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Ciência aponta o melhor remédio para o mau hálito deixado pelo alho
Não é uma unanimidade, mas muita gente é fascinada pelo sabor do alho. E não há como negar que o ingrediente é indispensável em muitas culinárias. Além disso, estudos já comprovaram que o Allium sativum ajuda a reduzir o risco de câncer –especialmente no estômago, esôfago e cólon– assim como diminuir os níveis de colesterol e açúcar no sangue. Apesar das virtudes, muitos concordam, no entanto, que o alho deixa o hálito com um aroma bastante desagradável. Diante disso, duas pesquisadoras do Departamento de Ciências e Tecnologias dos Alimentos da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, decidiram investigar a melhor forma de acabar com o problema. "O alho tem um cheiro imperceptível antes de ser triturado, mas quando cortado ou esmagado libera um odor característico do enxofre", explicaram Rita Mirondo e Sheryl Barringer na apresentação da pesquisa. O artigo publicado na publicação científica "Journal of Food Science" reforça que o consumo do ingrediente pode deixar o hálito indesejável por quase 24 horas. "Por isso, é importante encontrar formas e mecanismos para acabar com o odor", informa o texto. Mirondo e Barringer começaram a pesquisa comparando algumas frutas e vegetais na eliminação dos principais compostos voláteis –derivados do enxofre– associados ao hálito do alho. São eles o dialil dissulfeto, o alilo mercaptana, o dissulfeto de metil-alilo e o sulfeto de metil-alilo. Para combatê-los, as pesquisadoras testaram chá verde, folhas de hortelã (spearmint ou Mentha spicata), maçãs e alfaces, consumidas de diferentes formas. As folhas de hortelã, por exemplo, foram analisadas cruas e no uso para bebida; as maçãs, cruas, quentes e no suco; e a alface, crua e quente. No primeiro experimento, os participantes mastigaram, durante 25 segundos, três gramas de alho. Depois ingeriram algum dos "remédios naturais" mencionados anteriormente. As pesquisadoras então mediram a concentração dos voláteis. O PODER DA HORTELÃ A conclusão do experimento é que, para eliminar o mau hálito provocado pelo alho, nada é melhor que... mastigar hortelã. A pesquisa mostrou que a maçã crua, a alface também crua e as folhas de hortelã reduziram significativamente todos os compostos voláteis do mau hálito deixado pelo alho. "As folhas de hortelã, contudo, tiveram um maior nível de desodorização quando comparadas à maçã e ao alface", explica o estudo. Mirondo e Barringer revelaram que todos os materiais analisados tiveram algum tipo de efeito positivo, menos o chá verde. Os sucos de maçã e hortelã, porém, não foram tão eficazes quanto os mesmos produtos consumidos de forma triturada. Uma possível explicação é que os alimentos crus contêm não apenas as enzimas que eliminam o cheiro, mas também compostos capazes de destruir os elementos voláteis.
equilibrioesaude
Ciência aponta o melhor remédio para o mau hálito deixado pelo alhoNão é uma unanimidade, mas muita gente é fascinada pelo sabor do alho. E não há como negar que o ingrediente é indispensável em muitas culinárias. Além disso, estudos já comprovaram que o Allium sativum ajuda a reduzir o risco de câncer –especialmente no estômago, esôfago e cólon– assim como diminuir os níveis de colesterol e açúcar no sangue. Apesar das virtudes, muitos concordam, no entanto, que o alho deixa o hálito com um aroma bastante desagradável. Diante disso, duas pesquisadoras do Departamento de Ciências e Tecnologias dos Alimentos da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, decidiram investigar a melhor forma de acabar com o problema. "O alho tem um cheiro imperceptível antes de ser triturado, mas quando cortado ou esmagado libera um odor característico do enxofre", explicaram Rita Mirondo e Sheryl Barringer na apresentação da pesquisa. O artigo publicado na publicação científica "Journal of Food Science" reforça que o consumo do ingrediente pode deixar o hálito indesejável por quase 24 horas. "Por isso, é importante encontrar formas e mecanismos para acabar com o odor", informa o texto. Mirondo e Barringer começaram a pesquisa comparando algumas frutas e vegetais na eliminação dos principais compostos voláteis –derivados do enxofre– associados ao hálito do alho. São eles o dialil dissulfeto, o alilo mercaptana, o dissulfeto de metil-alilo e o sulfeto de metil-alilo. Para combatê-los, as pesquisadoras testaram chá verde, folhas de hortelã (spearmint ou Mentha spicata), maçãs e alfaces, consumidas de diferentes formas. As folhas de hortelã, por exemplo, foram analisadas cruas e no uso para bebida; as maçãs, cruas, quentes e no suco; e a alface, crua e quente. No primeiro experimento, os participantes mastigaram, durante 25 segundos, três gramas de alho. Depois ingeriram algum dos "remédios naturais" mencionados anteriormente. As pesquisadoras então mediram a concentração dos voláteis. O PODER DA HORTELÃ A conclusão do experimento é que, para eliminar o mau hálito provocado pelo alho, nada é melhor que... mastigar hortelã. A pesquisa mostrou que a maçã crua, a alface também crua e as folhas de hortelã reduziram significativamente todos os compostos voláteis do mau hálito deixado pelo alho. "As folhas de hortelã, contudo, tiveram um maior nível de desodorização quando comparadas à maçã e ao alface", explica o estudo. Mirondo e Barringer revelaram que todos os materiais analisados tiveram algum tipo de efeito positivo, menos o chá verde. Os sucos de maçã e hortelã, porém, não foram tão eficazes quanto os mesmos produtos consumidos de forma triturada. Uma possível explicação é que os alimentos crus contêm não apenas as enzimas que eliminam o cheiro, mas também compostos capazes de destruir os elementos voláteis.
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Trump designa Jon Huntsman como embaixador dos EUA na Rússia
O presidente Donald Trump designou o diplomata e ex-governador de Utah Jon Huntsman, 57, como embaixador dos Estados Unidos na Rússia, informou nesta terça-feira (18) a Casa Branca. O anúncio ocorre no momento em que se investiga as acusações de colusão entre Moscou e a equipe de campanha de Trump durante a eleição presidencial de 2016. Além de ex-governador, Huntsman já foi embaixador em Cingapura e na China. Se for confirmado pelo Senado, Huntsman terá um cargo-chave no momento em que um promotor especial investiga a suposta ingerência russa na campanha eleitoral americana. Como candidato, Trump criticou o Huntsman por sua atuação como diplomata na China, entre 2009 e 2011, sob o governo de Barack Obama. Após deixar o cargo de embaixador em Pequim, Huntsman se lançou na disputa republicana por uma indicação a candidato presidencial em 2012. Em 2016, Huntsman inicialmente apoiou a candidatura de Trump, mas depois recuou diante da revelação de uma gravação de 2005 na qual o magnata usava linguagem vulgar para se referir a mulheres. O ex-governador também integra a diretoria de várias empresas, como Caterpillar, Chevron, Ford Motor Company e Hilton. VATICANO Nesta terça, o Senado dos EUA sabatinou a empresária Callista Gingrich, 51, nomeada por Trump como embaixadora do país no Vaticano. A nomeação foi considerada controversa e se tornou alvo de críticos que questionam as qualificações de Callista para o cargo. Além disso, ela é a mulher do republicano e ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich, que apoiou Trump durante as eleições presidenciais de 2016. Católica devota, Callista dirige atualmente a Gingrich Productions, uma companhia de multimídia. Na audiência desta terça, Callista ressaltou que, apesar da retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima, Trump combate o aquecimento global e se empenha em produzir energia limpa. Callista ainda aguarda aprovação do Senado.
mundo
Trump designa Jon Huntsman como embaixador dos EUA na RússiaO presidente Donald Trump designou o diplomata e ex-governador de Utah Jon Huntsman, 57, como embaixador dos Estados Unidos na Rússia, informou nesta terça-feira (18) a Casa Branca. O anúncio ocorre no momento em que se investiga as acusações de colusão entre Moscou e a equipe de campanha de Trump durante a eleição presidencial de 2016. Além de ex-governador, Huntsman já foi embaixador em Cingapura e na China. Se for confirmado pelo Senado, Huntsman terá um cargo-chave no momento em que um promotor especial investiga a suposta ingerência russa na campanha eleitoral americana. Como candidato, Trump criticou o Huntsman por sua atuação como diplomata na China, entre 2009 e 2011, sob o governo de Barack Obama. Após deixar o cargo de embaixador em Pequim, Huntsman se lançou na disputa republicana por uma indicação a candidato presidencial em 2012. Em 2016, Huntsman inicialmente apoiou a candidatura de Trump, mas depois recuou diante da revelação de uma gravação de 2005 na qual o magnata usava linguagem vulgar para se referir a mulheres. O ex-governador também integra a diretoria de várias empresas, como Caterpillar, Chevron, Ford Motor Company e Hilton. VATICANO Nesta terça, o Senado dos EUA sabatinou a empresária Callista Gingrich, 51, nomeada por Trump como embaixadora do país no Vaticano. A nomeação foi considerada controversa e se tornou alvo de críticos que questionam as qualificações de Callista para o cargo. Além disso, ela é a mulher do republicano e ex-presidente da Câmara dos Deputados Newt Gingrich, que apoiou Trump durante as eleições presidenciais de 2016. Católica devota, Callista dirige atualmente a Gingrich Productions, uma companhia de multimídia. Na audiência desta terça, Callista ressaltou que, apesar da retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima, Trump combate o aquecimento global e se empenha em produzir energia limpa. Callista ainda aguarda aprovação do Senado.
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'Tô rolando sobre pedras', diz cadeirante sobre BRT para o Rock in Rio
A estudante de direito Amanda Moreira, 33, diz em tom bem-humorado que seu trajeto do ônibus do BRT (único transporte que chega na Cidade do Rock) até as portas da Cidade do Rock foi "rolling stones". Em português, o nome da banda de Mick Jagger e Keith Richards significa algo como "pedras a rolar". Mas Amanda, na cadeira de rodas desde que sofreu um acidente de cavalo há quatro anos, prefere traduzir assim: "Tô rolando sobre pedras". "'No satisfaction'", ela continua, rindo, cantando Rolling Stones para descrever a travessia de pouco mais de 1 Km que encarou, nesta quinta (24), entre o ponto final do ônibus e os portões do evento. As reclamações de cadeirantes para esta edição se concentram em dois pontos: o caminho do BRT até o festival, com trechos cheios de pedregulhos e areia, e a área reservada aos PNE (portadores de necessidades especiais) para assistir aos shows. O aposentado Felipe Diniz, 26, empatiza com Amanda. Diz que sobra mesmo para o analista de sistemas Fabrício Diniz, que fez 30 anos nesta quinta (24) e ganhou "de presente de aniversário" a missão de empurrar o primo cadeirante pelo Rock in Rio. "Quem tem que reclamar é ele, que me carrega", afirma Felipe, que tem polimiosite, doença crônica que afeta a musculatura. Eles vieram de São Gonçalo, na Baixada Fluminense, até a zona oeste carioca para ver o show do System of a Down. Tanto Amanda quanto Felipe compararam o trajeto do ônibus à Cidade do Rock a uma "corrida com obstáculos", sobretudo de pedra e areia. Os dois também concordam que o espaço para deficientes físicos assistirem às apresentações não é dos melhores. Não há qualquer sombra sobre a área do palco Sunset, onde a programação começa à tarde, quando o sol está inclemente. "A gente não pode simplesmente peregrinar até achar um canto bom. Sacanagem", diz Amanda. Já a zona PNE para o palco Mundo está "um pouco deslocada", o que prejudica a vista para os artistas, segundo Felipe. O perímetro fica num canto periférico à esquerda do palco. Como os shows começam às 19h, o sol não é problema. Segundo a organização do Rock in Rio, "o local escolhido para os cadeirantes é aquele que possibilita melhor acessibilidade aos PNEs". Já a Secretaria de Transportes afirmou, em nota, que montou uma operação "que está permitindo o acesso de cadeirantes" ao evento, via BRT, "respeitando-se a gratuidade e a preferência de embarque". Não falou sobre o trecho que liga o ponto final do ônibus ao festival, mas ressalvou que não "realiza obras". OUTRO LADO O consórcio operacional do BRT diz estar à disposição, na estação Rock in Rio, um serviço de shuttle para "pessoas com mobilidade reduzida", oferecido pela organização do festival. A Folha conversou com quatro cadeirantes, que desconheciam esse serviço. "Lamentamos o transtorno enfrentado pelos clientes Amanda Moreira, Felipe Dniz e Fabrício Diniz e esclarecemos que a área de brita está fora da estação Rock in Rio, em logradouro público sobre o qual não temos ingerência", diz o consórcio, em nota.
ilustrada
'Tô rolando sobre pedras', diz cadeirante sobre BRT para o Rock in RioA estudante de direito Amanda Moreira, 33, diz em tom bem-humorado que seu trajeto do ônibus do BRT (único transporte que chega na Cidade do Rock) até as portas da Cidade do Rock foi "rolling stones". Em português, o nome da banda de Mick Jagger e Keith Richards significa algo como "pedras a rolar". Mas Amanda, na cadeira de rodas desde que sofreu um acidente de cavalo há quatro anos, prefere traduzir assim: "Tô rolando sobre pedras". "'No satisfaction'", ela continua, rindo, cantando Rolling Stones para descrever a travessia de pouco mais de 1 Km que encarou, nesta quinta (24), entre o ponto final do ônibus e os portões do evento. As reclamações de cadeirantes para esta edição se concentram em dois pontos: o caminho do BRT até o festival, com trechos cheios de pedregulhos e areia, e a área reservada aos PNE (portadores de necessidades especiais) para assistir aos shows. O aposentado Felipe Diniz, 26, empatiza com Amanda. Diz que sobra mesmo para o analista de sistemas Fabrício Diniz, que fez 30 anos nesta quinta (24) e ganhou "de presente de aniversário" a missão de empurrar o primo cadeirante pelo Rock in Rio. "Quem tem que reclamar é ele, que me carrega", afirma Felipe, que tem polimiosite, doença crônica que afeta a musculatura. Eles vieram de São Gonçalo, na Baixada Fluminense, até a zona oeste carioca para ver o show do System of a Down. Tanto Amanda quanto Felipe compararam o trajeto do ônibus à Cidade do Rock a uma "corrida com obstáculos", sobretudo de pedra e areia. Os dois também concordam que o espaço para deficientes físicos assistirem às apresentações não é dos melhores. Não há qualquer sombra sobre a área do palco Sunset, onde a programação começa à tarde, quando o sol está inclemente. "A gente não pode simplesmente peregrinar até achar um canto bom. Sacanagem", diz Amanda. Já a zona PNE para o palco Mundo está "um pouco deslocada", o que prejudica a vista para os artistas, segundo Felipe. O perímetro fica num canto periférico à esquerda do palco. Como os shows começam às 19h, o sol não é problema. Segundo a organização do Rock in Rio, "o local escolhido para os cadeirantes é aquele que possibilita melhor acessibilidade aos PNEs". Já a Secretaria de Transportes afirmou, em nota, que montou uma operação "que está permitindo o acesso de cadeirantes" ao evento, via BRT, "respeitando-se a gratuidade e a preferência de embarque". Não falou sobre o trecho que liga o ponto final do ônibus ao festival, mas ressalvou que não "realiza obras". OUTRO LADO O consórcio operacional do BRT diz estar à disposição, na estação Rock in Rio, um serviço de shuttle para "pessoas com mobilidade reduzida", oferecido pela organização do festival. A Folha conversou com quatro cadeirantes, que desconheciam esse serviço. "Lamentamos o transtorno enfrentado pelos clientes Amanda Moreira, Felipe Dniz e Fabrício Diniz e esclarecemos que a área de brita está fora da estação Rock in Rio, em logradouro público sobre o qual não temos ingerência", diz o consórcio, em nota.
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Saiba como é cobrada multa para quem atrasar o Imposto de Renda
A multa para o contribuinte que entrega a declaração com atraso é de 1% ao mês sobre o imposto devido. O mínimo cobrado é de R$ 165,74; o máximo, de 20%. Se não houver imposto devido, a Receita cobra R$ 165,74. Mesmo se o imposto devido já tiver sido pago em 2015, é sobre ele que incidirá a multa. Assim, quem tem IR devido de até R$ 16.574 (ganho anual de R$ 114.490, usando o desconto simplificado) pagará R$ 165,74 (o 1%). Se o imposto devido for de R$ 25 mil, a multa será de R$ 250. Esses valores são para quem entregar entre 2 e 31 de maio. Entrega em junho tem a multa dobrada (2%), e assim sucessivamente. O percentual máximo de 20% será cobrado de quem entregar a declaração deste ano de 1º de dezembro de 2017 em diante. Em 2015, 542,4 mil contribuintes entregaram as declarações com atraso (entre 2 de maio e 31 de dezembro). 118 - A última declaração que fiz foi em 2010. Estou aposentado e minha renda é menor de R$ 28.123. Como declaro os bens de 2010? (C.O.K.). No campo Discriminação da ficha Bens e direitos, informe os bens. Nos campos de 2014 e de 2015, indique os valores declarados em 2010. Isso vale para bens cujos valores não se alteram, como veículos e imóveis. Se forem aplicações financeiras, indique os valores que constam do informe do banco. 119 - Pago plano de saúde para mim e meu marido. Podemos lançar os valores, mesmo que os reembolsos sejam feitos em meu nome? (M.W.). Sim. Cada um informa sua parcela das despesas médicas na ficha Pagamentos efetuados (código 26) e dos respectivos reembolsos no campo Parcela não dedutível/Valor reembolsado. 120 - Estrangeiro reside no Brasil e recebe rendimentos do exterior referentes a venda de ações. Se houver lucro mensal, recolho o carnê-leão? Se houver venda com lucro e outra com prejuízo, posso compensar e recolher apenas sobre o saldo positivo? (A.N.). A venda de ações no exterior sujeita o contribuinte ao ganho de capital de 15% (não ao carnê-leão). Preencha o programa Ganho de Capital em Moeda Estrangeira e importe os dados para a declaração. Não há compensação de perdas com lucros. 121 - Comprei cotas de fundo de índice da Bovespa e não as liquidei até 31/12/2015. Em que código informo? (B.A.). Informe na ficha Bens e direitos (código 74). Deixe em branco o campo de 2014. No de 2015, informe o valor pago. Enquanto o fundo não for negociado, não há rendimento a ser reconhecido. 122 - Me aposentei em 1994 e vendi férias e licença-prêmio. Foi cobrado IR. Por meio de ação judicial, recebi R$ 35 mil em 2015. Como declaro? (C.O.). Por se tratar de ação judicial, informe na linha 24 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis. 123 - Sempre declarei minha mulher como dependente. Ela possui poupança de R$ 120 mil, de espólio do pai, morto em 2014. Não declarei esse valor. Como faço? (P.R.R.). Informe o valor na ficha Bens e direitos (código 41). Discrimine que é bem dela, por herança, e preencha os campos de 2014 e de 2015 conforme o saldo bancário nessas datas. Retifique a declaração de 2015 e informe a aplicação e os saldos. O rendimento isento é lançado na linha 08 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis. Saiba mais sobre o IR folha.com/ir2016
mercado
Saiba como é cobrada multa para quem atrasar o Imposto de RendaA multa para o contribuinte que entrega a declaração com atraso é de 1% ao mês sobre o imposto devido. O mínimo cobrado é de R$ 165,74; o máximo, de 20%. Se não houver imposto devido, a Receita cobra R$ 165,74. Mesmo se o imposto devido já tiver sido pago em 2015, é sobre ele que incidirá a multa. Assim, quem tem IR devido de até R$ 16.574 (ganho anual de R$ 114.490, usando o desconto simplificado) pagará R$ 165,74 (o 1%). Se o imposto devido for de R$ 25 mil, a multa será de R$ 250. Esses valores são para quem entregar entre 2 e 31 de maio. Entrega em junho tem a multa dobrada (2%), e assim sucessivamente. O percentual máximo de 20% será cobrado de quem entregar a declaração deste ano de 1º de dezembro de 2017 em diante. Em 2015, 542,4 mil contribuintes entregaram as declarações com atraso (entre 2 de maio e 31 de dezembro). 118 - A última declaração que fiz foi em 2010. Estou aposentado e minha renda é menor de R$ 28.123. Como declaro os bens de 2010? (C.O.K.). No campo Discriminação da ficha Bens e direitos, informe os bens. Nos campos de 2014 e de 2015, indique os valores declarados em 2010. Isso vale para bens cujos valores não se alteram, como veículos e imóveis. Se forem aplicações financeiras, indique os valores que constam do informe do banco. 119 - Pago plano de saúde para mim e meu marido. Podemos lançar os valores, mesmo que os reembolsos sejam feitos em meu nome? (M.W.). Sim. Cada um informa sua parcela das despesas médicas na ficha Pagamentos efetuados (código 26) e dos respectivos reembolsos no campo Parcela não dedutível/Valor reembolsado. 120 - Estrangeiro reside no Brasil e recebe rendimentos do exterior referentes a venda de ações. Se houver lucro mensal, recolho o carnê-leão? Se houver venda com lucro e outra com prejuízo, posso compensar e recolher apenas sobre o saldo positivo? (A.N.). A venda de ações no exterior sujeita o contribuinte ao ganho de capital de 15% (não ao carnê-leão). Preencha o programa Ganho de Capital em Moeda Estrangeira e importe os dados para a declaração. Não há compensação de perdas com lucros. 121 - Comprei cotas de fundo de índice da Bovespa e não as liquidei até 31/12/2015. Em que código informo? (B.A.). Informe na ficha Bens e direitos (código 74). Deixe em branco o campo de 2014. No de 2015, informe o valor pago. Enquanto o fundo não for negociado, não há rendimento a ser reconhecido. 122 - Me aposentei em 1994 e vendi férias e licença-prêmio. Foi cobrado IR. Por meio de ação judicial, recebi R$ 35 mil em 2015. Como declaro? (C.O.). Por se tratar de ação judicial, informe na linha 24 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis. 123 - Sempre declarei minha mulher como dependente. Ela possui poupança de R$ 120 mil, de espólio do pai, morto em 2014. Não declarei esse valor. Como faço? (P.R.R.). Informe o valor na ficha Bens e direitos (código 41). Discrimine que é bem dela, por herança, e preencha os campos de 2014 e de 2015 conforme o saldo bancário nessas datas. Retifique a declaração de 2015 e informe a aplicação e os saldos. O rendimento isento é lançado na linha 08 da ficha Rendimentos isentos e não tributáveis. Saiba mais sobre o IR folha.com/ir2016
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China passa Brasil em renda per capita e deve passar em bem-estar médio
No domingo passado, reportagem de Érica Fraga e Álvaro Fagundes informava que em 2016 o PIB per capita da China ultrapassou o brasileiro. O resultado é impressionante, pois em 1980 nosso PIB per capita era 15 vezes maior do que o chinês. Comparar produção entre países é difícil. Em geral, o que as pessoas fazem é tomar o PIB do país medido na sua própria moeda e aplicar o câmbio para o dólar. A partir daí, compara-se o valor do PIB de diversos países na moeda americana. O problema com essa metodologia é que o mesmo bem ou serviço pode ter diferentes preços em diversos países. Para contornar essa dificuldade, calcula-se o PIB para diferentes países em dólares, mas controlando para as diferenças sistemáticas de custo de vida. Os valores dos serviços e dos bens nos diversos países são avaliados empregando um mesmo conjunto de preços. Controlando-se por diferenças de índice de preços, a mais recente edição do "World Economic Outlook" do FMI, de abril de 2017, documenta que o PIB per capita da China era de US$ 15.399, e o do Brasil, de US$ 15.242. A informação que faltou é que o bem-estar no Brasil ainda é superior ao bem-estar na China. O Brasil consome aproximadamente 82% do PIB, enquanto a China consome muito menos. Em 2000, consumiu 64% de PIB. A taxa de consumo caiu a partir de 2000 até atingir o mínimo de 48% em 2008. Renda per capita em PPC - Em US$ Com o ajuste estrutural da China, na direção de menor investimento e de maior consumo, a taxa de consumo tem crescido e foi em 2016 de 54%, 30 pontos percentuais menor do que os 84% do PIB que consumimos no mesmo ano. Como bem-estar está associado ao consumo per capita, e não ao PIB per capita, e a desigualdade de renda na China não é muito diferente da brasileira, ainda apresentamos bem-estar superior ao chinês. Por outro lado, se a China mantiver o enorme diferencial de crescimento em comparação à economia brasileira das últimas décadas, o bem-estar do chinês médio ultrapassará o bem-estar do brasileiro médio em alguns anos. Exercício simples de extrapolação sugere que o consumo per capita chinês ultrapassará o brasileiro em 2024. O impressionante é que em 1980 o consumo per capita da China era o equivalente a 1/19 do brasileiro! Uma economia que já tem renda elevada cresce no longo prazo com melhoras tecnológicas. Já tem estradas, pontes, portos, educação e saúde etc. em quantidade suficiente. A manutenção do crescimento depende de melhorar a qualidade e a produtividade com que os bens e serviços são produzidos. No entanto, para economias que estão aquém da renda elevada, as economias com renda média, o crescimento requer capacidade de poupança. É necessário construir a infraestrutura física —estradas, portos, metrôs nas grandes cidades etc.—, bem como educar famílias cujos pais não tiveram acesso à educação formal. Esse esforço demanda poupança. Dificilmente sociedades com taxas de poupança baixas, entre 15% e 20% do PIB, como é nosso caso, conseguem manter longos ciclos de crescimento. Ou seja, de forma bem careta, crescimento econômico sustentável no longo prazo requer que a sociedade tenha instituições que garantam que, ao longo de um ciclo de aceleração do crescimento, uma parcela apreciável da renda gerada seja poupada, caso contrário teremos sempre uma sucessão de voos de galinha. E, para tal, a agenda de reforma da Previdência é essencial. Já se perguntou dos motivos de a poupança chinesa ser tão elevada?
colunas
China passa Brasil em renda per capita e deve passar em bem-estar médioNo domingo passado, reportagem de Érica Fraga e Álvaro Fagundes informava que em 2016 o PIB per capita da China ultrapassou o brasileiro. O resultado é impressionante, pois em 1980 nosso PIB per capita era 15 vezes maior do que o chinês. Comparar produção entre países é difícil. Em geral, o que as pessoas fazem é tomar o PIB do país medido na sua própria moeda e aplicar o câmbio para o dólar. A partir daí, compara-se o valor do PIB de diversos países na moeda americana. O problema com essa metodologia é que o mesmo bem ou serviço pode ter diferentes preços em diversos países. Para contornar essa dificuldade, calcula-se o PIB para diferentes países em dólares, mas controlando para as diferenças sistemáticas de custo de vida. Os valores dos serviços e dos bens nos diversos países são avaliados empregando um mesmo conjunto de preços. Controlando-se por diferenças de índice de preços, a mais recente edição do "World Economic Outlook" do FMI, de abril de 2017, documenta que o PIB per capita da China era de US$ 15.399, e o do Brasil, de US$ 15.242. A informação que faltou é que o bem-estar no Brasil ainda é superior ao bem-estar na China. O Brasil consome aproximadamente 82% do PIB, enquanto a China consome muito menos. Em 2000, consumiu 64% de PIB. A taxa de consumo caiu a partir de 2000 até atingir o mínimo de 48% em 2008. Renda per capita em PPC - Em US$ Com o ajuste estrutural da China, na direção de menor investimento e de maior consumo, a taxa de consumo tem crescido e foi em 2016 de 54%, 30 pontos percentuais menor do que os 84% do PIB que consumimos no mesmo ano. Como bem-estar está associado ao consumo per capita, e não ao PIB per capita, e a desigualdade de renda na China não é muito diferente da brasileira, ainda apresentamos bem-estar superior ao chinês. Por outro lado, se a China mantiver o enorme diferencial de crescimento em comparação à economia brasileira das últimas décadas, o bem-estar do chinês médio ultrapassará o bem-estar do brasileiro médio em alguns anos. Exercício simples de extrapolação sugere que o consumo per capita chinês ultrapassará o brasileiro em 2024. O impressionante é que em 1980 o consumo per capita da China era o equivalente a 1/19 do brasileiro! Uma economia que já tem renda elevada cresce no longo prazo com melhoras tecnológicas. Já tem estradas, pontes, portos, educação e saúde etc. em quantidade suficiente. A manutenção do crescimento depende de melhorar a qualidade e a produtividade com que os bens e serviços são produzidos. No entanto, para economias que estão aquém da renda elevada, as economias com renda média, o crescimento requer capacidade de poupança. É necessário construir a infraestrutura física —estradas, portos, metrôs nas grandes cidades etc.—, bem como educar famílias cujos pais não tiveram acesso à educação formal. Esse esforço demanda poupança. Dificilmente sociedades com taxas de poupança baixas, entre 15% e 20% do PIB, como é nosso caso, conseguem manter longos ciclos de crescimento. Ou seja, de forma bem careta, crescimento econômico sustentável no longo prazo requer que a sociedade tenha instituições que garantam que, ao longo de um ciclo de aceleração do crescimento, uma parcela apreciável da renda gerada seja poupada, caso contrário teremos sempre uma sucessão de voos de galinha. E, para tal, a agenda de reforma da Previdência é essencial. Já se perguntou dos motivos de a poupança chinesa ser tão elevada?
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Exotismo da nova fotografia chinesa atrai olhares ocidentais
Ele é chinês, mas seus olhos parecem menos rasgados do que os de seus pares orientais. Embora Ka Xiaoxi esteja imerso no universo da juventude de Xangai, a estética que imprime às suas imagens é só uma repetição da fórmula que cultuados artistas do Ocidente, como os alemães Juergen Teller e Wolfgang Tillmans, disseminaram no começo dos anos 1990. Nesse diário visual, cujas composições milimetricamente desleixadas foram reproduzidas por uma geração de fotógrafos de moda, o flash é agressivo, as cores são saturadas e os personagens —designers, músicos, artistas— parecem superdescolados e ultraentediados. Não à toa, as fotografias de Xiaoxi chamaram a atenção da "Dazed & Confused" e da "Vice", revistas que consagraram e, ainda hoje, celebram o estilo. Mas o autor de "Never Say Goodbye to Planet Booze" não é o único jovem fotógrafo chinês a fazer sucesso nos EUA. Ren Hang, 29, virou sensação na América, mas de maneira mais impressionante. No ano passado, após já ter realizado mostras em Paris, Alemanha e Dinamarca, expôs em Nova York, viu uma de suas imagens estampar a capa da publicação editada pela fundação Aperture, de fomento à fotografia, e foi um dos destaques da compilação "The Chinese Photobook", curada por Martin Parr. Cerceado pela censura de seu país, que não o deixa expor imagens de gente nua em galerias locais, Hang foi abraçado pelo Ocidente, que está obcecado pelos monstros sexuais que ele registra. Mãos, pênis, pernas, genitais e cabeças se entrelaçam e se desintegram para criar novas formas e humanos-animais em meio a orgias. Além do flash estourado e de uma abordagem calculadamente tosca, Hang e Xiaoxi se encontram na temática da vida íntima. As composições do primeiro, porém, vão além das inofensivas imagens de Xiaoxi, que estão mais para a estética de anúncios da grife American Apparel. Já Hang brinca com fetiches e provoca ao colocar o espectador diante de um zoológico humano. A atração pelo exotismo chinês segundo olhos ocidentais, aliás, continua sendo prática comum, como no caso de Thomas Sauvin, que recuperou 500 mil negativos datados entre 1985 e 2005 e condenados à reciclagem de prata em um lixão de Pequim. Para o fotolivro "Until Death Do Us Part", o francês editou fotografias de casamentos na China, onde há a tradição em que a noiva deve acender os cigarros de todos os homens na festa. A partir daí, tanto ela quanto o noivo iniciam uma série de brincadeiras que envolvem desde garrafas PET com furos para acomodar vários cigarros ao mesmo tempo até disputas por uma maçã amarrada a uma corda. São cenas indescritíveis e engraçadíssimas —ao menos para nós. Tanto Xiaoxi quanto Hang e Sauvin imprimem estilos bem distantes da sutileza de Chen Zhe, 26. Em 2011, ano em que terminou sua graduação no Art Center College of Design, em Los Angeles, a artista lançou "Bees", fotolivro sobre mulheres que se mutilam —o que também a inclui. A predileção por temas comportamentais mostra que a nova fotografia chinesa é menos centrada em particularidades locais e abordagens documentais. A nova leva é mais global, e o resto do mundo está de olhos bem abertos.
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Exotismo da nova fotografia chinesa atrai olhares ocidentaisEle é chinês, mas seus olhos parecem menos rasgados do que os de seus pares orientais. Embora Ka Xiaoxi esteja imerso no universo da juventude de Xangai, a estética que imprime às suas imagens é só uma repetição da fórmula que cultuados artistas do Ocidente, como os alemães Juergen Teller e Wolfgang Tillmans, disseminaram no começo dos anos 1990. Nesse diário visual, cujas composições milimetricamente desleixadas foram reproduzidas por uma geração de fotógrafos de moda, o flash é agressivo, as cores são saturadas e os personagens —designers, músicos, artistas— parecem superdescolados e ultraentediados. Não à toa, as fotografias de Xiaoxi chamaram a atenção da "Dazed & Confused" e da "Vice", revistas que consagraram e, ainda hoje, celebram o estilo. Mas o autor de "Never Say Goodbye to Planet Booze" não é o único jovem fotógrafo chinês a fazer sucesso nos EUA. Ren Hang, 29, virou sensação na América, mas de maneira mais impressionante. No ano passado, após já ter realizado mostras em Paris, Alemanha e Dinamarca, expôs em Nova York, viu uma de suas imagens estampar a capa da publicação editada pela fundação Aperture, de fomento à fotografia, e foi um dos destaques da compilação "The Chinese Photobook", curada por Martin Parr. Cerceado pela censura de seu país, que não o deixa expor imagens de gente nua em galerias locais, Hang foi abraçado pelo Ocidente, que está obcecado pelos monstros sexuais que ele registra. Mãos, pênis, pernas, genitais e cabeças se entrelaçam e se desintegram para criar novas formas e humanos-animais em meio a orgias. Além do flash estourado e de uma abordagem calculadamente tosca, Hang e Xiaoxi se encontram na temática da vida íntima. As composições do primeiro, porém, vão além das inofensivas imagens de Xiaoxi, que estão mais para a estética de anúncios da grife American Apparel. Já Hang brinca com fetiches e provoca ao colocar o espectador diante de um zoológico humano. A atração pelo exotismo chinês segundo olhos ocidentais, aliás, continua sendo prática comum, como no caso de Thomas Sauvin, que recuperou 500 mil negativos datados entre 1985 e 2005 e condenados à reciclagem de prata em um lixão de Pequim. Para o fotolivro "Until Death Do Us Part", o francês editou fotografias de casamentos na China, onde há a tradição em que a noiva deve acender os cigarros de todos os homens na festa. A partir daí, tanto ela quanto o noivo iniciam uma série de brincadeiras que envolvem desde garrafas PET com furos para acomodar vários cigarros ao mesmo tempo até disputas por uma maçã amarrada a uma corda. São cenas indescritíveis e engraçadíssimas —ao menos para nós. Tanto Xiaoxi quanto Hang e Sauvin imprimem estilos bem distantes da sutileza de Chen Zhe, 26. Em 2011, ano em que terminou sua graduação no Art Center College of Design, em Los Angeles, a artista lançou "Bees", fotolivro sobre mulheres que se mutilam —o que também a inclui. A predileção por temas comportamentais mostra que a nova fotografia chinesa é menos centrada em particularidades locais e abordagens documentais. A nova leva é mais global, e o resto do mundo está de olhos bem abertos.
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Relator diz ser contra inclusão de condenados na Lei de Repatriação
Após reunião com líderes partidários na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do projeto de alteração da Lei de Repatriação, Alexandre Baldy (PTN-GO), afirmou na manhã desta quarta-feira (28) ser contra trecho que permite a condenados participar do programa. O ponto, revelado pela coluna Painel nesta quarta, está inserido no relatório do próprio deputado, distribuído na véspera a líderes das bancadas. Em entrevista, Baldy disse não ser o autor da ideia, mas afirmou não se lembrar quem lhe sugeriu a mudança. "Foram mais de setenta sugestões", afirmou o deputado na saída do encontro. O trecho que abre as portas para condenados estabelece que podem ser repatriados recursos que não sejam objetos de condenação penal. A lei atual exclui do programa pessoas que tenham sido condenadas por crimes como sonegação e lavagem independentemente do bem a ser repatriado. "Isso está no texto preliminar, mas não concordo. Não temos clima para discutir um caso desses", disse Baldy. Na saída do encontro com Maia, líderes de outros partidos também se posicionaram contra a proposta, entre eles Pauderney Avelino (DEM-AM) e Rogério Rosso (PSD-DF). A justificativa de deputados que defendem a medida é ampliar o volume arrecadado pelo governo e fornecer segurança jurídica a quem aderir ao programa. Baldy confirmou ainda que não incluirá em seu texto, em nenhuma hipótese, a proposta de permitir a políticos e familiares aderir ao programa. Essa medida deve ser objeto de uma emenda a ser apresentada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) na votação em plenário. Segundo o relator, Rodrigo Maia afirmou que irá colocar a proposta em votação na terça-feira (4) caso haja consenso entre as bancadas.
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Relator diz ser contra inclusão de condenados na Lei de RepatriaçãoApós reunião com líderes partidários na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do projeto de alteração da Lei de Repatriação, Alexandre Baldy (PTN-GO), afirmou na manhã desta quarta-feira (28) ser contra trecho que permite a condenados participar do programa. O ponto, revelado pela coluna Painel nesta quarta, está inserido no relatório do próprio deputado, distribuído na véspera a líderes das bancadas. Em entrevista, Baldy disse não ser o autor da ideia, mas afirmou não se lembrar quem lhe sugeriu a mudança. "Foram mais de setenta sugestões", afirmou o deputado na saída do encontro. O trecho que abre as portas para condenados estabelece que podem ser repatriados recursos que não sejam objetos de condenação penal. A lei atual exclui do programa pessoas que tenham sido condenadas por crimes como sonegação e lavagem independentemente do bem a ser repatriado. "Isso está no texto preliminar, mas não concordo. Não temos clima para discutir um caso desses", disse Baldy. Na saída do encontro com Maia, líderes de outros partidos também se posicionaram contra a proposta, entre eles Pauderney Avelino (DEM-AM) e Rogério Rosso (PSD-DF). A justificativa de deputados que defendem a medida é ampliar o volume arrecadado pelo governo e fornecer segurança jurídica a quem aderir ao programa. Baldy confirmou ainda que não incluirá em seu texto, em nenhuma hipótese, a proposta de permitir a políticos e familiares aderir ao programa. Essa medida deve ser objeto de uma emenda a ser apresentada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) na votação em plenário. Segundo o relator, Rodrigo Maia afirmou que irá colocar a proposta em votação na terça-feira (4) caso haja consenso entre as bancadas.
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Empresas de aplicativos terão que comprar crédito para operar em SP
Empresas de aplicativo de transporte, como o Uber, terão que comprar crédito com validade de dois meses para operar nas ruas de São Paulo. Essa é uma das propostas apresentadas pela gestão Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira (29) e que serão colocadas em consulta pública antes da publicação de decreto para a regulação dos aplicativos. De acordo com Rodrigo Pirajá, presidente da SP Negócios, o preço desses créditos (por km) será variável, para que a prefeitura possa influenciar na oferta de veículos, no horário e o locais onde eles circulam. "Vamos controlar o volume de carros através desse valor do crédito de quilômetros", disse Pirajá. "A gente desincentiva o uso no horário de pico [com crédito mais caro] e incentiva [com mais barato] nos horários alternativos." Pirajá afirma esperar que o Uber, hoje ilegal na cidade, aceite a regulação. "Não havia uma regulação que atendesse o modelo de negócios deles", disse. "Acreditamos que teríamos uns quatro ou cinco [empresas] operando de largada", completou. A empresa elogiou q iniciativa do prefeito. Os motoristas que não tiverem o Condutax –cadastro para atuar como taxista concedido pela Prefeitura de São Paulo– serão obrigados a ter cadastro similar emitido pelas operadoras de transporte credenciadas. Não foi dado prazo para o início do modelo. Após a consulta pública, será necessária a publicação de um decreto e sua eventual regulamentação. BARRACO A proposta da gestão para regulamentar o Uber foi apresentada sem o prefeito Haddad, cuja presença era prevista no evento. Naquele momento, ele estava em uma reunião com Eduardo da Rocha Azevedo, presidente do Jockey Club. O anúncio teve 'barraco' fora e dentro da prefeitura. Na abertura da con, Rodrigo Pirajá fez um discurso de mais de uma hora em que defendeu a "criatividade" trazida pelos aplicativos. O tom de Pirajá foi ironizado pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), que o chamou de "poeta" durante o evento. "O decreto nós vamos derrubar na Câmara", disse o vereador. "O prefeito deveria pôr a cara aqui, e não o senhor, que é uma laranja." Também presente na entrevista, o vereador José Police Neto (PSD) rebateu seu colega. "Taxista e nenhum vereador é dono da cidade", disse ele, que é a favor da regulamentação do Uber na cidade. Do lado de fora da prefeitura, um grupo de taxistas agrediu com socos e pontapés integrantes de uma equipe de reportagem da TV Globo. Eles também interditaram o viaduto do Chá causando o desvio de 12 linhas de ônibus, segundo a SPTrans (empresa municipal de transportes). Por volta das 12h45, as linhas já haviam retorno ao itinerário normal. PROJETO DE HADDAD Após o evento para anúncio da proposta, o prefeito afirmou que o modelo protege os taxistas e que não pode deixar de lado as novas tecnologias. "Todas as minhas intervenções contam com duas afirmações: primeira, sou contra o livre mercado em transporte, vai gerar caos. Precisa de regulação para proteger o sistema. Dois: não vou voltar as costas para a modernidade, nós temos que encontrar um caminho de compatibilizar", disse. Haddad afirma acreditar que, conforme se aprofundem sobre a proposta, os taxistas passarão a ver o lado positivo dela para a categoria. "Eu tenho muita certeza de quando, ao invés [de os taxistas] confiarem na palavra muitas vezes irresponsável de quem quer ter benefícios políticos com a desinformação, a hora que eles se informarem vão ver que é um movimento de proteção, de trazer para a legalidade de forma disciplinada um novo serviço que mantém o espaço do táxi na cidade", afirma. O prefeito disse também que pode haver mudanças após a consulta pública sobre a proposta que, segundo o prefeito, teve sua viabilidade discutida com empresas e especialistas do mercado. "Esse tempo vamos utilizar para debater com os aplicativos, com os taxistas e o usuário, que é nossa prioridade máxima", diz. Conforme a Folha revelou, Haddad pretende enquadrar o Uber em um esquema nos quais os motoristas possam se regularizar mediante pagamento de valores flexíveis aos cofres municipais. Seu valor deve variar de acordo com quatro parâmetros: horário em que a viagem é feita, local de embarque, distância percorrida e compartilhamento do carro por dois ou mais usuários no trajeto. O aceno da gestão Haddad é a segunda tentativa, em menos de três meses, de enquadrar esse tipo de serviço, que é alvo de protesto de taxistas. Em outubro, a prefeitura anunciou um novo sistema de táxis, inspirado no Uber, batizado de "Táxi Preto", que previa carros de alto padrão acionados por aplicativo. O Uber, porém, disse não se enquadrar naquela proposta (que depende de alvarás concedidos pelo município, inicialmente limitados a 5.000) e seguiu operando de maneira clandestina. A prefeitura criou, então, um grupo de trabalho responsável pelo novo projeto, que receberá sugestões com a abertura da consulta pública. Como funcionao Uber * REGRAS PARA O UBER Prefeitura de SP lança projeto para regulamentar aplicativos de transporte Consulta pública 30 dias para receber sugestões, que serão analisadas por um grupo de trabalho O QUE PREVÊ O motorista deverá pagar taxa flexível à prefeitura para cada viagem realizada. O valor será calculado com base em quatro fatores: HORÁRIO DA VIAGEM Se no horário de pico, tende a ser mais caro; se de madrugada, tende a ser mais barato) LOCAL DO INÍCIO DA VIAGEM Se no centro expandido, tende a ser mais caro; se fora dele, tende a ser mais barato DISTÂNCIA PERCORRIDA Se menor, tende a ser mais caro; se maior, tende a ser mais barato COMPARTILHAMENTO Se não for uma viagem compartilhada, tende a ser mais cara; se for compartilhada, tende a ser mais barata O QUÊ A PREFEITURA DE SP PRETENDE
cotidiano
Empresas de aplicativos terão que comprar crédito para operar em SPEmpresas de aplicativo de transporte, como o Uber, terão que comprar crédito com validade de dois meses para operar nas ruas de São Paulo. Essa é uma das propostas apresentadas pela gestão Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira (29) e que serão colocadas em consulta pública antes da publicação de decreto para a regulação dos aplicativos. De acordo com Rodrigo Pirajá, presidente da SP Negócios, o preço desses créditos (por km) será variável, para que a prefeitura possa influenciar na oferta de veículos, no horário e o locais onde eles circulam. "Vamos controlar o volume de carros através desse valor do crédito de quilômetros", disse Pirajá. "A gente desincentiva o uso no horário de pico [com crédito mais caro] e incentiva [com mais barato] nos horários alternativos." Pirajá afirma esperar que o Uber, hoje ilegal na cidade, aceite a regulação. "Não havia uma regulação que atendesse o modelo de negócios deles", disse. "Acreditamos que teríamos uns quatro ou cinco [empresas] operando de largada", completou. A empresa elogiou q iniciativa do prefeito. Os motoristas que não tiverem o Condutax –cadastro para atuar como taxista concedido pela Prefeitura de São Paulo– serão obrigados a ter cadastro similar emitido pelas operadoras de transporte credenciadas. Não foi dado prazo para o início do modelo. Após a consulta pública, será necessária a publicação de um decreto e sua eventual regulamentação. BARRACO A proposta da gestão para regulamentar o Uber foi apresentada sem o prefeito Haddad, cuja presença era prevista no evento. Naquele momento, ele estava em uma reunião com Eduardo da Rocha Azevedo, presidente do Jockey Club. O anúncio teve 'barraco' fora e dentro da prefeitura. Na abertura da con, Rodrigo Pirajá fez um discurso de mais de uma hora em que defendeu a "criatividade" trazida pelos aplicativos. O tom de Pirajá foi ironizado pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), que o chamou de "poeta" durante o evento. "O decreto nós vamos derrubar na Câmara", disse o vereador. "O prefeito deveria pôr a cara aqui, e não o senhor, que é uma laranja." Também presente na entrevista, o vereador José Police Neto (PSD) rebateu seu colega. "Taxista e nenhum vereador é dono da cidade", disse ele, que é a favor da regulamentação do Uber na cidade. Do lado de fora da prefeitura, um grupo de taxistas agrediu com socos e pontapés integrantes de uma equipe de reportagem da TV Globo. Eles também interditaram o viaduto do Chá causando o desvio de 12 linhas de ônibus, segundo a SPTrans (empresa municipal de transportes). Por volta das 12h45, as linhas já haviam retorno ao itinerário normal. PROJETO DE HADDAD Após o evento para anúncio da proposta, o prefeito afirmou que o modelo protege os taxistas e que não pode deixar de lado as novas tecnologias. "Todas as minhas intervenções contam com duas afirmações: primeira, sou contra o livre mercado em transporte, vai gerar caos. Precisa de regulação para proteger o sistema. Dois: não vou voltar as costas para a modernidade, nós temos que encontrar um caminho de compatibilizar", disse. Haddad afirma acreditar que, conforme se aprofundem sobre a proposta, os taxistas passarão a ver o lado positivo dela para a categoria. "Eu tenho muita certeza de quando, ao invés [de os taxistas] confiarem na palavra muitas vezes irresponsável de quem quer ter benefícios políticos com a desinformação, a hora que eles se informarem vão ver que é um movimento de proteção, de trazer para a legalidade de forma disciplinada um novo serviço que mantém o espaço do táxi na cidade", afirma. O prefeito disse também que pode haver mudanças após a consulta pública sobre a proposta que, segundo o prefeito, teve sua viabilidade discutida com empresas e especialistas do mercado. "Esse tempo vamos utilizar para debater com os aplicativos, com os taxistas e o usuário, que é nossa prioridade máxima", diz. Conforme a Folha revelou, Haddad pretende enquadrar o Uber em um esquema nos quais os motoristas possam se regularizar mediante pagamento de valores flexíveis aos cofres municipais. Seu valor deve variar de acordo com quatro parâmetros: horário em que a viagem é feita, local de embarque, distância percorrida e compartilhamento do carro por dois ou mais usuários no trajeto. O aceno da gestão Haddad é a segunda tentativa, em menos de três meses, de enquadrar esse tipo de serviço, que é alvo de protesto de taxistas. Em outubro, a prefeitura anunciou um novo sistema de táxis, inspirado no Uber, batizado de "Táxi Preto", que previa carros de alto padrão acionados por aplicativo. O Uber, porém, disse não se enquadrar naquela proposta (que depende de alvarás concedidos pelo município, inicialmente limitados a 5.000) e seguiu operando de maneira clandestina. A prefeitura criou, então, um grupo de trabalho responsável pelo novo projeto, que receberá sugestões com a abertura da consulta pública. Como funcionao Uber * REGRAS PARA O UBER Prefeitura de SP lança projeto para regulamentar aplicativos de transporte Consulta pública 30 dias para receber sugestões, que serão analisadas por um grupo de trabalho O QUE PREVÊ O motorista deverá pagar taxa flexível à prefeitura para cada viagem realizada. O valor será calculado com base em quatro fatores: HORÁRIO DA VIAGEM Se no horário de pico, tende a ser mais caro; se de madrugada, tende a ser mais barato) LOCAL DO INÍCIO DA VIAGEM Se no centro expandido, tende a ser mais caro; se fora dele, tende a ser mais barato DISTÂNCIA PERCORRIDA Se menor, tende a ser mais caro; se maior, tende a ser mais barato COMPARTILHAMENTO Se não for uma viagem compartilhada, tende a ser mais cara; se for compartilhada, tende a ser mais barata O QUÊ A PREFEITURA DE SP PRETENDE
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Ponto a ponto: em alta, técnicas manuais aparecem em mantas, móveis e acessórios
MICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Em alta, tricô e crochê aparecem em mantas, móveis e acessórios para decorar a casa e até mesmo para fugir do frio. * 1 Manta Tricot Sheep. R$ 2.303, na Artefacto Home (artefacto.com.br) 2. Porta-travesseiro Origami, de tricô feito à mão. R$ 246, na Mundo do Enxoval (mundodoenxoval.com.br) 3. Cesto de crochê com resíduos de malha. R$ 119, na Meu Móvel de Madeira (meumoveldemadeira.com.br) 4. Banqueta Roots Quadrada Cru, de madeira e tricô feito à mão R$ 1.618, da Srta. Galante (hometeka.com.br) 5. Cachepô Tricot, de corda naval. R$ 299,99, na Oppa (oppa.com.br) 6. Poltrona Bubble, de madeira e crochê feito à mão. R$ 4.950, por Regina Misk (reginamisk.com) 7. Almofada Neige, de tricô feito à mão, R$ 236, na Cremme (cremme.com.br) 8. Sofá Stripes Army, de aço, couro e tricô feito à mão. R$ 17.837, na Prototyp& (prototypesp.com.br) 9. Manta de lã ovina R$ 1.238 na Srta. Galante (senoritagalante.com) * Anne Galante, designer e estilista da Srta. Galante Como começou seu trabalho com tricô? Eu pratico desde os 12 anos —minha mãe me ensinou os primeiros pontinhos e, depois, fiz a minha caminhada bem autodidata. Na Casa Cor deste ano, há várias mantas, almofadas e móveis revestidos com tricô ou maxitricô. O material está em alta? O que está em alta não é só o maxitricô, e, sim, o resgate das técnicas artesanais em geral. Quando uma peça é tecida à mão, ela se torna exclusiva, única e durável, com um valor agregado que o dinheiro não paga. Qual a sua dica para quem quer usar o maxitricô na decoração? O maxitricô é uma técnica muito fácil de aprender. Então, a minha dica é a pessoa se aventurar e tentar fazer a sua própria peça.
saopaulo
Ponto a ponto: em alta, técnicas manuais aparecem em mantas, móveis e acessóriosMICHELE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A sãopaulo Em alta, tricô e crochê aparecem em mantas, móveis e acessórios para decorar a casa e até mesmo para fugir do frio. * 1 Manta Tricot Sheep. R$ 2.303, na Artefacto Home (artefacto.com.br) 2. Porta-travesseiro Origami, de tricô feito à mão. R$ 246, na Mundo do Enxoval (mundodoenxoval.com.br) 3. Cesto de crochê com resíduos de malha. R$ 119, na Meu Móvel de Madeira (meumoveldemadeira.com.br) 4. Banqueta Roots Quadrada Cru, de madeira e tricô feito à mão R$ 1.618, da Srta. Galante (hometeka.com.br) 5. Cachepô Tricot, de corda naval. R$ 299,99, na Oppa (oppa.com.br) 6. Poltrona Bubble, de madeira e crochê feito à mão. R$ 4.950, por Regina Misk (reginamisk.com) 7. Almofada Neige, de tricô feito à mão, R$ 236, na Cremme (cremme.com.br) 8. Sofá Stripes Army, de aço, couro e tricô feito à mão. R$ 17.837, na Prototyp& (prototypesp.com.br) 9. Manta de lã ovina R$ 1.238 na Srta. Galante (senoritagalante.com) * Anne Galante, designer e estilista da Srta. Galante Como começou seu trabalho com tricô? Eu pratico desde os 12 anos —minha mãe me ensinou os primeiros pontinhos e, depois, fiz a minha caminhada bem autodidata. Na Casa Cor deste ano, há várias mantas, almofadas e móveis revestidos com tricô ou maxitricô. O material está em alta? O que está em alta não é só o maxitricô, e, sim, o resgate das técnicas artesanais em geral. Quando uma peça é tecida à mão, ela se torna exclusiva, única e durável, com um valor agregado que o dinheiro não paga. Qual a sua dica para quem quer usar o maxitricô na decoração? O maxitricô é uma técnica muito fácil de aprender. Então, a minha dica é a pessoa se aventurar e tentar fazer a sua própria peça.
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Veja dicas de como cuidar da lataria de um veículo repintado
DE SÃO PAULO Confira dicas de como cuidar da lataria de um veículo repintado. * No primeiro mês após a pintura, evite fazer lavagem automática em postos de combustível, aquela que utiliza escovas giratórias. Também é preciso esperar 90 dias para voltar a aplicar cera na lataria Retire imediatamente com água qualquer excremento de passarinho ou seiva de árvore que caia na pintura. Evite estacionar em locais expostos a intempéries e a resíduos industriais Lembre-se de usar sempre um sabão de pH neutro (que não reage com o verniz da lataria) para evitar manchas e desgastes na pintura. Lave o veículo somente à sombra, com produtos específicos Não use gasolina, álcool ou outros solventes para tentar desgrudar sujeiras da superfície. Se cair algum combustível na lataria, lave a área atingida com água o mais rápido possível Cuidado com goteiras que surgem na garagem. A água pode estar carregada de sais que podem danificar a pintura nova ou então deixar manchas que são difíceis de serem retiradas Fonte: PPG Industries
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Veja dicas de como cuidar da lataria de um veículo repintado DE SÃO PAULO Confira dicas de como cuidar da lataria de um veículo repintado. * No primeiro mês após a pintura, evite fazer lavagem automática em postos de combustível, aquela que utiliza escovas giratórias. Também é preciso esperar 90 dias para voltar a aplicar cera na lataria Retire imediatamente com água qualquer excremento de passarinho ou seiva de árvore que caia na pintura. Evite estacionar em locais expostos a intempéries e a resíduos industriais Lembre-se de usar sempre um sabão de pH neutro (que não reage com o verniz da lataria) para evitar manchas e desgastes na pintura. Lave o veículo somente à sombra, com produtos específicos Não use gasolina, álcool ou outros solventes para tentar desgrudar sujeiras da superfície. Se cair algum combustível na lataria, lave a área atingida com água o mais rápido possível Cuidado com goteiras que surgem na garagem. A água pode estar carregada de sais que podem danificar a pintura nova ou então deixar manchas que são difíceis de serem retiradas Fonte: PPG Industries
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Evolucionismo cristão
RIO DE JANEIRO - Os principais mestres do pensamento na década de 60 do século passado recusaram a doutrina de Teilhard de Chardin. Os conservadores a detestam quase histericamente, tachando Chardin de charlatão e, até mesmo, de analfabeto. Os progressistas o consideram ambíguo e limitam-se a aceitar algumas de suas ideias e descobertas para uma cartada decisiva no caso de uma reviravolta da cultura ocidental. Quanto aos comunistas, em uma revista editada oficialmente pela antiga União Soviética, afirmou-se que "o sistema natural-filosófico de Teilhard de Chardin, como qualquer outra tentativa de síntese universal, coloca-se fora dos quadros de uma severa ciência lógico-experimental". Essa suspensão de juízo por parte de adversários antagônicos significa que a última palavra ainda não foi dada. Se houver necessidade de uma ponte filosófica e científica entre marxistas e cristãos, a obra de Teilhard de Chardin ficará a meio-termo. Isso talvez reduza a teoria teilhardiana a uma meia verdade que nada mais seria do que um erro grosseiro. Mas já houve filosofias piores que marcaram a história do pensamento e da própria humanidade. Afinal, ele foi o cientista ligado historicamente à descoberta, em suas pesquisas na China, do "Pithecanthropus Pekinensis", que seria, provavelmente, o elo mais próximo da evolução do darwinismo. Foi Teilhard de Chardin, falecido em Nova York (10 de abril de 1955), um inspirador indireto das iniciativas ditas progressistas do 2º Concílio do Vaticano. O próprio ecumenismo, hoje adotado por várias religiões, é a convergência teilhardiana que busca a conciliação universal e cuja raiz está situada no axioma expresso em "O fenômeno humano", sua obra principal: ser mais é unir-se cada vez mais.
colunas
Evolucionismo cristãoRIO DE JANEIRO - Os principais mestres do pensamento na década de 60 do século passado recusaram a doutrina de Teilhard de Chardin. Os conservadores a detestam quase histericamente, tachando Chardin de charlatão e, até mesmo, de analfabeto. Os progressistas o consideram ambíguo e limitam-se a aceitar algumas de suas ideias e descobertas para uma cartada decisiva no caso de uma reviravolta da cultura ocidental. Quanto aos comunistas, em uma revista editada oficialmente pela antiga União Soviética, afirmou-se que "o sistema natural-filosófico de Teilhard de Chardin, como qualquer outra tentativa de síntese universal, coloca-se fora dos quadros de uma severa ciência lógico-experimental". Essa suspensão de juízo por parte de adversários antagônicos significa que a última palavra ainda não foi dada. Se houver necessidade de uma ponte filosófica e científica entre marxistas e cristãos, a obra de Teilhard de Chardin ficará a meio-termo. Isso talvez reduza a teoria teilhardiana a uma meia verdade que nada mais seria do que um erro grosseiro. Mas já houve filosofias piores que marcaram a história do pensamento e da própria humanidade. Afinal, ele foi o cientista ligado historicamente à descoberta, em suas pesquisas na China, do "Pithecanthropus Pekinensis", que seria, provavelmente, o elo mais próximo da evolução do darwinismo. Foi Teilhard de Chardin, falecido em Nova York (10 de abril de 1955), um inspirador indireto das iniciativas ditas progressistas do 2º Concílio do Vaticano. O próprio ecumenismo, hoje adotado por várias religiões, é a convergência teilhardiana que busca a conciliação universal e cuja raiz está situada no axioma expresso em "O fenômeno humano", sua obra principal: ser mais é unir-se cada vez mais.
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Dois meses após massacre, Manaus ainda contabiliza 112 presos foragidos
Dois meses após os massacres que deixaram 64 mortos no sistema prisional de Manaus, a polícia conseguiu recapturar apenas metade dos 225 presos que escaparam em 1° de janeiro, na maior fuga da história do Amazonas. Continuam soltos 112 detentos que fugiram do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional de Puraquequara. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do AM. Em razão das mortes nos presídios, há uma guerra em curso entre as facções criminosas Família do Norte (FDN), que deu a ordem para os massacres, e Primeiro Comando da Capital (PCC), que teve vários integrantes mortos e decapitados, segundo disse à Folha um integrante da cúpula do governo. Em fevereiro, 40 dos 67 homicídios apresentaram sinais de execução em Manaus –60% dos casos. Nesse balanço os peritos levam em conta as partes do corpo atingidas, a quantidade de balas e se a arma usada está entre as mais potentes, por exemplo. A capital registrou o mesmo número de assassinatos no mesmo período do ano passado, mas não há estatísticas sobre as características. Alguns dos foragidos são de alta periculosidade. O mais conhecido é Francisco Diego dos Anjos, o "Dieguinho", suspeito de envolvimento em cerca de 30 homicídios e ligado à FDN. Em 10 de janeiro, 99 homens da Força Nacional chegaram a Manaus com o objetivo de fazer a segurança no entorno do Compaj e, assim, liberar policiais do Amazonas para trabalhar na recaptura dos foragidos. O número de foragidos em Manaus aumentou no sábado (25), quando 14 detentos fugiram da cadeia pública Raimundo Vidal, no centro, reativada em janeiro para abrigar presos ameaçados de morte, principalmente os do PCC. Cinco desses foragidos foram encontrados mortos horas depois da fuga, com sinais de execução (tiros na cabeça, no pescoço e nas costas), em uma área de mata. A Secretaria de Segurança Pública afirma que eles eram do PCC e provavelmente foram mortos pela FDN, mas parentes de presos acreditam no envolvimento de PMs. A investigação está em andamento. A grande quantidade de presidiários à solta alimentou a sensação de insegurança na capital amazonense, a mais violenta da região Norte, com uma taxa de homicídios de 48 por 100 mil habitantes em 2015. Na quinta-feira (23), as empresas de ônibus retiraram os ônibus das ruas às 22h, após quatro deles terem sido incendiados. Alguns milhares de amazonenses ficaram a pé, gerando protestos e bloqueios de rua espontâneos. O sindicato das empresas de ônibus vinculou o ataque a um tumulto ocorrido na cadeia pública Vidal naquela noite, mas a Secretaria de Segurança Pública disse que se tratou de uma ação orquestrada por ex-funcionários do transporte viário.
cotidiano
Dois meses após massacre, Manaus ainda contabiliza 112 presos foragidosDois meses após os massacres que deixaram 64 mortos no sistema prisional de Manaus, a polícia conseguiu recapturar apenas metade dos 225 presos que escaparam em 1° de janeiro, na maior fuga da história do Amazonas. Continuam soltos 112 detentos que fugiram do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional de Puraquequara. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do AM. Em razão das mortes nos presídios, há uma guerra em curso entre as facções criminosas Família do Norte (FDN), que deu a ordem para os massacres, e Primeiro Comando da Capital (PCC), que teve vários integrantes mortos e decapitados, segundo disse à Folha um integrante da cúpula do governo. Em fevereiro, 40 dos 67 homicídios apresentaram sinais de execução em Manaus –60% dos casos. Nesse balanço os peritos levam em conta as partes do corpo atingidas, a quantidade de balas e se a arma usada está entre as mais potentes, por exemplo. A capital registrou o mesmo número de assassinatos no mesmo período do ano passado, mas não há estatísticas sobre as características. Alguns dos foragidos são de alta periculosidade. O mais conhecido é Francisco Diego dos Anjos, o "Dieguinho", suspeito de envolvimento em cerca de 30 homicídios e ligado à FDN. Em 10 de janeiro, 99 homens da Força Nacional chegaram a Manaus com o objetivo de fazer a segurança no entorno do Compaj e, assim, liberar policiais do Amazonas para trabalhar na recaptura dos foragidos. O número de foragidos em Manaus aumentou no sábado (25), quando 14 detentos fugiram da cadeia pública Raimundo Vidal, no centro, reativada em janeiro para abrigar presos ameaçados de morte, principalmente os do PCC. Cinco desses foragidos foram encontrados mortos horas depois da fuga, com sinais de execução (tiros na cabeça, no pescoço e nas costas), em uma área de mata. A Secretaria de Segurança Pública afirma que eles eram do PCC e provavelmente foram mortos pela FDN, mas parentes de presos acreditam no envolvimento de PMs. A investigação está em andamento. A grande quantidade de presidiários à solta alimentou a sensação de insegurança na capital amazonense, a mais violenta da região Norte, com uma taxa de homicídios de 48 por 100 mil habitantes em 2015. Na quinta-feira (23), as empresas de ônibus retiraram os ônibus das ruas às 22h, após quatro deles terem sido incendiados. Alguns milhares de amazonenses ficaram a pé, gerando protestos e bloqueios de rua espontâneos. O sindicato das empresas de ônibus vinculou o ataque a um tumulto ocorrido na cadeia pública Vidal naquela noite, mas a Secretaria de Segurança Pública disse que se tratou de uma ação orquestrada por ex-funcionários do transporte viário.
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Torcedores agem como macacos
Quem já viu um jogo de rúgbi sabe que é quase uma luta de MMA com bola. Agarra daqui, agarra dali, pula em cima, se joga por baixo. Não é à toa um dos esportes coletivos mais violentos e com mais lesões. Mas se dentro do campo o bicho pega, fora é tudo paz e amor. Cheguei a frequentar estádios durante o campeonato australiano, na época em que morei lá. A rivalidade entre times e cidades é enorme. Mesmo assim, as torcidas se misturavam. Bebe-se muito no país. Australianos são famosos beberrões. A provocação comia solta, no mesmo ritmo que o público entornava copos de cerveja. Assistimos ao jogo. Torcemos. Respondemos às provocações e todo mundo foi embora são e salvo. Alguns mais bêbados que os outros. Dividindo trens, ônibus, aguardando táxis no mesmo ponto. Australianos não dirigem quando bebem. Não dirigem. Não brigam com a torcida adversária. Não destroem estádios. Nem quando bebem, nem sóbrios. Isso foi há uns 10 anos. Imaginava como seria bacana se esse comportamento se repetisse aqui. De lá para cá, depois de ter sediado uma Copa, com poucos incidentes, parte importante da torcida brasileira ainda age como troglodita. Os vídeos com torcedores do Grêmio arremessando assentos do Beira-Rio na torcida do Inter no último domingo parecem coisa de homens das cavernas. "Eu não comecei, apenas imitei o que os outros estavam fazendo", disse um dos presos. Lembrei da mesma torcida gremista chamando o jogador Aranha de macaco, naquele episódio lamentável do ano passado. Ora, macaco é quem imita o comportamento de seus pares para socializar. Macaco é o bicho que não tem discernimento para saber que mesmo que um amiguinho arremesse uma cadeira na cabeça do outro não deveria fazer o mesmo. Mas faz. Então, pergunto: quem são os macacos? Concluo que a torcida do Grêmio está cheia deles, ainda que só dois tenham sido presos no dia da chuva de cadeiras. Também depredaram o forro de um banheiro, arrancaram tampas e sanitários. Nem mulheres ficaram de fora. Uma das portas de um banheiro feminino foi destruída. Mas tem macaco em todas as torcidas. A do Palmeiras quebrou 877 cadeiras na Arena Corinthians no ano passado. Corintianos destruíram patrimônio do Allianz Parque e nem o Itaquerão escapou no jogo de estréia por causa do "vexame" do time. Além da quebradeira, fizeram xixi e outras coisas no chão dos banheiros. Torcedores do São Paulo mostraram seus descontentamento por terem perdido do Corinthians na Libertadores, em fevereiro, fazendo o que? Destruindo cadeiras. Que culpa tem as coitadas das cadeiras? Você deve lembrar das duas privadas arremessadas do pavimento superior do Arruda, em Recife, que matou um torcedor num jogo entre o Santa Cruz e o Paraná. Até hoje não se sabe quem foi o responsável. Imagine se a bebida é liberada para esses ignorantes. Depois do incidente na Arena Corinthians, que teve um prejuízo estimado em mais de R$ 400 mil, a direção do clube disse que avaliava tirar as cadeiras em dias de clássico e deixar os torcedores no cimento. Poderiam colocar jaulas pra que não se matem. Quem sabe distribuir bananas para os mais exaltados. De que adianta ter estádios padrão Fifa para receber torcedores que agem como animais?
colunas
Torcedores agem como macacosQuem já viu um jogo de rúgbi sabe que é quase uma luta de MMA com bola. Agarra daqui, agarra dali, pula em cima, se joga por baixo. Não é à toa um dos esportes coletivos mais violentos e com mais lesões. Mas se dentro do campo o bicho pega, fora é tudo paz e amor. Cheguei a frequentar estádios durante o campeonato australiano, na época em que morei lá. A rivalidade entre times e cidades é enorme. Mesmo assim, as torcidas se misturavam. Bebe-se muito no país. Australianos são famosos beberrões. A provocação comia solta, no mesmo ritmo que o público entornava copos de cerveja. Assistimos ao jogo. Torcemos. Respondemos às provocações e todo mundo foi embora são e salvo. Alguns mais bêbados que os outros. Dividindo trens, ônibus, aguardando táxis no mesmo ponto. Australianos não dirigem quando bebem. Não dirigem. Não brigam com a torcida adversária. Não destroem estádios. Nem quando bebem, nem sóbrios. Isso foi há uns 10 anos. Imaginava como seria bacana se esse comportamento se repetisse aqui. De lá para cá, depois de ter sediado uma Copa, com poucos incidentes, parte importante da torcida brasileira ainda age como troglodita. Os vídeos com torcedores do Grêmio arremessando assentos do Beira-Rio na torcida do Inter no último domingo parecem coisa de homens das cavernas. "Eu não comecei, apenas imitei o que os outros estavam fazendo", disse um dos presos. Lembrei da mesma torcida gremista chamando o jogador Aranha de macaco, naquele episódio lamentável do ano passado. Ora, macaco é quem imita o comportamento de seus pares para socializar. Macaco é o bicho que não tem discernimento para saber que mesmo que um amiguinho arremesse uma cadeira na cabeça do outro não deveria fazer o mesmo. Mas faz. Então, pergunto: quem são os macacos? Concluo que a torcida do Grêmio está cheia deles, ainda que só dois tenham sido presos no dia da chuva de cadeiras. Também depredaram o forro de um banheiro, arrancaram tampas e sanitários. Nem mulheres ficaram de fora. Uma das portas de um banheiro feminino foi destruída. Mas tem macaco em todas as torcidas. A do Palmeiras quebrou 877 cadeiras na Arena Corinthians no ano passado. Corintianos destruíram patrimônio do Allianz Parque e nem o Itaquerão escapou no jogo de estréia por causa do "vexame" do time. Além da quebradeira, fizeram xixi e outras coisas no chão dos banheiros. Torcedores do São Paulo mostraram seus descontentamento por terem perdido do Corinthians na Libertadores, em fevereiro, fazendo o que? Destruindo cadeiras. Que culpa tem as coitadas das cadeiras? Você deve lembrar das duas privadas arremessadas do pavimento superior do Arruda, em Recife, que matou um torcedor num jogo entre o Santa Cruz e o Paraná. Até hoje não se sabe quem foi o responsável. Imagine se a bebida é liberada para esses ignorantes. Depois do incidente na Arena Corinthians, que teve um prejuízo estimado em mais de R$ 400 mil, a direção do clube disse que avaliava tirar as cadeiras em dias de clássico e deixar os torcedores no cimento. Poderiam colocar jaulas pra que não se matem. Quem sabe distribuir bananas para os mais exaltados. De que adianta ter estádios padrão Fifa para receber torcedores que agem como animais?
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Em videoclipe oficial de 'Rise', Katy Perry não faz referência à Olimpíada
Katy Perry lançou nesta quinta-feira (4) o videoclipe oficial de "Rise", faixa tema da Olimpíada do Rio de Janeiro na cobertura do canal americano NBC. Para surpresa de quem esperava que o videoclipe também se relacionasse com o evento, as imagens passam longe da cidade-sede e de uma referência óbvia aos Jogos. No filme com a mensagem de superação, dirigido por Paul Gore, a cantora tenta alçar vôo com um paraquedas, mas enfrenta obstáculos em meio a um deserto, antes de conseguir "ascender" (uma das traduções possíveis para "Rise"). A pop star lançou o single em meados de julho, junto a um clipe com vídeos de atletas em situações emocionantes. Em um comunicado de imprensa divulgado à época do lançamento, Katy falou em "união" e "superar o medo", em uma referência sutil aos atentados terroristas recentes: "Eu sei que juntos podemos superar o medo, em nosso país e em todo o mundo. Não posso pensar em um exemplo melhor do que os atletas olímpicos, que estarão unidos no Rio, com sua força e coragem, para nos lembrar como todos podemos nos unir, com a determinação de darmos o nosso melhor. Espero que esta canção possa nos inspirar para curar, unir e crescer juntos. Estou honrada que a NBC Olympics optou por usá-lo como um hino antes e durante os Jogos do Rio". Videoclipe de "Rise"
ilustrada
Em videoclipe oficial de 'Rise', Katy Perry não faz referência à OlimpíadaKaty Perry lançou nesta quinta-feira (4) o videoclipe oficial de "Rise", faixa tema da Olimpíada do Rio de Janeiro na cobertura do canal americano NBC. Para surpresa de quem esperava que o videoclipe também se relacionasse com o evento, as imagens passam longe da cidade-sede e de uma referência óbvia aos Jogos. No filme com a mensagem de superação, dirigido por Paul Gore, a cantora tenta alçar vôo com um paraquedas, mas enfrenta obstáculos em meio a um deserto, antes de conseguir "ascender" (uma das traduções possíveis para "Rise"). A pop star lançou o single em meados de julho, junto a um clipe com vídeos de atletas em situações emocionantes. Em um comunicado de imprensa divulgado à época do lançamento, Katy falou em "união" e "superar o medo", em uma referência sutil aos atentados terroristas recentes: "Eu sei que juntos podemos superar o medo, em nosso país e em todo o mundo. Não posso pensar em um exemplo melhor do que os atletas olímpicos, que estarão unidos no Rio, com sua força e coragem, para nos lembrar como todos podemos nos unir, com a determinação de darmos o nosso melhor. Espero que esta canção possa nos inspirar para curar, unir e crescer juntos. Estou honrada que a NBC Olympics optou por usá-lo como um hino antes e durante os Jogos do Rio". Videoclipe de "Rise"
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Leitores cobram posição do governo frente à crise
Lula já pressentiu que a debacle econômica, juntamente com a crise política, levará à ingovernabilidade e ao consequente afastamento da presidente da República. Pragmático, começou a se afastar publicamente de Dilma e a se colocar na oposição ao governo. LUIS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP) * A fala de Levy na TV, considerada "naive" pela Folha, foi serena, tranquila e, sobretudo, continha verdades insofismáveis. Nós, moradores, assumimos os riscos de eventuais bobagens que a síndica que escolhemos viesse a fazer. Somos responsáveis, como brasileiros, pelos gastos feitos por nossos representantes em nosso nome. Não há quem chamar para pagar essas contas. CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES (Curitiba, PR) * É estarrecedor ler que o governo Dilma gastou, em plena crise, mais de R$ 215 mil para comprar, com dinheiro público, utensílios de cozinha de prata, como 22 réchauds de R$ 4.300 e dez colheres de servir de R$ 303 ("Mônica Bergamo", "Ilustrada", 10/9). Isso é fazer economia? Parabéns à Folha por denunciar a irresponsabilidade deste governo, que torra o sagrado dinheiro público em ostentação, enquanto o Brasil afunda. Fala em austeridade, em remédio amargo, mas na prática... LETÍCIA MOREIRA DIAS KAYANO (São Paulo, SP) * Excelente a coluna Gustavo Patu. Mostra que simplesmente derrubar Dilma não muda nada. O quadro que descreve é idêntico ao atual, só que o governo era dos tucanos (os mesmos que hoje condenam a condução desastrada da economia pela presidenta). Nada mudaria com a troca de governos e a saída para a crise é também a mesma adotada na época, ou seja arrocho e mais impostos. JOSÉ PADILHA (São Paulo, SP) * E o corte dos dez ministérios e dos cargos comissionados sem concurso público? É para quando? JOSÉ WALTER DA MOTA MATOS (Pouso Alegre, MG) * Será que não existe crise no Brasil? Vamos sim ajudar nossos vizinhos, mas antes vamos fazer nossa parte cuidando da nossa pátria. RODOMIL F. OLIVEIRA, ex-presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores cobram posição do governo frente à criseLula já pressentiu que a debacle econômica, juntamente com a crise política, levará à ingovernabilidade e ao consequente afastamento da presidente da República. Pragmático, começou a se afastar publicamente de Dilma e a se colocar na oposição ao governo. LUIS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP) * A fala de Levy na TV, considerada "naive" pela Folha, foi serena, tranquila e, sobretudo, continha verdades insofismáveis. Nós, moradores, assumimos os riscos de eventuais bobagens que a síndica que escolhemos viesse a fazer. Somos responsáveis, como brasileiros, pelos gastos feitos por nossos representantes em nosso nome. Não há quem chamar para pagar essas contas. CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES (Curitiba, PR) * É estarrecedor ler que o governo Dilma gastou, em plena crise, mais de R$ 215 mil para comprar, com dinheiro público, utensílios de cozinha de prata, como 22 réchauds de R$ 4.300 e dez colheres de servir de R$ 303 ("Mônica Bergamo", "Ilustrada", 10/9). Isso é fazer economia? Parabéns à Folha por denunciar a irresponsabilidade deste governo, que torra o sagrado dinheiro público em ostentação, enquanto o Brasil afunda. Fala em austeridade, em remédio amargo, mas na prática... LETÍCIA MOREIRA DIAS KAYANO (São Paulo, SP) * Excelente a coluna Gustavo Patu. Mostra que simplesmente derrubar Dilma não muda nada. O quadro que descreve é idêntico ao atual, só que o governo era dos tucanos (os mesmos que hoje condenam a condução desastrada da economia pela presidenta). Nada mudaria com a troca de governos e a saída para a crise é também a mesma adotada na época, ou seja arrocho e mais impostos. JOSÉ PADILHA (São Paulo, SP) * E o corte dos dez ministérios e dos cargos comissionados sem concurso público? É para quando? JOSÉ WALTER DA MOTA MATOS (Pouso Alegre, MG) * Será que não existe crise no Brasil? Vamos sim ajudar nossos vizinhos, mas antes vamos fazer nossa parte cuidando da nossa pátria. RODOMIL F. OLIVEIRA, ex-presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Em HQ, virtuose do nanquim faz bom relato da China de Mao
Leitores de quadrinhos já estão bastante acostumados às autobiografias, assim como a uma subdivisão das histórias de vidas particulares que ajudam a iluminar a trajetória de um grupo, de um povo ou de um período histórico. "Ao Coração da Tempestade", de Will Eisner, é retrato da experiência judia nos EUA no início do século 20. "Gen - Pés Descalços", de Keiji Nakazawa, parte de uma vivência infantil para contar o bombardeio de Hiroshima em 1945. "Persépolis", de Marjane Satrapi, é um olhar da Revolução Islâmica no Irã. É a intenção de "Uma Vida Chinesa", de Li Kunwu, em colaboração com o diplomata francês Philip Ôtié. Kunwu, 60 anos, viveu infância e adolescência em meio às grandes reformas sociais promovidas por Mao Tsé-Tung, tais como o Grande Salto Adiante e a Grande Revolução Cultural Proletária. É esse processo de transformação que o autor conta a partir de si mesmo, de seus pais e amigos numa cidadezinha na província de Yunnan. O leitor pouco familiarizado com a história chinesa talvez sinta falta de contextualização. Os autores não se propõem a dar aula de história, nem param a narrativa para explicar pormenores do país. A Grande Fome Chinesa que durou de 1958 a 1961, por exemplo, levou a pelo menos 15 milhões de mortes, segundo estimativas conservadoras do próprio governo. O dado não aparece na HQ, mas o período é representado por cenas como aquela em que o protagonista guarda um naco de carne no almoço do colégio para levar à avó —três quadros detêm-se na idosa sorvendo lentamente o "presente maravilhoso"— ou nas notícias que chegam de parentes da zona rural, onde a mortandade é assustadora. A Revolução Cultural está representada sobretudo na Guarda Vermelha, as brigadas juvenis que promulgavam "O Livro Vermelho" de Mao e desafiavam qualquer sinal de oposição ao regime. Kunwu, por volta dos 12 anos, participa ativamente do movimento: ele e colegas organizam humilhação pública de seus próprios professores por serem "pequeno-burgueses", invadem banhos públicos para denunciar "costumes feudais", vão a salões de corte de cabelo para combater "cortes antirrevolucionários". 'ABAIXO O CAPITALISMO!' É deste período que vem o primeiro contato de Kunwu com a arte. Para deixar claro o que é um "corte antirrevolucionário", ele desenha retratos para explicar penteados "certos" e "errados". Numa das memórias que o autor mais explora, ele e sua turma invadem a casa de um "reacionário feudal" para destruir obras de arte de aparência ocidental, gritando "abaixo o capitalismo!". É nisso que Kunwu se permite uma crítica: diz que atos como aquele, feitos na "despreocupação da juventude", vinham do "prazer [de] deixar-se levar pela tolice". Mas é uma autocrítica, não um ataque ao regime. Mesmo quando a Guarda Vermelha chega ao ápice do denuncismo e a consequência para a família de Kunwu é trágica, ele se furta de tecer análise. Fica ao leitor decidir se é opção relatar os fatos de forma acrítica ou se o autor não guarda ressentimentos do que fez e que lhe ocorreu por conta do manejo político do país. Voltando à comparação com Eisner, Kunwu é, tal como o americano, uma virtuose do nanquim e da estilização expressiva do homem. Suas deformações de rostos e corpos servem à cada cena sempre em busca do maior impacto, muitas vezes a partir da repetição —há diversas cenas de massas de chineses, imagem típica da revolução. O único rosto onipresente, a face que permanece com perfeição realista é o de Mao. É a figura do pai da revolução, incontestável, que paira sobre todo este primeiro volume. UMA VIDA CHINESA - VOL. 1: O TEMPO DO PAI AUTORES Li Kunwu e Philippe Ôtié TRADUÇÃO Andréa Stahel M. da Silva EDITORA WMF Martins Fontes QUANTO R$ 44,90 (256 págs.)
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Em HQ, virtuose do nanquim faz bom relato da China de MaoLeitores de quadrinhos já estão bastante acostumados às autobiografias, assim como a uma subdivisão das histórias de vidas particulares que ajudam a iluminar a trajetória de um grupo, de um povo ou de um período histórico. "Ao Coração da Tempestade", de Will Eisner, é retrato da experiência judia nos EUA no início do século 20. "Gen - Pés Descalços", de Keiji Nakazawa, parte de uma vivência infantil para contar o bombardeio de Hiroshima em 1945. "Persépolis", de Marjane Satrapi, é um olhar da Revolução Islâmica no Irã. É a intenção de "Uma Vida Chinesa", de Li Kunwu, em colaboração com o diplomata francês Philip Ôtié. Kunwu, 60 anos, viveu infância e adolescência em meio às grandes reformas sociais promovidas por Mao Tsé-Tung, tais como o Grande Salto Adiante e a Grande Revolução Cultural Proletária. É esse processo de transformação que o autor conta a partir de si mesmo, de seus pais e amigos numa cidadezinha na província de Yunnan. O leitor pouco familiarizado com a história chinesa talvez sinta falta de contextualização. Os autores não se propõem a dar aula de história, nem param a narrativa para explicar pormenores do país. A Grande Fome Chinesa que durou de 1958 a 1961, por exemplo, levou a pelo menos 15 milhões de mortes, segundo estimativas conservadoras do próprio governo. O dado não aparece na HQ, mas o período é representado por cenas como aquela em que o protagonista guarda um naco de carne no almoço do colégio para levar à avó —três quadros detêm-se na idosa sorvendo lentamente o "presente maravilhoso"— ou nas notícias que chegam de parentes da zona rural, onde a mortandade é assustadora. A Revolução Cultural está representada sobretudo na Guarda Vermelha, as brigadas juvenis que promulgavam "O Livro Vermelho" de Mao e desafiavam qualquer sinal de oposição ao regime. Kunwu, por volta dos 12 anos, participa ativamente do movimento: ele e colegas organizam humilhação pública de seus próprios professores por serem "pequeno-burgueses", invadem banhos públicos para denunciar "costumes feudais", vão a salões de corte de cabelo para combater "cortes antirrevolucionários". 'ABAIXO O CAPITALISMO!' É deste período que vem o primeiro contato de Kunwu com a arte. Para deixar claro o que é um "corte antirrevolucionário", ele desenha retratos para explicar penteados "certos" e "errados". Numa das memórias que o autor mais explora, ele e sua turma invadem a casa de um "reacionário feudal" para destruir obras de arte de aparência ocidental, gritando "abaixo o capitalismo!". É nisso que Kunwu se permite uma crítica: diz que atos como aquele, feitos na "despreocupação da juventude", vinham do "prazer [de] deixar-se levar pela tolice". Mas é uma autocrítica, não um ataque ao regime. Mesmo quando a Guarda Vermelha chega ao ápice do denuncismo e a consequência para a família de Kunwu é trágica, ele se furta de tecer análise. Fica ao leitor decidir se é opção relatar os fatos de forma acrítica ou se o autor não guarda ressentimentos do que fez e que lhe ocorreu por conta do manejo político do país. Voltando à comparação com Eisner, Kunwu é, tal como o americano, uma virtuose do nanquim e da estilização expressiva do homem. Suas deformações de rostos e corpos servem à cada cena sempre em busca do maior impacto, muitas vezes a partir da repetição —há diversas cenas de massas de chineses, imagem típica da revolução. O único rosto onipresente, a face que permanece com perfeição realista é o de Mao. É a figura do pai da revolução, incontestável, que paira sobre todo este primeiro volume. UMA VIDA CHINESA - VOL. 1: O TEMPO DO PAI AUTORES Li Kunwu e Philippe Ôtié TRADUÇÃO Andréa Stahel M. da Silva EDITORA WMF Martins Fontes QUANTO R$ 44,90 (256 págs.)
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Indústrias de suco de laranja pagarão R$ 301 milhões ao Cade por cartel
O Tribunal do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) celebrou acordo com diversas indústrias de suco de laranja, que admitiram formação de cartel no mercado nacional de aquisição da fruta, prevendo um pagamento conjunto de R$ 301 milhões, valor mais alto já pago no âmbito de acordos junto ao órgão, segundo comunicado da instituição nesta quarta-feira (23). O acordo, capítulo importante de uma longa e tumultuada história envolvendo citricultores e a indústria do Brasil, o maior exportador global de suco de laranja, foi visto com reservas por uma associação de produtores da fruta. Cutrale, Citrovita, Coinbra (Louis Dreyfus Company), Fischer, Cargill, Bascitrus e a extinta associação do setor, Abecitrus, além de nove pessoas físicas, assinaram os acordos, colocando fim a uma investigação iniciada em 1999, a mais antiga em curso no órgão antitruste. O dinheiro será recolhido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), segundo o Cade. "As partes admitiram participação na conduta investigada, se comprometeram a cessar a prática e colaboraram com o órgão antitruste na elucidação dos fatos, em linha com a atual política de acordos da autoridade antitruste", afirmou a nota. Ao longo de mais de 16 anos de tramitação, a investigação do Cade foi alvo de diversos questionamentos na Justiça, sendo a mais recente em 2015, quando o processo foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça. Com a assinatura dos acordos, as empresas aceitaram desistir das ações judiciais. "A contribuição pecuniária foi desproporcional ao prejuízo causado pelo cartel aos produtores, de forma geral", disse o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, que representa produtores independentes. Segundo ele, os detalhes do acordo no Cade ainda serão analisados pela entidade. Após um movimento de consolidação, a indústria exportadora de laranja no Brasil é composta atualmente por três grandes companhias: Cutrale, Citrosuco (que realizou fusão com a Citrovita) e Louis Dreyfus. O grupo é representado desde 2009 pela associação CitrusBR, quando ela foi criada. A norte-americana Cargill, também envolvida no processo, vendeu suas operações de suco de laranja no Brasil para a Cutrale e a Citrosuco, em negócio anunciado em 2004. "Esses assuntos (jurídicos antigos) não fazem parte da pauta da associação... Mas a gente sempre acredita na pacificação (das relações entre indústrias e fornecedores)", disse o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
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Indústrias de suco de laranja pagarão R$ 301 milhões ao Cade por cartelO Tribunal do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) celebrou acordo com diversas indústrias de suco de laranja, que admitiram formação de cartel no mercado nacional de aquisição da fruta, prevendo um pagamento conjunto de R$ 301 milhões, valor mais alto já pago no âmbito de acordos junto ao órgão, segundo comunicado da instituição nesta quarta-feira (23). O acordo, capítulo importante de uma longa e tumultuada história envolvendo citricultores e a indústria do Brasil, o maior exportador global de suco de laranja, foi visto com reservas por uma associação de produtores da fruta. Cutrale, Citrovita, Coinbra (Louis Dreyfus Company), Fischer, Cargill, Bascitrus e a extinta associação do setor, Abecitrus, além de nove pessoas físicas, assinaram os acordos, colocando fim a uma investigação iniciada em 1999, a mais antiga em curso no órgão antitruste. O dinheiro será recolhido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), segundo o Cade. "As partes admitiram participação na conduta investigada, se comprometeram a cessar a prática e colaboraram com o órgão antitruste na elucidação dos fatos, em linha com a atual política de acordos da autoridade antitruste", afirmou a nota. Ao longo de mais de 16 anos de tramitação, a investigação do Cade foi alvo de diversos questionamentos na Justiça, sendo a mais recente em 2015, quando o processo foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça. Com a assinatura dos acordos, as empresas aceitaram desistir das ações judiciais. "A contribuição pecuniária foi desproporcional ao prejuízo causado pelo cartel aos produtores, de forma geral", disse o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, que representa produtores independentes. Segundo ele, os detalhes do acordo no Cade ainda serão analisados pela entidade. Após um movimento de consolidação, a indústria exportadora de laranja no Brasil é composta atualmente por três grandes companhias: Cutrale, Citrosuco (que realizou fusão com a Citrovita) e Louis Dreyfus. O grupo é representado desde 2009 pela associação CitrusBR, quando ela foi criada. A norte-americana Cargill, também envolvida no processo, vendeu suas operações de suco de laranja no Brasil para a Cutrale e a Citrosuco, em negócio anunciado em 2004. "Esses assuntos (jurídicos antigos) não fazem parte da pauta da associação... Mas a gente sempre acredita na pacificação (das relações entre indústrias e fornecedores)", disse o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
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Contra Cruzeiro, Corinthians deve bater recorde de público do Itaquerão
Se não terá o seu atacante artilheiro à disposição, o Corinthians poderá contar com o apoio reforçado da torcida neste domingo (23), contra o Cruzeiro, às 16h, no Itaquerão. A equipe de Tite, sem Luciano, que passará por cirurgia no joelho na próxima quarta-feira (26) —Vagner Love será o substituto—, pode superar a maior marca de público registrada até hoje em sua casa, excluindo a Copa. Foi num confronto da Libertadores, contra o San Lorenzo (ARG), em 16 de abril deste ano, o jogo em que a arena ficou mais lotada até hoje, com 40.744 pagantes. Dos cinco melhores públicos do estádio, quatro são da Libertadores. No sábado (22), o clube divulgou que os 40.500 mil ingressos colocados à venda foram comercializados. Uma mudança na política de preços, que deixou os ingressos mais baratos, anunciada no início do mês, foi o suficiente para aumentar as vendas. Para os próximos cinco jogos na arena, 140 mil bilhetes já foram comprados. "A mudança da política de preço e o bom momento do time explicam essas vendas e esses números. A gente fez todo um estudo para saber qual era a demanda da torcida e acho que chegamos em um modelo melhor de valores", afirmou o superintendente de marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta. O clube está em quarto no ranking de público do Brasileiro, com média de 27.592, enquanto o rival Palmeiras está em primeiro, com 34.275. "A gente joga muitas vezes em horários ruins para os torcedores, como o das 22h de quarta-feira, mas mesmo assim conseguimos ter uma boa média. É muito provável que tenhamos recorde e é bom ver que conseguimos fazer isso fora da Libertadores também. A receita pode aumentar se conseguirmos levar mais gente, mesmo com preços menores", completou o dirigente. Na nova política, o ingresso do setor leste superior passou de R$ 120 (dias da semana) e R$ 150 (em fins de semana) para R$ 100; do oeste inferior caiu de R$ 250 para R$ 180. Já os bilhetes do setor oeste superior começaram a ser vendidos nesta fase —ele era destinado à imprensa. Todo o dinheiro arrecadado na venda de ingressos de jogos vai para o fundo que comanda os negócios da arena. O clube tem de arcar com parcelas mensais de R$ 5 milhões para pagar o empréstimo do BNDES, de R$ 400 milhões, para a construção do estádio. No Brasileiro, a arrecadação foi de R$ 13,8 milhões. CORINTHIANS Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Bruno Henrique, Elias, Jadson e Renato Augusto; Malcom e Vagner Love. Técnico: Tite CRUZEIRO Fábio; Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Henrique, Charles, Fabrício"Š e Alisson; Marquinhos e Leandro Damião. Técnico: Vanderlei Luxemburgo Estádio: Itaquerão Árbitro: Péricles Bassols (RJ) TV: Pay-per-view Horário: 16h OS CINCO MAIORES PÚBLICOS DA ARENA 40.744 Corinthians x San Lorenzo (Libertadores) - 16.04.2015 39.806 Corinthians x Guaraní (Libertadores - 13.05.2015 39.029 Corinthians x São Paulo (Libertadores - 18.02.2015 38.928 Corinthians x Danubio (Libertadores) - 01.04.2015 38.457 Corinthians x Palmeiras (Paulista) - 19.04.2015.
esporte
Contra Cruzeiro, Corinthians deve bater recorde de público do ItaquerãoSe não terá o seu atacante artilheiro à disposição, o Corinthians poderá contar com o apoio reforçado da torcida neste domingo (23), contra o Cruzeiro, às 16h, no Itaquerão. A equipe de Tite, sem Luciano, que passará por cirurgia no joelho na próxima quarta-feira (26) —Vagner Love será o substituto—, pode superar a maior marca de público registrada até hoje em sua casa, excluindo a Copa. Foi num confronto da Libertadores, contra o San Lorenzo (ARG), em 16 de abril deste ano, o jogo em que a arena ficou mais lotada até hoje, com 40.744 pagantes. Dos cinco melhores públicos do estádio, quatro são da Libertadores. No sábado (22), o clube divulgou que os 40.500 mil ingressos colocados à venda foram comercializados. Uma mudança na política de preços, que deixou os ingressos mais baratos, anunciada no início do mês, foi o suficiente para aumentar as vendas. Para os próximos cinco jogos na arena, 140 mil bilhetes já foram comprados. "A mudança da política de preço e o bom momento do time explicam essas vendas e esses números. A gente fez todo um estudo para saber qual era a demanda da torcida e acho que chegamos em um modelo melhor de valores", afirmou o superintendente de marketing do Corinthians, Gustavo Herbetta. O clube está em quarto no ranking de público do Brasileiro, com média de 27.592, enquanto o rival Palmeiras está em primeiro, com 34.275. "A gente joga muitas vezes em horários ruins para os torcedores, como o das 22h de quarta-feira, mas mesmo assim conseguimos ter uma boa média. É muito provável que tenhamos recorde e é bom ver que conseguimos fazer isso fora da Libertadores também. A receita pode aumentar se conseguirmos levar mais gente, mesmo com preços menores", completou o dirigente. Na nova política, o ingresso do setor leste superior passou de R$ 120 (dias da semana) e R$ 150 (em fins de semana) para R$ 100; do oeste inferior caiu de R$ 250 para R$ 180. Já os bilhetes do setor oeste superior começaram a ser vendidos nesta fase —ele era destinado à imprensa. Todo o dinheiro arrecadado na venda de ingressos de jogos vai para o fundo que comanda os negócios da arena. O clube tem de arcar com parcelas mensais de R$ 5 milhões para pagar o empréstimo do BNDES, de R$ 400 milhões, para a construção do estádio. No Brasileiro, a arrecadação foi de R$ 13,8 milhões. CORINTHIANS Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Bruno Henrique, Elias, Jadson e Renato Augusto; Malcom e Vagner Love. Técnico: Tite CRUZEIRO Fábio; Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Henrique, Charles, Fabrício"Š e Alisson; Marquinhos e Leandro Damião. Técnico: Vanderlei Luxemburgo Estádio: Itaquerão Árbitro: Péricles Bassols (RJ) TV: Pay-per-view Horário: 16h OS CINCO MAIORES PÚBLICOS DA ARENA 40.744 Corinthians x San Lorenzo (Libertadores) - 16.04.2015 39.806 Corinthians x Guaraní (Libertadores - 13.05.2015 39.029 Corinthians x São Paulo (Libertadores - 18.02.2015 38.928 Corinthians x Danubio (Libertadores) - 01.04.2015 38.457 Corinthians x Palmeiras (Paulista) - 19.04.2015.
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Loja da Daslu do shopping JK Iguatemi recebe ordem de despejo imediato
A Justiça determinou nesta segunda-feira (17) o despejo da loja Daslu no shopping de luxo JK Iguatemi, no Itaim, zona oeste de São Paulo. O mandado já foi expedido para cumprimento imediato da sentença. A decisão é do juiz Rogério Sampaio, da 27ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo. A ação de despejo por falta de pagamento corre desde março. Estima-se que a dívida da loja –que no passado foi símbolo da elite paulistana– chegue a R$ 4 milhões. No dia 12 de abril, o shopping chegou a fechar um acordo extrajudicial com a loja para que os pagamentos em atraso, que na época somavam cerca de R$ 2,5 milhões, fossem efetuados, evitando o despejo. O acordo, porém, foi descumprido. A unidade da Daslu no shopping JK ocupava, no início do ano, 1.600 m². Durante a ação, ela foi reduzida para 300 m². O valor pago em aluguel não foi divulgado. A Folha entrou em contato com a assessoria do JK Iguatemi, que afirmou não comentar nenhuma relação comercial com lojistas. Em nota, a Daslu informou que o encerramento das atividades no shopping ocorre devido a irredutibilidade do mesmo nas negociações e seu baixo fluxo de clientes. A loja ainda informou que apresentará uma nova loja na capital paulista. HISTÓRIA A loja de luxo —que no passado foi considerada a mais tradicional de São Paulo– foi fundada há 59 anos pelas sócias Lucia Piva de Albuquerque e Lourdes Aranha. Até o começo dos anos 80, ela comercializava apenas roupas e acessórios nacionais. Após a morte de Lucia, sua filha Elianap(erramos). + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo Com a nova direção, a loja virou grife própria e, a partir dos anos 90, começou a trabalhar com marcas de luxo importadas, após liberação desse tipo de produto pelo presidente Fernando Collor de Mello. Tranchesi foi para Europa e voltou com malas repletas de bolsas e sapatos famosos que caíram no gosto dos endinheirados paulistanos. Em seu ápice da fama, a Daslu era conhecida como "templo de luxo" e ocupava uma área de mais de 15 mil m² em um prédio estilo neoclássico com colunas gregas na Vila Olímpia, ao lado de onde seria erguido o shopping JK Iguatemi, na zona oeste de São Paulo. Em 2005, antes de ver seu império derrubado por uma série de escândalos, a loja de Tranchesi movimentava cerca de R$ 400 milhões em vendas ao ano, segundo especialistas ouvidos pela Folha, e empregava cerca de mil pessoas. Entre elas, havia as "dasluzetes", vendedoras das lojas —muitas vezes vindas de famílias ricas— que recebiam até R$ 15 mil mensais, incluindo as comissões de roupas e acessórios cujos valores chegavam a ultrapassar os cinco dígitos. Entre 75% e 80% das pessoas que iam à loja saíam pelo menos com uma sacola em mãos. Em um shopping comum, essa taxa varia entre 15% e 30%. OPERAÇÃO NARCISO O início da queda do império começou há 11 anos, no dia 13 de julho de 2005. Uma megaoperação da Polícia Federal, em parceria com a Receita levou à detenção de Tranchesi e seus sócios, todos suspeitos de importação irregular por meio de crimes de descaminho e sonegação fiscal. O esquema utilizaria empresas de fachada para subfaturar importações com o objetivo de sonegar impostos. Nele, a Daslu era responsável por negociar a compra das mercadorias de luxo no exterior e encaminhá-las à importadora que falsificava documentos para subfaturar as mercadorias, pagando assim menores impostos. Durante o processo, a defesa de Tranchesi afirmou que ela não era responsável pelas questões financeiras e administrativas da loja, e portanto desconhecia a fraude. Em 2009, Tranchesi foi condenada pela juíza Maria Isabel de Praro, da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos, a cumprir 94,5 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho tentado e consumado e falsidade ideológica. Roberto Fakhouri Júnior (da importadora Kinsberg), André Beukers (Kinsberg), Rodrigo Nardy Figueiredo (Todos os Santos) e Christian Polo (By (Brasil), além de Celso de Lima, irmão de Tranchesi, também foram condenados na ação. À época, Tranchesi enfrentava um câncer de pulmão e entrou com um recurso para recorrer da sentença. Ela chegou a ser presa no dia da condenação mas foi solta um dia depois. Tranchesi morreu em 2012 em decorrência do câncer. Ela respondia pelos processos em liberdade. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Com uma dívida próximo ao vencimento de R$ 80 milhões, mais a pendência com a Receita Federal, estimada em R$ 500 milhões, o antigo império do luxo teve seu plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça em 2011, que previa a venda da marca. O único interessado foi a empresa Leap Investments, que adquiriu a marca pelo valor simbólico de R$ 1.000 e se comprometeu a investir R$ 65 milhões na empresa. A venda não incluiu a pendência com a Receita. Quatro anos após a aquisição, a Leap foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por sete crimes contra o sistema financeiro, operações fraudulentas no mercado de capitais, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa e desobediência a ordem judicial. A sede da mesma era localizada nas Ilhas Bermudas. Segundo a acusação, os empresários causaram prejuízos de mais de R$ 2,5 bilhões ao mercado mobiliário e a investidores com operações fraudulentas no lançamento de ativos. Em fevereiro deste ano, a fatia majoritária (52%) acabou sendo comprada por um grupo de investidores liderado pelo empresário baiano Crezo Suerdieck, que se especializou em adquirir empresas de diversos setores em dificuldade. Foi anunciado então um plano de expansão para a marca, baseado no modelo de franquias. Hoje, além da unidade sujeita ao despejo, a Daslu possui quatro lojas em São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o grupo de Suerdieck.
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Loja da Daslu do shopping JK Iguatemi recebe ordem de despejo imediatoA Justiça determinou nesta segunda-feira (17) o despejo da loja Daslu no shopping de luxo JK Iguatemi, no Itaim, zona oeste de São Paulo. O mandado já foi expedido para cumprimento imediato da sentença. A decisão é do juiz Rogério Sampaio, da 27ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo. A ação de despejo por falta de pagamento corre desde março. Estima-se que a dívida da loja –que no passado foi símbolo da elite paulistana– chegue a R$ 4 milhões. No dia 12 de abril, o shopping chegou a fechar um acordo extrajudicial com a loja para que os pagamentos em atraso, que na época somavam cerca de R$ 2,5 milhões, fossem efetuados, evitando o despejo. O acordo, porém, foi descumprido. A unidade da Daslu no shopping JK ocupava, no início do ano, 1.600 m². Durante a ação, ela foi reduzida para 300 m². O valor pago em aluguel não foi divulgado. A Folha entrou em contato com a assessoria do JK Iguatemi, que afirmou não comentar nenhuma relação comercial com lojistas. Em nota, a Daslu informou que o encerramento das atividades no shopping ocorre devido a irredutibilidade do mesmo nas negociações e seu baixo fluxo de clientes. A loja ainda informou que apresentará uma nova loja na capital paulista. HISTÓRIA A loja de luxo —que no passado foi considerada a mais tradicional de São Paulo– foi fundada há 59 anos pelas sócias Lucia Piva de Albuquerque e Lourdes Aranha. Até o começo dos anos 80, ela comercializava apenas roupas e acessórios nacionais. Após a morte de Lucia, sua filha Elianap(erramos). + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo Com a nova direção, a loja virou grife própria e, a partir dos anos 90, começou a trabalhar com marcas de luxo importadas, após liberação desse tipo de produto pelo presidente Fernando Collor de Mello. Tranchesi foi para Europa e voltou com malas repletas de bolsas e sapatos famosos que caíram no gosto dos endinheirados paulistanos. Em seu ápice da fama, a Daslu era conhecida como "templo de luxo" e ocupava uma área de mais de 15 mil m² em um prédio estilo neoclássico com colunas gregas na Vila Olímpia, ao lado de onde seria erguido o shopping JK Iguatemi, na zona oeste de São Paulo. Em 2005, antes de ver seu império derrubado por uma série de escândalos, a loja de Tranchesi movimentava cerca de R$ 400 milhões em vendas ao ano, segundo especialistas ouvidos pela Folha, e empregava cerca de mil pessoas. Entre elas, havia as "dasluzetes", vendedoras das lojas —muitas vezes vindas de famílias ricas— que recebiam até R$ 15 mil mensais, incluindo as comissões de roupas e acessórios cujos valores chegavam a ultrapassar os cinco dígitos. Entre 75% e 80% das pessoas que iam à loja saíam pelo menos com uma sacola em mãos. Em um shopping comum, essa taxa varia entre 15% e 30%. OPERAÇÃO NARCISO O início da queda do império começou há 11 anos, no dia 13 de julho de 2005. Uma megaoperação da Polícia Federal, em parceria com a Receita levou à detenção de Tranchesi e seus sócios, todos suspeitos de importação irregular por meio de crimes de descaminho e sonegação fiscal. O esquema utilizaria empresas de fachada para subfaturar importações com o objetivo de sonegar impostos. Nele, a Daslu era responsável por negociar a compra das mercadorias de luxo no exterior e encaminhá-las à importadora que falsificava documentos para subfaturar as mercadorias, pagando assim menores impostos. Durante o processo, a defesa de Tranchesi afirmou que ela não era responsável pelas questões financeiras e administrativas da loja, e portanto desconhecia a fraude. Em 2009, Tranchesi foi condenada pela juíza Maria Isabel de Praro, da 2ª Vara da Justiça Federal, em Guarulhos, a cumprir 94,5 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho tentado e consumado e falsidade ideológica. Roberto Fakhouri Júnior (da importadora Kinsberg), André Beukers (Kinsberg), Rodrigo Nardy Figueiredo (Todos os Santos) e Christian Polo (By (Brasil), além de Celso de Lima, irmão de Tranchesi, também foram condenados na ação. À época, Tranchesi enfrentava um câncer de pulmão e entrou com um recurso para recorrer da sentença. Ela chegou a ser presa no dia da condenação mas foi solta um dia depois. Tranchesi morreu em 2012 em decorrência do câncer. Ela respondia pelos processos em liberdade. RECUPERAÇÃO JUDICIAL Com uma dívida próximo ao vencimento de R$ 80 milhões, mais a pendência com a Receita Federal, estimada em R$ 500 milhões, o antigo império do luxo teve seu plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça em 2011, que previa a venda da marca. O único interessado foi a empresa Leap Investments, que adquiriu a marca pelo valor simbólico de R$ 1.000 e se comprometeu a investir R$ 65 milhões na empresa. A venda não incluiu a pendência com a Receita. Quatro anos após a aquisição, a Leap foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por sete crimes contra o sistema financeiro, operações fraudulentas no mercado de capitais, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa e desobediência a ordem judicial. A sede da mesma era localizada nas Ilhas Bermudas. Segundo a acusação, os empresários causaram prejuízos de mais de R$ 2,5 bilhões ao mercado mobiliário e a investidores com operações fraudulentas no lançamento de ativos. Em fevereiro deste ano, a fatia majoritária (52%) acabou sendo comprada por um grupo de investidores liderado pelo empresário baiano Crezo Suerdieck, que se especializou em adquirir empresas de diversos setores em dificuldade. Foi anunciado então um plano de expansão para a marca, baseado no modelo de franquias. Hoje, além da unidade sujeita ao despejo, a Daslu possui quatro lojas em São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o grupo de Suerdieck.
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Juiz da Lava Jato vê inconsistências em explicação de Dirceu sobre consultoria
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos derivados da Operação Lava Jato, encontrou "várias inconsistências" em informações prestadas pelo ex-ministro José Dirceu (PT-SP) para justificar recebimentos de empreiteiras investigadas no escândalo de desvios de recursos da Petrobras. O juiz apontou as dúvidas em manifestação encaminhada ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região em resposta a um mandado de segurança protocolado pelos advogados do ex-ministro. A defesa de Dirceu considerou "ilegal" a ordem de quebra dos sigilos bancário e fiscal de Dirceu e da empresa de consultoria registrada em seu nome e no de seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, a JD Assessoria e Consultoria Ltda. Moro escreveu que a quebra é o meio "menos gravoso" para esclarecer se os contratos firmados pelo ex-ministro com as empreiteiras são reais, refletindo um serviço de fato prestado, ou apenas simulados para justificar um pagamento de propina. "Diante da notória influência de José Dirceu de Oliveira e Silva no Partido dos Trabalhadores e da prévia verificação de que as empreiteiras teriam se valido de consultorias fictícias para pagamento de propinas, razoáveis as razões para a decretação da quebra de sigilo bancário e fiscal diante dos lançamentos de pagamentos identificados", escreveu o juiz. A JD recebeu R$ 8,78 milhões de empresas sob investigação na Lava Jato –a OAS pagou R$ 2,99 milhões, a UTC, R$ 2,32 milhões, a Engevix, R$ 1,1 milhão, a Camargo Corrêa, 900 mil, e a empresa Jamp Engenheiros, do lobista Milton Pascowitch, R$ 1,46 milhão. "Alguns contratos [de Dirceu] apresentam algumas inconsistências [...] Enfim, há várias inconsistências que necessitam ser esclarecidas com o aprofundamento das investigações, sendo imprescindíveis as quebras de sigilo fiscal e bancário", escreveu Moro. Como exemplo, o juiz citou o contrato fechado entre a empreiteira Engevix e a JD Assessoria. Moro observou que o documento é datado de 2 novembro de 2010, com um prazo de seis meses para ser executado. Porém, o mesmo contrato diz que a previsão de início dos trabalhos é 2 de novembro de 2009 e de término, 1º de maio de 2011. "A previsão de início não é consistente com a data de assinatura do contrato e o período de execução nele previsto, de seis meses, não é consistente com os termos previstos para o início e o final", apontou Moro. Além disso, ressaltou o magistrado, há "prova de pagamentos da Engevix para a JD já em 2008, muito embora o contrato apresentado pela JD para justificar os pagamentos seja de 2010". No mesmo despacho, porém, o juiz fez a ressalva: "As investigações prosseguem, sem que possa afirmar alguma conclusão". QUEBRA DE SIGILO No mandado de segurança protocolado em março último no TRF, em que pedem a anulação das quebras de sigilo, os advogados da JD, Juarez e June Cirino dos Santos, alegaram que "a hipótese de suspeita sobre as transações efetuadas é inadmissível como fundamento jurídico da quebra de sigilo". Segundo os advogados, os "fatos imputados aos impetrantes [Dirceu, seu irmão e a empresa] não são ilícitos" e "os fatos ilícitos indicados na quebra de sigilo não são imputáveis aos impetrantes". "As quebras de sigilo bancário e fiscal da pessoa jurídica e das pessoas físicas impetrantes são ilegais ou abusivas porque violam direitos líquidos e certos de intimidade e de sigilo de dados bancários e fiscais, legitimando a proteção jurídica do mandado de segurança, como autoriza o artigo 5º da Constituição Federal", escreveram os advogados. Em ocasiões anteriores, os advogados de Dirceu defenderam a lisura dos contratos da JD e afirmaram que o ex-ministro tem meios para provar que executou os serviços contratados. A decisão sobre o mandado de segurança não tem data para ocorrer. O processo é relatado pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, da 8ª Turma. OUTRO LADO Por meio de sua assessoria, o ex-ministro informou à Folha nesta terça, em nota: "A JD Assessoria e Consultoria reitera que apresentou à Justiça do Paraná contratos e notas fiscais que comprovam os serviços de consultoria prestado no exterior. O presidente do Conselho da Engevix, Cristiano Kok, em entrevista à Folha de S. Paulo, e o ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada, em depoimento à Justiça, confirmaram a contratação da JD e o trabalho prestado na prospecção de negócios no mercado peruano".
poder
Juiz da Lava Jato vê inconsistências em explicação de Dirceu sobre consultoriaO juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos derivados da Operação Lava Jato, encontrou "várias inconsistências" em informações prestadas pelo ex-ministro José Dirceu (PT-SP) para justificar recebimentos de empreiteiras investigadas no escândalo de desvios de recursos da Petrobras. O juiz apontou as dúvidas em manifestação encaminhada ao TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região em resposta a um mandado de segurança protocolado pelos advogados do ex-ministro. A defesa de Dirceu considerou "ilegal" a ordem de quebra dos sigilos bancário e fiscal de Dirceu e da empresa de consultoria registrada em seu nome e no de seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, a JD Assessoria e Consultoria Ltda. Moro escreveu que a quebra é o meio "menos gravoso" para esclarecer se os contratos firmados pelo ex-ministro com as empreiteiras são reais, refletindo um serviço de fato prestado, ou apenas simulados para justificar um pagamento de propina. "Diante da notória influência de José Dirceu de Oliveira e Silva no Partido dos Trabalhadores e da prévia verificação de que as empreiteiras teriam se valido de consultorias fictícias para pagamento de propinas, razoáveis as razões para a decretação da quebra de sigilo bancário e fiscal diante dos lançamentos de pagamentos identificados", escreveu o juiz. A JD recebeu R$ 8,78 milhões de empresas sob investigação na Lava Jato –a OAS pagou R$ 2,99 milhões, a UTC, R$ 2,32 milhões, a Engevix, R$ 1,1 milhão, a Camargo Corrêa, 900 mil, e a empresa Jamp Engenheiros, do lobista Milton Pascowitch, R$ 1,46 milhão. "Alguns contratos [de Dirceu] apresentam algumas inconsistências [...] Enfim, há várias inconsistências que necessitam ser esclarecidas com o aprofundamento das investigações, sendo imprescindíveis as quebras de sigilo fiscal e bancário", escreveu Moro. Como exemplo, o juiz citou o contrato fechado entre a empreiteira Engevix e a JD Assessoria. Moro observou que o documento é datado de 2 novembro de 2010, com um prazo de seis meses para ser executado. Porém, o mesmo contrato diz que a previsão de início dos trabalhos é 2 de novembro de 2009 e de término, 1º de maio de 2011. "A previsão de início não é consistente com a data de assinatura do contrato e o período de execução nele previsto, de seis meses, não é consistente com os termos previstos para o início e o final", apontou Moro. Além disso, ressaltou o magistrado, há "prova de pagamentos da Engevix para a JD já em 2008, muito embora o contrato apresentado pela JD para justificar os pagamentos seja de 2010". No mesmo despacho, porém, o juiz fez a ressalva: "As investigações prosseguem, sem que possa afirmar alguma conclusão". QUEBRA DE SIGILO No mandado de segurança protocolado em março último no TRF, em que pedem a anulação das quebras de sigilo, os advogados da JD, Juarez e June Cirino dos Santos, alegaram que "a hipótese de suspeita sobre as transações efetuadas é inadmissível como fundamento jurídico da quebra de sigilo". Segundo os advogados, os "fatos imputados aos impetrantes [Dirceu, seu irmão e a empresa] não são ilícitos" e "os fatos ilícitos indicados na quebra de sigilo não são imputáveis aos impetrantes". "As quebras de sigilo bancário e fiscal da pessoa jurídica e das pessoas físicas impetrantes são ilegais ou abusivas porque violam direitos líquidos e certos de intimidade e de sigilo de dados bancários e fiscais, legitimando a proteção jurídica do mandado de segurança, como autoriza o artigo 5º da Constituição Federal", escreveram os advogados. Em ocasiões anteriores, os advogados de Dirceu defenderam a lisura dos contratos da JD e afirmaram que o ex-ministro tem meios para provar que executou os serviços contratados. A decisão sobre o mandado de segurança não tem data para ocorrer. O processo é relatado pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, da 8ª Turma. OUTRO LADO Por meio de sua assessoria, o ex-ministro informou à Folha nesta terça, em nota: "A JD Assessoria e Consultoria reitera que apresentou à Justiça do Paraná contratos e notas fiscais que comprovam os serviços de consultoria prestado no exterior. O presidente do Conselho da Engevix, Cristiano Kok, em entrevista à Folha de S. Paulo, e o ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada, em depoimento à Justiça, confirmaram a contratação da JD e o trabalho prestado na prospecção de negócios no mercado peruano".
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Consumo de vídeo on-line dobra na Amazon
Na série de encontros com investidores nas últimas semanas nos EUA, dois dos principais concorrentes da Netflix na TV pela internet, Amazon e HBO, enfatizaram ter registrado saltos no consumo de sua programação. Netflix, Amazon e HBO oferecem conteúdo por assinatura, sem publicidade, em modelo diferente do que está sendo montado por Facebook e outras empresas que começam agora a entrar em TV pela internet. As três já estão presentes no Brasil. No caso da Amazon, o diretor financeiro, Brian Olsavsky, afirmou que os usuários de seu serviço semelhante ao Netflix, chamado Prime Video, "dobraram o número de horas" consumidas em 2016, em relação a 2015. A Amazon Prime Video chegou ao Brasil e outros 200 países em dezembro. O objetivo da expansão mundial é "amortizar numa base maior o custo do conteúdo original, que é fixo", para desenvolver séries como "Transparent". Os gastos com conteúdo original e licenciado –e marketing– continuarão a subir em 2017 acima da receita com assinantes, adiantou Olsavsky aos investidores, "mas a boa nova é que o engajamento está crescendo". No caso da HBO, o destaque veio do próprio presidente da controladora Time Warner. Jeff Bewkes anunciou aos investidores que o serviço, chamado HBO Now nos EUA e HBO Go na América Latina, passou de 2 milhões de assinantes em 2016. O resultado mais do que dobra os 800 mil que o serviço tinha acumulado em 2015, seu ano de lançamento. A Time Warner afirma ter identificado "uma grande e inexplorada oportunidade de assinaturas nos EUA" para a programação de qualidade "premium" da HBO. A HBO, que como a Amazon chegou ao mercado on-line brasileiro há dois meses, não está só na internet, como os concorrentes. Mantém a presença na TV paga como principal fonte de receita.
ilustrada
Consumo de vídeo on-line dobra na AmazonNa série de encontros com investidores nas últimas semanas nos EUA, dois dos principais concorrentes da Netflix na TV pela internet, Amazon e HBO, enfatizaram ter registrado saltos no consumo de sua programação. Netflix, Amazon e HBO oferecem conteúdo por assinatura, sem publicidade, em modelo diferente do que está sendo montado por Facebook e outras empresas que começam agora a entrar em TV pela internet. As três já estão presentes no Brasil. No caso da Amazon, o diretor financeiro, Brian Olsavsky, afirmou que os usuários de seu serviço semelhante ao Netflix, chamado Prime Video, "dobraram o número de horas" consumidas em 2016, em relação a 2015. A Amazon Prime Video chegou ao Brasil e outros 200 países em dezembro. O objetivo da expansão mundial é "amortizar numa base maior o custo do conteúdo original, que é fixo", para desenvolver séries como "Transparent". Os gastos com conteúdo original e licenciado –e marketing– continuarão a subir em 2017 acima da receita com assinantes, adiantou Olsavsky aos investidores, "mas a boa nova é que o engajamento está crescendo". No caso da HBO, o destaque veio do próprio presidente da controladora Time Warner. Jeff Bewkes anunciou aos investidores que o serviço, chamado HBO Now nos EUA e HBO Go na América Latina, passou de 2 milhões de assinantes em 2016. O resultado mais do que dobra os 800 mil que o serviço tinha acumulado em 2015, seu ano de lançamento. A Time Warner afirma ter identificado "uma grande e inexplorada oportunidade de assinaturas nos EUA" para a programação de qualidade "premium" da HBO. A HBO, que como a Amazon chegou ao mercado on-line brasileiro há dois meses, não está só na internet, como os concorrentes. Mantém a presença na TV paga como principal fonte de receita.
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Juíza nos EUA nega recurso e mantém acusações contra Marin
A juíza Pamela K. Chan, do Tribunal Federal do Brooklyn, recusou um pedido feito pela defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin, que está preso nos Estados Unidos desde 2015. A defesa do cartola tentava anular uma das acusações contra ele, a de conspiração com demais dirigentes da Fifa. Procurada pela Folha, a defesa de Marin não quis se pronunciar. O cartola segue com as mesmas acusações pelas autoridades dos EUA, de participar de esquema de corrupção da Fifa. Ele teria cobrado propina na negociação de contratos da CBF. O cartola nega. Marin foi preso em Zurique em 27 de maio de 2015. Cinco meses depois, foi extraditado para os EUA. Desde então, aguarda por seu julgamento em prisão domiciliar, no seu apartamento em Nova York. O início do júri do brasileiro e de outros dirigentes presos está marcado para novembro de 2017. A juíza norte-americana também recusou o recurso apresentado por Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol. A defesa queria que fossem derrubadas todas acusações contra ele.
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Juíza nos EUA nega recurso e mantém acusações contra MarinA juíza Pamela K. Chan, do Tribunal Federal do Brooklyn, recusou um pedido feito pela defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin, que está preso nos Estados Unidos desde 2015. A defesa do cartola tentava anular uma das acusações contra ele, a de conspiração com demais dirigentes da Fifa. Procurada pela Folha, a defesa de Marin não quis se pronunciar. O cartola segue com as mesmas acusações pelas autoridades dos EUA, de participar de esquema de corrupção da Fifa. Ele teria cobrado propina na negociação de contratos da CBF. O cartola nega. Marin foi preso em Zurique em 27 de maio de 2015. Cinco meses depois, foi extraditado para os EUA. Desde então, aguarda por seu julgamento em prisão domiciliar, no seu apartamento em Nova York. O início do júri do brasileiro e de outros dirigentes presos está marcado para novembro de 2017. A juíza norte-americana também recusou o recurso apresentado por Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol. A defesa queria que fossem derrubadas todas acusações contra ele.
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Dólar sobe com exterior; Bolsa renova pontuação máxima desde abril de 2012
O dólar manteve a trajetória de alta da véspera e voltou ao patamar dos R$ 3,15. Segundo analistas, o cenário externo se sobrepôs ao interno nesta quinta-feira (27). Dados fortes da economia americana elevaram ainda mais as apostas de uma alta dos juros americanos em dezembro, e a moeda americana subiu mundialmente. Jefferson Rugik, diretor de câmbio da Correparti Corretora, destaca que os investidores buscam proteção, à espera do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referente ao terceiro trimestre, que será divulgado nesta sexta-feira (28). A média das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg é de que o PIB americano tenha crescido 2,6% no terceiro trimestre a uma taxa anual, ante 1,4% no trimestre anterior. Um número mais alto que as expectativas pode potencializar as chances de alta dos juros americanos. "Além disso, o mercado já se prepara para a próxima reunião do Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA], na semana que vem", lembra Rugik. A probabilidade de elevação dos juros americanos na reunião da próxima semana, no entanto, é baixa. Após cair pela manhã, com o fluxo da repatriação de recursos mantidos irregularmente no exterior, o dólar comercial fechou em alta de 0,44%, a R$ 3,1570. Analistas comentam ainda que, como o dólar caiu muito recentemente, muitos bancos estão comprando a moeda. Outro motivo é que o Banco Central decidiu não rolar os contratos de swap cambial, equivalentes à venda futura de dólares pela autoridade monetária, que vencem no próximo dia 1º, no montante de aproximadamente US$ 2,9 bilhões, que será retirado do mercado. Pela manhã, o BC leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, que corresponde à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões. BOLSA Apesar da queda dos índices em Nova York, o Ibovespa fechou em alta de 0,66%, aos 64.249,50 pontos, renovando a maior pontuação desde abril de 2012. O giro financeiro foi de R$ 8,1 bilhões. Segundo analistas, houve alívio no mercado após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ter garantido que vai manter o cronograma de votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que limita os gastos públicos. Havia temor de que a tramitação da proposta no Senado fosse prejudicada pela crise entre o Legislativo e o Judiciário, após a operação da Polícia Federal que prendeu quatro policiais do Senado na semana passada. As ações preferenciais da Petrobras perderam 0,05%, a R$ 18,09, e as ordinárias ganharam 0,20%, a R$ 19,25. Os papéis PNA da Vale caíram 0,38%, a R$ 20,72, e os ON subiram 1,05%, a R$ 22,00. No setor financeiro, Banco do Brasil ON foi o destaque, com alta de 5,12%; Itaú Unibanco PN, 2,13%; Bradesco PN, +1,66%; Bradesco ON, +1,47%; Santander unit, +1,35%; e BM&FBovespa ON, +0,27%. Após caírem 11,45% nesta quarta-feira, após o BNDESPar vetar o plano de reorganização da JBS, as ações ON da companhia de alimentos caíram mais 4,21%, a R$ 10,00, liderando novamente as quedas do índice.
mercado
Dólar sobe com exterior; Bolsa renova pontuação máxima desde abril de 2012O dólar manteve a trajetória de alta da véspera e voltou ao patamar dos R$ 3,15. Segundo analistas, o cenário externo se sobrepôs ao interno nesta quinta-feira (27). Dados fortes da economia americana elevaram ainda mais as apostas de uma alta dos juros americanos em dezembro, e a moeda americana subiu mundialmente. Jefferson Rugik, diretor de câmbio da Correparti Corretora, destaca que os investidores buscam proteção, à espera do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referente ao terceiro trimestre, que será divulgado nesta sexta-feira (28). A média das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg é de que o PIB americano tenha crescido 2,6% no terceiro trimestre a uma taxa anual, ante 1,4% no trimestre anterior. Um número mais alto que as expectativas pode potencializar as chances de alta dos juros americanos. "Além disso, o mercado já se prepara para a próxima reunião do Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA], na semana que vem", lembra Rugik. A probabilidade de elevação dos juros americanos na reunião da próxima semana, no entanto, é baixa. Após cair pela manhã, com o fluxo da repatriação de recursos mantidos irregularmente no exterior, o dólar comercial fechou em alta de 0,44%, a R$ 3,1570. Analistas comentam ainda que, como o dólar caiu muito recentemente, muitos bancos estão comprando a moeda. Outro motivo é que o Banco Central decidiu não rolar os contratos de swap cambial, equivalentes à venda futura de dólares pela autoridade monetária, que vencem no próximo dia 1º, no montante de aproximadamente US$ 2,9 bilhões, que será retirado do mercado. Pela manhã, o BC leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, que corresponde à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões. BOLSA Apesar da queda dos índices em Nova York, o Ibovespa fechou em alta de 0,66%, aos 64.249,50 pontos, renovando a maior pontuação desde abril de 2012. O giro financeiro foi de R$ 8,1 bilhões. Segundo analistas, houve alívio no mercado após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ter garantido que vai manter o cronograma de votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que limita os gastos públicos. Havia temor de que a tramitação da proposta no Senado fosse prejudicada pela crise entre o Legislativo e o Judiciário, após a operação da Polícia Federal que prendeu quatro policiais do Senado na semana passada. As ações preferenciais da Petrobras perderam 0,05%, a R$ 18,09, e as ordinárias ganharam 0,20%, a R$ 19,25. Os papéis PNA da Vale caíram 0,38%, a R$ 20,72, e os ON subiram 1,05%, a R$ 22,00. No setor financeiro, Banco do Brasil ON foi o destaque, com alta de 5,12%; Itaú Unibanco PN, 2,13%; Bradesco PN, +1,66%; Bradesco ON, +1,47%; Santander unit, +1,35%; e BM&FBovespa ON, +0,27%. Após caírem 11,45% nesta quarta-feira, após o BNDESPar vetar o plano de reorganização da JBS, as ações ON da companhia de alimentos caíram mais 4,21%, a R$ 10,00, liderando novamente as quedas do índice.
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Empresas de fachada receberam R$ 21,5 milhões da PM em 8 anos
Quatro empresas de fachada envolvidas em esquema de fraude de licitações no Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo receberam, juntas, mais de R$ 21,5 milhões em contratos com a corporação entre 2005 e 2012. E mais de metade desse montante –R$ 12,7 milhões– foi pago pelos cofres públicos fora do período que é alvo de investigação da própria PM. Conforme a Folha revelou na semana passada, uma sindicância da Polícia Militar confirmou um esquema de fraudes nas compras feitas pela cúpula da corporação –envolvendo diversos itens, como clipes, açúcar, pen drive e peças para veículos. A investigação foi concentrada só nos anos de 2009 e 2010, nas gestões José Serra e Alberto Goldman (PSDB) –período citado em denúncia anônima recebida pela PM, que identificou desvios próximos de R$ 10 milhões. Mas as empresas beneficiadas receberam verbas da corporação tanto antes como depois desses anos, principalmente por meio de dispensa de licitação e carta convite, modalidades também usadas nas fraudes de 2009 e 2010. As contratações envolveram desde serviços de limpeza de telhado e pintura de parede até a compra de materiais de escritório. No período investigado, a PM verificou pagamentos por produtos que não foram entregues. A sindicância atribuiu culpa ao tenente-coronel José Afonso Adriano Filho, que admite parte da irregularidades, mas nega enriquecimento ilícito e diz ter agido com ciência de seus superiores. O oficial estava no departamento de suporte do Comando-Geral desde 2000, onde continuou até outubro de 2012, quando se aposentou. O detalhamento dos gastos anuais com a rede de empresas suspeitas foi feito com base no Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária, acessado pela liderança do PT na Assembleia a pedido da Folha, que corrigiu os valores anuais pelo IPCA. Ele foi repassado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que informou que novas apurações poderão ser "imediatamente" abertas se surgirem novos "indícios ou provas" de qualquer irregularidade. Na lista das empresas suspeitas que receberam as verbas da PM estão a Comercial das Províncias e a Construworld, que funcionaram no mesmo endereço (uma casa em obras) e que chegaram a usar a mesma conta bancária para receber do Estado. Juntas, as duas receberam R$ 15,2 milhões de 2005 a 2012 –75% disso fora do período investigado pela PM. As outras duas foram Rali e A Luta. Comercial e Construworld foram criadas em 2004 e 2005, respectivamente, e fecharam em novembro de 2012 –menos de um mês após a aposentadoria do tenente-coronel alvo da sindicância. A Comercial da Províncias é a mesma que teve um cheque usado para pagamento antecipado de seis meses de condomínio de propriedades da família do oficial da PM. OUTRO LADO Questionada sobre os pagamentos da PM a empresas de fachada em anos anteriores e posteriores ao período das fraudes sob investigação, a Secretaria da Segurança Pública informou que novas apurações poderão ser "imediatamente" abertas caso surjam novos "indícios ou provas" de outras irregularidades. Ainda de acordo com a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), os fatos envolvendo os anos de 2009 e 2010 "foram rigorosamente investigados e as conclusões enviadas aos devidos órgãos competentes". "Todas as provas encaminhadas à Corregedoria foram juntadas aos autos e irão acompanhar o processo no Conselho de Justificação para análise de perda da patente do oficial apurado, que se aposentou em outubro de 2012." A Secretaria da Segurança informou ainda que a determinação "a todas as unidades orçamentárias da pasta é de somente contratar empresas absolutamente regulares, em dia com os tributos e sem qualquer restrição administrativa ou judicial". Em visita a Campinas, o secretário Alexandre de Moraes (Segurança) disse que só pode investigar outros oficiais pela fraude caso o tenente-coronel José Afonso Adriano Filho diga quem são eles. "Superiores dele eram todos os 60 coronéis. Se ele falar: 'Eu recebi ordens do coronel tal', imediatamente será aberta uma sindicância", disse Moraes. "Ele trabalhou naquilo durante quatro anos. Se ele disser quem deu ordem, nominar uma pessoa, imediatamente nós vamos investigar", completou. A Folha não localizou representantes da Construworld, Comercial das Províncias e A Luta. A Rali Comércio e Serviços informou que está sob nova direção desde 2013 e, por isso, não pode falar sobre contratos anteriores. Colaborou VENCESLAU BORLINA FILHO, de Campinas.
cotidiano
Empresas de fachada receberam R$ 21,5 milhões da PM em 8 anosQuatro empresas de fachada envolvidas em esquema de fraude de licitações no Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo receberam, juntas, mais de R$ 21,5 milhões em contratos com a corporação entre 2005 e 2012. E mais de metade desse montante –R$ 12,7 milhões– foi pago pelos cofres públicos fora do período que é alvo de investigação da própria PM. Conforme a Folha revelou na semana passada, uma sindicância da Polícia Militar confirmou um esquema de fraudes nas compras feitas pela cúpula da corporação –envolvendo diversos itens, como clipes, açúcar, pen drive e peças para veículos. A investigação foi concentrada só nos anos de 2009 e 2010, nas gestões José Serra e Alberto Goldman (PSDB) –período citado em denúncia anônima recebida pela PM, que identificou desvios próximos de R$ 10 milhões. Mas as empresas beneficiadas receberam verbas da corporação tanto antes como depois desses anos, principalmente por meio de dispensa de licitação e carta convite, modalidades também usadas nas fraudes de 2009 e 2010. As contratações envolveram desde serviços de limpeza de telhado e pintura de parede até a compra de materiais de escritório. No período investigado, a PM verificou pagamentos por produtos que não foram entregues. A sindicância atribuiu culpa ao tenente-coronel José Afonso Adriano Filho, que admite parte da irregularidades, mas nega enriquecimento ilícito e diz ter agido com ciência de seus superiores. O oficial estava no departamento de suporte do Comando-Geral desde 2000, onde continuou até outubro de 2012, quando se aposentou. O detalhamento dos gastos anuais com a rede de empresas suspeitas foi feito com base no Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária, acessado pela liderança do PT na Assembleia a pedido da Folha, que corrigiu os valores anuais pelo IPCA. Ele foi repassado à gestão Geraldo Alckmin (PSDB), que informou que novas apurações poderão ser "imediatamente" abertas se surgirem novos "indícios ou provas" de qualquer irregularidade. Na lista das empresas suspeitas que receberam as verbas da PM estão a Comercial das Províncias e a Construworld, que funcionaram no mesmo endereço (uma casa em obras) e que chegaram a usar a mesma conta bancária para receber do Estado. Juntas, as duas receberam R$ 15,2 milhões de 2005 a 2012 –75% disso fora do período investigado pela PM. As outras duas foram Rali e A Luta. Comercial e Construworld foram criadas em 2004 e 2005, respectivamente, e fecharam em novembro de 2012 –menos de um mês após a aposentadoria do tenente-coronel alvo da sindicância. A Comercial da Províncias é a mesma que teve um cheque usado para pagamento antecipado de seis meses de condomínio de propriedades da família do oficial da PM. OUTRO LADO Questionada sobre os pagamentos da PM a empresas de fachada em anos anteriores e posteriores ao período das fraudes sob investigação, a Secretaria da Segurança Pública informou que novas apurações poderão ser "imediatamente" abertas caso surjam novos "indícios ou provas" de outras irregularidades. Ainda de acordo com a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), os fatos envolvendo os anos de 2009 e 2010 "foram rigorosamente investigados e as conclusões enviadas aos devidos órgãos competentes". "Todas as provas encaminhadas à Corregedoria foram juntadas aos autos e irão acompanhar o processo no Conselho de Justificação para análise de perda da patente do oficial apurado, que se aposentou em outubro de 2012." A Secretaria da Segurança informou ainda que a determinação "a todas as unidades orçamentárias da pasta é de somente contratar empresas absolutamente regulares, em dia com os tributos e sem qualquer restrição administrativa ou judicial". Em visita a Campinas, o secretário Alexandre de Moraes (Segurança) disse que só pode investigar outros oficiais pela fraude caso o tenente-coronel José Afonso Adriano Filho diga quem são eles. "Superiores dele eram todos os 60 coronéis. Se ele falar: 'Eu recebi ordens do coronel tal', imediatamente será aberta uma sindicância", disse Moraes. "Ele trabalhou naquilo durante quatro anos. Se ele disser quem deu ordem, nominar uma pessoa, imediatamente nós vamos investigar", completou. A Folha não localizou representantes da Construworld, Comercial das Províncias e A Luta. A Rali Comércio e Serviços informou que está sob nova direção desde 2013 e, por isso, não pode falar sobre contratos anteriores. Colaborou VENCESLAU BORLINA FILHO, de Campinas.
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1 em cada 5 republicanos defende que Trump abandone eleição nos EUA
Um em cada cinco republicanos querem que o empresário Donald Trump, candidato do partido à Casa Branca, desista da candidatura. Pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira (10) aponta que 19% dos republicanos defendem que o empresário se retire da corrida eleitoral, enquanto 70% acreditam que ele deve ficar —10% não souberam responder. O levantamento ouviu 396 eleitores republicanos registrados, entre os dias 5 e 8 de agosto. A margem de erro é de seis pontos percentuais. Entre todos os 1.162 eleitores registrados ouvidos pela pesquisa não necessariamente ligados a um partido, 44% acham que Trump deveria desistir. A margem de erro considerando esse universo é de três pontos percentuais. Os números refletem o estado de turbulência interna em que se encontra o Partido Republicano. Na segunda-feira (8), carta aberta assinada por 50 nomes da legenda criticou duramente o empresário nas áreas de segurança e política externa. Na semana passada, Trump foi criticado por figurões da legenda, como o senador John McCain (presidenciável derrotado em 2008), após Trump atacar a família de um militar americano muçulmano morto no Iraque. Nesta segunda, Evan McMullin, ex-republicano e ex-agente da CIA, anunciou candidatura independente à Casa Branca.
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1 em cada 5 republicanos defende que Trump abandone eleição nos EUAUm em cada cinco republicanos querem que o empresário Donald Trump, candidato do partido à Casa Branca, desista da candidatura. Pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quarta-feira (10) aponta que 19% dos republicanos defendem que o empresário se retire da corrida eleitoral, enquanto 70% acreditam que ele deve ficar —10% não souberam responder. O levantamento ouviu 396 eleitores republicanos registrados, entre os dias 5 e 8 de agosto. A margem de erro é de seis pontos percentuais. Entre todos os 1.162 eleitores registrados ouvidos pela pesquisa não necessariamente ligados a um partido, 44% acham que Trump deveria desistir. A margem de erro considerando esse universo é de três pontos percentuais. Os números refletem o estado de turbulência interna em que se encontra o Partido Republicano. Na segunda-feira (8), carta aberta assinada por 50 nomes da legenda criticou duramente o empresário nas áreas de segurança e política externa. Na semana passada, Trump foi criticado por figurões da legenda, como o senador John McCain (presidenciável derrotado em 2008), após Trump atacar a família de um militar americano muçulmano morto no Iraque. Nesta segunda, Evan McMullin, ex-republicano e ex-agente da CIA, anunciou candidatura independente à Casa Branca.
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Prata no Mundial de Kazan, Etiene faz yoga e tem temperamento forte
Ao ver a pupila com "cara de travesseiro" no trajeto entre a vila dos atletas e a Arena de Kazan, Fernando Vanzella logo deduziu que ela havia dormido mal. Não era o que técnico da nadadora pernambucana esperava ver a poucas horas de uma decisão de Mundial, a maior de todas da carreira. Um pouco mais tarde, Vanzella a viu chorando e concluiu que precisava agir. "Conversei com ela sobre a felicidade de estar aqui, em Kazan", contou. Ao que parece, Etiene Medeiros, 24, reagiu bem. Ao ser chamada para a raia 5, destinada à segunda melhor classificada, ela já demonstrava mais confiança. Depois de 27s26, ela mudou sua história e a da natação brasileira. Com o tempo, novo recorde sul-americano, ficou na segunda posição na prova dos 50 m costas e se tornou a primeira mulher do país medalhista em Mundial em piscina longa (50 m). Os homens têm 17 medalhas. Essa competição só perde em relevância para os Jogos Olímpicos. Nessa prova que, infelizmente, não está na Olimpíada, Etiene ficou entre duas chinesas: Fu Yuanhui (27s11) e Liu Xiang (27s58). "Em menos de dez meses, tive medalhas e recordes importantes", disse a atleta. A conversa com a imprensa após a prova foi paralisada para um longo abraço dela em Vanzella, que tinha acalmado ela minutos antes (o técnico classificou como um "estressezinho"). Ao falar nos tais dez meses, Etiene citou as conquistas recentes que a tornaram uma pioneira. Tem se tornado uma especialista em quebrar barreiras na natação. Em dezembro, ao vencer justamente os 50 m costas no Mundial de Doha, este disputado em piscina curta (25 m), sagrou-se a primeira mulher do país campeã do planeta. Foi recorde mundial. No mês passado, triunfou nos 100 m costas no Pan de Toronto. Foi o primeiro ouro da natação feminina nacional nesta competição. "Não tenho noção do que fiz", disse Etiene, que pratica ioga, mas não esconde o temperamento forte. Ela é a líder da seleção feminina, que busca a reafirmação após não alcançar sequer uma final nos Jogos de Londres. Hoje, detém três recordes sul-americanos em piscina longa, nos 50 m costas, 100 m costas e 50 m livre, prova cujas eliminatórias em Kazan serão realizadas neste sábado (8). Etiene tem o oitavo melhor tempo desta temporada (24s55). Nada mal para quem era preguiçosa para treinar quando criança. Contudo, começou a se destacar no clube Sport Recife e acabou por estourar no Mundial júnior de Monterrey, em 2008, com uma prata nos 50 m costas. Hoje ela defende o Sesi, em São Paulo. A estrela em ascensão tenta matar a saudade de casa à base de tapioca, um de seus pratos favoritos –ela, aliás, fez faculdade de gastronomia– e com a companhia de seu cachorro, Caju. Nem sempre é fácil lidar com a saudade. Até por isso, a nadadora tatuou a palavra "ohana" nas costas, que significa família em havaiano.
esporte
Prata no Mundial de Kazan, Etiene faz yoga e tem temperamento forteAo ver a pupila com "cara de travesseiro" no trajeto entre a vila dos atletas e a Arena de Kazan, Fernando Vanzella logo deduziu que ela havia dormido mal. Não era o que técnico da nadadora pernambucana esperava ver a poucas horas de uma decisão de Mundial, a maior de todas da carreira. Um pouco mais tarde, Vanzella a viu chorando e concluiu que precisava agir. "Conversei com ela sobre a felicidade de estar aqui, em Kazan", contou. Ao que parece, Etiene Medeiros, 24, reagiu bem. Ao ser chamada para a raia 5, destinada à segunda melhor classificada, ela já demonstrava mais confiança. Depois de 27s26, ela mudou sua história e a da natação brasileira. Com o tempo, novo recorde sul-americano, ficou na segunda posição na prova dos 50 m costas e se tornou a primeira mulher do país medalhista em Mundial em piscina longa (50 m). Os homens têm 17 medalhas. Essa competição só perde em relevância para os Jogos Olímpicos. Nessa prova que, infelizmente, não está na Olimpíada, Etiene ficou entre duas chinesas: Fu Yuanhui (27s11) e Liu Xiang (27s58). "Em menos de dez meses, tive medalhas e recordes importantes", disse a atleta. A conversa com a imprensa após a prova foi paralisada para um longo abraço dela em Vanzella, que tinha acalmado ela minutos antes (o técnico classificou como um "estressezinho"). Ao falar nos tais dez meses, Etiene citou as conquistas recentes que a tornaram uma pioneira. Tem se tornado uma especialista em quebrar barreiras na natação. Em dezembro, ao vencer justamente os 50 m costas no Mundial de Doha, este disputado em piscina curta (25 m), sagrou-se a primeira mulher do país campeã do planeta. Foi recorde mundial. No mês passado, triunfou nos 100 m costas no Pan de Toronto. Foi o primeiro ouro da natação feminina nacional nesta competição. "Não tenho noção do que fiz", disse Etiene, que pratica ioga, mas não esconde o temperamento forte. Ela é a líder da seleção feminina, que busca a reafirmação após não alcançar sequer uma final nos Jogos de Londres. Hoje, detém três recordes sul-americanos em piscina longa, nos 50 m costas, 100 m costas e 50 m livre, prova cujas eliminatórias em Kazan serão realizadas neste sábado (8). Etiene tem o oitavo melhor tempo desta temporada (24s55). Nada mal para quem era preguiçosa para treinar quando criança. Contudo, começou a se destacar no clube Sport Recife e acabou por estourar no Mundial júnior de Monterrey, em 2008, com uma prata nos 50 m costas. Hoje ela defende o Sesi, em São Paulo. A estrela em ascensão tenta matar a saudade de casa à base de tapioca, um de seus pratos favoritos –ela, aliás, fez faculdade de gastronomia– e com a companhia de seu cachorro, Caju. Nem sempre é fácil lidar com a saudade. Até por isso, a nadadora tatuou a palavra "ohana" nas costas, que significa família em havaiano.
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Equilíbrio precário
SÃO PAULO - Sistemas, incluindo os políticos, tendem ao equilíbrio –e o governo Dilma Rousseff não é exceção. Acossada pelas barbeiragens econômicas de seu primeiro mandato, a presidente viu-se de cara compelida a terceirizar a gestão das finanças públicas para Joaquim Levy. Deve ter imaginado que continuaria reinando nas demais esferas, mas não foi bem o que ocorreu. Sem muito apetite ou talento para a política e exibindo sinais de fraqueza, Dilma e seu núcleo duro foram engolidos pela dupla Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Isso é tanto mais extraordinário quando se considera que são os dois parlamentares peemedebistas e não a presidente que estão com seus nomes na lista de investigados na Operação Lava Jato. Seja como for, depois de levar sucessivas saraivadas de fogo amigo dos dois supostos aliados, a mandatária teve de abrir mão de mais um naco de poder, o que oficializou ao transferir para o vice-presidente Michel Temer e também cacique peemedebista a articulação política do governo. É um arranjo que, ao menos por ora, convém aos principais atores. Dilma diminui o ritmo dos trancos que vinha levando e ganha tempo para respirar. Um possível processo de impeachment fica fora do horizonte visível. O PMDB vai exercendo fatias maiores de poder e com a enorme vantagem de não sofrer diretamente o desgaste pelas maldades do ajuste fiscal, que irão para a conta de Dilma e do PT. Joaquim Levy ganha espaço para avançar com a agenda liberal sem ter de negociar cada detalhe com a presidente, como seria o caso se ela ainda fosse a mesma personagem do governo Dilma 1. Em princípio, se não surgir nenhuma bomba nas investigações, esse equilíbrio meio precário pode continuar por um longo tempo. Ele tenderá a ser rompido ou quando a situação econômica melhorar e Dilma sentir-se fortalecida, ou quando as forças políticas tiverem de se posicionar para a sucessão presidencial.
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Equilíbrio precárioSÃO PAULO - Sistemas, incluindo os políticos, tendem ao equilíbrio –e o governo Dilma Rousseff não é exceção. Acossada pelas barbeiragens econômicas de seu primeiro mandato, a presidente viu-se de cara compelida a terceirizar a gestão das finanças públicas para Joaquim Levy. Deve ter imaginado que continuaria reinando nas demais esferas, mas não foi bem o que ocorreu. Sem muito apetite ou talento para a política e exibindo sinais de fraqueza, Dilma e seu núcleo duro foram engolidos pela dupla Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Isso é tanto mais extraordinário quando se considera que são os dois parlamentares peemedebistas e não a presidente que estão com seus nomes na lista de investigados na Operação Lava Jato. Seja como for, depois de levar sucessivas saraivadas de fogo amigo dos dois supostos aliados, a mandatária teve de abrir mão de mais um naco de poder, o que oficializou ao transferir para o vice-presidente Michel Temer e também cacique peemedebista a articulação política do governo. É um arranjo que, ao menos por ora, convém aos principais atores. Dilma diminui o ritmo dos trancos que vinha levando e ganha tempo para respirar. Um possível processo de impeachment fica fora do horizonte visível. O PMDB vai exercendo fatias maiores de poder e com a enorme vantagem de não sofrer diretamente o desgaste pelas maldades do ajuste fiscal, que irão para a conta de Dilma e do PT. Joaquim Levy ganha espaço para avançar com a agenda liberal sem ter de negociar cada detalhe com a presidente, como seria o caso se ela ainda fosse a mesma personagem do governo Dilma 1. Em princípio, se não surgir nenhuma bomba nas investigações, esse equilíbrio meio precário pode continuar por um longo tempo. Ele tenderá a ser rompido ou quando a situação econômica melhorar e Dilma sentir-se fortalecida, ou quando as forças políticas tiverem de se posicionar para a sucessão presidencial.
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Sem Cielo na Rio-2016, natação tem sucessão com anticlímax
Análise MARIANA LAJOLO COLUNISTA DA FOLHA, NO RIO O silêncio tomou conta do Parque Aquático Olímpico assim que os nadadores bateram na parede na final dos 50 m livre. O placar mostrava Cesar Cielo fora da Olimpíada do Rio. Não era improvável, mas poucos acreditavam que isso pudesse acontecer. Depois de um ano trágico em 2015, sem conseguir nadar bem, o único campeão olímpico da natação brasileira havia feito o melhor tempo das eliminatórias da prova. Mas os 21s99 nadados pela manhã guardavam uma informação importante. Cielo havia nadado pela última vez abaixo dos 22s um ano atrás. E o número não é apenas simbólico. Na temporada passada, 19 atletas nadaram abaixo dos 22s. Quem sonha chegar a uma final olímpica tem de fazer essa marca. Cielo precisava dela, Ítalo Manzine também. O nadador de 24 anos, que vinha de uma boa temporada, conseguiu aproveitar melhor a última chance que os dois tiveram. O silêncio depois da chegada e a ovação que Cielo recebeu dos convidados que estavam nas arquibancadas, de técnicos e atletas que gritaram seu nome, são uma pequena amostra do tamanho da importância dele para a natação brasileira. Cielo foi o primeiro a quebrar uma barreira que parecia intransponível. Sua medalha de ouro fez os outros nadadores acreditarem e impulsionou as novas (e as velhas) gerações. Chamou mais holofotes e investimento para a natação. Era o garoto-propaganda que o esporte precisava. Era, até esta quarta, uma das atrações mais esperadas na Rio-2016. Seu reinado resistiu ao fim da era dos trajes, que ajudavam na flutuação, e ele conseguiu voltar a atingir bons resultados mesmo após o bronze em Londres-2012, frustrante para quem esperava o bicampeonato. Os caminhos escolhidos na última temporada, no entanto, não o levaram ao estágio que ele havia atingido em anos anteriores. O corpo de 29 anos também não respondia como antes. Enquanto seu rendimento caía, outros atletas, que se inspiraram nele, passaram a crescer. Neste ano, de volta aos EUA, ele começou a dar sinais de que poderia se recuperar. Mas não conseguiu acompanhar os demais. Bruno Fratus e Ítalo têm hoje o quinto e o sexto tempos do mundo. O primeiro ganhou bronze no último Mundial e foi quarto colocado em Londres, atrás de Cielo. É uma sucessão natural, que acontece em todas as grandes equipes. Mas para a natação brasileira, imaginar os Jogos no Rio sem Cielo, por enquanto, tem gosto de anticlímax. Que esporte é esse? - Natação + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo
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Sem Cielo na Rio-2016, natação tem sucessão com anticlímax Análise MARIANA LAJOLO COLUNISTA DA FOLHA, NO RIO O silêncio tomou conta do Parque Aquático Olímpico assim que os nadadores bateram na parede na final dos 50 m livre. O placar mostrava Cesar Cielo fora da Olimpíada do Rio. Não era improvável, mas poucos acreditavam que isso pudesse acontecer. Depois de um ano trágico em 2015, sem conseguir nadar bem, o único campeão olímpico da natação brasileira havia feito o melhor tempo das eliminatórias da prova. Mas os 21s99 nadados pela manhã guardavam uma informação importante. Cielo havia nadado pela última vez abaixo dos 22s um ano atrás. E o número não é apenas simbólico. Na temporada passada, 19 atletas nadaram abaixo dos 22s. Quem sonha chegar a uma final olímpica tem de fazer essa marca. Cielo precisava dela, Ítalo Manzine também. O nadador de 24 anos, que vinha de uma boa temporada, conseguiu aproveitar melhor a última chance que os dois tiveram. O silêncio depois da chegada e a ovação que Cielo recebeu dos convidados que estavam nas arquibancadas, de técnicos e atletas que gritaram seu nome, são uma pequena amostra do tamanho da importância dele para a natação brasileira. Cielo foi o primeiro a quebrar uma barreira que parecia intransponível. Sua medalha de ouro fez os outros nadadores acreditarem e impulsionou as novas (e as velhas) gerações. Chamou mais holofotes e investimento para a natação. Era o garoto-propaganda que o esporte precisava. Era, até esta quarta, uma das atrações mais esperadas na Rio-2016. Seu reinado resistiu ao fim da era dos trajes, que ajudavam na flutuação, e ele conseguiu voltar a atingir bons resultados mesmo após o bronze em Londres-2012, frustrante para quem esperava o bicampeonato. Os caminhos escolhidos na última temporada, no entanto, não o levaram ao estágio que ele havia atingido em anos anteriores. O corpo de 29 anos também não respondia como antes. Enquanto seu rendimento caía, outros atletas, que se inspiraram nele, passaram a crescer. Neste ano, de volta aos EUA, ele começou a dar sinais de que poderia se recuperar. Mas não conseguiu acompanhar os demais. Bruno Fratus e Ítalo têm hoje o quinto e o sexto tempos do mundo. O primeiro ganhou bronze no último Mundial e foi quarto colocado em Londres, atrás de Cielo. É uma sucessão natural, que acontece em todas as grandes equipes. Mas para a natação brasileira, imaginar os Jogos no Rio sem Cielo, por enquanto, tem gosto de anticlímax. Que esporte é esse? - Natação + ERRAMOS: O conteúdo desta página foi alterado para refletir o abaixo
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Por quem as panelas batem
Temos toda a razão de bater panelas quando a presidente aparece na TV dizendo que a culpa por nossa pindaíba é da crise internacional. Mas por que não batemos panelas quando Eduardo Cunha, o líder dos "black blocs" brasileiros, vândalo que faz política com pedras, bombas e coquetéis molotov, vai em rede nacional dizer que trabalha "para o povo", "sempre atento à governabilidade do país"? Temos toda a razão de bater panelas contra a corrupção da Petrobras. Mas por que não batemos panelas contra o mensalão mineiro ou o cartel do metrô paulistano? Por que não batemos panelas contra a compra de votos para a reeleição do FHC? Por acaso pagar apoio na Câmara é mais grave do que pagar emenda na Constituição? Temos toda a razão de bater panelas contra o retrocesso econômico de 2015. Mas como podemos não bater panelas contra o anel de pobreza que desde sempre engloba as metrópoles brasileiras, essa Faixa de Gaza de tijolo aparente, essa Cabul de laje batida onde se amontoa boa parte da população? Temos toda a razão de bater panelas quando o governo se cala diante dos descalabros venezuelanos e da ditadura cubana. Mas por que não batemos panelas diante do fato de nosso principal parceiro comercial ser a China, maior ditadura do planeta? O tofu que alimenta aquela tirania é feito com a nossa soja e os fazendeiros, ruralistas e empresários que acusam a "venezualização" do Brasil são os mesmos que lucram com o dinheiro comunista. Ninguém bate woks por causa disso? Temos toda a razão de bater panelas contra o estelionato eleitoral do PT. Mas por que não batemos panelas contra o estelionato eleitoral do PSDB, que elege repetidamente um governador tipo "gerente", prometendo "e-fi-ci-ên-ci-a" em cada sílaba, mas coloca São Paulo à beira do co-lap-so-hí-dri-co"? Um cristão cuja polícia, não raro, participa de grupos de extermínio, na periferia. Esta semana, foram 18 chacinados em Osasco e Barueri. Imagina se fosse no Iguatemi? E o estelionato das UPPs, no Rio, que prometem paz, mas torturam um cidadão até a morte e somem com o corpo? "Não, não, isso não! Me mata, mas não faz isso comigo!", gritava o Amarildo, segundo um policial que testemunhou a barbárie, dentro de um contêiner. Como pode a nossa maior preocupação em relação ao Rio, hoje, ser com a qualidade das águas para as Olimpíadas de 2016? Cadê o Amarildo? Cadê as panelas? Temos toda a razão de sair pra rua, neste domingo, para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do governo. Mas por que não sair pra rua para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do país como um todo? Um país que mata seus jovens, sonega impostos, polui, compra carteira de motorista, licença ambiental, alvará, dirige pelo acostamento, estupra, espanca e esfaqueia mulher (mas retira a discussão de gênero do currículo escolar), um país onde os negros correspondem a 15% dos alunos universitários e a 67% da população carcerária. Este ódio cego, esta parcialidade hipócrita, este bombardeio cirúrgico que pretende eliminar o PT –e só o PT– para "libertar o Brasil", empoderando Renan Calheiros e Eduardo Cunha, não é o desabrochar da consciência cívica, é mais um fruto da nossa incompetência, mais uma vitória da corrupção; palmas para a nossa burrice.
colunas
Por quem as panelas batemTemos toda a razão de bater panelas quando a presidente aparece na TV dizendo que a culpa por nossa pindaíba é da crise internacional. Mas por que não batemos panelas quando Eduardo Cunha, o líder dos "black blocs" brasileiros, vândalo que faz política com pedras, bombas e coquetéis molotov, vai em rede nacional dizer que trabalha "para o povo", "sempre atento à governabilidade do país"? Temos toda a razão de bater panelas contra a corrupção da Petrobras. Mas por que não batemos panelas contra o mensalão mineiro ou o cartel do metrô paulistano? Por que não batemos panelas contra a compra de votos para a reeleição do FHC? Por acaso pagar apoio na Câmara é mais grave do que pagar emenda na Constituição? Temos toda a razão de bater panelas contra o retrocesso econômico de 2015. Mas como podemos não bater panelas contra o anel de pobreza que desde sempre engloba as metrópoles brasileiras, essa Faixa de Gaza de tijolo aparente, essa Cabul de laje batida onde se amontoa boa parte da população? Temos toda a razão de bater panelas quando o governo se cala diante dos descalabros venezuelanos e da ditadura cubana. Mas por que não batemos panelas diante do fato de nosso principal parceiro comercial ser a China, maior ditadura do planeta? O tofu que alimenta aquela tirania é feito com a nossa soja e os fazendeiros, ruralistas e empresários que acusam a "venezualização" do Brasil são os mesmos que lucram com o dinheiro comunista. Ninguém bate woks por causa disso? Temos toda a razão de bater panelas contra o estelionato eleitoral do PT. Mas por que não batemos panelas contra o estelionato eleitoral do PSDB, que elege repetidamente um governador tipo "gerente", prometendo "e-fi-ci-ên-ci-a" em cada sílaba, mas coloca São Paulo à beira do co-lap-so-hí-dri-co"? Um cristão cuja polícia, não raro, participa de grupos de extermínio, na periferia. Esta semana, foram 18 chacinados em Osasco e Barueri. Imagina se fosse no Iguatemi? E o estelionato das UPPs, no Rio, que prometem paz, mas torturam um cidadão até a morte e somem com o corpo? "Não, não, isso não! Me mata, mas não faz isso comigo!", gritava o Amarildo, segundo um policial que testemunhou a barbárie, dentro de um contêiner. Como pode a nossa maior preocupação em relação ao Rio, hoje, ser com a qualidade das águas para as Olimpíadas de 2016? Cadê o Amarildo? Cadê as panelas? Temos toda a razão de sair pra rua, neste domingo, para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do governo. Mas por que não sair pra rua para protestar contra a incompetência, a corrupção e a burrice do país como um todo? Um país que mata seus jovens, sonega impostos, polui, compra carteira de motorista, licença ambiental, alvará, dirige pelo acostamento, estupra, espanca e esfaqueia mulher (mas retira a discussão de gênero do currículo escolar), um país onde os negros correspondem a 15% dos alunos universitários e a 67% da população carcerária. Este ódio cego, esta parcialidade hipócrita, este bombardeio cirúrgico que pretende eliminar o PT –e só o PT– para "libertar o Brasil", empoderando Renan Calheiros e Eduardo Cunha, não é o desabrochar da consciência cívica, é mais um fruto da nossa incompetência, mais uma vitória da corrupção; palmas para a nossa burrice.
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Deputados estaduais derrubaram 98% das ações contra governadores
As Assembleias blindaram 98% das investigações contra governadores entre 2001 e 2016, segundo dados do STJ (Superior Tribunal de Justiça), corte onde os chefes do Executivo estadual são julgados. No dia 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que os governadores do país podem virar réus sem precisar do aval prévio de dois terços dos deputados estaduais. De acordo com o STJ, apenas um pedido foi autorizado por deputados estaduais de um total de 52 no período. Foi em 2005, quando a Assembleia de Rondônia permitiu que o senador Ivo Cassol (PP), então governador, fosse processado por formação de quadrilha e fraude em licitações. Os supostos crimes ocorreram entre 1998 e 2002, quando Cassol era prefeito de Rolim de Moura. A ação hoje tramita no STF. Já as solicitações do STJ negadas pelas Assembleias somam 15. Em dez desses casos, o processo foi enviado para outras instâncias do Judiciário depois que o governador terminou o mandato ou renunciou. Nas demais cinco situações, o prazo foi suspenso para evitar que os crimes imputados prescrevessem e eles pudessem vir a ser julgado em outras instâncias quando o mandato terminar. Seis solicitações não haviam sido enviadas aos deputados estaduais até 2016 –um dos casos foi arquivado neste ano. Outros 36 pedidos do STJ nunca foram respondidos pelas Assembleias. No mês passado, mais um pedido foi enviado a deputados estaduais. O Ministério Público Federal acusou o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de corrupção. O governador nega irregularidades. A Assembleia ainda não analisou o caso. Entre os pedidos engavetados nas Assembleias, está o do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que motivou a mudança no entendimento do STF. No ano passado, a Procuradoria-Geral da República denunciou o petista duas vezes por corrupção no âmbito da Operação Acrônimo. Na Assembleia, uma denúncia chegou a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não foi levada à votação no plenário. Os deputados decidiram aguardar uma ação movida pelo DEM no STF questionando a necessidade de autorização da Assembleia para que Pimentel, com ampla maioria na Casa, fosse processado. Foi a partir do julgamento dessa ação que o Supremo acabou com a necessidade de aval das Assembleias, o que terá efeitos sobre casos da Operação Lava Jato. Os pedidos de abertura de inquérito enviados ao STJ com base nas delações da Odebrecht abrangem nove governadores. Atualmente, há 13 ações penais contra oito governadores em curso no tribunal –há ainda um processo tramitando em segredo de Justiça.
poder
Deputados estaduais derrubaram 98% das ações contra governadoresAs Assembleias blindaram 98% das investigações contra governadores entre 2001 e 2016, segundo dados do STJ (Superior Tribunal de Justiça), corte onde os chefes do Executivo estadual são julgados. No dia 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que os governadores do país podem virar réus sem precisar do aval prévio de dois terços dos deputados estaduais. De acordo com o STJ, apenas um pedido foi autorizado por deputados estaduais de um total de 52 no período. Foi em 2005, quando a Assembleia de Rondônia permitiu que o senador Ivo Cassol (PP), então governador, fosse processado por formação de quadrilha e fraude em licitações. Os supostos crimes ocorreram entre 1998 e 2002, quando Cassol era prefeito de Rolim de Moura. A ação hoje tramita no STF. Já as solicitações do STJ negadas pelas Assembleias somam 15. Em dez desses casos, o processo foi enviado para outras instâncias do Judiciário depois que o governador terminou o mandato ou renunciou. Nas demais cinco situações, o prazo foi suspenso para evitar que os crimes imputados prescrevessem e eles pudessem vir a ser julgado em outras instâncias quando o mandato terminar. Seis solicitações não haviam sido enviadas aos deputados estaduais até 2016 –um dos casos foi arquivado neste ano. Outros 36 pedidos do STJ nunca foram respondidos pelas Assembleias. No mês passado, mais um pedido foi enviado a deputados estaduais. O Ministério Público Federal acusou o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), de corrupção. O governador nega irregularidades. A Assembleia ainda não analisou o caso. Entre os pedidos engavetados nas Assembleias, está o do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que motivou a mudança no entendimento do STF. No ano passado, a Procuradoria-Geral da República denunciou o petista duas vezes por corrupção no âmbito da Operação Acrônimo. Na Assembleia, uma denúncia chegou a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não foi levada à votação no plenário. Os deputados decidiram aguardar uma ação movida pelo DEM no STF questionando a necessidade de autorização da Assembleia para que Pimentel, com ampla maioria na Casa, fosse processado. Foi a partir do julgamento dessa ação que o Supremo acabou com a necessidade de aval das Assembleias, o que terá efeitos sobre casos da Operação Lava Jato. Os pedidos de abertura de inquérito enviados ao STJ com base nas delações da Odebrecht abrangem nove governadores. Atualmente, há 13 ações penais contra oito governadores em curso no tribunal –há ainda um processo tramitando em segredo de Justiça.
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Peça 'Eigengrau - No Escuro' debate o cinza nebuloso das ideologias
Expoente da cena contemporânea do teatro londrino, a dramaturga Penelope Skinner estava a questionar sua veia feminista quando escreveu "Eigengrau" (2010). Encontrou na palavra alemã que dá título ao espetáculo o embate –e a delimitação por vezes pouco clara entre diferentes ideologias– que queria expressar. "Eigengrau" é o cinza que vemos na ausência de luz. Não o breu completo, mas um escuro com contornos de claridade. "É uma peça polêmica, mexe com a gente. Se você a assiste outras vezes, sai com opiniões e perspectivas diferentes de um assunto", afirma Nelson Baskerville, diretor da primeira encenação brasileira do texto, que teve sessões no Festival Cultura Inglesa no ano passado e estreia temporada neste sábado (4). É nesse cinza nebuloso que se encontram quatro personagens na faixa dos 30 anos: Rosa é uma mulher problemática e apaixonada por Marcos; este, um sedutor, faz de tudo para conquistar Carol, uma ativista feminista; já Tomás, de luto, vive de favor na casa do amigo Marcos. Mas essas figuras cujas definições aparentam ser claras logo se veem invertendo os papéis. "A peça coloca uma feminista em situação de machismo ou um personagem misógino em situação fragilizada", continua o encenador. "Estamos entendendo cada vez mais as questões de gênero, o machismo que é tão arraigado na gente e nos obriga a ver uma coisa em nós que nem sabíamos que estava ali. Isso requer esforço e aprendizagem contínuos, entender que o escuro tem algo a mais, ele não é o breu completo." Enquanto enfrenta seus dilemas ideológicos e suas crises –que Skinner recheia de humor negro–, o quarteto vaga por um ambiente urbano opressivo e solitário. "É uma sensação que a gente tem na cidade, estamos o tempo todo tentando encontrar o nosso espaço, ser bem-sucedidos", diz a atriz Renata Calmon, idealizadora da montagem. "É muito duro, a cidade é excludente." Não é uma metrópole determinada. Foram tiradas referências londrinas, sem fazer alusão a São Paulo. Ironicamente, conta Baskerville, "criamos uma cidade toda pichada. Justo agora que vem um [João] Doria pintando tudo de cinza" –em campanha contra a pichação, o prefeito de São Paulo pintou muros, cobrindo inclusive grafites. DELICATESSEN "Eigengrau" marca o primeiro trabalho da Cia Delicatessen Teatral, formada por quatro atores: Calmon, Daniel Tavares, Tiago Real e Andrea Dupré. Como foi o caso com Baskerville, a ideia é ter sempre um diretor convidado, algo como faz o Grupo Galpão, explica Calmon. Também há interesse na montagem de textos inéditos. Entre os próximos espetáculos, o grupo deve encenar um texto infantil que está sendo escrito pelo dramaturgo mineiro Ricardo Inhan. EIGENGRAU - NO ESCURO QUANDO sáb., às 21h; dom., às 20h; até 5/3 ONDE Funarte São Paulo, al. Nothmann, 1.058, tel. (11) 3662-5177 QUANTO R$ 30 CLASSIFICAÇÃO 16 anos
ilustrada
Peça 'Eigengrau - No Escuro' debate o cinza nebuloso das ideologiasExpoente da cena contemporânea do teatro londrino, a dramaturga Penelope Skinner estava a questionar sua veia feminista quando escreveu "Eigengrau" (2010). Encontrou na palavra alemã que dá título ao espetáculo o embate –e a delimitação por vezes pouco clara entre diferentes ideologias– que queria expressar. "Eigengrau" é o cinza que vemos na ausência de luz. Não o breu completo, mas um escuro com contornos de claridade. "É uma peça polêmica, mexe com a gente. Se você a assiste outras vezes, sai com opiniões e perspectivas diferentes de um assunto", afirma Nelson Baskerville, diretor da primeira encenação brasileira do texto, que teve sessões no Festival Cultura Inglesa no ano passado e estreia temporada neste sábado (4). É nesse cinza nebuloso que se encontram quatro personagens na faixa dos 30 anos: Rosa é uma mulher problemática e apaixonada por Marcos; este, um sedutor, faz de tudo para conquistar Carol, uma ativista feminista; já Tomás, de luto, vive de favor na casa do amigo Marcos. Mas essas figuras cujas definições aparentam ser claras logo se veem invertendo os papéis. "A peça coloca uma feminista em situação de machismo ou um personagem misógino em situação fragilizada", continua o encenador. "Estamos entendendo cada vez mais as questões de gênero, o machismo que é tão arraigado na gente e nos obriga a ver uma coisa em nós que nem sabíamos que estava ali. Isso requer esforço e aprendizagem contínuos, entender que o escuro tem algo a mais, ele não é o breu completo." Enquanto enfrenta seus dilemas ideológicos e suas crises –que Skinner recheia de humor negro–, o quarteto vaga por um ambiente urbano opressivo e solitário. "É uma sensação que a gente tem na cidade, estamos o tempo todo tentando encontrar o nosso espaço, ser bem-sucedidos", diz a atriz Renata Calmon, idealizadora da montagem. "É muito duro, a cidade é excludente." Não é uma metrópole determinada. Foram tiradas referências londrinas, sem fazer alusão a São Paulo. Ironicamente, conta Baskerville, "criamos uma cidade toda pichada. Justo agora que vem um [João] Doria pintando tudo de cinza" –em campanha contra a pichação, o prefeito de São Paulo pintou muros, cobrindo inclusive grafites. DELICATESSEN "Eigengrau" marca o primeiro trabalho da Cia Delicatessen Teatral, formada por quatro atores: Calmon, Daniel Tavares, Tiago Real e Andrea Dupré. Como foi o caso com Baskerville, a ideia é ter sempre um diretor convidado, algo como faz o Grupo Galpão, explica Calmon. Também há interesse na montagem de textos inéditos. Entre os próximos espetáculos, o grupo deve encenar um texto infantil que está sendo escrito pelo dramaturgo mineiro Ricardo Inhan. EIGENGRAU - NO ESCURO QUANDO sáb., às 21h; dom., às 20h; até 5/3 ONDE Funarte São Paulo, al. Nothmann, 1.058, tel. (11) 3662-5177 QUANTO R$ 30 CLASSIFICAÇÃO 16 anos
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Painel: Pacote anticorrupção de Dilma foca acordos de leniência da Lava Jato
Foco na leniência O governo enviará nesta quarta-feira ao Congresso o pacote de combate à corrupção. Embora a ideia seja responder aos protestos contra o governo, uma das principais medidas será garantir, na regulamentação da Lei Anticorrupção, que as empreiteiras ... Leia post completo no blog
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Painel: Pacote anticorrupção de Dilma foca acordos de leniência da Lava JatoFoco na leniência O governo enviará nesta quarta-feira ao Congresso o pacote de combate à corrupção. Embora a ideia seja responder aos protestos contra o governo, uma das principais medidas será garantir, na regulamentação da Lei Anticorrupção, que as empreiteiras ... Leia post completo no blog
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Com apoio do PMDB a nova derrota a Dilma, Câmara abre sigilo do BNDES
Mesmo com a escolha de Michel Temer para comandar a articulação política de seu governo, a presidente Dilma Rousseff sofreu nova derrota na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), e com o apoio maciço do PMDB –partido presidido por Temer. Por 298 votos contra 95, o plenário da Casa aprovou uma emenda do PSDB a uma medida provisória derrubando o sigilo nos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), antiga bandeira da oposição. Dos 53 deputados do PMDB que votaram na sessão, 42 se posicionaram contra o governo, que ficou isolado ao lado do PT na tentativa de barrar a emenda tucana. A medida tem que passar ainda pelo Senado e pelo crivo de Dilma, que pode vetá-la. Além disso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse considerar a emenda inconstitucional. Temer, que é vice-presidente da República, comanda o PMDB e foi indicado por Dilma na terça para tentar contornar a maior crise de sua gestão com o Congresso, onde sua base de apoio está desmantelada desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) derrotou o governo e o PT e se elegeu presidente da Câmara. Embora tenha elogiado a escolha de Temer, Cunha deixou claro que não iria alterar sua linha de atuação na Câmara, o que tem incluído a aprovação de uma série de projetos contra o governo. Após a votação desta quinta, ele afirmou que a articulação política de Dilma ainda tem problemas. "Tem que dar também um tempo pra que ele [Temer] possa trabalhar e ver em que nível de condição ele vai trabalhar. Hoje mesmo o governo sofreu duas derrotas em dois destaques [emendas] aqui, nem eu achava que ia perder. Isso mostra que precisa fazer alguma coisa realmente, o governo não está ainda com uma base organizada dentro da Casa, de modo que está perdendo o controle das votações", afirmou. Nos últimos anos a oposição vem tentando criar uma CPI no Congresso com o objetivo exclusivo de jogar luz sobre as operações de financiamento do BNDES. O foco são os empréstimos ao grupo JBS-Friboi, que nos últimos tempos desbancou empreiteiras e bancos e se tornou o maior financiador das campanhas políticas, principalmente as governistas. Outro dos focos são operações no estrangeiro, como o financiamento da construção do porto Mariel, em Cuba, e o repasse revelado pela Folha da ordem de US$ 5,2 bilhões para a exportação de bens e serviços para Angola. Na terça, essa comissão de investigação só não foi instalada no Senado porque o governo conseguiu convencer aliados a retirarem suas assinaturas do requerimento de criação. O BNDES sempre negou acesso a essas informações dizendo que a lei não permite que ela quebre o sigilo de seus clientes e que suas operações já são fiscalizados pelo Banco Central. A emenda tucana determina que "não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro do BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras". Eduardo Cunha afirmou que a medida, em sua visão, é inconstitucional e será vetada por Dilma. "O sigilo é regulado por lei complementar e estamos debaixo de lei ordinária, então pra mim é flagrantemente inconstitucional, o governo certamente vai ter que vetar até pela inconstitucionalidade dela. O que foi foi uma vitória política de quem defende um tema, pode até ser interessante, mas não podia ser nunca por lei ordinária." Nesta terça-feira, primeiro dia de Temer à frente da articulação política do governo, Dilma já havia sido derrotada com a aprovação pela Câmara da proposta que libera as empresas e as estatais a terceirizarem qualquer parcela de suas atividades. O Planalto era contra sob o argumento de risco de precarização das condições trabalhistas. Nos bastidores, a indicação do vice-presidente foi mal recebida dentro do PMDB. O argumento é o de que não há como mudar a posição de uma hora para outra e que, com isso, ele corre o risco de ser desmoralizado no partido e no governo. O vice vem procurando, porém, construir as primeiras pontes para tentar reagrupar a base dilmista, tendo conseguindo alguns êxitos. Um deles foi a freada na tramitação do projeto que busca cortar quase à metade os atuais 38 ministérios. De autoria do PMDB, o texto teve sua votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara por ordem da Liderança peemedebista, como um aceno a Temer. No senado, pelo segundo dia consecutivo o Palácio do Planalto conseguiu barrar a criação de mais uma CPI. Numa ação orquestrada por governistas, seis senadores retiraram suas assinaturas do pedido de criação de comissão para investigar irregularidades nos fundos de pensão, o que inviabiliza a sua instalação. Antes, havia conseguido barrar a CPI do BNDES. Colaborou GABRIELA GUERREIRO, de Brasília
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Com apoio do PMDB a nova derrota a Dilma, Câmara abre sigilo do BNDESMesmo com a escolha de Michel Temer para comandar a articulação política de seu governo, a presidente Dilma Rousseff sofreu nova derrota na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9), e com o apoio maciço do PMDB –partido presidido por Temer. Por 298 votos contra 95, o plenário da Casa aprovou uma emenda do PSDB a uma medida provisória derrubando o sigilo nos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), antiga bandeira da oposição. Dos 53 deputados do PMDB que votaram na sessão, 42 se posicionaram contra o governo, que ficou isolado ao lado do PT na tentativa de barrar a emenda tucana. A medida tem que passar ainda pelo Senado e pelo crivo de Dilma, que pode vetá-la. Além disso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse considerar a emenda inconstitucional. Temer, que é vice-presidente da República, comanda o PMDB e foi indicado por Dilma na terça para tentar contornar a maior crise de sua gestão com o Congresso, onde sua base de apoio está desmantelada desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) derrotou o governo e o PT e se elegeu presidente da Câmara. Embora tenha elogiado a escolha de Temer, Cunha deixou claro que não iria alterar sua linha de atuação na Câmara, o que tem incluído a aprovação de uma série de projetos contra o governo. Após a votação desta quinta, ele afirmou que a articulação política de Dilma ainda tem problemas. "Tem que dar também um tempo pra que ele [Temer] possa trabalhar e ver em que nível de condição ele vai trabalhar. Hoje mesmo o governo sofreu duas derrotas em dois destaques [emendas] aqui, nem eu achava que ia perder. Isso mostra que precisa fazer alguma coisa realmente, o governo não está ainda com uma base organizada dentro da Casa, de modo que está perdendo o controle das votações", afirmou. Nos últimos anos a oposição vem tentando criar uma CPI no Congresso com o objetivo exclusivo de jogar luz sobre as operações de financiamento do BNDES. O foco são os empréstimos ao grupo JBS-Friboi, que nos últimos tempos desbancou empreiteiras e bancos e se tornou o maior financiador das campanhas políticas, principalmente as governistas. Outro dos focos são operações no estrangeiro, como o financiamento da construção do porto Mariel, em Cuba, e o repasse revelado pela Folha da ordem de US$ 5,2 bilhões para a exportação de bens e serviços para Angola. Na terça, essa comissão de investigação só não foi instalada no Senado porque o governo conseguiu convencer aliados a retirarem suas assinaturas do requerimento de criação. O BNDES sempre negou acesso a essas informações dizendo que a lei não permite que ela quebre o sigilo de seus clientes e que suas operações já são fiscalizados pelo Banco Central. A emenda tucana determina que "não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro do BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras". Eduardo Cunha afirmou que a medida, em sua visão, é inconstitucional e será vetada por Dilma. "O sigilo é regulado por lei complementar e estamos debaixo de lei ordinária, então pra mim é flagrantemente inconstitucional, o governo certamente vai ter que vetar até pela inconstitucionalidade dela. O que foi foi uma vitória política de quem defende um tema, pode até ser interessante, mas não podia ser nunca por lei ordinária." Nesta terça-feira, primeiro dia de Temer à frente da articulação política do governo, Dilma já havia sido derrotada com a aprovação pela Câmara da proposta que libera as empresas e as estatais a terceirizarem qualquer parcela de suas atividades. O Planalto era contra sob o argumento de risco de precarização das condições trabalhistas. Nos bastidores, a indicação do vice-presidente foi mal recebida dentro do PMDB. O argumento é o de que não há como mudar a posição de uma hora para outra e que, com isso, ele corre o risco de ser desmoralizado no partido e no governo. O vice vem procurando, porém, construir as primeiras pontes para tentar reagrupar a base dilmista, tendo conseguindo alguns êxitos. Um deles foi a freada na tramitação do projeto que busca cortar quase à metade os atuais 38 ministérios. De autoria do PMDB, o texto teve sua votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara por ordem da Liderança peemedebista, como um aceno a Temer. No senado, pelo segundo dia consecutivo o Palácio do Planalto conseguiu barrar a criação de mais uma CPI. Numa ação orquestrada por governistas, seis senadores retiraram suas assinaturas do pedido de criação de comissão para investigar irregularidades nos fundos de pensão, o que inviabiliza a sua instalação. Antes, havia conseguido barrar a CPI do BNDES. Colaborou GABRIELA GUERREIRO, de Brasília
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Leitor comenta coluna de Aécio Neves e reportagem sobre governo de MG
No dia em que Aécio Neves publica coluna sobre a crise de confiança no governo federal ("A falta de confiança", "Opinião", 6/4), a Folha traz reportagem sobre um calote eleitoral a municípios de Minas Gerais no ano passado ("Auditoria do PT em MG vê manobra do governo anterior em convênios", "Poder"). A falta de confiança da população é com toda a classe política. Quem não se der conta disso vai se dar mal. Germano Quitete Machado (Salvador, BA) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor comenta coluna de Aécio Neves e reportagem sobre governo de MGNo dia em que Aécio Neves publica coluna sobre a crise de confiança no governo federal ("A falta de confiança", "Opinião", 6/4), a Folha traz reportagem sobre um calote eleitoral a municípios de Minas Gerais no ano passado ("Auditoria do PT em MG vê manobra do governo anterior em convênios", "Poder"). A falta de confiança da população é com toda a classe política. Quem não se der conta disso vai se dar mal. Germano Quitete Machado (Salvador, BA) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Exportações de petróleo para a China sobem 260% neste ano
A China mais do que triplicou as compras de petróleo do Brasil neste ano, tornando-se o principal destino do produto no exterior. O aumento das vendas brasileiras acontece em um momento em que a Petrobras intensifica os acordos com a China para garantir financiamento. No mês passado, a estatal obteve crédito de US$ 7 bilhões com bancos chineses. De janeiro a maio, foram 5,4 milhões de toneladas enviadas ao país asiático ou 35% de todo o petróleo brasileiro embarcado ao exterior. É a maior compra já feita por um único país no período. O volume embarcado ao país asiático é mais que o dobro do enviado aos Estados Unidos, que em 2014 foi o maior importador. O aumento das importações chinesas ajudou o país a bater recorde na venda de petróleo neste ano. No total, foram mais de 15 milhões de toneladas exportadas até maio – uma alta de 80% ante igual período de 2014. Apesar disso, houve queda nas receitas. O preço do barril de petróleo caiu cerca de 40% nos últimos 12 meses. O movimento acentua, porém, a dependência brasileira da demanda chinesa. O país asiático passa a ser o maior comprador de quatro dos dez principais produtos da pauta exportadora brasileira. A China já era destino principal de soja, minério de ferro e celulose. O comércio entre Brasil e China começou a ganhar corpo na década passada e deu um salto com o aumento do preço dos produtos básicos no mercado mundial. Em 2000, as vendas para o mercado chinês contabilizavam pouco mais de US$ 1 bilhão. No ano passado, alcançaram US$ 40 bilhões, puxadas por soja e minério. MOEDA DE TROCA O interesse chinês pelo petróleo brasileiro vem crescendo desde 2009. Naquele ano, durante visita do ex-presidente Lula à China, o país liberou um financiamento de US$ 10 bilhões para a Petrobras por meio do Banco de Desenvolvimento da China. O empréstimo foi acompanhado de um acordo de fornecimento de petróleo por dez anos para a estatal chinesa Sinopec, dona de refinarias no país asiático. No ano seguinte, os chineses começaram a trazer suas empresas para o país. A Sinopec comprou participação na subsidiária da espanhola Repsol no Brasil e a Sinochem –outra estatal chinesa– adquiriu fatia da norueguesa Statoil em um campo de petróleo no país. Elas foram seguidas em 2013 por Cnooc e CNPC, também controladas pelo governo chinês, que passaram a participar de consórcio para explorar o pré-sal. Neste ano, a Petrobras voltou a pedir dinheiro a Pequim. Dois empréstimos que somam US$ 7 bilhões foram aprovados para socorrer a estatal brasileira. "Isso sugere que mais óleo deve seguir para a Ásia. Considerando a dificuldade de financiamento que a Petrobras enfrenta, o Brasil deve voltar-se à China para mais empréstimos em troca de mais petróleo", afirma Virendra Chauhan, analista da consultoria britânica Energy Aspects. No início dos anos 2000, o petróleo significava apenas 0,5% do que o Brasil embarcava para a China em valores. Atualmente, ele representa 13% das receitas de exportação para o país asiático.
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Exportações de petróleo para a China sobem 260% neste anoA China mais do que triplicou as compras de petróleo do Brasil neste ano, tornando-se o principal destino do produto no exterior. O aumento das vendas brasileiras acontece em um momento em que a Petrobras intensifica os acordos com a China para garantir financiamento. No mês passado, a estatal obteve crédito de US$ 7 bilhões com bancos chineses. De janeiro a maio, foram 5,4 milhões de toneladas enviadas ao país asiático ou 35% de todo o petróleo brasileiro embarcado ao exterior. É a maior compra já feita por um único país no período. O volume embarcado ao país asiático é mais que o dobro do enviado aos Estados Unidos, que em 2014 foi o maior importador. O aumento das importações chinesas ajudou o país a bater recorde na venda de petróleo neste ano. No total, foram mais de 15 milhões de toneladas exportadas até maio – uma alta de 80% ante igual período de 2014. Apesar disso, houve queda nas receitas. O preço do barril de petróleo caiu cerca de 40% nos últimos 12 meses. O movimento acentua, porém, a dependência brasileira da demanda chinesa. O país asiático passa a ser o maior comprador de quatro dos dez principais produtos da pauta exportadora brasileira. A China já era destino principal de soja, minério de ferro e celulose. O comércio entre Brasil e China começou a ganhar corpo na década passada e deu um salto com o aumento do preço dos produtos básicos no mercado mundial. Em 2000, as vendas para o mercado chinês contabilizavam pouco mais de US$ 1 bilhão. No ano passado, alcançaram US$ 40 bilhões, puxadas por soja e minério. MOEDA DE TROCA O interesse chinês pelo petróleo brasileiro vem crescendo desde 2009. Naquele ano, durante visita do ex-presidente Lula à China, o país liberou um financiamento de US$ 10 bilhões para a Petrobras por meio do Banco de Desenvolvimento da China. O empréstimo foi acompanhado de um acordo de fornecimento de petróleo por dez anos para a estatal chinesa Sinopec, dona de refinarias no país asiático. No ano seguinte, os chineses começaram a trazer suas empresas para o país. A Sinopec comprou participação na subsidiária da espanhola Repsol no Brasil e a Sinochem –outra estatal chinesa– adquiriu fatia da norueguesa Statoil em um campo de petróleo no país. Elas foram seguidas em 2013 por Cnooc e CNPC, também controladas pelo governo chinês, que passaram a participar de consórcio para explorar o pré-sal. Neste ano, a Petrobras voltou a pedir dinheiro a Pequim. Dois empréstimos que somam US$ 7 bilhões foram aprovados para socorrer a estatal brasileira. "Isso sugere que mais óleo deve seguir para a Ásia. Considerando a dificuldade de financiamento que a Petrobras enfrenta, o Brasil deve voltar-se à China para mais empréstimos em troca de mais petróleo", afirma Virendra Chauhan, analista da consultoria britânica Energy Aspects. No início dos anos 2000, o petróleo significava apenas 0,5% do que o Brasil embarcava para a China em valores. Atualmente, ele representa 13% das receitas de exportação para o país asiático.
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Presidente é pressionada a desistir de novo imposto
Além de aliados como o vice-presidente Michel Temer (PMDB), políticos e empresários, a presidente Dilma Rousseff está sendo pressionada também por assessores diretos a desistir de propor a volta da CPMF, o imposto do cheque, mas a equipe econômica já trabalha com o cronograma de apresentar a medida ao Congresso na próxima segunda-feira (31). O argumento da área econômica é que a recriação do tributo é o melhor caminho para o governo fechar o Orçamento de 2016 e tapar um buraco de R$ 80 bilhões. Por enquanto, assessores da Fazenda e do Planejamento dizem que têm autorização da presidente para fechar os detalhes da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) recriando o tributo, que foi extinto em 2007. Um assessor presidencial, porém, disse à Folha que ainda será feito um último esforço para convencer Dilma a desistir. A presidente marcou para domingo (30) uma reunião para fechar a proposta orçamentária de 2016. Os defensores da proposta, por outro lado, dizem que as alternativas à volta do tributo são piores: "parar o governo" totalmente, o que demandaria inclusive aprovação de lei para isto, ou desistir de ter superávit primário no ano que vem, levando à perda do grau de investimento do país. A estratégia do governo, por enquanto, é encaminhar a PEC ao Congresso. Caso ela não prospere, o Planalto espera que a base aliada apresente, então, alternativas para cobrir o rombo de R$ 80 bilhões no Orçamento de 2016. ROMBO A decisão foi tomada, segundo a área econômica, porque a queda da receita federal vai continuar em 2016 e, por isto, a projeção é de um rombo de R$ 80 bilhões no Orçamento da União do próximo ano, mesmo com medidas de contenção de despesas já definidas pelo governo. No domingo, Dilma deve definir, por exemplo, como seria a divisão da receita de uma nova CPMF, que seria recriada com alíquota próxima à anterior, de 0,38%, valendo por quatro anos. O governo vai dividir parte dos recursos com Estados e municípios para obter o apoio de governadores e prefeitos à proposta de ressuscitar a CPMF, ideia criticada por empresários e aliados. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também rejeitaram a ideia do novo imposto.
poder
Presidente é pressionada a desistir de novo impostoAlém de aliados como o vice-presidente Michel Temer (PMDB), políticos e empresários, a presidente Dilma Rousseff está sendo pressionada também por assessores diretos a desistir de propor a volta da CPMF, o imposto do cheque, mas a equipe econômica já trabalha com o cronograma de apresentar a medida ao Congresso na próxima segunda-feira (31). O argumento da área econômica é que a recriação do tributo é o melhor caminho para o governo fechar o Orçamento de 2016 e tapar um buraco de R$ 80 bilhões. Por enquanto, assessores da Fazenda e do Planejamento dizem que têm autorização da presidente para fechar os detalhes da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) recriando o tributo, que foi extinto em 2007. Um assessor presidencial, porém, disse à Folha que ainda será feito um último esforço para convencer Dilma a desistir. A presidente marcou para domingo (30) uma reunião para fechar a proposta orçamentária de 2016. Os defensores da proposta, por outro lado, dizem que as alternativas à volta do tributo são piores: "parar o governo" totalmente, o que demandaria inclusive aprovação de lei para isto, ou desistir de ter superávit primário no ano que vem, levando à perda do grau de investimento do país. A estratégia do governo, por enquanto, é encaminhar a PEC ao Congresso. Caso ela não prospere, o Planalto espera que a base aliada apresente, então, alternativas para cobrir o rombo de R$ 80 bilhões no Orçamento de 2016. ROMBO A decisão foi tomada, segundo a área econômica, porque a queda da receita federal vai continuar em 2016 e, por isto, a projeção é de um rombo de R$ 80 bilhões no Orçamento da União do próximo ano, mesmo com medidas de contenção de despesas já definidas pelo governo. No domingo, Dilma deve definir, por exemplo, como seria a divisão da receita de uma nova CPMF, que seria recriada com alíquota próxima à anterior, de 0,38%, valendo por quatro anos. O governo vai dividir parte dos recursos com Estados e municípios para obter o apoio de governadores e prefeitos à proposta de ressuscitar a CPMF, ideia criticada por empresários e aliados. Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também rejeitaram a ideia do novo imposto.
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Corpo carbonizado é encontrado em carro no Morumbi, em São Paulo
Um corpo carbonizado foi encontrado em um carro incendiado na região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (19). Por volta das 2h30, a Polícia Militar foi acionada para verificar uma ocorrência de disparos de arma de fogo na avenida Colégio Pio XII, no bairro Vila Andrade. Chegando ao local, os policiais encontraram um Ford Fiesta pegando fogo e o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter o incêndio. Segundo a Polícia Militar, um corpo carbonizado foi localizado no porta-malas do veículo, mas a vítima não foi identificada. Ao redor do carro foram encontradas cápsulas de munição, encaminhadas para a perícia. O caso foi registrado no 89º DP e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
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Corpo carbonizado é encontrado em carro no Morumbi, em São PauloUm corpo carbonizado foi encontrado em um carro incendiado na região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (19). Por volta das 2h30, a Polícia Militar foi acionada para verificar uma ocorrência de disparos de arma de fogo na avenida Colégio Pio XII, no bairro Vila Andrade. Chegando ao local, os policiais encontraram um Ford Fiesta pegando fogo e o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter o incêndio. Segundo a Polícia Militar, um corpo carbonizado foi localizado no porta-malas do veículo, mas a vítima não foi identificada. Ao redor do carro foram encontradas cápsulas de munição, encaminhadas para a perícia. O caso foi registrado no 89º DP e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
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Janot quer investigar Jucá e Renan por suposta propina em Belo Monte
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito contra integrantes da cúpula do PMDB para apurar o suposto pagamento de propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. São alvos da Procuradoria: o ministro Romero Jucá (Planejamento), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). Janot solicitou que eles passem a figurar como investigados em inquérito no Supremo que já apura a suposta participação do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, com o esquema na usina. A linha de investigação tem como base delações premiadas, como a do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e de Luiz Carlos Martins, ligado a construtora Camargo Corrêa. Aos investigadores, Delcídio afirmou que ex-ministros operaram um esquema de desvio de dinheiro das obras da usina de Belo Monte. Os recursos teriam ido para campanhas do PT e do PMDB. Delcídio afirmou que os ex-ministros Erenice Guerra e Silas Rondeau, do governo Lula, e Antônio Palocci, dos governos Lula e Dilma, movimentaram cerca de R$ 25 bilhões e desviaram pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos diretamente para as campanhas do PT e do PMDB em 2010 e 2014. O ex-senador disse que o "time" formado pelos senadores Renan Calheiros, Edison Lobão, Jader Barbalho, Romero Jucá e Valdir Raupp, exerceu um arco de influência amplo no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias de abastecimento e internacional da Petrobras, além das usinas de Jirau e Belo Monte. Segundo Delcídio, houve o pagamento, à época, de ao menos R$ 30 milhões a título de propina pela construção de Belo Monte ao PT e ao PMDB, sendo que Palocci coordenou esses pagamentos no âmbito do PT, destinando-os à campanha eleitoral da presidente afastada Dilma Rousseff e ao próprio partido, para redistribuição em beneficio de diversas outras campanhas eleitorais. Ele afirmou ainda que, pelo PMDB, Rondeau destinou propina para o grupo do ex-senador José Sarney (AP), do qual fazem parte Lobão, Renan, Romero Jucá, Raupp e Jader. Luiz Carlos Martins narrou com riqueza de detalhes a ocorrência sistêmica de pagamento de propina decorrente dos citados contratos a agentes políticos facilitadores das negociações e contratações da usina. Segundo a Procuradoria, ele "não apenas menciona explicitamente, por duas ocasiões, que o agente corrupto seria Lobão, então ministro, como havia cobrança para pagamento de propina a agente político do PMDB e que teve que fazer contratações simuladas para a remessa de dinheiro ilícito. Ele entregou aos investigadores notas fiscais frias para esquentar pagamentos de propina realizados", diz a acusação, a Lobão. CORRUPÇÃO De acordo com delatores, a propina em Belo Monte chegaria a R$ 20 milhões –sendo que a obra, prevista para ser concluída em janeiro de 2019, tem um investimento estimado em R$ 28,9 bilhões. No pedido, Janot afirmou que as informações dos delatores podem configurar crime de corrupção passiva. "Os políticos não apenas tinham consciência de que os valores eram provenientes das vantagens indevidas destinadas aos diretores e altos funcionários de empresas públicas e sociedades de economia mista federais, mas também atuavam, direta ou indiretamente, para a continuidade do esquema de pagamento de vantagens indevidas, seja pela manutenção dos diretores em seus cargos, seja pela manutenção do cartel de empresas ou, ao menos, pela não interferência em seu funcionamento", escreveu. Os peemedebistas já estão investigados na Lava Jato. Jucá e Renan também são alvos de inquéritos ligados à Operação Zelotes, que apura suposto esquema de compra de medidas provisórias. A Procuradoria afirma ao STF que a Justiça do Paraná já investiga Palocci, Erenice, Rondeau, Valter Cardeal e João Vaccari pelos fatos relacionados a Belo Monte –eles não têm foro privilegiado e não precisam ser investigados no Supremo. OUTRO LADO A Folha não localizou os advogados do ministro e dos senadores peemedebistas na noite desta quinta, mas os cinco negam envolvimento com desvios. O PMDB tem afirmado que não participou de esquema de corrupção do setor elétrico ou de qualquer outra área do governo. O PT afirma que suas doações são legais. O presidente do Senado tem classificado a delação premiada de Delcídio de um "delírio" e afirmou que não conhece as pessoas que poderiam ter viabilizado o suposto esquema. O senador Romero Jucá negou que tenha indicado nomes do governo e que tenha ligação com irregularidades. O senador Valdir Raupp informou que desconhece indicações para o setor elétrico. O senador Jader Barbalho afirmou que Delcídio cometeu um exagero e que não se sente influenciando o governo há bastante tempo. Ex-ministro de Minas e Energia, Lobão também tem rechaçado qualquer relação com desvios.
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Janot quer investigar Jucá e Renan por suposta propina em Belo MonteO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito contra integrantes da cúpula do PMDB para apurar o suposto pagamento de propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. São alvos da Procuradoria: o ministro Romero Jucá (Planejamento), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). Janot solicitou que eles passem a figurar como investigados em inquérito no Supremo que já apura a suposta participação do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, com o esquema na usina. A linha de investigação tem como base delações premiadas, como a do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e de Luiz Carlos Martins, ligado a construtora Camargo Corrêa. Aos investigadores, Delcídio afirmou que ex-ministros operaram um esquema de desvio de dinheiro das obras da usina de Belo Monte. Os recursos teriam ido para campanhas do PT e do PMDB. Delcídio afirmou que os ex-ministros Erenice Guerra e Silas Rondeau, do governo Lula, e Antônio Palocci, dos governos Lula e Dilma, movimentaram cerca de R$ 25 bilhões e desviaram pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos diretamente para as campanhas do PT e do PMDB em 2010 e 2014. O ex-senador disse que o "time" formado pelos senadores Renan Calheiros, Edison Lobão, Jader Barbalho, Romero Jucá e Valdir Raupp, exerceu um arco de influência amplo no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias de abastecimento e internacional da Petrobras, além das usinas de Jirau e Belo Monte. Segundo Delcídio, houve o pagamento, à época, de ao menos R$ 30 milhões a título de propina pela construção de Belo Monte ao PT e ao PMDB, sendo que Palocci coordenou esses pagamentos no âmbito do PT, destinando-os à campanha eleitoral da presidente afastada Dilma Rousseff e ao próprio partido, para redistribuição em beneficio de diversas outras campanhas eleitorais. Ele afirmou ainda que, pelo PMDB, Rondeau destinou propina para o grupo do ex-senador José Sarney (AP), do qual fazem parte Lobão, Renan, Romero Jucá, Raupp e Jader. Luiz Carlos Martins narrou com riqueza de detalhes a ocorrência sistêmica de pagamento de propina decorrente dos citados contratos a agentes políticos facilitadores das negociações e contratações da usina. Segundo a Procuradoria, ele "não apenas menciona explicitamente, por duas ocasiões, que o agente corrupto seria Lobão, então ministro, como havia cobrança para pagamento de propina a agente político do PMDB e que teve que fazer contratações simuladas para a remessa de dinheiro ilícito. Ele entregou aos investigadores notas fiscais frias para esquentar pagamentos de propina realizados", diz a acusação, a Lobão. CORRUPÇÃO De acordo com delatores, a propina em Belo Monte chegaria a R$ 20 milhões –sendo que a obra, prevista para ser concluída em janeiro de 2019, tem um investimento estimado em R$ 28,9 bilhões. No pedido, Janot afirmou que as informações dos delatores podem configurar crime de corrupção passiva. "Os políticos não apenas tinham consciência de que os valores eram provenientes das vantagens indevidas destinadas aos diretores e altos funcionários de empresas públicas e sociedades de economia mista federais, mas também atuavam, direta ou indiretamente, para a continuidade do esquema de pagamento de vantagens indevidas, seja pela manutenção dos diretores em seus cargos, seja pela manutenção do cartel de empresas ou, ao menos, pela não interferência em seu funcionamento", escreveu. Os peemedebistas já estão investigados na Lava Jato. Jucá e Renan também são alvos de inquéritos ligados à Operação Zelotes, que apura suposto esquema de compra de medidas provisórias. A Procuradoria afirma ao STF que a Justiça do Paraná já investiga Palocci, Erenice, Rondeau, Valter Cardeal e João Vaccari pelos fatos relacionados a Belo Monte –eles não têm foro privilegiado e não precisam ser investigados no Supremo. OUTRO LADO A Folha não localizou os advogados do ministro e dos senadores peemedebistas na noite desta quinta, mas os cinco negam envolvimento com desvios. O PMDB tem afirmado que não participou de esquema de corrupção do setor elétrico ou de qualquer outra área do governo. O PT afirma que suas doações são legais. O presidente do Senado tem classificado a delação premiada de Delcídio de um "delírio" e afirmou que não conhece as pessoas que poderiam ter viabilizado o suposto esquema. O senador Romero Jucá negou que tenha indicado nomes do governo e que tenha ligação com irregularidades. O senador Valdir Raupp informou que desconhece indicações para o setor elétrico. O senador Jader Barbalho afirmou que Delcídio cometeu um exagero e que não se sente influenciando o governo há bastante tempo. Ex-ministro de Minas e Energia, Lobão também tem rechaçado qualquer relação com desvios.
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O grande pacto
O Brasil perdeu a primeira grande oportunidade de discutir e de firmar um pacto federativo, por ocasião dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988. Como pensava o saudoso Tancredo Neves, a Constituição a ser definida deveria consubstanciar o grande acordo entre brasileiros, suprapartidário, supraideológico em vista do interesse geral, que regeria e determinaria o futuro da pátria. Lamentavelmente, durante os 20 meses de trabalho da Assembleia Constituinte, a participação popular não teve a intensidade e a receptividade que se esperava. Os diversos segmentos da sociedade não puderam ou não quiseram participar e influenciar na decisão dos grandes temas constitucionais. O regimento interno da Assembleia Constituinte assim não permitiu. As propostas populares transformadas em emendas constitucionais não tiveram ressonância na Constituinte. Lembro-me, como então presidente da Comissão de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria, que o presidente da Fiesp/Ciesp, Mario Amato, sustentou em plenário a emenda popular defendendo a liberdade de empreender, com a presença de 30 dos 559 deputados constituintes. Eu mesmo fui convidado e participei na fase das subcomissões e de audiências públicas. Relatei temas importantes, sem questionamentos. Não se debateu. Não se discutiu. Não se aprofundaram os temas. Perdeu-se a oportunidade de criar um novo pacto federativo. Outro momento para realização desse acordo nacional ocorreu no final da década de 1980. Empresários, trabalhadores e governo acenaram para um entendimento nacional, trazendo para debates segmentos representativos da sociedade brasileira. O pacto, para alcançar o seu objetivo de entendimento nacional, não poderá ser apenas econômico; também deverá abordar necessariamente os campos político, social e institucional. Esse movimento começou a gerar os primeiros resultados: governabilidade do país, evitar a hiperinflação e sensibilizar camadas significativas da sociedade. Porém, não foi adiante, como se esperava. A classe política ficou apenas nas intenções. Não alargou o seu âmbito nem compreendeu os seus aspectos político-social. Os projetos de emendas constitucionais e leis complementares e ordinárias não foram debatidos e muito menos implementados. No momento em que o Brasil atravessa grave crise político-social e institucional-econômica, é preciso ressuscitar a ideia do pacto federativo com a efetiva participação de todos os brasileiros. O saudoso deputado Ulysses Guimarães, no introito da Constituição cidadã de 1988, afirmou que a "Constituição durará com a democracia e só com a democracia sobrevivem, para o povo, a dignidade, a liberdade e a Justiça". O pacto tem significativa importância para a sustentação do Estado democrático de Direito, pois por meio do entendimento nacional se aperfeiçoará o sinergismo entre os diversos setores da sociedade. O povo brasileiro julgará os que tentam sabotá-lo por ação ou omissão. RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA, 76, é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e presidente emérito do CIEE - Centro de Integração Empresa-Escola * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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O grande pactoO Brasil perdeu a primeira grande oportunidade de discutir e de firmar um pacto federativo, por ocasião dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988. Como pensava o saudoso Tancredo Neves, a Constituição a ser definida deveria consubstanciar o grande acordo entre brasileiros, suprapartidário, supraideológico em vista do interesse geral, que regeria e determinaria o futuro da pátria. Lamentavelmente, durante os 20 meses de trabalho da Assembleia Constituinte, a participação popular não teve a intensidade e a receptividade que se esperava. Os diversos segmentos da sociedade não puderam ou não quiseram participar e influenciar na decisão dos grandes temas constitucionais. O regimento interno da Assembleia Constituinte assim não permitiu. As propostas populares transformadas em emendas constitucionais não tiveram ressonância na Constituinte. Lembro-me, como então presidente da Comissão de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria, que o presidente da Fiesp/Ciesp, Mario Amato, sustentou em plenário a emenda popular defendendo a liberdade de empreender, com a presença de 30 dos 559 deputados constituintes. Eu mesmo fui convidado e participei na fase das subcomissões e de audiências públicas. Relatei temas importantes, sem questionamentos. Não se debateu. Não se discutiu. Não se aprofundaram os temas. Perdeu-se a oportunidade de criar um novo pacto federativo. Outro momento para realização desse acordo nacional ocorreu no final da década de 1980. Empresários, trabalhadores e governo acenaram para um entendimento nacional, trazendo para debates segmentos representativos da sociedade brasileira. O pacto, para alcançar o seu objetivo de entendimento nacional, não poderá ser apenas econômico; também deverá abordar necessariamente os campos político, social e institucional. Esse movimento começou a gerar os primeiros resultados: governabilidade do país, evitar a hiperinflação e sensibilizar camadas significativas da sociedade. Porém, não foi adiante, como se esperava. A classe política ficou apenas nas intenções. Não alargou o seu âmbito nem compreendeu os seus aspectos político-social. Os projetos de emendas constitucionais e leis complementares e ordinárias não foram debatidos e muito menos implementados. No momento em que o Brasil atravessa grave crise político-social e institucional-econômica, é preciso ressuscitar a ideia do pacto federativo com a efetiva participação de todos os brasileiros. O saudoso deputado Ulysses Guimarães, no introito da Constituição cidadã de 1988, afirmou que a "Constituição durará com a democracia e só com a democracia sobrevivem, para o povo, a dignidade, a liberdade e a Justiça". O pacto tem significativa importância para a sustentação do Estado democrático de Direito, pois por meio do entendimento nacional se aperfeiçoará o sinergismo entre os diversos setores da sociedade. O povo brasileiro julgará os que tentam sabotá-lo por ação ou omissão. RUY MARTINS ALTENFELDER SILVA, 76, é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas e presidente emérito do CIEE - Centro de Integração Empresa-Escola * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Marcelo Odebrecht cita apoios financeiros à imprensa
Como seu pai, Emílio, o ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, também disse em sua delação que era comum a empreiteira dar apoio financeiro a veículos de mídia. O empresário mencionou especificamente a revista "Carta Capital" e os jornais "Correio Braziliense", "Estado de Minas", "A Tarde" e "Jornal do Brasil". Genericamente, indicou todos os jornais da Bahia. O depoimento do executivo foi prestado em relação ao tema "pedidos de ajuda financeira de Lula para terceiros". Sobre esse assunto, Marcelo afirmou que a "Carta Capital" sempre teve uma "linha muito pró PT" e tinha problemas de prejuízos, então o ex-ministro Guido Mantega pediu a ele um auxílio da empresa para a revista. Marcelo disse que concordou em dar o apoio financeiro, porém com a condição de que o nome da Odebrecht não aparecesse na operação. A ajuda à revista então começou com a constituição de um fundo com recursos de caixa dois oriundos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht (área especializada em repasses de valores não contabilizados e de propinas), disse o empresário. "Esse fundo, no qual a gente não aparecia, ele fazia um investimento... eu acho que esse investimento foi oficial. Quer dizer, do ponto de vista de Carta Capital, era um investidor minoritário. Não do ponto de vista nosso, que foi feito com caixa dois", afirmou. "O alinhamento com o Mino [Mino Carta, diretor de redação da Carta Capital] era que a gente ia entrar como investidor e ia contribuir na gestão da revista, para que a gente tivesse um retorno sobre esse dinheiro", detalhou. Porém, depois integrantes da equipe da Odebrecht indicados para atuar nesse investimento sugeriram mudar o tipo de apoio à revista. "Depois de algum tempo, o pessoal veio e disse: "Marcelo, só vai dar desgaste, porque a gente fica contribuindo numa gestão profissional, e o pessoal lá... parece que a mídia é muito confusa nesse aspecto. Então não vamos ter expectativa de retorno, e vamos trocar isso por publicidade". De acordo com o executivo, então a Odebrecht ficou com um crédito perante a Carta Capital. Após explicar a situação em relação à revista, Marcelo disse que a Odebrecht realizou outros apoios semelhantes, e citou o grupo que controla o jornal "Correio Braziliense", com a ressalva de que nesse caso o auxílio não foi realizado após um pedido de Lula. "Da mesma maneira da Carta Capital, fizemos também um fundo para fazer um empréstimo para o grupo que controla o 'Correio Braziliense´", disse Odebrecht. Em seguida, citou outros casos de ajuda e disse que em geral os auxílios financeiros eram convertidos em publicidade. "Nós não fazíamos muita publicidade, então vira e mexe vinha uma demanda. Isso não era algo que era anormal. Por exemplo, na Bahia, "A Tarde"... toda hora a gente dava um crédito para o jornal 'A Tarde'", afirmou. "Era muito comum. A gente fez com "Carta Capital", me lembro com "Correio Braziliense", com "Estado de Minas"... me lembro com os jornais da Bahia, todos. A gente fazia muito com o "Jornal do Brasil", antigamente. A gente fazia o empréstimo e depois gerava crédito em publicidade", completou. Em outro depoimento de delação premiada, Marcelo fez um relato específico sobre um repasse a título de patrocínio feito pela Braskem, petroquímica do grupo Odebrecht, à revista "Brasileiros", no valor de cerca de R$ 1,6 milhão. Segundo o executivo, esse repasse foi pedido pelo ex-ministro Guido Mantega em 2013 e foi descontado dos valores que a Odebrecht havia prometido repassar ao PT. O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou o envio de cópia desse depoimento de Marcelo à Justiça Federal do Paraná para eventual abertura de investigação sobre o caso.
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Marcelo Odebrecht cita apoios financeiros à imprensaComo seu pai, Emílio, o ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, também disse em sua delação que era comum a empreiteira dar apoio financeiro a veículos de mídia. O empresário mencionou especificamente a revista "Carta Capital" e os jornais "Correio Braziliense", "Estado de Minas", "A Tarde" e "Jornal do Brasil". Genericamente, indicou todos os jornais da Bahia. O depoimento do executivo foi prestado em relação ao tema "pedidos de ajuda financeira de Lula para terceiros". Sobre esse assunto, Marcelo afirmou que a "Carta Capital" sempre teve uma "linha muito pró PT" e tinha problemas de prejuízos, então o ex-ministro Guido Mantega pediu a ele um auxílio da empresa para a revista. Marcelo disse que concordou em dar o apoio financeiro, porém com a condição de que o nome da Odebrecht não aparecesse na operação. A ajuda à revista então começou com a constituição de um fundo com recursos de caixa dois oriundos do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht (área especializada em repasses de valores não contabilizados e de propinas), disse o empresário. "Esse fundo, no qual a gente não aparecia, ele fazia um investimento... eu acho que esse investimento foi oficial. Quer dizer, do ponto de vista de Carta Capital, era um investidor minoritário. Não do ponto de vista nosso, que foi feito com caixa dois", afirmou. "O alinhamento com o Mino [Mino Carta, diretor de redação da Carta Capital] era que a gente ia entrar como investidor e ia contribuir na gestão da revista, para que a gente tivesse um retorno sobre esse dinheiro", detalhou. Porém, depois integrantes da equipe da Odebrecht indicados para atuar nesse investimento sugeriram mudar o tipo de apoio à revista. "Depois de algum tempo, o pessoal veio e disse: "Marcelo, só vai dar desgaste, porque a gente fica contribuindo numa gestão profissional, e o pessoal lá... parece que a mídia é muito confusa nesse aspecto. Então não vamos ter expectativa de retorno, e vamos trocar isso por publicidade". De acordo com o executivo, então a Odebrecht ficou com um crédito perante a Carta Capital. Após explicar a situação em relação à revista, Marcelo disse que a Odebrecht realizou outros apoios semelhantes, e citou o grupo que controla o jornal "Correio Braziliense", com a ressalva de que nesse caso o auxílio não foi realizado após um pedido de Lula. "Da mesma maneira da Carta Capital, fizemos também um fundo para fazer um empréstimo para o grupo que controla o 'Correio Braziliense´", disse Odebrecht. Em seguida, citou outros casos de ajuda e disse que em geral os auxílios financeiros eram convertidos em publicidade. "Nós não fazíamos muita publicidade, então vira e mexe vinha uma demanda. Isso não era algo que era anormal. Por exemplo, na Bahia, "A Tarde"... toda hora a gente dava um crédito para o jornal 'A Tarde'", afirmou. "Era muito comum. A gente fez com "Carta Capital", me lembro com "Correio Braziliense", com "Estado de Minas"... me lembro com os jornais da Bahia, todos. A gente fazia muito com o "Jornal do Brasil", antigamente. A gente fazia o empréstimo e depois gerava crédito em publicidade", completou. Em outro depoimento de delação premiada, Marcelo fez um relato específico sobre um repasse a título de patrocínio feito pela Braskem, petroquímica do grupo Odebrecht, à revista "Brasileiros", no valor de cerca de R$ 1,6 milhão. Segundo o executivo, esse repasse foi pedido pelo ex-ministro Guido Mantega em 2013 e foi descontado dos valores que a Odebrecht havia prometido repassar ao PT. O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou o envio de cópia desse depoimento de Marcelo à Justiça Federal do Paraná para eventual abertura de investigação sobre o caso.
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Alunos liberam ponte João Dias e ocupam ruas da zona sul da cidade
Ao menos 30 estudantes protestam nesta terça-feira (1°) pelas ruas da zona sul de São Paulo contra a proposta da gestão Alckmin (PSDB) de dividir parte dos colégios por ciclos únicos de ensino (anos iniciais e finais do fundamental e o médio) a partir de 2016. Durante uma hora e meia, os alunos interditaram duas das três faixas da ponte João Dias, sentido centro. A Polícia Militar informou que a manifestação começou por volta das 7h20, quando parte dos estudantes colocaram cadeiras na via para impedir o fluxo de carros. Os alunos também usavam cartazes para protestar contra as medidas do tucano. Com a restrição de faixa na ponte, os motoristas que circulavam pela região e no entorno enfrentaram morosidade. Às 8h, a região sul da cidade registrava 20 km de lentidão, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Por volta das 8h50, os estudantes deixaram a ponte e caminham pelas ruas na região de Santo Amaro. A CET informou que por volta das 9h, os estudantes ocupavam a faixa da direita da rua José Abrantes. Esse é o segundo dia em que alunos bloqueiam vias importantes de São Paulo para protestar contra as medidas tucanas de reorganização dos ciclos de ensino. Na noite desta segunda (30), os estudantes da escola Professor Silvio Xavier Antunes, do Piqueri (zona norte), fecharam as pistas da marginal Tietê, no sentido rodovia Castello Branco. Eles colocaram cadeiras e mesas nas pistas, impedindo o trajeto de carros. O ato durou cerca de 30 minutos. Mais cedo, alunos colégio Fernão Dias, em Pinheiros (zona oeste), também usando cadeiras para interditar, por cerca de três horas, os dois sentidos da avenida Faria Lima, na zona oeste da cidade. De acordo com último balanço da Secretaria de Educação, ao menos 194 colégios estão ocupados. A secretaria informou que a partir desta segunda planeja realizar um mutirão de visitas às escola para pedir que sejam entregues as reivindicações de cada colégio. A intenção do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é enfraquecer o movimento, explicando suas posições ou tentando classificar os manifestantes como intransigentes (caso não queiram apresentar reivindicações). Alunos, professores e movimentos sociais criticam a reorganização da rede proposta pelo governo. O plano de reorganização de ciclos prevê para 2016 o fechamento de 92 escolas e o remanejamento de 311 mil alunos -a rede estadual tem 5.147 escolas e atende a 3,8 milhões de estudantes. Ao todo, 754 escolas atenderão só um ciclo de ensino no Estado. Os alunos dizem que só saem das escolas quando a gestão Alckmin desistir do plano de reorganização. Por outro lado, o governo disse que não voltará atrás, mas considera renegociar o plano caso os estudantes deixem as unidades. Mudanças na educação
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Alunos liberam ponte João Dias e ocupam ruas da zona sul da cidadeAo menos 30 estudantes protestam nesta terça-feira (1°) pelas ruas da zona sul de São Paulo contra a proposta da gestão Alckmin (PSDB) de dividir parte dos colégios por ciclos únicos de ensino (anos iniciais e finais do fundamental e o médio) a partir de 2016. Durante uma hora e meia, os alunos interditaram duas das três faixas da ponte João Dias, sentido centro. A Polícia Militar informou que a manifestação começou por volta das 7h20, quando parte dos estudantes colocaram cadeiras na via para impedir o fluxo de carros. Os alunos também usavam cartazes para protestar contra as medidas do tucano. Com a restrição de faixa na ponte, os motoristas que circulavam pela região e no entorno enfrentaram morosidade. Às 8h, a região sul da cidade registrava 20 km de lentidão, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Por volta das 8h50, os estudantes deixaram a ponte e caminham pelas ruas na região de Santo Amaro. A CET informou que por volta das 9h, os estudantes ocupavam a faixa da direita da rua José Abrantes. Esse é o segundo dia em que alunos bloqueiam vias importantes de São Paulo para protestar contra as medidas tucanas de reorganização dos ciclos de ensino. Na noite desta segunda (30), os estudantes da escola Professor Silvio Xavier Antunes, do Piqueri (zona norte), fecharam as pistas da marginal Tietê, no sentido rodovia Castello Branco. Eles colocaram cadeiras e mesas nas pistas, impedindo o trajeto de carros. O ato durou cerca de 30 minutos. Mais cedo, alunos colégio Fernão Dias, em Pinheiros (zona oeste), também usando cadeiras para interditar, por cerca de três horas, os dois sentidos da avenida Faria Lima, na zona oeste da cidade. De acordo com último balanço da Secretaria de Educação, ao menos 194 colégios estão ocupados. A secretaria informou que a partir desta segunda planeja realizar um mutirão de visitas às escola para pedir que sejam entregues as reivindicações de cada colégio. A intenção do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é enfraquecer o movimento, explicando suas posições ou tentando classificar os manifestantes como intransigentes (caso não queiram apresentar reivindicações). Alunos, professores e movimentos sociais criticam a reorganização da rede proposta pelo governo. O plano de reorganização de ciclos prevê para 2016 o fechamento de 92 escolas e o remanejamento de 311 mil alunos -a rede estadual tem 5.147 escolas e atende a 3,8 milhões de estudantes. Ao todo, 754 escolas atenderão só um ciclo de ensino no Estado. Os alunos dizem que só saem das escolas quando a gestão Alckmin desistir do plano de reorganização. Por outro lado, o governo disse que não voltará atrás, mas considera renegociar o plano caso os estudantes deixem as unidades. Mudanças na educação
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O impeachment é inevitável
Existe uma diferença enorme entre descrever a dor e sentir a dor. Descrever a dor, por mais que a gente tenha capacidade de interpretar, jamais conseguirá retratar sua intensidade. Dor não se define, se sente e se busca tratamento. Nós relatamos os problemas e as perspectivas de agravamento do quadro econômico-social, mas falhamos em conseguir transferir para a população brasileira as consequências e o que ainda estava por vir do colapso resultante desse governo. O brasileiro sente hoje a dor causada pelo desemprego, inflação, perda de direitos, aumento da carga tributária e da corrupção. Agora vivemos a realidade como ela é. Junto à queda dos setores de serviços e industrial, o último pilar da economia brasileira que ainda mostrava musculatura para sobreviver aos desmandos do PT foi atingido. A agropecuária já convive com escassez de crédito, com taxas mixadas atingindo valores de mais de 20% ao ano e a explosão no preço de insumos tabelados em dólar. Não há mais setor, região ou classe imune à crise. Esta semana atestamos que o mundo já entende aquilo que nós assistimos há tempos: a total incapacidade da presidente Dilma para governar o país; a ausência de legitimidade para coordenar um projeto de governo; e as atitudes descoordenadas de sua equipe, que adotou a política do "Topa Tudo por Dinheiro" —desde recriar e aumentar impostos até transformar a Receita Federal em lavanderia para repatriar dinheiro de origem ilícita. E o que mais puder tirar do bolso do brasileiro para tapar o rombo causado pelo PT. Esse cenário foi diagnosticado pelas agências especializadas, influenciando todo o mercado de investimentos internacionais. Não foi preciso mais de oito meses de segundo mandato para entender o descontrole fiscal do país que foi ocultado na campanha de 2014. O descrédito de Dilma cresceu de forma ainda mais rápida com o rebaixamento do grau de investimento do país para um grau especulativo. O problema se estendeu para além do governo, atingindo também empresas públicas. Esta semana, no entanto, podemos vislumbrar a primeira proposta concreta de saída para essa crise. Se recentemente citei a indefinição de forças políticas para atender aos anseios dos brasileiros, o passo mais importante começou a ser dado pelo Congresso, onde deputados e senadores instalaram um movimento coeso e suprapartidário Pró-Impeachment. Teremos, a partir de agora, uma sintonia, um canal de comunicação com os brasileiros. Iremos, por meio dessa colaboração, fundamentar a abertura formal do pedido de impeachment de Dilma ao plenário da Câmara dos Deputados, instituição que tem a prerrogativa constitucional de autorizar o processo. O julgamento fica a cargo do Senado. Esse gesto precisa estar ligado à articulação de todos os brasileiros. Para tal, existe o abaixo-assinado no site do movimento que promete mostrar a força expressiva da maioria dos brasileiros. Ao mesmo tempo, é preciso sensibilizar e convencer cada parlamentar para que venha a ingressar no movimento que tem como único objetivo alforriar o povo brasileiro da corrupção, dos desmandos e da incompetência. A crise não tem outro DNA senão o do modelo petista do governo. Esse 10 de setembro, data que marcou o início do movimento, passou a ser um dia histórico. Conseguimos conciliar o clamor da população com ações concretas. A governança da corrupção está com os dias contados.
colunas
O impeachment é inevitávelExiste uma diferença enorme entre descrever a dor e sentir a dor. Descrever a dor, por mais que a gente tenha capacidade de interpretar, jamais conseguirá retratar sua intensidade. Dor não se define, se sente e se busca tratamento. Nós relatamos os problemas e as perspectivas de agravamento do quadro econômico-social, mas falhamos em conseguir transferir para a população brasileira as consequências e o que ainda estava por vir do colapso resultante desse governo. O brasileiro sente hoje a dor causada pelo desemprego, inflação, perda de direitos, aumento da carga tributária e da corrupção. Agora vivemos a realidade como ela é. Junto à queda dos setores de serviços e industrial, o último pilar da economia brasileira que ainda mostrava musculatura para sobreviver aos desmandos do PT foi atingido. A agropecuária já convive com escassez de crédito, com taxas mixadas atingindo valores de mais de 20% ao ano e a explosão no preço de insumos tabelados em dólar. Não há mais setor, região ou classe imune à crise. Esta semana atestamos que o mundo já entende aquilo que nós assistimos há tempos: a total incapacidade da presidente Dilma para governar o país; a ausência de legitimidade para coordenar um projeto de governo; e as atitudes descoordenadas de sua equipe, que adotou a política do "Topa Tudo por Dinheiro" —desde recriar e aumentar impostos até transformar a Receita Federal em lavanderia para repatriar dinheiro de origem ilícita. E o que mais puder tirar do bolso do brasileiro para tapar o rombo causado pelo PT. Esse cenário foi diagnosticado pelas agências especializadas, influenciando todo o mercado de investimentos internacionais. Não foi preciso mais de oito meses de segundo mandato para entender o descontrole fiscal do país que foi ocultado na campanha de 2014. O descrédito de Dilma cresceu de forma ainda mais rápida com o rebaixamento do grau de investimento do país para um grau especulativo. O problema se estendeu para além do governo, atingindo também empresas públicas. Esta semana, no entanto, podemos vislumbrar a primeira proposta concreta de saída para essa crise. Se recentemente citei a indefinição de forças políticas para atender aos anseios dos brasileiros, o passo mais importante começou a ser dado pelo Congresso, onde deputados e senadores instalaram um movimento coeso e suprapartidário Pró-Impeachment. Teremos, a partir de agora, uma sintonia, um canal de comunicação com os brasileiros. Iremos, por meio dessa colaboração, fundamentar a abertura formal do pedido de impeachment de Dilma ao plenário da Câmara dos Deputados, instituição que tem a prerrogativa constitucional de autorizar o processo. O julgamento fica a cargo do Senado. Esse gesto precisa estar ligado à articulação de todos os brasileiros. Para tal, existe o abaixo-assinado no site do movimento que promete mostrar a força expressiva da maioria dos brasileiros. Ao mesmo tempo, é preciso sensibilizar e convencer cada parlamentar para que venha a ingressar no movimento que tem como único objetivo alforriar o povo brasileiro da corrupção, dos desmandos e da incompetência. A crise não tem outro DNA senão o do modelo petista do governo. Esse 10 de setembro, data que marcou o início do movimento, passou a ser um dia histórico. Conseguimos conciliar o clamor da população com ações concretas. A governança da corrupção está com os dias contados.
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Órgão estadual SPPrev pagou valores errados de pensão, diz leitor
O leitor Nelson Adelino Pereira reclama o pagamento de valores atrasados da aposentadoria da mulher, a ex-servidora estadual de São Paulo Maria Beatriz Pereira, morta em 2014. De acordo com ele, a SPPrev (São Paulo Previdência) liberou valores abaixo do correto entre julho de 2014, quando Maria se aposentou, e novembro do ano passado, mês do falecimento dela. Segundo o leitor, a ex-servidora recebeu 1 salário mínimo mensal no período, mas o valor correto do pagamento deveria ser de R$ 1.412,74. Em fevereiro deste ano, conforme publicação no "Diário Oficial" do Estado de SP, foi determinado que o valor correto seria R$ 1.412,74. Resposta - A SPPrev afirma que já informou ao leitor quais são os documentos que devem ser apresentados ao órgão para que Pereira receba os valores devidos da aposentadoria da mulher. - Queixa de Ana Westphal: Cobrança indevida Empresa DHL Express Brasil cobra taxas sobre importação de livros alegando a presença de CDs e DVDs que não foram adquiridos com os produtos. Resposta da DHL Express Brasil Afirma ter entrado em contato com a leitora para esclarecer os procedimentos alfandegários e investigar as causas do problema relatado. - Queixa de Cibele Masotti: Barulho excessivo Festas com som alto durante a madrugada nas dependências do campus Perdizes da PUC-SP têm causado transtornos aos moradores da região. Resposta da PUC-SP Diz que tem sido invadida após o horário de fechamento por pessoas que vêm participar de festas e que está tentando solucionar o problema. - Queixa de Marta Fino: Bilhete Único Pedido para a renovação do Bilhete Único de estudante foi efetuado, mas a SPTrans não envia o documento à leitora, matriculada em curso de design em escola de São Paulo. Resposta da SPTran Informa que a instituição de ensino ainda não enviou a matrícula da leitora e, por isso, o cadastro não foi liberado. - Queixa de Priscila Oliveira: TV quebrada Televisão da marca LG não funciona. Mesmo após pedido de assistência técnica, a leitora afirma que a empresa não entrou em contato para ajudá-la, nem confirma o pedido de agendamento de visita para conserto do aparelho. Resposta da LG Esclarece que resolveu o problema.
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Órgão estadual SPPrev pagou valores errados de pensão, diz leitorO leitor Nelson Adelino Pereira reclama o pagamento de valores atrasados da aposentadoria da mulher, a ex-servidora estadual de São Paulo Maria Beatriz Pereira, morta em 2014. De acordo com ele, a SPPrev (São Paulo Previdência) liberou valores abaixo do correto entre julho de 2014, quando Maria se aposentou, e novembro do ano passado, mês do falecimento dela. Segundo o leitor, a ex-servidora recebeu 1 salário mínimo mensal no período, mas o valor correto do pagamento deveria ser de R$ 1.412,74. Em fevereiro deste ano, conforme publicação no "Diário Oficial" do Estado de SP, foi determinado que o valor correto seria R$ 1.412,74. Resposta - A SPPrev afirma que já informou ao leitor quais são os documentos que devem ser apresentados ao órgão para que Pereira receba os valores devidos da aposentadoria da mulher. - Queixa de Ana Westphal: Cobrança indevida Empresa DHL Express Brasil cobra taxas sobre importação de livros alegando a presença de CDs e DVDs que não foram adquiridos com os produtos. Resposta da DHL Express Brasil Afirma ter entrado em contato com a leitora para esclarecer os procedimentos alfandegários e investigar as causas do problema relatado. - Queixa de Cibele Masotti: Barulho excessivo Festas com som alto durante a madrugada nas dependências do campus Perdizes da PUC-SP têm causado transtornos aos moradores da região. Resposta da PUC-SP Diz que tem sido invadida após o horário de fechamento por pessoas que vêm participar de festas e que está tentando solucionar o problema. - Queixa de Marta Fino: Bilhete Único Pedido para a renovação do Bilhete Único de estudante foi efetuado, mas a SPTrans não envia o documento à leitora, matriculada em curso de design em escola de São Paulo. Resposta da SPTran Informa que a instituição de ensino ainda não enviou a matrícula da leitora e, por isso, o cadastro não foi liberado. - Queixa de Priscila Oliveira: TV quebrada Televisão da marca LG não funciona. Mesmo após pedido de assistência técnica, a leitora afirma que a empresa não entrou em contato para ajudá-la, nem confirma o pedido de agendamento de visita para conserto do aparelho. Resposta da LG Esclarece que resolveu o problema.
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Guardiola diz que vai anunciar seu futuro no fim de semana
Mesmo com o Bayern de Munique na liderança do Campeonato Alemão, o técnico Josep Guardiola desconversou nesta sexta-feira (18) sobre seu futuro no clube e afirmou que a sua permanência será decidida apenas no fim de semana. Em entrevista coletiva, o treinador espanhol revelou que já conversou sobre o assunto com o presidente do Conselho Diretivo do Bayern, o ex-jogador Karl-Heinz Rummenigge. Desde o início da temporada, ficou decidido entre eles que a renovação seria negociada após o término do primeiro turno, quando o time de Munique enfrenta o Hannover fora de casa, no próximo sábado (19). Guardiola tem contrato com o clube bávaro até 30 de junho de 2016, mas já deixou no ar um certo tom de despedida. "Kalle [Karl-Heinz Rummenigge] sabe absolutamente de tudo. O clube, Rummenigge e eu já falamos e repetimos que só vamos falar alguma coisa depois do fim do jogo contra o Hannover, e é assim que vai ser", afirmou o técnico. Segundo a imprensa inglesa, a tendência é que Guardiola vá trabalhar na Inglaterra. O Manchester City sonha com o espanhol, e pode oferecer um salário de 15 milhões de libras (R$ 87 milhões) anuais. O Manchester United também quer o treinador, mas apenas para 2017, já que não pretende dispensar Louis van Gaal antes do fim do seu contrato. O Chelsea, que demitiu José Mourinho nesta quinta (17), é outra possibilidade. ELES FICAM Em meio às informações sobre a saída do técnico, o Bayern anunciou nesta sexta (18) a renovação dos contratos de Thomas Mueller, Jérôme Boateng e Javi Martínez até 2021, enquanto o veterano Xabi Alonso acrescentou mais um ano ao seu contrato (até a metade de 2017). O meia-atacante Mueller, cujo acordo anterior terminaria em 2019, é um dos principais nomes do time e vinha sendo cobiçado por quase todos os grandes clubes europeus nas últimas temporadas. Com Agências de Notícias
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Guardiola diz que vai anunciar seu futuro no fim de semanaMesmo com o Bayern de Munique na liderança do Campeonato Alemão, o técnico Josep Guardiola desconversou nesta sexta-feira (18) sobre seu futuro no clube e afirmou que a sua permanência será decidida apenas no fim de semana. Em entrevista coletiva, o treinador espanhol revelou que já conversou sobre o assunto com o presidente do Conselho Diretivo do Bayern, o ex-jogador Karl-Heinz Rummenigge. Desde o início da temporada, ficou decidido entre eles que a renovação seria negociada após o término do primeiro turno, quando o time de Munique enfrenta o Hannover fora de casa, no próximo sábado (19). Guardiola tem contrato com o clube bávaro até 30 de junho de 2016, mas já deixou no ar um certo tom de despedida. "Kalle [Karl-Heinz Rummenigge] sabe absolutamente de tudo. O clube, Rummenigge e eu já falamos e repetimos que só vamos falar alguma coisa depois do fim do jogo contra o Hannover, e é assim que vai ser", afirmou o técnico. Segundo a imprensa inglesa, a tendência é que Guardiola vá trabalhar na Inglaterra. O Manchester City sonha com o espanhol, e pode oferecer um salário de 15 milhões de libras (R$ 87 milhões) anuais. O Manchester United também quer o treinador, mas apenas para 2017, já que não pretende dispensar Louis van Gaal antes do fim do seu contrato. O Chelsea, que demitiu José Mourinho nesta quinta (17), é outra possibilidade. ELES FICAM Em meio às informações sobre a saída do técnico, o Bayern anunciou nesta sexta (18) a renovação dos contratos de Thomas Mueller, Jérôme Boateng e Javi Martínez até 2021, enquanto o veterano Xabi Alonso acrescentou mais um ano ao seu contrato (até a metade de 2017). O meia-atacante Mueller, cujo acordo anterior terminaria em 2019, é um dos principais nomes do time e vinha sendo cobiçado por quase todos os grandes clubes europeus nas últimas temporadas. Com Agências de Notícias
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Um passo atrás da dama cinzenta da mídia
Aconteceu no "New York Times". O cargo de "public editor", equivalente ao de ombudsman, foi extinto. A direção do jornal considerou que ele não é mais necessário. Interpreta que a função pode ser substituída por triagens de mensagens de leitores e pelo monitoramento de comentários nas redes sociais. "Nossos seguidores na mídia social e nossos leitores na internet constituem, juntos, uma forma moderna de fiscalização, mais vigilante e mais poderosa do que uma pessoa trabalhando sozinha jamais poderia ser. Nossa responsabilidade é aumentar o poder de todos esses fiscalizadores e ouvi-los, em lugar de canalizar suas vozes por meio de um único posto", justificou Arthur Sulzberger Jr., publisher do "NYT". A decisão da semana passada desencadeou um intenso debate sobre o valor de uma função que só foi abraçada pelo jornal em 2003, com o desgaste e o temor de perda de credibilidade após o escândalo Jayson Blair, repórter que ascendeu na casa com a publicação de entrevistas inventadas e notícias falsas. "A posição do editor público, criada após grave escândalo jornalístico, desempenhou um papel crucial na reconstrução da confiança de nossos leitores, agindo como o cão de guarda da casa. Acolhemos suas críticas, mesmo quando nos agulhava. Mas hoje os nossos seguidores em redes sociais e nossos leitores em toda a internet se uniram para atuar coletivamente como um cão de guarda moderno, mais vigilantes e fortes do que uma pessoa poderia ser", escreveu Sulzberger. As reações foram imediatas e negativas. A decisão e a justificava, pífia, foi condenada por críticos de mídia e jornalistas que cobrem o setor. Alguns chamaram de risivelmente infantil o pensamento de que seguidores nas redes sociais e contribuintes das seções de comentários possam exercer tecnicamente a vigilância proposta pelo publisher. Na última coluna, Liz Spayd, a ombudsman do "NYT", registrou a reação ruim dos leitores, que reclamam a existência de alguém com autoridade, perspectiva privilegiada e capacidade de exigir dos editores respostas e explicações. Ela lançou dúvida sobre os líderes do "NYT" estarem mesmo buscando um novo modelo ou, apenas, estarem cansados de ter a sabedoria do santuário interno desafiada. Na minha visão, o "NYT", conhecido por detratores de sua arrogância como "The Old Grey Lady (a velha dama cinzenta), caiu do salto. Tratou a função como se fosse um SAC (serviço de atendimento ao cliente). É muito mais do que isso. Em geral, o ombudsman é jornalista experiente e independente, com bagagem e ferramentas suficientes para oferecer nuances e perspectivas diferentes à Redação, propiciando um ambiente de saudável autocrítica, mais do que necessário em tempos de polarização da sociedade como vivem os EUA e o Brasil. Na sexta-feira, para dividir minha perplexidade, entrei em contato com ombudsmans do jornal inglês "The Guardian" e do espanhol "El País" e também com a crítica de mídia do "Washington Post". Dividiram comigo a surpresa com a demissão da colega e avaliaram o fato como danoso ao ambiente jornalístico. Margaret Sullivan, antecessora de Liz Spayd e hoje colunista de mídia do "Washington Post", disse-me que o "public editor" era capaz de fazer cumprir a pressão por acuidade da informação de modo que comentaristas e críticos de fora da Redação não podem fazê-lo. Ele está em posição privilegiada para obter respostas dos líderes da organização e insistir na prestação de contas, afirmou no Twitter. "Eu senti, ao exercer o cargo por quase quatro anos, que cumpri uma demanda objetiva e importante para os leitores e para o próprio 'Times'". Para Paul Chadwick, do "Guardian", o jornalismo que é examinado com a mesma minúcia com que examina outros poderes e instituições é mais forte e confiável. "Nestes tempos desafiadores para o jornalismo, o papel do ombudsman precisa se adaptar, mas continua relevante." A defensora dos leitores do "El País", Lola Galán, teme que haja um efeito dominó em outras organizações de imprensa. "Dada a importância e a repercussão do 'NYT', a dispensa do ombudsman pode ter consequências e levar outras empresas a tomar a mesma decisão." O leitor Jeferson Araújo Pereira pareceu desmontar a justificativa oficial do "NYT": "Os leitores não podem substituir o trabalho realizado pela ombudsman, por um motivo bem simples: eles não são jornalistas. A maioria dos leitores é 'achista'. Achismo é bem diferente de jornalismo. Espero que essa decisão (errada e ridícula) do 'NYT' não influencie a Folha. Não consigo imaginar a Folha sem a presença de um ombudsman", escreveu. Com a palavra, o editor-executivo Sérgio Dávila: "A Folha não tem planos de acabar com o cargo de ombudsman. É uma das marcas do jornal e parte importante de seu Projeto Editorial. Avaliada a distância, a decisão do 'New York Times' parece equivocada".
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Um passo atrás da dama cinzenta da mídiaAconteceu no "New York Times". O cargo de "public editor", equivalente ao de ombudsman, foi extinto. A direção do jornal considerou que ele não é mais necessário. Interpreta que a função pode ser substituída por triagens de mensagens de leitores e pelo monitoramento de comentários nas redes sociais. "Nossos seguidores na mídia social e nossos leitores na internet constituem, juntos, uma forma moderna de fiscalização, mais vigilante e mais poderosa do que uma pessoa trabalhando sozinha jamais poderia ser. Nossa responsabilidade é aumentar o poder de todos esses fiscalizadores e ouvi-los, em lugar de canalizar suas vozes por meio de um único posto", justificou Arthur Sulzberger Jr., publisher do "NYT". A decisão da semana passada desencadeou um intenso debate sobre o valor de uma função que só foi abraçada pelo jornal em 2003, com o desgaste e o temor de perda de credibilidade após o escândalo Jayson Blair, repórter que ascendeu na casa com a publicação de entrevistas inventadas e notícias falsas. "A posição do editor público, criada após grave escândalo jornalístico, desempenhou um papel crucial na reconstrução da confiança de nossos leitores, agindo como o cão de guarda da casa. Acolhemos suas críticas, mesmo quando nos agulhava. Mas hoje os nossos seguidores em redes sociais e nossos leitores em toda a internet se uniram para atuar coletivamente como um cão de guarda moderno, mais vigilantes e fortes do que uma pessoa poderia ser", escreveu Sulzberger. As reações foram imediatas e negativas. A decisão e a justificava, pífia, foi condenada por críticos de mídia e jornalistas que cobrem o setor. Alguns chamaram de risivelmente infantil o pensamento de que seguidores nas redes sociais e contribuintes das seções de comentários possam exercer tecnicamente a vigilância proposta pelo publisher. Na última coluna, Liz Spayd, a ombudsman do "NYT", registrou a reação ruim dos leitores, que reclamam a existência de alguém com autoridade, perspectiva privilegiada e capacidade de exigir dos editores respostas e explicações. Ela lançou dúvida sobre os líderes do "NYT" estarem mesmo buscando um novo modelo ou, apenas, estarem cansados de ter a sabedoria do santuário interno desafiada. Na minha visão, o "NYT", conhecido por detratores de sua arrogância como "The Old Grey Lady (a velha dama cinzenta), caiu do salto. Tratou a função como se fosse um SAC (serviço de atendimento ao cliente). É muito mais do que isso. Em geral, o ombudsman é jornalista experiente e independente, com bagagem e ferramentas suficientes para oferecer nuances e perspectivas diferentes à Redação, propiciando um ambiente de saudável autocrítica, mais do que necessário em tempos de polarização da sociedade como vivem os EUA e o Brasil. Na sexta-feira, para dividir minha perplexidade, entrei em contato com ombudsmans do jornal inglês "The Guardian" e do espanhol "El País" e também com a crítica de mídia do "Washington Post". Dividiram comigo a surpresa com a demissão da colega e avaliaram o fato como danoso ao ambiente jornalístico. Margaret Sullivan, antecessora de Liz Spayd e hoje colunista de mídia do "Washington Post", disse-me que o "public editor" era capaz de fazer cumprir a pressão por acuidade da informação de modo que comentaristas e críticos de fora da Redação não podem fazê-lo. Ele está em posição privilegiada para obter respostas dos líderes da organização e insistir na prestação de contas, afirmou no Twitter. "Eu senti, ao exercer o cargo por quase quatro anos, que cumpri uma demanda objetiva e importante para os leitores e para o próprio 'Times'". Para Paul Chadwick, do "Guardian", o jornalismo que é examinado com a mesma minúcia com que examina outros poderes e instituições é mais forte e confiável. "Nestes tempos desafiadores para o jornalismo, o papel do ombudsman precisa se adaptar, mas continua relevante." A defensora dos leitores do "El País", Lola Galán, teme que haja um efeito dominó em outras organizações de imprensa. "Dada a importância e a repercussão do 'NYT', a dispensa do ombudsman pode ter consequências e levar outras empresas a tomar a mesma decisão." O leitor Jeferson Araújo Pereira pareceu desmontar a justificativa oficial do "NYT": "Os leitores não podem substituir o trabalho realizado pela ombudsman, por um motivo bem simples: eles não são jornalistas. A maioria dos leitores é 'achista'. Achismo é bem diferente de jornalismo. Espero que essa decisão (errada e ridícula) do 'NYT' não influencie a Folha. Não consigo imaginar a Folha sem a presença de um ombudsman", escreveu. Com a palavra, o editor-executivo Sérgio Dávila: "A Folha não tem planos de acabar com o cargo de ombudsman. É uma das marcas do jornal e parte importante de seu Projeto Editorial. Avaliada a distância, a decisão do 'New York Times' parece equivocada".
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KFC lança sistema para vender frango frito por reconhecimento facial
A rede americana de fast food KFC lançou nesta semana na China um sistema de pagamento futurista por reconhecimento facial. A ação coincide com um uso cada vez mais frequente desta tecnologia no país asiático. Com o dispositivo implementado pela rede especializada em frango frito, os clientes de um restaurante da cidade de Hangzhou (leste do país) poderão fazer seus pedidos por meio de um terminal tátil sem a necessidade de tirar a carteira do bolso. O grupo Yum, proprietário das marcas KFC e Pizza Hut, entre outras, se associou com o sistema de pagamento móvel Alipay, do gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba, para criar essa nova tecnologia. De acordo com o grupo Yum, trata-se de uma "estreia mundial". O terminal de pedidos funciona comparando os rostos dos clientes com a foto que estão em suas contas do Alipay para validar o pagamento no totem. O reconhecimento facial tem sido aplicado com cada vez mais frequência em diversos setores na China. Já é empregado, por exemplo, no Templo do Céu, famoso lugar turístico de Pequim, para dissuadir quem rouba papel higiênico. A companhia aérea China Southern também já aplica esse tipo de serviço como substituição dos cartões de embarque dos passageiros. A automatização se destaca no Oriente Médio e em outras regiões continente asiático. O aeroporto de Changi, em Cingapura, considerado um dos melhores do mundo, quer um sistema de reconhecimento facial em um novo terminal que abrirá antes do fim deste ano.
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KFC lança sistema para vender frango frito por reconhecimento facialA rede americana de fast food KFC lançou nesta semana na China um sistema de pagamento futurista por reconhecimento facial. A ação coincide com um uso cada vez mais frequente desta tecnologia no país asiático. Com o dispositivo implementado pela rede especializada em frango frito, os clientes de um restaurante da cidade de Hangzhou (leste do país) poderão fazer seus pedidos por meio de um terminal tátil sem a necessidade de tirar a carteira do bolso. O grupo Yum, proprietário das marcas KFC e Pizza Hut, entre outras, se associou com o sistema de pagamento móvel Alipay, do gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba, para criar essa nova tecnologia. De acordo com o grupo Yum, trata-se de uma "estreia mundial". O terminal de pedidos funciona comparando os rostos dos clientes com a foto que estão em suas contas do Alipay para validar o pagamento no totem. O reconhecimento facial tem sido aplicado com cada vez mais frequência em diversos setores na China. Já é empregado, por exemplo, no Templo do Céu, famoso lugar turístico de Pequim, para dissuadir quem rouba papel higiênico. A companhia aérea China Southern também já aplica esse tipo de serviço como substituição dos cartões de embarque dos passageiros. A automatização se destaca no Oriente Médio e em outras regiões continente asiático. O aeroporto de Changi, em Cingapura, considerado um dos melhores do mundo, quer um sistema de reconhecimento facial em um novo terminal que abrirá antes do fim deste ano.
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Vamos dar trabalho no Mundial, dizem brasileiros do time de Felipão
Robinho, ex-Santos, Paulinho, ex-Corinthians, Ricardo Goulart, ex-Cruzeiro, e Elkeson, ex-Botafogo, são alguns dos brasileiros do time chinês Guangzhou Evergrande, comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que estreia às 5h deste domingo (13), contra o América do México, no Mundial de Clubes da Fifa. Se vencer o clube mexicano, pelas quartas de final, em Osaka, no Japão, o time de Felipão –campeão da Liga dos Campeões da Ásia– terá ninguém menos que o poderoso Barcelona pela frente, na semifinal. Em entrevista à Folha, os atacantes Elkeson e Alan, do Evergrande, reconhecem as limitações do elenco, mas se mostram confiantes com o crescimento do futebol chinês nos últimos anos e dizem que a equipe vai dar trabalho aos adversários no Mundial. "O Guangzhou não chega ao Mundial como favorito, mas queremos ir embora daqui com a sensação de que fizemos um bom trabalho", afirma Elkeson. "O América do México é um adversário forte, mas temos totais condições de ganhar", diz Alan, ex-Fluminense. Para isso, os jogadores do clube chinês contam com a preparação do experiente técnico Felipão, campeão do mundo à frente da seleção brasileira na Copa de 2002. "A chegada dele deu o gás que precisávamos para conquistar títulos. Antes, sentíamos que o time não estava desempenhando em campo todo o potencial que tinha", diz Elkeson. Dentro de campo, os brasileiros garantem estarem entrosados com os atletas chineses e afirmam que nem mesmo a comunicação é um problema. "Sabemos algumas poucas palavras em chinês e conseguimos nos entender", explica Alan. Os brasileiros contam que, apesar do estranhamento inicial provocado pela diferença cultural, logo se adaptaram ao estilo de vida da China e foram bem recebidos pelos outros atletas, que têm interesse em aprender e trocar experiências com os jogadores estrangeiros. Para Elkeson, o futebol chinês está crescendo e em evolução e, em alguns anos, "fará papel bonito" em competições internacionais. "É impressionante o fanatismo deles. Nos jogos em casa não atuamos com menos de 40 mil pessoas no estádio", diz. Apesar de estarem bem adaptados, a distância e a saudade da família que mora no Brasil continuam sendo desafio aos brasileiros. "Minha mulher está grávida e não estou podendo acompanhar esses meses de gestação porque ela já retornou ao Brasil", conta Alan. Para o Mundial, no entanto, os brasileiros garantem estarem focados e esperam surpreender os rivais. "Enfrentar o Barcelona na semifinal e fazer um bom jogo seria ótimo para o nosso clube", afirma Alan. Além do Evergrande, do América do México (campeão da Liga dos Campeões da Concacaf) e do Barcelona (campeão da Liga dos Campeões da Europa), o Mundial conta na outra chave com o River Plate (campeão da Libertadores), que irá enfrentar o vencedor de Mazembe (campeão da Liga dos Campeões da África) e Sanfrecce Hiroshima (campeão japonês).
esporte
Vamos dar trabalho no Mundial, dizem brasileiros do time de FelipãoRobinho, ex-Santos, Paulinho, ex-Corinthians, Ricardo Goulart, ex-Cruzeiro, e Elkeson, ex-Botafogo, são alguns dos brasileiros do time chinês Guangzhou Evergrande, comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, que estreia às 5h deste domingo (13), contra o América do México, no Mundial de Clubes da Fifa. Se vencer o clube mexicano, pelas quartas de final, em Osaka, no Japão, o time de Felipão –campeão da Liga dos Campeões da Ásia– terá ninguém menos que o poderoso Barcelona pela frente, na semifinal. Em entrevista à Folha, os atacantes Elkeson e Alan, do Evergrande, reconhecem as limitações do elenco, mas se mostram confiantes com o crescimento do futebol chinês nos últimos anos e dizem que a equipe vai dar trabalho aos adversários no Mundial. "O Guangzhou não chega ao Mundial como favorito, mas queremos ir embora daqui com a sensação de que fizemos um bom trabalho", afirma Elkeson. "O América do México é um adversário forte, mas temos totais condições de ganhar", diz Alan, ex-Fluminense. Para isso, os jogadores do clube chinês contam com a preparação do experiente técnico Felipão, campeão do mundo à frente da seleção brasileira na Copa de 2002. "A chegada dele deu o gás que precisávamos para conquistar títulos. Antes, sentíamos que o time não estava desempenhando em campo todo o potencial que tinha", diz Elkeson. Dentro de campo, os brasileiros garantem estarem entrosados com os atletas chineses e afirmam que nem mesmo a comunicação é um problema. "Sabemos algumas poucas palavras em chinês e conseguimos nos entender", explica Alan. Os brasileiros contam que, apesar do estranhamento inicial provocado pela diferença cultural, logo se adaptaram ao estilo de vida da China e foram bem recebidos pelos outros atletas, que têm interesse em aprender e trocar experiências com os jogadores estrangeiros. Para Elkeson, o futebol chinês está crescendo e em evolução e, em alguns anos, "fará papel bonito" em competições internacionais. "É impressionante o fanatismo deles. Nos jogos em casa não atuamos com menos de 40 mil pessoas no estádio", diz. Apesar de estarem bem adaptados, a distância e a saudade da família que mora no Brasil continuam sendo desafio aos brasileiros. "Minha mulher está grávida e não estou podendo acompanhar esses meses de gestação porque ela já retornou ao Brasil", conta Alan. Para o Mundial, no entanto, os brasileiros garantem estarem focados e esperam surpreender os rivais. "Enfrentar o Barcelona na semifinal e fazer um bom jogo seria ótimo para o nosso clube", afirma Alan. Além do Evergrande, do América do México (campeão da Liga dos Campeões da Concacaf) e do Barcelona (campeão da Liga dos Campeões da Europa), o Mundial conta na outra chave com o River Plate (campeão da Libertadores), que irá enfrentar o vencedor de Mazembe (campeão da Liga dos Campeões da África) e Sanfrecce Hiroshima (campeão japonês).
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Folha acompanha ao vivo entrega da premiação do Emmy neste domingo
A partir das 20h deste domingo (17), a Folha acompanha ao vivo o tapete vermelho e, logo depois, a entrega da 69ª premiação do Emmy, principal prêmio da televisão americana. Sem "Game of Thrones" ou "Twin Peaks", que estrearam muito tarde suas temporadas e perderam o prazo para participar da premiação, séries como "Westworld" e "This Is Us" ganharam mais espaço entre os indicados. Participam da cobertura a colunista de séries e editora de "Mundo" Luciana Coelho, Tony Goes (colunista do Multitela e do site F5), Pedro Diniz (jornalista especializado em moda) e Gustavo Fioratti, repórter da "Ilustrada". Confira a cobertura pelo link.
ilustrada
Folha acompanha ao vivo entrega da premiação do Emmy neste domingoA partir das 20h deste domingo (17), a Folha acompanha ao vivo o tapete vermelho e, logo depois, a entrega da 69ª premiação do Emmy, principal prêmio da televisão americana. Sem "Game of Thrones" ou "Twin Peaks", que estrearam muito tarde suas temporadas e perderam o prazo para participar da premiação, séries como "Westworld" e "This Is Us" ganharam mais espaço entre os indicados. Participam da cobertura a colunista de séries e editora de "Mundo" Luciana Coelho, Tony Goes (colunista do Multitela e do site F5), Pedro Diniz (jornalista especializado em moda) e Gustavo Fioratti, repórter da "Ilustrada". Confira a cobertura pelo link.
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A janela da vizinha
Essa foi uma história de quando meu pai era pequeno. Um dia, ele estava conversando com os amigos num terreno baldio na frente da sua casa. Os meninos estavam jogando pedras na casa da vizinha. De repente, ouviram um barulho de vidro sendo quebrado. Os amigos sabiam que estavam encrencados e deram no pinote. Só sobrou meu pai, que não sabia que raios estava acontecendo e nem tinha ouvido o tal barulho. A vizinha veio bufando de raiva atrás dele com a maior bronca. Meu pai foi choramingando para casa e contou tudo para a minha avó, que o colocou de castigo. No quarto, ele olhou pela janela e viu que seus amigos tinham fugido da vizinha e se escondido no quintal de sua casa! Quando o meu avô voltou do trabalho, ficou muito bravo com meu pai e o mandou pagar a vidraça no dia seguinte. Ele foi para a casa da vizinha com sua mesada, mas a mulher disse que não precisava pagar, que estava perdoado. Ele pode não ter pago a vidraça, mas pagou o maior mico! LUCAS SANTO AMORE, 10, colunista da "Folhinha"
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A janela da vizinhaEssa foi uma história de quando meu pai era pequeno. Um dia, ele estava conversando com os amigos num terreno baldio na frente da sua casa. Os meninos estavam jogando pedras na casa da vizinha. De repente, ouviram um barulho de vidro sendo quebrado. Os amigos sabiam que estavam encrencados e deram no pinote. Só sobrou meu pai, que não sabia que raios estava acontecendo e nem tinha ouvido o tal barulho. A vizinha veio bufando de raiva atrás dele com a maior bronca. Meu pai foi choramingando para casa e contou tudo para a minha avó, que o colocou de castigo. No quarto, ele olhou pela janela e viu que seus amigos tinham fugido da vizinha e se escondido no quintal de sua casa! Quando o meu avô voltou do trabalho, ficou muito bravo com meu pai e o mandou pagar a vidraça no dia seguinte. Ele foi para a casa da vizinha com sua mesada, mas a mulher disse que não precisava pagar, que estava perdoado. Ele pode não ter pago a vidraça, mas pagou o maior mico! LUCAS SANTO AMORE, 10, colunista da "Folhinha"
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Com Calleri, Argentina anuncia 35 pré-convocados para a Olimpíada
DO UOL O técnico Gerardo Martino anunciou nesta terça-feira (24) os nomes de 35 jogadores pré-convocados para defender a Argentina no futebol masculino nos Jogos Olímpicos de 2016. Dois atletas que atuam no Brasil estão na lista: o atacante Jonathan Calleri, do São Paulo, e o volante Lucas Romero, do Cruzeiro. Desta relação preliminar, 17 jogadores ainda terão que ser cortados até 14 de julho para chegar ao número de 18 atletas que formarão o elenco final. Se Lucas Romero for confirmado na lista final, pode desfalcar o Cruzeiro por até cinco rodadas no Campeonato Brasileiro —o futebol na Olimpíada vai de 4 a 20 de agosto. O mesmo pode acontecer com Calleri, 22, se ele ainda for jogador do São Paulo. O atual contrato do atacante vai até 30 de junho e tem uma cláusula de extensão automática até o fim de julho, graças à classificação do clube tricolor para a semifinal da Libertadores. O atacante Paulo Dybala, da Juventus-ITA, está na lista. Porém, ele já afirmou que seu clube vetou sua participação na Rio-2016. A inclusão do atleta indica que a federação argentina ainda tentará mudar a decisão dos italianos. Os três jogadores acima de 23 anos na lista são o goleiro Gerónimo Rulli, da Real Sociedad-ESP, e os zagueiros Ramiro Funes Mori, do Everton-ING, e Mateo Musacchio, do Villarreal-ESP. A Argentina está no Grupo D do futebol masculino, ao lado de Portugal, Argélia e Honduras. A estreia acontece contra os portugueses, em 4 de agosto. CONFIRA OS 35 PRÉ-CONVOCADOS DA ARGENTINA: Goleiros: Gerónimo Rulli (Real Sociedad-ESP), Axel Werner (Atlético Rafaela-ARG), Augusto Batalla (River Plate-ARG) e Ezequial Unsain (Newell's Old Boys-ARG) Defensores: José Luis Gómez (Lanús-ARG), Víctor Salazar (Rosario Central-ARG), Mateo Musacchio (Villarreal-ESP), Jonathan Maidana (River Plate-ARG), Emanuel Mammana (River Plate-ARG), Ramiro Funes Mori (Everton-ING), Víctor Cuesta (Independiente-ARG), Lautaro Gianetti (Vélez Sarsfield-ARG), Jonathan Silva (Boca Juniors-ARG), Alexis Soto (Banfield-ARG) e Lendro Vega (River Plate-ARG) Meio-campistas: Matías Kranevitter (Atlético de Madri-ESP), Mauricio Martínez (Unión de Santa Fe-ARG), Santiago Ascacibar (Estudiantes-ARG),Leandro Paredes (Empoli-ITA), Lucas Romero (Cruzeiro), Iván Rossi (Banfield-ARG), Giovani Locelso (Rosario Central-ARG), Manuel Lanzini (West Ham-ING) e Franco Cervi (Rosario Central-ARG) Atacantes: Ángel Correa (Atlético de Madri-ARG), Joaquín Correa (Sampdoria-ITA), Emiliano Rigoni (Independiente-ARG), Cristian Espinoza (Huracán-ARG), Cristian Pavón (Boca Juniors-ARG), Martín Benítez (Independiente-ARG), Paulo Dybala (Juventus-ITA), Mauro Icardi (Inter de Milão-ITA), Luciano Vietto (Atlético de Madri-ESP), Jonathan Calleri (São Paulo) e Giovanni Simeone (Banfield-ARG)
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Com Calleri, Argentina anuncia 35 pré-convocados para a Olimpíada DO UOL O técnico Gerardo Martino anunciou nesta terça-feira (24) os nomes de 35 jogadores pré-convocados para defender a Argentina no futebol masculino nos Jogos Olímpicos de 2016. Dois atletas que atuam no Brasil estão na lista: o atacante Jonathan Calleri, do São Paulo, e o volante Lucas Romero, do Cruzeiro. Desta relação preliminar, 17 jogadores ainda terão que ser cortados até 14 de julho para chegar ao número de 18 atletas que formarão o elenco final. Se Lucas Romero for confirmado na lista final, pode desfalcar o Cruzeiro por até cinco rodadas no Campeonato Brasileiro —o futebol na Olimpíada vai de 4 a 20 de agosto. O mesmo pode acontecer com Calleri, 22, se ele ainda for jogador do São Paulo. O atual contrato do atacante vai até 30 de junho e tem uma cláusula de extensão automática até o fim de julho, graças à classificação do clube tricolor para a semifinal da Libertadores. O atacante Paulo Dybala, da Juventus-ITA, está na lista. Porém, ele já afirmou que seu clube vetou sua participação na Rio-2016. A inclusão do atleta indica que a federação argentina ainda tentará mudar a decisão dos italianos. Os três jogadores acima de 23 anos na lista são o goleiro Gerónimo Rulli, da Real Sociedad-ESP, e os zagueiros Ramiro Funes Mori, do Everton-ING, e Mateo Musacchio, do Villarreal-ESP. A Argentina está no Grupo D do futebol masculino, ao lado de Portugal, Argélia e Honduras. A estreia acontece contra os portugueses, em 4 de agosto. CONFIRA OS 35 PRÉ-CONVOCADOS DA ARGENTINA: Goleiros: Gerónimo Rulli (Real Sociedad-ESP), Axel Werner (Atlético Rafaela-ARG), Augusto Batalla (River Plate-ARG) e Ezequial Unsain (Newell's Old Boys-ARG) Defensores: José Luis Gómez (Lanús-ARG), Víctor Salazar (Rosario Central-ARG), Mateo Musacchio (Villarreal-ESP), Jonathan Maidana (River Plate-ARG), Emanuel Mammana (River Plate-ARG), Ramiro Funes Mori (Everton-ING), Víctor Cuesta (Independiente-ARG), Lautaro Gianetti (Vélez Sarsfield-ARG), Jonathan Silva (Boca Juniors-ARG), Alexis Soto (Banfield-ARG) e Lendro Vega (River Plate-ARG) Meio-campistas: Matías Kranevitter (Atlético de Madri-ESP), Mauricio Martínez (Unión de Santa Fe-ARG), Santiago Ascacibar (Estudiantes-ARG),Leandro Paredes (Empoli-ITA), Lucas Romero (Cruzeiro), Iván Rossi (Banfield-ARG), Giovani Locelso (Rosario Central-ARG), Manuel Lanzini (West Ham-ING) e Franco Cervi (Rosario Central-ARG) Atacantes: Ángel Correa (Atlético de Madri-ARG), Joaquín Correa (Sampdoria-ITA), Emiliano Rigoni (Independiente-ARG), Cristian Espinoza (Huracán-ARG), Cristian Pavón (Boca Juniors-ARG), Martín Benítez (Independiente-ARG), Paulo Dybala (Juventus-ITA), Mauro Icardi (Inter de Milão-ITA), Luciano Vietto (Atlético de Madri-ESP), Jonathan Calleri (São Paulo) e Giovanni Simeone (Banfield-ARG)
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Salvo do incêndio
RIO DE JANEIRO - "Em março de 2013, sete sobrados da rua Buenos Aires [no Centro da cidade] viraram cinzas", recordou a repórter Ludmilla de Lima esta semana no "Globo". "Um incêndio de grandes proporções lambeu quase um quarteirão inteiro. Dos casarões, seis eram preservados pelo município e datavam da virada do século 19 para o 20. Paredes, janelas, sacadas e telhados foram consumidos pelo fogo. As cenas mostravam um patrimônio perdido para sempre." Os sobrados pertenciam ao superarmarinho Caçula. Seu proprietário Marco Antonio de Castro (sem parentesco com este colunista) passou uma semana em choque. Mas, aos poucos, se refez e decidiu reconstituir os prédios -fachadas, tetos e interiores- exatamente como eram. Custou-lhe dois anos e R$ 20 milhões, mas ele conseguiu. O histórico conjunto arquitetônico, com seus relevos e cores originais, ficou pronto e até já abriu as portas -informa, feliz, Ludmilla. Não conheço Marco Antonio, mas sua atitude não me surpreende. Por acaso, temos o mesmo dentista, o Dr. Américo Soeiro, aqui no Leblon. Certo dia, em conversa com ele, Américo mencionou de passagem que eu usava um dentifrício americano especial para quem se submeteu à radioterapia, difícil de encontrar no Brasil. Marco Antonio disse que estava indo para Nova York e ofereceu-se para me trazer -para mim, com quem nunca trocara uma palavra- uma dúzia de tubos. E trouxe. Mas guardou-os em seu escritório, à espera de uma visita a Américo. Dias depois, houve o incêndio, e minhas pastas derreteram na destruição geral. Exceto, inexplicavelmente, um tubo. Tubo este que, dali a tempos, chegou-me às mãos, com a caixa só de leve chamuscada. Uma pessoa que, em meio a uma tragédia pessoal, é capaz de tal gentileza, não deixaria o fogo destruir um patrimônio de sua cidade.
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Salvo do incêndioRIO DE JANEIRO - "Em março de 2013, sete sobrados da rua Buenos Aires [no Centro da cidade] viraram cinzas", recordou a repórter Ludmilla de Lima esta semana no "Globo". "Um incêndio de grandes proporções lambeu quase um quarteirão inteiro. Dos casarões, seis eram preservados pelo município e datavam da virada do século 19 para o 20. Paredes, janelas, sacadas e telhados foram consumidos pelo fogo. As cenas mostravam um patrimônio perdido para sempre." Os sobrados pertenciam ao superarmarinho Caçula. Seu proprietário Marco Antonio de Castro (sem parentesco com este colunista) passou uma semana em choque. Mas, aos poucos, se refez e decidiu reconstituir os prédios -fachadas, tetos e interiores- exatamente como eram. Custou-lhe dois anos e R$ 20 milhões, mas ele conseguiu. O histórico conjunto arquitetônico, com seus relevos e cores originais, ficou pronto e até já abriu as portas -informa, feliz, Ludmilla. Não conheço Marco Antonio, mas sua atitude não me surpreende. Por acaso, temos o mesmo dentista, o Dr. Américo Soeiro, aqui no Leblon. Certo dia, em conversa com ele, Américo mencionou de passagem que eu usava um dentifrício americano especial para quem se submeteu à radioterapia, difícil de encontrar no Brasil. Marco Antonio disse que estava indo para Nova York e ofereceu-se para me trazer -para mim, com quem nunca trocara uma palavra- uma dúzia de tubos. E trouxe. Mas guardou-os em seu escritório, à espera de uma visita a Américo. Dias depois, houve o incêndio, e minhas pastas derreteram na destruição geral. Exceto, inexplicavelmente, um tubo. Tubo este que, dali a tempos, chegou-me às mãos, com a caixa só de leve chamuscada. Uma pessoa que, em meio a uma tragédia pessoal, é capaz de tal gentileza, não deixaria o fogo destruir um patrimônio de sua cidade.
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Estudioso da inovação será chefe de economia do Banco Mundial
O norte-americano Paul Romer substituirá Kaushik Basu no posto de economista-chefe do Banco Mundial. A informação foi confirmada por diretores da instituição, apesar de não ser oficial. Romer, defensor de investimentos em capital humano, deverá ser apresentado ao conselho do banco nesta segunda-feira (18), e sua confirmação é esperada nesta semana. O economista só assumirá o cargo no final do ano. Professor da Universidade de Nova York, Romer pesquisou o poder das cidades em transformar suas economias, especialmente nos países em desenvolvimento. Um de seus estudos mais importantes defendeu o "crescimento endógeno", a tese de que o conhecimento e a inovação podem estimular o crescimento econômico. Foi o que o economista detectou na cidade de Shenzhen, que se tornou um "laboratório vivo" de mudanças que promoveram o desenvolvimento local e depois marcaram a rápida expansão da economia da China. Economistas consideram que o Banco Mundial escolheu uma "voz provocativa". "A habilidade em recrutar Romer reflete um ganho de reputação em um momento em que o banco é visto como mais ativista e relevante diante de temas urgentes", disse Scott Morris, ex-oficial do Tesouro dos EUA.
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Estudioso da inovação será chefe de economia do Banco MundialO norte-americano Paul Romer substituirá Kaushik Basu no posto de economista-chefe do Banco Mundial. A informação foi confirmada por diretores da instituição, apesar de não ser oficial. Romer, defensor de investimentos em capital humano, deverá ser apresentado ao conselho do banco nesta segunda-feira (18), e sua confirmação é esperada nesta semana. O economista só assumirá o cargo no final do ano. Professor da Universidade de Nova York, Romer pesquisou o poder das cidades em transformar suas economias, especialmente nos países em desenvolvimento. Um de seus estudos mais importantes defendeu o "crescimento endógeno", a tese de que o conhecimento e a inovação podem estimular o crescimento econômico. Foi o que o economista detectou na cidade de Shenzhen, que se tornou um "laboratório vivo" de mudanças que promoveram o desenvolvimento local e depois marcaram a rápida expansão da economia da China. Economistas consideram que o Banco Mundial escolheu uma "voz provocativa". "A habilidade em recrutar Romer reflete um ganho de reputação em um momento em que o banco é visto como mais ativista e relevante diante de temas urgentes", disse Scott Morris, ex-oficial do Tesouro dos EUA.
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Erramos: Tancredo Neves previa gastar toda sua popularidade em três meses
Diferentemente do informado no texto "Tancredo Neves previa gastar toda sua popularidade em três meses", publicado na versão impressa e no site da Folha (Poder - 15/03/2015 - 02h00), o Cadillac conversível do qual Tancredo Neves saudou a multidão em Belém pertencia ao governo do Pará havia 34 anos, e não 44. O texto foi corrigido.
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Erramos: Tancredo Neves previa gastar toda sua popularidade em três mesesDiferentemente do informado no texto "Tancredo Neves previa gastar toda sua popularidade em três meses", publicado na versão impressa e no site da Folha (Poder - 15/03/2015 - 02h00), o Cadillac conversível do qual Tancredo Neves saudou a multidão em Belém pertencia ao governo do Pará havia 34 anos, e não 44. O texto foi corrigido.
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Helicóptero sobrevoa Supremo e sede do governo; Maduro fala em ataque
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (27) que um helicóptero da polícia lançou quatro granadas contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e disparou 15 tiros contra o Ministério do Interior e Justiça, ambos em Caracas. O mandatário classificou o episódio de "ataque terrorista". Imagens divulgadas em redes sociais mostram a aeronave também sobrevoando o Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano. Não há, porém, até o momento, informações sobre vítimas. Os arredores do Palácio Miraflores foram fechados após o sobrevoo. Segundo relatos, tanques se dirigiram para a região da sede do governo. Maduro afirmou que o helicóptero que atacou o TSJ pertence à polícia científica venezuelana. "Havia no TSJ uma atividade social, poderia ter sido uma tragédia. Atiraram contra o Tribunal Supremo de Justiça e depois sobrevoaram o Ministério de Interior e Justiça. Esse é o tipo de escalada armada que venho denunciando", disse Maduro, acrescentando que uma das granadas não explodiu. O presidente informou que a aeronave era conduzida por um homem que foi piloto de seu ex-ministro do Interior e Justiça Miguel Rodríguez Torres. Ele seria o policial científico Óscar Pérez, que Maduro acusa de envolvimento em um plano para derrubá-lo. Nas imagens é possível observar duas pessoas no helicóptero, sendo que uma está com o rosto coberto. Veja vídeo Pérez divulgou um vídeo nesta terça, em que aparece com roupas militares e em frente a um grupo de homens encapuzados e portando metralhadoras. No vídeo, diz não pertencer a nenhum grupo político específico, mas sim a uma "coalizão" de civis e militares que luta "contra a tirania". "Somos contra este governo transitório criminoso. (...) Somos nacionalistas, patriotas e defensores das instituições (...). Pedimos que nos acompanhem nesta luta, vamos às ruas (...). Nossa missão é viver a serviço do povo." A pessoa encapuzada no helicóptero segurava um cartaz onde era possível ler "350 Liberdade", que seria uma referência ao artigo da Constituição de mesmo número. Este diz que "o povo da Venezuela, fiel à sua tradição republicana e sua luta pela independência, paz e liberdade, deve repudiar qualquer regime, legislação ou autoridade que viole os valores, princípios e garantias democráticas ou usurpe os direitos humanos". Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos exigindo sua saída e que já deixou 76 mortos. CERCO À ASSEMBLEIA Segundo o jornal "El Nacional", manifestantes chavistas fecharam durante quatro horas a saída da Assembleia Nacional, em Caracas. Até se desmobilizar, o grupo impediu que deputados, jornalistas e todos que estavam na sede do Legislativo de deixar o prédio. Líderes da oposição convocaram para esta quarta-feira (28) bloqueios temporários de vias no país para protestar contra o governo.
mundo
Helicóptero sobrevoa Supremo e sede do governo; Maduro fala em ataqueO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (27) que um helicóptero da polícia lançou quatro granadas contra a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e disparou 15 tiros contra o Ministério do Interior e Justiça, ambos em Caracas. O mandatário classificou o episódio de "ataque terrorista". Imagens divulgadas em redes sociais mostram a aeronave também sobrevoando o Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano. Não há, porém, até o momento, informações sobre vítimas. Os arredores do Palácio Miraflores foram fechados após o sobrevoo. Segundo relatos, tanques se dirigiram para a região da sede do governo. Maduro afirmou que o helicóptero que atacou o TSJ pertence à polícia científica venezuelana. "Havia no TSJ uma atividade social, poderia ter sido uma tragédia. Atiraram contra o Tribunal Supremo de Justiça e depois sobrevoaram o Ministério de Interior e Justiça. Esse é o tipo de escalada armada que venho denunciando", disse Maduro, acrescentando que uma das granadas não explodiu. O presidente informou que a aeronave era conduzida por um homem que foi piloto de seu ex-ministro do Interior e Justiça Miguel Rodríguez Torres. Ele seria o policial científico Óscar Pérez, que Maduro acusa de envolvimento em um plano para derrubá-lo. Nas imagens é possível observar duas pessoas no helicóptero, sendo que uma está com o rosto coberto. Veja vídeo Pérez divulgou um vídeo nesta terça, em que aparece com roupas militares e em frente a um grupo de homens encapuzados e portando metralhadoras. No vídeo, diz não pertencer a nenhum grupo político específico, mas sim a uma "coalizão" de civis e militares que luta "contra a tirania". "Somos contra este governo transitório criminoso. (...) Somos nacionalistas, patriotas e defensores das instituições (...). Pedimos que nos acompanhem nesta luta, vamos às ruas (...). Nossa missão é viver a serviço do povo." A pessoa encapuzada no helicóptero segurava um cartaz onde era possível ler "350 Liberdade", que seria uma referência ao artigo da Constituição de mesmo número. Este diz que "o povo da Venezuela, fiel à sua tradição republicana e sua luta pela independência, paz e liberdade, deve repudiar qualquer regime, legislação ou autoridade que viole os valores, princípios e garantias democráticas ou usurpe os direitos humanos". Maduro enfrenta desde 1º de abril uma onda de protestos exigindo sua saída e que já deixou 76 mortos. CERCO À ASSEMBLEIA Segundo o jornal "El Nacional", manifestantes chavistas fecharam durante quatro horas a saída da Assembleia Nacional, em Caracas. Até se desmobilizar, o grupo impediu que deputados, jornalistas e todos que estavam na sede do Legislativo de deixar o prédio. Líderes da oposição convocaram para esta quarta-feira (28) bloqueios temporários de vias no país para protestar contra o governo.
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Doria cumpre promessa e aumenta velocidade das marginais em janeiro
A equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) apresentou na manhã desta terça-feira (20) o plano para o aumento dos limites de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros a partir de 25 de janeiro de 2017. O plano também anuncia o uso de lombofaixas e radares-pistola para fiscalizar motos. Batizado de Marginal Segura, o plano mantém o limite de velocidade de 50 km/h para uma das faixas da pista local. As outras faixas da pista local voltam a 60 km/h –experiência inédita em via de tal porte na cidade e questionada por especialistas. Já a central vai de 60 km/h para 70 km/h e a expressa de 70 km/h para 90 km/h. Para os veículos pesados, a velocidade máxima será de 50 km/h em toda a pista local. Nas pistas central e expressa, o limite para esses veículos será de 60 km/h. No Código de Trânsito Brasileiro, não há disciplina sobre diferentes limites por faixas de uma mesma via, e não há registro de experiência similar em via de grande porte na cidade de São Paulo. A lei estabelece apenas que, quando uma pista comportar várias faixas no mesmo sentido, as da direita são destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, e as da esquerda servem à ultrapassagem e ao deslocamento de veículos de maior velocidade. Especialistas em trânsito avaliam que essa medida pode causar confusão para os motoristas e gerar multas em casos de conversões de faixas. Será preciso intensificar campanhas e implementar placas e sinais de orientação aos motoristas. Nas pistas central e expressa, serão mantidos os atuais pontos de redução de velocidade, como em trechos de curvas mais acentuadas, por exemplo. Nesses pontos da expressa, por exemplo, o limite máximo recua de 90 km/h para os limites de velocidade já em vigor para esses locais, enquanto na central é reduzido de 70 km/h para 60 km/h. "Estamos convictos de que é possível readequar as velocidades porque as pistas das marginais foram projetadas para estas velocidades", afirmou o futuro secretário municipal dos Transportes, Sergio Avelleda. "Ressaltando que faremos todos os esforços para mitigar os demais riscos hoje presentes nas marginais". Antes de os limites serem aumentados, haverá um programa de adaptação das marginais, que ocorrerá a partir do dia 2 de janeiro. Entre as mudanças prometidas pela gestão Doria, estão melhoria na sinalização para pedestre, que inclui 17 lombofaixas. A equipe de Doria também promete aumentar a fiscalização de camelôs e motociclistas nas vias. A equipe do tucano anunciou que os radares-pistola voltarão a ser usados nas vias, exclusivamente para fiscalizar motos –a gestão Fernando Haddad (PT) afirma que parou de utilizar esse tipo de fiscalização. Durante a campanha, Doria prometeu restabelecer os limites de velocidade em 60 km/h (pista local), 70 km/h (central) e 90 km/h (expressa) assim que assumisse. Assim que foi eleito, Doria passou a ser pressionado por diversas entidades da sociedade civil a manter os novos limites criados por Haddad. O desafio da nova gestão será conciliar esse aumento das velocidades com a queda das mortes em acidentes alcançada após a redução dos limites adotada por Haddad. Um ano depois de a medida entrar em vigor, a soma de acidentes fatais nas duas vias caiu pela metade. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes. Mortes no trânsito
cotidiano
Doria cumpre promessa e aumenta velocidade das marginais em janeiroA equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) apresentou na manhã desta terça-feira (20) o plano para o aumento dos limites de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros a partir de 25 de janeiro de 2017. O plano também anuncia o uso de lombofaixas e radares-pistola para fiscalizar motos. Batizado de Marginal Segura, o plano mantém o limite de velocidade de 50 km/h para uma das faixas da pista local. As outras faixas da pista local voltam a 60 km/h –experiência inédita em via de tal porte na cidade e questionada por especialistas. Já a central vai de 60 km/h para 70 km/h e a expressa de 70 km/h para 90 km/h. Para os veículos pesados, a velocidade máxima será de 50 km/h em toda a pista local. Nas pistas central e expressa, o limite para esses veículos será de 60 km/h. No Código de Trânsito Brasileiro, não há disciplina sobre diferentes limites por faixas de uma mesma via, e não há registro de experiência similar em via de grande porte na cidade de São Paulo. A lei estabelece apenas que, quando uma pista comportar várias faixas no mesmo sentido, as da direita são destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, e as da esquerda servem à ultrapassagem e ao deslocamento de veículos de maior velocidade. Especialistas em trânsito avaliam que essa medida pode causar confusão para os motoristas e gerar multas em casos de conversões de faixas. Será preciso intensificar campanhas e implementar placas e sinais de orientação aos motoristas. Nas pistas central e expressa, serão mantidos os atuais pontos de redução de velocidade, como em trechos de curvas mais acentuadas, por exemplo. Nesses pontos da expressa, por exemplo, o limite máximo recua de 90 km/h para os limites de velocidade já em vigor para esses locais, enquanto na central é reduzido de 70 km/h para 60 km/h. "Estamos convictos de que é possível readequar as velocidades porque as pistas das marginais foram projetadas para estas velocidades", afirmou o futuro secretário municipal dos Transportes, Sergio Avelleda. "Ressaltando que faremos todos os esforços para mitigar os demais riscos hoje presentes nas marginais". Antes de os limites serem aumentados, haverá um programa de adaptação das marginais, que ocorrerá a partir do dia 2 de janeiro. Entre as mudanças prometidas pela gestão Doria, estão melhoria na sinalização para pedestre, que inclui 17 lombofaixas. A equipe de Doria também promete aumentar a fiscalização de camelôs e motociclistas nas vias. A equipe do tucano anunciou que os radares-pistola voltarão a ser usados nas vias, exclusivamente para fiscalizar motos –a gestão Fernando Haddad (PT) afirma que parou de utilizar esse tipo de fiscalização. Durante a campanha, Doria prometeu restabelecer os limites de velocidade em 60 km/h (pista local), 70 km/h (central) e 90 km/h (expressa) assim que assumisse. Assim que foi eleito, Doria passou a ser pressionado por diversas entidades da sociedade civil a manter os novos limites criados por Haddad. O desafio da nova gestão será conciliar esse aumento das velocidades com a queda das mortes em acidentes alcançada após a redução dos limites adotada por Haddad. Um ano depois de a medida entrar em vigor, a soma de acidentes fatais nas duas vias caiu pela metade. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes. Mortes no trânsito
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O ano em que o Brasil não cumprirá o ideal olímpico
O Brasil têm encontrado dificuldades crescentes para vencer no campeonato da produção global, tanto no comércio exterior, quanto jogando em casa, pois o mercado interno foi muito abastecido nos últimos anos por produtos estrangeiros. O problema está se tornando tão agudo, que, no ano em que o País sediará a Olimpíada do Rio de Janeiro, nossas empresas, ironicamente, sequer conseguirão exercitar o tradicional ideal olímpico de que "o importante é competir". Afinal, quem consegue concorrer na economia mundial enfrentando taxas de juros e impostos extorsivos, câmbio esquizofrênico, insegurança jurídica e um ambiente de negócios contaminado pela crise política e ética? Todos esses problemas e a baixa competitividade afetam gravemente os setores produtivos, principalmente a indústria de transformação. Exemplo encontra-se nos plásticos, que caíram 8,7% em 2015, com produção de 6,1 milhões de toneladas. O recuo foi o pior desde a crise iniciada em setembro de 2008 e que apresentou seus mais sérios reflexos no mercado mundial e brasileiro durante o ano de 2009, período em que a produção do setor retrocedeu 13,3%. O desempenho dos plásticos seguiu de perto o da indústria de transformação, cuja queda geral de produção foi de 9,9%. Importantes setores demandantes de plásticos tiveram quebras mais significativas, como o automotivo (-25%), alimentos (-2,4%), bebidas (-5,4%), eletroeletrônicos (-30%) e higiene e perfumaria (-3,8%). Como se observa, os problemas relativos ao cenário interno do País estão corroendo importantes segmentos. O dólar mais elevado, ainda que de modo incipiente, tem ajudado alguns ramos a aumentarem as vendas externas. As exportações de transformados plásticos cresceram 8,8% em 2015. No entanto, da mesma forma que o câmbio favorece pontualmente um incremento de nossas vendas externas, impacta de maneira direta os nossos custos, pois as matérias-primas, em especial as resinas termoplásticas, têm parte de seus preços determinados em dólares. No mercado internacional há um movimento de retração de preços de resinas por conta da forte queda do petróleo e derivados, mas isso ainda não foi sentido aqui no Brasil, por conta das variações cambiais repassadas aos preços nos mercados domésticos. A conjunção de queda nos volumes produzidos, somada à baixa expectativa do empresário quanto ao retorno do crescimento econômico, resulta em um dos mais dramáticos sinais da crise enfrentada pelo nosso setor: o fechamento de quase 30 mil postos de trabalho. A indústria de transformação do plástico é um dos quatro maiores empregadores industriais do País e, dentre os setores geradores de mão de obra intensiva, é o que paga os melhores salários e contrata profissionais mais qualificados. Infelizmente, ainda não vemos alteração desse cenário. Para 2016 estimamos recuo de 3,5% e de 1,3% no emprego. Somente as exportações seguirão com um desempenho positivo, na ordem de 12%. A realidade da indústria de transformação e a presente conjuntura não significam que temos um país inviável. O Brasil possui imenso potencial para vencer a crise e ingressar num novo ciclo de crescimento sustentado. Porém, precisa parar de fazer gols contra! Necessitamos de um projeto viável de país, de médio e longo prazo, mas que comece, de modo urgente, com a remoção dos obstáculos à produção aqui citados. Se continuarmos patinando nos mesmos problemas, seguiremos amargando derrotas na economia mundial. JOSÉ RICARDO RORIZ COELHO é presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico - Abiplast e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo - Sindiplast-SP e vice-presidente da Fiesp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
opiniao
O ano em que o Brasil não cumprirá o ideal olímpicoO Brasil têm encontrado dificuldades crescentes para vencer no campeonato da produção global, tanto no comércio exterior, quanto jogando em casa, pois o mercado interno foi muito abastecido nos últimos anos por produtos estrangeiros. O problema está se tornando tão agudo, que, no ano em que o País sediará a Olimpíada do Rio de Janeiro, nossas empresas, ironicamente, sequer conseguirão exercitar o tradicional ideal olímpico de que "o importante é competir". Afinal, quem consegue concorrer na economia mundial enfrentando taxas de juros e impostos extorsivos, câmbio esquizofrênico, insegurança jurídica e um ambiente de negócios contaminado pela crise política e ética? Todos esses problemas e a baixa competitividade afetam gravemente os setores produtivos, principalmente a indústria de transformação. Exemplo encontra-se nos plásticos, que caíram 8,7% em 2015, com produção de 6,1 milhões de toneladas. O recuo foi o pior desde a crise iniciada em setembro de 2008 e que apresentou seus mais sérios reflexos no mercado mundial e brasileiro durante o ano de 2009, período em que a produção do setor retrocedeu 13,3%. O desempenho dos plásticos seguiu de perto o da indústria de transformação, cuja queda geral de produção foi de 9,9%. Importantes setores demandantes de plásticos tiveram quebras mais significativas, como o automotivo (-25%), alimentos (-2,4%), bebidas (-5,4%), eletroeletrônicos (-30%) e higiene e perfumaria (-3,8%). Como se observa, os problemas relativos ao cenário interno do País estão corroendo importantes segmentos. O dólar mais elevado, ainda que de modo incipiente, tem ajudado alguns ramos a aumentarem as vendas externas. As exportações de transformados plásticos cresceram 8,8% em 2015. No entanto, da mesma forma que o câmbio favorece pontualmente um incremento de nossas vendas externas, impacta de maneira direta os nossos custos, pois as matérias-primas, em especial as resinas termoplásticas, têm parte de seus preços determinados em dólares. No mercado internacional há um movimento de retração de preços de resinas por conta da forte queda do petróleo e derivados, mas isso ainda não foi sentido aqui no Brasil, por conta das variações cambiais repassadas aos preços nos mercados domésticos. A conjunção de queda nos volumes produzidos, somada à baixa expectativa do empresário quanto ao retorno do crescimento econômico, resulta em um dos mais dramáticos sinais da crise enfrentada pelo nosso setor: o fechamento de quase 30 mil postos de trabalho. A indústria de transformação do plástico é um dos quatro maiores empregadores industriais do País e, dentre os setores geradores de mão de obra intensiva, é o que paga os melhores salários e contrata profissionais mais qualificados. Infelizmente, ainda não vemos alteração desse cenário. Para 2016 estimamos recuo de 3,5% e de 1,3% no emprego. Somente as exportações seguirão com um desempenho positivo, na ordem de 12%. A realidade da indústria de transformação e a presente conjuntura não significam que temos um país inviável. O Brasil possui imenso potencial para vencer a crise e ingressar num novo ciclo de crescimento sustentado. Porém, precisa parar de fazer gols contra! Necessitamos de um projeto viável de país, de médio e longo prazo, mas que comece, de modo urgente, com a remoção dos obstáculos à produção aqui citados. Se continuarmos patinando nos mesmos problemas, seguiremos amargando derrotas na economia mundial. JOSÉ RICARDO RORIZ COELHO é presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico - Abiplast e do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo - Sindiplast-SP e vice-presidente da Fiesp * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Padrão jabuticaba
SÃO PAULO - Com siglas obscuras e elipses desconcertantes, muitas anotações encontradas nos telefones celulares do empresário Marcelo Odebrecht são indecifráveis como este trecho: "Minha cta Tau? Perguntas CPI. Delação RA? Arquivo Feira, V, etc. Volley ok? Panama?". Outras passagens são mais esclarecedoras. Elas mostram que, antes de ser preso, o empresário estava muito preocupado com os riscos criados pela Operação Lava Jato para a sobrevivência dos seus negócios. Um dos arquivos encontrados pela polícia sugere que ele estava empenhado em tranquilizar instituições multilaterais como o Banco Mundial, que ajudam a financiar obras da Odebrecht na América Latina e na África. Outra anotação indica que Marcelo Odebrecht tinha interesse em conhecer melhor a experiência de multinacionais como a alemã Siemens, que conduziram investigações internas, reconheceram seus crimes e pagaram multas bilionárias após entrar em acordo com as autoridades. O empresário cogitava contratar advogados que ajudassem a lidar com o problema nos Estados Unidos, mas às vezes hesitava. "Pode realmente valer a pena contratar adv US", anotou um dia. Em seguida, escreveu: "Padrao jabuticaba ou US?" A opção pelo jeito brasileiro pode ter custado caro. Alguns dias após a prisão de Marcelo Odebrecht, executivos do grupo visitaram bancos no Brasil e nos EUA para acalmá-los e receberam garantias de que tudo continuaria como antes. Um banqueiro disse até que gostaria de visitar o empresário em sua cela em Curitiba, para expressar solidariedade. Na semana passada, quando os procuradores da Lava Jato apontaram empresas controladas pela Odebrecht como a origem de milhões de dólares depositados em contas de ex-diretores da Petrobras na Suíça, ficou claro que os problemas da empresa estão só começando. Alvo de investigações no Brasil e na Suíça, ela agora deverá entrar na mira de outros países onde tem negócios.
colunas
Padrão jabuticabaSÃO PAULO - Com siglas obscuras e elipses desconcertantes, muitas anotações encontradas nos telefones celulares do empresário Marcelo Odebrecht são indecifráveis como este trecho: "Minha cta Tau? Perguntas CPI. Delação RA? Arquivo Feira, V, etc. Volley ok? Panama?". Outras passagens são mais esclarecedoras. Elas mostram que, antes de ser preso, o empresário estava muito preocupado com os riscos criados pela Operação Lava Jato para a sobrevivência dos seus negócios. Um dos arquivos encontrados pela polícia sugere que ele estava empenhado em tranquilizar instituições multilaterais como o Banco Mundial, que ajudam a financiar obras da Odebrecht na América Latina e na África. Outra anotação indica que Marcelo Odebrecht tinha interesse em conhecer melhor a experiência de multinacionais como a alemã Siemens, que conduziram investigações internas, reconheceram seus crimes e pagaram multas bilionárias após entrar em acordo com as autoridades. O empresário cogitava contratar advogados que ajudassem a lidar com o problema nos Estados Unidos, mas às vezes hesitava. "Pode realmente valer a pena contratar adv US", anotou um dia. Em seguida, escreveu: "Padrao jabuticaba ou US?" A opção pelo jeito brasileiro pode ter custado caro. Alguns dias após a prisão de Marcelo Odebrecht, executivos do grupo visitaram bancos no Brasil e nos EUA para acalmá-los e receberam garantias de que tudo continuaria como antes. Um banqueiro disse até que gostaria de visitar o empresário em sua cela em Curitiba, para expressar solidariedade. Na semana passada, quando os procuradores da Lava Jato apontaram empresas controladas pela Odebrecht como a origem de milhões de dólares depositados em contas de ex-diretores da Petrobras na Suíça, ficou claro que os problemas da empresa estão só começando. Alvo de investigações no Brasil e na Suíça, ela agora deverá entrar na mira de outros países onde tem negócios.
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Candidatos poderão se inscrever a uma vaga no Sisu a partir desta segunda
Começam amanhã (19) as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Podem participar aqueles que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014 e não tiraram nota zero na redação. As inscrições serão feitas online na página do Sisu até o dia 22. A lista de cursos que serão ofertados neste processo seletivo está disponível na página do Sisu. Ao todo serão 205.514 vagas no ensino superior público em 5.631 cursos de 128 instituições. Neste ano, o número de vagas aumentou 20% em relação ao processo seletivo do primeiro semestre de 2014. Houve acréscimo no curso de medicina, que passou de 2.925 vagas, na primeira edição de 2014, para 3.758 no mesmo período de 2015. Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015. As instituições deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas, cumprindo a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012). De acordo com o MEC, do total de 99 instituições federais participantes do sistema (59 universidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais vagas para candidatos provenientes de escolas públicas. Esta edição do Sisu terá apenas uma chamada. O resultado será divulgado no dia 26. Também a partir do dia 26 serão abertas as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares. Os estudantes podem se inscrever no Sisu e no ProUni. A nota individual no Enem está disponível no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Confira a nota de corte dos cursos ofertados na edição do primeiro semestre de 2014 do Sisu no Portal EBC.
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Candidatos poderão se inscrever a uma vaga no Sisu a partir desta segundaComeçam amanhã (19) as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Podem participar aqueles que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014 e não tiraram nota zero na redação. As inscrições serão feitas online na página do Sisu até o dia 22. A lista de cursos que serão ofertados neste processo seletivo está disponível na página do Sisu. Ao todo serão 205.514 vagas no ensino superior público em 5.631 cursos de 128 instituições. Neste ano, o número de vagas aumentou 20% em relação ao processo seletivo do primeiro semestre de 2014. Houve acréscimo no curso de medicina, que passou de 2.925 vagas, na primeira edição de 2014, para 3.758 no mesmo período de 2015. Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015. As instituições deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas, cumprindo a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012). De acordo com o MEC, do total de 99 instituições federais participantes do sistema (59 universidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais vagas para candidatos provenientes de escolas públicas. Esta edição do Sisu terá apenas uma chamada. O resultado será divulgado no dia 26. Também a partir do dia 26 serão abertas as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares. Os estudantes podem se inscrever no Sisu e no ProUni. A nota individual no Enem está disponível no site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Confira a nota de corte dos cursos ofertados na edição do primeiro semestre de 2014 do Sisu no Portal EBC.
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Australiana é indiciada por mostrar seios no Google Street View
Uma australiana foi indiciada após ser fotografada exibindo os seios para um carro do Google Street View. Karen Davis, moradora de uma cidade perto de Adelaide, no Estado da Austrália do Sul, é acusada de causar distúrbio e será levada a julgamento. "A ação foi semelhante a mostrar os órgãos genitais", disse a polícia em um comunicado. "Se expor não é apropriado para qualquer um... Nossa comunidade deve poder esperar decência." De acordo com um jornal local, Davis disse que ela usava muito o Google Maps e queria aparecer no Street View. "Tenho que tirar outras coisas da minha lista de coisas a fazer. Eu conheci [o jogador de futebol] Sam Newman e agora estou no Google Maps", ela disse ao jornal "Adelaide Advertiser". "Nenhuma criança foi prejudicada, meus filhos não têm de ir para a terapia por causa disso, nenhum velho teve um infarto por causa disso —que eu saiba." "Eu falei com meu filho de 19 anos antes e ele achou engraçado, meus filhos não têm nenhum problema com isso." "Eu vou tentar ir ao tribunal com uma cara séria e não rir. Acho um pouco divertido, é uma coisa de tão baixa escala no mundo do crime." O Google já borrou todo o corpo de Karen Davis no Street View. As fotos foram tiradas há dois meses. Em declarações ao "Daily Mail" da Austrália, Davis disse que as pessoas de sua vizinhança a chamaram de "mãe ruim" e "suja". "São pessoas de cabeça fechada, que não estão satisfeitas com seus próprios corpos", disse ela. Ela também disse que tem um amigo no Reino Unido e achava que iria "iluminar" o dia dele se ele visse as imagens online. "Se ele vir isso lá, ele vai sorrir", disse ela. Davis diz que planeja saltar de paraquedas fazendo topless em seu aniversário de 40 anos no que vem.
bbc
Australiana é indiciada por mostrar seios no Google Street ViewUma australiana foi indiciada após ser fotografada exibindo os seios para um carro do Google Street View. Karen Davis, moradora de uma cidade perto de Adelaide, no Estado da Austrália do Sul, é acusada de causar distúrbio e será levada a julgamento. "A ação foi semelhante a mostrar os órgãos genitais", disse a polícia em um comunicado. "Se expor não é apropriado para qualquer um... Nossa comunidade deve poder esperar decência." De acordo com um jornal local, Davis disse que ela usava muito o Google Maps e queria aparecer no Street View. "Tenho que tirar outras coisas da minha lista de coisas a fazer. Eu conheci [o jogador de futebol] Sam Newman e agora estou no Google Maps", ela disse ao jornal "Adelaide Advertiser". "Nenhuma criança foi prejudicada, meus filhos não têm de ir para a terapia por causa disso, nenhum velho teve um infarto por causa disso —que eu saiba." "Eu falei com meu filho de 19 anos antes e ele achou engraçado, meus filhos não têm nenhum problema com isso." "Eu vou tentar ir ao tribunal com uma cara séria e não rir. Acho um pouco divertido, é uma coisa de tão baixa escala no mundo do crime." O Google já borrou todo o corpo de Karen Davis no Street View. As fotos foram tiradas há dois meses. Em declarações ao "Daily Mail" da Austrália, Davis disse que as pessoas de sua vizinhança a chamaram de "mãe ruim" e "suja". "São pessoas de cabeça fechada, que não estão satisfeitas com seus próprios corpos", disse ela. Ela também disse que tem um amigo no Reino Unido e achava que iria "iluminar" o dia dele se ele visse as imagens online. "Se ele vir isso lá, ele vai sorrir", disse ela. Davis diz que planeja saltar de paraquedas fazendo topless em seu aniversário de 40 anos no que vem.
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Após queda de 6%, Bolsas chinesas reagem e fecham em alta
Após caírem 6% na quarta-feira (8), as Bolsas chinesas ensaiaram uma recuperação nesta quinta-feira (9) e fecharam em alta. O índice composto de Xangai, que vinha de uma queda de 5,9% na sessão anterior, teve valorização de 5,76%, para 3.709 pontos. Já o índice CSI300, que reúne as maiores empresas listadas nas Bolsas de Xangai e de Shenzhen, fechou em alta de 6,40%, para 3.897 pontos. Na sessão anterior, o índice havia caído 6,75%. Com a reação das Bolsas chinesas, a maioria das ações na Ásia recuperou as perdas iniciais e fechou em alta nesta quinta-feira. O índice MSCI, que reúne as ações da região Ásia-Pacífico com exceção das do Japão, teve alta de 1,63%, após cair 0,9% mais cedo. O índice, que é afetado pela instabilidade no mercado chinês, tocou na mínima em 17 meses na véspera. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,60%, para 19.855 pontos. Em Hong Kong, o índice HSI teve alta de 3,73%, para 24.392 pontos. Na noite de quarta-feira, a agência que regula o mercado de capitais da China proibiu acionistas com participações superiores a 5% de venderem seus papéis nos próximos seis meses, numa tentativa de conter a queda nos preços das ações que está começando a causar turbulências nos mercados financeiros globais. "O mercado vê alguns sinais positivos hoje, mas está longe de chamá-los de uma vitória para a equipe de resgate já que mais de metade das empresas listadas não estão sendo negociadas no mercado", disse Du Changchun, analista da Northeast Securities em Xangai. Bolsa de Xangai CRISE Desde 12 de junho, quando a Bolsa de Xangai atingiu seu ápice, o índice já recuou 28%, levando cerca de US$ 3,5 trilhões em valor de mercado das empresas chinesas. Em 12 meses, no entanto, ainda acumula alta de 82%. Para alguns investidores globais, o medo de que a turbulência no mercado chinês desestabilize a economia real é agora um risco maior do que a crise na Grécia. De fato, o governo dos Estados Unidos teme que a quebra do mercado acionário atrapalhe a agenda de reforma econômica de Pequim. "A preocupação, que é real, é sobre o que isso significa em relação ao crescimento de longo prazo na China", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Jack Lew, nesta quarta-feira, durante um evento em Washington sobre a estabilidade financeira. "Como é que as autoridades chinesas reagirão a isso e o que isso significa em termos de condições fundamentais da economia?" Mais de 500 empresas chinesas listadas anunciaram a suspensão das negociações de suas ações nas Bolsas de Xangai e Shenzhen na quarta-feira. Na China, as Bolsas suspendem os negócios quando uma ação cai 10%. De terça (7) para quarta, até 1.456 ações (de um total de 2.808) tiveram seus negócios interrompidos, segundo o "Financial Times". Para conter a desvalorização, a China acelerou o programa de compra de ações, ampliando US$ 19 bilhões para US$ 42 bilhões o capital de um fundo de emergência. Também suspendeu as ofertas iniciais de ações e limitou operações especulativas que apostam na queda dos preços dos ativos. O Banco Central criou linhas adicionais para que os investidores cumpram as exigências de garantia pedidas pela Bolsa. Na semana passada, alguns bancos limitaram esse crédito, o que também abalou a Bolsa. Para especialistas, a crise no mercado de ações chinês independe do desempenho da economia, que desacelera de forma gradual desde 2013. Com Reuters
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Após queda de 6%, Bolsas chinesas reagem e fecham em altaApós caírem 6% na quarta-feira (8), as Bolsas chinesas ensaiaram uma recuperação nesta quinta-feira (9) e fecharam em alta. O índice composto de Xangai, que vinha de uma queda de 5,9% na sessão anterior, teve valorização de 5,76%, para 3.709 pontos. Já o índice CSI300, que reúne as maiores empresas listadas nas Bolsas de Xangai e de Shenzhen, fechou em alta de 6,40%, para 3.897 pontos. Na sessão anterior, o índice havia caído 6,75%. Com a reação das Bolsas chinesas, a maioria das ações na Ásia recuperou as perdas iniciais e fechou em alta nesta quinta-feira. O índice MSCI, que reúne as ações da região Ásia-Pacífico com exceção das do Japão, teve alta de 1,63%, após cair 0,9% mais cedo. O índice, que é afetado pela instabilidade no mercado chinês, tocou na mínima em 17 meses na véspera. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,60%, para 19.855 pontos. Em Hong Kong, o índice HSI teve alta de 3,73%, para 24.392 pontos. Na noite de quarta-feira, a agência que regula o mercado de capitais da China proibiu acionistas com participações superiores a 5% de venderem seus papéis nos próximos seis meses, numa tentativa de conter a queda nos preços das ações que está começando a causar turbulências nos mercados financeiros globais. "O mercado vê alguns sinais positivos hoje, mas está longe de chamá-los de uma vitória para a equipe de resgate já que mais de metade das empresas listadas não estão sendo negociadas no mercado", disse Du Changchun, analista da Northeast Securities em Xangai. Bolsa de Xangai CRISE Desde 12 de junho, quando a Bolsa de Xangai atingiu seu ápice, o índice já recuou 28%, levando cerca de US$ 3,5 trilhões em valor de mercado das empresas chinesas. Em 12 meses, no entanto, ainda acumula alta de 82%. Para alguns investidores globais, o medo de que a turbulência no mercado chinês desestabilize a economia real é agora um risco maior do que a crise na Grécia. De fato, o governo dos Estados Unidos teme que a quebra do mercado acionário atrapalhe a agenda de reforma econômica de Pequim. "A preocupação, que é real, é sobre o que isso significa em relação ao crescimento de longo prazo na China", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Jack Lew, nesta quarta-feira, durante um evento em Washington sobre a estabilidade financeira. "Como é que as autoridades chinesas reagirão a isso e o que isso significa em termos de condições fundamentais da economia?" Mais de 500 empresas chinesas listadas anunciaram a suspensão das negociações de suas ações nas Bolsas de Xangai e Shenzhen na quarta-feira. Na China, as Bolsas suspendem os negócios quando uma ação cai 10%. De terça (7) para quarta, até 1.456 ações (de um total de 2.808) tiveram seus negócios interrompidos, segundo o "Financial Times". Para conter a desvalorização, a China acelerou o programa de compra de ações, ampliando US$ 19 bilhões para US$ 42 bilhões o capital de um fundo de emergência. Também suspendeu as ofertas iniciais de ações e limitou operações especulativas que apostam na queda dos preços dos ativos. O Banco Central criou linhas adicionais para que os investidores cumpram as exigências de garantia pedidas pela Bolsa. Na semana passada, alguns bancos limitaram esse crédito, o que também abalou a Bolsa. Para especialistas, a crise no mercado de ações chinês independe do desempenho da economia, que desacelera de forma gradual desde 2013. Com Reuters
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Grupo de shoppings do Nordeste investirá R$ 120 mi em ampliação
O grupo JCPM, o maior do Nordeste do setor de shopping centers, vai investir R$ 120 milhões para expandir uma de suas unidades de Aracaju. Com a ampliação, o número de lojas do empreendimento passará de 157 para cerca de 240. O projeto estava previsto desde o ano passado e a crise no varejo não alterou o cronograma, segundo o presidente da companhia, João Carlos Paes Mendonça. "A hora de dificuldade é a hora de investir. O crescimento virá em algum momento, pode demorar, mas aí estaremos com os equipamentos prontos", diz. O grupo também está construindo seu segundo shopping de Fortaleza e deverá anunciar nos próximos meses um imóvel comercial próximo ao empreendimento. No edifício corporativo, serão aportados R$ 28 milhões. No total, a empresa investirá R$ 668 milhões entre 2015 e 2016 –R$ 480 milhões apenas no shopping de Fortaleza. Apesar de não ter alterado os projetos de expansão, Mendonça afirma que o momento econômico é delicado. Ele prevê que o faturamento das lojas de seus shoppings tenha um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 0% a 2% neste ano. O empresário não divulga números de faturamento do grupo. Em São Paulo, a JCPM atua com 20% de participação no Villa-Lobos e 25% no Granja Viana. * Dívida familiar A parcela de famílias brasileiras com dívidas atrasadas cresceu em julho. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a alta foi de 2,6 pontos percentuais. Em relação a junho deste ano, houve incremento de 0,2 ponto, de acordo com dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio). O levantamento da entidade também aponta para uma elevação no número de famílias que não terão condições de pagar suas contas. Dentre todas as entrevistadas, essa parcela passou de 6,6% em julho de 2014 para 8,1% neste ano. "Há alguns fatores que estão impactando o orçamento das famílias, como a inflação e a queda da renda", afirma o responsável pela pesquisa, Bruno Fernandes. O total de famílias endividadas, porém, recuou de 63% para 61,9% nos últimos 12 meses. "Os consumidores estão com dificuldade no acesso ao crédito e o próprio custo do crédito está inibindo uma maior contratação de financiamento", diz o economista. Ao todo, foram entrevistadas cerca de 18 mil pessoas em todo o país. * Fôlego monetário O Dia dos Pais deverá injetar R$ 3,8 bilhões no comércio brasileiro, segundo levantamento da consultoria francesa Ipsos encomendado pela Fecomércio RJ. O valor médio reservado para a compra de presentes neste ano ficará em torno de R$ 82, uma alta de 9% em comparação com o mesmo período de 2014. Cerca de três em cada dez (32%) consumidores entrevistados pretendem presentear alguém na data. A parcela é semelhante à registrada no ano passado (31%). Os itens mais lembrados neste ano também são semelhantes aos de 2014. Roupas lideram as intenções, com 41%, seguidas por perfumes e cosméticos, citadas por 13% dos brasileiros ouvidos para o estudo. Cerca de 30% não souberam informar o que comprarão de presente neste ano. A pesquisa foi realizada em junho com 1.200 consumidores em 70 Estados. 63% é a parcela de entrevistados que não pretende presentear R$ 75 foi o valor médio desembolsado por pessoa em 2014 com compras para a data 9% é o percentual que deverá comprar calçados e acessórios 3% são os que pretendem presentear que irão comprar celulares e smartphones 2% é a parcela que gostaria de comprar joias ou relógios 1% é o volume que presenteará alguém com livros e e-books * Emissões... O volume de debêntures corporativas alcançou R$ 249 bilhões no final de junho deste ano, segundo a Cetip (depositária de títulos privados de renda fixa). ...empresariais O montante é 4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre deste ano, 89 companhias não financeiras emitiram debêntures. Gelada A Los Paleteros, rede de lojas de picolés, projeta terminar este ano com 150 pontos no país. A rede tem cem franquias em operação nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
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Grupo de shoppings do Nordeste investirá R$ 120 mi em ampliaçãoO grupo JCPM, o maior do Nordeste do setor de shopping centers, vai investir R$ 120 milhões para expandir uma de suas unidades de Aracaju. Com a ampliação, o número de lojas do empreendimento passará de 157 para cerca de 240. O projeto estava previsto desde o ano passado e a crise no varejo não alterou o cronograma, segundo o presidente da companhia, João Carlos Paes Mendonça. "A hora de dificuldade é a hora de investir. O crescimento virá em algum momento, pode demorar, mas aí estaremos com os equipamentos prontos", diz. O grupo também está construindo seu segundo shopping de Fortaleza e deverá anunciar nos próximos meses um imóvel comercial próximo ao empreendimento. No edifício corporativo, serão aportados R$ 28 milhões. No total, a empresa investirá R$ 668 milhões entre 2015 e 2016 –R$ 480 milhões apenas no shopping de Fortaleza. Apesar de não ter alterado os projetos de expansão, Mendonça afirma que o momento econômico é delicado. Ele prevê que o faturamento das lojas de seus shoppings tenha um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 0% a 2% neste ano. O empresário não divulga números de faturamento do grupo. Em São Paulo, a JCPM atua com 20% de participação no Villa-Lobos e 25% no Granja Viana. * Dívida familiar A parcela de famílias brasileiras com dívidas atrasadas cresceu em julho. Na comparação com o mesmo mês de 2014, a alta foi de 2,6 pontos percentuais. Em relação a junho deste ano, houve incremento de 0,2 ponto, de acordo com dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio). O levantamento da entidade também aponta para uma elevação no número de famílias que não terão condições de pagar suas contas. Dentre todas as entrevistadas, essa parcela passou de 6,6% em julho de 2014 para 8,1% neste ano. "Há alguns fatores que estão impactando o orçamento das famílias, como a inflação e a queda da renda", afirma o responsável pela pesquisa, Bruno Fernandes. O total de famílias endividadas, porém, recuou de 63% para 61,9% nos últimos 12 meses. "Os consumidores estão com dificuldade no acesso ao crédito e o próprio custo do crédito está inibindo uma maior contratação de financiamento", diz o economista. Ao todo, foram entrevistadas cerca de 18 mil pessoas em todo o país. * Fôlego monetário O Dia dos Pais deverá injetar R$ 3,8 bilhões no comércio brasileiro, segundo levantamento da consultoria francesa Ipsos encomendado pela Fecomércio RJ. O valor médio reservado para a compra de presentes neste ano ficará em torno de R$ 82, uma alta de 9% em comparação com o mesmo período de 2014. Cerca de três em cada dez (32%) consumidores entrevistados pretendem presentear alguém na data. A parcela é semelhante à registrada no ano passado (31%). Os itens mais lembrados neste ano também são semelhantes aos de 2014. Roupas lideram as intenções, com 41%, seguidas por perfumes e cosméticos, citadas por 13% dos brasileiros ouvidos para o estudo. Cerca de 30% não souberam informar o que comprarão de presente neste ano. A pesquisa foi realizada em junho com 1.200 consumidores em 70 Estados. 63% é a parcela de entrevistados que não pretende presentear R$ 75 foi o valor médio desembolsado por pessoa em 2014 com compras para a data 9% é o percentual que deverá comprar calçados e acessórios 3% são os que pretendem presentear que irão comprar celulares e smartphones 2% é a parcela que gostaria de comprar joias ou relógios 1% é o volume que presenteará alguém com livros e e-books * Emissões... O volume de debêntures corporativas alcançou R$ 249 bilhões no final de junho deste ano, segundo a Cetip (depositária de títulos privados de renda fixa). ...empresariais O montante é 4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre deste ano, 89 companhias não financeiras emitiram debêntures. Gelada A Los Paleteros, rede de lojas de picolés, projeta terminar este ano com 150 pontos no país. A rede tem cem franquias em operação nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
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Emissão de novas carteiras de motorista cai 20% em SP
As emissões da 1ª carteira de habilitação no Estado de São Paulo diminuíram 20% em 2015 em comparação com o ano anterior, mostra um novo balanço divulgado pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). No ano passado, o Detran emitiu carteiras de motorista para 663 mil novos condutores no Estado. Mas o número foi maior nos dois anos anteriores: 826,3 mil em 2014 e 788,7 mil em 2013. A situação foi a mesma na capital paulista: 147 mil motoristas se habilitaram em 2015, contra 175,5 mil em 2014 e 157,4 mil em 2013. Para o consultor em engenharia de transportes Luiz Célio Bottura, o principal motivo da queda é a crise econômica pela qual o país passa. "Autoescola é um negócio, e o exame de habilitação faz parte disso. É o mesmo que acontece com a indústria automobilística: todos os negócios no Brasil estão parados. O desemprego, a insegurança, tudo isso leva as pessoas a postergarem certas despesas", diz. INFRAÇÕES As infrações mais registradas no Estado pelo departamento de trânsito foram, como no ano anterior, pela falta de regularização da documentação do veículo em casos de emplacamento ou venda dentro do prazo de 30 dias (673,3 mil ocorrências). Na sequência, aparecem: condução de veículo não registrado (242,8 mil casos), deixar de usar o cinto de segurança (159 mil), dirigir sem possuir CNH ou permissão (147,4 mil) e conduzir veículos sem os documentos de porte obrigatório (132 mil). O ranking de infrações é o mesmo na capital paulista.
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Emissão de novas carteiras de motorista cai 20% em SPAs emissões da 1ª carteira de habilitação no Estado de São Paulo diminuíram 20% em 2015 em comparação com o ano anterior, mostra um novo balanço divulgado pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). No ano passado, o Detran emitiu carteiras de motorista para 663 mil novos condutores no Estado. Mas o número foi maior nos dois anos anteriores: 826,3 mil em 2014 e 788,7 mil em 2013. A situação foi a mesma na capital paulista: 147 mil motoristas se habilitaram em 2015, contra 175,5 mil em 2014 e 157,4 mil em 2013. Para o consultor em engenharia de transportes Luiz Célio Bottura, o principal motivo da queda é a crise econômica pela qual o país passa. "Autoescola é um negócio, e o exame de habilitação faz parte disso. É o mesmo que acontece com a indústria automobilística: todos os negócios no Brasil estão parados. O desemprego, a insegurança, tudo isso leva as pessoas a postergarem certas despesas", diz. INFRAÇÕES As infrações mais registradas no Estado pelo departamento de trânsito foram, como no ano anterior, pela falta de regularização da documentação do veículo em casos de emplacamento ou venda dentro do prazo de 30 dias (673,3 mil ocorrências). Na sequência, aparecem: condução de veículo não registrado (242,8 mil casos), deixar de usar o cinto de segurança (159 mil), dirigir sem possuir CNH ou permissão (147,4 mil) e conduzir veículos sem os documentos de porte obrigatório (132 mil). O ranking de infrações é o mesmo na capital paulista.
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Prova de química foi a mais difícil no 1º dia do Enem, diz professor
A prova de química foi a mais difícil no primeiro dia do Enem 2015, afirmou o professor Igor Zenker, da Adaptativa. Professores comentam 2º dia de provas Segundo ele, a matéria exigiu muitos conhecimentos específicos. O Enem, tradicionalmente, era conhecido por exigir mais raciocínio do que domínio dos conteúdos das matérias. VEJA 1ª PARTE DO DEBATE Assista Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja correção do cursinho Etapa Veja correção da Oficina do Estudante Neste primeiro dia, foram avaliadas as área de ciência da natureza (biologia, física e química) e humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). Na área de ciências humanas, as questões ficaram dentro do padrão dos anos anteriores, afirmou o professor de geografia do Objetivo Moacyr Nogueira Jr. Ambos recomendaram que os alunos que vão prestar o exame no domingo descansem até a prova. "Não vai ser agora que você vai aprender o que não aprendeu no ano", afirmou Nogueira Jr. VEJA 2ª PARTE DO DEBATE Assista
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Prova de química foi a mais difícil no 1º dia do Enem, diz professorA prova de química foi a mais difícil no primeiro dia do Enem 2015, afirmou o professor Igor Zenker, da Adaptativa. Professores comentam 2º dia de provas Segundo ele, a matéria exigiu muitos conhecimentos específicos. O Enem, tradicionalmente, era conhecido por exigir mais raciocínio do que domínio dos conteúdos das matérias. VEJA 1ª PARTE DO DEBATE Assista Veja a correção do cursinho Objetivo Veja a correção do cursinho Anglo Veja correção do cursinho Etapa Veja correção da Oficina do Estudante Neste primeiro dia, foram avaliadas as área de ciência da natureza (biologia, física e química) e humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). Na área de ciências humanas, as questões ficaram dentro do padrão dos anos anteriores, afirmou o professor de geografia do Objetivo Moacyr Nogueira Jr. Ambos recomendaram que os alunos que vão prestar o exame no domingo descansem até a prova. "Não vai ser agora que você vai aprender o que não aprendeu no ano", afirmou Nogueira Jr. VEJA 2ª PARTE DO DEBATE Assista
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Relator inclui propaganda eleitoral paga na internet na reforma política
Apesar das recorrentes críticas sobre o alto custo das campanhas eleitorais, o relator da reforma política na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), incluiu em sua proposta a liberação da propaganda eleitoral paga na internet. No texto apresentado por Cândido, que já foi alterado várias vezes na discussão da atual reforma política, é permitido o chamado "impulsionamento de conteúdo", que é o pagamento para que as postagens nas redes sociais alcancem um público maior. Por exemplo, o pagamento para que o Facebook mostre uma postagem de um candidato a mais seguidores do que normalmente mostraria. Apesar de Cândido ter retirado de seu texto algumas mudanças para beneficiar partidos e candidatos, várias outras ficaram. Entre elas condições mais generosas de parcelamento de multas eleitorais, com possibilidade de desconto de 90% do valor devido para o caso de pagamento à vista. Há ainda a proposta de antecipação de agosto para maio do período em que é permitida a arrecadação de dinheiro de campanha e teto para gasto. Em 2014, campanhas definiram seu gastos. A vencedora, Dilma Rousseff, declarou gasto de R$ 384 milhões, em valores atualizados para março de 2017. O teto proposto é de R$ 70 milhões para candidato a presidente. Com apoio de integrantes do Tribunal Superior Eleitoral, Vicente Cândido também incluiu em seu relatório artigo empurrando para 2022 a exigência de impressão do voto eletrônico, o que começaria já em 2018.
poder
Relator inclui propaganda eleitoral paga na internet na reforma políticaApesar das recorrentes críticas sobre o alto custo das campanhas eleitorais, o relator da reforma política na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), incluiu em sua proposta a liberação da propaganda eleitoral paga na internet. No texto apresentado por Cândido, que já foi alterado várias vezes na discussão da atual reforma política, é permitido o chamado "impulsionamento de conteúdo", que é o pagamento para que as postagens nas redes sociais alcancem um público maior. Por exemplo, o pagamento para que o Facebook mostre uma postagem de um candidato a mais seguidores do que normalmente mostraria. Apesar de Cândido ter retirado de seu texto algumas mudanças para beneficiar partidos e candidatos, várias outras ficaram. Entre elas condições mais generosas de parcelamento de multas eleitorais, com possibilidade de desconto de 90% do valor devido para o caso de pagamento à vista. Há ainda a proposta de antecipação de agosto para maio do período em que é permitida a arrecadação de dinheiro de campanha e teto para gasto. Em 2014, campanhas definiram seu gastos. A vencedora, Dilma Rousseff, declarou gasto de R$ 384 milhões, em valores atualizados para março de 2017. O teto proposto é de R$ 70 milhões para candidato a presidente. Com apoio de integrantes do Tribunal Superior Eleitoral, Vicente Cândido também incluiu em seu relatório artigo empurrando para 2022 a exigência de impressão do voto eletrônico, o que começaria já em 2018.
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Texto de força literária não cura a depressão, mas dá a ela uma voz
"Sou Ana ocidente, oriente, acidente, gelada" é um dos versos da canção "Ana de Amsterdam", de Chico Buarque. É nesse verso que Ana Cássia Rebelo se inspirou para nomear o blog que mantém desde 2006, onde escreve passagens reais e imaginárias sobre seu cotidiano de jurista em Lisboa. Mãe de três filhos, divorciada, depressiva e frígida, seus dias são como fardos –mais ou menos pesados– que ela arrasta pela vida. Pela descrição, poderia se tratar de mais um livro de confissões sobre a depressão, um desabafo meramente delicado ou mais uma fonte, como tantas, de autoajuda didática. Mas não. Ana de Amsterdam é mesmo ocidente: lúcida, autoconsciente até a medula mais dolorosa, descreve a si mesma e a doença a que é acometida como se fosse um experimento visto por microscópio. É oriente: imagina personagens, alter egos de nomes distintos, mulheres que o leitor não chega a saber se existiram, mas que ousam fazer coisas que talvez a própria Ana não se permitisse. Além disso, Ana nasceu em Moçambique e seu pai é de Goa, para onde ela viaja com frequência e onde, finalmente, se sente livre, entre comidas estranhas, costumes rígidos e ao mesmo tempo familiares e palavras de outro tempo. Ana é acidente: sua vida soa como um desastre, algo que saiu do eixo, com três filhos a quem ela dedica um amor forte, mas impotente –"amo os meus filhos, mas não amo ser mãe." Passa tardes deitada, dormindo sob efeito de calmantes e, muitas vezes, se sente mais cuidada pelos filhos do que eles por ela. E, finalmente, Ana é gelada: confessa-se frígida, graduando os amantes em "atração fraca, assim-assim ou forte". Passa uma noite com eles e esquece-os assim que os gradua. Para ela, o amor também pode ser mensurável. Masturba-se, pensa em sexo freneticamente, mas de uma forma sinistra, aproximando-o da morte que ronda o livro inteiro, com desejos permanentes de suicídio. O tom confessional, no entanto, em nada diminui a força literária do texto de Ana, que, da mesma maneira como fala de si, admira um jarro, compra flores e mistura a dor do presente a memórias oníricas do passado goês e português. A sensação da leitura é, sim, desoladora, mas como não poderia deixar de ser o relato de uma depressão. Trata-se de um livro que pode não curar a depressão, mas busca dar a ela uma voz. Então que seja a voz "das marcas, das macas, das vacas, das pratas, sou Ana de Amsterdam". ANA DE AMSTERDAM AUTORA Ana Cássia Rebelo EDITORA Biblioteca Azul QUANTO R$34,90 (192 págs.) NOEMI JAFFE, 53, escritora, é autora de "O que os Cegos Estão Sonhando?" (Editora 34) e "A Verdadeira História do Alfabeto" (Companhia das Letras)
ilustrada
Texto de força literária não cura a depressão, mas dá a ela uma voz"Sou Ana ocidente, oriente, acidente, gelada" é um dos versos da canção "Ana de Amsterdam", de Chico Buarque. É nesse verso que Ana Cássia Rebelo se inspirou para nomear o blog que mantém desde 2006, onde escreve passagens reais e imaginárias sobre seu cotidiano de jurista em Lisboa. Mãe de três filhos, divorciada, depressiva e frígida, seus dias são como fardos –mais ou menos pesados– que ela arrasta pela vida. Pela descrição, poderia se tratar de mais um livro de confissões sobre a depressão, um desabafo meramente delicado ou mais uma fonte, como tantas, de autoajuda didática. Mas não. Ana de Amsterdam é mesmo ocidente: lúcida, autoconsciente até a medula mais dolorosa, descreve a si mesma e a doença a que é acometida como se fosse um experimento visto por microscópio. É oriente: imagina personagens, alter egos de nomes distintos, mulheres que o leitor não chega a saber se existiram, mas que ousam fazer coisas que talvez a própria Ana não se permitisse. Além disso, Ana nasceu em Moçambique e seu pai é de Goa, para onde ela viaja com frequência e onde, finalmente, se sente livre, entre comidas estranhas, costumes rígidos e ao mesmo tempo familiares e palavras de outro tempo. Ana é acidente: sua vida soa como um desastre, algo que saiu do eixo, com três filhos a quem ela dedica um amor forte, mas impotente –"amo os meus filhos, mas não amo ser mãe." Passa tardes deitada, dormindo sob efeito de calmantes e, muitas vezes, se sente mais cuidada pelos filhos do que eles por ela. E, finalmente, Ana é gelada: confessa-se frígida, graduando os amantes em "atração fraca, assim-assim ou forte". Passa uma noite com eles e esquece-os assim que os gradua. Para ela, o amor também pode ser mensurável. Masturba-se, pensa em sexo freneticamente, mas de uma forma sinistra, aproximando-o da morte que ronda o livro inteiro, com desejos permanentes de suicídio. O tom confessional, no entanto, em nada diminui a força literária do texto de Ana, que, da mesma maneira como fala de si, admira um jarro, compra flores e mistura a dor do presente a memórias oníricas do passado goês e português. A sensação da leitura é, sim, desoladora, mas como não poderia deixar de ser o relato de uma depressão. Trata-se de um livro que pode não curar a depressão, mas busca dar a ela uma voz. Então que seja a voz "das marcas, das macas, das vacas, das pratas, sou Ana de Amsterdam". ANA DE AMSTERDAM AUTORA Ana Cássia Rebelo EDITORA Biblioteca Azul QUANTO R$34,90 (192 págs.) NOEMI JAFFE, 53, escritora, é autora de "O que os Cegos Estão Sonhando?" (Editora 34) e "A Verdadeira História do Alfabeto" (Companhia das Letras)
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Chacinas deixam nove mortos em intervalo de uma hora em São Paulo
Ao menos nove pessoas morreram em duas chacinas nas zonas norte e sul de São Paulo em um intervalo de uma hora entre o final da noite de terça (4) e a madrugada desta quarta-feira (5). A SSP (Secretaria da Segurança Pública) descarta, por ora, a hipótese de relação entre os crimes. Apesar de a secretaria confirmar nove óbitos e quatro pessoas feridas, a Polícia Militar apontava até a noite desta quarta-feira (5) dez mortes e três feridos. Pela secretaria, o primeiro ataque aconteceu por volta das 23h20, em um bar na rua Antonio Sergio de Matos, região do Jaçanã (zona norte). Ao todo, nove pessoas foram baleadas na frente e dentro do estabelecimento, sendo que seis morreram. Segundo o boletim de ocorrência, dois homens passavam em uma moto Honda Twister de cor prata pela rua Antônio Sérgio de Matos, quando um deles atirou diversas vezes em direção ao bar. Sidnei Rodrigues Cordeiro, 38, que estava na frente do estabelecimento, foi atingido. Locais das chacinas Um dos suspeitos então desceu da moto e entrou no imóvel, seguindo para o banheiro, onde cinco homens se escondiam dos tiros. Todos foram baleados. Outras três pessoas foram feridas e encaminhadas a hospitais da região. Além de Cordeiro, morreram o marceneiro Valdir Pereira de Souza, 46, Adriano dos Anjos Silva, 39, Wellington Claudino de Souza, 35, Gilmar Vieira da Silva, 39, que era funcionário do bar, e Luiz Fernando Ramos, 39, vigia. No local, foram apreendidas cápsulas de armas calibre 45. A polícia não informou se as vítimas tinham passagem. Vizinhos ao bar onde aconteceu a chacina no Jaçanã (zona norte) disseram que todos os mortos eram amigos e costumavam se reunir para conversar e beber. "Eram todos trabalhadores e tinham família. Ninguém aqui no bairro está acreditando no que aconteceu", disse um morador da região, que preferiu não se identificar. Irmã de uma das vítimas, a desempregada Rafaela Ramos dos Santos, 29, classificou a chacina de "tragédia". Ela disse que seu irmão, o vigia Luiz, estava de folga na noite de terça e decidiu encontrar os amigos. Ele morava com a mãe e deixa um filho de 10 anos. Familiares de Gilmar disseram que ele trabalhava no bar para sustentar os cinco filhos, com idades entre 3 e 21 anos. "Era um bom pai e marido", disse um parente. Já o marceneiro Valdir era separado, morava com a mãe e deixa dois filhos, de 12 e de 15 anos. Segundo familiares, Valdir tinha ido até o bar para medir um balcão que o dono tinha encomendado. "Ele abriu uma oficina recentemente no bairro. Pegou o serviço do bar e foi tirar as medidas. Estava no lugar certo na hora errada", disse um dos seus irmãos, que não quis ser identificado. ZONA SUL A segunda chacina ocorreu em dois endereços do Campo Limpo (zona sul). Segundo a secretaria estadual, a primeira aconteceu por volta da meia noite, na rua Carualina, onde Wizmael Dias Correia, 19, foi atingido por dois tiros no rosto e morreu. Testemunhas disseram que ele estava andando de moto quando percebeu que estava sendo seguido por duas pessoas em uma motocicleta Honda XRE. Assustado, Wizmael desceu da moto, e o garupa da XRE atirou e fugiu. Meia hora depois, três homens foram baleados na rua Professora Nina Stocco, a cerca de 500 m do local do primeiro ataque. Também numa Honda XRE, os criminosos passaram atirando. Kayke Santos Moreira, 20, e Vinícius Aparecido Paula Guedes, 19, não resistiram aos ferimentos. A vítima que sobreviveu disse aos policiais que estava entregando uma pizza e parou no local para pedir informações. Ele foi ferido na mão e está internado. Cápsulas de balas 380 e 9 mm foram recolhidas. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) assumiu a investigação. Ninguém havia sido preso até a conclusão desta edição. INVESTIGAÇÃO O secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse em entrevista à rádio CBN que, por enquanto, não há indícios de participação de policiais nas duas chacinas. As diferentes munições encontradas, por exemplo, não são compatíveis com as usadas pelas polícias paulistas. "Não vamos descartar nenhuma possibilidade, mas não há nada que indique [a participação desses agentes] nesses crimes", disse à rádio. O secretário da pasta ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) também descartou, por ora, relação entre os crimes, apesar de terem ocorrido da mesma forma: com os assassinos usando motos. Colaborou o UOL
cotidiano
Chacinas deixam nove mortos em intervalo de uma hora em São PauloAo menos nove pessoas morreram em duas chacinas nas zonas norte e sul de São Paulo em um intervalo de uma hora entre o final da noite de terça (4) e a madrugada desta quarta-feira (5). A SSP (Secretaria da Segurança Pública) descarta, por ora, a hipótese de relação entre os crimes. Apesar de a secretaria confirmar nove óbitos e quatro pessoas feridas, a Polícia Militar apontava até a noite desta quarta-feira (5) dez mortes e três feridos. Pela secretaria, o primeiro ataque aconteceu por volta das 23h20, em um bar na rua Antonio Sergio de Matos, região do Jaçanã (zona norte). Ao todo, nove pessoas foram baleadas na frente e dentro do estabelecimento, sendo que seis morreram. Segundo o boletim de ocorrência, dois homens passavam em uma moto Honda Twister de cor prata pela rua Antônio Sérgio de Matos, quando um deles atirou diversas vezes em direção ao bar. Sidnei Rodrigues Cordeiro, 38, que estava na frente do estabelecimento, foi atingido. Locais das chacinas Um dos suspeitos então desceu da moto e entrou no imóvel, seguindo para o banheiro, onde cinco homens se escondiam dos tiros. Todos foram baleados. Outras três pessoas foram feridas e encaminhadas a hospitais da região. Além de Cordeiro, morreram o marceneiro Valdir Pereira de Souza, 46, Adriano dos Anjos Silva, 39, Wellington Claudino de Souza, 35, Gilmar Vieira da Silva, 39, que era funcionário do bar, e Luiz Fernando Ramos, 39, vigia. No local, foram apreendidas cápsulas de armas calibre 45. A polícia não informou se as vítimas tinham passagem. Vizinhos ao bar onde aconteceu a chacina no Jaçanã (zona norte) disseram que todos os mortos eram amigos e costumavam se reunir para conversar e beber. "Eram todos trabalhadores e tinham família. Ninguém aqui no bairro está acreditando no que aconteceu", disse um morador da região, que preferiu não se identificar. Irmã de uma das vítimas, a desempregada Rafaela Ramos dos Santos, 29, classificou a chacina de "tragédia". Ela disse que seu irmão, o vigia Luiz, estava de folga na noite de terça e decidiu encontrar os amigos. Ele morava com a mãe e deixa um filho de 10 anos. Familiares de Gilmar disseram que ele trabalhava no bar para sustentar os cinco filhos, com idades entre 3 e 21 anos. "Era um bom pai e marido", disse um parente. Já o marceneiro Valdir era separado, morava com a mãe e deixa dois filhos, de 12 e de 15 anos. Segundo familiares, Valdir tinha ido até o bar para medir um balcão que o dono tinha encomendado. "Ele abriu uma oficina recentemente no bairro. Pegou o serviço do bar e foi tirar as medidas. Estava no lugar certo na hora errada", disse um dos seus irmãos, que não quis ser identificado. ZONA SUL A segunda chacina ocorreu em dois endereços do Campo Limpo (zona sul). Segundo a secretaria estadual, a primeira aconteceu por volta da meia noite, na rua Carualina, onde Wizmael Dias Correia, 19, foi atingido por dois tiros no rosto e morreu. Testemunhas disseram que ele estava andando de moto quando percebeu que estava sendo seguido por duas pessoas em uma motocicleta Honda XRE. Assustado, Wizmael desceu da moto, e o garupa da XRE atirou e fugiu. Meia hora depois, três homens foram baleados na rua Professora Nina Stocco, a cerca de 500 m do local do primeiro ataque. Também numa Honda XRE, os criminosos passaram atirando. Kayke Santos Moreira, 20, e Vinícius Aparecido Paula Guedes, 19, não resistiram aos ferimentos. A vítima que sobreviveu disse aos policiais que estava entregando uma pizza e parou no local para pedir informações. Ele foi ferido na mão e está internado. Cápsulas de balas 380 e 9 mm foram recolhidas. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) assumiu a investigação. Ninguém havia sido preso até a conclusão desta edição. INVESTIGAÇÃO O secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse em entrevista à rádio CBN que, por enquanto, não há indícios de participação de policiais nas duas chacinas. As diferentes munições encontradas, por exemplo, não são compatíveis com as usadas pelas polícias paulistas. "Não vamos descartar nenhuma possibilidade, mas não há nada que indique [a participação desses agentes] nesses crimes", disse à rádio. O secretário da pasta ligada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) também descartou, por ora, relação entre os crimes, apesar de terem ocorrido da mesma forma: com os assassinos usando motos. Colaborou o UOL
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São Paulo aposta em 'show' para emplacar Copa de ginástica
Para consolidar o Brasil como parada da Copa do Mundo de ginástica artística, os organizadores da etapa de São Paulo querem dar ares de espetáculo ao evento. O país receberá entre os dias 1º e 3 de maio uma etapa da competição pela primeira vez desde 2006, conforme a Folha antecipou em outubro. O circuito internacional só perde em importância para Campeonato Mundial e Jogos Olímpicos –a temporada começa nesta quinta-feira (19) em Cottbus, na Alemanha. A competição, que ocorrerá no ginásio do Ibirapuera, terá direção executiva de Paulo Dalle, que produziu shows de Madonna, U2, Iron Maiden e Rush no país. A ideia é criar um ambiente de espetáculo para os presentes. Até o início do mês, 109 atletas de 21 países estavam pré-inscritos na etapa. Outro contratado foi o alemão Jörg Hoppenkamps. Com experiência na organização de etapas da Copa do Mundo em seu país, consideradas exemplares, dará consultoria técnica ao torneio paulista. Para torná-lo "grandioso" e fixá-lo no calendário da federação internacional, o investimento total será superior a R$ 1 milhão. A divisão dos gastos será feita entre CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), governo federal e governo do Estado. O Brasil recebeu etapas da Copa do Mundo entre 2004 e 2006, no Rio e em São Paulo. A capital paulista chegou a sediar a superfinal do campeonato há nove anos –que reunia os melhores em cada aparelho. Depois disso, a administração da CBG mudou, o investimento minguou e o país saiu do circuito. Na iminência de receber os Jogos Olímpicos do Rio, o interesse voltou. A CBG afirmou que o Brasil não recebeu etapas nos últimos anos porque o foco era levar ginastas para competir no exterior. "Sempre tivemos o desejo e a intenção de trazer novamente um evento do porte", disse a entidade, por meio de nota. "Sabemos da importância, justamente no ciclo que receberemos os Jogos Olímpicos. Isso é muito positivo." Arthur Zanetti, atual campeão olímpico nas argolas, fez críticas à CBG no ano passado pela falta de torneios internacionais no país. Ele acredita que realizar uma etapa da Copa do Mundo pode ajudar a preparar a equipe para o objetivo maior: a Rio-2016. "A arena que vai receber a ginástica no Rio é maior, mas não tanto. Vai ter assédio, cobrança, gritaria. Isso é bom como experiência", disse Zanetti, que competirá em Cottbus e em São Paulo. "A Copa será um treino importante para o Mundial de outubro [em Glasgow]."
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São Paulo aposta em 'show' para emplacar Copa de ginásticaPara consolidar o Brasil como parada da Copa do Mundo de ginástica artística, os organizadores da etapa de São Paulo querem dar ares de espetáculo ao evento. O país receberá entre os dias 1º e 3 de maio uma etapa da competição pela primeira vez desde 2006, conforme a Folha antecipou em outubro. O circuito internacional só perde em importância para Campeonato Mundial e Jogos Olímpicos –a temporada começa nesta quinta-feira (19) em Cottbus, na Alemanha. A competição, que ocorrerá no ginásio do Ibirapuera, terá direção executiva de Paulo Dalle, que produziu shows de Madonna, U2, Iron Maiden e Rush no país. A ideia é criar um ambiente de espetáculo para os presentes. Até o início do mês, 109 atletas de 21 países estavam pré-inscritos na etapa. Outro contratado foi o alemão Jörg Hoppenkamps. Com experiência na organização de etapas da Copa do Mundo em seu país, consideradas exemplares, dará consultoria técnica ao torneio paulista. Para torná-lo "grandioso" e fixá-lo no calendário da federação internacional, o investimento total será superior a R$ 1 milhão. A divisão dos gastos será feita entre CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), governo federal e governo do Estado. O Brasil recebeu etapas da Copa do Mundo entre 2004 e 2006, no Rio e em São Paulo. A capital paulista chegou a sediar a superfinal do campeonato há nove anos –que reunia os melhores em cada aparelho. Depois disso, a administração da CBG mudou, o investimento minguou e o país saiu do circuito. Na iminência de receber os Jogos Olímpicos do Rio, o interesse voltou. A CBG afirmou que o Brasil não recebeu etapas nos últimos anos porque o foco era levar ginastas para competir no exterior. "Sempre tivemos o desejo e a intenção de trazer novamente um evento do porte", disse a entidade, por meio de nota. "Sabemos da importância, justamente no ciclo que receberemos os Jogos Olímpicos. Isso é muito positivo." Arthur Zanetti, atual campeão olímpico nas argolas, fez críticas à CBG no ano passado pela falta de torneios internacionais no país. Ele acredita que realizar uma etapa da Copa do Mundo pode ajudar a preparar a equipe para o objetivo maior: a Rio-2016. "A arena que vai receber a ginástica no Rio é maior, mas não tanto. Vai ter assédio, cobrança, gritaria. Isso é bom como experiência", disse Zanetti, que competirá em Cottbus e em São Paulo. "A Copa será um treino importante para o Mundial de outubro [em Glasgow]."
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Sem faxina, Dilma arruinará o país
Em 2011, a doutora Dilma mostrou-se disposta a fazer uma faxina no governo. Bons tempos aqueles, tinha 47% de aprovação, um índice superior ao de todos os seus antecessores em início de governo. Quatro anos depois, com 71% de reprovação, tem a pior marca desde 1990. A doutora arruinou-se porque a faxina era de mentirinha. José Sérgio Gabrielli levou um ano para ser tirado da presidência da Petrobras e sua sucessora, Graça Foster, achou que resolvia o problema afastando parte da quadrilha que operava na empresa. Mexer com empreiteiras, nem pensar. Como se Barusco corrompesse o "amigo Paulinho" que corrompia Renato Duque, o corruptor de Barusco. Se fosse assim, o dinheiro sairia do bolso de um gatuno para o de outro, sem maiores consequências. As doutoras Dilma e Graça viam o baile, mas não ouviam a orquestra. O doutor Eduardo Cunha gostaria muito de criar uma grave crise política e tem boas razões para isso, mas a crise que corrói o governo vem de Curitiba e só vai piorar. Renato Duque, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, negocia sua colaboração com a Viúva. O comissariado sabe que ele vale dez Baruscos. Não é a toa que o programa do PT de quinta-feira falou de tudo, menos das petrorroubalheiras. A doutora Dilma está diante de um fenômeno histórico: a Lava Jato feriu o coração da oligarquia brasileira. Tanto burocratas oniscientes como empresários onipotentes estão encarcerados em Curitiba. Enquanto isso, prosseguem as investigações em torno da lista de Rodrigo Janot e não há razões para supor que o Supremo Tribunal Federal seja bonzinho com a turma do foro especial. Quando a doutora se comporta como se a Lava Jato fosse coisa de marcianos, pois "não respeito delatores", ela atravessa a rua para se juntar à oligarquia ameaçada. Essa oligarquia é muito mais esperta que ela. Fabricou Fernando Collor e entregou-o aos caras pintadas. Dispensou os militares e aplaudiu Tancredo Neves. - O CADERNINHO Quando o Ministério Público de Curitiba ligou as petrorroubalheiras ao mensalão do primeiro governo Lula ressurgiu a possibilidade de se resgatar um detalhe que entrou na agenda da época e desapareceu. Em 2003, um comissário petista informava que o partido criara uma folha de pagamento suplementar para hierarcas do governo. Parecia coisa de filantropo, pois muita gente não tinha orçamento para custear uma casa em Brasília. Quem entrava nesse caderninho recebia até R$ 40 mil mensais. Lambaris ficavam na faixa dos R$ 5.000. Nessa época o tesoureiro do PT era Delúbio Soares e seu benfeitor, o empresário Marcos Valério. ENGANAÇÃO No seu programa de televisão o PT apresentou uma galeria de personagens, advertindo: "Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos". Entre eles, brilhava o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. O doutor já foi do PT, esteve no PPS, no PDT e hoje habita o Solidariedade. Em 2007, aninhou-se na base do governo. Ou ele enganou o PT ou, com ele, o PT queria enganar os outros. ERRO Estava errada a informação segundo a qual o juiz italiano Giovanni Falcone, explodido pela máfia, comandou a Operação Mãos Limpas da Itália. Ele comandou a da máfia. Quem chefiou a faxina política foi o juiz Francesco Saverio Bonnelli, que vai bem, obrigado, aos 85 anos. O título da edição brasileira do livro do jornalista inglês Patrick Cockburn será "A Origem do Estado Islâmico - O fracasso da 'Guerra ao Terror' e a Ascensão Jihadista" e não "O Novo Estado Islâmico", que é o da edição portuguesa. MODO SUICIDA Um dos mimos que um presidente da República dispõe para agradar parlamentares é o de convidá-los para acompanhá-lo no AeroLula numa viagem à sua base eleitoral. FHC, Itamar e Sarney faziam isso com telefonemas ao parlamentar. Há uns meses um congressista recebeu um convite desses, transmitido por um assessor da Secretaria de Coordenação Política. Perguntou a que horas o avião decolaria. Às oito da manhã. O convidado disse que era muito cedo. Nem agradar a doutora consegue. ALMIRANTE NUCLEAR Programa nuclear de pobre acaba mal. O almirante Othon Luiz está na carceragem de Curitiba. O físico Abdul Qadeer Khan, que fez a bomba do Paquistão e tornou-se um herói nacional, ralou uns anos de prisão domiciliar. O engenheiro suíço Fred Tinner, que orientava o programa líbio, pagou seis meses de cadeia. RECORDAR É VIVER A Fiesp voltou a se meter em política. Faltou-lhe a sorte. No meio dos documentos americanos liberados recentemente, apareceu uma carta de 1972, do embaixador William Rountree ao Departamento de Estado. Ele conta que tratou "da maneira heterodoxa" com que empresários americanos de São Paulo eram abordados com pedidos de ajuda ao general Humberto de Souza Mello, comandante do 2º Exército e senhor dos cárceres. Pelo texto, entende-se que Rountree recomendou-lhes que tomassem distância. Dois ou três empresários contaram que nunca haviam sido procurados diretamente pelo general, mas "só pela Federação das Indústrias de São Paulo". Mais: disseram que não viam como parar de colaborar sem "prejudicar seriamente suas relações com a Fiesp". - UMA PEDALADA NAS CONTAS DE LUZ Vem aí uma nova pedalada, daquelas que passam despercebidas porque são complicadas e tornam-se simples quando aparecem como tungas. Cozinha-se uma pedalada elétrica que se materializará nas contas de luz dos próximos anos. Trata-se de jogar nos consumidores um espeto de R$ 20 bilhões que as empresas geradoras de energia hidrelétrica perderam por terem sido levadas a contratar serviços de usinas térmicas. No Brasil criou-se um sistema maluco. Um órgão da burocracia do Estado, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), diz às geradoras quanta energia devem oferecer. As empresas não têm assento nesse comitê e só lhes resta obedecer. Se há chuva, há água e tudo vai bem. Se faltam chuvas, elas devem comprar energia mais cara às térmicas. Fazendo isso aumentam seus custos. As empresas sustentam que compraram energia térmica porque o CMSE obrigou-as a operar numa situação financeiramente insustentável. A brincadeira teria custado uns R$ 20 bilhões. De algum lugar esse dinheiro deverá sair. Diversas geradoras conseguiram liminares na Justiça reconhecendo-lhes o direito de não pagar essa fatura. Criada a encrenca, o governo e as elétricas poderiam expô-la publicamente, pois alguém terá que micar com pelo menos R$ 20 bilhões. Como ensina o bilionário Warren Buffett, quando você não sabe quem vai micar, procure um espelho. Cozinha-se em Brasília um jabuti para ser incluído na Medida Provisória 675. Ele dará às operadoras o direito de repassar a conta para as tarifas nos próximos anos. Assim, a conta de luz ficou mais cara porque não choveu. Quando chover, continuará cara porque pedalaram nas contas.
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Sem faxina, Dilma arruinará o paísEm 2011, a doutora Dilma mostrou-se disposta a fazer uma faxina no governo. Bons tempos aqueles, tinha 47% de aprovação, um índice superior ao de todos os seus antecessores em início de governo. Quatro anos depois, com 71% de reprovação, tem a pior marca desde 1990. A doutora arruinou-se porque a faxina era de mentirinha. José Sérgio Gabrielli levou um ano para ser tirado da presidência da Petrobras e sua sucessora, Graça Foster, achou que resolvia o problema afastando parte da quadrilha que operava na empresa. Mexer com empreiteiras, nem pensar. Como se Barusco corrompesse o "amigo Paulinho" que corrompia Renato Duque, o corruptor de Barusco. Se fosse assim, o dinheiro sairia do bolso de um gatuno para o de outro, sem maiores consequências. As doutoras Dilma e Graça viam o baile, mas não ouviam a orquestra. O doutor Eduardo Cunha gostaria muito de criar uma grave crise política e tem boas razões para isso, mas a crise que corrói o governo vem de Curitiba e só vai piorar. Renato Duque, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, negocia sua colaboração com a Viúva. O comissariado sabe que ele vale dez Baruscos. Não é a toa que o programa do PT de quinta-feira falou de tudo, menos das petrorroubalheiras. A doutora Dilma está diante de um fenômeno histórico: a Lava Jato feriu o coração da oligarquia brasileira. Tanto burocratas oniscientes como empresários onipotentes estão encarcerados em Curitiba. Enquanto isso, prosseguem as investigações em torno da lista de Rodrigo Janot e não há razões para supor que o Supremo Tribunal Federal seja bonzinho com a turma do foro especial. Quando a doutora se comporta como se a Lava Jato fosse coisa de marcianos, pois "não respeito delatores", ela atravessa a rua para se juntar à oligarquia ameaçada. Essa oligarquia é muito mais esperta que ela. Fabricou Fernando Collor e entregou-o aos caras pintadas. Dispensou os militares e aplaudiu Tancredo Neves. - O CADERNINHO Quando o Ministério Público de Curitiba ligou as petrorroubalheiras ao mensalão do primeiro governo Lula ressurgiu a possibilidade de se resgatar um detalhe que entrou na agenda da época e desapareceu. Em 2003, um comissário petista informava que o partido criara uma folha de pagamento suplementar para hierarcas do governo. Parecia coisa de filantropo, pois muita gente não tinha orçamento para custear uma casa em Brasília. Quem entrava nesse caderninho recebia até R$ 40 mil mensais. Lambaris ficavam na faixa dos R$ 5.000. Nessa época o tesoureiro do PT era Delúbio Soares e seu benfeitor, o empresário Marcos Valério. ENGANAÇÃO No seu programa de televisão o PT apresentou uma galeria de personagens, advertindo: "Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos". Entre eles, brilhava o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. O doutor já foi do PT, esteve no PPS, no PDT e hoje habita o Solidariedade. Em 2007, aninhou-se na base do governo. Ou ele enganou o PT ou, com ele, o PT queria enganar os outros. ERRO Estava errada a informação segundo a qual o juiz italiano Giovanni Falcone, explodido pela máfia, comandou a Operação Mãos Limpas da Itália. Ele comandou a da máfia. Quem chefiou a faxina política foi o juiz Francesco Saverio Bonnelli, que vai bem, obrigado, aos 85 anos. O título da edição brasileira do livro do jornalista inglês Patrick Cockburn será "A Origem do Estado Islâmico - O fracasso da 'Guerra ao Terror' e a Ascensão Jihadista" e não "O Novo Estado Islâmico", que é o da edição portuguesa. MODO SUICIDA Um dos mimos que um presidente da República dispõe para agradar parlamentares é o de convidá-los para acompanhá-lo no AeroLula numa viagem à sua base eleitoral. FHC, Itamar e Sarney faziam isso com telefonemas ao parlamentar. Há uns meses um congressista recebeu um convite desses, transmitido por um assessor da Secretaria de Coordenação Política. Perguntou a que horas o avião decolaria. Às oito da manhã. O convidado disse que era muito cedo. Nem agradar a doutora consegue. ALMIRANTE NUCLEAR Programa nuclear de pobre acaba mal. O almirante Othon Luiz está na carceragem de Curitiba. O físico Abdul Qadeer Khan, que fez a bomba do Paquistão e tornou-se um herói nacional, ralou uns anos de prisão domiciliar. O engenheiro suíço Fred Tinner, que orientava o programa líbio, pagou seis meses de cadeia. RECORDAR É VIVER A Fiesp voltou a se meter em política. Faltou-lhe a sorte. No meio dos documentos americanos liberados recentemente, apareceu uma carta de 1972, do embaixador William Rountree ao Departamento de Estado. Ele conta que tratou "da maneira heterodoxa" com que empresários americanos de São Paulo eram abordados com pedidos de ajuda ao general Humberto de Souza Mello, comandante do 2º Exército e senhor dos cárceres. Pelo texto, entende-se que Rountree recomendou-lhes que tomassem distância. Dois ou três empresários contaram que nunca haviam sido procurados diretamente pelo general, mas "só pela Federação das Indústrias de São Paulo". Mais: disseram que não viam como parar de colaborar sem "prejudicar seriamente suas relações com a Fiesp". - UMA PEDALADA NAS CONTAS DE LUZ Vem aí uma nova pedalada, daquelas que passam despercebidas porque são complicadas e tornam-se simples quando aparecem como tungas. Cozinha-se uma pedalada elétrica que se materializará nas contas de luz dos próximos anos. Trata-se de jogar nos consumidores um espeto de R$ 20 bilhões que as empresas geradoras de energia hidrelétrica perderam por terem sido levadas a contratar serviços de usinas térmicas. No Brasil criou-se um sistema maluco. Um órgão da burocracia do Estado, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), diz às geradoras quanta energia devem oferecer. As empresas não têm assento nesse comitê e só lhes resta obedecer. Se há chuva, há água e tudo vai bem. Se faltam chuvas, elas devem comprar energia mais cara às térmicas. Fazendo isso aumentam seus custos. As empresas sustentam que compraram energia térmica porque o CMSE obrigou-as a operar numa situação financeiramente insustentável. A brincadeira teria custado uns R$ 20 bilhões. De algum lugar esse dinheiro deverá sair. Diversas geradoras conseguiram liminares na Justiça reconhecendo-lhes o direito de não pagar essa fatura. Criada a encrenca, o governo e as elétricas poderiam expô-la publicamente, pois alguém terá que micar com pelo menos R$ 20 bilhões. Como ensina o bilionário Warren Buffett, quando você não sabe quem vai micar, procure um espelho. Cozinha-se em Brasília um jabuti para ser incluído na Medida Provisória 675. Ele dará às operadoras o direito de repassar a conta para as tarifas nos próximos anos. Assim, a conta de luz ficou mais cara porque não choveu. Quando chover, continuará cara porque pedalaram nas contas.
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Por R$ 725 mi, Abril Educação compra operação da Saraiva no setor de ensino
"O que nos levou a avançar na transação foram pontos como o reforço da nossa presença em escolas, que é parte do objetivo da Abril Educação, e cada vez mais desenvolver relação próxima com donos de escolas, professores, alunos, famílias e gestores Eduardo Mufarrej, presidente da Abril Educação Um dos principais competidores do mercado editorial e do varejo de conteúdo brasileiro, o grupo Saraiva vendeu seus negócios de educação para a Abril Educação. Em uma transação avaliada em R$ 725 milhões, a Abril Educação anunciou nesta quinta-feira (18) a aquisição de 100% da operação da Saraiva Educação, braço do grupo formado por selos como Atual, Benvirá, Editora Saraiva, Editora Érica e sistema de ensino Ético. A operação abrange o catálogo de livros didáticos, paradidáticos, universitários, jurídicos, ficção e não ficção. "O que nos levou a avançar na transação foram pontos como o reforço da nossa presença em escolas, que é parte do objetivo da Abril Educação, e cada vez mais desenvolver relação muito próxima com donos de escolas, professores, alunos, famílias e gestores", disse o presidente da Abril Educação, Eduardo Mufarrej, . Com marcas como Wise Up, Red Balloon e Anglo, a companhia já atua nos setores de editoras, escolas e sistemas de ensino básico e técnico, cursos preparatórios para concursos, ensino a distância e idiomas. Atualmente, a empresa atende, com produtos ou serviços, mais de 130 mil escolas e cerca de 30 milhões de alunos no país. A meta, segundo Mufarrej, é aproveitar os portfólios complementares para alcançar "atuação mais relevante em todos os segmentos da educação nacional". Em fevereiro, o Grupo Abril vendeu a totalidade das ações da Abril Educação para fundos de investimento da gestora Tarpon, em uma operação avaliada em R$ 1,3 bilhão. Analistas avaliam que o interesse da Abril Educação é crescer, com a venda de livros e serviços, em regiões que no futuro terão maior direcionamento de recursos do governo para educação. "Ela já é forte em sistemas de ensino no Sudeste. Agora, a marca Ético, que é forte no Nordeste, pode ajudá-la a alcançar a região, onde ela vinha tendo dificuldade de crescer. O Norte também ficará mais acessível", afirma Gabriela Cortez, analista do BB Investimentos. VAREJO As áreas de varejo e comércio eletrônico da Saraiva não entraram no negócio. Segundo a empresa (com mais de cem lojas), a transação permitirá "maior foco nas operações de varejo". Para Tales Paes, analista do Banco Fator, dentre os dois segmentos de atuação da Saraiva (varejo e educação), o segundo talvez seja mais promissor, porque o varejo de livros enfrenta desafios maiores, como o comércio eletrônico e a mudança de hábitos para a leitura digital. "A editora é um segmento melhor, mas a transação veio como uma boa forma de resolver o problema de alavancagem da companhia, que era alta. Vinha ficando mais difícil fazer a rolagem da dívida, principalmente com a alta dos juros." O acordo ainda está sujeito à aprovação do Cade.
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Por R$ 725 mi, Abril Educação compra operação da Saraiva no setor de ensino"O que nos levou a avançar na transação foram pontos como o reforço da nossa presença em escolas, que é parte do objetivo da Abril Educação, e cada vez mais desenvolver relação próxima com donos de escolas, professores, alunos, famílias e gestores Eduardo Mufarrej, presidente da Abril Educação Um dos principais competidores do mercado editorial e do varejo de conteúdo brasileiro, o grupo Saraiva vendeu seus negócios de educação para a Abril Educação. Em uma transação avaliada em R$ 725 milhões, a Abril Educação anunciou nesta quinta-feira (18) a aquisição de 100% da operação da Saraiva Educação, braço do grupo formado por selos como Atual, Benvirá, Editora Saraiva, Editora Érica e sistema de ensino Ético. A operação abrange o catálogo de livros didáticos, paradidáticos, universitários, jurídicos, ficção e não ficção. "O que nos levou a avançar na transação foram pontos como o reforço da nossa presença em escolas, que é parte do objetivo da Abril Educação, e cada vez mais desenvolver relação muito próxima com donos de escolas, professores, alunos, famílias e gestores", disse o presidente da Abril Educação, Eduardo Mufarrej, . Com marcas como Wise Up, Red Balloon e Anglo, a companhia já atua nos setores de editoras, escolas e sistemas de ensino básico e técnico, cursos preparatórios para concursos, ensino a distância e idiomas. Atualmente, a empresa atende, com produtos ou serviços, mais de 130 mil escolas e cerca de 30 milhões de alunos no país. A meta, segundo Mufarrej, é aproveitar os portfólios complementares para alcançar "atuação mais relevante em todos os segmentos da educação nacional". Em fevereiro, o Grupo Abril vendeu a totalidade das ações da Abril Educação para fundos de investimento da gestora Tarpon, em uma operação avaliada em R$ 1,3 bilhão. Analistas avaliam que o interesse da Abril Educação é crescer, com a venda de livros e serviços, em regiões que no futuro terão maior direcionamento de recursos do governo para educação. "Ela já é forte em sistemas de ensino no Sudeste. Agora, a marca Ético, que é forte no Nordeste, pode ajudá-la a alcançar a região, onde ela vinha tendo dificuldade de crescer. O Norte também ficará mais acessível", afirma Gabriela Cortez, analista do BB Investimentos. VAREJO As áreas de varejo e comércio eletrônico da Saraiva não entraram no negócio. Segundo a empresa (com mais de cem lojas), a transação permitirá "maior foco nas operações de varejo". Para Tales Paes, analista do Banco Fator, dentre os dois segmentos de atuação da Saraiva (varejo e educação), o segundo talvez seja mais promissor, porque o varejo de livros enfrenta desafios maiores, como o comércio eletrônico e a mudança de hábitos para a leitura digital. "A editora é um segmento melhor, mas a transação veio como uma boa forma de resolver o problema de alavancagem da companhia, que era alta. Vinha ficando mais difícil fazer a rolagem da dívida, principalmente com a alta dos juros." O acordo ainda está sujeito à aprovação do Cade.
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Castelinho do Flamengo, no Rio, é ocupado com série de micropeças
É como passear pelos cômodos de uma casa e ver pílulas de cenas cotidianas. A segunda edição do Microteatro RJ vai até o fim de novembro com o tema "Pela Família". Trata-se de uma série de peças curtas, de no máximo 15 minutos cada uma, que acontecem ao mesmo tempo nos cômodos do Castelinho do Flamengo, casarão art nouveau construído em 1918 no Rio. O público circula pelo imóvel e decide a ordem em que assiste às cenas. O formato nasceu em Madri em 2009. Há dois anos, chegou ao Rio e recebeu um público de cerca de 2.500 pessoas, segundo os organizadores. A ideia é que o Microteatro se torne um evento bienal na cidade, diz Fernanda Bond, que divide a curadoria com Lucas Paraizo e Julia Mariano. O grupo também estuda levar o projeto para outros locais, como São Paulo. Na edição de 2014, que tinha o tema "Pela Memória", nomes como o cineasta Bráulio Mantovani estavam entre os criadores, que produzem trabalhos específicos para o espaço. "Buscamos pessoas de outras áreas, queremos borrar as fronteiras entre as artes", explica Bond. Outro cineasta participa da segunda edição: Eryk Rocha dirige com Gabriela Carneiro da Cunha "Abril", um "diálogo" entre o cinema e o teatro. Adriano Guimarães e Denise Stutz se inspiram em "Casa Tomada", de Julio Cortázar, para seu espetáculo. Allan Ribeiro retrata uma família em busca de um empregado doméstico. "Laundromatic", d'Aquela Companhia de Teatro, debate a identidade de gênero. Já Luisa Arraes, Marina Viana, Eduardo Rios e Álamo Facó mostram diferentes perspectivas de uma mesma cena. "Os artistas têm total liberdade de criação, desde que dentro do tema", conta Bond. A temática também é representada na cenografia: cada sala reproduz um cômodo de uma casa. Pelo imóvel, há ainda toques pessoais, como fotografias familiares. "A ideia é que o Castelinho se transforme no final numa grande casa de família." MICROTEATRO RJ QUANDO sex. e sáb., a partir das 19h (abertura às 18h); até 26/11 ONDE Castelinho do Flamengo, praia do Flamengo, 158, Rio, tel. (21) 2205-0655 QUANDO grátis
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Castelinho do Flamengo, no Rio, é ocupado com série de micropeçasÉ como passear pelos cômodos de uma casa e ver pílulas de cenas cotidianas. A segunda edição do Microteatro RJ vai até o fim de novembro com o tema "Pela Família". Trata-se de uma série de peças curtas, de no máximo 15 minutos cada uma, que acontecem ao mesmo tempo nos cômodos do Castelinho do Flamengo, casarão art nouveau construído em 1918 no Rio. O público circula pelo imóvel e decide a ordem em que assiste às cenas. O formato nasceu em Madri em 2009. Há dois anos, chegou ao Rio e recebeu um público de cerca de 2.500 pessoas, segundo os organizadores. A ideia é que o Microteatro se torne um evento bienal na cidade, diz Fernanda Bond, que divide a curadoria com Lucas Paraizo e Julia Mariano. O grupo também estuda levar o projeto para outros locais, como São Paulo. Na edição de 2014, que tinha o tema "Pela Memória", nomes como o cineasta Bráulio Mantovani estavam entre os criadores, que produzem trabalhos específicos para o espaço. "Buscamos pessoas de outras áreas, queremos borrar as fronteiras entre as artes", explica Bond. Outro cineasta participa da segunda edição: Eryk Rocha dirige com Gabriela Carneiro da Cunha "Abril", um "diálogo" entre o cinema e o teatro. Adriano Guimarães e Denise Stutz se inspiram em "Casa Tomada", de Julio Cortázar, para seu espetáculo. Allan Ribeiro retrata uma família em busca de um empregado doméstico. "Laundromatic", d'Aquela Companhia de Teatro, debate a identidade de gênero. Já Luisa Arraes, Marina Viana, Eduardo Rios e Álamo Facó mostram diferentes perspectivas de uma mesma cena. "Os artistas têm total liberdade de criação, desde que dentro do tema", conta Bond. A temática também é representada na cenografia: cada sala reproduz um cômodo de uma casa. Pelo imóvel, há ainda toques pessoais, como fotografias familiares. "A ideia é que o Castelinho se transforme no final numa grande casa de família." MICROTEATRO RJ QUANDO sex. e sáb., a partir das 19h (abertura às 18h); até 26/11 ONDE Castelinho do Flamengo, praia do Flamengo, 158, Rio, tel. (21) 2205-0655 QUANDO grátis
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Viagem do papa sela mediação que reaproximou EUA e Cuba
Nove meses após Cuba e EUA anunciarem uma histórica reaproximação sob mediação da Igreja Católica, o papa Francisco inicia neste sábado um giro pelos dois países para reforçar uma normalização ainda contestada. Numa viagem carregada de simbolismos, o papa visitará três cidades cubanas antes de voar para os EUA, onde discursará no Congresso e na Assembleia-Geral da ONU. A parada em Cuba visa demonstrar apoio do Vaticano à agenda de reformas implementada desde 2008 pelo ditador Raúl Castro, como a suspensão de algumas restrições à livre circulação das pessoas e a liberalização parcial do comércio, segundo fontes da igreja e especialistas consultados pela Folha. O respaldo do papa às mudanças legitima o argumento de que Cuba está fazendo a sua parte nas negociações com os EUA. Em contrapartida, Havana exige o fim do embargo comercial americano que asfixia a ilha desde 1962. "É importante que o papa reconheça que algumas coisas estão melhorando em Cuba, inclusive em matéria de liberdade religiosa", diz o vaticanista americano Thomas Reese, numa referência ao alívio gradual das restrições à atuação da igreja no país. "Francisco está ajudando a implementar a velha ideia de que Cuba deve se abrir para o mundo, e o mundo deve se abrir para Cuba." O papa terá encontros com o governo e líderes religiosos, mas o Vaticano descartou contato com a oposição. Tampouco se espera que Francisco, notório crítico dos excessos capitalistas, ceda a pressões conservadoras para condenar desvios de um regime socialista que viola direitos humanos e liberdades. "Papas sempre agem em sintonia com bispos locais, e os bispos cubanos têm boa relação com o governo", afirma o brasileiro Frei Betto. Críticos minimizaram o recente anúncio de que mais de 3.000 prisioneiros serão libertados num aparente gesto de boa vontade, pois a lista exclui pessoas condenadas por "atentado à segurança do Estado" (presos políticos) e abrange detentos cujas penas estavam prestes a terminar. Cético em relação à reaproximação com os EUA, o opositor Antonio Rodiles diz que o silêncio sobre abusos na ilha comprometeria o discurso em que o papa pedirá aos parlamentares americanos a anulação do embargo. "Se o papa chegar aos EUA sem avanços em direitos humanos, com que argumentos ele pretende convencer o Congresso a aliviar o cerco à ilha?", questiona Rodiles. RESISTÊNCIAS Apesar do aparente consenso político nos EUA para receber o papa de braços abertos, a reaproximação com Cuba esbarra na resistência do Partido Republicano e do eleitor conservador. O papa também deverá tratar de Guantánamo, a base militar que os EUA mantêm em território cubano desde o fim da guerra hispano-americana, no início do século 20. "É um processo que pode levar tempo, mas o papa trabalha para que a base seja devolvida a Cuba", diz Frei Betto, que vê as paradas em Santiago e Holguín, cidades cubanas próximas a Guantánamo, como recado aos EUA. Biógrafo de Francisco, Austen Ivereigh diz que a viagem é a continuação natural das tramitações conduzidas em sigilo pelo Vaticano por mais de um ano até o anúncio da normalização, em dezembro último. "A coreografia deste giro foi bem pensada por Francisco. Para ele, o mar que separa Cuba dos EUA equivale ao que foi o muro de Berlim para João Paulo 2º [1978-2005]", diz Ivereigh. Cuba
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Viagem do papa sela mediação que reaproximou EUA e CubaNove meses após Cuba e EUA anunciarem uma histórica reaproximação sob mediação da Igreja Católica, o papa Francisco inicia neste sábado um giro pelos dois países para reforçar uma normalização ainda contestada. Numa viagem carregada de simbolismos, o papa visitará três cidades cubanas antes de voar para os EUA, onde discursará no Congresso e na Assembleia-Geral da ONU. A parada em Cuba visa demonstrar apoio do Vaticano à agenda de reformas implementada desde 2008 pelo ditador Raúl Castro, como a suspensão de algumas restrições à livre circulação das pessoas e a liberalização parcial do comércio, segundo fontes da igreja e especialistas consultados pela Folha. O respaldo do papa às mudanças legitima o argumento de que Cuba está fazendo a sua parte nas negociações com os EUA. Em contrapartida, Havana exige o fim do embargo comercial americano que asfixia a ilha desde 1962. "É importante que o papa reconheça que algumas coisas estão melhorando em Cuba, inclusive em matéria de liberdade religiosa", diz o vaticanista americano Thomas Reese, numa referência ao alívio gradual das restrições à atuação da igreja no país. "Francisco está ajudando a implementar a velha ideia de que Cuba deve se abrir para o mundo, e o mundo deve se abrir para Cuba." O papa terá encontros com o governo e líderes religiosos, mas o Vaticano descartou contato com a oposição. Tampouco se espera que Francisco, notório crítico dos excessos capitalistas, ceda a pressões conservadoras para condenar desvios de um regime socialista que viola direitos humanos e liberdades. "Papas sempre agem em sintonia com bispos locais, e os bispos cubanos têm boa relação com o governo", afirma o brasileiro Frei Betto. Críticos minimizaram o recente anúncio de que mais de 3.000 prisioneiros serão libertados num aparente gesto de boa vontade, pois a lista exclui pessoas condenadas por "atentado à segurança do Estado" (presos políticos) e abrange detentos cujas penas estavam prestes a terminar. Cético em relação à reaproximação com os EUA, o opositor Antonio Rodiles diz que o silêncio sobre abusos na ilha comprometeria o discurso em que o papa pedirá aos parlamentares americanos a anulação do embargo. "Se o papa chegar aos EUA sem avanços em direitos humanos, com que argumentos ele pretende convencer o Congresso a aliviar o cerco à ilha?", questiona Rodiles. RESISTÊNCIAS Apesar do aparente consenso político nos EUA para receber o papa de braços abertos, a reaproximação com Cuba esbarra na resistência do Partido Republicano e do eleitor conservador. O papa também deverá tratar de Guantánamo, a base militar que os EUA mantêm em território cubano desde o fim da guerra hispano-americana, no início do século 20. "É um processo que pode levar tempo, mas o papa trabalha para que a base seja devolvida a Cuba", diz Frei Betto, que vê as paradas em Santiago e Holguín, cidades cubanas próximas a Guantánamo, como recado aos EUA. Biógrafo de Francisco, Austen Ivereigh diz que a viagem é a continuação natural das tramitações conduzidas em sigilo pelo Vaticano por mais de um ano até o anúncio da normalização, em dezembro último. "A coreografia deste giro foi bem pensada por Francisco. Para ele, o mar que separa Cuba dos EUA equivale ao que foi o muro de Berlim para João Paulo 2º [1978-2005]", diz Ivereigh. Cuba
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Presidente da CNBB diz que uso mais racional da água é fundamental
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e arcebispo da cidade de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno, destacou nesta quinta-feira (5) o desperdício da água e disse que para superar a crise hídrica é necessário o uso mais racional da água. Segundo Damasceno, diversos fatores resultaram no atual cenário, desde as "condições climáticas desfavoráveis" até o "elemento da gestão, do planejamento a longo prazo". "O uso mais racional da água é fundamental." Ele pontuou ainda que "o Brasil usa muito a água para agricultura". "Devemos motivar as pessoas sobre o uso mais responsável e consciente da água, para que todos possam usufruir desse bem". A crise hídrica foi um dos temas abordados na manhã de hoje em reunião do conselho episcopal, formada pela presidência da CNBB e das comissões episcopais. Em abril, haverá escolha do novo presidente da CNBB, para um mandato de quatro anos. "Temos falado muito dos reservatórios, mas não muito das nascentes e dos rios", ponderou Leonardo Steiner, secretário-geral da entidade. Ele ponderou ainda o impacto da carência de água para o setor elétrico. "Podemos também ter um colapso de energia se continuarmos com a falta de água." Integrantes do governo de São Paulo e da cúpula da Sabesp afirmaram que as negociações em torno da adoção de um rodízio de água avançaram. A discussão agora se daria em torno da abrangência. A tese que vem ganhando força é que ele fique restrito à área do sistema Cantareira. A expectativa é que o governo Geraldo Alckmin e o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, se reúnam até esta sexta-feira (6) para tomar uma decisão. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei que institui uma multa de R$ 1.000 para quem lavar carro ou calçada com água tratada. Fiscais que verificaram obras na cidade deverão acumular essa função. O texto ainda precisa ser aprovado em segunda votação e sancionado prefeito Fernando Haddad (PT). PETROBRAS Arcebispo de Aparecida, o cardeal também comentou sobre o escândalo de corrupção na Petrobras. Damasceno disse que o caso gerou um "mal estar" no país e defendeu que os culpados no episódio sejam de fato punidos. "Eu acho que a sociedade, de um modo geral, está experimentando esse mal estar do ponto de vista ético, moral. () É importante não só apontar a corrupção, mas também buscar oferecer propostas", disse ele, em referência a projeto de reforma política defendido pela conferência em parceria com outras entidades, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
cotidiano
Presidente da CNBB diz que uso mais racional da água é fundamentalO presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e arcebispo da cidade de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno, destacou nesta quinta-feira (5) o desperdício da água e disse que para superar a crise hídrica é necessário o uso mais racional da água. Segundo Damasceno, diversos fatores resultaram no atual cenário, desde as "condições climáticas desfavoráveis" até o "elemento da gestão, do planejamento a longo prazo". "O uso mais racional da água é fundamental." Ele pontuou ainda que "o Brasil usa muito a água para agricultura". "Devemos motivar as pessoas sobre o uso mais responsável e consciente da água, para que todos possam usufruir desse bem". A crise hídrica foi um dos temas abordados na manhã de hoje em reunião do conselho episcopal, formada pela presidência da CNBB e das comissões episcopais. Em abril, haverá escolha do novo presidente da CNBB, para um mandato de quatro anos. "Temos falado muito dos reservatórios, mas não muito das nascentes e dos rios", ponderou Leonardo Steiner, secretário-geral da entidade. Ele ponderou ainda o impacto da carência de água para o setor elétrico. "Podemos também ter um colapso de energia se continuarmos com a falta de água." Integrantes do governo de São Paulo e da cúpula da Sabesp afirmaram que as negociações em torno da adoção de um rodízio de água avançaram. A discussão agora se daria em torno da abrangência. A tese que vem ganhando força é que ele fique restrito à área do sistema Cantareira. A expectativa é que o governo Geraldo Alckmin e o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, se reúnam até esta sexta-feira (6) para tomar uma decisão. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei que institui uma multa de R$ 1.000 para quem lavar carro ou calçada com água tratada. Fiscais que verificaram obras na cidade deverão acumular essa função. O texto ainda precisa ser aprovado em segunda votação e sancionado prefeito Fernando Haddad (PT). PETROBRAS Arcebispo de Aparecida, o cardeal também comentou sobre o escândalo de corrupção na Petrobras. Damasceno disse que o caso gerou um "mal estar" no país e defendeu que os culpados no episódio sejam de fato punidos. "Eu acho que a sociedade, de um modo geral, está experimentando esse mal estar do ponto de vista ético, moral. () É importante não só apontar a corrupção, mas também buscar oferecer propostas", disse ele, em referência a projeto de reforma política defendido pela conferência em parceria com outras entidades, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
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Dona do Snapchat quer obter US$ 3 bi com oferta de ações na Bolsa de NY
A Snap, dona do aplicativo de mensagens Snapchat, tornou público os documentos do seu pedido para negociar suas ações na Bolsa de Nova York. A empresa, que teve prejuízo de US$ 515 milhões em 2016, espera levantar US$ 3 bilhões com a venda de seus papéis. Segundo o "Financial Times", a companhia quer ter, no seu dia de estreia na Bolsa, um valor de mercado de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões. Em 2013, quando entrou na Bolsa, o Twitter tinha valor de mercado de US$ 18 bilhões.
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Dona do Snapchat quer obter US$ 3 bi com oferta de ações na Bolsa de NYA Snap, dona do aplicativo de mensagens Snapchat, tornou público os documentos do seu pedido para negociar suas ações na Bolsa de Nova York. A empresa, que teve prejuízo de US$ 515 milhões em 2016, espera levantar US$ 3 bilhões com a venda de seus papéis. Segundo o "Financial Times", a companhia quer ter, no seu dia de estreia na Bolsa, um valor de mercado de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões. Em 2013, quando entrou na Bolsa, o Twitter tinha valor de mercado de US$ 18 bilhões.
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Brasileiros que investiram em Miami agora vendem imóveis
Brasileiros que adquiriram imóveis como segunda residência na Flórida a partir de 2009 agora decidem vender suas propriedades. Se naquela época o dólar rondava R$ 1,80 e os valores de casas e apartamentos nos EUA estavam devastados pela crise, hoje o cenário é outro, com a moeda acima de R$ 3,15 e os preços do mercado imobiliário americano em patamares mais elevados. Vendedores relatam motivos diversos: da dificuldade de pagar as prestações em dólar mais alto à necessidade de obter algum recurso em tempos de recessão no Brasil. Há também quem tenha visto no câmbio atual a oportunidade de realizar ganhos sobre o investimento feito no passado e aqueles que prevêem o fim da valorização das casas americanas. "Cerca de 40% dos proprietários no condomínio onde comprei uma casa em Orlando em 2011 são brasileiros. Muitos estão reclamando do câmbio, que deixou o financiamento pesado. Vender se tornou interessante", diz a empresária Ana Gonçalves. Ela explica que a renda que obtém alugando a casa para turistas brasileiros que visitam a Disney na temporada -e que ajudava no pagamento do crédito- encolheu após a crise brasileira. Em 2009, com o dólar a R$ 1,80, o administrador Gustavo comprou em Miami uma das casas que estavam sendo resgatadas por bancos e agências de crédito imobiliário por falta de pagamento. "A partir de 2012, o preço subiu. Em 2014, alcançou patamares do pré-crise de 2008. Quando, em janeiro de 2016, o dólar atingiu R$ 4,15, pensei que era hora de vender. Os imóveis nos EUA atingiram o equilíbrio e há sinais de estagnação pipocando", diz Gustavo, que pediu para não divulgar seu sobrenome. No primeiro semestre, pela primeira vez em cinco anos, os preços de revenda na região central de Miami caíram 4%, segundo dados da Miami's Downtown Development Authority, agência de promoção local. Segundo a entidade, a queda acompanha um aumento do volume de imóveis disponíveis. Fernando Bergallo, diretor da FB Capital, empresa especializada em transferência de recursos, diz que atuou em 1.356 transações imobiliárias de brasileiros nos EUA entre 2011 e 2016. Até 2015, a FB só havia realizado operações de compra dos bens. "A partir de 2015, passei a observar vendas. Foram 115 operações." "O movimento de venda entre brasileiros realmente não era frequente. Mas recentemente vimos a entrada desse perfil", diz Edna Batini, da imobiliária Vitoria Realty.p(gallery).
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Brasileiros que investiram em Miami agora vendem imóveisBrasileiros que adquiriram imóveis como segunda residência na Flórida a partir de 2009 agora decidem vender suas propriedades. Se naquela época o dólar rondava R$ 1,80 e os valores de casas e apartamentos nos EUA estavam devastados pela crise, hoje o cenário é outro, com a moeda acima de R$ 3,15 e os preços do mercado imobiliário americano em patamares mais elevados. Vendedores relatam motivos diversos: da dificuldade de pagar as prestações em dólar mais alto à necessidade de obter algum recurso em tempos de recessão no Brasil. Há também quem tenha visto no câmbio atual a oportunidade de realizar ganhos sobre o investimento feito no passado e aqueles que prevêem o fim da valorização das casas americanas. "Cerca de 40% dos proprietários no condomínio onde comprei uma casa em Orlando em 2011 são brasileiros. Muitos estão reclamando do câmbio, que deixou o financiamento pesado. Vender se tornou interessante", diz a empresária Ana Gonçalves. Ela explica que a renda que obtém alugando a casa para turistas brasileiros que visitam a Disney na temporada -e que ajudava no pagamento do crédito- encolheu após a crise brasileira. Em 2009, com o dólar a R$ 1,80, o administrador Gustavo comprou em Miami uma das casas que estavam sendo resgatadas por bancos e agências de crédito imobiliário por falta de pagamento. "A partir de 2012, o preço subiu. Em 2014, alcançou patamares do pré-crise de 2008. Quando, em janeiro de 2016, o dólar atingiu R$ 4,15, pensei que era hora de vender. Os imóveis nos EUA atingiram o equilíbrio e há sinais de estagnação pipocando", diz Gustavo, que pediu para não divulgar seu sobrenome. No primeiro semestre, pela primeira vez em cinco anos, os preços de revenda na região central de Miami caíram 4%, segundo dados da Miami's Downtown Development Authority, agência de promoção local. Segundo a entidade, a queda acompanha um aumento do volume de imóveis disponíveis. Fernando Bergallo, diretor da FB Capital, empresa especializada em transferência de recursos, diz que atuou em 1.356 transações imobiliárias de brasileiros nos EUA entre 2011 e 2016. Até 2015, a FB só havia realizado operações de compra dos bens. "A partir de 2015, passei a observar vendas. Foram 115 operações." "O movimento de venda entre brasileiros realmente não era frequente. Mas recentemente vimos a entrada desse perfil", diz Edna Batini, da imobiliária Vitoria Realty.p(gallery).
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Loja da Vila Madalena monta mercadinho com seleção de quitutes artesanais
MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO A loja de comida resfriada e embalada Da Má da Lê, na Vila Madalena, agora tem um mercadinho de produtos artesanais, em que quase tudo está pronto para o consumo. São 17 itens de nove produtores escolhidos por Lelena César, sócia e cozinheira da loja, e o sociólogo Carlos Alberto Dória, neste mercado "silencioso" do artesanato "doméstico ou semidoméstico", que cresce em tempos de crise. São pães, patês, doces —algumas receitas de família. Há, por exemplo, compota de cebolas (R$ 35, 200 g), patê de campagne com pistache e damasco (R$ 30, 180 g), casadinhos recheados de doce de leite (R$ 9,80; seis unidades), bottarga (R$ 20, 60 g) e pão de mel (R$ 28,80, 12 unidades). Da Má da Lê. R. Dep. Lacerda Franco, 452, Vila Madalena, tel. (11) 2925-7010. Seg. a sáb., das 9h30 às 19h
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Loja da Vila Madalena monta mercadinho com seleção de quitutes artesanaisMAGÊ FLORES DE SÃO PAULO A loja de comida resfriada e embalada Da Má da Lê, na Vila Madalena, agora tem um mercadinho de produtos artesanais, em que quase tudo está pronto para o consumo. São 17 itens de nove produtores escolhidos por Lelena César, sócia e cozinheira da loja, e o sociólogo Carlos Alberto Dória, neste mercado "silencioso" do artesanato "doméstico ou semidoméstico", que cresce em tempos de crise. São pães, patês, doces —algumas receitas de família. Há, por exemplo, compota de cebolas (R$ 35, 200 g), patê de campagne com pistache e damasco (R$ 30, 180 g), casadinhos recheados de doce de leite (R$ 9,80; seis unidades), bottarga (R$ 20, 60 g) e pão de mel (R$ 28,80, 12 unidades). Da Má da Lê. R. Dep. Lacerda Franco, 452, Vila Madalena, tel. (11) 2925-7010. Seg. a sáb., das 9h30 às 19h
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Duplo atentado do Boko Haram mata 11 e fere 29 no norte do Camarões
Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas neste domingo (11) em um duplo atentado suicida na cidade de Kangaleri, no norte do Camarões, perto da fronteira com a Nigéria, informaram fontes do governo local. Entre os mortos no ataque, atribuído ao grupo jihadista Boko Haram, estão as duas terroristas suicidas, indicaram as autoridades da região de Mayo Sava, segundo o portal "Cameroon Info". Membros do Exército do Camarões foram enviados a Kangaleri para garantir a segurança do município e organizar uma operação de busca a uma terceira terrorista que acompanhava as outras duas que detonaram os explosivos. O ataque ocorreu um dia depois de 37 pessoas terem morrido na cidade de Baga Sola, no Chade, muito próxima à fronteira da Nigéria, em um triplo atentado suicida também atribuído ao mesmo grupo radical islamita. O domingo, principal dia de oração para os cristãos, se transformou no momento de maior risco no extremo norte do Camarões, já que os últimos atentados na região, que mataram 53 pessoas no total, sempre ocorreram no último dia da semana. Por isso, comerciantes fecharam as portas. Já os fiéis deixaram de frequentar as igrejas por medo dos ataques do Boko Haram, que cruzam a fronteira entre a Nigéria e o Camarões para promover ataques na região. Desde o início de 2015, o Boko Haram matou mais de 2.400 pessoas na Nigéria, Chade, Camarões e Níger, apesar da crescente pressão militar dos países da região do Lago Chade.
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Duplo atentado do Boko Haram mata 11 e fere 29 no norte do CamarõesPelo menos 11 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas neste domingo (11) em um duplo atentado suicida na cidade de Kangaleri, no norte do Camarões, perto da fronteira com a Nigéria, informaram fontes do governo local. Entre os mortos no ataque, atribuído ao grupo jihadista Boko Haram, estão as duas terroristas suicidas, indicaram as autoridades da região de Mayo Sava, segundo o portal "Cameroon Info". Membros do Exército do Camarões foram enviados a Kangaleri para garantir a segurança do município e organizar uma operação de busca a uma terceira terrorista que acompanhava as outras duas que detonaram os explosivos. O ataque ocorreu um dia depois de 37 pessoas terem morrido na cidade de Baga Sola, no Chade, muito próxima à fronteira da Nigéria, em um triplo atentado suicida também atribuído ao mesmo grupo radical islamita. O domingo, principal dia de oração para os cristãos, se transformou no momento de maior risco no extremo norte do Camarões, já que os últimos atentados na região, que mataram 53 pessoas no total, sempre ocorreram no último dia da semana. Por isso, comerciantes fecharam as portas. Já os fiéis deixaram de frequentar as igrejas por medo dos ataques do Boko Haram, que cruzam a fronteira entre a Nigéria e o Camarões para promover ataques na região. Desde o início de 2015, o Boko Haram matou mais de 2.400 pessoas na Nigéria, Chade, Camarões e Níger, apesar da crescente pressão militar dos países da região do Lago Chade.
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Até pino de cocaína provoca morte de animais marinhos no litoral paulista
Tartarugas mortas por ingerirem pinos vazios de cocaína, bexigas, unhas postiças e até preservativos. Um golfinho já sem vida por se enrolar com uma tira de chinelo. Um albatroz que morreu após ter o bico propositalmente serrado. Os casos ilustram um cenário que começa a ser melhor entendido nas praias do litoral norte e sul de São Paulo. Nos últimos 21 meses, quase 9.000 animais foram encontrados mortos em situações cruéis e até inusitadas. "Temos observado que grande parte das mortes é por interação com o ser humano [pesca] e com o resíduo sólido [lixo]. Temos dados intrigantes", diz a veterinária Andrea Maranho, coordenadora técnica do Instituto Gremar. A instituição colabora, ao lado do Instituto Argonauta, do Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPeC) e do Projeto Biopesca, com um trabalho não inédito, mas que alcançou a condição de maior do país, segundo o Ibama. O projeto que está em desenvolvimento é o monitoramento de praias da bacia de Santos, com ações diárias. MORTES NO OCEANO - Animais marinhos encontrados por ONGs no litoral paulista de ago.2015 a abr.2017 A pesquisa, que permite ainda o registro de espécies raramente encontradas e a soltura de animais reabilitados, tem dado a grande dimensão dos estragos humanos sobre a fauna oceânica. Um dos institutos do programa chegou a recolher em um só dia 75 animais mortos, a grande maioria aves da espécie bobo-pequeno. As espécies mortas são estudadas. Cada instituição possui um centro de necropsia para identificar a causa e entender os impactos na fauna. A fase 1 do projeto surgiu em agosto de 2015 quando a Petrobras começou a exploração de petróleo e gás em SP. Como condicionante para obter o licenciamento ambiental, a estatal precisou custear o projeto que serve para avaliar os possíveis impactos de suas atividades. Mas tudo foi além. Coordenado pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), o projeto catalogou 26 mil animais em pouco mais de 700 quilômetros de praia, monitorados todos os dias, desde Laguna (SC) a Ubatuba, no litoral norte paulista. O foco é encontrar espécies marinhas –mamíferos, aves e tartarugas– mortas ou feridas. "Estamos fazendo o que sempre quisemos fazer, mas não tínhamos noção da grandiosidade dos resultados que alcançaríamos e o quão trabalhoso seria monitorar todos os dias. Faltavam recursos antes", afirma o biólogo André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Os institutos envolvidos na pesquisa seguem uma metodologia padronizada. Eles relatam por meio de tablets as ocorrências e lançam os dados em tempo quase real para um sistema denominado Simba, de acesso público. Em casos de animais cobertos de óleo, provavelmente devido ao petróleo, a ocorrência é lançada e, automaticamente, Ibama, Petrobras e Univali são avisados."O objetivo principal, claro, é avaliar problemas de animais com óleo, mas tivemos poucos casos até então", diz Barreto. INCENTIVO A infraestrutura das instituições envolvidas na pesquisa melhorou. O Gremar, por exemplo, recebeu carros para percorrer as praias e saltou de cinco funcionários para 35. "Nosso caso é similar. Teríamos entre 2 ou 3 funcionários, além dos voluntários. Mas contamos hoje com 17 funcionários e 3 estagiários", diz Rodrigo Del Rio, coordenador do Biopesca, que monitora Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Antes, as instituições trabalhavam apenas quando chamadas para ocorrências. Algumas faziam monitoramentos semanais ou quinzenais. Agora, são todo os dias. Mas, apesar da "cartilha" a ser seguida, nem tudo é igual. Em alguns casos, o monitoramento é feito de carro, quadriciclo, bicicleta, moto ou a pé. No Argonauta, responsável pelas praias do litoral norte, há o uso de barcos. O litoral sul é marcado por praias contínuas, percorridas por veículos de forma direta. No norte, em Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Caraguatatuba é necessário usar barcos e outros meios por serem trechos de areia menores e mais recortados. O trabalho em São Paulo ainda conta com pesquisas e bases de recuperação, como o caso da Fundação Pró-Tamar, que recebe as tartarugas do Instituto Argonauta. Apesar das milhares de informação geradas, o projeto precisa de mais tempo para produzir dados mais robustos, que vão levar ao entendimento de alguns fenômenos. Os relatórios mensais encaminhados pela Univali para a Petrobras também são entregues ao Ibama. OUTROS ESTADOS Os animais mortos levantados pelo projeto de monitoramento de praias também foram encontrados fora de São Paulo. Na fase 1, a principal desenvolvida até agora, o trabalho funciona ativamente nos Estados do Paraná e, principalmente, no litoral de Santa Catarina, sede da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), responsável por coordenar o projeto. "Existem áreas menores que já recebem um trabalho como esse. O nosso, pela extensão, pode ser considerado o maior, mas não é o único", diz André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Desde setembro do último ano, foi iniciada, só no Rio de Janeiro, a fase 2 do mesmo projeto, entre os municípios de Saquarema e Paraty, executada pela empresa CTA Serviços de Meio Ambiente. Nos sete primeiros meses de trabalho foram registrados 763 animais mortos e 133 vivos, nenhum deles com óleo. Existem outros programas de monitoramento similares, com números consideráveis, espalhados pelo país. O mais antigo deles ocorre desde janeiro de 2010, na bacia Potiguar, que monitora as praias de oito cidades do Estados do Rio Grande do Norte e cinco do Estado do Ceará. Outro ocorre na bacia de Campos e do Espírito Santo, entre os municípios de Conceição da Barra, no norte capixaba, e Saquarema, no Rio de Janeiro. Todos funcionam com dinheiro de compensação ambiental da exploração de petróleo da Petrobras.
cotidiano
Até pino de cocaína provoca morte de animais marinhos no litoral paulistaTartarugas mortas por ingerirem pinos vazios de cocaína, bexigas, unhas postiças e até preservativos. Um golfinho já sem vida por se enrolar com uma tira de chinelo. Um albatroz que morreu após ter o bico propositalmente serrado. Os casos ilustram um cenário que começa a ser melhor entendido nas praias do litoral norte e sul de São Paulo. Nos últimos 21 meses, quase 9.000 animais foram encontrados mortos em situações cruéis e até inusitadas. "Temos observado que grande parte das mortes é por interação com o ser humano [pesca] e com o resíduo sólido [lixo]. Temos dados intrigantes", diz a veterinária Andrea Maranho, coordenadora técnica do Instituto Gremar. A instituição colabora, ao lado do Instituto Argonauta, do Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPeC) e do Projeto Biopesca, com um trabalho não inédito, mas que alcançou a condição de maior do país, segundo o Ibama. O projeto que está em desenvolvimento é o monitoramento de praias da bacia de Santos, com ações diárias. MORTES NO OCEANO - Animais marinhos encontrados por ONGs no litoral paulista de ago.2015 a abr.2017 A pesquisa, que permite ainda o registro de espécies raramente encontradas e a soltura de animais reabilitados, tem dado a grande dimensão dos estragos humanos sobre a fauna oceânica. Um dos institutos do programa chegou a recolher em um só dia 75 animais mortos, a grande maioria aves da espécie bobo-pequeno. As espécies mortas são estudadas. Cada instituição possui um centro de necropsia para identificar a causa e entender os impactos na fauna. A fase 1 do projeto surgiu em agosto de 2015 quando a Petrobras começou a exploração de petróleo e gás em SP. Como condicionante para obter o licenciamento ambiental, a estatal precisou custear o projeto que serve para avaliar os possíveis impactos de suas atividades. Mas tudo foi além. Coordenado pela Univali (Universidade do Vale do Itajaí), o projeto catalogou 26 mil animais em pouco mais de 700 quilômetros de praia, monitorados todos os dias, desde Laguna (SC) a Ubatuba, no litoral norte paulista. O foco é encontrar espécies marinhas –mamíferos, aves e tartarugas– mortas ou feridas. "Estamos fazendo o que sempre quisemos fazer, mas não tínhamos noção da grandiosidade dos resultados que alcançaríamos e o quão trabalhoso seria monitorar todos os dias. Faltavam recursos antes", afirma o biólogo André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Os institutos envolvidos na pesquisa seguem uma metodologia padronizada. Eles relatam por meio de tablets as ocorrências e lançam os dados em tempo quase real para um sistema denominado Simba, de acesso público. Em casos de animais cobertos de óleo, provavelmente devido ao petróleo, a ocorrência é lançada e, automaticamente, Ibama, Petrobras e Univali são avisados."O objetivo principal, claro, é avaliar problemas de animais com óleo, mas tivemos poucos casos até então", diz Barreto. INCENTIVO A infraestrutura das instituições envolvidas na pesquisa melhorou. O Gremar, por exemplo, recebeu carros para percorrer as praias e saltou de cinco funcionários para 35. "Nosso caso é similar. Teríamos entre 2 ou 3 funcionários, além dos voluntários. Mas contamos hoje com 17 funcionários e 3 estagiários", diz Rodrigo Del Rio, coordenador do Biopesca, que monitora Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. Antes, as instituições trabalhavam apenas quando chamadas para ocorrências. Algumas faziam monitoramentos semanais ou quinzenais. Agora, são todo os dias. Mas, apesar da "cartilha" a ser seguida, nem tudo é igual. Em alguns casos, o monitoramento é feito de carro, quadriciclo, bicicleta, moto ou a pé. No Argonauta, responsável pelas praias do litoral norte, há o uso de barcos. O litoral sul é marcado por praias contínuas, percorridas por veículos de forma direta. No norte, em Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba e Caraguatatuba é necessário usar barcos e outros meios por serem trechos de areia menores e mais recortados. O trabalho em São Paulo ainda conta com pesquisas e bases de recuperação, como o caso da Fundação Pró-Tamar, que recebe as tartarugas do Instituto Argonauta. Apesar das milhares de informação geradas, o projeto precisa de mais tempo para produzir dados mais robustos, que vão levar ao entendimento de alguns fenômenos. Os relatórios mensais encaminhados pela Univali para a Petrobras também são entregues ao Ibama. OUTROS ESTADOS Os animais mortos levantados pelo projeto de monitoramento de praias também foram encontrados fora de São Paulo. Na fase 1, a principal desenvolvida até agora, o trabalho funciona ativamente nos Estados do Paraná e, principalmente, no litoral de Santa Catarina, sede da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), responsável por coordenar o projeto. "Existem áreas menores que já recebem um trabalho como esse. O nosso, pela extensão, pode ser considerado o maior, mas não é o único", diz André Barreto, professor da Univali e coordenador do programa. Desde setembro do último ano, foi iniciada, só no Rio de Janeiro, a fase 2 do mesmo projeto, entre os municípios de Saquarema e Paraty, executada pela empresa CTA Serviços de Meio Ambiente. Nos sete primeiros meses de trabalho foram registrados 763 animais mortos e 133 vivos, nenhum deles com óleo. Existem outros programas de monitoramento similares, com números consideráveis, espalhados pelo país. O mais antigo deles ocorre desde janeiro de 2010, na bacia Potiguar, que monitora as praias de oito cidades do Estados do Rio Grande do Norte e cinco do Estado do Ceará. Outro ocorre na bacia de Campos e do Espírito Santo, entre os municípios de Conceição da Barra, no norte capixaba, e Saquarema, no Rio de Janeiro. Todos funcionam com dinheiro de compensação ambiental da exploração de petróleo da Petrobras.
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EUA sabiam sobre desaparecidos na ditadura militar
Um conjunto de documentos secretos dos anos 70 agora liberados à consulta confirma que o governo dos Estados Unidos recebeu, antes de se tornarem claras para os familiares, informações privilegiadas sobre o destino de pelo menos três desaparecidos políticos durante a ditadura militar: o ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971) e os militantes de esquerda Stuart Edgard Angel Jones (1945-1971) e Virgílio Gomes da Silva (1933-1969). Os papéis integram um acervo de 538 documentos que tiveram seu sigilo desclassificado parcial ou totalmente pelo governo de Barack Obama em decorrência da viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA, no final do mês passado. Os documentos foram entregues à Casa Civil e deverão ser liberados à consulta a partir desta quinta-feira (9) no site do Arquivo Nacional na internet. Sobre o ex-deputado Rubens Paiva, um telegrama diplomático confidencial de fevereiro de 1971, cujo sigilo foi afastado somente em maio passado, afirma: "Paiva morreu durante interrogatório, ou de um de ataque cardíaco, ou de outras causas". Para os americanos, quando essa notícia se tornasse conhecida, "se isso eventualmente ocorrer", era "certo que seus amigos vão iniciar uma campanha emocional e dura contra o governo brasileiro por todos os meios possíveis" de divulgação dentro e fora do país. O autor do telegrama, o diplomata morto em 2003 e veterano da II Guerra John W. Mowinckel, ao final do texto pede que o embaixador norte-americano no Brasil desenvolva ações para "convencer" o governo brasileiro "de que algo deve ser feito para punir ao menos alguns desses responsáveis –punir por julgamento público". Quando o telegrama foi escrito, a família continuava buscando informações nos órgãos de repressão sobre o paradeiro de Paiva. A versão oficial distribuída à imprensa pelo Exército era que Paiva fora resgatado por um grupo de terroristas quando estava sendo transportado e permanecia desaparecido. Várias investigações posteriores à ditadura concluíram que o deputado foi morto sob tortura logo após ter se apresentado para um depoimento. Seu corpo nunca foi encontrado. Outro telegrama datado de 30 de setembro de 1969 e liberado em 6 de maio passado confirma a prisão, por equipes da Oban (Operação Bandeirante), do militante da esquerda armada Virgílio Gomes da Silva, mas ressalta que o nome dele não foi divulgado no comunicado à imprensa, e que "possivelmente a polícia vai não dar conhecimento público de que ele foi preso". Virgílio morreu de tortura horas depois da prisão, segundo testemunhas, mas a versão oficial na época foi que ele permanecia foragido. Um telegrama de agosto de 1971 confirma que o cônsul dos EUA James Reardon recebeu da polícia brasileira que um cidadão chamado "Stuart Edgar Angel Gomes" havia sido preso pela polícia, mas acabara "escapando". "Advogado e família estão muito interessados, na verdade desesperados, para descobrir a fonte da informação de Reardon", diz o telegrama. "Interessante ver como os órgãos de segurança do Estado americano tinham conhecimento do aparato repressivo. Impressiona o conhecimento detalhado que tinham desses crimes", disse à Folha o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Sob seu comando está uma assessoria da Comissão da Verdade encarregada de organizar documentos inéditos. No caso de Paiva, Mercadante se recorda que a filha mais velha do ex-deputado, a quem o petista chama de "Veroca", contava que sua mãe, dona Eunice, andava à época com recortes de jornais na carteira para conseguir viajar com os filhos e fazer matrícula das crianças na escola. "Ela não tinha atestado de óbito", afirmou Mercadante. RIOCENTRO Os documentos também mostram que os americanos sabiam que 16 oficiais do Exército do Chile, sob a ditadura de Augusto Pinochet, receberam treinamento na escola do SNI (Serviço Nacional de Informações), em Brasília. Sobre o atentado a bomba no Riocentro em 1981, os americanos tinham informações que lhes permitiam afirmar: "De nosso ponto de vista, não há dúvida de que tanto o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que foi morto, e o capitão Wilson Luís Chaves Machado, que ficou gravemente ferido, eram os pretensos autores e não as vítimas de um ataque a bomba". O documento, produzido para ficar pelo menos 20 anos sob sigilo, foi remetido ao Departamento de Defesa. Ele apontou ainda: "Parece evidente que os dois indivíduos, como membros do DOI-CODI, estavam agindo sob ordens oficiais no momento em que a bomba acidentalmente explodiu no carro". - Governo dos EUA recebeu, nos anos 70, informações privilegiadas sobre o destino de ao menos três deles Ex-deputado federal, foi cassado após o golpe de 1964. Foi preso em 1971 por agentes do CISA, o órgão de inteligência da Aeronáutica, e levado ao DOI-Codi do Rio, sob suspeita de ligação com organizações clandestinas. Desde então, a família nunca mais teve notícias dele Paradeiro O Exército disse na época que Paiva foi resgatado por uma organização guerrilheira, mas várias investigações posteriores à ditadura concluíram que o deputado foi morto sob tortura. Seu corpo nunca foi encontrado Acesse o memorando confidencial, de 11 de fevereiro de 1971, sobre a morte do ex-deputado Rubens Paiva (em inglês) * Estudante que entrou na luta armada e virou dirigente do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), era filho da estilista Zuzu Angel. Desapareceu após ser preso por agentes do CISA Paradeiro Morreu sob tortura na Base Aérea do Galeão, segundo depoimentos de presos políticos. Seu corpo, porém, nunca foi encontrado. Zuzu Angel denunciou publicamente o caso no Brasil e no exterior Acesse o telegrama da embaixada dos EUA, de 18 de agosto de 1971, sobre a prisão de Stuart Angel (em inglês) * Operário que virou um dos principais dirigentes do Grupo Tático Armado da ALN (Ação Libertadora Nacional), foi um dos comandantes do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969 Paradeiro Preso no mesmo ano por equipes da Oban (Operação Bandeirante), morreu sob tortura horas depois. Sabe-se que foi enterrado como indigente em São Paulo, mas os restos mortais nunca foram localizados Acesse o memorando telegrama, de 30 de setembro de 1969, sobre a prisão de Virgílio Gomes da Silva (em inglês) - parte 1 Acesse o memorando telegrama, de 30 de setembro de 1969, sobre a prisão de Virgílio Gomes da Silva (em inglês) - parte 2
poder
EUA sabiam sobre desaparecidos na ditadura militarUm conjunto de documentos secretos dos anos 70 agora liberados à consulta confirma que o governo dos Estados Unidos recebeu, antes de se tornarem claras para os familiares, informações privilegiadas sobre o destino de pelo menos três desaparecidos políticos durante a ditadura militar: o ex-deputado federal Rubens Paiva (1929-1971) e os militantes de esquerda Stuart Edgard Angel Jones (1945-1971) e Virgílio Gomes da Silva (1933-1969). Os papéis integram um acervo de 538 documentos que tiveram seu sigilo desclassificado parcial ou totalmente pelo governo de Barack Obama em decorrência da viagem da presidente Dilma Rousseff aos EUA, no final do mês passado. Os documentos foram entregues à Casa Civil e deverão ser liberados à consulta a partir desta quinta-feira (9) no site do Arquivo Nacional na internet. Sobre o ex-deputado Rubens Paiva, um telegrama diplomático confidencial de fevereiro de 1971, cujo sigilo foi afastado somente em maio passado, afirma: "Paiva morreu durante interrogatório, ou de um de ataque cardíaco, ou de outras causas". Para os americanos, quando essa notícia se tornasse conhecida, "se isso eventualmente ocorrer", era "certo que seus amigos vão iniciar uma campanha emocional e dura contra o governo brasileiro por todos os meios possíveis" de divulgação dentro e fora do país. O autor do telegrama, o diplomata morto em 2003 e veterano da II Guerra John W. Mowinckel, ao final do texto pede que o embaixador norte-americano no Brasil desenvolva ações para "convencer" o governo brasileiro "de que algo deve ser feito para punir ao menos alguns desses responsáveis –punir por julgamento público". Quando o telegrama foi escrito, a família continuava buscando informações nos órgãos de repressão sobre o paradeiro de Paiva. A versão oficial distribuída à imprensa pelo Exército era que Paiva fora resgatado por um grupo de terroristas quando estava sendo transportado e permanecia desaparecido. Várias investigações posteriores à ditadura concluíram que o deputado foi morto sob tortura logo após ter se apresentado para um depoimento. Seu corpo nunca foi encontrado. Outro telegrama datado de 30 de setembro de 1969 e liberado em 6 de maio passado confirma a prisão, por equipes da Oban (Operação Bandeirante), do militante da esquerda armada Virgílio Gomes da Silva, mas ressalta que o nome dele não foi divulgado no comunicado à imprensa, e que "possivelmente a polícia vai não dar conhecimento público de que ele foi preso". Virgílio morreu de tortura horas depois da prisão, segundo testemunhas, mas a versão oficial na época foi que ele permanecia foragido. Um telegrama de agosto de 1971 confirma que o cônsul dos EUA James Reardon recebeu da polícia brasileira que um cidadão chamado "Stuart Edgar Angel Gomes" havia sido preso pela polícia, mas acabara "escapando". "Advogado e família estão muito interessados, na verdade desesperados, para descobrir a fonte da informação de Reardon", diz o telegrama. "Interessante ver como os órgãos de segurança do Estado americano tinham conhecimento do aparato repressivo. Impressiona o conhecimento detalhado que tinham desses crimes", disse à Folha o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Sob seu comando está uma assessoria da Comissão da Verdade encarregada de organizar documentos inéditos. No caso de Paiva, Mercadante se recorda que a filha mais velha do ex-deputado, a quem o petista chama de "Veroca", contava que sua mãe, dona Eunice, andava à época com recortes de jornais na carteira para conseguir viajar com os filhos e fazer matrícula das crianças na escola. "Ela não tinha atestado de óbito", afirmou Mercadante. RIOCENTRO Os documentos também mostram que os americanos sabiam que 16 oficiais do Exército do Chile, sob a ditadura de Augusto Pinochet, receberam treinamento na escola do SNI (Serviço Nacional de Informações), em Brasília. Sobre o atentado a bomba no Riocentro em 1981, os americanos tinham informações que lhes permitiam afirmar: "De nosso ponto de vista, não há dúvida de que tanto o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que foi morto, e o capitão Wilson Luís Chaves Machado, que ficou gravemente ferido, eram os pretensos autores e não as vítimas de um ataque a bomba". O documento, produzido para ficar pelo menos 20 anos sob sigilo, foi remetido ao Departamento de Defesa. Ele apontou ainda: "Parece evidente que os dois indivíduos, como membros do DOI-CODI, estavam agindo sob ordens oficiais no momento em que a bomba acidentalmente explodiu no carro". - Governo dos EUA recebeu, nos anos 70, informações privilegiadas sobre o destino de ao menos três deles Ex-deputado federal, foi cassado após o golpe de 1964. Foi preso em 1971 por agentes do CISA, o órgão de inteligência da Aeronáutica, e levado ao DOI-Codi do Rio, sob suspeita de ligação com organizações clandestinas. Desde então, a família nunca mais teve notícias dele Paradeiro O Exército disse na época que Paiva foi resgatado por uma organização guerrilheira, mas várias investigações posteriores à ditadura concluíram que o deputado foi morto sob tortura. Seu corpo nunca foi encontrado Acesse o memorando confidencial, de 11 de fevereiro de 1971, sobre a morte do ex-deputado Rubens Paiva (em inglês) * Estudante que entrou na luta armada e virou dirigente do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), era filho da estilista Zuzu Angel. Desapareceu após ser preso por agentes do CISA Paradeiro Morreu sob tortura na Base Aérea do Galeão, segundo depoimentos de presos políticos. Seu corpo, porém, nunca foi encontrado. Zuzu Angel denunciou publicamente o caso no Brasil e no exterior Acesse o telegrama da embaixada dos EUA, de 18 de agosto de 1971, sobre a prisão de Stuart Angel (em inglês) * Operário que virou um dos principais dirigentes do Grupo Tático Armado da ALN (Ação Libertadora Nacional), foi um dos comandantes do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969 Paradeiro Preso no mesmo ano por equipes da Oban (Operação Bandeirante), morreu sob tortura horas depois. Sabe-se que foi enterrado como indigente em São Paulo, mas os restos mortais nunca foram localizados Acesse o memorando telegrama, de 30 de setembro de 1969, sobre a prisão de Virgílio Gomes da Silva (em inglês) - parte 1 Acesse o memorando telegrama, de 30 de setembro de 1969, sobre a prisão de Virgílio Gomes da Silva (em inglês) - parte 2
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Expectativa sobre governo Temer lembra Itamar Franco
Ao contrário do que possa sugerir, a desconfiança de grande parcela dos brasileiros com Michel Temer pode não ser má notícia para ele. Pelo menos é o que sugere histórico de expectativas de governo feitas pelo Datafolha desde Fernando Collor. Altos índices de otimismo dificilmente se convertem em elevada aprovação no final do mandato. E a distância entre grandes expectativas e baixa satisfação costuma representar a frustação de parcela importante do eleitorado. Dos presidentes escolhidos nas urnas, apenas Lula, e só no segundo mandato –com recorde de popularidade de 83%–, conseguiu superar a expectativa de gestão ótima ou boa após sua vitória em 2002. FHC terminou seus dois mandatos com índices de popularidade abaixo da performance esperada. Evolução da economia Sob esse aspecto, os desempenhos de Collor e Dilma têm comportamento parecido. Antes da posse, apostavam no "Caçador de Marajás" 71% dos brasileiros e na "Mãe do PAC", em seu primeiro mandato, 73%. Quando impedido pela Câmara, o atual senador era aprovado por 9%; a presidente, por 13%. Pela semelhança de cenários, a melhor comparação com Temer vêm dos escores de Itamar Franco. O vice de Collor assumiu sob turbulências econômicas e políticas, com expectativa positiva de apenas 18% –a de Temer é 16%. Em 1994, com a implantação do Plano Real, elegeu seu sucessor e fechou o mandato com 41% de popularidade– um saldo positivo recorde já que tinha grande espaço para crescimento. Para chegar a esse patamar junto à opinião pública, Temer deve logo sinalizar que fará o que Dilma não fez –revisitar as propostas da campanha eleitoral. Ações urgentes na área econômica são fundamentais, mas não só. Mesmo que impopulares, deveriam paradoxalmente sinalizar a continuidade do processo de ascensão social, determinante para a vitória da petista. Às vésperas do segundo turno em 2014, o Datafolha mostrava que a imagem de Dilma, associada à estabilidade econômica, preocupação com os pobres e políticas de educação garantiram sua reeleição. A impopularidade da petista disparou quando o governo, no início do segundo mandato, emitiu sinais de que isso não aconteceria. PT no poder Os desdobramentos da Lava Jato só potencializaram essa frustração entre seus eleitores e elevaram a revolta de outro estrato –a classe média alta que, tradicionalmente refratária ao PT, saiu às ruas em mobilização histórica. Com a corrupção elevada ao topo no ranking de problemas do país, a atenção da opinião pública se volta agora para o comportamento de Temer sobre o quanto as instituições serão preservadas, sem tentativas de ingerência do Executivo. Se dívida pública recorde, resistência a ajuste fiscal, recessão econômica, crise política e corrupção epidêmica formatam um quadro desolador para Temer, Itamar não deixa de ser novamente referência. Hiperinflação, plebiscito sobre sistema de governo, escândalo dos "anões do orçamento" e indexação monetária não configuravam uma situação confortável. Caso Dilma seja afastada definitivamente e o peemedebista consiga repetir a atuação do mineiro, a pergunta que fica é –se a "República do Pão de Queijo" alavancou FHC, quem sairá candidato do governo Temer para 2018? PT, 13 anos no poder
poder
Expectativa sobre governo Temer lembra Itamar FrancoAo contrário do que possa sugerir, a desconfiança de grande parcela dos brasileiros com Michel Temer pode não ser má notícia para ele. Pelo menos é o que sugere histórico de expectativas de governo feitas pelo Datafolha desde Fernando Collor. Altos índices de otimismo dificilmente se convertem em elevada aprovação no final do mandato. E a distância entre grandes expectativas e baixa satisfação costuma representar a frustação de parcela importante do eleitorado. Dos presidentes escolhidos nas urnas, apenas Lula, e só no segundo mandato –com recorde de popularidade de 83%–, conseguiu superar a expectativa de gestão ótima ou boa após sua vitória em 2002. FHC terminou seus dois mandatos com índices de popularidade abaixo da performance esperada. Evolução da economia Sob esse aspecto, os desempenhos de Collor e Dilma têm comportamento parecido. Antes da posse, apostavam no "Caçador de Marajás" 71% dos brasileiros e na "Mãe do PAC", em seu primeiro mandato, 73%. Quando impedido pela Câmara, o atual senador era aprovado por 9%; a presidente, por 13%. Pela semelhança de cenários, a melhor comparação com Temer vêm dos escores de Itamar Franco. O vice de Collor assumiu sob turbulências econômicas e políticas, com expectativa positiva de apenas 18% –a de Temer é 16%. Em 1994, com a implantação do Plano Real, elegeu seu sucessor e fechou o mandato com 41% de popularidade– um saldo positivo recorde já que tinha grande espaço para crescimento. Para chegar a esse patamar junto à opinião pública, Temer deve logo sinalizar que fará o que Dilma não fez –revisitar as propostas da campanha eleitoral. Ações urgentes na área econômica são fundamentais, mas não só. Mesmo que impopulares, deveriam paradoxalmente sinalizar a continuidade do processo de ascensão social, determinante para a vitória da petista. Às vésperas do segundo turno em 2014, o Datafolha mostrava que a imagem de Dilma, associada à estabilidade econômica, preocupação com os pobres e políticas de educação garantiram sua reeleição. A impopularidade da petista disparou quando o governo, no início do segundo mandato, emitiu sinais de que isso não aconteceria. PT no poder Os desdobramentos da Lava Jato só potencializaram essa frustração entre seus eleitores e elevaram a revolta de outro estrato –a classe média alta que, tradicionalmente refratária ao PT, saiu às ruas em mobilização histórica. Com a corrupção elevada ao topo no ranking de problemas do país, a atenção da opinião pública se volta agora para o comportamento de Temer sobre o quanto as instituições serão preservadas, sem tentativas de ingerência do Executivo. Se dívida pública recorde, resistência a ajuste fiscal, recessão econômica, crise política e corrupção epidêmica formatam um quadro desolador para Temer, Itamar não deixa de ser novamente referência. Hiperinflação, plebiscito sobre sistema de governo, escândalo dos "anões do orçamento" e indexação monetária não configuravam uma situação confortável. Caso Dilma seja afastada definitivamente e o peemedebista consiga repetir a atuação do mineiro, a pergunta que fica é –se a "República do Pão de Queijo" alavancou FHC, quem sairá candidato do governo Temer para 2018? PT, 13 anos no poder
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'Sinto dor, tristeza e raiva', diz morador vizinho a restaurante atacado
"Estava em casa na hora do ataque. Ouvi dois tiros e, minutos depois uma sirene". Esse é o relato do francês Jonathan, 27, ao enviado especial da Folha Leandro Colon sobre os ataques em Paris, nesta sexta-feira (13), que deixaram mais de 120 mortos. "É triste demais. Sinto dor, tristeza e raiva", completa o morador. Os franceses deverão fazer um minuto de silêncio ao meio-dia (9h de Brasília) na próxima segunda-feira (16). O ataque terrorista em Paris é o maior desde 2008, considerando a quantidade de mortos. Em novembro daquele ano, dez atentados coordenados atingiram Mumbai, cidade mais populosa da Índia, deixando 176 mortos. À época, os terroristas utilizaram metralhadoras, granadas e armas químicas?como ocorreu em Paris, eles também fizeram reféns.
multimidia
'Sinto dor, tristeza e raiva', diz morador vizinho a restaurante atacado"Estava em casa na hora do ataque. Ouvi dois tiros e, minutos depois uma sirene". Esse é o relato do francês Jonathan, 27, ao enviado especial da Folha Leandro Colon sobre os ataques em Paris, nesta sexta-feira (13), que deixaram mais de 120 mortos. "É triste demais. Sinto dor, tristeza e raiva", completa o morador. Os franceses deverão fazer um minuto de silêncio ao meio-dia (9h de Brasília) na próxima segunda-feira (16). O ataque terrorista em Paris é o maior desde 2008, considerando a quantidade de mortos. Em novembro daquele ano, dez atentados coordenados atingiram Mumbai, cidade mais populosa da Índia, deixando 176 mortos. À época, os terroristas utilizaram metralhadoras, granadas e armas químicas?como ocorreu em Paris, eles também fizeram reféns.
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Mortes: Com música e livros, ajudou a difundir a cultura
Não era só nas aulas de música para crianças pobres, nas bibliotecas que ajudou a reabrir ou nas escolas em que trabalhou que se via a preocupação da dona Elizabeth Freua com o bem-estar alheio. O cuidado com os outros também estava da porta para dentro de casa, de onde ninguém saía de barriga vazia: tinha sempre bolo e cafezinho para as visitas. Filha de pastor evangélico, demorou a se fixar num lugar. A família mudava-se com frequência, a depender do que precisava a igreja do pai, e a menina cresceu entre várias cidades do interior paulista. Foi em Ourinhos (SP) que conheceu o marido, Fariz Freua, que a apresentou ao espiritismo, religião para a qual ela se dedicaria a vida toda. Trabalhou em escolas públicas lá e em Campinas, até se mudar, já viúva, para Araxá, onde vivia a filha, Nara. Encantada com a cidade mineira, dizia que havia chegado a um "pedaço do céu". Em Minas, voltou-se ao trabalho voluntário, em ações promovidas pelo centro espírita que frequentava. Regeu corais e ensinou crianças a tocar flauta e teclado. Ajudou ainda a reformar e equipar uma série de bibliotecas voltadas a obras espíritas. Foi a paixão pela literatura que a ajudou a manter-se lúcida, diz Nara –além dos livros espíritas, acompanhava diariamente o noticiário. Dizia, já no fim da vida, que tinha duas vontades para depois que morresse, conta a filha: ser cremada e ter sua história publicada nesta coluna, da qual era leitora assídua. Morreu na última sexta-feira (9), aos 88, deixando três filhos, oito netos e bisnetos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
cotidiano
Mortes: Com música e livros, ajudou a difundir a culturaNão era só nas aulas de música para crianças pobres, nas bibliotecas que ajudou a reabrir ou nas escolas em que trabalhou que se via a preocupação da dona Elizabeth Freua com o bem-estar alheio. O cuidado com os outros também estava da porta para dentro de casa, de onde ninguém saía de barriga vazia: tinha sempre bolo e cafezinho para as visitas. Filha de pastor evangélico, demorou a se fixar num lugar. A família mudava-se com frequência, a depender do que precisava a igreja do pai, e a menina cresceu entre várias cidades do interior paulista. Foi em Ourinhos (SP) que conheceu o marido, Fariz Freua, que a apresentou ao espiritismo, religião para a qual ela se dedicaria a vida toda. Trabalhou em escolas públicas lá e em Campinas, até se mudar, já viúva, para Araxá, onde vivia a filha, Nara. Encantada com a cidade mineira, dizia que havia chegado a um "pedaço do céu". Em Minas, voltou-se ao trabalho voluntário, em ações promovidas pelo centro espírita que frequentava. Regeu corais e ensinou crianças a tocar flauta e teclado. Ajudou ainda a reformar e equipar uma série de bibliotecas voltadas a obras espíritas. Foi a paixão pela literatura que a ajudou a manter-se lúcida, diz Nara –além dos livros espíritas, acompanhava diariamente o noticiário. Dizia, já no fim da vida, que tinha duas vontades para depois que morresse, conta a filha: ser cremada e ter sua história publicada nesta coluna, da qual era leitora assídua. Morreu na última sexta-feira (9), aos 88, deixando três filhos, oito netos e bisnetos. [email protected] - Veja os anúncios de mortes Veja os anúncios de missas
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Astrologia
Aspiração por abundância e prosperidade contagia artes e emocional coletivo. Lua crescente em Câncer: 14/7 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Apesar do clima astral eletrizante, conte com um ótimo instinto de preservação. Faça tudo conforme ele orientar. Simplicidade, boa gastronomia, pé no chão, amizades leais e amores firmes –receitinha básica para um sábado triunfante! TOURO (21 abr. a 20 mai.) Com a Lua em seu signo e em ótimo aspecto com Júpiter e Plutão, suas conexões emocionais pedem rituais poderosos, calcados na terra, empoderamentos reais. Estudos, viagens e espiritualidade ajudam a ir fundo, e a se tornar alguém melhor. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Enquanto você lida com as reviravoltas que a vida dá no seu planejamento para o fim de semana, escute o som dos seus passos. O elemento terra domina hoje. Com ele, tudo que é louvação a natureza e à sensualidade também. Renove-se com isso. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Um sábado caloroso, bom para estar com amigos e pessoas queridas, em torno de algo familiar, que nutra o coração dos mais chegados. Esperançoso, e também empático, saberá agir com paciência e acolhimento. Popular, receberá carinhos de toda gente. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) No plano espiritual, ideias e conexões incríveis –entendimento mais profundo, sínteses originais. No plano emocional, você necessita ser notado por sua beleza e por suas realizações. Seus talentos e seu capricho renderão muitos aplausos hoje. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Quando você acredita no que está fazendo, angaria apoios, as portas se abrem, e finalmente você consegue interferir no que poucos alcançam. O dia de hoje pode ser mágico para você, que influenciará muitos com seu exemplo construtivo. LIBRA (23 set. a 22 out.) Apoie-se na força de seus parceiros e escute seus conselhos. Alguém pode ter chocado você, mas a amizade de pessoas fiéis será tudo o que precisa hoje. Júpiter garante uma proteção maior que o egoísmo humano. Seja discreto. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Espere maior sintonia com as pessoas hoje. Parceiros e amigos queridos poderão levantar seu moral, animando seu astral. Mesmo consciente de suas limitações, terá chance de curtir um sábado de prazeres e alegrias. Amigos retornam do passado. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Quanto possível, firme os pés no chão, olhe flores, ande no mato, permaneça próximo à natureza. Dela virá o santo remédio para seus achaques, físicos e emocionais. Sinta-se útil a alguém ajudando a construir algo bem bonito. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Hoje é dia de fluir com a sensual Lua em Touro, desfilar faceiro por aí, revelando discretamente a sua beleza e seus atrativos. Com a cabeça boa, os pés plantados no chão, as mãos prontas para tornar o mundo mais agradável, você terá um dia de sucesso. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Hoje é dia de saborear aquela comidinha familiar, de estar bem e confortável com o pessoal de casa, com quem não há necessidade de impressionar, nem de chacoalhar a mente. Você, popular e conectado, intuirá o ritmo e a dose certa de afeto. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Uma pequena viagem terá o efeito de inspirar você para outras mudanças de vida. Parceiros também ligados no assunto de qualidade de vida e bem-estar também estarão na mesma onda. Palavras construtivas ganham corações. Expresse-se.
ilustrada
AstrologiaAspiração por abundância e prosperidade contagia artes e emocional coletivo. Lua crescente em Câncer: 14/7 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Apesar do clima astral eletrizante, conte com um ótimo instinto de preservação. Faça tudo conforme ele orientar. Simplicidade, boa gastronomia, pé no chão, amizades leais e amores firmes –receitinha básica para um sábado triunfante! TOURO (21 abr. a 20 mai.) Com a Lua em seu signo e em ótimo aspecto com Júpiter e Plutão, suas conexões emocionais pedem rituais poderosos, calcados na terra, empoderamentos reais. Estudos, viagens e espiritualidade ajudam a ir fundo, e a se tornar alguém melhor. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Enquanto você lida com as reviravoltas que a vida dá no seu planejamento para o fim de semana, escute o som dos seus passos. O elemento terra domina hoje. Com ele, tudo que é louvação a natureza e à sensualidade também. Renove-se com isso. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Um sábado caloroso, bom para estar com amigos e pessoas queridas, em torno de algo familiar, que nutra o coração dos mais chegados. Esperançoso, e também empático, saberá agir com paciência e acolhimento. Popular, receberá carinhos de toda gente. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) No plano espiritual, ideias e conexões incríveis –entendimento mais profundo, sínteses originais. No plano emocional, você necessita ser notado por sua beleza e por suas realizações. Seus talentos e seu capricho renderão muitos aplausos hoje. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Quando você acredita no que está fazendo, angaria apoios, as portas se abrem, e finalmente você consegue interferir no que poucos alcançam. O dia de hoje pode ser mágico para você, que influenciará muitos com seu exemplo construtivo. LIBRA (23 set. a 22 out.) Apoie-se na força de seus parceiros e escute seus conselhos. Alguém pode ter chocado você, mas a amizade de pessoas fiéis será tudo o que precisa hoje. Júpiter garante uma proteção maior que o egoísmo humano. Seja discreto. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Espere maior sintonia com as pessoas hoje. Parceiros e amigos queridos poderão levantar seu moral, animando seu astral. Mesmo consciente de suas limitações, terá chance de curtir um sábado de prazeres e alegrias. Amigos retornam do passado. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Quanto possível, firme os pés no chão, olhe flores, ande no mato, permaneça próximo à natureza. Dela virá o santo remédio para seus achaques, físicos e emocionais. Sinta-se útil a alguém ajudando a construir algo bem bonito. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Hoje é dia de fluir com a sensual Lua em Touro, desfilar faceiro por aí, revelando discretamente a sua beleza e seus atrativos. Com a cabeça boa, os pés plantados no chão, as mãos prontas para tornar o mundo mais agradável, você terá um dia de sucesso. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Hoje é dia de saborear aquela comidinha familiar, de estar bem e confortável com o pessoal de casa, com quem não há necessidade de impressionar, nem de chacoalhar a mente. Você, popular e conectado, intuirá o ritmo e a dose certa de afeto. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Uma pequena viagem terá o efeito de inspirar você para outras mudanças de vida. Parceiros também ligados no assunto de qualidade de vida e bem-estar também estarão na mesma onda. Palavras construtivas ganham corações. Expresse-se.
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Caminhão de combustível tomba em saída da Ayrton Senna e pega fogo
Um caminhão carregado com álcool tombou e pegou fogo em um retorno da rodovia Ayrton Senna, na altura de Guarulhos (grande SP), por volta das 16h20 desta quinta-feira (21). O acidente derramou na pista o combustível transportado e o veículo chegou a entrar em chamas. O Corpo de Bombeiros enviou nove carros para controlar o fogo e remover o material inflamável da via. O retorno onde ocorreu a queda fica na altura do km 26 da rodovia (sentido interior) e foi bloqueado por segurança, uma vez que ainda há risco de fogo. O bloqueio causa lentidão de quatro quilômetros. O motorista que quiser fazer o retorno para São Paulo ou ter acesso ao bairro dos Pimentas, em Guarulhos, tem como alternativa outra alça, no km 29. No sentido São Paulo também há lentidão no trecho, do km 31 ao km 26.
cotidiano
Caminhão de combustível tomba em saída da Ayrton Senna e pega fogoUm caminhão carregado com álcool tombou e pegou fogo em um retorno da rodovia Ayrton Senna, na altura de Guarulhos (grande SP), por volta das 16h20 desta quinta-feira (21). O acidente derramou na pista o combustível transportado e o veículo chegou a entrar em chamas. O Corpo de Bombeiros enviou nove carros para controlar o fogo e remover o material inflamável da via. O retorno onde ocorreu a queda fica na altura do km 26 da rodovia (sentido interior) e foi bloqueado por segurança, uma vez que ainda há risco de fogo. O bloqueio causa lentidão de quatro quilômetros. O motorista que quiser fazer o retorno para São Paulo ou ter acesso ao bairro dos Pimentas, em Guarulhos, tem como alternativa outra alça, no km 29. No sentido São Paulo também há lentidão no trecho, do km 31 ao km 26.
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Felipão 'comemora' derrota menor que a sofrida pelo Real Madrid
Luiz Felipe Scolari, técnico do Guangzhou Evergrande, sabia que a missão de encarar o Barcelona pela semifinal do Mundial de Clubes, nesta quinta-feira (17), seria difícil. Por isso, o treinador da seleção brasileira durante a última Copa do Mundo não se mostrou insatisfeito com a derrota por 3 a 0 para os catalães. O comandante do time chinês ficou até aliviado pelo resultado. "Levamos três, mas não é diferente do que ocorre com grandes clubes europeus. Pelo menos não perdemos de 4 a 0, como o Real Madrid. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Perdemos para uma equipe fantástica e aprendemos bastante", disse Felipão. Em novembro, o Barcelona goleou o Real Madrid por 4 a 0, pelo Campeonato Espanhol. No domingo (21), o Guangzhou Evergrande disputa o terceiro lugar contra o Sanfrecce Hiroshima, derrotado pelo River Plate por 1 a 0, na última quarta. "Temos o objetivo de ficar em terceiro, o que nos deixará orgulhosos", afirmou.
esporte
Felipão 'comemora' derrota menor que a sofrida pelo Real MadridLuiz Felipe Scolari, técnico do Guangzhou Evergrande, sabia que a missão de encarar o Barcelona pela semifinal do Mundial de Clubes, nesta quinta-feira (17), seria difícil. Por isso, o treinador da seleção brasileira durante a última Copa do Mundo não se mostrou insatisfeito com a derrota por 3 a 0 para os catalães. O comandante do time chinês ficou até aliviado pelo resultado. "Levamos três, mas não é diferente do que ocorre com grandes clubes europeus. Pelo menos não perdemos de 4 a 0, como o Real Madrid. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores. Perdemos para uma equipe fantástica e aprendemos bastante", disse Felipão. Em novembro, o Barcelona goleou o Real Madrid por 4 a 0, pelo Campeonato Espanhol. No domingo (21), o Guangzhou Evergrande disputa o terceiro lugar contra o Sanfrecce Hiroshima, derrotado pelo River Plate por 1 a 0, na última quarta. "Temos o objetivo de ficar em terceiro, o que nos deixará orgulhosos", afirmou.
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Ataque em Londres mirou liberdade religiosa, diz Theresa May
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta segunda-feira (19) que o atropelamento em Londres que deixou um morto e dez feridos foi uma "tentativa doentia de destruir a liberdade religiosa". Na madrugada desta segunda –noite de domingo (18) no Brasil– uma van avançou sobre pedestres perto da saída de uma mesquita em Finsbury Park, na região norte de Londres. De acordo com a polícia, todas as vítimas eram muçulmanas. "Nosso país acordou nesta manhã com a notícia de outro ataque terrorista nas ruas da nossa capital: o segundo neste mês e tão doentio quando os ataques anteriores", afirmou May na porta de sua casa, em Downing Street. "Foi um ataque que voltou a ter como alvo pessoas inocentes, desta vez muçulmanos britânicos que deixaram uma mesquita após orações". A primeira-ministra prometeu combater o terrorismo e o extremismo, "venha de onde vier". "Tem havido demasiada tolerância com o extremismo neste país, incluindo a islamofobia", declarou May, que visitou a mesquita de Finsbury Park. Na saída do local, ela foi hostilizada por manifestantes. SUSPEITO DETIDO O motorista responsável pelo ataque foi contido por testemunhas e detido pouco após a polícia receber o primeiro chamado, à 0h20 local (20h20 de Brasília). Ele foi levado para um hospital e deverá ser indiciado por terrorismo. De acordo com a emissora BBC, o suspeito é Darren Osborne, 47, morador de Cardiff, no País de Gales, a cerca de 240 quilômetros de Londres. O jornal britânico "Telegraph" diz que ele morava na cidade com a mulher e quatro filhos. A mãe de Osborne, Christine, afirmou em entrevista ao canal ITV News que soube da prisão do filho pela televisão. Ela negou que seu filho tenha demonstrado qualquer comportamento extremista. "Eu não vou defende-lo, mas ele é meu filho e é um choque terrível, terrível", afirmou. "Não é apenas roubar um banco, é uma atrocidade. E, neste momento, eu não consigo lidar com isso." O sobrinho do suspeito, Ellis Osborne, 26, divulgou um comunicado em nome da família. "Nós estamos chocados, é inacreditável, ainda não caiu a ficha. Nós estamos devastados pelas famílias, nossos corações estão com as pessoas que foram feridas". Ellis também afirmou que seu tio nunca expressou nenhum tipo de racismo. "É loucura", completou. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, homenageou nesta segunda-feira as testemunhas que contiveram o agressor e também um líder religioso que impediu que a multidão o linchasse. "Continuaremos sendo uma cidade forte", declarou Khan, que é muçulmano. A chefe da polícia londrina, Cressida Dick, prometeu reforçar a segurança de comunidades muçulmanas nos próximos dias. "Encaramos de maneira incrivelmente séria todos os tipos de crime de ódio e de extremismo violento e, quando possível, trabalhamos para prevenir ataques", afirmou Dick. "São tempos sombrios e a noite passada contribui para isso." O ATENTADO O atentado é o terceiro em menos de três meses na cidade –isso sem contar o ataque a um show em Manchester, em maio, com 22 vítimas. Nos dois últimos atentados de Londres, terroristas também usaram veículos para atropelar pedestres. Em março, um homem avançou contra pedestres na ponte de Westminster; na ocasião, cinco pessoas morreram. No começo do mês, uma van atropelou entre 15 e 20 pessoas na ponte que passa sobre o rio Tâmisa; homens com facas atacaram pessoas que estavam em um restaurante a poucas quadras do local, no mercado de Borough. Atropelamento em Londres
mundo
Ataque em Londres mirou liberdade religiosa, diz Theresa MayA primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou nesta segunda-feira (19) que o atropelamento em Londres que deixou um morto e dez feridos foi uma "tentativa doentia de destruir a liberdade religiosa". Na madrugada desta segunda –noite de domingo (18) no Brasil– uma van avançou sobre pedestres perto da saída de uma mesquita em Finsbury Park, na região norte de Londres. De acordo com a polícia, todas as vítimas eram muçulmanas. "Nosso país acordou nesta manhã com a notícia de outro ataque terrorista nas ruas da nossa capital: o segundo neste mês e tão doentio quando os ataques anteriores", afirmou May na porta de sua casa, em Downing Street. "Foi um ataque que voltou a ter como alvo pessoas inocentes, desta vez muçulmanos britânicos que deixaram uma mesquita após orações". A primeira-ministra prometeu combater o terrorismo e o extremismo, "venha de onde vier". "Tem havido demasiada tolerância com o extremismo neste país, incluindo a islamofobia", declarou May, que visitou a mesquita de Finsbury Park. Na saída do local, ela foi hostilizada por manifestantes. SUSPEITO DETIDO O motorista responsável pelo ataque foi contido por testemunhas e detido pouco após a polícia receber o primeiro chamado, à 0h20 local (20h20 de Brasília). Ele foi levado para um hospital e deverá ser indiciado por terrorismo. De acordo com a emissora BBC, o suspeito é Darren Osborne, 47, morador de Cardiff, no País de Gales, a cerca de 240 quilômetros de Londres. O jornal britânico "Telegraph" diz que ele morava na cidade com a mulher e quatro filhos. A mãe de Osborne, Christine, afirmou em entrevista ao canal ITV News que soube da prisão do filho pela televisão. Ela negou que seu filho tenha demonstrado qualquer comportamento extremista. "Eu não vou defende-lo, mas ele é meu filho e é um choque terrível, terrível", afirmou. "Não é apenas roubar um banco, é uma atrocidade. E, neste momento, eu não consigo lidar com isso." O sobrinho do suspeito, Ellis Osborne, 26, divulgou um comunicado em nome da família. "Nós estamos chocados, é inacreditável, ainda não caiu a ficha. Nós estamos devastados pelas famílias, nossos corações estão com as pessoas que foram feridas". Ellis também afirmou que seu tio nunca expressou nenhum tipo de racismo. "É loucura", completou. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, homenageou nesta segunda-feira as testemunhas que contiveram o agressor e também um líder religioso que impediu que a multidão o linchasse. "Continuaremos sendo uma cidade forte", declarou Khan, que é muçulmano. A chefe da polícia londrina, Cressida Dick, prometeu reforçar a segurança de comunidades muçulmanas nos próximos dias. "Encaramos de maneira incrivelmente séria todos os tipos de crime de ódio e de extremismo violento e, quando possível, trabalhamos para prevenir ataques", afirmou Dick. "São tempos sombrios e a noite passada contribui para isso." O ATENTADO O atentado é o terceiro em menos de três meses na cidade –isso sem contar o ataque a um show em Manchester, em maio, com 22 vítimas. Nos dois últimos atentados de Londres, terroristas também usaram veículos para atropelar pedestres. Em março, um homem avançou contra pedestres na ponte de Westminster; na ocasião, cinco pessoas morreram. No começo do mês, uma van atropelou entre 15 e 20 pessoas na ponte que passa sobre o rio Tâmisa; homens com facas atacaram pessoas que estavam em um restaurante a poucas quadras do local, no mercado de Borough. Atropelamento em Londres
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Tribunal mantém liminar que barrou aumento para vereadores de São Paulo
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou recurso da Câmara Municipal para tentar revogar uma decisão liminar que barrou o aumento de 26,3% dos salários dos vereadores, aprovado por eles em dezembro. A decisão é de 9 de março, mas só foi publicada no "Diário Oficial" na terça-feira (21). A Câmara Municipal informou, por meio de sua assessoria, que a Procuradoria da Casa vai aguardar a decisão do mérito –ou seja, não vai recorrer da decisão liminar aos tribunais superiores. Não há prazo para a análise do mérito pelo Tribunal de Justiça. Na última sessão da Câmara de 2016, em 20 de dezembro, vereadores paulistanos aprovaram o reajuste em seus salários, que passariam de R$ 15.031,76 para R$ 18.991,68 no início deste ano. A liminar que impediu o aumento havia sido concedida em janeiro pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça no âmbito de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil). A Câmara Municipal recorreu argumentando que a "situação [é] afeta à discricionariedade legislativa, tratando-se, em verdade, de percentual insuficiente mesmo para reposição inflacionária do período compreendido entre 2013 e 2016". Os desembargadores do Órgão Especial negaram o recurso. O relator, Borelli Thomaz, reiterou que o aumento foi "incompatível com os primados da moralidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da economicidade, em especial ao considerar-se ter sido levado a efeito em momento a exigir absoluta cautela no trato das receitas públicas".
cotidiano
Tribunal mantém liminar que barrou aumento para vereadores de São PauloO Tribunal de Justiça de São Paulo negou recurso da Câmara Municipal para tentar revogar uma decisão liminar que barrou o aumento de 26,3% dos salários dos vereadores, aprovado por eles em dezembro. A decisão é de 9 de março, mas só foi publicada no "Diário Oficial" na terça-feira (21). A Câmara Municipal informou, por meio de sua assessoria, que a Procuradoria da Casa vai aguardar a decisão do mérito –ou seja, não vai recorrer da decisão liminar aos tribunais superiores. Não há prazo para a análise do mérito pelo Tribunal de Justiça. Na última sessão da Câmara de 2016, em 20 de dezembro, vereadores paulistanos aprovaram o reajuste em seus salários, que passariam de R$ 15.031,76 para R$ 18.991,68 no início deste ano. A liminar que impediu o aumento havia sido concedida em janeiro pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça no âmbito de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil). A Câmara Municipal recorreu argumentando que a "situação [é] afeta à discricionariedade legislativa, tratando-se, em verdade, de percentual insuficiente mesmo para reposição inflacionária do período compreendido entre 2013 e 2016". Os desembargadores do Órgão Especial negaram o recurso. O relator, Borelli Thomaz, reiterou que o aumento foi "incompatível com os primados da moralidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da economicidade, em especial ao considerar-se ter sido levado a efeito em momento a exigir absoluta cautela no trato das receitas públicas".
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Odebrecht bancou treinamento empresarial para filho caçula de Lula
Um dos favores feitos pela Odebrecht para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi pagar um orientador de carreira para ajudar seu filho Luís Cláudio a colocar de pé a empresa Touchdown Promoções e Eventos Esportivos, que organizava um campeonato de futebol americano. A informação consta da delação premiada da empresa, que ainda está sob sigilo. Segundo a Folha apurou, foi o próprio Lula quem pediu para que a empresa bancasse o "coaching", cujo objetivo era ensinar a Luís Cláudio, 31, técnicas de gestão. Procurado, o Instituto Lula disse que não comentaria "supostas informações incompletas baseadas em supostos documentos". Caçula de Lula e Marisa, ele promoveu entre 2012 e 2015 o Torneio Touchdown, que reunia cerca de 20 equipes de futebol americano. A informação sobre a contratação do orientador foi dada pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar, pessoa na empresa que era a principal responsável por atender demandas ligadas ao petista. A empreiteira contratou um profissional de fora de seus quadros e o pagou. Alexandrino relata o caso como um dos diversos serviços que a Odebrecht prestou ao ex-presidente. No pacote elencado pelo ex-executivo também estão detalhes da reforma da sítio de Atibaia frequentado pela família Lula. Além disso, outros favores da empresa ao petista são a construção do estádio do Corinthians –descrita como um "presente" para o ex-presidente– e a compra de um terreno para ser a nova sede do Instituto Lula. A informação referente à contratação do orientador de carreiras para Luís Cláudio foi decisiva para que Alexandrino conseguisse fechar seu acordo com os procuradores da Lava Jato. Na primeira entrevista que teve com representantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) e da força-tarefa de Curitiba, a sua colaboração havia sido recusada. A avaliação dos investigadores no primeiro encontro era de que Alexandrino estava poupando o petista e escondendo informações para protegê-lo. Pressionado, ele trouxe novos relatos. O depoimento do ex-executivo foi realizado em novembro em Campinas (SP) e durou mais de dez horas. CARREIRA Formado em educação física, Luís Cláudio trabalhou como auxiliar de treinamento nos grandes clubes paulistas: Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians. Entre as funções que exercia estava colocar nos gramados pequenos cones que balizam os exercícios dos jogadores. Foi ajudante do técnico Vanderlei Luxemburgo. Em 2011, abandonou os gramados e fundou a LFT Marketing Esportivo, tendo como primeiro cliente o Corinthians, na época presidido por Andrés Sanchez, hoje deputado federal pelo PT. O filho do ex-presidente Lula recebeu cerca de R$ 500 mil entre 2011 e 2013 sem ter desempenhado função no clube, segundo relatos de funcionários do time, entre eles o então diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg. Apesar de amadores, os torneios de futebol americano da empresa do filho do ex-presidente tinham grandes empresas como patrocinadoras, entre elas TNT, Budweiser, Tigre, Sustenta Energia (grupo JHSF), Qualicorp, GOL e Caoa Hyundai. ZELOTES O nome de Luís Cláudio já havia sido citado na Operação Zelotes. A Caoa é investigada por ter contratado o escritório de lobby Marcondes & Mautoni para obter extensão da desoneração fiscal por meio de medida provisória. A Caoa nega a acusação. Na época, o escritório contratou a LFT, de Luís Cláudio, por R$ 2,5 milhões para uma consultoria na área de marketing esportivo. O estudo feito pela LFT era um compêndio de informações tiradas de sites, o que levou à suspeita de que o pagamento ao filho de Lula seria uma forma de comprar influência junto ao governo. Luís Cláudio nega e diz que a consultoria foi realizada. Em 2016, o campeonato Touchdown deixou de ser realizado. Depois que Luís Cláudio foi alvo da Zelotes, em outubro de 2015, o torneio perdeu patrocinadores e os times decidiram atuar em outra liga. OUTRO LADO Questionado sobre se houve a contratação de um orientador profissional pago pela Odebrecht para dar assistência a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, o Instituto Lula disse, em nota, que a reportagem da Folha se baseia "em suposta delação para obtenção de benefícios judiciais que deveria estar sob sigilo, sem apresentar transcrição, documento, contexto, época do ocorrido ou qualquer informação básica que permita até compreender o que está sendo perguntado pela reportagem". Disse ainda que não comentará "supostas informações incompletas baseadas em supostos documentos fora de contexto que estariam sob sigilo judicial". O advogado de Luís Cláudio não respondeu os questionamentos da reportagem. A Odebrecht afirmou que não se manifesta sobre depoimentos das pessoas físicas. "A empresa reafirma que segue cooperando com as autoridades e tem avançado na adoção de medidas para aprimorar seu sistema de conformidade." Diz que todos os integrantes devem "combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas". OUTROS PRESENTES DA ODEBRECHT PARA LULA INSTITUTO LULA Executivos da Odebrecht relataram que a empresa comprou um imóvel em São Paulo, em 2010, onde seria construída a nova sede do Instituto Lula. A negociação, de acordo com os delatores, foi intermediada pela DAG Construtora, que recebeu R$ 7,6 milhões da empreiteira naquele ano. A transferência de sede acabou não saindo do papel. ITAQUERÃO Emílio Odebrecht, presidente do conselho do grupo, afirmou que a construção do Itaquerão, estádio do Corinthians, foi um presente a Lula em retribuição à suposta ajuda do petista à empresa em seus oito anos no Planalto. Torcedor do time, o ex-presidente atribuía o mau desempenho do clube à falta de um estádio. Com financiamento do BNDES, a arena foi inaugurada na Copa de 2014 e custou R$ 1,2 bilhão SÍTIO EM ATIBAIA A empreiteira admitiu que pagou pela reforma da propriedade frequentada pelo ex-presidente e sua família no interior de São Paulo. Segundo a PF, a obra custou R$ 1,5 milhão. O sítio é equipado com cozinha gourmet, pedalinhos de cisne em um lago e uma miniatura do Cristo Redentor
poder
Odebrecht bancou treinamento empresarial para filho caçula de LulaUm dos favores feitos pela Odebrecht para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi pagar um orientador de carreira para ajudar seu filho Luís Cláudio a colocar de pé a empresa Touchdown Promoções e Eventos Esportivos, que organizava um campeonato de futebol americano. A informação consta da delação premiada da empresa, que ainda está sob sigilo. Segundo a Folha apurou, foi o próprio Lula quem pediu para que a empresa bancasse o "coaching", cujo objetivo era ensinar a Luís Cláudio, 31, técnicas de gestão. Procurado, o Instituto Lula disse que não comentaria "supostas informações incompletas baseadas em supostos documentos". Caçula de Lula e Marisa, ele promoveu entre 2012 e 2015 o Torneio Touchdown, que reunia cerca de 20 equipes de futebol americano. A informação sobre a contratação do orientador foi dada pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar, pessoa na empresa que era a principal responsável por atender demandas ligadas ao petista. A empreiteira contratou um profissional de fora de seus quadros e o pagou. Alexandrino relata o caso como um dos diversos serviços que a Odebrecht prestou ao ex-presidente. No pacote elencado pelo ex-executivo também estão detalhes da reforma da sítio de Atibaia frequentado pela família Lula. Além disso, outros favores da empresa ao petista são a construção do estádio do Corinthians –descrita como um "presente" para o ex-presidente– e a compra de um terreno para ser a nova sede do Instituto Lula. A informação referente à contratação do orientador de carreiras para Luís Cláudio foi decisiva para que Alexandrino conseguisse fechar seu acordo com os procuradores da Lava Jato. Na primeira entrevista que teve com representantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) e da força-tarefa de Curitiba, a sua colaboração havia sido recusada. A avaliação dos investigadores no primeiro encontro era de que Alexandrino estava poupando o petista e escondendo informações para protegê-lo. Pressionado, ele trouxe novos relatos. O depoimento do ex-executivo foi realizado em novembro em Campinas (SP) e durou mais de dez horas. CARREIRA Formado em educação física, Luís Cláudio trabalhou como auxiliar de treinamento nos grandes clubes paulistas: Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians. Entre as funções que exercia estava colocar nos gramados pequenos cones que balizam os exercícios dos jogadores. Foi ajudante do técnico Vanderlei Luxemburgo. Em 2011, abandonou os gramados e fundou a LFT Marketing Esportivo, tendo como primeiro cliente o Corinthians, na época presidido por Andrés Sanchez, hoje deputado federal pelo PT. O filho do ex-presidente Lula recebeu cerca de R$ 500 mil entre 2011 e 2013 sem ter desempenhado função no clube, segundo relatos de funcionários do time, entre eles o então diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg. Apesar de amadores, os torneios de futebol americano da empresa do filho do ex-presidente tinham grandes empresas como patrocinadoras, entre elas TNT, Budweiser, Tigre, Sustenta Energia (grupo JHSF), Qualicorp, GOL e Caoa Hyundai. ZELOTES O nome de Luís Cláudio já havia sido citado na Operação Zelotes. A Caoa é investigada por ter contratado o escritório de lobby Marcondes & Mautoni para obter extensão da desoneração fiscal por meio de medida provisória. A Caoa nega a acusação. Na época, o escritório contratou a LFT, de Luís Cláudio, por R$ 2,5 milhões para uma consultoria na área de marketing esportivo. O estudo feito pela LFT era um compêndio de informações tiradas de sites, o que levou à suspeita de que o pagamento ao filho de Lula seria uma forma de comprar influência junto ao governo. Luís Cláudio nega e diz que a consultoria foi realizada. Em 2016, o campeonato Touchdown deixou de ser realizado. Depois que Luís Cláudio foi alvo da Zelotes, em outubro de 2015, o torneio perdeu patrocinadores e os times decidiram atuar em outra liga. OUTRO LADO Questionado sobre se houve a contratação de um orientador profissional pago pela Odebrecht para dar assistência a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, o Instituto Lula disse, em nota, que a reportagem da Folha se baseia "em suposta delação para obtenção de benefícios judiciais que deveria estar sob sigilo, sem apresentar transcrição, documento, contexto, época do ocorrido ou qualquer informação básica que permita até compreender o que está sendo perguntado pela reportagem". Disse ainda que não comentará "supostas informações incompletas baseadas em supostos documentos fora de contexto que estariam sob sigilo judicial". O advogado de Luís Cláudio não respondeu os questionamentos da reportagem. A Odebrecht afirmou que não se manifesta sobre depoimentos das pessoas físicas. "A empresa reafirma que segue cooperando com as autoridades e tem avançado na adoção de medidas para aprimorar seu sistema de conformidade." Diz que todos os integrantes devem "combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas". OUTROS PRESENTES DA ODEBRECHT PARA LULA INSTITUTO LULA Executivos da Odebrecht relataram que a empresa comprou um imóvel em São Paulo, em 2010, onde seria construída a nova sede do Instituto Lula. A negociação, de acordo com os delatores, foi intermediada pela DAG Construtora, que recebeu R$ 7,6 milhões da empreiteira naquele ano. A transferência de sede acabou não saindo do papel. ITAQUERÃO Emílio Odebrecht, presidente do conselho do grupo, afirmou que a construção do Itaquerão, estádio do Corinthians, foi um presente a Lula em retribuição à suposta ajuda do petista à empresa em seus oito anos no Planalto. Torcedor do time, o ex-presidente atribuía o mau desempenho do clube à falta de um estádio. Com financiamento do BNDES, a arena foi inaugurada na Copa de 2014 e custou R$ 1,2 bilhão SÍTIO EM ATIBAIA A empreiteira admitiu que pagou pela reforma da propriedade frequentada pelo ex-presidente e sua família no interior de São Paulo. Segundo a PF, a obra custou R$ 1,5 milhão. O sítio é equipado com cozinha gourmet, pedalinhos de cisne em um lago e uma miniatura do Cristo Redentor
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Com ajuda de Piqué e Shakira, Barça fecha acordo milionário com japoneses
O Barcelona tem novo patrocinador máster. A Rakuten foi anunciada nesta quarta-feira (16) como a nova parceira do clube catalão. A empresa japonesa de comércio eletrônicos estampará seu logotipo nos uniformes do Barça a partir de julho de 2017, quando encerra o vínculo com a Qatar Airways. Em entrevista coletiva de apresentação do patrocinador, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, disse que as conversas com os japoneses iniciaram no ano passado após encontro de Gerard Piqué e da mulher do zagueiro, Shakira, com o presidente da empresa japonesa, Hiroshi Mikitani. "O contato começou com o Piqué na casa do Hiroshi Mikitani em São Francisco, em 2015", disse Bartomeu. "Gerard Piqué e Shakira são amigos do presidente Mikitani. Gerard organizou o encontro durante a pré-temporada do Barça nos EUA e então passamos a avançar nas conversas. Estamos muito agradecidos". O acordo com os japoneses tem validade por 4 anos. Pela parceria, o Barcelona ganhará 55 milhões de euros fixos por temporada. Caso conquiste a Liga dos campeões, o clube terá um bônus de 5 milhões de euros. Se conquistar o Campeonato Espanhol, o bônus será de 1,5 milhão de euro. Portanto, o Barça poderá receber até 61,5 milhões de euros (R$ 225,8 milhões) se alcançar as metas estipuladas em uma temporada. Com a Qatar Airways desde a temporada 2013-2014, o time espanhol recebeu 33,5 milhões de euros no último ano de acordo com a empresa qatariana. "A filosofia do Barça se encaixa perfeitamente com o que quer transmitir a Rakuten nos últimos 20 anos. Nossa intenção não é apenas de ser um simples patrocinador, mas queremos ajudar o Barça em sua expansão mundial", destacou Bartomeu. O acordo estabelece dois amistosos do Barcelona no Japão. As datas e adversários não foram definidos. "Este acordo estaria à altura do melhor contrato do mundo, similar à do Manchester United. A camisa de treinamento também estamos negociando, mas não podemos revelar valores", disse Manel Arroyo, diretor do Barcelona. "Negociamos com cinco companhias para o patrocínio principal e tivemos uma dezena de contato com outras empresas. Com algumas delas temos a esperança de que possamos fechar acordo no futuro", completou.
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Com ajuda de Piqué e Shakira, Barça fecha acordo milionário com japonesesO Barcelona tem novo patrocinador máster. A Rakuten foi anunciada nesta quarta-feira (16) como a nova parceira do clube catalão. A empresa japonesa de comércio eletrônicos estampará seu logotipo nos uniformes do Barça a partir de julho de 2017, quando encerra o vínculo com a Qatar Airways. Em entrevista coletiva de apresentação do patrocinador, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, disse que as conversas com os japoneses iniciaram no ano passado após encontro de Gerard Piqué e da mulher do zagueiro, Shakira, com o presidente da empresa japonesa, Hiroshi Mikitani. "O contato começou com o Piqué na casa do Hiroshi Mikitani em São Francisco, em 2015", disse Bartomeu. "Gerard Piqué e Shakira são amigos do presidente Mikitani. Gerard organizou o encontro durante a pré-temporada do Barça nos EUA e então passamos a avançar nas conversas. Estamos muito agradecidos". O acordo com os japoneses tem validade por 4 anos. Pela parceria, o Barcelona ganhará 55 milhões de euros fixos por temporada. Caso conquiste a Liga dos campeões, o clube terá um bônus de 5 milhões de euros. Se conquistar o Campeonato Espanhol, o bônus será de 1,5 milhão de euro. Portanto, o Barça poderá receber até 61,5 milhões de euros (R$ 225,8 milhões) se alcançar as metas estipuladas em uma temporada. Com a Qatar Airways desde a temporada 2013-2014, o time espanhol recebeu 33,5 milhões de euros no último ano de acordo com a empresa qatariana. "A filosofia do Barça se encaixa perfeitamente com o que quer transmitir a Rakuten nos últimos 20 anos. Nossa intenção não é apenas de ser um simples patrocinador, mas queremos ajudar o Barça em sua expansão mundial", destacou Bartomeu. O acordo estabelece dois amistosos do Barcelona no Japão. As datas e adversários não foram definidos. "Este acordo estaria à altura do melhor contrato do mundo, similar à do Manchester United. A camisa de treinamento também estamos negociando, mas não podemos revelar valores", disse Manel Arroyo, diretor do Barcelona. "Negociamos com cinco companhias para o patrocínio principal e tivemos uma dezena de contato com outras empresas. Com algumas delas temos a esperança de que possamos fechar acordo no futuro", completou.
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Líder do governo rejeita pedaladas e defesa de Dilma usará fala em processo
A presidente afastada, Dilma Rousseff, vai usar declarações da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), líder do governo no Congresso, em sua defesa na comissão do impeachment no Senado. Em entrevista à rádio "Itatiaia" neste sábado (25), a senadora afirmou que, em sua opinião, Dilma não foi afastada do cargo por causa das pedaladas fiscais, mas sim em razão da crise política. "Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada, nada disso. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar. A população não queria mais e o Congresso também não dava a ela [Dilma] os votos necessários para tocar nenhuma matéria", disse Rose de Freitas na entrevista. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, afirmou à Folha que vai transcrever as frases e anexar o discurso da senadora na defesa da petista. Na opinião de Cardozo, a fala de Rose de Freitas prova que houve "desvio de poder" na abertura do processo de impeachment. "A senadora foi muito transparente. Até porque, de fato, sendo presidente da Comissão Mista do Orçamento, estudou profundamente a matéria. É a prova, portanto, que não há fundamento para o impeachment, reforçando a tese da existência do desvio de poder que alimenta esse processo desde o início", disse Cardozo. "Vamos degravar o áudio e vamos juntá-lo como importante prova da defesa", completou. Apesar das declarações, a senadora afirmou na entrevista que não vê espaço para Dilma reverter votos no Senado e voltar ao Palácio do Planalto. Ela precisa de 26 votos para não ser definitivamente cassada. Na primeira etapa do processo no Senado conseguiu 22. PROCESSO A senadora disse ainda à rádio "Itatiaia" que "não levaria" para o governo interino de Michel Temer "ninguém que tivesse qualquer processo", em referência aos três ministros que caíram após envolvimento com as investigações da Lava Jato: Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves (Turismo). "Eu, como presidente, não levaria ninguém que tivesse qualquer processo, ainda que a pessoa fosse inocente, eu esperaria o tempo para ela se comprovar inocente para depois voltar ou ser nomeada", explicou a senadora. Para ela, o Temer "tinha mais proximidade e conhecia melhor essas pessoas" e, "portando acho que não comprometerá o presidente se ele estiver trabalhando com a folha corrida limpa e estiver disposto a ajudar o Brasil".
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Líder do governo rejeita pedaladas e defesa de Dilma usará fala em processoA presidente afastada, Dilma Rousseff, vai usar declarações da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), líder do governo no Congresso, em sua defesa na comissão do impeachment no Senado. Em entrevista à rádio "Itatiaia" neste sábado (25), a senadora afirmou que, em sua opinião, Dilma não foi afastada do cargo por causa das pedaladas fiscais, mas sim em razão da crise política. "Porque o governo saiu? Na minha tese, não teve esse negócio de pedalada, nada disso. O que teve foi um país paralisado, sem direção e sem base nenhuma para administrar. A população não queria mais e o Congresso também não dava a ela [Dilma] os votos necessários para tocar nenhuma matéria", disse Rose de Freitas na entrevista. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, afirmou à Folha que vai transcrever as frases e anexar o discurso da senadora na defesa da petista. Na opinião de Cardozo, a fala de Rose de Freitas prova que houve "desvio de poder" na abertura do processo de impeachment. "A senadora foi muito transparente. Até porque, de fato, sendo presidente da Comissão Mista do Orçamento, estudou profundamente a matéria. É a prova, portanto, que não há fundamento para o impeachment, reforçando a tese da existência do desvio de poder que alimenta esse processo desde o início", disse Cardozo. "Vamos degravar o áudio e vamos juntá-lo como importante prova da defesa", completou. Apesar das declarações, a senadora afirmou na entrevista que não vê espaço para Dilma reverter votos no Senado e voltar ao Palácio do Planalto. Ela precisa de 26 votos para não ser definitivamente cassada. Na primeira etapa do processo no Senado conseguiu 22. PROCESSO A senadora disse ainda à rádio "Itatiaia" que "não levaria" para o governo interino de Michel Temer "ninguém que tivesse qualquer processo", em referência aos três ministros que caíram após envolvimento com as investigações da Lava Jato: Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves (Turismo). "Eu, como presidente, não levaria ninguém que tivesse qualquer processo, ainda que a pessoa fosse inocente, eu esperaria o tempo para ela se comprovar inocente para depois voltar ou ser nomeada", explicou a senadora. Para ela, o Temer "tinha mais proximidade e conhecia melhor essas pessoas" e, "portando acho que não comprometerá o presidente se ele estiver trabalhando com a folha corrida limpa e estiver disposto a ajudar o Brasil".
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Cunha pedirá a suspeição de Moro para julgá-lo
Os advogados de Eduardo Cunha vão apresentar uma ação de exceção de suspeição contra o juiz Sergio Moro. Eles afirmam que o magistrado não tem isenção para julgar o ex-deputado. Assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, o documento tem 50 páginas e alega, entre outras coisas, que Moro violou direitos de prova de Cunha, além de pré-julgar a ação em que ele é acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outras coisas. O pedido será julgado pelo próprio Moro. No caso de não ser atendido, os advogados poderão ainda recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
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Cunha pedirá a suspeição de Moro para julgá-loOs advogados de Eduardo Cunha vão apresentar uma ação de exceção de suspeição contra o juiz Sergio Moro. Eles afirmam que o magistrado não tem isenção para julgar o ex-deputado. Assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, o documento tem 50 páginas e alega, entre outras coisas, que Moro violou direitos de prova de Cunha, além de pré-julgar a ação em que ele é acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outras coisas. O pedido será julgado pelo próprio Moro. No caso de não ser atendido, os advogados poderão ainda recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
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Maia racha partidos do centrão e atua para vencer na Câmara no 1º turno
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conquistou o apoio de alas significativas do chamado "centrão", e agora trabalha para tentar selar sua reeleição ao comando da Casa já no primeiro turno da disputa, que ocorre dia 2 de fevereiro. Esta semana, ele recebeu sinais de que terá a maioria dos votos em siglas como o PSD, o PR, o PRB e o PSB. Aliança informal de partidos médios, o "centrão" reúne cerca de 250 deputados, mas que nem sempre atuam de forma unida. Maia, que ainda não oficializou a candidatura numa tentativa de minimizar os ataques rivais, já conta com a preferência de partidos como o PSDB e o PMDB. Nesse cenário, o aceno de siglas do centrão fragiliza o pleito de dois de seus principais adversários, os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO). Ambos integram o grupo e contavam com votos das legendas que sinalizam a Maia para crescer na disputa. Rosso, por exemplo, não tem apoio majoritário dentro de seu próprio partido, segundo integrantes do PSD. No início, o centrão tentou gestar candidatura única, mas não chegou a consenso. A Constituição e o regimento da Câmara vedam a reeleição do presidente na mesma legislatura, mas Maia trabalha com a tese de que a regra não se aplica a quem se elegeu para mandato tampão —caso dele, que assumiu após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sua tese tem ganhado força por três motivos. Primeiro, o deputado vem atuando de maneira ostensiva nos bastidores, negociando espaços na Mesa Diretora e em comissões da Casa junto a aliados. Há ainda a sensação de que o Palácio do Planalto tem preferência por sua candidatura —integrantes do PR dizem ter recebido sinal verde de aliados de Temer para embarcarem na canoa de Maia. Por fim, há a aposta de que o STF (Supremo Tribunal Federal) optará por não intervir em uma decisão tomada pela Câmara. O Supremo só volta do recesso após a disputa pela presidência da Casa e, dado o acirramento entre o Judiciário e o Congresso que marcou o fim do ano passado, a avaliação do mundo político é de que os ministros tenderão a não criar novos conflitos, evitando interferir no resultado do pleito. OPOSIÇÃO Para liquidar a fatura no primeiro turno, Maia agora trabalha para reeditar a parceria com setores da oposição que lhe deram a vitória para o mandato tampão no ano passado. Na ocasião, ele se elegeu com o apoio de parte do PT e do PCdoB. Nos desenhos feitos por seus aliados, o PMDB ficaria com a primeira vice-presidência. O PP, com a segunda vice. A primeira-secretaria seria dada ao PR, enquanto a segunda ficaria com PT. Se o PT não embarcar na candidatura —o que decide no próximo dia 17—, a vaga pode ser oferecida ao PSB. PSDB e PSD receberiam as terceira e quarta secretarias. Nesta sexta (6), Maia pedirá voto a cerca de 20 deputados no Recife.
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Maia racha partidos do centrão e atua para vencer na Câmara no 1º turnoO presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conquistou o apoio de alas significativas do chamado "centrão", e agora trabalha para tentar selar sua reeleição ao comando da Casa já no primeiro turno da disputa, que ocorre dia 2 de fevereiro. Esta semana, ele recebeu sinais de que terá a maioria dos votos em siglas como o PSD, o PR, o PRB e o PSB. Aliança informal de partidos médios, o "centrão" reúne cerca de 250 deputados, mas que nem sempre atuam de forma unida. Maia, que ainda não oficializou a candidatura numa tentativa de minimizar os ataques rivais, já conta com a preferência de partidos como o PSDB e o PMDB. Nesse cenário, o aceno de siglas do centrão fragiliza o pleito de dois de seus principais adversários, os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO). Ambos integram o grupo e contavam com votos das legendas que sinalizam a Maia para crescer na disputa. Rosso, por exemplo, não tem apoio majoritário dentro de seu próprio partido, segundo integrantes do PSD. No início, o centrão tentou gestar candidatura única, mas não chegou a consenso. A Constituição e o regimento da Câmara vedam a reeleição do presidente na mesma legislatura, mas Maia trabalha com a tese de que a regra não se aplica a quem se elegeu para mandato tampão —caso dele, que assumiu após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sua tese tem ganhado força por três motivos. Primeiro, o deputado vem atuando de maneira ostensiva nos bastidores, negociando espaços na Mesa Diretora e em comissões da Casa junto a aliados. Há ainda a sensação de que o Palácio do Planalto tem preferência por sua candidatura —integrantes do PR dizem ter recebido sinal verde de aliados de Temer para embarcarem na canoa de Maia. Por fim, há a aposta de que o STF (Supremo Tribunal Federal) optará por não intervir em uma decisão tomada pela Câmara. O Supremo só volta do recesso após a disputa pela presidência da Casa e, dado o acirramento entre o Judiciário e o Congresso que marcou o fim do ano passado, a avaliação do mundo político é de que os ministros tenderão a não criar novos conflitos, evitando interferir no resultado do pleito. OPOSIÇÃO Para liquidar a fatura no primeiro turno, Maia agora trabalha para reeditar a parceria com setores da oposição que lhe deram a vitória para o mandato tampão no ano passado. Na ocasião, ele se elegeu com o apoio de parte do PT e do PCdoB. Nos desenhos feitos por seus aliados, o PMDB ficaria com a primeira vice-presidência. O PP, com a segunda vice. A primeira-secretaria seria dada ao PR, enquanto a segunda ficaria com PT. Se o PT não embarcar na candidatura —o que decide no próximo dia 17—, a vaga pode ser oferecida ao PSB. PSDB e PSD receberiam as terceira e quarta secretarias. Nesta sexta (6), Maia pedirá voto a cerca de 20 deputados no Recife.
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Ministro do STF cobra do Senado o afastamento de Aécio Neves
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), cobrou nesta segunda-feira (12) o cumprimento da decisão judicial que determinou o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador. "Enquanto não alterada a decisão judicial, ela tem que ser cumprida. Mas, como parece que nessa quadra é comum deixar-se de cumprir decisão judicial, tempos estranhos, tempos estranhos", disse o relator do caso. Como a Folha revelou, apesar de o STF ter determinado o afastamento do tucano em 18 de maio, seu nome ainda consta no painel de votação do Senado e na lista de parlamentares em exercício. Embora tenha divulgado nota nesta segunda dizendo que não descumpriu a decisão da Justiça, o Senado disse, em nota, que "aguarda, com serenidade, informações complementares de como deve proceder para o cumprimento da referida decisão". Em resposta ao posicionamento do Senado, a assessoria de imprensa do STF afirmou que não há necessidade de nenhum esclarecimento adicional para o cumprimento da decisão. "Segundo informações do gabinete do ministro Marco Aurélio, o presidente do Senado assinou a intimação do STF para proceder ao afastamento do senador Aécio Neves dia 18/05/2017", diz nota divulgada pelo tribunal. Marco Aurélio disse à Folha que é preciso "serenidade" neste momento. "Tem que ver o que está acontecendo no Senado", disse. Ele pretende ainda levar o caso no próximo dia 20 para análise dos outros quatro integrantes da Primeira Turma do STF. O relator tem em suas mãos dois pedidos divergentes: enquanto a PGR (Procuradoria-Geral da República) fez novo pedido de prisão de Aécio, o tucano pede para reassumir o cargo de senador. "Aí temos os extremos, a era dos extremos", diz o ministro. Aécio foi denunciado pela PGR pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça depois de ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, pedindo propina e falando em medidas para frear a Lava Jato. A Procuradoria chegou a pedir no mês passado a prisão do tucano, medida que foi rejeitada pelo ministro Edson Fachin, então relator do caso. De acordo com o ministro, que determinou o afastamento, Aécio demonstra "muita preocupação e empenho na adoção de medidas que de alguma forma possam interromper ou embaraçar as apurações das práticas de diversos crimes, o que além de ser fato típico, revela risco à instrução criminal." O caso foi redistribuído no STF a pedido da defesa de Aécio. Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron afirma que "o senador Aécio Neves tem cumprido integralmente as medidas cautelares determinadas liminarmente pelo ministro Fachin, tendo se afastado do Senado e de quaisquer atividades parlamentares". "A defesa recorreu da decisão ao Supremo Tribunal Federal demonstrando não haver previsão constitucional e tampouco regimental sobre afastamento de mandato, razão pela qual requereu a suspensão dessa cautelar." "O senador aguarda manifestação do STF e, até lá, mantém-se afastado do Congresso e de todas as suas atividades parlamentares em respeito ao Supremo." Em dezembro de 2016, Marco Aurélio afastou Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa. O Senado não deu prosseguimento à decisão do tribunal, Renan não assinou a intimação e não deixou o cargo.
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Ministro do STF cobra do Senado o afastamento de Aécio NevesO ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), cobrou nesta segunda-feira (12) o cumprimento da decisão judicial que determinou o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador. "Enquanto não alterada a decisão judicial, ela tem que ser cumprida. Mas, como parece que nessa quadra é comum deixar-se de cumprir decisão judicial, tempos estranhos, tempos estranhos", disse o relator do caso. Como a Folha revelou, apesar de o STF ter determinado o afastamento do tucano em 18 de maio, seu nome ainda consta no painel de votação do Senado e na lista de parlamentares em exercício. Embora tenha divulgado nota nesta segunda dizendo que não descumpriu a decisão da Justiça, o Senado disse, em nota, que "aguarda, com serenidade, informações complementares de como deve proceder para o cumprimento da referida decisão". Em resposta ao posicionamento do Senado, a assessoria de imprensa do STF afirmou que não há necessidade de nenhum esclarecimento adicional para o cumprimento da decisão. "Segundo informações do gabinete do ministro Marco Aurélio, o presidente do Senado assinou a intimação do STF para proceder ao afastamento do senador Aécio Neves dia 18/05/2017", diz nota divulgada pelo tribunal. Marco Aurélio disse à Folha que é preciso "serenidade" neste momento. "Tem que ver o que está acontecendo no Senado", disse. Ele pretende ainda levar o caso no próximo dia 20 para análise dos outros quatro integrantes da Primeira Turma do STF. O relator tem em suas mãos dois pedidos divergentes: enquanto a PGR (Procuradoria-Geral da República) fez novo pedido de prisão de Aécio, o tucano pede para reassumir o cargo de senador. "Aí temos os extremos, a era dos extremos", diz o ministro. Aécio foi denunciado pela PGR pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça depois de ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, pedindo propina e falando em medidas para frear a Lava Jato. A Procuradoria chegou a pedir no mês passado a prisão do tucano, medida que foi rejeitada pelo ministro Edson Fachin, então relator do caso. De acordo com o ministro, que determinou o afastamento, Aécio demonstra "muita preocupação e empenho na adoção de medidas que de alguma forma possam interromper ou embaraçar as apurações das práticas de diversos crimes, o que além de ser fato típico, revela risco à instrução criminal." O caso foi redistribuído no STF a pedido da defesa de Aécio. Em nota, o advogado Alberto Zacharias Toron afirma que "o senador Aécio Neves tem cumprido integralmente as medidas cautelares determinadas liminarmente pelo ministro Fachin, tendo se afastado do Senado e de quaisquer atividades parlamentares". "A defesa recorreu da decisão ao Supremo Tribunal Federal demonstrando não haver previsão constitucional e tampouco regimental sobre afastamento de mandato, razão pela qual requereu a suspensão dessa cautelar." "O senador aguarda manifestação do STF e, até lá, mantém-se afastado do Congresso e de todas as suas atividades parlamentares em respeito ao Supremo." Em dezembro de 2016, Marco Aurélio afastou Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa. O Senado não deu prosseguimento à decisão do tribunal, Renan não assinou a intimação e não deixou o cargo.
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Fora de operação, terminais de pesca serão privatizados
O Ministério da Pesca gastou, com Estados e prefeituras, cerca de R$ 75 milhões desde 2005 para construir terminais de pesca que até hoje estão inutilizados, mesmo com obras já finalizadas. Agora, prepara a concessão deles à iniciativa privada. Foram sete obras, das quais nenhuma funciona ainda. Quatro terminais estão prontos, mas sem atividade por falta de equipamentos ou certificação, enquanto os outros ainda estão em execução. As obras prontas são em Ilhéus (BA), Niterói (RJ), Santana (AP) e Salvador (BA). Já os terminais ainda em construção ficam em Beberibe (CE), Belém (PA) e Natal (RN). O terminal de Niterói, por exemplo, foi inaugurado em 2013 pelo então ministro Marcelo Crivella (PRB) e custou R$ 10 milhões. Mas, segundo o ministério, há um problema na navegabilidade do local onde foi construído, que tem embarcações afundadas, e será feita a retirada dessas embarcações para desobstruir a passagem. O ministério diz que aguarda a Marinha realizar o trabalho e prevê entrar em operação "em curto prazo". Os terminais pesqueiros públicos são estruturas para atender à movimentação e à armazenagem de pescados e podem contar com unidades de beneficiamento e de apoio às embarcações. A construção de vários terminais pelo país foi concebida pelo governo federal para alavancar o mercado de pescados, mas pouco avançou. Segundo o ministério, hoje estão em funcionamento os terminais de Camocim (CE), Cananeia (SP), Santos (SP), Manaus (AM) e Laguna (SC), onde, entretanto, é preciso aprimoramentos. Também há suspeitas de irregularidades nos terminais em operação. Em Santos, empresas usam o espaço do terminal sem terem participado de licitação, segundo parecer da Advocacia-Geral da União. Em Camocim, o Ministério Público Federal investiga problema semelhante e riscos à estrutura do terminal devido à corrosão da sustentação. PRIVATIZAÇÃO Diante dos problemas para construir e manter os terminais, o Ministério da Pesca estuda a sua privatização. O ministro Helder Barbalho (PMDB), que assumiu a pasta no início deste ano, diz que a meta é colocar os terminais para funcionar ainda em 2015 -menos o de Belém, mais atrasado. Segundo ele, até o primeiro trimestre de 2016 deve ser elaborado o plano para as concessões. "Faremos um decreto que possa definir os interesses do terminal, política de tarifas, estruturação de custos e preços, para depois fazer chamada pública a fim de verificar os interessados", disse Barbalho. A concessão deve ocorrer em lotes que juntarão os terminais com maior atratividade econômica com outros menos atrativos.
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Fora de operação, terminais de pesca serão privatizadosO Ministério da Pesca gastou, com Estados e prefeituras, cerca de R$ 75 milhões desde 2005 para construir terminais de pesca que até hoje estão inutilizados, mesmo com obras já finalizadas. Agora, prepara a concessão deles à iniciativa privada. Foram sete obras, das quais nenhuma funciona ainda. Quatro terminais estão prontos, mas sem atividade por falta de equipamentos ou certificação, enquanto os outros ainda estão em execução. As obras prontas são em Ilhéus (BA), Niterói (RJ), Santana (AP) e Salvador (BA). Já os terminais ainda em construção ficam em Beberibe (CE), Belém (PA) e Natal (RN). O terminal de Niterói, por exemplo, foi inaugurado em 2013 pelo então ministro Marcelo Crivella (PRB) e custou R$ 10 milhões. Mas, segundo o ministério, há um problema na navegabilidade do local onde foi construído, que tem embarcações afundadas, e será feita a retirada dessas embarcações para desobstruir a passagem. O ministério diz que aguarda a Marinha realizar o trabalho e prevê entrar em operação "em curto prazo". Os terminais pesqueiros públicos são estruturas para atender à movimentação e à armazenagem de pescados e podem contar com unidades de beneficiamento e de apoio às embarcações. A construção de vários terminais pelo país foi concebida pelo governo federal para alavancar o mercado de pescados, mas pouco avançou. Segundo o ministério, hoje estão em funcionamento os terminais de Camocim (CE), Cananeia (SP), Santos (SP), Manaus (AM) e Laguna (SC), onde, entretanto, é preciso aprimoramentos. Também há suspeitas de irregularidades nos terminais em operação. Em Santos, empresas usam o espaço do terminal sem terem participado de licitação, segundo parecer da Advocacia-Geral da União. Em Camocim, o Ministério Público Federal investiga problema semelhante e riscos à estrutura do terminal devido à corrosão da sustentação. PRIVATIZAÇÃO Diante dos problemas para construir e manter os terminais, o Ministério da Pesca estuda a sua privatização. O ministro Helder Barbalho (PMDB), que assumiu a pasta no início deste ano, diz que a meta é colocar os terminais para funcionar ainda em 2015 -menos o de Belém, mais atrasado. Segundo ele, até o primeiro trimestre de 2016 deve ser elaborado o plano para as concessões. "Faremos um decreto que possa definir os interesses do terminal, política de tarifas, estruturação de custos e preços, para depois fazer chamada pública a fim de verificar os interessados", disse Barbalho. A concessão deve ocorrer em lotes que juntarão os terminais com maior atratividade econômica com outros menos atrativos.
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Cúpula do Congresso apressará troca do indexador das dívidas dos Estados
Alegando "interferência" do Executivo no Legislativo, a cúpula do Congresso costurou nesta terça-feira (24) uma alternativa para garantir a execução da lei que troca o indexador das dívidas dos Estados e municípios. Os presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acertaram a apresentação de um projeto de lei complementar estabelecendo que o governo tem o prazo de 30 dias para assinar os aditivos contratuais com os novos índices. Se essa etapa não for cumprida neste período, os Estados e municípios ficam autorizados a aplicar automaticamente o novo indexador. Os Estados de Renan e Cunha, Alagoas e Rio de Janeiro, respectivamente, estão entre os maiores beneficiados pela alteração, ao lado de São Paulo. Alagoas é governada pelo filho do presidente do Senado, Renan Filho. Diante das turbulências na economia, a ordem no Planalto era não mandar ao Congresso neste ano a regulamentação da lei, o que impediria a aplicação. A medida irritou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), além de ter feito o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ingressar na Justiça para garantir a regulamentação. Em menos de uma hora após o encontro de Renan e Cunha, a Câmara aprovou a urgência para a tramitação do projeto, garantindo que ele seja votado diretamente pelo plenário da Casa, sem necessidade de passar pelas comissões da Casa. O deputado ainda criticou a postura do governo e disse que não cabe nenhuma interpretação da lei que foi aprovada pelo Congresso sobre regulamentação. "Está havendo um equívoco de interpretação de burocracia do governo que acha que a lei depende de regulamentação para ser aplicada. Não dá agora para ela ser interpretada. Tem que ser executada. Como não estão executando, isso, praticamente vira uma interferência do Executivo no Legislativo. Fizemos a lei, o governo poderia ter vetado, mas não veto. Se sancionou, queremos que seja cumprida", disse Cunha. Renan reforçou os ataques ao governo e disse que os congressistas, inclusive, atenderam a pedido do governo para votar depois das eleições a mudança, para não impactar as contas públicas. "Agora esse problema é devolvido ao Congresso Nacional. Não há como não resolvê-lo. O governo está dizendo que não altera a situação de Estados e municípios, não é verdade. Altera, sim. Isso não é ajuste, é desajuste. Como você pode punir Estados e municípios a continuar pagando taxa de juros escorchante, da década de 90. Quando você obriga o Estado e o município a isso, você o obriga a tirar recursos dos salários, dos investimentos, da saúde, da segurança, da educação", disse o senador. ATUALIZAÇÃO A presidente Dilma Rousseff sancionou em novembro de 2014 a lei que muda o índice de correção das dívidas de Estados e municípios com a União. O texto foi aprovado pelo Senado pouco antes e permite que as dívidas contraídas antes de 2013 sejam recalculadas, de maneira retroativa. Com a nova lei, o indexador das dívidas passa a ser o IPCA, o índice oficial de inflação, mais 4% ao ano, ou, se esta for menor, a taxa básica de juros definida pelo Banco Central. Atualmente, os débitos são corrigidos pelo IGP-DI mais juros de 6% a 9%. Cento e oitenta municípios serão favorecidos pela nova lei. A maior beneficiada é a cidade de São Paulo, que tem dívida de R$ 62 bilhões com a União. Com a mudança dos índices de correção, o valor deve ser reduzido para R$ 36 bilhões, de acordo com projeções feitas pela prefeitura.
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Cúpula do Congresso apressará troca do indexador das dívidas dos EstadosAlegando "interferência" do Executivo no Legislativo, a cúpula do Congresso costurou nesta terça-feira (24) uma alternativa para garantir a execução da lei que troca o indexador das dívidas dos Estados e municípios. Os presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acertaram a apresentação de um projeto de lei complementar estabelecendo que o governo tem o prazo de 30 dias para assinar os aditivos contratuais com os novos índices. Se essa etapa não for cumprida neste período, os Estados e municípios ficam autorizados a aplicar automaticamente o novo indexador. Os Estados de Renan e Cunha, Alagoas e Rio de Janeiro, respectivamente, estão entre os maiores beneficiados pela alteração, ao lado de São Paulo. Alagoas é governada pelo filho do presidente do Senado, Renan Filho. Diante das turbulências na economia, a ordem no Planalto era não mandar ao Congresso neste ano a regulamentação da lei, o que impediria a aplicação. A medida irritou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), além de ter feito o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ingressar na Justiça para garantir a regulamentação. Em menos de uma hora após o encontro de Renan e Cunha, a Câmara aprovou a urgência para a tramitação do projeto, garantindo que ele seja votado diretamente pelo plenário da Casa, sem necessidade de passar pelas comissões da Casa. O deputado ainda criticou a postura do governo e disse que não cabe nenhuma interpretação da lei que foi aprovada pelo Congresso sobre regulamentação. "Está havendo um equívoco de interpretação de burocracia do governo que acha que a lei depende de regulamentação para ser aplicada. Não dá agora para ela ser interpretada. Tem que ser executada. Como não estão executando, isso, praticamente vira uma interferência do Executivo no Legislativo. Fizemos a lei, o governo poderia ter vetado, mas não veto. Se sancionou, queremos que seja cumprida", disse Cunha. Renan reforçou os ataques ao governo e disse que os congressistas, inclusive, atenderam a pedido do governo para votar depois das eleições a mudança, para não impactar as contas públicas. "Agora esse problema é devolvido ao Congresso Nacional. Não há como não resolvê-lo. O governo está dizendo que não altera a situação de Estados e municípios, não é verdade. Altera, sim. Isso não é ajuste, é desajuste. Como você pode punir Estados e municípios a continuar pagando taxa de juros escorchante, da década de 90. Quando você obriga o Estado e o município a isso, você o obriga a tirar recursos dos salários, dos investimentos, da saúde, da segurança, da educação", disse o senador. ATUALIZAÇÃO A presidente Dilma Rousseff sancionou em novembro de 2014 a lei que muda o índice de correção das dívidas de Estados e municípios com a União. O texto foi aprovado pelo Senado pouco antes e permite que as dívidas contraídas antes de 2013 sejam recalculadas, de maneira retroativa. Com a nova lei, o indexador das dívidas passa a ser o IPCA, o índice oficial de inflação, mais 4% ao ano, ou, se esta for menor, a taxa básica de juros definida pelo Banco Central. Atualmente, os débitos são corrigidos pelo IGP-DI mais juros de 6% a 9%. Cento e oitenta municípios serão favorecidos pela nova lei. A maior beneficiada é a cidade de São Paulo, que tem dívida de R$ 62 bilhões com a União. Com a mudança dos índices de correção, o valor deve ser reduzido para R$ 36 bilhões, de acordo com projeções feitas pela prefeitura.
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Irmãos sírios relatam saga de família que atravessou 8 países em dois meses
"Quando terminávamos cada parte, dizíamos que era bom que estávamos vivos, que terminamos este passo e vamos para o próximo." O sírio Farid Majid, 37, não esconde o otimismo ao narrar a saga empreendida por sua família para abandonar o país que há seis anos se esfacela em uma guerra civil que já matou mais de 400 mil e forçou 11,2 milhões a deixar suas casas –destes, 5 milhões se refugiaram em outros países, os Majid entre eles. Durante quase dois meses, Farid e o irmão Ahmad, 32, lideraram parte da família na travessia de oito países até chegarem à Suécia, onde moram há um ano e meio. Os dois irmãos conversaram com a Folha em São Paulo, onde chegaram na terça (2) para visitar a exposição do fotógrafo brasileiro Maurício Lima, que retratou parte da saga dos Majid pela Europa em agosto e setembro de 2015. A dupla participa de um bate-papo nesta quinta (4), às 19h30, no MIS com Lima e a jornalista Anemona Hartocollis, que seguiu a jornada para o "New York Times". "Não gostava da ideia de deixar a Síria no início, mas estávamos cercados por todas as milícias, pelo Estado Islâmico, viver lá estava sendo horrível, não aguentávamos mais", afirma Farid. Ele e o irmão Ahmad mantinham uma pequena fábrica têxtil em Afrin (a 60 km ao norte de Aleppo), no norte da Síria. Para além do cenário de desintegração social, política e econômica que engolfou o país, um drama pessoal impulsionou os Majid. "Concordamos em ir para a Turquia e depois para a Europa para tentar encontrar ajuda para o meu sobrinho", lembra. Aos 9, Nabih, filho de um terceiro irmão, foi diagnosticado com câncer. A família tentou conseguir tratamento do outro lado da fronteira, na Turquia, mas lá "os turcos eram mais bem tratados". A opção era o Velho Continente. "Nós iríamos primeiro e ajudaríamos eles a ir depois", conta Ahmad. Entre os 14 membros do clã que enfrentaram a travessia estavam a mulher de Ahmad –grávida– e seus dois filhos, a mulher de Farid com os três filhos, a irmã do pequeno Nabih e primos. "Queríamos ir para a Suécia porque ouvimos que o governo lá estava tratando as pessoas de uma forma boa." O primeiro passo era deixar a Turquia rumo à Grécia. Um antigo empregado da fábrica colocou os Majid em contato com um coiote, que faria a travessia por barco pelo mar Egeu da costa turca até a ilha grega de Lesbos. "Pagamos US$ 1.200 por pessoa, metade disso por cada criança", lembra Ahmad. Havia cerca de 70 pessoas no barco, segundo ele. Os cerca de sete dias na Grécia, Macedônia e Sérvia tiveram em comum a pressa dos respectivos governos em permitir a passagem do fluxo de refugiados em busca de nações europeias mais abertas, como a Alemanha. No meio desse caminho, porém, estava a Hungria do premiê ultranacionalista Viktor Orbán, cujo governo adotou políticas anti-imigração. "Foi pior do que o barco que pegamos da Turquia para a Grécia", afirma Ahmad sobre os cinco dias passados na estação de trem Keleti, em Budapeste. "Estávamos com medo, ouvíamos o tempo todo que os húngaros iam vir depois de um jogo de futebol para bater nos refugiados." A possibilidade de ser fichado pela polícia era fonte de preocupação constante, relata ele. A tranquilidade veio com os ônibus organizados pelo governo para levar os refugiados na estação até Viena, na Áustria. De lá, seguiram para Munique. A passagem pela Alemanha ocorreu sem sobressaltos. Mas ao chegar na primeira cidade dinamarquesa depois da fronteira alemã, uma surpresa: o governo decidira interromper a passagem. Não demorou para a família arranjar uma alternativa: uma balsa que saía de Rostock, na costa norte alemã, rumo à sueca Trelleborg. "Nós fugimos da morte na Síria, mas nos vimos diante dela várias vezes nessa viagem", pondera Farid. "Às vezes pensamos que não devíamos ter arriscado a vida das crianças e levado elas nessa viagem assustadora." Mas, na Suécia, os Majid já constroem um lar. No país nórdico, a mulher de Ahmad, Jamila, deu à luz Farida. Lá, eles vivem há cerca de um ano e meio em Kristinehamm, cidade de 18 mil habitantes. "Depois de alguns meses em um campo, nos deram uma casa. Agora as crianças estão na escola, estão nos tratando como se fôssemos cidadãos suecos", conta Ahmad, que diz ter planos de abrir um supermercado de produtos árabes ou uma padaria. "Mas precisamos aprender a língua primeiro." E quem ficou na Síria? "Minha mãe e meu pai estavam na Turquia e voltaram para Afrin com meu irmão. Estamos tentando trazê-los", responde Farid. O pequeno Nabih não resistiu ao câncer. "Ele tem um lugar especial em nossos corações." Voltar para o país onde nasceram ainda é uma opção sobre a mesa. "Espero que as coisas melhorem e possamos voltar", diz o irmão mais velho. "Porque o trabalho, a família, tudo está lá", completa o mais novo.
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Irmãos sírios relatam saga de família que atravessou 8 países em dois meses"Quando terminávamos cada parte, dizíamos que era bom que estávamos vivos, que terminamos este passo e vamos para o próximo." O sírio Farid Majid, 37, não esconde o otimismo ao narrar a saga empreendida por sua família para abandonar o país que há seis anos se esfacela em uma guerra civil que já matou mais de 400 mil e forçou 11,2 milhões a deixar suas casas –destes, 5 milhões se refugiaram em outros países, os Majid entre eles. Durante quase dois meses, Farid e o irmão Ahmad, 32, lideraram parte da família na travessia de oito países até chegarem à Suécia, onde moram há um ano e meio. Os dois irmãos conversaram com a Folha em São Paulo, onde chegaram na terça (2) para visitar a exposição do fotógrafo brasileiro Maurício Lima, que retratou parte da saga dos Majid pela Europa em agosto e setembro de 2015. A dupla participa de um bate-papo nesta quinta (4), às 19h30, no MIS com Lima e a jornalista Anemona Hartocollis, que seguiu a jornada para o "New York Times". "Não gostava da ideia de deixar a Síria no início, mas estávamos cercados por todas as milícias, pelo Estado Islâmico, viver lá estava sendo horrível, não aguentávamos mais", afirma Farid. Ele e o irmão Ahmad mantinham uma pequena fábrica têxtil em Afrin (a 60 km ao norte de Aleppo), no norte da Síria. Para além do cenário de desintegração social, política e econômica que engolfou o país, um drama pessoal impulsionou os Majid. "Concordamos em ir para a Turquia e depois para a Europa para tentar encontrar ajuda para o meu sobrinho", lembra. Aos 9, Nabih, filho de um terceiro irmão, foi diagnosticado com câncer. A família tentou conseguir tratamento do outro lado da fronteira, na Turquia, mas lá "os turcos eram mais bem tratados". A opção era o Velho Continente. "Nós iríamos primeiro e ajudaríamos eles a ir depois", conta Ahmad. Entre os 14 membros do clã que enfrentaram a travessia estavam a mulher de Ahmad –grávida– e seus dois filhos, a mulher de Farid com os três filhos, a irmã do pequeno Nabih e primos. "Queríamos ir para a Suécia porque ouvimos que o governo lá estava tratando as pessoas de uma forma boa." O primeiro passo era deixar a Turquia rumo à Grécia. Um antigo empregado da fábrica colocou os Majid em contato com um coiote, que faria a travessia por barco pelo mar Egeu da costa turca até a ilha grega de Lesbos. "Pagamos US$ 1.200 por pessoa, metade disso por cada criança", lembra Ahmad. Havia cerca de 70 pessoas no barco, segundo ele. Os cerca de sete dias na Grécia, Macedônia e Sérvia tiveram em comum a pressa dos respectivos governos em permitir a passagem do fluxo de refugiados em busca de nações europeias mais abertas, como a Alemanha. No meio desse caminho, porém, estava a Hungria do premiê ultranacionalista Viktor Orbán, cujo governo adotou políticas anti-imigração. "Foi pior do que o barco que pegamos da Turquia para a Grécia", afirma Ahmad sobre os cinco dias passados na estação de trem Keleti, em Budapeste. "Estávamos com medo, ouvíamos o tempo todo que os húngaros iam vir depois de um jogo de futebol para bater nos refugiados." A possibilidade de ser fichado pela polícia era fonte de preocupação constante, relata ele. A tranquilidade veio com os ônibus organizados pelo governo para levar os refugiados na estação até Viena, na Áustria. De lá, seguiram para Munique. A passagem pela Alemanha ocorreu sem sobressaltos. Mas ao chegar na primeira cidade dinamarquesa depois da fronteira alemã, uma surpresa: o governo decidira interromper a passagem. Não demorou para a família arranjar uma alternativa: uma balsa que saía de Rostock, na costa norte alemã, rumo à sueca Trelleborg. "Nós fugimos da morte na Síria, mas nos vimos diante dela várias vezes nessa viagem", pondera Farid. "Às vezes pensamos que não devíamos ter arriscado a vida das crianças e levado elas nessa viagem assustadora." Mas, na Suécia, os Majid já constroem um lar. No país nórdico, a mulher de Ahmad, Jamila, deu à luz Farida. Lá, eles vivem há cerca de um ano e meio em Kristinehamm, cidade de 18 mil habitantes. "Depois de alguns meses em um campo, nos deram uma casa. Agora as crianças estão na escola, estão nos tratando como se fôssemos cidadãos suecos", conta Ahmad, que diz ter planos de abrir um supermercado de produtos árabes ou uma padaria. "Mas precisamos aprender a língua primeiro." E quem ficou na Síria? "Minha mãe e meu pai estavam na Turquia e voltaram para Afrin com meu irmão. Estamos tentando trazê-los", responde Farid. O pequeno Nabih não resistiu ao câncer. "Ele tem um lugar especial em nossos corações." Voltar para o país onde nasceram ainda é uma opção sobre a mesa. "Espero que as coisas melhorem e possamos voltar", diz o irmão mais velho. "Porque o trabalho, a família, tudo está lá", completa o mais novo.
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Em Aracaju, neta de Lampião preserva até mecha de Maria Bonita
Era julho de 1938 quando Lampião, Maria Bonita e outros nove do bando de cangaceiros foram mortos em uma emboscada da polícia. A Grota do Angico, em Poço Redondo (a 179 quilômetros de Aracaju ), local das mortes, é hoje ponto de visitação, onde o turista revive a época do cangaço. Para tentar preservar a história, Vera Ferreira, 61, neta de Lampião e Maria Bonita, se empenha nas pesquisas desde que era criança. Entre compras e doações, guarda objetos como punhais e até uma mecha do cabelo que diz ser da avó."Essas peças precisam ser mostradas", diz. Vera busca há anos uma parceria para criar um museu sobre a época de Lampião, plano que ainda não saiu do papel. A expectativa é que outros objetos surjam a partir da exposição do acervo. HISTÓRIA DE FAMÍLIA Organizadora do livro "Bonita Maria do Capitão", ao lado de Germana Gonçalves de Araujo, a neta dos cangaceiros iniciou suas pesquisas aos 13 anos, quando conheceu alguns integrantes do bando no lançamento de um livro em São Paulo. "Todos pararam, olharam para minha mãe e para mim com muito respeito. Era como se vissem meu avô em pessoa. Foi aí que percebi que ele era muito mais do que eu tinha ouvido. E decidi iniciar minha pesquisa." Antes desse dia, o cangaço era um assunto pouco comentado em sua casa. Mas diversas críticas vinham da rua. "Ouvíamos que a raça de Lampião não prestava. Ninguém brincava com a gente na escola", relembra. Opiniões sobre o cangaço divergem, por isso ela compara o trabalho de pesquisa à areia movediça. "Procurei saber quem era Virgulino para entender quem foi de verdade Lampião." Ao lado de Vera, Expedita, 83, única filha dos cangaceiros, recebeu a Folha na casa da família, em Aracaju, com simpatia e sorriso no rosto. Expedita não foi criada por Lampião e Maria Bonita, mas recebia sempre a visita dos pais. "Até os nove anos, ela foi criada por um vaqueiro e sua mulher. Depois, passou a ser criada por João, o único irmão de Lampião que não entrou para o cangaço", diz Vera. A jornalista viajou a convite da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo de Aracaju
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Em Aracaju, neta de Lampião preserva até mecha de Maria BonitaEra julho de 1938 quando Lampião, Maria Bonita e outros nove do bando de cangaceiros foram mortos em uma emboscada da polícia. A Grota do Angico, em Poço Redondo (a 179 quilômetros de Aracaju ), local das mortes, é hoje ponto de visitação, onde o turista revive a época do cangaço. Para tentar preservar a história, Vera Ferreira, 61, neta de Lampião e Maria Bonita, se empenha nas pesquisas desde que era criança. Entre compras e doações, guarda objetos como punhais e até uma mecha do cabelo que diz ser da avó."Essas peças precisam ser mostradas", diz. Vera busca há anos uma parceria para criar um museu sobre a época de Lampião, plano que ainda não saiu do papel. A expectativa é que outros objetos surjam a partir da exposição do acervo. HISTÓRIA DE FAMÍLIA Organizadora do livro "Bonita Maria do Capitão", ao lado de Germana Gonçalves de Araujo, a neta dos cangaceiros iniciou suas pesquisas aos 13 anos, quando conheceu alguns integrantes do bando no lançamento de um livro em São Paulo. "Todos pararam, olharam para minha mãe e para mim com muito respeito. Era como se vissem meu avô em pessoa. Foi aí que percebi que ele era muito mais do que eu tinha ouvido. E decidi iniciar minha pesquisa." Antes desse dia, o cangaço era um assunto pouco comentado em sua casa. Mas diversas críticas vinham da rua. "Ouvíamos que a raça de Lampião não prestava. Ninguém brincava com a gente na escola", relembra. Opiniões sobre o cangaço divergem, por isso ela compara o trabalho de pesquisa à areia movediça. "Procurei saber quem era Virgulino para entender quem foi de verdade Lampião." Ao lado de Vera, Expedita, 83, única filha dos cangaceiros, recebeu a Folha na casa da família, em Aracaju, com simpatia e sorriso no rosto. Expedita não foi criada por Lampião e Maria Bonita, mas recebia sempre a visita dos pais. "Até os nove anos, ela foi criada por um vaqueiro e sua mulher. Depois, passou a ser criada por João, o único irmão de Lampião que não entrou para o cangaço", diz Vera. A jornalista viajou a convite da Secretaria da Indústria, Comércio e Turismo de Aracaju
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Metrô funciona com horário reduzido devido à greve no Distrito Federal
O Metrô do Distrito Federal funciona com horário reduzido devido à greve da categoria iniciada por volta da 0h desta terça-feira (14). Para tentar minimizar os efeitos da greve, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal montou um horário especial para atender os usuários do sistema nos horários de pico. Com isso, o sistema funciona com 15 trens circulando das 6h às 9h e das 17h às 20h30, de segunda a sábado. Já aos domingos as estações ficarão fechadas. O horário especial para os trens foi utilizado durante a greve dos metroviários no ano passado. O SindMetrô (Sindicato dos Metroviários) informou que a categoria manterá a porcentagem legal de 30% do serviço em funcionamento. Os grevistas reivindicam a convocação de pessoal aprovado no último concurso e reajuste salarial para corrigir as perdas salariais.
cotidiano
Metrô funciona com horário reduzido devido à greve no Distrito FederalO Metrô do Distrito Federal funciona com horário reduzido devido à greve da categoria iniciada por volta da 0h desta terça-feira (14). Para tentar minimizar os efeitos da greve, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal montou um horário especial para atender os usuários do sistema nos horários de pico. Com isso, o sistema funciona com 15 trens circulando das 6h às 9h e das 17h às 20h30, de segunda a sábado. Já aos domingos as estações ficarão fechadas. O horário especial para os trens foi utilizado durante a greve dos metroviários no ano passado. O SindMetrô (Sindicato dos Metroviários) informou que a categoria manterá a porcentagem legal de 30% do serviço em funcionamento. Os grevistas reivindicam a convocação de pessoal aprovado no último concurso e reajuste salarial para corrigir as perdas salariais.
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Presidente do São Paulo pede a diretores mensagens de apoio a Osorio
Além da última derrota, para o Flamengo, e outros resultados ruins dentro de campo, foi uma mensagem de texto de um diretor do São Paulo que também mexeu com a cabeça do técnico Juan Carlos Osorio. Sem dizer o conteúdo do texto que recebeu, nem tampouco o autor, o colombiano declarou ter ficado confuso com o recado. Depois de acertar a permanência do treinador, junto com a vice-presidência de futebol, o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, fez uma solicitação a alguns de seus diretores: pediu a eles que mandassem mensagens de apoio ao treinador, incentivando a continuação do trabalho, que começou no final de maio deste ano. Internamente, se chegou à conclusão de que perder Osorio seria uma péssima ideia. Para convencer o técnico de ficar, o vice de futebol Ataide Gil Guerreiro teve de prometer um "time excelente" para 2016, além de garantir que o saldão de vendas de jogadores chegou ao fim. O São Paulo enfrenta nesta quarta-feira (26) o Ceará, pela Copa do Brasil, no Castelão, com a missão de correr atrás do placar, após a derrota por 2 a 1, no Morumbi, na semana passada. Se conseguir reverter o resultado, o time vai às quartas de final da competição. No Brasileiro, a equipe tricolor está na sexta posição, 12 pontos atrás do líder, o Corinthians.
esporte
Presidente do São Paulo pede a diretores mensagens de apoio a OsorioAlém da última derrota, para o Flamengo, e outros resultados ruins dentro de campo, foi uma mensagem de texto de um diretor do São Paulo que também mexeu com a cabeça do técnico Juan Carlos Osorio. Sem dizer o conteúdo do texto que recebeu, nem tampouco o autor, o colombiano declarou ter ficado confuso com o recado. Depois de acertar a permanência do treinador, junto com a vice-presidência de futebol, o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, fez uma solicitação a alguns de seus diretores: pediu a eles que mandassem mensagens de apoio ao treinador, incentivando a continuação do trabalho, que começou no final de maio deste ano. Internamente, se chegou à conclusão de que perder Osorio seria uma péssima ideia. Para convencer o técnico de ficar, o vice de futebol Ataide Gil Guerreiro teve de prometer um "time excelente" para 2016, além de garantir que o saldão de vendas de jogadores chegou ao fim. O São Paulo enfrenta nesta quarta-feira (26) o Ceará, pela Copa do Brasil, no Castelão, com a missão de correr atrás do placar, após a derrota por 2 a 1, no Morumbi, na semana passada. Se conseguir reverter o resultado, o time vai às quartas de final da competição. No Brasileiro, a equipe tricolor está na sexta posição, 12 pontos atrás do líder, o Corinthians.
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Porto Alegre, Rio, BH e Brasília receberão atrações do Lollapalooza
Quatro outras cidades brasileiras receberão atrações do Lollapalooza, festival que acontece em São Paulo nos dias 28 e 29 de março de 2015. Porto Alegre, por exemplo, receberá o guitarrista Jack White e as bandas Kasabian e The Kooks. Já a capital mineira terá apresentações da banda Bastille e do Foster the People, que também irão ao Rio antes de desembarcar em São Paulo para os shows no Autódromo de Interlagos. Os cariocas também poderão ver os americanos do Smashing Pumpkins e do Young the Giant, o britânico Robert Plant (com sua banda The Sensational Space Shifters) e a cantora St. Vincent. No Distrito Federal, tocarão Smashing Pumpkins e Young the Giant —os ingressos estarão disponíveis para venda no site "ingresso rápido" e na Central de Ingressos do Shopping Brasília a partir de 21 de janeiro. Para os shows do Rio de Janeiro, clientes dos cartões Citi e Diners Club contarão com pré-venda exclusiva entre os dias 14 e 20 de janeiro. Na capital fluminense, Belo Horizonte e Porto Alegre, a venda para o público em geral estará disponível a partir de 21 de janeiro no "tickets for fun" e nas bilheterias oficiais. SIDE SHOWS LOLLAPALOOZA PORTO ALEGRE ONDE Pepsi on Stage, Av. Severo Dullius, 1995, tel. (51) 3371-1948 QUANDO 24 (Jack White) e 26 (The Kooks e Kasabian) de março QUANTO de R$60 (meia para idosos) a R$250 (inteira - pista premium) CLASSIFICAÇÃO 14 e 15 anos(com responsável) PONTOS DE VENDA FNAC Porto Alegre, av. Diário de Notícias, 300 RIO DE JANEIRO ONDE Citibank Hall, av. Ayrton Senna, 3000, Shopping Via Parque, tel. (21) 2156-7301 QUANDO 24 (St. Vincent e Robert Plant), 25 (Young the Giant e Smashing Pumpkins), 27 (Bastille e Foster the People) de março QUANTO de R$100 (meia/pista) a R$550 (inteira/camarote) CLASSIFICAÇÃO dias 24 e 27: de 10 a 15 anos acompanhado de responsável; dia 25, de 12 a 15 anos acompanhado de responsável PONTOS DE VENDA Citibank Hall BELO HORIZONTE ONDE Chevrolet Hall, av. Nossa Senhora do Carmo, 230, tel. (31) 4003-5588 QUANDO (qua.) 25 de março QUANTO de R$90 (meia) a R$260 (inteira terceiro lote) CLASSIFICAÇÃO 10 a 15 anos somente acompanhado de responsável; a partir dos 16 anos entrada livre PONTOS DE VENDA Chevrolet Hall BRASÍLIA ONDE NET Live Brasília, SHTN, Trecho 2, Conjunto 5, Lote A - Asa Norte QUANDO (sex.) 27 de março QUANTO de R$130 (meia/pista) a R$500 (inteira/camarote) CLASSIFICAÇÃO de 12 a 15 anos acompanhado de responsável PONTOS DE VENDA Central de Ingressos, Shopping Brasília; NET Live Brasília
ilustrada
Porto Alegre, Rio, BH e Brasília receberão atrações do LollapaloozaQuatro outras cidades brasileiras receberão atrações do Lollapalooza, festival que acontece em São Paulo nos dias 28 e 29 de março de 2015. Porto Alegre, por exemplo, receberá o guitarrista Jack White e as bandas Kasabian e The Kooks. Já a capital mineira terá apresentações da banda Bastille e do Foster the People, que também irão ao Rio antes de desembarcar em São Paulo para os shows no Autódromo de Interlagos. Os cariocas também poderão ver os americanos do Smashing Pumpkins e do Young the Giant, o britânico Robert Plant (com sua banda The Sensational Space Shifters) e a cantora St. Vincent. No Distrito Federal, tocarão Smashing Pumpkins e Young the Giant —os ingressos estarão disponíveis para venda no site "ingresso rápido" e na Central de Ingressos do Shopping Brasília a partir de 21 de janeiro. Para os shows do Rio de Janeiro, clientes dos cartões Citi e Diners Club contarão com pré-venda exclusiva entre os dias 14 e 20 de janeiro. Na capital fluminense, Belo Horizonte e Porto Alegre, a venda para o público em geral estará disponível a partir de 21 de janeiro no "tickets for fun" e nas bilheterias oficiais. SIDE SHOWS LOLLAPALOOZA PORTO ALEGRE ONDE Pepsi on Stage, Av. Severo Dullius, 1995, tel. (51) 3371-1948 QUANDO 24 (Jack White) e 26 (The Kooks e Kasabian) de março QUANTO de R$60 (meia para idosos) a R$250 (inteira - pista premium) CLASSIFICAÇÃO 14 e 15 anos(com responsável) PONTOS DE VENDA FNAC Porto Alegre, av. Diário de Notícias, 300 RIO DE JANEIRO ONDE Citibank Hall, av. Ayrton Senna, 3000, Shopping Via Parque, tel. (21) 2156-7301 QUANDO 24 (St. Vincent e Robert Plant), 25 (Young the Giant e Smashing Pumpkins), 27 (Bastille e Foster the People) de março QUANTO de R$100 (meia/pista) a R$550 (inteira/camarote) CLASSIFICAÇÃO dias 24 e 27: de 10 a 15 anos acompanhado de responsável; dia 25, de 12 a 15 anos acompanhado de responsável PONTOS DE VENDA Citibank Hall BELO HORIZONTE ONDE Chevrolet Hall, av. Nossa Senhora do Carmo, 230, tel. (31) 4003-5588 QUANDO (qua.) 25 de março QUANTO de R$90 (meia) a R$260 (inteira terceiro lote) CLASSIFICAÇÃO 10 a 15 anos somente acompanhado de responsável; a partir dos 16 anos entrada livre PONTOS DE VENDA Chevrolet Hall BRASÍLIA ONDE NET Live Brasília, SHTN, Trecho 2, Conjunto 5, Lote A - Asa Norte QUANDO (sex.) 27 de março QUANTO de R$130 (meia/pista) a R$500 (inteira/camarote) CLASSIFICAÇÃO de 12 a 15 anos acompanhado de responsável PONTOS DE VENDA Central de Ingressos, Shopping Brasília; NET Live Brasília
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Água
Estou há oito horas chorando sem parar e isso me dá um sinal. Não estou exatamente triste, apenas muito emocionada "com essa coisa toda". Pensar frases que contenham as palavras todo, tudo, muito e imensamente me dão um sinal. Aguentei longos e bravos dez meses sem nenhum remédio. Se você é meu amigo e jantou ou almoçou ou fez reunião comigo durante esses meses, vai se lembrar de algum momento estranho em que, de repente, fiquei séria e inventei alguma desculpa pra ir embora. Eu fui embora de todos os lugares em que estive por mais de 40 minutos nos últimos dez meses. Eu brinco que sofro da síndrome da fuga repentina, mas em algum lugar, escondido dentro de mim, não estou rindo da minha piada. Foram 30 anos sem nenhum remédio, me perguntando "como faz?"; seis anos com remédios, me perguntando "como faz pra voltar a sentir aquela coisa tão viva que se pergunta o tempo todo 'como faz?'" e dez meses matando a saudade das palavras todo, tudo, muito e imensamente. Eu estava com tanta saudade (de mim) que na primeira semana já visualizei a lama, mas a abracei como um filho abraça o pai retornando da guerra depois de ter sido dado como morto. Eu disse que parei porque estava gorda, disse que parei porque queria engravidar, disse que parei porque precisava sentir o corpo tremer ao ver um homem interessante, disse que parei porque estava ótima, disse que parei porque estava madura. A verdade é que eu parei porque não aguentava mais sentir tanta saudade de mim. A gente sente falta de cada coisa! Perdão se esse texto está ficando sub Clarice Lispector, cheio de "eu enquanto ser saudoso de mim mesma" (eu amo a Clarice, mas tenho horror a qualquer pessoa que tente se parecer com ela). Peço desculpas também a todos que, sem entender muito bem, me viram pegar a bolsa e desaparecer falando ao celular com ninguém: "Oi? Como? Já estou indo!". Isso não vai mais acontecer. Mandei uma mensagem "receita" para meu psiquiatra e ele apenas respondeu: "Até que você demorou pra pedir água". Não vou mais perfilar os chinelos de modo que seu desenho acompanhe o desenho do pé da mesa. Não vou mais conjecturar que uma dezena de pessoas arquiteta uma centena de planos contra a minha pessoa. Não vou mais estalar o dia inteiro todos os ossos do corpo como se eu inteira fosse um plástico bolha apenas porque tudo incomoda, angustia e vaza. Não vou mais pensar todos os dias na mulher do apartamento de cima que se atirou e carimbou a grama com o "ligue os pontos" de um fugitivo rendido. Não vou mais provocar as pessoas nas redes sociais apenas porque o roçar de mentes me atrai mais que ser adorada em compartilhamentos de uma bondade frígida. Em compensação, a partir de amanhã, todas as músicas e filmes e livros e filhos abraçados às suas mães... vão me emocionar o mesmo que um sanduíche de queijo branco. Maldita e maravilhosa camisinha no cérebro. Não sei se é questão de derrota, mas eu estava na estação, eu vi quando chegou o trem, eu vi várias pessoas entrando, mas eu não consegui. Do planeta "grandes adultos" vocês me mandam tchau, eu respondo com um "joinha" cínico, aqui de casa, ainda tentando descobrir como faz pra fechar o zíper da pele e não sentir o oxigênio estapear uma carne viva. Sorry, ficou sub Clarice, né? Pior que amanhã, nem isso. Todo, tudo, muito e imensamente, até qualquer hora.
colunas
ÁguaEstou há oito horas chorando sem parar e isso me dá um sinal. Não estou exatamente triste, apenas muito emocionada "com essa coisa toda". Pensar frases que contenham as palavras todo, tudo, muito e imensamente me dão um sinal. Aguentei longos e bravos dez meses sem nenhum remédio. Se você é meu amigo e jantou ou almoçou ou fez reunião comigo durante esses meses, vai se lembrar de algum momento estranho em que, de repente, fiquei séria e inventei alguma desculpa pra ir embora. Eu fui embora de todos os lugares em que estive por mais de 40 minutos nos últimos dez meses. Eu brinco que sofro da síndrome da fuga repentina, mas em algum lugar, escondido dentro de mim, não estou rindo da minha piada. Foram 30 anos sem nenhum remédio, me perguntando "como faz?"; seis anos com remédios, me perguntando "como faz pra voltar a sentir aquela coisa tão viva que se pergunta o tempo todo 'como faz?'" e dez meses matando a saudade das palavras todo, tudo, muito e imensamente. Eu estava com tanta saudade (de mim) que na primeira semana já visualizei a lama, mas a abracei como um filho abraça o pai retornando da guerra depois de ter sido dado como morto. Eu disse que parei porque estava gorda, disse que parei porque queria engravidar, disse que parei porque precisava sentir o corpo tremer ao ver um homem interessante, disse que parei porque estava ótima, disse que parei porque estava madura. A verdade é que eu parei porque não aguentava mais sentir tanta saudade de mim. A gente sente falta de cada coisa! Perdão se esse texto está ficando sub Clarice Lispector, cheio de "eu enquanto ser saudoso de mim mesma" (eu amo a Clarice, mas tenho horror a qualquer pessoa que tente se parecer com ela). Peço desculpas também a todos que, sem entender muito bem, me viram pegar a bolsa e desaparecer falando ao celular com ninguém: "Oi? Como? Já estou indo!". Isso não vai mais acontecer. Mandei uma mensagem "receita" para meu psiquiatra e ele apenas respondeu: "Até que você demorou pra pedir água". Não vou mais perfilar os chinelos de modo que seu desenho acompanhe o desenho do pé da mesa. Não vou mais conjecturar que uma dezena de pessoas arquiteta uma centena de planos contra a minha pessoa. Não vou mais estalar o dia inteiro todos os ossos do corpo como se eu inteira fosse um plástico bolha apenas porque tudo incomoda, angustia e vaza. Não vou mais pensar todos os dias na mulher do apartamento de cima que se atirou e carimbou a grama com o "ligue os pontos" de um fugitivo rendido. Não vou mais provocar as pessoas nas redes sociais apenas porque o roçar de mentes me atrai mais que ser adorada em compartilhamentos de uma bondade frígida. Em compensação, a partir de amanhã, todas as músicas e filmes e livros e filhos abraçados às suas mães... vão me emocionar o mesmo que um sanduíche de queijo branco. Maldita e maravilhosa camisinha no cérebro. Não sei se é questão de derrota, mas eu estava na estação, eu vi quando chegou o trem, eu vi várias pessoas entrando, mas eu não consegui. Do planeta "grandes adultos" vocês me mandam tchau, eu respondo com um "joinha" cínico, aqui de casa, ainda tentando descobrir como faz pra fechar o zíper da pele e não sentir o oxigênio estapear uma carne viva. Sorry, ficou sub Clarice, né? Pior que amanhã, nem isso. Todo, tudo, muito e imensamente, até qualquer hora.
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