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Rede pede para STF afastar Renan da presidência do Senado
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A Rede Sustentabilidade entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para afastar do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A questão será analisada pelo ministro Marco Aurélio Mello. Não há prazo para o ministro decidir. Na semana passada, Renan virou réu no STF e vai responder pelo crime de peculato. Em maio, o partido pediu o afastamento do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já era réu no STF. Por sorteio eletrônico, o pedido foi para o ministro Marco Aurélio. Mas a decisão de afastar Cunha do cargo foi dada alguns dias depois pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF. Depois, o plenário do STF referendou a decisão de Teori. A ação prosseguiu com o objetivo de analisar se réus podem ocupar cargo na linha sucessória da Presidência da República (vice-presidente, presidente da Câmara e presidente do Senado). A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra réus ocuparem o cargo. O caso foi ao plenário do STF em novembro. A maioria dos ministros –seis, de um total de 11– votou por impedir que réus ocupassem a linha sucessória. No entanto, o julgamento foi interrompido por pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) feito pelo ministro Dias Toffoli. Na noite de sexta-feira (2) Toffoli informou que havia recebido os autos do processo e, portanto, só a partir de então começou a correr o prazo para a devolução da ação. Com isso, o prazo regimental para a devolução da vista encerra-se no dia 21 de dezembro de 2016, segundo Toffoli. "Ocorre que no dia 1º de dezembro de 2016, o plenário deste STF recebeu parcialmente denúncia criminal formulada no âmbito do inquérito policial nº 2593 contra o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, que passou à condição de réu, pela alegada prática do crime de peculato (a decisão ainda não foi disponibilizada pelo STF). Com o recebimento da denúncia, passou a existir impedimento incontornável para a permanência do referido senador na Presidência do Senado Federal, de acordo com a orientação já externada pela maioria dos ministros do STF", escreveu a Rede Sustentabilidade na petição em que pede o afastamento de Renan. De acordo com a legenda, "com esse fato superveniente, o periculum in mora, que deixara de subsistir pelo afastamento judicial do então deputado presidente da Câmara dos Deputados em outro feito, voltou a estar presente, justificando a reiteração do pedido de concessão de medida cautelar formulado na petição inicial". Para a Rede Sustentabilidade, o ministro pode decidir até que "o julgamento definitivo desta ADPF [arguição de descumprimento de preceito fundamental], seja reconhecida, em caráter provisório, a impossibilidade de que pessoas que respondam ou venham a responder a ação penal instaurada pelo STF assumam ou ocupem cargos em cujas atribuições constitucionais figure a substituição do(a) presidente da República". "Como corolário lógico inafastável desse reconhecimento, postula ainda a requerente seja determinado o afastamento cautelar imediato do Exmo. Sr. Renan Calheiros do cargo de presidente do Senado Federal, expedindo-se para tanto as competentes notificações para o primeiro-vice-presidente e para o primeiro-secretário do Senado Federal, a fim de que façam cumprir a decisão", diz o documento do partido.
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poder
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Rede pede para STF afastar Renan da presidência do SenadoA Rede Sustentabilidade entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para afastar do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A questão será analisada pelo ministro Marco Aurélio Mello. Não há prazo para o ministro decidir. Na semana passada, Renan virou réu no STF e vai responder pelo crime de peculato. Em maio, o partido pediu o afastamento do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já era réu no STF. Por sorteio eletrônico, o pedido foi para o ministro Marco Aurélio. Mas a decisão de afastar Cunha do cargo foi dada alguns dias depois pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF. Depois, o plenário do STF referendou a decisão de Teori. A ação prosseguiu com o objetivo de analisar se réus podem ocupar cargo na linha sucessória da Presidência da República (vice-presidente, presidente da Câmara e presidente do Senado). A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou contra réus ocuparem o cargo. O caso foi ao plenário do STF em novembro. A maioria dos ministros –seis, de um total de 11– votou por impedir que réus ocupassem a linha sucessória. No entanto, o julgamento foi interrompido por pedido de vista (mais tempo para analisar o caso) feito pelo ministro Dias Toffoli. Na noite de sexta-feira (2) Toffoli informou que havia recebido os autos do processo e, portanto, só a partir de então começou a correr o prazo para a devolução da ação. Com isso, o prazo regimental para a devolução da vista encerra-se no dia 21 de dezembro de 2016, segundo Toffoli. "Ocorre que no dia 1º de dezembro de 2016, o plenário deste STF recebeu parcialmente denúncia criminal formulada no âmbito do inquérito policial nº 2593 contra o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, que passou à condição de réu, pela alegada prática do crime de peculato (a decisão ainda não foi disponibilizada pelo STF). Com o recebimento da denúncia, passou a existir impedimento incontornável para a permanência do referido senador na Presidência do Senado Federal, de acordo com a orientação já externada pela maioria dos ministros do STF", escreveu a Rede Sustentabilidade na petição em que pede o afastamento de Renan. De acordo com a legenda, "com esse fato superveniente, o periculum in mora, que deixara de subsistir pelo afastamento judicial do então deputado presidente da Câmara dos Deputados em outro feito, voltou a estar presente, justificando a reiteração do pedido de concessão de medida cautelar formulado na petição inicial". Para a Rede Sustentabilidade, o ministro pode decidir até que "o julgamento definitivo desta ADPF [arguição de descumprimento de preceito fundamental], seja reconhecida, em caráter provisório, a impossibilidade de que pessoas que respondam ou venham a responder a ação penal instaurada pelo STF assumam ou ocupem cargos em cujas atribuições constitucionais figure a substituição do(a) presidente da República". "Como corolário lógico inafastável desse reconhecimento, postula ainda a requerente seja determinado o afastamento cautelar imediato do Exmo. Sr. Renan Calheiros do cargo de presidente do Senado Federal, expedindo-se para tanto as competentes notificações para o primeiro-vice-presidente e para o primeiro-secretário do Senado Federal, a fim de que façam cumprir a decisão", diz o documento do partido.
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Concessionárias querem mudar os contratos firmados entre 2013 e 2014
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O plano do governo interino de viabilizar concessões para impulsionar a economia a partir de contratos novos e já assinados pode esbarrar em dificuldades. Empresas que venceram a última rodada de concessões de rodovias federais, entre 2013 e 2014, alegam que acordos com a União precisam ser readequados, pois as condições econômicas mudaram. Elas formaram um grupo que se denomina "Concessionárias Pós-2013". São seis trechos de estradas, em Estados como Mato Grosso, Minas e Espírito Santo. Cinco são da última rodada, e um, da penúltima. ÚLTIMA RODADA - Concessões cujos contratos podem ser rediscutidos As concessionárias ainda discutem quais as propostas que devem levar ao governo. As conversas acontecem na ABCR, a associação do setor. Ainda não há consenso sobre que soluções vão propor. Fala-se em revisão de prazos de investimentos nas rodovias, especialmente das duplicações, segundo executivos de três empresas. Também se aventa a possibilidade da exclusão de algumas das obrigações de implementar melhorias previstas nos contratos. Outra ideia é alongar os períodos das concessões, o que não terá impacto mais imediato nos projetos. Além disso, as empresas querem que o licenciamento ambiental passe a valer para a rodovia inteira –hoje, ele é concedido por trechos, o que onera as construções. - Asfalto selvagem A queda da economia, com um tráfego menor nas estradas, impacta os negócios das concessionárias, afirma Flavio Freitas, diretor de desenvolvimento da ABCR (associação do setor). Freitas menciona outros problemas, como acréscimo de custos regulados (o material asfáltico) e demora de licenciamento ambiental. Empresários também reclamam que o BNDES havia prometido financiamento de até 70%, mas que, agora, se compromete com 40%.. - Petrobras inicia exportação de energia elétrica à Argentina A Petrobras iniciou neste mês a exportação de energia elétrica à Argentina, em contrato que vai até 2018 -o valor não foi revelado. A transação será operacionalizada pela empresa Tradener, que vai comprar a energia no Brasil -da Petrobras e de outros fornecedores- e exportar à Argentina. A empresa espera ganhar tanto com as vendas diretas ao país quanto com a comercialização de gás para usinas de terceiros que também integram o acordo. No primeiro envio, realizado na última terça-feira (5), a Petrobras participou com 213 MW médios. Até agosto, deverão ser exportados 860 MW médios -o equivalente ao atendimento de uma cidade brasileira de 500 mil habitantes. A energia virá de usinas termelétricas a gás natural da empresa, que hoje têm sobras de energia devido à queda do consumo no país e à melhora do nível dos reservatórios das hidrelétricas. O envio direto de energia à Argentina já é previsto em casos de necessidade ou emergência, mas, com o atual excedente no Brasil, o governo discute propostas de acordos comerciais com o vizinho. - Menos encorpado As vendas de vinhos e espumantes nacionais caíram 6,3% nos primeiros cinco meses deste ano, na comparação com igual período de 2015, segundo a Ibravin, que representa o setor. A quebra da safra de uva no Sul do país -uma redução de 57% em relação ao ano passado- e o aumento de impostos no fim de 2015 são apontados como os principais motivos da retração. "Com a alta do IPI e do ICMS em muitos Estados, a participação dos tributos no preço final subiu de 56% para 77%", diz o presidente da entidade, Dirceu Scottá. O imposto federal, antes de R$ 0,73 por garrafa, passou a representar 10% do valor da unidade. Até 2015, o mercado resistia à crise, e as vendas subiram 1,68% em relação a 2014. "A alta do dólar teve um impacto positivo no primeiro momento, mas, com a alta da tributação, perdemos a competitividade conquistada." TAÇA MEIO VAZIA - Mercado de vinhos no Brasil, de janeiro a maio, em milhões de litros - Um gole a menos A colheita da vinícola Salton, no Rio Grande do Sul, caiu de cerca de 15 milhões de quilos para 6 milhões neste ano, diz a diretora-executiva, Luciana Salton. "Os estoques, que antes eram um problema, acabaram por ser uma salvação." A companhia deverá encolher sua linha, com 60 tipos de vinhos e espumantes, por falta de matéria-prima. Outra solução foi lançar um produto feito com uvas malbec da Argentina. "É a nossa primeira importação, serão 40 mil caixas." Apesar dos entraves do setor, as vendas da marca no primeiro semestre ficaram estáveis, diz Salton. faturou a Salton em 2015 - Não vou chamar o síndico Em um ano, as ações judiciais por falta de pagamento de condomínio caíram 86,8%. Em maio, foram ajuizadas 109 processos contra os 825 protocolados no mesmo mês do ano passado, segundo o Secovi-SP (entidade do setor). Os acordos extrajudiciais contribuíram para a redução das ações, diz Hubert Gebara, do Secovi. "O inadimplente prefere negociar e pagar parcelado. Para o condomínio, é melhor receber dessa forma que entrar na Justiça." A retração também foi significativa no acumulado deste ano. De janeiro a maio, foram ajuizadas 1.764 ações -uma queda de 59,2% em relação a igual período de 2015. BOLETO ATRASADO - Ações por falta de pagamento de condomínio - Caixa... O comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a perder postos de trabalho. Em maio, foram 3.730 empregos formais a menos. Os dados são da FecomercioSP. ...fechado É o pior resultado para maio desde 2007, e o setor havia perdido 10 mil vagas em abril. Para a entidade, porém, a desaceleração mostra que o cenário parou de piorar. - com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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colunas
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Concessionárias querem mudar os contratos firmados entre 2013 e 2014O plano do governo interino de viabilizar concessões para impulsionar a economia a partir de contratos novos e já assinados pode esbarrar em dificuldades. Empresas que venceram a última rodada de concessões de rodovias federais, entre 2013 e 2014, alegam que acordos com a União precisam ser readequados, pois as condições econômicas mudaram. Elas formaram um grupo que se denomina "Concessionárias Pós-2013". São seis trechos de estradas, em Estados como Mato Grosso, Minas e Espírito Santo. Cinco são da última rodada, e um, da penúltima. ÚLTIMA RODADA - Concessões cujos contratos podem ser rediscutidos As concessionárias ainda discutem quais as propostas que devem levar ao governo. As conversas acontecem na ABCR, a associação do setor. Ainda não há consenso sobre que soluções vão propor. Fala-se em revisão de prazos de investimentos nas rodovias, especialmente das duplicações, segundo executivos de três empresas. Também se aventa a possibilidade da exclusão de algumas das obrigações de implementar melhorias previstas nos contratos. Outra ideia é alongar os períodos das concessões, o que não terá impacto mais imediato nos projetos. Além disso, as empresas querem que o licenciamento ambiental passe a valer para a rodovia inteira –hoje, ele é concedido por trechos, o que onera as construções. - Asfalto selvagem A queda da economia, com um tráfego menor nas estradas, impacta os negócios das concessionárias, afirma Flavio Freitas, diretor de desenvolvimento da ABCR (associação do setor). Freitas menciona outros problemas, como acréscimo de custos regulados (o material asfáltico) e demora de licenciamento ambiental. Empresários também reclamam que o BNDES havia prometido financiamento de até 70%, mas que, agora, se compromete com 40%.. - Petrobras inicia exportação de energia elétrica à Argentina A Petrobras iniciou neste mês a exportação de energia elétrica à Argentina, em contrato que vai até 2018 -o valor não foi revelado. A transação será operacionalizada pela empresa Tradener, que vai comprar a energia no Brasil -da Petrobras e de outros fornecedores- e exportar à Argentina. A empresa espera ganhar tanto com as vendas diretas ao país quanto com a comercialização de gás para usinas de terceiros que também integram o acordo. No primeiro envio, realizado na última terça-feira (5), a Petrobras participou com 213 MW médios. Até agosto, deverão ser exportados 860 MW médios -o equivalente ao atendimento de uma cidade brasileira de 500 mil habitantes. A energia virá de usinas termelétricas a gás natural da empresa, que hoje têm sobras de energia devido à queda do consumo no país e à melhora do nível dos reservatórios das hidrelétricas. O envio direto de energia à Argentina já é previsto em casos de necessidade ou emergência, mas, com o atual excedente no Brasil, o governo discute propostas de acordos comerciais com o vizinho. - Menos encorpado As vendas de vinhos e espumantes nacionais caíram 6,3% nos primeiros cinco meses deste ano, na comparação com igual período de 2015, segundo a Ibravin, que representa o setor. A quebra da safra de uva no Sul do país -uma redução de 57% em relação ao ano passado- e o aumento de impostos no fim de 2015 são apontados como os principais motivos da retração. "Com a alta do IPI e do ICMS em muitos Estados, a participação dos tributos no preço final subiu de 56% para 77%", diz o presidente da entidade, Dirceu Scottá. O imposto federal, antes de R$ 0,73 por garrafa, passou a representar 10% do valor da unidade. Até 2015, o mercado resistia à crise, e as vendas subiram 1,68% em relação a 2014. "A alta do dólar teve um impacto positivo no primeiro momento, mas, com a alta da tributação, perdemos a competitividade conquistada." TAÇA MEIO VAZIA - Mercado de vinhos no Brasil, de janeiro a maio, em milhões de litros - Um gole a menos A colheita da vinícola Salton, no Rio Grande do Sul, caiu de cerca de 15 milhões de quilos para 6 milhões neste ano, diz a diretora-executiva, Luciana Salton. "Os estoques, que antes eram um problema, acabaram por ser uma salvação." A companhia deverá encolher sua linha, com 60 tipos de vinhos e espumantes, por falta de matéria-prima. Outra solução foi lançar um produto feito com uvas malbec da Argentina. "É a nossa primeira importação, serão 40 mil caixas." Apesar dos entraves do setor, as vendas da marca no primeiro semestre ficaram estáveis, diz Salton. faturou a Salton em 2015 - Não vou chamar o síndico Em um ano, as ações judiciais por falta de pagamento de condomínio caíram 86,8%. Em maio, foram ajuizadas 109 processos contra os 825 protocolados no mesmo mês do ano passado, segundo o Secovi-SP (entidade do setor). Os acordos extrajudiciais contribuíram para a redução das ações, diz Hubert Gebara, do Secovi. "O inadimplente prefere negociar e pagar parcelado. Para o condomínio, é melhor receber dessa forma que entrar na Justiça." A retração também foi significativa no acumulado deste ano. De janeiro a maio, foram ajuizadas 1.764 ações -uma queda de 59,2% em relação a igual período de 2015. BOLETO ATRASADO - Ações por falta de pagamento de condomínio - Caixa... O comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a perder postos de trabalho. Em maio, foram 3.730 empregos formais a menos. Os dados são da FecomercioSP. ...fechado É o pior resultado para maio desde 2007, e o setor havia perdido 10 mil vagas em abril. Para a entidade, porém, a desaceleração mostra que o cenário parou de piorar. - com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Quatro pessoas ligadas ao terror pediram credencial para Rio-2016, diz "Fantástico"
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DE SÃO PAULO Quatro pessoas ligadas a grupos terroristas teriam tentado obter credencial para a Olimpíada do Rio. A informação foi veiculada no "Fantástico", programa da Rede Globo, na noite deste domingo (17), a partir de uma lista de suspeitos elaborada pelo Ciant (Centro Integrado Antiterrorismo). O Ciant, organização da Polícia Federal que opera em Brasília, é o órgão responsável por avaliar todos os pedidos de credenciamento para os Jogos do Rio, desde jogadores e jornalistas até voluntários e representantes governamentais. Caso detecte alguma irregularidade, recomenda que o Comitê Rio-2016 rejeite o pedido. O órgão colabora com as equipes de inteligência envolvidas no esquema de segurança da Rio-2016. A organização obtém informações de uma rede internacional formada por oito países. De acordo com o "Fantástico", o Ciant teria detectado que quarenta pessoas sinalizadas como suspeitas pela comunidade internacional de inteligência, por diversos motivos, fizeram pedidos para ir à Olimpíada. Destas quarenta, quatro teriam ligação comprovada com grupos terroristas internacionais, segundo informações do "Fantástico". Os nomes, nacionalidades e acusações estão sob sigilo de justiça, ainda de acordo com o programa da Rede Globo.
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esporte
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Quatro pessoas ligadas ao terror pediram credencial para Rio-2016, diz "Fantástico"
DE SÃO PAULO Quatro pessoas ligadas a grupos terroristas teriam tentado obter credencial para a Olimpíada do Rio. A informação foi veiculada no "Fantástico", programa da Rede Globo, na noite deste domingo (17), a partir de uma lista de suspeitos elaborada pelo Ciant (Centro Integrado Antiterrorismo). O Ciant, organização da Polícia Federal que opera em Brasília, é o órgão responsável por avaliar todos os pedidos de credenciamento para os Jogos do Rio, desde jogadores e jornalistas até voluntários e representantes governamentais. Caso detecte alguma irregularidade, recomenda que o Comitê Rio-2016 rejeite o pedido. O órgão colabora com as equipes de inteligência envolvidas no esquema de segurança da Rio-2016. A organização obtém informações de uma rede internacional formada por oito países. De acordo com o "Fantástico", o Ciant teria detectado que quarenta pessoas sinalizadas como suspeitas pela comunidade internacional de inteligência, por diversos motivos, fizeram pedidos para ir à Olimpíada. Destas quarenta, quatro teriam ligação comprovada com grupos terroristas internacionais, segundo informações do "Fantástico". Os nomes, nacionalidades e acusações estão sob sigilo de justiça, ainda de acordo com o programa da Rede Globo.
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Iraque diz ter matado vice de Saddam Hussein em batalha contra EI
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O governador da Província de Salahuddin, Raed al-Jabouri, disse nesta sexta-feira (17) que Izzat Ibrahim al-Douri, vice do ex-ditador do Iraque Saddam Hussein, foi morto em uma batalha contra o Estado Islâmico em Tikrit, no norte do país. O Al Baath, partido ao qual Douri era vinculado, negou a informação. O vice de Saddam é mais alto membro do último regime que ainda está foragido e chefe de uma das principais forças contrárias ao governo no país. Segundo Jabouri, soldados do governo e milicianos xiitas o mataram quando abriram fogo contra um comboio de combatentes no leste da cidade durante a manhã. Além dele, seus nove guarda-costas foram mortos na operação. Em entrevista, o porta-voz do partido Al Baath, Judayer al-Murshidy, negou a morte e disse que ele está vivo e no Iraque. Ele acusa o governo de difundir a informação "para diminuir o poder da resistência ou distrair a opinião pública". O corpo do suposto vice de Saddam foi levado à capital Bagdá para uma análise de DNA, a fim de confirmar sua identidade. No entanto, ele afirma que, pelas fotos que possui e que foram divulgadas à imprensa, um dos corpos é do líder político. PERFIL Além de vice-presidente, Douri foi ministro do Interior e da Agricultura. Após a invasão do Iraque, em 2003, Washington tinha oferecido US$ 10 milhões de recompensa a quem desse informações que levassem a sua detenção ou morte. Há duas semanas, ele pediu em discurso aos líderes árabes sunitas que atuassem para conter a "ameaça jihadista, a expansão dos xiitas e a dominação imperialista-sionista", embora a princípio tivesse dado apoio ao Estado Islâmico e à Al Qaeda. Em junho de 2014, o Exército iraquiano matou seu filho, Ahmed Izzat alb Douri, durante um bombardeio contra uma reunião de supostos terroristas em Tikrit.
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mundo
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Iraque diz ter matado vice de Saddam Hussein em batalha contra EIO governador da Província de Salahuddin, Raed al-Jabouri, disse nesta sexta-feira (17) que Izzat Ibrahim al-Douri, vice do ex-ditador do Iraque Saddam Hussein, foi morto em uma batalha contra o Estado Islâmico em Tikrit, no norte do país. O Al Baath, partido ao qual Douri era vinculado, negou a informação. O vice de Saddam é mais alto membro do último regime que ainda está foragido e chefe de uma das principais forças contrárias ao governo no país. Segundo Jabouri, soldados do governo e milicianos xiitas o mataram quando abriram fogo contra um comboio de combatentes no leste da cidade durante a manhã. Além dele, seus nove guarda-costas foram mortos na operação. Em entrevista, o porta-voz do partido Al Baath, Judayer al-Murshidy, negou a morte e disse que ele está vivo e no Iraque. Ele acusa o governo de difundir a informação "para diminuir o poder da resistência ou distrair a opinião pública". O corpo do suposto vice de Saddam foi levado à capital Bagdá para uma análise de DNA, a fim de confirmar sua identidade. No entanto, ele afirma que, pelas fotos que possui e que foram divulgadas à imprensa, um dos corpos é do líder político. PERFIL Além de vice-presidente, Douri foi ministro do Interior e da Agricultura. Após a invasão do Iraque, em 2003, Washington tinha oferecido US$ 10 milhões de recompensa a quem desse informações que levassem a sua detenção ou morte. Há duas semanas, ele pediu em discurso aos líderes árabes sunitas que atuassem para conter a "ameaça jihadista, a expansão dos xiitas e a dominação imperialista-sionista", embora a princípio tivesse dado apoio ao Estado Islâmico e à Al Qaeda. Em junho de 2014, o Exército iraquiano matou seu filho, Ahmed Izzat alb Douri, durante um bombardeio contra uma reunião de supostos terroristas em Tikrit.
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Aumento da taxa de serviço é prova cabal da artificialidade da inflação
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O aumento da taxa de serviço em restaurantes de 10% para 13% é prova cabal da artificialidade da inflação. Mais do que o aumento necessário por força da cadeia indexada, vários espertinhos aumentam descabidamente seus preços e suas vantagens com a maior cara de pau. Triste é ver que nós, brasileiros, aceitamos cabisbaixos tanta insolência e desfaçatez. Quem levanta a voz contra esses abusos? Quem se manifesta veementemente contra essa malandragem? Quem boicota preços e produtos inflacionados no Brasil? Luciano R. R. Souza (São Paulo, SP) * Nossa classe média deslumbrada irá pagar com satisfação as novas taxas de gorjeta de 13% ("Casas badaladas em SP abandonam tradição dos 10% e elevam gorjeta", "Folhainvest", 1º/2), além dos demais custos relacionados, como estacionamento e manobrista. Produzirá "selfies" com os pratos, com a família e com os amigos, sorrisos de orelha a orelha. Agora, pagar 0,38% de CPMF, nem pensar! Essa "gente diferenciada" que pague um plano de saúde decente! Caetano Brugnaro (Piracicaba, SP) * Cumprimento os editores da "Ilustríssima" por nos brindarem com um debate de alto nível sobre as raízes históricas das crises política e econômica em que o país mergulha hoje, confrontando as posições do eminente sociólogo Jessé Souza ("Tolice pré-fabricada", 10/1) e do brilhante cientista político Marcus Melo ("Raízes do Brasil político", 31/1). Entendo que o último saiu vitorioso da contenda, mostrando que a "demonização" do Estado não passa de um mito que serve aos poderosos. Aliás, isso ocorre com o seu oposto também: a santificação do mercado. Marcelo Coutinho Vargas, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (São Carlos, SP) * As fotos dos pré-Carnavais estampadas nos jornais são realmente uma maravilha. Imaginemos o que ocorrerá nos quase cinco dias oficiais das festividades. Muito me entristece, porém, porque grande parte desse pessoal não se vale da mesma ideia de se reunir nas ruas para exigir honestidade dos nossos governantes nem para postular a rigidez da economia do país e, sobretudo, menos tributos. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP) * O que fazia um presidente da República em pleno exercício de seu mandato, à sorrelfa, em encontros com um empreiteiro? Maria Aparecida Ramos Lorena (São Paulo, SP) * A candidatura de Lula para 2018 assombra a classe política. Dilma Rousseff vai governar o país até 2018 ou não? A crise de confiança que se abate sobre o governo e que incide sobre o cidadão ocorre porque temos uma presidente incompetente e uma classe política voltada para si mesmo e para quem a financiou. Essa situação deve ter fim. A República é formada por Poderes, e deles se espera a ação que nos fará sair deste atoleiro. Sergio Holl Lara (Indaiatuba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Aumento da taxa de serviço é prova cabal da artificialidade da inflaçãoO aumento da taxa de serviço em restaurantes de 10% para 13% é prova cabal da artificialidade da inflação. Mais do que o aumento necessário por força da cadeia indexada, vários espertinhos aumentam descabidamente seus preços e suas vantagens com a maior cara de pau. Triste é ver que nós, brasileiros, aceitamos cabisbaixos tanta insolência e desfaçatez. Quem levanta a voz contra esses abusos? Quem se manifesta veementemente contra essa malandragem? Quem boicota preços e produtos inflacionados no Brasil? Luciano R. R. Souza (São Paulo, SP) * Nossa classe média deslumbrada irá pagar com satisfação as novas taxas de gorjeta de 13% ("Casas badaladas em SP abandonam tradição dos 10% e elevam gorjeta", "Folhainvest", 1º/2), além dos demais custos relacionados, como estacionamento e manobrista. Produzirá "selfies" com os pratos, com a família e com os amigos, sorrisos de orelha a orelha. Agora, pagar 0,38% de CPMF, nem pensar! Essa "gente diferenciada" que pague um plano de saúde decente! Caetano Brugnaro (Piracicaba, SP) * Cumprimento os editores da "Ilustríssima" por nos brindarem com um debate de alto nível sobre as raízes históricas das crises política e econômica em que o país mergulha hoje, confrontando as posições do eminente sociólogo Jessé Souza ("Tolice pré-fabricada", 10/1) e do brilhante cientista político Marcus Melo ("Raízes do Brasil político", 31/1). Entendo que o último saiu vitorioso da contenda, mostrando que a "demonização" do Estado não passa de um mito que serve aos poderosos. Aliás, isso ocorre com o seu oposto também: a santificação do mercado. Marcelo Coutinho Vargas, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (São Carlos, SP) * As fotos dos pré-Carnavais estampadas nos jornais são realmente uma maravilha. Imaginemos o que ocorrerá nos quase cinco dias oficiais das festividades. Muito me entristece, porém, porque grande parte desse pessoal não se vale da mesma ideia de se reunir nas ruas para exigir honestidade dos nossos governantes nem para postular a rigidez da economia do país e, sobretudo, menos tributos. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP) * O que fazia um presidente da República em pleno exercício de seu mandato, à sorrelfa, em encontros com um empreiteiro? Maria Aparecida Ramos Lorena (São Paulo, SP) * A candidatura de Lula para 2018 assombra a classe política. Dilma Rousseff vai governar o país até 2018 ou não? A crise de confiança que se abate sobre o governo e que incide sobre o cidadão ocorre porque temos uma presidente incompetente e uma classe política voltada para si mesmo e para quem a financiou. Essa situação deve ter fim. A República é formada por Poderes, e deles se espera a ação que nos fará sair deste atoleiro. Sergio Holl Lara (Indaiatuba, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Usar maconha por anos não faz tão mal para a saúde física, diz estudo
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No esforço de entender os efeitos da maconha sobre a saúde, uma das principais lacunas é a avaliação de seu uso prolongado. Para tentar sanar isso, uma pesquisa da Nova Zelândia com 947 pessoas viu que a erva não faz tão mal para a saúde física das pessoas quanto se imaginava. Não quer dizer que a maconha seja inócua. Malefícios como o prejuízo no desenvolvimento do cérebro, especialmente entre os jovens, e a piora de doenças mentais continuam ligados à droga. No entanto, no que diz respeito a aspectos da saúde física, o efeito do uso da erva pode ser até ligeiramente benéfico, segundo o estudo –ainda que, na prática, esse efeito seja irrelevante. Foi o caso das medidas de circunferência abdominal, do IMC (índice de massa corporal) e dos níveis de colesterol "bom", por exemplo. NEM BOA NEM TÃO MÁ - Estudo que acompanhou pessoas quase não vê riscos à saúde física causados pela maconha O claro prejuízo observado foi na saúde bucal. Em 55,6% dos usuários que uaram a droga por mais de 15 anos foi constatado prejuízo periodontal (nas gengivas) em comparação a 13,5% de quem nunca usou a droga. A explicação dos autores, liderados por Madeline Meier, da Universidade do Estado do Arizona, para a associação seria a relação entre uso de maconha e baixa higiene bucal. Os cientistas esperavam mais prejuízos causados pela maconha, mas só outros dois apareceram: o da função respiratória e da autoavaliação de saúde. Esta última alteração desaparece quando "descontado" o uso do cigarro pelos voluntários usuários. Já a explicação da avaliação pulmonar é um pouco mais complexa: o índice que mede o tanto que a pessoa consegue expirar no total não se saiu bem no estudo, mas o volume expirado forçado em um segundo (FEV1), parâmetro que estaria mais próximo de uma avaliação fisiológica real, segundo os autores, está inalterado nos usuários de maconha. 'BASEADO-ANO' Os cientistas reconhecem no artigo que a quantidade consumida de tabaco foi muito maior que a de maconha –o que pode ter ajudado a erva na comparação. A conta que os autores fizeram para analisar o uso de cigarro foi dividir o número diário de cigarros consumidos por 20 (que representa um maço), e multiplicar pelos anos em que essa taxa de fumo foi mantida. Um maço-ano é a unidade que representa o consumo diário de 20 cigarros ao longo de um ano. De forma análoga, a unidade "baseado-ano" foi criada –ela representa o uso diário de cannabis pelo mesmo período. Na comparação entre os voluntários, dos 26 aos 38 anos a média de maços-ano ficou em 3,3, e a de baseados-ano ficou em 1,2. Outro fator que pode ter dado um empurrãozinho para a boa performance da maconha é a quantidade do princípio ativo THC (tetrahidrocanabinol) presente na planta. Sabe-se que a maconha usada hoje em dia tem o "ingrediente" mais presente. Ele é responsável por parte dos efeitos alucinógeno da erva. Os pesquisadores que estudam esse grupo neozelandês, que é acompanhado desde os anos 70, já haviam publicado um estudo destacando os efeitos negativos da droga, principalmente na saúde mental de adolescentes (refletido em uma perda nos testes de QI). No novo estudo, publicado pela revista "Jama Psychiatry", os autores afirmam que dificilmente a maconha seria capaz de melhorar a saúde metabólica da população, apesar dos (fracos) indícios nessa direção. "Os resultados inesperados sublinham a importância de se fazer pesquisa rigorosa para testar hipóteses em vez de construir políticas públicas baseadas em mitos e dogmas que há muito pairam sobre esse assunto", escreveram Kevin Hill, e Roger Weiss, da Faculdade de Medicina de Harvard e do Hospital McLean, em Belmont, Massachusetts, nos EUA, em comentário ao estudo. Eles recomendam cautela também no uso médico. Apesar de indicações para alguns caso de dor crônica e de espasmos de origem neurológica, entre outras, "muitos pacientes usam cannabis medicinal para problemas para os quais há pouca ou nenhuma evidência científica". Ainda segundo eles, o uso recreativo da droga deve continuar sendo desencorajado pelos profissionais da área da saúde. "É importante frisar que, por melhor que tenha sido conduzido, este é apenas um estudo, com uma população homogênea, feito em um único país e terminando aos 38 anos de idade. É possível que alguns problemas surjam depois disso".
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equilibrioesaude
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Usar maconha por anos não faz tão mal para a saúde física, diz estudoNo esforço de entender os efeitos da maconha sobre a saúde, uma das principais lacunas é a avaliação de seu uso prolongado. Para tentar sanar isso, uma pesquisa da Nova Zelândia com 947 pessoas viu que a erva não faz tão mal para a saúde física das pessoas quanto se imaginava. Não quer dizer que a maconha seja inócua. Malefícios como o prejuízo no desenvolvimento do cérebro, especialmente entre os jovens, e a piora de doenças mentais continuam ligados à droga. No entanto, no que diz respeito a aspectos da saúde física, o efeito do uso da erva pode ser até ligeiramente benéfico, segundo o estudo –ainda que, na prática, esse efeito seja irrelevante. Foi o caso das medidas de circunferência abdominal, do IMC (índice de massa corporal) e dos níveis de colesterol "bom", por exemplo. NEM BOA NEM TÃO MÁ - Estudo que acompanhou pessoas quase não vê riscos à saúde física causados pela maconha O claro prejuízo observado foi na saúde bucal. Em 55,6% dos usuários que uaram a droga por mais de 15 anos foi constatado prejuízo periodontal (nas gengivas) em comparação a 13,5% de quem nunca usou a droga. A explicação dos autores, liderados por Madeline Meier, da Universidade do Estado do Arizona, para a associação seria a relação entre uso de maconha e baixa higiene bucal. Os cientistas esperavam mais prejuízos causados pela maconha, mas só outros dois apareceram: o da função respiratória e da autoavaliação de saúde. Esta última alteração desaparece quando "descontado" o uso do cigarro pelos voluntários usuários. Já a explicação da avaliação pulmonar é um pouco mais complexa: o índice que mede o tanto que a pessoa consegue expirar no total não se saiu bem no estudo, mas o volume expirado forçado em um segundo (FEV1), parâmetro que estaria mais próximo de uma avaliação fisiológica real, segundo os autores, está inalterado nos usuários de maconha. 'BASEADO-ANO' Os cientistas reconhecem no artigo que a quantidade consumida de tabaco foi muito maior que a de maconha –o que pode ter ajudado a erva na comparação. A conta que os autores fizeram para analisar o uso de cigarro foi dividir o número diário de cigarros consumidos por 20 (que representa um maço), e multiplicar pelos anos em que essa taxa de fumo foi mantida. Um maço-ano é a unidade que representa o consumo diário de 20 cigarros ao longo de um ano. De forma análoga, a unidade "baseado-ano" foi criada –ela representa o uso diário de cannabis pelo mesmo período. Na comparação entre os voluntários, dos 26 aos 38 anos a média de maços-ano ficou em 3,3, e a de baseados-ano ficou em 1,2. Outro fator que pode ter dado um empurrãozinho para a boa performance da maconha é a quantidade do princípio ativo THC (tetrahidrocanabinol) presente na planta. Sabe-se que a maconha usada hoje em dia tem o "ingrediente" mais presente. Ele é responsável por parte dos efeitos alucinógeno da erva. Os pesquisadores que estudam esse grupo neozelandês, que é acompanhado desde os anos 70, já haviam publicado um estudo destacando os efeitos negativos da droga, principalmente na saúde mental de adolescentes (refletido em uma perda nos testes de QI). No novo estudo, publicado pela revista "Jama Psychiatry", os autores afirmam que dificilmente a maconha seria capaz de melhorar a saúde metabólica da população, apesar dos (fracos) indícios nessa direção. "Os resultados inesperados sublinham a importância de se fazer pesquisa rigorosa para testar hipóteses em vez de construir políticas públicas baseadas em mitos e dogmas que há muito pairam sobre esse assunto", escreveram Kevin Hill, e Roger Weiss, da Faculdade de Medicina de Harvard e do Hospital McLean, em Belmont, Massachusetts, nos EUA, em comentário ao estudo. Eles recomendam cautela também no uso médico. Apesar de indicações para alguns caso de dor crônica e de espasmos de origem neurológica, entre outras, "muitos pacientes usam cannabis medicinal para problemas para os quais há pouca ou nenhuma evidência científica". Ainda segundo eles, o uso recreativo da droga deve continuar sendo desencorajado pelos profissionais da área da saúde. "É importante frisar que, por melhor que tenha sido conduzido, este é apenas um estudo, com uma população homogênea, feito em um único país e terminando aos 38 anos de idade. É possível que alguns problemas surjam depois disso".
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Perseguição policial termina em engavetamento na Anchieta
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A rodovia Anchieta, que liga a capital paulista à Baixada Santista, foi liberada após uma perseguição policial terminar em engavetamento na pista sentido São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, dois homens roubaram uma Toyota Hilux na área urbana de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e fugiram pela rodovia Anchieta. Uma equipe policial que viu o roubo começou a perseguir o carro que só parou quando bateu em outro na altura do km 18 da rodovia causando um engavetamento. Ao todo, seis carros se envolveram no acidente, que aconteceu por volta das 7h40 desta terça-feira (18). Após a batida, os dois homens fugiram e se embrenharam na mata. Equipes policiais estão no local em busca dos criminosos. Com o acidente, duas faixas da esquerda da rodovia foram interditadas. Por volta das 8h50, segundo a Ecovias, concessionária que administra a via, as faixas foram liberadas e o fluxo de carros foi restabelecido. Às 9h, os motoristas encontravam tráfego lento no trecho de planalto da rodovia Anchieta, sentido São Paulo, do km 23 ao km 18. No trecho de baixada a Anchieta tem filas no sentido litoral, do km 58 ao km 61, também reflexo de acidente. As demais rodovias Imigrantes, Padre Manoel da Nóbrega e Cônego Domênico Rangoni (ex Piaçaguera) têm tráfego normal em ambos os sentidos.
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cotidiano
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Perseguição policial termina em engavetamento na AnchietaA rodovia Anchieta, que liga a capital paulista à Baixada Santista, foi liberada após uma perseguição policial terminar em engavetamento na pista sentido São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, dois homens roubaram uma Toyota Hilux na área urbana de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e fugiram pela rodovia Anchieta. Uma equipe policial que viu o roubo começou a perseguir o carro que só parou quando bateu em outro na altura do km 18 da rodovia causando um engavetamento. Ao todo, seis carros se envolveram no acidente, que aconteceu por volta das 7h40 desta terça-feira (18). Após a batida, os dois homens fugiram e se embrenharam na mata. Equipes policiais estão no local em busca dos criminosos. Com o acidente, duas faixas da esquerda da rodovia foram interditadas. Por volta das 8h50, segundo a Ecovias, concessionária que administra a via, as faixas foram liberadas e o fluxo de carros foi restabelecido. Às 9h, os motoristas encontravam tráfego lento no trecho de planalto da rodovia Anchieta, sentido São Paulo, do km 23 ao km 18. No trecho de baixada a Anchieta tem filas no sentido litoral, do km 58 ao km 61, também reflexo de acidente. As demais rodovias Imigrantes, Padre Manoel da Nóbrega e Cônego Domênico Rangoni (ex Piaçaguera) têm tráfego normal em ambos os sentidos.
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Veja como o filme 'Montage of Heck' traduz o universo de Kurt Cobain
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Ao som de "All Apologies", do Nirvana -rearranjada para parecer uma canção de ninar–, um garotinho loiro e agitado desembrulha presentes de Natal. "Eu sou Kurt Cobain", diz ele nas filmagens caseiras, feitas em Super-8. O documentário "Kurt Cobain: Montage of Heck", de Brett Morgen, perpassa a vida conturbada do músico mais influente do rock das últimas décadas, desde o seu nascimento, numa cidadezinha no Estado de Washington, até poucos meses antes do seu suicídio, aos 27, em 1994. O filme, que fez barulho nos últimos festivais SXSW e Sundance, terá exibições especiais nas salas do Cinemark entre os dias 18 e 23. Para realizar o que chama de "viagem imersiva pela vida de Kurt", o diretor teve acesso privilegiado a desenhos, anotações, filmagens, fotos e diários gravados por Cobain, que eram mantidos num depósito. Boa parte do material é inédita. "Desde o momento em que ele surgiu, houve sempre uma obsessão cultural absoluta com Kurt", afirma Morgen. "Mas ele teve uma interação muito limitada com a mídia durante sua vida. Criou-se uma mitologia sobre ele." Parte do filme é narrada pelo próprio Cobain por meio de gravações que ele deixou. Estão lá as impressões sobre sua família disfuncional, a adolescência introvertida, as drogas, a paternidade e, claro, a ascensão à fama com o Nirvana, o que só contribuiu para bagunçar uma vida que já era bastante tumultuada. BIOGRAFIA AUTORIZADA Courtney Love, viúva de Cobain, se encantou com o documentário "O Show Não Pode Parar" (2002), de Brett Morgen, e convidou o diretor a explorar o depósito onde mantinha cartas, desenhos, fitas e vídeos do fundador do Nirvana GÊNIO PRECOCE Em imagens feitas pelos pais, Cobain aparece brincando com uma guitarra aos três anos de idade; numa gravação inédita, ele toca, já adulto, uma versão de "And I Love Her", dos Beatles. KURT NO BRASIL Em 1993, o Nirvana fez os dois maiores shows de sua história no Brasil (público superior a 100 mil pessoas) – um no estádio do Morumbi, em SP, e outro no Rio: há imagens deste último no filme, quando Cobain tentou mostrar as partes íntimas para a câmera da Globo que transmitia o show MOMENTO ANIMADO Há no filme mais de 30 minutos de animação, resultantes da manipulação de alguns dos desenhos feitos por Cobain em seus cadernos ...E NEM TÃO ANIMADO O filme traz depoimento de Cobain sobre sua primeira tentativa de suicídio, após ser caçoado pelos colegas por ter tentado transar com uma garota com problemas mentais. HEROÍNA Courtney Love diz no filme: "Eu já tinha usado heroína e conseguido parar, mas ainda amava a droga. E Kurt tinha uma fantasia: ' Vou ganhar três milhões de dólares e virar um junkie (viciado)". O filme traz imagens de Cobain sob efeito da droga, mal capaz de carregar a filha NIRVANA PARA CRIANÇAS O compositor Jeff Danna adaptou canções do Nirvana como "All Apologies" e "Lithium" usando instrumentos que soam infantis (marimba, vibrafone) para usá-las nos trechos sobre os primeiros anos de Cobain DUAS HORAS COM MEU PAI Frances Bean, filha de Cobain e Love, não tinha nem dois anos quando o pai se suicidou. Depois de ver o filme, o diretor conta que ela lhe disse: "Você me deu as duas horas com meu pai que eu nunca tive"
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ilustrada
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Veja como o filme 'Montage of Heck' traduz o universo de Kurt CobainAo som de "All Apologies", do Nirvana -rearranjada para parecer uma canção de ninar–, um garotinho loiro e agitado desembrulha presentes de Natal. "Eu sou Kurt Cobain", diz ele nas filmagens caseiras, feitas em Super-8. O documentário "Kurt Cobain: Montage of Heck", de Brett Morgen, perpassa a vida conturbada do músico mais influente do rock das últimas décadas, desde o seu nascimento, numa cidadezinha no Estado de Washington, até poucos meses antes do seu suicídio, aos 27, em 1994. O filme, que fez barulho nos últimos festivais SXSW e Sundance, terá exibições especiais nas salas do Cinemark entre os dias 18 e 23. Para realizar o que chama de "viagem imersiva pela vida de Kurt", o diretor teve acesso privilegiado a desenhos, anotações, filmagens, fotos e diários gravados por Cobain, que eram mantidos num depósito. Boa parte do material é inédita. "Desde o momento em que ele surgiu, houve sempre uma obsessão cultural absoluta com Kurt", afirma Morgen. "Mas ele teve uma interação muito limitada com a mídia durante sua vida. Criou-se uma mitologia sobre ele." Parte do filme é narrada pelo próprio Cobain por meio de gravações que ele deixou. Estão lá as impressões sobre sua família disfuncional, a adolescência introvertida, as drogas, a paternidade e, claro, a ascensão à fama com o Nirvana, o que só contribuiu para bagunçar uma vida que já era bastante tumultuada. BIOGRAFIA AUTORIZADA Courtney Love, viúva de Cobain, se encantou com o documentário "O Show Não Pode Parar" (2002), de Brett Morgen, e convidou o diretor a explorar o depósito onde mantinha cartas, desenhos, fitas e vídeos do fundador do Nirvana GÊNIO PRECOCE Em imagens feitas pelos pais, Cobain aparece brincando com uma guitarra aos três anos de idade; numa gravação inédita, ele toca, já adulto, uma versão de "And I Love Her", dos Beatles. KURT NO BRASIL Em 1993, o Nirvana fez os dois maiores shows de sua história no Brasil (público superior a 100 mil pessoas) – um no estádio do Morumbi, em SP, e outro no Rio: há imagens deste último no filme, quando Cobain tentou mostrar as partes íntimas para a câmera da Globo que transmitia o show MOMENTO ANIMADO Há no filme mais de 30 minutos de animação, resultantes da manipulação de alguns dos desenhos feitos por Cobain em seus cadernos ...E NEM TÃO ANIMADO O filme traz depoimento de Cobain sobre sua primeira tentativa de suicídio, após ser caçoado pelos colegas por ter tentado transar com uma garota com problemas mentais. HEROÍNA Courtney Love diz no filme: "Eu já tinha usado heroína e conseguido parar, mas ainda amava a droga. E Kurt tinha uma fantasia: ' Vou ganhar três milhões de dólares e virar um junkie (viciado)". O filme traz imagens de Cobain sob efeito da droga, mal capaz de carregar a filha NIRVANA PARA CRIANÇAS O compositor Jeff Danna adaptou canções do Nirvana como "All Apologies" e "Lithium" usando instrumentos que soam infantis (marimba, vibrafone) para usá-las nos trechos sobre os primeiros anos de Cobain DUAS HORAS COM MEU PAI Frances Bean, filha de Cobain e Love, não tinha nem dois anos quando o pai se suicidou. Depois de ver o filme, o diretor conta que ela lhe disse: "Você me deu as duas horas com meu pai que eu nunca tive"
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Relembre sete momentos em que Mujica foi muito, mas muito Mujica
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José Mujica, 79, atraiu holofotes para o pequenino país vizinho por seu estilo direto que o meteu em polêmicas, por seu padrão de vida simples –rodando por aí de fuscas e sandálias– e pela legalização do aborto e do casamento gay e a regulamentação da produção e da distribuição de maconha. Antes que o vovozinho uruguaio se aposente da Presidência, relembre sete momentos em que Mujica foi mais Mujica. Pepe, demasiado Pepe. - Em um evento em 2013, Mujica não sabia que estava ao vivo na internet quando conversava com aliados e soltou a seguinte frase ao falar da relação entre Uruguai e Argentina: "Essa velha é pior que o caolho". Referia-se à presidente argentina, Cristina Kirchner, e ao antecessor e marido dela, Néstor, morto em 2010, que é estrábico. Questionado depois sobre a gafe, Mujica não se fez de rogado: "Não vou dar bola nem atravessar o mundo para esclarecer nada". Veja vídeo - O estilo de vida do presidente uruguaio tem como maior símbolo seu fusca azul 1987. No fim do ano passado, Pepe recebeu uma oferta de US$ 1 milhão de um xeque árabe pelo carro. Ele chegou a cogitar vender e doar o dinheiro para um programa social, mas depois desistiu. Explicou a paixão de sua geração pelos fuscas e anunciou que seu carro vai "vegetar em galpões velhos enquanto estivermos vivos, e o futuro dirá seu destino". - O uruguaio já compareceu à cerimônia de posse do um novo ministro usando sandálias. O traje casual do presidente se destacou entre os demais presentes que vestiam terno e gravata. O calor acima dos 35°C foi a justificativa para que Mujica optasse pelos calçados abertos e levantasse as calças quase na altura dos joelhos. - Mujica é distribuição de renda. Ele virou hit na internet com um vídeo em que é interrompido durante uma entrevista por um morador de rua que pedia uma moeda. "Olhe, irmão, moeda não tenho, mas não chore!", disse o presidente, que logo depois tirou uma nota de 100 pesos (cerca de R$ 11) do bolso e deu para o homem. "Quero que sejas presidente a vida toda", respondeu o morador de rua. Após ouvir a frase, Mujica foi enfático: "Não, não, está louco?". Veja vídeo - Logo após assumir o cargo, Mujica já causou impressão pela informalidade, sendo fotografado comendo em bares e restaurantes de Montevidéu sem um aparato de segurança. "Os presidentes também almoçam", justificou-se quando lhe perguntaram o que fazia o mandatário em um bar. - Nas veias de Mujica corre sangue quente latino. E foi assim que o líder reagiu quando um funcionário da ONU certa vez criticou a nova política do Uruguai quanto à maconha. "É um 'viejo careta' e não falarei com ele em tom diplomático", disse o ex-guerrilheiro tupamaro (em espanhol, "careta" é usualmente utilizada para designar pessoa "hipócrita", "mascarada". Em casos menos comuns, também é usada com sentido de pessoa conservadora). O sacode não ficou por aí e Mujica completou: "Agora vêm falar em legalidade esses velhos reacionários que já não se apaixonam por garotas". - O estilo Pepe Mujica também marcou alguns de seus discursos, como o feito em uma das aberturas da Assembleia Geral da ONU, que fez sucesso na internet, ou o realizado na conferência Rio+20, no qual criticou os excessos de consumo da sociedade. "Quando lutamos pelo meio ambiente, temos que recordar que o primeiro elemento do meio ambiente se chama felicidade humana", afirmou. Veja vídeo
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asmais
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Relembre sete momentos em que Mujica foi muito, mas muito MujicaJosé Mujica, 79, atraiu holofotes para o pequenino país vizinho por seu estilo direto que o meteu em polêmicas, por seu padrão de vida simples –rodando por aí de fuscas e sandálias– e pela legalização do aborto e do casamento gay e a regulamentação da produção e da distribuição de maconha. Antes que o vovozinho uruguaio se aposente da Presidência, relembre sete momentos em que Mujica foi mais Mujica. Pepe, demasiado Pepe. - Em um evento em 2013, Mujica não sabia que estava ao vivo na internet quando conversava com aliados e soltou a seguinte frase ao falar da relação entre Uruguai e Argentina: "Essa velha é pior que o caolho". Referia-se à presidente argentina, Cristina Kirchner, e ao antecessor e marido dela, Néstor, morto em 2010, que é estrábico. Questionado depois sobre a gafe, Mujica não se fez de rogado: "Não vou dar bola nem atravessar o mundo para esclarecer nada". Veja vídeo - O estilo de vida do presidente uruguaio tem como maior símbolo seu fusca azul 1987. No fim do ano passado, Pepe recebeu uma oferta de US$ 1 milhão de um xeque árabe pelo carro. Ele chegou a cogitar vender e doar o dinheiro para um programa social, mas depois desistiu. Explicou a paixão de sua geração pelos fuscas e anunciou que seu carro vai "vegetar em galpões velhos enquanto estivermos vivos, e o futuro dirá seu destino". - O uruguaio já compareceu à cerimônia de posse do um novo ministro usando sandálias. O traje casual do presidente se destacou entre os demais presentes que vestiam terno e gravata. O calor acima dos 35°C foi a justificativa para que Mujica optasse pelos calçados abertos e levantasse as calças quase na altura dos joelhos. - Mujica é distribuição de renda. Ele virou hit na internet com um vídeo em que é interrompido durante uma entrevista por um morador de rua que pedia uma moeda. "Olhe, irmão, moeda não tenho, mas não chore!", disse o presidente, que logo depois tirou uma nota de 100 pesos (cerca de R$ 11) do bolso e deu para o homem. "Quero que sejas presidente a vida toda", respondeu o morador de rua. Após ouvir a frase, Mujica foi enfático: "Não, não, está louco?". Veja vídeo - Logo após assumir o cargo, Mujica já causou impressão pela informalidade, sendo fotografado comendo em bares e restaurantes de Montevidéu sem um aparato de segurança. "Os presidentes também almoçam", justificou-se quando lhe perguntaram o que fazia o mandatário em um bar. - Nas veias de Mujica corre sangue quente latino. E foi assim que o líder reagiu quando um funcionário da ONU certa vez criticou a nova política do Uruguai quanto à maconha. "É um 'viejo careta' e não falarei com ele em tom diplomático", disse o ex-guerrilheiro tupamaro (em espanhol, "careta" é usualmente utilizada para designar pessoa "hipócrita", "mascarada". Em casos menos comuns, também é usada com sentido de pessoa conservadora). O sacode não ficou por aí e Mujica completou: "Agora vêm falar em legalidade esses velhos reacionários que já não se apaixonam por garotas". - O estilo Pepe Mujica também marcou alguns de seus discursos, como o feito em uma das aberturas da Assembleia Geral da ONU, que fez sucesso na internet, ou o realizado na conferência Rio+20, no qual criticou os excessos de consumo da sociedade. "Quando lutamos pelo meio ambiente, temos que recordar que o primeiro elemento do meio ambiente se chama felicidade humana", afirmou. Veja vídeo
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Xiaomi tem queda nas vendas de smartphones no 1º semestre
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A maior fabricante chinesa de smartphones, a Xiaomi –que acaba de desembarcar no Brasil–, informou nesta quinta-feira (2) dados preliminares de vendas pela primeira vez mais baixos que os seis meses anteriores, colocando em perigo sua meta anual e indicando uma desaceleração em seu mercado doméstico. A empresa disse ter vendido 34,7 milhões de aparelhos entre janeiro e junho, ante 35 milhões em julho e dezembro –a primeira queda sequencial desde que a companhia começou a divulgar números semestrais em 2013. Para 2015, pretende vender no mínimo 80 milhões de smartphones. A Xiaomi tem aproveitado um rápido crescimento com seus aparelhos mais baratos, mas bem desenhados, que apresenta como alternativa aos iPhones da Apple. Isso fez com que os investidores avaliassem a companhia no ano passado em US$ 45 bilhões, tornando a companhia a start-up mais valiosa da China.
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Xiaomi tem queda nas vendas de smartphones no 1º semestreA maior fabricante chinesa de smartphones, a Xiaomi –que acaba de desembarcar no Brasil–, informou nesta quinta-feira (2) dados preliminares de vendas pela primeira vez mais baixos que os seis meses anteriores, colocando em perigo sua meta anual e indicando uma desaceleração em seu mercado doméstico. A empresa disse ter vendido 34,7 milhões de aparelhos entre janeiro e junho, ante 35 milhões em julho e dezembro –a primeira queda sequencial desde que a companhia começou a divulgar números semestrais em 2013. Para 2015, pretende vender no mínimo 80 milhões de smartphones. A Xiaomi tem aproveitado um rápido crescimento com seus aparelhos mais baratos, mas bem desenhados, que apresenta como alternativa aos iPhones da Apple. Isso fez com que os investidores avaliassem a companhia no ano passado em US$ 45 bilhões, tornando a companhia a start-up mais valiosa da China.
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Peça Única: Oscar 2015 e a lista óbvia de melhor figurino
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Sem apostas inusitadas, a estatueta de melhor figurino do Oscar deste ano é almejada por um elenco de peso e velho conhecido da categoria. A italiana Milena Canonero ("O Grande Hotel Budapeste"), os americanos Mark Bridges ("Vício Inerente") e Colleen Atwood ... Leia post completo no blog
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Peça Única: Oscar 2015 e a lista óbvia de melhor figurinoSem apostas inusitadas, a estatueta de melhor figurino do Oscar deste ano é almejada por um elenco de peso e velho conhecido da categoria. A italiana Milena Canonero ("O Grande Hotel Budapeste"), os americanos Mark Bridges ("Vício Inerente") e Colleen Atwood ... Leia post completo no blog
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TCU fará novos questionamentos sobre contas, e Dilma ganha tempo
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O TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer novos questionamentos ao governo sobre os gastos de 2014 dentro do processo que analisa a regularidade das contas de gestão da presidente Dilma Rousseff. A decisão será tomada na sessão da tarde desta quarta-feira (12). O ministro Augusto Nardes, relator do processo de contas, encaminhará a solicitação de novos esclarecimentos, abrindo assim um prazo de defesa maior para a presidente. O prazo, que pode ser de até 30 dias, ainda não está decidido. Com isso, a previsão de que o processo de contas tivesse sua análise no TCU encerrada até o início de setembro não deverá se concretizar, ajudando o governo, que ganhará mais tempo para evitar que o parecer do tribunal possa ser usado para um eventual início de processo de impeachment contra a presidente na Câmara dos Deputados. Em junho, o TCU começou a votação do processo de contas anual de Dilma, mas o relator considerou que, devido a várias irregularidades constatadas pelo órgão, eram necessários novos esclarecimentos do governo. A tendência, na época, era que as contas fossem rejeitadas devido às chamadas "pedaladas fiscais", manobras do governo para adiar pagamentos sem registrá-los como dívidas e usar bancos públicos para cobrir o rombo. O governo já respondeu ao TCU, alegando que as manobras com os gastos públicos são realizadas há muitos anos e que não as considera ilegais. Entre os esclarecimentos que serão pedidos ao governo no novo documento a ser aprovado nesta quarta estão pontos que o procurador do TCU Júlio Marcelo de Oliveira questionou antes da votação das contas e que não foram encaminhados no primeiro pedido do relator Augusto Nardes, conforme a Folha mostrou em julho. A comissão de Fiscalização e Controle do Senado também pediu ao relator que os pontos apontados pelo procurador fossem esclarecidos pelo governo. O procurador aponta que o governo já sabia que teria que cortar despesas e, mesmo assim, não fez o bloqueio do orçamento, o que contraria a lei orçamentária. PEDALADAS DA DILMA
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TCU fará novos questionamentos sobre contas, e Dilma ganha tempoO TCU (Tribunal de Contas da União) vai fazer novos questionamentos ao governo sobre os gastos de 2014 dentro do processo que analisa a regularidade das contas de gestão da presidente Dilma Rousseff. A decisão será tomada na sessão da tarde desta quarta-feira (12). O ministro Augusto Nardes, relator do processo de contas, encaminhará a solicitação de novos esclarecimentos, abrindo assim um prazo de defesa maior para a presidente. O prazo, que pode ser de até 30 dias, ainda não está decidido. Com isso, a previsão de que o processo de contas tivesse sua análise no TCU encerrada até o início de setembro não deverá se concretizar, ajudando o governo, que ganhará mais tempo para evitar que o parecer do tribunal possa ser usado para um eventual início de processo de impeachment contra a presidente na Câmara dos Deputados. Em junho, o TCU começou a votação do processo de contas anual de Dilma, mas o relator considerou que, devido a várias irregularidades constatadas pelo órgão, eram necessários novos esclarecimentos do governo. A tendência, na época, era que as contas fossem rejeitadas devido às chamadas "pedaladas fiscais", manobras do governo para adiar pagamentos sem registrá-los como dívidas e usar bancos públicos para cobrir o rombo. O governo já respondeu ao TCU, alegando que as manobras com os gastos públicos são realizadas há muitos anos e que não as considera ilegais. Entre os esclarecimentos que serão pedidos ao governo no novo documento a ser aprovado nesta quarta estão pontos que o procurador do TCU Júlio Marcelo de Oliveira questionou antes da votação das contas e que não foram encaminhados no primeiro pedido do relator Augusto Nardes, conforme a Folha mostrou em julho. A comissão de Fiscalização e Controle do Senado também pediu ao relator que os pontos apontados pelo procurador fossem esclarecidos pelo governo. O procurador aponta que o governo já sabia que teria que cortar despesas e, mesmo assim, não fez o bloqueio do orçamento, o que contraria a lei orçamentária. PEDALADAS DA DILMA
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Protagonistas da moda discutem mão de obra artesanal nos 20 anos de SPFW
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Mais de mil desfiles separam a primeira semana de moda paulista, em 1995, da São Paulo Fashion Week que começa neste domingo (18). Também separam uma indústria que copiava a estética europeia desta que, hoje, discute o valor do artesanato local. As marcas escaladas para o inverno 2016 passeiam do jeans tecnológico à confecção manual, um dos atuais questionamentos da moda. O Metropolitam Museum de Nova York anunciou na quarta (14) que o embate entre a mão do homem e a tecnologia será, em 2016, o mote de sua grande exposição anual dedicada ao vestuário. O tema da SPFW, "Do princípio ao início", marca o que o fundador do evento, Paulo Borges, define como ciclo. "As fronteiras da informação se estreitaram tanto que a indústria ainda não conseguiu produzir e entregar o que as pessoas desejam, na velocidade que desejam. Esse é o ajuste que buscamos para o futuro da moda." RENDA RENASCENÇA A paulistana Fernanda Yamamoto e o mineiro Ronaldo Fraga apresentarão coleções feitas em parceria com comunidades de artesãos. Yamamoto colocará na passarela rendas produzidas por 77 rendeiras do Cariri paraibano. "A renda renascença é uma tradição que a maioria das artesãs aprendeu com sete, oito anos", diz ela. O Brasil é a quinta maior indústria têxtil do mundo, a quarta de malhas e a segunda de jeans, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Essas posições tornam urgente a inserção da mão de obra brasileira em passarelas e nas feiras internacionais. A absorção do artesanato está longe de ser uma constante na SPFW. "É reflexo de um desconhecimento do Brasil por parte de estilistas e da elite. Enxergamos o que é de fora como melhor, não só na moda. Não valorizamos nossa cultura", diz Yamamoto. A opinião dela é compartilhada por Ronaldo Fraga, que foi à região do Vale da Seda, no Paraná, buscar o "handmade" de sua nova coleção. "A mão de obra artesanal brasileira traz vestígios da formação mestiça. Nesses saberes e fazeres, a cultura europeia aparece bordada ponto a ponto com a africana e a nativa indígena", diz Fraga. Ele afirma que, devido "ao déficit cultural", existe preconceito com o uso do artesanato nacional na moda. O estilista critica a massificação dos processos de confecção: "Nossos tecidos pioraram, há uma crise de mão de obra especializada. E pior: tudo caminha para o fim das médias e pequenas empresas. Nesse ritmo, sobrarão as micros e a indústria bélica de roupa". SEDA IMPERFEITA Uma das empresas que ajudaram Fraga nesta coleção é O Casulo Feliz, do artesão paranaense Gustavo Rocha. Foi ele quem produziu 20 modelos de tecidos para o desfile de Fraga, reutilizando casulos com pequenos defeitos, descartados pela indústria. "A beleza é você trabalhar à mão uma seda que a máquina não consegue fiar devido às imperfeições", diz o artesão. Um metro de sua seda vale entre R$ 80 e R$ 250. "No Brasil, o acesso à seda está mais fácil. As pessoas podem parcelar roupas. Mas, ao mesmo tempo em que o interesse das grifes aumenta, muitos artesãos não valorizam o próprio produto, estampando e tingindo de forma errada. Falta uma cultura de design, uma profissionalização maior", diz Rocha. Segundo Rafael Cervone, presidente da Abit, a riqueza e a abundância de matérias-primas, principalmente as naturais, e os conhecimentos das mais diversas técnicas de bordado, tricô e outras que compõem o universo do artesanato tornam a mão de obra brasileira única. "Mostramos ao mundo que estamos no caminho oposto ao das commodities. Isso, nenhum chinês consegue fazer." ARTESANAL Uma macrotendência global da moda é o aspecto artesanal, seja ele obtido manualmente ou por máquinas. Na última semana de moda de Paris, por exemplo, a grife japonesa Issey Miyake mostrou uma técnica que faz o tecido ganhar proporções tridimensionais e confere à roupa aparência texturizada. No Brasil, a incorporação do feito à mão pela indústria enfrenta grandes desafios, diz o empresário Paulo Borges. Entre eles está a profissionalização de artesãos. "De um lado, o artesão não enxerga que faz algo de valor. Do outro, o consumidor não valoriza aquela criação como expressão preciosa da identidade brasileira", diz. Já Rafael Cervone, presidente da Abit, entidade que reúne a indústria têxtil, cita como exemplo a estilista Patricia Bonaldi, que mantém um escola de qualificação de artesãos em Uberlândia. "Em vários Estados há uma conexão entre a criação dos estilistas e a valorização do feito à mão", diz Cervone. Se bem orquestrada, essa conexão pode posicionar mundialmente não só o artesanato, mas o próprio design de moda brasileira. Só que o mercado ainda paga pouco pela matéria-prima artesanal. A paraibana Maria de Lourdes Oliveira, 51, cobra até R$ 60 para transformar um novelo de linha em renda, o que leva até quatro dias. A rendeira diz já ter visto "nas revistas" um vestido de R$ 15 mil feito com a mesma renda produzida no Cariri, onde mora. Lá fica a ONG Cunhã que, com ajuda da iniciativa privada, orientou comercialmente um grupo de 200 artesãs do qual ela faz parte. "Quem deveria ser contra esses preços são as próprias rendeiras, mas se uma aceita os R$ 40 que os atravessadores pagam por novelo, não há jeito de cobrar mais", afirma. Os atravessadores, de acordo com ela, são contratados por marcas e estilistas para rodar sua região em busca de renda boa e barata. A rendeira diz que, se trabalhar todos os dias, consegue em um mês até um salário mínimo (R$ 742).
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ilustrada
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Protagonistas da moda discutem mão de obra artesanal nos 20 anos de SPFWMais de mil desfiles separam a primeira semana de moda paulista, em 1995, da São Paulo Fashion Week que começa neste domingo (18). Também separam uma indústria que copiava a estética europeia desta que, hoje, discute o valor do artesanato local. As marcas escaladas para o inverno 2016 passeiam do jeans tecnológico à confecção manual, um dos atuais questionamentos da moda. O Metropolitam Museum de Nova York anunciou na quarta (14) que o embate entre a mão do homem e a tecnologia será, em 2016, o mote de sua grande exposição anual dedicada ao vestuário. O tema da SPFW, "Do princípio ao início", marca o que o fundador do evento, Paulo Borges, define como ciclo. "As fronteiras da informação se estreitaram tanto que a indústria ainda não conseguiu produzir e entregar o que as pessoas desejam, na velocidade que desejam. Esse é o ajuste que buscamos para o futuro da moda." RENDA RENASCENÇA A paulistana Fernanda Yamamoto e o mineiro Ronaldo Fraga apresentarão coleções feitas em parceria com comunidades de artesãos. Yamamoto colocará na passarela rendas produzidas por 77 rendeiras do Cariri paraibano. "A renda renascença é uma tradição que a maioria das artesãs aprendeu com sete, oito anos", diz ela. O Brasil é a quinta maior indústria têxtil do mundo, a quarta de malhas e a segunda de jeans, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Essas posições tornam urgente a inserção da mão de obra brasileira em passarelas e nas feiras internacionais. A absorção do artesanato está longe de ser uma constante na SPFW. "É reflexo de um desconhecimento do Brasil por parte de estilistas e da elite. Enxergamos o que é de fora como melhor, não só na moda. Não valorizamos nossa cultura", diz Yamamoto. A opinião dela é compartilhada por Ronaldo Fraga, que foi à região do Vale da Seda, no Paraná, buscar o "handmade" de sua nova coleção. "A mão de obra artesanal brasileira traz vestígios da formação mestiça. Nesses saberes e fazeres, a cultura europeia aparece bordada ponto a ponto com a africana e a nativa indígena", diz Fraga. Ele afirma que, devido "ao déficit cultural", existe preconceito com o uso do artesanato nacional na moda. O estilista critica a massificação dos processos de confecção: "Nossos tecidos pioraram, há uma crise de mão de obra especializada. E pior: tudo caminha para o fim das médias e pequenas empresas. Nesse ritmo, sobrarão as micros e a indústria bélica de roupa". SEDA IMPERFEITA Uma das empresas que ajudaram Fraga nesta coleção é O Casulo Feliz, do artesão paranaense Gustavo Rocha. Foi ele quem produziu 20 modelos de tecidos para o desfile de Fraga, reutilizando casulos com pequenos defeitos, descartados pela indústria. "A beleza é você trabalhar à mão uma seda que a máquina não consegue fiar devido às imperfeições", diz o artesão. Um metro de sua seda vale entre R$ 80 e R$ 250. "No Brasil, o acesso à seda está mais fácil. As pessoas podem parcelar roupas. Mas, ao mesmo tempo em que o interesse das grifes aumenta, muitos artesãos não valorizam o próprio produto, estampando e tingindo de forma errada. Falta uma cultura de design, uma profissionalização maior", diz Rocha. Segundo Rafael Cervone, presidente da Abit, a riqueza e a abundância de matérias-primas, principalmente as naturais, e os conhecimentos das mais diversas técnicas de bordado, tricô e outras que compõem o universo do artesanato tornam a mão de obra brasileira única. "Mostramos ao mundo que estamos no caminho oposto ao das commodities. Isso, nenhum chinês consegue fazer." ARTESANAL Uma macrotendência global da moda é o aspecto artesanal, seja ele obtido manualmente ou por máquinas. Na última semana de moda de Paris, por exemplo, a grife japonesa Issey Miyake mostrou uma técnica que faz o tecido ganhar proporções tridimensionais e confere à roupa aparência texturizada. No Brasil, a incorporação do feito à mão pela indústria enfrenta grandes desafios, diz o empresário Paulo Borges. Entre eles está a profissionalização de artesãos. "De um lado, o artesão não enxerga que faz algo de valor. Do outro, o consumidor não valoriza aquela criação como expressão preciosa da identidade brasileira", diz. Já Rafael Cervone, presidente da Abit, entidade que reúne a indústria têxtil, cita como exemplo a estilista Patricia Bonaldi, que mantém um escola de qualificação de artesãos em Uberlândia. "Em vários Estados há uma conexão entre a criação dos estilistas e a valorização do feito à mão", diz Cervone. Se bem orquestrada, essa conexão pode posicionar mundialmente não só o artesanato, mas o próprio design de moda brasileira. Só que o mercado ainda paga pouco pela matéria-prima artesanal. A paraibana Maria de Lourdes Oliveira, 51, cobra até R$ 60 para transformar um novelo de linha em renda, o que leva até quatro dias. A rendeira diz já ter visto "nas revistas" um vestido de R$ 15 mil feito com a mesma renda produzida no Cariri, onde mora. Lá fica a ONG Cunhã que, com ajuda da iniciativa privada, orientou comercialmente um grupo de 200 artesãs do qual ela faz parte. "Quem deveria ser contra esses preços são as próprias rendeiras, mas se uma aceita os R$ 40 que os atravessadores pagam por novelo, não há jeito de cobrar mais", afirma. Os atravessadores, de acordo com ela, são contratados por marcas e estilistas para rodar sua região em busca de renda boa e barata. A rendeira diz que, se trabalhar todos os dias, consegue em um mês até um salário mínimo (R$ 742).
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Eleições na Catalunha devem estimular separatismo; conheça movimentos pró-independência na Europa
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Neste domingo (27), a Catalunha vai às urnas em eleições legislativas que, segundo as pesquisas de opinião, deve terminar com a maioria da Casa na mão de partidos pró-independência da região. Barcelona não é o único foco de movimentos semelhantes na Europa. Conheça outras regiões que ameaçam alterar as linhas do mapa político do continente. * O movimento independentista reivindica a autonomia da região cultural basca, entre a Espanha e a França, que engloba as cidades de Bilbao, Navarra (na primeira) e Biarritz (na segunda), entre outras. Uma das organizações separatistas bascas mais conhecidos é o terrorista ETA, que, após diversos atentados ao longo do século 20, decretou cessar-fogo permanente em 2011. A Irlanda tem uma história de movimentos separatistas de sua população majoritariamente católica contra o domínio britânico que remonta ao século 19. Após a independência da maior parte da ilha, em 1922, diversos movimentos, muitos de viés terroristas, lutaram pela independência também da Irlanda do Norte. Um movimento de terceira via também existe, defendendo a independência tanto de Londres quanto de Dublin. A ideia ganhou força a partir do fechamento do Parlamento da Irlanda do Norte, em 1972. Atualmente, a principal organização política dos separatistas é o Ulster Third Way (terceira via do Ulster), liderado por David Kerr. Um referendo chegou a ser realizado em setembro de 2014 para decidir a independência ou não da Escócia em relação ao Reino Unido. O "Não" venceu com 55,3% dos votos. Os escoceses, que só conseguiram restabelecer um Parlamento próprio em 1999, têm disputas constantes com Londres por mais autonomia. Atualmente, o principal partido pró-separatismo galês, o Plaid Cymru conta com três cadeiras de um total de 40 reservadas ao país no Parlamento britânico, e 11 das 60 cadeiras no Parlamento local. Nas últimas décadas, a corrente principal do nacionalismo do país se concentrou na luta por mais autonomia sobre as decisões regionais. O País de Gales, assim como a Escócia, ganhou um Parlamento próprio após referendo em 1997, aprovado por uma margem pequena de votos: 50,3% a favor da criação da casa. Após a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, pró-Moscou, em fevereiro de 2014, Kiev adotou uma linha de governo alinhada com o Ocidente. Desde então, diversos grupos separatistas têm surgido no leste do país. Em Donetsk e Lugansk, grupos armados cercaram prédios governamentais e assumiram o controle administrativo de suas respectivas regiões. Referendos não reconhecidos por Kiev foram realizados. A Rússia nega ter apoiado politica e militarmente os movimentos. A região, uma faixa de terra entre a Ucrânia e o rio Dnieper, tem uma Constituição e uma bandeira próprias, mas não é reconhecida como independente por nenhum Estado-membro da ONU. Ela reivindica sua secessão da Moldávia desde a criação desta, após a dissolução da União Soviética. Uma guerra se encontra oficialmente sob cessar-fogo desde 1992. A República de Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro de 2008, tendo recebido o reconhecimento de 108 Estados-membros da ONU —entre os quais não figura o Brasil. A Sérvia, no entanto, enquanto reconhece a autonomia do território, não o considera um Estado separado. Atualmente, o movimento pela independência flamenga, do norte da Bélgica, em relação à Valônia, no sul, possui uma adesão popular mínima. A principal bandeira do movimento flamengo na Bélgica é a manutenção de sua cultura e do uso corrente da língua holandesa —poucos valões, cuja língua materna é o francês, falam holandês fluentemente. Com o agravamento da crise econômica, a região italiana tem ganhado mais adesões de um movimento separatista, que pretende restaurar os domínios da então próspera República de Veneza do século 16. Até mesmo um referendo, não oficial, feito por internet, chegou a ser organizado em 2014 —o resultado, amplamente contestado, apontou 89,1% de votos a favor da independência. Em 1974, um golpe de Estado no Chipre orquestrado para que a Grécia anexasse o país resultou na invasão de tropas turcas no norte da ilha. Nove anos depois, o Chipre do Norte declarou independência, mas seu status é reconhecido apenas pela Turquia, país do qual a região é fortemente dependente desde então.
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asmais
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Eleições na Catalunha devem estimular separatismo; conheça movimentos pró-independência na EuropaNeste domingo (27), a Catalunha vai às urnas em eleições legislativas que, segundo as pesquisas de opinião, deve terminar com a maioria da Casa na mão de partidos pró-independência da região. Barcelona não é o único foco de movimentos semelhantes na Europa. Conheça outras regiões que ameaçam alterar as linhas do mapa político do continente. * O movimento independentista reivindica a autonomia da região cultural basca, entre a Espanha e a França, que engloba as cidades de Bilbao, Navarra (na primeira) e Biarritz (na segunda), entre outras. Uma das organizações separatistas bascas mais conhecidos é o terrorista ETA, que, após diversos atentados ao longo do século 20, decretou cessar-fogo permanente em 2011. A Irlanda tem uma história de movimentos separatistas de sua população majoritariamente católica contra o domínio britânico que remonta ao século 19. Após a independência da maior parte da ilha, em 1922, diversos movimentos, muitos de viés terroristas, lutaram pela independência também da Irlanda do Norte. Um movimento de terceira via também existe, defendendo a independência tanto de Londres quanto de Dublin. A ideia ganhou força a partir do fechamento do Parlamento da Irlanda do Norte, em 1972. Atualmente, a principal organização política dos separatistas é o Ulster Third Way (terceira via do Ulster), liderado por David Kerr. Um referendo chegou a ser realizado em setembro de 2014 para decidir a independência ou não da Escócia em relação ao Reino Unido. O "Não" venceu com 55,3% dos votos. Os escoceses, que só conseguiram restabelecer um Parlamento próprio em 1999, têm disputas constantes com Londres por mais autonomia. Atualmente, o principal partido pró-separatismo galês, o Plaid Cymru conta com três cadeiras de um total de 40 reservadas ao país no Parlamento britânico, e 11 das 60 cadeiras no Parlamento local. Nas últimas décadas, a corrente principal do nacionalismo do país se concentrou na luta por mais autonomia sobre as decisões regionais. O País de Gales, assim como a Escócia, ganhou um Parlamento próprio após referendo em 1997, aprovado por uma margem pequena de votos: 50,3% a favor da criação da casa. Após a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, pró-Moscou, em fevereiro de 2014, Kiev adotou uma linha de governo alinhada com o Ocidente. Desde então, diversos grupos separatistas têm surgido no leste do país. Em Donetsk e Lugansk, grupos armados cercaram prédios governamentais e assumiram o controle administrativo de suas respectivas regiões. Referendos não reconhecidos por Kiev foram realizados. A Rússia nega ter apoiado politica e militarmente os movimentos. A região, uma faixa de terra entre a Ucrânia e o rio Dnieper, tem uma Constituição e uma bandeira próprias, mas não é reconhecida como independente por nenhum Estado-membro da ONU. Ela reivindica sua secessão da Moldávia desde a criação desta, após a dissolução da União Soviética. Uma guerra se encontra oficialmente sob cessar-fogo desde 1992. A República de Kosovo declarou independência da Sérvia em fevereiro de 2008, tendo recebido o reconhecimento de 108 Estados-membros da ONU —entre os quais não figura o Brasil. A Sérvia, no entanto, enquanto reconhece a autonomia do território, não o considera um Estado separado. Atualmente, o movimento pela independência flamenga, do norte da Bélgica, em relação à Valônia, no sul, possui uma adesão popular mínima. A principal bandeira do movimento flamengo na Bélgica é a manutenção de sua cultura e do uso corrente da língua holandesa —poucos valões, cuja língua materna é o francês, falam holandês fluentemente. Com o agravamento da crise econômica, a região italiana tem ganhado mais adesões de um movimento separatista, que pretende restaurar os domínios da então próspera República de Veneza do século 16. Até mesmo um referendo, não oficial, feito por internet, chegou a ser organizado em 2014 —o resultado, amplamente contestado, apontou 89,1% de votos a favor da independência. Em 1974, um golpe de Estado no Chipre orquestrado para que a Grécia anexasse o país resultou na invasão de tropas turcas no norte da ilha. Nove anos depois, o Chipre do Norte declarou independência, mas seu status é reconhecido apenas pela Turquia, país do qual a região é fortemente dependente desde então.
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Com Kaká, futebol dos EUA tem recorde de estrangeiros
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As contratações do brasileiro Kaká pelo Orlando City e do atacante espanhol David Villa pelo New York City foram apenas as cerejas de um bolo que não para de crescer. Sucesso de público e cada mais relevante dentro e fora dos Estados Unidos, a MLS (Major League Soccer) começa nesta sexta-feira (6) com recorde de participação estrangeira. No total, 270 atletas sem nacionalidade norte-americana estão inscritos. Eles representam 44,8% do total dos jogadores e estão espalhados por todas as 20 franquias -Orlando e New York City são as novidades da temporada. O Brasil é o quarto país estrangeiro com mais representantes: 18. Está atrás de Canadá, Jamaica e Argentina. O grupo brasileiro, que até então tinha como nome de maior destaque o meia Juninho, ex-São Paulo e atualmente no Los Angeles Galaxy, ganhou o reforço de Kaká. Aos 32 anos e depois de uma rápida passagem pelo São Paulo, o melhor jogador do mundo em 2007 representa o desejo da MLS de atrair para os EUA jogadores de destaque internacional. A política, que já captou no passado Lothar Matthäus, David Beckham e Thierry Henry, foi intensificada como nunca depois do boom da audiência do futebol no país amplificada pela Copa do Mundo-2014. Campeão mundial com a Espanha em 2010, David Villa já chegou. Quando a temporada europeia acabar, no meio do ano, será a vez de Frank Lampard e Steven Gerrard, dois ícones do futebol inglês recente, se juntarem à MLS -o primeiro irá atuar no New York City e o segundo, no Galaxy. E ainda há expectativa de que o meia espanhol Xavi deixe o Barcelona em junho para atuar nos EUA. Além dos reforços de primeira grandeza, os times americanos têm procurado ganhar força com atletas que, mesmo sem serem craques, construíram uma carreira sólida na Europa. O Toronto FC foi à Itália buscar o atacante Giovinco, que defendia a Juventus. O Chicago Fire contratou o escocês Shaun Maloney, que atuava na primeira divisão inglesa. E o Sporting Kansas City se reforço com o hondurenho Roger Espinoza, ex-Wigan, da Inglaterra. O crescimento no número de estrangeiros na MLS (eram apenas 105 dez anos atrás e 205 em 2010) e os altos salários recebidos por alguns deles já incomodam os atletas norte-americanos. O início da temporada só foi confirmado na quinta quando a liga chegou a um acordo com o sindicato dos jogadores. Entre as reivindicações, estava o aumento nos "salários normais". Cada time tem o direito de ter até três jogadores sem restrição salarial, e essas vagas são normalmente ocupadas por estrangeiros. O restante dos atletas tem de estar dentro de um teto salarial de cerca de R$ 1,2 milhões por ano. EM ALTA Fundada em 1993, para aproveitar o impacto que a Copa do Mundo do ano seguinte teria nos EUA, país-sede do torneio, a MLS entrou em uma escalada de sucesso já nos anos 2000. A expansão no seu número de franquias mostra bem a escalada do futebol na América. Dez anos atrás, 12 times disputavam a liga. Agora, são 20. Em 2017, serão 22. E até 2020, esperam-se 24 equipes. Só há mais times porque há cada vez mais gente disposta a consumir o produto. Segundo a revista "Forbes", o faturamento da MLS cresceu quase 200% entre os anos de 2008 e 2012. De US$ 166 milhões, disparou para US$ 494 milhões. A última temporada teve, durante a fase regular (ou seja, antes dos playoffs) média de 19.147 pessoas por jogo, a nona no mundo e a terceira nas Américas entre os campeonatos nacionais.
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esporte
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Com Kaká, futebol dos EUA tem recorde de estrangeirosAs contratações do brasileiro Kaká pelo Orlando City e do atacante espanhol David Villa pelo New York City foram apenas as cerejas de um bolo que não para de crescer. Sucesso de público e cada mais relevante dentro e fora dos Estados Unidos, a MLS (Major League Soccer) começa nesta sexta-feira (6) com recorde de participação estrangeira. No total, 270 atletas sem nacionalidade norte-americana estão inscritos. Eles representam 44,8% do total dos jogadores e estão espalhados por todas as 20 franquias -Orlando e New York City são as novidades da temporada. O Brasil é o quarto país estrangeiro com mais representantes: 18. Está atrás de Canadá, Jamaica e Argentina. O grupo brasileiro, que até então tinha como nome de maior destaque o meia Juninho, ex-São Paulo e atualmente no Los Angeles Galaxy, ganhou o reforço de Kaká. Aos 32 anos e depois de uma rápida passagem pelo São Paulo, o melhor jogador do mundo em 2007 representa o desejo da MLS de atrair para os EUA jogadores de destaque internacional. A política, que já captou no passado Lothar Matthäus, David Beckham e Thierry Henry, foi intensificada como nunca depois do boom da audiência do futebol no país amplificada pela Copa do Mundo-2014. Campeão mundial com a Espanha em 2010, David Villa já chegou. Quando a temporada europeia acabar, no meio do ano, será a vez de Frank Lampard e Steven Gerrard, dois ícones do futebol inglês recente, se juntarem à MLS -o primeiro irá atuar no New York City e o segundo, no Galaxy. E ainda há expectativa de que o meia espanhol Xavi deixe o Barcelona em junho para atuar nos EUA. Além dos reforços de primeira grandeza, os times americanos têm procurado ganhar força com atletas que, mesmo sem serem craques, construíram uma carreira sólida na Europa. O Toronto FC foi à Itália buscar o atacante Giovinco, que defendia a Juventus. O Chicago Fire contratou o escocês Shaun Maloney, que atuava na primeira divisão inglesa. E o Sporting Kansas City se reforço com o hondurenho Roger Espinoza, ex-Wigan, da Inglaterra. O crescimento no número de estrangeiros na MLS (eram apenas 105 dez anos atrás e 205 em 2010) e os altos salários recebidos por alguns deles já incomodam os atletas norte-americanos. O início da temporada só foi confirmado na quinta quando a liga chegou a um acordo com o sindicato dos jogadores. Entre as reivindicações, estava o aumento nos "salários normais". Cada time tem o direito de ter até três jogadores sem restrição salarial, e essas vagas são normalmente ocupadas por estrangeiros. O restante dos atletas tem de estar dentro de um teto salarial de cerca de R$ 1,2 milhões por ano. EM ALTA Fundada em 1993, para aproveitar o impacto que a Copa do Mundo do ano seguinte teria nos EUA, país-sede do torneio, a MLS entrou em uma escalada de sucesso já nos anos 2000. A expansão no seu número de franquias mostra bem a escalada do futebol na América. Dez anos atrás, 12 times disputavam a liga. Agora, são 20. Em 2017, serão 22. E até 2020, esperam-se 24 equipes. Só há mais times porque há cada vez mais gente disposta a consumir o produto. Segundo a revista "Forbes", o faturamento da MLS cresceu quase 200% entre os anos de 2008 e 2012. De US$ 166 milhões, disparou para US$ 494 milhões. A última temporada teve, durante a fase regular (ou seja, antes dos playoffs) média de 19.147 pessoas por jogo, a nona no mundo e a terceira nas Américas entre os campeonatos nacionais.
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Produto natural promete aumentar libido feminina; cientistas são céticos
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Recém-aprovado nos EUA, o "viagra feminino" –remédio Addyi, primeiro liberado para tratar disfunção sexual nas mulheres– ainda está longe de chegar às farmácias brasileiras. Mas as lojas e sites de produtos naturais do país estão abarrotadas de opções que prometem turbinar o apetite sexual feminino. Usados juntos ou de forma individual, a lista inclui chá de diferentes raízes, infusões com erva daninha e até uma planta andina de nome exótico. Para os especialistas, faltam evidências científicas que comprovem a eficácia desses métodos naturais. Mesmo assim, a popularidade e a variedade à venda não param de crescer. Nesse mundo, a maca peruana, um tubérculo originário dos Andes, é a mais recente sensação. Algumas pesquisas indicaram que o vegetal estimularia a produção de testosterona, favorecendo o desejo sexual. "Testosterona não é tudo. Todo mundo coloca muita coisa em cima da testosterona, mas ela sozinha não vai nunca fazer a mulher se liberar", diz o médico e terapeuta sexual João Luis Borzino. Outros produtos afrodisíacos "famosos", como a catuaba (nome vulgar de diferentes ervas brasileiras, popularizado pela bebida alcoólica), o chá de laranjeira e o Tribulus terrestris (veja ao lado) também não são poupados do crivo dos especialistas. "Em termos científicos, esses métodos não têm qualquer eficácia", diz Theo Lerner, ginecologista e membro do Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP. Apesar da falta de comprovação documentada da eficácia dos princípios ativos, eles podem funcionar de maneira benéfica para algumas: maca peruana, catuaba e as diferentes opções de elixires podem atuar como um placebo. "Tem mulher que se sente muito melhor por estar usando um produtinho desses. E aí se solta, relaxa... Mas não necessariamente pela substância. É uma coisa de autoconfiança", avalia Borzino. Infográfico: Raízes da libido PROBLEMA COMUM Pesquisas no Brasil e no exterior indicam que a disfunção sexual feminina é um problema comum, tanto em jovens quanto nas mais velhas. Um levantamento feito em São Paulo com as participantes do Ambulatório da Sexualidade do HC indica que 65% das mulheres se queixam da falta de libido e 23% da ausência de orgasmos. São relativamente poucos os problemas biológicos que comprometem o desejo e as relações sexuais, como algumas alterações na tireoide, depressão e a vaginite. A maioria dos casos tem forte componente emocional. O sexólogo João Borzino destaca que as mulheres ainda sofrem mais repressão a seu comportamento, o que deixa profundas marcas em relação ao sexo. "Há quem ache o próprio corpo tão sujo, tão proibitivo, que não tem nem coragem de introduzir o dedo na vagina para colocar um absorvente interno", diz ele. Há um mês em tratamento para lidar com a falta de libido, a professora Daniela (nome fictício), 40, diz ser muito insegura com sua aparência. "Sou casada há dez anos e, há dois, não consigo mais transar com o meu marido com a luz acesa e sem pelo menos uma camiseta". Para os especialistas, não existe uma fórmula única para lidar com a questão, mas eles ressaltam que a terapia psicológica e um trabalho de conhecimento corporal costumam ter papel muito importante. "Não tem fórmula mágica ou única para todas, nem o 'viagra feminino'", ressalta Theo Lerner. A pílula americana, embora aprovada pelo órgão regulador americano, sofre críticas de que não apresentou evidências científicas suficientes que a legitimem. Estudiosa da sexualidade feminina anos e autora de livros sobre o tema, Albertina Duarte, coordenadora do programa Saúde do Adolescente da secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, ressalta a importância de trabalhar a autoestima feminina. "O ponto G também está no ouvido. A mulher precisa se sentir desejada, gostosa. O grande viagra é melhorar como a mulher se sente", diz.
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equilibrioesaude
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Produto natural promete aumentar libido feminina; cientistas são céticosRecém-aprovado nos EUA, o "viagra feminino" –remédio Addyi, primeiro liberado para tratar disfunção sexual nas mulheres– ainda está longe de chegar às farmácias brasileiras. Mas as lojas e sites de produtos naturais do país estão abarrotadas de opções que prometem turbinar o apetite sexual feminino. Usados juntos ou de forma individual, a lista inclui chá de diferentes raízes, infusões com erva daninha e até uma planta andina de nome exótico. Para os especialistas, faltam evidências científicas que comprovem a eficácia desses métodos naturais. Mesmo assim, a popularidade e a variedade à venda não param de crescer. Nesse mundo, a maca peruana, um tubérculo originário dos Andes, é a mais recente sensação. Algumas pesquisas indicaram que o vegetal estimularia a produção de testosterona, favorecendo o desejo sexual. "Testosterona não é tudo. Todo mundo coloca muita coisa em cima da testosterona, mas ela sozinha não vai nunca fazer a mulher se liberar", diz o médico e terapeuta sexual João Luis Borzino. Outros produtos afrodisíacos "famosos", como a catuaba (nome vulgar de diferentes ervas brasileiras, popularizado pela bebida alcoólica), o chá de laranjeira e o Tribulus terrestris (veja ao lado) também não são poupados do crivo dos especialistas. "Em termos científicos, esses métodos não têm qualquer eficácia", diz Theo Lerner, ginecologista e membro do Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP. Apesar da falta de comprovação documentada da eficácia dos princípios ativos, eles podem funcionar de maneira benéfica para algumas: maca peruana, catuaba e as diferentes opções de elixires podem atuar como um placebo. "Tem mulher que se sente muito melhor por estar usando um produtinho desses. E aí se solta, relaxa... Mas não necessariamente pela substância. É uma coisa de autoconfiança", avalia Borzino. Infográfico: Raízes da libido PROBLEMA COMUM Pesquisas no Brasil e no exterior indicam que a disfunção sexual feminina é um problema comum, tanto em jovens quanto nas mais velhas. Um levantamento feito em São Paulo com as participantes do Ambulatório da Sexualidade do HC indica que 65% das mulheres se queixam da falta de libido e 23% da ausência de orgasmos. São relativamente poucos os problemas biológicos que comprometem o desejo e as relações sexuais, como algumas alterações na tireoide, depressão e a vaginite. A maioria dos casos tem forte componente emocional. O sexólogo João Borzino destaca que as mulheres ainda sofrem mais repressão a seu comportamento, o que deixa profundas marcas em relação ao sexo. "Há quem ache o próprio corpo tão sujo, tão proibitivo, que não tem nem coragem de introduzir o dedo na vagina para colocar um absorvente interno", diz ele. Há um mês em tratamento para lidar com a falta de libido, a professora Daniela (nome fictício), 40, diz ser muito insegura com sua aparência. "Sou casada há dez anos e, há dois, não consigo mais transar com o meu marido com a luz acesa e sem pelo menos uma camiseta". Para os especialistas, não existe uma fórmula única para lidar com a questão, mas eles ressaltam que a terapia psicológica e um trabalho de conhecimento corporal costumam ter papel muito importante. "Não tem fórmula mágica ou única para todas, nem o 'viagra feminino'", ressalta Theo Lerner. A pílula americana, embora aprovada pelo órgão regulador americano, sofre críticas de que não apresentou evidências científicas suficientes que a legitimem. Estudiosa da sexualidade feminina anos e autora de livros sobre o tema, Albertina Duarte, coordenadora do programa Saúde do Adolescente da secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, ressalta a importância de trabalhar a autoestima feminina. "O ponto G também está no ouvido. A mulher precisa se sentir desejada, gostosa. O grande viagra é melhorar como a mulher se sente", diz.
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Em meio à incerteza quanto aos EUA, negociações sobre clima retornarão
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O Acordo de Paris sobre o clima exige uma cooperação inédita entre 196 países cujas regras estarão no centro das negociações de Bonn a partir de segunda-feira (8), enquanto os Estados Unidos ameaçam se retirar deste pacto que busca limitar o aquecimento do planeta. "Temos que começar a definir de maneira operativa as disposições do Acordo de Paris" antes da 23ª Conferência das Partes (COP23), que será presidida por Fiji e se realizará em Bonn no final de 2017, explica David Levaï, pesquisador do Instituto de desenvolvimento sustentável e de relações internacionais (Iddri). No final de 2015 em Paris, 195 países e a União Europeia (UE) conseguiram fechar um acordo para combater o aquecimento global, o que implica –entre outras medidas– uma transição energética radical que substitua as energias fósseis (carvão, petróleo, gás). A Palestina se uniu depois à Convenção do clima da ONU. Em Marrakech, na COP22 de novembro passado, os negociadores ficaram abalados com a eleição do cético das mudanças climáticas Donald Trump nos Estados Unidos, mas demonstraram solidariedade e determinação para prosseguir com seus esforços. Desde então, Washington não deixou claro se quer ou não sair do Acordo de Paris, mas começou a desmantelar a política ambiental impulsada pelo ex-presidente Barack Obama. A Casa Branca deve anunciar suas intenções no final de maio. O próximo G20, no início de julho na Alemanha, também servirá de "esclarecimento", diz Laurence Tubiana, ex-negociadora francesa, para saber se o clima continua no topo da agenda dos países mais poderosos. Os membros do G20 representam cerca de três quartos das emissões mundiais de gases do efeito estufa. A reunião de Bonn (entre 8 e 18 de maio) ia ser "muito técnica", mas "a especulação sobre a posição de Washington figura no topo das nossas preocupações", diz à AFP Thoriq Ibrahim, ministro do Ambiente das Maldivas, em nome dos pequenos Estados insulares. Além da sua vontade de apoiar a exploração de energias fósseis, Trump prevê deixar de financiar o Fundo verde para o clima, a Convenção do clima da ONU (que supervisiona as negociações) e o Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (Giec). CONTEXTO DIFÍCIL Apesar dos maus sinais enviados pela administração americana, alguns opinam que as negociações poderão avançar. "Os Estados Unidos de Barack Obama nos ajudaram muito a construir o Acordo de Paris, mas o futuro do planeta não está só nas suas costas", afirma Laurence Tubiana, aludindo aos grandes países emergentes, como a China (maior poluidor do planeta), Índia (4º maior poluidor do planeta) e Brasil. No entanto, a situação atual cria "um contexto difícil", diz Paula Caballero, do World resources institute, com sede em Washington, já que "agora a liderança [para uma ação em favor do clima] está muito difusa". Para que o Acordo de Paris possa ser plenamente aplicado a partir de 2020, várias disposições devem ser aprofundadas. Que informações os países deverão publicar sobre sua política climática? Que tipos de projetos estão incluídos na contabilidade dos financiamentos do clima? Os países têm até a COP24, na Polônia em 2018, para redigir uma espécie de manual ("livro de regras") sobre o Acordo de Paris. Até lá, deverão decidir de que forma farão um pré-balanço em 2018, de caráter voluntário e chamado "diálogo facilitador". Trata-se de saber que informações deverão ser dadas e com que finalidade. Esta nova reunião foi agendada porque os cientistas consideram que os compromissos dos países adotados antes da COP21 implicarão em um aumento médio da temperatura global de 3°C em relação à era industrial, e que as emissões devem ser reduzidas o mais rápido possível para que a subida da temperatura fique abaixo de 2°C, um nível que já traria enormes alterações em grande escala.
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ambiente
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Em meio à incerteza quanto aos EUA, negociações sobre clima retornarãoO Acordo de Paris sobre o clima exige uma cooperação inédita entre 196 países cujas regras estarão no centro das negociações de Bonn a partir de segunda-feira (8), enquanto os Estados Unidos ameaçam se retirar deste pacto que busca limitar o aquecimento do planeta. "Temos que começar a definir de maneira operativa as disposições do Acordo de Paris" antes da 23ª Conferência das Partes (COP23), que será presidida por Fiji e se realizará em Bonn no final de 2017, explica David Levaï, pesquisador do Instituto de desenvolvimento sustentável e de relações internacionais (Iddri). No final de 2015 em Paris, 195 países e a União Europeia (UE) conseguiram fechar um acordo para combater o aquecimento global, o que implica –entre outras medidas– uma transição energética radical que substitua as energias fósseis (carvão, petróleo, gás). A Palestina se uniu depois à Convenção do clima da ONU. Em Marrakech, na COP22 de novembro passado, os negociadores ficaram abalados com a eleição do cético das mudanças climáticas Donald Trump nos Estados Unidos, mas demonstraram solidariedade e determinação para prosseguir com seus esforços. Desde então, Washington não deixou claro se quer ou não sair do Acordo de Paris, mas começou a desmantelar a política ambiental impulsada pelo ex-presidente Barack Obama. A Casa Branca deve anunciar suas intenções no final de maio. O próximo G20, no início de julho na Alemanha, também servirá de "esclarecimento", diz Laurence Tubiana, ex-negociadora francesa, para saber se o clima continua no topo da agenda dos países mais poderosos. Os membros do G20 representam cerca de três quartos das emissões mundiais de gases do efeito estufa. A reunião de Bonn (entre 8 e 18 de maio) ia ser "muito técnica", mas "a especulação sobre a posição de Washington figura no topo das nossas preocupações", diz à AFP Thoriq Ibrahim, ministro do Ambiente das Maldivas, em nome dos pequenos Estados insulares. Além da sua vontade de apoiar a exploração de energias fósseis, Trump prevê deixar de financiar o Fundo verde para o clima, a Convenção do clima da ONU (que supervisiona as negociações) e o Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (Giec). CONTEXTO DIFÍCIL Apesar dos maus sinais enviados pela administração americana, alguns opinam que as negociações poderão avançar. "Os Estados Unidos de Barack Obama nos ajudaram muito a construir o Acordo de Paris, mas o futuro do planeta não está só nas suas costas", afirma Laurence Tubiana, aludindo aos grandes países emergentes, como a China (maior poluidor do planeta), Índia (4º maior poluidor do planeta) e Brasil. No entanto, a situação atual cria "um contexto difícil", diz Paula Caballero, do World resources institute, com sede em Washington, já que "agora a liderança [para uma ação em favor do clima] está muito difusa". Para que o Acordo de Paris possa ser plenamente aplicado a partir de 2020, várias disposições devem ser aprofundadas. Que informações os países deverão publicar sobre sua política climática? Que tipos de projetos estão incluídos na contabilidade dos financiamentos do clima? Os países têm até a COP24, na Polônia em 2018, para redigir uma espécie de manual ("livro de regras") sobre o Acordo de Paris. Até lá, deverão decidir de que forma farão um pré-balanço em 2018, de caráter voluntário e chamado "diálogo facilitador". Trata-se de saber que informações deverão ser dadas e com que finalidade. Esta nova reunião foi agendada porque os cientistas consideram que os compromissos dos países adotados antes da COP21 implicarão em um aumento médio da temperatura global de 3°C em relação à era industrial, e que as emissões devem ser reduzidas o mais rápido possível para que a subida da temperatura fique abaixo de 2°C, um nível que já traria enormes alterações em grande escala.
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Presidente do TJ-SP recebe R$ 96 mil em junho, mas não paga custas de ação
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O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, que recebeu em junho rendimentos líquidos de R$ 96 mil, alegou numa disputa judicial que não tinha como desembolsar cerca de R$ 5 mil para pagar à Justiça as taxas do processo. Nalini propôs ação requerendo o cumprimento de sentença que determinou ao Banco do Brasil pagar aos titulares de cadernetas de poupança perdas causadas pelo Plano Verão, em 1989. Em valores atualizados, o banco deveria R$ 467,5 mil a Nalini. Ele pediu o adiamento do pagamento das custas do processo, deixando as taxas para o fim da ação. Seus advogados, Rubens Alves e Solange Cardoso Alves, disseram que, "neste momento, o requerente não está em condições de arcar com as custas do presente feito". O pedido foi aceito. Nalini alegou que não haveria prejuízo para o Estado, já que os valores das taxas seriam pagos com correção monetária. Pediu também tramitação prioritária da ação, com base no Estatuto do Idoso. Uma lei estadual prevê o adiamento das custas, desde que comprovada a "momentânea impossibilidade financeira do seu recolhimento". O BB não contestou o pedido. Advogados ouvidos pela Folha, com o compromisso de que seus nomes seriam preservados, não veem motivo para a concessão do benefício a Nalini. Segundo eles, a tendência no Judiciário de limitar o benefício a pessoas que têm renda inferior a três salários mínimos (R$ 2.364). A remuneração mensal de Nalini é de R$ 30,4 mil. Em junho, incluindo indenizações e outras vantagens, ele recebeu R$ 110,6 mil. Após os descontos, ficou com R$ 96 mil. Advogados mencionam ainda o fato de Nalini ter mantido recentemente decisão de uma juíza que negou pedido de uma empresa para adiar o recolhimento das taxas, pois não teria comprovado que tinha dificuldades. Dois magistrados ouvidos pela Folha divergem. Um desembargador considerou que o procedimento de Nalini foi ético e correto. Ele entende que as custas serão pagas de qualquer maneira em razão da vitória praticamente certa da ação. Um juiz de primeiro grau viu falta de ética e afirmou que, se tivesse recebido o pedido, teria indeferido. OUTRO LADO O Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que o desembargador José Renato Nalini teve o mesmo tratamento dado a outros interessados na ação em que ele é parte. Como ela é uma ação coletiva, que envolve muitos interessados, magistrados da 6ª Vara da Fazenda Pública optaram por uniformizar os despachos. Haveria irregularidade se o recolhimento imediato das custas fosse determinado apenas para o presidente do tribunal, segundo uma juíza que assessora seu gabinete. De acordo com o tribunal, "há bastante razão para o pedido de diferimento do recolhimento das custas: não tem sentido o interessado adiantar valores que o banco deverá restituir mais tarde". "Como o pedido é procedente, o banco terá de devolver as custas recolhidas antes", afirmou o tribunal. "Esse é um princípio de economia processual."
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poder
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Presidente do TJ-SP recebe R$ 96 mil em junho, mas não paga custas de açãoO presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, que recebeu em junho rendimentos líquidos de R$ 96 mil, alegou numa disputa judicial que não tinha como desembolsar cerca de R$ 5 mil para pagar à Justiça as taxas do processo. Nalini propôs ação requerendo o cumprimento de sentença que determinou ao Banco do Brasil pagar aos titulares de cadernetas de poupança perdas causadas pelo Plano Verão, em 1989. Em valores atualizados, o banco deveria R$ 467,5 mil a Nalini. Ele pediu o adiamento do pagamento das custas do processo, deixando as taxas para o fim da ação. Seus advogados, Rubens Alves e Solange Cardoso Alves, disseram que, "neste momento, o requerente não está em condições de arcar com as custas do presente feito". O pedido foi aceito. Nalini alegou que não haveria prejuízo para o Estado, já que os valores das taxas seriam pagos com correção monetária. Pediu também tramitação prioritária da ação, com base no Estatuto do Idoso. Uma lei estadual prevê o adiamento das custas, desde que comprovada a "momentânea impossibilidade financeira do seu recolhimento". O BB não contestou o pedido. Advogados ouvidos pela Folha, com o compromisso de que seus nomes seriam preservados, não veem motivo para a concessão do benefício a Nalini. Segundo eles, a tendência no Judiciário de limitar o benefício a pessoas que têm renda inferior a três salários mínimos (R$ 2.364). A remuneração mensal de Nalini é de R$ 30,4 mil. Em junho, incluindo indenizações e outras vantagens, ele recebeu R$ 110,6 mil. Após os descontos, ficou com R$ 96 mil. Advogados mencionam ainda o fato de Nalini ter mantido recentemente decisão de uma juíza que negou pedido de uma empresa para adiar o recolhimento das taxas, pois não teria comprovado que tinha dificuldades. Dois magistrados ouvidos pela Folha divergem. Um desembargador considerou que o procedimento de Nalini foi ético e correto. Ele entende que as custas serão pagas de qualquer maneira em razão da vitória praticamente certa da ação. Um juiz de primeiro grau viu falta de ética e afirmou que, se tivesse recebido o pedido, teria indeferido. OUTRO LADO O Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que o desembargador José Renato Nalini teve o mesmo tratamento dado a outros interessados na ação em que ele é parte. Como ela é uma ação coletiva, que envolve muitos interessados, magistrados da 6ª Vara da Fazenda Pública optaram por uniformizar os despachos. Haveria irregularidade se o recolhimento imediato das custas fosse determinado apenas para o presidente do tribunal, segundo uma juíza que assessora seu gabinete. De acordo com o tribunal, "há bastante razão para o pedido de diferimento do recolhimento das custas: não tem sentido o interessado adiantar valores que o banco deverá restituir mais tarde". "Como o pedido é procedente, o banco terá de devolver as custas recolhidas antes", afirmou o tribunal. "Esse é um princípio de economia processual."
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Frederico Vasconcelos: Farinha pouca, meu pirão primeiro
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O Conselho da Justiça Federal (CJF) aprovou por unanimidade, no último dia 9, a regulamentação da lei que estabeleceu a gratificação por acúmulo de funções jurisdicionais. Ou seja, um mês depois do prazo fixado para essa regulamentação. O texto definitivo ainda não ... Leia post completo no blog
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poder
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Frederico Vasconcelos: Farinha pouca, meu pirão primeiroO Conselho da Justiça Federal (CJF) aprovou por unanimidade, no último dia 9, a regulamentação da lei que estabeleceu a gratificação por acúmulo de funções jurisdicionais. Ou seja, um mês depois do prazo fixado para essa regulamentação. O texto definitivo ainda não ... Leia post completo no blog
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Frida Kahlo e Marina Abramovic estão entre melhores exposições de 2015
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Confira abaixo as melhores exposições de 2015, segundo a "Ilustrada" —e a pior notícia do mundo das artes plásticas. O MELHOR 1. Frida Kahlo Conexões entre mulheres surrealistas no MéxicoEnquanto outros espaços usam grandes nomes como chamariz, mas apresentam poucas obras de fato, no Instituto Tomie Ohtake a contundente obra da artista foi vista em mais de 20 trabalhos em uma contextualização com profundidade. 2. 34º Panorama da Arte Brasileira Aracy Amaral provou uma inesperada reviravolta em uma exposição com temática ultrapassada, levando o panorama a um formato enxuto, com apenas seis artistas, mas complexo, ao expor junto a eles escultura em pedra de mais de 3 mil anos. 3. Foto Cine Clube Bandeirante Do arquivo à rede: no novo programa do Masp, dedicado em demasia às formas expositivas de Lina Bo Bardi, essa mostra reviu a prática do fotoclubismo de maneira original e ousada 4. 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil Mais que uma mostra,o festival vem se marcando por funcionar como uma plataforma de reflexão, com publicações e debates com conteúdos importantes, focado na produção artística do sul do planeta 5. Terra Comunal - Marina Abramovic + MAI Retrospectiva inovadora. O público realizou o método da mais importante artista da performance, e que contou ainda com convidados brasileiros e conferências inesquecíveis da própria Marina Abramovic no Sesc Pompeia - MICO DO ANO MAC-USP O Museu de Arte Contemporânea da USP teve uma programação sofrível, perdeu seu diretor e sofreu intervenção da reitoria.
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ilustrada
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Frida Kahlo e Marina Abramovic estão entre melhores exposições de 2015Confira abaixo as melhores exposições de 2015, segundo a "Ilustrada" —e a pior notícia do mundo das artes plásticas. O MELHOR 1. Frida Kahlo Conexões entre mulheres surrealistas no MéxicoEnquanto outros espaços usam grandes nomes como chamariz, mas apresentam poucas obras de fato, no Instituto Tomie Ohtake a contundente obra da artista foi vista em mais de 20 trabalhos em uma contextualização com profundidade. 2. 34º Panorama da Arte Brasileira Aracy Amaral provou uma inesperada reviravolta em uma exposição com temática ultrapassada, levando o panorama a um formato enxuto, com apenas seis artistas, mas complexo, ao expor junto a eles escultura em pedra de mais de 3 mil anos. 3. Foto Cine Clube Bandeirante Do arquivo à rede: no novo programa do Masp, dedicado em demasia às formas expositivas de Lina Bo Bardi, essa mostra reviu a prática do fotoclubismo de maneira original e ousada 4. 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil Mais que uma mostra,o festival vem se marcando por funcionar como uma plataforma de reflexão, com publicações e debates com conteúdos importantes, focado na produção artística do sul do planeta 5. Terra Comunal - Marina Abramovic + MAI Retrospectiva inovadora. O público realizou o método da mais importante artista da performance, e que contou ainda com convidados brasileiros e conferências inesquecíveis da própria Marina Abramovic no Sesc Pompeia - MICO DO ANO MAC-USP O Museu de Arte Contemporânea da USP teve uma programação sofrível, perdeu seu diretor e sofreu intervenção da reitoria.
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Após goleada, Luis Enrique anuncia que deixará o Barcelona em junho
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Logo após o 6 a 1 do Barcelona desta quarta-feira (1º) sobre o Sporting Gijón, o técnico Luis Enrique anunciou que não renovará contrato com o clube e encerrará sua passagem por ele no dia 30 de junho deste ano. A notícia foi dada inicialmente ao elenco nos vestiários do Camp Nou, depois divulgada publicamente em entrevista coletiva. Ele deixará a equipe catalã após três temporadas. O treinador anunciou sua decisão no final da conversa com a imprensa. "Aproveito para terminar a entrevista coletiva de uma forma diferente. Não serei treinador do Barcelona na próxima temporada. É uma decisão muito difícil para mim, meditada, muito pensada e acredito que tenho que ser fiel e justo ao que penso", afirmou. "Gostaria de agradecer ao clube por toda a confiança recebida. Foram três anos inesquecíveis", declarou o técnico. Luis Enrique teve uma reunião no início da temporada com a direção de futebol do Barcelona, quando já pendia para não renovar com o clube. Lhe pediram para não ter pressa ao tomar a decisão, anunciada somente nesta quarta. "O motivo é a forma que tenho que viver essa profissão. Isso significa muito poucas horas de descanso, de desconectar", explicou o treinador, que garantiu que trabalhará sério no tempo que resta em seu contrato. "Faltam três meses apaixonantes. Estamos em uma situação difícil, em especial em uma competição, mas com a ajuda de todos e se as estrelas se alinharem vamos dar a volta por cima nesta partida. Minha dedicação será plena nestes meses", garantiu. O presidente Josep Maria Bartomeu comentou a decisão do treinador: "Aceitamos a decisão de Luis Enrique, foi um grande treinador. Agora temos que terminar essa etapa da melhor forma. Luis Enrique nos deu sucesso, mas ainda pode trazer mais. Os jogadores estão motivados para fazê-lo". O Barcelona continua na briga pelo título do Campeonato Espanhol com Real Madrid e Sevilla, porém o título mais próximo é a Copa do Rei, na qual é finalista e irá encarar o Alavés na decisão. O clube catalão segue vivo na Liga dos Campeões, mas terá que reverter no Camp Nou a golada por 4 a 0 do PSG em Paris para seguir vivo na competição.
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esporte
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Após goleada, Luis Enrique anuncia que deixará o Barcelona em junhoLogo após o 6 a 1 do Barcelona desta quarta-feira (1º) sobre o Sporting Gijón, o técnico Luis Enrique anunciou que não renovará contrato com o clube e encerrará sua passagem por ele no dia 30 de junho deste ano. A notícia foi dada inicialmente ao elenco nos vestiários do Camp Nou, depois divulgada publicamente em entrevista coletiva. Ele deixará a equipe catalã após três temporadas. O treinador anunciou sua decisão no final da conversa com a imprensa. "Aproveito para terminar a entrevista coletiva de uma forma diferente. Não serei treinador do Barcelona na próxima temporada. É uma decisão muito difícil para mim, meditada, muito pensada e acredito que tenho que ser fiel e justo ao que penso", afirmou. "Gostaria de agradecer ao clube por toda a confiança recebida. Foram três anos inesquecíveis", declarou o técnico. Luis Enrique teve uma reunião no início da temporada com a direção de futebol do Barcelona, quando já pendia para não renovar com o clube. Lhe pediram para não ter pressa ao tomar a decisão, anunciada somente nesta quarta. "O motivo é a forma que tenho que viver essa profissão. Isso significa muito poucas horas de descanso, de desconectar", explicou o treinador, que garantiu que trabalhará sério no tempo que resta em seu contrato. "Faltam três meses apaixonantes. Estamos em uma situação difícil, em especial em uma competição, mas com a ajuda de todos e se as estrelas se alinharem vamos dar a volta por cima nesta partida. Minha dedicação será plena nestes meses", garantiu. O presidente Josep Maria Bartomeu comentou a decisão do treinador: "Aceitamos a decisão de Luis Enrique, foi um grande treinador. Agora temos que terminar essa etapa da melhor forma. Luis Enrique nos deu sucesso, mas ainda pode trazer mais. Os jogadores estão motivados para fazê-lo". O Barcelona continua na briga pelo título do Campeonato Espanhol com Real Madrid e Sevilla, porém o título mais próximo é a Copa do Rei, na qual é finalista e irá encarar o Alavés na decisão. O clube catalão segue vivo na Liga dos Campeões, mas terá que reverter no Camp Nou a golada por 4 a 0 do PSG em Paris para seguir vivo na competição.
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Aprenda receita de drinque e saiba onde comer hambúrguer de cordeiro
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Consumo de peixe e veto à pesca são tema de debate Especialistas vão debater na terça (28), em São Paulo, a pesca e o consumo de peixe. Um dos temas que estimulou a discussão é a portaria 445 do governo federal, de 17/12, que proíbe a pesca de 334 espécies de peixes e frutos do mar, visando a preservação. Participam do evento, na Universidade Anhembi Morumbi (r. Casa do Ator, 294, Vila Olímpia), às 19h, o professor Ricardo Maranhão, o chef Ivan Ralston (Tuju), produtores e estudiosos. Inscrições pelo e-mail [email protected] (entrada franca). * Casa tem cafés especiais e receitas vegetarianas Foi aberto na região da av. Paulista, no mês passado, o Kaya Kafé. O espaço (r. Augusta, 2.052, Cerqueira César), que tem grafites, lustres retrô e uma bicicleta de quatro lugares, serve cafés especiais e receitas vegetarianas. De grãos brasileiros, os cafés feitos em diferentes métodos de preparo custam de R$ 4,50 a R$ 6,50. Além de tortas, quiches e sopas do dia (R$ 8,50), há quitutes como o pão de queijo torrado com geleia de framboesa orgânica e o bolo de banana (R$ 5,50 cada). * Novo bar de Spencer Jr. abre as portas em hotel Abre nesta sexta (24), em soft opening, o Frank Bar, no Maksoud Plaza (al. Campinas, 150, Jardim Paulista). O bar que homenageia Frank Sinatra será comandado pelo bartender Spencer Jr. (ex-Myny). A carta, com 33 drinques, inclui receitas exclusivas, clássicas e releituras. Fazem parte dela champagne julep (foto), martini e white lady (R$ 31, cada). Haverá também drinques envelhecidos entre opções do dia, descritos na lousa e receitas engarrafadas na hora do pedido. * COMIDA DE RUA: PROVAMOS E APROVAMOS Burguer Garni No Burguer Garni, o chef Luis Jucá faz duas opções de hambúrguer, sempre a R$ 20. Podem estar no cardápio o hambúrguer de cordeiro no pão de mandioquinha, com maionese de hortelã e folhas verdes, e o brasileiríssimo (foto), com hambúrguer de costela, queijo meia-cura e vinagrete de pimenta-biquinho ONDE No Butantan Food Park e na Feira Gastronômica Jardim das Perdizes (programação no site burguergarni.com.br ) * BRAMESON Aprenda a fazer a receita do bartender Plínio Silva, do TonTon de Cima, bar no segundo andar do restaurante TonTon (r. Caconde, 132, Jardim Paulista; tel. 11/2597-6168) e saiba mais sobre a amburana abaixo; * BRASILEIRINHO AMBURANA A planta de muitos nomes é comum na América do Sul e tem madeira de aroma doce e agradável. Usada na marcenaria e em tonéis de cachaça, pode substituir a fava de baunilha na aromatização de açúcar, por exemplo. ONDE Rei dos Temperos (r. Herbart, 47, Mercado da Lapa, box 32) QUANTO R$ 4,50 (80 g) * CARIOCA O matambre com abóbora caramelada (R$ 64), receita da avó do chef Pedro Siqueira, está no cardápio do Puro, no Jardim Botânico (tel. 21/3284-5377) * LANÇAMENTOS COMIDA DE RUA O guia reúne informações sobre 38 barracas e food trucks de SP, com fotos dos quitutes AUTORA Bianca Paulino Chaer EDITORA Alaúde QUANTO R$ 39,90 (248 págs.) SOBREMESAS E VINHOS No livro, o sommelier Olivier Poussier explora a harmonização entre vinhos e sobremesas AUTOR Olivier Poussier EDITORA Senac SP QUANTO R$ 139,90 (210 págs.) * AGENDA 25 de ABRIL Acontece a segunda edição do Chefs por Sampa. Participam da feira gastronômica (Praça da Luz, s/nº, Bom Retiro), das 11h às 19h, chefs como Carlos Bertolazzi (Zena Caffè) e Raphael Despirite (Marcel). As porções vão custar de R$ 5 a R$ 15 27 de ABRIL Curso de cozinha japonesa com a chef Telma Shimizu Shiraishi (Aizomê), com entrada, prato e sobremesa. Das 19h30 às 22h30, no Na Cozinha (r. Haddock Lobo, 955, Cerqueira César; tel. 11/3063-5374). É necessário fazer reserva
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comida
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Aprenda receita de drinque e saiba onde comer hambúrguer de cordeiroConsumo de peixe e veto à pesca são tema de debate Especialistas vão debater na terça (28), em São Paulo, a pesca e o consumo de peixe. Um dos temas que estimulou a discussão é a portaria 445 do governo federal, de 17/12, que proíbe a pesca de 334 espécies de peixes e frutos do mar, visando a preservação. Participam do evento, na Universidade Anhembi Morumbi (r. Casa do Ator, 294, Vila Olímpia), às 19h, o professor Ricardo Maranhão, o chef Ivan Ralston (Tuju), produtores e estudiosos. Inscrições pelo e-mail [email protected] (entrada franca). * Casa tem cafés especiais e receitas vegetarianas Foi aberto na região da av. Paulista, no mês passado, o Kaya Kafé. O espaço (r. Augusta, 2.052, Cerqueira César), que tem grafites, lustres retrô e uma bicicleta de quatro lugares, serve cafés especiais e receitas vegetarianas. De grãos brasileiros, os cafés feitos em diferentes métodos de preparo custam de R$ 4,50 a R$ 6,50. Além de tortas, quiches e sopas do dia (R$ 8,50), há quitutes como o pão de queijo torrado com geleia de framboesa orgânica e o bolo de banana (R$ 5,50 cada). * Novo bar de Spencer Jr. abre as portas em hotel Abre nesta sexta (24), em soft opening, o Frank Bar, no Maksoud Plaza (al. Campinas, 150, Jardim Paulista). O bar que homenageia Frank Sinatra será comandado pelo bartender Spencer Jr. (ex-Myny). A carta, com 33 drinques, inclui receitas exclusivas, clássicas e releituras. Fazem parte dela champagne julep (foto), martini e white lady (R$ 31, cada). Haverá também drinques envelhecidos entre opções do dia, descritos na lousa e receitas engarrafadas na hora do pedido. * COMIDA DE RUA: PROVAMOS E APROVAMOS Burguer Garni No Burguer Garni, o chef Luis Jucá faz duas opções de hambúrguer, sempre a R$ 20. Podem estar no cardápio o hambúrguer de cordeiro no pão de mandioquinha, com maionese de hortelã e folhas verdes, e o brasileiríssimo (foto), com hambúrguer de costela, queijo meia-cura e vinagrete de pimenta-biquinho ONDE No Butantan Food Park e na Feira Gastronômica Jardim das Perdizes (programação no site burguergarni.com.br ) * BRAMESON Aprenda a fazer a receita do bartender Plínio Silva, do TonTon de Cima, bar no segundo andar do restaurante TonTon (r. Caconde, 132, Jardim Paulista; tel. 11/2597-6168) e saiba mais sobre a amburana abaixo; * BRASILEIRINHO AMBURANA A planta de muitos nomes é comum na América do Sul e tem madeira de aroma doce e agradável. Usada na marcenaria e em tonéis de cachaça, pode substituir a fava de baunilha na aromatização de açúcar, por exemplo. ONDE Rei dos Temperos (r. Herbart, 47, Mercado da Lapa, box 32) QUANTO R$ 4,50 (80 g) * CARIOCA O matambre com abóbora caramelada (R$ 64), receita da avó do chef Pedro Siqueira, está no cardápio do Puro, no Jardim Botânico (tel. 21/3284-5377) * LANÇAMENTOS COMIDA DE RUA O guia reúne informações sobre 38 barracas e food trucks de SP, com fotos dos quitutes AUTORA Bianca Paulino Chaer EDITORA Alaúde QUANTO R$ 39,90 (248 págs.) SOBREMESAS E VINHOS No livro, o sommelier Olivier Poussier explora a harmonização entre vinhos e sobremesas AUTOR Olivier Poussier EDITORA Senac SP QUANTO R$ 139,90 (210 págs.) * AGENDA 25 de ABRIL Acontece a segunda edição do Chefs por Sampa. Participam da feira gastronômica (Praça da Luz, s/nº, Bom Retiro), das 11h às 19h, chefs como Carlos Bertolazzi (Zena Caffè) e Raphael Despirite (Marcel). As porções vão custar de R$ 5 a R$ 15 27 de ABRIL Curso de cozinha japonesa com a chef Telma Shimizu Shiraishi (Aizomê), com entrada, prato e sobremesa. Das 19h30 às 22h30, no Na Cozinha (r. Haddock Lobo, 955, Cerqueira César; tel. 11/3063-5374). É necessário fazer reserva
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Brasil deve abrir mais shoppings em 2015, mas vendas devem desacelerar
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O setor de shopping centers no Brasil deve ver desaceleração de vendas em 2015, ano que será marcado pela abertura de mais empreendimentos em função do escoamento de projetos inicialmente previstos para 2014. Após alta de 10% nas vendas nesses centros de compras no ano passado, a R$ 142 bilhões, a expectativa para 2015 é de crescimento mais modesto, de 8,5%, divulgou a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) nesta terça-feira (27). Avaliando o desempenho esperado como "bastante razoável" diante do cenário econômico, o presidente da entidade, Glauco Humai, disse que 2015 será um ano difícil, citando fatores como pressão inflacionária e juros mais altos, além de problemas estruturais em relação à disponibilidade de água e energia. A projeção da Abrasce é que sejam criados 26 novos empreendimentos em 2015, contra 24 em 2014. Os números contrastam com previsão feita pela associação no início do ano passado, que era de inauguração de mais de 40 novos empreendimentos em 2014 e apenas 15 neste ano. Segundo Humai, a diferença entre a previsão de shoppings novos e os efetivamente abertos foi maior do que a média no ano passado, mas não chega a acender a luz vermelha. "Mesmo adiados, eles vão acontecer", disse, relacionando a decisão de postergação a fatores como demora na obtenção de licenciamento, questões econômicas e menor disponibilidade de recursos para o financiamento de projetos que nos últimos anos. PÉ NO FREIO Em 2014, as empresas de shoppings colocaram o pé no freio em relação a novos projetos após a abertura de unidades com baixa taxa de ocupação. O Brasil encerrou 2014 com 520 shoppings distribuídos em 188 cidades. Dentro desse universo de empreendimentos, 18% –ou mais de 90 shoppings– contam com projetos de expansão, indicando a manutenção dessa toada em detrimento da aposta em novos centros de compras. Dos 26 novos empreendimentos projetados para 2015, 16 serão em cidades que não são capitais. Ao mesmo tempo, 12 cidades receberão seu primeiro shopping, disse a Abrasce, estimando um investimento total de cerca de R$ 16 bilhões em aberturas e expansões no ano.
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mercado
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Brasil deve abrir mais shoppings em 2015, mas vendas devem desacelerarO setor de shopping centers no Brasil deve ver desaceleração de vendas em 2015, ano que será marcado pela abertura de mais empreendimentos em função do escoamento de projetos inicialmente previstos para 2014. Após alta de 10% nas vendas nesses centros de compras no ano passado, a R$ 142 bilhões, a expectativa para 2015 é de crescimento mais modesto, de 8,5%, divulgou a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) nesta terça-feira (27). Avaliando o desempenho esperado como "bastante razoável" diante do cenário econômico, o presidente da entidade, Glauco Humai, disse que 2015 será um ano difícil, citando fatores como pressão inflacionária e juros mais altos, além de problemas estruturais em relação à disponibilidade de água e energia. A projeção da Abrasce é que sejam criados 26 novos empreendimentos em 2015, contra 24 em 2014. Os números contrastam com previsão feita pela associação no início do ano passado, que era de inauguração de mais de 40 novos empreendimentos em 2014 e apenas 15 neste ano. Segundo Humai, a diferença entre a previsão de shoppings novos e os efetivamente abertos foi maior do que a média no ano passado, mas não chega a acender a luz vermelha. "Mesmo adiados, eles vão acontecer", disse, relacionando a decisão de postergação a fatores como demora na obtenção de licenciamento, questões econômicas e menor disponibilidade de recursos para o financiamento de projetos que nos últimos anos. PÉ NO FREIO Em 2014, as empresas de shoppings colocaram o pé no freio em relação a novos projetos após a abertura de unidades com baixa taxa de ocupação. O Brasil encerrou 2014 com 520 shoppings distribuídos em 188 cidades. Dentro desse universo de empreendimentos, 18% –ou mais de 90 shoppings– contam com projetos de expansão, indicando a manutenção dessa toada em detrimento da aposta em novos centros de compras. Dos 26 novos empreendimentos projetados para 2015, 16 serão em cidades que não são capitais. Ao mesmo tempo, 12 cidades receberão seu primeiro shopping, disse a Abrasce, estimando um investimento total de cerca de R$ 16 bilhões em aberturas e expansões no ano.
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Lava Jato! Tornozeleira da Gucci!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bombas da semana: "Doleira promete delação premiada e canta Roberto Carlos na CPI". É caraoquê ou CPI? Caraoquê Parlamentar de Inquérito! Caraoquê na CPI. E ela cantou "Amada Amante". Errado! Doleira tem que cantar este hit do Roberto Carlos: "Tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou EM DÓLAR". Rarará! "The Voice" na CPI! "American Idol." E agora estão chamando a PEC da Bengala de PEC Catacumba! Com a aprovação da PEC Catacumba, o Rogério Ceni vai jogar até os 75 anos. E a Susana Vieira vai transar até os 125 anos! Rarará! E outra bomba: "Curitiba pede 50 tornozeleiras eletrônicas". Acabou o estoque! Tornozeleira é tendência em Curitiba. Aliás, Curitiba é tendência! E se eu for pego na Lava Jato, quero tornozeleira da Gucci personalizada com cristal Swarovski. Preso ostentação! Rarará! E empreiteiro tem tornozeleira da Prada escrito: "I Love Propina". "Rastreado por Deus e pelo juiz Moro." E como disse um amigo: "Se a moda pega, minha namorada vai me botar uma tornozeleira". Isso. Bota tornozeleira em namorado: "Rastreado por fofoqueiras". Tornozeleira agora é chique. Celebridades usaram tornozeleiras: Paris Hilton e bispa Sonia. A Paris Hilton usou tornozeleira da Chanel em que vinha escrito: "Meu pai é rico","estourei o cartão", "eu me divirto em dobro". E na tornozeleira gospel da bispa Sonia estava escrito: "Rastreada por Deus e pelo FBI", "enriquecer em Cristo". Rarará! E mais bomba: "Idealizado por Cunha, projeto de shopping no Congresso avança na Câmara". Shopping no Congresso? É pra facilitar compra de deputado? A Câmara já é um shopping. Aceita cheque-camisinha, aquele que só desenrola no pau? Rarará! O gerente é o Cunha, o Tião Galinha! E a bomba final: "Juiz arreia as calças em plena audiência na Paraíba". Rarará! Eu não tenho medo do mundo acabar. Eu tenho medo do mundo continuar! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Lava Jato! Tornozeleira da Gucci!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Bombas da semana: "Doleira promete delação premiada e canta Roberto Carlos na CPI". É caraoquê ou CPI? Caraoquê Parlamentar de Inquérito! Caraoquê na CPI. E ela cantou "Amada Amante". Errado! Doleira tem que cantar este hit do Roberto Carlos: "Tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou EM DÓLAR". Rarará! "The Voice" na CPI! "American Idol." E agora estão chamando a PEC da Bengala de PEC Catacumba! Com a aprovação da PEC Catacumba, o Rogério Ceni vai jogar até os 75 anos. E a Susana Vieira vai transar até os 125 anos! Rarará! E outra bomba: "Curitiba pede 50 tornozeleiras eletrônicas". Acabou o estoque! Tornozeleira é tendência em Curitiba. Aliás, Curitiba é tendência! E se eu for pego na Lava Jato, quero tornozeleira da Gucci personalizada com cristal Swarovski. Preso ostentação! Rarará! E empreiteiro tem tornozeleira da Prada escrito: "I Love Propina". "Rastreado por Deus e pelo juiz Moro." E como disse um amigo: "Se a moda pega, minha namorada vai me botar uma tornozeleira". Isso. Bota tornozeleira em namorado: "Rastreado por fofoqueiras". Tornozeleira agora é chique. Celebridades usaram tornozeleiras: Paris Hilton e bispa Sonia. A Paris Hilton usou tornozeleira da Chanel em que vinha escrito: "Meu pai é rico","estourei o cartão", "eu me divirto em dobro". E na tornozeleira gospel da bispa Sonia estava escrito: "Rastreada por Deus e pelo FBI", "enriquecer em Cristo". Rarará! E mais bomba: "Idealizado por Cunha, projeto de shopping no Congresso avança na Câmara". Shopping no Congresso? É pra facilitar compra de deputado? A Câmara já é um shopping. Aceita cheque-camisinha, aquele que só desenrola no pau? Rarará! O gerente é o Cunha, o Tião Galinha! E a bomba final: "Juiz arreia as calças em plena audiência na Paraíba". Rarará! Eu não tenho medo do mundo acabar. Eu tenho medo do mundo continuar! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Movimento quer que milionários brasileiros doem 20% de suas fortunas
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Um movimento para estimular a doação de 20% das fortunas do país para projetos filantrópicos foi lançado nesta semana pelo Idis (instituto de investimento social) e pelo casal Elie e Susy Horn. No fim de 2015, Horn -que é presidente do conselho de administração e fundador da Cyrela- e sua mulher decidiram transferir 60% de seu patrimônio a causas sociais. Foram os primeiros brasileiros a aderir ao "The Giving Pledge" -programa lançado em 2010 por Bill Clinton e Warren Buffett, para estimular ricos a doar ao menos metade de suas fortunas. "No Brasil, a taxa de 50% seria muito alta, então a proposta é que 20% sejam entregues a obras de caridade", afirma Horn. Em 2015, as doações individuais somaram R$ 13,7 bilhões no país, aponta o Idis. "Será um processo de conscientização, não vamos monitorar as contribuições", diz Paula Fabiani, presidente do instituto. Cinco pessoas, não reveladas, já aderiram. Uma abordagem mais ampla ainda será feita em jantares e "no corpo a corpo", segundo Horn. Leia a coluna completa aqui.
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colunas
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Movimento quer que milionários brasileiros doem 20% de suas fortunasUm movimento para estimular a doação de 20% das fortunas do país para projetos filantrópicos foi lançado nesta semana pelo Idis (instituto de investimento social) e pelo casal Elie e Susy Horn. No fim de 2015, Horn -que é presidente do conselho de administração e fundador da Cyrela- e sua mulher decidiram transferir 60% de seu patrimônio a causas sociais. Foram os primeiros brasileiros a aderir ao "The Giving Pledge" -programa lançado em 2010 por Bill Clinton e Warren Buffett, para estimular ricos a doar ao menos metade de suas fortunas. "No Brasil, a taxa de 50% seria muito alta, então a proposta é que 20% sejam entregues a obras de caridade", afirma Horn. Em 2015, as doações individuais somaram R$ 13,7 bilhões no país, aponta o Idis. "Será um processo de conscientização, não vamos monitorar as contribuições", diz Paula Fabiani, presidente do instituto. Cinco pessoas, não reveladas, já aderiram. Uma abordagem mais ampla ainda será feita em jantares e "no corpo a corpo", segundo Horn. Leia a coluna completa aqui.
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Na estreia do Espanhol, Real Madrid empata com recém-promovido à elite
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O recém-promovido à primeira divisão do Campeonato Espanhol, o Sporting Gijón, tinha uma difícil missão neste domingo (23). Parar o Real Madrid, uma das potências do futebol mundial. E o estreante conseguiu tal feito. Jogando em casa, a equipe de Gijón segurou o time de Madrid e não saiu de um empate sem gols, em jogo válido pela primeira rodada do Campeonato Espanhol. Com a vitória do Atlético de Madri, no sábado, e do Barcelona, no domingo, o Real foi o único entre os três favoritos ao título que não conseguiu o triunfo. Na próxima rodada, a equipe comandada por Rafa Benítez recebe o Betis, no sábado (29). No mesmo dia, o Sporting visita a Real Sociedad. Barça x Real PRIMEIRA RODADA DO CAMPEONATO ESPANHOL Sexta (21) Sevilha 0x0 Málaga Sábado (22) Desportivo La Coruna 0x0 Real Sociedad Espanyol 0x0 Getafe Atlético de Madri 1x0 Las Palmas Rayo Vallecano 0x0 Valência Domingo (23) Athletic Bilbao 0x1 Barcelona Sporting Gijón 0x0 Real Madrid Levante x Celta Vigo Real Betis x Villareal Segunda-feira (24) Granada x Eibar
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esporte
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Na estreia do Espanhol, Real Madrid empata com recém-promovido à eliteO recém-promovido à primeira divisão do Campeonato Espanhol, o Sporting Gijón, tinha uma difícil missão neste domingo (23). Parar o Real Madrid, uma das potências do futebol mundial. E o estreante conseguiu tal feito. Jogando em casa, a equipe de Gijón segurou o time de Madrid e não saiu de um empate sem gols, em jogo válido pela primeira rodada do Campeonato Espanhol. Com a vitória do Atlético de Madri, no sábado, e do Barcelona, no domingo, o Real foi o único entre os três favoritos ao título que não conseguiu o triunfo. Na próxima rodada, a equipe comandada por Rafa Benítez recebe o Betis, no sábado (29). No mesmo dia, o Sporting visita a Real Sociedad. Barça x Real PRIMEIRA RODADA DO CAMPEONATO ESPANHOL Sexta (21) Sevilha 0x0 Málaga Sábado (22) Desportivo La Coruna 0x0 Real Sociedad Espanyol 0x0 Getafe Atlético de Madri 1x0 Las Palmas Rayo Vallecano 0x0 Valência Domingo (23) Athletic Bilbao 0x1 Barcelona Sporting Gijón 0x0 Real Madrid Levante x Celta Vigo Real Betis x Villareal Segunda-feira (24) Granada x Eibar
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Após vitória de Trump, Turquia emite alerta para viagens aos EUA
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Após a onda de protestos anti-Trump nos Estados Unidos, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia emitiu um alerta aos cidadãos turcos que pretendem viajar para o país ou que vivem por lá: que sejam cautelosos e adotem medidas de segurança para se proteger. Os motivos para a declaração, segundo o órgão, foram os episódios de violência nas manifestações e o aumento no número de agressões verbais e físicas de natureza xenófoba e racista no país americano. O ministério citou o caso de um manifestante que foi baleado no dia 12 de novembro na cidade de Portland, em Oregon, durante um protesto. Os Estados Unidos também emitiram um alerta para os americanos, no fim de outubro, sobre a ameaça de ataques terroristas na Turquia, recomendando que considerassem os riscos de viajar para lá. * Marco das Três Fronteiras (PR) é reaberto O Complexo Turístico Marco das Três Fronteiras, localizado em Foz do Iguaçu (PR) na divisa com a Argentina e o Paraguai, será reinaugurado na segunda quinzena de dezembro. A reforma do espaço começou em outubro de 2015. O principal símbolo do local é um obelisco erguido em 1903 que estabelece o limite territorial do Brasil em relação aos outros dois países, que também têm monumentos próprios. Com a revitalização, a área de mirantes, de onde é possível ver o pôr do sol, será ampliada. Além disso, será criada uma vila cenográfica que reproduz a arquitetura de povoados indígenas organizados por jesuítas nos séculos 17 e 18.O complexo terá ainda outras atrações, como um show de águas dançantes, com luzes e projeções, e um novo restaurante. O valor da entrada ainda não foi definido. Moradores de Foz do Iguaçu não pagam. * MAURO SOUSA, 29 Diretor no grupo Mauricio de Sousa Produções Japão O país tem infraestrutura e tecnologia, infinitas opções de lazer, uma rica culinária e um povo educado. É um destino extremamente interessante e importante culturalmente. Para mim, a viagem ainda tem um apelo emocional porque sou descendente de japoneses San Andrés (Colômbia) Apesar de ser um lugar muito bonito, não tem infraestrutura adequada para receber turistas. A mobilidade urbana da ilha é ruim, além de ser complicado conseguir informações por lá. Fora isso, no hotel em que eu fiquei hospedado não tinha água quente * O Explorer é um aplicativo criado pelo Museu de História Natural de Nova York (EUA) que ajuda visitantes a conhecer o lugar de uma forma mais interativa. Com ele, é possível comprar ingressos sem filas, saber curiosidades sobre os animais expostos, realizar testes de conhecimento e montar um roteiro personalizado pelo museu. Nome Explorer Plataforma Android e iOS Quanto grátis *
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turismo
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Após vitória de Trump, Turquia emite alerta para viagens aos EUAApós a onda de protestos anti-Trump nos Estados Unidos, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia emitiu um alerta aos cidadãos turcos que pretendem viajar para o país ou que vivem por lá: que sejam cautelosos e adotem medidas de segurança para se proteger. Os motivos para a declaração, segundo o órgão, foram os episódios de violência nas manifestações e o aumento no número de agressões verbais e físicas de natureza xenófoba e racista no país americano. O ministério citou o caso de um manifestante que foi baleado no dia 12 de novembro na cidade de Portland, em Oregon, durante um protesto. Os Estados Unidos também emitiram um alerta para os americanos, no fim de outubro, sobre a ameaça de ataques terroristas na Turquia, recomendando que considerassem os riscos de viajar para lá. * Marco das Três Fronteiras (PR) é reaberto O Complexo Turístico Marco das Três Fronteiras, localizado em Foz do Iguaçu (PR) na divisa com a Argentina e o Paraguai, será reinaugurado na segunda quinzena de dezembro. A reforma do espaço começou em outubro de 2015. O principal símbolo do local é um obelisco erguido em 1903 que estabelece o limite territorial do Brasil em relação aos outros dois países, que também têm monumentos próprios. Com a revitalização, a área de mirantes, de onde é possível ver o pôr do sol, será ampliada. Além disso, será criada uma vila cenográfica que reproduz a arquitetura de povoados indígenas organizados por jesuítas nos séculos 17 e 18.O complexo terá ainda outras atrações, como um show de águas dançantes, com luzes e projeções, e um novo restaurante. O valor da entrada ainda não foi definido. Moradores de Foz do Iguaçu não pagam. * MAURO SOUSA, 29 Diretor no grupo Mauricio de Sousa Produções Japão O país tem infraestrutura e tecnologia, infinitas opções de lazer, uma rica culinária e um povo educado. É um destino extremamente interessante e importante culturalmente. Para mim, a viagem ainda tem um apelo emocional porque sou descendente de japoneses San Andrés (Colômbia) Apesar de ser um lugar muito bonito, não tem infraestrutura adequada para receber turistas. A mobilidade urbana da ilha é ruim, além de ser complicado conseguir informações por lá. Fora isso, no hotel em que eu fiquei hospedado não tinha água quente * O Explorer é um aplicativo criado pelo Museu de História Natural de Nova York (EUA) que ajuda visitantes a conhecer o lugar de uma forma mais interativa. Com ele, é possível comprar ingressos sem filas, saber curiosidades sobre os animais expostos, realizar testes de conhecimento e montar um roteiro personalizado pelo museu. Nome Explorer Plataforma Android e iOS Quanto grátis *
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Stromae joga timidez para longe em shows no Brasil neste final de semana
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Ao telefone, com a fala veloz característica dos francófonos (e também dos rappers), o belga Stromae, 30, que vem ao Brasil pela primeira vez para shows no Rio e em São Paulo, avisa que, fora dos palcos, é bastante tímido. "As pessoas ficam surpresas quando me veem, acham que eu sou grosso ou frio", diz Paul van Haver –seu nome real–, à Folha. "É que não sei falar com quem não conheço, sou bastante fechado." Nem a fama, que começou com o lançamento de seu primeiro disco, "Cheese", de 2009, o tornou mais sociável. "Aquilo que vemos na TV é um espetáculo, não é como as coisas são de verdade", explica ele, que adotou o nome artístico para se diferenciar de sua personalidade real. Stromae –pronuncia-se "istromai"– significa "maestro" em "verlan", gíria do francês que inverte as sílabas das palavras. "É melhor não usar meu próprio nome, porque não é Paul Haver que está em cena. Não posso acreditar que sou Stromae, ele é um personagem." Os notívagos devem se lembrar de "Alors on Danse", single em francês que se tornou presença constante nas pistas brasileiras de hip-hop e eletrônico a partir de 2009. No entanto, só agora, depois do lançamento de seu segundo álbum, "Racine Carrée", de 2013, os fãs brasileiros terão a oportunidade de escutar sua batida ao vivo. O belga se apresenta neste sábado (21), no festival carioca Back2Black, e no domingo (22), na casa de shows AudioSP, na capital paulista. "Eu sei que há gente que acompanha desde o começo, desde 'Alors on Danse', mas nunca tive a oportunidade de por os pés no Brasil, então estou bastante animado." A música, é claro, não deve faltar no setlist do rapper, que deve tocar ainda sucessos mais novos como "Papaoutai" e a lenta "Formidable". BAILE FUNK Segundo ele, o idioma não será um obstáculo para a comunicação com o público. "Eu costumava achar que a língua era importante, mas agora acredito que a música se comunica por si só", diz ele, que diz ser fã de "baile funk" e principalmente de "Beijinho no Ombro", hit da brasileira Valesca Popozuda. "Não entendo nada do que ela está contando, mas me lembra um pouco a música congolesa, a cabo-verdiana. O ritmo me interessa muito, porque é diferente." STROMAE QUANDO sábado (21), à 1h25, no Festival Back2Black, no Rio de Janeiro; domingo (22), às 22h, em São Paulo ONDE Cidade das Artes, av. das Américas, 5300, tel. (21) 3325-0102, Rio; AudioSP, av. Francisco Matarazzo, 694, tel. (11) 3862-8279, São Paulo QUANTO R$ 150 (inteira) e R$ 200 (combo para os dois dias) no Rio; R$ 80 ou R$ 150 em São Paulo CLASSIFICAÇÃO 16 anos (Rio) e 18 anos (SP) Assista aos clipes de "Alors on Danse", "Papaoutai" e "Formidable": Alors on Danse Papaoutai Formidable
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ilustrada
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Stromae joga timidez para longe em shows no Brasil neste final de semanaAo telefone, com a fala veloz característica dos francófonos (e também dos rappers), o belga Stromae, 30, que vem ao Brasil pela primeira vez para shows no Rio e em São Paulo, avisa que, fora dos palcos, é bastante tímido. "As pessoas ficam surpresas quando me veem, acham que eu sou grosso ou frio", diz Paul van Haver –seu nome real–, à Folha. "É que não sei falar com quem não conheço, sou bastante fechado." Nem a fama, que começou com o lançamento de seu primeiro disco, "Cheese", de 2009, o tornou mais sociável. "Aquilo que vemos na TV é um espetáculo, não é como as coisas são de verdade", explica ele, que adotou o nome artístico para se diferenciar de sua personalidade real. Stromae –pronuncia-se "istromai"– significa "maestro" em "verlan", gíria do francês que inverte as sílabas das palavras. "É melhor não usar meu próprio nome, porque não é Paul Haver que está em cena. Não posso acreditar que sou Stromae, ele é um personagem." Os notívagos devem se lembrar de "Alors on Danse", single em francês que se tornou presença constante nas pistas brasileiras de hip-hop e eletrônico a partir de 2009. No entanto, só agora, depois do lançamento de seu segundo álbum, "Racine Carrée", de 2013, os fãs brasileiros terão a oportunidade de escutar sua batida ao vivo. O belga se apresenta neste sábado (21), no festival carioca Back2Black, e no domingo (22), na casa de shows AudioSP, na capital paulista. "Eu sei que há gente que acompanha desde o começo, desde 'Alors on Danse', mas nunca tive a oportunidade de por os pés no Brasil, então estou bastante animado." A música, é claro, não deve faltar no setlist do rapper, que deve tocar ainda sucessos mais novos como "Papaoutai" e a lenta "Formidable". BAILE FUNK Segundo ele, o idioma não será um obstáculo para a comunicação com o público. "Eu costumava achar que a língua era importante, mas agora acredito que a música se comunica por si só", diz ele, que diz ser fã de "baile funk" e principalmente de "Beijinho no Ombro", hit da brasileira Valesca Popozuda. "Não entendo nada do que ela está contando, mas me lembra um pouco a música congolesa, a cabo-verdiana. O ritmo me interessa muito, porque é diferente." STROMAE QUANDO sábado (21), à 1h25, no Festival Back2Black, no Rio de Janeiro; domingo (22), às 22h, em São Paulo ONDE Cidade das Artes, av. das Américas, 5300, tel. (21) 3325-0102, Rio; AudioSP, av. Francisco Matarazzo, 694, tel. (11) 3862-8279, São Paulo QUANTO R$ 150 (inteira) e R$ 200 (combo para os dois dias) no Rio; R$ 80 ou R$ 150 em São Paulo CLASSIFICAÇÃO 16 anos (Rio) e 18 anos (SP) Assista aos clipes de "Alors on Danse", "Papaoutai" e "Formidable": Alors on Danse Papaoutai Formidable
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STJD aceita pedido do Fluminense e abre processo para anular Flá-Flu
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O Fluminense entrou na tarde desta segunda-feira (17) com o pedido de anulação do clássico com o Flamengo realizado em Volta Redonda, na quinta-feira (13). Derrotado por 2 a 1, o clube tricolor reclama de um suposto uso de interferência externa na anulação do gol de Henrique, que decretaria o empate no clássico com o rival. Horas mais tarde, o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Ronaldo Piacente, aceitou abrir o processo e determinou que a CBF suspenda o resultado da partida até o julgamento. Trata-se de um procedimento padrão quando o tribunal analisa uma requisição de impugnação de jogo. No momento do gol, o auxiliar anulou a jogada, mas mudou de ideia após conversar com o árbitro. Depois de muita pressão dos jogadores do Flamengo, o trio voltou a mudar de opinião e anulou novamente o lance. O Fluminense acusa pessoas que não estavam envolvidas com o jogo de informar o árbitro da partida que imagens da televisão comprovam o impedimento de Henrique. Segundo advogados do clube, isso configuraria uma interferência externa, que não é prevista na regra do futebol. A decisão de tentar anular a partida foi tomada horas depois do apito final, pelo presidente do clube, Peter Siemsen. Na sexta-feira (14), porém, o dirigente voltou atrás e mostrou-se pessimista em levar o caso adiante. O cartola mudou de opinião após o programa "Esporte Espetacular", da TV Globo, divulgar um vídeo com imagens do inspetor de arbitragem Sérgio Santos entrando no gramado e falando com Sandro Meira Ricci. O árbitro era pressionado por jogadores e teria sido avisado que o lance era irregular. "A TV sabe. A TV sabe que não foi", teria dito Sérgio Santos ao árbitro.
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esporte
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STJD aceita pedido do Fluminense e abre processo para anular Flá-FluO Fluminense entrou na tarde desta segunda-feira (17) com o pedido de anulação do clássico com o Flamengo realizado em Volta Redonda, na quinta-feira (13). Derrotado por 2 a 1, o clube tricolor reclama de um suposto uso de interferência externa na anulação do gol de Henrique, que decretaria o empate no clássico com o rival. Horas mais tarde, o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Ronaldo Piacente, aceitou abrir o processo e determinou que a CBF suspenda o resultado da partida até o julgamento. Trata-se de um procedimento padrão quando o tribunal analisa uma requisição de impugnação de jogo. No momento do gol, o auxiliar anulou a jogada, mas mudou de ideia após conversar com o árbitro. Depois de muita pressão dos jogadores do Flamengo, o trio voltou a mudar de opinião e anulou novamente o lance. O Fluminense acusa pessoas que não estavam envolvidas com o jogo de informar o árbitro da partida que imagens da televisão comprovam o impedimento de Henrique. Segundo advogados do clube, isso configuraria uma interferência externa, que não é prevista na regra do futebol. A decisão de tentar anular a partida foi tomada horas depois do apito final, pelo presidente do clube, Peter Siemsen. Na sexta-feira (14), porém, o dirigente voltou atrás e mostrou-se pessimista em levar o caso adiante. O cartola mudou de opinião após o programa "Esporte Espetacular", da TV Globo, divulgar um vídeo com imagens do inspetor de arbitragem Sérgio Santos entrando no gramado e falando com Sandro Meira Ricci. O árbitro era pressionado por jogadores e teria sido avisado que o lance era irregular. "A TV sabe. A TV sabe que não foi", teria dito Sérgio Santos ao árbitro.
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Alemanha prevê gastar R$ 370 bilhões com refugiados em cinco anos
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O governo da Alemanha espera gastar € 93 bilhões (R$ 372 bilhões) nos próximos cinco anos para dar apoio a refugiados, informou a revista Der Spiegel neste sábado (14). A publicação semanal alemã cita documento do Ministério da Fazenda que estima que os custos com pessoas que receberam asilo irão passar de € 16 bilhões neste ano para € 20 bilhões em 2020. Boa parte desse dinheiro iria para benefícios básicos, moradias e aulas de alemão, mas ele também inclui gastos para conter a entrada de refugiados no país. O porta-voz do ministro da Fazenda declinou de comentar sobre os números, mas confirmou que há discussões com representantes dos 16 Estados sobre o custo de apoiar aqueles que receberam asilo na Alemanha. Os pesados gastos do governo alemão com os refugiados têm impulsionado a economia alemã nos últimos meses, mas também alimentaram ressentimentos de alemães que acreditam que os migrantes estão recebendo tratamento preferencial. Um partido nacionalista, o Alternativa para a Alemanha, teve destaque nas últimas eleições regionais e o número de ataques contra abrigos de refugiados cresceu de forma expressiva com relação ao ano passado. Cerca de 1 milhão de pessoas pediram asilo à Alemanha em 2015. O documento obtido pelo Der Spiegel diz que são esperados 600 mil neste ano, caindo para 400 mil em 2017.
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mundo
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Alemanha prevê gastar R$ 370 bilhões com refugiados em cinco anosO governo da Alemanha espera gastar € 93 bilhões (R$ 372 bilhões) nos próximos cinco anos para dar apoio a refugiados, informou a revista Der Spiegel neste sábado (14). A publicação semanal alemã cita documento do Ministério da Fazenda que estima que os custos com pessoas que receberam asilo irão passar de € 16 bilhões neste ano para € 20 bilhões em 2020. Boa parte desse dinheiro iria para benefícios básicos, moradias e aulas de alemão, mas ele também inclui gastos para conter a entrada de refugiados no país. O porta-voz do ministro da Fazenda declinou de comentar sobre os números, mas confirmou que há discussões com representantes dos 16 Estados sobre o custo de apoiar aqueles que receberam asilo na Alemanha. Os pesados gastos do governo alemão com os refugiados têm impulsionado a economia alemã nos últimos meses, mas também alimentaram ressentimentos de alemães que acreditam que os migrantes estão recebendo tratamento preferencial. Um partido nacionalista, o Alternativa para a Alemanha, teve destaque nas últimas eleições regionais e o número de ataques contra abrigos de refugiados cresceu de forma expressiva com relação ao ano passado. Cerca de 1 milhão de pessoas pediram asilo à Alemanha em 2015. O documento obtido pelo Der Spiegel diz que são esperados 600 mil neste ano, caindo para 400 mil em 2017.
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Youssef cita BTG em esquema com propina
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O doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que recebeu a informação de que empresa ligada ao BTG Pactual participou de negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, que envolveu pagamento de suborno. Segundo o doleiro, que fez acordo de delação premiada, a participação de empresa ligada ao banco de investimentos, do empresário André Esteves, foi confirmada pelo consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos, que teria intermediado a operação com a BR Distribuidora. Em depoimento divulgado neste final de semana pela revista "Época", o doleiro explica que propina de R$ 6 milhões foi resultante de investimento de R$ 300 milhões feito em 2012 pela BR Distribuidora na rede de postos de gasolina Derivados do Brasil, a DVBR, criada em parceria entre Esteves e o empresário Carlos Santiago, o Carlinhos. Youssef, que diz ter sido encarregado de distribuir o dinheiro por Ramos, detalha que metade dele teria sido entregue para o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL), como revelou a Folha na última terça-feira (24). O restante da propina, de acordo com o doleiro, teria sido distribuído para funcionários da BR e para Ramos. O doleiro afirma que, ao distribuir a propina, manteve contatos com Carlinhos e com PP, mas que não se encontrou com nenhum funcionário da empresa ligada ao BTG. Em seu depoimento, ele não menciona o nome de Esteves. PP, como é conhecido o consultor do setor de energia, é amigo de Collor desde a juventude. Foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo do senador (1990-1992) e é dono de uma empresa de consultoria que também fazia negócios com Youssef, a GPI Participações e Investimentos. PP é alvo ainda de investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato em razão do repasse de R$4,3 milhões que uma de suas empresas fez à companhia MO Consultoria, de Youssef.O depoimento do doleiro à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba foi feito entre outubro e novembro de 2014. Collor negou que tenha recebido propina e disse que as afirmações do doleiro sobre o caso padecem de "falta de veracidade e credibilidade". Procurada, a assessoria de imprensa do BTG Pactual informou que o investimento na DVBR não foi feito pela instituição financeira, mas pela BTG Alpha Participações, uma companhia de investimentos dos sócios do BTG. A empresa nega envolvimento no esquema e ressalta que o depoimento de Youssef não menciona Esteves. "Esteves jamais teve contato com Youssef e Pedro Ramos", diz.
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Youssef cita BTG em esquema com propinaO doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que recebeu a informação de que empresa ligada ao BTG Pactual participou de negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, que envolveu pagamento de suborno. Segundo o doleiro, que fez acordo de delação premiada, a participação de empresa ligada ao banco de investimentos, do empresário André Esteves, foi confirmada pelo consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos, que teria intermediado a operação com a BR Distribuidora. Em depoimento divulgado neste final de semana pela revista "Época", o doleiro explica que propina de R$ 6 milhões foi resultante de investimento de R$ 300 milhões feito em 2012 pela BR Distribuidora na rede de postos de gasolina Derivados do Brasil, a DVBR, criada em parceria entre Esteves e o empresário Carlos Santiago, o Carlinhos. Youssef, que diz ter sido encarregado de distribuir o dinheiro por Ramos, detalha que metade dele teria sido entregue para o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL), como revelou a Folha na última terça-feira (24). O restante da propina, de acordo com o doleiro, teria sido distribuído para funcionários da BR e para Ramos. O doleiro afirma que, ao distribuir a propina, manteve contatos com Carlinhos e com PP, mas que não se encontrou com nenhum funcionário da empresa ligada ao BTG. Em seu depoimento, ele não menciona o nome de Esteves. PP, como é conhecido o consultor do setor de energia, é amigo de Collor desde a juventude. Foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo do senador (1990-1992) e é dono de uma empresa de consultoria que também fazia negócios com Youssef, a GPI Participações e Investimentos. PP é alvo ainda de investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato em razão do repasse de R$4,3 milhões que uma de suas empresas fez à companhia MO Consultoria, de Youssef.O depoimento do doleiro à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba foi feito entre outubro e novembro de 2014. Collor negou que tenha recebido propina e disse que as afirmações do doleiro sobre o caso padecem de "falta de veracidade e credibilidade". Procurada, a assessoria de imprensa do BTG Pactual informou que o investimento na DVBR não foi feito pela instituição financeira, mas pela BTG Alpha Participações, uma companhia de investimentos dos sócios do BTG. A empresa nega envolvimento no esquema e ressalta que o depoimento de Youssef não menciona Esteves. "Esteves jamais teve contato com Youssef e Pedro Ramos", diz.
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Diretor da nova área de prevenção de fraudes assume cargo na Petrobras
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Tomou posse nesta segunda-feira (19) o novo diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras, o engenheiro João Adalberto Elek Junior, 56. O executivo foi escolhido na semana passada pelo Conselho de Administração da empresa, a partir de uma lista tríplice elaborada pela empresa de seleção de executivos Korn Ferry. A nova diretoria foi criada em novembro, e terá como papel prevenir o risco de fraudes e corrupção nos negócios da companhia. Caberá a Elek analisar todas as pautas que forem submetidas à avaliação da diretoria da Petrobras. Ele também participará de um comitê, criado em dezembro, que acompanhará as investigações que estão sendo feitas por dois escritórios contratados pela Petrobras. Os outros dois integrantes são a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e o ex-executivo da Siemens Andreas Pohlmann. Elek terá três gerências executivas para auxiliá-lo. O executivo é sócio, desde 2012, da WSI, empresa de marketing digital. Antes, foi diretor de Finanças e de Relações com investidores na Fibria Celulose, entre agosto de 2010 e janeiro de 2012. Segundo a Petrobras, nesse cargo ele foi responsável também por controle e gestão de riscos, ocupação que seria semelhante a que exercerá na estatal. Entre 2007 e 2010, Elek foi diretor financeiro da Net Serviços. De 2000 a 2005, foi CEO do escritório da americana AT&T, de telecomunicações, no Brasil. Trabalhou 20 anos no Citibank, onde foi diretor financeiro. A cerimônia foi fechada, com participação da presidente Graça Foster, diretores e gerentes.
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Diretor da nova área de prevenção de fraudes assume cargo na PetrobrasTomou posse nesta segunda-feira (19) o novo diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras, o engenheiro João Adalberto Elek Junior, 56. O executivo foi escolhido na semana passada pelo Conselho de Administração da empresa, a partir de uma lista tríplice elaborada pela empresa de seleção de executivos Korn Ferry. A nova diretoria foi criada em novembro, e terá como papel prevenir o risco de fraudes e corrupção nos negócios da companhia. Caberá a Elek analisar todas as pautas que forem submetidas à avaliação da diretoria da Petrobras. Ele também participará de um comitê, criado em dezembro, que acompanhará as investigações que estão sendo feitas por dois escritórios contratados pela Petrobras. Os outros dois integrantes são a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e o ex-executivo da Siemens Andreas Pohlmann. Elek terá três gerências executivas para auxiliá-lo. O executivo é sócio, desde 2012, da WSI, empresa de marketing digital. Antes, foi diretor de Finanças e de Relações com investidores na Fibria Celulose, entre agosto de 2010 e janeiro de 2012. Segundo a Petrobras, nesse cargo ele foi responsável também por controle e gestão de riscos, ocupação que seria semelhante a que exercerá na estatal. Entre 2007 e 2010, Elek foi diretor financeiro da Net Serviços. De 2000 a 2005, foi CEO do escritório da americana AT&T, de telecomunicações, no Brasil. Trabalhou 20 anos no Citibank, onde foi diretor financeiro. A cerimônia foi fechada, com participação da presidente Graça Foster, diretores e gerentes.
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Crítica: Obras nacionais são o que há de melhor na programação
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Exclua "2001 "" Uma Odisseia no Espaço" (1968, TCM, 2h05). As cópias do canal andam deploráveis, o que este filme não suporta. Em troca, há boas opções, todas brasileiras, para o sábado, começando por "Cabra Marcado para Morrer" (1984, Arte1, 17h), obra-prima de Eduardo Coutinho. Às 20h30, num registro mais leve, o canal Curta! exibe "Carmen Miranda –Bananas Is My Business" (1995), documentário de Helena Solberg sobre a cantora. Para fechar o dia, a TV Brasil exibe às 23h30 "O Signo do Caos" (2005), o último e notável filme de Rogério Sganzerla. Mas este não é para todos os gostos.
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ilustrada
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Crítica: Obras nacionais são o que há de melhor na programaçãoExclua "2001 "" Uma Odisseia no Espaço" (1968, TCM, 2h05). As cópias do canal andam deploráveis, o que este filme não suporta. Em troca, há boas opções, todas brasileiras, para o sábado, começando por "Cabra Marcado para Morrer" (1984, Arte1, 17h), obra-prima de Eduardo Coutinho. Às 20h30, num registro mais leve, o canal Curta! exibe "Carmen Miranda –Bananas Is My Business" (1995), documentário de Helena Solberg sobre a cantora. Para fechar o dia, a TV Brasil exibe às 23h30 "O Signo do Caos" (2005), o último e notável filme de Rogério Sganzerla. Mas este não é para todos os gostos.
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Família de ministro do TCU tem cargos nos governos do PT e do DEM
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Parentes do ministro Aroldo Cedraz, do TCU (Tribunal de Contas da União), ocupam cargo de livre indicação nas gestões do PT e do DEM na Bahia. Pelo menos um cunhado e um sobrinho do ministro, afastado da política partidária desde 2006, foram nomeados no governo Rui Costa (PT). Já um primo ocupa um assento num conselho de uma empresa da Prefeitura de Salvador, comandada por ACM Neto (DEM). Luciano Araújo, primo de Aroldo Cedraz, faz parte do conselho da Desal (empresa que produz equipamentos de mobiliário urbano) desde janeiro de 2013 e recebe R$ 5,7 mil de jeton por cada reunião do colegiado. Tesoureiro nacional do Solidariedade e presidente do partido na Bahia –cargos para os quais foi indicado pelo advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU– Araújo ocupa cargos na prefeitura antes mesmo de seu partido ser fundado. O Solidariedade foi criado em setembro de 2013 e passou a fazer parte da gestão do prefeito ACM Neto em janeiro de 2015. Antes disso, Araújo atuou até 2012 como assessor especial do ex-prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (sem partido). Araújo é apontado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, como emissário de propina no valor R$ 1 milhão que seria destinada pelo primo Tiago Cedraz ao então presidente do TCU, Raimundo Carreiro. Os três negam o teor da delação de Pessoa e dizem não ter recebido recursos irregulares. No governo da Bahia, o engenheiro Sílvio Roberto Habib, conhecido como "Betinho", ocupa desde 2012 a diretoria de energias renováveis da Secretaria de Infraestrutura. Ele é casado com a irmã de Aroldo Cedraz, Zélia. Habib foi nomeado para o cargo pelo então secretário e hoje senador Otto Alencar (PSD), que assim como Cedraz iniciou-se na política no grupo comandado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007). Mesmo com cargo no governo do Estado, Betinho também atua como consultor de engenharia em pelo menos três prefeituras do sertão baiano: Retirolância, Conceição do Coité e Valente. Esta última é berço político da família e tem o irmão de Aroldo Cedraz, Eduardo Cedraz como vice-prefeito da gestão comandada por Ismael Ferreira (PT). Os contratos são firmados em nome da empresa SH Engenharia, criada por Betinho no mesmo mês em que assumiu o cargo no governo baiano. Pelo contrato com a Prefeitura de Valente, sem licitação, Betinho recebeu R$ 60 mil. Em 2015, foi a vez de o filho de Betinho ser nomeado para o governo do Estado para a Agerba, agência reguladora de transportes estadual, ligada à secretaria de Infraestrutura. Formado em administração, o sobrinho do ministro Vitor Cedraz de Oliveira Habib foi nomeado em maio deste ano para um cargo de assessor na Diretoria de Tarifas da agência. A nomeação é assinada pelo superintendente do órgão, Eduardo Harold Pessoa, que é primo do empreiteiro Ricardo Pessoa, conforme revelado em reportagem da Folha. Antes de trabalhar no governo petista, Vitor teve passagem na Prefeitura de Salvador, onde atuou em cargo na secretaria de promoção social. OUTRO LADO Em nota, Araújo diz que não há nenhum impedimento em sua participação no conselho da Desal, para o qual teria sido indicado por mérito próprio. O secretário de gestão da Prefeitura de Salvador, Alexandre Paupério, afirmou que a nomeação para o conselho da Desal é prerrogativa do executivo municipal. Vitor Cedraz informou que foi nomeado por seu currículo e nega ter sido indicado por qualquer parente para o cargo. O diretor da Agerba, Eduardo Pessoa, diz que Vitor foi indicado pelo pai: "Como o rapaz tem formação na área, não vi problema. Mas nem sabia que ele era parente do Aroldo [Cedraz]". Responsável pela indicação de Habib, Otto Alencar afirma que o cunhado de Aroldo Cedraz já fazia parte do quadro de funcionários comissionados da secretaria e foi nomeado diretor "por ser competente". Ainda afirma que, mesmo filiados ao PSD, Habib e o vice-prefeito Eduardo Cedraz não o apoiaram em 2014. Mesmo assim, ele foi mantido no cargo. Em agenda externa, Sílvio Roberto Habib não foi localizado pela equipe da secretaria de Infraestrutura nesta sexta-feira (24).
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Família de ministro do TCU tem cargos nos governos do PT e do DEMParentes do ministro Aroldo Cedraz, do TCU (Tribunal de Contas da União), ocupam cargo de livre indicação nas gestões do PT e do DEM na Bahia. Pelo menos um cunhado e um sobrinho do ministro, afastado da política partidária desde 2006, foram nomeados no governo Rui Costa (PT). Já um primo ocupa um assento num conselho de uma empresa da Prefeitura de Salvador, comandada por ACM Neto (DEM). Luciano Araújo, primo de Aroldo Cedraz, faz parte do conselho da Desal (empresa que produz equipamentos de mobiliário urbano) desde janeiro de 2013 e recebe R$ 5,7 mil de jeton por cada reunião do colegiado. Tesoureiro nacional do Solidariedade e presidente do partido na Bahia –cargos para os quais foi indicado pelo advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do TCU– Araújo ocupa cargos na prefeitura antes mesmo de seu partido ser fundado. O Solidariedade foi criado em setembro de 2013 e passou a fazer parte da gestão do prefeito ACM Neto em janeiro de 2015. Antes disso, Araújo atuou até 2012 como assessor especial do ex-prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (sem partido). Araújo é apontado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, como emissário de propina no valor R$ 1 milhão que seria destinada pelo primo Tiago Cedraz ao então presidente do TCU, Raimundo Carreiro. Os três negam o teor da delação de Pessoa e dizem não ter recebido recursos irregulares. No governo da Bahia, o engenheiro Sílvio Roberto Habib, conhecido como "Betinho", ocupa desde 2012 a diretoria de energias renováveis da Secretaria de Infraestrutura. Ele é casado com a irmã de Aroldo Cedraz, Zélia. Habib foi nomeado para o cargo pelo então secretário e hoje senador Otto Alencar (PSD), que assim como Cedraz iniciou-se na política no grupo comandado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007). Mesmo com cargo no governo do Estado, Betinho também atua como consultor de engenharia em pelo menos três prefeituras do sertão baiano: Retirolância, Conceição do Coité e Valente. Esta última é berço político da família e tem o irmão de Aroldo Cedraz, Eduardo Cedraz como vice-prefeito da gestão comandada por Ismael Ferreira (PT). Os contratos são firmados em nome da empresa SH Engenharia, criada por Betinho no mesmo mês em que assumiu o cargo no governo baiano. Pelo contrato com a Prefeitura de Valente, sem licitação, Betinho recebeu R$ 60 mil. Em 2015, foi a vez de o filho de Betinho ser nomeado para o governo do Estado para a Agerba, agência reguladora de transportes estadual, ligada à secretaria de Infraestrutura. Formado em administração, o sobrinho do ministro Vitor Cedraz de Oliveira Habib foi nomeado em maio deste ano para um cargo de assessor na Diretoria de Tarifas da agência. A nomeação é assinada pelo superintendente do órgão, Eduardo Harold Pessoa, que é primo do empreiteiro Ricardo Pessoa, conforme revelado em reportagem da Folha. Antes de trabalhar no governo petista, Vitor teve passagem na Prefeitura de Salvador, onde atuou em cargo na secretaria de promoção social. OUTRO LADO Em nota, Araújo diz que não há nenhum impedimento em sua participação no conselho da Desal, para o qual teria sido indicado por mérito próprio. O secretário de gestão da Prefeitura de Salvador, Alexandre Paupério, afirmou que a nomeação para o conselho da Desal é prerrogativa do executivo municipal. Vitor Cedraz informou que foi nomeado por seu currículo e nega ter sido indicado por qualquer parente para o cargo. O diretor da Agerba, Eduardo Pessoa, diz que Vitor foi indicado pelo pai: "Como o rapaz tem formação na área, não vi problema. Mas nem sabia que ele era parente do Aroldo [Cedraz]". Responsável pela indicação de Habib, Otto Alencar afirma que o cunhado de Aroldo Cedraz já fazia parte do quadro de funcionários comissionados da secretaria e foi nomeado diretor "por ser competente". Ainda afirma que, mesmo filiados ao PSD, Habib e o vice-prefeito Eduardo Cedraz não o apoiaram em 2014. Mesmo assim, ele foi mantido no cargo. Em agenda externa, Sílvio Roberto Habib não foi localizado pela equipe da secretaria de Infraestrutura nesta sexta-feira (24).
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Com Trump presidente, Brasil será mais ouvido, diz assessor de magnata
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Donald Trump dedica boa parte de seus discursos de campanha a criticar outros países e martelar a ideia de que os EUA estão sendo passados para trás, tanto por rivais quanto por aliados. "América primeiro" é como o pré-candidato republicano passou a chamar sua doutrina de política externa, reforçando a impressão de que, com Trump na Casa Branca, os EUA mergulharão numa era de isolacionismo. Walid Phares, um dos principais assessores de política externa do empresário, diz que o temor não tem fundamento. Trump é um "universalista" que usará sua experiência nos negócios para fazer acordos e estabilizar o mundo se eleito presidente. Nascido no Líbano, onde foi advogado, escritor e líder político, Phares, 58, é especialista em contraterrorismo e está em sua segunda campanha presidencial. Em 2012, foi assessor do candidato republicano derrotado, Mitt Romney, hoje um dos maiores opositores de Trump. Longe da agitação da campanha, Phares recebeu a Folha numa sala de aula da universidade de que é reitor, a metros da Casa Branca. Segundo ele, Trump, se eleito em 8 de novembro, abrirá um novo capítulo na relação com o Brasil. * Folha - Em seus discursos, Trump cita muito Ásia, Europa e Oriente Médio, mas só menciona a América Latina para falar do muro que pretende construir na fronteira com o México. Como seriam as relações do presidente Trump com a região e com o Brasil? Walid Phares - Minha expectativa é de que o sr. Trump abra um capítulo novo e especial nas relações com a América Latina em geral e especificamente com o Brasil, como ele já mencionou. Ele quer renovar as relações entre os EUA e os polos emergentes do mundo, incluindo a Rússia. Também menciona a China, a Índia e o Brasil. Seu conselho de política externa tem se concentrado nesses polos, incluindo o Brasil. Ele quer se consultar com esses líderes para melhorar as relações econômicas internacionais. Então, acho que o Brasil será mais ouvido do que foi por qualquer outro presidente dos EUA. A ideia é trabalhar com esses países pela estabilização. Ele acha que, se não consertarmos a economia mundial, todos perderão. Há muitos motivos para ele se engajar com o Brasil. O sr. fala em consenso, mas os constantes ataques a outros países sugerem uma política isolacionista. É isso? Ele não disse que não quer trabalhar com outros países, apenas que temos uma situação injusta com outros países. É da natureza dele. Ele não vem do mundo acadêmico nem da política, é um fazedor de acordos. Ele não tem ideologia em nenhuma direção, a não ser, claro, a segurança nacional e os interesses dos EUA, como qualquer país. Mas ele está se preparando para rever todos os acordos e conversar sobre aqueles que considerar injustos. A era em que os EUA podiam fazer tudo em todo lugar acabou. Ele é o oposto de um isolacionista, mas não em termos de interferir nos assuntos domésticos dos países. Nisso ele é claro, não haverá mais "construção de nações" [o conceito de contribuir para a queda de um governo e reconstruir suas instituições] pelos EUA. Faremos parcerias com outros países, mas só quando houver uma ameaça à nossa segurança nacional ou de nossos aliados. Essa é a doutrina "América primeiro"? "América primeiro" não significa América sozinha. É basicamente normalizar os EUA. Primeiro, é preciso cuidar dos problemas domésticos. Os EUA estão excedendo sua capacidade no mundo enquanto não cuidam de si mesmos. Essa é uma demanda da população americana, por isso ele está recebendo tanto apoio. Não significa que os EUA ficarão sozinhos. Muitas declarações parecem irrealistas, como taxar em 45% as importações chinesas, o que pode levar a uma guerra comercial. Ele acredita em propostas assim ou elas são só a posição inicial de barganha? Se você ler o livro dele, a conclusão é exatamente essa. Ele acredita que você primeiro tem de mostrar qual o seu interesse e ser transparente. Os acordos que ele fizer não serão secretos. Ele virá a público e explicará exatamente o que está acontecendo, para ter apoio popular. Mesmo em assuntos de segurança, ele irá às grandes potências como Rússia e China, para tentar internacionalizar os arranjos atuais. Não irá deflagrar guerras comerciais, mas o que os russos chamaram de "glasnost", transparência. Se os EUA, a Rússia, a China e outras grandes nações tivessem um acordo, uma organização como o EI seria liquidada. Algumas das ideias dele, como admitir que Japão e Coreia do Sul tenham armas nucleares, contrariam princípios da política americana reconhecidos pelos dois partidos, nesse caso o da não-proliferação. Trump quer ser claro com nossos aliados, como Japão e Coreia do Sul, que ficam em uma região onde gastamos muito em segurança. Precisamos ter uma divisão justa [do ônus], isso é lógico. Estamos dizendo a países ricos que eles podem dividir os custos em defesa com os EUA ou cuidar da própria defesa. Não é uma mudança de normas nas alianças. Se forem atacados, estaremos do lado deles. Ele falou na hipótese de usar armas nucleares contra o EI. É preciso entender o contexto em que ele mencionou essa possibilidade, como último recurso, sem que tenha que se tornar realidade. No caso do EI ele disse que não descartaria nada. A possibilidade de o outro lado obter armas nucleares e usar contra nós é um dos cenários que têm sido apresentados, inclusive para o governo atual. Se sabemos quem eles são e sua localização, e a única forma de eliminá-los é usar força maciça, incluindo armas nucleares táticas, acho que mesmo os governos mais moderados não descartariam nenhuma opção. O que ele mudaria no combate ao EI em relação a Obama? A prioridade na Síria para o sr. Trump é a área controlada pelo Estado Islâmico. O EI precisa ser destruído. Mas ele não quer ver o EI destruído para depois ser substituído por outros combatentes islâmicos. Quer preparar o terreno para o que virá depois. Há duas possibilidades, uma na Síria e outra fora. Dentro, há uma área chamada Hasakah, no nordeste do país, que está livre do EI e do regime de Bashar al-Assad. Os curdos, cristãos e sunitas que vivem nessa área devem ser apoiados. Essa área receberia os refugiados, que não teriam que escapar para outras partes do mundo. A segunda iniciativa é uma coalizão árabe, com os egípcios, os Emirados Árabes, os jordanianos e outros. A ideia é que uma coalizão sunita cuide do EI, e depois que o grupo for derrotado todos se sentem para negociar. Algo tem que mudar, e essa mudança é a eliminação do EI. Não parece muito diferente da política do governo Obama. O governo de Barack Obama está enviando mais tropas para treinar as forças locais, mas não há armas estratégicas suficientes. Um governo Trump mandará muito mais armas e um pouco mais de treinadores. Não há divergência sobre tropas terrestres, nós também não enviaremos. A diferença é que o governo Obama não quer ser visto como parceiro dessas forças em campo. O papel principal tem que ser das forças locais, e elas precisam de apoio. Como especialista em contraterrorismo, qual seu conselho a Trump? Em 2005, quando publiquei o livro "Jihad do Futuro", eu projetei que na década seguinte haveria uma mutação nos terroristas, com penetração mais profunda nas sociedades, eventalmente agindo sem conexão com organizações, o que o levaria o problema a crescer como um câncer. Eu os chamei de "jihadistas mutantes". É por isso que vemos agora jihadistas ocidentais indo para a Síria e o Iraque. Estamos num momento crítico. Depois dos atentados em Paris e Bruxelas, a Europa enfrenta uma situação muito mais perigosa e percebe como o câncer jihadista é profundo. Na França há milhares. Nos EUA, o diretor do FBI disse que há investigações em todos os 50 Estados. O apelo hoje é maior. Enquanto a Al Qaeda disse que queria criar o califado, o EI disse que o criou, fincando sua bandeira. Isso ativou as células jihadistas ao redor do mundo. A primeira e mais importante recomendação que eu dou há muito tempo aos congressistas, é que é preciso identificar a ideologia. Critico o governo Obama por ter ignorado a ideologia. Nos primeiros cinco anos sequer falava o nome, usava extremismo ou outra expressão. Sou um dos poucos especialistas em jihadismo que faz uma distinção entre ideologia e religião. Religião é um livro na estante, nunca muda. O que muda é a ideologia. O Ocidente precisa designar a ideologia, como fez com o nazismo e o antisemitismo. Para mim, a definição é jihadismo. Islã radical é fluido demais. E nós árabes concordamos nisso. Critico o governo Obama por não ter sequer um consenso com o mundo árabe. Na Primavera Árabe muitas pessoas se levantaram contra o jihadismo, mas seus assessores o mantiveram com tanto medo que ele ficou com uma fobia. As pessoas falam em islamofobia, eles é que tem uma fobia. Se nós e os europeus nos unirmos aos moderados no Oriente Médio, a guerra vai ser terminada por eles. Quando o Ocidente olha para o Oriente Médio só vê regimes opressores ou islamistas. Não vemos o que está por baixo. Na Tunísia, no Egito, no Líbano, no Irã, nunca de fato atingimos os moderados. Eles estão em todos os países, mas nós os abandonamos. Talvez eu seja otimista demais, mas acho que se adotarmos a política certa, as coisas podem mudar. Trump rompeu uma tradição da política americana de aliança automática com Israel ao dizer que seria neutro no conflito com os palestinos. Depois colocou pressão nos palestinos ao falar numa conferência do lobby pró-Israel. Qual a posição dele? O princípio de aliança com os EUA é algo constante entre todos os candidatos e presidente, isso ninguém pode mudar agora, é a realidade. Se Israel for atacado ou estiver sob ameaça, os EUA sob Donald Trump estarão com Israel, provavelmente mais que o governo Obama. A diferença é que o sr. Trump, enquanto aliado de Israel, quer ser o melhor negociador entre Israel e os palestinos. Ele disse que vai sentar no meio da mesa. Porque se você senta com os israelenses, significa impor as condições aos palestinos, isso não funciona. O sr. Trump quer ser o negociador. Ele se sente próximo o suficiente de Israel e do atual premiê, portanto eles não se sentiriam abandonados, como ocorreu com Obama. Com os palestinos há duas coisas. Primeiro, eles tem que se unir. A divisão interna, com o Hamas controlando Gaza apoiado pelo Irã, precisa ser resolvida. Não dá para negociar com metade dos palestinos. E há um componente regional, já que o Hamas é ligado ao Irã e à Irmandade Muçulmana. Sobre o Irã, um das condições para renegociarmos o acordo nuclear seria que o Irã mudar suas ações na região, como o apoio ao Hamas e ao Hizbullah (no Líbano). Se a ajuda do Irã ao Hamas acabar, a situação dos palestinos irá melhorar e isso permitirá que o [presidente] Mahmoud Abbas avance rumo a um acordo com Israel. Uma das críticas é que Trump não tem conhecimento suficiente de política externa para ser o comandante-em-chefe dos EUA. Quanto ele sabe? Ele tem conhecimento, mas não vem da política, vem do mundo dos negócios. Nós, assessores, não temos permissão para dizer como é o processo de decisão. Mas algumas coisas são claras. Ele tem uma mente inquisidora. Faz inúmeras perguntas, precisas como laser. Se você faz uma apresentação, ele não espera até o fim, faz muitas perguntas e depois quer saber quais são as alternativas. Isso vem das negociações internacionais. Nenhum presidente acorda sabendo tudo o que acontece no mundo. Ele se informa por relatórios de inteligência que recebe. O sr. foi acusado em reportagens publicadas nos EUA de ligação com milícias responsáveis por massacres durante a guerra civil libanesa. Também é apontado como propagador de islamofobia. Como reage? Em 1986 eu fui apontado como representante do meu partido político no conselho da Frente Libanesa, que incluía todas as forças da comunidade cristã libanesa em áreas livres dos sírios e do Hizbullah. A coalizão supervisionava as Forças Libanesas, que protegiam essa área. Meu partido político não tinha força militar. Fui nomeado ministro do Exterior da coalizão e nessa capacidade até visitei o Brasil. Um grupo de maus elementos das forças libanesas atiraram e mataram pessoas Qual a ligação comigo? Se policiais no Rio vão numa favela e matam pessoas, o chanceler do Brasil é responsável? Esses ataques vem de dois lobbies. Um é próximo dos iranianos, o outro da Irmandade Muçulmana. Islamofobia é medo do islã. Como posso ter medo se dou aulas sobre o islã? Conheço o Alcorão de cor. Me criticam porque sabem que sou letal como representante dos muçulmanos moderados.
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mundo
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Com Trump presidente, Brasil será mais ouvido, diz assessor de magnataDonald Trump dedica boa parte de seus discursos de campanha a criticar outros países e martelar a ideia de que os EUA estão sendo passados para trás, tanto por rivais quanto por aliados. "América primeiro" é como o pré-candidato republicano passou a chamar sua doutrina de política externa, reforçando a impressão de que, com Trump na Casa Branca, os EUA mergulharão numa era de isolacionismo. Walid Phares, um dos principais assessores de política externa do empresário, diz que o temor não tem fundamento. Trump é um "universalista" que usará sua experiência nos negócios para fazer acordos e estabilizar o mundo se eleito presidente. Nascido no Líbano, onde foi advogado, escritor e líder político, Phares, 58, é especialista em contraterrorismo e está em sua segunda campanha presidencial. Em 2012, foi assessor do candidato republicano derrotado, Mitt Romney, hoje um dos maiores opositores de Trump. Longe da agitação da campanha, Phares recebeu a Folha numa sala de aula da universidade de que é reitor, a metros da Casa Branca. Segundo ele, Trump, se eleito em 8 de novembro, abrirá um novo capítulo na relação com o Brasil. * Folha - Em seus discursos, Trump cita muito Ásia, Europa e Oriente Médio, mas só menciona a América Latina para falar do muro que pretende construir na fronteira com o México. Como seriam as relações do presidente Trump com a região e com o Brasil? Walid Phares - Minha expectativa é de que o sr. Trump abra um capítulo novo e especial nas relações com a América Latina em geral e especificamente com o Brasil, como ele já mencionou. Ele quer renovar as relações entre os EUA e os polos emergentes do mundo, incluindo a Rússia. Também menciona a China, a Índia e o Brasil. Seu conselho de política externa tem se concentrado nesses polos, incluindo o Brasil. Ele quer se consultar com esses líderes para melhorar as relações econômicas internacionais. Então, acho que o Brasil será mais ouvido do que foi por qualquer outro presidente dos EUA. A ideia é trabalhar com esses países pela estabilização. Ele acha que, se não consertarmos a economia mundial, todos perderão. Há muitos motivos para ele se engajar com o Brasil. O sr. fala em consenso, mas os constantes ataques a outros países sugerem uma política isolacionista. É isso? Ele não disse que não quer trabalhar com outros países, apenas que temos uma situação injusta com outros países. É da natureza dele. Ele não vem do mundo acadêmico nem da política, é um fazedor de acordos. Ele não tem ideologia em nenhuma direção, a não ser, claro, a segurança nacional e os interesses dos EUA, como qualquer país. Mas ele está se preparando para rever todos os acordos e conversar sobre aqueles que considerar injustos. A era em que os EUA podiam fazer tudo em todo lugar acabou. Ele é o oposto de um isolacionista, mas não em termos de interferir nos assuntos domésticos dos países. Nisso ele é claro, não haverá mais "construção de nações" [o conceito de contribuir para a queda de um governo e reconstruir suas instituições] pelos EUA. Faremos parcerias com outros países, mas só quando houver uma ameaça à nossa segurança nacional ou de nossos aliados. Essa é a doutrina "América primeiro"? "América primeiro" não significa América sozinha. É basicamente normalizar os EUA. Primeiro, é preciso cuidar dos problemas domésticos. Os EUA estão excedendo sua capacidade no mundo enquanto não cuidam de si mesmos. Essa é uma demanda da população americana, por isso ele está recebendo tanto apoio. Não significa que os EUA ficarão sozinhos. Muitas declarações parecem irrealistas, como taxar em 45% as importações chinesas, o que pode levar a uma guerra comercial. Ele acredita em propostas assim ou elas são só a posição inicial de barganha? Se você ler o livro dele, a conclusão é exatamente essa. Ele acredita que você primeiro tem de mostrar qual o seu interesse e ser transparente. Os acordos que ele fizer não serão secretos. Ele virá a público e explicará exatamente o que está acontecendo, para ter apoio popular. Mesmo em assuntos de segurança, ele irá às grandes potências como Rússia e China, para tentar internacionalizar os arranjos atuais. Não irá deflagrar guerras comerciais, mas o que os russos chamaram de "glasnost", transparência. Se os EUA, a Rússia, a China e outras grandes nações tivessem um acordo, uma organização como o EI seria liquidada. Algumas das ideias dele, como admitir que Japão e Coreia do Sul tenham armas nucleares, contrariam princípios da política americana reconhecidos pelos dois partidos, nesse caso o da não-proliferação. Trump quer ser claro com nossos aliados, como Japão e Coreia do Sul, que ficam em uma região onde gastamos muito em segurança. Precisamos ter uma divisão justa [do ônus], isso é lógico. Estamos dizendo a países ricos que eles podem dividir os custos em defesa com os EUA ou cuidar da própria defesa. Não é uma mudança de normas nas alianças. Se forem atacados, estaremos do lado deles. Ele falou na hipótese de usar armas nucleares contra o EI. É preciso entender o contexto em que ele mencionou essa possibilidade, como último recurso, sem que tenha que se tornar realidade. No caso do EI ele disse que não descartaria nada. A possibilidade de o outro lado obter armas nucleares e usar contra nós é um dos cenários que têm sido apresentados, inclusive para o governo atual. Se sabemos quem eles são e sua localização, e a única forma de eliminá-los é usar força maciça, incluindo armas nucleares táticas, acho que mesmo os governos mais moderados não descartariam nenhuma opção. O que ele mudaria no combate ao EI em relação a Obama? A prioridade na Síria para o sr. Trump é a área controlada pelo Estado Islâmico. O EI precisa ser destruído. Mas ele não quer ver o EI destruído para depois ser substituído por outros combatentes islâmicos. Quer preparar o terreno para o que virá depois. Há duas possibilidades, uma na Síria e outra fora. Dentro, há uma área chamada Hasakah, no nordeste do país, que está livre do EI e do regime de Bashar al-Assad. Os curdos, cristãos e sunitas que vivem nessa área devem ser apoiados. Essa área receberia os refugiados, que não teriam que escapar para outras partes do mundo. A segunda iniciativa é uma coalizão árabe, com os egípcios, os Emirados Árabes, os jordanianos e outros. A ideia é que uma coalizão sunita cuide do EI, e depois que o grupo for derrotado todos se sentem para negociar. Algo tem que mudar, e essa mudança é a eliminação do EI. Não parece muito diferente da política do governo Obama. O governo de Barack Obama está enviando mais tropas para treinar as forças locais, mas não há armas estratégicas suficientes. Um governo Trump mandará muito mais armas e um pouco mais de treinadores. Não há divergência sobre tropas terrestres, nós também não enviaremos. A diferença é que o governo Obama não quer ser visto como parceiro dessas forças em campo. O papel principal tem que ser das forças locais, e elas precisam de apoio. Como especialista em contraterrorismo, qual seu conselho a Trump? Em 2005, quando publiquei o livro "Jihad do Futuro", eu projetei que na década seguinte haveria uma mutação nos terroristas, com penetração mais profunda nas sociedades, eventalmente agindo sem conexão com organizações, o que o levaria o problema a crescer como um câncer. Eu os chamei de "jihadistas mutantes". É por isso que vemos agora jihadistas ocidentais indo para a Síria e o Iraque. Estamos num momento crítico. Depois dos atentados em Paris e Bruxelas, a Europa enfrenta uma situação muito mais perigosa e percebe como o câncer jihadista é profundo. Na França há milhares. Nos EUA, o diretor do FBI disse que há investigações em todos os 50 Estados. O apelo hoje é maior. Enquanto a Al Qaeda disse que queria criar o califado, o EI disse que o criou, fincando sua bandeira. Isso ativou as células jihadistas ao redor do mundo. A primeira e mais importante recomendação que eu dou há muito tempo aos congressistas, é que é preciso identificar a ideologia. Critico o governo Obama por ter ignorado a ideologia. Nos primeiros cinco anos sequer falava o nome, usava extremismo ou outra expressão. Sou um dos poucos especialistas em jihadismo que faz uma distinção entre ideologia e religião. Religião é um livro na estante, nunca muda. O que muda é a ideologia. O Ocidente precisa designar a ideologia, como fez com o nazismo e o antisemitismo. Para mim, a definição é jihadismo. Islã radical é fluido demais. E nós árabes concordamos nisso. Critico o governo Obama por não ter sequer um consenso com o mundo árabe. Na Primavera Árabe muitas pessoas se levantaram contra o jihadismo, mas seus assessores o mantiveram com tanto medo que ele ficou com uma fobia. As pessoas falam em islamofobia, eles é que tem uma fobia. Se nós e os europeus nos unirmos aos moderados no Oriente Médio, a guerra vai ser terminada por eles. Quando o Ocidente olha para o Oriente Médio só vê regimes opressores ou islamistas. Não vemos o que está por baixo. Na Tunísia, no Egito, no Líbano, no Irã, nunca de fato atingimos os moderados. Eles estão em todos os países, mas nós os abandonamos. Talvez eu seja otimista demais, mas acho que se adotarmos a política certa, as coisas podem mudar. Trump rompeu uma tradição da política americana de aliança automática com Israel ao dizer que seria neutro no conflito com os palestinos. Depois colocou pressão nos palestinos ao falar numa conferência do lobby pró-Israel. Qual a posição dele? O princípio de aliança com os EUA é algo constante entre todos os candidatos e presidente, isso ninguém pode mudar agora, é a realidade. Se Israel for atacado ou estiver sob ameaça, os EUA sob Donald Trump estarão com Israel, provavelmente mais que o governo Obama. A diferença é que o sr. Trump, enquanto aliado de Israel, quer ser o melhor negociador entre Israel e os palestinos. Ele disse que vai sentar no meio da mesa. Porque se você senta com os israelenses, significa impor as condições aos palestinos, isso não funciona. O sr. Trump quer ser o negociador. Ele se sente próximo o suficiente de Israel e do atual premiê, portanto eles não se sentiriam abandonados, como ocorreu com Obama. Com os palestinos há duas coisas. Primeiro, eles tem que se unir. A divisão interna, com o Hamas controlando Gaza apoiado pelo Irã, precisa ser resolvida. Não dá para negociar com metade dos palestinos. E há um componente regional, já que o Hamas é ligado ao Irã e à Irmandade Muçulmana. Sobre o Irã, um das condições para renegociarmos o acordo nuclear seria que o Irã mudar suas ações na região, como o apoio ao Hamas e ao Hizbullah (no Líbano). Se a ajuda do Irã ao Hamas acabar, a situação dos palestinos irá melhorar e isso permitirá que o [presidente] Mahmoud Abbas avance rumo a um acordo com Israel. Uma das críticas é que Trump não tem conhecimento suficiente de política externa para ser o comandante-em-chefe dos EUA. Quanto ele sabe? Ele tem conhecimento, mas não vem da política, vem do mundo dos negócios. Nós, assessores, não temos permissão para dizer como é o processo de decisão. Mas algumas coisas são claras. Ele tem uma mente inquisidora. Faz inúmeras perguntas, precisas como laser. Se você faz uma apresentação, ele não espera até o fim, faz muitas perguntas e depois quer saber quais são as alternativas. Isso vem das negociações internacionais. Nenhum presidente acorda sabendo tudo o que acontece no mundo. Ele se informa por relatórios de inteligência que recebe. O sr. foi acusado em reportagens publicadas nos EUA de ligação com milícias responsáveis por massacres durante a guerra civil libanesa. Também é apontado como propagador de islamofobia. Como reage? Em 1986 eu fui apontado como representante do meu partido político no conselho da Frente Libanesa, que incluía todas as forças da comunidade cristã libanesa em áreas livres dos sírios e do Hizbullah. A coalizão supervisionava as Forças Libanesas, que protegiam essa área. Meu partido político não tinha força militar. Fui nomeado ministro do Exterior da coalizão e nessa capacidade até visitei o Brasil. Um grupo de maus elementos das forças libanesas atiraram e mataram pessoas Qual a ligação comigo? Se policiais no Rio vão numa favela e matam pessoas, o chanceler do Brasil é responsável? Esses ataques vem de dois lobbies. Um é próximo dos iranianos, o outro da Irmandade Muçulmana. Islamofobia é medo do islã. Como posso ter medo se dou aulas sobre o islã? Conheço o Alcorão de cor. Me criticam porque sabem que sou letal como representante dos muçulmanos moderados.
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Trajetória de queda
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BRASÍLIA - Em fevereiro de 2015, Eduardo Cunha derrotou o Planalto e se elegeu presidente da Câmara. Foi o início de um pesadelo para Dilma Rousseff. Enquanto via a crise econômica se agravar, seu governo passou a ser humilhado diariamente por um adversário muito mais ousado do que a oposição oficial. A ficha de Cunha era bem conhecida, mas ele caiu nas graças do empresariado e conseguiu seduzir setores influentes da sociedade. Chegou a ser descrito como o deputado mais poderoso desde Ulysses Guimarães, numa comparação que ofenderia o honrado Senhor Diretas. Então vieram as provas da Lava Jato, e ficou mais difícil ignorar os métodos do ex-pupilo de PC Farias. A súbita ascensão de Cunha foi interrompida, embora ele tenha conseguido se segurar na cadeira. Agora sua trajetória é de queda, acentuada ontem pela reeleição de Leonardo Picciani à liderança do PMDB. A vitória do deputado fluminense é uma demonstração clara de que o presidente da Câmara encolheu. Ele fez campanha aberta pelo paraibano Hugo Motta, que não conseguiu ultrapassar os 30 votos. Cunha perdeu o controle da própria bancada, no momento em que precisava recuperar fôlego para lutar contra a cassação do mandato. "Eu nunca estive isolado na bancada e não estou isolado", disse, após a derrota do afilhado. Ostentava o mesmo semblante que usou para negar as contas na Suíça. O governo ganhou força na batalha contra o impeachment, mas terá um preço alto a pagar pela vitória de Picciani. Além do vexame de exonerar o ministro da Saúde por um dia durante a epidemia da zika, o Planalto liberou cargos e emendas em peso para garantir os votos do PMDB. Agora terá que manter a torneira aberta se quiser manter a fidelidade dos neogovernistas. Eles não abandonaram Cunha porque gostam de Dilma, e sim porque concluíram que poderia ser mais lucrativo migrar para o seu lado.
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colunas
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Trajetória de quedaBRASÍLIA - Em fevereiro de 2015, Eduardo Cunha derrotou o Planalto e se elegeu presidente da Câmara. Foi o início de um pesadelo para Dilma Rousseff. Enquanto via a crise econômica se agravar, seu governo passou a ser humilhado diariamente por um adversário muito mais ousado do que a oposição oficial. A ficha de Cunha era bem conhecida, mas ele caiu nas graças do empresariado e conseguiu seduzir setores influentes da sociedade. Chegou a ser descrito como o deputado mais poderoso desde Ulysses Guimarães, numa comparação que ofenderia o honrado Senhor Diretas. Então vieram as provas da Lava Jato, e ficou mais difícil ignorar os métodos do ex-pupilo de PC Farias. A súbita ascensão de Cunha foi interrompida, embora ele tenha conseguido se segurar na cadeira. Agora sua trajetória é de queda, acentuada ontem pela reeleição de Leonardo Picciani à liderança do PMDB. A vitória do deputado fluminense é uma demonstração clara de que o presidente da Câmara encolheu. Ele fez campanha aberta pelo paraibano Hugo Motta, que não conseguiu ultrapassar os 30 votos. Cunha perdeu o controle da própria bancada, no momento em que precisava recuperar fôlego para lutar contra a cassação do mandato. "Eu nunca estive isolado na bancada e não estou isolado", disse, após a derrota do afilhado. Ostentava o mesmo semblante que usou para negar as contas na Suíça. O governo ganhou força na batalha contra o impeachment, mas terá um preço alto a pagar pela vitória de Picciani. Além do vexame de exonerar o ministro da Saúde por um dia durante a epidemia da zika, o Planalto liberou cargos e emendas em peso para garantir os votos do PMDB. Agora terá que manter a torneira aberta se quiser manter a fidelidade dos neogovernistas. Eles não abandonaram Cunha porque gostam de Dilma, e sim porque concluíram que poderia ser mais lucrativo migrar para o seu lado.
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Homem é preso após flagrante de tortura de filho da namorada no Rio
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A Polícia Civil do Rio prendeu um homem de 27, suspeito de torturar o filho de 13 anos da namorada, na tarde deste sábado (7), em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. As agressões ao adolescente, que sofre de paralisia cerebral e está desde os 9 anos em uma cadeira de rodas, foram filmadas pela câmera de um celular deixado escondido pela mãe. Segundo o delegado titular da 73ª DP (Neves), Jorge da Silva Veloso, a mãe desconfiou do namorado, com quem vivia há dois meses, após o filho aparecer com um corte na cabeça, na última sexta-feira (6). "Ela viu o filho com o corte e perguntou ao namorado o que havia acontecido. E ele respondeu que ele se bateu sozinho, na parede. Ela, então, armou uma armadilha que flagraram as agressões. Para mim, as imagens são estarrecedoras", afirmou. Nas imagens, o homem aparece torcendo mãos e pernas do garoto e puxando sua cabeça para trás, com violência. As cenas foram gravadas pelo celular da mãe, depois que ela anunciou ao namorado que iria a um salão de beleza. Ela ficou fora de casa cerca de duas horas. Ao encontrar as imagens, foi imediatamente à polícia denunciar o companheiro. Ainda de acordo com o delegado, as agressões foram motivadas por ciúmes dos cuidados que a mulher dedicava ao filho. O homem foi autuado sob acusação de tortura e, em caso de condenação, poderá ter a pena acrescida em um terço pela condição de vulnerável da vítima. Ainda de acordo com a polícia, o detido já tem passagem pela polícia pelo crime de lesão corporal registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, de São Gonçalo, em 2014.
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cotidiano
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Homem é preso após flagrante de tortura de filho da namorada no RioA Polícia Civil do Rio prendeu um homem de 27, suspeito de torturar o filho de 13 anos da namorada, na tarde deste sábado (7), em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. As agressões ao adolescente, que sofre de paralisia cerebral e está desde os 9 anos em uma cadeira de rodas, foram filmadas pela câmera de um celular deixado escondido pela mãe. Segundo o delegado titular da 73ª DP (Neves), Jorge da Silva Veloso, a mãe desconfiou do namorado, com quem vivia há dois meses, após o filho aparecer com um corte na cabeça, na última sexta-feira (6). "Ela viu o filho com o corte e perguntou ao namorado o que havia acontecido. E ele respondeu que ele se bateu sozinho, na parede. Ela, então, armou uma armadilha que flagraram as agressões. Para mim, as imagens são estarrecedoras", afirmou. Nas imagens, o homem aparece torcendo mãos e pernas do garoto e puxando sua cabeça para trás, com violência. As cenas foram gravadas pelo celular da mãe, depois que ela anunciou ao namorado que iria a um salão de beleza. Ela ficou fora de casa cerca de duas horas. Ao encontrar as imagens, foi imediatamente à polícia denunciar o companheiro. Ainda de acordo com o delegado, as agressões foram motivadas por ciúmes dos cuidados que a mulher dedicava ao filho. O homem foi autuado sob acusação de tortura e, em caso de condenação, poderá ter a pena acrescida em um terço pela condição de vulnerável da vítima. Ainda de acordo com a polícia, o detido já tem passagem pela polícia pelo crime de lesão corporal registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, de São Gonçalo, em 2014.
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Berço político de Putin e sede da Copa, cidade é alvo pela 1ª vez
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O simbolismo associado ao ataque terrorista contra o metrô de São Petersburgo, caso a apuração confirme o que parece evidente, é enorme. A cidade é a "capital europeia" da Rússia, e historicamente se vê como a ponte cosmopolita entre a vastidão asiática do país e a modernidade do Ocidente. E a cidade é o berço político de Vladimir Putin, o presidente que por sinal estava por lá quando a bomba explodiu. Ele surgiu como braço-direito do prefeito reformista Anatoli Sobchak, no começo dos anos 90, e quando subiu ao poder levou consigo um grupo composto por economistas liberais e colegas da antiga KGB vindos de São Petersburgo _o tempo passou e houve expurgos, mas esta é outra história. Há outros fatores. A cidade sediará, no dia 17 de junho, a estreia da Copa das Confederações da Fifa, jogo entre Rússia Nova Zelândia. A final do torneio também ocorrerá em São Petersburgo, que é uma das sedes da Copa de 2018 que interessam ao Brasil. Isso cria alarme, mas usualmente leva ao aumento das medidas de controle. Quando houve ataques inspirados por rebeldes tchetchenos na cidade de Volgogrado, perto da sede da Olimpíada de Inverno de 2014, Sochi, o pânico instalou-se entre delegações. Nada aconteceu, ao fim. São Petersburgo, apesar de ser berço histórico do terrorismo que sacudiu os últimos 20 anos do Império Russo antes da revolução de 1917, não tinha sido atingida pelo mal no século 21. Houve vários episódios menores, mas nada como o ataque desta segunda. A descrição do ocorrido aponta para o modelo "lobo solitário" associado a EI (Estado Islâmico) que a Rússia também combate em campo na Síria. É também a primeira vez que terroristas agem em cidades grandes russas desde o atentado contra um aeroporto moscovita em 2011, que deixou 37 mortos. Toda a atividade neste tempo esteve concentrada em alvos na conturbada região do Cáucaso, que vive sob intenso controle militar de Moscou por sediar uma miríade de grupos separatistas e fundamentalistas islâmicos _quando não as duas coisas juntas. Com a campanha na Síria, os russos ganharam mais um inimigo, o EI, além dos já conhecidos adversários da Tchetchênia e do Daguestão. Ainda que sua ação no país árabe vise apoiar o regime do ditador Bashar al-Assad e mire mais os rebeldes (tanto religiosos como seculares) contrários a ele, o EI também está na lista de alvos. A primeira retaliação foi a derrubada de um avião de turistas russos sobre o Egito, em 2015, que matou 224 pessoas. O ataque certamente irá reacender a veia conspiratória da política russa. Em 1999, uma série de atentados em Moscou e outras duas cidades deixou cerca de 300 mortos e foi vital para justificar a brutal campanha da segunda guerra na Tchetchênia, que acabou com a vitória do Kremlin. O governo de Boris Ielstin manquitolava para seu final, e o recém-apontado premiê Vladimir Putin fortaleceu-se tanto que viabilizou sua indicação à Presidência quando o titular renunciou em 31 de dezembro _e a eleição em 2000 que abriu a era que leva seu nome na história russa. Não foram poucos jornalistas e acadêmicos que apontaram suspeitas sobre os ataques. Eles seriam obras de terroristas com salvo-conduto ou sob vista grossa do FSB, a antiga KGB de onde emergiu Putin. Uma comissão de inquérito foi formada e, três anos anos depois a culpa ficou na conta dos terroristas. Neste momento, Putin enfrenta os primeiros protestos sérios contra seu governo desde 2012. Há duas semanas, multidões foram à rua organizadas por meio de redes sociais e ativistas liderados pelo blogueiro Alexei Navalni _que foi preso temporariamente. Putin, apesar de ostentar 84% de apoio, vê seu governo ser aprovado por 47% _os dados são do Centro Levada, em pesquisa de 2016. A economia russa está em dificuldades, tentando sair da recessão em que caiu devido ao preço baixo do petróleo que a move e às sanções ocidentais por ter anexado a Crimeia em 2014. Com a eleição presidencial de 2018 no horizonte, não faltará quem vá especular que o ataque pode ter sido facilitado para lembrar aos russos a necessidade de um líder forte para atuar contra o terror. Contra o argumento, o fato de que o berço do putinismo foi atingido pela primeira vez com essa magnitude, o que demonstraria fraqueza.
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mundo
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Berço político de Putin e sede da Copa, cidade é alvo pela 1ª vezO simbolismo associado ao ataque terrorista contra o metrô de São Petersburgo, caso a apuração confirme o que parece evidente, é enorme. A cidade é a "capital europeia" da Rússia, e historicamente se vê como a ponte cosmopolita entre a vastidão asiática do país e a modernidade do Ocidente. E a cidade é o berço político de Vladimir Putin, o presidente que por sinal estava por lá quando a bomba explodiu. Ele surgiu como braço-direito do prefeito reformista Anatoli Sobchak, no começo dos anos 90, e quando subiu ao poder levou consigo um grupo composto por economistas liberais e colegas da antiga KGB vindos de São Petersburgo _o tempo passou e houve expurgos, mas esta é outra história. Há outros fatores. A cidade sediará, no dia 17 de junho, a estreia da Copa das Confederações da Fifa, jogo entre Rússia Nova Zelândia. A final do torneio também ocorrerá em São Petersburgo, que é uma das sedes da Copa de 2018 que interessam ao Brasil. Isso cria alarme, mas usualmente leva ao aumento das medidas de controle. Quando houve ataques inspirados por rebeldes tchetchenos na cidade de Volgogrado, perto da sede da Olimpíada de Inverno de 2014, Sochi, o pânico instalou-se entre delegações. Nada aconteceu, ao fim. São Petersburgo, apesar de ser berço histórico do terrorismo que sacudiu os últimos 20 anos do Império Russo antes da revolução de 1917, não tinha sido atingida pelo mal no século 21. Houve vários episódios menores, mas nada como o ataque desta segunda. A descrição do ocorrido aponta para o modelo "lobo solitário" associado a EI (Estado Islâmico) que a Rússia também combate em campo na Síria. É também a primeira vez que terroristas agem em cidades grandes russas desde o atentado contra um aeroporto moscovita em 2011, que deixou 37 mortos. Toda a atividade neste tempo esteve concentrada em alvos na conturbada região do Cáucaso, que vive sob intenso controle militar de Moscou por sediar uma miríade de grupos separatistas e fundamentalistas islâmicos _quando não as duas coisas juntas. Com a campanha na Síria, os russos ganharam mais um inimigo, o EI, além dos já conhecidos adversários da Tchetchênia e do Daguestão. Ainda que sua ação no país árabe vise apoiar o regime do ditador Bashar al-Assad e mire mais os rebeldes (tanto religiosos como seculares) contrários a ele, o EI também está na lista de alvos. A primeira retaliação foi a derrubada de um avião de turistas russos sobre o Egito, em 2015, que matou 224 pessoas. O ataque certamente irá reacender a veia conspiratória da política russa. Em 1999, uma série de atentados em Moscou e outras duas cidades deixou cerca de 300 mortos e foi vital para justificar a brutal campanha da segunda guerra na Tchetchênia, que acabou com a vitória do Kremlin. O governo de Boris Ielstin manquitolava para seu final, e o recém-apontado premiê Vladimir Putin fortaleceu-se tanto que viabilizou sua indicação à Presidência quando o titular renunciou em 31 de dezembro _e a eleição em 2000 que abriu a era que leva seu nome na história russa. Não foram poucos jornalistas e acadêmicos que apontaram suspeitas sobre os ataques. Eles seriam obras de terroristas com salvo-conduto ou sob vista grossa do FSB, a antiga KGB de onde emergiu Putin. Uma comissão de inquérito foi formada e, três anos anos depois a culpa ficou na conta dos terroristas. Neste momento, Putin enfrenta os primeiros protestos sérios contra seu governo desde 2012. Há duas semanas, multidões foram à rua organizadas por meio de redes sociais e ativistas liderados pelo blogueiro Alexei Navalni _que foi preso temporariamente. Putin, apesar de ostentar 84% de apoio, vê seu governo ser aprovado por 47% _os dados são do Centro Levada, em pesquisa de 2016. A economia russa está em dificuldades, tentando sair da recessão em que caiu devido ao preço baixo do petróleo que a move e às sanções ocidentais por ter anexado a Crimeia em 2014. Com a eleição presidencial de 2018 no horizonte, não faltará quem vá especular que o ataque pode ter sido facilitado para lembrar aos russos a necessidade de um líder forte para atuar contra o terror. Contra o argumento, o fato de que o berço do putinismo foi atingido pela primeira vez com essa magnitude, o que demonstraria fraqueza.
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Com infiltrados, polícia desmancha grupo que fazia rachas na marginal
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À frente de uma fileira de 70 policiais militares, o capitão Marcos da Cunha explica: "Não preciso nem dizer, né? O foco são veículos esportivos. Tem importado? Tem. Tem Audi, Civic. Mas tem Corsinha rebaixado também". Era 0h de sexta (6) e o grupo se aprontava para a missão da noite: acabar com um evento de rachas de veículos. "Vamos fechar o posto", completou Cunha, responsável pelo policiamento das marginais Pinheiros e Tietê. Há mais de um mês, os jovens se reúnem todas as quintas em um posto de combustível da Pinheiros, no Itaim Bibi (zona oeste). Param os carros turbinados, exibem a potência dos motores e, às vezes, disputam corridas em alta velocidade na marginal. Nas últimas semanas, policiais se infiltraram no evento e anotaram placas dos carros que participavam dos rachas. Na madrugada desta sexta, cerca de cem jovens em 40 veículos pararam no posto. "Todo mundo que estiver no posto vai ser revistado. Em princípio não vai ter tiro, nada de apontar a arma para os moleques. Não quero ver excessos, não quero ver PM dando chute em ninguém porque pode ter um jornalista lá infiltrado, fazendo reportagem", ordenou Cunha. Às 0h09, veio o aviso dos infiltrados: os rachas começaram. O comboio de policiais saiu do Canindé (centro). Em 20 minutos chegou ao posto na marginal. Os jovens, assustados e encurralados, fugiram correndo para uma loja de conveniência. A maioria dos motoristas era jovem; alguns aparentavam ser recém-saídos da adolescência. Eles foram colocados em fila, com as chaves dos carros no chão. ESTAVA SÓ COMENDO Tinha "tunados" de luxo: Audi, Civic, Jeep, Subaru, Mercedes... Mas tinha também Corsinha rebaixado, Gol da década de 1990, Blazer anos 2000, Opala... "Só estava passando, não tenho nada com isso", disse um garoto. "Se sua placa estiver anotada, você vai se foder legal", respondeu um policial. Todos os motoristas que estavam no posto foram multados por participar de eventos sem autorização, ou rachas –foram 114 autuados. Cada multa era de R$ 1.900 e o motorista ainda pode perder a habilitação. "Só parei para comer na loja de conveniência, almocei às 14h e não comi mais nada o dia todo", disse um rapaz autuado –ele não quis se identificar. "Quanto é essa multa?", perguntou à reportagem. "R$ 1.900? Não tenho como pagar", reclamou ele, que dirigia um Renault Megane. ISSO É CRIME? Cachorros da PM farejaram os veículos para verificar se havia drogas. Em um deles, foi encontrado uma pequena quantidade de maconha. Era um Honda Civic preto, rebaixado, bancos de couro e um adesivo colado no para-brisa: "Because race car". Um policial olhou para o motorista, um jovem de 20 anos, e perguntou: "O carro está no nome de quem?". "Da minha mãe", respondeu o garoto, visivelmente abalado. Ele foi levado para a delegacia. Em outro ponto, o capitão Cunha, empunhando uma metralhadora, discutia com um motorista. "O senhor estava no lugar errado, na hora errada e com um carro que tem perfil de racha. O senhor espera que eu acredite no senhor? Todo mundo aqui fala que estava comendo na conveniência", disse o PM. "Por acaso é crime ter um Civic Si? ", respondeu Rafael Ribeiro Cabral, 33, que se disse motorista do aplicativo de transporte Uber. A empresa não quis comentar. "Eu estava comendo na loja de conveniência, olha aqui a comanda. Participo de rachas, mas só em locais autorizados. Aqui nem sempre tem racha, é só uma reunião de amigos que gostam de carro", alegou Cabral. Já eram 3h da madrugada quando sete carros foram levados pelos guinchos da PM. Alguns pais já apareciam para levar os filhos para casa.
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cotidiano
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Com infiltrados, polícia desmancha grupo que fazia rachas na marginalÀ frente de uma fileira de 70 policiais militares, o capitão Marcos da Cunha explica: "Não preciso nem dizer, né? O foco são veículos esportivos. Tem importado? Tem. Tem Audi, Civic. Mas tem Corsinha rebaixado também". Era 0h de sexta (6) e o grupo se aprontava para a missão da noite: acabar com um evento de rachas de veículos. "Vamos fechar o posto", completou Cunha, responsável pelo policiamento das marginais Pinheiros e Tietê. Há mais de um mês, os jovens se reúnem todas as quintas em um posto de combustível da Pinheiros, no Itaim Bibi (zona oeste). Param os carros turbinados, exibem a potência dos motores e, às vezes, disputam corridas em alta velocidade na marginal. Nas últimas semanas, policiais se infiltraram no evento e anotaram placas dos carros que participavam dos rachas. Na madrugada desta sexta, cerca de cem jovens em 40 veículos pararam no posto. "Todo mundo que estiver no posto vai ser revistado. Em princípio não vai ter tiro, nada de apontar a arma para os moleques. Não quero ver excessos, não quero ver PM dando chute em ninguém porque pode ter um jornalista lá infiltrado, fazendo reportagem", ordenou Cunha. Às 0h09, veio o aviso dos infiltrados: os rachas começaram. O comboio de policiais saiu do Canindé (centro). Em 20 minutos chegou ao posto na marginal. Os jovens, assustados e encurralados, fugiram correndo para uma loja de conveniência. A maioria dos motoristas era jovem; alguns aparentavam ser recém-saídos da adolescência. Eles foram colocados em fila, com as chaves dos carros no chão. ESTAVA SÓ COMENDO Tinha "tunados" de luxo: Audi, Civic, Jeep, Subaru, Mercedes... Mas tinha também Corsinha rebaixado, Gol da década de 1990, Blazer anos 2000, Opala... "Só estava passando, não tenho nada com isso", disse um garoto. "Se sua placa estiver anotada, você vai se foder legal", respondeu um policial. Todos os motoristas que estavam no posto foram multados por participar de eventos sem autorização, ou rachas –foram 114 autuados. Cada multa era de R$ 1.900 e o motorista ainda pode perder a habilitação. "Só parei para comer na loja de conveniência, almocei às 14h e não comi mais nada o dia todo", disse um rapaz autuado –ele não quis se identificar. "Quanto é essa multa?", perguntou à reportagem. "R$ 1.900? Não tenho como pagar", reclamou ele, que dirigia um Renault Megane. ISSO É CRIME? Cachorros da PM farejaram os veículos para verificar se havia drogas. Em um deles, foi encontrado uma pequena quantidade de maconha. Era um Honda Civic preto, rebaixado, bancos de couro e um adesivo colado no para-brisa: "Because race car". Um policial olhou para o motorista, um jovem de 20 anos, e perguntou: "O carro está no nome de quem?". "Da minha mãe", respondeu o garoto, visivelmente abalado. Ele foi levado para a delegacia. Em outro ponto, o capitão Cunha, empunhando uma metralhadora, discutia com um motorista. "O senhor estava no lugar errado, na hora errada e com um carro que tem perfil de racha. O senhor espera que eu acredite no senhor? Todo mundo aqui fala que estava comendo na conveniência", disse o PM. "Por acaso é crime ter um Civic Si? ", respondeu Rafael Ribeiro Cabral, 33, que se disse motorista do aplicativo de transporte Uber. A empresa não quis comentar. "Eu estava comendo na loja de conveniência, olha aqui a comanda. Participo de rachas, mas só em locais autorizados. Aqui nem sempre tem racha, é só uma reunião de amigos que gostam de carro", alegou Cabral. Já eram 3h da madrugada quando sete carros foram levados pelos guinchos da PM. Alguns pais já apareciam para levar os filhos para casa.
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Cantora brasileira mora no castelo de Sissi, a lendária imperatriz da Áustria
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Como uma princesa aprisionada em sua torre, Daniela Procopio, 42, enfrenta dificuldades prosaicas toda vez que precisa pedir uma pizza ou um táxi quando está em seu apartamento em Viena. Tudo por conta do seu endereço na capital austríaca: o palácio de Schönbrunn, um dos principais monumentos históricos da Áustria, antiga residência de figuras lendárias. Entre elas, Sissi, apelido de Isabel da Baviera (1837-1898), imperatriz imortalizada pela atriz Romy Schneider em filme de 1956, e Leopoldina (1797-1826), a nobre austríaca que se casou com dom Pedro 1º e se tornou imperatriz do Brasil, nome de rua e de escola de samba no Rio. "Ninguém acredita quando digo que estou morando em Schönbrunn. Como o delivery de pizza vai entrar ali?", diverte-se a cantora brasileira, filha de Celita Procopio de Carvalho - presidente do Conselho Curador da Faap. Os taxistas costumam ser os mais céticos. "Fui pedir um táxi para o aeroporto e a mulher batia o telefone quando eu dava meu endereço. Na quinta vez, eu disse: 'Vou chamar a polícia, senão perco meu voo para o Brasil.'" COMO EM VERSALHES Apostando em um carreira na Europa, Daniela passa temporadas no apartamento que aluga há um ano e meio no que é considerado o Palácio de Versalhes local. Ela diz, sem revelar valores, que é mais barato do que alugar um imóvel de luxo em uma área nobre do Brasil. Na internet, um apartamento de um quarto no mesmo bairro de Hietzing e a cinco minutos de Schönbrunn a pé pode ser alugado na baixa temporada por R$ 7 mil ao mês. "Pago um aluguel no palácio comparável a qualquer outro na mesma área. No Rio, não conseguiria alugar pelo mesmo valor nem um apê menor", compara. Seu endereço na capital fluminense é na também nobilíssima Vieira Souto, em Ipanema. CONEXÕES VIENENSES Daniela credita o achado em Viena à sorte e às boas conexões vienenses, já que o marido, o advogado Gustavo Cortes de Lima, tem negócios com austríacos. "Foi a 'Gueixa Tropical' que me deu isso. A menina tinha ouvido meu CD e ficou fã", diz. A cantora se refere ao segundo disco, lançado em 2013, e à advogada Megui Kramer, que tem escritório em uma das alas do palácio. Dona de uma voz marcante e parceira de João Donato e Carlinhos Brown, a brasileira conta como seu canto acabou por levá-la à propriedade de verão dos Habsburgo. Show de Daniela Procopio no Tunnel em Viena Ao visitar o tal escritório de advocacia e fazer ali de improviso um showzinho à capela, Daniela descobriu que havia imóveis disponíveis para alugar. "Então, é aqui que eu quero ficar", teria dito aos anfitriões. No dia seguinte, foi dar um rolê para descobri como se aluga um "cafofo" no castelo barroco de 1743 que abriga ainda um museu e é cercado por belos jardins e um parque com um famoso zoológico. "Primeiro, me mostraram um espaço na antiga ala dos serviçais. O teto era muito baixo. Sou filha de Iansã. Logo me deu um negócio, não consegui ficar ali." Foi quando a funcionária disse que havia outra opção dentro do castelo. "Eu já comecei a tremer de nervoso. Sei que foi um presente." LOCALIZAÇÃO E VISTA PRIVILEGIADA A brasileira acabou alugando um dos dois apartamentos privativos localizados no andar de cima do museu. Os janelões laterais do imóvel dão para o jardim secreto, onde os príncipes desfrutavam de privacidade. "Eles tinham um cercadinho." A brasileira avista ainda dos seus domínios os vastos jardins abertos à visitação. "Eu tenho a chave do castelo e do jardim", explica ela, que usa um chaveiro em forma de coroa comprado na lojinha de souvenirs de Schönbrunn. Daniela conta com graça como foi a sua primeira incursão pela nobiliárquica propriedade. "Na tarde que pegamos as chaves, meu marido tinha uma reunião e eu fui passear pelo castelo. Era umas 9h da noite, mas em setembro ainda estava claro." Foi andando e cantando pelo jardim até chegar à Gloriette [monumento no interior do parque]. "Fiquei emocionada. Cantei para saudar o castelo e para os seres que ali habitaram." Quando se deu conta já passavam das 22h e o acesso ao castelo estava trancado. "Queria pular a grade. Ia começar a esfriar." Gritou, em inglês, para uma mulher em um edifício próximo. "Por favor, me salve. Estou presa aqui." Conseguiu explicar que morava no palácio: "Se você mora aí você tem a chave do jardim". Foi a dica para ela se acalmar e testar a chave na fechadura e poder voltar ao castelo. ESPÍRITO DE LEOPOLDINA Devidamente instalada, ela fez amizade com a única vizinha. "Bati na porta dela para pedir ajuda para fechar o corpete que ia usar em um show." Descobriu que Gelfrite fala português e viaja sempre a Portugal. "É o espírito da Leopoldina que ainda reina ali", brinca a brasileira. Ao desembolsar 15 euros para visitar o museu no andar de baixo, caiu a ficha de Daniela de que seu quarto fica bem em cima do aposento onde está em exibição um retrato da antiga imperatriz do Brasil. O áudio guia da exposição surpreendeu Daniela com farpas sobre a vida da imperatriz no Brasil. "Dom Pedro foi de quinta com ela. Dona Leopoldina morreu de sofrimento." Ao se debruçar sobre o mapa do castelo, mais uma descoberta. "Minha cama fica em cima da cabeça da Leopoldina. É ela quem puxa o meu pé." Logo na primeira noite em Schönbrunn, Daniela garante ter feito um trato com os fantasmas. "Naquele lugar foram travadas muitas batalhas. O palácio foi bombardeado. Dentro de seus muros foram decididas guerras. Existe um centro de energia esquisito ali. Sou esponja, supersensível." Sissi também teria deixado uma energia pesada, segundo a inquilina brasileira. "Ela era anoréxica, depressiva, acabou responsável pela queda do império e tiraram o filho dela." FANTASMAS AMIGOS Definindo-se como "super espiritualizada desde pequena", a brasileira diz não temer os espíritos. "Logo que entrei no apartamento, eu disse [aos fantasmas]: 'Olha, eu tô aqui, sei que vocês foram me chamar. Vamos ser amigos." E diz ter mandado recado também para os menos amistosos: "Uma vez, eu vi um vulto. E logo avisei: 'Aqui não'. Tô viva. Sou mais forte." Garante que o sono é tranquilo em Schönbrunn. "Não tenho medo. Nem de mortos nem dos vivos. É um dos lugares onde melhor durmo na vida. Estou deitada no berço da Áustria, com segurança máxima. Tem um serviço de inteligência dentro do castelo." É na paz do palácio histórico que ela trabalha em um musical baseado no disco 'Gueixa Tropical", em parceria com o produtor austríaco Nikki Neuspil. O enredo já foi formatado com a ajuda do diretor gaúcho Ike Gomes, do "Tangos & Tragédias". "A gueixa é meu alterego. Se existe outras vidas, já fui oriental. É a história de uma garota de raízes indígenas que se apaixona pelo Oriente." De família tradicional, a cantora não nega a própria origem miscigenada. "Que família que chega ao Brasil em 1.500 não vai ter origem indígena e negra? Não dá para esconder. Olha a minha cara. Tá em mim." Daniela descende dos Pessoa de Queiroz e Vasconcelos, "que vieram montar as capitanias e se misturam muito", diz ela. "Sou genuinamente brasileira, filha de pernambucano com paulista, neta de carioca. Sou aquela música do Chico [Buarque]." Cantarola "Paratodos" e emenda que é também de origem italiana. É prima do conde Chiquinho Scarpa que, admite, combina bem mais com o castelo na Áustria. "A coisa mais engraçada é que a hippie da família foi parar no castelo. Para o pessoal de São Paulo, eu sou riponga, enquanto no Rio, me acham patricinha, socialite." PÉ NA AREIA Ela encarna a hippie em tempo integral na Bahia, onde se refugia em um cantinho da ilha de Boipeba há cinco verões. "Descobri Moreré e fico largada lá em um lugar especial, atrás de uma biblioteca, onde a dona da casa colocou uma cama pra mim. Meu quarto não tem parede nem porta, só uns véus. É pé na areia." De sandália de borracha no litoral baiano ou de salto agulha nos salões vienenses, ela diz que valoriza tudo o que a vida lhe proporciona. "Não sou blasé. Tenho mania de me deslumbrar com a beleza das coisas. No Rio. Na Bahia ou em Viena." E a hippie do castelo já fez piquenique nos jardins e saraus nos salões de Schönbrunn, enquanto termina de montar o apartamento vienense. "Já comprei uma cama e um sofá-cama, uma escrivaninha e descolei móveis emprestados de amigos de lá." Segundo ela, a cozinha era o ponto franco, mas agora tem geladeira e fogão (de duas bocas). "Eu tô acampada até hoje", brinca ela, de malas prontas para deixar o apartamento em frente ao mar de Ipanema para voltar ao castelo. No domingo (6), a inquilina de Schönbrunn faz o primeiro show do ano em Viena, no Hard Rock Café, encarnando sua gueixa tropical.
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Cantora brasileira mora no castelo de Sissi, a lendária imperatriz da ÁustriaComo uma princesa aprisionada em sua torre, Daniela Procopio, 42, enfrenta dificuldades prosaicas toda vez que precisa pedir uma pizza ou um táxi quando está em seu apartamento em Viena. Tudo por conta do seu endereço na capital austríaca: o palácio de Schönbrunn, um dos principais monumentos históricos da Áustria, antiga residência de figuras lendárias. Entre elas, Sissi, apelido de Isabel da Baviera (1837-1898), imperatriz imortalizada pela atriz Romy Schneider em filme de 1956, e Leopoldina (1797-1826), a nobre austríaca que se casou com dom Pedro 1º e se tornou imperatriz do Brasil, nome de rua e de escola de samba no Rio. "Ninguém acredita quando digo que estou morando em Schönbrunn. Como o delivery de pizza vai entrar ali?", diverte-se a cantora brasileira, filha de Celita Procopio de Carvalho - presidente do Conselho Curador da Faap. Os taxistas costumam ser os mais céticos. "Fui pedir um táxi para o aeroporto e a mulher batia o telefone quando eu dava meu endereço. Na quinta vez, eu disse: 'Vou chamar a polícia, senão perco meu voo para o Brasil.'" COMO EM VERSALHES Apostando em um carreira na Europa, Daniela passa temporadas no apartamento que aluga há um ano e meio no que é considerado o Palácio de Versalhes local. Ela diz, sem revelar valores, que é mais barato do que alugar um imóvel de luxo em uma área nobre do Brasil. Na internet, um apartamento de um quarto no mesmo bairro de Hietzing e a cinco minutos de Schönbrunn a pé pode ser alugado na baixa temporada por R$ 7 mil ao mês. "Pago um aluguel no palácio comparável a qualquer outro na mesma área. No Rio, não conseguiria alugar pelo mesmo valor nem um apê menor", compara. Seu endereço na capital fluminense é na também nobilíssima Vieira Souto, em Ipanema. CONEXÕES VIENENSES Daniela credita o achado em Viena à sorte e às boas conexões vienenses, já que o marido, o advogado Gustavo Cortes de Lima, tem negócios com austríacos. "Foi a 'Gueixa Tropical' que me deu isso. A menina tinha ouvido meu CD e ficou fã", diz. A cantora se refere ao segundo disco, lançado em 2013, e à advogada Megui Kramer, que tem escritório em uma das alas do palácio. Dona de uma voz marcante e parceira de João Donato e Carlinhos Brown, a brasileira conta como seu canto acabou por levá-la à propriedade de verão dos Habsburgo. Show de Daniela Procopio no Tunnel em Viena Ao visitar o tal escritório de advocacia e fazer ali de improviso um showzinho à capela, Daniela descobriu que havia imóveis disponíveis para alugar. "Então, é aqui que eu quero ficar", teria dito aos anfitriões. No dia seguinte, foi dar um rolê para descobri como se aluga um "cafofo" no castelo barroco de 1743 que abriga ainda um museu e é cercado por belos jardins e um parque com um famoso zoológico. "Primeiro, me mostraram um espaço na antiga ala dos serviçais. O teto era muito baixo. Sou filha de Iansã. Logo me deu um negócio, não consegui ficar ali." Foi quando a funcionária disse que havia outra opção dentro do castelo. "Eu já comecei a tremer de nervoso. Sei que foi um presente." LOCALIZAÇÃO E VISTA PRIVILEGIADA A brasileira acabou alugando um dos dois apartamentos privativos localizados no andar de cima do museu. Os janelões laterais do imóvel dão para o jardim secreto, onde os príncipes desfrutavam de privacidade. "Eles tinham um cercadinho." A brasileira avista ainda dos seus domínios os vastos jardins abertos à visitação. "Eu tenho a chave do castelo e do jardim", explica ela, que usa um chaveiro em forma de coroa comprado na lojinha de souvenirs de Schönbrunn. Daniela conta com graça como foi a sua primeira incursão pela nobiliárquica propriedade. "Na tarde que pegamos as chaves, meu marido tinha uma reunião e eu fui passear pelo castelo. Era umas 9h da noite, mas em setembro ainda estava claro." Foi andando e cantando pelo jardim até chegar à Gloriette [monumento no interior do parque]. "Fiquei emocionada. Cantei para saudar o castelo e para os seres que ali habitaram." Quando se deu conta já passavam das 22h e o acesso ao castelo estava trancado. "Queria pular a grade. Ia começar a esfriar." Gritou, em inglês, para uma mulher em um edifício próximo. "Por favor, me salve. Estou presa aqui." Conseguiu explicar que morava no palácio: "Se você mora aí você tem a chave do jardim". Foi a dica para ela se acalmar e testar a chave na fechadura e poder voltar ao castelo. ESPÍRITO DE LEOPOLDINA Devidamente instalada, ela fez amizade com a única vizinha. "Bati na porta dela para pedir ajuda para fechar o corpete que ia usar em um show." Descobriu que Gelfrite fala português e viaja sempre a Portugal. "É o espírito da Leopoldina que ainda reina ali", brinca a brasileira. Ao desembolsar 15 euros para visitar o museu no andar de baixo, caiu a ficha de Daniela de que seu quarto fica bem em cima do aposento onde está em exibição um retrato da antiga imperatriz do Brasil. O áudio guia da exposição surpreendeu Daniela com farpas sobre a vida da imperatriz no Brasil. "Dom Pedro foi de quinta com ela. Dona Leopoldina morreu de sofrimento." Ao se debruçar sobre o mapa do castelo, mais uma descoberta. "Minha cama fica em cima da cabeça da Leopoldina. É ela quem puxa o meu pé." Logo na primeira noite em Schönbrunn, Daniela garante ter feito um trato com os fantasmas. "Naquele lugar foram travadas muitas batalhas. O palácio foi bombardeado. Dentro de seus muros foram decididas guerras. Existe um centro de energia esquisito ali. Sou esponja, supersensível." Sissi também teria deixado uma energia pesada, segundo a inquilina brasileira. "Ela era anoréxica, depressiva, acabou responsável pela queda do império e tiraram o filho dela." FANTASMAS AMIGOS Definindo-se como "super espiritualizada desde pequena", a brasileira diz não temer os espíritos. "Logo que entrei no apartamento, eu disse [aos fantasmas]: 'Olha, eu tô aqui, sei que vocês foram me chamar. Vamos ser amigos." E diz ter mandado recado também para os menos amistosos: "Uma vez, eu vi um vulto. E logo avisei: 'Aqui não'. Tô viva. Sou mais forte." Garante que o sono é tranquilo em Schönbrunn. "Não tenho medo. Nem de mortos nem dos vivos. É um dos lugares onde melhor durmo na vida. Estou deitada no berço da Áustria, com segurança máxima. Tem um serviço de inteligência dentro do castelo." É na paz do palácio histórico que ela trabalha em um musical baseado no disco 'Gueixa Tropical", em parceria com o produtor austríaco Nikki Neuspil. O enredo já foi formatado com a ajuda do diretor gaúcho Ike Gomes, do "Tangos & Tragédias". "A gueixa é meu alterego. Se existe outras vidas, já fui oriental. É a história de uma garota de raízes indígenas que se apaixona pelo Oriente." De família tradicional, a cantora não nega a própria origem miscigenada. "Que família que chega ao Brasil em 1.500 não vai ter origem indígena e negra? Não dá para esconder. Olha a minha cara. Tá em mim." Daniela descende dos Pessoa de Queiroz e Vasconcelos, "que vieram montar as capitanias e se misturam muito", diz ela. "Sou genuinamente brasileira, filha de pernambucano com paulista, neta de carioca. Sou aquela música do Chico [Buarque]." Cantarola "Paratodos" e emenda que é também de origem italiana. É prima do conde Chiquinho Scarpa que, admite, combina bem mais com o castelo na Áustria. "A coisa mais engraçada é que a hippie da família foi parar no castelo. Para o pessoal de São Paulo, eu sou riponga, enquanto no Rio, me acham patricinha, socialite." PÉ NA AREIA Ela encarna a hippie em tempo integral na Bahia, onde se refugia em um cantinho da ilha de Boipeba há cinco verões. "Descobri Moreré e fico largada lá em um lugar especial, atrás de uma biblioteca, onde a dona da casa colocou uma cama pra mim. Meu quarto não tem parede nem porta, só uns véus. É pé na areia." De sandália de borracha no litoral baiano ou de salto agulha nos salões vienenses, ela diz que valoriza tudo o que a vida lhe proporciona. "Não sou blasé. Tenho mania de me deslumbrar com a beleza das coisas. No Rio. Na Bahia ou em Viena." E a hippie do castelo já fez piquenique nos jardins e saraus nos salões de Schönbrunn, enquanto termina de montar o apartamento vienense. "Já comprei uma cama e um sofá-cama, uma escrivaninha e descolei móveis emprestados de amigos de lá." Segundo ela, a cozinha era o ponto franco, mas agora tem geladeira e fogão (de duas bocas). "Eu tô acampada até hoje", brinca ela, de malas prontas para deixar o apartamento em frente ao mar de Ipanema para voltar ao castelo. No domingo (6), a inquilina de Schönbrunn faz o primeiro show do ano em Viena, no Hard Rock Café, encarnando sua gueixa tropical.
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Aposto no acaso e no mistério
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Descobri que eu era um excelente jogador quando, em 1969, nas eliminatórias para a Copa de 1970, olhei para o banco e vi, na minha reserva, Toninho Guerreiro, o melhor centroavante brasileiro, que eu tanto admirava, companheiro de Pelé, no Santos. Pensei: "Será que sou melhor que ele?" Neymar descobriu, na ausência de Messi, que é muito mais que um grande craque, mais que um fenômeno, que pode fazer quase tudo que faz Messi, o melhor do mundo. Nunca vi um time (fora as seleções) com dois jogadores juntos, tão fabulosos. Mais que isso, Messi e Neymar se entendem muito bem, pelo olhar, pelo movimento das pernas, pela respiração. Mais ainda, há, entre os dois, um terceiro craque, Suárez, que só não está entre os três melhores porque existe Cristiano Ronaldo. Gostei de Sampaoli entre os três melhores técnicos. Ele não foi escolhido porque o Chile ganhou a Copa América e sim porque, além de Guardiola, é o único treinador que organiza uma equipe de uma maneira diferente e eficiente. Hoje, quem ganhar a Copa do Brasil vai bater no peito e elogiar o planejamento. A decisão de Palmeiras e Santos de abandonar a chance de conseguir uma vaga na Libertadores pelo Brasileirão foi péssima. Um grande time europeu jamais faria o mesmo. Imagino que as maiores equipes do mundo, mesmo sabendo da importância da ciência esportiva, valorizam menos que os brasileiros os pequenos aumentos de substâncias encontradas no sangue, relacionadas ao esforço físico e que são usadas para poupar jogadores. A medicina, muitas vezes, não é exata, muito menos o futebol. A dosagem medida é uma referência, uma média. Não é igual para todos. É preciso relacioná-la com outros dados científicos e com a observação de cada atleta. "Não sois máquinas, homens é que sois" (Charles Chaplin). A avaliação de qualquer profissional, ainda mais de um treinador que depende de inúmeros fatores para o sucesso do time, deveria ser feita após um longo tempo. Luxemburgo já foi rotulado de "o maior estrategista do futebol brasileiro". Felipão e outros foram chamados de supertécnicos. Hoje, Tite é tratado como um sábio. Tornou-se até exemplo de gestor para todas as empresas. Falam que, se ele assumisse a seleção, o Brasil teria, em pouco tempo, um excepcional time. A mídia não tem limites. É péssimo ou o máximo. Tite é um excelente treinador, porém, menos, menos... Marcelo Oliveira, tão elogiado e vitorioso nos últimos anos, tem sido muito criticado pelo futebol ultrapassado que joga o Palmeiras. Concordo com as críticas. Ele é o responsável pela maneira de jogar da equipe, mas, certamente, não desaprendeu nem, imagino, mudou seus conceitos. O que teria ocorrido? Uma das razões é que ele não tem jogadores com as características de um Éverton Ribeiro, de um Ricardo Goulart e de um Lucas Silva, como tinha o Cruzeiro. Os três se completavam. Gabriel Jesus e Dudu são mais dribladores, velocistas. Além disso, acontecem, algumas vezes, coisas incompreensíveis em uma equipe, que fogem ao controle e ao desejo do técnico. Hoje, o Santos começa o jogo na frente. Não dá para prever nada. Aposto no acaso e no mistério.
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Aposto no acaso e no mistérioDescobri que eu era um excelente jogador quando, em 1969, nas eliminatórias para a Copa de 1970, olhei para o banco e vi, na minha reserva, Toninho Guerreiro, o melhor centroavante brasileiro, que eu tanto admirava, companheiro de Pelé, no Santos. Pensei: "Será que sou melhor que ele?" Neymar descobriu, na ausência de Messi, que é muito mais que um grande craque, mais que um fenômeno, que pode fazer quase tudo que faz Messi, o melhor do mundo. Nunca vi um time (fora as seleções) com dois jogadores juntos, tão fabulosos. Mais que isso, Messi e Neymar se entendem muito bem, pelo olhar, pelo movimento das pernas, pela respiração. Mais ainda, há, entre os dois, um terceiro craque, Suárez, que só não está entre os três melhores porque existe Cristiano Ronaldo. Gostei de Sampaoli entre os três melhores técnicos. Ele não foi escolhido porque o Chile ganhou a Copa América e sim porque, além de Guardiola, é o único treinador que organiza uma equipe de uma maneira diferente e eficiente. Hoje, quem ganhar a Copa do Brasil vai bater no peito e elogiar o planejamento. A decisão de Palmeiras e Santos de abandonar a chance de conseguir uma vaga na Libertadores pelo Brasileirão foi péssima. Um grande time europeu jamais faria o mesmo. Imagino que as maiores equipes do mundo, mesmo sabendo da importância da ciência esportiva, valorizam menos que os brasileiros os pequenos aumentos de substâncias encontradas no sangue, relacionadas ao esforço físico e que são usadas para poupar jogadores. A medicina, muitas vezes, não é exata, muito menos o futebol. A dosagem medida é uma referência, uma média. Não é igual para todos. É preciso relacioná-la com outros dados científicos e com a observação de cada atleta. "Não sois máquinas, homens é que sois" (Charles Chaplin). A avaliação de qualquer profissional, ainda mais de um treinador que depende de inúmeros fatores para o sucesso do time, deveria ser feita após um longo tempo. Luxemburgo já foi rotulado de "o maior estrategista do futebol brasileiro". Felipão e outros foram chamados de supertécnicos. Hoje, Tite é tratado como um sábio. Tornou-se até exemplo de gestor para todas as empresas. Falam que, se ele assumisse a seleção, o Brasil teria, em pouco tempo, um excepcional time. A mídia não tem limites. É péssimo ou o máximo. Tite é um excelente treinador, porém, menos, menos... Marcelo Oliveira, tão elogiado e vitorioso nos últimos anos, tem sido muito criticado pelo futebol ultrapassado que joga o Palmeiras. Concordo com as críticas. Ele é o responsável pela maneira de jogar da equipe, mas, certamente, não desaprendeu nem, imagino, mudou seus conceitos. O que teria ocorrido? Uma das razões é que ele não tem jogadores com as características de um Éverton Ribeiro, de um Ricardo Goulart e de um Lucas Silva, como tinha o Cruzeiro. Os três se completavam. Gabriel Jesus e Dudu são mais dribladores, velocistas. Além disso, acontecem, algumas vezes, coisas incompreensíveis em uma equipe, que fogem ao controle e ao desejo do técnico. Hoje, o Santos começa o jogo na frente. Não dá para prever nada. Aposto no acaso e no mistério.
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Dentista Fábio Bibancos, da Turma do Bem, vence o Prêmio Visionaris 2016
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O dentista Fábio Bibancos, vencedor da segunda edição do Prêmio Empreendedor Social, em 2006, sagrou-se na noite desta quinta-feira (28) ganhador do Visionaires 2016, concurso com foco em líderes socioambientais realizado em diversos países pelo banco suíco UBS. Nesta 8º edição, o prêmio teve como parceira de realização a Ashoka - organização mundial sem fins lucrativos pioneira no campo de inovação social, trabalho e apoio aos empreendedores sociais, e como tema a diversificação de captação de recursos e inovação na geração de receita. A votação para a categoria Escolha do Leitor está aberta, conheça os finalistas e vote no seu preferido Fundador e presidente voluntário da Turma do Bem, Bibancos está à frente de uma rede de voluntários composta por 16 mil dentistas voluntários, que atende gratuitamente mais de 68 mil jovens e 750 mulheres vítimas de violência em todo o Brasil, América Latina e Portugal, somando 14 países. A ONG é considerada a maior rede de voluntariado especializado do mundo e já foi nomeada pela Ashoka como uma das cinco maiores organizações do mundo pelo seu impacto social. "Ao mesmo tempo que fiquei feliz por receber esse prêmio e poder dar continuidade aos nossos projetos, fiquei triste pois queria que todos os outros empreendedores ganhassem o mesmo prêmio", afirmou o fundador e presidente voluntário da Turma do Bem. Bibancos, que recebeu como prêmio US$ 25 mil para serem investidos na ONG, lançou um desafio em seu discurso de premiação: arrecadar fundos para ajudar e premiar os outros quatro finalistas. "É um projeto mais lindo que o outro", disse. Também chegaram à grande final deste ano Fernando Assad, fundador do Programa Vivenda e vencedor do Prêmio Empreendedor Social de Futuro, em 2015; Claudia Vigital, criadora do Instituto Fazendo História e finalista do prêmio Empreendedor Social, em 2011; e Lilian Prado, diretora-executiva da Acreditar. Todos eles ganharam US$ 5.000.
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empreendedorsocial
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Dentista Fábio Bibancos, da Turma do Bem, vence o Prêmio Visionaris 2016O dentista Fábio Bibancos, vencedor da segunda edição do Prêmio Empreendedor Social, em 2006, sagrou-se na noite desta quinta-feira (28) ganhador do Visionaires 2016, concurso com foco em líderes socioambientais realizado em diversos países pelo banco suíco UBS. Nesta 8º edição, o prêmio teve como parceira de realização a Ashoka - organização mundial sem fins lucrativos pioneira no campo de inovação social, trabalho e apoio aos empreendedores sociais, e como tema a diversificação de captação de recursos e inovação na geração de receita. A votação para a categoria Escolha do Leitor está aberta, conheça os finalistas e vote no seu preferido Fundador e presidente voluntário da Turma do Bem, Bibancos está à frente de uma rede de voluntários composta por 16 mil dentistas voluntários, que atende gratuitamente mais de 68 mil jovens e 750 mulheres vítimas de violência em todo o Brasil, América Latina e Portugal, somando 14 países. A ONG é considerada a maior rede de voluntariado especializado do mundo e já foi nomeada pela Ashoka como uma das cinco maiores organizações do mundo pelo seu impacto social. "Ao mesmo tempo que fiquei feliz por receber esse prêmio e poder dar continuidade aos nossos projetos, fiquei triste pois queria que todos os outros empreendedores ganhassem o mesmo prêmio", afirmou o fundador e presidente voluntário da Turma do Bem. Bibancos, que recebeu como prêmio US$ 25 mil para serem investidos na ONG, lançou um desafio em seu discurso de premiação: arrecadar fundos para ajudar e premiar os outros quatro finalistas. "É um projeto mais lindo que o outro", disse. Também chegaram à grande final deste ano Fernando Assad, fundador do Programa Vivenda e vencedor do Prêmio Empreendedor Social de Futuro, em 2015; Claudia Vigital, criadora do Instituto Fazendo História e finalista do prêmio Empreendedor Social, em 2011; e Lilian Prado, diretora-executiva da Acreditar. Todos eles ganharam US$ 5.000.
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Militância do PT programa ato para 18 de março em defesa de Lula
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Os movimentos sociais ligados ao PT farão um ato no dia 18 de março em defesa do ex-presidente Lula. O ato estava inicialmente marcado para o fim do mês. O movimento de mulheres também fará uma manifestação no dia 8. A senadora Gleisi Hoffman afirmou que a militância vai para a rua para defender o ex-presidente e o legado do PT. Questionada sobre possíveis conflitos, ela afirmou que "quem tem que temer conflitos é quem causou tudo isso, a pessoa que coordenou isso é que tem se preocupar muito com a instabilidade política que pode causar a este país", disse ela em referência ao juiz Sérgio Moro. A senadora também classificou a ação desta sexta como "midiática" para "tentar constranger o ex-presidente Lula". "Fazer investigações está dentro do Estado de Direito, mas quando as coisas ultrapassam o que é legal, constitucional ai o Estado de Direito está ameaçado. O que nos assistimos hoje não foi contra o Lula, foi contra a democracia", afirmou. Questionada se a ação desta sexta uniu o PT, a senadora disse que o partido estava, na verdade, "acuado, com medo de fazer o enfrentamento". "Havia muita crítica, muita desconstrução do partido, do próprio Lula". "Acho que agora o PT começa a ver o que está em jogo, que não e uma questão de investigação de corrupção –que precisa ser feita no país, mas precisa ser feita com todos. Não só contra o PT e contra o Lula. É um absurdo achar que o Lula é o grande corruptor deste país, porque ele vai em sítio de um amigo, por causa de um apartamento que ele não tem, de um pedalinho e um barquinho. E os iates, os apartamentos, as mansões que povoam a vida de políticos e grandes empresários. Isso não está em jogo?", disse.
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Militância do PT programa ato para 18 de março em defesa de LulaOs movimentos sociais ligados ao PT farão um ato no dia 18 de março em defesa do ex-presidente Lula. O ato estava inicialmente marcado para o fim do mês. O movimento de mulheres também fará uma manifestação no dia 8. A senadora Gleisi Hoffman afirmou que a militância vai para a rua para defender o ex-presidente e o legado do PT. Questionada sobre possíveis conflitos, ela afirmou que "quem tem que temer conflitos é quem causou tudo isso, a pessoa que coordenou isso é que tem se preocupar muito com a instabilidade política que pode causar a este país", disse ela em referência ao juiz Sérgio Moro. A senadora também classificou a ação desta sexta como "midiática" para "tentar constranger o ex-presidente Lula". "Fazer investigações está dentro do Estado de Direito, mas quando as coisas ultrapassam o que é legal, constitucional ai o Estado de Direito está ameaçado. O que nos assistimos hoje não foi contra o Lula, foi contra a democracia", afirmou. Questionada se a ação desta sexta uniu o PT, a senadora disse que o partido estava, na verdade, "acuado, com medo de fazer o enfrentamento". "Havia muita crítica, muita desconstrução do partido, do próprio Lula". "Acho que agora o PT começa a ver o que está em jogo, que não e uma questão de investigação de corrupção –que precisa ser feita no país, mas precisa ser feita com todos. Não só contra o PT e contra o Lula. É um absurdo achar que o Lula é o grande corruptor deste país, porque ele vai em sítio de um amigo, por causa de um apartamento que ele não tem, de um pedalinho e um barquinho. E os iates, os apartamentos, as mansões que povoam a vida de políticos e grandes empresários. Isso não está em jogo?", disse.
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Samarco vai pagar renda mensal a 11 mil pescadores e ribeirinhos
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A mineradora Samarco, dona da barragem de restos de mineração que se rompeu há quase um mês em Minas Gerais, vai pagar um salário mínimo, mais 20% por dependente, para todos os pescadores e trabalhadores ribeirinhos que dependiam do rio Doce para sobreviver. Um termo de ajuste de conduta foi assinado pela mineradora na sede do Ministério Público do Trabalho, em Belo Horizonte, na tarde de ontem. A informação foi confirmada pelo procurador do trabalho Geraldo Emediato de Souza, que conduziu a negociação junto a procuradores de Minas e do Espírito Santo. Tanto a Vale quanto a BHP, controladoras da Samarco, poderiam ter seus bens bloqueados caso não garantissem renda mínima aos ribeirinhos. "Foi um processo demorado, mas chegamos a um bom termo. As entidades sindicais ficaram satisfeitas, mas principalmente as comunidades ribeirinhas, que já vão começar a receber no dia 11", disse o procurador. "Para os pescadores e ribeirinhos, o pagamento não tem data final. Vai acontecer até que a empresa faça o levantamento completo dos prejuízos e garanta o restabelecimento das condições de trabalho dessas pessoas." Até o momento, 11 mil pessoas foram identificadas para receber a renda mensal, que também inclui uma cesta básica. Entre eles está o pescador Benilde Madeira. A reportagem ligou para Benilde e contou a novidade. O pescador chorou e agradeceu. "Muito obrigado a todos. Vai ajudar muitas pessoas que estão passando dificuldades sérias também, não só eu." O pagamento, afirma o MPT, será retroativo até 5 de novembro, data em que a tragédia ambiental teve inicio. Os trabalhadores que não tiverem sido procurados pela Samarco devem se dirigir às associações de pescadores ou agricultores da região, além de sindicatos e prefeituras e solicitar o benefício. "A empresa tem essa responsabilidade com as pessoas que perderam a renda. A responsabilidade por essa perda é dela", diz o procurador. O Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela mineradora também assegura proteção a empregados da Samarco e funcionários terceirizados, em Minas Gerais e no Espirito Santo. No total, 2.686 empregados diretos da Samarco e 2.400 terceirizados nos dois estados terão seus empregos garantidos até 1º de março de 2016, com o pagamento integral de salários. Demissões posteriores a esse prazo deverão ser negociados com os sindicatos. As negociações entre mineradora e entidades que representam os trabalhadores começam em janeiro.
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Samarco vai pagar renda mensal a 11 mil pescadores e ribeirinhosA mineradora Samarco, dona da barragem de restos de mineração que se rompeu há quase um mês em Minas Gerais, vai pagar um salário mínimo, mais 20% por dependente, para todos os pescadores e trabalhadores ribeirinhos que dependiam do rio Doce para sobreviver. Um termo de ajuste de conduta foi assinado pela mineradora na sede do Ministério Público do Trabalho, em Belo Horizonte, na tarde de ontem. A informação foi confirmada pelo procurador do trabalho Geraldo Emediato de Souza, que conduziu a negociação junto a procuradores de Minas e do Espírito Santo. Tanto a Vale quanto a BHP, controladoras da Samarco, poderiam ter seus bens bloqueados caso não garantissem renda mínima aos ribeirinhos. "Foi um processo demorado, mas chegamos a um bom termo. As entidades sindicais ficaram satisfeitas, mas principalmente as comunidades ribeirinhas, que já vão começar a receber no dia 11", disse o procurador. "Para os pescadores e ribeirinhos, o pagamento não tem data final. Vai acontecer até que a empresa faça o levantamento completo dos prejuízos e garanta o restabelecimento das condições de trabalho dessas pessoas." Até o momento, 11 mil pessoas foram identificadas para receber a renda mensal, que também inclui uma cesta básica. Entre eles está o pescador Benilde Madeira. A reportagem ligou para Benilde e contou a novidade. O pescador chorou e agradeceu. "Muito obrigado a todos. Vai ajudar muitas pessoas que estão passando dificuldades sérias também, não só eu." O pagamento, afirma o MPT, será retroativo até 5 de novembro, data em que a tragédia ambiental teve inicio. Os trabalhadores que não tiverem sido procurados pela Samarco devem se dirigir às associações de pescadores ou agricultores da região, além de sindicatos e prefeituras e solicitar o benefício. "A empresa tem essa responsabilidade com as pessoas que perderam a renda. A responsabilidade por essa perda é dela", diz o procurador. O Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela mineradora também assegura proteção a empregados da Samarco e funcionários terceirizados, em Minas Gerais e no Espirito Santo. No total, 2.686 empregados diretos da Samarco e 2.400 terceirizados nos dois estados terão seus empregos garantidos até 1º de março de 2016, com o pagamento integral de salários. Demissões posteriores a esse prazo deverão ser negociados com os sindicatos. As negociações entre mineradora e entidades que representam os trabalhadores começam em janeiro.
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Criadores comemoram a liberação da vaquejada e dizem que 'céu é o limite'
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Com chapéu de vaqueiro na cabeça, o presidente do Congresso nacional Eunício Oliveira (PMDB) promulgou nesta terça-feira (6) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que regulariza a realização de vaquejadas no país. No mesmo dia, um grupo de 45 conselheiros da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha decidiram, por unanimidade, que irá "até as últimas consequências" na batalha judicial para legalizar e regulamentar a prática. "Decidimos que o céu é o limite na defesa desse esporte que mobiliza milhares de pessoas em todo o país. Não vamos nos render", afirma Régis Frati, membro do conselho da associação que reúne criadores. A promulgação da lei foi comemorada pelos empresários, que veem uma maior segurança jurídica para a realização das vaquejadas. No ano passado, uma série de eventos foram cancelados a partir de decisões judicias tomadas com base na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que considerou inconstitucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada. A expectativa é que a PEC seja contestada por entidades de defesa dos animais e a discussão chegue, mais uma vez, ao STF. Tradição que surgiu no interior do nordeste, a vaquejada costuma movimentar cidades como Serrinha (BA), Caruaru (PE) e Lagarto (SE), em eventos que reúnem milhares de pessoas. A prática consiste numa corrida entre dois vaqueiros montados a cavalo que têm o objetivo perseguir e derrubar um boi, puxando-o pela cauda numa pista de areia com cem metros de comprimento. AQUELE 1% Organizador da Vaquejada de Serrinha (BA), que chega a reunir 80 mil pessoas, o empresário Carlinhos Serra comemorou a aprovação da PEC e defendeu a regulamentação da prática como forma de evitar maus-tratos aos animais. "Defendo até que quem não tem estrutura para garantir uma condição boa para o animal seja proibido de fazer vaquejada", afirma. Ele ainda afirma que a discussão no STF e no Congresso serviu como uma divulgação das vaquejadas, que não eram ainda tão conhecidas fora do Nordeste. Segundo ele, a maioria da população é favorável à prática, que sofreria objeção apenas dos ativistas ambientais. "Todo mundo gosta da vaquejada, é um programa para as famílias. Só quem é contra é aquele 1% que não come carne nem bebe leite", afirma. Vaquejada - O que é Uma corrida entre dois vaqueiros montados a cavalo que tem como objetivo perseguir e derrubar um boi puxando-o pela cauda. É mais popular no Nordeste do país, mas também acontece em outros Estados COMO ERA Prática não tinha nenhuma regulamentação. Em out.2016, o STF considerou inconstitucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada, invocando o artigo 225 da Constituição, que veda crueldade com animais COMO FICA O Congresso incluiu na Constituição que esportes com animais que sejam registrados como patrimônio cultural imaterial não são cruéis. Em nov.2016, Temer sancionou lei que torna o rodeio e a vaquejada patrimônios imateriais O QUE AINDA FALTA A prática deve ser regulamentada por lei específica que assegure o bem-estar dos animais O QUE PODE ACONTECER Deputados afinados com entidades de defesa dos animais querem contestar a PEC no STF, que já decidiu pelo entendimento de que a vaquejada é uma prática cruel. A Corte pode manter ou mudar sua posição -
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cotidiano
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Criadores comemoram a liberação da vaquejada e dizem que 'céu é o limite'Com chapéu de vaqueiro na cabeça, o presidente do Congresso nacional Eunício Oliveira (PMDB) promulgou nesta terça-feira (6) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que regulariza a realização de vaquejadas no país. No mesmo dia, um grupo de 45 conselheiros da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha decidiram, por unanimidade, que irá "até as últimas consequências" na batalha judicial para legalizar e regulamentar a prática. "Decidimos que o céu é o limite na defesa desse esporte que mobiliza milhares de pessoas em todo o país. Não vamos nos render", afirma Régis Frati, membro do conselho da associação que reúne criadores. A promulgação da lei foi comemorada pelos empresários, que veem uma maior segurança jurídica para a realização das vaquejadas. No ano passado, uma série de eventos foram cancelados a partir de decisões judicias tomadas com base na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que considerou inconstitucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada. A expectativa é que a PEC seja contestada por entidades de defesa dos animais e a discussão chegue, mais uma vez, ao STF. Tradição que surgiu no interior do nordeste, a vaquejada costuma movimentar cidades como Serrinha (BA), Caruaru (PE) e Lagarto (SE), em eventos que reúnem milhares de pessoas. A prática consiste numa corrida entre dois vaqueiros montados a cavalo que têm o objetivo perseguir e derrubar um boi, puxando-o pela cauda numa pista de areia com cem metros de comprimento. AQUELE 1% Organizador da Vaquejada de Serrinha (BA), que chega a reunir 80 mil pessoas, o empresário Carlinhos Serra comemorou a aprovação da PEC e defendeu a regulamentação da prática como forma de evitar maus-tratos aos animais. "Defendo até que quem não tem estrutura para garantir uma condição boa para o animal seja proibido de fazer vaquejada", afirma. Ele ainda afirma que a discussão no STF e no Congresso serviu como uma divulgação das vaquejadas, que não eram ainda tão conhecidas fora do Nordeste. Segundo ele, a maioria da população é favorável à prática, que sofreria objeção apenas dos ativistas ambientais. "Todo mundo gosta da vaquejada, é um programa para as famílias. Só quem é contra é aquele 1% que não come carne nem bebe leite", afirma. Vaquejada - O que é Uma corrida entre dois vaqueiros montados a cavalo que tem como objetivo perseguir e derrubar um boi puxando-o pela cauda. É mais popular no Nordeste do país, mas também acontece em outros Estados COMO ERA Prática não tinha nenhuma regulamentação. Em out.2016, o STF considerou inconstitucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada, invocando o artigo 225 da Constituição, que veda crueldade com animais COMO FICA O Congresso incluiu na Constituição que esportes com animais que sejam registrados como patrimônio cultural imaterial não são cruéis. Em nov.2016, Temer sancionou lei que torna o rodeio e a vaquejada patrimônios imateriais O QUE AINDA FALTA A prática deve ser regulamentada por lei específica que assegure o bem-estar dos animais O QUE PODE ACONTECER Deputados afinados com entidades de defesa dos animais querem contestar a PEC no STF, que já decidiu pelo entendimento de que a vaquejada é uma prática cruel. A Corte pode manter ou mudar sua posição -
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Federação busca parceiros para o Campeonato Paulista feminino
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"Falta apoio da federação paulista. Ela quer apoiar, mas ao mesmo tempo não quer. O dia em que a prefeitura parar de apoiar, essas equipes vão acabar", diz Arismar Costa, coordenador do futebol feminino do Taubaté. Seu filho, Arismar Júnior, é o treinador do time do interior paulista. Nas equipes femininas de São Paulo, repetem-se as críticas à falta de apoio da FPF (Federação Paulista de Futebol) e, ao mesmo tempo, o otimismo com a criação do departamento feminino da entidade, em julho deste ano. A coordenadora escolhida pela gestão de Reinaldo Carneiro Bastos foi Aline Pellegrino, ex-capitã da seleção brasileira. À Folha, dirigentes dos clubes reclamaram da ausência de suporte financeiro, alegando que os times masculinos das várias divisões do Paulista recebem cotas de televisão, e da falta de empenho da entidade em divulgar as competições. "A federação precisa estudar uma maneira de promover o campeonato melhor. Precisa realizar um campeonato mais forte. Não adianta os times se estruturarem e não terem o apoio necessário", diz Douglas Onça, coordenador da Ferroviária. O Paulista feminino não cobra ingressos, pois a competição é amadora e a FPF diz querer "estimular os torcedores a ir aos estádios". Por outro lado, como não há receita com bilheteria ou patrocinadores, não há premiação em dinheiro para a equipe campeã -o Paulista masculino de 2016 pagou R$ 4 milhões ao Santos, vencedor do torneio, e R$ 1,5 milhão ao vice, o Audax. Segundo a FPF, Pellegrino tem recebido dirigentes e atletas para colher informações, identificar dificuldades e a necessidade de melhorias. O departamento busca parceiros para injetar dinheiro na competição. "Com a criação do novo departamento e a chegada da Aline Pellegrino, a federação vai concentrar esforços na prospecção de novos parceiros, investidores e patrocinadores. A federação trabalha para tornar a competição mais atraente para clubes e torcedores, aumentando visibilidade e retorno financeiro", explica à Folha a FPF. "A criação do departamento abre a oportunidade para um novo momento do futebol feminino, com a elaboração de categorias de base. Vamos organizar um campeonato de base para formar novas atletas, fazer com que as atletas possam disputar mais competições e que tenham um calendário mais amplo", acrescenta Pellegrino, adiantando um de seus projetos.
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Federação busca parceiros para o Campeonato Paulista feminino"Falta apoio da federação paulista. Ela quer apoiar, mas ao mesmo tempo não quer. O dia em que a prefeitura parar de apoiar, essas equipes vão acabar", diz Arismar Costa, coordenador do futebol feminino do Taubaté. Seu filho, Arismar Júnior, é o treinador do time do interior paulista. Nas equipes femininas de São Paulo, repetem-se as críticas à falta de apoio da FPF (Federação Paulista de Futebol) e, ao mesmo tempo, o otimismo com a criação do departamento feminino da entidade, em julho deste ano. A coordenadora escolhida pela gestão de Reinaldo Carneiro Bastos foi Aline Pellegrino, ex-capitã da seleção brasileira. À Folha, dirigentes dos clubes reclamaram da ausência de suporte financeiro, alegando que os times masculinos das várias divisões do Paulista recebem cotas de televisão, e da falta de empenho da entidade em divulgar as competições. "A federação precisa estudar uma maneira de promover o campeonato melhor. Precisa realizar um campeonato mais forte. Não adianta os times se estruturarem e não terem o apoio necessário", diz Douglas Onça, coordenador da Ferroviária. O Paulista feminino não cobra ingressos, pois a competição é amadora e a FPF diz querer "estimular os torcedores a ir aos estádios". Por outro lado, como não há receita com bilheteria ou patrocinadores, não há premiação em dinheiro para a equipe campeã -o Paulista masculino de 2016 pagou R$ 4 milhões ao Santos, vencedor do torneio, e R$ 1,5 milhão ao vice, o Audax. Segundo a FPF, Pellegrino tem recebido dirigentes e atletas para colher informações, identificar dificuldades e a necessidade de melhorias. O departamento busca parceiros para injetar dinheiro na competição. "Com a criação do novo departamento e a chegada da Aline Pellegrino, a federação vai concentrar esforços na prospecção de novos parceiros, investidores e patrocinadores. A federação trabalha para tornar a competição mais atraente para clubes e torcedores, aumentando visibilidade e retorno financeiro", explica à Folha a FPF. "A criação do departamento abre a oportunidade para um novo momento do futebol feminino, com a elaboração de categorias de base. Vamos organizar um campeonato de base para formar novas atletas, fazer com que as atletas possam disputar mais competições e que tenham um calendário mais amplo", acrescenta Pellegrino, adiantando um de seus projetos.
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Remuneração cai, e superar inflação com aplicação em DI fica mais difícil
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Superar a inflação, o objetivo principal de investidores, pode ser mais difícil que o simples retirar o dinheiro da poupança e colocar em alguma outra aplicação de renda fixa. A remuneração dos mais conhecidos produtos (CDB, LCA e LCI) está encolhendo e deixa o poupador mais exposto aos riscos da alta de preços da economia do que ele imagina. É o que mostra o estudo feito por José Roniel Oliveira Santos, especialista em engenharia financeira pela FIA, e orientado pelo professor e coordenador de cursos da FIA Marcos Piellusch. A pesquisa compara a taxa de juros desses investimentos com a inflação de 1995 a 2015 e indica qual o rendimento deveria ser contratado para garantir ganho real com 95% de certeza. Por essa conta, os investimentos contratados hoje precisariam oferecer remuneração de 99% do CDI (a taxa de juros cobrada entre os bancos, hoje em 14,13% ao ano) em LCA e LCI, isentos de Imposto de Renda. Nos CDBs, de 117% a 128%, devido a cobrança de IR. "O que a gente vê é que a remuneração oferecida hoje não seria suficiente para dar toda essa segurança que o investidor acredita ter", afirma Piellusch. A redução na oferta de crédito, trazida pela crise econômica, diminuiu também a remuneração oferecida pelos bancos nos investimento. Isso ocorre porque as instituições não precisam captar dinheiro se não planejam emprestá-lo. A taxa cai, e o valor de aplicação exigido pelos bancos sobe. Quem planeja colocar o dinheiro em uma LCI nos grandes bancos precisa desembolsar, geralmente, R$ 30 mil e não vai encontrar o produto no internet banking: precisará pedir ao gerente da conta. Já as LCAs estão restritas a clientes do segmento private (altíssima renda). A Caixa, por exemplo, pede investimento de R$ 5 milhões e remunera a aplicação em até 92% do CDI. Marcos Figueiredo, superintendente de produtos para pessoa física do Santander, diz que a remuneração oferecida pelo banco está adequada ao cenário. "O mais rentável não necessariamente é o melhor. O importante é os clientes terem as suas reservas bem alocadas, com possibilidade de resgate, antes de buscar rendimento melhor", diz. Nas corretoras, é possível encontrar oferta de títulos de bancos médios com remunerações mais atrativas. Existem algumas exceções, mas a maior oferta de investimentos é para quem tem R$ 30 mil e não precisará do dinheiro até o vencimento. CDB - CONFIANÇA Piellusch explica que, ultrapassada a análise matemática, a confiança de que o investimento terá ganho real depende da confiança do poupador na política monetária: a principal função do Banco Central é manter a inflação controlada por meio da taxa básica de juros da economia. Acreditar que a remuneração do investimento será maior que a inflação nada mais é que esperar que a autoridade monetária será ágil em subir juros ao menor sinal de aumento de preços. "Em geral, o CDI em um ano fechado ganha da inflação", diz Michael Viriato, professor do Insper. No entanto, ele reforça que o investidor sempre correrá o risco de ver a inflação subir sem que os juros acompanhem. Na prática, o melhor instrumento para proteger o dinheiro da inflação é atrelar a remuneração ao índice de preços da economia (o IPCA). O investidor contrata a variação da inflação e mais um ganho real prefixado. Esse tipo de investimento, no entanto, sofre a chamada marcação a mercado. Se o poupador precisar retirar o dinheiro da aplicação antes do vencimento, poderá perder parte do valor se a taxa de juros subir. Se ficar no investimento até o vencimento, o ganho é o contratado. "As pessoas investem em títulos atrelados ao CDI porque, como não sofrem marcação a mercado, trazem a sensação de que não há perda", diz Viriato.
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Remuneração cai, e superar inflação com aplicação em DI fica mais difícilSuperar a inflação, o objetivo principal de investidores, pode ser mais difícil que o simples retirar o dinheiro da poupança e colocar em alguma outra aplicação de renda fixa. A remuneração dos mais conhecidos produtos (CDB, LCA e LCI) está encolhendo e deixa o poupador mais exposto aos riscos da alta de preços da economia do que ele imagina. É o que mostra o estudo feito por José Roniel Oliveira Santos, especialista em engenharia financeira pela FIA, e orientado pelo professor e coordenador de cursos da FIA Marcos Piellusch. A pesquisa compara a taxa de juros desses investimentos com a inflação de 1995 a 2015 e indica qual o rendimento deveria ser contratado para garantir ganho real com 95% de certeza. Por essa conta, os investimentos contratados hoje precisariam oferecer remuneração de 99% do CDI (a taxa de juros cobrada entre os bancos, hoje em 14,13% ao ano) em LCA e LCI, isentos de Imposto de Renda. Nos CDBs, de 117% a 128%, devido a cobrança de IR. "O que a gente vê é que a remuneração oferecida hoje não seria suficiente para dar toda essa segurança que o investidor acredita ter", afirma Piellusch. A redução na oferta de crédito, trazida pela crise econômica, diminuiu também a remuneração oferecida pelos bancos nos investimento. Isso ocorre porque as instituições não precisam captar dinheiro se não planejam emprestá-lo. A taxa cai, e o valor de aplicação exigido pelos bancos sobe. Quem planeja colocar o dinheiro em uma LCI nos grandes bancos precisa desembolsar, geralmente, R$ 30 mil e não vai encontrar o produto no internet banking: precisará pedir ao gerente da conta. Já as LCAs estão restritas a clientes do segmento private (altíssima renda). A Caixa, por exemplo, pede investimento de R$ 5 milhões e remunera a aplicação em até 92% do CDI. Marcos Figueiredo, superintendente de produtos para pessoa física do Santander, diz que a remuneração oferecida pelo banco está adequada ao cenário. "O mais rentável não necessariamente é o melhor. O importante é os clientes terem as suas reservas bem alocadas, com possibilidade de resgate, antes de buscar rendimento melhor", diz. Nas corretoras, é possível encontrar oferta de títulos de bancos médios com remunerações mais atrativas. Existem algumas exceções, mas a maior oferta de investimentos é para quem tem R$ 30 mil e não precisará do dinheiro até o vencimento. CDB - CONFIANÇA Piellusch explica que, ultrapassada a análise matemática, a confiança de que o investimento terá ganho real depende da confiança do poupador na política monetária: a principal função do Banco Central é manter a inflação controlada por meio da taxa básica de juros da economia. Acreditar que a remuneração do investimento será maior que a inflação nada mais é que esperar que a autoridade monetária será ágil em subir juros ao menor sinal de aumento de preços. "Em geral, o CDI em um ano fechado ganha da inflação", diz Michael Viriato, professor do Insper. No entanto, ele reforça que o investidor sempre correrá o risco de ver a inflação subir sem que os juros acompanhem. Na prática, o melhor instrumento para proteger o dinheiro da inflação é atrelar a remuneração ao índice de preços da economia (o IPCA). O investidor contrata a variação da inflação e mais um ganho real prefixado. Esse tipo de investimento, no entanto, sofre a chamada marcação a mercado. Se o poupador precisar retirar o dinheiro da aplicação antes do vencimento, poderá perder parte do valor se a taxa de juros subir. Se ficar no investimento até o vencimento, o ganho é o contratado. "As pessoas investem em títulos atrelados ao CDI porque, como não sofrem marcação a mercado, trazem a sensação de que não há perda", diz Viriato.
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Walmart abre lojas e investe R$ 300 mi no Nordeste
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Após quase um ano e meio sem abrir lojas no país, o Walmart, maior varejista do mundo e terceira maior rede de supermercados do Brasil, inaugurou um hipermercado em Recife (PE) e deve abrir mais três unidades no Nordeste até dezembro. O total de investimentos previstos para a região é de R$ 300 milhões, incluindo recursos para as novas lojas, reforma das já existentes e a integração de sistemas no país. O plano de reestruturação na rede começou no ano passado e 164 lojas tiveram suas operações e sistemas integrados até o mês passado. Outras cem deverão ser unificadas até o ano que vem, encerrando o processo no grupo. Há dois anos, a rede fechou 25 unidades, demitiu funcionários e abriu outras 22 unidades. Desde então, a companhia se concentrou em cortar gastos e buscar eficiência na logística, compras e unificação das operações das lojas. "Com o cenário econômico mais adverso, vamos mostrar ao consumidor que ele consegue manter o poder de compra e encontrar preço baixo todo dia nas lojas", diz Adriana Muratore, vice-presidente comercial, de marketing e reabastecimento do Walmart Brasil, ao se referir à nova campanha do grupo, cujo mote é "vem que dá". Segundo a vice-presidente do grupo, o preço baixo todo dia é um modelo de negócios que fez o Walmart se tornar líder global do mercado de varejo e não somente um slogan. "O preço baixo todo dia não se refere apenas à redução de preços dos produtos, mas envolve toda a operação da empresa, desde a definição do sortimento de produtos nas lojas até a maneira de atender e expor os produtos nas gôndolas. Com esse modelo, os clientes têm uma cesta de compras mais barata sempre e não poucos itens em promoções pontuais válidas por apenas um dia", explica Muratore. A partir desta sexta-feira, a campanha de marketing será veiculada para reforçar o preço baixo e a idéia de que é possível economizar e garantir o poder de compra. Clientes reais serão os protagonistas da campanha que será exibida em Tvs, rádios e jornais, além das ações que serão feitas nas lojas. Eles foram ouvidos em uma pesquisa feita em todas as regiões do país para que o grupo conseguisse identificar como poderia ajudar a "fechar a conta no final do mês", explica a executiva. Com 544 lojas no Brasil, o Walmart atua com nove marcas (bandeiras) entre hipermercados (Walmart, Hiper Bompreço e BIG), supermercados (Bompreço, Nacional e Mercadorama), atacado (Maxxi), clube de compras (Sam's Club) e lojas de vizinhança (TodoDia). No primeiro trimestre deste ano, as vendas do grupo cresceram 3,1% na comparação a igual período de 2014, considerando o critério mesmas lojas. No ano passado, o faturamento da empresa no Brasil foi de R$ 29,6 bilhões, cerca de 4% acima do resultado do ano de 2013. "Os formatos Sam's Club e Maxxi superaram o crescimento do mercado de varejo, com aumentos de dois dígitos nas vendas. O Brasil continua a investir em preço em um esforço para melhorar as vendas", disse David Cheesewright, presidente mundial do grupo, na ocasião da divulgação de resultados deste ano.
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Walmart abre lojas e investe R$ 300 mi no NordesteApós quase um ano e meio sem abrir lojas no país, o Walmart, maior varejista do mundo e terceira maior rede de supermercados do Brasil, inaugurou um hipermercado em Recife (PE) e deve abrir mais três unidades no Nordeste até dezembro. O total de investimentos previstos para a região é de R$ 300 milhões, incluindo recursos para as novas lojas, reforma das já existentes e a integração de sistemas no país. O plano de reestruturação na rede começou no ano passado e 164 lojas tiveram suas operações e sistemas integrados até o mês passado. Outras cem deverão ser unificadas até o ano que vem, encerrando o processo no grupo. Há dois anos, a rede fechou 25 unidades, demitiu funcionários e abriu outras 22 unidades. Desde então, a companhia se concentrou em cortar gastos e buscar eficiência na logística, compras e unificação das operações das lojas. "Com o cenário econômico mais adverso, vamos mostrar ao consumidor que ele consegue manter o poder de compra e encontrar preço baixo todo dia nas lojas", diz Adriana Muratore, vice-presidente comercial, de marketing e reabastecimento do Walmart Brasil, ao se referir à nova campanha do grupo, cujo mote é "vem que dá". Segundo a vice-presidente do grupo, o preço baixo todo dia é um modelo de negócios que fez o Walmart se tornar líder global do mercado de varejo e não somente um slogan. "O preço baixo todo dia não se refere apenas à redução de preços dos produtos, mas envolve toda a operação da empresa, desde a definição do sortimento de produtos nas lojas até a maneira de atender e expor os produtos nas gôndolas. Com esse modelo, os clientes têm uma cesta de compras mais barata sempre e não poucos itens em promoções pontuais válidas por apenas um dia", explica Muratore. A partir desta sexta-feira, a campanha de marketing será veiculada para reforçar o preço baixo e a idéia de que é possível economizar e garantir o poder de compra. Clientes reais serão os protagonistas da campanha que será exibida em Tvs, rádios e jornais, além das ações que serão feitas nas lojas. Eles foram ouvidos em uma pesquisa feita em todas as regiões do país para que o grupo conseguisse identificar como poderia ajudar a "fechar a conta no final do mês", explica a executiva. Com 544 lojas no Brasil, o Walmart atua com nove marcas (bandeiras) entre hipermercados (Walmart, Hiper Bompreço e BIG), supermercados (Bompreço, Nacional e Mercadorama), atacado (Maxxi), clube de compras (Sam's Club) e lojas de vizinhança (TodoDia). No primeiro trimestre deste ano, as vendas do grupo cresceram 3,1% na comparação a igual período de 2014, considerando o critério mesmas lojas. No ano passado, o faturamento da empresa no Brasil foi de R$ 29,6 bilhões, cerca de 4% acima do resultado do ano de 2013. "Os formatos Sam's Club e Maxxi superaram o crescimento do mercado de varejo, com aumentos de dois dígitos nas vendas. O Brasil continua a investir em preço em um esforço para melhorar as vendas", disse David Cheesewright, presidente mundial do grupo, na ocasião da divulgação de resultados deste ano.
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Senadores do PT reclamam com Berzoini sobre espaço na reforma ministerial
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Insatisfeita com as negociações que o governo tem travado com partidos da base aliada, principalmente com o PMDB, na definição da reforma ministerial, a bancada do PT no Senado convocou o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) para uma reunião na noite desta segunda-feira (28) para que ele esclarecesse como o Planalto irá abrigar o partido ao final das negociações. O ministro, por sua vez, pediu "compreensão". "Queríamos saber exatamente a quantas andam tanto a reforma ministerial, quanto a reforma administrativa e esse novo pacote de medidas cujo objetivo é obter o equilíbrio fiscal. E também dizer um pouco da nossa avaliação sobre qual deve ser o provável tratamento que será dado a esses temas", afirmou o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE). De acordo com ele, os petistas demonstraram preocupação com o fato de que o partido perderá pastas importantes, como os ministérios da Saúde, comandado por Arthur Chioro, e das Comunicações, que tem à frente o próprio Berzoini. Outra reclamação é com a possível fusão de ministérios temáticos - Igualdade Racial, Direitos Humanos, e Políticas para as Mulheres - em uma única pasta, o ministério da Cidadania. A pasta da Saúde foi oferecida pelo Planalto para o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que indicou o nome do Manoel Júnior (PB) para ocupar a vaga. Já Comunicações está sendo negociado com o PDT. No xadrez ministerial, Berzoini deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência, com a atribuição de comandar a articulação política do governo, papel que tem desempenhado nas negociações ministeriais. Apesar das críticas feitas, Costa minimizou a perda de espaço do PT na reforma ministerial. "Obviamente que nenhum de nós vai ficar satisfeito ao final se alguns ministérios estratégicos, como a Saúde, mudarem de mãos. Porém, entendemos que o momento agora é de construir a governabilidade. Fizemos ali um apelo no sentido de que se pudesse tentar outras alternativas, mas se não for possível vai caber o entendimento da nossa parte", disse Costa. Questionado sobre quais alternativas poderiam agradar à bancada, o senador afirmou apenas que qualquer decisão cabe à presidente Dilma Rousseff, que retorna ao Brasil na madrugada desta terça-feira (29) após ter participado da reunião da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nos Estados Unidos. "Aí é o governo que tem que encontrar [uma saída]. Apenas revelamos nossa preocupação com algumas mudanças. A extinção de alguns ministérios temáticos, a fusão em torno de um ministério só, fazendo com que algumas políticas fiquem agrupadas agora dentro do mesmo ministério. Sempre haverá alguem que vai discordar e se for essa a lógica que vai prevalecer, não haverá reforma nenhuma. Já estamos preparados para saber que poderemos perder alguma coisa", afirmou. Diante das reclamações, Berzoini afirmou que é preciso ter "compreensão em momentos como esse". "Na política todo mundo quer não só manter seus espaços, mas ampliá-los –mas, evidentemente, quando se tem o processo de reestruturação, todos precisamos ter compreensão que o melhor desenho é aquele que contemple uma base parlamentar sólida e coesa e ao mesmo tempo um bom desempenho na gestão dos ministérios", disse. Ao chegar ao Senado, antes de entrar na reunião, Berzoini afirmou que o PT "se sente muito bem representado no governo pela liderança, que é a maior do país, que é a presidente Dilma Rousseff". "Então, vamos ter tofas as condições de estruturar a presença do partido no governo de acordo com a correlação de forças nacionais e de acordo, principalmente, com os interesses maiores do país", disse.
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poder
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Senadores do PT reclamam com Berzoini sobre espaço na reforma ministerialInsatisfeita com as negociações que o governo tem travado com partidos da base aliada, principalmente com o PMDB, na definição da reforma ministerial, a bancada do PT no Senado convocou o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) para uma reunião na noite desta segunda-feira (28) para que ele esclarecesse como o Planalto irá abrigar o partido ao final das negociações. O ministro, por sua vez, pediu "compreensão". "Queríamos saber exatamente a quantas andam tanto a reforma ministerial, quanto a reforma administrativa e esse novo pacote de medidas cujo objetivo é obter o equilíbrio fiscal. E também dizer um pouco da nossa avaliação sobre qual deve ser o provável tratamento que será dado a esses temas", afirmou o líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE). De acordo com ele, os petistas demonstraram preocupação com o fato de que o partido perderá pastas importantes, como os ministérios da Saúde, comandado por Arthur Chioro, e das Comunicações, que tem à frente o próprio Berzoini. Outra reclamação é com a possível fusão de ministérios temáticos - Igualdade Racial, Direitos Humanos, e Políticas para as Mulheres - em uma única pasta, o ministério da Cidadania. A pasta da Saúde foi oferecida pelo Planalto para o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que indicou o nome do Manoel Júnior (PB) para ocupar a vaga. Já Comunicações está sendo negociado com o PDT. No xadrez ministerial, Berzoini deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência, com a atribuição de comandar a articulação política do governo, papel que tem desempenhado nas negociações ministeriais. Apesar das críticas feitas, Costa minimizou a perda de espaço do PT na reforma ministerial. "Obviamente que nenhum de nós vai ficar satisfeito ao final se alguns ministérios estratégicos, como a Saúde, mudarem de mãos. Porém, entendemos que o momento agora é de construir a governabilidade. Fizemos ali um apelo no sentido de que se pudesse tentar outras alternativas, mas se não for possível vai caber o entendimento da nossa parte", disse Costa. Questionado sobre quais alternativas poderiam agradar à bancada, o senador afirmou apenas que qualquer decisão cabe à presidente Dilma Rousseff, que retorna ao Brasil na madrugada desta terça-feira (29) após ter participado da reunião da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nos Estados Unidos. "Aí é o governo que tem que encontrar [uma saída]. Apenas revelamos nossa preocupação com algumas mudanças. A extinção de alguns ministérios temáticos, a fusão em torno de um ministério só, fazendo com que algumas políticas fiquem agrupadas agora dentro do mesmo ministério. Sempre haverá alguem que vai discordar e se for essa a lógica que vai prevalecer, não haverá reforma nenhuma. Já estamos preparados para saber que poderemos perder alguma coisa", afirmou. Diante das reclamações, Berzoini afirmou que é preciso ter "compreensão em momentos como esse". "Na política todo mundo quer não só manter seus espaços, mas ampliá-los –mas, evidentemente, quando se tem o processo de reestruturação, todos precisamos ter compreensão que o melhor desenho é aquele que contemple uma base parlamentar sólida e coesa e ao mesmo tempo um bom desempenho na gestão dos ministérios", disse. Ao chegar ao Senado, antes de entrar na reunião, Berzoini afirmou que o PT "se sente muito bem representado no governo pela liderança, que é a maior do país, que é a presidente Dilma Rousseff". "Então, vamos ter tofas as condições de estruturar a presença do partido no governo de acordo com a correlação de forças nacionais e de acordo, principalmente, com os interesses maiores do país", disse.
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Tite levanta a voz e se irrita com pergunta sobre prejudicar o São Paulo
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O técnico do Corinthians, Tite, ficou irritado ao ser questionado, após o empate por 0 a 0 contra o San Lorenzo, na quinta-feira (16), no Itaquerão, sobre a chance de seu time provocar a eliminação do São Paulo da Copa Libertadores da América. Praticamente gritando, o treinador afirmou ter orgulho de sua carreira e que a diretoria do clube alvinegro tem dignidade. "É de uma baixaria que não serve para mim. Para mim, não serve. Esse tipo de ilação não serve. Tenho muito respeito a pessoas e instituições e tenho certeza que o torcedor do Corinthians tem orgulho de quem comanda. Olho para trás e tenho muito orgulho da minha carreira", disse. "Fui treinador de time de fábrica onde nasci. Olho para trás na minha carreira e tenho muito orgulho. O Corinthians é centenário e as pessoas que comandam têm toda uma dignidade por trás", completou o treinador. O empate com o San Lorenzo classificou o Corinthians para as oitavas de final da Libertadores e deixou o São Paulo com a necessidade de derrotar o arquirrival, no clássico da próxima quarta-feira (22), para avançar no torneio sem depender do resultado da equipe argentina contra o Danubio.
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esporte
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Tite levanta a voz e se irrita com pergunta sobre prejudicar o São PauloO técnico do Corinthians, Tite, ficou irritado ao ser questionado, após o empate por 0 a 0 contra o San Lorenzo, na quinta-feira (16), no Itaquerão, sobre a chance de seu time provocar a eliminação do São Paulo da Copa Libertadores da América. Praticamente gritando, o treinador afirmou ter orgulho de sua carreira e que a diretoria do clube alvinegro tem dignidade. "É de uma baixaria que não serve para mim. Para mim, não serve. Esse tipo de ilação não serve. Tenho muito respeito a pessoas e instituições e tenho certeza que o torcedor do Corinthians tem orgulho de quem comanda. Olho para trás e tenho muito orgulho da minha carreira", disse. "Fui treinador de time de fábrica onde nasci. Olho para trás na minha carreira e tenho muito orgulho. O Corinthians é centenário e as pessoas que comandam têm toda uma dignidade por trás", completou o treinador. O empate com o San Lorenzo classificou o Corinthians para as oitavas de final da Libertadores e deixou o São Paulo com a necessidade de derrotar o arquirrival, no clássico da próxima quarta-feira (22), para avançar no torneio sem depender do resultado da equipe argentina contra o Danubio.
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Fraude escancarada
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Depois de sete meses e 19 dias, veio à luz, enfim, o relatório que pede a cassação de Eduardo Cunha. O parecer do deputado Marcos Rogério é categórico. Em resumo, ele afirma que o correntista suíço praticou fraudes escancaradas para esconder suas contas na Suíça. O relator desmontou a ladainha segundo a qual as contas não seriam contas. Na defesa, Cunha se apresentou como mero "usufrutuário em vida" de ativos administrados por um trust. Questionado sobre a origem do dinheiro, disse ter acumulado fortuna como exportador de carne moída. "Os trusts instituídos pelo deputado Eduardo Cunha representaram, na verdade, instrumentos para tornar viável a prática de fraudes: uma escancarada tentativa de dissimular a existência de bens (...) para esconder os frutos do recebimento de propinas", afirma o parecer. O texto enumera provas da fraude. O deputado contratou um advogado suíço para tentar desbloquear as contas; o nome da mãe dele aparece como senha para mexer no dinheiro; os gastos nos cartões da família são "completamente incompatíveis" com a renda declarada. O parecer termina com uma descrição das práticas de Cunha: "O representado desvirtuou o uso do cargo de deputado federal, utilizando-o com o propósito de achacar particulares, criando dificuldades para, posteriormente, vender facilidades". Mesmo afastado do cargo pelo Supremo, o dono da Jesus.com continua a atuar ostensivamente para obstruir o processo. Já derrubou um relator, atacou o presidente do Conselho de Ética e patrocinou a troca de integrantes do colegiado. Agora sua tropa tenta substituir a cassação por uma pena mais branda, como a suspensão temporária do mandato. Para se salvar, o correntista suíço aposta no apoio do governo de Michel Temer, aquele que promete não atrapalhar a Lava Jato. Na terça-feira, Cunha recebeu uma visita do ministro Geddel Vieira Lima, que despacha no quarto andar do Planalto.
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colunas
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Fraude escancaradaDepois de sete meses e 19 dias, veio à luz, enfim, o relatório que pede a cassação de Eduardo Cunha. O parecer do deputado Marcos Rogério é categórico. Em resumo, ele afirma que o correntista suíço praticou fraudes escancaradas para esconder suas contas na Suíça. O relator desmontou a ladainha segundo a qual as contas não seriam contas. Na defesa, Cunha se apresentou como mero "usufrutuário em vida" de ativos administrados por um trust. Questionado sobre a origem do dinheiro, disse ter acumulado fortuna como exportador de carne moída. "Os trusts instituídos pelo deputado Eduardo Cunha representaram, na verdade, instrumentos para tornar viável a prática de fraudes: uma escancarada tentativa de dissimular a existência de bens (...) para esconder os frutos do recebimento de propinas", afirma o parecer. O texto enumera provas da fraude. O deputado contratou um advogado suíço para tentar desbloquear as contas; o nome da mãe dele aparece como senha para mexer no dinheiro; os gastos nos cartões da família são "completamente incompatíveis" com a renda declarada. O parecer termina com uma descrição das práticas de Cunha: "O representado desvirtuou o uso do cargo de deputado federal, utilizando-o com o propósito de achacar particulares, criando dificuldades para, posteriormente, vender facilidades". Mesmo afastado do cargo pelo Supremo, o dono da Jesus.com continua a atuar ostensivamente para obstruir o processo. Já derrubou um relator, atacou o presidente do Conselho de Ética e patrocinou a troca de integrantes do colegiado. Agora sua tropa tenta substituir a cassação por uma pena mais branda, como a suspensão temporária do mandato. Para se salvar, o correntista suíço aposta no apoio do governo de Michel Temer, aquele que promete não atrapalhar a Lava Jato. Na terça-feira, Cunha recebeu uma visita do ministro Geddel Vieira Lima, que despacha no quarto andar do Planalto.
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Decisão sobre meta fiscal sai nesta semana, diz ministro da Casa Civil
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O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta segunda-feira (19) que o governo federal decidirá até o final da semana sobre a alteração da meta fiscal para este ano. Com a possibilidade de cenário de déficit neste ano, a equipe econômica discute atualmente a redução da meta fiscal ou a possibilidade de mudar a contabilidade para ampliar o valor do abatimento do investimento. A chamada junta orçamentária do governo federal deve se reunir com a presidente para definir uma posição quando ela retornar de viagem ao exterior, na próxima quarta-feira (21). "Terá de sair uma mensagem neste sentido até o final desta semana", disse o ministro da Casa Civil. A dificuldade de resolver a questão da meta fiscal tem causado dor de cabeça no Palácio do Planalto. Primeiro, o governo federal precisa aprovar a redução anunciada de 1,1% para 0,15% do PIB, patamar considerado irrealista. Se a presidente não cumprir sua meta fiscal neste ano ficará sujeita a novos problemas com o TCU (Tribunal de Contas da União) pelo não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Wagner se reuniu nesta segunda-feira (19) com o vice-presidente Michel Temer. O ministro disse que o objetivo da reunião foi pedir ajuda ao peemedebista para acelerar medidas econômicas do governo federal no Congresso Nacional. O petista destacou a necessidade de votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados da DRU (Desvinculação de Receitas da União). A tendência é de que nesta terça-feira (20) o relator da proposta apresente parecer sobre a prorrogação até 2023 do mecanismo que lhe dá maior liberdade no manejo orçamentário. Ele defendeu ainda a nomeação de um relator para a proposta de recriação da CPMF. A presidente pretende aprovar o apelidado "imposto do cheque" até o final do ano, em uma tentativa de acalmar o mercado financeiro e agências de risco, que ameaçam tirar o grau de investimento do país.
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mercado
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Decisão sobre meta fiscal sai nesta semana, diz ministro da Casa CivilO ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou nesta segunda-feira (19) que o governo federal decidirá até o final da semana sobre a alteração da meta fiscal para este ano. Com a possibilidade de cenário de déficit neste ano, a equipe econômica discute atualmente a redução da meta fiscal ou a possibilidade de mudar a contabilidade para ampliar o valor do abatimento do investimento. A chamada junta orçamentária do governo federal deve se reunir com a presidente para definir uma posição quando ela retornar de viagem ao exterior, na próxima quarta-feira (21). "Terá de sair uma mensagem neste sentido até o final desta semana", disse o ministro da Casa Civil. A dificuldade de resolver a questão da meta fiscal tem causado dor de cabeça no Palácio do Planalto. Primeiro, o governo federal precisa aprovar a redução anunciada de 1,1% para 0,15% do PIB, patamar considerado irrealista. Se a presidente não cumprir sua meta fiscal neste ano ficará sujeita a novos problemas com o TCU (Tribunal de Contas da União) pelo não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Wagner se reuniu nesta segunda-feira (19) com o vice-presidente Michel Temer. O ministro disse que o objetivo da reunião foi pedir ajuda ao peemedebista para acelerar medidas econômicas do governo federal no Congresso Nacional. O petista destacou a necessidade de votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados da DRU (Desvinculação de Receitas da União). A tendência é de que nesta terça-feira (20) o relator da proposta apresente parecer sobre a prorrogação até 2023 do mecanismo que lhe dá maior liberdade no manejo orçamentário. Ele defendeu ainda a nomeação de um relator para a proposta de recriação da CPMF. A presidente pretende aprovar o apelidado "imposto do cheque" até o final do ano, em uma tentativa de acalmar o mercado financeiro e agências de risco, que ameaçam tirar o grau de investimento do país.
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Lapso vacinal
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Um dos feitos da civilização contemporânea foi ter proporcionado um expressivo aumento da longevidade da população mundial. No início do século 20, a esperança de vida ao nascer, considerando homens e mulheres, era de apenas 31 anos; em 2015, chegou a 71,7 anos. Essa notável conquista se deveu principalmente à brutal redução na mortalidade infantil, que despencou da casa das duas centenas por mil nascidos vivos para cerca de 30 dezenas, na média mundial. Não mais que duas medidas de alto impacto explicam a maior parte dessa queda: o saneamento básico e a vacinação em massa. Causa preocupação, portanto, a notícia de que a adesão dos brasileiros a vacinas está caindo. Como mostrou reportagem da Folha, a campanha contra a poliomielite atingiu, no ano passado, 84% da cobertura, o menor índice da década. A meta era alcançar 95% do público-alvo. Só não houve maiores danos porque o Brasil não registra casos de pólio desde os anos 1990. Ainda assim, como o vírus continua a circular em partes da África e da Ásia, a vacinação precisa ser mantida para evitar a reintrodução da doença no país, o que poderia acarretar consequências terríveis. Também em 2016, quase 25% das crianças que deveriam ter completado o esquema da tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) deixaram de fazê-lo. Tal ausência inspira maior apreensão, uma vez que essas moléstias, ao contrário da pólio, ainda irrompem pelo país na forma de surtos. A boa notícia é que a baixa na imunização no Brasil parece ter como causa principal um certo descuido dos pais —que acabam dando a primeira dose, mas não levam a criança para receber os reforços necessários—, e não a influência de movimentos antivacinais. No primeiro caso, o lapso parental pode ser enfrentado com campanhas de esclarecimento; quanto ao segundo, tratando-se de ideologia, a batalha é muito mais difícil. Observa-se, em países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido, um alarmante crescimento de grupos que advogam o boicote à imunização, a ponto de configurar ameaça à saúde pública. É espantoso que, a despeito dos inegáveis avanços que proporcionaram à humanidade, as vacinas venham a ser contestadas por grupos instruídos das nações mais ricas, com base apenas em lendas e teorias pseudocientíficas, já cabalmente refutadas por pesquisas de melhor qualidade. [email protected]
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opiniao
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Lapso vacinalUm dos feitos da civilização contemporânea foi ter proporcionado um expressivo aumento da longevidade da população mundial. No início do século 20, a esperança de vida ao nascer, considerando homens e mulheres, era de apenas 31 anos; em 2015, chegou a 71,7 anos. Essa notável conquista se deveu principalmente à brutal redução na mortalidade infantil, que despencou da casa das duas centenas por mil nascidos vivos para cerca de 30 dezenas, na média mundial. Não mais que duas medidas de alto impacto explicam a maior parte dessa queda: o saneamento básico e a vacinação em massa. Causa preocupação, portanto, a notícia de que a adesão dos brasileiros a vacinas está caindo. Como mostrou reportagem da Folha, a campanha contra a poliomielite atingiu, no ano passado, 84% da cobertura, o menor índice da década. A meta era alcançar 95% do público-alvo. Só não houve maiores danos porque o Brasil não registra casos de pólio desde os anos 1990. Ainda assim, como o vírus continua a circular em partes da África e da Ásia, a vacinação precisa ser mantida para evitar a reintrodução da doença no país, o que poderia acarretar consequências terríveis. Também em 2016, quase 25% das crianças que deveriam ter completado o esquema da tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) deixaram de fazê-lo. Tal ausência inspira maior apreensão, uma vez que essas moléstias, ao contrário da pólio, ainda irrompem pelo país na forma de surtos. A boa notícia é que a baixa na imunização no Brasil parece ter como causa principal um certo descuido dos pais —que acabam dando a primeira dose, mas não levam a criança para receber os reforços necessários—, e não a influência de movimentos antivacinais. No primeiro caso, o lapso parental pode ser enfrentado com campanhas de esclarecimento; quanto ao segundo, tratando-se de ideologia, a batalha é muito mais difícil. Observa-se, em países desenvolvidos como os EUA e o Reino Unido, um alarmante crescimento de grupos que advogam o boicote à imunização, a ponto de configurar ameaça à saúde pública. É espantoso que, a despeito dos inegáveis avanços que proporcionaram à humanidade, as vacinas venham a ser contestadas por grupos instruídos das nações mais ricas, com base apenas em lendas e teorias pseudocientíficas, já cabalmente refutadas por pesquisas de melhor qualidade. [email protected]
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Reino Unido espionou Argentina entre 2006 e 2011, diz TV argentina
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Documentos revelados pelo ex-agente da CIA Edward Snowden mostram que o governo do Reino Unido espionou a Argentina entre 2006 e 2011 com o objetivo de manter a soberania sobre as Ilhas Malvinas. Os documentos foram revelados nesta quinta-feira (2) pelo site do canal de TV argentino "Todo Notícias", que pertence ao Grupo "Clarín". Segundo os papéis, a Argentina seria o principal interesse de espionagem dos britânicos na América Latina, mas também foram alvo Venezuela e Colômbia. O primeiro documento exibido é de 2008 e revela que havia um escritório de espionagem no Estado do Texas, nos EUA, de onde seriam coordenadas as operações na América do Sul. O documento afirma que, embora a Argentina fosse prioridade para o Reino Unido, havia demanda de serviços de inteligência na Colômbia e na Venezuela. Não há informações sobre os motivos da espionagem. Numa circular interna, datada de 2010, do GCHQ (quartel general de comunicações do governo britânico, na sigla em inglês), são reportados avanços na obtenção de informações de alta qualidade de líderes e militares argentinos. O documento informa que foram recolhidas comunicações TETRA, um sinal de rádio usado por agências governamentais, segurança pública, emergências e serviços militares. Esse sinal também seria usado nas ligações de celular na tecnologia GSM, segundo o "TN". Entretanto, não está claro se houve espionagem de celulares, nem quais foram os alvos do serviço de inteligência britânico. Outro registro revelado, dessa vez de 2011, informa que o objetivo naquele momento era verificar as relações entre Argentina e Irã. São apenas quatro linhas de um relatório que relatam que operações de espionagem cibernética no Irã e na Argentina avançaram, com trabalho adicional feito na Líbia. O relatório é de maio de 2011 e, segundo observa o "TN", foi elaborado em um momento em que começaram a aparecer na imprensa informações sobre um suposto acordo entre Argentina e Irã e que viraram alvo de investigação do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em janeiro deste ano. Nisman acusava o governo argentino de conspirar com o Irã para proteger supostos responsáveis pelo atentado à entidade judaica Amia, em 1994. Em troca, a Argentina teria vantagens comerciais. Revelações feitas pelo jornal "Clarín" na última semana indicam que poderia ter havido também transferências secretas de recursos do Irã para a Argentina, passando pela Venezuela, por meio de contas bancárias em instituições financeiras em paraísos fiscais, nos EUA e no Irã. Um dos supostos administradores dessas contas bancárias seria o filho da presidente Cristina Kirchner, sustenta o "Clarín". Máximo Kirchner negou as acusações. MANIPULAÇÃO Um dos planos do Reino Unido, segundo os documentos revelados pelo "TN", seria deflagrar uma campanha de comunicação não oficial, usando informações falsas ou apócrifas em perfis inventados nas redes sociais, com o objetivo de tentar manipular a opinião pública na Argentina em favor da ocupação inglesa das Malvinas. Essa operação de comunicação foi denominada internamente de Operação Quito. Mas não teria dado o resultado pretendido. Outro fragmento revelado pelo "TN", de novembro de 2011, mostra que há certa preocupação sobre a inclinação do continente em favor da demanda argentina de controle sobre as Malvinas e que a última esperança de frear essa tendência seria uma reunião de chanceleres no Chile. Poucos dias depois, o chanceler britânico, Jeremy Browne, viajaria para o país. O Brasil é citado nesse momento. É em um trecho em que se fala que as operações do serviço secreto britânico no Brasil "têm ficado sistematicamente abaixo das expectativas". Não está claro, porém, qual era a investigação em curso.
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Reino Unido espionou Argentina entre 2006 e 2011, diz TV argentinaDocumentos revelados pelo ex-agente da CIA Edward Snowden mostram que o governo do Reino Unido espionou a Argentina entre 2006 e 2011 com o objetivo de manter a soberania sobre as Ilhas Malvinas. Os documentos foram revelados nesta quinta-feira (2) pelo site do canal de TV argentino "Todo Notícias", que pertence ao Grupo "Clarín". Segundo os papéis, a Argentina seria o principal interesse de espionagem dos britânicos na América Latina, mas também foram alvo Venezuela e Colômbia. O primeiro documento exibido é de 2008 e revela que havia um escritório de espionagem no Estado do Texas, nos EUA, de onde seriam coordenadas as operações na América do Sul. O documento afirma que, embora a Argentina fosse prioridade para o Reino Unido, havia demanda de serviços de inteligência na Colômbia e na Venezuela. Não há informações sobre os motivos da espionagem. Numa circular interna, datada de 2010, do GCHQ (quartel general de comunicações do governo britânico, na sigla em inglês), são reportados avanços na obtenção de informações de alta qualidade de líderes e militares argentinos. O documento informa que foram recolhidas comunicações TETRA, um sinal de rádio usado por agências governamentais, segurança pública, emergências e serviços militares. Esse sinal também seria usado nas ligações de celular na tecnologia GSM, segundo o "TN". Entretanto, não está claro se houve espionagem de celulares, nem quais foram os alvos do serviço de inteligência britânico. Outro registro revelado, dessa vez de 2011, informa que o objetivo naquele momento era verificar as relações entre Argentina e Irã. São apenas quatro linhas de um relatório que relatam que operações de espionagem cibernética no Irã e na Argentina avançaram, com trabalho adicional feito na Líbia. O relatório é de maio de 2011 e, segundo observa o "TN", foi elaborado em um momento em que começaram a aparecer na imprensa informações sobre um suposto acordo entre Argentina e Irã e que viraram alvo de investigação do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em janeiro deste ano. Nisman acusava o governo argentino de conspirar com o Irã para proteger supostos responsáveis pelo atentado à entidade judaica Amia, em 1994. Em troca, a Argentina teria vantagens comerciais. Revelações feitas pelo jornal "Clarín" na última semana indicam que poderia ter havido também transferências secretas de recursos do Irã para a Argentina, passando pela Venezuela, por meio de contas bancárias em instituições financeiras em paraísos fiscais, nos EUA e no Irã. Um dos supostos administradores dessas contas bancárias seria o filho da presidente Cristina Kirchner, sustenta o "Clarín". Máximo Kirchner negou as acusações. MANIPULAÇÃO Um dos planos do Reino Unido, segundo os documentos revelados pelo "TN", seria deflagrar uma campanha de comunicação não oficial, usando informações falsas ou apócrifas em perfis inventados nas redes sociais, com o objetivo de tentar manipular a opinião pública na Argentina em favor da ocupação inglesa das Malvinas. Essa operação de comunicação foi denominada internamente de Operação Quito. Mas não teria dado o resultado pretendido. Outro fragmento revelado pelo "TN", de novembro de 2011, mostra que há certa preocupação sobre a inclinação do continente em favor da demanda argentina de controle sobre as Malvinas e que a última esperança de frear essa tendência seria uma reunião de chanceleres no Chile. Poucos dias depois, o chanceler britânico, Jeremy Browne, viajaria para o país. O Brasil é citado nesse momento. É em um trecho em que se fala que as operações do serviço secreto britânico no Brasil "têm ficado sistematicamente abaixo das expectativas". Não está claro, porém, qual era a investigação em curso.
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Movimentos fazem atos esvaziados pró-Lava Jato
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Enquanto a classe política debate maneiras de minimizar os efeitos da Lava Jato sobre si, as manifestações convocadas em diversas cidades do país para a defesa da operação tiveram adesão acanhada neste domingo (26). Chamados pelos grupos que encabeçaram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016, os atos tiveram um público muito inferior ao dos protestos do início do ano passado, quando a pauta principal era a saída da então presidente. O maior deles, no dia 13 de março de 2016, chegou a reunir cerca de 500 mil pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, segundo o Datafolha. Neste domingo, a estimativa de organizadores é de que cerca de 15 mil pessoas foram às ruas na cidade. A PM não fez contagem de público. Pelo menos 21 capitais tiveram protestos neste domingo, segundo levantamento da Folha. Em algumas cidades, como Belém e Manaus, não havia mais que cem pessoas. Em Porto Alegre e Recife, a estimativa dos organizadores não passou de 5.500 pessoas. Em Brasília, foram 500 pessoas, segundo a Polícia Militar. No Rio de Janeiro, manifestantes decidiram não divulgar números de público. O motivo apontado pelos grupos para a menor presença de pessoas é a difusão de pautas do protesto. Em São Paulo, sobre cerca de cinco carros de som, movimentos como Vem Pra Rua, e MBL (Movimento Brasil Livre) discursaram sobre temas que variavam desde a defesa da Lava Jato, o fim da contribuição sindical compulsória até pedidos de intervenção militar. "O público é o que esperávamos", disse o coordenador do MBL Kim Kataguiri. "Agora as pautas são diferentes. O impeachment mobilizava mais porque as pessoas estavam fazendo parte da história." No Vem Pra Rua, posicionado em frente ao Masp e que atraiu a maior parte do público, os principais alvos de críticas foram a anistia para o crime de caixa dois, o foro privilegiado, o sistema de lista fechada nas eleições e os projetos para aumentar o financiamento público dos partidos políticos. Para o líder do movimento, Rogério Chequer, a oportunidade de "alertar a sociedade" sobre esses temas foi mais importante que o número de presentes no ato. "A pauta não é mais binária, não é 'sou contra' ou 'sou a favor'", afirmou. "A gravidade do momento hoje é tão grande quanto era há um ano atrás. Mas os riscos agora não estão tão explícitos." No caldeirão de reivindicações, havia pautas opostas. Enquanto no carro de som do MBL os coordenadores discursavam a favor de reforma da Previdência, era possível encontrar manifestantes com cartazes contrários às mudanças. No último dia 15,movimentos de esquerda levaram milhares às ruas contra a reforma e o governo do presidente Michel Temer. Com a menor adesão de público, ganharam visibilidade na Paulista grupos mais radicais e com pautas heterodoxas, como os que pediam o retorno da ditadura militar. Também sobraram críticas a políticos de diversos matizes. Os ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva se mantiveram alvos preferenciais das reclamações de manifestantes. No entanto, diversos movimentos criticaram Temer, o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outros. Os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também foram alvo dos discursos. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foi criticado por manifestantes que consideram suas falas contra vazamentos de delações da Odebrecht uma ameaça à Lava Jato. Ao contrário de 2016, poucos políticos compareceram aos atos. Entre eles, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi o de maior destaque a ir à rua em São Paulo. O ato na cidade teve ainda personalidades contumazes em protestos do tipo, como Alexandre Frota, Marcelo Madureira e Regina Duarte. "Vocês são a razão do fim do meu medo", discursou a atriz, em referência a declaração que deu em 2002, quando disse que tinha medo da vitória do PT na eleição presidencial. (ANGELA BOLDRINI, FLÁVIO FERREIRA, ESTELITA HASS CARAZZAI, LUIZA FRANCO e DIMMI AMORA) Colaboraram os integrantes da 61ª turma de trainees da Folha
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poder
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Movimentos fazem atos esvaziados pró-Lava JatoEnquanto a classe política debate maneiras de minimizar os efeitos da Lava Jato sobre si, as manifestações convocadas em diversas cidades do país para a defesa da operação tiveram adesão acanhada neste domingo (26). Chamados pelos grupos que encabeçaram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016, os atos tiveram um público muito inferior ao dos protestos do início do ano passado, quando a pauta principal era a saída da então presidente. O maior deles, no dia 13 de março de 2016, chegou a reunir cerca de 500 mil pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, segundo o Datafolha. Neste domingo, a estimativa de organizadores é de que cerca de 15 mil pessoas foram às ruas na cidade. A PM não fez contagem de público. Pelo menos 21 capitais tiveram protestos neste domingo, segundo levantamento da Folha. Em algumas cidades, como Belém e Manaus, não havia mais que cem pessoas. Em Porto Alegre e Recife, a estimativa dos organizadores não passou de 5.500 pessoas. Em Brasília, foram 500 pessoas, segundo a Polícia Militar. No Rio de Janeiro, manifestantes decidiram não divulgar números de público. O motivo apontado pelos grupos para a menor presença de pessoas é a difusão de pautas do protesto. Em São Paulo, sobre cerca de cinco carros de som, movimentos como Vem Pra Rua, e MBL (Movimento Brasil Livre) discursaram sobre temas que variavam desde a defesa da Lava Jato, o fim da contribuição sindical compulsória até pedidos de intervenção militar. "O público é o que esperávamos", disse o coordenador do MBL Kim Kataguiri. "Agora as pautas são diferentes. O impeachment mobilizava mais porque as pessoas estavam fazendo parte da história." No Vem Pra Rua, posicionado em frente ao Masp e que atraiu a maior parte do público, os principais alvos de críticas foram a anistia para o crime de caixa dois, o foro privilegiado, o sistema de lista fechada nas eleições e os projetos para aumentar o financiamento público dos partidos políticos. Para o líder do movimento, Rogério Chequer, a oportunidade de "alertar a sociedade" sobre esses temas foi mais importante que o número de presentes no ato. "A pauta não é mais binária, não é 'sou contra' ou 'sou a favor'", afirmou. "A gravidade do momento hoje é tão grande quanto era há um ano atrás. Mas os riscos agora não estão tão explícitos." No caldeirão de reivindicações, havia pautas opostas. Enquanto no carro de som do MBL os coordenadores discursavam a favor de reforma da Previdência, era possível encontrar manifestantes com cartazes contrários às mudanças. No último dia 15,movimentos de esquerda levaram milhares às ruas contra a reforma e o governo do presidente Michel Temer. Com a menor adesão de público, ganharam visibilidade na Paulista grupos mais radicais e com pautas heterodoxas, como os que pediam o retorno da ditadura militar. Também sobraram críticas a políticos de diversos matizes. Os ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva se mantiveram alvos preferenciais das reclamações de manifestantes. No entanto, diversos movimentos criticaram Temer, o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outros. Os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também foram alvo dos discursos. O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foi criticado por manifestantes que consideram suas falas contra vazamentos de delações da Odebrecht uma ameaça à Lava Jato. Ao contrário de 2016, poucos políticos compareceram aos atos. Entre eles, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi o de maior destaque a ir à rua em São Paulo. O ato na cidade teve ainda personalidades contumazes em protestos do tipo, como Alexandre Frota, Marcelo Madureira e Regina Duarte. "Vocês são a razão do fim do meu medo", discursou a atriz, em referência a declaração que deu em 2002, quando disse que tinha medo da vitória do PT na eleição presidencial. (ANGELA BOLDRINI, FLÁVIO FERREIRA, ESTELITA HASS CARAZZAI, LUIZA FRANCO e DIMMI AMORA) Colaboraram os integrantes da 61ª turma de trainees da Folha
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Quem está incendiando o Brasil?
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No último dia 22, um grupo foi até a casa do ministro Teori Zavascki intimidá-lo por conta de sua decisão de enviar a investigação contra Lula para o Supremo. Decisão esta que foi confirmada ontem pelo plenário da Corte. O seu endereço foi divulgado nas redes sociais pelo movimento "Vem pra Rua". O "músico" Lobão foi além e divulgou o endereço do filho do ministro, estimulando um cerco à sua casa. No dia seguinte, o cardeal de São Paulo Dom Odilo Scherer foi agredido durante a missa e chamado de comunista por uma senhora fora de si. Odilo foi lançado ao chão e arranhado no rosto. O cardeal –diga-se de passagem, um católico conservador– havia sido "acusado" de comunista anteriormente num vídeo gravado por Olavo de Carvalho. Nessa semana, na madrugada do dia 29, um grupo de playboys foi ao prédio onde mora o jornalista Juca Kfouri para xingá-lo. Juca, conhecedor da covardia dos fascistas que se escondem no anonimato, desceu e deu-lhes uma boa lição de moral. A estes três episódios ilustrativos somam-se inúmeras agressões contra pessoas vestidas de vermelho e intimidações a quem destoe da narrativa "Fora Dilma. Lula na cadeia". Uma pediatra do Rio Grande do Sul recusou-se a atender uma criança por sua mãe ser petista. Até um cachorro foi chutado em Brasília por estar com um lenço vermelho pendurado no pescoço. CLIMA HOSTIL Situações como estas nos ajudam a entender quem de fato está incendiando o Brasil. Setores da imprensa e políticos antipetistas estão insuflando irresponsavelmente um clima hostil e incendiário no país. Curioso é que atribuam isso à esquerda e aos movimentos populares. Há alguns dias o jornal "O Estado de S. Paulo" lançou um editorial acusando este colunista de criminoso por declarar que o resultado de um golpe contra a democracia e os direitos sociais não seria a "paz dos cemitérios", mas greves, ocupações e mobilizações. As acusações foram estendidas ao MTST e ao MST. O deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), famoso desde a CPI dos Anões do Orçamento e lembrado pela lista do caixa dois de Furnas, pegou carona e entrou com uma representação na Procuradoria da República contra mim por incitação ao crime. Ora, o país sabe qual é o programa de Michel Temer. Para quem não sabia, a língua grande de Moreira Franco fez questão de informar : fim do subsídio para programas sociais, desindexação do salário mínimo, privatização do SUS, redução do Fies e por aí vai. Acreditar que medidas como essas –implementadas ainda por um governo sem a legitimidade do voto– não enfrentarão decidida resistência popular é uma estupidez. Só consideram isso uma ameaça aqueles que não conhecem a história das lutas sociais em nosso país. A resistência é certa. Fica, portanto, a questão de quem está incendiando o Brasil. Aqueles que querem impor um presidente que tem 1% de intenções de voto, com um programa de devassa nos direitos sociais, ou os que resistem a isso? Aqueles que saem às ruas agredindo os adversários, que cercam casas de juízes e jornalistas e agridem um cardeal, ou os que estão sendo vítimas das agressões? A resposta não exige nada além de bom senso. Mas, nesses tempos, mesmo isso é pedir demais.
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Quem está incendiando o Brasil?No último dia 22, um grupo foi até a casa do ministro Teori Zavascki intimidá-lo por conta de sua decisão de enviar a investigação contra Lula para o Supremo. Decisão esta que foi confirmada ontem pelo plenário da Corte. O seu endereço foi divulgado nas redes sociais pelo movimento "Vem pra Rua". O "músico" Lobão foi além e divulgou o endereço do filho do ministro, estimulando um cerco à sua casa. No dia seguinte, o cardeal de São Paulo Dom Odilo Scherer foi agredido durante a missa e chamado de comunista por uma senhora fora de si. Odilo foi lançado ao chão e arranhado no rosto. O cardeal –diga-se de passagem, um católico conservador– havia sido "acusado" de comunista anteriormente num vídeo gravado por Olavo de Carvalho. Nessa semana, na madrugada do dia 29, um grupo de playboys foi ao prédio onde mora o jornalista Juca Kfouri para xingá-lo. Juca, conhecedor da covardia dos fascistas que se escondem no anonimato, desceu e deu-lhes uma boa lição de moral. A estes três episódios ilustrativos somam-se inúmeras agressões contra pessoas vestidas de vermelho e intimidações a quem destoe da narrativa "Fora Dilma. Lula na cadeia". Uma pediatra do Rio Grande do Sul recusou-se a atender uma criança por sua mãe ser petista. Até um cachorro foi chutado em Brasília por estar com um lenço vermelho pendurado no pescoço. CLIMA HOSTIL Situações como estas nos ajudam a entender quem de fato está incendiando o Brasil. Setores da imprensa e políticos antipetistas estão insuflando irresponsavelmente um clima hostil e incendiário no país. Curioso é que atribuam isso à esquerda e aos movimentos populares. Há alguns dias o jornal "O Estado de S. Paulo" lançou um editorial acusando este colunista de criminoso por declarar que o resultado de um golpe contra a democracia e os direitos sociais não seria a "paz dos cemitérios", mas greves, ocupações e mobilizações. As acusações foram estendidas ao MTST e ao MST. O deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), famoso desde a CPI dos Anões do Orçamento e lembrado pela lista do caixa dois de Furnas, pegou carona e entrou com uma representação na Procuradoria da República contra mim por incitação ao crime. Ora, o país sabe qual é o programa de Michel Temer. Para quem não sabia, a língua grande de Moreira Franco fez questão de informar : fim do subsídio para programas sociais, desindexação do salário mínimo, privatização do SUS, redução do Fies e por aí vai. Acreditar que medidas como essas –implementadas ainda por um governo sem a legitimidade do voto– não enfrentarão decidida resistência popular é uma estupidez. Só consideram isso uma ameaça aqueles que não conhecem a história das lutas sociais em nosso país. A resistência é certa. Fica, portanto, a questão de quem está incendiando o Brasil. Aqueles que querem impor um presidente que tem 1% de intenções de voto, com um programa de devassa nos direitos sociais, ou os que resistem a isso? Aqueles que saem às ruas agredindo os adversários, que cercam casas de juízes e jornalistas e agridem um cardeal, ou os que estão sendo vítimas das agressões? A resposta não exige nada além de bom senso. Mas, nesses tempos, mesmo isso é pedir demais.
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Seca e crise nas eleições
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SÃO PAULO - Eleição municipal, no Brasil, é quase sinônimo de guerra e de chantagem. Em especial nas pequenas cidades, a disputa pela cadeira de prefeito não poucas vezes ocorre na base da troca de favores, de ameaças e de violência entre os eleitores e os próprios candidatos. Em outubro próximo, quando 144 milhões de pessoas de 5.570 municípios do país poderão ir às urnas, dois fatores coincidentes tendem a agravar ainda mais esse quadro de tensão: a seca e a crise econômica. A estiagem, todos sabem, faz parte da rotina dos Estados do semiárido. Mas a atual escassez de chuvas na região é uma das mais severas em décadas, o que resulta em um cenário prolongado de cidades em situação de emergência, açudes vazios, animais mortos e plantações perdidas. Tudo isso amplia a fragilidade do eleitor e o deixa mais exposto a favores dos candidatos em troca da promessa de voto, a chamada "pidança". Ofertas não faltam. Uma comum é o candidato oferecer caminhão-pipa para abastecer a cisterna seca do eleitor, que, em troca, expõe o cartaz da campanha na porta de casa. Outra é o empréstimo de pequenas máquinas, como tratores, para que o eleitor acelere o plantio de subsistência. Some esse quadro ao agravamento da crise econômica, que derrubou orçamentos das prefeituras, essas cada vez mais dependentes de verbas federais (que sumiram) e dos fundos constitucionais (que recuaram). O resultado é de caos financeiro, com serviços paralisados e dispensa de funcionários, fatores que derrubam a popularidade do prefeito e o colocam como azarão da disputa. Em desvantagem e desesperados pela reeleição, como já se viu em outros pleitos, alguns deles ampliam o uso da máquina para chantagear eleitores e perseguir adversários. Nada muito diferente do que Victor Nunes Leal (coronelismo) e Maria Isaura Pereira de Queiroz (mandonismo) escreveram décadas atrás em clássicos da literatura nacional.
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Seca e crise nas eleiçõesSÃO PAULO - Eleição municipal, no Brasil, é quase sinônimo de guerra e de chantagem. Em especial nas pequenas cidades, a disputa pela cadeira de prefeito não poucas vezes ocorre na base da troca de favores, de ameaças e de violência entre os eleitores e os próprios candidatos. Em outubro próximo, quando 144 milhões de pessoas de 5.570 municípios do país poderão ir às urnas, dois fatores coincidentes tendem a agravar ainda mais esse quadro de tensão: a seca e a crise econômica. A estiagem, todos sabem, faz parte da rotina dos Estados do semiárido. Mas a atual escassez de chuvas na região é uma das mais severas em décadas, o que resulta em um cenário prolongado de cidades em situação de emergência, açudes vazios, animais mortos e plantações perdidas. Tudo isso amplia a fragilidade do eleitor e o deixa mais exposto a favores dos candidatos em troca da promessa de voto, a chamada "pidança". Ofertas não faltam. Uma comum é o candidato oferecer caminhão-pipa para abastecer a cisterna seca do eleitor, que, em troca, expõe o cartaz da campanha na porta de casa. Outra é o empréstimo de pequenas máquinas, como tratores, para que o eleitor acelere o plantio de subsistência. Some esse quadro ao agravamento da crise econômica, que derrubou orçamentos das prefeituras, essas cada vez mais dependentes de verbas federais (que sumiram) e dos fundos constitucionais (que recuaram). O resultado é de caos financeiro, com serviços paralisados e dispensa de funcionários, fatores que derrubam a popularidade do prefeito e o colocam como azarão da disputa. Em desvantagem e desesperados pela reeleição, como já se viu em outros pleitos, alguns deles ampliam o uso da máquina para chantagear eleitores e perseguir adversários. Nada muito diferente do que Victor Nunes Leal (coronelismo) e Maria Isaura Pereira de Queiroz (mandonismo) escreveram décadas atrás em clássicos da literatura nacional.
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'Sem informação você é manipulado', diz ator Marco Pigossi
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No ar como o protagonista da atual novela das 9, Marco Pigossi diz que sempre busca no cinema a referência para seus papéis da TV. Para construir o caminhoneiro Zeca de "A Força do Querer", por exemplo, conta que achou a pista em filmes italianos. "A linguagem não tem nada a ver, mas ele é um sujeito machista, durão, que não sabe lidar com emoções. E isso no cinema italiano é muito presente", diz à Folha. Depois de participar de dez novelas, o ator paulistano estreia nos cinemas com dois filmes, "O Nome da Morte" e a "A Última Chance", ambos na programação do Festival do Rio. E os dois com um tom bem diferente daquele que ele costuma exibir na TV. "O cinema pode ser firme, fazer uma denúncia, trazer um questionamento. Procurei justamente papéis que talvez eu não achasse na televisão", diz o ator de 28 anos. No violento "O Nome da Morte", de Henrique Goldman, Pigossi faz um pistoleiro cristão. Baseado no livro-reportagem homônimo do jornalista Kléster Cavalcanti, o longa que compete pelo prêmio Redentor conta a história de Julio Santana, matador de aluguel que afirma ter assassinado 492 pessoas no interior do Brasil. O nome de cada uma das vítimas –alvos encomendados por caudilhos locais, desafetos e até maridos transtornados -são meticulosamente anotados por Julio num caderno com capa do Pato Donald. Diretor de "Jean Charles" (2009), Goldman recua ao fim da adolescência de Santana, garoto da zona rural criado à beira do rio Tocantins. O tio Cícero (André Mattos), já metido na pistolagem, é quem vê potencial no garoto bom de mira e o leva para executar serviços nos rincões do país. "A falta de informação te faz uma pessoa manipulável, e esse é o momento de se falar disso", afirma Pigossi. "Meu grande desafio foi entender que, para criar o personagem, eu tinha que limpá-lo, porque é a cultura que traz a independência do pensamento." No livro de Cavalcanti, o pistoleiro narra como matou sindicalistas, militantes e ajudou a prender José Genoino durante a guerrilha do Araguaia. No filme, que não situa a época em que se passa, os alvos políticos são resumidos num dos personagens, um líder da luta por terras. Católico, e depois convertido a alguma denominação evangélica, Julio mata porque crê que se as pessoas nascem por obra de Deus, a morte delas também está nos desígnios divinos. Fora da competição da mostra, Pigossi também está em "A Última Chance", filme dirigido por Paulo Thiago (de "Policarpo Quaresma"), que estreia na sexta (13) na mostra carioca. Aqui ele também está no papel de um sujeito real; no caso, Fábio Leão, suburbano carioca que foi campeão de muay thai ao mesmo tempo que gerente de boca de fumo na favela e um dos chefes do Comando Vermelho em Bangu. "Ele buscava no esporte uma regeneração, mas toda hora era jogado de volta para o tráfico, que era um universo que achava encantador", diz o ator. O jornalista GUILHERME GENESTRETI viajou a convite do Festival do Rio
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'Sem informação você é manipulado', diz ator Marco PigossiNo ar como o protagonista da atual novela das 9, Marco Pigossi diz que sempre busca no cinema a referência para seus papéis da TV. Para construir o caminhoneiro Zeca de "A Força do Querer", por exemplo, conta que achou a pista em filmes italianos. "A linguagem não tem nada a ver, mas ele é um sujeito machista, durão, que não sabe lidar com emoções. E isso no cinema italiano é muito presente", diz à Folha. Depois de participar de dez novelas, o ator paulistano estreia nos cinemas com dois filmes, "O Nome da Morte" e a "A Última Chance", ambos na programação do Festival do Rio. E os dois com um tom bem diferente daquele que ele costuma exibir na TV. "O cinema pode ser firme, fazer uma denúncia, trazer um questionamento. Procurei justamente papéis que talvez eu não achasse na televisão", diz o ator de 28 anos. No violento "O Nome da Morte", de Henrique Goldman, Pigossi faz um pistoleiro cristão. Baseado no livro-reportagem homônimo do jornalista Kléster Cavalcanti, o longa que compete pelo prêmio Redentor conta a história de Julio Santana, matador de aluguel que afirma ter assassinado 492 pessoas no interior do Brasil. O nome de cada uma das vítimas –alvos encomendados por caudilhos locais, desafetos e até maridos transtornados -são meticulosamente anotados por Julio num caderno com capa do Pato Donald. Diretor de "Jean Charles" (2009), Goldman recua ao fim da adolescência de Santana, garoto da zona rural criado à beira do rio Tocantins. O tio Cícero (André Mattos), já metido na pistolagem, é quem vê potencial no garoto bom de mira e o leva para executar serviços nos rincões do país. "A falta de informação te faz uma pessoa manipulável, e esse é o momento de se falar disso", afirma Pigossi. "Meu grande desafio foi entender que, para criar o personagem, eu tinha que limpá-lo, porque é a cultura que traz a independência do pensamento." No livro de Cavalcanti, o pistoleiro narra como matou sindicalistas, militantes e ajudou a prender José Genoino durante a guerrilha do Araguaia. No filme, que não situa a época em que se passa, os alvos políticos são resumidos num dos personagens, um líder da luta por terras. Católico, e depois convertido a alguma denominação evangélica, Julio mata porque crê que se as pessoas nascem por obra de Deus, a morte delas também está nos desígnios divinos. Fora da competição da mostra, Pigossi também está em "A Última Chance", filme dirigido por Paulo Thiago (de "Policarpo Quaresma"), que estreia na sexta (13) na mostra carioca. Aqui ele também está no papel de um sujeito real; no caso, Fábio Leão, suburbano carioca que foi campeão de muay thai ao mesmo tempo que gerente de boca de fumo na favela e um dos chefes do Comando Vermelho em Bangu. "Ele buscava no esporte uma regeneração, mas toda hora era jogado de volta para o tráfico, que era um universo que achava encantador", diz o ator. O jornalista GUILHERME GENESTRETI viajou a convite do Festival do Rio
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Grêmio bate Passo Fundo e ameniza crise
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Alívio. É o sentimento que paira na torcida do Grêmio na noite desta quarta-feira (18). Após duas derrotas consecutivas em plena Arena, a equipe de Luiz Felipe Scolari derrotou o Passo Fundo por 2 a 0 e reencontrou o caminho das vitórias no Vermelhão da Serra, com gols de Erazo e Pedro Rocha, em jogo válido pela 6ª rodada do Campeonato Gaúcho. Com o triunfo, a equipe sobe para nove pontos em seis partidas. Na próxima rodada, o Grêmio enfrentará o Juventude, na Arena, às 20h30.
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esporte
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Grêmio bate Passo Fundo e ameniza criseAlívio. É o sentimento que paira na torcida do Grêmio na noite desta quarta-feira (18). Após duas derrotas consecutivas em plena Arena, a equipe de Luiz Felipe Scolari derrotou o Passo Fundo por 2 a 0 e reencontrou o caminho das vitórias no Vermelhão da Serra, com gols de Erazo e Pedro Rocha, em jogo válido pela 6ª rodada do Campeonato Gaúcho. Com o triunfo, a equipe sobe para nove pontos em seis partidas. Na próxima rodada, o Grêmio enfrentará o Juventude, na Arena, às 20h30.
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BNDES poderá liderar consórcio de bancos para socorrer o Rio
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O governo federal ainda busca um modelo para privatizar a Cedae, a companhia de águas e esgoto do Estado do Rio. A ideia é vender a empresa ou dá-la como garantia para um empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao governo do Rio, hoje em grave crise fiscal. O BNDES deve liderar um consórcio de bancos que emprestará dinheiro ao Rio, tendo o compromisso de venda da Cedae como garantia. Essa alternativa foi apresentada nesta segunda-feira (24) pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, após reunião na sede do banco, no Rio. Não está claro ainda como isso será feito, já que há restrições legais para que bancos estatais emprestem dinheiro para que Estados paguem suas folhas salariais, justamente o propósito do governo do Rio. A Constituição não permite que bancos oficiais financiem gastos com pessoal, mas não impede que bancos privados o façam. Há, portanto, a possibilidade que o BNDES atue como uma espécie de líder de um consórcio, sem, contudo, financiar a maior parte do projeto. Ele atuaria como um coordenador da operação, ficando com parte marginal do dinheiro a ser repassado ao Estado do Rio. O governo do Rio calcula que R$ 3,5 bilhões seja o valor mínimo para colocar em dia o salário do funcionalismo. Desse total, R$ 2,3 bilhões serão para o pagamento do 13º salário do ano passado e os vencimentos de maio e junho deste ano, em atraso. O R$ 1,2 bilhão restante seria para regularizar futuros pagamentos ou será usado no custeio da máquina pública, segundo disse o secretário de Fazenda do Estado do Rio, Gustavo Barbosa. Em caso de uso do dinheiro para custeio, o BNDES fica liberado para participar da operação financeira, explicou o superintendente de Desestatização do banco, Rodolfo Torres. Participaram da reunião o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro, e Moreira Franco, o principal fiador do projeto junto ao governo federal. Moreira Franco ressaltou, no entanto, que o governo ainda não fechou o modelo que será adotado. O ministro afirmou também que, além da opção de o BNDES ser líder de um pool de bancos, o governo trabalha com a possibilidade de a instituição comprar a totalidade da Cedae, informação, considerada, contudo, remota pela diretora de Infraestrutura do Banco, Marilene Ramos. Segundo ela, a compra da empresa pelo banco demandaria avaliações e cálculos quanto ao valor da empresa, contas que são mais complexas de fazer e que demorariam mais tempo do que o governo do Rio tem para ajustar suas contas. Um empréstimo seria mais rápido, disse.
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mercado
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BNDES poderá liderar consórcio de bancos para socorrer o RioO governo federal ainda busca um modelo para privatizar a Cedae, a companhia de águas e esgoto do Estado do Rio. A ideia é vender a empresa ou dá-la como garantia para um empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao governo do Rio, hoje em grave crise fiscal. O BNDES deve liderar um consórcio de bancos que emprestará dinheiro ao Rio, tendo o compromisso de venda da Cedae como garantia. Essa alternativa foi apresentada nesta segunda-feira (24) pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, após reunião na sede do banco, no Rio. Não está claro ainda como isso será feito, já que há restrições legais para que bancos estatais emprestem dinheiro para que Estados paguem suas folhas salariais, justamente o propósito do governo do Rio. A Constituição não permite que bancos oficiais financiem gastos com pessoal, mas não impede que bancos privados o façam. Há, portanto, a possibilidade que o BNDES atue como uma espécie de líder de um consórcio, sem, contudo, financiar a maior parte do projeto. Ele atuaria como um coordenador da operação, ficando com parte marginal do dinheiro a ser repassado ao Estado do Rio. O governo do Rio calcula que R$ 3,5 bilhões seja o valor mínimo para colocar em dia o salário do funcionalismo. Desse total, R$ 2,3 bilhões serão para o pagamento do 13º salário do ano passado e os vencimentos de maio e junho deste ano, em atraso. O R$ 1,2 bilhão restante seria para regularizar futuros pagamentos ou será usado no custeio da máquina pública, segundo disse o secretário de Fazenda do Estado do Rio, Gustavo Barbosa. Em caso de uso do dinheiro para custeio, o BNDES fica liberado para participar da operação financeira, explicou o superintendente de Desestatização do banco, Rodolfo Torres. Participaram da reunião o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro, e Moreira Franco, o principal fiador do projeto junto ao governo federal. Moreira Franco ressaltou, no entanto, que o governo ainda não fechou o modelo que será adotado. O ministro afirmou também que, além da opção de o BNDES ser líder de um pool de bancos, o governo trabalha com a possibilidade de a instituição comprar a totalidade da Cedae, informação, considerada, contudo, remota pela diretora de Infraestrutura do Banco, Marilene Ramos. Segundo ela, a compra da empresa pelo banco demandaria avaliações e cálculos quanto ao valor da empresa, contas que são mais complexas de fazer e que demorariam mais tempo do que o governo do Rio tem para ajustar suas contas. Um empréstimo seria mais rápido, disse.
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PM ignora força-tarefa e cria mal-estar em apuração sobre chacina
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As ações da Corregedoria da Polícia Militar contra 19 suspeitos de participar das mortes em série na Grande SP ocorreram à revelia dos integrantes da força-tarefa criada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) justamente para investigar os assassinatos. Entre sexta (21) e sábado (22), a PM apresentou dois pedidos de busca e apreensão contra 18 policiais e um segurança particular suspeitos de envolvimento nos assassinatos em Osasco e Barueri, na noite do último dia 13. Os pedidos foram atendidos pela Tribunal de Justiça Militar e, assim, a Corregedoria apreendeu objetos que podem ajudar no esclarecimento dos crimes. Tudo isso, porém, sem o conhecimento dos integrantes da força-tarefa, todos eles de diferentes departamentos da Polícia Civil. Essa iniciativa isolada da PM irritou membros desse grupo. Na visão deles, alertou eventuais suspeitos e pode ter atrapalhado a apuração. À Folha policiais dessa força-tarefa disseram ter ficado sabendo das buscas realizadas pela PM apenas quando a imprensa já divulgava seus resultados –e que até agora desconhecem os objetos apreendidos na ação. Ainda segundo esses policiais, além de afoita, a Corregedoria da PM não poderia ter tomado a frente dessas apurações até por competência. Como se trata de crime contra a vida, só poderia ser investigado pela Polícia Civil, e seus pedidos, analisados pela Justiça comum. A Folha apurou ainda que delegados cobraram uma ação do governo para tentar frear a PM e salvar o que ainda resta de provas. Para o advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, os policiais civis têm razão de estar irritados porque se trata de um crime comum sendo investigado pelos policiais militares. "Partindo da premissa de que foram PMs [os responsáveis pela chacina], eles cometeram crimes comuns. E, ainda que estivessem a serviço, eles não agiram como PMs. Eu entendo e concordo com esse incômodo", afirmou Botelho. No dia 14 deste mês, horas após a chacina, o próprio secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, disse que a investigação seria conduzida pela Polícia Civil, e a PM só auxiliaria a força-tarefa. "A Polícia Militar não investiga. A polícia judiciária é a Polícia Civil [...] Se, eventualmente, no curso das investigações, surgir algum indício de que há participação de policiais, a corregedoria será chamada também." Mas afirmou: "A corregedoria vai auxiliar nas investigações se houver algum indício, porque a Polícia Civil é quem realiza investigação de polícia judiciária". Clique no infografia: Os investigados Duas semanas após a chacina, o governo ainda não apresentou um suspeito formal pelos crimes. Um soldado está preso administrativamente, mas sua defesa diz que ele tem como provar sua inocência. Outros 18 suspeitos seguem em liberdade. A principal linha de investigação é a vingança de PMs pela morte de um colega dias antes, durante um assalto. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública disse que Corregedoria e força-tarefa "atuam em conjunto" para a eficiência das investigações. DISPUTAS NOS TRIBUNAIS As disputas internas provocadas pela primazia na investigação da chacina na Grande São Paulo chegaram até aos tribunais –e motivaram uma indefinição, nesta quarta-feira (26), sobre qual órgão do Judiciário deveria ser responsável pela análise do caso. No início da tarde, um pedido de prisão temporária formulado pela Polícia Militar, referente ao soldado da Rota Fabrício Emmanuel Eleutério (que estava preso administrativamente e que ficará preso temporariamente), chegou ao Tribunal da Justiça Militar de São Paulo. Antes de ser analisado, o promotor de Justiça que atua na corte requereu que o processo fosse enviado à Justiça de Osasco –segundo ele, porque a competência seria da 1ª Vara do Júri do município. O juiz Luiz Alberto Moro Cavalcante, que atuava no caso desde o seu início, concordou com a argumentação do Ministério Público e remeteu os autos a Osasco. Em poucos minutos, contudo, o cenário mudou. Cavalcante reverteu sua decisão de encaminhar o processo à 1ª Vara de Osasco, mantendo-o na Justiça Militar. O juiz, que não explicou as razões de sua reconsideração, deixou também a apreciação do caso, agora sob os cuidados do juiz substituto Dalton Abranches Safi. Procurado, Cavalcante não quis falar sobre o caso. À Folha, Dalton Abranches Safi disse que não soube como tudo "se procedeu". Ele, contudo, defendeu a atuação da Justiça Militar na investigação da chacina. "O crime não deixa de ter uma natureza militar", afirmou. "Esse é um processo natural, geralmente as primeiras medidas cautelares [como pedidos de busca e de prisão contra PMs] são da competência da Justiça Militar. Há um entendimento do tribunal nesse sentido, até o primeiro relatório do IPM [Inquérito Policial Militar] as diligências são da Justiça Militar." Segundo o magistrado, a investigação inicial, a cargo dos militares, não traz prejuízos às outras, de autoridades civis, que inclusive podem ocorrer paralelamente. Na noite desta quarta (26), o juiz Safi determinou a prisão temporária do soldado da Rota Fabrício Emmanuel Eleutério. Segundo a decisão do magistrado, a prisão do PM é necessária para não atrapalhar as investigações. Até o momento ele é o único preso pela série de homicídios que deixou ao menos 18 mortos na Grande SP –uma pré-chacina, ocorrida dias antes e que matou seis pessoas, também é investigada. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou, em nota, que a "força-tarefa da Polícia Civil vem atuando em conjunto com a Corregedoria da PM no sentido de garantir a máxima eficiência das investigações. As constantes reuniões e trocas de informações foram ampliadas, desde o início da semana, com a designação de um Delegado de Polícia do DHPP junto à Corregedoria e de um oficial da PM junto ao DHPP, para acelerar as diligências necessárias." - Sexta - 7.ago Cabo da PM Adenilson Pereira de Oliveira, 42, é morto em assalto em Osasco Sábado - 8.ago À 0h30, três rapazes sentados em uma calçada são mortos a tiros em Itapevi. Entre 1h39 e 6h54, cinco pessoas são assassinadas em Osasco Domingo - 9.ago Assassinato de outro homem, às 19h30, em Osasco Quarta - 12.ago Guarda civil Jefferson Luiz Rodrigues da Silva, 40, é morto em assalto em Barueri Quinta - 13.ago Chacina em Osasco e Barueri Sábado - 22.ago Prisão administrativa do soldado da PM Fabrício Emmanuel Eleutério, 30
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cotidiano
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PM ignora força-tarefa e cria mal-estar em apuração sobre chacinaAs ações da Corregedoria da Polícia Militar contra 19 suspeitos de participar das mortes em série na Grande SP ocorreram à revelia dos integrantes da força-tarefa criada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) justamente para investigar os assassinatos. Entre sexta (21) e sábado (22), a PM apresentou dois pedidos de busca e apreensão contra 18 policiais e um segurança particular suspeitos de envolvimento nos assassinatos em Osasco e Barueri, na noite do último dia 13. Os pedidos foram atendidos pela Tribunal de Justiça Militar e, assim, a Corregedoria apreendeu objetos que podem ajudar no esclarecimento dos crimes. Tudo isso, porém, sem o conhecimento dos integrantes da força-tarefa, todos eles de diferentes departamentos da Polícia Civil. Essa iniciativa isolada da PM irritou membros desse grupo. Na visão deles, alertou eventuais suspeitos e pode ter atrapalhado a apuração. À Folha policiais dessa força-tarefa disseram ter ficado sabendo das buscas realizadas pela PM apenas quando a imprensa já divulgava seus resultados –e que até agora desconhecem os objetos apreendidos na ação. Ainda segundo esses policiais, além de afoita, a Corregedoria da PM não poderia ter tomado a frente dessas apurações até por competência. Como se trata de crime contra a vida, só poderia ser investigado pela Polícia Civil, e seus pedidos, analisados pela Justiça comum. A Folha apurou ainda que delegados cobraram uma ação do governo para tentar frear a PM e salvar o que ainda resta de provas. Para o advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, os policiais civis têm razão de estar irritados porque se trata de um crime comum sendo investigado pelos policiais militares. "Partindo da premissa de que foram PMs [os responsáveis pela chacina], eles cometeram crimes comuns. E, ainda que estivessem a serviço, eles não agiram como PMs. Eu entendo e concordo com esse incômodo", afirmou Botelho. No dia 14 deste mês, horas após a chacina, o próprio secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, disse que a investigação seria conduzida pela Polícia Civil, e a PM só auxiliaria a força-tarefa. "A Polícia Militar não investiga. A polícia judiciária é a Polícia Civil [...] Se, eventualmente, no curso das investigações, surgir algum indício de que há participação de policiais, a corregedoria será chamada também." Mas afirmou: "A corregedoria vai auxiliar nas investigações se houver algum indício, porque a Polícia Civil é quem realiza investigação de polícia judiciária". Clique no infografia: Os investigados Duas semanas após a chacina, o governo ainda não apresentou um suspeito formal pelos crimes. Um soldado está preso administrativamente, mas sua defesa diz que ele tem como provar sua inocência. Outros 18 suspeitos seguem em liberdade. A principal linha de investigação é a vingança de PMs pela morte de um colega dias antes, durante um assalto. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública disse que Corregedoria e força-tarefa "atuam em conjunto" para a eficiência das investigações. DISPUTAS NOS TRIBUNAIS As disputas internas provocadas pela primazia na investigação da chacina na Grande São Paulo chegaram até aos tribunais –e motivaram uma indefinição, nesta quarta-feira (26), sobre qual órgão do Judiciário deveria ser responsável pela análise do caso. No início da tarde, um pedido de prisão temporária formulado pela Polícia Militar, referente ao soldado da Rota Fabrício Emmanuel Eleutério (que estava preso administrativamente e que ficará preso temporariamente), chegou ao Tribunal da Justiça Militar de São Paulo. Antes de ser analisado, o promotor de Justiça que atua na corte requereu que o processo fosse enviado à Justiça de Osasco –segundo ele, porque a competência seria da 1ª Vara do Júri do município. O juiz Luiz Alberto Moro Cavalcante, que atuava no caso desde o seu início, concordou com a argumentação do Ministério Público e remeteu os autos a Osasco. Em poucos minutos, contudo, o cenário mudou. Cavalcante reverteu sua decisão de encaminhar o processo à 1ª Vara de Osasco, mantendo-o na Justiça Militar. O juiz, que não explicou as razões de sua reconsideração, deixou também a apreciação do caso, agora sob os cuidados do juiz substituto Dalton Abranches Safi. Procurado, Cavalcante não quis falar sobre o caso. À Folha, Dalton Abranches Safi disse que não soube como tudo "se procedeu". Ele, contudo, defendeu a atuação da Justiça Militar na investigação da chacina. "O crime não deixa de ter uma natureza militar", afirmou. "Esse é um processo natural, geralmente as primeiras medidas cautelares [como pedidos de busca e de prisão contra PMs] são da competência da Justiça Militar. Há um entendimento do tribunal nesse sentido, até o primeiro relatório do IPM [Inquérito Policial Militar] as diligências são da Justiça Militar." Segundo o magistrado, a investigação inicial, a cargo dos militares, não traz prejuízos às outras, de autoridades civis, que inclusive podem ocorrer paralelamente. Na noite desta quarta (26), o juiz Safi determinou a prisão temporária do soldado da Rota Fabrício Emmanuel Eleutério. Segundo a decisão do magistrado, a prisão do PM é necessária para não atrapalhar as investigações. Até o momento ele é o único preso pela série de homicídios que deixou ao menos 18 mortos na Grande SP –uma pré-chacina, ocorrida dias antes e que matou seis pessoas, também é investigada. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou, em nota, que a "força-tarefa da Polícia Civil vem atuando em conjunto com a Corregedoria da PM no sentido de garantir a máxima eficiência das investigações. As constantes reuniões e trocas de informações foram ampliadas, desde o início da semana, com a designação de um Delegado de Polícia do DHPP junto à Corregedoria e de um oficial da PM junto ao DHPP, para acelerar as diligências necessárias." - Sexta - 7.ago Cabo da PM Adenilson Pereira de Oliveira, 42, é morto em assalto em Osasco Sábado - 8.ago À 0h30, três rapazes sentados em uma calçada são mortos a tiros em Itapevi. Entre 1h39 e 6h54, cinco pessoas são assassinadas em Osasco Domingo - 9.ago Assassinato de outro homem, às 19h30, em Osasco Quarta - 12.ago Guarda civil Jefferson Luiz Rodrigues da Silva, 40, é morto em assalto em Barueri Quinta - 13.ago Chacina em Osasco e Barueri Sábado - 22.ago Prisão administrativa do soldado da PM Fabrício Emmanuel Eleutério, 30
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Ártico tem ano recorde de calor e derretimento maciço de gelo
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O Ártico quebrou recordes de calor no ano passado, quando um ar excepcionalmente quente provocou o derretimento maciço de gelo e de neve e um congelamento tardio no outono - disseram cientistas do governo americano nesta terça-feira (13). A avaliação foi publicada no "Arctic Report Card 2016", um relatório revisado por pares de 61 cientistas de todo o mundo, emitido pela Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). O relatório abrange o período de outubro de 2015 a setembro de 2016, quando "a temperatura média anual do ar no Ártico sobre a superfície terrestre foi a mais alta do registro observacional". "Raramente vimos o Ártico mostrar um sinal mais claro, mais forte, ou mais pronunciado, de aquecimento persistente e seus efeitos em cascata sobre o meio ambiente do que neste ano", afirmou o diretor do Programa de Pesquisa do Ártico da NOAA, Jeremy Mathis. A região ártica continua se aquecendo mais de duas vezes mais rápido do que o restante do planeta, que também deverá registrar seu ano mais quente nos tempos modernos. Os cientistas do clima dizem que as razões para o aumento do calor incluem a queima de combustíveis fósseis que emitem gases causadores do efeito estufa, que prendem o calor na atmosfera, bem como a tendência de aquecimento do oceano pelo El Niño, que terminou no meio do ano. A temperatura anual do ar sobre a superfície terrestre do Ártico foi 3,5°C maior do que em 1900. A temperatura da superfície do mar no mês de agosto de 2016, no auge do verão, foi 5°C acima da média de 1982-2010 nos mares de Barents e Chukchi e nas costas leste e oeste da Groenlândia. "É evidente que o atraso recorde no congelamento da cobertura de gelo marinha no outono de 2016 está associado com temperaturas quentes sem precedentes do ar e da superfície do oceano", explica o relatório. Essa tendência de aquecimento também levou a uma cobertura de gelo jovem e fina que derrete facilmente. "A extensão mínima do gelo marinho do Ártico desde meados de outubro de 2016 até o final de novembro de 2016 foi a menor desde o início dos registros por satélite, em 1979", disse. Essa extensão também foi 28% menor do que a média de 1981-2010 para outubro. Uma parte maior do gelo que congela no inverno é fino, e resultado de apenas um ano de congelamento, em vez do gelo mais espesso e mais resistente que se acumula ao longo de vários anos. Na Groenlândia, a camada de gelo continuou a encolher e a perder massa, como vem acontecendo todos os anos desde 2002, quando começaram as medições por satélite. O derretimento também começou cedo na Groenlândia no ano passado, o segundo mais precoce em 37 anos de observações, e próximo ao recorde estabelecido em 2012.
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ambiente
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Ártico tem ano recorde de calor e derretimento maciço de geloO Ártico quebrou recordes de calor no ano passado, quando um ar excepcionalmente quente provocou o derretimento maciço de gelo e de neve e um congelamento tardio no outono - disseram cientistas do governo americano nesta terça-feira (13). A avaliação foi publicada no "Arctic Report Card 2016", um relatório revisado por pares de 61 cientistas de todo o mundo, emitido pela Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). O relatório abrange o período de outubro de 2015 a setembro de 2016, quando "a temperatura média anual do ar no Ártico sobre a superfície terrestre foi a mais alta do registro observacional". "Raramente vimos o Ártico mostrar um sinal mais claro, mais forte, ou mais pronunciado, de aquecimento persistente e seus efeitos em cascata sobre o meio ambiente do que neste ano", afirmou o diretor do Programa de Pesquisa do Ártico da NOAA, Jeremy Mathis. A região ártica continua se aquecendo mais de duas vezes mais rápido do que o restante do planeta, que também deverá registrar seu ano mais quente nos tempos modernos. Os cientistas do clima dizem que as razões para o aumento do calor incluem a queima de combustíveis fósseis que emitem gases causadores do efeito estufa, que prendem o calor na atmosfera, bem como a tendência de aquecimento do oceano pelo El Niño, que terminou no meio do ano. A temperatura anual do ar sobre a superfície terrestre do Ártico foi 3,5°C maior do que em 1900. A temperatura da superfície do mar no mês de agosto de 2016, no auge do verão, foi 5°C acima da média de 1982-2010 nos mares de Barents e Chukchi e nas costas leste e oeste da Groenlândia. "É evidente que o atraso recorde no congelamento da cobertura de gelo marinha no outono de 2016 está associado com temperaturas quentes sem precedentes do ar e da superfície do oceano", explica o relatório. Essa tendência de aquecimento também levou a uma cobertura de gelo jovem e fina que derrete facilmente. "A extensão mínima do gelo marinho do Ártico desde meados de outubro de 2016 até o final de novembro de 2016 foi a menor desde o início dos registros por satélite, em 1979", disse. Essa extensão também foi 28% menor do que a média de 1981-2010 para outubro. Uma parte maior do gelo que congela no inverno é fino, e resultado de apenas um ano de congelamento, em vez do gelo mais espesso e mais resistente que se acumula ao longo de vários anos. Na Groenlândia, a camada de gelo continuou a encolher e a perder massa, como vem acontecendo todos os anos desde 2002, quando começaram as medições por satélite. O derretimento também começou cedo na Groenlândia no ano passado, o segundo mais precoce em 37 anos de observações, e próximo ao recorde estabelecido em 2012.
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Vídeo de irmandade universitária dos EUA acende debate sobre racismo
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Um vídeo que promove a filial de uma irmandade universitária na Universidade do Alabama foi removido depois de receber severas críticas online, tanto em função da maneira pela qual retrata as mulheres quanto por sua falta de diversidade. O vídeo, de produção requintada, e veiculado antes do Bid Day —o dia em que potenciais integrantes começam a escolher entre as irmandades que lhes ofereceram admissão— é um elogio de quatro minutos de duração sobre os benefícios de aderir à irmandade Alpha Phi. O conteúdo em geral mostra as integrantes da irmandade feminina se divertindo: dançando diante da sede, assoprando purpurina e beijinhos, brincando no gramado em trajes de banho e visitando o estádio de futebol americano da universidade, o Brant-Denny, em companhia do mascote da instituição, um elefante chamado Big Al. O vídeo foi assistido mais de meio milhão de vezes em uma semana antes de ser removido do canal da irmandade no YouTube, mas continua disponível em reprodução de outras contas, bem como em outros serviços de vídeo. Vídeo de recrutamento da irmandade Alpha Phi A universidade não demorou a se desassociar do conteúdo. Uma declaração da vice-reitora associada para questões de relações universitárias, Deborah Lane, afirmava que o vídeo "não reflete as expectativas da Universidade do Alabama quanto à necessidade de que as organizações estudantis sejam cidadãos digitais responsáveis". Uma reportagem no site noticioso estadual Al.com ajudou a atrair atenção e críticas ao vídeo, atacando as integrantes da irmandade por serem "tão racial e esteticamente homogêneas e forçadas, tão hiperfemininas, tão redutoras e objetificantes, tão 'Mulheres Perfeitas: Universidade'". Comentários na Internet ecoaram essas críticas, ainda que muita gente tenha defendido o vídeo como inofensivo, em última análise. SEGREGAÇÃO A crítica à homogeneidade nas irmandades universitárias masculinas e femininas é perene, nesse momento do ano, quando começam as aulas e muitas das organizações recrutam novos integrantes. As filiais das grandes irmandades na Universidade do Alabama, que conta com um dos maiores índices de adesão a elas nos Estados Unidos, estão sob escrutínio há diversos anos consecutivos. A direção nacional da irmandade Alpha Phi não foi localizada para comentar. Em 2013, um artigo publicado em um jornal de estudantes lamentava o que descrevia como "barreira de cor quase impenetrável" nas irmandades femininas da universidade, declarando que "o sistema de irmandades da Universidade do Alabama se divide quase completamente em linhas raciais", Na metade do ano passado, um grupo de integrantes de irmandades da universidade falou sobre o problema à revista "Marie Claire". "Dizem-nos que não aceitamos garotas negras porque isso seria ruim para a nossa filial —nossa reputação e nosso status", afirmou à revista Yardena Wolf, membro da irmandade Alpha Omicron Pi na universidade. Os vídeos de recrutamento são parte básica do processo de seleção, especialmente nas universidades do sul, no momento em que os potenciais membros decidem que irmandades estariam interessados em aderir. Outros vídeos de filiais de irmandades na Universidade do Alabama mostram produção igualmente cara e o que parecem ser elementos obrigatórios desse tipo de produção (beijos, bolhas, purpurinas, trajes de banho). Mas outras irmandades, como a Phi Mu e a Chi Omega, exibem diversidade já no começo de seus vídeos. De acordo com o site da universidade, seu corpo discente inclui 12% de negros, 3% de hispânicos e 2% de asiáticos. Um comunicado noticioso divulgado pela Universidade do Alabama no sábado afirma que, das 2.261 mulheres que receberam convites para aderir a irmandades lá este ano, 214 são membros de minorias, e que 24 delas são negras. 'IDEIAS ANTIQUADAS' Abbey Crain, uma das repórteres responsáveis pelo artigo de 2013 no jornal da Universidade de Alabama, afirma que embora a questão racial continue a ser grande problema para as irmandades locais, o vídeo da Alpha Phi está sendo injustamente criticado por sua falta de diversidade. Ela disse que quando estudou o problema, constatou que antigos alunos "que têm ideias antiquadas" sobre raça exerciam grande controle sobre o processo seletivo. "Não acho que essas meninas sejam culpadas", ela disse, falando sobre as garotas que aparecem no vídeo da Alpha Phi. "Ao escrever meu artigo, minha intenção não era criticar esse grande grupo de mulheres afirmando que todas elas eram racistas e intolerantes". "Trata-se de um sistema enraizado, que nunca mudou, e nos dois anos desde que escrevemos a reportagem ele subiu de zero para 214 mulheres", ela acrescentou, se referindo ao número de mulheres de minorias nas irmandades predominantemente brancas. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Vídeo de irmandade universitária dos EUA acende debate sobre racismoUm vídeo que promove a filial de uma irmandade universitária na Universidade do Alabama foi removido depois de receber severas críticas online, tanto em função da maneira pela qual retrata as mulheres quanto por sua falta de diversidade. O vídeo, de produção requintada, e veiculado antes do Bid Day —o dia em que potenciais integrantes começam a escolher entre as irmandades que lhes ofereceram admissão— é um elogio de quatro minutos de duração sobre os benefícios de aderir à irmandade Alpha Phi. O conteúdo em geral mostra as integrantes da irmandade feminina se divertindo: dançando diante da sede, assoprando purpurina e beijinhos, brincando no gramado em trajes de banho e visitando o estádio de futebol americano da universidade, o Brant-Denny, em companhia do mascote da instituição, um elefante chamado Big Al. O vídeo foi assistido mais de meio milhão de vezes em uma semana antes de ser removido do canal da irmandade no YouTube, mas continua disponível em reprodução de outras contas, bem como em outros serviços de vídeo. Vídeo de recrutamento da irmandade Alpha Phi A universidade não demorou a se desassociar do conteúdo. Uma declaração da vice-reitora associada para questões de relações universitárias, Deborah Lane, afirmava que o vídeo "não reflete as expectativas da Universidade do Alabama quanto à necessidade de que as organizações estudantis sejam cidadãos digitais responsáveis". Uma reportagem no site noticioso estadual Al.com ajudou a atrair atenção e críticas ao vídeo, atacando as integrantes da irmandade por serem "tão racial e esteticamente homogêneas e forçadas, tão hiperfemininas, tão redutoras e objetificantes, tão 'Mulheres Perfeitas: Universidade'". Comentários na Internet ecoaram essas críticas, ainda que muita gente tenha defendido o vídeo como inofensivo, em última análise. SEGREGAÇÃO A crítica à homogeneidade nas irmandades universitárias masculinas e femininas é perene, nesse momento do ano, quando começam as aulas e muitas das organizações recrutam novos integrantes. As filiais das grandes irmandades na Universidade do Alabama, que conta com um dos maiores índices de adesão a elas nos Estados Unidos, estão sob escrutínio há diversos anos consecutivos. A direção nacional da irmandade Alpha Phi não foi localizada para comentar. Em 2013, um artigo publicado em um jornal de estudantes lamentava o que descrevia como "barreira de cor quase impenetrável" nas irmandades femininas da universidade, declarando que "o sistema de irmandades da Universidade do Alabama se divide quase completamente em linhas raciais", Na metade do ano passado, um grupo de integrantes de irmandades da universidade falou sobre o problema à revista "Marie Claire". "Dizem-nos que não aceitamos garotas negras porque isso seria ruim para a nossa filial —nossa reputação e nosso status", afirmou à revista Yardena Wolf, membro da irmandade Alpha Omicron Pi na universidade. Os vídeos de recrutamento são parte básica do processo de seleção, especialmente nas universidades do sul, no momento em que os potenciais membros decidem que irmandades estariam interessados em aderir. Outros vídeos de filiais de irmandades na Universidade do Alabama mostram produção igualmente cara e o que parecem ser elementos obrigatórios desse tipo de produção (beijos, bolhas, purpurinas, trajes de banho). Mas outras irmandades, como a Phi Mu e a Chi Omega, exibem diversidade já no começo de seus vídeos. De acordo com o site da universidade, seu corpo discente inclui 12% de negros, 3% de hispânicos e 2% de asiáticos. Um comunicado noticioso divulgado pela Universidade do Alabama no sábado afirma que, das 2.261 mulheres que receberam convites para aderir a irmandades lá este ano, 214 são membros de minorias, e que 24 delas são negras. 'IDEIAS ANTIQUADAS' Abbey Crain, uma das repórteres responsáveis pelo artigo de 2013 no jornal da Universidade de Alabama, afirma que embora a questão racial continue a ser grande problema para as irmandades locais, o vídeo da Alpha Phi está sendo injustamente criticado por sua falta de diversidade. Ela disse que quando estudou o problema, constatou que antigos alunos "que têm ideias antiquadas" sobre raça exerciam grande controle sobre o processo seletivo. "Não acho que essas meninas sejam culpadas", ela disse, falando sobre as garotas que aparecem no vídeo da Alpha Phi. "Ao escrever meu artigo, minha intenção não era criticar esse grande grupo de mulheres afirmando que todas elas eram racistas e intolerantes". "Trata-se de um sistema enraizado, que nunca mudou, e nos dois anos desde que escrevemos a reportagem ele subiu de zero para 214 mulheres", ela acrescentou, se referindo ao número de mulheres de minorias nas irmandades predominantemente brancas. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Defesa de Cunha faz ofensiva para que STF julgue habeas corpus
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A defesa do ex-deputado Eduardo Cunha deflagrou já na quinta-feira (30) uma ofensiva para tentar viabilizar que o habeas corpus do ex-deputado seja julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em pedido à corte, os advogados de Cunha afirmam que a sentença de Sergio Moro desta quinta não agrega novos elementos à decisão de prisão preventiva do peemedebista. Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os novos fatos incluídos por Moro na decisão devem ser usados pelo Supremo como argumento para que a corte deixe de analisar o habeas corpus, que atacava o decreto prisional anterior. O ministro Edson Fachin já usou argumento semelhante para nega, por exemplo, a viabilidade de um habeas corpus de José Dirceu. No caso de Cunha, Moro cita como fato novo a relação de perguntas encaminhadas pelo peemedebista ao presidente Michel Temer. "Agregam-se aqui, portanto, novos fatos à prisão preventiva anteriormente decretada. O condenado buscou intimidar e constranger o Exmo. Sr. presidente da República e com isso buscar alguma espécie de intervenção indevida." Para a defesa do peemedebista, "não há inovação ou agregação". "Trata-se de tentativa lamentável de inviabilizar o exercício da jurisdição" do Supremo, escrevem os advogados.
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poder
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Defesa de Cunha faz ofensiva para que STF julgue habeas corpusA defesa do ex-deputado Eduardo Cunha deflagrou já na quinta-feira (30) uma ofensiva para tentar viabilizar que o habeas corpus do ex-deputado seja julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em pedido à corte, os advogados de Cunha afirmam que a sentença de Sergio Moro desta quinta não agrega novos elementos à decisão de prisão preventiva do peemedebista. Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os novos fatos incluídos por Moro na decisão devem ser usados pelo Supremo como argumento para que a corte deixe de analisar o habeas corpus, que atacava o decreto prisional anterior. O ministro Edson Fachin já usou argumento semelhante para nega, por exemplo, a viabilidade de um habeas corpus de José Dirceu. No caso de Cunha, Moro cita como fato novo a relação de perguntas encaminhadas pelo peemedebista ao presidente Michel Temer. "Agregam-se aqui, portanto, novos fatos à prisão preventiva anteriormente decretada. O condenado buscou intimidar e constranger o Exmo. Sr. presidente da República e com isso buscar alguma espécie de intervenção indevida." Para a defesa do peemedebista, "não há inovação ou agregação". "Trata-se de tentativa lamentável de inviabilizar o exercício da jurisdição" do Supremo, escrevem os advogados.
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A mente corrupta
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Não há brasileiro que não sinta justificada indignação diante dos escândalos que envolvem políticos, empresários e verbas públicas. Ainda que em alguns casos seja indisfarçável uma vocação decidida para a malfeitoria, surgem com frequência exemplos de condutas deploráveis praticadas por homens públicos e privados que sempre foram considerados "normais". Obviamente cônscios de terem agido ao arrepio da lei, parecem ao mesmo tempo espantar-se com as ações judiciais de que são objeto. Imaginam-se as perguntas que vêm às suas mentes. Não seguiam as regras do jogo? Não são sempre assim as concorrências no Brasil? Não é com dinheiro de propina que todos financiam suas campanhas? O que querem os juízes e promotores? Que o país deixe de funcionar? Essa sensação de "normalidade" –dentro da qual não se enquadram os casos mais flagrantes de esbórnia com dinheiro público– sem dúvida impregnou e impregna largas fatias do estamento político e empresarial. Se de certo ponto de vista o sistema em vigor no país torna corriqueiro o crime, usual a propina e protocolar o caixa dois, como lidar com a responsabilidade ética de cada indivíduo nessa interpretação? A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, colunista desta Folha, escreveu na última terça-feira (17) sobre os mecanismos íntimos, azeitados pelo hábito e pelo autoengano, que contribuem para o surgimento dos grandes corruptos. Ao que indicam recentes pesquisas científicas, não apenas a impunidade os estimula. O próprio cérebro tende a diminuir, com o tempo, as tensões e reproches que o desvio ético normalmente suscita. O centro responsável pelas emoções da angústia e do medo parece habituar-se a cada passo dado, sem punição, no caminho da delinquência. O indivíduo repete o comportamento e até se arrisca mais. Para quem possui padrões razoáveis de decência, soa incrível a naturalidade com que somas astronômicas têm sido embolsadas no escândalo da Petrobras. Ao lado de políticos ativamente envolvidos nas maquinações, não é impossível que se encontrem aqueles que simplesmente se deixaram persuadir pelos profissionais desse ramo. Não se trata de desculpar tais comportamentos, bem entendido. Ao contrário, sua compreensão é razão ainda maior para combater a impunidade –não por moralismo, mas em favor do bem comum.
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opiniao
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A mente corruptaNão há brasileiro que não sinta justificada indignação diante dos escândalos que envolvem políticos, empresários e verbas públicas. Ainda que em alguns casos seja indisfarçável uma vocação decidida para a malfeitoria, surgem com frequência exemplos de condutas deploráveis praticadas por homens públicos e privados que sempre foram considerados "normais". Obviamente cônscios de terem agido ao arrepio da lei, parecem ao mesmo tempo espantar-se com as ações judiciais de que são objeto. Imaginam-se as perguntas que vêm às suas mentes. Não seguiam as regras do jogo? Não são sempre assim as concorrências no Brasil? Não é com dinheiro de propina que todos financiam suas campanhas? O que querem os juízes e promotores? Que o país deixe de funcionar? Essa sensação de "normalidade" –dentro da qual não se enquadram os casos mais flagrantes de esbórnia com dinheiro público– sem dúvida impregnou e impregna largas fatias do estamento político e empresarial. Se de certo ponto de vista o sistema em vigor no país torna corriqueiro o crime, usual a propina e protocolar o caixa dois, como lidar com a responsabilidade ética de cada indivíduo nessa interpretação? A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, colunista desta Folha, escreveu na última terça-feira (17) sobre os mecanismos íntimos, azeitados pelo hábito e pelo autoengano, que contribuem para o surgimento dos grandes corruptos. Ao que indicam recentes pesquisas científicas, não apenas a impunidade os estimula. O próprio cérebro tende a diminuir, com o tempo, as tensões e reproches que o desvio ético normalmente suscita. O centro responsável pelas emoções da angústia e do medo parece habituar-se a cada passo dado, sem punição, no caminho da delinquência. O indivíduo repete o comportamento e até se arrisca mais. Para quem possui padrões razoáveis de decência, soa incrível a naturalidade com que somas astronômicas têm sido embolsadas no escândalo da Petrobras. Ao lado de políticos ativamente envolvidos nas maquinações, não é impossível que se encontrem aqueles que simplesmente se deixaram persuadir pelos profissionais desse ramo. Não se trata de desculpar tais comportamentos, bem entendido. Ao contrário, sua compreensão é razão ainda maior para combater a impunidade –não por moralismo, mas em favor do bem comum.
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Oi não instala internet de pacote com TV e telefone, reclama leitora
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A leitora Luciana Nassif reclama de problemas com a operadora Oi. Ela conta que adquiriu o pacote de internet, telefone fixo e TV por assinatura da Oi. No dia da instalação, a empresa afirmou que em 72 horas entrariam em contato para agendar a instalação da internet. Seis dias se passaram, porém, e nada aconteceu. Após três dias de sucessivos contatos telefônicos com a operadora, nenhum atendente foi capaz de solucionar a questão. "Infelizmente na região de Poços de Caldas (MG) não há outra operadora para fornecer esses serviços e, nesse caso, ficamos reféns de um atendimento péssimo", desabafa a leitora. Resposta - A Oi informa que contatou a cliente, que disse, por sua vez, que a Anatel já está cuidando do caso. - Queixa de Maria Luzia Leandro de Albuquerque: cobrança indevida Ao conceder empréstimo, Caixa Econômica cobrou seguro no valor de R$ 1.481,06 sem informar à correntista, que agora solicita o cancelamento da cobrança e a restituição do valor corrigido. Resposta da Caixa Econômica Diz que, ao fazer o empréstimo, cliente assinou contrato concordando com a cobrança do seguro. - Queixa de Robson de Sá Nepomuceno: entrega errada Pulseira de ouro comprada no site Mercado Livre não foi entregue, tendo outra peça sido enviada ao cliente. Após contatos, empresa se recusa a reembolsar o dinheiro ou entregar a peça correta. Resposta do Mercado Livre Informa que entrou em contato com o cliente e o caso foi solucionado. - Queixa de Karla Soares: atendimento ruim Após instalação de internet Vivo Fibra, telefone não funciona. Cliente diz que técnicos que fizeram a instalação reviraram a fiação elétrica da, e que a operadora não resolve o problema mas segue cobrando o serviço. Resposta da Vivo Afirma que contatou o filho da cliente e que a situação foi regularizada. - Queixa de Mauro dos Santos: saque não autorizado Saque não realizado foi cobrado em fatura de cartão de crédito que não foi entregue pelo banco BMG após três meses da solicitação original. Atendimento promete solucionar o caso, mas não resolve. Resposta do BMG Informa que cancelou as cobranças e contatou o cliente para esclarecimentos.
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paineldoleitor
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Oi não instala internet de pacote com TV e telefone, reclama leitoraA leitora Luciana Nassif reclama de problemas com a operadora Oi. Ela conta que adquiriu o pacote de internet, telefone fixo e TV por assinatura da Oi. No dia da instalação, a empresa afirmou que em 72 horas entrariam em contato para agendar a instalação da internet. Seis dias se passaram, porém, e nada aconteceu. Após três dias de sucessivos contatos telefônicos com a operadora, nenhum atendente foi capaz de solucionar a questão. "Infelizmente na região de Poços de Caldas (MG) não há outra operadora para fornecer esses serviços e, nesse caso, ficamos reféns de um atendimento péssimo", desabafa a leitora. Resposta - A Oi informa que contatou a cliente, que disse, por sua vez, que a Anatel já está cuidando do caso. - Queixa de Maria Luzia Leandro de Albuquerque: cobrança indevida Ao conceder empréstimo, Caixa Econômica cobrou seguro no valor de R$ 1.481,06 sem informar à correntista, que agora solicita o cancelamento da cobrança e a restituição do valor corrigido. Resposta da Caixa Econômica Diz que, ao fazer o empréstimo, cliente assinou contrato concordando com a cobrança do seguro. - Queixa de Robson de Sá Nepomuceno: entrega errada Pulseira de ouro comprada no site Mercado Livre não foi entregue, tendo outra peça sido enviada ao cliente. Após contatos, empresa se recusa a reembolsar o dinheiro ou entregar a peça correta. Resposta do Mercado Livre Informa que entrou em contato com o cliente e o caso foi solucionado. - Queixa de Karla Soares: atendimento ruim Após instalação de internet Vivo Fibra, telefone não funciona. Cliente diz que técnicos que fizeram a instalação reviraram a fiação elétrica da, e que a operadora não resolve o problema mas segue cobrando o serviço. Resposta da Vivo Afirma que contatou o filho da cliente e que a situação foi regularizada. - Queixa de Mauro dos Santos: saque não autorizado Saque não realizado foi cobrado em fatura de cartão de crédito que não foi entregue pelo banco BMG após três meses da solicitação original. Atendimento promete solucionar o caso, mas não resolve. Resposta do BMG Informa que cancelou as cobranças e contatou o cliente para esclarecimentos.
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Paulinho da Força e Beto Mansur são hostilizados em voo; veja
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Quase termina em briga um voo que partiu de São Paulo a Brasília, na noite de domingo, e que levava o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) e o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, à capital. Os dois estão entre os principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff.O protesto foi organizado por bancários do Banco do Brasil que viajavam a Brasília."Faltou pouco para o tempo fechar", afirma Beto Mansur.Num primeiro momento, o alvo era apenas o deputado Paulinho da Força. Um dos passsageiros se levantou e começou a dizer que ele era o "Paulinho da Farsa Sindical". Outro filmava. Nos fundos da aeronave, um grupo começou a gritar "golpistas, fascistas, não passarão".Leia a reportagem
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tv
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Paulinho da Força e Beto Mansur são hostilizados em voo; vejaQuase termina em briga um voo que partiu de São Paulo a Brasília, na noite de domingo, e que levava o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) e o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, à capital. Os dois estão entre os principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff.O protesto foi organizado por bancários do Banco do Brasil que viajavam a Brasília."Faltou pouco para o tempo fechar", afirma Beto Mansur.Num primeiro momento, o alvo era apenas o deputado Paulinho da Força. Um dos passsageiros se levantou e começou a dizer que ele era o "Paulinho da Farsa Sindical". Outro filmava. Nos fundos da aeronave, um grupo começou a gritar "golpistas, fascistas, não passarão".Leia a reportagem
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PF prende 12 suspeitos de participação em homicídios, tráfico e roubos em AL
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A PF (Polícia Federal) prendeu 12 pessoas nesta quarta-feira (1º) sob suspeita de pertencerem a um grupo de extermínio que agia no município de Pilar, em Alagoas. Segundo a corporação, dois policiais civis e dois militares estão entre os detidos. A operação desta quarta, que foi chamada de Trombstone (em referência a filme de mesmo nome, de 1993), foi deflagrada após um ano de investigações, que apontaram o envolvimento do grupo em homicídios, tráfico de drogas, roubos e comércio ilícito de armas e munições. Segundo o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Fábio Maia, a maioria das vítimas do grupo, inclusive adolescentes, eram apontados como responsáveis por outros crimes, mas também há registro de vítimas inocentes. Um dos suspeitos teria reagido à prisão, sendo atingido por um tiro de raspão no abdômen. Ele foi encaminhado ao hospital e não corre risco de morrer. Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de 21 armas –entre espingardas, revólveres e pistolas–, munições, celulares e computadores. Os presos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e encaminhados ao complexo prisional. Eles devem responder pelos crimes de associação criminosa, homicídio, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições, de acordo com a participação de cada um.
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cotidiano
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PF prende 12 suspeitos de participação em homicídios, tráfico e roubos em ALA PF (Polícia Federal) prendeu 12 pessoas nesta quarta-feira (1º) sob suspeita de pertencerem a um grupo de extermínio que agia no município de Pilar, em Alagoas. Segundo a corporação, dois policiais civis e dois militares estão entre os detidos. A operação desta quarta, que foi chamada de Trombstone (em referência a filme de mesmo nome, de 1993), foi deflagrada após um ano de investigações, que apontaram o envolvimento do grupo em homicídios, tráfico de drogas, roubos e comércio ilícito de armas e munições. Segundo o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Fábio Maia, a maioria das vítimas do grupo, inclusive adolescentes, eram apontados como responsáveis por outros crimes, mas também há registro de vítimas inocentes. Um dos suspeitos teria reagido à prisão, sendo atingido por um tiro de raspão no abdômen. Ele foi encaminhado ao hospital e não corre risco de morrer. Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de 21 armas –entre espingardas, revólveres e pistolas–, munições, celulares e computadores. Os presos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e encaminhados ao complexo prisional. Eles devem responder pelos crimes de associação criminosa, homicídio, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições, de acordo com a participação de cada um.
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Após ataques na Síria, Rússia pede ação coordenada contra terrorismo
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Com os primeiros ataques aéreos na Síria e a convocação de reunião no Conselho de Segurança da ONU nesta quarta (30), a Rússia assumiu a frente do debate e intensificou sua ação militar e diplomática no combate à milícia terrorista Estado Islâmico (EI). Presidindo a reunião convocada por Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, ressaltou a importância de uma frente unida contra o EI e anunciou a apresentação do esboço de uma resolução no Conselho de Segurança para tornar a proposta realidade. "Precisamos de posições aprovadas coletivamente, com o suporte do Conselho de Segurança", disse Lavrov. Horas antes, caças russos haviam efetuado "ataques pontuais" na Síria contra o EI, segundo o Ministério da Defesa. Os alvos da primeira ofensiva russa no país foram equipamentos, armamentos e depósitos de combustível da facção terrorista, acrescentou o ministério. O gabinete do presidente, Vladimir Putin, disse que o objetivo era "exclusivamente dar suporte aéreo às forças do governo sírio em sua luta contra o Estado Islâmico". Entretanto, ativistas sírios divulgaram na internet imagens de supostos alvos dos ataques russos nas cidades de Homs e Hama que não seriam do EI, mas de outros grupos que lutam contra o governo. O apoio militar de Moscou ao regime de Damasco sofre forte oposição dos EUA, que não consideram possível uma solução para a crise enquanto o ditador sírio, Bashar al-Assad, estiver no poder. O governo americano confirmou a ofensiva russa, dizendo que foi informado uma hora antes de seu início por uma mensagem de Moscou à embaixada dos EUA no Iraque. A mensagem incluía um pedido para que os americanos evitassem o espaço aéreo sírio durante os ataques russos. Washington logo criticou a ação militar russa, que considera como um elemento adicional de instabilidade. E afirmou que ela não mudará a campanha aérea americana contra alvos do EI na Síria. Rússia ataca posições na Síria FRENTE UNIDA Na frente diplomática, o chanceler russo reiterou o discurso do presidente Putin, feito dois dias antes na Assembleia-Geral da ONU, de que é preciso criar uma frente unida contra o EI. Lavrov ressaltou a necessidade de "maximizar" a luta contra a facção e citou países com um papel especialmente importante para colocar um fim ao caos sírio, entre eles Rússia, Irã, Arábia Saudita, Turquia, Qatar, Jordânia, Egito, EUA e China. Desde sua abertura, na segunda (28), a Assembleia-Geral da ONU tem sido dominada pela crise na Síria e a disputa entre EUA e Rússia sobre a melhor forma de enfrentá-la. Na terça, numa cúpula sobre o combate ao terrorismo convocada pela Casa Branca, o presidente dos EUA, Barack Obama, deixou claro que não aceita a permanência de Assad no poder, mas afirmou que está disposto a trabalhar com rivais como Rússia e Irã para resolver o conflito. Em sua intervenção na sessão do Conselho de Segurança, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, criticou o apoio russo a Al-Assad e voltou a argumentar que não haverá resolução do conflito sem a sua deposição. Para Kerry, os ataques russos a Homs "nos fazem questionar qual é a real intenção da Rússia, combater o EI ou apoiar Assad". A China manteve a tradição de se posicionar contra a intervenção externa. Num discurso sem uma proposta clara, o chanceler chinês, Wang Yi, disse que "a comunidade internacional não pode ficar passiva, mas também não deve intervir de forma arbitrária". Para ele, a ação internacional na Síria deve começar pela ajuda humanitária. "A solução política é a única saída para a crise síria", disse.
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mundo
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Após ataques na Síria, Rússia pede ação coordenada contra terrorismoCom os primeiros ataques aéreos na Síria e a convocação de reunião no Conselho de Segurança da ONU nesta quarta (30), a Rússia assumiu a frente do debate e intensificou sua ação militar e diplomática no combate à milícia terrorista Estado Islâmico (EI). Presidindo a reunião convocada por Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, ressaltou a importância de uma frente unida contra o EI e anunciou a apresentação do esboço de uma resolução no Conselho de Segurança para tornar a proposta realidade. "Precisamos de posições aprovadas coletivamente, com o suporte do Conselho de Segurança", disse Lavrov. Horas antes, caças russos haviam efetuado "ataques pontuais" na Síria contra o EI, segundo o Ministério da Defesa. Os alvos da primeira ofensiva russa no país foram equipamentos, armamentos e depósitos de combustível da facção terrorista, acrescentou o ministério. O gabinete do presidente, Vladimir Putin, disse que o objetivo era "exclusivamente dar suporte aéreo às forças do governo sírio em sua luta contra o Estado Islâmico". Entretanto, ativistas sírios divulgaram na internet imagens de supostos alvos dos ataques russos nas cidades de Homs e Hama que não seriam do EI, mas de outros grupos que lutam contra o governo. O apoio militar de Moscou ao regime de Damasco sofre forte oposição dos EUA, que não consideram possível uma solução para a crise enquanto o ditador sírio, Bashar al-Assad, estiver no poder. O governo americano confirmou a ofensiva russa, dizendo que foi informado uma hora antes de seu início por uma mensagem de Moscou à embaixada dos EUA no Iraque. A mensagem incluía um pedido para que os americanos evitassem o espaço aéreo sírio durante os ataques russos. Washington logo criticou a ação militar russa, que considera como um elemento adicional de instabilidade. E afirmou que ela não mudará a campanha aérea americana contra alvos do EI na Síria. Rússia ataca posições na Síria FRENTE UNIDA Na frente diplomática, o chanceler russo reiterou o discurso do presidente Putin, feito dois dias antes na Assembleia-Geral da ONU, de que é preciso criar uma frente unida contra o EI. Lavrov ressaltou a necessidade de "maximizar" a luta contra a facção e citou países com um papel especialmente importante para colocar um fim ao caos sírio, entre eles Rússia, Irã, Arábia Saudita, Turquia, Qatar, Jordânia, Egito, EUA e China. Desde sua abertura, na segunda (28), a Assembleia-Geral da ONU tem sido dominada pela crise na Síria e a disputa entre EUA e Rússia sobre a melhor forma de enfrentá-la. Na terça, numa cúpula sobre o combate ao terrorismo convocada pela Casa Branca, o presidente dos EUA, Barack Obama, deixou claro que não aceita a permanência de Assad no poder, mas afirmou que está disposto a trabalhar com rivais como Rússia e Irã para resolver o conflito. Em sua intervenção na sessão do Conselho de Segurança, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, criticou o apoio russo a Al-Assad e voltou a argumentar que não haverá resolução do conflito sem a sua deposição. Para Kerry, os ataques russos a Homs "nos fazem questionar qual é a real intenção da Rússia, combater o EI ou apoiar Assad". A China manteve a tradição de se posicionar contra a intervenção externa. Num discurso sem uma proposta clara, o chanceler chinês, Wang Yi, disse que "a comunidade internacional não pode ficar passiva, mas também não deve intervir de forma arbitrária". Para ele, a ação internacional na Síria deve começar pela ajuda humanitária. "A solução política é a única saída para a crise síria", disse.
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Camargo Corrêa pagou R$ 110 milhões em propina na Petrobras, diz executivo
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O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse em depoimento prestado em seu acordo de delação premiada que a empreiteira pagou R$ 110 milhões em propina para fechar contratos com a Petrobras entre 2007 e 2012. Desse montante, a diretoria de Serviços, comandada por Renato Duque nessa época, ficou com R$ 63 milhões, enquanto a diretoria de Abastecimento, que tinha à frente Paulo Roberto Costa, levou R$ 47 milhões, segundo Leite. Duque, que está preso, foi indicado ao cargo pelo ex-ministro José Dirceu —o que ambos negam. Já Costa foi uma indicação do PP, mas, no cargo, ele conseguiu o apoio do PT e do PMDB. O teor do acordo foi disponibilizado pela Justiça federal de Curitiba na noite desta sexta (17). Os depoimentos foram prestados em março. PRESIDÊNCIA SABIA Leite contou aos procuradores e aos delegados da Polícia Federal que a cúpula da Camargo sabia da prática de pagamento de suborno, "desde a diretoria executiva até a presidência executiva". O presidente da empreiteira, Dalton Avancini, também fez um acordo de delação, e contou que a Camargo pagou R$ 10 milhões para conseguir uma obra na Revap (Refinaria Vale do Paraíba, em São Paulo). O suborno foi pago em 2011 pelo empresário Julio Camargo, que recebeu os recursos da Camargo por meio de uma empresa dele, a Piemonte, simulando a prestação de consultoria. O vice-presidente conta que teve um jantar com Duque e Pedro Barusco, gerente que trabalhava na área de Serviços, no qual a dupla cobrou R$ 50 milhões que a empreiteira devia em suborno só para esse setor da Petrobras. A cobrança ocorreu na casa de Julio Camargo, que já confessou fazer repasse de suborno no esquema da Petrobras. Ao falar sobre as obras conquistadas pelo Camargo, Avancini cita 32 contratos e diz que todos os negócios fechados depois de 2007 foram conquistados com pagamentos de propina para a diretoria de Serviços, de Renato Duque. Segundo lista entregue pelo executivo, são dez obras, entre as quais as mais caras já feitas pela Petrobras como a refinaria Abreu e Lima e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Avancini relata que a empresa Sanko Sider, que foi contratada pela Camargo para fornecer tubos para a refinaria Abreu e Lima, repassou R$ 31 milhões em propina por meio de Youssef. Foi o doleiro quem indicou a Sanko para a Camargo, segundo ele. O contrato da Camargo nessa refinaria, que está em fase de testes em Pernambuco, já atingiu R$ 3,8 bilhões. O presidente da Camargo também relatou que a empreiteira participou de um cartel que fraudava licitações da Petrobras e acusou a Odebrecht de liberar o esquema. A Camargo informou por meio de sua assessoria que não vai se pronunciar sobre a delação, mas está colaborando com as autoridades. A defesa de Duque nega que ele tenha praticado crimes na diretoria de Serviços da estatal. A Sanko Sider refuta com veemência ter praticado irregularidades.
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poder
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Camargo Corrêa pagou R$ 110 milhões em propina na Petrobras, diz executivoO vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse em depoimento prestado em seu acordo de delação premiada que a empreiteira pagou R$ 110 milhões em propina para fechar contratos com a Petrobras entre 2007 e 2012. Desse montante, a diretoria de Serviços, comandada por Renato Duque nessa época, ficou com R$ 63 milhões, enquanto a diretoria de Abastecimento, que tinha à frente Paulo Roberto Costa, levou R$ 47 milhões, segundo Leite. Duque, que está preso, foi indicado ao cargo pelo ex-ministro José Dirceu —o que ambos negam. Já Costa foi uma indicação do PP, mas, no cargo, ele conseguiu o apoio do PT e do PMDB. O teor do acordo foi disponibilizado pela Justiça federal de Curitiba na noite desta sexta (17). Os depoimentos foram prestados em março. PRESIDÊNCIA SABIA Leite contou aos procuradores e aos delegados da Polícia Federal que a cúpula da Camargo sabia da prática de pagamento de suborno, "desde a diretoria executiva até a presidência executiva". O presidente da empreiteira, Dalton Avancini, também fez um acordo de delação, e contou que a Camargo pagou R$ 10 milhões para conseguir uma obra na Revap (Refinaria Vale do Paraíba, em São Paulo). O suborno foi pago em 2011 pelo empresário Julio Camargo, que recebeu os recursos da Camargo por meio de uma empresa dele, a Piemonte, simulando a prestação de consultoria. O vice-presidente conta que teve um jantar com Duque e Pedro Barusco, gerente que trabalhava na área de Serviços, no qual a dupla cobrou R$ 50 milhões que a empreiteira devia em suborno só para esse setor da Petrobras. A cobrança ocorreu na casa de Julio Camargo, que já confessou fazer repasse de suborno no esquema da Petrobras. Ao falar sobre as obras conquistadas pelo Camargo, Avancini cita 32 contratos e diz que todos os negócios fechados depois de 2007 foram conquistados com pagamentos de propina para a diretoria de Serviços, de Renato Duque. Segundo lista entregue pelo executivo, são dez obras, entre as quais as mais caras já feitas pela Petrobras como a refinaria Abreu e Lima e o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Avancini relata que a empresa Sanko Sider, que foi contratada pela Camargo para fornecer tubos para a refinaria Abreu e Lima, repassou R$ 31 milhões em propina por meio de Youssef. Foi o doleiro quem indicou a Sanko para a Camargo, segundo ele. O contrato da Camargo nessa refinaria, que está em fase de testes em Pernambuco, já atingiu R$ 3,8 bilhões. O presidente da Camargo também relatou que a empreiteira participou de um cartel que fraudava licitações da Petrobras e acusou a Odebrecht de liberar o esquema. A Camargo informou por meio de sua assessoria que não vai se pronunciar sobre a delação, mas está colaborando com as autoridades. A defesa de Duque nega que ele tenha praticado crimes na diretoria de Serviços da estatal. A Sanko Sider refuta com veemência ter praticado irregularidades.
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O Snapchat não pegou na eleição
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Se algum leitor tivesse decidido acompanhar as eleições de São Paulo apenas pelo Snapchat, rede social sensação entre os adolescentes, ficaria sem pai nem mãe na hora de decidir em quem votar. Dos cinco principais candidatos, só três (Marta Suplicy, Fernando Haddad e Celso Russomanno) abriram perfis. Mas, ao longo da campanha, foram bissextas as postagens deles por lá. Nas três últimas semanas de eleições antes do primeiro turno, Russomanno sequer postou. No perfil de Marta apareceram alguns poucos "snaps", geralmente em caminhadas pelas ruas ou antes de debates. Haddad só postou na véspera do pleito. Não que as campanhas não tivessem razão em deixar a rede social de lado. Todos eles criaram os perfis recentemente, então o alcance das postagens é pequeno e se justifica gastar energia em outra coisa. Um dos problemas, na verdade, foi não ter criado a conta e cativado os seguidores antes, para chegar na campanha com uma base mais robusta. Outra dificuldade com o Snapchat é que políticos em geral ainda não chegaram a uma fórmula para atuar ali. O usuário desta rede social está interessado numa visão mais "humana" das pessoas, sem muita produção. Tudo isso está longe do que estamos acostumados quando se trata de vídeos em campanhas eleitorais. Não se trata de um drama exclusivo brasileiro. Nos EUA, a campanha presidencial começou com a expectativa que seria muito forte no Snapchat, mas também deu água. O democrata Bernie Sanders até tinha um bom trabalho, mas Hillary Clinton e Donald Trump possuem perfis que já foram muito mais atualizados que hoje em dia. Ninguém chegou a um formato que agradasse aos seguidores. uniforme O QUE DORIA FARÁ Com o fim da disputa eleitoral em São Paulo, os internautas paulistanos voltaram suas artilharias de memes para o futuro governo de João Doria (PSDB). E percebe-se neles que o tucano ainda não se livrou da fama de "coxinha", mas conseguiu transmitir bem sua intenção de passar várias tarefas da Prefeitura para a iniciativa privada.
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colunas
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O Snapchat não pegou na eleiçãoSe algum leitor tivesse decidido acompanhar as eleições de São Paulo apenas pelo Snapchat, rede social sensação entre os adolescentes, ficaria sem pai nem mãe na hora de decidir em quem votar. Dos cinco principais candidatos, só três (Marta Suplicy, Fernando Haddad e Celso Russomanno) abriram perfis. Mas, ao longo da campanha, foram bissextas as postagens deles por lá. Nas três últimas semanas de eleições antes do primeiro turno, Russomanno sequer postou. No perfil de Marta apareceram alguns poucos "snaps", geralmente em caminhadas pelas ruas ou antes de debates. Haddad só postou na véspera do pleito. Não que as campanhas não tivessem razão em deixar a rede social de lado. Todos eles criaram os perfis recentemente, então o alcance das postagens é pequeno e se justifica gastar energia em outra coisa. Um dos problemas, na verdade, foi não ter criado a conta e cativado os seguidores antes, para chegar na campanha com uma base mais robusta. Outra dificuldade com o Snapchat é que políticos em geral ainda não chegaram a uma fórmula para atuar ali. O usuário desta rede social está interessado numa visão mais "humana" das pessoas, sem muita produção. Tudo isso está longe do que estamos acostumados quando se trata de vídeos em campanhas eleitorais. Não se trata de um drama exclusivo brasileiro. Nos EUA, a campanha presidencial começou com a expectativa que seria muito forte no Snapchat, mas também deu água. O democrata Bernie Sanders até tinha um bom trabalho, mas Hillary Clinton e Donald Trump possuem perfis que já foram muito mais atualizados que hoje em dia. Ninguém chegou a um formato que agradasse aos seguidores. uniforme O QUE DORIA FARÁ Com o fim da disputa eleitoral em São Paulo, os internautas paulistanos voltaram suas artilharias de memes para o futuro governo de João Doria (PSDB). E percebe-se neles que o tucano ainda não se livrou da fama de "coxinha", mas conseguiu transmitir bem sua intenção de passar várias tarefas da Prefeitura para a iniciativa privada.
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Empresas aéreas não vão cobrar taxas de remarcação de passagem na greve
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As companhias aéreas Gol, Latam e Avianca decidiram não cobrar taxas de remarcação de passagens de clientes que forem afetados pela greve geral e manifestações marcadas para sexta-feira (28) por várias categorias profissionais. A Gol, companhia aérea líder no mercado doméstico, afirmou em comunicado que "em função da eventual greve anunciada, os clientes com voo marcado para esta data e que desejarem remarcar sua viagem (antecipar ou postergar), poderão fazê-lo sem custo". Já a Latam, segunda no mercado doméstico, informou que voos da companhia poderão registrar atrasos e cancelamentos em rotas domésticas e internacionais caso se concretize a paralisação. Com isso, a empresa afirmou que os passageiros com voos marcados para sexta-feira poderão antecipar ou adiar em até 15 dias as viagens sem cobrança de multas. Os passageiros também poderão alterar origens ou destinos sem cobrança de taxas adicionais ou pedir reembolso das passagens sem multa. A Avianca publicou em seu site aviso em que afirma que "isentará a taxa de remarcação aos passageiros que desejarem alterar reservas confirmadas em voos desta sexta-feira, aqueles que optarem pelo cancelamento receberão o valor integral da passagem". A Azul comentou que está fazendo caso a caso a análise dos pedidos dos passageiros interessados em alterar suas viagens em função da paralisação marcada para sexta-feira. "A companhia ressalta que, até o momento, a programação de voos permanece inalterada", afirmou a empresa em comunicado. A GREVE GERAL Sindicatos e movimentos sociais convocaram greve geral para esta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. A maior parte do sistema de transporte público em São Paulo deve ser afetado com a adesão de metroviários, ferroviários da CPTM e motoristas de ônibus. Em liminar concedida nesta quarta (26), o Tribunal Regional do Trabalho determinou aos metroviários que mantenham um efetivo mínimo de 80% trabalhando nos horários de pico e 60% no resto do dia, sob pena de R$ 100 mil. Para tentar amenizar os transtornos, o rodízio de carros e a zona azul foram suspensos em São Paulo.
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mercado
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Empresas aéreas não vão cobrar taxas de remarcação de passagem na greveAs companhias aéreas Gol, Latam e Avianca decidiram não cobrar taxas de remarcação de passagens de clientes que forem afetados pela greve geral e manifestações marcadas para sexta-feira (28) por várias categorias profissionais. A Gol, companhia aérea líder no mercado doméstico, afirmou em comunicado que "em função da eventual greve anunciada, os clientes com voo marcado para esta data e que desejarem remarcar sua viagem (antecipar ou postergar), poderão fazê-lo sem custo". Já a Latam, segunda no mercado doméstico, informou que voos da companhia poderão registrar atrasos e cancelamentos em rotas domésticas e internacionais caso se concretize a paralisação. Com isso, a empresa afirmou que os passageiros com voos marcados para sexta-feira poderão antecipar ou adiar em até 15 dias as viagens sem cobrança de multas. Os passageiros também poderão alterar origens ou destinos sem cobrança de taxas adicionais ou pedir reembolso das passagens sem multa. A Avianca publicou em seu site aviso em que afirma que "isentará a taxa de remarcação aos passageiros que desejarem alterar reservas confirmadas em voos desta sexta-feira, aqueles que optarem pelo cancelamento receberão o valor integral da passagem". A Azul comentou que está fazendo caso a caso a análise dos pedidos dos passageiros interessados em alterar suas viagens em função da paralisação marcada para sexta-feira. "A companhia ressalta que, até o momento, a programação de voos permanece inalterada", afirmou a empresa em comunicado. A GREVE GERAL Sindicatos e movimentos sociais convocaram greve geral para esta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. A maior parte do sistema de transporte público em São Paulo deve ser afetado com a adesão de metroviários, ferroviários da CPTM e motoristas de ônibus. Em liminar concedida nesta quarta (26), o Tribunal Regional do Trabalho determinou aos metroviários que mantenham um efetivo mínimo de 80% trabalhando nos horários de pico e 60% no resto do dia, sob pena de R$ 100 mil. Para tentar amenizar os transtornos, o rodízio de carros e a zona azul foram suspensos em São Paulo.
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Delação de Paulo Roberto é 'política', diz Pezão
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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta sexta-feira (13) que a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, é uma "denúncia política". O depoimento foi a base para a abertura de inquérito contra o peemedebista, seu antecessor no cargo, Sérgio Cabral (PMDB), e o ex-secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, no STJ (Superior Tribunal de Justiça) pela Operação Lava Jato. De acordo com Pezão, o fato de Paulo Roberto ter trabalhado na pré-campanha do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio no ano passado compromete seu depoimento. O ex-diretor afirma que intermediou o repasse de R$ 30 milhões de empreiteiras para o "caixa dois" da campanha de reeleição de Cabral em 2010, em que o atual governador era vice. "Sei que a pessoa que fez a delação premiada estava a serviço de uma outra candidatura. Era o captador de recursos de outra candidatura. Era o coordenador do programa de governo. É uma denúncia política", disse Pezão. Paulo Roberto se reuniu algumas vezes com Lindbergh em 2014 antes do início da campanha ao governo do Rio, quando já não trabalhava mais na Petrobras. Ele era o coordenador do plano de governo para o setor de petróleo, gás, energia e infraestrutura. Seria também secretário de Desenvolvimento caso o petista vencesse a disputa –ele terminou em quarto. Lindbergh também é investigado pela Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato. O petista se reuniu em 2010 dentro da Petrobras com Paulo Roberto para pedir ajuda na captação de recursos para sua campanha ao Senado. O ex-diretor afirmou, em delação premiada, que as doações saíram do desvio de 3% de contratos da estatal destinado a propina a políticos. O senador diz que não sabia da corrupção na empresa. Pezão, por sua vez, é acusado por Paulo Roberto de ter participado de uma reunião com ele, Cabral e Fichtner em 2010, na qual foi solicitado ao ex-diretor da Petrobras recursos para o "caixa dois" da campanha ao governo do Rio em 2010. Os três negam ter pedido dinheiro ao delator. O governador afirma que se considera "julgado e condenado" com a instalação do inquérito. Após a investigação, a procuradoria vai definir se propõe ação penal contra Pezão no STJ, que o julgará culpado ou inocente. "Estou à disposição da Justiça. Mas lamento esse nível de exposição com uma delação de uma pessoa que era coordenador de campanha dos meus adversários. [...] Eu já fui julgado e condenado. Agora vão me dar o direito de defesa. Fiquei surpreso ao chegar nesse nível de exposição por ter ouvido uma conversa que não aconteceu." PAES O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), defendeu os aliados. Ele disse que o inquérito no STJ deve correr com rapidez, e afirmou ter segurança de que Pezão, Cabral e Fichtner serão absolvidos. "Inquérito faz parte da democracia, não é condenação. Algumas pessoas nessa situação vão ser caracterizadas como participantes de esquema de corrupção, e devem ser punidos. Outros serão absolvidos. É o que tenho certeza que vai acontecer com Pezão e Cabral. Só acho que deve haver celeridade no processo", disse Paes.
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Delação de Paulo Roberto é 'política', diz PezãoO governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta sexta-feira (13) que a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, é uma "denúncia política". O depoimento foi a base para a abertura de inquérito contra o peemedebista, seu antecessor no cargo, Sérgio Cabral (PMDB), e o ex-secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, no STJ (Superior Tribunal de Justiça) pela Operação Lava Jato. De acordo com Pezão, o fato de Paulo Roberto ter trabalhado na pré-campanha do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio no ano passado compromete seu depoimento. O ex-diretor afirma que intermediou o repasse de R$ 30 milhões de empreiteiras para o "caixa dois" da campanha de reeleição de Cabral em 2010, em que o atual governador era vice. "Sei que a pessoa que fez a delação premiada estava a serviço de uma outra candidatura. Era o captador de recursos de outra candidatura. Era o coordenador do programa de governo. É uma denúncia política", disse Pezão. Paulo Roberto se reuniu algumas vezes com Lindbergh em 2014 antes do início da campanha ao governo do Rio, quando já não trabalhava mais na Petrobras. Ele era o coordenador do plano de governo para o setor de petróleo, gás, energia e infraestrutura. Seria também secretário de Desenvolvimento caso o petista vencesse a disputa –ele terminou em quarto. Lindbergh também é investigado pela Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato. O petista se reuniu em 2010 dentro da Petrobras com Paulo Roberto para pedir ajuda na captação de recursos para sua campanha ao Senado. O ex-diretor afirmou, em delação premiada, que as doações saíram do desvio de 3% de contratos da estatal destinado a propina a políticos. O senador diz que não sabia da corrupção na empresa. Pezão, por sua vez, é acusado por Paulo Roberto de ter participado de uma reunião com ele, Cabral e Fichtner em 2010, na qual foi solicitado ao ex-diretor da Petrobras recursos para o "caixa dois" da campanha ao governo do Rio em 2010. Os três negam ter pedido dinheiro ao delator. O governador afirma que se considera "julgado e condenado" com a instalação do inquérito. Após a investigação, a procuradoria vai definir se propõe ação penal contra Pezão no STJ, que o julgará culpado ou inocente. "Estou à disposição da Justiça. Mas lamento esse nível de exposição com uma delação de uma pessoa que era coordenador de campanha dos meus adversários. [...] Eu já fui julgado e condenado. Agora vão me dar o direito de defesa. Fiquei surpreso ao chegar nesse nível de exposição por ter ouvido uma conversa que não aconteceu." PAES O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), defendeu os aliados. Ele disse que o inquérito no STJ deve correr com rapidez, e afirmou ter segurança de que Pezão, Cabral e Fichtner serão absolvidos. "Inquérito faz parte da democracia, não é condenação. Algumas pessoas nessa situação vão ser caracterizadas como participantes de esquema de corrupção, e devem ser punidos. Outros serão absolvidos. É o que tenho certeza que vai acontecer com Pezão e Cabral. Só acho que deve haver celeridade no processo", disse Paes.
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Gasto de brasileiros no exterior recua 31% e é o menor em 5 anos
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Os gastos com viagens internacionais caíram 31% nos 11 primeiros meses de 2015, segundo o Banco Central. O valor de US$ 16,1 bilhões acumulado no ano é o menor desde 2010 (US$ 14,3 bilhões). Em novembro, os gastos somaram US$ 971 milhões. É a primeira vez em que essa despesa fica abaixo de US$ 1 bilhão desde fevereiro de 2010, quando somou US$ 961 milhões. Gastos dos brasileiros no exterior - Em US$ bilhões O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que o encarecimento das viagens por causa da desvalorização de quase 40% do real é o principal fator que influenciou esse resultado. "É uma retração expressiva. A taxa de câmbio sensibiliza bastante esse item", afirmou. Maciel citou também a queda na renda do brasileiro como outro fator que derrubou as despesas.
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Gasto de brasileiros no exterior recua 31% e é o menor em 5 anosOs gastos com viagens internacionais caíram 31% nos 11 primeiros meses de 2015, segundo o Banco Central. O valor de US$ 16,1 bilhões acumulado no ano é o menor desde 2010 (US$ 14,3 bilhões). Em novembro, os gastos somaram US$ 971 milhões. É a primeira vez em que essa despesa fica abaixo de US$ 1 bilhão desde fevereiro de 2010, quando somou US$ 961 milhões. Gastos dos brasileiros no exterior - Em US$ bilhões O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que o encarecimento das viagens por causa da desvalorização de quase 40% do real é o principal fator que influenciou esse resultado. "É uma retração expressiva. A taxa de câmbio sensibiliza bastante esse item", afirmou. Maciel citou também a queda na renda do brasileiro como outro fator que derrubou as despesas.
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Patente por via rápida muda rotina de empresas; conheça mecanismos
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Com mais de 225 mil pedidos de patente aguardando análise, em uma espera que demora, em média, 10,9 anos, o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) vem criando mecanismos para que projetos prioritários tenham sua análise acelerada. Entre os que podem "furar a fila", estão os considerados estratégicos para o SUS ou de pessoa com 60 anos ou mais. Além disso, o órgão vem realizando programas-piloto para acelerar a concessão de patentes verdes, para projetos que tragam ganhos ambientais (encerrado em abril e que deverá se tornar permanente), e outro para micro e pequenas empresas, lançado em fevereiro deste ano. Júlio César Moreira, diretor de patentes do Inpi, diz que a via rápida é concedida para projetos que são estratégicos para o desenvolvimento do país ou em casos em que o depositante tem necessidade de resposta rápida. Ele diz que o objetivo do Inpi é que até 20% do tempo dos examinadores seja dedicado a exames prioritários. Uma das empresas que se beneficiaram da aceleração da análise de sua patente foi a Solum Ambiental, de São José dos Campos (SP). Fura-Fila - Conheça os principais programas de exame prioritário de patentes A empresa faz tratamento de lixo a partir da pirólise (em linhas gerais, uma decomposição em alta temperatura sem a presença de oxigênio), desintegrando o material com pouca geração de resíduos, diz Luis Namura Poblacion, presidente da Solum. A companhia começou a buscar uma maneira economicamente viável de fazer o processo no ano 2000. Há cerca de cinco anos se aproximou da solução atual, que usa a energia armazenada no próprio lixo para a operação do equipamento. Ela obteve uma patente verde para o projeto em 2013, nove meses após submetê-la ao Inpi. A tecnologia deve chegar ao mercado no ano que vem. Agora a companhia busca patentear seu projeto em outros 30 países. Neste ano, a empresa paulista venceu a quarta edição do Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação na categoria "Cidades do Futuro". Outra companhia que se beneficiou da patente verde foi a consultoria ambiental Manancial, do engenheiro Júlio Prezotti, que adaptou método de recuperação de terras que foram exauridas pela mineração. Para isso, usa resíduos da extração de petróleo para cobrir as áreas degradadas. Segundo Prezotti, a patente teve impactos objetivos no dia a dia de sua empresa, de Vila Velha (Espírito Santo). "O mais importante é a credibilidade que a patente dá. Com ela, entidades de pesquisa e bancos me recebem com mais atenção." Patentes por ano do programa-piloto - PALIATIVO Moreira, do Inpi, diz considerar bons os resultados obtidos pelos programas. Destaca o prazo curto de análise dos pedidos, que chega a ser de menos de um ano. Porém a medida é paliativa, segundo sua avaliação. "Para que tenhamos resultados duradouros, precisamos que o Inpi se reestruture." Ele afirma que o órgão, autarquia do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), conta com 260 examinadores. Para lidar com a fila de projetos, ele diz que seriam necessários 800. Ele afirma que o aumento de receita que o Inpi teria caso conseguisse analisar mais projetos com celeridade permitiria manter a organização financeiramente sustentável com mais profissionais. Fernando Braune, professor do MBA em inovação estratégica da Fundação Getulio Vargas, que diz avaliar positivamente os programas de priorização do Inpi, afirma que a escolha de áreas eleitas para furar a fila deve ser feita com cautela, para não criar novas ineficiências. "O ideal seria não ter prioridade nenhuma, pois ela ajuda algumas áreas e causa mais atrasos em outras." Em nota, o Mdic afirma estar auxiliando o Inpi para garantir a estrutura, os recursos e a quantidade de pessoal necessários. Em maio, com apoio do ministério, o Inpi nomeou 70 pesquisadores, lembra a nota.
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Patente por via rápida muda rotina de empresas; conheça mecanismosCom mais de 225 mil pedidos de patente aguardando análise, em uma espera que demora, em média, 10,9 anos, o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) vem criando mecanismos para que projetos prioritários tenham sua análise acelerada. Entre os que podem "furar a fila", estão os considerados estratégicos para o SUS ou de pessoa com 60 anos ou mais. Além disso, o órgão vem realizando programas-piloto para acelerar a concessão de patentes verdes, para projetos que tragam ganhos ambientais (encerrado em abril e que deverá se tornar permanente), e outro para micro e pequenas empresas, lançado em fevereiro deste ano. Júlio César Moreira, diretor de patentes do Inpi, diz que a via rápida é concedida para projetos que são estratégicos para o desenvolvimento do país ou em casos em que o depositante tem necessidade de resposta rápida. Ele diz que o objetivo do Inpi é que até 20% do tempo dos examinadores seja dedicado a exames prioritários. Uma das empresas que se beneficiaram da aceleração da análise de sua patente foi a Solum Ambiental, de São José dos Campos (SP). Fura-Fila - Conheça os principais programas de exame prioritário de patentes A empresa faz tratamento de lixo a partir da pirólise (em linhas gerais, uma decomposição em alta temperatura sem a presença de oxigênio), desintegrando o material com pouca geração de resíduos, diz Luis Namura Poblacion, presidente da Solum. A companhia começou a buscar uma maneira economicamente viável de fazer o processo no ano 2000. Há cerca de cinco anos se aproximou da solução atual, que usa a energia armazenada no próprio lixo para a operação do equipamento. Ela obteve uma patente verde para o projeto em 2013, nove meses após submetê-la ao Inpi. A tecnologia deve chegar ao mercado no ano que vem. Agora a companhia busca patentear seu projeto em outros 30 países. Neste ano, a empresa paulista venceu a quarta edição do Prêmio Brasil-Alemanha de Inovação na categoria "Cidades do Futuro". Outra companhia que se beneficiou da patente verde foi a consultoria ambiental Manancial, do engenheiro Júlio Prezotti, que adaptou método de recuperação de terras que foram exauridas pela mineração. Para isso, usa resíduos da extração de petróleo para cobrir as áreas degradadas. Segundo Prezotti, a patente teve impactos objetivos no dia a dia de sua empresa, de Vila Velha (Espírito Santo). "O mais importante é a credibilidade que a patente dá. Com ela, entidades de pesquisa e bancos me recebem com mais atenção." Patentes por ano do programa-piloto - PALIATIVO Moreira, do Inpi, diz considerar bons os resultados obtidos pelos programas. Destaca o prazo curto de análise dos pedidos, que chega a ser de menos de um ano. Porém a medida é paliativa, segundo sua avaliação. "Para que tenhamos resultados duradouros, precisamos que o Inpi se reestruture." Ele afirma que o órgão, autarquia do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), conta com 260 examinadores. Para lidar com a fila de projetos, ele diz que seriam necessários 800. Ele afirma que o aumento de receita que o Inpi teria caso conseguisse analisar mais projetos com celeridade permitiria manter a organização financeiramente sustentável com mais profissionais. Fernando Braune, professor do MBA em inovação estratégica da Fundação Getulio Vargas, que diz avaliar positivamente os programas de priorização do Inpi, afirma que a escolha de áreas eleitas para furar a fila deve ser feita com cautela, para não criar novas ineficiências. "O ideal seria não ter prioridade nenhuma, pois ela ajuda algumas áreas e causa mais atrasos em outras." Em nota, o Mdic afirma estar auxiliando o Inpi para garantir a estrutura, os recursos e a quantidade de pessoal necessários. Em maio, com apoio do ministério, o Inpi nomeou 70 pesquisadores, lembra a nota.
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GM demite em São Caetano; sindicato local fala em 150 cortes
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No mesmo dia em que o presidente da Anfavea (fabricantes de veículos) e diretor da GM (General Motors), Luiz Moan, participava do lançamento do Programa de Proteção ao Emprego, em Brasília, a montadora iniciou demissões na fábrica de São Caetano. O programa, previsto em medida provisória, permite redução de salários em até 15% e da jornada em até 30% em troca de estabilidade aos trabalhadores, caso as empresas decidam aderir ao plano e os trabalhadores o aprovem em assembleia. É defendido por centrais sindicais e entidades patronais como uma alternativa às demissões. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, disse que as dispensas começaram nesta segunda-feira (6) e não soube informar o número de cortes. A GM emprega 9.800 trabalhadores nessa unidade, segundo a entidade, filiada à Força Sindical. Em comunicado, a GM afirmou que a "redução permanente do quadro funcional deste complexo atinge um número inferior a 5% do total de empregados" e que foi aprovada pelos empregados em assembleia quando aprovaram o "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho). "Caso as condições do mercado não melhorem no futuro, poderemos sim utilizar esse programa [de proteção ao emprego]", informou a empresa. As demissões causaram revolta entre os trabalhadores, que iniciaram uma paralisação na linha de produção por cerca de três horas, das 14h às 17h desta terça (7). A fábrica pode voltar a parar nesta quarta, segundo relato de diretores do sindicato, que informaram que desde segunda-feira a empresa demitiu 150 pessoas. As dispensas atingem trabalhadores da ativa e parte dos 819 funcionários que está em "lay-off" desde outubro de 2014 e teriam seus contratos encerrados nesta quinta (9). Outros empregados dispensados são do segundo turno e alguns tinham até estabilidade, segundo a Folha, apurou. 'PALIATIVO' "O plano de proteção ao emprego seria uma medida paliativa aqui [na GM de São Caetano], porque esse grupo está afastado desde que a empresa encerrou o terceiro turno da fábrica em 2014", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano. Segundo o sindicato, 400 operários desse grupo em "lay-off" vão permanecer um tempo maior afastados. Mas não há previsão ainda de quanto será esse prazo. Existe um segundo grupo em lay-off, com 628 trabalhadores, que se afastou em maio e deve ficar com contrato suspenso até outubro deste ano. APOIO Em nota, a GM informa que o plano de proteção ao emprego "tem como objetivo promover um ajuste temporário no contrato trabalhista com o objetivo de preservar empregos e conta com o apoio da GM do Brasil". "No entanto, no caso específico de necessidade de restruturação de uma operação industrial para adequar sua organização a uma nova realidade de mercado, não é o melhor caminho neste momento. Este é o caso da unidade da GM em São Caetano do Sul", completa. Como representante da Anfavea, Moan destacou na segunda-feira que "o PPE é um grande avanço ao oferecer um mecanismo adicional de preservação do emprego". Também disse que o plano "permitirá maior estabilidade ao funcionário e uma adequada previsibilidade ao empregador. É um verdadeiro seguro-emprego e um avanço social que nos equipara aos sistemas adotados em mercados maduros e desenvolvidos." CUT Entre os metalúrgicos do ABC, filiados à CUT, que informaram que há interesse de montadoras de São Bernardo em negociar o programa de proteção ao emprego, o anúncio das demissões na GM causou estranheza. "A empresa poderia ter esperado para tentar negociar um saída, uma alternativa aos cortes, com a criação do programa", disse João Cayres, secretário-geral da CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).
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GM demite em São Caetano; sindicato local fala em 150 cortesNo mesmo dia em que o presidente da Anfavea (fabricantes de veículos) e diretor da GM (General Motors), Luiz Moan, participava do lançamento do Programa de Proteção ao Emprego, em Brasília, a montadora iniciou demissões na fábrica de São Caetano. O programa, previsto em medida provisória, permite redução de salários em até 15% e da jornada em até 30% em troca de estabilidade aos trabalhadores, caso as empresas decidam aderir ao plano e os trabalhadores o aprovem em assembleia. É defendido por centrais sindicais e entidades patronais como uma alternativa às demissões. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, disse que as dispensas começaram nesta segunda-feira (6) e não soube informar o número de cortes. A GM emprega 9.800 trabalhadores nessa unidade, segundo a entidade, filiada à Força Sindical. Em comunicado, a GM afirmou que a "redução permanente do quadro funcional deste complexo atinge um número inferior a 5% do total de empregados" e que foi aprovada pelos empregados em assembleia quando aprovaram o "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho). "Caso as condições do mercado não melhorem no futuro, poderemos sim utilizar esse programa [de proteção ao emprego]", informou a empresa. As demissões causaram revolta entre os trabalhadores, que iniciaram uma paralisação na linha de produção por cerca de três horas, das 14h às 17h desta terça (7). A fábrica pode voltar a parar nesta quarta, segundo relato de diretores do sindicato, que informaram que desde segunda-feira a empresa demitiu 150 pessoas. As dispensas atingem trabalhadores da ativa e parte dos 819 funcionários que está em "lay-off" desde outubro de 2014 e teriam seus contratos encerrados nesta quinta (9). Outros empregados dispensados são do segundo turno e alguns tinham até estabilidade, segundo a Folha, apurou. 'PALIATIVO' "O plano de proteção ao emprego seria uma medida paliativa aqui [na GM de São Caetano], porque esse grupo está afastado desde que a empresa encerrou o terceiro turno da fábrica em 2014", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano. Segundo o sindicato, 400 operários desse grupo em "lay-off" vão permanecer um tempo maior afastados. Mas não há previsão ainda de quanto será esse prazo. Existe um segundo grupo em lay-off, com 628 trabalhadores, que se afastou em maio e deve ficar com contrato suspenso até outubro deste ano. APOIO Em nota, a GM informa que o plano de proteção ao emprego "tem como objetivo promover um ajuste temporário no contrato trabalhista com o objetivo de preservar empregos e conta com o apoio da GM do Brasil". "No entanto, no caso específico de necessidade de restruturação de uma operação industrial para adequar sua organização a uma nova realidade de mercado, não é o melhor caminho neste momento. Este é o caso da unidade da GM em São Caetano do Sul", completa. Como representante da Anfavea, Moan destacou na segunda-feira que "o PPE é um grande avanço ao oferecer um mecanismo adicional de preservação do emprego". Também disse que o plano "permitirá maior estabilidade ao funcionário e uma adequada previsibilidade ao empregador. É um verdadeiro seguro-emprego e um avanço social que nos equipara aos sistemas adotados em mercados maduros e desenvolvidos." CUT Entre os metalúrgicos do ABC, filiados à CUT, que informaram que há interesse de montadoras de São Bernardo em negociar o programa de proteção ao emprego, o anúncio das demissões na GM causou estranheza. "A empresa poderia ter esperado para tentar negociar um saída, uma alternativa aos cortes, com a criação do programa", disse João Cayres, secretário-geral da CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).
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São Paulo registra maior temperatura neste verão, com 35,4ºC
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A cidade de São Paulo registrou, pelo segundo dia seguido, a temperatura mais alta desde 2014. Com 35,4ºC registrado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), essa é a maior temperatura registrada neste verão na cidade. Segundo dados do instituto, o recorde absoluto de temperatura na cidade é de 37,8°C, registrado no dia 17 de outubro de 2014. A previsão do tempo para esta terça (13) indica que o tempo continua abafado na capital paulista. Pode chover de forma intensa entre o final da tarde e início da noite, com a possibilidade de raios e rajadas de vento. Segundo o Inmet, a temperatura deve chegar a 34ºC.
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cotidiano
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São Paulo registra maior temperatura neste verão, com 35,4ºCA cidade de São Paulo registrou, pelo segundo dia seguido, a temperatura mais alta desde 2014. Com 35,4ºC registrado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), essa é a maior temperatura registrada neste verão na cidade. Segundo dados do instituto, o recorde absoluto de temperatura na cidade é de 37,8°C, registrado no dia 17 de outubro de 2014. A previsão do tempo para esta terça (13) indica que o tempo continua abafado na capital paulista. Pode chover de forma intensa entre o final da tarde e início da noite, com a possibilidade de raios e rajadas de vento. Segundo o Inmet, a temperatura deve chegar a 34ºC.
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Rui Falcão diz que suspeita contra João Santana não tem nada a ver com o PT
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Em rápida manifestação nesta segunda-feira (22) sobre a 23ª fase da Operação Lava Jato, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a decretação da prisão do marqueteiro João Santana não tem relação com o partido, cuja finança é legal e declarada à Justiça, em suas palavras. Segundo o dirigente petista, cabe aos investigadores da Lava Jato provarem qualquer relação do caso com o partido. "De acordo com essas informações [publicadas pela imprensa nesta segunda], ele [Santana] vai prestar depoimento e vai explicar. Do ponto de vista do PT, as nossas declarações foram apresentadas à Justiça Eleitoral e todas as doações são legais. (...) [a prisão de Santana] Não diz nada com relação ao PT", disse Falcão. O publicitário teve sua prisão decretada na nova fase da Lava Jato. João Santana chefiou o marketing das três últimas campanhas presidenciais do PT, além de outras candidaturas do partido, como a de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo em 2012. Informado de que os investigadores da Lava Jato suspeitam de relação entre os pagamentos suspeitos (US$ 7,5 milhões entre 2012 e 2014 ) a Santana no exterior e serviços prestados pelo marqueteiro ao partido, Falcão afirmou que é preciso assegurar aos investigados o benefício da inocência até prova contrária. "Em tempos recentes, quem acusa não tem mais que provar. Continuo defendendo direitos fundamentais, de que quem acusa tem que provar." As declarações de Falcão foram dadas durante apresentação a jornalistas, em Brasília, do programa partidário do PT, que será veiculada na TV em rede nacional nesta terça-feira (23), das 20h30 às 20h40. FASE 'ACARAJÉ' A fase "Acarajé" é a etapa da Operação Lava Jato que pode ter maior repercussão para mandato de Dilma Rousseff, já que são investigados repasses da empreiteira Odebrecht para Santana no exterior. Há no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) processo a respeito de eventuais recebimentos de recursos ilícitos pela campanha da petista provenientes de empresas investigadas na Lava Jato. A 23ª fase da Lava Jato mobilizou cerca de 300 policiais federais. Na manhã desta segunda, eram cumpridos 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Os mandados são cumpridos nos Estados da Bahia (Salvador e Camaçari), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba) e São Paulo (São Paulo, Campinas e Poá). A Odebrecht confirmou que seus escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. O delegado Eduardo Mauat, que conduz as buscas na sede da Odebrecht em São Paulo, disse que esta nesta fase levarão mais material do que na 14ª fase, que prendeu Marcelo Odebrecht em junho. Ele também afirmou que trouxeram computadores apreendidos em junho com arquivos criptografados para que eles fossem desbloqueados por profissionais da empresa. No sede da Odebrecht em São Paulo há 12 profissionais da PF, sendo dois peritos especialistas na área digital. Na madrugada desta segunda (22), 16 equipes de policiais deixaram a sede da polícia federal, na lapa, em São Paulo, para cumprir mandados de busca e apreensão no Estado. Todos os funcionários da Odebrecht foram dispensados. A polícia federal está no prédio desde as 6h da manhã. Comunicado da empresa informou que está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento. A construtora Odebrecht é uma das investigadas na operação e seus executivos foram acusados de pagar R$ 138 milhões em propina para ser contratada em oito obras da Petrobras.
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Rui Falcão diz que suspeita contra João Santana não tem nada a ver com o PTEm rápida manifestação nesta segunda-feira (22) sobre a 23ª fase da Operação Lava Jato, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a decretação da prisão do marqueteiro João Santana não tem relação com o partido, cuja finança é legal e declarada à Justiça, em suas palavras. Segundo o dirigente petista, cabe aos investigadores da Lava Jato provarem qualquer relação do caso com o partido. "De acordo com essas informações [publicadas pela imprensa nesta segunda], ele [Santana] vai prestar depoimento e vai explicar. Do ponto de vista do PT, as nossas declarações foram apresentadas à Justiça Eleitoral e todas as doações são legais. (...) [a prisão de Santana] Não diz nada com relação ao PT", disse Falcão. O publicitário teve sua prisão decretada na nova fase da Lava Jato. João Santana chefiou o marketing das três últimas campanhas presidenciais do PT, além de outras candidaturas do partido, como a de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo em 2012. Informado de que os investigadores da Lava Jato suspeitam de relação entre os pagamentos suspeitos (US$ 7,5 milhões entre 2012 e 2014 ) a Santana no exterior e serviços prestados pelo marqueteiro ao partido, Falcão afirmou que é preciso assegurar aos investigados o benefício da inocência até prova contrária. "Em tempos recentes, quem acusa não tem mais que provar. Continuo defendendo direitos fundamentais, de que quem acusa tem que provar." As declarações de Falcão foram dadas durante apresentação a jornalistas, em Brasília, do programa partidário do PT, que será veiculada na TV em rede nacional nesta terça-feira (23), das 20h30 às 20h40. FASE 'ACARAJÉ' A fase "Acarajé" é a etapa da Operação Lava Jato que pode ter maior repercussão para mandato de Dilma Rousseff, já que são investigados repasses da empreiteira Odebrecht para Santana no exterior. Há no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) processo a respeito de eventuais recebimentos de recursos ilícitos pela campanha da petista provenientes de empresas investigadas na Lava Jato. A 23ª fase da Lava Jato mobilizou cerca de 300 policiais federais. Na manhã desta segunda, eram cumpridos 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Os mandados são cumpridos nos Estados da Bahia (Salvador e Camaçari), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba) e São Paulo (São Paulo, Campinas e Poá). A Odebrecht confirmou que seus escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. O delegado Eduardo Mauat, que conduz as buscas na sede da Odebrecht em São Paulo, disse que esta nesta fase levarão mais material do que na 14ª fase, que prendeu Marcelo Odebrecht em junho. Ele também afirmou que trouxeram computadores apreendidos em junho com arquivos criptografados para que eles fossem desbloqueados por profissionais da empresa. No sede da Odebrecht em São Paulo há 12 profissionais da PF, sendo dois peritos especialistas na área digital. Na madrugada desta segunda (22), 16 equipes de policiais deixaram a sede da polícia federal, na lapa, em São Paulo, para cumprir mandados de busca e apreensão no Estado. Todos os funcionários da Odebrecht foram dispensados. A polícia federal está no prédio desde as 6h da manhã. Comunicado da empresa informou que está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento. A construtora Odebrecht é uma das investigadas na operação e seus executivos foram acusados de pagar R$ 138 milhões em propina para ser contratada em oito obras da Petrobras.
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Caetano e Gil
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RIO DE JANEIRO - Estão fazendo uma onda contra dois dos maiores artistas brasileiros: Caetano e Gil, ídolos incontestáveis da música popular brasileira. Motivo mais que injusto: os dois fazem nesta terça (28) apresentação em Israel, o que foi tomado como uma adesão ao Estado judeu contra a causa palestina. Lembramos que até há pouco tempo, Wagner também foi proibido de ser executado na Terra Santa, até que o maestro Zubin Mehta quebrou o injusto boicote ao autor de "Os Mestres Cantores de Nuremberg" por se tratar de um notório antissemita. A razão das críticas a Caetano e Gil foi a apresentação que os dois fazem hoje, considerada a favor de Israel contra a causa palestina, no confronto do Oriente Médio em que ambos os lados têm suas razões, não fosse o absurdo terrorismo também de ambas as partes. Lembramos que os papas Paulo 6º e João Paulo 2º visitaram Israel. E receberam oficialmente no Vaticano diversos líderes de Israel e da Palestina. Na guerra entre os dois Estados, a opinião pública mundial está dividida entre os que consideram justo o conflito que separa judeus e palestinos e os que o consideram injusto. Na realidade, ambos os lados tem suas razões, que devem e podem ser respeitadas. A apresentação de Caetano e Gil não transcende do já longo prestígio dos dois cantores e compositores. Na mesma forma em que acredito que eles fariam shows em Gaza e em qualquer outro país independentemente de causas políticas. Se os dois artistas brasileiros fizessem shows na Palestina, os judeus condenariam o show, que foi inteiramente artístico. Admirador de Israel, casado com uma judia, considero extremamente injusto considerar Caetano e Gil, dois artistas que já se exibiram em vários países, independentemente de suas causas políticas, como adeptos da causa de Israel e contrários à causa palestina.
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colunas
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Caetano e GilRIO DE JANEIRO - Estão fazendo uma onda contra dois dos maiores artistas brasileiros: Caetano e Gil, ídolos incontestáveis da música popular brasileira. Motivo mais que injusto: os dois fazem nesta terça (28) apresentação em Israel, o que foi tomado como uma adesão ao Estado judeu contra a causa palestina. Lembramos que até há pouco tempo, Wagner também foi proibido de ser executado na Terra Santa, até que o maestro Zubin Mehta quebrou o injusto boicote ao autor de "Os Mestres Cantores de Nuremberg" por se tratar de um notório antissemita. A razão das críticas a Caetano e Gil foi a apresentação que os dois fazem hoje, considerada a favor de Israel contra a causa palestina, no confronto do Oriente Médio em que ambos os lados têm suas razões, não fosse o absurdo terrorismo também de ambas as partes. Lembramos que os papas Paulo 6º e João Paulo 2º visitaram Israel. E receberam oficialmente no Vaticano diversos líderes de Israel e da Palestina. Na guerra entre os dois Estados, a opinião pública mundial está dividida entre os que consideram justo o conflito que separa judeus e palestinos e os que o consideram injusto. Na realidade, ambos os lados tem suas razões, que devem e podem ser respeitadas. A apresentação de Caetano e Gil não transcende do já longo prestígio dos dois cantores e compositores. Na mesma forma em que acredito que eles fariam shows em Gaza e em qualquer outro país independentemente de causas políticas. Se os dois artistas brasileiros fizessem shows na Palestina, os judeus condenariam o show, que foi inteiramente artístico. Admirador de Israel, casado com uma judia, considero extremamente injusto considerar Caetano e Gil, dois artistas que já se exibiram em vários países, independentemente de suas causas políticas, como adeptos da causa de Israel e contrários à causa palestina.
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'Drácula' de Coppola ainda é experiência visual fascinante 23 anos após estreia
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No início dos anos 1990, quando a atriz Winona Ryder mostrou a Francis Ford Coppola o roteiro que James V. Hart havia escrito para uma nova adaptação cinematográfica do romance "Dracula" (1897), de Bram Stoker, Coppola não se empolgou de primeira. Mais um filme de vampiro? Não bastavam as dezenas de adaptações para o cinema com atores como Bela Lugosi, Christopher Lee, Klaus Kinski e Frank Langella no papel do dentuço? Coppola acabou aceitando, mas resolveu fazer um "Drácula" diferente. A história do vampiro todo mundo conhecia; mais importante, pensou o diretor, seria criar uma atmosfera lúdica e lúgubre, que transportasse o espectador para o mundo sombrio de Bram Stoker. A primeira decisão de Coppola foi abrir mão de qualquer efeito especial criado em computador. Todos os efeitos visuais seriam feitos de forma artesanal, incluindo múltipla exposição, uso de miniaturas e "back projection" (quando, na filmagem, se projeta uma imagem em uma tela no fundo da cena, com os atores à frente). A produção caprichou nos cenários e figurinos e o resultado foi um filme muito bonito, que ia na contramão do gosto por efeitos especiais de computador que começava a dominar o cinema (em 1991, "O Exterminador do Futuro 2", de James Cameron, surpreendera com o uso massivo de efeitos especiais virtuais). Visto hoje, 23 anos depois de estrear, "Drácula de Bram Stoker" continua sendo uma experiência visual fascinante. Na tela grande, então, a beleza de suas imagens "antiquadas" deve ser ainda mais impactante, especialmente comparada à overdose de computação gráfica do cinema de gênero moderno. O filme está longe de ser perfeito. A escolha de Keanu Reeves para o papel de Jonathan Harker foi polêmica na época e justificada por Coppola como uma tentativa de atrair meninas adolescentes para o cinema. Reeves destoa do resto do elenco, que é de primeira, incluindo Winona Ryder como Mina Harker, Gary Oldman fazendo Conde Drácula e Anthony Hopkins de Van Helsing. Mas a tática deu certo e o filme foi um sucesso, terminando o ano de 1992 como o nono filme de maior bilheteria no mundo. ANDRÉ BARCINSKI é jornalista e autor do livro "Pavões Misteriosos" (Três Estrelas) DRÁCULA DE BRAM STOKER QUANDO: NESTA QUARTA (26), VEJA HORÁRIOS E ENDEREÇOS NO SITE DA REDE CINEMARK ELENCO: GARY OLDMAN, WINONA RYDER, ANTHONY HOPKINS PRODUÇÃO: EUA, 1992, 14 ANOS DIREÇÃO: FRANCIS FORD COPPOLA
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ilustrada
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'Drácula' de Coppola ainda é experiência visual fascinante 23 anos após estreiaNo início dos anos 1990, quando a atriz Winona Ryder mostrou a Francis Ford Coppola o roteiro que James V. Hart havia escrito para uma nova adaptação cinematográfica do romance "Dracula" (1897), de Bram Stoker, Coppola não se empolgou de primeira. Mais um filme de vampiro? Não bastavam as dezenas de adaptações para o cinema com atores como Bela Lugosi, Christopher Lee, Klaus Kinski e Frank Langella no papel do dentuço? Coppola acabou aceitando, mas resolveu fazer um "Drácula" diferente. A história do vampiro todo mundo conhecia; mais importante, pensou o diretor, seria criar uma atmosfera lúdica e lúgubre, que transportasse o espectador para o mundo sombrio de Bram Stoker. A primeira decisão de Coppola foi abrir mão de qualquer efeito especial criado em computador. Todos os efeitos visuais seriam feitos de forma artesanal, incluindo múltipla exposição, uso de miniaturas e "back projection" (quando, na filmagem, se projeta uma imagem em uma tela no fundo da cena, com os atores à frente). A produção caprichou nos cenários e figurinos e o resultado foi um filme muito bonito, que ia na contramão do gosto por efeitos especiais de computador que começava a dominar o cinema (em 1991, "O Exterminador do Futuro 2", de James Cameron, surpreendera com o uso massivo de efeitos especiais virtuais). Visto hoje, 23 anos depois de estrear, "Drácula de Bram Stoker" continua sendo uma experiência visual fascinante. Na tela grande, então, a beleza de suas imagens "antiquadas" deve ser ainda mais impactante, especialmente comparada à overdose de computação gráfica do cinema de gênero moderno. O filme está longe de ser perfeito. A escolha de Keanu Reeves para o papel de Jonathan Harker foi polêmica na época e justificada por Coppola como uma tentativa de atrair meninas adolescentes para o cinema. Reeves destoa do resto do elenco, que é de primeira, incluindo Winona Ryder como Mina Harker, Gary Oldman fazendo Conde Drácula e Anthony Hopkins de Van Helsing. Mas a tática deu certo e o filme foi um sucesso, terminando o ano de 1992 como o nono filme de maior bilheteria no mundo. ANDRÉ BARCINSKI é jornalista e autor do livro "Pavões Misteriosos" (Três Estrelas) DRÁCULA DE BRAM STOKER QUANDO: NESTA QUARTA (26), VEJA HORÁRIOS E ENDEREÇOS NO SITE DA REDE CINEMARK ELENCO: GARY OLDMAN, WINONA RYDER, ANTHONY HOPKINS PRODUÇÃO: EUA, 1992, 14 ANOS DIREÇÃO: FRANCIS FORD COPPOLA
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Os mortos têm olhos
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De norte a sul, há uma crise de segurança na América. A letalidade da polícia nos EUA –bastante reduzida se comparada à de outros países do continente– põe na berlinda o arranjo poderoso, às vezes informal, às vezes baseado em normas e jurisprudência, que tem livrado de punição eventuais abusos de poder. Lá, o viés racista da repressão policial desperta fúria. Em Baltimore, a reação oficial foi vigorosa e momentaneamente eficaz, acalmando a revolta. O indiciamento dos policiais é decisivo para o julgamento. Mas condenações não estão garantidas e, ainda que aconteçam, podem parecer brandas para quem busca vingar a morte do inocente Freddie Gray. A determinação da jovem e negra promotora cria expectativas de veredito severo, proporcional ao resultado. Punir faz parte da prevenção. Mas como se comportarão os jurados? Devem ser negros ou brancos? Irão se render ao clamor popular? E se prevalecer o entendimento de que erros de execução no combate ao crime têm uma "imunidade" que qualquer ataque contra policiais nunca teria? A fogueira pode reacender se a Justiça não se revelar "justa". Tão próximo e tão distante dos EUA, o México, ao mesmo tempo próspero e pobre, vive o contrário. Falta aparato policial. Como mostra a repórter Sylvia Colombo ("Ilustríssima", 3/5), o Estado se ausenta em pelo menos quatro regiões do país e, para proteger moradores de maus-tratos e ameaças do crime organizado (produtor de heroína e exportador de drogas para os EUA), milícias particulares assumem a função de distribuir segurança e direitos. Não há regra, não há mecanismo institucional de controle e financiamento. É a subversão total da normalidade política, típica de guerra civil, quando se dissolve o monopólio da violência. No Rio de Janeiro, também próspero e pobre, o fenômeno da bala perdida e a letalidade policial extrema sugerem um cenário de praça de guerra. Diferentemente do México, agentes do Estado estão presentes, mas com armas na mão, atirando demais. E o Exército quer deixar os lugares que ocupa desde a Copa porque se sente tolhido, impedido de invadir residências, ocupar imóveis: prefere estar no Haiti. Os excessos atingem seres humanos comuns e corroem a credibilidade de governantes. A imprensa conta o que vê, testemunhas criam coragem de falar, as crises se sucedem e tudo se repete. O governo carioca se movimenta agora para ampliar, com tecnologia, a capacidade de vigiar a ação de policiais que sobem o morro. Câmeras digitais e GPS são capazes de inibir agressões e produzir provas. Mas é suficiente? Ninguém aguenta mais esse arremedo de paz. O problema é de abordagem, assim como em Baltimore, mas com grau de intensidade muito maior. Faltam aqui agentes desarmados. A explicação confiante do militante da "autodefensa" mexicana ajuda a entender a gravidade do que acontece em economias importantes da América: "Os mortos têm olhos, você não sabia?" Por isso, no México, o vácuo de poder é preenchido pela investigação privada de autoridade "ad hoc", com interrogatórios, prisões e castigo. Por isso, negros vão para as ruas em Baltimore expor sua ira. Por isso, é estranha a indiferença aos abusos que, no Brasil, parece infinita.
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Os mortos têm olhosDe norte a sul, há uma crise de segurança na América. A letalidade da polícia nos EUA –bastante reduzida se comparada à de outros países do continente– põe na berlinda o arranjo poderoso, às vezes informal, às vezes baseado em normas e jurisprudência, que tem livrado de punição eventuais abusos de poder. Lá, o viés racista da repressão policial desperta fúria. Em Baltimore, a reação oficial foi vigorosa e momentaneamente eficaz, acalmando a revolta. O indiciamento dos policiais é decisivo para o julgamento. Mas condenações não estão garantidas e, ainda que aconteçam, podem parecer brandas para quem busca vingar a morte do inocente Freddie Gray. A determinação da jovem e negra promotora cria expectativas de veredito severo, proporcional ao resultado. Punir faz parte da prevenção. Mas como se comportarão os jurados? Devem ser negros ou brancos? Irão se render ao clamor popular? E se prevalecer o entendimento de que erros de execução no combate ao crime têm uma "imunidade" que qualquer ataque contra policiais nunca teria? A fogueira pode reacender se a Justiça não se revelar "justa". Tão próximo e tão distante dos EUA, o México, ao mesmo tempo próspero e pobre, vive o contrário. Falta aparato policial. Como mostra a repórter Sylvia Colombo ("Ilustríssima", 3/5), o Estado se ausenta em pelo menos quatro regiões do país e, para proteger moradores de maus-tratos e ameaças do crime organizado (produtor de heroína e exportador de drogas para os EUA), milícias particulares assumem a função de distribuir segurança e direitos. Não há regra, não há mecanismo institucional de controle e financiamento. É a subversão total da normalidade política, típica de guerra civil, quando se dissolve o monopólio da violência. No Rio de Janeiro, também próspero e pobre, o fenômeno da bala perdida e a letalidade policial extrema sugerem um cenário de praça de guerra. Diferentemente do México, agentes do Estado estão presentes, mas com armas na mão, atirando demais. E o Exército quer deixar os lugares que ocupa desde a Copa porque se sente tolhido, impedido de invadir residências, ocupar imóveis: prefere estar no Haiti. Os excessos atingem seres humanos comuns e corroem a credibilidade de governantes. A imprensa conta o que vê, testemunhas criam coragem de falar, as crises se sucedem e tudo se repete. O governo carioca se movimenta agora para ampliar, com tecnologia, a capacidade de vigiar a ação de policiais que sobem o morro. Câmeras digitais e GPS são capazes de inibir agressões e produzir provas. Mas é suficiente? Ninguém aguenta mais esse arremedo de paz. O problema é de abordagem, assim como em Baltimore, mas com grau de intensidade muito maior. Faltam aqui agentes desarmados. A explicação confiante do militante da "autodefensa" mexicana ajuda a entender a gravidade do que acontece em economias importantes da América: "Os mortos têm olhos, você não sabia?" Por isso, no México, o vácuo de poder é preenchido pela investigação privada de autoridade "ad hoc", com interrogatórios, prisões e castigo. Por isso, negros vão para as ruas em Baltimore expor sua ira. Por isso, é estranha a indiferença aos abusos que, no Brasil, parece infinita.
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A rocha que registra a história de como surgiram os organismos mais complexos na Terra
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A imensa rocha de dois metros de comprimento e um de altura parece retirada de um bolo recheado e colorido. Parte de uma nova mostra permanente do Museu de História Natural de Londres, a peça é um tipo de rocha formado por pedras e ferro bandado. Fica localizada no saguão principal, justamente embaixo do esqueleto de baleia, uma das peças mais famosas do acervo da instituição. Pesando 2,5 toneladas, a rocha representa, na exposição, uma espécie de transição entre o mundo mineral e animal. Formações de ferro bandado surgiram nos oceanos há mais de 2 bilhões de anos. E registram, em suas camadas, uma transformação química crucial na história da Terra: a proliferação do oxigênio. Foi uma mudança profunda que possibilitou o surgimento de formas de vida complexas, como humanos e outros mamíferos –assim como a baleia cujo esqueleto agora faz companhia à rocha. REGISTROS As linhas onduladas na pedra são faixas de óxido de ferro, intercaladas com sílica. Os oceanos primitivos da Terra estavam possivelmente repletos de ferro, diluído e arrastado desde os continentes. Quando essa solução se combinou com o oxigênio produzido por bactérias, os óxidos resultantes se depositaram no leito marinho. As diferentes camadas incorporadas à rocha marcam, provavelmente, ciclos de expansão e diminuição das bactérias. À medida que o ferro ia sendo consumido nas águas, o oxigênio liberado não tinha onde ir a não ser para a atmosfera, o que foi permitindo a diversificação da vida terrestre. E assim a Terra foi se tornando um lugar diferente. "A rocha nos conta uma história fantástica", diz à BBC o diretor do departamento de Ciências da Terra do museu, Richard Herrington, explicando que o mineral testemunhou um período de grandes mudanças químicas que moldaram nosso planeta como ele é hoje. "É o prelúdio da vida complexa. Respiramos oxigênio. Os organismos necessitam de uma fonte de energia, e queimar carbono na presença de oxigênio é de onde, majoritariamente, tiramos nossa energia", explica Herrington. "Devem ter passado 2 bilhões de anos entre o surgimento da rocha e o dos primeiros organismos multicelulares, mas isso é outra história." A rocha do Museu de História Natural de Londres é proveniente da região de Pilbara, na Austrália. Foi encontrada em uma mina a céu aberto, pertencente à multinacional Rio Tinto. A rocha contém 32% de ferro.
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ciencia
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A rocha que registra a história de como surgiram os organismos mais complexos na TerraA imensa rocha de dois metros de comprimento e um de altura parece retirada de um bolo recheado e colorido. Parte de uma nova mostra permanente do Museu de História Natural de Londres, a peça é um tipo de rocha formado por pedras e ferro bandado. Fica localizada no saguão principal, justamente embaixo do esqueleto de baleia, uma das peças mais famosas do acervo da instituição. Pesando 2,5 toneladas, a rocha representa, na exposição, uma espécie de transição entre o mundo mineral e animal. Formações de ferro bandado surgiram nos oceanos há mais de 2 bilhões de anos. E registram, em suas camadas, uma transformação química crucial na história da Terra: a proliferação do oxigênio. Foi uma mudança profunda que possibilitou o surgimento de formas de vida complexas, como humanos e outros mamíferos –assim como a baleia cujo esqueleto agora faz companhia à rocha. REGISTROS As linhas onduladas na pedra são faixas de óxido de ferro, intercaladas com sílica. Os oceanos primitivos da Terra estavam possivelmente repletos de ferro, diluído e arrastado desde os continentes. Quando essa solução se combinou com o oxigênio produzido por bactérias, os óxidos resultantes se depositaram no leito marinho. As diferentes camadas incorporadas à rocha marcam, provavelmente, ciclos de expansão e diminuição das bactérias. À medida que o ferro ia sendo consumido nas águas, o oxigênio liberado não tinha onde ir a não ser para a atmosfera, o que foi permitindo a diversificação da vida terrestre. E assim a Terra foi se tornando um lugar diferente. "A rocha nos conta uma história fantástica", diz à BBC o diretor do departamento de Ciências da Terra do museu, Richard Herrington, explicando que o mineral testemunhou um período de grandes mudanças químicas que moldaram nosso planeta como ele é hoje. "É o prelúdio da vida complexa. Respiramos oxigênio. Os organismos necessitam de uma fonte de energia, e queimar carbono na presença de oxigênio é de onde, majoritariamente, tiramos nossa energia", explica Herrington. "Devem ter passado 2 bilhões de anos entre o surgimento da rocha e o dos primeiros organismos multicelulares, mas isso é outra história." A rocha do Museu de História Natural de Londres é proveniente da região de Pilbara, na Austrália. Foi encontrada em uma mina a céu aberto, pertencente à multinacional Rio Tinto. A rocha contém 32% de ferro.
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Com greve, protesto e saída do feriado, SP registra 2ª maior lentidão do ano
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A cidade de São Paulo registrou na noite desta quarta-feira (3) o segundo maior índice de congestionamento desde o início do ano. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão chegou a 201 km por volta das 19h, o que corresponde a 23,1% dos 868 km de vias monitoradas. O índice acontece no mesmo dia em que a cidade registrou greve de trens, protesto de professores e tem a saída para o feriado prolongado de Corpus Christi. O congestionamento dessa quarta fica atrás apenas dos 294 km registrados em 25 de fevereiro, quando a situação foi agravada pela chuva. As filas tiveram uma pequena queda após o pico das 19h, mas ainda havia vias bastante complicadas por volta das 20h30. A pior era a marginal Tietê, com 19 km de retenção nas pistas local e expressa, no sentido Ayrton Senna, desde a ponte Nova Fepasa até a ponte Aricanduva. A via tem ao todo 23,5 km de extensão.
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cotidiano
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Com greve, protesto e saída do feriado, SP registra 2ª maior lentidão do anoA cidade de São Paulo registrou na noite desta quarta-feira (3) o segundo maior índice de congestionamento desde o início do ano. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão chegou a 201 km por volta das 19h, o que corresponde a 23,1% dos 868 km de vias monitoradas. O índice acontece no mesmo dia em que a cidade registrou greve de trens, protesto de professores e tem a saída para o feriado prolongado de Corpus Christi. O congestionamento dessa quarta fica atrás apenas dos 294 km registrados em 25 de fevereiro, quando a situação foi agravada pela chuva. As filas tiveram uma pequena queda após o pico das 19h, mas ainda havia vias bastante complicadas por volta das 20h30. A pior era a marginal Tietê, com 19 km de retenção nas pistas local e expressa, no sentido Ayrton Senna, desde a ponte Nova Fepasa até a ponte Aricanduva. A via tem ao todo 23,5 km de extensão.
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'Lulu Nua e Crua' foge de clichês com bom desempenho de atriz
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A sensação de déjà-vu é inevitável no começo de "Lulu Nua e Crua". A ideia da mulher que abandona tudo e cai no mundo para se redescobrir tem ecos de "Pão e Tulipas", "Shirley Valentine", "Bagdad Café", "Ela Vai" etc. Mas, de forma lenta e por vezes titubeante, o filme da diretora Sólveig Anspach, baseado em HQ de Étienne Davodeau, consegue driblar os clichês que a situação põe em seu caminho e firmar uma personalidade própria. A protagonista é Lucie (Karin Viard), chamada de todos por Lulu, talvez por sua canina bonomia. Na primeira cena, ela se dá mal em uma entrevista de emprego em uma cidadezinha francesa, a alguma distância de sua casa. De sopetão, Lulu decide não voltar para o lar, deixando marido e filhos à espera. O motivo nunca fica claro –um marido desinteressado, o desejo de mudança–, e essa ambiguidade se revela como um dos trunfos do filmes. Em suas perambulações, Lulu encontra um simpático ex-detento que se apaixona por ela (Bouli Lanners), uma senhora que não quer morrer solitária (Claude Gensac), uma garçonete abusada pela patroa (Nina Meurisse). São todos personagens claramente simbólicos, representações de caminhos que se abrem para Lulu: a paixão (e um novo compromisso), a solidão (ou a fuga dela), o abuso (ou a sua recusa). Lulu vaga sem rumo entre essas possibilidades –e essa indefinição por vezes contamina "Lulu". Há, por exemplo, toda uma subtrama bufona, ligada aos dois irmãos do ex-detento, deslocada em relação ao eixo do filme. Mas, no resto da narrativa, a atuação afinada de Viard segura o prumo de "Lulu Nua e Crua", dá um rosto peculiar ao filme e garante o encanto de sua mensagem final, de um feminismo discreto, mas determinado. LULU NUA E CRUA (LULU FEMME NUE) DIREÇÃO Sólveig Anspach ELENCO Karin Viard, Bouli Lanners, Claude Gensac, Nina Meurisse PRODUÇÃO França, 2013, 14 anos QUANDO estreia nesta quinta (8)
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ilustrada
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'Lulu Nua e Crua' foge de clichês com bom desempenho de atrizA sensação de déjà-vu é inevitável no começo de "Lulu Nua e Crua". A ideia da mulher que abandona tudo e cai no mundo para se redescobrir tem ecos de "Pão e Tulipas", "Shirley Valentine", "Bagdad Café", "Ela Vai" etc. Mas, de forma lenta e por vezes titubeante, o filme da diretora Sólveig Anspach, baseado em HQ de Étienne Davodeau, consegue driblar os clichês que a situação põe em seu caminho e firmar uma personalidade própria. A protagonista é Lucie (Karin Viard), chamada de todos por Lulu, talvez por sua canina bonomia. Na primeira cena, ela se dá mal em uma entrevista de emprego em uma cidadezinha francesa, a alguma distância de sua casa. De sopetão, Lulu decide não voltar para o lar, deixando marido e filhos à espera. O motivo nunca fica claro –um marido desinteressado, o desejo de mudança–, e essa ambiguidade se revela como um dos trunfos do filmes. Em suas perambulações, Lulu encontra um simpático ex-detento que se apaixona por ela (Bouli Lanners), uma senhora que não quer morrer solitária (Claude Gensac), uma garçonete abusada pela patroa (Nina Meurisse). São todos personagens claramente simbólicos, representações de caminhos que se abrem para Lulu: a paixão (e um novo compromisso), a solidão (ou a fuga dela), o abuso (ou a sua recusa). Lulu vaga sem rumo entre essas possibilidades –e essa indefinição por vezes contamina "Lulu". Há, por exemplo, toda uma subtrama bufona, ligada aos dois irmãos do ex-detento, deslocada em relação ao eixo do filme. Mas, no resto da narrativa, a atuação afinada de Viard segura o prumo de "Lulu Nua e Crua", dá um rosto peculiar ao filme e garante o encanto de sua mensagem final, de um feminismo discreto, mas determinado. LULU NUA E CRUA (LULU FEMME NUE) DIREÇÃO Sólveig Anspach ELENCO Karin Viard, Bouli Lanners, Claude Gensac, Nina Meurisse PRODUÇÃO França, 2013, 14 anos QUANDO estreia nesta quinta (8)
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Confira onde comprar terrários prontos ou kits para fazer em casa
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DE SÃO PAULO JARDIM SP As criações do empresário Roger Evangelista foram expostas na Casa Cor SP do ano passado. O terrário, que funciona como uma luminária, custa a partir de R$ 420; jardimspterrarios.com.br BELA SUCULENTA Fica em Curitiba, mas o kit "faça você mesmo" com minissuculenta, vaso de cerâmica, pedras e musgo é entregue no Brasil todo. Custa R$ 20; belasuculenta.com JARDIM NO POTE Monta minijardins em potes de vários tamanhos e até em lâmpadas (R$ 78). É possível adicionar miniaturas de pessoas para simular cenas. A loja fica em São Paulo; jardimnopote.com.br OS MINI MUNDOS Os minijardins podem custar de R$ 20 a R$ 300. Oferece ainda oficinas em São Paulo que ensinam a criar os terrários (R$ 215, todo o material incluso); osminimundos.com
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sobretudo
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Confira onde comprar terrários prontos ou kits para fazer em casa
DE SÃO PAULO JARDIM SP As criações do empresário Roger Evangelista foram expostas na Casa Cor SP do ano passado. O terrário, que funciona como uma luminária, custa a partir de R$ 420; jardimspterrarios.com.br BELA SUCULENTA Fica em Curitiba, mas o kit "faça você mesmo" com minissuculenta, vaso de cerâmica, pedras e musgo é entregue no Brasil todo. Custa R$ 20; belasuculenta.com JARDIM NO POTE Monta minijardins em potes de vários tamanhos e até em lâmpadas (R$ 78). É possível adicionar miniaturas de pessoas para simular cenas. A loja fica em São Paulo; jardimnopote.com.br OS MINI MUNDOS Os minijardins podem custar de R$ 20 a R$ 300. Oferece ainda oficinas em São Paulo que ensinam a criar os terrários (R$ 215, todo o material incluso); osminimundos.com
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Líderes do PMDB buscam apoio para fortalecer Temer
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Líderes do PMDB começaram a trabalhar em várias frentes na última semana para dar ao vice-presidente Michel Temer condições de governar se o aprofundamento da crise política em que o governo Dilma Rousseff mergulhou levar ao afastamento da presidente antes da conclusão do seu mandato. Os articuladores desse movimento estão em busca de apoio do empresariado e começaram a dialogar com líderes da oposição, numa tentativa de construir um caminho político que aponte Temer como alternativa mais segura para superar a crise. Os aliados de Temer admitem que esse movimento ainda não está maduro, mas acreditam ter colhido uma primeira resposta positiva na quarta-feira (5), quando as federações estaduais das indústrias de São Paulo e Rio expressaram publicamente apoio ao vice, um dia depois de ele fazer um apelo por união para superar a crise. Um dos responsáveis pela iniciativa, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é filiado ao PMDB e comemorou seu aniversário em um almoço com Temer na sexta (7). No campo político, tanto petistas que estão no governo como nomes da oposição apontam o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como um dos entusiastas e artífices da articulação pró-Temer. Na terça (4), Jucá participou de reunião entre líderes de PMDB e PSDB. Segundo relatos de três participantes, deixou evidente que não vê mais saída para a crise com Dilma no Planalto. Ministros próximos à petista temem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também embarque no movimento pró-Temer, o que poderia enfraquecer ainda mais a presidente. Políticos que estiveram com Renan na última semana disseram que ele ainda adota postura muito cautelosa e se diz disposto a colaborar com o governo, barrando ações da Câmara que ameacem o ajuste fiscal. Enquanto líderes do Congresso tratam do assunto com reserva, aliados de Temer fora de Brasília têm assumido atitude mais agressiva. Amigo do vice, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) reproduziu nas redes sociais vídeo que diz que "o impeachment de Dilma Rousseff só depende do PMDB". O locutor do vídeo afirma que "o povo" quer que o PMDB escolha entre os "comparsas petistas" ou "o Brasil". "O PT quebrou o Brasil. O PMDB só tem uma escolha. Impeachment, já." O filme foi noticiado pelo colunista do UOL Josias de Souza. Sempre que aborda o assunto publicamente, Temer desautoriza esse tipo de ação e afirma que trabalha pela governabilidade com Dilma. "Ele não conspira e não pode parecer que faz isso", diz um aliado. "Ele precisa ser naturalmente visto pelos políticos, pela sociedade e pelo empresariado como único agente capaz de reagrupar o país, e a pecha de conspirador não cabe nesse cenário." Nesta semana, Temer fez o movimento mais explícito desde o início da crise, ao falar em união nacional. Ao saber que ministros próximos a Dilma avaliaram que seu gesto contribuiu para enfraquecer a presidente, Temer disse que poderia entregar o cargo de articulador político do governo, o que não foi aceito por Dilma. No PT, decidiu-se que ele não será atacado publicamente, mas há uma operação em curso para reduzir o espaço de atuação do vice, estimulando agentes do PT a também dialogar com deputados da base sobre cargos e recursos para projetos em seus redutos eleitorais. No PSDB, a reação ao avanço da operação pró-Temer veio da boca de aliados do senador Aécio Neves (MG). Os líderes da sigla no Congresso convocaram a imprensa, sem consultar os colegas de bancada, para indicar que não aceitarão compor com o vice. Um risco para o movimento pró-Temer é o avanço da Operação Lava Jato. Apontado como o elo entre a corrupção na Petrobras e caciques do PMDB, o lobista Fernando Baiano começou a negociar um acordo de delação. Aliados de Temer dizem que ele não tem preocupação pessoal com o assunto, mas acham que o vice pode sair chamuscado se revelações atingirem a cúpula do PMDB. Renan, Jucá e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são investigados. Editoria de Arte/Ilustrações Alpino
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Líderes do PMDB buscam apoio para fortalecer TemerLíderes do PMDB começaram a trabalhar em várias frentes na última semana para dar ao vice-presidente Michel Temer condições de governar se o aprofundamento da crise política em que o governo Dilma Rousseff mergulhou levar ao afastamento da presidente antes da conclusão do seu mandato. Os articuladores desse movimento estão em busca de apoio do empresariado e começaram a dialogar com líderes da oposição, numa tentativa de construir um caminho político que aponte Temer como alternativa mais segura para superar a crise. Os aliados de Temer admitem que esse movimento ainda não está maduro, mas acreditam ter colhido uma primeira resposta positiva na quarta-feira (5), quando as federações estaduais das indústrias de São Paulo e Rio expressaram publicamente apoio ao vice, um dia depois de ele fazer um apelo por união para superar a crise. Um dos responsáveis pela iniciativa, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é filiado ao PMDB e comemorou seu aniversário em um almoço com Temer na sexta (7). No campo político, tanto petistas que estão no governo como nomes da oposição apontam o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como um dos entusiastas e artífices da articulação pró-Temer. Na terça (4), Jucá participou de reunião entre líderes de PMDB e PSDB. Segundo relatos de três participantes, deixou evidente que não vê mais saída para a crise com Dilma no Planalto. Ministros próximos à petista temem que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também embarque no movimento pró-Temer, o que poderia enfraquecer ainda mais a presidente. Políticos que estiveram com Renan na última semana disseram que ele ainda adota postura muito cautelosa e se diz disposto a colaborar com o governo, barrando ações da Câmara que ameacem o ajuste fiscal. Enquanto líderes do Congresso tratam do assunto com reserva, aliados de Temer fora de Brasília têm assumido atitude mais agressiva. Amigo do vice, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) reproduziu nas redes sociais vídeo que diz que "o impeachment de Dilma Rousseff só depende do PMDB". O locutor do vídeo afirma que "o povo" quer que o PMDB escolha entre os "comparsas petistas" ou "o Brasil". "O PT quebrou o Brasil. O PMDB só tem uma escolha. Impeachment, já." O filme foi noticiado pelo colunista do UOL Josias de Souza. Sempre que aborda o assunto publicamente, Temer desautoriza esse tipo de ação e afirma que trabalha pela governabilidade com Dilma. "Ele não conspira e não pode parecer que faz isso", diz um aliado. "Ele precisa ser naturalmente visto pelos políticos, pela sociedade e pelo empresariado como único agente capaz de reagrupar o país, e a pecha de conspirador não cabe nesse cenário." Nesta semana, Temer fez o movimento mais explícito desde o início da crise, ao falar em união nacional. Ao saber que ministros próximos a Dilma avaliaram que seu gesto contribuiu para enfraquecer a presidente, Temer disse que poderia entregar o cargo de articulador político do governo, o que não foi aceito por Dilma. No PT, decidiu-se que ele não será atacado publicamente, mas há uma operação em curso para reduzir o espaço de atuação do vice, estimulando agentes do PT a também dialogar com deputados da base sobre cargos e recursos para projetos em seus redutos eleitorais. No PSDB, a reação ao avanço da operação pró-Temer veio da boca de aliados do senador Aécio Neves (MG). Os líderes da sigla no Congresso convocaram a imprensa, sem consultar os colegas de bancada, para indicar que não aceitarão compor com o vice. Um risco para o movimento pró-Temer é o avanço da Operação Lava Jato. Apontado como o elo entre a corrupção na Petrobras e caciques do PMDB, o lobista Fernando Baiano começou a negociar um acordo de delação. Aliados de Temer dizem que ele não tem preocupação pessoal com o assunto, mas acham que o vice pode sair chamuscado se revelações atingirem a cúpula do PMDB. Renan, Jucá e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), são investigados. Editoria de Arte/Ilustrações Alpino
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Legislativo chinês aprova controversa lei antiterrorista do país
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A China adotou neste domingo (27) sua primeira lei antiterrorista, após a elaboração de vários projetos que geraram fortes críticas por medidas consideradas atentatórias contra a liberdade de imprensa ou contra o direito de propriedade intelectual. O novo arsenal legislativo foi aprovado pela comissão permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento), mas ainda se ignoram suas disposições. As autoridades do país comunista impulsionaram a nova legislação em um contexto de violência étnica na região de Xinjiang (noroeste) e de reforço de controle das atividades de grupos dissidentes. A lei se propõe a "enfrentar o terrorismo interno e a ajudar a manter a segurança mundial", afirmou a agência oficial Xinhua. Em Xinjiang, o governo atribui a grupos separatistas terroristas a multiplicação de incidentes com os uigures, uma etnia majoritariamente muçulmana de língua turca. Em matéria de controle de comunicações, os projetos de lei previam que as firmas tecnológicas instalassem uma "backdoor" nos códigos de programação, a fim de que as autoridades pudessem ter acesso ao sistema. Esta medida gerou críticas tanto de defensores da liberdade de expressão como de empresas estrangeiras, temerosas de violações de seus direitos de propriedade intelectual. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A Assembleia Nacional Popular (ANP) da China (poder Legislativo) também aprovou a primeira lei de combate à violência doméstica no país, após um longo processo de deliberação no qual foram incluídos os abusos psicológicos e físicos. Considerada um histórico avanço em matéria de igualdade, a lei foi aprovada pelo Comitê Permanente da ANP junto com a emenda que põe fim à política do "filho único" e a primeira lei antiterrorista chinesa. "O país proíbe todas as formas de violência doméstica", diz uma passagem do texto da nova lei divulgado pela agência oficial "Xinhua". A violência doméstica é definida nesta legislação como "dano físico, psicológico ou de outro tipo" e se contemplam como manifestações desse abuso golpes, ferimentos e restrições de movimento como ameaças ou insultos. Além disso, a nova lei acelera o procedimento administrativo para se obter ordens de afastamento. Os órgãos legislativos debatiam há anos uma lei específica sobre a violência doméstica, fenômeno que foi tabu no país durante décadas. Algumas resoluções judiciais proeminentes contribuíram para especificar essa forma de violência e para que as mulheres chinesas perdessem o medo de denunciar essas situações. Em abril deste ano, por exemplo, um tribunal chinês suspendeu a condenação à pena de morte a uma mulher maltratada que matou o marido, o que equivale à prisão perpétua na prática. Em um primeiro julgamento, o tribunal não levou em conta a violência doméstica sofrida por Li Yan e a sentenciou à pena de morte. O protesto de aproximadamente 400 advogados do país e de organizações internacionais fizeram com que a Suprema Corte da China revogasse a decisão e pedisse a realização de um segundo julgamento, no qual a pena foi reduzida. Segundo dados da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um terço das mulheres chinesas sofre violência física, psicológica ou sexual, enquanto a Federação de Mulheres do país recebe anualmente cerca de 50 mil denúncias por violência praticada por homens.
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mundo
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Legislativo chinês aprova controversa lei antiterrorista do paísA China adotou neste domingo (27) sua primeira lei antiterrorista, após a elaboração de vários projetos que geraram fortes críticas por medidas consideradas atentatórias contra a liberdade de imprensa ou contra o direito de propriedade intelectual. O novo arsenal legislativo foi aprovado pela comissão permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento), mas ainda se ignoram suas disposições. As autoridades do país comunista impulsionaram a nova legislação em um contexto de violência étnica na região de Xinjiang (noroeste) e de reforço de controle das atividades de grupos dissidentes. A lei se propõe a "enfrentar o terrorismo interno e a ajudar a manter a segurança mundial", afirmou a agência oficial Xinhua. Em Xinjiang, o governo atribui a grupos separatistas terroristas a multiplicação de incidentes com os uigures, uma etnia majoritariamente muçulmana de língua turca. Em matéria de controle de comunicações, os projetos de lei previam que as firmas tecnológicas instalassem uma "backdoor" nos códigos de programação, a fim de que as autoridades pudessem ter acesso ao sistema. Esta medida gerou críticas tanto de defensores da liberdade de expressão como de empresas estrangeiras, temerosas de violações de seus direitos de propriedade intelectual. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A Assembleia Nacional Popular (ANP) da China (poder Legislativo) também aprovou a primeira lei de combate à violência doméstica no país, após um longo processo de deliberação no qual foram incluídos os abusos psicológicos e físicos. Considerada um histórico avanço em matéria de igualdade, a lei foi aprovada pelo Comitê Permanente da ANP junto com a emenda que põe fim à política do "filho único" e a primeira lei antiterrorista chinesa. "O país proíbe todas as formas de violência doméstica", diz uma passagem do texto da nova lei divulgado pela agência oficial "Xinhua". A violência doméstica é definida nesta legislação como "dano físico, psicológico ou de outro tipo" e se contemplam como manifestações desse abuso golpes, ferimentos e restrições de movimento como ameaças ou insultos. Além disso, a nova lei acelera o procedimento administrativo para se obter ordens de afastamento. Os órgãos legislativos debatiam há anos uma lei específica sobre a violência doméstica, fenômeno que foi tabu no país durante décadas. Algumas resoluções judiciais proeminentes contribuíram para especificar essa forma de violência e para que as mulheres chinesas perdessem o medo de denunciar essas situações. Em abril deste ano, por exemplo, um tribunal chinês suspendeu a condenação à pena de morte a uma mulher maltratada que matou o marido, o que equivale à prisão perpétua na prática. Em um primeiro julgamento, o tribunal não levou em conta a violência doméstica sofrida por Li Yan e a sentenciou à pena de morte. O protesto de aproximadamente 400 advogados do país e de organizações internacionais fizeram com que a Suprema Corte da China revogasse a decisão e pedisse a realização de um segundo julgamento, no qual a pena foi reduzida. Segundo dados da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um terço das mulheres chinesas sofre violência física, psicológica ou sexual, enquanto a Federação de Mulheres do país recebe anualmente cerca de 50 mil denúncias por violência praticada por homens.
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Entrada no ministério não está sendo feita por barganha de cargos, diz ministro
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Indicado pela bancada do PDT na Câmara, o novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, disse nesta terça-feira (6) que a entrada do partido no ministério não está sendo feita por "barganha de cargos". Ex-líder do PDT na Câmara, Figueiredo chegou ao cargo após ser indicado pela bancada do partido. "Estamos fazendo, acima de tudo, porque acreditamos que precisamos tirar o Brasil dessa crise política, precisamos ajudar a sair dessa crise econômica, que retroalimenta a crise politica, e o PDT não pode se furtar desse papel", disse o novo ministro, durante a cerimônia de transmissão de cargo. No início de agosto, o então deputado anunciou no plenário da Casa o rompimento da legenda com a base aliada, adotando posição de "independência". Segundo ele, a posição adotada meses atrás refletia a opinião da bancada. "Sempre tivemos uma visão de que precisaríamos contribuir com o governo da presidente Dilma sem necessariamente ter que concordar com tudo", afirmou Figueiredo. O ministro estabeleceu como uma de suas prioridades estudar a questão da migração do sinal de TV analógico para o digital. Ele revelou que existe uma demanda do setor para postergar o prazo final de migração, que termina em 2018, e prometeu diálogo com os agentes envolvidos. A melhoria do setor de telefonia móvel também está no radar de Figueiredo, Sobre a escassez de recursos para o sucesso dos programas do governo, como no Programa Nacional de Banda Larga, ele disse acreditar no respeito mutuo da equipe ministerial e que vai lutar por recursos da pasta da mesma forma que os ministros da área econômica vão estar no papel de equilibrar as contas públicas. "O que a gente não pode é que investimentos sociais sejam minimizados, a ponto de não termos esses investimentos, para que possamos atingir metas de superavit. Isso nós vamos discutir", afirmou. A cerimônia contou também com a presença do ministro Ricardo Berzoini, que deixa a pasta das Comunicações para assumir a nova Secretaria de Governo, órgão que substitui a Secretaria-Geral da Presidência e outros três ministérios (Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Secretaria de Relações Institucionais e Gabinete de Segurança Institucional).
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Entrada no ministério não está sendo feita por barganha de cargos, diz ministroIndicado pela bancada do PDT na Câmara, o novo ministro das Comunicações, André Figueiredo, disse nesta terça-feira (6) que a entrada do partido no ministério não está sendo feita por "barganha de cargos". Ex-líder do PDT na Câmara, Figueiredo chegou ao cargo após ser indicado pela bancada do partido. "Estamos fazendo, acima de tudo, porque acreditamos que precisamos tirar o Brasil dessa crise política, precisamos ajudar a sair dessa crise econômica, que retroalimenta a crise politica, e o PDT não pode se furtar desse papel", disse o novo ministro, durante a cerimônia de transmissão de cargo. No início de agosto, o então deputado anunciou no plenário da Casa o rompimento da legenda com a base aliada, adotando posição de "independência". Segundo ele, a posição adotada meses atrás refletia a opinião da bancada. "Sempre tivemos uma visão de que precisaríamos contribuir com o governo da presidente Dilma sem necessariamente ter que concordar com tudo", afirmou Figueiredo. O ministro estabeleceu como uma de suas prioridades estudar a questão da migração do sinal de TV analógico para o digital. Ele revelou que existe uma demanda do setor para postergar o prazo final de migração, que termina em 2018, e prometeu diálogo com os agentes envolvidos. A melhoria do setor de telefonia móvel também está no radar de Figueiredo, Sobre a escassez de recursos para o sucesso dos programas do governo, como no Programa Nacional de Banda Larga, ele disse acreditar no respeito mutuo da equipe ministerial e que vai lutar por recursos da pasta da mesma forma que os ministros da área econômica vão estar no papel de equilibrar as contas públicas. "O que a gente não pode é que investimentos sociais sejam minimizados, a ponto de não termos esses investimentos, para que possamos atingir metas de superavit. Isso nós vamos discutir", afirmou. A cerimônia contou também com a presença do ministro Ricardo Berzoini, que deixa a pasta das Comunicações para assumir a nova Secretaria de Governo, órgão que substitui a Secretaria-Geral da Presidência e outros três ministérios (Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Secretaria de Relações Institucionais e Gabinete de Segurança Institucional).
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As contradições do discurso da liberdade
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A incompreensão e a perplexidade diante do ato terrorista que massacrou 12 pessoas na Redação do semanário "Charlie Hebdo" incendiaram o eterno debate sobre os limites da liberdade de expressão e se desdobraram em controvérsias que vale a pena compartilhar com o leitor. Começa com a questão de fundo: a liberdade de expressão deve ser soberana a ponto de permitir que uma publicação satírica distribua ofensas a torto e a direito, insultando governos, políticos, autoridades, celebridades, líderes religiosos e figuras sagradas? A resposta assertiva é mais fácil nos primeiros casos, mas geralmente empaca nos dois últimos, nos quais o argumento do respeito à fé alheia abre espaço para acomodar ressalvas. O problema é que o raciocínio relativizador minimiza o fato de que religiões não são só território do sagrado; são também estruturas de poder, e nessa condição se tornam alvo preferencial de cartunistas. É por isso que se evita fazer humor com negros e homossexuais, categorias identificadas como minorias. Não há mérito em surrar setores mais frágeis da sociedade. Humor e sátira não se sujeitam às mesmas regras do jornalismo factual. Suas fronteiras são mais elásticas, porque ali não cabe a interpretação literal da mensagem. Reconhecer essas singularidades, porém, não significa endossar o conteúdo do "Charlie Hebdo", como tentaram mostrar alguns grandes veículos que se recusaram a engrossar a ação política global de repúdio à tentativa de intimidação dos meios, reproduzindo o conteúdo do semanário. Não houve dissidências entre os três maiores jornais brasileiros, Folha, "Estado" e "O Globo". Nenhuma novidade no caso deste jornal, que tomou a mesma atitude em episódios anteriores, toda vez que julgou que a liberdade de expressão estivesse sob censura ou ameaça. No exterior, a situação foi diferente. "The New York Times", o inglês "The Guardian" e a rede de TV CNN, entre outros, recusaram-se a reproduzir os cartuns ou o fizeram pixelizando detalhes mais pesados. Foram acusados, por leitores e comentaristas, de fraquejar na defesa do princípio basilar do jornalismo. Acho bom que a Folha tenha reproduzido as charges, mas não comungo da condenação a quem não o fez. Não faz sentido –e é até contraditório com o princípio que se pretende defender– impor a veículos com perfis editoriais, realidades e públicos completamente distintos a reprodução das diatribes de um jornal satírico com 60 mil exemplares. O "Charlie Hebdo" é uma instituição tipicamente francesa, gerada na maré libertária do maio de 68. Sua iconoclastia e virulência o tornam impensável na maioria dos países, mas não é preciso repetir suas charges corrosivas, às vezes hilárias, outras pueris e insultuosas, para defender seu direito de publicá-las. A liberdade de expressão absoluta é um conceito ideal, mas, na prática, cada sociedade estabelece seus próprios limites, gerados em acordos, concessões e interdições, negociados ao longo da história. E, mesmo assim, o exercício dessa liberdade é fonte permanente de conflito. Lutar para ampliar os limites ou para evitar que sejam reduzidos é parte do bom combate. Forçar a uniformização das diferenças, ainda que em nome de causa maior, não.
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As contradições do discurso da liberdadeA incompreensão e a perplexidade diante do ato terrorista que massacrou 12 pessoas na Redação do semanário "Charlie Hebdo" incendiaram o eterno debate sobre os limites da liberdade de expressão e se desdobraram em controvérsias que vale a pena compartilhar com o leitor. Começa com a questão de fundo: a liberdade de expressão deve ser soberana a ponto de permitir que uma publicação satírica distribua ofensas a torto e a direito, insultando governos, políticos, autoridades, celebridades, líderes religiosos e figuras sagradas? A resposta assertiva é mais fácil nos primeiros casos, mas geralmente empaca nos dois últimos, nos quais o argumento do respeito à fé alheia abre espaço para acomodar ressalvas. O problema é que o raciocínio relativizador minimiza o fato de que religiões não são só território do sagrado; são também estruturas de poder, e nessa condição se tornam alvo preferencial de cartunistas. É por isso que se evita fazer humor com negros e homossexuais, categorias identificadas como minorias. Não há mérito em surrar setores mais frágeis da sociedade. Humor e sátira não se sujeitam às mesmas regras do jornalismo factual. Suas fronteiras são mais elásticas, porque ali não cabe a interpretação literal da mensagem. Reconhecer essas singularidades, porém, não significa endossar o conteúdo do "Charlie Hebdo", como tentaram mostrar alguns grandes veículos que se recusaram a engrossar a ação política global de repúdio à tentativa de intimidação dos meios, reproduzindo o conteúdo do semanário. Não houve dissidências entre os três maiores jornais brasileiros, Folha, "Estado" e "O Globo". Nenhuma novidade no caso deste jornal, que tomou a mesma atitude em episódios anteriores, toda vez que julgou que a liberdade de expressão estivesse sob censura ou ameaça. No exterior, a situação foi diferente. "The New York Times", o inglês "The Guardian" e a rede de TV CNN, entre outros, recusaram-se a reproduzir os cartuns ou o fizeram pixelizando detalhes mais pesados. Foram acusados, por leitores e comentaristas, de fraquejar na defesa do princípio basilar do jornalismo. Acho bom que a Folha tenha reproduzido as charges, mas não comungo da condenação a quem não o fez. Não faz sentido –e é até contraditório com o princípio que se pretende defender– impor a veículos com perfis editoriais, realidades e públicos completamente distintos a reprodução das diatribes de um jornal satírico com 60 mil exemplares. O "Charlie Hebdo" é uma instituição tipicamente francesa, gerada na maré libertária do maio de 68. Sua iconoclastia e virulência o tornam impensável na maioria dos países, mas não é preciso repetir suas charges corrosivas, às vezes hilárias, outras pueris e insultuosas, para defender seu direito de publicá-las. A liberdade de expressão absoluta é um conceito ideal, mas, na prática, cada sociedade estabelece seus próprios limites, gerados em acordos, concessões e interdições, negociados ao longo da história. E, mesmo assim, o exercício dessa liberdade é fonte permanente de conflito. Lutar para ampliar os limites ou para evitar que sejam reduzidos é parte do bom combate. Forçar a uniformização das diferenças, ainda que em nome de causa maior, não.
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Novo restaurante grego nos Jardins tem ambiente badalado; veja avaliação
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DE SÃO PAULO Com os fogões sob a batuta da chef Mariana Fonseca (do Myk), o novo Kouzina, nos Jardins, tem inspiração mediterrânea, com destaque para os sabores gregos. Do salão despojado e pequenino, dá para espiar o trabalho da cozinha -separada apenas por uma vidraça. Entre as sugestões no cardápio, destaque para a moussaka e para o "souvlakis" de cordeiro com pão pita e molho de iogurte e pepino. Confira abaixo a avaliação do quadro gastronômico. * * Kouzina R. Peixoto Gomide, 1.710, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2935-0888. 52 lugares. Seg. a dom.: 12h às 24h. Meating Bistrot à Viandes R. Joaquim Antunes, 102, Pinheiros, tel. 3062-1160. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb.: 12h30 às 16h30 e 19h30 às 24h. Dom.: 12h30 às 16h30. Beth Cozinha de Estar R. Pedroso Alvarenga, 1.061, Itaim Bibi, tel. 3073-0354. Seg. a sex.: 12h às 15h. Sáb.: 12h às 16h30. Aguzzo Cucina e Vino R. Simão Álvares, 325, Pinheiros, tel. 3083-7363. Seg.: 12h às 15h. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h30 às 17h e 19h às 24h. Dom.: 12h30 às 17h. Jiquitaia R. Antônio Carlos, 268, Consolação, tel. 3262-2366. Seg.: 12h às 15h. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 23h30.
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Novo restaurante grego nos Jardins tem ambiente badalado; veja avaliaçãoDE SÃO PAULO Com os fogões sob a batuta da chef Mariana Fonseca (do Myk), o novo Kouzina, nos Jardins, tem inspiração mediterrânea, com destaque para os sabores gregos. Do salão despojado e pequenino, dá para espiar o trabalho da cozinha -separada apenas por uma vidraça. Entre as sugestões no cardápio, destaque para a moussaka e para o "souvlakis" de cordeiro com pão pita e molho de iogurte e pepino. Confira abaixo a avaliação do quadro gastronômico. * * Kouzina R. Peixoto Gomide, 1.710, Jardim Paulista, região oeste, tel. 2935-0888. 52 lugares. Seg. a dom.: 12h às 24h. Meating Bistrot à Viandes R. Joaquim Antunes, 102, Pinheiros, tel. 3062-1160. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sex.: 12h às 15h e 19h30 às 24h. Sáb.: 12h30 às 16h30 e 19h30 às 24h. Dom.: 12h30 às 16h30. Beth Cozinha de Estar R. Pedroso Alvarenga, 1.061, Itaim Bibi, tel. 3073-0354. Seg. a sex.: 12h às 15h. Sáb.: 12h às 16h30. Aguzzo Cucina e Vino R. Simão Álvares, 325, Pinheiros, tel. 3083-7363. Seg.: 12h às 15h. Ter. a qui.: 12h às 15h e 19h às 23h. Sex.: 12h às 15h e 19h às 24h. Sáb.: 12h30 às 17h e 19h às 24h. Dom.: 12h30 às 17h. Jiquitaia R. Antônio Carlos, 268, Consolação, tel. 3262-2366. Seg.: 12h às 15h. Ter. a sex.: 12h às 15h e 19h às 23h30. Sáb.: 12h às 23h30.
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Nadal perde para zebra e é eliminado nas semifinais do ATP de Buenos Aires
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O tenista espanhol Rafael Nadal protagonizou uma grande zebra neste sábado (13), ao ser eliminado do ATP 250 de Buenos Aires, na semifinal da competição disputada no saibro. O ex-número 1 do mundo, atual quinto colocado no ranking da ATP, foi derrotado pelo austríaco Dominic Thiem, número 19 do mundo, em jogo duro decidido no tie-break. Nadal até teve bons momentos, chegou a ter a oportunidade de fechar o jogo em um match point, mas acabou não resistindo à promessa austríaca, de apenas 22 anos, que fechou o confronto com parciais de 6/4, 4/6 e 7/6 (7-4) em 2h50 de partida. Após o jogo, o espanhol reconheceu o valor do adversário enfrentado. "Faltou um pouco para ganhar, mas o Thiem fez uma boa partida", disse. "Não fico preocupado, porque não fiz um jogo ruim. Me faltou consistência, mas tudo bem. Estive a um ponto de chegar à final, mas não foi possível". O espanhol perdeu a oportunidade de disputar a centésima final de sua carreira, marca que pode ser alcançada no Brasil, no Rio Open, o próximo torneio que Nadal disputará, e que começa nesta segunda (15). Lá, enfrentará um adversário presente em sua participação em Buenos Aires: o calor. "Foi um pouco difícil me adaptar a essas condições extremas", disse, referindo-se às altas temperaturas de Buenos Aires durante o verão. "E sei que no Rio de Janeiro não será melhor do que isso, então preciso continuar com a minha adaptação". Dominic Thiem, por sua vez, chega à sua quinta final de ATP na carreira, e vai em busca de seu quarto título. Ele agora aguarda a definição da outra semifinal do torneio, disputada entre os espanhóis David Ferrer e Nicolas Almagro, para conhecer o seu adversário na final.
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esporte
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Nadal perde para zebra e é eliminado nas semifinais do ATP de Buenos AiresO tenista espanhol Rafael Nadal protagonizou uma grande zebra neste sábado (13), ao ser eliminado do ATP 250 de Buenos Aires, na semifinal da competição disputada no saibro. O ex-número 1 do mundo, atual quinto colocado no ranking da ATP, foi derrotado pelo austríaco Dominic Thiem, número 19 do mundo, em jogo duro decidido no tie-break. Nadal até teve bons momentos, chegou a ter a oportunidade de fechar o jogo em um match point, mas acabou não resistindo à promessa austríaca, de apenas 22 anos, que fechou o confronto com parciais de 6/4, 4/6 e 7/6 (7-4) em 2h50 de partida. Após o jogo, o espanhol reconheceu o valor do adversário enfrentado. "Faltou um pouco para ganhar, mas o Thiem fez uma boa partida", disse. "Não fico preocupado, porque não fiz um jogo ruim. Me faltou consistência, mas tudo bem. Estive a um ponto de chegar à final, mas não foi possível". O espanhol perdeu a oportunidade de disputar a centésima final de sua carreira, marca que pode ser alcançada no Brasil, no Rio Open, o próximo torneio que Nadal disputará, e que começa nesta segunda (15). Lá, enfrentará um adversário presente em sua participação em Buenos Aires: o calor. "Foi um pouco difícil me adaptar a essas condições extremas", disse, referindo-se às altas temperaturas de Buenos Aires durante o verão. "E sei que no Rio de Janeiro não será melhor do que isso, então preciso continuar com a minha adaptação". Dominic Thiem, por sua vez, chega à sua quinta final de ATP na carreira, e vai em busca de seu quarto título. Ele agora aguarda a definição da outra semifinal do torneio, disputada entre os espanhóis David Ferrer e Nicolas Almagro, para conhecer o seu adversário na final.
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Para enfraquecer Cunha, petista abre canal direto com o PMDB
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Em operação para enfraquecer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff abriu um canal direto de negociação com a bancada do PMDB. Ela tenta evitar a adesão do partido à abertura de processo de impeachment. Dilma aposta na aliança com Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, e com o presidente da Assembleia Legislativa fluminense e do PMDB do Rio, Jorge Picciani. No dia 13, ela recebeu Picciani e seu filho, Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB na Câmara. Ambos aliados de Cunha. Segundo a Folha apurou, o encontro foi articulado por Pezão. A estratégia incomodou aliados do vice-presidente, Michel Temer. Para eles, Dilma tenta ''cooptar'' Picciani com cargos envolvendo o Porto de Santos, área de influência de Temer. Segundo assessores palacianos, as negociações estão encaminhadas. O movimento também irritou líderes da oposição, que contam com o apoio do PMDB para criar condições para o processo de impeachment. Segundo a assessoria de Jorge Picciani, ''faz tempo'' que ele não fala com Eduardo Cunha.
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poder
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Para enfraquecer Cunha, petista abre canal direto com o PMDBEm operação para enfraquecer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff abriu um canal direto de negociação com a bancada do PMDB. Ela tenta evitar a adesão do partido à abertura de processo de impeachment. Dilma aposta na aliança com Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, e com o presidente da Assembleia Legislativa fluminense e do PMDB do Rio, Jorge Picciani. No dia 13, ela recebeu Picciani e seu filho, Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB na Câmara. Ambos aliados de Cunha. Segundo a Folha apurou, o encontro foi articulado por Pezão. A estratégia incomodou aliados do vice-presidente, Michel Temer. Para eles, Dilma tenta ''cooptar'' Picciani com cargos envolvendo o Porto de Santos, área de influência de Temer. Segundo assessores palacianos, as negociações estão encaminhadas. O movimento também irritou líderes da oposição, que contam com o apoio do PMDB para criar condições para o processo de impeachment. Segundo a assessoria de Jorge Picciani, ''faz tempo'' que ele não fala com Eduardo Cunha.
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Erramos: Manifestantes protestam contra Dilma em frente ao Palácio da Cidade
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Diferentemente do informado na reportagem "Manifestantes protestam contra Dilma em frente ao Palácio da Cidade" (Poder - 01/03/2015 - 19h31), o ex-senador Francisco Dornelles (PP-RJ) foi eleito vice-governador do Rio na chapa de Luiz Fernando Pezão (PMDB); ele não concorreu à Vice-Presidência da República na chapa de Aécio Neves (PSDB). O texto foi corrigido.
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Erramos: Manifestantes protestam contra Dilma em frente ao Palácio da CidadeDiferentemente do informado na reportagem "Manifestantes protestam contra Dilma em frente ao Palácio da Cidade" (Poder - 01/03/2015 - 19h31), o ex-senador Francisco Dornelles (PP-RJ) foi eleito vice-governador do Rio na chapa de Luiz Fernando Pezão (PMDB); ele não concorreu à Vice-Presidência da República na chapa de Aécio Neves (PSDB). O texto foi corrigido.
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'Não consigo comer nem dormir', diz refém da Catedral da Sé
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Na sexta-feira (4), Elenilza Mariana de Oliveira Martins, 25, foi feita refém na escadaria da Catedral da Sé, no marco zero de São Paulo. Ela era ameaçada com um revólver por Luiz Antonio da Silva, 49, quando Francisco Erasmo Rodrigues de Lima, 61, tentou desarmá-lo e foi atingido por um disparo. Neste momento, ela conseguiu escapar. Silva foi morto, em seguida, por policiais. Confira o relato de Elenilza à Folha neste domingo (6). * Fui para a catedral da Sé (centro) depois de visitar a minha mãe, na mesma região. De lá, eu seguiria para o Tatuapé (zona leste), onde trabalho como balconista a partir das 15h. Entrei na igreja e fiquei perto da entrada principal, antes de começar as fileiras de bancos. Eu estava rezando ajoelhada quando um homem que eu nunca vi na vida me abordou por trás. Ele pediu para eu sair da igreja com ele porque ali estava "moiado" [gíria para arriscado, complicado]. Eu retruquei que não sairia e passamos a discutir. Ele então me mostrou uma arma e me arrastou para fora da igreja. Os policiais que estavam do lado de fora perceberam a situação e pediram para o bandido soltar a arma e levantar as mãos. Como ele não obedeceu, passaram a gritar que era para ele se render imediatamente. O sequestrador começou a gritar que eu era refém e deu tiros contra os policiais. Mas os PMs foram sábios e não reagiram. Os policiais começaram a negociar e tentaram chegar mais perto, quando o homem escorregou e caímos. Eu bati o rosto no chão e machuquei minha cabeça e minhas pernas. Nesse momento, aproveitei para segurar a arma dele. Não parava de gritar: "Não atirem, por favor." O bandido então golpeou meu olho direito com uma chave de fenda. Não afetou minha visão, mas fez um corte e ainda está bem roxo. Eu caí e vi um senhor de azul chegando. Quando me levantei, vi o bandido atirando nele. Corri pelas escadarias e os policiais começaram a atirar. Achei que fosse morrer. Passou um filme na minha cabeça. Lembrei de todas as pessoas da minha família, do meu filho de oito anos. Por sorte, os policiais foram enviados por Deus, não se anteciparam e agiram na hora certa. Fui resgatada e liguei para o meu marido e meu filho. Falei: Filho, te amo muito! Meu filho ficou muito triste. Ele soube o que aconteceu depois de ver tudo pela televisão e me perguntou se eu estava bem. Eu não comentei, mas desabei no choro. Estou muito abalada. Além das dores, minha tia ligou dizendo que tem reportagens mentirosas na internet. Algumas dizem que eu conhecia o sequestrador, outras que ele tinha me abordado depois de eu ter sacado dinheiro num banco. Eu nunca tinha visto nem o bandido nem o senhor que me salvou na vida. O [Dom] Odilo falou que eu entrei na igreja com o sequestrador, mas isso não aconteceu. Eu estava sozinha. Não sei se era um sequestro porque eu não tinha dinheiro. O bandido só falou para eu ir com ele. Eu fico lembrando daquilo o tempo inteiro e me bate um desespero. Não consigo comer nem dormir. Queria sair de casa para falar com a família do homem que me salvou. Queria dar um abraço na família dele e agradecer demais aquele ato de heroísmo. Só que não tive a oportunidade ainda porque tem repórter acampando na frente da minha casa. Estou sendo perseguida. Meu celular tem mais de 200 ligações perdidas. Minha chefe pediu para eu nem ir trabalhar nos próximos dias para a imprensa não me procurar no trabalho. Cada vez que um repórter bate no meu portão para me chamar, meu coração dispara.
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cotidiano
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'Não consigo comer nem dormir', diz refém da Catedral da SéNa sexta-feira (4), Elenilza Mariana de Oliveira Martins, 25, foi feita refém na escadaria da Catedral da Sé, no marco zero de São Paulo. Ela era ameaçada com um revólver por Luiz Antonio da Silva, 49, quando Francisco Erasmo Rodrigues de Lima, 61, tentou desarmá-lo e foi atingido por um disparo. Neste momento, ela conseguiu escapar. Silva foi morto, em seguida, por policiais. Confira o relato de Elenilza à Folha neste domingo (6). * Fui para a catedral da Sé (centro) depois de visitar a minha mãe, na mesma região. De lá, eu seguiria para o Tatuapé (zona leste), onde trabalho como balconista a partir das 15h. Entrei na igreja e fiquei perto da entrada principal, antes de começar as fileiras de bancos. Eu estava rezando ajoelhada quando um homem que eu nunca vi na vida me abordou por trás. Ele pediu para eu sair da igreja com ele porque ali estava "moiado" [gíria para arriscado, complicado]. Eu retruquei que não sairia e passamos a discutir. Ele então me mostrou uma arma e me arrastou para fora da igreja. Os policiais que estavam do lado de fora perceberam a situação e pediram para o bandido soltar a arma e levantar as mãos. Como ele não obedeceu, passaram a gritar que era para ele se render imediatamente. O sequestrador começou a gritar que eu era refém e deu tiros contra os policiais. Mas os PMs foram sábios e não reagiram. Os policiais começaram a negociar e tentaram chegar mais perto, quando o homem escorregou e caímos. Eu bati o rosto no chão e machuquei minha cabeça e minhas pernas. Nesse momento, aproveitei para segurar a arma dele. Não parava de gritar: "Não atirem, por favor." O bandido então golpeou meu olho direito com uma chave de fenda. Não afetou minha visão, mas fez um corte e ainda está bem roxo. Eu caí e vi um senhor de azul chegando. Quando me levantei, vi o bandido atirando nele. Corri pelas escadarias e os policiais começaram a atirar. Achei que fosse morrer. Passou um filme na minha cabeça. Lembrei de todas as pessoas da minha família, do meu filho de oito anos. Por sorte, os policiais foram enviados por Deus, não se anteciparam e agiram na hora certa. Fui resgatada e liguei para o meu marido e meu filho. Falei: Filho, te amo muito! Meu filho ficou muito triste. Ele soube o que aconteceu depois de ver tudo pela televisão e me perguntou se eu estava bem. Eu não comentei, mas desabei no choro. Estou muito abalada. Além das dores, minha tia ligou dizendo que tem reportagens mentirosas na internet. Algumas dizem que eu conhecia o sequestrador, outras que ele tinha me abordado depois de eu ter sacado dinheiro num banco. Eu nunca tinha visto nem o bandido nem o senhor que me salvou na vida. O [Dom] Odilo falou que eu entrei na igreja com o sequestrador, mas isso não aconteceu. Eu estava sozinha. Não sei se era um sequestro porque eu não tinha dinheiro. O bandido só falou para eu ir com ele. Eu fico lembrando daquilo o tempo inteiro e me bate um desespero. Não consigo comer nem dormir. Queria sair de casa para falar com a família do homem que me salvou. Queria dar um abraço na família dele e agradecer demais aquele ato de heroísmo. Só que não tive a oportunidade ainda porque tem repórter acampando na frente da minha casa. Estou sendo perseguida. Meu celular tem mais de 200 ligações perdidas. Minha chefe pediu para eu nem ir trabalhar nos próximos dias para a imprensa não me procurar no trabalho. Cada vez que um repórter bate no meu portão para me chamar, meu coração dispara.
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Ninguém lidera
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SÃO PAULO - Os cem dias iniciais de trepidação por que passou a segunda gestão Rousseff promoveram uma guinada no curso do governo. O presidencialismo brasileiro mostrou plasticidade para absorver o impacto de vetores que debilitaram a mandatária e o seu partido sem, no entanto, produzir ruptura. Em vez do modelo tradicional, em que um presidente forte lidera coalizão legislativa domesticada, hoje uma maioria fluida no Congresso, mediada pelos chefes da Câmara e do Senado, sintoniza interesses circunstanciais com o vice-presidente tonificado. Essa turma toca o barco. Associa-se ao consórcio o ministro da Fazenda, que obtém vitórias esmagadoras no Executivo, por onde desfila incontrastável, e atenuadas no Congresso para seu programa emergencial de arrocho. Esses são os contornos da relativa estabilidade dos últimos 40 dias. O arranjo resolve a crise de curto prazo e seria suficiente caso faltassem seis meses para o fim do mandato de Dilma. Com três anos e meio à frente, o seu maior defeito, o de fazer submergir a liderança natural do presidente sem colocar nada parecido no lugar, prognostica instabilidade e, pior, arrisca desencadear danos duradouros e difíceis de consertar. Em razão da acefalia, eclodiu o desafio de reformar a Previdência em poucos meses, num ambiente propício à irracionalidade que desequilibra as contas. Que tal decidir nesse mesmo clima que ministros do Supremo perdem a vitaliciedade e passam a ter mandato de 11 anos, que o procurador-geral deixa de ter a prerrogativa de recondução, que senadores ficam 10 anos na cadeira ou que os presidentes da Câmara e do Senado se tornam reelegíveis? Abriu-se uma caixa de Pandora no Legislativo. Deputados e senadores brincam de demiurgos com as instituições sem que ninguém controle o resultado desses exercícios. É o efeito de dar poder a quem nunca teve responsabilidade.
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colunas
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Ninguém lideraSÃO PAULO - Os cem dias iniciais de trepidação por que passou a segunda gestão Rousseff promoveram uma guinada no curso do governo. O presidencialismo brasileiro mostrou plasticidade para absorver o impacto de vetores que debilitaram a mandatária e o seu partido sem, no entanto, produzir ruptura. Em vez do modelo tradicional, em que um presidente forte lidera coalizão legislativa domesticada, hoje uma maioria fluida no Congresso, mediada pelos chefes da Câmara e do Senado, sintoniza interesses circunstanciais com o vice-presidente tonificado. Essa turma toca o barco. Associa-se ao consórcio o ministro da Fazenda, que obtém vitórias esmagadoras no Executivo, por onde desfila incontrastável, e atenuadas no Congresso para seu programa emergencial de arrocho. Esses são os contornos da relativa estabilidade dos últimos 40 dias. O arranjo resolve a crise de curto prazo e seria suficiente caso faltassem seis meses para o fim do mandato de Dilma. Com três anos e meio à frente, o seu maior defeito, o de fazer submergir a liderança natural do presidente sem colocar nada parecido no lugar, prognostica instabilidade e, pior, arrisca desencadear danos duradouros e difíceis de consertar. Em razão da acefalia, eclodiu o desafio de reformar a Previdência em poucos meses, num ambiente propício à irracionalidade que desequilibra as contas. Que tal decidir nesse mesmo clima que ministros do Supremo perdem a vitaliciedade e passam a ter mandato de 11 anos, que o procurador-geral deixa de ter a prerrogativa de recondução, que senadores ficam 10 anos na cadeira ou que os presidentes da Câmara e do Senado se tornam reelegíveis? Abriu-se uma caixa de Pandora no Legislativo. Deputados e senadores brincam de demiurgos com as instituições sem que ninguém controle o resultado desses exercícios. É o efeito de dar poder a quem nunca teve responsabilidade.
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Pré-candidato, Alckmin reúne PIB em jantar no Palácio dos Bandeirantes
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O governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, convidou alguns dos maiores empresários do Brasil para jantar na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes nesta semana. Entre eles estavam Marcelo Odebrecht, da empreiteira Odebrecht, e Jorge Gerdau, do grupo Gerdau. TALHER O jantar, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), contou ainda com a presença de Carlos Terepins, da construtora Even, Johnny Saad, do grupo Bandeirantes, Pedro Faria, da BRF, e João Doria Jr., do grupo Lide. LÁ E CÁ O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, foi elogiado no jantar paulista. * Quase todos os presentes apoiam o pacote fiscal proposto por ele –embora o PSDB de FHC e Alckmin vote contra as medidas no Congresso. PARLATÓRIO Alckmin, que é pré-candidato a presidente, tem estreitado contatos com o empresariado. No domingo ele viaja aos EUA para um seminário no Harvard Club, em NY, sobre investimentos em SP, organizado pelo Lide e pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. O vice Márcio França (PSB-SP) assume governo por uma semana. Fotos SOB NOVA DIREÇÃO O CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de SP tem nova administração. Tadeu Figueiró, 34, assumiu na semana passada e diz que um dos seus principais desafios é manter a qualidade da programação. "Temos que atrair um público que já tem muita oferta na área." Ele assume no lugar de Marcos Mantoan, que foi para a chefia de gabinete do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). * Segundo o novo gerente geral, a crise de recursos na área cultural ainda não afetou o CCBB-SP. "Talvez tenhamos que revisar [as atividades] para 2016, mas este ano estamos garantidos." Tadeu também diz que a expansão da entidade para outros locais da cidade continua em negociação. DEVAGAR E SEMPRE A fusão entre DEM e PTB passa por momento de tensão. Disputas regionais, em especial em São Paulo e Paraíba, dificultam o acordo. * O aumento dos recursos do fundo partidário também esfriaram as conversas. TEXTO-BASE Dirigentes do DEM como Rodrigo Maia, do Rio, e ACM Neto, prefeito de Salvador, se reuniram ontem em Brasília para tratar do tema. Eles vão redigir documento para apresentar ao PTB com "regras mínimas" para a fusão, segundo um dos integrantes da conversa. VIDA NOVA O advogado Eduardo Munhoz, um dos maiores especialistas em recuperação judicial e conflitos societários do país, está deixando o escritório Mattos Filho para abrir a sua própria banca. Ele já atuou, por exemplo, no caso do Grupo EBX e está no processo de recuperação da OAS. Fotos NOITE À FRANCESA O presidente da Ciam, Milton Clermann, e sua mulher, Marisa Clermann, assistiram à apresentação beneficente do musical "Piaf! O Show", estrelado pela atriz e cantora Anne Carrere. Também estiveram na plateia do Teatro Bradesco, na quarta (6), o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Fernando Lottenberg, o empresário Morris Safdie e sua mulher, Dany Safdie. ESTRUTURADO A fundação Gilberto Freyre, no Recife, vai captar cerca de R$ 2 milhões para realizar uma reforma em suas dependências. * "A última remodelação na Casa Museu foi feita em 1881. Ela precisa ser restaurada", explica Jamile Barbosa, gerente editorial da instituição. O espaço cultural e o centro de documentação também passarão por melhorias e terão um projeto de acessibilidade. NA ESTRADA Dois ônibus fretados e um voo fechado vão sair de Ribeirão Preto (SP) na próxima semana levando os 135 garçons, cozinheiros e ajudantes que vão trabalhar no casamento de Preta Gil e Rodrigo Godoy, na terça (12), no Rio. Os 14 lustres Baccarat também saem da cidade paulista, em quatro caminhões. Renato Aguiar, que cuida da decoração e do bufê, explica a megaoperação: "Trabalho sempre com a mesma equipe e meus fornecedores são do interior". BEM-VINDO O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, assume nesta sexta (8) uma cadeira na Academia Brasileira de Educação, no Rio. Gabriel Chalita, também acadêmico, faz a saudação ao novo imortal. Fotos NO DIVÃ O ator e cantor Zéu Britto foi à pré-estreia do filme "Divã a 2", na terça (5), no Cinemark Iguatemi. Parte do elenco também assistiu à sessão, como o cantor e ator Fiuk, e as atrizes Vanessa Giácomo e Fernanda Paes Leme. CURTO-CIRCUITO A peça "Tudo Sobre os Homens" volta em cartaz neste sábado (9). No teatro da Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi. Às 20h. O Hospital Santa Catarina faz nesta sexta (8) um dia da beleza para as mães de pacientes da UTI pediátrica. O empresário Norberto Skrzenczanowski inaugura nesta sexta (8) o Beach Burguer SP, nos Jardins, com cardápio da chef Ana Soares. Taissa Buescu e Angelo Derenze promovem bate-papo sobre a semana de design de Milão. Nesta sexta (8), no shopping D&D, às 9h30. O show "Oscaricato", apresentado por Thiago Adorno, tem estreia nesta sexta (8) no Teatro Folha, no shopping Pátio Higienópolis. Às 23h59. O neurocirurgião Paulo Porto de Melo recebe nesta sexta (8) a Medalha da Vitória em cerimônia no Rio de Janeiro. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Pré-candidato, Alckmin reúne PIB em jantar no Palácio dos BandeirantesO governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, convidou alguns dos maiores empresários do Brasil para jantar na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes nesta semana. Entre eles estavam Marcelo Odebrecht, da empreiteira Odebrecht, e Jorge Gerdau, do grupo Gerdau. TALHER O jantar, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), contou ainda com a presença de Carlos Terepins, da construtora Even, Johnny Saad, do grupo Bandeirantes, Pedro Faria, da BRF, e João Doria Jr., do grupo Lide. LÁ E CÁ O ministro Joaquim Levy, da Fazenda, foi elogiado no jantar paulista. * Quase todos os presentes apoiam o pacote fiscal proposto por ele –embora o PSDB de FHC e Alckmin vote contra as medidas no Congresso. PARLATÓRIO Alckmin, que é pré-candidato a presidente, tem estreitado contatos com o empresariado. No domingo ele viaja aos EUA para um seminário no Harvard Club, em NY, sobre investimentos em SP, organizado pelo Lide e pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. O vice Márcio França (PSB-SP) assume governo por uma semana. Fotos SOB NOVA DIREÇÃO O CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de SP tem nova administração. Tadeu Figueiró, 34, assumiu na semana passada e diz que um dos seus principais desafios é manter a qualidade da programação. "Temos que atrair um público que já tem muita oferta na área." Ele assume no lugar de Marcos Mantoan, que foi para a chefia de gabinete do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). * Segundo o novo gerente geral, a crise de recursos na área cultural ainda não afetou o CCBB-SP. "Talvez tenhamos que revisar [as atividades] para 2016, mas este ano estamos garantidos." Tadeu também diz que a expansão da entidade para outros locais da cidade continua em negociação. DEVAGAR E SEMPRE A fusão entre DEM e PTB passa por momento de tensão. Disputas regionais, em especial em São Paulo e Paraíba, dificultam o acordo. * O aumento dos recursos do fundo partidário também esfriaram as conversas. TEXTO-BASE Dirigentes do DEM como Rodrigo Maia, do Rio, e ACM Neto, prefeito de Salvador, se reuniram ontem em Brasília para tratar do tema. Eles vão redigir documento para apresentar ao PTB com "regras mínimas" para a fusão, segundo um dos integrantes da conversa. VIDA NOVA O advogado Eduardo Munhoz, um dos maiores especialistas em recuperação judicial e conflitos societários do país, está deixando o escritório Mattos Filho para abrir a sua própria banca. Ele já atuou, por exemplo, no caso do Grupo EBX e está no processo de recuperação da OAS. Fotos NOITE À FRANCESA O presidente da Ciam, Milton Clermann, e sua mulher, Marisa Clermann, assistiram à apresentação beneficente do musical "Piaf! O Show", estrelado pela atriz e cantora Anne Carrere. Também estiveram na plateia do Teatro Bradesco, na quarta (6), o presidente da Confederação Israelita do Brasil, Fernando Lottenberg, o empresário Morris Safdie e sua mulher, Dany Safdie. ESTRUTURADO A fundação Gilberto Freyre, no Recife, vai captar cerca de R$ 2 milhões para realizar uma reforma em suas dependências. * "A última remodelação na Casa Museu foi feita em 1881. Ela precisa ser restaurada", explica Jamile Barbosa, gerente editorial da instituição. O espaço cultural e o centro de documentação também passarão por melhorias e terão um projeto de acessibilidade. NA ESTRADA Dois ônibus fretados e um voo fechado vão sair de Ribeirão Preto (SP) na próxima semana levando os 135 garçons, cozinheiros e ajudantes que vão trabalhar no casamento de Preta Gil e Rodrigo Godoy, na terça (12), no Rio. Os 14 lustres Baccarat também saem da cidade paulista, em quatro caminhões. Renato Aguiar, que cuida da decoração e do bufê, explica a megaoperação: "Trabalho sempre com a mesma equipe e meus fornecedores são do interior". BEM-VINDO O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, assume nesta sexta (8) uma cadeira na Academia Brasileira de Educação, no Rio. Gabriel Chalita, também acadêmico, faz a saudação ao novo imortal. Fotos NO DIVÃ O ator e cantor Zéu Britto foi à pré-estreia do filme "Divã a 2", na terça (5), no Cinemark Iguatemi. Parte do elenco também assistiu à sessão, como o cantor e ator Fiuk, e as atrizes Vanessa Giácomo e Fernanda Paes Leme. CURTO-CIRCUITO A peça "Tudo Sobre os Homens" volta em cartaz neste sábado (9). No teatro da Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi. Às 20h. O Hospital Santa Catarina faz nesta sexta (8) um dia da beleza para as mães de pacientes da UTI pediátrica. O empresário Norberto Skrzenczanowski inaugura nesta sexta (8) o Beach Burguer SP, nos Jardins, com cardápio da chef Ana Soares. Taissa Buescu e Angelo Derenze promovem bate-papo sobre a semana de design de Milão. Nesta sexta (8), no shopping D&D, às 9h30. O show "Oscaricato", apresentado por Thiago Adorno, tem estreia nesta sexta (8) no Teatro Folha, no shopping Pátio Higienópolis. Às 23h59. O neurocirurgião Paulo Porto de Melo recebe nesta sexta (8) a Medalha da Vitória em cerimônia no Rio de Janeiro. com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Doações registradas a 15 políticos são investigadas
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai fazer uma varredura em ao menos R$ 62,6 milhões de doações eleitorais declaradas à Justiça para verificar se dinheiro desviado da Petrobras foi destinado por empreiteiras para abastecer campanhas. A suspeita é que parte da propina de empresas a políticos e a partidos tenha sido paga por meio de doações registradas para campanha. Os recursos, na verdade, viriam de contratos superfaturados de obras da Petrobras. A apuração será realizada nas prestações de contas de 2010 de siglas e de políticos que tiveram pedido de investigação autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Nos pedidos, a PGR questionou R$ 32,8 milhões de contribuições de empreiteiras para o PMDB, R$ 9,8 milhões ao PT e R$ 9 milhões ao PSDB. Também suspeita das doações oficiais recebidas diretamente por ao menos 15 políticos, em valores que somam cerca de R$ 11 milhões. Em sua delação premiada, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa disse que doação eleitoral é "a maior balela" que existe no país: "Seja oficial ou não oficial, não são doações, são empréstimos. A empresa está emprestando pro cara e depois vai cobrar." Também em delação, o doleiro Alberto Youssef listou congressistas e partidos como beneficiários de propinas disfarçadas de doações legais. Nas petições ao STF, a PGR usa termos contundentes para insinuar a ligação de políticos com doações suspeitas. Nos casos dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os pedidos dizem que os diretórios do partido receberam "vultuosos valores" de empresas envolvidas em "corrupção de parlamentares". Num trecho sobre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), pede-se para que a "autoridade policial" pesquise doações de empreiteiras recebidas por ela e pela sigla. A menção ao PSDB aparece no trecho que aborda a suposta ação da oposição, por meio do senador Sérgio Guerra (morto em 2014), para enterrar uma CPI sobre o Petrobras em 2009. A PGR diz que os R$ 9 milhões doados pela Queiroz Galvão à direção e ao comitê financeiro tucanos "merecem registro". As insinuações da PGR não recaem sobre todos que receberam doações de firmas investigadas na Lava Jato. Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, receberam doações de empreiteiras suspeitas, mas elas não foram citadas pela PGR no pedido de investigação. Em dois episódios detalhados por Youssef, as doações de campanha apontadas pelo doleiro como propina estão formalmente declaradas à Justiça Eleitoral. Em um deles, o delator dá detalhes sobre um e-mail obtido pela investigação em que um diretor da Queiroz Galvão solicita recibos de doações de até R$ 500 mil para quatro candidatos e quatro diretórios partidários. Na lista, estão repasses para o deputado Nelson Meurer (PP-PR) e para o ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA). O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), é citado como beneficiário de uma doação de R$ 500 mil para o diretório da sigla em Rondônia. Em outra ocasião, Youssef disse que conseguiu R$ 400 mil em doação para o senador Benedito de Lira (PP-AL). Segundo ele, o repasse, feito pela empresa Constran, do mesmo dono da UTC, foi "abatido" do caixa de contratos da área de abastecimento da Petrobras. Uma dificuldade na apuração é o fato de a receita da campanha de 2010 de muitos dos envolvidos ser formada por repasses do caixa dos partidos, sem origem identificada. Eram as chamadas "doações ocultas", hoje abolidas. No pedido de investigação sobre o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a PGR mira em R$ 9,8 milhões repassados a ele pela direção do PT. Além disso, o petista recebeu outros R$ 2,5 milhões diretamente.
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poder
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Doações registradas a 15 políticos são investigadasA Procuradoria-Geral da República (PGR) vai fazer uma varredura em ao menos R$ 62,6 milhões de doações eleitorais declaradas à Justiça para verificar se dinheiro desviado da Petrobras foi destinado por empreiteiras para abastecer campanhas. A suspeita é que parte da propina de empresas a políticos e a partidos tenha sido paga por meio de doações registradas para campanha. Os recursos, na verdade, viriam de contratos superfaturados de obras da Petrobras. A apuração será realizada nas prestações de contas de 2010 de siglas e de políticos que tiveram pedido de investigação autorizado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Nos pedidos, a PGR questionou R$ 32,8 milhões de contribuições de empreiteiras para o PMDB, R$ 9,8 milhões ao PT e R$ 9 milhões ao PSDB. Também suspeita das doações oficiais recebidas diretamente por ao menos 15 políticos, em valores que somam cerca de R$ 11 milhões. Em sua delação premiada, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa disse que doação eleitoral é "a maior balela" que existe no país: "Seja oficial ou não oficial, não são doações, são empréstimos. A empresa está emprestando pro cara e depois vai cobrar." Também em delação, o doleiro Alberto Youssef listou congressistas e partidos como beneficiários de propinas disfarçadas de doações legais. Nas petições ao STF, a PGR usa termos contundentes para insinuar a ligação de políticos com doações suspeitas. Nos casos dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os pedidos dizem que os diretórios do partido receberam "vultuosos valores" de empresas envolvidas em "corrupção de parlamentares". Num trecho sobre a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), pede-se para que a "autoridade policial" pesquise doações de empreiteiras recebidas por ela e pela sigla. A menção ao PSDB aparece no trecho que aborda a suposta ação da oposição, por meio do senador Sérgio Guerra (morto em 2014), para enterrar uma CPI sobre o Petrobras em 2009. A PGR diz que os R$ 9 milhões doados pela Queiroz Galvão à direção e ao comitê financeiro tucanos "merecem registro". As insinuações da PGR não recaem sobre todos que receberam doações de firmas investigadas na Lava Jato. Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Ciro Nogueira (PP-PI), por exemplo, receberam doações de empreiteiras suspeitas, mas elas não foram citadas pela PGR no pedido de investigação. Em dois episódios detalhados por Youssef, as doações de campanha apontadas pelo doleiro como propina estão formalmente declaradas à Justiça Eleitoral. Em um deles, o delator dá detalhes sobre um e-mail obtido pela investigação em que um diretor da Queiroz Galvão solicita recibos de doações de até R$ 500 mil para quatro candidatos e quatro diretórios partidários. Na lista, estão repasses para o deputado Nelson Meurer (PP-PR) e para o ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA). O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), é citado como beneficiário de uma doação de R$ 500 mil para o diretório da sigla em Rondônia. Em outra ocasião, Youssef disse que conseguiu R$ 400 mil em doação para o senador Benedito de Lira (PP-AL). Segundo ele, o repasse, feito pela empresa Constran, do mesmo dono da UTC, foi "abatido" do caixa de contratos da área de abastecimento da Petrobras. Uma dificuldade na apuração é o fato de a receita da campanha de 2010 de muitos dos envolvidos ser formada por repasses do caixa dos partidos, sem origem identificada. Eram as chamadas "doações ocultas", hoje abolidas. No pedido de investigação sobre o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a PGR mira em R$ 9,8 milhões repassados a ele pela direção do PT. Além disso, o petista recebeu outros R$ 2,5 milhões diretamente.
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Dilma decidiu inflar Lula
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Dizer que o 13 de março foi a maior manifestação política da história do país é pouco. Ao contrário dos grandes comícios das Diretas, as manifestações de domingo não tiveram participação relevante de governos estaduais, muito menos transporte gratuito. Isso para não mencionar o vexame dos tucanos que tentaram surfar a cena, foram para a avenida Paulista e ouviram o ronco da rua. Em 1984, o palanque do comício da Sé tinha 120 metros quadrados e foi montado pela Paulistur. No do Rio, os palanques foram dois, um só para VIPs, mais um pódio e passarela para os artistas que se acomodavam num prédio próximo. Sinal dos tempos: em 1984, receando vaias da militância petista, o governador de São Paulo, Franco Montoro, chegou ao proscênio ao lado de Lula. (A cena foi coordenada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos.) Passou o tempo e Lula, onipresente nas ruas com seus bonecos infláveis, foi convidado pela doutora Dilma para voltar a Brasília como regente do ocaso do governo e do PT. O que houve no dia 13 foi povo na rua repudiando o governo e uma oligarquia ferida pela Lava Jato. A prova disso esteve na beatificação do juiz Sergio Moro. O paralelo com as Diretas resume-se a uma questão numérica, mas difere nos desdobramentos. Nos dois casos, a iniciativa caduca se não conseguir dois terços dos votos dos deputados. Caducou em 1984, pois, apesar de ter conseguido 298 votos, faltaram-lhe 22. Hoje, 171 votos dos 513 deputados seriam suficientes para arquivar o pedido. Admita-se que num improvável gesto de ousadia dos oligarcas, o impeachment seja mandado ao arquivo. Em 1984, o arquivamento da emenda fechou a porta. Hoje há outra. É a possibilidade da cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os dois processos têm origens diversas. O impedimento está ancorado nas pedaladas fiscais. O TSE julgará a conexão das contas da campanha da doutora com as propinas confessadas por empresários e políticos. A votação do impeachment ocorrerá antes do julgamento. Entre um e outro poderá ressurgir o grito de Diretas-Já, pois nesse caso seriam convocadas eleições para até 90 dias depois da sentença. O ministro Jaques Wagner tem toda a razão quando diz que a Operação Lava Jato está criminalizando a política. Ele e o PT não perceberam que o juiz Moro está botando na cadeia criminosos que se meteram em transações políticas para atacar a bolsa da Viúva. Quem criminalizou a política foram os criminosos, seguindo um velho hábito da oligarquia. O PT se meteu nesse jogo porque quis. Jaques Wagner atribui o tamanho do 13 de março à crise econômica. Novamente, tem razão, mas expõe a ruína do governo. Essa crise foi inteiramente fabricada pela doutora Dilma e pelo comissariado. Pode-se dizer que ela não sabia que o PT tinha uma cloaca de pixulecos. (Isso seria o mesmo que dizer que o presidente Médici não sabia das torturas do DOI, onde esteve a Estela-Dilma em 1970.) No caso da crise econômica, a responsabilidade é dela, e só dela. Os críticos da Lava Jato repetem com frequência que a Operação Mãos Limpas italiana levou ao poder o teatral Silvio Berlusconi. Se as coisas continuarem dando errado, o PT poderá pensar que Lula é o seu Berlusconi.
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colunas
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Dilma decidiu inflar LulaDizer que o 13 de março foi a maior manifestação política da história do país é pouco. Ao contrário dos grandes comícios das Diretas, as manifestações de domingo não tiveram participação relevante de governos estaduais, muito menos transporte gratuito. Isso para não mencionar o vexame dos tucanos que tentaram surfar a cena, foram para a avenida Paulista e ouviram o ronco da rua. Em 1984, o palanque do comício da Sé tinha 120 metros quadrados e foi montado pela Paulistur. No do Rio, os palanques foram dois, um só para VIPs, mais um pódio e passarela para os artistas que se acomodavam num prédio próximo. Sinal dos tempos: em 1984, receando vaias da militância petista, o governador de São Paulo, Franco Montoro, chegou ao proscênio ao lado de Lula. (A cena foi coordenada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos.) Passou o tempo e Lula, onipresente nas ruas com seus bonecos infláveis, foi convidado pela doutora Dilma para voltar a Brasília como regente do ocaso do governo e do PT. O que houve no dia 13 foi povo na rua repudiando o governo e uma oligarquia ferida pela Lava Jato. A prova disso esteve na beatificação do juiz Sergio Moro. O paralelo com as Diretas resume-se a uma questão numérica, mas difere nos desdobramentos. Nos dois casos, a iniciativa caduca se não conseguir dois terços dos votos dos deputados. Caducou em 1984, pois, apesar de ter conseguido 298 votos, faltaram-lhe 22. Hoje, 171 votos dos 513 deputados seriam suficientes para arquivar o pedido. Admita-se que num improvável gesto de ousadia dos oligarcas, o impeachment seja mandado ao arquivo. Em 1984, o arquivamento da emenda fechou a porta. Hoje há outra. É a possibilidade da cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os dois processos têm origens diversas. O impedimento está ancorado nas pedaladas fiscais. O TSE julgará a conexão das contas da campanha da doutora com as propinas confessadas por empresários e políticos. A votação do impeachment ocorrerá antes do julgamento. Entre um e outro poderá ressurgir o grito de Diretas-Já, pois nesse caso seriam convocadas eleições para até 90 dias depois da sentença. O ministro Jaques Wagner tem toda a razão quando diz que a Operação Lava Jato está criminalizando a política. Ele e o PT não perceberam que o juiz Moro está botando na cadeia criminosos que se meteram em transações políticas para atacar a bolsa da Viúva. Quem criminalizou a política foram os criminosos, seguindo um velho hábito da oligarquia. O PT se meteu nesse jogo porque quis. Jaques Wagner atribui o tamanho do 13 de março à crise econômica. Novamente, tem razão, mas expõe a ruína do governo. Essa crise foi inteiramente fabricada pela doutora Dilma e pelo comissariado. Pode-se dizer que ela não sabia que o PT tinha uma cloaca de pixulecos. (Isso seria o mesmo que dizer que o presidente Médici não sabia das torturas do DOI, onde esteve a Estela-Dilma em 1970.) No caso da crise econômica, a responsabilidade é dela, e só dela. Os críticos da Lava Jato repetem com frequência que a Operação Mãos Limpas italiana levou ao poder o teatral Silvio Berlusconi. Se as coisas continuarem dando errado, o PT poderá pensar que Lula é o seu Berlusconi.
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'30 anos depois do Cruzado, indexação ainda é problema', diz economista
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Durou cinco meses a riqueza repentina fabricada pelo Plano Cruzado, que neste domingo (28) completa 30 anos. O Gurgel e os fiscais da Sunab faziam sucesso nas ruas. Em julho daquele ano, porém, começou a fazer água o primeiro plano econômico pós-ditadura, que mobilizou consumidores e catapultou a popularidade do presidente José Sarney, que havia assumido o cargo após a morte de Tancredo Neves. O economista Edmar Bacha, 74, participou da equipe que elaborou o Cruzado. Repetiu a dose no Real, em 1994. Hoje, Bacha diz que só a confiança pode catapultar a economia brasileira —e sem Dilma. A seguir, a entrevista. * Folha - Há economistas que pensam que estaríamos diante de uma nova década perdida. O que o sr. avalia? Edmar Bacha - Perdemos a década [de 1980] porque não soubemos lidar com o processo inflacionário que a democracia herdou da ditadura. Fizemos uma série de planos que foram contraproducentes. Além disso, tínhamos a dívida externa, sem nenhuma reserva, o que levou o Sarney a decretar a moratória, em 1987. Acho que é um pouco de exagero. Claro que houve erros de política econômica, mas esses dois grandes problemas não estão presentes. Quando caiu a ficha de que o Plano Cruzado fracassaria? Eu era presidente do IBGE, e a partir de abril [de 1986] os pesquisadores começaram a reportar que faltavam produtos nas prateleiras. A cada semana essa parcela de bens inexistentes aumentava. Estávamos caminhando para uma situação insustentável do congelamento. O que deu errado? O pecado original era o arrocho salarial da ditadura. A democracia não podia fazer o mesmo. Antes do congelamento, os salários receberam um abono de 8%, e o salário mínimo, de 15%. Ou seja, o salário real ficou mais alto e a lei previu que, quando a inflação chegasse a 20%, um gatilho seria acionado para corrigir os salários. Criou-se uma armadilha. Nada disso estava na concepção original do plano. Fizeram o descongelamento sem alterar o gatilho, os preços mudaram e a inflação foi rapidamente a 20%. E depois subiu mais. Hoje existe a dificuldade do governo em discutir medidas impopulares, como a reforma da Previdência. A questão é sempre essa. Primeiro é preciso reconhecer que as decisões têm de ser tomadas. E não só a reforma da Previdência, mas esse mecanismo de correção do salário mínimo tem de mudar. O custo está muito alto em termos de desemprego para quase nada de redução de inflação. Isso nos faz ter de lidar de novo com a indexação [correção quase automática de preços olhando a inflação passada]. O que sugerir a um governo que estuda adotar medidas impopulares? É preciso ter um governo que tenha confiança. É engraçado porque o Plano Real foi feito no governo Itamar, que tinha acabado de demitir três ministros da Fazenda, o Congresso estava uma grande confusão com a CPI dos Anões do Orçamento. Não havia propriamente confiança. Mas, quando Fernando Henrique foi nomeado e chamou de volta a equipe do Cruzado, no mundo político foi uma transformação: "Esses caras sabem o que fazem e dessa vez vão fazer direito". Por que o Plano Cruzado ficou tão marcado na memória, apesar do fracasso? As pessoas de repente ficaram ricas! O perigo da hiperinflação está superado? Não é fácil fazer uma hiperinflação. Todas as que existiram, fora a nossa, foram resultado de guerras. O que pode acontecer é ter uma inflação que vai corroendo, que está 10% agora e vai para 20%. E aí chega um ponto em que se começa a indexar, há um choque de oferta e se chega a 50% ao ano. A indexação oficial é a mais difícil de mudar. Mas a que está na cabeça das pessoas só se muda com confiança. Ninguém hoje acredita na meta [de 4,5% ao ano]. O governo perdeu a credibilidade. O que preocupa na economia? O problema principal é restaurar a confiança. Você pode até discutir o que fazer, mas se entrar um governo com um plano sensato. Não com uma nova matriz macroeconômica [lançada pelo ex-ministro Guido Mantega], que foi um produto maluco do boom das commodities e da crise financeira internacional. Se entrar uma equipe econômica respeitada, com um governo legitimado, muda o clima rapidamente. Não sei se a presidente [Dilma] teria condições de fazer isso. É a favor do impeachment? Eu sou a favor das eleições gerais em outubro [anulação da eleição de Dilma pela Justiça Eleitoral], essa é a única solução para o país. A presidente não seria capaz de recuperar a confiança? Ela [Dilma] teve a oportunidade de fazer isso, quando ventilou a ideia de sair do PT e convocar um governo de união nacional. Mas optou por não fazer isso. Com o PT ela não conseguirá, o PT está dizimado pela Lava Jato. Essa pode ser a pior crise da nossa história? A situação é ruim, mas por outro lado a Lava Jato está fazendo coisas que nunca se imaginou no país. PLANO CRIOU EXPLOSÃO DO CONSUMO Lançado em uma sexta-feira de 1986, o Cruzado teve a marca principal no congelamento de preços. Inspirado em um programa lançado em Israel, o Cruzado mudou a moeda -de cruzeiro para cruzado- e produziu uma explosão do consumo. O governo lançou mão até de promessas, como a de "laçar bois no pasto", para aplacar a crise de oferta, mas não deu certo. Sem redução dos gastos do governo, a demanda cresceu e a inflação escalou até chegar à hiperinflação, três anos e outros planos econômicos depois.
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mercado
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'30 anos depois do Cruzado, indexação ainda é problema', diz economistaDurou cinco meses a riqueza repentina fabricada pelo Plano Cruzado, que neste domingo (28) completa 30 anos. O Gurgel e os fiscais da Sunab faziam sucesso nas ruas. Em julho daquele ano, porém, começou a fazer água o primeiro plano econômico pós-ditadura, que mobilizou consumidores e catapultou a popularidade do presidente José Sarney, que havia assumido o cargo após a morte de Tancredo Neves. O economista Edmar Bacha, 74, participou da equipe que elaborou o Cruzado. Repetiu a dose no Real, em 1994. Hoje, Bacha diz que só a confiança pode catapultar a economia brasileira —e sem Dilma. A seguir, a entrevista. * Folha - Há economistas que pensam que estaríamos diante de uma nova década perdida. O que o sr. avalia? Edmar Bacha - Perdemos a década [de 1980] porque não soubemos lidar com o processo inflacionário que a democracia herdou da ditadura. Fizemos uma série de planos que foram contraproducentes. Além disso, tínhamos a dívida externa, sem nenhuma reserva, o que levou o Sarney a decretar a moratória, em 1987. Acho que é um pouco de exagero. Claro que houve erros de política econômica, mas esses dois grandes problemas não estão presentes. Quando caiu a ficha de que o Plano Cruzado fracassaria? Eu era presidente do IBGE, e a partir de abril [de 1986] os pesquisadores começaram a reportar que faltavam produtos nas prateleiras. A cada semana essa parcela de bens inexistentes aumentava. Estávamos caminhando para uma situação insustentável do congelamento. O que deu errado? O pecado original era o arrocho salarial da ditadura. A democracia não podia fazer o mesmo. Antes do congelamento, os salários receberam um abono de 8%, e o salário mínimo, de 15%. Ou seja, o salário real ficou mais alto e a lei previu que, quando a inflação chegasse a 20%, um gatilho seria acionado para corrigir os salários. Criou-se uma armadilha. Nada disso estava na concepção original do plano. Fizeram o descongelamento sem alterar o gatilho, os preços mudaram e a inflação foi rapidamente a 20%. E depois subiu mais. Hoje existe a dificuldade do governo em discutir medidas impopulares, como a reforma da Previdência. A questão é sempre essa. Primeiro é preciso reconhecer que as decisões têm de ser tomadas. E não só a reforma da Previdência, mas esse mecanismo de correção do salário mínimo tem de mudar. O custo está muito alto em termos de desemprego para quase nada de redução de inflação. Isso nos faz ter de lidar de novo com a indexação [correção quase automática de preços olhando a inflação passada]. O que sugerir a um governo que estuda adotar medidas impopulares? É preciso ter um governo que tenha confiança. É engraçado porque o Plano Real foi feito no governo Itamar, que tinha acabado de demitir três ministros da Fazenda, o Congresso estava uma grande confusão com a CPI dos Anões do Orçamento. Não havia propriamente confiança. Mas, quando Fernando Henrique foi nomeado e chamou de volta a equipe do Cruzado, no mundo político foi uma transformação: "Esses caras sabem o que fazem e dessa vez vão fazer direito". Por que o Plano Cruzado ficou tão marcado na memória, apesar do fracasso? As pessoas de repente ficaram ricas! O perigo da hiperinflação está superado? Não é fácil fazer uma hiperinflação. Todas as que existiram, fora a nossa, foram resultado de guerras. O que pode acontecer é ter uma inflação que vai corroendo, que está 10% agora e vai para 20%. E aí chega um ponto em que se começa a indexar, há um choque de oferta e se chega a 50% ao ano. A indexação oficial é a mais difícil de mudar. Mas a que está na cabeça das pessoas só se muda com confiança. Ninguém hoje acredita na meta [de 4,5% ao ano]. O governo perdeu a credibilidade. O que preocupa na economia? O problema principal é restaurar a confiança. Você pode até discutir o que fazer, mas se entrar um governo com um plano sensato. Não com uma nova matriz macroeconômica [lançada pelo ex-ministro Guido Mantega], que foi um produto maluco do boom das commodities e da crise financeira internacional. Se entrar uma equipe econômica respeitada, com um governo legitimado, muda o clima rapidamente. Não sei se a presidente [Dilma] teria condições de fazer isso. É a favor do impeachment? Eu sou a favor das eleições gerais em outubro [anulação da eleição de Dilma pela Justiça Eleitoral], essa é a única solução para o país. A presidente não seria capaz de recuperar a confiança? Ela [Dilma] teve a oportunidade de fazer isso, quando ventilou a ideia de sair do PT e convocar um governo de união nacional. Mas optou por não fazer isso. Com o PT ela não conseguirá, o PT está dizimado pela Lava Jato. Essa pode ser a pior crise da nossa história? A situação é ruim, mas por outro lado a Lava Jato está fazendo coisas que nunca se imaginou no país. PLANO CRIOU EXPLOSÃO DO CONSUMO Lançado em uma sexta-feira de 1986, o Cruzado teve a marca principal no congelamento de preços. Inspirado em um programa lançado em Israel, o Cruzado mudou a moeda -de cruzeiro para cruzado- e produziu uma explosão do consumo. O governo lançou mão até de promessas, como a de "laçar bois no pasto", para aplacar a crise de oferta, mas não deu certo. Sem redução dos gastos do governo, a demanda cresceu e a inflação escalou até chegar à hiperinflação, três anos e outros planos econômicos depois.
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Parente de Lula foi beneficiado por pagamentos do petrolão, diz delator
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O operador do PMDB Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, disse em seu acordo de delação premiada que um parente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva foi beneficiado, de maneira indireta, por pagamentos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Os valores teriam servido para pagar despesas pessoais. Neste domingo (11), o jornal "O Globo" publicou a informação de que Baiano contou em sua delação que teria quitado gastos pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, primogênito de Lula, no valor de cerca de R$ 2 milhões. A Folha confirmou com profissionais que atuam na Lava Jato que Baiano citou um parente de Lula, mas a reportagem não conseguiu comprovar se o valor foi mesmo R$ 2 milhões nem que o beneficiado pelo repasse teria sido Lulinha. O acordo de Fernando Baiano foi homologado no final da última semana pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. O Instituto Lula afirmou que não fará comentários sobre a delação envolvendo o ex-presidente. A defesa de Lulinha disse que "o sr. Fábio Luis Lula da Silva jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado". Baiano citou no seu acordo que em 2010 o ex-ministro Antonio Palocci, que à época era um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, pediu-lhe R$ 2 milhões para pagar despesas eleitorais. O montante, segundo Baiano, foi pedido por Palocci em um reunião no comitê eleitoral em Brasília na qual estavam presentes o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Palocci e o PT negam que esse valor tenha sido entregue à campanha de Dilma. O operador também relatou que participou de uma operação que resultou no pagamento de uma dívida de R$ 6 milhões da campanha de Lula em 2006. De acordo com Baiano, o pecuarista José Carlos Bumlai emprestou essa quantia do Banco Schahin e o valor foi compensando com um contrato de R$ 1,6 bilhão para que a Schahin operasse sondas de exploração de petróleo, uma área que o grupo não tinha a menor experiência.
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poder
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Parente de Lula foi beneficiado por pagamentos do petrolão, diz delatorO operador do PMDB Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, disse em seu acordo de delação premiada que um parente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva foi beneficiado, de maneira indireta, por pagamentos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Os valores teriam servido para pagar despesas pessoais. Neste domingo (11), o jornal "O Globo" publicou a informação de que Baiano contou em sua delação que teria quitado gastos pessoais de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, primogênito de Lula, no valor de cerca de R$ 2 milhões. A Folha confirmou com profissionais que atuam na Lava Jato que Baiano citou um parente de Lula, mas a reportagem não conseguiu comprovar se o valor foi mesmo R$ 2 milhões nem que o beneficiado pelo repasse teria sido Lulinha. O acordo de Fernando Baiano foi homologado no final da última semana pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. O Instituto Lula afirmou que não fará comentários sobre a delação envolvendo o ex-presidente. A defesa de Lulinha disse que "o sr. Fábio Luis Lula da Silva jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado". Baiano citou no seu acordo que em 2010 o ex-ministro Antonio Palocci, que à época era um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, pediu-lhe R$ 2 milhões para pagar despesas eleitorais. O montante, segundo Baiano, foi pedido por Palocci em um reunião no comitê eleitoral em Brasília na qual estavam presentes o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Palocci e o PT negam que esse valor tenha sido entregue à campanha de Dilma. O operador também relatou que participou de uma operação que resultou no pagamento de uma dívida de R$ 6 milhões da campanha de Lula em 2006. De acordo com Baiano, o pecuarista José Carlos Bumlai emprestou essa quantia do Banco Schahin e o valor foi compensando com um contrato de R$ 1,6 bilhão para que a Schahin operasse sondas de exploração de petróleo, uma área que o grupo não tinha a menor experiência.
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