento e mais prosperidade", afirmou. O presidente saudou, contudo, a criação de um comitê de cooperação entre as autoridades aduaneiras dos cinco países, para facilitação do comércio. O texto prevê que o comitê facilite a aproximação entre as legislações aduaneiras dos países do grupo. Também foram assinados acordos na área de pesquisa agrícola e de parceria entre as academias diplomáticas dos membros dos Brics. AGÊNCIA DE RATING Outra proposta que não teve apoio suficiente para passar nesta cúpula foi a da criação de uma agência dos Brics de classificação de risco. A ideia, apresentada pelos indianos, é de criar uma agência, a exemplo de outras como Standard & Poor's e Moody's, que avaliaria os países em desenvolvimento de maneira "mais justa", segundo seus defensores. "O primeiro-ministro indiano reforçou isso na sua fala, mas não foram dadas as condições para que esse tema fosse examinado", disse o chanceler José Serra. Serra disse, no dia anterior, ser favorável à proposta, mas o Ministério da Fazenda quer mais discussões sobre o funcionamento e a credibilidade da agência. Sobre o banco dos Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que completou agora seu primeiro ano, Temer disse ser essa a "face mais visível" dos Brics e que sua consolidação deve ser prioridade para o grupo. "Seu êxito será o êxito do Brics. Nosso desempenho como grupo —e nossa capacidade de inovar no sistema internacional— serão avaliados com base no bom funcionamento dessa instituição." Segundo a Reuters, o presidente do BND, o indiano KV Kamath, disse que o banco aumentará a concessão de empréstimos para o valor de US$ 2,5 bilhões em 2017. Em abril, o banco aprovou seus primeiros projetos, todos na área de energia renovável. O Brasil vai receber US$ 300 milhões, via BNDES, para projetos em energia eólica.
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Verdade, verdades e interpretações
Mede-se a inteligência de uma pessoa pela quantidade de incertezas de que ela é capaz de suportar. Immanuel Kant ( 1724-1804), filósofo alemão Para Nietzsche e Foucault, não existiria a verdade em si e o real seria apenas um ponto de vista. No campo político, o que se chama de verdade é, não raro, tão somente um instrumento para a legitimação e para a autoperpetuação do poder. Verdade é a propriedade de fato ou pessoa estar em conformidade com a realidade, o que faz dela uma representação do que é interpretado e aceito, universalmente, como real, ainda que nem sempre o seja. Verdade é, assim, em certo sentido, mais do que aquilo que é mostrado, senão o que está oculto. Ao enunciar uma "verdade", estamos emitindo um juízo de valor sobre algo ou alguém, mas as qualidades e as características de pessoa ou coisa estão no sujeito que as representa, para além de estarem, intrinsecamente, no objeto representado. Existe, isto posto, meia verdade? Bom, até existe, mas o problema dela é que temos que desmistificar a metade mentirosa, separando-a da metade verdadeira e, por justo, admitir esta última. Isso nem sempre é fácil. Aliás, quase nunca é. Podemos dizer uma mentira integral, contando apenas verdades parciais. A frase de Kant, que abre este artigo, serve para nos lembrar que desvendar as "verdades" que nos foram contadas, subjetiva e socialmente falando, é sinal de inteligência, além de atitude absolutamente necessária. Alguns dizem que a história nada mais é do que a narrativa dos vencedores. Verdade, se aceitarmos as premissas que nos são impostas pelos grupos sociais hegemônicos, sem questionamentos; mentira, se percebermos que a vida é muito mais ampla e complexa do que o que esses grupos tentam nos fazer acreditar. Vejamos um exemplo. Os ditos "analistas de mercado" dizem que não há caminho alternativo à taxação maior dos trabalhadores e ao aumento de seu tempo de contribuição; só assim o deficit da Previdência Social, que oscila em estimativas entre R$150 e R$200 bilhões, seria coberto. Por outro lado, o custo do Programa Bolsa Família foi orçado em R$ 30 bilhões (dados de 2016). Mas se observarmos que os benefícios ofertados para as grandes empresas, que compõem a chamada "Bolsa Empresário", atingem cifras entre R$ 220 e R$ 270 bilhões e que o que se paga de juros da dívida pública, nunca auditada, vai chegar, em 2016, a R$ 600 bilhões, torna-se fácil perceber que não precisa haver o deficit previdenciário alegado, tampouco que os programas de assistência social são inviáveis. Essas são meias verdades que, destrinchadas, constituem a mentira de que não temos alternativas. A questão é mudar as prioridades políticas, mas isso não acontecerá enquanto a população não perceber os engodos que lhe são "vendidos" e não tomar para si as rédeas do poder político, sem violência, mas com firmeza; analisando as versões impostas e não apenas as aceitando, dogmaticamente. Não há fato prévio e consumado na história e na geografia humana. Não é exagerado afirmar que não existe "verdade", mas "verdades", tantas quantas puderem ser extraídas, de modo interpretativo, de uma sentença, refira-se ela a algo ou a alguém. É possível haver mais de uma verdade sobre fato, pessoa, coisa, fenômeno ou acontecimento. Essas verdades podem ser negociadas, ainda que por pessoas que pensem de modos distintos, desde que haja respeito mútuo, boa vontade para a negociação e honestidade ideológica e intelectual de todos os envolvidos nessa negociação. A busca por verdades pactuadas é desejável e atingível; a busca pela "veritas" (latim) ou "aletheia" (grego) não é uma panaceia utópica, é uma necessidade vital e inadiável. Não podemos mais permitir que "pseudo-verdades únicas" guiem nossas vidas. A virtude está na ponderação, não na imposição. O ser humano é complexo demais para ser formatado em uma planilha eletrônica ou em uma única versão de cidadania. CARLOS FERNANDO GALVÃO é geógrafo, doutor em ciências sociais e pós-doutorando em geografia humana PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
opiniao
Verdade, verdades e interpretaçõesMede-se a inteligência de uma pessoa pela quantidade de incertezas de que ela é capaz de suportar. Immanuel Kant ( 1724-1804), filósofo alemão Para Nietzsche e Foucault, não existiria a verdade em si e o real seria apenas um ponto de vista. No campo político, o que se chama de verdade é, não raro, tão somente um instrumento para a legitimação e para a autoperpetuação do poder. Verdade é a propriedade de fato ou pessoa estar em conformidade com a realidade, o que faz dela uma representação do que é interpretado e aceito, universalmente, como real, ainda que nem sempre o seja. Verdade é, assim, em certo sentido, mais do que aquilo que é mostrado, senão o que está oculto. Ao enunciar uma "verdade", estamos emitindo um juízo de valor sobre algo ou alguém, mas as qualidades e as características de pessoa ou coisa estão no sujeito que as representa, para além de estarem, intrinsecamente, no objeto representado. Existe, isto posto, meia verdade? Bom, até existe, mas o problema dela é que temos que desmistificar a metade mentirosa, separando-a da metade verdadeira e, por justo, admitir esta última. Isso nem sempre é fácil. Aliás, quase nunca é. Podemos dizer uma mentira integral, contando apenas verdades parciais. A frase de Kant, que abre este artigo, serve para nos lembrar que desvendar as "verdades" que nos foram contadas, subjetiva e socialmente falando, é sinal de inteligência, além de atitude absolutamente necessária. Alguns dizem que a história nada mais é do que a narrativa dos vencedores. Verdade, se aceitarmos as premissas que nos são impostas pelos grupos sociais hegemônicos, sem questionamentos; mentira, se percebermos que a vida é muito mais ampla e complexa do que o que esses grupos tentam nos fazer acreditar. Vejamos um exemplo. Os ditos "analistas de mercado" dizem que não há caminho alternativo à taxação maior dos trabalhadores e ao aumento de seu tempo de contribuição; só assim o deficit da Previdência Social, que oscila em estimativas entre R$150 e R$200 bilhões, seria coberto. Por outro lado, o custo do Programa Bolsa Família foi orçado em R$ 30 bilhões (dados de 2016). Mas se observarmos que os benefícios ofertados para as grandes empresas, que compõem a chamada "Bolsa Empresário", atingem cifras entre R$ 220 e R$ 270 bilhões e que o que se paga de juros da dívida pública, nunca auditada, vai chegar, em 2016, a R$ 600 bilhões, torna-se fácil perceber que não precisa haver o deficit previdenciário alegado, tampouco que os programas de assistência social são inviáveis. Essas são meias verdades que, destrinchadas, constituem a mentira de que não temos alternativas. A questão é mudar as prioridades políticas, mas isso não acontecerá enquanto a população não perceber os engodos que lhe são "vendidos" e não tomar para si as rédeas do poder político, sem violência, mas com firmeza; analisando as versões impostas e não apenas as aceitando, dogmaticamente. Não há fato prévio e consumado na história e na geografia humana. Não é exagerado afirmar que não existe "verdade", mas "verdades", tantas quantas puderem ser extraídas, de modo interpretativo, de uma sentença, refira-se ela a algo ou a alguém. É possível haver mais de uma verdade sobre fato, pessoa, coisa, fenômeno ou acontecimento. Essas verdades podem ser negociadas, ainda que por pessoas que pensem de modos distintos, desde que haja respeito mútuo, boa vontade para a negociação e honestidade ideológica e intelectual de todos os envolvidos nessa negociação. A busca por verdades pactuadas é desejável e atingível; a busca pela "veritas" (latim) ou "aletheia" (grego) não é uma panaceia utópica, é uma necessidade vital e inadiável. Não podemos mais permitir que "pseudo-verdades únicas" guiem nossas vidas. A virtude está na ponderação, não na imposição. O ser humano é complexo demais para ser formatado em uma planilha eletrônica ou em uma única versão de cidadania. CARLOS FERNANDO GALVÃO é geógrafo, doutor em ciências sociais e pós-doutorando em geografia humana PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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Para Herchcovitch, Dilma deveria chamar estilista para cuidar do visual
Considerado o maior estilista do Brasil, o paulistano Alexandre Herchcovitch, 44, acredita que a presidente Dilma Rousseff deveria tentar, mais uma vez, contratar um estilista para cuidar do seu guarda-roupa. Em entrevista ao vivo para a "TV Folha", realizada nesta quarta-feira (23), em São Paulo, Herchcovitch disse que é um "bom momento" para ela repaginar o visual, segundo ele, agora?mais estampado? de quando a conheceu durante a campanha presidencial de 2010. À época, o designer fora contratado como estilista da presidente, mas a empreitada não durou nem um mês."Ela [Dilma] não gostou de nada que mostrei. Parei minha produção para criar e fiz uma primeira prova, que não agradou. Daí pedi uma segunda chance e refiz o que havia feito. Mudei materiais, tecidos. Nada de novo, mas ela não gostou e me demiti", relembra. Embora acredite que a presidente deveria abrir mais a cabeça e "mudar um pouco", Hechcovitch não aceitaria prontamente um convite para criar roupas para Dilma. "Ia analisar se seria viável e se financeiramente seria bom para a marca." O estilista lançará na quinta-feira (24) um livro que perpassa os 20 anos de sua carreira. Construído a partir de entrevistas de onze jornalistas e personalidades convidadas, a publicação é recheada de imagens de campanhas, bastidores e desfiles. Além do registro histórico, que teve curadoria de Daniel Raad, também presente na entrevista ao vivo concedida à Folha, o livro ainda tem um editorial assinado pelo fotógrafo Bob Wolfenson. Nas imagens, pessoas importantes na carreira do designer, como o cabeleireiro Celso Kamura e o performer Marcelo Ferrari, aparecem trajando roupas colhidas nos acervos de clientes.
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Para Herchcovitch, Dilma deveria chamar estilista para cuidar do visualConsiderado o maior estilista do Brasil, o paulistano Alexandre Herchcovitch, 44, acredita que a presidente Dilma Rousseff deveria tentar, mais uma vez, contratar um estilista para cuidar do seu guarda-roupa. Em entrevista ao vivo para a "TV Folha", realizada nesta quarta-feira (23), em São Paulo, Herchcovitch disse que é um "bom momento" para ela repaginar o visual, segundo ele, agora?mais estampado? de quando a conheceu durante a campanha presidencial de 2010. À época, o designer fora contratado como estilista da presidente, mas a empreitada não durou nem um mês."Ela [Dilma] não gostou de nada que mostrei. Parei minha produção para criar e fiz uma primeira prova, que não agradou. Daí pedi uma segunda chance e refiz o que havia feito. Mudei materiais, tecidos. Nada de novo, mas ela não gostou e me demiti", relembra. Embora acredite que a presidente deveria abrir mais a cabeça e "mudar um pouco", Hechcovitch não aceitaria prontamente um convite para criar roupas para Dilma. "Ia analisar se seria viável e se financeiramente seria bom para a marca." O estilista lançará na quinta-feira (24) um livro que perpassa os 20 anos de sua carreira. Construído a partir de entrevistas de onze jornalistas e personalidades convidadas, a publicação é recheada de imagens de campanhas, bastidores e desfiles. Além do registro histórico, que teve curadoria de Daniel Raad, também presente na entrevista ao vivo concedida à Folha, o livro ainda tem um editorial assinado pelo fotógrafo Bob Wolfenson. Nas imagens, pessoas importantes na carreira do designer, como o cabeleireiro Celso Kamura e o performer Marcelo Ferrari, aparecem trajando roupas colhidas nos acervos de clientes.
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Aumentam retratações em periódicos científicos
Em meados de maio, quando dois pós-graduandos questionaram um estudo publicado na revista "Science" a respeito de como as campanhas políticas porta a porta afetam as opiniões sobre o casamento gay, os editores da publicação começaram a investigar. Então, a "Science" cancelou o artigo, de autoria de Michael LaCour, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e Donald Green, da Universidade Columbia, devido a preocupações com os dados usados por LaCour. O caso é apenas um exemplo do crescente número de retratações (correções ou cancelamentos) em artigos de publicações científicas, algo que vem alarmando autores e editores de periódicos. O blog Retraction Watch ("observatório da retratação"), primeiro veículo de comunicação a noticiar que o artigo havia sido contestado, detectou um aumento de 20% a 25% no número de retratações em cerca de 10 mil publicações médicas e científicas nos últimos cinco anos: de 400 em 2010 para 500 a 600 atualmente –em 2001, a cifra havia sido de 40 retratações, segundo uma pesquisa anterior. Não está claro quais seriam as principais causas disso. Mais artigos estão sendo publicados em mais revistas. Novas ferramentas para detectar más condutas, como softwares que garimpam plágios, tornaram-se amplamente disponíveis. A pressão por publicar resultados chamativos também é mais forte do que nunca –assim como a capacidade de "emprestar" e "retrabalhar" dados digitalmente. Os registros do Retraction Watch sugerem que cerca de um terço das retratações são decorrentes de erros como amostras contaminadas ou falhas estatísticas. Os outros dois terços são ligados a más condutas ou suspeitas de más condutas, tais como manipulação de imagem. Outros problemas são a ocorrência de plágio textual e republicações –a apresentação dos mesmos resultados em dois ou mais periódicos. A falsificação de dados também existe. Ninguém sabe ao certo a incidência das fraudes, mas, numa pesquisa de 2011 com mais de 2.000 psicólogos, cerca de 1% admitiram falsificar dados. Outros estudos estimam uma taxa em torno de 2%. Um dos aliados mais eficazes do Retraction Watch é Steven Shafer, atual editor da revista "Anesthesia & Analgesia", cuja agressividade na revisão de trabalhos já publicados levou a dezenas de retratações. O campo da anestesia é líder em retratações, em grande parte devido aos esforços de Shafer. Outros casos decorrem de dúvidas levantadas em sites especializados na pós-publicação, onde cientistas vasculham os artigos, às vezes anonimamente. David Broockman, um dos dois pós-graduandos que desafiaram o artigo da dupla LaCour-Green, havia divulgado algumas das suas suspeitas pela primeira vez num fórum de discussões chamado poliscirumors.com. O que esses vários informantes anônimos, pós-revisores e delatores anônimos têm em comum é o faro para dados que parecem bons demais para serem verdade. "Até recentemente, era incomum darmos notícias sobre estudos que ainda não tivessem sido retratados", disse Ivan Oransky, editor do Retraction Watch. Porém, as novas tecnologias e a ânsia por transparência dos cientistas mais jovens mudaram isso, segundo ele. "Recebemos mais dicas do que conseguimos dar conta."
ciencia
Aumentam retratações em periódicos científicosEm meados de maio, quando dois pós-graduandos questionaram um estudo publicado na revista "Science" a respeito de como as campanhas políticas porta a porta afetam as opiniões sobre o casamento gay, os editores da publicação começaram a investigar. Então, a "Science" cancelou o artigo, de autoria de Michael LaCour, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e Donald Green, da Universidade Columbia, devido a preocupações com os dados usados por LaCour. O caso é apenas um exemplo do crescente número de retratações (correções ou cancelamentos) em artigos de publicações científicas, algo que vem alarmando autores e editores de periódicos. O blog Retraction Watch ("observatório da retratação"), primeiro veículo de comunicação a noticiar que o artigo havia sido contestado, detectou um aumento de 20% a 25% no número de retratações em cerca de 10 mil publicações médicas e científicas nos últimos cinco anos: de 400 em 2010 para 500 a 600 atualmente –em 2001, a cifra havia sido de 40 retratações, segundo uma pesquisa anterior. Não está claro quais seriam as principais causas disso. Mais artigos estão sendo publicados em mais revistas. Novas ferramentas para detectar más condutas, como softwares que garimpam plágios, tornaram-se amplamente disponíveis. A pressão por publicar resultados chamativos também é mais forte do que nunca –assim como a capacidade de "emprestar" e "retrabalhar" dados digitalmente. Os registros do Retraction Watch sugerem que cerca de um terço das retratações são decorrentes de erros como amostras contaminadas ou falhas estatísticas. Os outros dois terços são ligados a más condutas ou suspeitas de más condutas, tais como manipulação de imagem. Outros problemas são a ocorrência de plágio textual e republicações –a apresentação dos mesmos resultados em dois ou mais periódicos. A falsificação de dados também existe. Ninguém sabe ao certo a incidência das fraudes, mas, numa pesquisa de 2011 com mais de 2.000 psicólogos, cerca de 1% admitiram falsificar dados. Outros estudos estimam uma taxa em torno de 2%. Um dos aliados mais eficazes do Retraction Watch é Steven Shafer, atual editor da revista "Anesthesia & Analgesia", cuja agressividade na revisão de trabalhos já publicados levou a dezenas de retratações. O campo da anestesia é líder em retratações, em grande parte devido aos esforços de Shafer. Outros casos decorrem de dúvidas levantadas em sites especializados na pós-publicação, onde cientistas vasculham os artigos, às vezes anonimamente. David Broockman, um dos dois pós-graduandos que desafiaram o artigo da dupla LaCour-Green, havia divulgado algumas das suas suspeitas pela primeira vez num fórum de discussões chamado poliscirumors.com. O que esses vários informantes anônimos, pós-revisores e delatores anônimos têm em comum é o faro para dados que parecem bons demais para serem verdade. "Até recentemente, era incomum darmos notícias sobre estudos que ainda não tivessem sido retratados", disse Ivan Oransky, editor do Retraction Watch. Porém, as novas tecnologias e a ânsia por transparência dos cientistas mais jovens mudaram isso, segundo ele. "Recebemos mais dicas do que conseguimos dar conta."
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Leia a íntegra da defesa de Temer entregue à Câmara
O advogado Eduardo Carnelós, responsável pela defesa de Michel Temer, entregou, nesta quarta (4), a defesa da segunda denúncia contra o presidente à Câmara. Leia a íntegra do documento Leia a íntegra
poder
Leia a íntegra da defesa de Temer entregue à CâmaraO advogado Eduardo Carnelós, responsável pela defesa de Michel Temer, entregou, nesta quarta (4), a defesa da segunda denúncia contra o presidente à Câmara. Leia a íntegra do documento Leia a íntegra
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Zidane busca título da Champions para se firmar como técnico do Real Madrid
Ídolo do Real Madrid entre 2001 e 2006, quando encerrou a carreira de jogador, o francês Zinedine Zidane, 43, busca o título da Liga dos Campeões para se firmar no comando do time principal. Sua arrancada foi a mais vitoriosa de um treinador nos últimos anos, mas falta um troféu. Se perderem em Milão, no próximo sábado (28), para o rival Atlético de Madri, de Diego Simeone, os merengues completarão dois anos sem títulos. Desde que Zidane assumiu o cargo, no último dia 4 de janeiro, o Real Madrid venceu 17 das 20 partidas que disputou no Campeonato Espanhol. Empatou duas e perdeu uma, somando 53 pontos, contra 49 do campeão Barcelona. O problema, claro, é que ele havia assumido o time em crise, cinco pontos atrás do rival, e a sequência de 12 vitórias no sprint final foi insuficiente. O presidente do clube, Florentino Pérez, ainda não bateu o martelo, mas o ex-jogador, eleito três vezes melhor do mundo (em 1998, 2000 e 2003), parece já ter convencido os torcedores. "Homens como Zidane e Simeone não foram só jogadores, foram emblemas de seus clubes, têm muito carisma. A sintonia com a torcida é instantânea", diz Julián Reyes, diretor de Esportes da TVE. A única derrota do time de Zidane no Campeonato Espanhol foi por 1 a 0, no Santiago Bernabéu, justamente para o Atlético de Madri, adversário na final da Liga dos Campeões. Naquele jogo, na avaliação do treinador, "faltou perna". Desta vez, Zidane está preparando a equipe com treinos puxados e muita cobrança. "Ninguém vai nos ganhar em intensidade", avisa. Inseguro no começo, Zidane conquistou a confiança dos jogadores e mudou o ambiente no clube. "Com Zizou nos sentimos muito mais alegres", disse o zagueiro Sérgio Ramos, capitão do time e herói do décimo título da Liga dos Campeões, conquistado diante do Atlético de Madri, em Lisboa, em 2014. Naquela final, o Real Madri fez seu rival local provar do próprio veneno. O Atlético ganhava por 1 a 0 desde o primeiro tempo, mas levou o gol de empate já nos acréscimos, numa cabeçada de Ramos. Na prorrogação, o Real Madrid fez 4 a 1. Astro e artilheiro do time, Cristiano Ronaldo é outro dos defensores de Zidane. "Com ele nos sentimos mais valorizados. Eu gostaria que ele continuasse", disse o português.
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Zidane busca título da Champions para se firmar como técnico do Real MadridÍdolo do Real Madrid entre 2001 e 2006, quando encerrou a carreira de jogador, o francês Zinedine Zidane, 43, busca o título da Liga dos Campeões para se firmar no comando do time principal. Sua arrancada foi a mais vitoriosa de um treinador nos últimos anos, mas falta um troféu. Se perderem em Milão, no próximo sábado (28), para o rival Atlético de Madri, de Diego Simeone, os merengues completarão dois anos sem títulos. Desde que Zidane assumiu o cargo, no último dia 4 de janeiro, o Real Madrid venceu 17 das 20 partidas que disputou no Campeonato Espanhol. Empatou duas e perdeu uma, somando 53 pontos, contra 49 do campeão Barcelona. O problema, claro, é que ele havia assumido o time em crise, cinco pontos atrás do rival, e a sequência de 12 vitórias no sprint final foi insuficiente. O presidente do clube, Florentino Pérez, ainda não bateu o martelo, mas o ex-jogador, eleito três vezes melhor do mundo (em 1998, 2000 e 2003), parece já ter convencido os torcedores. "Homens como Zidane e Simeone não foram só jogadores, foram emblemas de seus clubes, têm muito carisma. A sintonia com a torcida é instantânea", diz Julián Reyes, diretor de Esportes da TVE. A única derrota do time de Zidane no Campeonato Espanhol foi por 1 a 0, no Santiago Bernabéu, justamente para o Atlético de Madri, adversário na final da Liga dos Campeões. Naquele jogo, na avaliação do treinador, "faltou perna". Desta vez, Zidane está preparando a equipe com treinos puxados e muita cobrança. "Ninguém vai nos ganhar em intensidade", avisa. Inseguro no começo, Zidane conquistou a confiança dos jogadores e mudou o ambiente no clube. "Com Zizou nos sentimos muito mais alegres", disse o zagueiro Sérgio Ramos, capitão do time e herói do décimo título da Liga dos Campeões, conquistado diante do Atlético de Madri, em Lisboa, em 2014. Naquela final, o Real Madri fez seu rival local provar do próprio veneno. O Atlético ganhava por 1 a 0 desde o primeiro tempo, mas levou o gol de empate já nos acréscimos, numa cabeçada de Ramos. Na prorrogação, o Real Madrid fez 4 a 1. Astro e artilheiro do time, Cristiano Ronaldo é outro dos defensores de Zidane. "Com ele nos sentimos mais valorizados. Eu gostaria que ele continuasse", disse o português.
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Cabral é condenado por conceder benefício fiscal irregular
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi condenado em segunda instância a ressarcir os cofres públicos por, segundo a Justiça, conceder isenção fiscal de forma irregular à empresa francesa Michelin, que também terá devolver recursos ao governo. Os benefícios fiscais de R$ 1 bilhão foram concedidos em 2010 e adiavam, sem prazo determinado, o recolhimento do imposto devido na aquisição de maquinário para ampliação da fábrica da empresa, em Itatiaia (RJ). A Folha revelou em 2011 que o benefício foi dado dois meses após a Michelin ter doado R$ 200 mil à campanha de reeleição de Cabral ao governo do Rio, em 2010. Foi a primeira e única doação eleitoral da empresa francesa no Brasil. O decreto que concedia o incentivo foi publicado em novembro de 2010, logo após a reeleição do peemedebista. Cabral e Michelin negaram à época relação entre a doação e o incentivo fiscal. Em março, as 12ª Câmara Cível já havia declarado como irregular a concessão do benefício fiscal. Houve divergência, porém, em relação à necessidade de ressarcimento aos cofres públicos. Na terça-feira (4), por 3 votos a 2, decidiu-se que Cabral e a empresa francesa deveriam devolver ao erário o benefício usufruído até hoje. O cálculo ainda será feito pela Justiça, quando o caso transitar em julgado. Ainda cabe recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Cabral afirmou, em nota, que a decisão é "equivocada", uma "aberração jurídica" e uma "violência contra uma política de desenvolvimento pautada em regras e compromissos recíprocos dos entes privados e do governo do Estado". "O incentivo dado à Michelin permitiu que essa empresa consolidasse todas as suas plantas fabris dentro do estado do Rio e triplicou o pagamento de ICMS ao governo. Essa decisão pode comprometer bilhões de investimentos que serão realizados no estado nos próximos anos, além de gerar insegurança jurídica", disse o ex-governador.
poder
Cabral é condenado por conceder benefício fiscal irregularO ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi condenado em segunda instância a ressarcir os cofres públicos por, segundo a Justiça, conceder isenção fiscal de forma irregular à empresa francesa Michelin, que também terá devolver recursos ao governo. Os benefícios fiscais de R$ 1 bilhão foram concedidos em 2010 e adiavam, sem prazo determinado, o recolhimento do imposto devido na aquisição de maquinário para ampliação da fábrica da empresa, em Itatiaia (RJ). A Folha revelou em 2011 que o benefício foi dado dois meses após a Michelin ter doado R$ 200 mil à campanha de reeleição de Cabral ao governo do Rio, em 2010. Foi a primeira e única doação eleitoral da empresa francesa no Brasil. O decreto que concedia o incentivo foi publicado em novembro de 2010, logo após a reeleição do peemedebista. Cabral e Michelin negaram à época relação entre a doação e o incentivo fiscal. Em março, as 12ª Câmara Cível já havia declarado como irregular a concessão do benefício fiscal. Houve divergência, porém, em relação à necessidade de ressarcimento aos cofres públicos. Na terça-feira (4), por 3 votos a 2, decidiu-se que Cabral e a empresa francesa deveriam devolver ao erário o benefício usufruído até hoje. O cálculo ainda será feito pela Justiça, quando o caso transitar em julgado. Ainda cabe recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Cabral afirmou, em nota, que a decisão é "equivocada", uma "aberração jurídica" e uma "violência contra uma política de desenvolvimento pautada em regras e compromissos recíprocos dos entes privados e do governo do Estado". "O incentivo dado à Michelin permitiu que essa empresa consolidasse todas as suas plantas fabris dentro do estado do Rio e triplicou o pagamento de ICMS ao governo. Essa decisão pode comprometer bilhões de investimentos que serão realizados no estado nos próximos anos, além de gerar insegurança jurídica", disse o ex-governador.
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São Paulo perde em Belo Horizonte, mas avança à semi da Libertadores
O São Paulo está nas semifinais da Libertadores da América pela primeira vez desde 2010. Em uma partida emocionante, com drama até o fim, o time paulista perdeu nesta quarta-feira (18) para o Atlético-MG por 2 a 1, no estádio Independência, em Belo Horizonte, e avançou na competição graças ao gol marcado fora de casa. O jogo de ida, no Morumbi, terminou 1 a 0 para a equipe tricolor. Pela primeira vez desde 2005, ano em que conquistou o último de seus três títulos da Libertadores, o São Paulo não é eliminado da competição sul-americana por uma equipe brasileira. Na próxima fase, que será disputada apenas no segundo semestre, depois da Copa América, o time paulista enfrentará o vencedor do confronto entre Nacional de Medellín e Rosario Central, que vão disputar o jogo de volta nesta quinta-feira (19), na Colômbia —na ida, os argentinos venceram por 1 a 0. No entanto, se Rosario e Boca Juniors (que enfrenta o Nacional uruguaio também nesta quinta) se classificarem, eles terão de se enfrentar nas semifinais e, assim, o São Paulo vai encarar o vencedor do duelo entre Independiente del Valle (EQU) e Pumas (MEX). No jogo de ida, no Equador, deu 1 a 0 para o Del Valle. O JOGO Assim como na partida de ida, Atlético e São Paulo fizeram um duelo tenso desde o início, mas desta vez com muita ação nas duas áreas. O time mineiro começou o jogo em alta velocidade e deixou a defesa adversária sem conseguir respirar. E logo foi premiado por jogar com tamanho senso de urgência. O primeiro gol saiu aos 7min, quando Denis rebateu mal um chute forte de Marcos Rocha e Cazares marcou. Antes que o São Paulo recuperasse o fôlego, Carlos fez o segundo dos mineiros, aos 11min, de cabeça. O segundo gol deixou a torcida são-paulina em pânico, mas a sorte sorriu para os visitantes. Apenas quatro minutos depois do segundo gol atleticano, Maicon aproveitou bem um escanteio cobrado por Kelvin e fez o primeiro do São Paulo. Precisando de mais um gol, o Atlético continuou pressionando e, aos 23min, Lucas Pratto cabeceou na trave. Depois desse susto, o São Paulo começou a controlar melhor o ritmo do jogo, com Ganso participando mais das ações de ataque, e quase empatou a partida nos acréscimos, quando Rodrigo Caio mandou uma cabeçada na trave. Na segunda etapa, o jogo foi ficando mais nervoso a cada minuto que passava. Com a defesa são-paulina melhor posicionada, o Atlético teve mais dificuldades para criar boas oportunidades de gol. Enquanto isso, o São Paulo encontrava espaço para os contra-ataques, mas não o aproveitava. O maior susto levado pelos visitantes ocorreu aos 34min, quando Clayton tirou Maicon da jogada dentro da área e, de frente para o gol, chutou para fora. Nos minutos finais, o Atlético foi para o tudo ou nada, mas faltou-lhe imaginação. Com muita garra, e bastante sofrimento, o São Paulo conseguiu conservar o placar que lhe interessava.
esporte
São Paulo perde em Belo Horizonte, mas avança à semi da LibertadoresO São Paulo está nas semifinais da Libertadores da América pela primeira vez desde 2010. Em uma partida emocionante, com drama até o fim, o time paulista perdeu nesta quarta-feira (18) para o Atlético-MG por 2 a 1, no estádio Independência, em Belo Horizonte, e avançou na competição graças ao gol marcado fora de casa. O jogo de ida, no Morumbi, terminou 1 a 0 para a equipe tricolor. Pela primeira vez desde 2005, ano em que conquistou o último de seus três títulos da Libertadores, o São Paulo não é eliminado da competição sul-americana por uma equipe brasileira. Na próxima fase, que será disputada apenas no segundo semestre, depois da Copa América, o time paulista enfrentará o vencedor do confronto entre Nacional de Medellín e Rosario Central, que vão disputar o jogo de volta nesta quinta-feira (19), na Colômbia —na ida, os argentinos venceram por 1 a 0. No entanto, se Rosario e Boca Juniors (que enfrenta o Nacional uruguaio também nesta quinta) se classificarem, eles terão de se enfrentar nas semifinais e, assim, o São Paulo vai encarar o vencedor do duelo entre Independiente del Valle (EQU) e Pumas (MEX). No jogo de ida, no Equador, deu 1 a 0 para o Del Valle. O JOGO Assim como na partida de ida, Atlético e São Paulo fizeram um duelo tenso desde o início, mas desta vez com muita ação nas duas áreas. O time mineiro começou o jogo em alta velocidade e deixou a defesa adversária sem conseguir respirar. E logo foi premiado por jogar com tamanho senso de urgência. O primeiro gol saiu aos 7min, quando Denis rebateu mal um chute forte de Marcos Rocha e Cazares marcou. Antes que o São Paulo recuperasse o fôlego, Carlos fez o segundo dos mineiros, aos 11min, de cabeça. O segundo gol deixou a torcida são-paulina em pânico, mas a sorte sorriu para os visitantes. Apenas quatro minutos depois do segundo gol atleticano, Maicon aproveitou bem um escanteio cobrado por Kelvin e fez o primeiro do São Paulo. Precisando de mais um gol, o Atlético continuou pressionando e, aos 23min, Lucas Pratto cabeceou na trave. Depois desse susto, o São Paulo começou a controlar melhor o ritmo do jogo, com Ganso participando mais das ações de ataque, e quase empatou a partida nos acréscimos, quando Rodrigo Caio mandou uma cabeçada na trave. Na segunda etapa, o jogo foi ficando mais nervoso a cada minuto que passava. Com a defesa são-paulina melhor posicionada, o Atlético teve mais dificuldades para criar boas oportunidades de gol. Enquanto isso, o São Paulo encontrava espaço para os contra-ataques, mas não o aproveitava. O maior susto levado pelos visitantes ocorreu aos 34min, quando Clayton tirou Maicon da jogada dentro da área e, de frente para o gol, chutou para fora. Nos minutos finais, o Atlético foi para o tudo ou nada, mas faltou-lhe imaginação. Com muita garra, e bastante sofrimento, o São Paulo conseguiu conservar o placar que lhe interessava.
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Sob pressão, governo Temer cede novamente a Estados
BRASÍLIA - Desde que se sentou na cadeira presidencial, ainda na interinidade, o presidente Michel Temer vem sendo pressionado pelos Estados a dar o que não tem. Dilacerados pela queda em suas receitas provocada pela crise econômica aguda e sufocados pelo aumento crescente das despesas, principalmente os gastos com pessoal, governadores mantêm o Palácio do Planalto em estado contínuo de faca no pescoço. E tem dado certo. Em junho conseguiram arrancar da União a renegociação de suas dívidas esticando o prazo de vencimento dos contratos em 20 anos e obtendo descontos nos pagamentos mensais, a um custo total de R$ 50 bilhões para os cofres federais. Valores que serão recompostos lá na frente (alguém acredita?). Às vésperas dos Jogos Olímpicos, em uma tacada política que irritou Temer e até as emas do Palácio do Jaburu, o Rio decretou calamidade e obteve R$ 3 bilhões do Tesouro. Alguns Estados em equilíbrio fiscal, mas com o caixa carcomido pela recessão, passaram a reivindicar socorro de R$ 14 bilhões por não terem sido favorecidos com a revisão das dívidas. Fizeram barulho, mas desta vez nada levaram. Com a Lei da Repatriação, os Estados já obtiveram justos R$ 5 bilhões do bolo federal. Agora querem mais R$ 5 bilhões. Para garanti-los recorreram ao Supremo Tribunal Federal, e são boas as chances de faturarem mais alguns bilhões. O governo já fala que, mesmo saindo vitorioso no STF, poderá antecipar parte desse valor aos Estados e reaver os recursos na segunda etapa do programa de repatriação (alguém realmente acredita?). Em outra frente, o ministro Henrique Meirelles planeja autorizar Estados quebrados a tomar recursos no exterior em troca de receitas futuras. A lista de gambiarras promovidas pelo governo federal —de baixa popularidade e acuado pelo quadro de convulsão nos Estados — só tende a aumentar. Alguém duvida?
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Sob pressão, governo Temer cede novamente a EstadosBRASÍLIA - Desde que se sentou na cadeira presidencial, ainda na interinidade, o presidente Michel Temer vem sendo pressionado pelos Estados a dar o que não tem. Dilacerados pela queda em suas receitas provocada pela crise econômica aguda e sufocados pelo aumento crescente das despesas, principalmente os gastos com pessoal, governadores mantêm o Palácio do Planalto em estado contínuo de faca no pescoço. E tem dado certo. Em junho conseguiram arrancar da União a renegociação de suas dívidas esticando o prazo de vencimento dos contratos em 20 anos e obtendo descontos nos pagamentos mensais, a um custo total de R$ 50 bilhões para os cofres federais. Valores que serão recompostos lá na frente (alguém acredita?). Às vésperas dos Jogos Olímpicos, em uma tacada política que irritou Temer e até as emas do Palácio do Jaburu, o Rio decretou calamidade e obteve R$ 3 bilhões do Tesouro. Alguns Estados em equilíbrio fiscal, mas com o caixa carcomido pela recessão, passaram a reivindicar socorro de R$ 14 bilhões por não terem sido favorecidos com a revisão das dívidas. Fizeram barulho, mas desta vez nada levaram. Com a Lei da Repatriação, os Estados já obtiveram justos R$ 5 bilhões do bolo federal. Agora querem mais R$ 5 bilhões. Para garanti-los recorreram ao Supremo Tribunal Federal, e são boas as chances de faturarem mais alguns bilhões. O governo já fala que, mesmo saindo vitorioso no STF, poderá antecipar parte desse valor aos Estados e reaver os recursos na segunda etapa do programa de repatriação (alguém realmente acredita?). Em outra frente, o ministro Henrique Meirelles planeja autorizar Estados quebrados a tomar recursos no exterior em troca de receitas futuras. A lista de gambiarras promovidas pelo governo federal —de baixa popularidade e acuado pelo quadro de convulsão nos Estados — só tende a aumentar. Alguém duvida?
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Biblioteca Mário de Andrade, em SP, recebe exposição de fotos
A biblioteca Mário de Andrade, na zona central de São Paulo, recebe até 20 de agosto a exposição de fotografia "Alfabeto", do cineasta e fotógrafo paulistano Marcelo Masagão. As 25 imagens, feitas ao longo de 2016, retratam a própria biblioteca e serão espalhadas pelo local, nas salas de convivência e de leitura, nos corredores e no elevador. "O prédio, que não achava muito bonito, chamou minha atenção depois da última reforma. Foi quando passei a registrar a estrutura e as pessoas que frequentavam o espaço", afirma Masagão. A imagem "Calçada Panorâmica" (ao lado), que integra a exposição, foi feita no telhado do edifício. Nela, destaca-se o mosaico da artista Regina Silveira, de 2015, com a palavra "biblioteca" escrita em 12 idiomas.
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Biblioteca Mário de Andrade, em SP, recebe exposição de fotosA biblioteca Mário de Andrade, na zona central de São Paulo, recebe até 20 de agosto a exposição de fotografia "Alfabeto", do cineasta e fotógrafo paulistano Marcelo Masagão. As 25 imagens, feitas ao longo de 2016, retratam a própria biblioteca e serão espalhadas pelo local, nas salas de convivência e de leitura, nos corredores e no elevador. "O prédio, que não achava muito bonito, chamou minha atenção depois da última reforma. Foi quando passei a registrar a estrutura e as pessoas que frequentavam o espaço", afirma Masagão. A imagem "Calçada Panorâmica" (ao lado), que integra a exposição, foi feita no telhado do edifício. Nela, destaca-se o mosaico da artista Regina Silveira, de 2015, com a palavra "biblioteca" escrita em 12 idiomas.
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Em corrida, 18 mil homenageiam Dia Mundial da Pessoa com Deficiência
Comemorado no domingo (4), o Dia Mundial da Pessoa com Deficiência reúne mais de 18 mil pessoas na segunda edição da corrida e caminhada Inclusão a Toda a Prova. Com largada no parque Ibirapuera, a prova tem duas opções de percurso: uma de 10 km apenas para corrida e outra de 6,1 km disponível também para os caminhantes. Os três primeiros colocados nas categorias masculina e feminina ganharão troféus, e todos os participantes levam para casa kit com medalha, suco ou isotônico, fruta e barra de cereais. O evento esportivo é organizado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, e cerca de 3.000 participantes dos projetos de inclusão da organização estão entre os inscritos. 2ª Inclusão a Toda Prova - Corrida e Caminhada - Parque Ibirapuera - avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera, São Paulo, SP. Dom. (4): às 7h. Inscrições esgotadas
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Em corrida, 18 mil homenageiam Dia Mundial da Pessoa com DeficiênciaComemorado no domingo (4), o Dia Mundial da Pessoa com Deficiência reúne mais de 18 mil pessoas na segunda edição da corrida e caminhada Inclusão a Toda a Prova. Com largada no parque Ibirapuera, a prova tem duas opções de percurso: uma de 10 km apenas para corrida e outra de 6,1 km disponível também para os caminhantes. Os três primeiros colocados nas categorias masculina e feminina ganharão troféus, e todos os participantes levam para casa kit com medalha, suco ou isotônico, fruta e barra de cereais. O evento esportivo é organizado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, e cerca de 3.000 participantes dos projetos de inclusão da organização estão entre os inscritos. 2ª Inclusão a Toda Prova - Corrida e Caminhada - Parque Ibirapuera - avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera, São Paulo, SP. Dom. (4): às 7h. Inscrições esgotadas
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Abbas se diz pronto para diálogo se Israel frear assentamentos
Depois de o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmar que a expansão de assentamentos israelenses ameaça a possibilidade de paz com os palestinos, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse nesta quarta (28) estar disposto a retomar o diálogo com Israel se as construções forem cessadas. Segundo Abbas, ele está pronto para negociar com os israelenses "dentro de um período estipulado e com base na lei internacional" – o que deveria incluir uma referência à resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU na última semana condenando a colonização israelense em territórios palestinos, afirma. A abstenção do governo Barack Obama na votação, que permitiu a aprovação da resolução, foi o estopim para mais uma troca de farpas entre os tradicionalmente aliados EUA e Israel. Em discurso nesta quarta, Kerry disse que os EUA agiram "de acordo com nossos valores" e que "tendências locais", como violência, terrorismo e "expansão de assentamentos e ocupação aparentemente sem fim" estão "destruindo a esperança de paz dos dois lados" e ameaçando possibilidade de uma solução de dois Estados. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, criticou a fala de Kerry por ser "enviesada contra Israel" e focada de forma "obsessiva" nos assentamentos israelenses. Os comentários de Abbas reafirmam a posição de longa data dos palestinos e não chegaram a tratar dos seis pontos necessários para a paz que Kerry falou em seu discurso. Entre eles, está a obrigação de assegurar "que Israel possa se defender efetivamente e que a Palestina possa oferecer segurança para a sua população em um Estado soberano e não militarizado".
mundo
Abbas se diz pronto para diálogo se Israel frear assentamentosDepois de o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmar que a expansão de assentamentos israelenses ameaça a possibilidade de paz com os palestinos, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse nesta quarta (28) estar disposto a retomar o diálogo com Israel se as construções forem cessadas. Segundo Abbas, ele está pronto para negociar com os israelenses "dentro de um período estipulado e com base na lei internacional" – o que deveria incluir uma referência à resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU na última semana condenando a colonização israelense em territórios palestinos, afirma. A abstenção do governo Barack Obama na votação, que permitiu a aprovação da resolução, foi o estopim para mais uma troca de farpas entre os tradicionalmente aliados EUA e Israel. Em discurso nesta quarta, Kerry disse que os EUA agiram "de acordo com nossos valores" e que "tendências locais", como violência, terrorismo e "expansão de assentamentos e ocupação aparentemente sem fim" estão "destruindo a esperança de paz dos dois lados" e ameaçando possibilidade de uma solução de dois Estados. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, criticou a fala de Kerry por ser "enviesada contra Israel" e focada de forma "obsessiva" nos assentamentos israelenses. Os comentários de Abbas reafirmam a posição de longa data dos palestinos e não chegaram a tratar dos seis pontos necessários para a paz que Kerry falou em seu discurso. Entre eles, está a obrigação de assegurar "que Israel possa se defender efetivamente e que a Palestina possa oferecer segurança para a sua população em um Estado soberano e não militarizado".
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No Chelsea, Pato vai herdar a camisa número 11 de Drogba
O Chelsea revelou nesta terça-feira (2) que brasileiro Alexandre Pato vai vestir a camisa número 11 no clube, a mesma que um dia foi do atacante Didier Drogba. O marfinense é um dos maiores ídolos da torcida do clube inglês. Ele estava na conquista do principal título do time, a Liga dos Campeões 2011/12. Já é possível comprar a camisa de Pato na loja oficial do Chelsea. O atacante, contudo, ainda não tem data para estrear. A equipe que é comandada pelo técnico holandês Guus Hiddink joga nesta quarta-feira (3), contra o Watford, pelo Campeonato Inglês. Pato foi negociado pelo Corinthians por empréstimo até julho de 2016, e se o Chelsea quiser contratá-lo ao final do contrato terá que pagar 12 milhões de euros (R$ 52 milhões).
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No Chelsea, Pato vai herdar a camisa número 11 de DrogbaO Chelsea revelou nesta terça-feira (2) que brasileiro Alexandre Pato vai vestir a camisa número 11 no clube, a mesma que um dia foi do atacante Didier Drogba. O marfinense é um dos maiores ídolos da torcida do clube inglês. Ele estava na conquista do principal título do time, a Liga dos Campeões 2011/12. Já é possível comprar a camisa de Pato na loja oficial do Chelsea. O atacante, contudo, ainda não tem data para estrear. A equipe que é comandada pelo técnico holandês Guus Hiddink joga nesta quarta-feira (3), contra o Watford, pelo Campeonato Inglês. Pato foi negociado pelo Corinthians por empréstimo até julho de 2016, e se o Chelsea quiser contratá-lo ao final do contrato terá que pagar 12 milhões de euros (R$ 52 milhões).
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Veja aqui resumo dos acontecimentos políticos desta sexta-feira no país
O acirramento da crise política do governo Dilma continua nesta sexta (18), dois dias após a divulgação de grampo telefônico que sugere ação de Dilma para evitar eventual prisão do ex-presidente Lula. Veja o que já aconteceu nesta sexta no país: LULA MINISTRO OU NÃO? Após a primeira liminar suspendendo a nomeação de Lula, da Justiça de Brasília, ter sido derrubada ontem pelo TRF-1, o TRF-2 derrubou a segunda, da Justiça do Rio, no início da tarde de hoje. Lula, porém, voltou a ser ministro apenas por minutos. Isso porque uma terceira liminar, agora da Justiça paulista, determinou a suspensão da posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil. À noite, o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu a posse de Lula e determinou que a investigação sobre o petista na Lava Jato fique sob a condução do juiz Sergio Moro. PROTESTOS No início da manhã, a Tropa de Choque da PM de São Paulo usou bombas de gás e um caminhão com canhão de água para dispersar os manifestantes pró-impeachment na avenida Paulista, parte dos quais estavam acampados no local desde quarta (16). O ato pró-governo na Paulista reuniu 95 mil pessoas, segundo o Datafolha. Os organizadores falavam em 250 mil. Lula chegou por volta das 19h ao local, gritou "Não vai ter golpe" e disse que foi para o governo "para ajudar a companheira Dilma a fazer as coisas que ela precisa fazer por esse país". As manifestações em defesa de Dilma e Lula ocorrem em ao menos 25 Estados. Pelo menos oito Estados tiveram hoje atos contra o governo. GRAMPOS Em discurso na Bahia, a presidente Dilma voltou a atacar o juiz Sergio Moro, que divulgou o grampo telefônico dela com Lula. Segundo ela, o cargo de presidente não é passível de grampo e a medida fere a lei de segurança nacional. "Em muitos lugares do mundo, quem grampear um presidente vai preso", afirmou. Segundo a Folha apurou junto a investigadores da Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi avisado e deu aval para a divulgação das conversas telefônicas. EXECUTIVO vs. JUDICIÁRIO O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, rebateu Lula e afirmou que o tribunal "jamais esteve acovardado". Gravações feitas pela Lava Jato mostraram um diálogo entre Lula e Dilma no qual ele reclama que o STF é um tribunal acovardado. IMPEACHMENT Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu pessoalmente uma sessão no plenário. Dessa forma, já começa a correr o prazo de dez sessões plenárias para a presidente Dilma apresentar sua defesa à comissão especial que vai analisar seu processo de impeachment. Como funciona o Impeachment
poder
Veja aqui resumo dos acontecimentos políticos desta sexta-feira no paísO acirramento da crise política do governo Dilma continua nesta sexta (18), dois dias após a divulgação de grampo telefônico que sugere ação de Dilma para evitar eventual prisão do ex-presidente Lula. Veja o que já aconteceu nesta sexta no país: LULA MINISTRO OU NÃO? Após a primeira liminar suspendendo a nomeação de Lula, da Justiça de Brasília, ter sido derrubada ontem pelo TRF-1, o TRF-2 derrubou a segunda, da Justiça do Rio, no início da tarde de hoje. Lula, porém, voltou a ser ministro apenas por minutos. Isso porque uma terceira liminar, agora da Justiça paulista, determinou a suspensão da posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil. À noite, o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu a posse de Lula e determinou que a investigação sobre o petista na Lava Jato fique sob a condução do juiz Sergio Moro. PROTESTOS No início da manhã, a Tropa de Choque da PM de São Paulo usou bombas de gás e um caminhão com canhão de água para dispersar os manifestantes pró-impeachment na avenida Paulista, parte dos quais estavam acampados no local desde quarta (16). O ato pró-governo na Paulista reuniu 95 mil pessoas, segundo o Datafolha. Os organizadores falavam em 250 mil. Lula chegou por volta das 19h ao local, gritou "Não vai ter golpe" e disse que foi para o governo "para ajudar a companheira Dilma a fazer as coisas que ela precisa fazer por esse país". As manifestações em defesa de Dilma e Lula ocorrem em ao menos 25 Estados. Pelo menos oito Estados tiveram hoje atos contra o governo. GRAMPOS Em discurso na Bahia, a presidente Dilma voltou a atacar o juiz Sergio Moro, que divulgou o grampo telefônico dela com Lula. Segundo ela, o cargo de presidente não é passível de grampo e a medida fere a lei de segurança nacional. "Em muitos lugares do mundo, quem grampear um presidente vai preso", afirmou. Segundo a Folha apurou junto a investigadores da Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi avisado e deu aval para a divulgação das conversas telefônicas. EXECUTIVO vs. JUDICIÁRIO O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, rebateu Lula e afirmou que o tribunal "jamais esteve acovardado". Gravações feitas pela Lava Jato mostraram um diálogo entre Lula e Dilma no qual ele reclama que o STF é um tribunal acovardado. IMPEACHMENT Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu pessoalmente uma sessão no plenário. Dessa forma, já começa a correr o prazo de dez sessões plenárias para a presidente Dilma apresentar sua defesa à comissão especial que vai analisar seu processo de impeachment. Como funciona o Impeachment
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Espanha desloca 2.000 pessoas após incêndio em reserva natural
Um grande incêndio florestal provocou transtornos no sul da Espanha neste final de semana, forçando a retirada de mais de 2.000 pessoas na região do Parque Nacional de Doñana, localizado a cerca de 560 quilômetros de Madri. As chamas começaram na noite de sábado (22) na localidade de Moguer e, devido aos ventos fortes, se espalharam rapidamente. Moradores e turistas na região foram removidos e, neste domingo, estradas foram temporariamente interditadas enquanto os bombeiros trabalhavam para apagar o fogo. Algumas pessoas tiveram de passar a noite em uma praia. Ainda que as chamas não tenham afetado a segurança da população, ao menos duas casas foram danificadas. Até a conclusão desta edição, os focos de incêndio ainda não haviam sido totalmente controlados pelos bombeiros. O incêndio ameaça o equilíbrio do parque nacional, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco. O governo disse ter transportado animais de um centro de proteção na região. "Tudo aponta para que o incêndio tenha ares de catástrofe", disse Miguel Delibes, presidente do conselho participativo da reserva natural. Especialistas avaliam que as chamas tiveram causas naturais, mas não está descartada a hipótese de incêndio criminoso. "Vamos até o fim para saber o porquê de um incêndio desta magnitude, em uma área tão sensível como o entorno do Espaço Natural de Doñana e com tantas famílias", declarou Susana Díaz, chefe do governo da região autônoma da Andaluzia. Dáz também agradeceu ao rei Felipe 6º por ter demonstrado interesse pela situação das chamas na região. A Espanha sofre com uma seca e várias regiões do país estão em alerta máximo de incêndio, incluindo parte da província andaluz de Huelva, onde fica o parque. No vizinho Portugal, ao menos 64 pessoas morreram e mais de 250 ficaram feridas em um incêndio florestal de grandes proporções na semana passada próximo ao vilarejo de Pedrógão Grande.
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Espanha desloca 2.000 pessoas após incêndio em reserva naturalUm grande incêndio florestal provocou transtornos no sul da Espanha neste final de semana, forçando a retirada de mais de 2.000 pessoas na região do Parque Nacional de Doñana, localizado a cerca de 560 quilômetros de Madri. As chamas começaram na noite de sábado (22) na localidade de Moguer e, devido aos ventos fortes, se espalharam rapidamente. Moradores e turistas na região foram removidos e, neste domingo, estradas foram temporariamente interditadas enquanto os bombeiros trabalhavam para apagar o fogo. Algumas pessoas tiveram de passar a noite em uma praia. Ainda que as chamas não tenham afetado a segurança da população, ao menos duas casas foram danificadas. Até a conclusão desta edição, os focos de incêndio ainda não haviam sido totalmente controlados pelos bombeiros. O incêndio ameaça o equilíbrio do parque nacional, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco. O governo disse ter transportado animais de um centro de proteção na região. "Tudo aponta para que o incêndio tenha ares de catástrofe", disse Miguel Delibes, presidente do conselho participativo da reserva natural. Especialistas avaliam que as chamas tiveram causas naturais, mas não está descartada a hipótese de incêndio criminoso. "Vamos até o fim para saber o porquê de um incêndio desta magnitude, em uma área tão sensível como o entorno do Espaço Natural de Doñana e com tantas famílias", declarou Susana Díaz, chefe do governo da região autônoma da Andaluzia. Dáz também agradeceu ao rei Felipe 6º por ter demonstrado interesse pela situação das chamas na região. A Espanha sofre com uma seca e várias regiões do país estão em alerta máximo de incêndio, incluindo parte da província andaluz de Huelva, onde fica o parque. No vizinho Portugal, ao menos 64 pessoas morreram e mais de 250 ficaram feridas em um incêndio florestal de grandes proporções na semana passada próximo ao vilarejo de Pedrógão Grande.
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Bolas paradas definem vitória do Palmeiras contra o São Paulo
Em um jogo mais disputado do que se esperava, dada a atual situação das equipes, o Palmeiras venceu o São Paulo nesta quarta (7) por 2 a 1 e manteve-se na liderança isolada do Campeonato Brasileiro. Com a vitória, o time alviverde chegou a 46 pontos, e ficou a três de distância do Flamengo que venceu a Ponte Preta por 2 a 1, também nesta quarta. O clássico paulista foi definido no aproveitamento das bolas paradas. Enquanto o São Paulo desperdiçou as inúmeras chances que teve em faltas cavadas por Kelvin, o melhor jogador da equipe tricolor em campo, o Palmeiras fez seus dois gols em cruzamentos de falta e escanteio. Na primeira etapa, o jogo foi muito disputado na parte central do gramado, e as equipes pouco criaram.No segundo tempo, porém, o panorama da partida foi completamente modificado. Logo aos dois minutos, em jogada criada por Kelvin, habituado a jogar no Allianz Parque após sua passagem pelo Palmeiras em 2015, Chávez recebeu cruzamento rasteiro na área e empurrou para dentro - foi seu quinto gol com a camisa do São Paulo em oito jogos. Mas a alegria não durou muito. Gabriel Jesus, que ficou no banco por ter jogado nesta terça (6) na vitória da seleção brasileira contra a Colômbia, entrou na partida e colocou fogo no jogo. Veja vídeo Aos dez minutos, Jean cobrou falta na lateral direita e o zagueiro Mina cabeceou firme para empatar a partida. Quinze minutos depois, em escanteio cobrado por Dudu, o outro zagueiro da equipe alviverde, Vitor Hugo, também de cabeça, virou para o Palmeiras. É a segunda derrota de Ricardo Gomes no comando da equipe são paulina em quatro jogos. Nas outras duas partidas, o time apenas empatou. Com o resultado, o São Paulo começa a se preocupar com o rebaixamento. O time está na 13ª posição, com 28 pontos, dois a frente do Vitória, primeiro time no Z4. Nesta rodada, a equipe tricolor ainda pode ser ultrapassada por Cruzeiro e Sport, que jogam nesta quinta contra América-MG e Sport, respectivamente. Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre, e o São Paulo recebe o Figueirense, no Morumbi. Os dois jogos são no domingo (11).
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Bolas paradas definem vitória do Palmeiras contra o São PauloEm um jogo mais disputado do que se esperava, dada a atual situação das equipes, o Palmeiras venceu o São Paulo nesta quarta (7) por 2 a 1 e manteve-se na liderança isolada do Campeonato Brasileiro. Com a vitória, o time alviverde chegou a 46 pontos, e ficou a três de distância do Flamengo que venceu a Ponte Preta por 2 a 1, também nesta quarta. O clássico paulista foi definido no aproveitamento das bolas paradas. Enquanto o São Paulo desperdiçou as inúmeras chances que teve em faltas cavadas por Kelvin, o melhor jogador da equipe tricolor em campo, o Palmeiras fez seus dois gols em cruzamentos de falta e escanteio. Na primeira etapa, o jogo foi muito disputado na parte central do gramado, e as equipes pouco criaram.No segundo tempo, porém, o panorama da partida foi completamente modificado. Logo aos dois minutos, em jogada criada por Kelvin, habituado a jogar no Allianz Parque após sua passagem pelo Palmeiras em 2015, Chávez recebeu cruzamento rasteiro na área e empurrou para dentro - foi seu quinto gol com a camisa do São Paulo em oito jogos. Mas a alegria não durou muito. Gabriel Jesus, que ficou no banco por ter jogado nesta terça (6) na vitória da seleção brasileira contra a Colômbia, entrou na partida e colocou fogo no jogo. Veja vídeo Aos dez minutos, Jean cobrou falta na lateral direita e o zagueiro Mina cabeceou firme para empatar a partida. Quinze minutos depois, em escanteio cobrado por Dudu, o outro zagueiro da equipe alviverde, Vitor Hugo, também de cabeça, virou para o Palmeiras. É a segunda derrota de Ricardo Gomes no comando da equipe são paulina em quatro jogos. Nas outras duas partidas, o time apenas empatou. Com o resultado, o São Paulo começa a se preocupar com o rebaixamento. O time está na 13ª posição, com 28 pontos, dois a frente do Vitória, primeiro time no Z4. Nesta rodada, a equipe tricolor ainda pode ser ultrapassada por Cruzeiro e Sport, que jogam nesta quinta contra América-MG e Sport, respectivamente. Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre, e o São Paulo recebe o Figueirense, no Morumbi. Os dois jogos são no domingo (11).
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Leitores torcem pelo sucesso da Olimpíada do Rio de Janeiro
OLIMPÍADA A hora é de paz! Mesmo sendo contra a realização da Olimpíada aqui no Brasil, torço, agarrada às melhores expectativas, para que tudo corra normalmente, sem incidentes. Torço para que seja uma festa de confraternização. Vamos pôr de lado nossas desavenças para suavizar a tensão que estamos vivendo nos últimos tempos. Vai lá, Brasil! MYRIAN MACEDO (São Paulo, SP) * Parece que a Folha segue a regra "noticia ruim é que chama a atenção" e que faz parte do time "quanto pior, melhor". Estamos realizando a maior e provavelmente a melhor Olimpíada até então e o jornal, em vez de ressaltar nossas expectativas e ufanismo, mistura esse grande evento com nossas atuais (e, com certeza, passageiras) mazelas. JOSE C. DE A. BARROS (Bragança Paulista, SP) * Foi com grande desapontamento que li que estavam pensando numa estratégia para que as vaias ao presidente interino, Michel Temer, fossem abafadas. Temer não é o presidente dos meus sonhos, mas é o presidente do meu país. Merece o respeito de todos, pois lá chegou por meios totalmente legais. JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP) * O Brasil mostrará ao mundo que, a exemplo de outros países, também tem competência para organizar uma Olimpíada. Os Jogos e a festa serão grandiosos e orgulharão os brasileiros. Os desanimados, rabugentos e pessimistas não sairão de casa. Durante os Jogos, a tocha olímpica manterá acesa a chama do amor, da paz, da união e da esperança em todos os corações. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) * Coitado do brasileiro. Além de tolerar os petistas dizendo que impeachment é golpe, vai ser bombardeado todos os dias com notícias da Olimpíada, junto com as notícias da recessão e da crise política. Mesmo sendo favorito em algumas modalidades, o Brasil perde feio naquelas que seriam essenciais para o seu povo. É campeão, porém, em pelo menos um item: paciência. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * Passados os Jogos Olímpicos, devemos continuar pressionando as nossas autoridades, no sentido de concluir o processo saneador da gestão pública e da iniciativa privada. Somente assim teremos condições de construir a grande nação que tanto sonhamos e temos condições de ser, beneficiando a população brasileira, que, em sua esmagadora maioria, luta para alcançar tal sonhado patamar. JOSÉ DE A. NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ) * Gostaria que o Brasil ganhasse uma importante medalha de ouro, a de combate à corrupção, honraria que, num passado recente, pertenceu a Itália, graças à Operação Mãos Limpas. Com essa conquista, nosso país adquiriria um salvo-conduto para ingressar definitivamente no rol de nações do Primeiro Mundo. OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dilma continua a afirmar que Temer é ilegítimo por não ter recebido 54 milhões de votos. Conclui-se que, mais uma vez, Dilma "não sabia" que quem elege um elege o outro, sendo ambos legitimamente eleitos. ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF) - AUMENTO DO JUDICIÁRIO Enquanto o povo brasileiro se distrai com a Olimpíada, na calada da noite a CCJ do Senadoaprova projeto de aumento generoso de 16% para o STF, o que provocará um efeito cascata no Judiciário do país. Isonomia para uns, injustiça para milhões. Essa é a lógica de nossa democracia. JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP) * O aumento "continental" dos salários que o Senado concedeu ao Judiciário é injusto. Como podem funcionários que são pagos pelos contribuintes ganhar mais de um salário mínimo por dia? É preciso criar uma lei que limite os salários de funcionários dos três Poderes. MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP) - ESCOLA SEM PARTIDO Uma mentalidade estreita tem como inimigos Foucault, Bourdieu, Paulo Freire e Simone de Beauvoir. Querem trocar parte do patrimônio cultural da humanidade pelas convicções religiosas dos pais. Afirmam que, no ato da matrícula, os pais devem assinalar quais temas e conteúdos devem ser abordados pelo professor. Sexualidade virará tabu na escola, ainda que apareça explicitamente em todos os outros lugares. Todos podem falar o que bem entendem, menos o professor. HAROLDO H. SOUZA DE ARRUDA (São Paulo, SP) * Concordo com e parabenizo Bernardo Guimarães pelos seus argumentos contra a proposta "Escola sem partido". O colunista apresenta razões históricas, políticas e econômicas que contraditam os defensores da proposta que, hoje, domina a discussão entre escolas e educadores do país. A par dos motivos filosófico-pedagógicos contrários à mesma, o colunista fundamenta os riscos do embotamento da mente dos estudantes e da mesmice do senso comum direcionada para uma visão única do mundo. Isso negaria o próprio desenvolvimento do conhecimento científico da humanidade. JONAS NILSON DA MATTA (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Parabéns ao jornal por contar com o colunista Vladimir Safatle. Suas reflexões sobre sexualidade e gênero foram realmente esclarecedoras FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP) * Inacreditável como o mais digno representante da direita raivosa, Reinaldo Azevedo, desfila seu ódio quando decide usurpar as atribuições da ombusdman e se propõe a ser juiz dos seus colegas de jornal. Age como se alguém o tivesse investido do cargo de inquiridor dos seus iguais (colunistas), pois é notória a sua dificuldade de conviver com os que pensam diferente dele. Fazem muito muito bem os jornalistas Janio de Freitas, Paula Cesarino Costa e Eleonora de Lucena em não levá-lo a sério. VITTORIO A. E. PESCOSOLIDO (Curitiba, PR) - PAULO MALUF Em resposta à carta do leitor Carlos Gaspar, destacamos a pesquisa Datafolha publicada no dia 16/7, que mostrou que Paulo Maluf teve 52% de aprovação no último ano de seu governo. ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa do deputado federal Paulo Maluf (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores torcem pelo sucesso da Olimpíada do Rio de JaneiroOLIMPÍADA A hora é de paz! Mesmo sendo contra a realização da Olimpíada aqui no Brasil, torço, agarrada às melhores expectativas, para que tudo corra normalmente, sem incidentes. Torço para que seja uma festa de confraternização. Vamos pôr de lado nossas desavenças para suavizar a tensão que estamos vivendo nos últimos tempos. Vai lá, Brasil! MYRIAN MACEDO (São Paulo, SP) * Parece que a Folha segue a regra "noticia ruim é que chama a atenção" e que faz parte do time "quanto pior, melhor". Estamos realizando a maior e provavelmente a melhor Olimpíada até então e o jornal, em vez de ressaltar nossas expectativas e ufanismo, mistura esse grande evento com nossas atuais (e, com certeza, passageiras) mazelas. JOSE C. DE A. BARROS (Bragança Paulista, SP) * Foi com grande desapontamento que li que estavam pensando numa estratégia para que as vaias ao presidente interino, Michel Temer, fossem abafadas. Temer não é o presidente dos meus sonhos, mas é o presidente do meu país. Merece o respeito de todos, pois lá chegou por meios totalmente legais. JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP) * O Brasil mostrará ao mundo que, a exemplo de outros países, também tem competência para organizar uma Olimpíada. Os Jogos e a festa serão grandiosos e orgulharão os brasileiros. Os desanimados, rabugentos e pessimistas não sairão de casa. Durante os Jogos, a tocha olímpica manterá acesa a chama do amor, da paz, da união e da esperança em todos os corações. VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF) * Coitado do brasileiro. Além de tolerar os petistas dizendo que impeachment é golpe, vai ser bombardeado todos os dias com notícias da Olimpíada, junto com as notícias da recessão e da crise política. Mesmo sendo favorito em algumas modalidades, o Brasil perde feio naquelas que seriam essenciais para o seu povo. É campeão, porém, em pelo menos um item: paciência. CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP) * Passados os Jogos Olímpicos, devemos continuar pressionando as nossas autoridades, no sentido de concluir o processo saneador da gestão pública e da iniciativa privada. Somente assim teremos condições de construir a grande nação que tanto sonhamos e temos condições de ser, beneficiando a população brasileira, que, em sua esmagadora maioria, luta para alcançar tal sonhado patamar. JOSÉ DE A. NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ) * Gostaria que o Brasil ganhasse uma importante medalha de ouro, a de combate à corrupção, honraria que, num passado recente, pertenceu a Itália, graças à Operação Mãos Limpas. Com essa conquista, nosso país adquiriria um salvo-conduto para ingressar definitivamente no rol de nações do Primeiro Mundo. OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP) - IMPEACHMENT Dilma continua a afirmar que Temer é ilegítimo por não ter recebido 54 milhões de votos. Conclui-se que, mais uma vez, Dilma "não sabia" que quem elege um elege o outro, sendo ambos legitimamente eleitos. ROBERTO DOGLIA AZAMBUJA (Brasília, DF) - AUMENTO DO JUDICIÁRIO Enquanto o povo brasileiro se distrai com a Olimpíada, na calada da noite a CCJ do Senadoaprova projeto de aumento generoso de 16% para o STF, o que provocará um efeito cascata no Judiciário do país. Isonomia para uns, injustiça para milhões. Essa é a lógica de nossa democracia. JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP) * O aumento "continental" dos salários que o Senado concedeu ao Judiciário é injusto. Como podem funcionários que são pagos pelos contribuintes ganhar mais de um salário mínimo por dia? É preciso criar uma lei que limite os salários de funcionários dos três Poderes. MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP) - ESCOLA SEM PARTIDO Uma mentalidade estreita tem como inimigos Foucault, Bourdieu, Paulo Freire e Simone de Beauvoir. Querem trocar parte do patrimônio cultural da humanidade pelas convicções religiosas dos pais. Afirmam que, no ato da matrícula, os pais devem assinalar quais temas e conteúdos devem ser abordados pelo professor. Sexualidade virará tabu na escola, ainda que apareça explicitamente em todos os outros lugares. Todos podem falar o que bem entendem, menos o professor. HAROLDO H. SOUZA DE ARRUDA (São Paulo, SP) * Concordo com e parabenizo Bernardo Guimarães pelos seus argumentos contra a proposta "Escola sem partido". O colunista apresenta razões históricas, políticas e econômicas que contraditam os defensores da proposta que, hoje, domina a discussão entre escolas e educadores do país. A par dos motivos filosófico-pedagógicos contrários à mesma, o colunista fundamenta os riscos do embotamento da mente dos estudantes e da mesmice do senso comum direcionada para uma visão única do mundo. Isso negaria o próprio desenvolvimento do conhecimento científico da humanidade. JONAS NILSON DA MATTA (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Parabéns ao jornal por contar com o colunista Vladimir Safatle. Suas reflexões sobre sexualidade e gênero foram realmente esclarecedoras FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP) * Inacreditável como o mais digno representante da direita raivosa, Reinaldo Azevedo, desfila seu ódio quando decide usurpar as atribuições da ombusdman e se propõe a ser juiz dos seus colegas de jornal. Age como se alguém o tivesse investido do cargo de inquiridor dos seus iguais (colunistas), pois é notória a sua dificuldade de conviver com os que pensam diferente dele. Fazem muito muito bem os jornalistas Janio de Freitas, Paula Cesarino Costa e Eleonora de Lucena em não levá-lo a sério. VITTORIO A. E. PESCOSOLIDO (Curitiba, PR) - PAULO MALUF Em resposta à carta do leitor Carlos Gaspar, destacamos a pesquisa Datafolha publicada no dia 16/7, que mostrou que Paulo Maluf teve 52% de aprovação no último ano de seu governo. ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa do deputado federal Paulo Maluf (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Drag queen, Tchaka defende Parada Gay menos 'paradona'
Tchaka usa maquiagem fosforescente e figurinos que, com tantos babados e penduricalhos, lembram um bolo de aniversário de criança. Mesmo assim, às vezes consegue ser mais discreta do que o preconceito, brinca. A drag queen lembra de quando uma mulher a contratou para animar a festa de 30 anos do marido em Moema (zona sul). "Camisa bege, sapato bege, calça bege, meia bege. O homem 'nude' nem olhou na minha cara", diz. Antes de partir, Tchaka disse à mulher: "Boa sorte. Só fiquei 10 minutos com ele, mas você vai passar a vida toda". Em vez de discursos homofóbicos, ela diz ocupar a cabeça com uma das 30 perucas que guarda em seu apartamento, na rua Augusta. É lá que Valder Bastos, 45, que encarna a drag há 15 anos, vive com o marido, Carlos, e a yorkshire Jujuba, rodeados de estatuetas como o Troféu Arrasa e a réplica de seu pênis caracterizada como travesti. Tchaka, batizada a Nossa Senhora Protetora das Festas num "translendário" de 2014, será a apresentadora da Parada Gay deste domingo (7). Ela defende uma parada menos "paradona", que não se renda à "heteronormatividade" -se quiser beijar diante de todos, "beija muito". "Quando índio vai a Brasília protestar, vai com cores e gritos de guerra, pintado como acredita, não? Para a gente, é luta e também festa", diz. A "batalha" de Valder começou no Ano-Novo de 2000. Os amigos sugeriram que ele se montasse. Comprou tecidos na rua 25 de Março e se maquiou com pasta de dente nas pálpebras. "Fiquei tão horrível que me apelidaram de Tchaka", diz, evocando o macaquinho da série de TV "O Elo Perdido" (1974-76). PALESTRAS Hoje, Tchaka está com a macaca. Dá palestras motivacionais a empresas como Shell e Citroen. Criou uma agência de festas com drags, "gogo boys" e anões (às vezes tudo ao mesmo tempo). E tem uma coleção de sandálias -20 modelos "estilo pin-up, de tamanhos de 33 a 44 bico largo, para jogadores de basquete que querem se jogar no crossdressing". Para o Dia dos Namorados, gravou um vídeo em que recebe do marido uma sacola da Boticário -a empresa que fez um comercial com casais do mesmo sexo e foi criticada pela clientela evangélica. Irmão de dois pastores e filho de mãe da igreja Batista, Valder era "o rapaz tímido que vivia uma mentira ao lado da namorada". Assumiu-se gay e, hoje, Tchaka é membro da família. São cinco irmãos, diz, e logo é corrigido por Carlos, o marido. "Quatro e meio, né, queridinha?"
cotidiano
Drag queen, Tchaka defende Parada Gay menos 'paradona'Tchaka usa maquiagem fosforescente e figurinos que, com tantos babados e penduricalhos, lembram um bolo de aniversário de criança. Mesmo assim, às vezes consegue ser mais discreta do que o preconceito, brinca. A drag queen lembra de quando uma mulher a contratou para animar a festa de 30 anos do marido em Moema (zona sul). "Camisa bege, sapato bege, calça bege, meia bege. O homem 'nude' nem olhou na minha cara", diz. Antes de partir, Tchaka disse à mulher: "Boa sorte. Só fiquei 10 minutos com ele, mas você vai passar a vida toda". Em vez de discursos homofóbicos, ela diz ocupar a cabeça com uma das 30 perucas que guarda em seu apartamento, na rua Augusta. É lá que Valder Bastos, 45, que encarna a drag há 15 anos, vive com o marido, Carlos, e a yorkshire Jujuba, rodeados de estatuetas como o Troféu Arrasa e a réplica de seu pênis caracterizada como travesti. Tchaka, batizada a Nossa Senhora Protetora das Festas num "translendário" de 2014, será a apresentadora da Parada Gay deste domingo (7). Ela defende uma parada menos "paradona", que não se renda à "heteronormatividade" -se quiser beijar diante de todos, "beija muito". "Quando índio vai a Brasília protestar, vai com cores e gritos de guerra, pintado como acredita, não? Para a gente, é luta e também festa", diz. A "batalha" de Valder começou no Ano-Novo de 2000. Os amigos sugeriram que ele se montasse. Comprou tecidos na rua 25 de Março e se maquiou com pasta de dente nas pálpebras. "Fiquei tão horrível que me apelidaram de Tchaka", diz, evocando o macaquinho da série de TV "O Elo Perdido" (1974-76). PALESTRAS Hoje, Tchaka está com a macaca. Dá palestras motivacionais a empresas como Shell e Citroen. Criou uma agência de festas com drags, "gogo boys" e anões (às vezes tudo ao mesmo tempo). E tem uma coleção de sandálias -20 modelos "estilo pin-up, de tamanhos de 33 a 44 bico largo, para jogadores de basquete que querem se jogar no crossdressing". Para o Dia dos Namorados, gravou um vídeo em que recebe do marido uma sacola da Boticário -a empresa que fez um comercial com casais do mesmo sexo e foi criticada pela clientela evangélica. Irmão de dois pastores e filho de mãe da igreja Batista, Valder era "o rapaz tímido que vivia uma mentira ao lado da namorada". Assumiu-se gay e, hoje, Tchaka é membro da família. São cinco irmãos, diz, e logo é corrigido por Carlos, o marido. "Quatro e meio, né, queridinha?"
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Os custos do tráfego
A movimentação das pessoas entre lar, trabalho, escola e comércio, tirando outras viagens diárias, é essencial para o funcionamento adequado de uma cidade. Porém, a falha em estruturar modelos urbanos que atinjam esse objetivo pode criar sérias barreiras para o desenvolvimento e a produtividade de um centro urbano, além de gerar passivos significativos para a economia local. Os custos diretos oriundos dos congestionamentos estão relacionados com o valor do tempo perdido pelos motoristas, com o consumo de combustível e a emissão de gases. Outros efeitos colaterais importantes, como estresse, fadiga e aumento das doenças respiratórias incorporam-se aos custos indiretos, que contribuem para piorar a qualidade de vida da população. Ainda, os custos dos congestionamentos representam porcentagem expressiva do PIB (Produto Interno Bruto) das cidades de maior porte. Segundo a Inrix, empresa especializada em informação de tráfego, os americanos gastam, anualmente, com perdas diretas e indiretas, R$ 437,2 bilhões com congestionamentos. Se permanecerem as condições atuais, esse número deve subir para R$ 656 bilhões em 2030. No Reino Unido, o custo acumulado com congestionamentos entre 2013 e 2030 será de R$ 1,4 trilhão, o equivalente a 18% do PIB de 2013. Esse custo, por família inglesa, representa R$ 9.874 anuais. Um estudo feito pela Harvard School of Public Health estimou que, nos EUA, em razão da emissão de gases em congestionamentos, ocorreram 4.000 mortes prematuras no ano 2000. Os custos são realmente altos, e as cidades devem trabalhar para minorar seus impactos. A redução e a mitigação dos efeitos negativos para a saúde das pessoas poderão ser alcançadas com a correta formulação de políticas nacionais e regionais que vão desde o aumento das exigências técnicas para diminuição da emissão de poluentes até modelos eficientes de mobilidade urbana, com priorização do transporte de massa.
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Os custos do tráfegoA movimentação das pessoas entre lar, trabalho, escola e comércio, tirando outras viagens diárias, é essencial para o funcionamento adequado de uma cidade. Porém, a falha em estruturar modelos urbanos que atinjam esse objetivo pode criar sérias barreiras para o desenvolvimento e a produtividade de um centro urbano, além de gerar passivos significativos para a economia local. Os custos diretos oriundos dos congestionamentos estão relacionados com o valor do tempo perdido pelos motoristas, com o consumo de combustível e a emissão de gases. Outros efeitos colaterais importantes, como estresse, fadiga e aumento das doenças respiratórias incorporam-se aos custos indiretos, que contribuem para piorar a qualidade de vida da população. Ainda, os custos dos congestionamentos representam porcentagem expressiva do PIB (Produto Interno Bruto) das cidades de maior porte. Segundo a Inrix, empresa especializada em informação de tráfego, os americanos gastam, anualmente, com perdas diretas e indiretas, R$ 437,2 bilhões com congestionamentos. Se permanecerem as condições atuais, esse número deve subir para R$ 656 bilhões em 2030. No Reino Unido, o custo acumulado com congestionamentos entre 2013 e 2030 será de R$ 1,4 trilhão, o equivalente a 18% do PIB de 2013. Esse custo, por família inglesa, representa R$ 9.874 anuais. Um estudo feito pela Harvard School of Public Health estimou que, nos EUA, em razão da emissão de gases em congestionamentos, ocorreram 4.000 mortes prematuras no ano 2000. Os custos são realmente altos, e as cidades devem trabalhar para minorar seus impactos. A redução e a mitigação dos efeitos negativos para a saúde das pessoas poderão ser alcançadas com a correta formulação de políticas nacionais e regionais que vão desde o aumento das exigências técnicas para diminuição da emissão de poluentes até modelos eficientes de mobilidade urbana, com priorização do transporte de massa.
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'Morro todos os dias', diz mãe de jovem estuprada por seis na Índia
Os últimos quatro anos têm sido de uma agoniante espera para o casal Badri e Asha Singh. Eles querem justiça pela filha, Jyoti, que morreu aos 23 anos após ser estuprada e agredida durante horas por seis homens em um ônibus em Nova Déli em dezembro de 2012. Para eles, a justiça só virá quando todos os envolvidos forem enforcados.Quatro deles estão presos e foram condenados à pena de morte, mas recorreram à Suprema Corte, onde o processo se arrasta. Outro morreu na prisão -um suicídio, segundo as autoridades. O único menor do grupo cumpriu pouco menos de três anos de detenção e foi libertado em dezembro de 2015.A Folha entrevistou o casal na casa simples da família, no subúrbio de Nova Déli. Emocionados, os pais lembraram que Jyoti começaria o estágio em fisioterapia no dia seguinte ao crime. Seu caso levou milhares de pessoas às ruas na Índia e repercutiu em todo o mundo. Três meses depois, o governo adotou nova lei endurecendo a pena para crimes de violência contra a mulher.Leia mais aqui
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'Morro todos os dias', diz mãe de jovem estuprada por seis na ÍndiaOs últimos quatro anos têm sido de uma agoniante espera para o casal Badri e Asha Singh. Eles querem justiça pela filha, Jyoti, que morreu aos 23 anos após ser estuprada e agredida durante horas por seis homens em um ônibus em Nova Déli em dezembro de 2012. Para eles, a justiça só virá quando todos os envolvidos forem enforcados.Quatro deles estão presos e foram condenados à pena de morte, mas recorreram à Suprema Corte, onde o processo se arrasta. Outro morreu na prisão -um suicídio, segundo as autoridades. O único menor do grupo cumpriu pouco menos de três anos de detenção e foi libertado em dezembro de 2015.A Folha entrevistou o casal na casa simples da família, no subúrbio de Nova Déli. Emocionados, os pais lembraram que Jyoti começaria o estágio em fisioterapia no dia seguinte ao crime. Seu caso levou milhares de pessoas às ruas na Índia e repercutiu em todo o mundo. Três meses depois, o governo adotou nova lei endurecendo a pena para crimes de violência contra a mulher.Leia mais aqui
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Brancos sul-africanos se acorrentam a estátuas de líderes coloniais
Brancos sul-africanos estão se acorrentando a estátuas de líderes do período colonial para evitar que sejam vandalizadas ou removidas, reavivando o conflito entre negros e brancos num país que viveu sob apartheid –segregação racial oficial– até meados da década de 1990. Nesta quarta-feira (8), manifestantes se reuniram em torno das estátuas do presidente sul-africano Paul Kruger (1825-1904) em Pretória e de Jan van Riebeeck (1619-1677) na Cidade do Cabo, localidade fundada pelo administrador colonial holandês em 1652. Eles dizem que os monumentos são parte de sua herança cultural. A estátua de Kruger foi vandalizada com tinta verde. No protesto junto ao monumento a van Riebeeck, um manifestante branco segurava um cartaz que dizia "tirem as mãos da nossa herança; isso é genocídio". Também nesta quarta, a Universidade da Cidade do Cabo decidiu remover a controversa estátua do imperalista britânico Cecil Rhodes (1853-1902), que deu nome à Rodésia, hoje Zimbábue. No mês passado, o monumento a Rhodes fora atacado por estudantes negros, que o cobriram de excremento. Alunos negros e brancos da universidade, uma das maiores do país, vinham promovendo regularmente marchas pedindo sua remoção. Segundo a rede britânica BBC, autoridades do governo sul-africano condenaram os ataques às estátuas e disseram que uma decisão sobre o futuro dos monumentos só será tomada após consultas a todos os grupos.
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Brancos sul-africanos se acorrentam a estátuas de líderes coloniaisBrancos sul-africanos estão se acorrentando a estátuas de líderes do período colonial para evitar que sejam vandalizadas ou removidas, reavivando o conflito entre negros e brancos num país que viveu sob apartheid –segregação racial oficial– até meados da década de 1990. Nesta quarta-feira (8), manifestantes se reuniram em torno das estátuas do presidente sul-africano Paul Kruger (1825-1904) em Pretória e de Jan van Riebeeck (1619-1677) na Cidade do Cabo, localidade fundada pelo administrador colonial holandês em 1652. Eles dizem que os monumentos são parte de sua herança cultural. A estátua de Kruger foi vandalizada com tinta verde. No protesto junto ao monumento a van Riebeeck, um manifestante branco segurava um cartaz que dizia "tirem as mãos da nossa herança; isso é genocídio". Também nesta quarta, a Universidade da Cidade do Cabo decidiu remover a controversa estátua do imperalista britânico Cecil Rhodes (1853-1902), que deu nome à Rodésia, hoje Zimbábue. No mês passado, o monumento a Rhodes fora atacado por estudantes negros, que o cobriram de excremento. Alunos negros e brancos da universidade, uma das maiores do país, vinham promovendo regularmente marchas pedindo sua remoção. Segundo a rede britânica BBC, autoridades do governo sul-africano condenaram os ataques às estátuas e disseram que uma decisão sobre o futuro dos monumentos só será tomada após consultas a todos os grupos.
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Narrativa extraordinária de 'Mercuriales' desafia espectador
"Mercuriales", primeiro longa ficcional do francês Virgil Vernier, é um filme feito de colisões: entre Leste e Oeste europeus, passado e presente, ficção e documentário, o mitológico e o mundano. Mas são choques sempre sutis. Alguns, apenas vislumbrados. O nome Mercuriales, por exemplo, vem de dois prédios comerciais, enormes e iguais, em Bagnolet, nos subúrbios de Paris. São monolitos de aço e vidro que parecem, ao mesmo tempo, símbolos de um futuro que não chegou e totens de um passado que não se apaga. "Mercuriales" não cumpre as expectativas que cria –e este talvez seja seu maior mérito. Significa que o filme sempre toma um rumo inesperado, desafiando o espectador com uma narrativa que foge da convenção. Nos primeiros minutos, a câmera acompanha um homem que começa a trabalhar como segurança nas Mercuriales –e é natural imaginar que ele será o protagonista. Mas ele é abandonado no caminho, para reaparecer pontualmente mais tarde. As protagonistas são, na verdade, duas belas jovens que se conhecem trabalhando nas Mercuriales: Joane, de Órléans, e Lisa, vinda da Moldávia. Mais do que a beleza e a juventude, o que as une é uma certa condição periférica: uma é dos subúrbios de Paris, outra é dos subúrbios da Europa. Ambas despertam uma sensação de desamparo, mistura de solidão, tédio e falta de perspectivas. Para não afundarem separadas, elas se unem em uma amizade que se revelará um abraço de afogado. Vernier filma a relação entre as duas de forma naturalista, observando gestos cotidianos, com diálogos que parecem decalcados de vida real. Mas, em torno desse núcleo realista, ele acrescenta outras camadas: imagens documentais de rituais pagãos da Moldávia, cenas que parecem saídas de ficção científica, referências à mitologia grega. Do encontro desses materiais na montagem, nasce um filme ao mesmo tempo poderoso e misterioso sobre a realidade europeia. Um continente que parece sempre a um passo de concretizar a utopia do bem-estar social e da união entre povos, mas é sabotado por forças obscuras e atávicas. Como, aliás, as protagonistas de "Mercuriales". MERCURIALES DIREÇÃO Virgil Vernier ELENCO Ana Neborac e Jad Solesme QUANDO em cartaz PRODUÇÃO: França, 2014, 18 anos
ilustrada
Narrativa extraordinária de 'Mercuriales' desafia espectador"Mercuriales", primeiro longa ficcional do francês Virgil Vernier, é um filme feito de colisões: entre Leste e Oeste europeus, passado e presente, ficção e documentário, o mitológico e o mundano. Mas são choques sempre sutis. Alguns, apenas vislumbrados. O nome Mercuriales, por exemplo, vem de dois prédios comerciais, enormes e iguais, em Bagnolet, nos subúrbios de Paris. São monolitos de aço e vidro que parecem, ao mesmo tempo, símbolos de um futuro que não chegou e totens de um passado que não se apaga. "Mercuriales" não cumpre as expectativas que cria –e este talvez seja seu maior mérito. Significa que o filme sempre toma um rumo inesperado, desafiando o espectador com uma narrativa que foge da convenção. Nos primeiros minutos, a câmera acompanha um homem que começa a trabalhar como segurança nas Mercuriales –e é natural imaginar que ele será o protagonista. Mas ele é abandonado no caminho, para reaparecer pontualmente mais tarde. As protagonistas são, na verdade, duas belas jovens que se conhecem trabalhando nas Mercuriales: Joane, de Órléans, e Lisa, vinda da Moldávia. Mais do que a beleza e a juventude, o que as une é uma certa condição periférica: uma é dos subúrbios de Paris, outra é dos subúrbios da Europa. Ambas despertam uma sensação de desamparo, mistura de solidão, tédio e falta de perspectivas. Para não afundarem separadas, elas se unem em uma amizade que se revelará um abraço de afogado. Vernier filma a relação entre as duas de forma naturalista, observando gestos cotidianos, com diálogos que parecem decalcados de vida real. Mas, em torno desse núcleo realista, ele acrescenta outras camadas: imagens documentais de rituais pagãos da Moldávia, cenas que parecem saídas de ficção científica, referências à mitologia grega. Do encontro desses materiais na montagem, nasce um filme ao mesmo tempo poderoso e misterioso sobre a realidade europeia. Um continente que parece sempre a um passo de concretizar a utopia do bem-estar social e da união entre povos, mas é sabotado por forças obscuras e atávicas. Como, aliás, as protagonistas de "Mercuriales". MERCURIALES DIREÇÃO Virgil Vernier ELENCO Ana Neborac e Jad Solesme QUANDO em cartaz PRODUÇÃO: França, 2014, 18 anos
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Morre aos 98 o ator George Gaynes, de 'Loucademia de Polícia' e 'Punky'
O ator finlandês George Gaynes, conhecido pelos papeis em "Loucademia de Polícia" (1984) e na série "Punky, a Levada da Breca", morreu aos 98 anos, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (17). Segundo o "The New York Times", ele morreu na segunda (15), na casa da filha, Iya Gaynes, em North Bend, Washington (EUA). Gaynes iniciou a carreira na década de 1940 e, com sua voz de barítono, participou de óperas da Itália e da França. Continuou cantando quando se mudou para os Estados Unidos, depois da Segunda Guerra Mundial. Como ator, estreou no cinema em 1963, no filme "PT 109". Mas foi a partir de 1984 que ficou conhecido internacionalmente, ao viver Artur Bicudo, o pai adotivo da personagem principal de "Punky, a Levada da Breca", exibida no Brasil pelo SBT e Band. Mais tarde, interpretou o comandante Eric Lassard, encarregado dos atrapalhados recrutas de "Loucademia de Polícia". O sucesso do primeiro filme gerou seis continuações da comédia, a última lançada em 1994 —todas têm Gaynes no elenco. Entre os outros trabalhos de sucesso do ator, estão os filmes "Tootsie" (1982) e "Recém Casados" (2003), em que teve seu último papel no cinema. Ele deixa a mulher, a atriz Allyn Ann Mclerie, a filha, uma neta e duas bisnetas. Seu segundo filho, Matthew, morreu em um acidente de carro de 1989.
ilustrada
Morre aos 98 o ator George Gaynes, de 'Loucademia de Polícia' e 'Punky'O ator finlandês George Gaynes, conhecido pelos papeis em "Loucademia de Polícia" (1984) e na série "Punky, a Levada da Breca", morreu aos 98 anos, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (17). Segundo o "The New York Times", ele morreu na segunda (15), na casa da filha, Iya Gaynes, em North Bend, Washington (EUA). Gaynes iniciou a carreira na década de 1940 e, com sua voz de barítono, participou de óperas da Itália e da França. Continuou cantando quando se mudou para os Estados Unidos, depois da Segunda Guerra Mundial. Como ator, estreou no cinema em 1963, no filme "PT 109". Mas foi a partir de 1984 que ficou conhecido internacionalmente, ao viver Artur Bicudo, o pai adotivo da personagem principal de "Punky, a Levada da Breca", exibida no Brasil pelo SBT e Band. Mais tarde, interpretou o comandante Eric Lassard, encarregado dos atrapalhados recrutas de "Loucademia de Polícia". O sucesso do primeiro filme gerou seis continuações da comédia, a última lançada em 1994 —todas têm Gaynes no elenco. Entre os outros trabalhos de sucesso do ator, estão os filmes "Tootsie" (1982) e "Recém Casados" (2003), em que teve seu último papel no cinema. Ele deixa a mulher, a atriz Allyn Ann Mclerie, a filha, uma neta e duas bisnetas. Seu segundo filho, Matthew, morreu em um acidente de carro de 1989.
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