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Governo não sabe lidar com segurança pública, dizem mulheres de PMs do ES
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Em uma espécie de desabafo, as mulheres de policiais militares, que continuam nos portões das unidades de polícia no Espírito Santo, reclamam do governo e da perda de apoio popular desde o início do movimento. "A conta disso não é nossa, é desse governo que não sabe lidar com segurança pública", disse uma delas. "Não queríamos mortes e greve, lamentamos muito." As mulheres dizem que são chamadas de "palhaças e desocupadas", e que sofrem descriminação até no trabalho. Elas afirmam ainda que o movimento só eclodiu quando a situação dos policiais chegou ao limite, depois de sete anos de perdas salariais, segundo o movimento. "Isso está se desenhando há sete anos, só está explodindo agora", disse outra. A Folha conversou com seis mulheres de policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME), uma tropa de elite da Polícia Militar. As mulheres ouvidas pela reportagem, que não quiseram se identificar, são auxiliares de serviços gerais, contadora, administradora, artesã e professora do ensino fundamental. Elas dizem ainda não ter ligações com partidos políticos. No domingo (12), homens do BME foram convocados a se apresentarem em uma unidade da Marinha, de onde foram de helicóptero ao batalhão, cercado por mulheres, para buscar equipamentos. Elas pedem diálogo com o governo Paulo Hartung (PMDB). Após uma negociação frustrada na quinta (9) com representantes das mulheres, o governo fechou um acordo com associações de policiais, mas sem elas, na sexta (10). "É uma encenação política de um governo autoritário. [...] Somos um movimento social, e qualquer movimento social tem sido criminalizado nesse país. Ainda mais um movimento de mulheres e ainda mais um movimento de mulheres policiais." Sobre as associações de policiais, que vinham negociando aumento com o governo estadual há mais de um ano sem sucesso, as mulheres dizem que foram "omissas". Afirmam ainda que perderam credibilidade depois de aceitar um acordo sem consultar o movimento delas. Em entrevista à Folha, Hartung afirmou que o motim tem um componente político forte para desestabilizar seu governo. Para ele, o fato tem a "mão peluda da política" para desestabilizar "um Estado que só vinha com notícia boa". REIVINDICAÇÕES As mulheres não abrem mão de dois pontos: 47% de reajuste referente aos sete anos e anistia aos policiais que participam do motim. "Não é nada utópico", diz uma delas. O governo, porém, afirma não haver possibilidade de reajuste por estar no limite prudencial de gastos com a folha de pagamento estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O acordo fechado com as associações prevê que o tema seja discutido caso haja aumento de receitas. O acordo livra policiais que voltaram ao trabalho de punições administrativas, mas não suspende o indiciamento de 703 policiais pelo crime de revolta. O secretário de Governo Antônio Imbassahy anunciou que a base do governo no Congresso não deverá apoiar a anistia para policias do Estado que estão em greve. As mulheres elencam ainda outros pedidos, como melhores condições de trabalho, incluindo coletes e viaturas, além de melhoria no Hospital da Polícia Militar. O acordo do governo propõe um cronograma pera efetivar promoções previstas e ainda não cumpridas, avaliação da carga horária dos policiais e um projeto de lei para exigir bacharelado em direito no concurso para oficiais. As mulheres reclamam também de manipulação da mídia pelo governo e da falta do direto de resposta. Afirmam ainda que os policiais não retornaram às ruas em sua totalidade e questionam que haja mais de 3.000 homens das Forças Armadas e da Força de Segurança Nacional no Estado, como diz o governo federal. Segundo a Secretaria da Segurança do Espírito Santo, 1.236 policiais se apresentaram ao trabalho nos últimos dois dias. Sem farda, boa parte não chegou a reassumir o patrulhamento. O Estado tem 10 mil policiais.
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cotidiano
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Governo não sabe lidar com segurança pública, dizem mulheres de PMs do ESEm uma espécie de desabafo, as mulheres de policiais militares, que continuam nos portões das unidades de polícia no Espírito Santo, reclamam do governo e da perda de apoio popular desde o início do movimento. "A conta disso não é nossa, é desse governo que não sabe lidar com segurança pública", disse uma delas. "Não queríamos mortes e greve, lamentamos muito." As mulheres dizem que são chamadas de "palhaças e desocupadas", e que sofrem descriminação até no trabalho. Elas afirmam ainda que o movimento só eclodiu quando a situação dos policiais chegou ao limite, depois de sete anos de perdas salariais, segundo o movimento. "Isso está se desenhando há sete anos, só está explodindo agora", disse outra. A Folha conversou com seis mulheres de policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME), uma tropa de elite da Polícia Militar. As mulheres ouvidas pela reportagem, que não quiseram se identificar, são auxiliares de serviços gerais, contadora, administradora, artesã e professora do ensino fundamental. Elas dizem ainda não ter ligações com partidos políticos. No domingo (12), homens do BME foram convocados a se apresentarem em uma unidade da Marinha, de onde foram de helicóptero ao batalhão, cercado por mulheres, para buscar equipamentos. Elas pedem diálogo com o governo Paulo Hartung (PMDB). Após uma negociação frustrada na quinta (9) com representantes das mulheres, o governo fechou um acordo com associações de policiais, mas sem elas, na sexta (10). "É uma encenação política de um governo autoritário. [...] Somos um movimento social, e qualquer movimento social tem sido criminalizado nesse país. Ainda mais um movimento de mulheres e ainda mais um movimento de mulheres policiais." Sobre as associações de policiais, que vinham negociando aumento com o governo estadual há mais de um ano sem sucesso, as mulheres dizem que foram "omissas". Afirmam ainda que perderam credibilidade depois de aceitar um acordo sem consultar o movimento delas. Em entrevista à Folha, Hartung afirmou que o motim tem um componente político forte para desestabilizar seu governo. Para ele, o fato tem a "mão peluda da política" para desestabilizar "um Estado que só vinha com notícia boa". REIVINDICAÇÕES As mulheres não abrem mão de dois pontos: 47% de reajuste referente aos sete anos e anistia aos policiais que participam do motim. "Não é nada utópico", diz uma delas. O governo, porém, afirma não haver possibilidade de reajuste por estar no limite prudencial de gastos com a folha de pagamento estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O acordo fechado com as associações prevê que o tema seja discutido caso haja aumento de receitas. O acordo livra policiais que voltaram ao trabalho de punições administrativas, mas não suspende o indiciamento de 703 policiais pelo crime de revolta. O secretário de Governo Antônio Imbassahy anunciou que a base do governo no Congresso não deverá apoiar a anistia para policias do Estado que estão em greve. As mulheres elencam ainda outros pedidos, como melhores condições de trabalho, incluindo coletes e viaturas, além de melhoria no Hospital da Polícia Militar. O acordo do governo propõe um cronograma pera efetivar promoções previstas e ainda não cumpridas, avaliação da carga horária dos policiais e um projeto de lei para exigir bacharelado em direito no concurso para oficiais. As mulheres reclamam também de manipulação da mídia pelo governo e da falta do direto de resposta. Afirmam ainda que os policiais não retornaram às ruas em sua totalidade e questionam que haja mais de 3.000 homens das Forças Armadas e da Força de Segurança Nacional no Estado, como diz o governo federal. Segundo a Secretaria da Segurança do Espírito Santo, 1.236 policiais se apresentaram ao trabalho nos últimos dois dias. Sem farda, boa parte não chegou a reassumir o patrulhamento. O Estado tem 10 mil policiais.
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Deputada decisiva para cassar Cunha ganha 'secretaria-vitrine' em Salvador
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Meses depois de dar o voto decisivo no Conselho de Ética para cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), a deputada federal Tia Eron (PRB) vai assumir uma secretaria na prefeitura de Salvador. Eronildes Vasconcelos, 44, foi anunciada nesta quinta-feira (22) pelo prefeito ACM Neto (DEM) como nova secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza de Salvador a partir de 2017. "Foi um convite extremamente honroso que aceitei como missão, sem pretensão nenhuma", disse Eron à Folha. Deputada federal em primeiro mandato, eleita com o apoio da Igreja Universal, Tia Eron foi alçada à condição de figura central da República ao assumir uma cadeira no Conselho de Ética na Câmara. Dos 20 membros do conselho, 10 eram a favor de Cunha e 9 contra. Tia Eron era considerada uma incógnita e fez ministério até o último minuto, atraindo os holofotes. Acabou votando contra Cunha. Na secretaria, Tia Eron será alçada a uma das principais vitrines da administração municipal. A pasta é responsável pela execução de programas como o Morar Melhor, que prevê a reforma de 80 mil casas na capital até 2020, e o Primeiro Passo, uma espécie de complemento do bolsa-família para custeio de creches. Os programas impulsionaram o antigo titular da secretaria, Bruno Reis (PMDB), que se tornou o novo vice-prefeito de Salvador. Com a indicação, o PRB ampliou seu espaço na gestão municipal de uma para duas secretarias –o partido também ocupará a secretaria de Manutenção–, além da chefia de gabinete do prefeito. EM ALTA Tia Eron viu sua cotação subir desde a votação contra Eduardo Cunha na Câmara. Na ocasião, fez sucesso nas redes sociais ao fazer um discurso em que dizia que "Tia Eron chegou para resolver" e refutar pressões afirmando "ninguém manda nessa nega aqui, não". A frase motivou o lançamento de uma campanha pelo empoderamento da mulher negra com outdoors espalhados pela capital baiana. Com a demissão do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) do governo Michel Temer, Eron surgiu como opção para disputar uma vaga no Senado, caso o peemedebista chegue em 2018 com popularidade em baixa. Desde o voto contra Cunha, o nome de Tia Eron começou a ser cogitado para compor a chapa majoritária da oposição em 2018, quando ACM Neto deve disputar o governo da Bahia. Eron, contudo, afirma que sua ida para a secretaria não está vinculada ao seu futuro político. "Faço política com o meu grupo e meu futuro será decidido com ele. O resto é especulação." Eleita deputada em 2012 com 112 mil votos, Tia Eron entrou na política em 2000, quando se tornou a primeira mulher negra vereadora em Salvador. Antes, ganhou notoriedade na igreja, onde atuou como professora da Escola Bíblica Infantil.
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poder
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Deputada decisiva para cassar Cunha ganha 'secretaria-vitrine' em SalvadorMeses depois de dar o voto decisivo no Conselho de Ética para cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), a deputada federal Tia Eron (PRB) vai assumir uma secretaria na prefeitura de Salvador. Eronildes Vasconcelos, 44, foi anunciada nesta quinta-feira (22) pelo prefeito ACM Neto (DEM) como nova secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza de Salvador a partir de 2017. "Foi um convite extremamente honroso que aceitei como missão, sem pretensão nenhuma", disse Eron à Folha. Deputada federal em primeiro mandato, eleita com o apoio da Igreja Universal, Tia Eron foi alçada à condição de figura central da República ao assumir uma cadeira no Conselho de Ética na Câmara. Dos 20 membros do conselho, 10 eram a favor de Cunha e 9 contra. Tia Eron era considerada uma incógnita e fez ministério até o último minuto, atraindo os holofotes. Acabou votando contra Cunha. Na secretaria, Tia Eron será alçada a uma das principais vitrines da administração municipal. A pasta é responsável pela execução de programas como o Morar Melhor, que prevê a reforma de 80 mil casas na capital até 2020, e o Primeiro Passo, uma espécie de complemento do bolsa-família para custeio de creches. Os programas impulsionaram o antigo titular da secretaria, Bruno Reis (PMDB), que se tornou o novo vice-prefeito de Salvador. Com a indicação, o PRB ampliou seu espaço na gestão municipal de uma para duas secretarias –o partido também ocupará a secretaria de Manutenção–, além da chefia de gabinete do prefeito. EM ALTA Tia Eron viu sua cotação subir desde a votação contra Eduardo Cunha na Câmara. Na ocasião, fez sucesso nas redes sociais ao fazer um discurso em que dizia que "Tia Eron chegou para resolver" e refutar pressões afirmando "ninguém manda nessa nega aqui, não". A frase motivou o lançamento de uma campanha pelo empoderamento da mulher negra com outdoors espalhados pela capital baiana. Com a demissão do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) do governo Michel Temer, Eron surgiu como opção para disputar uma vaga no Senado, caso o peemedebista chegue em 2018 com popularidade em baixa. Desde o voto contra Cunha, o nome de Tia Eron começou a ser cogitado para compor a chapa majoritária da oposição em 2018, quando ACM Neto deve disputar o governo da Bahia. Eron, contudo, afirma que sua ida para a secretaria não está vinculada ao seu futuro político. "Faço política com o meu grupo e meu futuro será decidido com ele. O resto é especulação." Eleita deputada em 2012 com 112 mil votos, Tia Eron entrou na política em 2000, quando se tornou a primeira mulher negra vereadora em Salvador. Antes, ganhou notoriedade na igreja, onde atuou como professora da Escola Bíblica Infantil.
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Aposta de Porto Alegre ganha prêmio de R$ 16,5 milhões da Mega-Sena
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Uma aposta feita na cidade de Porto Alegre (RS) acertou as seis dezenas do concurso 1.680 da Mega-Sena sorteadas na noite deste sábado (21) e vai ganhar um prêmio de R$ 16.547.485,01. As dezenas sorteadas em Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, foram: 23 - 37 - 38 - 46 - 47 - 51. Outras 298 apostas fizeram a quina e ganharam R$ R$ 8.541,66 enquanto 5.821 pessoas fizeram a quadra e ganharam R$ 624,68. A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, normalmente às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima -de seis números- custa R$ 2,50. Acompanhe o resultados das loterias
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cotidiano
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Aposta de Porto Alegre ganha prêmio de R$ 16,5 milhões da Mega-SenaUma aposta feita na cidade de Porto Alegre (RS) acertou as seis dezenas do concurso 1.680 da Mega-Sena sorteadas na noite deste sábado (21) e vai ganhar um prêmio de R$ 16.547.485,01. As dezenas sorteadas em Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, foram: 23 - 37 - 38 - 46 - 47 - 51. Outras 298 apostas fizeram a quina e ganharam R$ R$ 8.541,66 enquanto 5.821 pessoas fizeram a quadra e ganharam R$ 624,68. A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, normalmente às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima -de seis números- custa R$ 2,50. Acompanhe o resultados das loterias
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População carente ganha geladeira comunitária em Bruxelas
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Em uma movimentada avenida de um bairro popular de Bruxelas uma geladeira instalada na calçada permite à população carente se alimentar gratuitamente sem passar por intermediários. O princípio é simples: qualquer um pode abrir a porta, depositar alimentos ou se servir, sem que seja necessário pedir autorização, se cadastrar ou solicitar acesso. O aparelho, doado por um comerciante local, foi adaptado para funcionar a energia solar e, portanto, ser independente. A geladeira faz parte de um projeto da instituição de caridade Corvia lançado em caráter experimental na véspera do Natal passado, "uma época de abundância de comida e em que as pessoas estão mais propícias a ajudar o próximo", explica sua presidente, Mathilde Pelsers, à BBC Brasil. Segundo ela, o objetivo é aliar o combate ao desperdício à caridade. "Um dia, depois do Natal, tinha (na geladeira) um frango maravilhoso, com arroz e tudo. Nunca comi tão bem", lembra com um sorriso Ludovic Galler, 23 anos, morador de rua, que vai ao local ao menos uma vez por semana. VARIEDADE MENOR A variedade dos alimentos doados diminuiu com o fim dos cardápios de festa: nessa tarde de maio restam apenas alguns pacotes de pão e copos de sopa, devidamente embalados para serem transportados. Mas para Galler, a "geladeira social" é uma alternativa ao restaurante subsidiado pelo governo, onde costuma pagar 3 euros por uma refeição (mais de R$ 10), e às marmitas distribuídas por organizações não governamentais na Estação Central de trens da capital. "Aqui (na geladeira) é de graça e não tem hora fixa para comer. Sempre tem alguma coisa. Em geral é pão e sopa, mas pão não é bom. Está sempre duro", diz. A maioria dos abastecedores da geladeira social são padarias e restaurantes da região, que preferem doar a mercadoria não vendida no dia a jogar no lixo. "A intenção é que cada vez mais participem supermercados e mercearias, que descartam todos os dias toneladas de alimentos bons para o consumo só porque estão próximos da data de validade", afirma Pelsers. "Também esperamos que a vizinhança participe mais. Que tragam o que sobrou do jantar de família, por exemplo, ou aqueles alimentos que têm na geladeira quando vão viajar, que acabam indo pro lixo." É proibido deixar na geladeira garrafas abertas, bebidas alcoólicas e alimentos fora do prazo de validade. O único controle de conteúdo é feito por um membro da associação que passa a cada dois ou três dias para assegurar que nenhum produto esteja estragado. Para Amadou Keita, morador do edifício na frente do qual o aparelho foi instalado, isso é suficiente. "Não precisa de vigilante, segurança, inspetor. Ninguém causou problemas até agora. Eles vêm aqui, se servem e vão embora, geralmente sozinhos. Nunca teve briga, nunca teve sujeira. Acho uma ótima ideia para ajudar as pessoas. Por que isso me incomodaria?", pergunta retoricamente. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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bbc
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População carente ganha geladeira comunitária em BruxelasEm uma movimentada avenida de um bairro popular de Bruxelas uma geladeira instalada na calçada permite à população carente se alimentar gratuitamente sem passar por intermediários. O princípio é simples: qualquer um pode abrir a porta, depositar alimentos ou se servir, sem que seja necessário pedir autorização, se cadastrar ou solicitar acesso. O aparelho, doado por um comerciante local, foi adaptado para funcionar a energia solar e, portanto, ser independente. A geladeira faz parte de um projeto da instituição de caridade Corvia lançado em caráter experimental na véspera do Natal passado, "uma época de abundância de comida e em que as pessoas estão mais propícias a ajudar o próximo", explica sua presidente, Mathilde Pelsers, à BBC Brasil. Segundo ela, o objetivo é aliar o combate ao desperdício à caridade. "Um dia, depois do Natal, tinha (na geladeira) um frango maravilhoso, com arroz e tudo. Nunca comi tão bem", lembra com um sorriso Ludovic Galler, 23 anos, morador de rua, que vai ao local ao menos uma vez por semana. VARIEDADE MENOR A variedade dos alimentos doados diminuiu com o fim dos cardápios de festa: nessa tarde de maio restam apenas alguns pacotes de pão e copos de sopa, devidamente embalados para serem transportados. Mas para Galler, a "geladeira social" é uma alternativa ao restaurante subsidiado pelo governo, onde costuma pagar 3 euros por uma refeição (mais de R$ 10), e às marmitas distribuídas por organizações não governamentais na Estação Central de trens da capital. "Aqui (na geladeira) é de graça e não tem hora fixa para comer. Sempre tem alguma coisa. Em geral é pão e sopa, mas pão não é bom. Está sempre duro", diz. A maioria dos abastecedores da geladeira social são padarias e restaurantes da região, que preferem doar a mercadoria não vendida no dia a jogar no lixo. "A intenção é que cada vez mais participem supermercados e mercearias, que descartam todos os dias toneladas de alimentos bons para o consumo só porque estão próximos da data de validade", afirma Pelsers. "Também esperamos que a vizinhança participe mais. Que tragam o que sobrou do jantar de família, por exemplo, ou aqueles alimentos que têm na geladeira quando vão viajar, que acabam indo pro lixo." É proibido deixar na geladeira garrafas abertas, bebidas alcoólicas e alimentos fora do prazo de validade. O único controle de conteúdo é feito por um membro da associação que passa a cada dois ou três dias para assegurar que nenhum produto esteja estragado. Para Amadou Keita, morador do edifício na frente do qual o aparelho foi instalado, isso é suficiente. "Não precisa de vigilante, segurança, inspetor. Ninguém causou problemas até agora. Eles vêm aqui, se servem e vão embora, geralmente sozinhos. Nunca teve briga, nunca teve sujeira. Acho uma ótima ideia para ajudar as pessoas. Por que isso me incomodaria?", pergunta retoricamente. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Peru vota neste domingo para eleger presidente conservador
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Os peruanos votam neste domingo (5) tendo de escolher entre dois candidatos muito parecidos no aspecto econômico –adeptos da ideia de que o país deve seguir com sua política de livre mercado. Em todo o resto, porém, os concorrentes são bem diferentes. Segundo números divulgados na última sexta-feira (3), Keiko Fujimori, de ascendência japonesa e filha do ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000), tem 50,3% das intenções de voto, seguida muito de perto por Pedro Pablo Kuczynski (o PPK), com 49,7% (votos válidos, pesquisa GfK). No sábado (4), porém, sondagens confidenciais de institutos de pesquisa realizadas neste dia apontavam uma tendência para uma virada do jogo. Numa delas, PPK saía à frente de Keiko por apenas dois pontos. De todo modo, prevalece o empate técnico. Em entrevista a jornalistas estrangeiros, na sexta (3), os institutos atribuíram a subida de PPK nos últimos dias a dois fatores: a repercussão da marcha antifujimorista ocorrida na terça (31) e o apoio a ele declarado, um dia antes, pela candidata de esquerda Verónika Mendoza, terceira colocada no primeiro turno. "Como a economia não está em primeiro plano, porque vai bem (previsão de crescimento de 4% para 2016) e a desaceleração mundial ainda não chegou a afetar o bolso das pessoas, o que vai definir essa eleição é o apreço pessoal pelos candidatos, a preocupação ou não dos eleitores com o Estado de Direito e a violência, principal preocupação da população segundo as pesquisas", disse à Folha o analista político Alberto Vergara. Depois de um primeiro turno confuso, que teve duas impugnações polêmicas, Keiko e PPK deixaram suas diferenças mais claras na segunda rodada de votação. MUDANÇA DE PERFIL Aos 41 anos, Keiko se apresenta agora diferente do que na eleição de 2011, quando perdeu por pouco para Ollanta Humala. Mais expressiva, usando looks mais modernos quando está nas cidades e roupas típicas ao visitar comunidades nos Andes, pareceu mais preparada para se mostrar publicamente. Bem assessorada, tinha provocações prontas para soltar nos debates. A principal delas foi a exposição da contradição de PPK, que apoiou sua candidatura em 2011. Nos comícios, Keiko apresentou soluções diretas e firmes, propondo legalizar a mineração ilegal, prometendo mandar o Exército às ruas para garantir a segurança, impor toque de recolher em locais perigosos e aumentar os gastos do Estado em saúde. Raio-x Peru VELHA CONHECIDA Keiko é uma velha conhecida dos peruanos. Passou a ser a primeira-dama do país quando tinha apenas 19 anos, após o divórcio do pai. Quando a ditadura caiu e Fujimori migrou para o exílio, Keiko foi aos EUA para estudar. Recebeu seu MBA na Universidade Columbia em 2006 e se casou com um norte-americano, com quem tem duas filhas. Logo, voltou ao Peru e passou a investir na carreira política. Elegeu-se congressista por Lima e então começou a montar sua candidatura presidencial. Derrotada, passou a fazer campanha para conseguir um indulto para o pai, hoje preso, condenado por crimes de corrupção e abuso de direitos humanos. Conservadora, Keiko estudou no Colégio de la Recoleta, instituição católica frequentada pela elite de Lima. Ela se diz contra o aborto, salvo em caso de risco de vida à mãe (única condição aceita na lei peruana) e é contra o matrimônio homossexual. SOTAQUE ESTRANGEIRO Kuczynski também vem de família de imigrantes. Filho de mãe suíço-francesa e pai judeu polonês, nasceu em Iquitos, mas logo saiu para estudar fora. Cursou economia e filosofia em Oxford e em Princeton. Ao voltar ao Peru, trabalhou no governo de Fernando Belaúnde (1963-68), mas, quando este foi deposto pelo golpe militar de Velasco Alvarado, retornou aos Estados Unidos, onde trabalhou no Banco Mundial. Durante a administração de Alejandro Toledo (2001-2006), foi primeiro-ministro e ministro da Economia. Em sua campanha, PPK chamou a atenção para o fato de, por ter integrado o governo que veio logo após a ditadura fujimorista, ter sido peça essencial no desmonte do aparato ditatorial. Nas últimas semanas, PPK deixou o estilo passivo para sair ao ataque, afirmando que uma vitória de Keiko seria um retrocesso democrático. Passou a repetir cada vez mais em discursos a palavra "liberdade" e a se descrever como um "político de centro, não de ultradireita como dizem". De fala lenta e sotaque estrangeiro, sabe que a idade (77 anos) é um ponto negativo em seu currículo, por isso vem repetindo que gosta de se exercitar e tem "muito vigor". Casado pela segunda vez, também com uma norte-americana, tem quatro filhos.
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mundo
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Peru vota neste domingo para eleger presidente conservadorOs peruanos votam neste domingo (5) tendo de escolher entre dois candidatos muito parecidos no aspecto econômico –adeptos da ideia de que o país deve seguir com sua política de livre mercado. Em todo o resto, porém, os concorrentes são bem diferentes. Segundo números divulgados na última sexta-feira (3), Keiko Fujimori, de ascendência japonesa e filha do ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000), tem 50,3% das intenções de voto, seguida muito de perto por Pedro Pablo Kuczynski (o PPK), com 49,7% (votos válidos, pesquisa GfK). No sábado (4), porém, sondagens confidenciais de institutos de pesquisa realizadas neste dia apontavam uma tendência para uma virada do jogo. Numa delas, PPK saía à frente de Keiko por apenas dois pontos. De todo modo, prevalece o empate técnico. Em entrevista a jornalistas estrangeiros, na sexta (3), os institutos atribuíram a subida de PPK nos últimos dias a dois fatores: a repercussão da marcha antifujimorista ocorrida na terça (31) e o apoio a ele declarado, um dia antes, pela candidata de esquerda Verónika Mendoza, terceira colocada no primeiro turno. "Como a economia não está em primeiro plano, porque vai bem (previsão de crescimento de 4% para 2016) e a desaceleração mundial ainda não chegou a afetar o bolso das pessoas, o que vai definir essa eleição é o apreço pessoal pelos candidatos, a preocupação ou não dos eleitores com o Estado de Direito e a violência, principal preocupação da população segundo as pesquisas", disse à Folha o analista político Alberto Vergara. Depois de um primeiro turno confuso, que teve duas impugnações polêmicas, Keiko e PPK deixaram suas diferenças mais claras na segunda rodada de votação. MUDANÇA DE PERFIL Aos 41 anos, Keiko se apresenta agora diferente do que na eleição de 2011, quando perdeu por pouco para Ollanta Humala. Mais expressiva, usando looks mais modernos quando está nas cidades e roupas típicas ao visitar comunidades nos Andes, pareceu mais preparada para se mostrar publicamente. Bem assessorada, tinha provocações prontas para soltar nos debates. A principal delas foi a exposição da contradição de PPK, que apoiou sua candidatura em 2011. Nos comícios, Keiko apresentou soluções diretas e firmes, propondo legalizar a mineração ilegal, prometendo mandar o Exército às ruas para garantir a segurança, impor toque de recolher em locais perigosos e aumentar os gastos do Estado em saúde. Raio-x Peru VELHA CONHECIDA Keiko é uma velha conhecida dos peruanos. Passou a ser a primeira-dama do país quando tinha apenas 19 anos, após o divórcio do pai. Quando a ditadura caiu e Fujimori migrou para o exílio, Keiko foi aos EUA para estudar. Recebeu seu MBA na Universidade Columbia em 2006 e se casou com um norte-americano, com quem tem duas filhas. Logo, voltou ao Peru e passou a investir na carreira política. Elegeu-se congressista por Lima e então começou a montar sua candidatura presidencial. Derrotada, passou a fazer campanha para conseguir um indulto para o pai, hoje preso, condenado por crimes de corrupção e abuso de direitos humanos. Conservadora, Keiko estudou no Colégio de la Recoleta, instituição católica frequentada pela elite de Lima. Ela se diz contra o aborto, salvo em caso de risco de vida à mãe (única condição aceita na lei peruana) e é contra o matrimônio homossexual. SOTAQUE ESTRANGEIRO Kuczynski também vem de família de imigrantes. Filho de mãe suíço-francesa e pai judeu polonês, nasceu em Iquitos, mas logo saiu para estudar fora. Cursou economia e filosofia em Oxford e em Princeton. Ao voltar ao Peru, trabalhou no governo de Fernando Belaúnde (1963-68), mas, quando este foi deposto pelo golpe militar de Velasco Alvarado, retornou aos Estados Unidos, onde trabalhou no Banco Mundial. Durante a administração de Alejandro Toledo (2001-2006), foi primeiro-ministro e ministro da Economia. Em sua campanha, PPK chamou a atenção para o fato de, por ter integrado o governo que veio logo após a ditadura fujimorista, ter sido peça essencial no desmonte do aparato ditatorial. Nas últimas semanas, PPK deixou o estilo passivo para sair ao ataque, afirmando que uma vitória de Keiko seria um retrocesso democrático. Passou a repetir cada vez mais em discursos a palavra "liberdade" e a se descrever como um "político de centro, não de ultradireita como dizem". De fala lenta e sotaque estrangeiro, sabe que a idade (77 anos) é um ponto negativo em seu currículo, por isso vem repetindo que gosta de se exercitar e tem "muito vigor". Casado pela segunda vez, também com uma norte-americana, tem quatro filhos.
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PMDB conta com tucanos na defesa de Eduardo Cunha e Renan Calheiros
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Integrantes da cúpula do PMDB apostam no apoio do PSDB em favor da permanência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Congresso Nacional. Segundo peemedebistas, os tucanos comprovaram apoio a Cunha nesta quinta-feira, quando o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), elogiou o presidente da Câmara durante reunião da CPI da Petrobras. Cunha é acusado de participação no escândalo da Operação Lava Jato. "Vossa excelência não perde em momento nenhuma autoridade para presidir essa casa", afirmou Sampaio. Tucanos lembram que Carlos Sampaio defendeu que o PSDB votasse em Cunha na eleição para a presidência da Câmara. "Ele [Carlos Sampaio] é promotor. Um homem da lei. Ele sabe do que está falando. Foi lindo", disse Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Na semana passada, tucanos elogiaram o presidente do Senado, Renan Calheiros, após ele ter rejeitado a votação de medidas do ajuste fiscal. Os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) apoiaram Renan no plenário. Renan também está entre os investigados por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
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poder
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PMDB conta com tucanos na defesa de Eduardo Cunha e Renan CalheirosIntegrantes da cúpula do PMDB apostam no apoio do PSDB em favor da permanência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) no comando do Congresso Nacional. Segundo peemedebistas, os tucanos comprovaram apoio a Cunha nesta quinta-feira, quando o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), elogiou o presidente da Câmara durante reunião da CPI da Petrobras. Cunha é acusado de participação no escândalo da Operação Lava Jato. "Vossa excelência não perde em momento nenhuma autoridade para presidir essa casa", afirmou Sampaio. Tucanos lembram que Carlos Sampaio defendeu que o PSDB votasse em Cunha na eleição para a presidência da Câmara. "Ele [Carlos Sampaio] é promotor. Um homem da lei. Ele sabe do que está falando. Foi lindo", disse Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Na semana passada, tucanos elogiaram o presidente do Senado, Renan Calheiros, após ele ter rejeitado a votação de medidas do ajuste fiscal. Os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) apoiaram Renan no plenário. Renan também está entre os investigados por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
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Contribuinte que pagou IPTU a mais em São Paulo já pode pedir restituição
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Os 130 mil paulistanos que deveriam ter imóveis isentos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em 2014, mas tiveram de pagar o imposto por uma decisão da Justiça, já podem pedir a restituição do dinheiro à Prefeitura de São Paulo. O pagamento sai em dez dias úteis. Em 2013, a lei que mudava a base de cálculo do imposto foi suspensa pela Justiça. A lei, além de reajustar em até 20% os imóveis residenciais e até 35% os comerciais, previa a redução de imposto para imóveis em bairros não tão valorizados, geralmente os mais periféricos, e ampliava as isenções. Assim, a prefeitura manteve em 2014 os critérios do ano anterior. No final de 2014, a Justiça liberou a lei, e as novas regras do imposto passaram a valer. Como os contribuintes já haviam pago o imposto com base nos critérios anteriores, a prefeitura decidiu manter a cobrança e fazer a restituição dos valores cobrados a mais nos anos seguintes, com correção. Para saber se há algum valor a ser restituído, o contribuinte precisa entrar no site financas.prefeitura.sp.gov.br. (Veja mais abaixo) Quem deveria ter o imóvel declarado isento de IPTU em 2014, mas pagou o imposto, terá o valor devolvido na conta bancária. Para isso, é preciso fazer a solicitação no site e informar os dados da conta bancária. O pagamento será feito em dez dias úteis, afirma a prefeitura. DESCONTO EM 2016 Já para os casos em que o contribuinte pagou um valor maior, mas não teve o imóvel isento, de acordo com os novos critérios de reajuste, a restituição da diferença será feita por meio de desconto no IPTU de 2016. Segundo a Secretaria das Finanças de Finanças e Desenvolvimento Econômico, a compensação será automática, não exigindo qualquer providência por parte dos 324 mil contribuintes que devem ter o desconto no próximo ano. A prefeitura estima que o total a ser devolvido aos contribuintes seja de R$ 170 milhões. Nos casos em que o desconto dado no IPTU de 2016 ainda for menor que o valor a ser devolvido para o contribuinte, a prefeitura pagará a diferença em dinheiro, mas o valor só deve chegar no segundo semestre de 2016. Para garantir o reembolso, será preciso preencher um formulário que estará disponível no site da prefeitura entre 1º de março e 31 de junho do ano que vem. O valor será devolvido em conta corrente até o final de 2016. O mesmo procedimento deve ser feito por quem pagou a mais em 2014 e não terá a restituição no IPTU de 2016 porque o imóvel estará isento do imposto. Quem pagou o IPTU de 2014 com um valor abaixo do que deveria desembolsar se o reajuste não tivesse sido barrado pela Justiça não vai precisar devolver a diferença aos cofres públicos. Segundo a prefeitura, cerca de 1,6 milhão de paulistanos terão a "dívida" perdoada. Nesses casos, o sistema indicará que não há nada a ser pago. O projeto de lei que previa a revisão dos valores pagos em 2014 foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em dezembro do ano passado. A lei, porém, não explicava como as restituições seriam feitas. Os critérios só foram estabelecidos em maio deste ano. - CONSULTE SUA RESTITUIÇÃO
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cotidiano
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Contribuinte que pagou IPTU a mais em São Paulo já pode pedir restituiçãoOs 130 mil paulistanos que deveriam ter imóveis isentos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em 2014, mas tiveram de pagar o imposto por uma decisão da Justiça, já podem pedir a restituição do dinheiro à Prefeitura de São Paulo. O pagamento sai em dez dias úteis. Em 2013, a lei que mudava a base de cálculo do imposto foi suspensa pela Justiça. A lei, além de reajustar em até 20% os imóveis residenciais e até 35% os comerciais, previa a redução de imposto para imóveis em bairros não tão valorizados, geralmente os mais periféricos, e ampliava as isenções. Assim, a prefeitura manteve em 2014 os critérios do ano anterior. No final de 2014, a Justiça liberou a lei, e as novas regras do imposto passaram a valer. Como os contribuintes já haviam pago o imposto com base nos critérios anteriores, a prefeitura decidiu manter a cobrança e fazer a restituição dos valores cobrados a mais nos anos seguintes, com correção. Para saber se há algum valor a ser restituído, o contribuinte precisa entrar no site financas.prefeitura.sp.gov.br. (Veja mais abaixo) Quem deveria ter o imóvel declarado isento de IPTU em 2014, mas pagou o imposto, terá o valor devolvido na conta bancária. Para isso, é preciso fazer a solicitação no site e informar os dados da conta bancária. O pagamento será feito em dez dias úteis, afirma a prefeitura. DESCONTO EM 2016 Já para os casos em que o contribuinte pagou um valor maior, mas não teve o imóvel isento, de acordo com os novos critérios de reajuste, a restituição da diferença será feita por meio de desconto no IPTU de 2016. Segundo a Secretaria das Finanças de Finanças e Desenvolvimento Econômico, a compensação será automática, não exigindo qualquer providência por parte dos 324 mil contribuintes que devem ter o desconto no próximo ano. A prefeitura estima que o total a ser devolvido aos contribuintes seja de R$ 170 milhões. Nos casos em que o desconto dado no IPTU de 2016 ainda for menor que o valor a ser devolvido para o contribuinte, a prefeitura pagará a diferença em dinheiro, mas o valor só deve chegar no segundo semestre de 2016. Para garantir o reembolso, será preciso preencher um formulário que estará disponível no site da prefeitura entre 1º de março e 31 de junho do ano que vem. O valor será devolvido em conta corrente até o final de 2016. O mesmo procedimento deve ser feito por quem pagou a mais em 2014 e não terá a restituição no IPTU de 2016 porque o imóvel estará isento do imposto. Quem pagou o IPTU de 2014 com um valor abaixo do que deveria desembolsar se o reajuste não tivesse sido barrado pela Justiça não vai precisar devolver a diferença aos cofres públicos. Segundo a prefeitura, cerca de 1,6 milhão de paulistanos terão a "dívida" perdoada. Nesses casos, o sistema indicará que não há nada a ser pago. O projeto de lei que previa a revisão dos valores pagos em 2014 foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em dezembro do ano passado. A lei, porém, não explicava como as restituições seriam feitas. Os critérios só foram estabelecidos em maio deste ano. - CONSULTE SUA RESTITUIÇÃO
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Abraçado a este mundo
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RIO DE JANEIRO - Um apartamento em Ipanema, deixado vago pela morte, há cinco anos, de seu ilustre proprietário, foi esvaziado pelos herdeiros e entrou em obras para ser alugado. Dali a pouco, os operários que foram trabalhar nele começaram a perceber coisas inexplicáveis. Um martelo colocado em um lugar reaparecia em outro. Os vasos davam descarga por conta própria. As lâmpadas piscavam seguindo um padrão. Os rapazes, apavorados, foram falar com o porteiro —nenhum deles queria ficar lá sozinho. O porteiro subiu para conferir. Não viu nada de anormal. Mas ouviu —ou pensa ter ouvido— uma tosse, um suspiro, um pigarro, todos lembrando os ruídos produzidos pelo falecido. Ele próprio sentiu sopros gelados vindos das paredes. Mas tinha de tranquilizar o pessoal. Garantiu que não havia nada demais, que eles estavam imaginando. Os operários, a custo, continuaram a reforma —às vezes, um se demitia, de cabelo em pé. O próprio porteiro deixou de ir ao apartamento vazio à noite. A obra ficou pronta e o imóvel foi alugado. O inquilino, um estrangeiro racional e pragmático, sabia da importância do antigo titular. Foi morar lá, sem desconfiar de nada, e, por muito tempo, não teve do que se queixar. Mas, há pouco, as estranhezas recomeçaram. Torneiras abriam. Livros mudavam de lugar. Um quadro amanheceu de cabeça para baixo. E a trilha sonora retomou os pigarros, tosses e suspiros. O inquilino ficou aterrorizado. Já deve ter se mudado. Fui amigo do velho morador por quase 50 anos e sei que ele nunca acreditou no outro mundo. Talvez por isto tenha se dedicado a entender e nos desvendar —categoricamente— o nosso. É a única explicação. Ao acordar de um estranho sono e descobrir-se morto, não se conformou e se recusa a trocar este mundo por outro que, como ele sempre soube, não existe.
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Abraçado a este mundoRIO DE JANEIRO - Um apartamento em Ipanema, deixado vago pela morte, há cinco anos, de seu ilustre proprietário, foi esvaziado pelos herdeiros e entrou em obras para ser alugado. Dali a pouco, os operários que foram trabalhar nele começaram a perceber coisas inexplicáveis. Um martelo colocado em um lugar reaparecia em outro. Os vasos davam descarga por conta própria. As lâmpadas piscavam seguindo um padrão. Os rapazes, apavorados, foram falar com o porteiro —nenhum deles queria ficar lá sozinho. O porteiro subiu para conferir. Não viu nada de anormal. Mas ouviu —ou pensa ter ouvido— uma tosse, um suspiro, um pigarro, todos lembrando os ruídos produzidos pelo falecido. Ele próprio sentiu sopros gelados vindos das paredes. Mas tinha de tranquilizar o pessoal. Garantiu que não havia nada demais, que eles estavam imaginando. Os operários, a custo, continuaram a reforma —às vezes, um se demitia, de cabelo em pé. O próprio porteiro deixou de ir ao apartamento vazio à noite. A obra ficou pronta e o imóvel foi alugado. O inquilino, um estrangeiro racional e pragmático, sabia da importância do antigo titular. Foi morar lá, sem desconfiar de nada, e, por muito tempo, não teve do que se queixar. Mas, há pouco, as estranhezas recomeçaram. Torneiras abriam. Livros mudavam de lugar. Um quadro amanheceu de cabeça para baixo. E a trilha sonora retomou os pigarros, tosses e suspiros. O inquilino ficou aterrorizado. Já deve ter se mudado. Fui amigo do velho morador por quase 50 anos e sei que ele nunca acreditou no outro mundo. Talvez por isto tenha se dedicado a entender e nos desvendar —categoricamente— o nosso. É a única explicação. Ao acordar de um estranho sono e descobrir-se morto, não se conformou e se recusa a trocar este mundo por outro que, como ele sempre soube, não existe.
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Doria, repita comigo: ônibus, ônibus, ônibus
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Entre tantos problemas neste início de ano, uma boa notícia foi o custo do congelamento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo: R$ 400 milhões, anunciou a administração municipal ao concluir o cálculo da despesa de manter o preço do Bilhete Único até o fim de 2017. Se você se lembra, a administração Haddad, a Câmara Municipal e outros descontentes anunciaram que a promessa, feita pelo prefeito Doria logo após a eleição, custaria entre R$ 1 bi e R$ 1,2 bilhão. Bem menor, o valor anunciado é metade da economia que pode ser obtida com a eliminação de cobradores. Há muitos interesses contrariados pela manutenção da tarifa de ônibus de São Paulo: do PT (gostaria que Haddad tivesse congelado a tarifa, mas ele não o fez); outros prefeitos da Região Metropolitana (cujo assalto ao contribuinte fica evidente quando a maior cidade tem a menor tarifa); empresários que exploram ônibus nas cidades onde não há subsídio à passagem (temem congelamentos semelhantes); e o sempre biruta Movimento Passe Livre (ataca a administração que congela tarifa e preserva as que aumentam, mesmo de esquerda); entre outros que pouco se lixam com o usuário de transportes públicos. Há ainda o Poder Judiciário, que invade competências do Executivo em busca de "proatividade": se uma medida oriunda dos executivos municipal e estadual criou, em 2005, o desconto para a integração ônibus-metrô, é uma aberração o Tribunal de Justiça vetar a redução desse benefício. É evidente que a medida do TJ tem mais a ver com egos do que com Justiça. De todas as missões da administração paulistana, nada é tão essencial ou urgente quanto os transportes públicos. As prioridades da administração Doria devem ser: ônibus, ônibus e ônibus, "não necessariamente nessa ordem" (como gostam de brincar os jornalistas)... Cidade Linda, velocidade nas Marginais, paletó sem gravata e horário de entrada de funcionários são factoides para encher o noticiário até a equipe pegar pé da administração. Mas o gestor tem que focar logo a tropa na direção certa. E o norte se chama: ônibus. As urgências: 1) há uma licitação em curso, iniciada por Haddad, para implantar uma nova rede com novidades boas, mas também vários problemas, como o tempo de vigência (20 anos renováveis por mais 20), que o TCM (Tribunal de Contas do Município) exige reduzir. Doria deve resolver logo os defeitos para liberar a licitação, reduzir custos e melhorar a qualidade do sistema; 2) em seguida deve se dedicar a acelerar a implantação de corredores de ônibus, que têm uma evolução sempre lenta nesta cidade. O prefeito Haddad, que prometeu inaugurar 150 km, terminou o mandato com cerca de 35 km, iniciados pelo antecessor, Gilberto Kassab. Os processos travaram na resistência de comerciantes e moradores, em problemas com desapropriações e questionamentos do TCM. A Prefeitura precisa garantir um fluxo mais rápido para esses projetos para melhorar o desempenho dos coletivos e reduzir custos (ônibus mais velozes permitem a redução de veículos sem prejuízo para o usuário). 3) Eliminação dos cobradores: como jabuticaba, essa função só existe no Brasil; no resto do mundo, a tecnologia tornou desnecessária, como ascensoristas e telefonistas. O custo desses funcionários é cerca de R$ 800 milhões/ano, duas vezes o do congelamento. Por fim, o novo prefeito poderá adotar uma medida de impacto, que depende de extrema ousadia política: o pedágio urbano, sempre impopular no início (os usuários de carros se sentem lesados e esperneiam). A receita deve ser usada integralmente para subsidiar o Bilhete Único e aumentar a rede de transportes públicos. A zona pedagiada pode ser o centro expandido, onde vigora o rodízio de placas: quem quiser rodar com carro nessa área pagará uma taxa, bem cara. Em um ano, a redução do congestionamento e o investimento em transporte público devem tornar a medida popular, com a melhoria do trânsito e da qualidade do ar, criando consciência pública das vantagens do transporte coletivo para a cidade e seus moradores. Com essas medidas, em pouco tempo a cidade deve ter, realmente, uma mobilidade digna de Primeiro Mundo, como São Paulo gosta de ser.
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Doria, repita comigo: ônibus, ônibus, ônibusEntre tantos problemas neste início de ano, uma boa notícia foi o custo do congelamento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo: R$ 400 milhões, anunciou a administração municipal ao concluir o cálculo da despesa de manter o preço do Bilhete Único até o fim de 2017. Se você se lembra, a administração Haddad, a Câmara Municipal e outros descontentes anunciaram que a promessa, feita pelo prefeito Doria logo após a eleição, custaria entre R$ 1 bi e R$ 1,2 bilhão. Bem menor, o valor anunciado é metade da economia que pode ser obtida com a eliminação de cobradores. Há muitos interesses contrariados pela manutenção da tarifa de ônibus de São Paulo: do PT (gostaria que Haddad tivesse congelado a tarifa, mas ele não o fez); outros prefeitos da Região Metropolitana (cujo assalto ao contribuinte fica evidente quando a maior cidade tem a menor tarifa); empresários que exploram ônibus nas cidades onde não há subsídio à passagem (temem congelamentos semelhantes); e o sempre biruta Movimento Passe Livre (ataca a administração que congela tarifa e preserva as que aumentam, mesmo de esquerda); entre outros que pouco se lixam com o usuário de transportes públicos. Há ainda o Poder Judiciário, que invade competências do Executivo em busca de "proatividade": se uma medida oriunda dos executivos municipal e estadual criou, em 2005, o desconto para a integração ônibus-metrô, é uma aberração o Tribunal de Justiça vetar a redução desse benefício. É evidente que a medida do TJ tem mais a ver com egos do que com Justiça. De todas as missões da administração paulistana, nada é tão essencial ou urgente quanto os transportes públicos. As prioridades da administração Doria devem ser: ônibus, ônibus e ônibus, "não necessariamente nessa ordem" (como gostam de brincar os jornalistas)... Cidade Linda, velocidade nas Marginais, paletó sem gravata e horário de entrada de funcionários são factoides para encher o noticiário até a equipe pegar pé da administração. Mas o gestor tem que focar logo a tropa na direção certa. E o norte se chama: ônibus. As urgências: 1) há uma licitação em curso, iniciada por Haddad, para implantar uma nova rede com novidades boas, mas também vários problemas, como o tempo de vigência (20 anos renováveis por mais 20), que o TCM (Tribunal de Contas do Município) exige reduzir. Doria deve resolver logo os defeitos para liberar a licitação, reduzir custos e melhorar a qualidade do sistema; 2) em seguida deve se dedicar a acelerar a implantação de corredores de ônibus, que têm uma evolução sempre lenta nesta cidade. O prefeito Haddad, que prometeu inaugurar 150 km, terminou o mandato com cerca de 35 km, iniciados pelo antecessor, Gilberto Kassab. Os processos travaram na resistência de comerciantes e moradores, em problemas com desapropriações e questionamentos do TCM. A Prefeitura precisa garantir um fluxo mais rápido para esses projetos para melhorar o desempenho dos coletivos e reduzir custos (ônibus mais velozes permitem a redução de veículos sem prejuízo para o usuário). 3) Eliminação dos cobradores: como jabuticaba, essa função só existe no Brasil; no resto do mundo, a tecnologia tornou desnecessária, como ascensoristas e telefonistas. O custo desses funcionários é cerca de R$ 800 milhões/ano, duas vezes o do congelamento. Por fim, o novo prefeito poderá adotar uma medida de impacto, que depende de extrema ousadia política: o pedágio urbano, sempre impopular no início (os usuários de carros se sentem lesados e esperneiam). A receita deve ser usada integralmente para subsidiar o Bilhete Único e aumentar a rede de transportes públicos. A zona pedagiada pode ser o centro expandido, onde vigora o rodízio de placas: quem quiser rodar com carro nessa área pagará uma taxa, bem cara. Em um ano, a redução do congestionamento e o investimento em transporte público devem tornar a medida popular, com a melhoria do trânsito e da qualidade do ar, criando consciência pública das vantagens do transporte coletivo para a cidade e seus moradores. Com essas medidas, em pouco tempo a cidade deve ter, realmente, uma mobilidade digna de Primeiro Mundo, como São Paulo gosta de ser.
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Associação vai à Justiça contra nova sabatina a ministros do STF
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A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) entrou com um ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a chamada PEC da Bengala, que estendeu de 70 para 75 anos a idade-limite para a aposentadoria de ministros dos tribunais superiores. A entidade quer evitar que os ministros sejam obrigados a passar por uma nova sabatina no Senado quando completarem os 70 anos, caso queiram permanecer na cadeira. Embora a essa exigência não esteja explícita no texto da PEC, na avaliação da AMB, a segunda sabatina teria de ser feita enquanto não for aprovada uma lei complementar sobre o tema, o que pode demorar anos. "Essa medida fere a independência entre os Poderes, um princípio constitucional, além de violar a vitaliciedade da magistratura", analisou o presidente da AMB, João Ricardo Costa. Atualmente, depois de indicados pela presidência da República e antes de assumirem o posto, os ministros do STF precisam ser sabatinados e aprovados pelos senadores. A associação protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade nesta sexta-feira (8) no Supremo. A eventual obrigatoriedade de uma nova chancela do Legislativo irritou os ministros do STF e foi considerado inconstitucional pela AMB. Nesta quinta (08), o ministro do STF Marco Aurélio de Mello já havia criticado duramente a proposta: "Quem se submeter a uma nova sabatina está querendo ser humilhado. Eu não iria nem amarrado", adiantou.
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poder
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Associação vai à Justiça contra nova sabatina a ministros do STFA Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) entrou com um ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a chamada PEC da Bengala, que estendeu de 70 para 75 anos a idade-limite para a aposentadoria de ministros dos tribunais superiores. A entidade quer evitar que os ministros sejam obrigados a passar por uma nova sabatina no Senado quando completarem os 70 anos, caso queiram permanecer na cadeira. Embora a essa exigência não esteja explícita no texto da PEC, na avaliação da AMB, a segunda sabatina teria de ser feita enquanto não for aprovada uma lei complementar sobre o tema, o que pode demorar anos. "Essa medida fere a independência entre os Poderes, um princípio constitucional, além de violar a vitaliciedade da magistratura", analisou o presidente da AMB, João Ricardo Costa. Atualmente, depois de indicados pela presidência da República e antes de assumirem o posto, os ministros do STF precisam ser sabatinados e aprovados pelos senadores. A associação protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade nesta sexta-feira (8) no Supremo. A eventual obrigatoriedade de uma nova chancela do Legislativo irritou os ministros do STF e foi considerado inconstitucional pela AMB. Nesta quinta (08), o ministro do STF Marco Aurélio de Mello já havia criticado duramente a proposta: "Quem se submeter a uma nova sabatina está querendo ser humilhado. Eu não iria nem amarrado", adiantou.
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União ganhará pouco com Refis, que ajudará empresas na mira da PF
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BRASÍLIA - Com o objetivo de estimular a economia, o presidente Michel Temer enviou ao Congresso uma medida provisória que, convertida em lei, criará o Programa de Regularização Tributária (PRT), popularmente chamado de Refis. Para as empresas é uma chance de refinanciar dívidas com descontos sobre os juros. Muitas vezes, os juros extrapolam o débito original. Em troca, o governo recebe uma parcela da dívida adiantada. Em tempos de vacas magras, nada melhor a fazer. Mas a realidade é que esse programa é um faz de conta que servirá para ajudar as corporações que pagaram propina para gente grande —do governo passado e também deste governo— em troca de contratos que, em sua maioria, foram financiados pelo BNDES com juros subsidiados. No Refis de 2000, o original, o governo só recuperou 2,3% das dívidas, cerca de R$ 2 bilhões. O restante (R$ 72,4 bilhões) foi cancelado porque as empresas descumpriram as regras. Em 2003, uma nova rodada foi aberta e no caixa da União só entraram R$ 4,5 bilhões de um total de 68,3 bilhões em dívidas inscritas. Seis anos depois, veio o Refis da crise, medida que, segundo a Odebrecht, foi comprada com propina paga pela empreiteira. Mais da metade (64%) dos inscritos foi desqualificada de partida ou teve o contrato cancelado. Dos que restaram, 26% liquidaram o acordo, todos egressos de programas anteriores. Muitos devedores "cancelados", empresas de pequeno e médio porte, disseram que a "crise pegou" e, por isso, priorizaram o pagamento de funcionários e fornecedores. Quem cuida da cobrança dessas dívidas afirma que, como foi aprovado nesta quarta-feira (3) em uma comissão do Congresso, o PRT só ajudará as 9 mil companhias que hoje concentram R$ 800 bilhões em dívidas —54% do total. Nesse grupo estão empreiteiras da Lava Jato, seus fornecedores e empresas envolvidas em praticamente todas as últimas operações da Polícia Federal.
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colunas
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União ganhará pouco com Refis, que ajudará empresas na mira da PFBRASÍLIA - Com o objetivo de estimular a economia, o presidente Michel Temer enviou ao Congresso uma medida provisória que, convertida em lei, criará o Programa de Regularização Tributária (PRT), popularmente chamado de Refis. Para as empresas é uma chance de refinanciar dívidas com descontos sobre os juros. Muitas vezes, os juros extrapolam o débito original. Em troca, o governo recebe uma parcela da dívida adiantada. Em tempos de vacas magras, nada melhor a fazer. Mas a realidade é que esse programa é um faz de conta que servirá para ajudar as corporações que pagaram propina para gente grande —do governo passado e também deste governo— em troca de contratos que, em sua maioria, foram financiados pelo BNDES com juros subsidiados. No Refis de 2000, o original, o governo só recuperou 2,3% das dívidas, cerca de R$ 2 bilhões. O restante (R$ 72,4 bilhões) foi cancelado porque as empresas descumpriram as regras. Em 2003, uma nova rodada foi aberta e no caixa da União só entraram R$ 4,5 bilhões de um total de 68,3 bilhões em dívidas inscritas. Seis anos depois, veio o Refis da crise, medida que, segundo a Odebrecht, foi comprada com propina paga pela empreiteira. Mais da metade (64%) dos inscritos foi desqualificada de partida ou teve o contrato cancelado. Dos que restaram, 26% liquidaram o acordo, todos egressos de programas anteriores. Muitos devedores "cancelados", empresas de pequeno e médio porte, disseram que a "crise pegou" e, por isso, priorizaram o pagamento de funcionários e fornecedores. Quem cuida da cobrança dessas dívidas afirma que, como foi aprovado nesta quarta-feira (3) em uma comissão do Congresso, o PRT só ajudará as 9 mil companhias que hoje concentram R$ 800 bilhões em dívidas —54% do total. Nesse grupo estão empreiteiras da Lava Jato, seus fornecedores e empresas envolvidas em praticamente todas as últimas operações da Polícia Federal.
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Em meio a crise, governo tenta atrair investimentos nos EUA
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Enfrentando sérias dificuldades no cenário político e econômico, o governo federal tentará vender o Brasil como país propício a investimentos estrangeiros e à inovação em um dos maiores festivais de tecnologia e economia criativa do mundo. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) organizou uma missão de empresários, investidores e startups para fazer negócios no SXSW (South by Southwest), que começou nesta sexta-feira (13) em Austin, capital do Estado americano do Texas. É a segunda vez que a agência coordena uma presença unificada do país no festival, que em 2014 teve 28 empresas brasileiras e gerou cerca de US$ 5 milhões em negócios. Desta vez a lista oficial tem 58 empresas –de criadores de jogos para celular a multinacionais de tecnologia da informação. A expectativa é de geração de US$ 7 milhões em novos negócios e obtenção de US$ 25 milhões em investimentos nas startups. A Apex é responsável pelo estande brasileiro na feira de comércio, onde são organizados encontros da missão brasileira com empresas selecionadas pela organização do SXSW. Na lista oficial há empresas dos setores de publicidade, design, moda, game, audiovisual e tecnologia da informação. Um das startups que buscam atrair capital é a Insecta Shoes, do Rio Grande do Sul, que produz "sapatos veganos", feitos com peças de roupa usadas. CASA O governo também montou novamente uma "Casa Brasil", local de eventos voltados à promoção da imagem do país no exterior, em uma das principais ruas do festival. A programação inclui shows, palestras, degustação de comidas brasileiras e exibição de produtos nacionais. Países como Alemanha, Rússia e México também organizam locais semelhantes, mas menores. "Percebemos que outros países estavam ensaiando uma participação maior no festival e tomamos a iniciativa no ano passado. O resultado foi positivo e ampliamos um pouco mais este ano", diz Rafael Prado, gerente-executivo de Imagem e Acesso a Mercado da Apex. Para ele, os problemas na economia não devem prejudicar a iniciativa da agência. "Temos sentido um interesse positivo com as nossas empresas. Os setores de inovação tem um investidor que olha pra frente. Em vez de fazer um raio-X do momento, ele trabalha com o longo prazo", diz. O investimento da Apex no SXSW é de cerca de R$ 1,5 milhão. A participação das empresas é bancada pelo governo, mas custos com viagem e acomodação são custeados pelos participantes, afirma Prado. FESTIVAL O SXSW começou há 27 anos como um festival de música, mas cresceu e incorporou o cinema e tecnologias interativas –publicitários, programadores e designers são hoje o principal público o evento. Agora também estão sendo exploradas áreas como educação, saúde e humor, por exemplo. Ao todo, são milhares de atividades em dez dias. Uma das principais preocupações dos organizadores é tentar reunir palestrantes de diversas áreas para tentar projetar como será o futuro, especialmente na comunicação. Em 2007, por exemplo, o Twiter foi lançado no evento. O sucesso do festival é apontado como um dos motivos que levam Austin a ser considerada hoje como uma das cidades mais inovadoras dos Estados Unidos –candidata a superar a Vale do Silício nos próximos anos. A presença brasileira não cresceu apenas na porção interativa do SXSW. Segundo a organização, nove bandas foram selecionadas para tocar no festival, uma a mais que no ano passado. Também haverá a exibição do documentário "Dominguinhos" na mostra de filmes, que terá um brasileiro entre os jurados.
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Em meio a crise, governo tenta atrair investimentos nos EUAEnfrentando sérias dificuldades no cenário político e econômico, o governo federal tentará vender o Brasil como país propício a investimentos estrangeiros e à inovação em um dos maiores festivais de tecnologia e economia criativa do mundo. A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) organizou uma missão de empresários, investidores e startups para fazer negócios no SXSW (South by Southwest), que começou nesta sexta-feira (13) em Austin, capital do Estado americano do Texas. É a segunda vez que a agência coordena uma presença unificada do país no festival, que em 2014 teve 28 empresas brasileiras e gerou cerca de US$ 5 milhões em negócios. Desta vez a lista oficial tem 58 empresas –de criadores de jogos para celular a multinacionais de tecnologia da informação. A expectativa é de geração de US$ 7 milhões em novos negócios e obtenção de US$ 25 milhões em investimentos nas startups. A Apex é responsável pelo estande brasileiro na feira de comércio, onde são organizados encontros da missão brasileira com empresas selecionadas pela organização do SXSW. Na lista oficial há empresas dos setores de publicidade, design, moda, game, audiovisual e tecnologia da informação. Um das startups que buscam atrair capital é a Insecta Shoes, do Rio Grande do Sul, que produz "sapatos veganos", feitos com peças de roupa usadas. CASA O governo também montou novamente uma "Casa Brasil", local de eventos voltados à promoção da imagem do país no exterior, em uma das principais ruas do festival. A programação inclui shows, palestras, degustação de comidas brasileiras e exibição de produtos nacionais. Países como Alemanha, Rússia e México também organizam locais semelhantes, mas menores. "Percebemos que outros países estavam ensaiando uma participação maior no festival e tomamos a iniciativa no ano passado. O resultado foi positivo e ampliamos um pouco mais este ano", diz Rafael Prado, gerente-executivo de Imagem e Acesso a Mercado da Apex. Para ele, os problemas na economia não devem prejudicar a iniciativa da agência. "Temos sentido um interesse positivo com as nossas empresas. Os setores de inovação tem um investidor que olha pra frente. Em vez de fazer um raio-X do momento, ele trabalha com o longo prazo", diz. O investimento da Apex no SXSW é de cerca de R$ 1,5 milhão. A participação das empresas é bancada pelo governo, mas custos com viagem e acomodação são custeados pelos participantes, afirma Prado. FESTIVAL O SXSW começou há 27 anos como um festival de música, mas cresceu e incorporou o cinema e tecnologias interativas –publicitários, programadores e designers são hoje o principal público o evento. Agora também estão sendo exploradas áreas como educação, saúde e humor, por exemplo. Ao todo, são milhares de atividades em dez dias. Uma das principais preocupações dos organizadores é tentar reunir palestrantes de diversas áreas para tentar projetar como será o futuro, especialmente na comunicação. Em 2007, por exemplo, o Twiter foi lançado no evento. O sucesso do festival é apontado como um dos motivos que levam Austin a ser considerada hoje como uma das cidades mais inovadoras dos Estados Unidos –candidata a superar a Vale do Silício nos próximos anos. A presença brasileira não cresceu apenas na porção interativa do SXSW. Segundo a organização, nove bandas foram selecionadas para tocar no festival, uma a mais que no ano passado. Também haverá a exibição do documentário "Dominguinhos" na mostra de filmes, que terá um brasileiro entre os jurados.
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Banco Central deve dar pouco remédio para os juros da depressão
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A economia brasileira precisa desesperadamente de taxas de juros menores. Bidu. Óbvio. Na quarta-feira, o Banco Central deve dar uma lixada mínima nos juros. Não deve nem cortar a unha. O corte seria pouco, de qualquer modo. Problema é que ainda não estão à vista sinais de outros estímulos relevantes para a reativação econômica, afora os derivados da recuperação da confiança de consumidores e empresários. Os rendimentos do trabalho continuarão em queda, talvez até meados de 2017. Ainda não há perspectiva de aumento do crédito bancário no ano que vem. A enorme capacidade ociosa das empresas causa repulsa a investimento novo. O estímulo das exportações é pequeno e, parece, cadente. O investimento público não vai crescer daqui até o fim de 2017, na melhor das hipóteses (aliás, nem depois, dado o "teto" de gastos federais). O investimento privado em infraestrutura concedida pelo governo é por enquanto apenas um tigre de papel, talvez uma capivara de papelão, planos na prancheta. Com sorte, veremos algumas dessas obras no fim do ano que vem, caso se resolvam os problemas muito sérios de financiamento desses projetos. Não se trata de arenga, ademais óbvia, para demandar tal ou qual redução da taxa de juros. Mas de lembrar que, embora a recessão provavelmente termine neste fim de ano, o crescimento de 2017 é ainda muito incerto. De lembrar que a economia do ano que vem depende muito do Imponderável de Almeida, do aumento do ânimo empresarial de investir. Uma retomada forte em 2018 depende de uma campanha agressiva de redução de juros, a partir de quase já. Quanto às circunstâncias atuais, a atividade econômica tem causado surpresas negativas e as expectativas de inflação são cadentes. Porém, dados os indícios dos discursos do Banco Central, os economistas dos donos e operadores do dinheiro grande preveem queda lenta e gradual da taxa básica de juros (Selic), ora em 14,25% ao ano. Na quarta-feira, na mediana das previsões o Banco Central baixaria a Selic para 14% ao ano, redução mínima, pequena mesmo pelos padrões habituais de política monetária. Há divergências até sobre esse corte de pontas de cabelo. Economistas do Safra, por exemplo acreditam em corte de meio ponto percentual, para 13,75% -mas, também, estão entre os mais pessimistas a respeito da recuperação em 2017. Os do Itaú, em corte de 0,25 ponto. Os do Credit Suisse acham que a Selic deveria ficar onde está. Na praça do mercado, onde se negocia dinheiro mesmo, trabalha-se com algo como um corte de 0,25 ponto agora, mais 0,50 ponto na reunião do BC de 30 de novembro, última deste ano. Enfim, a taxa de juros real na praça (para um ano) caiu meio ponto desde a última reunião do Copom do BC, em 31 de agosto. Um corte de meio ponto percentual, pois, não causaria assim um rebuliço na praça. No entanto, depois de tantos anos de tolerância inflacionária, o BC, sob nova administração, deve apenas anunciar o início modestíssimo da temporada de baixa de juros. O que será então feito a fim de dar um alento extra à economia? Não convém dar de barato a paciência de um povo sujeito a mais de três anos de recessão.
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Banco Central deve dar pouco remédio para os juros da depressãoA economia brasileira precisa desesperadamente de taxas de juros menores. Bidu. Óbvio. Na quarta-feira, o Banco Central deve dar uma lixada mínima nos juros. Não deve nem cortar a unha. O corte seria pouco, de qualquer modo. Problema é que ainda não estão à vista sinais de outros estímulos relevantes para a reativação econômica, afora os derivados da recuperação da confiança de consumidores e empresários. Os rendimentos do trabalho continuarão em queda, talvez até meados de 2017. Ainda não há perspectiva de aumento do crédito bancário no ano que vem. A enorme capacidade ociosa das empresas causa repulsa a investimento novo. O estímulo das exportações é pequeno e, parece, cadente. O investimento público não vai crescer daqui até o fim de 2017, na melhor das hipóteses (aliás, nem depois, dado o "teto" de gastos federais). O investimento privado em infraestrutura concedida pelo governo é por enquanto apenas um tigre de papel, talvez uma capivara de papelão, planos na prancheta. Com sorte, veremos algumas dessas obras no fim do ano que vem, caso se resolvam os problemas muito sérios de financiamento desses projetos. Não se trata de arenga, ademais óbvia, para demandar tal ou qual redução da taxa de juros. Mas de lembrar que, embora a recessão provavelmente termine neste fim de ano, o crescimento de 2017 é ainda muito incerto. De lembrar que a economia do ano que vem depende muito do Imponderável de Almeida, do aumento do ânimo empresarial de investir. Uma retomada forte em 2018 depende de uma campanha agressiva de redução de juros, a partir de quase já. Quanto às circunstâncias atuais, a atividade econômica tem causado surpresas negativas e as expectativas de inflação são cadentes. Porém, dados os indícios dos discursos do Banco Central, os economistas dos donos e operadores do dinheiro grande preveem queda lenta e gradual da taxa básica de juros (Selic), ora em 14,25% ao ano. Na quarta-feira, na mediana das previsões o Banco Central baixaria a Selic para 14% ao ano, redução mínima, pequena mesmo pelos padrões habituais de política monetária. Há divergências até sobre esse corte de pontas de cabelo. Economistas do Safra, por exemplo acreditam em corte de meio ponto percentual, para 13,75% -mas, também, estão entre os mais pessimistas a respeito da recuperação em 2017. Os do Itaú, em corte de 0,25 ponto. Os do Credit Suisse acham que a Selic deveria ficar onde está. Na praça do mercado, onde se negocia dinheiro mesmo, trabalha-se com algo como um corte de 0,25 ponto agora, mais 0,50 ponto na reunião do BC de 30 de novembro, última deste ano. Enfim, a taxa de juros real na praça (para um ano) caiu meio ponto desde a última reunião do Copom do BC, em 31 de agosto. Um corte de meio ponto percentual, pois, não causaria assim um rebuliço na praça. No entanto, depois de tantos anos de tolerância inflacionária, o BC, sob nova administração, deve apenas anunciar o início modestíssimo da temporada de baixa de juros. O que será então feito a fim de dar um alento extra à economia? Não convém dar de barato a paciência de um povo sujeito a mais de três anos de recessão.
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Não é necessário esperar a velhice para ser você mesmo
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Perguntei a homens e mulheres de 40 a 65 anos: "O que você quer ser e fazer quando envelhecer?". As respostas mais frequentes foram: 1. Ter mais tempo para cuidar de mim mesmo e fazer as coisas que eu gosto; 2. Voltar a estudar (inglês, francês, filosofia, psicologia, história...); 3. Aprender uma coisa nova (tocar um instrumento, fotografar, surfar, dançar...); 4. Fazer coisas que sempre quis fazer, mas nunca tive coragem (escrever um livro, pintar um quadro, cantar...); 5. Viajar e sair mais com os amigos; 6. Curtir mais o marido, esposa, namorado, namorada, filhos, netos; 7. Caminhar, nadar, fazer ginástica e ir à praia todos os dias; 8. Ler muito mais e ir mais vezes ao cinema, teatro e shows; 9. Reformar e decorar a casa; 10. Simplificar a vida (guardar só o que uso, preciso e gosto). É fácil perceber que eles desejam coisas que poderiam ter em qualquer fase da vida. Por que então esperar envelhecer? Eles disseram que só mais velhos terão mais tempo e liberdade para fazer o que realmente gostam e querem. Uma professora de 63 anos disse: "Tenho uma certa urgência de aproveitar o tempo da melhor forma possível. Não deixo mais para amanhã o que quero fazer hoje. Sei que a vida é muito curta, o tempo passa muito rápido. Não quero desperdiçar o meu tempo ou simplesmente deixar o tempo passar. O tempo para cuidar de mim passou a ser uma prioridade e, para isso, precisei me libertar e me desapegar de muitas coisas, pessoas e obrigações". Ela disse que somente "depois de velha" descobriu como ser mais verdadeira, livre e feliz. "Depois dos 60 anos passei a ter a coragem de ser eu mesma, de fazer o que eu tenho vontade de fazer. Me arrependo profundamente de não ter começado a minha libertação mais cedo. Perdi muito tempo da minha vida tentando agradar e cuidar de todo mundo e me esqueci de mim mesma". Muitos acreditam que só mais velhos irão conquistar a liberdade e a sabedoria para aproveitar melhor o tempo e, assim, parar de tentar responder desesperadamente às expectativas e demandas dos outros. Aprendi com meus pesquisados a me fazer duas perguntas fundamentais: O que eu quero ser e fazer quando envelhecer? Por que não posso ser mais livre para "ser eu mesma" desde agora?
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Não é necessário esperar a velhice para ser você mesmoPerguntei a homens e mulheres de 40 a 65 anos: "O que você quer ser e fazer quando envelhecer?". As respostas mais frequentes foram: 1. Ter mais tempo para cuidar de mim mesmo e fazer as coisas que eu gosto; 2. Voltar a estudar (inglês, francês, filosofia, psicologia, história...); 3. Aprender uma coisa nova (tocar um instrumento, fotografar, surfar, dançar...); 4. Fazer coisas que sempre quis fazer, mas nunca tive coragem (escrever um livro, pintar um quadro, cantar...); 5. Viajar e sair mais com os amigos; 6. Curtir mais o marido, esposa, namorado, namorada, filhos, netos; 7. Caminhar, nadar, fazer ginástica e ir à praia todos os dias; 8. Ler muito mais e ir mais vezes ao cinema, teatro e shows; 9. Reformar e decorar a casa; 10. Simplificar a vida (guardar só o que uso, preciso e gosto). É fácil perceber que eles desejam coisas que poderiam ter em qualquer fase da vida. Por que então esperar envelhecer? Eles disseram que só mais velhos terão mais tempo e liberdade para fazer o que realmente gostam e querem. Uma professora de 63 anos disse: "Tenho uma certa urgência de aproveitar o tempo da melhor forma possível. Não deixo mais para amanhã o que quero fazer hoje. Sei que a vida é muito curta, o tempo passa muito rápido. Não quero desperdiçar o meu tempo ou simplesmente deixar o tempo passar. O tempo para cuidar de mim passou a ser uma prioridade e, para isso, precisei me libertar e me desapegar de muitas coisas, pessoas e obrigações". Ela disse que somente "depois de velha" descobriu como ser mais verdadeira, livre e feliz. "Depois dos 60 anos passei a ter a coragem de ser eu mesma, de fazer o que eu tenho vontade de fazer. Me arrependo profundamente de não ter começado a minha libertação mais cedo. Perdi muito tempo da minha vida tentando agradar e cuidar de todo mundo e me esqueci de mim mesma". Muitos acreditam que só mais velhos irão conquistar a liberdade e a sabedoria para aproveitar melhor o tempo e, assim, parar de tentar responder desesperadamente às expectativas e demandas dos outros. Aprendi com meus pesquisados a me fazer duas perguntas fundamentais: O que eu quero ser e fazer quando envelhecer? Por que não posso ser mais livre para "ser eu mesma" desde agora?
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Senado aprova nova taxa de juros de empréstimo do BNDES
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O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (5) o texto-base da nova política de juros do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os senadores ainda vão analisar os destaques da proposta. O texto segue para sanção do presidente Michel Temer. O texto cria uma nova referência para os empréstimos do banco, a TLP (Taxa de Longo Prazo), para substituir a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que hoje é fixada pelo governo e muitas vezes fica bem abaixo da taxa de mercado. A proposta é que a TLP siga as taxas pagas pelo governo para se financiar no mercado com títulos de cinco anos de prazo. Inicialmente, a nova taxa será igual à TJLP, hoje em 7% ao ano. O governo tinha até esta quarta-feira (6) para conquistar a aprovação do texto antes de a medida provisória perder a validade. O placar foi de 36 votos favoráveis e 14 contrários. De um lado, a equipe econômica defende que a mudança da taxa de juros reduzirá os subsídios às empresas, o que ajudará a diminuir os gastos do governo no futuro e contribuirá para a redução das taxas de juros no país. Os críticos da medida, por outro lado, argumentam que a nova taxa será mais alta, o que vai encarecer os empréstimos e desestimulará investimentos. DEBATE Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) defendeu que a medida trará transparência. "Disseram que o BNDES seria prejudicado. Não será. Ao contrário, vai se modernizar, vai se estruturar, vai concorrer, vai incentivar, vai subsidiar, mas de forma transparente, sem correr os riscos que correu no passado e que os funcionários estão respondendo até hoje, por conta de questões mal explicadas", afirmou. Em seguida, um dos principais críticos da proposta, o senador José Serra (PSDB-SP) subiu à tribuna para dizer que a medida do governo "não aumenta nenhuma transparência", ao contrário do que havia defendido o líder do governo. "O objetivo desse projeto não é transparência, é segurar o investimento no Brasil", afirmou o tucano, que votou contra a proposta. ESTADOS E MUNICÍPIOS Antes da votação, os prefeitos demonstração preocupação com a possível alta da taxa de juros do BNDES. A Frente Nacional dos Prefeitos enviou uma nota ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, pedindo que o tema não fosse votado nesta terça-feira (5). "A medida em análise, caso seja aprovada, surtirá efeitos negativos aos municípios brasileiros", diz a nota assinada pelo presidente da frente e prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette. Reportagem publicada pela Folha mostra que a dívida dos Estados e municípios teria sido maior se a TLP (Taxa de Longo Prazo) já estivesse em vigor. Diferentemente de empresas, Estados e municípios têm uma oferta menor de empréstimos no mercado privado, segundo o economista José Roberto Afonso. Durante o debate no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa, afirmou que "não há prejuízo calculado nem para Estados, nem para municípios". "Todos os empréstimos que foram concedidos serão mantidos. Ninguém vai trocar indexador de empréstimo nenhum", disse Jucá. "Essa mudança valerá para os novos empréstimos". Serra afirmou que a mudança na taxa de juros é um golpe contra Estados e municípios. "O BNDES atualmente é a única fonte significativa de empréstimo para Estados e Municípios, para investimentos. [...] Estados e Municípios, diferentemente da União, não podem emitir dívida; ou seja, não têm o recurso do endividamento para cobrir suas necessidades de investimento", disse o senador tucano.
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Senado aprova nova taxa de juros de empréstimo do BNDESO plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (5) o texto-base da nova política de juros do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os senadores ainda vão analisar os destaques da proposta. O texto segue para sanção do presidente Michel Temer. O texto cria uma nova referência para os empréstimos do banco, a TLP (Taxa de Longo Prazo), para substituir a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que hoje é fixada pelo governo e muitas vezes fica bem abaixo da taxa de mercado. A proposta é que a TLP siga as taxas pagas pelo governo para se financiar no mercado com títulos de cinco anos de prazo. Inicialmente, a nova taxa será igual à TJLP, hoje em 7% ao ano. O governo tinha até esta quarta-feira (6) para conquistar a aprovação do texto antes de a medida provisória perder a validade. O placar foi de 36 votos favoráveis e 14 contrários. De um lado, a equipe econômica defende que a mudança da taxa de juros reduzirá os subsídios às empresas, o que ajudará a diminuir os gastos do governo no futuro e contribuirá para a redução das taxas de juros no país. Os críticos da medida, por outro lado, argumentam que a nova taxa será mais alta, o que vai encarecer os empréstimos e desestimulará investimentos. DEBATE Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) defendeu que a medida trará transparência. "Disseram que o BNDES seria prejudicado. Não será. Ao contrário, vai se modernizar, vai se estruturar, vai concorrer, vai incentivar, vai subsidiar, mas de forma transparente, sem correr os riscos que correu no passado e que os funcionários estão respondendo até hoje, por conta de questões mal explicadas", afirmou. Em seguida, um dos principais críticos da proposta, o senador José Serra (PSDB-SP) subiu à tribuna para dizer que a medida do governo "não aumenta nenhuma transparência", ao contrário do que havia defendido o líder do governo. "O objetivo desse projeto não é transparência, é segurar o investimento no Brasil", afirmou o tucano, que votou contra a proposta. ESTADOS E MUNICÍPIOS Antes da votação, os prefeitos demonstração preocupação com a possível alta da taxa de juros do BNDES. A Frente Nacional dos Prefeitos enviou uma nota ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, pedindo que o tema não fosse votado nesta terça-feira (5). "A medida em análise, caso seja aprovada, surtirá efeitos negativos aos municípios brasileiros", diz a nota assinada pelo presidente da frente e prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizette. Reportagem publicada pela Folha mostra que a dívida dos Estados e municípios teria sido maior se a TLP (Taxa de Longo Prazo) já estivesse em vigor. Diferentemente de empresas, Estados e municípios têm uma oferta menor de empréstimos no mercado privado, segundo o economista José Roberto Afonso. Durante o debate no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa, afirmou que "não há prejuízo calculado nem para Estados, nem para municípios". "Todos os empréstimos que foram concedidos serão mantidos. Ninguém vai trocar indexador de empréstimo nenhum", disse Jucá. "Essa mudança valerá para os novos empréstimos". Serra afirmou que a mudança na taxa de juros é um golpe contra Estados e municípios. "O BNDES atualmente é a única fonte significativa de empréstimo para Estados e Municípios, para investimentos. [...] Estados e Municípios, diferentemente da União, não podem emitir dívida; ou seja, não têm o recurso do endividamento para cobrir suas necessidades de investimento", disse o senador tucano.
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Lula é o ópio dos intelectuais de esquerda, diz leitor
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LULA E A LAVA JATO Dirigentes do PT pedem a candidatos que defendam Lula. Esquecem, porém, que Lula, em sua defesa, zomba das acusações como se elas fossem ridículas. Mente para si ao afirmar que é a pessoa mais correta do país, só perdendo para Jesus Cristo. Fazendo tudo isso conscientemente, Lula construiu um país de mentiras. MELCHIOR MOSER (Timbó, SC) * Lula é o ópio dos intelectuais de esquerda brasileira. PAULO DELLA VEDOVA (Mogi das Cruzes, SP) * Primoroso o artig do sempre sensato e veterano Clóvis Rossi, narrando passo a passo as incoerências divagantes do ex-presidente Lula. Só falta ele provar por A mais B que chão batido é um genuíno mármore de Carrara. Não custa lembrar que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, dizia o velho e sábio bordão. Pois ninguém aguenta mais tanta mentira, cinismo e desfaçatez. JOSÉ MARIA DE ALENCASTRO PELLES (Goiânia, GO) - AJUSTE FISCAL O editorial "Freio de arrumação" é um estímulo à inoperância do governo na questão de ajuste fiscal. Se limita a críticas brandas e a um voto de confiança que não convence, até porque o tal ajuste fiscal de limitação de gastos atrelado à inflação vai fracassar. RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS) - ESTADO LAICO Na foto que ilustra a entrevista com a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, aparece um crucifixo. Sabendo que o Estado brasileiro é laico, as instalações que representam o Estado deveriam estar despidas de símbolos religiosos. Parece ser um detalhe insignificante, mas cada coisa deve estar no seu devido lugar. JOSÉ ROBERTO DAS NEVES SANTOS (São Paulo, SP) - EDUCAÇÃO Nos anos 1950 e 1960, as escolas públicas eram superiores às particulares. Hoje, a situação é a inversa. Não demorará para que o mesmo ocorra com as universidades públicas. JOSÉ RUBIN (São Paulo, SP) - FUTEBOL A atual posição dos componentes do "trio de ferro" na tabela do Brasileirão reflete as aptidões dos respectivos gestores. No Palmeiras, jovens empreendedores e desprendidos; no Corinthians, políticos despreparados e megalomaníacos; no São Paulo, executivos superados e envolvidos em disputas internas. Os resultados no campo estão aí e não me deixam mentir. ABDIAS FERREIRA FILHO (São Paulo, SP) - ELEIÇÕES 2016 As eleições estão próximas e a desinfecção poderia começar agora, pois há um número grande de prefeitos que tiveram suas contas reprovadas pelos tribunais de contas e confirmadas pelas respectivas Câmaras Municipais. Há também outros, até mesmo condenados, disputando seguidas eleições, o que só foi possível por meio de liminares que afrontam a Lei da Ficha Limpa. MANOEL ANTUNES (São José do Rio Preto, SP) - Nossa proposta é ampliar os investimentos em manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE), seguindo os critérios da LDB. Em 2015, a prefeitura gastou 27,9% em MDE, mais 6,2% em educação inclusiva. Defendemos um mínimo de 30% para a primeira rubrica, o que permitirá, por exemplo, construir novas unidades e valorizar os professores. Com 30% para MDE, mais os investimentos em educação inclusiva, o orçamento para educação chegará a 36%, 5% a mais do que o atual. Sem mais recursos, não há como garantir educação pública de qualidade. RENATA VILELA, membro da campanha Luiza Erundina Prefeita 50 (São Paulo, SP) * RESPOSTA DA DIRETORA DA AGÊNCIA LUPA, CRISTINA TARDÁGUILA - A frase verificada pela Agência Lupa foi : "Temos que voltar a destinar 30% da receita líquida do município para a Educação". Nela, a candidata não fez nenhuma diferenciação de rubrica. * Refutamos a falsa informação divulgada no Painel (19/9). O PT de Osasco está unido pela eleição de Valmir Prascidelli para prefeito. É, portanto, mentirosa a informação de que estaríamos apoiando o atual prefeito, que de maneira oportunista deixou o PT. O PT de Osasco e Valmir Prascidelli seguem firmes na campanha, porque têm história de lutas em defesa da população e um programa de governo com propostas para melhorar a qualidade de vida em Osasco. JOSÉ PEDRO DA SILVA, presidente do PT Osasco (Osasco, SP) * Sobre "Grupo de tucanos abandona Doria e anuncia apoio a Marta", temos a informar que o diretório do PSDB do Jd. São Luís encontra-se totalmente integrado à campanha de João Dória. Aqueles que resolveram seguir o candidato derrotado (uma minoria absoluta), solicitaram o desligamento do PSDB, atitude coerente com a decisão por eles tomada. O diretório está em plena campanha e unido na busca de votos para Doria, pois na democracia a vitória é no voto. O resto é chororô de perdedor. ELIANA OLLER RICART, presidente diretório zonal PSDB Jd. São Luís (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Há tempos não lia um texto tão genial. Luiz Felipe Pondé fez uma profunda reflexão sobre a conduta da direita, mas eu conheço liberal reformista que não é tosco, luta pela social democracia, gosta de arte e de boas leituras. FELIPE L. G. E SILVA (São Carlos, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Lula é o ópio dos intelectuais de esquerda, diz leitorLULA E A LAVA JATO Dirigentes do PT pedem a candidatos que defendam Lula. Esquecem, porém, que Lula, em sua defesa, zomba das acusações como se elas fossem ridículas. Mente para si ao afirmar que é a pessoa mais correta do país, só perdendo para Jesus Cristo. Fazendo tudo isso conscientemente, Lula construiu um país de mentiras. MELCHIOR MOSER (Timbó, SC) * Lula é o ópio dos intelectuais de esquerda brasileira. PAULO DELLA VEDOVA (Mogi das Cruzes, SP) * Primoroso o artig do sempre sensato e veterano Clóvis Rossi, narrando passo a passo as incoerências divagantes do ex-presidente Lula. Só falta ele provar por A mais B que chão batido é um genuíno mármore de Carrara. Não custa lembrar que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, dizia o velho e sábio bordão. Pois ninguém aguenta mais tanta mentira, cinismo e desfaçatez. JOSÉ MARIA DE ALENCASTRO PELLES (Goiânia, GO) - AJUSTE FISCAL O editorial "Freio de arrumação" é um estímulo à inoperância do governo na questão de ajuste fiscal. Se limita a críticas brandas e a um voto de confiança que não convence, até porque o tal ajuste fiscal de limitação de gastos atrelado à inflação vai fracassar. RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS) - ESTADO LAICO Na foto que ilustra a entrevista com a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, aparece um crucifixo. Sabendo que o Estado brasileiro é laico, as instalações que representam o Estado deveriam estar despidas de símbolos religiosos. Parece ser um detalhe insignificante, mas cada coisa deve estar no seu devido lugar. JOSÉ ROBERTO DAS NEVES SANTOS (São Paulo, SP) - EDUCAÇÃO Nos anos 1950 e 1960, as escolas públicas eram superiores às particulares. Hoje, a situação é a inversa. Não demorará para que o mesmo ocorra com as universidades públicas. JOSÉ RUBIN (São Paulo, SP) - FUTEBOL A atual posição dos componentes do "trio de ferro" na tabela do Brasileirão reflete as aptidões dos respectivos gestores. No Palmeiras, jovens empreendedores e desprendidos; no Corinthians, políticos despreparados e megalomaníacos; no São Paulo, executivos superados e envolvidos em disputas internas. Os resultados no campo estão aí e não me deixam mentir. ABDIAS FERREIRA FILHO (São Paulo, SP) - ELEIÇÕES 2016 As eleições estão próximas e a desinfecção poderia começar agora, pois há um número grande de prefeitos que tiveram suas contas reprovadas pelos tribunais de contas e confirmadas pelas respectivas Câmaras Municipais. Há também outros, até mesmo condenados, disputando seguidas eleições, o que só foi possível por meio de liminares que afrontam a Lei da Ficha Limpa. MANOEL ANTUNES (São José do Rio Preto, SP) - Nossa proposta é ampliar os investimentos em manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE), seguindo os critérios da LDB. Em 2015, a prefeitura gastou 27,9% em MDE, mais 6,2% em educação inclusiva. Defendemos um mínimo de 30% para a primeira rubrica, o que permitirá, por exemplo, construir novas unidades e valorizar os professores. Com 30% para MDE, mais os investimentos em educação inclusiva, o orçamento para educação chegará a 36%, 5% a mais do que o atual. Sem mais recursos, não há como garantir educação pública de qualidade. RENATA VILELA, membro da campanha Luiza Erundina Prefeita 50 (São Paulo, SP) * RESPOSTA DA DIRETORA DA AGÊNCIA LUPA, CRISTINA TARDÁGUILA - A frase verificada pela Agência Lupa foi : "Temos que voltar a destinar 30% da receita líquida do município para a Educação". Nela, a candidata não fez nenhuma diferenciação de rubrica. * Refutamos a falsa informação divulgada no Painel (19/9). O PT de Osasco está unido pela eleição de Valmir Prascidelli para prefeito. É, portanto, mentirosa a informação de que estaríamos apoiando o atual prefeito, que de maneira oportunista deixou o PT. O PT de Osasco e Valmir Prascidelli seguem firmes na campanha, porque têm história de lutas em defesa da população e um programa de governo com propostas para melhorar a qualidade de vida em Osasco. JOSÉ PEDRO DA SILVA, presidente do PT Osasco (Osasco, SP) * Sobre "Grupo de tucanos abandona Doria e anuncia apoio a Marta", temos a informar que o diretório do PSDB do Jd. São Luís encontra-se totalmente integrado à campanha de João Dória. Aqueles que resolveram seguir o candidato derrotado (uma minoria absoluta), solicitaram o desligamento do PSDB, atitude coerente com a decisão por eles tomada. O diretório está em plena campanha e unido na busca de votos para Doria, pois na democracia a vitória é no voto. O resto é chororô de perdedor. ELIANA OLLER RICART, presidente diretório zonal PSDB Jd. São Luís (São Paulo, SP) - COLUNISTAS Há tempos não lia um texto tão genial. Luiz Felipe Pondé fez uma profunda reflexão sobre a conduta da direita, mas eu conheço liberal reformista que não é tosco, luta pela social democracia, gosta de arte e de boas leituras. FELIPE L. G. E SILVA (São Carlos, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Bolsa cai no mês, mas fundos de ações lideram ranking de novembro
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Apesar da queda de 1,6% da Bolsa em novembro, os fundos de ações livres ocuparam a liderança do ranking de investimento da Folha. Em 12 meses, continuam na lanterna entre as aplicações avaliadas. O levantamento desconta Imposto de Renda. Quando há perda, o IR não é cobrado. Os fundos de ações livres, alternativa para o pequeno investidor que aplica em Bolsa, tiveram ganho de 1,20% (após desconto de Imposto de Renda, que é de 15% na categoria) em novembro, mas acumulam queda de 4,64% em 12 meses. Esses fundos são livres para aplicar em ações que não compõem o principal índice da Bolsa. Já ouro e fundos cambiais ocuparam, pelo segundo mês seguido, a lanterna do ranking, apesar da valorização de 0,77% do dólar em novembro. No mês, os fundos cambiais registraram perda de 2,89%, mas ganharam 41,10% em 12 meses (após desconto de IR, que é de 17,5% na categoria). A queda mensal é explicada pelo desempenho do dólar ao longo de novembro. A moeda americana chegou a cair 4,25% no mês com a perspectiva de que a crise política e a votação do ajuste fiscal só voltariam a causar tensões no próximo ano. No entanto, o dólar voltou a ser pressionado após a prisão do banqueiro André Esteves e do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em um desdobramento da Operação Lava Jato. Apesar de se beneficiar do atual contexto de valorização do câmbio, a aplicação em fundo cambial é mais indicada a quem precisa se proteger da oscilação do dólar ou do euro. É o caso das pessoas que têm despesas programadas em moeda estrangeira —como um filho que mora no exterior, por exemplo. Fora dessa circunstância, o produto não é recomendado por consultores como alternativa a pequenos investidores, uma vez que o preço do dólar oscila muito e as taxas de juros, que remuneram a renda fixa, estão elevadas —atualmente, a Selic (taxa básica de juros) está em 14,25% ao ano. Vale destacar ainda que a rentabilidade passada não é garantia de rendimento futuro. Já o ouro perdeu 5,88% em novembro, afetado pela queda do preço da commodity no exterior. Em 12 meses, porém, o metal acumula ganho de 35,66%, graças à valorização de 51,35% do dólar. O metal é isento de IR para movimentações até R$ 20 mil e tem seu preço formado pela cotação da moeda americana e pelo valor do ouro no exterior. A inflação medida pelo IPCA (índice oficial) foi de 9,93% nos 12 meses encerrados em outubro. Para novembro, a projeção é de 0,87%, de acordo com a mais recente pesquisa do Banco Central com economistas (o Boletim Focus). Além do desempenho no mês, que ajuda a identificar as principais influências momentâneas sobre os investimentos, o retorno em 12 meses é considerado no levantamento da Folha como forma de avaliar o desempenho dos investimentos em um prazo maior. Manter uma aplicação por pelo menos um ano também reduz a alíquota de IR a pagar em alguns casos. Ranking de investimentos - Ouro e fundos cambiais ocupam lanterna em novembro DÓLAR A moeda americana passou boa parte do mês depreciada em relação ao real, em linha com o comportamento das moedas emergentes e em um cenário de volume mais baixo. Mas os desdobramentos da Operação Lava Jato voltaram a pressionar as cotações da moeda. "Parecia que toda a crise política ia ficar para 2016, mas como as incertezas voltaram, prevemos rodadas de valorização da moeda nos mercados locais, por uma reação de maior aversão ao risco por causa dos acontecimentos mais recentes", avalia Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos. Ao longo do mês,o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deu fortes sinalizações de que a economia americana já apresenta sinais sólidos de que pode suportar um aumento na taxa de juros em dezembro. A segunda leitura do PIB (Produto Interno Bruto) mostrou que o país cresceu 2,1% no terceiro trimestre. Após a última reunião do comitê de política monetária do Fed, em outubro, as expectativas de uma elevação dos juros em dezembro deste ano aumentaram para 74% —contra perspectiva anterior de alta apenas em março de 2016. Caso isso ocorra, os investidores poderiam retirar o dinheiro de países emergentes, como o Brasil, e aplicar nos títulos americanos, considerados mais seguros. Com a perspectiva de maior saída de dólares da economia brasileira, a cotação da moeda sobe. OURO Para investir na commodity, é possível comprar contratos negociados na BM&FBovespa, que são padronizados em 250 gramas. O grama hoje está R$ 132. "A instabilidade aqui deu força para o ouro. Vivemos uma tragédia sem fim. O desenrolar dos acontecimentos desestabiliza o governo, e o investidor não gosta de incerteza", afirma Edson Magalhães, diretor da Reserva Metais. Quem quiser comprar uma barra terá de desembolsar R$ 33 mil. Há corretoras, porém, que oferecem contratos com quantidades menores do metal. O metal é considerado uma opção segura de investimento e, por isso, é mais procurado em momentos de instabilidade no mercado financeiro, como o atual. Referências, em % BOLSA O principal índice da Bolsa brasileira registrou queda de 1,63% no mês, após subir 1,80% em outubro. Em 12 meses, o Ibovespa ainda acumula baixa de 17,55%. A instabilidade política na última semana do mês pesou sobre a Bolsa. A prisão de Esteves afetou a cotação de ações de bancos, devido ao risco de que uma crise no BTG Pactual pudesse impactar o sistema bancário como um todo. Apesar disso, as ações do Itaú Unibanco fecharam o mês com valorização de 4,99%, enquanto os papéis do Bradesco subiram 0,57% e os do Banco do Brasil avançaram 2%. As ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Petrobras encerraram novembro com perda de 0,52%, enquanto as ordinárias (com direito a voto) tiveram valorização de 0,32%. Em 12 meses, os papéis acumulam desvalorização de 40,08% e 26,20%, respectivamente. No caso da mineradora Vale, as ações preferenciais caíram 24,23% e as ordinárias desabaram 22,80%, afetadas pela tragédia em Mariana (MG). Em 12 meses, as quedas são de 46,85% e 43,48%, na ordem. Na avaliação de especialistas, a instabilidade do mercado acionário torna mais atraentes para o pequeno investidor as opções na renda fixa, aproveitando a alta taxa de juros desses produtos. "O cenário continua negativo, e a alta do Ibovespa no mês passado refletiu uma melhora pontual de papéis importantes. O cenário político se sobrepõe ao econômico: é preciso que o Congresso aprove medidas fiscais amargas para que a economia possa voltar a andar nos trilhos", afirma Marcio Cardoso, sócio-diretor da corretora Easynvest. RENDA FIXA A Folha, desde outubro, passa a publicar ranking com fundos que seguem a nova classificação de fundos da Anbima. Entraram as seguintes categorias: renda fixa simples —voltada ao pequeno investidor—; renda fixa duração baixa grau de investimento —fundos que aplicam pelo menos 80% em títulos públicos ou ativos com baixo risco de crédito— e renda fixa duração baixa soberano —que investem 100% em títulos públicos. O aumento do juro básico (Selic) favorece esses fundos, que têm títulos públicos em sua carteira. Em 12 meses, o maior ganho entre os três foi registrado pelos fundos de renda fixa simples, que subiram 11,27% (após o desconto de IR). Em novembro, o retorno foi de 0,90%. Os fundos de renda fixa duração baixa grau de investimento e o soberano registraram ganhos de 10,91% e 10,65% em 12 meses, respectivamente. Em novembro, as valorizações foram de 0,75% e 0,73%, após IR. A poupança —tanto para depósitos até 3 de maio de 2012 quanto após essa data— rendeu 7,94% em 12 meses e 0,63% no mês.
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Bolsa cai no mês, mas fundos de ações lideram ranking de novembroApesar da queda de 1,6% da Bolsa em novembro, os fundos de ações livres ocuparam a liderança do ranking de investimento da Folha. Em 12 meses, continuam na lanterna entre as aplicações avaliadas. O levantamento desconta Imposto de Renda. Quando há perda, o IR não é cobrado. Os fundos de ações livres, alternativa para o pequeno investidor que aplica em Bolsa, tiveram ganho de 1,20% (após desconto de Imposto de Renda, que é de 15% na categoria) em novembro, mas acumulam queda de 4,64% em 12 meses. Esses fundos são livres para aplicar em ações que não compõem o principal índice da Bolsa. Já ouro e fundos cambiais ocuparam, pelo segundo mês seguido, a lanterna do ranking, apesar da valorização de 0,77% do dólar em novembro. No mês, os fundos cambiais registraram perda de 2,89%, mas ganharam 41,10% em 12 meses (após desconto de IR, que é de 17,5% na categoria). A queda mensal é explicada pelo desempenho do dólar ao longo de novembro. A moeda americana chegou a cair 4,25% no mês com a perspectiva de que a crise política e a votação do ajuste fiscal só voltariam a causar tensões no próximo ano. No entanto, o dólar voltou a ser pressionado após a prisão do banqueiro André Esteves e do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em um desdobramento da Operação Lava Jato. Apesar de se beneficiar do atual contexto de valorização do câmbio, a aplicação em fundo cambial é mais indicada a quem precisa se proteger da oscilação do dólar ou do euro. É o caso das pessoas que têm despesas programadas em moeda estrangeira —como um filho que mora no exterior, por exemplo. Fora dessa circunstância, o produto não é recomendado por consultores como alternativa a pequenos investidores, uma vez que o preço do dólar oscila muito e as taxas de juros, que remuneram a renda fixa, estão elevadas —atualmente, a Selic (taxa básica de juros) está em 14,25% ao ano. Vale destacar ainda que a rentabilidade passada não é garantia de rendimento futuro. Já o ouro perdeu 5,88% em novembro, afetado pela queda do preço da commodity no exterior. Em 12 meses, porém, o metal acumula ganho de 35,66%, graças à valorização de 51,35% do dólar. O metal é isento de IR para movimentações até R$ 20 mil e tem seu preço formado pela cotação da moeda americana e pelo valor do ouro no exterior. A inflação medida pelo IPCA (índice oficial) foi de 9,93% nos 12 meses encerrados em outubro. Para novembro, a projeção é de 0,87%, de acordo com a mais recente pesquisa do Banco Central com economistas (o Boletim Focus). Além do desempenho no mês, que ajuda a identificar as principais influências momentâneas sobre os investimentos, o retorno em 12 meses é considerado no levantamento da Folha como forma de avaliar o desempenho dos investimentos em um prazo maior. Manter uma aplicação por pelo menos um ano também reduz a alíquota de IR a pagar em alguns casos. Ranking de investimentos - Ouro e fundos cambiais ocupam lanterna em novembro DÓLAR A moeda americana passou boa parte do mês depreciada em relação ao real, em linha com o comportamento das moedas emergentes e em um cenário de volume mais baixo. Mas os desdobramentos da Operação Lava Jato voltaram a pressionar as cotações da moeda. "Parecia que toda a crise política ia ficar para 2016, mas como as incertezas voltaram, prevemos rodadas de valorização da moeda nos mercados locais, por uma reação de maior aversão ao risco por causa dos acontecimentos mais recentes", avalia Ignácio Rey, economista da Guide Investimentos. Ao longo do mês,o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deu fortes sinalizações de que a economia americana já apresenta sinais sólidos de que pode suportar um aumento na taxa de juros em dezembro. A segunda leitura do PIB (Produto Interno Bruto) mostrou que o país cresceu 2,1% no terceiro trimestre. Após a última reunião do comitê de política monetária do Fed, em outubro, as expectativas de uma elevação dos juros em dezembro deste ano aumentaram para 74% —contra perspectiva anterior de alta apenas em março de 2016. Caso isso ocorra, os investidores poderiam retirar o dinheiro de países emergentes, como o Brasil, e aplicar nos títulos americanos, considerados mais seguros. Com a perspectiva de maior saída de dólares da economia brasileira, a cotação da moeda sobe. OURO Para investir na commodity, é possível comprar contratos negociados na BM&FBovespa, que são padronizados em 250 gramas. O grama hoje está R$ 132. "A instabilidade aqui deu força para o ouro. Vivemos uma tragédia sem fim. O desenrolar dos acontecimentos desestabiliza o governo, e o investidor não gosta de incerteza", afirma Edson Magalhães, diretor da Reserva Metais. Quem quiser comprar uma barra terá de desembolsar R$ 33 mil. Há corretoras, porém, que oferecem contratos com quantidades menores do metal. O metal é considerado uma opção segura de investimento e, por isso, é mais procurado em momentos de instabilidade no mercado financeiro, como o atual. Referências, em % BOLSA O principal índice da Bolsa brasileira registrou queda de 1,63% no mês, após subir 1,80% em outubro. Em 12 meses, o Ibovespa ainda acumula baixa de 17,55%. A instabilidade política na última semana do mês pesou sobre a Bolsa. A prisão de Esteves afetou a cotação de ações de bancos, devido ao risco de que uma crise no BTG Pactual pudesse impactar o sistema bancário como um todo. Apesar disso, as ações do Itaú Unibanco fecharam o mês com valorização de 4,99%, enquanto os papéis do Bradesco subiram 0,57% e os do Banco do Brasil avançaram 2%. As ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Petrobras encerraram novembro com perda de 0,52%, enquanto as ordinárias (com direito a voto) tiveram valorização de 0,32%. Em 12 meses, os papéis acumulam desvalorização de 40,08% e 26,20%, respectivamente. No caso da mineradora Vale, as ações preferenciais caíram 24,23% e as ordinárias desabaram 22,80%, afetadas pela tragédia em Mariana (MG). Em 12 meses, as quedas são de 46,85% e 43,48%, na ordem. Na avaliação de especialistas, a instabilidade do mercado acionário torna mais atraentes para o pequeno investidor as opções na renda fixa, aproveitando a alta taxa de juros desses produtos. "O cenário continua negativo, e a alta do Ibovespa no mês passado refletiu uma melhora pontual de papéis importantes. O cenário político se sobrepõe ao econômico: é preciso que o Congresso aprove medidas fiscais amargas para que a economia possa voltar a andar nos trilhos", afirma Marcio Cardoso, sócio-diretor da corretora Easynvest. RENDA FIXA A Folha, desde outubro, passa a publicar ranking com fundos que seguem a nova classificação de fundos da Anbima. Entraram as seguintes categorias: renda fixa simples —voltada ao pequeno investidor—; renda fixa duração baixa grau de investimento —fundos que aplicam pelo menos 80% em títulos públicos ou ativos com baixo risco de crédito— e renda fixa duração baixa soberano —que investem 100% em títulos públicos. O aumento do juro básico (Selic) favorece esses fundos, que têm títulos públicos em sua carteira. Em 12 meses, o maior ganho entre os três foi registrado pelos fundos de renda fixa simples, que subiram 11,27% (após o desconto de IR). Em novembro, o retorno foi de 0,90%. Os fundos de renda fixa duração baixa grau de investimento e o soberano registraram ganhos de 10,91% e 10,65% em 12 meses, respectivamente. Em novembro, as valorizações foram de 0,75% e 0,73%, após IR. A poupança —tanto para depósitos até 3 de maio de 2012 quanto após essa data— rendeu 7,94% em 12 meses e 0,63% no mês.
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Norte é onde mais se acessou internet apenas por celulares e tablets em 2013
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A região Norte é a que detém a maior fatia de pessoas que utilizam internet exclusivamente por meio de tablets e celulares. Elas somam 8,7% do total, apontou pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta (29) -a média do país é de 4,1%. O percentual supera dos das demais regiões -Centro-oeste (4,4%), Sudeste (3,9%), Nordeste (3,6%) e Sul (3,4%). Como é a primeira vez que o IBGE faz aferição dos números específicos de internet móvel, não há base de comparação com outros anos. De acordo com o gerente de projetos do Ministério das Comunicações, Pedro Araújo, o fato de o Norte usar, proporcionalmente, mais o celular para se conectar em detrimento do computador é reflexo da deficiência de infraestrutura de rede na região. Há também, segundo Araújo, a percepção de que a inclusão digital no país começa pelo celular, que é um aparelho mais barato e menos complexo que um computador. Nesse sentido, os programas de incentivo ao consumo do governo e o crédito facilitado nos anos de 2010, 2011 e 2012 ajudaram a elevar as estatísticas do acesso por celular. Sergipe, Pará, Roraima, Amapá e Amazonas são os únicos cinco Estados em que a utilização de dispositivos móveis supera a da rede fixa.
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Norte é onde mais se acessou internet apenas por celulares e tablets em 2013A região Norte é a que detém a maior fatia de pessoas que utilizam internet exclusivamente por meio de tablets e celulares. Elas somam 8,7% do total, apontou pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta (29) -a média do país é de 4,1%. O percentual supera dos das demais regiões -Centro-oeste (4,4%), Sudeste (3,9%), Nordeste (3,6%) e Sul (3,4%). Como é a primeira vez que o IBGE faz aferição dos números específicos de internet móvel, não há base de comparação com outros anos. De acordo com o gerente de projetos do Ministério das Comunicações, Pedro Araújo, o fato de o Norte usar, proporcionalmente, mais o celular para se conectar em detrimento do computador é reflexo da deficiência de infraestrutura de rede na região. Há também, segundo Araújo, a percepção de que a inclusão digital no país começa pelo celular, que é um aparelho mais barato e menos complexo que um computador. Nesse sentido, os programas de incentivo ao consumo do governo e o crédito facilitado nos anos de 2010, 2011 e 2012 ajudaram a elevar as estatísticas do acesso por celular. Sergipe, Pará, Roraima, Amapá e Amazonas são os únicos cinco Estados em que a utilização de dispositivos móveis supera a da rede fixa.
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CNH vencida agora poderá ser usada como documento de identificação
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A carteira de habilitação vencida não será mais um artigo sem utilidade. Ela agora continuará valendo como documento de identificação oficial. A novidade começou a valer no último dia 29, quando o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) encaminhou um ofício comunicando a mudança a dirigentes dos órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal. Segundo o conselho, a data de validade da carteira de habilitação refere-se apenas ao prazo de vigência do exame de aptidão física e mental, e seu vencimento não representa nenhuma mudança no que se refere aos dados pessoais do motorista. Essa não é a única novidade envolvendo carteiras de habilitação nas últimas semanas. No dia 22 de junho, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou o fim das multas ao motorista que não estiver com a carteira de habilitação ou a licença do veículo no momento da abordagem. O projeto, porém, ainda deve passar pelo Senado.
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CNH vencida agora poderá ser usada como documento de identificaçãoA carteira de habilitação vencida não será mais um artigo sem utilidade. Ela agora continuará valendo como documento de identificação oficial. A novidade começou a valer no último dia 29, quando o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) encaminhou um ofício comunicando a mudança a dirigentes dos órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal. Segundo o conselho, a data de validade da carteira de habilitação refere-se apenas ao prazo de vigência do exame de aptidão física e mental, e seu vencimento não representa nenhuma mudança no que se refere aos dados pessoais do motorista. Essa não é a única novidade envolvendo carteiras de habilitação nas últimas semanas. No dia 22 de junho, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou o fim das multas ao motorista que não estiver com a carteira de habilitação ou a licença do veículo no momento da abordagem. O projeto, porém, ainda deve passar pelo Senado.
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Título de palestra no RN foi escolha infeliz, diz Claudia Matarazzo
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A jornalista e consultora de etiqueta Claudia Matarazzo, 56, disse que considerou "uma escolha infeliz" o título dado à palestra que ela ministraria às primeiras-damas e prefeitas do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (9). Claudia foi convidada pelo governo potiguar para dar a palestra intitulada "Etiqueta e elegância: a arte de receber das primeiras-damas do RN", mas o evento foi cancelado após repercussão negativa nas redes sociais. A consultora disse à Folha que sua apresentação seria, na verdade, sobre planejamento de eventos e trataria sobre tópicos como quantos discursos deve ter uma cerimônia e qual é local correto para posicionar a bandeira nacional. "Como as pessoas me relacionam à elegância e à etiqueta, no convite vinha 'etiqueta' e 'elegância'. E, claro, as pessoas não podiam adivinhar que era sobre planejamento de eventos", disse. Claudia afirmou que considerou "uma pena" o cancelamento da palestra, porque seria uma oportunidade para as primeiras-damas e prefeitas potiguares levarem conhecimento para o interior do Estado. "Elas recebem gente, fazem eventos, fazem cerimônias com entidades, então elas têm que entender como é que funciona um evento", afirmou a consultora. As críticas que levaram ao cancelamento da palestra citaram a atual crise financeira do Estado, que enfrenta dificuldades para pagar servidores e decretou estado de calamidade em 92% dos municípios por causa do quarto ano consecutivo de seca. Claudia confirmou a informação dada pelo governo, de que não cobraria pela palestra porque já estaria na cidade para outro compromisso e por saber que o governo não teria condições de pagar. Ela disse ainda que entende as críticas, mas que isso não tira a importância da organização de cerimônias, pois "uma coisa não anula a outra". "As pessoas que criticaram falaram que a gente precisa de saúde e educação. Claro que precisa, mas mesmo assim você tem eventos, precisa planejar e precisa saber fazer", disse ela. "E o evento é a imagem do governo. Quanto melhor você souber fazer isso, com mais eficiência para literalmente sair bem na foto, melhor." "Sou a primeira a achar que tem priorizar uma série de coisas, que nós temos milhares de problemas. Agora uma coisa não anula a outra, você não está tirando dinheiro nem tirando estrutura do governo", afirmou. 'RECEPTIVAS' Segundo Claudia, a palestra seria voltada para prefeitas e primeiras-damas porque as mulheres são mais "receptivas" do que os homens e têm "humildade" de saber quando podem melhorar. "Homem não é bem assim. Somos, sim, uma sociedade patriarcal e eles são mais rebeldes", disse. "Se você falasse: vamos juntar todos os prefeitos para ouvir sobre cerimonial e protocolo, eles te dão risada na cara, eles vão falar que têm mais o que fazer."
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Título de palestra no RN foi escolha infeliz, diz Claudia MatarazzoA jornalista e consultora de etiqueta Claudia Matarazzo, 56, disse que considerou "uma escolha infeliz" o título dado à palestra que ela ministraria às primeiras-damas e prefeitas do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (9). Claudia foi convidada pelo governo potiguar para dar a palestra intitulada "Etiqueta e elegância: a arte de receber das primeiras-damas do RN", mas o evento foi cancelado após repercussão negativa nas redes sociais. A consultora disse à Folha que sua apresentação seria, na verdade, sobre planejamento de eventos e trataria sobre tópicos como quantos discursos deve ter uma cerimônia e qual é local correto para posicionar a bandeira nacional. "Como as pessoas me relacionam à elegância e à etiqueta, no convite vinha 'etiqueta' e 'elegância'. E, claro, as pessoas não podiam adivinhar que era sobre planejamento de eventos", disse. Claudia afirmou que considerou "uma pena" o cancelamento da palestra, porque seria uma oportunidade para as primeiras-damas e prefeitas potiguares levarem conhecimento para o interior do Estado. "Elas recebem gente, fazem eventos, fazem cerimônias com entidades, então elas têm que entender como é que funciona um evento", afirmou a consultora. As críticas que levaram ao cancelamento da palestra citaram a atual crise financeira do Estado, que enfrenta dificuldades para pagar servidores e decretou estado de calamidade em 92% dos municípios por causa do quarto ano consecutivo de seca. Claudia confirmou a informação dada pelo governo, de que não cobraria pela palestra porque já estaria na cidade para outro compromisso e por saber que o governo não teria condições de pagar. Ela disse ainda que entende as críticas, mas que isso não tira a importância da organização de cerimônias, pois "uma coisa não anula a outra". "As pessoas que criticaram falaram que a gente precisa de saúde e educação. Claro que precisa, mas mesmo assim você tem eventos, precisa planejar e precisa saber fazer", disse ela. "E o evento é a imagem do governo. Quanto melhor você souber fazer isso, com mais eficiência para literalmente sair bem na foto, melhor." "Sou a primeira a achar que tem priorizar uma série de coisas, que nós temos milhares de problemas. Agora uma coisa não anula a outra, você não está tirando dinheiro nem tirando estrutura do governo", afirmou. 'RECEPTIVAS' Segundo Claudia, a palestra seria voltada para prefeitas e primeiras-damas porque as mulheres são mais "receptivas" do que os homens e têm "humildade" de saber quando podem melhorar. "Homem não é bem assim. Somos, sim, uma sociedade patriarcal e eles são mais rebeldes", disse. "Se você falasse: vamos juntar todos os prefeitos para ouvir sobre cerimonial e protocolo, eles te dão risada na cara, eles vão falar que têm mais o que fazer."
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Carnaval de SP terá professor como Rei Momo; veja escolhidos para a corte
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A corte do Carnaval de São Paulo foi definida e terá o professor Robson Santos, 42, como Rei Momo. Foram 13 candidatos no total. Todos deveriam estar ligados a uma escola de samba. A quantia paga aos vencedores caiu drasticamente: o rei Momo e a rainha receberão R$ 2.000 cada um, a primeira princesa ganhará R$ 1.500 e a segunda R$ 1.300. Já o cidadão e a cidadã do samba receberão R$ 1.000 cada um. No ano passado, os valores foram R$ 20 mil, R$ 15 mil, R$ 14 mil e R$ 8.000, respectivamente. Veja a lista dos eleitos: Dois representantes da Velha Guarda do samba vão se juntar à corte. O cidadão-samba Alberto Ferreira, da Barroca Zona Sul, e a cidadã-samba Laurinete Nazaré da Silva Campos, do Morro da Casa Verde. O júri da corte foi composto por nomes indicados pela São Paulo Turismo e pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. Empresários, jornalistas, personalidades na área de dança, estética e carnava participaram da escolha.
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Carnaval de SP terá professor como Rei Momo; veja escolhidos para a corteA corte do Carnaval de São Paulo foi definida e terá o professor Robson Santos, 42, como Rei Momo. Foram 13 candidatos no total. Todos deveriam estar ligados a uma escola de samba. A quantia paga aos vencedores caiu drasticamente: o rei Momo e a rainha receberão R$ 2.000 cada um, a primeira princesa ganhará R$ 1.500 e a segunda R$ 1.300. Já o cidadão e a cidadã do samba receberão R$ 1.000 cada um. No ano passado, os valores foram R$ 20 mil, R$ 15 mil, R$ 14 mil e R$ 8.000, respectivamente. Veja a lista dos eleitos: Dois representantes da Velha Guarda do samba vão se juntar à corte. O cidadão-samba Alberto Ferreira, da Barroca Zona Sul, e a cidadã-samba Laurinete Nazaré da Silva Campos, do Morro da Casa Verde. O júri da corte foi composto por nomes indicados pela São Paulo Turismo e pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. Empresários, jornalistas, personalidades na área de dança, estética e carnava participaram da escolha.
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'Game of Thrones' terá lançamento simultâneo em mais de 170 países
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A HBO está se esforçando para combater a pirataria de "Game of Thrones" e irá lançar a quinta temporada da série simultaneamente em mais de 170 países, incluindo o Brasil. Em 2014, a produção baseada nos livros de George R.R. Martin encabeçou pelo terceiro ano consecutivo a lista de séries mais pirateadas do mundo. Segundo o site TorrentFreak, o seriado foi baixado ilegalmente mais de 8 milhões de vezes no ano. "Estamos muito animados por ver nossos parceiros internacionais ajudando a trazer 'Game of Thrones', um dos mais seriados mais amados no mundo, ao público global ao mesmo tempo em que vai ao ar na HBO dos Estados Unidos", afirmou Michael Lombardo, presidente de programação do canal. A quinta temporada, que terá dez episódios inéditos, será lançada no dia 12 de abril, um domingo. Alguns dos novos atores confirmados para a quinta temporada são Toby Sebastian, Alexander Siddig, Nell Tiger Free, DeObia Oparei, Enzo Cilenti, Jessica Henwick, Rosabell Laurenti Sellers, Keisha Castle-Hughes e Jonathan Pryce.
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ilustrada
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'Game of Thrones' terá lançamento simultâneo em mais de 170 paísesA HBO está se esforçando para combater a pirataria de "Game of Thrones" e irá lançar a quinta temporada da série simultaneamente em mais de 170 países, incluindo o Brasil. Em 2014, a produção baseada nos livros de George R.R. Martin encabeçou pelo terceiro ano consecutivo a lista de séries mais pirateadas do mundo. Segundo o site TorrentFreak, o seriado foi baixado ilegalmente mais de 8 milhões de vezes no ano. "Estamos muito animados por ver nossos parceiros internacionais ajudando a trazer 'Game of Thrones', um dos mais seriados mais amados no mundo, ao público global ao mesmo tempo em que vai ao ar na HBO dos Estados Unidos", afirmou Michael Lombardo, presidente de programação do canal. A quinta temporada, que terá dez episódios inéditos, será lançada no dia 12 de abril, um domingo. Alguns dos novos atores confirmados para a quinta temporada são Toby Sebastian, Alexander Siddig, Nell Tiger Free, DeObia Oparei, Enzo Cilenti, Jessica Henwick, Rosabell Laurenti Sellers, Keisha Castle-Hughes e Jonathan Pryce.
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Lewandowski diz que STF pode julgar mérito do impeachment
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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta segunda-feira (9) que o tribunal poderá examinar se pode "ingressar em juízo de natureza política" sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A declaração ocorreu durante reunião de Lewandowski com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, e o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, que foi aberta à imprensa. Os dois demonstraram preocupação se há ou não causa nas acusações contra Dilma. A presidente tem repetido que o processo contra ela é um golpe porque a denúncia não configura crime de responsabilidade. A acusação contra Dilma leva em conta as chamadas pedaladas fiscais e decretos que ampliaram os gastos federais em R$ 3 bilhões. Segundo o ministro, é preciso avaliar se o tribunal pode ou não entrar no mérito da acusação de crime de responsabilidade contra Dilma. "Outra questão que vai ser examinada oportunamente é saber se o STF pode ou não ingressar em juízo de natureza política, se vai conhecer ou não esse questionamento. Mas isto é um tema a ser futuramente examinado pelos 11 ministros do Supremo", disse o Lewandowski. "Até porque não há uma decisão política sobre o mérito do impeachment. Por enquanto, o Brasil está aguardando uma decisão do Senado. Pode ser que o Supremo venha ou não a ser instado a se pronunciar sobre essa questão. Que aÍ terá que decidir inicialmente se a decisão é exclusivamente política ou se conforta algum tipo de abordagem de ponto de vista jurídico passível de ser examinada pelo Supremo Tribunal Federal. Na avaliação de ministros do STF, o Judiciário poderia examinar apenas questões formais sobre o andamento do processo, sem julgar, por exemplo, se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Ao final de um julgamento sobre rito do impeachment, Lewandowski afirmou que o STF poderá julgar esse tipo de recurso diante de eventual condenação ou absolvição no Congresso. Para o presidente do STF, até o momento, o Congresso cumpriu as regras fixadas pelo tribunal, com base na Constituição Federal e na Lei de Impeachment. O ministro, no entanto, disse que o STF não tratou da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão da Casa que aprovou a autorização para o impeachment. Ele disse que o STF deverá se pronunciar sobre a legalidade do ato, se receber um recurso. "O procedimento (definido pelo STF) foi fixado e, até o momento, do ponto de vista procedimental formal, o processo de impeachment está caminhando de acordo com a decisão do STF. Não se sabe se no futuro alguma outra questão pode ser apresentada ao STF", disse.
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Lewandowski diz que STF pode julgar mérito do impeachmentO presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta segunda-feira (9) que o tribunal poderá examinar se pode "ingressar em juízo de natureza política" sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A declaração ocorreu durante reunião de Lewandowski com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, e o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, que foi aberta à imprensa. Os dois demonstraram preocupação se há ou não causa nas acusações contra Dilma. A presidente tem repetido que o processo contra ela é um golpe porque a denúncia não configura crime de responsabilidade. A acusação contra Dilma leva em conta as chamadas pedaladas fiscais e decretos que ampliaram os gastos federais em R$ 3 bilhões. Segundo o ministro, é preciso avaliar se o tribunal pode ou não entrar no mérito da acusação de crime de responsabilidade contra Dilma. "Outra questão que vai ser examinada oportunamente é saber se o STF pode ou não ingressar em juízo de natureza política, se vai conhecer ou não esse questionamento. Mas isto é um tema a ser futuramente examinado pelos 11 ministros do Supremo", disse o Lewandowski. "Até porque não há uma decisão política sobre o mérito do impeachment. Por enquanto, o Brasil está aguardando uma decisão do Senado. Pode ser que o Supremo venha ou não a ser instado a se pronunciar sobre essa questão. Que aÍ terá que decidir inicialmente se a decisão é exclusivamente política ou se conforta algum tipo de abordagem de ponto de vista jurídico passível de ser examinada pelo Supremo Tribunal Federal. Na avaliação de ministros do STF, o Judiciário poderia examinar apenas questões formais sobre o andamento do processo, sem julgar, por exemplo, se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Ao final de um julgamento sobre rito do impeachment, Lewandowski afirmou que o STF poderá julgar esse tipo de recurso diante de eventual condenação ou absolvição no Congresso. Para o presidente do STF, até o momento, o Congresso cumpriu as regras fixadas pelo tribunal, com base na Constituição Federal e na Lei de Impeachment. O ministro, no entanto, disse que o STF não tratou da decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão da Casa que aprovou a autorização para o impeachment. Ele disse que o STF deverá se pronunciar sobre a legalidade do ato, se receber um recurso. "O procedimento (definido pelo STF) foi fixado e, até o momento, do ponto de vista procedimental formal, o processo de impeachment está caminhando de acordo com a decisão do STF. Não se sabe se no futuro alguma outra questão pode ser apresentada ao STF", disse.
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Garimpo ilegal de ouro leva milhares a reserva ambiental no Amazonas
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Avesso à vida urbana, o agricultor Arildo Ari Mar, 72, nunca quis seguir os irmãos e trocar a comunidade Santa Rosa por Manaus, a cerca de 500 km de viagem de barco. Há um mês, porém, ele viu uma cidade de garimpeiros surgir sobre o trecho do rio Madeira diante da sua casa. "Essas balsas chegaram do nada. Nem sabíamos que tinha ouro aqui. Sei que testaram ali, ficaram e foi chegando pessoal de Humaitá, Porto Velho", diz o ex-seringueiro. Na gíria amazônica, o fenômeno é conhecido como fofoca. Um garimpeiro encontra grande quantidade de ouro, a notícia se espalha, e logo uma multidão surge para buscar a mesma sorte. Desta vez, a corrida do ouro se deu em trecho do rio Madeira bem em frente à comunidade de 16 famílias, fundada no final do século 19 pelo avô de Arildo, no ciclo da borracha. A área faz parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Madeira, de 283 mil hectares. No início, durante as primeiras semanas deste mês, havia cerca de 700 balsas de garimpo, segundo a administração da RDS. Isso significa uma população flutuante de 3.000 pessoas. Todas operando ilegalmente. garimpo Mas não havia ouro para todo mundo, e o minério começou a "fracassar". Quando a Folha esteve na região, em meados do mês, cerca de metade das balsas já havia deixado o local. Por outro lado, havia quatro grandes dragas recém-chegadas em operação, com capacidade de processamento equivalente a várias balsas. Conhecidas como "dragões", podem consumir mil litros de diesel por dia e conseguem perfurar pedras no fundo do leito. Os transtornos da invasão para os moradores foram imediatos. Por causa da contaminação, passaram a comprar galões de água em Novo Aripuanã, a cidade mais próxima, a cerca de 40 km. Do barco escolar, crianças, na maioria evangélicas, chegaram a ver mulheres nuas em cima do prostíbulo flutuante, estacionado a poucos metros das casas. O barulho do motor não para. As plantações de banana, principal fonte de renda, viraram banheiro para os garimpeiros. A pesca foi interrompida. Até agora, as ações de fiscalização foram pontuais e de pouco efeito. No início, o chefe da RDS, Miqueias Santos, usou dois PMs para retirar garimpeiros de uma praia. Dias depois, recebeu ameaças e teve de deixar Novo Aripuanã. Por se tratar de um rio interestadual, a fiscalização é de responsabilidade federal, mas apenas a Marinha esteve na região, limitando-se a inibir que os balseiros obstruam a navegação e a fiscalizar condições de segurança. À Folha, o secretário estadual de Meio Ambiente, Antônio Stroski, afirmou que grandes ações de comando e controle na Amazônia são lentas por causa das distâncias e do custo, mas que uma operação com o governo federal está sendo planejada. DIVERGÊNCIAS Passado o susto inicial, a comunidade Santa Rosa, toda com laços de parentesco, se dividiu. Parte das famílias quer a saída imediata e incondicional dos garimpeiros. Sentindo-se ameaçadas após darem entrevista a uma TV local, se recusaram a falar com a reportagem. Mais pragmática, a ala liderada por Arildo já se acostumou com a ideia de conviver com o garimpo, que pode ficar em atividade por anos, principalmente durante o período da seca. "Estamos até entrosados", afirma. Na condição de presidente da associação de moradores, Arildo passou a pedir uma contribuição semanal de R$ 100 para cada uma das balsas. Com o dinheiro arrecadado, já comprou um gerador de eletricidade novo e planeja um poço artesiano. Empolgado, um dos seus filhos pegou dinheiro emprestado para investir cerca de R$ 30 mil numa balsa e contratou dois garimpeiros. Nos dias em que a reportagem esteve na região, tentava colocar o motor para funcionar. "Entrei no negócio pela fofoca do ouro", diz Arildo Filho, 40. "Mas não sei operar." PRECARIEDADE Imersas na maior floresta do mundo, as balsas de garimpo parecem saídas da Revolução Industrial. O barulho alto do motor ligado dia e noite, o ar impregnado de fumaça de óleo diesel e o espaço exíguo fazem esquecer que se está em plena Amazônia. Foi sobre balsas assim que Jaime Cruz, 50, o Jamico, passou a maior parte da sua vida. Atrás do ouro desde os 22 anos, possui quatro delas, operadas com seis filhos, nove garimpeiros e a mulher. Filho de seringueiro, Jamico nasceu em uma comunidade ribeirinha próxima a Humaitá (AM), na bacia do Madeira. De infância pobre, compara-se com os filhos dizendo que "já foram criados tomando água gelada", mas afirma que o garimpo só tornou a vida um pouco melhor. "Nós não temos tempo de morar em terra. Se parar, o que vou comer?", diz Jamico, um dos primeiros a chegar à nova "fofoca", gíria usada tanto para indicar um local de ouro recém-descoberto quanto para uma fila de balsas. As condições de trabalho são difíceis. Amarradas em linha a poucos metros do barranco, cada balsa tem uma mangueira acoplada a um motor que suga água e terra do rio. A maioria é operada de cima, mas algumas balsas usam mergulhadores, submersos de 3h a 4h por turno. Água e lama passam por uma plataforma inclinada forrada de carpete, capaz de reter o pó do ouro, e volta ao rio. A cada intervalo, um garimpeiro usa a cuia para checar se a água está trazendo ouro ("fagulhando"). Caso não esteja, a mangueira é mudada de posição. No rio Madeira, o ouro é extremamente fino e com ordem de pureza de mais de 98%, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). DESCANSO EM REDES Nas balsas do Jamico, três garimpeiros, geralmente em chinelos e sem camisa, se revezam no controle do fluxo da água em turnos de 4h, noite e dia. O descanso é sobre redes num pequeno espaço acima do motor e do carpete. "Por obrigação, nos acostumamos a essa vida. O barulho do motor já é a nossa cantiga pra dormir", diz Jamico. A cada 40 horas, o motor é desligado para que o ouro possa ser extraído do carpete e recuperado com uso do mercúrio. O resultado de tantas horas costuma ser do tamanho de uma bola de gude, da qual 45% é ouro. Depois de separado, é vendido a um comprador, que geralmente aparece aos domingos, o único dia de descanso. Naquela semana, o grama saía por R$ 108. Para o ambiente, a boa notícia é que a queima para a separação do ouro passou a ser feita no cadinho nos últimos anos. O aparelho, parecido a uma pequena panela, retém quase todo o mercúrio, que pode ser usado novamente. É um alívio para o garimpeiro devido ao alto custo do mercúrio —1 kg do mineral custa cerca de R$ 1.000. A atividade, porém, tem impactos ambientais significativos. Para o DNPM, os principais problemas são a mudança no leito do rio, despejo de derivados de petróleo e a perturbação da fauna aquática. Dono de uma balsa vizinha à de Jamico, Edemir Albuquerque, 51, admite que o garimpo polui, mas diz que é pouco em comparação ao lixo produzido pelas cidades amazônicas. COBRANÇA ILEGAL A corrida do ouro não atrai apenas garimpeiros. Em um domingo, acompanhados de dois PMs armados, três secretários municipais de Novo Aripuanã visitavam balsa por balsa exigindo um imposto municipal de R$ 200 de cada um. A cobrança é ilegal, segundo a secretaria estadual de Meio Ambiente. Surpreendidos pela reportagem da Folha, eles explicaram que a cobrança se refere a um imposto municipal e que agiam em nome do prefeito da cidade, Robson de Sá (Pros). Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Herald Santana, a cobrança tem amparo em uma lei que licencia extração mineral. Falou que a visita servia para "promover educação ambiental", mas admitiu que não haveria nenhuma sanção para quem não pagasse. Com ele estavam o secretário de Habitação e Tributo Municipal, Jorge Sá de Assis, e o secretário da Agricultura, Valmir Mello. Aos garimpeiros que concordavam com a cobrança, os secretários entregavam um recibo escrito a mão. Em pelo menos um caso, eles aceitaram receber apenas R$ 100. "Isso é sacanagem", disse o secretário estadual de Meio Ambiente, Antonio Stroski. Segundo ele, o licenciamento é competência do Estado.
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cotidiano
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Garimpo ilegal de ouro leva milhares a reserva ambiental no AmazonasAvesso à vida urbana, o agricultor Arildo Ari Mar, 72, nunca quis seguir os irmãos e trocar a comunidade Santa Rosa por Manaus, a cerca de 500 km de viagem de barco. Há um mês, porém, ele viu uma cidade de garimpeiros surgir sobre o trecho do rio Madeira diante da sua casa. "Essas balsas chegaram do nada. Nem sabíamos que tinha ouro aqui. Sei que testaram ali, ficaram e foi chegando pessoal de Humaitá, Porto Velho", diz o ex-seringueiro. Na gíria amazônica, o fenômeno é conhecido como fofoca. Um garimpeiro encontra grande quantidade de ouro, a notícia se espalha, e logo uma multidão surge para buscar a mesma sorte. Desta vez, a corrida do ouro se deu em trecho do rio Madeira bem em frente à comunidade de 16 famílias, fundada no final do século 19 pelo avô de Arildo, no ciclo da borracha. A área faz parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Madeira, de 283 mil hectares. No início, durante as primeiras semanas deste mês, havia cerca de 700 balsas de garimpo, segundo a administração da RDS. Isso significa uma população flutuante de 3.000 pessoas. Todas operando ilegalmente. garimpo Mas não havia ouro para todo mundo, e o minério começou a "fracassar". Quando a Folha esteve na região, em meados do mês, cerca de metade das balsas já havia deixado o local. Por outro lado, havia quatro grandes dragas recém-chegadas em operação, com capacidade de processamento equivalente a várias balsas. Conhecidas como "dragões", podem consumir mil litros de diesel por dia e conseguem perfurar pedras no fundo do leito. Os transtornos da invasão para os moradores foram imediatos. Por causa da contaminação, passaram a comprar galões de água em Novo Aripuanã, a cidade mais próxima, a cerca de 40 km. Do barco escolar, crianças, na maioria evangélicas, chegaram a ver mulheres nuas em cima do prostíbulo flutuante, estacionado a poucos metros das casas. O barulho do motor não para. As plantações de banana, principal fonte de renda, viraram banheiro para os garimpeiros. A pesca foi interrompida. Até agora, as ações de fiscalização foram pontuais e de pouco efeito. No início, o chefe da RDS, Miqueias Santos, usou dois PMs para retirar garimpeiros de uma praia. Dias depois, recebeu ameaças e teve de deixar Novo Aripuanã. Por se tratar de um rio interestadual, a fiscalização é de responsabilidade federal, mas apenas a Marinha esteve na região, limitando-se a inibir que os balseiros obstruam a navegação e a fiscalizar condições de segurança. À Folha, o secretário estadual de Meio Ambiente, Antônio Stroski, afirmou que grandes ações de comando e controle na Amazônia são lentas por causa das distâncias e do custo, mas que uma operação com o governo federal está sendo planejada. DIVERGÊNCIAS Passado o susto inicial, a comunidade Santa Rosa, toda com laços de parentesco, se dividiu. Parte das famílias quer a saída imediata e incondicional dos garimpeiros. Sentindo-se ameaçadas após darem entrevista a uma TV local, se recusaram a falar com a reportagem. Mais pragmática, a ala liderada por Arildo já se acostumou com a ideia de conviver com o garimpo, que pode ficar em atividade por anos, principalmente durante o período da seca. "Estamos até entrosados", afirma. Na condição de presidente da associação de moradores, Arildo passou a pedir uma contribuição semanal de R$ 100 para cada uma das balsas. Com o dinheiro arrecadado, já comprou um gerador de eletricidade novo e planeja um poço artesiano. Empolgado, um dos seus filhos pegou dinheiro emprestado para investir cerca de R$ 30 mil numa balsa e contratou dois garimpeiros. Nos dias em que a reportagem esteve na região, tentava colocar o motor para funcionar. "Entrei no negócio pela fofoca do ouro", diz Arildo Filho, 40. "Mas não sei operar." PRECARIEDADE Imersas na maior floresta do mundo, as balsas de garimpo parecem saídas da Revolução Industrial. O barulho alto do motor ligado dia e noite, o ar impregnado de fumaça de óleo diesel e o espaço exíguo fazem esquecer que se está em plena Amazônia. Foi sobre balsas assim que Jaime Cruz, 50, o Jamico, passou a maior parte da sua vida. Atrás do ouro desde os 22 anos, possui quatro delas, operadas com seis filhos, nove garimpeiros e a mulher. Filho de seringueiro, Jamico nasceu em uma comunidade ribeirinha próxima a Humaitá (AM), na bacia do Madeira. De infância pobre, compara-se com os filhos dizendo que "já foram criados tomando água gelada", mas afirma que o garimpo só tornou a vida um pouco melhor. "Nós não temos tempo de morar em terra. Se parar, o que vou comer?", diz Jamico, um dos primeiros a chegar à nova "fofoca", gíria usada tanto para indicar um local de ouro recém-descoberto quanto para uma fila de balsas. As condições de trabalho são difíceis. Amarradas em linha a poucos metros do barranco, cada balsa tem uma mangueira acoplada a um motor que suga água e terra do rio. A maioria é operada de cima, mas algumas balsas usam mergulhadores, submersos de 3h a 4h por turno. Água e lama passam por uma plataforma inclinada forrada de carpete, capaz de reter o pó do ouro, e volta ao rio. A cada intervalo, um garimpeiro usa a cuia para checar se a água está trazendo ouro ("fagulhando"). Caso não esteja, a mangueira é mudada de posição. No rio Madeira, o ouro é extremamente fino e com ordem de pureza de mais de 98%, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). DESCANSO EM REDES Nas balsas do Jamico, três garimpeiros, geralmente em chinelos e sem camisa, se revezam no controle do fluxo da água em turnos de 4h, noite e dia. O descanso é sobre redes num pequeno espaço acima do motor e do carpete. "Por obrigação, nos acostumamos a essa vida. O barulho do motor já é a nossa cantiga pra dormir", diz Jamico. A cada 40 horas, o motor é desligado para que o ouro possa ser extraído do carpete e recuperado com uso do mercúrio. O resultado de tantas horas costuma ser do tamanho de uma bola de gude, da qual 45% é ouro. Depois de separado, é vendido a um comprador, que geralmente aparece aos domingos, o único dia de descanso. Naquela semana, o grama saía por R$ 108. Para o ambiente, a boa notícia é que a queima para a separação do ouro passou a ser feita no cadinho nos últimos anos. O aparelho, parecido a uma pequena panela, retém quase todo o mercúrio, que pode ser usado novamente. É um alívio para o garimpeiro devido ao alto custo do mercúrio —1 kg do mineral custa cerca de R$ 1.000. A atividade, porém, tem impactos ambientais significativos. Para o DNPM, os principais problemas são a mudança no leito do rio, despejo de derivados de petróleo e a perturbação da fauna aquática. Dono de uma balsa vizinha à de Jamico, Edemir Albuquerque, 51, admite que o garimpo polui, mas diz que é pouco em comparação ao lixo produzido pelas cidades amazônicas. COBRANÇA ILEGAL A corrida do ouro não atrai apenas garimpeiros. Em um domingo, acompanhados de dois PMs armados, três secretários municipais de Novo Aripuanã visitavam balsa por balsa exigindo um imposto municipal de R$ 200 de cada um. A cobrança é ilegal, segundo a secretaria estadual de Meio Ambiente. Surpreendidos pela reportagem da Folha, eles explicaram que a cobrança se refere a um imposto municipal e que agiam em nome do prefeito da cidade, Robson de Sá (Pros). Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Herald Santana, a cobrança tem amparo em uma lei que licencia extração mineral. Falou que a visita servia para "promover educação ambiental", mas admitiu que não haveria nenhuma sanção para quem não pagasse. Com ele estavam o secretário de Habitação e Tributo Municipal, Jorge Sá de Assis, e o secretário da Agricultura, Valmir Mello. Aos garimpeiros que concordavam com a cobrança, os secretários entregavam um recibo escrito a mão. Em pelo menos um caso, eles aceitaram receber apenas R$ 100. "Isso é sacanagem", disse o secretário estadual de Meio Ambiente, Antonio Stroski. Segundo ele, o licenciamento é competência do Estado.
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Joesley diz que Temer indicou amigo para acordo judicial de R$ 50 milhões
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Em depoimento à Polícia Federal, o empresário Joesley Batista afirmou que o presidente Michel Temer tentou colocar um amigo, o advogado José Yunes, para defender o grupo J&F em uma disputa judicial. O acordo que precisava de intermediação renderia ao escritório de Yunes, segundo o dono da JBS, que fez acordo de delação premiada, cerca de R$ 50 milhões. Yunes é um dos melhores amigos do presidente e foi assessor especial do Planalto até dezembro passado, quando pediu demissão ao ser citado na delação do ex-executivo Cláudio Melo Filho, da Odebrecht, como intermediário de um pacote com R$ 1 milhão que conteria dinheiro para campanhas do PMDB. Joesley afirmou, porém, que o acordo a ser feito para beneficiar o amigo de Temer nem chegou a ir adiante e que quem ficou responsável pela ação judicial foi Francisco de Assis, do departamento jurídico do grupo – também delator. Não há informações no depoimento de Joesley sobre qual era a briga judicial nem as partes em litígio. "Se recorda também de uma tentativa de inclusão do advogado José Yunes, por indicação do presidente Michel Temer, para intermediar um acordo com uma empresa em disputa judicial em andamento contra a J&F e que renderia ao escritório de José Yunes cerca de R$ 50 milhões", consta no termo de depoimento prestado por Joesley à PF. FORA DA DELAÇÃO Em uma ligação telefônica interceptada pela PF, o lobista da J&F Ricardo Saud pede a uma pessoa para tirar o nome de Yunes da delação premiada que estava sendo negociada. Não ficou claro o motivo pelo qual o amigo de Temer foi retirado da colaboração. O telefonema entrou no relatório da polícia, que destacou as principais conversas –mais de 3.000 ligações foram gravadas com autorização judicial. Saud contratou uma pessoa, de nome Rodolfo, para pesquisar endereços de entregas de propina que estariam em sua delação. No diálogo, o delator diz: "Sabe o que eu estava pensando? Naquele relatório... É... Você podia fazer para mim, que eu estou indo hoje para Nova York, para levar ele. Tira aquele negócio tudo que tem do Yunes...". Rodolfo responde concordando com a orientação, e Saud continua: "E põe só confirmando que nesse endereço mora... é o escritório de fulano de tal, põe tudo aquilo, amigo do cara, tal.... eu quero mostrar que você foi lá para mim e confirmar que lá era o coronel tal, tal, tal...". A referência feita pelo lobista diz respeito ao coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, também amigo de Temer. Ele é apontado pela JBS como receptor de propina de R$ 1 milhão ao presidente. Procurado, Temer disse por meio de sua assessoria de imprensa que "não solicitou a Joesley Batista a contratação de José Yunes como advogado do grupo empresarial J&F". Yunes, por sua vez, por meio de nota, o advogado José Luis Oliveira Lima afirmou que seu cliente "tem mais de 50 anos de advocacia e jamais necessitou de qualquer interferência para atuar em demandas judiciais. Nunca atuou como advogado em processo envolvendo a J&F ou JBS".
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Joesley diz que Temer indicou amigo para acordo judicial de R$ 50 milhõesEm depoimento à Polícia Federal, o empresário Joesley Batista afirmou que o presidente Michel Temer tentou colocar um amigo, o advogado José Yunes, para defender o grupo J&F em uma disputa judicial. O acordo que precisava de intermediação renderia ao escritório de Yunes, segundo o dono da JBS, que fez acordo de delação premiada, cerca de R$ 50 milhões. Yunes é um dos melhores amigos do presidente e foi assessor especial do Planalto até dezembro passado, quando pediu demissão ao ser citado na delação do ex-executivo Cláudio Melo Filho, da Odebrecht, como intermediário de um pacote com R$ 1 milhão que conteria dinheiro para campanhas do PMDB. Joesley afirmou, porém, que o acordo a ser feito para beneficiar o amigo de Temer nem chegou a ir adiante e que quem ficou responsável pela ação judicial foi Francisco de Assis, do departamento jurídico do grupo – também delator. Não há informações no depoimento de Joesley sobre qual era a briga judicial nem as partes em litígio. "Se recorda também de uma tentativa de inclusão do advogado José Yunes, por indicação do presidente Michel Temer, para intermediar um acordo com uma empresa em disputa judicial em andamento contra a J&F e que renderia ao escritório de José Yunes cerca de R$ 50 milhões", consta no termo de depoimento prestado por Joesley à PF. FORA DA DELAÇÃO Em uma ligação telefônica interceptada pela PF, o lobista da J&F Ricardo Saud pede a uma pessoa para tirar o nome de Yunes da delação premiada que estava sendo negociada. Não ficou claro o motivo pelo qual o amigo de Temer foi retirado da colaboração. O telefonema entrou no relatório da polícia, que destacou as principais conversas –mais de 3.000 ligações foram gravadas com autorização judicial. Saud contratou uma pessoa, de nome Rodolfo, para pesquisar endereços de entregas de propina que estariam em sua delação. No diálogo, o delator diz: "Sabe o que eu estava pensando? Naquele relatório... É... Você podia fazer para mim, que eu estou indo hoje para Nova York, para levar ele. Tira aquele negócio tudo que tem do Yunes...". Rodolfo responde concordando com a orientação, e Saud continua: "E põe só confirmando que nesse endereço mora... é o escritório de fulano de tal, põe tudo aquilo, amigo do cara, tal.... eu quero mostrar que você foi lá para mim e confirmar que lá era o coronel tal, tal, tal...". A referência feita pelo lobista diz respeito ao coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, também amigo de Temer. Ele é apontado pela JBS como receptor de propina de R$ 1 milhão ao presidente. Procurado, Temer disse por meio de sua assessoria de imprensa que "não solicitou a Joesley Batista a contratação de José Yunes como advogado do grupo empresarial J&F". Yunes, por sua vez, por meio de nota, o advogado José Luis Oliveira Lima afirmou que seu cliente "tem mais de 50 anos de advocacia e jamais necessitou de qualquer interferência para atuar em demandas judiciais. Nunca atuou como advogado em processo envolvendo a J&F ou JBS".
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Pressão chinesa definirá se recuo de Kim abre janela de negociação
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O acirramento da tensão em torno da Coreia do Norte levou a um recuo tático do ditador Kim Jong-un, e uma janela de negociação se abre caso a China mantenha a promessa de pressionar a ditadura comunista irmã ao sul de sua fronteira. Após o presidente Donald Trump ter ameaçado usar "fogo e fúria" contra Kim, a ditadura retrucou prometendo testar mísseis contra águas próximas ao território americano de Guam. A provocação, que levaria a uma escalada quase inevitável, foi colocada em suspenso pelo ditador nesta terça (15). Menos que a troca de bravatas militaristas, o que pesou foi a decisão chinesa de respeitar uma decisão da ONU e cortar a compra de minérios e pescado da ditadura, anunciada na segunda (14). Pequim é a razão de sobrevivência do regime, economicamente: além de ser destino preferencial de suas já magras exportações, é o principal fornecedor de petróleo para Kim. Resta saber se Pequim fará o que promete desta vez. No início de seu governo, Trump cobrou publicamente do dirigente chinês Xi Jinping que aplicasse seu garrote contra os norte-coreanos. Houve uma pouco usual admoestação do vizinho ao sul, mas o tempo passou e Kim conseguiu lançar dois mísseis balísticos com capacidade de atingir os Estados Unidos. Ainda que não esteja certo que eles já possam carregar ogivas nucleares, a linha vermelha estabelecida por Washington for ultrapassada, levando à escalada retórica recente. A China, pressionada novamente, agora parece que vai exercer sua influência. Não lhe resta muita opção, até porque a Pequim é interessante que a dinastia comunista norte-coreana sobreviva, por mais aberrante que o regime seja. Sem Kim, a China antevê fazer fronteira com uma Coreia unificada capitalista e presumivelmente mais próspera, além de hospedeira de 30 mil soldados norte-americanos. De quebra, o processo de desestabilização levaria a uma crise humanitária em suas fronteiras, com o previsível fluxo de refugiados. A questão é ver o quão para valer será o uso do garrote chinês. É aqui que os atores regionais envolvidos na crise entram, cada qual com seu interesse. Para a Coreia do Sul, o conflito é um pesadelo, por devastador: Seul corre o risco de ser obliterada. O Japão anda mais belicoso não só porque quer anular a ameaça de ver Toquio bombardeada com uma arma nuclear, mas também porque quer reforçar sua posição no teatro estratégico do Pacífico Ocidental, amplamente dominado pela sombra chinesa. Já a Rússia, antiga protetora da dinastia Kim nos tempos da União Soviética, não gostaria de ver a Coreia unificada e os EUA com uma ponta de lança ainda mais sólida junto à sua fronteira menos protegida, o Extremo Oriente. A possibilidade de negociação está posta. Na última vez que uma janela dessas ocorreu, após a ação militar quase ser decidida pelo então presidente Bill Clinton nos anos 90, Pyongyang se deu bem: o regime sobreviveu, e houve a entrada de auxílio tecnológico que acabou por fomentar o mesmo programa de armas que era o alvo das ameaças.
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mundo
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Pressão chinesa definirá se recuo de Kim abre janela de negociaçãoO acirramento da tensão em torno da Coreia do Norte levou a um recuo tático do ditador Kim Jong-un, e uma janela de negociação se abre caso a China mantenha a promessa de pressionar a ditadura comunista irmã ao sul de sua fronteira. Após o presidente Donald Trump ter ameaçado usar "fogo e fúria" contra Kim, a ditadura retrucou prometendo testar mísseis contra águas próximas ao território americano de Guam. A provocação, que levaria a uma escalada quase inevitável, foi colocada em suspenso pelo ditador nesta terça (15). Menos que a troca de bravatas militaristas, o que pesou foi a decisão chinesa de respeitar uma decisão da ONU e cortar a compra de minérios e pescado da ditadura, anunciada na segunda (14). Pequim é a razão de sobrevivência do regime, economicamente: além de ser destino preferencial de suas já magras exportações, é o principal fornecedor de petróleo para Kim. Resta saber se Pequim fará o que promete desta vez. No início de seu governo, Trump cobrou publicamente do dirigente chinês Xi Jinping que aplicasse seu garrote contra os norte-coreanos. Houve uma pouco usual admoestação do vizinho ao sul, mas o tempo passou e Kim conseguiu lançar dois mísseis balísticos com capacidade de atingir os Estados Unidos. Ainda que não esteja certo que eles já possam carregar ogivas nucleares, a linha vermelha estabelecida por Washington for ultrapassada, levando à escalada retórica recente. A China, pressionada novamente, agora parece que vai exercer sua influência. Não lhe resta muita opção, até porque a Pequim é interessante que a dinastia comunista norte-coreana sobreviva, por mais aberrante que o regime seja. Sem Kim, a China antevê fazer fronteira com uma Coreia unificada capitalista e presumivelmente mais próspera, além de hospedeira de 30 mil soldados norte-americanos. De quebra, o processo de desestabilização levaria a uma crise humanitária em suas fronteiras, com o previsível fluxo de refugiados. A questão é ver o quão para valer será o uso do garrote chinês. É aqui que os atores regionais envolvidos na crise entram, cada qual com seu interesse. Para a Coreia do Sul, o conflito é um pesadelo, por devastador: Seul corre o risco de ser obliterada. O Japão anda mais belicoso não só porque quer anular a ameaça de ver Toquio bombardeada com uma arma nuclear, mas também porque quer reforçar sua posição no teatro estratégico do Pacífico Ocidental, amplamente dominado pela sombra chinesa. Já a Rússia, antiga protetora da dinastia Kim nos tempos da União Soviética, não gostaria de ver a Coreia unificada e os EUA com uma ponta de lança ainda mais sólida junto à sua fronteira menos protegida, o Extremo Oriente. A possibilidade de negociação está posta. Na última vez que uma janela dessas ocorreu, após a ação militar quase ser decidida pelo então presidente Bill Clinton nos anos 90, Pyongyang se deu bem: o regime sobreviveu, e houve a entrada de auxílio tecnológico que acabou por fomentar o mesmo programa de armas que era o alvo das ameaças.
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'Estranhos.com' acentua o puritanismo e esfria o conflito
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"Sex with Strangers" figura há dois anos entre as peças mais encenadas nos EUA, com sete novas produções por temporada. Estreou em 2011, em Chicago, mas só virou fenômeno ao chegar a Nova York em 2014. Por causa dela, a autora Laura Eason foi convidada e se tornou roteirista –e agora produtora– da série "House of Cards". Vendo a montagem brasileira, que recebeu o título canhestro de "Estranhos.com", é difícil compreender o que levou a tanto. Diferente de "Closer", por exemplo, peça que causou febre semelhante há exatos 20 anos com temas parecidos, suas premissas são difíceis de aceitar. Para um drama realista, soa falso e kitsch uma pousada no meio do nada, sem conexão com o resto do mundo, onde se encontram dois escritores também implausíveis. Ela, uma talentosa autora próxima dos 40 anos que desistiu da carreira quando seu primeiro livro passou injustamente despercebido, por causa de uma capa equivocada. Ele, um blogueiro de 20 e poucos anos que coletou em livro seus posts sobre experiências sexuais abusivas com desconhecidas –e há cinco anos é um best-seller. A dicotomia se espalha por todo lado, ao contrário de "Closer". Também diferente é a maneira como as referências tecnológicas envelheceram rápido demais. O jogo de identidades sexuais on-line da peça de Patrick Marber sobrevive; já o universo de blogs e e-books de Laura Eason ficou pelo caminho, na curta trajetória de seu texto. Muito dele gira em torno da promessa ou ameaça do livro eletrônico –que não aconteceu, como a própria Amazon admite: seus e-books não fizeram com os livros impressos o que o Spotify fez com os CDs. A encenação brasileira parece ter optado por enfatizar a tecnologia e uma certa camaradagem em cena, tirando sexo até do título. O efeito é acentuar o puritanismo na relação, esfriando o conflito. Não falta sensualidade aos atores Deborah Evelyn e Johnny Massaro, mas ela é pouco explorada. A relação que os seus personagens desenvolvem no palco é quase maternal –ou filial. Ela o guia para se tornar um escritor e ser humano melhor. Ele mostra que ela pode retomar a carreira, que tem talento, sim. Os dois parecem incapazes de desejar mal um ao outro, só agem errado por medo ou inexperiência, prontamente desculpada. Dito isso, Evelyn é uma atriz cativante, que em momentos consegue fazer acreditar em seu personagem inverossímil. É quebradiça, vulnerável –a merecer um texto teatral que exija mais dela do que as peças que tem escolhido ou aceitado. Algo parecido pode ser dito de Massaro, que foi seu sobrinho em alguma novela e que não parece novato em cena, embora seja. Um pouco que fosse da sordidez do casal de "House of Cards" ajudaria seus personagens. ESTRANHOS.COM QUANDO sex., às 21h30; sáb., às 21h; dom., 18h; até 14/5 ONDE Teatro Vivo, av. Doutor Chucri Zaidan, 2.460, tel. (11) 97420-1520 QUANTO R$ 60 a 80; 14 anos
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ilustrada
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'Estranhos.com' acentua o puritanismo e esfria o conflito"Sex with Strangers" figura há dois anos entre as peças mais encenadas nos EUA, com sete novas produções por temporada. Estreou em 2011, em Chicago, mas só virou fenômeno ao chegar a Nova York em 2014. Por causa dela, a autora Laura Eason foi convidada e se tornou roteirista –e agora produtora– da série "House of Cards". Vendo a montagem brasileira, que recebeu o título canhestro de "Estranhos.com", é difícil compreender o que levou a tanto. Diferente de "Closer", por exemplo, peça que causou febre semelhante há exatos 20 anos com temas parecidos, suas premissas são difíceis de aceitar. Para um drama realista, soa falso e kitsch uma pousada no meio do nada, sem conexão com o resto do mundo, onde se encontram dois escritores também implausíveis. Ela, uma talentosa autora próxima dos 40 anos que desistiu da carreira quando seu primeiro livro passou injustamente despercebido, por causa de uma capa equivocada. Ele, um blogueiro de 20 e poucos anos que coletou em livro seus posts sobre experiências sexuais abusivas com desconhecidas –e há cinco anos é um best-seller. A dicotomia se espalha por todo lado, ao contrário de "Closer". Também diferente é a maneira como as referências tecnológicas envelheceram rápido demais. O jogo de identidades sexuais on-line da peça de Patrick Marber sobrevive; já o universo de blogs e e-books de Laura Eason ficou pelo caminho, na curta trajetória de seu texto. Muito dele gira em torno da promessa ou ameaça do livro eletrônico –que não aconteceu, como a própria Amazon admite: seus e-books não fizeram com os livros impressos o que o Spotify fez com os CDs. A encenação brasileira parece ter optado por enfatizar a tecnologia e uma certa camaradagem em cena, tirando sexo até do título. O efeito é acentuar o puritanismo na relação, esfriando o conflito. Não falta sensualidade aos atores Deborah Evelyn e Johnny Massaro, mas ela é pouco explorada. A relação que os seus personagens desenvolvem no palco é quase maternal –ou filial. Ela o guia para se tornar um escritor e ser humano melhor. Ele mostra que ela pode retomar a carreira, que tem talento, sim. Os dois parecem incapazes de desejar mal um ao outro, só agem errado por medo ou inexperiência, prontamente desculpada. Dito isso, Evelyn é uma atriz cativante, que em momentos consegue fazer acreditar em seu personagem inverossímil. É quebradiça, vulnerável –a merecer um texto teatral que exija mais dela do que as peças que tem escolhido ou aceitado. Algo parecido pode ser dito de Massaro, que foi seu sobrinho em alguma novela e que não parece novato em cena, embora seja. Um pouco que fosse da sordidez do casal de "House of Cards" ajudaria seus personagens. ESTRANHOS.COM QUANDO sex., às 21h30; sáb., às 21h; dom., 18h; até 14/5 ONDE Teatro Vivo, av. Doutor Chucri Zaidan, 2.460, tel. (11) 97420-1520 QUANTO R$ 60 a 80; 14 anos
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Dúvidas típicas da gravidez deram lugar à procura pelo mosquiteiro perfeito
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Grávida de pouco mais de cinco meses, na última semana gastei todos os minutos em que estive diante do computador, fora do trabalho, não na busca por uma babá eletrônica perfeita ou por informações sobre o parto, mas procurando um mosquiteiro para cama de casal que me proteja do maldito vírus zika. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é o atual pesadelo das gestantes brasileiras. A infecção por ele está associada ao "boom" de casos de microcefalia em recém-nascidos. Desde que surgiram as notícias sobre tal associação, incertezas que pontuam os mágicos nove meses de gestação ganharam ares de terror. Comumente, a mágica de gerar uma vida vem acompanhada de uma série de angústias. O coração está batendo? Tem duas pernas e dois braços? Alguma doença genética ou má-formação? Essa dorzinha é sinal de que algo está errado? Anestesia ou parto natural? Carrinho assim ou assado? Papel de parede ou adesivo? Luíza ou Flora? A associação de infecção por zika em gestantes e o nascimento de bebês com microcefalia, e a falta de conhecimento sobre esse novíssimo elo, porém, se sobrepôs a essas interrogações e aflições. Isso porque, se pouco ou nada pode ser feito para prevenir doenças (muitas delas genéticas) ou más-formações nos embriões, além de tomar ácido fólico, a ideia de que um mosquito pode causar lesões irreversíveis no seu neném é assombrosa ao mesmo tempo em que chama à ação, por vezes desesperada. Primeiro, fiz uma blitz no jardim, no gramado e nos vasos de temperos de casa para eliminar pratinhos e quaisquer outros recipientes que pudessem reter água. Mas como saber a quantas anda o quintal dos vizinhos? Depois, comprei todos os quatro tubos de repelente Exposis (considerado o mais eficaz contra o inseto) que havia na farmácia. Deveria ter feito um estoque maior? Deixei um no quarto, um no lavabo, um na gaveta do trabalho e um de reserva. E passei a usá-los três vezes ao dia. Será suficiente? Quando surgiu a informação de que sua eficácia não é de "dez horas", mas 2 h e 45 min, apelei para o mosquiteiro. Vai que ele desaparece do mercado, como o repelente... Apesar do esforço, o zika parece ter presença tímida em São Paulo. Mas quem garante que não cruzará meu caminho bem na hora que meu repelente está vencido? Após as festas de final de ano e o vaivém de gente pelo país, o vírus deve se espalhar do Nordeste para o resto do Brasil, oficialmente. Desde novembro, minha cabeça é um campo de batalha entre a razão (a probabilidade de eu pegar zika é estatisticamente pequena) e o instinto (não posso bobear, ninguém está imune ao risco). Até lá, toda manhã, quando pego um dos tubos de Exposis, cada dia mais vazio, entre um chute e outro da bebê, me dá frio na barriga.
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cotidiano
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Dúvidas típicas da gravidez deram lugar à procura pelo mosquiteiro perfeitoGrávida de pouco mais de cinco meses, na última semana gastei todos os minutos em que estive diante do computador, fora do trabalho, não na busca por uma babá eletrônica perfeita ou por informações sobre o parto, mas procurando um mosquiteiro para cama de casal que me proteja do maldito vírus zika. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é o atual pesadelo das gestantes brasileiras. A infecção por ele está associada ao "boom" de casos de microcefalia em recém-nascidos. Desde que surgiram as notícias sobre tal associação, incertezas que pontuam os mágicos nove meses de gestação ganharam ares de terror. Comumente, a mágica de gerar uma vida vem acompanhada de uma série de angústias. O coração está batendo? Tem duas pernas e dois braços? Alguma doença genética ou má-formação? Essa dorzinha é sinal de que algo está errado? Anestesia ou parto natural? Carrinho assim ou assado? Papel de parede ou adesivo? Luíza ou Flora? A associação de infecção por zika em gestantes e o nascimento de bebês com microcefalia, e a falta de conhecimento sobre esse novíssimo elo, porém, se sobrepôs a essas interrogações e aflições. Isso porque, se pouco ou nada pode ser feito para prevenir doenças (muitas delas genéticas) ou más-formações nos embriões, além de tomar ácido fólico, a ideia de que um mosquito pode causar lesões irreversíveis no seu neném é assombrosa ao mesmo tempo em que chama à ação, por vezes desesperada. Primeiro, fiz uma blitz no jardim, no gramado e nos vasos de temperos de casa para eliminar pratinhos e quaisquer outros recipientes que pudessem reter água. Mas como saber a quantas anda o quintal dos vizinhos? Depois, comprei todos os quatro tubos de repelente Exposis (considerado o mais eficaz contra o inseto) que havia na farmácia. Deveria ter feito um estoque maior? Deixei um no quarto, um no lavabo, um na gaveta do trabalho e um de reserva. E passei a usá-los três vezes ao dia. Será suficiente? Quando surgiu a informação de que sua eficácia não é de "dez horas", mas 2 h e 45 min, apelei para o mosquiteiro. Vai que ele desaparece do mercado, como o repelente... Apesar do esforço, o zika parece ter presença tímida em São Paulo. Mas quem garante que não cruzará meu caminho bem na hora que meu repelente está vencido? Após as festas de final de ano e o vaivém de gente pelo país, o vírus deve se espalhar do Nordeste para o resto do Brasil, oficialmente. Desde novembro, minha cabeça é um campo de batalha entre a razão (a probabilidade de eu pegar zika é estatisticamente pequena) e o instinto (não posso bobear, ninguém está imune ao risco). Até lá, toda manhã, quando pego um dos tubos de Exposis, cada dia mais vazio, entre um chute e outro da bebê, me dá frio na barriga.
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Milan Kundera acusa 'traição' de críticos, biógrafos e tradutores
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OS TESTAMENTOS TRAÍDOS (ótimo) AUTOR Milan Kundera TRADUÇÃO Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca e Maria Luíza Newlands EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 54,90 (296 págs.) * Os textos de "Os Testamentos Traídos", de Milan Kundera, estruturam-se de forma musical. Distribuídos em nove partes ou movimentos que se cruzam, podem ser lidos como capítulos móveis de um conjunto harmônico, em que temas e autores vêm e vão, em diálogo e contraponto. O livro vem arejar, com suas ideias antidogmáticas sobre literatura, música e outras artes, este momento de intolerância e obscurantismo que tem ameaçado o livre exercício do pensamento e da criação no país. Numa retomada de temas já presentes em "A Arte do Romance", seu primeiro livro ensaístico, o escritor tcheco-francês percorre os três tempos da história do romance europeu. Ele parte de Rabelais e Cervantes, que adotaram como princípios a liberdade e a improvisação, para percorrer vários autores do século 20, como Kafka, Hermann Broch, Hermingway, Musil, Salmon Rushdie, García Márquez e Carlos Fuentes, que aliaram o rigor construtivo do romance do século 19 aos improvisos inebriantes dos primeiros romancistas europeus. A essa incursão no desenvolvimento do romance, Kundera articula os três tempos da história da música europeia a partir do século 17 e, entre reflexões sobre vários compositores, detém-se na "extraordinária encruzilhada de tendências históricas" de Bach e Stravinsky. Além disso, evoca Nietzsche, Fellini, Octavio Paz e alguns nomes do jazz, discorre sobre o humor "nascido da certeza de que não há certeza", investiga as relações paradoxais entre romance e história, entra na vida dos escritores emigrados e defende a necessária conjunção entre a apreensão da realidade e a entrega aos poderes da fantasia. O alvo crítico de Kundera, no livro, são os biógrafos, críticos e tradutores que, por critérios morais e ideológicos ou por preconceitos estéticos, "traíram" os escritores e artistas de que se ocuparam. O primeiro é Max Brod, que, ao criar uma imagem de Kafka, não apenas contribuiu para o surgimento da "kafkologia", centrada em aspectos extraliterários da obra kafkiana, como também transformou a biografia do escritor em uma hagiografia. Adorno também entra no rol, por ter ignorado a força estética dos ritos bárbaros de "A Sagração da Primavera" e ter preferido colocar Stravinsky ao lado da barbárie. Assim como entram os intelectuais que, mais preocupados com o espetáculo da perseguição a Salmon Rushdie, menosprezaram a importância literária de "Os Versos Satânicos", contribuindo para o "estado de desgraça" do romancista. A esses se somam ainda os tradutores de Kafka que, alheios ao valor estético da repetição na obra do escritor, substituíram as palavras repetidas por sinônimos, em nome do "bom estilo". Assim, com vigor crítico, Kundera oferece aos seus leitores uma lição não apenas sobre os movimentos da arte do romance ao longo dos tempos, mas também sobre a consistente leveza da arte do ensaio.
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Milan Kundera acusa 'traição' de críticos, biógrafos e tradutoresOS TESTAMENTOS TRAÍDOS (ótimo) AUTOR Milan Kundera TRADUÇÃO Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca e Maria Luíza Newlands EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 54,90 (296 págs.) * Os textos de "Os Testamentos Traídos", de Milan Kundera, estruturam-se de forma musical. Distribuídos em nove partes ou movimentos que se cruzam, podem ser lidos como capítulos móveis de um conjunto harmônico, em que temas e autores vêm e vão, em diálogo e contraponto. O livro vem arejar, com suas ideias antidogmáticas sobre literatura, música e outras artes, este momento de intolerância e obscurantismo que tem ameaçado o livre exercício do pensamento e da criação no país. Numa retomada de temas já presentes em "A Arte do Romance", seu primeiro livro ensaístico, o escritor tcheco-francês percorre os três tempos da história do romance europeu. Ele parte de Rabelais e Cervantes, que adotaram como princípios a liberdade e a improvisação, para percorrer vários autores do século 20, como Kafka, Hermann Broch, Hermingway, Musil, Salmon Rushdie, García Márquez e Carlos Fuentes, que aliaram o rigor construtivo do romance do século 19 aos improvisos inebriantes dos primeiros romancistas europeus. A essa incursão no desenvolvimento do romance, Kundera articula os três tempos da história da música europeia a partir do século 17 e, entre reflexões sobre vários compositores, detém-se na "extraordinária encruzilhada de tendências históricas" de Bach e Stravinsky. Além disso, evoca Nietzsche, Fellini, Octavio Paz e alguns nomes do jazz, discorre sobre o humor "nascido da certeza de que não há certeza", investiga as relações paradoxais entre romance e história, entra na vida dos escritores emigrados e defende a necessária conjunção entre a apreensão da realidade e a entrega aos poderes da fantasia. O alvo crítico de Kundera, no livro, são os biógrafos, críticos e tradutores que, por critérios morais e ideológicos ou por preconceitos estéticos, "traíram" os escritores e artistas de que se ocuparam. O primeiro é Max Brod, que, ao criar uma imagem de Kafka, não apenas contribuiu para o surgimento da "kafkologia", centrada em aspectos extraliterários da obra kafkiana, como também transformou a biografia do escritor em uma hagiografia. Adorno também entra no rol, por ter ignorado a força estética dos ritos bárbaros de "A Sagração da Primavera" e ter preferido colocar Stravinsky ao lado da barbárie. Assim como entram os intelectuais que, mais preocupados com o espetáculo da perseguição a Salmon Rushdie, menosprezaram a importância literária de "Os Versos Satânicos", contribuindo para o "estado de desgraça" do romancista. A esses se somam ainda os tradutores de Kafka que, alheios ao valor estético da repetição na obra do escritor, substituíram as palavras repetidas por sinônimos, em nome do "bom estilo". Assim, com vigor crítico, Kundera oferece aos seus leitores uma lição não apenas sobre os movimentos da arte do romance ao longo dos tempos, mas também sobre a consistente leveza da arte do ensaio.
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Discalculia, o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática
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"O fracasso na matemática –assim como o fracasso no amor– nos deixa machucados e vulneráveis", afirma o americano Ben Orlin em seu blog "Math with Bad Drawings" ("Matemática com desenhos ruins", em português). Orlin diz ter experimentado na pele o que escreveu. Curiosamente, ele é professor de matemática, mas sua experiência lhe ensinou que a disciplina "faz com que muita gente se sinta estúpida". "E ficamos machucados quando nos sentimos estúpidos", acrescenta. Orlin teve sorte. Para ele, as razões que causavam suas dificuldades eram superáveis. Além disso, "a combinação de grande ansiedade, baixa motivação, as lacunas do conhecimento" e os maus momentos pelos quais passou serviram para que ele entendesse o que enfrentam muitos de seus alunos. "Nenhum professor de matemática deveria se tornar professor até ter sentido na pele as agruras do fracasso matemático", conclui ele. Mas há pessoas para quem as dificuldades são mais sérias: um número estimado entre 3% a 6% da população sofre de discalculia. Segundo a literatura médica, a discalculia é uma desordem neurológica que afeta a habilidade de adquirir destrezas matemáticas. Alunos discalcúlicos podem experimentar dificuldades para entender conceitos numéricos, carecem de compreensão intuitiva dos números e têm problemas para aprender operações matemáticas. Frequentemente, especialistas descrevem a discalculia como a "prima matemática" da dislexia. Enterar-se de sua existência foi "simultaneamente uma fonte de irritação e alívio", conta a escritora americana Hannah Tomes, que desde de criança dizia ter "pavor de tudo relacionado a números". "Não podia ver a hora em um relógio desde que tinha 15 anos, e tive de praticar muito para conseguir superar essa barreira. Até hoje me dá um pouco de pânico quando alguém me pergunta que horas são". Se tivesse sabido dessa condição, "talvez teria sido mais benevolente comigo mesma quando era criança", escreve ela. DIFICULDADE SEVERA Cabe ressaltar que a discalculia é um transtorno mental que consiste em ter dificuldade severa para fazer cálculos aritméticos. "Em algumas crianças, a memória do procedimento pode não funcionar bem, por isso as habilidades matemáticas não se automatizam", explica Tanya M. Evans, responsável por um estudo realizado pela Centro Médico da Universidade Georgetown e pela Universidade de Stanford nos EUA. Várias pesquisas mostram que a discalculia tem um alto componente hereditário. Outras indicam que o problema se relaciona com o desenvolvimento do cérebro no útero da mãe ou nos primeiros anos de vida do recém-nascido. Por outro lado, muitos especialistas concordam que, se o assunto for abordado no momento indicado e de forma adequada, é possível obter resultados tão promissores quanto os já registrados com crianças disléxicas. Eles ressaltam ser importante que a discalculia seja tão conhecida quanto a dislexia. PISTAS Há vários sinais de alerta para detectar essa condição, seja em crianças em idade pré-escolar seja naquelas que terminam a escola. Em linhas gerais, os indicadores mais comuns de discalculia são: fazer contas com a ajuda dos dedos em idade mais avançada do que o normal e ter dificuldades para fazer estimativas aproximadas.
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ciencia
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Discalculia, o transtorno por trás da dificuldade de aprender matemática"O fracasso na matemática –assim como o fracasso no amor– nos deixa machucados e vulneráveis", afirma o americano Ben Orlin em seu blog "Math with Bad Drawings" ("Matemática com desenhos ruins", em português). Orlin diz ter experimentado na pele o que escreveu. Curiosamente, ele é professor de matemática, mas sua experiência lhe ensinou que a disciplina "faz com que muita gente se sinta estúpida". "E ficamos machucados quando nos sentimos estúpidos", acrescenta. Orlin teve sorte. Para ele, as razões que causavam suas dificuldades eram superáveis. Além disso, "a combinação de grande ansiedade, baixa motivação, as lacunas do conhecimento" e os maus momentos pelos quais passou serviram para que ele entendesse o que enfrentam muitos de seus alunos. "Nenhum professor de matemática deveria se tornar professor até ter sentido na pele as agruras do fracasso matemático", conclui ele. Mas há pessoas para quem as dificuldades são mais sérias: um número estimado entre 3% a 6% da população sofre de discalculia. Segundo a literatura médica, a discalculia é uma desordem neurológica que afeta a habilidade de adquirir destrezas matemáticas. Alunos discalcúlicos podem experimentar dificuldades para entender conceitos numéricos, carecem de compreensão intuitiva dos números e têm problemas para aprender operações matemáticas. Frequentemente, especialistas descrevem a discalculia como a "prima matemática" da dislexia. Enterar-se de sua existência foi "simultaneamente uma fonte de irritação e alívio", conta a escritora americana Hannah Tomes, que desde de criança dizia ter "pavor de tudo relacionado a números". "Não podia ver a hora em um relógio desde que tinha 15 anos, e tive de praticar muito para conseguir superar essa barreira. Até hoje me dá um pouco de pânico quando alguém me pergunta que horas são". Se tivesse sabido dessa condição, "talvez teria sido mais benevolente comigo mesma quando era criança", escreve ela. DIFICULDADE SEVERA Cabe ressaltar que a discalculia é um transtorno mental que consiste em ter dificuldade severa para fazer cálculos aritméticos. "Em algumas crianças, a memória do procedimento pode não funcionar bem, por isso as habilidades matemáticas não se automatizam", explica Tanya M. Evans, responsável por um estudo realizado pela Centro Médico da Universidade Georgetown e pela Universidade de Stanford nos EUA. Várias pesquisas mostram que a discalculia tem um alto componente hereditário. Outras indicam que o problema se relaciona com o desenvolvimento do cérebro no útero da mãe ou nos primeiros anos de vida do recém-nascido. Por outro lado, muitos especialistas concordam que, se o assunto for abordado no momento indicado e de forma adequada, é possível obter resultados tão promissores quanto os já registrados com crianças disléxicas. Eles ressaltam ser importante que a discalculia seja tão conhecida quanto a dislexia. PISTAS Há vários sinais de alerta para detectar essa condição, seja em crianças em idade pré-escolar seja naquelas que terminam a escola. Em linhas gerais, os indicadores mais comuns de discalculia são: fazer contas com a ajuda dos dedos em idade mais avançada do que o normal e ter dificuldades para fazer estimativas aproximadas.
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Por até R$ 3.000, famílias trocam babás por novos espaços infantis
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Babá, televisão, colégio integral, escolinha de inglês, balé e natação. Famílias de São Paulo estão trocando tudo isso por espaços que oferecem brincadeiras, ensino de emoções e aulas de artes, esportes e idiomas em um só lugar. A maioria dos espaços, muitos com menos de um ano de idade, fica perto de colégios particulares na zona oeste de SP –especialmente em Pinheiros, mas não só. Por até R$ 3.000 por mês, recebem tanto crianças fora do horário de aula como aquelas que ainda não estão na escola. Os valores variam segundo a frequência –os pais podem optar por deixar os filhos ali por um período que varia de uma hora a todos os dias da semana. Há também programação de férias. Dois fatores influem na procura: a praticidade e a valorização de atividades lúdicas. Na Casa Ubá, aberta em 2015, panos, sucata e argila, entre outros materiais, ficam à disposição das crianças em uma casa na Vila Madalena. Educadores estão lá, mas são as crianças que inventam as brincadeiras. A proposta é que se relacionem entre si. "Hoje em dia, as crianças saem da escola e vão para a natação, depois outra aula. É tudo dirigido por adultos. A ideia é que aqui se reencontrem", diz Lilia Standerski, sócia do local com a também pedagoga Bruna Mutarelli. A atriz Daniela Rocha preferiu levar sua filha de 2 anos lá a matricular a garota numa escola. "Não queria ainda uma rotina tão intensa", diz. Inaugurada neste ano, a Afterschool, em Alto de Pinheiros, também oferece atividades lúdicas, mas tem como objetivo principal desenvolver capacidades socioemocionais como colaboração, solidariedade e criatividade. O trabalho com essas competências é feito dentro de uma grade que inclui, entre outras atividades, artes, circo e inglês. O projeto foi desenvolvido a partir de estudos de Leticia Lyle, uma das sócias, na Universidade Columbia, em Nova York. "Trabalhava com crianças e sentia que faltava uma boa gestão das emoções, por exemplo como lidar com frustração." A publicitária Suzana Duarte foi uma das que se entusiasmou com a proposta. Além do projeto, ela elogia o aspecto prático. "Deixo ele de manhã, depois ele almoça ali e o acompanham até a escola." COMODIDADE A demanda por negócios como esse foi identificada logo no início pelos criadores da Oficina Toka, na Vila Madalena, pioneira nesse nicho. Inaugurado em 2012, o espaço recebe 300 crianças para artes, brincadeiras e esportes. O filho da consultora Sandra Pimentel é uma delas. "Prefiro que as crianças façam escola integral ou cursos paralelos em vez de ficar em casa ou com uma cuidadora." Mudanças na lei ajudam a explicar a procura, diz Roberto Sonnewend, um dos sócios. "O trabalho doméstico encareceu, e famílias passaram a questionar a qualidade do tempo dos filhos em casa." Em São Paulo, segundo o Datafolha, a remuneração média de uma babá varia de R$ 1.659, para a que não dorme no emprego, a R$ 2.160 para a que dorme. Não à toa, um dos dos programas mais disputados na Toka é o noturno: uma sexta-feira por mês, pais podem deixar no local seus filhos das 19h às 23h. Com tanta demanda, o setor só tende a crescer, avalia outra pioneira no ramo. "No início, perguntavam 'por que trazer minha filha para brincar aqui se posso ir para a pracinha?'", diz Luciane Motta, diretora da Casa do Brincar, aberta em 2009. "No futuro, acho que seremos em número igual ao de escolas." - PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS Confira preços da programação de férias de espaços infantis em SP Afterschool Preço: de R$ 480 (uma semana, meio período) a R$ 2.720 (um mês, período integral) Onde: Rua Gregório Paes de Almeida, 622 (Alto de Pinheiros) Tel.: 3798-2897 Mais informações: afterschool.net.br Brincando no pé Preço: R$ 90 (um dia) a R$ 330 (5 dias) Onde: Rua Pedroso de Camargo, 319 (Chácara Santo Antônio) Tel.: 99364-6887 Mais informações: brincandonope.com.br Casa do Brincar Preço: de R$ 55 (1 hora) a R$ 3.100 (um mês, integral) Onde: Rua Ferreira de Araújo, 388 (Pinheiros) Tel.: 3032-2323 / 99444-7590 Mais informações: casadobrincar.com.br Casa Ubá Preço: R$ 400 (meio período) a R$ 750 (integral) por semana Onde: Rua Beatriz, 258 (Vila Madalena) Tel.: 2574-2521 Mais informações: casauba.com.br Familiarte Preço: de R$ 40 (1 hora) a R$ 75 (2 horas) Onde: Rua Sales Junior, 470 (Alto da Lapa) Tel.: 3642-1706 Mais informações: familiarte.com.br Mamusca Preço: de R$ 40 (hora avulsa para bebês) a R$ 450 por semana Onde: Rua Joaquim Antunes, 778 (Pinheiros) Tel.: 2362-9303 Mais informações: mamusca.com.br O Passatempo Preço: R$ 75 a R$ 95 por oficina Onde: Rua Otávio Tarquínio de Souza, 1269 (Campo Belo) Tel.: 5042-2720 Mais informações: opassatempo.com.br Oficina Toka Preço: de R$ 130 (um dia, meio período) a R$ 800 (5 dias, integral) Onde: Rua Girassol, 913 (Vila Madalena) Tel.: 3892-1104 Mais informações: oficinatoka.com.br
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cotidiano
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Por até R$ 3.000, famílias trocam babás por novos espaços infantisBabá, televisão, colégio integral, escolinha de inglês, balé e natação. Famílias de São Paulo estão trocando tudo isso por espaços que oferecem brincadeiras, ensino de emoções e aulas de artes, esportes e idiomas em um só lugar. A maioria dos espaços, muitos com menos de um ano de idade, fica perto de colégios particulares na zona oeste de SP –especialmente em Pinheiros, mas não só. Por até R$ 3.000 por mês, recebem tanto crianças fora do horário de aula como aquelas que ainda não estão na escola. Os valores variam segundo a frequência –os pais podem optar por deixar os filhos ali por um período que varia de uma hora a todos os dias da semana. Há também programação de férias. Dois fatores influem na procura: a praticidade e a valorização de atividades lúdicas. Na Casa Ubá, aberta em 2015, panos, sucata e argila, entre outros materiais, ficam à disposição das crianças em uma casa na Vila Madalena. Educadores estão lá, mas são as crianças que inventam as brincadeiras. A proposta é que se relacionem entre si. "Hoje em dia, as crianças saem da escola e vão para a natação, depois outra aula. É tudo dirigido por adultos. A ideia é que aqui se reencontrem", diz Lilia Standerski, sócia do local com a também pedagoga Bruna Mutarelli. A atriz Daniela Rocha preferiu levar sua filha de 2 anos lá a matricular a garota numa escola. "Não queria ainda uma rotina tão intensa", diz. Inaugurada neste ano, a Afterschool, em Alto de Pinheiros, também oferece atividades lúdicas, mas tem como objetivo principal desenvolver capacidades socioemocionais como colaboração, solidariedade e criatividade. O trabalho com essas competências é feito dentro de uma grade que inclui, entre outras atividades, artes, circo e inglês. O projeto foi desenvolvido a partir de estudos de Leticia Lyle, uma das sócias, na Universidade Columbia, em Nova York. "Trabalhava com crianças e sentia que faltava uma boa gestão das emoções, por exemplo como lidar com frustração." A publicitária Suzana Duarte foi uma das que se entusiasmou com a proposta. Além do projeto, ela elogia o aspecto prático. "Deixo ele de manhã, depois ele almoça ali e o acompanham até a escola." COMODIDADE A demanda por negócios como esse foi identificada logo no início pelos criadores da Oficina Toka, na Vila Madalena, pioneira nesse nicho. Inaugurado em 2012, o espaço recebe 300 crianças para artes, brincadeiras e esportes. O filho da consultora Sandra Pimentel é uma delas. "Prefiro que as crianças façam escola integral ou cursos paralelos em vez de ficar em casa ou com uma cuidadora." Mudanças na lei ajudam a explicar a procura, diz Roberto Sonnewend, um dos sócios. "O trabalho doméstico encareceu, e famílias passaram a questionar a qualidade do tempo dos filhos em casa." Em São Paulo, segundo o Datafolha, a remuneração média de uma babá varia de R$ 1.659, para a que não dorme no emprego, a R$ 2.160 para a que dorme. Não à toa, um dos dos programas mais disputados na Toka é o noturno: uma sexta-feira por mês, pais podem deixar no local seus filhos das 19h às 23h. Com tanta demanda, o setor só tende a crescer, avalia outra pioneira no ramo. "No início, perguntavam 'por que trazer minha filha para brincar aqui se posso ir para a pracinha?'", diz Luciane Motta, diretora da Casa do Brincar, aberta em 2009. "No futuro, acho que seremos em número igual ao de escolas." - PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS Confira preços da programação de férias de espaços infantis em SP Afterschool Preço: de R$ 480 (uma semana, meio período) a R$ 2.720 (um mês, período integral) Onde: Rua Gregório Paes de Almeida, 622 (Alto de Pinheiros) Tel.: 3798-2897 Mais informações: afterschool.net.br Brincando no pé Preço: R$ 90 (um dia) a R$ 330 (5 dias) Onde: Rua Pedroso de Camargo, 319 (Chácara Santo Antônio) Tel.: 99364-6887 Mais informações: brincandonope.com.br Casa do Brincar Preço: de R$ 55 (1 hora) a R$ 3.100 (um mês, integral) Onde: Rua Ferreira de Araújo, 388 (Pinheiros) Tel.: 3032-2323 / 99444-7590 Mais informações: casadobrincar.com.br Casa Ubá Preço: R$ 400 (meio período) a R$ 750 (integral) por semana Onde: Rua Beatriz, 258 (Vila Madalena) Tel.: 2574-2521 Mais informações: casauba.com.br Familiarte Preço: de R$ 40 (1 hora) a R$ 75 (2 horas) Onde: Rua Sales Junior, 470 (Alto da Lapa) Tel.: 3642-1706 Mais informações: familiarte.com.br Mamusca Preço: de R$ 40 (hora avulsa para bebês) a R$ 450 por semana Onde: Rua Joaquim Antunes, 778 (Pinheiros) Tel.: 2362-9303 Mais informações: mamusca.com.br O Passatempo Preço: R$ 75 a R$ 95 por oficina Onde: Rua Otávio Tarquínio de Souza, 1269 (Campo Belo) Tel.: 5042-2720 Mais informações: opassatempo.com.br Oficina Toka Preço: de R$ 130 (um dia, meio período) a R$ 800 (5 dias, integral) Onde: Rua Girassol, 913 (Vila Madalena) Tel.: 3892-1104 Mais informações: oficinatoka.com.br
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Alerta de segurança faz Justiça dispensar funcionários em SC
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Um alerta de segurança emitido pelas polícias Militar e Federal em Santa Catarina acabou dispensando funcionários da Justiça Federal de irem trabalhar nesta quinta-feira (31). A recomendação ocorre após a morte de pelo menos quatro agentes de segurança no Estado no último mês, entre policiais militares e agentes penitenciários. Na noite desta quarta (30), um policial foi morto a tiros em horário de folga, em Camboriú. Em comunicado interno, a direção do foro recomendou que o expediente fosse cumprido "preferencialmente em regime de tele-trabalho", e que nenhum servidor permanecesse nos prédios da Justiça após as 18h. O atendimento ao público, porém, não foi comprometido –embora os juízes tivessem prerrogativa para reagendar audiências, caso julgassem necessário. Segundo a Justiça Federal, não houve registro de nenhuma ameaça específica, mas a direção recomendou "a adoção de algumas cautelas". O Tribunal de Justiça de Santa Catarina também emitiu um alerta semelhante, recomendando que os servidores estivessem "atentos à segurança pessoal", mas funcionava normalmente na tarde desta quinta. Segundo a assessoria de imprensa, não houve nenhuma ameaça específica contra magistrados ou prédios. A medida era "preventiva". O governador Raimundo Colombo (PSD) declarou, nesta manhã, que existem "facções criminosas de outros Estados atuando em Santa Catarina", mas não atribuiu as recentes mortes nem eventuais ameaças a algum grupo específico. "Muitas informações são assuntos sigilosos da polícia. Toda nossa equipe de inteligência está acompanhando a situação", afirmou. O governo de Santa Catarina informou que não poderia dar mais detalhes sobre eventuais ameaças. Leia abaixo íntegra do comunicado da Justiça Federal de Santa Catarina. - Senhores Magistrados e Servidores Recebemos alertas de segurança da Superintendência da PF e dos setores de inteligência da PM e da Presidência do TJ. Não há, até o momento, a identificação de nenhuma situação específica envolvendo a Justiça Federal de Santa Catarina. Por essa razão, não há razão para pânico, mas a adoção de algumas cautelas. Recomendamos que no dia de hoje os trabalhos rotineiros sejam prestados preferencialmente em regime de tele-trabalho. Recomendamos que nenhum servidor, colaborador terceirizado (exceto os de vigilância), estagiário ou magistrado permaneça nos prédios da Justiça Federal de Santa Catarina além das 18 horas. Audiências, perícias e atendimento ao público deverão ser mantidos normalmente ou, a critério do juiz da Vara ou Cejuscon redesignados para data próxima para fins de readequação da agenda. Estamos em permanente contato com as autoridades da segurança pública e, caso haja alteração desse quadro, divulgaremos nesses canais: e-mail institucional e intranet.
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Alerta de segurança faz Justiça dispensar funcionários em SCUm alerta de segurança emitido pelas polícias Militar e Federal em Santa Catarina acabou dispensando funcionários da Justiça Federal de irem trabalhar nesta quinta-feira (31). A recomendação ocorre após a morte de pelo menos quatro agentes de segurança no Estado no último mês, entre policiais militares e agentes penitenciários. Na noite desta quarta (30), um policial foi morto a tiros em horário de folga, em Camboriú. Em comunicado interno, a direção do foro recomendou que o expediente fosse cumprido "preferencialmente em regime de tele-trabalho", e que nenhum servidor permanecesse nos prédios da Justiça após as 18h. O atendimento ao público, porém, não foi comprometido –embora os juízes tivessem prerrogativa para reagendar audiências, caso julgassem necessário. Segundo a Justiça Federal, não houve registro de nenhuma ameaça específica, mas a direção recomendou "a adoção de algumas cautelas". O Tribunal de Justiça de Santa Catarina também emitiu um alerta semelhante, recomendando que os servidores estivessem "atentos à segurança pessoal", mas funcionava normalmente na tarde desta quinta. Segundo a assessoria de imprensa, não houve nenhuma ameaça específica contra magistrados ou prédios. A medida era "preventiva". O governador Raimundo Colombo (PSD) declarou, nesta manhã, que existem "facções criminosas de outros Estados atuando em Santa Catarina", mas não atribuiu as recentes mortes nem eventuais ameaças a algum grupo específico. "Muitas informações são assuntos sigilosos da polícia. Toda nossa equipe de inteligência está acompanhando a situação", afirmou. O governo de Santa Catarina informou que não poderia dar mais detalhes sobre eventuais ameaças. Leia abaixo íntegra do comunicado da Justiça Federal de Santa Catarina. - Senhores Magistrados e Servidores Recebemos alertas de segurança da Superintendência da PF e dos setores de inteligência da PM e da Presidência do TJ. Não há, até o momento, a identificação de nenhuma situação específica envolvendo a Justiça Federal de Santa Catarina. Por essa razão, não há razão para pânico, mas a adoção de algumas cautelas. Recomendamos que no dia de hoje os trabalhos rotineiros sejam prestados preferencialmente em regime de tele-trabalho. Recomendamos que nenhum servidor, colaborador terceirizado (exceto os de vigilância), estagiário ou magistrado permaneça nos prédios da Justiça Federal de Santa Catarina além das 18 horas. Audiências, perícias e atendimento ao público deverão ser mantidos normalmente ou, a critério do juiz da Vara ou Cejuscon redesignados para data próxima para fins de readequação da agenda. Estamos em permanente contato com as autoridades da segurança pública e, caso haja alteração desse quadro, divulgaremos nesses canais: e-mail institucional e intranet.
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Conheça quatro cidades para ver cerejeiras carregadas de flores
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O "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para [email protected]. VEJO FLORES EM VOCÊ Conheça quatro cidades para ver cerejeiras, árvores tradicionais no Japão, carregadas de flores WASHINGTON (EUA) - a cidade tem um festival de 20/3 a 17/4 VANCOUVER (Canadá) - um festival é realizado de 24/3 a 17/4 TÓQUIO (Japão) - na capital, elas são festejadas entre março e abril SÃO PAULO (BRASIL) - há uma festa para as cerejeiras entre julho e agosto, no parque do Carmo * Resort ganha spa de marca de luxo francesa A marca francesa Caudalie, que usa uvas como matéria-prima para seus cosméticos, é responsável pelo novo spa do Kenoa Exclusive Beach Spa & Resort, em Barra de São Miguel, ao sul de Maceió (AL). É o segundo espaço da marca de luxo no Brasil –o outro fica no Spa do Vinho, em Bento Gonçalves (RS). São oferecidas massagens, limpezas de pele e banhos de ofurô, além de um novo tratamento para a renovação de células da pele e prevenção de rugas. Os preços são os mesmos para hóspedes e visitantes externos e vão de R$ 160 (para esfoliações e massagens na cabeça e nos pés) a R$ 280 (para tratamentos de pele). O spa funciona todos os dias, com horários marcados, das 16h às 23h. É possível fazer reservas pelo site kenoaresort.com. * Cruzeiro de volta ao mundo terá embarque no Brasil Pela primeira vez, o cruzeiro de volta ao mundo da Costa Cruzeiros terá um embarque no Brasil. Turistas poderão começar a viagem no dia 6 de janeiro de 2017, na Itália, ou embarcar mais tarde, no dia 23, no Rio. Partindo da cidade brasileira, o roteiro dura 88 noites e passa por mais de dez países. O pacote custa a partir de R$ 45 mil. * AGENDA 17 de MARÇO Será inaugurada uma exposição com réplicas de 'batmóveis' e outros produtos da Liga da Justiça no Hopi Hari, em Vinhedo (SP) 21 de MARÇO Começa uma série de atividades no geoparque Grutas del Palacio, no Uruguai; a programação vai até 2/3 (geoparque.uy ) 28 de MARÇO Tem início o Festival de Música da Cidade Velha de Jerusalém, com bandas locais; até 31/6 (sounds-of-jerusalem.org.il )
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Conheça quatro cidades para ver cerejeiras carregadas de floresO "Turismo" prepara uma seleção de dicas, novidades e eventos do setor toda semana. A coluna "Sobrevoo" também responde a perguntas dos leitores e publica fotos de viagem. Para colaborar, envie e-mail para [email protected]. VEJO FLORES EM VOCÊ Conheça quatro cidades para ver cerejeiras, árvores tradicionais no Japão, carregadas de flores WASHINGTON (EUA) - a cidade tem um festival de 20/3 a 17/4 VANCOUVER (Canadá) - um festival é realizado de 24/3 a 17/4 TÓQUIO (Japão) - na capital, elas são festejadas entre março e abril SÃO PAULO (BRASIL) - há uma festa para as cerejeiras entre julho e agosto, no parque do Carmo * Resort ganha spa de marca de luxo francesa A marca francesa Caudalie, que usa uvas como matéria-prima para seus cosméticos, é responsável pelo novo spa do Kenoa Exclusive Beach Spa & Resort, em Barra de São Miguel, ao sul de Maceió (AL). É o segundo espaço da marca de luxo no Brasil –o outro fica no Spa do Vinho, em Bento Gonçalves (RS). São oferecidas massagens, limpezas de pele e banhos de ofurô, além de um novo tratamento para a renovação de células da pele e prevenção de rugas. Os preços são os mesmos para hóspedes e visitantes externos e vão de R$ 160 (para esfoliações e massagens na cabeça e nos pés) a R$ 280 (para tratamentos de pele). O spa funciona todos os dias, com horários marcados, das 16h às 23h. É possível fazer reservas pelo site kenoaresort.com. * Cruzeiro de volta ao mundo terá embarque no Brasil Pela primeira vez, o cruzeiro de volta ao mundo da Costa Cruzeiros terá um embarque no Brasil. Turistas poderão começar a viagem no dia 6 de janeiro de 2017, na Itália, ou embarcar mais tarde, no dia 23, no Rio. Partindo da cidade brasileira, o roteiro dura 88 noites e passa por mais de dez países. O pacote custa a partir de R$ 45 mil. * AGENDA 17 de MARÇO Será inaugurada uma exposição com réplicas de 'batmóveis' e outros produtos da Liga da Justiça no Hopi Hari, em Vinhedo (SP) 21 de MARÇO Começa uma série de atividades no geoparque Grutas del Palacio, no Uruguai; a programação vai até 2/3 (geoparque.uy ) 28 de MARÇO Tem início o Festival de Música da Cidade Velha de Jerusalém, com bandas locais; até 31/6 (sounds-of-jerusalem.org.il )
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Nintendo lançará versão de Super Mario Run para Android em março
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A Nintendo anunciou que lançará uma versão para Android do jogo para celular Super Mario Run em março, após o lançamento do aplicativo para o iPhone, da Apple, em dezembro. A empresa japonesa anunciou o lançamento planejado em sua conta no Twitter. Super Mario Run representa uma entrada tardia da Nintendo nos jogos para dispositivos móveis, depois de restringir seu personagem mais popular a seus próprios consoles. Depois do lançamento do jogo em 15 de dezembro, os downloads chegaram a um recorde de 40 milhões em apenas quatro dias. Ao lançar uma versão para Android, a Nintendo pode alcançar um grupo muito maior de jogadores em potencial. Mais de quatro de cada cinco smartphones lançados em 2016 usam o sistema operacional Android, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado IDC. Analistas, entretanto, observam que até agora menos de uma em cada 10 pessoas que baixaram o Super Mario Run gratuitamente concordaram em pagar os US$ 9,99 para desbloquear todos os recursos do jogo.
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Nintendo lançará versão de Super Mario Run para Android em marçoA Nintendo anunciou que lançará uma versão para Android do jogo para celular Super Mario Run em março, após o lançamento do aplicativo para o iPhone, da Apple, em dezembro. A empresa japonesa anunciou o lançamento planejado em sua conta no Twitter. Super Mario Run representa uma entrada tardia da Nintendo nos jogos para dispositivos móveis, depois de restringir seu personagem mais popular a seus próprios consoles. Depois do lançamento do jogo em 15 de dezembro, os downloads chegaram a um recorde de 40 milhões em apenas quatro dias. Ao lançar uma versão para Android, a Nintendo pode alcançar um grupo muito maior de jogadores em potencial. Mais de quatro de cada cinco smartphones lançados em 2016 usam o sistema operacional Android, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado IDC. Analistas, entretanto, observam que até agora menos de uma em cada 10 pessoas que baixaram o Super Mario Run gratuitamente concordaram em pagar os US$ 9,99 para desbloquear todos os recursos do jogo.
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No Paris-Saint Germain, Neymar enfim será dono da bola e do time
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No início do futebol, na China, há 2.000 anos, o craque do time deve ter colocado a bola debaixo do braço e dito: "Quero jogar pelo centro, onde a bola mais passa". Este é um dos motivos pelos quais quase todos os maiores craques da história atuavam pelo centro, no meio-campo ou no ataque, como Pelé, Maradona, Messi, Cristiano Ronaldo, Zidane, Cruyff, Gerson e outros. Garrincha foi uma das poucas exceções, um show à parte, na ponta direita. Messi, no início, atuava de ponta direita. Com a ajuda de Guardiola, passou a jogar no centro do ataque, mais à frente, de onde voltava para receber a bola entre volantes e zagueiros. Depois, foi jogar da direita para o meio, quando se transformou em magistral armador e atacante. Cristiano Ronaldo só se tornou um supercraque artilheiro quando saiu da ponta para o centro, perto do gol. O PSG, na prancheta, atua no mesmo sistema tático do Barcelona (4-3-3), com a grande diferença de que, no time francês, como na seleção brasileira, não há um meia de ligação pelo centro. No Barcelona, Messi sai da direita para o meio e passa a ser o centro das jogadas. Na França, Neymar, saindo da esquerda para o meio, será o Messi do PSG, o dono da bola e do time. Neymar quer ser muito mais que o melhor do mundo. Vários jogadores inferiores a ele, como Luís Figo, Kaká, Weah e Cannavaro, ganharam o título. Neymar quer ser forte candidato habitual a melhor de todos, como Messi e Cristiano Ronaldo e se transformar, definitivamente, em um dos maiores da história. SURPRESAS Escrevi que as ótimas atuações de Paulinho na seleção são surpreendentes, porque, mesmo em seus melhores momentos no Corinthians, eu não achava que ele poderia ser titular do time brasileiro. Mais surpreendente ainda foi sua contratação pelo Barcelona, por enorme quantia, pois seu estilo de jogo não combina com o do time catalão. A maioria dos torcedores e jornalistas de Barcelona criticou demais o investimento, ainda mais que, na temporada passada, o clube gastou fortunas com vários jogadores reservas, fracos para o nível do time. Já Philippe Coutinho, mesmo longe de ser um Neymar, se for contratado pelo Barcelona será uma surpresa se não der certo, por seu talento e por jogar na mesma posição de Neymar. Mas pode acontecer o contrário: Paulinho brilhar e Coutinho se apagar. O futebol adora contrariar a lógica e os comentaristas. A imprevisibilidade no futebol não é também justificativa para diminuir o valor da ciência esportiva, para tantos opinarem sem preparo técnico, como se fossem sábios, e para os que têm e não têm conhecimento serem tratados da mesma forma. COPA DO BRASIL Nesta quarta, o Grêmio tem mais chance de vencer, mas o Cruzeiro tem jogado bem contra os principais times e atuado melhor do que mostram os resultados. Botafogo e Flamengo iniciam outra decisão. O Botafogo, assim como o Corinthians, dá aula de como se posicionar defensivamente ao perder a bola. A diferença é que o Corinthians, ao recuperá-la, tem muito mais qualidade. O novo técnico do Flamengo, o colombiano Rueda, fez milhares de anotações no caderninho na derrota para o Atlético-MG. Deve ter ficado impressionado com a frágil defesa. Será que também vai ficar encantado com Márcio Araújo?
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No Paris-Saint Germain, Neymar enfim será dono da bola e do timeNo início do futebol, na China, há 2.000 anos, o craque do time deve ter colocado a bola debaixo do braço e dito: "Quero jogar pelo centro, onde a bola mais passa". Este é um dos motivos pelos quais quase todos os maiores craques da história atuavam pelo centro, no meio-campo ou no ataque, como Pelé, Maradona, Messi, Cristiano Ronaldo, Zidane, Cruyff, Gerson e outros. Garrincha foi uma das poucas exceções, um show à parte, na ponta direita. Messi, no início, atuava de ponta direita. Com a ajuda de Guardiola, passou a jogar no centro do ataque, mais à frente, de onde voltava para receber a bola entre volantes e zagueiros. Depois, foi jogar da direita para o meio, quando se transformou em magistral armador e atacante. Cristiano Ronaldo só se tornou um supercraque artilheiro quando saiu da ponta para o centro, perto do gol. O PSG, na prancheta, atua no mesmo sistema tático do Barcelona (4-3-3), com a grande diferença de que, no time francês, como na seleção brasileira, não há um meia de ligação pelo centro. No Barcelona, Messi sai da direita para o meio e passa a ser o centro das jogadas. Na França, Neymar, saindo da esquerda para o meio, será o Messi do PSG, o dono da bola e do time. Neymar quer ser muito mais que o melhor do mundo. Vários jogadores inferiores a ele, como Luís Figo, Kaká, Weah e Cannavaro, ganharam o título. Neymar quer ser forte candidato habitual a melhor de todos, como Messi e Cristiano Ronaldo e se transformar, definitivamente, em um dos maiores da história. SURPRESAS Escrevi que as ótimas atuações de Paulinho na seleção são surpreendentes, porque, mesmo em seus melhores momentos no Corinthians, eu não achava que ele poderia ser titular do time brasileiro. Mais surpreendente ainda foi sua contratação pelo Barcelona, por enorme quantia, pois seu estilo de jogo não combina com o do time catalão. A maioria dos torcedores e jornalistas de Barcelona criticou demais o investimento, ainda mais que, na temporada passada, o clube gastou fortunas com vários jogadores reservas, fracos para o nível do time. Já Philippe Coutinho, mesmo longe de ser um Neymar, se for contratado pelo Barcelona será uma surpresa se não der certo, por seu talento e por jogar na mesma posição de Neymar. Mas pode acontecer o contrário: Paulinho brilhar e Coutinho se apagar. O futebol adora contrariar a lógica e os comentaristas. A imprevisibilidade no futebol não é também justificativa para diminuir o valor da ciência esportiva, para tantos opinarem sem preparo técnico, como se fossem sábios, e para os que têm e não têm conhecimento serem tratados da mesma forma. COPA DO BRASIL Nesta quarta, o Grêmio tem mais chance de vencer, mas o Cruzeiro tem jogado bem contra os principais times e atuado melhor do que mostram os resultados. Botafogo e Flamengo iniciam outra decisão. O Botafogo, assim como o Corinthians, dá aula de como se posicionar defensivamente ao perder a bola. A diferença é que o Corinthians, ao recuperá-la, tem muito mais qualidade. O novo técnico do Flamengo, o colombiano Rueda, fez milhares de anotações no caderninho na derrota para o Atlético-MG. Deve ter ficado impressionado com a frágil defesa. Será que também vai ficar encantado com Márcio Araújo?
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Corinthians negocia para ter cerveja e trio elétrico na festa do hexa
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O Corinthians e a Ambev querem colocar cerveja em Itaquera para a festa do hexacampeonato. O clube vai fazer a comemoração oficial no dia 6 de dezembro, última rodada do Brasileiro, quando enfrenta o Avaí. Haverá um show no estacionamento da arena —as atrações ainda estão sendo escolhidas pelo departamento de marketing. A ideia da diretoria é de vender a bebida depois que o jogo terminar, por volta das 19h. O Corinthians negocia tudo isso com a Ambev, patrocinadora, pra que ela banque os custos da comemoração. A empresa ainda avalia internamente se conseguirá colocar a festa em pé. O Corinthians quer que o show aconteça em um trio elétrico, para que os jogadores também participem, ficando em cima do veículo. Não houve, porém, ainda nenhum contato oficial com a PM. Por lei, não é proibida a venda de bebidas alcoólicas em estádios em São Paulo. "Se for depois do jogo terminar, não vejo nenhum problema. Vamos ver como será feito o policiamento no dia, mas eu não colocaria nenhum obstáculo", afirmou o major Luiz Gonzaga, que comanda o policiamento nos estádios em São Paulo. Segundo advogados consultados pela reportagem, a legislação permite que uma hora depois dos jogos a comercialização seja liberada. De acordo com o diretor de marketing do Corinthians, Marcelo Passos, a festa do hexa será "a maior que o futebol brasileiro já viu", "a primeira vez que deixará os jogadores juntos com os torcedores".
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esporte
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Corinthians negocia para ter cerveja e trio elétrico na festa do hexaO Corinthians e a Ambev querem colocar cerveja em Itaquera para a festa do hexacampeonato. O clube vai fazer a comemoração oficial no dia 6 de dezembro, última rodada do Brasileiro, quando enfrenta o Avaí. Haverá um show no estacionamento da arena —as atrações ainda estão sendo escolhidas pelo departamento de marketing. A ideia da diretoria é de vender a bebida depois que o jogo terminar, por volta das 19h. O Corinthians negocia tudo isso com a Ambev, patrocinadora, pra que ela banque os custos da comemoração. A empresa ainda avalia internamente se conseguirá colocar a festa em pé. O Corinthians quer que o show aconteça em um trio elétrico, para que os jogadores também participem, ficando em cima do veículo. Não houve, porém, ainda nenhum contato oficial com a PM. Por lei, não é proibida a venda de bebidas alcoólicas em estádios em São Paulo. "Se for depois do jogo terminar, não vejo nenhum problema. Vamos ver como será feito o policiamento no dia, mas eu não colocaria nenhum obstáculo", afirmou o major Luiz Gonzaga, que comanda o policiamento nos estádios em São Paulo. Segundo advogados consultados pela reportagem, a legislação permite que uma hora depois dos jogos a comercialização seja liberada. De acordo com o diretor de marketing do Corinthians, Marcelo Passos, a festa do hexa será "a maior que o futebol brasileiro já viu", "a primeira vez que deixará os jogadores juntos com os torcedores".
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Morre no Rio o cantor Roberto Correa, do grupo Golden Boys
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O cantor e compositor Roberto Correa, 76, do grupo Golden Boys, morreu por volta das 18h deste sábado (26) na sua casa no bairro do Méier, no Rio. A notícia da morte foi divulgada no site oficial e na rede social do grupo, mas a causa não foi divulgada. O filho do cantor, Beto Filho, postou em uma rede social que o pai morreu "de forma branda como um suspiro feito um passarinho, nosso querido foi levando todo amor da família e dos inúmeros amigos que colecionou durante sua vida." O velório será às 13h30 e o enterro às 15h30 deste domingo (27) no cemitério Jardim da Saudade, no bairro Sulacap, no Rio. O grupo era formado pelos irmãos Roberto, Ronaldo e Renato Correa e pelo amigo de escola Valdir Anunciação, que era chamado de primo. O quarteto vocal, formado em 1958 e que se inspirava em grupos americanos, fez parte do movimento da Jovem Guarda. Os cantores permaneceram juntos por quase 40 anos até o afastamento e morte de Anunciação, em 2004. O grupo retornou um tempo depois apenas com os irmãos Correa. Em 2015, eles se apresentaram com os outros quatro irmãos, também cantores, no espetáculo "Goldherança", no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Integrantes da banda Golden Boys se apresentam em programa de TV
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ilustrada
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Morre no Rio o cantor Roberto Correa, do grupo Golden BoysO cantor e compositor Roberto Correa, 76, do grupo Golden Boys, morreu por volta das 18h deste sábado (26) na sua casa no bairro do Méier, no Rio. A notícia da morte foi divulgada no site oficial e na rede social do grupo, mas a causa não foi divulgada. O filho do cantor, Beto Filho, postou em uma rede social que o pai morreu "de forma branda como um suspiro feito um passarinho, nosso querido foi levando todo amor da família e dos inúmeros amigos que colecionou durante sua vida." O velório será às 13h30 e o enterro às 15h30 deste domingo (27) no cemitério Jardim da Saudade, no bairro Sulacap, no Rio. O grupo era formado pelos irmãos Roberto, Ronaldo e Renato Correa e pelo amigo de escola Valdir Anunciação, que era chamado de primo. O quarteto vocal, formado em 1958 e que se inspirava em grupos americanos, fez parte do movimento da Jovem Guarda. Os cantores permaneceram juntos por quase 40 anos até o afastamento e morte de Anunciação, em 2004. O grupo retornou um tempo depois apenas com os irmãos Correa. Em 2015, eles se apresentaram com os outros quatro irmãos, também cantores, no espetáculo "Goldherança", no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Integrantes da banda Golden Boys se apresentam em programa de TV
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Governo Lula fazia gestões políticas no exterior a favor de empreiteiras
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O então presidente Lula e seu colega argentino Nestor Kirchner fizeram "uma intervenção decidida" para ajudar a empreiteira Odebrecht a se associar a uma firma argentina com vistas à construção de uma hidrelétrica no Equador. A informação consta em telegramas de embaixadas brasileiras e do Itamaraty entre 2003 e 2010, material que expõe a ação do governo brasileiro em benefício de empresas brasileiras como forma de ampliar a influência política e econômica do país. Diplomatas atuaram para ajudar algumas das principais empresas hoje investigadas na Operação Lava Jato. São 2.136 páginas de telegramas produzidos com grau de sigilo reservado, mas que tiveram a classificação cancelada e foram divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores nesta terça (16), a partir de um requerimento da revista "Época" por meio da Lei de Acesso à Informação. Em 2005, o embaixador brasileiro em Quito (Equador), Sergio Augusto de Abreu e Lima Florêncio Sobrinho, comemorou a ação direta de Lula e Kirchner em prol de uma demanda da Odebrecht, que procurava se associar à empresa argentina IMPSA. Ele escreveu ao então chanceler Celso Amorim: "Estou seguro de que a flexibilização na postura da IMPSA e a aceitação, por parte da empresa argentina, da proposta de texto elaborado pela Odebrecht não teriam sido possíveis sem a intervenção decidida de Vossa Excelência e dos presidentes Lula e Kirchner". Sem a concordância da IMPSA, que o embaixador chamou de "intransigente", a Odebrecht não conseguiria assinar um memorando que lhe permitiria participar de uma concorrência para construir a hidrelétrica de Toachi-Pilatón. Segundo os telegramas, a obra estava orçada em "US$ 366 milhões, mas o custo total do projeto é estimado em US$ 452 milhões". Em outubro de 2007, mostram telegramas, a Odebrecht conquistou o contrato para construção da hidrelétrica, que seria financiada com recursos de um fundo governamental. Em 2008, depois de divergir com o governo local, a empresa deixou o país. Em 2005, numa conversa sobre a construção da rodovia Interoceânica entre membros do governo do Peru e o embaixador brasileiro em Lima, uma assessora da Câmara de Comércio Exterior rebateu críticas sobre as dificuldades de financiamento para a obra. As condições "em termos muito mais favoráveis que as de mercado [...] somente puderam ser obtidas com base em negociações políticas, no mais alto nível, entre governos", argumentou. Documentos da embaixada em Argel (Argélia) deixam explícita a estratégia: o governo brasileiro se oferecia para interceder a favor de firmas brasileiras em licitações. Naquele país, o método ajudou principalmente a Andrade Gutierrez e a Odebrecht. Em 2006, o embaixador Sérgio França Danese relatou ter dito a interlocutores da Odebrecht que poderia mostrar às autoridades argelinas "as vantagens políticas de contar com empresas brasileiras". "Será a forma de viabilizar o entendimento, oferecido pelo presidente Bouteflika e reiterado pelo chanceler Bedjaoui, de que a Argélia aplicaria também parâmetros políticos para favorecer empresários brasileiros em alguns projetos abertos a licitação internacional", informou o embaixador. Em outro telegrama, ele cita novamente a ajuda política que o Brasil poderia dar em uma licitação de obra de irrigação no sul do país. "Se pudermos contar com a participação de duas empresas brasileiras, do porte e com a categoria da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, nessa concorrência, certamente teríamos mais chances de fazer valer uma influência política numa decisão que favoreça o Brasil, considerando-se o compromisso assumido nesse sentido pelo presidente Bouteflika junto ao presidente Lula." OUTRO LADO A assessoria do Instituto Lula informou que não comentaria porque não teve acesso aos documentos. Diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Itamaraty, Rodrigo Azevedo afirmou que uma das principais funções de sua área é colaborar para a expansão das empresas brasileiras no mercado internacional. Disse que não há privilégio a nenhum grupo e que seu departamento existe há 50 anos. Azeredo disse ainda que há um site –www.brasilexport.gov.br – em que são divulgados estudos de inteligência comercial e oportunidades de licitações internacionais. "Quando temos conhecimento de uma oportunidade de licitação, informamos empresas e associações daquele setor", explicou Azeredo. A Andrade Gutierrez informou que não iria se manifestar. A Odebrecht afirma que os fatos descritos nos telegramas estão "no âmbito da missão dos serviços diplomáticos de todo e qualquer país do mundo.
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poder
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Governo Lula fazia gestões políticas no exterior a favor de empreiteirasO então presidente Lula e seu colega argentino Nestor Kirchner fizeram "uma intervenção decidida" para ajudar a empreiteira Odebrecht a se associar a uma firma argentina com vistas à construção de uma hidrelétrica no Equador. A informação consta em telegramas de embaixadas brasileiras e do Itamaraty entre 2003 e 2010, material que expõe a ação do governo brasileiro em benefício de empresas brasileiras como forma de ampliar a influência política e econômica do país. Diplomatas atuaram para ajudar algumas das principais empresas hoje investigadas na Operação Lava Jato. São 2.136 páginas de telegramas produzidos com grau de sigilo reservado, mas que tiveram a classificação cancelada e foram divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores nesta terça (16), a partir de um requerimento da revista "Época" por meio da Lei de Acesso à Informação. Em 2005, o embaixador brasileiro em Quito (Equador), Sergio Augusto de Abreu e Lima Florêncio Sobrinho, comemorou a ação direta de Lula e Kirchner em prol de uma demanda da Odebrecht, que procurava se associar à empresa argentina IMPSA. Ele escreveu ao então chanceler Celso Amorim: "Estou seguro de que a flexibilização na postura da IMPSA e a aceitação, por parte da empresa argentina, da proposta de texto elaborado pela Odebrecht não teriam sido possíveis sem a intervenção decidida de Vossa Excelência e dos presidentes Lula e Kirchner". Sem a concordância da IMPSA, que o embaixador chamou de "intransigente", a Odebrecht não conseguiria assinar um memorando que lhe permitiria participar de uma concorrência para construir a hidrelétrica de Toachi-Pilatón. Segundo os telegramas, a obra estava orçada em "US$ 366 milhões, mas o custo total do projeto é estimado em US$ 452 milhões". Em outubro de 2007, mostram telegramas, a Odebrecht conquistou o contrato para construção da hidrelétrica, que seria financiada com recursos de um fundo governamental. Em 2008, depois de divergir com o governo local, a empresa deixou o país. Em 2005, numa conversa sobre a construção da rodovia Interoceânica entre membros do governo do Peru e o embaixador brasileiro em Lima, uma assessora da Câmara de Comércio Exterior rebateu críticas sobre as dificuldades de financiamento para a obra. As condições "em termos muito mais favoráveis que as de mercado [...] somente puderam ser obtidas com base em negociações políticas, no mais alto nível, entre governos", argumentou. Documentos da embaixada em Argel (Argélia) deixam explícita a estratégia: o governo brasileiro se oferecia para interceder a favor de firmas brasileiras em licitações. Naquele país, o método ajudou principalmente a Andrade Gutierrez e a Odebrecht. Em 2006, o embaixador Sérgio França Danese relatou ter dito a interlocutores da Odebrecht que poderia mostrar às autoridades argelinas "as vantagens políticas de contar com empresas brasileiras". "Será a forma de viabilizar o entendimento, oferecido pelo presidente Bouteflika e reiterado pelo chanceler Bedjaoui, de que a Argélia aplicaria também parâmetros políticos para favorecer empresários brasileiros em alguns projetos abertos a licitação internacional", informou o embaixador. Em outro telegrama, ele cita novamente a ajuda política que o Brasil poderia dar em uma licitação de obra de irrigação no sul do país. "Se pudermos contar com a participação de duas empresas brasileiras, do porte e com a categoria da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, nessa concorrência, certamente teríamos mais chances de fazer valer uma influência política numa decisão que favoreça o Brasil, considerando-se o compromisso assumido nesse sentido pelo presidente Bouteflika junto ao presidente Lula." OUTRO LADO A assessoria do Instituto Lula informou que não comentaria porque não teve acesso aos documentos. Diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Itamaraty, Rodrigo Azevedo afirmou que uma das principais funções de sua área é colaborar para a expansão das empresas brasileiras no mercado internacional. Disse que não há privilégio a nenhum grupo e que seu departamento existe há 50 anos. Azeredo disse ainda que há um site –www.brasilexport.gov.br – em que são divulgados estudos de inteligência comercial e oportunidades de licitações internacionais. "Quando temos conhecimento de uma oportunidade de licitação, informamos empresas e associações daquele setor", explicou Azeredo. A Andrade Gutierrez informou que não iria se manifestar. A Odebrecht afirma que os fatos descritos nos telegramas estão "no âmbito da missão dos serviços diplomáticos de todo e qualquer país do mundo.
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Abecedário: Professor no Brasil gasta 48 minutos por dia com bagunça na sala de aula
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Uma pesquisa da OCDE feita com professores de 33 países ao longo de 2013 coloca o Brasil no topo de um novo ranking: o de quantidade de "alunos-problema". De acordo com seis em cada dez professores brasileiros ouvidos no estudo internacional, pelo menos ... Leia post completo no blog
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educacao
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Abecedário: Professor no Brasil gasta 48 minutos por dia com bagunça na sala de aulaUma pesquisa da OCDE feita com professores de 33 países ao longo de 2013 coloca o Brasil no topo de um novo ranking: o de quantidade de "alunos-problema". De acordo com seis em cada dez professores brasileiros ouvidos no estudo internacional, pelo menos ... Leia post completo no blog
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PF indica suspeita de propina em apuração de cratera do metrô de SP
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Documentos apreendidos em duas operações da Polícia Federal apontam a suspeita de pagamento de propina a promotor de Justiça de São Paulo para favorecer empreiteiras nas apurações sobre a cratera da linha 4-amarela do metrô, que deixou sete mortos em janeiro de 2007. O caso é alvo de investigação da PF nas recentes fases da Lava Jato, que apuram uma estrutura de corrupção em contratos montada pela Odebrecht –que, no caso da linha 4, também foi líder do consórcio Via Amarela, responsável pela construção. Conforme a Folha revelou nesta terça (18), a Justiça inocentou os 14 acusados de responsabilidade pelo acidente, ocorrido na estação Pinheiros, nos primeiros dias do governo José Serra (PSDB). As cúpulas das construtoras e do metrô nem chegaram a entrar na lista de réus do processo –formada majoritariamente por integrantes de médio e de baixo escalão. Em sua decisão, a juíza da 1ª Vara Criminal da capital, Aparecida Angélica Correia, disse que a Promotoria não conseguiu provar que os técnicos do consórcio Via Amarela e do Metrô tinham condições de evitar a cratera. O Ministério Público Estadual informou à reportagem que poderá abrir investigações sobre promotores depois de tomar conhecimento do material apreendido pela Polícia Federal na Lava Jato. Investigação na Linha 4 INDÍCIOS As primeiras suspeitas de pagamento de propina a algum integrante da Promotoria envolvido na apuração do acidente da linha 4 foram levantadas por documentos apreendidos na operação Castelo de Areia, em 2009. Elas acabaram reforçadas por papéis divulgados pela PF em 26 de setembro deste ano, na Operação Lava Jato. No material, no entanto, não há referência explícita ao nome que poderia ter sido favorecido –diferentes promotores atuaram nesse caso, nas esferas criminal e civil. Na Castelo de Areia, os papéis apreendidos sugerem um pagamento de mais de R$ 3 milhões a membro do Ministério Público paulista. A PF investigava crimes cometidos por executivos da empreiteira Camargo Corrêa, incluindo propina a autoridades por contratos públicos. No mês passado, uma das mensagens apreendidas pela Lava Jato com dirigentes da Odebrecht detalha aquele que seria um dos pagamentos a promotor em 2007. O e-mail foi enviado em 2 de julho daquele ano pelo diretor da Odebrecht para as obras da linha 4, Marcio Pellegrini, a um executivo do grupo. Ele pede autorização para pagar um "beneficiário" referente à "metro-L.4". O motivo do repasse foi indicado como "ação: apoio no processo de invest. MP". A mensagem aponta também que a quantia a ser paga seria de R$ 200 mil e caberia à Odebrecht arcar com um quinto do montante. A construção da linha 4 foi realizado por consórcio formado por cinco empreiteiras: além da Odebrecht, a Camargo Corrêa, a OAS, a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez. Em avaliação sobre essa mensagem, a PF apontou em relatório que "ao que parece, o pagamento em questão se destinava à obtenção de algum favorecimento nos resultados da apuração e talvez da ação para ressarcimento que foi proposta pelo parquet [Ministério Público] estadual". Documento apreendido na Castelo de Areia registra quatro coincidências com o papel encontrado na Lava Jato: a referência à linha 4, o valor pago (R$ 200 mil), o modo de divisão (por cinco) e o mês do repasse (julho de 2007). Outro documento da Castelo de Areia, com apontamentos referentes a fevereiro de 2008, traz as seguintes inscrições: "PMN" (sigla da Camargo Corrêa para as obras da linha 4, segundo a PF), "Lac mp", "MP" e o valor de R$ 3 milhões parcelado em prestações mensais. Como nos outros papéis, os montantes são divididos por cinco. Esse material levou a Promotoria paulista e o Conselho Nacional do Ministério Público (órgão de controle externo) a investigar esse caso. As apurações, no entanto, acabaram arquivadas depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou a operação Castelo de Areia por completo -pelo fato de a apuração ter começado a partir de uma denúncia anônima. OUTRO LADO O Ministério Público paulista informou que poderá abrir investigações para apurar eventuais condutas ilegais de promotores ligados aos casos da linha 4-amarela do metrô de São Paulo caso venha a tomar conhecimento sobre o material apreendido na Operação Lava Jato. Procuradas pela Folha, a construtora Odebrecht, líder do consórcio Via Amarela, responsável pela obra da linha, e a empreiteira Camargo Corrêa não se manifestaram sobre os papéis obtidos nas operações da Polícia Federal. A Promotoria estadual paulista afirmou que após a deflagração da Operação Lava Jato "não chegou ao conhecimento do MPSP qualquer informação do Ministério Público Federal, da Polícia Federal ou dos órgãos de imprensa quanto a eventual atuação indevida de seus membros em relação ao acidente na linha 4 do Metrô". De acordo com a instituição, tal fato "poderia ensejar a adoção de novos procedimentos de investigação por parte da Procuradoria-Geral de Justiça". A instituição apontou que a divulgação dos documentos apreendidos pela Operação Castelo de Areia levou à abertura de apurações sobre a atuação dos promotores envolvidos no caso do desmoronamento no canteiro de obras da linha 4. "Em 9 de dezembro de 2009, em virtude do noticiário da imprensa dando conta de que o Ministério Público Federal apontava supostas irregularidades praticadas por membros do Ministério Público de São Paulo na apuração do acidente na linha 4 do Metrô, o então Procurador-Geral de Justiça, Fernando Grella, determinou a instauração de procedimentos para investigar os fatos", segundo a instituição. Em sua manifestação à Folha, o Ministério Público explicou por que as apurações sobre os promotores não foram conclusivas. De acordo com a instituição, no dia 14 de janeiro de 2010 o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou liminarmente a suspensão da ação penal resultante da Operação Castelo de Areia e todos os procedimentos de investigação que tiveram origem em elementos obtidos nessa apuração. Posteriormente, em 5 de abril de 2011, o tribunal decidiu em definitivo trancar a ação penal. O STF (Supremo Tribunal Federal), em recurso extraordinário apresentado pelo Ministério Público Federal, confirmou o resultado da decisão no sentido de proibir a utilização das provas obtidas na Castelo de Areia, consideradas ilícitas. Procurado, o Metrô informou que não comenta a decisão judicial por não ser parte do processo. Disse, ainda, que os funcionários arcaram com suas próprias defesas. A Folha pediu esclarecimentos às assessorias de imprensa da Odebrecht e da Camargo Corrêa, mas as empreiteiras informaram que não iriam se pronunciar sobre os papéis obtidos nas operações. A Odebrecht negocia com o Ministério Público Federal a assinatura de um acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, o qual prevê a necessidade de manter sob sigilo os fatos que possam ser relatados às autoridades. INDENIZAÇÃO A maioria das indenizações pelas vítimas do acidente no canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô foi paga em apenas sete meses, graças a criação de uma câmara de indenizações pela Defensoria Pública do Estado. Essa câmara conseguiu acordos extrajudiciais em 61 de 65 casos discutidos -entre inquilinos e proprietários de imóveis afetados pelo acidente, além conseguir acordo para a família de um dos mortos. Na época, pessoas envolvidas na negociação disseram que os acordos giravam entre R$ 70 mil e R$ 120 mil, embora famílias indiquem ter recebido menos do que isso. As famílias dos outros seis mortos entraram com ações individuais, com advogados contratados, mas os detalhes dessas ações são mantidos em sigilo. Segundo a defensora Renata Tibiriça, integrante da câmara à época, o mais importante desse trabalho -que se tornou referência- foi ter conseguido evitar mais desgaste às famílias. "Uma ação judicial é imprevisível. Há processos que duram mais de 20 anos e sem certeza do resultado."
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cotidiano
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PF indica suspeita de propina em apuração de cratera do metrô de SPDocumentos apreendidos em duas operações da Polícia Federal apontam a suspeita de pagamento de propina a promotor de Justiça de São Paulo para favorecer empreiteiras nas apurações sobre a cratera da linha 4-amarela do metrô, que deixou sete mortos em janeiro de 2007. O caso é alvo de investigação da PF nas recentes fases da Lava Jato, que apuram uma estrutura de corrupção em contratos montada pela Odebrecht –que, no caso da linha 4, também foi líder do consórcio Via Amarela, responsável pela construção. Conforme a Folha revelou nesta terça (18), a Justiça inocentou os 14 acusados de responsabilidade pelo acidente, ocorrido na estação Pinheiros, nos primeiros dias do governo José Serra (PSDB). As cúpulas das construtoras e do metrô nem chegaram a entrar na lista de réus do processo –formada majoritariamente por integrantes de médio e de baixo escalão. Em sua decisão, a juíza da 1ª Vara Criminal da capital, Aparecida Angélica Correia, disse que a Promotoria não conseguiu provar que os técnicos do consórcio Via Amarela e do Metrô tinham condições de evitar a cratera. O Ministério Público Estadual informou à reportagem que poderá abrir investigações sobre promotores depois de tomar conhecimento do material apreendido pela Polícia Federal na Lava Jato. Investigação na Linha 4 INDÍCIOS As primeiras suspeitas de pagamento de propina a algum integrante da Promotoria envolvido na apuração do acidente da linha 4 foram levantadas por documentos apreendidos na operação Castelo de Areia, em 2009. Elas acabaram reforçadas por papéis divulgados pela PF em 26 de setembro deste ano, na Operação Lava Jato. No material, no entanto, não há referência explícita ao nome que poderia ter sido favorecido –diferentes promotores atuaram nesse caso, nas esferas criminal e civil. Na Castelo de Areia, os papéis apreendidos sugerem um pagamento de mais de R$ 3 milhões a membro do Ministério Público paulista. A PF investigava crimes cometidos por executivos da empreiteira Camargo Corrêa, incluindo propina a autoridades por contratos públicos. No mês passado, uma das mensagens apreendidas pela Lava Jato com dirigentes da Odebrecht detalha aquele que seria um dos pagamentos a promotor em 2007. O e-mail foi enviado em 2 de julho daquele ano pelo diretor da Odebrecht para as obras da linha 4, Marcio Pellegrini, a um executivo do grupo. Ele pede autorização para pagar um "beneficiário" referente à "metro-L.4". O motivo do repasse foi indicado como "ação: apoio no processo de invest. MP". A mensagem aponta também que a quantia a ser paga seria de R$ 200 mil e caberia à Odebrecht arcar com um quinto do montante. A construção da linha 4 foi realizado por consórcio formado por cinco empreiteiras: além da Odebrecht, a Camargo Corrêa, a OAS, a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez. Em avaliação sobre essa mensagem, a PF apontou em relatório que "ao que parece, o pagamento em questão se destinava à obtenção de algum favorecimento nos resultados da apuração e talvez da ação para ressarcimento que foi proposta pelo parquet [Ministério Público] estadual". Documento apreendido na Castelo de Areia registra quatro coincidências com o papel encontrado na Lava Jato: a referência à linha 4, o valor pago (R$ 200 mil), o modo de divisão (por cinco) e o mês do repasse (julho de 2007). Outro documento da Castelo de Areia, com apontamentos referentes a fevereiro de 2008, traz as seguintes inscrições: "PMN" (sigla da Camargo Corrêa para as obras da linha 4, segundo a PF), "Lac mp", "MP" e o valor de R$ 3 milhões parcelado em prestações mensais. Como nos outros papéis, os montantes são divididos por cinco. Esse material levou a Promotoria paulista e o Conselho Nacional do Ministério Público (órgão de controle externo) a investigar esse caso. As apurações, no entanto, acabaram arquivadas depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou a operação Castelo de Areia por completo -pelo fato de a apuração ter começado a partir de uma denúncia anônima. OUTRO LADO O Ministério Público paulista informou que poderá abrir investigações para apurar eventuais condutas ilegais de promotores ligados aos casos da linha 4-amarela do metrô de São Paulo caso venha a tomar conhecimento sobre o material apreendido na Operação Lava Jato. Procuradas pela Folha, a construtora Odebrecht, líder do consórcio Via Amarela, responsável pela obra da linha, e a empreiteira Camargo Corrêa não se manifestaram sobre os papéis obtidos nas operações da Polícia Federal. A Promotoria estadual paulista afirmou que após a deflagração da Operação Lava Jato "não chegou ao conhecimento do MPSP qualquer informação do Ministério Público Federal, da Polícia Federal ou dos órgãos de imprensa quanto a eventual atuação indevida de seus membros em relação ao acidente na linha 4 do Metrô". De acordo com a instituição, tal fato "poderia ensejar a adoção de novos procedimentos de investigação por parte da Procuradoria-Geral de Justiça". A instituição apontou que a divulgação dos documentos apreendidos pela Operação Castelo de Areia levou à abertura de apurações sobre a atuação dos promotores envolvidos no caso do desmoronamento no canteiro de obras da linha 4. "Em 9 de dezembro de 2009, em virtude do noticiário da imprensa dando conta de que o Ministério Público Federal apontava supostas irregularidades praticadas por membros do Ministério Público de São Paulo na apuração do acidente na linha 4 do Metrô, o então Procurador-Geral de Justiça, Fernando Grella, determinou a instauração de procedimentos para investigar os fatos", segundo a instituição. Em sua manifestação à Folha, o Ministério Público explicou por que as apurações sobre os promotores não foram conclusivas. De acordo com a instituição, no dia 14 de janeiro de 2010 o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou liminarmente a suspensão da ação penal resultante da Operação Castelo de Areia e todos os procedimentos de investigação que tiveram origem em elementos obtidos nessa apuração. Posteriormente, em 5 de abril de 2011, o tribunal decidiu em definitivo trancar a ação penal. O STF (Supremo Tribunal Federal), em recurso extraordinário apresentado pelo Ministério Público Federal, confirmou o resultado da decisão no sentido de proibir a utilização das provas obtidas na Castelo de Areia, consideradas ilícitas. Procurado, o Metrô informou que não comenta a decisão judicial por não ser parte do processo. Disse, ainda, que os funcionários arcaram com suas próprias defesas. A Folha pediu esclarecimentos às assessorias de imprensa da Odebrecht e da Camargo Corrêa, mas as empreiteiras informaram que não iriam se pronunciar sobre os papéis obtidos nas operações. A Odebrecht negocia com o Ministério Público Federal a assinatura de um acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, o qual prevê a necessidade de manter sob sigilo os fatos que possam ser relatados às autoridades. INDENIZAÇÃO A maioria das indenizações pelas vítimas do acidente no canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô foi paga em apenas sete meses, graças a criação de uma câmara de indenizações pela Defensoria Pública do Estado. Essa câmara conseguiu acordos extrajudiciais em 61 de 65 casos discutidos -entre inquilinos e proprietários de imóveis afetados pelo acidente, além conseguir acordo para a família de um dos mortos. Na época, pessoas envolvidas na negociação disseram que os acordos giravam entre R$ 70 mil e R$ 120 mil, embora famílias indiquem ter recebido menos do que isso. As famílias dos outros seis mortos entraram com ações individuais, com advogados contratados, mas os detalhes dessas ações são mantidos em sigilo. Segundo a defensora Renata Tibiriça, integrante da câmara à época, o mais importante desse trabalho -que se tornou referência- foi ter conseguido evitar mais desgaste às famílias. "Uma ação judicial é imprevisível. Há processos que duram mais de 20 anos e sem certeza do resultado."
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Seca em SP pode virar rotina, mostra pesquisa
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A secura fora da época que quase levou ao colapso o abastecimento de água da Grande São Paulo no começo deste ano de fato foi um evento climático fora de série –mas a situação do problema a longo prazo também não é nada boa, indicam estudos ainda não publicados de cientistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Fenômenos como o aumento da temperatura média em todo o país desde os anos 1960 ou a diminuição das chuvas na maior parte das áreas que abastecem o sistema Cantareira desde os anos 1980 aumentam a preocupação de que algo parecido com a crise hídrica de 2014-2015 possa se tornar rotina. Paulo Nobre, meteorologista do Inpe, mostrou esses resultados na reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), realizada em São Carlos. Ele explicou que não é possível associar qualquer evento climático específico ao aquecimento global, mas destacou que pode-se dizer que as mudanças climáticas globais tornam certos eventos mais prováveis. Um dos trabalhos ainda inéditos dos pesquisadores do Inpe mostra, por exemplo, o aumento constante das temperaturas médias em todo o país desde os anos 1960 até 2010. O ar mais quente, lembrou Nobre, é capaz de dissolver mais vapor d'água, levando a nuvens mais poderosas e chuvas mais intensas. Ocorre, porém, que o fenômeno tem efeito paradoxal: as chuvas podem ficar mais fortes, porém com distribuição mais concentrada –mais tempestades em poucos momentos do ano e menos chuvas suaves e comuns. Outro estudo preliminar do Inpe tentou examinar como anda a "conta corrente hídrica" do Brasil. A conta incluiria o quanto o país tem recebido de chuva e o uso da água pela atividade humana. Resultado: com base no clima que prevalecia no país até os anos 1960, a maior parte das regiões do Brasil tem ficado no "cheque especial". Em escala mais local, a situação não fica muito melhor. Na área que abastece o sistema Cantareira, a média de chuva nos meses de verão é de 1.000 mm. Nesta década, caiu para cerca de 800 mm. Como não é possível mexer diretamente nos padrões climáticos no curto prazo, Nobre afirma que o melhor remédio é repensar a prioridade dada à cobertura florestal das áreas mais ameaçadas pela falta d'água. A região do Cantareira, por exemplo, perdeu cerca de 80% de sua vegetação original.
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ciencia
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Seca em SP pode virar rotina, mostra pesquisaA secura fora da época que quase levou ao colapso o abastecimento de água da Grande São Paulo no começo deste ano de fato foi um evento climático fora de série –mas a situação do problema a longo prazo também não é nada boa, indicam estudos ainda não publicados de cientistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Fenômenos como o aumento da temperatura média em todo o país desde os anos 1960 ou a diminuição das chuvas na maior parte das áreas que abastecem o sistema Cantareira desde os anos 1980 aumentam a preocupação de que algo parecido com a crise hídrica de 2014-2015 possa se tornar rotina. Paulo Nobre, meteorologista do Inpe, mostrou esses resultados na reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), realizada em São Carlos. Ele explicou que não é possível associar qualquer evento climático específico ao aquecimento global, mas destacou que pode-se dizer que as mudanças climáticas globais tornam certos eventos mais prováveis. Um dos trabalhos ainda inéditos dos pesquisadores do Inpe mostra, por exemplo, o aumento constante das temperaturas médias em todo o país desde os anos 1960 até 2010. O ar mais quente, lembrou Nobre, é capaz de dissolver mais vapor d'água, levando a nuvens mais poderosas e chuvas mais intensas. Ocorre, porém, que o fenômeno tem efeito paradoxal: as chuvas podem ficar mais fortes, porém com distribuição mais concentrada –mais tempestades em poucos momentos do ano e menos chuvas suaves e comuns. Outro estudo preliminar do Inpe tentou examinar como anda a "conta corrente hídrica" do Brasil. A conta incluiria o quanto o país tem recebido de chuva e o uso da água pela atividade humana. Resultado: com base no clima que prevalecia no país até os anos 1960, a maior parte das regiões do Brasil tem ficado no "cheque especial". Em escala mais local, a situação não fica muito melhor. Na área que abastece o sistema Cantareira, a média de chuva nos meses de verão é de 1.000 mm. Nesta década, caiu para cerca de 800 mm. Como não é possível mexer diretamente nos padrões climáticos no curto prazo, Nobre afirma que o melhor remédio é repensar a prioridade dada à cobertura florestal das áreas mais ameaçadas pela falta d'água. A região do Cantareira, por exemplo, perdeu cerca de 80% de sua vegetação original.
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Coleção Folha traz o vozeirão do popular Louis Armstrong
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Bem antes da existência da internet e de sua capacidade de rapidamente tornar uma pessoa popular, o trompetista e cantor americano Louis Armstrong (1901-1971) chegou à condição inegável de personalidade global. Em 1965, com as tensões acirradas entre os RUA e o bloco de países alinhados com a URSS, ele fez algo até então impensável. Após um show em Berlim Ocidental, Armstrong foi até o muro que simbolizava na cidade alemã a ruptura vigente no mundo. Os soldados que vigiavam o lado oriental tinham ordens de matar quem tentasse cruzar o muro. Ao vê-lo, ficaram entusiasmados. Tão empolgados que pediram autógrafo e deixaram o artista dar uma volta tranquila nas ruas do outro lado do muro. O episódio inusitado está no décimo volume da Coleção Folha Lendas do Jazz, que vai às bancas no próximo domingo (21). A trajetória de Armstrong impressiona, de garoto pobre a estrela mais popular da história do jazz. Trompetista inventivo, talvez seja mais conhecido por sua voz grave, famosa em canções como "What a Wonderful Word" e "Hello, Dolly!". Com esta, superou os Beatles na parada americana em 1964, único a fazer isso no auge da invasão do quarteto britânico do outro lado do Atlântico. Sua imagem bonachona está eternizada como ator em vários filmes de sucesso. "Alta Sociedade", de 1956, mostra Armstrong ao lado de Bing Crosby, Grace Kelly e Frank Sinatra. Um time dos sonhos. * COMO COMPRAR A COLEÇÃO FOLHA LENDAS DO JAZZ CANAIS DE VENDA Livrarias e bancas. A venda não é restrita aos assinantes do jornal. Leitores em geral também podem adquirir pelo telefone (11 3224-3090 na Grande São Paulo ou 0800 775 8080 para outras localidades), site, bancas ou livrarias. OPÇÕES DE VENDAS E PREÇOS Coleção completa 30 volumes Assinantes Folha* R$ 497,50. Na compra da coleção completa, o assinante ganha 5 livros grátis Leitores em geral R$ 577,10 Coleção completa + caixa 30 volumes + caixa para guardar a coleção com livreto Assinantes Folha* R$ 522,40 Na compra da coleção completa + caixa, o assinante ganha 5 livros grátis Leitores em geral R$ 602,00 Lotes avulsos: 5 lotes, com 6 livros cada Lote 1 volumes 1 ao 6 Lote 2 volumes 7 ao 12 Lote 3 volumes 13 ao 18 Lote 4 volumes 19 ao 24 Lote 5 volumes 25 ao 30 *Assinantes Folha R$ 99,50. Na compra dos lotes avulsos, o assinante ganha 1 livro grátis por lote Leitores em geral R$ 115,40 Volumes individuais R$ 24,90 VALOR DO FRETE 1. Coleção completa (com ou sem caixa) e lotes avulsos SP, RJ, MG e PR: frete gratuito Demais Estados: favor consultar o site ou Atendimento ao Assinante 2. Volumes individuais e caixa Todos os Estados: consultar o site ou Atendimento ao Assinante para informação do valor do frete FORMA DE PAGAMENTO 1. Coleção completa (com ou sem caixa) Cartão de crédito: à vista ou parcelado em até 10 vezes Débito em conta ou boleto: somente à vista 2. Lote avulso Cartão de crédito: à vista ou parcelado em 2 vezes Débito em conta ou boleto: somente à vista 3. Volumes individuais e caixa Cartão de crédito, débito em conta ou boleto: somente à vista PRAZO DE ENTREGA: Consultar o site ou Atendimento ao Assinante para informação do prazo de entrega
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ilustrada
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Coleção Folha traz o vozeirão do popular Louis ArmstrongBem antes da existência da internet e de sua capacidade de rapidamente tornar uma pessoa popular, o trompetista e cantor americano Louis Armstrong (1901-1971) chegou à condição inegável de personalidade global. Em 1965, com as tensões acirradas entre os RUA e o bloco de países alinhados com a URSS, ele fez algo até então impensável. Após um show em Berlim Ocidental, Armstrong foi até o muro que simbolizava na cidade alemã a ruptura vigente no mundo. Os soldados que vigiavam o lado oriental tinham ordens de matar quem tentasse cruzar o muro. Ao vê-lo, ficaram entusiasmados. Tão empolgados que pediram autógrafo e deixaram o artista dar uma volta tranquila nas ruas do outro lado do muro. O episódio inusitado está no décimo volume da Coleção Folha Lendas do Jazz, que vai às bancas no próximo domingo (21). A trajetória de Armstrong impressiona, de garoto pobre a estrela mais popular da história do jazz. Trompetista inventivo, talvez seja mais conhecido por sua voz grave, famosa em canções como "What a Wonderful Word" e "Hello, Dolly!". Com esta, superou os Beatles na parada americana em 1964, único a fazer isso no auge da invasão do quarteto britânico do outro lado do Atlântico. Sua imagem bonachona está eternizada como ator em vários filmes de sucesso. "Alta Sociedade", de 1956, mostra Armstrong ao lado de Bing Crosby, Grace Kelly e Frank Sinatra. Um time dos sonhos. * COMO COMPRAR A COLEÇÃO FOLHA LENDAS DO JAZZ CANAIS DE VENDA Livrarias e bancas. A venda não é restrita aos assinantes do jornal. Leitores em geral também podem adquirir pelo telefone (11 3224-3090 na Grande São Paulo ou 0800 775 8080 para outras localidades), site, bancas ou livrarias. OPÇÕES DE VENDAS E PREÇOS Coleção completa 30 volumes Assinantes Folha* R$ 497,50. Na compra da coleção completa, o assinante ganha 5 livros grátis Leitores em geral R$ 577,10 Coleção completa + caixa 30 volumes + caixa para guardar a coleção com livreto Assinantes Folha* R$ 522,40 Na compra da coleção completa + caixa, o assinante ganha 5 livros grátis Leitores em geral R$ 602,00 Lotes avulsos: 5 lotes, com 6 livros cada Lote 1 volumes 1 ao 6 Lote 2 volumes 7 ao 12 Lote 3 volumes 13 ao 18 Lote 4 volumes 19 ao 24 Lote 5 volumes 25 ao 30 *Assinantes Folha R$ 99,50. Na compra dos lotes avulsos, o assinante ganha 1 livro grátis por lote Leitores em geral R$ 115,40 Volumes individuais R$ 24,90 VALOR DO FRETE 1. Coleção completa (com ou sem caixa) e lotes avulsos SP, RJ, MG e PR: frete gratuito Demais Estados: favor consultar o site ou Atendimento ao Assinante 2. Volumes individuais e caixa Todos os Estados: consultar o site ou Atendimento ao Assinante para informação do valor do frete FORMA DE PAGAMENTO 1. Coleção completa (com ou sem caixa) Cartão de crédito: à vista ou parcelado em até 10 vezes Débito em conta ou boleto: somente à vista 2. Lote avulso Cartão de crédito: à vista ou parcelado em 2 vezes Débito em conta ou boleto: somente à vista 3. Volumes individuais e caixa Cartão de crédito, débito em conta ou boleto: somente à vista PRAZO DE ENTREGA: Consultar o site ou Atendimento ao Assinante para informação do prazo de entrega
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Leitores comentam saia justa entre Dilma e novo ministro
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O deputado Marcus Pestana atribui intenção de gastança à ordem de Dilma para o ministro do Planejamento relativa ao reajuste do mínimo. Isso é mais uma amostra de quão pior para os trabalhadores seria se os tucanos tivessem voltado. CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC) * A falta de ética de Dilma, tornando público um destempero que poderia ser resolvido entre quatro paredes, colocou o recém-empossado ministro Nelson Barbosa e sua competência numa saia justa desconfortável. Se o assunto já estava sendo estudado, é porque havia uma brecha para sua divulgação. Um ministro merece respeito de seus superiores perante o público, não é um simples estafeta. JOÃO ROBERTO GULLINO (Petrópolis, RJ) * Muito antes do que se esperava, a presidenta Dilma cortou o barato do seu novo ministro Nelson Barbosa. Parece que ele assimilou bem esse primeiro golpe. Será que aguentará os próximos? Cuidado, presidenta, cortar o barato pode sair caro. GERALDO DE PAULA E SILVA (Teresópolis, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam saia justa entre Dilma e novo ministroO deputado Marcus Pestana atribui intenção de gastança à ordem de Dilma para o ministro do Planejamento relativa ao reajuste do mínimo. Isso é mais uma amostra de quão pior para os trabalhadores seria se os tucanos tivessem voltado. CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC) * A falta de ética de Dilma, tornando público um destempero que poderia ser resolvido entre quatro paredes, colocou o recém-empossado ministro Nelson Barbosa e sua competência numa saia justa desconfortável. Se o assunto já estava sendo estudado, é porque havia uma brecha para sua divulgação. Um ministro merece respeito de seus superiores perante o público, não é um simples estafeta. JOÃO ROBERTO GULLINO (Petrópolis, RJ) * Muito antes do que se esperava, a presidenta Dilma cortou o barato do seu novo ministro Nelson Barbosa. Parece que ele assimilou bem esse primeiro golpe. Será que aguentará os próximos? Cuidado, presidenta, cortar o barato pode sair caro. GERALDO DE PAULA E SILVA (Teresópolis, RJ) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Comunicado atribuído ao EI justifica ataque contra 'cruzados'
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Circulava na manhã de sábado (14) um comunicado em que o Estado Islâmico reivindica o atentado a Paris. A mensagem -em inglês, francês e árabe- foi divulgada por contas relacionadas à organização terrorista nas mídias sociais, como o Twitter. Ainda não está confirmada nem a autoria do ataque, nem a origem desse comunicado atribuído ao Estado Islâmico. Mas o texto está redigido, como informes anteriores, em uma argumentação religiosa coerente com seu projeto e com sua ideologia. O atentado que deixou dezenas de mortos em Paris é justificado como um ataque aos "cruzados". A menção aproveita-se de um conceito corrente em círculos extremistas, relacionando conflitos atuais com as batalhas medievais entre cristãos e muçulmanos no Oriente Médio. O Estado Islâmico menciona Deus em todos os parágrafos do comunicado, iniciado e encerrado com fórmulas religiosas tradicionais. O texto cita trechos do Alcorão, o livro sagrado do islã. A organização terrorista justifica as suas ações como represália ao envolvimento francês na região, onde causa a morte de muçulmanos "nas terras do califado". Clique nos ícones do mapa para mais detalhes: Mapa: Onde foram os ataques O Estado Islâmico afirma ter criado um califado islâmico no território entre Síria e Iraque, referindo-se ao modelo de governo instituído no século 7 e visto por extremistas como uma estrutura ideal de administração. Essa organização terrorista também cita, no texto, os insultos a Maomé, profeta do islã -como aqueles publicados pelo semanário "Charlie Hebdo", atacado em janeiro.
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Comunicado atribuído ao EI justifica ataque contra 'cruzados'Circulava na manhã de sábado (14) um comunicado em que o Estado Islâmico reivindica o atentado a Paris. A mensagem -em inglês, francês e árabe- foi divulgada por contas relacionadas à organização terrorista nas mídias sociais, como o Twitter. Ainda não está confirmada nem a autoria do ataque, nem a origem desse comunicado atribuído ao Estado Islâmico. Mas o texto está redigido, como informes anteriores, em uma argumentação religiosa coerente com seu projeto e com sua ideologia. O atentado que deixou dezenas de mortos em Paris é justificado como um ataque aos "cruzados". A menção aproveita-se de um conceito corrente em círculos extremistas, relacionando conflitos atuais com as batalhas medievais entre cristãos e muçulmanos no Oriente Médio. O Estado Islâmico menciona Deus em todos os parágrafos do comunicado, iniciado e encerrado com fórmulas religiosas tradicionais. O texto cita trechos do Alcorão, o livro sagrado do islã. A organização terrorista justifica as suas ações como represália ao envolvimento francês na região, onde causa a morte de muçulmanos "nas terras do califado". Clique nos ícones do mapa para mais detalhes: Mapa: Onde foram os ataques O Estado Islâmico afirma ter criado um califado islâmico no território entre Síria e Iraque, referindo-se ao modelo de governo instituído no século 7 e visto por extremistas como uma estrutura ideal de administração. Essa organização terrorista também cita, no texto, os insultos a Maomé, profeta do islã -como aqueles publicados pelo semanário "Charlie Hebdo", atacado em janeiro.
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ONU exige que Venezuela respeite direitos de colombianos deportados
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O Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, criticou nesta segunda-feira (14) a recente deportação de colombianos pela Venezuela e cobrou de Caracas proteção aos direitos das famílias afetadas. O governo venezuelano disse que a expulsão de mais de 1.300 colombianos e o fechamento dos principais pontos de fronteira com a Colômbia são medidas necessárias para combater contrabandistas e paramilitares. "Estou perturbado com a recente deportação coletiva de mais de mil colombianos pela Venezuela", disse Al Hussein em sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra. O alto comissário disse que as medidas representam violação dos direitos humanos. "Insto as autoridades a tomarem medidas imediatas para garantir a reunificação familiar e evitar mais abusos contra cidadãos colombianos", disse Al Hussein, numa referência ao fato de dezenas de famílias terem sido separada pelas ações de Caracas. Em recente visita a municípios venezuelanos fronteiriços onde ocorreram expulsões, a Folha viu crianças cujos pais haviam sido deportados. Muitos filhos de colombianos nasceram na Venezuela e, portanto, possuem cidadania venezuelana. Crianças que ficaram em território venezuelano estavam sob cuidado de parentes e vizinhos. "As deportações geraram tanto temor que outros milhares [de colombianos] fugiram de forma espontânea", disse Al Hussein, numa referência a atos de intimidação por parte das forças venezuelanas, como a inscrição da letra "D", de demolir, em casas de colombianos. A crise começou no dia 19 de agosto, após três militares venezuelanos terem sido feridos em um ataque na fronteira. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, culpou contrabandistas e paramilitares. Sob a justificativa de "limpar a área", Maduro fechou a fronteira no Estado de Táchira, decretou estado de exceção em cinco municípios do setor e iniciou as deportações. Outros 15 mil colombianos fugiram por se sentir pressionados. Na semana passada, Maduro estendeu para o Estado de Zulia o fechamento da fronteira e o estado de exceção. Críticos dizem que as escaramuças na fronteira decorrem da rivalidade entre bandas criminosas rivais que operam dentro do aparato de segurança e acusam o presidente de tentar desviar o foco da crise econômica antes da eleição parlamentar de 6 de dezembro. A Colômbia denunciou os abusos na ONU. Recentes tentativas de mediação diplomática por parte de países sul-americanos, incluindo o Brasil, até agora foram infrutíferas. Tensões aumentaram no último fim de semana, depois que Bogotá afirmou que caças venezuelanos violaram seu espaço aéreo.
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ONU exige que Venezuela respeite direitos de colombianos deportadosO Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, criticou nesta segunda-feira (14) a recente deportação de colombianos pela Venezuela e cobrou de Caracas proteção aos direitos das famílias afetadas. O governo venezuelano disse que a expulsão de mais de 1.300 colombianos e o fechamento dos principais pontos de fronteira com a Colômbia são medidas necessárias para combater contrabandistas e paramilitares. "Estou perturbado com a recente deportação coletiva de mais de mil colombianos pela Venezuela", disse Al Hussein em sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra. O alto comissário disse que as medidas representam violação dos direitos humanos. "Insto as autoridades a tomarem medidas imediatas para garantir a reunificação familiar e evitar mais abusos contra cidadãos colombianos", disse Al Hussein, numa referência ao fato de dezenas de famílias terem sido separada pelas ações de Caracas. Em recente visita a municípios venezuelanos fronteiriços onde ocorreram expulsões, a Folha viu crianças cujos pais haviam sido deportados. Muitos filhos de colombianos nasceram na Venezuela e, portanto, possuem cidadania venezuelana. Crianças que ficaram em território venezuelano estavam sob cuidado de parentes e vizinhos. "As deportações geraram tanto temor que outros milhares [de colombianos] fugiram de forma espontânea", disse Al Hussein, numa referência a atos de intimidação por parte das forças venezuelanas, como a inscrição da letra "D", de demolir, em casas de colombianos. A crise começou no dia 19 de agosto, após três militares venezuelanos terem sido feridos em um ataque na fronteira. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, culpou contrabandistas e paramilitares. Sob a justificativa de "limpar a área", Maduro fechou a fronteira no Estado de Táchira, decretou estado de exceção em cinco municípios do setor e iniciou as deportações. Outros 15 mil colombianos fugiram por se sentir pressionados. Na semana passada, Maduro estendeu para o Estado de Zulia o fechamento da fronteira e o estado de exceção. Críticos dizem que as escaramuças na fronteira decorrem da rivalidade entre bandas criminosas rivais que operam dentro do aparato de segurança e acusam o presidente de tentar desviar o foco da crise econômica antes da eleição parlamentar de 6 de dezembro. A Colômbia denunciou os abusos na ONU. Recentes tentativas de mediação diplomática por parte de países sul-americanos, incluindo o Brasil, até agora foram infrutíferas. Tensões aumentaram no último fim de semana, depois que Bogotá afirmou que caças venezuelanos violaram seu espaço aéreo.
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Estudante de 15 anos descobre novo planeta durante estágio em observatório
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Quando tinha 15 anos, o britânico Tom Wagg ficou empolgado ao saber que faria um estágio em um observatório. Mal ele sabia que logo no terceiro dia de "trabalho" ele iria descobrir... um planeta novo. Agora, dois anos depois de sua descoberta, cientistas de várias partes do mundo reuniram dados para provar que o corpo celeste descoberto pelo garoto é mesmo um planeta. E agora, há uma competição para escolher seu nome. "Eu fiquei superempolgado", diz Tom, sobre sua descoberta. Ele encontrou o planeta, que está a mil anos-luz, quando estava analisando fotos durante seu estágio no observatório da Universidade Keeke, em Newcastle-under-Lyme, região central da Inglaterra. O professor da universidade Coel Hellier explicou que Tom estava vendo os arquivos com fotos e informação sobre "candidatos a novos planetas". Sua tarefa era procurar por pequenos pontos na luz que são gerados com a passagem de um planeta diante de sua estrela. Caçando planetas "Era apenas meu terceiro dia quando eu me deparei com um bom candidato, mas eu já tinha olhado mais de mil imagens", conta Tom. "Parece chato, mas quando você pensa sobre o que está realmente fazendo, é algo muito inacreditável." O professor Hellier disse que foram necessárias novas observações feitas por supertelescópios do Chile para confirmar a descoberta de Tom. Depois disso, o suposto planeta foi estudado por astrônomos da Universidade de Genebra e da de Liede, para confirmar se o tamanho e a massa do corpo celeste realmente correspondiam às de um planeta. O planeta - que é relativamente grande, do tamanho de Júpiter - está sendo provisoriamente chamado pela sigla WASP-142b, já que é o 142º planeta a ser descoberto pelo grupo de observatórios que leva essa sigla e do qual a Universidade de Keele faz parte. Mas um concurso está em curso para escolher o nome oficial do planeta. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Estudante de 15 anos descobre novo planeta durante estágio em observatórioQuando tinha 15 anos, o britânico Tom Wagg ficou empolgado ao saber que faria um estágio em um observatório. Mal ele sabia que logo no terceiro dia de "trabalho" ele iria descobrir... um planeta novo. Agora, dois anos depois de sua descoberta, cientistas de várias partes do mundo reuniram dados para provar que o corpo celeste descoberto pelo garoto é mesmo um planeta. E agora, há uma competição para escolher seu nome. "Eu fiquei superempolgado", diz Tom, sobre sua descoberta. Ele encontrou o planeta, que está a mil anos-luz, quando estava analisando fotos durante seu estágio no observatório da Universidade Keeke, em Newcastle-under-Lyme, região central da Inglaterra. O professor da universidade Coel Hellier explicou que Tom estava vendo os arquivos com fotos e informação sobre "candidatos a novos planetas". Sua tarefa era procurar por pequenos pontos na luz que são gerados com a passagem de um planeta diante de sua estrela. Caçando planetas "Era apenas meu terceiro dia quando eu me deparei com um bom candidato, mas eu já tinha olhado mais de mil imagens", conta Tom. "Parece chato, mas quando você pensa sobre o que está realmente fazendo, é algo muito inacreditável." O professor Hellier disse que foram necessárias novas observações feitas por supertelescópios do Chile para confirmar a descoberta de Tom. Depois disso, o suposto planeta foi estudado por astrônomos da Universidade de Genebra e da de Liede, para confirmar se o tamanho e a massa do corpo celeste realmente correspondiam às de um planeta. O planeta - que é relativamente grande, do tamanho de Júpiter - está sendo provisoriamente chamado pela sigla WASP-142b, já que é o 142º planeta a ser descoberto pelo grupo de observatórios que leva essa sigla e do qual a Universidade de Keele faz parte. Mas um concurso está em curso para escolher o nome oficial do planeta. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Procuradora do caso Freddie Gray é intransigente com erros policiais
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Marilyn J. Mosby, a procuradora estadual em Baltimore que nesta sexta-feira (1º) anunciou o indiciamento criminal de seis policiais por envolvimento na morte de Freddie Gray, chegou a seu cargo há apenas quatro meses, tendo sido eleita em Baltimore com o apoio de ativistas comunitários. Eles a veem como uma profissional agressiva no combate aos erros de conduta de policiais. Aos 35 anos, Mosby é a procuradora mais jovem de qualquer grande cidade dos EUA. Seu título formal é procuradora do Estado de Maryland para a cidade de Baltimore. O anúncio dramático que ela fez nesta sexta-feira parece ter pego totalmente de surpresa as pessoas em Baltimore e imediatamente chamou a atenção nacional para ela. Não apenas pela linguagem direta e sem rodeios que usou ao descrever o comportamento dos policiais mas também pelo modo como falou diretamente ao público revoltado com a morte de Gray. "À população de Baltimore e aos manifestantes em todo o país digo que eu ouvi seu chamado por 'sem justiça não há paz'", disse Mosby. "Àqueles de vocês que estão revoltados, feridos ou que têm sua própria experiência de injustiça digo que a paz de vocês é realmente necessária enquanto eu trabalho para conseguir justiça para este rapaz." Quando se candidatou ao cargo, Mosby prometeu ser mais intransigente com criminosos violentos e também com erros de conduta de policiais. Pessoas como Tawanda Jones, cujo irmão Tyrone West morreu após um enfrentamento físico violento com policiais, fizeram campanha acirrada por ela -em parte, disse Jones, para afastar seu predecessor no cargo, Gregg L. Bernstein. "Eu teria apoiado qualquer pessoa para tirar Bernstein daquele cargo", falou em entrevista Jones, que desde a morte de seu irmão vem protestando contra o tratamento dado pela polícia a homens negros em Baltimore. "Eu estava tentando levar ao cargo qualquer pessoa que levasse este problema a sério." Jones disse que, depois de observar Marilyn Mosby, se convenceu de que ela o faria. Mosby vem de uma família de policiais, mas também fez da intransigência com os erros de conduta de policiais uma das características principais de sua agenda como procuradora. Além da presença de policiais em sua família, ela tem outros vínculos pessoais com questões da Justiça. Quando era jovem, em Boston, um primo de 17 anos foi confundido com um traficante de drogas e morto diante de sua casa por outro jovem de 17 anos. Mosby vem falando com muita franqueza sobre a necessidade de cobrar responsabilidade dos policiais por seus atos. Quando era candidata ao cargo, em resposta a uma investigação do jornal "Baltimore Sun" sobre alegações de espancamentos que teriam sido cometidos pela polícia, ela disse: "A brutalidade policial é completamente indesculpável. Eu vou aplicar a Justiça igualmente para todos, mesmo para quem usa distintivo." Mosby é casada com o vereador Nick Mosby, de Baltimore, fato que levou a apelos do sindicato de policiais para que ela se declarasse sem condições de ser procuradora. Ela rejeitou esses chamados na coletiva de imprensa que deu nesta sexta. "Eu defendo a aplicação das leis. Ele cria as leis", ela disse. "E eu processarei qualquer caso que estiver dentro de minha jurisdição." Marilyn Mosby vem de uma longa linhagem de policiais. Seu pai, sua mãe e seu avô eram policiais. Seu avô, segundo ela, foi membro fundador da primeira associação de policiais negros do Massachusetts -ponto que ela destacou nesta sexta em comentários dirigidos à polícia de Baltimore. "Aos policiais de escalão mais baixo", disse, "saibam que as acusações feitas a estes seis policiais não representam um indiciamento da força policial como um todo." Sonia Kumar, advogada da representação em Maryland da União Americana de Liberdades Civis, comentou: "Os atos dela (Mosby) realmente nos revelaram hoje quem ela é. Há anos e anos, vítimas da violência policial em nossa cidade, em sua maioria avassaladora negras, buscaram em vão Justiça para seus entes queridos. Este é um momento histórico." Tradução de Clara Allain
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Procuradora do caso Freddie Gray é intransigente com erros policiaisMarilyn J. Mosby, a procuradora estadual em Baltimore que nesta sexta-feira (1º) anunciou o indiciamento criminal de seis policiais por envolvimento na morte de Freddie Gray, chegou a seu cargo há apenas quatro meses, tendo sido eleita em Baltimore com o apoio de ativistas comunitários. Eles a veem como uma profissional agressiva no combate aos erros de conduta de policiais. Aos 35 anos, Mosby é a procuradora mais jovem de qualquer grande cidade dos EUA. Seu título formal é procuradora do Estado de Maryland para a cidade de Baltimore. O anúncio dramático que ela fez nesta sexta-feira parece ter pego totalmente de surpresa as pessoas em Baltimore e imediatamente chamou a atenção nacional para ela. Não apenas pela linguagem direta e sem rodeios que usou ao descrever o comportamento dos policiais mas também pelo modo como falou diretamente ao público revoltado com a morte de Gray. "À população de Baltimore e aos manifestantes em todo o país digo que eu ouvi seu chamado por 'sem justiça não há paz'", disse Mosby. "Àqueles de vocês que estão revoltados, feridos ou que têm sua própria experiência de injustiça digo que a paz de vocês é realmente necessária enquanto eu trabalho para conseguir justiça para este rapaz." Quando se candidatou ao cargo, Mosby prometeu ser mais intransigente com criminosos violentos e também com erros de conduta de policiais. Pessoas como Tawanda Jones, cujo irmão Tyrone West morreu após um enfrentamento físico violento com policiais, fizeram campanha acirrada por ela -em parte, disse Jones, para afastar seu predecessor no cargo, Gregg L. Bernstein. "Eu teria apoiado qualquer pessoa para tirar Bernstein daquele cargo", falou em entrevista Jones, que desde a morte de seu irmão vem protestando contra o tratamento dado pela polícia a homens negros em Baltimore. "Eu estava tentando levar ao cargo qualquer pessoa que levasse este problema a sério." Jones disse que, depois de observar Marilyn Mosby, se convenceu de que ela o faria. Mosby vem de uma família de policiais, mas também fez da intransigência com os erros de conduta de policiais uma das características principais de sua agenda como procuradora. Além da presença de policiais em sua família, ela tem outros vínculos pessoais com questões da Justiça. Quando era jovem, em Boston, um primo de 17 anos foi confundido com um traficante de drogas e morto diante de sua casa por outro jovem de 17 anos. Mosby vem falando com muita franqueza sobre a necessidade de cobrar responsabilidade dos policiais por seus atos. Quando era candidata ao cargo, em resposta a uma investigação do jornal "Baltimore Sun" sobre alegações de espancamentos que teriam sido cometidos pela polícia, ela disse: "A brutalidade policial é completamente indesculpável. Eu vou aplicar a Justiça igualmente para todos, mesmo para quem usa distintivo." Mosby é casada com o vereador Nick Mosby, de Baltimore, fato que levou a apelos do sindicato de policiais para que ela se declarasse sem condições de ser procuradora. Ela rejeitou esses chamados na coletiva de imprensa que deu nesta sexta. "Eu defendo a aplicação das leis. Ele cria as leis", ela disse. "E eu processarei qualquer caso que estiver dentro de minha jurisdição." Marilyn Mosby vem de uma longa linhagem de policiais. Seu pai, sua mãe e seu avô eram policiais. Seu avô, segundo ela, foi membro fundador da primeira associação de policiais negros do Massachusetts -ponto que ela destacou nesta sexta em comentários dirigidos à polícia de Baltimore. "Aos policiais de escalão mais baixo", disse, "saibam que as acusações feitas a estes seis policiais não representam um indiciamento da força policial como um todo." Sonia Kumar, advogada da representação em Maryland da União Americana de Liberdades Civis, comentou: "Os atos dela (Mosby) realmente nos revelaram hoje quem ela é. Há anos e anos, vítimas da violência policial em nossa cidade, em sua maioria avassaladora negras, buscaram em vão Justiça para seus entes queridos. Este é um momento histórico." Tradução de Clara Allain
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Secretaria de Recursos Hídricos contesta editorial sobre a crise da água
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Sobre Incúria hídrica, o editorialista da Folha parece ter memória seletiva: "esquece" que a transposição do Rio Grande ao Alto Tietê está em operação assistida; "esquece" que todas as exigências ambientais foram cumpridas; "esquece" que, antes da seca sem precedentes, o governo de SP concluiu o Plano da Macrometrópole, que já subsidiou o início da construção, ainda em 2013, do novo sistema São Lourenço. "Esquece", por fim, que, alinhada a um grupo político –o que tem se tornado corriqueiro–, a Folha fez campanha pelo rodízio, o que foi evitado pelas medidas emergenciais que agora critica. FELIPE NEVES, coordenador de comunicação da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (São Paulo, SP) NOTA DA REDAÇÃO - A Folha, um jornal apartidário e pluralista, não faz campanha pelo rodízio. Critica o governo estadual pela falta de transparência, motivada por razões eleitorais, na imposição do racionamento a uma parte da região metropolitana pela redução de pressão. Obras emergenciais não representam soluções duradouras, voltadas para a conservação dos recursos hídricos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Secretaria de Recursos Hídricos contesta editorial sobre a crise da águaSobre Incúria hídrica, o editorialista da Folha parece ter memória seletiva: "esquece" que a transposição do Rio Grande ao Alto Tietê está em operação assistida; "esquece" que todas as exigências ambientais foram cumpridas; "esquece" que, antes da seca sem precedentes, o governo de SP concluiu o Plano da Macrometrópole, que já subsidiou o início da construção, ainda em 2013, do novo sistema São Lourenço. "Esquece", por fim, que, alinhada a um grupo político –o que tem se tornado corriqueiro–, a Folha fez campanha pelo rodízio, o que foi evitado pelas medidas emergenciais que agora critica. FELIPE NEVES, coordenador de comunicação da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (São Paulo, SP) NOTA DA REDAÇÃO - A Folha, um jornal apartidário e pluralista, não faz campanha pelo rodízio. Critica o governo estadual pela falta de transparência, motivada por razões eleitorais, na imposição do racionamento a uma parte da região metropolitana pela redução de pressão. Obras emergenciais não representam soluções duradouras, voltadas para a conservação dos recursos hídricos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Vitória do Corinthians garante vaga do rival Palmeiras nas quartas de final
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Nesta terça-feira (24), a vitória do Corinthians sobre a Portuguesa por 2 a 0 garantiu duas vagas para as quartas de final. Uma delas foi para o próprio time que venceu seu jogo no Itaquerão. E a outra foi –provavelmente a contragosto– para o rival Palmeiras. Ao derrotar a Portuguesa, terceira colocada do grupo do Palmeiras, o Corinthians garantiu que o adversário (hoje com 11 pontos) não conseguirá passar dos 23 pontos nos quatro jogos que lhe restam na primeira fase da competição. Sendo assim, como o Palmeiras tem 24 pontos, garantiu automaticamente sua classificação à próxima fase. O Corinthians lidera o Grupo 2 com 29 pontos, 13 a mais que o terceiro colocado Audax, o primeiro time a ficar de fora da zona de classificação, e por isso também classificou-se à próxima fase do torneio.
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esporte
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Vitória do Corinthians garante vaga do rival Palmeiras nas quartas de finalNesta terça-feira (24), a vitória do Corinthians sobre a Portuguesa por 2 a 0 garantiu duas vagas para as quartas de final. Uma delas foi para o próprio time que venceu seu jogo no Itaquerão. E a outra foi –provavelmente a contragosto– para o rival Palmeiras. Ao derrotar a Portuguesa, terceira colocada do grupo do Palmeiras, o Corinthians garantiu que o adversário (hoje com 11 pontos) não conseguirá passar dos 23 pontos nos quatro jogos que lhe restam na primeira fase da competição. Sendo assim, como o Palmeiras tem 24 pontos, garantiu automaticamente sua classificação à próxima fase. O Corinthians lidera o Grupo 2 com 29 pontos, 13 a mais que o terceiro colocado Audax, o primeiro time a ficar de fora da zona de classificação, e por isso também classificou-se à próxima fase do torneio.
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Diplomata do Irã, Merkel e papa lideram apostas para Nobel da Paz
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Uma dupla de diplomatas de Irã e União Europeia, duas ONGs, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o papa Francisco são alguns dos nomes favoritos para vencer o Nobel da Paz de 2017, segundo casas de apostas. O prêmio será anunciado nesta sexta-feira (6), às 6h (horário de Brasília). Em primeiro lugar no ranking de apostas aparecem o ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, e Federica Mogherini, responsável pela diplomacia da União Europeia. Os dois ganhariam o prêmio por sua participação nas negociações que levaram ao acordo nuclear com o Irã. A chance da dupla, segunda a casa de apostas Unibet, é de 1/1 —o que significa que quem apostar uma libra recebe uma libra. Há ainda uma especulação que John Kerry, secretário de Estado dos EUA na época da negociação do acordo, também poderia ser incluído. A casa de apostas Ladbrokers também coloca como um dos favoritos a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, que costuma atuar em missões de paz no continente, com cotação de 6/1. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados também aparece na lista, com 10/1. Também estão bem cotados os Capacetes Brancos (organização civil que ajuda nos resgates da guerra na Sìria), com cotação de 13/2, e a ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis, da sigla em inglês), ONG dos EUA que luta pela liberdade de expressão e tem cotação de 12/1. Também no tema da liberdade de expressão, estão bem cotadas (10/1) o jornal turco Cumhuriyet e o russo Novaya Gazeta, por suas coberturas críticas, respectivamente, dos governos de Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin. Outro nome na lista é Raif Badawi (14/1), blogueiro saudita que está preso desde 2012 por suas críticas ao governo do país. Já Edward Snowden, americano que vazou informações sigilosas da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) em 2013, tem cotação de 30/1. Entre os líderes mundiais, os dois nomes mais cotados são o da chanceler alemã, Angela Merkel (13/2) e o do Papa Francisco (8/1). Mais atrás aparecem o senador americano Bernie Sanders, o líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn e o ex-presidente francês Jacques Chirac, todos com 50/1. A ex-primeira-dama americana, Michelle Obama, também está na lista, com cotação de 33/1. Seu marido, Barack Obama, ganhou o prêmio em 2009. Fora da política, os dois principais nomes são o da atriz americana Meryl Streep (50/1) e o do jogador de futebol americano Colin Kaepernick (33/1), que em 2016 passou a se ajoelhar durante o hino americano antes dos jogos como forma de protestar contra o racismo. A atitude deu início a uma onda de manifestações semelhantes nos esportes americanos e causou a ira de Donald Trump. O presidente americano também aparece na lista. Com cotação de 100/1, ele está empatado com a própria filha, Ivanka, e sua rival na eleição presidencial, Hillary Clinton. Também aparecem com cotação de 100/1 o líder russo, Putin, e o presidente filipino, Rodrigo Duterte, acusado de violações contra os direitos humanos. O grupo fica a frente apenas do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, que tem cotação de 500/1. O atual vencedor do Nobel da Paz é o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, por seus esforços no acordo de paz com as Farc.
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mundo
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Diplomata do Irã, Merkel e papa lideram apostas para Nobel da PazUma dupla de diplomatas de Irã e União Europeia, duas ONGs, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o papa Francisco são alguns dos nomes favoritos para vencer o Nobel da Paz de 2017, segundo casas de apostas. O prêmio será anunciado nesta sexta-feira (6), às 6h (horário de Brasília). Em primeiro lugar no ranking de apostas aparecem o ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, e Federica Mogherini, responsável pela diplomacia da União Europeia. Os dois ganhariam o prêmio por sua participação nas negociações que levaram ao acordo nuclear com o Irã. A chance da dupla, segunda a casa de apostas Unibet, é de 1/1 —o que significa que quem apostar uma libra recebe uma libra. Há ainda uma especulação que John Kerry, secretário de Estado dos EUA na época da negociação do acordo, também poderia ser incluído. A casa de apostas Ladbrokers também coloca como um dos favoritos a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, que costuma atuar em missões de paz no continente, com cotação de 6/1. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados também aparece na lista, com 10/1. Também estão bem cotados os Capacetes Brancos (organização civil que ajuda nos resgates da guerra na Sìria), com cotação de 13/2, e a ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis, da sigla em inglês), ONG dos EUA que luta pela liberdade de expressão e tem cotação de 12/1. Também no tema da liberdade de expressão, estão bem cotadas (10/1) o jornal turco Cumhuriyet e o russo Novaya Gazeta, por suas coberturas críticas, respectivamente, dos governos de Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin. Outro nome na lista é Raif Badawi (14/1), blogueiro saudita que está preso desde 2012 por suas críticas ao governo do país. Já Edward Snowden, americano que vazou informações sigilosas da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) em 2013, tem cotação de 30/1. Entre os líderes mundiais, os dois nomes mais cotados são o da chanceler alemã, Angela Merkel (13/2) e o do Papa Francisco (8/1). Mais atrás aparecem o senador americano Bernie Sanders, o líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn e o ex-presidente francês Jacques Chirac, todos com 50/1. A ex-primeira-dama americana, Michelle Obama, também está na lista, com cotação de 33/1. Seu marido, Barack Obama, ganhou o prêmio em 2009. Fora da política, os dois principais nomes são o da atriz americana Meryl Streep (50/1) e o do jogador de futebol americano Colin Kaepernick (33/1), que em 2016 passou a se ajoelhar durante o hino americano antes dos jogos como forma de protestar contra o racismo. A atitude deu início a uma onda de manifestações semelhantes nos esportes americanos e causou a ira de Donald Trump. O presidente americano também aparece na lista. Com cotação de 100/1, ele está empatado com a própria filha, Ivanka, e sua rival na eleição presidencial, Hillary Clinton. Também aparecem com cotação de 100/1 o líder russo, Putin, e o presidente filipino, Rodrigo Duterte, acusado de violações contra os direitos humanos. O grupo fica a frente apenas do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, que tem cotação de 500/1. O atual vencedor do Nobel da Paz é o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, por seus esforços no acordo de paz com as Farc.
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Acirramento político chega ao playground e preocupa terapeutas
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No meio da aula, uma criança desenha a presidente Dilma sendo enforcada, provocando polêmica entre os colegas, deixando a professora confusa e a mãe, em desespero. A cena, ocorrida em uma escola de São Paulo, dá a medida de como o clima de acirramento político que vive o país está afetando as crianças e deixando pais e escolas sem saber como agir. O clima de tensão está inclusive deixando as salas de TV, de aula e as ruas e virando assunto de terapia infantil ou entre terapeutas da área. "Tenho consultório há mais de 20 anos, atendendo crianças de todas as idades. E posso afirmar que nunca vi nada parecido. Nunca um mesmo tema permeou as questões de todas as crianças, seja diretamente ou nas brincadeiras", diz psicanalista Ilana Katz, doutora em Psicologia e Educação pela FE/USP e pesquisadora do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (LATESFIP/USP). Em entrevista à BBC Brasil, a especialista fala do clima de ódio e como ele afeta as crianças, sobre as consequências de levá-las a protestos e o que significa vê-las gritar "não vai ter golpe" ou bater panelas na varanda. Ela explica como lidar e conversar com meninos e meninas sobre tolerância em tempos de ódio. * BBC Brasil - Como o clima de acirramento político está afetando as crianças? Ilana Katz - As crianças são muito porosas e elas certamente estão sendo afetadas por esse clima de ódio. É algo muito impressionante, e perigoso. Minha percepção é a de que estamos ensinando nossas crianças a odiar e a ver o diferente como inimigo. Essa é a cara do nosso tempo. É razoável levar criança em protestos? É claro que os pais podem convidar os filhos a irem em protestos, desde que a ideia seja transmitir um valor e não puxar isso pelo lado afetivo. Ou seja, é legal querer introduzir um pensamento, mostrar para a criança o que está em jogo, falar da história do país, contar dos avós... Mas não se pode deixar que a criança fique com a ideia de que "se eu for no protesto, meu pai vai me amar mais." As crianças são muito suscetíveis a isso, precisam dessa aprovação. Por quê? Elas se submetem a essa condição infantil de ser amada pelo outro. Para serem admiradas, elas repetem o que o pai, a mãe ou o amigo fazem, inclusive odeiam. Seria melhor blindar as crianças desse debate, ainda que parcialmente? Fala-se muito em politização da infância. Mas essa é uma expressão ruim, porque ser político é estar na pólis, é participar. E a criança é um acontecimento na cidade, assim como todos nós. E, hoje, não é mais possível blindar as crianças do que acontece em volta delas. Antigamente era mais fácil fazer isso? É claro que antes se tinha mais controle. Se a mãe dizia 'não pode ver novela', a discussão acabava aí. Hoje, quando a mãe sai para trabalhar, a criança vê a novela –ou qualquer outro programa em questão– no YouTube e pronto. Assim, a proibição tem um outro lugar. Um lugar de onde é mais fácil de se fugir. E qual a sua reação ao ver uma criança xingando figuras políticas, algo que temos visto ultimamente? Para mim, isso é o horror. E onde já se viu uma criança brigar com outra por questões políticas? Vemos que elas usam termos que não usaria normalmente, ou seja, mal sabe o que está dizendo. Então elas estão apenas repetindo os pais ou os amigos? As crianças vão conosco nas nossas escolhas. Elas não falam por si em termos de conteúdo –não dá para esperar que elas saibam o que estão dizendo em um momento tão complicado. Mas elas falam por si quando vemos a posição delas. E a posição de muitas é a do ódio. E é como estávamos falando, odeiam porque o pai odeia, xingam porque a mãe xinga. Mas muitos pais acham importante mostrar suas convicções nesse momento. Qual a melhor maneira de se fazer isso? Em qualquer tipo de cenário, é preciso lembrar que há uma diferença fundamental entre a experiência reflexiva e a postura de se transmitir o ódio. Uma coisa é falar das minhas lutas para os meus filhos, é eles me verem triste ou irritada quando há uma notícia negativa nesse sentido. Outra coisa completamente diferente é transmitir a intolerância ao que é diferente. É me ver xingando alguém que pensa diferente dessa minha convicção. ramento. Dizer para um filho que essa discussão não é para a idade dele ou que ele não precisa se posicionar é válido para aliviar essa tensão? Vemos muitas crianças estressadas por esse clima de acirramento. Dizer para um filho que essa discussão não é para a idade dele ou que ele não precisa se posicionar é válido para aliviar essa tensão? Seria razoável inclusive para um adulto dizer que ele não precisa se posicionar, embora nesse momento seja complicado, mesmo que você tente. Mas as crianças precisam ter isso claro, sim. Elas devem saber que podem ter essa dúvida. Porque é justamente essa condição de dúvida que dá lugar para a opinião do outro. Precisamos dizer para as crianças que ela não precisa concordar com a mãe e o pai ou que ela pode achar legal só uma parte do que o professor ou o amigo falou. Evidente que os pais podem dar limites e não explicar determinado assunto, mas cada vez isso vai ter menos efeito. Isso precisa vir junto com uma experiência que seja ao mesmo tempo de afeto e de reflexão. Está faltando isso? Exemplo? As crianças são mais suscetíveis ao que a gente transmite do que ao que a gente explica. Dizer que tem de respeitar e depois mandar alguém calar a boca não funciona. Se seu filho quer um jogo de videogame que você não quer dar, não tem nenhum problema em dizer não, claro. Mas você pode dizer que não vai comprar porque é, sei lá, um jogo em que as pessoas se matam e você não quer isso dentro de casa. Dizer isso, sem fazer o seu filho se sentir um idiota por querer algo com o qual você não concorda. É a maneira como você explica, é a experiência da tolerância entre pais e filhos. Tudo começa aí. Há crianças, especialmente as pequenas, que querem bater panela porque é divertido ou gritar "não vai ter golpe" para agradar ao amigo. Como os pais devem lidar com esse tipo de situação? O convite dos pais tem de ser sempre para o pensar. Vai bater panela, filho? Por quê? Por que vai bater no Pixuleko? Você sabe o que isso significa? E vale sempre mostrar a posição do outro. Estamos falhando em mostrar para as crianças a posição do outro? O que me surpreende é a questão do maniqueísmo. A condição do maniqueísmo moral é própria da infância. É o bem e o mal, a princesa e a bruxa, o mocinho e o bandido. Essa é a forma de pensar infantil. Mas o que estamos vendo são adultos virando maniqueístas. É responsabilidade do adulto mostrar que a vida não é assim, que uma pessoa acertou aqui e errou ali. É preciso pode transmitir para as crianças que vamos ter que viver com isso e não apesar disso. É preciso abrir esse encontro para um espaço para ser um local de pensamento e não uma crença ou uma fé. E para isso, é preciso que haja lugar para a diversidade. E qual o papel da escola em um momento desses? A escola tem a obrigação ética de ensinar o diálogo entre diferentes. Ensinar a suportar a experiência da alteridade, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. As famílias também deveriam ter esse papel, claro. Você deveria estar aberto a ouvir que seu filho pensa ou vota diferente, mas sabemos que nem sempre é assim. Já a escola que não tem escapatória. É sua função desconstruir esse maniqueísmo e ensinar os alunos a aceitar a sustentação do espaço dos outros.
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Acirramento político chega ao playground e preocupa terapeutasNo meio da aula, uma criança desenha a presidente Dilma sendo enforcada, provocando polêmica entre os colegas, deixando a professora confusa e a mãe, em desespero. A cena, ocorrida em uma escola de São Paulo, dá a medida de como o clima de acirramento político que vive o país está afetando as crianças e deixando pais e escolas sem saber como agir. O clima de tensão está inclusive deixando as salas de TV, de aula e as ruas e virando assunto de terapia infantil ou entre terapeutas da área. "Tenho consultório há mais de 20 anos, atendendo crianças de todas as idades. E posso afirmar que nunca vi nada parecido. Nunca um mesmo tema permeou as questões de todas as crianças, seja diretamente ou nas brincadeiras", diz psicanalista Ilana Katz, doutora em Psicologia e Educação pela FE/USP e pesquisadora do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (LATESFIP/USP). Em entrevista à BBC Brasil, a especialista fala do clima de ódio e como ele afeta as crianças, sobre as consequências de levá-las a protestos e o que significa vê-las gritar "não vai ter golpe" ou bater panelas na varanda. Ela explica como lidar e conversar com meninos e meninas sobre tolerância em tempos de ódio. * BBC Brasil - Como o clima de acirramento político está afetando as crianças? Ilana Katz - As crianças são muito porosas e elas certamente estão sendo afetadas por esse clima de ódio. É algo muito impressionante, e perigoso. Minha percepção é a de que estamos ensinando nossas crianças a odiar e a ver o diferente como inimigo. Essa é a cara do nosso tempo. É razoável levar criança em protestos? É claro que os pais podem convidar os filhos a irem em protestos, desde que a ideia seja transmitir um valor e não puxar isso pelo lado afetivo. Ou seja, é legal querer introduzir um pensamento, mostrar para a criança o que está em jogo, falar da história do país, contar dos avós... Mas não se pode deixar que a criança fique com a ideia de que "se eu for no protesto, meu pai vai me amar mais." As crianças são muito suscetíveis a isso, precisam dessa aprovação. Por quê? Elas se submetem a essa condição infantil de ser amada pelo outro. Para serem admiradas, elas repetem o que o pai, a mãe ou o amigo fazem, inclusive odeiam. Seria melhor blindar as crianças desse debate, ainda que parcialmente? Fala-se muito em politização da infância. Mas essa é uma expressão ruim, porque ser político é estar na pólis, é participar. E a criança é um acontecimento na cidade, assim como todos nós. E, hoje, não é mais possível blindar as crianças do que acontece em volta delas. Antigamente era mais fácil fazer isso? É claro que antes se tinha mais controle. Se a mãe dizia 'não pode ver novela', a discussão acabava aí. Hoje, quando a mãe sai para trabalhar, a criança vê a novela –ou qualquer outro programa em questão– no YouTube e pronto. Assim, a proibição tem um outro lugar. Um lugar de onde é mais fácil de se fugir. E qual a sua reação ao ver uma criança xingando figuras políticas, algo que temos visto ultimamente? Para mim, isso é o horror. E onde já se viu uma criança brigar com outra por questões políticas? Vemos que elas usam termos que não usaria normalmente, ou seja, mal sabe o que está dizendo. Então elas estão apenas repetindo os pais ou os amigos? As crianças vão conosco nas nossas escolhas. Elas não falam por si em termos de conteúdo –não dá para esperar que elas saibam o que estão dizendo em um momento tão complicado. Mas elas falam por si quando vemos a posição delas. E a posição de muitas é a do ódio. E é como estávamos falando, odeiam porque o pai odeia, xingam porque a mãe xinga. Mas muitos pais acham importante mostrar suas convicções nesse momento. Qual a melhor maneira de se fazer isso? Em qualquer tipo de cenário, é preciso lembrar que há uma diferença fundamental entre a experiência reflexiva e a postura de se transmitir o ódio. Uma coisa é falar das minhas lutas para os meus filhos, é eles me verem triste ou irritada quando há uma notícia negativa nesse sentido. Outra coisa completamente diferente é transmitir a intolerância ao que é diferente. É me ver xingando alguém que pensa diferente dessa minha convicção. ramento. Dizer para um filho que essa discussão não é para a idade dele ou que ele não precisa se posicionar é válido para aliviar essa tensão? Vemos muitas crianças estressadas por esse clima de acirramento. Dizer para um filho que essa discussão não é para a idade dele ou que ele não precisa se posicionar é válido para aliviar essa tensão? Seria razoável inclusive para um adulto dizer que ele não precisa se posicionar, embora nesse momento seja complicado, mesmo que você tente. Mas as crianças precisam ter isso claro, sim. Elas devem saber que podem ter essa dúvida. Porque é justamente essa condição de dúvida que dá lugar para a opinião do outro. Precisamos dizer para as crianças que ela não precisa concordar com a mãe e o pai ou que ela pode achar legal só uma parte do que o professor ou o amigo falou. Evidente que os pais podem dar limites e não explicar determinado assunto, mas cada vez isso vai ter menos efeito. Isso precisa vir junto com uma experiência que seja ao mesmo tempo de afeto e de reflexão. Está faltando isso? Exemplo? As crianças são mais suscetíveis ao que a gente transmite do que ao que a gente explica. Dizer que tem de respeitar e depois mandar alguém calar a boca não funciona. Se seu filho quer um jogo de videogame que você não quer dar, não tem nenhum problema em dizer não, claro. Mas você pode dizer que não vai comprar porque é, sei lá, um jogo em que as pessoas se matam e você não quer isso dentro de casa. Dizer isso, sem fazer o seu filho se sentir um idiota por querer algo com o qual você não concorda. É a maneira como você explica, é a experiência da tolerância entre pais e filhos. Tudo começa aí. Há crianças, especialmente as pequenas, que querem bater panela porque é divertido ou gritar "não vai ter golpe" para agradar ao amigo. Como os pais devem lidar com esse tipo de situação? O convite dos pais tem de ser sempre para o pensar. Vai bater panela, filho? Por quê? Por que vai bater no Pixuleko? Você sabe o que isso significa? E vale sempre mostrar a posição do outro. Estamos falhando em mostrar para as crianças a posição do outro? O que me surpreende é a questão do maniqueísmo. A condição do maniqueísmo moral é própria da infância. É o bem e o mal, a princesa e a bruxa, o mocinho e o bandido. Essa é a forma de pensar infantil. Mas o que estamos vendo são adultos virando maniqueístas. É responsabilidade do adulto mostrar que a vida não é assim, que uma pessoa acertou aqui e errou ali. É preciso pode transmitir para as crianças que vamos ter que viver com isso e não apesar disso. É preciso abrir esse encontro para um espaço para ser um local de pensamento e não uma crença ou uma fé. E para isso, é preciso que haja lugar para a diversidade. E qual o papel da escola em um momento desses? A escola tem a obrigação ética de ensinar o diálogo entre diferentes. Ensinar a suportar a experiência da alteridade, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. As famílias também deveriam ter esse papel, claro. Você deveria estar aberto a ouvir que seu filho pensa ou vota diferente, mas sabemos que nem sempre é assim. Já a escola que não tem escapatória. É sua função desconstruir esse maniqueísmo e ensinar os alunos a aceitar a sustentação do espaço dos outros.
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Centro Acadêmico da PUC pede que Piovesan recuse convite 'golpista'
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O presidente do Centro Acadêmico 22 de Agosto, da PUC, vai divulgar uma nota em que pede que a procuradora Flavia Piovesan recuse o convite do presidente interino Michel Temer para ocupar a Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. Ela dá aula de direito constitucional e direitos humanos na faculdade. Piovesan foi convidada nesta terça (17) e confirmou na tarde desta terça (17) que aceitou o cargo. O estudante de direito Gustavo Barijan, presidente da entidade, diz que "não faz parte do histórico do Centro Acadêmico, do qual a professora Flavia foi presidenta, nem da PUC-SP, coadunar com governos golpistas". Na carta, ele afirma que, caso a professora aceite o convite, "estará maculando sua trajetória". Outro integrante da entidade, Vitor Marques, diz em um texto que a trajetória de Piovesan é "reconhecida internacionalmente" e que "fazer parte de um governo ilegítimo" e estar "vinculada ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que reprime movimentos sociais e oprime a população das periferias", representaria "uma grave contradição" e "uma mancha" na biografia da procuradora. A professora afirmou que se sente "no dever de contribuir para o fortalecimento da causa para evitar recuos e retrocessos num momento tão delicado da história do país".
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Centro Acadêmico da PUC pede que Piovesan recuse convite 'golpista'O presidente do Centro Acadêmico 22 de Agosto, da PUC, vai divulgar uma nota em que pede que a procuradora Flavia Piovesan recuse o convite do presidente interino Michel Temer para ocupar a Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça. Ela dá aula de direito constitucional e direitos humanos na faculdade. Piovesan foi convidada nesta terça (17) e confirmou na tarde desta terça (17) que aceitou o cargo. O estudante de direito Gustavo Barijan, presidente da entidade, diz que "não faz parte do histórico do Centro Acadêmico, do qual a professora Flavia foi presidenta, nem da PUC-SP, coadunar com governos golpistas". Na carta, ele afirma que, caso a professora aceite o convite, "estará maculando sua trajetória". Outro integrante da entidade, Vitor Marques, diz em um texto que a trajetória de Piovesan é "reconhecida internacionalmente" e que "fazer parte de um governo ilegítimo" e estar "vinculada ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que reprime movimentos sociais e oprime a população das periferias", representaria "uma grave contradição" e "uma mancha" na biografia da procuradora. A professora afirmou que se sente "no dever de contribuir para o fortalecimento da causa para evitar recuos e retrocessos num momento tão delicado da história do país".
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Consumidor pode melhorar pontuação para tomar crédito
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Ao tentar alugar um apartamento no Rio, o representante comercial Alberto Lopes, 56, descobriu ter alto risco de dar calote. Sem dívidas e com nome limpo, tentou entender por que sua nota de crédito era tão baixa –272, em uma escala que vai até 1.000. "Tenho nome limpo, sem dívida pendente, mas não consigo comprar a prazo por causa da nota. Disseram que não dá para fazer nada, que a pontuação sobe com o tempo", afirma. "O critério é tão falho que minha filha, que não tem nem uma bicicleta ou renda, tem pontuação três vezes melhor", critica. A única mancha no histórico dele foi há 10 anos, quando foi negativado por não pagar uma dívida. Isso, porém, basta para que bancos, lojas e birôs de crédito considerem que ele ofereça mais risco do que outros consumidores. O score é basicamente um raio-x do consumidor, com informações sobre pagamentos em dia, quanto da renda é comprometida com dívidas se usa o cheque especial ou paga o mínimo do cartão de crédito, por exemplo. "Quem fica negativado, mesmo que limpe o nome, é considerado de médio risco. Isso impede que seu score [pontuação] melhore. A lógica é que ele pode voltar a ficar negativado", explica Pablo Nemirovsky, superintendente de serviços ao consumidor da Boa Vista SCPC. Para calcular a nota, birôs usam variáveis como estado civil, idade e renda presumida, que ajudam a determinar a probabilidade de pagamento, diz a economista Marcela Kawauti, do SPC Brasil. CADASTRO ATUALIZADO Ter score elevado aumenta as chances de se obter crédito e pode reduzir os juros cobrados pelo banco. E melhorar a pontuação, às vezes, demanda pouco esforço. Até atualizar o cadastro junto a credores e birôs de crédito, por exemplo, ajuda a aumentar a credibilidade. "Quanto mais atualizada for a informação, melhor dá para prever o comportamento do consumidor. A tendência de inadimplemento é maior entre aqueles que não atualizam o cadastro", diz Nemirovsky, da Boa Vista SCPC. Pagar contas em dia é importante, assim como organizar o orçamento para não entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito. Em relação aos empréstimos, a dica é não ultrapassar o limite de comprometimento de renda considerado saudável, que é em torno de 30%. Até ter um emprego formal ajuda, pela ideia de previsibilidade de renda. Por outro lado, ter o nome consultado muitas vezes nos birôs de crédito acende a luz amarela. "A procura por bancos ou financeiras num curto período pode indicar que a pessoa está com algum descontrole e pode vir a ficar inadimplente", diz Nemirovsky. E para quem já teve nota baixa, um alerta: elevar o score pode levar tempo. O resultado pode aparecer após um ano, afirma Vander Nagata, da Serasa Experian. Segundo a Serasa, 54% dos inadimplentes que regularizaram sua situação voltaram a ter o nome sujo no ano seguinte. Hoje o país tem 61 milhões de inadimplentes, segundo o birô de crédito. Assista ao vídeo * Veja o que bancos e birôs de crédito consideram ao classificar clientes 0 a 200 pontos 201 a 400 pontos 401 a 600 pontos 601 a 900 pontos + de 900 pontos - O que é Banco de dados com histórico dos consumidores Quais informações tem? Vantagem - Renegociação é primeiro passo Descobrir credor Com consulta a centrais de crédito, descobrir se está com nome sujo e qual credor Estudar proposta Fazer as contas de quanto pode pagar antes de partir para negociação Procurar credor Sabendo sua capacidade de pagamento, procure o credor e faça a proposta que cabe no seu bolso Pagar acordo Se o acordo for para mais de uma parcela, o pagamento da primeira prestação já fará seu nome ficar limpo - O que melhora o score O que piora o score - Onde conferir o score: serasaconsumidor.com.br/score www.consumidorpositivo.com.br
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mercado
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Consumidor pode melhorar pontuação para tomar créditoAo tentar alugar um apartamento no Rio, o representante comercial Alberto Lopes, 56, descobriu ter alto risco de dar calote. Sem dívidas e com nome limpo, tentou entender por que sua nota de crédito era tão baixa –272, em uma escala que vai até 1.000. "Tenho nome limpo, sem dívida pendente, mas não consigo comprar a prazo por causa da nota. Disseram que não dá para fazer nada, que a pontuação sobe com o tempo", afirma. "O critério é tão falho que minha filha, que não tem nem uma bicicleta ou renda, tem pontuação três vezes melhor", critica. A única mancha no histórico dele foi há 10 anos, quando foi negativado por não pagar uma dívida. Isso, porém, basta para que bancos, lojas e birôs de crédito considerem que ele ofereça mais risco do que outros consumidores. O score é basicamente um raio-x do consumidor, com informações sobre pagamentos em dia, quanto da renda é comprometida com dívidas se usa o cheque especial ou paga o mínimo do cartão de crédito, por exemplo. "Quem fica negativado, mesmo que limpe o nome, é considerado de médio risco. Isso impede que seu score [pontuação] melhore. A lógica é que ele pode voltar a ficar negativado", explica Pablo Nemirovsky, superintendente de serviços ao consumidor da Boa Vista SCPC. Para calcular a nota, birôs usam variáveis como estado civil, idade e renda presumida, que ajudam a determinar a probabilidade de pagamento, diz a economista Marcela Kawauti, do SPC Brasil. CADASTRO ATUALIZADO Ter score elevado aumenta as chances de se obter crédito e pode reduzir os juros cobrados pelo banco. E melhorar a pontuação, às vezes, demanda pouco esforço. Até atualizar o cadastro junto a credores e birôs de crédito, por exemplo, ajuda a aumentar a credibilidade. "Quanto mais atualizada for a informação, melhor dá para prever o comportamento do consumidor. A tendência de inadimplemento é maior entre aqueles que não atualizam o cadastro", diz Nemirovsky, da Boa Vista SCPC. Pagar contas em dia é importante, assim como organizar o orçamento para não entrar no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito. Em relação aos empréstimos, a dica é não ultrapassar o limite de comprometimento de renda considerado saudável, que é em torno de 30%. Até ter um emprego formal ajuda, pela ideia de previsibilidade de renda. Por outro lado, ter o nome consultado muitas vezes nos birôs de crédito acende a luz amarela. "A procura por bancos ou financeiras num curto período pode indicar que a pessoa está com algum descontrole e pode vir a ficar inadimplente", diz Nemirovsky. E para quem já teve nota baixa, um alerta: elevar o score pode levar tempo. O resultado pode aparecer após um ano, afirma Vander Nagata, da Serasa Experian. Segundo a Serasa, 54% dos inadimplentes que regularizaram sua situação voltaram a ter o nome sujo no ano seguinte. Hoje o país tem 61 milhões de inadimplentes, segundo o birô de crédito. Assista ao vídeo * Veja o que bancos e birôs de crédito consideram ao classificar clientes 0 a 200 pontos 201 a 400 pontos 401 a 600 pontos 601 a 900 pontos + de 900 pontos - O que é Banco de dados com histórico dos consumidores Quais informações tem? Vantagem - Renegociação é primeiro passo Descobrir credor Com consulta a centrais de crédito, descobrir se está com nome sujo e qual credor Estudar proposta Fazer as contas de quanto pode pagar antes de partir para negociação Procurar credor Sabendo sua capacidade de pagamento, procure o credor e faça a proposta que cabe no seu bolso Pagar acordo Se o acordo for para mais de uma parcela, o pagamento da primeira prestação já fará seu nome ficar limpo - O que melhora o score O que piora o score - Onde conferir o score: serasaconsumidor.com.br/score www.consumidorpositivo.com.br
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Morte da princesa Diana foi momento da verdade para família real britânica
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Quase qualquer pessoa do Reino Unido será capaz de dizer onde estava e o que estava fazendo na manhã de 31 de agosto de 1997, quando o mundo descobriu que Diana, princesa de Gales, havia morrido em um acidente de automóvel em Paris. O mesmo certamente se aplica a milhões de outras pessoas em todo o mundo. O povo britânico ainda não superou o acontecido. Nem tanto por incapacidade de se ajustar à morte de uma princesa imensamente bonita que parecia personificar um sonho de menina tornado pesadelo, mas sim por aquilo que a morte dela representou. Foi o momento em que a família real britânica chegou ao mundo moderno. Diana foi a última dos consortes reais a ser escolhida com base nos preconceitos antediluvianos de um domicílio que claramente não compreende o mundo que existe fora do palácio. Ela foi uma das últimas vítimas de uma mentalidade para qual o propósito de educar meninas era ensiná-las a usar luvas brancas e se comportar devidamente ao abrir festivais locais. Certa vez participei da mesa julgadora de um quiz no qual uma das perguntas era "a única qualificação formal que a princesa Diana recebeu na escola foi um certificado por ter cuidado bem do quê?" Uma das mesas participantes respondeu "sua virgindade" (a resposta correta era um hamster ou porquinho da índia). Mas a realidade é que ela não conseguiu nota mínima de aprovação em nenhuma das matérias de seu curso de segundo grau, apesar de ter feito o exame duas vezes. E de lá ela partiu para a Suíça, onde fez uma escola preparatória e um curso de culinária, seguidos por um emprego como assistente de ensino em uma pré-escola. Era assim que as famílias ricas tratavam suas filhas. Kate Middleton, a filha de uma comissária de bordo que se casou com o filho mais velho de Diana, pelo menos se diplomou por esforço próprio (em história da arte) pela Universidade St. Andrews, enfrentando outros candidatos em competição aberta. Quando o casamento entre Diana e o príncipe Charles se deteriorou e eles se divorciaram, em 1996, o casal simplesmente fez o que milhares de outros casais fizeram naquele ano. (De lá para cá, o índice de divórcios despencou; acredita-se que isso tenha acontecido, entre outras coisas, porque agora o público aceita mais que as pessoas vivam juntas sem se casarem). Diana e Charles tiveram de passar a noite anterior ao seu casamento em edificações separadas. Hoje, ninguém (nem mesmo o jornal "Daily Express") trata com reprovação as notícias sobre as noites que a suposta namorada do príncipe Harry passa com ele no Palácio de Kensington. É trágico, claro, que tenha sido necessário um acidente terrível para que a família real se adaptasse a mudanças sociais que outros já haviam aceitado há anos. E, por alguns dias, a casa de Windsor pareceu trêmula e insegura. Seu silêncio audível permitiu que "especialistas" imbecis exigissem que a bandeira fosse hasteada a meio mastro no palácio de Buckingham. Isso não pode acontecer, pelo simples motivo de que o país jamais deixa de ter um rei –o que explica o ditado "o rei morreu. Vida longa ao rei". Em lugar disso, a monarquia se tornou mais triste e mais sábia, com a morte de Diana. Os Windsor continuam a ser a mais grandiosa das casas reais europeias e serão precisos muitos anos –se que é isso acontecerá um dia– para que se tornem uma "monarquia ciclística" como as do continente. A mudança vem sempre devagar para a casa real britânica. Mas esse talvez seja um dos segredos de sua longevidade. Nos anos transcorridos desde a morte de Diana, a posição da rainha foi restaurada e, embora ninguém afirme que o príncipe Charles é uma figura popular, o público parece ter apreço real por sua nova mulher. E todos os monarquistas compreendem o princípio de que a sucessão é determinada pelos acasos do nascimento, o que significa que é preciso aceitar que alguns dos membros dessa família singularmente privilegiada sejam populares e outros impopulares, que alguns sejam sábios e outros tolos, que alguns sejam bonitos e outros não. Como acontece com todos nós. A maior mudança parece ter ocorrido no país do qual Diana poderia ter sido rainha, um dia. Uma espécie de histeria varreu o Reino Unido nos dias posteriores à morte dela, o que confundiu muitos observadores. Mas grandes manifestações de emoção popular jamais estiveram muito abaixo da superfície, como os relatos sobre o retorno do corpo do almirante Nelson, sobre a morte do general Kitchener e sobre o funeral de Winston Churchill comprovam. Os britânicos continuam a ser um povo reservado e dedicado aos seus deveres. Mas a fleuma foi só uma moda estoica e passageira da era vitoriana, e o serviço fúnebre de Diana pôs fim a isso. Em documentários de TV recentes quanto ao aniversário da morte de Diana, os filhos dela falaram com franqueza sobre o seu pesar, e se eles podem fazê-lo, todo mundo também deveria ter esse direito. É evidente que o Reino Unido não é mais o país que era em 1997. O fim de Diana foi um choque terrível para todos. Foi necessária a morte de uma jovem privilegiada para que aqueles que um dia poderiam ter se tornado seus súditos se libertassem. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Morte da princesa Diana foi momento da verdade para família real britânicaQuase qualquer pessoa do Reino Unido será capaz de dizer onde estava e o que estava fazendo na manhã de 31 de agosto de 1997, quando o mundo descobriu que Diana, princesa de Gales, havia morrido em um acidente de automóvel em Paris. O mesmo certamente se aplica a milhões de outras pessoas em todo o mundo. O povo britânico ainda não superou o acontecido. Nem tanto por incapacidade de se ajustar à morte de uma princesa imensamente bonita que parecia personificar um sonho de menina tornado pesadelo, mas sim por aquilo que a morte dela representou. Foi o momento em que a família real britânica chegou ao mundo moderno. Diana foi a última dos consortes reais a ser escolhida com base nos preconceitos antediluvianos de um domicílio que claramente não compreende o mundo que existe fora do palácio. Ela foi uma das últimas vítimas de uma mentalidade para qual o propósito de educar meninas era ensiná-las a usar luvas brancas e se comportar devidamente ao abrir festivais locais. Certa vez participei da mesa julgadora de um quiz no qual uma das perguntas era "a única qualificação formal que a princesa Diana recebeu na escola foi um certificado por ter cuidado bem do quê?" Uma das mesas participantes respondeu "sua virgindade" (a resposta correta era um hamster ou porquinho da índia). Mas a realidade é que ela não conseguiu nota mínima de aprovação em nenhuma das matérias de seu curso de segundo grau, apesar de ter feito o exame duas vezes. E de lá ela partiu para a Suíça, onde fez uma escola preparatória e um curso de culinária, seguidos por um emprego como assistente de ensino em uma pré-escola. Era assim que as famílias ricas tratavam suas filhas. Kate Middleton, a filha de uma comissária de bordo que se casou com o filho mais velho de Diana, pelo menos se diplomou por esforço próprio (em história da arte) pela Universidade St. Andrews, enfrentando outros candidatos em competição aberta. Quando o casamento entre Diana e o príncipe Charles se deteriorou e eles se divorciaram, em 1996, o casal simplesmente fez o que milhares de outros casais fizeram naquele ano. (De lá para cá, o índice de divórcios despencou; acredita-se que isso tenha acontecido, entre outras coisas, porque agora o público aceita mais que as pessoas vivam juntas sem se casarem). Diana e Charles tiveram de passar a noite anterior ao seu casamento em edificações separadas. Hoje, ninguém (nem mesmo o jornal "Daily Express") trata com reprovação as notícias sobre as noites que a suposta namorada do príncipe Harry passa com ele no Palácio de Kensington. É trágico, claro, que tenha sido necessário um acidente terrível para que a família real se adaptasse a mudanças sociais que outros já haviam aceitado há anos. E, por alguns dias, a casa de Windsor pareceu trêmula e insegura. Seu silêncio audível permitiu que "especialistas" imbecis exigissem que a bandeira fosse hasteada a meio mastro no palácio de Buckingham. Isso não pode acontecer, pelo simples motivo de que o país jamais deixa de ter um rei –o que explica o ditado "o rei morreu. Vida longa ao rei". Em lugar disso, a monarquia se tornou mais triste e mais sábia, com a morte de Diana. Os Windsor continuam a ser a mais grandiosa das casas reais europeias e serão precisos muitos anos –se que é isso acontecerá um dia– para que se tornem uma "monarquia ciclística" como as do continente. A mudança vem sempre devagar para a casa real britânica. Mas esse talvez seja um dos segredos de sua longevidade. Nos anos transcorridos desde a morte de Diana, a posição da rainha foi restaurada e, embora ninguém afirme que o príncipe Charles é uma figura popular, o público parece ter apreço real por sua nova mulher. E todos os monarquistas compreendem o princípio de que a sucessão é determinada pelos acasos do nascimento, o que significa que é preciso aceitar que alguns dos membros dessa família singularmente privilegiada sejam populares e outros impopulares, que alguns sejam sábios e outros tolos, que alguns sejam bonitos e outros não. Como acontece com todos nós. A maior mudança parece ter ocorrido no país do qual Diana poderia ter sido rainha, um dia. Uma espécie de histeria varreu o Reino Unido nos dias posteriores à morte dela, o que confundiu muitos observadores. Mas grandes manifestações de emoção popular jamais estiveram muito abaixo da superfície, como os relatos sobre o retorno do corpo do almirante Nelson, sobre a morte do general Kitchener e sobre o funeral de Winston Churchill comprovam. Os britânicos continuam a ser um povo reservado e dedicado aos seus deveres. Mas a fleuma foi só uma moda estoica e passageira da era vitoriana, e o serviço fúnebre de Diana pôs fim a isso. Em documentários de TV recentes quanto ao aniversário da morte de Diana, os filhos dela falaram com franqueza sobre o seu pesar, e se eles podem fazê-lo, todo mundo também deveria ter esse direito. É evidente que o Reino Unido não é mais o país que era em 1997. O fim de Diana foi um choque terrível para todos. Foi necessária a morte de uma jovem privilegiada para que aqueles que um dia poderiam ter se tornado seus súditos se libertassem. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Temer abre ofensiva para tranquilizar setor produtivo
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Ao receber o presidente da Shell, no início do mês, Michel Temer foi confrontado com uma dúvida incômoda. "Meus acionistas têm perguntado se ainda é uma boa ideia investir no Brasil", disse Ben van Beurden, segundo relatos. Temer teria reagido: "Diga a eles: o Brasil continua sendo um país seguro". Em setembro, Beurden havia saído de outro encontro com Temer mais confiante, anunciando a manutenção de aportes da Shell no país. Em seis meses, o cenário mudou. A crise agravada pelo envolvimento de mais de uma centena de políticos nas delações da Odebrecht e as dificuldades para fazer avançar a reforma da Previdência aumentaram a insegurança de empresários e investidores. Em resposta, Temer abriu uma ofensiva para tranquilizar o setor produtivo e apontar que está comprometido com as reformas que ajudarão a controlar as contas do país, mantendo atraente o ambiente de investimentos. Em 30 dias, o presidente se reuniu 20 vezes com grandes empresários. Discursou para investidores em evento do Bradesco, encontrou dirigentes do setor de alimentos e jantou com figurões do PIB no apartamento de um peso-pesado do varejo. Nos próximos dias, deve se reunir com o presidente da Heineken no Brasil e com investidores indianos da área de química fina, além de participar de reunião do comitê gestor do Conselhão, que tem como integrantes Claudia Sender, da Latam, e Fabio Coelho, do Google Brasil. Integrantes do governo identificaram, em conversas com empresários, um receio com a demora na retomada do crescimento e com o risco de desfiguração ou derrota da reforma da Previdência. A avaliação é que uma mudança no humor do mercado afetaria a expectativa de recuperação. Se o PIB demorar demais a crescer, acreditam, poderia bater um percentual inferior a 0,5% no fim do ano. Em campanha para aumentar a confiança de investidores, o presidente transmite tranquilidade ao setor produtivo e diz que as medidas que evitarão o agravamento das contas públicas serão aprovadas rapidamente. O governo quer sinalizar que a crise política detonada pelos inquéritos contra ministros e parlamentares não vai barrar a agenda de reformas. A ideia é demonstrar compromisso do Planalto e do Congresso com a pauta. Com esses movimentos, Temer reforça a estratégia de turbinar a agenda econômica e apostar na consolidação fiscal como pilar de estabilidade de seu governo. Esquiva-se, assim, do péssimo ambiente político e apega-se à recuperação do PIB como tábua de salvação do mandato. Auxiliares do presidente identificam quatro focos de insegurança que precisam ser mantidos sob controle para evitar uma elevação da instabilidade econômica: a Lava Jato, a ação de cassação de seu mandato no TSE, a reforma da Previdência e a insatisfação popular. Em conversas com o empresariado, o governo sinaliza que a Lava Jato seguirá seu curso sem abalar a pauta do governo e diz ter convicção de que a ação no TSE deve ser concluída em breve, com desfecho favorável a Temer. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) reforçará o discurso de normalidade no encontro do Banco Mundial e do FMI desta semana, em Washington.
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Temer abre ofensiva para tranquilizar setor produtivoAo receber o presidente da Shell, no início do mês, Michel Temer foi confrontado com uma dúvida incômoda. "Meus acionistas têm perguntado se ainda é uma boa ideia investir no Brasil", disse Ben van Beurden, segundo relatos. Temer teria reagido: "Diga a eles: o Brasil continua sendo um país seguro". Em setembro, Beurden havia saído de outro encontro com Temer mais confiante, anunciando a manutenção de aportes da Shell no país. Em seis meses, o cenário mudou. A crise agravada pelo envolvimento de mais de uma centena de políticos nas delações da Odebrecht e as dificuldades para fazer avançar a reforma da Previdência aumentaram a insegurança de empresários e investidores. Em resposta, Temer abriu uma ofensiva para tranquilizar o setor produtivo e apontar que está comprometido com as reformas que ajudarão a controlar as contas do país, mantendo atraente o ambiente de investimentos. Em 30 dias, o presidente se reuniu 20 vezes com grandes empresários. Discursou para investidores em evento do Bradesco, encontrou dirigentes do setor de alimentos e jantou com figurões do PIB no apartamento de um peso-pesado do varejo. Nos próximos dias, deve se reunir com o presidente da Heineken no Brasil e com investidores indianos da área de química fina, além de participar de reunião do comitê gestor do Conselhão, que tem como integrantes Claudia Sender, da Latam, e Fabio Coelho, do Google Brasil. Integrantes do governo identificaram, em conversas com empresários, um receio com a demora na retomada do crescimento e com o risco de desfiguração ou derrota da reforma da Previdência. A avaliação é que uma mudança no humor do mercado afetaria a expectativa de recuperação. Se o PIB demorar demais a crescer, acreditam, poderia bater um percentual inferior a 0,5% no fim do ano. Em campanha para aumentar a confiança de investidores, o presidente transmite tranquilidade ao setor produtivo e diz que as medidas que evitarão o agravamento das contas públicas serão aprovadas rapidamente. O governo quer sinalizar que a crise política detonada pelos inquéritos contra ministros e parlamentares não vai barrar a agenda de reformas. A ideia é demonstrar compromisso do Planalto e do Congresso com a pauta. Com esses movimentos, Temer reforça a estratégia de turbinar a agenda econômica e apostar na consolidação fiscal como pilar de estabilidade de seu governo. Esquiva-se, assim, do péssimo ambiente político e apega-se à recuperação do PIB como tábua de salvação do mandato. Auxiliares do presidente identificam quatro focos de insegurança que precisam ser mantidos sob controle para evitar uma elevação da instabilidade econômica: a Lava Jato, a ação de cassação de seu mandato no TSE, a reforma da Previdência e a insatisfação popular. Em conversas com o empresariado, o governo sinaliza que a Lava Jato seguirá seu curso sem abalar a pauta do governo e diz ter convicção de que a ação no TSE deve ser concluída em breve, com desfecho favorável a Temer. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) reforçará o discurso de normalidade no encontro do Banco Mundial e do FMI desta semana, em Washington.
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MEC volta a fazer pagamentos do Fies em 12 parcelas às universidades
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Após restringir, no ano passado, o fluxo de pagamentos às instituições de ensino superior participantes do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o Ministério da Educação retomou a lógica de repasses em vigor até 2014. Em 2015, diante de um cenário de ajuste fiscal, a pasta reduziu, de 12 para 8 parcelas, os repasses (utilizados para pagamento de tributos) e recompras (valor excedente pago em dinheiro) das mantenedoras com mais de 20 mil estudantes financiados pelo programa federal. A decisão foi seguida de maior rigor na seleção dos candidatos –como pontuação mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)– e redução expressiva de vagas disponíveis, o que continua em vigor. Nesta semana, porém, o MEC confirmou que o calendário de pagamentos será restabelecido: portaria publicada nesta segunda-feira (1°) suspendeu a redução de parcelas de recompras. "Agora, o FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] pode recomprar 100% dos títulos das instituições, o que será feito em 12 vezes este ano", informou o órgão, vinculado ao MEC. O pagamento total dos tributos já estava definido e foi informado às mantenedoras. Ao todo, o gasto com o Fies em 2016 está estimado em R$ 18,7 bilhões, usados para a manutenção de 2,2 milhões de contratos vigentes, além de novas vagas lançadas neste ano. No primeiro semestre, o MEC ofertou 250.279 contratos no programa. O resultado dos candidatos pré-selecionados e a lista de espera para contratar o Fies do primeiro semestre foi divulgado nesta segunda.
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educacao
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MEC volta a fazer pagamentos do Fies em 12 parcelas às universidadesApós restringir, no ano passado, o fluxo de pagamentos às instituições de ensino superior participantes do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o Ministério da Educação retomou a lógica de repasses em vigor até 2014. Em 2015, diante de um cenário de ajuste fiscal, a pasta reduziu, de 12 para 8 parcelas, os repasses (utilizados para pagamento de tributos) e recompras (valor excedente pago em dinheiro) das mantenedoras com mais de 20 mil estudantes financiados pelo programa federal. A decisão foi seguida de maior rigor na seleção dos candidatos –como pontuação mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)– e redução expressiva de vagas disponíveis, o que continua em vigor. Nesta semana, porém, o MEC confirmou que o calendário de pagamentos será restabelecido: portaria publicada nesta segunda-feira (1°) suspendeu a redução de parcelas de recompras. "Agora, o FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] pode recomprar 100% dos títulos das instituições, o que será feito em 12 vezes este ano", informou o órgão, vinculado ao MEC. O pagamento total dos tributos já estava definido e foi informado às mantenedoras. Ao todo, o gasto com o Fies em 2016 está estimado em R$ 18,7 bilhões, usados para a manutenção de 2,2 milhões de contratos vigentes, além de novas vagas lançadas neste ano. No primeiro semestre, o MEC ofertou 250.279 contratos no programa. O resultado dos candidatos pré-selecionados e a lista de espera para contratar o Fies do primeiro semestre foi divulgado nesta segunda.
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Festival de Sundance examina a discussão sobre as armas nos EUA
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A violência com armas de fogo pode ser um tema incômodo no Festival Sundance de Cinema. Ao longo dos anos o evento ajudou a popularizar —alguns diriam glamorizar— imagens extremas envolvendo armas no cinema —Quentin Tarantino foi incubado e parido aqui. Mas este ano os programadores de Sundance, profundamente engajados com a liberdade de expressão, e seus cineastas selecionados parecem estar assumindo a postura de que as armas de fogo na vida real deveriam ser mais fortemente policiadas. No mínimo quatro filmes importantes com temas ligados às armas terão sua première mundial no festival, que começou em Park City nesta quinta-feira (21). A intenção é ampliar a discussão sobre as armas de fogo na América. "Para mim, não é tudo bem que nós, como país, tenhamos decidido que esta carnificina é o preço que temos que pagar para fazer negócios", disse AJ Schnack, diretor de "Speaking is Difficult", curta-metragem documental que começa com o recente massacre de San Bernardino, na Califórnia, e termina com um chamado pelo controle de armas. A documentarista premiada com o Oscar Laura Poitras ("Citizenfour") é uma das produtoras executivas do filme. Sundance também vai entregar um megafone a Tim Sutton, que escreveu e dirigiu "Dark Night", drama inspirado pelo massacre em um cinema de Aurora, Colorado, em 2012, e a Kim A. Snyder, cujo filme "Newton" examina o trauma contínuo causado à comunidade de Newton, Connecticut, pelo tiroteio na escola primária Sandy Hook em 2012. Parte do documentário angustiante de Snyder mostra quão pouca coisa mudou em relação à reforma da legislação das armas de fogo. O mais ambicioso dos quatro filmes talvez seja "Under the Gun", com direção de Stephanie Soechtig ("Fed Up") e narração de Katie Couric. Descrito por Sundance como "meticulosamente abrangente e decididamente imparcial", o filme examina por que os legisladores americanos não reagiram com qualquer medida significativa às chacinas seguidas. Couric disse que o filme nasceu quando ela perguntou a Soechtig, depois do massacre de Sandy Hook: "Por que não está acontecendo nada?" Juntos, esses filmes —além de outros que farão parte da programação do festival, incluindo "As You Are", drama adolescente envolvendo a disponibilidade de armas de fogo— podem produzir um estrondo sônico cultural. Sundance atrai atenção intensa (1.130 jornalistas de 17 países cobriram o festival em 2015) e, sob muitos aspectos, determina quais filmes independentes serão vistos nos cinemas e na TV pelo resto do ano. "Uma Verdade Inconveniente", de Davis Guggenheim, mostrado primeiramente em Sundance em 2006, empurrou as mudanças climáticas para o primeiro plano das preocupações públicas. "A Guerra Invisível", sobre o estupro nas Forças Armadas americanas, teve impacto rápido sobre a política governamental depois de estrear em Sundance em 2012. O festival vai apresentar seus filmes contra o pano de fundo de uma corrida presidencial em que a violência com armas de fogo está alimentando um debate partidário divisor, com os candidatos democratas pedindo mais controle e os republicanos, de modo geral, afirmando que a adoção de novas medidas não resolveria o problema dos massacres e, ao mesmo tempo, prejudicaria os cidadãos que possuem armas e obedecem as leis. Os organizadores do festival têm consciência de como o tópico é politicamente delicado. "Temos orgulho de chamar a atenção para o que artistas independentes têm a dizer, a como eles estão reagindo ao que está acontecendo na consciência pública", disse Robert Redford, que fundou o festival mas se nega a participar da seleção dos filmes. "Mas quero deixar claro: não somos nós que defendemos qualquer coisa. São os artistas que estão chamando a atenção para áreas particulares." Entrevistado pelo telefone, Redford disse que os filmes do festival deste ano que tratam de armas o levaram a conversar com John Cooper, o diretor de Sundance. "Falei a ele: 'Você sempre postulou que não devemos defender posições, mas parece que pode ter feito isso em relação às armas'", disse Redford. "A resposta dele foi: 'Não somos nós. São os cineastas.'" Falando separadamente, Cooper disse que entre os 12.793 filmes candidatos a ser exibidos no festival 2016, um número "extraordinário" tratava das armas. "O cinema independente sempre procurou provocar discussões, mas os documentaristas, em especial, estão adotando técnicas de fazer cinema que tornam seus filmes mais interessantes. Mais pontuais." "Newtown" não foi feito com a intenção de defender uma posição, disse uma de suas produtoras, Maria Cuomo Cole (irmã do governador de Nova York, Andrew Cuomo), cujos créditos incluem "A Guerra Invisível" e "Living for 32", curta documental sobre o tiroteio de 2007 na universidade Virginia Tech. O objetivo teria sido mostrar o processo de luto, ou "o que acontece no longo prazo depois de as redes de TV voltarem para casa". A produtora disse que vê Newton como uma metáfora de toda a América, considerando o número de cidades afetados por chacinas. "São comunidades que continuam traumatizadas." "Newton" põe o espectador cara a cara com pais ainda devastados —e crianças que sobreviveram à chacina. assista Já "Speaking is Difficult" quer motivar os espectadores, disse AJ Schnack, ao mostrar algo que virou um ciclo repetido no caso dos massacres com armas de fogo: carnificina e depois indiferença. Vinte e cinco incidentes ocorridos ao longo de cinco anos são relatados em rápida sucessão; gravações de telefonemas para os serviços de emergência são tocadas ao mesmo tempo em que se veem imagens plácidas dos locais dos massacres, vistos como estão hoje (por exemplo, o supermercado no Arizona onde a então deputada Gabrielle Giffords foi baleada em 2011). Schnack se apressou para incluir no filme dois incidentes ocorridos depois de ele ter entregue a produção à apreciação de Sundance: o massacre de dezembro em San Bernardino, onde morreram 14 pessoas, e um incidente no Colorado em novembro, que deixou três mortos. O título de "Speaking is Difficult" vem de um chamado feito ao Congresso por Giffords em 2013 por leis mais rígidas sobre o porte de armas. Depois do festival, o filme estará disponível pela plataforma on-line de curtas documentais Field of Vision, criada em parte por Poitras. Apesar de ser um drama fictício, "Dark Night" deixa sua mensagem muito clara. Ambientado na Flórida nos dias que antecedem um acontecimento ao estilo do que ocorreu em Aurora (o filme termina com o assassino entrando num cinema), "Dark Night" mostra um grupo de pessoas muito diferentes empurradas —pela pobreza, por pressões sociais, pelo serviço militar, por videogames violentos— ao limite do que suportam. Qual delas será o atirador? "Poderia ser qualquer uma dessas pessoas, mas, como parece acontecer na vida real, sempre está claro se você realmente presta atenção", disse Sutton. Em uma cena espantosa, um rapaz com um fuzil de assalto passa andando ao lado da janela da sala de seus vizinhos, em plena luz do dia; as pessoas dentro da casa estão ocupadas demais assistindo à TV para notar. "Eu queria que o filme fosse uma espécie de documento desse tempo", disse Sutton. "Não é um filme de terror, mas ele precisa assustar você emocionalmente." "Under the Gun" está sendo mantido em sigilo antes de sua estreia, no domingo (24) —o pedido do "NYT" de assistir ao filme para este artigo foi negado. Mas Soechtig destacou que quis fazer um filme equilibrado, que, com sorte, possa fazer sentido tanto para os puristas da Segunda Emenda constitucional (que protege o direito de posse e porte de armas) quanto para quem defende um controle maior sobre as armas de fogo. "Será que há mais terreno em comum do que fomos levados a pensar?", disse Soechtig. Katie Couric refletiu: "Espero pelo menos que este filme suscite uma discussão nova e mais inteligente." Tradução CLARA ALLAIN
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ilustrada
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Festival de Sundance examina a discussão sobre as armas nos EUAA violência com armas de fogo pode ser um tema incômodo no Festival Sundance de Cinema. Ao longo dos anos o evento ajudou a popularizar —alguns diriam glamorizar— imagens extremas envolvendo armas no cinema —Quentin Tarantino foi incubado e parido aqui. Mas este ano os programadores de Sundance, profundamente engajados com a liberdade de expressão, e seus cineastas selecionados parecem estar assumindo a postura de que as armas de fogo na vida real deveriam ser mais fortemente policiadas. No mínimo quatro filmes importantes com temas ligados às armas terão sua première mundial no festival, que começou em Park City nesta quinta-feira (21). A intenção é ampliar a discussão sobre as armas de fogo na América. "Para mim, não é tudo bem que nós, como país, tenhamos decidido que esta carnificina é o preço que temos que pagar para fazer negócios", disse AJ Schnack, diretor de "Speaking is Difficult", curta-metragem documental que começa com o recente massacre de San Bernardino, na Califórnia, e termina com um chamado pelo controle de armas. A documentarista premiada com o Oscar Laura Poitras ("Citizenfour") é uma das produtoras executivas do filme. Sundance também vai entregar um megafone a Tim Sutton, que escreveu e dirigiu "Dark Night", drama inspirado pelo massacre em um cinema de Aurora, Colorado, em 2012, e a Kim A. Snyder, cujo filme "Newton" examina o trauma contínuo causado à comunidade de Newton, Connecticut, pelo tiroteio na escola primária Sandy Hook em 2012. Parte do documentário angustiante de Snyder mostra quão pouca coisa mudou em relação à reforma da legislação das armas de fogo. O mais ambicioso dos quatro filmes talvez seja "Under the Gun", com direção de Stephanie Soechtig ("Fed Up") e narração de Katie Couric. Descrito por Sundance como "meticulosamente abrangente e decididamente imparcial", o filme examina por que os legisladores americanos não reagiram com qualquer medida significativa às chacinas seguidas. Couric disse que o filme nasceu quando ela perguntou a Soechtig, depois do massacre de Sandy Hook: "Por que não está acontecendo nada?" Juntos, esses filmes —além de outros que farão parte da programação do festival, incluindo "As You Are", drama adolescente envolvendo a disponibilidade de armas de fogo— podem produzir um estrondo sônico cultural. Sundance atrai atenção intensa (1.130 jornalistas de 17 países cobriram o festival em 2015) e, sob muitos aspectos, determina quais filmes independentes serão vistos nos cinemas e na TV pelo resto do ano. "Uma Verdade Inconveniente", de Davis Guggenheim, mostrado primeiramente em Sundance em 2006, empurrou as mudanças climáticas para o primeiro plano das preocupações públicas. "A Guerra Invisível", sobre o estupro nas Forças Armadas americanas, teve impacto rápido sobre a política governamental depois de estrear em Sundance em 2012. O festival vai apresentar seus filmes contra o pano de fundo de uma corrida presidencial em que a violência com armas de fogo está alimentando um debate partidário divisor, com os candidatos democratas pedindo mais controle e os republicanos, de modo geral, afirmando que a adoção de novas medidas não resolveria o problema dos massacres e, ao mesmo tempo, prejudicaria os cidadãos que possuem armas e obedecem as leis. Os organizadores do festival têm consciência de como o tópico é politicamente delicado. "Temos orgulho de chamar a atenção para o que artistas independentes têm a dizer, a como eles estão reagindo ao que está acontecendo na consciência pública", disse Robert Redford, que fundou o festival mas se nega a participar da seleção dos filmes. "Mas quero deixar claro: não somos nós que defendemos qualquer coisa. São os artistas que estão chamando a atenção para áreas particulares." Entrevistado pelo telefone, Redford disse que os filmes do festival deste ano que tratam de armas o levaram a conversar com John Cooper, o diretor de Sundance. "Falei a ele: 'Você sempre postulou que não devemos defender posições, mas parece que pode ter feito isso em relação às armas'", disse Redford. "A resposta dele foi: 'Não somos nós. São os cineastas.'" Falando separadamente, Cooper disse que entre os 12.793 filmes candidatos a ser exibidos no festival 2016, um número "extraordinário" tratava das armas. "O cinema independente sempre procurou provocar discussões, mas os documentaristas, em especial, estão adotando técnicas de fazer cinema que tornam seus filmes mais interessantes. Mais pontuais." "Newtown" não foi feito com a intenção de defender uma posição, disse uma de suas produtoras, Maria Cuomo Cole (irmã do governador de Nova York, Andrew Cuomo), cujos créditos incluem "A Guerra Invisível" e "Living for 32", curta documental sobre o tiroteio de 2007 na universidade Virginia Tech. O objetivo teria sido mostrar o processo de luto, ou "o que acontece no longo prazo depois de as redes de TV voltarem para casa". A produtora disse que vê Newton como uma metáfora de toda a América, considerando o número de cidades afetados por chacinas. "São comunidades que continuam traumatizadas." "Newton" põe o espectador cara a cara com pais ainda devastados —e crianças que sobreviveram à chacina. assista Já "Speaking is Difficult" quer motivar os espectadores, disse AJ Schnack, ao mostrar algo que virou um ciclo repetido no caso dos massacres com armas de fogo: carnificina e depois indiferença. Vinte e cinco incidentes ocorridos ao longo de cinco anos são relatados em rápida sucessão; gravações de telefonemas para os serviços de emergência são tocadas ao mesmo tempo em que se veem imagens plácidas dos locais dos massacres, vistos como estão hoje (por exemplo, o supermercado no Arizona onde a então deputada Gabrielle Giffords foi baleada em 2011). Schnack se apressou para incluir no filme dois incidentes ocorridos depois de ele ter entregue a produção à apreciação de Sundance: o massacre de dezembro em San Bernardino, onde morreram 14 pessoas, e um incidente no Colorado em novembro, que deixou três mortos. O título de "Speaking is Difficult" vem de um chamado feito ao Congresso por Giffords em 2013 por leis mais rígidas sobre o porte de armas. Depois do festival, o filme estará disponível pela plataforma on-line de curtas documentais Field of Vision, criada em parte por Poitras. Apesar de ser um drama fictício, "Dark Night" deixa sua mensagem muito clara. Ambientado na Flórida nos dias que antecedem um acontecimento ao estilo do que ocorreu em Aurora (o filme termina com o assassino entrando num cinema), "Dark Night" mostra um grupo de pessoas muito diferentes empurradas —pela pobreza, por pressões sociais, pelo serviço militar, por videogames violentos— ao limite do que suportam. Qual delas será o atirador? "Poderia ser qualquer uma dessas pessoas, mas, como parece acontecer na vida real, sempre está claro se você realmente presta atenção", disse Sutton. Em uma cena espantosa, um rapaz com um fuzil de assalto passa andando ao lado da janela da sala de seus vizinhos, em plena luz do dia; as pessoas dentro da casa estão ocupadas demais assistindo à TV para notar. "Eu queria que o filme fosse uma espécie de documento desse tempo", disse Sutton. "Não é um filme de terror, mas ele precisa assustar você emocionalmente." "Under the Gun" está sendo mantido em sigilo antes de sua estreia, no domingo (24) —o pedido do "NYT" de assistir ao filme para este artigo foi negado. Mas Soechtig destacou que quis fazer um filme equilibrado, que, com sorte, possa fazer sentido tanto para os puristas da Segunda Emenda constitucional (que protege o direito de posse e porte de armas) quanto para quem defende um controle maior sobre as armas de fogo. "Será que há mais terreno em comum do que fomos levados a pensar?", disse Soechtig. Katie Couric refletiu: "Espero pelo menos que este filme suscite uma discussão nova e mais inteligente." Tradução CLARA ALLAIN
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Chefe da arbitragem isenta juiz da final e vê gol do Palmeiras como legal
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Mesmo com o gol polêmico do Palmeiras e dois lances de pênaltis que geraram muitas reclamações, o chefe de arbitragem da (FPF) Federação Paulista de Futebol, Marcos Marinho, classificou como boa a atuação da arbitragem no duelo entre Palmeiras e Santos, válido pela partida de ida da final do Campeonato Paulista. "A partida teve lances polêmicos, mas considero que a arbitragem teve uma boa atuação. Eles conduziram bem a partida", disse Marinho, citando o árbitro Vinicius Furlan, os assistentes Carlos Augusto Nogueira Júnior e Anderson José de Moraes, além do quarto árbitro Guilherme Ceretta de Lima. Um dos lances reclamados pelos santistas foi o primeiro gol do Palmeiras anotado pelo atacante Leandro Pereira. Cleiton Xavier passou para Robinho, que estava impedido e abriu as pernas. A bola chegou em Lucas que cruzou para o atacante completar para as redes. "Não estava impedido. Ele [Robinho] abriu a perna, mas não participou da jogada", analisou. Marcos Marinho afirmou também que Vinicius Furlan acertou ao não marcar o pênalti sobre o atacante Rafael Marques nos acréscimos do primeiro tempo e agiu corretamente quando assinalou a infração dentro da área do zagueiro Paulo Ricardo no atacante Leandro Pereira. "No primeiro lance foi um tranco normal. No segundo, o Vinicius Furlan marcou corretamente o pênalti". O chefe da arbitragem da FPF também isentou o árbitro Vinicius Furlan, que expulsou David Braz ao invés de Paulo Ricardo, que cometeu o pênalti. Furlan voltou atrás após ser orientado por Guilherme Ceretta de Lima. "Foi um erro, mas foi corrigido. O árbitro acaba esquecendo do jogador que cometeu o pênalti", completou. Santos e Palmeiras voltam a se enfrentar no próximo domingo (3), na Vila Belmiro, pela segunda partida da decisão do Campeonato Paulista. O Santos precisa vencer por dois gols de diferença ou um para levar a decisão para os pênaltis. O time alviverde necessita de um empate.
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esporte
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Chefe da arbitragem isenta juiz da final e vê gol do Palmeiras como legalMesmo com o gol polêmico do Palmeiras e dois lances de pênaltis que geraram muitas reclamações, o chefe de arbitragem da (FPF) Federação Paulista de Futebol, Marcos Marinho, classificou como boa a atuação da arbitragem no duelo entre Palmeiras e Santos, válido pela partida de ida da final do Campeonato Paulista. "A partida teve lances polêmicos, mas considero que a arbitragem teve uma boa atuação. Eles conduziram bem a partida", disse Marinho, citando o árbitro Vinicius Furlan, os assistentes Carlos Augusto Nogueira Júnior e Anderson José de Moraes, além do quarto árbitro Guilherme Ceretta de Lima. Um dos lances reclamados pelos santistas foi o primeiro gol do Palmeiras anotado pelo atacante Leandro Pereira. Cleiton Xavier passou para Robinho, que estava impedido e abriu as pernas. A bola chegou em Lucas que cruzou para o atacante completar para as redes. "Não estava impedido. Ele [Robinho] abriu a perna, mas não participou da jogada", analisou. Marcos Marinho afirmou também que Vinicius Furlan acertou ao não marcar o pênalti sobre o atacante Rafael Marques nos acréscimos do primeiro tempo e agiu corretamente quando assinalou a infração dentro da área do zagueiro Paulo Ricardo no atacante Leandro Pereira. "No primeiro lance foi um tranco normal. No segundo, o Vinicius Furlan marcou corretamente o pênalti". O chefe da arbitragem da FPF também isentou o árbitro Vinicius Furlan, que expulsou David Braz ao invés de Paulo Ricardo, que cometeu o pênalti. Furlan voltou atrás após ser orientado por Guilherme Ceretta de Lima. "Foi um erro, mas foi corrigido. O árbitro acaba esquecendo do jogador que cometeu o pênalti", completou. Santos e Palmeiras voltam a se enfrentar no próximo domingo (3), na Vila Belmiro, pela segunda partida da decisão do Campeonato Paulista. O Santos precisa vencer por dois gols de diferença ou um para levar a decisão para os pênaltis. O time alviverde necessita de um empate.
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De circo a pilates com boxe, academias lançam novas aulas para o verão
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DE SÃO PAULO Os meses que antecedem a chegada do verão são o momento no qual as academias costumam anunciar as novidades capazes de proporcionar um corpo magro e atlético. Antenadas nas principais tendências internacionais, elas apostam em aulas inventivas, dinâmicas e divertidas para quem já se cansou das repetições dos aparelhos de musculação e da monotonia das bicicletas ergométricas. Neste ano, o "modelo hit" da vez são treinos mais curtos, de 45 a 50 minutos, mas de alta intensidade -a promessa é que queimem mais de 500 calorias por aula. "Pela questão de tempo, as aulas tendem a ter menor duração e a fundir o estímulo cárdio ao zen e à força, porque ninguém mais tem tempo para ficar fazendo uma aula só de alongamento e depois uma aula só de cárdio. Mas o condicionamento físico precisa desses três estímulos", diz Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech. Há 15 anos, ele é o responsável por "pincelar" as principais tendências fitness do mundo e trazê-las para as unidades da rede em São Paulo e de todo o resto do Brasil. Segundo Netto, também estão em alta exercícios que, em vez de aparelhos e acessórios para musculação, fazem uso do próprio peso corporal, caso da calistenia. A técnica está presente nas aulas de "Superioga", uma das novas aulas na programação da Bodytech. "A aula tem uma pegada muito forte da parte muscular, não é só postura. Tem feito um sucesso legal. Até o final do ano lançaremos para o Brasil todo", adianta. Outro nicho que deve aparecer mais daqui para a frente é o de crianças e adolescentes. A Competition, por exemplo, oferece aulas de sapateado para os pequenos de três a dez anos. Ainda neste mês, a própria Bodytech planeja implementar um projeto piloto voltado para este público. "O adolescente acha careta fazer a mesma coisa que o pai, então, em vez de spinning, ele vai fazer o 'Bike Challenge', diz Netto. Saiba quais são as novas apostas em quatro academias da cidade BODYTECH A novidade de uma das maiores redes da cidade mistura pilates, boxe e dança. Trata-se do "Piloxing", modalidade que se tornou febre nos Estados Unidos e na Europa. Descalços e usando luvas com pesos, os alunos são submetidos a um treino de alta frequência cardíaca e baixo impacto, que promete queimar calorias e tonificar o corpo. A mistura entre ioga e ginástica resultou na "Superioga", que favorece o ganho de massa muscular e ajuda a acelerar o metabolismo, derretendo calorias. Bodytech. R. da Consolação, 2970, Cerqueira César, região central, tel. 3897-3000. bodytech.com.br BIO RITMO Com 30 minutos de duração, o novo treinamento da BioRitmo, o Bio ViPR, trabalha força, potência, flexibilidade e resistência com o uso de cinco níveis de cargas, de quatro a 12 quilos. A intenção é trabalhar os músculos da região do abdômen e da lombar, além de melhorar a agilidade e o equilíbrio. Cada sessão promete eliminar 500 calorias. Segunda novidade, os treinos coletivos funcionais recorrem a circuitos e acessórios para afastar a monotonia da musculação. As aulas têm 45 minutos e queimam 800 calorias. Bio Ritmo. R. Quinze de Novembro, 194, Sé, região central, tel. 3248-3200. bioritmo.com.br ECOFIT CLUB Baseada em um conceito de "sustentabilidade", a academia inaugurada em 2005 oferece o novo programa "Ecocardio". O treinamento ergométrico especial é dividido em sete categorias, cada uma voltada para eventuais necessidades dos alunos: emagrecimento, condicionamento físico, pós-lesão, alta performance, além dos programas especiais para idosos, gestantes e cardiopatas. A partir de outubro, a Ecofit Club se programa para iniciar aulas de circo, com malabares e cama elástica. Ecofit Club. R. Cerro Corá, 580, Alto de Pinheiros, região oeste, tel. 2148-4000. ecofit.com.br COMPETITION Com unidades em Santa Cecília, nos Jardins e na Bela Vista, a academia aposta em quatro novas modalidades: slackline, funcional, bike com realidade virtual e sapateado. O treino sobre a fita ajuda na coordenação, consciência corporal e também alivia o estresse. Nos circuitos do treinamento funcional, os alunos trabalham todas as regiões do corpo. Na "Bike.Comp", uma rota imaginária é projetada num telão e os pequenos podem fazer barulhos com os pés nas aulas de sapateado. Competition. R. Dr. Albuquerque Lins, 1080, Santa Cecília, região central, tel. 3660-8400. competition.com.br
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saopaulo
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De circo a pilates com boxe, academias lançam novas aulas para o verãoDE SÃO PAULO Os meses que antecedem a chegada do verão são o momento no qual as academias costumam anunciar as novidades capazes de proporcionar um corpo magro e atlético. Antenadas nas principais tendências internacionais, elas apostam em aulas inventivas, dinâmicas e divertidas para quem já se cansou das repetições dos aparelhos de musculação e da monotonia das bicicletas ergométricas. Neste ano, o "modelo hit" da vez são treinos mais curtos, de 45 a 50 minutos, mas de alta intensidade -a promessa é que queimem mais de 500 calorias por aula. "Pela questão de tempo, as aulas tendem a ter menor duração e a fundir o estímulo cárdio ao zen e à força, porque ninguém mais tem tempo para ficar fazendo uma aula só de alongamento e depois uma aula só de cárdio. Mas o condicionamento físico precisa desses três estímulos", diz Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech. Há 15 anos, ele é o responsável por "pincelar" as principais tendências fitness do mundo e trazê-las para as unidades da rede em São Paulo e de todo o resto do Brasil. Segundo Netto, também estão em alta exercícios que, em vez de aparelhos e acessórios para musculação, fazem uso do próprio peso corporal, caso da calistenia. A técnica está presente nas aulas de "Superioga", uma das novas aulas na programação da Bodytech. "A aula tem uma pegada muito forte da parte muscular, não é só postura. Tem feito um sucesso legal. Até o final do ano lançaremos para o Brasil todo", adianta. Outro nicho que deve aparecer mais daqui para a frente é o de crianças e adolescentes. A Competition, por exemplo, oferece aulas de sapateado para os pequenos de três a dez anos. Ainda neste mês, a própria Bodytech planeja implementar um projeto piloto voltado para este público. "O adolescente acha careta fazer a mesma coisa que o pai, então, em vez de spinning, ele vai fazer o 'Bike Challenge', diz Netto. Saiba quais são as novas apostas em quatro academias da cidade BODYTECH A novidade de uma das maiores redes da cidade mistura pilates, boxe e dança. Trata-se do "Piloxing", modalidade que se tornou febre nos Estados Unidos e na Europa. Descalços e usando luvas com pesos, os alunos são submetidos a um treino de alta frequência cardíaca e baixo impacto, que promete queimar calorias e tonificar o corpo. A mistura entre ioga e ginástica resultou na "Superioga", que favorece o ganho de massa muscular e ajuda a acelerar o metabolismo, derretendo calorias. Bodytech. R. da Consolação, 2970, Cerqueira César, região central, tel. 3897-3000. bodytech.com.br BIO RITMO Com 30 minutos de duração, o novo treinamento da BioRitmo, o Bio ViPR, trabalha força, potência, flexibilidade e resistência com o uso de cinco níveis de cargas, de quatro a 12 quilos. A intenção é trabalhar os músculos da região do abdômen e da lombar, além de melhorar a agilidade e o equilíbrio. Cada sessão promete eliminar 500 calorias. Segunda novidade, os treinos coletivos funcionais recorrem a circuitos e acessórios para afastar a monotonia da musculação. As aulas têm 45 minutos e queimam 800 calorias. Bio Ritmo. R. Quinze de Novembro, 194, Sé, região central, tel. 3248-3200. bioritmo.com.br ECOFIT CLUB Baseada em um conceito de "sustentabilidade", a academia inaugurada em 2005 oferece o novo programa "Ecocardio". O treinamento ergométrico especial é dividido em sete categorias, cada uma voltada para eventuais necessidades dos alunos: emagrecimento, condicionamento físico, pós-lesão, alta performance, além dos programas especiais para idosos, gestantes e cardiopatas. A partir de outubro, a Ecofit Club se programa para iniciar aulas de circo, com malabares e cama elástica. Ecofit Club. R. Cerro Corá, 580, Alto de Pinheiros, região oeste, tel. 2148-4000. ecofit.com.br COMPETITION Com unidades em Santa Cecília, nos Jardins e na Bela Vista, a academia aposta em quatro novas modalidades: slackline, funcional, bike com realidade virtual e sapateado. O treino sobre a fita ajuda na coordenação, consciência corporal e também alivia o estresse. Nos circuitos do treinamento funcional, os alunos trabalham todas as regiões do corpo. Na "Bike.Comp", uma rota imaginária é projetada num telão e os pequenos podem fazer barulhos com os pés nas aulas de sapateado. Competition. R. Dr. Albuquerque Lins, 1080, Santa Cecília, região central, tel. 3660-8400. competition.com.br
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Multa e contrato mais longo são trunfos para São Paulo seduzir técnico
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Não é comum ao São Paulo propor aos técnicos contrato com multa rescisória em caso de saída antes do prazo e com duração muito mais longa do que um ano ou um ano e meio, mas a diretoria do clube do Morumbi está disposta a mudar a estratégia para seduzir o futuro treinador da equipe. Vai propor um acordo mais longo, que pode ser de até três temporadas, com multa caso o treinador seja demitido ou peça para sair antes do vencimento do acordo. O valor desse tipo de multa geralmente equivale a três meses de salário. A proposta já difere do que Muricy Ramalho, que deixou o São Paulo na última segunda-feira (6), teve quando voltou ao clube em setembro de 2013. Naquela ocasião, ele assinou um acordo curto demais para os padrões do clube, somente até o final daquele ano. Ao salvar o time do rebaixamento, foi prestigiado com um vínculo mais longo, até 31 de dezembro de 2015. Os antecessores dele tinham vínculo de um ano e meio porque foram contratados no decorrer de uma temporada. Paulo Autuori chegou em julho de 2013 e assinou até o final de 2014. Antes, Ney Franco chegou ao clube em julho de 2012 com acordo até o final de 2013. O cargo atualmente é ocupado pelo coordenador técnico Milton Cruz, mas de forma interina. A diretoria busca alguém mais experiente para ficar no lugar de Muricy Ramalho, que saiu na última segunda-feira (6). Abel Braga, Alejandro Sabella e Vanderlei Luxemburgo são os preferidos da diretoria do São Paulo para o cargo. Jorge Sampaolli, técnico do Chile, é outro que agrada, mas a vinda dele só seria viável após a Copa América. O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, quer um treinador experiente, atualizado e que cause impacto no elenco tricolor. Sabella é o nome preferido. Em contato com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, o argentino mostrou-se simpático ao projeto que o clube ofereceu. Mas combinou de responder a proposta na próxima terça-feira (14), uma vez que aguarda retorno do Manchester City com quem já está apalavrado. Vanderlei Luxemburgo atualmente treina o Flamengo e para tirá-lo do rival carioca o São Paulo teria de arcar com multa de cerca de R$ 1,5 milhão. Já Abel Braga foi indicado por Muricy Ramalho. Ele tem um acerto verbal com o Al-Jazhira, dos Emirados Árabes Unidos, mas também mostrou-se interessado em comandar o clube tricolor. Editoria de Arte/Folhapress
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Multa e contrato mais longo são trunfos para São Paulo seduzir técnicoNão é comum ao São Paulo propor aos técnicos contrato com multa rescisória em caso de saída antes do prazo e com duração muito mais longa do que um ano ou um ano e meio, mas a diretoria do clube do Morumbi está disposta a mudar a estratégia para seduzir o futuro treinador da equipe. Vai propor um acordo mais longo, que pode ser de até três temporadas, com multa caso o treinador seja demitido ou peça para sair antes do vencimento do acordo. O valor desse tipo de multa geralmente equivale a três meses de salário. A proposta já difere do que Muricy Ramalho, que deixou o São Paulo na última segunda-feira (6), teve quando voltou ao clube em setembro de 2013. Naquela ocasião, ele assinou um acordo curto demais para os padrões do clube, somente até o final daquele ano. Ao salvar o time do rebaixamento, foi prestigiado com um vínculo mais longo, até 31 de dezembro de 2015. Os antecessores dele tinham vínculo de um ano e meio porque foram contratados no decorrer de uma temporada. Paulo Autuori chegou em julho de 2013 e assinou até o final de 2014. Antes, Ney Franco chegou ao clube em julho de 2012 com acordo até o final de 2013. O cargo atualmente é ocupado pelo coordenador técnico Milton Cruz, mas de forma interina. A diretoria busca alguém mais experiente para ficar no lugar de Muricy Ramalho, que saiu na última segunda-feira (6). Abel Braga, Alejandro Sabella e Vanderlei Luxemburgo são os preferidos da diretoria do São Paulo para o cargo. Jorge Sampaolli, técnico do Chile, é outro que agrada, mas a vinda dele só seria viável após a Copa América. O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, quer um treinador experiente, atualizado e que cause impacto no elenco tricolor. Sabella é o nome preferido. Em contato com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, o argentino mostrou-se simpático ao projeto que o clube ofereceu. Mas combinou de responder a proposta na próxima terça-feira (14), uma vez que aguarda retorno do Manchester City com quem já está apalavrado. Vanderlei Luxemburgo atualmente treina o Flamengo e para tirá-lo do rival carioca o São Paulo teria de arcar com multa de cerca de R$ 1,5 milhão. Já Abel Braga foi indicado por Muricy Ramalho. Ele tem um acerto verbal com o Al-Jazhira, dos Emirados Árabes Unidos, mas também mostrou-se interessado em comandar o clube tricolor. Editoria de Arte/Folhapress
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Atentado expõe ligação do governo turco com Estado Islâmico
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As 32 vítimas do recente atentado terrorista em Suruç, na Turquia, eram militantes da esquerda, integravam a oposição ao atual regime e se preparam para viajar a região onde as forças curdas dão combate aos fanáticos militantes do Estado Islâmico. Todos jovens, pertenciam ao SGDF ou Federação dos Jovens Socialistas que atua em conjunto com o HDP), o mais popular movimento político curdo. A autoria do atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico. Serviços de inteligência do Egito e de Israel afirmam que o fato de ter sido executado no interior da própria Turquia expõe o suposto grau de comprometimento do governo de Ancara com essa facção extremista. Segundo fontes do Mossad israelense, o governo turco permitiu a construção de três campos de treinamento para extremistas em território fronteiriço com Síria e o Iraque. Esses centros de treinamento –ainda segundo as fontes israelenses– são supervisionados por agentes do serviço secreto turco. Os jovens mortos no atentado de Suruç, além de opositores ao regime turco, eram considerados inimigos do Estado Islâmico. Eles seguiriam para Kobani, cidade turca destruída pelos radicais, para combater e ajudar na sua reconstrução. SINAI Porta-voz militar egípcio afirmou no dia 8 de julho último que oficiais da inteligência turca haviam sido capturados na região do Sinai onde se encontravam envolvidos nas operações de terror e guerrilha levadas a cabo pelo Estado Islâmico. Integrantes do Estado Islâmico, infiltrados no território egípcio, vinham, por outro, lado operando para a derrubada do governo do general Abdel Fattah al-Sisi. Os agentes pertencentes à Organização Nacional de Inteligência da Turquia (NIO) incluiriam o coronel Ismail Aly Bal (descrito como coordenador de operações de combate), e os operadores Diaa al-Din Mehmet Gado, Bakoush al-Husseini e Abdallah al-Turki. No dia 12 de julho, informou ainda o porta-voz militar egípcio, as autoridades desmantelaram uma célula terrorista do EI cujas instruções operativas eram fornecidas pela sucursal da Irmandade Muçulmana na Turquia, cuja missão é a de desestabilizar o Egito. Egito e Turquia tiveram suas relações estremecidas desde que o presidente Mohammed Mursi, líder da Irmandade Muçulmana, foi derrubado do poder por al-Sisi. O governo turco considerou a ação um golpe de Estado, e grande parte da liderança e dos militantes da Irmandade Muçulmana buscou refúgio na Turquia. Desde então, o Estado Islâmico e a própria Irmandade Muçulmana vêm operando no deserto do Sinai, atacando e matando caravanas turísticas e guarnições do exército egípcio que estão acantonadas na região. Para analistas israelenses, assumindo que as informações divulgadas pelo Egito sejam corretas, elas confirmarão o que o governo turco vem sistematicamente tentando negar: a existência de uma aliança secreta com o Estado Islâmico, bem como com outros grupos radicais islâmicos que combatem na Síria e no Iraque. A Turquia vem sendo acusada de facilitar a passagem de guerrilheiros e armamentos do Estado Islâmico que cruzam suas fronteiras em direção aos territórios sírio e iraquiano e de tolerar o comércio de mercadorias roubadas por integrantes do EI.
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mundo
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Atentado expõe ligação do governo turco com Estado IslâmicoAs 32 vítimas do recente atentado terrorista em Suruç, na Turquia, eram militantes da esquerda, integravam a oposição ao atual regime e se preparam para viajar a região onde as forças curdas dão combate aos fanáticos militantes do Estado Islâmico. Todos jovens, pertenciam ao SGDF ou Federação dos Jovens Socialistas que atua em conjunto com o HDP), o mais popular movimento político curdo. A autoria do atentado foi reivindicado pelo Estado Islâmico. Serviços de inteligência do Egito e de Israel afirmam que o fato de ter sido executado no interior da própria Turquia expõe o suposto grau de comprometimento do governo de Ancara com essa facção extremista. Segundo fontes do Mossad israelense, o governo turco permitiu a construção de três campos de treinamento para extremistas em território fronteiriço com Síria e o Iraque. Esses centros de treinamento –ainda segundo as fontes israelenses– são supervisionados por agentes do serviço secreto turco. Os jovens mortos no atentado de Suruç, além de opositores ao regime turco, eram considerados inimigos do Estado Islâmico. Eles seguiriam para Kobani, cidade turca destruída pelos radicais, para combater e ajudar na sua reconstrução. SINAI Porta-voz militar egípcio afirmou no dia 8 de julho último que oficiais da inteligência turca haviam sido capturados na região do Sinai onde se encontravam envolvidos nas operações de terror e guerrilha levadas a cabo pelo Estado Islâmico. Integrantes do Estado Islâmico, infiltrados no território egípcio, vinham, por outro, lado operando para a derrubada do governo do general Abdel Fattah al-Sisi. Os agentes pertencentes à Organização Nacional de Inteligência da Turquia (NIO) incluiriam o coronel Ismail Aly Bal (descrito como coordenador de operações de combate), e os operadores Diaa al-Din Mehmet Gado, Bakoush al-Husseini e Abdallah al-Turki. No dia 12 de julho, informou ainda o porta-voz militar egípcio, as autoridades desmantelaram uma célula terrorista do EI cujas instruções operativas eram fornecidas pela sucursal da Irmandade Muçulmana na Turquia, cuja missão é a de desestabilizar o Egito. Egito e Turquia tiveram suas relações estremecidas desde que o presidente Mohammed Mursi, líder da Irmandade Muçulmana, foi derrubado do poder por al-Sisi. O governo turco considerou a ação um golpe de Estado, e grande parte da liderança e dos militantes da Irmandade Muçulmana buscou refúgio na Turquia. Desde então, o Estado Islâmico e a própria Irmandade Muçulmana vêm operando no deserto do Sinai, atacando e matando caravanas turísticas e guarnições do exército egípcio que estão acantonadas na região. Para analistas israelenses, assumindo que as informações divulgadas pelo Egito sejam corretas, elas confirmarão o que o governo turco vem sistematicamente tentando negar: a existência de uma aliança secreta com o Estado Islâmico, bem como com outros grupos radicais islâmicos que combatem na Síria e no Iraque. A Turquia vem sendo acusada de facilitar a passagem de guerrilheiros e armamentos do Estado Islâmico que cruzam suas fronteiras em direção aos territórios sírio e iraquiano e de tolerar o comércio de mercadorias roubadas por integrantes do EI.
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China divulga primeiras imagens de robô que enviará a Marte em 2020
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A China divulgou as primeiras imagens sintéticas do veículo teleguiado que pretende enviar a Marte em 2020. O país investiu bilhões de dólares no programa espacial para compensar o atraso em relação aos Estados Unidos e a Europa. Zhang Rongqiao, diretor do projeto, prevê que o lançamento acontecerá em julho ou agosto de 2020, de acordo com a agência oficial Xinhua. "Os desafios fixados não têm precedentes", afirmou Zhang. Em abril, o país anunciou a intenção de enviar um robô a Marte. Um foguete "Longa Marcha 5" deve partir do novo centro de lançamento de satélites de Wenchang, na província insular de Hainan (sul). A viagem entre a Terra e Marte deve durar sete meses. O robô deve pousar perto do centro do planeta vermelho, a partir de onde o veículo explorará a superfície marciana, afirmou a agência chinesa. O robô, que pesa 200 quilos, terá seis rodas e quatro painéis solares e deve permanecer operacional durante 92 dias. Ele transportará 13 equipamentos, incluindo um aparelho fotográfico de teledetecção e um radar, para estudar a composição do solo, do meio ambiente e da atmosfera, em busca, sobretudo, de rastros de água e de gelo. O programa espacial da China, motivo de orgulho nacional e coordenado pelo Exército, é um símbolo do crescente status internacional do país. Em 2013, a China conseguiu pousar na lua um popular veículo lunar chinês, batizado de Coelho de jade, que, apesar de vários problemas mecânicos, teve uma vida útil maior que a esperada. Até o momento, a China se contenta em repetir as façanhas espaciais de outros, como Estados Unidos e Europa. O país já foi ultrapassado pela Índia, que em setembro de 2014 se tornou o primeiro país da Ásia a alcançar Marte com uma sonda de baixo custo. Os Estados Unidos já conseguiram enviar dois veículos teleguiados a Marte. A Rússia e a ESA (Agência Espacial Europeia) também realizarão missões no planeta vermelho. Em 2011, a primeira tentativa chinesa de enviar um satélite à órbita ao redor de Marte foi um fracasso.
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ciencia
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China divulga primeiras imagens de robô que enviará a Marte em 2020A China divulgou as primeiras imagens sintéticas do veículo teleguiado que pretende enviar a Marte em 2020. O país investiu bilhões de dólares no programa espacial para compensar o atraso em relação aos Estados Unidos e a Europa. Zhang Rongqiao, diretor do projeto, prevê que o lançamento acontecerá em julho ou agosto de 2020, de acordo com a agência oficial Xinhua. "Os desafios fixados não têm precedentes", afirmou Zhang. Em abril, o país anunciou a intenção de enviar um robô a Marte. Um foguete "Longa Marcha 5" deve partir do novo centro de lançamento de satélites de Wenchang, na província insular de Hainan (sul). A viagem entre a Terra e Marte deve durar sete meses. O robô deve pousar perto do centro do planeta vermelho, a partir de onde o veículo explorará a superfície marciana, afirmou a agência chinesa. O robô, que pesa 200 quilos, terá seis rodas e quatro painéis solares e deve permanecer operacional durante 92 dias. Ele transportará 13 equipamentos, incluindo um aparelho fotográfico de teledetecção e um radar, para estudar a composição do solo, do meio ambiente e da atmosfera, em busca, sobretudo, de rastros de água e de gelo. O programa espacial da China, motivo de orgulho nacional e coordenado pelo Exército, é um símbolo do crescente status internacional do país. Em 2013, a China conseguiu pousar na lua um popular veículo lunar chinês, batizado de Coelho de jade, que, apesar de vários problemas mecânicos, teve uma vida útil maior que a esperada. Até o momento, a China se contenta em repetir as façanhas espaciais de outros, como Estados Unidos e Europa. O país já foi ultrapassado pela Índia, que em setembro de 2014 se tornou o primeiro país da Ásia a alcançar Marte com uma sonda de baixo custo. Os Estados Unidos já conseguiram enviar dois veículos teleguiados a Marte. A Rússia e a ESA (Agência Espacial Europeia) também realizarão missões no planeta vermelho. Em 2011, a primeira tentativa chinesa de enviar um satélite à órbita ao redor de Marte foi um fracasso.
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Empresa privada dos EUA vai enviar sonda à Lua em 2017
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A start-up americana Moon Express anunciou nesta quarta-feira (3) que foi autorizada pelo governo do país a enviar uma sonda espacial para a Lua no ano que vem. Trata-se da primeira vez que uma empresa privada poderá realizar este tipo de missão. Até hoje, apenas os governos dos Estados Unidos, da China e o da ex-União Soviética enviaram naves espaciais para o satélite. "Agora nós estamos livres para partir como exploradores para o oitavo continente da Terra, a Lua, buscando novos conhecimentos e recursos para expandir a esfera econômica da Terra, para o benefício de toda a humanidade", disse Bob Richards, cofundador e presidente-executivo da Moon Express, empresa fundada em 2010 e sediada em Cabo Canaveral, na Flórida. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou a aprovação nesta quarta (3), após realizar consultas com a Casa Branca, o Departamento de Estado e a Nasa, a agência espacial americana.
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ciencia
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Empresa privada dos EUA vai enviar sonda à Lua em 2017A start-up americana Moon Express anunciou nesta quarta-feira (3) que foi autorizada pelo governo do país a enviar uma sonda espacial para a Lua no ano que vem. Trata-se da primeira vez que uma empresa privada poderá realizar este tipo de missão. Até hoje, apenas os governos dos Estados Unidos, da China e o da ex-União Soviética enviaram naves espaciais para o satélite. "Agora nós estamos livres para partir como exploradores para o oitavo continente da Terra, a Lua, buscando novos conhecimentos e recursos para expandir a esfera econômica da Terra, para o benefício de toda a humanidade", disse Bob Richards, cofundador e presidente-executivo da Moon Express, empresa fundada em 2010 e sediada em Cabo Canaveral, na Flórida. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou a aprovação nesta quarta (3), após realizar consultas com a Casa Branca, o Departamento de Estado e a Nasa, a agência espacial americana.
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Falta de dinheiro não deve assustar prefeitos, diz Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba
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RAUL JUSTE LORES ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA Candidatos a prefeito precisam lembrar que "mobilidade é colocar moradia perto do trabalho e que só rua bonita, vibrante faz as pessoas querem caminhar", diz o arquiteto Jaime Lerner, 78, que governou Curitiba por três mandatos. "Ficamos construindo guetos para pobres nesse 'Minha casa, minha vida, meu fim de mundo', que depois custa uma fortuna levar infraestrutura tão longe, onde a dependência do carro é total". Lerner estreia documentário que trata de cinco décadas de arquitetura, urbanismo e política. "Jaime Lerner — uma história de sonhos", dirigido por Carlos Deiró, estreia nesta quinta (8) no Caixa Belas Artes. Haverá debate no Espaço Itaú Frei Caneca, às 20h. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes do evento. Com o registro de elogios de colegas de profissão de Oscar Niemeyer a Paulo Mendes da Rocha e João Filgueiras Lima, o Lelé, ele deixa transparecer certo ressentimento por suas ideias terem vingado primeiro no exterior que em cidades brasileiras, como os corredores de ônibus. O ex-prefeito, fora da política partidária há 14 anos, admite que Curitiba "deixou de inovar há pelo menos uns dez anos" e que o sistema de transportes "piorou muito". Barato não atrai "Curitiba foi contra a corrente. Investimos em transporte público quando só se faziam obras viárias —o rodoviarismo até hoje manda no Brasil. As pessoas se curvam, se ajoelham para o ídolo de metal, que é o carro, o cigarro do futuro. Os corredores de ônibus levaram 40 anos para "pegar" no Brasil, só depois que Bogotá, Nova York e a China adotaram. Soluções simples, que não envolvem muito dinheiro, não fazem muito sucesso por aqui." Resultado rápido "Inovar é começar. Melhor trabalhar rápido e mostrar resultados que gastar muito tempo com teorias. Fizemos o primeiro calçadão do Brasil em 72 horas. As pessoas tinham que ver e sentir o resultado, explicação nenhuma funcionaria como a demonstração na prática. Defendo obras rápidas e simples." Meu fim do mundo "Morar mais perto do trabalho é o grande desafio da mobilidade. Ficamos gastando bilhões com o "Minha casa, minha vida, meu fim do mundo". É um retrocesso. Continuamos a criar guetos distantes, que só são alcançados por carro. São Paulo tem 25 m² para um carro em casa, 25 m² para estacionar no trabalho. Se vocês têm 5 milhões de espaços para os carros paulistanos, vocês poderiam ter 2,5 milhões de moradias ou escritórios no lugar. A cidade nem precisaria ter periferia com essa troca." Só nome é europeu "O mercado imobiliário coloca nomes europeus em tudo quanto é edifício, mas faz o oposto da cidade europeia. Em Paris, você pode morar em um apartamento de 20 m², um antigo quarto de empregada adaptado, mas terá uma cidade linda para desfrutar. Aqui a gente tenta trazer a cidade para o prédio, o espaço de brincar, de comer, gourmet, tudo apertado com muro alto. Sobra pouco para uma cidade diversa além-muros. A rua tem que ser vibrante, viva, para as pessoas terem vontade de usar." Egoarquitetura "Prefeitos não devem se assustar com falta de dinheiro. Fizemos parques com tubos e postes de madeira que compramos das empresas de telefonia e energia e reciclamos. Dinheiro demais atrapalha. Disse pro [arquiteto] Richard Rogers quando visitou Curitiba, "talvez você não goste da arquitetura, mas vai gostar dos espaços públicos". Prefiro a ecoarquitetura que a egoarquitetura." Pagar pelo lixo "Nossa grande campanha de reciclagem do lixo começou em 1989. Começamos pelas escolas, todas as crianças foram ensinadas a separar o lixo. Não achávamos que reciclagem era apenas para bairro rico. Toda favela no Brasil é em morro ou fundo de vale. Não tinha coleta, e esse lixo polui os córregos onde as crianças brincam. Decidimos comprar o lixo da população, trocando por vales transporte. É mais caro despoluir depois." Prefeito vs. governador "Gostei muito mais de ser prefeito que governador. Está mais perto do fazer, há resultados mais concretos. Como governador, você depende mais da política econômica do país e tive que sofrer o ajuste da primeira vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi implementada. Ser prefeito é sentir a sociedade antes. É ter equipes de artistas, de intelectuais, de gente que se adiante, não apenas fique reagindo. É ter senso de humor, as pessoas precisam querer trabalhar com você." Equipes despreparadas "Até prefeitos sensíveis, com boas intenções, não conseguem ter equipes com a qualificação necessária porque precisam governar em coalizão. Aceitam indicados de outros partidos que não têm a menor ideia. Quando criamos o IPPUC [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba], queríamos ter um corpo técnico cuidando do urbanismo, com continuidade. Poucas cidades do Brasil fizeram algo parecido."
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Falta de dinheiro não deve assustar prefeitos, diz Jaime Lerner, ex-prefeito de CuritibaRAUL JUSTE LORES ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA Candidatos a prefeito precisam lembrar que "mobilidade é colocar moradia perto do trabalho e que só rua bonita, vibrante faz as pessoas querem caminhar", diz o arquiteto Jaime Lerner, 78, que governou Curitiba por três mandatos. "Ficamos construindo guetos para pobres nesse 'Minha casa, minha vida, meu fim de mundo', que depois custa uma fortuna levar infraestrutura tão longe, onde a dependência do carro é total". Lerner estreia documentário que trata de cinco décadas de arquitetura, urbanismo e política. "Jaime Lerner — uma história de sonhos", dirigido por Carlos Deiró, estreia nesta quinta (8) no Caixa Belas Artes. Haverá debate no Espaço Itaú Frei Caneca, às 20h. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos uma hora antes do evento. Com o registro de elogios de colegas de profissão de Oscar Niemeyer a Paulo Mendes da Rocha e João Filgueiras Lima, o Lelé, ele deixa transparecer certo ressentimento por suas ideias terem vingado primeiro no exterior que em cidades brasileiras, como os corredores de ônibus. O ex-prefeito, fora da política partidária há 14 anos, admite que Curitiba "deixou de inovar há pelo menos uns dez anos" e que o sistema de transportes "piorou muito". Barato não atrai "Curitiba foi contra a corrente. Investimos em transporte público quando só se faziam obras viárias —o rodoviarismo até hoje manda no Brasil. As pessoas se curvam, se ajoelham para o ídolo de metal, que é o carro, o cigarro do futuro. Os corredores de ônibus levaram 40 anos para "pegar" no Brasil, só depois que Bogotá, Nova York e a China adotaram. Soluções simples, que não envolvem muito dinheiro, não fazem muito sucesso por aqui." Resultado rápido "Inovar é começar. Melhor trabalhar rápido e mostrar resultados que gastar muito tempo com teorias. Fizemos o primeiro calçadão do Brasil em 72 horas. As pessoas tinham que ver e sentir o resultado, explicação nenhuma funcionaria como a demonstração na prática. Defendo obras rápidas e simples." Meu fim do mundo "Morar mais perto do trabalho é o grande desafio da mobilidade. Ficamos gastando bilhões com o "Minha casa, minha vida, meu fim do mundo". É um retrocesso. Continuamos a criar guetos distantes, que só são alcançados por carro. São Paulo tem 25 m² para um carro em casa, 25 m² para estacionar no trabalho. Se vocês têm 5 milhões de espaços para os carros paulistanos, vocês poderiam ter 2,5 milhões de moradias ou escritórios no lugar. A cidade nem precisaria ter periferia com essa troca." Só nome é europeu "O mercado imobiliário coloca nomes europeus em tudo quanto é edifício, mas faz o oposto da cidade europeia. Em Paris, você pode morar em um apartamento de 20 m², um antigo quarto de empregada adaptado, mas terá uma cidade linda para desfrutar. Aqui a gente tenta trazer a cidade para o prédio, o espaço de brincar, de comer, gourmet, tudo apertado com muro alto. Sobra pouco para uma cidade diversa além-muros. A rua tem que ser vibrante, viva, para as pessoas terem vontade de usar." Egoarquitetura "Prefeitos não devem se assustar com falta de dinheiro. Fizemos parques com tubos e postes de madeira que compramos das empresas de telefonia e energia e reciclamos. Dinheiro demais atrapalha. Disse pro [arquiteto] Richard Rogers quando visitou Curitiba, "talvez você não goste da arquitetura, mas vai gostar dos espaços públicos". Prefiro a ecoarquitetura que a egoarquitetura." Pagar pelo lixo "Nossa grande campanha de reciclagem do lixo começou em 1989. Começamos pelas escolas, todas as crianças foram ensinadas a separar o lixo. Não achávamos que reciclagem era apenas para bairro rico. Toda favela no Brasil é em morro ou fundo de vale. Não tinha coleta, e esse lixo polui os córregos onde as crianças brincam. Decidimos comprar o lixo da população, trocando por vales transporte. É mais caro despoluir depois." Prefeito vs. governador "Gostei muito mais de ser prefeito que governador. Está mais perto do fazer, há resultados mais concretos. Como governador, você depende mais da política econômica do país e tive que sofrer o ajuste da primeira vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi implementada. Ser prefeito é sentir a sociedade antes. É ter equipes de artistas, de intelectuais, de gente que se adiante, não apenas fique reagindo. É ter senso de humor, as pessoas precisam querer trabalhar com você." Equipes despreparadas "Até prefeitos sensíveis, com boas intenções, não conseguem ter equipes com a qualificação necessária porque precisam governar em coalizão. Aceitam indicados de outros partidos que não têm a menor ideia. Quando criamos o IPPUC [Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba], queríamos ter um corpo técnico cuidando do urbanismo, com continuidade. Poucas cidades do Brasil fizeram algo parecido."
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Ficar muito tempo sentado faz muito mal para as crianças
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Crianças que passam muito tempo sentadas podem ter que encarar consequências parecidas com as dos adultos, de acordo com um novo estudo sobre a saúde de garotas. Depois de apenas um período de inatividade prolongada, as crianças desenvolveram mudanças na corrente sanguínea e nas artérias que, em adultos, significaria o começo de sérios problemas cardiovasculares, diz um estudo liderado por Ali Mc Manus, da Universidade de Columbia. Os cientistas começaram testando a função arterial basal de nove meninas. Então, metade das garotas se sentaram em pufes confortáveis no laboratório por três horas ininterruptas, brincando em iPads e assistindo a filmes. Se precisassem ir ao banheiro, o pesquisador as levava em uma cadeira de rodas. As outras garotas também se sentaram por três horas, mas, no começo de cada hora, levantavam-se e pedalavam devagar por dez minutos em bicicletas ergométricas colocadas no laboratório. Depois, as artérias de todas as meninas foram reexaminadas. Os resultados devem fazer com que muitos de nós, pais, parem de pedir aos filhos que fiquem quietos. Depois que as garotas permaneceram sentadas por três horas, suas artérias não funcionaram tão bem quanto no começo da experiência. Na verdade, as meninas mostraram "uma profunda redução da função cardiovascular", escreveram os cientistas, com a dilatação das artérias –seu alargamento normal e saudável– caindo até 33%. Encorajador foi o fato de que quando as meninas se levantaram e foram para as bicicletas não mostraram declínio na função vascular. Por isso, é bom encorajar os jovens a se levantarem e se moverem pelo menos a cada uma hora. "Fiquei surpresa com a facilidade de manter as meninas sentadas por três horas ininterruptamente. Achávamos que elas fossem querer levantar", conta Ali. Mas ficaram felizes sentadas, envolvidas com os filmes e os iPads. "Na verdade, foi mais fácil do que eu esperava." Uma pesquisa de larga escala relatou que crianças por todo o mundo ficam sentadas mais de oito horas por dia.
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ciencia
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Ficar muito tempo sentado faz muito mal para as criançasCrianças que passam muito tempo sentadas podem ter que encarar consequências parecidas com as dos adultos, de acordo com um novo estudo sobre a saúde de garotas. Depois de apenas um período de inatividade prolongada, as crianças desenvolveram mudanças na corrente sanguínea e nas artérias que, em adultos, significaria o começo de sérios problemas cardiovasculares, diz um estudo liderado por Ali Mc Manus, da Universidade de Columbia. Os cientistas começaram testando a função arterial basal de nove meninas. Então, metade das garotas se sentaram em pufes confortáveis no laboratório por três horas ininterruptas, brincando em iPads e assistindo a filmes. Se precisassem ir ao banheiro, o pesquisador as levava em uma cadeira de rodas. As outras garotas também se sentaram por três horas, mas, no começo de cada hora, levantavam-se e pedalavam devagar por dez minutos em bicicletas ergométricas colocadas no laboratório. Depois, as artérias de todas as meninas foram reexaminadas. Os resultados devem fazer com que muitos de nós, pais, parem de pedir aos filhos que fiquem quietos. Depois que as garotas permaneceram sentadas por três horas, suas artérias não funcionaram tão bem quanto no começo da experiência. Na verdade, as meninas mostraram "uma profunda redução da função cardiovascular", escreveram os cientistas, com a dilatação das artérias –seu alargamento normal e saudável– caindo até 33%. Encorajador foi o fato de que quando as meninas se levantaram e foram para as bicicletas não mostraram declínio na função vascular. Por isso, é bom encorajar os jovens a se levantarem e se moverem pelo menos a cada uma hora. "Fiquei surpresa com a facilidade de manter as meninas sentadas por três horas ininterruptamente. Achávamos que elas fossem querer levantar", conta Ali. Mas ficaram felizes sentadas, envolvidas com os filmes e os iPads. "Na verdade, foi mais fácil do que eu esperava." Uma pesquisa de larga escala relatou que crianças por todo o mundo ficam sentadas mais de oito horas por dia.
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Cardozo admite encontro com Maranhão antes de decisão sobre impeachment
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O ministro José Eduardo Cardozo, da AGU (Advocacia-Geral da União), admite que conversou com o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, antes de ele decidir anular a votação do impeachment de Dilma Rousseff. Ele afirma que uma primeira reunião ocorreu na sexta-feira (6). "Eu despachei com ele. Eu apresentei essa questão [de nulidades da sessão do impeachment] ao Eduardo Cunha logo depois da votação. E novamente na Comissão do Senado [que analisa o afastamento da presidente]. A Câmara não respondeu", afirma Cardozo. No domingo (8), Maranhão se reuniu com o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B-MA), de quem é aliado. Dino telefonou para Cardozo e agendou um encontro entre o parlamentar e o ministro em Brasília, na casa do deputado Silvio Costa (PT-PE). "Ele [Dino] me disse que o Maranhão queria conversar. Voltamos a nos encontrar ontem e eu apresentei nossos argumentos", diz Cardozo. "O Dino também deu opinião dizendo que eram consistentes. Ele é jurista, juiz federal", segue. Cardozo afirma ter avisado o presidente da Câmara que judicializaria a questão caso a Câmara não se manifestasse. Maranhão anunciou nesta segunda (9) que acolheu os argumentos da AGU e anulou a sessão do impeachment.
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colunas
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Cardozo admite encontro com Maranhão antes de decisão sobre impeachmentO ministro José Eduardo Cardozo, da AGU (Advocacia-Geral da União), admite que conversou com o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, antes de ele decidir anular a votação do impeachment de Dilma Rousseff. Ele afirma que uma primeira reunião ocorreu na sexta-feira (6). "Eu despachei com ele. Eu apresentei essa questão [de nulidades da sessão do impeachment] ao Eduardo Cunha logo depois da votação. E novamente na Comissão do Senado [que analisa o afastamento da presidente]. A Câmara não respondeu", afirma Cardozo. No domingo (8), Maranhão se reuniu com o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B-MA), de quem é aliado. Dino telefonou para Cardozo e agendou um encontro entre o parlamentar e o ministro em Brasília, na casa do deputado Silvio Costa (PT-PE). "Ele [Dino] me disse que o Maranhão queria conversar. Voltamos a nos encontrar ontem e eu apresentei nossos argumentos", diz Cardozo. "O Dino também deu opinião dizendo que eram consistentes. Ele é jurista, juiz federal", segue. Cardozo afirma ter avisado o presidente da Câmara que judicializaria a questão caso a Câmara não se manifestasse. Maranhão anunciou nesta segunda (9) que acolheu os argumentos da AGU e anulou a sessão do impeachment.
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Alckmin diz que quer ser candidato à Presidência; Doria apoia governador
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou pela primeira vez que quer, sim, ser candidato ao Planalto. "Se eu disser que não quero, que não pretendo, não é verdade", confessou. "Mas candidatura a cargo majoritário não é vontade pessoal. Ela é fruto de um desejo coletivo", concluiu. Alckmin falou sobre o assunto na tarde desta segunda-feira (6) após dar uma palestra a empresários do grupo Lide, fundado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). O governador reafirmou sua parceria com o prefeito da capital e ironizou aqueles que, segundo ele, "duvidavam" da capacidade de seu aliado se eleger, mas hoje o veem em condições de disputar a Presidência. Questionado sobre como interpretava a "onda Doria" dentro do próprio partido, Alckmin afirmou: "Me sinto muito feliz. Eu ajudei o João Doria. Até aqueles que duvidavam primeiro que ele pudesse se eleger e, depois, que pudesse ser prefeito, hoje reconhecem". Alckmin é padrinho político do prefeito e bancou sua candidatura no ano passado a contragosto de outros caciques do PSDB. O governador viu seu principal aliado ser alçado por integrantes de seu próprio partido ao posto de presidenciável. A movimentação foi relatada pela Folha neste domingo (5). Alckmin disse que as ações do início do mandato de Doria tiveram repercussão nacional. "Se o prefeito da terceira maior cidade do mundo vai fazer mutirão, o prefeito da cidade pequena é cobrado", afirmou. APOIO Antes de o governador discursar, Doria reafirmou seu apoio à candidatura presidencial de Alckmin nas eleições de 2018. O prefeito disse ter aprendido com os pais que "o melhor dos sentimentos é a gratidão" e que a amizade com Alckmin não é na "política ou na vida pública". "Sou amigo de uma vida inteira." "No futuro vindouro, não que essa seja a hora e o momento, quero dizer que a posição do João Doria cidadão e eleitor é Geraldo Alckmin candidato à Presidência do Brasil", afirmou. Doria repetiu diversas vezes que "ainda não era a hora de tratar" desse assunto, mas disse que fazia o discurso "para que nenhuma dúvida possa existir". "Essa é a minha posição." O prefeito fez o discurso em cerca de cinco minutos e depois se despediu de Alckmin. Ele não ficou no evento para acompanhar a palestra.
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Alckmin diz que quer ser candidato à Presidência; Doria apoia governadorO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou pela primeira vez que quer, sim, ser candidato ao Planalto. "Se eu disser que não quero, que não pretendo, não é verdade", confessou. "Mas candidatura a cargo majoritário não é vontade pessoal. Ela é fruto de um desejo coletivo", concluiu. Alckmin falou sobre o assunto na tarde desta segunda-feira (6) após dar uma palestra a empresários do grupo Lide, fundado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). O governador reafirmou sua parceria com o prefeito da capital e ironizou aqueles que, segundo ele, "duvidavam" da capacidade de seu aliado se eleger, mas hoje o veem em condições de disputar a Presidência. Questionado sobre como interpretava a "onda Doria" dentro do próprio partido, Alckmin afirmou: "Me sinto muito feliz. Eu ajudei o João Doria. Até aqueles que duvidavam primeiro que ele pudesse se eleger e, depois, que pudesse ser prefeito, hoje reconhecem". Alckmin é padrinho político do prefeito e bancou sua candidatura no ano passado a contragosto de outros caciques do PSDB. O governador viu seu principal aliado ser alçado por integrantes de seu próprio partido ao posto de presidenciável. A movimentação foi relatada pela Folha neste domingo (5). Alckmin disse que as ações do início do mandato de Doria tiveram repercussão nacional. "Se o prefeito da terceira maior cidade do mundo vai fazer mutirão, o prefeito da cidade pequena é cobrado", afirmou. APOIO Antes de o governador discursar, Doria reafirmou seu apoio à candidatura presidencial de Alckmin nas eleições de 2018. O prefeito disse ter aprendido com os pais que "o melhor dos sentimentos é a gratidão" e que a amizade com Alckmin não é na "política ou na vida pública". "Sou amigo de uma vida inteira." "No futuro vindouro, não que essa seja a hora e o momento, quero dizer que a posição do João Doria cidadão e eleitor é Geraldo Alckmin candidato à Presidência do Brasil", afirmou. Doria repetiu diversas vezes que "ainda não era a hora de tratar" desse assunto, mas disse que fazia o discurso "para que nenhuma dúvida possa existir". "Essa é a minha posição." O prefeito fez o discurso em cerca de cinco minutos e depois se despediu de Alckmin. Ele não ficou no evento para acompanhar a palestra.
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Chelsea negocia meia Schürrle e anuncia chegada de Juan Cuadrado
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A segunda-feira (2) foi movimentada em Stamford Bridge. No último dia da janela de transferências, o Chelsea negociou o meia Andre Schürrle com o Wolfsburg e, horas depois, acertou a contratação de Juan Cuadrado, da Fiorentina. Schürrle encerrou uma passagem de 18 meses pelo clube londrino. O ex-jogador do Bayer Leverkusen foi contratado por 18 milhões de libras (cerca de R$ 72,9 milhões) em junho de 2013 e marcou 14 gols com a camisa do Chelsea. Convocado para a Copa do Mundo, o meia de 24 anos marcou duas vezes na goleada de 7 a 1 da seleção alemã sobre o Brasil. O jogador atuou também na decisão contra a Argentina. Vendido para o Wolfsburg por 22 milhões de libras (R$ 89 milhões), Schürrle tem como substituto o meia colombiano Juan Cuadrado, de 26 anos. O ex-jogador da Fiorentina assinou nesta segunda contrato de quatro anos e meio, após os dois clubes firmarem um acordo de 23,3 milhões de libras (R$ 94 milhões) para a transferência. Como parte da transação, o Chelsea aceitou emprestar o meio-campista egípcio Mohamed Salah ao time italiano até o fim da temporada.
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esporte
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Chelsea negocia meia Schürrle e anuncia chegada de Juan CuadradoA segunda-feira (2) foi movimentada em Stamford Bridge. No último dia da janela de transferências, o Chelsea negociou o meia Andre Schürrle com o Wolfsburg e, horas depois, acertou a contratação de Juan Cuadrado, da Fiorentina. Schürrle encerrou uma passagem de 18 meses pelo clube londrino. O ex-jogador do Bayer Leverkusen foi contratado por 18 milhões de libras (cerca de R$ 72,9 milhões) em junho de 2013 e marcou 14 gols com a camisa do Chelsea. Convocado para a Copa do Mundo, o meia de 24 anos marcou duas vezes na goleada de 7 a 1 da seleção alemã sobre o Brasil. O jogador atuou também na decisão contra a Argentina. Vendido para o Wolfsburg por 22 milhões de libras (R$ 89 milhões), Schürrle tem como substituto o meia colombiano Juan Cuadrado, de 26 anos. O ex-jogador da Fiorentina assinou nesta segunda contrato de quatro anos e meio, após os dois clubes firmarem um acordo de 23,3 milhões de libras (R$ 94 milhões) para a transferência. Como parte da transação, o Chelsea aceitou emprestar o meio-campista egípcio Mohamed Salah ao time italiano até o fim da temporada.
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Leco é reeleito e ficará na presidência do São Paulo até o final de 2020
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Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, 79, foi reeleito pelos conselheiros do São Paulo para a presidência do clube. Seu mandato agora irá até 31 de dezembro de 2020. Em votação realizada nesta terça-feira (18), no Salão Nobre do Morumbi, o mandatário venceu a disputa contra o advogado José Eduardo Mesquita Pimenta, 78, por 124 votos a 101. Ninguém votou em branco e quatro conselheiros estavam ausentes. Roberto Natel será o vice-presidente até o fim da gestão. "Estou imensamente feliz por ter conquistado meu próprio mandato", disse Leco no discurso da vitória, referindo-se à forma com que entrou no cargo, em outubro de 2015. Então presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, ele substituiu o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo sob acusação de corrupção. O dirigente ficou como presidente interino por 14 dias. No dia 27 de outubro daquele ano, derrotou em uma eleição extraordinária Newton Luiz Ferreira, mais conhecido como Newton do Chapéu, oficializando assim o início do seu primeiro mandato. "Essa continuará sendo uma gestão limpa, porque ela foi limpa. Será uma gestão aberta ao diálogo, fruto do que construímos nessa campanha e das coisas que nos norteiam. Sei que o trabalho que temos é imenso, mas vendo vocês todos agora sinto as energias renovadas. Me sinto um garoto de 18 anos com fome de bola. Porque a fome de bola é o que move o São Paulo", afirmou Leco após ser reeleito para a presidência. No período à frente da presidência, Leco buscou ajustar contas do clube. Ele afirma que herdou dívida de cerca de R$ 170 milhões das gestões passadas, mas que hoje restam apenas R$ 114 milhões em débitos a pagar. Por outro lado, também protagonizou polêmicas, principalmente em ações do setor de marketing. Os acordos de patrocínios com a Rock Ribs e a Prevent Senior foram os mais questionados. No caso do primeiro, o clube estampou a marca da lanchonete por meses e não recebeu os valores combinados, além de ter ficado com o espaço do restaurante destruído e sem fornecedor. Sobre a Prevent Senior, a Folha revelou que o contrato de R$ 22 milhões (que compunha conta de R$ 35 milhões de patrocínio que era propagandeada por Leco) rendeu apenas R$ 9,2 milhões. A diretoria do clube contesta os valores, mas tem recebido fortes críticas de opositores. "Vocês não imaginam o que foi essa campanha. Nessa campanha vimos coisas impensadas, desconhecidas até hoje na história do São Paulo. Por influências que não fazem bem para a nossa comunidade", criticou o presidente sobre a postura da oposição na campanha. Ele será o primeiro presidente sob o novo estatuto do clube, aprovado no início de dezembro do ano passado. O documento permite o pagamento de remuneração ao mandatário que tiver dedicação integral ao cargo. O salário não poderá ser superior a 70% do teto do funcionalismo público federal (cerca de R$ 27 mil). Além disso, ele terá mandato único de três anos -até 2016, eram dois anos com direito a uma reeleição. OPOSIÇÃO A oposição são-paulina foi derrotada, mas saiu do Morumbi parcialmente satisfeita com o resultado. "Voltei a pedido do grupo, infelizmente não deu. O importante é que a oposição saiu fortalecida. E 2020 está muito longe, até lá vou continuar exercendo minhas funções atuais no clube", disse o candidato derrotado para a presidência, José Eduardo Mesquita Pimenta. Ele foi aplaudido ao sair do salão nobre do Morumbi após o anúncio da derrota e teve seu nome gritado por aliados. "A oposição deu um voto de esperança. E esse voto quer dizer que se não andarem direito vai ter chumbo. Eu nem queria ser candidato, mas fizeram tanta besteira que tive que tentar", disse o desembargador José Opice Blum, 76, que teve 34 votos a menos que o auditor Marcelo Pupo, 47, na eleição para a presidência do conselho deliberativo. PASSADO A ligação de Leco com o São Paulo começou em 1966, quando tornou-se sócio do clube do Morumbi. Vinte anos mais tarde, se tornou conselheiro, e desde então passou a ter uma relação estreita com a política do clube. Ainda na década de 1980 foi diretor de futebol e diretor jurídico. Os cargos lhe renderam uma aproximação com o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que posteriormente se tornaria uma forte aliança. Em 2000, com o apoio do ex-presidente Juvenal Juvêncio, tentou pela primeira vez chegar à presidência, mas foi derrotado por Paulo Amaral. Dois anos mais tarde voltou à diretoria de futebol no mandato de Marcelo Figueiredo Portugal Gouveia. De 2006 a 2014, assumiu da diretoria de orçamento e controle da gestão Juvenal Juvêncio. Foi vice-presidente de futebol de 2008 a 2011 e vice-presidente de 2011 a 2014. Até se tornar presidente de forma interina, em outubro de 2015, era o presidente do Conselho Deliberativo.
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esporte
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Leco é reeleito e ficará na presidência do São Paulo até o final de 2020Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, 79, foi reeleito pelos conselheiros do São Paulo para a presidência do clube. Seu mandato agora irá até 31 de dezembro de 2020. Em votação realizada nesta terça-feira (18), no Salão Nobre do Morumbi, o mandatário venceu a disputa contra o advogado José Eduardo Mesquita Pimenta, 78, por 124 votos a 101. Ninguém votou em branco e quatro conselheiros estavam ausentes. Roberto Natel será o vice-presidente até o fim da gestão. "Estou imensamente feliz por ter conquistado meu próprio mandato", disse Leco no discurso da vitória, referindo-se à forma com que entrou no cargo, em outubro de 2015. Então presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, ele substituiu o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo sob acusação de corrupção. O dirigente ficou como presidente interino por 14 dias. No dia 27 de outubro daquele ano, derrotou em uma eleição extraordinária Newton Luiz Ferreira, mais conhecido como Newton do Chapéu, oficializando assim o início do seu primeiro mandato. "Essa continuará sendo uma gestão limpa, porque ela foi limpa. Será uma gestão aberta ao diálogo, fruto do que construímos nessa campanha e das coisas que nos norteiam. Sei que o trabalho que temos é imenso, mas vendo vocês todos agora sinto as energias renovadas. Me sinto um garoto de 18 anos com fome de bola. Porque a fome de bola é o que move o São Paulo", afirmou Leco após ser reeleito para a presidência. No período à frente da presidência, Leco buscou ajustar contas do clube. Ele afirma que herdou dívida de cerca de R$ 170 milhões das gestões passadas, mas que hoje restam apenas R$ 114 milhões em débitos a pagar. Por outro lado, também protagonizou polêmicas, principalmente em ações do setor de marketing. Os acordos de patrocínios com a Rock Ribs e a Prevent Senior foram os mais questionados. No caso do primeiro, o clube estampou a marca da lanchonete por meses e não recebeu os valores combinados, além de ter ficado com o espaço do restaurante destruído e sem fornecedor. Sobre a Prevent Senior, a Folha revelou que o contrato de R$ 22 milhões (que compunha conta de R$ 35 milhões de patrocínio que era propagandeada por Leco) rendeu apenas R$ 9,2 milhões. A diretoria do clube contesta os valores, mas tem recebido fortes críticas de opositores. "Vocês não imaginam o que foi essa campanha. Nessa campanha vimos coisas impensadas, desconhecidas até hoje na história do São Paulo. Por influências que não fazem bem para a nossa comunidade", criticou o presidente sobre a postura da oposição na campanha. Ele será o primeiro presidente sob o novo estatuto do clube, aprovado no início de dezembro do ano passado. O documento permite o pagamento de remuneração ao mandatário que tiver dedicação integral ao cargo. O salário não poderá ser superior a 70% do teto do funcionalismo público federal (cerca de R$ 27 mil). Além disso, ele terá mandato único de três anos -até 2016, eram dois anos com direito a uma reeleição. OPOSIÇÃO A oposição são-paulina foi derrotada, mas saiu do Morumbi parcialmente satisfeita com o resultado. "Voltei a pedido do grupo, infelizmente não deu. O importante é que a oposição saiu fortalecida. E 2020 está muito longe, até lá vou continuar exercendo minhas funções atuais no clube", disse o candidato derrotado para a presidência, José Eduardo Mesquita Pimenta. Ele foi aplaudido ao sair do salão nobre do Morumbi após o anúncio da derrota e teve seu nome gritado por aliados. "A oposição deu um voto de esperança. E esse voto quer dizer que se não andarem direito vai ter chumbo. Eu nem queria ser candidato, mas fizeram tanta besteira que tive que tentar", disse o desembargador José Opice Blum, 76, que teve 34 votos a menos que o auditor Marcelo Pupo, 47, na eleição para a presidência do conselho deliberativo. PASSADO A ligação de Leco com o São Paulo começou em 1966, quando tornou-se sócio do clube do Morumbi. Vinte anos mais tarde, se tornou conselheiro, e desde então passou a ter uma relação estreita com a política do clube. Ainda na década de 1980 foi diretor de futebol e diretor jurídico. Os cargos lhe renderam uma aproximação com o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que posteriormente se tornaria uma forte aliança. Em 2000, com o apoio do ex-presidente Juvenal Juvêncio, tentou pela primeira vez chegar à presidência, mas foi derrotado por Paulo Amaral. Dois anos mais tarde voltou à diretoria de futebol no mandato de Marcelo Figueiredo Portugal Gouveia. De 2006 a 2014, assumiu da diretoria de orçamento e controle da gestão Juvenal Juvêncio. Foi vice-presidente de futebol de 2008 a 2011 e vice-presidente de 2011 a 2014. Até se tornar presidente de forma interina, em outubro de 2015, era o presidente do Conselho Deliberativo.
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Chuva deixa parte de SP em atenção para alagamentos; houve granizo
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A chuva voltou a deixar parte da cidade de São Paulo em atenção para alagamentos na tarde desta quinta-feira (26). A última região a retornar ao estado de observação (normal) foi a zona norte, por volta das 18h30. Ao todo, chegaram a ficar em atenção as zonas norte, sul e leste, além da marginal Pinheiros. Houve também registro de granizo na região de São Miguel Paulista (zona leste). A chuva desta quinta foi causada por instabilidades associadas ao calor e à grande concentração de umidade do ar. Segundo os meteorologistas, o tempo deve permanecer instável no decorrer da tarde com possibilidade de chuva forte sobre a região metropolitana de São Paulo. Apesar da chuvas, não houve registro de alagamentos ou problemas causados pelas chuvas nas linhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e nos aeroportos. O distrito de São Miguel Paulista está desde as 23h do dia 16 de fevereiro em estado de alerta, após um braço do rio Tietê transbordar na região. Construída nas várzeas do rio, o bairro Vila Itaim ficou embaixo d'água. E assim está até hoje. A previsão para sexta-feira (27) é de sol com altas temperaturas na capital paulista. Durante a tarde, as instabilidades se formam por conta do calor com possibilidade de pancadas de chuva. A temperatura mínima deve ficar em torno de 20°C e a máxima em 32°C. TRANSTORNOS O forte temporal que atingiu São Paulo na tarde desta quarta-feira (25) ainda causa transtorno para os moradores de Vila Prudente, a mais castigada com a chuva. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, no bairro da zona leste de São Paulo, choveu em poucas horas 110 mm –a metade do esperado para todo o mês de fevereiro. O temporal provocou o desabamento de três casas em um mesmo terreno na rua Ibitirama após um deslizamento de terra, por volta das 17h. A dona de casa Andreia Daudaras Tomas da Silva, 45, estava em uma das residências com os dois filhos, Vinicius, 4, e Geovanna, 5, e conseguiu deixar o local antes de as paredes virem a baixo. Os moradores ainda enfrentam problemas causados pelo transbordamento do rio Tamanduateí e do córrego Mooca. Na rua Pindamonhangaba, a água atingiu 1 metro de altura e uma árvore de grande porte caiu, interditando a via. A enchente também arrastou por cerca de 20 metros o carro de Oziri de Santana, 50, dono de uma transportadora. O dono do veículo, que ficou preso entre um muro e um poste, lamentava o prejuízo nesta manhã. "É com esse carro que eu atendo meus clientes e não tenho dinheiro para arrumá-lo agora. Como vou trabalhar?", indignava-se. Na região de Santa Cecília, José Paulo Machado, 47 morreu eletrocutado após ter o carro atingido por fios elétricos quando passava pela rua Tupi. Segundo os bombeiros, o tronco de uma árvore caiu e atingiu a fiação que caiu sobre o veículo. O irmão da vítima, Valmir Donizete Machado, disse que Machado ia para uma entrevista de emprego.
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cotidiano
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Chuva deixa parte de SP em atenção para alagamentos; houve granizoA chuva voltou a deixar parte da cidade de São Paulo em atenção para alagamentos na tarde desta quinta-feira (26). A última região a retornar ao estado de observação (normal) foi a zona norte, por volta das 18h30. Ao todo, chegaram a ficar em atenção as zonas norte, sul e leste, além da marginal Pinheiros. Houve também registro de granizo na região de São Miguel Paulista (zona leste). A chuva desta quinta foi causada por instabilidades associadas ao calor e à grande concentração de umidade do ar. Segundo os meteorologistas, o tempo deve permanecer instável no decorrer da tarde com possibilidade de chuva forte sobre a região metropolitana de São Paulo. Apesar da chuvas, não houve registro de alagamentos ou problemas causados pelas chuvas nas linhas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e nos aeroportos. O distrito de São Miguel Paulista está desde as 23h do dia 16 de fevereiro em estado de alerta, após um braço do rio Tietê transbordar na região. Construída nas várzeas do rio, o bairro Vila Itaim ficou embaixo d'água. E assim está até hoje. A previsão para sexta-feira (27) é de sol com altas temperaturas na capital paulista. Durante a tarde, as instabilidades se formam por conta do calor com possibilidade de pancadas de chuva. A temperatura mínima deve ficar em torno de 20°C e a máxima em 32°C. TRANSTORNOS O forte temporal que atingiu São Paulo na tarde desta quarta-feira (25) ainda causa transtorno para os moradores de Vila Prudente, a mais castigada com a chuva. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, no bairro da zona leste de São Paulo, choveu em poucas horas 110 mm –a metade do esperado para todo o mês de fevereiro. O temporal provocou o desabamento de três casas em um mesmo terreno na rua Ibitirama após um deslizamento de terra, por volta das 17h. A dona de casa Andreia Daudaras Tomas da Silva, 45, estava em uma das residências com os dois filhos, Vinicius, 4, e Geovanna, 5, e conseguiu deixar o local antes de as paredes virem a baixo. Os moradores ainda enfrentam problemas causados pelo transbordamento do rio Tamanduateí e do córrego Mooca. Na rua Pindamonhangaba, a água atingiu 1 metro de altura e uma árvore de grande porte caiu, interditando a via. A enchente também arrastou por cerca de 20 metros o carro de Oziri de Santana, 50, dono de uma transportadora. O dono do veículo, que ficou preso entre um muro e um poste, lamentava o prejuízo nesta manhã. "É com esse carro que eu atendo meus clientes e não tenho dinheiro para arrumá-lo agora. Como vou trabalhar?", indignava-se. Na região de Santa Cecília, José Paulo Machado, 47 morreu eletrocutado após ter o carro atingido por fios elétricos quando passava pela rua Tupi. Segundo os bombeiros, o tronco de uma árvore caiu e atingiu a fiação que caiu sobre o veículo. O irmão da vítima, Valmir Donizete Machado, disse que Machado ia para uma entrevista de emprego.
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Dólar e juros disparam com nova meta fiscal; Bolsa perde 0,4% ao ano
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O dólar e os juros dispararam e a Bolsa caiu nesta quinta (23) após o governo admitir que pode ter deficit nas contas públicas em 2015. Diante do fracasso do governo em reequilibrar as contas públicas, por causa da queda na arrecadação deste ano, caiu a confiança na retomada da economia do país. Entre as moedas emergentes, o real foi a de maior desvalorização. O dólar à vista (mercado financeiro) subiu 1,91% e foi a R$ 3,288, o maior patamar desde 19 de março. Já o comercial avançou 2,16%, para R$ 3,296, o mesmo valor de 19 de março. A Bolsa zerou os ganhos em 2015 e já tem baixa de 0,4%. No dia, o Ibovespa recuou 2,18% para 49.806 pontos. Além disso, com a perspectiva de que a dívida pública aumente, o Brasil corre risco de perder o chamado grau de investimento –selo de bom pagador, obtido em 2008, quando o país entrou na rota dos grandes investidores. A leitura é que o país terá de conviver com juros elevados por um período mais longo, apesar do impacto da recessão no controle de preços. Até então, a visão corrente era que o país poderia reduzir os juros, gradualmente, a partir de 2016 até chegar a uma taxa próxima de 12% no início da próxima década. Os juros negociados para janeiro de 2016, que refletem o que ocorrerá até o final deste ano, saltaram de 13,96% para 14,10%, sugerindo que aumentou a possibilidade de mais duas elevações de 0,25 ponto nos juros do governo (Selic), hoje em 13,75%. Até a semana passada, uma parte significativa do mercado via preços controlados em 2016 e acreditava que tinha terminado o atual ciclo de aumento de juros (alguns falavam em queda dos juros no início de 2016). Outra parte esperava só mais uma alta de 0,25% neste ano. O maior estrago ocorreu nos juros de prazos médio e longo. Para janeiro de 2019, primeiro ano do novo governo, os juros saltaram de 12,58% para 13,07%, indicando que o governo Dilma terá de conviver com juros acima de 13% até o fim do mandato. Para janeiro de 2025, que reflete a previsão dos juros em dez anos, a taxa saltou de 12,45% para 13,03%. "Os juros maiores refletem o risco de uma estagflação [inflação sem crescimento] prolongada. É o cenário em que a indústria reduz a produção, mas aumenta preço para manter sua margem de ganho. Cobra mais de poucos consumidores", disse Paulo Eduardo Gomes, analista da AZ Futurainvest. "Foi um choque de realidade sobre a situação das contas do governo. Talvez o país não perca o grau de investimento neste ano, mas é questão de tempo", disse Newton Rosa, economista da SulAmércica Investimentos. Escalada do dólar
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mercado
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Dólar e juros disparam com nova meta fiscal; Bolsa perde 0,4% ao anoO dólar e os juros dispararam e a Bolsa caiu nesta quinta (23) após o governo admitir que pode ter deficit nas contas públicas em 2015. Diante do fracasso do governo em reequilibrar as contas públicas, por causa da queda na arrecadação deste ano, caiu a confiança na retomada da economia do país. Entre as moedas emergentes, o real foi a de maior desvalorização. O dólar à vista (mercado financeiro) subiu 1,91% e foi a R$ 3,288, o maior patamar desde 19 de março. Já o comercial avançou 2,16%, para R$ 3,296, o mesmo valor de 19 de março. A Bolsa zerou os ganhos em 2015 e já tem baixa de 0,4%. No dia, o Ibovespa recuou 2,18% para 49.806 pontos. Além disso, com a perspectiva de que a dívida pública aumente, o Brasil corre risco de perder o chamado grau de investimento –selo de bom pagador, obtido em 2008, quando o país entrou na rota dos grandes investidores. A leitura é que o país terá de conviver com juros elevados por um período mais longo, apesar do impacto da recessão no controle de preços. Até então, a visão corrente era que o país poderia reduzir os juros, gradualmente, a partir de 2016 até chegar a uma taxa próxima de 12% no início da próxima década. Os juros negociados para janeiro de 2016, que refletem o que ocorrerá até o final deste ano, saltaram de 13,96% para 14,10%, sugerindo que aumentou a possibilidade de mais duas elevações de 0,25 ponto nos juros do governo (Selic), hoje em 13,75%. Até a semana passada, uma parte significativa do mercado via preços controlados em 2016 e acreditava que tinha terminado o atual ciclo de aumento de juros (alguns falavam em queda dos juros no início de 2016). Outra parte esperava só mais uma alta de 0,25% neste ano. O maior estrago ocorreu nos juros de prazos médio e longo. Para janeiro de 2019, primeiro ano do novo governo, os juros saltaram de 12,58% para 13,07%, indicando que o governo Dilma terá de conviver com juros acima de 13% até o fim do mandato. Para janeiro de 2025, que reflete a previsão dos juros em dez anos, a taxa saltou de 12,45% para 13,03%. "Os juros maiores refletem o risco de uma estagflação [inflação sem crescimento] prolongada. É o cenário em que a indústria reduz a produção, mas aumenta preço para manter sua margem de ganho. Cobra mais de poucos consumidores", disse Paulo Eduardo Gomes, analista da AZ Futurainvest. "Foi um choque de realidade sobre a situação das contas do governo. Talvez o país não perca o grau de investimento neste ano, mas é questão de tempo", disse Newton Rosa, economista da SulAmércica Investimentos. Escalada do dólar
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Astrologia
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Confronto entre realidade e ilusão abate ânimos. Lua crescente em Capricórnio: 20/10 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Lua e Saturno juntinhos em Sagitário sinalizam: você está pronto para tomar decisões definitivas sobre estudos, viagens etc. Você está realista e saberá reconhecer limites. Cético, se afastará de crenças ilusórias. O amor fica para outro dia. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Astral tenso de hoje puxa você para direções contrárias –amigos que confundem, decepcionam, e abalam sua fé na humanidade, por exemplo. Insegurança sobre dinheiro e medo de contrair mais dívidas posterga alegrias. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Lua e Saturno em conjunção no signo de Sagitário anunciam cortes e esfriamentos na relação amorosa, ou numa relação de trabalho. Tente ser mais claro sobre seus objetivos; assim poderá combater com atos quem não acredita mais em você. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Tema em destaque hoje: confiança! Ela falta e abala tudo e todos. Astral desencorajador pede reforma em visões de mundo sem pé nem cabeça. Comportamento alheio provoca desânimo em você. Confie somente em que deu provas disso. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Fim de um ciclo com Lua e Saturno agindo em prol da realidade, versus sonhos e ideais sem conteúdo. Prova de fogo para você no amor, e necessidade de manter pulso firme com filhos, alunos etc. E ainda dar exemplo de eficiência e firmeza! VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Acontecimentos sérios no ambiente familiar podem abalar sua segurança. Trata-se de uma conclusão. Vênus e Netuno mostram a você os contornos de uma ilusão amorosa, e advertem contra uma parceria inútil, até prejudicial. Atente. LIBRA (23 set. a 22 out.) Hoje, a vida traz uma prova dos nove para você ver até que ponto irmãos, primos ou amigos próximos estão mesmo do seu lado para o que der e vier. Um dia importante; anote o que acontecer, para se lembrar depois. Desilusões sadias. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Lua e Saturno apontam limites da sua competência e criatividade. Que isso não o abale! Contar com o que é verdadeiro é sempre melhor. Reconhecer seus limites traz veracidade a seus gestos. Desencanto com alguém, tire lições. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Saúde delicada hoje, é bom respeitar seus limites! Se não, os ossos reclamarão mesmo. No trabalho, não assuma nada além de sua capacidade física e mental. Revolta contra enganações de todo tipo, vem a clareza sobre o que tem a fazer agora. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Se você se sentir solitário hoje, sem recursos e à mercê de um universo impessoal, lembre-se de quantas vezes já recebeu sinais contrários. Se hoje é dia de desencanto com poesias, é de fé em atitudes menores e práticas. Você dá exemplo disso. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Um plano com amigos terá de ser alterado. Você também deve esperar um balde de água fria amoroso. Fantasias são ótimas no cinema, mas pautar sua vida por elas acaba desestimulando mesmo. Vire a página sem dó. Amor em baixa. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) O que o chefe, a família, os amigos, e os amores querem de você hoje é praticidade, realismo e ações concretas, crença que se prova em escolhas no cotidiano. Sem isso, obterá desconfiança de todos. Não se iluda e nem engane ninguém mais.
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ilustrada
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AstrologiaConfronto entre realidade e ilusão abate ânimos. Lua crescente em Capricórnio: 20/10 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Lua e Saturno juntinhos em Sagitário sinalizam: você está pronto para tomar decisões definitivas sobre estudos, viagens etc. Você está realista e saberá reconhecer limites. Cético, se afastará de crenças ilusórias. O amor fica para outro dia. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Astral tenso de hoje puxa você para direções contrárias –amigos que confundem, decepcionam, e abalam sua fé na humanidade, por exemplo. Insegurança sobre dinheiro e medo de contrair mais dívidas posterga alegrias. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Lua e Saturno em conjunção no signo de Sagitário anunciam cortes e esfriamentos na relação amorosa, ou numa relação de trabalho. Tente ser mais claro sobre seus objetivos; assim poderá combater com atos quem não acredita mais em você. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Tema em destaque hoje: confiança! Ela falta e abala tudo e todos. Astral desencorajador pede reforma em visões de mundo sem pé nem cabeça. Comportamento alheio provoca desânimo em você. Confie somente em que deu provas disso. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Fim de um ciclo com Lua e Saturno agindo em prol da realidade, versus sonhos e ideais sem conteúdo. Prova de fogo para você no amor, e necessidade de manter pulso firme com filhos, alunos etc. E ainda dar exemplo de eficiência e firmeza! VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Acontecimentos sérios no ambiente familiar podem abalar sua segurança. Trata-se de uma conclusão. Vênus e Netuno mostram a você os contornos de uma ilusão amorosa, e advertem contra uma parceria inútil, até prejudicial. Atente. LIBRA (23 set. a 22 out.) Hoje, a vida traz uma prova dos nove para você ver até que ponto irmãos, primos ou amigos próximos estão mesmo do seu lado para o que der e vier. Um dia importante; anote o que acontecer, para se lembrar depois. Desilusões sadias. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Lua e Saturno apontam limites da sua competência e criatividade. Que isso não o abale! Contar com o que é verdadeiro é sempre melhor. Reconhecer seus limites traz veracidade a seus gestos. Desencanto com alguém, tire lições. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Saúde delicada hoje, é bom respeitar seus limites! Se não, os ossos reclamarão mesmo. No trabalho, não assuma nada além de sua capacidade física e mental. Revolta contra enganações de todo tipo, vem a clareza sobre o que tem a fazer agora. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Se você se sentir solitário hoje, sem recursos e à mercê de um universo impessoal, lembre-se de quantas vezes já recebeu sinais contrários. Se hoje é dia de desencanto com poesias, é de fé em atitudes menores e práticas. Você dá exemplo disso. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Um plano com amigos terá de ser alterado. Você também deve esperar um balde de água fria amoroso. Fantasias são ótimas no cinema, mas pautar sua vida por elas acaba desestimulando mesmo. Vire a página sem dó. Amor em baixa. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) O que o chefe, a família, os amigos, e os amores querem de você hoje é praticidade, realismo e ações concretas, crença que se prova em escolhas no cotidiano. Sem isso, obterá desconfiança de todos. Não se iluda e nem engane ninguém mais.
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Histórico de Moro indica que decisão sobre Lula pode sair até julho
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Cinco dias após interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o juiz Sergio Moro definiu, nesta segunda-feira (15), que a defesa do petista deve apresentar suas alegações finais no processo até o dia 20 de junho. Depois desse prazo, o magistrado decidirá se condena ou absolve o ex-presidente da acusação de ter recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS, entre elas um tríplex em Guarujá (SP). Nas alegações, as partes tentam convencer o juiz de que seus argumentos devem prevalecer na sentença. Antes de Lula, se manifestarão no processo o Ministério Público Federal e a Petrobras, que ajuda a acusação. Não há prazo para que a decisão seja tomada, mas a tendência é que, se a defesa não conseguir protelar o processo por meio de recursos, ela não demore de sair. A maioria das sentenças de Moro na Lava Jato foram divulgadas menos de um mês após a apresentação da última alegação –de um total de 28, 13 foram publicadas em até dez dias. Atualmente, quatro ações ainda aguardam decisão no gabinete do juiz, mas todas envolvem réus já condenados no âmbito da operação. A velocidade com que Moro decide os processos chegou a ser questionada por advogados, como os que representam o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No caso do peemedebista, as alegações foram protocoladas na noite de uma segunda e a decisão tomada na manhã da quinta. "Pelo tempo disponível, tamanho das peças e volume de documentos, no mínimo a minuta da decisão estava pronta antes da apresentação das alegações finais", reclamaram à época os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo. O caso de Cunha, no entanto, não é o mais rápido do juiz. Ação que condenou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, por exemplo, foi decidida um dia após a última alegação ser juntada. No despacho que define prazo para as alegações, Moro também negou pedidos da defesa de Lula e do Ministério Público Federal para que novas testemunhas fossem ouvidas no processo. Ele ainda recusou outras demandas dos advogados, como uma perícia contábil-financeira para apurar de quem seria o tríplex. O juiz justificou que, em um processo, "não se justificam a produção de provas manifestamente desnecessárias ou impertinentes ou com intuito protelatório". Alguns dos pedidos, ele disse, já constavam nos autos ou em outras ações da Lava Jato. "As provas requeridas, ainda que com cautela, podem passar pelo crivo de relevância, necessidade e pertinência por parte do Juízo", afirmou o juiz. Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma que a decisão de Moro "gera nulidade insanável ao processo" ao "indeferir a realização de prova pericial 'para apurar de quem seria o imóvel 164-A, do Condomínio Solaris e ainda se o imóvel foi dado em garantia em operação financeira pela OAS Empreendimentos'. Se o Ministério Público Federal imputa ""ainda que sem qualquer razão"" crime que deixa vestígio material, a realização da prova pericial é obrigatória". Segundo ele, serão tomadas "as medidas necessárias para afastar as ilegalidades presentes nessa decisão". Outas seis pessoas são réus no processo do tríplex. O ex-presidente também responde outro processo que corre na Lava Jato em Curitiba e deve ser decidido por Moro. Em ambos os casos, a defesa afirma que Lula é inocente. TVFolha - Depoimento de Lula
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poder
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Histórico de Moro indica que decisão sobre Lula pode sair até julhoCinco dias após interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o juiz Sergio Moro definiu, nesta segunda-feira (15), que a defesa do petista deve apresentar suas alegações finais no processo até o dia 20 de junho. Depois desse prazo, o magistrado decidirá se condena ou absolve o ex-presidente da acusação de ter recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS, entre elas um tríplex em Guarujá (SP). Nas alegações, as partes tentam convencer o juiz de que seus argumentos devem prevalecer na sentença. Antes de Lula, se manifestarão no processo o Ministério Público Federal e a Petrobras, que ajuda a acusação. Não há prazo para que a decisão seja tomada, mas a tendência é que, se a defesa não conseguir protelar o processo por meio de recursos, ela não demore de sair. A maioria das sentenças de Moro na Lava Jato foram divulgadas menos de um mês após a apresentação da última alegação –de um total de 28, 13 foram publicadas em até dez dias. Atualmente, quatro ações ainda aguardam decisão no gabinete do juiz, mas todas envolvem réus já condenados no âmbito da operação. A velocidade com que Moro decide os processos chegou a ser questionada por advogados, como os que representam o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No caso do peemedebista, as alegações foram protocoladas na noite de uma segunda e a decisão tomada na manhã da quinta. "Pelo tempo disponível, tamanho das peças e volume de documentos, no mínimo a minuta da decisão estava pronta antes da apresentação das alegações finais", reclamaram à época os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo. O caso de Cunha, no entanto, não é o mais rápido do juiz. Ação que condenou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, por exemplo, foi decidida um dia após a última alegação ser juntada. No despacho que define prazo para as alegações, Moro também negou pedidos da defesa de Lula e do Ministério Público Federal para que novas testemunhas fossem ouvidas no processo. Ele ainda recusou outras demandas dos advogados, como uma perícia contábil-financeira para apurar de quem seria o tríplex. O juiz justificou que, em um processo, "não se justificam a produção de provas manifestamente desnecessárias ou impertinentes ou com intuito protelatório". Alguns dos pedidos, ele disse, já constavam nos autos ou em outras ações da Lava Jato. "As provas requeridas, ainda que com cautela, podem passar pelo crivo de relevância, necessidade e pertinência por parte do Juízo", afirmou o juiz. Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma que a decisão de Moro "gera nulidade insanável ao processo" ao "indeferir a realização de prova pericial 'para apurar de quem seria o imóvel 164-A, do Condomínio Solaris e ainda se o imóvel foi dado em garantia em operação financeira pela OAS Empreendimentos'. Se o Ministério Público Federal imputa ""ainda que sem qualquer razão"" crime que deixa vestígio material, a realização da prova pericial é obrigatória". Segundo ele, serão tomadas "as medidas necessárias para afastar as ilegalidades presentes nessa decisão". Outas seis pessoas são réus no processo do tríplex. O ex-presidente também responde outro processo que corre na Lava Jato em Curitiba e deve ser decidido por Moro. Em ambos os casos, a defesa afirma que Lula é inocente. TVFolha - Depoimento de Lula
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Performance 'multissensorial' de Lady Gaga homenageará Bowie no Grammy
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Lady Gaga vai liderar o que os organizadores chamaram de "tributo empírico" ao cantor britânico David Bowie, que morreu em janeiro, no Grammy Awards este mês. A Recording Academy disse que Gaga performará três ou quatro músicas de Bowie em um "testamento multissensorial" à criatividade do músico, cujo trabalho constantemente se renovou ao longo de cinco décadas. A morte inesperada de Bowie, aos 69 anos, após um diagnóstico de câncer, que ele manteve em segredo, chocou fãs ao redor do mundo e aconteceu apenas dois dias após o lançamento de seu último álbum, "Blackstar", aclamado pela crítica. Gaga, vencedora de seis prêmios Grammy, também é conhecida por ter se reinventado muitas vezes desde que alcançou o estrelato em 2008. Ela já iria se apresentar no Grammy Awards em Los Angeles, em 15 de fevereiro. "Mas quando Bowie morreu, nós soubemos que teríamos que mudar de direção", disse o produtor executivo da cerimônia do Grammy, Ken Ehrlich, em comunicado. "Nós conversamos imediatamente e concordamos que ela [Gaga] seria a escolhida para homenagear David. Ela é perfeita para isso", acrescentou.
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ilustrada
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Performance 'multissensorial' de Lady Gaga homenageará Bowie no GrammyLady Gaga vai liderar o que os organizadores chamaram de "tributo empírico" ao cantor britânico David Bowie, que morreu em janeiro, no Grammy Awards este mês. A Recording Academy disse que Gaga performará três ou quatro músicas de Bowie em um "testamento multissensorial" à criatividade do músico, cujo trabalho constantemente se renovou ao longo de cinco décadas. A morte inesperada de Bowie, aos 69 anos, após um diagnóstico de câncer, que ele manteve em segredo, chocou fãs ao redor do mundo e aconteceu apenas dois dias após o lançamento de seu último álbum, "Blackstar", aclamado pela crítica. Gaga, vencedora de seis prêmios Grammy, também é conhecida por ter se reinventado muitas vezes desde que alcançou o estrelato em 2008. Ela já iria se apresentar no Grammy Awards em Los Angeles, em 15 de fevereiro. "Mas quando Bowie morreu, nós soubemos que teríamos que mudar de direção", disse o produtor executivo da cerimônia do Grammy, Ken Ehrlich, em comunicado. "Nós conversamos imediatamente e concordamos que ela [Gaga] seria a escolhida para homenagear David. Ela é perfeita para isso", acrescentou.
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Pesquisadores temem ações de Trump relacionadas à ciência e ao clima
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A eleição de Donald Trump pode pressagiar um período de declínio para a ciência nos Estados Unidos. Noves fora a retórica que lhe ganhou a Casa Branca, os planos que ele apresenta para a próxima gestão podem significar cortes orçamentários significativos em pesquisas. A campanha do republicano à Presidência bateu fortemente em duas teclas: um plano vigoroso de corte de impostos, que reduziria a arrecadação em pelo menos US$ 4,4 trilhões nos próximos dez anos, e um plano de investimento em infraestrutura que consumiria US$ 1 trilhão no mesmo período. Na prática, isso significa que haverá menos dinheiro no Orçamento americano que poderá ser direcionado para os gastos "discricionários" -aqueles que já não caem automaticamente na conta do governo por força de lei. É de onde vem o financiamento da ciência americana. "Se o montante de gastos discricionários cai, o subcomitê de Comércio, Justiça e Ciência no Congresso receberá uma alocação menor, e eles terão menos dinheiro disponível para financiar suas agências", diz Casey Dreier, especialista em política espacial da ONG Planetary Society. Entre os órgãos financiados diretamente por esse subcomitê estão a Fundação Nacional de Ciência (NSF), a Administração Nacional de Atmosfera e Oceano (Noaa) e a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa). Existe a possibilidade de o financiamento sair intacto desse processo? Sim, mas não é provável. Algum outro setor precisaria pagar a conta. SEM CLIMA Ao menos no discurso, e fortemente apoiado por nomeações recentes, Trump já decidiu onde devem ocorrer os cortes mais profundos: ciência climática. Que Trump se apresenta desde a campanha eleitoral como um negacionista da mudança do clima, não é segredo. No passado, ele chegou a afirmar que o aquecimento global é um embuste criado pelos chineses para tirar a competitividade da indústria americana. (Para comprar essa versão, claro, teríamos de fingir que não foi a Nasa, agência americana, a maior e mais contundente coletora de evidências da mudança climática.) Até aí, é o discurso antiglobalização para ganhar a eleição. Mas vai se concretizar no mandato? Os sinais são os piores possíveis. O advogado Scott Pruitt, indicado para a EPA (Agência de Proteção do Ambiente), vê com ceticismo as políticas contra as mudanças climáticas. E o chefe da equipe de transição escolhido por Trump para a EPA é Myron Ebell, um notório negacionista da mudança climática. O Centro para Energia e Ambiente do Instituto para Empreendimentos Competitivos, que Ebell dirige, recebe financiamento das indústrias do carvão e do petróleo. Colocá-lo para fazer a transição entre governos da EPA pode ser o clássico "deixar a raposa tomando conta do galinheiro". Como se isso não bastasse, durante a campanha os principais consultores de Trump na área de pesquisa espacial, Robert Walker e Peter Navarro, escreveram editoriais sugerindo que a agência espacial devia parar de estudar a própria Terra. "A Nasa deveria estar concentrada primariamente em atividades no espaço profundo em vez de trabalho Terra-cêntrico que seria melhor conduzido por outras agências", escreveram. Há consenso entre os cientistas de que não há outro órgão com competência para tocar esses estudos e assumir a frota de satélites de monitoramento terrestre gerida pela agência espacial. Além disso, passar as responsabilidades a outra instituição sem atribuir o orçamento correspondente é um jeito sutil de encerrar o programa de monitoramento do clima. BACKUP Se isso faz você ficar preocupado com o futuro das pesquisas, imagine os climatologistas nos EUA. De acordo com o jornal "Washington Post", eles estão se organizando para criar repositórios independentes dos dados colhidos, com medo que eles sumam das bases de dados governamentais durante o governo Trump. Ainda que a grita possa evitar esse descaramento, a interrupção das pesquisas pode ter o mesmo efeito. "Acho que é bem mais provável que eles tentem cortar a coleção de dados, o que minimizaria seu valor", diz Andrew Dessler, professor de ciências atmosféricas da Universidade Texas A&M. "Ter dados contínuos é crucial para entender as tendências de longo prazo." E O QUE SOBRA? Tirando a mudança climática, a Nasa deve ter algum suporte para dar continuidade a seus planos de longo prazo durante o governo Trump -talvez com alguma mudança. De certo, há apenas a restituição do Conselho Espacial Nacional, criado durante o governo George Bush (o pai) e desativado desde 1993. Reunindo as principais autoridades pertinentes, ele tem por objetivo coordenar as ações entre diferentes braços do governo e, com isso, dar uma direção estratégica mais clara e eficiente aos executores das atividades espaciais. Isso poderia significar uma ameaça ao SLS (novo foguete de alta capacidade da Nasa) e à Orion (cápsula para viagem a espaço profundo), que devem fazer seu primeiro voo teste, não tripulado, em 2018. Contudo, o apoio a esses programas no Congresso é amplo e bipartidário, de forma que dificilmente Trump conseguirá cancelá-los. O que ele pode é redirecionar sua função. Em vez de se tornarem as primeiras peças para a "jornada a Marte", que Barack Obama defendia para a década de 2030, eles seriam integrados num programa de exploração da Lua. (Tradicionalmente, no Congresso americano, a Lua é um objetivo republicano, e Marte, um objetivo democrata. Não pergunte por quê.) Trump deve ainda dar maior ênfase às iniciativas de parcerias comerciais para a exploração espacial. Em dezembro, Elon Musk, diretor da empresa SpaceX e franco apoiador da campanha de Hillary Clinton, passou a fazer parte de um grupo de consultores de Trump para a indústria de alta tecnologia. - NASA Assessores de Trump querem tirar da agência a função de estudar a Terra em favor da exploração espacial PROTEÇÃO? Scott Pruitt, indicado para Agência de Proteção do Ambiente, já processou o órgão por limitações impostas à indústria petrolífera. A agência pode perder força e deixar certas regulações a cargo dos Estados PETRÓLEO Rex Tillerson, executivo da petroleira ExxonMobil, foi indicado para o posto de secretário de Estado, o que dá mais sinais de que o governo Trump não deve se esforçar para promover fontes de energia limpa
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ciencia
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Pesquisadores temem ações de Trump relacionadas à ciência e ao climaA eleição de Donald Trump pode pressagiar um período de declínio para a ciência nos Estados Unidos. Noves fora a retórica que lhe ganhou a Casa Branca, os planos que ele apresenta para a próxima gestão podem significar cortes orçamentários significativos em pesquisas. A campanha do republicano à Presidência bateu fortemente em duas teclas: um plano vigoroso de corte de impostos, que reduziria a arrecadação em pelo menos US$ 4,4 trilhões nos próximos dez anos, e um plano de investimento em infraestrutura que consumiria US$ 1 trilhão no mesmo período. Na prática, isso significa que haverá menos dinheiro no Orçamento americano que poderá ser direcionado para os gastos "discricionários" -aqueles que já não caem automaticamente na conta do governo por força de lei. É de onde vem o financiamento da ciência americana. "Se o montante de gastos discricionários cai, o subcomitê de Comércio, Justiça e Ciência no Congresso receberá uma alocação menor, e eles terão menos dinheiro disponível para financiar suas agências", diz Casey Dreier, especialista em política espacial da ONG Planetary Society. Entre os órgãos financiados diretamente por esse subcomitê estão a Fundação Nacional de Ciência (NSF), a Administração Nacional de Atmosfera e Oceano (Noaa) e a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa). Existe a possibilidade de o financiamento sair intacto desse processo? Sim, mas não é provável. Algum outro setor precisaria pagar a conta. SEM CLIMA Ao menos no discurso, e fortemente apoiado por nomeações recentes, Trump já decidiu onde devem ocorrer os cortes mais profundos: ciência climática. Que Trump se apresenta desde a campanha eleitoral como um negacionista da mudança do clima, não é segredo. No passado, ele chegou a afirmar que o aquecimento global é um embuste criado pelos chineses para tirar a competitividade da indústria americana. (Para comprar essa versão, claro, teríamos de fingir que não foi a Nasa, agência americana, a maior e mais contundente coletora de evidências da mudança climática.) Até aí, é o discurso antiglobalização para ganhar a eleição. Mas vai se concretizar no mandato? Os sinais são os piores possíveis. O advogado Scott Pruitt, indicado para a EPA (Agência de Proteção do Ambiente), vê com ceticismo as políticas contra as mudanças climáticas. E o chefe da equipe de transição escolhido por Trump para a EPA é Myron Ebell, um notório negacionista da mudança climática. O Centro para Energia e Ambiente do Instituto para Empreendimentos Competitivos, que Ebell dirige, recebe financiamento das indústrias do carvão e do petróleo. Colocá-lo para fazer a transição entre governos da EPA pode ser o clássico "deixar a raposa tomando conta do galinheiro". Como se isso não bastasse, durante a campanha os principais consultores de Trump na área de pesquisa espacial, Robert Walker e Peter Navarro, escreveram editoriais sugerindo que a agência espacial devia parar de estudar a própria Terra. "A Nasa deveria estar concentrada primariamente em atividades no espaço profundo em vez de trabalho Terra-cêntrico que seria melhor conduzido por outras agências", escreveram. Há consenso entre os cientistas de que não há outro órgão com competência para tocar esses estudos e assumir a frota de satélites de monitoramento terrestre gerida pela agência espacial. Além disso, passar as responsabilidades a outra instituição sem atribuir o orçamento correspondente é um jeito sutil de encerrar o programa de monitoramento do clima. BACKUP Se isso faz você ficar preocupado com o futuro das pesquisas, imagine os climatologistas nos EUA. De acordo com o jornal "Washington Post", eles estão se organizando para criar repositórios independentes dos dados colhidos, com medo que eles sumam das bases de dados governamentais durante o governo Trump. Ainda que a grita possa evitar esse descaramento, a interrupção das pesquisas pode ter o mesmo efeito. "Acho que é bem mais provável que eles tentem cortar a coleção de dados, o que minimizaria seu valor", diz Andrew Dessler, professor de ciências atmosféricas da Universidade Texas A&M. "Ter dados contínuos é crucial para entender as tendências de longo prazo." E O QUE SOBRA? Tirando a mudança climática, a Nasa deve ter algum suporte para dar continuidade a seus planos de longo prazo durante o governo Trump -talvez com alguma mudança. De certo, há apenas a restituição do Conselho Espacial Nacional, criado durante o governo George Bush (o pai) e desativado desde 1993. Reunindo as principais autoridades pertinentes, ele tem por objetivo coordenar as ações entre diferentes braços do governo e, com isso, dar uma direção estratégica mais clara e eficiente aos executores das atividades espaciais. Isso poderia significar uma ameaça ao SLS (novo foguete de alta capacidade da Nasa) e à Orion (cápsula para viagem a espaço profundo), que devem fazer seu primeiro voo teste, não tripulado, em 2018. Contudo, o apoio a esses programas no Congresso é amplo e bipartidário, de forma que dificilmente Trump conseguirá cancelá-los. O que ele pode é redirecionar sua função. Em vez de se tornarem as primeiras peças para a "jornada a Marte", que Barack Obama defendia para a década de 2030, eles seriam integrados num programa de exploração da Lua. (Tradicionalmente, no Congresso americano, a Lua é um objetivo republicano, e Marte, um objetivo democrata. Não pergunte por quê.) Trump deve ainda dar maior ênfase às iniciativas de parcerias comerciais para a exploração espacial. Em dezembro, Elon Musk, diretor da empresa SpaceX e franco apoiador da campanha de Hillary Clinton, passou a fazer parte de um grupo de consultores de Trump para a indústria de alta tecnologia. - NASA Assessores de Trump querem tirar da agência a função de estudar a Terra em favor da exploração espacial PROTEÇÃO? Scott Pruitt, indicado para Agência de Proteção do Ambiente, já processou o órgão por limitações impostas à indústria petrolífera. A agência pode perder força e deixar certas regulações a cargo dos Estados PETRÓLEO Rex Tillerson, executivo da petroleira ExxonMobil, foi indicado para o posto de secretário de Estado, o que dá mais sinais de que o governo Trump não deve se esforçar para promover fontes de energia limpa
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Míssil enviado dos EUA à Europa vai parar em Cuba por 'engano'
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Um míssil Hellfire desativado que tinha sido enviado pelos Estados Unidos para a Europa para exercícios de treinamento militar em 2014 acabou indo parar em Cuba devido a um erro, segundo informações do diário americano "Wall Street Journal". O míssil não tem explosivos, mas seu extravio pode ter permitido que outros países tivessem acesso à tecnologia militar americana. Desde 2014, as autoridades americanas tentam, sem sucesso, fazer com que Cuba devolva o Hellfire extraviado, de acordo com o jornal. Investigadores americanos estão tentando determinar se o extravio foi provocado mesmo por um engano ou se foi um ato deliberado de espionagem ou sabotagem. Um representante do governo americano confirmou a notícia para a agência de notícias Associated Press. TECNOLOGIA O míssil Hellfire é guiado a laser, disparado de helicópteros ou drones e é utilizado como arma antitanques. Citando fontes próximas da investigação sobre o extravio do míssil, o "Wall Street Journal" informou que ele foi enviado à Espanha, seu destino original, no começo de 2014. O objetivo era usar o Hellfire em treinamentos militares da Otan, aliança militar ocidental. Da Espanha, o míssil foi levado para a Alemanha e, de lá, foi enviado ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. De lá, o projétil deveria ter sido enviada de volta para a Flórida. Mas o míssil embarcou em um voo da Air France com destino a Havana, em Cuba. O jornal afirma que as autoridades dos Estados Unidos temem que Cuba compartilhe informações sobre a tecnologia avançada deste míssil com países como a Coreia do Norte, China ou Rússia. Os Estados Unidos e Cuba retomaram relações diplomáticas em julho de 2015, depois de meio século de laços rompidas.
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bbc
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Míssil enviado dos EUA à Europa vai parar em Cuba por 'engano'Um míssil Hellfire desativado que tinha sido enviado pelos Estados Unidos para a Europa para exercícios de treinamento militar em 2014 acabou indo parar em Cuba devido a um erro, segundo informações do diário americano "Wall Street Journal". O míssil não tem explosivos, mas seu extravio pode ter permitido que outros países tivessem acesso à tecnologia militar americana. Desde 2014, as autoridades americanas tentam, sem sucesso, fazer com que Cuba devolva o Hellfire extraviado, de acordo com o jornal. Investigadores americanos estão tentando determinar se o extravio foi provocado mesmo por um engano ou se foi um ato deliberado de espionagem ou sabotagem. Um representante do governo americano confirmou a notícia para a agência de notícias Associated Press. TECNOLOGIA O míssil Hellfire é guiado a laser, disparado de helicópteros ou drones e é utilizado como arma antitanques. Citando fontes próximas da investigação sobre o extravio do míssil, o "Wall Street Journal" informou que ele foi enviado à Espanha, seu destino original, no começo de 2014. O objetivo era usar o Hellfire em treinamentos militares da Otan, aliança militar ocidental. Da Espanha, o míssil foi levado para a Alemanha e, de lá, foi enviado ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. De lá, o projétil deveria ter sido enviada de volta para a Flórida. Mas o míssil embarcou em um voo da Air France com destino a Havana, em Cuba. O jornal afirma que as autoridades dos Estados Unidos temem que Cuba compartilhe informações sobre a tecnologia avançada deste míssil com países como a Coreia do Norte, China ou Rússia. Os Estados Unidos e Cuba retomaram relações diplomáticas em julho de 2015, depois de meio século de laços rompidas.
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Jogo aberto de Serra
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Vem aí a mais intensa inflexão de política externa dos últimos anos. Na tarde desta quarta (18), Serra deu o pontapé inicial. O novo chanceler prometeu uma guinada decididamente anti-PT. Para além disso, porém, o destino da diplomacia deste governo permanece incerto. O motivo é simples: não é fácil embicar a política externa para a direita. Quando o tema é a política por trás da diplomacia brasileira, a clivagem central não se dá entre esquerda e direita, mas entre nacionalismo conservador e cosmopolitismo progressista. E aqui, o quadro se complica. Ambas as vertentes têm adeptos à esquerda e à direita. O nacionalismo conservador encontra expressão nos partidos nanicos do baixo clero, no DEM, em grupos do PMDB, do PSDB e até mesmo em setores influentes do PT. Essa é a turma mercantilista em temas comerciais e ufanista nos valores. É quem prefere menos compromissos internacionais e mais protecionismo. É quem luta contra qualquer tipo de norma internacional capaz de limitar a autonomia do governo de plantão. É quem vê nas potências estrangeiras um interesse constante em manter o Brasil enquistado em seu atraso. O cosmopolitismo progressista também tem expoentes no petismo, mas tem mais força no PV, no PSOL e, à direita, em boa parte do tucanato. Aqui a concepção de mundo é internacionalista: as relações exteriores são concebidas como instrumento para combater o próprio atraso e o que resta de entulho autoritário. A prioridade desta turma é adequar o Brasil às principais normas internacionais de cunho modernizante, mesmo quando tais compromissos limitam a autonomia dos governantes. Assim como seus antecessores, Serra irá conduzir sua política externa no espaço contido entre o polo do nacionalismo conservador e o polo do cosmopolitismo progressista. Ele ainda não disse para onde vai apontar sua mira. Serra poderá embarcar em negociações comerciais de olho nos interesses protecionistas mais influentes em Brasília ou de olho nos interesses difusos da maioria mais pobre do eleitorado. Ele poderá descartar compromissos internacionais na área de combate à corrupção para não jogar mais lenha na fogueira da Lava Jato ou fazer desses compromissos uma alavanca para reformar a relação entre Estado e empresa privada no país. Serra poderá embarcar na diplomacia da "guerra às drogas" seguindo o modelo da Polícia Militar de São Paulo ou adotar uma diplomacia antitráfico calcada na experiência recente de governos de direita na Europa e na América Latina. O fato de este governo ser de direita não predetermina a política externa. O jogo acaba de começar e está totalmente aberto.
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colunas
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Jogo aberto de SerraVem aí a mais intensa inflexão de política externa dos últimos anos. Na tarde desta quarta (18), Serra deu o pontapé inicial. O novo chanceler prometeu uma guinada decididamente anti-PT. Para além disso, porém, o destino da diplomacia deste governo permanece incerto. O motivo é simples: não é fácil embicar a política externa para a direita. Quando o tema é a política por trás da diplomacia brasileira, a clivagem central não se dá entre esquerda e direita, mas entre nacionalismo conservador e cosmopolitismo progressista. E aqui, o quadro se complica. Ambas as vertentes têm adeptos à esquerda e à direita. O nacionalismo conservador encontra expressão nos partidos nanicos do baixo clero, no DEM, em grupos do PMDB, do PSDB e até mesmo em setores influentes do PT. Essa é a turma mercantilista em temas comerciais e ufanista nos valores. É quem prefere menos compromissos internacionais e mais protecionismo. É quem luta contra qualquer tipo de norma internacional capaz de limitar a autonomia do governo de plantão. É quem vê nas potências estrangeiras um interesse constante em manter o Brasil enquistado em seu atraso. O cosmopolitismo progressista também tem expoentes no petismo, mas tem mais força no PV, no PSOL e, à direita, em boa parte do tucanato. Aqui a concepção de mundo é internacionalista: as relações exteriores são concebidas como instrumento para combater o próprio atraso e o que resta de entulho autoritário. A prioridade desta turma é adequar o Brasil às principais normas internacionais de cunho modernizante, mesmo quando tais compromissos limitam a autonomia dos governantes. Assim como seus antecessores, Serra irá conduzir sua política externa no espaço contido entre o polo do nacionalismo conservador e o polo do cosmopolitismo progressista. Ele ainda não disse para onde vai apontar sua mira. Serra poderá embarcar em negociações comerciais de olho nos interesses protecionistas mais influentes em Brasília ou de olho nos interesses difusos da maioria mais pobre do eleitorado. Ele poderá descartar compromissos internacionais na área de combate à corrupção para não jogar mais lenha na fogueira da Lava Jato ou fazer desses compromissos uma alavanca para reformar a relação entre Estado e empresa privada no país. Serra poderá embarcar na diplomacia da "guerra às drogas" seguindo o modelo da Polícia Militar de São Paulo ou adotar uma diplomacia antitráfico calcada na experiência recente de governos de direita na Europa e na América Latina. O fato de este governo ser de direita não predetermina a política externa. O jogo acaba de começar e está totalmente aberto.
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Previdência vai virar 'samba do crioulo doido' após recuo de Temer, diz aliado
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Presidente da bancada evangélica, o deputado João Campos (PRB-GO) afirmou que a decisão do presidente Michel Temer de retirar da reforma previdenciária os servidores estaduais e municipais vai transformar a Previdência no "samba do crioulo doido". Em vídeo divulgado no grupo de WhatsApp da bancada da bala, João Campos, aliado do governo, argumenta que o resultado da medida será a criação de "múltiplos regimes" de servidores públicos. "O governo muda radicalmente. Vamos ter múltiplos regimes próprios de servidor público, de cada Estado, municípios e do governo federal. Vai virar o samba do crioulo doido", afirmou o parlamentar. João Campos diz, no vídeo, que foi chamado a uma reunião no Palácio do Planalto e afirma ter ficado desconfortável com a decisão do governo. "Antes que o presidente anunciasse, fui convidado a ir ao Palácio do Planalto. Não sabia a pauta, não sabia quem participaria da reunião, cheguei lá, fui recebido pelo ministro [Antonio] Imbassahy", diz. "Tem uma certa lógica [dizer que cada Estado cuidará do seu regime], mas não foi isso que combinamos. Isso me deixa num desconforto porque não foi isso que acordamos." O recuo foi anunciado por Temer noite desta terça-feira (21) e pegou de surpresa até mesmo os técnicos envolvidos na elaboração da reforma. A decisão foi motivada pela constatação feita por seus principais articuladores políticos de que não há os 308 votos necessários para aprovar a medida assim como foi enviada pelo Palácio do Planalto. A avaliação do Palácio do Planalto era a de que a reforma ampla beneficiaria também as contas dos governos estaduais, mas que os próprios governadores não estavam se empenhando em convencer os deputados e senadores de suas regiões a votar a favor do projeto. Assim, pela lógica dos articuladores políticos de Temer, o Planalto não deveria assumir o ônus de mudar as regras estaduais, colocando em risco o restante da reforma. Agora, o peso de propor medidas impopulares que endurecem as regras de aposentadorias ficará para os governadores e prefeitos. O deputado Laerte Bessa (PR-DF), que participou das negociações para tirar os policiais civis da reforma, reconheceu a medida complicou a situação dos governadores. "A verdade é que os governadores vão se foder", afirmou. A medida do governo, que já havia deixado de fora da proposta as Forças Armadas, bombeiros e policiais militares, enfraquece o argumento de que as mudanças afetariam toda a população. Serão excluídos da reforma, segundo o governo, os servidores estaduais e os funcionários públicos de municípios que têm regimes próprios de Previdência. Os servidores de municípios que estão ligados ao INSS serão afetados pelo texto que for aprovado pelo Congresso. Cerca de 3.500 municípios estão ligados ao INSS, enquanto outros 2.000 têm regimes próprios de Previdência. A mudança estará contida no parecer que será apresentado pelo relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), na primeira semana de abril. GOVERNADORES A desistência do Planalto de impor a reforma aos servidores estaduais e municipais não foi acompanhada de qualquer articulação com os governos locais. Governadores consultados pela Folha disseram que não há qualquer plano em marcha para implantar a reforma em seus Estados. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse que recebeu "com surpresa" a decisão do governo federal e afirmou que vai se reunir com sua equipe para decidir se uma reforma estadual que altere idades e benefícios para os servidores será necessária. "Não sei se há essa necessidade, mas não posso antecipar qualquer tipo de avaliação. É preciso ver tecnicamente qual é o melhor caminho", declarou. Richa ainda negou que o governo federal tenha pedido ajuda para convencer as bancadas paranaenses a aprovar o projeto. Wellington Dias (PT), governador do Piauí, também disse que não foi consultado pelo Planalto, e que não há planos de discutir no Estado um projeto que iguale o regime dos servidores à reforma apresentada pelo governo federal. "O Piauí trabalha independentemente das decisões federais. Aqui já estamos buscando um equilíbrio", afirmou. Investidores também se mostraram céticos quanto à possibilidade de que os governos estaduais realizem suas próprias reformas, e se dividiram na análise sobre o passo dado por Temer. Alguns consultores disseram ao Planalto que estavam satisfeitos com a medida, por acreditar que ela facilita a implantação de uma reforma robusta, enquanto outros manifestaram receio de que a decisão abra espaço para mais pressões corporativistas sobre o governo.
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mercado
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Previdência vai virar 'samba do crioulo doido' após recuo de Temer, diz aliadoPresidente da bancada evangélica, o deputado João Campos (PRB-GO) afirmou que a decisão do presidente Michel Temer de retirar da reforma previdenciária os servidores estaduais e municipais vai transformar a Previdência no "samba do crioulo doido". Em vídeo divulgado no grupo de WhatsApp da bancada da bala, João Campos, aliado do governo, argumenta que o resultado da medida será a criação de "múltiplos regimes" de servidores públicos. "O governo muda radicalmente. Vamos ter múltiplos regimes próprios de servidor público, de cada Estado, municípios e do governo federal. Vai virar o samba do crioulo doido", afirmou o parlamentar. João Campos diz, no vídeo, que foi chamado a uma reunião no Palácio do Planalto e afirma ter ficado desconfortável com a decisão do governo. "Antes que o presidente anunciasse, fui convidado a ir ao Palácio do Planalto. Não sabia a pauta, não sabia quem participaria da reunião, cheguei lá, fui recebido pelo ministro [Antonio] Imbassahy", diz. "Tem uma certa lógica [dizer que cada Estado cuidará do seu regime], mas não foi isso que combinamos. Isso me deixa num desconforto porque não foi isso que acordamos." O recuo foi anunciado por Temer noite desta terça-feira (21) e pegou de surpresa até mesmo os técnicos envolvidos na elaboração da reforma. A decisão foi motivada pela constatação feita por seus principais articuladores políticos de que não há os 308 votos necessários para aprovar a medida assim como foi enviada pelo Palácio do Planalto. A avaliação do Palácio do Planalto era a de que a reforma ampla beneficiaria também as contas dos governos estaduais, mas que os próprios governadores não estavam se empenhando em convencer os deputados e senadores de suas regiões a votar a favor do projeto. Assim, pela lógica dos articuladores políticos de Temer, o Planalto não deveria assumir o ônus de mudar as regras estaduais, colocando em risco o restante da reforma. Agora, o peso de propor medidas impopulares que endurecem as regras de aposentadorias ficará para os governadores e prefeitos. O deputado Laerte Bessa (PR-DF), que participou das negociações para tirar os policiais civis da reforma, reconheceu a medida complicou a situação dos governadores. "A verdade é que os governadores vão se foder", afirmou. A medida do governo, que já havia deixado de fora da proposta as Forças Armadas, bombeiros e policiais militares, enfraquece o argumento de que as mudanças afetariam toda a população. Serão excluídos da reforma, segundo o governo, os servidores estaduais e os funcionários públicos de municípios que têm regimes próprios de Previdência. Os servidores de municípios que estão ligados ao INSS serão afetados pelo texto que for aprovado pelo Congresso. Cerca de 3.500 municípios estão ligados ao INSS, enquanto outros 2.000 têm regimes próprios de Previdência. A mudança estará contida no parecer que será apresentado pelo relator da proposta, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), na primeira semana de abril. GOVERNADORES A desistência do Planalto de impor a reforma aos servidores estaduais e municipais não foi acompanhada de qualquer articulação com os governos locais. Governadores consultados pela Folha disseram que não há qualquer plano em marcha para implantar a reforma em seus Estados. O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse que recebeu "com surpresa" a decisão do governo federal e afirmou que vai se reunir com sua equipe para decidir se uma reforma estadual que altere idades e benefícios para os servidores será necessária. "Não sei se há essa necessidade, mas não posso antecipar qualquer tipo de avaliação. É preciso ver tecnicamente qual é o melhor caminho", declarou. Richa ainda negou que o governo federal tenha pedido ajuda para convencer as bancadas paranaenses a aprovar o projeto. Wellington Dias (PT), governador do Piauí, também disse que não foi consultado pelo Planalto, e que não há planos de discutir no Estado um projeto que iguale o regime dos servidores à reforma apresentada pelo governo federal. "O Piauí trabalha independentemente das decisões federais. Aqui já estamos buscando um equilíbrio", afirmou. Investidores também se mostraram céticos quanto à possibilidade de que os governos estaduais realizem suas próprias reformas, e se dividiram na análise sobre o passo dado por Temer. Alguns consultores disseram ao Planalto que estavam satisfeitos com a medida, por acreditar que ela facilita a implantação de uma reforma robusta, enquanto outros manifestaram receio de que a decisão abra espaço para mais pressões corporativistas sobre o governo.
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Britânico Andy Murray é eliminado no Masters de Miami
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O tenista britânico Andy Murray, segundo no ranking mundial, foi eliminado do Masters 1.000 de Miami nesta segunda (28) após perder para o búlgaro Grigor Dimitrov, 28º, por 2 sets a 1. Duas vezes vencedor do torneio, Murray venceu o primeiro set por 7/6 (7/1), mas não conseguiu contar a reação do adversário, que ganhou os sets seguintes por 6/4 e 6/3 para fechar o jogo em duas horas e 25 minutos. A derrota deixa Murray com apenas duas vitórias no circuito desde o Aberto da Austrália, onde o britânico foi derrotado na decisão para o sérvio Novak Djokovic. Nas quartas de final, Dimitrov enfrentará o francês Gaël Monfils, atual 16º no ranking. Monfils se classicou após derrotar o uruguaio Pablo Cuevas por 2 sets a 0 (6/3 e 6/4). NISHIKORI Já o japonês Kei Nishikori, 6º do ranking, confirmou o favoritismo e bateu o ucraniano Alexandr Dolgopolov por 2 sets a 0 (6/2 e 6/2) em apenas uma hora e 11 minutos. Na próxima etapa, Nishokori enfrentará o espanhol Roberto Batista Agut, responsável pela eliminação do francês Jo-Wilfried Tsonga por 2 sets a 1 (2/6, 6/3 e 7/6).
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esporte
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Britânico Andy Murray é eliminado no Masters de MiamiO tenista britânico Andy Murray, segundo no ranking mundial, foi eliminado do Masters 1.000 de Miami nesta segunda (28) após perder para o búlgaro Grigor Dimitrov, 28º, por 2 sets a 1. Duas vezes vencedor do torneio, Murray venceu o primeiro set por 7/6 (7/1), mas não conseguiu contar a reação do adversário, que ganhou os sets seguintes por 6/4 e 6/3 para fechar o jogo em duas horas e 25 minutos. A derrota deixa Murray com apenas duas vitórias no circuito desde o Aberto da Austrália, onde o britânico foi derrotado na decisão para o sérvio Novak Djokovic. Nas quartas de final, Dimitrov enfrentará o francês Gaël Monfils, atual 16º no ranking. Monfils se classicou após derrotar o uruguaio Pablo Cuevas por 2 sets a 0 (6/3 e 6/4). NISHIKORI Já o japonês Kei Nishikori, 6º do ranking, confirmou o favoritismo e bateu o ucraniano Alexandr Dolgopolov por 2 sets a 0 (6/2 e 6/2) em apenas uma hora e 11 minutos. Na próxima etapa, Nishokori enfrentará o espanhol Roberto Batista Agut, responsável pela eliminação do francês Jo-Wilfried Tsonga por 2 sets a 1 (2/6, 6/3 e 7/6).
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Justiça aceita denúncia sobre superfaturamentos na CPTM
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A Justiça de São Paulo aceitou denúncia criminal na qual o Ministério Público indica que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) superfaturou em R$ 538 milhões, em valores atualizados, seis contratos de manutenção e reforma de trens, assinados entre 2012 e 2013, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), segundo a assessoria de imprensa da Promotoria. Passaram à condição de réus o ex-presidente da CPTM Mario Bandeira e três diretores que continuam na companhia: José Luiz Lavorente (diretor de operação e manutenção à época dos contratos), Milton Frasson (diretor administrativo e financeiro) e Domingos Cassetari (gerente de contratações e compras). Executivos das empresas CAF, Trail Infraestrutura, Termoisa e MGE, que fecharam os contratos com a CPTM, também deverão apresentar defesa no processo judicial. Segundo a acusação criminal apresentada pelo promotor Marcelo Mendroni, o suposto superfaturamento ocorreu em contratos que somam cerca de R$ 1,76 bilhão, em valores atualizados. O sobrepreço corresponde a 30,3% do montante global, de acordo com a denúncia. Porém, levantamento feito pela Folha indica que a acusação contém erros sobre os valores pagos para reforma e manutenção de trens. A falha coloca em dúvida a principal alegação da Promotoria: a de que os preços dos contratos, assinados em 2012, foram superfaturados. A denúncia diz que houve um superfaturamento de R$ 406,4 milhões, em valores da época, porque os contratos de R$ 907,2 milhões teriam sido reajustados para R$ 1,35 bilhão. Os valores pagos, no entanto, são muito menores do que aqueles apresentados na acusação do promotor Marcelo Mendroni no último dia 12. O total pago foi de R$ 752,4 milhões, e não R$ 1,35 bilhão, de acordo com valores que a CPTM desembolsou e é obrigada a colocar no Portal da Transparência do governo do Estado. O levantamento feito pela reportagem, contabilizando valores pagos entre 2013 e março deste ano, foi confirmado pela empresa pública. Como os contratos somam pouco mais de R$ 900 milhões e foram pagos R$ 752,4 milhões, não é possível falar em superfaturamento. Mendroni disse à Folha que usou na denúncia que apresentou à Justiça valores que aparecem em relatórios da presidência da CPTM que homologaram as licitações. OUTRO LADO A CPTM diz que não houve superfaturamento e que os reajustes seguiram índices previstos em contratos. "O Ministério Público comparou os valores contratados (base ago/2012) com os efetivamente pagos, desconsiderando o índice de reajuste fixado nos próprios contratos, concluindo equivocadamente por superfaturamento", segundo nota da companhia. A empresa nega que tenha havido fraude na licitação, já que 11 empresas disputaram os contratos e nenhuma das hipóteses previstas em e-mails se concretizou. O advogado Marco Antonio Nahum, defensor de Bandeira, Lavorente e Frasson, diz que a acusação formal contém muitos equívocos e deverá ser arquivada. "Na denúncia há confusão entre o que é valor orçado e o que é valor pago", afirma Nahum. Belisário dos Santos Jr., defensor do executivo Telmo Porto, diz que a denúncia é inepta e isso será demonstrado nas próximas fases do processo. "Houve erro de avaliação do Ministério Público quanto aos valores ligados aos contratos e quanto às mensagens internas mencionadas na acusação", segundo o advogado. A Folha não conseguiu fazer contato com as defesas dos outros acusados.
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Justiça aceita denúncia sobre superfaturamentos na CPTMA Justiça de São Paulo aceitou denúncia criminal na qual o Ministério Público indica que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) superfaturou em R$ 538 milhões, em valores atualizados, seis contratos de manutenção e reforma de trens, assinados entre 2012 e 2013, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), segundo a assessoria de imprensa da Promotoria. Passaram à condição de réus o ex-presidente da CPTM Mario Bandeira e três diretores que continuam na companhia: José Luiz Lavorente (diretor de operação e manutenção à época dos contratos), Milton Frasson (diretor administrativo e financeiro) e Domingos Cassetari (gerente de contratações e compras). Executivos das empresas CAF, Trail Infraestrutura, Termoisa e MGE, que fecharam os contratos com a CPTM, também deverão apresentar defesa no processo judicial. Segundo a acusação criminal apresentada pelo promotor Marcelo Mendroni, o suposto superfaturamento ocorreu em contratos que somam cerca de R$ 1,76 bilhão, em valores atualizados. O sobrepreço corresponde a 30,3% do montante global, de acordo com a denúncia. Porém, levantamento feito pela Folha indica que a acusação contém erros sobre os valores pagos para reforma e manutenção de trens. A falha coloca em dúvida a principal alegação da Promotoria: a de que os preços dos contratos, assinados em 2012, foram superfaturados. A denúncia diz que houve um superfaturamento de R$ 406,4 milhões, em valores da época, porque os contratos de R$ 907,2 milhões teriam sido reajustados para R$ 1,35 bilhão. Os valores pagos, no entanto, são muito menores do que aqueles apresentados na acusação do promotor Marcelo Mendroni no último dia 12. O total pago foi de R$ 752,4 milhões, e não R$ 1,35 bilhão, de acordo com valores que a CPTM desembolsou e é obrigada a colocar no Portal da Transparência do governo do Estado. O levantamento feito pela reportagem, contabilizando valores pagos entre 2013 e março deste ano, foi confirmado pela empresa pública. Como os contratos somam pouco mais de R$ 900 milhões e foram pagos R$ 752,4 milhões, não é possível falar em superfaturamento. Mendroni disse à Folha que usou na denúncia que apresentou à Justiça valores que aparecem em relatórios da presidência da CPTM que homologaram as licitações. OUTRO LADO A CPTM diz que não houve superfaturamento e que os reajustes seguiram índices previstos em contratos. "O Ministério Público comparou os valores contratados (base ago/2012) com os efetivamente pagos, desconsiderando o índice de reajuste fixado nos próprios contratos, concluindo equivocadamente por superfaturamento", segundo nota da companhia. A empresa nega que tenha havido fraude na licitação, já que 11 empresas disputaram os contratos e nenhuma das hipóteses previstas em e-mails se concretizou. O advogado Marco Antonio Nahum, defensor de Bandeira, Lavorente e Frasson, diz que a acusação formal contém muitos equívocos e deverá ser arquivada. "Na denúncia há confusão entre o que é valor orçado e o que é valor pago", afirma Nahum. Belisário dos Santos Jr., defensor do executivo Telmo Porto, diz que a denúncia é inepta e isso será demonstrado nas próximas fases do processo. "Houve erro de avaliação do Ministério Público quanto aos valores ligados aos contratos e quanto às mensagens internas mencionadas na acusação", segundo o advogado. A Folha não conseguiu fazer contato com as defesas dos outros acusados.
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Bendine marcará teleconferência para acalmar acionistas da Petrobras
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O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, buscará investidores nacionais e internacionais para tentar tranquilizar o mercado sobre os rumos da empresa. Segundo a Folha apurou com integrantes do governo, o executivo fará uma teleconferência até a próxima sexta (13) a fim de acalmar acionistas e empresas preocupados com a situação da petroleira diante do escândalo de corrupção que tem afetado as contas da companhia. No contato, conforme relatos de interlocutores, ele prometerá ganhos aos acionistas e procurará garantir a rentabilidade em meio à novela do balanço não auditado. No ano passado, a PwC (PricewaterhouseCoopers) negou-se a liberar as demonstrações contábeis da Petrobras em razão das denúncias de corrupção decorrentes da Operação Lava Jato, da PF. As regras que regem o mercado de capitais brasileiro exigem que os balanços das empresas com ações em Bolsa passem pelo escrutínio de auditores independentes antes de serem divulgados ao mercado. A Price determinou que a estatal desse baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por propinas. Ocorre que a cúpula da estatal não conseguiu até agora apurar o montante desfalcado. Duas consultorias contratadas pela ex-presidente Graça Foster apontaram uma perda de ativos no valor de R$ 88 bilhões. A conta, considerada irreal pelo governo, inclui desvios, gestão ineficiente de projetos e alterações relativas a variações do câmbio. O número foi divulgado, mas não foi incluído no balanço. O Planalto espera uma revisão dessa cifra. Agora, o desafio de Bendine é chegar a uma soma crível. Na semana passada, quando Dilma e Bendine conversaram sobre suas metas à frente da Petrobras, o ex-presidente do Banco do Brasil prometeu que um de seus primeiros atos à frente do cargo era procurar a Price para "medir a temperatura" da empresa, disseram assessores presidenciais. Enquanto se debruça sobre os indicadores da petroleira, o novo presidente também tenta garimpar nomes para o conselho de administração. A ideia é encontrar conselheiros com especializações em regulação, direito e contabilidade, além de representantes do setor privado. As sondagens só devem ser feitas a partir da semana que vem, quando o atual diretor financeiro, Ivan Monteiro, deve ter uma ideia melhor sobre o destino do balanço.
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Bendine marcará teleconferência para acalmar acionistas da PetrobrasO novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, buscará investidores nacionais e internacionais para tentar tranquilizar o mercado sobre os rumos da empresa. Segundo a Folha apurou com integrantes do governo, o executivo fará uma teleconferência até a próxima sexta (13) a fim de acalmar acionistas e empresas preocupados com a situação da petroleira diante do escândalo de corrupção que tem afetado as contas da companhia. No contato, conforme relatos de interlocutores, ele prometerá ganhos aos acionistas e procurará garantir a rentabilidade em meio à novela do balanço não auditado. No ano passado, a PwC (PricewaterhouseCoopers) negou-se a liberar as demonstrações contábeis da Petrobras em razão das denúncias de corrupção decorrentes da Operação Lava Jato, da PF. As regras que regem o mercado de capitais brasileiro exigem que os balanços das empresas com ações em Bolsa passem pelo escrutínio de auditores independentes antes de serem divulgados ao mercado. A Price determinou que a estatal desse baixa nos valores dos investimentos em ativos inflados por propinas. Ocorre que a cúpula da estatal não conseguiu até agora apurar o montante desfalcado. Duas consultorias contratadas pela ex-presidente Graça Foster apontaram uma perda de ativos no valor de R$ 88 bilhões. A conta, considerada irreal pelo governo, inclui desvios, gestão ineficiente de projetos e alterações relativas a variações do câmbio. O número foi divulgado, mas não foi incluído no balanço. O Planalto espera uma revisão dessa cifra. Agora, o desafio de Bendine é chegar a uma soma crível. Na semana passada, quando Dilma e Bendine conversaram sobre suas metas à frente da Petrobras, o ex-presidente do Banco do Brasil prometeu que um de seus primeiros atos à frente do cargo era procurar a Price para "medir a temperatura" da empresa, disseram assessores presidenciais. Enquanto se debruça sobre os indicadores da petroleira, o novo presidente também tenta garimpar nomes para o conselho de administração. A ideia é encontrar conselheiros com especializações em regulação, direito e contabilidade, além de representantes do setor privado. As sondagens só devem ser feitas a partir da semana que vem, quando o atual diretor financeiro, Ivan Monteiro, deve ter uma ideia melhor sobre o destino do balanço.
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Em caravana pelo Nordeste, Lula omite papel de Dilma em crise
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"Os cães ainda ladram, mas a caravana passa... / Lula, Lula, a gente nunca vai te abandonaaar... / Lula, Lula, só você nos representa lááá..." Tocada sem parar nas muitas horas de atraso que Lula impôs a seus eleitores no Nordeste, a música tema da pré-campanha do ex-presidente e líder do PT encontrou eco em um público inconstante, com muitas estradas bloqueadas por fãs e alguns eventos relativamente vazios em sua caravana, que termina nesta terça (5) no Maranhão. Segundo o Datafolha, Lula tem 48% das intenções de votos no Nordeste, ante 30% na média nacional. Isso ainda faz de Lula, 71, quase um popstar na região; capaz de levar pessoas espontaneamente à beira de rodovias e de provocar uma energia genuína em torno dele. Tudo embalado num misto de paternalismo, boas tiradas, dados positivos de sua gestão e algumas inverdades. Sua caravana de três ônibus escoltada pela PM em Estados de aliados (como os governadores Camilo Santana, PT-CE, e Wellington Dias, PT-PI) foi parada várias vezes por apoiadores. Na casa das dezenas ou centenas, eles foram quase sempre atendidos com cumprimentos e fotos. Mas em eventos programados sobre palanques em cidades um pouco maiores, a sensação foi de gente de menos para área reservada de mais; com muitos petistas mais "hardcore", como membros de sindicatos e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). "A caravana foi feita para conversar com a população e lideranças locais. Para ver o que mudou no Nordeste, nas capitais e no interior, nos governos do PT, e os retrocessos no atual governo. Não havia expectativa nenhuma quanto ao público", diz a assessoria que acompanha o ex-presidente. Nesta etapa da cobertura, a Folha vem seguindo Lula desde a segunda passada (28), a partir de Currais Novos (RN), cidade com 45 mil habitantes e governada por Odon Junior (PT). PÚBLICO REDUZIDO Os animadores de palco na cidade estimaram em 25 mil os presentes, mas apenas um terço da área reservada para o público, o modesto Largo do Tungstênio, foi ocupada enquanto Lula falava. No Crato (CE), a lotação no dia 30 também não chegava a um terço da área reservada: 3.900 m² no estacionamento do Centro de Convenções do Cariri, segundo croqui mostrado pela assessora administrativa Raquel Albuquerque à reportagem e ao coronel da PM Cícero de Brito. Embora houvesse expectativa na cidade de 20 mil presentes (Crato tem 95 mil habitantes e a vizinha Juazeiro do Norte, 240 mil), Brito disse que, pelos critérios da PM (quatro pessoas por m² em locais cheios), ali caberiam cerca de 16 mil. Ele não fez estimativa considerando o 1/3 ocupado. Marcado para 17h, o evento no Crato começou às 21h e Lula só falou às 22h25, por 12 minutos. Ele se desculpou pelo "banho de canseira" dizendo ter sido parado "várias vezes na estrada". Na sexta (1º) em Marcolândia (PI), o local reservado ao público também só ficou cheio perto do palco. "Com o desespero do povo nesta crise, achei que vinha mais gente", disse José Ramos, 50, dono de uma casa de espetáculos na vizinha Alegrete. "Levei mais gente que isso no show do [cantor de forró] Gabriel Diniz." Já "o retrocesso no governo do golpista Temer foi de fato mote de Lula nesta caravana. Segundo dados do IBGE, nos dois governos de Lula e até o primeiro mandato de Dilma Rousseff, o Brasil passou por uma melhora inédita na redução da desigualdade: quanto mais pobre, maior foi o aumento da renda do brasileiro. No Nordeste, que tem mais pobres, a melhora foi "chinesa". Assim como o retrocesso atual criado pela maior recessão da história e engendrado no governo Dilma. Em seus discursos, Lula omitiu tanto essa sequência de responsabilidades quanto a crise fiscal agravada pelas "pedaladas" de Dilma. E criticou o quanto pôde o plano de Temer de reformar a Previdência. Também não falou em ajuste. Ao contrário, martelou o sucesso das políticas de seu governo e prometeu acelerar mais o gasto público direcionado aos mais pobres caso volte após "os retrocessos do golpista". Na semana passada, dois dados do IBGE debilitaram esse discurso: o PIB do segundo trimestre cresceu 0,2% (a segunda alta seguida) e a taxa de desemprego caiu de 13,6% para 12,8% no trimestre até julho, com 721 mil pessoas a menos na fila por um emprego. Ironicamente, a recuperação da recessão de Dilma se dá pela gestão do ex-presidente do Banco Central de Lula e atual ministro de Temer, Henrique Meirelles (Fazenda). Ele não é nem do PT nem do PMDB, mas filiado ao PSD. PROTESTO Neste domingo, em Teresina (PI), um protesto organizado pelo movimento Vem Pra Rua com bonecos contra Lula, vestido como presidiário, e a favor do juiz Sergio Moro reuniu algumas dezenas de pessoas.
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Em caravana pelo Nordeste, Lula omite papel de Dilma em crise"Os cães ainda ladram, mas a caravana passa... / Lula, Lula, a gente nunca vai te abandonaaar... / Lula, Lula, só você nos representa lááá..." Tocada sem parar nas muitas horas de atraso que Lula impôs a seus eleitores no Nordeste, a música tema da pré-campanha do ex-presidente e líder do PT encontrou eco em um público inconstante, com muitas estradas bloqueadas por fãs e alguns eventos relativamente vazios em sua caravana, que termina nesta terça (5) no Maranhão. Segundo o Datafolha, Lula tem 48% das intenções de votos no Nordeste, ante 30% na média nacional. Isso ainda faz de Lula, 71, quase um popstar na região; capaz de levar pessoas espontaneamente à beira de rodovias e de provocar uma energia genuína em torno dele. Tudo embalado num misto de paternalismo, boas tiradas, dados positivos de sua gestão e algumas inverdades. Sua caravana de três ônibus escoltada pela PM em Estados de aliados (como os governadores Camilo Santana, PT-CE, e Wellington Dias, PT-PI) foi parada várias vezes por apoiadores. Na casa das dezenas ou centenas, eles foram quase sempre atendidos com cumprimentos e fotos. Mas em eventos programados sobre palanques em cidades um pouco maiores, a sensação foi de gente de menos para área reservada de mais; com muitos petistas mais "hardcore", como membros de sindicatos e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). "A caravana foi feita para conversar com a população e lideranças locais. Para ver o que mudou no Nordeste, nas capitais e no interior, nos governos do PT, e os retrocessos no atual governo. Não havia expectativa nenhuma quanto ao público", diz a assessoria que acompanha o ex-presidente. Nesta etapa da cobertura, a Folha vem seguindo Lula desde a segunda passada (28), a partir de Currais Novos (RN), cidade com 45 mil habitantes e governada por Odon Junior (PT). PÚBLICO REDUZIDO Os animadores de palco na cidade estimaram em 25 mil os presentes, mas apenas um terço da área reservada para o público, o modesto Largo do Tungstênio, foi ocupada enquanto Lula falava. No Crato (CE), a lotação no dia 30 também não chegava a um terço da área reservada: 3.900 m² no estacionamento do Centro de Convenções do Cariri, segundo croqui mostrado pela assessora administrativa Raquel Albuquerque à reportagem e ao coronel da PM Cícero de Brito. Embora houvesse expectativa na cidade de 20 mil presentes (Crato tem 95 mil habitantes e a vizinha Juazeiro do Norte, 240 mil), Brito disse que, pelos critérios da PM (quatro pessoas por m² em locais cheios), ali caberiam cerca de 16 mil. Ele não fez estimativa considerando o 1/3 ocupado. Marcado para 17h, o evento no Crato começou às 21h e Lula só falou às 22h25, por 12 minutos. Ele se desculpou pelo "banho de canseira" dizendo ter sido parado "várias vezes na estrada". Na sexta (1º) em Marcolândia (PI), o local reservado ao público também só ficou cheio perto do palco. "Com o desespero do povo nesta crise, achei que vinha mais gente", disse José Ramos, 50, dono de uma casa de espetáculos na vizinha Alegrete. "Levei mais gente que isso no show do [cantor de forró] Gabriel Diniz." Já "o retrocesso no governo do golpista Temer foi de fato mote de Lula nesta caravana. Segundo dados do IBGE, nos dois governos de Lula e até o primeiro mandato de Dilma Rousseff, o Brasil passou por uma melhora inédita na redução da desigualdade: quanto mais pobre, maior foi o aumento da renda do brasileiro. No Nordeste, que tem mais pobres, a melhora foi "chinesa". Assim como o retrocesso atual criado pela maior recessão da história e engendrado no governo Dilma. Em seus discursos, Lula omitiu tanto essa sequência de responsabilidades quanto a crise fiscal agravada pelas "pedaladas" de Dilma. E criticou o quanto pôde o plano de Temer de reformar a Previdência. Também não falou em ajuste. Ao contrário, martelou o sucesso das políticas de seu governo e prometeu acelerar mais o gasto público direcionado aos mais pobres caso volte após "os retrocessos do golpista". Na semana passada, dois dados do IBGE debilitaram esse discurso: o PIB do segundo trimestre cresceu 0,2% (a segunda alta seguida) e a taxa de desemprego caiu de 13,6% para 12,8% no trimestre até julho, com 721 mil pessoas a menos na fila por um emprego. Ironicamente, a recuperação da recessão de Dilma se dá pela gestão do ex-presidente do Banco Central de Lula e atual ministro de Temer, Henrique Meirelles (Fazenda). Ele não é nem do PT nem do PMDB, mas filiado ao PSD. PROTESTO Neste domingo, em Teresina (PI), um protesto organizado pelo movimento Vem Pra Rua com bonecos contra Lula, vestido como presidiário, e a favor do juiz Sergio Moro reuniu algumas dezenas de pessoas.
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FBI investiga Teixeira, Havelange e Blatter em escândalo de transmissão
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O FBI examina documentos que demonstrariam que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, tinha conhecimento das práticas de corrupção na entidade que comanda o futebol mundial em um escândalo dos anos 1990, segundo uma investigação da BBC. De acordo com a emissora britânica, a justiça americana tem em sua posse uma carta escrita pelo antecessor de Blatter, João Havelange, na qual o brasileiro escreve que Blatter tinha "completo conhecimento de todas as atividades", a respeito dos pagamentos da empresa ISL, e "sempre foi informado" de tais pagamentos. A justiça dos Estados Unidos investiga o escândalo a respeito da ISL, uma empresa de marketing esportivo suspeita de ter pago 92 milhões de euros em subornos para obter direitos de transmissão de várias competições nos anos 1990. A BBC também informa que Havelange e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira teriam recebido subornos. Em julho do ano passado, foi divulgado que Havelange e Ricardo Teixeira receberam R$ 45 milhões em subornos. Blatter, que foi o braço direito de Havelange até suceder o brasileiro no comando da Fifa em 1998, alega que nunca teve conhecimento das práticas corruptas. O presidente demissionário da Fifa enfrenta na Suíça um caso penal por "suspeitas de gestão desleal e abuso de confiança". Também está sendo um investigado um pagamento de dois milhões de francos suíços que Blatter fez a Michel Platini, presidente da Uefa. Os dois estão suspensos por 90 dias. A BBC informou que tentou entrevistar Blatter, mas o dirigente se recusou, de acordo com a emissora britânica. TEIXEIRA Na última quinta-feira (3), Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, foi indiciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusado de corrupção. Segundo a investigação norte-americana, Teixeira e Marco Polo Del Nero são acusados de estarem envolvidos em esquemas criminosos envolvendo mais de US$ 200 milhões (R$ 750 milhões) em subornos e propinas. BLATTER Blatter está suspenso por 90 dias desde o início de outubro em razão da abertura de uma investigação criminal contra Blatter por parte do Ministério Público da Suíça por supostas irregularidades num contrato de direitos de transmissão na América Central e em um pagamento de 2 milhões de francos (R$ 8,3 milhões) a Michel Platini, que também foi afastado. HAVELANGE Havelange, 99, que esteve internado no final do mês passado em razão de de problemas pulmonares, já presidiu a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da CBF) entre 1956 a 1974, período em que a seleção brasileira conquistou seus três primeiros títulos mundiais. No mesmo ano, assumiu a presidência da Fifa. Permaneceu no cargo por 24 anos e só saiu em 1998 para, então, se tornar presidente de honra da entidade. Em 2013, o Comitê de Ética da Fifa apontou que Havelange, Ricardo Teixeira, seu ex-genro, e o paraguaio Nicolás Leoz receberam propinas da ISL, antiga agência de marketing da federação.
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FBI investiga Teixeira, Havelange e Blatter em escândalo de transmissãoO FBI examina documentos que demonstrariam que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, tinha conhecimento das práticas de corrupção na entidade que comanda o futebol mundial em um escândalo dos anos 1990, segundo uma investigação da BBC. De acordo com a emissora britânica, a justiça americana tem em sua posse uma carta escrita pelo antecessor de Blatter, João Havelange, na qual o brasileiro escreve que Blatter tinha "completo conhecimento de todas as atividades", a respeito dos pagamentos da empresa ISL, e "sempre foi informado" de tais pagamentos. A justiça dos Estados Unidos investiga o escândalo a respeito da ISL, uma empresa de marketing esportivo suspeita de ter pago 92 milhões de euros em subornos para obter direitos de transmissão de várias competições nos anos 1990. A BBC também informa que Havelange e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira teriam recebido subornos. Em julho do ano passado, foi divulgado que Havelange e Ricardo Teixeira receberam R$ 45 milhões em subornos. Blatter, que foi o braço direito de Havelange até suceder o brasileiro no comando da Fifa em 1998, alega que nunca teve conhecimento das práticas corruptas. O presidente demissionário da Fifa enfrenta na Suíça um caso penal por "suspeitas de gestão desleal e abuso de confiança". Também está sendo um investigado um pagamento de dois milhões de francos suíços que Blatter fez a Michel Platini, presidente da Uefa. Os dois estão suspensos por 90 dias. A BBC informou que tentou entrevistar Blatter, mas o dirigente se recusou, de acordo com a emissora britânica. TEIXEIRA Na última quinta-feira (3), Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, foi indiciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusado de corrupção. Segundo a investigação norte-americana, Teixeira e Marco Polo Del Nero são acusados de estarem envolvidos em esquemas criminosos envolvendo mais de US$ 200 milhões (R$ 750 milhões) em subornos e propinas. BLATTER Blatter está suspenso por 90 dias desde o início de outubro em razão da abertura de uma investigação criminal contra Blatter por parte do Ministério Público da Suíça por supostas irregularidades num contrato de direitos de transmissão na América Central e em um pagamento de 2 milhões de francos (R$ 8,3 milhões) a Michel Platini, que também foi afastado. HAVELANGE Havelange, 99, que esteve internado no final do mês passado em razão de de problemas pulmonares, já presidiu a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da CBF) entre 1956 a 1974, período em que a seleção brasileira conquistou seus três primeiros títulos mundiais. No mesmo ano, assumiu a presidência da Fifa. Permaneceu no cargo por 24 anos e só saiu em 1998 para, então, se tornar presidente de honra da entidade. Em 2013, o Comitê de Ética da Fifa apontou que Havelange, Ricardo Teixeira, seu ex-genro, e o paraguaio Nicolás Leoz receberam propinas da ISL, antiga agência de marketing da federação.
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Olímpicos: Apesar de 61 vitórias seguidas no vôlei de praia, Larissa descarta favoritismos
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Quando saiu dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 com uma medalha de bronze no peito, Larissa França, estrela brasileira do vôlei de praia, não tinha muita definição do que iria fazer. Sua parceria com Juliana, aliás muito bem-sucedida nos anos anteriores, ... Leia post completo no blog
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Olímpicos: Apesar de 61 vitórias seguidas no vôlei de praia, Larissa descarta favoritismosQuando saiu dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 com uma medalha de bronze no peito, Larissa França, estrela brasileira do vôlei de praia, não tinha muita definição do que iria fazer. Sua parceria com Juliana, aliás muito bem-sucedida nos anos anteriores, ... Leia post completo no blog
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Ministros de Dilma se reúnem com Lula em São Paulo
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Um dia após uma reunião de emergência com Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada, dois dos mais próximos ministros da presidente se reuniram nesta sexta-feira (7) com o ex-presidente Lula em São Paulo para discutir saídas para a crise. Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social) estiveram no Instituto Lula para falar sobre as possíveis soluções para o caos político. Defendido por petistas para ocupar o lugar de Mercadante na Casa Civil, o ministro Jaques Wagner (Defesa) não participou da reunião com o ex-presidente e os colegas de Esplanada. Mas, momentos antes, esteve com eles em um ato em apoio ao instituto que, recentemente, foi alvo de um ataque de bomba caseira. Na ocasião, o PT classificou o episódio de "ataque político". Além dos ministros de Dilma, estavam presentes no ato em solidariedade ao instituto o presidente do PT, Rui Falcão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), entre outras lideranças, assim como militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e dos partidos PT, PDT e PCdoB. ERROS Nesta quinta (6), três ministros ouvidos pela Folha defenderam que a petista faça uma declaração pública reconhecendo erros cometidos durante sua gestão. O pedido da presidente foi feito durante reunião de emergência convocada por ela com ministros do PT. O diagnóstico é que, se nada for feito antes dos protestos, há risco de a situação tornar-se irreversível. Não há, no entanto, consenso sobre o que fazer. As soluções debatidas no governo implicam custos. Uma das alternativas citadas foi a de diminuir o tamanho da Esplanada. Mas reduzir cargos também significa diminuir o poder de barganha que o governo tem para negociar com os partidos políticos apoio no Congresso. Segundo relatos de quem participou do encontro, ministros não falaram abertamente sobre o risco de um pedido de impeachment, mas, nos bastidores, nenhum deles descarta o cenário.
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Ministros de Dilma se reúnem com Lula em São PauloUm dia após uma reunião de emergência com Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada, dois dos mais próximos ministros da presidente se reuniram nesta sexta-feira (7) com o ex-presidente Lula em São Paulo para discutir saídas para a crise. Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social) estiveram no Instituto Lula para falar sobre as possíveis soluções para o caos político. Defendido por petistas para ocupar o lugar de Mercadante na Casa Civil, o ministro Jaques Wagner (Defesa) não participou da reunião com o ex-presidente e os colegas de Esplanada. Mas, momentos antes, esteve com eles em um ato em apoio ao instituto que, recentemente, foi alvo de um ataque de bomba caseira. Na ocasião, o PT classificou o episódio de "ataque político". Além dos ministros de Dilma, estavam presentes no ato em solidariedade ao instituto o presidente do PT, Rui Falcão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), entre outras lideranças, assim como militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e dos partidos PT, PDT e PCdoB. ERROS Nesta quinta (6), três ministros ouvidos pela Folha defenderam que a petista faça uma declaração pública reconhecendo erros cometidos durante sua gestão. O pedido da presidente foi feito durante reunião de emergência convocada por ela com ministros do PT. O diagnóstico é que, se nada for feito antes dos protestos, há risco de a situação tornar-se irreversível. Não há, no entanto, consenso sobre o que fazer. As soluções debatidas no governo implicam custos. Uma das alternativas citadas foi a de diminuir o tamanho da Esplanada. Mas reduzir cargos também significa diminuir o poder de barganha que o governo tem para negociar com os partidos políticos apoio no Congresso. Segundo relatos de quem participou do encontro, ministros não falaram abertamente sobre o risco de um pedido de impeachment, mas, nos bastidores, nenhum deles descarta o cenário.
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Americano Miguel faz show morno com presença relâmpago de Emicida
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Quase no fim da apresentação do cantor americano Miguel no palco Sunset, na noite deste sábado (16), o rapper paulistano Emicida entrou em cena e revelou para a plateia que seu jovem colega, de 31 anos, estava apreensivo com o show. "Eu tô há dois dias andando com esse cara aqui, coração puro, tava preocupado, 'será que as pessoas me conhecem?'", disse o brasileiro, convidado pelo americano a participar. A resposta, como ficou evidente durante a apresentação, é não: o público do Rock in Rio não conhecia Miguel ou suas músicas. Nem mesmo seu maior sucesso, "Adorn", que venceu um Grammy de melhor canção de r&b (e fechou o show), foi entoado pela plateia –que, no entanto, acompanhou com interesse e respeito. A situação poderia ter sido contornada com uma participação mais efetiva de Emicida no show, que era o que se esperava –Zé Ricardo, curador do palco Sunset, anunciou os artistas dizendo que o público veria "um encontro não só de música, mas de alma". Era propaganda enganosa, no entanto: a dupla, que não se conhecia até o Rock in Rio e não parecia ter grandes afinidades (talvez pela barreira da língua), fez apenas duas músicas, tornando-se o mais breve dos encontros do festival. É pena, porque o simpático e empolgado Miguel mostrou que tem voz e ideias musicais suficientes para fazer um show mais animado do que o que se viu. Sua entrada no palco, ao som de um grave que reverberava no peito da plateia, foi promissora. Acompanhado de quatro músicos –baterista, tecladista, guitarrista e um baixista que também se alternou nos teclados–, ele foi saudado pela plateia e reagiu com empolgação. "Foda, muito foda", disse o americano, em português, ao ter seu nome gritado. "Foda pra caralho. Estou muito feliz de estar aqui com vocês." Mostrando a extensão de seus falsetes nas canções puramente r&b (como "Drugs", que teve citação de "Stir it Up", de Bob Marley, e "Quickie", introduzida com um sample de "I Get Around", de Tupac), Miguel conseguiu entreter a audiência e evitar que ela debandasse, mas não chegou a empolgar. O mais próximo que se chegou disso foi mesmo na entrada de Emicida, que cantou "Oásis", mistura de rap, rock, r&b e eletrônica que os dois gravaram recentemente. Na sequência, o americano convidou o brasileiro a improvisar em cima de uma de suas canções ("Skywalker"), o que ele fez com a facilidade costumeira, mas sem muita inspiração. Apesar de sua empolgação e simpatia, Miguel mostrou que não tinha cacife para ser o principal show do palco Sunset no sábado.
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ilustrada
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Americano Miguel faz show morno com presença relâmpago de EmicidaQuase no fim da apresentação do cantor americano Miguel no palco Sunset, na noite deste sábado (16), o rapper paulistano Emicida entrou em cena e revelou para a plateia que seu jovem colega, de 31 anos, estava apreensivo com o show. "Eu tô há dois dias andando com esse cara aqui, coração puro, tava preocupado, 'será que as pessoas me conhecem?'", disse o brasileiro, convidado pelo americano a participar. A resposta, como ficou evidente durante a apresentação, é não: o público do Rock in Rio não conhecia Miguel ou suas músicas. Nem mesmo seu maior sucesso, "Adorn", que venceu um Grammy de melhor canção de r&b (e fechou o show), foi entoado pela plateia –que, no entanto, acompanhou com interesse e respeito. A situação poderia ter sido contornada com uma participação mais efetiva de Emicida no show, que era o que se esperava –Zé Ricardo, curador do palco Sunset, anunciou os artistas dizendo que o público veria "um encontro não só de música, mas de alma". Era propaganda enganosa, no entanto: a dupla, que não se conhecia até o Rock in Rio e não parecia ter grandes afinidades (talvez pela barreira da língua), fez apenas duas músicas, tornando-se o mais breve dos encontros do festival. É pena, porque o simpático e empolgado Miguel mostrou que tem voz e ideias musicais suficientes para fazer um show mais animado do que o que se viu. Sua entrada no palco, ao som de um grave que reverberava no peito da plateia, foi promissora. Acompanhado de quatro músicos –baterista, tecladista, guitarrista e um baixista que também se alternou nos teclados–, ele foi saudado pela plateia e reagiu com empolgação. "Foda, muito foda", disse o americano, em português, ao ter seu nome gritado. "Foda pra caralho. Estou muito feliz de estar aqui com vocês." Mostrando a extensão de seus falsetes nas canções puramente r&b (como "Drugs", que teve citação de "Stir it Up", de Bob Marley, e "Quickie", introduzida com um sample de "I Get Around", de Tupac), Miguel conseguiu entreter a audiência e evitar que ela debandasse, mas não chegou a empolgar. O mais próximo que se chegou disso foi mesmo na entrada de Emicida, que cantou "Oásis", mistura de rap, rock, r&b e eletrônica que os dois gravaram recentemente. Na sequência, o americano convidou o brasileiro a improvisar em cima de uma de suas canções ("Skywalker"), o que ele fez com a facilidade costumeira, mas sem muita inspiração. Apesar de sua empolgação e simpatia, Miguel mostrou que não tinha cacife para ser o principal show do palco Sunset no sábado.
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Guardas civis de São Paulo aplicam 496 multas de trânsito por dia
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Os guardas civis de São Paulo aplicaram em média 496 multas por dia a motoristas da cidade até ontem, depois que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) autorizou, em 16 de janeiro, essa atividade. Nesta quinta (6), o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou que é legal dar competência às Guardas Municipais para fiscalizar o trânsito e aplicar multas em geral. Na prática, a resolução extingue a possibilidade de as multas serem contestadas judicialmente por terem sido aplicadas por guardas. Em São Paulo, 4.019 GCMs (guardas civis metropolitanos) foram autorizados a registrar 110 tipos de infração de trânsito. Esses guardas aplicaram 100.254 multas desde 16 de janeiro. As mais comuns são por dirigir usando celular, não usar cinto de segurança e estacionar em local proibido. No ano passado, foram aplicados 10,6 milhões de multas de trânsito em São Paulo –mais de 29 mil por dia. Esse total inclui infrações registradas por radares, PMs e agentes de trânsito. O Sindviários (sindicato dos agentes de trânsito) afirma ser contra a atuação de guardas nessa fiscalização. A entidade diz que seria correto dobrar a quantidade de marronzinhos da CET, hoje em torno de 1.800 e que recebem treinamento amplo. CONTESTAÇÃO A decisão do STF ocorreu após contestação do Ministério Público de Minas Gerais, que argumentava que a nova função das guardas municipais poderia "usurpar" competências de segurança pública da Polícia Militar. A principal função dos guardas é vigiar o patrimônio público dos municípios. A decisão se estenderá para 23 processos, em instâncias inferiores, que aguardavam posição do Supremo. O tema dividiu os ministros, mas prevaleceu a tese do ministro Luís Roberto Barroso. Ele defendeu que não se trata de segurança pública, mas sim de poder de polícia de trânsito, que pode ser exercido pelo município, por delegação, conforme define o Código Brasileiro de Trânsito.
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cotidiano
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Guardas civis de São Paulo aplicam 496 multas de trânsito por diaOs guardas civis de São Paulo aplicaram em média 496 multas por dia a motoristas da cidade até ontem, depois que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) autorizou, em 16 de janeiro, essa atividade. Nesta quinta (6), o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou que é legal dar competência às Guardas Municipais para fiscalizar o trânsito e aplicar multas em geral. Na prática, a resolução extingue a possibilidade de as multas serem contestadas judicialmente por terem sido aplicadas por guardas. Em São Paulo, 4.019 GCMs (guardas civis metropolitanos) foram autorizados a registrar 110 tipos de infração de trânsito. Esses guardas aplicaram 100.254 multas desde 16 de janeiro. As mais comuns são por dirigir usando celular, não usar cinto de segurança e estacionar em local proibido. No ano passado, foram aplicados 10,6 milhões de multas de trânsito em São Paulo –mais de 29 mil por dia. Esse total inclui infrações registradas por radares, PMs e agentes de trânsito. O Sindviários (sindicato dos agentes de trânsito) afirma ser contra a atuação de guardas nessa fiscalização. A entidade diz que seria correto dobrar a quantidade de marronzinhos da CET, hoje em torno de 1.800 e que recebem treinamento amplo. CONTESTAÇÃO A decisão do STF ocorreu após contestação do Ministério Público de Minas Gerais, que argumentava que a nova função das guardas municipais poderia "usurpar" competências de segurança pública da Polícia Militar. A principal função dos guardas é vigiar o patrimônio público dos municípios. A decisão se estenderá para 23 processos, em instâncias inferiores, que aguardavam posição do Supremo. O tema dividiu os ministros, mas prevaleceu a tese do ministro Luís Roberto Barroso. Ele defendeu que não se trata de segurança pública, mas sim de poder de polícia de trânsito, que pode ser exercido pelo município, por delegação, conforme define o Código Brasileiro de Trânsito.
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Bairros nobres de SP temem 'invasão' do comércio com novo zoneamento
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Casarões de luxo da rua Polônia, no Jardim Europa, um dos bairros mais caros de São Paulo, exibem nas suas fachadas imponentes adereços inusuais: faixas de protesto contra a possível chegada de estabelecimentos comerciais por ali. Desde o início do ano, quando começaram as discussões sobre a nova lei de zoneamento -que define o que pode e o que não pode ser construído em cada bairro- elaborada pela gestão Fernando Haddad (PT), o pânico dos moradores tem um motivo só: o risco de as "ilhas de excelência" residenciais receberem novos vizinhos, como restaurantes, clínicas ou mercados. O projeto chegou à Câmara na terça-feira (2). Muitas das ruas dos Jardins já podem receber estabelecimentos comerciais pequenos, como, por exemplo, consultórios médicos ou um escritório de advocacia. Presidente da Ame Jardins, João Maradei, diz que a briga dos moradores se deve à possibilidade de tornar o espaço comercial mais "permissivo". "Mesmo nas ruas dos Jardins onde o comércio já é liberado há muito mais restrições. O novo zoneamento pode liberar um mercado, uma padaria ou casa noturna onde hoje só é permitido consultório dentário", afirma. A ampliação do comércio deve ocorrer em ruas como Estados Unidos, Colômbia e avenida Europa, o que pode impactar as vias próximas. "Os Jardins são exemplos de bairros planejados e tranquilos que deveriam servir de exemplo. A prefeitura quer acabar com isso", afirma o administrador de empresas Matteus Amato, 57, um dos residentes da rua Polônia. Morador da rua Iraci, no Jardim Paulistano, o bacharel em direito Frederico Pessoa, 34, diz temer que o investimento na compra de uma casa na via estritamente residencial vire um "pesadelo". "Financiei uma casa em 25 anos sonhando com a tranquilidade da minha família. Não quero acordar um dia e me deparar com mais um shopping perto de casa",diz. Segundo ele, a região já tem vários pontos comerciais irregulares. "A prefeitura agora quer coroar o cara que é ilegal dando a autorização para ele se instalar", diz. Na rua São Benedito, no Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo, a permissão para que a via receba comércios como restaurantes para até 500 pessoas divide opiniões. Para o representante comercial Claudio Kalil, 41, morador da rua, a tendência é o trânsito piorar. "O dia inteiro é assim", diz ele apontando para o congestionamento. Apesar de ser uma zona exclusivamente residencial, ali já existem pequenos escritórios e consultórios, muitos deles funcionando com base em liminares na Justiça. A corretora de seguros Sueli Pereira, 63, dona de escritório na rua, diz que não é contrária ao plano. "Não dá para segurar o desenvolvimento". A professora de dança Heloísa Bizzo, 58, concorda. "O plano atende uma realidade que já existe na cidade". QUARTEIRÃO A prefeitura diz que as zonas estritamente residenciais são só 4% da cidade -boa parte em regiões nobres, como Morumbi, Jardins e Alto de Pinheiros (zona oeste). Ontem, o prefeito criticou vereadores oposicionistas contrários ao projeto. "Tem vereador que representa só 0,1% da população, vereador que só pensa no seu quarteirão. Eu respeito, mas a tarefa do executivo é representar 100%, tenho que olhar para o conjunto", disse.
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cotidiano
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Bairros nobres de SP temem 'invasão' do comércio com novo zoneamentoCasarões de luxo da rua Polônia, no Jardim Europa, um dos bairros mais caros de São Paulo, exibem nas suas fachadas imponentes adereços inusuais: faixas de protesto contra a possível chegada de estabelecimentos comerciais por ali. Desde o início do ano, quando começaram as discussões sobre a nova lei de zoneamento -que define o que pode e o que não pode ser construído em cada bairro- elaborada pela gestão Fernando Haddad (PT), o pânico dos moradores tem um motivo só: o risco de as "ilhas de excelência" residenciais receberem novos vizinhos, como restaurantes, clínicas ou mercados. O projeto chegou à Câmara na terça-feira (2). Muitas das ruas dos Jardins já podem receber estabelecimentos comerciais pequenos, como, por exemplo, consultórios médicos ou um escritório de advocacia. Presidente da Ame Jardins, João Maradei, diz que a briga dos moradores se deve à possibilidade de tornar o espaço comercial mais "permissivo". "Mesmo nas ruas dos Jardins onde o comércio já é liberado há muito mais restrições. O novo zoneamento pode liberar um mercado, uma padaria ou casa noturna onde hoje só é permitido consultório dentário", afirma. A ampliação do comércio deve ocorrer em ruas como Estados Unidos, Colômbia e avenida Europa, o que pode impactar as vias próximas. "Os Jardins são exemplos de bairros planejados e tranquilos que deveriam servir de exemplo. A prefeitura quer acabar com isso", afirma o administrador de empresas Matteus Amato, 57, um dos residentes da rua Polônia. Morador da rua Iraci, no Jardim Paulistano, o bacharel em direito Frederico Pessoa, 34, diz temer que o investimento na compra de uma casa na via estritamente residencial vire um "pesadelo". "Financiei uma casa em 25 anos sonhando com a tranquilidade da minha família. Não quero acordar um dia e me deparar com mais um shopping perto de casa",diz. Segundo ele, a região já tem vários pontos comerciais irregulares. "A prefeitura agora quer coroar o cara que é ilegal dando a autorização para ele se instalar", diz. Na rua São Benedito, no Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo, a permissão para que a via receba comércios como restaurantes para até 500 pessoas divide opiniões. Para o representante comercial Claudio Kalil, 41, morador da rua, a tendência é o trânsito piorar. "O dia inteiro é assim", diz ele apontando para o congestionamento. Apesar de ser uma zona exclusivamente residencial, ali já existem pequenos escritórios e consultórios, muitos deles funcionando com base em liminares na Justiça. A corretora de seguros Sueli Pereira, 63, dona de escritório na rua, diz que não é contrária ao plano. "Não dá para segurar o desenvolvimento". A professora de dança Heloísa Bizzo, 58, concorda. "O plano atende uma realidade que já existe na cidade". QUARTEIRÃO A prefeitura diz que as zonas estritamente residenciais são só 4% da cidade -boa parte em regiões nobres, como Morumbi, Jardins e Alto de Pinheiros (zona oeste). Ontem, o prefeito criticou vereadores oposicionistas contrários ao projeto. "Tem vereador que representa só 0,1% da população, vereador que só pensa no seu quarteirão. Eu respeito, mas a tarefa do executivo é representar 100%, tenho que olhar para o conjunto", disse.
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Investidor reage com otimismo moderado ao governo Temer
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Concretizado o afastamento da presidente Dilma Rousseff, uma nova alta expressiva da Bolsa vai depender do sucesso do governo do presidente interino, Michel Temer, apontam analistas. Entretanto, muitos não esperam um desempenho do mercado brasileiro na mesma proporção dos últimos meses. As expectativas em torno do impeachment foram determinantes para que a Bolsa subisse quase 23% neste ano até o momento. É a maior valorização entre os principais índices acionários globais no período. Em igual intervalo, o dólar caiu mais de 12% ante o real em 2016 –apesar das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio–, o que alçou o real ao primeiro lugar no ranking mundial de valorização de moedas. Nesta quinta-feira (12), o mercado já não reagiu com euforia, uma vez que o impeachment já estava amplamente precificado. O Ibovespa subiu 0,90%, aos 53.241 pontos. O dólar à vista subiu 0,27%, para R$ 3,4716, influenciado pelo cenário externo e pelo leilão de US$ 1 bilhão em swap cambial reverso pelo Banco Central. A operação equivale à compra futura de dólares pela autoridade monetária. Cotação do dólar - Moeda americana à vista, em R$ "O mercado antecipou muito a mudança de governo, o que se refletiu no desempenho extraordinário do Ibovespa e na forte valorização do real", disse Alexandre Espírito Santo, economista da Órama Investimentos e professor do Ibmec/RJ. "O que se vê agora é um otimismo comedido, com os investidores à espera das medidas que vão ser anunciadas." Espírito Santo afirma ainda que, com a mudança de governo efetivada, a volatilidade no mercado financeiro tende a diminuir. André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, destaca que o otimismo com o Brasil se deu também por eventos externos, como a liquidez global e a alta das commodities. "Vivemos um momento de diminuição da aversão de risco em escala global, e isso tem favorecido emergentes." Bolsa sobe com aprovação do impeachment - Ibovespa, em pontos 73 MIL PONTOS Os analistas Celson Plácido e Ricardo Kim, da XP Investimentos, afirmam, em relatório, que, no melhor cenário, se o novo governo for bem-sucedido (60% de probabilidade, calculam eles), o Ibovespa tem potencial para alcançar os 73 mil pontos –atualmente, o índice está no patamar dos 53 mil pontos. Se fracassar (40%), poderá recuar para um intervalo entre 40 mil a 45 mil pontos. Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora de câmbio NGO, afirma, também em relatório, que Temer "não poderá errar e comprometer o apoio atual e o que vier a receber ao longo dos 180 dias". O economista não acredita, porém, que o dólar se mantenha em torno dos atuais R$ 3,50. Para Nehme, gradualmente a moeda americana voltará a se situar perto de R$ 4,00, o que é "mais compatível com o 'status quo' da economia do país".
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mercado
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Investidor reage com otimismo moderado ao governo TemerConcretizado o afastamento da presidente Dilma Rousseff, uma nova alta expressiva da Bolsa vai depender do sucesso do governo do presidente interino, Michel Temer, apontam analistas. Entretanto, muitos não esperam um desempenho do mercado brasileiro na mesma proporção dos últimos meses. As expectativas em torno do impeachment foram determinantes para que a Bolsa subisse quase 23% neste ano até o momento. É a maior valorização entre os principais índices acionários globais no período. Em igual intervalo, o dólar caiu mais de 12% ante o real em 2016 –apesar das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio–, o que alçou o real ao primeiro lugar no ranking mundial de valorização de moedas. Nesta quinta-feira (12), o mercado já não reagiu com euforia, uma vez que o impeachment já estava amplamente precificado. O Ibovespa subiu 0,90%, aos 53.241 pontos. O dólar à vista subiu 0,27%, para R$ 3,4716, influenciado pelo cenário externo e pelo leilão de US$ 1 bilhão em swap cambial reverso pelo Banco Central. A operação equivale à compra futura de dólares pela autoridade monetária. Cotação do dólar - Moeda americana à vista, em R$ "O mercado antecipou muito a mudança de governo, o que se refletiu no desempenho extraordinário do Ibovespa e na forte valorização do real", disse Alexandre Espírito Santo, economista da Órama Investimentos e professor do Ibmec/RJ. "O que se vê agora é um otimismo comedido, com os investidores à espera das medidas que vão ser anunciadas." Espírito Santo afirma ainda que, com a mudança de governo efetivada, a volatilidade no mercado financeiro tende a diminuir. André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, destaca que o otimismo com o Brasil se deu também por eventos externos, como a liquidez global e a alta das commodities. "Vivemos um momento de diminuição da aversão de risco em escala global, e isso tem favorecido emergentes." Bolsa sobe com aprovação do impeachment - Ibovespa, em pontos 73 MIL PONTOS Os analistas Celson Plácido e Ricardo Kim, da XP Investimentos, afirmam, em relatório, que, no melhor cenário, se o novo governo for bem-sucedido (60% de probabilidade, calculam eles), o Ibovespa tem potencial para alcançar os 73 mil pontos –atualmente, o índice está no patamar dos 53 mil pontos. Se fracassar (40%), poderá recuar para um intervalo entre 40 mil a 45 mil pontos. Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora de câmbio NGO, afirma, também em relatório, que Temer "não poderá errar e comprometer o apoio atual e o que vier a receber ao longo dos 180 dias". O economista não acredita, porém, que o dólar se mantenha em torno dos atuais R$ 3,50. Para Nehme, gradualmente a moeda americana voltará a se situar perto de R$ 4,00, o que é "mais compatível com o 'status quo' da economia do país".
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'Dá pra falar tudo para a criança, mas não de qualquer jeito', diz escritora
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A autora Marina Miyazaki Araujo encontrou uma maneira delicada de abordar um tema difícil no livro "Pai Francisco" (Pólen Editorial; R$ 25,90). Partiu de uma canção popular que tem o mesmo nome para falar de um menino que tem o pai na prisão. Deferentemente da música –que diz "Pai Francisco entrou na roda tocando seu violão; vem de lá seu delegado e pai Francisco foi pra prisão"–, no livro quem conta a história é o próprio garoto, com um jeito de falar típico das crianças. E uma compreensão sobre Francisco típica de um filho: cheinha de amor. A "Folhinha" conversou com a autora para saber mais sobre o livro. Por e-mail, ela contou a história de um garoto que tem o pai na cadeia e leu o livro, e alertou sobre a importância de proteger as crianças cujos pais cumprem pena. * Folhinha - Por que decidiu falar sobre este tema? Já passou por situação similar? Marina Miyazaki Araujo - Não passei por situação similar. Decidi falar sobre o tema principalmente porque a família, na maioria dos casos, fica desassistida em vários aspectos. Além do descaso, sofrem tanto preconceito quanto a pessoa que está cumprindo a pena. E as crianças são as maiores vítimas, não há quem as proteja, nem as fortaleça para as situações que enfrentam na escola, por exemplo. Acho que não há quem lhes dê voz, de certa forma são "invisíveis" para a sociedade. Como surgiu a ideia? Veio da canção Pai Francisco? De muita coisa. Quando eu era criança e ouvia a cantiga de roda "Pai Francisco", achava estranho a música não dizer o motivo da prisão do pai Francisco, afinal ele estava apenas tocando violão! Na verdade, eu não gostava de ouvir essa música, acho que em solidariedade ao pai Francisco, fazia o meu boicote em segredo. Depois, quando veio a música "Velho Francisco", do Chico Buarque, fiquei imaginando como teria sido a vida do Velho Francisco. Mas, além, dessas coisas, as mais importantes foram já ter trabalhado com pessoas que tiveram parentes presos, e com profissionais que atuavam diretamente com os egressos do sistema penal (ex-detentos), na reinserção social e no trabalho. Acha que existem temas tabu ou dá para falar sobre qualquer assunto para crianças? Acho que dá pra falar qualquer coisa, mas não de qualquer jeito. É só ser simples, sem teorizar muito. Acho desnecessário ficar antecipando aquilo que depois ela mesma pode descobrir sozinha, ou pode vir a perguntar mais madura. Não adianta aprofundar muito o assunto. Mesmo a criança mais genial tem a mesma maturidade emocional de qualquer outra criança. O assunto do livro é complexo e pesado pra qualquer adulto, e para a criança também é, por isso acho importante falar, ela é membro da família, está passando pelo mesmo problema, tem direito a saber. E, se não falarmos, ela estará lidando com isso sozinha. Quais as dificuldades que encontrou para abordar o tema? E quais os cuidados que procurou ter? Não vitimizar, não fazer da criança um coitadinho –até porque ninguém pode ser tratado como coitadinho. Outra dificuldade foi eliminar juízo de valor, conceitos, preconceitos pra ter um pensamento quase imaculado de criança. Bem, foi o que tentei, mas tenho consciência da impossibilidade. Meu medo era ficar piegas, adulto imitando criança é um perigo. Por que escolheu falar em primeira pessoa, e com uma linguagem próxima à da fala da criança? Falar em terceira pessoa só se fosse uma outra criança falando por essa criança, porque um adulto contando essa história teria a interferência que eu não queria. Acho que, quando é a criança dizendo o que sente, o assunto polêmico e pesado entra com maior facilidade para aqueles que ainda guardam um preconceito sobre o tema. Além disso, falar em primeira pessoa me facilita a empatia. Como tem sido a recepção das crianças e dos leitores? Chegou a trabalhar o livro com filhos de presidiários? Tem sido interessante porque a maioria dos comentários tem vindo de adultos, e tenho me surpreendido com os "marmanjos" dizendo que choraram, ou melhor, que "caiu um cisco nos olhos". O Emicida, por exemplo, elogiou o livro numa rede social. Mas tive um retorno que considero o mais importante de todos, de um menino cujo pai cumpre pena em regime fechado, e disse que o menino do livro é igual a ele. Ele contou que esperava pelo pai para ensiná-lo a andar de bicicleta e, hoje, diz que o pai vai se orgulhar ao saber que aprendeu a andar de bicicleta sozinho. É exatamente isso que eu penso, ele não é um coitadinho, cresce com/por algo que lhe fortalece: a ligação que tem com o pai. E isso independe do que a sociedade pensa desse homem, o importante é o que o filho pensa desse pai.
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folhinha
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'Dá pra falar tudo para a criança, mas não de qualquer jeito', diz escritoraA autora Marina Miyazaki Araujo encontrou uma maneira delicada de abordar um tema difícil no livro "Pai Francisco" (Pólen Editorial; R$ 25,90). Partiu de uma canção popular que tem o mesmo nome para falar de um menino que tem o pai na prisão. Deferentemente da música –que diz "Pai Francisco entrou na roda tocando seu violão; vem de lá seu delegado e pai Francisco foi pra prisão"–, no livro quem conta a história é o próprio garoto, com um jeito de falar típico das crianças. E uma compreensão sobre Francisco típica de um filho: cheinha de amor. A "Folhinha" conversou com a autora para saber mais sobre o livro. Por e-mail, ela contou a história de um garoto que tem o pai na cadeia e leu o livro, e alertou sobre a importância de proteger as crianças cujos pais cumprem pena. * Folhinha - Por que decidiu falar sobre este tema? Já passou por situação similar? Marina Miyazaki Araujo - Não passei por situação similar. Decidi falar sobre o tema principalmente porque a família, na maioria dos casos, fica desassistida em vários aspectos. Além do descaso, sofrem tanto preconceito quanto a pessoa que está cumprindo a pena. E as crianças são as maiores vítimas, não há quem as proteja, nem as fortaleça para as situações que enfrentam na escola, por exemplo. Acho que não há quem lhes dê voz, de certa forma são "invisíveis" para a sociedade. Como surgiu a ideia? Veio da canção Pai Francisco? De muita coisa. Quando eu era criança e ouvia a cantiga de roda "Pai Francisco", achava estranho a música não dizer o motivo da prisão do pai Francisco, afinal ele estava apenas tocando violão! Na verdade, eu não gostava de ouvir essa música, acho que em solidariedade ao pai Francisco, fazia o meu boicote em segredo. Depois, quando veio a música "Velho Francisco", do Chico Buarque, fiquei imaginando como teria sido a vida do Velho Francisco. Mas, além, dessas coisas, as mais importantes foram já ter trabalhado com pessoas que tiveram parentes presos, e com profissionais que atuavam diretamente com os egressos do sistema penal (ex-detentos), na reinserção social e no trabalho. Acha que existem temas tabu ou dá para falar sobre qualquer assunto para crianças? Acho que dá pra falar qualquer coisa, mas não de qualquer jeito. É só ser simples, sem teorizar muito. Acho desnecessário ficar antecipando aquilo que depois ela mesma pode descobrir sozinha, ou pode vir a perguntar mais madura. Não adianta aprofundar muito o assunto. Mesmo a criança mais genial tem a mesma maturidade emocional de qualquer outra criança. O assunto do livro é complexo e pesado pra qualquer adulto, e para a criança também é, por isso acho importante falar, ela é membro da família, está passando pelo mesmo problema, tem direito a saber. E, se não falarmos, ela estará lidando com isso sozinha. Quais as dificuldades que encontrou para abordar o tema? E quais os cuidados que procurou ter? Não vitimizar, não fazer da criança um coitadinho –até porque ninguém pode ser tratado como coitadinho. Outra dificuldade foi eliminar juízo de valor, conceitos, preconceitos pra ter um pensamento quase imaculado de criança. Bem, foi o que tentei, mas tenho consciência da impossibilidade. Meu medo era ficar piegas, adulto imitando criança é um perigo. Por que escolheu falar em primeira pessoa, e com uma linguagem próxima à da fala da criança? Falar em terceira pessoa só se fosse uma outra criança falando por essa criança, porque um adulto contando essa história teria a interferência que eu não queria. Acho que, quando é a criança dizendo o que sente, o assunto polêmico e pesado entra com maior facilidade para aqueles que ainda guardam um preconceito sobre o tema. Além disso, falar em primeira pessoa me facilita a empatia. Como tem sido a recepção das crianças e dos leitores? Chegou a trabalhar o livro com filhos de presidiários? Tem sido interessante porque a maioria dos comentários tem vindo de adultos, e tenho me surpreendido com os "marmanjos" dizendo que choraram, ou melhor, que "caiu um cisco nos olhos". O Emicida, por exemplo, elogiou o livro numa rede social. Mas tive um retorno que considero o mais importante de todos, de um menino cujo pai cumpre pena em regime fechado, e disse que o menino do livro é igual a ele. Ele contou que esperava pelo pai para ensiná-lo a andar de bicicleta e, hoje, diz que o pai vai se orgulhar ao saber que aprendeu a andar de bicicleta sozinho. É exatamente isso que eu penso, ele não é um coitadinho, cresce com/por algo que lhe fortalece: a ligação que tem com o pai. E isso independe do que a sociedade pensa desse homem, o importante é o que o filho pensa desse pai.
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Ueba! Delata a tomada de 3 pinos!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Pensamento da semana: "A Dilma caiu, o Dunga caiu, o Cunha caiu! Agora falta a tomada de três pinos". Rarará! Bafo da semana: a delação do Machado Motosserra. Não sobrou ninguém! Se gritar "pega ladrão", não sobra ninguém pra fazer a abertura das Olimpíadas! A tiazinha do café! E o Frankstemer pega propina em mesóclise: "Propina-lo-ei!". Reação do Temer à delação de propina: "Pimentorium in anus outrem, refrescus est". E voltou correndo pro caixão! Rarará! E a manchete do "Estadão": "'Pro Michel, eu dei'", confessa o delator". Êpa! Vou delatar o Machado para a Marcela. E o primeiro a ser comido não era o Aécio? Rarará! O Aécio foi citado. De novo? O Aécio virou arroz de festa da Lava Jato! E o "Kibeloco": "Se organizar direitinho, todo mundo cai!". Não tem virgem na zona! E sabe a primeira coisa que o Lula faz quando acorda? Conferir a previsão do tempo em Curitiba! Rarará! E o Cunha foi pras cucunhas. O Cunha tomou no Cunha! Rarará! O Cão! O Coisa Ruim! O Tião Gavião! O Chicuncunha! O Inominável! O Insepulto! O Cunha não tinha que ser cassado, tinha que ser afastado do planeta Terra! Rarará! E, quando um cara é pego roubando no truco, o povo grita: "Cunha, um no dedo e dois na unha". Rarará! O Cunha é sujo até no truco! E a Tia Eron virou celebridade. Ela parece a Olivia Pope, a atriz da série "Scandal"! E o Sarney ameaça fazer delação premiada e revelar: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? ELE! Rarará! E diz que o Temer liberou pro Alvorada uma diarista três vezes por semana! Mas não pode limpar vidro! Rarará! E a revista "Forbes" diz que o Brasil passou de "House of Cards" para "Game of Thrones"! E no Brasil tem tanto réu que devia se chamar RÉUpública do Brasil! O Brasil tá andando de marcha réu! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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colunas
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Ueba! Delata a tomada de 3 pinos!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Pensamento da semana: "A Dilma caiu, o Dunga caiu, o Cunha caiu! Agora falta a tomada de três pinos". Rarará! Bafo da semana: a delação do Machado Motosserra. Não sobrou ninguém! Se gritar "pega ladrão", não sobra ninguém pra fazer a abertura das Olimpíadas! A tiazinha do café! E o Frankstemer pega propina em mesóclise: "Propina-lo-ei!". Reação do Temer à delação de propina: "Pimentorium in anus outrem, refrescus est". E voltou correndo pro caixão! Rarará! E a manchete do "Estadão": "'Pro Michel, eu dei'", confessa o delator". Êpa! Vou delatar o Machado para a Marcela. E o primeiro a ser comido não era o Aécio? Rarará! O Aécio foi citado. De novo? O Aécio virou arroz de festa da Lava Jato! E o "Kibeloco": "Se organizar direitinho, todo mundo cai!". Não tem virgem na zona! E sabe a primeira coisa que o Lula faz quando acorda? Conferir a previsão do tempo em Curitiba! Rarará! E o Cunha foi pras cucunhas. O Cunha tomou no Cunha! Rarará! O Cão! O Coisa Ruim! O Tião Gavião! O Chicuncunha! O Inominável! O Insepulto! O Cunha não tinha que ser cassado, tinha que ser afastado do planeta Terra! Rarará! E, quando um cara é pego roubando no truco, o povo grita: "Cunha, um no dedo e dois na unha". Rarará! O Cunha é sujo até no truco! E a Tia Eron virou celebridade. Ela parece a Olivia Pope, a atriz da série "Scandal"! E o Sarney ameaça fazer delação premiada e revelar: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? ELE! Rarará! E diz que o Temer liberou pro Alvorada uma diarista três vezes por semana! Mas não pode limpar vidro! Rarará! E a revista "Forbes" diz que o Brasil passou de "House of Cards" para "Game of Thrones"! E no Brasil tem tanto réu que devia se chamar RÉUpública do Brasil! O Brasil tá andando de marcha réu! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Mulheres fazem greve na Argentina após estupro e morte de jovem
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Vestidas de preto, mulheres da Argentina paralisaram suas atividades entre 13h e 14h (14h e 15h em Brasília) nesta quarta-feira (19) para protestar contra a violência de gênero. A greve, convocada pela campanha "Ni Una Menos" (nenhuma a menos, em português), reflete a comoção que tomou o país após o assassinato de Lucía Pérez, 16, na cidade de Mar del Plata na semana passada. Antes de morrer, a adolescente foi drogada e estuprada. Segundo a polícia, Lucía teve um objeto pontiagudo inserido violentamente em sua vagina e ânus, provocando morte por empalamento. A promotora Maria Isabem Sanchez declarou a jornalistas que o crime foi uma "agressão sexual desumana". "Eles lavaram o corpo dela e a vestiram para fazer com que parecesse uma overdose." Dois homens conhecidos por venderem drogas do lado de fora de uma escola foram presos no domingo (16) e acusados por estupro seguido de homicídio. A mãe de Lucía, Marta Montero, ajudou a convocar mulheres para participar da mobilização desta quarta. "Por essas tantas Lucías também se pede justiça. Para que não haja mais Lucías nem famílias destruídas como a nossa", disse ela, em entrevista a uma rádio. A hashtag #NiUnaMenos era a mais comentada mundialmente no Twitter nesta quarta por volta das 16h de Brasília. Em uma das linhas do metrô de Buenos Aires, uma voz masculina informava no alto-falante pouco depois das 13h que a linha era operada apenas por homens, pois as mulheres haviam se juntado à paralisação. Em algumas estações, era possível ler o slogan "Ni Una Menos" nos letreiros que informam o status das linhas. Segundo os meios de comunicação locais, o Senado encerraria sua sessão mais cedo nesta quarta para que parlamentares pudessem participar de um protesto agendado para as 17h (18h em Brasília) em frente ao obelisco de Buenos Aires. Uma mulher é assassinada a cada 30 horas na Argentina, de acordo com a ONG local Assembleia Permanente de Direitos Humanos.
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Mulheres fazem greve na Argentina após estupro e morte de jovemVestidas de preto, mulheres da Argentina paralisaram suas atividades entre 13h e 14h (14h e 15h em Brasília) nesta quarta-feira (19) para protestar contra a violência de gênero. A greve, convocada pela campanha "Ni Una Menos" (nenhuma a menos, em português), reflete a comoção que tomou o país após o assassinato de Lucía Pérez, 16, na cidade de Mar del Plata na semana passada. Antes de morrer, a adolescente foi drogada e estuprada. Segundo a polícia, Lucía teve um objeto pontiagudo inserido violentamente em sua vagina e ânus, provocando morte por empalamento. A promotora Maria Isabem Sanchez declarou a jornalistas que o crime foi uma "agressão sexual desumana". "Eles lavaram o corpo dela e a vestiram para fazer com que parecesse uma overdose." Dois homens conhecidos por venderem drogas do lado de fora de uma escola foram presos no domingo (16) e acusados por estupro seguido de homicídio. A mãe de Lucía, Marta Montero, ajudou a convocar mulheres para participar da mobilização desta quarta. "Por essas tantas Lucías também se pede justiça. Para que não haja mais Lucías nem famílias destruídas como a nossa", disse ela, em entrevista a uma rádio. A hashtag #NiUnaMenos era a mais comentada mundialmente no Twitter nesta quarta por volta das 16h de Brasília. Em uma das linhas do metrô de Buenos Aires, uma voz masculina informava no alto-falante pouco depois das 13h que a linha era operada apenas por homens, pois as mulheres haviam se juntado à paralisação. Em algumas estações, era possível ler o slogan "Ni Una Menos" nos letreiros que informam o status das linhas. Segundo os meios de comunicação locais, o Senado encerraria sua sessão mais cedo nesta quarta para que parlamentares pudessem participar de um protesto agendado para as 17h (18h em Brasília) em frente ao obelisco de Buenos Aires. Uma mulher é assassinada a cada 30 horas na Argentina, de acordo com a ONG local Assembleia Permanente de Direitos Humanos.
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Nomeação de Lopes afronta decisão do PMDB, diz Temer, que falta à posse
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O vice-presidente da República, Michel Temer, não comparecerá à posse dos novos ministros do governo Dilma Rousseff, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, a ausência do peemedebista é creditada à desobediência do deputado Mauro Lopes, que também será empossado na pasta da Aviação Civil. A assessoria do vice diz que ele não poderia "comparecer à posse de um ministro que afronta a decisão soberana da convenção nacional do PMDB de não ocupar cargos" na administração federal. A regra mencionada pela equipe do vice foi aprovada no último sábado (12), quando Temer foi reeleito presidente nacional do PMDB. Após a recondução do vice ao comando da legenda, a convenção aprovou uma moção que proibia o ingresso de filiados à sigla no governo federal até que a legenda deliberasse em definitivo sobre a pressão pela ruptura da aliança com o PT. Lopes, que havia negociado o cargo anteriormente, decidiu ignorar a decisão. À Folha, o novo ministro afirmou nesta quarta (16) que acreditava não ter violado nenhuma regra, já que o convite de Dilma para a pasta foi feito antes da deliberação do PMDB. A legenda, no entanto, viu a nomeação como uma afronta do Planalto à decisão do PMDB e à autoridade da direção nacional da sigla. Segundo a assessoria do vice, "avisos reiterados foram enviados ao Palácio, que decidiu ignorá-los". O processo de expulsão do deputado Mauro Lopes será analisado pela legenda a partir de amanhã. PRESTÍGIO Outros notáveis do PMDB decidiram manter distância do ato. Senadores como Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) já avisaram que não virão ao ato. Dos seis ministros que o PMDB já tem no governo, apenas Katia Abreu (Agricultura) não chegou à cerimônia de posse. Pela proximidade da ministra com a presidente Dilma, no entanto, sua presença ainda é esperada. Os ministros petistas, por sua vez, compareceram em peso, além dos líderes do partido na Câmara e no Senado. A Presidência também reservou espaços para integrantes de movimentos sociais. Enquanto aguardavam a posse, ele puxaram o coro: "Não vai ter golpe, vai ter luta". Outra personalidade que chamou atenção na plateia da posse de Lula foi o deputado Paulo Maluf (PP-SP).
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Nomeação de Lopes afronta decisão do PMDB, diz Temer, que falta à posseO vice-presidente da República, Michel Temer, não comparecerá à posse dos novos ministros do governo Dilma Rousseff, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, a ausência do peemedebista é creditada à desobediência do deputado Mauro Lopes, que também será empossado na pasta da Aviação Civil. A assessoria do vice diz que ele não poderia "comparecer à posse de um ministro que afronta a decisão soberana da convenção nacional do PMDB de não ocupar cargos" na administração federal. A regra mencionada pela equipe do vice foi aprovada no último sábado (12), quando Temer foi reeleito presidente nacional do PMDB. Após a recondução do vice ao comando da legenda, a convenção aprovou uma moção que proibia o ingresso de filiados à sigla no governo federal até que a legenda deliberasse em definitivo sobre a pressão pela ruptura da aliança com o PT. Lopes, que havia negociado o cargo anteriormente, decidiu ignorar a decisão. À Folha, o novo ministro afirmou nesta quarta (16) que acreditava não ter violado nenhuma regra, já que o convite de Dilma para a pasta foi feito antes da deliberação do PMDB. A legenda, no entanto, viu a nomeação como uma afronta do Planalto à decisão do PMDB e à autoridade da direção nacional da sigla. Segundo a assessoria do vice, "avisos reiterados foram enviados ao Palácio, que decidiu ignorá-los". O processo de expulsão do deputado Mauro Lopes será analisado pela legenda a partir de amanhã. PRESTÍGIO Outros notáveis do PMDB decidiram manter distância do ato. Senadores como Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) já avisaram que não virão ao ato. Dos seis ministros que o PMDB já tem no governo, apenas Katia Abreu (Agricultura) não chegou à cerimônia de posse. Pela proximidade da ministra com a presidente Dilma, no entanto, sua presença ainda é esperada. Os ministros petistas, por sua vez, compareceram em peso, além dos líderes do partido na Câmara e no Senado. A Presidência também reservou espaços para integrantes de movimentos sociais. Enquanto aguardavam a posse, ele puxaram o coro: "Não vai ter golpe, vai ter luta". Outra personalidade que chamou atenção na plateia da posse de Lula foi o deputado Paulo Maluf (PP-SP).
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Oposição reage e diz que aumento de impostos não passará no Congresso
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A oposição recebeu com críticas o anúncio de cortes e aumento de receita feito pelo governo Dilma Rousseff nesta segunda-feira (14). Os principais líderes do DEM disseram que qualquer medida de aumento da carga tributária vai ser atacada no Congresso. O presidente nacional da sigla, senador Agripino Maia (RN), avaliou que o governo erra novamente ao mirar o corte de investimentos e apostar na criação de impostos ou aumento de tributos. "Este governo não tem autoridade moral para propor a recriação da CPMF. Qualquer medida nesse sentido vai nos encontrar pela frente", disse Agripino. O líder do DEM na Câmara, o deputado Mendonça Filho (PE), disse que o partido lançará uma frente no Congresso, a "Basta de Imposto". "Haverá forte mobilização para que não se pague mais um centavo de imposto no país", afirmou. A cúpula da legenda está reunida nesta segunda, em São Paulo, para um seminário sobre Educação. Um dos parlamentares do DEM com mais trânsito no PMDB, o deputado Rodrigo Maia foi taxativo ao responder sobre as novas medidas anunciadas pelo governo: "Não vai passar no Congresso", cravou. Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os cortes e aumento de impostos são consequências da "irresponsabilidade com que esse mesmo governo agiu nos últimos dias". Para o tucano, apesar de ter anunciado cortes de gastos, o maior esforço apresentado pelo governo se dá justamente no aumento de impostos em um período de recessão. Ele classificou a recriação da CPMF como "inaceitável". "A sociedade brasileira é, mais uma vez, requisitada a pagar a conta da incompetência e da inoperâncoa de um governo que nos levou a uma situação de gravíssima crise fiscal", disse por meio de nota. O tucano afirmou ainda que o governo está exigindo da população um "cheque em braco" quando não cumpre o que promete. "O governo do PT quer da sociedade um cheque em branco. Pede um voto de confiança quando continuamente não cumpre o que promete",afirmou. Para ele, o Executivo não apresentou nenhuma proposta de mudança estrutural "que tanto prometeu para reduzir o crescimento das despesas obrigatórias". Já para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que as medidas estão atrasadas e que precisam ser discutidas de forma mais ampla mas garantiu que as propostas serão analisadas pela oposição. "Óbvio que a nossa obrigação como oposição é olhar isso de forma muito crítica mas nós não nos furtaremos a analisar as propostas. O Brasil tem uma situação tão difícil que não nos permite simplesmente fincar o pé e dizer que somos de pronto contra, porque nós fazemos oposição ao governo federal e não ao País. Então, o conjunto de medidas será analisado para que nós possamos estar conhecendo em detalhes cada uma delas", disse.
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Oposição reage e diz que aumento de impostos não passará no CongressoA oposição recebeu com críticas o anúncio de cortes e aumento de receita feito pelo governo Dilma Rousseff nesta segunda-feira (14). Os principais líderes do DEM disseram que qualquer medida de aumento da carga tributária vai ser atacada no Congresso. O presidente nacional da sigla, senador Agripino Maia (RN), avaliou que o governo erra novamente ao mirar o corte de investimentos e apostar na criação de impostos ou aumento de tributos. "Este governo não tem autoridade moral para propor a recriação da CPMF. Qualquer medida nesse sentido vai nos encontrar pela frente", disse Agripino. O líder do DEM na Câmara, o deputado Mendonça Filho (PE), disse que o partido lançará uma frente no Congresso, a "Basta de Imposto". "Haverá forte mobilização para que não se pague mais um centavo de imposto no país", afirmou. A cúpula da legenda está reunida nesta segunda, em São Paulo, para um seminário sobre Educação. Um dos parlamentares do DEM com mais trânsito no PMDB, o deputado Rodrigo Maia foi taxativo ao responder sobre as novas medidas anunciadas pelo governo: "Não vai passar no Congresso", cravou. Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os cortes e aumento de impostos são consequências da "irresponsabilidade com que esse mesmo governo agiu nos últimos dias". Para o tucano, apesar de ter anunciado cortes de gastos, o maior esforço apresentado pelo governo se dá justamente no aumento de impostos em um período de recessão. Ele classificou a recriação da CPMF como "inaceitável". "A sociedade brasileira é, mais uma vez, requisitada a pagar a conta da incompetência e da inoperâncoa de um governo que nos levou a uma situação de gravíssima crise fiscal", disse por meio de nota. O tucano afirmou ainda que o governo está exigindo da população um "cheque em braco" quando não cumpre o que promete. "O governo do PT quer da sociedade um cheque em branco. Pede um voto de confiança quando continuamente não cumpre o que promete",afirmou. Para ele, o Executivo não apresentou nenhuma proposta de mudança estrutural "que tanto prometeu para reduzir o crescimento das despesas obrigatórias". Já para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que as medidas estão atrasadas e que precisam ser discutidas de forma mais ampla mas garantiu que as propostas serão analisadas pela oposição. "Óbvio que a nossa obrigação como oposição é olhar isso de forma muito crítica mas nós não nos furtaremos a analisar as propostas. O Brasil tem uma situação tão difícil que não nos permite simplesmente fincar o pé e dizer que somos de pronto contra, porque nós fazemos oposição ao governo federal e não ao País. Então, o conjunto de medidas será analisado para que nós possamos estar conhecendo em detalhes cada uma delas", disse.
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Áustria autoriza migrantes a passarem por seu território para ir à Alemanha
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Pelo menos 1.200 refugiados, majoritariamente de origem síria e afegã, deixaram Budapeste, capital da Hungria, nesta sexta (4) rumo à fronteira com o território austríaco, dispostas a percorrer uma distância de cerca de 170 km para chegar à Áustria. Em reação à marcha, na madrugada deste sábado na Europa, o governo austríaco anunciou que daria passagem aos refugiados e que o governo alemão faria o mesmo, permitindo sua entrada no país –mas sem garantia de concessão de asilo. O chanceler austríaco, Werner Faymann, fez o anúncio após falar com a alemã Angela Merkel, referindo-se à "situação emergencial na fronteira húngara". Pressionado, o governo da Hungria recuou e decidiu, neste sábado, fretar ônibus para levar até a fronteira austríaca os imigrantes que aguardam há dias na principal estação de trem de Budapeste. A marcha havia começado em reação ao fechamento desta estação pelo governo. As imagens mostravam jovens, idosos, crianças e até pessoas em cadeira de rodas e muletas na travessia. Uma delas empunhava a bandeira da União Europeia. Pelas regras da UE, eles devem pedir asilo no primeiro país do bloco em que entram, mas muitos que estão na Hungria querem seguir para áreas mais ricas, como Áustria, Alemanha e França. A alemã Merkel tem cobrado que os países cumpram as regras, e depois disso o governo húngaro bloqueou as partidas de Budapeste. O premiê Victor Orban, um líder da direita conservadora da Hungria, atribui a culpa da crise à Alemanha por, segundo ele, estimular os pedidos de asilo no país, refletindo nesse fluxo caótico dentro da Europa. "Hoje falamos de dezenas de milhares, mas amanhã estaremos falando de milhões, e isso não terá fim", disse, em entrevista nesta sexta. A Hungria estima ter recebido de 140 mil a 160 mil imigrantes somente neste ano. A ONU afirmou que serão necessárias agora 200 mil vagas –e não 100 mil como antes– para realocar os refugiados na Europa. O órgão aponta que mais de 330 mil cruzaram o mar Mediterrâneo rumo ao continente em 2015. MUDANÇA DE TOM O premiê britânico, David Cameron, anunciou nesta sexta que o Reino Unido aceitará receber "milhares" de refugiados sírios. O gesto é parte de um movimento para reduzir o desgaste do seu governo sob a crise migratória. Cameron vinha adotando um discurso de resistência à chegada de mais refugiados –chegou a chamar de "enxame" a multidão na cidade francesa de Calais que tentava forçar a passagem para o Reino Unido pelo Eurotúnel. A repercussão da foto do corpo do menino Aylan Kurdi, de três anos, numa praia turca, aumentou a pressão para que Cameron se alinhasse ao discurso de outros líderes europeus, como o de Merkel, de buscar uma solução que envolva uma política mais efetiva de abrigo a essas pessoas. O premiê sinalizou, no entanto, que abrirá as portas somente para os que vivem em campos de refugiados da ONU, e não aos que estão viajando pela Europa para chegar a países mais ricos. "Isso oferecerá a eles uma rota mais segura e direta para o Reino Unido, em vez de se arriscarem em jornadas perigosas que tragicamente custam muitas vidas", disse, em Lisboa, após o encontro com o premiê português, Pedro Passos Coelho, que também manifestou disposição em ajudar. Portugal estuda receber 3.000 refugiados, segundo o diário "Público". Já Cameron não citou números, mas se estima que esteja disposto a receber 4.000 sírios, que se somariam aos 5.000 que o país estima já abrigar hoje.
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Áustria autoriza migrantes a passarem por seu território para ir à AlemanhaPelo menos 1.200 refugiados, majoritariamente de origem síria e afegã, deixaram Budapeste, capital da Hungria, nesta sexta (4) rumo à fronteira com o território austríaco, dispostas a percorrer uma distância de cerca de 170 km para chegar à Áustria. Em reação à marcha, na madrugada deste sábado na Europa, o governo austríaco anunciou que daria passagem aos refugiados e que o governo alemão faria o mesmo, permitindo sua entrada no país –mas sem garantia de concessão de asilo. O chanceler austríaco, Werner Faymann, fez o anúncio após falar com a alemã Angela Merkel, referindo-se à "situação emergencial na fronteira húngara". Pressionado, o governo da Hungria recuou e decidiu, neste sábado, fretar ônibus para levar até a fronteira austríaca os imigrantes que aguardam há dias na principal estação de trem de Budapeste. A marcha havia começado em reação ao fechamento desta estação pelo governo. As imagens mostravam jovens, idosos, crianças e até pessoas em cadeira de rodas e muletas na travessia. Uma delas empunhava a bandeira da União Europeia. Pelas regras da UE, eles devem pedir asilo no primeiro país do bloco em que entram, mas muitos que estão na Hungria querem seguir para áreas mais ricas, como Áustria, Alemanha e França. A alemã Merkel tem cobrado que os países cumpram as regras, e depois disso o governo húngaro bloqueou as partidas de Budapeste. O premiê Victor Orban, um líder da direita conservadora da Hungria, atribui a culpa da crise à Alemanha por, segundo ele, estimular os pedidos de asilo no país, refletindo nesse fluxo caótico dentro da Europa. "Hoje falamos de dezenas de milhares, mas amanhã estaremos falando de milhões, e isso não terá fim", disse, em entrevista nesta sexta. A Hungria estima ter recebido de 140 mil a 160 mil imigrantes somente neste ano. A ONU afirmou que serão necessárias agora 200 mil vagas –e não 100 mil como antes– para realocar os refugiados na Europa. O órgão aponta que mais de 330 mil cruzaram o mar Mediterrâneo rumo ao continente em 2015. MUDANÇA DE TOM O premiê britânico, David Cameron, anunciou nesta sexta que o Reino Unido aceitará receber "milhares" de refugiados sírios. O gesto é parte de um movimento para reduzir o desgaste do seu governo sob a crise migratória. Cameron vinha adotando um discurso de resistência à chegada de mais refugiados –chegou a chamar de "enxame" a multidão na cidade francesa de Calais que tentava forçar a passagem para o Reino Unido pelo Eurotúnel. A repercussão da foto do corpo do menino Aylan Kurdi, de três anos, numa praia turca, aumentou a pressão para que Cameron se alinhasse ao discurso de outros líderes europeus, como o de Merkel, de buscar uma solução que envolva uma política mais efetiva de abrigo a essas pessoas. O premiê sinalizou, no entanto, que abrirá as portas somente para os que vivem em campos de refugiados da ONU, e não aos que estão viajando pela Europa para chegar a países mais ricos. "Isso oferecerá a eles uma rota mais segura e direta para o Reino Unido, em vez de se arriscarem em jornadas perigosas que tragicamente custam muitas vidas", disse, em Lisboa, após o encontro com o premiê português, Pedro Passos Coelho, que também manifestou disposição em ajudar. Portugal estuda receber 3.000 refugiados, segundo o diário "Público". Já Cameron não citou números, mas se estima que esteja disposto a receber 4.000 sírios, que se somariam aos 5.000 que o país estima já abrigar hoje.
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Encontro em SP 'revela' cervejas artesanais com pinhão e sem glúten
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O 5º Encontro Artesanal São Paulo, realizado no último dia 10 no shopping Frei Caneca, na região central, mostrou-se um ótimo lugar para conhecer algumas cervejas com pouco, ou nenhum, espaço nos bares especializados. E também para apreciar novos rótulos de marcas mais conhecidas. Entre as "escondidas", por exemplo, estavam a Guarubier, de Guarulhos, ou a Los Dias, que parece vinda da Argentina ou do Chile, mas é do interior paulista mesmo. Dias é só o sobrenome da família por trás da marca. Também havia alguns rótulos recentes de cervejarias mais conhecidas. Confira abaixo cinco descobertas desta coluna entre as artesanais. Todas de São Paulo. * Guarubier Algumas cervejarias são quase como lendas urbanas. Você já ouviu falar, conhece alguém que jura que experimentou, mas nunca viu. É o caso da Guarubier, de Guarulhos. Provei uma german weizen com suco de laranja, bem refrescante. Cheguei a ler uma vez que esse frescor diminui na versão engarrafada, mas essa eu não tomei. A ver. * Los Dias Essa, confesso, desconhecia completamente. E me surpreendi positivamente. O nome sugere que a marca seja de algum vizinho do Mercosul, mas é de Taubaté mesmo. Rara por aqui, ela atende bem a região do Vale do Paraíba. Entre suas opções está uma belgian dubbel com pinhão na fórmula. Apesar dos 7% de teor alcoólico, o amargor é leve e apresenta um pouco de dulçor no final. * Crazy Rocker Criada em 2014, a "cervejaria roqueira" do guitarrista Leo Bregula ainda tem pouco rótulos, mas já produz cervejas bem interessantes, como a american stout Black Night. O que a difere de outras do mesmo estilo é a quantidade de lúpulo: são seis variedades, todas americanas, bom quem gosta das amarguinhas. Tem também a bohemian pilsener batizada de Bohemian Hopsody. Não bebi, mas o título é ótimo. * Landel com Júpiter Muitas cervejarias apostaram em versões mais leves de seu portfólio. É o caso da Tangerstein, uma witbier (estilo belga) com seus ingredientes tradicionais, como semente de coentro e capim limão, acrescida de casca de tangerina, como o nome sugere. Colaborativa das cervejarias Landel e Júpiter, o resultado é refrescante, com 4% de teor alcoólico. A Tangerstein já pode ser encontrada em bares como a Choperia São Paulo, em Pinheiros. * Capitu A artesanal Capitu é conhecida do público paulista, com boa distribuição em pontos especializados. A novidade, no meu caso, foi um rótulo sem glúten lançado recentemente, mas que só conheci neste evento. Trata-se de uma versão da Diadorim, uma belgian saison que leva como ingrediente extra a mandioquinha, naturalmente sem glúten. Pouco amargor e muito sabor. Indicada até para quem não tem problemas com esse malvado, o glúten.
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Encontro em SP 'revela' cervejas artesanais com pinhão e sem glútenO 5º Encontro Artesanal São Paulo, realizado no último dia 10 no shopping Frei Caneca, na região central, mostrou-se um ótimo lugar para conhecer algumas cervejas com pouco, ou nenhum, espaço nos bares especializados. E também para apreciar novos rótulos de marcas mais conhecidas. Entre as "escondidas", por exemplo, estavam a Guarubier, de Guarulhos, ou a Los Dias, que parece vinda da Argentina ou do Chile, mas é do interior paulista mesmo. Dias é só o sobrenome da família por trás da marca. Também havia alguns rótulos recentes de cervejarias mais conhecidas. Confira abaixo cinco descobertas desta coluna entre as artesanais. Todas de São Paulo. * Guarubier Algumas cervejarias são quase como lendas urbanas. Você já ouviu falar, conhece alguém que jura que experimentou, mas nunca viu. É o caso da Guarubier, de Guarulhos. Provei uma german weizen com suco de laranja, bem refrescante. Cheguei a ler uma vez que esse frescor diminui na versão engarrafada, mas essa eu não tomei. A ver. * Los Dias Essa, confesso, desconhecia completamente. E me surpreendi positivamente. O nome sugere que a marca seja de algum vizinho do Mercosul, mas é de Taubaté mesmo. Rara por aqui, ela atende bem a região do Vale do Paraíba. Entre suas opções está uma belgian dubbel com pinhão na fórmula. Apesar dos 7% de teor alcoólico, o amargor é leve e apresenta um pouco de dulçor no final. * Crazy Rocker Criada em 2014, a "cervejaria roqueira" do guitarrista Leo Bregula ainda tem pouco rótulos, mas já produz cervejas bem interessantes, como a american stout Black Night. O que a difere de outras do mesmo estilo é a quantidade de lúpulo: são seis variedades, todas americanas, bom quem gosta das amarguinhas. Tem também a bohemian pilsener batizada de Bohemian Hopsody. Não bebi, mas o título é ótimo. * Landel com Júpiter Muitas cervejarias apostaram em versões mais leves de seu portfólio. É o caso da Tangerstein, uma witbier (estilo belga) com seus ingredientes tradicionais, como semente de coentro e capim limão, acrescida de casca de tangerina, como o nome sugere. Colaborativa das cervejarias Landel e Júpiter, o resultado é refrescante, com 4% de teor alcoólico. A Tangerstein já pode ser encontrada em bares como a Choperia São Paulo, em Pinheiros. * Capitu A artesanal Capitu é conhecida do público paulista, com boa distribuição em pontos especializados. A novidade, no meu caso, foi um rótulo sem glúten lançado recentemente, mas que só conheci neste evento. Trata-se de uma versão da Diadorim, uma belgian saison que leva como ingrediente extra a mandioquinha, naturalmente sem glúten. Pouco amargor e muito sabor. Indicada até para quem não tem problemas com esse malvado, o glúten.
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Terça tem previsão de temporal à noite e estreia de mostra no Sesc Santana
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O tempo deve mudar nesta terça-feira (26) em São Paulo. Com máxima de 28ºC e mínima de 21ºC, o dia tem previsão de pancadas de chuva à tarde e temporal à noite, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER O CMN (Conselho Monetário Nacional) autorizou as instituições financeiras a realizar abertura e fechamento de contas sem que haja contato presencial com seus clientes, que poderão realizar essas operações pela internet. O plenário do Senado elegeu nesta segunda-feira (25), em votação simbólica, os 42 senadores titulares e suplentes da comissão especial que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff * AGENDA CULTURAL Exposição | Nesta terça (26), o Sesc Santana recebe a "Hiper_arte 2016 - Mostra de Convergências". A ideia do projeto criado pelos artistas Lali Krotoszynski e Rogério Salatini é apresentar performances, instalações, conversas e oficinas híbridas, que partam do corpo e cruzem outras possibilidades e poéticas da arte contemporânea, como vídeo, fotografia e novas tecnologias. Sesc Santana - av. Luiz Dumont Villares, 579, região norte, tel. 2971-8700. Qua. a sex.: 9h às 22h. Sáb.: 10h às 21h. Dom.: 10h às 17h. Abertura: 26/4, 21h. Até 1º/5. Livre. GRÁTIS + Exposição | A exposição coletiva "Provocar Urbanos: Inquietações sobre a Cidade", no Sesc Vila Mariana, pode ser opção de passeio. Nela, a instalação "Lágrimas de São Pedro", de Vinícius S.A., desperta encantamento (e um certo frenesi por selfies) Sesc Vila Mariana (térreo). R. Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Até 31/7. Ter. a sex. 10h às 21h30. Sáb.: 10h às 20h30. Dom. e fer.: 10h às 18h30. GRÁTIS
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Terça tem previsão de temporal à noite e estreia de mostra no Sesc SantanaO tempo deve mudar nesta terça-feira (26) em São Paulo. Com máxima de 28ºC e mínima de 21ºC, o dia tem previsão de pancadas de chuva à tarde e temporal à noite, segundo o Climatempo. * VOCÊ DEVERIA SABER O CMN (Conselho Monetário Nacional) autorizou as instituições financeiras a realizar abertura e fechamento de contas sem que haja contato presencial com seus clientes, que poderão realizar essas operações pela internet. O plenário do Senado elegeu nesta segunda-feira (25), em votação simbólica, os 42 senadores titulares e suplentes da comissão especial que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff * AGENDA CULTURAL Exposição | Nesta terça (26), o Sesc Santana recebe a "Hiper_arte 2016 - Mostra de Convergências". A ideia do projeto criado pelos artistas Lali Krotoszynski e Rogério Salatini é apresentar performances, instalações, conversas e oficinas híbridas, que partam do corpo e cruzem outras possibilidades e poéticas da arte contemporânea, como vídeo, fotografia e novas tecnologias. Sesc Santana - av. Luiz Dumont Villares, 579, região norte, tel. 2971-8700. Qua. a sex.: 9h às 22h. Sáb.: 10h às 21h. Dom.: 10h às 17h. Abertura: 26/4, 21h. Até 1º/5. Livre. GRÁTIS + Exposição | A exposição coletiva "Provocar Urbanos: Inquietações sobre a Cidade", no Sesc Vila Mariana, pode ser opção de passeio. Nela, a instalação "Lágrimas de São Pedro", de Vinícius S.A., desperta encantamento (e um certo frenesi por selfies) Sesc Vila Mariana (térreo). R. Pelotas, 141, Vila Mariana, região sul, tel. 5080-3000. Até 31/7. Ter. a sex. 10h às 21h30. Sáb.: 10h às 20h30. Dom. e fer.: 10h às 18h30. GRÁTIS
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De olho no 1º lugar geral, Corinthians poupa titulares contra Ponte Preta
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Garantido nas quartas de final do Campeonato Paulista, o Corinthians jogará com apenas três titulares diante da Ponte Preta, às 21h45 desta quarta-feira (30), no Itaquerão. De contrato renovado, Rodriguinho —ausente contra o Ituano —é um dos titulares confirmados pelo técnico Tite. Além dele, jogarão o goleiro Cássio e o zagueiro Yago. Assim, com outro reserva, o Corinthians deve entrar em campo com Cássio; Edilson, Vilson, Yago e Guilherme Arana; Willians; Ángel Romero, Rodriguinho, Alan Mineiro e Danilo; Luciano. Fagner, Uendel, Bruno Henrique, Giovanni Augusto, Guilherme, Lucca e André serão preservados pela comissão técnica. O grupo deve voltar ao time no clássico contra o Palmeiras, no domingo (3), e ser mantido para o jogo ante o Santa Fe (COL), no dia 6, pela Libertadores. No Paulista, o Corinthians lidera o Grupo D, com 29 pontos em 12 rodadas. Na classificação geral, o time de Parque São Jorge tem seis pontos a mais do que Santos e São Bento, que dividem a liderança do Grupo A. CORINTHIANS Cássio; Edilson, Vilson, Yago e Arana; Willians, Rodriguinho, Alan Mineiro, Danilo e Romero; Luciano Técnico: Tite PONTE PRETA João Carlos; Jeferson, Douglas, F. Ferreira e Reinaldo; Jonas, J. Vítor e Ravanelli; F. Azevedo, Rhayner (Clayson) e Wellington Paulista Técnico: Alexandre Gallo Estádio: Itaquerão Árbitro: Alessandro Darcie TV: Globo e Band (para SP)
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De olho no 1º lugar geral, Corinthians poupa titulares contra Ponte PretaGarantido nas quartas de final do Campeonato Paulista, o Corinthians jogará com apenas três titulares diante da Ponte Preta, às 21h45 desta quarta-feira (30), no Itaquerão. De contrato renovado, Rodriguinho —ausente contra o Ituano —é um dos titulares confirmados pelo técnico Tite. Além dele, jogarão o goleiro Cássio e o zagueiro Yago. Assim, com outro reserva, o Corinthians deve entrar em campo com Cássio; Edilson, Vilson, Yago e Guilherme Arana; Willians; Ángel Romero, Rodriguinho, Alan Mineiro e Danilo; Luciano. Fagner, Uendel, Bruno Henrique, Giovanni Augusto, Guilherme, Lucca e André serão preservados pela comissão técnica. O grupo deve voltar ao time no clássico contra o Palmeiras, no domingo (3), e ser mantido para o jogo ante o Santa Fe (COL), no dia 6, pela Libertadores. No Paulista, o Corinthians lidera o Grupo D, com 29 pontos em 12 rodadas. Na classificação geral, o time de Parque São Jorge tem seis pontos a mais do que Santos e São Bento, que dividem a liderança do Grupo A. CORINTHIANS Cássio; Edilson, Vilson, Yago e Arana; Willians, Rodriguinho, Alan Mineiro, Danilo e Romero; Luciano Técnico: Tite PONTE PRETA João Carlos; Jeferson, Douglas, F. Ferreira e Reinaldo; Jonas, J. Vítor e Ravanelli; F. Azevedo, Rhayner (Clayson) e Wellington Paulista Técnico: Alexandre Gallo Estádio: Itaquerão Árbitro: Alessandro Darcie TV: Globo e Band (para SP)
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Maternar: Após dois meses ativa, sala de parto normal é fechada para reforma
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Em dezembro do ano passado, o hospital Sepaco, na Vila Mariana (zona sul de SP), criou quartos com banheira onde a gestante pode ter seu bebê da forma mais natural, várias grávidas procuraram a unidade e planejavam ter seus bebês lá. ... Leia post completo no blog
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Maternar: Após dois meses ativa, sala de parto normal é fechada para reformaEm dezembro do ano passado, o hospital Sepaco, na Vila Mariana (zona sul de SP), criou quartos com banheira onde a gestante pode ter seu bebê da forma mais natural, várias grávidas procuraram a unidade e planejavam ter seus bebês lá. ... Leia post completo no blog
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Rogério Ceni vai cantar com grupo Ira! em intervalo de jogo de despedida
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Organizadores da despedida de Rogério Ceni do São Paulo trabalhavam ontem com a possibilidade de esgotar hoje os 60 mil ingressos colocados à venda. Só na terça (8) foram vendidas 11 mil entradas para a partida amistosa, amanhã, no estádio do Morumbi. JOGO DE CENI E o goleiro, que está falando que pretende jogar na linha em parte do amistoso, também vai dar as caras na parte musical do evento. No intervalo do jogo, ele vai se juntar ao grupo Ira! para cantar "Envelheço na Cidade". Leia a coluna completa aqui
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Rogério Ceni vai cantar com grupo Ira! em intervalo de jogo de despedidaOrganizadores da despedida de Rogério Ceni do São Paulo trabalhavam ontem com a possibilidade de esgotar hoje os 60 mil ingressos colocados à venda. Só na terça (8) foram vendidas 11 mil entradas para a partida amistosa, amanhã, no estádio do Morumbi. JOGO DE CENI E o goleiro, que está falando que pretende jogar na linha em parte do amistoso, também vai dar as caras na parte musical do evento. No intervalo do jogo, ele vai se juntar ao grupo Ira! para cantar "Envelheço na Cidade". Leia a coluna completa aqui
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