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Contra crise, governo do Rio quer impor reúso de água para empresas
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O governo do Rio quer impor o abastecimento de empresas no Estado com água de reúso. O objetivo é reduzir a captação para fins industriais nos rios do sistema Guandu, fonte do abastecimento da região metropolitana. A proposta foi apresentada pelo Secretário do Ambiente do Rio, André Corrêa, a representantes da Gerdau, CSA, FCC (Fábrica Carioca de Catalisadores), da Petrobras. Essas empresas serão as primeiras atingidas caso a ANA (Agência Nacional de Águas) reduza a vazão do rio Paraíba do Sul, como sinalizou que pretende fazer em reunião na quarta (28) com a presidente Dilma Rousseff e os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão, São Paulo, Geraldo Alckmin, e Minas Gerais, Fernando Pimentel. De acordo com Corrêa, essas empresas dependem da construção de uma adutora de 14 km para reutilizar a água usada para limpar filtros da estação de tratamento da Cedae. Uma reunião na próxima sexta (30) vai definir quem arcará com os custos da obra. As empresas podem apresentar outra alternativa, desde que não utilize água do rio Guandu. "Essas empresas estão numa situação de maior gravidade. Todas compreenderam o momento e decidimos implantar uma política de reúso", afirmou Corrêa, após a reunião. Os representantes das empresas no encontro não quiseram se pronunciar. Resolução de dezembro da ANA autorizou a redução da vazão na barragem de Santa Cecília, do rio Paraíba do Sul, para 140 m3/s, com o objetivo de preservar o estoque dos reservatórios localizados em São Paulo. Segundo Corrêa, a ANA propôs diminuir essa vazão para 110 m3/s. Na avaliação do secretário, esse volume é "extremamente limitante", pois afetaria diretamente as indústrias instaladas no Estado. O volume seria o suficiente para o tratamento de água par ao consumo humano, prioridade em caso de racionamento. Contudo, ele não disse o que ocorreria até a construção da adutora para reutilização da água da Cedae, caso a ANA estabeleça esta vazão –o que inviabilizaria a captação de água pelas indústrias. "A ANA tem tido um comportamento extremamente democrático. A gente sabe que a atribuição da gestão da bacia é da ANA, mas em nenhum momento deixou de fazer isso em acordo com os Estados. Esse número torna praticamente inviável a gestão de recursos hídricos no Rio. Não trabalho ainda com essa hipótese", disse Corrêa. Uma reunião na próxima quinta (5) vai definir a nova vazão autorizada. Ele afirmou, porém, que a política de reúso de água será adotada mesmo que a vazão permaneça a atual. O objetivo é tornar permanente a economia na captação de água dos rios. "Apesar do Guandu ser um rio classe 2, utiliza-lo para usos menos nobres [como para fins industriais], está se vendo que vai ser modificada", disse o presidente da Cedae, Jorge Briard. A imposição do reúso de água, inicialmente apresentada às empresas instaladas em Santa Cruz (zona oeste), será negociada também com outras companhias. Corrêa afirmou que vai pedir que a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), da Petrobras, passe a utilizar água de reúso da estação de tratamento de esgoto do Parque Alegria. Ele afirmou que, "num ato extremo", pode cassar a outorga de uso de água de empresas que rejeitem se adequar à nova política. "Vamos apresentar na Assembleia uma política estadual de reúso, que estimule o uso eficiente. Nós podemos sim, num ato extremo, cassar outorga de empresas", disse Corrêa. O secretário afirmou que não está descartado o racionamento de água, mas afirmou que ainda não há previsão para adoção da medida.
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cotidiano
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Contra crise, governo do Rio quer impor reúso de água para empresasO governo do Rio quer impor o abastecimento de empresas no Estado com água de reúso. O objetivo é reduzir a captação para fins industriais nos rios do sistema Guandu, fonte do abastecimento da região metropolitana. A proposta foi apresentada pelo Secretário do Ambiente do Rio, André Corrêa, a representantes da Gerdau, CSA, FCC (Fábrica Carioca de Catalisadores), da Petrobras. Essas empresas serão as primeiras atingidas caso a ANA (Agência Nacional de Águas) reduza a vazão do rio Paraíba do Sul, como sinalizou que pretende fazer em reunião na quarta (28) com a presidente Dilma Rousseff e os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão, São Paulo, Geraldo Alckmin, e Minas Gerais, Fernando Pimentel. De acordo com Corrêa, essas empresas dependem da construção de uma adutora de 14 km para reutilizar a água usada para limpar filtros da estação de tratamento da Cedae. Uma reunião na próxima sexta (30) vai definir quem arcará com os custos da obra. As empresas podem apresentar outra alternativa, desde que não utilize água do rio Guandu. "Essas empresas estão numa situação de maior gravidade. Todas compreenderam o momento e decidimos implantar uma política de reúso", afirmou Corrêa, após a reunião. Os representantes das empresas no encontro não quiseram se pronunciar. Resolução de dezembro da ANA autorizou a redução da vazão na barragem de Santa Cecília, do rio Paraíba do Sul, para 140 m3/s, com o objetivo de preservar o estoque dos reservatórios localizados em São Paulo. Segundo Corrêa, a ANA propôs diminuir essa vazão para 110 m3/s. Na avaliação do secretário, esse volume é "extremamente limitante", pois afetaria diretamente as indústrias instaladas no Estado. O volume seria o suficiente para o tratamento de água par ao consumo humano, prioridade em caso de racionamento. Contudo, ele não disse o que ocorreria até a construção da adutora para reutilização da água da Cedae, caso a ANA estabeleça esta vazão –o que inviabilizaria a captação de água pelas indústrias. "A ANA tem tido um comportamento extremamente democrático. A gente sabe que a atribuição da gestão da bacia é da ANA, mas em nenhum momento deixou de fazer isso em acordo com os Estados. Esse número torna praticamente inviável a gestão de recursos hídricos no Rio. Não trabalho ainda com essa hipótese", disse Corrêa. Uma reunião na próxima quinta (5) vai definir a nova vazão autorizada. Ele afirmou, porém, que a política de reúso de água será adotada mesmo que a vazão permaneça a atual. O objetivo é tornar permanente a economia na captação de água dos rios. "Apesar do Guandu ser um rio classe 2, utiliza-lo para usos menos nobres [como para fins industriais], está se vendo que vai ser modificada", disse o presidente da Cedae, Jorge Briard. A imposição do reúso de água, inicialmente apresentada às empresas instaladas em Santa Cruz (zona oeste), será negociada também com outras companhias. Corrêa afirmou que vai pedir que a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), da Petrobras, passe a utilizar água de reúso da estação de tratamento de esgoto do Parque Alegria. Ele afirmou que, "num ato extremo", pode cassar a outorga de uso de água de empresas que rejeitem se adequar à nova política. "Vamos apresentar na Assembleia uma política estadual de reúso, que estimule o uso eficiente. Nós podemos sim, num ato extremo, cassar outorga de empresas", disse Corrêa. O secretário afirmou que não está descartado o racionamento de água, mas afirmou que ainda não há previsão para adoção da medida.
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CVM abre investigação sobre sócios da JBS sediados em paraísos fiscais
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A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciou nesta terça (23) a abertura de dois novos processos para investigar a JBS. Um deles vai apurar quem são os controladores da Blessed Holdings, que tem uma participação minoritária na empresa controlada pelos irmãos Batista. Com os dois novos processos, já são sete os procedimentos abertos para investigar a JBS desde a divulgação da delação premiada dos controladores da empresa, na semana passada. Na sexta (19), foram abertos os cinco primeiros, com foco em operações feitas nos mercados de câmbio e de ações na véspera da divulgação. De acordo com a CVM, as investigações sobre a Blessed têm o objetivo de analisar "a veracidade da divulgação dos controladores diretos e indiretos", incluindo as pessoas físicas, desta empresa. A Blessed é sediada no estado americano de Delaware, que tem regras semelhantes às de paraísos fiscais. Em 2014, após consulta do próprio órgão regulador, a JBS informou que a Blessed era controlada por Lighthouse Capital Insurance e US Commonwealth Life, empresas sediadas, respectivamente, nas Ilhas Cayman e em Porto Rico, também paraísos fiscais. Em seus sites, as duas empresas apresentam como contatos os mesmos executivos: Colin Murdoch-Muirhead, como responsável pela área de relacionamento com clientes e desenvolvimento de negócios; Paul G. Backhouse, responsável pela Grã-Bretanha e Europa; e James A. Walker Jr, responsável legal. Os telefones dos três também são os mesmos nos dois sites. Entre os nomes disponibilizados pelas empresas, apenas o responsável pela administração é diferente. A Blessed já foi alvo de uma disputa judicial entre os controladores da JBS e a família Bertin, que acusava os Batista de controlarem a empresa, o que eles negaram. Em outro processo aberto nesta terça, a CVM vai analisar se os acionistas controladores da JBS cumpriram os deveres fiduciários previstos na Lei das SA, que regula empresas de capital aberto, que os obrigam a agir com diligência, lealdade e a não intervir em caso de conflito de interesses. A JBS disse que recebeu as notificações da CVM e vai responder aos questionamentos dentro do prazo estipulado. "A companhia está cooperando completamente com as autoridades para solucionar as questões em aberto", afirmou, em nota.
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mercado
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CVM abre investigação sobre sócios da JBS sediados em paraísos fiscaisA CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciou nesta terça (23) a abertura de dois novos processos para investigar a JBS. Um deles vai apurar quem são os controladores da Blessed Holdings, que tem uma participação minoritária na empresa controlada pelos irmãos Batista. Com os dois novos processos, já são sete os procedimentos abertos para investigar a JBS desde a divulgação da delação premiada dos controladores da empresa, na semana passada. Na sexta (19), foram abertos os cinco primeiros, com foco em operações feitas nos mercados de câmbio e de ações na véspera da divulgação. De acordo com a CVM, as investigações sobre a Blessed têm o objetivo de analisar "a veracidade da divulgação dos controladores diretos e indiretos", incluindo as pessoas físicas, desta empresa. A Blessed é sediada no estado americano de Delaware, que tem regras semelhantes às de paraísos fiscais. Em 2014, após consulta do próprio órgão regulador, a JBS informou que a Blessed era controlada por Lighthouse Capital Insurance e US Commonwealth Life, empresas sediadas, respectivamente, nas Ilhas Cayman e em Porto Rico, também paraísos fiscais. Em seus sites, as duas empresas apresentam como contatos os mesmos executivos: Colin Murdoch-Muirhead, como responsável pela área de relacionamento com clientes e desenvolvimento de negócios; Paul G. Backhouse, responsável pela Grã-Bretanha e Europa; e James A. Walker Jr, responsável legal. Os telefones dos três também são os mesmos nos dois sites. Entre os nomes disponibilizados pelas empresas, apenas o responsável pela administração é diferente. A Blessed já foi alvo de uma disputa judicial entre os controladores da JBS e a família Bertin, que acusava os Batista de controlarem a empresa, o que eles negaram. Em outro processo aberto nesta terça, a CVM vai analisar se os acionistas controladores da JBS cumpriram os deveres fiduciários previstos na Lei das SA, que regula empresas de capital aberto, que os obrigam a agir com diligência, lealdade e a não intervir em caso de conflito de interesses. A JBS disse que recebeu as notificações da CVM e vai responder aos questionamentos dentro do prazo estipulado. "A companhia está cooperando completamente com as autoridades para solucionar as questões em aberto", afirmou, em nota.
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Venda de iPhones bate recorde, e Apple tem maior lucro da história
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Embalada por vendas recordes de iPhones, a Apple registrou lucro líquido de US$ 18 bilhões no último trimestre de 2014, uma alta de 37.40% em relação ao mesmo período do anterior. Trata-se do maior lucro já divulgado por uma empresa –o recorde anterior era da estatal russa de energia GazProm, que em 2011 obteve US$ 16 bilhões. Nos últimos três meses de 2014, foram vendidos 74,5 milhões de iPhones, um recorde para a empresa, a maior do mundo em valor de mercado (US$ 640 bilhões). Os analistas de mercado estavam esperando um volume bem menor, de 66,5 milhões de aparelhos, em razão da demanda pelos novos iPhone 6 e iPhone 6 Plus, lançados em setembro e outubro. No mesmo trimestre de 2013, a companhia havia vendido 51 milhões de iPhones. O trimestre que acaba em dezembro geralmente é o mais lucrativo para a companhia liderada por Tim Cook por causa das compras de Natal. No ano passado, a atenção do mercado ao período era maior em razão de os resultados indicarem a aceitação aos novos produtos. Além de bater recorde na venda desses produtos, a Apple conseguiu ganhar mais por aparelho. Cada smartphone da empresa foi vendido por, em média, US$ 687 –um ano antes, a receita foi de US$ 637. A explicação é que o iPhone 6 Plus custa US$ 100 a mais que os modelos topo de linha anteriores. Além disso, consumidores procuraram aparelhos com mais memória –e mais caros. A China também teve forte influência no desempenho histórico. O faturamento no país com os smartphones subiu 70%, para US$ 16,1 bilhões. Nos EUA, a alta foi de 23%, para US$ 40,6 bilhões. O sucesso da companhia no competitivo mercado chinês pode ser atribuído à sua parceria com a China Mobile, a maior operadora de celular do mundo, e o apelo dos novos iPhones. O diretor-financeiro da Apple, Luca Maestri, disse à Reuters que a companhia também dobrou suas vendas de iPhones em Cingapura e no Brasil. Em contrapartida, as vendas de iPads não foram tão bem e caíram 17.6%, chegando a 21,42 milhões de unidades. Esse mercado encontra-se saturado em razão da competição entre tablets e também entre smartphones de tela maior, como o iPhone 6 Plus.
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mercado
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Venda de iPhones bate recorde, e Apple tem maior lucro da históriaEmbalada por vendas recordes de iPhones, a Apple registrou lucro líquido de US$ 18 bilhões no último trimestre de 2014, uma alta de 37.40% em relação ao mesmo período do anterior. Trata-se do maior lucro já divulgado por uma empresa –o recorde anterior era da estatal russa de energia GazProm, que em 2011 obteve US$ 16 bilhões. Nos últimos três meses de 2014, foram vendidos 74,5 milhões de iPhones, um recorde para a empresa, a maior do mundo em valor de mercado (US$ 640 bilhões). Os analistas de mercado estavam esperando um volume bem menor, de 66,5 milhões de aparelhos, em razão da demanda pelos novos iPhone 6 e iPhone 6 Plus, lançados em setembro e outubro. No mesmo trimestre de 2013, a companhia havia vendido 51 milhões de iPhones. O trimestre que acaba em dezembro geralmente é o mais lucrativo para a companhia liderada por Tim Cook por causa das compras de Natal. No ano passado, a atenção do mercado ao período era maior em razão de os resultados indicarem a aceitação aos novos produtos. Além de bater recorde na venda desses produtos, a Apple conseguiu ganhar mais por aparelho. Cada smartphone da empresa foi vendido por, em média, US$ 687 –um ano antes, a receita foi de US$ 637. A explicação é que o iPhone 6 Plus custa US$ 100 a mais que os modelos topo de linha anteriores. Além disso, consumidores procuraram aparelhos com mais memória –e mais caros. A China também teve forte influência no desempenho histórico. O faturamento no país com os smartphones subiu 70%, para US$ 16,1 bilhões. Nos EUA, a alta foi de 23%, para US$ 40,6 bilhões. O sucesso da companhia no competitivo mercado chinês pode ser atribuído à sua parceria com a China Mobile, a maior operadora de celular do mundo, e o apelo dos novos iPhones. O diretor-financeiro da Apple, Luca Maestri, disse à Reuters que a companhia também dobrou suas vendas de iPhones em Cingapura e no Brasil. Em contrapartida, as vendas de iPads não foram tão bem e caíram 17.6%, chegando a 21,42 milhões de unidades. Esse mercado encontra-se saturado em razão da competição entre tablets e também entre smartphones de tela maior, como o iPhone 6 Plus.
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Desmanche do São Paulo opõe diretoria a Osorio e Rogério Ceni
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A avaliação sobre a qualidade do elenco e a necessidade de buscar reforços estão colocando de um lado a diretoria do São Paulo e, de outro, o técnico Juan Carlos Osorio e o capitão Rogério Ceni. Para o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, a equipe precisa aproveitar os atletas da base antes de pensar em contratar jogadores. "O São Paulo não está pensando em contratações. Hoje [quarta, 1º], tivemos a alegria de acompanhar as estreias do Matheus Reis e do Lyanco. Temos um bom elenco. O projeto do São Paulo é cada vez mais dar espaço para os jovens da base", afirmou Aidar após a derrota para o Atlético-PR, por 2 a 1, em Curitiba. Não é o que pensa Osorio, que já criticou a desmontagem do elenco quando o clube havia perdido três titulares –os zagueiros Paulo Miranda e Rodrigo Caio e o volante Denilson. Depois disso, também saíram o zagueiro Dória e o volante Souza. Tanto Osorio quanto o coordenador técnico Milton Cruz já afirmaram estar observando jogadores para recompor as perdas do elenco. "Acho que a diretoria está se empenhando [na busca por reforços]. Se tiver oportunidade boa, que não seja loucura, acho que a diretoria está de olho para aproveitar", disse o coordenador técnico. A venda de jogadores foi a forma encontrada pela diretoria para tentar contornar a crise financeira que atinge o clube. No próximo dia 10, serão completados quatro meses de atraso no pagamento de direitos de imagem. A saída de vários titulares e o enfraquecimento do time irritou Rogério Ceni, que atacou a diretoria pela venda de jogadores na saída do gramado da Arena da Baixada. "Você perder seis, sete jogadores assim, enfraquece. A gente tinha uma expectativa duas, três semanas atrás, que muda totalmente. A gente entende a necessidade financeira do clube, mas eu tenho também a minha necessidade de ser campeão", afirmou. Ceni, que faz sua última temporada pelo clube, prorrogou seu contrato até o final do ano e gostaria de encerrar a carreira como campeão.
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esporte
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Desmanche do São Paulo opõe diretoria a Osorio e Rogério CeniA avaliação sobre a qualidade do elenco e a necessidade de buscar reforços estão colocando de um lado a diretoria do São Paulo e, de outro, o técnico Juan Carlos Osorio e o capitão Rogério Ceni. Para o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, a equipe precisa aproveitar os atletas da base antes de pensar em contratar jogadores. "O São Paulo não está pensando em contratações. Hoje [quarta, 1º], tivemos a alegria de acompanhar as estreias do Matheus Reis e do Lyanco. Temos um bom elenco. O projeto do São Paulo é cada vez mais dar espaço para os jovens da base", afirmou Aidar após a derrota para o Atlético-PR, por 2 a 1, em Curitiba. Não é o que pensa Osorio, que já criticou a desmontagem do elenco quando o clube havia perdido três titulares –os zagueiros Paulo Miranda e Rodrigo Caio e o volante Denilson. Depois disso, também saíram o zagueiro Dória e o volante Souza. Tanto Osorio quanto o coordenador técnico Milton Cruz já afirmaram estar observando jogadores para recompor as perdas do elenco. "Acho que a diretoria está se empenhando [na busca por reforços]. Se tiver oportunidade boa, que não seja loucura, acho que a diretoria está de olho para aproveitar", disse o coordenador técnico. A venda de jogadores foi a forma encontrada pela diretoria para tentar contornar a crise financeira que atinge o clube. No próximo dia 10, serão completados quatro meses de atraso no pagamento de direitos de imagem. A saída de vários titulares e o enfraquecimento do time irritou Rogério Ceni, que atacou a diretoria pela venda de jogadores na saída do gramado da Arena da Baixada. "Você perder seis, sete jogadores assim, enfraquece. A gente tinha uma expectativa duas, três semanas atrás, que muda totalmente. A gente entende a necessidade financeira do clube, mas eu tenho também a minha necessidade de ser campeão", afirmou. Ceni, que faz sua última temporada pelo clube, prorrogou seu contrato até o final do ano e gostaria de encerrar a carreira como campeão.
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Autoridades francesas tentam contato com suspeitos para solução pacífica
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As forças especiais de intervenção francesas tentam estabelecer contato com os suspeitos do atentado ao jornal "Charlie Hebdo", que se entrincheiraram numa gráfica em Dammartin-en-Goële, a noroeste de Paris, para conseguir uma saída pacífica para a situação. O porta-voz do ministério do Interior, Pierre Henry Brandet, informou aos jornalistas presentes em Dammartin-en-Goële que "a prioridade é estabelecer um diálogo para que haja a solução mais pacífica possível". Ele também apontou que o desenrolar da situação pode levar um bom tempo. Brandet afirmou que até o momento não houve vítimas -nem mortos nem feridos-nos incidentes desta sexta-feira (9).
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mundo
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Autoridades francesas tentam contato com suspeitos para solução pacíficaAs forças especiais de intervenção francesas tentam estabelecer contato com os suspeitos do atentado ao jornal "Charlie Hebdo", que se entrincheiraram numa gráfica em Dammartin-en-Goële, a noroeste de Paris, para conseguir uma saída pacífica para a situação. O porta-voz do ministério do Interior, Pierre Henry Brandet, informou aos jornalistas presentes em Dammartin-en-Goële que "a prioridade é estabelecer um diálogo para que haja a solução mais pacífica possível". Ele também apontou que o desenrolar da situação pode levar um bom tempo. Brandet afirmou que até o momento não houve vítimas -nem mortos nem feridos-nos incidentes desta sexta-feira (9).
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Regalias judiciárias
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Há poucas dúvidas de que o Judiciário brasileiro esteja entre os mais caros do mundo. Conforme as cifras oficiais mais atualizadas, as cortes federais e estaduais custaram R$ 79,2 bilhões aos contribuintes em 2015, o equivalente a 1,3% da renda do país. As estatísticas internacionais raramente reportam proporções acima de 0,5%. O percentual extravagante decorre em grande parte das benesses de que magistrados e servidores desse Poder desfrutam, incompatíveis com o patamar de desenvolvimento econômico nacional —nem se mencione a conjuntura de depauperação dos orçamentos públicos. Tal contexto deveria ser mais que suficiente para desaconselhar a expansão das despesas com pessoal nos tribunais. Ainda pior é que os juízes se valham de subterfúgios pouco transparentes para elevar os vencimentos das corporações. Conforme noticiou esta Folha, o pagamento de benefícios extrassalariais —que incluem penduricalhos tão diversos quanto auxílio-moradia, auxílio-educação, diárias e passagens aéreas— elevou-se em espantosos 30% no Judiciário de 2014 para 2015, em pleno agravamento da crise que ainda assola o país. Nada menos que R$ 7,2 bilhões em um ano foram destinados a regalias do gênero, mais do que foi investido, por exemplo, nas rodovias federais. Parcela considerável desse dispêndio, ademais, escapa ao teto remuneratório do serviço público, de R$ 33,8 mil mensais. Bastará notar que, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a despesa média com cada magistrado atingiu R$ 46,2 mil por mês. Ridiculariza-se, assim, um instrumento que deveria pôr freio às demandas de uma categoria já privilegiada. Maus exemplos começam pela cúpula. Um caso especialmente escandaloso é o do auxílio-moradia de quase R$ 4.400 mensais concedido em 2014 a todos os magistrados por meio de decisão provisória do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Recorde-se que, por ironia, a medida surgiu de um propósito moralizador: ao mesmo tempo em que estabeleceu-se um limite para vetar valores ainda mais abusivos, o auxílio —cuja concessão nem mesmo leva em conta o local de trabalho do beneficiário— acabou sendo autorizado em Estados onde inexistia. De imediato, o mínimo que se exige da mais alta corte brasileira é o exame às claras, de maneira definitiva, de tema que já se encontra pendente há mais de dois anos. Idealmente, o Judiciário deveria se impor a tarefa mais ampla de se ajustar à realidade nacional. Será melhor fazê-lo por iniciativa própria do que forçado pelas pressões da opinião pública e da escassez orçamentária. [email protected]
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opiniao
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Regalias judiciáriasHá poucas dúvidas de que o Judiciário brasileiro esteja entre os mais caros do mundo. Conforme as cifras oficiais mais atualizadas, as cortes federais e estaduais custaram R$ 79,2 bilhões aos contribuintes em 2015, o equivalente a 1,3% da renda do país. As estatísticas internacionais raramente reportam proporções acima de 0,5%. O percentual extravagante decorre em grande parte das benesses de que magistrados e servidores desse Poder desfrutam, incompatíveis com o patamar de desenvolvimento econômico nacional —nem se mencione a conjuntura de depauperação dos orçamentos públicos. Tal contexto deveria ser mais que suficiente para desaconselhar a expansão das despesas com pessoal nos tribunais. Ainda pior é que os juízes se valham de subterfúgios pouco transparentes para elevar os vencimentos das corporações. Conforme noticiou esta Folha, o pagamento de benefícios extrassalariais —que incluem penduricalhos tão diversos quanto auxílio-moradia, auxílio-educação, diárias e passagens aéreas— elevou-se em espantosos 30% no Judiciário de 2014 para 2015, em pleno agravamento da crise que ainda assola o país. Nada menos que R$ 7,2 bilhões em um ano foram destinados a regalias do gênero, mais do que foi investido, por exemplo, nas rodovias federais. Parcela considerável desse dispêndio, ademais, escapa ao teto remuneratório do serviço público, de R$ 33,8 mil mensais. Bastará notar que, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a despesa média com cada magistrado atingiu R$ 46,2 mil por mês. Ridiculariza-se, assim, um instrumento que deveria pôr freio às demandas de uma categoria já privilegiada. Maus exemplos começam pela cúpula. Um caso especialmente escandaloso é o do auxílio-moradia de quase R$ 4.400 mensais concedido em 2014 a todos os magistrados por meio de decisão provisória do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Recorde-se que, por ironia, a medida surgiu de um propósito moralizador: ao mesmo tempo em que estabeleceu-se um limite para vetar valores ainda mais abusivos, o auxílio —cuja concessão nem mesmo leva em conta o local de trabalho do beneficiário— acabou sendo autorizado em Estados onde inexistia. De imediato, o mínimo que se exige da mais alta corte brasileira é o exame às claras, de maneira definitiva, de tema que já se encontra pendente há mais de dois anos. Idealmente, o Judiciário deveria se impor a tarefa mais ampla de se ajustar à realidade nacional. Será melhor fazê-lo por iniciativa própria do que forçado pelas pressões da opinião pública e da escassez orçamentária. [email protected]
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Ida de Lodeiro ao Boca Juniors deixa Tite constrangido no Corinthians
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O meia uruguaio Lodeiro começou o domingo (1º) ciente de que jogaria como titular na estreia do Corinthians no Campeonato Paulista, diante do Marília, no Itaquerão. Mas vai terminar o dia próximo de ser anunciado pelo Boca Juniors, da Argentina. Ao longo deste domingo houve nova procura do time argentina para contratar o meia corintiano. A diretoria comunicou a comissão técnica da possibilidade de Lodeiro ser negociado, o que fez o técnico Tite tirar o jogador da partida do Estadual –não ficou nem no banco de reservas. Dois dias antes do jogo contra o Marília, Tite admitiu que uma conversa com Lodeiro havia tranquilizado o uruguaio. Disse também que ele permaneceria no clube alvinegro. O discurso neste domingo (1º) já foi completamente diferente. "É um assunto que a direção do Corinthians vai passar para vocês (jornalistas) na segunda-feira (2). As conversas que tive com a diretoria me fizeram tirar Lodeiro do jogo", disse Tite, visivelmente constrangido com o tema. Um dos motivos para a reação de Tite é que Lodeiro iniciou este ano como titular e com a confiança do técnico gaúcho. Cenário oposto ao de 2014, quando teve presença discreta no time. Apesar de não ter admitido publicamente, Tite confessou para algumas pessoas no clube que contava com o uruguaio para o duelo contra o Once Caldas, da Colômbia, nesta quarta-feira (4), no Itaquerão, na estreia da Copa Libertadores. Diante da insistência dos jornalistas para saber sobre a situação de Lodeiro, Tite chegou a pedir que não fosse mais questionado sobre o assunto na coletiva. "Fica chato porque eu não posso falar e vocês precisam da notícia. A diretoria vai divulgar e passar para vocês o que aconteceu", disse o técnico, tentando justificar o mistério. O Boca Juniors já busca a contratação de Lodeiro desde o final do ano passado. O jogador chegou a se animar com a possível transferência, mas deixou de falar no assunto após iniciar a pré-temporada deste ano como titular do Corinthians. Caso seja negociado com o Boca, o Corinthians terá uma compensação financeira –a diretoria não fala sobre valores da negociação com o clube argentino.
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esporte
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Ida de Lodeiro ao Boca Juniors deixa Tite constrangido no CorinthiansO meia uruguaio Lodeiro começou o domingo (1º) ciente de que jogaria como titular na estreia do Corinthians no Campeonato Paulista, diante do Marília, no Itaquerão. Mas vai terminar o dia próximo de ser anunciado pelo Boca Juniors, da Argentina. Ao longo deste domingo houve nova procura do time argentina para contratar o meia corintiano. A diretoria comunicou a comissão técnica da possibilidade de Lodeiro ser negociado, o que fez o técnico Tite tirar o jogador da partida do Estadual –não ficou nem no banco de reservas. Dois dias antes do jogo contra o Marília, Tite admitiu que uma conversa com Lodeiro havia tranquilizado o uruguaio. Disse também que ele permaneceria no clube alvinegro. O discurso neste domingo (1º) já foi completamente diferente. "É um assunto que a direção do Corinthians vai passar para vocês (jornalistas) na segunda-feira (2). As conversas que tive com a diretoria me fizeram tirar Lodeiro do jogo", disse Tite, visivelmente constrangido com o tema. Um dos motivos para a reação de Tite é que Lodeiro iniciou este ano como titular e com a confiança do técnico gaúcho. Cenário oposto ao de 2014, quando teve presença discreta no time. Apesar de não ter admitido publicamente, Tite confessou para algumas pessoas no clube que contava com o uruguaio para o duelo contra o Once Caldas, da Colômbia, nesta quarta-feira (4), no Itaquerão, na estreia da Copa Libertadores. Diante da insistência dos jornalistas para saber sobre a situação de Lodeiro, Tite chegou a pedir que não fosse mais questionado sobre o assunto na coletiva. "Fica chato porque eu não posso falar e vocês precisam da notícia. A diretoria vai divulgar e passar para vocês o que aconteceu", disse o técnico, tentando justificar o mistério. O Boca Juniors já busca a contratação de Lodeiro desde o final do ano passado. O jogador chegou a se animar com a possível transferência, mas deixou de falar no assunto após iniciar a pré-temporada deste ano como titular do Corinthians. Caso seja negociado com o Boca, o Corinthians terá uma compensação financeira –a diretoria não fala sobre valores da negociação com o clube argentino.
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Lucie Borleteau estreia na direção com vigor em 'A Odisseia de Alice'
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"A Odisseia de Alice", primeiro longa-metragem dirigido pela atriz Lucie Borleteau, permite uma comparação com outro filme francês recente: "O Valor de um Homem", de Stéphane Brizé. Este último narra uma história de contornos nobres. À procura de um emprego digno, o personagem de Vincent Lindon descobre que na malha corporativa em que se envolve a dignidade humana vale muito pouco. O estilo do filme de Brizé, porém, é tributário de uma ideia infelizmente ainda em voga, a de que se pode filmar de qualquer jeito, porque, afinal, o que importa é a mensagem que se passa. Pois bem, não é. Howard Hawks dizia que cinema não era lugar de mensagem, e realizou algumas obras de arte em sua carreira, filmes que nos diziam muito sobre o ser humano. Hawks tinha olhar, algo ausente em boa parte dos diretores contemporâneos. Não em Borleteau. Porque, na comparação, "A Odisseia de Alice", com sua história simples, pouco mais que um fiapo, nos entrega muito mais observações sobre a humanidade do que o filme de Brizé. Isso porque Borleteau prefere filmar a passar mensagens. Ela sabe que é justamente o que passa pela câmera, o que será enquadrado na tela, em suma, a mise-en-scène, que faz surgir o cinema, e daí vem a melhor reflexão. Acompanhamos a realização profissional da engenheira naval Alice (Ariane Labed), única mulher num universo masculino. Quase sempre estamos num navio cargueiro, o Fidelio do título original. Alice reencontra, por acaso, um antigo namorado, Gaël (Melvil Poupaud), agora comandante desse navio. Isso causa um conflito, pois seu atual namorado, um norueguês chamado Felix (Anders Danielsen Lie, o inesquecível protagonista de "Oslo, 31 de Agosto"), a espera em terra. Enquanto isso, passamos por questões como o papel da mulher no mundo contemporâneo, a cultura do estupro, a consciência de que uma mulher não é vagabunda por gostar de sexo e por diversos outros aspectos sociedade. A diretora consegue imprimir um tom sempre agradável e, por vezes, um erotismo ousado para os padrões atuais. Além das cenas de sexo, Alice diz para os homens que a rodeiam que já transou em cinco continentes, tecendo até comentários sobre os órgãos sexuais de seus parceiros. Podemos dizer que Alice é uma mulher do século 21: uma trabalhadora que se impõe naturalmente pela força de seu caráter e de sua sensibilidade, num universo que tinha tudo para lhe ser hostil. A ODISSEIA DE ALICE (Fidelio, L'Odyssée d'Alice) DIREÇÃO: Lucie Borleteau ELENCO: Ariane Labed, Melvil Poupaud, Anders Danielsen Lie PRODUÇÃO: França, 2014, 16 anos QUANDO: estreia nesta quinta (9)
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ilustrada
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Lucie Borleteau estreia na direção com vigor em 'A Odisseia de Alice'"A Odisseia de Alice", primeiro longa-metragem dirigido pela atriz Lucie Borleteau, permite uma comparação com outro filme francês recente: "O Valor de um Homem", de Stéphane Brizé. Este último narra uma história de contornos nobres. À procura de um emprego digno, o personagem de Vincent Lindon descobre que na malha corporativa em que se envolve a dignidade humana vale muito pouco. O estilo do filme de Brizé, porém, é tributário de uma ideia infelizmente ainda em voga, a de que se pode filmar de qualquer jeito, porque, afinal, o que importa é a mensagem que se passa. Pois bem, não é. Howard Hawks dizia que cinema não era lugar de mensagem, e realizou algumas obras de arte em sua carreira, filmes que nos diziam muito sobre o ser humano. Hawks tinha olhar, algo ausente em boa parte dos diretores contemporâneos. Não em Borleteau. Porque, na comparação, "A Odisseia de Alice", com sua história simples, pouco mais que um fiapo, nos entrega muito mais observações sobre a humanidade do que o filme de Brizé. Isso porque Borleteau prefere filmar a passar mensagens. Ela sabe que é justamente o que passa pela câmera, o que será enquadrado na tela, em suma, a mise-en-scène, que faz surgir o cinema, e daí vem a melhor reflexão. Acompanhamos a realização profissional da engenheira naval Alice (Ariane Labed), única mulher num universo masculino. Quase sempre estamos num navio cargueiro, o Fidelio do título original. Alice reencontra, por acaso, um antigo namorado, Gaël (Melvil Poupaud), agora comandante desse navio. Isso causa um conflito, pois seu atual namorado, um norueguês chamado Felix (Anders Danielsen Lie, o inesquecível protagonista de "Oslo, 31 de Agosto"), a espera em terra. Enquanto isso, passamos por questões como o papel da mulher no mundo contemporâneo, a cultura do estupro, a consciência de que uma mulher não é vagabunda por gostar de sexo e por diversos outros aspectos sociedade. A diretora consegue imprimir um tom sempre agradável e, por vezes, um erotismo ousado para os padrões atuais. Além das cenas de sexo, Alice diz para os homens que a rodeiam que já transou em cinco continentes, tecendo até comentários sobre os órgãos sexuais de seus parceiros. Podemos dizer que Alice é uma mulher do século 21: uma trabalhadora que se impõe naturalmente pela força de seu caráter e de sua sensibilidade, num universo que tinha tudo para lhe ser hostil. A ODISSEIA DE ALICE (Fidelio, L'Odyssée d'Alice) DIREÇÃO: Lucie Borleteau ELENCO: Ariane Labed, Melvil Poupaud, Anders Danielsen Lie PRODUÇÃO: França, 2014, 16 anos QUANDO: estreia nesta quinta (9)
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Imprevisível, Trump assusta gigantes de conteúdo nos Estados Unidos
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Um tuíte do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2014, mantém as empresas americanas de tecnologia em estado de alerta desde sua vitória. Foi em resposta à regulação da neutralidade de rede (princípio pelo qual todos os dados devem ter tratamento isonômico na internet) pelo presidente Barack Obama. "O ataque de Obama contra a internet é outra tomada de poder de cima para baixo", escreveu Trump, em novembro daquele ano. "A neutralidade de rede é a Doutrina da Equidade. Terá como alvo a mídia conservadora." Doutrina da Equidade (Fairness Doctrine) foi uma política adotada pela Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) entre 1949 a 1987. Determinava que os concessionários de radiodifusão (rádio e TV) cobrissem os assuntos de maneira equilibrada e justa. Pela regulação da neutralidade de rede adotada há quase dois anos, provedores de acesso à internet (como Verizon e AT&T ) não podem cobrar a mais ou alterar a velocidade de fornecedores de conteúdo via internet (como Facebook, Netflix, Amazon e organizações jornalísticas). O temor cresceu nas últimas semanas com a indicação por Trump, para a área de telecomunicações de sua equipe de transição de governo, de três assessores críticos da neutralidade da rede, Roslyn Layton, Mark Jamison e Jeff Eisenach, este conhecido ex-lobista de teles. Um deles poderia ser indicado para comandar a FCC. De passagem pelo Brasil, o vice-presidente para assuntos jurídicos do Facebook Paul Grewal afirmou que é preciso esperar para ver. Questionado se Trump e seus novos assessores representavam risco para a neutralidade de rede, respondeu: "Como muitos americanos, estamos todos observando para ver como as coisas vão acontecer, não só quanto à neutralidade. Qualquer pessoa que afirme ter uma ideia clara sobre os rumos dessa administração é um otimista". O chefe de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, defendeu na quarta-feira (30) a manutenção por Trump da regulação "politicamente popular" adotada por Obama. Mas sublinhou que "essa é uma nova administração imprevisível, com certeza". Potencialmente a maior prejudicada por uma reviravolta em relação à neutralidade de rede, a Netflix responde por 35% do tráfego de internet nos EUA e no Canadá. No país para lançar "3%", primeira série brasileira da Netflix, Erik Barmack, vice-presidente de conteúdo internacional da empresa, também defendeu: "Neutralidade de rede é um conceito muito importante para nós. Queremos que as pessoas tenham acesso não só à Netflix mas a uma variedade de opções".
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mercado
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Imprevisível, Trump assusta gigantes de conteúdo nos Estados UnidosUm tuíte do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2014, mantém as empresas americanas de tecnologia em estado de alerta desde sua vitória. Foi em resposta à regulação da neutralidade de rede (princípio pelo qual todos os dados devem ter tratamento isonômico na internet) pelo presidente Barack Obama. "O ataque de Obama contra a internet é outra tomada de poder de cima para baixo", escreveu Trump, em novembro daquele ano. "A neutralidade de rede é a Doutrina da Equidade. Terá como alvo a mídia conservadora." Doutrina da Equidade (Fairness Doctrine) foi uma política adotada pela Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) entre 1949 a 1987. Determinava que os concessionários de radiodifusão (rádio e TV) cobrissem os assuntos de maneira equilibrada e justa. Pela regulação da neutralidade de rede adotada há quase dois anos, provedores de acesso à internet (como Verizon e AT&T ) não podem cobrar a mais ou alterar a velocidade de fornecedores de conteúdo via internet (como Facebook, Netflix, Amazon e organizações jornalísticas). O temor cresceu nas últimas semanas com a indicação por Trump, para a área de telecomunicações de sua equipe de transição de governo, de três assessores críticos da neutralidade da rede, Roslyn Layton, Mark Jamison e Jeff Eisenach, este conhecido ex-lobista de teles. Um deles poderia ser indicado para comandar a FCC. De passagem pelo Brasil, o vice-presidente para assuntos jurídicos do Facebook Paul Grewal afirmou que é preciso esperar para ver. Questionado se Trump e seus novos assessores representavam risco para a neutralidade de rede, respondeu: "Como muitos americanos, estamos todos observando para ver como as coisas vão acontecer, não só quanto à neutralidade. Qualquer pessoa que afirme ter uma ideia clara sobre os rumos dessa administração é um otimista". O chefe de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, defendeu na quarta-feira (30) a manutenção por Trump da regulação "politicamente popular" adotada por Obama. Mas sublinhou que "essa é uma nova administração imprevisível, com certeza". Potencialmente a maior prejudicada por uma reviravolta em relação à neutralidade de rede, a Netflix responde por 35% do tráfego de internet nos EUA e no Canadá. No país para lançar "3%", primeira série brasileira da Netflix, Erik Barmack, vice-presidente de conteúdo internacional da empresa, também defendeu: "Neutralidade de rede é um conceito muito importante para nós. Queremos que as pessoas tenham acesso não só à Netflix mas a uma variedade de opções".
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Demanda derruba preço do suco em NY
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Editoria de Arte/Folhapress O preço do suco de laranja voltou a cair nesta quarta-feira (23) na Bolsa de commodities de Nova York. Com esse recuo, o primeiro contrato foi negociado a 110,9 centavos de dólar por libra-peso, um valor 4,23% inferior ao do dia anterior e 13% abaixo do de há um mês. A queda nos preços do suco se deve à conjugação de dois fatores letais para qualquer setor: aumento de estoques e queda de demanda. A aceleração da produção nos últimos anos provocou um excesso de produto no mercado mundial. A demanda, mesmo com a baixa dos preços, não responde, colocando o setor em um cenário pouco atrativo. As perspectivas, no entanto, são de queda nesses volumes de estoques no próximo ano, o que os dados já mostram para algumas regiões neste ano. Além disso, os Estados Unidos estão em um período de pré-safra, em que sempre ocorre um cenário de muita especulação e de alterações nos preços. A safra dos norte-americanos vai de outubro a setembro. Mesmo em final de safra, os números do mês passado do mercado norte-americano, o principal consumidor no mundo, são desanimadores para o setor. Os estoques de suco aumentaram 4,5% no período, enquanto a demanda recuou 3,8%. Parte desse suco que está nos Estados Unidos é de empresas brasileiras, que exportaram um volume acima da média histórica nos últimos anos devido a problemas climáticos na Flórida, principal região produtora americana. A queda da demanda no país tem uma velocidade tão intensa que esse suco não é absorvido pelo mercado. * Contêineres Nos últimos dois meses, a MRS deu início ao transporte ferroviário de soja por contêineres. A soja sai de Anápolis (GO), faz transbordo em Sumaré (SP) e desce até Santos (SP). Potencial No segmento de papel e celulose, a MRS aumentou em 120% as exportações via contêineres, no comparativo do primeiro semestre deste ano ante igual período de 2014. Facilidade Os contêineres permitem redução de custo de 15% a 20% em relação às rodovias, perdas menores de produto e facilidade nas operações em portos, segundo a MRS. Trigo A colheita do cereal atingiu 50% no Estado do Paraná, e a produtividade deste mês não supera a de agosto, como se previa, segundo Hugo Godinho, do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná. Queda Com isso, a produção do Estado deverá ser de 3,6 milhões de toneladas. A previsão inicial era de um volume de 4 milhões de toneladas. A comercialização do cereal aponta para uma demanda aquecida, mas os preços internos ainda estão defasados em relação à media internacional.
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Demanda derruba preço do suco em NYEditoria de Arte/Folhapress O preço do suco de laranja voltou a cair nesta quarta-feira (23) na Bolsa de commodities de Nova York. Com esse recuo, o primeiro contrato foi negociado a 110,9 centavos de dólar por libra-peso, um valor 4,23% inferior ao do dia anterior e 13% abaixo do de há um mês. A queda nos preços do suco se deve à conjugação de dois fatores letais para qualquer setor: aumento de estoques e queda de demanda. A aceleração da produção nos últimos anos provocou um excesso de produto no mercado mundial. A demanda, mesmo com a baixa dos preços, não responde, colocando o setor em um cenário pouco atrativo. As perspectivas, no entanto, são de queda nesses volumes de estoques no próximo ano, o que os dados já mostram para algumas regiões neste ano. Além disso, os Estados Unidos estão em um período de pré-safra, em que sempre ocorre um cenário de muita especulação e de alterações nos preços. A safra dos norte-americanos vai de outubro a setembro. Mesmo em final de safra, os números do mês passado do mercado norte-americano, o principal consumidor no mundo, são desanimadores para o setor. Os estoques de suco aumentaram 4,5% no período, enquanto a demanda recuou 3,8%. Parte desse suco que está nos Estados Unidos é de empresas brasileiras, que exportaram um volume acima da média histórica nos últimos anos devido a problemas climáticos na Flórida, principal região produtora americana. A queda da demanda no país tem uma velocidade tão intensa que esse suco não é absorvido pelo mercado. * Contêineres Nos últimos dois meses, a MRS deu início ao transporte ferroviário de soja por contêineres. A soja sai de Anápolis (GO), faz transbordo em Sumaré (SP) e desce até Santos (SP). Potencial No segmento de papel e celulose, a MRS aumentou em 120% as exportações via contêineres, no comparativo do primeiro semestre deste ano ante igual período de 2014. Facilidade Os contêineres permitem redução de custo de 15% a 20% em relação às rodovias, perdas menores de produto e facilidade nas operações em portos, segundo a MRS. Trigo A colheita do cereal atingiu 50% no Estado do Paraná, e a produtividade deste mês não supera a de agosto, como se previa, segundo Hugo Godinho, do Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná. Queda Com isso, a produção do Estado deverá ser de 3,6 milhões de toneladas. A previsão inicial era de um volume de 4 milhões de toneladas. A comercialização do cereal aponta para uma demanda aquecida, mas os preços internos ainda estão defasados em relação à media internacional.
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Filho da política
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A busca feita pela Polícia Federal na empresa de Luis Cláudio Lula da Silva é a chegada a um objetivo longamente perseguido por adversários extremados do ex-presidente e mesmo por numerosa corrente de delegados da PF: os Lula da Silva sob investigações criminais. Se com motivação justificada ou não, toda informação por ora é precária, apesar da autorização judicial para a busca. Qualquer que seja a resposta futura, uma certeza ficou estabelecida desde a chegada da PF, às 6 horas da manhã, à LFT Marketing Esportivo: a par do seu formalismo apenas policial/judicial, é um fato político. Importante. Além dos reflexos imediatos que possa gerar, tem propensão a projetar efeitos sobre o futuro da política brasileira. (Concordo com você: se há uma coisa que parece não ter futuro no Brasil, é a política. Mas terá que inventar algum.) Fala-se muito na candidatura de Lula em 2018. Indício confiável, nesse sentido, nenhum. Agora, porém, dá-se o tipo do fato que empurra para definições os temperamentos, pessoais e políticos, como o de Lula: o explosivo contido à força, na sua percepção real ou elaborada de injustiças, e mágoas, e gana de dar sua resposta aos fatos devedores. Caso não se mostre justificado o capítulo que a Polícia Federal iniciou com a operação na empresa de Luis Cláudio, a consequência mais provável é que Lula se lance à reconquista do poder. Com a determinação de quem vê uma só reparação à altura, vital mesmo. A realidade brasileira já está semeada para uma tal disposição. A hipótese contrária, de implicação de Luis Cláudio com condutas criminais comprováveis, não teria efeito menos forte, embora oposto. Não é provável que sobrasse a Lula detrminação para ter ainda um papel de relevo na política. E o PT sem Lula? Campo aberto para a ascensão dos seus adversários de sempre, depois de se devorarem no esforço comum de ver se algum deles adquire trejeitos de líder político. Há o que apreciar, portanto. Mas não só dos atores citados. Os silenciados são, talvez, ainda mais interessantes. E a operação na empresa de Luis Claúdio abriu uma fresta na cortina que os protege. A PF lá esteve como parte das investigações que se desenvolvem (?) em torno do poderoso sistema de corrupção há anos e anos vigente no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - Carf, a instância em que se decidem as pendências entre grandes devedores de impostos e a Receita Federal. Por motivos que dispensam referência, essas investigações não produzem em agentes e responsáveis a ânsia de vazamentos já conhecida. E o pouco que vaza pende muito mais para as gavetas do que para a divulgação. Parte da mesma operação, a busca na empresa de Luis Cláudio Lula da Silva pende, porém, para as impressoras, a tv, o rádio e a internet. As investigações no Carf, chamadas de Operação Zelotes, tanto têm se ocupado de condutas de má-fé, como de questões polêmicas em que o apontado devedor ou não o é, ou é sem intenção. Há grandes meios de comunicação nas três situações. No seu caso, procedem todos para evitar noticiário escandaloso, comprometedor e talvez injusto. Poderiam fazer disso tanto um mea culpa, como um aprendizado, tardio embora.
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Filho da políticaA busca feita pela Polícia Federal na empresa de Luis Cláudio Lula da Silva é a chegada a um objetivo longamente perseguido por adversários extremados do ex-presidente e mesmo por numerosa corrente de delegados da PF: os Lula da Silva sob investigações criminais. Se com motivação justificada ou não, toda informação por ora é precária, apesar da autorização judicial para a busca. Qualquer que seja a resposta futura, uma certeza ficou estabelecida desde a chegada da PF, às 6 horas da manhã, à LFT Marketing Esportivo: a par do seu formalismo apenas policial/judicial, é um fato político. Importante. Além dos reflexos imediatos que possa gerar, tem propensão a projetar efeitos sobre o futuro da política brasileira. (Concordo com você: se há uma coisa que parece não ter futuro no Brasil, é a política. Mas terá que inventar algum.) Fala-se muito na candidatura de Lula em 2018. Indício confiável, nesse sentido, nenhum. Agora, porém, dá-se o tipo do fato que empurra para definições os temperamentos, pessoais e políticos, como o de Lula: o explosivo contido à força, na sua percepção real ou elaborada de injustiças, e mágoas, e gana de dar sua resposta aos fatos devedores. Caso não se mostre justificado o capítulo que a Polícia Federal iniciou com a operação na empresa de Luis Cláudio, a consequência mais provável é que Lula se lance à reconquista do poder. Com a determinação de quem vê uma só reparação à altura, vital mesmo. A realidade brasileira já está semeada para uma tal disposição. A hipótese contrária, de implicação de Luis Cláudio com condutas criminais comprováveis, não teria efeito menos forte, embora oposto. Não é provável que sobrasse a Lula detrminação para ter ainda um papel de relevo na política. E o PT sem Lula? Campo aberto para a ascensão dos seus adversários de sempre, depois de se devorarem no esforço comum de ver se algum deles adquire trejeitos de líder político. Há o que apreciar, portanto. Mas não só dos atores citados. Os silenciados são, talvez, ainda mais interessantes. E a operação na empresa de Luis Claúdio abriu uma fresta na cortina que os protege. A PF lá esteve como parte das investigações que se desenvolvem (?) em torno do poderoso sistema de corrupção há anos e anos vigente no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - Carf, a instância em que se decidem as pendências entre grandes devedores de impostos e a Receita Federal. Por motivos que dispensam referência, essas investigações não produzem em agentes e responsáveis a ânsia de vazamentos já conhecida. E o pouco que vaza pende muito mais para as gavetas do que para a divulgação. Parte da mesma operação, a busca na empresa de Luis Cláudio Lula da Silva pende, porém, para as impressoras, a tv, o rádio e a internet. As investigações no Carf, chamadas de Operação Zelotes, tanto têm se ocupado de condutas de má-fé, como de questões polêmicas em que o apontado devedor ou não o é, ou é sem intenção. Há grandes meios de comunicação nas três situações. No seu caso, procedem todos para evitar noticiário escandaloso, comprometedor e talvez injusto. Poderiam fazer disso tanto um mea culpa, como um aprendizado, tardio embora.
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Temer sanciona lei de terceirização com pouca proteção a trabalhador
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O presidente Michel Temer sancionou na noite desta sexta-feira (31) o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. A iniciativa foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União" e inclui vetos parciais a três pontos da proposta. Um deles é a possibilidade de prorrogação do prazo de até 270 dias de contrato temporário de trabalho por acordo ou convenção coletiva. Os outros dois parágrafos foram vetados porque repetem direitos já previstos na Constituição Federal. Um deles determina que seja incluído na carteira de trabalho e na Previdência Social a condição de temporário do trabalhador. O segundo é o que assegura ao trabalhador temporário salário, jornada de trabalho e proteção previdenciária e contra acidentes equivalentes ao de pessoas que trabalham na mesma função ou cargo da empresa contratante. Além disso, ele previa o benefício do pagamento direto do FGTS, férias e décimo terceiro salário proporcionais a empregados temporários contratados por até trinta dias. A ideia inicial era de que o presidente sancionasse a iniciativa aprovada pela Câmara próximo ao prazo de 12 abril, em um evento no Palácio do Planalto com a presença de parlamentares e empresários. Terceirização: como fica Ele, contudo, foi recomendado a antecipá-la para evitar novas pressões e eventuais retaliações de um grupo de senadores peemedebistas, que pediu em carta ao presidente para vetar integralmente a proposta. O principal insatisfeito com a iniciativa é o líder do partido, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem feito críticas públicas às propostas econômicas sugeridas pelo Palácio do Planalto. Segundo um assessor presidencial, a antecipação também teve como objetivo tentar blindar a reforma previdenciária de ameaças de represálias de deputados federais, que também vinham pressionando o presidente a vetar integralmente a proposta da terceirização. Com a antecipação da medida, o Palácio do Planalto desistiu de fazer uma medida provisória para incluir as salvaguardas para os trabalhadores afetados pela terceirização. A ideia voltou a ser de incluí-las no relatório da reforma trabalhista, cuja expectativa é de que seja votada no mês que vem. A equipe econômica pretende incluir pontos como a garantia aos terceirizados dos mesmos serviços de alimentação, transporte e atendimento médico dos contratados diretamente e restrições para evitar que as empresas demitam seus funcionários e os recontratem na sequência como terceirizados. Ela também deve prever a obrigatoriedade de a "empresa-mãe" fiscalizar se a terceirizadora está cumprindo suas obrigações trabalhistas e previdenciárias. Esse ponto é considerado essencial para evitar queda na arrecadação da Previdência Social, uma das maiores preocupações do Palácio do Planalto com a terceirização. Pela proposta aprovada, por exemplo, a prestadora de serviços não precisa oferecer o benefício a seus funcionários, mesmo que exerçam o mesmo cargo. A salvarguarda que deve ser incluída, no entanto, equipara os benefícios. A inclusão das mudanças tem como objetivo, além de evitar que o governo seja acusado de promover a precarização do mercado de trabalho, evitar problemas jurídicos pela falta de uma regulamentação mais completa da chamada "pejotização", o que não é feito pelo texto sancionado. PLANEJAMENTO Nesta sexta-feira (31), o presidente também efetivou no cargo o ministro Dyogo Oliveira, que atuava desde maio como interino no Planejamento. Para tomar a iniciativa, Temer consultou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que deixou o posto após a Folha revelar gravação de conversa com o o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No áudio, o peemedebista sugeriu a Machado que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos. Dyogo estava como interino por uma questão política, já que Jucá ainda era considerado ministro licenciado. Com a pressão da equipe econômica, Temer decidiu efetivá-lo.
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mercado
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Temer sanciona lei de terceirização com pouca proteção a trabalhadorO presidente Michel Temer sancionou na noite desta sexta-feira (31) o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. A iniciativa foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União" e inclui vetos parciais a três pontos da proposta. Um deles é a possibilidade de prorrogação do prazo de até 270 dias de contrato temporário de trabalho por acordo ou convenção coletiva. Os outros dois parágrafos foram vetados porque repetem direitos já previstos na Constituição Federal. Um deles determina que seja incluído na carteira de trabalho e na Previdência Social a condição de temporário do trabalhador. O segundo é o que assegura ao trabalhador temporário salário, jornada de trabalho e proteção previdenciária e contra acidentes equivalentes ao de pessoas que trabalham na mesma função ou cargo da empresa contratante. Além disso, ele previa o benefício do pagamento direto do FGTS, férias e décimo terceiro salário proporcionais a empregados temporários contratados por até trinta dias. A ideia inicial era de que o presidente sancionasse a iniciativa aprovada pela Câmara próximo ao prazo de 12 abril, em um evento no Palácio do Planalto com a presença de parlamentares e empresários. Terceirização: como fica Ele, contudo, foi recomendado a antecipá-la para evitar novas pressões e eventuais retaliações de um grupo de senadores peemedebistas, que pediu em carta ao presidente para vetar integralmente a proposta. O principal insatisfeito com a iniciativa é o líder do partido, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem feito críticas públicas às propostas econômicas sugeridas pelo Palácio do Planalto. Segundo um assessor presidencial, a antecipação também teve como objetivo tentar blindar a reforma previdenciária de ameaças de represálias de deputados federais, que também vinham pressionando o presidente a vetar integralmente a proposta da terceirização. Com a antecipação da medida, o Palácio do Planalto desistiu de fazer uma medida provisória para incluir as salvaguardas para os trabalhadores afetados pela terceirização. A ideia voltou a ser de incluí-las no relatório da reforma trabalhista, cuja expectativa é de que seja votada no mês que vem. A equipe econômica pretende incluir pontos como a garantia aos terceirizados dos mesmos serviços de alimentação, transporte e atendimento médico dos contratados diretamente e restrições para evitar que as empresas demitam seus funcionários e os recontratem na sequência como terceirizados. Ela também deve prever a obrigatoriedade de a "empresa-mãe" fiscalizar se a terceirizadora está cumprindo suas obrigações trabalhistas e previdenciárias. Esse ponto é considerado essencial para evitar queda na arrecadação da Previdência Social, uma das maiores preocupações do Palácio do Planalto com a terceirização. Pela proposta aprovada, por exemplo, a prestadora de serviços não precisa oferecer o benefício a seus funcionários, mesmo que exerçam o mesmo cargo. A salvarguarda que deve ser incluída, no entanto, equipara os benefícios. A inclusão das mudanças tem como objetivo, além de evitar que o governo seja acusado de promover a precarização do mercado de trabalho, evitar problemas jurídicos pela falta de uma regulamentação mais completa da chamada "pejotização", o que não é feito pelo texto sancionado. PLANEJAMENTO Nesta sexta-feira (31), o presidente também efetivou no cargo o ministro Dyogo Oliveira, que atuava desde maio como interino no Planejamento. Para tomar a iniciativa, Temer consultou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que deixou o posto após a Folha revelar gravação de conversa com o o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No áudio, o peemedebista sugeriu a Machado que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos. Dyogo estava como interino por uma questão política, já que Jucá ainda era considerado ministro licenciado. Com a pressão da equipe econômica, Temer decidiu efetivá-lo.
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O ministro que não se contém
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BRASÍLIA - Michel Temer atrasou o relógio da história em quatro décadas ao nomear um ministério sem nenhuma mulher. Agora o titular da Saúde, Ricardo Barros, mostrou que está em sintonia com o chefe. Ele declarou que os homens vão menos ao médico porque "trabalham mais". A afirmação é desmentida por dados oficiais. Segundo o IBGE, as mulheres trabalham quatro horas a mais por semana, somando o tempo que dedicam às atividades domésticas. O ministro nem precisava saber disso para evitar o palpite infeliz. Bastava ler a pesquisa que ele mesmo divulgou. Nela, menos de 3% dos homens apontam o horário de funcionamento das unidades de saúde como razão para não frequentá-las. Desde que virou ministro da Saúde, há três meses, o engenheiro Barros se destaca pelas declarações desastradas. Em maio, ele usou um argumento religioso para defender o uso da fosfoetanolamina, a "pílula do câncer", sem a realização de testes clínicos. "Se ela não tem efetividade, mas as pessoas acreditam que tem, a fé move montanhas", disse. Depois o ministro defendeu que o governo inclua as igrejas nas discussões sobre o aborto. Padres e pastores têm o direito de pregar o que quiserem, mas não deveriam se meter nas políticas públicas de saúde. A incontinência verbal evidencia o despreparo de Barros, mas não chega a ser o pior traço de sua gestão. O que mais preocupa é a forma como ele defende abertamente os interesses das seguradoras, setor que forneceu o maior doador de sua campanha a deputado em 2014. O ministro já afirmou que não cabe ao governo fiscalizar a qualidade dos planos privados. Em outra ocasião, criticou o fato de milhões de pacientes recorrerem à Justiça para receber atendimento médico. Agora Barros quer criar um tipo de plano de saúde "popular", com cobertura menor do que o mínimo exigido hoje pela ANS. Não é preciso ter diploma de medicina para saber quem vai lucrar com a ideia.
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O ministro que não se contémBRASÍLIA - Michel Temer atrasou o relógio da história em quatro décadas ao nomear um ministério sem nenhuma mulher. Agora o titular da Saúde, Ricardo Barros, mostrou que está em sintonia com o chefe. Ele declarou que os homens vão menos ao médico porque "trabalham mais". A afirmação é desmentida por dados oficiais. Segundo o IBGE, as mulheres trabalham quatro horas a mais por semana, somando o tempo que dedicam às atividades domésticas. O ministro nem precisava saber disso para evitar o palpite infeliz. Bastava ler a pesquisa que ele mesmo divulgou. Nela, menos de 3% dos homens apontam o horário de funcionamento das unidades de saúde como razão para não frequentá-las. Desde que virou ministro da Saúde, há três meses, o engenheiro Barros se destaca pelas declarações desastradas. Em maio, ele usou um argumento religioso para defender o uso da fosfoetanolamina, a "pílula do câncer", sem a realização de testes clínicos. "Se ela não tem efetividade, mas as pessoas acreditam que tem, a fé move montanhas", disse. Depois o ministro defendeu que o governo inclua as igrejas nas discussões sobre o aborto. Padres e pastores têm o direito de pregar o que quiserem, mas não deveriam se meter nas políticas públicas de saúde. A incontinência verbal evidencia o despreparo de Barros, mas não chega a ser o pior traço de sua gestão. O que mais preocupa é a forma como ele defende abertamente os interesses das seguradoras, setor que forneceu o maior doador de sua campanha a deputado em 2014. O ministro já afirmou que não cabe ao governo fiscalizar a qualidade dos planos privados. Em outra ocasião, criticou o fato de milhões de pacientes recorrerem à Justiça para receber atendimento médico. Agora Barros quer criar um tipo de plano de saúde "popular", com cobertura menor do que o mínimo exigido hoje pela ANS. Não é preciso ter diploma de medicina para saber quem vai lucrar com a ideia.
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Petrobras cria nova diretoria para estratégia e gestão
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Pouco mais de dois meses após aprovar o enxugamento de sua estrutura organizacional, a Petrobras decidiu propor aos acionistas a criação de uma nova diretoria. A área será responsável pela estratégia da companhia. A ideia foi levada ao conselho da estatal pelo seu presidente Pedro Parente, que assumiu o cargo no início de junho, um mês após a restruturação que cortou uma diretoria e 40% dos cargos gerenciais. Em nota, a empresa informou que a diretoria de diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão terá como foco principal reforçar o planejamento estratégico da companhia e auxiliar na definição dos planos de negócio e gestão. "A Petrobras, conforme anunciado pelo presidente Pedro Parente, está discutindo uma revisão de seu planejamento estratégico, o que deve ser concluído em até 120 dias", diz o texto. A companhia ainda não informou quem ocupará o posto, mas a Folha apurou que o indicado será Nelson Silva, ex-presidente da petroleira britânica BG, que chegou à estatal com Parente, para atuar como consultor responsável pela estratégia. A criação da nova diretoria terá que ser aprovada em assembleia de acionistas. A empresa diz que a mudança não altera o valor da remuneração dos administradores já aprovado pelos acionistas, de de R$ 28,7 milhões. A conta já considerava a existência de oito diretorias.
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mercado
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Petrobras cria nova diretoria para estratégia e gestãoPouco mais de dois meses após aprovar o enxugamento de sua estrutura organizacional, a Petrobras decidiu propor aos acionistas a criação de uma nova diretoria. A área será responsável pela estratégia da companhia. A ideia foi levada ao conselho da estatal pelo seu presidente Pedro Parente, que assumiu o cargo no início de junho, um mês após a restruturação que cortou uma diretoria e 40% dos cargos gerenciais. Em nota, a empresa informou que a diretoria de diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão terá como foco principal reforçar o planejamento estratégico da companhia e auxiliar na definição dos planos de negócio e gestão. "A Petrobras, conforme anunciado pelo presidente Pedro Parente, está discutindo uma revisão de seu planejamento estratégico, o que deve ser concluído em até 120 dias", diz o texto. A companhia ainda não informou quem ocupará o posto, mas a Folha apurou que o indicado será Nelson Silva, ex-presidente da petroleira britânica BG, que chegou à estatal com Parente, para atuar como consultor responsável pela estratégia. A criação da nova diretoria terá que ser aprovada em assembleia de acionistas. A empresa diz que a mudança não altera o valor da remuneração dos administradores já aprovado pelos acionistas, de de R$ 28,7 milhões. A conta já considerava a existência de oito diretorias.
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Pop psicodélico nacional vira documentário 'Brazilian Guitar Fuzz'
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O pop psicodélico brasileiro dos anos 1960 e 1970 vai ganhar o mundo com uma ajuda célebre: Elijah Wood, o Frodo de "O Senhor dos Anéis". Grande fã de música brasileira, ele ajudou a divulgar no Twitter a campanha do cineasta brasileiro Artur Ratton, 43, para produzir o documentário "Brazilian Guitar Fuzz Bananas". "Ele quer muito participar do filme", conta Ratton. "Pediu uma cena em que não fale nada, então escrevi um encontro no deserto entre ele, o Paulo e o Joel." Paulo é Paulo Bagunça, músico que lançou em 1974 um disco estranho e fascinante chamado "Paulo Bagunça e a Tropa Maldita", em que fundia pop, samba, eletrônica e psicodelia. E Joel é Joel "Stones", brasileiro que comandou uma das lojas de discos mais cultuadas de Nova York, a Tropicalia in Furs (fechada em 2013), e é o guia do filme pelo universo desconhecido dos sons lisérgicos brasileiros. Ratton mora em Nova York e conheceu Joel na loja, que atraía clientes famosos como Mike D (Beastie Boys) e Julian Casablancas (Strokes), além de integrantes de Sonic Youth e astros do cinema como o próprio Elijah Wood. Ficaram amigos e decidiram fazer um filme para contar a história de uma parte pouco conhecida do pop brasileiro. O filme é inspirado por uma coletânea, "Brazilian Guitar Fuzz Bananas", que Joel lançou em 2010 com faixas gravadas entre 1967 e 1976 por artistas como Marisa Rossi, Tony e Som Colorido, The Pops e Célio Balona. Por meio de uma campanha de financiamento coletivo, conseguiram arrecadar US$ 25 mil e filmaram várias entrevistas no Brasil com artistas como Fábio ("LSD: Lindo Sonho Delirante", sacou?), Paulo Bagunça e Serguei. O próximo passo é fazer o caminho oposto: levar a psicodelia brazuca para o exterior. "Nossa empreitada agora é trazer o Paulo Bagunça para gravar em Los Angeles, com produção do Mario Caldato Jr. (famoso produtor brasileiro que trabalhou com Beck, Beastie Boys, Nação Zumbi, etc.), que é um de nossos apoiadores", diz Ratton, que pretende lançar o filme em 2016.
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Pop psicodélico nacional vira documentário 'Brazilian Guitar Fuzz'O pop psicodélico brasileiro dos anos 1960 e 1970 vai ganhar o mundo com uma ajuda célebre: Elijah Wood, o Frodo de "O Senhor dos Anéis". Grande fã de música brasileira, ele ajudou a divulgar no Twitter a campanha do cineasta brasileiro Artur Ratton, 43, para produzir o documentário "Brazilian Guitar Fuzz Bananas". "Ele quer muito participar do filme", conta Ratton. "Pediu uma cena em que não fale nada, então escrevi um encontro no deserto entre ele, o Paulo e o Joel." Paulo é Paulo Bagunça, músico que lançou em 1974 um disco estranho e fascinante chamado "Paulo Bagunça e a Tropa Maldita", em que fundia pop, samba, eletrônica e psicodelia. E Joel é Joel "Stones", brasileiro que comandou uma das lojas de discos mais cultuadas de Nova York, a Tropicalia in Furs (fechada em 2013), e é o guia do filme pelo universo desconhecido dos sons lisérgicos brasileiros. Ratton mora em Nova York e conheceu Joel na loja, que atraía clientes famosos como Mike D (Beastie Boys) e Julian Casablancas (Strokes), além de integrantes de Sonic Youth e astros do cinema como o próprio Elijah Wood. Ficaram amigos e decidiram fazer um filme para contar a história de uma parte pouco conhecida do pop brasileiro. O filme é inspirado por uma coletânea, "Brazilian Guitar Fuzz Bananas", que Joel lançou em 2010 com faixas gravadas entre 1967 e 1976 por artistas como Marisa Rossi, Tony e Som Colorido, The Pops e Célio Balona. Por meio de uma campanha de financiamento coletivo, conseguiram arrecadar US$ 25 mil e filmaram várias entrevistas no Brasil com artistas como Fábio ("LSD: Lindo Sonho Delirante", sacou?), Paulo Bagunça e Serguei. O próximo passo é fazer o caminho oposto: levar a psicodelia brazuca para o exterior. "Nossa empreitada agora é trazer o Paulo Bagunça para gravar em Los Angeles, com produção do Mario Caldato Jr. (famoso produtor brasileiro que trabalhou com Beck, Beastie Boys, Nação Zumbi, etc.), que é um de nossos apoiadores", diz Ratton, que pretende lançar o filme em 2016.
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Após eliminação, Corinthians vence e assume ponta do Brasileiro
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Após a eliminação da Libertadores para o Guaraní-PAR, no meio de semana, o Corinthians emplacou a sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro ao derrotar a Chapecoense por 1 a 0 na noite deste sábado (16), em Araraquara, pela segunda rodada da competição. Mesmo sem fazer uma grande atuação, principalmente no segundo tempo, quando o jogo foi muito fraco tecnicamente, o time alvinegro começou bem o confronto e chegou ao gol ainda na etapa inicial com o lateral Fábio Santos, considerado um dos vilões da queda corintiana no torneio sul-americano após a sua expulsão no duelo contra os paraguaios. Com o resultado, a equipe do técnico Tite chegou aos seis pontos e assumiu provisoriamente a liderança da classificação do Nacional. Os corintianos ainda podem ser ultrapassados por Sport, São Paulo e Fluminense, que jogam na rodada. Veja vídeo Buscando se impor no jogo desde os primeiros minutos do confronto, o Corinthians impôs uma blitz no campo de ataque logo no início da partida e poderia ter ido para os vestiários com um placar maior que o 1 a 0 se não fosse a boa atuação do goleiro Danilo, da Chapecoense. Aos 6min, Guerrero puxou contra-ataque e, de fora da área, chutou forte para boa defesa do camisa 1 do time catarinense. Logo em seguida, após cruzamento da direita, Jadson cabeceou no alto e o goleiro Danilo deu leve desvio em bela defesa. Na sequência, a bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo. No entanto, depois dos dois bons lances corintianos, o jogo caiu muito de ritmo e nenhum dos dois times conseguiu superar a marcação adversária. Mesmo assim, em uma jogada isolada no campo de ataque, a equipe alvinegra abriu o placar. Aos 27min, o lateral Fábio Santos arriscou chute de fora da área, a bola desviou no colombiano Mendoza e foi para o fundo das redes do time visitante. Com a vantagem no placar, o Corinthians recuou e buscou jogar somente nos contra-ataques. Porém, mesmo com a fragilidade da Chapecoense, a equipe paulista pouco atacou até o intervalo. A Chapecoense voltou mais agressiva dos vestiários e teve mais presença ofensiva na etapa final. Mas, devido à fragilidade do seu meio de campo, a equipe catarinense era lenta na transição da defesa para o ataque e cometeu muitos erros nos passes, o que facilitou a marcação corintiana. No fim, o técnico Tite ainda tentou dar mais velocidade ao time com as entradas de Bruno Henrique e Emerson nos lugares de Elias e Mendoza, que não foram bem individualmente. Nos acréscimos, a Chapecoense ainda chegou a pressionar o Corinthians, mas parou nas mãos do goleiro Cássio.
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esporte
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Após eliminação, Corinthians vence e assume ponta do BrasileiroApós a eliminação da Libertadores para o Guaraní-PAR, no meio de semana, o Corinthians emplacou a sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro ao derrotar a Chapecoense por 1 a 0 na noite deste sábado (16), em Araraquara, pela segunda rodada da competição. Mesmo sem fazer uma grande atuação, principalmente no segundo tempo, quando o jogo foi muito fraco tecnicamente, o time alvinegro começou bem o confronto e chegou ao gol ainda na etapa inicial com o lateral Fábio Santos, considerado um dos vilões da queda corintiana no torneio sul-americano após a sua expulsão no duelo contra os paraguaios. Com o resultado, a equipe do técnico Tite chegou aos seis pontos e assumiu provisoriamente a liderança da classificação do Nacional. Os corintianos ainda podem ser ultrapassados por Sport, São Paulo e Fluminense, que jogam na rodada. Veja vídeo Buscando se impor no jogo desde os primeiros minutos do confronto, o Corinthians impôs uma blitz no campo de ataque logo no início da partida e poderia ter ido para os vestiários com um placar maior que o 1 a 0 se não fosse a boa atuação do goleiro Danilo, da Chapecoense. Aos 6min, Guerrero puxou contra-ataque e, de fora da área, chutou forte para boa defesa do camisa 1 do time catarinense. Logo em seguida, após cruzamento da direita, Jadson cabeceou no alto e o goleiro Danilo deu leve desvio em bela defesa. Na sequência, a bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo. No entanto, depois dos dois bons lances corintianos, o jogo caiu muito de ritmo e nenhum dos dois times conseguiu superar a marcação adversária. Mesmo assim, em uma jogada isolada no campo de ataque, a equipe alvinegra abriu o placar. Aos 27min, o lateral Fábio Santos arriscou chute de fora da área, a bola desviou no colombiano Mendoza e foi para o fundo das redes do time visitante. Com a vantagem no placar, o Corinthians recuou e buscou jogar somente nos contra-ataques. Porém, mesmo com a fragilidade da Chapecoense, a equipe paulista pouco atacou até o intervalo. A Chapecoense voltou mais agressiva dos vestiários e teve mais presença ofensiva na etapa final. Mas, devido à fragilidade do seu meio de campo, a equipe catarinense era lenta na transição da defesa para o ataque e cometeu muitos erros nos passes, o que facilitou a marcação corintiana. No fim, o técnico Tite ainda tentou dar mais velocidade ao time com as entradas de Bruno Henrique e Emerson nos lugares de Elias e Mendoza, que não foram bem individualmente. Nos acréscimos, a Chapecoense ainda chegou a pressionar o Corinthians, mas parou nas mãos do goleiro Cássio.
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Na China, churrasco brasileiro ganha mercado e tem sabor australiano
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Uma marca brasileira não para de crescer na China. Depois de 17 anos ensinando aos chineses o que é picanha, pão de queijo e feijoada, a rede de churrascarias Latina se prepara para abrir cinco restaurantes neste ano e mais cinco em 2016, embalados pelo crescimento do consumo e do setor de serviços na segunda maior economia do mundo. Mesmo sem poder servir carne bovina do Brasil, barrada na China desde 2012 por questões sanitárias, o negócio tem crescido entre 15% e 20% ao ano. A picanha do Latina vem da Austrália, mas isso não freou a expansão da rede brasileira, que no ano passado teve faturamento de 75 milhões de yuans (R$ 35,8 milhões), segundo os sócios. A previsão deles é que o valor aumente 60% em 2015. Para Jun Taichi, um dos sócios da WD, que controla a rede de churrascarias, servir carne australiana não afetou a imagem dos restaurantes. "A maioria do público chinês nunca comeu carne dessa forma, por isso não tem termo de comparação", diz Jun, 39, que nasceu no Rio. Segundo ele, o que atrai os chineses é a experiência brasileira, não importando se a picanha for australiana. A fartura do sistema de rodízio ajuda. "O que o chinês gosta é de prato cheio", afirma. Essa experiência poderá se tornar mais brasileira em breve, caso seja concretizada a expectativa de reabertura do mercado chinês para a carne bovina do país. Após mais de dois anos de embargo e uma tortuosa negociação, está tudo pronto para que a liberação seja oficializada durante a visita ao Brasil do premiê chinês, Li Keqiang, que começa no dia 19. O Brasil teve que ceder às exigências dos chineses para que o novo protocolo sanitário fosse finalizado e agora espera que a promessa de fim do embargo seja cumprida. Embora o embargo não tenha freado o sucesso da Latina, Jun está na expectativa. "Claro que ajudará no nosso marketing se pudermos servir carne brasileira." Além disso, lembra ele, a reabertura do mercado permitiria a importação de cortes de carne bovina apreciados no Brasil e que atualmente não são disponíveis na China, como o cupim. Ironicamente, a experiência brasileira do churrasco foi levada à China por um japonês, o pai de Jun. Foi ele quem levou o conceito à China há 17 anos, após fazer sucesso vendendo sushi no Rio e churrasco no Japão. Hoje o grupo tem 300 funcionários na China (20 brasileiros) e conta com 12 restaurantes, oito churrascarias e quatro pizzarias. "Nossa avaliação é que podemos chegar a 40", afirma Sérgio Madalozzo, um dos três sócios da holding, além da família Taichi e de uma sócia chinesa.
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mercado
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Na China, churrasco brasileiro ganha mercado e tem sabor australianoUma marca brasileira não para de crescer na China. Depois de 17 anos ensinando aos chineses o que é picanha, pão de queijo e feijoada, a rede de churrascarias Latina se prepara para abrir cinco restaurantes neste ano e mais cinco em 2016, embalados pelo crescimento do consumo e do setor de serviços na segunda maior economia do mundo. Mesmo sem poder servir carne bovina do Brasil, barrada na China desde 2012 por questões sanitárias, o negócio tem crescido entre 15% e 20% ao ano. A picanha do Latina vem da Austrália, mas isso não freou a expansão da rede brasileira, que no ano passado teve faturamento de 75 milhões de yuans (R$ 35,8 milhões), segundo os sócios. A previsão deles é que o valor aumente 60% em 2015. Para Jun Taichi, um dos sócios da WD, que controla a rede de churrascarias, servir carne australiana não afetou a imagem dos restaurantes. "A maioria do público chinês nunca comeu carne dessa forma, por isso não tem termo de comparação", diz Jun, 39, que nasceu no Rio. Segundo ele, o que atrai os chineses é a experiência brasileira, não importando se a picanha for australiana. A fartura do sistema de rodízio ajuda. "O que o chinês gosta é de prato cheio", afirma. Essa experiência poderá se tornar mais brasileira em breve, caso seja concretizada a expectativa de reabertura do mercado chinês para a carne bovina do país. Após mais de dois anos de embargo e uma tortuosa negociação, está tudo pronto para que a liberação seja oficializada durante a visita ao Brasil do premiê chinês, Li Keqiang, que começa no dia 19. O Brasil teve que ceder às exigências dos chineses para que o novo protocolo sanitário fosse finalizado e agora espera que a promessa de fim do embargo seja cumprida. Embora o embargo não tenha freado o sucesso da Latina, Jun está na expectativa. "Claro que ajudará no nosso marketing se pudermos servir carne brasileira." Além disso, lembra ele, a reabertura do mercado permitiria a importação de cortes de carne bovina apreciados no Brasil e que atualmente não são disponíveis na China, como o cupim. Ironicamente, a experiência brasileira do churrasco foi levada à China por um japonês, o pai de Jun. Foi ele quem levou o conceito à China há 17 anos, após fazer sucesso vendendo sushi no Rio e churrasco no Japão. Hoje o grupo tem 300 funcionários na China (20 brasileiros) e conta com 12 restaurantes, oito churrascarias e quatro pizzarias. "Nossa avaliação é que podemos chegar a 40", afirma Sérgio Madalozzo, um dos três sócios da holding, além da família Taichi e de uma sócia chinesa.
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Hoje na TV: Swansea City e Stoke City pelo Campeonato Inglês
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17h - Swansea City x Stoke City Inglês, ESPN 18h - Nova Zelândia x França Mundial sub-17, SporTV 2 19h - Joinville x Corinthians Liga Futsal, SporTV 19h - Lajeadense x River Série D, Esporte Interativo 21h - S. José Campos x Sesi Paulista de vôlei, SporTV 2 22h15 - Eagles x Giants Futebol americanos, ESPN
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Hoje na TV: Swansea City e Stoke City pelo Campeonato Inglês17h - Swansea City x Stoke City Inglês, ESPN 18h - Nova Zelândia x França Mundial sub-17, SporTV 2 19h - Joinville x Corinthians Liga Futsal, SporTV 19h - Lajeadense x River Série D, Esporte Interativo 21h - S. José Campos x Sesi Paulista de vôlei, SporTV 2 22h15 - Eagles x Giants Futebol americanos, ESPN
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Companhia se inspira em 'Hamlet' para debater bolhas sociais
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O Grupo Magiluth sempre permeou seus trabalhos de questões sociais e pessoais. Não faria diferente ao adaptar um clássico shakespeariano. "Dinamarca", mais recente trabalho da companhia pernambucana, que estreia nesta sexta-feira (15) em São Paulo, é uma versão de "Hamlet". Mas é também um reflexo do Brasil contemporâneo. Trata-se da segunda parte de uma trilogia sobre o caos iniciada pela companhia em 2015 com "O Ano em que Sonhamos Perigosamente". "Dinamarca" partiu do texto shakespeariano, trabalhado em improvisos dos atores e em colaboração com outros artistas (como Nadja Naira e Giovana Soar, da Companhia Brasileira de Teatro). No meio do processo, diz Giordano Castro, dramaturgo e ator do espetáculo, "a gente viu que a gente não estava falando de outra coisa que não de questões sociais". Se em "Ano" o Magiluth se baseou nas manifestações populares de 2013 –retratando a crise dentro de uma companhia de teatro que tenta ensaiar uma peça enquanto há um caos do lado de fora–, no novo espetáculo o grupo usa a premissa de "Hamlet" para discutir bolhas sociais. "Em 'Dinamarca', a gente fala das pessoas que estão à margem desse furacão [de turbulências sociais e políticas]. Por mais esclarecido que a gente seja, a gente vive numa bolha", afirma Giordano. "A peça é uma crítica a essa sociedade que deixa as coisas acontecerem." MÁSCARAS Em cena, um grupo de amigos da nobreza se reúne após uma festa de casamento. No meio das conversas frívolas regadas a champanhe, vão lembrando dos acontecimentos da noite, não tão felizes quanto pareciam de início. Aos poucos, os amigos deixam a polidez de lado e mostram sua verdadeira face, uma certa violência no falar. "É muito doido pensar nisso: nesse mundo politizado em que a gente vive, a violência é não ser polido, é a falta de civilidade", comenta o diretor Pedro Wagner. A dramaturgia entrelaça trechos de Shakespeare com os escritos de Giordano, criando comparações entre a "bolha" do grupo de amigos e aquela em que vive a nobreza da Dinamarca de "Hamlet": apesar do golpe poder no início da história (o rei é morto pelo irmão) e das turbulências que se sucedem, a grande preocupação do príncipe é com o fantasma do pai. A encenação, que acontece como numa arena, com o público ao redor do espaço cênico, é acompanhada da trilha sonora ao vivo executada pelo duo Pachka. * DINAMARCA QUANDO sex. e sáb., às 21h30; dom., às 18h30; até 15/10 ONDE Sesc Belenzinho - sala de espetáculos 1, r. Padre Adelino, 1.000, tel. (11) 2076-9700 QUANTO R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 18 anos
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Companhia se inspira em 'Hamlet' para debater bolhas sociaisO Grupo Magiluth sempre permeou seus trabalhos de questões sociais e pessoais. Não faria diferente ao adaptar um clássico shakespeariano. "Dinamarca", mais recente trabalho da companhia pernambucana, que estreia nesta sexta-feira (15) em São Paulo, é uma versão de "Hamlet". Mas é também um reflexo do Brasil contemporâneo. Trata-se da segunda parte de uma trilogia sobre o caos iniciada pela companhia em 2015 com "O Ano em que Sonhamos Perigosamente". "Dinamarca" partiu do texto shakespeariano, trabalhado em improvisos dos atores e em colaboração com outros artistas (como Nadja Naira e Giovana Soar, da Companhia Brasileira de Teatro). No meio do processo, diz Giordano Castro, dramaturgo e ator do espetáculo, "a gente viu que a gente não estava falando de outra coisa que não de questões sociais". Se em "Ano" o Magiluth se baseou nas manifestações populares de 2013 –retratando a crise dentro de uma companhia de teatro que tenta ensaiar uma peça enquanto há um caos do lado de fora–, no novo espetáculo o grupo usa a premissa de "Hamlet" para discutir bolhas sociais. "Em 'Dinamarca', a gente fala das pessoas que estão à margem desse furacão [de turbulências sociais e políticas]. Por mais esclarecido que a gente seja, a gente vive numa bolha", afirma Giordano. "A peça é uma crítica a essa sociedade que deixa as coisas acontecerem." MÁSCARAS Em cena, um grupo de amigos da nobreza se reúne após uma festa de casamento. No meio das conversas frívolas regadas a champanhe, vão lembrando dos acontecimentos da noite, não tão felizes quanto pareciam de início. Aos poucos, os amigos deixam a polidez de lado e mostram sua verdadeira face, uma certa violência no falar. "É muito doido pensar nisso: nesse mundo politizado em que a gente vive, a violência é não ser polido, é a falta de civilidade", comenta o diretor Pedro Wagner. A dramaturgia entrelaça trechos de Shakespeare com os escritos de Giordano, criando comparações entre a "bolha" do grupo de amigos e aquela em que vive a nobreza da Dinamarca de "Hamlet": apesar do golpe poder no início da história (o rei é morto pelo irmão) e das turbulências que se sucedem, a grande preocupação do príncipe é com o fantasma do pai. A encenação, que acontece como numa arena, com o público ao redor do espaço cênico, é acompanhada da trilha sonora ao vivo executada pelo duo Pachka. * DINAMARCA QUANDO sex. e sáb., às 21h30; dom., às 18h30; até 15/10 ONDE Sesc Belenzinho - sala de espetáculos 1, r. Padre Adelino, 1.000, tel. (11) 2076-9700 QUANTO R$ 6 a R$ 20 CLASSIFICAÇÃO 18 anos
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Os dez lugares mais contaminados dentro de casa
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Toalhas úmidas, escovas de dente sem escorrer, brinquedos espalhados pelo chãoEsses são alguns dos "ambientes perfeitos" para fungos e bactérias se multiplicarem dentro de casa. Segundo um estudo feito pela Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social (FESS) em parceria com a Universidade de Barcelona para a empresa de limpeza Sanytol, os hábitos de limpeza que temos podem transformar uma casa em um lugar bastante propício para a transmissão de doenças. A pesquisa atestou que o banheiro é o local mais cheio de germes de uma residência. No entanto, ele também é o cômodo que se limpa com mais frequência e, sendo assim, muitas vezes acaba não sendo tão "perigoso" nesse aspecto quanto outros locais que ficam "esquecidos", apenas acumulando sujeira —e, consequentemente bactérias e outros tipos de micro-organismos. Por isso, Maite Muniesa, que é representante do Departamento de Microbiologia da Universidade e liderou a pesquisa, chamou a atenção na apresentação dos resultados justamente para a falta de limpeza naquelas que chamou de "zonas esquecidas". A seguir, o ranking dessas zonas que podem colocar em risco a saúde dos moradores da casa. * 1- Banheiro Levando em consideração a função dos banheiros, não é muito surpreendente saber que eles estão no topo da lista. O estudo inclui uma pesquisa com mil famílias espanholas e, de acordo com os resultados dele, somente 56% faz uma limpeza diária nos banheiros. E apenas 32% os desinfeta. "Limpar o banheiro não é a mesma coisa que desinfetá-lo. Ter uma superfície limpa não é o mesmo que ter uma superfície sem contaminação", afirmou Muniesa. * 2- Esponjas e panos de cozinha Segundo a pesquisa, a cozinha é outro local cheio de germes dentro de casa. Eles se concentram principalmente nas esponjas e nos panos. Segundo a especialista, eles não costumam ser lavados diariamente e, muitas vezes, ficam úmidos ao longo do dia, o que colabora para a proliferação dos germes. "Esses germes e bactérias podem ficar até duas semanas em uma esponja úmida", afirmou a pesquisadora. * 3- Pia A pia da cozinha concentra 100 mil vezes mais germes do que o banheiro. Segundo o estudo, 14% delas abrigava mais de um milhão de bactérias por metro quadrado. E muitas vezes, esses micro-organismos se acumulam em pilhas de pratos com restos de comida. * 4 - Torneiras, banheiras, máquinas de lavar e geladeiras Assim como acontece com a pia, a umidade e o material orgânico acumulado nessas áreas criam um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias. Na borracha da máquina de lavar e da geladeira, por exemplo, não é estranho encontrar mofo ou bolor. Ela tem dobras muito difíceis de limpar e, sendo assim, acaba acumulando esses micro-organismos. * 5- Escovas de dentes e seus copos A boca abriga centenas de micro-organismos, que podem ser transferidos à escova de dente durante o uso. Bactérias como estafilococos, bactérias coliformes, pseudomonas, levedura, bactéria intestinal e até germes fecais podem ficar alojados ali. A pesquisa garante que 80% das escovas de dente examinadas abrigam milhões de micro-organismos que podem vir a ser prejudiciais à saúde. * 6- Chão É comum deixarmos cair algum pedaço de comida no chão. Muita gente pega o pedaço de volta, dá aquela assopradinha e acha que, assim, já eliminou todas as bactérias que estavam ali. Mas isso não é suficiente. O chão de uma casa é um dos lugares com maior concentração de micro-organismos, segundo a pesquisa. Muitos deles são trazidos da rua com nossos sapatos. Além disso, os especialistas em microbiologia advertem que as bactérias precisam somente de dez segundos para "colonizar" um pedaço de comida que cai no chão. * 7- Tábuas para cortar De acordo com Muniesa, até 20% das infecções alimentares ocorrem dentro de casa. Os micro-organismos que frequentemente provocam esse tipo de problema são a salmonela, a escherichia coli e o campylobacter. Todos eles podem se acumular na borracha da geladeira ou em panos úmidos. Mas também é comum encontra-los nas tábuas de cortar, que são ambientes propícios para abrigar germes. Para evitar isso, é preciso desinfetá-las com frequência —o que pode ser feito facilmente no micro-ondas. * 8- Dispositivos tecnológicos O teclado de um computador ou a tela de um celular podem chegar a ter 30 vezes mais micro-organismos do que um banheiro limpo. É que essas telas de celulares, os telefones, controles remotos e outros dispositivos tecnológicos estão em constante contato com nossas mãos. "Nós mexemos em muitas coisas e não desinfetamos nossas mãos corretamente", advertiu a especialista. Por isso, os teclados podem acumular até 450 tipos de germes diferente, afirma a pesquisa. * 9- Maçanetas Elas são utilizadas uma vez ou outra ao longo do dia, mas são bem fáceis de se esquecer na hora da limpeza da casa. Por isso, as maçanetas se tornam lugares propícios para o acúmulo de germes. Mais que isso, os especialistas consideram que elas desempenham um papel importante na transmissão de vírus como o da gripe e outros que provocam doenças respiratórias. * 10- Brinquedos Não é raro encontrá-los espalhados pelo chão. Muitas vezes, são arrastados passando de uma criança para outra —e elas muitas vezes os colocam na boca. Isso acaba fazendo com que os brinquedos também sejam focos de germes e bactérias. Ainda assim, 17% dos entrevistados disseram aos pesquisadores que nunca desinfetam os brinquedos que têm em casa - o que facilita ainda mais a proliferação dos micro-organismos. Outro estudo feito pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, já alertou para a presença de bactérias que provocam pneumonia —Streoptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes— nos brinquedos que ficam espalhados pela casa. Diante disso, é muito importante prestar atenção nessas "zonas esquecidas" na hora da limpeza e mudar os hábitos, concluiu o estudo.
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equilibrioesaude
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Os dez lugares mais contaminados dentro de casaToalhas úmidas, escovas de dente sem escorrer, brinquedos espalhados pelo chãoEsses são alguns dos "ambientes perfeitos" para fungos e bactérias se multiplicarem dentro de casa. Segundo um estudo feito pela Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social (FESS) em parceria com a Universidade de Barcelona para a empresa de limpeza Sanytol, os hábitos de limpeza que temos podem transformar uma casa em um lugar bastante propício para a transmissão de doenças. A pesquisa atestou que o banheiro é o local mais cheio de germes de uma residência. No entanto, ele também é o cômodo que se limpa com mais frequência e, sendo assim, muitas vezes acaba não sendo tão "perigoso" nesse aspecto quanto outros locais que ficam "esquecidos", apenas acumulando sujeira —e, consequentemente bactérias e outros tipos de micro-organismos. Por isso, Maite Muniesa, que é representante do Departamento de Microbiologia da Universidade e liderou a pesquisa, chamou a atenção na apresentação dos resultados justamente para a falta de limpeza naquelas que chamou de "zonas esquecidas". A seguir, o ranking dessas zonas que podem colocar em risco a saúde dos moradores da casa. * 1- Banheiro Levando em consideração a função dos banheiros, não é muito surpreendente saber que eles estão no topo da lista. O estudo inclui uma pesquisa com mil famílias espanholas e, de acordo com os resultados dele, somente 56% faz uma limpeza diária nos banheiros. E apenas 32% os desinfeta. "Limpar o banheiro não é a mesma coisa que desinfetá-lo. Ter uma superfície limpa não é o mesmo que ter uma superfície sem contaminação", afirmou Muniesa. * 2- Esponjas e panos de cozinha Segundo a pesquisa, a cozinha é outro local cheio de germes dentro de casa. Eles se concentram principalmente nas esponjas e nos panos. Segundo a especialista, eles não costumam ser lavados diariamente e, muitas vezes, ficam úmidos ao longo do dia, o que colabora para a proliferação dos germes. "Esses germes e bactérias podem ficar até duas semanas em uma esponja úmida", afirmou a pesquisadora. * 3- Pia A pia da cozinha concentra 100 mil vezes mais germes do que o banheiro. Segundo o estudo, 14% delas abrigava mais de um milhão de bactérias por metro quadrado. E muitas vezes, esses micro-organismos se acumulam em pilhas de pratos com restos de comida. * 4 - Torneiras, banheiras, máquinas de lavar e geladeiras Assim como acontece com a pia, a umidade e o material orgânico acumulado nessas áreas criam um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias. Na borracha da máquina de lavar e da geladeira, por exemplo, não é estranho encontrar mofo ou bolor. Ela tem dobras muito difíceis de limpar e, sendo assim, acaba acumulando esses micro-organismos. * 5- Escovas de dentes e seus copos A boca abriga centenas de micro-organismos, que podem ser transferidos à escova de dente durante o uso. Bactérias como estafilococos, bactérias coliformes, pseudomonas, levedura, bactéria intestinal e até germes fecais podem ficar alojados ali. A pesquisa garante que 80% das escovas de dente examinadas abrigam milhões de micro-organismos que podem vir a ser prejudiciais à saúde. * 6- Chão É comum deixarmos cair algum pedaço de comida no chão. Muita gente pega o pedaço de volta, dá aquela assopradinha e acha que, assim, já eliminou todas as bactérias que estavam ali. Mas isso não é suficiente. O chão de uma casa é um dos lugares com maior concentração de micro-organismos, segundo a pesquisa. Muitos deles são trazidos da rua com nossos sapatos. Além disso, os especialistas em microbiologia advertem que as bactérias precisam somente de dez segundos para "colonizar" um pedaço de comida que cai no chão. * 7- Tábuas para cortar De acordo com Muniesa, até 20% das infecções alimentares ocorrem dentro de casa. Os micro-organismos que frequentemente provocam esse tipo de problema são a salmonela, a escherichia coli e o campylobacter. Todos eles podem se acumular na borracha da geladeira ou em panos úmidos. Mas também é comum encontra-los nas tábuas de cortar, que são ambientes propícios para abrigar germes. Para evitar isso, é preciso desinfetá-las com frequência —o que pode ser feito facilmente no micro-ondas. * 8- Dispositivos tecnológicos O teclado de um computador ou a tela de um celular podem chegar a ter 30 vezes mais micro-organismos do que um banheiro limpo. É que essas telas de celulares, os telefones, controles remotos e outros dispositivos tecnológicos estão em constante contato com nossas mãos. "Nós mexemos em muitas coisas e não desinfetamos nossas mãos corretamente", advertiu a especialista. Por isso, os teclados podem acumular até 450 tipos de germes diferente, afirma a pesquisa. * 9- Maçanetas Elas são utilizadas uma vez ou outra ao longo do dia, mas são bem fáceis de se esquecer na hora da limpeza da casa. Por isso, as maçanetas se tornam lugares propícios para o acúmulo de germes. Mais que isso, os especialistas consideram que elas desempenham um papel importante na transmissão de vírus como o da gripe e outros que provocam doenças respiratórias. * 10- Brinquedos Não é raro encontrá-los espalhados pelo chão. Muitas vezes, são arrastados passando de uma criança para outra —e elas muitas vezes os colocam na boca. Isso acaba fazendo com que os brinquedos também sejam focos de germes e bactérias. Ainda assim, 17% dos entrevistados disseram aos pesquisadores que nunca desinfetam os brinquedos que têm em casa - o que facilita ainda mais a proliferação dos micro-organismos. Outro estudo feito pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, já alertou para a presença de bactérias que provocam pneumonia —Streoptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes— nos brinquedos que ficam espalhados pela casa. Diante disso, é muito importante prestar atenção nessas "zonas esquecidas" na hora da limpeza e mudar os hábitos, concluiu o estudo.
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'O Lobo de Wall Street' foi produzido com dinheiro sujo, dizem investidores
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Parte do financiamento do filme "O Lobo de Wall Street" seria supostamente de uma empresa da Malásia, fundada pelo primeiro-ministro do país, informou o "Wall Street Journal". O premiê malaio, Najib Razak, se encontra cercado por várias acusações de que milhões de dólares teriam sido roubados do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB). Tanto Najib como a companhia negam taxativamente ter cometido delitos. Segundo o WSJ, foram necessários seis anos para produzir o filme em questão, porque Hollywood era reticente em investir em uma obra sobre a corrupção financeira. Dirigida por Martin Scorsese e protagonizada por Leonardo DiCaprio, o filme foi realizado com o financiamento de 100 milhões de dólares por parte de uma pequena produtora chamada Red Granite Pictures, que só havia realizado um filme. Os investidores acreditam que boa parte desse dinheiro veio da 1MDB, uma companhia de investimento fundada em 2009 por Najib com o objetivo declarado de estimular o crescimento econômico da Malásia. O site da Red Granite Pictures cita Riza Aziz —que o WSJ identifica como enteado Najib—- como cofundador e copresidente da companhia. Os investigadores acreditam que os 155 milhões de dólares originados da 1MDB foram investidos na Red Granite em 2012 através de uma intrincada operação que envolve companhias de fachada offshore, indica o jornal. Najib diz ser vítima de uma conspiração política contra ele. "O Lobo de Wall Street" se baseia na vida de Jordan Belfort, que, nos anos 1990, se converteu num rico corretor da bolsa que fraudou investidores e levou uma vida dominada pelo sexo e as drogas. Belfort foi preso depois de declarar-se culpado de fraude e manipulação de ações.
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'O Lobo de Wall Street' foi produzido com dinheiro sujo, dizem investidoresParte do financiamento do filme "O Lobo de Wall Street" seria supostamente de uma empresa da Malásia, fundada pelo primeiro-ministro do país, informou o "Wall Street Journal". O premiê malaio, Najib Razak, se encontra cercado por várias acusações de que milhões de dólares teriam sido roubados do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB). Tanto Najib como a companhia negam taxativamente ter cometido delitos. Segundo o WSJ, foram necessários seis anos para produzir o filme em questão, porque Hollywood era reticente em investir em uma obra sobre a corrupção financeira. Dirigida por Martin Scorsese e protagonizada por Leonardo DiCaprio, o filme foi realizado com o financiamento de 100 milhões de dólares por parte de uma pequena produtora chamada Red Granite Pictures, que só havia realizado um filme. Os investidores acreditam que boa parte desse dinheiro veio da 1MDB, uma companhia de investimento fundada em 2009 por Najib com o objetivo declarado de estimular o crescimento econômico da Malásia. O site da Red Granite Pictures cita Riza Aziz —que o WSJ identifica como enteado Najib—- como cofundador e copresidente da companhia. Os investigadores acreditam que os 155 milhões de dólares originados da 1MDB foram investidos na Red Granite em 2012 através de uma intrincada operação que envolve companhias de fachada offshore, indica o jornal. Najib diz ser vítima de uma conspiração política contra ele. "O Lobo de Wall Street" se baseia na vida de Jordan Belfort, que, nos anos 1990, se converteu num rico corretor da bolsa que fraudou investidores e levou uma vida dominada pelo sexo e as drogas. Belfort foi preso depois de declarar-se culpado de fraude e manipulação de ações.
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Billy Crudup e Naomi Watts viverão casal na série 'Gypsy', da Netflix
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Assumindo seu primeiro papel de destaque na TV, Billy Crudup ("Quase Famosos") contracenará com Naomi Watts em "Gypsy", série da Netflix com estreia prevista para 2017. Naomi estrela o seriado como Joan Holloway, terapeuta que desenvolve relações impróprias com as pessoas nas vidas de seus pacientes. Crudup interpretará o marido dela, Michael, que carrega seus próprios dilemas morais. O thriller psicológico terá dez episódios em sua primeira temporada —os dois primeiros serão assinados pela diretora Sam Taylor-Johnson, da saga "Cinquenta Tons de Cinza".
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Billy Crudup e Naomi Watts viverão casal na série 'Gypsy', da NetflixAssumindo seu primeiro papel de destaque na TV, Billy Crudup ("Quase Famosos") contracenará com Naomi Watts em "Gypsy", série da Netflix com estreia prevista para 2017. Naomi estrela o seriado como Joan Holloway, terapeuta que desenvolve relações impróprias com as pessoas nas vidas de seus pacientes. Crudup interpretará o marido dela, Michael, que carrega seus próprios dilemas morais. O thriller psicológico terá dez episódios em sua primeira temporada —os dois primeiros serão assinados pela diretora Sam Taylor-Johnson, da saga "Cinquenta Tons de Cinza".
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A hora da decisão para a chapa Dilma-Temer; veja as regras
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A qualquer momento pode haver pedido de vista -quando um ministro solicita o processo para analisar mais detalhadamente. Não há prazo para que os documentos sejam devolvidos. Advogados também podem pedir questões de ordem - SE CHAPA NÃO FOR CASSADA Ministério Público pode entrar com recurso no próprio TSE ou no Supremo SE CHAPA FOR CASSADA As partes podem recorrer com "embargos de declaração" no TSE ou podem ir ao Supremo SE TEMER SAIR A hipótese mais provável é que se marque uma eleição indireta, definida pelo Congresso Nacional. A Constituição manda que que a nova eleição aconteça em 30 dias, o que parece inviável diante do fato de não existir atualmente nenhuma regra sobre isso definida Ministros do TSE - TV Justiça e canal do TSE no YouTube transmitirão a partir das 9h - Chapa é eleita em segundo turno com 51,6% de votos. Coligação de Aécio Neves teve 48,3% PSDB entra com a primeira ação, pedindo a cassação de Dilma Rousseff e Michel Temer. O partido alega que os dois devem ser declarados inelegíveis por terem praticado, durante a campanha eleitoral, abuso de poder político e econômico. Depois, agrega mais três ações Temer entra com pedido ao TSE para que julgue contas de campanha de 2014 separadamente Processo de impeachment é aberto, e Dilma é afastada até o julgamento. Em agosto, ela perde o mandato TSE entrega laudo pericial que investiga gráficas usadas na campanha Dilma-Temer e aponta falta de documentos e deficiências em registros contábeis Delatores da Odebrecht são convocados para serem ouvidos também no processo do TSE, o que foi autorizado pelo ministro Edson Fachin Início do julgamento do caso As expectativas das partes é que dificilmente o caso esteja encerrado até a eleição presidencial do ano que vem - AIJE 194358 Ação de investigação judicial eleitora AIME 761 Ação de impugação de mandato eletivol Representação 846 Abuso de poder econômico e político AIJE 154781 Ação de investigação judicial eleitoral TODAS JUNTAS Durante a tramitação, as quatro ações foram reunidas e passaram a ter andamento em conjunto. O que isso significou: que as pessoas ouvidas, que provas colhidas, petições apresentadas, tudo passou a ser utilizado para todos os quatro processos - PT Não houve gasto acima do limite ou despesas não comprovadas. Financiamento eleitoral foi feito de forma lícita; não compete à chapa saber se o dinheiro doado foi obtido de forma ilícita; chapa adversária também foi financiada por empreiteiras PSDB Inicialmente pediu cassação da chapa Dilma-Temer por gastos de campanha acima do limite, financiamento eleitoral com dinheiro da Petrobras e falta de comprovação de despesas de campanha. Porém, voltou atrás em relação a Temer nas alegações finais e disse que o presidente não cometeu "qualquer prática ilícita" na campanha Temer A defesa de Temer diz que as despesas do PT e do PMDB foram feitas individualmente e pede que seu julgamento seja em separado. Advogados do presidente também alegam que os assuntos trazidos por delatores da Odebrecht não podem ser apreciados Ministério Público Órgão afirma que a campanha vitoriosa em 2014 recebeu ao menos R$ 112 milhões em recursos irregulares e pede a cassação da chapa, além de oito anos de inelegibilidade para Dilma - O TSE criou uma força-tarefa com a PF e a Receita para investigar as contas da campanha. Pagamentos feitos a gráficas entraram na mira, com suspeita de desvio de finalidade. A polícia também apontou a existência de "traços de fraude e desvio de recursos" - 50 milhões de caixa 2 como contrapartida para aprovação de medida provisória em 2009, que ficou conhecida como Refis da Crise. O dinheiro, porém, não foi usado na eleição de 2010 e virou crédito para a campanha de 2014 25 milhões para "compra" de partidos por mais tempo na TV. (12 min contra 6 min da chapa de Aécio Neves) 16 milhões de caixa 2 para marqueteiro da campanha, João Santana, em contas no exterior. Sua mulher, Mônica Moura, teria intermediado os acertos realizados. Marcelo Odebrecht diz ter certeza de que Dilma sabia - Relação Dilma-Temer: PT e PMDB eram aliados havia cerca de dez anos na Presidência. O peemedebista era o vice da petista desde 2011 PSDB: Principal opositor do governo, acabou derrotado pela quarta vez seguida em uma eleição para presidente. Após a eleição, recorreu à Justiça Eleitoral Brasil: Após a euforia do crescimento do PIB no início da década, país começava a enfrentar problemas graves na economia - Relação Dilma-Temer: A petista foi afastada em maio de 2016, em articulação apoiada por seu vice. Hoje, costumam fazer declarações críticas um ao outro PSDB: Com a saída de Dilma, aderiu ao governo e virou o principal parceiro do PMDB. Em documento, o partido isenta Temer de responsabilidades cometidas na campanha Brasil: País vive recessão histórica, com taxa de desemprego em 13,2% e uma queda do PIB de 3,6% em 2016
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poder
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A hora da decisão para a chapa Dilma-Temer; veja as regrasA qualquer momento pode haver pedido de vista -quando um ministro solicita o processo para analisar mais detalhadamente. Não há prazo para que os documentos sejam devolvidos. Advogados também podem pedir questões de ordem - SE CHAPA NÃO FOR CASSADA Ministério Público pode entrar com recurso no próprio TSE ou no Supremo SE CHAPA FOR CASSADA As partes podem recorrer com "embargos de declaração" no TSE ou podem ir ao Supremo SE TEMER SAIR A hipótese mais provável é que se marque uma eleição indireta, definida pelo Congresso Nacional. A Constituição manda que que a nova eleição aconteça em 30 dias, o que parece inviável diante do fato de não existir atualmente nenhuma regra sobre isso definida Ministros do TSE - TV Justiça e canal do TSE no YouTube transmitirão a partir das 9h - Chapa é eleita em segundo turno com 51,6% de votos. Coligação de Aécio Neves teve 48,3% PSDB entra com a primeira ação, pedindo a cassação de Dilma Rousseff e Michel Temer. O partido alega que os dois devem ser declarados inelegíveis por terem praticado, durante a campanha eleitoral, abuso de poder político e econômico. Depois, agrega mais três ações Temer entra com pedido ao TSE para que julgue contas de campanha de 2014 separadamente Processo de impeachment é aberto, e Dilma é afastada até o julgamento. Em agosto, ela perde o mandato TSE entrega laudo pericial que investiga gráficas usadas na campanha Dilma-Temer e aponta falta de documentos e deficiências em registros contábeis Delatores da Odebrecht são convocados para serem ouvidos também no processo do TSE, o que foi autorizado pelo ministro Edson Fachin Início do julgamento do caso As expectativas das partes é que dificilmente o caso esteja encerrado até a eleição presidencial do ano que vem - AIJE 194358 Ação de investigação judicial eleitora AIME 761 Ação de impugação de mandato eletivol Representação 846 Abuso de poder econômico e político AIJE 154781 Ação de investigação judicial eleitoral TODAS JUNTAS Durante a tramitação, as quatro ações foram reunidas e passaram a ter andamento em conjunto. O que isso significou: que as pessoas ouvidas, que provas colhidas, petições apresentadas, tudo passou a ser utilizado para todos os quatro processos - PT Não houve gasto acima do limite ou despesas não comprovadas. Financiamento eleitoral foi feito de forma lícita; não compete à chapa saber se o dinheiro doado foi obtido de forma ilícita; chapa adversária também foi financiada por empreiteiras PSDB Inicialmente pediu cassação da chapa Dilma-Temer por gastos de campanha acima do limite, financiamento eleitoral com dinheiro da Petrobras e falta de comprovação de despesas de campanha. Porém, voltou atrás em relação a Temer nas alegações finais e disse que o presidente não cometeu "qualquer prática ilícita" na campanha Temer A defesa de Temer diz que as despesas do PT e do PMDB foram feitas individualmente e pede que seu julgamento seja em separado. Advogados do presidente também alegam que os assuntos trazidos por delatores da Odebrecht não podem ser apreciados Ministério Público Órgão afirma que a campanha vitoriosa em 2014 recebeu ao menos R$ 112 milhões em recursos irregulares e pede a cassação da chapa, além de oito anos de inelegibilidade para Dilma - O TSE criou uma força-tarefa com a PF e a Receita para investigar as contas da campanha. Pagamentos feitos a gráficas entraram na mira, com suspeita de desvio de finalidade. A polícia também apontou a existência de "traços de fraude e desvio de recursos" - 50 milhões de caixa 2 como contrapartida para aprovação de medida provisória em 2009, que ficou conhecida como Refis da Crise. O dinheiro, porém, não foi usado na eleição de 2010 e virou crédito para a campanha de 2014 25 milhões para "compra" de partidos por mais tempo na TV. (12 min contra 6 min da chapa de Aécio Neves) 16 milhões de caixa 2 para marqueteiro da campanha, João Santana, em contas no exterior. Sua mulher, Mônica Moura, teria intermediado os acertos realizados. Marcelo Odebrecht diz ter certeza de que Dilma sabia - Relação Dilma-Temer: PT e PMDB eram aliados havia cerca de dez anos na Presidência. O peemedebista era o vice da petista desde 2011 PSDB: Principal opositor do governo, acabou derrotado pela quarta vez seguida em uma eleição para presidente. Após a eleição, recorreu à Justiça Eleitoral Brasil: Após a euforia do crescimento do PIB no início da década, país começava a enfrentar problemas graves na economia - Relação Dilma-Temer: A petista foi afastada em maio de 2016, em articulação apoiada por seu vice. Hoje, costumam fazer declarações críticas um ao outro PSDB: Com a saída de Dilma, aderiu ao governo e virou o principal parceiro do PMDB. Em documento, o partido isenta Temer de responsabilidades cometidas na campanha Brasil: País vive recessão histórica, com taxa de desemprego em 13,2% e uma queda do PIB de 3,6% em 2016
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Com descarga similar à dos aviões, shopping poupa 70 mil litros por dia
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DE SÃO PAULO A cena é comum nos aviões: ao apertar a descarga, o vaso sanitário "suga" o conteúdo e, em seguida, libera um pouco de água para concluir a limpeza. Essa tecnologia de descarga a vácuo foi instalada no shopping Frei Caneca e permite ao empreendimento poupar 70 mil litros de água por dia, ou 2 milhões de litros por mês. Uma descarga tradicional, com a caixa acoplada, libera em torno de seis litros por vez. Se a descarga for automática, são dois litros a cada segundo que o botão fica pressionado. Neste modelo, apenas 1,2 litro é dispensado por vez. O Frei Caneca, que recebe 25 mil pessoas por dia, possui a tecnologia desde 2001, gastou 600 mil reais para instalar cerca de 200 vasos a vácuo. A economia mensal gerada pelo sistema é de R$ 45 mil. Com isso, o investimento foi recuperado em 14 meses. "Já economizamos 300 milhões de litros desde a implantação do sistema", diz Ricardo Oliveira, gerente de operações do shopping. O aeroporto Santos Dumont e as fábricas da Toyota e da Natura também possuem descargas desse tipo, que são fornecidas pela empresa Bvst-Evac. Veja abaixo uma animação que mostra o funcionamento do sistema, que é mais indicado para empresas e locais públicos. Video
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saopaulo
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Com descarga similar à dos aviões, shopping poupa 70 mil litros por diaDE SÃO PAULO A cena é comum nos aviões: ao apertar a descarga, o vaso sanitário "suga" o conteúdo e, em seguida, libera um pouco de água para concluir a limpeza. Essa tecnologia de descarga a vácuo foi instalada no shopping Frei Caneca e permite ao empreendimento poupar 70 mil litros de água por dia, ou 2 milhões de litros por mês. Uma descarga tradicional, com a caixa acoplada, libera em torno de seis litros por vez. Se a descarga for automática, são dois litros a cada segundo que o botão fica pressionado. Neste modelo, apenas 1,2 litro é dispensado por vez. O Frei Caneca, que recebe 25 mil pessoas por dia, possui a tecnologia desde 2001, gastou 600 mil reais para instalar cerca de 200 vasos a vácuo. A economia mensal gerada pelo sistema é de R$ 45 mil. Com isso, o investimento foi recuperado em 14 meses. "Já economizamos 300 milhões de litros desde a implantação do sistema", diz Ricardo Oliveira, gerente de operações do shopping. O aeroporto Santos Dumont e as fábricas da Toyota e da Natura também possuem descargas desse tipo, que são fornecidas pela empresa Bvst-Evac. Veja abaixo uma animação que mostra o funcionamento do sistema, que é mais indicado para empresas e locais públicos. Video
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Greve dos bancários pode terminar na noite desta segunda-feira
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O Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria, concluiu neste sábado (24) a análise da nova proposta feita pela Fenaban, que representa os bancos, oferecendo reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%, para salários e PLR, além de 14% para vales refeição e alimentação. Os representantes dos bancários decidiram orientar a categoria para que aceite a proposta. Em assembleias que devem ocorrer na noite desta segunda-feira (26), nos diversos sindicatos do país, os bancários avaliarão se aceitam a proposta e encerram a greve, que completará 21 dias. A proposta está abaixo dos 16% de reajuste pedido inicialmente pelos bancários. Desde o dia 25 de setembro, os bancos apresentaram três propostas. A primeira previa reajuste de 5,5%, com abono de R$ 2.500. Na segunda oferta, feita dia 20, apresentaram correção de 7,5% aos salários, sem abono. E na quarta (21), houve proposta de reajuste de 8,75% também sem abono. A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
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mercado
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Greve dos bancários pode terminar na noite desta segunda-feiraO Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria, concluiu neste sábado (24) a análise da nova proposta feita pela Fenaban, que representa os bancos, oferecendo reajuste de 10%, com ganho real de 0,11%, para salários e PLR, além de 14% para vales refeição e alimentação. Os representantes dos bancários decidiram orientar a categoria para que aceite a proposta. Em assembleias que devem ocorrer na noite desta segunda-feira (26), nos diversos sindicatos do país, os bancários avaliarão se aceitam a proposta e encerram a greve, que completará 21 dias. A proposta está abaixo dos 16% de reajuste pedido inicialmente pelos bancários. Desde o dia 25 de setembro, os bancos apresentaram três propostas. A primeira previa reajuste de 5,5%, com abono de R$ 2.500. Na segunda oferta, feita dia 20, apresentaram correção de 7,5% aos salários, sem abono. E na quarta (21), houve proposta de reajuste de 8,75% também sem abono. A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
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Instituto em crise em PE será um dos locais da visita de diretora da OMS
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No centro de acompanhamento de bebês com microcefalia que será visitado pela diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, nesta quarta (24), no Recife, os salários dos enfermeiros vêm sendo pagos com atraso há cerca de um ano e falta material básico, como máscaras e luvas. O Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira) é uma entidade filantrópica que oferece serviços ambulatoriais e hospitalares para pacientes de todo o Estado de Pernambuco, por meio do SUS. Margaret Chan visitará o ambulatório onde são atendidas crianças com a má-formação cerebral relacionada ao vírus da zika, e assistirá a uma apresentação sobre a situação em Pernambuco. O Estado é líder em casos de microcefalia, com 209 confirmações e 1.188 em investigação. Os problemas do Imip chegaram ao Ministério Público do Trabalho. Segundo o sindicato dos enfermeiros, há pelo menos um ano os profissionais recebem os salários com até 20 dias de atraso. A remuneração de fevereiro, por exemplo, foi paga nesta terça (23), um dia antes da visita de Chan, e deveria ter sido depositada no dia 5. "A pior situação foi em dezembro, quando atrasaram o 13º salário e o pagamento de férias", afirmou a presidente do Seepe (sindicato dos enfermeiros), Berenice Garcês. Ela diz que os cerca de 80 enfermeiros da unidade trabalham sob risco de contaminação. "Muitas vezes os enfermeiros não têm luvas nem máscaras para o atendimento. Vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis e uma paralisação não está descartada", afirmou Garcês. Em setembro, o Imip divulgou uma nota reconhecendo que atravessa o pior momento financeiro em seus 50 anos. "Nossa prestação de serviço tem sido prejudicada pelos repasses que recebemos -com atrasos e com defasagem financeira. O que tem causado um deficit financeiro que compromete a sobrevivência econômica do Imip, acarreta atraso no pagamento de funcionários e fornecedores", informou à época. A assessoria de imprensa do Imip não se pronunciou. O Ministério da Saúde informou que os repasses destinados à assistência hospitalar e ambulatorial estão regulares, incluindo os valores direcionados à Secretaria de Saúde de Pernambuco.
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cotidiano
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Instituto em crise em PE será um dos locais da visita de diretora da OMSNo centro de acompanhamento de bebês com microcefalia que será visitado pela diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, nesta quarta (24), no Recife, os salários dos enfermeiros vêm sendo pagos com atraso há cerca de um ano e falta material básico, como máscaras e luvas. O Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira) é uma entidade filantrópica que oferece serviços ambulatoriais e hospitalares para pacientes de todo o Estado de Pernambuco, por meio do SUS. Margaret Chan visitará o ambulatório onde são atendidas crianças com a má-formação cerebral relacionada ao vírus da zika, e assistirá a uma apresentação sobre a situação em Pernambuco. O Estado é líder em casos de microcefalia, com 209 confirmações e 1.188 em investigação. Os problemas do Imip chegaram ao Ministério Público do Trabalho. Segundo o sindicato dos enfermeiros, há pelo menos um ano os profissionais recebem os salários com até 20 dias de atraso. A remuneração de fevereiro, por exemplo, foi paga nesta terça (23), um dia antes da visita de Chan, e deveria ter sido depositada no dia 5. "A pior situação foi em dezembro, quando atrasaram o 13º salário e o pagamento de férias", afirmou a presidente do Seepe (sindicato dos enfermeiros), Berenice Garcês. Ela diz que os cerca de 80 enfermeiros da unidade trabalham sob risco de contaminação. "Muitas vezes os enfermeiros não têm luvas nem máscaras para o atendimento. Vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis e uma paralisação não está descartada", afirmou Garcês. Em setembro, o Imip divulgou uma nota reconhecendo que atravessa o pior momento financeiro em seus 50 anos. "Nossa prestação de serviço tem sido prejudicada pelos repasses que recebemos -com atrasos e com defasagem financeira. O que tem causado um deficit financeiro que compromete a sobrevivência econômica do Imip, acarreta atraso no pagamento de funcionários e fornecedores", informou à época. A assessoria de imprensa do Imip não se pronunciou. O Ministério da Saúde informou que os repasses destinados à assistência hospitalar e ambulatorial estão regulares, incluindo os valores direcionados à Secretaria de Saúde de Pernambuco.
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O poder não muda ninguém
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O sociólogo Francisco de Oliveira costumava contar uma história envolvendo Celso Furtado. Na época em que era presidente da Sudene, cuja sede estava no Recife, Furtado chamou Oliveira para irem juntos a uma reunião no Rio de Janeiro. Depois da reunião, os dois foram para seus quartos de hotel. Quando chegou ao quarto, Chico de Oliveira recebeu uma ligação de Furtado: "Chico, acabo de entrar no quarto e vi que há duas camas aqui. Você poderia vir para cá e assim devolvemos a diária do segundo quarto". De certa forma, creio que há gente que ainda não entendeu esta ideia simples: o que a população esperou da esquerda no poder é que ela começasse por querer devolver a segunda diária do hotel. Quando os escândalos de corrupção estouraram de forma sistemática, não foram poucos os que procuraram "contextualizar" o problema, como se dar muita importância a eles fosse fazer o velho jogo do moralismo udenista. "Focar tudo no problema da corrupção é uma pauta da direita." Alguns não temeram em dizer que a corrupção era um dado intrínseco do capitalismo, não para porventura mudar o capitalismo, mas para tentar vender a ideia de que ela seria o preço a pagar para se operar no interior das falhas da democracia parlamentar. Nessa explicação funcionalista crassa, havia uma dose inacreditável de cinismo. A descrição não servia para aumentar a indignação e recusa contra um sistema corrompido, no qual a política se submete aos interesses econômicos do momento, mas para justificar a acomodação subjetiva à lama. Ao contrário, é hora sim de falar, e muito, sobre corrupção. É claro que, no Brasil, a arte de falar sobre corrupção costuma ser conjugada só na terceira pessoa. Corrupto é "ele", o outro. A corrupção do partido que grita "corrupto" é outra coisa, não é assim tão grave. Segundo essa lógica, o mensalão tucano não teve nada a ver com o mensalão petista. A compra de deputados feita por FHC foi "outra coisa", assim como a corrupção no metrô de São Paulo: mesmo abrindo processos nas justiça da França e da Suíça, ela não justificaria uma reles CPI no Tucanistão, vulgo Estado de São Paulo. A corrupção do PT foi caixa dois, como sempre foi feito. Todos nós conhecemos bem esses raciocínios. Mas não, meus amigos, a corrupção do seu partido do coração não é "outra coisa". Ela é a "mesma coisa". É por pensar assim que estamos nesta situação. Ela só terminará quando o último corrupto petista for enforcado nas tripas do último corrupto tucano. Pois há de se mostrar que é possível falar contra a corrupção de forma ampla, geral e irrestrita. Lembrar que toda e qualquer corrupção é a destruição da noção de bem comum e, ao mesmo tempo, da possibilidade de falar em nome do bem comum. Ela destrói o ethos do enunciador que se quer anunciador do novo. Na política, tão importante quanto o que você fala é qual sua legitimidade. Por isso, a corrupção é sempre o começo do fim da política. Como nos ensina Robespierre (que até onde consta não era alguém que "fazia o jogo da direita"), neste ponto não há atenuantes. Valeria lembrar que "contextualizar" a corrupção é mostrar uma ignorância fundamental a respeito do que é a política. Mais do que um embate a respeito da partilha do poder e da riqueza, a política é uma luta a respeito de formas de vida. Não apenas um problema de redistribuição, mas um problema ligado à possibilidade de criar formas de vida novas. De maneira astuta, o filósofo italiano Giorgio Agamben um dia afirmou: "O verdadeiro problema da esquerda italiana é que eles, no fundo, gostariam de ter a vida que leva Berlusconi". Era sua maneira de dizer: não é possível combater Berlusconi se você não quer recusar radicalmente uma forma de vida baseada na fixação doentia às ideias de propriedade, posse, bens e primado do indivíduo. Uma vida que alguém como Berlusconi representa tão bem. Pois se você se deixa afetar da mesma forma que aqueles contra os quais combate, se você no fundo deseja da mesma forma, então chegará um dia que você fará as mesmas coisas. Esse é o verdadeiro sentido de uma bela frase de Pepe Mujica: "O poder não muda as pessoas, ele apenas mostra quem elas realmente são". Em um país que sempre teve de aturar uma elite rentista e ociosa, que vive de "patrimônios" e é especializada em tomar de assalto o bem público como se fosse posse privada, socializando dívidas e privatizando ganhos, ser revolucionário começa por ter decência em relação à função pública e ter respeito absoluto pelo bem comum. Por isso, vale a pena começar a governar devolvendo a diária do segundo quarto.
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colunas
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O poder não muda ninguémO sociólogo Francisco de Oliveira costumava contar uma história envolvendo Celso Furtado. Na época em que era presidente da Sudene, cuja sede estava no Recife, Furtado chamou Oliveira para irem juntos a uma reunião no Rio de Janeiro. Depois da reunião, os dois foram para seus quartos de hotel. Quando chegou ao quarto, Chico de Oliveira recebeu uma ligação de Furtado: "Chico, acabo de entrar no quarto e vi que há duas camas aqui. Você poderia vir para cá e assim devolvemos a diária do segundo quarto". De certa forma, creio que há gente que ainda não entendeu esta ideia simples: o que a população esperou da esquerda no poder é que ela começasse por querer devolver a segunda diária do hotel. Quando os escândalos de corrupção estouraram de forma sistemática, não foram poucos os que procuraram "contextualizar" o problema, como se dar muita importância a eles fosse fazer o velho jogo do moralismo udenista. "Focar tudo no problema da corrupção é uma pauta da direita." Alguns não temeram em dizer que a corrupção era um dado intrínseco do capitalismo, não para porventura mudar o capitalismo, mas para tentar vender a ideia de que ela seria o preço a pagar para se operar no interior das falhas da democracia parlamentar. Nessa explicação funcionalista crassa, havia uma dose inacreditável de cinismo. A descrição não servia para aumentar a indignação e recusa contra um sistema corrompido, no qual a política se submete aos interesses econômicos do momento, mas para justificar a acomodação subjetiva à lama. Ao contrário, é hora sim de falar, e muito, sobre corrupção. É claro que, no Brasil, a arte de falar sobre corrupção costuma ser conjugada só na terceira pessoa. Corrupto é "ele", o outro. A corrupção do partido que grita "corrupto" é outra coisa, não é assim tão grave. Segundo essa lógica, o mensalão tucano não teve nada a ver com o mensalão petista. A compra de deputados feita por FHC foi "outra coisa", assim como a corrupção no metrô de São Paulo: mesmo abrindo processos nas justiça da França e da Suíça, ela não justificaria uma reles CPI no Tucanistão, vulgo Estado de São Paulo. A corrupção do PT foi caixa dois, como sempre foi feito. Todos nós conhecemos bem esses raciocínios. Mas não, meus amigos, a corrupção do seu partido do coração não é "outra coisa". Ela é a "mesma coisa". É por pensar assim que estamos nesta situação. Ela só terminará quando o último corrupto petista for enforcado nas tripas do último corrupto tucano. Pois há de se mostrar que é possível falar contra a corrupção de forma ampla, geral e irrestrita. Lembrar que toda e qualquer corrupção é a destruição da noção de bem comum e, ao mesmo tempo, da possibilidade de falar em nome do bem comum. Ela destrói o ethos do enunciador que se quer anunciador do novo. Na política, tão importante quanto o que você fala é qual sua legitimidade. Por isso, a corrupção é sempre o começo do fim da política. Como nos ensina Robespierre (que até onde consta não era alguém que "fazia o jogo da direita"), neste ponto não há atenuantes. Valeria lembrar que "contextualizar" a corrupção é mostrar uma ignorância fundamental a respeito do que é a política. Mais do que um embate a respeito da partilha do poder e da riqueza, a política é uma luta a respeito de formas de vida. Não apenas um problema de redistribuição, mas um problema ligado à possibilidade de criar formas de vida novas. De maneira astuta, o filósofo italiano Giorgio Agamben um dia afirmou: "O verdadeiro problema da esquerda italiana é que eles, no fundo, gostariam de ter a vida que leva Berlusconi". Era sua maneira de dizer: não é possível combater Berlusconi se você não quer recusar radicalmente uma forma de vida baseada na fixação doentia às ideias de propriedade, posse, bens e primado do indivíduo. Uma vida que alguém como Berlusconi representa tão bem. Pois se você se deixa afetar da mesma forma que aqueles contra os quais combate, se você no fundo deseja da mesma forma, então chegará um dia que você fará as mesmas coisas. Esse é o verdadeiro sentido de uma bela frase de Pepe Mujica: "O poder não muda as pessoas, ele apenas mostra quem elas realmente são". Em um país que sempre teve de aturar uma elite rentista e ociosa, que vive de "patrimônios" e é especializada em tomar de assalto o bem público como se fosse posse privada, socializando dívidas e privatizando ganhos, ser revolucionário começa por ter decência em relação à função pública e ter respeito absoluto pelo bem comum. Por isso, vale a pena começar a governar devolvendo a diária do segundo quarto.
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Por mais eficiência, São Paulo vai reduzir o número de ônibus nas ruas
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A Prefeitura de São Paulo vai reduzir o número de ônibus nas ruas e espera ao mesmo tempo melhorar o transporte público na cidade. A nova licitação de transportes públicos, cujo processo deve começar no final de fevereiro, vai prever a contratação de menos carros do que hoje: dos atuais 15 mil, a frota será reduzida em 27%, para cerca de 11 mil veículos. No entanto, esse projeto prevê uma oferta maior de espaço para os usuários. A aparente contradição se explica pelo aumento do tamanho dos veículos nos corredores e grandes avenidas e pela redução das linhas autorizadas a entrar nessas vias: o resultado será uma maior velocidade do sistema. "Temos que acabar com as filas de ônibus nos corredores e faixas exclusivas", diz o prefeito, Fernando Haddad. Reportagem de ontem (31) da Folha revelou que, para atrair mais empresas para essa nova licitação de transporte, a prefeitura irá desapropriar as garagens de ônibus das atuais empresas. Com isso, a prefeitura se apropriará desses espaços para depois entregá-los aos vencedores da licitação –é uma forma de ampliar a concorrência e reduzir os custos. NOVAS VIAS Nesse novo pacote, em vez de dividir a cidade em áreas, como hoje, a nova licitação vai criar três tipos de serviço. 1) "estrutural" (grandes ônibus "como trens pelos corredores", diz Haddad); 2) "alimentador" ou "coletor" (carros médios que ligam áreas densas dos bairros ao sistema estrutural); 3) "intra-bairro" (linhas de veículos pequenos nas ruas estreitas em área residencial). Nas vias "estruturais", os ônibus articulados passarão dos atuais 400 para cerca de 2.000, com forte aumento na oferta de assentos. No sistema intermediário, serão quatro mil veículos médios. E, nas linhas locais, 5.000 pequenos microônibus ou vans, passando pelos pontos em intervalos menores. Questionado se confirma a redução do número de veículos, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, pensa um pouco e diz: "Sim e não". Pensa de novo e fala: "Com menos carros parados em congestionamentos, teremos mais ônibus circulando em velocidade maior. O resultado será mais capacidade de carregamento". E propõe uma imagem: "Se, por hipótese, eu dobrar a velocidade de uma via, posso reduzir à metade o número de veículos e manter a mesma oferta de assentos, com mais rapidez nas viagens". Esse é o projeto. Entre ideia e realização, há um mundo de desafios: a divisão da cidade entre sistemas estrutural e alimentador estava na licitação liderada pelo próprio Tatto em 2004, como secretário da prefeita Marta Suplicy. Na época, porém, a resistência dos operadores e a pressa determinada pelo calendário eleitoral resultaram no esvaziamento do projeto. O usuário de ônibus normalmente não gosta de trocar de veículos durante a viagem, porque perde a cadeira, tem que andar até outro carro e a conexão demora. Já usuários de metrô não recusam transferências de linha, porque, em geral, os trens chegam em alta velocidade aos destinos. A prefeitura aposta que o novo sistema vai aumentar a velocidade e reduzir a resistência às trocas. Além da vantagem logística, com menos carros haverá economia, projeta a prefeitura. O custo de pessoal (principalmente motorista e cobrador) corresponde a 26% do sistema. Um ônibus biarticulado leva três vezes mais passageiros com o mesmo custo de pessoal de um veículo pequeno ou de uma van. Além disso, o cobrador (12% do custo) será excluído nos corredores, onde o passageiro debita o bilhete único chegar ao terminal. Haddad prometeu entregar 150 km de corredores de ônibus até o final de 2016, mas fechou 2014 com apenas 36 km em obras.
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cotidiano
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Por mais eficiência, São Paulo vai reduzir o número de ônibus nas ruasA Prefeitura de São Paulo vai reduzir o número de ônibus nas ruas e espera ao mesmo tempo melhorar o transporte público na cidade. A nova licitação de transportes públicos, cujo processo deve começar no final de fevereiro, vai prever a contratação de menos carros do que hoje: dos atuais 15 mil, a frota será reduzida em 27%, para cerca de 11 mil veículos. No entanto, esse projeto prevê uma oferta maior de espaço para os usuários. A aparente contradição se explica pelo aumento do tamanho dos veículos nos corredores e grandes avenidas e pela redução das linhas autorizadas a entrar nessas vias: o resultado será uma maior velocidade do sistema. "Temos que acabar com as filas de ônibus nos corredores e faixas exclusivas", diz o prefeito, Fernando Haddad. Reportagem de ontem (31) da Folha revelou que, para atrair mais empresas para essa nova licitação de transporte, a prefeitura irá desapropriar as garagens de ônibus das atuais empresas. Com isso, a prefeitura se apropriará desses espaços para depois entregá-los aos vencedores da licitação –é uma forma de ampliar a concorrência e reduzir os custos. NOVAS VIAS Nesse novo pacote, em vez de dividir a cidade em áreas, como hoje, a nova licitação vai criar três tipos de serviço. 1) "estrutural" (grandes ônibus "como trens pelos corredores", diz Haddad); 2) "alimentador" ou "coletor" (carros médios que ligam áreas densas dos bairros ao sistema estrutural); 3) "intra-bairro" (linhas de veículos pequenos nas ruas estreitas em área residencial). Nas vias "estruturais", os ônibus articulados passarão dos atuais 400 para cerca de 2.000, com forte aumento na oferta de assentos. No sistema intermediário, serão quatro mil veículos médios. E, nas linhas locais, 5.000 pequenos microônibus ou vans, passando pelos pontos em intervalos menores. Questionado se confirma a redução do número de veículos, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, pensa um pouco e diz: "Sim e não". Pensa de novo e fala: "Com menos carros parados em congestionamentos, teremos mais ônibus circulando em velocidade maior. O resultado será mais capacidade de carregamento". E propõe uma imagem: "Se, por hipótese, eu dobrar a velocidade de uma via, posso reduzir à metade o número de veículos e manter a mesma oferta de assentos, com mais rapidez nas viagens". Esse é o projeto. Entre ideia e realização, há um mundo de desafios: a divisão da cidade entre sistemas estrutural e alimentador estava na licitação liderada pelo próprio Tatto em 2004, como secretário da prefeita Marta Suplicy. Na época, porém, a resistência dos operadores e a pressa determinada pelo calendário eleitoral resultaram no esvaziamento do projeto. O usuário de ônibus normalmente não gosta de trocar de veículos durante a viagem, porque perde a cadeira, tem que andar até outro carro e a conexão demora. Já usuários de metrô não recusam transferências de linha, porque, em geral, os trens chegam em alta velocidade aos destinos. A prefeitura aposta que o novo sistema vai aumentar a velocidade e reduzir a resistência às trocas. Além da vantagem logística, com menos carros haverá economia, projeta a prefeitura. O custo de pessoal (principalmente motorista e cobrador) corresponde a 26% do sistema. Um ônibus biarticulado leva três vezes mais passageiros com o mesmo custo de pessoal de um veículo pequeno ou de uma van. Além disso, o cobrador (12% do custo) será excluído nos corredores, onde o passageiro debita o bilhete único chegar ao terminal. Haddad prometeu entregar 150 km de corredores de ônibus até o final de 2016, mas fechou 2014 com apenas 36 km em obras.
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Petrobras divulgará balanço do 1º trimestre deste ano em 15 de maio
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A Petrobras informou nesta terça-feira que divulgará o balanço do primeiro trimestre de 2015 no dia 15 de maio, após o fechamento do mercado. "Dessa forma, entre 05/05/2015 e 15/05/2015 a Companhia estará em período de silêncio (quiet period). Durante este período, a Petrobras estará impossibilitada de prestar esclarecimentos ou comentar qualquer tipo de informação relacionada aos resultados do trimestre e perspectivas", disse a empresa em comunicado ao mercado. O resultado trimestral será publicado menos de um mês depois dos dados fechados de 2014, quando a companhia reportou prejuízo de R$ 22 bilhões. O atraso na divulgação dos números de 2014 se deveu à recusa da auditoria em aprovar os resultados da estatal, em meio à dificuldade da companhia em calcular perdas por corrupção denunciadas na Operação Lava Jato e também à desvalorização de ativos.
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mercado
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Petrobras divulgará balanço do 1º trimestre deste ano em 15 de maioA Petrobras informou nesta terça-feira que divulgará o balanço do primeiro trimestre de 2015 no dia 15 de maio, após o fechamento do mercado. "Dessa forma, entre 05/05/2015 e 15/05/2015 a Companhia estará em período de silêncio (quiet period). Durante este período, a Petrobras estará impossibilitada de prestar esclarecimentos ou comentar qualquer tipo de informação relacionada aos resultados do trimestre e perspectivas", disse a empresa em comunicado ao mercado. O resultado trimestral será publicado menos de um mês depois dos dados fechados de 2014, quando a companhia reportou prejuízo de R$ 22 bilhões. O atraso na divulgação dos números de 2014 se deveu à recusa da auditoria em aprovar os resultados da estatal, em meio à dificuldade da companhia em calcular perdas por corrupção denunciadas na Operação Lava Jato e também à desvalorização de ativos.
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Chimpanzé em cativeiro nos EUA ganha proteção de animal em extinção
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Chimpanzés mantidos em cativeiro agora terão as proteções legais concedidas a animais em extinção nos Estados Unidos. A decisão é do Serviço Americano de Peixes e Vida Selvagem (FWS, na sigla em inglês) e pode barrar as pesquisas invasivas realizadas com esses animais, segundo a revista "Scientific American". Os chimpanzés que vivem na natureza já têm a mesma proteção legal de animais em extinção desde a década de 1990, o que na prática impede sua importação e exportação e também que danos sejam causados a eles. O FWS propôs em 2013 a alteração da regra, que estendia os benefícios aos animais em cativeiro. Segundo a revista, a proteção agora será estendida a mais de 700 chimpanzés usados em pesquisas, além dos que vivem em zoológicos ou participam de eventos de entretenimento, como os circos. A única exceção, aponta a publicação, fica para pesquisas que possam "beneficiar as espécies em estado selvagem" ou auxiliar a propagação ou a sobrevivência do chimpanzé, incluindo o trabalho para melhorar o habitat do animal e a gestão das populações selvagens. A proteção aos chimpanzés está sendo discutida em outro processo legal. A Suprema Corte de Nova York deve decidir se dois chimpanzés mantidos na Universidade de Stony Brook são "pessoas" mantidas no local ilegalmente. Segundo a revista, os argumentos foram ouvidos e a decisão deve sair nos próximos meses.
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ciencia
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Chimpanzé em cativeiro nos EUA ganha proteção de animal em extinçãoChimpanzés mantidos em cativeiro agora terão as proteções legais concedidas a animais em extinção nos Estados Unidos. A decisão é do Serviço Americano de Peixes e Vida Selvagem (FWS, na sigla em inglês) e pode barrar as pesquisas invasivas realizadas com esses animais, segundo a revista "Scientific American". Os chimpanzés que vivem na natureza já têm a mesma proteção legal de animais em extinção desde a década de 1990, o que na prática impede sua importação e exportação e também que danos sejam causados a eles. O FWS propôs em 2013 a alteração da regra, que estendia os benefícios aos animais em cativeiro. Segundo a revista, a proteção agora será estendida a mais de 700 chimpanzés usados em pesquisas, além dos que vivem em zoológicos ou participam de eventos de entretenimento, como os circos. A única exceção, aponta a publicação, fica para pesquisas que possam "beneficiar as espécies em estado selvagem" ou auxiliar a propagação ou a sobrevivência do chimpanzé, incluindo o trabalho para melhorar o habitat do animal e a gestão das populações selvagens. A proteção aos chimpanzés está sendo discutida em outro processo legal. A Suprema Corte de Nova York deve decidir se dois chimpanzés mantidos na Universidade de Stony Brook são "pessoas" mantidas no local ilegalmente. Segundo a revista, os argumentos foram ouvidos e a decisão deve sair nos próximos meses.
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'Branca de Neve e os Sete Anões' e 'Aviões' são exibidos em cinemas de SP
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LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Cinco cinemas exibem clássicos da Disney nos fins de semana; confira quais e onde assistir: Aviões O filme abre o festival do Cinemark no próximo sábado (17). Lançado em 2013, chegou como um "spin-off" de "Carros" (2006) –uma história independente, mas nos moldes do longa anterior. Nesta animação, Dusty é um avião que sonha em competir como piloto. Porém, ele não foi projetado para disputas e, além disso, tem medo de altura. O sonhador aviãozinho recorre a Skipper, veterano aeroplano da Marinha, que concorda em ajudá-lo. + 3 anos Sáb. (17) e dom. (11 e 18): 11h Ingr.: R$ 12 (adultos) e R$ 6 (crianças) Branca de Neve e os Sete Anões Primeiro longa-metragem de animação de Walt Disney, "Branca de Neve e os Sete Anões" foi lançado em 1937. Baseado no clássico conto de fadas, o filme narra a história da princesa que, após a morte do pai, é criada por uma cruel madrasta. Obcecada em ser a mulher mais bela do reino e prevendo que Branca de Neve viria a ser mais bonita que ela, a rainha má ordena que um caçador mate a garota. A princesa, então, busca refúgio na casa de sete simpáticos anões. + 3 anos Sáb. (24 e 31) e dom. (25 e 1°/2): 11h Ingr.: R$ 12 (adultos) e R$ 6 (crianças) Procurando Nemo É a única animação do festival a ser exibida em 3D. Divertido, o filme mostra a história do peixinho-palhaço Nemo, que mora nos corais do mar da Austrália e acaba capturado por um mergulhador. Seu pai, Marlin, acompanhado da engraçada Dory (que sofre de perda de memória recente), procura por pistas do paradeiro do filho. Na jornada, eles precisam enfrentar tubarões e fazer amizades com tartarugas. É uma boa oportunidade para se preparar para a sequência da franquia, "Procurando Dory", que deve estrear em 2016. + 3 anos Sáb. (7/2 e 14/2) e dom. (8/2 e 15/2): 11h Ingr.: R$ 12 (adultos) e R$ 6 (crianças) Onde assistir Granja Vianna Cinemark - shopping Granja Vianna. Rod. Raposo Tavares, 23.600, km 23, Granja Vianna, tel. 4613-6441. Metrô Santa Cruz Cinemark - shopping Metrô Santa Cruz. R. Domingos de Morais, 2.564, 3º piso, Vila Mariana, tel. 5180-3298. Mooca Shopping Cinemark - shopping Mooca Plaza. R. Cap. Pacheco e Chaves, 313, Vila Prudente, tel. 5180-3426. Tamboré Cinemark - shopping Tamboré. Av. Piracema, 669, Tamboré, tel. 4193-1826. Villa-Lobos Cinemark - shopping Villa-Lobos. Av. das Nações Unidas, 4.777, piso lazer, Alto de Pinheiros, tel. 5180-3424. - ELEITOS Fabiana Futema, do blog 'Maternar', elege o espetáculo 'Branca de Neve e os Sete Anões' Com muita música, efeitos especiais, gelo seco e chuva e neve artificiais, "Branca de Neve e os Sete Anões" conta a história da princesa envenenada pela madrasta, que inveja sua beleza. Baseada no conto dos irmãos Grimm, a trama é encenada por 40 atores que se revezam em vários cenários. Teatro Bradesco - shopping Bourbon Pompeia. R. Turiassu, 2.100, 3º piso, Perdizes, região oeste, tel. 3670-4100. 1.439 lugares. Sáb.: 16h30 e 19h. Dom.: 16h30. Até 1º/2. Ingr.: R$ 40 a R$ 175 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Estac. (R$ 10 p/ 2 h). Gabriela Romeu, jornalista especializada em crianças, sugere o livro 'Gorila' Solitária, uma garotinha ganha um gorila de brinquedo do pai, sempre ausente. Mas o boneco, que parece sem graça, vem com surpresas, como as imagens de Anthony Browne, premiado autor britânico que toca temas profundos com extrema sensibilidade. Suas ilustrações intrigam e servem como pistas num delicioso jogo de ler e reler. Autor e ilustrador: Anthony Browne. Tradutora: Clarice Duque Estrada. Editora: Pequena Zahar (R$ 39,90, 32 págs.). Mônica Rodrigues da Costa, editora de livros da Publifolhinha, indica a peça 'Rapunzel' Dois rabanetes falantes contam desventuras da menina que joga as tranças da casinha na árvore onde vive presa para a bruxa malvada subir. Com músicas de Toquinho e humor leve, o espetáculo emociona ao explorar a tristeza dos personagens. A direção é da companhia Le Plat du Jour. Teatro Folha - shopping Pátio Higienópolis. Av. Higienópolis, 618, terraço, Consolação, região central, tel. 3823-2323. 305 lugares. Sex.: 16h. Até 30/1. Ingr.: R$ 30. CC: todos. DESC. 25% PARA ASSINANTE E UM ACOMPANHANTE COM CUPOM CLUBEFOLHA, SOMENTE NA BILHETERIA. Estac. (R$ 12 p/ 2 h). Ingr. p/ 4003-2330 ou ingresso.com.
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saopaulo
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'Branca de Neve e os Sete Anões' e 'Aviões' são exibidos em cinemas de SPLUIZA WOLF DE SÃO PAULO Cinco cinemas exibem clássicos da Disney nos fins de semana; confira quais e onde assistir: Aviões O filme abre o festival do Cinemark no próximo sábado (17). Lançado em 2013, chegou como um "spin-off" de "Carros" (2006) –uma história independente, mas nos moldes do longa anterior. Nesta animação, Dusty é um avião que sonha em competir como piloto. Porém, ele não foi projetado para disputas e, além disso, tem medo de altura. O sonhador aviãozinho recorre a Skipper, veterano aeroplano da Marinha, que concorda em ajudá-lo. + 3 anos Sáb. (17) e dom. (11 e 18): 11h Ingr.: R$ 12 (adultos) e R$ 6 (crianças) Branca de Neve e os Sete Anões Primeiro longa-metragem de animação de Walt Disney, "Branca de Neve e os Sete Anões" foi lançado em 1937. Baseado no clássico conto de fadas, o filme narra a história da princesa que, após a morte do pai, é criada por uma cruel madrasta. Obcecada em ser a mulher mais bela do reino e prevendo que Branca de Neve viria a ser mais bonita que ela, a rainha má ordena que um caçador mate a garota. A princesa, então, busca refúgio na casa de sete simpáticos anões. + 3 anos Sáb. (24 e 31) e dom. (25 e 1°/2): 11h Ingr.: R$ 12 (adultos) e R$ 6 (crianças) Procurando Nemo É a única animação do festival a ser exibida em 3D. Divertido, o filme mostra a história do peixinho-palhaço Nemo, que mora nos corais do mar da Austrália e acaba capturado por um mergulhador. Seu pai, Marlin, acompanhado da engraçada Dory (que sofre de perda de memória recente), procura por pistas do paradeiro do filho. Na jornada, eles precisam enfrentar tubarões e fazer amizades com tartarugas. É uma boa oportunidade para se preparar para a sequência da franquia, "Procurando Dory", que deve estrear em 2016. + 3 anos Sáb. (7/2 e 14/2) e dom. (8/2 e 15/2): 11h Ingr.: R$ 12 (adultos) e R$ 6 (crianças) Onde assistir Granja Vianna Cinemark - shopping Granja Vianna. Rod. Raposo Tavares, 23.600, km 23, Granja Vianna, tel. 4613-6441. Metrô Santa Cruz Cinemark - shopping Metrô Santa Cruz. R. Domingos de Morais, 2.564, 3º piso, Vila Mariana, tel. 5180-3298. Mooca Shopping Cinemark - shopping Mooca Plaza. R. Cap. Pacheco e Chaves, 313, Vila Prudente, tel. 5180-3426. Tamboré Cinemark - shopping Tamboré. Av. Piracema, 669, Tamboré, tel. 4193-1826. Villa-Lobos Cinemark - shopping Villa-Lobos. Av. das Nações Unidas, 4.777, piso lazer, Alto de Pinheiros, tel. 5180-3424. - ELEITOS Fabiana Futema, do blog 'Maternar', elege o espetáculo 'Branca de Neve e os Sete Anões' Com muita música, efeitos especiais, gelo seco e chuva e neve artificiais, "Branca de Neve e os Sete Anões" conta a história da princesa envenenada pela madrasta, que inveja sua beleza. Baseada no conto dos irmãos Grimm, a trama é encenada por 40 atores que se revezam em vários cenários. Teatro Bradesco - shopping Bourbon Pompeia. R. Turiassu, 2.100, 3º piso, Perdizes, região oeste, tel. 3670-4100. 1.439 lugares. Sáb.: 16h30 e 19h. Dom.: 16h30. Até 1º/2. Ingr.: R$ 40 a R$ 175 p/ 4003-1212 ou ingressorapido.com.br. Estac. (R$ 10 p/ 2 h). Gabriela Romeu, jornalista especializada em crianças, sugere o livro 'Gorila' Solitária, uma garotinha ganha um gorila de brinquedo do pai, sempre ausente. Mas o boneco, que parece sem graça, vem com surpresas, como as imagens de Anthony Browne, premiado autor britânico que toca temas profundos com extrema sensibilidade. Suas ilustrações intrigam e servem como pistas num delicioso jogo de ler e reler. Autor e ilustrador: Anthony Browne. Tradutora: Clarice Duque Estrada. Editora: Pequena Zahar (R$ 39,90, 32 págs.). Mônica Rodrigues da Costa, editora de livros da Publifolhinha, indica a peça 'Rapunzel' Dois rabanetes falantes contam desventuras da menina que joga as tranças da casinha na árvore onde vive presa para a bruxa malvada subir. Com músicas de Toquinho e humor leve, o espetáculo emociona ao explorar a tristeza dos personagens. A direção é da companhia Le Plat du Jour. Teatro Folha - shopping Pátio Higienópolis. Av. Higienópolis, 618, terraço, Consolação, região central, tel. 3823-2323. 305 lugares. Sex.: 16h. Até 30/1. Ingr.: R$ 30. CC: todos. DESC. 25% PARA ASSINANTE E UM ACOMPANHANTE COM CUPOM CLUBEFOLHA, SOMENTE NA BILHETERIA. Estac. (R$ 12 p/ 2 h). Ingr. p/ 4003-2330 ou ingresso.com.
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Artista Jac Leirner doa obra para bancar documentário sobre Casa da Xiclet
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A artista plástica Jac Leirner doará para o projeto de financiamento coletivo da Casa da Xiclet, espaço independente de exposição e residência artística, um dos múltiplos da série "Os Cem" (1987), criada a partir de palavras e frases escritas em notas de cruzeiro que estiveram em circulação entre 1985 e 1986; Avaliada em cerca de US$ 1.500 na galeria Fortes Vilaça, de onde a peça foi retirada no sábado (22), a obra será vendida a R$ 5.500 no site Catarse, como recompensa para quem colaborar com a arrecadação que prevê levantar R$ 30 mil para custear uma reforma e um documentário sobre a Casa, localizada na Vila Madalena, em São Paulo. Criada há 15 anos por Xiclet, como é chamada a agitadora capixaba Adriana Duarte, a casa busca se contrapor ao modelo praticado por galerias de arte. É um espaço em que artistas iniciantes podem expor seus trabalhos alugando o espaço –uma mostra individual de 15 dias custa R$ 900. "É o espaço mais independente e o único realmente alternativo da cidade se São Paulo, onde o artista não precisa se adequar a questões comerciais", diz Celso Fioravante, que organiza há cinco anos o Salão dos Artistas sem Galeria; as três primeiras edições foram na casa da Xiclet. Desde a sua criação, já expuseram no local Fabiana Arruda, Stephan Doitschnoff e Pajé. Jac Leirner, 54 anos, é um dos grandes nomes da arte conceitual dos anos 1980, e nunca expôs na casa —é amiga da Xiclet e frequentadora da casa. Seus trabalhos partem de objetos cotidianos, retirados do mundo do consumo, e dialogam com o "ready made" de Marcel Duchamp (1887-1968). Leirner diz que é "muito raro" doar seus trabalhos para leilões e instituições. Abriu uma exceção no caso da Xiclet. "Ao contrário das instituições, que têm como conseguir grandes patrocínios, ela não tem como acessar os grandes magnatas", conta a artista. "Além disso, a Casa não tem fins lucrativos. Não julga, abre portas. Ao contrário dessas instituições, que são cheias de critérios e julgamentos de tudo." Caso consigam arrecadar os R$ 30 mil, a maior parte –cerca de R$ 16 mil– deverá cobrir os custos do documentário, concebido pela produtora audiovisual Sofia Amaral. Para a reforma, fundamental, segundo Xiclet, para que o espaço continue funcionando, serão destinados R$ 8,7 mil. "O teto do banheiro já está quase caindo e a casa é alugada. Já coloquei muita grana minha na casa, e um espaço quase público. É legal o público dar uma mãozinha agora", diz Xiclet, que reside no local. CASA DA XICLET ONDE r. Fradique Coutinho, 1.855, Vila Madalena, São Paulo QUANDO ter. a sex., das 14h às 20h; sab. e dom., das 14h/18h.
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ilustrada
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Artista Jac Leirner doa obra para bancar documentário sobre Casa da XicletA artista plástica Jac Leirner doará para o projeto de financiamento coletivo da Casa da Xiclet, espaço independente de exposição e residência artística, um dos múltiplos da série "Os Cem" (1987), criada a partir de palavras e frases escritas em notas de cruzeiro que estiveram em circulação entre 1985 e 1986; Avaliada em cerca de US$ 1.500 na galeria Fortes Vilaça, de onde a peça foi retirada no sábado (22), a obra será vendida a R$ 5.500 no site Catarse, como recompensa para quem colaborar com a arrecadação que prevê levantar R$ 30 mil para custear uma reforma e um documentário sobre a Casa, localizada na Vila Madalena, em São Paulo. Criada há 15 anos por Xiclet, como é chamada a agitadora capixaba Adriana Duarte, a casa busca se contrapor ao modelo praticado por galerias de arte. É um espaço em que artistas iniciantes podem expor seus trabalhos alugando o espaço –uma mostra individual de 15 dias custa R$ 900. "É o espaço mais independente e o único realmente alternativo da cidade se São Paulo, onde o artista não precisa se adequar a questões comerciais", diz Celso Fioravante, que organiza há cinco anos o Salão dos Artistas sem Galeria; as três primeiras edições foram na casa da Xiclet. Desde a sua criação, já expuseram no local Fabiana Arruda, Stephan Doitschnoff e Pajé. Jac Leirner, 54 anos, é um dos grandes nomes da arte conceitual dos anos 1980, e nunca expôs na casa —é amiga da Xiclet e frequentadora da casa. Seus trabalhos partem de objetos cotidianos, retirados do mundo do consumo, e dialogam com o "ready made" de Marcel Duchamp (1887-1968). Leirner diz que é "muito raro" doar seus trabalhos para leilões e instituições. Abriu uma exceção no caso da Xiclet. "Ao contrário das instituições, que têm como conseguir grandes patrocínios, ela não tem como acessar os grandes magnatas", conta a artista. "Além disso, a Casa não tem fins lucrativos. Não julga, abre portas. Ao contrário dessas instituições, que são cheias de critérios e julgamentos de tudo." Caso consigam arrecadar os R$ 30 mil, a maior parte –cerca de R$ 16 mil– deverá cobrir os custos do documentário, concebido pela produtora audiovisual Sofia Amaral. Para a reforma, fundamental, segundo Xiclet, para que o espaço continue funcionando, serão destinados R$ 8,7 mil. "O teto do banheiro já está quase caindo e a casa é alugada. Já coloquei muita grana minha na casa, e um espaço quase público. É legal o público dar uma mãozinha agora", diz Xiclet, que reside no local. CASA DA XICLET ONDE r. Fradique Coutinho, 1.855, Vila Madalena, São Paulo QUANDO ter. a sex., das 14h às 20h; sab. e dom., das 14h/18h.
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Versos de Michel Temer parecem mensagens cifradas
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A abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff nos expõe não apenas ao risco (a essa altura, praticamente certeza) de vermos Michel Temer na presidência da República, mas também de vermos, por obra de algum acólito, o livro "Anônima Intimidade" na lista de leituras obrigatórias dos currículos escolares. Imagina-se que poucos manifestantes tenham conhecimento de que, aproveitando o tempo ocioso na ponte aérea São Paulo-Brasília, Temer tenha rabiscado em guardanapos de papel os versos reunidos nesse livro -como o próprio autor conta na apresentação do volume. Tivessem ciência do teor da obra temeriana, talvez militassem sob outras bandeiras, se não por motivos éticos, pelo menos por razões estéticas. Publicado em 2012, "Anônima Intimidade" teria passado em branco não fosse o próprio Temer ter aproveitado seu discurso de abertura na Feira do Livro de Frankfurt de 2013 para propagandear sua "ousadia literária". Temer disse então que, ao publicar o livro, temia que o criticassem não por seu conteúdo, mas por alguém que está na vida pública atrever-se a adentrar a literatura. E comemorou o fato de, "com a graça de Deus", não ter recebido críticas -muito menos elogios. Como a vida pública pode fazer o futuro presidente em exercício ambicionar também a condição de vate nacional, chegou a hora. E se o termo "vate" (informa o Houaiss) deriva do latim "vatis" -"oráculo", "agoureiro", em suma, o poeta como profeta-, é impossível não ler vaticínios nos versos de Michel Temer. O mais eloquente, apontado por Gregório Duvivier no stand up "Precisamos Falar sobre Temer" (disponível no canal YouTube), é o poema "Embarque", aqui transcrito na íntegra, para não mutilar seu sentido profético: "Embarquei na tua nau/ Sem rumo. Eu e tu./ Tu, porque não sabias/ Para onde querias ir./ Eu, porque já tomei muitos rumos/ Sem chegar a lugar nenhum." Eu e tu -a segunda pessoa do singular como clichê do parnasianismo diletante, onipresente no livro, ao lado de lembranças vazadas em registro adolescente- pode perfeitamente se referir à amada oculta ou a uma hipotética musa, que Temer também celebra numa chave mais erótica em "Vermelho". Substituindo "eu e tu" por Michel e Dilma, porém, o poema não deixa de ser uma meditação sobre a barca furada da qual nosso poeta em exercício e seu impoluto partido acabam de desembarcar. Pinçados aqui e ali, muitos versos do livro parecem mensagens criptografadas -a começar pelo poema de abertura, "O Outro": "O outro sou eu./ (...) Para vencer o medo, encorajei-me. Combati. Com firmeza./ Determinação. Contido. Para não chorar./ Argumentando, sempre." Em "Reprodução", o "eu lírico" se expande para um coletivo que visa universalizar (e, com isso, absolver) suas tentações mais fatais: "Copiamos. Copiamos./ E copiamos./ Imitamos./ Repetimos./ Quantas ideias/ Originais. Transformação de outras ideias originais/ Que também foram transformadas/ De outras, originais". Lidos sem má vontade, são versos que bem poderiam remeter ao Eclesiastes bíblico ("Não há nada de novo debaixo do sol") ou mesmo conter uma correta meditação sobre a dinâmica da criação literária, sobre o modo como todo poeta se reporta a uma tradição, sem jamais ser totalmente original. O problema é que, ao afetar erudição metalinguística, Temer acaba caindo na armadilha de prestar uma homenagem a Borges, a quem dedica o poema "Repetição", reescrevendo um célebre texto em que o cerebral escritor argentino, às portas da morte, se lamenta de não ter vivido uma vida mais espontânea e livre. Acontece que quem é do meio sabe há muito tempo que esse testemunho meloso atribuído a Borges é, na verdade, um texto apócrifo que circula na internet, falsamente atribuído ao autor de "História Universal da Infâmia". Vários poemas de "Anônima Intimidade", aliás, celebram as paixões ou obsessões artísticas de Temer, como "Bergman e Antonioni" (homenagens aos dois diretores de cinema) ou "Socorro", em que ele convoca de Platão e Voltaire a Drummond e Hilda Hilst, numa longa e enfadonha lista de nomes que lhe servem como fontes de uma inspiração ausente no livro de cabo a rabo. Mas atenção: o Moro citado ao final desse poema, ao lado de Milton Hatoum, não é o juiz da Lava Jato, mas o espanhol Javier Moro! * LEIA TRECHO Correio elegante. Hoje, torpedo. Bom mesmo era o correio elegante Nas quermesses do interior. O garçom levava a sua mensagem para alguém. Ou trazia, Sempre anônimas, Palavras de amor. Ou admiração. Despertava a curiosidade. Quem mandou? E a sua mente divagava. Sonhava. Fantasiava. Desejava. Será ela? Outra? Era uma intimidade aquele anonimato. Depois, você caminhava para sua casa, para seu quarto. E dormia inebriado pelas palavras e pelo perfume Que o correio elegante trazia Anônima Intimidade AUTOR: MICHEL TEMER EDITORA: TOPBOOKS QUANTO: R$ 39 (165 PÁGS.)
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Versos de Michel Temer parecem mensagens cifradasA abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff nos expõe não apenas ao risco (a essa altura, praticamente certeza) de vermos Michel Temer na presidência da República, mas também de vermos, por obra de algum acólito, o livro "Anônima Intimidade" na lista de leituras obrigatórias dos currículos escolares. Imagina-se que poucos manifestantes tenham conhecimento de que, aproveitando o tempo ocioso na ponte aérea São Paulo-Brasília, Temer tenha rabiscado em guardanapos de papel os versos reunidos nesse livro -como o próprio autor conta na apresentação do volume. Tivessem ciência do teor da obra temeriana, talvez militassem sob outras bandeiras, se não por motivos éticos, pelo menos por razões estéticas. Publicado em 2012, "Anônima Intimidade" teria passado em branco não fosse o próprio Temer ter aproveitado seu discurso de abertura na Feira do Livro de Frankfurt de 2013 para propagandear sua "ousadia literária". Temer disse então que, ao publicar o livro, temia que o criticassem não por seu conteúdo, mas por alguém que está na vida pública atrever-se a adentrar a literatura. E comemorou o fato de, "com a graça de Deus", não ter recebido críticas -muito menos elogios. Como a vida pública pode fazer o futuro presidente em exercício ambicionar também a condição de vate nacional, chegou a hora. E se o termo "vate" (informa o Houaiss) deriva do latim "vatis" -"oráculo", "agoureiro", em suma, o poeta como profeta-, é impossível não ler vaticínios nos versos de Michel Temer. O mais eloquente, apontado por Gregório Duvivier no stand up "Precisamos Falar sobre Temer" (disponível no canal YouTube), é o poema "Embarque", aqui transcrito na íntegra, para não mutilar seu sentido profético: "Embarquei na tua nau/ Sem rumo. Eu e tu./ Tu, porque não sabias/ Para onde querias ir./ Eu, porque já tomei muitos rumos/ Sem chegar a lugar nenhum." Eu e tu -a segunda pessoa do singular como clichê do parnasianismo diletante, onipresente no livro, ao lado de lembranças vazadas em registro adolescente- pode perfeitamente se referir à amada oculta ou a uma hipotética musa, que Temer também celebra numa chave mais erótica em "Vermelho". Substituindo "eu e tu" por Michel e Dilma, porém, o poema não deixa de ser uma meditação sobre a barca furada da qual nosso poeta em exercício e seu impoluto partido acabam de desembarcar. Pinçados aqui e ali, muitos versos do livro parecem mensagens criptografadas -a começar pelo poema de abertura, "O Outro": "O outro sou eu./ (...) Para vencer o medo, encorajei-me. Combati. Com firmeza./ Determinação. Contido. Para não chorar./ Argumentando, sempre." Em "Reprodução", o "eu lírico" se expande para um coletivo que visa universalizar (e, com isso, absolver) suas tentações mais fatais: "Copiamos. Copiamos./ E copiamos./ Imitamos./ Repetimos./ Quantas ideias/ Originais. Transformação de outras ideias originais/ Que também foram transformadas/ De outras, originais". Lidos sem má vontade, são versos que bem poderiam remeter ao Eclesiastes bíblico ("Não há nada de novo debaixo do sol") ou mesmo conter uma correta meditação sobre a dinâmica da criação literária, sobre o modo como todo poeta se reporta a uma tradição, sem jamais ser totalmente original. O problema é que, ao afetar erudição metalinguística, Temer acaba caindo na armadilha de prestar uma homenagem a Borges, a quem dedica o poema "Repetição", reescrevendo um célebre texto em que o cerebral escritor argentino, às portas da morte, se lamenta de não ter vivido uma vida mais espontânea e livre. Acontece que quem é do meio sabe há muito tempo que esse testemunho meloso atribuído a Borges é, na verdade, um texto apócrifo que circula na internet, falsamente atribuído ao autor de "História Universal da Infâmia". Vários poemas de "Anônima Intimidade", aliás, celebram as paixões ou obsessões artísticas de Temer, como "Bergman e Antonioni" (homenagens aos dois diretores de cinema) ou "Socorro", em que ele convoca de Platão e Voltaire a Drummond e Hilda Hilst, numa longa e enfadonha lista de nomes que lhe servem como fontes de uma inspiração ausente no livro de cabo a rabo. Mas atenção: o Moro citado ao final desse poema, ao lado de Milton Hatoum, não é o juiz da Lava Jato, mas o espanhol Javier Moro! * LEIA TRECHO Correio elegante. Hoje, torpedo. Bom mesmo era o correio elegante Nas quermesses do interior. O garçom levava a sua mensagem para alguém. Ou trazia, Sempre anônimas, Palavras de amor. Ou admiração. Despertava a curiosidade. Quem mandou? E a sua mente divagava. Sonhava. Fantasiava. Desejava. Será ela? Outra? Era uma intimidade aquele anonimato. Depois, você caminhava para sua casa, para seu quarto. E dormia inebriado pelas palavras e pelo perfume Que o correio elegante trazia Anônima Intimidade AUTOR: MICHEL TEMER EDITORA: TOPBOOKS QUANTO: R$ 39 (165 PÁGS.)
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Saída de Dilma do governo federal é alívio, afirma banqueiro
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A iminência de saída da presidente Dilma Rousseff é um alívio e o vice Michel Temer poderá assumir em um ambiente mais favorável, com possível apoio para realizar medidas necessárias, queda de juro e atração de investimento. A avaliação é de Marco Antonio Bologna, que foi presidente da TAM e está hoje à frente do Banco Fator. Para ele, Dilma perdeu a capacidade de atrair nomes de peso do setor privado a sua equipe econômica, mas Temer chega num momento em que "todo mundo quer contribuir". "É quase um salvamento", diz Bologna, que ressalta a carência de ortodoxia e pragmatismo na economia. Folha - O mercado está aliviado? Com Dilma não se vê mais saída possível? Marco Antonio Bologna - Há um esgotamento, um cansaço. Se não resolve o lado político, o econômico fica complicado. O impeachment leva tempo, mas pelo menos tira da frente um tema que vem deixando aquele imobilismo na tomada de decisão. Sente-se um alívio em ver que há pelo menos o início de um rumo. Alívio é a palavra, porque fica esse vai não vai, com o governo imobilizado para tomar medidas necessárias e um ambiente ruim para negócios. Estamos falando de uma transição que possa resgatar um pouco a normalidade. Que melhoras vislumbram? Um ambiente melhor na parte monetária, lembrando que a inflação já está mostrando fraqueza, pela própria debilidade de consumo. E o mundo não está com movimento de taxa de juros para cima. Na economia americana, o Fed já mostrou que vai mais devagar. Acho que há ambiente favorável para cair juros. Qualquer um que estiver lá vai dar boas notícias na taxa de juros, o que é bom para quem deve e para quem toma dinheiro. E bom para as finanças, para reduzir endividamento total do país. Na área cambial também há um momento mais favorável. E o problema? Onde está? Na área fiscal. Sabe-se que o que precisa ser feito na área fiscal depende do Congresso. Entre os principais temas está a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que dá maior flexibilidade orçamentária. Isso precisa ser aprovado. E a CPMF, uma alternativa emergencial. A parte mais estrutural, que é mais explosiva quando você faz as projeções, é a Previdência. Além disso, precisa destravar as concessões. Como o PIB voltará a crescer? A exportação começa a contribuir, o superavit de balança já está dando na margem uma contribuição de PIB. Mas não é suficiente. O mundo não está crescendo como deveria, então não dá para esperar que a volta do crescimento venha só da exportação. Faltam pontos de interesse ao investidor privado. O destravamento das concessões contribuiria para ter investimento na infraestrutura. Ter política de concessão mais amigável, não querer limitar taxa de retorno. Ele terá apoio do Congresso? Ele já pega um ambiente mais favorável. Vimos pela votação do impeachment na Câmara. E é um politico experiente. Além disso, há vontade do empresariado de que as coisas andem. Há um esgotamento. Muitos esperavam manifestações violentas e, no fim, foi pacífico, porque ninguém aguenta mais. O esgotamento traz a vontade de virar a página, de andar com as medidas emergenciais e sinalizar a quem está esperando para investir. O país continua interessante? Sim. Mesmo reduzindo a taxa de juros, ainda tem juro real e um câmbio interessante para investidor estrangeiro. Há coisas que ainda estão com boa relação de preço e retorno. Uma pequena volta do investimento estrangeiro já significa muito dinheiro. O choque de confiança dura quanto tempo? Não sei se é choque de confiança, é um destravamento mesmo. Vai depender de como as coisas acontecerão. Vamos ter volatilidade, porque há o imponderável, mas do ponto de vista da virada de página política está claro que agora está começando. Só vai se concretizar nas eleições de 2018, mas isso já distensiona. Ele vai conseguir atrair bons nomes à equipe econômica? Sim. Está claro que não queremos nada heterodoxo. Vai atrair nomes que mostrem ortodoxia, objetividade, sem soluções jabuticaba, que não aguentamos mais. Até pelo ambiente atual, todo mundo quer contribuir para melhorar. Ela já estava esgotada e já não tinha capacidade de atrair quem não fosse muito próximo. Mas aquele que chega vem num momento em que há vontade de fazer algo pelo país. É quase um salvamento. O ideal é que fosse um nome alinhado às boas práticas internacionais. Veja a Argentina: continua com problemas estruturais, mas mudou a percepção do risco e o dinheiro voltou a fluir. - Raio-x Marco A. Bologna Carreira Presidente do Banco Fator e do conselho da TAM/SA Trajetória Antes de ser presidente da TAM, atuou no mercado financeiro em bancos como Inter American Express. Grupo Fator/2015 Patrimônio consolidado: R$ 345 milhões Gestão de ativos: R$ 3,8 bilhões Gestão de private: R$ 3,5 bilhões Funcionários: 250
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mercado
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Saída de Dilma do governo federal é alívio, afirma banqueiroA iminência de saída da presidente Dilma Rousseff é um alívio e o vice Michel Temer poderá assumir em um ambiente mais favorável, com possível apoio para realizar medidas necessárias, queda de juro e atração de investimento. A avaliação é de Marco Antonio Bologna, que foi presidente da TAM e está hoje à frente do Banco Fator. Para ele, Dilma perdeu a capacidade de atrair nomes de peso do setor privado a sua equipe econômica, mas Temer chega num momento em que "todo mundo quer contribuir". "É quase um salvamento", diz Bologna, que ressalta a carência de ortodoxia e pragmatismo na economia. Folha - O mercado está aliviado? Com Dilma não se vê mais saída possível? Marco Antonio Bologna - Há um esgotamento, um cansaço. Se não resolve o lado político, o econômico fica complicado. O impeachment leva tempo, mas pelo menos tira da frente um tema que vem deixando aquele imobilismo na tomada de decisão. Sente-se um alívio em ver que há pelo menos o início de um rumo. Alívio é a palavra, porque fica esse vai não vai, com o governo imobilizado para tomar medidas necessárias e um ambiente ruim para negócios. Estamos falando de uma transição que possa resgatar um pouco a normalidade. Que melhoras vislumbram? Um ambiente melhor na parte monetária, lembrando que a inflação já está mostrando fraqueza, pela própria debilidade de consumo. E o mundo não está com movimento de taxa de juros para cima. Na economia americana, o Fed já mostrou que vai mais devagar. Acho que há ambiente favorável para cair juros. Qualquer um que estiver lá vai dar boas notícias na taxa de juros, o que é bom para quem deve e para quem toma dinheiro. E bom para as finanças, para reduzir endividamento total do país. Na área cambial também há um momento mais favorável. E o problema? Onde está? Na área fiscal. Sabe-se que o que precisa ser feito na área fiscal depende do Congresso. Entre os principais temas está a aprovação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que dá maior flexibilidade orçamentária. Isso precisa ser aprovado. E a CPMF, uma alternativa emergencial. A parte mais estrutural, que é mais explosiva quando você faz as projeções, é a Previdência. Além disso, precisa destravar as concessões. Como o PIB voltará a crescer? A exportação começa a contribuir, o superavit de balança já está dando na margem uma contribuição de PIB. Mas não é suficiente. O mundo não está crescendo como deveria, então não dá para esperar que a volta do crescimento venha só da exportação. Faltam pontos de interesse ao investidor privado. O destravamento das concessões contribuiria para ter investimento na infraestrutura. Ter política de concessão mais amigável, não querer limitar taxa de retorno. Ele terá apoio do Congresso? Ele já pega um ambiente mais favorável. Vimos pela votação do impeachment na Câmara. E é um politico experiente. Além disso, há vontade do empresariado de que as coisas andem. Há um esgotamento. Muitos esperavam manifestações violentas e, no fim, foi pacífico, porque ninguém aguenta mais. O esgotamento traz a vontade de virar a página, de andar com as medidas emergenciais e sinalizar a quem está esperando para investir. O país continua interessante? Sim. Mesmo reduzindo a taxa de juros, ainda tem juro real e um câmbio interessante para investidor estrangeiro. Há coisas que ainda estão com boa relação de preço e retorno. Uma pequena volta do investimento estrangeiro já significa muito dinheiro. O choque de confiança dura quanto tempo? Não sei se é choque de confiança, é um destravamento mesmo. Vai depender de como as coisas acontecerão. Vamos ter volatilidade, porque há o imponderável, mas do ponto de vista da virada de página política está claro que agora está começando. Só vai se concretizar nas eleições de 2018, mas isso já distensiona. Ele vai conseguir atrair bons nomes à equipe econômica? Sim. Está claro que não queremos nada heterodoxo. Vai atrair nomes que mostrem ortodoxia, objetividade, sem soluções jabuticaba, que não aguentamos mais. Até pelo ambiente atual, todo mundo quer contribuir para melhorar. Ela já estava esgotada e já não tinha capacidade de atrair quem não fosse muito próximo. Mas aquele que chega vem num momento em que há vontade de fazer algo pelo país. É quase um salvamento. O ideal é que fosse um nome alinhado às boas práticas internacionais. Veja a Argentina: continua com problemas estruturais, mas mudou a percepção do risco e o dinheiro voltou a fluir. - Raio-x Marco A. Bologna Carreira Presidente do Banco Fator e do conselho da TAM/SA Trajetória Antes de ser presidente da TAM, atuou no mercado financeiro em bancos como Inter American Express. Grupo Fator/2015 Patrimônio consolidado: R$ 345 milhões Gestão de ativos: R$ 3,8 bilhões Gestão de private: R$ 3,5 bilhões Funcionários: 250
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Para elevar receita, CPTM planeja dois novos projetos de concessão em SP
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A CPTM (companhia de trens metropolitanos) planeja dois novos projetos de concessão para elevar sua receita não tarifária, afirma o presidente, Paulo Magalhães. Eles devem seguir os moldes do empreendimento que a empresa prevê criar na região do Brás (centro de São Paulo), que inclui shopping, hotel e prédio empresarial. Terrenos em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e em São Miguel Paulista, na zona leste da capital, estão em análise. "A estimativa é que cada iniciativa amplie a receita em 5% ou 6%." As audiências públicas das propostas estão previstas para o primeiro semestre de 2017. Nesta quinta (15), o executivo receberá Brieuc Pont, cônsul-geral da França em São Paulo, e Nicolas Jachiet, CEO do Grupo Egis, em visita às obras da linha 13-Jade. O projeto recebeu R$ 1,1 bilhão da Agência Francesa de Desenvolvimento, e deverá ser concluído até a primeira metade de 2018. NOS TRILHOS - Resultados da CPTM em 2015 Leia a coluna completa aqui.
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Para elevar receita, CPTM planeja dois novos projetos de concessão em SPA CPTM (companhia de trens metropolitanos) planeja dois novos projetos de concessão para elevar sua receita não tarifária, afirma o presidente, Paulo Magalhães. Eles devem seguir os moldes do empreendimento que a empresa prevê criar na região do Brás (centro de São Paulo), que inclui shopping, hotel e prédio empresarial. Terrenos em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e em São Miguel Paulista, na zona leste da capital, estão em análise. "A estimativa é que cada iniciativa amplie a receita em 5% ou 6%." As audiências públicas das propostas estão previstas para o primeiro semestre de 2017. Nesta quinta (15), o executivo receberá Brieuc Pont, cônsul-geral da França em São Paulo, e Nicolas Jachiet, CEO do Grupo Egis, em visita às obras da linha 13-Jade. O projeto recebeu R$ 1,1 bilhão da Agência Francesa de Desenvolvimento, e deverá ser concluído até a primeira metade de 2018. NOS TRILHOS - Resultados da CPTM em 2015 Leia a coluna completa aqui.
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Com Trump, México não fará realinhamento em direção ao Brasil
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Ganha força na imprensa brasileira a tese segundo a qual as tensões entre Donald Trump e o México criariam uma boa oportunidade para o Brasil. Segundo esse raciocínio, a diplomacia mexicana teria um incentivo para buscar maior convergência com Brasília. Essa interpretação tem a vantagem de vislumbrar no futuro uma forma de transcender o passado. Brasil e México sempre perderam chances de montar uma aliança. O caso mais dramático ocorreu há 35 anos, quando os dois países deixaram de montar uma coalizão para enfrentar a crise da dívida externa. A nova expectativa de convergência, no entanto, baseia-se em um diagnóstico equivocado. Trump vai renegociar os termos de seu comércio com o México por meio do unilateralismo agressivo que é sua marca distintiva. No caminho, o presidente agradará a base eleitoral que enxerga a imigração mexicana como problema. Só que o México não responderá a essas pressões por meio de parcerias alternativas. O país já possui acordos de livre comércio com 43 países diferentes, mas nenhum deles é substituto para os Estados Unidos. A interdependência mexicano-americana é uma força estrutural irreversível. A estratégia do México será tentar normalizar as relações com Trump. Por isso, seus diplomatas já repetem que a fronteira tem trechos murados há tempos, e que a renegociação do Nafta poderá trazer um bom ajuste para os interesses mexicanos. Essa estratégia não é de fuga em direção a novos parceiros, mas de redução de danos diante de um vizinho do qual não se pode escapar. Em que pesem as diferenças de tom e linguagem corporal, essa lógica valerá para governos mexicanos de direita e de esquerda. Nesse sentido, hoje, o maior aliado do México são os equívocos do próprio Trump. Por exemplo, ao abandonar Parceria Transpacífico, o grande acordo comercial proposto por Obama, os americanos perderam um fabuloso instrumento de pressão contra os mexicanos. É fantasia acreditar que o Brasil possa ser uma alternativa geopolítica de peso para o México. No ranking global de ambiente de negócios, os mexicanos estão na posição 47, o Brasil na 123. Em grau de abertura econômica, 54 contra 70. Em competitividade global, 51 contra 81. A complementaridade entre as economias brasileira e mexicana é baixa, não alta. Quando o tema é política internacional, os interesses e valores das diplomacias brasileira e mexicana nunca são muito coincidentes. Nada disso significa que o Brasil não deva buscar mais intercâmbio com o México. A relação tem tudo para crescer muito, dada sua atual modéstia. Mas imaginar um realinhamento estratégico graças à chegada de Trump é quimera.
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Com Trump, México não fará realinhamento em direção ao BrasilGanha força na imprensa brasileira a tese segundo a qual as tensões entre Donald Trump e o México criariam uma boa oportunidade para o Brasil. Segundo esse raciocínio, a diplomacia mexicana teria um incentivo para buscar maior convergência com Brasília. Essa interpretação tem a vantagem de vislumbrar no futuro uma forma de transcender o passado. Brasil e México sempre perderam chances de montar uma aliança. O caso mais dramático ocorreu há 35 anos, quando os dois países deixaram de montar uma coalizão para enfrentar a crise da dívida externa. A nova expectativa de convergência, no entanto, baseia-se em um diagnóstico equivocado. Trump vai renegociar os termos de seu comércio com o México por meio do unilateralismo agressivo que é sua marca distintiva. No caminho, o presidente agradará a base eleitoral que enxerga a imigração mexicana como problema. Só que o México não responderá a essas pressões por meio de parcerias alternativas. O país já possui acordos de livre comércio com 43 países diferentes, mas nenhum deles é substituto para os Estados Unidos. A interdependência mexicano-americana é uma força estrutural irreversível. A estratégia do México será tentar normalizar as relações com Trump. Por isso, seus diplomatas já repetem que a fronteira tem trechos murados há tempos, e que a renegociação do Nafta poderá trazer um bom ajuste para os interesses mexicanos. Essa estratégia não é de fuga em direção a novos parceiros, mas de redução de danos diante de um vizinho do qual não se pode escapar. Em que pesem as diferenças de tom e linguagem corporal, essa lógica valerá para governos mexicanos de direita e de esquerda. Nesse sentido, hoje, o maior aliado do México são os equívocos do próprio Trump. Por exemplo, ao abandonar Parceria Transpacífico, o grande acordo comercial proposto por Obama, os americanos perderam um fabuloso instrumento de pressão contra os mexicanos. É fantasia acreditar que o Brasil possa ser uma alternativa geopolítica de peso para o México. No ranking global de ambiente de negócios, os mexicanos estão na posição 47, o Brasil na 123. Em grau de abertura econômica, 54 contra 70. Em competitividade global, 51 contra 81. A complementaridade entre as economias brasileira e mexicana é baixa, não alta. Quando o tema é política internacional, os interesses e valores das diplomacias brasileira e mexicana nunca são muito coincidentes. Nada disso significa que o Brasil não deva buscar mais intercâmbio com o México. A relação tem tudo para crescer muito, dada sua atual modéstia. Mas imaginar um realinhamento estratégico graças à chegada de Trump é quimera.
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Abate informal de animais aumenta no país
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Ao mesmo tempo em que o país discute a eficácia de seu sistema de inspeção sanitária, após a Operação Carne Fraca, o abate de animais realizado fora do escrutínio do Ministério da Agricultura e das vigilâncias estaduais e municipais cresce no Brasil. A recessão impulsionou o indicador que estima a informalidade no abate, uma prática que vinha em trajetória de queda na década passada. Dados do IBGE mostram que o número de cabeças de bovinos abatidas sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 29,67 milhões em 2016. Já o volume de peças de couros inteiras recebida pelos curtumes ficou em 33,62 milhões, embora devesse coincidir com a quantidade de carnes oficialmente registradas. Como tem valor agregado alto, o couro acaba sendo levado ao mercado de couro cru (o que resulta em contabilização pelo IBGE), ainda que o animal tenha sido abatido, e sua carne, consumida fora das estatísticas oficiais. Essa diferença entre os couros e as carnes pode ser entendida como uma aproximação do tamanho do abate informal no país. O abate não fiscalizado subiu de 7,5% em 2015 para 11,7% em 2016. São casos como o de Tonho da Faca, 59, sertanejo da zona rural no entorno do município de Irecê (BA) reconhecido pela vizinhança como "bom matador" pela habilidade ao abater animais que os moradores da região engordam em seus quintais. Ele foi convocado pelos vizinhos para matar um porco na madrugada de sexta (24). Pelo serviço, foi recompensado levando para casa a cabeça e outras partes do animal. Como ele, Zé do Figo, 55, também é referência na comunidade para o abate de animais em pequena escala. Em troca, aceita receber partes do animal, mas também faz de graça ou por pequenas quantias, em torno de R$ 10. Um bode vivo pode ser comprado por menos de R$ 5 por quilo para ser abatido. "Não dá para viver disso. Eu também troco moto, jegue. Mato cobra. Faço de tudo." Figo é especialista na matança de caprinos e ganhou esse apelido —que é uma contração da palavra fígado— ao fazer clientela vendendo as vísceras dos bodes que abate. A figura do "matador" é central na dinâmica do consumo de carnes em zonas rurais e pequenos municípios do país. Os Estados que concentram o maior percentual de abate não fiscalizado são Minas, Pará e Bahia, segundo estudo coordenado pelos professores Silvia Miranda e Sérgio De Zen, da Esalq, escola de agricultura da USP. "Acontece no Norte e no Nordeste porque são lugares em que há menor desenvolvimento. No caso de Minas, se deve ao grande número de municípios muito pequenos, sem estrutura local de fiscalização e com mercados pequenos", afirma De Zen. Além das famílias que criam para consumo próprio, pequenos açougues se abastecem dos animais que produtores familiares abatem com a ajuda de um matador. O abate sem fiscalização é considerado clandestino ou ilegal apenas se for usado para comercialização, segundo a Anffa (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários). Nas hipóteses de consumo próprio ou troca, não há ilegalidade. Para a professora da Esalq Silvia Mirante, a carne abatida em baixa escala nos pequenos municípios pode até ter qualidade superior, ao aproximar o consumidor do produtor, permitindo que a ponta final conheça e avalie o produto diretamente. Como a oferta é pequena, o consumo de um animal termina em poucos dias, enquanto o produto ainda é fresco. Não está descartado, porém, o risco de contaminação após o abate. O Ministério da Agricultura não respondeu se há tolerância com o abate informal para comercialização feito pelo pequeno produtor. O órgão disse apenas que a competência de fiscalização é dos três entes da Federação e que ele fiscaliza "preferencialmente" os estabelecimentos submetidos ao sistema federal.
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mercado
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Abate informal de animais aumenta no paísAo mesmo tempo em que o país discute a eficácia de seu sistema de inspeção sanitária, após a Operação Carne Fraca, o abate de animais realizado fora do escrutínio do Ministério da Agricultura e das vigilâncias estaduais e municipais cresce no Brasil. A recessão impulsionou o indicador que estima a informalidade no abate, uma prática que vinha em trajetória de queda na década passada. Dados do IBGE mostram que o número de cabeças de bovinos abatidas sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 29,67 milhões em 2016. Já o volume de peças de couros inteiras recebida pelos curtumes ficou em 33,62 milhões, embora devesse coincidir com a quantidade de carnes oficialmente registradas. Como tem valor agregado alto, o couro acaba sendo levado ao mercado de couro cru (o que resulta em contabilização pelo IBGE), ainda que o animal tenha sido abatido, e sua carne, consumida fora das estatísticas oficiais. Essa diferença entre os couros e as carnes pode ser entendida como uma aproximação do tamanho do abate informal no país. O abate não fiscalizado subiu de 7,5% em 2015 para 11,7% em 2016. São casos como o de Tonho da Faca, 59, sertanejo da zona rural no entorno do município de Irecê (BA) reconhecido pela vizinhança como "bom matador" pela habilidade ao abater animais que os moradores da região engordam em seus quintais. Ele foi convocado pelos vizinhos para matar um porco na madrugada de sexta (24). Pelo serviço, foi recompensado levando para casa a cabeça e outras partes do animal. Como ele, Zé do Figo, 55, também é referência na comunidade para o abate de animais em pequena escala. Em troca, aceita receber partes do animal, mas também faz de graça ou por pequenas quantias, em torno de R$ 10. Um bode vivo pode ser comprado por menos de R$ 5 por quilo para ser abatido. "Não dá para viver disso. Eu também troco moto, jegue. Mato cobra. Faço de tudo." Figo é especialista na matança de caprinos e ganhou esse apelido —que é uma contração da palavra fígado— ao fazer clientela vendendo as vísceras dos bodes que abate. A figura do "matador" é central na dinâmica do consumo de carnes em zonas rurais e pequenos municípios do país. Os Estados que concentram o maior percentual de abate não fiscalizado são Minas, Pará e Bahia, segundo estudo coordenado pelos professores Silvia Miranda e Sérgio De Zen, da Esalq, escola de agricultura da USP. "Acontece no Norte e no Nordeste porque são lugares em que há menor desenvolvimento. No caso de Minas, se deve ao grande número de municípios muito pequenos, sem estrutura local de fiscalização e com mercados pequenos", afirma De Zen. Além das famílias que criam para consumo próprio, pequenos açougues se abastecem dos animais que produtores familiares abatem com a ajuda de um matador. O abate sem fiscalização é considerado clandestino ou ilegal apenas se for usado para comercialização, segundo a Anffa (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários). Nas hipóteses de consumo próprio ou troca, não há ilegalidade. Para a professora da Esalq Silvia Mirante, a carne abatida em baixa escala nos pequenos municípios pode até ter qualidade superior, ao aproximar o consumidor do produtor, permitindo que a ponta final conheça e avalie o produto diretamente. Como a oferta é pequena, o consumo de um animal termina em poucos dias, enquanto o produto ainda é fresco. Não está descartado, porém, o risco de contaminação após o abate. O Ministério da Agricultura não respondeu se há tolerância com o abate informal para comercialização feito pelo pequeno produtor. O órgão disse apenas que a competência de fiscalização é dos três entes da Federação e que ele fiscaliza "preferencialmente" os estabelecimentos submetidos ao sistema federal.
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'Porquê não mataram todos em 1964'
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Sou limitado, limitadíssimo. Não consigo entender determinadas coisas, nem com reza braba. Quer ver uma coisa que não entendo? Por que é proibido fazer a apologia do nazismo, mas é permitido fazer a apologia da ditadura militar, do extermínio por razões ideológicas etc.? Ah, já sei: Médici foi bem mais bonzinho do que Hitler. Que burro eu! Bem, eu poderia me alongar nesse assunto, mas o meu texto não teria nem um pingo do brilhantismo do artigo publicado pelo grande Mário Magalhães em seu blog ("O silêncio cúmplice aceita a barbárie"). Mário esgotou o assunto. Sobrou-me a questão linguística, que, no caso, diz respeito à penúria gramatical da frase que se lê num cartaz que uma nobre senhora brandia no domingo para expor a sua também nobre visão de mundo: "Porquê não mataram todos em 1964". Sim, assim mesmo. Posto isso, vou tentar ajudar essas etéreas almas a redigir cartazes que, ainda que indignos da nossa semelhança a Deus, sejam linguisticamente "limpos", ao menos no que diz respeito a "por que", "por quê", "porque" e "porquê". Comecemos pela forma (mal) empregada por essa candidata ao Nobel da Paz, que, salvo engano, queria ter escrito uma frase interrogativa direta. Nesse tipo de construção, não se emprega "porquê"; emprega-se "por que", sem acento, a menos que haja uma interrupção depois do "que": "Por que Deus põe no mundo gente de alma tão ignóbil?"; "Você não vai? Por quê?". Também se emprega "por que" em perguntas indiretas, como se vê em "Não sei por que essa gente é tão limitada" ou "Ninguém sabe por quê". Note, por favor, que no segundo exemplo o "que" foi acentuado. No caso da sentença perpetrada pela discípula direta da Madre Teresa de Calcutá, a forma adequada seria "por que". E como deveria terminar o sublime pensamento? Com ponto de interrogação? Ou sem ele? Depende. Quando se escreve, por exemplo, "Por que essa gente diz barbaridades?", pergunta-se por que essa gente diz barbaridades; quando se escreve "Por que essa gente diz barbaridades", anuncia-se que se vai explicar a razão pela qual essa gente diz barbaridades. O que (suponho) a nobre senhora queria dizer se escreve assim no português formal: "Por que não mataram todos em 1964?" (que Deus me abra as portas do céu por eu reproduzir pensamento tão celestial!). Anote uma dica simples: independentemente da presença ou da ausência do ponto de interrogação, ou seja, independentemente de a pergunta ser direta ou indireta, escreve-se "por que"/"por quê" e pode-se substituir esse "por que"/"por quê" por "por qual razão", "por qual motivo" ou, em certos casos, por "a razão/o motivo pela/o qual": "Por que (= 'Por qual razão') essa gente é tão ignóbil?"; "Não sei por que (= 'por qual razão') essa gente é tão ignóbil"; "Por que ('A razão pela qual') não fui a Washington". Para quem sabe inglês, uma boa dica é ver se entra "why" ou "because". Se entra "why", entra "por que"; se entra "because", entra "porque". "Porque" é uma conjunção causal ou explicativa, a qual, como já se pode deduzir, introduz a explicação, a causa do que se afirma ou sugere: "Não durma, porque ainda temos muito a fazer"; "Diz barbaridades porque a sua alma é pequena". E "porquê", a forma empregada pela nossa filha de Maria? É substantivo, sinônimo de "motivo", "causa": "Não entendo o porquê disso". Como dizia o grande Fernando Pessoa, "tudo vale a pena, se a alma não é pequena". E eu digo: "Senhor, tende piedade de nós". É isso. [email protected]
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colunas
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'Porquê não mataram todos em 1964'Sou limitado, limitadíssimo. Não consigo entender determinadas coisas, nem com reza braba. Quer ver uma coisa que não entendo? Por que é proibido fazer a apologia do nazismo, mas é permitido fazer a apologia da ditadura militar, do extermínio por razões ideológicas etc.? Ah, já sei: Médici foi bem mais bonzinho do que Hitler. Que burro eu! Bem, eu poderia me alongar nesse assunto, mas o meu texto não teria nem um pingo do brilhantismo do artigo publicado pelo grande Mário Magalhães em seu blog ("O silêncio cúmplice aceita a barbárie"). Mário esgotou o assunto. Sobrou-me a questão linguística, que, no caso, diz respeito à penúria gramatical da frase que se lê num cartaz que uma nobre senhora brandia no domingo para expor a sua também nobre visão de mundo: "Porquê não mataram todos em 1964". Sim, assim mesmo. Posto isso, vou tentar ajudar essas etéreas almas a redigir cartazes que, ainda que indignos da nossa semelhança a Deus, sejam linguisticamente "limpos", ao menos no que diz respeito a "por que", "por quê", "porque" e "porquê". Comecemos pela forma (mal) empregada por essa candidata ao Nobel da Paz, que, salvo engano, queria ter escrito uma frase interrogativa direta. Nesse tipo de construção, não se emprega "porquê"; emprega-se "por que", sem acento, a menos que haja uma interrupção depois do "que": "Por que Deus põe no mundo gente de alma tão ignóbil?"; "Você não vai? Por quê?". Também se emprega "por que" em perguntas indiretas, como se vê em "Não sei por que essa gente é tão limitada" ou "Ninguém sabe por quê". Note, por favor, que no segundo exemplo o "que" foi acentuado. No caso da sentença perpetrada pela discípula direta da Madre Teresa de Calcutá, a forma adequada seria "por que". E como deveria terminar o sublime pensamento? Com ponto de interrogação? Ou sem ele? Depende. Quando se escreve, por exemplo, "Por que essa gente diz barbaridades?", pergunta-se por que essa gente diz barbaridades; quando se escreve "Por que essa gente diz barbaridades", anuncia-se que se vai explicar a razão pela qual essa gente diz barbaridades. O que (suponho) a nobre senhora queria dizer se escreve assim no português formal: "Por que não mataram todos em 1964?" (que Deus me abra as portas do céu por eu reproduzir pensamento tão celestial!). Anote uma dica simples: independentemente da presença ou da ausência do ponto de interrogação, ou seja, independentemente de a pergunta ser direta ou indireta, escreve-se "por que"/"por quê" e pode-se substituir esse "por que"/"por quê" por "por qual razão", "por qual motivo" ou, em certos casos, por "a razão/o motivo pela/o qual": "Por que (= 'Por qual razão') essa gente é tão ignóbil?"; "Não sei por que (= 'por qual razão') essa gente é tão ignóbil"; "Por que ('A razão pela qual') não fui a Washington". Para quem sabe inglês, uma boa dica é ver se entra "why" ou "because". Se entra "why", entra "por que"; se entra "because", entra "porque". "Porque" é uma conjunção causal ou explicativa, a qual, como já se pode deduzir, introduz a explicação, a causa do que se afirma ou sugere: "Não durma, porque ainda temos muito a fazer"; "Diz barbaridades porque a sua alma é pequena". E "porquê", a forma empregada pela nossa filha de Maria? É substantivo, sinônimo de "motivo", "causa": "Não entendo o porquê disso". Como dizia o grande Fernando Pessoa, "tudo vale a pena, se a alma não é pequena". E eu digo: "Senhor, tende piedade de nós". É isso. [email protected]
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Presidente da Academia faz 'mea culpa' sobre desigualdade no Oscar
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Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fez um "mea culpa" em relação às críticas que a instituição tem recebido por sua desigualdade e de gênero nas últimas edições do Oscar. Em discurso na cerimônia no domingo (28), ela afirmou que a instituição tem responsabilidade por dialogar com um público "global e diverso", e que precisa ser um "reflexo da mudança" da sociedade. "Todo mundo em Hollywood tem responsabilidades nas mudanças. Precisamos agir. Inclusão nos fará mais fortes", afirmou. Nesta edição, o Oscar foi criticado por não indicar artistas negros em suas principais categorias —o ator Will Smith e o diretor Spike Lee boicotaram a cerimônia. Um estudo também apontou que Hollywood é um clube de meninos brancos, por não dar espaço a mulheres e à diversidade étnica. Isaacs, no entanto, não deu exemplos concretos das mudanças que a instituição que preside estaria tomando para se tornar mais inclusiva.
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ilustrada
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Presidente da Academia faz 'mea culpa' sobre desigualdade no OscarCheryl Boone Isaacs, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fez um "mea culpa" em relação às críticas que a instituição tem recebido por sua desigualdade e de gênero nas últimas edições do Oscar. Em discurso na cerimônia no domingo (28), ela afirmou que a instituição tem responsabilidade por dialogar com um público "global e diverso", e que precisa ser um "reflexo da mudança" da sociedade. "Todo mundo em Hollywood tem responsabilidades nas mudanças. Precisamos agir. Inclusão nos fará mais fortes", afirmou. Nesta edição, o Oscar foi criticado por não indicar artistas negros em suas principais categorias —o ator Will Smith e o diretor Spike Lee boicotaram a cerimônia. Um estudo também apontou que Hollywood é um clube de meninos brancos, por não dar espaço a mulheres e à diversidade étnica. Isaacs, no entanto, não deu exemplos concretos das mudanças que a instituição que preside estaria tomando para se tornar mais inclusiva.
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Cursinhos pré-vestibular usam até passeios para ajudar candidatos
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Para quem presta vestibular no meio do ano, não há tempo a perder. Nos cursinhos, as estratégias para garantir que o aluno absorva o conteúdo em apenas cinco meses vão das tradicionais brincadeiras para ajudar a decorar o conteúdo a discursos de encorajamento e visitas a locais históricos. No Hexag, cursinho focado na prova semestral do Mackenzie (SP), os alunos já viajaram ao Rio de Janeiro para relacionar a arquitetura barroca do Mosteiro de São Bento com a literatura brasileira do século 16. O professor de literatura da instituição, Lucas Limberti, também já levou a turma para conhecer o Jardim Botânico, presente na obra da escritora Clarice Lispector. A ideia, diz Limberti, é contextualizar o material apresentado em aula com exemplos reais fora da sala, o que ajuda a aguçar a memória dos estudantes. No cursinho Anglo, em São Paulo, uma preocupação é diminuir a ansiedade dos estudantes. O professor de história e coordenador da unidade Tamandaré da instituição, Daniel Perry, costuma dizer palavras de encorajamento aos alunos e lembrá-los de que essas provas são menos concorridas do que parecem, já que muitos dos inscritos são treineiros, interessados só no exame de fim de ano. Perry ensina também alguns macetes para manter a calma na prova, como intercalar disciplinas de humanas e de exatas para evitar que o cérebro se canse antes da hora. Outro truque é resolver as questões mais fáceis imediatamente -um jeito de cultivar o ânimo e ganhar fôlego para encarar os temas mais complexos em um bom ritmo. "Uma estratégia eficiente para fazer a prova chega a compensar a deficiência de conteúdo", afirma o professor de história. Perry conta ainda aos alunos alguns segredos das provas. A primeira fase do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista) tem 90 questões de múltipla escolha cujas respostas corretas estão igualmente divididas: 18 para cada alternativa (a, b, c, d ou e). "Isso ajuda muito na última hora de prova, quando o candidato precisa chutar questões." O aluno Bruno Bontempo, 17, usa os simulados do Anglo para testar esses métodos. "Começando pelo que é mais simples, consigo ser ágil. Sobra tempo para resolver as questões mais difíceis sem pressa." O estudante busca uma vaga em administração na ESPM ou na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ambas em São Paulo. DECOREBA Como forma de poupar tempo, cursinhos têm repaginado a estratégia para decorar conteúdos. Em vez da mera repetição à exaustão, o professor explica o significado de cada conceito. "Quando os alunos precisam decorar o nome científico de um animal, por exemplo, é importante explicar o que significam as palavras em latim que determinam aquele nome", diz Lucas D'Andrea, professor de biologia do MedEnsina, cursinho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "Aquele nome geralmente explicará uma característica do animal e, assim, as palavras ganharão sentido para quem precisa memorizá-las." O professor D'Andrea também relaciona o conteúdo da sala de aula com momentos do dia a dia. "Ensinamos, por exemplo, que os dedos enrugam na água por causa da osmose. Isso permite que o candidato desmistifique as disciplinas e veja que não é nada de outro mundo." * APLICAÇÃO Esqueça a frase "nunca vou usar isso na vida". Ao aprender um conceito complexo, busque um exemplo no dia a dia para tornar a coisa mais palpável BAGAGEM O repertório cultural é tão importante quanto o material das apostilas. Não adianta saber a tabela periódica e não entender a crise política no país MÉTODO Na prova, é melhor intercalar questões de humanas e exatas para não cansar o cérebro. E resolver as mais simples primeiro para ganhar confiança ARGUMENTAÇÃO Na redação, vale pensar perguntas cujas respostas reforcem a argumentação. Sempre foi assim? O que mudou? E em outros países?
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educacao
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Cursinhos pré-vestibular usam até passeios para ajudar candidatosPara quem presta vestibular no meio do ano, não há tempo a perder. Nos cursinhos, as estratégias para garantir que o aluno absorva o conteúdo em apenas cinco meses vão das tradicionais brincadeiras para ajudar a decorar o conteúdo a discursos de encorajamento e visitas a locais históricos. No Hexag, cursinho focado na prova semestral do Mackenzie (SP), os alunos já viajaram ao Rio de Janeiro para relacionar a arquitetura barroca do Mosteiro de São Bento com a literatura brasileira do século 16. O professor de literatura da instituição, Lucas Limberti, também já levou a turma para conhecer o Jardim Botânico, presente na obra da escritora Clarice Lispector. A ideia, diz Limberti, é contextualizar o material apresentado em aula com exemplos reais fora da sala, o que ajuda a aguçar a memória dos estudantes. No cursinho Anglo, em São Paulo, uma preocupação é diminuir a ansiedade dos estudantes. O professor de história e coordenador da unidade Tamandaré da instituição, Daniel Perry, costuma dizer palavras de encorajamento aos alunos e lembrá-los de que essas provas são menos concorridas do que parecem, já que muitos dos inscritos são treineiros, interessados só no exame de fim de ano. Perry ensina também alguns macetes para manter a calma na prova, como intercalar disciplinas de humanas e de exatas para evitar que o cérebro se canse antes da hora. Outro truque é resolver as questões mais fáceis imediatamente -um jeito de cultivar o ânimo e ganhar fôlego para encarar os temas mais complexos em um bom ritmo. "Uma estratégia eficiente para fazer a prova chega a compensar a deficiência de conteúdo", afirma o professor de história. Perry conta ainda aos alunos alguns segredos das provas. A primeira fase do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista) tem 90 questões de múltipla escolha cujas respostas corretas estão igualmente divididas: 18 para cada alternativa (a, b, c, d ou e). "Isso ajuda muito na última hora de prova, quando o candidato precisa chutar questões." O aluno Bruno Bontempo, 17, usa os simulados do Anglo para testar esses métodos. "Começando pelo que é mais simples, consigo ser ágil. Sobra tempo para resolver as questões mais difíceis sem pressa." O estudante busca uma vaga em administração na ESPM ou na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ambas em São Paulo. DECOREBA Como forma de poupar tempo, cursinhos têm repaginado a estratégia para decorar conteúdos. Em vez da mera repetição à exaustão, o professor explica o significado de cada conceito. "Quando os alunos precisam decorar o nome científico de um animal, por exemplo, é importante explicar o que significam as palavras em latim que determinam aquele nome", diz Lucas D'Andrea, professor de biologia do MedEnsina, cursinho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. "Aquele nome geralmente explicará uma característica do animal e, assim, as palavras ganharão sentido para quem precisa memorizá-las." O professor D'Andrea também relaciona o conteúdo da sala de aula com momentos do dia a dia. "Ensinamos, por exemplo, que os dedos enrugam na água por causa da osmose. Isso permite que o candidato desmistifique as disciplinas e veja que não é nada de outro mundo." * APLICAÇÃO Esqueça a frase "nunca vou usar isso na vida". Ao aprender um conceito complexo, busque um exemplo no dia a dia para tornar a coisa mais palpável BAGAGEM O repertório cultural é tão importante quanto o material das apostilas. Não adianta saber a tabela periódica e não entender a crise política no país MÉTODO Na prova, é melhor intercalar questões de humanas e exatas para não cansar o cérebro. E resolver as mais simples primeiro para ganhar confiança ARGUMENTAÇÃO Na redação, vale pensar perguntas cujas respostas reforcem a argumentação. Sempre foi assim? O que mudou? E em outros países?
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O fim das armas nucleares
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O Brasil participará, a partir desta segunda (27), da Conferência das Nações Unidas para negociar um tratado com o objetivo de proibir as armas nucleares. Fiel ao princípio constitucional que determina o uso da energia nuclear para fins exclusivamente pacíficos, lutamos por um mundo livre do armamento mais letal já concebido. A negociação de um tratado de banimento é o resultado de três conferências sobre os impactos humanitários dessas armas. Realizadas entre 2012 e 2014, hoje conhecidas como a "Iniciativa Humanitária", elas concluíram que a detonação de uma bomba nuclear teria efeitos impensáveis sobre as normas básicas do direito internacional humanitário. Isso sem falar no impacto catastrófico sobre a vida humana e o meio ambiente. Na última das conferências, em 2014, mais de 120 países subscreveram a "Promessa Humanitária" de empreender ações para banir essas armas do planeta. A "Iniciativa Humanitária" decorre do próprio Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), cujo preâmbulo determina o emprego de "todos os esforços para prevenir o perigo" da guerra nuclear e para "preservar a segurança dos povos". Os Estados nuclearmente armados, infelizmente, não se associaram à "Promessa Humanitária", preferindo uma "abordagem progressiva" para reduzir os perigos e, em última análise, alcançar o desarmamento nuclear. É verdade que, desde o auge da Guerra Fria, o número total de ogivas nucleares diminuiu significativamente. Mas será que estamos mais perto de um mundo livre desses armamentos? Se tomarmos como base os resultados da "abordagem progressiva", a resposta é não: depois de mais de 50 anos da entrada em vigor do TNP, nove países ainda detêm mais de 15 mil armas nucleares, arsenal mais do que suficiente para destruir o planeta. A maioria dos Estados nuclearmente armados assumiu compromissos com o desarmamento nuclear, mas não demonstra o mesmo entusiasmo com ações concretas. Essa postura não é coerente com as preocupações da grande maioria dos países, que deseja o avanço urgente do desarmamento nuclear com base em imperativos éticos, de segurança, econômicos e ambientais. Diferentemente do que pregam os defensores da "abordagem progressiva", o tratado de banimento de armas nucleares não atentará contra o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Antes o reforçará, ao instar todos os Estados a empreenderem medidas efetivas com vistas à cessação da corrida armamentista e ao desarmamento nuclear. A comunidade internacional já baniu as outras armas de destruição em massa, as químicas e as biológicas, não havendo razão para não proibir, igualmente, a única capaz de aniquilar a vida na Terra. É passada a hora de tomar medidas corajosas para corrigir uma perigosa lacuna jurídica na construção de um mundo mais seguro. Para a diplomacia brasileira, a defesa do desarmamento nuclear, mais do que uma opção estratégica, constitui um imperativo moral e um dever constitucional. Participaremos da conferência com espírito construtivo, com a consciência de que a adoção de padrões de conduta mais elevados no âmbito multilateral ainda é a melhor alternativa para promover soluções eficazes e legítimas para os desafios globais. Convidamos todos os países a se juntarem a nós e aos demais patrocinadores da iniciativa e a participarem de maneira construtiva desse exercício histórico. ALOYSIO NUNES FERREIRA é ministro das Relações Exteriores. Foi senador (PSDB-SP) e ministro da Justiça (governo FHC) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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opiniao
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O fim das armas nuclearesO Brasil participará, a partir desta segunda (27), da Conferência das Nações Unidas para negociar um tratado com o objetivo de proibir as armas nucleares. Fiel ao princípio constitucional que determina o uso da energia nuclear para fins exclusivamente pacíficos, lutamos por um mundo livre do armamento mais letal já concebido. A negociação de um tratado de banimento é o resultado de três conferências sobre os impactos humanitários dessas armas. Realizadas entre 2012 e 2014, hoje conhecidas como a "Iniciativa Humanitária", elas concluíram que a detonação de uma bomba nuclear teria efeitos impensáveis sobre as normas básicas do direito internacional humanitário. Isso sem falar no impacto catastrófico sobre a vida humana e o meio ambiente. Na última das conferências, em 2014, mais de 120 países subscreveram a "Promessa Humanitária" de empreender ações para banir essas armas do planeta. A "Iniciativa Humanitária" decorre do próprio Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), cujo preâmbulo determina o emprego de "todos os esforços para prevenir o perigo" da guerra nuclear e para "preservar a segurança dos povos". Os Estados nuclearmente armados, infelizmente, não se associaram à "Promessa Humanitária", preferindo uma "abordagem progressiva" para reduzir os perigos e, em última análise, alcançar o desarmamento nuclear. É verdade que, desde o auge da Guerra Fria, o número total de ogivas nucleares diminuiu significativamente. Mas será que estamos mais perto de um mundo livre desses armamentos? Se tomarmos como base os resultados da "abordagem progressiva", a resposta é não: depois de mais de 50 anos da entrada em vigor do TNP, nove países ainda detêm mais de 15 mil armas nucleares, arsenal mais do que suficiente para destruir o planeta. A maioria dos Estados nuclearmente armados assumiu compromissos com o desarmamento nuclear, mas não demonstra o mesmo entusiasmo com ações concretas. Essa postura não é coerente com as preocupações da grande maioria dos países, que deseja o avanço urgente do desarmamento nuclear com base em imperativos éticos, de segurança, econômicos e ambientais. Diferentemente do que pregam os defensores da "abordagem progressiva", o tratado de banimento de armas nucleares não atentará contra o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Antes o reforçará, ao instar todos os Estados a empreenderem medidas efetivas com vistas à cessação da corrida armamentista e ao desarmamento nuclear. A comunidade internacional já baniu as outras armas de destruição em massa, as químicas e as biológicas, não havendo razão para não proibir, igualmente, a única capaz de aniquilar a vida na Terra. É passada a hora de tomar medidas corajosas para corrigir uma perigosa lacuna jurídica na construção de um mundo mais seguro. Para a diplomacia brasileira, a defesa do desarmamento nuclear, mais do que uma opção estratégica, constitui um imperativo moral e um dever constitucional. Participaremos da conferência com espírito construtivo, com a consciência de que a adoção de padrões de conduta mais elevados no âmbito multilateral ainda é a melhor alternativa para promover soluções eficazes e legítimas para os desafios globais. Convidamos todos os países a se juntarem a nós e aos demais patrocinadores da iniciativa e a participarem de maneira construtiva desse exercício histórico. ALOYSIO NUNES FERREIRA é ministro das Relações Exteriores. Foi senador (PSDB-SP) e ministro da Justiça (governo FHC) PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]
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SP recebe concurso internacional de jovens empreendedores digitais
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O auditório do Masp recebe nesta segunda-feira (15) a abertura do concurso mundial de iniciativas digitais para impacto social, o WSYA (World Summit Youth Award). Ligado à ONU, o evento incentiva jovens a criarem conteúdo digital que envolva as pessoas a mudar positivamente sua realidade social. As inscrições para o evento no Masp ainda estão abertas e podem ser feitas gratuitamente. A programação se estende até quarta (17) e inclui workshops e discussões dinâmicas sobre o empreendedorismo social e a indústria de conteúdo digital. O concurso, vinculado à WSIS (Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação), da ONU, chega ao Brasil pela primeira vez. Todos os projetos vencedores estão alinhados com critérios dos Objetivos do Milênio, da ONU. Participam apenas iniciativas de empreendedores com menos de 30 anos, entre elas os óculos inteligentes do pernambucano Marcos Antônio da Penha. Serviço O quê: Abertura do World Summit Youth Award 2015 Quando: 15 de junho, segunda-feira, das 19h às 23h Onde: Grande Auditório do Masp - avenida Paulista, 1578 - Cerqueira César Inscrições O quê: Conferência internacional do WSYA 2015 Quando: 16 e 17 de junho, terça e quarta-feira, das 9h30 às 18h30 Onde: Red Bull Station - praça da Bandeira, 137 - Bela Vista Inscrições pelo e-mail: [email protected] Programação O quê: Anúncio dos projetos premiados e encerramento do WSYA 2015 Quando: 17 de junho, das 19h às 22h Onde: Memorial da Integração - Memorial da América Latina - avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10 - Barra Funda Inscrições
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empreendedorsocial
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SP recebe concurso internacional de jovens empreendedores digitaisO auditório do Masp recebe nesta segunda-feira (15) a abertura do concurso mundial de iniciativas digitais para impacto social, o WSYA (World Summit Youth Award). Ligado à ONU, o evento incentiva jovens a criarem conteúdo digital que envolva as pessoas a mudar positivamente sua realidade social. As inscrições para o evento no Masp ainda estão abertas e podem ser feitas gratuitamente. A programação se estende até quarta (17) e inclui workshops e discussões dinâmicas sobre o empreendedorismo social e a indústria de conteúdo digital. O concurso, vinculado à WSIS (Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação), da ONU, chega ao Brasil pela primeira vez. Todos os projetos vencedores estão alinhados com critérios dos Objetivos do Milênio, da ONU. Participam apenas iniciativas de empreendedores com menos de 30 anos, entre elas os óculos inteligentes do pernambucano Marcos Antônio da Penha. Serviço O quê: Abertura do World Summit Youth Award 2015 Quando: 15 de junho, segunda-feira, das 19h às 23h Onde: Grande Auditório do Masp - avenida Paulista, 1578 - Cerqueira César Inscrições O quê: Conferência internacional do WSYA 2015 Quando: 16 e 17 de junho, terça e quarta-feira, das 9h30 às 18h30 Onde: Red Bull Station - praça da Bandeira, 137 - Bela Vista Inscrições pelo e-mail: [email protected] Programação O quê: Anúncio dos projetos premiados e encerramento do WSYA 2015 Quando: 17 de junho, das 19h às 22h Onde: Memorial da Integração - Memorial da América Latina - avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10 - Barra Funda Inscrições
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Arquidiocese do Rio planeja tour de madrugada ao Cristo por até R$ 1.000
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O sol nem nasceu, mas ele já está de pé, com os braços abertos. Impávido, ainda que sozinho. Mas em breve o Cristo Redentor deve ganhar companhia na madrugada carioca: turistas dispostos a pagar um preço elevado, que poderá alcançar até R$ 1.000. A Arquidiocese do Rio, que administra o santuário do qual faz parte a estátua de 38 metros, planeja disponibilizar até o final deste ano um serviço de visita ao cartão-postal de madrugada. "Vamos oferecer uma experiência transcendental junto à natureza, junto ao Cristo e tudo o que está ao redor dele", afirma João Mariano, responsável pelo planejamento estratégico do Vicariato para a Comunicação Social. O intuito da Igreja é fazer um passeio evangelizador –há, no mesmo espaço que a estátua, uma capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida, onde acontecem batizados e celebrações eventuais. As visitas ao local deverão ser intermediadas por uma agência de turismo. A Arquidiocese refuta o uso do termo "visita VIP" e afirma não saber exatamente quanto se cobrará para as visitas matutinas, em grupos de até 30 integrantes. Pessoas que trabalham no projeto, entretanto, afirmaram à Folha que se aventa cobrar até R$ 1.000 por pessoa. "Ainda não temos um valor definido", afirma Mariano. LINHO EM VEZ DE FÉ O preço estimado está na faixa de quanto o hotel Copacabana Palace cobrava de seus hóspedes por um passeio similar, que ofereceu de 2013 a meados de 2015. Grupos de até 15 pessoas saíam às 5h do hotel mais famoso da cidade e iam tomar café da manhã aos pés da estátua, ainda fechada para o público. Há fotos de visitantes que subiram até a mão do Cristo nessas ocasiões, o que não é permitido para o turista habitual. Em troca, o Copacabana Palace fazia uma doação, que, segundo a Igreja, não era pré-estabelecida. Mas a atração, que saiu até no jornal "The New York Times", acabou ganhando um foco que não agradou à Arquidiocese. A Igreja avalia que muito se falava dos pães caseiros e das frutas exóticas brasileiras servidos sobre jogos americanos de linho durante o passeio, e pouco da bênção dada a todos os visitantes ou aos ensinamentos bíblicos que eram ministrados. Como o aspecto de luxo acabou ganhando mais destaque que o da religião, achou-se por bem pôr um fim à parceria. "Fizemos uma experiência de teste junto com o Copacabana. Aconteceu algumas vezes", afirma o representante da Igreja. "Mas as dificuldades impossibilitaram a continuidade dessa parceria." O Copacabana Palace diz que seu passeio VIP não foi cancelado, estando apenas em pausa atualmente. "O Corcovado Experience (peregrinação ao Cristo) está suspenso temporariamente, mas outros projetos entre o hotel e a Arquidiocese estão em andamento", afirma o hotel, em nota à reportagem. Procurado, o ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que administra o parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo, afirmou ainda desconhecer os planos de uma nova modalidade de visita. A entidade disse em nota: "Nunca houve visitas turísticas VIP autorizadas pelo ICMBio, gestor do Parque Nacional da Tijuca e do Corcovado. A mitra arquiepiscopal solicitou autorizações para visitas de parceiros e peregrinações religiosas. A visitação turística está restrita aos horários abertos ao público em geral."
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cotidiano
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Arquidiocese do Rio planeja tour de madrugada ao Cristo por até R$ 1.000O sol nem nasceu, mas ele já está de pé, com os braços abertos. Impávido, ainda que sozinho. Mas em breve o Cristo Redentor deve ganhar companhia na madrugada carioca: turistas dispostos a pagar um preço elevado, que poderá alcançar até R$ 1.000. A Arquidiocese do Rio, que administra o santuário do qual faz parte a estátua de 38 metros, planeja disponibilizar até o final deste ano um serviço de visita ao cartão-postal de madrugada. "Vamos oferecer uma experiência transcendental junto à natureza, junto ao Cristo e tudo o que está ao redor dele", afirma João Mariano, responsável pelo planejamento estratégico do Vicariato para a Comunicação Social. O intuito da Igreja é fazer um passeio evangelizador –há, no mesmo espaço que a estátua, uma capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida, onde acontecem batizados e celebrações eventuais. As visitas ao local deverão ser intermediadas por uma agência de turismo. A Arquidiocese refuta o uso do termo "visita VIP" e afirma não saber exatamente quanto se cobrará para as visitas matutinas, em grupos de até 30 integrantes. Pessoas que trabalham no projeto, entretanto, afirmaram à Folha que se aventa cobrar até R$ 1.000 por pessoa. "Ainda não temos um valor definido", afirma Mariano. LINHO EM VEZ DE FÉ O preço estimado está na faixa de quanto o hotel Copacabana Palace cobrava de seus hóspedes por um passeio similar, que ofereceu de 2013 a meados de 2015. Grupos de até 15 pessoas saíam às 5h do hotel mais famoso da cidade e iam tomar café da manhã aos pés da estátua, ainda fechada para o público. Há fotos de visitantes que subiram até a mão do Cristo nessas ocasiões, o que não é permitido para o turista habitual. Em troca, o Copacabana Palace fazia uma doação, que, segundo a Igreja, não era pré-estabelecida. Mas a atração, que saiu até no jornal "The New York Times", acabou ganhando um foco que não agradou à Arquidiocese. A Igreja avalia que muito se falava dos pães caseiros e das frutas exóticas brasileiras servidos sobre jogos americanos de linho durante o passeio, e pouco da bênção dada a todos os visitantes ou aos ensinamentos bíblicos que eram ministrados. Como o aspecto de luxo acabou ganhando mais destaque que o da religião, achou-se por bem pôr um fim à parceria. "Fizemos uma experiência de teste junto com o Copacabana. Aconteceu algumas vezes", afirma o representante da Igreja. "Mas as dificuldades impossibilitaram a continuidade dessa parceria." O Copacabana Palace diz que seu passeio VIP não foi cancelado, estando apenas em pausa atualmente. "O Corcovado Experience (peregrinação ao Cristo) está suspenso temporariamente, mas outros projetos entre o hotel e a Arquidiocese estão em andamento", afirma o hotel, em nota à reportagem. Procurado, o ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que administra o parque Nacional da Tijuca, onde fica o Cristo, afirmou ainda desconhecer os planos de uma nova modalidade de visita. A entidade disse em nota: "Nunca houve visitas turísticas VIP autorizadas pelo ICMBio, gestor do Parque Nacional da Tijuca e do Corcovado. A mitra arquiepiscopal solicitou autorizações para visitas de parceiros e peregrinações religiosas. A visitação turística está restrita aos horários abertos ao público em geral."
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A crise, vista de Washington
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Vista de Washington, a crise brasileira é tão confusa quanto é para os brasileiros e acaba funcionando como uma distração para o desafio de produzir resultados em uma relação bilateral que está no melhor nível em muitos anos, com ou sem crise. Depois do esfriamento gerado pelo episódio de espionagem, a visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA, em junho, levou o relacionamento a um ponto mais "sofisticado", na avaliação do Departamento de Estado. Exemplo de sofisticação, entre outros: dois acordos na sensível área militar que permitirão a troca de informações e avanços tecnológicos entre os dois países. A crise, como toda crise, abre também oportunidades. Na área de infraestrutura, o Brasil tem explorado a possibilidade de atrair construtoras norte-americanas, empresas que, até recentemente, eram refratárias. É razoável supor que as dificuldades das grandes empreiteiras brasileiras, enredadas na Lava Jato, tenham aberto o caminho para congêneres norte-americanas. Poderiam entrar, por exemplo, em consórcios com empresas nacionais para a construção e operação de aeroportos regionais. Na área comercial, a que mais facilmente permite medir avanços, o ministro Armando Monteiro está ansioso para colocar em prática a promessa de Dilma de dobrar o comércio com os EUA em dez anos. Os Estados Unidos já são o maior destino para exportações brasileiras de manufaturados, obviamente as de maior valor agregado, mas Monteiro explora acordos em áreas que não interfiram com tarifas, o que exigiria negociações complexas e, por isso, demoradas. Washington e Brasília estão explorando acordos em áreas como regulação e redução da burocracia alfandegária, que produzem resultados mais rapidamente. Há pouco, os dois países reuniram especialistas de parte a parte para discutir direitos humanos, tema que inevitavelmente subiu na agenda ante a crise dos refugiados na Europa e, mais recentemente, o deslocamento forçado de colombianos que moravam na Venezuela. A reunião é significativa não apenas pelo tema em si, naturalmente delicado, mas pelo fato de que os Estados Unidos incluem o Brasil em uma discussão que tem abrangência global, não apenas regional. É a reafirmação, no detalhe, de uma parceria estratégica, como os dois países tratam o relacionamento bilateral. Tão estratégica que os Estados Unidos usam o caso brasileiro com Cuba, ao apontar o Brasil como exemplo de que é possível promover avanços sociais na democracia e com mecanismos de mercado. Outro ponto estratégico é o papel dos estudantes brasileiros enviados aos EUA no âmbito do Ciências sem Fronteiras, hoje na altura recorde de 33 mil. Dizem reitores de universidades norte-americanos que os brasileiros energizam as relações nos locais em que estudam. Ah, estão também sendo convidados pelas corporações norte-americanas para complementar os estudos com estágios nas suas áreas de especialização. O risco, acho eu, é que, com a crise, não queiram mais voltar. Aí, sim, seria uma grave "distração" no relacionamento.
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A crise, vista de WashingtonVista de Washington, a crise brasileira é tão confusa quanto é para os brasileiros e acaba funcionando como uma distração para o desafio de produzir resultados em uma relação bilateral que está no melhor nível em muitos anos, com ou sem crise. Depois do esfriamento gerado pelo episódio de espionagem, a visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA, em junho, levou o relacionamento a um ponto mais "sofisticado", na avaliação do Departamento de Estado. Exemplo de sofisticação, entre outros: dois acordos na sensível área militar que permitirão a troca de informações e avanços tecnológicos entre os dois países. A crise, como toda crise, abre também oportunidades. Na área de infraestrutura, o Brasil tem explorado a possibilidade de atrair construtoras norte-americanas, empresas que, até recentemente, eram refratárias. É razoável supor que as dificuldades das grandes empreiteiras brasileiras, enredadas na Lava Jato, tenham aberto o caminho para congêneres norte-americanas. Poderiam entrar, por exemplo, em consórcios com empresas nacionais para a construção e operação de aeroportos regionais. Na área comercial, a que mais facilmente permite medir avanços, o ministro Armando Monteiro está ansioso para colocar em prática a promessa de Dilma de dobrar o comércio com os EUA em dez anos. Os Estados Unidos já são o maior destino para exportações brasileiras de manufaturados, obviamente as de maior valor agregado, mas Monteiro explora acordos em áreas que não interfiram com tarifas, o que exigiria negociações complexas e, por isso, demoradas. Washington e Brasília estão explorando acordos em áreas como regulação e redução da burocracia alfandegária, que produzem resultados mais rapidamente. Há pouco, os dois países reuniram especialistas de parte a parte para discutir direitos humanos, tema que inevitavelmente subiu na agenda ante a crise dos refugiados na Europa e, mais recentemente, o deslocamento forçado de colombianos que moravam na Venezuela. A reunião é significativa não apenas pelo tema em si, naturalmente delicado, mas pelo fato de que os Estados Unidos incluem o Brasil em uma discussão que tem abrangência global, não apenas regional. É a reafirmação, no detalhe, de uma parceria estratégica, como os dois países tratam o relacionamento bilateral. Tão estratégica que os Estados Unidos usam o caso brasileiro com Cuba, ao apontar o Brasil como exemplo de que é possível promover avanços sociais na democracia e com mecanismos de mercado. Outro ponto estratégico é o papel dos estudantes brasileiros enviados aos EUA no âmbito do Ciências sem Fronteiras, hoje na altura recorde de 33 mil. Dizem reitores de universidades norte-americanos que os brasileiros energizam as relações nos locais em que estudam. Ah, estão também sendo convidados pelas corporações norte-americanas para complementar os estudos com estágios nas suas áreas de especialização. O risco, acho eu, é que, com a crise, não queiram mais voltar. Aí, sim, seria uma grave "distração" no relacionamento.
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Odebrecht faz seu primeiro lançamento imobiliário em dois anos
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A Odebrecht Realizações Imobiliárias vai lançar, até agosto, seu primeiro empreendimento em dois anos. O investimento será de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões, segundo Jayme Fonseca, diretor financeiro da empresa. "Para nós, é importante manter a companhia em operação e mostrar força ao mercado. O loteamento será feito em um terreno que já era da Odebrecht, em Sauípe [BA], então o aporte é relativamente baixo." Outros investimentos dependerão de um aumento na demanda imobiliária. "Temos cerca de sete projetos já aprovados, mas, assim como as demais empresas do setor, vamos aguardar uma melhora." Como parte das políticas de boas práticas que a companhia tem buscado mostrar ao mercado, desde o início deste ano, a empresa instalou um processo de avaliação antifraude das vendas, segundo o executivo. "Como o valor de imóveis é algo relativo, o setor é usado há muito tempo para lavagem de dinheiro. Passamos a analisar as condições de patrimônio e renda dos clientes e comparamos com o valor da transação." Das cerca de 400 unidades comercializadas em 2017, duas foram suspensas. A medida ocorre em meio à delação premiada da cúpula do grupo Odebrecht. Os executivos que restaram na empresa esforçam-se para administrar o estrago feito na imagem e nas finanças do grupo. Cálculos preliminares, aos quais a Folha teve acesso, mostram o tamanho do dano: as receitas caíram de R$ 132 bilhões em 2015 para R$ 90 bilhões em 2016, uma perda de 32% que levou o faturamento ao menor nível desde 2013. Até a metade do ano passado, a crise não se refletia nos números do grupo, que havia faturado R$ 126,6 bilhões nos 12 meses findos em junho de 2016 (último dado divulgado), 13% mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores. A receita da divisão imobiliária do grupo, porém, já estava em queda: a receita líquida acumulada no primeiro semestre de 2016 foi de R$ 419 milhões, 49% abaixo do mesmo período do ano anterior. 16 empreendimentos foram entregues no ano passado 5.000 são os funcionários da divisão imobiliária do grupo Leia a coluna completa aqui.
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Odebrecht faz seu primeiro lançamento imobiliário em dois anosA Odebrecht Realizações Imobiliárias vai lançar, até agosto, seu primeiro empreendimento em dois anos. O investimento será de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões, segundo Jayme Fonseca, diretor financeiro da empresa. "Para nós, é importante manter a companhia em operação e mostrar força ao mercado. O loteamento será feito em um terreno que já era da Odebrecht, em Sauípe [BA], então o aporte é relativamente baixo." Outros investimentos dependerão de um aumento na demanda imobiliária. "Temos cerca de sete projetos já aprovados, mas, assim como as demais empresas do setor, vamos aguardar uma melhora." Como parte das políticas de boas práticas que a companhia tem buscado mostrar ao mercado, desde o início deste ano, a empresa instalou um processo de avaliação antifraude das vendas, segundo o executivo. "Como o valor de imóveis é algo relativo, o setor é usado há muito tempo para lavagem de dinheiro. Passamos a analisar as condições de patrimônio e renda dos clientes e comparamos com o valor da transação." Das cerca de 400 unidades comercializadas em 2017, duas foram suspensas. A medida ocorre em meio à delação premiada da cúpula do grupo Odebrecht. Os executivos que restaram na empresa esforçam-se para administrar o estrago feito na imagem e nas finanças do grupo. Cálculos preliminares, aos quais a Folha teve acesso, mostram o tamanho do dano: as receitas caíram de R$ 132 bilhões em 2015 para R$ 90 bilhões em 2016, uma perda de 32% que levou o faturamento ao menor nível desde 2013. Até a metade do ano passado, a crise não se refletia nos números do grupo, que havia faturado R$ 126,6 bilhões nos 12 meses findos em junho de 2016 (último dado divulgado), 13% mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores. A receita da divisão imobiliária do grupo, porém, já estava em queda: a receita líquida acumulada no primeiro semestre de 2016 foi de R$ 419 milhões, 49% abaixo do mesmo período do ano anterior. 16 empreendimentos foram entregues no ano passado 5.000 são os funcionários da divisão imobiliária do grupo Leia a coluna completa aqui.
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Sob protesto, comissão da Câmara aprova proposta de redução da maioridade
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Após sessões de embate, bate-bocas e troca de acusações, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta terça-feira (31) a constitucionalidade de uma proposta que altera a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O texto segue para uma comissão especial que será criada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que terá, em média, 40 sessões (cerca de três meses) para discutir o conteúdo desta e de outras propostas que tratam do tema em tramitação na Casa. Leia a reportagem aqui
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Sob protesto, comissão da Câmara aprova proposta de redução da maioridadeApós sessões de embate, bate-bocas e troca de acusações, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta terça-feira (31) a constitucionalidade de uma proposta que altera a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O texto segue para uma comissão especial que será criada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que terá, em média, 40 sessões (cerca de três meses) para discutir o conteúdo desta e de outras propostas que tratam do tema em tramitação na Casa. Leia a reportagem aqui
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Tucanos lamentam acusações internas de compra de militantes do PSDB
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É lamentável ver o vereador Adolfo Quintas misturando as bolas e confundindo como do partido as suas próprias práticas políticas (Guerra aberta ). Ele deveria ter respeito pelo PSDB, partido sem o qual não teria sido eleito suplente de vereador na capital, pois obteve pouco mais de 25 mil votos –o quociente eleitoral foi mais de 108 mil, precisando, portanto, de mais de 78 mil votos de outros companheiros, candidatos do PSDB. Se ele quer defender o seu pré-candidato, que o faça ressaltando suas qualidades. E não tentando destruir reputações com denúncias vazias. ALE FERRAZ, presidente do PSDB Indianópolis (São Paulo, SP) * É uma pena que Adolfo Quintas exponha o PSDB a esse constrangimento. Lamento que se preste a reproduzir conteúdos graves como esse, sem comprovação, apenas porque "lhe relataram". Se ele possui provas do que contou à Folha, que as entregue a Justiça. Se não as possui, que não exponha o partido ao qual pertence nem seus integrantes a ilações desse tipo. RIBAMAR CEZAR RAMBOURG JÚNIOR, filiado ao PSDB (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Tucanos lamentam acusações internas de compra de militantes do PSDBÉ lamentável ver o vereador Adolfo Quintas misturando as bolas e confundindo como do partido as suas próprias práticas políticas (Guerra aberta ). Ele deveria ter respeito pelo PSDB, partido sem o qual não teria sido eleito suplente de vereador na capital, pois obteve pouco mais de 25 mil votos –o quociente eleitoral foi mais de 108 mil, precisando, portanto, de mais de 78 mil votos de outros companheiros, candidatos do PSDB. Se ele quer defender o seu pré-candidato, que o faça ressaltando suas qualidades. E não tentando destruir reputações com denúncias vazias. ALE FERRAZ, presidente do PSDB Indianópolis (São Paulo, SP) * É uma pena que Adolfo Quintas exponha o PSDB a esse constrangimento. Lamento que se preste a reproduzir conteúdos graves como esse, sem comprovação, apenas porque "lhe relataram". Se ele possui provas do que contou à Folha, que as entregue a Justiça. Se não as possui, que não exponha o partido ao qual pertence nem seus integrantes a ilações desse tipo. RIBAMAR CEZAR RAMBOURG JÚNIOR, filiado ao PSDB (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Em busca de ouro inédito, Djokovic diz que tem 'caso de amor' com Brasil
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JOSÉ HENRIQUE MARIANTE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Novak Djokovic afirmou em entrevista no Rio nesta quarta-feira(3) que tem um 'caso de amor' com o Brasil e que espera construir o caminho para o ouro na Olimpíada, inédito em sua carreira, com a ajuda da torcida local. "É uma das conquistas mais altas no esporte, se não a maior", disse, lembrando que só alcançou o bronze em Pequim-2008 e nem isso em Londres, há quatro anos. "Ser de um esporte individual deixa poucas oportunidades para defender seu pais. Estar numa Olimpíada é uma grande honra", disse o líder do ranking da ATP ao lado de outros atletas do time sérvio. Indagado se esperava resposta positiva do público brasileiro, na disputa com o inglês Andy Murray, defensor do título, e com o espanhol Rafael Nadal, Djokovic preferiu escapar com elogios a Gustavo Kuerten. "Vocês sim têm o jogador mais carismático do tênis", afirmou. Djokovic também escapou de fazer comentários sobre a ausência da russa Maria Sharapova no torneio olímpico. "Somos amigos, sinto por ela não estar aqui, mas não tenho como avaliar essa situação", declarou. Em junho, Sharapova foi suspensa por dois anos após testar positivo para a substância meldonium em exame realizado em janeiro deste ano. Além dela, quase um terço da delegação da Rússia inscrita para a Rio-2016 não poderá competir por já terem sido pegos no antidoping ou por decisão da federação internacional de suas modalidades.
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esporte
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Em busca de ouro inédito, Djokovic diz que tem 'caso de amor' com Brasil
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Novak Djokovic afirmou em entrevista no Rio nesta quarta-feira(3) que tem um 'caso de amor' com o Brasil e que espera construir o caminho para o ouro na Olimpíada, inédito em sua carreira, com a ajuda da torcida local. "É uma das conquistas mais altas no esporte, se não a maior", disse, lembrando que só alcançou o bronze em Pequim-2008 e nem isso em Londres, há quatro anos. "Ser de um esporte individual deixa poucas oportunidades para defender seu pais. Estar numa Olimpíada é uma grande honra", disse o líder do ranking da ATP ao lado de outros atletas do time sérvio. Indagado se esperava resposta positiva do público brasileiro, na disputa com o inglês Andy Murray, defensor do título, e com o espanhol Rafael Nadal, Djokovic preferiu escapar com elogios a Gustavo Kuerten. "Vocês sim têm o jogador mais carismático do tênis", afirmou. Djokovic também escapou de fazer comentários sobre a ausência da russa Maria Sharapova no torneio olímpico. "Somos amigos, sinto por ela não estar aqui, mas não tenho como avaliar essa situação", declarou. Em junho, Sharapova foi suspensa por dois anos após testar positivo para a substância meldonium em exame realizado em janeiro deste ano. Além dela, quase um terço da delegação da Rússia inscrita para a Rio-2016 não poderá competir por já terem sido pegos no antidoping ou por decisão da federação internacional de suas modalidades.
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Três dias que mudaram nossa visão
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Passamos parte dos últimos anos acompanhando, de fora do Brasil, a economia e a política nacionais. Estudantes de Columbia, Harvard, Oxford e Stanford, em programas de graduação, mestrado e doutorado ligados a formulação e gestão de políticas públicas, vivemos a ansiedade de acompanhar os embates sobre o futuro do país sem poder fazer parte do front. Neste momento em que trilhamos o caminho de volta, com uma visão do "Brasil de fora", passamos três dias intensos - entre 30 de março e 1º de abril - testemunhando e discutindo o "Brasil de dentro" com prefeitos, deputados, ministros, gestores e jornalistas. Num contexto de polarização crescente e certezas inflamadas, esses três dias mudaram a nossa visão. Antes desses três dias, havia uma divisão entre nós sobre o apoio ao impeachment e suas consequências. Uns acreditavam que o impeachment traria a governabilidade que o país precisa para ajustar a trajetória da economia e realizar as reformas estruturais. Outros entendiam que essa pretensa governabilidade é duvidosa e viria a custos demasiadamente elevados, deixando cicatrizes institucionais profundas com a retirada à força de uma representante eleita, com uma justificativa que parecia insuficiente para mover um julgamento político. Ao longo desses três dias, porém, perspectivas díspares convergiram em um entendimento mais crítico. Foi ficando claro que o impeachment não trará governabilidade para quem quer que ocupe a cadeira da Presidência. Se Dilma permanecer, outros processos judiciais e ruas exaltadas também permanecerão; se Temer assumir, novos processos judiciais devem ganhar protagonismo, podendo ou não ser potencializados pelas ruas. O novo passo da linha sucessória traria Eduardo Cunha, um retrocesso sob qualquer critério que se deseje utilizar. Construímos, então, três consensos capazes de unir visões antes divergentes. O primeiro: é fundamental que o julgamento da cassação da chapa Dilma-Temer no TSE ocorra ainda em 2016. Este ponto é claro, independentemente do que se espera para o resultado desse julgamento. Se a cassação não ocorrer, tira-se ao menos uma das espadas do pescoço de quem ocupa a cadeira da Presidência, contribuindo para a governabilidade necessária para voltarmos a discutir o futuro do país. Se a cassação vier, no entanto, o timing é ainda mais fundamental. Ocorrendo em 2016, teremos novas eleições diretas. Se a decisão do TSE acontecer depois disso, teremos eleições indiretas, em que Cunha e os demais deputados federais vão escolher nosso novo governante. O professor de Harvard Archon Fung afirma que, diante de dilemas éticos em uma democracia plural, devemos fazer escolhas que sejam ao mesmo tempo "boas, justas e legítimas". É difícil crer que uma escolha legítima possa emergir de uma Câmara em que as figuras de maior destaque enfrentam na Justiça processos de corrupção. O segundo consenso é que, seja por meio do julgamento do TSE, seja nas próximas eleições municipais, vivemos uma oportunidade única de aprender sobre um elemento central da reforma política: o modelo de financiamento político-eleitoral. Teremos as primeiras eleições sem financiamento privado de campanhas. Diminuirão as barreiras à entrada de novos candidatos? Diminuirá a captura dos recursos públicos por interesses privados? Que outras reformas serão necessárias? Essa agenda fundamental somente voltará ao centro do debate se a sociedade estiver atenta a esta oportunidade. O terceiro ponto comum: só será possível avançar por meio do diálogo. Em uma das conversas que tivemos nos últimos dias, um deputado nos disse que é necessário ter políticos de qualidade em todos os partidos, porque política se faz com a construção de pequenos consensos. E que, no momento atual, está impossível construir esse diálogo entre quem pensa diferente. Vemos isso acontecer mesmo fora da política profissional, justamente quando o Brasil mais precisa refletir sobre seu futuro. Esses três pontos pavimentam o caminho para o nosso papel. Um jornalista nos provocou a imaginar o momento atual daqui a cinco anos. A forma com que agimos e nos posicionamos representará a nossa pequena contribuição para a história. É preciso trabalhar para que o diálogo ocorra - em particular, para enxergar além da agenda do impeachment - em um país paralisado. Elemento fundamental para avançarmos em direção a essa agenda será que o Tribunal Superior Eleitoral dê prioridade à análise das ações movidas contra a chapa Dilma-Temer, concluindo o julgamento ainda neste ano. É crucial que haja maior transparência neste processo, com a divulgação sistemática das ações do tribunal e uma agenda clara para o andamento do processo, garantindo que o respeito à legislação se sobreponha a interesses partidários. TÁBATA AMARAL DE PONTES, JUSSARA NEGROMONTE e CAROLINA MORAIS ARAÚJO são membros da rede de Lemann fellows - pessoas selecionadas pelas universidades de Harvard, Stanford, Columbia, MIT, Oxford, UCLA e Illinois, comprometidas com a transformação do Brasil
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opiniao
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Três dias que mudaram nossa visãoPassamos parte dos últimos anos acompanhando, de fora do Brasil, a economia e a política nacionais. Estudantes de Columbia, Harvard, Oxford e Stanford, em programas de graduação, mestrado e doutorado ligados a formulação e gestão de políticas públicas, vivemos a ansiedade de acompanhar os embates sobre o futuro do país sem poder fazer parte do front. Neste momento em que trilhamos o caminho de volta, com uma visão do "Brasil de fora", passamos três dias intensos - entre 30 de março e 1º de abril - testemunhando e discutindo o "Brasil de dentro" com prefeitos, deputados, ministros, gestores e jornalistas. Num contexto de polarização crescente e certezas inflamadas, esses três dias mudaram a nossa visão. Antes desses três dias, havia uma divisão entre nós sobre o apoio ao impeachment e suas consequências. Uns acreditavam que o impeachment traria a governabilidade que o país precisa para ajustar a trajetória da economia e realizar as reformas estruturais. Outros entendiam que essa pretensa governabilidade é duvidosa e viria a custos demasiadamente elevados, deixando cicatrizes institucionais profundas com a retirada à força de uma representante eleita, com uma justificativa que parecia insuficiente para mover um julgamento político. Ao longo desses três dias, porém, perspectivas díspares convergiram em um entendimento mais crítico. Foi ficando claro que o impeachment não trará governabilidade para quem quer que ocupe a cadeira da Presidência. Se Dilma permanecer, outros processos judiciais e ruas exaltadas também permanecerão; se Temer assumir, novos processos judiciais devem ganhar protagonismo, podendo ou não ser potencializados pelas ruas. O novo passo da linha sucessória traria Eduardo Cunha, um retrocesso sob qualquer critério que se deseje utilizar. Construímos, então, três consensos capazes de unir visões antes divergentes. O primeiro: é fundamental que o julgamento da cassação da chapa Dilma-Temer no TSE ocorra ainda em 2016. Este ponto é claro, independentemente do que se espera para o resultado desse julgamento. Se a cassação não ocorrer, tira-se ao menos uma das espadas do pescoço de quem ocupa a cadeira da Presidência, contribuindo para a governabilidade necessária para voltarmos a discutir o futuro do país. Se a cassação vier, no entanto, o timing é ainda mais fundamental. Ocorrendo em 2016, teremos novas eleições diretas. Se a decisão do TSE acontecer depois disso, teremos eleições indiretas, em que Cunha e os demais deputados federais vão escolher nosso novo governante. O professor de Harvard Archon Fung afirma que, diante de dilemas éticos em uma democracia plural, devemos fazer escolhas que sejam ao mesmo tempo "boas, justas e legítimas". É difícil crer que uma escolha legítima possa emergir de uma Câmara em que as figuras de maior destaque enfrentam na Justiça processos de corrupção. O segundo consenso é que, seja por meio do julgamento do TSE, seja nas próximas eleições municipais, vivemos uma oportunidade única de aprender sobre um elemento central da reforma política: o modelo de financiamento político-eleitoral. Teremos as primeiras eleições sem financiamento privado de campanhas. Diminuirão as barreiras à entrada de novos candidatos? Diminuirá a captura dos recursos públicos por interesses privados? Que outras reformas serão necessárias? Essa agenda fundamental somente voltará ao centro do debate se a sociedade estiver atenta a esta oportunidade. O terceiro ponto comum: só será possível avançar por meio do diálogo. Em uma das conversas que tivemos nos últimos dias, um deputado nos disse que é necessário ter políticos de qualidade em todos os partidos, porque política se faz com a construção de pequenos consensos. E que, no momento atual, está impossível construir esse diálogo entre quem pensa diferente. Vemos isso acontecer mesmo fora da política profissional, justamente quando o Brasil mais precisa refletir sobre seu futuro. Esses três pontos pavimentam o caminho para o nosso papel. Um jornalista nos provocou a imaginar o momento atual daqui a cinco anos. A forma com que agimos e nos posicionamos representará a nossa pequena contribuição para a história. É preciso trabalhar para que o diálogo ocorra - em particular, para enxergar além da agenda do impeachment - em um país paralisado. Elemento fundamental para avançarmos em direção a essa agenda será que o Tribunal Superior Eleitoral dê prioridade à análise das ações movidas contra a chapa Dilma-Temer, concluindo o julgamento ainda neste ano. É crucial que haja maior transparência neste processo, com a divulgação sistemática das ações do tribunal e uma agenda clara para o andamento do processo, garantindo que o respeito à legislação se sobreponha a interesses partidários. TÁBATA AMARAL DE PONTES, JUSSARA NEGROMONTE e CAROLINA MORAIS ARAÚJO são membros da rede de Lemann fellows - pessoas selecionadas pelas universidades de Harvard, Stanford, Columbia, MIT, Oxford, UCLA e Illinois, comprometidas com a transformação do Brasil
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Servidores contra impeachment são barrados em salão da Câmara
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Um grupo de cerca de 40 servidores da Câmara dos Deputados contrários ao impeachment de Dilma Rousseff foi barrado por volta do meio dia desta quinta-feira (14) pela segurança da Casa ao tentar entrar no Salão Verde para acompanhar um ato de parlamentares a favor da presidente. Barrados pela polícia legislativa no corredor de acesso ao salão, os servidores gritavam "Não vai ter golpe, já tem luta", "democracia" e xingamentos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em resposta ao protesto, Cunha disse a duas deputadas federais que serviram como interlocutoras do grupo, Alice Portugal (PCdoB-BA) e Luciana Santos (PCdoB-PE), segundo relato feito pelas parlamentares, que vai mandar punir e mesmo demitir os servidores que participaram do ato. Segundo ele, há uma resolução interna que proíbe manifestações políticas de servidores da Casa nas dependências da Câmara. A deputada federal Moema Gramacho (PT-BA), que também liderava o protesto, afirmou que a manifestação é legal porque foi realizada no horário de almoço dos servidores. Ela afirmou que nesta quarta-feira (13) havia indagado ao presidente da Câmara se algum servidor contrário ao impeachment poderia ir ao Salão Verde e ele teria dito que nenhum servidor é proibido de entrar no local, daí a iniciativa de levar os servidores ao recinto. O ato que os servidores pretendiam acompanhar era o lançamento, previsto para 11h30, de uma "Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia". O documento que lançou a frente, segundo a deputada Luciana Santos, foi assinado por 185 deputados federais e 30 senadores. Luciana disse, pela assessoria, que o grupo "se propõe a atuar na defesa da democracia como princípio, dado o momento de grande complexidade no cenário da política brasileira, onde as instituições e a legitimidade do voto estão sendo postos em xeque".
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poder
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Servidores contra impeachment são barrados em salão da CâmaraUm grupo de cerca de 40 servidores da Câmara dos Deputados contrários ao impeachment de Dilma Rousseff foi barrado por volta do meio dia desta quinta-feira (14) pela segurança da Casa ao tentar entrar no Salão Verde para acompanhar um ato de parlamentares a favor da presidente. Barrados pela polícia legislativa no corredor de acesso ao salão, os servidores gritavam "Não vai ter golpe, já tem luta", "democracia" e xingamentos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em resposta ao protesto, Cunha disse a duas deputadas federais que serviram como interlocutoras do grupo, Alice Portugal (PCdoB-BA) e Luciana Santos (PCdoB-PE), segundo relato feito pelas parlamentares, que vai mandar punir e mesmo demitir os servidores que participaram do ato. Segundo ele, há uma resolução interna que proíbe manifestações políticas de servidores da Casa nas dependências da Câmara. A deputada federal Moema Gramacho (PT-BA), que também liderava o protesto, afirmou que a manifestação é legal porque foi realizada no horário de almoço dos servidores. Ela afirmou que nesta quarta-feira (13) havia indagado ao presidente da Câmara se algum servidor contrário ao impeachment poderia ir ao Salão Verde e ele teria dito que nenhum servidor é proibido de entrar no local, daí a iniciativa de levar os servidores ao recinto. O ato que os servidores pretendiam acompanhar era o lançamento, previsto para 11h30, de uma "Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia". O documento que lançou a frente, segundo a deputada Luciana Santos, foi assinado por 185 deputados federais e 30 senadores. Luciana disse, pela assessoria, que o grupo "se propõe a atuar na defesa da democracia como princípio, dado o momento de grande complexidade no cenário da política brasileira, onde as instituições e a legitimidade do voto estão sendo postos em xeque".
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Tempestade em copo d´água
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SÃO PAULO - É exagerada a celeuma que estão fazendo com a suposta retirada da educação física e das aulas de artes do ensino médio. Em primeiro lugar, mesmo que essas disciplinas venham de fato a deixar de ser obrigatórias, isso está bem longe de significar uma supressão. Pela proposta, que ainda poderá ser modificada pelos parlamentares e pelo sempre volúvel Michel Temer, só português, matemática e inglês gozariam do status de obrigatórias. Seria só a partir da segunda metade do ciclo médio (o segundo semestre do segundo ano) que o aluno poderia compor de forma mais livre o seu currículo. Como não dá para ocupar toda a grade só com as três obrigatórias, ele inevitavelmente teria de preenchê-la com outras disciplinas. Aqui, mesmo sem bola de cristal eu arriscaria afirmar que educação física e artes permaneceriam entre as favoritas. A menos que a natureza humana tenha mudado muito de meus tempos de escola para cá, estudantes têm predileção por cursos que não imponham provas nem trabalhos. Se, além disso, permitem aos adolescentes movimentar-se e divertir-se, tornam-se quase irresistíveis. No mérito, é bastante consensual a ideia de que é necessário flexibilizar o ensino médio. O problema é que ainda não surgiu um gênio da matemática que explique como fazê-lo mantendo as 13 disciplinas hoje obrigatórias nessa condição. Também me parece despropositada a grita em torno da possibilidade de o aluno escolher parte das cadeiras que cursará. Não faz muito sentido dizer que ele não está pronto para decidir sua área de concentração, se lembrarmos que, em menos de dois anos, vai ter de optar pelo curso universitário que, em princípio, definirá todo o seu futuro profissional. É verdade que o governo Temer colhe o que semeou quando resolveu propor uma reforma dessa natureza por medida provisória. Fica parecendo mesmo que quer impor seus planos goela abaixo da sociedade.
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colunas
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Tempestade em copo d´águaSÃO PAULO - É exagerada a celeuma que estão fazendo com a suposta retirada da educação física e das aulas de artes do ensino médio. Em primeiro lugar, mesmo que essas disciplinas venham de fato a deixar de ser obrigatórias, isso está bem longe de significar uma supressão. Pela proposta, que ainda poderá ser modificada pelos parlamentares e pelo sempre volúvel Michel Temer, só português, matemática e inglês gozariam do status de obrigatórias. Seria só a partir da segunda metade do ciclo médio (o segundo semestre do segundo ano) que o aluno poderia compor de forma mais livre o seu currículo. Como não dá para ocupar toda a grade só com as três obrigatórias, ele inevitavelmente teria de preenchê-la com outras disciplinas. Aqui, mesmo sem bola de cristal eu arriscaria afirmar que educação física e artes permaneceriam entre as favoritas. A menos que a natureza humana tenha mudado muito de meus tempos de escola para cá, estudantes têm predileção por cursos que não imponham provas nem trabalhos. Se, além disso, permitem aos adolescentes movimentar-se e divertir-se, tornam-se quase irresistíveis. No mérito, é bastante consensual a ideia de que é necessário flexibilizar o ensino médio. O problema é que ainda não surgiu um gênio da matemática que explique como fazê-lo mantendo as 13 disciplinas hoje obrigatórias nessa condição. Também me parece despropositada a grita em torno da possibilidade de o aluno escolher parte das cadeiras que cursará. Não faz muito sentido dizer que ele não está pronto para decidir sua área de concentração, se lembrarmos que, em menos de dois anos, vai ter de optar pelo curso universitário que, em princípio, definirá todo o seu futuro profissional. É verdade que o governo Temer colhe o que semeou quando resolveu propor uma reforma dessa natureza por medida provisória. Fica parecendo mesmo que quer impor seus planos goela abaixo da sociedade.
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Governo Alckmin reduz repasse e dá calote de R$ 66 milhões no Metrô
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A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote no Metrô ao deixar de repassar à empresa, no ano passado, um total de R$ 66 milhões referentes aos custos das gratuidades no transporte público. O governo do Estado trabalhava inicialmente com um orçamento total de R$ 330 milhões para esses gastos. O montante desembolsado ao final do ano, porém, foi de R$ 264 milhões -20% inferior ao previsto. Esse valor também é 9% menor que os custos efetivos das gratuidades em 2014, quando a gestão tucana repassou ao Metrô R$ 289 milhões para essa finalidade. Os repasses do Estado para bancar as gratuidades eram crescentes em anos anteriores -até devido à alta de passageiros que não pagam ou têm desconto na tarifa. Questionada, a empresa não comenta sobre os valores, mas admite a possibilidade de um novo corte das verbas previstas para 2016. Na prática, sem receber os recursos devidos pelo Estado, a companhia paulista é forçada a abrir mão de investimentos e melhorias no serviço e no quadro de funcionários -ou ainda cortar custos em outras áreas de operação, para arcar com uma obrigação que é do governo. A gestão Alckmin sempre enfatizou que o Metrô é uma empresa autossuficiente, que não depende de subsídios estaduais para custear a tarifa -exceção feita às gratuidades, que são concedidas por decisões políticas. O benefício da gratuidade no transporte público é oferecido, por exemplo, para desempregados, idosos com mais de 60 anos e passageiros com deficiência. Os subsídios aos estudantes também entram nessa conta. Em 2015, quando o Metrô transportou 1,12 bilhão de passageiros, os beneficiados por essas subvenções representaram 16,88% desse total. Para Alex Fernandes, secretário-geral do sindicato dos metroviários, os empregados são diretamente prejudicados pela falta dos repasses. "Isso tem impactos na folha de pagamento, na discussão sobre participação nos resultados. A de 2015 só foi acertada na Justiça, por um custo de R$ 59 milhões, inferior ao que deixaram de repassar ao Metrô", afirma. "Somos os primeiros a defender a concessão de gratuidades, mas isso não pode ser feito prejudicando toda uma categoria", completa. QUANTO O GOVERNO GASTOU COM GRATUIDADES* - Subsídio de bilhetes gratuitos da gestão Alckmin em 2015 foi menor do que em 2014 receitas do metrô em 2014 - Total: 2,1 bilhões gastos do metrô em 2014 - Total: R$ 2 bilhões Foi durante as negociações para pagamento da participação nos resultados da empresa que a informação sobre esse calote veio à tona. Em reunião no Tribunal Regional do Trabalho, por exemplo, diretores da companhia informaram a representantes dos trabalhadores que o governo não estava fazendo os repasses conforme a previsão orçamentária inicial. A Folha teve acesso a uma carta enviada em fevereiro pelo diretor-presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo, ao presidente do sindicato dos metroviários. Nela, o executivo reconhece o congelamento de verbas no ano passado. O valor ficou abaixo do que a empresa recebia do Estado desde 2012. Ao ter ciência dos cortes, o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) enviou requerimento ao governo estadual no qual questiona se os repasses feitos em 2014 e em 2015 foram suficientes para custear as gratuidades e qual o impacto da redução dos valores do ano passado no orçamento da companhia. OUTRO LADO A Folha questionou na tarde desta terça-feira (1º), separadamente, as assessorias de imprensa do Metrô e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos a respeito do contingenciamento dos repasses no ano passado. Os dois órgãos encaminharam uma resposta em conjunto. Em nota, afirmam que "não há qualquer prejuízo aos passageiros do Metrô beneficiados pela gratuidade". "No ano passado mais de 147 milhões de gratuidades foram concedidas. Para 2016 o benefício deve chegar a mais de 162 milhões", diz um trecho do comunicado. O Metrô e a secretaria afirmam também que "o percentual de contingenciamento aplicado nos recursos da gratuidade, previsto no decreto de execução orçamentária, pode ser revisto (aumentado ou reduzido) à medida que a empresa precisar e o governo entender necessário". Na nota, os dois órgãos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) fazem referência também à crise econômica. "Mesmo diante da grave situação econômica que o país atravessa, com inflação de 10,71% registrada em 2015 e queda do PIB de 3,7%, o governo do Estado realizou contingenciamento dos recursos previstos no seu orçamento para manter o equilíbrio das contas", afirma. Em 2016, a tarifa unitária do metrô, dos trens e dos ônibus municipais foi reajustada de R$ 3,50 para R$ 3,80.
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cotidiano
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Governo Alckmin reduz repasse e dá calote de R$ 66 milhões no MetrôA gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote no Metrô ao deixar de repassar à empresa, no ano passado, um total de R$ 66 milhões referentes aos custos das gratuidades no transporte público. O governo do Estado trabalhava inicialmente com um orçamento total de R$ 330 milhões para esses gastos. O montante desembolsado ao final do ano, porém, foi de R$ 264 milhões -20% inferior ao previsto. Esse valor também é 9% menor que os custos efetivos das gratuidades em 2014, quando a gestão tucana repassou ao Metrô R$ 289 milhões para essa finalidade. Os repasses do Estado para bancar as gratuidades eram crescentes em anos anteriores -até devido à alta de passageiros que não pagam ou têm desconto na tarifa. Questionada, a empresa não comenta sobre os valores, mas admite a possibilidade de um novo corte das verbas previstas para 2016. Na prática, sem receber os recursos devidos pelo Estado, a companhia paulista é forçada a abrir mão de investimentos e melhorias no serviço e no quadro de funcionários -ou ainda cortar custos em outras áreas de operação, para arcar com uma obrigação que é do governo. A gestão Alckmin sempre enfatizou que o Metrô é uma empresa autossuficiente, que não depende de subsídios estaduais para custear a tarifa -exceção feita às gratuidades, que são concedidas por decisões políticas. O benefício da gratuidade no transporte público é oferecido, por exemplo, para desempregados, idosos com mais de 60 anos e passageiros com deficiência. Os subsídios aos estudantes também entram nessa conta. Em 2015, quando o Metrô transportou 1,12 bilhão de passageiros, os beneficiados por essas subvenções representaram 16,88% desse total. Para Alex Fernandes, secretário-geral do sindicato dos metroviários, os empregados são diretamente prejudicados pela falta dos repasses. "Isso tem impactos na folha de pagamento, na discussão sobre participação nos resultados. A de 2015 só foi acertada na Justiça, por um custo de R$ 59 milhões, inferior ao que deixaram de repassar ao Metrô", afirma. "Somos os primeiros a defender a concessão de gratuidades, mas isso não pode ser feito prejudicando toda uma categoria", completa. QUANTO O GOVERNO GASTOU COM GRATUIDADES* - Subsídio de bilhetes gratuitos da gestão Alckmin em 2015 foi menor do que em 2014 receitas do metrô em 2014 - Total: 2,1 bilhões gastos do metrô em 2014 - Total: R$ 2 bilhões Foi durante as negociações para pagamento da participação nos resultados da empresa que a informação sobre esse calote veio à tona. Em reunião no Tribunal Regional do Trabalho, por exemplo, diretores da companhia informaram a representantes dos trabalhadores que o governo não estava fazendo os repasses conforme a previsão orçamentária inicial. A Folha teve acesso a uma carta enviada em fevereiro pelo diretor-presidente do Metrô, Paulo Menezes Figueiredo, ao presidente do sindicato dos metroviários. Nela, o executivo reconhece o congelamento de verbas no ano passado. O valor ficou abaixo do que a empresa recebia do Estado desde 2012. Ao ter ciência dos cortes, o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) enviou requerimento ao governo estadual no qual questiona se os repasses feitos em 2014 e em 2015 foram suficientes para custear as gratuidades e qual o impacto da redução dos valores do ano passado no orçamento da companhia. OUTRO LADO A Folha questionou na tarde desta terça-feira (1º), separadamente, as assessorias de imprensa do Metrô e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos a respeito do contingenciamento dos repasses no ano passado. Os dois órgãos encaminharam uma resposta em conjunto. Em nota, afirmam que "não há qualquer prejuízo aos passageiros do Metrô beneficiados pela gratuidade". "No ano passado mais de 147 milhões de gratuidades foram concedidas. Para 2016 o benefício deve chegar a mais de 162 milhões", diz um trecho do comunicado. O Metrô e a secretaria afirmam também que "o percentual de contingenciamento aplicado nos recursos da gratuidade, previsto no decreto de execução orçamentária, pode ser revisto (aumentado ou reduzido) à medida que a empresa precisar e o governo entender necessário". Na nota, os dois órgãos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) fazem referência também à crise econômica. "Mesmo diante da grave situação econômica que o país atravessa, com inflação de 10,71% registrada em 2015 e queda do PIB de 3,7%, o governo do Estado realizou contingenciamento dos recursos previstos no seu orçamento para manter o equilíbrio das contas", afirma. Em 2016, a tarifa unitária do metrô, dos trens e dos ônibus municipais foi reajustada de R$ 3,50 para R$ 3,80.
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Ministro da Educação tem alta de hospital
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O ministro Cid Gomes (Educação) teve alta hospitalar nesta sexta-feira (13), e seguiu para Fortaleza (CE). Segundo assessores, ele continua sendo medicado, após diagnóstico de sinusite, traqueobronquite aguda e pneumopatia. Cid foi internado no hospital Sírio-Libanês na última terça (10), após apresentar dores de cabeça e muscular, febre, tosse e calafrios. Os sintomas se agravaram no retorno ao Brasil, após o ministro participar de agenda de atividades na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde a temperatura marcava -11ºC. Na manhã desta quinta (12), três deputados federais foram ao hospital para "tirar dúvidas" sobre o estado de saúde do titular do MEC. Devido à internação, Cid não compareceu a uma convocação da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre declaração de que a Casa tem "uns 400 deputados, 300 deputados achacadores". Os congressistas foram recebidos pelos médicos David Uip e Roberto Kalil, responsáveis pela equipe médica que acompanha o caso. A sessão para tratar da fala do ministro foi remarcada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a próxima quarta-feira (18).
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poder
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Ministro da Educação tem alta de hospitalO ministro Cid Gomes (Educação) teve alta hospitalar nesta sexta-feira (13), e seguiu para Fortaleza (CE). Segundo assessores, ele continua sendo medicado, após diagnóstico de sinusite, traqueobronquite aguda e pneumopatia. Cid foi internado no hospital Sírio-Libanês na última terça (10), após apresentar dores de cabeça e muscular, febre, tosse e calafrios. Os sintomas se agravaram no retorno ao Brasil, após o ministro participar de agenda de atividades na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, onde a temperatura marcava -11ºC. Na manhã desta quinta (12), três deputados federais foram ao hospital para "tirar dúvidas" sobre o estado de saúde do titular do MEC. Devido à internação, Cid não compareceu a uma convocação da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre declaração de que a Casa tem "uns 400 deputados, 300 deputados achacadores". Os congressistas foram recebidos pelos médicos David Uip e Roberto Kalil, responsáveis pela equipe médica que acompanha o caso. A sessão para tratar da fala do ministro foi remarcada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a próxima quarta-feira (18).
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Belarus divulga fotos de sujeira e falta de infraestrutura na Vila Olímpica
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DE SÃO PAULO O Comitê Olímpico de Belarus publicou em sua página oficial e no Facebook imagens das suas instalações na Vila Olímpica e uma nota reclamando das condições do local. Eles criticaram a sujeira, a falta de água e a má qualidade do encanamento dos apartamentos. "De acordo com representantes da delegação, no apartamento não tem água quente e a água fria é intermitente, o sistema de esgoto não funciona, os chãos, vidros e escadas precisam de limpeza", diz nota do comitê de Belarus. A nota afirma também que membros do Comitê Olímpico de Belarus arrumaram os apartamentos da delegação. O espaço foi inaugurado neste domingo (24) e outras delegações se mostraram descontentes com as condições da Vila Olímpica. As delegações de EUA, Itália e Holanda preferiram pagar por reformas na vila. A maior polêmica foi envolvendo a Austrália. A chefe da delegação do país, Kitty Chiller, afirmou que nenhum atleta australiano entraria no local enquanto os problemas não fossem arrumados - como infiltrações, entupimentos e vazamentos de gás. Eles preferiram ficar num hotel nas proximidades da Vila. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), rebateu as críticas dizendo que estava "quase botando um canguru na frente do prédio deles, para ficar pulando e eles se sentirem em casa". A história continuou com os australianos respondendo que não queriam cangurus, mas sim encanadores. O prefeito do Rio, por fim, concordou com a Austrália e disse que a reclamação era "corretíssima". Nem os atletas brasileiros escaparam dos problemas. Eles precisaram mudar de apartamentos devido às condições da Vila. Nesta segunda-feira (25) Comitê Rio-2016 informou que ainda faltavam 15 prédios para serem finalizados, do ponto de vista de acabamentos e limpeza. O diretor executivo de operações da entidade, Rodrigo Tostes, afirmou que cinco prédios serão entregues até manhã desta terça (26) e que os outros dez ficarão prontos até quinta (28).
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esporte
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Belarus divulga fotos de sujeira e falta de infraestrutura na Vila Olímpica
DE SÃO PAULO O Comitê Olímpico de Belarus publicou em sua página oficial e no Facebook imagens das suas instalações na Vila Olímpica e uma nota reclamando das condições do local. Eles criticaram a sujeira, a falta de água e a má qualidade do encanamento dos apartamentos. "De acordo com representantes da delegação, no apartamento não tem água quente e a água fria é intermitente, o sistema de esgoto não funciona, os chãos, vidros e escadas precisam de limpeza", diz nota do comitê de Belarus. A nota afirma também que membros do Comitê Olímpico de Belarus arrumaram os apartamentos da delegação. O espaço foi inaugurado neste domingo (24) e outras delegações se mostraram descontentes com as condições da Vila Olímpica. As delegações de EUA, Itália e Holanda preferiram pagar por reformas na vila. A maior polêmica foi envolvendo a Austrália. A chefe da delegação do país, Kitty Chiller, afirmou que nenhum atleta australiano entraria no local enquanto os problemas não fossem arrumados - como infiltrações, entupimentos e vazamentos de gás. Eles preferiram ficar num hotel nas proximidades da Vila. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), rebateu as críticas dizendo que estava "quase botando um canguru na frente do prédio deles, para ficar pulando e eles se sentirem em casa". A história continuou com os australianos respondendo que não queriam cangurus, mas sim encanadores. O prefeito do Rio, por fim, concordou com a Austrália e disse que a reclamação era "corretíssima". Nem os atletas brasileiros escaparam dos problemas. Eles precisaram mudar de apartamentos devido às condições da Vila. Nesta segunda-feira (25) Comitê Rio-2016 informou que ainda faltavam 15 prédios para serem finalizados, do ponto de vista de acabamentos e limpeza. O diretor executivo de operações da entidade, Rodrigo Tostes, afirmou que cinco prédios serão entregues até manhã desta terça (26) e que os outros dez ficarão prontos até quinta (28).
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Deputado dá parecer para suspender Jean Wyllys por 120 dias
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O deputado Ricardo Izar (PP-SP), relator do processo que analisa se o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) quebrou o decoro parlamentar ao cuspir na cara do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), sugeriu hoje em seu relatório que Wyllys seja suspenso por 120 dias. Ele disse em seu voto que, "tendo em vista o alto grau de reprovabilidade da conduta perpetrada pelo deputado Jean Wyllys", ele deveria sofrer "severa reprimenda" por parte da Câmara. A previsão seria de suspensão por seis meses. Izar diz ter considerado, no entanto, que, como há provas nos autos "da existência de reiterada provocação levada a efeito por alguns parlamentares em face do representado [Wyllys]", a suspensão deve ser diminuída para quatro meses. "É tão absurdo, na hora em que o Congresso está caindo de podre, que o Ricardo Izar peça a suspensão do meu mandato que eu chego a encarar como um elogio", diz Jean Wyllys. O parlamentar acusa Izar de ter ignorado "completamente o meu depoimento, as testemunhas de defesa e inclusive um laudo da Polícia Civil que mostrou que o vídeo [em que ele apareceria falando a outros colegas que cuspiria em Bolsonaro] é fraudulento. Todo o processo, portanto, é movido em cima de uma fraude, de uma mentira". Ele diz confiar que o Conselho de Ética rejeitará o parecer. Caso contrário, recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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colunas
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Deputado dá parecer para suspender Jean Wyllys por 120 diasO deputado Ricardo Izar (PP-SP), relator do processo que analisa se o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) quebrou o decoro parlamentar ao cuspir na cara do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), sugeriu hoje em seu relatório que Wyllys seja suspenso por 120 dias. Ele disse em seu voto que, "tendo em vista o alto grau de reprovabilidade da conduta perpetrada pelo deputado Jean Wyllys", ele deveria sofrer "severa reprimenda" por parte da Câmara. A previsão seria de suspensão por seis meses. Izar diz ter considerado, no entanto, que, como há provas nos autos "da existência de reiterada provocação levada a efeito por alguns parlamentares em face do representado [Wyllys]", a suspensão deve ser diminuída para quatro meses. "É tão absurdo, na hora em que o Congresso está caindo de podre, que o Ricardo Izar peça a suspensão do meu mandato que eu chego a encarar como um elogio", diz Jean Wyllys. O parlamentar acusa Izar de ter ignorado "completamente o meu depoimento, as testemunhas de defesa e inclusive um laudo da Polícia Civil que mostrou que o vídeo [em que ele apareceria falando a outros colegas que cuspiria em Bolsonaro] é fraudulento. Todo o processo, portanto, é movido em cima de uma fraude, de uma mentira". Ele diz confiar que o Conselho de Ética rejeitará o parecer. Caso contrário, recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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Não é porque o caixa dois é comum que pode ficar impune, diz leitor
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CORRUPÇÃO O patrimônio público não pode ser utilizado por partidos políticos, seja como propina camuflada de caixa dois, seja por outros meios espúrios. O bem público não pode ficar à mercê de interesses particulares, como aconteceu com o patrimônio da Petrobras. O fato de ser costumeiro não significa que pode ficar impune, como já se cogita. Justiça, doa a quem doer, ou ainda que o céu venha abaixo. JOÃO ALBERTO DE CARVALHO (Belo Horizonte, MG) * Ao caro Bernardo Mello Franco gostaria de dizer que o mais triste dessa história é saber que em todos os níveis de governo existe essa maldita prática do caixa dois. Lamentavelmente, a população faz vista grossa porque muita gente se beneficia do sistema. Tenho 70 anos e nunca vi alguma coisa eficaz ser efetivada no combate a essa prática. Vai faltar água para a Operação Lava Jato, infelizmente. ARNALDO VIEIRA DA SILVA (Aracaju, SE) * Em "Música para assustados" Bernardo Mello Franco descreveu o que parece ser uma verdadeira orquestração para desqualificar o caixa dois como crime. Tal manobra, segundo o articulista, envolveria o empreiteiro Emilio Odebrecht, próceres do PSDB e do PT, como FHC e José Eduardo Cardozo e até o ministro do STF Gilmar Mendes. A sociedade brasileira, que sempre teme receber ataques às suas expectativas de justiça plena, já esperava tal ação, porém não com tamanha desfaçatez. Os políticos que nunca usaram caixa dois em suas campanhas devem estar se sentindo como idiotas por apostarem na legalidade. Esse é o velho Brasil. JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR) * A afirmação de um empreiteiro envolvido na Operação Lava Jato de que "sempre existiu caixa dois" para doações de campanhas eleitorais por certo tem uma grande amplitude. E alguns aspectos podem ser ressaltados: o montante de verbas públicas desviado, a quantidade de empreiteiras e de políticos e servidores públicos envolvidos. Qual vai ser o limite das investigações e como aceitar agora as tentativas de blindagem das doações eleitorais? Como se constata, o quadro é por demais complexo e vai ter muitos desdobramentos. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) * Tempos mais sombrios se aproximam. Ilusão achar que esse Congresso dará um tiro no pé fazendo uma reforma eleitoral contrária a seus interesses. Lula e Bolsonaro são os candidatos mais viáveis para 2018. As centenas de corruptos do Congresso serão anistiados e reeleitos e a corrupção vai continuar. Se não houver imediatamente uma reforma política, triste e tenebroso será o futuro dos nossos jovens. RUI VERSIANI (São Paulo, SP) * A sociedade só vai se dar conta da gravidade da cultura de ladroagem e destruição de valores éticos que se projetam a partir de Brasília quando as empresas não mais conseguirem controlar os desvios em seus estoques e as fraudes em sua contabilidade. Quando as famílias não mais tiverem controle sobre a pilhagem em suas dispensas. E quando os pais tiverem que ter cofres em casa para evitar que suas carteiras sejam desviadas pelos filhos. JOSÉ TADEU GOBBI, publicitário (São Paulo, SP) - GILMAR MENDES Gilmar Mendes precisa decidir entre a toga e a política. Na segunda hipótese, demita-se do Supremo, aguarde 2018 e candidate-se. Como está, é imoral. O presidente do TSE e ministro do STF almoçar com seus futuros réus é o cúmulo da indecência. ARNALDO DE SOUZA CARDOSO (São Paulo, SP) - REFORMA DA PREVIDÊNCIA A reforma da Previdência é particularmente perversa para categorias como policiais, trabalhadores rurais, trabalhadores em ambientes insalubres e trabalhadores da educação. Quantos professores serão capazes de ficar em sala de aula até 70 ou 75? Haverá mercado de trabalho para eles? Como isso irá afetar a qualidade de ensino? E a qualidade de vida dos educadores? ADJALMA RODRIGUES DA SILVA, professor de ensino médio (Belo Horizonte, MG) - DIREITOS TRABALHISTAS O que precisamos é modernizar o direito do trabalho. A CLT é de 1943. Não mais se justifica que o empregado não possa parcelar suas férias quando isso lhe aprouver. São regras desatualizadas que dificultam o dia a dia das relações de trabalho. Há muito para reformar e atualizar na legislação trabalhista sem que seja preciso suprimir direitos fundamentais em um país que, vergonhosamente, ainda mantém trabalho escravo. LAERTES NARDELLI (Blumenau, SC) - VIAGENS AÉREAS Admiro os autores da reportagem sobre as regras de bilhetes aéreos não terem questionado como o passageiro fará para, em viagem com bagagem de mão de 10 kg, levar para o avião itens como cortador de unha e aparelho de barbear, necessários em uma viagem curta? CLAUDIO DE ARRUDA CAMPOS (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Sobre a coluna de Hélio Schwartsman, o foro por prerrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, deve ser restrito aos presidentes da República, do Congresso e do STF e ao Procurador-Geral da República. Ninguém mais. Certamente isso desafogaria as instâncias superiores e ganharíamos celeridade. ROSÂNGELA GOMES (Salvador, BA) * Alvaro Costa e Silva reproduz comentário de Elio Gaspari sobre o mau uso do Alvorada. Aproveitando a sugestão de Gaspari, um bom uso para o Alvorada e para o Jaburu seria transformá-los em museus. Que presidente e vice fossem morar em imóveis mais simples. Chega de extravagâncias com dinheiro público. JOSÉ LUIZ ABRAÇOS (São Paulo, SP) * Enxergo algo de irritante no esforço gigantesco da imprensa esportiva brasileira em minorar a participação da arbitragem no resultado do jogo entre Barcelona e PSG. Infelizmente, Juca Kfouri, um dos meus colunistas favoritos, foi por esse terreno. Para mim, a soma da covardia do PSG, da coragem do Barcelona e das falhas do juiz foi preponderante. Acho que tentar tirar a importância do juiz é quase equivalente a tentar abrandar o caixa dois. ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP) - DIAS MELHORES Gostaria de parabenizar a competência e o respeito à vida das equipes do Icesp envolvidas no atendimento do paciente Renildo Santos, integradas nas pessoas dos doutores Lenira Rengel e Frederico Teixeira. A tecnologia de que dispomos hoje é uma garantia, mas a certeza depende do médico especialista e de equipe bem treinada. As soluções inovadoras da Rede Lucy Montoro só alcançam esse nível de sucesso quando as ações de reabilitação estão articuladas com todo o plano terapêutico desde a fase inicial do processo. LINAMARA RIZZO BATTISTELLA, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Não é porque o caixa dois é comum que pode ficar impune, diz leitorCORRUPÇÃO O patrimônio público não pode ser utilizado por partidos políticos, seja como propina camuflada de caixa dois, seja por outros meios espúrios. O bem público não pode ficar à mercê de interesses particulares, como aconteceu com o patrimônio da Petrobras. O fato de ser costumeiro não significa que pode ficar impune, como já se cogita. Justiça, doa a quem doer, ou ainda que o céu venha abaixo. JOÃO ALBERTO DE CARVALHO (Belo Horizonte, MG) * Ao caro Bernardo Mello Franco gostaria de dizer que o mais triste dessa história é saber que em todos os níveis de governo existe essa maldita prática do caixa dois. Lamentavelmente, a população faz vista grossa porque muita gente se beneficia do sistema. Tenho 70 anos e nunca vi alguma coisa eficaz ser efetivada no combate a essa prática. Vai faltar água para a Operação Lava Jato, infelizmente. ARNALDO VIEIRA DA SILVA (Aracaju, SE) * Em "Música para assustados" Bernardo Mello Franco descreveu o que parece ser uma verdadeira orquestração para desqualificar o caixa dois como crime. Tal manobra, segundo o articulista, envolveria o empreiteiro Emilio Odebrecht, próceres do PSDB e do PT, como FHC e José Eduardo Cardozo e até o ministro do STF Gilmar Mendes. A sociedade brasileira, que sempre teme receber ataques às suas expectativas de justiça plena, já esperava tal ação, porém não com tamanha desfaçatez. Os políticos que nunca usaram caixa dois em suas campanhas devem estar se sentindo como idiotas por apostarem na legalidade. Esse é o velho Brasil. JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR) * A afirmação de um empreiteiro envolvido na Operação Lava Jato de que "sempre existiu caixa dois" para doações de campanhas eleitorais por certo tem uma grande amplitude. E alguns aspectos podem ser ressaltados: o montante de verbas públicas desviado, a quantidade de empreiteiras e de políticos e servidores públicos envolvidos. Qual vai ser o limite das investigações e como aceitar agora as tentativas de blindagem das doações eleitorais? Como se constata, o quadro é por demais complexo e vai ter muitos desdobramentos. URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP) * Tempos mais sombrios se aproximam. Ilusão achar que esse Congresso dará um tiro no pé fazendo uma reforma eleitoral contrária a seus interesses. Lula e Bolsonaro são os candidatos mais viáveis para 2018. As centenas de corruptos do Congresso serão anistiados e reeleitos e a corrupção vai continuar. Se não houver imediatamente uma reforma política, triste e tenebroso será o futuro dos nossos jovens. RUI VERSIANI (São Paulo, SP) * A sociedade só vai se dar conta da gravidade da cultura de ladroagem e destruição de valores éticos que se projetam a partir de Brasília quando as empresas não mais conseguirem controlar os desvios em seus estoques e as fraudes em sua contabilidade. Quando as famílias não mais tiverem controle sobre a pilhagem em suas dispensas. E quando os pais tiverem que ter cofres em casa para evitar que suas carteiras sejam desviadas pelos filhos. JOSÉ TADEU GOBBI, publicitário (São Paulo, SP) - GILMAR MENDES Gilmar Mendes precisa decidir entre a toga e a política. Na segunda hipótese, demita-se do Supremo, aguarde 2018 e candidate-se. Como está, é imoral. O presidente do TSE e ministro do STF almoçar com seus futuros réus é o cúmulo da indecência. ARNALDO DE SOUZA CARDOSO (São Paulo, SP) - REFORMA DA PREVIDÊNCIA A reforma da Previdência é particularmente perversa para categorias como policiais, trabalhadores rurais, trabalhadores em ambientes insalubres e trabalhadores da educação. Quantos professores serão capazes de ficar em sala de aula até 70 ou 75? Haverá mercado de trabalho para eles? Como isso irá afetar a qualidade de ensino? E a qualidade de vida dos educadores? ADJALMA RODRIGUES DA SILVA, professor de ensino médio (Belo Horizonte, MG) - DIREITOS TRABALHISTAS O que precisamos é modernizar o direito do trabalho. A CLT é de 1943. Não mais se justifica que o empregado não possa parcelar suas férias quando isso lhe aprouver. São regras desatualizadas que dificultam o dia a dia das relações de trabalho. Há muito para reformar e atualizar na legislação trabalhista sem que seja preciso suprimir direitos fundamentais em um país que, vergonhosamente, ainda mantém trabalho escravo. LAERTES NARDELLI (Blumenau, SC) - VIAGENS AÉREAS Admiro os autores da reportagem sobre as regras de bilhetes aéreos não terem questionado como o passageiro fará para, em viagem com bagagem de mão de 10 kg, levar para o avião itens como cortador de unha e aparelho de barbear, necessários em uma viagem curta? CLAUDIO DE ARRUDA CAMPOS (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Sobre a coluna de Hélio Schwartsman, o foro por prerrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, deve ser restrito aos presidentes da República, do Congresso e do STF e ao Procurador-Geral da República. Ninguém mais. Certamente isso desafogaria as instâncias superiores e ganharíamos celeridade. ROSÂNGELA GOMES (Salvador, BA) * Alvaro Costa e Silva reproduz comentário de Elio Gaspari sobre o mau uso do Alvorada. Aproveitando a sugestão de Gaspari, um bom uso para o Alvorada e para o Jaburu seria transformá-los em museus. Que presidente e vice fossem morar em imóveis mais simples. Chega de extravagâncias com dinheiro público. JOSÉ LUIZ ABRAÇOS (São Paulo, SP) * Enxergo algo de irritante no esforço gigantesco da imprensa esportiva brasileira em minorar a participação da arbitragem no resultado do jogo entre Barcelona e PSG. Infelizmente, Juca Kfouri, um dos meus colunistas favoritos, foi por esse terreno. Para mim, a soma da covardia do PSG, da coragem do Barcelona e das falhas do juiz foi preponderante. Acho que tentar tirar a importância do juiz é quase equivalente a tentar abrandar o caixa dois. ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP) - DIAS MELHORES Gostaria de parabenizar a competência e o respeito à vida das equipes do Icesp envolvidas no atendimento do paciente Renildo Santos, integradas nas pessoas dos doutores Lenira Rengel e Frederico Teixeira. A tecnologia de que dispomos hoje é uma garantia, mas a certeza depende do médico especialista e de equipe bem treinada. As soluções inovadoras da Rede Lucy Montoro só alcançam esse nível de sucesso quando as ações de reabilitação estão articuladas com todo o plano terapêutico desde a fase inicial do processo. LINAMARA RIZZO BATTISTELLA, secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Cantareira cai pelo 10° dia consecutivo e opera com 5,5% de sua capacidade
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Pelo décimo dia consecutivo, o nível do Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, baixou nesta quarta-feira (21) e opera com 5,5% de sua capacidade. De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do reservatório baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. A série de queda começou no dia 11 de janeiro quando o sistema operava com 6,6% de sua capacidade. A falta de chuva e as altas temperaturas registradas no mês de janeiro ajudam a explicar o ritmo de queda do Cantareira e dos demais reservatórios, que também tiveram redução em sua capacidade nesta quarta. O calor deste janeiro em São Paulo já está superando o do mesmo mês de 2014, o mais quente registrado na série histórica de 72 anos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira. Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress O sistema Cantareira registra ainda menos chuva nesse início de 2015. A primeira metade de janeiro trouxe cenário ainda mais pessimista do que era projetado por especialistas e governo: a quantidade de chuva nas represas e a vazão dos rios que poderiam socorrê-lo ficaram muito abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas estão elevadas, um incentivo para maior consumo. A principal aposta da Sabesp para reduzir o consumo de água na Grande São Paulo foi reduzir a pressão na rede. Contudo, essa medida aumenta a possibilidade de contaminação, caso seja feita de maneira equivocada, segundo especialistas. DEMAIS SISTEMAS Outro sistema que também ampliou seu ritmo de queda foi o Alto Tietê que atinge 10% de sua capacidade após baixar 0,2 ponto percentual em relação ao índice de terça. O sistema cai consecutivamente desde o dia 13 de janeiro, quando o manancial registrou 11,3% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). A represa de Guarapiranga também voltou a sofrer com a escassez de chuva. O sistema, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 38,2% de sua capacidade após baixar 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior. O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, baixou 0,3 ponto percentual e opera nesta quarta com 28,2% de sua capacidade. O nível dos sistemas Rio Claro e Rio Grande caiu em relação ao dia anterior: 0,6 e 0,2 ponto percentual, respectivamente. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 22% de sua capacidade. Já o manancial de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 68,6% de sua capacidade. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
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cotidiano
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Cantareira cai pelo 10° dia consecutivo e opera com 5,5% de sua capacidadePelo décimo dia consecutivo, o nível do Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, baixou nesta quarta-feira (21) e opera com 5,5% de sua capacidade. De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do reservatório baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior. A série de queda começou no dia 11 de janeiro quando o sistema operava com 6,6% de sua capacidade. A falta de chuva e as altas temperaturas registradas no mês de janeiro ajudam a explicar o ritmo de queda do Cantareira e dos demais reservatórios, que também tiveram redução em sua capacidade nesta quarta. O calor deste janeiro em São Paulo já está superando o do mesmo mês de 2014, o mais quente registrado na série histórica de 72 anos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira. Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress O sistema Cantareira registra ainda menos chuva nesse início de 2015. A primeira metade de janeiro trouxe cenário ainda mais pessimista do que era projetado por especialistas e governo: a quantidade de chuva nas represas e a vazão dos rios que poderiam socorrê-lo ficaram muito abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas estão elevadas, um incentivo para maior consumo. A principal aposta da Sabesp para reduzir o consumo de água na Grande São Paulo foi reduzir a pressão na rede. Contudo, essa medida aumenta a possibilidade de contaminação, caso seja feita de maneira equivocada, segundo especialistas. DEMAIS SISTEMAS Outro sistema que também ampliou seu ritmo de queda foi o Alto Tietê que atinge 10% de sua capacidade após baixar 0,2 ponto percentual em relação ao índice de terça. O sistema cai consecutivamente desde o dia 13 de janeiro, quando o manancial registrou 11,3% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). A represa de Guarapiranga também voltou a sofrer com a escassez de chuva. O sistema, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 38,2% de sua capacidade após baixar 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior. O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, baixou 0,3 ponto percentual e opera nesta quarta com 28,2% de sua capacidade. O nível dos sistemas Rio Claro e Rio Grande caiu em relação ao dia anterior: 0,6 e 0,2 ponto percentual, respectivamente. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 22% de sua capacidade. Já o manancial de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 68,6% de sua capacidade. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
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A decisão de comprar
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Uma pessoa organizada do ponto de vista comportamental e cognitivo (memória, raciocínio, pensamento, imaginação, linguagem...) tende a ter facilidade de relacionar suas decisões aos seus objetivos, facilitando, portanto, suas escolhas no dia a dia. Como forma de articular e compreender toda essa dinâmica, pode-se destacar o estudo sobre psicologia econômica ou neuroeconomia. A abordagem considera a influência do comportamento humano para tomada de decisões atreladas às avaliações dos aspectos financeiros. Conheça alguns aspectos do processo cognitivo e comportamental que influenciam a decisão de comprar: 1 - Armadilha do 'pegou, comprou!' A mais tradicional "pegadinha" que nosso processo cognitivo nos prega. Depois de aproximadamente 30 segundos com um produto na mão, criamos um vínculo de afetividade com ele e, dessa forma, cedemos à tentação de compra por enfraquecermos a nossa razão, muitas vezes pagando um valor acima do que seria o justo de mercado. 2 - Prazer efêmero Quando paramos para pensar durante quanto tempo aquele objeto que desejamos comprar nos trará felicidade, a tendência (por conta dessa reflexão) é de reduzirmos a vontade (o impulso) de comprá-lo. Racionalmente, será possível percebermos que o prazer atrelado àquele objeto terá um tempo de duração mais curto do que imaginamos. Dica: antes de adquirir um produto, procure imaginar não só o prazer que você terá logo após comprá-lo, mas também o que poderá ter ao longo dos dias, conforme for se habituando a ele. 3 - Comprar por priorização Quando vamos às compras sem a utilização de uma lista e, portanto, sem estabelecer prioridades objetivas, buscamos com frequência os produtos que nos dão prazer, mas que não são necessariamente os prioritários e indispensáveis. Dica: evitar compras sem listas, assim como ir a supermercados e shoppings com fome e com crianças. 4 - 'Efeito macaco' É quando buscamos, mesmo sem perceber conscientemente, imitar as pessoas que fazem parte do nosso grupo, em especial aqueles que têm padrão de vida mais elevado. Quando isso ocorre, geralmente adotamos a necessidade imposta pelo grupo e, com isso, tentamos ostentar algo que não possuímos do ponto de vista material. É exatamente neste momento que surge uma necessidade ilusória de solicitar crédito no mercado para manter uma condição social que não nos representa. Post em parceria com Adriano Reis
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colunas
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A decisão de comprarUma pessoa organizada do ponto de vista comportamental e cognitivo (memória, raciocínio, pensamento, imaginação, linguagem...) tende a ter facilidade de relacionar suas decisões aos seus objetivos, facilitando, portanto, suas escolhas no dia a dia. Como forma de articular e compreender toda essa dinâmica, pode-se destacar o estudo sobre psicologia econômica ou neuroeconomia. A abordagem considera a influência do comportamento humano para tomada de decisões atreladas às avaliações dos aspectos financeiros. Conheça alguns aspectos do processo cognitivo e comportamental que influenciam a decisão de comprar: 1 - Armadilha do 'pegou, comprou!' A mais tradicional "pegadinha" que nosso processo cognitivo nos prega. Depois de aproximadamente 30 segundos com um produto na mão, criamos um vínculo de afetividade com ele e, dessa forma, cedemos à tentação de compra por enfraquecermos a nossa razão, muitas vezes pagando um valor acima do que seria o justo de mercado. 2 - Prazer efêmero Quando paramos para pensar durante quanto tempo aquele objeto que desejamos comprar nos trará felicidade, a tendência (por conta dessa reflexão) é de reduzirmos a vontade (o impulso) de comprá-lo. Racionalmente, será possível percebermos que o prazer atrelado àquele objeto terá um tempo de duração mais curto do que imaginamos. Dica: antes de adquirir um produto, procure imaginar não só o prazer que você terá logo após comprá-lo, mas também o que poderá ter ao longo dos dias, conforme for se habituando a ele. 3 - Comprar por priorização Quando vamos às compras sem a utilização de uma lista e, portanto, sem estabelecer prioridades objetivas, buscamos com frequência os produtos que nos dão prazer, mas que não são necessariamente os prioritários e indispensáveis. Dica: evitar compras sem listas, assim como ir a supermercados e shoppings com fome e com crianças. 4 - 'Efeito macaco' É quando buscamos, mesmo sem perceber conscientemente, imitar as pessoas que fazem parte do nosso grupo, em especial aqueles que têm padrão de vida mais elevado. Quando isso ocorre, geralmente adotamos a necessidade imposta pelo grupo e, com isso, tentamos ostentar algo que não possuímos do ponto de vista material. É exatamente neste momento que surge uma necessidade ilusória de solicitar crédito no mercado para manter uma condição social que não nos representa. Post em parceria com Adriano Reis
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Netflix precisa crescer fora dos EUA, mas tarefa não é das mais fáceis
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Sem conseguir atingir suas metas de crescimento nos EUA, a Netflix tem ampliado os esforços para se expandir no exterior, mas suas ambições globais têm esbarrado em uma série de obstáculos. Legislações distintas nos países em que opera e concorrência ferrenha de serviços similares são alguns dos desafios da empresa, que opera em 50 mercados e tem 24 milhões de assinantes fora dos EUA (cerca de um terço dos usuários totais). Isso se aplica especialmente à União Europeia, onde as regras atuais muitas vezes limitam a oferta de conteúdo em todos os 28 países da região. As audiências nacionais, muitas das quais não são fluentes em inglês, frequentemente preferem programas em idiomas locais, e os potenciais assinantes hesitam em pagar por conteúdo premium. "Tínhamos expectativas de que a Netflix estivesse se saindo um pouco melhor, mas o panorama televisivo tem orientação local muito forte", disse David Sidebottom, analista da Futuresource Consultancy, em referência ao alcance internacional da Netflix. Em muitos países, da França à Índia, a empresa enfrenta rivais bem estabelecidos, muitos dos quais imitam os serviços da Netflix enquanto promovem conteúdo no idioma local para audiências nacionais. Para tirar os concorrentes do caminho, os executivos da Netflix passaram a assinar acordos mundiais de licenciamento, muitas vezes pagando ágio significativo, com estúdios que oferecem sucessos de Hollywood a todos os mercados simultaneamente. No momento, os contratos de conteúdo são assinados em nível regional ou nacional. E, em um esforço para atrair os clientes internacionais mais céticos, muitos dos quais nem ouviram falar da Netflix, a empresa formou parcerias com operadoras nacionais de telefonia móvel e TV a cabo para oferecer serviços de vídeo como parte seus pacotes existentes de serviços a pedido. "Oferecer a Netflix é outro motivo para que nossos clientes fiquem conosco", disse Marco Patuano, presidente-executivo da Telecom Italia. Outra estratégia foi produzir conteúdo em outros idiomas que não o inglês, o que inclui "Narcos", uma série falada principalmente em espanhol sobre Pablo Escobar. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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mercado
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Netflix precisa crescer fora dos EUA, mas tarefa não é das mais fáceisSem conseguir atingir suas metas de crescimento nos EUA, a Netflix tem ampliado os esforços para se expandir no exterior, mas suas ambições globais têm esbarrado em uma série de obstáculos. Legislações distintas nos países em que opera e concorrência ferrenha de serviços similares são alguns dos desafios da empresa, que opera em 50 mercados e tem 24 milhões de assinantes fora dos EUA (cerca de um terço dos usuários totais). Isso se aplica especialmente à União Europeia, onde as regras atuais muitas vezes limitam a oferta de conteúdo em todos os 28 países da região. As audiências nacionais, muitas das quais não são fluentes em inglês, frequentemente preferem programas em idiomas locais, e os potenciais assinantes hesitam em pagar por conteúdo premium. "Tínhamos expectativas de que a Netflix estivesse se saindo um pouco melhor, mas o panorama televisivo tem orientação local muito forte", disse David Sidebottom, analista da Futuresource Consultancy, em referência ao alcance internacional da Netflix. Em muitos países, da França à Índia, a empresa enfrenta rivais bem estabelecidos, muitos dos quais imitam os serviços da Netflix enquanto promovem conteúdo no idioma local para audiências nacionais. Para tirar os concorrentes do caminho, os executivos da Netflix passaram a assinar acordos mundiais de licenciamento, muitas vezes pagando ágio significativo, com estúdios que oferecem sucessos de Hollywood a todos os mercados simultaneamente. No momento, os contratos de conteúdo são assinados em nível regional ou nacional. E, em um esforço para atrair os clientes internacionais mais céticos, muitos dos quais nem ouviram falar da Netflix, a empresa formou parcerias com operadoras nacionais de telefonia móvel e TV a cabo para oferecer serviços de vídeo como parte seus pacotes existentes de serviços a pedido. "Oferecer a Netflix é outro motivo para que nossos clientes fiquem conosco", disse Marco Patuano, presidente-executivo da Telecom Italia. Outra estratégia foi produzir conteúdo em outros idiomas que não o inglês, o que inclui "Narcos", uma série falada principalmente em espanhol sobre Pablo Escobar. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Rebaixar o currículo: a 'tática' para obter emprego que floresce na crise
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ANA LUIZA DALTRO De São Paulo para a BBC Brasil Após conseguir emprego como analista de processos operacionais em uma firma de tecnologia da informação, Bárbara Lourenço passou por uma situação inusitada. Ao conhecer seus superiores diretos, que não tinham participado da seleção, falou sobre suas qualificações –e muitos ficaram surpresos. "Minha gerente brincou dizendo que eu tinha mais cursos extras do que ela, a coordenadora e a supervisora juntas", lembra a matemática de 28 anos. Naquela seleção, Bárbara havia usado um recurso cada vez mais recorrente, em tempos de vacas magras no mercado de trabalho, entre profissionais mais qualificados: omitir qualificações do currículo para não parecer capacitada demais para um cargo. Por sorte, a nova chefia não se incomodou com a surpresa. "Até me pediram dicas de livros e treinamentos", conta. A opção pela tática teve suas razões. Demitida em junho de 2016, Bárbara soube, logo na primeira entrevista de emprego após a demissão, que "tinha qualificações demais para a vaga em um momento de crise". Ou seja, a empresa não poderia pagar por seu currículo, que incluía pós em matemática e extensão em gestão de projetos. Em outra tentativa, o próprio gerente disse que não faria sentido contratá-la, pois até ele era menos qualificado do que ela. "Fiquei muito brava. Passei a ter medo de me apresentar com todos os conhecimentos que paguei muito pra ter. Jamais imaginei que precisaria, mas comecei a listar apenas experiências mais básicas. Funcionou", conta. NÚMEROS E RISCOS O cenário econômico ajuda a entender essa tendência de "rebaixamento voluntário" do currículo. A demissão de empregados com curso superior completo no Brasil cresceu 10,8% de março de 2015 a março de 2016 –um corte de 1 milhão de pessoas. Os dados, apurados pelo economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), para a Agência Estado, mostram ainda que esse aspecto do desemprego vai na contramão das faixas de menor instrução, que têm registrado recuos no total de demissões. Assumir um cargo com currículo muito acima do necessário implica certos riscos, apontam especialistas em mercado de trabalho. O primeiro é a dúvida - muitas vezes legítima - da empresa sobre o porquê da candidatura, e a suspeita de que o profissional deixará o emprego tão logo consiga algo melhor. O segundo é o receio de que o funcionário se desmotive rapidamente ou fique ansioso por uma promoção que a empresa não pode oferecer. No caso de Bárbara, ela diz que isso não ocorreu - e já está investindo numa nova graduação, em tecnologia em eventos. "Sinto-me valorizada mesmo recebendo muito menos do que poderia ter (ganhava R$ 3,5 mil e passou a receber R$ 1,2 mil). Mais vale uma oportunidade na mão e a chance de me esforçar para alcançar tudo de novo do que um currículo ótimo que não rende oportunidades na crise." IMPACTOS DA CRISE Em muitos setores da economia brasileira, a dificuldade em conseguir emprego é efeito da recessão, a mais longa e intensa em 20 anos no país. No trimestre encerrado em março de 2017, o desemprego medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 13,2% - 13,5 milhões de pessoas. Para Bruno Ottoni, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em mercado de trabalho, a atual crise tem sido especialmente cruel com os trabalhadores. "Nas crises anteriores verificávamos menos aumento no desemprego e mais queda na renda média do trabalhador. Havia mais inflação e mais informalidade, o que permitia aos patrões negociar mais facilmente reduções nos salários. Hoje, com a economia mais formalizada, o espaço para esse tipo de acordo diminui", explica. Em previsão para 2017, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, de cada três novos desempregados no mundo, um será brasileiro. 'Espantando oportunidades' Das 40 pessoas que trabalhavam em 2014 no departamento da arquiteta Patrícia Rocha, de 30 anos, sobraram três. Ela própria perdeu o emprego em agosto passado e está sem emprego fixo desde então. Depois de oito anos de estudos superiores no Mackenzie, ela acabou topando um contrato temporário de seis meses em uma construtora menor, com salário 25% mais baixo. Com pós-graduação em gerenciamento de projetos pelo Mackenzie e cursando outra em design de interiores, Patrícia continua à procura de emprego fixo - e sem colocar no currículo o período em que atuou como coordenadora. "Tenho a impressão de que isso tem espantado oportunidades para cargos mais baixos ou que nunca exerci. Aí nem sequer sou chamada para uma primeira conversa", lamenta. SELEÇÃO NÃO É SÓ CURRÍCULO Consultores lembram que o sucesso nas entrevistas de trabalho não depende apenas do currículo - seja ele "rebaixado" ou não. "Muitas vezes candidatos ficam só martelando a própria qualificação, sem parar para pensar no perfil que a vaga requer", diz Ricardo Basaglia, diretor-executivo no Brasil da empresa de recrutamento Michael Page. Para Basaglia, os três fatores mais importantes que as firmas procuram são comprometimento, flexibilidade e facilidade de relacionamento. Naturalmente, ninguém irá negar essas qualidades, mas entrevistadores tentam inferir esses pontos de forma indireta, em outras perguntas ou testes psicológicos. E às vezes, lembra o consultor, o currículo precisa ser resumido não para esconder experiência, mas porque o documento está inchado. "É comum que profissionais listem até cursos antigos de segurança do trabalho desimportantes para a vaga. É preciso que só fique o principal." Basaglia não vê a omissão de dados do currículo como falta de ética, mas lamenta a "falta de confiança na relação entre empregados e empregadores". Esteja o obstáculo na crise econômica, em um descasamento entre realidade e qualificação ou em ambos, vale a pena refletir sobre outras barreiras que eventualmente possam estar impedindo a conquista do emprego, afirma. "O profissional que se conhece e se questiona com autoconsciência sempre acaba por se potencializar", conclui. A essa dose de autocrítica deve se juntar, no entanto, uma torcida para que o pior da crise econômica tenha, de fato, ficado para trás.
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Rebaixar o currículo: a 'tática' para obter emprego que floresce na crise
ANA LUIZA DALTRO De São Paulo para a BBC Brasil Após conseguir emprego como analista de processos operacionais em uma firma de tecnologia da informação, Bárbara Lourenço passou por uma situação inusitada. Ao conhecer seus superiores diretos, que não tinham participado da seleção, falou sobre suas qualificações –e muitos ficaram surpresos. "Minha gerente brincou dizendo que eu tinha mais cursos extras do que ela, a coordenadora e a supervisora juntas", lembra a matemática de 28 anos. Naquela seleção, Bárbara havia usado um recurso cada vez mais recorrente, em tempos de vacas magras no mercado de trabalho, entre profissionais mais qualificados: omitir qualificações do currículo para não parecer capacitada demais para um cargo. Por sorte, a nova chefia não se incomodou com a surpresa. "Até me pediram dicas de livros e treinamentos", conta. A opção pela tática teve suas razões. Demitida em junho de 2016, Bárbara soube, logo na primeira entrevista de emprego após a demissão, que "tinha qualificações demais para a vaga em um momento de crise". Ou seja, a empresa não poderia pagar por seu currículo, que incluía pós em matemática e extensão em gestão de projetos. Em outra tentativa, o próprio gerente disse que não faria sentido contratá-la, pois até ele era menos qualificado do que ela. "Fiquei muito brava. Passei a ter medo de me apresentar com todos os conhecimentos que paguei muito pra ter. Jamais imaginei que precisaria, mas comecei a listar apenas experiências mais básicas. Funcionou", conta. NÚMEROS E RISCOS O cenário econômico ajuda a entender essa tendência de "rebaixamento voluntário" do currículo. A demissão de empregados com curso superior completo no Brasil cresceu 10,8% de março de 2015 a março de 2016 –um corte de 1 milhão de pessoas. Os dados, apurados pelo economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), para a Agência Estado, mostram ainda que esse aspecto do desemprego vai na contramão das faixas de menor instrução, que têm registrado recuos no total de demissões. Assumir um cargo com currículo muito acima do necessário implica certos riscos, apontam especialistas em mercado de trabalho. O primeiro é a dúvida - muitas vezes legítima - da empresa sobre o porquê da candidatura, e a suspeita de que o profissional deixará o emprego tão logo consiga algo melhor. O segundo é o receio de que o funcionário se desmotive rapidamente ou fique ansioso por uma promoção que a empresa não pode oferecer. No caso de Bárbara, ela diz que isso não ocorreu - e já está investindo numa nova graduação, em tecnologia em eventos. "Sinto-me valorizada mesmo recebendo muito menos do que poderia ter (ganhava R$ 3,5 mil e passou a receber R$ 1,2 mil). Mais vale uma oportunidade na mão e a chance de me esforçar para alcançar tudo de novo do que um currículo ótimo que não rende oportunidades na crise." IMPACTOS DA CRISE Em muitos setores da economia brasileira, a dificuldade em conseguir emprego é efeito da recessão, a mais longa e intensa em 20 anos no país. No trimestre encerrado em março de 2017, o desemprego medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 13,2% - 13,5 milhões de pessoas. Para Bruno Ottoni, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em mercado de trabalho, a atual crise tem sido especialmente cruel com os trabalhadores. "Nas crises anteriores verificávamos menos aumento no desemprego e mais queda na renda média do trabalhador. Havia mais inflação e mais informalidade, o que permitia aos patrões negociar mais facilmente reduções nos salários. Hoje, com a economia mais formalizada, o espaço para esse tipo de acordo diminui", explica. Em previsão para 2017, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, de cada três novos desempregados no mundo, um será brasileiro. 'Espantando oportunidades' Das 40 pessoas que trabalhavam em 2014 no departamento da arquiteta Patrícia Rocha, de 30 anos, sobraram três. Ela própria perdeu o emprego em agosto passado e está sem emprego fixo desde então. Depois de oito anos de estudos superiores no Mackenzie, ela acabou topando um contrato temporário de seis meses em uma construtora menor, com salário 25% mais baixo. Com pós-graduação em gerenciamento de projetos pelo Mackenzie e cursando outra em design de interiores, Patrícia continua à procura de emprego fixo - e sem colocar no currículo o período em que atuou como coordenadora. "Tenho a impressão de que isso tem espantado oportunidades para cargos mais baixos ou que nunca exerci. Aí nem sequer sou chamada para uma primeira conversa", lamenta. SELEÇÃO NÃO É SÓ CURRÍCULO Consultores lembram que o sucesso nas entrevistas de trabalho não depende apenas do currículo - seja ele "rebaixado" ou não. "Muitas vezes candidatos ficam só martelando a própria qualificação, sem parar para pensar no perfil que a vaga requer", diz Ricardo Basaglia, diretor-executivo no Brasil da empresa de recrutamento Michael Page. Para Basaglia, os três fatores mais importantes que as firmas procuram são comprometimento, flexibilidade e facilidade de relacionamento. Naturalmente, ninguém irá negar essas qualidades, mas entrevistadores tentam inferir esses pontos de forma indireta, em outras perguntas ou testes psicológicos. E às vezes, lembra o consultor, o currículo precisa ser resumido não para esconder experiência, mas porque o documento está inchado. "É comum que profissionais listem até cursos antigos de segurança do trabalho desimportantes para a vaga. É preciso que só fique o principal." Basaglia não vê a omissão de dados do currículo como falta de ética, mas lamenta a "falta de confiança na relação entre empregados e empregadores". Esteja o obstáculo na crise econômica, em um descasamento entre realidade e qualificação ou em ambos, vale a pena refletir sobre outras barreiras que eventualmente possam estar impedindo a conquista do emprego, afirma. "O profissional que se conhece e se questiona com autoconsciência sempre acaba por se potencializar", conclui. A essa dose de autocrítica deve se juntar, no entanto, uma torcida para que o pior da crise econômica tenha, de fato, ficado para trás.
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Operação policial prende 164 suspeitos de tráfico na Baixada Santista
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Uma operação da Polícia Civil na Baixada Santista prendeu 164 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas e roubos em seis cidades da região. Chamada de "Boas Festas", a ação foi realizada entre segunda-feira (21) e terça (22) e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Dezesseis pessoas foram presas em flagrante. Segundo a polícia, os alvos eram diversos grupos sem relação entre si. Na ação, os policiais também apreenderam 39 quilos de drogas –a maior parte maconha– e armamentos, incluindo uma metralhadora. Uma granada também foi encontrada. Dez veículos que tinham sido roubados foram recuperados, de acordo com a polícia. O delegado Manoel Gatto Neto, responsável pela seccional de Santos, diz que a Polícia Civil vem promovendo periodicamente o cumprimento de mandados em um só dia por questões de "logística" e pelo "fator surpresa" para os grupos criminosos. "Gera um impacto psicológico positivo para a comunidade, aumenta a sensação de segurança e mostra a força da polícia. Todo o efetivo é colocado na rua", disse.
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cotidiano
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Operação policial prende 164 suspeitos de tráfico na Baixada SantistaUma operação da Polícia Civil na Baixada Santista prendeu 164 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas e roubos em seis cidades da região. Chamada de "Boas Festas", a ação foi realizada entre segunda-feira (21) e terça (22) e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Dezesseis pessoas foram presas em flagrante. Segundo a polícia, os alvos eram diversos grupos sem relação entre si. Na ação, os policiais também apreenderam 39 quilos de drogas –a maior parte maconha– e armamentos, incluindo uma metralhadora. Uma granada também foi encontrada. Dez veículos que tinham sido roubados foram recuperados, de acordo com a polícia. O delegado Manoel Gatto Neto, responsável pela seccional de Santos, diz que a Polícia Civil vem promovendo periodicamente o cumprimento de mandados em um só dia por questões de "logística" e pelo "fator surpresa" para os grupos criminosos. "Gera um impacto psicológico positivo para a comunidade, aumenta a sensação de segurança e mostra a força da polícia. Todo o efetivo é colocado na rua", disse.
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Manifestações pró-líder opositora presa fecham estradas na Argentina
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Rodovias em toda a Argentina foram bloqueadas nesta quarta-feira (17) por manifestantes que defendem a liberação da líder política Milagro Sala. Chefe da organização kirchnerista Tupac Amaru, Sala foi presa em 16 de janeiro, acusada de incitação à violência. Agora, também responde por fraude e extorsão. Em Buenos Aires, as principais vias de acesso à cidade permaneceram fechadas entre 10h e 14h, o que gerou engarrafamentos principalmente no sentido capital. O porteiro Moisés Lopes, 33, gastou mais de uma hora para percorrer quatro quadras. "A Justiça que tem de analisar a situação [de Sala], não as pessoas nas ruas", reclamou. Segundo os organizadores dos protestos, foram 200 pontos bloqueados no país. Cerca de 40 movimentos sindicalistas e kirchneristas apoiaram as manifestações. "Fizemos esses bloqueios para que soltem Milagro. Ela é uma presa política. Foi detida por protestar e depois arranjaram desculpas para mantê-la na prisão", disse à Folha o líder da organização em Buenos Aires, Alejandro Garfagnini. Quando foi presa, Sala liderava um acampamento na província de Jujuy contra a retirada de recursos de programas sociais administrados pela Tupac Amaru por parte do governador da província, Gerardo Morales, aliado do presidente Mauricio Macri. Ela também é suspeita de usar os recursos concedidos por administrações anteriores em benefício próprio. Nesta semana, o papa Francisco enviou um rosário para Sala pelo argentino Enrique Palmeyro, que dirige uma rede de escolas criadas pelo pontífice. "Transmiti ao papa o pedido de oração pela situação de Sala, e ele saudou o movimento e me entregou o rosário benzido para ela." O gesto de apoio gerou polêmica no país pouco mais de dez dias antes do primeiro encontro entre o pontífice e Macri como presidente. A reunião está marcado para 27 de fevereiro na Itália.
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mundo
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Manifestações pró-líder opositora presa fecham estradas na ArgentinaRodovias em toda a Argentina foram bloqueadas nesta quarta-feira (17) por manifestantes que defendem a liberação da líder política Milagro Sala. Chefe da organização kirchnerista Tupac Amaru, Sala foi presa em 16 de janeiro, acusada de incitação à violência. Agora, também responde por fraude e extorsão. Em Buenos Aires, as principais vias de acesso à cidade permaneceram fechadas entre 10h e 14h, o que gerou engarrafamentos principalmente no sentido capital. O porteiro Moisés Lopes, 33, gastou mais de uma hora para percorrer quatro quadras. "A Justiça que tem de analisar a situação [de Sala], não as pessoas nas ruas", reclamou. Segundo os organizadores dos protestos, foram 200 pontos bloqueados no país. Cerca de 40 movimentos sindicalistas e kirchneristas apoiaram as manifestações. "Fizemos esses bloqueios para que soltem Milagro. Ela é uma presa política. Foi detida por protestar e depois arranjaram desculpas para mantê-la na prisão", disse à Folha o líder da organização em Buenos Aires, Alejandro Garfagnini. Quando foi presa, Sala liderava um acampamento na província de Jujuy contra a retirada de recursos de programas sociais administrados pela Tupac Amaru por parte do governador da província, Gerardo Morales, aliado do presidente Mauricio Macri. Ela também é suspeita de usar os recursos concedidos por administrações anteriores em benefício próprio. Nesta semana, o papa Francisco enviou um rosário para Sala pelo argentino Enrique Palmeyro, que dirige uma rede de escolas criadas pelo pontífice. "Transmiti ao papa o pedido de oração pela situação de Sala, e ele saudou o movimento e me entregou o rosário benzido para ela." O gesto de apoio gerou polêmica no país pouco mais de dez dias antes do primeiro encontro entre o pontífice e Macri como presidente. A reunião está marcado para 27 de fevereiro na Itália.
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Sauditas promovem berço de seita sunita como destino turístico
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Mais de 250 anos atrás, os antepassados da família real saudita e um pregador fundamentalista marginalizado formaram uma aliança que definiu os destinos desta terra desde então. Em troca da supremacia política, a Casa de Saud endossou a doutrina do xeque Muhammad ibn Abdul-Wahhab e travou a jihad contra quem quer que rejeitasse sua fé. Essa aliança formou a base do Estado saudita moderno, que, em tempos recentes, vem fazendo uso de sua riqueza petrolífera para converter a doutrina rígida do clérigo -conhecida como wahhabismo- em uma importante força no mundo muçulmano. Agora, este local, o berço de tudo, está se convertendo em atração turística. Centenas de operários estão restaurando os palácios de tijolos de barro onde a família Saud vivia e erguendo museus para destacar a história da família real. Uma estrutura elegante abrigará uma fundação dedicada ao xeque e a sua missão. O projeto acontece em um momento difícil para a Arábia Saudita. Revoltas populares e guerras civis abalaram a ordem regional. A queda nos preços do petróleo atingiu o Orçamento nacional, e o reino está novamente sendo acusado de promover uma vertente intolerante do islã, semelhante à que é seguida pelo Estado Islâmico. O desenvolvimento de Diriyah é um projeto caro ao novo rei, Salman. A previsão é que o novo complexo seja inaugurado em dois anos. O custo total é estimado em cerca de meio bilhão de dólares. As autoridades sauditas esperam que o projeto conecte os cidadãos ao seu passado e reabilite a reputação do xeque Abdul-Wahhab, que, segundo elas, foi injustamente maculada. Embora o wahhabismo tenha seguidores em todo o mundo, muitos muçulmanos detestam essa corrente porque ela vê os xiitas e os seguidores de outras seitas não sunitas -além de cristãos e judeus-como infiéis. Outros consideram que a divulgação do wahhabismo no exterior pela Arábia Saudita forneceu combustível ideológico a grupos como Al Qaeda e Estado Islâmico. "É importante que os sauditas saibam que o Estado veio de um lugar específico, que foi preservado e erguido com base em uma ideologia verdadeira, correta e tolerante", disse Abdullah Arrakban, da Alta Comissão para o Desenvolvimento de Riad. Depois de Diriyah ter passado séculos abandonada, famílias se mudaram para a cidade e ergueram novas casas de tijolos de barro em meados do século 20. Em 1982, o governo adquiriu o local. O programa de desenvolvimento começou por volta de 1990, quando o rei Salman era governador da província de Riad. O complexo vai incluir parques, restaurantes, estacionamentos subterrâneos e uma série de museus dedicados à vida tradicional saudita, à guerra e aos cavalos árabes. Os visitantes poderão percorrer o bairro antigo construído de tijolos de barro, Turaif, que em 2010 ganhou o status de Patrimônio Mundial da Unesco. Num final de tarde recente, as trilhas para pedestres que serpenteiam entre restaurantes e cafés estavam cheias de crianças brincando e andando de bicicleta, enquanto famílias faziam piqueniques sob as tamareiras. Outras pessoas tinham vindo para conhecer a história. Turki al-Shathri, herdeiro de uma família destacada de clérigos, comentou: "A França foi fundada sobre a revolução, a América, sobre seus fundadores. A Arábia Saudita tem como base a missão do xeque Abdul-Wahhab."
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Sauditas promovem berço de seita sunita como destino turísticoMais de 250 anos atrás, os antepassados da família real saudita e um pregador fundamentalista marginalizado formaram uma aliança que definiu os destinos desta terra desde então. Em troca da supremacia política, a Casa de Saud endossou a doutrina do xeque Muhammad ibn Abdul-Wahhab e travou a jihad contra quem quer que rejeitasse sua fé. Essa aliança formou a base do Estado saudita moderno, que, em tempos recentes, vem fazendo uso de sua riqueza petrolífera para converter a doutrina rígida do clérigo -conhecida como wahhabismo- em uma importante força no mundo muçulmano. Agora, este local, o berço de tudo, está se convertendo em atração turística. Centenas de operários estão restaurando os palácios de tijolos de barro onde a família Saud vivia e erguendo museus para destacar a história da família real. Uma estrutura elegante abrigará uma fundação dedicada ao xeque e a sua missão. O projeto acontece em um momento difícil para a Arábia Saudita. Revoltas populares e guerras civis abalaram a ordem regional. A queda nos preços do petróleo atingiu o Orçamento nacional, e o reino está novamente sendo acusado de promover uma vertente intolerante do islã, semelhante à que é seguida pelo Estado Islâmico. O desenvolvimento de Diriyah é um projeto caro ao novo rei, Salman. A previsão é que o novo complexo seja inaugurado em dois anos. O custo total é estimado em cerca de meio bilhão de dólares. As autoridades sauditas esperam que o projeto conecte os cidadãos ao seu passado e reabilite a reputação do xeque Abdul-Wahhab, que, segundo elas, foi injustamente maculada. Embora o wahhabismo tenha seguidores em todo o mundo, muitos muçulmanos detestam essa corrente porque ela vê os xiitas e os seguidores de outras seitas não sunitas -além de cristãos e judeus-como infiéis. Outros consideram que a divulgação do wahhabismo no exterior pela Arábia Saudita forneceu combustível ideológico a grupos como Al Qaeda e Estado Islâmico. "É importante que os sauditas saibam que o Estado veio de um lugar específico, que foi preservado e erguido com base em uma ideologia verdadeira, correta e tolerante", disse Abdullah Arrakban, da Alta Comissão para o Desenvolvimento de Riad. Depois de Diriyah ter passado séculos abandonada, famílias se mudaram para a cidade e ergueram novas casas de tijolos de barro em meados do século 20. Em 1982, o governo adquiriu o local. O programa de desenvolvimento começou por volta de 1990, quando o rei Salman era governador da província de Riad. O complexo vai incluir parques, restaurantes, estacionamentos subterrâneos e uma série de museus dedicados à vida tradicional saudita, à guerra e aos cavalos árabes. Os visitantes poderão percorrer o bairro antigo construído de tijolos de barro, Turaif, que em 2010 ganhou o status de Patrimônio Mundial da Unesco. Num final de tarde recente, as trilhas para pedestres que serpenteiam entre restaurantes e cafés estavam cheias de crianças brincando e andando de bicicleta, enquanto famílias faziam piqueniques sob as tamareiras. Outras pessoas tinham vindo para conhecer a história. Turki al-Shathri, herdeiro de uma família destacada de clérigos, comentou: "A França foi fundada sobre a revolução, a América, sobre seus fundadores. A Arábia Saudita tem como base a missão do xeque Abdul-Wahhab."
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Receita do setor óptico despenca 22% e chega a pior nível em quatro anos
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O faturamento do setor óptico caiu 22% no acumulado de 12 meses até junho. A receita chegou a R$ 17,6 bilhões, seu pior nível desde 2012, segundo a Abióptica, que representa o segmento. Ao longo do primeiro semestre, a retração foi de 13% -desde janeiro, o resultado vem se agravando mês a mês. A perspectiva, porém, é de uma melhora na segunda metade do ano e que, em 2017, o crescimento seja retomado, afirma o presidente da associação, Bento Alcoforado. Em julho, houve uma desaceleração da queda, que foi de 0,9% em relação a junho. Faturamento da indústria óptica - Acumulado dos últimos 12 meses, em R$ bilhões "Apesar de ser um item importante ao consumidor, o setor sofre muito com a crise, pelo alto custo do produto." Um dos pleitos da indústria junto a governos federal e estaduais é que a carga tributária dos óculos e lentes seja equiparada à de outros segmentos ligados à saúde, como o de órteses e próteses. "Sabemos que é um momento difícil para redução de impostos, mas queremos tratamento igualitário. Um aparelho auditivo tem, em média, ICMS de 7%, enquanto o de óculos de grau é de 18%." As empresas também pedem que o produto tenha cobertura de planos de saúde -um dos gargalos para a expansão da demanda é a falta de acesso à consulta oftalmológica, diz Alcoforado. "O mercado brasileiro tem potencial para triplicar o número de usuários de óculos, hoje em 18 milhões", avalia o presidente da Grandvision by Fototica, Alvaro Vieira. As vendas da rede, diz ele, tiveram uma alta "alinhada com a inflação" do primeiro semestre, que foi de 4,4%. - Importação de máquinas deve cair 38,9% neste ano, diz entidade As compras de bens de capital do exterior devem encerrar este ano com queda de 38,9%, segundo estima a Abimei (que representa o setor). Além da crise, que faz com que a demanda por renovação do maquinário seja fraca, a variação cambial é considerada um dos maiores entraves. As compras caíram 23,6% de janeiro a julho deste ano em comparação a igual período de 2015 -somaram US$ 15,5 bilhões (R$ 49,7 bilhões). Apesar do cenário ainda negativo, em abril, a entidade havia projetado que a retração até o fim deste ano ficaria em cerca de 50%. "As empresas têm começado a tirar projetos da gaveta. Não dá para falar em recuperação, mas a nova previsão mostra que parou de piorar", diz Paulo Castelo Branco, presidente da entidade. A procura por maquinário para o setor automobilístico começou a aumentar na filial da japonesa Okuma. "O segmento sofre, mas as empresas têm comprado máquinas maiores, que demoram para serem implantadas. Contam com a recuperação", diz Mohseen Hatia, da fabricante. COMO SE FOSSE MÁQUINA - Variação das importações de bens de capital, em % - Perspectiva latina Apesar da influência negativa externa, 83% dos CEOs de empresas com operações nos Estados Unidos e na América Latina avaliam que a economia deve melhorar na região, segundo a Amcham (câmara americana de comércio). Para 42% deles, haverá uma recuperação pontual, com cenário comercial e produtivo ainda incerto. Outros 41% afirmam acreditar em retomada de crescimento a partir do ano que vem. Com relação à integração na América Latina, 45% dos entrevistados consideram que interesses partidários e políticos conflitantes são os principais obstáculos. Para 29% dos entrevistados, os problemas decorrem do baixo número de acordos comerciais entre os países. "Tem um espaço para melhorar muito essa integração porque executivos veem empecilhos comerciais e de investimentos na América Latina", diz Deborah Vieitas, CEO da Amcham. "Há interesse. Falta organização, dizem pesquisados." GRAMADO VIZINHO - Como americanos veem os negócios na América Latina - Por um fio... A Aneel fixou em R$ 248 por MWh o preço da energia no leilão de pequenas hidrelétricas -as empresas que vão ofertar esperavam valor mais próximo de R$ 280, diz Paulo Arbex, presidente da associação do setor. ...d'água Como muitas companhias não conseguem lucrar com o teto imposto, a geração oferecida deve ser de cerca de 300 MWh, segundo ele. Um valor perto do que ele pretendia viabilizaria cerca de 1.000 MWh, afirma. De norte... A zona norte de São Paulo tem as taxas de condomínio mais baixas da capital: uma média de R$ 557 mensais, segundo a Lello. A região possui o maior índice de inadimplência, de 6,4%. ...a sul A cota mensal mais cara é a da zona sul, onde os moradores pagam em média R$ 1.000 por mês. A incidência de não pagamento da taxa é a mais baixa da cidade, de 3,9%. Conta mais cara A menor média de apartamentos por prédio e os maiores gastos com portaria, segurança e limpeza, que somam 50% da taxa, justificam a liderança, diz Angélica Arbex, da Lello. Guarulhos... A Enersys, que produz baterias elétricas industriais, vai investir R$ 48,3 milhões na expansão da planta de Guarulhos. O aporte veio da matriz dos Estados Unidos, e vai para máquinas das linhas de produção da empresa. ...elétrica A empresa fabrica produtos para veículos específicos, como empilhadeiras e carrinhos de aeroporto e também equipamentos de "no break". Com o investimento, a área da empresa passou de 4.000 m² para 67 mil m². Motel 6 O Hotel 10, que replica o modelo norte-americano de motéis de estrada, vai investir R$ 12 milhões em uma unidade em Lorena, no interior de SP. O grupo tem planos para abrir oito novos empreendimentos em cinco anos. - com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Receita do setor óptico despenca 22% e chega a pior nível em quatro anosO faturamento do setor óptico caiu 22% no acumulado de 12 meses até junho. A receita chegou a R$ 17,6 bilhões, seu pior nível desde 2012, segundo a Abióptica, que representa o segmento. Ao longo do primeiro semestre, a retração foi de 13% -desde janeiro, o resultado vem se agravando mês a mês. A perspectiva, porém, é de uma melhora na segunda metade do ano e que, em 2017, o crescimento seja retomado, afirma o presidente da associação, Bento Alcoforado. Em julho, houve uma desaceleração da queda, que foi de 0,9% em relação a junho. Faturamento da indústria óptica - Acumulado dos últimos 12 meses, em R$ bilhões "Apesar de ser um item importante ao consumidor, o setor sofre muito com a crise, pelo alto custo do produto." Um dos pleitos da indústria junto a governos federal e estaduais é que a carga tributária dos óculos e lentes seja equiparada à de outros segmentos ligados à saúde, como o de órteses e próteses. "Sabemos que é um momento difícil para redução de impostos, mas queremos tratamento igualitário. Um aparelho auditivo tem, em média, ICMS de 7%, enquanto o de óculos de grau é de 18%." As empresas também pedem que o produto tenha cobertura de planos de saúde -um dos gargalos para a expansão da demanda é a falta de acesso à consulta oftalmológica, diz Alcoforado. "O mercado brasileiro tem potencial para triplicar o número de usuários de óculos, hoje em 18 milhões", avalia o presidente da Grandvision by Fototica, Alvaro Vieira. As vendas da rede, diz ele, tiveram uma alta "alinhada com a inflação" do primeiro semestre, que foi de 4,4%. - Importação de máquinas deve cair 38,9% neste ano, diz entidade As compras de bens de capital do exterior devem encerrar este ano com queda de 38,9%, segundo estima a Abimei (que representa o setor). Além da crise, que faz com que a demanda por renovação do maquinário seja fraca, a variação cambial é considerada um dos maiores entraves. As compras caíram 23,6% de janeiro a julho deste ano em comparação a igual período de 2015 -somaram US$ 15,5 bilhões (R$ 49,7 bilhões). Apesar do cenário ainda negativo, em abril, a entidade havia projetado que a retração até o fim deste ano ficaria em cerca de 50%. "As empresas têm começado a tirar projetos da gaveta. Não dá para falar em recuperação, mas a nova previsão mostra que parou de piorar", diz Paulo Castelo Branco, presidente da entidade. A procura por maquinário para o setor automobilístico começou a aumentar na filial da japonesa Okuma. "O segmento sofre, mas as empresas têm comprado máquinas maiores, que demoram para serem implantadas. Contam com a recuperação", diz Mohseen Hatia, da fabricante. COMO SE FOSSE MÁQUINA - Variação das importações de bens de capital, em % - Perspectiva latina Apesar da influência negativa externa, 83% dos CEOs de empresas com operações nos Estados Unidos e na América Latina avaliam que a economia deve melhorar na região, segundo a Amcham (câmara americana de comércio). Para 42% deles, haverá uma recuperação pontual, com cenário comercial e produtivo ainda incerto. Outros 41% afirmam acreditar em retomada de crescimento a partir do ano que vem. Com relação à integração na América Latina, 45% dos entrevistados consideram que interesses partidários e políticos conflitantes são os principais obstáculos. Para 29% dos entrevistados, os problemas decorrem do baixo número de acordos comerciais entre os países. "Tem um espaço para melhorar muito essa integração porque executivos veem empecilhos comerciais e de investimentos na América Latina", diz Deborah Vieitas, CEO da Amcham. "Há interesse. Falta organização, dizem pesquisados." GRAMADO VIZINHO - Como americanos veem os negócios na América Latina - Por um fio... A Aneel fixou em R$ 248 por MWh o preço da energia no leilão de pequenas hidrelétricas -as empresas que vão ofertar esperavam valor mais próximo de R$ 280, diz Paulo Arbex, presidente da associação do setor. ...d'água Como muitas companhias não conseguem lucrar com o teto imposto, a geração oferecida deve ser de cerca de 300 MWh, segundo ele. Um valor perto do que ele pretendia viabilizaria cerca de 1.000 MWh, afirma. De norte... A zona norte de São Paulo tem as taxas de condomínio mais baixas da capital: uma média de R$ 557 mensais, segundo a Lello. A região possui o maior índice de inadimplência, de 6,4%. ...a sul A cota mensal mais cara é a da zona sul, onde os moradores pagam em média R$ 1.000 por mês. A incidência de não pagamento da taxa é a mais baixa da cidade, de 3,9%. Conta mais cara A menor média de apartamentos por prédio e os maiores gastos com portaria, segurança e limpeza, que somam 50% da taxa, justificam a liderança, diz Angélica Arbex, da Lello. Guarulhos... A Enersys, que produz baterias elétricas industriais, vai investir R$ 48,3 milhões na expansão da planta de Guarulhos. O aporte veio da matriz dos Estados Unidos, e vai para máquinas das linhas de produção da empresa. ...elétrica A empresa fabrica produtos para veículos específicos, como empilhadeiras e carrinhos de aeroporto e também equipamentos de "no break". Com o investimento, a área da empresa passou de 4.000 m² para 67 mil m². Motel 6 O Hotel 10, que replica o modelo norte-americano de motéis de estrada, vai investir R$ 12 milhões em uma unidade em Lorena, no interior de SP. O grupo tem planos para abrir oito novos empreendimentos em cinco anos. - com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Auditoria liga ex-chefe de presídios de SP a fornecedores de secretaria
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Empresas da família do ex-chefe dos presídios da Grande São Paulo fizeram negócios com fornecedoras da Secretaria da Administração Penitenciária, segundo conclusão de auditoria da Corregedoria Geral da Administração. A investigação foi aberta em setembro do ano passado por ordem do governador Geraldo Alckmin (PSDB), após reportagem da Folha revelar o enriquecimento da família de Hugo Berni Neto por meio de empresas do ramo imobiliário. Na ocasião, Berni também deixou a chefia das prisões, cargo que ocupava desde 2006, no governo de José Serra (PSDB). Berni não foi localizado na tarde desta quinta-feira (14), mas em entrevista anterior negou irregularidades e afirmou ter como comprovar a origem de seu patrimônio. Como coordenador de 28 unidades prisionais, cargo de confiança do secretário Lourival Gomes, Berni era o responsável pelos contratos com as empresas que forneciam alimentos e outros serviços. A Folha apurou que a auditoria rastreou negócios das empresas da família de Berni com ao menos cinco empresas ganhadoras de licitações da secretaria. Quatro são fornecedoras de alimentos para prisões e uma é da área de material de construção. Promotores investigam se contratos superfaturados podem ter servido para irrigar as empresas de Berni. Uma das companhias rastreadas na apuração da corregedoria é a Geraldo J Coan, cujos contratos com a pasta já são investigados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e pelo Ministério Público. Em 2010, o TCE reprovou contratação sem licitação de 2008, avaliada em R$ 1,2 milhão, para a alimentação de detentos da Penitenciária 2 de Itapetininga. A Promotoria também investiga uma suspeita de superfaturamento em um contrato da empresa para fornecer alimentos para o Centro de Detenção Provisória de Belém –da coordenadoria chefiada por Berni. A Geraldo J Coan também teve proprietários denunciados na chamada "máfia da merenda", acusada de fraudar licitações e pagar propina em municípios do Estado. O fornecimento de quentinhas nas prisões tem gastos na casa dos R$ 200 milhões ao ano. O TCE já constatou diversas irregularidades na quantidade, preços e qualidade dessas refeições. Funcionários das prisões chegaram a encontrar objetos como pregos e cabeças de galinha dentro das marmitas destinadas aos presos. IRREGULAR A corregedoria também recomendou à Secretaria da Administração Penitenciária a instauração de procedimento por "inconsistência patrimonial e conduta irregular" contra Berni. Além disso, encaminhou os dados à Promotoria. Berni permanece como agente de segurança concursado do Estado, mas tem tirado sucessivas licenças do trabalho na secretaria. Questionada sobre o assunto, a SAP afirmou que foram abertas 24 apurações a respeito de denúncias relativas a Berni. As investigações podem resultar na demissão dele. "Três delas já foram concluídas e encaminhadas à Procuradoria Geral do Estado com a recomendação de abertura de processo administrativo de natureza grave, que pode levar à demissão a bem do serviço público e o eventual ressarcimento aos cofres públicos", afirma a pasta. Em setembro de 2015, levantamento da Folha mostrou como, em poucos anos, Berni saiu quase do zero e construiu casas em condomínios de alto padrão em Sorocaba (a 99 km de São Paulo) avaliadas em mais de R$ 7 milhões. Também foram iniciadas obras de um condomínio inteiro, com 24 casas, que podem alcançar R$ 15 milhões. A Corregedoria Geral da Administração encontrou dez imóveis no nome de uma empresa da qual Berni é sócio, a Midas Empreendimentos, e mais 12 no nome da irmã dele, Rita de Cássia Berni. INVESTIGADO NEGOU O ex-coordenador dos presídios da região metropolitana de SP, Hugo Berni Neto, negou irregularidades na sua atuação, em entrevista concedida anteriormente à Folha. Ele afirmou que o patrimônio adquirido é fruto de "remanejamento" financeiro de outras duas empresas de sua família e de permutas. Berni negou que haja desvios de recursos de contratos de licitações para a compra de imóveis. "Dá a entender que os recursos vêm daí pra lá. Mas graças a Deus não tem nada a ver", disse. O ex-coordenador afirmou não ser gestor das empresas, mas admitiu conversar diariamente com a irmã sobre os negócios imobiliários. A reportagem procurou Berni nesta quinta (14) por e-mail enviado à SAP e por telefone na empresa da família, mas não obteve retorno. Nenhum responsável pela Geraldo J Coan foi localizado. - Corregedoria conclui auditoria sobre ex-coordenador de presídios QUEM É HUGO BERNI NETO, 51 - Ex-coordenador de presídios da Grande SP, era responsável por licitações milionárias da SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária), mas deixou o cargo em set.2015, após reportagem da Folha QUAIS ERAM AS SUSPEITAS - A reportagem revelou que ele possuía bens incompatíveis com o cargo. Uma empresa da qual era sócio havia construído, em dois anos, 12 casas em condomínios de alto padrão de Sorocaba (SP) QUAL ERA O VALOR DOS IMÓVEIS - Os empreendimentos levantados pela Folha chegam a R$ 22 milhões. É o equivalente a 102 anos de seu antigo salário de coordenador (R$ 18 mil mensais); Berni ocupou o cargo entre 2008 e 2015. O QUE ELE DISSE - Que o avanço da empresa não tinha relação com o seu cargo na SAP e que, por ser funcionário público, não podia aparecer como administrador da empresa –oficialmente a cargo de sua irmã O QUE A CORREGEDORIA CONCLUIU - As três empresas de Berni e de sua irmã, Rita de Cássia, fizeram negócios com empresas ganhadoras de licitações realizadas pela SAP. Foram rastreados, no total, 22 imóveis –10 no nome de uma empresa e 12 no nome da irmã O QUE ACONTECE AGORA - A CGA (Corregedoria Geral da Administração) recomendou à SAP a instauração de um procedimento administrativo disciplinar (PAD) e comunicou suas conclusões ao Ministério Público, que investiga Berni
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cotidiano
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Auditoria liga ex-chefe de presídios de SP a fornecedores de secretariaEmpresas da família do ex-chefe dos presídios da Grande São Paulo fizeram negócios com fornecedoras da Secretaria da Administração Penitenciária, segundo conclusão de auditoria da Corregedoria Geral da Administração. A investigação foi aberta em setembro do ano passado por ordem do governador Geraldo Alckmin (PSDB), após reportagem da Folha revelar o enriquecimento da família de Hugo Berni Neto por meio de empresas do ramo imobiliário. Na ocasião, Berni também deixou a chefia das prisões, cargo que ocupava desde 2006, no governo de José Serra (PSDB). Berni não foi localizado na tarde desta quinta-feira (14), mas em entrevista anterior negou irregularidades e afirmou ter como comprovar a origem de seu patrimônio. Como coordenador de 28 unidades prisionais, cargo de confiança do secretário Lourival Gomes, Berni era o responsável pelos contratos com as empresas que forneciam alimentos e outros serviços. A Folha apurou que a auditoria rastreou negócios das empresas da família de Berni com ao menos cinco empresas ganhadoras de licitações da secretaria. Quatro são fornecedoras de alimentos para prisões e uma é da área de material de construção. Promotores investigam se contratos superfaturados podem ter servido para irrigar as empresas de Berni. Uma das companhias rastreadas na apuração da corregedoria é a Geraldo J Coan, cujos contratos com a pasta já são investigados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e pelo Ministério Público. Em 2010, o TCE reprovou contratação sem licitação de 2008, avaliada em R$ 1,2 milhão, para a alimentação de detentos da Penitenciária 2 de Itapetininga. A Promotoria também investiga uma suspeita de superfaturamento em um contrato da empresa para fornecer alimentos para o Centro de Detenção Provisória de Belém –da coordenadoria chefiada por Berni. A Geraldo J Coan também teve proprietários denunciados na chamada "máfia da merenda", acusada de fraudar licitações e pagar propina em municípios do Estado. O fornecimento de quentinhas nas prisões tem gastos na casa dos R$ 200 milhões ao ano. O TCE já constatou diversas irregularidades na quantidade, preços e qualidade dessas refeições. Funcionários das prisões chegaram a encontrar objetos como pregos e cabeças de galinha dentro das marmitas destinadas aos presos. IRREGULAR A corregedoria também recomendou à Secretaria da Administração Penitenciária a instauração de procedimento por "inconsistência patrimonial e conduta irregular" contra Berni. Além disso, encaminhou os dados à Promotoria. Berni permanece como agente de segurança concursado do Estado, mas tem tirado sucessivas licenças do trabalho na secretaria. Questionada sobre o assunto, a SAP afirmou que foram abertas 24 apurações a respeito de denúncias relativas a Berni. As investigações podem resultar na demissão dele. "Três delas já foram concluídas e encaminhadas à Procuradoria Geral do Estado com a recomendação de abertura de processo administrativo de natureza grave, que pode levar à demissão a bem do serviço público e o eventual ressarcimento aos cofres públicos", afirma a pasta. Em setembro de 2015, levantamento da Folha mostrou como, em poucos anos, Berni saiu quase do zero e construiu casas em condomínios de alto padrão em Sorocaba (a 99 km de São Paulo) avaliadas em mais de R$ 7 milhões. Também foram iniciadas obras de um condomínio inteiro, com 24 casas, que podem alcançar R$ 15 milhões. A Corregedoria Geral da Administração encontrou dez imóveis no nome de uma empresa da qual Berni é sócio, a Midas Empreendimentos, e mais 12 no nome da irmã dele, Rita de Cássia Berni. INVESTIGADO NEGOU O ex-coordenador dos presídios da região metropolitana de SP, Hugo Berni Neto, negou irregularidades na sua atuação, em entrevista concedida anteriormente à Folha. Ele afirmou que o patrimônio adquirido é fruto de "remanejamento" financeiro de outras duas empresas de sua família e de permutas. Berni negou que haja desvios de recursos de contratos de licitações para a compra de imóveis. "Dá a entender que os recursos vêm daí pra lá. Mas graças a Deus não tem nada a ver", disse. O ex-coordenador afirmou não ser gestor das empresas, mas admitiu conversar diariamente com a irmã sobre os negócios imobiliários. A reportagem procurou Berni nesta quinta (14) por e-mail enviado à SAP e por telefone na empresa da família, mas não obteve retorno. Nenhum responsável pela Geraldo J Coan foi localizado. - Corregedoria conclui auditoria sobre ex-coordenador de presídios QUEM É HUGO BERNI NETO, 51 - Ex-coordenador de presídios da Grande SP, era responsável por licitações milionárias da SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária), mas deixou o cargo em set.2015, após reportagem da Folha QUAIS ERAM AS SUSPEITAS - A reportagem revelou que ele possuía bens incompatíveis com o cargo. Uma empresa da qual era sócio havia construído, em dois anos, 12 casas em condomínios de alto padrão de Sorocaba (SP) QUAL ERA O VALOR DOS IMÓVEIS - Os empreendimentos levantados pela Folha chegam a R$ 22 milhões. É o equivalente a 102 anos de seu antigo salário de coordenador (R$ 18 mil mensais); Berni ocupou o cargo entre 2008 e 2015. O QUE ELE DISSE - Que o avanço da empresa não tinha relação com o seu cargo na SAP e que, por ser funcionário público, não podia aparecer como administrador da empresa –oficialmente a cargo de sua irmã O QUE A CORREGEDORIA CONCLUIU - As três empresas de Berni e de sua irmã, Rita de Cássia, fizeram negócios com empresas ganhadoras de licitações realizadas pela SAP. Foram rastreados, no total, 22 imóveis –10 no nome de uma empresa e 12 no nome da irmã O QUE ACONTECE AGORA - A CGA (Corregedoria Geral da Administração) recomendou à SAP a instauração de um procedimento administrativo disciplinar (PAD) e comunicou suas conclusões ao Ministério Público, que investiga Berni
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BNDES suspende verba para projetos de firmas investigadas
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O BNDES suspendeu temporariamente os desembolsos de recursos para 25 projetos de exportação de serviços de empresas investigadas pela Operação Lava Jato. A suspensão trava a liberação de US$ 4,7 bilhões para os projetos, que incluem obras em nove países. Na lista, estão o aeroporto de Havana (Cuba) e linhas do metrô de Caracas (Venezuela). A decisão foi tomada em maio, em resposta a ação da AGU contra as empresas, mas divulgada apenas nesta terça-feira (11), em entrevista para detalhar a nova política do banco para financiar a exportação de serviços. Os projetos que tiveram os desembolsos suspensos somam US$ 7 bilhões, dos quais US$ 2,3 bilhões já foram desembolsados. São projetos de exportação de serviços de engenharia contratados por Argentina, Cuba, Venezuela, Guatemala, Honduras, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana às empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. O diretor do banco para a área de exportações, Ricardo Ramos, explicou que não houve qualquer desembolso a esses projetos desde maio. Segundo ele, o BNDES consultou a AGU sobre a possibilidade de manutenção dos contratos, mas foi aconselhado a reavaliar os projetos. A análise vai considerar o avanço físico da obra, a existência de outras fontes de financiamento e a exposição do banco ao risco. Além disso, as empresas terão que assinar um termo de compliance (governança), garantindo que os projetos seguem as leis, sob o risco de multas ou de resgate antecipado da dívida em caso de irregularidades. Os termos já vêm sendo discutidos com as empreiteiras e os países que tomaram os empréstimos, informou o BNDES. RESPOSTA Nesses casos de exportação de serviços, o empréstimo do BNDES é dado a países que contratam empresas brasileiras e cobre o valor das exportações de equipamentos para as obras. "É uma política mais seletiva", disse Ramos, classificando a mudança na política de financiamento às exportações de serviços como uma "resposta à sociedade". De acordo com ele, o banco passará a avaliar e monitorar os impactos dos projetos no exterior, além de acompanhar as obras de perto. Até agora, a análise de cada projeto focava no potencial de geração de divisas com a exportação de bens nacionais para as obras no exterior. O objetivo é ter avaliação mais ampla do projeto, para analisar sua viabilidade e os riscos. As mudanças seguem recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), que pediu ao banco análise da economicidade dos projetos e monitoramento da efetividade do retorno ao Brasil. "É importante definir indicadores que possam dar resposta à sociedade sobre quais benefícios esses projetos têm", disse Ramos. Atualmente, a carteira de financiamento à exportação de serviços do banco tem 47 projetos no valor total de US$ 13,5 bilhões. Deste total, 22 ainda não tiveram contrato assinado e serão analisados sob as novas regras. O segmento é alvo de investigações do Ministério Público Federal. A Polícia Federal denunciou o ex-presidente Lula e o empreiteiro Marcelo Odebrecht sob acusação de desvios em contratos da Odebrecht com o BNDES para obras em Angola. O diretor do banco disse que auditoria interna não detectou irregularidades na concessão de financiamentos de exportação de serviços.
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BNDES suspende verba para projetos de firmas investigadasO BNDES suspendeu temporariamente os desembolsos de recursos para 25 projetos de exportação de serviços de empresas investigadas pela Operação Lava Jato. A suspensão trava a liberação de US$ 4,7 bilhões para os projetos, que incluem obras em nove países. Na lista, estão o aeroporto de Havana (Cuba) e linhas do metrô de Caracas (Venezuela). A decisão foi tomada em maio, em resposta a ação da AGU contra as empresas, mas divulgada apenas nesta terça-feira (11), em entrevista para detalhar a nova política do banco para financiar a exportação de serviços. Os projetos que tiveram os desembolsos suspensos somam US$ 7 bilhões, dos quais US$ 2,3 bilhões já foram desembolsados. São projetos de exportação de serviços de engenharia contratados por Argentina, Cuba, Venezuela, Guatemala, Honduras, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana às empreiteiras Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. O diretor do banco para a área de exportações, Ricardo Ramos, explicou que não houve qualquer desembolso a esses projetos desde maio. Segundo ele, o BNDES consultou a AGU sobre a possibilidade de manutenção dos contratos, mas foi aconselhado a reavaliar os projetos. A análise vai considerar o avanço físico da obra, a existência de outras fontes de financiamento e a exposição do banco ao risco. Além disso, as empresas terão que assinar um termo de compliance (governança), garantindo que os projetos seguem as leis, sob o risco de multas ou de resgate antecipado da dívida em caso de irregularidades. Os termos já vêm sendo discutidos com as empreiteiras e os países que tomaram os empréstimos, informou o BNDES. RESPOSTA Nesses casos de exportação de serviços, o empréstimo do BNDES é dado a países que contratam empresas brasileiras e cobre o valor das exportações de equipamentos para as obras. "É uma política mais seletiva", disse Ramos, classificando a mudança na política de financiamento às exportações de serviços como uma "resposta à sociedade". De acordo com ele, o banco passará a avaliar e monitorar os impactos dos projetos no exterior, além de acompanhar as obras de perto. Até agora, a análise de cada projeto focava no potencial de geração de divisas com a exportação de bens nacionais para as obras no exterior. O objetivo é ter avaliação mais ampla do projeto, para analisar sua viabilidade e os riscos. As mudanças seguem recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), que pediu ao banco análise da economicidade dos projetos e monitoramento da efetividade do retorno ao Brasil. "É importante definir indicadores que possam dar resposta à sociedade sobre quais benefícios esses projetos têm", disse Ramos. Atualmente, a carteira de financiamento à exportação de serviços do banco tem 47 projetos no valor total de US$ 13,5 bilhões. Deste total, 22 ainda não tiveram contrato assinado e serão analisados sob as novas regras. O segmento é alvo de investigações do Ministério Público Federal. A Polícia Federal denunciou o ex-presidente Lula e o empreiteiro Marcelo Odebrecht sob acusação de desvios em contratos da Odebrecht com o BNDES para obras em Angola. O diretor do banco disse que auditoria interna não detectou irregularidades na concessão de financiamentos de exportação de serviços.
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O bebê que surpreendeu os médicos ao sobreviver com cérebro fora do crânio
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Quando Sierra Yoder estava grávida de cinco meses, os médicos da pequena cidade onde ela vivia no Estado de Ohio, nos Estados Unidos, disseram que seu filho tinha uma doença muito rara, conhecida como encefalocele. Isso significa que o cérebro do bebê estava crescendo fora do crânio. "Eles nos disseram que nosso filho não sobreviveria. Não nos deram nenhuma esperança", explicou ela. Diante dos prognósticos ruins dados pelos médicos, Sierra e seu marido, Dustin Yoder, decidiram que interromperiam a gravidez. Eles já estavam dispostos a iniciar o procedimento do aborto, mas, de última hora, mudaram de ideia e seguiram em frente. E, apesar de todas as previsões negativas, Bentley nasceu com saúde e sobreviveu. PREPARADOS PARA O PIOR Sierra teve uma gestação normal, e o bebê veio ao mundo em 31 de outubro de 2015, um dia depois do previsto. "Quando Bentley nasceu, esperávamos que ele não fosse chorar, que não fosse se mexer, pensávamos que não saberíamos nem identificar quando ele estivesse com fome", disse Dustin. No entanto, o bebê chegou como todos os outros: chorando. "Nós nos olhamos e pensamos: eles nos disseram que ele nem sequer iria respirar", contou Sierra. Apesar da surpresa, o processo não foi fácil. Apesar da alegria pelo nascimento do filho, a mãe tinha se preparado para perdê-lo - diante das previsões negativas, ela procurou saber, por exemplo, informações sobre os procedimentos para funerais. Mas o bebê se desenvolveu bem e recebeu alta. "Nós não conseguíamos entender como Bentley estava usando seu cérebro. Pensamos que ele talvez ele estivesse usando uma parte que ficava dentro do crânio", disse Sierra. Esperançosos, eles decidiram pedir uma segunda opinião em uma clínica em Cleveland e contataram especialistas do Hospital Infantil de Boston. Foram os médicos de lá que disseram ao casal que era possível fazer uma cirurgia em Bentley. Os neurocirurgiões John Meara e Mark Proctor operaram o bebê em 24 de maio passado. E o procedimento foi um sucesso. UM CASO RARO Quando a equipe do hospital conheceu os pais do bebê, dois meses antes da operação, ficou surpresa com o fato de que Bentley tinha sobrevivido e felizes diante da possibilidade de dar a ele melhores condições de vida, contou Proctor à BBC. "Fizemos várias operações desse tipo durante o ano e por isso os pais vieram até nós. Não é algo que nunca havíamos visto", explicou. "A encefalocele é uma doença rara que afeta um bebê em milhões. Mas o caso de Bentley era ainda mais particular porque ele tinha uma grande parte de seu cérebro ativa." Por causa disso, havia razões para acreditar que o cérebro poderia funcionar normalmente, segundo o médico. De acordo com os especialistas, não há como saber exatamente a porcentagem que estava ativa - eles estimam, porém, que provavelmente chegava perto dos 90%. "Cada caso é um caso, mas o de Bentley era um dos mais complexos", disse o neurocirurgião. Mas e agora, o que esperar do desenvolvimento do bebê? "É uma pergunta difícil de responder. Ele provavelmente vai demorar um pouco mais para desenvolver a fala, mas esperamos que possa ter uma vida normal. Ainda é complicado saber como ele vai evoluir", afirmou o médico.
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equilibrioesaude
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O bebê que surpreendeu os médicos ao sobreviver com cérebro fora do crânioQuando Sierra Yoder estava grávida de cinco meses, os médicos da pequena cidade onde ela vivia no Estado de Ohio, nos Estados Unidos, disseram que seu filho tinha uma doença muito rara, conhecida como encefalocele. Isso significa que o cérebro do bebê estava crescendo fora do crânio. "Eles nos disseram que nosso filho não sobreviveria. Não nos deram nenhuma esperança", explicou ela. Diante dos prognósticos ruins dados pelos médicos, Sierra e seu marido, Dustin Yoder, decidiram que interromperiam a gravidez. Eles já estavam dispostos a iniciar o procedimento do aborto, mas, de última hora, mudaram de ideia e seguiram em frente. E, apesar de todas as previsões negativas, Bentley nasceu com saúde e sobreviveu. PREPARADOS PARA O PIOR Sierra teve uma gestação normal, e o bebê veio ao mundo em 31 de outubro de 2015, um dia depois do previsto. "Quando Bentley nasceu, esperávamos que ele não fosse chorar, que não fosse se mexer, pensávamos que não saberíamos nem identificar quando ele estivesse com fome", disse Dustin. No entanto, o bebê chegou como todos os outros: chorando. "Nós nos olhamos e pensamos: eles nos disseram que ele nem sequer iria respirar", contou Sierra. Apesar da surpresa, o processo não foi fácil. Apesar da alegria pelo nascimento do filho, a mãe tinha se preparado para perdê-lo - diante das previsões negativas, ela procurou saber, por exemplo, informações sobre os procedimentos para funerais. Mas o bebê se desenvolveu bem e recebeu alta. "Nós não conseguíamos entender como Bentley estava usando seu cérebro. Pensamos que ele talvez ele estivesse usando uma parte que ficava dentro do crânio", disse Sierra. Esperançosos, eles decidiram pedir uma segunda opinião em uma clínica em Cleveland e contataram especialistas do Hospital Infantil de Boston. Foram os médicos de lá que disseram ao casal que era possível fazer uma cirurgia em Bentley. Os neurocirurgiões John Meara e Mark Proctor operaram o bebê em 24 de maio passado. E o procedimento foi um sucesso. UM CASO RARO Quando a equipe do hospital conheceu os pais do bebê, dois meses antes da operação, ficou surpresa com o fato de que Bentley tinha sobrevivido e felizes diante da possibilidade de dar a ele melhores condições de vida, contou Proctor à BBC. "Fizemos várias operações desse tipo durante o ano e por isso os pais vieram até nós. Não é algo que nunca havíamos visto", explicou. "A encefalocele é uma doença rara que afeta um bebê em milhões. Mas o caso de Bentley era ainda mais particular porque ele tinha uma grande parte de seu cérebro ativa." Por causa disso, havia razões para acreditar que o cérebro poderia funcionar normalmente, segundo o médico. De acordo com os especialistas, não há como saber exatamente a porcentagem que estava ativa - eles estimam, porém, que provavelmente chegava perto dos 90%. "Cada caso é um caso, mas o de Bentley era um dos mais complexos", disse o neurocirurgião. Mas e agora, o que esperar do desenvolvimento do bebê? "É uma pergunta difícil de responder. Ele provavelmente vai demorar um pouco mais para desenvolver a fala, mas esperamos que possa ter uma vida normal. Ainda é complicado saber como ele vai evoluir", afirmou o médico.
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Após decisão de Moro, Banco Central bloqueia R$ 600 mil de Lula
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Uma semana após ser condenado por corrupção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve R$ 606 mil bloqueados em contas bancárias nesta quarta (19), por ordem da Justiça. A decisão é do juiz Sergio Moro, a pedido do Ministério Público Federal, que solicitou o sequestro dos bens do ex-presidente para a recuperação do produto do crime, caso seja confirmada a condenação. Lula foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). O dinheiro do apartamento teria vindo de contratos da Petrobras, num esquema que gerou um dano estimado de R$ 16 milhões à estatal, segundo a sentença. Ainda cabe recurso. O bloqueio ordenado por Moro foi de R$ 10 milhões, mas o Banco Central só encontrou R$ 606 mil em quatro contas do petista –no Banco do Brasil, Caixa e Itaú. Dois carros em nome de Lula –uma Ford Ranger e um Ômega– também foram bloqueados e não podem ser transferidos a terceiros ou vendidos. O mesmo foi feito com três apartamentos e um terreno em São Bernardo do Campo (SP), todos de propriedade do ex-presidente, que foram sequestrados pela Justiça –inclusive o apartamento em que Lula vive. O político ainda pode morar no local e usufruir dos bens, mas eles não podem ser vendidos nem transferidos. Se o forem, a parte que cabe ao ex-presidente precisa ser depositada em juízo. TRÂMITE Os carros e imóveis, quando a sentença transitar em julgado e caso confirmada a condenação, serão leiloados e, o dinheiro, transferido à vítima -neste caso, a Petrobras. Já os valores em contas bancárias e aplicações financeiras foram bloqueados e serão transferidos a uma conta judicial quando assim determinado, para depois serem repassados à estatal, também em caso de condenação definitiva. O Ministério Público ainda havia solicitado o bloqueio de um terceiro veículo de Lula, uma caminhonete Ford F1000, de 1984, mas Moro negou o pedido "pela antiguidade do veículo, sem valor representativo". O juiz também havia estipulado na semana passada o confisco do tríplex, que foi avaliado em R$ 2,2 milhões. OUTRO LADO Os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, afirmaram em nota que a decisão de bloqueio é "ilegal e abusiva", e irão impugná-la. De acordo com a defesa, a medida só seria justificável se houvesse venda ou transferência recente de bens pelo ex-presidente, caracterizando a dilapidação do patrimônio -o que, segundo eles, não ocorreu. O bloqueio, na opinião dos defensores, foi uma "arbitrariedade" e baseado em "mera cogitação", prejudicando a subsistência de Lula e de sua família. O PT também se manifestou em favor de Lula e acusou Moro de impor "uma pena de asfixia econômica" e uma "retaliação" ao ex-presidente. "O patrimônio e os bens de Lula são aqueles atingidos pelo bloqueio, compatíveis com o de uma pessoa de 71 anos que trabalha honestamente desde criança", informou a nota oficial do partido. A defesa do petista ainda reclama que não teve acesso ao pedido, feito ainda em outubro do ano passado e mantido em sigilo até agora. Os advogados também destacam que o juiz calculou o valor do bloqueio de acordo com contratos da Petrobras –embora, em decisão desta terça (18), Moro tenha dito que os valores indevidos não precisavam ter origem "especificamente nos contratos" da estatal.
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Após decisão de Moro, Banco Central bloqueia R$ 600 mil de LulaUma semana após ser condenado por corrupção, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve R$ 606 mil bloqueados em contas bancárias nesta quarta (19), por ordem da Justiça. A decisão é do juiz Sergio Moro, a pedido do Ministério Público Federal, que solicitou o sequestro dos bens do ex-presidente para a recuperação do produto do crime, caso seja confirmada a condenação. Lula foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP). O dinheiro do apartamento teria vindo de contratos da Petrobras, num esquema que gerou um dano estimado de R$ 16 milhões à estatal, segundo a sentença. Ainda cabe recurso. O bloqueio ordenado por Moro foi de R$ 10 milhões, mas o Banco Central só encontrou R$ 606 mil em quatro contas do petista –no Banco do Brasil, Caixa e Itaú. Dois carros em nome de Lula –uma Ford Ranger e um Ômega– também foram bloqueados e não podem ser transferidos a terceiros ou vendidos. O mesmo foi feito com três apartamentos e um terreno em São Bernardo do Campo (SP), todos de propriedade do ex-presidente, que foram sequestrados pela Justiça –inclusive o apartamento em que Lula vive. O político ainda pode morar no local e usufruir dos bens, mas eles não podem ser vendidos nem transferidos. Se o forem, a parte que cabe ao ex-presidente precisa ser depositada em juízo. TRÂMITE Os carros e imóveis, quando a sentença transitar em julgado e caso confirmada a condenação, serão leiloados e, o dinheiro, transferido à vítima -neste caso, a Petrobras. Já os valores em contas bancárias e aplicações financeiras foram bloqueados e serão transferidos a uma conta judicial quando assim determinado, para depois serem repassados à estatal, também em caso de condenação definitiva. O Ministério Público ainda havia solicitado o bloqueio de um terceiro veículo de Lula, uma caminhonete Ford F1000, de 1984, mas Moro negou o pedido "pela antiguidade do veículo, sem valor representativo". O juiz também havia estipulado na semana passada o confisco do tríplex, que foi avaliado em R$ 2,2 milhões. OUTRO LADO Os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, afirmaram em nota que a decisão de bloqueio é "ilegal e abusiva", e irão impugná-la. De acordo com a defesa, a medida só seria justificável se houvesse venda ou transferência recente de bens pelo ex-presidente, caracterizando a dilapidação do patrimônio -o que, segundo eles, não ocorreu. O bloqueio, na opinião dos defensores, foi uma "arbitrariedade" e baseado em "mera cogitação", prejudicando a subsistência de Lula e de sua família. O PT também se manifestou em favor de Lula e acusou Moro de impor "uma pena de asfixia econômica" e uma "retaliação" ao ex-presidente. "O patrimônio e os bens de Lula são aqueles atingidos pelo bloqueio, compatíveis com o de uma pessoa de 71 anos que trabalha honestamente desde criança", informou a nota oficial do partido. A defesa do petista ainda reclama que não teve acesso ao pedido, feito ainda em outubro do ano passado e mantido em sigilo até agora. Os advogados também destacam que o juiz calculou o valor do bloqueio de acordo com contratos da Petrobras –embora, em decisão desta terça (18), Moro tenha dito que os valores indevidos não precisavam ter origem "especificamente nos contratos" da estatal.
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Longe dos holofotes, zika e 'pílula do câncer' avançam
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Enquanto o país só tem olhos para a crise política e econômica, temas de saúde que até bem pouco tempo atrás dominavam o noticiário praticamente desapareceram do cenário. Mas não se iludam. Longe dos holofotes, o vírus da zika se alastra no Estado de São Paulo e a "pílula do câncer" está prestes a ser aprovada pelo Senado, à revelia da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou de qualquer estudo que ateste a eficácia e a segurança da substância. ZIKA No território paulista, há 38 casos confirmados de microcefalia com suspeita de ligação com o vírus da zika. Outras 900 gestantes já receberam o diagnóstico de infecção pelo vírus e estão sendo monitoradas. Como não há exames diagnósticos disponíveis na rede pública, Estado e prefeituras estão priorizando grávidas que apresentam sintomas de zika e que tiveram exames de dengue negativos. Mas uma pesquisa recente da Faculdade de Medicina de Jundiaí mostra que é preciso muito mais. O trabalho, que compara gestantes saudáveis com aquelas que tiveram sintomas de zika, verificou que entre as grávidas assintomáticas, 80% tinham a presença do vírus da zika no sangue. Ou seja, tem muita gestante por aí infectada sem saber... Levando em conta que dengue e chikungunya também podem causar danos aos fetos e aos bebês, é urgente os testes para as três arboviroses sejam incluídos o pré-natal. Mas de forma efetiva, e não só na propaganda política do governo de Geraldo Alckmin. 'PÍLULA DO CÂNCER' Sobre a "pílula do câncer", a situação fica cada dia mais surreal. A fabricação e o uso da substância fosfoetanolamina foram aprovados pela Câmara dos Deputados, a despeito da unânime desaprovação da comunidade médica e científica, que defende o óbvio: que a "pílula" passe por testes clínicos e pela aprovação da Anvisa antes de ser liberada. O projeto agora está no Senado e há grandes chances de ser aprovado. É compreensível que o desespero de um doente de câncer incurável o leve a correr riscos e a buscar tratamentos que não passaram pelo escrutínio científico, mas é inaceitável que políticos façam uso do apelo popular que o tema carrega e passem por cima de regras regulatórias e instituições. Isso acontece ao mesmo tempo que são divulgados os primeiros relatórios sobre as pesquisas financiadas pelo governo federal a respeito da substância. Eles indicam que a molécula não age contra o câncer. Nas análises, as "pílulas da USP", como também ficaram conhecidas, possuem composição irregular, com um máximo de 32,2% de fosfoetanolamina. No total, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai investir, em três anos, R$ 10 milhões nesses estudos. Diante dos resultados negativos, já começou a gritaria insana nas redes sociais. Pessoas acusam os pesquisadores de "defenderem os interesses da indústria farmacêutica, que não quer a cura do câncer". Senhores senadores, um pedido: tenham o mínimo de responsabilidade com a saúde e com o dinheiro público. Guiem-se pelas evidências científicas, não pelo sabor do voto.
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Longe dos holofotes, zika e 'pílula do câncer' avançamEnquanto o país só tem olhos para a crise política e econômica, temas de saúde que até bem pouco tempo atrás dominavam o noticiário praticamente desapareceram do cenário. Mas não se iludam. Longe dos holofotes, o vírus da zika se alastra no Estado de São Paulo e a "pílula do câncer" está prestes a ser aprovada pelo Senado, à revelia da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou de qualquer estudo que ateste a eficácia e a segurança da substância. ZIKA No território paulista, há 38 casos confirmados de microcefalia com suspeita de ligação com o vírus da zika. Outras 900 gestantes já receberam o diagnóstico de infecção pelo vírus e estão sendo monitoradas. Como não há exames diagnósticos disponíveis na rede pública, Estado e prefeituras estão priorizando grávidas que apresentam sintomas de zika e que tiveram exames de dengue negativos. Mas uma pesquisa recente da Faculdade de Medicina de Jundiaí mostra que é preciso muito mais. O trabalho, que compara gestantes saudáveis com aquelas que tiveram sintomas de zika, verificou que entre as grávidas assintomáticas, 80% tinham a presença do vírus da zika no sangue. Ou seja, tem muita gestante por aí infectada sem saber... Levando em conta que dengue e chikungunya também podem causar danos aos fetos e aos bebês, é urgente os testes para as três arboviroses sejam incluídos o pré-natal. Mas de forma efetiva, e não só na propaganda política do governo de Geraldo Alckmin. 'PÍLULA DO CÂNCER' Sobre a "pílula do câncer", a situação fica cada dia mais surreal. A fabricação e o uso da substância fosfoetanolamina foram aprovados pela Câmara dos Deputados, a despeito da unânime desaprovação da comunidade médica e científica, que defende o óbvio: que a "pílula" passe por testes clínicos e pela aprovação da Anvisa antes de ser liberada. O projeto agora está no Senado e há grandes chances de ser aprovado. É compreensível que o desespero de um doente de câncer incurável o leve a correr riscos e a buscar tratamentos que não passaram pelo escrutínio científico, mas é inaceitável que políticos façam uso do apelo popular que o tema carrega e passem por cima de regras regulatórias e instituições. Isso acontece ao mesmo tempo que são divulgados os primeiros relatórios sobre as pesquisas financiadas pelo governo federal a respeito da substância. Eles indicam que a molécula não age contra o câncer. Nas análises, as "pílulas da USP", como também ficaram conhecidas, possuem composição irregular, com um máximo de 32,2% de fosfoetanolamina. No total, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai investir, em três anos, R$ 10 milhões nesses estudos. Diante dos resultados negativos, já começou a gritaria insana nas redes sociais. Pessoas acusam os pesquisadores de "defenderem os interesses da indústria farmacêutica, que não quer a cura do câncer". Senhores senadores, um pedido: tenham o mínimo de responsabilidade com a saúde e com o dinheiro público. Guiem-se pelas evidências científicas, não pelo sabor do voto.
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Governo não vê impedimento para nomeação de general para a Funai
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O governo interino de Michel Temer não vê impedimentos para a nomeação do general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior para a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio). O Palácio do Planalto espera a confirmação oficial da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que costuma fazer averiguação prévia sobre nomes indicados ao governo federal. O PSC recebeu a informação de que, em uma análise inicial, o nome já foi aprovado pela agência de inteligência. Caso tenha a aprovação da Abin, o governo interino pretende publicar a nomeação do militar nas próximas semanas no 'Diário Oficial da União". Nesta quarta-feira (6), a Folha mostrou que, em uma página na internet, o militar filiado ao PSC postou uma imagem em homenagem ao golpe militar de 1964. Nas palavras de um assessor presidencial, o general "não pode ser penalizado por uma posição histórica". Segundo ele, o general defende atualmente a democracia e não há indícios de corrupção contra ele, o que o torna capacitado para exercer a função. A indicação para o comando da Funai foi oferecido ao PSC pelo apoio do partido ao governo interino. Segundo documento da Comissão Nacional da Verdade, ao menos 8 mil indígenas foram mortos durante a ditadura militar no país. Nesta manhã, um grupo de indígenas protesta na frente do Palácio do Planalto contra a nomeação e a "militarização da Funai". O militar foi candidato pelo PSC a deputado federal por São Paulo em 2014 –recebeu 10.953 votos e não se elegeu. Nascido em Ribeirão Preto (SP), Peternelli é ligado ao partido que tem uma das bancadas mais conservadoras no Congresso, com oito deputados, entre os quais Jair Bolsonaro (RJ), seu filho Eduardo (SP) e o pastor evangélico Marco Feliciano (SP).
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Governo não vê impedimento para nomeação de general para a FunaiO governo interino de Michel Temer não vê impedimentos para a nomeação do general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior para a presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio). O Palácio do Planalto espera a confirmação oficial da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que costuma fazer averiguação prévia sobre nomes indicados ao governo federal. O PSC recebeu a informação de que, em uma análise inicial, o nome já foi aprovado pela agência de inteligência. Caso tenha a aprovação da Abin, o governo interino pretende publicar a nomeação do militar nas próximas semanas no 'Diário Oficial da União". Nesta quarta-feira (6), a Folha mostrou que, em uma página na internet, o militar filiado ao PSC postou uma imagem em homenagem ao golpe militar de 1964. Nas palavras de um assessor presidencial, o general "não pode ser penalizado por uma posição histórica". Segundo ele, o general defende atualmente a democracia e não há indícios de corrupção contra ele, o que o torna capacitado para exercer a função. A indicação para o comando da Funai foi oferecido ao PSC pelo apoio do partido ao governo interino. Segundo documento da Comissão Nacional da Verdade, ao menos 8 mil indígenas foram mortos durante a ditadura militar no país. Nesta manhã, um grupo de indígenas protesta na frente do Palácio do Planalto contra a nomeação e a "militarização da Funai". O militar foi candidato pelo PSC a deputado federal por São Paulo em 2014 –recebeu 10.953 votos e não se elegeu. Nascido em Ribeirão Preto (SP), Peternelli é ligado ao partido que tem uma das bancadas mais conservadoras no Congresso, com oito deputados, entre os quais Jair Bolsonaro (RJ), seu filho Eduardo (SP) e o pastor evangélico Marco Feliciano (SP).
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Governo ainda pode recuperar confiança, diz presidente do Santander
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O presidente do Santander, Sérgio Rial, é voz destoante no empresariado. Enquanto vários colegas passaram a dizer abertamente que não há saída para a crise com Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, Rial afirma que a presidente ainda é capaz de recuperar a confiança na economia. "Não há nenhum ponto tão baixo que não possa melhorar, desde que se encontre a agenda correta", afirma o banqueiro. "Não é a ruptura que vai levar a uma solução." Apesar da posição claramente favorável à presidente, Rial não diz se é a favor ou contra o impeachment. E o vice Michel Temer, daria certo no lugar de Dilma? "Sempre existe o risco de que só a mudança no Executivo não gere a concertação política" capaz de tirar o país do atoleiro. No comando desde janeiro do terceiro maior banco privado do país, Rial afirma que a crise econômica só não é pior porque os bancos estão segurando as pontas das grandes empresas e renegociando suas dívidas. De acordo com ele, se bancos e investidores exigissem hoje que as empresas pagassem em dia, elas não teriam condições de honrar seus compromissos. "Os bancos estão envolvidos num esforço de prorrogar, refinanciar, repensar, redesenhar tudo. Não interessa a ninguém que as empresas quebrem, que mais gente fique desempregada." FORA DO ROTEIRO Carioca, 55 anos, filho de espanhóis, Rial chegou à presidência da filial brasileira do espanhol Santander sem seguir o roteiro típico dos ocupantes desse tipo de cargo. Começou a carreira em bancos estrangeiros, mas deu uma escapada que o levou a posições de destaque na multinacional americana Cargill e, antes do Santander, à presidência do frigorífico Marfrig. Apesar do cenário de terra arrasada que domina o país, ele diz que o setor privado já fez seu ajuste e acha possível que os primeiros sinais de reação econômica comecem a dar as caras a partir do segundo semestre. "Acho que a economia não vai cair muito mais." Na opinião do presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, a crise econômica só não é pior porque os bancos estão renegociando as dívidas de grandes empresas para tentar evitar que quebrem. "Isso não interessa a ninguém." Leia a seguir trechos da entrevista. Folha - Até as maiores empresas do país estão com dificuldades para pagar dívidas. O sr. teme uma onda de quebradeira? Sérgio Rial - A gravidade da crise é inquestionável. Se hoje todos os bancos e investidores que compraram papéis de empresas brasileiras exigissem pagamentos nos vencimentos previstos, teríamos incapacidade de liquidez no país para isso. Mas essa não é a proposta dos bancos. Os bancos estão envolvidos num esforço de prorrogar, refinanciar, repensar, redesenhar tudo. Não é do interesse de ninguém que empresas quebrem, que mais gente fique desempregada. E o impacto dos calotes na saúde financeira dos bancos? O Brasil tem um sistema financeiro sólido. Minha preocupação não é a quebradeira. É que haja um alinhamento claro dos bancos para ajudar, e está havendo isso, e que as empresas façam seu trabalho de casa. Que trabalho é esse? Voltar para o negócio principal, deixar de fazer coisas que eram bacanas e não dá mais para ter, e que os acionistas se comprometam em colocar recursos. Como as empresas estão reagindo a isso? Muitas são familiares e se assustaram. Vinham de uma fase de bonança, muitas foram pegas de surpresa pela parada abrupta da economia e não conseguiram ler os sinais de que viria uma queda acentuada no preço das commodities. Algumas hesitaram em tomar decisões necessárias, como venda de ativos e fechamento de operações negativas. Mas este é o momento de revalidar a crença nas empresas que lideram e estamos vendo vários exemplos disso. O Santander é um dos grandes financiadores da Petrobras. O sr. teme que a empresa dê calote? A gente não fala sobre clientes, mas absolutamente não. Não estamos numa situação de liquidez que levaria o país a deixar de pagar dívidas. O governo Dilma Rousseff ainda tem condições de recuperar a confiança de empresários e consumidores na economia? Acho que sim. Não há nenhum ponto tão baixo que não possa melhorar, desde que se encontre a agenda correta. O governo que está aí foi eleito democraticamente. Isso é superimportante. Mas um número crescente de empresários passou a dizer abertamente que, com Dilma no Planalto, não há saída possível para a crise econômica... São posições extremas. Tenho certeza de que a presidente tem as melhores intenções. Vejo com tristeza a intolerância que se espalhou pelo país e espero que a gente consiga encontrar um caminho. Estamos num processo de maturidade política duro, mas necessário. Não é a ruptura que vai levar a uma solução. Aliás, não há solução na ruptura. Só há o caos. O vice Michel Temer corre o risco de enfrentar processos iguais aos de Dilma. Ele teria condições de formar o tal governo de transição? O sistema presidencialista criou no imaginário do brasileiro a figura do salvador, ou da salvadora. Não tenho visto movimentos de concertação política no país. Sempre existe o risco de que só a mudança no Executivo não gere essa concertação. No caso de o vice assumir a Presidência da República, o Congresso estaria apto a ajudar? Não sou capaz de responder. Acho que chegou a hora de exigir que todos [governo e oposição] resolvam suas diferenças para termos pelos menos uma agenda mínima de governabilidade do país, que implica melhores contas públicas e pelo menos algumas reformas. O discurso do governo não vai na direção de reformas... Acho que agora não existe um discurso. Não existe uma agenda. Mas posso dizer que elas acontecerão. São necessárias. O sr. é a favor do impeachment da presidente ou da renúncia dela? Prefiro não responder. Muitos bancos estão prevendo que, neste ano, a recessão será ainda pior do que a de 2015. Que a queda do PIB talvez passe dos 4%. Qual é a sua previsão? Acho mais provável a repetição do que vimos em 2015. A projeção do banco é inferior a 4%. E acredito que a partir do segundo semestre estejamos num outro momento. Já batemos no fundo do poço? Sempre pode haver surpresas. Não havendo nada dramático além do que sabemos hoje, acho que a atividade econômica tem tudo para voltar a melhorar a partir de agora. O setor privado já fez seu ajuste. O desemprego que a gente vê na rua é consequência do ajuste feito desde 2015. As empresas estão refinanciando suas dívidas, vendendo coisas que não são importantes, focando suas operações, trabalhando em produtividade. Já vemos sinais de que o Brasil pode emergir dessa crise melhor. Quais são os sinais? A indústria de calçados começa uma retomada e o setor têxtil pode voltar a ser forte, já que a importação da China ficou cara. O agronegócio vai bem. Acho que a economia não vai cair muito mais do que já está dado. Bancos estrangeiros como o HSBC e o Citibank estão saindo do Brasil. O país deixou de ser interessante para as grandes instituições financeiras internacionais? Não se pode atribuir a saída desses bancos apenas à situação do Brasil. O país tem um mercado financeiro de grande potencial. Agora, alguns se cansaram da complexidade de operar aqui e também não conseguiram criar quadros de gestão locais para ter a relevância de que precisavam. Vocês conseguiram? O Brasil representa de 20% a 25% do Santander. Isso é relevância. Nós investimos aqui mais de US$ 30 bilhões nos últimos 20 anos. É preciso esse nível de investimento para ter relevância. O Santander perdeu o HSBC para o Bradesco. Vai tentar comprar as operações de varejo do Citi? Vamos olhar o Citi. Temos obrigação. Mas vamos manter a disciplina financeira que tivemos no caso do HSBC [o Santander acha que o Bradesco pagou muito]. O Santander hoje é oriundo de mais de 20 aquisições. Compramos o Banespa e o Banco Real, que por sua vez tinha comprado o Sudameris, o Bandepe, e tem várias outras aquisições. Hoje somos alternativa aos dois grandes locais [privados, Itaú e Bradesco]. Não há nada errado em ser um grande número dois. * RAIO-X SÉRGIO RIAL, 55 Formação Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e economia pela Universidade Gama Filho Carreira Desde janeiro é presidente do Santander Brasil, após um ano como presidente do conselho de administração da instituição Foi presidente do frigorífico Marfrig e diretor financeiro da indústria de alimentos Cargill, nos Estados Unidos Começou a carreira no banco de investimentos americano Bear Stearns e trabalhou 18 anos no banco holandês ABN Amro, no qual ocupou posições em seis países
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mercado
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Governo ainda pode recuperar confiança, diz presidente do SantanderO presidente do Santander, Sérgio Rial, é voz destoante no empresariado. Enquanto vários colegas passaram a dizer abertamente que não há saída para a crise com Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, Rial afirma que a presidente ainda é capaz de recuperar a confiança na economia. "Não há nenhum ponto tão baixo que não possa melhorar, desde que se encontre a agenda correta", afirma o banqueiro. "Não é a ruptura que vai levar a uma solução." Apesar da posição claramente favorável à presidente, Rial não diz se é a favor ou contra o impeachment. E o vice Michel Temer, daria certo no lugar de Dilma? "Sempre existe o risco de que só a mudança no Executivo não gere a concertação política" capaz de tirar o país do atoleiro. No comando desde janeiro do terceiro maior banco privado do país, Rial afirma que a crise econômica só não é pior porque os bancos estão segurando as pontas das grandes empresas e renegociando suas dívidas. De acordo com ele, se bancos e investidores exigissem hoje que as empresas pagassem em dia, elas não teriam condições de honrar seus compromissos. "Os bancos estão envolvidos num esforço de prorrogar, refinanciar, repensar, redesenhar tudo. Não interessa a ninguém que as empresas quebrem, que mais gente fique desempregada." FORA DO ROTEIRO Carioca, 55 anos, filho de espanhóis, Rial chegou à presidência da filial brasileira do espanhol Santander sem seguir o roteiro típico dos ocupantes desse tipo de cargo. Começou a carreira em bancos estrangeiros, mas deu uma escapada que o levou a posições de destaque na multinacional americana Cargill e, antes do Santander, à presidência do frigorífico Marfrig. Apesar do cenário de terra arrasada que domina o país, ele diz que o setor privado já fez seu ajuste e acha possível que os primeiros sinais de reação econômica comecem a dar as caras a partir do segundo semestre. "Acho que a economia não vai cair muito mais." Na opinião do presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, a crise econômica só não é pior porque os bancos estão renegociando as dívidas de grandes empresas para tentar evitar que quebrem. "Isso não interessa a ninguém." Leia a seguir trechos da entrevista. Folha - Até as maiores empresas do país estão com dificuldades para pagar dívidas. O sr. teme uma onda de quebradeira? Sérgio Rial - A gravidade da crise é inquestionável. Se hoje todos os bancos e investidores que compraram papéis de empresas brasileiras exigissem pagamentos nos vencimentos previstos, teríamos incapacidade de liquidez no país para isso. Mas essa não é a proposta dos bancos. Os bancos estão envolvidos num esforço de prorrogar, refinanciar, repensar, redesenhar tudo. Não é do interesse de ninguém que empresas quebrem, que mais gente fique desempregada. E o impacto dos calotes na saúde financeira dos bancos? O Brasil tem um sistema financeiro sólido. Minha preocupação não é a quebradeira. É que haja um alinhamento claro dos bancos para ajudar, e está havendo isso, e que as empresas façam seu trabalho de casa. Que trabalho é esse? Voltar para o negócio principal, deixar de fazer coisas que eram bacanas e não dá mais para ter, e que os acionistas se comprometam em colocar recursos. Como as empresas estão reagindo a isso? Muitas são familiares e se assustaram. Vinham de uma fase de bonança, muitas foram pegas de surpresa pela parada abrupta da economia e não conseguiram ler os sinais de que viria uma queda acentuada no preço das commodities. Algumas hesitaram em tomar decisões necessárias, como venda de ativos e fechamento de operações negativas. Mas este é o momento de revalidar a crença nas empresas que lideram e estamos vendo vários exemplos disso. O Santander é um dos grandes financiadores da Petrobras. O sr. teme que a empresa dê calote? A gente não fala sobre clientes, mas absolutamente não. Não estamos numa situação de liquidez que levaria o país a deixar de pagar dívidas. O governo Dilma Rousseff ainda tem condições de recuperar a confiança de empresários e consumidores na economia? Acho que sim. Não há nenhum ponto tão baixo que não possa melhorar, desde que se encontre a agenda correta. O governo que está aí foi eleito democraticamente. Isso é superimportante. Mas um número crescente de empresários passou a dizer abertamente que, com Dilma no Planalto, não há saída possível para a crise econômica... São posições extremas. Tenho certeza de que a presidente tem as melhores intenções. Vejo com tristeza a intolerância que se espalhou pelo país e espero que a gente consiga encontrar um caminho. Estamos num processo de maturidade política duro, mas necessário. Não é a ruptura que vai levar a uma solução. Aliás, não há solução na ruptura. Só há o caos. O vice Michel Temer corre o risco de enfrentar processos iguais aos de Dilma. Ele teria condições de formar o tal governo de transição? O sistema presidencialista criou no imaginário do brasileiro a figura do salvador, ou da salvadora. Não tenho visto movimentos de concertação política no país. Sempre existe o risco de que só a mudança no Executivo não gere essa concertação. No caso de o vice assumir a Presidência da República, o Congresso estaria apto a ajudar? Não sou capaz de responder. Acho que chegou a hora de exigir que todos [governo e oposição] resolvam suas diferenças para termos pelos menos uma agenda mínima de governabilidade do país, que implica melhores contas públicas e pelo menos algumas reformas. O discurso do governo não vai na direção de reformas... Acho que agora não existe um discurso. Não existe uma agenda. Mas posso dizer que elas acontecerão. São necessárias. O sr. é a favor do impeachment da presidente ou da renúncia dela? Prefiro não responder. Muitos bancos estão prevendo que, neste ano, a recessão será ainda pior do que a de 2015. Que a queda do PIB talvez passe dos 4%. Qual é a sua previsão? Acho mais provável a repetição do que vimos em 2015. A projeção do banco é inferior a 4%. E acredito que a partir do segundo semestre estejamos num outro momento. Já batemos no fundo do poço? Sempre pode haver surpresas. Não havendo nada dramático além do que sabemos hoje, acho que a atividade econômica tem tudo para voltar a melhorar a partir de agora. O setor privado já fez seu ajuste. O desemprego que a gente vê na rua é consequência do ajuste feito desde 2015. As empresas estão refinanciando suas dívidas, vendendo coisas que não são importantes, focando suas operações, trabalhando em produtividade. Já vemos sinais de que o Brasil pode emergir dessa crise melhor. Quais são os sinais? A indústria de calçados começa uma retomada e o setor têxtil pode voltar a ser forte, já que a importação da China ficou cara. O agronegócio vai bem. Acho que a economia não vai cair muito mais do que já está dado. Bancos estrangeiros como o HSBC e o Citibank estão saindo do Brasil. O país deixou de ser interessante para as grandes instituições financeiras internacionais? Não se pode atribuir a saída desses bancos apenas à situação do Brasil. O país tem um mercado financeiro de grande potencial. Agora, alguns se cansaram da complexidade de operar aqui e também não conseguiram criar quadros de gestão locais para ter a relevância de que precisavam. Vocês conseguiram? O Brasil representa de 20% a 25% do Santander. Isso é relevância. Nós investimos aqui mais de US$ 30 bilhões nos últimos 20 anos. É preciso esse nível de investimento para ter relevância. O Santander perdeu o HSBC para o Bradesco. Vai tentar comprar as operações de varejo do Citi? Vamos olhar o Citi. Temos obrigação. Mas vamos manter a disciplina financeira que tivemos no caso do HSBC [o Santander acha que o Bradesco pagou muito]. O Santander hoje é oriundo de mais de 20 aquisições. Compramos o Banespa e o Banco Real, que por sua vez tinha comprado o Sudameris, o Bandepe, e tem várias outras aquisições. Hoje somos alternativa aos dois grandes locais [privados, Itaú e Bradesco]. Não há nada errado em ser um grande número dois. * RAIO-X SÉRGIO RIAL, 55 Formação Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e economia pela Universidade Gama Filho Carreira Desde janeiro é presidente do Santander Brasil, após um ano como presidente do conselho de administração da instituição Foi presidente do frigorífico Marfrig e diretor financeiro da indústria de alimentos Cargill, nos Estados Unidos Começou a carreira no banco de investimentos americano Bear Stearns e trabalhou 18 anos no banco holandês ABN Amro, no qual ocupou posições em seis países
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Leitora critica descaso do governo com pesquisas científicas
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O artigo de Marcelo Leite (Brasil 2040, "Ciência", 19/4) estampa o descaso do governo com resultados de pesquisas que de fato podem garantir o desenvolvimento pleno do país. Não bastando os desvios de recursos públicos, são esgotados aqueles gastos em anos de pesquisa científica, além dos que serão pulverizados em empreendimentos que simplesmente não vingarão. Resta saber qual cenário enfrentaremos nas próximas décadas, caso estudos como "Brasil 2040" continuem menosprezados. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitora critica descaso do governo com pesquisas científicasO artigo de Marcelo Leite (Brasil 2040, "Ciência", 19/4) estampa o descaso do governo com resultados de pesquisas que de fato podem garantir o desenvolvimento pleno do país. Não bastando os desvios de recursos públicos, são esgotados aqueles gastos em anos de pesquisa científica, além dos que serão pulverizados em empreendimentos que simplesmente não vingarão. Resta saber qual cenário enfrentaremos nas próximas décadas, caso estudos como "Brasil 2040" continuem menosprezados. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Se não fosse jogador de futebol, teria sido um assassino, diz Felipe Melo
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Em entrevista à Sky Sports, o volante brasileiro Felipe Melo, 32, da Inter de Milão, falou sobre a vida difícil que teve no início da carreira e disse que poderia ter virado um assassino, já que foi criado em uma favela. "Se eu não fosse jogador, teria sido um assassino. Vivia em uma das favelas mais perigosas e ali havia drogas e armas. Deixei aquela vida para seguir meu sonho. Às vezes ia ao treinamento e, na volta, algum amigo meu estava morto. Tinha que dizer sim ao futebol ou a uma vida ruim. E disse sim ao futebol e a uma vida diferente", disse o brasileiro. "Quando acertei com o Flamengo foi difícil, pois a princípio tinha que pegar um ônibus que demorava duas horas para chegar ao centro de treinamento. E também tinha que pagar o transporte. Meu pai, que tinha dois trabalhos quando eu era menino, deixou seu emprego e começou a me levar aos treinos. Às vezes, me dava um pouco do seu café da manhã. Quando tinha dez anos, era só um menino que queria jogar com os amigos e me perguntava porque tudo era tão difícil. Agora, dou muita importância a esses sacrifícios, pois me permitiram chegar até aqui", acrescentou. Na entrevista, o volante agradeceu sua esposa e disse que mudou de comportamento após se casar. "Quando conheci a minha esposa, nasceu outro Felipe Melo. No Grêmio, gastava todo o meu salário e levava uma vida estranha. Tive três filhos com ela e com a minha família eu conquistei tudo o que tenho agora. Depois de Deus, eles são as pessoas mais importantes. Dizem que atrás de um grande homem há uma grande mulher, eu digo que a mulher está sempre do lado", completou. Felipe Melo, que foi titular da seleção brasileira na Copa do Mundo-2010, começou a carreira no Flamengo. Ele também atuou por Cruzeiro, Grêmio, Mallorca, Racing Santander, Almería, Fiorentina, Juventus, Galatasaray. O jogador está na Inter de Milão desde agosto do ano passado. EXPLICAÇÕES Nesta segunda (25), por meio de sua conta no Facebook, Felipe Melo disse que usou a o termo "assassino" por que "fugiu a palavra no idioma [italiano]". "Quis dizer, na verdade, que se não fosse jogador, poderia acabar me enveredando no mundo do crime, pois as boas chances em uma comunidade de São Gonçalo, onde eu morava quando jogava no Flamengo, não são muitas, mas eu nunca teria coragem de matar alguém. Assassino certamente não seria", escreveu. Leia a íntegra da postagem do jogador Sei que algumas pessoas devem ter ficado chocadas com minha declaração de que se não fosse jogador, seria um assassino, mas eu explico. Concedi a entrevista a um veículo de imprensa italiano, falando em italiano e, na hora, me fugiu a palavra no idioma. Quis dizer, na verdade, que se não fosse jogador, poderia acabar me enveredando no mundo do crime, pois as boas chances em uma comunidade de São Gonçalo, onde eu morava quando jogava no Flamengo, não são muitas, mas eu nunca teria coragem de matar alguém. Assassino, certamente não seria. Mas claro que tem outros aspectos, além do futebol, que me influenciaram a não me tornar um marginal e viver à margem do que é correto, do que Deus aponta. Sou de uma família cristã e tenho Deus no coração. Embora presenciasse tudo de errado, nunca tive curiosidade nenhuma de experimentar nenhum tipo de droga. Embora todos estes anos na Europa, que é comum o jogador fumar, detesto cigarro. Sempre respeitei meu corpo e, por isso, chego aos 32 anos jogando em alto nível. Estou feliz por ser titular em uma equipe como a Inter de Milão e não vou deixar essa materia estragar o meu momento, mas não culpo o veículo para o qual falei e os que reproduziram, pois, apenas, me expressei de maneira errada. Não gosto de perder nem par ou ímpar, por isso essa garra, essa determinação em campo, mas sou um cara do bem, que ama a esposa, os quatro filhos... Certamente, ser competitivo, me levou a essa grande vitoria na vida pessoal e profissional.
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esporte
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Se não fosse jogador de futebol, teria sido um assassino, diz Felipe MeloEm entrevista à Sky Sports, o volante brasileiro Felipe Melo, 32, da Inter de Milão, falou sobre a vida difícil que teve no início da carreira e disse que poderia ter virado um assassino, já que foi criado em uma favela. "Se eu não fosse jogador, teria sido um assassino. Vivia em uma das favelas mais perigosas e ali havia drogas e armas. Deixei aquela vida para seguir meu sonho. Às vezes ia ao treinamento e, na volta, algum amigo meu estava morto. Tinha que dizer sim ao futebol ou a uma vida ruim. E disse sim ao futebol e a uma vida diferente", disse o brasileiro. "Quando acertei com o Flamengo foi difícil, pois a princípio tinha que pegar um ônibus que demorava duas horas para chegar ao centro de treinamento. E também tinha que pagar o transporte. Meu pai, que tinha dois trabalhos quando eu era menino, deixou seu emprego e começou a me levar aos treinos. Às vezes, me dava um pouco do seu café da manhã. Quando tinha dez anos, era só um menino que queria jogar com os amigos e me perguntava porque tudo era tão difícil. Agora, dou muita importância a esses sacrifícios, pois me permitiram chegar até aqui", acrescentou. Na entrevista, o volante agradeceu sua esposa e disse que mudou de comportamento após se casar. "Quando conheci a minha esposa, nasceu outro Felipe Melo. No Grêmio, gastava todo o meu salário e levava uma vida estranha. Tive três filhos com ela e com a minha família eu conquistei tudo o que tenho agora. Depois de Deus, eles são as pessoas mais importantes. Dizem que atrás de um grande homem há uma grande mulher, eu digo que a mulher está sempre do lado", completou. Felipe Melo, que foi titular da seleção brasileira na Copa do Mundo-2010, começou a carreira no Flamengo. Ele também atuou por Cruzeiro, Grêmio, Mallorca, Racing Santander, Almería, Fiorentina, Juventus, Galatasaray. O jogador está na Inter de Milão desde agosto do ano passado. EXPLICAÇÕES Nesta segunda (25), por meio de sua conta no Facebook, Felipe Melo disse que usou a o termo "assassino" por que "fugiu a palavra no idioma [italiano]". "Quis dizer, na verdade, que se não fosse jogador, poderia acabar me enveredando no mundo do crime, pois as boas chances em uma comunidade de São Gonçalo, onde eu morava quando jogava no Flamengo, não são muitas, mas eu nunca teria coragem de matar alguém. Assassino certamente não seria", escreveu. Leia a íntegra da postagem do jogador Sei que algumas pessoas devem ter ficado chocadas com minha declaração de que se não fosse jogador, seria um assassino, mas eu explico. Concedi a entrevista a um veículo de imprensa italiano, falando em italiano e, na hora, me fugiu a palavra no idioma. Quis dizer, na verdade, que se não fosse jogador, poderia acabar me enveredando no mundo do crime, pois as boas chances em uma comunidade de São Gonçalo, onde eu morava quando jogava no Flamengo, não são muitas, mas eu nunca teria coragem de matar alguém. Assassino, certamente não seria. Mas claro que tem outros aspectos, além do futebol, que me influenciaram a não me tornar um marginal e viver à margem do que é correto, do que Deus aponta. Sou de uma família cristã e tenho Deus no coração. Embora presenciasse tudo de errado, nunca tive curiosidade nenhuma de experimentar nenhum tipo de droga. Embora todos estes anos na Europa, que é comum o jogador fumar, detesto cigarro. Sempre respeitei meu corpo e, por isso, chego aos 32 anos jogando em alto nível. Estou feliz por ser titular em uma equipe como a Inter de Milão e não vou deixar essa materia estragar o meu momento, mas não culpo o veículo para o qual falei e os que reproduziram, pois, apenas, me expressei de maneira errada. Não gosto de perder nem par ou ímpar, por isso essa garra, essa determinação em campo, mas sou um cara do bem, que ama a esposa, os quatro filhos... Certamente, ser competitivo, me levou a essa grande vitoria na vida pessoal e profissional.
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Outro delator diz ter dado recurso de caixa 2 a Aloysio Nunes
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O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sempre tratou com aparente desdém a delação do empresário Ricardo Pessoa, da UTC e da Constran, que dizia ter pago recursos via caixa dois para a campanha dele em 2010. Aloysio repetia que não há nem haverá provas de que usou dinheiro sujo para se eleger. Provas não há, mas apareceu um outro delator dizendo que entregou dinheiro vivo para um amigo do senador da década de 1970, quando integravam o grupo guerrilheiro ALN (Aliança Libertadora Nacional). O segundo delator a confirmar para a Polícia Federal a doação de R$ 200 mil em dinheiro vivo à campanha de Aloysio é o ex-diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro. Segundo ele, o dinheiro foi entregue na sede da empresa em São Paulo para o advogado Marco Moro, que conheceu o tucano por volta de 1970, quando os dois, então perseguidos da ditadura, estavam exilados na Europa. Tanto Aloysio quanto Moro negam ter recebido recursos ilegais. ACAREAÇÃO Para checar se a história relatada por Pinheiro fazia sentido, a Polícia Federal fez acareação entre ele e Moro. O ex-diretor financeiro da UTC apresentou como evidências de que conhecia Moro número de telefone e dados sobre documentos do advogado. Moro confirmou que esteve na UTC para tratar de doação para a campanha, mas refutou que tivesse visto antes o executivo da UTC. Confirmou, no entanto, que conhece um dos diretores da Constran, João Santana, que foi ligado a grupos de esquerda durante a ditadura. Moro disse à Folha que trabalhou na campanha de Aloysio em 2010 cuidando do programa do candidato. Mas, mesmo sem ter um cargo oficial, diz ter pedido doações para conhecidos como Santana, mas nega ter recebido recursos ilegais. Além dos supostos R$ 200 mil para o caixa dois, Pinheiro contou à PF que a UTC deu R$ 300 mil em doação oficial, em duas parcelas, uma de R$ 100 mil e outra de R$ 200 mil, registradas na prestação de contas do tucano. Pessoa havia dito na delação que os R$ 200 mil doados em dinheiro vivo eram para pagar os contratados para boca de urna. MAIS VOTADO Na disputa de 2010, Aloysio tornou-se o senador mais votado do país, com 11,2 milhões de votos, suplantando a votação de Aloizio Mercadante (PT-SP) em 2002, com 10,5 milhões de votos. No cargo, virou um dos principais defensores do impeachment da presidente Dilma Roussef. Após o afastamento de Dilma, o presidente interino Michel Temer escolheu-o para ser líder do governo no Senado. OUTRO LADO O advogado Marco Moro diz que esteve duas vezes na UTC pedindo doações, mas nega ter se encontrado com o ex-diretor Walmir Pinheiro para pegar recursos ilegais. "Não tinha recurso de caixa dois na campanha do Aloysio. Não houve essa doação de R$ 200 mil em dinheiro da UTC. Eles prometeram R$ 500 mil, mas só deram R$ 300 mil", relata. Moro diz que "se fosse verdade que tinha pego dinheiro de caixa dois, eu teria admitido" e afirma que o ex-diretor da UTC contou essa versão "para fazer valer a delação premiada dele". Em nota, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) rebate as afirmações de Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro. Segundo ele, todas as doações para a campanha foram declaradas e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele diz acreditar que o inquérito que está no Supremo Tribunal Federal vai elucidar os fatos e afirma que tem entregue todos os documentos solicitados porque tem interesse em resolver o mais rapidamente possível o caso.
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poder
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Outro delator diz ter dado recurso de caixa 2 a Aloysio NunesO senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sempre tratou com aparente desdém a delação do empresário Ricardo Pessoa, da UTC e da Constran, que dizia ter pago recursos via caixa dois para a campanha dele em 2010. Aloysio repetia que não há nem haverá provas de que usou dinheiro sujo para se eleger. Provas não há, mas apareceu um outro delator dizendo que entregou dinheiro vivo para um amigo do senador da década de 1970, quando integravam o grupo guerrilheiro ALN (Aliança Libertadora Nacional). O segundo delator a confirmar para a Polícia Federal a doação de R$ 200 mil em dinheiro vivo à campanha de Aloysio é o ex-diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro. Segundo ele, o dinheiro foi entregue na sede da empresa em São Paulo para o advogado Marco Moro, que conheceu o tucano por volta de 1970, quando os dois, então perseguidos da ditadura, estavam exilados na Europa. Tanto Aloysio quanto Moro negam ter recebido recursos ilegais. ACAREAÇÃO Para checar se a história relatada por Pinheiro fazia sentido, a Polícia Federal fez acareação entre ele e Moro. O ex-diretor financeiro da UTC apresentou como evidências de que conhecia Moro número de telefone e dados sobre documentos do advogado. Moro confirmou que esteve na UTC para tratar de doação para a campanha, mas refutou que tivesse visto antes o executivo da UTC. Confirmou, no entanto, que conhece um dos diretores da Constran, João Santana, que foi ligado a grupos de esquerda durante a ditadura. Moro disse à Folha que trabalhou na campanha de Aloysio em 2010 cuidando do programa do candidato. Mas, mesmo sem ter um cargo oficial, diz ter pedido doações para conhecidos como Santana, mas nega ter recebido recursos ilegais. Além dos supostos R$ 200 mil para o caixa dois, Pinheiro contou à PF que a UTC deu R$ 300 mil em doação oficial, em duas parcelas, uma de R$ 100 mil e outra de R$ 200 mil, registradas na prestação de contas do tucano. Pessoa havia dito na delação que os R$ 200 mil doados em dinheiro vivo eram para pagar os contratados para boca de urna. MAIS VOTADO Na disputa de 2010, Aloysio tornou-se o senador mais votado do país, com 11,2 milhões de votos, suplantando a votação de Aloizio Mercadante (PT-SP) em 2002, com 10,5 milhões de votos. No cargo, virou um dos principais defensores do impeachment da presidente Dilma Roussef. Após o afastamento de Dilma, o presidente interino Michel Temer escolheu-o para ser líder do governo no Senado. OUTRO LADO O advogado Marco Moro diz que esteve duas vezes na UTC pedindo doações, mas nega ter se encontrado com o ex-diretor Walmir Pinheiro para pegar recursos ilegais. "Não tinha recurso de caixa dois na campanha do Aloysio. Não houve essa doação de R$ 200 mil em dinheiro da UTC. Eles prometeram R$ 500 mil, mas só deram R$ 300 mil", relata. Moro diz que "se fosse verdade que tinha pego dinheiro de caixa dois, eu teria admitido" e afirma que o ex-diretor da UTC contou essa versão "para fazer valer a delação premiada dele". Em nota, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) rebate as afirmações de Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro. Segundo ele, todas as doações para a campanha foram declaradas e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ele diz acreditar que o inquérito que está no Supremo Tribunal Federal vai elucidar os fatos e afirma que tem entregue todos os documentos solicitados porque tem interesse em resolver o mais rapidamente possível o caso.
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Diretor-geral da OMC viaja da Suíça ao Brasil para inaugurar loja da filha
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O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo, está com viagem marcada de Genebra para Brasília na semana que vem. O motivo: ir à inauguração da loja da filha, Luisa Farani, na capital federal. A marca da estilista fez o vestido branco que a primeira-dama Marcela Temer usou no desfile de 7 de Setembro. Leia a coluna completa aqui
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colunas
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Diretor-geral da OMC viaja da Suíça ao Brasil para inaugurar loja da filhaO diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo, está com viagem marcada de Genebra para Brasília na semana que vem. O motivo: ir à inauguração da loja da filha, Luisa Farani, na capital federal. A marca da estilista fez o vestido branco que a primeira-dama Marcela Temer usou no desfile de 7 de Setembro. Leia a coluna completa aqui
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Lateral Alan Ruschel é o primeiro sobrevivente a receber alta médica
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O lateral Alan Ruschel recebeu alta médica nesta sexta-feira (16) e é o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros do acidente com o avião da Chapecoense a deixar o hospital. O atleta deixou o Hospital Unimed Chapecó em uma cadeira de rodas por volta das 16h20 (horário de Brasília) e embarcou em um carro de familiares antes de ir para casa sob aplausos. Ruschel foi quem teve melhor recuperação entre os quatro desde as primeiras notícias. A tragédia ocorreu na madrugada do dia 29 de novembro, e o jogador permaneceu internado em Medellín, na Colômbia, até 13 de dezembro, quando foi transferido ao Brasil. No seu país natal, tornou a ser internado no hospital de Chapecó. Alan foi o primeiro a gravar vídeo para mostrar a evolução de seu quadro clínico e tem usado as redes sociais para mandar mensagens aos torcedores e aos familiares. Em sua última manifestação pública, disse que "segue na luta" para se recuperar. GOLEIRO EVOLUI O goleiro Follmann, um dos sobreviventes do desastre aéreo da Chapecoense na Colômbia, tem apresentado evolução após passar por cirurgia na coluna no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve ter sua transferência para Chapecó concretizada neste sábado (17). As informações são do hospital paulista, que divulgou boletim médico nesta sexta (16). "O paciente Jackson Follmann realizou exames laboratoriais que demonstram ausência de infecção ativa. A tomografia computadorizada da coluna cervical realizada no dia de hoje demonstra o bom posicionamento da fixação da vértebra C2, além de alterações consideradas normais no pós-operatório", diz o comunicado. "Follmann continua internado na Unidade Semi-Intensiva realizando fisioterapia, já senta-se fora do leito e permanece sem sonda vesical (retirada ontem). Mantidas as condições atuais, a transferência do paciente está sendo programada para a manhã de sábado (17)", conclui o boletim. Follmann é o único sobrevivente brasileiro da queda do avião que ainda não está em Chapecó. Os outros três –o zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel– já estão na Unimed da cidade catarinense. Acidente em voo da Chapecoense
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esporte
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Lateral Alan Ruschel é o primeiro sobrevivente a receber alta médicaO lateral Alan Ruschel recebeu alta médica nesta sexta-feira (16) e é o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros do acidente com o avião da Chapecoense a deixar o hospital. O atleta deixou o Hospital Unimed Chapecó em uma cadeira de rodas por volta das 16h20 (horário de Brasília) e embarcou em um carro de familiares antes de ir para casa sob aplausos. Ruschel foi quem teve melhor recuperação entre os quatro desde as primeiras notícias. A tragédia ocorreu na madrugada do dia 29 de novembro, e o jogador permaneceu internado em Medellín, na Colômbia, até 13 de dezembro, quando foi transferido ao Brasil. No seu país natal, tornou a ser internado no hospital de Chapecó. Alan foi o primeiro a gravar vídeo para mostrar a evolução de seu quadro clínico e tem usado as redes sociais para mandar mensagens aos torcedores e aos familiares. Em sua última manifestação pública, disse que "segue na luta" para se recuperar. GOLEIRO EVOLUI O goleiro Follmann, um dos sobreviventes do desastre aéreo da Chapecoense na Colômbia, tem apresentado evolução após passar por cirurgia na coluna no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve ter sua transferência para Chapecó concretizada neste sábado (17). As informações são do hospital paulista, que divulgou boletim médico nesta sexta (16). "O paciente Jackson Follmann realizou exames laboratoriais que demonstram ausência de infecção ativa. A tomografia computadorizada da coluna cervical realizada no dia de hoje demonstra o bom posicionamento da fixação da vértebra C2, além de alterações consideradas normais no pós-operatório", diz o comunicado. "Follmann continua internado na Unidade Semi-Intensiva realizando fisioterapia, já senta-se fora do leito e permanece sem sonda vesical (retirada ontem). Mantidas as condições atuais, a transferência do paciente está sendo programada para a manhã de sábado (17)", conclui o boletim. Follmann é o único sobrevivente brasileiro da queda do avião que ainda não está em Chapecó. Os outros três –o zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel– já estão na Unimed da cidade catarinense. Acidente em voo da Chapecoense
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Por R$ 140, camisa de Medina é a mais vendida em loja oficial
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Primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, em 2014, o paulista Gabriel Medina é o atleta que mais faz sucesso na loja oficial da WSL (Liga Mundial de Surfe), instalada na praia da Barra da Tijuca, no Rio, onde acontece a quarta etapa do campeonato. A camisa tem as cores da bandeira do Brasil (verde, amarelo e azul) e o nome e o número (dez) do surfista no Mundial. Na frente, há o símbolo da WSL. De acordo com os vendedores, cerca de 30 camisas do atual campeão são vendidas por dia. Pelo valor de R$ 140, é a que mais. Em segundo lugar está a camisa do americano Kelly Slater, 43, 11 vezes campeão do mundo. O havaiano John John Florence, 22, também faz sucesso na loja, segundo os vendedores. Depois de Medina, Filipe Toledo, que atualmente ocupa o terceiro lugar no ranking, é o brasileiro mais procurado. As camisas têm o mesmo preço. Nesta temporada, a WSL implantou uma numeração fixa aos surfistas. Manobras do surfe; Crédito Ilustrações Lydia Megumi; Infográfico Alex Kidd e Pilker/Editoria de Arte/Folhapress
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Por R$ 140, camisa de Medina é a mais vendida em loja oficialPrimeiro brasileiro campeão mundial de surfe, em 2014, o paulista Gabriel Medina é o atleta que mais faz sucesso na loja oficial da WSL (Liga Mundial de Surfe), instalada na praia da Barra da Tijuca, no Rio, onde acontece a quarta etapa do campeonato. A camisa tem as cores da bandeira do Brasil (verde, amarelo e azul) e o nome e o número (dez) do surfista no Mundial. Na frente, há o símbolo da WSL. De acordo com os vendedores, cerca de 30 camisas do atual campeão são vendidas por dia. Pelo valor de R$ 140, é a que mais. Em segundo lugar está a camisa do americano Kelly Slater, 43, 11 vezes campeão do mundo. O havaiano John John Florence, 22, também faz sucesso na loja, segundo os vendedores. Depois de Medina, Filipe Toledo, que atualmente ocupa o terceiro lugar no ranking, é o brasileiro mais procurado. As camisas têm o mesmo preço. Nesta temporada, a WSL implantou uma numeração fixa aos surfistas. Manobras do surfe; Crédito Ilustrações Lydia Megumi; Infográfico Alex Kidd e Pilker/Editoria de Arte/Folhapress
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Compra de empresas tem entre julho e setembro o pior trimestre desde 2009
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O terceiro trimestre deste ano teve o menor número de operações de fusões e aquisições de empresas desde o fim de 2009, segundo levantamento da consultoria KPMG. Foram 157 negociações do tipo no terceiro trimestre de 2016, ante 138 no quarto trimestre daquele ano. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, a queda foi de 13 operações. Com o resultado, as fusões e aquisições caminham para confirmar um ano de baixa atividade. No acumulado dos nove primeiros meses, foram efetuadas 537 transações. O resultado é o mais fraco para o período em seis anos e representa uma queda de 8,5% na comparação com janeiro a setembro do ano passado. Em relação aos três primeiros trimestres de 2014, quando a economia brasileira dava os primeiros sinais da recessão, a queda foi de 13%. A redução no terceiro trimestre aconteceu devido à diminuição no número de aquisições de companhias estrangeiras por brasileiros e das negociações entre apenas empresas do exterior em que a parte vendedora possui atuação no Brasil. Somadas, foram 48 transações nessas categorias no segundo trimestre e 21 no terceiro. As operações envolvendo apenas companhias brasileiras com atuação local ficaram estáveis, com 65 transações nos dois períodos. PASSADO RUIM Luiz Mota, sócio da KPMG, atribui a queda às incertezas políticas e econômicas pelas quais o Brasil passou no primeiro semestre deste ano, quando ganharam força as discussões sobre o impeachment de Dilma Rousseff -ela foi afastada da Presidência pelo Senado em maio. "Quando você vê uma transação de fusão e aquisição fechada, ela foi originada há alguns meses -muitas vezes um ano antes. Esse trimestre ruim que passamos foi plantado no pior período da crise." Mota afirma acreditar que a quantidade de fusões e aquisições deve se manter em patamar baixo neste trimestre. Elas podem começar a se recuperar no início de 2017, segundo sua avaliação. VENDAS INTERNACIONAIS Em caminho contrário à queda de aquisições, mais empresas estrangeiras compraram operações internacionais de empresas brasileiras. Foram 27 transações do tipo no acumulado deste ano, superando as 15 transações fechadas durante todo o ano tanto de 2014 como de 2015. O resultado, segundo Mota, é explicado pela necessidade de empresas brasileiras de reforçar seus caixas para os negócios no país no curto prazo, durante a crise. Para isso, algumas estão vendendo suas operações internacionais, diz o especialista.
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mercado
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Compra de empresas tem entre julho e setembro o pior trimestre desde 2009O terceiro trimestre deste ano teve o menor número de operações de fusões e aquisições de empresas desde o fim de 2009, segundo levantamento da consultoria KPMG. Foram 157 negociações do tipo no terceiro trimestre de 2016, ante 138 no quarto trimestre daquele ano. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, a queda foi de 13 operações. Com o resultado, as fusões e aquisições caminham para confirmar um ano de baixa atividade. No acumulado dos nove primeiros meses, foram efetuadas 537 transações. O resultado é o mais fraco para o período em seis anos e representa uma queda de 8,5% na comparação com janeiro a setembro do ano passado. Em relação aos três primeiros trimestres de 2014, quando a economia brasileira dava os primeiros sinais da recessão, a queda foi de 13%. A redução no terceiro trimestre aconteceu devido à diminuição no número de aquisições de companhias estrangeiras por brasileiros e das negociações entre apenas empresas do exterior em que a parte vendedora possui atuação no Brasil. Somadas, foram 48 transações nessas categorias no segundo trimestre e 21 no terceiro. As operações envolvendo apenas companhias brasileiras com atuação local ficaram estáveis, com 65 transações nos dois períodos. PASSADO RUIM Luiz Mota, sócio da KPMG, atribui a queda às incertezas políticas e econômicas pelas quais o Brasil passou no primeiro semestre deste ano, quando ganharam força as discussões sobre o impeachment de Dilma Rousseff -ela foi afastada da Presidência pelo Senado em maio. "Quando você vê uma transação de fusão e aquisição fechada, ela foi originada há alguns meses -muitas vezes um ano antes. Esse trimestre ruim que passamos foi plantado no pior período da crise." Mota afirma acreditar que a quantidade de fusões e aquisições deve se manter em patamar baixo neste trimestre. Elas podem começar a se recuperar no início de 2017, segundo sua avaliação. VENDAS INTERNACIONAIS Em caminho contrário à queda de aquisições, mais empresas estrangeiras compraram operações internacionais de empresas brasileiras. Foram 27 transações do tipo no acumulado deste ano, superando as 15 transações fechadas durante todo o ano tanto de 2014 como de 2015. O resultado, segundo Mota, é explicado pela necessidade de empresas brasileiras de reforçar seus caixas para os negócios no país no curto prazo, durante a crise. Para isso, algumas estão vendendo suas operações internacionais, diz o especialista.
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Leitores comentam ausência de Levy no anúncio do corte orçamentário
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A ausência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na apresentação dos cortes no Orçamento por estar resfriado já são os primeiros sintomas da redução das verbas no ministério da Saúde (Descontente e resfriado, Levy falta a anúncio, "Mercado", 23/5). ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * * Aquele microfone curvado no vazio sobre a inscrição Joaquim Levy, durante o anúncio do corte no Orçamento, talvez seja um indício de que a paciência do ministro possa estar chegando ao fim. Ele, criteriosamente, defendia um patamar mais elevado, enquanto que a equipe econômica, insistente na maquiagem que vem dando errado, queria um valor de feira, aquele que engana o freguês com o truque dos 9. Isto é, R$69,9 bilhões, para não ter que dizer 70, ou mesmo 80, como queria Levy. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam ausência de Levy no anúncio do corte orçamentárioA ausência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na apresentação dos cortes no Orçamento por estar resfriado já são os primeiros sintomas da redução das verbas no ministério da Saúde (Descontente e resfriado, Levy falta a anúncio, "Mercado", 23/5). ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * * Aquele microfone curvado no vazio sobre a inscrição Joaquim Levy, durante o anúncio do corte no Orçamento, talvez seja um indício de que a paciência do ministro possa estar chegando ao fim. Ele, criteriosamente, defendia um patamar mais elevado, enquanto que a equipe econômica, insistente na maquiagem que vem dando errado, queria um valor de feira, aquele que engana o freguês com o truque dos 9. Isto é, R$69,9 bilhões, para não ter que dizer 70, ou mesmo 80, como queria Levy. RICARDO C. SIQUEIRA (Niterói, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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É correta decisão de Contran de obrigar o uso de cadeirinhas em vans escolares? Não
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FISCALIZAÇÃO, NÃO LEI A Artesul (Associação Regional de Transporte Escolar) e os transportadores escolares não são contra a cadeirinha, mas a favor da segurança. Lutamos pela alteração da resolução nº 533/15 por entendermos não ser correta a decisão do Contran (Conselho Nacional de Trânsito ) de obrigar o uso de cadeirinhas nas vans escolares na forma que foi proposta. Acreditamos que os veículos escolares já possuem adaptação de seus assentos que garantem a segurança das crianças transportadas, sendo certificada pelo Inmetro e vistoriada pelos órgãos competentes. Estamos mais preocupados com a segurança das crianças do que o próprio Contran, uma vez que nossos veículos possuem apenas cintos abdominais e os atuais dispositivos de retenção disponíveis no mercado brasileiro foram fabricados para a utilização em assentos com cinto de três pontos. Segundo orientação dos próprios fabricantes, a utilização do equipamento em cintos abdominais coloca em risco a vida das crianças. Fazer remendos em oficinas autorizadas e não certificadas para inclusão do 3º ponto do cinto como propôs o próprio Contran também não é a solução. É necessária a análise técnica e estudo de viabilidade e certificação de segurança. É consenso para os transportadores escolares da necessidade apenas do bebê-conforto para crianças de até 1 ano de idade, bem como é possível o encaixe deste item com segurança no assento do veículo. Não há ocorrências de acidentes que justifiquem a obrigatoriedade da cadeirinha, cuja motivação foi a comoção pública em função de um único caso de transporte mal realizado (e não de acidente), que foi apresentado em programa de TV, para o qual indagamos porque não houve ou não está sendo realizada a fiscalização na forma devida pelos órgãos responsáveis. Não há números nem estudos que justifiquem tal alteração. Desde 2008, quando foi implantada esta medida a todos os veículos, com a exclusão do transporte escolar e outros da obrigatoriedade, não há ocorrências de acidentes e nem estudo do Inmetro ou órgãos técnicos que regulam o transporte, que mostrem sua necessidade. O transporte escolar é mais seguro do que aquele realizado em ônibus urbanos, trens, metrôs e táxis, que também realizam transporte de escolares que apresentam percursos mais longos, em velocidades superiores ao veículo escolar e não têm cinto de segurança. O número de acidentes divulgados pela mídia com crianças até 14 anos de idade é global, em quase sua totalidade ocorrida em veículos de passeio. Para o correto debate, é necessário que seja apresentado o número específico de acidentes dentro de veículos escolares. O que está sendo proposto pelo Contran é alterar uma prática que já vem dando certo por outra de aplicabilidade duvidosa. Não podemos aceitar calados que leis sejam alteradas pela comoção pública ou pela ignorância dos responsáveis pela sua regulamentação, afirmada pelo próprio presidente do Contran em rede nacional. O que o transporte escolar carece realmente é que as autoridades façam a fiscalização do transporte escolar clandestino, extremamente nocivo ao sistema regular e aos interesses da sociedade, e onde ocorre a maioria dos desvios de conduta ou segurança exigidos e seguidos por quem realiza o transporte de forma regulamentada. A lei, para ser seguida, deve ser necessária e realista, analisada e embasada por aspectos técnicos, não apenas porque alguém de manifestada ignorância a alterou. ANTONIO JOSE FÉLIX DA SILVA, 39, é gerente financeiro da Artesul e redator do portal Escolarweb * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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É correta decisão de Contran de obrigar o uso de cadeirinhas em vans escolares? NãoFISCALIZAÇÃO, NÃO LEI A Artesul (Associação Regional de Transporte Escolar) e os transportadores escolares não são contra a cadeirinha, mas a favor da segurança. Lutamos pela alteração da resolução nº 533/15 por entendermos não ser correta a decisão do Contran (Conselho Nacional de Trânsito ) de obrigar o uso de cadeirinhas nas vans escolares na forma que foi proposta. Acreditamos que os veículos escolares já possuem adaptação de seus assentos que garantem a segurança das crianças transportadas, sendo certificada pelo Inmetro e vistoriada pelos órgãos competentes. Estamos mais preocupados com a segurança das crianças do que o próprio Contran, uma vez que nossos veículos possuem apenas cintos abdominais e os atuais dispositivos de retenção disponíveis no mercado brasileiro foram fabricados para a utilização em assentos com cinto de três pontos. Segundo orientação dos próprios fabricantes, a utilização do equipamento em cintos abdominais coloca em risco a vida das crianças. Fazer remendos em oficinas autorizadas e não certificadas para inclusão do 3º ponto do cinto como propôs o próprio Contran também não é a solução. É necessária a análise técnica e estudo de viabilidade e certificação de segurança. É consenso para os transportadores escolares da necessidade apenas do bebê-conforto para crianças de até 1 ano de idade, bem como é possível o encaixe deste item com segurança no assento do veículo. Não há ocorrências de acidentes que justifiquem a obrigatoriedade da cadeirinha, cuja motivação foi a comoção pública em função de um único caso de transporte mal realizado (e não de acidente), que foi apresentado em programa de TV, para o qual indagamos porque não houve ou não está sendo realizada a fiscalização na forma devida pelos órgãos responsáveis. Não há números nem estudos que justifiquem tal alteração. Desde 2008, quando foi implantada esta medida a todos os veículos, com a exclusão do transporte escolar e outros da obrigatoriedade, não há ocorrências de acidentes e nem estudo do Inmetro ou órgãos técnicos que regulam o transporte, que mostrem sua necessidade. O transporte escolar é mais seguro do que aquele realizado em ônibus urbanos, trens, metrôs e táxis, que também realizam transporte de escolares que apresentam percursos mais longos, em velocidades superiores ao veículo escolar e não têm cinto de segurança. O número de acidentes divulgados pela mídia com crianças até 14 anos de idade é global, em quase sua totalidade ocorrida em veículos de passeio. Para o correto debate, é necessário que seja apresentado o número específico de acidentes dentro de veículos escolares. O que está sendo proposto pelo Contran é alterar uma prática que já vem dando certo por outra de aplicabilidade duvidosa. Não podemos aceitar calados que leis sejam alteradas pela comoção pública ou pela ignorância dos responsáveis pela sua regulamentação, afirmada pelo próprio presidente do Contran em rede nacional. O que o transporte escolar carece realmente é que as autoridades façam a fiscalização do transporte escolar clandestino, extremamente nocivo ao sistema regular e aos interesses da sociedade, e onde ocorre a maioria dos desvios de conduta ou segurança exigidos e seguidos por quem realiza o transporte de forma regulamentada. A lei, para ser seguida, deve ser necessária e realista, analisada e embasada por aspectos técnicos, não apenas porque alguém de manifestada ignorância a alterou. ANTONIO JOSE FÉLIX DA SILVA, 39, é gerente financeiro da Artesul e redator do portal Escolarweb * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Com elenco reduzido, São Paulo ganha opções improváveis para a temporada
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Além da liderança do Grupo C do Campeonato Paulista,a goleada por 4 a 0 sobre o Água Santa no sábado (6) deu ao São Paulo mais confiança para aproveitar o reduzido elenco à disposição de Edgardo Bauza. Na lateral direita, Caramelo voltou a ter chances após duas temporadas, enquanto Wilder mostrou serviço após ficar esquecido com a saída de Juan Carlos Osorio. "A atuação de Wilder foi boa, depois tive que tirá-lo, ele me pediu, porque estava com cãibras. É uma nova opção que temos", destacou Bauza. O colombiano está emprestado pelo Toluca (MEX) até o fim de junho deste ano e tem números interessantes pelo São Paulo, apesar das poucas oportunidades desde sua chegada em agosto de 2015. Foram 12 partidas até aqui (somente uma completa), com um gol marcado e cinco assistências. A última saiu em cruzamento perfeito para Jonathan Calleri contra o Água Santa. Quem também serviu o argentino com bom cruzamento na tarde de sábado no Pacaembu foi Caramelo. O lateral-direito vestiu a camisa 16 que era de Reinaldo e defendeu o São Paulo pela primeira vez após empréstimos a Atlético-GO e Chapecoense. O ala ainda participou da jogada do gol de Thiago Mendes e foi aplaudido pela torcida pela tarde inspirada. "A atuação boa não foi só do Caramelo, mas de toda a equipe. O que fazemos é uma competição interna porque o melhor vai jogar. Bruno também foi bem no Peru (contra o César Vallejo) e fico feliz que Caramelo jogou bem, porque é uma opção que me dá. São muitos jogos, precisamos de todo o plantel. Não asseguro a titularidade de ninguém, eles têm que me mostrar", afirmou o comandante do São Paulo. A princípio, o retorno de Caramelo ao elenco principal era algo provisório. O São Paulo alegava que a volta era parte do plano para encontrar um empréstimo para o lateral, mas admitia as chances de permanência em caso de aprovação de Bauza. Nos treinos, o atleta respondeu bem e desbancou o garoto Auro, que sequer foi inscrito na Libertadores. "Quem entrar vai dar conta do recado, isso eu sei. Fico feliz por ter ajudado. Fiquei bastante satisfeito com o que fiz e pela vitória, que é mais importante", disse Caramelo na saída de campo no Pacaembu.
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esporte
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Com elenco reduzido, São Paulo ganha opções improváveis para a temporadaAlém da liderança do Grupo C do Campeonato Paulista,a goleada por 4 a 0 sobre o Água Santa no sábado (6) deu ao São Paulo mais confiança para aproveitar o reduzido elenco à disposição de Edgardo Bauza. Na lateral direita, Caramelo voltou a ter chances após duas temporadas, enquanto Wilder mostrou serviço após ficar esquecido com a saída de Juan Carlos Osorio. "A atuação de Wilder foi boa, depois tive que tirá-lo, ele me pediu, porque estava com cãibras. É uma nova opção que temos", destacou Bauza. O colombiano está emprestado pelo Toluca (MEX) até o fim de junho deste ano e tem números interessantes pelo São Paulo, apesar das poucas oportunidades desde sua chegada em agosto de 2015. Foram 12 partidas até aqui (somente uma completa), com um gol marcado e cinco assistências. A última saiu em cruzamento perfeito para Jonathan Calleri contra o Água Santa. Quem também serviu o argentino com bom cruzamento na tarde de sábado no Pacaembu foi Caramelo. O lateral-direito vestiu a camisa 16 que era de Reinaldo e defendeu o São Paulo pela primeira vez após empréstimos a Atlético-GO e Chapecoense. O ala ainda participou da jogada do gol de Thiago Mendes e foi aplaudido pela torcida pela tarde inspirada. "A atuação boa não foi só do Caramelo, mas de toda a equipe. O que fazemos é uma competição interna porque o melhor vai jogar. Bruno também foi bem no Peru (contra o César Vallejo) e fico feliz que Caramelo jogou bem, porque é uma opção que me dá. São muitos jogos, precisamos de todo o plantel. Não asseguro a titularidade de ninguém, eles têm que me mostrar", afirmou o comandante do São Paulo. A princípio, o retorno de Caramelo ao elenco principal era algo provisório. O São Paulo alegava que a volta era parte do plano para encontrar um empréstimo para o lateral, mas admitia as chances de permanência em caso de aprovação de Bauza. Nos treinos, o atleta respondeu bem e desbancou o garoto Auro, que sequer foi inscrito na Libertadores. "Quem entrar vai dar conta do recado, isso eu sei. Fico feliz por ter ajudado. Fiquei bastante satisfeito com o que fiz e pela vitória, que é mais importante", disse Caramelo na saída de campo no Pacaembu.
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História mostra por que tantas mulheres se calam sobre estupro
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Desde os tempos mais antigos, o crime de estupro sempre figurou entre os mais graves, inclusive com previsão de pena de morte em várias legislações, como a germânica, a inglesa e a portuguesa. Mas a punição não era motivada por um sentimento de proteção à mulher. Funcionava como forma de cuidar de um bem, no caso a castidade, condição para o casamento. Na obra "História do estupro", Georges Vigarello afirma que o crime não era só contra a família da mulher estuprada, mas contra a sociedade, que já não podia mais contar com alguém digna para um bom casamento. Contudo, havia os arranjos. Na legislação hebraica, por exemplo, o homem que violasse uma mulher virgem, prometida em casamento, era condenado à morte. Porém, se a mulher não fosse prometida, o estuprador tinha que pagar "indenização" ao pai da vítima e casar-se com ela. No Brasil colônia, para que o estupro fosse considerado crime, a mulher tinha que ser virgem e, logo depois de violada, sair gritando pelas ruas, de preferência, falando o nome do criminoso. Considerada pouco confiável pela Igreja Católica, a mulher não tinha vez. Suas palavras valiam menos do que a do seu algoz. O receio era de que, para prejudicar "bons homens", pudessem levantar falsas acusações de estupro. Via-crucis depois do estupro O Código Criminal do Império, de 1830, previa como punição ao crime de estupro prisão de 3 a 12 anos. Mas havia uma condição para a aplicação da pena máxima: a mulher deveria ser "honesta". Não sendo, a pena caía pela metade. Também havia a possibilidade de o agressor casar-se com a vítima, o que o livraria da pena. Em 1890, no período republicano, o estupro era tido como um crime que atingia a "segurança da honra, honestidade das famílias e do ultraje público." Em 1940, foi enquadrado entre "os crimes contra os costumes". Ou seja, contra os valores da sociedade, não contra a mulher. Somente em 2009 é que o estupro passou a ser um crime contra a dignidade sexual. Faz apenas sete anos. É bem possível que os historiadores do futuro, ao analisarem como as vítimas de estupro eram tratadas no ano de 2016, concluam ter havido pouco avanço no decorrer dos últimos séculos. Não estarão de todo errados. A sociedade continua julgando a mulher como nos primórdios, pela vida sexual pregressa, pelos locais que ela frequenta, pelas roupas que ela usa, pela forma como reage diante da violação. No Brasil, muitos juízes ainda usam, de forma deturpada, o artigo 59 do Código Penal, onde o comportamento da vítima pode ser analisado, para julgar com mais rigor a conduta da vítima de estupro do que a do acusado. Em 2012, o Superior Tribunal de Justiça absolveu um homem acusado de estuprar três crianças de 12 anos porque elas "já se dedicavam à prática de atividades sexuais desde longa data". No Reino Unido, o histórico sexual da mulher não é admissível no tribunal, mas em outros países europeus a experiência sexual da vítima pode ser usada como evidência num caso de estupro. Diante disso, é compreensível que tantas mulheres se calem após o crime. No passado, o silêncio era a solução para evitar a exposição pública da perda da castidade. No presente, é uma forma de fugir do descaso e do constrangimento nas delegacias. E de enfrentar a dura possibilidade de nem a Justiça acreditar nelas.
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cotidiano
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História mostra por que tantas mulheres se calam sobre estuproDesde os tempos mais antigos, o crime de estupro sempre figurou entre os mais graves, inclusive com previsão de pena de morte em várias legislações, como a germânica, a inglesa e a portuguesa. Mas a punição não era motivada por um sentimento de proteção à mulher. Funcionava como forma de cuidar de um bem, no caso a castidade, condição para o casamento. Na obra "História do estupro", Georges Vigarello afirma que o crime não era só contra a família da mulher estuprada, mas contra a sociedade, que já não podia mais contar com alguém digna para um bom casamento. Contudo, havia os arranjos. Na legislação hebraica, por exemplo, o homem que violasse uma mulher virgem, prometida em casamento, era condenado à morte. Porém, se a mulher não fosse prometida, o estuprador tinha que pagar "indenização" ao pai da vítima e casar-se com ela. No Brasil colônia, para que o estupro fosse considerado crime, a mulher tinha que ser virgem e, logo depois de violada, sair gritando pelas ruas, de preferência, falando o nome do criminoso. Considerada pouco confiável pela Igreja Católica, a mulher não tinha vez. Suas palavras valiam menos do que a do seu algoz. O receio era de que, para prejudicar "bons homens", pudessem levantar falsas acusações de estupro. Via-crucis depois do estupro O Código Criminal do Império, de 1830, previa como punição ao crime de estupro prisão de 3 a 12 anos. Mas havia uma condição para a aplicação da pena máxima: a mulher deveria ser "honesta". Não sendo, a pena caía pela metade. Também havia a possibilidade de o agressor casar-se com a vítima, o que o livraria da pena. Em 1890, no período republicano, o estupro era tido como um crime que atingia a "segurança da honra, honestidade das famílias e do ultraje público." Em 1940, foi enquadrado entre "os crimes contra os costumes". Ou seja, contra os valores da sociedade, não contra a mulher. Somente em 2009 é que o estupro passou a ser um crime contra a dignidade sexual. Faz apenas sete anos. É bem possível que os historiadores do futuro, ao analisarem como as vítimas de estupro eram tratadas no ano de 2016, concluam ter havido pouco avanço no decorrer dos últimos séculos. Não estarão de todo errados. A sociedade continua julgando a mulher como nos primórdios, pela vida sexual pregressa, pelos locais que ela frequenta, pelas roupas que ela usa, pela forma como reage diante da violação. No Brasil, muitos juízes ainda usam, de forma deturpada, o artigo 59 do Código Penal, onde o comportamento da vítima pode ser analisado, para julgar com mais rigor a conduta da vítima de estupro do que a do acusado. Em 2012, o Superior Tribunal de Justiça absolveu um homem acusado de estuprar três crianças de 12 anos porque elas "já se dedicavam à prática de atividades sexuais desde longa data". No Reino Unido, o histórico sexual da mulher não é admissível no tribunal, mas em outros países europeus a experiência sexual da vítima pode ser usada como evidência num caso de estupro. Diante disso, é compreensível que tantas mulheres se calem após o crime. No passado, o silêncio era a solução para evitar a exposição pública da perda da castidade. No presente, é uma forma de fugir do descaso e do constrangimento nas delegacias. E de enfrentar a dura possibilidade de nem a Justiça acreditar nelas.
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De RodriguesAlves.edu para Dilma.gov
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Prezada presidente, Outro dia disseram-me que seu governo procura o "nosso Oswaldo Cruz" para lidar com o mosquito Aedes aegypti e, na semana passada, a senhora se reuniu com cerca de 50 pessoas para discutir o assunto. Vosmecê já telefonou para o presidente dos Estados Unidos e fez um pronunciamento à nação, prometendo uma "megaoperação" saneadora. Todas as vossas reuniões são teatralmente coreografadas e divulgadas. Poesias políticas, valem tanto quanto os devaneios do Olavo Bilac a ouvir estrelas. Eu sentei na vossa cadeira de 1902 a 1906 e, graças ao doutor Oswaldo, livrei o Rio de Janeiro da praga da febre amarela. Não creio que sejam de muita valia as lembranças de um tempo que hoje chamam de República Velha. Escrevo-lhe com o ponto de vista de quem ocupou a Presidência da República. Para que vosmecê não perca seu tempo, resumo o que vou lhe dizer: vosso Oswaldo Cruz não existe. O que existe é o poder do presidente da República e sua forma de exercê-lo. Eu também assumi o compromisso do saneamento. O Rio estava empesteado e fui ajudado pelo acaso. Como proibi a acumulação de cargos no serviço público, demitiu-se o diretor da Saúde Pública da cidade, o ilustre presidente da Academia Nacional de Medicina. Um médico sugeriu a um ministro o nome de um rapaz que eu não conhecia, nem de nome. Ao convidá-lo, ele apresentou duas condições: queria recursos (todos querem) e liberdade para demitir e nomear na sua jurisdição. Comprometi-me com as duas exigências. Dias depois nomeei um médico para trabalhar na diretoria de Saúde Pública. Era uma indicação do ministro que me trouxera o nome do doutor Oswaldo Cruz. O moço reagiu e disse que ia-se embora. Chamei o ministro e mandei que desfizesse a nomeação. Com toda razão, ele disse que nesse caso também iria embora, pois isso seria uma desconsideração. Tive um imenso trabalho para convencer o ministro que maior desconsideração seria eu ter que reconhecer ao doutor Oswaldo que não cumprira o compromisso que assumira com ele. Ao contrário do que disse o senhor Luiz da Silva, vosso antecessor, Oswaldo Cruz não "criou a vacina da febre amarela para salvar a humanidade", ela só foi criada em 1937, vinte anos depois de sua morte. O que ele fez foi trabalhar a partir da relação entre o mosquito e a moléstia, estabelecida há décadas por um pesquisador cubano. Lembro-lhe que a nobiliarquia médica duvidava da descoberta. O doutor Oswaldo era um homem minucioso, tinha uns diários de bolso ingleses onde anotava até os espetáculos que via. Seu grande mérito estava na organização e na habilidade para desprezar picuinhas e hostilidades políticas. Não preciso contar que a Câmara relutou em liberar cinco mil contos para seu serviço. Outros médicos brasileiros trabalhavam na mesma linha que ele -a diferença, permita-me, esteve no ocupante da cadeira em que está hoje a senhora. Eu governei o país com sete ministros, vosmecê já teve 99. O Brasil é outro, mas ainda assim não há governo para tamanha titularidade. (Em 67 anos de Império tivemos só 46 marqueses.) Ontem o doutor Oswaldo procurou-me, assombrado. Tinha consigo um exemplar do The New England Journal of Medicine, que ele diz ser sério. Ali há um artigo de treze médicos, intitulado "Zika Virus associated with microcephaly". Em outubro passado, perceberam-se anomalias no feto de uma gestante de 25 anos. Ela viveu no Rio Grande do Norte, mas o que levou o doutor Oswaldo à tristeza foi o fato de o artigo ter sido escrito por médicos eslovenos, pois todos os exames e pesquisas foram realizados num hospital de Liubliana. A jovem interrompeu a gravidez voluntária e legalmente no oitavo mês. Ontem o Afonso Arinos soube que eu estava escrevendo esta carta e sugeriu que lhe recomendasse a minha biografia escrita por ele. Se a senhora quiser, pode lê-la nessa coisa que chamam de internet. De qualquer forma, pode pedir um exemplar de papel ao bisneto do Afonso, o Bernardo Mello Franco. Sem mais, reitero: não procure um Oswaldo Cruz, ache-se. Respeitosamente, Francisco de Paula Rodrigues Alves, conselheiro do Império e presidente da República. * ÊXODO Descontadas as indústrias brasileiras que passam por dificuldades, duas empresas americanas encerraram suas operações no Brasil. A Pentair desativou sua divisão de válvulas e desde dezembro não aceita encomendas. Os clientes serão atendidos pelos seus canais no exterior. A Fike, fabricante de equipamentos contra incêndios, encerrou sua operação em Jundiaí e centralizou seus negócios latino-americanos no escritório de Houston, no Texas. Duas caldeirarias nacionais já fecharam. O governo diz que sua estratégia econômica permite a substituição de importações. Está conseguindo a exportação de empregos. EREMILDO, O IDIOTA Eremildo é um idiota e entende que administrar o interesse público é coisa para sábios. Ele leu um artigo de 489 palavras dos doutores Henry Holanda Campos, Ana Estela Haddad e Claudia Maffini Griboski louvando as virtudes do Exame Nacional de Revalidação dos Diplomas Médicos obtidos em escolas estrangeiras. Só então deu-se conta de que esse processo envolveu doze instituições e programas da máquina do Estado. A saber: os Ministérios da Educação, da Saúde e das Relações Exteriores, as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Medicina, o Programa Mais Médicos, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, a Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde, a Matriz de Correspondência Curricular e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Esse esforço desemboca em políticas públicas como o Pró-Saúde, o Pet-Saúde e o Pró-Residência. - PRODEPOIS O governo deveria unificar todos os adiamentos de suas promessas num só programa. Poderia chamá-lo de ProAdia ou ProDepois. Em menos de dois meses foram adiadas a entrega de kits aos Estados para a detecção de dengue, as visitas a domicílios no combate ao mosquito e o anúncio de cortes de despesas com a máquina estatal que cria esses mesmos programas. Nos casos do mosquito, as promessas não passavam de empulhação. PAES E O ZIKA O prefeito Eduardo Paes tem toda razão: "Morre muito mais gente de gripe todo ano do que por dengue, que dirá o vírus da zika." Podia ter dado outro exemplo: morrem mais mulheres atacadas pelos companheiros (uma a cada quatro dias) do que de gripe e de zika. PACTO DE MUNIQUE Como será feito o acordo, ninguém sabe, mas o governo já se deu conta de que não aprovará a volta da CPMF sem um acerto com o deputado Eduardo Cunha. Será algo como o Pacto Nazi-Soviético, assinado pela União Soviética e a Alemanha nazista em 1939. Naquela armação, fritou-se a Polônia. Nessa nova versão, frita-se o contribuinte. PAPÉIS DA CIA Um exemplo dos riscos que corre um serviço de informações quando se mete a fazer previsões: No dia 1º de dezembro de 1967 a Central Intelligence Agency deu ao presidente americano Lyndon Johnson um resumo dos acontecimentos da véspera e mencionou inquietações entre os estudantes tchecos. A certa altura, arriscou: "Nós duvidamos que Praga venha a ser uma nova Budapeste". Referia-se à revolta húngara de 1956, que terminou com a invasão do país por tropas soviéticas. Nove meses depois, os tanques entraram em Praga.
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De RodriguesAlves.edu para Dilma.govPrezada presidente, Outro dia disseram-me que seu governo procura o "nosso Oswaldo Cruz" para lidar com o mosquito Aedes aegypti e, na semana passada, a senhora se reuniu com cerca de 50 pessoas para discutir o assunto. Vosmecê já telefonou para o presidente dos Estados Unidos e fez um pronunciamento à nação, prometendo uma "megaoperação" saneadora. Todas as vossas reuniões são teatralmente coreografadas e divulgadas. Poesias políticas, valem tanto quanto os devaneios do Olavo Bilac a ouvir estrelas. Eu sentei na vossa cadeira de 1902 a 1906 e, graças ao doutor Oswaldo, livrei o Rio de Janeiro da praga da febre amarela. Não creio que sejam de muita valia as lembranças de um tempo que hoje chamam de República Velha. Escrevo-lhe com o ponto de vista de quem ocupou a Presidência da República. Para que vosmecê não perca seu tempo, resumo o que vou lhe dizer: vosso Oswaldo Cruz não existe. O que existe é o poder do presidente da República e sua forma de exercê-lo. Eu também assumi o compromisso do saneamento. O Rio estava empesteado e fui ajudado pelo acaso. Como proibi a acumulação de cargos no serviço público, demitiu-se o diretor da Saúde Pública da cidade, o ilustre presidente da Academia Nacional de Medicina. Um médico sugeriu a um ministro o nome de um rapaz que eu não conhecia, nem de nome. Ao convidá-lo, ele apresentou duas condições: queria recursos (todos querem) e liberdade para demitir e nomear na sua jurisdição. Comprometi-me com as duas exigências. Dias depois nomeei um médico para trabalhar na diretoria de Saúde Pública. Era uma indicação do ministro que me trouxera o nome do doutor Oswaldo Cruz. O moço reagiu e disse que ia-se embora. Chamei o ministro e mandei que desfizesse a nomeação. Com toda razão, ele disse que nesse caso também iria embora, pois isso seria uma desconsideração. Tive um imenso trabalho para convencer o ministro que maior desconsideração seria eu ter que reconhecer ao doutor Oswaldo que não cumprira o compromisso que assumira com ele. Ao contrário do que disse o senhor Luiz da Silva, vosso antecessor, Oswaldo Cruz não "criou a vacina da febre amarela para salvar a humanidade", ela só foi criada em 1937, vinte anos depois de sua morte. O que ele fez foi trabalhar a partir da relação entre o mosquito e a moléstia, estabelecida há décadas por um pesquisador cubano. Lembro-lhe que a nobiliarquia médica duvidava da descoberta. O doutor Oswaldo era um homem minucioso, tinha uns diários de bolso ingleses onde anotava até os espetáculos que via. Seu grande mérito estava na organização e na habilidade para desprezar picuinhas e hostilidades políticas. Não preciso contar que a Câmara relutou em liberar cinco mil contos para seu serviço. Outros médicos brasileiros trabalhavam na mesma linha que ele -a diferença, permita-me, esteve no ocupante da cadeira em que está hoje a senhora. Eu governei o país com sete ministros, vosmecê já teve 99. O Brasil é outro, mas ainda assim não há governo para tamanha titularidade. (Em 67 anos de Império tivemos só 46 marqueses.) Ontem o doutor Oswaldo procurou-me, assombrado. Tinha consigo um exemplar do The New England Journal of Medicine, que ele diz ser sério. Ali há um artigo de treze médicos, intitulado "Zika Virus associated with microcephaly". Em outubro passado, perceberam-se anomalias no feto de uma gestante de 25 anos. Ela viveu no Rio Grande do Norte, mas o que levou o doutor Oswaldo à tristeza foi o fato de o artigo ter sido escrito por médicos eslovenos, pois todos os exames e pesquisas foram realizados num hospital de Liubliana. A jovem interrompeu a gravidez voluntária e legalmente no oitavo mês. Ontem o Afonso Arinos soube que eu estava escrevendo esta carta e sugeriu que lhe recomendasse a minha biografia escrita por ele. Se a senhora quiser, pode lê-la nessa coisa que chamam de internet. De qualquer forma, pode pedir um exemplar de papel ao bisneto do Afonso, o Bernardo Mello Franco. Sem mais, reitero: não procure um Oswaldo Cruz, ache-se. Respeitosamente, Francisco de Paula Rodrigues Alves, conselheiro do Império e presidente da República. * ÊXODO Descontadas as indústrias brasileiras que passam por dificuldades, duas empresas americanas encerraram suas operações no Brasil. A Pentair desativou sua divisão de válvulas e desde dezembro não aceita encomendas. Os clientes serão atendidos pelos seus canais no exterior. A Fike, fabricante de equipamentos contra incêndios, encerrou sua operação em Jundiaí e centralizou seus negócios latino-americanos no escritório de Houston, no Texas. Duas caldeirarias nacionais já fecharam. O governo diz que sua estratégia econômica permite a substituição de importações. Está conseguindo a exportação de empregos. EREMILDO, O IDIOTA Eremildo é um idiota e entende que administrar o interesse público é coisa para sábios. Ele leu um artigo de 489 palavras dos doutores Henry Holanda Campos, Ana Estela Haddad e Claudia Maffini Griboski louvando as virtudes do Exame Nacional de Revalidação dos Diplomas Médicos obtidos em escolas estrangeiras. Só então deu-se conta de que esse processo envolveu doze instituições e programas da máquina do Estado. A saber: os Ministérios da Educação, da Saúde e das Relações Exteriores, as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Medicina, o Programa Mais Médicos, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, a Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde, a Matriz de Correspondência Curricular e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Esse esforço desemboca em políticas públicas como o Pró-Saúde, o Pet-Saúde e o Pró-Residência. - PRODEPOIS O governo deveria unificar todos os adiamentos de suas promessas num só programa. Poderia chamá-lo de ProAdia ou ProDepois. Em menos de dois meses foram adiadas a entrega de kits aos Estados para a detecção de dengue, as visitas a domicílios no combate ao mosquito e o anúncio de cortes de despesas com a máquina estatal que cria esses mesmos programas. Nos casos do mosquito, as promessas não passavam de empulhação. PAES E O ZIKA O prefeito Eduardo Paes tem toda razão: "Morre muito mais gente de gripe todo ano do que por dengue, que dirá o vírus da zika." Podia ter dado outro exemplo: morrem mais mulheres atacadas pelos companheiros (uma a cada quatro dias) do que de gripe e de zika. PACTO DE MUNIQUE Como será feito o acordo, ninguém sabe, mas o governo já se deu conta de que não aprovará a volta da CPMF sem um acerto com o deputado Eduardo Cunha. Será algo como o Pacto Nazi-Soviético, assinado pela União Soviética e a Alemanha nazista em 1939. Naquela armação, fritou-se a Polônia. Nessa nova versão, frita-se o contribuinte. PAPÉIS DA CIA Um exemplo dos riscos que corre um serviço de informações quando se mete a fazer previsões: No dia 1º de dezembro de 1967 a Central Intelligence Agency deu ao presidente americano Lyndon Johnson um resumo dos acontecimentos da véspera e mencionou inquietações entre os estudantes tchecos. A certa altura, arriscou: "Nós duvidamos que Praga venha a ser uma nova Budapeste". Referia-se à revolta húngara de 1956, que terminou com a invasão do país por tropas soviéticas. Nove meses depois, os tanques entraram em Praga.
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Operação é severamente criticada no meio jurídico
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Desde o início, em março de 2014, a Operação Lava Jato suscita críticas no meio jurídico. O juiz Sergio Moro, responsável pelo caso na Justiça Federal, é o principal alvo. Critérios e métodos da procuradoria, da Polícia Federal e de tribunais que julgam envolvidos com foro privilegiado também são censurados. Uma dura acusação foi feita em março pelo advogado Alexandre Lopes, defensor do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que chegou a ser solto por ordem do STF (Supremo Tribunal federal), mas depois voltou à cadeia. "Tribunais estão amedrontados pelo clamor das ruas. A pressão é tão grande que os ministros acabam violentando suas convicções pessoais", disse. "Para o juiz Sergio Moro, vigora o princípio contrário: o de presunção de culpa." Haveria também uma supervalorização de delações premiadas, dizem alguns. "Delações são provas precárias e inconfiáveis", disse Nelio Machado, defensor do lobista Fernando Soares. "O delator tem outros interesses do que dizer a verdade." Em maio, quando retirou seu apoio a um evento que teria Moro entre os palestrantes, o advogado Arnaldo Malheiros justificou assim a sua decisão: "Não vou pagar para dar palco a quem viola constantemente o direito de defesa e falará sobre colaborações que sabemos bem como se dão". Era uma referência à constante acusação de que prisões são usadas como pressão para obter delações. Em parecer para um réu, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp defendeu que o acordo de delação do doleiro Alberto Youssef é ilegal. Apontou omissão ao descumprimento de um pacto anterior, de 2003, e citou falta credibilidade do doleiro, que já mentiu à Justiça. Quando esse pedido para anulação da delação foi levado ao STF, o ministro Dias Toffoli rejeitou o pleito. Ele não chegou a discutir o mérito da questão, afirmando que o tipo de recurso apresentado pela defesa não era cabível. Outra crítica constante é contra o fato de o caso correr em Curitiba, na comarca de Moro. Alguns argumentam que os ilícitos contra a Petrobras apontados pelos procuradores teriam sido no Rio, sede da estatal. Moro alega que Youssef, personagem central desde a origem da apuração, atuava em Curitiba.
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Operação é severamente criticada no meio jurídicoDesde o início, em março de 2014, a Operação Lava Jato suscita críticas no meio jurídico. O juiz Sergio Moro, responsável pelo caso na Justiça Federal, é o principal alvo. Critérios e métodos da procuradoria, da Polícia Federal e de tribunais que julgam envolvidos com foro privilegiado também são censurados. Uma dura acusação foi feita em março pelo advogado Alexandre Lopes, defensor do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, que chegou a ser solto por ordem do STF (Supremo Tribunal federal), mas depois voltou à cadeia. "Tribunais estão amedrontados pelo clamor das ruas. A pressão é tão grande que os ministros acabam violentando suas convicções pessoais", disse. "Para o juiz Sergio Moro, vigora o princípio contrário: o de presunção de culpa." Haveria também uma supervalorização de delações premiadas, dizem alguns. "Delações são provas precárias e inconfiáveis", disse Nelio Machado, defensor do lobista Fernando Soares. "O delator tem outros interesses do que dizer a verdade." Em maio, quando retirou seu apoio a um evento que teria Moro entre os palestrantes, o advogado Arnaldo Malheiros justificou assim a sua decisão: "Não vou pagar para dar palco a quem viola constantemente o direito de defesa e falará sobre colaborações que sabemos bem como se dão". Era uma referência à constante acusação de que prisões são usadas como pressão para obter delações. Em parecer para um réu, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp defendeu que o acordo de delação do doleiro Alberto Youssef é ilegal. Apontou omissão ao descumprimento de um pacto anterior, de 2003, e citou falta credibilidade do doleiro, que já mentiu à Justiça. Quando esse pedido para anulação da delação foi levado ao STF, o ministro Dias Toffoli rejeitou o pleito. Ele não chegou a discutir o mérito da questão, afirmando que o tipo de recurso apresentado pela defesa não era cabível. Outra crítica constante é contra o fato de o caso correr em Curitiba, na comarca de Moro. Alguns argumentam que os ilícitos contra a Petrobras apontados pelos procuradores teriam sido no Rio, sede da estatal. Moro alega que Youssef, personagem central desde a origem da apuração, atuava em Curitiba.
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Justiça mandou empresas excluírem link que vinculava ministro a facção
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O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, obteve ainda em 2015 uma liminar que obrigou plataformas do Google e Facebook a excluir publicações que o apontavam como "advogado do PCC". A decisão, do juiz Tom Alexandre Brandão, do Tribunal de Justiça de São Paulo, é fruto de uma empreitada que Moraes iniciou naquele ano, quando ainda era Secretário de Segurança de São Paulo do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). No processo, Moraes ataca especificamente links com o título: "O novo secretário de Segurança de São Paulo foi advogado do PCC". Seus advogados argumentam que o conteúdo foi disseminado por uma rede de blogs que simulavam veículos de comunicação reais. Eles copiaram reportagem assinada pelo jornalista Luis Nassif, mas adulteraram o título do texto, atribuindo um vínculo entre Moraes e a organização criminosa PCC. "O novo título traduz uma informação completamente distinta daquela tratada na matéria original, fazendo uma inferência que não é verdadeira", escreveu o juiz. O magistrado diz ainda que a edição foi feita de modo "evidentemente sensacionalista", induzindo o leitor a uma "situação absolutamente distinta e que não é corroborada pela matéria" assinada por Nassif. O texto original de Nassif trazia a informação de que Moraes, que é advogado, havia representado legalmente uma cooperativa de vans de São Paulo que, posteriormente, foi investigada por suposta ligação com o PCC. Google e Facebook recorreram, mas não conseguiram reverter a liminar. Segundo as últimas movimentações da ação, a Justiça tenta notificar os responsáveis dos menores de idade que criaram as publicações, já que, além da suspensão dos links, o ministro pede indenização por danos morais. Procurado pela Folha, Moraes disse que foi à Justiça para combater "notícia falsa e difamatória, publicada de má fé em sítio eletrônico para causar danos à minha imagem e honra". Ainda é possível encontrar réplicas do link na internet. "A luta nessa seara é inglória, mas deve ser feita. A Justiça determinou a retirada de oito blogs criados com nomes falsos do ar e reconheceu a mentira difamatória da publicação", concluiu Moraes.
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cotidiano
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Justiça mandou empresas excluírem link que vinculava ministro a facçãoO ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, obteve ainda em 2015 uma liminar que obrigou plataformas do Google e Facebook a excluir publicações que o apontavam como "advogado do PCC". A decisão, do juiz Tom Alexandre Brandão, do Tribunal de Justiça de São Paulo, é fruto de uma empreitada que Moraes iniciou naquele ano, quando ainda era Secretário de Segurança de São Paulo do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). No processo, Moraes ataca especificamente links com o título: "O novo secretário de Segurança de São Paulo foi advogado do PCC". Seus advogados argumentam que o conteúdo foi disseminado por uma rede de blogs que simulavam veículos de comunicação reais. Eles copiaram reportagem assinada pelo jornalista Luis Nassif, mas adulteraram o título do texto, atribuindo um vínculo entre Moraes e a organização criminosa PCC. "O novo título traduz uma informação completamente distinta daquela tratada na matéria original, fazendo uma inferência que não é verdadeira", escreveu o juiz. O magistrado diz ainda que a edição foi feita de modo "evidentemente sensacionalista", induzindo o leitor a uma "situação absolutamente distinta e que não é corroborada pela matéria" assinada por Nassif. O texto original de Nassif trazia a informação de que Moraes, que é advogado, havia representado legalmente uma cooperativa de vans de São Paulo que, posteriormente, foi investigada por suposta ligação com o PCC. Google e Facebook recorreram, mas não conseguiram reverter a liminar. Segundo as últimas movimentações da ação, a Justiça tenta notificar os responsáveis dos menores de idade que criaram as publicações, já que, além da suspensão dos links, o ministro pede indenização por danos morais. Procurado pela Folha, Moraes disse que foi à Justiça para combater "notícia falsa e difamatória, publicada de má fé em sítio eletrônico para causar danos à minha imagem e honra". Ainda é possível encontrar réplicas do link na internet. "A luta nessa seara é inglória, mas deve ser feita. A Justiça determinou a retirada de oito blogs criados com nomes falsos do ar e reconheceu a mentira difamatória da publicação", concluiu Moraes.
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San Francisco testa tinta que 'devolve' xixi feito em muros
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Quem tem o hábito de urinar em público em San Francisco que se cuide: autoridades estão testando, em muros de áreas mais "problemáticas", uma nova tinta repelente que joga o líquido de volta. Segundo um porta-voz da agência de obras públicas da cidade, qualquer um que tentar urinar contra uma parede tratada com a nova tinta poderá ser atingido pelo líquido. Ultra Ever Dry O diretor da agência municipal americana teve ideia ao visitar um conhecido bairro de casas noturnas na Alemanha. A comunidade de St. Pauli, em Hamburgo, está usando a tinta há algum tempo para lidar com o problema causado pelo fluxo de milhões de turistas que visitam o bairro a cada ano. Em março, eles já haviam dito à BBC que a tinta parecia estar funcionando e o problema finalmente estava recebendo a atenção merecida. A tinta, chamada Ultra-Ever Dry, cria uma barreira de ar em frente à superfície que "repele completamente quase qualquer líquido", segundo os fabricantes. NOVE MUROS Ainda na fase de testes, as autoridades de San Francisco já pintaram nove muros em áreas perto de bares e em bairros com grande concentração de moradores sem-teto. Placas colocadas nas paredes, em inglês, chinês e espanhol, trazem as frases: "Segure!... Tente se aliviar em um local apropriado". "A ideia é que eles pensem duas vezes antes de urinar em público", disse Rachel Gordon, porta-voz do Departamento de Obras Públicas de San Francisco. "Recebemos muitas, muitas ligações de pessoas que queriam [a aplicação da tinta] na rua ou no prédio onde moram", acrescentou Rachel. A porta-voz disse que o custo da nova pintura nos muros é mais baixo do que o gasto com equipes de limpeza nas ruas mais atingidas pelo problema. Além disso, a prefeitura de San Francisco também planejou a instalação de mais banheiros públicos.
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bbc
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San Francisco testa tinta que 'devolve' xixi feito em murosQuem tem o hábito de urinar em público em San Francisco que se cuide: autoridades estão testando, em muros de áreas mais "problemáticas", uma nova tinta repelente que joga o líquido de volta. Segundo um porta-voz da agência de obras públicas da cidade, qualquer um que tentar urinar contra uma parede tratada com a nova tinta poderá ser atingido pelo líquido. Ultra Ever Dry O diretor da agência municipal americana teve ideia ao visitar um conhecido bairro de casas noturnas na Alemanha. A comunidade de St. Pauli, em Hamburgo, está usando a tinta há algum tempo para lidar com o problema causado pelo fluxo de milhões de turistas que visitam o bairro a cada ano. Em março, eles já haviam dito à BBC que a tinta parecia estar funcionando e o problema finalmente estava recebendo a atenção merecida. A tinta, chamada Ultra-Ever Dry, cria uma barreira de ar em frente à superfície que "repele completamente quase qualquer líquido", segundo os fabricantes. NOVE MUROS Ainda na fase de testes, as autoridades de San Francisco já pintaram nove muros em áreas perto de bares e em bairros com grande concentração de moradores sem-teto. Placas colocadas nas paredes, em inglês, chinês e espanhol, trazem as frases: "Segure!... Tente se aliviar em um local apropriado". "A ideia é que eles pensem duas vezes antes de urinar em público", disse Rachel Gordon, porta-voz do Departamento de Obras Públicas de San Francisco. "Recebemos muitas, muitas ligações de pessoas que queriam [a aplicação da tinta] na rua ou no prédio onde moram", acrescentou Rachel. A porta-voz disse que o custo da nova pintura nos muros é mais baixo do que o gasto com equipes de limpeza nas ruas mais atingidas pelo problema. Além disso, a prefeitura de San Francisco também planejou a instalação de mais banheiros públicos.
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Justiça determina apreensão de menor que confessou assalto a médico no Rio
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O Tribunal de Justiça do Rio determinou na madrugada desta quinta-feira (28) a apreensão de um adolescente de 15 anos por sua participação no assalto que provocou a morte do médico Jaime Gold, 57, na semana passada. Na ocasião, a vítima seguia de bicicleta pela ciclovia da Lagoa, na zona sul carioca, quando foi abordada e golpeada a facadas. A decisão da juíza Maria Izabel Pena Pieranti veio após o depoimento do adolescente na DH (Delegacia de Homicídios), onde ele confessou ter participado do assalto. Disse que parou o médico na ciclovia e ordenou que ele deixasse a bicicleta. O rapaz, no entanto, atribui as facadas a outro colega, também menor, que participou da ação. O adolescente, que já tinha sido apreendido, no entanto, nega participação no crime. Ele afirma que estava em casa, na favela de Mandela (zona norte), no momento do crime. Este mesmo acusado foi reconhecido por uma testemunha. Após atingir o médico, segundo o depoimento prestado à polícia, os dois menores fugiram com a bicicleta em direção ao centro da cidade, jogaram a faca no rio Maracanã, e foram buscar refúgio na comunidade do Jacaré, onde teriam repassado a bicicleta a receptadores. Em sua decisão, a magistrada ressaltou que o menor já acumulava outros registros policiais: "Ante tais firmes palavras que beiram à descrição de uma barbárie, não poderia o Poder Judiciário quedar-se inerte, impondo-se a adoção de adequada medida". A apreensão do segundo adolescente ocorreu após sua mãe procurar o conselho, assim que tomou conhecimento da participação do filho no episódio. O procedimento foi intermediado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que acompanhou o encaminhamento do adolescente à delegacia. "O segundo menor apreendido estava no quadro da bicicleta e o primeiro, conduzindo a bicicleta. O primeiro menor apreendido deu as facadas e entregou a faca para o segundo menor apreendido. Este, ao ver que a faca estava suja de sangue, a jogou fora", disse a delegada Patrícia Aguiar, que considera o caso encerrado.
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cotidiano
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Justiça determina apreensão de menor que confessou assalto a médico no RioO Tribunal de Justiça do Rio determinou na madrugada desta quinta-feira (28) a apreensão de um adolescente de 15 anos por sua participação no assalto que provocou a morte do médico Jaime Gold, 57, na semana passada. Na ocasião, a vítima seguia de bicicleta pela ciclovia da Lagoa, na zona sul carioca, quando foi abordada e golpeada a facadas. A decisão da juíza Maria Izabel Pena Pieranti veio após o depoimento do adolescente na DH (Delegacia de Homicídios), onde ele confessou ter participado do assalto. Disse que parou o médico na ciclovia e ordenou que ele deixasse a bicicleta. O rapaz, no entanto, atribui as facadas a outro colega, também menor, que participou da ação. O adolescente, que já tinha sido apreendido, no entanto, nega participação no crime. Ele afirma que estava em casa, na favela de Mandela (zona norte), no momento do crime. Este mesmo acusado foi reconhecido por uma testemunha. Após atingir o médico, segundo o depoimento prestado à polícia, os dois menores fugiram com a bicicleta em direção ao centro da cidade, jogaram a faca no rio Maracanã, e foram buscar refúgio na comunidade do Jacaré, onde teriam repassado a bicicleta a receptadores. Em sua decisão, a magistrada ressaltou que o menor já acumulava outros registros policiais: "Ante tais firmes palavras que beiram à descrição de uma barbárie, não poderia o Poder Judiciário quedar-se inerte, impondo-se a adoção de adequada medida". A apreensão do segundo adolescente ocorreu após sua mãe procurar o conselho, assim que tomou conhecimento da participação do filho no episódio. O procedimento foi intermediado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que acompanhou o encaminhamento do adolescente à delegacia. "O segundo menor apreendido estava no quadro da bicicleta e o primeiro, conduzindo a bicicleta. O primeiro menor apreendido deu as facadas e entregou a faca para o segundo menor apreendido. Este, ao ver que a faca estava suja de sangue, a jogou fora", disse a delegada Patrícia Aguiar, que considera o caso encerrado.
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Fissuras na base
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Aos poucos vai ficando claro que não há por que precipitar-se no processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular. A afobação do Ministério da Educação (MEC) produziu um documento preliminar eivado de falhas graves. Cabe agora debatê-lo com o vagar imprescindível quando se trata de definir o que cada criança tem o direito de aprender, e cada professor, o dever de ensinar. Teve início nesta semana o exame de cerca de 8 milhões de sugestões encaminhadas ao MEC na consulta pública aberta em meados de setembro. Pelo calendário fixado, a comissão de especialistas deveria produzir uma nova proposta para exame e adoção, até junho, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Falta ainda transparência, contudo, sobre como se efetuará a análise das contribuições. Que critérios serão utilizados? Por quem? De que modo o público poderá exercer controle sobre essa filtragem? Cabe ao MEC esclarecer melhor essa tramitação. Caso contrário, manterá vivas as dúvidas sobre sua capacidade de presidir a deliberação sem ceder à influência indevida de grupos ideológicos. No primeiro documento da base nacional divulgado, essa ingerência se mostrou patente nas diretrizes para ciências humanas. Em especial, manifesta-se no capítulo de história, que despreza períodos inteiros da evolução do Ocidente, como a Antiguidade Clássica. No de linguagem, há desvalorização inaceitável da gramática e da aquisição de competências como leitura e escrita. Especialistas criticam ainda certo desfalque na coerência interna, como lacunas na progressão do aprendizado. E não é só o conteúdo do texto, mas o que ele não cobre. A primeira versão da base carece de clareza quanto ao que deve preencher os 40% do tempo letivo reservados à "parte diversificada". Muitos a interpretaram como espaço para regionalização do conteúdo, mas isso não faz sentido em relação à matemática, por exemplo. Por fim, há a questão da implementação do currículo comum. Como será compatibilizado com os já definidos em alguns Estados? E que efeitos terá sobre a formação e a avaliação de professores? Restam questões demais em aberto para esperar desfecho razoável até junho. A pressa, no caso, só interessa àqueles que preferem esquivar-se do escrutínio público e preservar espaço para usar a escola como aparelho ideológico. [email protected]
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opiniao
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Fissuras na baseAos poucos vai ficando claro que não há por que precipitar-se no processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular. A afobação do Ministério da Educação (MEC) produziu um documento preliminar eivado de falhas graves. Cabe agora debatê-lo com o vagar imprescindível quando se trata de definir o que cada criança tem o direito de aprender, e cada professor, o dever de ensinar. Teve início nesta semana o exame de cerca de 8 milhões de sugestões encaminhadas ao MEC na consulta pública aberta em meados de setembro. Pelo calendário fixado, a comissão de especialistas deveria produzir uma nova proposta para exame e adoção, até junho, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Falta ainda transparência, contudo, sobre como se efetuará a análise das contribuições. Que critérios serão utilizados? Por quem? De que modo o público poderá exercer controle sobre essa filtragem? Cabe ao MEC esclarecer melhor essa tramitação. Caso contrário, manterá vivas as dúvidas sobre sua capacidade de presidir a deliberação sem ceder à influência indevida de grupos ideológicos. No primeiro documento da base nacional divulgado, essa ingerência se mostrou patente nas diretrizes para ciências humanas. Em especial, manifesta-se no capítulo de história, que despreza períodos inteiros da evolução do Ocidente, como a Antiguidade Clássica. No de linguagem, há desvalorização inaceitável da gramática e da aquisição de competências como leitura e escrita. Especialistas criticam ainda certo desfalque na coerência interna, como lacunas na progressão do aprendizado. E não é só o conteúdo do texto, mas o que ele não cobre. A primeira versão da base carece de clareza quanto ao que deve preencher os 40% do tempo letivo reservados à "parte diversificada". Muitos a interpretaram como espaço para regionalização do conteúdo, mas isso não faz sentido em relação à matemática, por exemplo. Por fim, há a questão da implementação do currículo comum. Como será compatibilizado com os já definidos em alguns Estados? E que efeitos terá sobre a formação e a avaliação de professores? Restam questões demais em aberto para esperar desfecho razoável até junho. A pressa, no caso, só interessa àqueles que preferem esquivar-se do escrutínio público e preservar espaço para usar a escola como aparelho ideológico. [email protected]
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Como dar usos diferentes para objetos velhos e economizar na decoração
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DE SÃO PAULO Com um pouco de criatividade, qualquer objeto pode ganhar usos diferentes. Além de evitar o desperdício de recursos naturais, isso gera economia. "Se a forma dele funciona, é só mudar a cor e dar outro aspecto", diz a publicitária Dani Vasconcelos, do canal "Ricota Não Derrete", no qual dá dicas de como decorar a casa gastando pouco. A seguir, conheça quatro truques da youtuber para dar vida nova ao que está encostado em casa.
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sobretudo
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Como dar usos diferentes para objetos velhos e economizar na decoração
DE SÃO PAULO Com um pouco de criatividade, qualquer objeto pode ganhar usos diferentes. Além de evitar o desperdício de recursos naturais, isso gera economia. "Se a forma dele funciona, é só mudar a cor e dar outro aspecto", diz a publicitária Dani Vasconcelos, do canal "Ricota Não Derrete", no qual dá dicas de como decorar a casa gastando pouco. A seguir, conheça quatro truques da youtuber para dar vida nova ao que está encostado em casa.
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17 opções de restaurantes em SP para almoçar (bem) no domingo de Páscoa
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MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Veja opções de restaurantes na cidade de São Paulo com receitas especiais para a Páscoa e opções pouco tradicionais. * BACALHAU E OUTROS PEIXES Amadeus Referência no preparo de peixes e frutos do mar, Bella Masano servirá, na Páscoa, um menu-degustação de cinco etapas, usando camarão de pesca artesanal, bacalhau do Alasca e chocolate (R$ 195) —as receitas serão definidas com a chegada dos ingredientes no dia. Há também opções do cardápio, como as vieiras de Picinguaba com creme de cebolinha verde (R$ 52), servidas como entrada. Na Sexta-Feira Santa, a chef preparará suas tradicionais receitas com bacalhau, como o lombo acompanhado de feijão-branco (R$ 108). R. Haddock Lobo, 807, Cerqueira César, região oeste, tel. 3061-2859. 56 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex. e sáb.: 12h às 16h30 e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, AE. Valet a partir de R$ 15. $$$$$ * Tasca da Esquina O restaurante do português Vítor Sobral terá um prato com bacalhau elaborado especialmente para a Páscoa: o lombo do pescado preparado no forno é acompanhado de arroz de grelos, batata ao murro, cebolada e ovo cozido (R$ 179, para dois). Além desta opção, há moqueca de bacalhau com mandioquinha ao murro (R$ 105) e bacalhau com pimentos assados, paio português e azeitonas (R$ 93). Al. Itu, 225, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3262-0033. 70 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb. e feriado.: 12h às 16h e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, AE, E, D, G. Valet R$ 25. $$$$ * Tasca do Zé e da Maria A casa de receitas portuguesas tem, naturalmente, o bacalhau em seu cardápio. Para o mês de abril, criou um menu-degustação especial com o ingrediente (R$ 250, o casal), servido apenas no jantar. Tem bolinho de bacalhau e também a posta empanada com cebolas caramelizadas, batatas ao murro e brócolis. No almoço do domingo de Páscoa, serve especialmente a caldeirada de cordeiro (R$ 103), preparada com vinho tinto e batatas, acompanhada de arroz. R. dos Pinheiros, 434, Pinheiros, região oeste, tel. 3062-5722. 42 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h à 0h30. Sáb.: 12h à 0h30. Dom.: 12h às 18h. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 20. $$$$$. * TonTon O pequenino lugar, comandado pelo chef Gustavo Rozzino, tem pratos do dia assinalados na lousa. Para a Páscoa, fará um menu especial. Como entrada, o chef sugere o salmão defumado com salada e maçã-verde (R$ 32). Há também dois pratos do dia: arroz de bacalhau com azeitonas, brócolis, mandioquinha palha e banana caramelada e filé-mignon de porco envolto em presunto cru, batata fondant, brócolis e molho poivre (ambos R$ 59). A sobremesa é uma torta de amêndoas e laranja com creme inglês (R$ 20). R. Caconde, 132, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2597-6168. 50 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 23h30. Sáb.: 12h30 às 16h e 19h30 às 23h30. Dom.: 12h30 às 16h30. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 20. $$$ - COMIDA QUE ABRAÇA Hospedaria Comida "da antiga São Paulo", farta e com pegada familiar, é o norte do cardápio deste jovem restaurante, na Mooca. Quem comanda a cozinha é Fellipe Zanuto (d'A Pizza da Mooca), e de lá saem receitas como o o bolinho de arroz, com pedaços de frango e de porco (R$ 24), e arroz de polvo, cozido e grelhado, com picles de tomate, salsinha e cebolinha (R$ 55). Para a Sexta-Feira Santa haverá uma lasanha de bacalhau acompanhada de burrata (R$ 40). R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca, região leste, tel. 2291-5629. 72 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 23h30. Dom.: 12h às 16h. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 15. $$ * Jiquitaia A casa de cozinha brasileira abrirá as portas especialmente no domingo de Páscoa, das 12h às 17h. Para o almoço, o chef Marcelo Bastos bolou um menu com três opções de entrada, como a brandade de bacalhau com salada e a alheira com verduras e ovo frito, três principais, bacalhau ao forno, paleta de cordeiro, feijão de corda e mandioca e nhoque de mandioquinha com cogumelos, e três sobremesas. A refeição completa tem o preço fixo de R$ 88. R. Antônio Carlos, 268, Consolação, região central, tel. 3262-2366. 54 lugares. Seg.: 12h às 15h. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 23h30. CC: V, M, AE, E, D. I$$ * Modern Mamma Osteria Como em um almoço caseiro, boa parte das receitas é pensada para compartilhar à mesa -como a polenta com cogumelos, queijo tallegio e rúcula (R$ 55) e o risoto de cogumelos porcini e gorgonzola (R$ 62). Entre as massas, há lasanha clássica (R$ 55) e tagliatelle de espinafre all'amatriciana com fonduta de pecorino (R$ 52). R. Manuel Guedes, 160, Jardim Europa, região sul, tel. 3078-2263. 100 lugares. Seg. a qua.: 12h às 15h e 19h às 23h. Qui.: 12h às 23h. Sex. e sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, D. Valet R$ 25. $$$ - PARA IR COM A FAMÍLIA A Figueira Rubaiyat Em torno de uma figueira secular, prova-se pratos além do cardápio de carnes de criadouro próprio, em Mato Grosso do Sul. Há opções de frutos do mar e de peixes –são exemplos o caixote marinho com polvo, vieira, mexilhão, lula, lagosta, peixe e arroz azafrán (R$ 173) e a costela de tambaqui acompanhada de palmito ao forno e salada de agrião (R$ 142). No domingo de Páscoa, as famílias serão presenteadas com uma colomba feita lá mesmo e uma lembrança de chocolate para as crianças. R. Haddock Lobo, 1.738, Cerqueira César, região oeste, tel. 3087-1388. 350 lugares. Seg. a qui. e dom.: 12h às 24h. Sex. e sáb.: 12h à 0h30. CC: V, M, AE. Valet R$ 25. $$$$$ * Bráz Trattoria No shopping Cidade Jardim, o restaurante tem a vista de uma cobertura, salão espaçoso e receitas que conversam com a cozinha cantineira. Além de massas, como o radiatore alla Norma, com tomate, berinjela e ricota fresca (R$ 45), tem pizzas, sanduíches e um bacalhau mediterrâneo (R$ 78 ou R$ 145, para dois), assado na lenha e servido com tomate, batata, cebola-roxa, azeitona, alcaparra e manjericão. Av. Magalhães de Castro, 12.000, 4º piso, Butantã, região oeste, tel. 3198-9435. 150 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 18h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 18h30 às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 22h. CC: V, M, AE, E, D. Ingr. p/ braztrattoria.com.br. Estac. a partir de R$ 16. $$ * Capim Santo Nesse amplo espaço, com mesas ao ar livre, um bufê reúne receitas de ingredientes brasileiros. No domingo de Páscoa, entre saladas, carnes, peixes e grãos, estará o bacalhau em lascas com molho de alho-poró da chef Morena Leite. O preço do bufê, à vontade, é R$ 96 –inclui sobremesa. Al. Min. Rocha Azevedo, 471, Cerqueira César, região oeste, tel. 3089-9500. 200 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h30 às 16h30 e 20h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, AE, E, D. $$$$ * Mangiare O restaurante teve seu cardápio reformulado há pouco. O chef argentino Pablo Inca é quem assina o menu. Faz parte do cardápio, por exemplo, o ancho maturado acompanhado de mil-folhas de batata e tutano (R$ 69) e, para quem evita carne na Páscoa, fettuccine com cogumelos, limão-siciliano e pangrattato (R$ 52). No almoço do domingo, haverá pastiera di grano como sobremesa, torta de ricota, frutas e nozes típica de Nápoles (R$ 18). Av. Imp. Leopoldina, 681, Vila Leopoldina, região oeste, tel. 3034-5074. 120 lugares. Seg. e ter.: 12h às 15h. Qua. e qui.: 12h às 15h e 19h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb. e feriado.: 12h às 17h e 19h30 às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, AE, E, D. Valet R$ 15. $$$ - PROGRAMA ESPECIAL Ici Bistrô Neste restaurante francês, que completa 15 anos, são servidas receitas clássicas do país, reunidas no cardápio elaborado pelo chef Benny Novak. Entre eles, está o gigot d'agneau, pernil de cordeiro servido com feijão-branco, batatas ao forno e molho do assado (R$ 65), prato típico da Páscoa francesa. Além desta opção, o chef oferece, no fim de semana do feriado (14, 15 e 16/4), um bacalhau assado, servido com batatas, alho-poró e shiitake (R$ 64). R. Pará, 36, Consolação, região central, tel. 3257-4064. 50 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sex.: 12h às 15h e 19h à 0h30. Sáb.: 12h30 às 16h e 19h30 à 0h30. Dom.: 12h30 às 17h. CC: V, M, AE, D. Valet R$ 25. $$$ * Cór O novíssimo restaurante, nos arredores do Alto de Pinheiros, contou com consultoria do chef-açougueiro Renzo Garibaldi e tem, à frente da cozinha, a chef Thais Alves (ex-Maní). Da brasa saem cortes de carne maturados (técnica que concentra sabor e dá maciez ao ingrediente), como o chorizo (R$ 55), que podem ser acompanhados de salada de batata (R$ 12), por exemplo. Há também nhoque de abóbora com ricota, manjericão e castanha-do-pará (R$ 49) e arroz espanhol com vegetais e romesco (R$ 49), para quem evita carne nessa data. Pça. São Marcos, 825, Vila Ida, região oeste, tel. 3726-2908. 80 lugares. Ter. a sex.: 12h às 14h45 e 19h às 22h45. Sáb.: 12h às 16h45 e 19h às 23h45. Dom. e feriado.: 12h às 16h45. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 5. $$$ - PÁSCOA BOA E BARATA Arimbá Nessa casa de sabores caipiras, tropeiros e campeiros, a chef Angelita Gonzaga vai preparar um prato para a Páscoa: mojica de pintado, ensopado de peixe de água doce e mandioca (R$ 99,50, para dois). A receita, típica de Cuiabá, entrará para o cardápio. Para abrir a refeição, é opção a porção de pastéis de fubá recheados com queijo ou carne. E para matar a sede, cinco limonadas com limões siciliano e taiti, e frutas como carambola, caju e seriguela. R. Min. Ferreira Alves, 464B, Perdizes, região oeste, tel. 3477-7063. 60 lugares. Qua. a sex.: 12h às 24h. Sáb. e dom.: 12h às 18h. CC: V, M, AE, E, H. $ * Kouzina O restaurante de inspiração mediterrânea e jeitão despojado tem um cardápio com drinques, petiscos que acompanham bem as bebidas e também pratos e acompanhamentos que podem servir para uma Páscoa bem descontraída. São exemplos do menu da chef Mariana Fonseca, a berinjela empanada (R$ 24), servida como aperitivo, moussaka (R$ 38) e soutzoukakia (bolinhas de carne com molho de tomate e batata, por R$ 40), opções de prato principal. R. Peixoto Gomide, 1.710, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2935-0888. 50 lugares. Seg., dom. e feriado.: 12h às 24h. Ter. a qui.: 12h à 1h. Sex. e sáb.: 12h à 1h30. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 25. $$ * La Peruana Cevicheria Para uma Páscoa menos óbvia, mas que não foge da tradição de ter peixe no prato, os ceviches da chef Marisabel Woodman são opção. O ceviche apaltado, por exemplo, tem peixe branco, abacate, alcaparras, gengibre, pimenta e azeite (R$ 29). Há também opções como arroz com frutos do mar (R$ 36) e atum em crosta de chia e quinoa servido com purê e legumes (R$ 41). Al. Campinas, 1.357, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3885-0148. 49 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sáb.: 12h às 23h. Dom.: 12h às 16h. CC: V, M, AE, E, D. Valet R$ 23. $ * Petí Gastronomia O chef Victor Dimitrow é quem comanda o restaurante, dentro de uma loja de materiais de pintura em Perdizes. O menu é pequeno, fechado e rotativo. No domingo de Páscoa, abre das 12h às 16h, com um cardápio para a data. Serão canapé, entrada, prato e sobremesa por R$ 85, sempre com uma opção vegetariana. Entre os pratos principais, haverá um bacalhau salgado na casa com caçarola de grão de bico e chouriço e milho crioulo crocante. R. Cotoxó, 110, Pintar materiais artísticos (fundos), Perdizes, região oeste, tel. 3873-0099. 40 lugares. Seg. a sáb. e feriado.: 12h às 15h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 7. $
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saopaulo
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17 opções de restaurantes em SP para almoçar (bem) no domingo de PáscoaMAGÊ FLORES DE SÃO PAULO Veja opções de restaurantes na cidade de São Paulo com receitas especiais para a Páscoa e opções pouco tradicionais. * BACALHAU E OUTROS PEIXES Amadeus Referência no preparo de peixes e frutos do mar, Bella Masano servirá, na Páscoa, um menu-degustação de cinco etapas, usando camarão de pesca artesanal, bacalhau do Alasca e chocolate (R$ 195) —as receitas serão definidas com a chegada dos ingredientes no dia. Há também opções do cardápio, como as vieiras de Picinguaba com creme de cebolinha verde (R$ 52), servidas como entrada. Na Sexta-Feira Santa, a chef preparará suas tradicionais receitas com bacalhau, como o lombo acompanhado de feijão-branco (R$ 108). R. Haddock Lobo, 807, Cerqueira César, região oeste, tel. 3061-2859. 56 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex. e sáb.: 12h às 16h30 e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, AE. Valet a partir de R$ 15. $$$$$ * Tasca da Esquina O restaurante do português Vítor Sobral terá um prato com bacalhau elaborado especialmente para a Páscoa: o lombo do pescado preparado no forno é acompanhado de arroz de grelos, batata ao murro, cebolada e ovo cozido (R$ 179, para dois). Além desta opção, há moqueca de bacalhau com mandioquinha ao murro (R$ 105) e bacalhau com pimentos assados, paio português e azeitonas (R$ 93). Al. Itu, 225, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3262-0033. 70 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb. e feriado.: 12h às 16h e 19h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, AE, E, D, G. Valet R$ 25. $$$$ * Tasca do Zé e da Maria A casa de receitas portuguesas tem, naturalmente, o bacalhau em seu cardápio. Para o mês de abril, criou um menu-degustação especial com o ingrediente (R$ 250, o casal), servido apenas no jantar. Tem bolinho de bacalhau e também a posta empanada com cebolas caramelizadas, batatas ao murro e brócolis. No almoço do domingo de Páscoa, serve especialmente a caldeirada de cordeiro (R$ 103), preparada com vinho tinto e batatas, acompanhada de arroz. R. dos Pinheiros, 434, Pinheiros, região oeste, tel. 3062-5722. 42 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h à 0h30. Sáb.: 12h à 0h30. Dom.: 12h às 18h. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 20. $$$$$. * TonTon O pequenino lugar, comandado pelo chef Gustavo Rozzino, tem pratos do dia assinalados na lousa. Para a Páscoa, fará um menu especial. Como entrada, o chef sugere o salmão defumado com salada e maçã-verde (R$ 32). Há também dois pratos do dia: arroz de bacalhau com azeitonas, brócolis, mandioquinha palha e banana caramelada e filé-mignon de porco envolto em presunto cru, batata fondant, brócolis e molho poivre (ambos R$ 59). A sobremesa é uma torta de amêndoas e laranja com creme inglês (R$ 20). R. Caconde, 132, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2597-6168. 50 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 23h30. Sáb.: 12h30 às 16h e 19h30 às 23h30. Dom.: 12h30 às 16h30. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 20. $$$ - COMIDA QUE ABRAÇA Hospedaria Comida "da antiga São Paulo", farta e com pegada familiar, é o norte do cardápio deste jovem restaurante, na Mooca. Quem comanda a cozinha é Fellipe Zanuto (d'A Pizza da Mooca), e de lá saem receitas como o o bolinho de arroz, com pedaços de frango e de porco (R$ 24), e arroz de polvo, cozido e grelhado, com picles de tomate, salsinha e cebolinha (R$ 55). Para a Sexta-Feira Santa haverá uma lasanha de bacalhau acompanhada de burrata (R$ 40). R. Borges de Figueiredo, 82, Mooca, região leste, tel. 2291-5629. 72 lugares. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 16h e 19h às 23h30. Dom.: 12h às 16h. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 15. $$ * Jiquitaia A casa de cozinha brasileira abrirá as portas especialmente no domingo de Páscoa, das 12h às 17h. Para o almoço, o chef Marcelo Bastos bolou um menu com três opções de entrada, como a brandade de bacalhau com salada e a alheira com verduras e ovo frito, três principais, bacalhau ao forno, paleta de cordeiro, feijão de corda e mandioca e nhoque de mandioquinha com cogumelos, e três sobremesas. A refeição completa tem o preço fixo de R$ 88. R. Antônio Carlos, 268, Consolação, região central, tel. 3262-2366. 54 lugares. Seg.: 12h às 15h. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 23h30. CC: V, M, AE, E, D. I$$ * Modern Mamma Osteria Como em um almoço caseiro, boa parte das receitas é pensada para compartilhar à mesa -como a polenta com cogumelos, queijo tallegio e rúcula (R$ 55) e o risoto de cogumelos porcini e gorgonzola (R$ 62). Entre as massas, há lasanha clássica (R$ 55) e tagliatelle de espinafre all'amatriciana com fonduta de pecorino (R$ 52). R. Manuel Guedes, 160, Jardim Europa, região sul, tel. 3078-2263. 100 lugares. Seg. a qua.: 12h às 15h e 19h às 23h. Qui.: 12h às 23h. Sex. e sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, D. Valet R$ 25. $$$ - PARA IR COM A FAMÍLIA A Figueira Rubaiyat Em torno de uma figueira secular, prova-se pratos além do cardápio de carnes de criadouro próprio, em Mato Grosso do Sul. Há opções de frutos do mar e de peixes –são exemplos o caixote marinho com polvo, vieira, mexilhão, lula, lagosta, peixe e arroz azafrán (R$ 173) e a costela de tambaqui acompanhada de palmito ao forno e salada de agrião (R$ 142). No domingo de Páscoa, as famílias serão presenteadas com uma colomba feita lá mesmo e uma lembrança de chocolate para as crianças. R. Haddock Lobo, 1.738, Cerqueira César, região oeste, tel. 3087-1388. 350 lugares. Seg. a qui. e dom.: 12h às 24h. Sex. e sáb.: 12h à 0h30. CC: V, M, AE. Valet R$ 25. $$$$$ * Bráz Trattoria No shopping Cidade Jardim, o restaurante tem a vista de uma cobertura, salão espaçoso e receitas que conversam com a cozinha cantineira. Além de massas, como o radiatore alla Norma, com tomate, berinjela e ricota fresca (R$ 45), tem pizzas, sanduíches e um bacalhau mediterrâneo (R$ 78 ou R$ 145, para dois), assado na lenha e servido com tomate, batata, cebola-roxa, azeitona, alcaparra e manjericão. Av. Magalhães de Castro, 12.000, 4º piso, Butantã, região oeste, tel. 3198-9435. 150 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 18h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 18h30 às 24h. Sáb.: 12h às 24h. Dom.: 12h às 22h. CC: V, M, AE, E, D. Ingr. p/ braztrattoria.com.br. Estac. a partir de R$ 16. $$ * Capim Santo Nesse amplo espaço, com mesas ao ar livre, um bufê reúne receitas de ingredientes brasileiros. No domingo de Páscoa, entre saladas, carnes, peixes e grãos, estará o bacalhau em lascas com molho de alho-poró da chef Morena Leite. O preço do bufê, à vontade, é R$ 96 –inclui sobremesa. Al. Min. Rocha Azevedo, 471, Cerqueira César, região oeste, tel. 3089-9500. 200 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h30 às 16h30 e 20h às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, AE, E, D. $$$$ * Mangiare O restaurante teve seu cardápio reformulado há pouco. O chef argentino Pablo Inca é quem assina o menu. Faz parte do cardápio, por exemplo, o ancho maturado acompanhado de mil-folhas de batata e tutano (R$ 69) e, para quem evita carne na Páscoa, fettuccine com cogumelos, limão-siciliano e pangrattato (R$ 52). No almoço do domingo, haverá pastiera di grano como sobremesa, torta de ricota, frutas e nozes típica de Nápoles (R$ 18). Av. Imp. Leopoldina, 681, Vila Leopoldina, região oeste, tel. 3034-5074. 120 lugares. Seg. e ter.: 12h às 15h. Qua. e qui.: 12h às 15h e 19h30 às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb. e feriado.: 12h às 17h e 19h30 às 24h. Dom.: 12h às 17h. CC: V, M, AE, E, D. Valet R$ 15. $$$ - PROGRAMA ESPECIAL Ici Bistrô Neste restaurante francês, que completa 15 anos, são servidas receitas clássicas do país, reunidas no cardápio elaborado pelo chef Benny Novak. Entre eles, está o gigot d'agneau, pernil de cordeiro servido com feijão-branco, batatas ao forno e molho do assado (R$ 65), prato típico da Páscoa francesa. Além desta opção, o chef oferece, no fim de semana do feriado (14, 15 e 16/4), um bacalhau assado, servido com batatas, alho-poró e shiitake (R$ 64). R. Pará, 36, Consolação, região central, tel. 3257-4064. 50 lugares. Seg. a qui.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sex.: 12h às 15h e 19h à 0h30. Sáb.: 12h30 às 16h e 19h30 à 0h30. Dom.: 12h30 às 17h. CC: V, M, AE, D. Valet R$ 25. $$$ * Cór O novíssimo restaurante, nos arredores do Alto de Pinheiros, contou com consultoria do chef-açougueiro Renzo Garibaldi e tem, à frente da cozinha, a chef Thais Alves (ex-Maní). Da brasa saem cortes de carne maturados (técnica que concentra sabor e dá maciez ao ingrediente), como o chorizo (R$ 55), que podem ser acompanhados de salada de batata (R$ 12), por exemplo. Há também nhoque de abóbora com ricota, manjericão e castanha-do-pará (R$ 49) e arroz espanhol com vegetais e romesco (R$ 49), para quem evita carne nessa data. Pça. São Marcos, 825, Vila Ida, região oeste, tel. 3726-2908. 80 lugares. Ter. a sex.: 12h às 14h45 e 19h às 22h45. Sáb.: 12h às 16h45 e 19h às 23h45. Dom. e feriado.: 12h às 16h45. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 5. $$$ - PÁSCOA BOA E BARATA Arimbá Nessa casa de sabores caipiras, tropeiros e campeiros, a chef Angelita Gonzaga vai preparar um prato para a Páscoa: mojica de pintado, ensopado de peixe de água doce e mandioca (R$ 99,50, para dois). A receita, típica de Cuiabá, entrará para o cardápio. Para abrir a refeição, é opção a porção de pastéis de fubá recheados com queijo ou carne. E para matar a sede, cinco limonadas com limões siciliano e taiti, e frutas como carambola, caju e seriguela. R. Min. Ferreira Alves, 464B, Perdizes, região oeste, tel. 3477-7063. 60 lugares. Qua. a sex.: 12h às 24h. Sáb. e dom.: 12h às 18h. CC: V, M, AE, E, H. $ * Kouzina O restaurante de inspiração mediterrânea e jeitão despojado tem um cardápio com drinques, petiscos que acompanham bem as bebidas e também pratos e acompanhamentos que podem servir para uma Páscoa bem descontraída. São exemplos do menu da chef Mariana Fonseca, a berinjela empanada (R$ 24), servida como aperitivo, moussaka (R$ 38) e soutzoukakia (bolinhas de carne com molho de tomate e batata, por R$ 40), opções de prato principal. R. Peixoto Gomide, 1.710, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2935-0888. 50 lugares. Seg., dom. e feriado.: 12h às 24h. Ter. a qui.: 12h à 1h. Sex. e sáb.: 12h à 1h30. CC: V, M, AE, E, D. Valet a partir de R$ 25. $$ * La Peruana Cevicheria Para uma Páscoa menos óbvia, mas que não foge da tradição de ter peixe no prato, os ceviches da chef Marisabel Woodman são opção. O ceviche apaltado, por exemplo, tem peixe branco, abacate, alcaparras, gengibre, pimenta e azeite (R$ 29). Há também opções como arroz com frutos do mar (R$ 36) e atum em crosta de chia e quinoa servido com purê e legumes (R$ 41). Al. Campinas, 1.357, Jardim Paulista, região oeste, tel. 3885-0148. 49 lugares. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sáb.: 12h às 23h. Dom.: 12h às 16h. CC: V, M, AE, E, D. Valet R$ 23. $ * Petí Gastronomia O chef Victor Dimitrow é quem comanda o restaurante, dentro de uma loja de materiais de pintura em Perdizes. O menu é pequeno, fechado e rotativo. No domingo de Páscoa, abre das 12h às 16h, com um cardápio para a data. Serão canapé, entrada, prato e sobremesa por R$ 85, sempre com uma opção vegetariana. Entre os pratos principais, haverá um bacalhau salgado na casa com caçarola de grão de bico e chouriço e milho crioulo crocante. R. Cotoxó, 110, Pintar materiais artísticos (fundos), Perdizes, região oeste, tel. 3873-0099. 40 lugares. Seg. a sáb. e feriado.: 12h às 15h. CC: V, M, AE, E, D. Estac. a partir de R$ 7. $
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Schahin consegue suspender rescisão de contrato com Petrobras
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A Schahin conseguiu na Justiça suspender a rescisão de contrato da sonda de perfuração Vitória 10.000, que está prestando serviços para a Petrobras. A estatal havia notificado a fornecedora a respeito da rescisão contratual alegando atrasos no pagamento de parcelas do financiamento da unidade. Pivô de denúncias na Lava Jato, a Vitória 10.000 é hoje a única sonda da Schahin contratada pela estatal e sustenta o plano de recuperação judicial da fornecedora. Ela faz parte de um pacote de seis sondas contratadas à Schahin entre 2006 e 2008. Em decisão proferida na terça (1º), o juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações de São Paulo decidiu suspender a rescisão. As duas partes terão uma audiência de conciliação nesta sexta (4). A Schahin deve US$ 2,123 milhões em parcelas do financiamento para construir a sonda, que foi tomado pela própria Petrobras e é pago com recursos obtidos com o aluguel da unidade. Segundo o juiz, a Schahin reconhece a dívida, mas alega que a unidade está parada para manutenção e por isso não tem receita para pagar a totalidade das parcelas. "O processo de docagem [parada para manutenção ou reparos] era exigência do próprio contrato celebrado, de modo que a parte contratante tinha ciência da provável redução dos recebimentos pela parte adversa e, por consequência, da sua dificuldade de pagamento", disse o juiz. No ano passado, em dificuldades financeiras, a Schahin suspendeu a operação de 5 das 6 sondas contratadas, levando a Petrobras a romper os contratos. RECUPERAÇÃO Investigada pela Lava Jato por participação no esquema de corrupção, a Schahin perdeu o acesso a crédito no mercado e teve sua recuperação judicial homologada em março. O processo é sustentado pelas receitas com o aluguel da Vitória 10.000, que foram dadas como garantias para a tomada de novos empréstimos. Em sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse que o contrato com a estatal gerou propina a políticos. Procurada, a Petrobras não se manifestou sobre o tema.
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mercado
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Schahin consegue suspender rescisão de contrato com PetrobrasA Schahin conseguiu na Justiça suspender a rescisão de contrato da sonda de perfuração Vitória 10.000, que está prestando serviços para a Petrobras. A estatal havia notificado a fornecedora a respeito da rescisão contratual alegando atrasos no pagamento de parcelas do financiamento da unidade. Pivô de denúncias na Lava Jato, a Vitória 10.000 é hoje a única sonda da Schahin contratada pela estatal e sustenta o plano de recuperação judicial da fornecedora. Ela faz parte de um pacote de seis sondas contratadas à Schahin entre 2006 e 2008. Em decisão proferida na terça (1º), o juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações de São Paulo decidiu suspender a rescisão. As duas partes terão uma audiência de conciliação nesta sexta (4). A Schahin deve US$ 2,123 milhões em parcelas do financiamento para construir a sonda, que foi tomado pela própria Petrobras e é pago com recursos obtidos com o aluguel da unidade. Segundo o juiz, a Schahin reconhece a dívida, mas alega que a unidade está parada para manutenção e por isso não tem receita para pagar a totalidade das parcelas. "O processo de docagem [parada para manutenção ou reparos] era exigência do próprio contrato celebrado, de modo que a parte contratante tinha ciência da provável redução dos recebimentos pela parte adversa e, por consequência, da sua dificuldade de pagamento", disse o juiz. No ano passado, em dificuldades financeiras, a Schahin suspendeu a operação de 5 das 6 sondas contratadas, levando a Petrobras a romper os contratos. RECUPERAÇÃO Investigada pela Lava Jato por participação no esquema de corrupção, a Schahin perdeu o acesso a crédito no mercado e teve sua recuperação judicial homologada em março. O processo é sustentado pelas receitas com o aluguel da Vitória 10.000, que foram dadas como garantias para a tomada de novos empréstimos. Em sua delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse que o contrato com a estatal gerou propina a políticos. Procurada, a Petrobras não se manifestou sobre o tema.
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Banco suíço usado por Cunha pagará R$ 2 bilhões à Justiça americana por evasão fiscal
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Uma das principais instituições usadas por envolvidos na Operação Lava Jato, o banco suíço Julius Baer, fez um acerto com a Justiça americana no qual pagará US$ 547 milhões (R$ 2,1 bilhão) de multa. A instituição vem sendo investigada desde 2011 por colaborar com a evasão fiscal de vários clientes americanos. As informações foram reveladas pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Entre os investigados da Lava Jato que aplicaram recursos no Julius Baer está o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), beneficiário de contas onde estão depositados US$ 2,4 milhões. Os ativos em dólares e francos suíços foram aplicados em fundos de investimento por meio de contas abertas em nome de empresas offshore -firmas de fachada baseadas em paraísos fiscais. O valor está bloqueado desde abril. Outro clientes do banco envolvido no esquema de corrupção da Petrobras é o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que teve as contas bloqueadas em março. Segundo as investigações, ele usou o mesmo modus operandi de Cunha ao abrir contas em nome de offshores para esconder o dinheiro. No acordo de delação premiada, Barusco revelou que para abrir contas na Suíça usou os serviços de Bernardo Freiburghaus, mesmo intermediário que ajudou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que tem US$ 23 milhões bloqueados em bancos do país. Freiburghaus tinha escritório no Rio de Janeiro e se mudou para Genebra quando passou a ser investigado. Outros ex-funcionários da Petrobras que também investiram dinheiro de propina no Julius Baer são Renato Duque e Jorge Zelada. O banco vem colaborando com as investigações no Brasil e reportou as suspeitas de origem ilícita do dinheiro nas contas de Eduardo Cunha ao escritório do procurador-geral da Suíça, Michael Lauber. O Ministério Público do país europeu instaurou um inquérito contra Cunha por suspeita de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Além de extratos de contas ligadas a Cunha, o Julius Baer entregou às autoridades de Berna a documentação completa de abertura das contas -como formulários preenchidos e assinados, cópias de documentos e comprovantes de endereço dos beneficiários finais. Todo material foi enviado a Brasília, junto com um relatório da investigação conduzida pela equipe de Lauber e cópia dos ofícios trocados pelos procuradores brasileiros e suíços sobre a transferência do inquérito para o Brasil. Para evitar outras multas nos Estados Unidos, o Julius Baer anunciou que chegou a um acordo com a Procuradoria-Geral de Nova York.
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Banco suíço usado por Cunha pagará R$ 2 bilhões à Justiça americana por evasão fiscalUma das principais instituições usadas por envolvidos na Operação Lava Jato, o banco suíço Julius Baer, fez um acerto com a Justiça americana no qual pagará US$ 547 milhões (R$ 2,1 bilhão) de multa. A instituição vem sendo investigada desde 2011 por colaborar com a evasão fiscal de vários clientes americanos. As informações foram reveladas pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Entre os investigados da Lava Jato que aplicaram recursos no Julius Baer está o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), beneficiário de contas onde estão depositados US$ 2,4 milhões. Os ativos em dólares e francos suíços foram aplicados em fundos de investimento por meio de contas abertas em nome de empresas offshore -firmas de fachada baseadas em paraísos fiscais. O valor está bloqueado desde abril. Outro clientes do banco envolvido no esquema de corrupção da Petrobras é o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que teve as contas bloqueadas em março. Segundo as investigações, ele usou o mesmo modus operandi de Cunha ao abrir contas em nome de offshores para esconder o dinheiro. No acordo de delação premiada, Barusco revelou que para abrir contas na Suíça usou os serviços de Bernardo Freiburghaus, mesmo intermediário que ajudou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que tem US$ 23 milhões bloqueados em bancos do país. Freiburghaus tinha escritório no Rio de Janeiro e se mudou para Genebra quando passou a ser investigado. Outros ex-funcionários da Petrobras que também investiram dinheiro de propina no Julius Baer são Renato Duque e Jorge Zelada. O banco vem colaborando com as investigações no Brasil e reportou as suspeitas de origem ilícita do dinheiro nas contas de Eduardo Cunha ao escritório do procurador-geral da Suíça, Michael Lauber. O Ministério Público do país europeu instaurou um inquérito contra Cunha por suspeita de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Além de extratos de contas ligadas a Cunha, o Julius Baer entregou às autoridades de Berna a documentação completa de abertura das contas -como formulários preenchidos e assinados, cópias de documentos e comprovantes de endereço dos beneficiários finais. Todo material foi enviado a Brasília, junto com um relatório da investigação conduzida pela equipe de Lauber e cópia dos ofícios trocados pelos procuradores brasileiros e suíços sobre a transferência do inquérito para o Brasil. Para evitar outras multas nos Estados Unidos, o Julius Baer anunciou que chegou a um acordo com a Procuradoria-Geral de Nova York.
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Paes diz que deixará Prefeitura do Rio em situação financeira 'estável'
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NICOLA PAMPLONA DO RIO Sem ter declarado apoio a candidatos no segundo turno, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, compareceu às urnas sozinho neste domingo (30) e evitou revelar em quem votou. "O voto é secreto e respeito muito isso", disse ele, que perdeu a chance de eleger seu sucessor com a derrota de Pedro Paulo (PMDB) no primeiro turno. Ele foi derrotado por Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), que disputam o segundo turno neste domingo. Paes disse que preferiu se recolher durante a campanha do segundo turno, mas que agora voltará "um pouquinho para as ruas". "Tem muita coisa para inaugurar", afirmou. Ele se colocou à disposição do vencedor deste domingo para iniciar o processo de transição e disse que deixará a prefeitura com "uma situação financeira estável, ao contrário da maioria dos entes da federação". "Confesso que estou triste. Não pelos candidatos, mas porque vou deixar de ser prefeito do Rio", brincou Paes, que vai para Nova York lecionar na Universidade Columbia. De acordo com a última pesquisa Datafolha, Crivella tem 58% dos votos válidos, frente a 42% de Freixo. A diferença entre os dois caiu 10 pontos percentuais em relação à última pesquisa, divulgada na terça-feira (25), quando o senador estava 26 pontos percentuais a frente do rival. VOTAÇÃO Crivella e Freixo já votaram neste domingo. Enquanto o primeiro vota no clube náutico, em Copacabana, o segundo vota no clube Paissandu, no Leblon. Ambos os bairros estão localizados na zona sul da cidade.
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Paes diz que deixará Prefeitura do Rio em situação financeira 'estável'NICOLA PAMPLONA DO RIO Sem ter declarado apoio a candidatos no segundo turno, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, compareceu às urnas sozinho neste domingo (30) e evitou revelar em quem votou. "O voto é secreto e respeito muito isso", disse ele, que perdeu a chance de eleger seu sucessor com a derrota de Pedro Paulo (PMDB) no primeiro turno. Ele foi derrotado por Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), que disputam o segundo turno neste domingo. Paes disse que preferiu se recolher durante a campanha do segundo turno, mas que agora voltará "um pouquinho para as ruas". "Tem muita coisa para inaugurar", afirmou. Ele se colocou à disposição do vencedor deste domingo para iniciar o processo de transição e disse que deixará a prefeitura com "uma situação financeira estável, ao contrário da maioria dos entes da federação". "Confesso que estou triste. Não pelos candidatos, mas porque vou deixar de ser prefeito do Rio", brincou Paes, que vai para Nova York lecionar na Universidade Columbia. De acordo com a última pesquisa Datafolha, Crivella tem 58% dos votos válidos, frente a 42% de Freixo. A diferença entre os dois caiu 10 pontos percentuais em relação à última pesquisa, divulgada na terça-feira (25), quando o senador estava 26 pontos percentuais a frente do rival. VOTAÇÃO Crivella e Freixo já votaram neste domingo. Enquanto o primeiro vota no clube náutico, em Copacabana, o segundo vota no clube Paissandu, no Leblon. Ambos os bairros estão localizados na zona sul da cidade.
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A seita PT não pode duvidar da santidade de seu profeta
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Desde que chegou ao poder, em 2003, o PT deixou de ser um partido para se transformar em uma seita que adora um único santo, um certo Luiz Inácio Lula da Silva. Não é uma constatação nova nem apenas minha. Mas o depoimento do ex-ministro e eterno petista Antonio Palocci e as reações do petismo a ele tornaram ainda mais explícito o espírito de seita. Leia por exemplo o que disse quem conhece bem o partido, o deputado Chico Alencar (ex-PT, hoje PSOL), ao "Estadão": "O que Palocci começou a dizer indica que o partido, de ideais originais tão transformadores, adaptou-se a tudo o que sempre combateu. Palocci, peça central nos governos Lula e Dilma, não pode ser acusado de perseguir seu partido e companheiros". Alencar cobra em seguinte: "Será que nem assim o PT se disporá a reconhecer graves desvios e fazer autocrítica?" Não vai, não, Chico. Alguém postou no Facebook nesta sexta-feira (8) uma frase que diz tudo. É mais ou menos assim: mesmo que Lula confesse tudo, haverá quem diga que é preciso apresentar provas. Não dá para o lulismo aceitar que seu sumo sacerdote não seja santo. Fazê-lo destruiria os pilares em que se sustenta a seita. Guardadas as imensas diferenças, a reação às denúncias contra Lula lembra a proclamação de um certo Jim Jones, da seita "Templo do Povo", que se suicidou e levou ao suicídio mais de 900 pessoas. Proclamava que agências de inteligência conspiravam contra o Templo e avisava que iriam "atirar em alguns dos nossos bebês inocentes" e "torturar nossos filhos, torturar alguns dos nossos membros, torturar nossos idosos". É o que diz Lula agora –e repetem seus seguidores– a respeito da Lava Jato, do juiz Sergio Moro e dos procuradores. Só não prega o próprio suicídio ou de seus seguidores porque a seita não quer o céu, quer mesmo os bens terrenais advindos dos negócios devidamente apontados primeiro pelos próprios Odebrecht (o pai Emílio e o filho Marcelo) e agora por Palocci. Nem chega a ser novidade: a promiscuidade de Lula com as empreiteiras (não apenas com a Odebrecht) é notória faz algum tempo. O que Palocci fez foi substituir a palavra "promiscuidade" por "pacto de sangue" –que é bem mais eloquente e mais suscetível de ser elevada às manchetes. Vê-se agora que o profeta Lula não é bom em profecias. Em abril, dia 26, soltara nota em que dizia: "Palocci é meu amigo, uma das maiores inteligências politicas do país. Ele tá trancafiado, mas não tenho nenhuma preocupação com delação dele". Quando uma das maiores inteligências políticas do país abandona a seita e confessa os pecados que testemunhou, é hora de procurar outro santo. Ou, de preferência, voltar a ser uma partido político com propostas e não com "bravatas", como o próprio Lula, já presidente, definiu as ideias que o partido proclamava antes de chegar ao poder federal.
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A seita PT não pode duvidar da santidade de seu profetaDesde que chegou ao poder, em 2003, o PT deixou de ser um partido para se transformar em uma seita que adora um único santo, um certo Luiz Inácio Lula da Silva. Não é uma constatação nova nem apenas minha. Mas o depoimento do ex-ministro e eterno petista Antonio Palocci e as reações do petismo a ele tornaram ainda mais explícito o espírito de seita. Leia por exemplo o que disse quem conhece bem o partido, o deputado Chico Alencar (ex-PT, hoje PSOL), ao "Estadão": "O que Palocci começou a dizer indica que o partido, de ideais originais tão transformadores, adaptou-se a tudo o que sempre combateu. Palocci, peça central nos governos Lula e Dilma, não pode ser acusado de perseguir seu partido e companheiros". Alencar cobra em seguinte: "Será que nem assim o PT se disporá a reconhecer graves desvios e fazer autocrítica?" Não vai, não, Chico. Alguém postou no Facebook nesta sexta-feira (8) uma frase que diz tudo. É mais ou menos assim: mesmo que Lula confesse tudo, haverá quem diga que é preciso apresentar provas. Não dá para o lulismo aceitar que seu sumo sacerdote não seja santo. Fazê-lo destruiria os pilares em que se sustenta a seita. Guardadas as imensas diferenças, a reação às denúncias contra Lula lembra a proclamação de um certo Jim Jones, da seita "Templo do Povo", que se suicidou e levou ao suicídio mais de 900 pessoas. Proclamava que agências de inteligência conspiravam contra o Templo e avisava que iriam "atirar em alguns dos nossos bebês inocentes" e "torturar nossos filhos, torturar alguns dos nossos membros, torturar nossos idosos". É o que diz Lula agora –e repetem seus seguidores– a respeito da Lava Jato, do juiz Sergio Moro e dos procuradores. Só não prega o próprio suicídio ou de seus seguidores porque a seita não quer o céu, quer mesmo os bens terrenais advindos dos negócios devidamente apontados primeiro pelos próprios Odebrecht (o pai Emílio e o filho Marcelo) e agora por Palocci. Nem chega a ser novidade: a promiscuidade de Lula com as empreiteiras (não apenas com a Odebrecht) é notória faz algum tempo. O que Palocci fez foi substituir a palavra "promiscuidade" por "pacto de sangue" –que é bem mais eloquente e mais suscetível de ser elevada às manchetes. Vê-se agora que o profeta Lula não é bom em profecias. Em abril, dia 26, soltara nota em que dizia: "Palocci é meu amigo, uma das maiores inteligências politicas do país. Ele tá trancafiado, mas não tenho nenhuma preocupação com delação dele". Quando uma das maiores inteligências políticas do país abandona a seita e confessa os pecados que testemunhou, é hora de procurar outro santo. Ou, de preferência, voltar a ser uma partido político com propostas e não com "bravatas", como o próprio Lula, já presidente, definiu as ideias que o partido proclamava antes de chegar ao poder federal.
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Em 'Magia ao Luar', Woody Allen faz autoironia sobre fase europeia
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Com seus filmes rodados na Europa, Woody Allen virou uma franquia de si mesmo. Dá a sensação de estar tirando férias da neurastenia amorosa e da hipocondríaca obsessão pela morte, levando-as para passear por Espanha ("Vicky Cristina Barcelona"), França ("Meia-noite em Paris") ou Itália ("Para Roma com Amor"). Como ninguém pode saltar sobre a própria sombra, ele acaba sempre inserindo ali, em doses homeopáticas, um pouco do humor e da ironia irresistíveis de seus longas novaiorquinos. Mas os clichês eróticos, turísticos e pseudointelectuais desses filmes seriam vistos com a mesma benevolência se, nos créditos, não constasse o nome do diretor? A Inglaterra é um meio termo nessa produção irregular, com "Match Point", "Scoop" e "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos". Talvez porque ali os americanos encontrem não o hedonismo mediterrâneo, que os humilha e que precisam tornar exótico, como acontece na Europa latina, mas aquela fleuma britânica (outro clichê) que é a contraface elegante, "europeia", do pragmatismo e das ansiedades ianques. "Magia ao Luar" é ambientado na Côte d'Azur, o ensolarado sul da França, mas transporta para lá um clã de ingleses no qual se imiscui a americana Sophie (Emma Stone), cujo supostos dons mediúnicos arrebatam a todos, em especial o herdeiro boçal da família. Suspeitando de que a moçoila é uma farsante oportunista, um mágico amigo da família, Howard (Simon McBurney), procura a ajuda de Stanley (Colin Firth), um renomado colega de profissão que criou a personagem do ilusionista chinês Wei Ling Soo e é também um especialista em desmascarar embusteiros. O primeiro encontro entre os amigos é antológico: Stanley está em cartaz em Berlim e, após o espetáculo, ambos conversam num cabaré durante uma apresentação de Ute Lemper, espetacular cantora alemã especializada no repertório da República de Weimar (época do entre-guerras em que se passa "Magia ao Luar"). Colin Firth é o filme. Niilista e narcisista, ele não consegue detectar onde está a fraude da médium, acaba tendo suas convicções materialistas abaladas e por ela se apaixona. Mais do que isso não dá para dizer sem estragar a surpresa do desenlace final. Basta dizer que "Magia ao Luar" pode ser visto como comentário divertido de Woody Allen sobre sua própria turnê europeia: encontrou na Europa um antídoto para seu ceticismo, que, no entanto, triunfa sobre tudo —menos sobre a servidão voluntária às promessas e ilusões do amor. FILME MAGIA AO LUAR ** DIREÇÃO: Woody Allen DISTRIBUIDORA: Imagem Filmes (DVD R$ 39,90)
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Em 'Magia ao Luar', Woody Allen faz autoironia sobre fase europeiaCom seus filmes rodados na Europa, Woody Allen virou uma franquia de si mesmo. Dá a sensação de estar tirando férias da neurastenia amorosa e da hipocondríaca obsessão pela morte, levando-as para passear por Espanha ("Vicky Cristina Barcelona"), França ("Meia-noite em Paris") ou Itália ("Para Roma com Amor"). Como ninguém pode saltar sobre a própria sombra, ele acaba sempre inserindo ali, em doses homeopáticas, um pouco do humor e da ironia irresistíveis de seus longas novaiorquinos. Mas os clichês eróticos, turísticos e pseudointelectuais desses filmes seriam vistos com a mesma benevolência se, nos créditos, não constasse o nome do diretor? A Inglaterra é um meio termo nessa produção irregular, com "Match Point", "Scoop" e "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos". Talvez porque ali os americanos encontrem não o hedonismo mediterrâneo, que os humilha e que precisam tornar exótico, como acontece na Europa latina, mas aquela fleuma britânica (outro clichê) que é a contraface elegante, "europeia", do pragmatismo e das ansiedades ianques. "Magia ao Luar" é ambientado na Côte d'Azur, o ensolarado sul da França, mas transporta para lá um clã de ingleses no qual se imiscui a americana Sophie (Emma Stone), cujo supostos dons mediúnicos arrebatam a todos, em especial o herdeiro boçal da família. Suspeitando de que a moçoila é uma farsante oportunista, um mágico amigo da família, Howard (Simon McBurney), procura a ajuda de Stanley (Colin Firth), um renomado colega de profissão que criou a personagem do ilusionista chinês Wei Ling Soo e é também um especialista em desmascarar embusteiros. O primeiro encontro entre os amigos é antológico: Stanley está em cartaz em Berlim e, após o espetáculo, ambos conversam num cabaré durante uma apresentação de Ute Lemper, espetacular cantora alemã especializada no repertório da República de Weimar (época do entre-guerras em que se passa "Magia ao Luar"). Colin Firth é o filme. Niilista e narcisista, ele não consegue detectar onde está a fraude da médium, acaba tendo suas convicções materialistas abaladas e por ela se apaixona. Mais do que isso não dá para dizer sem estragar a surpresa do desenlace final. Basta dizer que "Magia ao Luar" pode ser visto como comentário divertido de Woody Allen sobre sua própria turnê europeia: encontrou na Europa um antídoto para seu ceticismo, que, no entanto, triunfa sobre tudo —menos sobre a servidão voluntária às promessas e ilusões do amor. FILME MAGIA AO LUAR ** DIREÇÃO: Woody Allen DISTRIBUIDORA: Imagem Filmes (DVD R$ 39,90)
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China força assentamento de milhares de pastores nômades
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Se a felicidade se mede pelos bens materiais modernos, então o ex-criador de iaques e ovelhas Gere, 59, que vive na província chinesa de Qinghai, deveria estar contente. Desde que o governo chinês o obrigou a vender seus animais e a se mudar para uma casa de concreto em Madoi, no planalto tibetano, há dois anos, Gere e sua família adquiriram uma máquina de lavar roupa, uma geladeira e um televisor a cores. No entanto, Gere —que, como muitos tibetanos, usa apenas um nome— lamenta muitas coisas. Como centenas de milhares de pastores nômades que nos últimos dez anos foram assentados em vilas, ele está desempregado, profundamente endividado e depende de subsídios governamentais minguantes para comprar o leite, a carne e a lã que antes obtinha de seu próprio rebanho."Não vamos passar fome, mas perdemos o modo de vida que nossos ancestrais seguiram por milhares de anos", disse. O governo chinês está na etapa final de uma campanha de 15 anos que visou assentar os milhões de nômades que antes se deslocavam pelos imensos territórios de fronteira do país. Pequim diz que até o final do ano terá transferido 1,2 milhão de pastores nômades ainda restantes para cidades, com acesso a escolas, eletricidade e atendimento de saúde. Segundo a mídia oficial, os ex-nômades estão gratos por terem sido salvos de um modo de vida primitivo. "Em apenas cinco anos, pastores de Qinghai que durante gerações vagaram em busca de água e pastagens transcenderam a distância de um milênio e fizeram avanços enormes em direção à modernidade", disse o periódico estatal "Diário dos Agricultores". No entanto, pesquisadores chineses e estrangeiros dizem que as bases científicas do projeto são duvidosas. Antropólogos que estudaram os centros de assentamento construídos pelo governo documentam desemprego crônico, alcoolismo e a perda de tradições milenares. O governo gastou US$ 3,45 bilhões no assentamento mais recente. Apesar disso, a maioria dos nômades não está se saindo bem. Os habitantes de cidades como Pequim e Xangai ganham em média duas vezes mais que os do Tibete e de Xinjiang. Defensores dos direitos humanos dizem que os assentamentos muitas vezes são realizados por meio de coerção. Na Mongólia Interior e no Tibete, há protestos quase semanais de pastores assentados. A repressão contra eles é cada vez mais dura. "A ideia de que os pastores destroem as pradarias é apenas uma desculpa esfarrapada para deslocar pessoas que o governo chinês considera que têm um modo de vida atrasado", disse Enghebatu Togochog, do Centro de Informações sobre Direitos Humanos dos Mongóis do Sul, sediado em Nova York. Em Xilinhot, área da Mongólia Interior rica em carvão, nômades assentados, muitos deles analfabetos, contam que foram induzidos a assinar contratos que mal entendiam. Um deles é Tsokhochir, 63, um dos primeiros a se mudar com sua família para o vilarejo de Xin Kang, à sombra de duas usinas elétricas e uma siderúrgica. Ele contou que, em 2003, as autoridades o obrigaram a vender seus 20 cavalos e 300 ovelhas e lhe deram empréstimos para comprar duas vacas leiteiras. De lá para cá, seu rebanho bovino cresceu e hoje tem 13 animais. Porém, Tsokhochir diz que, devido à queda no preço do leite e ao alto preço da ração, ele mal consegue fechar as contas. Nem todos estão insatisfeitos. O vendedor de ovelhas Bater, 34, vive em um dos novos prédios de vários andares em Xilinhot. Todo mês, ele percorre 600 quilômetros de carro em rodovias asfaltadas para falar com fregueses em Pequim. "Antigamente, demorava um dia para chegar de minha cidade natal a Xilinhot", comentou. "Hoje faço esse trajeto em 40 minutos." Fluente em mandarim, Bater, que fez ensino superior, criticou os vizinhos que se negam a aderir à nova economia. CONTROLE COMUNISTA Especialistas dizem que os assentamentos são feitos com outra finalidade: aumentar o controle do Partido Comunista sobre pessoas que sempre viveram nas margens da sociedade chinesa. Um mapa revela a razão do interesse eterno do Partido Comunista em domar os pastores. As áreas de pastoreio pelas quais eles se deslocam cobrem mais de 40% do território chinês, desde Xinjiang, no extremo oeste, até as extensas estepes da Mongólia Interior, ao norte. Essas terras foram tradicionalmente habitadas por uigures, cazaques, manchus e outras minorias étnicas que rejeitam o controle de Pequim. Para a maioria chinesa da etnia han, os habitantes das pradarias provocam fascínio e medo. As mais importantes fases de subjugação da China por forças externas se deveram a invasores nômades, incluindo Kublai Khan, cujos guerreiros mongóis governaram a China por quase um século, a partir de 1271. "Essas regiões sempre foram difíceis de ser governadas por pessoas de fora. Sempre foram vistas como regiões de banditismo ou guerra de guerrilhas", disse Charlene W. Makley, do Reed College. Gere diz que zombou da alegação do governo de que seus 160 iaques e 400 ovelhas fossem destrutivos, mas que não teve outra opção senão vendê-los. "Só um tolo desobedece o governo", disse. "Pastorear nossos animais não foi problema durante milhares de anos, mas, agora, de repente, dizem que é." Os pastores reassentados pagam em média 30% do custo de suas casas construídas pelo governo. Gere disse que o estipêndio anual de US$ 965 recebido por sua família -por um prazo previsto de cinco anos- foi US$ 300 a menos que o prometido. "Depois que o subsídio acabar, não sei o que vamos fazer", disse. Desde 2009, mais de 140 tibetanos, dos quais 24 nômades, imolaram-se para protestar contra as políticas de ingerência do governo chinês, entre elas as restrições impostas a práticas religiosas e a extração mineral em terras ambientalmente delicadas. Nos últimos anos, autoridades da Mongólia Interior prenderam dezenas de antigos pastores. Neste ano, habitantes do vilarejo de Xin Kang entraram em choque com a polícia. Cientistas como Li Wenjun, professora de gestão ambiental na Universidade de Pequim, dizem que o assentamento de grande número de pastores em cidades exacerba a pobreza e agrava a escassez de água. A professora se negou a ser entrevistada, citando questões políticas. Porém, em estudos publicados, ela diz que as práticas de pastoreio tradicionais beneficiam a terra. "O sistema de produção alimentar como a pastorícia nômade, que foi sustentável durante séculos, consumindo muito pouca água, é a melhor opção", escreveu em artigo recente. Para atrair turistas, Gere montou uma tenda de couro de iaque, como um dia foi sua casa, ao lado de uma estrada. "Vamos servir chá e carne seca de iaque", disse, esperançoso. Ele mexeu com um molho de chaves amarrado a seu cinto. "Antigamente andávamos com facões. Hoje temos que carregar chaves." Colaborou PATRICK ZUO
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China força assentamento de milhares de pastores nômadesSe a felicidade se mede pelos bens materiais modernos, então o ex-criador de iaques e ovelhas Gere, 59, que vive na província chinesa de Qinghai, deveria estar contente. Desde que o governo chinês o obrigou a vender seus animais e a se mudar para uma casa de concreto em Madoi, no planalto tibetano, há dois anos, Gere e sua família adquiriram uma máquina de lavar roupa, uma geladeira e um televisor a cores. No entanto, Gere —que, como muitos tibetanos, usa apenas um nome— lamenta muitas coisas. Como centenas de milhares de pastores nômades que nos últimos dez anos foram assentados em vilas, ele está desempregado, profundamente endividado e depende de subsídios governamentais minguantes para comprar o leite, a carne e a lã que antes obtinha de seu próprio rebanho."Não vamos passar fome, mas perdemos o modo de vida que nossos ancestrais seguiram por milhares de anos", disse. O governo chinês está na etapa final de uma campanha de 15 anos que visou assentar os milhões de nômades que antes se deslocavam pelos imensos territórios de fronteira do país. Pequim diz que até o final do ano terá transferido 1,2 milhão de pastores nômades ainda restantes para cidades, com acesso a escolas, eletricidade e atendimento de saúde. Segundo a mídia oficial, os ex-nômades estão gratos por terem sido salvos de um modo de vida primitivo. "Em apenas cinco anos, pastores de Qinghai que durante gerações vagaram em busca de água e pastagens transcenderam a distância de um milênio e fizeram avanços enormes em direção à modernidade", disse o periódico estatal "Diário dos Agricultores". No entanto, pesquisadores chineses e estrangeiros dizem que as bases científicas do projeto são duvidosas. Antropólogos que estudaram os centros de assentamento construídos pelo governo documentam desemprego crônico, alcoolismo e a perda de tradições milenares. O governo gastou US$ 3,45 bilhões no assentamento mais recente. Apesar disso, a maioria dos nômades não está se saindo bem. Os habitantes de cidades como Pequim e Xangai ganham em média duas vezes mais que os do Tibete e de Xinjiang. Defensores dos direitos humanos dizem que os assentamentos muitas vezes são realizados por meio de coerção. Na Mongólia Interior e no Tibete, há protestos quase semanais de pastores assentados. A repressão contra eles é cada vez mais dura. "A ideia de que os pastores destroem as pradarias é apenas uma desculpa esfarrapada para deslocar pessoas que o governo chinês considera que têm um modo de vida atrasado", disse Enghebatu Togochog, do Centro de Informações sobre Direitos Humanos dos Mongóis do Sul, sediado em Nova York. Em Xilinhot, área da Mongólia Interior rica em carvão, nômades assentados, muitos deles analfabetos, contam que foram induzidos a assinar contratos que mal entendiam. Um deles é Tsokhochir, 63, um dos primeiros a se mudar com sua família para o vilarejo de Xin Kang, à sombra de duas usinas elétricas e uma siderúrgica. Ele contou que, em 2003, as autoridades o obrigaram a vender seus 20 cavalos e 300 ovelhas e lhe deram empréstimos para comprar duas vacas leiteiras. De lá para cá, seu rebanho bovino cresceu e hoje tem 13 animais. Porém, Tsokhochir diz que, devido à queda no preço do leite e ao alto preço da ração, ele mal consegue fechar as contas. Nem todos estão insatisfeitos. O vendedor de ovelhas Bater, 34, vive em um dos novos prédios de vários andares em Xilinhot. Todo mês, ele percorre 600 quilômetros de carro em rodovias asfaltadas para falar com fregueses em Pequim. "Antigamente, demorava um dia para chegar de minha cidade natal a Xilinhot", comentou. "Hoje faço esse trajeto em 40 minutos." Fluente em mandarim, Bater, que fez ensino superior, criticou os vizinhos que se negam a aderir à nova economia. CONTROLE COMUNISTA Especialistas dizem que os assentamentos são feitos com outra finalidade: aumentar o controle do Partido Comunista sobre pessoas que sempre viveram nas margens da sociedade chinesa. Um mapa revela a razão do interesse eterno do Partido Comunista em domar os pastores. As áreas de pastoreio pelas quais eles se deslocam cobrem mais de 40% do território chinês, desde Xinjiang, no extremo oeste, até as extensas estepes da Mongólia Interior, ao norte. Essas terras foram tradicionalmente habitadas por uigures, cazaques, manchus e outras minorias étnicas que rejeitam o controle de Pequim. Para a maioria chinesa da etnia han, os habitantes das pradarias provocam fascínio e medo. As mais importantes fases de subjugação da China por forças externas se deveram a invasores nômades, incluindo Kublai Khan, cujos guerreiros mongóis governaram a China por quase um século, a partir de 1271. "Essas regiões sempre foram difíceis de ser governadas por pessoas de fora. Sempre foram vistas como regiões de banditismo ou guerra de guerrilhas", disse Charlene W. Makley, do Reed College. Gere diz que zombou da alegação do governo de que seus 160 iaques e 400 ovelhas fossem destrutivos, mas que não teve outra opção senão vendê-los. "Só um tolo desobedece o governo", disse. "Pastorear nossos animais não foi problema durante milhares de anos, mas, agora, de repente, dizem que é." Os pastores reassentados pagam em média 30% do custo de suas casas construídas pelo governo. Gere disse que o estipêndio anual de US$ 965 recebido por sua família -por um prazo previsto de cinco anos- foi US$ 300 a menos que o prometido. "Depois que o subsídio acabar, não sei o que vamos fazer", disse. Desde 2009, mais de 140 tibetanos, dos quais 24 nômades, imolaram-se para protestar contra as políticas de ingerência do governo chinês, entre elas as restrições impostas a práticas religiosas e a extração mineral em terras ambientalmente delicadas. Nos últimos anos, autoridades da Mongólia Interior prenderam dezenas de antigos pastores. Neste ano, habitantes do vilarejo de Xin Kang entraram em choque com a polícia. Cientistas como Li Wenjun, professora de gestão ambiental na Universidade de Pequim, dizem que o assentamento de grande número de pastores em cidades exacerba a pobreza e agrava a escassez de água. A professora se negou a ser entrevistada, citando questões políticas. Porém, em estudos publicados, ela diz que as práticas de pastoreio tradicionais beneficiam a terra. "O sistema de produção alimentar como a pastorícia nômade, que foi sustentável durante séculos, consumindo muito pouca água, é a melhor opção", escreveu em artigo recente. Para atrair turistas, Gere montou uma tenda de couro de iaque, como um dia foi sua casa, ao lado de uma estrada. "Vamos servir chá e carne seca de iaque", disse, esperançoso. Ele mexeu com um molho de chaves amarrado a seu cinto. "Antigamente andávamos com facões. Hoje temos que carregar chaves." Colaborou PATRICK ZUO
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Protesto pede volta do policiamento e rivaliza familiares de PMs em Vitória
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Cinco dias após a onda de violência que resultou em dezenas de mortes, saques e mudanças no cotidiano dos moradores da Grande Vitória, um contramovimento ganhou força nesta terça (7) exigindo a volta dos policiais às ruas das cidades capixabas. Em frente ao quartel do Comando-Geral da Polícia Militar em Vitória, moradores que pediam a volta do policiamento discutiram com familiares dos policiais, na tarde desta terça. Conflito semelhante foi registrado em Guarapari, no litoral do ES. Houve tentativa de diálogo entre mulheres de ambos os lados, mas a tensão cresceu quando os manifestantes contrários à paralisação atearam fogo em pneus, bloqueando uma avenida, o que levou o Exército a agir. Gás lacrimogêneo foi usado pelos militares. Centenas de pessoas se aglomeraram dos dois lados. "Polícia, cadê você, vim aqui só pra te ver", entoavam os manifestantes. Do outro lado, familiares e policiais à paisana respondiam: "Cadê o governador?". A tensão continuava no início da noite. Desde sexta, familiares de policiais fazem manifestações em frente aos batalhões da corporação. Como os PMs são proibidos de realizar greves pela Constituição, seus familiares fazem a frente do movimento que bloqueia os batalhões e reivindica reajuste salarial de 65% até 2020. O clima em frente ao quartel do Comando-Geral ficou tenso por boa parte da noite. Pessoas bloquearam a avenida e atearam fogo em uma caçamba a poucos metros dos militares, que não saíram da frente do quartel. Houve relato de saques. Já durante a noite, a Segundo a Secretaria de Segurança afirmou que batalhões nas cidades de Vila Velha, Cachoeiro de Itapemerim e São Mateus retomaram o trabalho. Policiais ouvidos pela reportagem, no entanto, dizem que há uma tentativa de retomar o policiamento e algumas poucas viaturas saíram às ruas. INSEGURANÇA Apesar da presença da Força Nacional e do Exército, a terça-feira foi mais um dia violento no Estado. Um tiro atingiu um ônibus, houve um tiroteio no bairro Santa Rita, em Vila Velha, e em Serra, um condomínio de prédios foi invadido. Em Colatina, o policial Mario Marcelo de Albuquerque foi morto após tentar intervir em um roubo a um motociclista e foi atingido. Os assaltantes fugiram. Ao todo, 75 pessoas foram mortas desde o final de semana, segundo o Sindicato dos Policiais Civis. O Estado não confirma o total de mortes. Na segunda, um guarda municipal já tinha sido baleado em Vila Velha também em troca de tiros. Seu estado não é grave. Funcionária de uma lanchonete na capital, Valença Valfre disse que acumula prejuízos desde domingo (5). "Fechou porque teve um arrastão e não abriu mais." "Duas lojas da rede em que trabalho foram saqueadas, além de lojas de amigos que foram roubadas. Concordo com o aumento do salário, mas não com a forma [paralisação], que prejudica a população", disse Geane Lopes da Silva, gerente de loja. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os ônibus não vão circular na Grande Vitória nesta quarta (8) porque não há como garantir a segurança dos trabalhadores. DIÁLOGO As famílias reclamam que o secretário de Segurança, André Garcia, só aceita conversar se o policiamento for normalizado. "Se o movimento acabar, ele não vai procurar a gente", diz uma das mulheres, que não quis se identificar. O secretário, por sua vez, diz que tenta o diálogo. "Intransigente" é uma palavra ouvida de ambos os lados. À tarde, o comandante-geral da PM, Nylton Rodrigues, recebeu representantes das famílias para discutir o fim do movimento e agendar uma reunião com o governo do Estado para a próxima sexta (10). Ele se comprometeu a não punir os policiais, desde que as unidades fossem liberadas nesta terça. As mulheres do movimento decidiram continuar as manifestações. Familiares de policiais também se reuniram com deputados na Assembleia do Estado na tentativa de estabelecer diálogo com o governo. A Promotoria pediu, nesta terça, que as tropas da PM fossem colocadas nas ruas ainda durante a tarde, "vencendo eventual resistência e uso progressivo da força". No documento, assinado pela promotora Karla Dias Sandoval Mattos Silva, consta ainda que os militares que permanecessem aquartelados fossem "nominalmente listados e encaminhados para providências". PM DO ESPÍRITO SANTO - Corporação está em greve desde sexta-feira CHORO Durante a manhã desta terça, dezenas de familiares de vítimas de homicídios lotavam o DML (Departamento de Medicina Legal) em Vitória. Uma mãe chorava pelo filho de 19 anos, que havia saído da prisão há oito meses. "Passaram duas pessoas de moto atirando contra ele durante o dia. Estou sem comer e sem dormir." Já Fernando Cândido buscava um primo que não sabia se estava vivo após ter sido linchado –ele teria roubado um celular. "Ficamos sabendo por um vídeo no WhatsApp. Quando vimos, reconhecemos que quem estava apanhando era ele." Policiais civis do departamento de homicídios relataram que a maioria dos mortos tinha sinais de execução, com tiros na cabeça, no peito e nas costas. Apesar de aulas e atendimento em postos de saúde permanecerem suspensos, alguns comerciantes abriram as portas nesta terça e uma frota reduzida de ônibus circulou em Vitória. O secretário da Segurança, André Garcia, disse que "gatos pingados" não deixam que os soldados saiam dos batalhões. Segundo ele, o governo enfrenta um caso "claro" de chantagem que começou a ser revertido com a chegada da Força Nacional e do Exército.
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Protesto pede volta do policiamento e rivaliza familiares de PMs em VitóriaCinco dias após a onda de violência que resultou em dezenas de mortes, saques e mudanças no cotidiano dos moradores da Grande Vitória, um contramovimento ganhou força nesta terça (7) exigindo a volta dos policiais às ruas das cidades capixabas. Em frente ao quartel do Comando-Geral da Polícia Militar em Vitória, moradores que pediam a volta do policiamento discutiram com familiares dos policiais, na tarde desta terça. Conflito semelhante foi registrado em Guarapari, no litoral do ES. Houve tentativa de diálogo entre mulheres de ambos os lados, mas a tensão cresceu quando os manifestantes contrários à paralisação atearam fogo em pneus, bloqueando uma avenida, o que levou o Exército a agir. Gás lacrimogêneo foi usado pelos militares. Centenas de pessoas se aglomeraram dos dois lados. "Polícia, cadê você, vim aqui só pra te ver", entoavam os manifestantes. Do outro lado, familiares e policiais à paisana respondiam: "Cadê o governador?". A tensão continuava no início da noite. Desde sexta, familiares de policiais fazem manifestações em frente aos batalhões da corporação. Como os PMs são proibidos de realizar greves pela Constituição, seus familiares fazem a frente do movimento que bloqueia os batalhões e reivindica reajuste salarial de 65% até 2020. O clima em frente ao quartel do Comando-Geral ficou tenso por boa parte da noite. Pessoas bloquearam a avenida e atearam fogo em uma caçamba a poucos metros dos militares, que não saíram da frente do quartel. Houve relato de saques. Já durante a noite, a Segundo a Secretaria de Segurança afirmou que batalhões nas cidades de Vila Velha, Cachoeiro de Itapemerim e São Mateus retomaram o trabalho. Policiais ouvidos pela reportagem, no entanto, dizem que há uma tentativa de retomar o policiamento e algumas poucas viaturas saíram às ruas. INSEGURANÇA Apesar da presença da Força Nacional e do Exército, a terça-feira foi mais um dia violento no Estado. Um tiro atingiu um ônibus, houve um tiroteio no bairro Santa Rita, em Vila Velha, e em Serra, um condomínio de prédios foi invadido. Em Colatina, o policial Mario Marcelo de Albuquerque foi morto após tentar intervir em um roubo a um motociclista e foi atingido. Os assaltantes fugiram. Ao todo, 75 pessoas foram mortas desde o final de semana, segundo o Sindicato dos Policiais Civis. O Estado não confirma o total de mortes. Na segunda, um guarda municipal já tinha sido baleado em Vila Velha também em troca de tiros. Seu estado não é grave. Funcionária de uma lanchonete na capital, Valença Valfre disse que acumula prejuízos desde domingo (5). "Fechou porque teve um arrastão e não abriu mais." "Duas lojas da rede em que trabalho foram saqueadas, além de lojas de amigos que foram roubadas. Concordo com o aumento do salário, mas não com a forma [paralisação], que prejudica a população", disse Geane Lopes da Silva, gerente de loja. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os ônibus não vão circular na Grande Vitória nesta quarta (8) porque não há como garantir a segurança dos trabalhadores. DIÁLOGO As famílias reclamam que o secretário de Segurança, André Garcia, só aceita conversar se o policiamento for normalizado. "Se o movimento acabar, ele não vai procurar a gente", diz uma das mulheres, que não quis se identificar. O secretário, por sua vez, diz que tenta o diálogo. "Intransigente" é uma palavra ouvida de ambos os lados. À tarde, o comandante-geral da PM, Nylton Rodrigues, recebeu representantes das famílias para discutir o fim do movimento e agendar uma reunião com o governo do Estado para a próxima sexta (10). Ele se comprometeu a não punir os policiais, desde que as unidades fossem liberadas nesta terça. As mulheres do movimento decidiram continuar as manifestações. Familiares de policiais também se reuniram com deputados na Assembleia do Estado na tentativa de estabelecer diálogo com o governo. A Promotoria pediu, nesta terça, que as tropas da PM fossem colocadas nas ruas ainda durante a tarde, "vencendo eventual resistência e uso progressivo da força". No documento, assinado pela promotora Karla Dias Sandoval Mattos Silva, consta ainda que os militares que permanecessem aquartelados fossem "nominalmente listados e encaminhados para providências". PM DO ESPÍRITO SANTO - Corporação está em greve desde sexta-feira CHORO Durante a manhã desta terça, dezenas de familiares de vítimas de homicídios lotavam o DML (Departamento de Medicina Legal) em Vitória. Uma mãe chorava pelo filho de 19 anos, que havia saído da prisão há oito meses. "Passaram duas pessoas de moto atirando contra ele durante o dia. Estou sem comer e sem dormir." Já Fernando Cândido buscava um primo que não sabia se estava vivo após ter sido linchado –ele teria roubado um celular. "Ficamos sabendo por um vídeo no WhatsApp. Quando vimos, reconhecemos que quem estava apanhando era ele." Policiais civis do departamento de homicídios relataram que a maioria dos mortos tinha sinais de execução, com tiros na cabeça, no peito e nas costas. Apesar de aulas e atendimento em postos de saúde permanecerem suspensos, alguns comerciantes abriram as portas nesta terça e uma frota reduzida de ônibus circulou em Vitória. O secretário da Segurança, André Garcia, disse que "gatos pingados" não deixam que os soldados saiam dos batalhões. Segundo ele, o governo enfrenta um caso "claro" de chantagem que começou a ser revertido com a chegada da Força Nacional e do Exército.
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Guia de boas práticas reúne indicações sobre eutanásia em cães e gatos
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Se pudéssemos escolher, escolheríamos que vivessem para sempre. Talvez esse seja o único defeito de cães e gatos: morrem cedo. E não bastasse a dor da perda, em muitos casos ela se mistura à culpa: autorizar a eutanásia ou prolongar o sofrimento? O Conselho Federal de Medicina Veterinária elaborou um guia de boas práticas. Têm indicação de eutanásia pacientes com doenças que ameaçam a saúde pública e cuja dor não cede a medicamentos. Até aí, tudo muito claro. Mas há outras indicações: quando o bem-estar do paciente estiver comprometido, quando ele for objeto de ensino e pesquisa e quando o custo do tratamento for incompatível com as condições da família. E aí começa a nossa confusão de sentimentos. Embora saibamos que cada remédio que tomamos passou antes por testes em animais que foram eutanasiados, é duro admitir isso assim, por escrito. Pior: autorizar a eutanásia por que o tutor não pode pagar? Soa absurdo. Mas quem vai arcar com o tratamento? A cereja da discórdia é, por fim, definir o ponto em que o bem-estar do bicho está comprometido. A busca dessa resposta tortura as famílias. Qual a saída? Não há regra. Ouça mais de um médico e respeite seus próprios sentimentos e crenças. Porque a sua vida continua. * + PETS Bem na foto Estão abertas as inscrições para o concurso Pet do Calendário 2017, patrocinado pela Royal Canin, fabricante de alimentos para animais. Fotos de cães e gatos serão recebidas pelo site do concurso. Cada pessoa pode mandar três fotos, até o dia 22 deste mês. A empresa submeterá as 50 melhores imagens à votação do público, que escolherá as 12 que farão parte do calendário. Saiba mais: calendario2017.royalcanin.com.br. Cheirinho da mãe Antes de ouvirem, filhotes de cães já sentem o cheiro da mãe, o que lhes garante sensação de conforto e proteção. É um análogo sintético dessa molécula que está na base do Adaptil, um produto da Ceva para ajudar a adaptação de cães a situações de estresse, como ambientes barulhentos. Para felinos, a empresa oferece no Brasil o Feliway. Tem spray e difusor elétrico. Custa entre R$ 250 e R$ 300 nos maiores pet shops de SP.
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Guia de boas práticas reúne indicações sobre eutanásia em cães e gatosSe pudéssemos escolher, escolheríamos que vivessem para sempre. Talvez esse seja o único defeito de cães e gatos: morrem cedo. E não bastasse a dor da perda, em muitos casos ela se mistura à culpa: autorizar a eutanásia ou prolongar o sofrimento? O Conselho Federal de Medicina Veterinária elaborou um guia de boas práticas. Têm indicação de eutanásia pacientes com doenças que ameaçam a saúde pública e cuja dor não cede a medicamentos. Até aí, tudo muito claro. Mas há outras indicações: quando o bem-estar do paciente estiver comprometido, quando ele for objeto de ensino e pesquisa e quando o custo do tratamento for incompatível com as condições da família. E aí começa a nossa confusão de sentimentos. Embora saibamos que cada remédio que tomamos passou antes por testes em animais que foram eutanasiados, é duro admitir isso assim, por escrito. Pior: autorizar a eutanásia por que o tutor não pode pagar? Soa absurdo. Mas quem vai arcar com o tratamento? A cereja da discórdia é, por fim, definir o ponto em que o bem-estar do bicho está comprometido. A busca dessa resposta tortura as famílias. Qual a saída? Não há regra. Ouça mais de um médico e respeite seus próprios sentimentos e crenças. Porque a sua vida continua. * + PETS Bem na foto Estão abertas as inscrições para o concurso Pet do Calendário 2017, patrocinado pela Royal Canin, fabricante de alimentos para animais. Fotos de cães e gatos serão recebidas pelo site do concurso. Cada pessoa pode mandar três fotos, até o dia 22 deste mês. A empresa submeterá as 50 melhores imagens à votação do público, que escolherá as 12 que farão parte do calendário. Saiba mais: calendario2017.royalcanin.com.br. Cheirinho da mãe Antes de ouvirem, filhotes de cães já sentem o cheiro da mãe, o que lhes garante sensação de conforto e proteção. É um análogo sintético dessa molécula que está na base do Adaptil, um produto da Ceva para ajudar a adaptação de cães a situações de estresse, como ambientes barulhentos. Para felinos, a empresa oferece no Brasil o Feliway. Tem spray e difusor elétrico. Custa entre R$ 250 e R$ 300 nos maiores pet shops de SP.
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BCE considera opções para expandir relaxamento quantitativo
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Os dirigentes de bancos centrais da zona do euro se reunirão em Malta nesta semana e devem discutir opções para a expansão do programa de relaxamento quantitativo de € 1,1 trilhão que a instituição tem em vigor, caso o crescimento e a inflação na zona do euro continuem a decepcionar. O Banco Central Europeu (BCE) lançou seu pacote sem precedentes de relaxamento quantitativo em janeiro, com a promessa de comprar € 60 bilhões em títulos, principalmente títulos públicos, por mês, até setembro de 2016, em um esforço para ajudar a recuperação fraca da região a "pegar no tranco". No entanto, os sinais de desaceleração na economia chinesa e preocupações quanto ao enfraquecimento dos mercados emergentes representam ameaça renovada à união monetária, o que levou Mario Draghi, o presidente do BCE, a mencionar publicamente no mês passado a possível necessidade de uma expansão do programa. A reconsideração do presidente do BCE se segue à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de postergar o aumento de juros aguardado para setembro, do nível próximo ao zero em que eles se encontram, devido à incerteza nos mercados emergentes e à desaceleração chinesa. Mas uma recente pesquisa do "Financial Times" junto a 46 economistas de importantes bancos mundiais constatou que 65% deles esperam que os juros dos Estados Unidos aumentem em dezembro. Não está claro se a perspectiva piorada dos mercados emergentes terá impacto forte o bastante para justificar o prolongamento do programa de relaxamento quantitativo do BCE ou a busca de outras opções de estímulo. Elas poderiam incluir a compra de mais títulos ou a expansão no tipo de ativo que o banco central pode comprar para além da gama atual de títulos de governos e derivativos lastreados por pacotes de empréstimos. Os números recentes são contraditórios. Os dados mais recentes quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) da China foram superiores ao esperado, e a pesquisa trimestral mais recente do BCE sobre os empréstimos dos bancos deu mais peso à afirmação de Draghi de que os frígidos mercados de crédito da zona do euro estão entrando em degelo. Os números fortes dos empréstimos italianos também reforçaram as esperanças de que as porções mais fracas da região, estejam se encaminhando a uma recuperação sólida. No entanto, a inflação da zona do euro voltou ao território negativo, e parece destinada a ficar abaixo da meta do banco central, que é de um pouco menos de 2%, por mais tempo do que a instituição antecipava. Uma queda na produção industrial e uma desaceleração nas exportações alemãs também colocaram em destaque a ameaça que a desaceleração na China e Rússia representa para a região. Adicionalmente, o euro ganhou força diante do dólar, tornando a vida mais difícil para os exportadores europeus. CEDO PARA AGIR Nos dias que antecedem a reunião de Malta, a ideia é de que a maioria dos 25 membros do comitê, que determina as taxas de juros do BCE, considera que seja cedo demais para agir. Christian Noyer, presidente do Banque de France que participará de sua última reunião como membro do conselho, disse na segunda-feira que a "sintonia fina" do programa estava correta. Ewald Nowotny, presidente do Banco Nacional da Áustria, afirmou na segunda-feira (19) que era "óbvio" que as autoridades monetárias precisavam procurar novas maneiras de estimular o crescimento, mas que o BCE deveria segurar o fogo por enquanto. Um sinal importante quanto à capacidade da zona do euro para aguentar uma desaceleração nos mercados emergentes surgirá depois da reunião, quando a Markit, uma empresa que colige dados financeiros, publicar seu mais recente índice dos executivos de compras. Dirk Schumacher, economista do Goldman Sachs, disse que "quinta-feira é cedo demais para decidir sobre promover ou não mais relaxamento quantitativo. Mas antecipamos que haja discussão sobre que cara uma expansão do programa poderia ter". Embora poucos observadores do BCE prevejam ação esta semana, muitos agora antecipam um anúncio do banco central quanto a isso ainda este ano, e que o relaxamento quantitativo seja prolongado para além do trimestre final de 2016. "Prolongar o programa é a coisa mais fácil que o conselho pode fazer - é o caminho de menor resistência", disse Schumacher. "E, em dezembro, o BCE estará chegando ao ponto em que precisará se pronunciar sobre o que acontece depois de 2016". Embora os economistas acreditem que dificuldades técnicas possam impedir as autoridades monetárias de elevar o montante de títulos comprados a cada mês, dos 60 bilhões de euros atuais, ou ampliar a lista de ativos compráveis sob o programa, os dirigentes de bancos centrais confiam em que as duas opções continuem em aberto. Os analistas também estão em busca de sinais de que Draghi possa recuar de uma promessa anterior de que o BCE não reduzirá sua taxa de redepósito abaixo do que ele havia definido como piso de 0,2% negativo. "O BCE quer reassegurar os mercados de que tem estômago e ferramentas para restaurar a estabilidade de preços", disse Richard Barwell, economista do BNP Paribas Investment Partners. "Comunicar que eles têm espaço para cortar juros, se necessário, em companhia da compra de novos ativos, ajuda a ancorar as expectativas de que a inflação venha um dia a subir rumo aos 2%, cimentando a confiança na recuperação". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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BCE considera opções para expandir relaxamento quantitativoOs dirigentes de bancos centrais da zona do euro se reunirão em Malta nesta semana e devem discutir opções para a expansão do programa de relaxamento quantitativo de € 1,1 trilhão que a instituição tem em vigor, caso o crescimento e a inflação na zona do euro continuem a decepcionar. O Banco Central Europeu (BCE) lançou seu pacote sem precedentes de relaxamento quantitativo em janeiro, com a promessa de comprar € 60 bilhões em títulos, principalmente títulos públicos, por mês, até setembro de 2016, em um esforço para ajudar a recuperação fraca da região a "pegar no tranco". No entanto, os sinais de desaceleração na economia chinesa e preocupações quanto ao enfraquecimento dos mercados emergentes representam ameaça renovada à união monetária, o que levou Mario Draghi, o presidente do BCE, a mencionar publicamente no mês passado a possível necessidade de uma expansão do programa. A reconsideração do presidente do BCE se segue à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de postergar o aumento de juros aguardado para setembro, do nível próximo ao zero em que eles se encontram, devido à incerteza nos mercados emergentes e à desaceleração chinesa. Mas uma recente pesquisa do "Financial Times" junto a 46 economistas de importantes bancos mundiais constatou que 65% deles esperam que os juros dos Estados Unidos aumentem em dezembro. Não está claro se a perspectiva piorada dos mercados emergentes terá impacto forte o bastante para justificar o prolongamento do programa de relaxamento quantitativo do BCE ou a busca de outras opções de estímulo. Elas poderiam incluir a compra de mais títulos ou a expansão no tipo de ativo que o banco central pode comprar para além da gama atual de títulos de governos e derivativos lastreados por pacotes de empréstimos. Os números recentes são contraditórios. Os dados mais recentes quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) da China foram superiores ao esperado, e a pesquisa trimestral mais recente do BCE sobre os empréstimos dos bancos deu mais peso à afirmação de Draghi de que os frígidos mercados de crédito da zona do euro estão entrando em degelo. Os números fortes dos empréstimos italianos também reforçaram as esperanças de que as porções mais fracas da região, estejam se encaminhando a uma recuperação sólida. No entanto, a inflação da zona do euro voltou ao território negativo, e parece destinada a ficar abaixo da meta do banco central, que é de um pouco menos de 2%, por mais tempo do que a instituição antecipava. Uma queda na produção industrial e uma desaceleração nas exportações alemãs também colocaram em destaque a ameaça que a desaceleração na China e Rússia representa para a região. Adicionalmente, o euro ganhou força diante do dólar, tornando a vida mais difícil para os exportadores europeus. CEDO PARA AGIR Nos dias que antecedem a reunião de Malta, a ideia é de que a maioria dos 25 membros do comitê, que determina as taxas de juros do BCE, considera que seja cedo demais para agir. Christian Noyer, presidente do Banque de France que participará de sua última reunião como membro do conselho, disse na segunda-feira que a "sintonia fina" do programa estava correta. Ewald Nowotny, presidente do Banco Nacional da Áustria, afirmou na segunda-feira (19) que era "óbvio" que as autoridades monetárias precisavam procurar novas maneiras de estimular o crescimento, mas que o BCE deveria segurar o fogo por enquanto. Um sinal importante quanto à capacidade da zona do euro para aguentar uma desaceleração nos mercados emergentes surgirá depois da reunião, quando a Markit, uma empresa que colige dados financeiros, publicar seu mais recente índice dos executivos de compras. Dirk Schumacher, economista do Goldman Sachs, disse que "quinta-feira é cedo demais para decidir sobre promover ou não mais relaxamento quantitativo. Mas antecipamos que haja discussão sobre que cara uma expansão do programa poderia ter". Embora poucos observadores do BCE prevejam ação esta semana, muitos agora antecipam um anúncio do banco central quanto a isso ainda este ano, e que o relaxamento quantitativo seja prolongado para além do trimestre final de 2016. "Prolongar o programa é a coisa mais fácil que o conselho pode fazer - é o caminho de menor resistência", disse Schumacher. "E, em dezembro, o BCE estará chegando ao ponto em que precisará se pronunciar sobre o que acontece depois de 2016". Embora os economistas acreditem que dificuldades técnicas possam impedir as autoridades monetárias de elevar o montante de títulos comprados a cada mês, dos 60 bilhões de euros atuais, ou ampliar a lista de ativos compráveis sob o programa, os dirigentes de bancos centrais confiam em que as duas opções continuem em aberto. Os analistas também estão em busca de sinais de que Draghi possa recuar de uma promessa anterior de que o BCE não reduzirá sua taxa de redepósito abaixo do que ele havia definido como piso de 0,2% negativo. "O BCE quer reassegurar os mercados de que tem estômago e ferramentas para restaurar a estabilidade de preços", disse Richard Barwell, economista do BNP Paribas Investment Partners. "Comunicar que eles têm espaço para cortar juros, se necessário, em companhia da compra de novos ativos, ajuda a ancorar as expectativas de que a inflação venha um dia a subir rumo aos 2%, cimentando a confiança na recuperação". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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ANP quer definir neste ano regras para renovação de concessões
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A diretora geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, disse nesta terça-feira (27) que espera concluir até o fim do ano a definição do modelo de renovação das concessões petrolíferas no país. A agência criou um grupo de trabalho que está analisando três casos incisos: os campos de Araçás, em terra, Ubarana, em águas rasas e Marlim, em águas profundas. Os três foram concedidos à Petrobras antes do fim do monopólio estatal, quando a companhia escolheu 262 concessões para manter em seu portfólio —um processo conhecido como rodada zero. As concessões vencem em 2025 e, no ano passado, a estatal solicitou à ANP o início de negociações sobre a renovação. Magda disse que a renovação se dará mediante o comprometimento com investimentos para prorrogar o fim da produção de cada campo. Em Marlim, por exemplo, a Petrobras propõe instalar duas novas plataformas. A primeira, em 2019, e a segunda após o ano de 2020. A diretora-geral da ANP não quis antecipar projeções de investimentos ou de produção. Ela disse que foram escolhidos inicialmente três campos com características diferentes para que a equipe possa avaliar modelos de renovação para diferentes situações. No caso de Marlim, que já foi o maior campo de petróleo do país, Magda diz que a renovação pode estender o contrato em mais de uma década.
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ANP quer definir neste ano regras para renovação de concessõesA diretora geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, disse nesta terça-feira (27) que espera concluir até o fim do ano a definição do modelo de renovação das concessões petrolíferas no país. A agência criou um grupo de trabalho que está analisando três casos incisos: os campos de Araçás, em terra, Ubarana, em águas rasas e Marlim, em águas profundas. Os três foram concedidos à Petrobras antes do fim do monopólio estatal, quando a companhia escolheu 262 concessões para manter em seu portfólio —um processo conhecido como rodada zero. As concessões vencem em 2025 e, no ano passado, a estatal solicitou à ANP o início de negociações sobre a renovação. Magda disse que a renovação se dará mediante o comprometimento com investimentos para prorrogar o fim da produção de cada campo. Em Marlim, por exemplo, a Petrobras propõe instalar duas novas plataformas. A primeira, em 2019, e a segunda após o ano de 2020. A diretora-geral da ANP não quis antecipar projeções de investimentos ou de produção. Ela disse que foram escolhidos inicialmente três campos com características diferentes para que a equipe possa avaliar modelos de renovação para diferentes situações. No caso de Marlim, que já foi o maior campo de petróleo do país, Magda diz que a renovação pode estender o contrato em mais de uma década.
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