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Sem pontuar na Hungria, Massa e Nasr já pensam no GP da Bélgica
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O GP da Hungria de F-1 certamente não ficará na memória de Felipe Massa e Felipe Nasr por muito tempo. Apesar de a décima etapa do Mundial, realizada neste domingo, ter sido cheia de acidentes, punições e troca de posições, os dois pilotos brasileiros não conseguiram aproveitar a chance para marcar pontos. Massa completou a prova na 12ª colocação e Nasr chegou um posto à frente – Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu, seguido pela dupla da Red Bull, com Daniil Kvyat em segundo e Daniel Ricciardo no terceiro lugar. "Foi uma corrida horrível. O ritmo do meu carro não era bom, eu não conseguia ter aderência e sofri demais. No fim não conseguimos marcar nenhum ponto e agora é pensar para a frente porque as próximas pistas devem voltar a favorecer nosso carro", afirmou Massa, que viu seu companheiro de time, Valtteri Bottas, ter problemas também e chegar na 13ª colocação. Para o brasileiro, as complicações começaram já na largada. Oitavo no grid, Massa foi punido em cinco segundos por ter estacionado seu carro fora de posição. "Eu não enxergava a linha amarela e acabei tentando parar no lugar certo, mas não consegui. Eu sou baixo dentro do carro e a linha que eles pintam aqui não dava para eu ver. Na segunda vez arrisquei e deu certo", lamentou o piloto da Williams, que, por conta do erro, forçou uma nova volta de apresentação em Budapeste. Já Nasr estava um pouco mais contente após a bandeirada, já que, apesar de não ter pontuado, ganhou sete posições em relação a seu lugar de largada – saiu em 18º. "Foi uma corrida super confusa e a gente precisava de alguma coisa assim para ter alguma chance de chegar na zona de pontos. Mas a gente sabe que a posição de largada aqui na Hungria é fundamental e eu ainda acabei ficando espremido", declarou o brasileiro da Sauber. "Pelo menos o Marcus [Ericsson, seu companheiro de time] conseguiu marcar um ponto. Eu tinha que ter aproveitado para ganhar lugares nas primeiras voltas, mas não consegui. Se eu tivesse saído um pouco mais pra frente as coisas podiam ter sido um pouco diferentes, completou Nasr. Consolo para o brasileiro, na próxima etapa do Mundial, o GP da Bélgica, no dia 23, a Sauber finalmente deve receber um motor atualizado da Ferrari. "Esta atualização foi boa para eles e a tendência é que melhore as coisas para a gente também. Como Spa e Monza são dois circuitos em que a potência do motor é importante, acho que é um bom momento para recebermos isso. Acho que as próximas corridas devem ser mais favoráveis para nós", completou o piloto brasileiro.
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esporte
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Sem pontuar na Hungria, Massa e Nasr já pensam no GP da BélgicaO GP da Hungria de F-1 certamente não ficará na memória de Felipe Massa e Felipe Nasr por muito tempo. Apesar de a décima etapa do Mundial, realizada neste domingo, ter sido cheia de acidentes, punições e troca de posições, os dois pilotos brasileiros não conseguiram aproveitar a chance para marcar pontos. Massa completou a prova na 12ª colocação e Nasr chegou um posto à frente – Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu, seguido pela dupla da Red Bull, com Daniil Kvyat em segundo e Daniel Ricciardo no terceiro lugar. "Foi uma corrida horrível. O ritmo do meu carro não era bom, eu não conseguia ter aderência e sofri demais. No fim não conseguimos marcar nenhum ponto e agora é pensar para a frente porque as próximas pistas devem voltar a favorecer nosso carro", afirmou Massa, que viu seu companheiro de time, Valtteri Bottas, ter problemas também e chegar na 13ª colocação. Para o brasileiro, as complicações começaram já na largada. Oitavo no grid, Massa foi punido em cinco segundos por ter estacionado seu carro fora de posição. "Eu não enxergava a linha amarela e acabei tentando parar no lugar certo, mas não consegui. Eu sou baixo dentro do carro e a linha que eles pintam aqui não dava para eu ver. Na segunda vez arrisquei e deu certo", lamentou o piloto da Williams, que, por conta do erro, forçou uma nova volta de apresentação em Budapeste. Já Nasr estava um pouco mais contente após a bandeirada, já que, apesar de não ter pontuado, ganhou sete posições em relação a seu lugar de largada – saiu em 18º. "Foi uma corrida super confusa e a gente precisava de alguma coisa assim para ter alguma chance de chegar na zona de pontos. Mas a gente sabe que a posição de largada aqui na Hungria é fundamental e eu ainda acabei ficando espremido", declarou o brasileiro da Sauber. "Pelo menos o Marcus [Ericsson, seu companheiro de time] conseguiu marcar um ponto. Eu tinha que ter aproveitado para ganhar lugares nas primeiras voltas, mas não consegui. Se eu tivesse saído um pouco mais pra frente as coisas podiam ter sido um pouco diferentes, completou Nasr. Consolo para o brasileiro, na próxima etapa do Mundial, o GP da Bélgica, no dia 23, a Sauber finalmente deve receber um motor atualizado da Ferrari. "Esta atualização foi boa para eles e a tendência é que melhore as coisas para a gente também. Como Spa e Monza são dois circuitos em que a potência do motor é importante, acho que é um bom momento para recebermos isso. Acho que as próximas corridas devem ser mais favoráveis para nós", completou o piloto brasileiro.
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Viva a covardia
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Já terminei namoro toda misteriosona por mensagem de texto: "Pra que falar o que já sabemos em silêncio?". Já terminaram comigo por "inbox": "Tô tão mal que não consigo nem te ligar". Teve também um figuraça que terminou comigo fazendo um post aberto no Facebook: "Nossa, depois de ontem, acho que vou casar" (só que ele estava em outra cidade). As muitas formas tecnológicas de comunicação são refúgios estupendos para os covardes. A gente manda o recado sem que ninguém nos veja aos prantos, nadando numa piscina facial de muco ou, pior, escrevendo linhas dolorosas enquanto pausa o "Mad Men" e pega mais um pedaço de quiche –pouco se importando com mais um naufrágio amoroso (flerto com esses dois polos –quase morrer ou nem sequer bocejar– por toda uma existência). Pois eu sou pelos covardes. Acho terminar ao vivo a maior das crueldades: coisa de gente egoica, sádica, leoninos com ascendente em touro. Se o seu ex ou a sua última "moreca" mandaram um "fui" pela internet, melhor pra você, pra ele e até para os ursos polares. Dói, mas, sinceramente? Doeria de qualquer jeito. Quanto mais rápido puxarem o emplastro do seu peito, melhor. Fim de amor não é coisa para se discutir em um jantar. "Eu vou querer essa lasanha vegetariana e que você tire todas as roupas do meu armário". "Ah, já eu vou querer esse risoto carbonara e que você morra queimada". "Pensando bem, eu vou querer só uma saladinha, porque eu vou ficar bem gostosa e passar o rodo nos seus amigos". Encerrar uma relação não é coisa que mereça "uma saída". Tem gente (eu fico besta!) que se arruma inteira, passa perfume, bota calcinha nova, se depila, pra chegar na frente do cara e falar "cabô". Filha, até a burocracia brasileira, das piores do universo, já teve a ideia do Poupatempo. Se você acha e-mail algo frio demais (no caso de um bem escrito e honesto, acho das coisas mais íntimas do mundo), o telefone se presta maravilhosamente a esse tão recorrente serviço de cancelamento. Certa feita, um namoradinho muito metido a macho resolveu declamar em tempo real e a cores exatamente o que eu já tinha ouvido de outros tantos menos metidos a machos. As frases eram aquele desfile intragável de clichês: "Você é tão incrível que faz eu me sentir pouco homem", "você é muito independente, me sinto um inútil ao seu lado" e ainda (a mais clássica e a única que acredito) "você piora a minha angústia, preciso de uma anta ao meu lado, que saiba meu queijo branco preferido em vez de me trazer questões profundas". Ele pediu vinho caro, foi com a camisa que eu mais gostava, marcou no "nosso" restaurante, chorou, falou sobre uma "coleção de CDs de jazz" eternamente guardada ainda com o plastiquinho da embalagem, porque ele lidava mal em "abrir espaço para belezas, pois precisava sobreviver nessa selva de pedras" e blá-blá-blá. Por Deus, eu fui achando que ele ia dizer algo como "desculpa aí o sumiço de 15 dias, andei trabalhando demais, mas agora passou, partiu transar?" (eu vivia "trabalhando demais" nesse mesmo trabalho dele e entendia como funcionavam as coisas, tava tudo certo), mas não. Ele queria o palco. Ele queria ar-condicionado com ventinho nas madeixas, luzes taciturnas para o derradeiro momento em que ele seguraria a minha mão e me avisaria, do alto de sua cadeira de rei do mundo, que eu não havia sido a cortesã escolhida. Trilha dramática, lente grande-angular em minhas massacradas pupilas. Ai, que preguiça! O vaidoso busca o tempo todo ser a melhor pessoa do mundo para o outro, mas nada disso tem a ver com o outro. Já o covarde, humilde e boa gente, nos brinda, sem receio, com sua insignificância.
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colunas
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Viva a covardiaJá terminei namoro toda misteriosona por mensagem de texto: "Pra que falar o que já sabemos em silêncio?". Já terminaram comigo por "inbox": "Tô tão mal que não consigo nem te ligar". Teve também um figuraça que terminou comigo fazendo um post aberto no Facebook: "Nossa, depois de ontem, acho que vou casar" (só que ele estava em outra cidade). As muitas formas tecnológicas de comunicação são refúgios estupendos para os covardes. A gente manda o recado sem que ninguém nos veja aos prantos, nadando numa piscina facial de muco ou, pior, escrevendo linhas dolorosas enquanto pausa o "Mad Men" e pega mais um pedaço de quiche –pouco se importando com mais um naufrágio amoroso (flerto com esses dois polos –quase morrer ou nem sequer bocejar– por toda uma existência). Pois eu sou pelos covardes. Acho terminar ao vivo a maior das crueldades: coisa de gente egoica, sádica, leoninos com ascendente em touro. Se o seu ex ou a sua última "moreca" mandaram um "fui" pela internet, melhor pra você, pra ele e até para os ursos polares. Dói, mas, sinceramente? Doeria de qualquer jeito. Quanto mais rápido puxarem o emplastro do seu peito, melhor. Fim de amor não é coisa para se discutir em um jantar. "Eu vou querer essa lasanha vegetariana e que você tire todas as roupas do meu armário". "Ah, já eu vou querer esse risoto carbonara e que você morra queimada". "Pensando bem, eu vou querer só uma saladinha, porque eu vou ficar bem gostosa e passar o rodo nos seus amigos". Encerrar uma relação não é coisa que mereça "uma saída". Tem gente (eu fico besta!) que se arruma inteira, passa perfume, bota calcinha nova, se depila, pra chegar na frente do cara e falar "cabô". Filha, até a burocracia brasileira, das piores do universo, já teve a ideia do Poupatempo. Se você acha e-mail algo frio demais (no caso de um bem escrito e honesto, acho das coisas mais íntimas do mundo), o telefone se presta maravilhosamente a esse tão recorrente serviço de cancelamento. Certa feita, um namoradinho muito metido a macho resolveu declamar em tempo real e a cores exatamente o que eu já tinha ouvido de outros tantos menos metidos a machos. As frases eram aquele desfile intragável de clichês: "Você é tão incrível que faz eu me sentir pouco homem", "você é muito independente, me sinto um inútil ao seu lado" e ainda (a mais clássica e a única que acredito) "você piora a minha angústia, preciso de uma anta ao meu lado, que saiba meu queijo branco preferido em vez de me trazer questões profundas". Ele pediu vinho caro, foi com a camisa que eu mais gostava, marcou no "nosso" restaurante, chorou, falou sobre uma "coleção de CDs de jazz" eternamente guardada ainda com o plastiquinho da embalagem, porque ele lidava mal em "abrir espaço para belezas, pois precisava sobreviver nessa selva de pedras" e blá-blá-blá. Por Deus, eu fui achando que ele ia dizer algo como "desculpa aí o sumiço de 15 dias, andei trabalhando demais, mas agora passou, partiu transar?" (eu vivia "trabalhando demais" nesse mesmo trabalho dele e entendia como funcionavam as coisas, tava tudo certo), mas não. Ele queria o palco. Ele queria ar-condicionado com ventinho nas madeixas, luzes taciturnas para o derradeiro momento em que ele seguraria a minha mão e me avisaria, do alto de sua cadeira de rei do mundo, que eu não havia sido a cortesã escolhida. Trilha dramática, lente grande-angular em minhas massacradas pupilas. Ai, que preguiça! O vaidoso busca o tempo todo ser a melhor pessoa do mundo para o outro, mas nada disso tem a ver com o outro. Já o covarde, humilde e boa gente, nos brinda, sem receio, com sua insignificância.
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Haddad diz que fez transição com Doria como se fosse 'com um irmão'
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O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou neste domingo (1°), na cerimônia de posse de João Doria (PSDB), novo prefeito de São Paulo, que fez a transição como se fosse "com um irmão". "Fiz [a transição dessa forma] em respeito ao povo trabalhador de São Paulo. Eles merecem tudo de nós", disse Haddad. O petista teceu elogios a Doria, e o tratou com intimidade: "Vou chamar o prefeito de João porque temos uma relação cordial e amistosa há bastante tempo. Eu o prestigio hoje usando essa gravata que ganhei de presente dele e da esposa [...] É uma das mais bonitas que eu tenho." O petista desejou "um grande mandato, uma grande prefeitura" a Doria. Dirigindo-se ao tucano, ele disse que São Paulo é a cidade "mais eletrizante do país". "O desafio impõe a qualquer político uma estatura que tenho certeza que você terá". Haddad também ressaltou questão das ondas migratórias que a cidade vem recebendo. Ele também fez referência ao programa de zeladoria de Doria, o Cidade Linda, ao afirmar que a cidade já é linda, mas ficará ainda mais bonita. CONTAS Haddad ressaltou que deixará as contas em ordem, após a renegociação da dívida com a União, o que permitirá investimentos. O petista fez um discurso sucinto e foi aplaudido diversas vezes. Disse a Doria que ele Recebe uma "cidade em ordem". "Você senta na sua cadeira de prefeito amanhã tranquilo, pondo seu programa de governo para rodar, sem ter preocupação com fila de credores e de gente desarvorada procurando o prefeito. E com a dívida que é um terço da que eu herdei." Desde o resultado da eleições, Haddad e Doria vêm trocando elogios, com algumas farpas entre as equipes. Em seu discurso de agradecimento, Doria também fez afagos a Haddad. "Mantemos uma relação aberta, de amizade, de fidalguia. Fizemos uma transição que foi a mais solidária dos últimos 30 anos", disse. Em um breve discurso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), também elogiou Haddad. Disse que o petista tem "postura republicana" e que a relação entre os dois sempre foi cordial. Chamada Doria
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cotidiano
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Haddad diz que fez transição com Doria como se fosse 'com um irmão'O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou neste domingo (1°), na cerimônia de posse de João Doria (PSDB), novo prefeito de São Paulo, que fez a transição como se fosse "com um irmão". "Fiz [a transição dessa forma] em respeito ao povo trabalhador de São Paulo. Eles merecem tudo de nós", disse Haddad. O petista teceu elogios a Doria, e o tratou com intimidade: "Vou chamar o prefeito de João porque temos uma relação cordial e amistosa há bastante tempo. Eu o prestigio hoje usando essa gravata que ganhei de presente dele e da esposa [...] É uma das mais bonitas que eu tenho." O petista desejou "um grande mandato, uma grande prefeitura" a Doria. Dirigindo-se ao tucano, ele disse que São Paulo é a cidade "mais eletrizante do país". "O desafio impõe a qualquer político uma estatura que tenho certeza que você terá". Haddad também ressaltou questão das ondas migratórias que a cidade vem recebendo. Ele também fez referência ao programa de zeladoria de Doria, o Cidade Linda, ao afirmar que a cidade já é linda, mas ficará ainda mais bonita. CONTAS Haddad ressaltou que deixará as contas em ordem, após a renegociação da dívida com a União, o que permitirá investimentos. O petista fez um discurso sucinto e foi aplaudido diversas vezes. Disse a Doria que ele Recebe uma "cidade em ordem". "Você senta na sua cadeira de prefeito amanhã tranquilo, pondo seu programa de governo para rodar, sem ter preocupação com fila de credores e de gente desarvorada procurando o prefeito. E com a dívida que é um terço da que eu herdei." Desde o resultado da eleições, Haddad e Doria vêm trocando elogios, com algumas farpas entre as equipes. Em seu discurso de agradecimento, Doria também fez afagos a Haddad. "Mantemos uma relação aberta, de amizade, de fidalguia. Fizemos uma transição que foi a mais solidária dos últimos 30 anos", disse. Em um breve discurso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), também elogiou Haddad. Disse que o petista tem "postura republicana" e que a relação entre os dois sempre foi cordial. Chamada Doria
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Governo desiste de pedir compromisso de empresas por banda larga ilimitada
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O Ministério das Comunicações desistiu "neste momento" de formular um termo público com as operadoras banda larga fixa, no qual elas se comprometeriam a oferecer pacotes de dados limitados e ilimitados. O anúncio de que o governo iria exigir a assinatura do compromisso foi um dos elementos de pressão sobre o setor e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que na sexta-feira (22) proibiu temporariamente as companhias de bloquearem a conexão ou reduzirem a velocidade quando o usuário atinge o limite de sua franquia de dados –a agência disse que iria reavaliar a questão. Em vídeo postado no site do ministério na quarta-feira (20), o ministro André Figueiredo disse que o objetivo era fazer com que "até o fim deste mês", as companhias adotassem compromissos "de respeito ao usuário", entre eles a coexistência de franquias limitadas e ilimitadas. O termo não impediria que as empresas vendessem pacotes no modelo de franquias, como acontece na telefonia móvel, mas exigiria uma alternativa "sem limites" ao usuário. Agora, por causa da suspensão temporária à Anatel, o governo diz que o documento com as operadoras não é necessário. "O Ministério das Comunicações vai continuar acompanhando a evolução do assunto, sem considerar necessária a formulação, neste momento, de termos de compromisso com as operadoras", disse a Pasta, em nota. QUANTO GASTA? - Saiba quantos Gbytes cada atividade consome Órgãos de defesa do consumidor consideram, entretanto, que a suspensão efetuada pela Anatel ainda não é suficiente. Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), "a decisão da Anatel de suspensão dos contratos com franquias de dados deve ser vista como um recuo estratégico da agência". POLÊMICA Nas últimas semanas, usuários de serviços de banda larga protestaram contra planos de grandes operadoras do país de limitar o uso de dados de internet -e até de cortar a conexão caso os pacotes contratados sejam excedidos, prática já existente na rede móvel. A justificativa é que serviços como o Netflix e jogos on-line, que exigem uma quantidade grande de dados, fizeram com que as redes ficassem sobrecarregadas, o que exige a imposição de limites. A Vivo, por exemplo, anunciou em fevereiro que passaria a bloquear o acesso de clientes que extrapolassem a franquia de dados: inicialmente os clientes estariam sujeitos a isso a partir de 2017, mas depois a empresa passou a dizer que não adotaria o limite "por tempo indeterminado", e que sempre ofereceria "desde planos mais acessíveis até planos ilimitados". A Net já reduz a velocidade de usuários que estouram o pacote, e a Oi diz que não faz nenhuma das duas coisas. Nesta semana, o presidente da Anatel, João Rezende, chegou a afirmar que "a era da internet ilimitada acabou". Para ele, não há mais possibilidade para que as operadoras de banda larga fixa ofereçam serviços sem uma limitação, o que obrigará o segmento a migrar para o modelo de franquias. Na segunda-feira da semana (18), a agência havia determinado apenas que as companhias fizessem um plano de comunicação aos usuários e criassem ferramentas para medir o esgotamento dos pacotes, como forma de orientar o consumidor, o que gerou fortes reações.
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mercado
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Governo desiste de pedir compromisso de empresas por banda larga ilimitadaO Ministério das Comunicações desistiu "neste momento" de formular um termo público com as operadoras banda larga fixa, no qual elas se comprometeriam a oferecer pacotes de dados limitados e ilimitados. O anúncio de que o governo iria exigir a assinatura do compromisso foi um dos elementos de pressão sobre o setor e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que na sexta-feira (22) proibiu temporariamente as companhias de bloquearem a conexão ou reduzirem a velocidade quando o usuário atinge o limite de sua franquia de dados –a agência disse que iria reavaliar a questão. Em vídeo postado no site do ministério na quarta-feira (20), o ministro André Figueiredo disse que o objetivo era fazer com que "até o fim deste mês", as companhias adotassem compromissos "de respeito ao usuário", entre eles a coexistência de franquias limitadas e ilimitadas. O termo não impediria que as empresas vendessem pacotes no modelo de franquias, como acontece na telefonia móvel, mas exigiria uma alternativa "sem limites" ao usuário. Agora, por causa da suspensão temporária à Anatel, o governo diz que o documento com as operadoras não é necessário. "O Ministério das Comunicações vai continuar acompanhando a evolução do assunto, sem considerar necessária a formulação, neste momento, de termos de compromisso com as operadoras", disse a Pasta, em nota. QUANTO GASTA? - Saiba quantos Gbytes cada atividade consome Órgãos de defesa do consumidor consideram, entretanto, que a suspensão efetuada pela Anatel ainda não é suficiente. Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), "a decisão da Anatel de suspensão dos contratos com franquias de dados deve ser vista como um recuo estratégico da agência". POLÊMICA Nas últimas semanas, usuários de serviços de banda larga protestaram contra planos de grandes operadoras do país de limitar o uso de dados de internet -e até de cortar a conexão caso os pacotes contratados sejam excedidos, prática já existente na rede móvel. A justificativa é que serviços como o Netflix e jogos on-line, que exigem uma quantidade grande de dados, fizeram com que as redes ficassem sobrecarregadas, o que exige a imposição de limites. A Vivo, por exemplo, anunciou em fevereiro que passaria a bloquear o acesso de clientes que extrapolassem a franquia de dados: inicialmente os clientes estariam sujeitos a isso a partir de 2017, mas depois a empresa passou a dizer que não adotaria o limite "por tempo indeterminado", e que sempre ofereceria "desde planos mais acessíveis até planos ilimitados". A Net já reduz a velocidade de usuários que estouram o pacote, e a Oi diz que não faz nenhuma das duas coisas. Nesta semana, o presidente da Anatel, João Rezende, chegou a afirmar que "a era da internet ilimitada acabou". Para ele, não há mais possibilidade para que as operadoras de banda larga fixa ofereçam serviços sem uma limitação, o que obrigará o segmento a migrar para o modelo de franquias. Na segunda-feira da semana (18), a agência havia determinado apenas que as companhias fizessem um plano de comunicação aos usuários e criassem ferramentas para medir o esgotamento dos pacotes, como forma de orientar o consumidor, o que gerou fortes reações.
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Metroviários e grupos feministas fazem ato contra estupro no metrô
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Cerca de cem pessoas (de acordo com o sindicado dos metroviários) protestaram na tarde desta sexta-feira (10) na estação República do metrô de São Paulo contra o suposto estupro cometido na mesma estação no último dia 2. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e por entidades feministas, como o Movimento Mulheres em Luta e a Marcha Mundial das Mulheres. Os organizadores distribuíram panfletos a quem circulava na estação e levantaram cartazes com palavras de ordem como "eu não mereço ser estuprada" e "nesta estação uma mulher foi estuprada, reaja!". Segundo a responsável pela Secretaria de Assuntos da Situação da Mulher do sindicato, Marisa dos Santos Mendes, a manifestação começou às 17h e terminou às 19h. Não houve interrupção do fluxo de passageiros que pegavam o metrô. O CRIME Uma operadora de de uma cabine de recarga de Bilhete Único da estação teria sido estuprada na noite do último dia 2. A mulher, de 18 anos, é contratada da Prodata Mobility, empresa que presta serviço de bilhetagem para o Metrô. Segundo declarações da vítima, que constam em um boletim de ocorrência interno do Metrô, ela encerrava suas atividades na cabine por volta das 23h30. Quando saía do terminal onde trabalha, foi surpreendida por um homem que teria amarrado suas mãos atrás das costas com fita adesiva, tirado sua roupa da vítima e praticado ato sexual. Em seguida, o suposto estuprador abriu a porta do quiosque para a entrada de um segundo indivíduo, que carregava ainda um carrinho de mão para levar o cofre da cabine. A jovem foi indagada sobre se sabia abrir o cofre, o que negou. O primeiro homem tentou abrir o cofre, mas não conseguiu. Em seguida, a dupla pegou o celular da vítima, a desamarrou e pediu para que ela permanecesse mais 30 minutos dentro da cabine. PRISÃO Na madrugada da última terça (7), o suspeito de estuprar a jovem, Guilherme Lucas Alves Santos Rodrigues, 20, foi preso na zona leste de São Paulo. Ele alega que a relação sexual que teve com a suposta vítima foi consensual. De acordo com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, responsável pelo caso, a polícia apurou algumas das alegações do suspeito –como a de que ele e a vítima frequentariam um motel– mas que, até agora, a versão de Rodrigues não se sustenta. O suspeito não tem passagens pela polícia e é ex-funcionário da Prodata, onde trabalhou por três meses. Entretanto, de acordo com a polícia, ele e a vítima não se conheciam. Três outros homens são procurados. Um deles é Rafael Gonçalves de Lima, 24, que teria entrado na cabine junto com Rodrigues e que já tem passagem por roubo.
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cotidiano
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Metroviários e grupos feministas fazem ato contra estupro no metrôCerca de cem pessoas (de acordo com o sindicado dos metroviários) protestaram na tarde desta sexta-feira (10) na estação República do metrô de São Paulo contra o suposto estupro cometido na mesma estação no último dia 2. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo e por entidades feministas, como o Movimento Mulheres em Luta e a Marcha Mundial das Mulheres. Os organizadores distribuíram panfletos a quem circulava na estação e levantaram cartazes com palavras de ordem como "eu não mereço ser estuprada" e "nesta estação uma mulher foi estuprada, reaja!". Segundo a responsável pela Secretaria de Assuntos da Situação da Mulher do sindicato, Marisa dos Santos Mendes, a manifestação começou às 17h e terminou às 19h. Não houve interrupção do fluxo de passageiros que pegavam o metrô. O CRIME Uma operadora de de uma cabine de recarga de Bilhete Único da estação teria sido estuprada na noite do último dia 2. A mulher, de 18 anos, é contratada da Prodata Mobility, empresa que presta serviço de bilhetagem para o Metrô. Segundo declarações da vítima, que constam em um boletim de ocorrência interno do Metrô, ela encerrava suas atividades na cabine por volta das 23h30. Quando saía do terminal onde trabalha, foi surpreendida por um homem que teria amarrado suas mãos atrás das costas com fita adesiva, tirado sua roupa da vítima e praticado ato sexual. Em seguida, o suposto estuprador abriu a porta do quiosque para a entrada de um segundo indivíduo, que carregava ainda um carrinho de mão para levar o cofre da cabine. A jovem foi indagada sobre se sabia abrir o cofre, o que negou. O primeiro homem tentou abrir o cofre, mas não conseguiu. Em seguida, a dupla pegou o celular da vítima, a desamarrou e pediu para que ela permanecesse mais 30 minutos dentro da cabine. PRISÃO Na madrugada da última terça (7), o suspeito de estuprar a jovem, Guilherme Lucas Alves Santos Rodrigues, 20, foi preso na zona leste de São Paulo. Ele alega que a relação sexual que teve com a suposta vítima foi consensual. De acordo com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, responsável pelo caso, a polícia apurou algumas das alegações do suspeito –como a de que ele e a vítima frequentariam um motel– mas que, até agora, a versão de Rodrigues não se sustenta. O suspeito não tem passagens pela polícia e é ex-funcionário da Prodata, onde trabalhou por três meses. Entretanto, de acordo com a polícia, ele e a vítima não se conheciam. Três outros homens são procurados. Um deles é Rafael Gonçalves de Lima, 24, que teria entrado na cabine junto com Rodrigues e que já tem passagem por roubo.
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O feitiço do tempo (e do lugar)
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Alguma vez você abriu a despensa e se deparou com um vidrinho de rótulo envelhecido, coberto de caracteres indecifráveis de alguma língua aparentemente morta e de utilização tão incerta que só não é um problema porque, de toda forma, o prazo de validade não recomenda o uso há anos? É como abrir um armário e entrar na trajetória em queda livre de algum objeto –tipo uma estatueta medonha, com cara de assassina, mesmo– que ficou por eras trancafiada enquanto você imaginava em que nicho da decoração a colocaria (e que agora, encarando você como uma esfinge, o desafia a descobrir de onde veio: Bali? Rapa Nui? Waikiki? Mercado de pulgas da praça Benedito Calixto?). Esses troféus devem existir na casa de todo mundo que já viajou com frequência. Ou que faz compras com frequência mesmo em raras viagens. Sua existência tem uma explicação. Uma boa viagem tem o dom de se apoderar de nós um pouco, como um feitiço momentâneo. Especialmente no momento em que está acontecendo. Aquele pôr do sol no horizonte lânguido do mar parece o mais inebriante de toda uma vida –mesmo que a exata sensação, que você já tivera ontem, vá se repetir amanhã, na mesma hora e local. Mas são sensações que valem a pena sentir. Aproveitar. Viver. O problema é quando se parte para o mundo material. A memória de deslizar como pássaro por uma encosta gelada, no momento de atrito zero entre o esqui e a brancura da neve, é algo que você pode levar para casa e que vai ocupar sinapses de seu cérebro e fibras de seu coração –mas nem um centímetro da sua geladeira nem das frestas que sobram na sua mesa de centro. Já os mimos materiais que você traz... Há que ter espaço para eles, além da memória para não errar sua origem diante das visitas. (Como minhas duas estátuas africanas, mais resistentes que meus neurônios restantes, e que só posso apresentar como originárias "daquele povo que tem pescoços compridos, sabe?, dos ancestrais da Naomi Campbell. Ou seria Grace Jones?".) Por sorte não sou do estilo comprador. E, quando compro, são coisas que teoricamente ocupariam espaço físico por pouco tempo –pois são comestíveis, fadadas à morte rápida. No entanto, mesmo aí somos traídos pelo feitiço do momento: aquele mesmo que nos faz sentir, no instante, que o tal pôr do sol é único e indispensável. Na Indonésia, você se encanta pelos sabores picantes, e tem certeza que na volta vai querer –vai precisar!– senti-los todos os dias. E volta cheio de potinhos e sachezinhos das mais variadas cores e odores (sem lembrar que também o agradam a comida brasileira, a italiana, a francesa, e que são apenas três refeições por dia). Depois de uma temporada na Provence, você finalmente entende que a vida não faz sentido sem umas taças de vinho rosé todo final da tarde. E volta carregado de garrafas (sem perceber que, se não trouxer também o canto vespertino das cigarras e o sopro do Mistral, não será a mesma coisa). Do México, uma dezena de pimentas secas enormes e enrugadas (mas sem os tacos, sem huitlacoche, sem carnita, sem tudo o que elas deveriam condimentar). O resultado é que, se é delicioso beber e comer coisas típicas no seu lugar de origem, pode ser estranho, ou no mínimo extemporâneo, tentar reencontrar a mesma sedução fora daquele tempo e lugar. Sempre será divertido. Mas é difícil torná-las um hábito, de tão longe. E é aí que pode acontecer aquela surpresa, ao abrir a despensa: este vidrinho com esta pasta marrom... Ela não era mais clarinha? E veio de onde mesmo... Bali? Rapa Nui? Waikiki? Benedito Calixto?
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O feitiço do tempo (e do lugar)Alguma vez você abriu a despensa e se deparou com um vidrinho de rótulo envelhecido, coberto de caracteres indecifráveis de alguma língua aparentemente morta e de utilização tão incerta que só não é um problema porque, de toda forma, o prazo de validade não recomenda o uso há anos? É como abrir um armário e entrar na trajetória em queda livre de algum objeto –tipo uma estatueta medonha, com cara de assassina, mesmo– que ficou por eras trancafiada enquanto você imaginava em que nicho da decoração a colocaria (e que agora, encarando você como uma esfinge, o desafia a descobrir de onde veio: Bali? Rapa Nui? Waikiki? Mercado de pulgas da praça Benedito Calixto?). Esses troféus devem existir na casa de todo mundo que já viajou com frequência. Ou que faz compras com frequência mesmo em raras viagens. Sua existência tem uma explicação. Uma boa viagem tem o dom de se apoderar de nós um pouco, como um feitiço momentâneo. Especialmente no momento em que está acontecendo. Aquele pôr do sol no horizonte lânguido do mar parece o mais inebriante de toda uma vida –mesmo que a exata sensação, que você já tivera ontem, vá se repetir amanhã, na mesma hora e local. Mas são sensações que valem a pena sentir. Aproveitar. Viver. O problema é quando se parte para o mundo material. A memória de deslizar como pássaro por uma encosta gelada, no momento de atrito zero entre o esqui e a brancura da neve, é algo que você pode levar para casa e que vai ocupar sinapses de seu cérebro e fibras de seu coração –mas nem um centímetro da sua geladeira nem das frestas que sobram na sua mesa de centro. Já os mimos materiais que você traz... Há que ter espaço para eles, além da memória para não errar sua origem diante das visitas. (Como minhas duas estátuas africanas, mais resistentes que meus neurônios restantes, e que só posso apresentar como originárias "daquele povo que tem pescoços compridos, sabe?, dos ancestrais da Naomi Campbell. Ou seria Grace Jones?".) Por sorte não sou do estilo comprador. E, quando compro, são coisas que teoricamente ocupariam espaço físico por pouco tempo –pois são comestíveis, fadadas à morte rápida. No entanto, mesmo aí somos traídos pelo feitiço do momento: aquele mesmo que nos faz sentir, no instante, que o tal pôr do sol é único e indispensável. Na Indonésia, você se encanta pelos sabores picantes, e tem certeza que na volta vai querer –vai precisar!– senti-los todos os dias. E volta cheio de potinhos e sachezinhos das mais variadas cores e odores (sem lembrar que também o agradam a comida brasileira, a italiana, a francesa, e que são apenas três refeições por dia). Depois de uma temporada na Provence, você finalmente entende que a vida não faz sentido sem umas taças de vinho rosé todo final da tarde. E volta carregado de garrafas (sem perceber que, se não trouxer também o canto vespertino das cigarras e o sopro do Mistral, não será a mesma coisa). Do México, uma dezena de pimentas secas enormes e enrugadas (mas sem os tacos, sem huitlacoche, sem carnita, sem tudo o que elas deveriam condimentar). O resultado é que, se é delicioso beber e comer coisas típicas no seu lugar de origem, pode ser estranho, ou no mínimo extemporâneo, tentar reencontrar a mesma sedução fora daquele tempo e lugar. Sempre será divertido. Mas é difícil torná-las um hábito, de tão longe. E é aí que pode acontecer aquela surpresa, ao abrir a despensa: este vidrinho com esta pasta marrom... Ela não era mais clarinha? E veio de onde mesmo... Bali? Rapa Nui? Waikiki? Benedito Calixto?
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Prefeitura retira nome de Sarney de viaduto em Ribeirão Preto
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O ex-presidente José Sarney deixará de ter seu nome homenageado no primeiro viaduto construído em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). A prefeita da cidade, Dárcy Vera (PSD), publicou decreto na edição do "Diário Oficial do Município" desta sexta-feira (17) oficializando a alteração do nome do viaduto, inaugurado em 1986, quando Sarney era presidente da República. A retirada do nome do ex-presidente do viaduto, que interliga as avenidas Meira Júnior e Independência, já tinha sido aprovada pela Câmara em 2009, mas não tinha sido sancionada pela prefeita. Dárcy e seu secretariado passaram a ser cobrados da mudança de nome após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter enviado na última semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão do ex-presidente, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, todos peemedebistas. Há dois anos, um protesto já havia rebatizado o viaduto. À época da aprovação, a Câmara usou como argumento para a alteração denúncias envolvendo o peemedebista, então presidente do Senado, como a nomeação de assessores por meio de atos secretos. Com a decisão, o viaduto passará a se chamar Jandyra de Camargo Moquenco, ex-diretora do jornal "A Cidade", que morreu em 2009. A troca do nome no viaduto deve ser feita na próxima semana. João Gilberto Sampaio, prefeito da cidade entre 1983 e 1988 e responsável pelo batismo, disse quando a Câmara aprovou a alteração que "talvez fizesse o mesmo". "Naquela época [anos 80], o Sarney estava no auge e ia relativamente bem", disse à Folha à época.
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poder
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Prefeitura retira nome de Sarney de viaduto em Ribeirão PretoO ex-presidente José Sarney deixará de ter seu nome homenageado no primeiro viaduto construído em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo). A prefeita da cidade, Dárcy Vera (PSD), publicou decreto na edição do "Diário Oficial do Município" desta sexta-feira (17) oficializando a alteração do nome do viaduto, inaugurado em 1986, quando Sarney era presidente da República. A retirada do nome do ex-presidente do viaduto, que interliga as avenidas Meira Júnior e Independência, já tinha sido aprovada pela Câmara em 2009, mas não tinha sido sancionada pela prefeita. Dárcy e seu secretariado passaram a ser cobrados da mudança de nome após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter enviado na última semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão do ex-presidente, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, todos peemedebistas. Há dois anos, um protesto já havia rebatizado o viaduto. À época da aprovação, a Câmara usou como argumento para a alteração denúncias envolvendo o peemedebista, então presidente do Senado, como a nomeação de assessores por meio de atos secretos. Com a decisão, o viaduto passará a se chamar Jandyra de Camargo Moquenco, ex-diretora do jornal "A Cidade", que morreu em 2009. A troca do nome no viaduto deve ser feita na próxima semana. João Gilberto Sampaio, prefeito da cidade entre 1983 e 1988 e responsável pelo batismo, disse quando a Câmara aprovou a alteração que "talvez fizesse o mesmo". "Naquela época [anos 80], o Sarney estava no auge e ia relativamente bem", disse à Folha à época.
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Análise: Acordo EUA-Cuba e eleições mudam relações no continente
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A reconfiguração das relações interamericanas está na agenda, tendo em mente o processo de normalização diplomática entre Cuba e os EUA, bem como as recentes mudanças resultantes de processos eleitorais em 2014. Em 2015, Argentina e Guatemala elegerão novos presidentes, enquanto México e Venezuela renovarão os Legislativos. O fim do isolamento de Cuba permite que seu governo se concentre nas reformas internas e elimina uma das principais críticas cubanas a Washington, criando a oportunidade de uma etapa mais construtiva em escala regional. A expectativa é de mais espaço para o pragmatismo do que para a retórica do confronto. Muito dependerá da atuação da Venezuela no Conselho de Segurança da ONU, no qual acaba de ingressar, e da superação dos obstáculos bilaterais existentes por conta das sanções impostas por Washington. Na Colômbia, a expectativa de acordo final com as Farc é realista, o que porá fim a um conflito que incide sobre a segurança dos vizinhos. Os países-membros da debilitada Aliança Bolivariana (Alba) criticam a Aliança do Pacífico, que continua avançando em seus objetivos enquanto outros processos sub-regionais se paralisaram. A queda de preço do petróleo e das matérias-primas, assim como as expectativas de crescimento econômico fraco, obrigam a região a prestar mais atenção a suas dificuldades internas, o que leva, em alguns casos, à busca de alternativas de financiamento. Equador e Venezuela recorreram à China. A visita de Maduro a países da Opep teve por fim buscar a estabilização do mercado petroleiro e obter recursos necessários para atenuar sua crise. Washington não tem uma política para a América Latina que privilegie enfoque nos países que mais interessam por seu peso político e econômico. As mudanças geopolíticas forçam os EUA a exercer presença mais ativa na sua zona tradicional de influência. Em 2015, será eleito o novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), órgão cada vez mais debilitado e irrelevante. Nesse contexto, a 7ª Conferência de Cúpula das Américas, que acontece no Panamá em abril, se apresenta como o melhor cenário hemisférico ao reunir pela primeira vez os 35 chefes de Estado e governo da região, incluindo Cuba. Os EUA sinalizaram que colocarão sua ênfase no tema da democracia e dos direitos humanos. Mas desta vez isso não ocorrerá mais sob a ameaça da exclusão e do isolamento. CLAUDE HELLER foi embaixador do México em Cuba, Áustria, França, Japão e Suíça e representante permanente de seu país na ONU, na OEA e na OCDE.
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mundo
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Análise: Acordo EUA-Cuba e eleições mudam relações no continenteA reconfiguração das relações interamericanas está na agenda, tendo em mente o processo de normalização diplomática entre Cuba e os EUA, bem como as recentes mudanças resultantes de processos eleitorais em 2014. Em 2015, Argentina e Guatemala elegerão novos presidentes, enquanto México e Venezuela renovarão os Legislativos. O fim do isolamento de Cuba permite que seu governo se concentre nas reformas internas e elimina uma das principais críticas cubanas a Washington, criando a oportunidade de uma etapa mais construtiva em escala regional. A expectativa é de mais espaço para o pragmatismo do que para a retórica do confronto. Muito dependerá da atuação da Venezuela no Conselho de Segurança da ONU, no qual acaba de ingressar, e da superação dos obstáculos bilaterais existentes por conta das sanções impostas por Washington. Na Colômbia, a expectativa de acordo final com as Farc é realista, o que porá fim a um conflito que incide sobre a segurança dos vizinhos. Os países-membros da debilitada Aliança Bolivariana (Alba) criticam a Aliança do Pacífico, que continua avançando em seus objetivos enquanto outros processos sub-regionais se paralisaram. A queda de preço do petróleo e das matérias-primas, assim como as expectativas de crescimento econômico fraco, obrigam a região a prestar mais atenção a suas dificuldades internas, o que leva, em alguns casos, à busca de alternativas de financiamento. Equador e Venezuela recorreram à China. A visita de Maduro a países da Opep teve por fim buscar a estabilização do mercado petroleiro e obter recursos necessários para atenuar sua crise. Washington não tem uma política para a América Latina que privilegie enfoque nos países que mais interessam por seu peso político e econômico. As mudanças geopolíticas forçam os EUA a exercer presença mais ativa na sua zona tradicional de influência. Em 2015, será eleito o novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), órgão cada vez mais debilitado e irrelevante. Nesse contexto, a 7ª Conferência de Cúpula das Américas, que acontece no Panamá em abril, se apresenta como o melhor cenário hemisférico ao reunir pela primeira vez os 35 chefes de Estado e governo da região, incluindo Cuba. Os EUA sinalizaram que colocarão sua ênfase no tema da democracia e dos direitos humanos. Mas desta vez isso não ocorrerá mais sob a ameaça da exclusão e do isolamento. CLAUDE HELLER foi embaixador do México em Cuba, Áustria, França, Japão e Suíça e representante permanente de seu país na ONU, na OEA e na OCDE.
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Sequestrador se entrega em joalheria no sul da França
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O homem armado que mantinha duas reféns em uma joalheria no centro de Montpellier, no sul da França, se entregou à polícia por volta das 2h local deste sábado (23h de sexta-feira, horário de Brasília), informou a polícia, acrescentando que as mulheres estão bem. Após várias horas de negociação, a RAID - unidade de elite da polícia nacional - obteve a rendição do sequestrador, destacou um oficial. O incidente foi "um assalto a mão armada", sem relação com os ataques na região de Paris, disse à AFP o promotor Christophe Barret. As duas reféns, vendedoras da loja, não foram agredidas ou tiveram as mãos amarradas pelo assaltante, informou Barret. A polícia foi alertada na tarde desta sexta-feira sobre a presença de um homem em uma joalheria no centro da cidade. As forças de segurança isolaram imediatamente o bairro. O assalto teve início horas após a tomada de reféns em um mercado kasher de Paris que terminou com o agressor e quatro sequestrados mortos; e da morte dos irmãos Said e Cherif Kouachi em uma gráfica, ao final de uma caçada iniciada na quarta-feira com o atentado contra o jornal parisiense Charlie Hebdo.
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Sequestrador se entrega em joalheria no sul da FrançaO homem armado que mantinha duas reféns em uma joalheria no centro de Montpellier, no sul da França, se entregou à polícia por volta das 2h local deste sábado (23h de sexta-feira, horário de Brasília), informou a polícia, acrescentando que as mulheres estão bem. Após várias horas de negociação, a RAID - unidade de elite da polícia nacional - obteve a rendição do sequestrador, destacou um oficial. O incidente foi "um assalto a mão armada", sem relação com os ataques na região de Paris, disse à AFP o promotor Christophe Barret. As duas reféns, vendedoras da loja, não foram agredidas ou tiveram as mãos amarradas pelo assaltante, informou Barret. A polícia foi alertada na tarde desta sexta-feira sobre a presença de um homem em uma joalheria no centro da cidade. As forças de segurança isolaram imediatamente o bairro. O assalto teve início horas após a tomada de reféns em um mercado kasher de Paris que terminou com o agressor e quatro sequestrados mortos; e da morte dos irmãos Said e Cherif Kouachi em uma gráfica, ao final de uma caçada iniciada na quarta-feira com o atentado contra o jornal parisiense Charlie Hebdo.
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Greve dos caminhoneiros entra no 3º dia com bloqueios em rodovias
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Neste sábado (25), os caminhoneiros entraram no terceiro dia de greve com ao menos oito trechos de bloqueio em estradas federais no Ceará e em Mato Grosso. Em Mato Grosso, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), as interdições seguem desde sexta-feira (24) em seis trechos de duas estradas federais no norte do Estado: na BR-364 e na BR-163. Na BR 364, os bloqueios estão localizados na cidade de Rondonópolis e na altura da cidade de Diamantino. Já na BR-163, os pontos de interdição da estrada pelos manifestantes ficam em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Guarantã do Norte. No Ceará, um único trecho que estava bloqueado pelos caminhoneiros, no km 213 da BR-116, em Tabuleiro do Norte, já está liberado, de acordo com a polícia. Uma decisão da Justiça determinava a liberação do local. Outros Estados que tiveram partes de suas estradas bloqueadas nesta sexta-feira –Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná– não apresentavam interrupções ou manifestações pela manhã. Segundo a PRF, às 13h deste sábado (25) havia sete interdições, todas parciais, em rodovias federais do país, nos Estados de Mato Grosso do Sul (seis pontos) e Rio Grande do Sul (um ponto). O Rio Grande do Sul chegou a ter seis trechos de estrada interditados. Na noite de sexta, cerca de 30 caminhões foram apedrejados por manifestantes depois que o bloqueio da BR 101 na altura da cidade de Três Cachoeiras foi liberado pela PRF. GREVE MANTIDA A perspectiva é que os bloqueios continuem até a próxima segunda-feira (28), quando os caminhoneiros retomarão as negociações com o governo federal. A classe luta para a criação de uma tabela de preço mínimo do frete. A greve dos caminhoneiros começou nesta quinta (23). O governo já informou que o pedido da categoria não é viável e, na sexta (24), publicou resolução de procedimentos que deverão ser seguidos para definição de uma tabela referencial. Os termos serão debatidos em audiências públicas.
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mercado
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Greve dos caminhoneiros entra no 3º dia com bloqueios em rodoviasNeste sábado (25), os caminhoneiros entraram no terceiro dia de greve com ao menos oito trechos de bloqueio em estradas federais no Ceará e em Mato Grosso. Em Mato Grosso, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), as interdições seguem desde sexta-feira (24) em seis trechos de duas estradas federais no norte do Estado: na BR-364 e na BR-163. Na BR 364, os bloqueios estão localizados na cidade de Rondonópolis e na altura da cidade de Diamantino. Já na BR-163, os pontos de interdição da estrada pelos manifestantes ficam em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Guarantã do Norte. No Ceará, um único trecho que estava bloqueado pelos caminhoneiros, no km 213 da BR-116, em Tabuleiro do Norte, já está liberado, de acordo com a polícia. Uma decisão da Justiça determinava a liberação do local. Outros Estados que tiveram partes de suas estradas bloqueadas nesta sexta-feira –Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná– não apresentavam interrupções ou manifestações pela manhã. Segundo a PRF, às 13h deste sábado (25) havia sete interdições, todas parciais, em rodovias federais do país, nos Estados de Mato Grosso do Sul (seis pontos) e Rio Grande do Sul (um ponto). O Rio Grande do Sul chegou a ter seis trechos de estrada interditados. Na noite de sexta, cerca de 30 caminhões foram apedrejados por manifestantes depois que o bloqueio da BR 101 na altura da cidade de Três Cachoeiras foi liberado pela PRF. GREVE MANTIDA A perspectiva é que os bloqueios continuem até a próxima segunda-feira (28), quando os caminhoneiros retomarão as negociações com o governo federal. A classe luta para a criação de uma tabela de preço mínimo do frete. A greve dos caminhoneiros começou nesta quinta (23). O governo já informou que o pedido da categoria não é viável e, na sexta (24), publicou resolução de procedimentos que deverão ser seguidos para definição de uma tabela referencial. Os termos serão debatidos em audiências públicas.
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Alalaô: Mais de 700 mijões são multados pela prefeitura do Rio em desfiles de blocos
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Durante o desfile do Cordão da Bola Preta, o maior bloco do Carnaval carioca, neste sábado (14), a garagem do edifício que abriga o Ministério do Trabalho e Emprego, no centro, virou um grande mictório. O prédio fica numa rua ... Leia post completo no blog
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cotidiano
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Alalaô: Mais de 700 mijões são multados pela prefeitura do Rio em desfiles de blocosDurante o desfile do Cordão da Bola Preta, o maior bloco do Carnaval carioca, neste sábado (14), a garagem do edifício que abriga o Ministério do Trabalho e Emprego, no centro, virou um grande mictório. O prédio fica numa rua ... Leia post completo no blog
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Dívida pública federal tem maior salto mensal em 5 anos, para R$ 2,44 tri
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O estoque da dívida pública federal avançou 4,8% no mês passado, para R$ 2,44 trilhões, informou nesta segunda-feira (27) o Tesouro Nacional. Esse é o maior salto mensal da dívida em cinco anos. Em abril de 2010, a variação foi de 6,02%. Essa conta representa a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro para financiar os deficits no Orçamento –quando as despesas são maiores que as receitas. Essas dívidas são bancadas principalmente pela emissão de títulos públicos. O aumento registrado em março está relacionado à maior emissão de títulos da história, pontuou Fernando Garrido, coordenador-geral de operações da Dívida Pública. A emissão líquida no mês foi de R$ 70,2 bilhões, um recorde na série estatística iniciada em 1999. O estoque da dívida também cresceu em função da apropriação de R$ 41,4 bilhões de juros. Segundo Garrido, o aumento expressivo das emissões, e consequentemente do estoque da dívida, em março se explica por dois motivos –grande demanda por parte de investidores e muitos vencimentos de títulos no mês. "A demanda em março foi maior devido aos investidores acreditarem que as taxas estavam atrativas", justificou Garrido, destacando instituições financeiras, Previdência e estrangeiros como os investidores que mais se interessaram pelos títulos no mês, sobretudo prefixados (com correção definida no momento do leilão). As taxas refletem a percepção dos investidores em relação à taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 12,75%, com tendência a aumentar, disse Garrido. "O Tesouro atua como um tomador de taxas. As taxas futuras refletem as expectativas dos investidores em relação à taxa Selic." Garrido afirmou que o Tesouro deve reduzir as emissões mensais nos próximos meses. Em abril, esse movimento já foi menor, informou. Do total da dívida brasileira, R$ 2,31 trilhões são negociados em real, e R$ 124,7 bilhões em moedas estrangeiras, principalmente dólar americano, no mercado internacional (dívida externa). Em março, houve aumento no prazo médio de vencimento da dívida, que saiu de 4,54 anos em fevereiro para 4,59 anos - esse é o período médio que tem o governo para honrar seus credores. DETENTORES As instituições financeiras continuam as maiores detentoras de títulos da dívida pública brasileira, com 27,4% desses papéis. Em seguida, estão os credores estrangeiros, com participação de 20,27%, o que soma R$ 469,6 bilhões. Em números absolutos, é a maior participação estrangeira na dívida brasileira da história. Os fundos de investimento detém 19,8% dos títulos da dívida brasileira.
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Dívida pública federal tem maior salto mensal em 5 anos, para R$ 2,44 triO estoque da dívida pública federal avançou 4,8% no mês passado, para R$ 2,44 trilhões, informou nesta segunda-feira (27) o Tesouro Nacional. Esse é o maior salto mensal da dívida em cinco anos. Em abril de 2010, a variação foi de 6,02%. Essa conta representa a soma das dívidas contraídas pelo Tesouro para financiar os deficits no Orçamento –quando as despesas são maiores que as receitas. Essas dívidas são bancadas principalmente pela emissão de títulos públicos. O aumento registrado em março está relacionado à maior emissão de títulos da história, pontuou Fernando Garrido, coordenador-geral de operações da Dívida Pública. A emissão líquida no mês foi de R$ 70,2 bilhões, um recorde na série estatística iniciada em 1999. O estoque da dívida também cresceu em função da apropriação de R$ 41,4 bilhões de juros. Segundo Garrido, o aumento expressivo das emissões, e consequentemente do estoque da dívida, em março se explica por dois motivos –grande demanda por parte de investidores e muitos vencimentos de títulos no mês. "A demanda em março foi maior devido aos investidores acreditarem que as taxas estavam atrativas", justificou Garrido, destacando instituições financeiras, Previdência e estrangeiros como os investidores que mais se interessaram pelos títulos no mês, sobretudo prefixados (com correção definida no momento do leilão). As taxas refletem a percepção dos investidores em relação à taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 12,75%, com tendência a aumentar, disse Garrido. "O Tesouro atua como um tomador de taxas. As taxas futuras refletem as expectativas dos investidores em relação à taxa Selic." Garrido afirmou que o Tesouro deve reduzir as emissões mensais nos próximos meses. Em abril, esse movimento já foi menor, informou. Do total da dívida brasileira, R$ 2,31 trilhões são negociados em real, e R$ 124,7 bilhões em moedas estrangeiras, principalmente dólar americano, no mercado internacional (dívida externa). Em março, houve aumento no prazo médio de vencimento da dívida, que saiu de 4,54 anos em fevereiro para 4,59 anos - esse é o período médio que tem o governo para honrar seus credores. DETENTORES As instituições financeiras continuam as maiores detentoras de títulos da dívida pública brasileira, com 27,4% desses papéis. Em seguida, estão os credores estrangeiros, com participação de 20,27%, o que soma R$ 469,6 bilhões. Em números absolutos, é a maior participação estrangeira na dívida brasileira da história. Os fundos de investimento detém 19,8% dos títulos da dívida brasileira.
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Com tarifa mantida, cadastros diários do Bilhete Único Mensal sobem 977%
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Após o anúncio do congelamento de sua tarifa, o Bilhete Único Mensal teve um aumento de 977% no número diário de cadastrados nos primeiros dias de 2015. Segundo a SPTrans (empresa municipal de transporte), desde 1º de janeiro, 49 mil pessoas se cadastraram para utilizar o cartão, uma média de 7 mil por dia. Em dezembro de 2014, a média era de 650 cadastros diários. A gestão Fernando Haddad (PT) decidiu congelar a tarifa no bilhete único temporal visando aumentar a adesão à modalidade. Implantado em novembro de 2013, o cartão, que permite uso livre de ônibus, metrô ou trem por um mês a um preço fixo, nunca atingiu a meta da prefeitura, que estimava um público-alvo de 862 mil usuários. Esse número corresponde aos passageiros que já gastavam mais comprando passagens individuais do que as tarifas mensais. Ao completar um ano de implantação, o cartão era usado por 54,2 mil passageiros. O cartão foi uma das principais bandeiras da campanha de Haddad nas eleições municipais de 2012. Sobre a baixa adesão, a prefeitura afirmava que "o ritmo de adesão" depende de cada passageiro. NOVO SISTEMA De acordo com a SPTrans, o cadastro online de estudantes será interrompido a partir das 22h desta sexta-feira (9) para a migração do banco de dados do sistema. A previsão é que no início da manhã de sábado (10) o serviço esteja restabelecido.
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Com tarifa mantida, cadastros diários do Bilhete Único Mensal sobem 977%Após o anúncio do congelamento de sua tarifa, o Bilhete Único Mensal teve um aumento de 977% no número diário de cadastrados nos primeiros dias de 2015. Segundo a SPTrans (empresa municipal de transporte), desde 1º de janeiro, 49 mil pessoas se cadastraram para utilizar o cartão, uma média de 7 mil por dia. Em dezembro de 2014, a média era de 650 cadastros diários. A gestão Fernando Haddad (PT) decidiu congelar a tarifa no bilhete único temporal visando aumentar a adesão à modalidade. Implantado em novembro de 2013, o cartão, que permite uso livre de ônibus, metrô ou trem por um mês a um preço fixo, nunca atingiu a meta da prefeitura, que estimava um público-alvo de 862 mil usuários. Esse número corresponde aos passageiros que já gastavam mais comprando passagens individuais do que as tarifas mensais. Ao completar um ano de implantação, o cartão era usado por 54,2 mil passageiros. O cartão foi uma das principais bandeiras da campanha de Haddad nas eleições municipais de 2012. Sobre a baixa adesão, a prefeitura afirmava que "o ritmo de adesão" depende de cada passageiro. NOVO SISTEMA De acordo com a SPTrans, o cadastro online de estudantes será interrompido a partir das 22h desta sexta-feira (9) para a migração do banco de dados do sistema. A previsão é que no início da manhã de sábado (10) o serviço esteja restabelecido.
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Agricultor britânico desenvolve cebola 'que não faz chorar'
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O agricultor britânico Alastair Findlay afirma ter desenvolvido uma variedade de cebola-roxa que não faz chorar. A cebola –que ele considera ideal por ser mais saborosa e não irritar o globo ocular– levou 20 anos para ser identificada por Findlay e reproduzida em sua fazenda, em Bedfordshire (Inglaterra). Hoje ele vende suas colheitas para uma rede de supermercados britânica.
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bbc
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Agricultor britânico desenvolve cebola 'que não faz chorar'O agricultor britânico Alastair Findlay afirma ter desenvolvido uma variedade de cebola-roxa que não faz chorar. A cebola –que ele considera ideal por ser mais saborosa e não irritar o globo ocular– levou 20 anos para ser identificada por Findlay e reproduzida em sua fazenda, em Bedfordshire (Inglaterra). Hoje ele vende suas colheitas para uma rede de supermercados britânica.
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Família encontrou relíquias milenares ao cavar o piso de casa na Itália
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Ao comprar a casa da rua Ascanio Grandi, 56, Luciano Faggiano, 60, só queria abrir um restaurante. O único problema era o banheiro. O esgoto não parava de refluir. Por isso, convocou seus filhos mais velhos para ajudá-lo a cavar uma vala e investigar o caso. Ele previu que o trabalho levaria cerca de uma semana. Quem dera. "Descobrimos corredores subterrâneos e outros cômodos, por isso continuamos cavando", disse Faggiano. Sua busca por uma tubulação de esgoto, em 2000, se tornou uma história de obsessões e descobertas familiares. Ele encontrou um mundo subterrâneo que remontava a antes do nascimento de Cristo: um túmulo messápio, um silo romano, uma capela franciscana e até gravuras dos Cavaleiros Templários. O que era para ser uma "trattoria" virou museu, aonde novas relíquias seguem chegando. A Itália tem muita história, com impérios e civilizações antigas sendo construídos em camadas superpostas, como um bolo. Ainda hoje, agricultores desenterram cerâmicas etruscas ao arar suas lavouras. Situada no calcanhar da bota italiana, Lecce já foi uma encruzilhada crucial na região do Mediterrâneo, cobiçada por todos os invasores -dos gregos aos romanos, dos otomanos aos normandos e lombardos. O vereador Severo Martini disse que as relíquias aparecem regularmente e podem se tornar uma dor de cabeça para o planejamento urbano. "Sempre que você cava um buraco séculos de história aparecem". A família Faggiano sabe bem como é isso. Luciano planejava instalar o seu restaurante no térreo, para morar no andar de cima. Seu filho mais velho, Marco, estudava cinema em Roma. O segundo filho, Andrea, tinha saído de casa para fazer faculdade. Os dois pararam de estudar para trabalhar com o pai. O edifício parecia modernizado, com paredes brancas e um novo sistema de calefação. Mas uma semana se passou rapidamente enquanto pai e filhos descobriam um fundo falso que levava a outro andar, medieval e de pedra, que por sua vez levava ao túmulo dos messápios, povo que viveu na região séculos antes de Cristo. Logo depois a família descobriu um cômodo usado pelos antigos romanos para armazenar grãos, além do porão de um convento franciscano, onde as freiras preparavam cadáveres para o sepultamento. Faggiano inicialmente não contou à esposa sobre a extensão do trabalho, possivelmente porque estava amarrando uma corda ao redor do tórax do seu filho mais novo, Davide, então com 12 anos, e baixando-o para escavar as aberturas pequenas e escuras que ia encontrando. Pesquisadores interditaram as escavações. Um ano se passou. Faggiano finamente foi autorizado a retomar a busca pelo problema no esgoto, desde que sob a supervisão de funcionários do patrimônio histórico. A família descobriu vasos antigos, garrafas usadas pelos romanos para fins religiosos, um anel antigo com símbolos cristãos, artefatos medievais, afrescos ocultos e muito mais. "A casa tem camadas representativas de quase toda a história da cidade, dos messápios aos romanos, da época medieval à bizantina", disse Giovanni Giangreco, funcionário aposentado do patrimônio cultural. Faggiano continuava sonhando em abrir um restaurante, apesar de esse projeto ter se tornado uma ideia intangível. Os anos passaram. Seus filhos conseguiram dar o fora. Os arqueólogos da prefeitura o incentivaram a persistir. Ele admite que também ficou obcecado. Hoje, a casa virou o Museu Faggiano.Poucos anos depois da escavação, finalmente achou o cano problemático. Estava mesmo quebrado. Depois disso, comprou outro imóvel e cogita de novo abrir um restaurante. "Sou teimoso demais", disse.
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ilustrada
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Família encontrou relíquias milenares ao cavar o piso de casa na ItáliaAo comprar a casa da rua Ascanio Grandi, 56, Luciano Faggiano, 60, só queria abrir um restaurante. O único problema era o banheiro. O esgoto não parava de refluir. Por isso, convocou seus filhos mais velhos para ajudá-lo a cavar uma vala e investigar o caso. Ele previu que o trabalho levaria cerca de uma semana. Quem dera. "Descobrimos corredores subterrâneos e outros cômodos, por isso continuamos cavando", disse Faggiano. Sua busca por uma tubulação de esgoto, em 2000, se tornou uma história de obsessões e descobertas familiares. Ele encontrou um mundo subterrâneo que remontava a antes do nascimento de Cristo: um túmulo messápio, um silo romano, uma capela franciscana e até gravuras dos Cavaleiros Templários. O que era para ser uma "trattoria" virou museu, aonde novas relíquias seguem chegando. A Itália tem muita história, com impérios e civilizações antigas sendo construídos em camadas superpostas, como um bolo. Ainda hoje, agricultores desenterram cerâmicas etruscas ao arar suas lavouras. Situada no calcanhar da bota italiana, Lecce já foi uma encruzilhada crucial na região do Mediterrâneo, cobiçada por todos os invasores -dos gregos aos romanos, dos otomanos aos normandos e lombardos. O vereador Severo Martini disse que as relíquias aparecem regularmente e podem se tornar uma dor de cabeça para o planejamento urbano. "Sempre que você cava um buraco séculos de história aparecem". A família Faggiano sabe bem como é isso. Luciano planejava instalar o seu restaurante no térreo, para morar no andar de cima. Seu filho mais velho, Marco, estudava cinema em Roma. O segundo filho, Andrea, tinha saído de casa para fazer faculdade. Os dois pararam de estudar para trabalhar com o pai. O edifício parecia modernizado, com paredes brancas e um novo sistema de calefação. Mas uma semana se passou rapidamente enquanto pai e filhos descobriam um fundo falso que levava a outro andar, medieval e de pedra, que por sua vez levava ao túmulo dos messápios, povo que viveu na região séculos antes de Cristo. Logo depois a família descobriu um cômodo usado pelos antigos romanos para armazenar grãos, além do porão de um convento franciscano, onde as freiras preparavam cadáveres para o sepultamento. Faggiano inicialmente não contou à esposa sobre a extensão do trabalho, possivelmente porque estava amarrando uma corda ao redor do tórax do seu filho mais novo, Davide, então com 12 anos, e baixando-o para escavar as aberturas pequenas e escuras que ia encontrando. Pesquisadores interditaram as escavações. Um ano se passou. Faggiano finamente foi autorizado a retomar a busca pelo problema no esgoto, desde que sob a supervisão de funcionários do patrimônio histórico. A família descobriu vasos antigos, garrafas usadas pelos romanos para fins religiosos, um anel antigo com símbolos cristãos, artefatos medievais, afrescos ocultos e muito mais. "A casa tem camadas representativas de quase toda a história da cidade, dos messápios aos romanos, da época medieval à bizantina", disse Giovanni Giangreco, funcionário aposentado do patrimônio cultural. Faggiano continuava sonhando em abrir um restaurante, apesar de esse projeto ter se tornado uma ideia intangível. Os anos passaram. Seus filhos conseguiram dar o fora. Os arqueólogos da prefeitura o incentivaram a persistir. Ele admite que também ficou obcecado. Hoje, a casa virou o Museu Faggiano.Poucos anos depois da escavação, finalmente achou o cano problemático. Estava mesmo quebrado. Depois disso, comprou outro imóvel e cogita de novo abrir um restaurante. "Sou teimoso demais", disse.
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Conheça 'Titio' Marco Antonio, dublador de amigo do Bob Esponja e locutor de rádio de rock
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO A única cara de Marco Antonio Abreu que você talvez não conhecesse até chegar a esta página é a dele próprio. Pois esteja apresentado: este aí em cima é o rosto do dublador e locutor de 42 anos, nascido em Santos, que dá voz às versões brasileiras de personagens como Patrick, amigo de Bob Esponja, e Rick Grimes, o xerife do seriado "The Walking Dead". Esta também é a face de 'Titio' Marco Antonio, apelido com o qual ele apresenta o programa "Alternativa Kiss", que de segunda a sexta embala a hora do rush de muito roqueiro paulistano pela rádio Kiss FM. "Ficou decepcionado?", brinca o ex-gótico, que na juventude se vestia de sobretudo preto em pleno litoral paulista, enquanto seleciona as músicas e as notícias que apresentará ao vivo. "São cinco horas e dois minutos. Está começando mais uma edição do 'Alternativa', com muito rock'n'roll", anuncia ao microfone ao mesmo tempo em que seus dedos com anéis de caveira mexem em botões para ajustar o volume e chamar vinhetas. "Veja que eu frito o peixe, olho o gato e assobio. Me sinto um polvo", diz. E assim será pelas próximas duas horas, intercalando músicas, falatório desenfreado e brincadeiras com a repórter Rosangela Alves, com a qual se comunica por "walk-talk" enquanto ela sobrevoa a cidade para falar sobre a situação do trânsito ("Cadê você, Rô? Bateu a vassoura no helicóptero e sumiu?"). Abreu ganhou o apelido no início de sua carreira na emissora, há quase 15 anos, quando tinha um programa em que tocava apenas clássicos do rock. "Todo mundo na rádio tinha apelido: o Morcegão, o Holandês Voador... E como no meu programa só tinha Bob Dylan, Neil Young e essas coisas, dava a ideia de um tiozão com uma vitrola", conta. Mas seu ganha pão atual vem das muitas horas que passa em estúdios fazendo gravação de voz e dublagens, ofício no qual deu os primeiros passos nos anos 1990, quando estudava jornalismo em Santos. "A TV a cabo estava chegando ao país", diz. À época, fez vozes para os canais Discovery e E!. Na sequência, dedicou-se a um curso de dublagem. Depois, já estabelecido em São Paulo, matriculou-se no curso de teatro da escola Macunaíma para tirar o registro de ator, necessário para exercer a profissão de dublador. Enquanto isso, trabalhou como repórter na TV Cultura e na rádio Eldorado. Já em contato com grandes estúdios de dublagem, como o extinto Álamo, ele começou fazendo "voz de placa" –que traduz textos de sinais de trânsito– e passou para personagens coadjuvantes. Em 2000, surgiu a chance de fazer um teste para "um desenho esquisito". "Quando cheguei no estúdio, achei uma coisa absurda. Era uma esponja dentro de um abacaxi no fundo do mar e uma estrela gorda e retardada... Tudo meio lisérgico, né?", diz ele sobre o primeiro contato com a animação "Bob Esponja Calça Quadrada", que hoje adora. Inspirando-se em Zé Colmeia, Abreu, então, virou a voz oficial do personagem Patrick. "Acabou sendo um abre-alas para mim." Agora, já perdeu as contas de tudo o que fez como dublador. "Acho que 80% do que faço eu não sei o que é ou onde vai ser exibido. A gente chega no estúdio, grava e já vai pra outra", explica. "E eu não catalogo tudo", afirma, lembrando de um evento em que fãs do game "League of Legends" pediram para ele imitar a voz do personagem Lucian, que Abreu não lembrava ter gravado. "Passei vergonha." Ele também leva seu jeito sincero e irreverente para as suas redes sociais, nas quais posta fotos dos filhos, Nicolas, 1, e Ágata, 4, –nascidos de seu quarto casamento– memes e opiniões políticas de esquerda, o que já gerou rusga com o músico Roger, da banda Ultraje a Rigor. "Tenho postado menos. É desgastante. Mas tem coisas que não consigo. Não dá para ser 'isentão' o tempo todo", diz o dono dos gatos Mel, Paco, Ozzy (em homenagem a seu ídolo Ozzy Osbourne) e Fidel ("outra homenagem clara", brinca). "Durante as duas horas em que apresento [o programa no rádio] eu poderia estar em estúdio fazendo mais dublagens, o que seria financeiramente mais vantajoso. Mas o rádio é meu berço e tem o lado emocional. A vida não pode ser só um taxímetro rodando", diz. 19h. "Chegamos ao fim de outro programa. Um grande abraço e continue com a gente." E aciona a vinheta.
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saopaulo
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Conheça 'Titio' Marco Antonio, dublador de amigo do Bob Esponja e locutor de rádio de rockBRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO A única cara de Marco Antonio Abreu que você talvez não conhecesse até chegar a esta página é a dele próprio. Pois esteja apresentado: este aí em cima é o rosto do dublador e locutor de 42 anos, nascido em Santos, que dá voz às versões brasileiras de personagens como Patrick, amigo de Bob Esponja, e Rick Grimes, o xerife do seriado "The Walking Dead". Esta também é a face de 'Titio' Marco Antonio, apelido com o qual ele apresenta o programa "Alternativa Kiss", que de segunda a sexta embala a hora do rush de muito roqueiro paulistano pela rádio Kiss FM. "Ficou decepcionado?", brinca o ex-gótico, que na juventude se vestia de sobretudo preto em pleno litoral paulista, enquanto seleciona as músicas e as notícias que apresentará ao vivo. "São cinco horas e dois minutos. Está começando mais uma edição do 'Alternativa', com muito rock'n'roll", anuncia ao microfone ao mesmo tempo em que seus dedos com anéis de caveira mexem em botões para ajustar o volume e chamar vinhetas. "Veja que eu frito o peixe, olho o gato e assobio. Me sinto um polvo", diz. E assim será pelas próximas duas horas, intercalando músicas, falatório desenfreado e brincadeiras com a repórter Rosangela Alves, com a qual se comunica por "walk-talk" enquanto ela sobrevoa a cidade para falar sobre a situação do trânsito ("Cadê você, Rô? Bateu a vassoura no helicóptero e sumiu?"). Abreu ganhou o apelido no início de sua carreira na emissora, há quase 15 anos, quando tinha um programa em que tocava apenas clássicos do rock. "Todo mundo na rádio tinha apelido: o Morcegão, o Holandês Voador... E como no meu programa só tinha Bob Dylan, Neil Young e essas coisas, dava a ideia de um tiozão com uma vitrola", conta. Mas seu ganha pão atual vem das muitas horas que passa em estúdios fazendo gravação de voz e dublagens, ofício no qual deu os primeiros passos nos anos 1990, quando estudava jornalismo em Santos. "A TV a cabo estava chegando ao país", diz. À época, fez vozes para os canais Discovery e E!. Na sequência, dedicou-se a um curso de dublagem. Depois, já estabelecido em São Paulo, matriculou-se no curso de teatro da escola Macunaíma para tirar o registro de ator, necessário para exercer a profissão de dublador. Enquanto isso, trabalhou como repórter na TV Cultura e na rádio Eldorado. Já em contato com grandes estúdios de dublagem, como o extinto Álamo, ele começou fazendo "voz de placa" –que traduz textos de sinais de trânsito– e passou para personagens coadjuvantes. Em 2000, surgiu a chance de fazer um teste para "um desenho esquisito". "Quando cheguei no estúdio, achei uma coisa absurda. Era uma esponja dentro de um abacaxi no fundo do mar e uma estrela gorda e retardada... Tudo meio lisérgico, né?", diz ele sobre o primeiro contato com a animação "Bob Esponja Calça Quadrada", que hoje adora. Inspirando-se em Zé Colmeia, Abreu, então, virou a voz oficial do personagem Patrick. "Acabou sendo um abre-alas para mim." Agora, já perdeu as contas de tudo o que fez como dublador. "Acho que 80% do que faço eu não sei o que é ou onde vai ser exibido. A gente chega no estúdio, grava e já vai pra outra", explica. "E eu não catalogo tudo", afirma, lembrando de um evento em que fãs do game "League of Legends" pediram para ele imitar a voz do personagem Lucian, que Abreu não lembrava ter gravado. "Passei vergonha." Ele também leva seu jeito sincero e irreverente para as suas redes sociais, nas quais posta fotos dos filhos, Nicolas, 1, e Ágata, 4, –nascidos de seu quarto casamento– memes e opiniões políticas de esquerda, o que já gerou rusga com o músico Roger, da banda Ultraje a Rigor. "Tenho postado menos. É desgastante. Mas tem coisas que não consigo. Não dá para ser 'isentão' o tempo todo", diz o dono dos gatos Mel, Paco, Ozzy (em homenagem a seu ídolo Ozzy Osbourne) e Fidel ("outra homenagem clara", brinca). "Durante as duas horas em que apresento [o programa no rádio] eu poderia estar em estúdio fazendo mais dublagens, o que seria financeiramente mais vantajoso. Mas o rádio é meu berço e tem o lado emocional. A vida não pode ser só um taxímetro rodando", diz. 19h. "Chegamos ao fim de outro programa. Um grande abraço e continue com a gente." E aciona a vinheta.
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Aposentados com regras generosas, Geddel e Padilha silenciam
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BRASÍLIA - O mês de novembro deve nos brindar com mais um exemplo dos usos e costumes que fazem a imagem dos políticos se assemelhar, esteticamente, ao popular pão que o Diabo amassou com o rabo. Michel Temer prepara uma reforma da Previdência que exigirá mais tempo de serviço e mais contribuição dos brasileiros. Na linha de frente da defesa da proposta estarão o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o responsável pela articulação com o Congresso, Geddel Vieira Lima. Além de serem colegas de Esplanada, os dois têm outro ponto em comum: se aposentaram por meio de um generosíssimo programa que, somado aos contracheques de ministros, lhes rendem supersalários de mais de R$ 50 mil todo mês. Coisa de quase R$ 20 mil acima do maltratado teto do funcionalismo. Padilha e Geddel são beneficiários do extinto Instituto de Previdência dos Congressistas e se amparam em um controverso entendimento do Tribunal de Contas da União, para o qual o IPC, apesar de ter tido todo seu rombo milionário absorvido pelos cofres públicos, era uma entidade de previdência privada. O TCU é majoritariamente formado por ex-congressistas e tem também dois ministros com supersalários, José Múcio e Augusto Nardes. A situação de Padilha e Geddel foi noticiada em outubro pelo jornal "O Estado de S. Paulo". A Folha informou depois que o PSOL questionaria no STF o valor acima do teto. Nos dois casos as palavras escaparam aos falastrões Padilha e Geddel. O primeiro se limitou a dizer ao "Estado" que tinha 70 anos de idade. À Folha saiu-se com um "nada a declarar sobre o tema". Geddel quedou-se mudo nas duas ocasiões. A Folha perguntou ainda se eles se sentiam constrangidos ao terem uma situação pessoal gritantemente diversa da reforma que defendem. Nem um pio. Como nas clássicas transcrições policiais, nada mais foi dito nem nada mais lhes foi perguntado. Um silêncio assaz eloquente.
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Aposentados com regras generosas, Geddel e Padilha silenciamBRASÍLIA - O mês de novembro deve nos brindar com mais um exemplo dos usos e costumes que fazem a imagem dos políticos se assemelhar, esteticamente, ao popular pão que o Diabo amassou com o rabo. Michel Temer prepara uma reforma da Previdência que exigirá mais tempo de serviço e mais contribuição dos brasileiros. Na linha de frente da defesa da proposta estarão o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o responsável pela articulação com o Congresso, Geddel Vieira Lima. Além de serem colegas de Esplanada, os dois têm outro ponto em comum: se aposentaram por meio de um generosíssimo programa que, somado aos contracheques de ministros, lhes rendem supersalários de mais de R$ 50 mil todo mês. Coisa de quase R$ 20 mil acima do maltratado teto do funcionalismo. Padilha e Geddel são beneficiários do extinto Instituto de Previdência dos Congressistas e se amparam em um controverso entendimento do Tribunal de Contas da União, para o qual o IPC, apesar de ter tido todo seu rombo milionário absorvido pelos cofres públicos, era uma entidade de previdência privada. O TCU é majoritariamente formado por ex-congressistas e tem também dois ministros com supersalários, José Múcio e Augusto Nardes. A situação de Padilha e Geddel foi noticiada em outubro pelo jornal "O Estado de S. Paulo". A Folha informou depois que o PSOL questionaria no STF o valor acima do teto. Nos dois casos as palavras escaparam aos falastrões Padilha e Geddel. O primeiro se limitou a dizer ao "Estado" que tinha 70 anos de idade. À Folha saiu-se com um "nada a declarar sobre o tema". Geddel quedou-se mudo nas duas ocasiões. A Folha perguntou ainda se eles se sentiam constrangidos ao terem uma situação pessoal gritantemente diversa da reforma que defendem. Nem um pio. Como nas clássicas transcrições policiais, nada mais foi dito nem nada mais lhes foi perguntado. Um silêncio assaz eloquente.
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Ativista da educação, Malala tira notas excelentes em exames britânicos
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A jovem paquistanesa Malala Yousafzai, que ganhou o prêmio Nobel da Paz por seus esforços em prol da educação, comemorou as boas notas que tirou em exames do Reino Unido. Seu pai, Ziauddin Yousafzai, publicou no Twitter nesta sexta-feira (21) que Malala, 18, tirou a nota máxima, A+, em seis disciplinas, e a nota A, em quatro. Com isso, ela ficou colocada entre os melhores estudantes que prestaram os exames GCSEs, semelhantes ao brasileiro Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). tweet Aos 14, Malala levou um tiro na cabeça disparado por um atirador do grupo radical islâmico Taleban enquanto saía de sua escola, no vale do Swat. Ela havia defendido em um blog o direito das mulheres à educação. A ativista recebeu reconhecimento mundial após o ataque e se tornou um símbolo na luta contra o Taleban, que controla áreas do Paquistão. Em 2014, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Ameaçada de morte pelo grupo, Malala hoje vive com a sua família no Reino Unido. A mídia paquistanesa comemorou os bons resultados. "Ela [Malala] continua deixando o Paquistão orgulhoso", publicou o jornal paquistanês "Express Tribune".
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mundo
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Ativista da educação, Malala tira notas excelentes em exames britânicosA jovem paquistanesa Malala Yousafzai, que ganhou o prêmio Nobel da Paz por seus esforços em prol da educação, comemorou as boas notas que tirou em exames do Reino Unido. Seu pai, Ziauddin Yousafzai, publicou no Twitter nesta sexta-feira (21) que Malala, 18, tirou a nota máxima, A+, em seis disciplinas, e a nota A, em quatro. Com isso, ela ficou colocada entre os melhores estudantes que prestaram os exames GCSEs, semelhantes ao brasileiro Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). tweet Aos 14, Malala levou um tiro na cabeça disparado por um atirador do grupo radical islâmico Taleban enquanto saía de sua escola, no vale do Swat. Ela havia defendido em um blog o direito das mulheres à educação. A ativista recebeu reconhecimento mundial após o ataque e se tornou um símbolo na luta contra o Taleban, que controla áreas do Paquistão. Em 2014, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Ameaçada de morte pelo grupo, Malala hoje vive com a sua família no Reino Unido. A mídia paquistanesa comemorou os bons resultados. "Ela [Malala] continua deixando o Paquistão orgulhoso", publicou o jornal paquistanês "Express Tribune".
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Ueba! Paris Hilton em Cuba!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Dilma jantou com o PMDB". Errado. O PMDB jantou a Dilma! Rarará! O PMDB é o partido mais quenga desde os tempos de Salomé! PMDB é Pegamos Ministérios De Baciada. Pomos a Mão no Dinheiro do Brasil! Rarará! E a lista do Janot? A lista do Janot eu ainda não sei, mas a lista dos envolvidos é: Lexotan, Rivotril, Lorax, Vallium, Diazepan, Maracujina e Canjebrina! A lista do Janot parece a lista do Dunga, tanto suspense e na hora agá são os mesmos: Vaccari, Cunha, Renan, Aécio, Lula e Dilma, Fernando Henrique, Fidel e Bush. Rarará! E já imaginou se o Janot erra de bolso e entrega a lista do supermercado? Aí o ministro pega a lista e divulga na GloboNews: granola, geleia, cândida, mamão papaia, carne moída e VEJA! Rarará! Essa é a lista que vai derrubar a Dilma, a lista do supermercado! Rarará! E atenção! Mandam a Dilma ir pra Cuba, mas quem vai é a Paris Hilton. A Paris Hilton foi pra Cuba e postou uma foto no Instagram com a legenda: "Cuba, baby". Cuba virou coxinha! E ainda tirou uma selfie com o filho do Fidel Castro. Eu sei que é reatamento, mas aí já é demais. Desmoralizou o filho do Fidel. Desmoralizou Cuba! Rarará! A Paris Hiton desmoralizou Cuba! E a Naomi Campbell também está em Cuba. Dando bolsada em paparazzi! Cuba virou coxinha. Não vou mais! Rarará! E a namorada de um amigo meu está dando notas pra performance dele em tons de cinza: "Hoje você estava três tons de cinza. E ontem você estava meio cinza". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha esta agência de empréstimos em Santo Antônio de Jesus, Bahia: "ADILLMA EMPRE$TA". Empresta, sim, com 89% de juros. Diários! Rarará! E esta placa num cinema de Curitiba: "Srs. Clientes, informamos que, em razão da greve dos caminhoneiros, estamos sem o produto utilizado para a produção de pipoca doce". Se falar Paçoquita é impeachment. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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colunas
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Ueba! Paris Hilton em Cuba!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Piada Pronta: "Dilma jantou com o PMDB". Errado. O PMDB jantou a Dilma! Rarará! O PMDB é o partido mais quenga desde os tempos de Salomé! PMDB é Pegamos Ministérios De Baciada. Pomos a Mão no Dinheiro do Brasil! Rarará! E a lista do Janot? A lista do Janot eu ainda não sei, mas a lista dos envolvidos é: Lexotan, Rivotril, Lorax, Vallium, Diazepan, Maracujina e Canjebrina! A lista do Janot parece a lista do Dunga, tanto suspense e na hora agá são os mesmos: Vaccari, Cunha, Renan, Aécio, Lula e Dilma, Fernando Henrique, Fidel e Bush. Rarará! E já imaginou se o Janot erra de bolso e entrega a lista do supermercado? Aí o ministro pega a lista e divulga na GloboNews: granola, geleia, cândida, mamão papaia, carne moída e VEJA! Rarará! Essa é a lista que vai derrubar a Dilma, a lista do supermercado! Rarará! E atenção! Mandam a Dilma ir pra Cuba, mas quem vai é a Paris Hilton. A Paris Hilton foi pra Cuba e postou uma foto no Instagram com a legenda: "Cuba, baby". Cuba virou coxinha! E ainda tirou uma selfie com o filho do Fidel Castro. Eu sei que é reatamento, mas aí já é demais. Desmoralizou o filho do Fidel. Desmoralizou Cuba! Rarará! A Paris Hiton desmoralizou Cuba! E a Naomi Campbell também está em Cuba. Dando bolsada em paparazzi! Cuba virou coxinha. Não vou mais! Rarará! E a namorada de um amigo meu está dando notas pra performance dele em tons de cinza: "Hoje você estava três tons de cinza. E ontem você estava meio cinza". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha esta agência de empréstimos em Santo Antônio de Jesus, Bahia: "ADILLMA EMPRE$TA". Empresta, sim, com 89% de juros. Diários! Rarará! E esta placa num cinema de Curitiba: "Srs. Clientes, informamos que, em razão da greve dos caminhoneiros, estamos sem o produto utilizado para a produção de pipoca doce". Se falar Paçoquita é impeachment. Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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'Mico do feriado' chuvoso em SP tem volta antecipada e bônus em pousada
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Após um calor de até 32,8ºC na cidade de São Paulo na sexta-feira (11), três dias seguidos de chuva para quem viajou para as praias paulistas. O "mico" do mau tempo no feriado prolongado levou muita gente a antecipar a volta: na tarde desta segunda (14), já tinham retornado pelo sistema Anchieta-Imigrantes mais de dois terços dos 277 mil carros que seguiram desde sexta rumo ao litoral sul. Pousadas chegaram a oferecer até créditos de diárias a clientes como compensação pelos dias perdidos. José Francisco da Silva, 53, alugou um quarto em Boraceia, praia de São Sebastião, no litoral norte, para passar o feriado com a família. O plano era ficar até esta terça (15), mas, com a chuva ininterrupta, resolveu voltar na segunda após o almoço. "Me deram crédito para usar em outra vez", diz, conformado. "O tempo estava muito ruim. Muita gente já foi embora no domingo." Segundo Silva, ele não foi o único –com a saída antecipada pelo mau tempo, outros hóspedes da pousada também negociaram o valor da estadia. Carlos Eduardo Araújo, 50, foi com a família para Santos, no litoral sul, na sexta. Para ele, depois de tanta água, não vale a pena insistir na viagem. "Sábado choveu o dia todo, domingo choveu o dia todo. Hoje [segunda] chove e para, chove e para. Não faz sentido ficar, não dá para fazer nada. Até tentei dar uma volta no calçadão, mas voltou a chover." Mateus Zaghi Nogueira, 28, viajou em dez pessoas de Guaranésia (MG) para a casa do tio em Praia Grande (SP). "A gente até foi para a praia para não perder a viagem, mas não dá para aproveitar muito não", conta. A programação de lazer acabou tendo que ser feita em locais fechados. "Fomos mais pra shopping mesmo", diz, resignado, enquanto iniciava a viagem de mais de quatro horas de volta para Minas. TRÂNSITO Além do tempo ruim, os viajantes ainda enfrentaram congestionamentos nas rodovias. Na ida, no sábado, Silva levou nove horas para chegar da capital ao seu destino. "Saí às 10h e cheguei às 19h, estava horrível", afirma. Na pousada em que ficou, conversou com um senhor que demorou 12 horas, saindo de Sorocaba. A expectativa, no entanto, é que a volta seja mais tranquila na parte final do feriado prolongado. O trânsito do retorno é mais diluído, uma vez que, em função do mau tempo, os motoristas deixaram o litoral em diferentes dias e horários. O sistema Anchieta-Imigrantes realizará a operação de subida da serra, com oito pistas sentido São Paulo (todas as seis da Imigrantes e mais duas da Anchieta) e apenas duas da Anchieta para a descida.
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cotidiano
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'Mico do feriado' chuvoso em SP tem volta antecipada e bônus em pousadaApós um calor de até 32,8ºC na cidade de São Paulo na sexta-feira (11), três dias seguidos de chuva para quem viajou para as praias paulistas. O "mico" do mau tempo no feriado prolongado levou muita gente a antecipar a volta: na tarde desta segunda (14), já tinham retornado pelo sistema Anchieta-Imigrantes mais de dois terços dos 277 mil carros que seguiram desde sexta rumo ao litoral sul. Pousadas chegaram a oferecer até créditos de diárias a clientes como compensação pelos dias perdidos. José Francisco da Silva, 53, alugou um quarto em Boraceia, praia de São Sebastião, no litoral norte, para passar o feriado com a família. O plano era ficar até esta terça (15), mas, com a chuva ininterrupta, resolveu voltar na segunda após o almoço. "Me deram crédito para usar em outra vez", diz, conformado. "O tempo estava muito ruim. Muita gente já foi embora no domingo." Segundo Silva, ele não foi o único –com a saída antecipada pelo mau tempo, outros hóspedes da pousada também negociaram o valor da estadia. Carlos Eduardo Araújo, 50, foi com a família para Santos, no litoral sul, na sexta. Para ele, depois de tanta água, não vale a pena insistir na viagem. "Sábado choveu o dia todo, domingo choveu o dia todo. Hoje [segunda] chove e para, chove e para. Não faz sentido ficar, não dá para fazer nada. Até tentei dar uma volta no calçadão, mas voltou a chover." Mateus Zaghi Nogueira, 28, viajou em dez pessoas de Guaranésia (MG) para a casa do tio em Praia Grande (SP). "A gente até foi para a praia para não perder a viagem, mas não dá para aproveitar muito não", conta. A programação de lazer acabou tendo que ser feita em locais fechados. "Fomos mais pra shopping mesmo", diz, resignado, enquanto iniciava a viagem de mais de quatro horas de volta para Minas. TRÂNSITO Além do tempo ruim, os viajantes ainda enfrentaram congestionamentos nas rodovias. Na ida, no sábado, Silva levou nove horas para chegar da capital ao seu destino. "Saí às 10h e cheguei às 19h, estava horrível", afirma. Na pousada em que ficou, conversou com um senhor que demorou 12 horas, saindo de Sorocaba. A expectativa, no entanto, é que a volta seja mais tranquila na parte final do feriado prolongado. O trânsito do retorno é mais diluído, uma vez que, em função do mau tempo, os motoristas deixaram o litoral em diferentes dias e horários. O sistema Anchieta-Imigrantes realizará a operação de subida da serra, com oito pistas sentido São Paulo (todas as seis da Imigrantes e mais duas da Anchieta) e apenas duas da Anchieta para a descida.
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Duplo ataque com bomba mata ao menos 31 no Iraque
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Um duplo atentado com carro-bomba matou ao menos 31 e deixou outros 52 feridos na cidade de Samawah, no Iraque, segundo balanço atualizado divulgado na manhã deste domingo (1º). Os dois veículos, que estavam estacionados, foram detonados com diferença de minutos, perto do meio-dia. O primeiro explodiu perto de prédios do governo. Já o segundo foi detonado a cerca de 60 metros do local, em uma estação de ônibus. As autoridades dizem que o número de mortos deve subir. Fotos publicadas na internet mostram fumaça saindo dos prédios atingidos, além de carros queimados e corpos espalhados pelo local, incluindo crianças. Bombeiros e a polícia carregam vítimas em macas e nos braços. Samawah é uma cidade de maioria xiita e está localizada a 370 km ao sul de Bagdá. O grupo radical Estado Islâmico reivindicou o duplo ataque em um comunicado on-line, dizendo que foram realizados por suicidas e que o alvo era a polícia. Antes mesmo do comunicado, as autoridades diziam haver semelhanças com outros atentados perpetrados pelo EI, que tem forte presença no Iraque e costuma mirar em concentrações de xiitas, a quem consideram apóstatas.
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mundo
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Duplo ataque com bomba mata ao menos 31 no IraqueUm duplo atentado com carro-bomba matou ao menos 31 e deixou outros 52 feridos na cidade de Samawah, no Iraque, segundo balanço atualizado divulgado na manhã deste domingo (1º). Os dois veículos, que estavam estacionados, foram detonados com diferença de minutos, perto do meio-dia. O primeiro explodiu perto de prédios do governo. Já o segundo foi detonado a cerca de 60 metros do local, em uma estação de ônibus. As autoridades dizem que o número de mortos deve subir. Fotos publicadas na internet mostram fumaça saindo dos prédios atingidos, além de carros queimados e corpos espalhados pelo local, incluindo crianças. Bombeiros e a polícia carregam vítimas em macas e nos braços. Samawah é uma cidade de maioria xiita e está localizada a 370 km ao sul de Bagdá. O grupo radical Estado Islâmico reivindicou o duplo ataque em um comunicado on-line, dizendo que foram realizados por suicidas e que o alvo era a polícia. Antes mesmo do comunicado, as autoridades diziam haver semelhanças com outros atentados perpetrados pelo EI, que tem forte presença no Iraque e costuma mirar em concentrações de xiitas, a quem consideram apóstatas.
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Oportunidade desperdiçada
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O país está em meio à transição de um modelo de expansão econômica cujos resultados se esgotaram para outro ainda pouco claro, embora já iniciado com o ajuste absolutamente necessário das contas públicas. Essa é a prioridade que se apresenta por agora, agravada pela teia de problemas acumulados no passado recente, cujas sequelas estão na raiz dos passivos que assombram o país, do risco de racionamento de água e energia ao escândalo que dilacera a Petrobras e a cadeia de petróleo, gás, bens de capital e construção pesada -áreas de ponta do dinamismo econômico e do investimento nos últimos anos. Esse contexto é adverso à volta do crescimento no curto prazo, sem o qual todos os anseios serão muito mais difíceis. Uma reação positiva puxada pelas exportações seria extremamente salutar nesse quadro, mas aqui também os obstáculos não são desprezíveis. Para uma das dez maiores economias do mundo, nossa expressão exportadora é pífia, pouco superior a 10% do PIB, ou 1,3% das exportações globais. Quanto aos produtos industriais, o naco do Brasil no total das exportações mundiais é irrisório: mero 0,7%, o que confere à indústria brasileira a 31ª colocação nesse ranking. Ainda assim, a exportação é nossa melhor vantagem para evitar que o mergulho da atividade econômica seja intenso, complicando adiante a retomada do crescimento, apesar de tais vantagens não serem tão óbvias. A depreciação cambial (42% em dois anos) não está tendo o efeito energético sobre as exportações como no passado, refletindo, no país, uma densa estrutura de custos de produção, além da falta de maior conexão com as cadeias produtivas globais, e, no exterior, o baixo dinamismo do comércio mundial e do mercado de commodities. Tais questões são fatos, mas também é verdadeiro que aqui estão todas as grandes corporações do mundo –98% dos 500 maiores grupos dos Estados Unidos, todos os gigantes empresariais da Alemanha, do Japão, da Coreia do Sul, da França, da Suécia, da Inglaterra da Suíça, e os da China estão a caminho. São corporações que compõem a lista dos cem maiores exportadores globais, mas não devido às suas operações no Brasil, em que se destacam pelas vendas no mercado doméstico, não nas exportações. Mais estranho é que esses grupos estão aqui não como simples escritórios de representação, mas como fabricantes de bens de última geração tecnológica, com nenhuma ou mínima defasagem em relação ao que há lá fora –de smartphones a carros, de roupas a TVs. Diferente é o preço, muito maior no país. A presença dessas empresas em território brasileiro é uma vantagem pouco usada e até desperdiçada, pois foram induzidas a se especializar no mercado doméstico, graças a medidas de incentivo, subsídios e proteção. A receita de exportação de manufaturados fica, assim, aquém do que poderia potencialmente ser, desequilibrando a balança de nossas contas externas. Tais evidências sugerem o que deve ser feito para, em paralelo ao programa de ajuste fiscal, relançar as bases do crescimento, tendo a exportação como um dos esteios, e a qualificação do investimento industrial, como preliminar para pôr a economia brasileira no centro mais dinâmico da geração de renda no mundo. Segundo dados da OCDE, as corporações globais têm influência sobre 80% das exportações de bens e serviços no mundo. No Brasil, as empresas com participação estrangeira fazem 60% das exportações e poderiam ir muito além se induzidas apropriadamente. E por que o Brasil é relevante para suas operações, mas não para o comércio mundial, como suas instalações em outros países? Penso que a razão de fundo está na falta de uma política de comércio exterior consistente. Ela deveria ser alicerçada em uma maior aproximação dos grandes centros comerciais do mundo via acordos bilaterais com os EUA, a Europa e outros países. Em simultâneo, deveriam ser resolvidos os problemas provocados pelos impostos cumulativos e pelas más condições da infraestrutura. Não é uma agenda trivial. Mas o mais difícil, que é atrair tais empresas, está feito. Se esse desafio já foi superado, a solução depende da clarividência de nossas ações. Hoje, nitidamente, deixamos sobre a mesa algumas dezenas de bilhões de dólares de exportações.
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colunas
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Oportunidade desperdiçadaO país está em meio à transição de um modelo de expansão econômica cujos resultados se esgotaram para outro ainda pouco claro, embora já iniciado com o ajuste absolutamente necessário das contas públicas. Essa é a prioridade que se apresenta por agora, agravada pela teia de problemas acumulados no passado recente, cujas sequelas estão na raiz dos passivos que assombram o país, do risco de racionamento de água e energia ao escândalo que dilacera a Petrobras e a cadeia de petróleo, gás, bens de capital e construção pesada -áreas de ponta do dinamismo econômico e do investimento nos últimos anos. Esse contexto é adverso à volta do crescimento no curto prazo, sem o qual todos os anseios serão muito mais difíceis. Uma reação positiva puxada pelas exportações seria extremamente salutar nesse quadro, mas aqui também os obstáculos não são desprezíveis. Para uma das dez maiores economias do mundo, nossa expressão exportadora é pífia, pouco superior a 10% do PIB, ou 1,3% das exportações globais. Quanto aos produtos industriais, o naco do Brasil no total das exportações mundiais é irrisório: mero 0,7%, o que confere à indústria brasileira a 31ª colocação nesse ranking. Ainda assim, a exportação é nossa melhor vantagem para evitar que o mergulho da atividade econômica seja intenso, complicando adiante a retomada do crescimento, apesar de tais vantagens não serem tão óbvias. A depreciação cambial (42% em dois anos) não está tendo o efeito energético sobre as exportações como no passado, refletindo, no país, uma densa estrutura de custos de produção, além da falta de maior conexão com as cadeias produtivas globais, e, no exterior, o baixo dinamismo do comércio mundial e do mercado de commodities. Tais questões são fatos, mas também é verdadeiro que aqui estão todas as grandes corporações do mundo –98% dos 500 maiores grupos dos Estados Unidos, todos os gigantes empresariais da Alemanha, do Japão, da Coreia do Sul, da França, da Suécia, da Inglaterra da Suíça, e os da China estão a caminho. São corporações que compõem a lista dos cem maiores exportadores globais, mas não devido às suas operações no Brasil, em que se destacam pelas vendas no mercado doméstico, não nas exportações. Mais estranho é que esses grupos estão aqui não como simples escritórios de representação, mas como fabricantes de bens de última geração tecnológica, com nenhuma ou mínima defasagem em relação ao que há lá fora –de smartphones a carros, de roupas a TVs. Diferente é o preço, muito maior no país. A presença dessas empresas em território brasileiro é uma vantagem pouco usada e até desperdiçada, pois foram induzidas a se especializar no mercado doméstico, graças a medidas de incentivo, subsídios e proteção. A receita de exportação de manufaturados fica, assim, aquém do que poderia potencialmente ser, desequilibrando a balança de nossas contas externas. Tais evidências sugerem o que deve ser feito para, em paralelo ao programa de ajuste fiscal, relançar as bases do crescimento, tendo a exportação como um dos esteios, e a qualificação do investimento industrial, como preliminar para pôr a economia brasileira no centro mais dinâmico da geração de renda no mundo. Segundo dados da OCDE, as corporações globais têm influência sobre 80% das exportações de bens e serviços no mundo. No Brasil, as empresas com participação estrangeira fazem 60% das exportações e poderiam ir muito além se induzidas apropriadamente. E por que o Brasil é relevante para suas operações, mas não para o comércio mundial, como suas instalações em outros países? Penso que a razão de fundo está na falta de uma política de comércio exterior consistente. Ela deveria ser alicerçada em uma maior aproximação dos grandes centros comerciais do mundo via acordos bilaterais com os EUA, a Europa e outros países. Em simultâneo, deveriam ser resolvidos os problemas provocados pelos impostos cumulativos e pelas más condições da infraestrutura. Não é uma agenda trivial. Mas o mais difícil, que é atrair tais empresas, está feito. Se esse desafio já foi superado, a solução depende da clarividência de nossas ações. Hoje, nitidamente, deixamos sobre a mesa algumas dezenas de bilhões de dólares de exportações.
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Vozes das ruas e desafios das cidades
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Erra feio quem procura interpretar as manifestações de março como uma espécie de pesquisa eleitoral na rua para verificar quem é contra ou a favor da presidente e de seu partido, apesar da insistência nessa tese por parte da coalizão econômico-política que governa o país desde sempre, habituada a promover mudanças para deixar tudo como está. Assim como ocorreu em junho de 2013, as manifestações do último dia 15 não podem ser lidas como voz uníssona. Pelo contrário, o que vimos foi uma diversidade de vozes unificadas por um profundo sentimento de indignação com o modo brasileiro de governar. É verdade que, agora, mais do que em 2013, a revolta com os escândalos de corrupção deu a tônica dos protestos. Nesta coluna, mais de uma vez, aliás, já comentei como o tema da corrupção incide nas políticas urbanas, a ponto de os processos decisórios estarem sobredeterminados por interesses privados fortemente encravados no Estado. O modelo do jogo político-eleitoral, ao qual está vinculada a prática da corrupção, não apenas contamina o destino das finanças públicas, desviando recursos, mas, principalmente, determina para onde e para quem vão esses recursos e decide o que vai ou não ser feito em nossas cidades. Diante desse modelo, os canais de representação institucionais encontram-se hoje fragilizados, tanto nas casas legislativas -as câmaras municipais deixaram de ser espaço de elaboração e discussão de políticas para operar na lógica de base governista versus oposição-, como no Executivo, que, obrigado a acomodar interesses de sua base de apoio, especialmente distribuindo cargos, esvazia sua capacidade de elaborar, negociar e executar políticas públicas capazes de redirecionar os rumos das cidades. Por outro lado, os espaços de participação e democracia direta criados sob pressão popular desde os anos 1990 ou estão também contaminados e instrumentalizados sob a lógica partidária ou são escanteados dos processos reais de elaboração de políticas e de tomada de decisão, tornando-se fóruns -muitas vezes, irrelevantes. As crises da água, da mobilidade e da moradia são produtos desse modo brasileiro de governar. As ações governamentais devem apresentar resultados em quatro anos e ser visíveis o suficiente para reeleger mandatários, que precisam ter "o que mostrar" na propaganda. Devem ainda ser capazes de acomodar interesses de empreiteiras, concessionárias de serviços, incorporadoras e loteadores, e distribuir benefícios individuais para suas bases, de modo que nas eleições se obtenham os recursos para custear as campanhas. Nesse contexto, o planejamento urbano, fundamental para enfrentar crises como as mencionadas- que exigem, por sua própria natureza, ações de longo prazo-, não tem a menor chance de existir e prosperar. Enfrentar tal situação não depende de trocar de presidente ou de partido. Vai além, inclusive, da tão necessária e urgente reforma política, exigindo uma reforma mais profunda do Estado brasileiro. Mudar para continuar exatamente como está é o que deseja a coalizão econômico-política que, na prática, governa o país, a mesma que tenta reduzir essa complexa questão a um ódio à presidente Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores. As ruas, felizmente, querem mais.
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Vozes das ruas e desafios das cidadesErra feio quem procura interpretar as manifestações de março como uma espécie de pesquisa eleitoral na rua para verificar quem é contra ou a favor da presidente e de seu partido, apesar da insistência nessa tese por parte da coalizão econômico-política que governa o país desde sempre, habituada a promover mudanças para deixar tudo como está. Assim como ocorreu em junho de 2013, as manifestações do último dia 15 não podem ser lidas como voz uníssona. Pelo contrário, o que vimos foi uma diversidade de vozes unificadas por um profundo sentimento de indignação com o modo brasileiro de governar. É verdade que, agora, mais do que em 2013, a revolta com os escândalos de corrupção deu a tônica dos protestos. Nesta coluna, mais de uma vez, aliás, já comentei como o tema da corrupção incide nas políticas urbanas, a ponto de os processos decisórios estarem sobredeterminados por interesses privados fortemente encravados no Estado. O modelo do jogo político-eleitoral, ao qual está vinculada a prática da corrupção, não apenas contamina o destino das finanças públicas, desviando recursos, mas, principalmente, determina para onde e para quem vão esses recursos e decide o que vai ou não ser feito em nossas cidades. Diante desse modelo, os canais de representação institucionais encontram-se hoje fragilizados, tanto nas casas legislativas -as câmaras municipais deixaram de ser espaço de elaboração e discussão de políticas para operar na lógica de base governista versus oposição-, como no Executivo, que, obrigado a acomodar interesses de sua base de apoio, especialmente distribuindo cargos, esvazia sua capacidade de elaborar, negociar e executar políticas públicas capazes de redirecionar os rumos das cidades. Por outro lado, os espaços de participação e democracia direta criados sob pressão popular desde os anos 1990 ou estão também contaminados e instrumentalizados sob a lógica partidária ou são escanteados dos processos reais de elaboração de políticas e de tomada de decisão, tornando-se fóruns -muitas vezes, irrelevantes. As crises da água, da mobilidade e da moradia são produtos desse modo brasileiro de governar. As ações governamentais devem apresentar resultados em quatro anos e ser visíveis o suficiente para reeleger mandatários, que precisam ter "o que mostrar" na propaganda. Devem ainda ser capazes de acomodar interesses de empreiteiras, concessionárias de serviços, incorporadoras e loteadores, e distribuir benefícios individuais para suas bases, de modo que nas eleições se obtenham os recursos para custear as campanhas. Nesse contexto, o planejamento urbano, fundamental para enfrentar crises como as mencionadas- que exigem, por sua própria natureza, ações de longo prazo-, não tem a menor chance de existir e prosperar. Enfrentar tal situação não depende de trocar de presidente ou de partido. Vai além, inclusive, da tão necessária e urgente reforma política, exigindo uma reforma mais profunda do Estado brasileiro. Mudar para continuar exatamente como está é o que deseja a coalizão econômico-política que, na prática, governa o país, a mesma que tenta reduzir essa complexa questão a um ódio à presidente Dilma Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores. As ruas, felizmente, querem mais.
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O que é siringoma? Tenho bolinhas sob o olho. Pode ser isso?
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O que é siringoma? Tenho bolinhas embaixo dos meus olhos. Pode ser isso? S.O.H. Siringomas são pequenos tumores benignos nas glândulas de suor, segundo Claudia Lino, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Contudo, essas bolinhas não representam perigo à saúde e não precisam ser removidas. Normalmente, elas provocam preocupação estética, por estarem, na maior parte das vezes, ao redor dos olhos. O siringoma é mais comum em mulheres e está associado a fatores hereditários. Outras bolinhas possíveis são a mília –conjunto de obstruções do folículo pilossebáceo– que podem ser retiradas mais facilmente. A remoção é feita com um orifício na lesão e extração. As pessoas não devem tentar retirar as bolinhas por conta própria. A retirada no caso do siringoma é feita com uma microcirurgia, cauterização ou uso de laser. Os dermatologistas utilizam anestesia para esses procedimentos. "O siringoma tem chance de voltar, não só a lesão removida, como outras", diz Lino. Para confirmação do que são as bolinhas, deve-se procurar um dermatologista. - A cada semana, nas edições de sábado do jornal impresso, a editoria de Saúde da Folha responde a uma pergunta dos leitores sobre saúde. É dada preferência a questões mais gerais sobre doenças, cuidados com a saúde e hábitos saudáveis. Mande sua dúvida para o nosso Facebook, e-mail [email protected] ou use #sdresp em alguma de suas redes sociais para falar sobre sua dúvida. Por carta, escreva para Editoria de Saúde, al. Barão de Limeira, 425, 4º. andar, CEP 01202-900, São Paulo-SP.
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equilibrioesaude
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O que é siringoma? Tenho bolinhas sob o olho. Pode ser isso?O que é siringoma? Tenho bolinhas embaixo dos meus olhos. Pode ser isso? S.O.H. Siringomas são pequenos tumores benignos nas glândulas de suor, segundo Claudia Lino, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Contudo, essas bolinhas não representam perigo à saúde e não precisam ser removidas. Normalmente, elas provocam preocupação estética, por estarem, na maior parte das vezes, ao redor dos olhos. O siringoma é mais comum em mulheres e está associado a fatores hereditários. Outras bolinhas possíveis são a mília –conjunto de obstruções do folículo pilossebáceo– que podem ser retiradas mais facilmente. A remoção é feita com um orifício na lesão e extração. As pessoas não devem tentar retirar as bolinhas por conta própria. A retirada no caso do siringoma é feita com uma microcirurgia, cauterização ou uso de laser. Os dermatologistas utilizam anestesia para esses procedimentos. "O siringoma tem chance de voltar, não só a lesão removida, como outras", diz Lino. Para confirmação do que são as bolinhas, deve-se procurar um dermatologista. - A cada semana, nas edições de sábado do jornal impresso, a editoria de Saúde da Folha responde a uma pergunta dos leitores sobre saúde. É dada preferência a questões mais gerais sobre doenças, cuidados com a saúde e hábitos saudáveis. Mande sua dúvida para o nosso Facebook, e-mail [email protected] ou use #sdresp em alguma de suas redes sociais para falar sobre sua dúvida. Por carta, escreva para Editoria de Saúde, al. Barão de Limeira, 425, 4º. andar, CEP 01202-900, São Paulo-SP.
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Oi FM perde ação contra Ecad e terá que pagar direitos autorais a artistas
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Nesta quarta-feira (8), o Supremo Tribunal de Justiça determinou, por 8 votos a 1, que os artistas presentes na plataforma digital da Oi FM terão que receber pela execução de suas músicas. O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) afirmou em comunicado que este novo modelo de consumo de música deve favorecer a todos os envolvidos, tanto as plataformas de streaming quanto os seus consumidores e criadores. Segundo o advogado do Ecad, Pedro Paulo Muanis, o STJ entendeu a partir desta ação que a reprodução de música pela internet configura como execução pública, fato que exige a cobrança de direitos autorais. Procurada pela reportagem, a Oi afirmou que "não teve acesso ao teor da decisão, já que o acórdão não foi publicado e não tem como comentar." Outras empresas que possuem plataformas digitais de reprodução de músicas, como Spotify e Apple Music, já pagam estes direitos autorais.
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ilustrada
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Oi FM perde ação contra Ecad e terá que pagar direitos autorais a artistasNesta quarta-feira (8), o Supremo Tribunal de Justiça determinou, por 8 votos a 1, que os artistas presentes na plataforma digital da Oi FM terão que receber pela execução de suas músicas. O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) afirmou em comunicado que este novo modelo de consumo de música deve favorecer a todos os envolvidos, tanto as plataformas de streaming quanto os seus consumidores e criadores. Segundo o advogado do Ecad, Pedro Paulo Muanis, o STJ entendeu a partir desta ação que a reprodução de música pela internet configura como execução pública, fato que exige a cobrança de direitos autorais. Procurada pela reportagem, a Oi afirmou que "não teve acesso ao teor da decisão, já que o acórdão não foi publicado e não tem como comentar." Outras empresas que possuem plataformas digitais de reprodução de músicas, como Spotify e Apple Music, já pagam estes direitos autorais.
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Amarga clarividência
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Clássico de Dino Risi, "Perfume de Mulher" (1974) é desses filmes que mostram como gêneros populares, como melodrama e comédia, sempre trazem meditações sérias nos momentos mais altos do cinema italiano. Em boa parte, isso se deve à presença de Vittorio Gassman no papel principal, para o qual Risi declarou ter pensado em convidar primeiramente Marlon Brando e Ugo Tognazzi. Gassman tem a intensidade do primeiro e o caráter ao mesmo tempo bufo e tragicômico do segundo. Não por acaso, receberia o prêmio de melhor ator no festival de Cannes de 1975. A narrativa descreve a viagem de Turim a Nápoles feita pelo capitão reformado Fausto Consolo —que, após acidente com explosivos, ficou cego e maneta (ele leva uma prótese)— com um jovem militar, Ciccio, que lhe serve de guia. De saída, a relação entre os dois é caricatural, com o veterano humilhando o cadete e procurando provar que ainda mantém a altivez, a força e a elegância que lhe valeram sucesso entre as mulheres. Aliás (e isso explica o título do filme), Fausto se gaba de perceber a presença de uma bela presença feminina apenas pelo odor de seu perfume e chega mesmo a distinguir uma mulher de um travesti melhor que seu imberbe assistente. Durante o percurso de trem, eles passam por Gênova (onde Fausto visita uma prostituta) e por Roma (onde encontra um primo padre). Estas duas estações —o profano e o sacro— são a chave de um filme que esconde, sob o exasperado e arrogante hedonismo de seu protagonista, um pessimismo desesperado, que percebemos pelo olhar de Ciccio. No começo, Fausto ironiza a comiseração alheia: "Você acha que sofro porque não posso mais ver um pôr do sol ou a cúpula do Vaticano? O sexo, as coxas, duas belas nádegas, eis a única religião, a única ideia política, a verdadeira pátria de um homem", diz o capitão ao cadete. No encontro com o primo religioso, porém, ele diz que a cegueira poderia ser, do ponto de vista religioso, uma bênção (a purgação dos pecados em vida), ou, do ponto de vista sensorial, uma sorte (já que o cego mergulharia mais profundamente na memória e na imaginação) —conclui, porém, que ele mesmo, se visse, contemplaria apenas desertos: "Eu também sou uma pedra". O destino final da viagem revela, no encontro com outro militar cego e com a jovem filha de um amigo que se apaixonara por ele (a belíssima Agostina Belli), o desígnio suicida e a altivez por trás da fanfarronice erótica da personagem —num filme que encerra uma amarga clarividência sobre a precariedade humana. CONEXÕES Perfume De Mulher - ótimo Direção: Dino Risi Distribuidora: Magnus Opus (R$ 39,90) Perfume De Mulher - muito bom Direção: Martin Brest Distribuidora: Universal (1992, DVD R$ 19,99 e Blu-ray R$ 39,99) "Remake" do clássico de Dino Risi tem Al Pacino, ator à altura de Gassman, no papel principal. - LIVRO São Paulo Infinita - muito bom Juliana Russo (GG, 104 págs., R$ 69) A artista plástica Juliana Russo faz um percurso por São Paulo através de desenhos, partindo do mais familiar (sua rua, na zona oeste) ao mais inóspito (a periferia da metrópole), passando por praças e museus. O traço delicado salienta detalhes emblemáticos da arquitetura e de interiores de bares e restaurantes, numa linda crônica visual da cidade. * FILME O Rato Que Ruge - ótimo Jack Arnold (Colecione Clássicos, R$ 37,90) A ideia dessa comédia pacifista de 1959, com Peter Sellers, é genial: um pequeno ducado europeu em crise resolve declarar guerra aos Estados Unidos para capitular e receber auxílio econômico. O plano dá errado e eles acabam se apoderando de uma bomba letal com que chantageiam a potência. Uma sátira da Guerra Fria e do imperialismo com a marca do humor inglês. * DISCO R. Strauss - Verdi: String Quartets - ótimo Quarteto Enso (Naxos, R$ 42, importado) Se Verdi e Strauss são conhecidos pelas óperas e por obras monumentais do romantismo tardio, essa gravação do quarteto de cordas Enso mostra repertório inusitado: peças de câmara, com tudo o que isso significa de rigor estrutural e contenção formal. Inclui ainda obras camerísticas de Puccini, outro nome célebre da ópera.
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Amarga clarividênciaClássico de Dino Risi, "Perfume de Mulher" (1974) é desses filmes que mostram como gêneros populares, como melodrama e comédia, sempre trazem meditações sérias nos momentos mais altos do cinema italiano. Em boa parte, isso se deve à presença de Vittorio Gassman no papel principal, para o qual Risi declarou ter pensado em convidar primeiramente Marlon Brando e Ugo Tognazzi. Gassman tem a intensidade do primeiro e o caráter ao mesmo tempo bufo e tragicômico do segundo. Não por acaso, receberia o prêmio de melhor ator no festival de Cannes de 1975. A narrativa descreve a viagem de Turim a Nápoles feita pelo capitão reformado Fausto Consolo —que, após acidente com explosivos, ficou cego e maneta (ele leva uma prótese)— com um jovem militar, Ciccio, que lhe serve de guia. De saída, a relação entre os dois é caricatural, com o veterano humilhando o cadete e procurando provar que ainda mantém a altivez, a força e a elegância que lhe valeram sucesso entre as mulheres. Aliás (e isso explica o título do filme), Fausto se gaba de perceber a presença de uma bela presença feminina apenas pelo odor de seu perfume e chega mesmo a distinguir uma mulher de um travesti melhor que seu imberbe assistente. Durante o percurso de trem, eles passam por Gênova (onde Fausto visita uma prostituta) e por Roma (onde encontra um primo padre). Estas duas estações —o profano e o sacro— são a chave de um filme que esconde, sob o exasperado e arrogante hedonismo de seu protagonista, um pessimismo desesperado, que percebemos pelo olhar de Ciccio. No começo, Fausto ironiza a comiseração alheia: "Você acha que sofro porque não posso mais ver um pôr do sol ou a cúpula do Vaticano? O sexo, as coxas, duas belas nádegas, eis a única religião, a única ideia política, a verdadeira pátria de um homem", diz o capitão ao cadete. No encontro com o primo religioso, porém, ele diz que a cegueira poderia ser, do ponto de vista religioso, uma bênção (a purgação dos pecados em vida), ou, do ponto de vista sensorial, uma sorte (já que o cego mergulharia mais profundamente na memória e na imaginação) —conclui, porém, que ele mesmo, se visse, contemplaria apenas desertos: "Eu também sou uma pedra". O destino final da viagem revela, no encontro com outro militar cego e com a jovem filha de um amigo que se apaixonara por ele (a belíssima Agostina Belli), o desígnio suicida e a altivez por trás da fanfarronice erótica da personagem —num filme que encerra uma amarga clarividência sobre a precariedade humana. CONEXÕES Perfume De Mulher - ótimo Direção: Dino Risi Distribuidora: Magnus Opus (R$ 39,90) Perfume De Mulher - muito bom Direção: Martin Brest Distribuidora: Universal (1992, DVD R$ 19,99 e Blu-ray R$ 39,99) "Remake" do clássico de Dino Risi tem Al Pacino, ator à altura de Gassman, no papel principal. - LIVRO São Paulo Infinita - muito bom Juliana Russo (GG, 104 págs., R$ 69) A artista plástica Juliana Russo faz um percurso por São Paulo através de desenhos, partindo do mais familiar (sua rua, na zona oeste) ao mais inóspito (a periferia da metrópole), passando por praças e museus. O traço delicado salienta detalhes emblemáticos da arquitetura e de interiores de bares e restaurantes, numa linda crônica visual da cidade. * FILME O Rato Que Ruge - ótimo Jack Arnold (Colecione Clássicos, R$ 37,90) A ideia dessa comédia pacifista de 1959, com Peter Sellers, é genial: um pequeno ducado europeu em crise resolve declarar guerra aos Estados Unidos para capitular e receber auxílio econômico. O plano dá errado e eles acabam se apoderando de uma bomba letal com que chantageiam a potência. Uma sátira da Guerra Fria e do imperialismo com a marca do humor inglês. * DISCO R. Strauss - Verdi: String Quartets - ótimo Quarteto Enso (Naxos, R$ 42, importado) Se Verdi e Strauss são conhecidos pelas óperas e por obras monumentais do romantismo tardio, essa gravação do quarteto de cordas Enso mostra repertório inusitado: peças de câmara, com tudo o que isso significa de rigor estrutural e contenção formal. Inclui ainda obras camerísticas de Puccini, outro nome célebre da ópera.
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Eleição na Câmara e no Senado é um jogo de cargos, interesses e benesses
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BRASÍLIA - Tente encontrar alguém que vive fora de Brasília preocupado com a eleição para as presidências da Câmara e do Senado. É uma tarefa árdua. Jornalistas que fazem a cobertura, por dever de ofício, e políticos são os que mais se interessam. O desdém das ruas há de ter suas razões, afinal o Congresso não está nem aí para o que você pensa sobre a disputa. Na campanha, pouco importa a biografia do candidato. O que pesa são cargos, benesses e privilégios, alguns deles inconfessáveis. Em fevereiro de 2005, o baixo clero da Câmara deu uma sova no candidato do PT e do então presidente Lula para eleger Severino Cavalcanti. Ele caiu da cadeira, passados sete meses, pelo escândalo do mensalinho de R$ 10 mil que cobrava para autorizar o funcionamento de um restaurante contratado pela Casa. No outro lado, no Senado, reinava Renan Calheiros, que em 2007 renunciaria à presidência em meio à revelação de que recorreu a um lobista para pagar despesa de uma filha com a jornalista Mônica Veloso. Os senadores então elegeram José Sarney em 2009. Sua gestão protagonizou a maior crise administrativa da história do Senado após a revelação dos atos secretos e de outros desmandos internos com verba pública. Saiu Sarney, voltou Renan. O alagoano deixa o cargo nos próximos dias como réu pela mesma acusação que o derrubara anos atrás, além de ser alvo de inquéritos da Lava Jato. Se nada sair do previsto, o deputado Rodrigo Maia e o senador Eunício Oliveira serão eleitos na semana que vem para comandar cada Casa. Nenhum dos dois traz uma expectativa de novos tempos no Congresso. O primeiro já ocupa um mandato-tampão desde julho, quando foi escolhido para substituir Eduardo Cunha. Maia leva o apelido de "Botafogo" na delação da Odebrecht. Do grupo de Renan e Sarney, Eunício, chamado de "Índio" na planilha da empreiteira, é mencionado como destinatário de R$ 2,1 milhões em troca de uma medida provisória.
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Eleição na Câmara e no Senado é um jogo de cargos, interesses e benessesBRASÍLIA - Tente encontrar alguém que vive fora de Brasília preocupado com a eleição para as presidências da Câmara e do Senado. É uma tarefa árdua. Jornalistas que fazem a cobertura, por dever de ofício, e políticos são os que mais se interessam. O desdém das ruas há de ter suas razões, afinal o Congresso não está nem aí para o que você pensa sobre a disputa. Na campanha, pouco importa a biografia do candidato. O que pesa são cargos, benesses e privilégios, alguns deles inconfessáveis. Em fevereiro de 2005, o baixo clero da Câmara deu uma sova no candidato do PT e do então presidente Lula para eleger Severino Cavalcanti. Ele caiu da cadeira, passados sete meses, pelo escândalo do mensalinho de R$ 10 mil que cobrava para autorizar o funcionamento de um restaurante contratado pela Casa. No outro lado, no Senado, reinava Renan Calheiros, que em 2007 renunciaria à presidência em meio à revelação de que recorreu a um lobista para pagar despesa de uma filha com a jornalista Mônica Veloso. Os senadores então elegeram José Sarney em 2009. Sua gestão protagonizou a maior crise administrativa da história do Senado após a revelação dos atos secretos e de outros desmandos internos com verba pública. Saiu Sarney, voltou Renan. O alagoano deixa o cargo nos próximos dias como réu pela mesma acusação que o derrubara anos atrás, além de ser alvo de inquéritos da Lava Jato. Se nada sair do previsto, o deputado Rodrigo Maia e o senador Eunício Oliveira serão eleitos na semana que vem para comandar cada Casa. Nenhum dos dois traz uma expectativa de novos tempos no Congresso. O primeiro já ocupa um mandato-tampão desde julho, quando foi escolhido para substituir Eduardo Cunha. Maia leva o apelido de "Botafogo" na delação da Odebrecht. Do grupo de Renan e Sarney, Eunício, chamado de "Índio" na planilha da empreiteira, é mencionado como destinatário de R$ 2,1 milhões em troca de uma medida provisória.
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Para rebater tese do golpe, Temer concede entrevista para a CNN
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Em ofensiva a veículos estrangeiros para rebater discurso da presidente Dilma Rousseff de que é vítima de um "golpe", o vice-presidente Michel Temer concedeu nesta segunda-feira (25) entrevista à emissora CNN. A conversa foi realizada no Palácio do Jaburu com correspondente no Brasil da rede norte-americana, Shasta Darlington. A entrevista ocorreu dias depois da jornalista americana Cristiane Amanpour, âncora de um programa na mesma emissora, ter anunciado que virá ao Brasil para uma entrevista com a presidente Dilma Rousseff, que deve ser feita na quarta (27). Além da conversa, o vice-presidente teve encontro com o escritor e filósofo Denis Rosenfield, ligado ao Instituto Millenium e que tem atuado como consultor informal do peemedebista em relação a entrevistas para veículos estrangeiros. Na semana passada, o vice-presidente concedeu na capital paulista entrevistas para os jornais "The New York Times", "The Wall Street Journal" e "Financial Times". Em todas elas, ele rebateu a tese de que o eventual afastamento da presidente representa uma ruptura da ordem institucional do país. Ao "The New York Times", ele disse inclusive que não quer parecer que esteja conspirando para tomar o poder. Em pronunciamento na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), na sexta (22), Dilma disse que o país vive um momento "grave" e que os brasileiros saberão impedir "um retrocesso". A afirmação foi feita no fim de seu pronunciamento na cerimônia de assinatura do Acordo do Clima de Paris, em Nova York.
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poder
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Para rebater tese do golpe, Temer concede entrevista para a CNNEm ofensiva a veículos estrangeiros para rebater discurso da presidente Dilma Rousseff de que é vítima de um "golpe", o vice-presidente Michel Temer concedeu nesta segunda-feira (25) entrevista à emissora CNN. A conversa foi realizada no Palácio do Jaburu com correspondente no Brasil da rede norte-americana, Shasta Darlington. A entrevista ocorreu dias depois da jornalista americana Cristiane Amanpour, âncora de um programa na mesma emissora, ter anunciado que virá ao Brasil para uma entrevista com a presidente Dilma Rousseff, que deve ser feita na quarta (27). Além da conversa, o vice-presidente teve encontro com o escritor e filósofo Denis Rosenfield, ligado ao Instituto Millenium e que tem atuado como consultor informal do peemedebista em relação a entrevistas para veículos estrangeiros. Na semana passada, o vice-presidente concedeu na capital paulista entrevistas para os jornais "The New York Times", "The Wall Street Journal" e "Financial Times". Em todas elas, ele rebateu a tese de que o eventual afastamento da presidente representa uma ruptura da ordem institucional do país. Ao "The New York Times", ele disse inclusive que não quer parecer que esteja conspirando para tomar o poder. Em pronunciamento na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), na sexta (22), Dilma disse que o país vive um momento "grave" e que os brasileiros saberão impedir "um retrocesso". A afirmação foi feita no fim de seu pronunciamento na cerimônia de assinatura do Acordo do Clima de Paris, em Nova York.
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Obama vai ao Congresso dos EUA defender legado na área da saúde
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O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a democratas nesta quarta-feira (4) que preservem seu legado, enquanto republicanos lançavam ataques à lei que reformou o sistema de seguro de saúde durante seu governo, conhecida como Obamacare. O vice-presidente eleito, Mike Pence, disse que derrubar a lei seria o "primeiro item na pauta" da administração de Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro. O Senado começou nesta quarta a debater uma resolução que inicia o processo de desmontar o Obamacare, que, desde 2010, ajudou 20 milhões de pessoas sem seguro a obter cobertura. Obama foi ao Congresso pedir aos democratas que protejam a medida, considerada uma das grandes vitórias de seu governo. É raro que o presidente vá ao Congresso para se reunir com membros das Casas; Obama fez isso em 2015, por exemplo, para defender a TPP (Parceria Transpacífico ), acordo comercial com países asiáticos que acabou não sendo aprovado pelo Congresso. Os republicanos, que controlam a Câmara e o Senado, aumentaram os ataques verbais ao Obamacare, criticado por eles por ser intervencionista e por aumentar os custos para empresas. Já os democratas acusam os republicanos de tentar destruir a legislação de saúde sem ter plano alternativo. "O plano republicano de cortar o seguro de saúde não vai 'fazer a América grande novamente'", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, fazendo referência ao slogan de campanha de Trump. "Fará com que a América fique doente novamente e levará ao caos em vez da saúde acessível." Obama "nos encorajou a lutar", disse o congressista democrata Elijah Cummings. A jornalistas o presidente disse que sua mensagem aos democratas foi "protejam o povo americano". Pence, que era congressista, se encontrou com republicanos para traçar um plano para derrubar o Obamacare. O presidente da Câmara, Paul Ryan, disse que a lei arruinou o sistema de saúde norte-americano. "O primeiro ponto da pauta é manter nossa promessa de derrubar o Obamacare e substituí-lo por uma reforma no sistema de saúde que reduza o custo dos planos sem aumentar o tamanho do governo", disse Pence. Pence e Ryan não deram detalhes de como seria o plano alternativo, mas Ryan disse que o Congresso não fará nada que "puxe o tapete de ninguém". Já Trump disse em rede social que os republicanos "têm que ter cuidado porque os democratas são os donos do desastre Obamacare, com sua cobertura pobre e grandes aumentos de preços". Trump 1 Trump 2 Trump 3 DESPEDIDA E FESTA Obama fará discurso de despedida no próximo dia 10. Em comunicado, o presidente afirmou que a fala será em Chicago. O evento de despedida ocorrerá antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. Segundo o jornal "Washington Post", Obama fará nesta sexta (6) uma festa na Casa Branca com convidados como Beyoncé, Jay-Z, Oprah Winfrey, Stevie Wonder, JJ Abrams e George Lucas.
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mundo
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Obama vai ao Congresso dos EUA defender legado na área da saúdeO presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a democratas nesta quarta-feira (4) que preservem seu legado, enquanto republicanos lançavam ataques à lei que reformou o sistema de seguro de saúde durante seu governo, conhecida como Obamacare. O vice-presidente eleito, Mike Pence, disse que derrubar a lei seria o "primeiro item na pauta" da administração de Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro. O Senado começou nesta quarta a debater uma resolução que inicia o processo de desmontar o Obamacare, que, desde 2010, ajudou 20 milhões de pessoas sem seguro a obter cobertura. Obama foi ao Congresso pedir aos democratas que protejam a medida, considerada uma das grandes vitórias de seu governo. É raro que o presidente vá ao Congresso para se reunir com membros das Casas; Obama fez isso em 2015, por exemplo, para defender a TPP (Parceria Transpacífico ), acordo comercial com países asiáticos que acabou não sendo aprovado pelo Congresso. Os republicanos, que controlam a Câmara e o Senado, aumentaram os ataques verbais ao Obamacare, criticado por eles por ser intervencionista e por aumentar os custos para empresas. Já os democratas acusam os republicanos de tentar destruir a legislação de saúde sem ter plano alternativo. "O plano republicano de cortar o seguro de saúde não vai 'fazer a América grande novamente'", disse o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, fazendo referência ao slogan de campanha de Trump. "Fará com que a América fique doente novamente e levará ao caos em vez da saúde acessível." Obama "nos encorajou a lutar", disse o congressista democrata Elijah Cummings. A jornalistas o presidente disse que sua mensagem aos democratas foi "protejam o povo americano". Pence, que era congressista, se encontrou com republicanos para traçar um plano para derrubar o Obamacare. O presidente da Câmara, Paul Ryan, disse que a lei arruinou o sistema de saúde norte-americano. "O primeiro ponto da pauta é manter nossa promessa de derrubar o Obamacare e substituí-lo por uma reforma no sistema de saúde que reduza o custo dos planos sem aumentar o tamanho do governo", disse Pence. Pence e Ryan não deram detalhes de como seria o plano alternativo, mas Ryan disse que o Congresso não fará nada que "puxe o tapete de ninguém". Já Trump disse em rede social que os republicanos "têm que ter cuidado porque os democratas são os donos do desastre Obamacare, com sua cobertura pobre e grandes aumentos de preços". Trump 1 Trump 2 Trump 3 DESPEDIDA E FESTA Obama fará discurso de despedida no próximo dia 10. Em comunicado, o presidente afirmou que a fala será em Chicago. O evento de despedida ocorrerá antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. Segundo o jornal "Washington Post", Obama fará nesta sexta (6) uma festa na Casa Branca com convidados como Beyoncé, Jay-Z, Oprah Winfrey, Stevie Wonder, JJ Abrams e George Lucas.
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Operação contra terrorismo mostra firmeza, mas afugenta turistas, dizem ministros
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NOITE DE TERROR O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ficou até de madrugada no Palácio do Jaburu, na quinta (21), em reunião com o presidente interino Michel Temer. Logo cedo, voltou ao gabinete dele, para em seguida anunciar a prisão de pessoas acusadas de preparar atos terroristas no país. TERROR 2 Ministros de Temer acreditam que a atitude do titular da Justiça, de anunciar as prisões com espalhafato, pode ter efeito duplo: de um lado, mostra firmeza. De outro, pode aumentar o pânico e afugentar turistas que vêm para o evento. IMENSO VAZIO O próprio governo trabalha com a informação de que 20 mil pessoas cancelaram reservas em hotéis para a Olimpíada no Rio por causa das notícias, veiculadas pelas próprias autoridades, de que as coisas não andam bem na cidade. Aos poucos, elas foram sendo refeitas. CARTEIRA E os recursos destinados pela Petrobras à Olimpíada devem ficar em torno de R$ 15 milhões. A expectativa inicial, antes da crise na empresa, era a de eles poderiam chegar a R$ 300 milhões. PAPAI O ex-ativista italiano Cesare Battisti tem um filho brasileiro de dois anos e meio. O reconhecimento de paternidade saiu em maio, depois de serem feitos testes de DNA. Ele hoje é casado com outra mulher, também brasileira. FICHA LIMPA Condenado por terrorismo em seu país no passado, Battisti andava com receio de ser atingido pelas medidas do ministro da Justiça, que chegou a expulsar um professor franco-argelino do país nos últimos dias sem que sobre ele pesassem acusações formais no Brasil. Súmula do STF (Supremo Tribunal Federal), no entanto, veda a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, como é agora o caso do italiano. FESTANÇA Novo dono de uma mansão de R$ 2 mi em que vai morar com a noiva, Lexa, Mc Guimê mostra como curtir a vida em um casarão em seu clipe "Viva La Vida", lançado nesta sexta (22) pela Warner Music e gravado em Cidade Jardim, em SP. INDIGESTO A população da região sudeste é a que mais está insatisfeita com o governo federal, segundo o Ibope. A pesquisa, feita com 2.002 pessoas em 143 municípios em parceria com a Confederação Nacional da Indústria, mostrou que 49% das pessoas nos quatro Estados da região acreditam que os recursos públicos são muito mal utilizados. O percentual varia entre 31% e 44% nas outras regiões. FORA DO TOM Um piano de cauda da Funarte foi pichado durante a ocupação de artistas que entraram no espaço para protestar contra a extinção do Ministério da Cultura, já revertida, e pela saída de Michel Temer do governo. "Milhão cu de bosta", escreveram. PANO RÁPIDO Integrantes do protesto dizem que pessoas de fora danificaram o piano. Tentam limpá-lo há alguns dias, mas marcas ainda permanecem. OSWALD REVISITADO O diretor Zé Celso e a filósofa Marcia Tiburi participaram na quarta (20) do debate de lançamento do livro "Antropofagia: Palimpsesto Selvagem", da atriz Beatriz Azevedo. Passaram pela Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis a socióloga Vaner Ratto, a psicóloga Lu Mendes e o poeta Roberto Casarini. ORÇAMENTO O Theatro Municipal de SP obteve autorização para captar R$ 11,4 milhões pela Lei Rouanet para a temporada de apresentações do segundo semestre de 2016. A programação inclui óperas como "Elektra", de Richard Strauss, balés e concertos da Orquestra Sinfônica Municipal. SÓ DÁ ELA "Garota de Ipanema", de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, vai ser tocada em quatro línguas no musical "Garota de Ipanema, O Amor É Bossa". A canção aparecerá em francês (La Fille D'Ipanema), alemão (Der Boy Von Ipanema), italiano (Ragazza Di Ipanema) e inglês (The Girl From Ipanema). A peça estreia em agosto no Rio e terá Thiago Fragoso e Letícia Persiles nos papeis principais. CURTO-CIRCUITO O Itaú Cultural apresenta a peça "Cabras - Cabeças que Voam, Cabeças que Rolam", da Cia. Balagan. Às 20h, hoje e amanhã, e às 19h, no domingo. Os estilistas Lucas Anderi e Alexandre Won lançam hoje coleção de gravatas para noivos e padrinhos. Na loja de Lucas Anderi, nos Jardins. Às 19h. A empresa Esperienza Italiana vai cuidar da imagem da Casa Itália na Olimpíada. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI,THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO
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Operação contra terrorismo mostra firmeza, mas afugenta turistas, dizem ministrosNOITE DE TERROR O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ficou até de madrugada no Palácio do Jaburu, na quinta (21), em reunião com o presidente interino Michel Temer. Logo cedo, voltou ao gabinete dele, para em seguida anunciar a prisão de pessoas acusadas de preparar atos terroristas no país. TERROR 2 Ministros de Temer acreditam que a atitude do titular da Justiça, de anunciar as prisões com espalhafato, pode ter efeito duplo: de um lado, mostra firmeza. De outro, pode aumentar o pânico e afugentar turistas que vêm para o evento. IMENSO VAZIO O próprio governo trabalha com a informação de que 20 mil pessoas cancelaram reservas em hotéis para a Olimpíada no Rio por causa das notícias, veiculadas pelas próprias autoridades, de que as coisas não andam bem na cidade. Aos poucos, elas foram sendo refeitas. CARTEIRA E os recursos destinados pela Petrobras à Olimpíada devem ficar em torno de R$ 15 milhões. A expectativa inicial, antes da crise na empresa, era a de eles poderiam chegar a R$ 300 milhões. PAPAI O ex-ativista italiano Cesare Battisti tem um filho brasileiro de dois anos e meio. O reconhecimento de paternidade saiu em maio, depois de serem feitos testes de DNA. Ele hoje é casado com outra mulher, também brasileira. FICHA LIMPA Condenado por terrorismo em seu país no passado, Battisti andava com receio de ser atingido pelas medidas do ministro da Justiça, que chegou a expulsar um professor franco-argelino do país nos últimos dias sem que sobre ele pesassem acusações formais no Brasil. Súmula do STF (Supremo Tribunal Federal), no entanto, veda a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, como é agora o caso do italiano. FESTANÇA Novo dono de uma mansão de R$ 2 mi em que vai morar com a noiva, Lexa, Mc Guimê mostra como curtir a vida em um casarão em seu clipe "Viva La Vida", lançado nesta sexta (22) pela Warner Music e gravado em Cidade Jardim, em SP. INDIGESTO A população da região sudeste é a que mais está insatisfeita com o governo federal, segundo o Ibope. A pesquisa, feita com 2.002 pessoas em 143 municípios em parceria com a Confederação Nacional da Indústria, mostrou que 49% das pessoas nos quatro Estados da região acreditam que os recursos públicos são muito mal utilizados. O percentual varia entre 31% e 44% nas outras regiões. FORA DO TOM Um piano de cauda da Funarte foi pichado durante a ocupação de artistas que entraram no espaço para protestar contra a extinção do Ministério da Cultura, já revertida, e pela saída de Michel Temer do governo. "Milhão cu de bosta", escreveram. PANO RÁPIDO Integrantes do protesto dizem que pessoas de fora danificaram o piano. Tentam limpá-lo há alguns dias, mas marcas ainda permanecem. OSWALD REVISITADO O diretor Zé Celso e a filósofa Marcia Tiburi participaram na quarta (20) do debate de lançamento do livro "Antropofagia: Palimpsesto Selvagem", da atriz Beatriz Azevedo. Passaram pela Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis a socióloga Vaner Ratto, a psicóloga Lu Mendes e o poeta Roberto Casarini. ORÇAMENTO O Theatro Municipal de SP obteve autorização para captar R$ 11,4 milhões pela Lei Rouanet para a temporada de apresentações do segundo semestre de 2016. A programação inclui óperas como "Elektra", de Richard Strauss, balés e concertos da Orquestra Sinfônica Municipal. SÓ DÁ ELA "Garota de Ipanema", de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, vai ser tocada em quatro línguas no musical "Garota de Ipanema, O Amor É Bossa". A canção aparecerá em francês (La Fille D'Ipanema), alemão (Der Boy Von Ipanema), italiano (Ragazza Di Ipanema) e inglês (The Girl From Ipanema). A peça estreia em agosto no Rio e terá Thiago Fragoso e Letícia Persiles nos papeis principais. CURTO-CIRCUITO O Itaú Cultural apresenta a peça "Cabras - Cabeças que Voam, Cabeças que Rolam", da Cia. Balagan. Às 20h, hoje e amanhã, e às 19h, no domingo. Os estilistas Lucas Anderi e Alexandre Won lançam hoje coleção de gravatas para noivos e padrinhos. Na loja de Lucas Anderi, nos Jardins. Às 19h. A empresa Esperienza Italiana vai cuidar da imagem da Casa Itália na Olimpíada. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI,THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO
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Biografia do samba trará personagens secundários ao primeiro plano
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A biografia do samba, que Lira Neto corre para publicar até o fim do ano, lançará ao primeiro plano personagens que acabaram tratados de forma secundária na bibliografia sobre o ritmo até hoje -e há informações inéditas sobre eles. É o caso de Hilário Jovino Ferreira, tenente de Guarda Nacional e fundador do Reis de Ouro, primeiro rancho carnavalesco do Rio de Janeiro. Lira Neto localizou, no Arquivo Nacional, processos judiciais relativos ao personagem, que chegou a ser preso por tentativa de assassinato. "É um personagem importante para entender a relação entre os músicos populares e as elites", diz o pesquisador. Outra figura que ganhará destaque no novo livro, a ser publicado pela Companhia das Letras, é o pai de santo e sambista Zé Espinguela, organizador do primeiro concurso de escolas de samba, de 1929, vencido pelo que hoje é a Portela. "É uma figura que não passou para a história porque não foi para o rádio. A primeira gravação dele é de 1940", afirma Lira Neto. Olá A Zazie, editora sem fins lucrativos, começa a lançar em outubro os títulos da coleção Pequena Biblioteca de Ensaios, com nomes como Jean-Christophe Bailly, Boris Groys, Anton Vidokle e outros. Adeus O escritor e editor Estevão Azevedo acaba de deixar a Globo Livros. Ele vai trabalhar como editor na área de literatura e projetos especiais da FTD. Viagem Quem levar a medalha de ouro no próximo Prêmio São Paulo, em outubro, vai ganhar, além de R$ 200 mil, uma viagem para a Feira de Guadalajara, principal salão de negócios editoriais da América Latina. A viagem será paga pela embaixada do México. Encontro Metade dos convidados do congresso da Associação Brasileira de Literatura Comparada (de 19 a 23/9, no Rio) é de escritores, como Milton Hatoum e Conceição Evaristo. A ideia é reunir não só a crítica acadêmica, mas também criadores. Terrinha A Tinta-da-China lança em breve "O Labirinto da Saudade", do crítico português Eduardo Lourenço, obra de referência do pensamento lusitano. Gol da Alemanha A Lote 42 volta com uma promoção semelhante à que fez na Copa do Mundo: para cada gol da Alemanha, no jogo contra o Brasil neste sábado (20), a casa vai sortear sete livros na Banca Tatuí.
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Biografia do samba trará personagens secundários ao primeiro planoA biografia do samba, que Lira Neto corre para publicar até o fim do ano, lançará ao primeiro plano personagens que acabaram tratados de forma secundária na bibliografia sobre o ritmo até hoje -e há informações inéditas sobre eles. É o caso de Hilário Jovino Ferreira, tenente de Guarda Nacional e fundador do Reis de Ouro, primeiro rancho carnavalesco do Rio de Janeiro. Lira Neto localizou, no Arquivo Nacional, processos judiciais relativos ao personagem, que chegou a ser preso por tentativa de assassinato. "É um personagem importante para entender a relação entre os músicos populares e as elites", diz o pesquisador. Outra figura que ganhará destaque no novo livro, a ser publicado pela Companhia das Letras, é o pai de santo e sambista Zé Espinguela, organizador do primeiro concurso de escolas de samba, de 1929, vencido pelo que hoje é a Portela. "É uma figura que não passou para a história porque não foi para o rádio. A primeira gravação dele é de 1940", afirma Lira Neto. Olá A Zazie, editora sem fins lucrativos, começa a lançar em outubro os títulos da coleção Pequena Biblioteca de Ensaios, com nomes como Jean-Christophe Bailly, Boris Groys, Anton Vidokle e outros. Adeus O escritor e editor Estevão Azevedo acaba de deixar a Globo Livros. Ele vai trabalhar como editor na área de literatura e projetos especiais da FTD. Viagem Quem levar a medalha de ouro no próximo Prêmio São Paulo, em outubro, vai ganhar, além de R$ 200 mil, uma viagem para a Feira de Guadalajara, principal salão de negócios editoriais da América Latina. A viagem será paga pela embaixada do México. Encontro Metade dos convidados do congresso da Associação Brasileira de Literatura Comparada (de 19 a 23/9, no Rio) é de escritores, como Milton Hatoum e Conceição Evaristo. A ideia é reunir não só a crítica acadêmica, mas também criadores. Terrinha A Tinta-da-China lança em breve "O Labirinto da Saudade", do crítico português Eduardo Lourenço, obra de referência do pensamento lusitano. Gol da Alemanha A Lote 42 volta com uma promoção semelhante à que fez na Copa do Mundo: para cada gol da Alemanha, no jogo contra o Brasil neste sábado (20), a casa vai sortear sete livros na Banca Tatuí.
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Primeiro julgado em audiência de custódia é liberado por juiz
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A Justiça de São Paulo começou nesta terça-feira (24) um novo modelo de audiência para que pessoas presas em flagrante sejam levadas a presença de um juiz em até 24 horas. Este é um projeto-piloto que visa a atender presos em flagrante de duas seccionais da Polícia Civil, que abrangem o centro e a zona sul da capital paulista. O projeto tem dois objetivos prioritários: evitar que pessoas presas em flagrante sejam torturadas para confessar crimes e reduzir a lotação de presídios. Esse sistema já existe em outros países e, se a experiência for bem-sucedida em São Paulo, o projeto será ampliado para todas as cidades do Estado e até do país. O projeto já deveria ter sido iniciado há 22 anos, quando o Brasil assinou um pacto internacional para realização de audiência nesses moldes. No primeiro dia do projeto, serão realizadas as 24 primeiras audiências de custódia no Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães na Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. O primeiro caso analisado foi o de um homem –que não teve o nome e idade revelados– preso em flagrante na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, por posse de drogas. Após a audiência, o homem foi liberado com a condição de que deveria comparecer bimestralmente em juízo e, também, foi encaminhado ao serviço social para realizar tratamento. A audiência contou com a presença do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, e do corregedor-geral da Justiça, desembargador Hamilton Elliot Akel. Segundo eles, o objetivo do projeto é antecipar o contato entre o preso e o juiz, que hoje pode demorar até 60 dias, além de evitar prisões desnecessárias que, em muitos casos, acabam lotando as cadeias públicas. "Apesar do acúmulo de processos, São Paulo mostra que pode inovar. A sociedade precisa entender que inovar é no sentido da garantia de direitos, na rapidez da análise. Esta é uma inovação para garantir os direitos constitucionais e otimizar a análise dos casos pelo juiz", afirmou o secretário. "Isso, porém, não significa que vamos prender ou soltar mais, mas sim acelerar o processo". Atualmente, apenas papéis sobre o flagrante eram apresentados ao magistrado. Agora, em cada audiência haverá a presença de um juiz, de um representante do Ministério Público, de um advogado. Caso o indivíduo não tenha um advogado, ele será representado pela Defensória Pública. Com isso, o juiz decidirá na hora se mantém a pessoa na prisão, se define uma fiança ou determina alguma medida alternativa, como o uso de tornozeleira eletrônica. O secretário da Segurança Pública afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já autorizou a compra de 20 mil tornozeleiras, mas ainda não tem data de quando elas estarão disponíveis. Com essa medida, disse Moraes, deve ocorrer a "diminuição do número de Habeas Corpus e, em algum momento, a redução do número de presos". Moraes também ressaltou que o projeto é uma "política de Estado e que será ampliada progressivamente". "Hoje com duas seccionais a média de presos em flagrante é de 25 a 30. Quando todas estiverem participando, a média deve ficar em torno de 120 a 150 presos", concluiu. O presidente do TJ-SP, desembargador José Renato Nalini, destacou que o fórum contará com seis salas para a realização das audiências, que ocorrerão das 9h às 19h. Nalini também ressaltou que, em um primeiro momento, não haverá atendimento aos fins de semana, exceto se o juiz solicitar. "Não temos condições de fazer audiência aos fins de semana por falta de estrutura. Isso ocorrerá com o passar do tempo. Essa é uma luta contra a deficiência de recursos e esperamos contar com a colaboração do governo. Gradualmente, as audiências de custódias serão ampliadas nos próximos meses e atenderão todas as seccionais", disse Nalini.
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Primeiro julgado em audiência de custódia é liberado por juizA Justiça de São Paulo começou nesta terça-feira (24) um novo modelo de audiência para que pessoas presas em flagrante sejam levadas a presença de um juiz em até 24 horas. Este é um projeto-piloto que visa a atender presos em flagrante de duas seccionais da Polícia Civil, que abrangem o centro e a zona sul da capital paulista. O projeto tem dois objetivos prioritários: evitar que pessoas presas em flagrante sejam torturadas para confessar crimes e reduzir a lotação de presídios. Esse sistema já existe em outros países e, se a experiência for bem-sucedida em São Paulo, o projeto será ampliado para todas as cidades do Estado e até do país. O projeto já deveria ter sido iniciado há 22 anos, quando o Brasil assinou um pacto internacional para realização de audiência nesses moldes. No primeiro dia do projeto, serão realizadas as 24 primeiras audiências de custódia no Complexo Judiciário Ministro Mário Guimarães na Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. O primeiro caso analisado foi o de um homem –que não teve o nome e idade revelados– preso em flagrante na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, por posse de drogas. Após a audiência, o homem foi liberado com a condição de que deveria comparecer bimestralmente em juízo e, também, foi encaminhado ao serviço social para realizar tratamento. A audiência contou com a presença do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, e do corregedor-geral da Justiça, desembargador Hamilton Elliot Akel. Segundo eles, o objetivo do projeto é antecipar o contato entre o preso e o juiz, que hoje pode demorar até 60 dias, além de evitar prisões desnecessárias que, em muitos casos, acabam lotando as cadeias públicas. "Apesar do acúmulo de processos, São Paulo mostra que pode inovar. A sociedade precisa entender que inovar é no sentido da garantia de direitos, na rapidez da análise. Esta é uma inovação para garantir os direitos constitucionais e otimizar a análise dos casos pelo juiz", afirmou o secretário. "Isso, porém, não significa que vamos prender ou soltar mais, mas sim acelerar o processo". Atualmente, apenas papéis sobre o flagrante eram apresentados ao magistrado. Agora, em cada audiência haverá a presença de um juiz, de um representante do Ministério Público, de um advogado. Caso o indivíduo não tenha um advogado, ele será representado pela Defensória Pública. Com isso, o juiz decidirá na hora se mantém a pessoa na prisão, se define uma fiança ou determina alguma medida alternativa, como o uso de tornozeleira eletrônica. O secretário da Segurança Pública afirmou que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já autorizou a compra de 20 mil tornozeleiras, mas ainda não tem data de quando elas estarão disponíveis. Com essa medida, disse Moraes, deve ocorrer a "diminuição do número de Habeas Corpus e, em algum momento, a redução do número de presos". Moraes também ressaltou que o projeto é uma "política de Estado e que será ampliada progressivamente". "Hoje com duas seccionais a média de presos em flagrante é de 25 a 30. Quando todas estiverem participando, a média deve ficar em torno de 120 a 150 presos", concluiu. O presidente do TJ-SP, desembargador José Renato Nalini, destacou que o fórum contará com seis salas para a realização das audiências, que ocorrerão das 9h às 19h. Nalini também ressaltou que, em um primeiro momento, não haverá atendimento aos fins de semana, exceto se o juiz solicitar. "Não temos condições de fazer audiência aos fins de semana por falta de estrutura. Isso ocorrerá com o passar do tempo. Essa é uma luta contra a deficiência de recursos e esperamos contar com a colaboração do governo. Gradualmente, as audiências de custódias serão ampliadas nos próximos meses e atenderão todas as seccionais", disse Nalini.
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Reforma da Previdência pode corrigir distorções, mas debate será lento
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Michel Temer aposentou-se como procurador do Estado de São Paulo em 1996, aos 55 anos. Com 30 e poucos anos de serviços prestados, conquistou o direito de receber uma aposentadoria de R$ 45 mil até o fim da vida. Mesmo com o teto imposto aos salários do setor público, ele ganha mais de R$ 20 mil por mês atualmente, aos 76. Se a reforma da Previdência proposta por Temer há duas semanas estivesse em vigor na época em que ele se aposentou, o presidente teria sido obrigado a esperar mais dez anos para solicitar sua pensão, e ela representaria uma fração de seu benefício atual. A proposta do governo estabelece idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, aumenta para 25 anos o tempo mínimo de contribuição exigido e muda a fórmula de cálculo dos benefícios, com o objetivo de reduzi-los. Se o plano for aprovado pelo Congresso, os brasileiros terão que trabalhar mais tempo e ganharão menos na velhice. A reforma é necessária porque os gastos do governo com a Previdência são crescentes e sua capacidade de financiá-los está diminuindo. Com o envelhecimento da população, a tendência é que nos próximos anos haja cada vez menos gente no mercado de trabalho para sustentar os beneficiários. O governo sabe que será muito difícil aprovar a proposta no Congresso sem abrir mão de alguma coisa. A discussão da reforma tende a ser demorada, e seu impacto nas contas públicas, na melhor das hipóteses, diluído ao longo de décadas. Os articuladores do governo acham possível aprovar a reforma até o segundo semestre de 2017. A Constituição define o sistema previdenciário do país como contributivo e solidário. Ou seja, todos precisam contribuir, e as novas gerações devem custear a aposentadoria das anteriores. Mas exceções e situações especiais reforçam resistências às mudanças. Trabalhadores do setor privado acham que a culpa pelos desequilíbrios é das aposentadorias generosas que os funcionários públicos ganham. Servidores na base da pirâmide acham injusto levar a culpa pelos benefícios de juízes, procuradores e militares. Ninguém se considera responsável pelo pagamento dos benefícios de trabalhadores rurais, que em geral contribuem pouco e se aposentam com um salário mínimo. Se for aprovada, a proposta do governo corrigirá algumas dessas distorções e poderá tornar o sistema brasileiro mais equilibrado. Mas vai demorar para que os resultados sejam visíveis, até porque quem já tiver condições de se aposentar pelas regras atuais terá seus direitos preservados. Isso dificultará o trabalho de convencimento que o governo terá que fazer em 2017 —tarefa que ficou ainda mais complicada após a decisão de poupar os militares.
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Reforma da Previdência pode corrigir distorções, mas debate será lentoMichel Temer aposentou-se como procurador do Estado de São Paulo em 1996, aos 55 anos. Com 30 e poucos anos de serviços prestados, conquistou o direito de receber uma aposentadoria de R$ 45 mil até o fim da vida. Mesmo com o teto imposto aos salários do setor público, ele ganha mais de R$ 20 mil por mês atualmente, aos 76. Se a reforma da Previdência proposta por Temer há duas semanas estivesse em vigor na época em que ele se aposentou, o presidente teria sido obrigado a esperar mais dez anos para solicitar sua pensão, e ela representaria uma fração de seu benefício atual. A proposta do governo estabelece idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, aumenta para 25 anos o tempo mínimo de contribuição exigido e muda a fórmula de cálculo dos benefícios, com o objetivo de reduzi-los. Se o plano for aprovado pelo Congresso, os brasileiros terão que trabalhar mais tempo e ganharão menos na velhice. A reforma é necessária porque os gastos do governo com a Previdência são crescentes e sua capacidade de financiá-los está diminuindo. Com o envelhecimento da população, a tendência é que nos próximos anos haja cada vez menos gente no mercado de trabalho para sustentar os beneficiários. O governo sabe que será muito difícil aprovar a proposta no Congresso sem abrir mão de alguma coisa. A discussão da reforma tende a ser demorada, e seu impacto nas contas públicas, na melhor das hipóteses, diluído ao longo de décadas. Os articuladores do governo acham possível aprovar a reforma até o segundo semestre de 2017. A Constituição define o sistema previdenciário do país como contributivo e solidário. Ou seja, todos precisam contribuir, e as novas gerações devem custear a aposentadoria das anteriores. Mas exceções e situações especiais reforçam resistências às mudanças. Trabalhadores do setor privado acham que a culpa pelos desequilíbrios é das aposentadorias generosas que os funcionários públicos ganham. Servidores na base da pirâmide acham injusto levar a culpa pelos benefícios de juízes, procuradores e militares. Ninguém se considera responsável pelo pagamento dos benefícios de trabalhadores rurais, que em geral contribuem pouco e se aposentam com um salário mínimo. Se for aprovada, a proposta do governo corrigirá algumas dessas distorções e poderá tornar o sistema brasileiro mais equilibrado. Mas vai demorar para que os resultados sejam visíveis, até porque quem já tiver condições de se aposentar pelas regras atuais terá seus direitos preservados. Isso dificultará o trabalho de convencimento que o governo terá que fazer em 2017 —tarefa que ficou ainda mais complicada após a decisão de poupar os militares.
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USP Leste terá prefeitura própria para cuidar de obras e assistência estudantil
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A unidade Leste da USP (Universidade de São Paulo) vai ganhar uma prefeitura própria. O tamanho e complexidade da unidade, localizada em área com solo poluído e que exige ações ambientais permanentes, motivou a decisão. A decisão foi aprovada nesta terça-feira (19) no órgão máximo da universidade, o Conselho Universitário. Ainda não há data para a efetivação da medida. Criada em 2005, a USP Leste sempre foi ligada administrativamente à prefeitura do campus e aos órgãos centrais da universidade. Agora, uma nova estrutura gestora contará com um prefeito e superintendências de assistência estudantil e de obras. O modelo será o o mesmo do campus da capital e do chamado quadrilátero da Saúde, que envolve a Faculdade de Medicina. Alguns cargos serão criados e outros, transferidos. O impacto financeiro com o pagamento de gratificações deve ser de 9,16% em relação à antiga organização, segundo cálculos preliminares da Comissão de Orçamento e Planejamento da USP. Com a falta de uma prefeitura própria, a direção da USP Leste acabava sobrecarregada com assuntos não acadêmicos, segundo servidores. A unidade também contava com menos autonomia para decisões que dependiam de órgão centrais, como no caso de obras, a cargo da Superintendência de Espaço Físico ligada à reitoria. "É necessário que a unidade possa cuidar mais das questões internas do que das questões do campus", afirmou na reunião a professora Maria Cristina Motta de Toledo, diretora da Each (Escola de Artes, Ciências e Humanidades, que agrupa os cursos da USP Leste). Em 2014, uma decisão judicial interditou por seis meses a unidade porque a USP não havia realizado medidas de mitigação ambiental da área, como instalar, na época, exaustores de gases tóxicos do solo. Havia o risco de explosões, de acordo com a Justiça. Por ter sido construída em área de antigo descarte de dragagem do Rio Tietê, toda a área é poluída. Descarte irregular de terras contaminadas no terreno, em 2011, agravaram a situação ambiental da unidade. A USP Leste fica em um terreno de 300 mil metros quadrados, além de ter uma área vizinha ainda inutilizada. Apesar de receber uma prefeitura, a unidade não ganhará status de campus autônomo à Cidade Universitária. Essa era a primeira reivindicação, que traria autonomia mais ampla. A argumentação da reitoria é de que o estatuto da USP não permite dois campi no mesmo município. Na época da criação da USP Leste, as regras do estatuto também foram usadas para que apenas cursos não oferecidos na capital fossem abertos na nova unidade. TAMANHO A USP Leste tem dez cursos de graduação e dez programas de pós-graduação. Ao todo, abriga 5 mil alunos e 566 professores e servidores. A Escola Politécnica chegou a abrir uma graduação de Engenharia na unidade, mas a interdição em 2014 impediu o início das aulas na zona leste - o que não se reverteu. No último vestibular, a Poli não ofereceu o curso, mas promete voltar à unidade com uma graduação. O novo conselho gestor da chamada "Área Capital-Leste" contará com dez pessoas. Além de nomear um prefeito, fará parte os diretores da Each e da Poli, três superintendentes (de assistência social, Tecnologia da Informação e Espaço Físico) e representantes dos professores, alunos, servidores e da comunidade local.
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educacao
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USP Leste terá prefeitura própria para cuidar de obras e assistência estudantilA unidade Leste da USP (Universidade de São Paulo) vai ganhar uma prefeitura própria. O tamanho e complexidade da unidade, localizada em área com solo poluído e que exige ações ambientais permanentes, motivou a decisão. A decisão foi aprovada nesta terça-feira (19) no órgão máximo da universidade, o Conselho Universitário. Ainda não há data para a efetivação da medida. Criada em 2005, a USP Leste sempre foi ligada administrativamente à prefeitura do campus e aos órgãos centrais da universidade. Agora, uma nova estrutura gestora contará com um prefeito e superintendências de assistência estudantil e de obras. O modelo será o o mesmo do campus da capital e do chamado quadrilátero da Saúde, que envolve a Faculdade de Medicina. Alguns cargos serão criados e outros, transferidos. O impacto financeiro com o pagamento de gratificações deve ser de 9,16% em relação à antiga organização, segundo cálculos preliminares da Comissão de Orçamento e Planejamento da USP. Com a falta de uma prefeitura própria, a direção da USP Leste acabava sobrecarregada com assuntos não acadêmicos, segundo servidores. A unidade também contava com menos autonomia para decisões que dependiam de órgão centrais, como no caso de obras, a cargo da Superintendência de Espaço Físico ligada à reitoria. "É necessário que a unidade possa cuidar mais das questões internas do que das questões do campus", afirmou na reunião a professora Maria Cristina Motta de Toledo, diretora da Each (Escola de Artes, Ciências e Humanidades, que agrupa os cursos da USP Leste). Em 2014, uma decisão judicial interditou por seis meses a unidade porque a USP não havia realizado medidas de mitigação ambiental da área, como instalar, na época, exaustores de gases tóxicos do solo. Havia o risco de explosões, de acordo com a Justiça. Por ter sido construída em área de antigo descarte de dragagem do Rio Tietê, toda a área é poluída. Descarte irregular de terras contaminadas no terreno, em 2011, agravaram a situação ambiental da unidade. A USP Leste fica em um terreno de 300 mil metros quadrados, além de ter uma área vizinha ainda inutilizada. Apesar de receber uma prefeitura, a unidade não ganhará status de campus autônomo à Cidade Universitária. Essa era a primeira reivindicação, que traria autonomia mais ampla. A argumentação da reitoria é de que o estatuto da USP não permite dois campi no mesmo município. Na época da criação da USP Leste, as regras do estatuto também foram usadas para que apenas cursos não oferecidos na capital fossem abertos na nova unidade. TAMANHO A USP Leste tem dez cursos de graduação e dez programas de pós-graduação. Ao todo, abriga 5 mil alunos e 566 professores e servidores. A Escola Politécnica chegou a abrir uma graduação de Engenharia na unidade, mas a interdição em 2014 impediu o início das aulas na zona leste - o que não se reverteu. No último vestibular, a Poli não ofereceu o curso, mas promete voltar à unidade com uma graduação. O novo conselho gestor da chamada "Área Capital-Leste" contará com dez pessoas. Além de nomear um prefeito, fará parte os diretores da Each e da Poli, três superintendentes (de assistência social, Tecnologia da Informação e Espaço Físico) e representantes dos professores, alunos, servidores e da comunidade local.
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Nova classe média passou a ter reivindicações, diz Dilma no Panamá
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O Brasil precisa fazer reformas para melhorar a oferta de serviços públicos para as milhões de pessoas que entraram na classe média e passaram a ter reivindicações, afirmou a presidente Dilma Rousseff no encerramento do Fórum de CEOs da Cúpula das Américas, no Panamá. "A grande mudança que o Brasil deseja e vem encaminhando é se transformar em um país de classe média", disse Dilma, falando ao lado dos presidentes Barack Obama, dos EUA, Enrique Peña Nieto, do México, e Juan Carlos Varela, do Panamá. "Se você eleva 44 milhões de pessoas à classe media essas pessoas passam a ter reivindicações, passam a querer mais e melhor", afirmou a presidente, em argumentos bastante semelhantes a artigo do atual ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, publicado em 25 de março, abordando os protestos antigoverno do dia 15 de março. Ela citou as reivindicações da classe média por melhorias em mobilidade urbana e habitação, chamando-as de "infraestruturas sociais fundamentais". Dilma voltou a defender o ajuste fiscal. "Estamos fazendo um ajuste fiscal no Brasil porque adotamos medidas anticíclicas nos últimos anos para evitar queda forte no emprego e renda; nós esgotamos a capacidade dessas medidas e agora temos de fazer um reequilíbrio pra continuar crescendo", afirmou. Dilma afirmou que, apesar do ajuste, serão mantidos "programas na área social e investimento em infraestrutura. A presidente destacou a importância da melhoria na educação para aumentar a inclusão social e falou sobre a necessidade de maior integração regional. "Dentro do Mercosul estamos prontos para fazer um acordo com a União Europeia", acrescentou a presidente. Ela fez vários gestos conciliatórios em direção aos Estados Unidos e destacou a importância do acordo de facilitação de comércio assinado entre o Departamento de Comércio dos EUA e o Ministério do Desenvolvimento e a educação terciária dos EUA, "uma das melhores do mundo". Comentando a fala do presidente americano Barack Obama, que citou a parceria com o governo brasileiro no projeto OpenGovernment e ressaltou a importância da prestação de contas e combate à corrupção, Dilma citou o portal da transparência. "Eu concordo com o presidente Obama que tanto a nossa capacidade de prestar contas mas também a capacidade de garantir transparência e efetiva destinação do dinheiro público para aquilo que ele foi destinado, ou seja, o combate sistemático a malfeitos e a processos de corrupção, garante também maior eficiência do sistema público em qualquer país. Outro grande desafio é a reforma do Estado, garantir que o Estado se desburocratize."
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poder
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Nova classe média passou a ter reivindicações, diz Dilma no PanamáO Brasil precisa fazer reformas para melhorar a oferta de serviços públicos para as milhões de pessoas que entraram na classe média e passaram a ter reivindicações, afirmou a presidente Dilma Rousseff no encerramento do Fórum de CEOs da Cúpula das Américas, no Panamá. "A grande mudança que o Brasil deseja e vem encaminhando é se transformar em um país de classe média", disse Dilma, falando ao lado dos presidentes Barack Obama, dos EUA, Enrique Peña Nieto, do México, e Juan Carlos Varela, do Panamá. "Se você eleva 44 milhões de pessoas à classe media essas pessoas passam a ter reivindicações, passam a querer mais e melhor", afirmou a presidente, em argumentos bastante semelhantes a artigo do atual ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, publicado em 25 de março, abordando os protestos antigoverno do dia 15 de março. Ela citou as reivindicações da classe média por melhorias em mobilidade urbana e habitação, chamando-as de "infraestruturas sociais fundamentais". Dilma voltou a defender o ajuste fiscal. "Estamos fazendo um ajuste fiscal no Brasil porque adotamos medidas anticíclicas nos últimos anos para evitar queda forte no emprego e renda; nós esgotamos a capacidade dessas medidas e agora temos de fazer um reequilíbrio pra continuar crescendo", afirmou. Dilma afirmou que, apesar do ajuste, serão mantidos "programas na área social e investimento em infraestrutura. A presidente destacou a importância da melhoria na educação para aumentar a inclusão social e falou sobre a necessidade de maior integração regional. "Dentro do Mercosul estamos prontos para fazer um acordo com a União Europeia", acrescentou a presidente. Ela fez vários gestos conciliatórios em direção aos Estados Unidos e destacou a importância do acordo de facilitação de comércio assinado entre o Departamento de Comércio dos EUA e o Ministério do Desenvolvimento e a educação terciária dos EUA, "uma das melhores do mundo". Comentando a fala do presidente americano Barack Obama, que citou a parceria com o governo brasileiro no projeto OpenGovernment e ressaltou a importância da prestação de contas e combate à corrupção, Dilma citou o portal da transparência. "Eu concordo com o presidente Obama que tanto a nossa capacidade de prestar contas mas também a capacidade de garantir transparência e efetiva destinação do dinheiro público para aquilo que ele foi destinado, ou seja, o combate sistemático a malfeitos e a processos de corrupção, garante também maior eficiência do sistema público em qualquer país. Outro grande desafio é a reforma do Estado, garantir que o Estado se desburocratize."
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Festival Path tem shows e oficinas grátis em duas praças paulistanas
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O festival Path, realizado neste fim de semana em São Paulo, tem série de eventos gratuitos em duas praças da zona oeste da cidade neste domingo (7). Na praça dos Omaguás, em Pinheiros, haverá shows a partir das 12h, com TimeLine Trio. na sequência, quem sobe ao palco Sol é a cantora Marietta. Para terminar, às 19h chega o Mental Abstrato, trio que mescla jazz e hip-hop. Já na praça Professor Resende Puech, na Vila Madalena, haverá apresentações do DJ Bruno Santos e do duo mascarado Sax in the Beats, além de oficinas de lettering (12h) e de bolhas gigantes (15h). Veja programação em festivalpath.com.br.
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Festival Path tem shows e oficinas grátis em duas praças paulistanasO festival Path, realizado neste fim de semana em São Paulo, tem série de eventos gratuitos em duas praças da zona oeste da cidade neste domingo (7). Na praça dos Omaguás, em Pinheiros, haverá shows a partir das 12h, com TimeLine Trio. na sequência, quem sobe ao palco Sol é a cantora Marietta. Para terminar, às 19h chega o Mental Abstrato, trio que mescla jazz e hip-hop. Já na praça Professor Resende Puech, na Vila Madalena, haverá apresentações do DJ Bruno Santos e do duo mascarado Sax in the Beats, além de oficinas de lettering (12h) e de bolhas gigantes (15h). Veja programação em festivalpath.com.br.
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A importância da reforma trabalhista
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A economia brasileira vem passando por anos de baixíssimo crescimento do PIB, resultado da adoção, no início desta década, de um modelo econômico que teve como consequência mais dramática a queda da renda per capita em 9% entre 2013 e 2016. Computando as projeções de mercado, só em 2021 vamos recuperar o nível anterior, completando oito anos sem crescimento de renda. No mesmo período, a renda média mundial terá crescido, aproximadamente, 20%. Nesse contexto se insere a necessidade de fazermos reformas. Vou tratar, neste artigo, apenas da trabalhista. A mudança proposta tem como principal objetivo a modernização das relações laborais. Ela está baseada na flexibilização das rígidas normas hoje estabelecidas pela CLT e pelas várias súmulas do TST que interpretam e detalham os vários artigos dessa lei, principalmente de questões relacionadas à jornada de serviço. A proposta cria alternativas, como o trabalho intermitente, e estipula a possibilidade de negociação entre empresa e sindicato para flexibilizar situações existentes e atender às necessidades de uma economia moderna. Essas mudanças, somadas à terceirização, já aprovada pelo Congresso, criam espaço para aumentar a eficiência e competitividade das empresas, o que deverá levar a uma maior oferta de emprego. A desobrigação da contribuição sindical é outro item que tem sofrido críticas. Porém, a proposta oferece ao trabalhador um novo direito: o de escolher se quer ou não contribuir para a associação de sua classe profissional. Há hoje 12 mil sindicatos de trabalhadores no Brasil. A título de comparação, os Estados Unidos têm cerca de 190, e a Argentina, 90. Certamente a estrutura atual é custosa para as empresas e ineficaz para atender ao interesse do trabalhador. A reforma proposta, ao retirar a obrigatoriedade da contribuição e dar novos poderes de negociação aos sindicatos, tornará o sistema mais eficiente. A necessidade de alterar essas leis fica também evidenciada pela quantidade de ações que temos na Justiça do Trabalho. Estima-se que o Brasil detenha ao menos 80% das ações trabalhistas do mundo. Só em 2016, quase 4 milhões foram iniciadas por aqui, e os números crescem ano a ano. A título de comparação, nos EUA, onde há mais do que o triplo de empregos que em nosso país, principiaram 110 mil ações trabalhistas (ou seja, 3% do total do Brasil). Curiosamente, os maiores demandantes da Justiça trabalhista são os funcionários do setor público, seguidos por aqueles de empresas estatais e, na sequência, pelos das grandes empresas, multinacionais e bancos. Fica evidente que os mais organizados empregadores do país claramente têm dificuldade em se adaptar à rigidez da legislação na forma interpretada pela Justiça. Há também que considerar que, na estrutura atual, temos incentivos à litigância, seja com a tendência pró-trabalhador, fixada com os anos, seja com a Justiça gratuita, mesmo para quem pode pagá-la. Nesse ponto, a reforma proposta também traz melhorias, por prever a sucumbência em certas situações. Com isso, procura-se combater a litigância de má-fé e estimular a aplicação uniforme da jurisprudência, além de estabilizá-la ao definir ritos para a fixação de súmulas pelo TST. A perda de competitividade de nosso setor industrial nas últimas décadas está, em parte, relacionada à legislação atual na forma como vem sendo interpretada pela Justiça. Evidentemente, como as ações trabalhistas tornaram-se usuais, acabaram incorporadas ao cálculo do custo operacional das empresas, o que torna o Brasil um país menos atraente para abrigar fábrica de uma multinacional voltada à exportação. Enfim, a reforma trabalhista é um passo importante para retomarmos o dinamismo que já tivemos em nossa economia, especialmente no setor industrial. Ela deve abrir espaço para o aumento de produtividade das empresas, o que acarretará em aumento na oferta e formalização de empregos, além de incremento na renda do trabalhador. Também é importante notar que capital e trabalho são parceiros nessa jornada, estão no mesmo barco, pois só aumento de produtividade cria riqueza e só empresas competitivas geram empregos. ROBERTO SETUBAL é copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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opiniao
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A importância da reforma trabalhistaA economia brasileira vem passando por anos de baixíssimo crescimento do PIB, resultado da adoção, no início desta década, de um modelo econômico que teve como consequência mais dramática a queda da renda per capita em 9% entre 2013 e 2016. Computando as projeções de mercado, só em 2021 vamos recuperar o nível anterior, completando oito anos sem crescimento de renda. No mesmo período, a renda média mundial terá crescido, aproximadamente, 20%. Nesse contexto se insere a necessidade de fazermos reformas. Vou tratar, neste artigo, apenas da trabalhista. A mudança proposta tem como principal objetivo a modernização das relações laborais. Ela está baseada na flexibilização das rígidas normas hoje estabelecidas pela CLT e pelas várias súmulas do TST que interpretam e detalham os vários artigos dessa lei, principalmente de questões relacionadas à jornada de serviço. A proposta cria alternativas, como o trabalho intermitente, e estipula a possibilidade de negociação entre empresa e sindicato para flexibilizar situações existentes e atender às necessidades de uma economia moderna. Essas mudanças, somadas à terceirização, já aprovada pelo Congresso, criam espaço para aumentar a eficiência e competitividade das empresas, o que deverá levar a uma maior oferta de emprego. A desobrigação da contribuição sindical é outro item que tem sofrido críticas. Porém, a proposta oferece ao trabalhador um novo direito: o de escolher se quer ou não contribuir para a associação de sua classe profissional. Há hoje 12 mil sindicatos de trabalhadores no Brasil. A título de comparação, os Estados Unidos têm cerca de 190, e a Argentina, 90. Certamente a estrutura atual é custosa para as empresas e ineficaz para atender ao interesse do trabalhador. A reforma proposta, ao retirar a obrigatoriedade da contribuição e dar novos poderes de negociação aos sindicatos, tornará o sistema mais eficiente. A necessidade de alterar essas leis fica também evidenciada pela quantidade de ações que temos na Justiça do Trabalho. Estima-se que o Brasil detenha ao menos 80% das ações trabalhistas do mundo. Só em 2016, quase 4 milhões foram iniciadas por aqui, e os números crescem ano a ano. A título de comparação, nos EUA, onde há mais do que o triplo de empregos que em nosso país, principiaram 110 mil ações trabalhistas (ou seja, 3% do total do Brasil). Curiosamente, os maiores demandantes da Justiça trabalhista são os funcionários do setor público, seguidos por aqueles de empresas estatais e, na sequência, pelos das grandes empresas, multinacionais e bancos. Fica evidente que os mais organizados empregadores do país claramente têm dificuldade em se adaptar à rigidez da legislação na forma interpretada pela Justiça. Há também que considerar que, na estrutura atual, temos incentivos à litigância, seja com a tendência pró-trabalhador, fixada com os anos, seja com a Justiça gratuita, mesmo para quem pode pagá-la. Nesse ponto, a reforma proposta também traz melhorias, por prever a sucumbência em certas situações. Com isso, procura-se combater a litigância de má-fé e estimular a aplicação uniforme da jurisprudência, além de estabilizá-la ao definir ritos para a fixação de súmulas pelo TST. A perda de competitividade de nosso setor industrial nas últimas décadas está, em parte, relacionada à legislação atual na forma como vem sendo interpretada pela Justiça. Evidentemente, como as ações trabalhistas tornaram-se usuais, acabaram incorporadas ao cálculo do custo operacional das empresas, o que torna o Brasil um país menos atraente para abrigar fábrica de uma multinacional voltada à exportação. Enfim, a reforma trabalhista é um passo importante para retomarmos o dinamismo que já tivemos em nossa economia, especialmente no setor industrial. Ela deve abrir espaço para o aumento de produtividade das empresas, o que acarretará em aumento na oferta e formalização de empregos, além de incremento na renda do trabalhador. Também é importante notar que capital e trabalho são parceiros nessa jornada, estão no mesmo barco, pois só aumento de produtividade cria riqueza e só empresas competitivas geram empregos. ROBERTO SETUBAL é copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected] Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamentos contemporâneo.
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Assim não, Moro! A gramática da lei
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Dizem que, pegando a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, pega-se Lula. Assim, eu, que repudio o petismo e levo no peito a medalha de ter sido demonizado pelo Babalorixá de Banânia no congresso do PT, deveria aplaudir as prisões preventivas que atingiram o comando das duas empresas. Mas não aplaudo porque as considero discricionárias. Não condescendo com arbitrariedades só para "pegar Lula". Execro os "petralhas", entre outros motivos, por seu pouco apreço às instituições. Repudio o "direito achado na rua". Só reconheço o direito achado nas leis democráticas! Transcrevo o Artigo 312 do Código de Processo Penal: "A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria". Esse "quando" é uma conjunção subordinativa com cara de temporal, mas que é condicional, substituível por "caso" e por "se". Quando houver ("se houver", "caso haja") a prova ou indício suficiente de autoria, então a preventiva pode ser decretada para assegurar uma que seja daquelas quatro exigências. Se soltos, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo incidem em uma que seja das quatro causas? É claro que não! As prisões são insustentáveis, como eram as dos demais empreiteiros, que ficaram cinco meses em cana. Se os tribunais se acovardaram, eu não. Quero ser regido por legislação conhecida, mesmo que não goste dela, não pelo arbítrio, ainda que de bem-intencionados, se é que isso existe. Não estou inocentando este ou aquele. Não aceito é prisão preventiva como antecipação de pena –como se aquela oração subordinada fosse uma quinta razão para a sua decretação. Não! Ela é a circunstância das outras quatro. Basta saber ler. A regra é condenar e depois prender, não prender e depois condenar. Uma vige nas democracias, a outra, nas ditaduras. Alegar que um empreiteiro tem de ser preso porque a sua empresa continua a fazer negócios com o governo é uma aberração. A imprensa vai mal nessas horas. Deu curso à história do balacobaco de que Marcelo Odebrecht entregou nas mãos de um policial federal bilhete endereçado a seus advogados recomendando-lhes a destruição de provas. Você faria isso? Por que ele o faria? Mais: a acusação busca incriminar os advogados e agride o direito de defesa –que não pertence só a empreiteiros, mas também a pedreiros. Cadê a OAB? Está com medo? Petistas e seus porta-vozes na imprensa também criticam Moro. As razões são diferentes das minhas. Temem que Lula seja preso. Se os alvos da vez fossem adversários, estariam dando de ombros. Como esquecer que eles e sua Al Qaeda eletrônica transformaram o delegado Protógenes em herói? O homem que queria prender jornalistas e colunistas até se elegeu deputado. Saí, então, em defesa da lei e da imprensa livre. E o fiz porque não sou nem covarde nem oportunista. Gente que contou, então, com o apoio do meu blog, e que o pediu, hoje me ataca. Procurem no arquivo. Está tudo lá. As pessoas escolhem seu caminho e sua moral. Eu também. Não me arrependo do que escrevi antes. Não me arrependerei do que escrevo agora. Não mudei. Sou parcial: pertenço à parte que só vê saída na democracia e no Estado de Direito. Para mim e para os outros. Facebook: on.fb.me/1zibgJe
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colunas
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Assim não, Moro! A gramática da leiDizem que, pegando a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, pega-se Lula. Assim, eu, que repudio o petismo e levo no peito a medalha de ter sido demonizado pelo Babalorixá de Banânia no congresso do PT, deveria aplaudir as prisões preventivas que atingiram o comando das duas empresas. Mas não aplaudo porque as considero discricionárias. Não condescendo com arbitrariedades só para "pegar Lula". Execro os "petralhas", entre outros motivos, por seu pouco apreço às instituições. Repudio o "direito achado na rua". Só reconheço o direito achado nas leis democráticas! Transcrevo o Artigo 312 do Código de Processo Penal: "A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria". Esse "quando" é uma conjunção subordinativa com cara de temporal, mas que é condicional, substituível por "caso" e por "se". Quando houver ("se houver", "caso haja") a prova ou indício suficiente de autoria, então a preventiva pode ser decretada para assegurar uma que seja daquelas quatro exigências. Se soltos, Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo incidem em uma que seja das quatro causas? É claro que não! As prisões são insustentáveis, como eram as dos demais empreiteiros, que ficaram cinco meses em cana. Se os tribunais se acovardaram, eu não. Quero ser regido por legislação conhecida, mesmo que não goste dela, não pelo arbítrio, ainda que de bem-intencionados, se é que isso existe. Não estou inocentando este ou aquele. Não aceito é prisão preventiva como antecipação de pena –como se aquela oração subordinada fosse uma quinta razão para a sua decretação. Não! Ela é a circunstância das outras quatro. Basta saber ler. A regra é condenar e depois prender, não prender e depois condenar. Uma vige nas democracias, a outra, nas ditaduras. Alegar que um empreiteiro tem de ser preso porque a sua empresa continua a fazer negócios com o governo é uma aberração. A imprensa vai mal nessas horas. Deu curso à história do balacobaco de que Marcelo Odebrecht entregou nas mãos de um policial federal bilhete endereçado a seus advogados recomendando-lhes a destruição de provas. Você faria isso? Por que ele o faria? Mais: a acusação busca incriminar os advogados e agride o direito de defesa –que não pertence só a empreiteiros, mas também a pedreiros. Cadê a OAB? Está com medo? Petistas e seus porta-vozes na imprensa também criticam Moro. As razões são diferentes das minhas. Temem que Lula seja preso. Se os alvos da vez fossem adversários, estariam dando de ombros. Como esquecer que eles e sua Al Qaeda eletrônica transformaram o delegado Protógenes em herói? O homem que queria prender jornalistas e colunistas até se elegeu deputado. Saí, então, em defesa da lei e da imprensa livre. E o fiz porque não sou nem covarde nem oportunista. Gente que contou, então, com o apoio do meu blog, e que o pediu, hoje me ataca. Procurem no arquivo. Está tudo lá. As pessoas escolhem seu caminho e sua moral. Eu também. Não me arrependo do que escrevi antes. Não me arrependerei do que escrevo agora. Não mudei. Sou parcial: pertenço à parte que só vê saída na democracia e no Estado de Direito. Para mim e para os outros. Facebook: on.fb.me/1zibgJe
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Braço de vocalista dos Mamonas Assassinas foi achado por fã na mata
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"Queda de avião mata a banda mais famosa do Brasil." Os Mamonas Assassinas não tinham nem um ano de carreira quando a mídia repercutiu a morte de seus integrantes, com idades entre 22 e 28 anos —a manchete acima é do "Notícias Populares". Já extinto, o jornal editado pelo Grupo Folha faria reportagens sensacionalistas como "Dinho morreu no banheiro do avião" e "Fã de Mamonas acha um braço na Cantareira". O membro foi trazido para a Redação do "NP", de ônibus, embrulhado numa edição do jornal —que direcionou o fã a entregá-lo ao IML. O braço foi reconhecido como o de Dinho, e enterrado com ele. Há 20 anos, no dia 2 de março de 1996, o jato Learjet LSD com os cinco membros da banda caiu na Serra da Cantareira, a dez quilômetros do aeroporto de Guarulhos —a cidade natal dos rapazes. Em 2014, o pai de Dinho, Hildebrando Alves, entrou com uma ação na Justiça Federal de SP contra Infraero, União e transportador aéreo. O magistrado responsável entendeu que o direito de indenização estava prescrito, e o caso está em fase de apelação. Em 1996, parentes calcularam que cada Mamonas ainda ganharia R$ 188 milhões até os 65 anos, se mantivesse o pique de atividades dos últimos seis meses de vida. Ainda não há conclusão sobre o que provocou a queda, que abriu uma clareira de 200 metros na vegetação da Cantareira.
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ilustrada
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Braço de vocalista dos Mamonas Assassinas foi achado por fã na mata"Queda de avião mata a banda mais famosa do Brasil." Os Mamonas Assassinas não tinham nem um ano de carreira quando a mídia repercutiu a morte de seus integrantes, com idades entre 22 e 28 anos —a manchete acima é do "Notícias Populares". Já extinto, o jornal editado pelo Grupo Folha faria reportagens sensacionalistas como "Dinho morreu no banheiro do avião" e "Fã de Mamonas acha um braço na Cantareira". O membro foi trazido para a Redação do "NP", de ônibus, embrulhado numa edição do jornal —que direcionou o fã a entregá-lo ao IML. O braço foi reconhecido como o de Dinho, e enterrado com ele. Há 20 anos, no dia 2 de março de 1996, o jato Learjet LSD com os cinco membros da banda caiu na Serra da Cantareira, a dez quilômetros do aeroporto de Guarulhos —a cidade natal dos rapazes. Em 2014, o pai de Dinho, Hildebrando Alves, entrou com uma ação na Justiça Federal de SP contra Infraero, União e transportador aéreo. O magistrado responsável entendeu que o direito de indenização estava prescrito, e o caso está em fase de apelação. Em 1996, parentes calcularam que cada Mamonas ainda ganharia R$ 188 milhões até os 65 anos, se mantivesse o pique de atividades dos últimos seis meses de vida. Ainda não há conclusão sobre o que provocou a queda, que abriu uma clareira de 200 metros na vegetação da Cantareira.
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Relator que anulou julgamento do Carandiru ataca críticos na internet
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"Você é uma infeliz que não sabe o que diz"; "incauta dos ativistas do pseudodireitos humanos", "indecente é vc, ativista curioso!" Os comentários acima foram publicados na manhã desta quinta-feira pelo desembargador Ivan Sartori, que votou pela anulação da condenação e defendeu a absolvição de 74 policiais militares considerados responsáveis pelo massacre do Carandiru, em 1992, que resultou na morte de 111 presidiários pela PM. Todas as frases foram endereçadas a pessoas que criticaram a decisão na página oficial de Sartori no Facebook, que reunia quase 6,5 mil seguidores até a publicação desta reportagem. Para Sartori, relator do caso na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, os PMs envolvidos nas execuções, condenados pelo júri em todas as cinco etapas dos julgamentos realizados entre 2013 e 2014, agiram em "legítima defesa". Segundo o Ministério Público, 90,4% dos mortos foram alvejados por policiais na cabeça e no pescoço. A Promotoria diz que 86% dos mortos receberam três ou mais tiros. Nenhum policial morreu. "Não houve massacre. Houve obediência hierárquica. Houve legítima defesa. Houve estrito cumprimento do dever legal", proclamou o desembargador, que é ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. As penas, que variavam entre 48 e 624 anos, de prisão, foram anuladas. Divulgada na última terça-feira, a decisão é alvo de críticas - incluindo um editorial do jornal Folha de S.Paulo, que a classificou como "inabalável inapetência" e "massacre, sim". FILHO NOMEADO POR ALCKMIN O desembargador foi procurado pela BBC Brasil para explicar os comentários endereçados aos críticos pela rede social, mas não respondeu. Questionado, o Tribunal de Justiça afirmou que "trata-se de conta particular do desembargador por isso o Tribunal de Justiça não se manifestará." Em sua página no Facebook, o desembargador faz propaganda eleitoral do filho, Guilherme Sartori, candidato a vereador pelo PHS. "Sua história política também se deve ao grande trabalho realizado por seu pai, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Ivan Sartori", diz a biografia de Guilherme no Facebook. Administrador de empresas e estudante de direito, o herdeiro do desembargador tem 30 anos e foi nomeado pelo Coordenador de Juventude do Estado de São Paulo pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). 'PSEUDO-DIREITOS HUMANOS' Conforme a decisão anunciada no dia 27, dois desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ –Camilo Lellis e Edison Brandão– votaram pela anulação dos cinco julgamentos que condenaram os PMs. Sartori, relator do caso, foi o único a pedir a absolvição dos réus. A "individualização dos crimes" foi o principal argumento a favor da anulação do julgamento dos PMs envolvidos no massacre. Para Sartori, não é possível saber quem disparou tiros contra quais cadáveres –portanto, segundo sua tese, todos deveriam ser inocentados. Para a ONG de direitos humanos Conectas, a decisão é "uma afronta ao direito de reparação e responsabilização". "O argumento de que a polícia agiu em legítima defesa não encontra respaldo nos fatos, públicos e notórios, que apontam ter havido verdadeiro massacre de presos rendidos e encurralados nas carceragens. Enquanto ao menos 111 presos desarmados foram mortos durante a ação, a maioria com tiros na cabeça e pelas costas –um claro sinal de execução– um policial apresentou ferimento, causado por estilhaços de uma TV que levou tiros dos próprios policiais", afirma a entidade. Na página de Sartori no Facebook, um dos críticos afirmou que "queria apenas manifestar que sua decisão foi deplorável. É preciso muito mais formação sociológica, em artes e política nas faculdades de Direito e no ensino médio, sem dúvida". Sartori reagiu: "Outro infeliz, cooptado pelos pseudodefensores dos direitos humanos. Vai ler o processo e depois dê sua opinião consciente!". Outro seguidor afirmou: "Prende ladrão de salame faminto e libera massacre... coerente com interesses políticos... jamais com os da sociedade... escreveu seu nome na história da pior forma possível...". Ele se refere a um episódio de junho deste ano, quando Sartori condenou um homem a 6 meses de cadeia por roubar cinco salames de um supermercado. O réu alegava fome, mas o desembargador alegou que mantê-lo em liberdade poria em "risco a incolumidade pública". Sartori classificou a autora da crítica, em sua página, como "mais uma incauta dos ativistas do pseudodireitos humanos".
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cotidiano
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Relator que anulou julgamento do Carandiru ataca críticos na internet"Você é uma infeliz que não sabe o que diz"; "incauta dos ativistas do pseudodireitos humanos", "indecente é vc, ativista curioso!" Os comentários acima foram publicados na manhã desta quinta-feira pelo desembargador Ivan Sartori, que votou pela anulação da condenação e defendeu a absolvição de 74 policiais militares considerados responsáveis pelo massacre do Carandiru, em 1992, que resultou na morte de 111 presidiários pela PM. Todas as frases foram endereçadas a pessoas que criticaram a decisão na página oficial de Sartori no Facebook, que reunia quase 6,5 mil seguidores até a publicação desta reportagem. Para Sartori, relator do caso na 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, os PMs envolvidos nas execuções, condenados pelo júri em todas as cinco etapas dos julgamentos realizados entre 2013 e 2014, agiram em "legítima defesa". Segundo o Ministério Público, 90,4% dos mortos foram alvejados por policiais na cabeça e no pescoço. A Promotoria diz que 86% dos mortos receberam três ou mais tiros. Nenhum policial morreu. "Não houve massacre. Houve obediência hierárquica. Houve legítima defesa. Houve estrito cumprimento do dever legal", proclamou o desembargador, que é ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. As penas, que variavam entre 48 e 624 anos, de prisão, foram anuladas. Divulgada na última terça-feira, a decisão é alvo de críticas - incluindo um editorial do jornal Folha de S.Paulo, que a classificou como "inabalável inapetência" e "massacre, sim". FILHO NOMEADO POR ALCKMIN O desembargador foi procurado pela BBC Brasil para explicar os comentários endereçados aos críticos pela rede social, mas não respondeu. Questionado, o Tribunal de Justiça afirmou que "trata-se de conta particular do desembargador por isso o Tribunal de Justiça não se manifestará." Em sua página no Facebook, o desembargador faz propaganda eleitoral do filho, Guilherme Sartori, candidato a vereador pelo PHS. "Sua história política também se deve ao grande trabalho realizado por seu pai, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Ivan Sartori", diz a biografia de Guilherme no Facebook. Administrador de empresas e estudante de direito, o herdeiro do desembargador tem 30 anos e foi nomeado pelo Coordenador de Juventude do Estado de São Paulo pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). 'PSEUDO-DIREITOS HUMANOS' Conforme a decisão anunciada no dia 27, dois desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ –Camilo Lellis e Edison Brandão– votaram pela anulação dos cinco julgamentos que condenaram os PMs. Sartori, relator do caso, foi o único a pedir a absolvição dos réus. A "individualização dos crimes" foi o principal argumento a favor da anulação do julgamento dos PMs envolvidos no massacre. Para Sartori, não é possível saber quem disparou tiros contra quais cadáveres –portanto, segundo sua tese, todos deveriam ser inocentados. Para a ONG de direitos humanos Conectas, a decisão é "uma afronta ao direito de reparação e responsabilização". "O argumento de que a polícia agiu em legítima defesa não encontra respaldo nos fatos, públicos e notórios, que apontam ter havido verdadeiro massacre de presos rendidos e encurralados nas carceragens. Enquanto ao menos 111 presos desarmados foram mortos durante a ação, a maioria com tiros na cabeça e pelas costas –um claro sinal de execução– um policial apresentou ferimento, causado por estilhaços de uma TV que levou tiros dos próprios policiais", afirma a entidade. Na página de Sartori no Facebook, um dos críticos afirmou que "queria apenas manifestar que sua decisão foi deplorável. É preciso muito mais formação sociológica, em artes e política nas faculdades de Direito e no ensino médio, sem dúvida". Sartori reagiu: "Outro infeliz, cooptado pelos pseudodefensores dos direitos humanos. Vai ler o processo e depois dê sua opinião consciente!". Outro seguidor afirmou: "Prende ladrão de salame faminto e libera massacre... coerente com interesses políticos... jamais com os da sociedade... escreveu seu nome na história da pior forma possível...". Ele se refere a um episódio de junho deste ano, quando Sartori condenou um homem a 6 meses de cadeia por roubar cinco salames de um supermercado. O réu alegava fome, mas o desembargador alegou que mantê-lo em liberdade poria em "risco a incolumidade pública". Sartori classificou a autora da crítica, em sua página, como "mais uma incauta dos ativistas do pseudodireitos humanos".
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Del Nero convoca reunião às pressas na CBF
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O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, convocou às pressas os integrantes da cúpula da entidade para uma reunião na manhã desta quinta-feira (7) na sede da entidade. O convite foi enviado aos vice-presidentes na noite de terça (5) logo após Del Nero reassumir o cargo. Os cinco vices integram a presidência da entidade. No documento, o dirigente não especifica os assuntos que vai tratar no encontro. Fora da entidade por um mês, Del Nero retornou ao cargo na terça e ainda não se pronunciou sobre o seu futuro. O presidente da CBF é acusado pelo FBI de integrar um esquema de recebimento de propina em torneios organizados no país e no exterior. Em dezembro, ele pediu licença alegando que pretendia se defender das acusações. José Maria Marin está preso desde maio pela mesma acusação. Del Nero foi o principal executivo de Marin na CBF. Opositor do cartola, Delfim Peixoto, vice da CBF e presidente da Federação Catarinense de Futebol, já informou que não vai participar do encontro nesta quinta. "Recebi a convocação na quarta [6] de tarde. É impossível chegar neste horário no Rio. Não sou tolo e sei que a convocação em cima da hora foi proposital", disse o catarinense de 74 anos. No mês passado, Del Nero articulou nos bastidores a eleição do presidente da Federação Paraense de Futebol, Antonio Carlos Nunes, 77, o coronel Nunes, para ocupar a vice-presidência deixada vaga após a prisão de Marin. A eleição de Nunes fez parte da estratégia do presidente da CBF para evitar que Peixoto assuma o cargo caso ocorra renúncia nos próximos meses. Pelo estatuto da CBF, o vice mais velho entrará na vaga de Del Nero. Na reunião desta quinta, o presidente poderá nomear Nunes para substituí-lo por mais um licença. Até terça, o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) substituiu Del Nero no cargo. Os dois entraram em conflito nos últimos dias. Por isso, o dirigente reassumiu o cargo. Inicialmente, Del Nero pretendia ficar de fora da entidade por 150 dias. Vicente chegou até publicar um artigo na Folha anunciando os seus planos para o futebol. Além de Peixoto, Vicente e coronel Nunes, Fernando Sarney e Gustavo Feijó também são vices na CBF.
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esporte
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Del Nero convoca reunião às pressas na CBFO presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, convocou às pressas os integrantes da cúpula da entidade para uma reunião na manhã desta quinta-feira (7) na sede da entidade. O convite foi enviado aos vice-presidentes na noite de terça (5) logo após Del Nero reassumir o cargo. Os cinco vices integram a presidência da entidade. No documento, o dirigente não especifica os assuntos que vai tratar no encontro. Fora da entidade por um mês, Del Nero retornou ao cargo na terça e ainda não se pronunciou sobre o seu futuro. O presidente da CBF é acusado pelo FBI de integrar um esquema de recebimento de propina em torneios organizados no país e no exterior. Em dezembro, ele pediu licença alegando que pretendia se defender das acusações. José Maria Marin está preso desde maio pela mesma acusação. Del Nero foi o principal executivo de Marin na CBF. Opositor do cartola, Delfim Peixoto, vice da CBF e presidente da Federação Catarinense de Futebol, já informou que não vai participar do encontro nesta quinta. "Recebi a convocação na quarta [6] de tarde. É impossível chegar neste horário no Rio. Não sou tolo e sei que a convocação em cima da hora foi proposital", disse o catarinense de 74 anos. No mês passado, Del Nero articulou nos bastidores a eleição do presidente da Federação Paraense de Futebol, Antonio Carlos Nunes, 77, o coronel Nunes, para ocupar a vice-presidência deixada vaga após a prisão de Marin. A eleição de Nunes fez parte da estratégia do presidente da CBF para evitar que Peixoto assuma o cargo caso ocorra renúncia nos próximos meses. Pelo estatuto da CBF, o vice mais velho entrará na vaga de Del Nero. Na reunião desta quinta, o presidente poderá nomear Nunes para substituí-lo por mais um licença. Até terça, o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) substituiu Del Nero no cargo. Os dois entraram em conflito nos últimos dias. Por isso, o dirigente reassumiu o cargo. Inicialmente, Del Nero pretendia ficar de fora da entidade por 150 dias. Vicente chegou até publicar um artigo na Folha anunciando os seus planos para o futebol. Além de Peixoto, Vicente e coronel Nunes, Fernando Sarney e Gustavo Feijó também são vices na CBF.
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O argentino do paletó azul
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Era uma tarde ensolarada no aeroporto de Lisboa. Mas a morna placidez típica de Portugal era quebrada pelos gestos impacientes e pelas queixas em voz alta de um personagem estranho. Ele falava português brasileiro com sotaque argentino –e vituperava sozinho contra os portugueses, "Gente desorganizada"; "imagine não ter lugar na executiva"; "terei que ir com eles na classe econômica"; "bagunça de país". Fungando sem parar, repetia maquinalmente uma sucessão de gestos: tirava o paletó pelo lado esquerdo, passava-o diante do corpo, e voltava a vesti-lo pelo lado direito, como um toureiro alucinado. Seguiu assim no embarque para o curto voo rumo a Paris. Sentei-me sozinho numa fila de três lugares, de onde ouvia seu queixume antilusitano entre muitas idas ao banheiro. Consegui cochilar e despertei em Paris. Ao desatar o cinto de segurança, estendi a mão para a poltrona ao lado e gelei: meu paletó (com passaporte e dinheiro nos bolsos) havia desaparecido. Sem passaporte, em tempos pré-União Europeia, eu nem sequer entraria na França. O primeiro impulso foi emitir a fala teatral: "Parem este avião!". Mas, pena, ele já estava estacionado. Restou-me então outra, também cinematográfica: "Ninguém sai deste avião!". Aos comissários, expliquei em voz alta: "Alguém roubou meu paletó com dinheiro e documentos!". Foi o momento da vingança dos portugueses contra o detrator que os ofendia desde o embarque. Múltiplos dedos o apontaram, repetindo em atropelo: "Foi ele! Eu vi! Pegou seu paletó e levou lá para trás!". O argentino viu-se acuado e aterrorizado. Um comissário foi até o fundo do avião –lá estava meu paletó, azul como o do gatuno, jogado, mas intacto: nada faltava nos bolsos. Saí seguido pelo colérico personagem, acusando-me de tê-lo... acusado. Pelo que depreendi, em suas andanças inquietas pelo avião, com seu tique frenético, ele vestiu por engano meu paletó. Em uma ida ao banheiro, percebendo que não era o seu, o jogou por ali. Tentava ignorá-lo quando ele, irritado, arremessou: "Você sabe com quem está falando?!". (A minha frase sobre parar o avião era melhor.) Ele mesmo respondeu, mas enunciando um nome duplo –"Eu sou Frankie Amaury!"– que reconheci como o da grife que ele e o sócio mantinham no Rio de Janeiro. E ri intimamente quando ele prosseguiu: "Conheço gente importante! Conheço jornalistas! Vou descobrir quem é você e acabar com você! Vou ligar para a coluna social da Folha e contar que você me humilhou por causa desse lixo do seu paletó!" Não resisti e finalmente falei: "Olha, para poupar seu trabalho de falar com os jornalistas: você já está falando com um. Quanto à colunista social da Folha, deixe que eu mesmo conto, eu trabalho na mesa ao lado. E, aproveitando, vou dizer às donas da Tweed o que você achou do paletó delas, vai ser ótimo para quando vocês forem a São Paulo". Já na fila do passaporte, ele ficou lívido. Transformou-se. Seus olhos marejaram. E ele balbuciou: "Você me fez chorar... Ninguém nunca me fez chorar...". Ainda me abordou na fila do táxi. Propôs: vamos colocar uma pedra nisso? Esquecer o incidente? E estendeu a mão. Retribuí, aliviado –até ouvir seu último comentário: "Sabe que você tem as mãos lindas? O que vai fazer hoje à noite?". Pulei voando no táxi. Mas só depois de me certificar de que o paletó azul que vestia era mesmo o meu. * Anos depois, em 2004, soube pela imprensa da morte de seu sócio, Amaury –e que ele, Frankie, era o principal suspeito. Seu julgamento seria no ano passado, mas não houve: o argentino do paletó azul morrera do coração dias antes.
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colunas
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O argentino do paletó azulEra uma tarde ensolarada no aeroporto de Lisboa. Mas a morna placidez típica de Portugal era quebrada pelos gestos impacientes e pelas queixas em voz alta de um personagem estranho. Ele falava português brasileiro com sotaque argentino –e vituperava sozinho contra os portugueses, "Gente desorganizada"; "imagine não ter lugar na executiva"; "terei que ir com eles na classe econômica"; "bagunça de país". Fungando sem parar, repetia maquinalmente uma sucessão de gestos: tirava o paletó pelo lado esquerdo, passava-o diante do corpo, e voltava a vesti-lo pelo lado direito, como um toureiro alucinado. Seguiu assim no embarque para o curto voo rumo a Paris. Sentei-me sozinho numa fila de três lugares, de onde ouvia seu queixume antilusitano entre muitas idas ao banheiro. Consegui cochilar e despertei em Paris. Ao desatar o cinto de segurança, estendi a mão para a poltrona ao lado e gelei: meu paletó (com passaporte e dinheiro nos bolsos) havia desaparecido. Sem passaporte, em tempos pré-União Europeia, eu nem sequer entraria na França. O primeiro impulso foi emitir a fala teatral: "Parem este avião!". Mas, pena, ele já estava estacionado. Restou-me então outra, também cinematográfica: "Ninguém sai deste avião!". Aos comissários, expliquei em voz alta: "Alguém roubou meu paletó com dinheiro e documentos!". Foi o momento da vingança dos portugueses contra o detrator que os ofendia desde o embarque. Múltiplos dedos o apontaram, repetindo em atropelo: "Foi ele! Eu vi! Pegou seu paletó e levou lá para trás!". O argentino viu-se acuado e aterrorizado. Um comissário foi até o fundo do avião –lá estava meu paletó, azul como o do gatuno, jogado, mas intacto: nada faltava nos bolsos. Saí seguido pelo colérico personagem, acusando-me de tê-lo... acusado. Pelo que depreendi, em suas andanças inquietas pelo avião, com seu tique frenético, ele vestiu por engano meu paletó. Em uma ida ao banheiro, percebendo que não era o seu, o jogou por ali. Tentava ignorá-lo quando ele, irritado, arremessou: "Você sabe com quem está falando?!". (A minha frase sobre parar o avião era melhor.) Ele mesmo respondeu, mas enunciando um nome duplo –"Eu sou Frankie Amaury!"– que reconheci como o da grife que ele e o sócio mantinham no Rio de Janeiro. E ri intimamente quando ele prosseguiu: "Conheço gente importante! Conheço jornalistas! Vou descobrir quem é você e acabar com você! Vou ligar para a coluna social da Folha e contar que você me humilhou por causa desse lixo do seu paletó!" Não resisti e finalmente falei: "Olha, para poupar seu trabalho de falar com os jornalistas: você já está falando com um. Quanto à colunista social da Folha, deixe que eu mesmo conto, eu trabalho na mesa ao lado. E, aproveitando, vou dizer às donas da Tweed o que você achou do paletó delas, vai ser ótimo para quando vocês forem a São Paulo". Já na fila do passaporte, ele ficou lívido. Transformou-se. Seus olhos marejaram. E ele balbuciou: "Você me fez chorar... Ninguém nunca me fez chorar...". Ainda me abordou na fila do táxi. Propôs: vamos colocar uma pedra nisso? Esquecer o incidente? E estendeu a mão. Retribuí, aliviado –até ouvir seu último comentário: "Sabe que você tem as mãos lindas? O que vai fazer hoje à noite?". Pulei voando no táxi. Mas só depois de me certificar de que o paletó azul que vestia era mesmo o meu. * Anos depois, em 2004, soube pela imprensa da morte de seu sócio, Amaury –e que ele, Frankie, era o principal suspeito. Seu julgamento seria no ano passado, mas não houve: o argentino do paletó azul morrera do coração dias antes.
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Rússia estuda fornecer energia para ajudar Grécia a sair da crise
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A Rússia estuda a possibilidade de iniciar o fornecimento direto de energia à Grécia para ajudar na recuperação da economia do país, que vive forte crise, anunciou neste domingo (12) o ministro da Energia russo, Alexander Novak. "A Rússia tem a intenção de apoiar a recuperação da economia grega mediante a cooperação no setor energético. Nesse sentido, estamos estudando a possibilidade de iniciar fornecimento direto", disse Novak a jornalistas. O ministro acrescentou que esse fornecimento pode começar em breve. "Agora estamos trabalhando nisso e confiamos chegar a um acordo em poucas semanas", afirmou, sem dar mais detalhes. Nos últimos dias, em meio às difíceis negociações da Grécia com a União Europeia para conseguir um terceiro pacote de resgate financeiro, as autoridades russas repetiram várias vezes que o governo grego não pediu ajuda ao país. "[Grécia]":p(gallery). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na sexta-feira que embora seu país tenha "a possibilidade de apoiar seus aliados, a Grécia integra a União Europeia". Em meados de junho, Moscou e Atenas assinaram um memorando para ampliar à Grécia o gasoduto Turkish Stream, com gás russo. A Rússia vai antecipar a parte grega no financiamento do gasoduto devido aos problemas econômicos gregos. Pouco antes, o ministro da Energia da Grécia, Panagiotis Lafazanis, afirmou que a falta de um acordo com a Europa não seria "o fim", já que seu país poderia obter uma injeção de capital a partir de 2019 por parte da Rússia, como antecipação sobre os futuros lucros gerados pelo Turkish Stream. A Rússia anunciou o projeto de um novo gasoduto através do Mar Negro até o território turco após abrir mão do South Stream, pelo qual forneceria gás a países europeus como Itália, Áustria e Hungria através da Bulgária. CRISE GREGA Os ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) iniciaram neste domingo (12) seu segundo dia de reuniões sobre a crise na Grécia, em meio a um sentimento de desconfiança em relação ao governo grego e com a intenção de chegar a algum consenso que possa ser apresentado mais tarde aos chefes de Estado e de Governo europeus. "Acho que é relativamente pouco provável que a Comissão Europeia obtenha hoje uma aprovação para começar as negociações formais sobre um terceiro programa ou um programa do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade), mas acho que o Eurogrupo pode preparar e dar sua contribuição às discussões dos líderes", disse o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis. O ministro de Finanças da Itália, Pietro Carlo Padoan, afirmou que espera-se que o governo grego "adote, a partir de amanhã, medidas importantes que sirvam em primeiro lugar aos gregos e depois para reconquistar a confiança". "Falemos francamente, o maior obstáculo para o acordo é a ausência de confiança", ressaltou. A agência de notícias Reuters teve acesso ao esboço da declaração que o Eurogrupo divulgará ainda hoje sobre Grécia. O texto indica que o país não será capaz de começar as negociações para receber um terceiro pacote de ajuda financeira até que faça mudanças no seu imposto sobre o comércio e no seu sistema de aposentadorias. Os ministros também indicam que, para iniciar as negociações, gostariam que a Grécia aumentasse a base de cobrança de impostos para elevar receitas e fortalecesse a independência da Elstat, a agência grega de estatísticas. As condições apontadas no esboço, na prática, descartam a possibilidade de os ministros do Eurogrupo tomarem uma decisão sobre a próxima ajuda à Grécia durante a reunião deste domingo, uma vez que todas as mudanças solicitadas precisam ser aprovadas pelo parlamento grego. O documento deverá ser apresentado ainda neste domingo a líderes da zona do euro que estão reunidos em Bruxelas.
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mercado
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Rússia estuda fornecer energia para ajudar Grécia a sair da criseA Rússia estuda a possibilidade de iniciar o fornecimento direto de energia à Grécia para ajudar na recuperação da economia do país, que vive forte crise, anunciou neste domingo (12) o ministro da Energia russo, Alexander Novak. "A Rússia tem a intenção de apoiar a recuperação da economia grega mediante a cooperação no setor energético. Nesse sentido, estamos estudando a possibilidade de iniciar fornecimento direto", disse Novak a jornalistas. O ministro acrescentou que esse fornecimento pode começar em breve. "Agora estamos trabalhando nisso e confiamos chegar a um acordo em poucas semanas", afirmou, sem dar mais detalhes. Nos últimos dias, em meio às difíceis negociações da Grécia com a União Europeia para conseguir um terceiro pacote de resgate financeiro, as autoridades russas repetiram várias vezes que o governo grego não pediu ajuda ao país. "[Grécia]":p(gallery). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na sexta-feira que embora seu país tenha "a possibilidade de apoiar seus aliados, a Grécia integra a União Europeia". Em meados de junho, Moscou e Atenas assinaram um memorando para ampliar à Grécia o gasoduto Turkish Stream, com gás russo. A Rússia vai antecipar a parte grega no financiamento do gasoduto devido aos problemas econômicos gregos. Pouco antes, o ministro da Energia da Grécia, Panagiotis Lafazanis, afirmou que a falta de um acordo com a Europa não seria "o fim", já que seu país poderia obter uma injeção de capital a partir de 2019 por parte da Rússia, como antecipação sobre os futuros lucros gerados pelo Turkish Stream. A Rússia anunciou o projeto de um novo gasoduto através do Mar Negro até o território turco após abrir mão do South Stream, pelo qual forneceria gás a países europeus como Itália, Áustria e Hungria através da Bulgária. CRISE GREGA Os ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) iniciaram neste domingo (12) seu segundo dia de reuniões sobre a crise na Grécia, em meio a um sentimento de desconfiança em relação ao governo grego e com a intenção de chegar a algum consenso que possa ser apresentado mais tarde aos chefes de Estado e de Governo europeus. "Acho que é relativamente pouco provável que a Comissão Europeia obtenha hoje uma aprovação para começar as negociações formais sobre um terceiro programa ou um programa do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade), mas acho que o Eurogrupo pode preparar e dar sua contribuição às discussões dos líderes", disse o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis. O ministro de Finanças da Itália, Pietro Carlo Padoan, afirmou que espera-se que o governo grego "adote, a partir de amanhã, medidas importantes que sirvam em primeiro lugar aos gregos e depois para reconquistar a confiança". "Falemos francamente, o maior obstáculo para o acordo é a ausência de confiança", ressaltou. A agência de notícias Reuters teve acesso ao esboço da declaração que o Eurogrupo divulgará ainda hoje sobre Grécia. O texto indica que o país não será capaz de começar as negociações para receber um terceiro pacote de ajuda financeira até que faça mudanças no seu imposto sobre o comércio e no seu sistema de aposentadorias. Os ministros também indicam que, para iniciar as negociações, gostariam que a Grécia aumentasse a base de cobrança de impostos para elevar receitas e fortalecesse a independência da Elstat, a agência grega de estatísticas. As condições apontadas no esboço, na prática, descartam a possibilidade de os ministros do Eurogrupo tomarem uma decisão sobre a próxima ajuda à Grécia durante a reunião deste domingo, uma vez que todas as mudanças solicitadas precisam ser aprovadas pelo parlamento grego. O documento deverá ser apresentado ainda neste domingo a líderes da zona do euro que estão reunidos em Bruxelas.
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Flávio Rocha: Vamos acabar com o nós contra eles
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São tantos os conflitos que marcam a vida dos brasileiros atualmente que me animo a tratar do assunto a partir do meu próprio ambiente de trabalho. Estou convencido de que uma empresa privada, inserida em um cenário de livre concorrência, possa ser uma eficiente máquina de mediação de conflitos. O sucesso de uma companhia está diretamente relacionado com sua capacidade de reduzir tensões naturais entre os chamados "stakeholders" –trabalhadores, patrões, investidores, fornecedores, clientes, comunidade e o meio ambiente. Na ausência de um propósito compartilhado por todos esses atores, esses conflitos se exacerbam e o interesse individual tende a prevalecer. Em pleno século 21 é difícil aceitar a existência de um flá-flu entre pobres e ricos, por mais que esse seja o interesse de grupos políticos que chegaram ao poder. Ao atingir uma missão compartilhada por todos integrantes de uma companhia, se aprende rapidamente que atingir o objetivo significa, entre outras coisas positivas: maior bônus para os executivos, melhores reajustes de salários para os trabalhadores, mais dividendos para os acionistas e melhor proposta de valor para os clientes. A Riachuelo tem o privilégio de ser orientada para um propósito que nos motiva e nos inspira: democratizar a moda para transformá-la em um instrumento de inclusão social. Sabemos que o mundo da moda sempre foi excludente, elitista e até arrogante, mas faz parte do nosso cotidiano testemunhar a maravilhosa transformação das pessoas que são tocadas por essa magia. A moda é a ferramenta que temos para melhorar a vida das pessoas, de fazer desabrochar a autoestima, de fazer as pazes com o espelho. Tendo êxito na tarefa de alargar a porta de acesso desse mundo mágico da moda, estarão garantidos os interesses e sonhos individuais de todos. Um propósito compartilhado é a mais eficiente ferramenta de solução de conflitos. É difícil imaginar "eles" como os pobres e "nós", os ricos, eternamente ricos. Na origem de nossa empresa, há pouco menos de 70 anos, existe a história de um jovem sem nenhum patrimônio, que saiu de Caraúbas, no interior do Rio Grande do Norte, fugindo da seca e que chegou à lista dos bilionários da revista "Forbes" pela força do seu trabalho e de sua inteligência (sem precisar fazer negócios com o governo). Aprendemos a odiar a pobreza e a saber que o pobre de hoje pode ser o milionário de amanhã. Na livre iniciativa a mobilidade econômico-social está ao alcance de todos, sem nenhum conflito. Para os partidos de esquerda, a lógica é diametralmente oposta. Quanto mais radicalizados estiverem os conflitos, mais fácil justificar a hipertrofia do grande mediador que é o Estado. Para isso, em vez de buscar convergências, põe-se mais fogo nos conflitos. É a lógica do "nós contra eles", que está presente na maioria das ações do governo, oferecendo desculpa para diversos insucessos em diferentes setores do Estado. Nas últimas semanas, especialmente desde as manifestações antigoverno de 15 de março, foram publicados na imprensa vários artigos inflamados acerca do acirramento do ódio entre ricos e pobres. Onde há uma faísca de litígio, despeja-se um balde de gasolina. Esse comportamento tem estimulado conflitos entre ricos e pobres, empregados e patrões, negros e brancos, sem-terra e ruralistas, hétero e homossexuais, mulheres e homens e até entre filhos e pais. O acirramento tem me preocupado, mas, ao mesmo tempo, me animado a tentar entender como os conflitos são estimulados e o que podemos fazer para pôr fim a eles. Desejo que meus filhos e netos recebam como legado um mundo e um país regido pela lógica serena e conciliadora da empresa privada e do livre mercado, e não pela sanha incendiária do "nós contra eles". FLÁVIO ROCHA, 56, é presidente da Riachuelo e vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Flávio Rocha: Vamos acabar com o nós contra elesSão tantos os conflitos que marcam a vida dos brasileiros atualmente que me animo a tratar do assunto a partir do meu próprio ambiente de trabalho. Estou convencido de que uma empresa privada, inserida em um cenário de livre concorrência, possa ser uma eficiente máquina de mediação de conflitos. O sucesso de uma companhia está diretamente relacionado com sua capacidade de reduzir tensões naturais entre os chamados "stakeholders" –trabalhadores, patrões, investidores, fornecedores, clientes, comunidade e o meio ambiente. Na ausência de um propósito compartilhado por todos esses atores, esses conflitos se exacerbam e o interesse individual tende a prevalecer. Em pleno século 21 é difícil aceitar a existência de um flá-flu entre pobres e ricos, por mais que esse seja o interesse de grupos políticos que chegaram ao poder. Ao atingir uma missão compartilhada por todos integrantes de uma companhia, se aprende rapidamente que atingir o objetivo significa, entre outras coisas positivas: maior bônus para os executivos, melhores reajustes de salários para os trabalhadores, mais dividendos para os acionistas e melhor proposta de valor para os clientes. A Riachuelo tem o privilégio de ser orientada para um propósito que nos motiva e nos inspira: democratizar a moda para transformá-la em um instrumento de inclusão social. Sabemos que o mundo da moda sempre foi excludente, elitista e até arrogante, mas faz parte do nosso cotidiano testemunhar a maravilhosa transformação das pessoas que são tocadas por essa magia. A moda é a ferramenta que temos para melhorar a vida das pessoas, de fazer desabrochar a autoestima, de fazer as pazes com o espelho. Tendo êxito na tarefa de alargar a porta de acesso desse mundo mágico da moda, estarão garantidos os interesses e sonhos individuais de todos. Um propósito compartilhado é a mais eficiente ferramenta de solução de conflitos. É difícil imaginar "eles" como os pobres e "nós", os ricos, eternamente ricos. Na origem de nossa empresa, há pouco menos de 70 anos, existe a história de um jovem sem nenhum patrimônio, que saiu de Caraúbas, no interior do Rio Grande do Norte, fugindo da seca e que chegou à lista dos bilionários da revista "Forbes" pela força do seu trabalho e de sua inteligência (sem precisar fazer negócios com o governo). Aprendemos a odiar a pobreza e a saber que o pobre de hoje pode ser o milionário de amanhã. Na livre iniciativa a mobilidade econômico-social está ao alcance de todos, sem nenhum conflito. Para os partidos de esquerda, a lógica é diametralmente oposta. Quanto mais radicalizados estiverem os conflitos, mais fácil justificar a hipertrofia do grande mediador que é o Estado. Para isso, em vez de buscar convergências, põe-se mais fogo nos conflitos. É a lógica do "nós contra eles", que está presente na maioria das ações do governo, oferecendo desculpa para diversos insucessos em diferentes setores do Estado. Nas últimas semanas, especialmente desde as manifestações antigoverno de 15 de março, foram publicados na imprensa vários artigos inflamados acerca do acirramento do ódio entre ricos e pobres. Onde há uma faísca de litígio, despeja-se um balde de gasolina. Esse comportamento tem estimulado conflitos entre ricos e pobres, empregados e patrões, negros e brancos, sem-terra e ruralistas, hétero e homossexuais, mulheres e homens e até entre filhos e pais. O acirramento tem me preocupado, mas, ao mesmo tempo, me animado a tentar entender como os conflitos são estimulados e o que podemos fazer para pôr fim a eles. Desejo que meus filhos e netos recebam como legado um mundo e um país regido pela lógica serena e conciliadora da empresa privada e do livre mercado, e não pela sanha incendiária do "nós contra eles". FLÁVIO ROCHA, 56, é presidente da Riachuelo e vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Wal-Mart vai comprar loja on-line de moda masculina Bonobos
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O Wal-Mart anunciou nesta sexta-feira (16) a compra da varejista on-line de moda masculina Bonobos por US$ 310 milhões de dólares, seu quarto negócio de comércio eletrônico em menos de um ano, enquanto tenta reduzir a diferença para a líder de comércio eletrônico Amazon.com. No entanto, as ações da Wal-Mart caíram cerca de 7% após a Amazon revelar um acordo de US$ 13,7 bilhões para comprar a rede de supermercados Whole Foods. A compra da Whole Foods pela Amazon acontece enquanto o Wal-Mart enfrenta uma guerra de preços com rivais como Aldi e Kroger no segmento de supermercados, que representa cerca de 56% da receita da Wal-Mart. O movimento da Amazon aumenta a pressão sobre o Wal-Mart, já que ao longo do tempo a entrega de conveniência e supermercado oferecida pelo gigante do comércio eletrônico provavelmente reduziria as vendas da Wal-Mart, disse Ken Perkins, presidente da empresa de pesquisa Retail Metrics. O Wal-Mart vem reforçando a presença on-line para competir melhor com a Amazon. Para isso, comprou o varejista de internet Jet.com por cerca de US$ 3 bilhões no ano passado, no maior acordo para uma empresa iniciante no comércio eletrônico. No primeiro trimestre, o Wal-Mart também comprou a varejista de moda feminina ModCloth, o varejista de roupas e equipamentos para o exterior Moosejaw e o varejista de calçados Shoebuy.
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mercado
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Wal-Mart vai comprar loja on-line de moda masculina BonobosO Wal-Mart anunciou nesta sexta-feira (16) a compra da varejista on-line de moda masculina Bonobos por US$ 310 milhões de dólares, seu quarto negócio de comércio eletrônico em menos de um ano, enquanto tenta reduzir a diferença para a líder de comércio eletrônico Amazon.com. No entanto, as ações da Wal-Mart caíram cerca de 7% após a Amazon revelar um acordo de US$ 13,7 bilhões para comprar a rede de supermercados Whole Foods. A compra da Whole Foods pela Amazon acontece enquanto o Wal-Mart enfrenta uma guerra de preços com rivais como Aldi e Kroger no segmento de supermercados, que representa cerca de 56% da receita da Wal-Mart. O movimento da Amazon aumenta a pressão sobre o Wal-Mart, já que ao longo do tempo a entrega de conveniência e supermercado oferecida pelo gigante do comércio eletrônico provavelmente reduziria as vendas da Wal-Mart, disse Ken Perkins, presidente da empresa de pesquisa Retail Metrics. O Wal-Mart vem reforçando a presença on-line para competir melhor com a Amazon. Para isso, comprou o varejista de internet Jet.com por cerca de US$ 3 bilhões no ano passado, no maior acordo para uma empresa iniciante no comércio eletrônico. No primeiro trimestre, o Wal-Mart também comprou a varejista de moda feminina ModCloth, o varejista de roupas e equipamentos para o exterior Moosejaw e o varejista de calçados Shoebuy.
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"Nunca me olhei e pensei 'Sou atriz'", diz Laura Cardoso, 89
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Laura Cardoso é econômica com palavras. Ao menos fora do palco. Uma das maiores atrizes do Brasil, ela respondeu com 19 palavras às dez perguntas que a Serafina fez sobre o ofício quando a colocou ao lado de Patrick Amstalden, um nome que desponta nos musicais, para falar sobre o que é ser ator. O minimalismo não deve ser confundido com laconismo. A veterana, que foi tema da "Ocupação Laura Cardoso", que encheu o Itaú Cultural, em São Paulo, de registros das suas quase oito décadas de carreira, demonstrou alegria de encontrar com um jovem colega. As palavras contadas são uma escolha estética de uma artista para quem o mundo deveria ver todos os filmes de Charles Chaplin, mudos. Leia abaixo a entrevista. Em que você está trabalhando neste exato momento? Estou lendo muito Teve alguma obra que te levou a querer ser artista? Qual, quando e por quê? Eu nasci querendo ser atriz Qual foi o momento em que você olhou no espelho e pensou: sou atriz? Nunca Tem algum momento em que olhe no espelho e pense: não sou atriz? Quando? Nunca Qual é seu conselho para alguém que quer ser artista? Muita dedicação Qual foi o melhor conselho que recebeu quanto ao ofício? Estudo e dedicação Que palavra define sua relação com a arte hoje? Profissionalismo Qual definia quando começou? Trabalho Se não fosse atriz, seria o quê? Dançarina Uma obra essencial, que gostaria que todos vissem? Todos os filmes de Chaplin
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serafina
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"Nunca me olhei e pensei 'Sou atriz'", diz Laura Cardoso, 89Laura Cardoso é econômica com palavras. Ao menos fora do palco. Uma das maiores atrizes do Brasil, ela respondeu com 19 palavras às dez perguntas que a Serafina fez sobre o ofício quando a colocou ao lado de Patrick Amstalden, um nome que desponta nos musicais, para falar sobre o que é ser ator. O minimalismo não deve ser confundido com laconismo. A veterana, que foi tema da "Ocupação Laura Cardoso", que encheu o Itaú Cultural, em São Paulo, de registros das suas quase oito décadas de carreira, demonstrou alegria de encontrar com um jovem colega. As palavras contadas são uma escolha estética de uma artista para quem o mundo deveria ver todos os filmes de Charles Chaplin, mudos. Leia abaixo a entrevista. Em que você está trabalhando neste exato momento? Estou lendo muito Teve alguma obra que te levou a querer ser artista? Qual, quando e por quê? Eu nasci querendo ser atriz Qual foi o momento em que você olhou no espelho e pensou: sou atriz? Nunca Tem algum momento em que olhe no espelho e pense: não sou atriz? Quando? Nunca Qual é seu conselho para alguém que quer ser artista? Muita dedicação Qual foi o melhor conselho que recebeu quanto ao ofício? Estudo e dedicação Que palavra define sua relação com a arte hoje? Profissionalismo Qual definia quando começou? Trabalho Se não fosse atriz, seria o quê? Dançarina Uma obra essencial, que gostaria que todos vissem? Todos os filmes de Chaplin
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Av. Brigadeiro Faria Lima e outras oito vias têm velocidade reduzida em SP
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A CET (Companhia Engenharia de Tráfego) reduz a partir desta sexta-feira (9) o limite de velocidade para 50 km/h em nove vias de São Paulo. As alterações acontecerão nas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Hélio Pellegrino, Juscelino Kubitscheck e Antônio Joaquim de Moura Andrade, nas ruas dos Pinheiros e Inhambu e nos túneis Sebastião Camargo, Tribunal de Justiça e Ayrton Senna. A medida está inserida no plano de redução de acidentes viários do Programa de Proteção à Vida. Ao todo, serão utilizadas 127 placas de sinalização vertical. A gestão Fernando Haddad (PT) divulga semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações. "É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito. MORTES NO TRÂNSITO Uma das justificativas que a administração municipal usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito. Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital. Nos primeiros seis meses deste ano, a cidade de São Paulo registrou queda de 19% nas mortes em acidentes de trânsito –a maior queda na cidade de São Paulo em ao menos uma década. O novo balanço, divulgado no final de setembro pelo prefeito, apontou uma diminuição de 637 para 519 mortes –na comparação de 2014 e 2015, entre janeiro e junho. A quantidade absoluta de vítimas fatais também foi a menor já registrada em um semestre ao menos desde 2005 –ano em que a CET retomou os registros de mortes no trânsito com os critérios atuais. Infográfico: Mortes no trânsito em São Paulo Para Haddad, a queda é reflexo de ações de sua gestão, como implantação de faixas de pedestres, lombadas eletrônicas, áreas com limite de 40 km/h e a rede de ciclovias -que se expandiu de 65 km para 303 km em um ano, a partir de junho de 2014. "O ciclista está mais seguro. Isso é malha cicloviária", afirmou. Apesar da redução, a taxa de mortes no trânsito da capital paulista –que caiu de 10,5 para 9,5 por 100 mil habitantes– ainda está muito acima da de cidades desenvolvidas como Londres (1,5) ou Nova York (2,9) e longe da meta (6) fixada por SP para 2020. Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB
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cotidiano
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Av. Brigadeiro Faria Lima e outras oito vias têm velocidade reduzida em SPA CET (Companhia Engenharia de Tráfego) reduz a partir desta sexta-feira (9) o limite de velocidade para 50 km/h em nove vias de São Paulo. As alterações acontecerão nas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Hélio Pellegrino, Juscelino Kubitscheck e Antônio Joaquim de Moura Andrade, nas ruas dos Pinheiros e Inhambu e nos túneis Sebastião Camargo, Tribunal de Justiça e Ayrton Senna. A medida está inserida no plano de redução de acidentes viários do Programa de Proteção à Vida. Ao todo, serão utilizadas 127 placas de sinalização vertical. A gestão Fernando Haddad (PT) divulga semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações. "É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito. MORTES NO TRÂNSITO Uma das justificativas que a administração municipal usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito. Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital. Nos primeiros seis meses deste ano, a cidade de São Paulo registrou queda de 19% nas mortes em acidentes de trânsito –a maior queda na cidade de São Paulo em ao menos uma década. O novo balanço, divulgado no final de setembro pelo prefeito, apontou uma diminuição de 637 para 519 mortes –na comparação de 2014 e 2015, entre janeiro e junho. A quantidade absoluta de vítimas fatais também foi a menor já registrada em um semestre ao menos desde 2005 –ano em que a CET retomou os registros de mortes no trânsito com os critérios atuais. Infográfico: Mortes no trânsito em São Paulo Para Haddad, a queda é reflexo de ações de sua gestão, como implantação de faixas de pedestres, lombadas eletrônicas, áreas com limite de 40 km/h e a rede de ciclovias -que se expandiu de 65 km para 303 km em um ano, a partir de junho de 2014. "O ciclista está mais seguro. Isso é malha cicloviária", afirmou. Apesar da redução, a taxa de mortes no trânsito da capital paulista –que caiu de 10,5 para 9,5 por 100 mil habitantes– ainda está muito acima da de cidades desenvolvidas como Londres (1,5) ou Nova York (2,9) e longe da meta (6) fixada por SP para 2020. Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB
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Dificuldade do governo para ajustar contas volta a pressionar a inflação
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As projeções para a economia brasileira pioraram com as dificuldades crescentes do governo em relação ao compromisso de melhorar as contas públicas no próximo ano. Economistas consultados semanalmente pelo Banco Central estimam que o PIB brasileiro terá queda de 0,50% em 2016. Até semana passada, os cálculos apontavam uma retração de 0,40%. O cenário para 2015 também é ruim: um tombo de 2,44%, ante a queda de 2,26% estimada há uma semana. No caso dos índices de preços, os economistas ouvidos na pesquisa Focus pioraram suas previsões para os próximos anos. Para 2016, o BC promete colocar o IPCA em 4,5%, mas o mercado espera 5,6%. Para o ano seguinte, a projeção já esteve em 4,5%, mas subiu para 4,7%. Infográfico: Boletim Focus PRESSÃO NOS PREÇOS As dúvidas sobre a trajetória da inflação crescem porque, em seus comunicados, o BC tem dito que, para conter os preços, conta com a melhora nas contas públicas, o que pode não ocorrer. Os cortes de gastos, segundo o BC, provocariam retração na demanda do governo, que responde por cerca de 20% do consumo total. O efeito dessa política sobre emprego e salários levaria à redução no gasto das famílias e no custo da produção, o que contribui para segurar a inflação. Mas, segundo o BC, esse efeito é defasado. A instituição calcula que um aumento de um ponto percentual no superavit (resultado de cortes nos gastos) começa a ter efeitos significativos sobre a inflação depois de um ano. O impacto máximo ocorre dois anos após o aumento do superavit primário e é de cerca de 0,30 ponto de redução no IPCA naquele momento. Se o governo mantiver o esforço, o benefício pode se estender por um período de, no mínimo, quatro anos. Outra forma para se obter o mesmo resultado, seria aumentar ainda mais a taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano, para compensar a falta de controle orçamentário. O superavit maior, porém, ajuda a reduzir a dívida pública, quanto o aumento dos juros, por outro lado, contribui para sua elevação. AJUSTE SOB RISCO Fazenda e Planejamento, no entanto, encaminharam ao Congresso propostas que admitem a possibilidade de fechar 2015 e 2016 no vermelho. Nesta semana, pela primeira vez, a pesquisa Focus mostra expectativa de deficit fiscal em 2015 (-0,1% do PIB). A meta do governo é um superavit de 0,15%, mas a Fazenda já informou que pode realizar um abatimento, o que levaria a um resultado negativo de 0,3%. Para 2016, a proposta do Orçamento traz um deficit de 0,5%, apesar de parte do governo ainda defender que se faça um superavit de 0,7%. Na pesquisa, a projeção é um resultado positivo de 0,2%. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou na segunda-feira (7) que, se o governo não conseguir reequilibrar a proposta orçamentária de 2016, eliminando o deficit de R$ 30,5 bilhões previsto, a retração econômica no Brasil será mais forte e a inflação continuará bem acima da meta perseguida pelo BC (leia mais sobre as negociações do ajuste fiscal em "Poder"). A incerteza em relação ao futuro do governo e de sua equipe econômica também contribuiu para a alta do dólar, outro fator que tem pressionado os índices de preços.
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Dificuldade do governo para ajustar contas volta a pressionar a inflaçãoAs projeções para a economia brasileira pioraram com as dificuldades crescentes do governo em relação ao compromisso de melhorar as contas públicas no próximo ano. Economistas consultados semanalmente pelo Banco Central estimam que o PIB brasileiro terá queda de 0,50% em 2016. Até semana passada, os cálculos apontavam uma retração de 0,40%. O cenário para 2015 também é ruim: um tombo de 2,44%, ante a queda de 2,26% estimada há uma semana. No caso dos índices de preços, os economistas ouvidos na pesquisa Focus pioraram suas previsões para os próximos anos. Para 2016, o BC promete colocar o IPCA em 4,5%, mas o mercado espera 5,6%. Para o ano seguinte, a projeção já esteve em 4,5%, mas subiu para 4,7%. Infográfico: Boletim Focus PRESSÃO NOS PREÇOS As dúvidas sobre a trajetória da inflação crescem porque, em seus comunicados, o BC tem dito que, para conter os preços, conta com a melhora nas contas públicas, o que pode não ocorrer. Os cortes de gastos, segundo o BC, provocariam retração na demanda do governo, que responde por cerca de 20% do consumo total. O efeito dessa política sobre emprego e salários levaria à redução no gasto das famílias e no custo da produção, o que contribui para segurar a inflação. Mas, segundo o BC, esse efeito é defasado. A instituição calcula que um aumento de um ponto percentual no superavit (resultado de cortes nos gastos) começa a ter efeitos significativos sobre a inflação depois de um ano. O impacto máximo ocorre dois anos após o aumento do superavit primário e é de cerca de 0,30 ponto de redução no IPCA naquele momento. Se o governo mantiver o esforço, o benefício pode se estender por um período de, no mínimo, quatro anos. Outra forma para se obter o mesmo resultado, seria aumentar ainda mais a taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano, para compensar a falta de controle orçamentário. O superavit maior, porém, ajuda a reduzir a dívida pública, quanto o aumento dos juros, por outro lado, contribui para sua elevação. AJUSTE SOB RISCO Fazenda e Planejamento, no entanto, encaminharam ao Congresso propostas que admitem a possibilidade de fechar 2015 e 2016 no vermelho. Nesta semana, pela primeira vez, a pesquisa Focus mostra expectativa de deficit fiscal em 2015 (-0,1% do PIB). A meta do governo é um superavit de 0,15%, mas a Fazenda já informou que pode realizar um abatimento, o que levaria a um resultado negativo de 0,3%. Para 2016, a proposta do Orçamento traz um deficit de 0,5%, apesar de parte do governo ainda defender que se faça um superavit de 0,7%. Na pesquisa, a projeção é um resultado positivo de 0,2%. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou na segunda-feira (7) que, se o governo não conseguir reequilibrar a proposta orçamentária de 2016, eliminando o deficit de R$ 30,5 bilhões previsto, a retração econômica no Brasil será mais forte e a inflação continuará bem acima da meta perseguida pelo BC (leia mais sobre as negociações do ajuste fiscal em "Poder"). A incerteza em relação ao futuro do governo e de sua equipe econômica também contribuiu para a alta do dólar, outro fator que tem pressionado os índices de preços.
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Moreira Franco reclama de cobertura da Globo em reunião com Marinho
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Moreira Franco, secretário-geral da Presidência e um dos mais próximos assessores de Michel Temer, pediu um encontro com João Roberto Marinho, do Grupo Globo. Os dois conversaram na segunda (22), no Rio. LINHA RETA Moreira está preocupado com o tom do noticiário da imprensa, e em especial da TV Globo. A conversa transcorreu em tom ameno. Mas Moreira Franco ouviu que a emissora continuará a fazer jornalismo. E que o posicionamento da empresa, pela renúncia de Temer, foi expresso em editorial. BARCA FURADA Pesquisas e sondagens feitas pelo governo federal na internet mostram que a situação de Temer nas redes piora a cada dia. Os antigos defensores do governo entre os chamados formadores de opinião sumiram, salvo raras exceções. SEM FUNDO Pesquisas que chegaram ao governo mostram que Temer tem hoje cerca de 5% de avaliação positiva. Em algumas regiões metropolitanas do Nordeste do país, segundo outras sondagens, ele despencou para 1%. ATÉ QUANDO Sondagens feitas com formadores de opinião, como empresários e executivos, também revelam descrença cada vez maior na continuidade do governo. POR POUCO No Congresso a situação segue tensa. O placar da votação da leitura da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos, aprovada por 11 a 9, leva o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da matéria, a acreditar que o governo possa ser derrotado na próxima semana, quando se discutirá o mérito da proposta. LADO B "Ao mesmo tempo em que aprovamos propostas importantes para o país, damos sobrevida a um governo insustentável", diz Ferraço, explicando o desconforto dos senadores nas votações. VISÕES DO BRASIL A cineasta Laís Bodanzky, a artista Denise Stoklos e o fotógrafo German Lorca estiveram na abertura da mostra "Modos de Ver o Brasil", em comemoração dos 30 anos do Itaú Cultural. A presidente do instituto, Milú Villela, e os acionistas do Itaú Unibanco Neca Setubal e Roberto Setubal participaram do evento, na Oca, no parque Ibirapuera, na terça (23). O ex-secretário de Cultura Carlos Augusto Calil também passou por lá. PORTA DA FRENTE Integrantes da equipe de Michel Temer consideram que a cassação dele pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode se transformar em saída honrosa para o presidente. A cassação seria por abuso de poder político e econômico nas eleições, e não por corrupção. BEM ACOMPANHADO Com isso, Temer manteria o discurso de inocência em relação a acusações de corrupção e não sofreria bombardeio da atual oposição –já que Dilma Rousseff também deve ser punida no mesmo julgamento. CÓDIGO Uma das dificuldades das negociações em torno da sucessão de Temer é encontrar uma saída para ele do ponto de vista jurídico. Para isso seria preciso envolver o Judiciário nas conversas, algo considerado mais complexo. CORRE-CORRE Equipes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos que trabalhavam na cracolândia tiveram que deixar o local às pressas na terça (23) após nova operação da PM. A pasta, que avaliou não haver condições de segurança para continuar o atendimento, pediu à Guarda Civil Metropolitana para ajudar a proteger os servidores que estão atuando na área. NA BOA VONTADE A atriz Patrícia Pillar vai participar do filme "Pessoas Perfeitas", regravação cinematográfica da peça de mesmo nome do grupo de teatro Os Satyros. Como a produção ainda não tem patrocínio, a atriz está participando, por enquanto, sem receber cachê. A companhia já produziu dois filmes financiados com dinheiro próprio. EM HOMENAGEM O filme "Comeback", dirigido por Erico Rassi e com Pascoal da Conceição no elenco, teve sua pré-estreia na terça-feira (23). O ator Nelson Xavier, morto neste mês, também atuou na obra. Sua filha, a atriz Tereza Villela Xavier, esteve na sessão, no Espaço Itaú de Cinema do shopping Frei Caneca. CURTO-CIRCUITO A banda Renaissance toca nesta quinta-feira (25) no Espaço das Américas. A estilista Lethicia Bronstein lança coleção de vestidos de noiva nesta quinta na Casar. Luís Augusto Pacheco Ambar lança nesta quinta o livro "Centaurus - Ambar Dressage", às 19h, na Hípica Paulista. O Congresso do Estado de SP no Apoio ao Escolar em Tratamento de Saúde começa nesta quinta, com presença de professores da rede estadual. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO
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Moreira Franco reclama de cobertura da Globo em reunião com MarinhoMoreira Franco, secretário-geral da Presidência e um dos mais próximos assessores de Michel Temer, pediu um encontro com João Roberto Marinho, do Grupo Globo. Os dois conversaram na segunda (22), no Rio. LINHA RETA Moreira está preocupado com o tom do noticiário da imprensa, e em especial da TV Globo. A conversa transcorreu em tom ameno. Mas Moreira Franco ouviu que a emissora continuará a fazer jornalismo. E que o posicionamento da empresa, pela renúncia de Temer, foi expresso em editorial. BARCA FURADA Pesquisas e sondagens feitas pelo governo federal na internet mostram que a situação de Temer nas redes piora a cada dia. Os antigos defensores do governo entre os chamados formadores de opinião sumiram, salvo raras exceções. SEM FUNDO Pesquisas que chegaram ao governo mostram que Temer tem hoje cerca de 5% de avaliação positiva. Em algumas regiões metropolitanas do Nordeste do país, segundo outras sondagens, ele despencou para 1%. ATÉ QUANDO Sondagens feitas com formadores de opinião, como empresários e executivos, também revelam descrença cada vez maior na continuidade do governo. POR POUCO No Congresso a situação segue tensa. O placar da votação da leitura da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos, aprovada por 11 a 9, leva o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da matéria, a acreditar que o governo possa ser derrotado na próxima semana, quando se discutirá o mérito da proposta. LADO B "Ao mesmo tempo em que aprovamos propostas importantes para o país, damos sobrevida a um governo insustentável", diz Ferraço, explicando o desconforto dos senadores nas votações. VISÕES DO BRASIL A cineasta Laís Bodanzky, a artista Denise Stoklos e o fotógrafo German Lorca estiveram na abertura da mostra "Modos de Ver o Brasil", em comemoração dos 30 anos do Itaú Cultural. A presidente do instituto, Milú Villela, e os acionistas do Itaú Unibanco Neca Setubal e Roberto Setubal participaram do evento, na Oca, no parque Ibirapuera, na terça (23). O ex-secretário de Cultura Carlos Augusto Calil também passou por lá. PORTA DA FRENTE Integrantes da equipe de Michel Temer consideram que a cassação dele pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode se transformar em saída honrosa para o presidente. A cassação seria por abuso de poder político e econômico nas eleições, e não por corrupção. BEM ACOMPANHADO Com isso, Temer manteria o discurso de inocência em relação a acusações de corrupção e não sofreria bombardeio da atual oposição –já que Dilma Rousseff também deve ser punida no mesmo julgamento. CÓDIGO Uma das dificuldades das negociações em torno da sucessão de Temer é encontrar uma saída para ele do ponto de vista jurídico. Para isso seria preciso envolver o Judiciário nas conversas, algo considerado mais complexo. CORRE-CORRE Equipes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos que trabalhavam na cracolândia tiveram que deixar o local às pressas na terça (23) após nova operação da PM. A pasta, que avaliou não haver condições de segurança para continuar o atendimento, pediu à Guarda Civil Metropolitana para ajudar a proteger os servidores que estão atuando na área. NA BOA VONTADE A atriz Patrícia Pillar vai participar do filme "Pessoas Perfeitas", regravação cinematográfica da peça de mesmo nome do grupo de teatro Os Satyros. Como a produção ainda não tem patrocínio, a atriz está participando, por enquanto, sem receber cachê. A companhia já produziu dois filmes financiados com dinheiro próprio. EM HOMENAGEM O filme "Comeback", dirigido por Erico Rassi e com Pascoal da Conceição no elenco, teve sua pré-estreia na terça-feira (23). O ator Nelson Xavier, morto neste mês, também atuou na obra. Sua filha, a atriz Tereza Villela Xavier, esteve na sessão, no Espaço Itaú de Cinema do shopping Frei Caneca. CURTO-CIRCUITO A banda Renaissance toca nesta quinta-feira (25) no Espaço das Américas. A estilista Lethicia Bronstein lança coleção de vestidos de noiva nesta quinta na Casar. Luís Augusto Pacheco Ambar lança nesta quinta o livro "Centaurus - Ambar Dressage", às 19h, na Hípica Paulista. O Congresso do Estado de SP no Apoio ao Escolar em Tratamento de Saúde começa nesta quinta, com presença de professores da rede estadual. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO
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Embate entre Congresso e Lava Jato gera 'instabilidade', diz Temer
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Em meio a questionamentos crescentes sobre a viabilidade de seu governo, o presidente Michel Temer disse que "movimentos de rua não atrapalham", mas reconheceu que os embates entre Congresso e a força-tarefa da Operação Lava Jato e a opinião pública, embora "normais", criam "instabilidade". Em palestra para investidores em São Paulo, nesta quinta-feira (1º), ele procurou minimizar o impacto dos conflitos entre Poderes, mas afirmou que o Executivo e o Legislativo devem levar em conta a opinião pública. O Judiciário, não: "Para julgar, você tem que implementar a lei, única e exclusivamente", afirmou. A Lava Jato ameaçou renunciar após a aprovação na Câmara da previsão de punição de investigadores como parte do pacote de medidas anticorrupção originalmente proposto pelo Ministério Público Federal. Movimentos de rua marcaram protestos para este domingo (4). "Os senhores vejam que questões relativas à chamada anistia [ao caixa dois, projeto abortado pelo Congresso], em dado momento, e agora a questão da responsabilidade de juízes e promotores etc. têm criado um natural embate entre alguns setores governamentais e, ademais disso, na própria opinião pública", reconheceu. "Esses fatos todos e outros que vão ocorrendo criaram uma certa instabilidade", completou. "O investidor, é claro, com muita razão, põe um pé atrás." Quanto às manifestações, o presidente disse não tolerar apenas depredações. "As pessoas é que querem tentar mostrar que o governo está preocupado com isso [movimentos de rua]. O governo não está preocupado com isso, não", afirmou. "O governo vê isso como a fase da chamada democracia da eficiência." Segundo Temer, "os rótulos ideológicos caíram por terra. Hoje ninguém quer saber de esquerda ou de direita. Perdeu a graça. As pessoas querem é resultado". Ele voltou a dizer que "é preciso pacificar o país". "Não podemos viver permanentemente em atrito entre várias correntes."
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Embate entre Congresso e Lava Jato gera 'instabilidade', diz TemerEm meio a questionamentos crescentes sobre a viabilidade de seu governo, o presidente Michel Temer disse que "movimentos de rua não atrapalham", mas reconheceu que os embates entre Congresso e a força-tarefa da Operação Lava Jato e a opinião pública, embora "normais", criam "instabilidade". Em palestra para investidores em São Paulo, nesta quinta-feira (1º), ele procurou minimizar o impacto dos conflitos entre Poderes, mas afirmou que o Executivo e o Legislativo devem levar em conta a opinião pública. O Judiciário, não: "Para julgar, você tem que implementar a lei, única e exclusivamente", afirmou. A Lava Jato ameaçou renunciar após a aprovação na Câmara da previsão de punição de investigadores como parte do pacote de medidas anticorrupção originalmente proposto pelo Ministério Público Federal. Movimentos de rua marcaram protestos para este domingo (4). "Os senhores vejam que questões relativas à chamada anistia [ao caixa dois, projeto abortado pelo Congresso], em dado momento, e agora a questão da responsabilidade de juízes e promotores etc. têm criado um natural embate entre alguns setores governamentais e, ademais disso, na própria opinião pública", reconheceu. "Esses fatos todos e outros que vão ocorrendo criaram uma certa instabilidade", completou. "O investidor, é claro, com muita razão, põe um pé atrás." Quanto às manifestações, o presidente disse não tolerar apenas depredações. "As pessoas é que querem tentar mostrar que o governo está preocupado com isso [movimentos de rua]. O governo não está preocupado com isso, não", afirmou. "O governo vê isso como a fase da chamada democracia da eficiência." Segundo Temer, "os rótulos ideológicos caíram por terra. Hoje ninguém quer saber de esquerda ou de direita. Perdeu a graça. As pessoas querem é resultado". Ele voltou a dizer que "é preciso pacificar o país". "Não podemos viver permanentemente em atrito entre várias correntes."
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Rogério não fica no banco e não fará despedida em jogo oficial no Morumbi
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Rogério Ceni está no Morumbi para ver a partida do São Paulo contra o Figueirense, neste sábado (28), mas não ficará nem no banco de reservas. Portanto ele não entrará em campo para seu último jogo oficial no Morumbi. Havia a expectativa já que foi relacionado para a concentração, mas isso aconteceu apenas para dar apoio aos companheiros no importante jogo. Rogério terá um jogo de despedida no Morumbi dia 11 de dezembro, com participações de jogadores históricos do clube. O São Paulo foi recebido com protesto no Morumbi, depois de perder o último jogo por 6 a 1 para o time reserva do Corinthians, no domingo passado (22). Rogério foi o único que teve o nome gritado pelos torcedores, que chamaram o time de "sem vergonha" na chegada do ônibus. O São Paulo vai a campo com Denis; Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Hudson, Thiago Mendes, Michel Bastos e Ganso; Alexandre Pato e Luis Fabiano. Pato, que tem o contrato de empréstimo no fim, e Luis Fabiano, que tem o acordo terminando no final de 2015, devem se despedir do Morumbi neste sábado.
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esporte
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Rogério não fica no banco e não fará despedida em jogo oficial no MorumbiRogério Ceni está no Morumbi para ver a partida do São Paulo contra o Figueirense, neste sábado (28), mas não ficará nem no banco de reservas. Portanto ele não entrará em campo para seu último jogo oficial no Morumbi. Havia a expectativa já que foi relacionado para a concentração, mas isso aconteceu apenas para dar apoio aos companheiros no importante jogo. Rogério terá um jogo de despedida no Morumbi dia 11 de dezembro, com participações de jogadores históricos do clube. O São Paulo foi recebido com protesto no Morumbi, depois de perder o último jogo por 6 a 1 para o time reserva do Corinthians, no domingo passado (22). Rogério foi o único que teve o nome gritado pelos torcedores, que chamaram o time de "sem vergonha" na chegada do ônibus. O São Paulo vai a campo com Denis; Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Hudson, Thiago Mendes, Michel Bastos e Ganso; Alexandre Pato e Luis Fabiano. Pato, que tem o contrato de empréstimo no fim, e Luis Fabiano, que tem o acordo terminando no final de 2015, devem se despedir do Morumbi neste sábado.
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Mostra no Sesc 24 de Maio reflete as contradições de São Paulo
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SÃO PAULO NÃO É UMA CIDADE – INVENÇÕES DO CENTRO (ótimo) QUANDO de terça a domingo, das 9h às 21h (até 28/1/2018) ONDE Sesc 24 de Maio (R. 24 de Maio, 109, República, tel. 11-3350-6300) QUANTO grátis * A complexidade de São Paulo ganha uma visão ampla e crítica no recém-inaugurado Sesc 24 de Maio, em "São Paulo Não É uma Cidade – Invenções do Centro", com curadoria de Paulo Herkenhoff e Leno Veras. Não poderia haver escolha curatorial mais adequada frente à arquitetura de caráter público que Paulo Mendes da Rocha criou no centro da cidade, com seus amplos espaços abertos aos visitantes –a exemplo das praças e das rampas que se tornam continuidade das ruas da metrópole. Não se trata de uma exposição de arte convencional, mas de uma ampla pesquisa sobre diversos aspectos culturais da cidade, na qual a arte se torna um de seus eixos. Quem conhece a programação do Museu de Arte do Rio, criado por Herkenhoff, viu algo semelhante no museu da capital carioca. Em São Paulo, esse enfoque surge inovador. Isso se observa na mostra do Sesc quando a curadoria põe o dedo em feridas de forma contundente: apresenta desde cachimbos de crack distribuídos na cracolândia por Raphael Escobar, dentro de uma ação visando a redução de danos por parte dos usuários, a dois atestados de óbito de Vladimir Herzog (1937-1975). Em um deles, a indicação é suicídio; no outro, corrigido recentemente, fica claro que sua morte ocorreu devido a torturas impostas ao jornalista pela ditadura. Junto aos atestados, a nota de um cruzeiro carimbada por Cildo Meireles com a inscrição "Quem matou Herzog?" e fotos do culto ecumênico na Catedral da Sé criam um dos conjuntos mais fortes da exposição. A imigração, outro tema da cidade, surge tanto nas obras do reconhecido artista modernista Lasar Segall, lituano radicado na cidade –com a escultura "Emigrantes 1", de 1934, ainda atual diante dos atuais fluxos–, como nas peças de cerâmica do japonês Shoko Suzuki. Com isso, Herkenhoff contextualiza o centro de São Paulo sem hierarquias rígidas, onde a chamada alta cultura convive com todas as demais manifestações, como no retrato de Mirthes Bernardes, que criou os desenhos padronizados das calçadas paulistanas. Há nesse enfoque uma correta aproximação com a própria essência do Sesc, já que em suas unidades esporte, lazer, teatro, dança ou artes visuais, para citar algumas áreas, convivem em harmonia. NÃO ELOGIOSO Melhor ainda que a mostra não faça um elogio desmedido aos paulistas, risco de uma exposição que inaugura um local tão simbólico. Herkenhoff chega a citar, por exemplo, Mário de Andrade para lembrar o pouco engajamento dos paulistas na luta pela abolição da escravatura, raiz afinal do preconceito permanente vigente na cidade, que se espelha na instalação "Odiolândia", de Giselle Beiguelman. Composta de comentários reais publicados nas redes sociais contra nordestinos, gays ou muçulmanos, a obra espelha o clima de verdadeira guerra social na cidade. Contudo, a exposição aponta ações que agem em sentido contrário, como o Museu Afro Brasil, criado por Emanoel Araújo e apontado merecidamente como "monumental obra ética". "São Paulo Não É uma Cidade" reflete as contradições de São Paulo em um ambiente tão complexo como a própria cidade.
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ilustrada
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Mostra no Sesc 24 de Maio reflete as contradições de São PauloSÃO PAULO NÃO É UMA CIDADE – INVENÇÕES DO CENTRO (ótimo) QUANDO de terça a domingo, das 9h às 21h (até 28/1/2018) ONDE Sesc 24 de Maio (R. 24 de Maio, 109, República, tel. 11-3350-6300) QUANTO grátis * A complexidade de São Paulo ganha uma visão ampla e crítica no recém-inaugurado Sesc 24 de Maio, em "São Paulo Não É uma Cidade – Invenções do Centro", com curadoria de Paulo Herkenhoff e Leno Veras. Não poderia haver escolha curatorial mais adequada frente à arquitetura de caráter público que Paulo Mendes da Rocha criou no centro da cidade, com seus amplos espaços abertos aos visitantes –a exemplo das praças e das rampas que se tornam continuidade das ruas da metrópole. Não se trata de uma exposição de arte convencional, mas de uma ampla pesquisa sobre diversos aspectos culturais da cidade, na qual a arte se torna um de seus eixos. Quem conhece a programação do Museu de Arte do Rio, criado por Herkenhoff, viu algo semelhante no museu da capital carioca. Em São Paulo, esse enfoque surge inovador. Isso se observa na mostra do Sesc quando a curadoria põe o dedo em feridas de forma contundente: apresenta desde cachimbos de crack distribuídos na cracolândia por Raphael Escobar, dentro de uma ação visando a redução de danos por parte dos usuários, a dois atestados de óbito de Vladimir Herzog (1937-1975). Em um deles, a indicação é suicídio; no outro, corrigido recentemente, fica claro que sua morte ocorreu devido a torturas impostas ao jornalista pela ditadura. Junto aos atestados, a nota de um cruzeiro carimbada por Cildo Meireles com a inscrição "Quem matou Herzog?" e fotos do culto ecumênico na Catedral da Sé criam um dos conjuntos mais fortes da exposição. A imigração, outro tema da cidade, surge tanto nas obras do reconhecido artista modernista Lasar Segall, lituano radicado na cidade –com a escultura "Emigrantes 1", de 1934, ainda atual diante dos atuais fluxos–, como nas peças de cerâmica do japonês Shoko Suzuki. Com isso, Herkenhoff contextualiza o centro de São Paulo sem hierarquias rígidas, onde a chamada alta cultura convive com todas as demais manifestações, como no retrato de Mirthes Bernardes, que criou os desenhos padronizados das calçadas paulistanas. Há nesse enfoque uma correta aproximação com a própria essência do Sesc, já que em suas unidades esporte, lazer, teatro, dança ou artes visuais, para citar algumas áreas, convivem em harmonia. NÃO ELOGIOSO Melhor ainda que a mostra não faça um elogio desmedido aos paulistas, risco de uma exposição que inaugura um local tão simbólico. Herkenhoff chega a citar, por exemplo, Mário de Andrade para lembrar o pouco engajamento dos paulistas na luta pela abolição da escravatura, raiz afinal do preconceito permanente vigente na cidade, que se espelha na instalação "Odiolândia", de Giselle Beiguelman. Composta de comentários reais publicados nas redes sociais contra nordestinos, gays ou muçulmanos, a obra espelha o clima de verdadeira guerra social na cidade. Contudo, a exposição aponta ações que agem em sentido contrário, como o Museu Afro Brasil, criado por Emanoel Araújo e apontado merecidamente como "monumental obra ética". "São Paulo Não É uma Cidade" reflete as contradições de São Paulo em um ambiente tão complexo como a própria cidade.
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Documentário mostra a história do grupo Premeditando o Breque
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PREMÊ - QUASE LINDO Criado em 1976 por alunos do departamento de música da ECA/USP, o Premeditando o Breque -mais tarde conhecido pelo apelido de Premê- viveu seus maiores momentos nos anos 1980, quando teve grande exposição midiática. Integrante da chamada vanguarda paulista ao lado de, entre outros, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Língua de Trapo e Itamar Assumpção, o Premê levava o público ao delírio com sua proposta baseada na espontaneidade total, nas letras bem-humoradas -uma crônica de costumes dotada de aguda perspectiva crítica-, no domínio da linguagem musical e seus gêneros e na profunda identificação com a capital paulista. Muito bem-vindo para preservar a história do grupo e apresentá-lo às novas gerações, o documentário mostra o Premê por meio de imagens de arquivo. Desenterra documentos históricos como trechos de shows e entrevistas -cheias de irreverência- a programas de televisão, além de algum videoclipe. Sem cair no didatismo, o filme traz músicas emblemáticas da trajetória do grupo como "Brigando na Lua", "Pinga com Limão", "Lua de Mel em Cubatão" e "São Paulo São Paulo", entre várias outras. Isso é muito bem feito por meio de uma edição ágil que alinhava fragmentos de diferentes registros de cada música, destacando as diferenças entre cada versão. O grupo não fez sucesso fora de São Paulo, nunca fez concessões à indústria do disco, permanecendo fiel à postura original de zombar da boçalidade que nos acossa. Hoje o Premê faz shows esporádicos, geralmente no aniversário de São Paulo, cidade cujas mazelas canta com rara inventividade. Enquanto o próximo show não chega, "Premê - Quase Lindo" é obrigatório. (ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ) DIRETORES: Danilo Moraes e Alexandre Sorriso DISTRIBUIDORA: Sonora QUANTO: R$ 39,90 AVALIAÇÃO: ótimo * TRIO MADEIRA BRASIL - AO VIVO EM COPACABANA No extinto festival Chorando Alto, realizado em 1986 em São Paulo, todas as noites foram abertas por orquestras. Uma delas, a Orquestra de Violões Chiquinha Gonzaga, dirigida por Maurício Carrilho, trazia, entre outros, o som do violão de sete cordas de Marcello Gonçalves e o de seis cordas de Zé Paulo Becker. No mesmo festival, o conjunto Época de Ouro trouxe Ronaldo do Bandolim, fazendo jus ao nome. No fim do evento, Ronaldo convidou Gonçalves e Becker para formarem um trio. Assim nasceu o Madeira Brasil. O DVD traz o registro impecável de um show de 2013 do trio que faz música contemporânea brasileira, com pegada camerística liberta pela malandragem carioca. A participação especial de Yamandu Costa na "Suíte Retratos", de Radamés Gnattali; "Danza de la Vida Breve", de Manuel de Falla e Carlos Fernandes Shaw, e em "Fuga y Misterio", de Astor Piazzolla e Horacio Ferrer, é simplesmente sublime. Arte em som, imagem e muita música. (CARLOS BOZZO JUNIOR) DIRETOR: Felipe Nepomuceno DISTRIBUIDORA: Som Livre QUANTO: R$ 34,90 (DVD) e R$ 24,90 (CD) AVALIAÇÃO: ótimo
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Documentário mostra a história do grupo Premeditando o BrequePREMÊ - QUASE LINDO Criado em 1976 por alunos do departamento de música da ECA/USP, o Premeditando o Breque -mais tarde conhecido pelo apelido de Premê- viveu seus maiores momentos nos anos 1980, quando teve grande exposição midiática. Integrante da chamada vanguarda paulista ao lado de, entre outros, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Língua de Trapo e Itamar Assumpção, o Premê levava o público ao delírio com sua proposta baseada na espontaneidade total, nas letras bem-humoradas -uma crônica de costumes dotada de aguda perspectiva crítica-, no domínio da linguagem musical e seus gêneros e na profunda identificação com a capital paulista. Muito bem-vindo para preservar a história do grupo e apresentá-lo às novas gerações, o documentário mostra o Premê por meio de imagens de arquivo. Desenterra documentos históricos como trechos de shows e entrevistas -cheias de irreverência- a programas de televisão, além de algum videoclipe. Sem cair no didatismo, o filme traz músicas emblemáticas da trajetória do grupo como "Brigando na Lua", "Pinga com Limão", "Lua de Mel em Cubatão" e "São Paulo São Paulo", entre várias outras. Isso é muito bem feito por meio de uma edição ágil que alinhava fragmentos de diferentes registros de cada música, destacando as diferenças entre cada versão. O grupo não fez sucesso fora de São Paulo, nunca fez concessões à indústria do disco, permanecendo fiel à postura original de zombar da boçalidade que nos acossa. Hoje o Premê faz shows esporádicos, geralmente no aniversário de São Paulo, cidade cujas mazelas canta com rara inventividade. Enquanto o próximo show não chega, "Premê - Quase Lindo" é obrigatório. (ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ) DIRETORES: Danilo Moraes e Alexandre Sorriso DISTRIBUIDORA: Sonora QUANTO: R$ 39,90 AVALIAÇÃO: ótimo * TRIO MADEIRA BRASIL - AO VIVO EM COPACABANA No extinto festival Chorando Alto, realizado em 1986 em São Paulo, todas as noites foram abertas por orquestras. Uma delas, a Orquestra de Violões Chiquinha Gonzaga, dirigida por Maurício Carrilho, trazia, entre outros, o som do violão de sete cordas de Marcello Gonçalves e o de seis cordas de Zé Paulo Becker. No mesmo festival, o conjunto Época de Ouro trouxe Ronaldo do Bandolim, fazendo jus ao nome. No fim do evento, Ronaldo convidou Gonçalves e Becker para formarem um trio. Assim nasceu o Madeira Brasil. O DVD traz o registro impecável de um show de 2013 do trio que faz música contemporânea brasileira, com pegada camerística liberta pela malandragem carioca. A participação especial de Yamandu Costa na "Suíte Retratos", de Radamés Gnattali; "Danza de la Vida Breve", de Manuel de Falla e Carlos Fernandes Shaw, e em "Fuga y Misterio", de Astor Piazzolla e Horacio Ferrer, é simplesmente sublime. Arte em som, imagem e muita música. (CARLOS BOZZO JUNIOR) DIRETOR: Felipe Nepomuceno DISTRIBUIDORA: Som Livre QUANTO: R$ 34,90 (DVD) e R$ 24,90 (CD) AVALIAÇÃO: ótimo
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Coutinho é expulso e Liverpool perde; Fernandinho marca em vitória do City
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Recém-convocado para os amistosos da seleção brasileira, Philippe Coutinho não teve um bom desempenho neste sábado (29), em partida do Liverpool contra o West Ham. O meia foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo após falta em Payet, aos 8 min do segundo tempo. O jogo terminou com derrota do time de Anfield em casa, por 3 a 0. O primeiro gol foi marcado com apenas três minutos de bola em campo. Lanzini recebeu cruzamento de Crasswell na área e deu um toque de leve para abrir o placar. O segundo ficou por conta de Noble, que rebateu bola de Lanzini e bateu no canto. Para definir a partida, Sakho marcou o terceiro para o West Ham já nos acréscimos, aos 49 min. Na próxima rodada, o Liverpool enfrenta o Manchester United, no dia 12 de setembro. Já o West Ham joga contra o Newcastle, no dia 14. MANCHESTER CITY Com gol do brasileiro Fernandinho, o Manchester City garantiu mais uma vitória no Inglês, no qual é líder com 12 pontos. Em partida contra o Watford, a equipe do técnico Manuel Pellegrini garantiu placar de 2 a 0 no Etihad Stadium. O primeiro gol foi marcado na segunda etapa. Nos primeiros minutos, Sagna cruzou para Sterling marcar. Aos 10 min foi a fez de Fernandinho. O meia invadiu a área e chutou forte para o gol do também brasileiro Gomes. Na próxima rodada, o Manchester City encara o Crystal Palace, no dia 12 de setembro. O Watford joga contra o Swansea City, no mesmo dia. CHELSEA O time londrino, 13º colocado no Campeonato Inglês, passou pela quarta rodada com mais uma derrota. Em confronto contra o Crystal Palace, a equipe do técnico José Mourinho levou 2 a 1 dos visitantes em partida no Stamford Bridge. O placar foi aberto apenas aos 20 min do segundo tempo pelo Crystal Palace. Bakary Sako chutou na saída do goleiro Courtois. Aos 23 min, o brasileiro Kenedy, ex-Fluminense e recém-contratado pela equipe de Mourinho, fez sua estreia. Ele substituiu o espanhol Azpilicueta. O segundo gol do jogo ficou por conta do Chelsea. Aos 34 min, Falcao Garcia deixou tudo igual após lance de cabeça. O tento da vitória dos visitantes aconteceu dois minutos depois, com o lateral Ward. Ele recebeu de Sako e, na pequena área, anotou de cabeça. Na próxima rodada do Inglês, o Chelsea enfrenta o Everton, no dia 12 de setembro. O Crystal Palace encara o líder Manchester City no mesmo dia. ARSENAL Jogando fora de casa, o Arsenal não demonstrou bom futebol, mas conseguiu vencer o Newcastle por 1 a 0. É a segunda vitória da equipe, que chegou aos sete pontos e subiu na tabela. O Newcastle continua com dois pontos (17º). Sem ser ameaçado pelo adversário, o Arsenal teve a vida facilitada com a expulsão de Mitrovic (Newcastle) logo aos 16 min do primeiro tempo. Mesmo com a vantagem numérica e mais espaço no campo, a equipe londrina criou poucas chances. O único gol da partida também contou com ajuda do Newcastle. Em chute de Oxlade-Chamberlain aos 7 min do segundo tempo, a bola desviou no zagueiro Coloccini e entrou. Foi a segunda partida de Gabriel Paulista como titular. Ele havia iniciado na equipe principal no empate por 0 a 0 contra o Liverpool. O Campeonato Inglês agora faz uma pausa de duas semanas para as eliminatórias da Euro. O Arsenal volta a campo no dia 12 de setembro, diante do Stoke City. Na segunda-feira (14), o Newcastle visita o West Ham. CAMPEONATO INGLÊS - 4ª RODADA Sábado (29) Newcastle 0 x 1 Arsenal Manchester City 2 x 0 Watford Bournemouth 1 x 1 Leicester Aston Villa 2 x 2 Sunderland Stoke City 0 x 1 West Bromwich Chelsea 1 x 2 Crystal Palace Liverpool 0 x 3 West Ham Tottenham 0 x 0 Everton Domingo (30) Southampton x Norwich Swansea x Manchester United
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esporte
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Coutinho é expulso e Liverpool perde; Fernandinho marca em vitória do CityRecém-convocado para os amistosos da seleção brasileira, Philippe Coutinho não teve um bom desempenho neste sábado (29), em partida do Liverpool contra o West Ham. O meia foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo após falta em Payet, aos 8 min do segundo tempo. O jogo terminou com derrota do time de Anfield em casa, por 3 a 0. O primeiro gol foi marcado com apenas três minutos de bola em campo. Lanzini recebeu cruzamento de Crasswell na área e deu um toque de leve para abrir o placar. O segundo ficou por conta de Noble, que rebateu bola de Lanzini e bateu no canto. Para definir a partida, Sakho marcou o terceiro para o West Ham já nos acréscimos, aos 49 min. Na próxima rodada, o Liverpool enfrenta o Manchester United, no dia 12 de setembro. Já o West Ham joga contra o Newcastle, no dia 14. MANCHESTER CITY Com gol do brasileiro Fernandinho, o Manchester City garantiu mais uma vitória no Inglês, no qual é líder com 12 pontos. Em partida contra o Watford, a equipe do técnico Manuel Pellegrini garantiu placar de 2 a 0 no Etihad Stadium. O primeiro gol foi marcado na segunda etapa. Nos primeiros minutos, Sagna cruzou para Sterling marcar. Aos 10 min foi a fez de Fernandinho. O meia invadiu a área e chutou forte para o gol do também brasileiro Gomes. Na próxima rodada, o Manchester City encara o Crystal Palace, no dia 12 de setembro. O Watford joga contra o Swansea City, no mesmo dia. CHELSEA O time londrino, 13º colocado no Campeonato Inglês, passou pela quarta rodada com mais uma derrota. Em confronto contra o Crystal Palace, a equipe do técnico José Mourinho levou 2 a 1 dos visitantes em partida no Stamford Bridge. O placar foi aberto apenas aos 20 min do segundo tempo pelo Crystal Palace. Bakary Sako chutou na saída do goleiro Courtois. Aos 23 min, o brasileiro Kenedy, ex-Fluminense e recém-contratado pela equipe de Mourinho, fez sua estreia. Ele substituiu o espanhol Azpilicueta. O segundo gol do jogo ficou por conta do Chelsea. Aos 34 min, Falcao Garcia deixou tudo igual após lance de cabeça. O tento da vitória dos visitantes aconteceu dois minutos depois, com o lateral Ward. Ele recebeu de Sako e, na pequena área, anotou de cabeça. Na próxima rodada do Inglês, o Chelsea enfrenta o Everton, no dia 12 de setembro. O Crystal Palace encara o líder Manchester City no mesmo dia. ARSENAL Jogando fora de casa, o Arsenal não demonstrou bom futebol, mas conseguiu vencer o Newcastle por 1 a 0. É a segunda vitória da equipe, que chegou aos sete pontos e subiu na tabela. O Newcastle continua com dois pontos (17º). Sem ser ameaçado pelo adversário, o Arsenal teve a vida facilitada com a expulsão de Mitrovic (Newcastle) logo aos 16 min do primeiro tempo. Mesmo com a vantagem numérica e mais espaço no campo, a equipe londrina criou poucas chances. O único gol da partida também contou com ajuda do Newcastle. Em chute de Oxlade-Chamberlain aos 7 min do segundo tempo, a bola desviou no zagueiro Coloccini e entrou. Foi a segunda partida de Gabriel Paulista como titular. Ele havia iniciado na equipe principal no empate por 0 a 0 contra o Liverpool. O Campeonato Inglês agora faz uma pausa de duas semanas para as eliminatórias da Euro. O Arsenal volta a campo no dia 12 de setembro, diante do Stoke City. Na segunda-feira (14), o Newcastle visita o West Ham. CAMPEONATO INGLÊS - 4ª RODADA Sábado (29) Newcastle 0 x 1 Arsenal Manchester City 2 x 0 Watford Bournemouth 1 x 1 Leicester Aston Villa 2 x 2 Sunderland Stoke City 0 x 1 West Bromwich Chelsea 1 x 2 Crystal Palace Liverpool 0 x 3 West Ham Tottenham 0 x 0 Everton Domingo (30) Southampton x Norwich Swansea x Manchester United
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Governo vê com alívio fim da alta dos juros
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O aumento de mais 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), anunciado na quarta-feira (29) pelo Banco Central, foi visto como um certo exagero em outras áreas do governo. A afirmação da instituição de que pretende manter agora a taxa inalterada por um período "suficientemente prolongado", no entanto, foi vista como um sinal de que a economia brasileira terá um alívio a partir de agora. Um ministro disse à Folha que a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) é um tiro enorme em uma economia já frágil, mas deixar a taxa estacionada dá fôlego para a combalida economia brasileira neste segundo semestre de 2015. Apesar de acharem exagerado o aumento, integrantes do governo reconhecem que o Banco Central não tinha muito o que fazer, considerando o desempenho das contas públicas até agora e a forte redução da meta fiscal anunciada na semana passada. Resultados do Governo DECISÃO Uma semana depois de o governo anunciar uma redução substancial na sua meta de economia para reduzir a dívida pública, o BC elevou a taxa básica para 14,25% ao ano, a maior em nove anos. Foi o sétimo aumento consecutivo. Antes da reeleição da presidente Dilma Rousseff, a taxa estava em 11% ao ano. No comunicado da decisão, o Copom afirmou que os juros devem permanecer nesse novo patamar "por período suficientemente prolongado" para garantir a convergência da inflação para a meta no fim de 2016. Outro fator que contribuiu para que o BC elevasse novamente os juros foi a alta do dólar nos últimos dias.
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mercado
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Governo vê com alívio fim da alta dos jurosO aumento de mais 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), anunciado na quarta-feira (29) pelo Banco Central, foi visto como um certo exagero em outras áreas do governo. A afirmação da instituição de que pretende manter agora a taxa inalterada por um período "suficientemente prolongado", no entanto, foi vista como um sinal de que a economia brasileira terá um alívio a partir de agora. Um ministro disse à Folha que a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) é um tiro enorme em uma economia já frágil, mas deixar a taxa estacionada dá fôlego para a combalida economia brasileira neste segundo semestre de 2015. Apesar de acharem exagerado o aumento, integrantes do governo reconhecem que o Banco Central não tinha muito o que fazer, considerando o desempenho das contas públicas até agora e a forte redução da meta fiscal anunciada na semana passada. Resultados do Governo DECISÃO Uma semana depois de o governo anunciar uma redução substancial na sua meta de economia para reduzir a dívida pública, o BC elevou a taxa básica para 14,25% ao ano, a maior em nove anos. Foi o sétimo aumento consecutivo. Antes da reeleição da presidente Dilma Rousseff, a taxa estava em 11% ao ano. No comunicado da decisão, o Copom afirmou que os juros devem permanecer nesse novo patamar "por período suficientemente prolongado" para garantir a convergência da inflação para a meta no fim de 2016. Outro fator que contribuiu para que o BC elevasse novamente os juros foi a alta do dólar nos últimos dias.
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'MasterChef' para crianças terá jurados menos bravos, diz Paola
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Apoiado no balcão, o menino observa dois cozinheiros em ação. Com o prato pronto, um deles alerta: "Está quente, cuidado!". E o garoto assopra o garfo antes de abocanhá-lo. Depois da aula, é a vez de preparar o prato para ser avaliado pelos chefs. A "Folhinha" esteve em uma gravação do "Que Marravilha! Chefinhos", que estreou na quinta-feira (27), no GNT. No programa, o chef Claude Troisgros (se diz "clode troagrô") e seu ajudante, João Batista Barbosa de Souza, ensinam crianças de 8 a 15 anos a fazer diferentes pratos. Um dos participantes, Mariano Azeredo, 11, cozinha todos os dias com a mãe: "No começo ela se preocupava, mas eu nunca me machuquei", conta (veja dicas). O programa do GNT não é a única novidade da culinária para crianças na TV. Em 20 de outubro estreia na Band o "MasterChef Junior", competição entre cozinheiros de 8 a 13 anos, como a versão adulta do programa, já no ar. Mais de 3.500 crianças se candidataram. Julia Melo Pinheiro, 12, é uma delas. Ela sabe fazer massa de macarrão, feijão, bolinho de carne e um pão de cebola famoso na família. "É uma oportunidade única ter um chef dizendo se você fez algo errado", diz. "Eu ficaria triste se não gostassem do meu prato, mas entenderia." Os jurados serão os mesmos da versão adulta –os chefs Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça. Paola conta que a braveza não será a mesma. "O programa será mais brincalhão, vamos ensinar mais", diz. "As crianças hoje acham que a comida vem do mercado. Imagine que bom ensinar que por trás dela existe um animal, uma horta, produtores..." * 'MASTERCHEF JÚNIOR' Os jurados serão os mesmos da versão adulta Quando estreia 20/10, às 22h30, na Band 'QUE MARRAVILHA! CHEFINHOS' O chef francês Claude Troisgros vai ensinar crianças de até 15 anos a cozinhar Quando quintas, às 22h, no GNT
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folhinha
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'MasterChef' para crianças terá jurados menos bravos, diz PaolaApoiado no balcão, o menino observa dois cozinheiros em ação. Com o prato pronto, um deles alerta: "Está quente, cuidado!". E o garoto assopra o garfo antes de abocanhá-lo. Depois da aula, é a vez de preparar o prato para ser avaliado pelos chefs. A "Folhinha" esteve em uma gravação do "Que Marravilha! Chefinhos", que estreou na quinta-feira (27), no GNT. No programa, o chef Claude Troisgros (se diz "clode troagrô") e seu ajudante, João Batista Barbosa de Souza, ensinam crianças de 8 a 15 anos a fazer diferentes pratos. Um dos participantes, Mariano Azeredo, 11, cozinha todos os dias com a mãe: "No começo ela se preocupava, mas eu nunca me machuquei", conta (veja dicas). O programa do GNT não é a única novidade da culinária para crianças na TV. Em 20 de outubro estreia na Band o "MasterChef Junior", competição entre cozinheiros de 8 a 13 anos, como a versão adulta do programa, já no ar. Mais de 3.500 crianças se candidataram. Julia Melo Pinheiro, 12, é uma delas. Ela sabe fazer massa de macarrão, feijão, bolinho de carne e um pão de cebola famoso na família. "É uma oportunidade única ter um chef dizendo se você fez algo errado", diz. "Eu ficaria triste se não gostassem do meu prato, mas entenderia." Os jurados serão os mesmos da versão adulta –os chefs Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça. Paola conta que a braveza não será a mesma. "O programa será mais brincalhão, vamos ensinar mais", diz. "As crianças hoje acham que a comida vem do mercado. Imagine que bom ensinar que por trás dela existe um animal, uma horta, produtores..." * 'MASTERCHEF JÚNIOR' Os jurados serão os mesmos da versão adulta Quando estreia 20/10, às 22h30, na Band 'QUE MARRAVILHA! CHEFINHOS' O chef francês Claude Troisgros vai ensinar crianças de até 15 anos a cozinhar Quando quintas, às 22h, no GNT
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Governo reduz em 90% benefício a exportadores
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O governo decidiu reduzir em 90%, passando de 1% para apenas 0,1%, a alíquota do Reintegra durante 13 meses. A decisão foi adotada através do Decreto nº 8.453, publicado no "Diário Oficial da União" de quinta-feira (22). O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras tem por objetivo devolver, parcial ou integralmente, o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados. Pela regra anterior, fixada pelo Decreto nº 8.415, de 27 de fevereiro deste ano, a alíquota de 1% deveria vigorar até o final de 2016. Entretanto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia informado que o benefício ficaria em 1% no decorrer de 2015 (a legislação estabelece que o Reintegra pode devolver entre 0,1% e 3% aos exportadores). O objetivo do novo decreto, evidentemente, é reduzir o benefício devolvido aos exportadores e reforçar o caixa do governo federal em meio ao atual cenário de queda das receitas tributárias. Segundo o decreto publicado nesta quinta-feira, as alíquotas para 2017 e 2018 não foram alteradas. Assim, em 2017 o Reintegra manterá a devolução de 2% e, em 2018, de 3%. Para o advogado Thiago Garbelotti, da Braga & Moreno Consultores e Advogados, a redução do benefício em 90% afetará o caixa das empresas, que estarão pagando parte do ajuste fiscal pretendido pelo governo. Segundo o advogado, é possível contestar a redução do benefício para 0,1% a partir de dezembro. É que, segundo o entendimento do STF, "o princípio da anterioridade tributária visa prestigiar a proteção à confiança dos contribuintes e é sim aplicável aos casos de revogações abruptas de incentivos fiscais". COMO É O BENEFÍCIO Segundo o decreto de fevereiro, a empresa que exporte bens que tenham sido industrializados no país poderá apurar crédito de 3% sobre a receita obtida com a exportação desses bens para o exterior. Para tanto, os bens devem estar classificados em códigos da Tipi relacionados em anexo do decreto e devem ter custo total de insumos importados não superior ao limite percentual do preço de exportação estabelecido no mesmo anexo. O decreto considera também como exportação a venda a empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação para o exterior. Do crédito apurado, 17,84% serão devolvidos a título de contribuição para o PIS/Pasep, e 82,16% a título de Cofins. O valor do crédito apurado não será computado na base de cálculo do PIS/Pasep, da Cofins, do IRPJ e da CSLL. O crédito de 3% poderá ser compensado com débitos próprios relativos a tributos administrados pela Receita Federal ou ressarcido em dinheiro.
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mercado
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Governo reduz em 90% benefício a exportadoresO governo decidiu reduzir em 90%, passando de 1% para apenas 0,1%, a alíquota do Reintegra durante 13 meses. A decisão foi adotada através do Decreto nº 8.453, publicado no "Diário Oficial da União" de quinta-feira (22). O Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras tem por objetivo devolver, parcial ou integralmente, o resíduo tributário remanescente na cadeia de produção de bens exportados. Pela regra anterior, fixada pelo Decreto nº 8.415, de 27 de fevereiro deste ano, a alíquota de 1% deveria vigorar até o final de 2016. Entretanto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia informado que o benefício ficaria em 1% no decorrer de 2015 (a legislação estabelece que o Reintegra pode devolver entre 0,1% e 3% aos exportadores). O objetivo do novo decreto, evidentemente, é reduzir o benefício devolvido aos exportadores e reforçar o caixa do governo federal em meio ao atual cenário de queda das receitas tributárias. Segundo o decreto publicado nesta quinta-feira, as alíquotas para 2017 e 2018 não foram alteradas. Assim, em 2017 o Reintegra manterá a devolução de 2% e, em 2018, de 3%. Para o advogado Thiago Garbelotti, da Braga & Moreno Consultores e Advogados, a redução do benefício em 90% afetará o caixa das empresas, que estarão pagando parte do ajuste fiscal pretendido pelo governo. Segundo o advogado, é possível contestar a redução do benefício para 0,1% a partir de dezembro. É que, segundo o entendimento do STF, "o princípio da anterioridade tributária visa prestigiar a proteção à confiança dos contribuintes e é sim aplicável aos casos de revogações abruptas de incentivos fiscais". COMO É O BENEFÍCIO Segundo o decreto de fevereiro, a empresa que exporte bens que tenham sido industrializados no país poderá apurar crédito de 3% sobre a receita obtida com a exportação desses bens para o exterior. Para tanto, os bens devem estar classificados em códigos da Tipi relacionados em anexo do decreto e devem ter custo total de insumos importados não superior ao limite percentual do preço de exportação estabelecido no mesmo anexo. O decreto considera também como exportação a venda a empresa comercial exportadora, com o fim específico de exportação para o exterior. Do crédito apurado, 17,84% serão devolvidos a título de contribuição para o PIS/Pasep, e 82,16% a título de Cofins. O valor do crédito apurado não será computado na base de cálculo do PIS/Pasep, da Cofins, do IRPJ e da CSLL. O crédito de 3% poderá ser compensado com débitos próprios relativos a tributos administrados pela Receita Federal ou ressarcido em dinheiro.
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Parque do Harry Potter em Orlando terá festa de Natal inspirada no bruxo
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A Universal divulgou divulgou nesta quinta (13) uma celebração de Natal dedicada às histórias de Harry Potter em seus parques em Orlando (EUA). As comemorações temáticas acontecerão no Wizarding World of Harry Potter, área inspirada nos livros da autora inglesa J. K. Rowling, . A partir de novembro, o castelo de Hogwarts receberá projeções e efeitos especiais que remetem ao Natal. Além disso, decorações com guirlandas estarão nas ruas de Hogsmeade e do Beco Diagonal –locais icônicos nos livros e temas dos ambientes. Os visitantes poderão provar também comidas e bebidas temáticas. Mais informações sobre as projeções e quais comidas farão parte do cardápio serão divulgadas em breve pela empresa. A programação acontecerá de 18 de novembro a 6 de janeiro de 2018 e está inclusa no valor do ingresso. Pacotes de quatro dias para os três parques da Universal custam a partir de US$ 165 (cerca de R$ 515). A Universal divulgou também que um desfile será feito na mesma época. A parada será no mesmo modelo que as que costumam acontecer nos Estados Unidos, com personagens gigantes. Minions, Shrek e personagens do filme "Meu Malvado Favorito" estão confirmados. O PARQUE A atração inspirada em "Harry Potter" foi inaugurada em 2010 e originalmente concebida nos moldes do vilarejo de Hogsmeade. Em 2014, o local foi ampliado com a inauguração do Beco Diagonal. Os locais recriam o espaços mágicos descritos nos romances da escritora J. K. Rowling, mas principalmente nos filmes baseados na série. As atrações, incluindo o castelo, são ligadas por um trem chamado Expresso Hogwarts.
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turismo
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Parque do Harry Potter em Orlando terá festa de Natal inspirada no bruxoA Universal divulgou divulgou nesta quinta (13) uma celebração de Natal dedicada às histórias de Harry Potter em seus parques em Orlando (EUA). As comemorações temáticas acontecerão no Wizarding World of Harry Potter, área inspirada nos livros da autora inglesa J. K. Rowling, . A partir de novembro, o castelo de Hogwarts receberá projeções e efeitos especiais que remetem ao Natal. Além disso, decorações com guirlandas estarão nas ruas de Hogsmeade e do Beco Diagonal –locais icônicos nos livros e temas dos ambientes. Os visitantes poderão provar também comidas e bebidas temáticas. Mais informações sobre as projeções e quais comidas farão parte do cardápio serão divulgadas em breve pela empresa. A programação acontecerá de 18 de novembro a 6 de janeiro de 2018 e está inclusa no valor do ingresso. Pacotes de quatro dias para os três parques da Universal custam a partir de US$ 165 (cerca de R$ 515). A Universal divulgou também que um desfile será feito na mesma época. A parada será no mesmo modelo que as que costumam acontecer nos Estados Unidos, com personagens gigantes. Minions, Shrek e personagens do filme "Meu Malvado Favorito" estão confirmados. O PARQUE A atração inspirada em "Harry Potter" foi inaugurada em 2010 e originalmente concebida nos moldes do vilarejo de Hogsmeade. Em 2014, o local foi ampliado com a inauguração do Beco Diagonal. Os locais recriam o espaços mágicos descritos nos romances da escritora J. K. Rowling, mas principalmente nos filmes baseados na série. As atrações, incluindo o castelo, são ligadas por um trem chamado Expresso Hogwarts.
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Manchester United leva susto, mas vence time belga na Liga dos Campeões
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Três vezes campeão europeu, o Manchester United estreou com vitória na Liga dos Campeões. O time comandado pelo holandês Louis van Gaal bateu o Brugge, da Bélgica, por 3 a 1 em Old Trafford, na rodada de ida da última fase eliminatória para a fase de grupos. Os belgas saíram na frente logo aos 8min, após gol contra do meio-campista Michael Carrick. O gol forçou reação rápida da equipe inglesa. Aos 13min, Memphis Depay recebeu passe de Carrick, cortou o marcador e empatou com um chute rasteiro. Aos 43, Depay virou o jogo ao colocar a bola no ângulo com uma conclusão de fora da área. Na etapa final, o belga Maraouane Fellaini ampliou a vantagem já nos descontos, ao desviar para as redes cruzamento da esquerda de Depay. Em Roma, a Lazio venceu o Bayer Leverkusen por 1 a 0. O único gol do duelo foi marcado pelo atacante senegalês Keita, aos 32min do segundo tempo. Já o Sporting estreou com um triunfo de 2 a 1 diante do CSKA Moscou, em Lisboa. O colombiano Téo Gutierrez abriu o placar aos 12min, mas o marfinense Seydou Doumbia empatou aos 40min da etapa inicial. O atacante argelino Islam Slimani definiu o confronto a favor dos portugueses aos 37min do segundo tempo. JOGOS DE IDA DOS PLAYOFFS DA LIGA DOS CAMPEÕES Terça-feira (18) Astana (Cazaquistão) 1 x 0 Apoel (Chipre) Bate Borisov (Belarus) 1 x 0 Partizan (Sérvia) Lazio (Itália) 1 x 0 Bayer Leverkusen (Alemanha) Manchester United (Inglaterra) 3 x 1 Brugge (Bélgica) Sporting (Portugal) 2 x 1 CSKA Moscou (Rússia) Quarta-feira (19) Basel (Suíça) x Maccabi Tel-Aviv (Israel) Celtic (Escócia) x Malmo (Suécia) Rapid Viena (Áustria) x Shakhtar Donetsk (Ucrânia) Skënderbeu (Albânia) x Dínamo Zagreb (Croácia) Valencia (Espanha) x Monaco (França)
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esporte
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Manchester United leva susto, mas vence time belga na Liga dos CampeõesTrês vezes campeão europeu, o Manchester United estreou com vitória na Liga dos Campeões. O time comandado pelo holandês Louis van Gaal bateu o Brugge, da Bélgica, por 3 a 1 em Old Trafford, na rodada de ida da última fase eliminatória para a fase de grupos. Os belgas saíram na frente logo aos 8min, após gol contra do meio-campista Michael Carrick. O gol forçou reação rápida da equipe inglesa. Aos 13min, Memphis Depay recebeu passe de Carrick, cortou o marcador e empatou com um chute rasteiro. Aos 43, Depay virou o jogo ao colocar a bola no ângulo com uma conclusão de fora da área. Na etapa final, o belga Maraouane Fellaini ampliou a vantagem já nos descontos, ao desviar para as redes cruzamento da esquerda de Depay. Em Roma, a Lazio venceu o Bayer Leverkusen por 1 a 0. O único gol do duelo foi marcado pelo atacante senegalês Keita, aos 32min do segundo tempo. Já o Sporting estreou com um triunfo de 2 a 1 diante do CSKA Moscou, em Lisboa. O colombiano Téo Gutierrez abriu o placar aos 12min, mas o marfinense Seydou Doumbia empatou aos 40min da etapa inicial. O atacante argelino Islam Slimani definiu o confronto a favor dos portugueses aos 37min do segundo tempo. JOGOS DE IDA DOS PLAYOFFS DA LIGA DOS CAMPEÕES Terça-feira (18) Astana (Cazaquistão) 1 x 0 Apoel (Chipre) Bate Borisov (Belarus) 1 x 0 Partizan (Sérvia) Lazio (Itália) 1 x 0 Bayer Leverkusen (Alemanha) Manchester United (Inglaterra) 3 x 1 Brugge (Bélgica) Sporting (Portugal) 2 x 1 CSKA Moscou (Rússia) Quarta-feira (19) Basel (Suíça) x Maccabi Tel-Aviv (Israel) Celtic (Escócia) x Malmo (Suécia) Rapid Viena (Áustria) x Shakhtar Donetsk (Ucrânia) Skënderbeu (Albânia) x Dínamo Zagreb (Croácia) Valencia (Espanha) x Monaco (França)
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Colômbia vence Paraguai e avança às quartas de final na Copa América
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A Colômbia, liderada por seu astro James Rodríguez, se tornou a primeira seleção a passar às quartas de final da Copa América Centenário, ao derrotar o Paraguai por 2 a 1 na noite desta terça-feira (8), no estádio Rose Bowl, em Pasadena, pelo Grupo A do torneio. O jogador do Real Madrid foi o autor da cobrança de escanteio que encontrou Carlos Bacca na área, que arrematou para abrir o placar aos 12 minutos. James Rodríguez marcou seu próprio gol aos 30, com uma bomba contra o goleiro Justo Villar. O Paraguai descontou com Víctor Ayala, aos 26 minutos da etapa final. Os paraguaios terminaram a partida com dez jogadores, após a expulsão de Oscar Romero, aos 36 do segundo tempo, por receber o segundo cartão amarelo. O resultado deixa o Paraguai em situação difícil na chave, com apenas um ponto, obtido no empate por 0 a 0 com a Costa Rica, que nesta terça-feira foi goleada por 4 a 0 pelos Estados Unidos. Na última rodada do Grupo A, Colômbia pega Costa Rica, enquanto os Estados Unidos enfrentam Paraguai. A chave A cruza com o Grupo B, que está o Brasil, nas quartas de final do torneio.
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Colômbia vence Paraguai e avança às quartas de final na Copa AméricaA Colômbia, liderada por seu astro James Rodríguez, se tornou a primeira seleção a passar às quartas de final da Copa América Centenário, ao derrotar o Paraguai por 2 a 1 na noite desta terça-feira (8), no estádio Rose Bowl, em Pasadena, pelo Grupo A do torneio. O jogador do Real Madrid foi o autor da cobrança de escanteio que encontrou Carlos Bacca na área, que arrematou para abrir o placar aos 12 minutos. James Rodríguez marcou seu próprio gol aos 30, com uma bomba contra o goleiro Justo Villar. O Paraguai descontou com Víctor Ayala, aos 26 minutos da etapa final. Os paraguaios terminaram a partida com dez jogadores, após a expulsão de Oscar Romero, aos 36 do segundo tempo, por receber o segundo cartão amarelo. O resultado deixa o Paraguai em situação difícil na chave, com apenas um ponto, obtido no empate por 0 a 0 com a Costa Rica, que nesta terça-feira foi goleada por 4 a 0 pelos Estados Unidos. Na última rodada do Grupo A, Colômbia pega Costa Rica, enquanto os Estados Unidos enfrentam Paraguai. A chave A cruza com o Grupo B, que está o Brasil, nas quartas de final do torneio.
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Empresário diz que fez depósitos sem saber que eram propina
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Dono da empresa de câmeras de segurança Comtex, o empresário Alexandre Amaral de Moura disse que fez depósitos de US$ 640 mil nas contas de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró na Suíça sem saber que estava sendo usado para pagar propina para os ex-diretores da Petrobras. Em depoimento no último dia 30, Moura contou aos investigadores na Operação Lava Jato que depositou US$ 340 mil na conta Quinus, de Costa, e US$ 300 mil na conta Forbal, de Cerveró, a pedido de Bernardo Schiller Freiburghaus, apontado como o operador que distribuiu propina paga pela Odebrecht a diretores da Petrobras no exterior. Segundo ele, foram operações do chamado "dólar-cabo", uma modalidade clandestina e ilegal de remessa de dinheiro. Moura afirmou que procurou Freiburghaus entre 2008 e 2009 porque precisava trazer rapidamente ao Brasil dinheiro de uma conta não declarada na Suíça. Pela versão apresentada no depoimento, o empresário autorizou Freiburghaus a realizar as duas transferências para as contas Quinus e Forbal, que ele afirmou ter pensado que pertenciam ao operador. Dias depois dos depósitos, Moura recebeu o dinheiro equivalente, em reais e em espécie, no Rio. Para o Ministério Público Federal, o sistema de compensação clandestina usado por Freiburghaus nos dois depósitos visava quebrar o rastro dos recursos. "Caso alguém seguisse os recursos de Alexandre, no exterior, acabaria na conta de Paulo Roberto Costa, quando na verdade a transferência para este correspondeu a pagamento em espécie no Brasil. Caso alguém seguisse os recursos pagos em espécie no Brasil pela Odebrecht, acabaria chegando a Alexandre, quando na verdade eles eram meio para pagar Paulo Roberto Costa no exterior", escreveram os procuradores em documento que integra o inquérito que apura irregularidades na Odebrecht. Em junho, quando surgiram as evidências de ligação entre o empresário e os depósitos nas contas de Costa e Cerveró, o dono da Comtex disse à Folha que jamais tinha feito pagamentos a executivos da estatal e tampouco teve conta na Suíça. Na versão contada aos procuradores, Moura admitiu ser dono de uma conta no banco Credit Suisse em 2005, não declarada à Receita Federal. BANCOS SUÍÇOS O depoimento de Moura joga mais de luz às atividades de Bernardo Freiburghaus. Em geral descrito como "o doleiro da Odebrecht", evidências colhidas pela Polícia Federal apontam-no como um operador mais sofisticado do que alguém do dia a dia do mercado informal de câmbio. Na verdade, ele aparece como uma espécie de homem-forte dos bancos suíços para captar dinheiro de milionários no Rio. Ele agia por meio da Diagonal, sua empresa de investimentos com registro na Comissão de Valores Mobiliários. Relatório da Polícia Federal, revelado pela Folha no mês passado, aponta que Freiburghaus operaria como uma espécie de braço clandestino de quatro grandes bancos de investimentos no Rio: PBK Private Bank, Pictec e os braços suíços do HSBC e do Royal Bank of Canada. Depois que o banco Credit Suisse fechou sua agência no Rio, Alexandre Moura disse ter procurado Freiburghaus para abrir uma nova conta na Suíça. Segundo o dono da Comtex, Freiburghaus se apresentou como representante do banco Julius Baer e abriu-lhe uma nova conta nesta instituição em 2008. O operador tinha uma procuração do empresário para movimentar a conta secreta. O método é similar ao descrito por Paulo Roberto Costa. Em sua delação, o ex-diretor da Petrobras diz que se encontrava regularmente com Freiburghaus, também seu procurador, para conferir extratos bancários que eram destruídos em seguida. Freiburghaus deixou o Brasil no ano passado, após a eclosão da Lava Jato. Ele é considerado foragido pelas autoridades brasileiras. OUTRO LADO Por meio de nota, a Odebrecht negou "veementemente" ter feito qualquer pagamento ou depósito para Nestor Cerveró ou para qualquer outro ex-dirigente da Petrobras, mesmo por meio de intermediários. A construtora classificou o caso envolvendo Alexandre Maciel "de ilação feita na petição assinada por membros do Ministério Público Federal do Paraná". "A CNO [Odebrecht] lamenta, como tem denunciado seguidamente, a prática de tornar públicas para a imprensa informações descontextualizadas, que são convenientemente excluídas dos autos, impedindo a atuação da defesa em igualdade de condições em relação à acusação", afirmou trecho da nota. "Este estratagema, baseado em vazamentos seletivos para a imprensa, procura propagar rapidamente, sem direito ao contraditório, teses sem base em provas, apenas baseadas em ilações, como a da generalização de supostas condutas individuais", concluiu a empresa. A advogada de Freiburghaus, Fernanda Silva Telles, foi procurada, mas não retornou aos pedidos de entrevista.
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Empresário diz que fez depósitos sem saber que eram propinaDono da empresa de câmeras de segurança Comtex, o empresário Alexandre Amaral de Moura disse que fez depósitos de US$ 640 mil nas contas de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró na Suíça sem saber que estava sendo usado para pagar propina para os ex-diretores da Petrobras. Em depoimento no último dia 30, Moura contou aos investigadores na Operação Lava Jato que depositou US$ 340 mil na conta Quinus, de Costa, e US$ 300 mil na conta Forbal, de Cerveró, a pedido de Bernardo Schiller Freiburghaus, apontado como o operador que distribuiu propina paga pela Odebrecht a diretores da Petrobras no exterior. Segundo ele, foram operações do chamado "dólar-cabo", uma modalidade clandestina e ilegal de remessa de dinheiro. Moura afirmou que procurou Freiburghaus entre 2008 e 2009 porque precisava trazer rapidamente ao Brasil dinheiro de uma conta não declarada na Suíça. Pela versão apresentada no depoimento, o empresário autorizou Freiburghaus a realizar as duas transferências para as contas Quinus e Forbal, que ele afirmou ter pensado que pertenciam ao operador. Dias depois dos depósitos, Moura recebeu o dinheiro equivalente, em reais e em espécie, no Rio. Para o Ministério Público Federal, o sistema de compensação clandestina usado por Freiburghaus nos dois depósitos visava quebrar o rastro dos recursos. "Caso alguém seguisse os recursos de Alexandre, no exterior, acabaria na conta de Paulo Roberto Costa, quando na verdade a transferência para este correspondeu a pagamento em espécie no Brasil. Caso alguém seguisse os recursos pagos em espécie no Brasil pela Odebrecht, acabaria chegando a Alexandre, quando na verdade eles eram meio para pagar Paulo Roberto Costa no exterior", escreveram os procuradores em documento que integra o inquérito que apura irregularidades na Odebrecht. Em junho, quando surgiram as evidências de ligação entre o empresário e os depósitos nas contas de Costa e Cerveró, o dono da Comtex disse à Folha que jamais tinha feito pagamentos a executivos da estatal e tampouco teve conta na Suíça. Na versão contada aos procuradores, Moura admitiu ser dono de uma conta no banco Credit Suisse em 2005, não declarada à Receita Federal. BANCOS SUÍÇOS O depoimento de Moura joga mais de luz às atividades de Bernardo Freiburghaus. Em geral descrito como "o doleiro da Odebrecht", evidências colhidas pela Polícia Federal apontam-no como um operador mais sofisticado do que alguém do dia a dia do mercado informal de câmbio. Na verdade, ele aparece como uma espécie de homem-forte dos bancos suíços para captar dinheiro de milionários no Rio. Ele agia por meio da Diagonal, sua empresa de investimentos com registro na Comissão de Valores Mobiliários. Relatório da Polícia Federal, revelado pela Folha no mês passado, aponta que Freiburghaus operaria como uma espécie de braço clandestino de quatro grandes bancos de investimentos no Rio: PBK Private Bank, Pictec e os braços suíços do HSBC e do Royal Bank of Canada. Depois que o banco Credit Suisse fechou sua agência no Rio, Alexandre Moura disse ter procurado Freiburghaus para abrir uma nova conta na Suíça. Segundo o dono da Comtex, Freiburghaus se apresentou como representante do banco Julius Baer e abriu-lhe uma nova conta nesta instituição em 2008. O operador tinha uma procuração do empresário para movimentar a conta secreta. O método é similar ao descrito por Paulo Roberto Costa. Em sua delação, o ex-diretor da Petrobras diz que se encontrava regularmente com Freiburghaus, também seu procurador, para conferir extratos bancários que eram destruídos em seguida. Freiburghaus deixou o Brasil no ano passado, após a eclosão da Lava Jato. Ele é considerado foragido pelas autoridades brasileiras. OUTRO LADO Por meio de nota, a Odebrecht negou "veementemente" ter feito qualquer pagamento ou depósito para Nestor Cerveró ou para qualquer outro ex-dirigente da Petrobras, mesmo por meio de intermediários. A construtora classificou o caso envolvendo Alexandre Maciel "de ilação feita na petição assinada por membros do Ministério Público Federal do Paraná". "A CNO [Odebrecht] lamenta, como tem denunciado seguidamente, a prática de tornar públicas para a imprensa informações descontextualizadas, que são convenientemente excluídas dos autos, impedindo a atuação da defesa em igualdade de condições em relação à acusação", afirmou trecho da nota. "Este estratagema, baseado em vazamentos seletivos para a imprensa, procura propagar rapidamente, sem direito ao contraditório, teses sem base em provas, apenas baseadas em ilações, como a da generalização de supostas condutas individuais", concluiu a empresa. A advogada de Freiburghaus, Fernanda Silva Telles, foi procurada, mas não retornou aos pedidos de entrevista.
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Apple oferece 'o futuro' por US$ 1.000 e ações caem; Xiaomi lança Mi Mix 2
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No topo do Techmeme, agregador de referência do Vale do Silício, a lista de novidades do iPhone X, como a tela em "Super Retina" e sem bordas, a identificação por face e não por toque etc. Em suma, no destaque do "Verge", ecoando o presidente da Apple, "o futuro do smartphone". De quebra, foi oferecido "um primeiro olhar sobre o campus da Apple", desenhado por Norman Foster + Partner's. Avessos à festa, "Wall Street Journal" e "Financial Times" abriam manchetes para os US$ 999, "Apple testa novo limitar de preço". No segundo destaque do "WSJ", linkado no "Drudge Report", "Ações da Apple perdem terreno depois de lançamento". O "Washington Post" de Jeff Bezos (dono da Amazon) e o "Recode", site mais tradicional de notícias de tecnologia nos EUA, arredondaram, citando "o iPhone de US$ 1.000" em seus enunciados. Do outro lado do mundo, o "South China Morning Post" de Jack Ma (dono do Alibaba) noticiou o lançamento um dia antes do Mi Mix 2, smartphone com corpo único em cerâmica, desenhado por Philippe Starck, por 4,699 yuan (US$ 720). Os luxuosos aparelhos da Xiaomi, chamados pelo jornal de "iPhone killers", deixaram os da Apple para trás no mercado chinês. E outro fabricante chinês, Huawei, mais popular, tornou-se em junho o maior vendedor de smartphones no mundo. AVENTURA No "FT", Michael Moritz, sócio da empresa de "venture capital" Sequoia, do Vale do Silício, escreve que o "exército de empreendedores chineses encara o futuro com senso de aventura sem igual" e "está deixando América para trás". Cita desde "milhões de bicicletas conectadas pela internet que surgiram das maiores cidades chinesas nos últimos 18 meses" até a DJI, de Shenzhen, "que fabrica 70% de todos os drones vendidos ao redor do mundo". Mas dá como "exemplo mais impressionante" as duas gigantes chinesas de pagamento eletrônico, Alipay e WeChat Pay. NEGOCIAÇÕES Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca, está em Hong Kong e, em entrevista ao "SCMP", manchete do jornal, afirmou que o "conflito pode ser evitado" entre EUA e China. Segundo ele, Trump pediu a investigação sobre "furto de propriedade intelectual" pela China para recompor o comércio bilateral, em seguida, com "série de negociações". O "WSJ" noticiou que, em evento na cidade chinesa, Bannon saiu falando que conversa com Trump a cada dois, três dias. * FASCÍNIO A alemã "Deutsche Welle" fez reportagem sobre o "fenômeno do fascínio" com a Coreia do Norte demonstrado pelos brasileiros, "os que mais buscam [o tema] no Google". Entre as explicações, dadas por acadêmicos, estão o desafio do "pequeno país à maior potência militar do mundo"; o risco da guerra nuclear para a economia chinesa, "maior parceiro comercial do Brasil"; o reflexo da "lógica binária" presente hoje na sociedade brasileira; e simplesmente "o medo".
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colunas
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Apple oferece 'o futuro' por US$ 1.000 e ações caem; Xiaomi lança Mi Mix 2No topo do Techmeme, agregador de referência do Vale do Silício, a lista de novidades do iPhone X, como a tela em "Super Retina" e sem bordas, a identificação por face e não por toque etc. Em suma, no destaque do "Verge", ecoando o presidente da Apple, "o futuro do smartphone". De quebra, foi oferecido "um primeiro olhar sobre o campus da Apple", desenhado por Norman Foster + Partner's. Avessos à festa, "Wall Street Journal" e "Financial Times" abriam manchetes para os US$ 999, "Apple testa novo limitar de preço". No segundo destaque do "WSJ", linkado no "Drudge Report", "Ações da Apple perdem terreno depois de lançamento". O "Washington Post" de Jeff Bezos (dono da Amazon) e o "Recode", site mais tradicional de notícias de tecnologia nos EUA, arredondaram, citando "o iPhone de US$ 1.000" em seus enunciados. Do outro lado do mundo, o "South China Morning Post" de Jack Ma (dono do Alibaba) noticiou o lançamento um dia antes do Mi Mix 2, smartphone com corpo único em cerâmica, desenhado por Philippe Starck, por 4,699 yuan (US$ 720). Os luxuosos aparelhos da Xiaomi, chamados pelo jornal de "iPhone killers", deixaram os da Apple para trás no mercado chinês. E outro fabricante chinês, Huawei, mais popular, tornou-se em junho o maior vendedor de smartphones no mundo. AVENTURA No "FT", Michael Moritz, sócio da empresa de "venture capital" Sequoia, do Vale do Silício, escreve que o "exército de empreendedores chineses encara o futuro com senso de aventura sem igual" e "está deixando América para trás". Cita desde "milhões de bicicletas conectadas pela internet que surgiram das maiores cidades chinesas nos últimos 18 meses" até a DJI, de Shenzhen, "que fabrica 70% de todos os drones vendidos ao redor do mundo". Mas dá como "exemplo mais impressionante" as duas gigantes chinesas de pagamento eletrônico, Alipay e WeChat Pay. NEGOCIAÇÕES Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca, está em Hong Kong e, em entrevista ao "SCMP", manchete do jornal, afirmou que o "conflito pode ser evitado" entre EUA e China. Segundo ele, Trump pediu a investigação sobre "furto de propriedade intelectual" pela China para recompor o comércio bilateral, em seguida, com "série de negociações". O "WSJ" noticiou que, em evento na cidade chinesa, Bannon saiu falando que conversa com Trump a cada dois, três dias. * FASCÍNIO A alemã "Deutsche Welle" fez reportagem sobre o "fenômeno do fascínio" com a Coreia do Norte demonstrado pelos brasileiros, "os que mais buscam [o tema] no Google". Entre as explicações, dadas por acadêmicos, estão o desafio do "pequeno país à maior potência militar do mundo"; o risco da guerra nuclear para a economia chinesa, "maior parceiro comercial do Brasil"; o reflexo da "lógica binária" presente hoje na sociedade brasileira; e simplesmente "o medo".
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Autoridades congolesas liberam diplomata dos EUA detido em evento
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Um diplomata americano detido em uma conferência pró-democracia na República Democrática do Congo foi libertado, mas os ativistas presos com ele continuam sob custódia, afirmou o governo do país nesta segunda-feira (16). Forças de segurança congolesas prenderam cerca de 40 pessoas em uma conferência de imprensa em Kinshasa, capital do país, onde se reuniam ativistas, jornalistas e músicos. "Ele retornou à embaixada na noite passada", afirmou o ministro da Informação do Congo, Lambert Mende, referindo-se ao diplomata Kevin Sturr, da agência americana para o desenvolvimento internacional USAID. Outros ativistas internacionais presos no evento, de Senegal, Burkina Fasso e Congo, continuam detidos e "cada um terá o seu destino. O serão liberados ou colocados à disposição da promotoria pública", adicionou Mende. No domingo (15), Mende havia dito que o serviço de inteligência do Congo suspeitava que a conferência, registrada como um encontro entre organizações da sociedade civil africanas, seria um projeto organizado por "instrutores sobre insurgência". O evento foi organizado pelo movimento congolês Filimbi, que estimula o engajamento de jovens com a política. As prisões ocorrem em um momento sensível para a política do Congo. O presidente Joseph Kabila deve deixar o cargo no ano que vem, mas opositores alertam para uma possível manobra que o mantivesse no poder.
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mundo
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Autoridades congolesas liberam diplomata dos EUA detido em eventoUm diplomata americano detido em uma conferência pró-democracia na República Democrática do Congo foi libertado, mas os ativistas presos com ele continuam sob custódia, afirmou o governo do país nesta segunda-feira (16). Forças de segurança congolesas prenderam cerca de 40 pessoas em uma conferência de imprensa em Kinshasa, capital do país, onde se reuniam ativistas, jornalistas e músicos. "Ele retornou à embaixada na noite passada", afirmou o ministro da Informação do Congo, Lambert Mende, referindo-se ao diplomata Kevin Sturr, da agência americana para o desenvolvimento internacional USAID. Outros ativistas internacionais presos no evento, de Senegal, Burkina Fasso e Congo, continuam detidos e "cada um terá o seu destino. O serão liberados ou colocados à disposição da promotoria pública", adicionou Mende. No domingo (15), Mende havia dito que o serviço de inteligência do Congo suspeitava que a conferência, registrada como um encontro entre organizações da sociedade civil africanas, seria um projeto organizado por "instrutores sobre insurgência". O evento foi organizado pelo movimento congolês Filimbi, que estimula o engajamento de jovens com a política. As prisões ocorrem em um momento sensível para a política do Congo. O presidente Joseph Kabila deve deixar o cargo no ano que vem, mas opositores alertam para uma possível manobra que o mantivesse no poder.
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Com gol de Dudu, Palmeiras vence e fica a uma vitória do título
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O Palmeiras fez sua parte ao vencer o Botafogo neste domingo (20) por 1 a 0, mas não pôde comemorar o título do Campeonato Brasileiro com antecedência por conta do empate do vice-líder Santos sobre o Cruzeiro. Para levantar a taça com duas rodadas de antecedência, a equipe alviverde precisava de uma derrota dos santistas –que empataram– e que o Flamengo não vencesse –empatou com o Coritiba e está fora da briga. Com os resultados de momento, os palmeirenses continuam na ponta com 74 pontos seguidos pelo Santos, com 68. Já os flamenguistas têm 67. No próximo final de semana, diante da Chapecoense, em casa, o Palmeiras só depende de si para garantir o troféu que não conquista desde 1994. A tranquilidade na reta final do torneio veio graças ao atacante Dudu. Melhor do confronto, o jogador de 24 anos fez o único gol do jogo, aos 17 min da etapa final. A rede balançou justamente no momento em que a equipe paulista era pior que o Botafogo. Em um contra-ataque rápido, Gabriel Jesus recebeu a bola na esquerda e cruzou com precisão na cabeça de Dudu. Os mais de 39 mil torcedores presentes no Allianz Parque soltaram da garganta o grito que estava preso desde o primeiro tempo, quando as melhores oportunidades pararam nas defesas do goleiro Sidão. Nervoso com a possibilidade de título, o time perdeu chances que costuma não desperdiçar. A tensão ficou ainda maior quando aos 11 minutos o zagueiro Yerri Mina foi substituído com dores na coxa. O jogador era dúvida antes da partida, mas foi o escolhido de Cuca para começar jogando. O Palmeiras foi para o vestiário sabendo da derrota parcial do Santos por 1 a 0 e voltou com uma postura mais agressiva. No entanto, abriu espaços e por pouco não saiu atrás no placar. No fim da partida, o locutor do estádio anunciou o empate de 2 a 2 no Mineirão e a comemoração dos palmeirenses foi similar a de um título. CONTA DO TÍTULO O Palmeiras tem mais dois jogos no Brasileiro e precisa de apenas mais um empate para ser campeão sem depender de outros resultados. No entanto, até se perder no próximo domingo (27) para a Chapecoense, no Allianz Parque, o Palmeiras pode sair de campo com a taça. Basta que o Santos, que vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo, não vença. Com a vitória sobre o Botafogo, o time alviverde chegou a 74 pontos, e tem seis de vantagem para o vice-líder Santos (com 68) e sete para o Flamengo, terceiro colocado, que empatou em 2 a 2 com o Coritiba no Maracanã e não tem mais chance de título.
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esporte
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Com gol de Dudu, Palmeiras vence e fica a uma vitória do títuloO Palmeiras fez sua parte ao vencer o Botafogo neste domingo (20) por 1 a 0, mas não pôde comemorar o título do Campeonato Brasileiro com antecedência por conta do empate do vice-líder Santos sobre o Cruzeiro. Para levantar a taça com duas rodadas de antecedência, a equipe alviverde precisava de uma derrota dos santistas –que empataram– e que o Flamengo não vencesse –empatou com o Coritiba e está fora da briga. Com os resultados de momento, os palmeirenses continuam na ponta com 74 pontos seguidos pelo Santos, com 68. Já os flamenguistas têm 67. No próximo final de semana, diante da Chapecoense, em casa, o Palmeiras só depende de si para garantir o troféu que não conquista desde 1994. A tranquilidade na reta final do torneio veio graças ao atacante Dudu. Melhor do confronto, o jogador de 24 anos fez o único gol do jogo, aos 17 min da etapa final. A rede balançou justamente no momento em que a equipe paulista era pior que o Botafogo. Em um contra-ataque rápido, Gabriel Jesus recebeu a bola na esquerda e cruzou com precisão na cabeça de Dudu. Os mais de 39 mil torcedores presentes no Allianz Parque soltaram da garganta o grito que estava preso desde o primeiro tempo, quando as melhores oportunidades pararam nas defesas do goleiro Sidão. Nervoso com a possibilidade de título, o time perdeu chances que costuma não desperdiçar. A tensão ficou ainda maior quando aos 11 minutos o zagueiro Yerri Mina foi substituído com dores na coxa. O jogador era dúvida antes da partida, mas foi o escolhido de Cuca para começar jogando. O Palmeiras foi para o vestiário sabendo da derrota parcial do Santos por 1 a 0 e voltou com uma postura mais agressiva. No entanto, abriu espaços e por pouco não saiu atrás no placar. No fim da partida, o locutor do estádio anunciou o empate de 2 a 2 no Mineirão e a comemoração dos palmeirenses foi similar a de um título. CONTA DO TÍTULO O Palmeiras tem mais dois jogos no Brasileiro e precisa de apenas mais um empate para ser campeão sem depender de outros resultados. No entanto, até se perder no próximo domingo (27) para a Chapecoense, no Allianz Parque, o Palmeiras pode sair de campo com a taça. Basta que o Santos, que vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo, não vença. Com a vitória sobre o Botafogo, o time alviverde chegou a 74 pontos, e tem seis de vantagem para o vice-líder Santos (com 68) e sete para o Flamengo, terceiro colocado, que empatou em 2 a 2 com o Coritiba no Maracanã e não tem mais chance de título.
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Hoje na TV: Palmeiras e São Paulo entram em campo pela Copa SP
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9h Valencia x Rayo Vallecano Espanhol, ESPN Brasil 10h Palmeiras x América-MG Copa São Paulo, SporTV 11h Lorient x Monaco Francês, ESPN, SporTV 2 12h Liverpool x Manchester United Inglês, ESPN Brasil 12h Udinese x Juventus Italiano, ESPN+ 12h Roma x Verona Italiano, Fox Sports 13h Real Madrid x Sporting Gijón Espanhol, ESPN 14h Caen x Ol. Marseille Francês, SporTV 2 14h15 Stoke x Arsenal Inglês, Fox Sports 14h30 Golfe ESPN+ 15h Bahia x Flamengo Copa São Paulo, TV Brasil, SporTV 15h10 Las Palmas x Atlético de Madri Espanhol, ESPN Brasil 15h15 Villarreal x Betis Espanhol, Fox Sports 2 16h05 Seattle Seahawks x Carolina Panthers Futebol americano, ESPN, Esporte Interativo 17h Atlético-MG x Corinthians Flórida Cup, Globo (para SP e MG) e SporTV 17h Shaktar D. x Fluminense Flórida Cup, Globo (menos SP e MG) SporTV 2 17h30 Barcelona x Athletic Bilbao Espanhol, Fox Sports 17h35 Milan x Fiorentina Italiano, ESPN Brasil 18h25 Vitoria de Guimarães x Porto Português, ESPN+ 18h45 Leones de Quilpué x Mogi das Cruzes Basquete, Liga das Américas, SporTV 3 19h30 Santa Fé x F. L. Strikers Flórida Cup, SporTV 2 19h40 Pittsburgh Steelers x Denver Broncos Futebol americano, ESPN, Esporte Interativo 19h45 São Paulo x Rondonópolis Copa São Paulo, ESPN Brasil, SporTV 21h30 Dillashaw x Cruz UFC, SporTV 2 22h San Antonio Spurs x Dallas Mavericks Basquete, NBA, SporTV 3 22h Tênis Aberto da Austrália, ESPN+
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esporte
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Hoje na TV: Palmeiras e São Paulo entram em campo pela Copa SP9h Valencia x Rayo Vallecano Espanhol, ESPN Brasil 10h Palmeiras x América-MG Copa São Paulo, SporTV 11h Lorient x Monaco Francês, ESPN, SporTV 2 12h Liverpool x Manchester United Inglês, ESPN Brasil 12h Udinese x Juventus Italiano, ESPN+ 12h Roma x Verona Italiano, Fox Sports 13h Real Madrid x Sporting Gijón Espanhol, ESPN 14h Caen x Ol. Marseille Francês, SporTV 2 14h15 Stoke x Arsenal Inglês, Fox Sports 14h30 Golfe ESPN+ 15h Bahia x Flamengo Copa São Paulo, TV Brasil, SporTV 15h10 Las Palmas x Atlético de Madri Espanhol, ESPN Brasil 15h15 Villarreal x Betis Espanhol, Fox Sports 2 16h05 Seattle Seahawks x Carolina Panthers Futebol americano, ESPN, Esporte Interativo 17h Atlético-MG x Corinthians Flórida Cup, Globo (para SP e MG) e SporTV 17h Shaktar D. x Fluminense Flórida Cup, Globo (menos SP e MG) SporTV 2 17h30 Barcelona x Athletic Bilbao Espanhol, Fox Sports 17h35 Milan x Fiorentina Italiano, ESPN Brasil 18h25 Vitoria de Guimarães x Porto Português, ESPN+ 18h45 Leones de Quilpué x Mogi das Cruzes Basquete, Liga das Américas, SporTV 3 19h30 Santa Fé x F. L. Strikers Flórida Cup, SporTV 2 19h40 Pittsburgh Steelers x Denver Broncos Futebol americano, ESPN, Esporte Interativo 19h45 São Paulo x Rondonópolis Copa São Paulo, ESPN Brasil, SporTV 21h30 Dillashaw x Cruz UFC, SporTV 2 22h San Antonio Spurs x Dallas Mavericks Basquete, NBA, SporTV 3 22h Tênis Aberto da Austrália, ESPN+
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Delator diz que Odebrecht usou notas frias em sítio usado por Lula
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O delator Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, disse, em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, que ele e o advogado Roberto Teixeira, compadre de Luiz Inácio Lula da Silva, combinaram de forjar notas fiscais das obras feitas no sítio frequentado pelo ex-presidente em Atibaia (SP). A Odebrecht fez, em 2010, reformas na propriedade que, no papel, pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Fábio Luiz Lula da Silva, filho de Lula. O ex-presidente e a família usam o sítio, que é alvo de investigação na Lava Jato. Segundo Alencar, em março de 2011 ele recebeu um telefone de Teixeira pedindo que fosse até seu escritório porque estava preocupado em "formalizar" as obras realizadas no sítio Santa Bárbara, executadas e custeadas pela Odebrecht. Veja vídeo "Fui lá e ele estava preocupado, digamos, como é que poderia aparecer essa obra sem um vínculo com os proprietários do sítio. Então nós marcamos uma reunião uma semana, dez dias depois. Fui eu e o engenheiro [da Odebrecht] Emyr (Diniz Costa Júnior) conversar com ele. E ele estava preocupado, claramente preocupado", disse Alencar. "Aparece um pessoal de engenharia, construiu a coisa, foi embora. E essa conta, como é que parece?", teria dito Teixeira a Alencar. O delator disse então que Teixeira fez o pedido para que se forjasse a documentação. "Ele falou: a obra terminou... a obra de Atibaia, o sítio de Atibaia, porque o sítio é do Fernando Bittar e nós precisamos, como se diz, formalizar a obra." A saída encontrada, segundo Alencar, foi emitir notas fiscais frias das obras, que haviam terminado dois meses antes. "Isso foi feito com notas fiscais através... que o Emyr conseguiu falar com o Carlos Rodrigues Prado [empreiteiro subcontratado para a obra] para fazer uma nota fiscal mostrando que foi pago pelo Fernando Bittar", disse Alencar. Segundo Alencar, os documentos fiscais foram forjados de maneira que se encaixassem no perfil econômico de Bittar, para não gerar suspeitas. "Foi feito um escalonamento do pagamento para não ficar uma coisa muito cara que inviabilizasse, digamos, como é que o Fernando Bittar ia pagar toda a obra?". O delator afirmou que a documentação foi entregue pelo engenheiro Emyr a Teixeira. A reforma toda tinha sido orçada em R$ 500 mil, mas no final a empreiteira gastou por volta de R$ 1 milhão, segundo Alencar. Todo o trabalho foi feito em segredo. "Eu sei que em função da sensibilidade do processo nenhum dos nossos funcionários usou macacão da Odebrecht e sei que a compra dos materiais feitos na região foram feitos todos em dinheiro vivo", disse Alencar. Ele afirmou que a obra foi um agrado ao ex-presidente. "A pessoa te pede. É um valor, digamos, nenhuma coisa absurda. É um agrado a se fazer a uma pessoa que teve essa relação toda com o grupo durante esse tempo todo. É uma retribuição, sem dúvida nenhuma." A Odebrecht começou a fazer a reforma do sítio após um pedido da ex-primeira-dama Marisa Letícia na festa de aniversário de Lula, em 2010, em Brasília. Alencar e Emílio Odebrecht foram até a capital na ocasião para entregar dois presentes a Lula: um livro que a empreiteira patrocinou sobre Dona Lindu, mãe do ex-presidente, e uma maquete do estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo. OUTRO LADO Em nota, o advogado Roberto Teixeira afirmou que jamais combinou "com Alexandrino Alencar ou com qualquer outra pessoa 'forjar' notas fiscais". "Delação não é meio de prova e muito menos pode ser utilizada por jornalistas ou veículos de imprensa para construir suas próprias versões", disse. A assessoria de Luiz Inácio Lula da Silva disse, em nota, que o sítio de Atibaia não é do ex-presidente. Segundo o comunicado, os proprietários provaram com documentos tanto a propriedade quanto a origem lícita dos recursos utilizados na compra do sítio de Atibaia. "Não comentaremos delações feitas para a obtenção de benefícios judiciais." Presentes da Odebrecht para Lula
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Delator diz que Odebrecht usou notas frias em sítio usado por LulaO delator Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, disse, em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, que ele e o advogado Roberto Teixeira, compadre de Luiz Inácio Lula da Silva, combinaram de forjar notas fiscais das obras feitas no sítio frequentado pelo ex-presidente em Atibaia (SP). A Odebrecht fez, em 2010, reformas na propriedade que, no papel, pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Fábio Luiz Lula da Silva, filho de Lula. O ex-presidente e a família usam o sítio, que é alvo de investigação na Lava Jato. Segundo Alencar, em março de 2011 ele recebeu um telefone de Teixeira pedindo que fosse até seu escritório porque estava preocupado em "formalizar" as obras realizadas no sítio Santa Bárbara, executadas e custeadas pela Odebrecht. Veja vídeo "Fui lá e ele estava preocupado, digamos, como é que poderia aparecer essa obra sem um vínculo com os proprietários do sítio. Então nós marcamos uma reunião uma semana, dez dias depois. Fui eu e o engenheiro [da Odebrecht] Emyr (Diniz Costa Júnior) conversar com ele. E ele estava preocupado, claramente preocupado", disse Alencar. "Aparece um pessoal de engenharia, construiu a coisa, foi embora. E essa conta, como é que parece?", teria dito Teixeira a Alencar. O delator disse então que Teixeira fez o pedido para que se forjasse a documentação. "Ele falou: a obra terminou... a obra de Atibaia, o sítio de Atibaia, porque o sítio é do Fernando Bittar e nós precisamos, como se diz, formalizar a obra." A saída encontrada, segundo Alencar, foi emitir notas fiscais frias das obras, que haviam terminado dois meses antes. "Isso foi feito com notas fiscais através... que o Emyr conseguiu falar com o Carlos Rodrigues Prado [empreiteiro subcontratado para a obra] para fazer uma nota fiscal mostrando que foi pago pelo Fernando Bittar", disse Alencar. Segundo Alencar, os documentos fiscais foram forjados de maneira que se encaixassem no perfil econômico de Bittar, para não gerar suspeitas. "Foi feito um escalonamento do pagamento para não ficar uma coisa muito cara que inviabilizasse, digamos, como é que o Fernando Bittar ia pagar toda a obra?". O delator afirmou que a documentação foi entregue pelo engenheiro Emyr a Teixeira. A reforma toda tinha sido orçada em R$ 500 mil, mas no final a empreiteira gastou por volta de R$ 1 milhão, segundo Alencar. Todo o trabalho foi feito em segredo. "Eu sei que em função da sensibilidade do processo nenhum dos nossos funcionários usou macacão da Odebrecht e sei que a compra dos materiais feitos na região foram feitos todos em dinheiro vivo", disse Alencar. Ele afirmou que a obra foi um agrado ao ex-presidente. "A pessoa te pede. É um valor, digamos, nenhuma coisa absurda. É um agrado a se fazer a uma pessoa que teve essa relação toda com o grupo durante esse tempo todo. É uma retribuição, sem dúvida nenhuma." A Odebrecht começou a fazer a reforma do sítio após um pedido da ex-primeira-dama Marisa Letícia na festa de aniversário de Lula, em 2010, em Brasília. Alencar e Emílio Odebrecht foram até a capital na ocasião para entregar dois presentes a Lula: um livro que a empreiteira patrocinou sobre Dona Lindu, mãe do ex-presidente, e uma maquete do estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo. OUTRO LADO Em nota, o advogado Roberto Teixeira afirmou que jamais combinou "com Alexandrino Alencar ou com qualquer outra pessoa 'forjar' notas fiscais". "Delação não é meio de prova e muito menos pode ser utilizada por jornalistas ou veículos de imprensa para construir suas próprias versões", disse. A assessoria de Luiz Inácio Lula da Silva disse, em nota, que o sítio de Atibaia não é do ex-presidente. Segundo o comunicado, os proprietários provaram com documentos tanto a propriedade quanto a origem lícita dos recursos utilizados na compra do sítio de Atibaia. "Não comentaremos delações feitas para a obtenção de benefícios judiciais." Presentes da Odebrecht para Lula
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Morre o maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt, aos 86 anos
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Morreu neste sábado (5) o maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt, aos 86 anos de idade, anunciou neste domingo (6) sua família. "Nikolaus Harnoncourt deu seu último suspiro em paz, rodeado de sua família", informou o breve comunicado. A causa da morte não foi informada. O maestro havia anunciado em dezembro sua aposentadoria por problemas de saúde. "Meu corpo me obriga a cancelar meus planos futuros", escreveu em uma carta de despedida manuscrita para os espectadores da sala de espetáculos de Musikverein de Viena. "Foi criada uma relação incrível e profunda entre nós no palco e vocês na sala. Nos tornamos uma feliz comunidade de pioneiros!" Harnoncourt nasceu em Berlim, na Alemanha, em 1929, mas cresceu na Áustria. Filho de condes, ele estudou música em Viena e ficou conhecido por se dedicar a performances com instrumentos de época, especialmente o violoncelo, instrumento que tocou na Orquestra Sinfônica de Viena a partir de 1952. Nos anos 1970, Harnoncourt passou a lecionar a prática de instrumentos musicais antigos na Mozarteum University, em Salzburg, enquanto se desenvolvia na carreira de maestro. Um de seus principais projetos foi gravar todas as cantatas de Bach entre 1971 e 1990. Em 2001, o maestro recebeu um prêmio Grammy pela gravação da "Paixão Segundo São Mateus", de Bach, regida por ele. O maestro deixa sua mulher e três filhos.
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ilustrada
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Morre o maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt, aos 86 anosMorreu neste sábado (5) o maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt, aos 86 anos de idade, anunciou neste domingo (6) sua família. "Nikolaus Harnoncourt deu seu último suspiro em paz, rodeado de sua família", informou o breve comunicado. A causa da morte não foi informada. O maestro havia anunciado em dezembro sua aposentadoria por problemas de saúde. "Meu corpo me obriga a cancelar meus planos futuros", escreveu em uma carta de despedida manuscrita para os espectadores da sala de espetáculos de Musikverein de Viena. "Foi criada uma relação incrível e profunda entre nós no palco e vocês na sala. Nos tornamos uma feliz comunidade de pioneiros!" Harnoncourt nasceu em Berlim, na Alemanha, em 1929, mas cresceu na Áustria. Filho de condes, ele estudou música em Viena e ficou conhecido por se dedicar a performances com instrumentos de época, especialmente o violoncelo, instrumento que tocou na Orquestra Sinfônica de Viena a partir de 1952. Nos anos 1970, Harnoncourt passou a lecionar a prática de instrumentos musicais antigos na Mozarteum University, em Salzburg, enquanto se desenvolvia na carreira de maestro. Um de seus principais projetos foi gravar todas as cantatas de Bach entre 1971 e 1990. Em 2001, o maestro recebeu um prêmio Grammy pela gravação da "Paixão Segundo São Mateus", de Bach, regida por ele. O maestro deixa sua mulher e três filhos.
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Operação Acrônimo leva filho de ex-governador do Tocantins para depor
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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30) a 12ª fase da Operação Acrônimo. Ela acontece no Tocantins e no Distrito Federal, com mandados expedidos pelo juiz Zacarias Leonardo, da Justiça de Tocantins. Entre os alvos de condução coercitiva e busca a apreensão estavam o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM-TO), filho do ex-governador Siqueira Campos, e o ex-diretor do Detran, o coronel Julio Cesar Mamede. Ao todo foram expedidos cinco mandados de condução coercitiva. Ninguém chegou a ser preso. A operação da PF mira uma licitação do Detran do Estado do Tocantis em que teria havido pagamento de propina. A informação foi dada pelo empresário Benedito Oliveira, o Bené, que firmou acordo de delação premiada. Bené relatou que pagou cerca de R$ 600 mil de propina para o deputado Eduardo Siqueira Campos em 2012. Na época, o pai dele, Siqueira Campos, era governador do Tocantins. Segundo o empresário, o dinheiro foi dividido com o coronel Mamede e se referia a uma licitação de cartilhas de trânsito que foram encomendadas pelo Dentran local. Em depoimento a PF na manhã desta quarta, o deputado recusou a presença de um advogado e respondeu cerca de 20 perguntas. Na busca em sua residência, foi apreendido seu computador pessoal. A investigação referente a esse caso foi remetida ao Tribunal de Justiça do Tocantins pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) por razões de competência relacionada ao foro dos investigados. HISTÓRICO A Acrônimo teve a primeira fase deflagrada em 2015, investigando um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi alvo de algumas delas, suspeito de ter usado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário dessa gráfica, o Bené. OUTRO LADO Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado Eduardo Siqueira Campos negou ter recebido propina e ter cometido irregularidades. O coronel Julio Cesar Mamede não foi encontrado pela reportagem. Fernando Pimentel nega envolvimento em irregularidades.
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poder
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Operação Acrônimo leva filho de ex-governador do Tocantins para deporA Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30) a 12ª fase da Operação Acrônimo. Ela acontece no Tocantins e no Distrito Federal, com mandados expedidos pelo juiz Zacarias Leonardo, da Justiça de Tocantins. Entre os alvos de condução coercitiva e busca a apreensão estavam o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM-TO), filho do ex-governador Siqueira Campos, e o ex-diretor do Detran, o coronel Julio Cesar Mamede. Ao todo foram expedidos cinco mandados de condução coercitiva. Ninguém chegou a ser preso. A operação da PF mira uma licitação do Detran do Estado do Tocantis em que teria havido pagamento de propina. A informação foi dada pelo empresário Benedito Oliveira, o Bené, que firmou acordo de delação premiada. Bené relatou que pagou cerca de R$ 600 mil de propina para o deputado Eduardo Siqueira Campos em 2012. Na época, o pai dele, Siqueira Campos, era governador do Tocantins. Segundo o empresário, o dinheiro foi dividido com o coronel Mamede e se referia a uma licitação de cartilhas de trânsito que foram encomendadas pelo Dentran local. Em depoimento a PF na manhã desta quarta, o deputado recusou a presença de um advogado e respondeu cerca de 20 perguntas. Na busca em sua residência, foi apreendido seu computador pessoal. A investigação referente a esse caso foi remetida ao Tribunal de Justiça do Tocantins pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) por razões de competência relacionada ao foro dos investigados. HISTÓRICO A Acrônimo teve a primeira fase deflagrada em 2015, investigando um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi alvo de algumas delas, suspeito de ter usado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário dessa gráfica, o Bené. OUTRO LADO Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado Eduardo Siqueira Campos negou ter recebido propina e ter cometido irregularidades. O coronel Julio Cesar Mamede não foi encontrado pela reportagem. Fernando Pimentel nega envolvimento em irregularidades.
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Deputada britânica é morta a tiros, e campanha do 'Brexit' é suspensa
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A deputada britânica Jo Cox, 41, morreu após ser ferida a tiros nesta quinta-feira (16) em Birstall, no norte do Reino Unido. O assassinato da deputada em plena rua do pacato vilarejo de Birstall, próximo a Leeds, mobilizou adversários políticos e deixou o Reino Unido em choque. Como um ato de respeito, defensores da permanência e da saída do Reino Unido da União Europeia decidiram suspender temporariamente as campanhas para o plebiscito, marcado para o dia 23 para decidir o futuro dos britânicos em relação ao bloco. Cox foi atacada a facadas e a tiros por volta das 13h (9h em Brasília) no meio de uma rua em Birstall. Socorrida, ela morreu uma hora depois. Um homem de 77 anos também foi ferido. Enquanto Cox era atendida no hospital, a polícia deteve um suspeito —um homem de 52 anos conhecido na região como Tommy Mair. Um vizinho disse ao jornal britânico "The Guardian" que Mair é uma pessoa quieta, mas simpática, amigável e nada agressiva. Ele tinha o costume de podar voluntariamente a grama da casa de moradores mais idosos. A polícia informa que não procura nenhum outro suspeito, tampouco outras pessoas com possíveis conexões com o ataque. Armas foram apreendidas com o suspeito detido, entre elas uma arma de fogo ainda não especificada. No Reino Unido, a aquisição e o porte de armas de fogo são extremamente controlados. Isso é considerado um privilégio, e não um direito, como ocorre nos Estados Unidos. MOTIVO Apesar do grande número de testemunhas, a polícia diz que a investigação ainda está em estágio inicial e evita falar em motivos para o ataque. Relatos iniciais diziam que, antes do ataque, o agressor teria gritado "Reino Unido primeiro!", lema da ultradireita britânica. "Ódio não tem crença, raça ou religião, é venenoso", lamentou o marido da deputada, Brendan Cox, com quem teve dois filhos. Moradores de Birstall vão fazer uma vigília como último tributo à deputada. Birstall era a base eleitoral de Cox, eleita deputada pela primeira vez em 2015. Representante do Partido Trabalhista, ela fez carreira trabalhando com caridade e era uma defensora ferrenha dos refugiados. "É absolutamente trágico. Perdemos uma grande estrela", lamentou o premiê britânico David Cameron, que suspendeu um discurso contra a saída do Reino Unido da UE. Visivelmente emocionado, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, não apenas lamentou a morte como fez questão de destacar que Cox dedicou a vida aos direitos humanos. "Ela foi morta na rua na área dela, enquanto trabalhava pelo povo. Violência não é resposta para nada. Deixa duas crianças que vão crescer sem nunca ver a mãe outra vez." Há 26 anos não há nenhum registro de assassinatos contra membros do Parlamento britânico. O último membro morto foi Ian Gown, vítima de um ataque a bomba atribuído ao IRA (Exército Republicado Irlandês) em 1990. Antes dele, Sir Anthony Berry morreu também num atentado, em 1984, num hotel onde a então primeira-ministra Margaret Thatcher estava hospedada.
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mundo
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Deputada britânica é morta a tiros, e campanha do 'Brexit' é suspensaA deputada britânica Jo Cox, 41, morreu após ser ferida a tiros nesta quinta-feira (16) em Birstall, no norte do Reino Unido. O assassinato da deputada em plena rua do pacato vilarejo de Birstall, próximo a Leeds, mobilizou adversários políticos e deixou o Reino Unido em choque. Como um ato de respeito, defensores da permanência e da saída do Reino Unido da União Europeia decidiram suspender temporariamente as campanhas para o plebiscito, marcado para o dia 23 para decidir o futuro dos britânicos em relação ao bloco. Cox foi atacada a facadas e a tiros por volta das 13h (9h em Brasília) no meio de uma rua em Birstall. Socorrida, ela morreu uma hora depois. Um homem de 77 anos também foi ferido. Enquanto Cox era atendida no hospital, a polícia deteve um suspeito —um homem de 52 anos conhecido na região como Tommy Mair. Um vizinho disse ao jornal britânico "The Guardian" que Mair é uma pessoa quieta, mas simpática, amigável e nada agressiva. Ele tinha o costume de podar voluntariamente a grama da casa de moradores mais idosos. A polícia informa que não procura nenhum outro suspeito, tampouco outras pessoas com possíveis conexões com o ataque. Armas foram apreendidas com o suspeito detido, entre elas uma arma de fogo ainda não especificada. No Reino Unido, a aquisição e o porte de armas de fogo são extremamente controlados. Isso é considerado um privilégio, e não um direito, como ocorre nos Estados Unidos. MOTIVO Apesar do grande número de testemunhas, a polícia diz que a investigação ainda está em estágio inicial e evita falar em motivos para o ataque. Relatos iniciais diziam que, antes do ataque, o agressor teria gritado "Reino Unido primeiro!", lema da ultradireita britânica. "Ódio não tem crença, raça ou religião, é venenoso", lamentou o marido da deputada, Brendan Cox, com quem teve dois filhos. Moradores de Birstall vão fazer uma vigília como último tributo à deputada. Birstall era a base eleitoral de Cox, eleita deputada pela primeira vez em 2015. Representante do Partido Trabalhista, ela fez carreira trabalhando com caridade e era uma defensora ferrenha dos refugiados. "É absolutamente trágico. Perdemos uma grande estrela", lamentou o premiê britânico David Cameron, que suspendeu um discurso contra a saída do Reino Unido da UE. Visivelmente emocionado, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, não apenas lamentou a morte como fez questão de destacar que Cox dedicou a vida aos direitos humanos. "Ela foi morta na rua na área dela, enquanto trabalhava pelo povo. Violência não é resposta para nada. Deixa duas crianças que vão crescer sem nunca ver a mãe outra vez." Há 26 anos não há nenhum registro de assassinatos contra membros do Parlamento britânico. O último membro morto foi Ian Gown, vítima de um ataque a bomba atribuído ao IRA (Exército Republicado Irlandês) em 1990. Antes dele, Sir Anthony Berry morreu também num atentado, em 1984, num hotel onde a então primeira-ministra Margaret Thatcher estava hospedada.
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ProUni oferece 147 mil bolsas de estudo para o 2º semestre de 2017
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O MEC (Ministério da Educação) abriu as inscrições para o segundo semestre de 2017 do ProUni (Programa Universidade para Todos), programa de bolsas para estudantes de baixa renda ingressarem em instituições privadas de ensino superior. O candidato tem até as 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (9) para se inscrever, gratuitamente, no site do programa. O acesso é feito com o número de inscrição e a senha usados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, além do CPF. Para se candidatar a uma bolsa parcial ou integral é necessário que o estudante tenha participado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), obtido ao menos 450 pontos na média de notas do exame e não tenha zerado a redação. Além disso, o aluno deve ter concluído o ensino médio em uma escola pública ou ter sido bolsista na rede particular. No caso da bolsa integral, os candidatos devem ter renda familiar bruta mensal per capita de, no máximo, um salário mínimo e meio. Para a bolsa parcial, o teto da renda familiar é de três salários mínimos. Também podem participar pessoas com deficiência e professores da rede pública de educação básica. O ProUni deste ano oferece 17% de bolsas a mais que o de 2016. Ao todo, são 147.492 bolsas em 1.706 instituições privadas, sendo 67.603 integrais e 79.889 parciais. No ano anterior, foram 125.442 bolsas de estudo, entre integrais e parciais. O estado de São Paulo lidera no número de bolsas ofertadas (35.047), seguido de Minas Gerais, com 16.610 e Paraná, que tem 11.590 bolsas. CALENDÁRIO Resultado da 1ª chamada: 12 de junho Comprovação de informações: 12 a 19 de junho Resultado da 2ª chamada: 26 de junho Comprovação de informações: 26 a 30 de junho Prazo para manifestar interesse na lista de espera: 7 a 10 de julho Comprovação de informações dos candidatos na lista de espera: 17 e 18 de julho
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ProUni oferece 147 mil bolsas de estudo para o 2º semestre de 2017O MEC (Ministério da Educação) abriu as inscrições para o segundo semestre de 2017 do ProUni (Programa Universidade para Todos), programa de bolsas para estudantes de baixa renda ingressarem em instituições privadas de ensino superior. O candidato tem até as 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (9) para se inscrever, gratuitamente, no site do programa. O acesso é feito com o número de inscrição e a senha usados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, além do CPF. Para se candidatar a uma bolsa parcial ou integral é necessário que o estudante tenha participado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), obtido ao menos 450 pontos na média de notas do exame e não tenha zerado a redação. Além disso, o aluno deve ter concluído o ensino médio em uma escola pública ou ter sido bolsista na rede particular. No caso da bolsa integral, os candidatos devem ter renda familiar bruta mensal per capita de, no máximo, um salário mínimo e meio. Para a bolsa parcial, o teto da renda familiar é de três salários mínimos. Também podem participar pessoas com deficiência e professores da rede pública de educação básica. O ProUni deste ano oferece 17% de bolsas a mais que o de 2016. Ao todo, são 147.492 bolsas em 1.706 instituições privadas, sendo 67.603 integrais e 79.889 parciais. No ano anterior, foram 125.442 bolsas de estudo, entre integrais e parciais. O estado de São Paulo lidera no número de bolsas ofertadas (35.047), seguido de Minas Gerais, com 16.610 e Paraná, que tem 11.590 bolsas. CALENDÁRIO Resultado da 1ª chamada: 12 de junho Comprovação de informações: 12 a 19 de junho Resultado da 2ª chamada: 26 de junho Comprovação de informações: 26 a 30 de junho Prazo para manifestar interesse na lista de espera: 7 a 10 de julho Comprovação de informações dos candidatos na lista de espera: 17 e 18 de julho
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O que acontece quando o bônus é cancelado
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Certas indústrias, como o mercado financeiro, são movidas por bônus de fim de ano. Os salários são altos quando comparados à média dos trabalhadores, mas parecem tímidos perto dos possíveis bônus. Em companhias onde impera a meritocracia, a mensagem é clara: quanto melhor for o seu desempenho, maior será o bônus. Em tempos de crise, no entanto, muitos desempenhos pessoais bons podem ser apagados por resultados fracos do departamento. E aí, como é que fica? Nestes momentos, é normal reduzir o bônus distribuído. O que as empresas não avaliam, neste momento, é o impacto que um bônus esperado, mas não concretizado, pode ter sobre os seus funcionários. Quando o tamanho do bônus é tão desproporcional, a pressão pode ser demais para muitos. Economistas comportamentais já comprovaram que aumentar o incentivo para melhorar o desempenho de um indivíduo funciona —mas só até certo ponto. A partir dali, quando o bônus fica "grande demais", ele mais atrapalha do que ajuda. A perspectiva de ganhar uma bolada tão grande acaba distraindo muitos funcionários e pressionando outros. No fim das contas, o resultado é o mesmo: abaixo do esperado. E quando o tão esperado bônus não vem, há um problema adicional: muitos já contavam com ele. Se você ganha R$ 2.000 por mês, mas sabe que pode levar um bônus de R$ 10 mil no fim do ano, já assume que vai ganhar e começa a fazer planos. Saldar dívidas, comprar um desejo de consumo, e assim por diante. Ou seja: ele passa a ser incorporado ao seu salario. Se o dinheiro não vem, você não sente aquilo como uma oportunidade perdida, mas sim como um dinheiro que você deixou de ter. A experiência psicológica é a de perder algo, apesar de nunca ter tido. Tanto em um quanto em outro caso, o recado é o mesmo: um bônus grande demais pode atrapalhar. Talvez o melhor seria aumentar os salários e diminuir os bônus —ou até trocá-los por comissões, que dependem exclusivamente de atingir ou não determinado resultado. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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O que acontece quando o bônus é canceladoCertas indústrias, como o mercado financeiro, são movidas por bônus de fim de ano. Os salários são altos quando comparados à média dos trabalhadores, mas parecem tímidos perto dos possíveis bônus. Em companhias onde impera a meritocracia, a mensagem é clara: quanto melhor for o seu desempenho, maior será o bônus. Em tempos de crise, no entanto, muitos desempenhos pessoais bons podem ser apagados por resultados fracos do departamento. E aí, como é que fica? Nestes momentos, é normal reduzir o bônus distribuído. O que as empresas não avaliam, neste momento, é o impacto que um bônus esperado, mas não concretizado, pode ter sobre os seus funcionários. Quando o tamanho do bônus é tão desproporcional, a pressão pode ser demais para muitos. Economistas comportamentais já comprovaram que aumentar o incentivo para melhorar o desempenho de um indivíduo funciona —mas só até certo ponto. A partir dali, quando o bônus fica "grande demais", ele mais atrapalha do que ajuda. A perspectiva de ganhar uma bolada tão grande acaba distraindo muitos funcionários e pressionando outros. No fim das contas, o resultado é o mesmo: abaixo do esperado. E quando o tão esperado bônus não vem, há um problema adicional: muitos já contavam com ele. Se você ganha R$ 2.000 por mês, mas sabe que pode levar um bônus de R$ 10 mil no fim do ano, já assume que vai ganhar e começa a fazer planos. Saldar dívidas, comprar um desejo de consumo, e assim por diante. Ou seja: ele passa a ser incorporado ao seu salario. Se o dinheiro não vem, você não sente aquilo como uma oportunidade perdida, mas sim como um dinheiro que você deixou de ter. A experiência psicológica é a de perder algo, apesar de nunca ter tido. Tanto em um quanto em outro caso, o recado é o mesmo: um bônus grande demais pode atrapalhar. Talvez o melhor seria aumentar os salários e diminuir os bônus —ou até trocá-los por comissões, que dependem exclusivamente de atingir ou não determinado resultado. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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Consumidor é cético com marcas, diz pesquisa
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No mundo, apenas 22% dos consumidores dizem acreditar que as marcas são abertas e honestas. No Brasil, o percentual é menor, 19%. Um quarto dos entrevistados afirmam que as marcas fazem do mundo um lugar melhor e assumem responsabilidades por suas ações. O resultado faz parte de estudo da empresa de comunicação corporativa Cohn & Wolfe (dona da Máquina Cohn & Wolfe no Brasil), que ouviu 12 mil consumidores de 14 países. Jim Joseph, presidente para as Américas da Cohn & Wolfe, afirma que a má avaliação é resultado da combinação de dois principais fatores: reflexos da crise econômica da última década e uma nova forma de consumidores avaliarem as empresas. Globalmente, a marca mais autêntica é a Disney, seguida por BMW e três expoentes do setor tecnológico: Microsoft, Amazon e Apple. Apesar de estarem entre as mais autênticas, Amazon e Apple são questionadas em contratações de fornecedores. Joseph argumenta que o importante é que elas tratem seus problemas de forma aberta e honesta. No topo das marcas mais autênticas na visão dos brasileiros estão O Boticário e Bombril, seguidas pelas multinacionais Johnson&Johnson, Nestlé e Apple.
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Consumidor é cético com marcas, diz pesquisaNo mundo, apenas 22% dos consumidores dizem acreditar que as marcas são abertas e honestas. No Brasil, o percentual é menor, 19%. Um quarto dos entrevistados afirmam que as marcas fazem do mundo um lugar melhor e assumem responsabilidades por suas ações. O resultado faz parte de estudo da empresa de comunicação corporativa Cohn & Wolfe (dona da Máquina Cohn & Wolfe no Brasil), que ouviu 12 mil consumidores de 14 países. Jim Joseph, presidente para as Américas da Cohn & Wolfe, afirma que a má avaliação é resultado da combinação de dois principais fatores: reflexos da crise econômica da última década e uma nova forma de consumidores avaliarem as empresas. Globalmente, a marca mais autêntica é a Disney, seguida por BMW e três expoentes do setor tecnológico: Microsoft, Amazon e Apple. Apesar de estarem entre as mais autênticas, Amazon e Apple são questionadas em contratações de fornecedores. Joseph argumenta que o importante é que elas tratem seus problemas de forma aberta e honesta. No topo das marcas mais autênticas na visão dos brasileiros estão O Boticário e Bombril, seguidas pelas multinacionais Johnson&Johnson, Nestlé e Apple.
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Encontrei o amor quando fiquei sozinha
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Eu emendava um relacionamento em outro. Terminava um rolo pra me enrolar de novo. E não percebia que essas historias só serviam para remendar quem eu era. Não entendia que mesmo acompanhada não tinha ninguém de verdade. Nem mesmo a minha companhia porque eu nunca tinha ficado comigo mesma. Qualquer paixão me diverte, eu dizia. Isso servia para amores, amigos, trabalhos, viagens, calças jeans e tipos de ovos. Como naquele filme com a Julia Roberts, podia ser mexido, cozido, pochê, frito, beneditino. Tudo. Eu era aberta para o mundo e isso me trouxe mais do que uma infinidade de histórias para contar e lembranças para reviver. Me trouxe nada. Gostar de tudo era, no fim, gostar de nada. E a gente não constrói muita coisa sobre possibilidades. Eu não sabia que tipo de trabalho queria ter. Nem o tipo de amigos que gostaria de manter. E muito menos que pessoa queria para dividir minha vida. Eu era muitas pessoas e não era ninguém. Eu nem sabia quem era porque queria ser todo mundo. Saía todos os dias. Vestia um personagem qualquer, dependendo de onde iria e com quem encontraria. Eu era legal, todo mundo gostava de mim porque eu não desgostava ninguém. Nem a mim. Fiquei seis meses sem talheres em casa depois de uma separação. O amor foi embora, levou o amor, os talheres, os quadros e a pessoa que eu era naquela relação. Sobrou quase nada. Quase nada de mim porque eu não era alguém de verdade. Não sabia o que queria, nem o que gostava quando era eu mesma. Eu gostava de tudo e não gostava de nada. Uma amiga interfona, me manda descer e me leva numa loja de utensílios para casa. Obriga-me a comprar um jogo de talher. Facas, garfos, colheres, faquinhas, garfinhos, colherzinhas. Você precisa ter uma casa de verdade. Precisa voltar a viver sua vida de verdade e parar de fingir que está tudo bem. Chega de comer pizza no guardanapo. Chega de comer todos os dias na rua e voltar amortecida pra casa. A sua felicidade não está lá. Pare de fugir de você mesma. Eu era um clichê. Eu era a mocinha tapada do filme. Tinha que me encontrar. E tinha que me encontrar sozinha e sóbria. Passei uma semana em casa –numa casa meio vazia, olhando para mim e para aquela caixa de talheres em cima do balcão. Faltava tudo ali. Ficou um buraco no lugar da TV. A parede nua de quadros. Faltava a dona da casa. A dona da minha vida. A dona da minha história. Eu era um esboço mal acabado de gente. Eu era a sobra de várias tentativas de ser alguém. Só percebi isso quando fiquei sozinha de verdade. Quando parei de procurar refúgio em amizades de boteco, em amores vagabundos, em vidas que não eram minhas. Entrei na Tok&Stok e comprei utensílios que eu nem sabia para que serviam. Ganhei um quadro da Ruiva. O Kiyo me fez comprar uma TV. Não vejo TV. Mas aquele buraco no lugar da TV vai te lembrar essa história todos os dias. Comprei a TV. Enorme, linda, cheia de funções, que ficava mais desligada do que ligada. Mas, fechou um buraco e um ciclo na minha vida. Enchia a casa de flores todas as semanas. Alugava DVDs e passava as noites de sábado sozinha. Cozinhava para mim. Abria vinho. Colocava música e pensava na vida, em mim, em quem eu era, o que eu queria. Foi fácil? Nunca é. Eu tinha pavor de ficar sozinha com essa desconhecida que era eu. Não sabia o que eu queria fazer. Nem como me agradar. Nem como ser legal comigo. Cada vez que eu dava de cara comigo sozinha, tinha que me enfrentar. Conheci coisas que gostei e outras que não. Sou menos legal do que pensava, tenho menos paciência do que gostaria. Sou encantadora num minuto e insuportável no outro. Quero muito mais da vida do que um crachá, um ramal e um plano de saúde do Bradesco –ainda que eu esteja querendo muito um plano de saúde Bradesco. Percebi que não serei eternamente infeliz se perder uma ou todas as festas. Se perder vários amigos e conservar apenas os bons. Se ficar fora de moda porque não quero parecer uma capa de botijão numa calça de cintura alta. Se eu for do jeito que me aceito e me aguento, e não uma versão melhorada para agradar a qualquer idiota. Descobri que prefiro ovos mexidos –mas não muito, calça jeans sequinha, amigos que me obrigam a comprar facas novas e me dizem o que não quero ouvir, viajar no verão, e um cara que goste de mim desse jeito. Só encontrei o amor quando fiquei sozinha. Só encontrei o amor porque me encontrei.
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Encontrei o amor quando fiquei sozinhaEu emendava um relacionamento em outro. Terminava um rolo pra me enrolar de novo. E não percebia que essas historias só serviam para remendar quem eu era. Não entendia que mesmo acompanhada não tinha ninguém de verdade. Nem mesmo a minha companhia porque eu nunca tinha ficado comigo mesma. Qualquer paixão me diverte, eu dizia. Isso servia para amores, amigos, trabalhos, viagens, calças jeans e tipos de ovos. Como naquele filme com a Julia Roberts, podia ser mexido, cozido, pochê, frito, beneditino. Tudo. Eu era aberta para o mundo e isso me trouxe mais do que uma infinidade de histórias para contar e lembranças para reviver. Me trouxe nada. Gostar de tudo era, no fim, gostar de nada. E a gente não constrói muita coisa sobre possibilidades. Eu não sabia que tipo de trabalho queria ter. Nem o tipo de amigos que gostaria de manter. E muito menos que pessoa queria para dividir minha vida. Eu era muitas pessoas e não era ninguém. Eu nem sabia quem era porque queria ser todo mundo. Saía todos os dias. Vestia um personagem qualquer, dependendo de onde iria e com quem encontraria. Eu era legal, todo mundo gostava de mim porque eu não desgostava ninguém. Nem a mim. Fiquei seis meses sem talheres em casa depois de uma separação. O amor foi embora, levou o amor, os talheres, os quadros e a pessoa que eu era naquela relação. Sobrou quase nada. Quase nada de mim porque eu não era alguém de verdade. Não sabia o que queria, nem o que gostava quando era eu mesma. Eu gostava de tudo e não gostava de nada. Uma amiga interfona, me manda descer e me leva numa loja de utensílios para casa. Obriga-me a comprar um jogo de talher. Facas, garfos, colheres, faquinhas, garfinhos, colherzinhas. Você precisa ter uma casa de verdade. Precisa voltar a viver sua vida de verdade e parar de fingir que está tudo bem. Chega de comer pizza no guardanapo. Chega de comer todos os dias na rua e voltar amortecida pra casa. A sua felicidade não está lá. Pare de fugir de você mesma. Eu era um clichê. Eu era a mocinha tapada do filme. Tinha que me encontrar. E tinha que me encontrar sozinha e sóbria. Passei uma semana em casa –numa casa meio vazia, olhando para mim e para aquela caixa de talheres em cima do balcão. Faltava tudo ali. Ficou um buraco no lugar da TV. A parede nua de quadros. Faltava a dona da casa. A dona da minha vida. A dona da minha história. Eu era um esboço mal acabado de gente. Eu era a sobra de várias tentativas de ser alguém. Só percebi isso quando fiquei sozinha de verdade. Quando parei de procurar refúgio em amizades de boteco, em amores vagabundos, em vidas que não eram minhas. Entrei na Tok&Stok e comprei utensílios que eu nem sabia para que serviam. Ganhei um quadro da Ruiva. O Kiyo me fez comprar uma TV. Não vejo TV. Mas aquele buraco no lugar da TV vai te lembrar essa história todos os dias. Comprei a TV. Enorme, linda, cheia de funções, que ficava mais desligada do que ligada. Mas, fechou um buraco e um ciclo na minha vida. Enchia a casa de flores todas as semanas. Alugava DVDs e passava as noites de sábado sozinha. Cozinhava para mim. Abria vinho. Colocava música e pensava na vida, em mim, em quem eu era, o que eu queria. Foi fácil? Nunca é. Eu tinha pavor de ficar sozinha com essa desconhecida que era eu. Não sabia o que eu queria fazer. Nem como me agradar. Nem como ser legal comigo. Cada vez que eu dava de cara comigo sozinha, tinha que me enfrentar. Conheci coisas que gostei e outras que não. Sou menos legal do que pensava, tenho menos paciência do que gostaria. Sou encantadora num minuto e insuportável no outro. Quero muito mais da vida do que um crachá, um ramal e um plano de saúde do Bradesco –ainda que eu esteja querendo muito um plano de saúde Bradesco. Percebi que não serei eternamente infeliz se perder uma ou todas as festas. Se perder vários amigos e conservar apenas os bons. Se ficar fora de moda porque não quero parecer uma capa de botijão numa calça de cintura alta. Se eu for do jeito que me aceito e me aguento, e não uma versão melhorada para agradar a qualquer idiota. Descobri que prefiro ovos mexidos –mas não muito, calça jeans sequinha, amigos que me obrigam a comprar facas novas e me dizem o que não quero ouvir, viajar no verão, e um cara que goste de mim desse jeito. Só encontrei o amor quando fiquei sozinha. Só encontrei o amor porque me encontrei.
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"É um horror", diz Hollande após ataques; veja pronunciamento
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Em reação aos ataques que deixaram mais de 120 mortos em Paris, o presidente francês, François Hollande, fez um pronunciamento de cinco minutos com a voz trêmula, pouco antes da meia-noite (21h em Brasília). Além de declarar estado de emergência em toda a França e fechar as fronteiras do país, o mandatário disse que os atentados desta sexta-feira (13) foram "um horror", mas que a França não se deixaria intimidar. "Face ao terror, a força tem que ser grande e as autoridades do Estado têm que ser firmes", disse Hollande, que também posicionou o Exército para a capital francesa, onde foi imposto um toque de recolher. Esta é a primeira vez que as autoridades francesas decretam estado de emergência em todo o país desde a Guerra da Argélia (1954-1962). Com a medida, o governo tem poder de controlar o tráfego e fechar espaços públicos. O estado de urgência anunciado por Hollande foi interpretado pela mídia francesa como um declaração de guerra. Segundo o chefe de Estado francês, a decisão é uma resposta a "ataques terroristas sem precedentes". De acordo com o presidente, "o fechamento das fronteiras foi decidido para que as pessoas que cometeram esse crime possam ser detidas. Sabemos de onde veio esse ataque. Temos que mostrar compaixão e solidariedade, mas temos também que mostrar união". Apenas dez meses depois da carnificina no semanário satírico Charlie Hebdo, ataques com tiros e explosões abalaram Paris. Cerca de cem pessoas morreram na casa de shows Bataclan, no centro da capital francesa, enquanto ao menos outras 20 morreram em outros cinco locais dentro e na região de Paris, incluindo restaurantes e bares lotados. Clique nos ícones do mapa para mais detalhes: Mapa: Onde foram os ataques
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mundo
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"É um horror", diz Hollande após ataques; veja pronunciamentoEm reação aos ataques que deixaram mais de 120 mortos em Paris, o presidente francês, François Hollande, fez um pronunciamento de cinco minutos com a voz trêmula, pouco antes da meia-noite (21h em Brasília). Além de declarar estado de emergência em toda a França e fechar as fronteiras do país, o mandatário disse que os atentados desta sexta-feira (13) foram "um horror", mas que a França não se deixaria intimidar. "Face ao terror, a força tem que ser grande e as autoridades do Estado têm que ser firmes", disse Hollande, que também posicionou o Exército para a capital francesa, onde foi imposto um toque de recolher. Esta é a primeira vez que as autoridades francesas decretam estado de emergência em todo o país desde a Guerra da Argélia (1954-1962). Com a medida, o governo tem poder de controlar o tráfego e fechar espaços públicos. O estado de urgência anunciado por Hollande foi interpretado pela mídia francesa como um declaração de guerra. Segundo o chefe de Estado francês, a decisão é uma resposta a "ataques terroristas sem precedentes". De acordo com o presidente, "o fechamento das fronteiras foi decidido para que as pessoas que cometeram esse crime possam ser detidas. Sabemos de onde veio esse ataque. Temos que mostrar compaixão e solidariedade, mas temos também que mostrar união". Apenas dez meses depois da carnificina no semanário satírico Charlie Hebdo, ataques com tiros e explosões abalaram Paris. Cerca de cem pessoas morreram na casa de shows Bataclan, no centro da capital francesa, enquanto ao menos outras 20 morreram em outros cinco locais dentro e na região de Paris, incluindo restaurantes e bares lotados. Clique nos ícones do mapa para mais detalhes: Mapa: Onde foram os ataques
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Em sessão tensa, deputados chamam ministro de 'palhaço'
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Após fala inicial do ministro Cid Gomes (Educação) na Câmara dos Deputados, congressistas criticaram a postura do titular da pasta e pediram a demissão do político. Cid abandonou a convocação da Casa, na tarde desta quarta-feira (18), após ouvir uma enxurrada de críticas dos deputados, numa tensa sessão no Plenário da Câmara. O argumento é de que o ministro não se desculpou de fato pela declaração de que a Câmara possui ampla maioria de achacadores. "Isso reflete uma opinião pessoal, fora da postura da conduta do ministério. Se isso não pode na visão de alguns, [para mim] é perfeitamente separado", afirmou o ministro. "Perdoe se isso ofende alguém, se alguém traz para si a carapuça, se alguém se enxerga nessa posição", ironizou. As declarações geraram reação inflamada do plenário. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que o titular da Educação será alvo de processos. PAPEL DE PALHAÇO "Eu poderia dizer que esse cidadão está fazendo papel de palhaço. Eu poderia dizer que era melhor esse cidadão pendurar uma melancia no pescoço pra poder aqui aparecer, mas o que eu digo aqui não é isso. Eu peço a Vossa Excelência que encerre a sessão pra que esse cidadão possa sair daqui e nunca mais voltar e nós possamos tomar as medidas judiciais cabíveis", disse o deputado Ségio Zveinter (PSD-RJ). Em seguida, Cid abandonou o plenário. Ao deixar o plenário da Câmara em meio à confusão, Cid afirmou que foi agredido pelos deputados. "Eu comecei a minha vida no parlamento. Eu respeito o parlamento mas infelizmente eu fui convidado e agredido. Estou liberado para me retirar". Após a primeira fala do ministro, o líder do PMDB, principal aliado do governo na Casa, foi o primeiro a reagir à postura de Gomes. Leonardo Picciani (RJ) cobrou "mais sinceridade" do ministro e disse ser "muito fácil" fazer críticas sem apontar nomes. "Tanto faz se essas críticas foram feitas de forma pública ou de forma privada, porque devemos ser os mesmos a portas fechadas ou nas ruas. Não há duas regras: homem público não pode ter um comportamento em público e outro a portas fechadas", disse ele. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), ainda indicou certa ingenuidade de Cid ao supor que uma conversa como aquela, com estudantes na Universidade Federal do Pará. "Faltou até a sagacidade política. No mundo de hoje, ainda mais para quem é agente público, nada é privado. Mas ainda assim não achei que ali estava o fim da República", ponderou. Ele completou ainda que não vestiu "nenhuma carapuça", como sugerido por Cid. "Por isso, sinceramente, achamos um desastre aquela declaração." O líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), argumentou que as declarações do ministro criaram um cenário "desmoralizante" para o governo. "Criou-se uma situação tão desmoralizante para a base do governo que é literalmente inacreditável. Não precisamos de oposição nesta casa, este governo produz uma crise por dia." O líder do Pros na Casa, Domingos Neto (CE), foi um dos poucos a tentar amenizar as desavenças. Ele argumentou que o ministro pediu desculpas e demonstrou "respeito pelo Congresso". Para ele, da mesma legenda de Cid, discutir a permanência ou não de Cid indicava "interesses obscenos" dos críticos. SORRISO IRÔNICO Líder do PSC na Casa, André Moura (CE) discursou sobre uma série de episódios polêmicos em que Cid esteve envolvido. Entre eles, a construção de um aquário em Fortaleza (CE) e o uso de recursos do Estado para ida à Europa com familiares. "Tenho certeza que com esse sorriso irônico e cínico, vossa excelência não está fazendo nada mais do que vir e dizer que não tem moral para continuar ministro da Educação." O tucano Nilson Leitão (MT) alegou que a briga, na verdade, era entre o ministro e a própria base do governo - Cid apontou "oportunismo" daqueles que assumem cargos no Executivo, mas votam contra o governo no Congresso. "Essa briga é de ministro com a base, mas o Parlamento precisa se levantar. O senhor acusou deputados desta Casa de ladrão. É o que está escrito no dicionário [sobre o conceito de achacadores]. Então, quando se acusa de ladrão é necessário chegar até o final, que de fato o senhor nomine essas pessoas." O congressista Cabo Sabino (PR-CE) foi ainda mais crítico: "Vossa excelência deveria ter dado seu pronuncimento sentado aí embaixo, porque nesta tribuna é para subir quem o povo representa, e não o empregadinho da mamãe."
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Em sessão tensa, deputados chamam ministro de 'palhaço'Após fala inicial do ministro Cid Gomes (Educação) na Câmara dos Deputados, congressistas criticaram a postura do titular da pasta e pediram a demissão do político. Cid abandonou a convocação da Casa, na tarde desta quarta-feira (18), após ouvir uma enxurrada de críticas dos deputados, numa tensa sessão no Plenário da Câmara. O argumento é de que o ministro não se desculpou de fato pela declaração de que a Câmara possui ampla maioria de achacadores. "Isso reflete uma opinião pessoal, fora da postura da conduta do ministério. Se isso não pode na visão de alguns, [para mim] é perfeitamente separado", afirmou o ministro. "Perdoe se isso ofende alguém, se alguém traz para si a carapuça, se alguém se enxerga nessa posição", ironizou. As declarações geraram reação inflamada do plenário. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que o titular da Educação será alvo de processos. PAPEL DE PALHAÇO "Eu poderia dizer que esse cidadão está fazendo papel de palhaço. Eu poderia dizer que era melhor esse cidadão pendurar uma melancia no pescoço pra poder aqui aparecer, mas o que eu digo aqui não é isso. Eu peço a Vossa Excelência que encerre a sessão pra que esse cidadão possa sair daqui e nunca mais voltar e nós possamos tomar as medidas judiciais cabíveis", disse o deputado Ségio Zveinter (PSD-RJ). Em seguida, Cid abandonou o plenário. Ao deixar o plenário da Câmara em meio à confusão, Cid afirmou que foi agredido pelos deputados. "Eu comecei a minha vida no parlamento. Eu respeito o parlamento mas infelizmente eu fui convidado e agredido. Estou liberado para me retirar". Após a primeira fala do ministro, o líder do PMDB, principal aliado do governo na Casa, foi o primeiro a reagir à postura de Gomes. Leonardo Picciani (RJ) cobrou "mais sinceridade" do ministro e disse ser "muito fácil" fazer críticas sem apontar nomes. "Tanto faz se essas críticas foram feitas de forma pública ou de forma privada, porque devemos ser os mesmos a portas fechadas ou nas ruas. Não há duas regras: homem público não pode ter um comportamento em público e outro a portas fechadas", disse ele. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), ainda indicou certa ingenuidade de Cid ao supor que uma conversa como aquela, com estudantes na Universidade Federal do Pará. "Faltou até a sagacidade política. No mundo de hoje, ainda mais para quem é agente público, nada é privado. Mas ainda assim não achei que ali estava o fim da República", ponderou. Ele completou ainda que não vestiu "nenhuma carapuça", como sugerido por Cid. "Por isso, sinceramente, achamos um desastre aquela declaração." O líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), argumentou que as declarações do ministro criaram um cenário "desmoralizante" para o governo. "Criou-se uma situação tão desmoralizante para a base do governo que é literalmente inacreditável. Não precisamos de oposição nesta casa, este governo produz uma crise por dia." O líder do Pros na Casa, Domingos Neto (CE), foi um dos poucos a tentar amenizar as desavenças. Ele argumentou que o ministro pediu desculpas e demonstrou "respeito pelo Congresso". Para ele, da mesma legenda de Cid, discutir a permanência ou não de Cid indicava "interesses obscenos" dos críticos. SORRISO IRÔNICO Líder do PSC na Casa, André Moura (CE) discursou sobre uma série de episódios polêmicos em que Cid esteve envolvido. Entre eles, a construção de um aquário em Fortaleza (CE) e o uso de recursos do Estado para ida à Europa com familiares. "Tenho certeza que com esse sorriso irônico e cínico, vossa excelência não está fazendo nada mais do que vir e dizer que não tem moral para continuar ministro da Educação." O tucano Nilson Leitão (MT) alegou que a briga, na verdade, era entre o ministro e a própria base do governo - Cid apontou "oportunismo" daqueles que assumem cargos no Executivo, mas votam contra o governo no Congresso. "Essa briga é de ministro com a base, mas o Parlamento precisa se levantar. O senhor acusou deputados desta Casa de ladrão. É o que está escrito no dicionário [sobre o conceito de achacadores]. Então, quando se acusa de ladrão é necessário chegar até o final, que de fato o senhor nomine essas pessoas." O congressista Cabo Sabino (PR-CE) foi ainda mais crítico: "Vossa excelência deveria ter dado seu pronuncimento sentado aí embaixo, porque nesta tribuna é para subir quem o povo representa, e não o empregadinho da mamãe."
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Terça nublada tem shows de Arnaldo Antunes e filha de Glauber Rocha
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DE SÃO PAULO O QUE AFETA SUA VIDA * TEMPO * CULTURA E LAZER PERSONAGEM DO DIA Todo conhecimento, por mais que ruim, é válido. O importante é aprender e sair das situações com coragem, sempre, sempre, sempre... Superar os desafios que pintam é a forma de revelar quem somos. E quanto menos desistirmos, menos precisamos. Seja forte. Graziella Amaral, 27, consultora de moda e estilo, Perdizes * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Reportagem: Bruno Soraggi (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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saopaulo
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Terça nublada tem shows de Arnaldo Antunes e filha de Glauber RochaDE SÃO PAULO O QUE AFETA SUA VIDA * TEMPO * CULTURA E LAZER PERSONAGEM DO DIA Todo conhecimento, por mais que ruim, é válido. O importante é aprender e sair das situações com coragem, sempre, sempre, sempre... Superar os desafios que pintam é a forma de revelar quem somos. E quanto menos desistirmos, menos precisamos. Seja forte. Graziella Amaral, 27, consultora de moda e estilo, Perdizes * AMANHÃ As dicas do dia seguinte são publicadas aqui sempre às 20h Coordenação: Wesley Klimpel Reportagem: Bruno Soraggi (cidades e agenda) e Paulo Troya + Renan Teles (personagem do dia)
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Governo prepara saída à esquerda caso Dilma sobreviva ao impeachment
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Saída de pela esquerda O governo prepara o que chama de uma "suave correção de rota" caso a presidente da República sobreviva ao processo de impeachment. Auxiliares asseguram que Dilma Rousseff tenderá, aos poucos, para a esquerda. "Não a esquerda irresponsável e expansionista", diz um ministro próximo. Há pressão na Esplanada, mas a cobrança maior vem do PT e do ex-presidente Lula, em resposta àqueles que, na hora do aperto, vão para as ruas defender o mandato da petista. Primeira vítima Mesmo ministros que, até agora, estavam ao lado de Joaquim Levy na defesa de um superavit primário de 0,7% do PIB em 2016 já começam a dizer que a meta estabelecida pelo titular da Fazenda não é "razoável". Galileu Eis a explicação: o PIB está "em queda livre". Não se trata mais de adotar medidas para estimular a atividade -mas sim para estabilizar a economia, pondera um dos aliados de Levy. Eu sozinho O pedido de impeachment foi aceito há 11 dias e, até o momento, a presidente ainda não conta com um gabinete de crise nos moldes do montado pelo antecessor na época do mensalão. Muita calma Durante o segundo turno das eleições de 2014, o risco de derrota fez o Estado-Maior petista passar a se reunir regularmente. Agora, com o impeachment em curso, nem mesmo uma reunião entre a presidente e o antecessor foi marcada. Exílio Lula, a propósito, praticamente não falou com Dilma desde a abertura do processo por Eduardo Cunha. Pouca prosa Apesar de afastado da pupila, o ex-presidente telefona quase que diariamente para ministros próximos a ele. Dá palpites e reclama da falta de acenos para a base política do PT. Agora é sério De tanto ameaçar que deixará a Fazenda, colegas brincam que o ministro Joaquim Levy já mandou plastificar sua carta de demissão e anda com ela no bolso. "Só passa Liquid Paper na data", atira um gaiato. Pensando bem 1 Apesar da versão adotada por articuladores do Planalto para justificar a derrota na escolha da comissão do impeachmente -de que o "voto secreto é a tentação do demônio"-, parte do governo tem receio de uma nova eleição aberta. Pensando bem 2 O temor é que a derrota inicial dê fôlego à oposição e a diferença de votos se amplie, expondo ainda mais a fragilidade da base governista. Elenco Líderes de oposição começam a elencar nomes para falar na comissão. Augusto Nardes, do TCU, o ex-ministro Guido Mantega e o jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma, são alguns dos mais lembrados. Pipoca Bicudo, 93, estará em um dos trios elétricos do Vem Pra Rua nos protestos deste domingo em São Paulo. O grupo prepara esquema de segurança para que ele consiga chegar até o caminhão. Liberado A Polícia Federal usa o parecer da juíza Célia Regina Ody Bernardes para refutar a afirmação dos advogados da família Lula de que informações sobre Luís Cláudio, filho caçula do ex-presidente, foram vazadas à imprensa por servidores. Deadline Foi a própria magistrada que, em sua decisão, determinou o fim do sigilo tão logo fossem cumpridos os atos de busca e apreensão no escritório de Luís Cláudio. Voo solo Em recente reunião com tucanos no Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin reclamou do silêncio do PSDB durante as manifestações contra a reorganização escolar que era proposta pelo seu governo. Bom entendedor João Doria, pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, recebeu o apoio de José Herinque Reis Lobo, fiel escudeiro do senador José Serra. TIROTEIO O voto no processo de impeachment vai ser o meu momento de também mandar uma cartinha para a presidente Dilma. DO DEPUTADO BRUNO COVAS (PSDB-SP), sobre o PSDB ter fechado apoio à deposição da presidente e a carta do vice Michel Temer a Dilma. CONTRAPONTO Direto e reto Vice-líder do governo, Silvio Costa (PSC-PE) passou a quarta-feira provocando e cobrando de deputados da base a posição sobre a votação da véspera, que escolheu a comissão do impeachment -chapa um, governista, ou chapa dois, de oposição. Na hora do almoço, esbarrou com Guilherme Mussi (PP-SP) e cutucou, já sabendo a resposta: -Deputado, me diga uma coisa. Votou como ontem? Chapa um ou chapa dois? -Chapa dois -cravou Mussi. -Mas o PP é da base! -retrucou Costa. -F-se! -encerrou Mussi.
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poder
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Governo prepara saída à esquerda caso Dilma sobreviva ao impeachmentSaída de pela esquerda O governo prepara o que chama de uma "suave correção de rota" caso a presidente da República sobreviva ao processo de impeachment. Auxiliares asseguram que Dilma Rousseff tenderá, aos poucos, para a esquerda. "Não a esquerda irresponsável e expansionista", diz um ministro próximo. Há pressão na Esplanada, mas a cobrança maior vem do PT e do ex-presidente Lula, em resposta àqueles que, na hora do aperto, vão para as ruas defender o mandato da petista. Primeira vítima Mesmo ministros que, até agora, estavam ao lado de Joaquim Levy na defesa de um superavit primário de 0,7% do PIB em 2016 já começam a dizer que a meta estabelecida pelo titular da Fazenda não é "razoável". Galileu Eis a explicação: o PIB está "em queda livre". Não se trata mais de adotar medidas para estimular a atividade -mas sim para estabilizar a economia, pondera um dos aliados de Levy. Eu sozinho O pedido de impeachment foi aceito há 11 dias e, até o momento, a presidente ainda não conta com um gabinete de crise nos moldes do montado pelo antecessor na época do mensalão. Muita calma Durante o segundo turno das eleições de 2014, o risco de derrota fez o Estado-Maior petista passar a se reunir regularmente. Agora, com o impeachment em curso, nem mesmo uma reunião entre a presidente e o antecessor foi marcada. Exílio Lula, a propósito, praticamente não falou com Dilma desde a abertura do processo por Eduardo Cunha. Pouca prosa Apesar de afastado da pupila, o ex-presidente telefona quase que diariamente para ministros próximos a ele. Dá palpites e reclama da falta de acenos para a base política do PT. Agora é sério De tanto ameaçar que deixará a Fazenda, colegas brincam que o ministro Joaquim Levy já mandou plastificar sua carta de demissão e anda com ela no bolso. "Só passa Liquid Paper na data", atira um gaiato. Pensando bem 1 Apesar da versão adotada por articuladores do Planalto para justificar a derrota na escolha da comissão do impeachmente -de que o "voto secreto é a tentação do demônio"-, parte do governo tem receio de uma nova eleição aberta. Pensando bem 2 O temor é que a derrota inicial dê fôlego à oposição e a diferença de votos se amplie, expondo ainda mais a fragilidade da base governista. Elenco Líderes de oposição começam a elencar nomes para falar na comissão. Augusto Nardes, do TCU, o ex-ministro Guido Mantega e o jurista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma, são alguns dos mais lembrados. Pipoca Bicudo, 93, estará em um dos trios elétricos do Vem Pra Rua nos protestos deste domingo em São Paulo. O grupo prepara esquema de segurança para que ele consiga chegar até o caminhão. Liberado A Polícia Federal usa o parecer da juíza Célia Regina Ody Bernardes para refutar a afirmação dos advogados da família Lula de que informações sobre Luís Cláudio, filho caçula do ex-presidente, foram vazadas à imprensa por servidores. Deadline Foi a própria magistrada que, em sua decisão, determinou o fim do sigilo tão logo fossem cumpridos os atos de busca e apreensão no escritório de Luís Cláudio. Voo solo Em recente reunião com tucanos no Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin reclamou do silêncio do PSDB durante as manifestações contra a reorganização escolar que era proposta pelo seu governo. Bom entendedor João Doria, pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, recebeu o apoio de José Herinque Reis Lobo, fiel escudeiro do senador José Serra. TIROTEIO O voto no processo de impeachment vai ser o meu momento de também mandar uma cartinha para a presidente Dilma. DO DEPUTADO BRUNO COVAS (PSDB-SP), sobre o PSDB ter fechado apoio à deposição da presidente e a carta do vice Michel Temer a Dilma. CONTRAPONTO Direto e reto Vice-líder do governo, Silvio Costa (PSC-PE) passou a quarta-feira provocando e cobrando de deputados da base a posição sobre a votação da véspera, que escolheu a comissão do impeachment -chapa um, governista, ou chapa dois, de oposição. Na hora do almoço, esbarrou com Guilherme Mussi (PP-SP) e cutucou, já sabendo a resposta: -Deputado, me diga uma coisa. Votou como ontem? Chapa um ou chapa dois? -Chapa dois -cravou Mussi. -Mas o PP é da base! -retrucou Costa. -F-se! -encerrou Mussi.
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Valor de aposta da Mega-Sena passa para R$ 3,50 no dia 24 de maio
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O Ministério da Fazenda autorizou a Caixa Econômica Federal a reajustar o valor da aposta mínima, de seis números, da Mega-Sena a partir do dia 24 de maio. A medida foi publicada nesta quarta-feira (29) no "Diário Oficial" da União e autoriza a Caixa a elevar em 40% o valor das apostas: passando de R$ 2,50 para R$ 3,50. O último reajuste foi em abril do ano passado, quando passou de R$ 2 para R$ 2,50 (alta de 25%). Além da Mega-Sena, os preços das apostas das loterias esportivas –Loteca e Lotogol–, e da Quina, Lotofácil e Dupla Sena também serão reajustados. A partir do dia 18 de maio, as apostas simples da Loteca e Lotogol custarão R$ 1 cada uma. No dia 23 de maio, os preços das apostas para Dupla-Sena e Lotofácil serão reajustados. No caso da Dupla-sena, o preço da aposta de seis números passa a R$ 2 e na Lotofácil, a aposta mínima passará de R$ 1,50 para R$ 2. No dia 24 de maio, a Caixa reajusta o valor das apostas da Quina. Para os jogos com cinco números, o valor passa a ser de R$ 1,50 –atualmente, o apostador paga R$ 1. As apostas da Lotomania e da Timemania serão mantidas, respectivamente, em R$ 1,50 e R$ 2. Acompanhe o resultados das loterias
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cotidiano
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Valor de aposta da Mega-Sena passa para R$ 3,50 no dia 24 de maioO Ministério da Fazenda autorizou a Caixa Econômica Federal a reajustar o valor da aposta mínima, de seis números, da Mega-Sena a partir do dia 24 de maio. A medida foi publicada nesta quarta-feira (29) no "Diário Oficial" da União e autoriza a Caixa a elevar em 40% o valor das apostas: passando de R$ 2,50 para R$ 3,50. O último reajuste foi em abril do ano passado, quando passou de R$ 2 para R$ 2,50 (alta de 25%). Além da Mega-Sena, os preços das apostas das loterias esportivas –Loteca e Lotogol–, e da Quina, Lotofácil e Dupla Sena também serão reajustados. A partir do dia 18 de maio, as apostas simples da Loteca e Lotogol custarão R$ 1 cada uma. No dia 23 de maio, os preços das apostas para Dupla-Sena e Lotofácil serão reajustados. No caso da Dupla-sena, o preço da aposta de seis números passa a R$ 2 e na Lotofácil, a aposta mínima passará de R$ 1,50 para R$ 2. No dia 24 de maio, a Caixa reajusta o valor das apostas da Quina. Para os jogos com cinco números, o valor passa a ser de R$ 1,50 –atualmente, o apostador paga R$ 1. As apostas da Lotomania e da Timemania serão mantidas, respectivamente, em R$ 1,50 e R$ 2. Acompanhe o resultados das loterias
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As faces da cracolândia
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Eles estão dispersos na grande praça, sob frio e chuva. Envoltos por cobertores e trapos, aqueles homens -em sua maioria- e mulheres têm sido alvo diuturno de câmeras fotográficas que buscam registrar uma das maiores tragédias paulistanas do século 21. Não têm direito algum, nem mesmo à intimidade. A polícia de São Paulo montou em 21 de maio uma de suas maiores operações para combater o tráfico de drogas na chamada cracolândia. Após repressão e violência, centenas de usuários de drogas deixaram a alameda Dino Bueno e a rua Helvetia. Aglomeraram-se então na praça Princesa Isabel, sujeitos a ações descoordenadas das administrações municipal e estadual. Na documentação dos acontecimentos, a Folha publicou, com destaque e por repetidas vezes, imagens de usuários se drogando a céu aberto. O jornal reincidiu em erro. Em 2011, a ombudsman Suzana Singer condenou a publicação de uma sequência de fotos, na primeira página da Folha, que mostrava um homem de terno comprando, preparando e fumando o que parecia ser um cachimbo de crack em rua da cracolândia. A Secretaria de Redação argumentou que haviam sido discutidos os possíveis malefícios que a exposição traria à vida do retratado, mas que "o interesse público da reportagem fotográfica, de mostrar que o fenômeno do crack não se confunde com pobreza e não atinge apenas moradores de rua, prevaleceu na decisão de publicar as imagens". No entanto, informava que tal política estava "sob discussão". Seis anos depois, o problema da cracolândia continua, e o jornal mostrou-se viciado na solução fácil da exposição de pessoas doentes. É possível fazer imagens de impacto e noticiosas, de forma que os personagens não sejam reconhecidos. O secretário de Redação da Folha, Vinicius Mota, justificou: "O tráfico e o consumo de drogas a céu aberto, em espaços públicos, são um fato incontornável na cobertura da cracolândia. A exposição eventual de pessoas adultas (para os menores há proteção legal, obedecida pelo jornal) nessas situações, embora não seja um objetivo das reportagens, parece inevitável. Soaria artificioso e até censório adotar procedimentos para apagar a identidade visual de consumidores e traficantes eventualmente expostos nas imagens dessa cobertura". A justificativa parte de raciocínio, a meu ver, simplista, segundo o qual o jornal relata acontecimentos sem que tenha responsabilidade na narrativa e nas imagens que escolheu. Haverá quem diga que é certo, que a exposição de usuários pode salvá-los. Foi o que se deu com um homem que, reconhecido por colegas de escola no Rio, acabou resgatado por eles e com a mãe que foi buscar o filho após reportagem da Folha. Nesse último caso, o homem pediu para ser filmado e manifestou o desejo de sair da cracolândia. É situação diferente daquela em que se encontram outros, tão afundados na droga que não podem nem sequer manter mínima conversação. Segundo o Datafolha, 80% dos paulistanos são a favor da internação de dependentes mesmo contra a vontade deles. Sobre a ação policial de maio, 59% se declararam a favor de sua realização; na avaliação de 53%, no entanto, houve violência. Para 62%, o uso da força foi adequado ou aquém do necessário. O tema tem sido prioritário e, acertadamente, vem merecendo investimento do jornal. É notório, porém, que há um descolamento entre o que deseja a maioria da população como solução e as propostas apresentadas pelos especialistas, reverberadas pelo jornal. Alguns leitores acusam a Folha de parcialidade em sua abordagem. O leitor Lavoisier Castro comentou que as análises publicadas eram todas contrárias às ações anticrack. "Por que tanto desespero em desqualificar essa ação de enfrentamento contra o tráfico de drogas?" De fato, há poucas vozes divergentes. É possível problematizar mais, abrir o leque de entrevistados e ir além do sou contra/a favor. O secretário de Redação Vinícius Mota afirma que o objetivo da Folha é ser equilibrada. "A nossa avaliação é que estamos cumprindo o objetivo, embora ainda haja muitos assuntos e acontecimentos a tratar nesse tema complexo." Dois prefeitos de São Paulo em menos de dez anos —-Gilberto Kassab em fevereiro de 2008 e João Doria no mês passado— já decretaram o fim da cracolândia. O dia seguinte os desmentiu. Como enfatizou o médico Drauzio Varella, a cracolândia é apenas um aspecto de problemas mais complexos. "Todo o mundo tem que se convencer de que não é possível acabar com a cracolândia. Ela não é causa de nada. É consequência de uma ordem social que deixa à margem da sociedade uma massa de meninos e meninas nas periferias nas cidades, sem oportunidade." Há quem discorde de tal avaliação. O direito à dignidade e ao atendimento de saúde são valores humanistas São espécie de cláusula pétrea de sociedades desenvolvidas e justas, às quais o jornalismo tem de se apegar.
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colunas
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As faces da cracolândiaEles estão dispersos na grande praça, sob frio e chuva. Envoltos por cobertores e trapos, aqueles homens -em sua maioria- e mulheres têm sido alvo diuturno de câmeras fotográficas que buscam registrar uma das maiores tragédias paulistanas do século 21. Não têm direito algum, nem mesmo à intimidade. A polícia de São Paulo montou em 21 de maio uma de suas maiores operações para combater o tráfico de drogas na chamada cracolândia. Após repressão e violência, centenas de usuários de drogas deixaram a alameda Dino Bueno e a rua Helvetia. Aglomeraram-se então na praça Princesa Isabel, sujeitos a ações descoordenadas das administrações municipal e estadual. Na documentação dos acontecimentos, a Folha publicou, com destaque e por repetidas vezes, imagens de usuários se drogando a céu aberto. O jornal reincidiu em erro. Em 2011, a ombudsman Suzana Singer condenou a publicação de uma sequência de fotos, na primeira página da Folha, que mostrava um homem de terno comprando, preparando e fumando o que parecia ser um cachimbo de crack em rua da cracolândia. A Secretaria de Redação argumentou que haviam sido discutidos os possíveis malefícios que a exposição traria à vida do retratado, mas que "o interesse público da reportagem fotográfica, de mostrar que o fenômeno do crack não se confunde com pobreza e não atinge apenas moradores de rua, prevaleceu na decisão de publicar as imagens". No entanto, informava que tal política estava "sob discussão". Seis anos depois, o problema da cracolândia continua, e o jornal mostrou-se viciado na solução fácil da exposição de pessoas doentes. É possível fazer imagens de impacto e noticiosas, de forma que os personagens não sejam reconhecidos. O secretário de Redação da Folha, Vinicius Mota, justificou: "O tráfico e o consumo de drogas a céu aberto, em espaços públicos, são um fato incontornável na cobertura da cracolândia. A exposição eventual de pessoas adultas (para os menores há proteção legal, obedecida pelo jornal) nessas situações, embora não seja um objetivo das reportagens, parece inevitável. Soaria artificioso e até censório adotar procedimentos para apagar a identidade visual de consumidores e traficantes eventualmente expostos nas imagens dessa cobertura". A justificativa parte de raciocínio, a meu ver, simplista, segundo o qual o jornal relata acontecimentos sem que tenha responsabilidade na narrativa e nas imagens que escolheu. Haverá quem diga que é certo, que a exposição de usuários pode salvá-los. Foi o que se deu com um homem que, reconhecido por colegas de escola no Rio, acabou resgatado por eles e com a mãe que foi buscar o filho após reportagem da Folha. Nesse último caso, o homem pediu para ser filmado e manifestou o desejo de sair da cracolândia. É situação diferente daquela em que se encontram outros, tão afundados na droga que não podem nem sequer manter mínima conversação. Segundo o Datafolha, 80% dos paulistanos são a favor da internação de dependentes mesmo contra a vontade deles. Sobre a ação policial de maio, 59% se declararam a favor de sua realização; na avaliação de 53%, no entanto, houve violência. Para 62%, o uso da força foi adequado ou aquém do necessário. O tema tem sido prioritário e, acertadamente, vem merecendo investimento do jornal. É notório, porém, que há um descolamento entre o que deseja a maioria da população como solução e as propostas apresentadas pelos especialistas, reverberadas pelo jornal. Alguns leitores acusam a Folha de parcialidade em sua abordagem. O leitor Lavoisier Castro comentou que as análises publicadas eram todas contrárias às ações anticrack. "Por que tanto desespero em desqualificar essa ação de enfrentamento contra o tráfico de drogas?" De fato, há poucas vozes divergentes. É possível problematizar mais, abrir o leque de entrevistados e ir além do sou contra/a favor. O secretário de Redação Vinícius Mota afirma que o objetivo da Folha é ser equilibrada. "A nossa avaliação é que estamos cumprindo o objetivo, embora ainda haja muitos assuntos e acontecimentos a tratar nesse tema complexo." Dois prefeitos de São Paulo em menos de dez anos —-Gilberto Kassab em fevereiro de 2008 e João Doria no mês passado— já decretaram o fim da cracolândia. O dia seguinte os desmentiu. Como enfatizou o médico Drauzio Varella, a cracolândia é apenas um aspecto de problemas mais complexos. "Todo o mundo tem que se convencer de que não é possível acabar com a cracolândia. Ela não é causa de nada. É consequência de uma ordem social que deixa à margem da sociedade uma massa de meninos e meninas nas periferias nas cidades, sem oportunidade." Há quem discorde de tal avaliação. O direito à dignidade e ao atendimento de saúde são valores humanistas São espécie de cláusula pétrea de sociedades desenvolvidas e justas, às quais o jornalismo tem de se apegar.
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'The Life of Pablo' e a morte do streaming de música como conhecemos
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Ame ou odeie, o lançamento do novo disco de Kanye West foi um evento monumental. Não por causa do desfile de moda ou pelas tretas no Twitter ou pelo suspense administrado pelo cara. Não. A grandiosidade de "The Life of Pablo" está em acelerar morte da primeira era de ouro do streaming musical. Entenda: o streaming musical agora está tão segmentado que é inconveniente pagar por só um serviço. O consumidor se depara com a mesma questão de quem assina algum site de vídeo por demanda. Não basta só o Netlflix. Precisamos de mais opções. Tenha como exemplo o Spotify. Não dá pra abri-lo e ouvir praticamente qualquer coisa. O serviço não tem discos da Taylor Swift –só há algumas faixas suas em trilhas sonoras. Alguns discos da cantora estão no concorrente Tidal, mas não o "1989". Todos seus álbuns estão no Apple Music. Já o novo single do Prince (e quase nada além disso) está no Spotify, o seu catálogo no Tidal e, no Apple Music, há um apanhado aleatório de suas canções. Twitter Antes alvo de piadas por causa de sua interface desengonçada, o Tidal é a única plataforma em que se pode ouvir "The Life of Pablo" de Kanye, o "Formation" de Beyoncé e "Anti" de Rihanna (este só por alguns dias pois, como um leitor nos avisou, está também no Spotify e no Deezer). Esses lançamentos exclusivos (ou apenas o espetaculoso "TLOP") levaram o Tidal à primeira posição da App Store pela primeira vez. Isso não significa que o Tidal é o melhor serviço de música. Nem significa que você terá que assinar o Tidal, Apple Music e Spotify e memorizar quais canções estão disponíveis onde. Trata-se de uma situação insustentável. A Apple pode lidar muito bem com os prejuízos associados ao streaming, mas é difícil imaginar uma situação em que o Tidal e seu 1 milhão de assinantes –com "TLOP" ou não– consigam fechar as contas por muito tempo mais. Ao que se sabe, o serviço tem perdido muita grana e paga mais por suas músicas que o Spotify ou Apple. Mesmo que alguns usuários do Spotify partam para o Tidal por causa de seu acervo, é complicado ver a empresa ganhar dinheiro em uma indústria em que nenhum outro semelhante lucra (Spotify, Pandora e Tidal, todos perdem grana; o Rdio foi comprado; Google Play e Apple Music não têm dados divulgados). E agora? Bom, parece claro que o streaming musical parece ser um setor em que a competitividade é ruim para o consumidor. Enquanto o Tidal, Apple Music e Spotify se mantiverem no ar com discos exclusivos, veremos a fragmentação. Junto dessa fragmentação certamente voltaremos aos tempos da pirataria. É impossível ouvir "TLOP" no Spotify, por exemplo, mas como alguns deixam logo claro, é possível baixá-lo por torrent, importá-lo para o Spotify, sincronizando com seu celular. Contanto que Spotify, Apple Music ou Tidal tenham quase tudo que você quer, veremos gente se virando com o que tem, aumentando seu acervo com música comprada ou pirateada mesmo. Com o tempo, quando algum vencedor emergir, virá a consolidação mais uma vez. Se isso é bom ou ruim, bom, depende da boa vontade do vencedor (e se ele terá grana) para tratar artistas e consumidores de forma justa. Tradução de THIAGO "ÍNDIO" SILVA
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tec
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'The Life of Pablo' e a morte do streaming de música como conhecemosAme ou odeie, o lançamento do novo disco de Kanye West foi um evento monumental. Não por causa do desfile de moda ou pelas tretas no Twitter ou pelo suspense administrado pelo cara. Não. A grandiosidade de "The Life of Pablo" está em acelerar morte da primeira era de ouro do streaming musical. Entenda: o streaming musical agora está tão segmentado que é inconveniente pagar por só um serviço. O consumidor se depara com a mesma questão de quem assina algum site de vídeo por demanda. Não basta só o Netlflix. Precisamos de mais opções. Tenha como exemplo o Spotify. Não dá pra abri-lo e ouvir praticamente qualquer coisa. O serviço não tem discos da Taylor Swift –só há algumas faixas suas em trilhas sonoras. Alguns discos da cantora estão no concorrente Tidal, mas não o "1989". Todos seus álbuns estão no Apple Music. Já o novo single do Prince (e quase nada além disso) está no Spotify, o seu catálogo no Tidal e, no Apple Music, há um apanhado aleatório de suas canções. Twitter Antes alvo de piadas por causa de sua interface desengonçada, o Tidal é a única plataforma em que se pode ouvir "The Life of Pablo" de Kanye, o "Formation" de Beyoncé e "Anti" de Rihanna (este só por alguns dias pois, como um leitor nos avisou, está também no Spotify e no Deezer). Esses lançamentos exclusivos (ou apenas o espetaculoso "TLOP") levaram o Tidal à primeira posição da App Store pela primeira vez. Isso não significa que o Tidal é o melhor serviço de música. Nem significa que você terá que assinar o Tidal, Apple Music e Spotify e memorizar quais canções estão disponíveis onde. Trata-se de uma situação insustentável. A Apple pode lidar muito bem com os prejuízos associados ao streaming, mas é difícil imaginar uma situação em que o Tidal e seu 1 milhão de assinantes –com "TLOP" ou não– consigam fechar as contas por muito tempo mais. Ao que se sabe, o serviço tem perdido muita grana e paga mais por suas músicas que o Spotify ou Apple. Mesmo que alguns usuários do Spotify partam para o Tidal por causa de seu acervo, é complicado ver a empresa ganhar dinheiro em uma indústria em que nenhum outro semelhante lucra (Spotify, Pandora e Tidal, todos perdem grana; o Rdio foi comprado; Google Play e Apple Music não têm dados divulgados). E agora? Bom, parece claro que o streaming musical parece ser um setor em que a competitividade é ruim para o consumidor. Enquanto o Tidal, Apple Music e Spotify se mantiverem no ar com discos exclusivos, veremos a fragmentação. Junto dessa fragmentação certamente voltaremos aos tempos da pirataria. É impossível ouvir "TLOP" no Spotify, por exemplo, mas como alguns deixam logo claro, é possível baixá-lo por torrent, importá-lo para o Spotify, sincronizando com seu celular. Contanto que Spotify, Apple Music ou Tidal tenham quase tudo que você quer, veremos gente se virando com o que tem, aumentando seu acervo com música comprada ou pirateada mesmo. Com o tempo, quando algum vencedor emergir, virá a consolidação mais uma vez. Se isso é bom ou ruim, bom, depende da boa vontade do vencedor (e se ele terá grana) para tratar artistas e consumidores de forma justa. Tradução de THIAGO "ÍNDIO" SILVA
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Redução da idade penal passa na Câmara e segue para o Senado
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A Câmara aprovou nesta quarta-feira (19) a redução de 18 para 16 anos da idade mínima para imputação penal nos de casos de crime hediondo, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. O resultado já esperado confirma a proposta aprovada no início de julho, quando o texto foi apreciado em primeiro turno pelos deputados –veja como cada deputado votou. Foram 320 votos favoráveis, 152 contrários, e 1 abstenção. Placar semelhante ao do primeiro turno, quando foram registrados 323 votos a favor, 155 contrários e 2 abstenções. Nesta segunda etapa, 39 deputados não compareceram ao plenário. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a mudança precisava de pelo menos 308 votos favoráveis para ser aprovada. O texto agora segue para o Senado, onde também precisa ser apreciado em dois turnos pelo plenário. Se aprovado pelos senadores, o texto segue para promulgação. O Senado, no entanto, já deu sinais de que o ritmo de tramitação da proposta será mais lento. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), já mostrou disposição em criar uma comissão especial para discutir todas as propostas sobre o tema. A redução da maioridade avançou rapidamente na Câmara desde que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) assumiu a presidência da Casa, no início deste ano. Ele patrocinou um acordo entre o PMDB e partidos de oposição, como o PSDB, para garantir a aprovação da medida. Durante a votação em primeiro turno, uma manobra regimental usada por Cunha permitiu que o texto fosse votado duas vezes em um prazo de 24 horas. Isso porque, na primeira votação, a proposta foi derrubada. A articulação foi vista por deputados contrários à proposta como uma manobra que feriu as regras da Casa. Nesta quarta, Cunha não permitiu que pessoas favoráveis e contrárias à proposta entrassem nas galerias do plenário para acompanhar a votação. NEGOCIAÇÕES Na votação do primeiro turno, o governo Dilma Rousseff tentou convencer a base aliada a rejeitar a proposta. Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Pepe Vargas, atuaram pessoalmente para convencer os deputados da base. A preferência do governo é por mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que aumentassem a punição para menores que praticassem crimes violentos, bem como para adultos que aliciassem e cooptassem jovens. Com o acirramento do ambiente político nas últimas semanas, contudo, o governo decidiu se abster das tentativas de impedir a votação desta quarta. Um pedido de retirada de pauta chegou a ser apresentado por governistas no plenário, mas foi rejeitado. Ontem, o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que este não é um assunto de governo, mas sim da Câmara dos Deputados. REPERCUSSÃO Logo após a votação, a organização Human Right Watch afirmou que a Câmara dos Deputados despreza normas internacionais de direitos humanos ao buscar responsabilizar criminalmente adolescentes como se fossem adultos. Segundo a diretora da ONG, Maria Laura Canineu, "a proposta de emenda viola os direitos das crianças e adolescentes e, se implementada, enfraquecerá os esforços para redução da criminalidade". De acordo com a nota, o "Estado brasileiro deveria oferecer verdadeiras chances de ressocialização, em vez de arriscar facilitar o recrutamento de jovens por facções criminosas". A organização sugere que o Senado rejeite a proposta "pelo o bem do país".
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cotidiano
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Redução da idade penal passa na Câmara e segue para o SenadoA Câmara aprovou nesta quarta-feira (19) a redução de 18 para 16 anos da idade mínima para imputação penal nos de casos de crime hediondo, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. O resultado já esperado confirma a proposta aprovada no início de julho, quando o texto foi apreciado em primeiro turno pelos deputados –veja como cada deputado votou. Foram 320 votos favoráveis, 152 contrários, e 1 abstenção. Placar semelhante ao do primeiro turno, quando foram registrados 323 votos a favor, 155 contrários e 2 abstenções. Nesta segunda etapa, 39 deputados não compareceram ao plenário. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a mudança precisava de pelo menos 308 votos favoráveis para ser aprovada. O texto agora segue para o Senado, onde também precisa ser apreciado em dois turnos pelo plenário. Se aprovado pelos senadores, o texto segue para promulgação. O Senado, no entanto, já deu sinais de que o ritmo de tramitação da proposta será mais lento. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), já mostrou disposição em criar uma comissão especial para discutir todas as propostas sobre o tema. A redução da maioridade avançou rapidamente na Câmara desde que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) assumiu a presidência da Casa, no início deste ano. Ele patrocinou um acordo entre o PMDB e partidos de oposição, como o PSDB, para garantir a aprovação da medida. Durante a votação em primeiro turno, uma manobra regimental usada por Cunha permitiu que o texto fosse votado duas vezes em um prazo de 24 horas. Isso porque, na primeira votação, a proposta foi derrubada. A articulação foi vista por deputados contrários à proposta como uma manobra que feriu as regras da Casa. Nesta quarta, Cunha não permitiu que pessoas favoráveis e contrárias à proposta entrassem nas galerias do plenário para acompanhar a votação. NEGOCIAÇÕES Na votação do primeiro turno, o governo Dilma Rousseff tentou convencer a base aliada a rejeitar a proposta. Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Pepe Vargas, atuaram pessoalmente para convencer os deputados da base. A preferência do governo é por mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que aumentassem a punição para menores que praticassem crimes violentos, bem como para adultos que aliciassem e cooptassem jovens. Com o acirramento do ambiente político nas últimas semanas, contudo, o governo decidiu se abster das tentativas de impedir a votação desta quarta. Um pedido de retirada de pauta chegou a ser apresentado por governistas no plenário, mas foi rejeitado. Ontem, o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que este não é um assunto de governo, mas sim da Câmara dos Deputados. REPERCUSSÃO Logo após a votação, a organização Human Right Watch afirmou que a Câmara dos Deputados despreza normas internacionais de direitos humanos ao buscar responsabilizar criminalmente adolescentes como se fossem adultos. Segundo a diretora da ONG, Maria Laura Canineu, "a proposta de emenda viola os direitos das crianças e adolescentes e, se implementada, enfraquecerá os esforços para redução da criminalidade". De acordo com a nota, o "Estado brasileiro deveria oferecer verdadeiras chances de ressocialização, em vez de arriscar facilitar o recrutamento de jovens por facções criminosas". A organização sugere que o Senado rejeite a proposta "pelo o bem do país".
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Uber testa selfie para motoristas e botão contra abuso sexual
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DE SÃO PAULO O Uber, empresa que atua em 450 cidades pelo mundo, realiza testes com novas tecnologias para o serviço, como o uso de selfies, botão de pânico e descontos agressivos. Leia abaixo cinco curiosidades sobre o aplicativo. * Selfie Para impedir que um motorista dirija o carro de outro, o Uber testa o uso de autenticação por selfies na China. Se a foto tirada na hora não bater com a do cadastro, o condutor não pode iniciar a viagem. S.O.S. Na Índia, foi criado um botão de pânico: com dois toques, o passageiro avisa uma central da polícia caso o motorista faça algo errado, como tentar abuso sexual Bilhete mensal Em Nova York, o Uber lançou em julho um cartão de US$ 79 (R$ 259) que permite viagens ilimitadas no horário de pico em dias úteis durante quatro semanas. Mais barato do que comprar o tíquete mensal ilimitado do metrô, que custa US$ 116 (R$ 381). Negócio bilionário O Uber soma 2 bilhões de corridas, sendo que 1 bilhão delas foram feitas em 2016. A empresa já recebeu US$ 13 bilhões em investimentos e é avaliada em US$ 62,5 bilhões. Há um ano, valia US$ 40 bilhões. Rejeição Em maio, moradores de Austin, no Texas, rejeitaram em plebiscito regras mais brandas para o Uber, como deixar a empresa avaliar sozinha os condutores. A empresa ofereceu viagens gratuitas até os pontos de votação, mas mesmo assim teve resultado desfavorável.
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saopaulo
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Uber testa selfie para motoristas e botão contra abuso sexualDE SÃO PAULO O Uber, empresa que atua em 450 cidades pelo mundo, realiza testes com novas tecnologias para o serviço, como o uso de selfies, botão de pânico e descontos agressivos. Leia abaixo cinco curiosidades sobre o aplicativo. * Selfie Para impedir que um motorista dirija o carro de outro, o Uber testa o uso de autenticação por selfies na China. Se a foto tirada na hora não bater com a do cadastro, o condutor não pode iniciar a viagem. S.O.S. Na Índia, foi criado um botão de pânico: com dois toques, o passageiro avisa uma central da polícia caso o motorista faça algo errado, como tentar abuso sexual Bilhete mensal Em Nova York, o Uber lançou em julho um cartão de US$ 79 (R$ 259) que permite viagens ilimitadas no horário de pico em dias úteis durante quatro semanas. Mais barato do que comprar o tíquete mensal ilimitado do metrô, que custa US$ 116 (R$ 381). Negócio bilionário O Uber soma 2 bilhões de corridas, sendo que 1 bilhão delas foram feitas em 2016. A empresa já recebeu US$ 13 bilhões em investimentos e é avaliada em US$ 62,5 bilhões. Há um ano, valia US$ 40 bilhões. Rejeição Em maio, moradores de Austin, no Texas, rejeitaram em plebiscito regras mais brandas para o Uber, como deixar a empresa avaliar sozinha os condutores. A empresa ofereceu viagens gratuitas até os pontos de votação, mas mesmo assim teve resultado desfavorável.
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Alalaô: Cantora Maria Rita passa mal durante desfile da Vai-Vai
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A cantora Maria Rita passou mal durante o desfile da escola Vai-Vai, ocorrido na madrugada deste domingo (15). Com o enredo "Simplesmente Elis. A fábula de uma voz na transversal do tempo", a escola homenageou a mãe da cantora, Elis Regina. ... Leia post completo no blog
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cotidiano
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Alalaô: Cantora Maria Rita passa mal durante desfile da Vai-VaiA cantora Maria Rita passou mal durante o desfile da escola Vai-Vai, ocorrido na madrugada deste domingo (15). Com o enredo "Simplesmente Elis. A fábula de uma voz na transversal do tempo", a escola homenageou a mãe da cantora, Elis Regina. ... Leia post completo no blog
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Pelas palavras e pelo silêncio, Raduan Nassar é um gigante
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O que faz um autor de poucos livros e que equiparou a criação literária à de galinhas ser considerado, com pouca chance de controvérsia, o maior escritor brasileiro vivo? Não um prêmio, é certo, ainda essas distinções só venham a confirmá-lo. A grandeza de Raduan Nassar é tal que não carece do autor ou de ninguém como relações públicas —algo difícil de conceber hoje. O que está em cena em sua obra é a tensão entre uma apologia da destruição da verdade e a defesa feroz da própria fala. Nisso reside uma afirmação categórica, realizada de forma violenta, de uma virilidade à beira do colapso e potencializada tanto pela intensidade quanto pela precariedade. Esse protagonismo do corpo tem dois pilares. O primeiro, a relação de distanciamento dos textos com seu contexto histórico. Sua ficção considera um embate mais amplo: o de vontades de poder que se manifestam pela linguagem. "Menina a Caminho" bebe na infância de Raduan, mas o texto não só não o explicita como cria, na descrição do armazém, parentesco com a Tebas de Sófocles. Um copo de cólera opõe, aparentemente durante a ditadura, a jornalista da cidade ao chacareiro, mas dessa ambientação há apenas indícios. Em "Lavoura", a origem mediterrânea da família é citada, mas a falta de referentes termina por lhe conferir um forte tom mítico. Isso não significa que a obra seja alheia a seu tempo, mas sim que opta por via mais indireta entre realidade e ficção, que leva em conta o fato de as questões humanas esconderem, sob a máscara da linguagem e o disfarce do cinismo, a luta pelo poder e o controle dos corpos. O segundo pilar da obra de Raduan é o erotismo. Para o chacareiro, associar a verdade dogmática à mulher significa dotar esse inimigo conceitual de um corpo material, apto portanto a estabelecer relações tanto de poder quanto de prazer. É na imposição de uma fala que o vigor sexual pode ser reencontrado: a fricção dos discursos é tão ou mais erótica que a das peles. Em "Lavoura", André recusa uma ordem na qual o corpo seja levado em conta apenas como instrumento do trabalho. Assim, subverter sua função e votá-lo ao dispêndio e à infertilidade passa a ser também um ato político. Como a linguagem só pode ser portadora de verdades provisórias, as narrativas de Raduan se abrem a um recomeço que perpetua o sofrimento e transforma os narradores em Tântalo ou Sísifo. Enfim, Raduan Nassar: tanto pelas palavras como pelo silêncio, um gigante. ESTEVÃO AZEVEDO é escritor e mestre em literatura brasileira pela USP, especializado na obra de Raduan Nassar
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ilustrada
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Pelas palavras e pelo silêncio, Raduan Nassar é um giganteO que faz um autor de poucos livros e que equiparou a criação literária à de galinhas ser considerado, com pouca chance de controvérsia, o maior escritor brasileiro vivo? Não um prêmio, é certo, ainda essas distinções só venham a confirmá-lo. A grandeza de Raduan Nassar é tal que não carece do autor ou de ninguém como relações públicas —algo difícil de conceber hoje. O que está em cena em sua obra é a tensão entre uma apologia da destruição da verdade e a defesa feroz da própria fala. Nisso reside uma afirmação categórica, realizada de forma violenta, de uma virilidade à beira do colapso e potencializada tanto pela intensidade quanto pela precariedade. Esse protagonismo do corpo tem dois pilares. O primeiro, a relação de distanciamento dos textos com seu contexto histórico. Sua ficção considera um embate mais amplo: o de vontades de poder que se manifestam pela linguagem. "Menina a Caminho" bebe na infância de Raduan, mas o texto não só não o explicita como cria, na descrição do armazém, parentesco com a Tebas de Sófocles. Um copo de cólera opõe, aparentemente durante a ditadura, a jornalista da cidade ao chacareiro, mas dessa ambientação há apenas indícios. Em "Lavoura", a origem mediterrânea da família é citada, mas a falta de referentes termina por lhe conferir um forte tom mítico. Isso não significa que a obra seja alheia a seu tempo, mas sim que opta por via mais indireta entre realidade e ficção, que leva em conta o fato de as questões humanas esconderem, sob a máscara da linguagem e o disfarce do cinismo, a luta pelo poder e o controle dos corpos. O segundo pilar da obra de Raduan é o erotismo. Para o chacareiro, associar a verdade dogmática à mulher significa dotar esse inimigo conceitual de um corpo material, apto portanto a estabelecer relações tanto de poder quanto de prazer. É na imposição de uma fala que o vigor sexual pode ser reencontrado: a fricção dos discursos é tão ou mais erótica que a das peles. Em "Lavoura", André recusa uma ordem na qual o corpo seja levado em conta apenas como instrumento do trabalho. Assim, subverter sua função e votá-lo ao dispêndio e à infertilidade passa a ser também um ato político. Como a linguagem só pode ser portadora de verdades provisórias, as narrativas de Raduan se abrem a um recomeço que perpetua o sofrimento e transforma os narradores em Tântalo ou Sísifo. Enfim, Raduan Nassar: tanto pelas palavras como pelo silêncio, um gigante. ESTEVÃO AZEVEDO é escritor e mestre em literatura brasileira pela USP, especializado na obra de Raduan Nassar
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Carteiro "adota" menor que roubou seu celular no centro do Rio
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"Decidi adotar um bandido." Foi assim, com uma referência irônica à frase da apresentadora Rachel Sheherazade, do "SBT Brasil", que o carteiro e sambista Deivid Domênico, 38, explicou à Folha por quê, após ter seu celular roubado por um jovem de 16 anos, decidiu ajudá-lo. Sheherazade havia sugerido, em um comentário no telejornal, que os "defensores dos direitos humanos" fizessem "um favor ao Brasil: adote um bandido". "A gente vem criticando essa frase. Mas, em vez de criticar, é melhor olhar de outra forma. Não vou adotar ele, mas dar uma oportunidade de ter uma vida diferente", disse Domênico, poucos dias depois do ocorrido. Na última quinta (26), o sambista e o adolescente se reencontraram numa audiência na Justiça, que determinou que ele cumpra pena em semi-liberdade por seis meses, passíveis de renovação. O menor tem quatro passagens pela polícia, todas por roubo e furto. Paralelamente, foi instaurado um processo de justiça restaurativa, que procura discutir formas de reparação ao dano causado para além da punição. Domênico e o menor firmarão um acordo onde estabelecerão medidas que o menino deve tomar. Ainda não decidiram quais serão. Se cumprido, o acordo pode influir numa decisão favorável da Justiça. O BOTE No fim da tarde de uma sexta, Domênico voltava para casa após um dia de entrega de correspondências. No ônibus, sentou-se ao lado da janela e sacou o telefone. Distraiu-se. "De repente, um braço invadiu a janela e deu o bote no telefone", diz o carteiro. "O menino ainda olhou para mim pela janela e disse, 'vem pegar'. Eu fui." Domênico o perseguiu pela avenida Presidente Vargas, no centro do Rio. O garoto foi pego por um grupo, que começou a agredi-lo. "Parecia um corredor polonês, ele corria, as pessoas batiam", descreve a vítima do assalto, que conseguiu convencer os linchadores a parar. Conversando com o menor, descobriu que ele vivia num prédio abandonado perto da favela da Mangueira, onde Domênico canta e compõe na escola de samba. "Falei para ele: 'Rapaz, olha o que vai acontecer. Eu vou te ajudar. Você vai ser preso e, depois, quando for solto, me procure e eu vou te ajudar, te arrumar um emprego lá. Vou buscar um curso profissionalizante, algo assim'", conta Domênico. O carteiro denunciou o menor à polícia. "Disse a ele, 'se você não quer ser preso, não pode roubar. Uma coisa é defender sua dignidade, te dar oportunidade de se socializar, outra é defender bandido. Eu não defendo bandido" diz Domênico. Da delegacia, o menino foi mandado para o Instituto Padre Severino, que abriga menores infratores. Enquanto isso, Domênico começou uma busca infrutífera pela família do menor e acionou a comunidade da escola de samba da Mangueira, que se comprometeu a acolhê-lo. SEM PAIS Órfão de pai e mãe, assassinados quando ele tinha quatro anos, o garoto cresceu com a avó e a irmã. "Quando andava com gente boa, fazia coisa boa, quando andava com gente ruim, fazia coisa ruim. Ia conforme a situação. Nos últimos meses, saiu e não voltou", contou a avó, a doméstica Maria Paim, 62. "Não tenho a ilusão de achar que a vida dele vai mudar num passe de mágica. Ele é um bandido, mas pode ter uma vida diferente", diz Domênico. "Se der certo, não é uma vitória só para ele ou para mim, é para a sociedade. Se ele se recuperar, é mais um cidadão produtivo. Vai mostrar para as pessoas que não é preciso matar, esquartejar, amarrar no poste, nada disso."
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cotidiano
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Carteiro "adota" menor que roubou seu celular no centro do Rio"Decidi adotar um bandido." Foi assim, com uma referência irônica à frase da apresentadora Rachel Sheherazade, do "SBT Brasil", que o carteiro e sambista Deivid Domênico, 38, explicou à Folha por quê, após ter seu celular roubado por um jovem de 16 anos, decidiu ajudá-lo. Sheherazade havia sugerido, em um comentário no telejornal, que os "defensores dos direitos humanos" fizessem "um favor ao Brasil: adote um bandido". "A gente vem criticando essa frase. Mas, em vez de criticar, é melhor olhar de outra forma. Não vou adotar ele, mas dar uma oportunidade de ter uma vida diferente", disse Domênico, poucos dias depois do ocorrido. Na última quinta (26), o sambista e o adolescente se reencontraram numa audiência na Justiça, que determinou que ele cumpra pena em semi-liberdade por seis meses, passíveis de renovação. O menor tem quatro passagens pela polícia, todas por roubo e furto. Paralelamente, foi instaurado um processo de justiça restaurativa, que procura discutir formas de reparação ao dano causado para além da punição. Domênico e o menor firmarão um acordo onde estabelecerão medidas que o menino deve tomar. Ainda não decidiram quais serão. Se cumprido, o acordo pode influir numa decisão favorável da Justiça. O BOTE No fim da tarde de uma sexta, Domênico voltava para casa após um dia de entrega de correspondências. No ônibus, sentou-se ao lado da janela e sacou o telefone. Distraiu-se. "De repente, um braço invadiu a janela e deu o bote no telefone", diz o carteiro. "O menino ainda olhou para mim pela janela e disse, 'vem pegar'. Eu fui." Domênico o perseguiu pela avenida Presidente Vargas, no centro do Rio. O garoto foi pego por um grupo, que começou a agredi-lo. "Parecia um corredor polonês, ele corria, as pessoas batiam", descreve a vítima do assalto, que conseguiu convencer os linchadores a parar. Conversando com o menor, descobriu que ele vivia num prédio abandonado perto da favela da Mangueira, onde Domênico canta e compõe na escola de samba. "Falei para ele: 'Rapaz, olha o que vai acontecer. Eu vou te ajudar. Você vai ser preso e, depois, quando for solto, me procure e eu vou te ajudar, te arrumar um emprego lá. Vou buscar um curso profissionalizante, algo assim'", conta Domênico. O carteiro denunciou o menor à polícia. "Disse a ele, 'se você não quer ser preso, não pode roubar. Uma coisa é defender sua dignidade, te dar oportunidade de se socializar, outra é defender bandido. Eu não defendo bandido" diz Domênico. Da delegacia, o menino foi mandado para o Instituto Padre Severino, que abriga menores infratores. Enquanto isso, Domênico começou uma busca infrutífera pela família do menor e acionou a comunidade da escola de samba da Mangueira, que se comprometeu a acolhê-lo. SEM PAIS Órfão de pai e mãe, assassinados quando ele tinha quatro anos, o garoto cresceu com a avó e a irmã. "Quando andava com gente boa, fazia coisa boa, quando andava com gente ruim, fazia coisa ruim. Ia conforme a situação. Nos últimos meses, saiu e não voltou", contou a avó, a doméstica Maria Paim, 62. "Não tenho a ilusão de achar que a vida dele vai mudar num passe de mágica. Ele é um bandido, mas pode ter uma vida diferente", diz Domênico. "Se der certo, não é uma vitória só para ele ou para mim, é para a sociedade. Se ele se recuperar, é mais um cidadão produtivo. Vai mostrar para as pessoas que não é preciso matar, esquartejar, amarrar no poste, nada disso."
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Marginalizados fazem Tunísia ser celeiro de radicais
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O tunisiano Hamzi Ghazal, 19, já sobreviveu duas vezes à travessia do Mediterrâneo em um bote. Chegou à Itália nas duas tentativas, mas foi deportado e teve de voltar para a casa que divide com seis irmãos em Douar Hicheur, subúrbio pobre de Tunis. Ghazal, que estudou só até os 13 anos e foi preso mais de uma vez por bater carteira, continua desempregado. "Não tenho como pagar o coiote e tentar cruzar de novo. Mas aqui na Tunísia não fico. Se me oferecerem, vou agora lutar na Síria", disse Ghazal à Folha. Douar Hicheur é conhecido como um celeiro de jihadistas : é de lá que saem a maioria dos tunisianos que vão lutar no Iraque, na Líbia e na Síria ao lado do Estado Islâmico. Segundo moradores, recrutadores oferecem até 8.000 dinares tunisianos (cerca de € 3.600), entre passagem e ajuda de custo, para os jovens que se dispõem a abraçar o fundamentalismo islâmico. A Tunísia é o maior exportador de extremistas do mundo —entre 6.000 e 10.000 tunisianos combatem na Síria, no Iraque e na Líbia, muito mais do que países como a Arábia Saudita. Cerca de 1% dos jovens da Tunísia (de 16 a 35 anos) abraçaram a jihad. "Acontece sempre: de repente, um conhecido do bairro some. Passam-se alguns meses e a gente fica sabendo que ele morreu lutando na Síria", conta Makrem Mekni, 21, que trabalha em uma pizzaria em Douar Hicher. A Tunísia é o único país que emergiu da Primavera Árabe como uma democracia plena. Mas ela está sob ameaça por causa da desaceleração econômica e da expansão do fundamentalismo. A taxa de desemprego está em 15%. Metade dos que têm curso superior ainda estão desempregados aos 35 anos, diz o Banco Mundial. Durante a ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali, os salafistas —muçulmanos ortodoxos que se propõem a seguir o islã como nos primórdios— eram duramente reprimidos. Homens não podiam usar barba longa e meninas eram proibidas de ir de véu para a escola. Com a derrubada do ditador, o partido Ennahda saiu vitorioso das eleições de 2011, com a maioria dos assentos no Parlamento. Seculares acusam o Ennahda de ter sido leniente com o fundamentalismo. Diante da liberdade após anos de opressão, cresceu muito o número de mesquitas, mas também o de ímãs pregando o fundamentalismo islâmico. Em 2011, vários presos políticos foram libertados da prisão durante uma anistia de ativistas de esquerda e muçulmanos moderados até fundamentalistas. A Ansar Al-Sharia surgiu e o recrutamento de jovens para lutar na Síria e Iraque cresceu. Segundo o consultor especializado em terrorismo Youssef Cherif, existem tunisianos que se sentem marginalizados no próprio país, diante do alto desemprego e da falta de perspectivas, e vão para a Síria, ou tunisianos (argelinos ou marroquinos) que se sentem excluídos na Europa e se radicalizam, como parece ter acontecido com o autor do ataque em Nice. "Eles sentem que, não importa o que façam, serão sempre alvo de preconceito por serem árabes, muçulmanos ou pobres." Segundo ele, o islamismo radical é apenas o meio, e não o motivo para o terrorismo. Muitos extremistas nem são religiosos radicais. "EI e Al Qaeda oferecem uma utopia, uma possibilidade de escapar da vida, que agrada aos marginalizados." O EI vem perdendo terreno na Síria, Iraque e Líbia, frente a ataques da coalizão liderada pelos EUA. Então intensificou atentados contra alvos no ocidente, muitas vezes perpetrados pelos "lobos solitários", inspirados pela facção terrorista, mas não diretamente orientados. Segundo Badra Gaaloul, presidente do centro internacional de estudos estratégicos, militares e de segurança em Tunis, as organizações islâmicas extremistas muitas vezes preenchem o vácuo de serviços básicos que o governo não consegue prover. "Esses jovens enxergam justiça social no Estado Islâmico", diz Gaaloul.
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Marginalizados fazem Tunísia ser celeiro de radicaisO tunisiano Hamzi Ghazal, 19, já sobreviveu duas vezes à travessia do Mediterrâneo em um bote. Chegou à Itália nas duas tentativas, mas foi deportado e teve de voltar para a casa que divide com seis irmãos em Douar Hicheur, subúrbio pobre de Tunis. Ghazal, que estudou só até os 13 anos e foi preso mais de uma vez por bater carteira, continua desempregado. "Não tenho como pagar o coiote e tentar cruzar de novo. Mas aqui na Tunísia não fico. Se me oferecerem, vou agora lutar na Síria", disse Ghazal à Folha. Douar Hicheur é conhecido como um celeiro de jihadistas : é de lá que saem a maioria dos tunisianos que vão lutar no Iraque, na Líbia e na Síria ao lado do Estado Islâmico. Segundo moradores, recrutadores oferecem até 8.000 dinares tunisianos (cerca de € 3.600), entre passagem e ajuda de custo, para os jovens que se dispõem a abraçar o fundamentalismo islâmico. A Tunísia é o maior exportador de extremistas do mundo —entre 6.000 e 10.000 tunisianos combatem na Síria, no Iraque e na Líbia, muito mais do que países como a Arábia Saudita. Cerca de 1% dos jovens da Tunísia (de 16 a 35 anos) abraçaram a jihad. "Acontece sempre: de repente, um conhecido do bairro some. Passam-se alguns meses e a gente fica sabendo que ele morreu lutando na Síria", conta Makrem Mekni, 21, que trabalha em uma pizzaria em Douar Hicher. A Tunísia é o único país que emergiu da Primavera Árabe como uma democracia plena. Mas ela está sob ameaça por causa da desaceleração econômica e da expansão do fundamentalismo. A taxa de desemprego está em 15%. Metade dos que têm curso superior ainda estão desempregados aos 35 anos, diz o Banco Mundial. Durante a ditadura de Zine el-Abidine Ben Ali, os salafistas —muçulmanos ortodoxos que se propõem a seguir o islã como nos primórdios— eram duramente reprimidos. Homens não podiam usar barba longa e meninas eram proibidas de ir de véu para a escola. Com a derrubada do ditador, o partido Ennahda saiu vitorioso das eleições de 2011, com a maioria dos assentos no Parlamento. Seculares acusam o Ennahda de ter sido leniente com o fundamentalismo. Diante da liberdade após anos de opressão, cresceu muito o número de mesquitas, mas também o de ímãs pregando o fundamentalismo islâmico. Em 2011, vários presos políticos foram libertados da prisão durante uma anistia de ativistas de esquerda e muçulmanos moderados até fundamentalistas. A Ansar Al-Sharia surgiu e o recrutamento de jovens para lutar na Síria e Iraque cresceu. Segundo o consultor especializado em terrorismo Youssef Cherif, existem tunisianos que se sentem marginalizados no próprio país, diante do alto desemprego e da falta de perspectivas, e vão para a Síria, ou tunisianos (argelinos ou marroquinos) que se sentem excluídos na Europa e se radicalizam, como parece ter acontecido com o autor do ataque em Nice. "Eles sentem que, não importa o que façam, serão sempre alvo de preconceito por serem árabes, muçulmanos ou pobres." Segundo ele, o islamismo radical é apenas o meio, e não o motivo para o terrorismo. Muitos extremistas nem são religiosos radicais. "EI e Al Qaeda oferecem uma utopia, uma possibilidade de escapar da vida, que agrada aos marginalizados." O EI vem perdendo terreno na Síria, Iraque e Líbia, frente a ataques da coalizão liderada pelos EUA. Então intensificou atentados contra alvos no ocidente, muitas vezes perpetrados pelos "lobos solitários", inspirados pela facção terrorista, mas não diretamente orientados. Segundo Badra Gaaloul, presidente do centro internacional de estudos estratégicos, militares e de segurança em Tunis, as organizações islâmicas extremistas muitas vezes preenchem o vácuo de serviços básicos que o governo não consegue prover. "Esses jovens enxergam justiça social no Estado Islâmico", diz Gaaloul.
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Inquietante, peça 'Cinderela' recria conto de fadas com originalidade
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Uma peça pode ser moderníssima, inquietante e mesmo bizarra, sem entretanto deixar o espectador perdido e perplexo. Foi o que mostrou o diretor francês Joël Pommerat com uma original adaptação da história de Cinderela, que abriu maravilhosamente a 3ª MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, nesta quinta-feira (3). A peça, uma coprodução do Teatro Nacional de Bruxelas e da companhia de Pommerat, a Louis Brouillard, volta ao cartaz hoje, às 16h, no Auditório Ibirapuera. Crianças de uns dez anos para cima podem assistir a "Cinderela" sem problemas. As legendas contaram com ótima tradução, que não evita os diversos palavrões pronunciados pela madrasta -e também pela fada madrinha. Esta personagem, vivida por Noémie Carcaud, responde pelos momentos mais engraçados. Fumante, saturada do próprio ofício, e muito atrapalhada na hora de fazer as mágicas, a fada quase desiste de ajudar uma Cinderela (Deborah Rouach) que parece plenamente resignada a seu destino de humilhações e trabalhos domésticos. Aqui intervém o lado mais estranho e sombrio da adaptação. Sem fugir aos estereótipos dos contos de fadas (a coitadinha, o príncipe, as rivais malvadas), os personagens da peça surgem com os mais estranhos comportamentos e tipos físicos. Cinderela é uma espécie de anãzinha barriguda, pronta a entregar-se a um príncipe não muito diferente dela. Sofre, além disso, de uma obsessão com a mãe já morta. Acredita que, se não pensar na mãe a cada minuto, irá precipitá-la na morte eterna. Conta, portanto, com um despertador eletrônico que deve lembrá-la constantemente de seu dever imaginário. Caso se distraia, Cinderela se julga merecedora de punições -donde sua submissão às ordens da madrasta. Sua sorte conquista facilmente a simpatia do espectador -que não deixa de perceber, contudo, o completo e arbitrário pesadelo psicológico que Joël Pommerat, não apenas diretor como autor do texto, criou nesse espetáculo. A virtude modernista do estranhamento não contradiz, assim, o hábito tradicional que temos de torcer pelo final feliz. Outra proeza do texto está em recorrer ao velho arsenal da psicanálise (obsessão, conflitos edípicos, masoquismo) sem que tudo pareça óbvio e previsível. O cenário, a música e os figurinos lembram os anos 1970. Ao mesmo tempo, um tema clássico dos contos de fadas (a rainha que sempre quer ser a mais bela, por exemplo) ganha aqui sua atualidade com a preocupação, generalizada nas sociedades contemporâneas, de investir nas tecnologias do embelezamento e da eterna juventude. Mais discreta é a alusão do diretor ao maior problema social da Europa de hoje, a crise da imigração. Uma voz em off, com sotaque nada europeu, dá início à narrativa de "Cinderela". A personagem, transferida ao cenário urbano, torna-se a faxineira imigrante que, aqui como na França, amarga o trabalho pesado e dorme num quartinho. Mas somente a sua voz -não seu corpo nem sua etnia- é dada a conhecer ao público: sutileza do diretor, que mantém o cerne de sua história como que exilado do palco. Mas o que, com esplêndidas manipulações de luz, aparece em cena já é complexo e irônico a mais não poder. CINDERELA QUANDO sáb. (5), às 16h ONDE Auditório Ibirapuera - pq Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, tel. (11) 3629-1075 QUANTO R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 10 anos
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ilustrada
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Inquietante, peça 'Cinderela' recria conto de fadas com originalidadeUma peça pode ser moderníssima, inquietante e mesmo bizarra, sem entretanto deixar o espectador perdido e perplexo. Foi o que mostrou o diretor francês Joël Pommerat com uma original adaptação da história de Cinderela, que abriu maravilhosamente a 3ª MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, nesta quinta-feira (3). A peça, uma coprodução do Teatro Nacional de Bruxelas e da companhia de Pommerat, a Louis Brouillard, volta ao cartaz hoje, às 16h, no Auditório Ibirapuera. Crianças de uns dez anos para cima podem assistir a "Cinderela" sem problemas. As legendas contaram com ótima tradução, que não evita os diversos palavrões pronunciados pela madrasta -e também pela fada madrinha. Esta personagem, vivida por Noémie Carcaud, responde pelos momentos mais engraçados. Fumante, saturada do próprio ofício, e muito atrapalhada na hora de fazer as mágicas, a fada quase desiste de ajudar uma Cinderela (Deborah Rouach) que parece plenamente resignada a seu destino de humilhações e trabalhos domésticos. Aqui intervém o lado mais estranho e sombrio da adaptação. Sem fugir aos estereótipos dos contos de fadas (a coitadinha, o príncipe, as rivais malvadas), os personagens da peça surgem com os mais estranhos comportamentos e tipos físicos. Cinderela é uma espécie de anãzinha barriguda, pronta a entregar-se a um príncipe não muito diferente dela. Sofre, além disso, de uma obsessão com a mãe já morta. Acredita que, se não pensar na mãe a cada minuto, irá precipitá-la na morte eterna. Conta, portanto, com um despertador eletrônico que deve lembrá-la constantemente de seu dever imaginário. Caso se distraia, Cinderela se julga merecedora de punições -donde sua submissão às ordens da madrasta. Sua sorte conquista facilmente a simpatia do espectador -que não deixa de perceber, contudo, o completo e arbitrário pesadelo psicológico que Joël Pommerat, não apenas diretor como autor do texto, criou nesse espetáculo. A virtude modernista do estranhamento não contradiz, assim, o hábito tradicional que temos de torcer pelo final feliz. Outra proeza do texto está em recorrer ao velho arsenal da psicanálise (obsessão, conflitos edípicos, masoquismo) sem que tudo pareça óbvio e previsível. O cenário, a música e os figurinos lembram os anos 1970. Ao mesmo tempo, um tema clássico dos contos de fadas (a rainha que sempre quer ser a mais bela, por exemplo) ganha aqui sua atualidade com a preocupação, generalizada nas sociedades contemporâneas, de investir nas tecnologias do embelezamento e da eterna juventude. Mais discreta é a alusão do diretor ao maior problema social da Europa de hoje, a crise da imigração. Uma voz em off, com sotaque nada europeu, dá início à narrativa de "Cinderela". A personagem, transferida ao cenário urbano, torna-se a faxineira imigrante que, aqui como na França, amarga o trabalho pesado e dorme num quartinho. Mas somente a sua voz -não seu corpo nem sua etnia- é dada a conhecer ao público: sutileza do diretor, que mantém o cerne de sua história como que exilado do palco. Mas o que, com esplêndidas manipulações de luz, aparece em cena já é complexo e irônico a mais não poder. CINDERELA QUANDO sáb. (5), às 16h ONDE Auditório Ibirapuera - pq Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, tel. (11) 3629-1075 QUANTO R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 10 anos
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McCartney começou a beber e quase deixou a música após fim dos Beatles
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Paul McCartney, 73, começou a beber mais do que o normal e quase abandonou a música após a ruptura dos Beatles em 1970, segundo contou em uma entrevista que a BBC Radio transmitirá no sábado (28). O baixista e cantor do grupo britânico disse que formou a banda Wings quando se cansou da bebida, um ano depois. "Eu estava me afastando dos meus amigos, sem saber se continuaria na música", disse à BBC, em trechos da entrevista divulgados nesta terça (24). "Comecei a beber (...) Foi ótimo no início, então de repente eu não estava mais aproveitando. Não estava funcionando. Eu queria retornar e começar do zero, então acabei formando o Wings", disse. O grupo, do qual também participava sua mulher, Linda, começou com apresentações não anunciadas para estudantes. McCartney admitiu que as críticas recebidas no início pelo Wings eram justas, porque Linda ainda estava aprendendo a tocar teclado. "Para ser justo, não éramos muito bons. Nós éramos terríveis. Nós sabíamos que Linda não conseguia tocar, mas ela aprendeu e, olhando para trás, fico muito feliz pelo que nós fizemos". "Eu poderia ter formado um supergrupo, chamado Eric Clapton, Jimmy Page e John Bonham, mas nós progredimos (...), foi muito divertido". JOHN LENNON McCartney contou ainda que ficou feliz de ter feito as pazes com John Lennon antes do assassinato de seu companheiro dos Beatles. "Eu fiquei muito grato por nós termos voltado a ficar bem antes da morte dele. Teria sido muito difícil de lidar com isso... bem, foi muito difícil de qualquer forma." Em 1982, McCartney escreveu a canção "Here Today" sobre Lennon. "Eu pensei em todas as coisas que nunca disse a ele. Sou muito reservado e não gosto de revelar muito. Por que as pessoas deveriam conhecer meus pensamentos mais íntimos? Mas uma canção é o lugar para apresentá-los. Em 'Here Today' eu digo a John 'eu te amo'". "Você pode colocar estas emoções, estas profundas e, algumas vezes, estranhas verdades, em uma música".
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McCartney começou a beber e quase deixou a música após fim dos BeatlesPaul McCartney, 73, começou a beber mais do que o normal e quase abandonou a música após a ruptura dos Beatles em 1970, segundo contou em uma entrevista que a BBC Radio transmitirá no sábado (28). O baixista e cantor do grupo britânico disse que formou a banda Wings quando se cansou da bebida, um ano depois. "Eu estava me afastando dos meus amigos, sem saber se continuaria na música", disse à BBC, em trechos da entrevista divulgados nesta terça (24). "Comecei a beber (...) Foi ótimo no início, então de repente eu não estava mais aproveitando. Não estava funcionando. Eu queria retornar e começar do zero, então acabei formando o Wings", disse. O grupo, do qual também participava sua mulher, Linda, começou com apresentações não anunciadas para estudantes. McCartney admitiu que as críticas recebidas no início pelo Wings eram justas, porque Linda ainda estava aprendendo a tocar teclado. "Para ser justo, não éramos muito bons. Nós éramos terríveis. Nós sabíamos que Linda não conseguia tocar, mas ela aprendeu e, olhando para trás, fico muito feliz pelo que nós fizemos". "Eu poderia ter formado um supergrupo, chamado Eric Clapton, Jimmy Page e John Bonham, mas nós progredimos (...), foi muito divertido". JOHN LENNON McCartney contou ainda que ficou feliz de ter feito as pazes com John Lennon antes do assassinato de seu companheiro dos Beatles. "Eu fiquei muito grato por nós termos voltado a ficar bem antes da morte dele. Teria sido muito difícil de lidar com isso... bem, foi muito difícil de qualquer forma." Em 1982, McCartney escreveu a canção "Here Today" sobre Lennon. "Eu pensei em todas as coisas que nunca disse a ele. Sou muito reservado e não gosto de revelar muito. Por que as pessoas deveriam conhecer meus pensamentos mais íntimos? Mas uma canção é o lugar para apresentá-los. Em 'Here Today' eu digo a John 'eu te amo'". "Você pode colocar estas emoções, estas profundas e, algumas vezes, estranhas verdades, em uma música".
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Política anti-imigração de Trump é barreira para Olimpíada nos EUA
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O governo do presidente Donald Trump engatou uma marcha à ré na candidatura de Los Angeles para abrigar os Jogos Olímpicos de 2024. O ato anti-imigração, assinado por Trump, que impede a entrada nos Estados Unidos de refugiados e cidadãos de sete nações muçulmanas e que provoca clima de insegurança a estrangeiros residentes no país, é golpe com força suficiente para abalar as pretensões olímpicas daquela cidade da Califórnia. Como referendar uma candidatura cujo governo nacional adota política discriminatória contra estrangeiros? A decisão sobre qual cidade terá o direito de promover aqueles Jogos será tomada em setembro, no Peru, durante encontro do Comitê Olímpico Internacional. Além de Los Angeles, concorrem Paris e Budapeste. Nesta sexta (3), as postulantes apresentam o projeto definitivo da candidatura, em reunião do COI, na Suíça. A política imigratória do governo Trump, contestada dentro e fora das fronteiras dos EUA, atinge diretamente cidadãos da Síria, Sudão, Somália, Iêmen, Iraque, Irã e Líbia, países com maioria muçulmana. Mas refugiados de todo o mundo também estão temporariamente proibidos de viajar aos EUA. O COI exige que a candidata tenha respaldo da prefeitura, do governo nacional e do comitê olímpico do país. Boston ensaiou entrar na corrida para receber a Olimpíada, mas acabou desistindo da ideia. Assim, Los Angeles, sede dos Jogos em 1932 e 1984, acabou como a candidata do país, que também abrigou o evento em 1996, em Atlanta. Quanto aos Jogos de 2024, Paris fica em posição privilegiada diante de Los Angeles, enquanto Budapeste, a capital da Hungria, não apresentou nenhum apelo com potencial para desequilibrar a disputa. A capital francesa está empenhada no projeto de promover o evento olímpico, que reúne representantes de mais de 200 comitês olímpicos nacionais. A exemplo de Los Angeles, Paris organizou a Olimpíada em duas oportunidades –em 1900 e 1924. Outros tempos, realidades bem diferentes, sem o gigantismo atual do evento, com gastos exorbitantes e estruturas de porte, que após os Jogos correm sempre o risco do abandono, do pouco uso e, sem utilidade, de se transformarem em elefantes brancos. Mas os dirigentes franceses adiantaram que a proposta de Paris está dentro do conceito da agenda 2020, implantada pelo COI, que visa aproveitar construções já existentes, reduzindo custos para a organização. Coincidentemente, as novas regras passam a vigorar integralmente em 2024. No mundo dos esportes, o posicionamento do governo Trump na política imigratória é ameaça a outras iniciativas, entre elas a importação de atletas e a oportunidade que o país oferece para estágio e treinamento de estrangeiros, vários dos quais passam inclusive a residir nos EUA. É ainda mais grave em relação a uma possível candidatura tripla, com EUA, Canadá e México, aventada no ano passado, para concorrer à sede do Mundial de futebol de 2026, a primeira na história com 48 seleções. Quando essa possibilidade despontou, no final do ano passado, Obama era o presidente dos EUA. A hipótese se tornou inviável, considerando as canetadas de Trump e a intenção da construção de um muro na fronteira EUA-México para barrar imigrantes. É tenebrosa tal situação em pleno século 21.
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Política anti-imigração de Trump é barreira para Olimpíada nos EUAO governo do presidente Donald Trump engatou uma marcha à ré na candidatura de Los Angeles para abrigar os Jogos Olímpicos de 2024. O ato anti-imigração, assinado por Trump, que impede a entrada nos Estados Unidos de refugiados e cidadãos de sete nações muçulmanas e que provoca clima de insegurança a estrangeiros residentes no país, é golpe com força suficiente para abalar as pretensões olímpicas daquela cidade da Califórnia. Como referendar uma candidatura cujo governo nacional adota política discriminatória contra estrangeiros? A decisão sobre qual cidade terá o direito de promover aqueles Jogos será tomada em setembro, no Peru, durante encontro do Comitê Olímpico Internacional. Além de Los Angeles, concorrem Paris e Budapeste. Nesta sexta (3), as postulantes apresentam o projeto definitivo da candidatura, em reunião do COI, na Suíça. A política imigratória do governo Trump, contestada dentro e fora das fronteiras dos EUA, atinge diretamente cidadãos da Síria, Sudão, Somália, Iêmen, Iraque, Irã e Líbia, países com maioria muçulmana. Mas refugiados de todo o mundo também estão temporariamente proibidos de viajar aos EUA. O COI exige que a candidata tenha respaldo da prefeitura, do governo nacional e do comitê olímpico do país. Boston ensaiou entrar na corrida para receber a Olimpíada, mas acabou desistindo da ideia. Assim, Los Angeles, sede dos Jogos em 1932 e 1984, acabou como a candidata do país, que também abrigou o evento em 1996, em Atlanta. Quanto aos Jogos de 2024, Paris fica em posição privilegiada diante de Los Angeles, enquanto Budapeste, a capital da Hungria, não apresentou nenhum apelo com potencial para desequilibrar a disputa. A capital francesa está empenhada no projeto de promover o evento olímpico, que reúne representantes de mais de 200 comitês olímpicos nacionais. A exemplo de Los Angeles, Paris organizou a Olimpíada em duas oportunidades –em 1900 e 1924. Outros tempos, realidades bem diferentes, sem o gigantismo atual do evento, com gastos exorbitantes e estruturas de porte, que após os Jogos correm sempre o risco do abandono, do pouco uso e, sem utilidade, de se transformarem em elefantes brancos. Mas os dirigentes franceses adiantaram que a proposta de Paris está dentro do conceito da agenda 2020, implantada pelo COI, que visa aproveitar construções já existentes, reduzindo custos para a organização. Coincidentemente, as novas regras passam a vigorar integralmente em 2024. No mundo dos esportes, o posicionamento do governo Trump na política imigratória é ameaça a outras iniciativas, entre elas a importação de atletas e a oportunidade que o país oferece para estágio e treinamento de estrangeiros, vários dos quais passam inclusive a residir nos EUA. É ainda mais grave em relação a uma possível candidatura tripla, com EUA, Canadá e México, aventada no ano passado, para concorrer à sede do Mundial de futebol de 2026, a primeira na história com 48 seleções. Quando essa possibilidade despontou, no final do ano passado, Obama era o presidente dos EUA. A hipótese se tornou inviável, considerando as canetadas de Trump e a intenção da construção de um muro na fronteira EUA-México para barrar imigrantes. É tenebrosa tal situação em pleno século 21.
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A morta-viva e os vampiros
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É fácil apontar a causa pela qual o PMDB decidiu romper com o governo Dilma Rousseff: vampiros abandonam corpos quando estão exangues. Dilma Rousseff é, hoje por hoje, uma morta-viva, que deixou de governar faz algum tempo e que, quando governou, semeou a ruína que agora colhe e pavimenta seu caminho para o cadafalso. Hélio Schwartsman, excelente colunista, já deixou claro, na sua coluna desta quarta-feira, 30, que a presidente cairá, se cair, não por algum crime hediondo mas porque está desesperadoramente sozinha. O problema é que, se cair pela via do impeachment, o que virá não traz esperança, a não ser para os que, ingênua ou interessadamente, acreditam que Dilma é a causa de todos os problemas. Qualquer um que conheça a trajetória dos que aparecem nas fotos comemorativas do desembarque do PMDB só pode suar frio: o que vem por aí é parte do "sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país", denunciado por uma grande financiadora, no caso a Odebrecht. O fato, inegável, é que o sistema está podre e o rompimento do PMDB apenas acrescenta anomalia à podridão: a coalizão que foi legitimamente eleita em 2014 rompeu-se na terça-feira. No entanto, o governo continua em funções, ainda que não exerça mais função alguma já faz um bocado de tempo. Agora, o PT diz que vai procurar pedaços de partidos para montar um novo monstro de Frankenstein e reanimar o corpo exangue. Pode até conseguir, mas não há partido que não esteja na planilha da Odebrecht e, se ela própria diz que é "ilegal e ilegítimo" o sistema de financiamento, não há por que não suspeitar de todos os que constam da lista, mesmo os beneficiados por doações declaradas. Temos, pois, um morto-vivo, o governo Dilma, buscando carne possivelmente putrefata para sobreviver. No campo oposto, um bando de oportunistas que deixa a teta gorda em que mamou durante todo o governo, na expectativa de que mude o dono da teta, mas preserve a mamada ampla, geral e irrestrita que a Lava Jato aponta dia sim, o outro também. O governo do PMDB, pelo que já está vazando, será outra criatura de Frankenstein, com outra cara, mas com o mesmo coração. Tudo somado, só resta repetir o que já escrevi neste espaço na semana passada: a única eventual possibilidade de saída para o impasse em que o país mergulhou de cabeça é a convocação o mais depressa possível de novas eleições, de preferência eleições gerais, para a Presidência e para o Congresso. Se a iniciativa partisse da Presidência da República, como, segundo o noticiário, chegaram a cogitar assessores de Dilma, seria o ideal. A presidente sairia mas ninguém poderia gritar "golpe", o que, em tese, acalmaria as ruas excitadas como raramente se viu antes neste país. Só um governo banhado pela legitimidade que dá o voto popular teria, se Deus ajudasse, condições para construir uma verdadeira ponte para o futuro. Eu não transitaria por uma erguida por quem foi governo, com um bando ou com o outro, e que lega essa terra arrasada.
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colunas
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A morta-viva e os vampirosÉ fácil apontar a causa pela qual o PMDB decidiu romper com o governo Dilma Rousseff: vampiros abandonam corpos quando estão exangues. Dilma Rousseff é, hoje por hoje, uma morta-viva, que deixou de governar faz algum tempo e que, quando governou, semeou a ruína que agora colhe e pavimenta seu caminho para o cadafalso. Hélio Schwartsman, excelente colunista, já deixou claro, na sua coluna desta quarta-feira, 30, que a presidente cairá, se cair, não por algum crime hediondo mas porque está desesperadoramente sozinha. O problema é que, se cair pela via do impeachment, o que virá não traz esperança, a não ser para os que, ingênua ou interessadamente, acreditam que Dilma é a causa de todos os problemas. Qualquer um que conheça a trajetória dos que aparecem nas fotos comemorativas do desembarque do PMDB só pode suar frio: o que vem por aí é parte do "sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país", denunciado por uma grande financiadora, no caso a Odebrecht. O fato, inegável, é que o sistema está podre e o rompimento do PMDB apenas acrescenta anomalia à podridão: a coalizão que foi legitimamente eleita em 2014 rompeu-se na terça-feira. No entanto, o governo continua em funções, ainda que não exerça mais função alguma já faz um bocado de tempo. Agora, o PT diz que vai procurar pedaços de partidos para montar um novo monstro de Frankenstein e reanimar o corpo exangue. Pode até conseguir, mas não há partido que não esteja na planilha da Odebrecht e, se ela própria diz que é "ilegal e ilegítimo" o sistema de financiamento, não há por que não suspeitar de todos os que constam da lista, mesmo os beneficiados por doações declaradas. Temos, pois, um morto-vivo, o governo Dilma, buscando carne possivelmente putrefata para sobreviver. No campo oposto, um bando de oportunistas que deixa a teta gorda em que mamou durante todo o governo, na expectativa de que mude o dono da teta, mas preserve a mamada ampla, geral e irrestrita que a Lava Jato aponta dia sim, o outro também. O governo do PMDB, pelo que já está vazando, será outra criatura de Frankenstein, com outra cara, mas com o mesmo coração. Tudo somado, só resta repetir o que já escrevi neste espaço na semana passada: a única eventual possibilidade de saída para o impasse em que o país mergulhou de cabeça é a convocação o mais depressa possível de novas eleições, de preferência eleições gerais, para a Presidência e para o Congresso. Se a iniciativa partisse da Presidência da República, como, segundo o noticiário, chegaram a cogitar assessores de Dilma, seria o ideal. A presidente sairia mas ninguém poderia gritar "golpe", o que, em tese, acalmaria as ruas excitadas como raramente se viu antes neste país. Só um governo banhado pela legitimidade que dá o voto popular teria, se Deus ajudasse, condições para construir uma verdadeira ponte para o futuro. Eu não transitaria por uma erguida por quem foi governo, com um bando ou com o outro, e que lega essa terra arrasada.
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Totens em presídios vão ajudar preso a acompanhar o próprio processo
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A DPU (Defensoria Pública da União) finaliza um projeto para a implementação de totens nas penitenciárias para que os presos possam acompanhar o andamento de seus processos e saber, por exemplo, quando têm direito à progressão de regime. A ideia é instalar o primeiro equipamento ainda neste semestre no presídio federal de Porto Velho. Se o projeto der certo, pode ser uma das saídas para tentar reduzir a superlotação dos presídios. "É como se fosse um terminal de autoatendimento. O preso quer ter o controle de seu processo, de seus prazos de execução penal. E como isso não pode estar disponível o tempo para eles, a saída encontrada foi informatizar e colocar totens dentro das penitenciárias", diz Carlos Eduardo Paz, defensor público-geral federal. Ele atua na área desde 2006 e tomou posse na DPU em 20 de julho de 2016. A defensoria presta orientação jurídica gratuita, principalmente para detentos de baixa renda. "Isso diminuiria uma demanda do detento que precisa de um juiz, de um promotor ou de um defensor naquele local. Ele precisa saber há quanto tempo está preso e quando tem direito à progressão de regime. E eu, como defensor, preciso saber se alguma demanda surge do cárcere, como a necessidade de atendimento médico. Essa demanda sai do totem e vai direto para caixa de mensagens do defensor da execução criminal", afirma. Segundo ele, a falta de informação "é um fator de insuflamento da massa carcerária" e permitir ao preso acompanhar seu processo pode, portanto, ajudar a evitar rebeliões. "Nem todo preso sabe ler e nem conhece os termos jurídicos. Então, fizemos uma alteração para ter algum tipo de desenho, ser mais intuitivo e com linguajar menos jurídico para que o preso possa dizer o que ele quer", diz. O projeto piloto foi apresentado em novembro ao Depen (Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça). A próxima etapa é a finalização do software, que está sendo criado na DPU, e a integração com os sistemas dos tribunais de Justiça dos Estados que receberem o equipamento. O principal problema, diz o defensor, é justamente a falta de celeridade e integração das diferentes partes que atuam na área. CRISE CARCERÁRIA Segundo Paz, a política de encarceramento adotada no Brasil se sobrepõe às soluções alternativas que poderiam reduzir a população carcerária, como a adoção de tornozeleira eletrônica para vigiar preso em regime domiciliar. O defensor-geral diz que a crise do sistema carcerário não surpreende quem atua na área: "A crise é permanente para Defensoria Pública brasileira. É algo que vemos cotidianamente e tentamos enfrentar pelos nossos meios, como as inspeções dos conselhos penitenciários". Outra falha no sistema citada pelo defensor é a falta de políticas efetivas para evitar que o preso reincida no crime após sair da cadeia. Sobre a construção de novos presídios, Paz diz que é compromisso da DPU se instalar onde houver presídio federal. "Você acha que é bom para a sociedade e para uma unidade defensorial ficar instalando unidade onde tem presídio? Eu queria instalar onde pudesse alterar o IDH de uma população, melhorar a situação social do povo. Mas se a decisão política é de construir presídio, a Defensoria vai estar lá como qualquer órgão de execução da pena."
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cotidiano
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Totens em presídios vão ajudar preso a acompanhar o próprio processoA DPU (Defensoria Pública da União) finaliza um projeto para a implementação de totens nas penitenciárias para que os presos possam acompanhar o andamento de seus processos e saber, por exemplo, quando têm direito à progressão de regime. A ideia é instalar o primeiro equipamento ainda neste semestre no presídio federal de Porto Velho. Se o projeto der certo, pode ser uma das saídas para tentar reduzir a superlotação dos presídios. "É como se fosse um terminal de autoatendimento. O preso quer ter o controle de seu processo, de seus prazos de execução penal. E como isso não pode estar disponível o tempo para eles, a saída encontrada foi informatizar e colocar totens dentro das penitenciárias", diz Carlos Eduardo Paz, defensor público-geral federal. Ele atua na área desde 2006 e tomou posse na DPU em 20 de julho de 2016. A defensoria presta orientação jurídica gratuita, principalmente para detentos de baixa renda. "Isso diminuiria uma demanda do detento que precisa de um juiz, de um promotor ou de um defensor naquele local. Ele precisa saber há quanto tempo está preso e quando tem direito à progressão de regime. E eu, como defensor, preciso saber se alguma demanda surge do cárcere, como a necessidade de atendimento médico. Essa demanda sai do totem e vai direto para caixa de mensagens do defensor da execução criminal", afirma. Segundo ele, a falta de informação "é um fator de insuflamento da massa carcerária" e permitir ao preso acompanhar seu processo pode, portanto, ajudar a evitar rebeliões. "Nem todo preso sabe ler e nem conhece os termos jurídicos. Então, fizemos uma alteração para ter algum tipo de desenho, ser mais intuitivo e com linguajar menos jurídico para que o preso possa dizer o que ele quer", diz. O projeto piloto foi apresentado em novembro ao Depen (Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça). A próxima etapa é a finalização do software, que está sendo criado na DPU, e a integração com os sistemas dos tribunais de Justiça dos Estados que receberem o equipamento. O principal problema, diz o defensor, é justamente a falta de celeridade e integração das diferentes partes que atuam na área. CRISE CARCERÁRIA Segundo Paz, a política de encarceramento adotada no Brasil se sobrepõe às soluções alternativas que poderiam reduzir a população carcerária, como a adoção de tornozeleira eletrônica para vigiar preso em regime domiciliar. O defensor-geral diz que a crise do sistema carcerário não surpreende quem atua na área: "A crise é permanente para Defensoria Pública brasileira. É algo que vemos cotidianamente e tentamos enfrentar pelos nossos meios, como as inspeções dos conselhos penitenciários". Outra falha no sistema citada pelo defensor é a falta de políticas efetivas para evitar que o preso reincida no crime após sair da cadeia. Sobre a construção de novos presídios, Paz diz que é compromisso da DPU se instalar onde houver presídio federal. "Você acha que é bom para a sociedade e para uma unidade defensorial ficar instalando unidade onde tem presídio? Eu queria instalar onde pudesse alterar o IDH de uma população, melhorar a situação social do povo. Mas se a decisão política é de construir presídio, a Defensoria vai estar lá como qualquer órgão de execução da pena."
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Municípios brasileiros têm dificuldade até para pedir recursos
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Nem todos os problemas que enfrentamos em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social no Brasil deixam de ser resolvidos por falta de dinheiro. Por incrível que possa parecer, às vezes ocorre o oposto disso, e a demanda por recursos fica aquém do esperado por quem os disponibiliza. É o que narra a Fundação Itaú Social sobre um edital para destinação de 1% do Imposto de Renda devido pelo grupo Itaú Unibanco para projetos voltados à infância e à adolescência. Menos de 10% dos 5.570 municípios brasileiros, representados por seus Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, se candidatam anualmente à partilha dos recursos. O montante investido nos projetos selecionados em 2016 somou R$ 11 milhões (incluindo R$ 1,2 milhão do desconto voluntário do IR de funcionários). O número de interessados até tem aumentado, mas ainda é baixo: saltou de 314 em 2014 para 380 em 2016. Segundo Claudia Sintoni, especialista em Mobilização Social da fundação, o processo de inscrições em 2017 —que está aberto— corre em ritmo parecido ao dos anos anteriores. "A gente tem feito um esforço grande para a divulgação do fundo, mas a demanda ainda é baixa", diz. Ela ressalta que os projetos selecionados podem trazer propostas diferentes —desde que com foco em crianças e adolescentes vulneráveis—, mas normalmente têm elementos em comum. Entre eles, Sintoni lista um grande grau de articulação entre diferentes atores do setor público e da sociedade civil, que têm representação paritária nos Conselhos da Criança e do Adolescente. "Um projeto bem-feito parte necessariamente do bom diagnóstico de um problema local e isso quase sempre depende de informações de diferentes segmentos sociais e secretarias", afirma. O tamanho do município não é impedimento para isso. Entre os projetos que foram premiados em anos recentes e, segundo a instituição, tiveram bons resultados estão dois voltados para educação integral em duas cidades do Estado da Paraíba, a capital, João Pessoa (quase 800 mil habitantes), e a pequena Poço de José de Moura (pouco mais de 4.000 habitantes). O nível socioeconômico também não é uma barreira para o acesso a recursos públicos. O estudo "Excelência com equidade", da Fundação Lemann, identificou escolas que conseguem ótimos resultados educacionais, embora atendam a alunos de baixa renda. Segundo Ernesto Martins Faria, economista da instituição, uma das características em comum de redes municipais que se destacam é a boa capacidade administrativa para solicitar recursos disponibilizados pelos governos estadual e federal. A questão que precisa ser investigada mais a fundo é por que pouquíssimas de nossas cidades demonstram articulação e capacidade técnica para apresentar projetos que cumpram os critérios mínimos exigidos pelos editais do terceiro setor e das esferas governamentais. Provavelmente a resposta passa pela combinação de falta gestão competente e excesso de politicagem. Outro problema sério é nossa baixa tradição de continuidade institucional. Troca o governo e, se há mudança de partido, os bons projetos, independentemente de sua efetividade —que, aliás, raramente é avaliada no Brasil—, são engavetados ou descontinuados.
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Municípios brasileiros têm dificuldade até para pedir recursosNem todos os problemas que enfrentamos em áreas essenciais como saúde, educação e assistência social no Brasil deixam de ser resolvidos por falta de dinheiro. Por incrível que possa parecer, às vezes ocorre o oposto disso, e a demanda por recursos fica aquém do esperado por quem os disponibiliza. É o que narra a Fundação Itaú Social sobre um edital para destinação de 1% do Imposto de Renda devido pelo grupo Itaú Unibanco para projetos voltados à infância e à adolescência. Menos de 10% dos 5.570 municípios brasileiros, representados por seus Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, se candidatam anualmente à partilha dos recursos. O montante investido nos projetos selecionados em 2016 somou R$ 11 milhões (incluindo R$ 1,2 milhão do desconto voluntário do IR de funcionários). O número de interessados até tem aumentado, mas ainda é baixo: saltou de 314 em 2014 para 380 em 2016. Segundo Claudia Sintoni, especialista em Mobilização Social da fundação, o processo de inscrições em 2017 —que está aberto— corre em ritmo parecido ao dos anos anteriores. "A gente tem feito um esforço grande para a divulgação do fundo, mas a demanda ainda é baixa", diz. Ela ressalta que os projetos selecionados podem trazer propostas diferentes —desde que com foco em crianças e adolescentes vulneráveis—, mas normalmente têm elementos em comum. Entre eles, Sintoni lista um grande grau de articulação entre diferentes atores do setor público e da sociedade civil, que têm representação paritária nos Conselhos da Criança e do Adolescente. "Um projeto bem-feito parte necessariamente do bom diagnóstico de um problema local e isso quase sempre depende de informações de diferentes segmentos sociais e secretarias", afirma. O tamanho do município não é impedimento para isso. Entre os projetos que foram premiados em anos recentes e, segundo a instituição, tiveram bons resultados estão dois voltados para educação integral em duas cidades do Estado da Paraíba, a capital, João Pessoa (quase 800 mil habitantes), e a pequena Poço de José de Moura (pouco mais de 4.000 habitantes). O nível socioeconômico também não é uma barreira para o acesso a recursos públicos. O estudo "Excelência com equidade", da Fundação Lemann, identificou escolas que conseguem ótimos resultados educacionais, embora atendam a alunos de baixa renda. Segundo Ernesto Martins Faria, economista da instituição, uma das características em comum de redes municipais que se destacam é a boa capacidade administrativa para solicitar recursos disponibilizados pelos governos estadual e federal. A questão que precisa ser investigada mais a fundo é por que pouquíssimas de nossas cidades demonstram articulação e capacidade técnica para apresentar projetos que cumpram os critérios mínimos exigidos pelos editais do terceiro setor e das esferas governamentais. Provavelmente a resposta passa pela combinação de falta gestão competente e excesso de politicagem. Outro problema sério é nossa baixa tradição de continuidade institucional. Troca o governo e, se há mudança de partido, os bons projetos, independentemente de sua efetividade —que, aliás, raramente é avaliada no Brasil—, são engavetados ou descontinuados.
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Marcas pequenas de moda "plus size" crescem na internet
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Cerca de 60% da população brasileira está acima do peso, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas apenas 18% das lojas oferecem opções em tamanhos grandes, a partir do número 46. Essa fatia do mercado de roupas movimentou R$ 1,8 bilhão em 2015, segundo a Abravest (associação do setor de vestuário), mas ainda tem potencial para crescer. As melhores oportunidades, dizem especialistas e empresários do setor, estão nas lojas virtuais. O e-commerce é uma modalidade mais viável de consumo para um grupo que relata sofrer preconceito e desatenção de vendedores e encontrar pouquíssimas opções nas lojas físicas conhecidas. Em pesquisa realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) neste ano, 91,4% dos entrevistados afirmam que os vendedores não estão preparados para vender roupas de tamanhos maiores. O comércio virtual foi a aposta da Flaminga, que reúne mais de 50 marcas, com peças a partir do número 44. Criada em 2013, a empresa teve investimento de R$ 300 mil. Em 2015, o faturamento foi de R$ 3,5 milhões, segundo seus proprietários, e a estimativa para o fim deste ano é de 35% de crescimento. "O on-line é bom porque elimina a experiência de compra ligada à frustração e ao constrangimento. Há variedade, e a cliente pode trocar a peça se precisar", diz a sócia Cynthia Horowicz, 52. No início, a meta era escolher "marcas-desejo" para a loja virtual, mas Horowicz percebeu que a tarefa não seria fácil. "Era complicado encontrar produtos de qualidade. Alguns fabricantes têm preconceito, não querem se associar com esse segmento." Um dos itens mais vendidos do site é a bota de cano alto sob medida, feita para panturrilhas mais cheias, que custa cerca de R$ 490, além dos biquínis e shorts jeans. A loja on-line Rouge Marie, já conhecida no ambiente virtual, agora vai complementar as operações com uma loja "pop up", que funciona apenas por um período curto. "Queremos mirar quem tem receio de comprar pela internet e tentar atrair essa clientela", afirma a sócia Ludmila Batista, 39, estilista. A ideia é abrir aos sábados e promover encontros com blogueiras e pessoas influentes na área. Criada há três anos, a marca teve investimento inicial de R$ 100 mil. Batista não informa o faturamento, mas diz crescer 15% ao ano. Segundo o consultor do Sebrae-SP Bruno Zamith, o maior desafio para empresas do setor é a padronização dos tamanhos das roupas. No Brasil, não há regras para isso. Por esse motivo, peças com a mesma medida podem ter diferentes numerações, de acordo com cada confecção. "O mercado on-line poderia estar mais aquecido, mas perde com isso", diz Zamith. Uma estratégia das empresas é divulgar as medidas da peças em centímetros para que as clientes comparem com seu próprio corpo. NA PASSARELA A oferta pequena e dispersa de roupas em tamanhos maiores ainda existe. As próprias consumidoras, como as jornalistas Renata Poskus, 34, e Flávia Durante, 39, se organizam para dar mais visibilidade às opções. Flávia é a cabeça por trás do Bazar Pop Plus Size, feira de marcas do segmento realizada quatro vezes ao ano desde 2012, em São Paulo. Hoje, cerca de 50 expositores participam do evento. "Queria descobrir quem fazia coisas legais na área, que era vinculada a uma coisa meio de tia-avó", diz. "Hoje, temos lista de espera. É moda como identidade e dignidade, ninguém está aqui fazendo apologia da gordura." Já Poskus foi uma das criadoras do Fashion Weekend Plus Size, que teve a sua 14ª edição em 24 de julho, também na capital paulista. Ela diz ter notado o descompasso entre oferta e procura. "Se você tem 200 lojas em um shopping e só duas atendem uma fatia equivalente à quase metade da população, algo está errado." Para quem pensa em investir no setor, Poskus, que veste entre 46 e 48, dá a dica: "Temos três nichos muito mal explorados: adolescentes, fitness e moda festa."
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mercado
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Marcas pequenas de moda "plus size" crescem na internetCerca de 60% da população brasileira está acima do peso, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas apenas 18% das lojas oferecem opções em tamanhos grandes, a partir do número 46. Essa fatia do mercado de roupas movimentou R$ 1,8 bilhão em 2015, segundo a Abravest (associação do setor de vestuário), mas ainda tem potencial para crescer. As melhores oportunidades, dizem especialistas e empresários do setor, estão nas lojas virtuais. O e-commerce é uma modalidade mais viável de consumo para um grupo que relata sofrer preconceito e desatenção de vendedores e encontrar pouquíssimas opções nas lojas físicas conhecidas. Em pesquisa realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) neste ano, 91,4% dos entrevistados afirmam que os vendedores não estão preparados para vender roupas de tamanhos maiores. O comércio virtual foi a aposta da Flaminga, que reúne mais de 50 marcas, com peças a partir do número 44. Criada em 2013, a empresa teve investimento de R$ 300 mil. Em 2015, o faturamento foi de R$ 3,5 milhões, segundo seus proprietários, e a estimativa para o fim deste ano é de 35% de crescimento. "O on-line é bom porque elimina a experiência de compra ligada à frustração e ao constrangimento. Há variedade, e a cliente pode trocar a peça se precisar", diz a sócia Cynthia Horowicz, 52. No início, a meta era escolher "marcas-desejo" para a loja virtual, mas Horowicz percebeu que a tarefa não seria fácil. "Era complicado encontrar produtos de qualidade. Alguns fabricantes têm preconceito, não querem se associar com esse segmento." Um dos itens mais vendidos do site é a bota de cano alto sob medida, feita para panturrilhas mais cheias, que custa cerca de R$ 490, além dos biquínis e shorts jeans. A loja on-line Rouge Marie, já conhecida no ambiente virtual, agora vai complementar as operações com uma loja "pop up", que funciona apenas por um período curto. "Queremos mirar quem tem receio de comprar pela internet e tentar atrair essa clientela", afirma a sócia Ludmila Batista, 39, estilista. A ideia é abrir aos sábados e promover encontros com blogueiras e pessoas influentes na área. Criada há três anos, a marca teve investimento inicial de R$ 100 mil. Batista não informa o faturamento, mas diz crescer 15% ao ano. Segundo o consultor do Sebrae-SP Bruno Zamith, o maior desafio para empresas do setor é a padronização dos tamanhos das roupas. No Brasil, não há regras para isso. Por esse motivo, peças com a mesma medida podem ter diferentes numerações, de acordo com cada confecção. "O mercado on-line poderia estar mais aquecido, mas perde com isso", diz Zamith. Uma estratégia das empresas é divulgar as medidas da peças em centímetros para que as clientes comparem com seu próprio corpo. NA PASSARELA A oferta pequena e dispersa de roupas em tamanhos maiores ainda existe. As próprias consumidoras, como as jornalistas Renata Poskus, 34, e Flávia Durante, 39, se organizam para dar mais visibilidade às opções. Flávia é a cabeça por trás do Bazar Pop Plus Size, feira de marcas do segmento realizada quatro vezes ao ano desde 2012, em São Paulo. Hoje, cerca de 50 expositores participam do evento. "Queria descobrir quem fazia coisas legais na área, que era vinculada a uma coisa meio de tia-avó", diz. "Hoje, temos lista de espera. É moda como identidade e dignidade, ninguém está aqui fazendo apologia da gordura." Já Poskus foi uma das criadoras do Fashion Weekend Plus Size, que teve a sua 14ª edição em 24 de julho, também na capital paulista. Ela diz ter notado o descompasso entre oferta e procura. "Se você tem 200 lojas em um shopping e só duas atendem uma fatia equivalente à quase metade da população, algo está errado." Para quem pensa em investir no setor, Poskus, que veste entre 46 e 48, dá a dica: "Temos três nichos muito mal explorados: adolescentes, fitness e moda festa."
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Tragédia silenciosa
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Em meio à estridência de péssimas notícias no emprego, inflação e cortes bilionários do ajuste fiscal, vai passando meio batido uma das maiores tragédias vividas pela economia brasileira nos últimos anos. Em grande parte provocada pela falta de honestidade do governo Dilma 1 em relação à realidade. A indústria brasileira está minguando. Com ela, perde-se toda a capacidade de inovação, potencial de crescimento sustentável e os melhores empregos. Enquanto o setor não se recuperar, dificilmente o Brasil sairá do buraco em que se meteu. E ela segue ladeira abaixo. Há 20 anos, a indústria de transformação (mais sofisticada, como a automobilística) representava quase 20% da formação do PIB. Hoje, mal passa de 10%. E se iguala em peso a áreas menos sofisticadas do setor, como construção e extrativa mineral, que pouco agregam em conteúdo tecnológico. O massacre se acentuou com Dilma, a partir de 2010, e com sua política de segurar a inflação mantendo o dólar baixo. Os brasileiros não deixaram de consumir produtos industrializados. Mas passaram a criar empregos fora do país ao comprar bens importados baratos. A própria indústria local chega a ter entre 25% e 35% de componentes importados em seus produtos pela vantagem cambial. Além de segurar artificialmente o câmbio, Dilma 1 conseguiu desorganizar dezenas de setores ao conceder incentivos pontuais a seus "eleitos". Com políticas esquizofrênicas, desonerou a folha de pagamento do setor a partir de 2012 e agora quer o fim do benefício. A Fiesp estima em 290 mil demissões o impacto da medida, sem considerar a atual queda no consumo das famílias. Nos setores mais sofisticados, são necessários quase cinco anos para formar um bom profissional, que chega a ganhar R$ 5.000 por mês. O setor industrial representa 36% da arrecadação de impostos. Cerca de 25% dos trabalhadores do país (maior proporção) que ganham mais de R$ 4.000 trabalham para a indústria. Ela tem a maior taxa de formalização no emprego, de 75%, com 21,5 milhões de operários (o segundo maior contingente de trabalho). Em abril, a indústria brasileira encolheu 7,6% em relação a abril de 2014. A produção caiu em 12 dos 14 Estados onde é significativa. Em São Paulo (30% do total), a queda foi de absurdos 11,3%. A automobilística encolheu bem mais, 23%. Máquinas e equipamentos, que garantem crescimento sustentável, -12%. Entre os únicos setores em alta, produtos em madeira e indústria extrativa, de baixíssima tecnologia. Este é o caminho que estamos seguindo. Voltando a ser um país desindustrializado, de baixa competitividade e com padrão tecnológico cada vez menor.
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colunas
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Tragédia silenciosaEm meio à estridência de péssimas notícias no emprego, inflação e cortes bilionários do ajuste fiscal, vai passando meio batido uma das maiores tragédias vividas pela economia brasileira nos últimos anos. Em grande parte provocada pela falta de honestidade do governo Dilma 1 em relação à realidade. A indústria brasileira está minguando. Com ela, perde-se toda a capacidade de inovação, potencial de crescimento sustentável e os melhores empregos. Enquanto o setor não se recuperar, dificilmente o Brasil sairá do buraco em que se meteu. E ela segue ladeira abaixo. Há 20 anos, a indústria de transformação (mais sofisticada, como a automobilística) representava quase 20% da formação do PIB. Hoje, mal passa de 10%. E se iguala em peso a áreas menos sofisticadas do setor, como construção e extrativa mineral, que pouco agregam em conteúdo tecnológico. O massacre se acentuou com Dilma, a partir de 2010, e com sua política de segurar a inflação mantendo o dólar baixo. Os brasileiros não deixaram de consumir produtos industrializados. Mas passaram a criar empregos fora do país ao comprar bens importados baratos. A própria indústria local chega a ter entre 25% e 35% de componentes importados em seus produtos pela vantagem cambial. Além de segurar artificialmente o câmbio, Dilma 1 conseguiu desorganizar dezenas de setores ao conceder incentivos pontuais a seus "eleitos". Com políticas esquizofrênicas, desonerou a folha de pagamento do setor a partir de 2012 e agora quer o fim do benefício. A Fiesp estima em 290 mil demissões o impacto da medida, sem considerar a atual queda no consumo das famílias. Nos setores mais sofisticados, são necessários quase cinco anos para formar um bom profissional, que chega a ganhar R$ 5.000 por mês. O setor industrial representa 36% da arrecadação de impostos. Cerca de 25% dos trabalhadores do país (maior proporção) que ganham mais de R$ 4.000 trabalham para a indústria. Ela tem a maior taxa de formalização no emprego, de 75%, com 21,5 milhões de operários (o segundo maior contingente de trabalho). Em abril, a indústria brasileira encolheu 7,6% em relação a abril de 2014. A produção caiu em 12 dos 14 Estados onde é significativa. Em São Paulo (30% do total), a queda foi de absurdos 11,3%. A automobilística encolheu bem mais, 23%. Máquinas e equipamentos, que garantem crescimento sustentável, -12%. Entre os únicos setores em alta, produtos em madeira e indústria extrativa, de baixíssima tecnologia. Este é o caminho que estamos seguindo. Voltando a ser um país desindustrializado, de baixa competitividade e com padrão tecnológico cada vez menor.
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Itália prende argelino suspeito de colaborar com ataques em Bruxelas
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A polícia da Itália prendeu um argelino suspeito de ter fabricado documentos falsos para militantes islâmicos ligados aos recentes ataques em Bruxelas e Paris. Djamal Eddine Ouali, 40, foi preso por forças antiterroristas em Bellizzi, uma pequena cidade perto de Salerno no sul da Itália, de acordo com a TV Sky TG 24. A polícia não forneceu mais detalhes. Os relatos na imprensa italiana dizem que a prisão foi feita a partir de um mandado emitido por autoridades da Bélgica por produção de documentos falsos para serem usados por imigrantes ilegais. O nome de Ouali foi encontrado em uma busca em um apartamento perto de Bruxelas em outubro, incluindo alguns documentos e fotos de alguns dos militantes envolvidos em ataques no ano passado em Paris e na semana passada em Bruxelas. De acordo com a imprensa italiana, Ouali poderá ser extraditado para a Bélgica nos próximos dias.
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Itália prende argelino suspeito de colaborar com ataques em BruxelasA polícia da Itália prendeu um argelino suspeito de ter fabricado documentos falsos para militantes islâmicos ligados aos recentes ataques em Bruxelas e Paris. Djamal Eddine Ouali, 40, foi preso por forças antiterroristas em Bellizzi, uma pequena cidade perto de Salerno no sul da Itália, de acordo com a TV Sky TG 24. A polícia não forneceu mais detalhes. Os relatos na imprensa italiana dizem que a prisão foi feita a partir de um mandado emitido por autoridades da Bélgica por produção de documentos falsos para serem usados por imigrantes ilegais. O nome de Ouali foi encontrado em uma busca em um apartamento perto de Bruxelas em outubro, incluindo alguns documentos e fotos de alguns dos militantes envolvidos em ataques no ano passado em Paris e na semana passada em Bruxelas. De acordo com a imprensa italiana, Ouali poderá ser extraditado para a Bélgica nos próximos dias.
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Hidrovia Tietê-Paraná será reaberta após quase dois anos fechada pela seca
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Após 20 meses interditada devido à seca, a hidrovia Tietê-Paraná, uma das principais vias de exportação do país, será reaberta para navegação nesta quarta-feira (27), pela Marinha, graças às chuvas das últimas semanas. A interdição, feita em maio de 2014 pelo órgão, causou prejuízos de ao menos R$ 1 bilhão às empresas de navegação e tirou o emprego de cerca de 1.600 pessoas, além de afetar o transporte entre os usuários desse tipo de via. VOLUME TRANSPORTADO - Em milhões de toneladas Mas o que era para ser motivo de comemoração entre as empresas de navegação ainda causa preocupação, pois não há garantias de que a hidrovia estará imune a um novo rebaixamento de água. O problema é que a mesma água usada na navegação é demandada para a geração de energia. Nos últimos meses, a prioridade foi usar o recurso nas hidrelétricas, em detrimento da hidrovia. "Enquanto não tivermos a real garantia de que o nível da água não será mais reduzido, não vamos nos sentir seguros para investir de novo", diz Edson Palmesan, presidente do sindicato dos armadores do Estado de SP. O transporte por hidrovia é uma das opções mais baratas para a logística: o custo costuma ser um quarto do valor do transporte rodoviário, para onde muitas empresas, sem a estrutura do modal ferroviário, tiveram que migrar. O modal, que em 2013 transportou 6,2 milhões de toneladas em grãos (soja e milho, principalmente), celulose, madeira e cana, teve queda de 26,2% no volume transportado em 2014 e parou totalmente em 2015. Segundo dados do setor, cerca de R$ 10 bilhões em produtos são transportados por ano pela hidrovia, que possui 2.400 km e atende SP, MG, MT, MS, PR e GO. A suspensão da navegação foi tomada por causa do baixo calado (profundidade segura para a navegação) e do excesso de pedras no reservatório de Três Irmãos, entre o km 99,5 e a eclusa de Nova Avanhandava, no sentido SP. No momento mais crítico, em 4 de fevereiro de 2015, o reservatório de Três Irmãos atingiu o nível de 318,85 m. Para a retomada da navegação, é preciso o nível mínimo de 325,40 m. Na última semana, ele chegou a 326,40 m. SEGURANÇA Dono da DNP Indústria e Navegação, Nelson Michielin afirma que empresas como a Cargill e a Caramuru, que comercializam grãos pela hidrovia, já o procuraram para retomar o transporte hidroviário. Ele afirma, porém, estar receoso com o processo, principalmente com a falta de garantias para a navegação sustentável. "Não dá para investir por três meses e depois parar tudo novamente por falta de água", diz o empresário. Sua capacidade de transporte é de 3 milhões de toneladas por ano. Devido à suspensão de 2015, demitiu cerca de 800 trabalhadores, metade do total calculado pelo sindicato dos trabalhadores em transporte fluvial de SP. As embarcações estão paradas no rio Tietê, em Barra Bonita, e o prejuízo passou de R$ 80 milhões, diz ele. Michielin afirma que precisa fazer a manutenção das embarcações e que só deverá retomar a navegação em março. Gigante do agronegócio e apontada como segunda maior usuária da hidrovia, a Louis Dreyfus Commodities já planeja a retomada do transporte pelo rio. Espera movimentar pela via 70% de toda a sua produção. Em nota, a companhia disse ainda que pretende recontratar os antigos colaboradores. "Estamos em contato com eles. A hidrovia é um importante modal para o transporte de soja e milho de Goiás e Mato Grosso", informou. OUTRO LADO A Marinha do Brasil decidiu desinterditar a hidrovia Tietê-Paraná após a divulgação do nível no reservatório de Três Irmãos feita pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e o Departamento Hidroviário de São Paulo. Na última semana, o nível no reservatório atingiu 326,40 m acima do nível mínimo necessário para a retomada da navegação, que é de 325,40 m. Já o calado (profundida segura) mínimo para a navegação deve ser de 2,70 m. Em nota, a Marinha informa que, diante da iminente desinterdição, convocou uma reunião com o setor e abordou temas como a segurança da navegação, a prevenção da vida e a poluição hídrica. Já a ANA (Agência Nacional de Águas) afirma que espera até abril a CTG (China Three Gorges), empresa que ganhou a concessão para operar as hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá na hidrovia, pedir outorga operacional. Por meio dessa licença, de acordo com a nota da agência, poderão ser garantidas as condições de operação das usinas hidrelétricas que atendam a todos os usos da bacia, inclusive a navegação, com regras claras para períodos de poucas chuvas. O ONS, por sua vez, informa em nota que a operação de Ilha Solteira com fins energéticos é fundamental para a segurança do abastecimento elétrico nacional, e que espera o retorno da navegação de forma sustentável em breve. O secretário de Logística e Transportes de SP, Duarte Nogueira, diz que publicará em fevereiro uma licitação de R$ 287 milhões para obras de retirada das pedras no reservatório de Três Irmãos. Com isso, a navegação poderá ser liberada com o nível em 323 m. A obra será feita no prazo de 29 meses, considerando os períodos de reprodução dos peixes. Serão retirados dois metros de pedra do subterrâneo.
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Hidrovia Tietê-Paraná será reaberta após quase dois anos fechada pela secaApós 20 meses interditada devido à seca, a hidrovia Tietê-Paraná, uma das principais vias de exportação do país, será reaberta para navegação nesta quarta-feira (27), pela Marinha, graças às chuvas das últimas semanas. A interdição, feita em maio de 2014 pelo órgão, causou prejuízos de ao menos R$ 1 bilhão às empresas de navegação e tirou o emprego de cerca de 1.600 pessoas, além de afetar o transporte entre os usuários desse tipo de via. VOLUME TRANSPORTADO - Em milhões de toneladas Mas o que era para ser motivo de comemoração entre as empresas de navegação ainda causa preocupação, pois não há garantias de que a hidrovia estará imune a um novo rebaixamento de água. O problema é que a mesma água usada na navegação é demandada para a geração de energia. Nos últimos meses, a prioridade foi usar o recurso nas hidrelétricas, em detrimento da hidrovia. "Enquanto não tivermos a real garantia de que o nível da água não será mais reduzido, não vamos nos sentir seguros para investir de novo", diz Edson Palmesan, presidente do sindicato dos armadores do Estado de SP. O transporte por hidrovia é uma das opções mais baratas para a logística: o custo costuma ser um quarto do valor do transporte rodoviário, para onde muitas empresas, sem a estrutura do modal ferroviário, tiveram que migrar. O modal, que em 2013 transportou 6,2 milhões de toneladas em grãos (soja e milho, principalmente), celulose, madeira e cana, teve queda de 26,2% no volume transportado em 2014 e parou totalmente em 2015. Segundo dados do setor, cerca de R$ 10 bilhões em produtos são transportados por ano pela hidrovia, que possui 2.400 km e atende SP, MG, MT, MS, PR e GO. A suspensão da navegação foi tomada por causa do baixo calado (profundidade segura para a navegação) e do excesso de pedras no reservatório de Três Irmãos, entre o km 99,5 e a eclusa de Nova Avanhandava, no sentido SP. No momento mais crítico, em 4 de fevereiro de 2015, o reservatório de Três Irmãos atingiu o nível de 318,85 m. Para a retomada da navegação, é preciso o nível mínimo de 325,40 m. Na última semana, ele chegou a 326,40 m. SEGURANÇA Dono da DNP Indústria e Navegação, Nelson Michielin afirma que empresas como a Cargill e a Caramuru, que comercializam grãos pela hidrovia, já o procuraram para retomar o transporte hidroviário. Ele afirma, porém, estar receoso com o processo, principalmente com a falta de garantias para a navegação sustentável. "Não dá para investir por três meses e depois parar tudo novamente por falta de água", diz o empresário. Sua capacidade de transporte é de 3 milhões de toneladas por ano. Devido à suspensão de 2015, demitiu cerca de 800 trabalhadores, metade do total calculado pelo sindicato dos trabalhadores em transporte fluvial de SP. As embarcações estão paradas no rio Tietê, em Barra Bonita, e o prejuízo passou de R$ 80 milhões, diz ele. Michielin afirma que precisa fazer a manutenção das embarcações e que só deverá retomar a navegação em março. Gigante do agronegócio e apontada como segunda maior usuária da hidrovia, a Louis Dreyfus Commodities já planeja a retomada do transporte pelo rio. Espera movimentar pela via 70% de toda a sua produção. Em nota, a companhia disse ainda que pretende recontratar os antigos colaboradores. "Estamos em contato com eles. A hidrovia é um importante modal para o transporte de soja e milho de Goiás e Mato Grosso", informou. OUTRO LADO A Marinha do Brasil decidiu desinterditar a hidrovia Tietê-Paraná após a divulgação do nível no reservatório de Três Irmãos feita pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e o Departamento Hidroviário de São Paulo. Na última semana, o nível no reservatório atingiu 326,40 m acima do nível mínimo necessário para a retomada da navegação, que é de 325,40 m. Já o calado (profundida segura) mínimo para a navegação deve ser de 2,70 m. Em nota, a Marinha informa que, diante da iminente desinterdição, convocou uma reunião com o setor e abordou temas como a segurança da navegação, a prevenção da vida e a poluição hídrica. Já a ANA (Agência Nacional de Águas) afirma que espera até abril a CTG (China Three Gorges), empresa que ganhou a concessão para operar as hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá na hidrovia, pedir outorga operacional. Por meio dessa licença, de acordo com a nota da agência, poderão ser garantidas as condições de operação das usinas hidrelétricas que atendam a todos os usos da bacia, inclusive a navegação, com regras claras para períodos de poucas chuvas. O ONS, por sua vez, informa em nota que a operação de Ilha Solteira com fins energéticos é fundamental para a segurança do abastecimento elétrico nacional, e que espera o retorno da navegação de forma sustentável em breve. O secretário de Logística e Transportes de SP, Duarte Nogueira, diz que publicará em fevereiro uma licitação de R$ 287 milhões para obras de retirada das pedras no reservatório de Três Irmãos. Com isso, a navegação poderá ser liberada com o nível em 323 m. A obra será feita no prazo de 29 meses, considerando os períodos de reprodução dos peixes. Serão retirados dois metros de pedra do subterrâneo.
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Os donos do mundo
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"Se as coisas não melhorarem até o fim do ano, acho que estou arruinado", me contava Ismail, tentando embutir uma ironia no seu comentário, enquanto tomávamos chá no terceiro andar de sua loja (que também é uma galeria de arte), inaugurada meses atrás no Grand Bazaar. Mas a suposta ironia era só o disfarce para uma real melancolia. Não aquela que os próprios turcos chamam de "hüzün", antiga, histórica, platônica, quase romântica –como já tentou nos convencer o grande escritor Orhan Pamuk–, mas uma desesperança de quem não consegue acreditar num processo que se desenrola de maneira muito real no dia a dia de uma cidade que costumava ser um dos maiores polos turísticos do mundo: Istambul. Essa conversa aconteceu no último mês de abril, quando, de passagem rápida pela cidade, aceitei o convite de Ismail para visitá-lo no seu novo estabelecimento, a Iznik Works: seu primeiro grande negócio próprio, que encheu de orgulho esse filho, neto, bisneto e tataraneto de comerciantes que praticamente fundaram o Grand Bazaar. E se o tom já era de desânimo, você pode imaginar como ele estava depois do último atentado em Istambul, agora, no dia 7 de junho –o terceiro deste ano. Ismail lamentava, e com razão, que ataques como esses espantam os turistas. O que, para uma cidade como Istambul, é um golpe fatal. Falando também com uma amiga brasileira (casada com um turco) que mora lá e trabalha com turismo, descubro que o efeito já está sendo sentido, por exemplo, em operadoras de turismo do Brasil, que começaram a cancelar pacotes para a Turquia. Numa reportagem que ela me enviou, publicada pela "Turizm Gazetesi", os dados de fluxo de visitantes entre janeiro e maio de 2016 em Antalya, uma região no Mediterrâneo que recebe viajantes no ano todo, são assustadores: uma diminuição de 44%, cerca de 1 milhão de pessoas que deixaram de ir para lá, comparando com o ano passado. Italianos e franceses desapareceram em massa –65% e 59%, respectivamente. E os russos diminuíram 96%! Olhando assim, a triste conclusão é a de que o terrorismo está "ganhando": as pessoas estão mesmo assustadas a ponto de desistirem de um direito natural, que é o de circular pelo mundo. Em regiões mais instáveis politicamente, a estratégia parece dar certo. O Egito também viu o número de estrangeiros despencar recentemente. Será que nossa curiosidade vagante finalmente foi derrotada pelo medo? Talvez não. Até o momento em que escrevo esta coluna, o campeonato europeu de futebol transcorre sem grandes incidentes na França, um dos alvos do terror desde o ano passado –com segurança reforçada, é verdade, mas com o entusiasmo dos visitantes intacto. Duas semanas atrás estive em Bancoc (Tailândia) e fiz questão de ir ao templo de Erawan (cenário de outro atentado, em agosto de 2015), para acender incensos e rezar, como centenas de pessoas que passavam por lá. E meu amigo que tem um restaurante em Bruxelas –onde estive no dia do atentando em março passado– me dá a boa notícia de que o movimento só cresceu depois do susto inicial. Onde é seguro hoje em dia? Domingo passado acordamos com a notícia de que 50 pessoas foram mortas em um ataque em Orlando, na Flórida –cidade mais conhecida por ter certo parque de diversões que é referência para o turismo familiar no mundo todo (você sabe qual é"¦). E o próprio Rio de Janeiro, cheio de encantos mil, se prepara para receber a Olimpíada daqui a algumas semanas com um esquema poderoso que pretende driblar qualquer ameaça nesse sentido. Esse é o jogo deles, daqueles que, por não terem nada melhor a oferecer –na ideologia, na crença distorcida, no vazio do seu poder efêmero–, pensam que podem nos privar de circular pelo mundo. E se esquecem justamente que esse mundo não pertence a ninguém especificamente, mas a todos nós.
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Os donos do mundo"Se as coisas não melhorarem até o fim do ano, acho que estou arruinado", me contava Ismail, tentando embutir uma ironia no seu comentário, enquanto tomávamos chá no terceiro andar de sua loja (que também é uma galeria de arte), inaugurada meses atrás no Grand Bazaar. Mas a suposta ironia era só o disfarce para uma real melancolia. Não aquela que os próprios turcos chamam de "hüzün", antiga, histórica, platônica, quase romântica –como já tentou nos convencer o grande escritor Orhan Pamuk–, mas uma desesperança de quem não consegue acreditar num processo que se desenrola de maneira muito real no dia a dia de uma cidade que costumava ser um dos maiores polos turísticos do mundo: Istambul. Essa conversa aconteceu no último mês de abril, quando, de passagem rápida pela cidade, aceitei o convite de Ismail para visitá-lo no seu novo estabelecimento, a Iznik Works: seu primeiro grande negócio próprio, que encheu de orgulho esse filho, neto, bisneto e tataraneto de comerciantes que praticamente fundaram o Grand Bazaar. E se o tom já era de desânimo, você pode imaginar como ele estava depois do último atentado em Istambul, agora, no dia 7 de junho –o terceiro deste ano. Ismail lamentava, e com razão, que ataques como esses espantam os turistas. O que, para uma cidade como Istambul, é um golpe fatal. Falando também com uma amiga brasileira (casada com um turco) que mora lá e trabalha com turismo, descubro que o efeito já está sendo sentido, por exemplo, em operadoras de turismo do Brasil, que começaram a cancelar pacotes para a Turquia. Numa reportagem que ela me enviou, publicada pela "Turizm Gazetesi", os dados de fluxo de visitantes entre janeiro e maio de 2016 em Antalya, uma região no Mediterrâneo que recebe viajantes no ano todo, são assustadores: uma diminuição de 44%, cerca de 1 milhão de pessoas que deixaram de ir para lá, comparando com o ano passado. Italianos e franceses desapareceram em massa –65% e 59%, respectivamente. E os russos diminuíram 96%! Olhando assim, a triste conclusão é a de que o terrorismo está "ganhando": as pessoas estão mesmo assustadas a ponto de desistirem de um direito natural, que é o de circular pelo mundo. Em regiões mais instáveis politicamente, a estratégia parece dar certo. O Egito também viu o número de estrangeiros despencar recentemente. Será que nossa curiosidade vagante finalmente foi derrotada pelo medo? Talvez não. Até o momento em que escrevo esta coluna, o campeonato europeu de futebol transcorre sem grandes incidentes na França, um dos alvos do terror desde o ano passado –com segurança reforçada, é verdade, mas com o entusiasmo dos visitantes intacto. Duas semanas atrás estive em Bancoc (Tailândia) e fiz questão de ir ao templo de Erawan (cenário de outro atentado, em agosto de 2015), para acender incensos e rezar, como centenas de pessoas que passavam por lá. E meu amigo que tem um restaurante em Bruxelas –onde estive no dia do atentando em março passado– me dá a boa notícia de que o movimento só cresceu depois do susto inicial. Onde é seguro hoje em dia? Domingo passado acordamos com a notícia de que 50 pessoas foram mortas em um ataque em Orlando, na Flórida –cidade mais conhecida por ter certo parque de diversões que é referência para o turismo familiar no mundo todo (você sabe qual é"¦). E o próprio Rio de Janeiro, cheio de encantos mil, se prepara para receber a Olimpíada daqui a algumas semanas com um esquema poderoso que pretende driblar qualquer ameaça nesse sentido. Esse é o jogo deles, daqueles que, por não terem nada melhor a oferecer –na ideologia, na crença distorcida, no vazio do seu poder efêmero–, pensam que podem nos privar de circular pelo mundo. E se esquecem justamente que esse mundo não pertence a ninguém especificamente, mas a todos nós.
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Psicose pós-parto: 'Achei que tivesse assassinado minha bebê'
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Tornar-se mãe não é uma experiência simples e fácil. O período que sucede o parto é o momento em que as mulheres estão mais propensas a doenças mentais, como depressão ou psicose. A psicose pós-parto, uma doença pouco compreendida, afeta uma em cada 500 mães e pode levar ao suicídio ou mesmo ao assassinato de bebês. A professora universitária britânica Sally Wilson passou por isso e conta sua experiência: "A foto acima é de mim, meu marido, Jamie, e nossa filha de dois anos, Ella, numa estação de esqui na França, há algumas semanas. Olhando assim não parece que somos diferentes de nenhuma outra família feliz em férias, não é? Mas o que passamos antes, no início da nossa pequena família, é bem diferente do que outros pais de primeira viagem vivem. É uma história de destruição, sobre viver o mais terrível e inevitável pesadelo dia após dia, sentir uma dor e um desespero tão grandes que eu sempre pensava em sair andando mar adentro perto de casa, no norte do País de Gales. Antes de Ella nascer eu nunca tinha ouvido falar da psicose pós-parto. Dois anos depois, já estou totalmente recuperada. Não foi fácil, tive que me submeter a um tratamento controverso. Finalmente voltei a ser como era antes –algo que não achava ser possível. Jamie e eu nos casamos em 2013 e, como tínhamos planejado, aumentamos a família um ano e pouco depois. Minha gravidez foi boa. Mas, no final, tive sintomas de pré-eclâmpsia, um transtorno da gravidez caracterizado pelo aumento da pressão arterial, que é perigoso se não for tratado. Por isso, o parto foi induzido. 'UMA COISA ASSUSTADORA' Meu trabalho de parto foi doloroso –até aí, nada demais. Mas com o passar das horas, as coisas começaram a piorar. Fiquei incrivelmente confusa. Perdi a noção do tempo. Não dormi e me sentia febril. Os médicos aumentaram a dose dos hormônios para induzir o parto, me deram gás anestésico, oxigênio e o analgésico Demerol. Os batimentos cardíacos da Ella continuavam caindo e ela estava em sofrimento. Ela nasceu de manhã cedo, em março de 2015, de cesariana. À medida que fui voltando da anestesia, uma coisa muito assustadora começou a acontecer. Minha confusão era enorme. Eu ficava dizendo que não sabia o que estava havendo e perguntava por que havia médicos no quarto. Fizeram uma tomografia do meu cérebro e exames de sangue, porque havia a suspeita de um derrame cerebral, mas os resultados foram negativos. Lembro de um momento em que senti meus olhos revirando e caí sobre a cama. Durante a noite, eu implorava às enfermeiras para ficarem sentadas perto de mim, porque sentia muito medo. Também estava paranoica, achando que elas estavam falando de mim. Eu ficava em pânico, convencida de que fazia algo errado. 'ACHEI QUE TINHA MORRIDO' Dias depois, as coisas pioraram ainda mais. Levantei para ir ao banheiro e desabei. Eu chorava aos soluços e me recusava a levantar. Na minha cabeça, acreditava que tinha morrido. Podia ver todo mundo à minha volta, as enfermeiras e Jamie atrás de mim. Vi uma enfermeira levar Ella embora. Achei que estavam levando minha filha para ser ressuscitada porque eu a tinha machucado. Agora sei que estava sofrendo um surto psicótico. Minha realidade tinha mudado, eu acreditava que tinha morrido e que estava em um limbo pós-morte. Comecei a ter alucinações. O som do choro dos bebês era ensurdecedor, o ruído do ar condicionado me assombrava e os carrinhos de comida faziam um barulho de trem nos corredores. Quando as luzes eram acesas, pareciam explosões e eu via sombras nas paredes. Eu estava convencida de que tinha morrido por ter machucado minha bebê, e que agora vivia 'no além', numa espécie de inferno. O pior pesadelo imaginável era agora a minha realidade. As enfermeiras me trouxeram Ella para mostrar que ela estava bem. Eu achava que elas tinham trocado o bebê. Aquela não era a minha filha. Minha bebê estava morta. Eu a havia matado. 'Qual o problema do Jamie? Por que ele está chorando?'. Ele não está chorando Sally, veja, ele está bem. 'Quem são essas pessoas ali na porta usando jalecos brancos?' Não tem ninguém na porta, Sally. 'Tem, sim. Vieram me pegar e levar para a prisão. Ai meu Deus, como pude machucar minha bebê?' Foi terrível. Fui transferida para o setor psiquiátrico e Jamie foi informado de que eu estava sofrendo de psicose pós-parto. Me receitaram remédios antipsicóticos e contra ansiedade. Só me lembro de entrar em um labirinto assustador onde via pessoas vagando como criaturas grotescas. Não deixava que tirassem meu sangue, porque estava convencida de que conspiravam contra mim. Jamie e meus pais me visitavam com a Ella. Eu a segurava, mas não conseguia entender que aquela era minha filha. Não sentia a menor ligação com ela. Fomos até a lanchonete e ela precisava trocar a fralda. Os banheiros ficavam perto do berçário e eu fiquei muito estressada e descontrolada porque não queria passar perto dali. Eu achava que não podia me aproximar porque acreditava que tinha machucado o meu próprio bebê. Uma semana depois, na consulta de revisão, disse ao médico que as coisas estavam melhores só para poder sair de lá. 'NA MINHA CABEÇA, TINHA COMETIDO UM CRIME' Uma equipe médica me visitava diariamente em casa, mas a situação não melhorou muito. Com muito custo, eu conseguia atender às necessidades básicas da Ella: trocar fraldas e alimentá-la. Mas ainda tinha certeza absoluta de que eu havia assassinado a minha bebê. Caí numa depressão profunda, com sintomas de psicose. Li uma notícia sobre um assassinato em um camping, que tinha ocorrido no dia do meu surto psicótico no hospital. Na minha cabeça, eu tinha cometido o crime. Fiquei obcecada com um determinado ônibus que parecia estar passando sempre que eu saía de casa. Aquilo fazia parte da conspiração e tinha um significado secreto. Muitas imagens passavam constantemente pela minha cabeça, como eu entrando no mar perto de casa e acabando com tudo. Dez meses depois de voltar para casa, eu disse a Jamie que não aguentava mais. Meu marido, que tinha feito tanto para me ajudar, ficou perturbado. Jamie fez uma pesquisa sobre os tratamentos para psicose pós-parto. A terapia eletroconvulsiva (ECT) aparecia com frequência. 'O TRATAMENTO SALVOU A MINHA VIDA' Meu psiquiatra entrou em contato com Ian Jones, professor de psiquiatria da Universidade de Cardiff, diretor do Centro de Saúde Mental e um dos maiores especialistas mundiais em psicose pós-parto. Ele concordou que a eletroconvulsoterapia poderia me ajudar. Você logo acha que é um tratamento horrível, bárbaro, em que a pessoa é amarrada numa cadeira e eletrocutada. É um pouco dramático –você é anestesiada e seu cérebro recebe descargas elétricas para provocar uma convulsão. Ao chegar à metade das dez sessões, houve uma mudança. Algo horrível estava sendo retirado de mim. O tratamento salvou minha vida. Aos poucos, fui construindo uma forte ligação com a Ella. É triste lembrar do que perdi, mas agora olho para ela e fico maravilhada porque tudo está bem, estamos aqui, felizes e saudáveis. Não posso dizer que sou a mesma pessoa. Mas voltei a trabalhar algumas vezes na semana e estou sempre ocupada com as tarefas diárias da maternidade. Quando você já sofreu de psicose pós-parto, é maior a chance de voltar a ter novas crises em outras gestações. Trata-se de uma escolha muito pessoal, mas, mesmo que o risco fosse muito pequeno, não queremos passar por tudo aquilo novamente. Ao mesmo tempo, é muito importante para mim dar esperança a outras famílias que estejam passando pelos horrores da psicose pós-parto. Você vai achar que isso nunca vai passar. Eu também achava isso. Acreditava que nunca mais sentiria o que sinto agora –que a vida é boa." - O professor Ian Jones, da Universidade de Cardiff, respondeu às perguntas mais frequentes sobre a doença. O que é? Entre um amplo espectro de problemas mentais pós-natais, a psicose pós-parto é o mais grave. A depressão pós-parto atinge uma em cada 20 mulheres e a psicose pós-parto, cerca de uma em 500. O distúrbio inclui sintomas psicóticos, acreditar em coisas que não são verdadeiras e fortes oscilações de humor –euforia e depressão. Como se manifesta? A psicose pós-parto pode surgir rapidamente, do nada. Em poucas horas, uma mulher que está bem pode ficar tão doente quanto um paciente psiquiátrico. Em outros casos, porém, a crise pode não ser tão rápida ou óbvia. Quem é vulnerável? Em cerca de 50% dos casos, a psicose pós-parto é o primeiro episódio de doença mental que as pacientes sofreram. Os outros 50% já tiveram doenças psiquiátricas. Quem sofre de transtorno bipolar é especialmente vulnerável à doença, um risco de 20%. O maior risco é para pessoas que já tiveram crises de psicose pós-parto. A chance de uma nova ocorrência é de 50% a 60%. O que causa a doença? Existem várias hipóteses, como grandes mudanças hormonais, distúrbios do sono ou mudanças imunológicas. Um aspecto importante, que atualmente venho pesquisando, é o fator genético.
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equilibrioesaude
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Psicose pós-parto: 'Achei que tivesse assassinado minha bebê'Tornar-se mãe não é uma experiência simples e fácil. O período que sucede o parto é o momento em que as mulheres estão mais propensas a doenças mentais, como depressão ou psicose. A psicose pós-parto, uma doença pouco compreendida, afeta uma em cada 500 mães e pode levar ao suicídio ou mesmo ao assassinato de bebês. A professora universitária britânica Sally Wilson passou por isso e conta sua experiência: "A foto acima é de mim, meu marido, Jamie, e nossa filha de dois anos, Ella, numa estação de esqui na França, há algumas semanas. Olhando assim não parece que somos diferentes de nenhuma outra família feliz em férias, não é? Mas o que passamos antes, no início da nossa pequena família, é bem diferente do que outros pais de primeira viagem vivem. É uma história de destruição, sobre viver o mais terrível e inevitável pesadelo dia após dia, sentir uma dor e um desespero tão grandes que eu sempre pensava em sair andando mar adentro perto de casa, no norte do País de Gales. Antes de Ella nascer eu nunca tinha ouvido falar da psicose pós-parto. Dois anos depois, já estou totalmente recuperada. Não foi fácil, tive que me submeter a um tratamento controverso. Finalmente voltei a ser como era antes –algo que não achava ser possível. Jamie e eu nos casamos em 2013 e, como tínhamos planejado, aumentamos a família um ano e pouco depois. Minha gravidez foi boa. Mas, no final, tive sintomas de pré-eclâmpsia, um transtorno da gravidez caracterizado pelo aumento da pressão arterial, que é perigoso se não for tratado. Por isso, o parto foi induzido. 'UMA COISA ASSUSTADORA' Meu trabalho de parto foi doloroso –até aí, nada demais. Mas com o passar das horas, as coisas começaram a piorar. Fiquei incrivelmente confusa. Perdi a noção do tempo. Não dormi e me sentia febril. Os médicos aumentaram a dose dos hormônios para induzir o parto, me deram gás anestésico, oxigênio e o analgésico Demerol. Os batimentos cardíacos da Ella continuavam caindo e ela estava em sofrimento. Ela nasceu de manhã cedo, em março de 2015, de cesariana. À medida que fui voltando da anestesia, uma coisa muito assustadora começou a acontecer. Minha confusão era enorme. Eu ficava dizendo que não sabia o que estava havendo e perguntava por que havia médicos no quarto. Fizeram uma tomografia do meu cérebro e exames de sangue, porque havia a suspeita de um derrame cerebral, mas os resultados foram negativos. Lembro de um momento em que senti meus olhos revirando e caí sobre a cama. Durante a noite, eu implorava às enfermeiras para ficarem sentadas perto de mim, porque sentia muito medo. Também estava paranoica, achando que elas estavam falando de mim. Eu ficava em pânico, convencida de que fazia algo errado. 'ACHEI QUE TINHA MORRIDO' Dias depois, as coisas pioraram ainda mais. Levantei para ir ao banheiro e desabei. Eu chorava aos soluços e me recusava a levantar. Na minha cabeça, acreditava que tinha morrido. Podia ver todo mundo à minha volta, as enfermeiras e Jamie atrás de mim. Vi uma enfermeira levar Ella embora. Achei que estavam levando minha filha para ser ressuscitada porque eu a tinha machucado. Agora sei que estava sofrendo um surto psicótico. Minha realidade tinha mudado, eu acreditava que tinha morrido e que estava em um limbo pós-morte. Comecei a ter alucinações. O som do choro dos bebês era ensurdecedor, o ruído do ar condicionado me assombrava e os carrinhos de comida faziam um barulho de trem nos corredores. Quando as luzes eram acesas, pareciam explosões e eu via sombras nas paredes. Eu estava convencida de que tinha morrido por ter machucado minha bebê, e que agora vivia 'no além', numa espécie de inferno. O pior pesadelo imaginável era agora a minha realidade. As enfermeiras me trouxeram Ella para mostrar que ela estava bem. Eu achava que elas tinham trocado o bebê. Aquela não era a minha filha. Minha bebê estava morta. Eu a havia matado. 'Qual o problema do Jamie? Por que ele está chorando?'. Ele não está chorando Sally, veja, ele está bem. 'Quem são essas pessoas ali na porta usando jalecos brancos?' Não tem ninguém na porta, Sally. 'Tem, sim. Vieram me pegar e levar para a prisão. Ai meu Deus, como pude machucar minha bebê?' Foi terrível. Fui transferida para o setor psiquiátrico e Jamie foi informado de que eu estava sofrendo de psicose pós-parto. Me receitaram remédios antipsicóticos e contra ansiedade. Só me lembro de entrar em um labirinto assustador onde via pessoas vagando como criaturas grotescas. Não deixava que tirassem meu sangue, porque estava convencida de que conspiravam contra mim. Jamie e meus pais me visitavam com a Ella. Eu a segurava, mas não conseguia entender que aquela era minha filha. Não sentia a menor ligação com ela. Fomos até a lanchonete e ela precisava trocar a fralda. Os banheiros ficavam perto do berçário e eu fiquei muito estressada e descontrolada porque não queria passar perto dali. Eu achava que não podia me aproximar porque acreditava que tinha machucado o meu próprio bebê. Uma semana depois, na consulta de revisão, disse ao médico que as coisas estavam melhores só para poder sair de lá. 'NA MINHA CABEÇA, TINHA COMETIDO UM CRIME' Uma equipe médica me visitava diariamente em casa, mas a situação não melhorou muito. Com muito custo, eu conseguia atender às necessidades básicas da Ella: trocar fraldas e alimentá-la. Mas ainda tinha certeza absoluta de que eu havia assassinado a minha bebê. Caí numa depressão profunda, com sintomas de psicose. Li uma notícia sobre um assassinato em um camping, que tinha ocorrido no dia do meu surto psicótico no hospital. Na minha cabeça, eu tinha cometido o crime. Fiquei obcecada com um determinado ônibus que parecia estar passando sempre que eu saía de casa. Aquilo fazia parte da conspiração e tinha um significado secreto. Muitas imagens passavam constantemente pela minha cabeça, como eu entrando no mar perto de casa e acabando com tudo. Dez meses depois de voltar para casa, eu disse a Jamie que não aguentava mais. Meu marido, que tinha feito tanto para me ajudar, ficou perturbado. Jamie fez uma pesquisa sobre os tratamentos para psicose pós-parto. A terapia eletroconvulsiva (ECT) aparecia com frequência. 'O TRATAMENTO SALVOU A MINHA VIDA' Meu psiquiatra entrou em contato com Ian Jones, professor de psiquiatria da Universidade de Cardiff, diretor do Centro de Saúde Mental e um dos maiores especialistas mundiais em psicose pós-parto. Ele concordou que a eletroconvulsoterapia poderia me ajudar. Você logo acha que é um tratamento horrível, bárbaro, em que a pessoa é amarrada numa cadeira e eletrocutada. É um pouco dramático –você é anestesiada e seu cérebro recebe descargas elétricas para provocar uma convulsão. Ao chegar à metade das dez sessões, houve uma mudança. Algo horrível estava sendo retirado de mim. O tratamento salvou minha vida. Aos poucos, fui construindo uma forte ligação com a Ella. É triste lembrar do que perdi, mas agora olho para ela e fico maravilhada porque tudo está bem, estamos aqui, felizes e saudáveis. Não posso dizer que sou a mesma pessoa. Mas voltei a trabalhar algumas vezes na semana e estou sempre ocupada com as tarefas diárias da maternidade. Quando você já sofreu de psicose pós-parto, é maior a chance de voltar a ter novas crises em outras gestações. Trata-se de uma escolha muito pessoal, mas, mesmo que o risco fosse muito pequeno, não queremos passar por tudo aquilo novamente. Ao mesmo tempo, é muito importante para mim dar esperança a outras famílias que estejam passando pelos horrores da psicose pós-parto. Você vai achar que isso nunca vai passar. Eu também achava isso. Acreditava que nunca mais sentiria o que sinto agora –que a vida é boa." - O professor Ian Jones, da Universidade de Cardiff, respondeu às perguntas mais frequentes sobre a doença. O que é? Entre um amplo espectro de problemas mentais pós-natais, a psicose pós-parto é o mais grave. A depressão pós-parto atinge uma em cada 20 mulheres e a psicose pós-parto, cerca de uma em 500. O distúrbio inclui sintomas psicóticos, acreditar em coisas que não são verdadeiras e fortes oscilações de humor –euforia e depressão. Como se manifesta? A psicose pós-parto pode surgir rapidamente, do nada. Em poucas horas, uma mulher que está bem pode ficar tão doente quanto um paciente psiquiátrico. Em outros casos, porém, a crise pode não ser tão rápida ou óbvia. Quem é vulnerável? Em cerca de 50% dos casos, a psicose pós-parto é o primeiro episódio de doença mental que as pacientes sofreram. Os outros 50% já tiveram doenças psiquiátricas. Quem sofre de transtorno bipolar é especialmente vulnerável à doença, um risco de 20%. O maior risco é para pessoas que já tiveram crises de psicose pós-parto. A chance de uma nova ocorrência é de 50% a 60%. O que causa a doença? Existem várias hipóteses, como grandes mudanças hormonais, distúrbios do sono ou mudanças imunológicas. Um aspecto importante, que atualmente venho pesquisando, é o fator genético.
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Montadora Honda anuncia recall de 423 mil veículos no país
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A Honda Automóveis promove um recall de modelos Fit, City, Civic e CR-V. Segundo a montadora, veículos fabricados a partir de 2011 podem apresentar defeito na marcação do nível de combustível. Há 423.217 automóveis envolvidos. No ano passado, a montadora japonesa convocou o recall de mais de 40 mil unidades de modelos Civic, CR-V, Accord e Fit, por falhas no airbag. O problema envolveu veículos produzidos em diversas partes do mundo, afetando 10 milhões de unidades e prejudicando a imagem da companhia. O lucro global da companhia recuou 7% no ano passado na comparação com 2013, afetado ainda por vendas menores na China e no Japão. No novo recall, anunciado nesta terça (12), o mostrador do painel –dos carros com problemas– indica um volume de gasolina ou etanol superior ao existente no tanque, o que pode levar a uma pane seca (desligamento do motor por falta de combustível). Os proprietários chamados deverão agendar o serviço para a partir do dia 1° de junho. O reparo é gratuito e consiste na troca do sensor que mede o nível de combustível. O serviço pode ser agendado de segunda a sexta-feira (das 08h às 20h) pelo telefone 0800 7013432 ou pelo site www.honda.com.br/recall/autos, onde é possível saber, por meio do número do chassi, se o carro está incluído nos que precisam de reparo. A montadora recomenda que os proprietários dos veículos mencionados mantenham o nível do combustível acima de meio tanque. O sedã médio Civic é o que tem o maior número de unidades convocadas: 171.044. O hatch Fit vem em segundo (149.736), seguido por City (87.196) e CR-V (15.241).
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mercado
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Montadora Honda anuncia recall de 423 mil veículos no paísA Honda Automóveis promove um recall de modelos Fit, City, Civic e CR-V. Segundo a montadora, veículos fabricados a partir de 2011 podem apresentar defeito na marcação do nível de combustível. Há 423.217 automóveis envolvidos. No ano passado, a montadora japonesa convocou o recall de mais de 40 mil unidades de modelos Civic, CR-V, Accord e Fit, por falhas no airbag. O problema envolveu veículos produzidos em diversas partes do mundo, afetando 10 milhões de unidades e prejudicando a imagem da companhia. O lucro global da companhia recuou 7% no ano passado na comparação com 2013, afetado ainda por vendas menores na China e no Japão. No novo recall, anunciado nesta terça (12), o mostrador do painel –dos carros com problemas– indica um volume de gasolina ou etanol superior ao existente no tanque, o que pode levar a uma pane seca (desligamento do motor por falta de combustível). Os proprietários chamados deverão agendar o serviço para a partir do dia 1° de junho. O reparo é gratuito e consiste na troca do sensor que mede o nível de combustível. O serviço pode ser agendado de segunda a sexta-feira (das 08h às 20h) pelo telefone 0800 7013432 ou pelo site www.honda.com.br/recall/autos, onde é possível saber, por meio do número do chassi, se o carro está incluído nos que precisam de reparo. A montadora recomenda que os proprietários dos veículos mencionados mantenham o nível do combustível acima de meio tanque. O sedã médio Civic é o que tem o maior número de unidades convocadas: 171.044. O hatch Fit vem em segundo (149.736), seguido por City (87.196) e CR-V (15.241).
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'Multitela': Ariana Grande volta a se apresentar em Manchester após atentado terrorista
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Ariana Grande volta a Manchester em apresentação beneficente, com renda destinada às vítimas doatentado terrorista que matou 22 pessoas. Em 22 de maio, um rapaz detonou uma bomba no final de um show da cantora na cidade. O evento de hoje será transmitido ao vivo e terá Coldplay, Justin Bieber, Katy Perry e Miley Cyrus, entre outros. Multishow, 15h, Livre * AUDITÓRIO Eliana Patricia Abravanel comanda o programa a partir de hoje enquanto a apresentadora titular, grávida, está de licença. Ela segue com os quadros de sucesso Rola ou Enrola? e Famosos da Internet. SBT, 15h, Livre
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ilustrada
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'Multitela': Ariana Grande volta a se apresentar em Manchester após atentado terroristaAriana Grande volta a Manchester em apresentação beneficente, com renda destinada às vítimas doatentado terrorista que matou 22 pessoas. Em 22 de maio, um rapaz detonou uma bomba no final de um show da cantora na cidade. O evento de hoje será transmitido ao vivo e terá Coldplay, Justin Bieber, Katy Perry e Miley Cyrus, entre outros. Multishow, 15h, Livre * AUDITÓRIO Eliana Patricia Abravanel comanda o programa a partir de hoje enquanto a apresentadora titular, grávida, está de licença. Ela segue com os quadros de sucesso Rola ou Enrola? e Famosos da Internet. SBT, 15h, Livre
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