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Ladrão nos EUA rouba nove obras de Andy Warhol e as troca por cópias
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Nove impressões originais de Andy Warhol foram discretamente levadas de uma empresa de cinema de Los Angeles e substituídas por falsificações, em um roubo que passou despercebido por anos, de acordo com a polícia e documentos judiciais. As serigrafias, com valor estimado em US$ 350 mil, são da série "Espécies em Perigo", de 1983, e a obra "Dez Retratos de Judeus do Século 20", de 1980, de acordo com um relatório da polícia entregue ao Superior Tribunal de Justiça de Los Angeles, como parte de um mandado de busca divulgado na quinta-feira. O furto foi relatado pela primeira vez no início desta semana pelo site de celebridades "TMZ". O detetive Don Hrycyk, de Los Angeles, não quis dar detalhes sobre o caso, dizendo que ainda estava sendo investigado. No depoimento, a polícia disse que o furto das obras que estavam na empresa cinematográfica Moviola foi tão perfeito que só perceberam quando uma delas foi removida para ser feita uma nova moldura. Os funcionários da empresa de molduras notaram que a serigrafia estava um pouco turva e não dispunha de um número de impressão e assinatura. Aparentemente, quem furtou as obras as substituiu por grandes cópias coloridas, disse em depoimento o detetive da polícia de Los Angeles Brent Johnson. "Bald Eagle", uma das serigrafias roubadas, foi vendida pela casa de leilões Bonhams em 25 de outubro de 2011, de acordo com o depoimento. Um juiz no mês passado emitiu um mandado de busca para o escritório da Bonhams em Los Angeles enquanto detetives investigam quem comprou as serigrafias e quem as colocou à venda, mostraram documentos judiciais. A porta-voz da Bonhams Kristin Guiter disse que a polícia não procurou o escritório, mas no mês passado a empresa respondeu a um pedido de informações de investigadores e de documentação sobre a "Bald Eagle", vendida em 2011. De acordo com um relatório da polícia de Los Angeles, as condições das falsificações indicam que o furto ocorreu nos últimos três anos, embora o leilão de "Eagle" em 2011 sugira que possa ter sido antes disso.
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ilustrada
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Ladrão nos EUA rouba nove obras de Andy Warhol e as troca por cópiasNove impressões originais de Andy Warhol foram discretamente levadas de uma empresa de cinema de Los Angeles e substituídas por falsificações, em um roubo que passou despercebido por anos, de acordo com a polícia e documentos judiciais. As serigrafias, com valor estimado em US$ 350 mil, são da série "Espécies em Perigo", de 1983, e a obra "Dez Retratos de Judeus do Século 20", de 1980, de acordo com um relatório da polícia entregue ao Superior Tribunal de Justiça de Los Angeles, como parte de um mandado de busca divulgado na quinta-feira. O furto foi relatado pela primeira vez no início desta semana pelo site de celebridades "TMZ". O detetive Don Hrycyk, de Los Angeles, não quis dar detalhes sobre o caso, dizendo que ainda estava sendo investigado. No depoimento, a polícia disse que o furto das obras que estavam na empresa cinematográfica Moviola foi tão perfeito que só perceberam quando uma delas foi removida para ser feita uma nova moldura. Os funcionários da empresa de molduras notaram que a serigrafia estava um pouco turva e não dispunha de um número de impressão e assinatura. Aparentemente, quem furtou as obras as substituiu por grandes cópias coloridas, disse em depoimento o detetive da polícia de Los Angeles Brent Johnson. "Bald Eagle", uma das serigrafias roubadas, foi vendida pela casa de leilões Bonhams em 25 de outubro de 2011, de acordo com o depoimento. Um juiz no mês passado emitiu um mandado de busca para o escritório da Bonhams em Los Angeles enquanto detetives investigam quem comprou as serigrafias e quem as colocou à venda, mostraram documentos judiciais. A porta-voz da Bonhams Kristin Guiter disse que a polícia não procurou o escritório, mas no mês passado a empresa respondeu a um pedido de informações de investigadores e de documentação sobre a "Bald Eagle", vendida em 2011. De acordo com um relatório da polícia de Los Angeles, as condições das falsificações indicam que o furto ocorreu nos últimos três anos, embora o leilão de "Eagle" em 2011 sugira que possa ter sido antes disso.
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Com atraso e UBS lotada, prefeitura inaugura tenda de combate à dengue
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Com mais de três horas de atraso e uma UBS (Unidade Básica de Saúde) lotada, a prefeitura de São Paulo inaugurou nesta segunda-feira (6), na Brasilândia, a primeira tenda de combate à dengue no município. A abertura do atendimento estava prevista para as 10h, mas apenas às 13h40 o local começou a funcionar. Os pacientes com suspeita de dengue acabaram esperando por atendimento na UBS Jardim Vista Alegre, que ficou sobrecarregada. De acordo com o secretário-adjunto de saúde do município, Paulo Puccini, os atrasos ocorreram por causa de problemas na entrega da estrutura. Um acidente no início da manhã acabou travando o trânsito na região. O ATENDIMENTO DA TENDA Puccini alerta que quem acha que pode estar com a doença deve ir até a UBS mais próxima para fazer uma triagem e preencher o cartão da dengue. O procedimento deve ser feito antes do comparecimento à tenda. "É importante para evitar que gente que não está com dengue venha até a tenda atrás de atendimento", explica. Depois, será feito um exame de sangue para identificar se o paciente está em estado de desidratação. Caso esteja, poderá receber soro e/ou medicação instantaneamente. O diagnóstico da dengue poderá ser feito por exame –com resultado em cerca de 15 minutos– ou pelo próprio médico, dependendo da gravidade e da urgência do tratamento. O paciente ainda pode ser encaminhado a um hospital. A capacidade máxima das tendas é de 150 pessoas; cinco médicos atenderão em cada uma das unidades. Elas contam ainda com um aparelho de telemedicina para casos em que haja necessidade de ajuda de profissionais do hospital Albert Einstein, parceiro da prefeitura na iniciativa. "Caso a equipe esteja sobrecarregada, podemos usar o aparelho. O paciente poderá falar com um médico que estará lá no Einstein", explica Felipe Piza, 35, um dos médicos que atenderá na Brasilândia.
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cotidiano
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Com atraso e UBS lotada, prefeitura inaugura tenda de combate à dengueCom mais de três horas de atraso e uma UBS (Unidade Básica de Saúde) lotada, a prefeitura de São Paulo inaugurou nesta segunda-feira (6), na Brasilândia, a primeira tenda de combate à dengue no município. A abertura do atendimento estava prevista para as 10h, mas apenas às 13h40 o local começou a funcionar. Os pacientes com suspeita de dengue acabaram esperando por atendimento na UBS Jardim Vista Alegre, que ficou sobrecarregada. De acordo com o secretário-adjunto de saúde do município, Paulo Puccini, os atrasos ocorreram por causa de problemas na entrega da estrutura. Um acidente no início da manhã acabou travando o trânsito na região. O ATENDIMENTO DA TENDA Puccini alerta que quem acha que pode estar com a doença deve ir até a UBS mais próxima para fazer uma triagem e preencher o cartão da dengue. O procedimento deve ser feito antes do comparecimento à tenda. "É importante para evitar que gente que não está com dengue venha até a tenda atrás de atendimento", explica. Depois, será feito um exame de sangue para identificar se o paciente está em estado de desidratação. Caso esteja, poderá receber soro e/ou medicação instantaneamente. O diagnóstico da dengue poderá ser feito por exame –com resultado em cerca de 15 minutos– ou pelo próprio médico, dependendo da gravidade e da urgência do tratamento. O paciente ainda pode ser encaminhado a um hospital. A capacidade máxima das tendas é de 150 pessoas; cinco médicos atenderão em cada uma das unidades. Elas contam ainda com um aparelho de telemedicina para casos em que haja necessidade de ajuda de profissionais do hospital Albert Einstein, parceiro da prefeitura na iniciativa. "Caso a equipe esteja sobrecarregada, podemos usar o aparelho. O paciente poderá falar com um médico que estará lá no Einstein", explica Felipe Piza, 35, um dos médicos que atenderá na Brasilândia.
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Fanático não compartilha ídolo com outros, diz psicanalista
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Acabar com a angústia de viver longe do ser amado é um dos motivos que levam um fã doentio a querer matar seu ídolo, segundo especialistas ouvidos pela Folha. O psicanalista Jorge Forbes avalia que, além disso, ataques como os sofridos pela apresentadora Ana Hickmann podem indicar uma tentativa do fanático de se imortalizar na história da pessoa amada -ou, ainda, uma "fantasia canibal", de incorporar um ídolo em seu próprio corpo. "Todos os fãs querem colecionar um pedaço do seu ídolo. Para essas pessoas não basta isso. Eles querem transformar seu ídolo em pedaços. Eles ultrapassam uma barreira. Levam sua fantasia ao mundo concreto", disse. O psicanalista diz se tratar de fenômeno similar ao que provocou a morte do ex-Beatle John Lennon em 1981, assassinado por um fã -identificado depois como Mark David Chapman. O crime aconteceu na porta da casa do músico, no famoso edifício Dakota, em Nova York, quando Lennon dava autógrafos a admiradores. Forbes diz que é muito tênue a linha entre um fã normal e um fã doentio, capaz de matar. Assim, é difícil para família e amigos conseguir detectar esse problema. Uma diferença básica, diz, é que um fã doentio não gosta de compartilhar seu ídolo com outros fãs. "Geralmente quem faz esse tipo de ataque não pertence a nenhum fã clube. Quem pertence a fã clube não mata seu ídolo. Roberto Carlos é inteligente de dar a rosa do final do show. Aí, pegam a rosa, e não ele." O perito criminal Sami El Jundi diz que essa adoração trágica é comum também em algumas relações doentias em que um parceiro não aceita um fim de relacionamento. "São aqueles que dizem que 'se não pode ser minha, não vai ser de mais ninguém'." Em alguns casos, afirma o perito, os ataques podem estar ligados aos sintomas de esquizofrenia paranoica -quando a pessoa diz receber voz de comando para os ataques.
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cotidiano
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Fanático não compartilha ídolo com outros, diz psicanalistaAcabar com a angústia de viver longe do ser amado é um dos motivos que levam um fã doentio a querer matar seu ídolo, segundo especialistas ouvidos pela Folha. O psicanalista Jorge Forbes avalia que, além disso, ataques como os sofridos pela apresentadora Ana Hickmann podem indicar uma tentativa do fanático de se imortalizar na história da pessoa amada -ou, ainda, uma "fantasia canibal", de incorporar um ídolo em seu próprio corpo. "Todos os fãs querem colecionar um pedaço do seu ídolo. Para essas pessoas não basta isso. Eles querem transformar seu ídolo em pedaços. Eles ultrapassam uma barreira. Levam sua fantasia ao mundo concreto", disse. O psicanalista diz se tratar de fenômeno similar ao que provocou a morte do ex-Beatle John Lennon em 1981, assassinado por um fã -identificado depois como Mark David Chapman. O crime aconteceu na porta da casa do músico, no famoso edifício Dakota, em Nova York, quando Lennon dava autógrafos a admiradores. Forbes diz que é muito tênue a linha entre um fã normal e um fã doentio, capaz de matar. Assim, é difícil para família e amigos conseguir detectar esse problema. Uma diferença básica, diz, é que um fã doentio não gosta de compartilhar seu ídolo com outros fãs. "Geralmente quem faz esse tipo de ataque não pertence a nenhum fã clube. Quem pertence a fã clube não mata seu ídolo. Roberto Carlos é inteligente de dar a rosa do final do show. Aí, pegam a rosa, e não ele." O perito criminal Sami El Jundi diz que essa adoração trágica é comum também em algumas relações doentias em que um parceiro não aceita um fim de relacionamento. "São aqueles que dizem que 'se não pode ser minha, não vai ser de mais ninguém'." Em alguns casos, afirma o perito, os ataques podem estar ligados aos sintomas de esquizofrenia paranoica -quando a pessoa diz receber voz de comando para os ataques.
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Crise não reduz ritmo de inaugurações de shoppings em São Paulo, mas adia projetos
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RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO A crise não alterou o ritmo de abertura de novos shoppings na cidade de São Paulo, de acordo com dados da Abrasce, a associação do setor. Desde 2008, a capital ganha entre um e dois empreendimentos por ano. Somente em 2014 não houve inaugurações. Neste ano, foi aberto um novo shopping, o Jardim Pamplona, nos Jardins. Para o ano que vem, está prevista a chegada de mais um: o Parque da Cidade, na Chácara Itaim, zona sul. Inaugurado em julho a partir da ampliação de um prédio do Carrefour, o Jardim Pamplona tem 80 lojas, das quais 24 já funcionam. Em outubro, será entregue a expansão do shopping Metrô Itaquera, com mais 150 lojas, incluindo Daiso Japan, Riachuelo e Taco Bell. Inaugurações de shoppings - Na cidade de São Paulo na última década Para o segundo semestre de 2018, está prevista a estreia do Parque da Cidade, com 120 lojas e destaque para gastronomia, entretenimento e moda. Ele fará parte de um conjunto de edifícios na marginal Pinheiros, com residências e escritórios. Outros dois projetos programados para 2018, entretanto, tiveram as obras adiadas e não têm mais data de abertura: o Cosmopolitano, no Cambuci, e o Estação Jardim, no Itaim Paulista, extremo leste paulistano. Para 2019, a expectativa é a entrega do Cidade Jardim Shops, no ponto do antigo restaurante Fasano, na rua Haddock Lobo. Projetada pela JHSF, do shopping Cidade Jardim, a obra foi anunciada em 2013, mas ainda não começou. A construtora planeja iniciá-la até o fim deste ano. Apesar dos planos que sofreram atraso, o setor registra números positivos. "No ano passado, os shoppings no Estado de São Paulo receberam mais de 160 milhões de visitantes por mês e tiveram vendas estimadas em quase R$ 58 bilhões, aumento de 5% quando comparado aos números de 2015", diz Glauco Humai, presidente da Abrasce. Enquanto as novidades não chegam, confira aqui mais de 50 espaços para visitar.
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saopaulo
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Crise não reduz ritmo de inaugurações de shoppings em São Paulo, mas adia projetosRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO A crise não alterou o ritmo de abertura de novos shoppings na cidade de São Paulo, de acordo com dados da Abrasce, a associação do setor. Desde 2008, a capital ganha entre um e dois empreendimentos por ano. Somente em 2014 não houve inaugurações. Neste ano, foi aberto um novo shopping, o Jardim Pamplona, nos Jardins. Para o ano que vem, está prevista a chegada de mais um: o Parque da Cidade, na Chácara Itaim, zona sul. Inaugurado em julho a partir da ampliação de um prédio do Carrefour, o Jardim Pamplona tem 80 lojas, das quais 24 já funcionam. Em outubro, será entregue a expansão do shopping Metrô Itaquera, com mais 150 lojas, incluindo Daiso Japan, Riachuelo e Taco Bell. Inaugurações de shoppings - Na cidade de São Paulo na última década Para o segundo semestre de 2018, está prevista a estreia do Parque da Cidade, com 120 lojas e destaque para gastronomia, entretenimento e moda. Ele fará parte de um conjunto de edifícios na marginal Pinheiros, com residências e escritórios. Outros dois projetos programados para 2018, entretanto, tiveram as obras adiadas e não têm mais data de abertura: o Cosmopolitano, no Cambuci, e o Estação Jardim, no Itaim Paulista, extremo leste paulistano. Para 2019, a expectativa é a entrega do Cidade Jardim Shops, no ponto do antigo restaurante Fasano, na rua Haddock Lobo. Projetada pela JHSF, do shopping Cidade Jardim, a obra foi anunciada em 2013, mas ainda não começou. A construtora planeja iniciá-la até o fim deste ano. Apesar dos planos que sofreram atraso, o setor registra números positivos. "No ano passado, os shoppings no Estado de São Paulo receberam mais de 160 milhões de visitantes por mês e tiveram vendas estimadas em quase R$ 58 bilhões, aumento de 5% quando comparado aos números de 2015", diz Glauco Humai, presidente da Abrasce. Enquanto as novidades não chegam, confira aqui mais de 50 espaços para visitar.
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Candidatos à Prefeitura de São Paulo têm projetos vagos para a saúde
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CLAUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO Os cinco principais candidatos da corrida pela Prefeitura de São Paulo têm propostas vagas para enfrentar problemas na saúde pública municipal, a área mais mal avaliada da atual administração, segundo pesquisa Datafolha. A capital paulista tem 4,5 milhões (40%) de pessoas que dependem única e exclusivamente do SUS. E possui o terceiro maior orçamento para a saúde do país, de R$ 7,3 bilhões –só perde para o Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Estado. Análise feita pelo professor Mario Scheffer, do departamento de medicina preventiva da USP, nos programas de governo registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aponta várias lacunas nas propostas iniciais. Os candidatos ainda podem aprimorar os seus programas. Nenhum dos cinco candidatos apresenta, por exemplo, metas sanitárias ou assistenciais para enfrentar os motivos pelos quais os paulistanos adoecem e morrem. Na capital, cerca de 22% dos habitantes são hipertensos, 20% são fumantes, 17% têm transtornos mentais comuns, 14% são obesos, 7% têm diabetes. Com a tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya em curso, não há ações claras de saneamento nas propostas. PROPOSTAS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS NA ÁREA DA SAÚDE - <br><b>Celso Russomanno (PRB)</b> "Os candidatos também parecem ignorar as diferenças nos determinantes de saúde entre as regiões da cidade, e não demonstram como irão acabar com as filas no atendimento em especialidades ou diminui-las", afirma Scheffer. Todos os candidatos falam em expansão da rede, da criação de novos serviços e da contratação de mais médicos, mas não dizem de onde sairão os recursos, que serão menores nos próximos anos. "São Paulo já destina 20% de sua arrecadação para saúde. Como a economia não vai retomar tão cedo, a arrecadação será menor e, portanto, haverá menos recursos", diz. GESTÃO DE REDE Em seu programa de governo, o atual prefeito Fernando Haddad (PT) diz que vai buscar novas fontes de recursos, por exemplo, taxar os mais ricos. Mas não explica como será essa "taxação". Celso Russomanno (PRB) afirma que economizará com prevenção e investirá R$ 9,4 bilhões no sistema de saúde municipal, incluindo a contratação de mais médicos. Porém, não diz se o volume se refere a uma projeção ou se vão além dos 20% de hoje. - <br><b>Marta Suplicy (PMDB))</b> Nos últimos anos, cada prefeito quis deixar sua "marca", o que colaborou para deixar o sistema fragmentado e com múltiplos gestores. "Foi o PAS do Maluf, depois a AMA do Serra, a AMA Especialidade do Kassab e agora o Hora Certa e a UBS integral, do Haddad. Todas as iniciativas só serviram para mutilar as unidades básicas de saúde", diz João Ladislau Rosa, conselheiro do Cremesp (conselho médico paulista) e que já dirigiu hospitais e outras instituições. "Não tem que reinventar a roda. Tem que melhorar a capacidade técnica dos gestores, estruturar as unidades de saúde, que são muito precárias, antigas, muitas estão cheias de goteira", afirma Gustavo Gusso, professor de clínica médica da USP. Todos esses cinco candidatos dizem que querem a integração dos sistemas de saúde em rede. Russomanno propõe integração efetiva entre a atenção básica de saúde, a atenção especializada, a atenção hospitalar e o SAMU. - <br><b>João Doria (PSDB)</b> Haddad fala em estruturar redes de cuidado; João Doria (PSDB) quer a criação de redes de atendimentos regional; Marta Suplicy (PMDB), a integração da gestão do atendimento básico com o atendimento especializado e hospitalar, e Erundina acesso em redes de atenção à saúde. "Como farão isso? Com que recursos? Com 14 gestores diferentes atuando na mesma rede municipal?", questiona Mario Scheffer. FISCALIZAÇÃO Nos programas de governo, os candidatos dizem que vão "fiscalizar mais" as OSs (Organizações Sociais), responsáveis hoje pela gestão de metade das unidades de saúde da capital, mas não explicam quais mecanismos vão utilizar para isso. Luiza Erundina (PSOL) defende o fim dos contratos por meio de um programa de transição que não reduza a assistência. - <br><b>Fernando Haddad (PT)</b> "É impossível acabar com as OSs. Precisa é se debruçar nos contratos, que são muito precários. Tem contrato com cinco páginas, sem a exigência de indicadores de qualidade. É muito difícil saber quem está fazendo bem feito ou não e fazer uma fiscalização efetiva", diz o médico Gustavo Gusso. MÉDICOS Os candidatos também prometem aumentar o número de médicos. Russomanno diz que, além do aumento, criará novas estratégias na jornada de trabalho e atualização profissional. Haddad afirma que reestruturará o plano de carreira da área de saúde, possibilitando que a prefeitura contrate mais médicos. Marta quer atrair médicos por meio de alianças com universidades e entidades. - <br><b>Luiza Erundina (PSOL)</b> Mas nenhum dos candidatos apresentou propostas concretas para a atração e a fixação de médicos na capital, bem como para a diminuição da rotatividade desses profissionais. Para Gusso, a prefeitura é muito tímida no direcionamento das políticas para atração e fixação de médicos.
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Candidatos à Prefeitura de São Paulo têm projetos vagos para a saúdeCLAUDIA COLLUCCI DE SÃO PAULO Os cinco principais candidatos da corrida pela Prefeitura de São Paulo têm propostas vagas para enfrentar problemas na saúde pública municipal, a área mais mal avaliada da atual administração, segundo pesquisa Datafolha. A capital paulista tem 4,5 milhões (40%) de pessoas que dependem única e exclusivamente do SUS. E possui o terceiro maior orçamento para a saúde do país, de R$ 7,3 bilhões –só perde para o Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Estado. Análise feita pelo professor Mario Scheffer, do departamento de medicina preventiva da USP, nos programas de governo registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aponta várias lacunas nas propostas iniciais. Os candidatos ainda podem aprimorar os seus programas. Nenhum dos cinco candidatos apresenta, por exemplo, metas sanitárias ou assistenciais para enfrentar os motivos pelos quais os paulistanos adoecem e morrem. Na capital, cerca de 22% dos habitantes são hipertensos, 20% são fumantes, 17% têm transtornos mentais comuns, 14% são obesos, 7% têm diabetes. Com a tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya em curso, não há ações claras de saneamento nas propostas. PROPOSTAS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS NA ÁREA DA SAÚDE - <br><b>Celso Russomanno (PRB)</b> "Os candidatos também parecem ignorar as diferenças nos determinantes de saúde entre as regiões da cidade, e não demonstram como irão acabar com as filas no atendimento em especialidades ou diminui-las", afirma Scheffer. Todos os candidatos falam em expansão da rede, da criação de novos serviços e da contratação de mais médicos, mas não dizem de onde sairão os recursos, que serão menores nos próximos anos. "São Paulo já destina 20% de sua arrecadação para saúde. Como a economia não vai retomar tão cedo, a arrecadação será menor e, portanto, haverá menos recursos", diz. GESTÃO DE REDE Em seu programa de governo, o atual prefeito Fernando Haddad (PT) diz que vai buscar novas fontes de recursos, por exemplo, taxar os mais ricos. Mas não explica como será essa "taxação". Celso Russomanno (PRB) afirma que economizará com prevenção e investirá R$ 9,4 bilhões no sistema de saúde municipal, incluindo a contratação de mais médicos. Porém, não diz se o volume se refere a uma projeção ou se vão além dos 20% de hoje. - <br><b>Marta Suplicy (PMDB))</b> Nos últimos anos, cada prefeito quis deixar sua "marca", o que colaborou para deixar o sistema fragmentado e com múltiplos gestores. "Foi o PAS do Maluf, depois a AMA do Serra, a AMA Especialidade do Kassab e agora o Hora Certa e a UBS integral, do Haddad. Todas as iniciativas só serviram para mutilar as unidades básicas de saúde", diz João Ladislau Rosa, conselheiro do Cremesp (conselho médico paulista) e que já dirigiu hospitais e outras instituições. "Não tem que reinventar a roda. Tem que melhorar a capacidade técnica dos gestores, estruturar as unidades de saúde, que são muito precárias, antigas, muitas estão cheias de goteira", afirma Gustavo Gusso, professor de clínica médica da USP. Todos esses cinco candidatos dizem que querem a integração dos sistemas de saúde em rede. Russomanno propõe integração efetiva entre a atenção básica de saúde, a atenção especializada, a atenção hospitalar e o SAMU. - <br><b>João Doria (PSDB)</b> Haddad fala em estruturar redes de cuidado; João Doria (PSDB) quer a criação de redes de atendimentos regional; Marta Suplicy (PMDB), a integração da gestão do atendimento básico com o atendimento especializado e hospitalar, e Erundina acesso em redes de atenção à saúde. "Como farão isso? Com que recursos? Com 14 gestores diferentes atuando na mesma rede municipal?", questiona Mario Scheffer. FISCALIZAÇÃO Nos programas de governo, os candidatos dizem que vão "fiscalizar mais" as OSs (Organizações Sociais), responsáveis hoje pela gestão de metade das unidades de saúde da capital, mas não explicam quais mecanismos vão utilizar para isso. Luiza Erundina (PSOL) defende o fim dos contratos por meio de um programa de transição que não reduza a assistência. - <br><b>Fernando Haddad (PT)</b> "É impossível acabar com as OSs. Precisa é se debruçar nos contratos, que são muito precários. Tem contrato com cinco páginas, sem a exigência de indicadores de qualidade. É muito difícil saber quem está fazendo bem feito ou não e fazer uma fiscalização efetiva", diz o médico Gustavo Gusso. MÉDICOS Os candidatos também prometem aumentar o número de médicos. Russomanno diz que, além do aumento, criará novas estratégias na jornada de trabalho e atualização profissional. Haddad afirma que reestruturará o plano de carreira da área de saúde, possibilitando que a prefeitura contrate mais médicos. Marta quer atrair médicos por meio de alianças com universidades e entidades. - <br><b>Luiza Erundina (PSOL)</b> Mas nenhum dos candidatos apresentou propostas concretas para a atração e a fixação de médicos na capital, bem como para a diminuição da rotatividade desses profissionais. Para Gusso, a prefeitura é muito tímida no direcionamento das políticas para atração e fixação de médicos.
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Cada vez mais esquisitão, Johnny Depp é Chapeleiro emotivo no novo 'Alice'
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O ator Johnny Depp continua o mesmo esquisitão descolado sempre. Mas, prestes a completar 53 anos, está cada vez mais irônico e afiado. Depp abusou da ironia para criticar paparazzi e colunas de fofocas durante conversa com jornalistas em Londres, para divulgar seu retorno às telas como o Chapeleiro Maluco no filme "Alice Através do Espelho". Sobraram críticas até para a Austrália, que recentemente lhe fez gravar um vídeo de desculpas depois que ele e a mulher tentaram burlar as leis australianas ao entrar no país com dois cachorros num jato particular. "Vou fazer isso em todo lugar que eu for. Eu queria mesmo me desculpar por não ter contrabandeado meus cachorros para a Inglaterra. [...] Tentei matá-los depois da Austrália", disse Depp, destilando ironia. Questionado que conselhos daria caso encontrasse hoje com o jovem Johnny, ele afirmou que diria para "ficar longe de qualquer coisa que faz um monte de gente encarar você num restaurante, te seguir (...) e de quem escreve ficções lúdicas sobre você". Depp ainda emendou um último conselho: "Também diria que, se pessoas lhe fizerem merda, bata nelas". O cinquentão tatuado, que usa lápis delineador nos olhos, está cada vez mais com pinta de rockstar. Em Londres, ele falou da banda Hollywood Vampires, que, além de Depp na guitarra, conta com Alice Cooper e outros roqueiros. Está feliz por finalmente poder realizar o sonho de ser músico, que foi obrigado a deixar pra trás por causa do cinema. Os filmes, disse o ator, se transformaram em seu emprego diário. No caso de "Alice", Depp disse que foi bom voltar ao personagem, dessa vez mais emotivo e menos maluco. Ao contrário do ator, cada vez mais esquisitão.
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ilustrada
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Cada vez mais esquisitão, Johnny Depp é Chapeleiro emotivo no novo 'Alice'O ator Johnny Depp continua o mesmo esquisitão descolado sempre. Mas, prestes a completar 53 anos, está cada vez mais irônico e afiado. Depp abusou da ironia para criticar paparazzi e colunas de fofocas durante conversa com jornalistas em Londres, para divulgar seu retorno às telas como o Chapeleiro Maluco no filme "Alice Através do Espelho". Sobraram críticas até para a Austrália, que recentemente lhe fez gravar um vídeo de desculpas depois que ele e a mulher tentaram burlar as leis australianas ao entrar no país com dois cachorros num jato particular. "Vou fazer isso em todo lugar que eu for. Eu queria mesmo me desculpar por não ter contrabandeado meus cachorros para a Inglaterra. [...] Tentei matá-los depois da Austrália", disse Depp, destilando ironia. Questionado que conselhos daria caso encontrasse hoje com o jovem Johnny, ele afirmou que diria para "ficar longe de qualquer coisa que faz um monte de gente encarar você num restaurante, te seguir (...) e de quem escreve ficções lúdicas sobre você". Depp ainda emendou um último conselho: "Também diria que, se pessoas lhe fizerem merda, bata nelas". O cinquentão tatuado, que usa lápis delineador nos olhos, está cada vez mais com pinta de rockstar. Em Londres, ele falou da banda Hollywood Vampires, que, além de Depp na guitarra, conta com Alice Cooper e outros roqueiros. Está feliz por finalmente poder realizar o sonho de ser músico, que foi obrigado a deixar pra trás por causa do cinema. Os filmes, disse o ator, se transformaram em seu emprego diário. No caso de "Alice", Depp disse que foi bom voltar ao personagem, dessa vez mais emotivo e menos maluco. Ao contrário do ator, cada vez mais esquisitão.
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Arquivo Aberto - O caçador de imagens do cinema nacional
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Nos Anos 80, todas as vezes em que ia ao Rio dava uma passada na Cinemateca do MAM para encontrar o seu diretor –Cosme Alves Netto. Parafraseando Graciliano Ramos, "naquele tempo a escuridão ia se dissipando, vagarosa". Assim que entrava no corredor que dava acesso a sua sala, sentia-se o cheiro de vinagre dos filmes de acetato. Ali, eram guardados milhares de películas. Os seus auxiliares recortavam revistas, jornais ou perscrutavam algum filme numa enroladeira. Era o único ruído que se ouvia, tal era a atmosfera religiosa daquele silêncio. E, caso desse sorte, encontrava-se de lambuja algum ícone do cinema, por exemplo, o cineasta Alex Viany. Cosme, sempre gentil, apresentava-me: "Um cineasta do Amazonas". A minha sensação era que o Cosme, que sempre conheci de nome, existia fazia séculos, suas digitais encontravam-se por todo lugar daquela instituição. Ali era o seu território íntimo. Naquele dia, um dos nossos assuntos foi a proibição no Brasil do filme "Je vous Salue, Marie", de Godard. Cosme assuntava que a ala conservadora da ditadura ainda se mantinha viva e, pior, com força de mando. Como sempre fazia, ele se espreguiçava em sua cadeira e chamava melodiosamente: "Daaalva, traz um cafezinho". Toca o telefone e Cosme atende. Num átimo, sem dizer nenhuma palavra, exibe uma expressão apreensiva. Dalva chega com o café. Cosme sequer toma um gole, sai às pressas e sem me dar satisfação. Fico atônito diante do seu gesto inesperado. E, num impulso, sigo em seu encalço e ainda tenho tempo de alcançá-lo. Abro a porta do fusquinha, originalmente branco, mas sempre precisando ser lavado. Dentro do fusquinha, ainda sem nenhum comentário, Cosme continua com a mesma expressão. Ele sai do museu e entra no aterro do Flamengo sentido centro. Procuro provocá-lo, tirar algum comentário que revelasse o motivo daquela obstinada fuga. Sei lá. Aos poucos, enquanto desvia dos ônibus e tenta ultrapassar um e outro automóvel, seguimos em meio ao trânsito daquele dia que chegava no meio da tarde. Cosme finalmente comenta que a cultura brasileira sempre deu prioridade a guardar papel; em qualquer cidadezinha do território nacional, segundo ele, existe um arquivo público, ao contrário das imagens, que, quando existem, estão somente nos álbuns de família. Mas, àquela altura, estávamos entrando na avenida Brasil, naquele vai e vem de ônibus, automóveis e caminhões. Cosme finalmente pede que fique atento à área onde estão vários quartéis. Na altura da Penha, na área da Marinha, Cosme estica o pescoço e diz: "É ali, veja, estão ali". Mas até então ele nada havia esclarecido e eu continuava boiando nos motivos que o fizeram sair às carreiras. Só me restava perguntar: "O quê Cosme?". E ele responde: "Ali. Eles desovaram uma parte da nossa história". Era óbvio que estávamos numa área militar da Marinha. Distante da entrada principal havia um lixão de entulhos e nele podia-se ver um monte de latas de filmes, de 35 e de 16 mm. Cosme, sem se preocupar em querer saber o que identificava o conteúdo em cada uma daquelas latas –umas 15 ou 20–, pega uma, outra e mais outras. Enquanto o ajudo a arrumar as latas dentro do fusquinha, Cosme abre um sorriso e finalmente me revela o acontecido. Alguém havia passado em frente ao quartel quando uns soldados jogaram naquele entulho aquelas latas de filmes. Esse anônimo ligou para a Cinemateca e, por acaso, foi atendido pelo Cosme, quer dizer, pela pessoa certa. O mais extraordinário é que depois de muitos anos, ao realizar o filme-documentário "Tudo por Amor ao Cinema", descobri que este não era um fato isolado, pelo contrário, o Cosme era conhecido como um fazedor de causos, e foram tantos, narrados por pessoas em diversos países, que acabei por batizá-los de "causos-cósmicos". Um deles, por exemplo, foi ele ter guardado clandestinamente na Cinemateca do MAM os negativos de um filme de Eduardo Coutinho, cuja produção teve início justamente às vésperas do golpe de 1964. Os golpistas tinham a equipe do filme como inimiga e, consequentemente, ele havia caído na lista negra da ditadura. Somente no início dos 80, o cineasta os resgatou e concluiu o filme com o nome de "Cabra Marcado para Morrer" (1984), hoje clássico do cinema brasileiro. Por essas e outras podemos afirmar que Cosme Alves Netto (1937-96) fez dos filmes a história da sua vida. AURÉLIO MICHILES, 62, é cineasta e dirigiu, entre outros, "Tudo por Amor ao Cinema", que estreia nesta quinta (30).
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ilustrissima
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Arquivo Aberto - O caçador de imagens do cinema nacionalNos Anos 80, todas as vezes em que ia ao Rio dava uma passada na Cinemateca do MAM para encontrar o seu diretor –Cosme Alves Netto. Parafraseando Graciliano Ramos, "naquele tempo a escuridão ia se dissipando, vagarosa". Assim que entrava no corredor que dava acesso a sua sala, sentia-se o cheiro de vinagre dos filmes de acetato. Ali, eram guardados milhares de películas. Os seus auxiliares recortavam revistas, jornais ou perscrutavam algum filme numa enroladeira. Era o único ruído que se ouvia, tal era a atmosfera religiosa daquele silêncio. E, caso desse sorte, encontrava-se de lambuja algum ícone do cinema, por exemplo, o cineasta Alex Viany. Cosme, sempre gentil, apresentava-me: "Um cineasta do Amazonas". A minha sensação era que o Cosme, que sempre conheci de nome, existia fazia séculos, suas digitais encontravam-se por todo lugar daquela instituição. Ali era o seu território íntimo. Naquele dia, um dos nossos assuntos foi a proibição no Brasil do filme "Je vous Salue, Marie", de Godard. Cosme assuntava que a ala conservadora da ditadura ainda se mantinha viva e, pior, com força de mando. Como sempre fazia, ele se espreguiçava em sua cadeira e chamava melodiosamente: "Daaalva, traz um cafezinho". Toca o telefone e Cosme atende. Num átimo, sem dizer nenhuma palavra, exibe uma expressão apreensiva. Dalva chega com o café. Cosme sequer toma um gole, sai às pressas e sem me dar satisfação. Fico atônito diante do seu gesto inesperado. E, num impulso, sigo em seu encalço e ainda tenho tempo de alcançá-lo. Abro a porta do fusquinha, originalmente branco, mas sempre precisando ser lavado. Dentro do fusquinha, ainda sem nenhum comentário, Cosme continua com a mesma expressão. Ele sai do museu e entra no aterro do Flamengo sentido centro. Procuro provocá-lo, tirar algum comentário que revelasse o motivo daquela obstinada fuga. Sei lá. Aos poucos, enquanto desvia dos ônibus e tenta ultrapassar um e outro automóvel, seguimos em meio ao trânsito daquele dia que chegava no meio da tarde. Cosme finalmente comenta que a cultura brasileira sempre deu prioridade a guardar papel; em qualquer cidadezinha do território nacional, segundo ele, existe um arquivo público, ao contrário das imagens, que, quando existem, estão somente nos álbuns de família. Mas, àquela altura, estávamos entrando na avenida Brasil, naquele vai e vem de ônibus, automóveis e caminhões. Cosme finalmente pede que fique atento à área onde estão vários quartéis. Na altura da Penha, na área da Marinha, Cosme estica o pescoço e diz: "É ali, veja, estão ali". Mas até então ele nada havia esclarecido e eu continuava boiando nos motivos que o fizeram sair às carreiras. Só me restava perguntar: "O quê Cosme?". E ele responde: "Ali. Eles desovaram uma parte da nossa história". Era óbvio que estávamos numa área militar da Marinha. Distante da entrada principal havia um lixão de entulhos e nele podia-se ver um monte de latas de filmes, de 35 e de 16 mm. Cosme, sem se preocupar em querer saber o que identificava o conteúdo em cada uma daquelas latas –umas 15 ou 20–, pega uma, outra e mais outras. Enquanto o ajudo a arrumar as latas dentro do fusquinha, Cosme abre um sorriso e finalmente me revela o acontecido. Alguém havia passado em frente ao quartel quando uns soldados jogaram naquele entulho aquelas latas de filmes. Esse anônimo ligou para a Cinemateca e, por acaso, foi atendido pelo Cosme, quer dizer, pela pessoa certa. O mais extraordinário é que depois de muitos anos, ao realizar o filme-documentário "Tudo por Amor ao Cinema", descobri que este não era um fato isolado, pelo contrário, o Cosme era conhecido como um fazedor de causos, e foram tantos, narrados por pessoas em diversos países, que acabei por batizá-los de "causos-cósmicos". Um deles, por exemplo, foi ele ter guardado clandestinamente na Cinemateca do MAM os negativos de um filme de Eduardo Coutinho, cuja produção teve início justamente às vésperas do golpe de 1964. Os golpistas tinham a equipe do filme como inimiga e, consequentemente, ele havia caído na lista negra da ditadura. Somente no início dos 80, o cineasta os resgatou e concluiu o filme com o nome de "Cabra Marcado para Morrer" (1984), hoje clássico do cinema brasileiro. Por essas e outras podemos afirmar que Cosme Alves Netto (1937-96) fez dos filmes a história da sua vida. AURÉLIO MICHILES, 62, é cineasta e dirigiu, entre outros, "Tudo por Amor ao Cinema", que estreia nesta quinta (30).
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Em especial da Folha, relembre os 6 primeiros filmes de 'Star Wars'
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Com a contagem regressiva para "Star Wars: Episódio 7 - O Despertar da Força" quase no fim, é hora de voltar a atenção aos seis primeiros filmes da saga para relembrar os acontecimentos mais importantes. Começando por "Episódio 1 - A Ameaça Fantasma", a Folha resgata a trajetória de Anakin Skywalker (Jake Lloyd, mais tarde Hayden Christensen) de escravo a "padawan" –e de cavaleiro Jedi ao lado negro da Força. "O Despertar da Força" chega aos cinemas brasileiros em 17 de dezembro, com direção de J.J. Abrams e o retorno de membros do elenco original. Confira especial da Folha sobre a saga "Star Wars":
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Em especial da Folha, relembre os 6 primeiros filmes de 'Star Wars'Com a contagem regressiva para "Star Wars: Episódio 7 - O Despertar da Força" quase no fim, é hora de voltar a atenção aos seis primeiros filmes da saga para relembrar os acontecimentos mais importantes. Começando por "Episódio 1 - A Ameaça Fantasma", a Folha resgata a trajetória de Anakin Skywalker (Jake Lloyd, mais tarde Hayden Christensen) de escravo a "padawan" –e de cavaleiro Jedi ao lado negro da Força. "O Despertar da Força" chega aos cinemas brasileiros em 17 de dezembro, com direção de J.J. Abrams e o retorno de membros do elenco original. Confira especial da Folha sobre a saga "Star Wars":
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Houve tiro e correria, diz aluna sobre tentativa de roubo em shopping de SP
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"Ouvi tiro no piso inferior, aí começou uma correria, gritaria e os policiais chegaram atirando. Aí todo mundo correu para dentro das lojas, que [depois] fecharam as portas." O relato é da estudante de arquitetura Priscila Vasconcelos, 22, que estava dentro do Starbucks do Shopping Santa Cruz quando houve uma tentativa de roubo a uma loja, nesta terça-feira (15). Segundo a polícia, um suspeito foi preso e outros três fugiram. A Secretaria da Segurança Pública não confirma ter havido disparos dentro do shopping. Por volta das 20h30, o boletim de ocorrência ainda estava sendo feito. Priscila disse que eram 18h30 quando escutou o tiro. A polícia logo entrou no shopping. "Eles gritavam: 'todo mundo fica na loja'. Aí as lojas foram trancadas com cliente dentro." Ela pôde sair depois de 20 minutos, quando a polícia liberou a reabertura das lojas. "Foi a primeira vez que aconteceu comigo. Fiquei assustada, na verdade não sabia muito o que fazer." A faculdade em que ela estuda, Fiam/Faam, próxima ao shopping, dispensou os alunos das aulas na noite desta terça. ASSALTO Segundo informações da Polícia Militar, um grupo armado tentou assaltar a loja de eletrodomésticos Casas Bahia. A Polícia Civil chegou ao local e deteve um dos suspeitos, no entanto, os demais correram pelo shopping. Em nota, o Shopping Metrô Santa Cruz informa que os ladrões não levaram nada e que não houve feridos. O shopping já funciona normalmente.
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cotidiano
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Houve tiro e correria, diz aluna sobre tentativa de roubo em shopping de SP"Ouvi tiro no piso inferior, aí começou uma correria, gritaria e os policiais chegaram atirando. Aí todo mundo correu para dentro das lojas, que [depois] fecharam as portas." O relato é da estudante de arquitetura Priscila Vasconcelos, 22, que estava dentro do Starbucks do Shopping Santa Cruz quando houve uma tentativa de roubo a uma loja, nesta terça-feira (15). Segundo a polícia, um suspeito foi preso e outros três fugiram. A Secretaria da Segurança Pública não confirma ter havido disparos dentro do shopping. Por volta das 20h30, o boletim de ocorrência ainda estava sendo feito. Priscila disse que eram 18h30 quando escutou o tiro. A polícia logo entrou no shopping. "Eles gritavam: 'todo mundo fica na loja'. Aí as lojas foram trancadas com cliente dentro." Ela pôde sair depois de 20 minutos, quando a polícia liberou a reabertura das lojas. "Foi a primeira vez que aconteceu comigo. Fiquei assustada, na verdade não sabia muito o que fazer." A faculdade em que ela estuda, Fiam/Faam, próxima ao shopping, dispensou os alunos das aulas na noite desta terça. ASSALTO Segundo informações da Polícia Militar, um grupo armado tentou assaltar a loja de eletrodomésticos Casas Bahia. A Polícia Civil chegou ao local e deteve um dos suspeitos, no entanto, os demais correram pelo shopping. Em nota, o Shopping Metrô Santa Cruz informa que os ladrões não levaram nada e que não houve feridos. O shopping já funciona normalmente.
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Aviso
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Excepcionalmente hoje a coluna não será publicada.
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colunas
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AvisoExcepcionalmente hoje a coluna não será publicada.
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Tribunal de guerra de Guantánamo custa US$ 7.600 por minuto
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O transporte de funcionários e materiais para a base cubana remota elevou os custos incorridos pelas comissões militares, conforme revelou um memorando do mais alto responsável pelas comissões do Pentágono. Além das preocupações com a justiça, os tribunais militares foram criticados desde o início por sua ineficiência. Também veio à tona que o promotor chefe das comissões propôs o relaxamento de restrições que impedem advogados de defesa de tratar da tortura de réus cometida pela CIA (Agência Central de Inteligência, sigla em inglês) e seus aliados internacionais. É a primeira modificação desse tipo sugerida desde que o Senado levou a público partes de sua investigação sobre a tortura cometida pela CIA. Em um memorando de dezembro, o general duas-estrelas da reserva Vaughn Ary, que chefia as comissões, manifestou sua insatisfação com a lentidão e o custo dos tribunais. Ele constatou que os tribunais se reuniram por apenas 34 dias no ano passado, com sessões que duraram em média cinco horas por dia, ao custo de US$ 78 milhões (R$ 218,4 milhões). Cada participante do tribunal de guerra, incluindo a promotoria, a defesa e os oficiais juízes que presidem sobre o tribunal, precisa viajar até a base e retornar, um processo trabalhoso que vem contribuindo para os atrasos e custos altos dos julgamentos dos réus. Ary escreveu no memorando, ao qual Carol Rosenberg, do "Miami Herald", teve acesso: "Penso que o status quo não possibilita o ritmo de litígio necessário para levar estes processos a uma conclusão justa". O custo elevado da detenção dos 122 homens ainda encarcerados em Guantánamo, estimado em cerca de US$ 3,5 milhões (R$ 9,8 milhões) por cada detento, é um argumento que emergiu em favor do fechamento da prisão. Mas até agora a administração não tinha destacado com frequência o custo das comissões militares. Para acelerar o processo, o vice-secretário da Defesa, Robert Work, ordenou aos juízes das poucas comissões ativas que se mudem para Guantánamo pelo tempo que continuarem na função. Tradução de CLARA ALLAIN
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mundo
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Tribunal de guerra de Guantánamo custa US$ 7.600 por minutoO transporte de funcionários e materiais para a base cubana remota elevou os custos incorridos pelas comissões militares, conforme revelou um memorando do mais alto responsável pelas comissões do Pentágono. Além das preocupações com a justiça, os tribunais militares foram criticados desde o início por sua ineficiência. Também veio à tona que o promotor chefe das comissões propôs o relaxamento de restrições que impedem advogados de defesa de tratar da tortura de réus cometida pela CIA (Agência Central de Inteligência, sigla em inglês) e seus aliados internacionais. É a primeira modificação desse tipo sugerida desde que o Senado levou a público partes de sua investigação sobre a tortura cometida pela CIA. Em um memorando de dezembro, o general duas-estrelas da reserva Vaughn Ary, que chefia as comissões, manifestou sua insatisfação com a lentidão e o custo dos tribunais. Ele constatou que os tribunais se reuniram por apenas 34 dias no ano passado, com sessões que duraram em média cinco horas por dia, ao custo de US$ 78 milhões (R$ 218,4 milhões). Cada participante do tribunal de guerra, incluindo a promotoria, a defesa e os oficiais juízes que presidem sobre o tribunal, precisa viajar até a base e retornar, um processo trabalhoso que vem contribuindo para os atrasos e custos altos dos julgamentos dos réus. Ary escreveu no memorando, ao qual Carol Rosenberg, do "Miami Herald", teve acesso: "Penso que o status quo não possibilita o ritmo de litígio necessário para levar estes processos a uma conclusão justa". O custo elevado da detenção dos 122 homens ainda encarcerados em Guantánamo, estimado em cerca de US$ 3,5 milhões (R$ 9,8 milhões) por cada detento, é um argumento que emergiu em favor do fechamento da prisão. Mas até agora a administração não tinha destacado com frequência o custo das comissões militares. Para acelerar o processo, o vice-secretário da Defesa, Robert Work, ordenou aos juízes das poucas comissões ativas que se mudem para Guantánamo pelo tempo que continuarem na função. Tradução de CLARA ALLAIN
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Leitores divergem sobre concessão de vistos de turismo
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Concordo com sr. Constantino Karacostas quando, no seu artigo ("Fim da exigência de visto para americanos", "Opinião", 4/1), escreve sobre a necessidade de medidas para incentivar o turismo em nosso país. Porém não posso concordar com o fim do visto para os americanos, pois os brasileiros, com certeza, são os turistas que mais gastam naquele país e, mesmo assim, devem se submeter à humilhação da obtenção do visto pelo Consulado Norte-Americano. Os brasileiros sempre enfrentam filas enormes e aguardam a emissão dos vistos por mais de dez dias. Nós, que tanto gastamos por lá todos os anos, devemos sim exigir o visto. Mesmo peso e mesma medida! REGINA CÉLIA MOREIRA (São Paulo, SP) * Muito interessante a opinião de Constantino Karacostas ("Opinião", 4/1) quando defende a revisão da reciprocidade em vistos para americanos visitarem nosso país. Se precisamos de recursos para equilibrar nossas contas e gerar riqueza no Brasil, parece insano que um país como o nosso coloque empecilhos justamente para a vinda dos cidadãos da maior economia do mundo. ARY BRAGA PACHECO FILHO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores divergem sobre concessão de vistos de turismoConcordo com sr. Constantino Karacostas quando, no seu artigo ("Fim da exigência de visto para americanos", "Opinião", 4/1), escreve sobre a necessidade de medidas para incentivar o turismo em nosso país. Porém não posso concordar com o fim do visto para os americanos, pois os brasileiros, com certeza, são os turistas que mais gastam naquele país e, mesmo assim, devem se submeter à humilhação da obtenção do visto pelo Consulado Norte-Americano. Os brasileiros sempre enfrentam filas enormes e aguardam a emissão dos vistos por mais de dez dias. Nós, que tanto gastamos por lá todos os anos, devemos sim exigir o visto. Mesmo peso e mesma medida! REGINA CÉLIA MOREIRA (São Paulo, SP) * Muito interessante a opinião de Constantino Karacostas ("Opinião", 4/1) quando defende a revisão da reciprocidade em vistos para americanos visitarem nosso país. Se precisamos de recursos para equilibrar nossas contas e gerar riqueza no Brasil, parece insano que um país como o nosso coloque empecilhos justamente para a vinda dos cidadãos da maior economia do mundo. ARY BRAGA PACHECO FILHO (Brasília, DF) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Denúncia de Delcídio atinge última cartada para tentar salvar o governo
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A revelação de que o governo Dilma Rousseff tentou comprar o silêncio de Delcídio do Amaral (PT-MS), segundo a descrição do acordo de delação premiada do senador, implodiu o roteiro previsto pelo Planalto para tentar salvar o mandato da presidente e o projeto de poder do PT. Segundo o planejado, Dilma abdicaria na prática da Presidência em favor de um Luiz Inácio Lula da Silva investido da condição de superministro. O acordo estava praticamente pronto para ser fechado nesta terça (15). Lula buscaria remendar as pontes políticas com o PMDB e, por extensão, com a miríade de partidos médios que também seguem o cheiro de sangue em Brasília. Na outra ponta, o petista comandaria ou diretamente ou por meio de um novo ministro da Fazenda uma inflexão na política econômica –que, de resto, mais assusta do que anima os mercados devido às tentações populistas e perdulárias típicas do petismo em crise. O governo está paralisado pela gravidade da acusação de que o ministro Aloizio Mercadante teria ofertado dinheiro para Delcídio moderar o tom de sua delação. Mercadante não é só o ministro da Educação, é um homem de confiança de Dilma e do PT, ainda que tenha um histórico turbulento na relação com ambos. Como sempre, é preciso que tudo isso seja exposto ao contraditório e apurado antes de serem feitos juízos. Mas o impacto político é enorme, não menos porque Delcídio não é um líder obscuro de um partido lateral, mas ex-integrante do coração do grupo que está no poder. Restará agora ao Planalto dobrar a aposta e insistir no plano Lula ou desistir. Em ambos os casos, contudo, estará à mercê da velocidade aterradora dos acontecimentos. O restante da delação de Delcídio apresenta diversos fatos graves, a maioria já adiantada por seu vazamento há pouco mais de uma semana. Logo, já estavam algo "precificados", à espera da etapa de comprovações. Dilma e Lula ficam muito mal, assim como diversas figuras de ponta da política. As citações ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), herdeiro constitucional de uma queda de Dilma, e ao presidenciável tucano Aécio Neves, contudo, são menos contundentes pelo que transparece do acordo. O mesmo não se pode dizer de figuras como Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comandam a máquina do impeachment como presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente. Além da decisão em si do Planalto, a questão central para o futuro imediato do governo é o grau de comprometimento do PMDB com a solução a ser adotada. E, como tudo no país desde 2014, a velocidade da Lava Jato em comprovar seus achados.
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Denúncia de Delcídio atinge última cartada para tentar salvar o governoA revelação de que o governo Dilma Rousseff tentou comprar o silêncio de Delcídio do Amaral (PT-MS), segundo a descrição do acordo de delação premiada do senador, implodiu o roteiro previsto pelo Planalto para tentar salvar o mandato da presidente e o projeto de poder do PT. Segundo o planejado, Dilma abdicaria na prática da Presidência em favor de um Luiz Inácio Lula da Silva investido da condição de superministro. O acordo estava praticamente pronto para ser fechado nesta terça (15). Lula buscaria remendar as pontes políticas com o PMDB e, por extensão, com a miríade de partidos médios que também seguem o cheiro de sangue em Brasília. Na outra ponta, o petista comandaria ou diretamente ou por meio de um novo ministro da Fazenda uma inflexão na política econômica –que, de resto, mais assusta do que anima os mercados devido às tentações populistas e perdulárias típicas do petismo em crise. O governo está paralisado pela gravidade da acusação de que o ministro Aloizio Mercadante teria ofertado dinheiro para Delcídio moderar o tom de sua delação. Mercadante não é só o ministro da Educação, é um homem de confiança de Dilma e do PT, ainda que tenha um histórico turbulento na relação com ambos. Como sempre, é preciso que tudo isso seja exposto ao contraditório e apurado antes de serem feitos juízos. Mas o impacto político é enorme, não menos porque Delcídio não é um líder obscuro de um partido lateral, mas ex-integrante do coração do grupo que está no poder. Restará agora ao Planalto dobrar a aposta e insistir no plano Lula ou desistir. Em ambos os casos, contudo, estará à mercê da velocidade aterradora dos acontecimentos. O restante da delação de Delcídio apresenta diversos fatos graves, a maioria já adiantada por seu vazamento há pouco mais de uma semana. Logo, já estavam algo "precificados", à espera da etapa de comprovações. Dilma e Lula ficam muito mal, assim como diversas figuras de ponta da política. As citações ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), herdeiro constitucional de uma queda de Dilma, e ao presidenciável tucano Aécio Neves, contudo, são menos contundentes pelo que transparece do acordo. O mesmo não se pode dizer de figuras como Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comandam a máquina do impeachment como presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente. Além da decisão em si do Planalto, a questão central para o futuro imediato do governo é o grau de comprometimento do PMDB com a solução a ser adotada. E, como tudo no país desde 2014, a velocidade da Lava Jato em comprovar seus achados.
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População começa a discutir nova lei sobre uso dos bairros de São Paulo
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Começam nesta segunda (22) as audiências públicas na Câmara Municipal de São Paulo para discutir a nova lei de zoneamento. Essa primeira reunião, de um total de 39 previstas até o final do ano, ocorre às 19h. O projeto, proposto pelo prefeito Fernando Haddad (PT), vai ditar os usos permitidos para cada quarteirão da cidade. Alvo de polêmica, a lei propõe corredores de comércio em bairros nobres e estritamente residenciais, como Jardins e Morumbi. Essas zonas apenas residenciais representam 4% da área da cidade e, em boa parte, estão em áreas nobres. Com a nova lei, moradores temem que bairros sejam descaracterizados com a implantação de estabelecimentos.
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cotidiano
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População começa a discutir nova lei sobre uso dos bairros de São PauloComeçam nesta segunda (22) as audiências públicas na Câmara Municipal de São Paulo para discutir a nova lei de zoneamento. Essa primeira reunião, de um total de 39 previstas até o final do ano, ocorre às 19h. O projeto, proposto pelo prefeito Fernando Haddad (PT), vai ditar os usos permitidos para cada quarteirão da cidade. Alvo de polêmica, a lei propõe corredores de comércio em bairros nobres e estritamente residenciais, como Jardins e Morumbi. Essas zonas apenas residenciais representam 4% da área da cidade e, em boa parte, estão em áreas nobres. Com a nova lei, moradores temem que bairros sejam descaracterizados com a implantação de estabelecimentos.
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Para Temer, invasão da Câmara é 'inaceitável' e deve ser combatida
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O presidente Michel Temer lamentou nesta quarta-feira (16) a invasão do plenário da Câmara dos Deputados por um grupo de manifestantes favoráveis à intervenção militar no país. Segundo ele, a iniciativa constitui uma "afronta" à instituição parlamentar e um "desrespeito às normas de convívio democrático". Para ele, o episódio é "inaceitável" e será combatido "à luz da lei" e em defesa da garantia da "integridade da cada uma das instituições federais". "A Constituição Federal garante a todos o livre direito à manifestação de suas opiniões, mas não protege a agressão e o desrespeito institucional. Em uma democracia, o valor a ser preservado é o do respeito à livre expressão e da busca de apoio pelo convencimento e pela argumentação", disse por meio de nota. Ao todo, cerca de 50 manifestantes que se diziam de direita e favoráveis a uma intervenção militar invadiram o plenário e quebraram uma porta de vidro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter determinado a prisão dos manifestantes e que este era o único caminho a ser tomado em relação aos "baderneiros irresponsáveis e bandalheiros". plenário
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Para Temer, invasão da Câmara é 'inaceitável' e deve ser combatidaO presidente Michel Temer lamentou nesta quarta-feira (16) a invasão do plenário da Câmara dos Deputados por um grupo de manifestantes favoráveis à intervenção militar no país. Segundo ele, a iniciativa constitui uma "afronta" à instituição parlamentar e um "desrespeito às normas de convívio democrático". Para ele, o episódio é "inaceitável" e será combatido "à luz da lei" e em defesa da garantia da "integridade da cada uma das instituições federais". "A Constituição Federal garante a todos o livre direito à manifestação de suas opiniões, mas não protege a agressão e o desrespeito institucional. Em uma democracia, o valor a ser preservado é o do respeito à livre expressão e da busca de apoio pelo convencimento e pela argumentação", disse por meio de nota. Ao todo, cerca de 50 manifestantes que se diziam de direita e favoráveis a uma intervenção militar invadiram o plenário e quebraram uma porta de vidro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ter determinado a prisão dos manifestantes e que este era o único caminho a ser tomado em relação aos "baderneiros irresponsáveis e bandalheiros". plenário
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Senado aprova projeto que aumenta licença-paternidade de 5 para 20 dias
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O Senado aprovou nesta nesta quarta (3) projeto de lei que prevê aumento da licença-paternidade de 5 para 20 dias para empregados de empresas que aceitem o programa. O texto vai para sanção da presidente Dilma. A alteração está dentro de lei que prevê um marco legal de atenção à primeira infância (crianças de 0 a 6 anos). Se sancionado, o aumento da licença beneficiará funcionários de empresas vinculadas ao programa Empresa Cidadã, criado em 2008 para estimular a licença-maternidade de seis meses. CUSTO EXTRA No caso das que têm regime tributário de lucro real e da administração pública (cerca de 65% dos trabalhadores do país), o custo poderá ser absorvido pela União (o gasto poderia ser abatido do IR de Pessoa Jurídica). Trabalho da faculdade de economia da USP e da ONG Maria Cecília Souto Vidigal (que atua na área da primeira infância) indica que a extensão da licença deve custar o equivalente a 0,009% da arrecadação federal (dados de 2014), considerando o cenário mais provável de adesão. O aumento de gasto pode, no entanto, trazer dificuldade adicional para a sanção do Executivo, que busca neste momento reduzir despesas. NÃO BASTA SER PAI Diretor-presidente da ONG Maria Cecília Souto Vidigal, Eduardo Queiroz defende a proposta, por entender que ela beneficia a sociedade. Pesquisas mostram que maior envolvimento paterno nos primeiros dias de vida ajuda no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, aumenta o período de amamentação (devido ao maior apoio à mãe) e eleva o vínculo do pai com a criança. Consultada pela Folha no fim do ano passado sobre o tema, a Confederação Nacional da Indústria afirmou ser necessário "avaliar o impacto da perda da produtividade nas empresas devido ao afastamento de profissionais qualificados, uma das grandes dificuldades atuais do país". A licença-paternidade foi instituída no Brasil em 1988. Se for a 20 dias, o prazo vai se equiparar ao de Portugal. Os países com as maiores licenças são Islândia, Eslovênia (90 cada) e Finlândia (76), segundo a Organização Mundial do Trabalho. Na América Latina, as maiores licenças são concedidas pela Venezuela (14 dias) e pelo Equador (10 dias) e a menor é a da Argentina (2 dias). A proposta estabelece que, além da proteção à criança, como já é determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, haja a promoção do desenvolvimento integral de meninos e meninas. O texto também determina que a criança seja considerada na elaboração das políticas para a primeira infância.
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mercado
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Senado aprova projeto que aumenta licença-paternidade de 5 para 20 diasO Senado aprovou nesta nesta quarta (3) projeto de lei que prevê aumento da licença-paternidade de 5 para 20 dias para empregados de empresas que aceitem o programa. O texto vai para sanção da presidente Dilma. A alteração está dentro de lei que prevê um marco legal de atenção à primeira infância (crianças de 0 a 6 anos). Se sancionado, o aumento da licença beneficiará funcionários de empresas vinculadas ao programa Empresa Cidadã, criado em 2008 para estimular a licença-maternidade de seis meses. CUSTO EXTRA No caso das que têm regime tributário de lucro real e da administração pública (cerca de 65% dos trabalhadores do país), o custo poderá ser absorvido pela União (o gasto poderia ser abatido do IR de Pessoa Jurídica). Trabalho da faculdade de economia da USP e da ONG Maria Cecília Souto Vidigal (que atua na área da primeira infância) indica que a extensão da licença deve custar o equivalente a 0,009% da arrecadação federal (dados de 2014), considerando o cenário mais provável de adesão. O aumento de gasto pode, no entanto, trazer dificuldade adicional para a sanção do Executivo, que busca neste momento reduzir despesas. NÃO BASTA SER PAI Diretor-presidente da ONG Maria Cecília Souto Vidigal, Eduardo Queiroz defende a proposta, por entender que ela beneficia a sociedade. Pesquisas mostram que maior envolvimento paterno nos primeiros dias de vida ajuda no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, aumenta o período de amamentação (devido ao maior apoio à mãe) e eleva o vínculo do pai com a criança. Consultada pela Folha no fim do ano passado sobre o tema, a Confederação Nacional da Indústria afirmou ser necessário "avaliar o impacto da perda da produtividade nas empresas devido ao afastamento de profissionais qualificados, uma das grandes dificuldades atuais do país". A licença-paternidade foi instituída no Brasil em 1988. Se for a 20 dias, o prazo vai se equiparar ao de Portugal. Os países com as maiores licenças são Islândia, Eslovênia (90 cada) e Finlândia (76), segundo a Organização Mundial do Trabalho. Na América Latina, as maiores licenças são concedidas pela Venezuela (14 dias) e pelo Equador (10 dias) e a menor é a da Argentina (2 dias). A proposta estabelece que, além da proteção à criança, como já é determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, haja a promoção do desenvolvimento integral de meninos e meninas. O texto também determina que a criança seja considerada na elaboração das políticas para a primeira infância.
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Apple registra patente nos EUA para câmera similar à GoPro, diz blog
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A Apple conseguiu registrar patente nos EUA para uma câmera "vestível" que pode desafiar câmeras de ação fabricadas pela GoPro, informou o blog sobre propriedade intelectual "Patently Apple". A patente inclui detalhes sobre um sistema de câmera que pode ser montado em capacetes para andar de bicicleta ou em máscaras de mergulho, informou o blog. As ações da GoPro perdiam mais de 13% após a notícia.
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Apple registra patente nos EUA para câmera similar à GoPro, diz blogA Apple conseguiu registrar patente nos EUA para uma câmera "vestível" que pode desafiar câmeras de ação fabricadas pela GoPro, informou o blog sobre propriedade intelectual "Patently Apple". A patente inclui detalhes sobre um sistema de câmera que pode ser montado em capacetes para andar de bicicleta ou em máscaras de mergulho, informou o blog. As ações da GoPro perdiam mais de 13% após a notícia.
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Temer dá status de ministro a Moreira Franco, citado na Lava Jato
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Na mesma semana em que o STF (Supremo Tribunal Federal) homologou 77 delações premiadas da Odebrecht, o presidente Michel Temer concedeu status de ministro a Moreira Franco, um dos seus principais conselheiros e aliados. Hoje secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos), o peemedebista passa agora a ter foro privilegiado e só pode ser julgado pela Suprema Corte. Ele foi citado 34 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que o acusou de ter recebido dinheiro para defender os interesses da empreiteira. O peemedebista, apelidado de "angorá" na delação premiada, nega irregularidades. O novo ministro comandará a recém-criada Secretaria Geral da Presidência da República, que havia sido extinta em 2015 pela ex-presidente Dilma Rousseff. A estrutura abrigará, além do PPI, as secretarias de comunicação e administração e o cerimonial, antes vinculados à Casa Civil e à Secretaria de Governo. A nomeação de Moreira ocorre no rastro de uma reforma ministerial anunciada pelo Palácio do Planalto. Em um contraponto ao compromisso feito no início do governo peemedebista de redução da Esplanada dos Ministérios, o número de pastas aumentou de 26 para 28, quatro a menos do total herdado pelo governo Dilma Rousseff. As mudanças também aumentaram o espaço do PSDB, principal aliado da gestão peemedebista, na máquina pública. Com a ameaça de deixar o governo federal para a eleição presidencial de 2018, o partido passou a acumular cinco pastas, uma a menos que o PMDB. Além da Secretaria Geral, o presidente recriou também o Ministério dos Direitos Humanos, que havia sido extinto pelo próprio peemedebista quando assumiu o Palácio do Planalto, em maio do ano passado. A pasta será comandada pela desembargadora aposentada Luislinda Valois, filiada ao PSDB e que exercia o cargo de secretária de Promoção da Igualdade Racial, estrutura subordinada ao Ministério da Justiça. Como já havia indicado, o presidente assinou ainda a nomeação do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo. Ele ocupará o cargo vago desde a saída, no ano passado, de Geddel Vieira Lima, do PMDB. Os três novos ministros tomarão posse nesta sexta-feira (3), no Palácio do Planalto, e as nomeações serão publicadas no Diário Oficial da União. Sob pressão da "bancada da bala" na Câmara dos Deputados, Temer também alterou o nome do Ministério da Justiça, que passou a se chamar Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que continuará sob o comando de Alexandre de Moraes. Em meio à crise penitenciário, no mês passado, deputados federais ligados à área de Segurança Pública defenderam ao presidente a criação de uma estrutura destinada apenas à Segurança Pública.
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Temer dá status de ministro a Moreira Franco, citado na Lava JatoNa mesma semana em que o STF (Supremo Tribunal Federal) homologou 77 delações premiadas da Odebrecht, o presidente Michel Temer concedeu status de ministro a Moreira Franco, um dos seus principais conselheiros e aliados. Hoje secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos), o peemedebista passa agora a ter foro privilegiado e só pode ser julgado pela Suprema Corte. Ele foi citado 34 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que o acusou de ter recebido dinheiro para defender os interesses da empreiteira. O peemedebista, apelidado de "angorá" na delação premiada, nega irregularidades. O novo ministro comandará a recém-criada Secretaria Geral da Presidência da República, que havia sido extinta em 2015 pela ex-presidente Dilma Rousseff. A estrutura abrigará, além do PPI, as secretarias de comunicação e administração e o cerimonial, antes vinculados à Casa Civil e à Secretaria de Governo. A nomeação de Moreira ocorre no rastro de uma reforma ministerial anunciada pelo Palácio do Planalto. Em um contraponto ao compromisso feito no início do governo peemedebista de redução da Esplanada dos Ministérios, o número de pastas aumentou de 26 para 28, quatro a menos do total herdado pelo governo Dilma Rousseff. As mudanças também aumentaram o espaço do PSDB, principal aliado da gestão peemedebista, na máquina pública. Com a ameaça de deixar o governo federal para a eleição presidencial de 2018, o partido passou a acumular cinco pastas, uma a menos que o PMDB. Além da Secretaria Geral, o presidente recriou também o Ministério dos Direitos Humanos, que havia sido extinto pelo próprio peemedebista quando assumiu o Palácio do Planalto, em maio do ano passado. A pasta será comandada pela desembargadora aposentada Luislinda Valois, filiada ao PSDB e que exercia o cargo de secretária de Promoção da Igualdade Racial, estrutura subordinada ao Ministério da Justiça. Como já havia indicado, o presidente assinou ainda a nomeação do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo. Ele ocupará o cargo vago desde a saída, no ano passado, de Geddel Vieira Lima, do PMDB. Os três novos ministros tomarão posse nesta sexta-feira (3), no Palácio do Planalto, e as nomeações serão publicadas no Diário Oficial da União. Sob pressão da "bancada da bala" na Câmara dos Deputados, Temer também alterou o nome do Ministério da Justiça, que passou a se chamar Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que continuará sob o comando de Alexandre de Moraes. Em meio à crise penitenciário, no mês passado, deputados federais ligados à área de Segurança Pública defenderam ao presidente a criação de uma estrutura destinada apenas à Segurança Pública.
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Crise preocupa, mas não tira 'singela positividade' de investidores sociais
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Mesmo diante da crise econômica e política que assola o Brasil, famílias investidoras sociais têm uma "percepção singelamente positiva" para o futuro e a expansão do setor que representam nos próximos anos. Em sua maioria, esse grupo de investidores, que representa 7% dos 160 bilionários do país, acredita que vão surgir, nos próximos anos, novas famílias investidoras sociais, com mais recursos e atuação mais organizadas. As informações são do relatório Retratos do Investimento Social Familiar no Brasil, lançado pelo Gife no início deste mês, organização sem fins lucrativos que reúne os principais investidores do país. Para levantar os dados qualitativos, foi usada uma mostra composta por 17 famílias que mantém institutos e fundações que investem em causas sociais, que compõem o Gife e outras seis convidadas. Membros de algumas das famílias mais influentes na economia e na política brasileiras, seja por meio da administração de suas empresas, da interação com gestores públicos de alto escalão, do número de funcionários que possuem, ou da contribuição que fazem para partidos políticos (financeira e intelectual), participaram do levantamento. Para a composição do relatório, foram ouvidas organizações como Fundação Affonso Brandão Hennel, da família de Affonso Brandão Hennel, fundador da Semp Toshiba, Fundação Tide Setubal, presidida pela educadora Neca Setubal, herdeira do Itaú e Instituto Ayrton Senna, mantida pelos royalties dos contratos de imagem do piloto Ayrton Senna e presidida por sua irmã, Viviane Senna, entre outras. Dos entrevistados, 40% fazem parte dos 160 bilionários brasileiros. Eles concederam entrevistas sob a condição de anonimato e de não ligação de dados às respectivas organizações. A criação do relatório surgiu para compreender o aumento do número de investidores familiares associados ao Gife. Somente nos últimos sete anos, o número de famílias ligadas à organização cresceu mais de 140%, passando de 8 para 21, em 2015. Segundo André Degenszajn, secretário-geral do Gife, o aumento de interesse pela área entre as famílias mais ricas do Brasil é um reflexo de um movimento. "As motivações delas vêm, principalmente, após deixarem o controle de suas empresas ou de abrirem capital, assim, acabam se afastam dos cargos administrativos e criando suas próprias instituições filantrópicas", diz Degenszajn. Apesar da visão positiva predominante, parte dos entrevistados foi mais cética em relação aos próximos anos "prevendo" um "futuro negro" para o setor, ou seja, um decréscimo do movimento do qual fazem parte, mencionando que algumas fundações estão fechando em função da crise. "A recessão e as empresas e o Brasil com menos recursos, levam ao encolhimento do campo filantrópico", conta Degenszajn. "Porque o dinheiro não está nas instituições, a maior parte das fundações recebem recursos anuais das suas famílias mantenedoras, que têm aplicações no mercado financeiro, em ações, nas empresas. Então, se o mercado está desaquecido, tende a ter menos recursos para a filantropia", afirma. De acordo com Degenszajn, a tendência é a de que as famílias não ampliem seus investimentos para 2016, algumas, ainda, devem reduzir os que já faz. Ana Carolina Velasco, coordenadora da pesquisa, afirma que as famílias estudadas já têm recursos predestinados ao investimento social e que não ficam tanto associados os cortes da crise. "Mas elas estão tendo mais cuidado, porque querem manter o investimento", diz. Os bilionários acreditam que o crescimento do setor depende também da união de forças, da superação do caráter individualista dos investidores e do fortalecimento institucional das organizações da sociedade civil como um todo e aumento da profissionalização do setor. RECURSOS Em média, as organizações familiares entrevistadas aplicam R$ 14,5 milhões por ano em suas iniciativas filantrópicas. Elas enxergam o papel que representam como complementar ao setor público, de construção da cidadania, de "civilizar" o governo e de questão de moral. Das organizações ouvidas, 39% afirmaram que o valor de seu investimento social é estipulado com base em uma proporção de seu patrimônio total, apesar de nem todos terem ainda atingido o percentual estipulado. O dinheiro aplicado é predominantemente oriundo do setor industrial (35%) e do setor financeiro (30%). São famílias que enriqueceram por meio de atividades industriais no final do século 19 e durante o 20, com construção civil, indústria têxtil, tecnologia, siderurgia e cosméticos. O setor bancário e financeiro também são relevantes investidores da área. ATUAÇÃO O campo preferido de investimento do grupo de investidores é o da educação, 40% deles aplicam na causa por acreditarem ser um setor estratégico no qual está a raiz dos problemas brasileiros. A definição de área de foco passa, geralmente, pela vontade do patriarca – responsável pela fortuna das famílias, e pela "cultura familiar", ou seja, pela visão que a família tem do país e da solução para os seus problemas sociais. No entanto, o relatório mostra que a influência do patriarcado tem se esvaído nas últimas décadas, principalmente após a terceira geração de herdeiros assumirem as organizações, que, por sua vez, passam a ficar sob liderança feminina. A origem do interesse em atuar na área social entre essas famílias está associada às lembranças afetivas de ações realizadas por seus pais e avós, muitos deles antes de terem feito ou consolidado fortuna. A religiosidade e a trajetória de vida, como dos antepassados que migraram para o Brasil em condições críticas em tempos de guerras, também estão entre as influências para a prática da filantropia. Somente 11% se dizem inspirados pelas desigualdades sociais. DESAFIOS Em contramão a popular cultura de doações dos Estados Unidos, onde heranças investidas em organizações sociais não são tributadas pelo governo, o Brasil tributa dinheiro deixado para herdeiros ou para causas sociais. Para Degenszajn, esse é dos maiores entraves para a expansão da cultura de investimento familiar social no país. "No Brasil, aos olhos do governo, é indiferente se você coloca o dinheiro numa fundação, apoia uma organização sem fins lucrativos, ou deixa para seu filho." Investimento social tímido e pouco número de investidores no setor também é encarado como um problema para quem aplica na área. Além de, desorganização e desconexão das próprias organizações, que muitas vezes atuam de forma dispersa, sem foco e de maneira assistencialista.
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empreendedorsocial
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Crise preocupa, mas não tira 'singela positividade' de investidores sociaisMesmo diante da crise econômica e política que assola o Brasil, famílias investidoras sociais têm uma "percepção singelamente positiva" para o futuro e a expansão do setor que representam nos próximos anos. Em sua maioria, esse grupo de investidores, que representa 7% dos 160 bilionários do país, acredita que vão surgir, nos próximos anos, novas famílias investidoras sociais, com mais recursos e atuação mais organizadas. As informações são do relatório Retratos do Investimento Social Familiar no Brasil, lançado pelo Gife no início deste mês, organização sem fins lucrativos que reúne os principais investidores do país. Para levantar os dados qualitativos, foi usada uma mostra composta por 17 famílias que mantém institutos e fundações que investem em causas sociais, que compõem o Gife e outras seis convidadas. Membros de algumas das famílias mais influentes na economia e na política brasileiras, seja por meio da administração de suas empresas, da interação com gestores públicos de alto escalão, do número de funcionários que possuem, ou da contribuição que fazem para partidos políticos (financeira e intelectual), participaram do levantamento. Para a composição do relatório, foram ouvidas organizações como Fundação Affonso Brandão Hennel, da família de Affonso Brandão Hennel, fundador da Semp Toshiba, Fundação Tide Setubal, presidida pela educadora Neca Setubal, herdeira do Itaú e Instituto Ayrton Senna, mantida pelos royalties dos contratos de imagem do piloto Ayrton Senna e presidida por sua irmã, Viviane Senna, entre outras. Dos entrevistados, 40% fazem parte dos 160 bilionários brasileiros. Eles concederam entrevistas sob a condição de anonimato e de não ligação de dados às respectivas organizações. A criação do relatório surgiu para compreender o aumento do número de investidores familiares associados ao Gife. Somente nos últimos sete anos, o número de famílias ligadas à organização cresceu mais de 140%, passando de 8 para 21, em 2015. Segundo André Degenszajn, secretário-geral do Gife, o aumento de interesse pela área entre as famílias mais ricas do Brasil é um reflexo de um movimento. "As motivações delas vêm, principalmente, após deixarem o controle de suas empresas ou de abrirem capital, assim, acabam se afastam dos cargos administrativos e criando suas próprias instituições filantrópicas", diz Degenszajn. Apesar da visão positiva predominante, parte dos entrevistados foi mais cética em relação aos próximos anos "prevendo" um "futuro negro" para o setor, ou seja, um decréscimo do movimento do qual fazem parte, mencionando que algumas fundações estão fechando em função da crise. "A recessão e as empresas e o Brasil com menos recursos, levam ao encolhimento do campo filantrópico", conta Degenszajn. "Porque o dinheiro não está nas instituições, a maior parte das fundações recebem recursos anuais das suas famílias mantenedoras, que têm aplicações no mercado financeiro, em ações, nas empresas. Então, se o mercado está desaquecido, tende a ter menos recursos para a filantropia", afirma. De acordo com Degenszajn, a tendência é a de que as famílias não ampliem seus investimentos para 2016, algumas, ainda, devem reduzir os que já faz. Ana Carolina Velasco, coordenadora da pesquisa, afirma que as famílias estudadas já têm recursos predestinados ao investimento social e que não ficam tanto associados os cortes da crise. "Mas elas estão tendo mais cuidado, porque querem manter o investimento", diz. Os bilionários acreditam que o crescimento do setor depende também da união de forças, da superação do caráter individualista dos investidores e do fortalecimento institucional das organizações da sociedade civil como um todo e aumento da profissionalização do setor. RECURSOS Em média, as organizações familiares entrevistadas aplicam R$ 14,5 milhões por ano em suas iniciativas filantrópicas. Elas enxergam o papel que representam como complementar ao setor público, de construção da cidadania, de "civilizar" o governo e de questão de moral. Das organizações ouvidas, 39% afirmaram que o valor de seu investimento social é estipulado com base em uma proporção de seu patrimônio total, apesar de nem todos terem ainda atingido o percentual estipulado. O dinheiro aplicado é predominantemente oriundo do setor industrial (35%) e do setor financeiro (30%). São famílias que enriqueceram por meio de atividades industriais no final do século 19 e durante o 20, com construção civil, indústria têxtil, tecnologia, siderurgia e cosméticos. O setor bancário e financeiro também são relevantes investidores da área. ATUAÇÃO O campo preferido de investimento do grupo de investidores é o da educação, 40% deles aplicam na causa por acreditarem ser um setor estratégico no qual está a raiz dos problemas brasileiros. A definição de área de foco passa, geralmente, pela vontade do patriarca – responsável pela fortuna das famílias, e pela "cultura familiar", ou seja, pela visão que a família tem do país e da solução para os seus problemas sociais. No entanto, o relatório mostra que a influência do patriarcado tem se esvaído nas últimas décadas, principalmente após a terceira geração de herdeiros assumirem as organizações, que, por sua vez, passam a ficar sob liderança feminina. A origem do interesse em atuar na área social entre essas famílias está associada às lembranças afetivas de ações realizadas por seus pais e avós, muitos deles antes de terem feito ou consolidado fortuna. A religiosidade e a trajetória de vida, como dos antepassados que migraram para o Brasil em condições críticas em tempos de guerras, também estão entre as influências para a prática da filantropia. Somente 11% se dizem inspirados pelas desigualdades sociais. DESAFIOS Em contramão a popular cultura de doações dos Estados Unidos, onde heranças investidas em organizações sociais não são tributadas pelo governo, o Brasil tributa dinheiro deixado para herdeiros ou para causas sociais. Para Degenszajn, esse é dos maiores entraves para a expansão da cultura de investimento familiar social no país. "No Brasil, aos olhos do governo, é indiferente se você coloca o dinheiro numa fundação, apoia uma organização sem fins lucrativos, ou deixa para seu filho." Investimento social tímido e pouco número de investidores no setor também é encarado como um problema para quem aplica na área. Além de, desorganização e desconexão das próprias organizações, que muitas vezes atuam de forma dispersa, sem foco e de maneira assistencialista.
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Deborah Secco posa com filha e diz que ficou 'confusa' após o nascimento dela
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A atriz Deborah Secco, 36, diz que se sentiu "confusa" após o nascimento de Maria Flor: "A sociedade cobra e eu também: 'Por que eu não estou superfeliz?' [...] A tristeza era muita, a alegria era muita", diz ela à revista "Glamour". Leia a coluna completa aqui.
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Deborah Secco posa com filha e diz que ficou 'confusa' após o nascimento delaA atriz Deborah Secco, 36, diz que se sentiu "confusa" após o nascimento de Maria Flor: "A sociedade cobra e eu também: 'Por que eu não estou superfeliz?' [...] A tristeza era muita, a alegria era muita", diz ela à revista "Glamour". Leia a coluna completa aqui.
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Netanyahu diz que deu "alternativa prática" para acordo com o Irã
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O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (4) que ofereceu "uma alternativa prática" ao acordo entre as potências e o Irã sobre o programa nuclear em seu discurso no Congresso dos Estados Unidos. Aos parlamentares americanos, ele disse que o pacto não tirará a capacidade iraniana de poder desenvolver a bomba atômica em curto prazo e defendeu que a negociação só deve terminar se o país abrir mão de financiar o terrorismo e de agredir Israel. A proposta foi criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para quem o plano do israelense não representa uma alternativa viável, e por Teerã, que o acusa de mentir "de forma doentia e repetitiva" sobre o programa nuclear. "Propus uma alternativa prática, em que prolongamos o tempo que o Irã levará para conseguir a bomba e prevê sanções mais duras se o acordo é quebrado", disse Netanyahu, em nota. "Tive a impressão de que os parlamentares entenderam melhor porque este acordo é ruim e qual é a alternativa para ele". Dentro de Israel, opositores consideraram que, com o discurso, o chefe de governo feriu a relação com os Estados Unidos para conseguir mais votos na eleição parlamentar de 17 de março, em que ele aparece com desvantagem. "Israel é um país forte, um aliado dos EUA, ou pelo menos até quando Netanyahu decidiu arruinar isso por suas necessidades políticas. Nós precisaremos reatar essa relação", disse Tzipi Livni, líder do partido centrista Hatnuah. NEGOCIAÇÕES Em meio às críticas do premiê israelense, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, entraram no terceiro e último dia de negociações sobre o programa nuclear iraniano. A previsão é que o diálogo seja retomado no dia 15. A República Islâmica tenta até o fim do mês chegar a um acordo sobre o enriquecimento de urânio com as potências do grupo 5+1 –Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha. O objetivo das potências é persuadir Teerã a restringir seu programa nuclear em troca de alívio das sanções que prejudicam a economia do país e restringem a venda de seu principal produto de exportação, o petróleo. Os americanos e alguns de seus aliados, como Israel e Arábia Saudita, suspeitam que o país esteja usando o programa para produzir armas nucleares. Teerã nega, dizendo que a pesquisa é para fins pacíficos, como geração de energia e de isótopos para a medicina.
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mundo
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Netanyahu diz que deu "alternativa prática" para acordo com o IrãO premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira (4) que ofereceu "uma alternativa prática" ao acordo entre as potências e o Irã sobre o programa nuclear em seu discurso no Congresso dos Estados Unidos. Aos parlamentares americanos, ele disse que o pacto não tirará a capacidade iraniana de poder desenvolver a bomba atômica em curto prazo e defendeu que a negociação só deve terminar se o país abrir mão de financiar o terrorismo e de agredir Israel. A proposta foi criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para quem o plano do israelense não representa uma alternativa viável, e por Teerã, que o acusa de mentir "de forma doentia e repetitiva" sobre o programa nuclear. "Propus uma alternativa prática, em que prolongamos o tempo que o Irã levará para conseguir a bomba e prevê sanções mais duras se o acordo é quebrado", disse Netanyahu, em nota. "Tive a impressão de que os parlamentares entenderam melhor porque este acordo é ruim e qual é a alternativa para ele". Dentro de Israel, opositores consideraram que, com o discurso, o chefe de governo feriu a relação com os Estados Unidos para conseguir mais votos na eleição parlamentar de 17 de março, em que ele aparece com desvantagem. "Israel é um país forte, um aliado dos EUA, ou pelo menos até quando Netanyahu decidiu arruinar isso por suas necessidades políticas. Nós precisaremos reatar essa relação", disse Tzipi Livni, líder do partido centrista Hatnuah. NEGOCIAÇÕES Em meio às críticas do premiê israelense, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, entraram no terceiro e último dia de negociações sobre o programa nuclear iraniano. A previsão é que o diálogo seja retomado no dia 15. A República Islâmica tenta até o fim do mês chegar a um acordo sobre o enriquecimento de urânio com as potências do grupo 5+1 –Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha. O objetivo das potências é persuadir Teerã a restringir seu programa nuclear em troca de alívio das sanções que prejudicam a economia do país e restringem a venda de seu principal produto de exportação, o petróleo. Os americanos e alguns de seus aliados, como Israel e Arábia Saudita, suspeitam que o país esteja usando o programa para produzir armas nucleares. Teerã nega, dizendo que a pesquisa é para fins pacíficos, como geração de energia e de isótopos para a medicina.
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Mural: Mesmo sem corte 'oficial', moradores relatam falta d'água no Anhanguera
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Para a população do distrito Anhanguera, zona noroeste de São Paulo, abrir a torneira e não se deparar com uma gota d'água tem sido, há meses, situação corriqueira. Se pela manhã o abastecimento está normalizado, no período da tarde já ... Leia post completo no blog
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Mural: Mesmo sem corte 'oficial', moradores relatam falta d'água no AnhangueraPara a população do distrito Anhanguera, zona noroeste de São Paulo, abrir a torneira e não se deparar com uma gota d'água tem sido, há meses, situação corriqueira. Se pela manhã o abastecimento está normalizado, no período da tarde já ... Leia post completo no blog
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Homenagem familiar, Duas Terezas satisfaz, mas ainda comete erros básicos
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LUIZA FECAROTTA DE SÃO PAULO O Duas Terezas é um lugar gracioso que faz homenagem a duas avós de mesmo nome e suas respectivas cozinhas, com sabores acolhedores e fáceis de assimilar —e um pé no Nordeste, outro na Itália. Ali, no pequeno estabelecimento que habita a Vila Butantan, um complexo de contêineres de comida, nota-se cuidado nos mínimos detalhes, as flores frescas sobre as mesas, a alegre atmosfera de cores vivas, as panelinhas e louças que vão à mesa. Os pratos, no balanço, são gostosinhos, satisfazem e tal, mas a execução mostra erros básicos. Serve de exemplo a mandioca na manteiga: vem coberta com carne-seca besuntada com requeijão, escorrendo, a exalar fumaça do calor, aquela beleza, mas basta mordê-las para encontrar um interior seco e sem graça (R$ 22,90). Na sequência, surge um "cuscuz de milho", com aspas porque não se trata do cuscuz paulista, tampouco do nordestino. O daqui é recheado com até cinco combinações, como a de frango com Catupiry, sugerida pelo garçom (R$ 28, com salada). Mas é também seco, sequíssimo, incômodo de comer, apesar do feliz sabor de milho, esse símbolo da nossa cozinha caipira. Ainda falta potência às receitas, de sabores meios óbvios. Problema nenhum, não fosse a expectativa que o próprio cardápio cria ao anunciar os "toques da chef" —Mariana Pelozio, ex-participante do "Hells Kitchen, Cozinha Sob Pressão" (SBT). A gente lê sobre o mexidinho, por exemplo, e saliva. "Tirinhas de carne, com arroz, ovos e queijo, muito queijo" (R$ 25). Mas o prato é pálido; gostoso, mas sem força —nem para a boca nem para os olhos, apesar da linda panelinha em que é acomodado. Sai-se melhor o risoto de carne-seca, com arroz-vermelho e cateto e queijo coalho (R$ 32) -é al dente, fumegante e tem mais personalidade. Também frustra ouvir "hoje não tem" para tudo quanto é sorte de itens pedidos —não era melhor ir devagar com o andor e apostar num cardápio mais enxuto? Ou avisar os clientes sobre os pratos faltantes antes que eles criem suas expectativas? Bem, eis um final feliz: o café é delicadamente coado à mesa e pode vir na companhia de banana empanada em tapioca, polvilhada com canela, e uma tantada de doce de leite (R$ 16). * Duas Terezas Onde: r. Agostinho Cantu, 47, Butantã Quando: seg. a ter., das 12h às 15h e das 18h às 20h; qua. a sex., das 12h às 15 e das 18h às 22h; sáb., das 12h às 22h; dom., das 12h às 20h Avaliação: regular
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Homenagem familiar, Duas Terezas satisfaz, mas ainda comete erros básicosLUIZA FECAROTTA DE SÃO PAULO O Duas Terezas é um lugar gracioso que faz homenagem a duas avós de mesmo nome e suas respectivas cozinhas, com sabores acolhedores e fáceis de assimilar —e um pé no Nordeste, outro na Itália. Ali, no pequeno estabelecimento que habita a Vila Butantan, um complexo de contêineres de comida, nota-se cuidado nos mínimos detalhes, as flores frescas sobre as mesas, a alegre atmosfera de cores vivas, as panelinhas e louças que vão à mesa. Os pratos, no balanço, são gostosinhos, satisfazem e tal, mas a execução mostra erros básicos. Serve de exemplo a mandioca na manteiga: vem coberta com carne-seca besuntada com requeijão, escorrendo, a exalar fumaça do calor, aquela beleza, mas basta mordê-las para encontrar um interior seco e sem graça (R$ 22,90). Na sequência, surge um "cuscuz de milho", com aspas porque não se trata do cuscuz paulista, tampouco do nordestino. O daqui é recheado com até cinco combinações, como a de frango com Catupiry, sugerida pelo garçom (R$ 28, com salada). Mas é também seco, sequíssimo, incômodo de comer, apesar do feliz sabor de milho, esse símbolo da nossa cozinha caipira. Ainda falta potência às receitas, de sabores meios óbvios. Problema nenhum, não fosse a expectativa que o próprio cardápio cria ao anunciar os "toques da chef" —Mariana Pelozio, ex-participante do "Hells Kitchen, Cozinha Sob Pressão" (SBT). A gente lê sobre o mexidinho, por exemplo, e saliva. "Tirinhas de carne, com arroz, ovos e queijo, muito queijo" (R$ 25). Mas o prato é pálido; gostoso, mas sem força —nem para a boca nem para os olhos, apesar da linda panelinha em que é acomodado. Sai-se melhor o risoto de carne-seca, com arroz-vermelho e cateto e queijo coalho (R$ 32) -é al dente, fumegante e tem mais personalidade. Também frustra ouvir "hoje não tem" para tudo quanto é sorte de itens pedidos —não era melhor ir devagar com o andor e apostar num cardápio mais enxuto? Ou avisar os clientes sobre os pratos faltantes antes que eles criem suas expectativas? Bem, eis um final feliz: o café é delicadamente coado à mesa e pode vir na companhia de banana empanada em tapioca, polvilhada com canela, e uma tantada de doce de leite (R$ 16). * Duas Terezas Onde: r. Agostinho Cantu, 47, Butantã Quando: seg. a ter., das 12h às 15h e das 18h às 20h; qua. a sex., das 12h às 15 e das 18h às 22h; sáb., das 12h às 22h; dom., das 12h às 20h Avaliação: regular
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Paz na Síria carece de estofo político para se concretizar
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A perspectiva de que as hostilidades acabem na Síria depende dos eventos políticos dos próximos dias. O país, em guerra desde 2011, pode experimentar um período de alívio inédito. Mas os planos podem ser também como areia jogada ao vento. O acordo foi anunciado na noite de quinta (11) em Munique após negociações entre potências internacionais, incluindo EUA e Rússia. Ataques podem ser interrompidos em uma semana, e ajuda humanitária pode ser entregue em áreas sitiadas. Seria uma excelente notícia para a região. O conflito deixou quase 500 mil mortos em cinco anos, segundo estimativa recente. Milhões deixaram seus lares, e a expectativa de vida baixou de 70 anos para 55,4 de 2010 a 2015. Mas a trégua, apesar do anúncio, não é um cenário garantido. As discussões não incluíram, por exemplo, as organizações terroristas Estado Islâmico e Jabhat al-Nusra, sugerindo que o fim da violência de fato é pouco provável dentro do território. Ademais, não está claro se o acordo levará à interrupção de bombardeios russos, que têm auxiliado o ditador sírio Bashar al-Assad em reconquistar territórios hoje em mãos de facções inimigas. O fim da intervenção russa é uma das reivindicações de grupos opositores na Síria. Assad também jogou areia na cara dos otimistas ao afirmar, à agência de notícias AFP, que está comprometido a retomar todo o país, o que poderia demorar "bastante". A conversa ocorreu horas antes do acordo de Munique. ATORES Há outros pontos que não estão claros na proposta de trégua. Por exemplo, qual será o comprometimento da milícia libanesa Hizbullah e dos combatentes iranianos que hoje defendem o regime de Assad. Igualmente, Arábia Saudita e Turquia teriam de lidar com organizações que apoiam no território sírio. Há receio de, com o fracasso do plano, a Rússia incrementar suas ações na Síria. O presidente Vladimir Putin tem sido acusado pela morte de centenas de civis em ataques que parecem beneficiar o regime. Os bombardeios russos são justificados como combate ao Estado Islâmico, mas analistas repetidamente denunciam que os ataques têm como alvo outros grupos opositores. A Rússia, que tem um importante porto na Síria, tem interesse na continuidade do regime, por meio do qual pode exercer pressão na região. De toda maneira, se o confronto for congelado neste momento, será uma vantagem para Assad, que tem retomado território no entorno de Aleppo, no norte do país. Baixada a poeira, estará mais nítido o efeito das negociações atuais. Mas o drama sírio só poderá ser de fato resolvido quando as partes envolvidas, incluindo as potências internacionais, voltarem à mesa para negociar.
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mundo
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Paz na Síria carece de estofo político para se concretizarA perspectiva de que as hostilidades acabem na Síria depende dos eventos políticos dos próximos dias. O país, em guerra desde 2011, pode experimentar um período de alívio inédito. Mas os planos podem ser também como areia jogada ao vento. O acordo foi anunciado na noite de quinta (11) em Munique após negociações entre potências internacionais, incluindo EUA e Rússia. Ataques podem ser interrompidos em uma semana, e ajuda humanitária pode ser entregue em áreas sitiadas. Seria uma excelente notícia para a região. O conflito deixou quase 500 mil mortos em cinco anos, segundo estimativa recente. Milhões deixaram seus lares, e a expectativa de vida baixou de 70 anos para 55,4 de 2010 a 2015. Mas a trégua, apesar do anúncio, não é um cenário garantido. As discussões não incluíram, por exemplo, as organizações terroristas Estado Islâmico e Jabhat al-Nusra, sugerindo que o fim da violência de fato é pouco provável dentro do território. Ademais, não está claro se o acordo levará à interrupção de bombardeios russos, que têm auxiliado o ditador sírio Bashar al-Assad em reconquistar territórios hoje em mãos de facções inimigas. O fim da intervenção russa é uma das reivindicações de grupos opositores na Síria. Assad também jogou areia na cara dos otimistas ao afirmar, à agência de notícias AFP, que está comprometido a retomar todo o país, o que poderia demorar "bastante". A conversa ocorreu horas antes do acordo de Munique. ATORES Há outros pontos que não estão claros na proposta de trégua. Por exemplo, qual será o comprometimento da milícia libanesa Hizbullah e dos combatentes iranianos que hoje defendem o regime de Assad. Igualmente, Arábia Saudita e Turquia teriam de lidar com organizações que apoiam no território sírio. Há receio de, com o fracasso do plano, a Rússia incrementar suas ações na Síria. O presidente Vladimir Putin tem sido acusado pela morte de centenas de civis em ataques que parecem beneficiar o regime. Os bombardeios russos são justificados como combate ao Estado Islâmico, mas analistas repetidamente denunciam que os ataques têm como alvo outros grupos opositores. A Rússia, que tem um importante porto na Síria, tem interesse na continuidade do regime, por meio do qual pode exercer pressão na região. De toda maneira, se o confronto for congelado neste momento, será uma vantagem para Assad, que tem retomado território no entorno de Aleppo, no norte do país. Baixada a poeira, estará mais nítido o efeito das negociações atuais. Mas o drama sírio só poderá ser de fato resolvido quando as partes envolvidas, incluindo as potências internacionais, voltarem à mesa para negociar.
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Levi Ceregato: A obra de arte de Joaquim Levy
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Os primeiros movimentos da equipe econômica neste início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff parecem ter passado um grau maior de confiança aos agentes econômicos, investidores e ao mercado em geral. A reação positiva deve-se, principalmente, à sinalização de uma nova postura do governo ante a questão fiscal, que foi a grande responsável pela quebra de credibilidade nos últimos anos, nos quais houve paulatino agravamento do desequilíbrio entre receitas e despesas, culminando com o colapso do superávit primário em 2014. Positivo, portanto, o cenário que começa a se delinear, pois é premente a recuperação da economia brasileira, que não pode seguir crescendo quase zero a cada exercício, sob pena de perdermos tudo o que conquistamos em termos de aumento da renda e baixo índice de desemprego, que, felizmente, ainda se mantém. Portanto, é hora de acreditar na capacidade e no potencial do País e nas pessoas responsáveis pela realização das políticas públicas. Nesse caso, o verbo "acreditar" tem um significado mais amplo do que um voto de confiança. Quer dizer, também, transformar o crédito em estímulo e compromisso de trabalho no sentido de contribuir para a retomada de um fluxo mais consistente de expansão do PIB. Obviamente, as políticas públicas e as medidas adotadas pelo governo são fundamentais para os rumos da economia, mas o esforço de cada trabalhador, empresa e da sociedade em geral também é crucial. No tocante à nova postura do governo quanto à responsabilidade fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem transmitido com segurança as informações e metas, começando pela redução de despesas e o anúncio agora do pacote fiscal. Sinal do esforço para reequacionar despesas e receitas. O equilíbrio entre as duas pontas é muito sensível e determinante para o sucesso ou o fracasso de toda uma política econômica. As receitas, advindas exclusivamente da arrecadação de impostos, não podem ultrapassar os limites da capacidade da sociedade de transferir dinheiro para o erário público, sob pena de se inviabilizarem a produção e o trabalho; e o corte de despesas não pode extrapolar um valor que impediria os investimentos públicos, principalmente em infraestrutura, e o atendimento às prioridades do Estado, como saúde, educação e segurança. Em síntese, os impostos não podem asfixiar os contribuintes e o corte de despesas não pode matar a economia. Encontrar esse ponto de equilíbrio será o grande desafio de Joaquim Levy e de toda a equipe econômica. Em sua trajetória profissional, ele já demonstrou ser competente e, portanto, capaz de buscar essa sensível calibragem para que o Brasil se estabilize e possa voltar a crescer em níveis mais consistentes. Encontrar o ponto certo entre a poupança de recursos e a arrecadação será uma verdadeira obra de arte do ministro! Para isso, é importante que ele e todo o time encarregado de resgatar a confiança, a competitividade e o crescimento da economia nacional tenham um voto de confiança neste momento decisivo. O Brasil é um país com imenso potencial de recursos naturais, minerais, hídricos, petrolífero, agropecuários e bioenergéticos. Tem indústria estruturada, com grande capacidade produtiva, serviços e setor financeiro de primeiro mundo. Precisamos reverter tudo isso em favor de nossa competitividade e crescimento sustentado. Vamos trabalhar e vencer! LEVI CEREGATO é presidente da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Levi Ceregato: A obra de arte de Joaquim LevyOs primeiros movimentos da equipe econômica neste início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff parecem ter passado um grau maior de confiança aos agentes econômicos, investidores e ao mercado em geral. A reação positiva deve-se, principalmente, à sinalização de uma nova postura do governo ante a questão fiscal, que foi a grande responsável pela quebra de credibilidade nos últimos anos, nos quais houve paulatino agravamento do desequilíbrio entre receitas e despesas, culminando com o colapso do superávit primário em 2014. Positivo, portanto, o cenário que começa a se delinear, pois é premente a recuperação da economia brasileira, que não pode seguir crescendo quase zero a cada exercício, sob pena de perdermos tudo o que conquistamos em termos de aumento da renda e baixo índice de desemprego, que, felizmente, ainda se mantém. Portanto, é hora de acreditar na capacidade e no potencial do País e nas pessoas responsáveis pela realização das políticas públicas. Nesse caso, o verbo "acreditar" tem um significado mais amplo do que um voto de confiança. Quer dizer, também, transformar o crédito em estímulo e compromisso de trabalho no sentido de contribuir para a retomada de um fluxo mais consistente de expansão do PIB. Obviamente, as políticas públicas e as medidas adotadas pelo governo são fundamentais para os rumos da economia, mas o esforço de cada trabalhador, empresa e da sociedade em geral também é crucial. No tocante à nova postura do governo quanto à responsabilidade fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem transmitido com segurança as informações e metas, começando pela redução de despesas e o anúncio agora do pacote fiscal. Sinal do esforço para reequacionar despesas e receitas. O equilíbrio entre as duas pontas é muito sensível e determinante para o sucesso ou o fracasso de toda uma política econômica. As receitas, advindas exclusivamente da arrecadação de impostos, não podem ultrapassar os limites da capacidade da sociedade de transferir dinheiro para o erário público, sob pena de se inviabilizarem a produção e o trabalho; e o corte de despesas não pode extrapolar um valor que impediria os investimentos públicos, principalmente em infraestrutura, e o atendimento às prioridades do Estado, como saúde, educação e segurança. Em síntese, os impostos não podem asfixiar os contribuintes e o corte de despesas não pode matar a economia. Encontrar esse ponto de equilíbrio será o grande desafio de Joaquim Levy e de toda a equipe econômica. Em sua trajetória profissional, ele já demonstrou ser competente e, portanto, capaz de buscar essa sensível calibragem para que o Brasil se estabilize e possa voltar a crescer em níveis mais consistentes. Encontrar o ponto certo entre a poupança de recursos e a arrecadação será uma verdadeira obra de arte do ministro! Para isso, é importante que ele e todo o time encarregado de resgatar a confiança, a competitividade e o crescimento da economia nacional tenham um voto de confiança neste momento decisivo. O Brasil é um país com imenso potencial de recursos naturais, minerais, hídricos, petrolífero, agropecuários e bioenergéticos. Tem indústria estruturada, com grande capacidade produtiva, serviços e setor financeiro de primeiro mundo. Precisamos reverter tudo isso em favor de nossa competitividade e crescimento sustentado. Vamos trabalhar e vencer! LEVI CEREGATO é presidente da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Artigo de ex-prefeito sobre Lula é oportuno convite à reflexão, diz leitor
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A carta aberta de Tito Costa ao seu amigo Lula ("Carta aberta a Lula", Tendências/Debates, 20/9) é um lúcido e oportuno convite à reflexão, sobretudo para os que ainda não reconhecem a corrupção como um delito ético, que chegou ao nível de epidemia nos governos do PT. Essas administrações mostraram, de um lado, a realização do sonho cidadão do país para todos. De outro, uma face oculta, desnudada pela Operação Lava Jato. João Carlos Araújo Figueira (Rio de Janeiro, RJ) * A Folha cedeu um espaço nobre para que Tito Costa criticasse Lula. É lícito que qualquer um critique políticos e suas trajetórias, mas qual é a atual luta de Tito Costa, político hoje sem mandato? Basta uma rápida busca na internet para saber que sua luta hoje é para desalojar índios guarani de sua minúscula terra perto do pico do Jaraguá, em São Paulo. Terra já reconhecida como área indígena pelo Ministério da Justiça, mas que dela Tito Costa reivindica 83 hectares. * Dorivaldo Salle de Oliveira* (São Paulo, SP) * É bonita a carta de desabafo do ex-prefeito Tito Costa a Lula. O seu projeto de Brasil levaria Lula automaticamente a um projeto de poder no país. Era só aguardar, ser honesto e seguir o caminho de um estadista. Mas sua ambição levou-o a um projeto irresponsável e nada patriótico. Arcangelo Sforcin Filho (São Paulo, SP) * Todos vemos as manobras do governo federal para vencer a crise. Nenhuma delas, no entanto, prevê o corte dos comissionados, o que significa grande parcela dos gastos públicos. A máquina pública está viciada e só funciona na base do dinheiro. A corrupção consome cada vez mais o poder de compra dos brasileiros. João Coelho Vítola (Brasília, DF) * Qualquer pessoa em sã consciência sabe que não há mais condições de a presidente Dilma Rousseff continuar no comando do país até 2018. Seria o fim do Brasil, que já conta com falta de credibilidade lá fora e internamente. O PMDB não vai apoiar o pedido de afastamento de Dilma? Não é a hora de abandonar seus interesses e lutar a favor do Brasil, pelo menos desta vez? Myrian Macedo (São Paulo, SP) * Minha filha de sete anos ouviu de colegas na escola que Dilma roubou. Eu disse a ela que não há evidências disso, mas que pessoas próximas da presidente estão sendo investigadas por roubo. Minha filha disse, então, que Dilma deveria tê-las alertado para que não roubassem. Respondi dizendo que, possivelmente, Dilma não tinha conhecimento dos desvios. A pequena retrucou afirmando que Dilma, como presidente, tem obrigação de saber de tudo o que as pessoas de seu círculo fazem. Ela tem mais noção da responsabilidade de um presidente do que Lula e Dilma têm. Rodrigo Ens (Curitiba, PR) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Artigo de ex-prefeito sobre Lula é oportuno convite à reflexão, diz leitorA carta aberta de Tito Costa ao seu amigo Lula ("Carta aberta a Lula", Tendências/Debates, 20/9) é um lúcido e oportuno convite à reflexão, sobretudo para os que ainda não reconhecem a corrupção como um delito ético, que chegou ao nível de epidemia nos governos do PT. Essas administrações mostraram, de um lado, a realização do sonho cidadão do país para todos. De outro, uma face oculta, desnudada pela Operação Lava Jato. João Carlos Araújo Figueira (Rio de Janeiro, RJ) * A Folha cedeu um espaço nobre para que Tito Costa criticasse Lula. É lícito que qualquer um critique políticos e suas trajetórias, mas qual é a atual luta de Tito Costa, político hoje sem mandato? Basta uma rápida busca na internet para saber que sua luta hoje é para desalojar índios guarani de sua minúscula terra perto do pico do Jaraguá, em São Paulo. Terra já reconhecida como área indígena pelo Ministério da Justiça, mas que dela Tito Costa reivindica 83 hectares. * Dorivaldo Salle de Oliveira* (São Paulo, SP) * É bonita a carta de desabafo do ex-prefeito Tito Costa a Lula. O seu projeto de Brasil levaria Lula automaticamente a um projeto de poder no país. Era só aguardar, ser honesto e seguir o caminho de um estadista. Mas sua ambição levou-o a um projeto irresponsável e nada patriótico. Arcangelo Sforcin Filho (São Paulo, SP) * Todos vemos as manobras do governo federal para vencer a crise. Nenhuma delas, no entanto, prevê o corte dos comissionados, o que significa grande parcela dos gastos públicos. A máquina pública está viciada e só funciona na base do dinheiro. A corrupção consome cada vez mais o poder de compra dos brasileiros. João Coelho Vítola (Brasília, DF) * Qualquer pessoa em sã consciência sabe que não há mais condições de a presidente Dilma Rousseff continuar no comando do país até 2018. Seria o fim do Brasil, que já conta com falta de credibilidade lá fora e internamente. O PMDB não vai apoiar o pedido de afastamento de Dilma? Não é a hora de abandonar seus interesses e lutar a favor do Brasil, pelo menos desta vez? Myrian Macedo (São Paulo, SP) * Minha filha de sete anos ouviu de colegas na escola que Dilma roubou. Eu disse a ela que não há evidências disso, mas que pessoas próximas da presidente estão sendo investigadas por roubo. Minha filha disse, então, que Dilma deveria tê-las alertado para que não roubassem. Respondi dizendo que, possivelmente, Dilma não tinha conhecimento dos desvios. A pequena retrucou afirmando que Dilma, como presidente, tem obrigação de saber de tudo o que as pessoas de seu círculo fazem. Ela tem mais noção da responsabilidade de um presidente do que Lula e Dilma têm. Rodrigo Ens (Curitiba, PR) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Retomada do Estado Islâmico, Ramadi é cenário de destruição no Iraque
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Esta é a cara da vitória na cidade iraquiana de Ramadi: na praça Haji Ziad, antigamente movimentada, não sobrou uma única estrutura em pé. Para qualquer lado direção que se olhe, a paisagem é de devastação. Um prédio que abrigava um boliche e sorveterias: reduzido a escombros. Uma fileira de quiosques de câmbio e oficinas de motocicletas: destruída. Em seu lugar, há uma gigantesca cratera de bomba. O restaurante Haji Ziad, que ficava na praça e era apreciado pelos moradores de Ramadi por suas carnes grelhadas: achatado. O restaurante tinha tanto movimento que três anos atrás seu proprietário construiu uma filial maior e mais elegante do outro lado da rua. Também ela agora não passa de uma pilha de concreto e vigas de ferro retorcidas. A destruição se estende a praticamente todas as partes de Ramadi, cidade que tinha 1 milhão de habitantes e que hoje está praticamente vazia. O grande trevo rodoviário no acesso principal à cidade está parcialmente derrubado. Edifícios de apartamento foram esmagados, um depois do outro. Numa rua residencial, as paredes externas das casas foram arrancadas, expondo mobília e camas. Nas poucas casas que ainda estão em pé, pichações nas paredes avisam que há explosivos no interior. Quando forças do governo iraquiano, com o apoio de aviões de guerra liderados pelos EUA, arrancaram esta cidade das mãos dos militantes do Estado Islâmico, após oito meses de controle do EI, isso foi saudado como vitória importante. Mas o custo da conquista de Ramadi foi a própria cidade. VIDA A extensão da destruição ultrapassa de longe o que se vê em qualquer outra das cidades iraquianas reconquistadas até agora do grupo jihadista. Fotos cedidas à Associated Press pela empresa de imagens por satélite DigitalGlobe mostram que mais de 3.000 casas ou prédios e quase 400 ruas e pontes foram danificadas ou destruídas entre maio de 2015, quando Ramadi foi conquistada pelo EI, e 22 de janeiro, quando a maior parte dos combates já terminara. Quase 800 civis foram mortos no mesmo período em choques, ataques aéreos e execuções. Agora os poucos sinais de vida em Ramadi são os soldados em postos de controle recém-pintados e decorados com flores de plástico. Veículos abrem caminho com cuidado entre as crateras que bloqueiam o caminho, enquanto o pó levantado por milhares de prédios reduzidos a escombros recobre a paisagem. Em uma rua, o único sinal de que já houve casas ali é uma fileira de portões de quintal e algumas árvores frutíferas. A destruição foi causada pelos explosivos plantados pelo EI e por centenas de ataques aéreos lançados pelas forças iraquianas e a coalizão liderada pelos Estados Unidos. Além dos combates propriamente ditos, o Estado Islâmico vem cada vez mais usando uma estratégia de terra arrasada à medida que vai perdendo terreno no Iraque. Quando seus combatentes recuam, eles explodem alguns edifícios e plantam explosivos em milhares de outros. É tão custoso e demorado desativar as bombas que hoje, boa parte do Iraque libertada recentemente do domínio do EI virou inabitável. "Eles só deixam escombros para trás", comentou o major Mohammed Hussein, cujo batalhão de contraterrorismo foi um dos primeiros a entrar em Ramadi. "Não dá para se fazer nada com escombros." Diante disso, a coalizão liderada pelos EUA e as autoridades iraquianas estão repensando as táticas a usar quando combatem o EI para recuperar territórios. A coalizão está reduzindo seus ataques aéreos em áreas urbanas sitiadas. Esforços estão sendo feitos para aumentar o treinamento de equipes de desativação de explosivos. A nova abordagem é especialmente importante agora, quando o Iraque e a coalizão se preparam para a tarefa difícil de retomar Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, que está nas mãos do Estado Islâmico há quase dois anos. "Eles sabem que não podem simplesmente converter Mossul em um grande estacionamento", falou um diplomata ocidental em Bagdá que esteve presente a várias reuniões entre representantes da coalizão e da defesa iraquiana para discutir a operação em Mossul. Como não está autorizado a falar com a imprensa, o diplomata pediu anonimato para falar. Em janeiro, depois de o EI ser expulso de Ramadi, milhares de famílias voltaram às suas casas. Desde então, porém moradores foram impedidos de retornar porque dezenas de civis morreram em armadilhas deixadas pelo EI. As autoridades estimam que o EI plantou milhares de bombas improvisadas na cidade. A firma americana Janus Global Operations começou a trabalhar na remoção delas no mês passado e disse que até agora limpou mais de mil metros quadrados -apenas uma parte pequena de uma quadra. A imensa maioria da população de Ramadi continua deslocada. Ramadi fica às margens do rio Eufrates, a oeste de Bagdá, e é a capital do coração sunita do Iraque, a província de Anbar. Em 2014, ao mesmo tempo em que o EI avançava pela maior parte da província e do norte do Iraque, Ramadi resistia sob o controle tênue do governo. Em maio de 2015, após combates que duraram meses, combatentes do Estado Islâmico capturaram a cidade, lançando uma barragem de caminhões-bomba e homens-bomba que acabou derrotando as forças do governo. O EI hasteou sua bandeira sobre o Centro de Comando de Operações de Anbar, a antiga sede militar e da polícia provincial que em determinado momento foi uma base militar americana. Em seguida, passou a demolir o complexo com explosivos. Nos dias seguintes, o grupo destruiu metodicamente os edifícios governamentais da cidade. Militantes tomaram casas de moradores, convertendo salas de estar em centros de comando e quartos em dormitórios. Cavaram túneis sob as ruas para fugir dos ataques aéreos, fecharam escolas, saquearam e destruíram as casas de pessoas ligadas ao governo local. Montaram um quartel-geral no campus da Universidade Anbar, na zona oeste da cidade. Ao longo dos oito meses da campanha para expulsar o EI de Ramadi, aviões da coalizão jogaram mais de 600 bombas sobre a cidade. Os ataques miravam combatentes do Estado Islâmico, mas, reconheceu o Pentágono, também destruíram pontes, edifícios e ruas. Forças do governo tomaram distritos da periferia e, em dezembro, lançaram sua investida final. ARRASADA Quando forças terrestres iraquianas entraram em Ramadi, o EI plantou explosivos metodicamente e explodiu boa parte da infraestrutura da cidade. A grade elétrica foi quase totalmente destruída, e a rede de esgotos também foi fortemente danificada. Os jihadistas explodiram as pontes remanescentes e duas barragens. A maior parte da população já tinha abandonado a cidade, mas os combatentes do EI intensificaram as buscas nos postos de controle ao longo das principais vias de saída da cidade, para impedir a fuga de civis. Mais tarde, usaram famílias como escudos humanos quando eles próprios fugiram. "O Estado Islâmico fez um esforço coordenado para garantir que a cidade se tornasse inabitável", disse Patrick Martin, pesquisador do Iraque no Instituto para o Estudo da Guerra. O major Hussein contou que, quando seu comboio de tropas se aproximou de Ramadi, ele viu combatentes do EI ateando incêndios na Universidade de Anbar, para destruir documentos delicados. Os incêndios arderam durante dias. A universidade foi em grande medida destruída. Um ginásio de esportes usado pelo EI para guardar documentos foi queimado. Equipamentos esportivos queimados se espalham pelos corredores —luvas de boxe, chuteiras, pedaços de um uniforme de corrida. Disparos da artilharia iraquiana deixaram grandes rombos na biblioteca da universidade. Apenas as duas salas principais de leitura podem ser visitadas em segurança; acredita-se que haja bombas ocultas plantadas no resto do prédio de quatro andares. No esforço para forçar a saída dos militantes entrincheirados, a artilharia iraquiana e os aviões da coalizão desencadearam uma devastação. A praça Haji Ziad, por exemplo, é uma intersecção estratégica, da qual se veem as grandes avenidas pelas quais as tropas teriam que chegar. Assim, os combatentes do EI marcaram presença forte ali. O novo restaurante Haji Ziad, com vários andares, era o lugar mais usado por franco-atiradores. Tropas iraquianas pediram ataques intensivos da coalizão sobre a praça para ajudar a expulsar os militantes. Um conjunto de 40 altos edifícios residenciais ficava do outro lado da Universidade Anbar, numa rota chave para as forças iraquianas que entrariam na cidade. Imagens feitas antes e depois mostram que pelo menos 12 deles foram totalmente destruídos. Há múltiplas crateras de bombas evidentes, incluindo pelo menos duas com mais de 15 metros de largura. Num bairro na extremidade oeste do centro de Ramadi, uma área com densa concentração de prédios, casas e lojas movimentadas, nem uma única construção escapou ilesa da ocupação do EI e dos ataques da coalizão. As ruas principais em toda a cidade estão obstruídas por crateras criadas por cada lado, no esforço para dificultar os movimentos do outro. Dezenas de milhares de moradores de Ramadi estão vivendo em acampamentos ou com parentes em Bagdá. Centenas de milhares estão em povoados vizinhos. Outros milhares estão vivendo numa pequena cidade turística à margem do lago Habbaniyah, ao sul de Ramadi, que se converteu em um grande acampamento. No lugar onde ainda em 2012 iraquianos vinham passear de barco e jet ski, hoje a praia está repleta de barracas. O hotel de 300 quartos e centenas de chalés no complexo estão ocupados por pessoas deslocadas de Ramadi, Fallujah, Hit e povoados menores em Anbar. Umm Khaled, 30 anos, vivia com sua família numa casa de dois quartos no centro de Ramadi. Hoje, grávida de seu quarto filho, ela ocupa um pequeno abrigo na periferia do resort de Habbaniyah que seu marido construiu de lonas de plástico e folhas de zinco. Umm Khaled disse que desde que fugiu de Ramadi, dois anos atrás, continuou a acompanhar o que foi feito de sua casa, que ficou ilesa. Então, quando a ofensiva para retomar a cidade começou, ela ouviu de outra família fugida que sua casa tinha sido atingida por um míssil ou bomba. No dia em que Ramadi foi declarada libertada, Umm Khaled contou que houve festa no acampamento. Crianças soltaram fogos de artifício e rapazes dançaram. Dias depois, chegaram notícias mais sombrias. O marido de Umm voltou a Ramadi para ver o que restara e trouxe fotos em seu celular. "Era como se não houvesse nada. E não é apenas a nossa casa, é o bairro inteiro", disse Umm, que não quis revelar seu nome completo por temer pela segurança de parentes que ainda vivem sob o domínio do EI. Sem casa para a qual voltar e sem emprego, sua família está sendo forçada a permanecer no acampamento e tornou-se dependente da ajuda dada por organizações humanitárias. As poucas economias que a família tinha acabaram meses atrás, de modo que é impossível para ela voltar para Ramadi e reconstruir. De acordo com a agência das Nações Unidas de mapeamento por satélite, Unitar, estimadas 5.700 construções do total de cerca de 55 mil de Ramadi foram gravemente danificadas ou totalmente destruídas. MIRA Com vistas a reduzir a destruição na luta contra o EI daqui em diante, os aviões da coalizão estão lançando menos ataques e usando munições menores, mais seletivas. Em Hit, uma cidade pequena a oeste de Ramadi retomada do EI em abril, comandantes iraquianos reclamaram que está ficando cada vez mais difícil conseguir que as forças da coalizão aprovem pedidos de ataques aéreos. O general Sami Khathan al-Aradi disse que o progresso em Hit está sendo mais lento devido à redução dos ataques aéreos. "Nossos aliados têm seus próprios padrões, seus próprios regulamentos", ele explicou, deixando entender que aviões iraquianos teriam feito mais ataques aéreos. Mossul tem área mais ou menos dois terços maior que Ramadi, e entre 1 milhão e 1,5 milhões de moradores continuam na cidade —muito mais do que os habitantes que continuavam em Ramadi quando as forças iraquianas lutaram para retomá-la—, de modo que grande número de pessoas correrá risco quando um ataque for lançado. A destruição de Mossul na mesma escala que Ramadi provocaria não apenas destruição no valor de bilhões de dólares. Ela também geraria o risco de provocar o repúdio maior da população minoritária sunita. Oprimidos havia muito tempo pelo governo central de Bagdá, comandado por xiitas, alguns sunitas inicialmente saudaram a chegada do EI em Mossul e partes da província de Anbar. Mas, após meses de governo cada vez mais brutal do EI, o apoio dos sunitas ao grupo parece ter diminuído. A destruição em grande escala também corre o risco de desencadear ciclos de ataques de vingança nas comunidades de Anbar, onde as leis tribais muitas vezes exigem que morte e destruição sejam pagas em "dinheiro de sangue". Na periferia leste de Ramadi, autoridades locais de segurança já iniciaram a destruição metódica das casas de pessoas suspeitas de serem simpatizantes do EI. A casa da família de Hamdiya Mahmoud foi destruída por militantes do EI. Nos escombros do que era o quarto de seu filho, ela aponta para uma cômoda coberta de destroços de plástico e concreto. O móvel foi um presente dado a seu filho e à mulher dele no dia do casamento deles. "Não deixei meu filho menor estudar, para economizar dinheiro para construir esta casa", disse Mahmoud, chorando. "Esta casa tem valor inestimável para mim, é como um de meus filhos." Ela falou que não quer vingança pelos danos causados ao imóvel. Mas seu marido, olhando para as ruínas de sua casa, não foi igualmente clemente. "Juro por Deus", disse Ali Hussein Jassim, "que, se eu descobrir quem fez isso, não vou ficar em silêncio." Tradução de Clara Allain
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mundo
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Retomada do Estado Islâmico, Ramadi é cenário de destruição no IraqueEsta é a cara da vitória na cidade iraquiana de Ramadi: na praça Haji Ziad, antigamente movimentada, não sobrou uma única estrutura em pé. Para qualquer lado direção que se olhe, a paisagem é de devastação. Um prédio que abrigava um boliche e sorveterias: reduzido a escombros. Uma fileira de quiosques de câmbio e oficinas de motocicletas: destruída. Em seu lugar, há uma gigantesca cratera de bomba. O restaurante Haji Ziad, que ficava na praça e era apreciado pelos moradores de Ramadi por suas carnes grelhadas: achatado. O restaurante tinha tanto movimento que três anos atrás seu proprietário construiu uma filial maior e mais elegante do outro lado da rua. Também ela agora não passa de uma pilha de concreto e vigas de ferro retorcidas. A destruição se estende a praticamente todas as partes de Ramadi, cidade que tinha 1 milhão de habitantes e que hoje está praticamente vazia. O grande trevo rodoviário no acesso principal à cidade está parcialmente derrubado. Edifícios de apartamento foram esmagados, um depois do outro. Numa rua residencial, as paredes externas das casas foram arrancadas, expondo mobília e camas. Nas poucas casas que ainda estão em pé, pichações nas paredes avisam que há explosivos no interior. Quando forças do governo iraquiano, com o apoio de aviões de guerra liderados pelos EUA, arrancaram esta cidade das mãos dos militantes do Estado Islâmico, após oito meses de controle do EI, isso foi saudado como vitória importante. Mas o custo da conquista de Ramadi foi a própria cidade. VIDA A extensão da destruição ultrapassa de longe o que se vê em qualquer outra das cidades iraquianas reconquistadas até agora do grupo jihadista. Fotos cedidas à Associated Press pela empresa de imagens por satélite DigitalGlobe mostram que mais de 3.000 casas ou prédios e quase 400 ruas e pontes foram danificadas ou destruídas entre maio de 2015, quando Ramadi foi conquistada pelo EI, e 22 de janeiro, quando a maior parte dos combates já terminara. Quase 800 civis foram mortos no mesmo período em choques, ataques aéreos e execuções. Agora os poucos sinais de vida em Ramadi são os soldados em postos de controle recém-pintados e decorados com flores de plástico. Veículos abrem caminho com cuidado entre as crateras que bloqueiam o caminho, enquanto o pó levantado por milhares de prédios reduzidos a escombros recobre a paisagem. Em uma rua, o único sinal de que já houve casas ali é uma fileira de portões de quintal e algumas árvores frutíferas. A destruição foi causada pelos explosivos plantados pelo EI e por centenas de ataques aéreos lançados pelas forças iraquianas e a coalizão liderada pelos Estados Unidos. Além dos combates propriamente ditos, o Estado Islâmico vem cada vez mais usando uma estratégia de terra arrasada à medida que vai perdendo terreno no Iraque. Quando seus combatentes recuam, eles explodem alguns edifícios e plantam explosivos em milhares de outros. É tão custoso e demorado desativar as bombas que hoje, boa parte do Iraque libertada recentemente do domínio do EI virou inabitável. "Eles só deixam escombros para trás", comentou o major Mohammed Hussein, cujo batalhão de contraterrorismo foi um dos primeiros a entrar em Ramadi. "Não dá para se fazer nada com escombros." Diante disso, a coalizão liderada pelos EUA e as autoridades iraquianas estão repensando as táticas a usar quando combatem o EI para recuperar territórios. A coalizão está reduzindo seus ataques aéreos em áreas urbanas sitiadas. Esforços estão sendo feitos para aumentar o treinamento de equipes de desativação de explosivos. A nova abordagem é especialmente importante agora, quando o Iraque e a coalizão se preparam para a tarefa difícil de retomar Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, que está nas mãos do Estado Islâmico há quase dois anos. "Eles sabem que não podem simplesmente converter Mossul em um grande estacionamento", falou um diplomata ocidental em Bagdá que esteve presente a várias reuniões entre representantes da coalizão e da defesa iraquiana para discutir a operação em Mossul. Como não está autorizado a falar com a imprensa, o diplomata pediu anonimato para falar. Em janeiro, depois de o EI ser expulso de Ramadi, milhares de famílias voltaram às suas casas. Desde então, porém moradores foram impedidos de retornar porque dezenas de civis morreram em armadilhas deixadas pelo EI. As autoridades estimam que o EI plantou milhares de bombas improvisadas na cidade. A firma americana Janus Global Operations começou a trabalhar na remoção delas no mês passado e disse que até agora limpou mais de mil metros quadrados -apenas uma parte pequena de uma quadra. A imensa maioria da população de Ramadi continua deslocada. Ramadi fica às margens do rio Eufrates, a oeste de Bagdá, e é a capital do coração sunita do Iraque, a província de Anbar. Em 2014, ao mesmo tempo em que o EI avançava pela maior parte da província e do norte do Iraque, Ramadi resistia sob o controle tênue do governo. Em maio de 2015, após combates que duraram meses, combatentes do Estado Islâmico capturaram a cidade, lançando uma barragem de caminhões-bomba e homens-bomba que acabou derrotando as forças do governo. O EI hasteou sua bandeira sobre o Centro de Comando de Operações de Anbar, a antiga sede militar e da polícia provincial que em determinado momento foi uma base militar americana. Em seguida, passou a demolir o complexo com explosivos. Nos dias seguintes, o grupo destruiu metodicamente os edifícios governamentais da cidade. Militantes tomaram casas de moradores, convertendo salas de estar em centros de comando e quartos em dormitórios. Cavaram túneis sob as ruas para fugir dos ataques aéreos, fecharam escolas, saquearam e destruíram as casas de pessoas ligadas ao governo local. Montaram um quartel-geral no campus da Universidade Anbar, na zona oeste da cidade. Ao longo dos oito meses da campanha para expulsar o EI de Ramadi, aviões da coalizão jogaram mais de 600 bombas sobre a cidade. Os ataques miravam combatentes do Estado Islâmico, mas, reconheceu o Pentágono, também destruíram pontes, edifícios e ruas. Forças do governo tomaram distritos da periferia e, em dezembro, lançaram sua investida final. ARRASADA Quando forças terrestres iraquianas entraram em Ramadi, o EI plantou explosivos metodicamente e explodiu boa parte da infraestrutura da cidade. A grade elétrica foi quase totalmente destruída, e a rede de esgotos também foi fortemente danificada. Os jihadistas explodiram as pontes remanescentes e duas barragens. A maior parte da população já tinha abandonado a cidade, mas os combatentes do EI intensificaram as buscas nos postos de controle ao longo das principais vias de saída da cidade, para impedir a fuga de civis. Mais tarde, usaram famílias como escudos humanos quando eles próprios fugiram. "O Estado Islâmico fez um esforço coordenado para garantir que a cidade se tornasse inabitável", disse Patrick Martin, pesquisador do Iraque no Instituto para o Estudo da Guerra. O major Hussein contou que, quando seu comboio de tropas se aproximou de Ramadi, ele viu combatentes do EI ateando incêndios na Universidade de Anbar, para destruir documentos delicados. Os incêndios arderam durante dias. A universidade foi em grande medida destruída. Um ginásio de esportes usado pelo EI para guardar documentos foi queimado. Equipamentos esportivos queimados se espalham pelos corredores —luvas de boxe, chuteiras, pedaços de um uniforme de corrida. Disparos da artilharia iraquiana deixaram grandes rombos na biblioteca da universidade. Apenas as duas salas principais de leitura podem ser visitadas em segurança; acredita-se que haja bombas ocultas plantadas no resto do prédio de quatro andares. No esforço para forçar a saída dos militantes entrincheirados, a artilharia iraquiana e os aviões da coalizão desencadearam uma devastação. A praça Haji Ziad, por exemplo, é uma intersecção estratégica, da qual se veem as grandes avenidas pelas quais as tropas teriam que chegar. Assim, os combatentes do EI marcaram presença forte ali. O novo restaurante Haji Ziad, com vários andares, era o lugar mais usado por franco-atiradores. Tropas iraquianas pediram ataques intensivos da coalizão sobre a praça para ajudar a expulsar os militantes. Um conjunto de 40 altos edifícios residenciais ficava do outro lado da Universidade Anbar, numa rota chave para as forças iraquianas que entrariam na cidade. Imagens feitas antes e depois mostram que pelo menos 12 deles foram totalmente destruídos. Há múltiplas crateras de bombas evidentes, incluindo pelo menos duas com mais de 15 metros de largura. Num bairro na extremidade oeste do centro de Ramadi, uma área com densa concentração de prédios, casas e lojas movimentadas, nem uma única construção escapou ilesa da ocupação do EI e dos ataques da coalizão. As ruas principais em toda a cidade estão obstruídas por crateras criadas por cada lado, no esforço para dificultar os movimentos do outro. Dezenas de milhares de moradores de Ramadi estão vivendo em acampamentos ou com parentes em Bagdá. Centenas de milhares estão em povoados vizinhos. Outros milhares estão vivendo numa pequena cidade turística à margem do lago Habbaniyah, ao sul de Ramadi, que se converteu em um grande acampamento. No lugar onde ainda em 2012 iraquianos vinham passear de barco e jet ski, hoje a praia está repleta de barracas. O hotel de 300 quartos e centenas de chalés no complexo estão ocupados por pessoas deslocadas de Ramadi, Fallujah, Hit e povoados menores em Anbar. Umm Khaled, 30 anos, vivia com sua família numa casa de dois quartos no centro de Ramadi. Hoje, grávida de seu quarto filho, ela ocupa um pequeno abrigo na periferia do resort de Habbaniyah que seu marido construiu de lonas de plástico e folhas de zinco. Umm Khaled disse que desde que fugiu de Ramadi, dois anos atrás, continuou a acompanhar o que foi feito de sua casa, que ficou ilesa. Então, quando a ofensiva para retomar a cidade começou, ela ouviu de outra família fugida que sua casa tinha sido atingida por um míssil ou bomba. No dia em que Ramadi foi declarada libertada, Umm Khaled contou que houve festa no acampamento. Crianças soltaram fogos de artifício e rapazes dançaram. Dias depois, chegaram notícias mais sombrias. O marido de Umm voltou a Ramadi para ver o que restara e trouxe fotos em seu celular. "Era como se não houvesse nada. E não é apenas a nossa casa, é o bairro inteiro", disse Umm, que não quis revelar seu nome completo por temer pela segurança de parentes que ainda vivem sob o domínio do EI. Sem casa para a qual voltar e sem emprego, sua família está sendo forçada a permanecer no acampamento e tornou-se dependente da ajuda dada por organizações humanitárias. As poucas economias que a família tinha acabaram meses atrás, de modo que é impossível para ela voltar para Ramadi e reconstruir. De acordo com a agência das Nações Unidas de mapeamento por satélite, Unitar, estimadas 5.700 construções do total de cerca de 55 mil de Ramadi foram gravemente danificadas ou totalmente destruídas. MIRA Com vistas a reduzir a destruição na luta contra o EI daqui em diante, os aviões da coalizão estão lançando menos ataques e usando munições menores, mais seletivas. Em Hit, uma cidade pequena a oeste de Ramadi retomada do EI em abril, comandantes iraquianos reclamaram que está ficando cada vez mais difícil conseguir que as forças da coalizão aprovem pedidos de ataques aéreos. O general Sami Khathan al-Aradi disse que o progresso em Hit está sendo mais lento devido à redução dos ataques aéreos. "Nossos aliados têm seus próprios padrões, seus próprios regulamentos", ele explicou, deixando entender que aviões iraquianos teriam feito mais ataques aéreos. Mossul tem área mais ou menos dois terços maior que Ramadi, e entre 1 milhão e 1,5 milhões de moradores continuam na cidade —muito mais do que os habitantes que continuavam em Ramadi quando as forças iraquianas lutaram para retomá-la—, de modo que grande número de pessoas correrá risco quando um ataque for lançado. A destruição de Mossul na mesma escala que Ramadi provocaria não apenas destruição no valor de bilhões de dólares. Ela também geraria o risco de provocar o repúdio maior da população minoritária sunita. Oprimidos havia muito tempo pelo governo central de Bagdá, comandado por xiitas, alguns sunitas inicialmente saudaram a chegada do EI em Mossul e partes da província de Anbar. Mas, após meses de governo cada vez mais brutal do EI, o apoio dos sunitas ao grupo parece ter diminuído. A destruição em grande escala também corre o risco de desencadear ciclos de ataques de vingança nas comunidades de Anbar, onde as leis tribais muitas vezes exigem que morte e destruição sejam pagas em "dinheiro de sangue". Na periferia leste de Ramadi, autoridades locais de segurança já iniciaram a destruição metódica das casas de pessoas suspeitas de serem simpatizantes do EI. A casa da família de Hamdiya Mahmoud foi destruída por militantes do EI. Nos escombros do que era o quarto de seu filho, ela aponta para uma cômoda coberta de destroços de plástico e concreto. O móvel foi um presente dado a seu filho e à mulher dele no dia do casamento deles. "Não deixei meu filho menor estudar, para economizar dinheiro para construir esta casa", disse Mahmoud, chorando. "Esta casa tem valor inestimável para mim, é como um de meus filhos." Ela falou que não quer vingança pelos danos causados ao imóvel. Mas seu marido, olhando para as ruínas de sua casa, não foi igualmente clemente. "Juro por Deus", disse Ali Hussein Jassim, "que, se eu descobrir quem fez isso, não vou ficar em silêncio." Tradução de Clara Allain
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Lula faz queixa disciplinar contra procurador que pediu sua investigação
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com uma reclamação disciplinar contra o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. O procurador é o autor de uma notícia de fato contra Lula, no qual pede investigação da suspeita de que o ex-presidente tenha cometido tráfico de influência em favor da empresa Odebrecht. Na reclamação disciplinar, Lula incluiu cópias de postagens do procurador nas redes sociais, incluindo manifestações de simpatia à candidatura Marina Silva (PSB) no primeiro turno e do tucano Aécio Neves no segundo. Os posts não estão mais disponíveis nas redes sociais. Ex-presidente entrou com a representação no Conselho Nacional do Ministério Público sob o argumento de que o procurador feriu a legislação, que proíbe manifestação político-partidária de membros do Ministério Público. Segundo integrantes da procuradoria, a representação foi apresentada na sexta-feira (15). Procurado, o Instituto Lula não quis se pronunciar alegando que o Ministério Público determinou que o processo corra em sigilo. Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, por sua vez, disse que se manifestará depois de tomar conhecimento da representação. Mas nega que tenha pedido votos nas eleições.
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poder
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Lula faz queixa disciplinar contra procurador que pediu sua investigaçãoO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com uma reclamação disciplinar contra o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. O procurador é o autor de uma notícia de fato contra Lula, no qual pede investigação da suspeita de que o ex-presidente tenha cometido tráfico de influência em favor da empresa Odebrecht. Na reclamação disciplinar, Lula incluiu cópias de postagens do procurador nas redes sociais, incluindo manifestações de simpatia à candidatura Marina Silva (PSB) no primeiro turno e do tucano Aécio Neves no segundo. Os posts não estão mais disponíveis nas redes sociais. Ex-presidente entrou com a representação no Conselho Nacional do Ministério Público sob o argumento de que o procurador feriu a legislação, que proíbe manifestação político-partidária de membros do Ministério Público. Segundo integrantes da procuradoria, a representação foi apresentada na sexta-feira (15). Procurado, o Instituto Lula não quis se pronunciar alegando que o Ministério Público determinou que o processo corra em sigilo. Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, por sua vez, disse que se manifestará depois de tomar conhecimento da representação. Mas nega que tenha pedido votos nas eleições.
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Fortes chuvas atingem Fortaleza e interior do Ceará
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Castigado pela seca, com mais de 90% dos municípios em estado de emergência, o Ceará foi atingido por uma forte chuva na manhã deste sábado (3). Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), entre as 5h e as 14h, o acumulado de chuva foi de cerca de 55 mm na capital. Neste intervalo, choveu cerca de 45% da média do mês de janeiro em Fortaleza, um volume considerado recorde. Além da capital cearense, outros 32 municípios foram atingidos. Em nota, a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) informou que a chuva que banhou algumas regiões do Estado constava na previsão do tempo elaborada nos dias anteriores e foi provocada pela combinação de um vórtice ciclônico de altos níveis e as chamadas ondas de leste. O primeiro fenômeno é típico do período que antecede a estação chuvosa, cuja atuação no Nordeste já dura duas semanas, levando algumas chuvas isoladas ao Ceará. Já o segundo sistema, que atua mais comumente nos meses de junho e julho, foi responsável pela intensificação das precipitações, principalmente na região metropolitana de Fortaleza. Ainda segundo o Inmet, o maior registro de chuva aconteceu no bairro Edson Queiroz –foram 148 mm entre 5h e meio-dia, um índice considerado histórico. Choveu também em regiões como Cariri, Inhamuns e Ibiapaba. Foram registrados alagamentos e deslizamentos de terra, mas ninguém ficou ferido. No Shopping Rio Mar, em Fortaleza, alguns setores foram interditados devido ao alagamento nos corredores provocados por rupturas no teto. Segundo a assessoria do empreendimento, o problema foi contornado e o movimento de turistas era intenso durante a tarde. Há previsão de chuva a qualquer hora na região de Fortaleza, segundo o Climatempo, até a próxima quinta-feira (8).
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cotidiano
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Fortes chuvas atingem Fortaleza e interior do CearáCastigado pela seca, com mais de 90% dos municípios em estado de emergência, o Ceará foi atingido por uma forte chuva na manhã deste sábado (3). Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), entre as 5h e as 14h, o acumulado de chuva foi de cerca de 55 mm na capital. Neste intervalo, choveu cerca de 45% da média do mês de janeiro em Fortaleza, um volume considerado recorde. Além da capital cearense, outros 32 municípios foram atingidos. Em nota, a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) informou que a chuva que banhou algumas regiões do Estado constava na previsão do tempo elaborada nos dias anteriores e foi provocada pela combinação de um vórtice ciclônico de altos níveis e as chamadas ondas de leste. O primeiro fenômeno é típico do período que antecede a estação chuvosa, cuja atuação no Nordeste já dura duas semanas, levando algumas chuvas isoladas ao Ceará. Já o segundo sistema, que atua mais comumente nos meses de junho e julho, foi responsável pela intensificação das precipitações, principalmente na região metropolitana de Fortaleza. Ainda segundo o Inmet, o maior registro de chuva aconteceu no bairro Edson Queiroz –foram 148 mm entre 5h e meio-dia, um índice considerado histórico. Choveu também em regiões como Cariri, Inhamuns e Ibiapaba. Foram registrados alagamentos e deslizamentos de terra, mas ninguém ficou ferido. No Shopping Rio Mar, em Fortaleza, alguns setores foram interditados devido ao alagamento nos corredores provocados por rupturas no teto. Segundo a assessoria do empreendimento, o problema foi contornado e o movimento de turistas era intenso durante a tarde. Há previsão de chuva a qualquer hora na região de Fortaleza, segundo o Climatempo, até a próxima quinta-feira (8).
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Equipe de meninas afegãs obtém visto para competição de robótica nos EUA
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Um grupo de meninas afegãs obteve finalmente visto para participar de uma competição de robótica em Washington, de 16 a 18 de julho, após ter tido sua entrada nos Estados Unidos vetada, informaram os organizadores do evento nesta quarta-feira (12). "Agradeço muito ao governo americano por permitir que o Afeganistão, assim como Gâmbia, possam se unir a nós para a competição internacional deste ano", disse o presidente da organização First Global, Joe Sestak, destacando que equipes do Iêmen, Líbia e Marrocos também participarão. As autoridades americanas haviam negado o acesso a vários estudantes de países de maioria muçulmana para participar da competição de robótica, em sintonia com a política mais severa em matéria de vistos adotada pelo governo do presidente Donald Trump. Mas as críticas públicas envolvendo a ausência forçada das meninas afegãs levou Trump a orientar as autoridades a revisar sua posição, segundo a imprensa americana. "Todas as 163 equipes, de 157 países, obtiveram vistos, incluindo Irã, Sudão e um time de refugiados sírios", assinalou Sestak. O decreto anti-imigratório de Trump, liberado parcialmente pela Suprema Corte americana, restringe o ingresso nos EUA de visitantes de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Os visitantes procedentes de Afeganistão e Gâmbia não estão incluídos no decreto.
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Equipe de meninas afegãs obtém visto para competição de robótica nos EUAUm grupo de meninas afegãs obteve finalmente visto para participar de uma competição de robótica em Washington, de 16 a 18 de julho, após ter tido sua entrada nos Estados Unidos vetada, informaram os organizadores do evento nesta quarta-feira (12). "Agradeço muito ao governo americano por permitir que o Afeganistão, assim como Gâmbia, possam se unir a nós para a competição internacional deste ano", disse o presidente da organização First Global, Joe Sestak, destacando que equipes do Iêmen, Líbia e Marrocos também participarão. As autoridades americanas haviam negado o acesso a vários estudantes de países de maioria muçulmana para participar da competição de robótica, em sintonia com a política mais severa em matéria de vistos adotada pelo governo do presidente Donald Trump. Mas as críticas públicas envolvendo a ausência forçada das meninas afegãs levou Trump a orientar as autoridades a revisar sua posição, segundo a imprensa americana. "Todas as 163 equipes, de 157 países, obtiveram vistos, incluindo Irã, Sudão e um time de refugiados sírios", assinalou Sestak. O decreto anti-imigratório de Trump, liberado parcialmente pela Suprema Corte americana, restringe o ingresso nos EUA de visitantes de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Os visitantes procedentes de Afeganistão e Gâmbia não estão incluídos no decreto.
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Em 17 anos, Blatter privilegiou periferia e sonhou com Nobel da Paz
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Joseph Blatter, 79, nasceu em Visp, Suíça, no coração da Europa. Mas, desde que ingressou na Fifa, 40 anos atrás, aprendeu do seu maior padrinho político que era preciso agradar à periferia do futebol para ficar no poder. Foi conquistando um apoio quase incondicional de África e Ásia que ele sobreviveu por 17 anos na presidência da federação internacional. Em sua gestão, a Copa do Mundo foi de maneira inédita ao continente africano (2010) e voltou ao Brasil depois de 64 anos (2014). Também nos anos Blatter, o Oriente Médio foi agraciado pela primeira vez para organizar a competição (Qatar-2022). Tudo como ensinou João Havelange, mandatário entre 1974 e 1998, que dobrou o número de seleções no Mundial e investiu na expansão para outros continentes com a intenção de tirar o poder das mãos da elite europeia. Afinal, é impossível dissociar Blatter do seu antecessor. Ambos fazem parte da mesma estrutura política. Foi o brasileiro quem levou à Fifa o suíço, um ex-jogador amador de futebol formado em administração e economia, que havia trabalhado na federação local de hóquei no gelo e na organização da Olimpíada de 1972 e 1976. Blatter foi contratado em 1975. Seis anos depois, virou secretário-geral, o segundo cargo da entidade. Assim, tornou-se aprendiz de Havelange. Em 1998, quando o dirigente decidiu deixar a presidência, o braço direito foi a indicação imediata. A primeira eleição foi a mais apertada das cinco de Blatter. Ele bateu Lennart Johansson, opositor histórico de Havelange, por 111 a 80. Depois, vieram as vitórias sobre Issa Hayatou, em 2002, a reeleição sem adversários, em 2007, a exclusão de Mohammed bin Hammam, em 2011, e o sucesso contra o príncipe Ali bin Hussein, na semana passada. Sempre com apoio maciço da periferia e contra crescente onda de oposição da Europa. Os agrados políticos (e financeiros, já que cada pleito era acompanhado de generosa bonificação aos votantes) tinha uma intenção quase secreta: além de garantir a reeleição, Blatter sonhava faturar o prêmio o Nobel da Paz. Sua aposta era que o trabalho de integração social feito pela Fifa nos países pobres pudesse lhe dar tal honraria. BLINDAGEM Até as investigações conduzidas pelos EUA que levaram à renúncia, Blatter parecia blindado a escândalos. Não que seus anos à frente da Fifa não tivessem casos nebulosos. Mas eles nunca chegavam ao presidente. Três anos depois de assumir, a ISL, principal parceria comercial da Fifa, caiu em caso semelhante ao atual, de pagamento de propinas para obtenção de acordos. Segundo a Justiça suíça, Blatter teve conduta "desajeitada", mas não recebeu dinheiro. Outra bomba estourou em 2010, com as suspeitas de suborno nas escolhas das sedes das Copas de 2018 e 2022. O caso derrubou membros do Comitê Executivo da Fifa, fez com que a entidade criasse um comitê de investigação e mudasse o processo de definição de escolha dos países organizadores do torneio. A desconfiança aumentou quando o relatório final do comitê de investigação, feito pelo norte-americano Michael J. Garcia, não foi divulgado. Garcia se revoltou e deixou o cargo, o que pode ter sido o estopim para o início do fim de Blatter na Fifa. Editoria de Arte/Folhapress
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esporte
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Em 17 anos, Blatter privilegiou periferia e sonhou com Nobel da PazJoseph Blatter, 79, nasceu em Visp, Suíça, no coração da Europa. Mas, desde que ingressou na Fifa, 40 anos atrás, aprendeu do seu maior padrinho político que era preciso agradar à periferia do futebol para ficar no poder. Foi conquistando um apoio quase incondicional de África e Ásia que ele sobreviveu por 17 anos na presidência da federação internacional. Em sua gestão, a Copa do Mundo foi de maneira inédita ao continente africano (2010) e voltou ao Brasil depois de 64 anos (2014). Também nos anos Blatter, o Oriente Médio foi agraciado pela primeira vez para organizar a competição (Qatar-2022). Tudo como ensinou João Havelange, mandatário entre 1974 e 1998, que dobrou o número de seleções no Mundial e investiu na expansão para outros continentes com a intenção de tirar o poder das mãos da elite europeia. Afinal, é impossível dissociar Blatter do seu antecessor. Ambos fazem parte da mesma estrutura política. Foi o brasileiro quem levou à Fifa o suíço, um ex-jogador amador de futebol formado em administração e economia, que havia trabalhado na federação local de hóquei no gelo e na organização da Olimpíada de 1972 e 1976. Blatter foi contratado em 1975. Seis anos depois, virou secretário-geral, o segundo cargo da entidade. Assim, tornou-se aprendiz de Havelange. Em 1998, quando o dirigente decidiu deixar a presidência, o braço direito foi a indicação imediata. A primeira eleição foi a mais apertada das cinco de Blatter. Ele bateu Lennart Johansson, opositor histórico de Havelange, por 111 a 80. Depois, vieram as vitórias sobre Issa Hayatou, em 2002, a reeleição sem adversários, em 2007, a exclusão de Mohammed bin Hammam, em 2011, e o sucesso contra o príncipe Ali bin Hussein, na semana passada. Sempre com apoio maciço da periferia e contra crescente onda de oposição da Europa. Os agrados políticos (e financeiros, já que cada pleito era acompanhado de generosa bonificação aos votantes) tinha uma intenção quase secreta: além de garantir a reeleição, Blatter sonhava faturar o prêmio o Nobel da Paz. Sua aposta era que o trabalho de integração social feito pela Fifa nos países pobres pudesse lhe dar tal honraria. BLINDAGEM Até as investigações conduzidas pelos EUA que levaram à renúncia, Blatter parecia blindado a escândalos. Não que seus anos à frente da Fifa não tivessem casos nebulosos. Mas eles nunca chegavam ao presidente. Três anos depois de assumir, a ISL, principal parceria comercial da Fifa, caiu em caso semelhante ao atual, de pagamento de propinas para obtenção de acordos. Segundo a Justiça suíça, Blatter teve conduta "desajeitada", mas não recebeu dinheiro. Outra bomba estourou em 2010, com as suspeitas de suborno nas escolhas das sedes das Copas de 2018 e 2022. O caso derrubou membros do Comitê Executivo da Fifa, fez com que a entidade criasse um comitê de investigação e mudasse o processo de definição de escolha dos países organizadores do torneio. A desconfiança aumentou quando o relatório final do comitê de investigação, feito pelo norte-americano Michael J. Garcia, não foi divulgado. Garcia se revoltou e deixou o cargo, o que pode ter sido o estopim para o início do fim de Blatter na Fifa. Editoria de Arte/Folhapress
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Senado aprova regime de urgência para votar uso de precatórios
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O Senado aprovou nesta terça (4) regime de urgência para a votação do projeto de lei que permite a incorporação da verba destinada ao pagamento de precatórios. Com isso, a votação fica para a próxima quarta (12). Esses recursos são a principal aposta do governo para obter receitas extraordinárias no curto prazo e desbloquear parte do Orçamento na revisão orçamentária do fim deste mês. Na semana passada, a Polícia Federal parou de emitir passaportes alegando falta de recursos. O governo afirma que o represamento atinge todos os ministérios e não é problema exclusivo da Fazenda. O projeto de lei permite ao governo incorporar às suas receitas os valores de precatórios vencidos há mais de dois anos e não sacados. Os precatórios são dívidas decorrentes de decisões judiciais. Na avaliação da área econômica, a medida deve ser aprovada pelo Congresso antes do recesso de julho e levará R$ 8,6 bilhões para os cofres do governo imediatamente.
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mercado
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Senado aprova regime de urgência para votar uso de precatóriosO Senado aprovou nesta terça (4) regime de urgência para a votação do projeto de lei que permite a incorporação da verba destinada ao pagamento de precatórios. Com isso, a votação fica para a próxima quarta (12). Esses recursos são a principal aposta do governo para obter receitas extraordinárias no curto prazo e desbloquear parte do Orçamento na revisão orçamentária do fim deste mês. Na semana passada, a Polícia Federal parou de emitir passaportes alegando falta de recursos. O governo afirma que o represamento atinge todos os ministérios e não é problema exclusivo da Fazenda. O projeto de lei permite ao governo incorporar às suas receitas os valores de precatórios vencidos há mais de dois anos e não sacados. Os precatórios são dívidas decorrentes de decisões judiciais. Na avaliação da área econômica, a medida deve ser aprovada pelo Congresso antes do recesso de julho e levará R$ 8,6 bilhões para os cofres do governo imediatamente.
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STF vai julgar lei do Rio que proíbe máscaras em protestos
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O STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar a lei que proíbe o uso de máscaras em protestos no Rio de Janeiro, marca registrada dos black blocs. DE TODOS Há alguns dias, o ministro Luís Roberto Barroso reconheceu a repercussão geral do tema, condição para que ele fosse apreciado pelo Supremo. COMO EU QUISER A lei que proíbe o uso de máscaras foi aprovada em 2013, gerando polêmica e protestos de movimentos que defendem a prática. CLIMÃO A presidente do STF, Cármen Lúcia, desmarcou o tradicional almoço de confraternização de fim de ano que costuma reunir os ministros da Corte. FILME DE MÃE O ator Paulo Gustavo reuniu convidados na pré-estreia de seu filme "Minha Mãe É uma Peça 2", na segunda (12), no Cinemark do shopping Eldorado. As apresentadoras Didi Wagner e Pathy Dejesus e o ginasta Diego Hypólito assistiram ao longa. PONTO DE VISTA O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulga nesta quinta (15) seu apoio ao uso de nome social por médicos transgêneros em documentos administrativos. Mas a decisão não atende por completo à demanda do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), que há meses pede da entidade nacional um posicionamento. PONTO DE VISTA 2 O Cremesp defende que o nome social possa constar na carteira profissional. Ele seria incluído na identificação, e o nome de registro ficaria restrito a trâmites internos no órgão de classe. O CFM, no entanto, entende que é preciso autorização judicial para alterar o documento, por se tratar de "identificação civil das pessoas". QUESTÃO DE RESPEITO Outras entidades de classe, como a OAB, permitem a mudança na carteira sem que o interessado tenha que entrar na Justiça. O Cremesp, que já recebeu três pedidos de associados para usar nome social –o mais recente na semana passada, de uma médica transexual da capital–, diz que vai insistir no pleito, como forma de "combate ao constrangimento e ao sofrimento" de profissionais. MERECIDO DESCANSO Entre internações e altas, Gilberto Gil acabou ficando 80 dias no hospital neste ano, para tratamento de insuficiência renal. Ele agora está em casa, no Rio, descansando com a família. GUARDANAPO E Gil e sua mulher, Flora, passaram o fim de semana em SP, na casa do cardiologista Roberto Kalil Filho na Quinta da Baronesa, em Itatiba. No sábado (10), o médico recebeu o presidente Michel Temer, Marcela e Michelzinho para almoço, além de outros doutores do Hospital Sírio-Libanês. DE VOLTA Ainda a família: Bela Gil, que lança livro nesta quinta (15) em São Paulo, está de volta ao Brasil após temporada de um ano em Nova York. TODOS DE BRANCO O hotel Grand Hyatt recebeu na terça (13) a 14ª edição do Natal do Bem, jantar beneficente organizado pelo Lide. Fundador do grupo, o prefeito eleito João Doria esteve no evento com a mulher, a artista plástica Bia Doria. Também passaram por lá a empresária Lucilia Diniz, o humorista Tom Calvalcante, o empresário Meyer Nigri e a socialite Narcisa Tamborindeguy. DOAÇÕES NATALINAS O jantar beneficente Natal do Bem, do Lide, grupo do prefeito eleito João Doria (PSDB), arrecadou R$ 1,81 milhão. A maior doação foi do empresário Ivo Wohnrath, que arrematou uma palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por R$ 254 mil. É NATAL 2 A empresária Lucilia Diniz anunciou que doaria R$ 100 mil, mas impôs uma condição: receber, depois do evento, a camisa usada pelo sertanejo Leo (da dupla Victor & Leo, que se apresentou). SAMBA NO PALCO O cantor e compositor Paulinho da Viola vai ganhar uma peça de teatro musical em homenagem à sua carreira feita pela Lúdico Produções. A produção deve estrear no Rio em 2017. CURTO-CIRCUITO O Teatro da Rotina apresenta o show "Primeiramente, Fora 2016!", com Luiz Gayotto e convidados, nesta quinta (15), às 21h. A Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de SP faz nesta quinta (15), às 11h, a entrega de seu relatório final. Jayme de Oliveira toma posse nesta quinta (15) como presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, em Brasília. Lineker faz show na sexta (16) no Sesc Pompeia, às 21h30. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO.
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STF vai julgar lei do Rio que proíbe máscaras em protestosO STF (Supremo Tribunal Federal) vai julgar a lei que proíbe o uso de máscaras em protestos no Rio de Janeiro, marca registrada dos black blocs. DE TODOS Há alguns dias, o ministro Luís Roberto Barroso reconheceu a repercussão geral do tema, condição para que ele fosse apreciado pelo Supremo. COMO EU QUISER A lei que proíbe o uso de máscaras foi aprovada em 2013, gerando polêmica e protestos de movimentos que defendem a prática. CLIMÃO A presidente do STF, Cármen Lúcia, desmarcou o tradicional almoço de confraternização de fim de ano que costuma reunir os ministros da Corte. FILME DE MÃE O ator Paulo Gustavo reuniu convidados na pré-estreia de seu filme "Minha Mãe É uma Peça 2", na segunda (12), no Cinemark do shopping Eldorado. As apresentadoras Didi Wagner e Pathy Dejesus e o ginasta Diego Hypólito assistiram ao longa. PONTO DE VISTA O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulga nesta quinta (15) seu apoio ao uso de nome social por médicos transgêneros em documentos administrativos. Mas a decisão não atende por completo à demanda do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), que há meses pede da entidade nacional um posicionamento. PONTO DE VISTA 2 O Cremesp defende que o nome social possa constar na carteira profissional. Ele seria incluído na identificação, e o nome de registro ficaria restrito a trâmites internos no órgão de classe. O CFM, no entanto, entende que é preciso autorização judicial para alterar o documento, por se tratar de "identificação civil das pessoas". QUESTÃO DE RESPEITO Outras entidades de classe, como a OAB, permitem a mudança na carteira sem que o interessado tenha que entrar na Justiça. O Cremesp, que já recebeu três pedidos de associados para usar nome social –o mais recente na semana passada, de uma médica transexual da capital–, diz que vai insistir no pleito, como forma de "combate ao constrangimento e ao sofrimento" de profissionais. MERECIDO DESCANSO Entre internações e altas, Gilberto Gil acabou ficando 80 dias no hospital neste ano, para tratamento de insuficiência renal. Ele agora está em casa, no Rio, descansando com a família. GUARDANAPO E Gil e sua mulher, Flora, passaram o fim de semana em SP, na casa do cardiologista Roberto Kalil Filho na Quinta da Baronesa, em Itatiba. No sábado (10), o médico recebeu o presidente Michel Temer, Marcela e Michelzinho para almoço, além de outros doutores do Hospital Sírio-Libanês. DE VOLTA Ainda a família: Bela Gil, que lança livro nesta quinta (15) em São Paulo, está de volta ao Brasil após temporada de um ano em Nova York. TODOS DE BRANCO O hotel Grand Hyatt recebeu na terça (13) a 14ª edição do Natal do Bem, jantar beneficente organizado pelo Lide. Fundador do grupo, o prefeito eleito João Doria esteve no evento com a mulher, a artista plástica Bia Doria. Também passaram por lá a empresária Lucilia Diniz, o humorista Tom Calvalcante, o empresário Meyer Nigri e a socialite Narcisa Tamborindeguy. DOAÇÕES NATALINAS O jantar beneficente Natal do Bem, do Lide, grupo do prefeito eleito João Doria (PSDB), arrecadou R$ 1,81 milhão. A maior doação foi do empresário Ivo Wohnrath, que arrematou uma palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por R$ 254 mil. É NATAL 2 A empresária Lucilia Diniz anunciou que doaria R$ 100 mil, mas impôs uma condição: receber, depois do evento, a camisa usada pelo sertanejo Leo (da dupla Victor & Leo, que se apresentou). SAMBA NO PALCO O cantor e compositor Paulinho da Viola vai ganhar uma peça de teatro musical em homenagem à sua carreira feita pela Lúdico Produções. A produção deve estrear no Rio em 2017. CURTO-CIRCUITO O Teatro da Rotina apresenta o show "Primeiramente, Fora 2016!", com Luiz Gayotto e convidados, nesta quinta (15), às 21h. A Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de SP faz nesta quinta (15), às 11h, a entrega de seu relatório final. Jayme de Oliveira toma posse nesta quinta (15) como presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, em Brasília. Lineker faz show na sexta (16) no Sesc Pompeia, às 21h30. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO.
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No Rio, obras sob suspeita de propina são 'legado maldito'
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O governo do Rio encontra dificuldades para manter as três obras apontadas pelo Ministério Público Federal como fonte da propina ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Por suas dimensões e falta de planejamento, são apontadas como potenciais "elefantes brancos". São elas o teleférico do Complexo do Alemão, o Maracanã reformado e o Arco Metropolitano. As três estruturas, embora com ares modernos, têm alto custo de manutenção. O Estado não sabe como financiá-las em plena crise. Todas são citadas em delações premiadas como fonte de propinas pagas pela Andrade Gutierrez. O teleférico, símbolo das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas favelas do Rio, custou R$ 253 milhões, mais de um quarto de todo o investimento nas comunidades do Alemão, Manguinhos e Rocinha. Cinco anos após sua conclusão, o equipamento operava abaixo da capacidade. Só 9.000 usavam as gôndolas diariamente, enquanto a capacidade prevista era de 30 mil. Parte do problema se deve ao fato de as estações terem sido construídas no topo dos morros que compõem o complexo. Apenas moradores que vivem perto delas usam o sistema –quem está distante decide não subir. Em 2010, a Folha revelou que a licitação feita em 2008 para a obra tinha indícios de cartel. Delações de executivos da Andrade Gutierrez confirmaram a prática. De acordo com os depoimentos, a empreiteira pagou uma mesada de R$ 350 mil para manter-se no grupo de beneficiadas em disputas para obras. Segundo a investigação, cobrança mensal foi feita a partir de 2007, para garantir a participação nas obras. O Maracanã reformado também tem destino incerto. Tendo custado aos cofres públicos ao menos R$ 1,05 bilhão, o estádio foi entregue a um concessionário que não quer mais administrá-lo. A empresa, da Odebrecht, afirma que a gestão do complexo dá prejuízo. O governo do Estado alterou seu plano para a arena e desistiu de demolir o Parque Aquático Maria Lenk e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Com isso, reduziu a área para exploração comercial perto do estádio, que corre o risco de ficar sem administrador por um período. O custo da obra aumentou em 50% após falhas estruturais na cobertura original. Já o Arco Metropolitano está sendo usado abaixo da capacidade. No ano passado, eram 15 mil veículos por dia, metade do previsto. Neste ano, o fluxo caiu ainda mais, mas a medição foi suspensa por falta de verba. A causa da subutilização combina crise econômica e falta de estrutura no local e segurança. A rodovia foi construída principalmente para atender ao transporte de carga e evitar que entrassem na congestionada avenida Brasil. Contudo, um dos seus trechos finais que ligaria direto com a BR-101 não foi concluído pelo governo federal, o que reduziu seu impacto viário. O Estado enviou ao governo federal uma proposta para concessão da rodovia, em conjunto com a BR-101 Sul, com a qual está interligada. O objetivo é livrar-se dos custos de manutenção.
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No Rio, obras sob suspeita de propina são 'legado maldito'O governo do Rio encontra dificuldades para manter as três obras apontadas pelo Ministério Público Federal como fonte da propina ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Por suas dimensões e falta de planejamento, são apontadas como potenciais "elefantes brancos". São elas o teleférico do Complexo do Alemão, o Maracanã reformado e o Arco Metropolitano. As três estruturas, embora com ares modernos, têm alto custo de manutenção. O Estado não sabe como financiá-las em plena crise. Todas são citadas em delações premiadas como fonte de propinas pagas pela Andrade Gutierrez. O teleférico, símbolo das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas favelas do Rio, custou R$ 253 milhões, mais de um quarto de todo o investimento nas comunidades do Alemão, Manguinhos e Rocinha. Cinco anos após sua conclusão, o equipamento operava abaixo da capacidade. Só 9.000 usavam as gôndolas diariamente, enquanto a capacidade prevista era de 30 mil. Parte do problema se deve ao fato de as estações terem sido construídas no topo dos morros que compõem o complexo. Apenas moradores que vivem perto delas usam o sistema –quem está distante decide não subir. Em 2010, a Folha revelou que a licitação feita em 2008 para a obra tinha indícios de cartel. Delações de executivos da Andrade Gutierrez confirmaram a prática. De acordo com os depoimentos, a empreiteira pagou uma mesada de R$ 350 mil para manter-se no grupo de beneficiadas em disputas para obras. Segundo a investigação, cobrança mensal foi feita a partir de 2007, para garantir a participação nas obras. O Maracanã reformado também tem destino incerto. Tendo custado aos cofres públicos ao menos R$ 1,05 bilhão, o estádio foi entregue a um concessionário que não quer mais administrá-lo. A empresa, da Odebrecht, afirma que a gestão do complexo dá prejuízo. O governo do Estado alterou seu plano para a arena e desistiu de demolir o Parque Aquático Maria Lenk e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Com isso, reduziu a área para exploração comercial perto do estádio, que corre o risco de ficar sem administrador por um período. O custo da obra aumentou em 50% após falhas estruturais na cobertura original. Já o Arco Metropolitano está sendo usado abaixo da capacidade. No ano passado, eram 15 mil veículos por dia, metade do previsto. Neste ano, o fluxo caiu ainda mais, mas a medição foi suspensa por falta de verba. A causa da subutilização combina crise econômica e falta de estrutura no local e segurança. A rodovia foi construída principalmente para atender ao transporte de carga e evitar que entrassem na congestionada avenida Brasil. Contudo, um dos seus trechos finais que ligaria direto com a BR-101 não foi concluído pelo governo federal, o que reduziu seu impacto viário. O Estado enviou ao governo federal uma proposta para concessão da rodovia, em conjunto com a BR-101 Sul, com a qual está interligada. O objetivo é livrar-se dos custos de manutenção.
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ONU sugere mudanças em transportes para economizar até US$ 700 bilhões por ano
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Os países devem começar a mudar seus sistemas de transportes, adotando novos parâmetros que privilegiem mais o planejamento e o investimento em tecnologia e menos em grandes construções. É o que recomendou a ONU num primeiro relatório escrito por uma comissão de 16 notáveis do setor convocada em 2014 para auxiliar o secretário-geral da entidade, Ban Ki Moon. O texto delineia 10 diretrizes que os países devem perseguir até 2030 para assegurar uma melhoria no setor. Elaborado após quase dois anos de trabalho, o trabalho aponta que deve haver integração entre as políticas de sistema de transporte e de infraestrutura. Também defende que os financiamentos para investimentos devem se basear numa visão "holística da natureza complexa dos investimentos em transportes e suas consequências", considerando que a utilização de tecnologias inovadoras e de combustíveis limpos são um "imperativo". De acordo com o português José Viegas, presidente do ITF (Internacional Transport Forum), órgão que auxilia a OCDE no setor e que participou do grupo de conselheiros, a atual política de transporte é baseada na tentativa de se fazer investimentos em grandes obras para aumentar a velocidade de deslocamento das pessoas, focando principalmente na motorização e no transporte individual. Segundo ele, as diretrizes da nova política recomendada pela ONU passam a dar ênfase ao trinômio ASI (Avoid-Shift-Improve, que numa tradução livre seria Evitar, Aumentar e Melhorar) —evitar os deslocamentos não necessários, o aumentar é para o uso mais eficiente de energia e melhorar seria para os atuais meios se tornarem mais eficientes. Esse trinômio, segundo Viegas, seria para evitar o que se chama de uso desnecessário do transporte com a adoção de novas tecnologias que tornem a utilização dos meios mais racional e menos poluente. "Transporte é mais que uma ferramenta para ir do ponto A ao B. É uma força para criar sociedades funcionais", disse Viegas por e-mail à Folha. Uma mudança em relação aos parâmetros atuais poderia reduzir a necessidade de investimentos no setor, estimada pela ITF em US$ 2,1 trilhões/ano no mundo se mantidos os atuais parâmetros, para US$ 1,4 trilhão, gerando uma economia estimada em US$ 700 bilhões ao ano. AMBIENTE O uso mais racional do setor colaboraria também, de acordo com o relatório, com a redução das emissões de gases do efeito estufa e está alinhado com as diretrizes da ONU que levaram ao Acordo de Paris. Segundo dados do ITF, cerca de 1/4 das emissões do mundo são de responsabilidade do sistema de transporte. "O transporte verdadeiramente sustentável auxilia não apenas na prevenção das alterações climáticas, mas também se integra nas estratégias e políticas de desenvolvimento para apoiar o crescimento inclusivo e equitativo e o desenvolvimento social", relata Viegas. Recentemente, os países acordaram um pacto para reduzir as emissões do setor de transporte aéreo. Conduzido no Brasil pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o acordo prevê que as emissões do setor vão ficar estáveis a partir do número de 2020, independentemente do crescimento do setor. Das 10 medidas recomendadas pela ONU para o setor, três são especialmente importantes para países em desenvolvimento, na avaliação de Viegas. Para ele, a tomada de decisão de investimentos considerando as novas tecnologias, a maior capacitação de técnicos dos governos e a criação de instrumentos para analisar dados gerados pelo transporte, devem ser alvos perseguidos por governos como o do Brasil. O rápido crescimento da motorização nessas regiões, associado ao alto número de mortes no trânsito, podem ser combatidas com essas políticas de maneira mais eficaz que a aplicação exaustiva de recursos em mais infraestrutura. "Há uma real oportunidade para os países emergentes de se integrarem à visão do século 21 em termos de mobilidade, descritas no relatório, e saltar de seus atuais problemas no setor para o nível dos países desenvolvidos", acredita Viegas.
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ONU sugere mudanças em transportes para economizar até US$ 700 bilhões por anoOs países devem começar a mudar seus sistemas de transportes, adotando novos parâmetros que privilegiem mais o planejamento e o investimento em tecnologia e menos em grandes construções. É o que recomendou a ONU num primeiro relatório escrito por uma comissão de 16 notáveis do setor convocada em 2014 para auxiliar o secretário-geral da entidade, Ban Ki Moon. O texto delineia 10 diretrizes que os países devem perseguir até 2030 para assegurar uma melhoria no setor. Elaborado após quase dois anos de trabalho, o trabalho aponta que deve haver integração entre as políticas de sistema de transporte e de infraestrutura. Também defende que os financiamentos para investimentos devem se basear numa visão "holística da natureza complexa dos investimentos em transportes e suas consequências", considerando que a utilização de tecnologias inovadoras e de combustíveis limpos são um "imperativo". De acordo com o português José Viegas, presidente do ITF (Internacional Transport Forum), órgão que auxilia a OCDE no setor e que participou do grupo de conselheiros, a atual política de transporte é baseada na tentativa de se fazer investimentos em grandes obras para aumentar a velocidade de deslocamento das pessoas, focando principalmente na motorização e no transporte individual. Segundo ele, as diretrizes da nova política recomendada pela ONU passam a dar ênfase ao trinômio ASI (Avoid-Shift-Improve, que numa tradução livre seria Evitar, Aumentar e Melhorar) —evitar os deslocamentos não necessários, o aumentar é para o uso mais eficiente de energia e melhorar seria para os atuais meios se tornarem mais eficientes. Esse trinômio, segundo Viegas, seria para evitar o que se chama de uso desnecessário do transporte com a adoção de novas tecnologias que tornem a utilização dos meios mais racional e menos poluente. "Transporte é mais que uma ferramenta para ir do ponto A ao B. É uma força para criar sociedades funcionais", disse Viegas por e-mail à Folha. Uma mudança em relação aos parâmetros atuais poderia reduzir a necessidade de investimentos no setor, estimada pela ITF em US$ 2,1 trilhões/ano no mundo se mantidos os atuais parâmetros, para US$ 1,4 trilhão, gerando uma economia estimada em US$ 700 bilhões ao ano. AMBIENTE O uso mais racional do setor colaboraria também, de acordo com o relatório, com a redução das emissões de gases do efeito estufa e está alinhado com as diretrizes da ONU que levaram ao Acordo de Paris. Segundo dados do ITF, cerca de 1/4 das emissões do mundo são de responsabilidade do sistema de transporte. "O transporte verdadeiramente sustentável auxilia não apenas na prevenção das alterações climáticas, mas também se integra nas estratégias e políticas de desenvolvimento para apoiar o crescimento inclusivo e equitativo e o desenvolvimento social", relata Viegas. Recentemente, os países acordaram um pacto para reduzir as emissões do setor de transporte aéreo. Conduzido no Brasil pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o acordo prevê que as emissões do setor vão ficar estáveis a partir do número de 2020, independentemente do crescimento do setor. Das 10 medidas recomendadas pela ONU para o setor, três são especialmente importantes para países em desenvolvimento, na avaliação de Viegas. Para ele, a tomada de decisão de investimentos considerando as novas tecnologias, a maior capacitação de técnicos dos governos e a criação de instrumentos para analisar dados gerados pelo transporte, devem ser alvos perseguidos por governos como o do Brasil. O rápido crescimento da motorização nessas regiões, associado ao alto número de mortes no trânsito, podem ser combatidas com essas políticas de maneira mais eficaz que a aplicação exaustiva de recursos em mais infraestrutura. "Há uma real oportunidade para os países emergentes de se integrarem à visão do século 21 em termos de mobilidade, descritas no relatório, e saltar de seus atuais problemas no setor para o nível dos países desenvolvidos", acredita Viegas.
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Mascote Eddie joga games históricos em novo clipe do Iron Maiden; veja
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"Speed of Light", novo clipe do Iron Maiden divulgado nesta sexta-feira (14) na conta da banda no YouTube, leva o mascote Eddie a diversas dimensões cibernéticas no mundo dos games. Em formato de animação, o vídeo mostra o personagem sendo desafiado em clássicos da indústria dos jogos eletrônicos, que vão da linguagem dos anos 1980, passando por "Mortal Kombat", até os jogos em primeira pessoa, mais recentes, como "Doom". "Speed of Light" é uma das músicas do álbum "The Book of Souls", previsto para 4 de setembro. Veja o clipe, abaixo: Iron Maiden
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Mascote Eddie joga games históricos em novo clipe do Iron Maiden; veja"Speed of Light", novo clipe do Iron Maiden divulgado nesta sexta-feira (14) na conta da banda no YouTube, leva o mascote Eddie a diversas dimensões cibernéticas no mundo dos games. Em formato de animação, o vídeo mostra o personagem sendo desafiado em clássicos da indústria dos jogos eletrônicos, que vão da linguagem dos anos 1980, passando por "Mortal Kombat", até os jogos em primeira pessoa, mais recentes, como "Doom". "Speed of Light" é uma das músicas do álbum "The Book of Souls", previsto para 4 de setembro. Veja o clipe, abaixo: Iron Maiden
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Primeiro violonista pop do país tem centenário pouco recordado
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Num pequeno acidente no ventilador, Dilermando Reis (1916-1977) arrancou uma das unhas e teve de suspender as atividades por 30 dias. Preocupados com a situação, um grupo de amigos presenteou o violonista colocando suas mãos no seguro, evitando que ele tivesse prejuízo profissional com imprevistos assim. Esse tipo de apólice valia uma fortuna em 1958; entre os doadores que pagaram a de Dilermando estava Márcia, filha do presidente Juscelino Kubitschek. O episódio ajuda a dimensionar a popularidade do artista. Os ecos da grandiosa fama deste que foi o primeiro violonista pop do país permanecem no seu centenário, celebrado nesta quinta (22). Dilermando atuou no rádio por cerca de 30 anos. Na Rádio Clube do Brasil, formou uma das primeiras orquestras de violões que se tem notícia; pela Rádio Nacional manteve o programa diário "Sua Majestade, o Violão". Autor de valsas e choros, ele é superlativo também em discos, inaugurando em 1941 a série de 78 RPM. Lançou dezenas de LPs entre 1956 e 1975, com mais de 250 fonogramas, dos quais mais de 120 são composições suas. Só o LP "Abismo de Rosas", de 1961, vendeu mais de 1 milhão de cópias, sendo um dos discos instrumentais de maior sucesso no país. É um raro caso de disco de violão que nunca saiu de catálogo e foi editado em CD. Para alguns estudiosos, a tradição do violão brasileiro tem como tripé as bases rítmicas de João Pernambuco (1883-1947), os encadeamentos harmônicos de Garoto (1915-1955) e as linhas melódicas de Dilermando. Não por acaso, violonistas brasileiros de variadas gerações e estilos já dedicaram temas a Dilermando, que vão de "Um Abraço no DR" (André Geraissati) e "Um Amor de Valsa" (Paulo Bellinati). Dilermando também difundiu mais que ninguém a obra de pioneiros como o próprio João Pernambuco (autor de "Sons de Corrilhões" e "Interrogando"),de tal forma que parte do público pensava ser ele o autor das músicas. As composições que eram suas de fato sempre circularam em partituras, mas começaram a ser difundidas também internacionalmente a partir de 1990, quando Ivan Paschoito publicou dois álbuns pela editora americana Guitar Solo Publication. HOMENAGENS Apesar do estilo tradicionalista, que contrasta com a de seu contemporâneo Garoto, pai do violão moderno no país, Dilermando tem se consolidado no cânone da música brasileira. Mas seu centenário tem gerado menos homenagens do que se esperaria. Em sua natal Guaratinguetá (SP), acontece a 20ª edição do Festival Dilermando Rei. Aberto no domingo, com a pitoresca seresta de músicos locais em frente ao túmulo do violonista, o evento prossegue até sábado (24), com show de Marco Pereira. O maior tributo até agora, aliás, é o excelente CD "Dois Destinos: Marco Pereira Toca Dilermando Reis", com leituras bem contemporâneas de violão e banda, e direito a belos improvisos e citações que vão de "Night In Tunisia" a "Segure o Tchan", num virtuosismo contagiante que não descaracteriza a obra. Até o final deste ano, o violonista e professor da Universidade de Brasília Alessandro Borges, lançará um álbum de 30 partituras inéditas. Pereira defende que a tradição não seja entrave. "Alguns violonistas clássicos tocam Dilermando presos a partituras. Assim como outros compositores populares brasileiros, ele deve ser relido."
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ilustrada
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Primeiro violonista pop do país tem centenário pouco recordadoNum pequeno acidente no ventilador, Dilermando Reis (1916-1977) arrancou uma das unhas e teve de suspender as atividades por 30 dias. Preocupados com a situação, um grupo de amigos presenteou o violonista colocando suas mãos no seguro, evitando que ele tivesse prejuízo profissional com imprevistos assim. Esse tipo de apólice valia uma fortuna em 1958; entre os doadores que pagaram a de Dilermando estava Márcia, filha do presidente Juscelino Kubitschek. O episódio ajuda a dimensionar a popularidade do artista. Os ecos da grandiosa fama deste que foi o primeiro violonista pop do país permanecem no seu centenário, celebrado nesta quinta (22). Dilermando atuou no rádio por cerca de 30 anos. Na Rádio Clube do Brasil, formou uma das primeiras orquestras de violões que se tem notícia; pela Rádio Nacional manteve o programa diário "Sua Majestade, o Violão". Autor de valsas e choros, ele é superlativo também em discos, inaugurando em 1941 a série de 78 RPM. Lançou dezenas de LPs entre 1956 e 1975, com mais de 250 fonogramas, dos quais mais de 120 são composições suas. Só o LP "Abismo de Rosas", de 1961, vendeu mais de 1 milhão de cópias, sendo um dos discos instrumentais de maior sucesso no país. É um raro caso de disco de violão que nunca saiu de catálogo e foi editado em CD. Para alguns estudiosos, a tradição do violão brasileiro tem como tripé as bases rítmicas de João Pernambuco (1883-1947), os encadeamentos harmônicos de Garoto (1915-1955) e as linhas melódicas de Dilermando. Não por acaso, violonistas brasileiros de variadas gerações e estilos já dedicaram temas a Dilermando, que vão de "Um Abraço no DR" (André Geraissati) e "Um Amor de Valsa" (Paulo Bellinati). Dilermando também difundiu mais que ninguém a obra de pioneiros como o próprio João Pernambuco (autor de "Sons de Corrilhões" e "Interrogando"),de tal forma que parte do público pensava ser ele o autor das músicas. As composições que eram suas de fato sempre circularam em partituras, mas começaram a ser difundidas também internacionalmente a partir de 1990, quando Ivan Paschoito publicou dois álbuns pela editora americana Guitar Solo Publication. HOMENAGENS Apesar do estilo tradicionalista, que contrasta com a de seu contemporâneo Garoto, pai do violão moderno no país, Dilermando tem se consolidado no cânone da música brasileira. Mas seu centenário tem gerado menos homenagens do que se esperaria. Em sua natal Guaratinguetá (SP), acontece a 20ª edição do Festival Dilermando Rei. Aberto no domingo, com a pitoresca seresta de músicos locais em frente ao túmulo do violonista, o evento prossegue até sábado (24), com show de Marco Pereira. O maior tributo até agora, aliás, é o excelente CD "Dois Destinos: Marco Pereira Toca Dilermando Reis", com leituras bem contemporâneas de violão e banda, e direito a belos improvisos e citações que vão de "Night In Tunisia" a "Segure o Tchan", num virtuosismo contagiante que não descaracteriza a obra. Até o final deste ano, o violonista e professor da Universidade de Brasília Alessandro Borges, lançará um álbum de 30 partituras inéditas. Pereira defende que a tradição não seja entrave. "Alguns violonistas clássicos tocam Dilermando presos a partituras. Assim como outros compositores populares brasileiros, ele deve ser relido."
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Das relações familiares, a entre mãe e filha é a com mais rivalidade e inveja
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A família é quase sempre disfuncional: ela mal se aproxima de seus próprios ideais educativos (por exemplo, o de produzir sujeitos autônomos, confiantes e que não sejam condenados a repetir padrões emocionais de sua infância). Agora, quando tentamos inventar algo novo e "melhor", nos totalitarismos ou na contracultura dos anos 1960, produzimos consequências piores. Ou seja, a família educa pela neurose e distribui boas doses de sofrimento na vida adulta de todos. Boa mesmo, ela é só para criar clientes de psicoterapeutas e psicanalistas. Mas, até aqui, é o melhor jeito que encontramos para criar filhos. Na semana passada, comentando "Como Nossos Pais", de Laís Bodanzky, escrevi que, das relações familiares, a que ocorre entre mãe e filha talvez seja a mais infestada de rivalidade e inveja. A coluna suscitou muitas reações. 1) Algumas leitoras evocaram imediatamente Branca de Neve e Cinderela, sem nem mencionar que, nos contos, tratam-se de madrastas e não de mães. Patrícia Maria evoca "Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu?" e pergunta: será que Branca de Neve, com suas filhas eventuais, repetiria a inveja da mãe? "Sinto que (ela) não repetiria, por conta da experiência na floresta com os sete anões." Eu também espero que as filhas encontrem sempre os anões certos. Seja como for, Patrícia tem razão ao associar a história de Branca de Neve com a inveja materna. Os contos de fada atribuem afetos mortíferos às madrastas. E, de fato, as madrastas, em geral, são atormentadas pela rivalidade (explícita ou reprimida) com os filhos (e ainda mais as filhas) do primeiro casamento do marido. Mas o sucesso de Cinderela e de Branca de Neve mundo afora se explica por um artifício: demonizando a figura da madrasta, essas histórias conseguem contornar o tabu que protege e idealiza a figura materna. Imagine um conto sobre uma mãe que pergunta ao espelho quem é a mais bonita e que não aceita que o espelho responda que é a filha. Nossa incansável idealização da figura e da função maternas fariam que esse conto fosse rejeitado por muitos. Atribuir o ciúmes e a inveja a uma madrasta (e não a uma mãe) permite-nos pensar no lado B da mãe sem sequer admitir que ele existe. 2) Outras leitoras (por exemplo, Christiana Brenner) lembraram (com razão) que, além da rivalidade difícil entre mãe e filha, há a parcialidade da mãe: "Onde há filhos e filhas, os meninos são sempre tratados como príncipes por suas mães e as garotas com dureza e rigor". 3) Outras, ainda, também com razão, comentam que, se as mães podem torcer contra o sucesso amoroso das filhas, as filhas, por sua vez, estão sempre prontas a negar a existência da vida amorosa e sexual da mãe. Um relato tocante: "De noite ouvimos ruídos estranhos no quarto dela –vamos ver o que é, afinal (ela) pode estar passando mal. Pasme! se masturba! diz: mexe, mexe, estou gostando, mais mais". A leitora acrescenta que a mãe sempre se incomodou "exageradamente" com qualquer manifestação de sensualidade nas pessoas. A relação entre mãe e filha é o objeto de bibliotecas inteiras de pesquisas, quase todas centradas sobre os efeitos da presença ou da ausência da mãe na filha criança, adolescente ou mulher. Em 1995, M. Rastogi inventou um questionário para verificar o estado da relação entre mãe e filha adulta (Mother-Adult Daughter). O questionário é conhecido pelo acrônimo MAD, o qual, olhe só, significa "louca". O MAD mede a conexão, a interdependência e a confiança na hierarquia; no fundo, ele parece querer saber se, na relação, há mãe demais ou mãe de menos –isso, para medir depois, na filha, as supostas consequências dessa presença excessiva ou escassa. Em vez de medir se a mãe está ou não suficientemente presente, eu acho mais útil me interessar por seus pensamentos, seus afetos e seus atos em relação à filha. Enfim, duas leitoras garantiram que têm relações perfeitas com as filhas. Certo, enxergo o mundo pelo prisma do consultório, que é o pronto-socorro das relações mal resolvidas. Agora, como psicanalista, acredito que os bons sentimentos, quando existem, servem para estancar e esconder outros sentimentos, menos nobres. Também acredito que descobrir em nós mesmos esses sentimentos mais envergonhados seja o melhor jeito de evitar que nossa convivência (familiar, por exemplo) provoque transtornos desnecessários.
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colunas
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Das relações familiares, a entre mãe e filha é a com mais rivalidade e invejaA família é quase sempre disfuncional: ela mal se aproxima de seus próprios ideais educativos (por exemplo, o de produzir sujeitos autônomos, confiantes e que não sejam condenados a repetir padrões emocionais de sua infância). Agora, quando tentamos inventar algo novo e "melhor", nos totalitarismos ou na contracultura dos anos 1960, produzimos consequências piores. Ou seja, a família educa pela neurose e distribui boas doses de sofrimento na vida adulta de todos. Boa mesmo, ela é só para criar clientes de psicoterapeutas e psicanalistas. Mas, até aqui, é o melhor jeito que encontramos para criar filhos. Na semana passada, comentando "Como Nossos Pais", de Laís Bodanzky, escrevi que, das relações familiares, a que ocorre entre mãe e filha talvez seja a mais infestada de rivalidade e inveja. A coluna suscitou muitas reações. 1) Algumas leitoras evocaram imediatamente Branca de Neve e Cinderela, sem nem mencionar que, nos contos, tratam-se de madrastas e não de mães. Patrícia Maria evoca "Espelho, espelho meu, há alguém mais bela do que eu?" e pergunta: será que Branca de Neve, com suas filhas eventuais, repetiria a inveja da mãe? "Sinto que (ela) não repetiria, por conta da experiência na floresta com os sete anões." Eu também espero que as filhas encontrem sempre os anões certos. Seja como for, Patrícia tem razão ao associar a história de Branca de Neve com a inveja materna. Os contos de fada atribuem afetos mortíferos às madrastas. E, de fato, as madrastas, em geral, são atormentadas pela rivalidade (explícita ou reprimida) com os filhos (e ainda mais as filhas) do primeiro casamento do marido. Mas o sucesso de Cinderela e de Branca de Neve mundo afora se explica por um artifício: demonizando a figura da madrasta, essas histórias conseguem contornar o tabu que protege e idealiza a figura materna. Imagine um conto sobre uma mãe que pergunta ao espelho quem é a mais bonita e que não aceita que o espelho responda que é a filha. Nossa incansável idealização da figura e da função maternas fariam que esse conto fosse rejeitado por muitos. Atribuir o ciúmes e a inveja a uma madrasta (e não a uma mãe) permite-nos pensar no lado B da mãe sem sequer admitir que ele existe. 2) Outras leitoras (por exemplo, Christiana Brenner) lembraram (com razão) que, além da rivalidade difícil entre mãe e filha, há a parcialidade da mãe: "Onde há filhos e filhas, os meninos são sempre tratados como príncipes por suas mães e as garotas com dureza e rigor". 3) Outras, ainda, também com razão, comentam que, se as mães podem torcer contra o sucesso amoroso das filhas, as filhas, por sua vez, estão sempre prontas a negar a existência da vida amorosa e sexual da mãe. Um relato tocante: "De noite ouvimos ruídos estranhos no quarto dela –vamos ver o que é, afinal (ela) pode estar passando mal. Pasme! se masturba! diz: mexe, mexe, estou gostando, mais mais". A leitora acrescenta que a mãe sempre se incomodou "exageradamente" com qualquer manifestação de sensualidade nas pessoas. A relação entre mãe e filha é o objeto de bibliotecas inteiras de pesquisas, quase todas centradas sobre os efeitos da presença ou da ausência da mãe na filha criança, adolescente ou mulher. Em 1995, M. Rastogi inventou um questionário para verificar o estado da relação entre mãe e filha adulta (Mother-Adult Daughter). O questionário é conhecido pelo acrônimo MAD, o qual, olhe só, significa "louca". O MAD mede a conexão, a interdependência e a confiança na hierarquia; no fundo, ele parece querer saber se, na relação, há mãe demais ou mãe de menos –isso, para medir depois, na filha, as supostas consequências dessa presença excessiva ou escassa. Em vez de medir se a mãe está ou não suficientemente presente, eu acho mais útil me interessar por seus pensamentos, seus afetos e seus atos em relação à filha. Enfim, duas leitoras garantiram que têm relações perfeitas com as filhas. Certo, enxergo o mundo pelo prisma do consultório, que é o pronto-socorro das relações mal resolvidas. Agora, como psicanalista, acredito que os bons sentimentos, quando existem, servem para estancar e esconder outros sentimentos, menos nobres. Também acredito que descobrir em nós mesmos esses sentimentos mais envergonhados seja o melhor jeito de evitar que nossa convivência (familiar, por exemplo) provoque transtornos desnecessários.
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Direção de arte: Concorrentes são de época ou com forte identidade visual
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A direção de arte é a área responsável pela identidade visual do interior de um filme: a paleta de cores, a ambientação das locações, os objetos cenográficos, a reconstituição histórica etc. Nos últimos anos foram vencedores: "Mad Max: Estrada da Fúria", "O Grande Hotel Budapeste", "O Grande Gatsby" e "Lincoln" –produções de época ou com expressiva riqueza visual. Neste ano, não será diferente: se "Ave, César!" e "Animais Fantásticos" fazem parte do primeiro time, "La La Land", "A Chegada" e "Passageiros" engrossam o caldo do segundo. "Animais Fantásticos e Onde Habitam" O primeiro spin-off da saga "Harry Potter" recua à Nova York de tijolinhos dos anos 1920 –cujas ruas foram reconstruídas em um estúdio inglês por Stuart Craig e Anna Pinnock. A escritora J. K. Rowling transferiu as detalhadas descrições dos livros para o roteiro, como as repartições atulhadas e os salões de mármore do Ministério da Magia. O esforço que tiveram em seguir à risca as rubricas da mãe do bruxo não passou despercebido pela Academia. * "Ave, César!" Mais uma das produções de época na categoria, o filme dos irmãos Coen se passa no universo dos estúdios cinematográficos dos anos 1950 e a direção de arte mergulha com gosto na extravagante era do technicolor com seus salões de baile, balés aquáticos e sets de filmes épicos. Jess Gonchor e Nancy Haigh dizem que tudo foi feito artesanalmente, na contramão do que cada vez é mais comum no cinema: a recriação em computação gráfica. * "A Chegada" Se "Ave, César!" prima pela arte à moda antiga, "A Chegada", de Denis Villeneuve, não se envergonha do digital. Ao imaginar as naves alienígenas, Patrice Vermette e Paul Hotte vieram com um design peculiar -estruturas verticais e sólidas-bem diferentes de como em geral são mostradas no cinema. O modelo não só acrescentou camadas de mistério à trama, como mudou o roteiro: a inversão da gravidade que ocorre dentro delas é ideia dessa dupla. * "La La Land - Cantando Estações" O filme se passa nos dias de hoje, mas guarda um ar retrô, homenagem à era dos musicais. Como o filme é também uma declaração de amor a Los Angeles, David Wasco e Sandy Reynolds-Wasco privilegiaram locações reais que escancarassem a luz solar da cidade californiana. Para o universo da personagem de Emma Stone, se esbaldaram nas cores primárias; para o de Ryan Gosling, as referências são mais sisudas: o jazz e o preto e branco. * "Passageiros" Nem tudo é desastroso na ficção científica de Morten Tyldum. Ao imaginarem o interior de uma nave espacial, Guy Hendrix Dyas e Gene Serdena quiseram fugir dos clichê futuristas e propuseram luxuosos salões em estilo art déco, suítes que parecem saídas de algum delírio modernista e piscinas que se abrem para o infinito. Ao site da "Architectural Digest", disseram que as referências vão do pintor Edward Hopper ao arquiteto Santiago Calatrava. - Veja a lista das outras categorias comentadas por profissionais, críticos e colaboradores da Folha. Melhor filme, por Inácio Araujo Melhor diretor, por Sergio Alpendre Melhor filme estrangeiro, por Cássio Starling Carlos Melhor animação, por Sandro Macedo Melhor documentário, por Aline Pellegrini Melhor documentário de curta-metragem, por Lívia Sampaio Melhor roteiro original, por Francesca Angiolillo Melhor roteiro adaptado, por Francesca Angiolillo Melhor ator, por Guilherme Genestreti Melhor atriz, por Teté Ribeiro Melhor ator coadjuvante, por Guilherme Genestreti Melhor atriz coadjuvante, por Teté Ribeiro Melhor fotografia, por Daigo Oliva Melhor montagem, por Matheus Magenta Melhor trilha sonora, por Alex Kidd Melhor canção original, por Giuliana Vallone Melhor figurino, por Pedro Diniz Melhor maquiagem e penteado, por Anna Virginia Balloussier
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ilustrada
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Direção de arte: Concorrentes são de época ou com forte identidade visualA direção de arte é a área responsável pela identidade visual do interior de um filme: a paleta de cores, a ambientação das locações, os objetos cenográficos, a reconstituição histórica etc. Nos últimos anos foram vencedores: "Mad Max: Estrada da Fúria", "O Grande Hotel Budapeste", "O Grande Gatsby" e "Lincoln" –produções de época ou com expressiva riqueza visual. Neste ano, não será diferente: se "Ave, César!" e "Animais Fantásticos" fazem parte do primeiro time, "La La Land", "A Chegada" e "Passageiros" engrossam o caldo do segundo. "Animais Fantásticos e Onde Habitam" O primeiro spin-off da saga "Harry Potter" recua à Nova York de tijolinhos dos anos 1920 –cujas ruas foram reconstruídas em um estúdio inglês por Stuart Craig e Anna Pinnock. A escritora J. K. Rowling transferiu as detalhadas descrições dos livros para o roteiro, como as repartições atulhadas e os salões de mármore do Ministério da Magia. O esforço que tiveram em seguir à risca as rubricas da mãe do bruxo não passou despercebido pela Academia. * "Ave, César!" Mais uma das produções de época na categoria, o filme dos irmãos Coen se passa no universo dos estúdios cinematográficos dos anos 1950 e a direção de arte mergulha com gosto na extravagante era do technicolor com seus salões de baile, balés aquáticos e sets de filmes épicos. Jess Gonchor e Nancy Haigh dizem que tudo foi feito artesanalmente, na contramão do que cada vez é mais comum no cinema: a recriação em computação gráfica. * "A Chegada" Se "Ave, César!" prima pela arte à moda antiga, "A Chegada", de Denis Villeneuve, não se envergonha do digital. Ao imaginar as naves alienígenas, Patrice Vermette e Paul Hotte vieram com um design peculiar -estruturas verticais e sólidas-bem diferentes de como em geral são mostradas no cinema. O modelo não só acrescentou camadas de mistério à trama, como mudou o roteiro: a inversão da gravidade que ocorre dentro delas é ideia dessa dupla. * "La La Land - Cantando Estações" O filme se passa nos dias de hoje, mas guarda um ar retrô, homenagem à era dos musicais. Como o filme é também uma declaração de amor a Los Angeles, David Wasco e Sandy Reynolds-Wasco privilegiaram locações reais que escancarassem a luz solar da cidade californiana. Para o universo da personagem de Emma Stone, se esbaldaram nas cores primárias; para o de Ryan Gosling, as referências são mais sisudas: o jazz e o preto e branco. * "Passageiros" Nem tudo é desastroso na ficção científica de Morten Tyldum. Ao imaginarem o interior de uma nave espacial, Guy Hendrix Dyas e Gene Serdena quiseram fugir dos clichê futuristas e propuseram luxuosos salões em estilo art déco, suítes que parecem saídas de algum delírio modernista e piscinas que se abrem para o infinito. Ao site da "Architectural Digest", disseram que as referências vão do pintor Edward Hopper ao arquiteto Santiago Calatrava. - Veja a lista das outras categorias comentadas por profissionais, críticos e colaboradores da Folha. Melhor filme, por Inácio Araujo Melhor diretor, por Sergio Alpendre Melhor filme estrangeiro, por Cássio Starling Carlos Melhor animação, por Sandro Macedo Melhor documentário, por Aline Pellegrini Melhor documentário de curta-metragem, por Lívia Sampaio Melhor roteiro original, por Francesca Angiolillo Melhor roteiro adaptado, por Francesca Angiolillo Melhor ator, por Guilherme Genestreti Melhor atriz, por Teté Ribeiro Melhor ator coadjuvante, por Guilherme Genestreti Melhor atriz coadjuvante, por Teté Ribeiro Melhor fotografia, por Daigo Oliva Melhor montagem, por Matheus Magenta Melhor trilha sonora, por Alex Kidd Melhor canção original, por Giuliana Vallone Melhor figurino, por Pedro Diniz Melhor maquiagem e penteado, por Anna Virginia Balloussier
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Chamado de 'juizeco', magistrado que ordenou operação Métis é discreto
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Chamado de "juizeco" pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o juiz titular da 10ª Vara Federal do DF, Vallisney de Souza Oliveira, 51, é avesso a entrevistas. Manifesta-se por meio de discursos durante formaturas e cerimônias do Judiciário. Já disse, por exemplo, que um juiz não está imune a erros, mas deve atuar contra ameaças ao "Estado de Direito". "Não pretendo nunca ser mencionado como o justiceiro ou vingador do povo ou cavaleiro que ganha todas as batalhas ou que nunca erra", afirmou em 2006, ao se despedir da Justiça Federal do Amazonas, onde trabalhou por 14 anos. Em 2000, declarou que o juiz precisa agir quando a ordem jurídica e direitos fundamentais "são desrespeitados por grupos e facções ou deliberadamente por setores do próprio Poder Público". "Uma atuação implacável de magistrados imparciais e independentes pode recompor com segurança e sem traumas o Estado de Direito ameaçado e reparar as injustiças e violação à ordem jurídica praticada por agentes estatais ou organismos paraestatais", afirmou. Vallisney alimenta um blog onde publica poesias, 42 próprias e 42 citações de autores diversos. Nas suas criações, "Poemas tentados", fala de amor, saudade e a passagem do tempo. Em "Cadafalso", que escreveu mais de um ano antes de virar alvo dos ataques do presidente do Senado, pontuou: "Era eu duro na queda e firme no passo/ou ainda não era hora de me guilhotinar". Na Justiça Federal do Distrito Federal há dez anos, ele foi ou é responsável por casos de grande repercussão, como as operações Zelotes e Greenfield e um dos casos que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conexão com a Lava Jato. Nascido em Benjamin Constant (AM), cidade encravada na floresta amazônica à margem do rio Solimões, Vallisney foi fiscal de tributos estaduais (1984-1988), promotor de Justiça em Manaus (1988-1992) e procurador da República no Espírito Santo (1992), antes de se tornar juiz federal, aos 27 anos de idade, em 9 de novembro de 1992. Sua trajetória no Judiciário é ligada à área criminal, tendo atuado em tribunais de júri para julgamento de homicídios. Passou um tempo cedido ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para auxiliar na tramitação de processos sobre autoridades com foro privilegiado, como governadores de Estado. Nos discursos, busca se afastar da imagem de infalibilidade: "É provável que nessa jornada [eu] muito tenha errado até mesmo em algumas ocasiões em que pensei ter dado a correta e induvidosa decisão". Autor de cinco livros e professor na UnB (Universidade de Brasília), Vallisney costuma dar decisões concisas e com poucos adjetivos. Gastou apenas oito páginas para autorizar o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no Senado e quatro prisões de policiais legislativos, na Operação Métis, na última sexta (21). Ao citar uma prova, costuma fazer referência rápida à representação policial ou à peça do Ministério Público Federal, evitando longas transcrições. Páginas de argumentos muitas vezes redundantes de procuradores da República e delegados da PF são resumidas pelo juiz em um ou dois parágrafos. Nesse tópico, lembra o juiz federal Sergio Moro, da Lava Jato, que evita escrever peças muito longas. Vallisney prega maior celeridade no Judiciário. Sob sua responsabilidade há hoje cerca de 2.500 processos. No discurso de 2000, disse que há "lentidão absurda na solução final das controvérsias". Contra vários prognósticos negativos, tendo em vista o alto número de réus e de testemunhas, encerrou a fase de instrução e julgamento da primeira ação penal da Operação Zelotes, que investigou o Carf, em prazo de fazer inveja ao próprio Moro. Da deflagração da operação pela PF até a sentença foram apenas um ano e dois meses. Levantamento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2016 indica que o tempo médio de uma ação na primeira instância da Justiça Federal é de dois anos. Embora rápido na autorização das ações cautelares, como prisões preventivas, quebras de sigilo e busca e apreensão, Vallisney não pode ser considerado inflexível na fase da sentença. No primeiro caso da Zelotes, por exemplo, condenou nove réus, mas permitiu que pudessem recorrer em liberdade, ordenando a soltura. A decisão foi comemorada por advogados de defesa.
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poder
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Chamado de 'juizeco', magistrado que ordenou operação Métis é discretoChamado de "juizeco" pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o juiz titular da 10ª Vara Federal do DF, Vallisney de Souza Oliveira, 51, é avesso a entrevistas. Manifesta-se por meio de discursos durante formaturas e cerimônias do Judiciário. Já disse, por exemplo, que um juiz não está imune a erros, mas deve atuar contra ameaças ao "Estado de Direito". "Não pretendo nunca ser mencionado como o justiceiro ou vingador do povo ou cavaleiro que ganha todas as batalhas ou que nunca erra", afirmou em 2006, ao se despedir da Justiça Federal do Amazonas, onde trabalhou por 14 anos. Em 2000, declarou que o juiz precisa agir quando a ordem jurídica e direitos fundamentais "são desrespeitados por grupos e facções ou deliberadamente por setores do próprio Poder Público". "Uma atuação implacável de magistrados imparciais e independentes pode recompor com segurança e sem traumas o Estado de Direito ameaçado e reparar as injustiças e violação à ordem jurídica praticada por agentes estatais ou organismos paraestatais", afirmou. Vallisney alimenta um blog onde publica poesias, 42 próprias e 42 citações de autores diversos. Nas suas criações, "Poemas tentados", fala de amor, saudade e a passagem do tempo. Em "Cadafalso", que escreveu mais de um ano antes de virar alvo dos ataques do presidente do Senado, pontuou: "Era eu duro na queda e firme no passo/ou ainda não era hora de me guilhotinar". Na Justiça Federal do Distrito Federal há dez anos, ele foi ou é responsável por casos de grande repercussão, como as operações Zelotes e Greenfield e um dos casos que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conexão com a Lava Jato. Nascido em Benjamin Constant (AM), cidade encravada na floresta amazônica à margem do rio Solimões, Vallisney foi fiscal de tributos estaduais (1984-1988), promotor de Justiça em Manaus (1988-1992) e procurador da República no Espírito Santo (1992), antes de se tornar juiz federal, aos 27 anos de idade, em 9 de novembro de 1992. Sua trajetória no Judiciário é ligada à área criminal, tendo atuado em tribunais de júri para julgamento de homicídios. Passou um tempo cedido ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para auxiliar na tramitação de processos sobre autoridades com foro privilegiado, como governadores de Estado. Nos discursos, busca se afastar da imagem de infalibilidade: "É provável que nessa jornada [eu] muito tenha errado até mesmo em algumas ocasiões em que pensei ter dado a correta e induvidosa decisão". Autor de cinco livros e professor na UnB (Universidade de Brasília), Vallisney costuma dar decisões concisas e com poucos adjetivos. Gastou apenas oito páginas para autorizar o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no Senado e quatro prisões de policiais legislativos, na Operação Métis, na última sexta (21). Ao citar uma prova, costuma fazer referência rápida à representação policial ou à peça do Ministério Público Federal, evitando longas transcrições. Páginas de argumentos muitas vezes redundantes de procuradores da República e delegados da PF são resumidas pelo juiz em um ou dois parágrafos. Nesse tópico, lembra o juiz federal Sergio Moro, da Lava Jato, que evita escrever peças muito longas. Vallisney prega maior celeridade no Judiciário. Sob sua responsabilidade há hoje cerca de 2.500 processos. No discurso de 2000, disse que há "lentidão absurda na solução final das controvérsias". Contra vários prognósticos negativos, tendo em vista o alto número de réus e de testemunhas, encerrou a fase de instrução e julgamento da primeira ação penal da Operação Zelotes, que investigou o Carf, em prazo de fazer inveja ao próprio Moro. Da deflagração da operação pela PF até a sentença foram apenas um ano e dois meses. Levantamento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2016 indica que o tempo médio de uma ação na primeira instância da Justiça Federal é de dois anos. Embora rápido na autorização das ações cautelares, como prisões preventivas, quebras de sigilo e busca e apreensão, Vallisney não pode ser considerado inflexível na fase da sentença. No primeiro caso da Zelotes, por exemplo, condenou nove réus, mas permitiu que pudessem recorrer em liberdade, ordenando a soltura. A decisão foi comemorada por advogados de defesa.
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Atingir Paris foi claro ataque aos valores de laicidade e de liberdade
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Nos dias que se seguiram aos atentados em Paris, as homenagens à França pelo mundo afora levaram a um forte patrulhamento nas redes sociais. Por que tanto sentimento em relação à França e não ao Líbano, à Nigéria, ao avião que explodiu no Cairo? Culpa da imprensa, culpa da alienação eurocêntrica. Essa reação ficou ainda mais forte no Brasil por causa da devastação ocorrida no Rio Doce. Era curioso assistir a um patriotismo macabro: a nossa desgraça é mais desgraça do que a dos outros. As acusações se sucederam: amor pela França maior do que amor pelo Brasil; Paris não pôs as cores da bandeira brasileira na torre Eiffel como nós fizemos com o Cristo Redentor. Ora, um atentado desse tipo em Tóquio, em Berlim, em Washington, certamente não produziriam os mesmos sinais de solidariedade. Não me lembro, quando do ataque às torres gêmeas em Nova York, com um número de mortes muitíssimo maior do que em Paris, monumentos iluminados em diversos países com as cores norte-americanas ou o hino nacional dos Estados Unidos ressoando pelo mundo antes de um concerto ou de um encontro esportivo. A imprensa internacional assinalou um dos motivos dessa simpatia pela França. Paris é uma cidade amada pela sua beleza, pela arte de viver. Acolheu, nos tempos ferozes das ditaduras latino-americanas, tantos refugiados. Se a presença da cultura francesa diminuiu bastante no mundo de uns quarenta anos para cá, se o francês deixou de ser uma língua preponderante como era, o afeto pela França se manteve. Há, no entanto, uma causa mais profunda. Da revolução francesa a 1968, a França foi portadora de ideais libertários. Foi a cultura francesa que criou, no século 18, o chamado pensamento das Luzes, o Iluminismo, inventando os princípios laicos, racionais, universais, de liberdade, igualdade e fraternidade. Quando Jefferson dizia que todo intelectual tem duas pátrias, a sua própria e a França, não se referia a um país ou a um povo, mas a uma visão filosófica da humanidade que correspondia à mais alta dignidade humana. Essa França ideal e teórica não se limita ao seu território. Ela está nas convicções de todos aqueles, onde quer que estejam, capazes de perceber a humanidade como uma só, sem fronteiras, fraterna, igualada pelos poderes da reflexão e do pensamento. Foi por ela que os monumentos do mundo se vestiram de azul, branco e vermelho; foi por ela que Placido Domingo fez ressoar a "Marselhes"a no Metropolitan Opera de Nova York. O fanatismo fundamentalista não deve ser pensado como irracional em todos os campos. Sem reflexão estratégica, ele não teria o poder que tem. No campo simbólico, tal estratégia mostra-se muito fina. Escolher as torres gêmeas como objeto de ataque significava atingir o coração de uma potência imperialista. Atingir Paris expressou um claro ataque aos valores de laicidade e de liberdade. Fuzilar um concerto de rock constituiu uma denúncia da decadência, dos prazeres imorais e irreligiosos. E mesmo a data, sexta-feira 13, conjunção que encarna uma superstição ocidental, não me parece ser gratuita. Na França, o livro de maior venda depois dos atentados é o "Tratado sobre a Intolerância", de Voltaire, o pensador que mais e melhor encarnou os valores das Luzes, aquele que mais se bateu pela laicidade e que acusou as religiões. Não sei, mas se os ataques parisienses tiveram como eixo o bulevar Voltaire talvez isso não tenha sido pura coincidência. Os terroristas identificados eram todos franceses; todos frequentaram as escolas públicas; todos leram Voltaire e conheciam o Iluminismo, pensamento que se tornou para eles o grande inimigo a exterminar. Não se podem ignorar, entre as razões, a política externa francesa, seus ataques de guerra ao islamismo. Também, a presença de uma vasta comunidade muçulmana em seu território favorece, pela quantidade, o surgimento de radicalismos. Philippe Faucon, cineasta recentemente homenageado pela cinemateca de Paris e perfeitamente ignorado por estas bandas, reflete em seus filmes sobre a relação entre muçulmanos e franceses. Em "La Désintégration", título que contém um duplo sentido, o de desintegrar, como sinônimo de explodir, e como o oposto de integrar (integrar-se à cultura francesa), ele expõe de modo admirável os processos de cooptação. O alvo verdadeiro, porém, era menos a nação que a cultura libertária nela desenvolvida. Para além de consequências circunstanciais (tiradas demagógicas do governo francês tentando capitalizar os acontecimentos; acusações de incompetência por parte da oposição; reforço do Front National, partido xenofóbico de extrema-direita) há uma, mais generosa, que se passa também no campo simbólico. Os franceses haviam deixado de levar a sério seus símbolos nacionais, em particular o hino e a bandeira. Esses haviam sido contaminados pela recuperação que a extrema-direita fazia deles. Essa apropriação patriótica causava repulsa. Nos jogos internacionais, alguns futebolistas franceses, sobretudo os de origem magrebina, se recusavam a cantar a "Marselhesa". O valor que passou a aglutinar os franceses foi o de república, república que se levantava contra os extremismos. Ora, o mundo lembrou à França os valores mais profundos de seus próprios símbolos. Eles tornaram-se menos a expressão de uma pátria do que a de ideais elevados. Por ora, as reações parecem ser as de redescobrir esses valores. Se o ataque ocorrido na sede do jornal "Charlie Hebdo" não provocou respostas unânimes, já que uma parte dos muçulmanos franceses lembrava que o jornal, segundo eles, insultara o Islã, agora a unanimidade se faz. Quando as escolas pediram um minuto de silêncio pelos mortos de "Charlie Hebdo", muitos alunos de origem magrebina protestaram. O minuto de silêncio pelos mortos recentes, segundo todos os relatos, foi agora respeitado com gravidade nas escolas. JORGE COLI é crítico de arte e professor de história da arte titular da Unicamp.
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ilustrissima
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Atingir Paris foi claro ataque aos valores de laicidade e de liberdadeNos dias que se seguiram aos atentados em Paris, as homenagens à França pelo mundo afora levaram a um forte patrulhamento nas redes sociais. Por que tanto sentimento em relação à França e não ao Líbano, à Nigéria, ao avião que explodiu no Cairo? Culpa da imprensa, culpa da alienação eurocêntrica. Essa reação ficou ainda mais forte no Brasil por causa da devastação ocorrida no Rio Doce. Era curioso assistir a um patriotismo macabro: a nossa desgraça é mais desgraça do que a dos outros. As acusações se sucederam: amor pela França maior do que amor pelo Brasil; Paris não pôs as cores da bandeira brasileira na torre Eiffel como nós fizemos com o Cristo Redentor. Ora, um atentado desse tipo em Tóquio, em Berlim, em Washington, certamente não produziriam os mesmos sinais de solidariedade. Não me lembro, quando do ataque às torres gêmeas em Nova York, com um número de mortes muitíssimo maior do que em Paris, monumentos iluminados em diversos países com as cores norte-americanas ou o hino nacional dos Estados Unidos ressoando pelo mundo antes de um concerto ou de um encontro esportivo. A imprensa internacional assinalou um dos motivos dessa simpatia pela França. Paris é uma cidade amada pela sua beleza, pela arte de viver. Acolheu, nos tempos ferozes das ditaduras latino-americanas, tantos refugiados. Se a presença da cultura francesa diminuiu bastante no mundo de uns quarenta anos para cá, se o francês deixou de ser uma língua preponderante como era, o afeto pela França se manteve. Há, no entanto, uma causa mais profunda. Da revolução francesa a 1968, a França foi portadora de ideais libertários. Foi a cultura francesa que criou, no século 18, o chamado pensamento das Luzes, o Iluminismo, inventando os princípios laicos, racionais, universais, de liberdade, igualdade e fraternidade. Quando Jefferson dizia que todo intelectual tem duas pátrias, a sua própria e a França, não se referia a um país ou a um povo, mas a uma visão filosófica da humanidade que correspondia à mais alta dignidade humana. Essa França ideal e teórica não se limita ao seu território. Ela está nas convicções de todos aqueles, onde quer que estejam, capazes de perceber a humanidade como uma só, sem fronteiras, fraterna, igualada pelos poderes da reflexão e do pensamento. Foi por ela que os monumentos do mundo se vestiram de azul, branco e vermelho; foi por ela que Placido Domingo fez ressoar a "Marselhes"a no Metropolitan Opera de Nova York. O fanatismo fundamentalista não deve ser pensado como irracional em todos os campos. Sem reflexão estratégica, ele não teria o poder que tem. No campo simbólico, tal estratégia mostra-se muito fina. Escolher as torres gêmeas como objeto de ataque significava atingir o coração de uma potência imperialista. Atingir Paris expressou um claro ataque aos valores de laicidade e de liberdade. Fuzilar um concerto de rock constituiu uma denúncia da decadência, dos prazeres imorais e irreligiosos. E mesmo a data, sexta-feira 13, conjunção que encarna uma superstição ocidental, não me parece ser gratuita. Na França, o livro de maior venda depois dos atentados é o "Tratado sobre a Intolerância", de Voltaire, o pensador que mais e melhor encarnou os valores das Luzes, aquele que mais se bateu pela laicidade e que acusou as religiões. Não sei, mas se os ataques parisienses tiveram como eixo o bulevar Voltaire talvez isso não tenha sido pura coincidência. Os terroristas identificados eram todos franceses; todos frequentaram as escolas públicas; todos leram Voltaire e conheciam o Iluminismo, pensamento que se tornou para eles o grande inimigo a exterminar. Não se podem ignorar, entre as razões, a política externa francesa, seus ataques de guerra ao islamismo. Também, a presença de uma vasta comunidade muçulmana em seu território favorece, pela quantidade, o surgimento de radicalismos. Philippe Faucon, cineasta recentemente homenageado pela cinemateca de Paris e perfeitamente ignorado por estas bandas, reflete em seus filmes sobre a relação entre muçulmanos e franceses. Em "La Désintégration", título que contém um duplo sentido, o de desintegrar, como sinônimo de explodir, e como o oposto de integrar (integrar-se à cultura francesa), ele expõe de modo admirável os processos de cooptação. O alvo verdadeiro, porém, era menos a nação que a cultura libertária nela desenvolvida. Para além de consequências circunstanciais (tiradas demagógicas do governo francês tentando capitalizar os acontecimentos; acusações de incompetência por parte da oposição; reforço do Front National, partido xenofóbico de extrema-direita) há uma, mais generosa, que se passa também no campo simbólico. Os franceses haviam deixado de levar a sério seus símbolos nacionais, em particular o hino e a bandeira. Esses haviam sido contaminados pela recuperação que a extrema-direita fazia deles. Essa apropriação patriótica causava repulsa. Nos jogos internacionais, alguns futebolistas franceses, sobretudo os de origem magrebina, se recusavam a cantar a "Marselhesa". O valor que passou a aglutinar os franceses foi o de república, república que se levantava contra os extremismos. Ora, o mundo lembrou à França os valores mais profundos de seus próprios símbolos. Eles tornaram-se menos a expressão de uma pátria do que a de ideais elevados. Por ora, as reações parecem ser as de redescobrir esses valores. Se o ataque ocorrido na sede do jornal "Charlie Hebdo" não provocou respostas unânimes, já que uma parte dos muçulmanos franceses lembrava que o jornal, segundo eles, insultara o Islã, agora a unanimidade se faz. Quando as escolas pediram um minuto de silêncio pelos mortos de "Charlie Hebdo", muitos alunos de origem magrebina protestaram. O minuto de silêncio pelos mortos recentes, segundo todos os relatos, foi agora respeitado com gravidade nas escolas. JORGE COLI é crítico de arte e professor de história da arte titular da Unicamp.
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Robinho se despede do Santos e diz que 'renovação não foi possível'
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Robinho, 31, não vai mais defender o Santos. O atacante anunciou por meio de um vídeo no site do clube que não houve acerto para a renovação contratual. O vínculo terminou nesta terça-feira (30). "Infelizmente não vai ser possível a renovação. O Santos vai estar sempre no meu coração. A diretoria fez esforço para eu continuar, mas não foi possível. O Santos continua grande, acima de qualquer jogador e eu saio chateado, mas é vida que segue", disse Robinho. Segundo Modesto Roma Jr., presidente do Santos, o clube alvinegro não conseguiu concorrer com os clubes estrangeiros interessados no atacante. Entre os concorrentes, estão o mexicano Querétaro, um clube chinês e alguns clubes árabes. Editoria de Arte/Folhapress "Conversamos com o Robinho sobre a renovação do contrato e infelizmente as condições que o Santos pode pagar são menores que os dos clubes do exterior", disse o dirigente. O clube santista ofereceu um contrato de três anos para o jogador, inicialmente com o salário atual –cerca de R$ 800 mil– e aumento progressivo do valor. A atual passagem de Robinho pelo Santos começou em agosto do ano passado, quando chegou por empréstimo do Milan. O atacante teve altos e baixos, mas conseguiu conduzir o time ao título do Campeonato Paulista deste ano. Foi a segunda passagem dele, que foi revelado no Santos em 2002. Além do Paulista-2015, ele conquistou os Brasileiros de 2002 e 2004, a Copa do Brasil de 2010 e o Paulista de 2010.
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esporte
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Robinho se despede do Santos e diz que 'renovação não foi possível'Robinho, 31, não vai mais defender o Santos. O atacante anunciou por meio de um vídeo no site do clube que não houve acerto para a renovação contratual. O vínculo terminou nesta terça-feira (30). "Infelizmente não vai ser possível a renovação. O Santos vai estar sempre no meu coração. A diretoria fez esforço para eu continuar, mas não foi possível. O Santos continua grande, acima de qualquer jogador e eu saio chateado, mas é vida que segue", disse Robinho. Segundo Modesto Roma Jr., presidente do Santos, o clube alvinegro não conseguiu concorrer com os clubes estrangeiros interessados no atacante. Entre os concorrentes, estão o mexicano Querétaro, um clube chinês e alguns clubes árabes. Editoria de Arte/Folhapress "Conversamos com o Robinho sobre a renovação do contrato e infelizmente as condições que o Santos pode pagar são menores que os dos clubes do exterior", disse o dirigente. O clube santista ofereceu um contrato de três anos para o jogador, inicialmente com o salário atual –cerca de R$ 800 mil– e aumento progressivo do valor. A atual passagem de Robinho pelo Santos começou em agosto do ano passado, quando chegou por empréstimo do Milan. O atacante teve altos e baixos, mas conseguiu conduzir o time ao título do Campeonato Paulista deste ano. Foi a segunda passagem dele, que foi revelado no Santos em 2002. Além do Paulista-2015, ele conquistou os Brasileiros de 2002 e 2004, a Copa do Brasil de 2010 e o Paulista de 2010.
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Larissa e Talita vencem americanas e asseguram classificação à próxima fase
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PLINIO FRAGA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Em partida fácil, a dupla brasileira Larissa Maestrini/Talita Rocha bateu por 2 a 0 as americanas Lauren Fendrick/Brooke Sweat, assegurando sua classificação para a segunda fase do torneio olímpico de vôlei de praia. Os placares de 21 a 16 e 21 a 13 consolidaram a liderança das brasileiras no grupo A da disputa. Próxima adversária das brasileiras, a dupla polonesa Kolosinska/Brostek também tem duas vitórias em dois jogos, mas está em segundo porque perdeu um set. As brasileiras permanecem invictas e têm saldo de pontos maior do que as polonesas. Na quinta-feira, disputam o primeiro lugar do grupo. Para as brasileiras, a posição é importante para evitar o confronto antecipado com a outra dupla nacional, Ágatha/Bárbara. "São sete finais. Passamos por duas, restam outras cinco. Todos os jogos são difíceis. Em Olimpíada, tem leão que vira gatinho, e gatinho que vira leão", afirmou Larissa, que disputara Pequim-08 e Londres-12. "Construímos essa história. Chegamos aqui como número um do ranking por nosso trabalho. O que estamos fazendo aqui é jogar feliz, nesta arena que tem uma coisa mágica, que é o povo brasileiro", declarou Talita.
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esporte
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Larissa e Talita vencem americanas e asseguram classificação à próxima fase
PLINIO FRAGA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO Em partida fácil, a dupla brasileira Larissa Maestrini/Talita Rocha bateu por 2 a 0 as americanas Lauren Fendrick/Brooke Sweat, assegurando sua classificação para a segunda fase do torneio olímpico de vôlei de praia. Os placares de 21 a 16 e 21 a 13 consolidaram a liderança das brasileiras no grupo A da disputa. Próxima adversária das brasileiras, a dupla polonesa Kolosinska/Brostek também tem duas vitórias em dois jogos, mas está em segundo porque perdeu um set. As brasileiras permanecem invictas e têm saldo de pontos maior do que as polonesas. Na quinta-feira, disputam o primeiro lugar do grupo. Para as brasileiras, a posição é importante para evitar o confronto antecipado com a outra dupla nacional, Ágatha/Bárbara. "São sete finais. Passamos por duas, restam outras cinco. Todos os jogos são difíceis. Em Olimpíada, tem leão que vira gatinho, e gatinho que vira leão", afirmou Larissa, que disputara Pequim-08 e Londres-12. "Construímos essa história. Chegamos aqui como número um do ranking por nosso trabalho. O que estamos fazendo aqui é jogar feliz, nesta arena que tem uma coisa mágica, que é o povo brasileiro", declarou Talita.
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Passageiros têm que andar até estação após falha na linha 3 do metrô de SP
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Passageiros que seguiam pela linha 3-vermelha do metrô, em direção à estação Corinthians-Itaquera, tiveram que desembarcar em um estacionamento de trens e caminhar até a plataforma após uma falha na noite desta segunda-feira (17). O problema de tração atingiu uma composição na altura da estação Tatuapé, na zona leste de São Paulo, por volta das 18h40, segundo o Metrô. Com a falha, o trem teve que ser esvaziado e recolhido. Apesar disso, o Metrô informou que algumas pessoas se recusaram a descer na plataforma e acabaram seguindo até um estacionamento de trens, próximo à estação Tatuapé, de onde tiveram que desembarcar e caminhar pela passarela de emergência. Ainda de acordo com a empresa, a circulação foi normalizada em menos de dez minutos no sentido Corinthians-Itaquera. Já o sentido Barra Funda não chegou a ser afetado. As causas do problema ainda serão apuradas.
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cotidiano
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Passageiros têm que andar até estação após falha na linha 3 do metrô de SPPassageiros que seguiam pela linha 3-vermelha do metrô, em direção à estação Corinthians-Itaquera, tiveram que desembarcar em um estacionamento de trens e caminhar até a plataforma após uma falha na noite desta segunda-feira (17). O problema de tração atingiu uma composição na altura da estação Tatuapé, na zona leste de São Paulo, por volta das 18h40, segundo o Metrô. Com a falha, o trem teve que ser esvaziado e recolhido. Apesar disso, o Metrô informou que algumas pessoas se recusaram a descer na plataforma e acabaram seguindo até um estacionamento de trens, próximo à estação Tatuapé, de onde tiveram que desembarcar e caminhar pela passarela de emergência. Ainda de acordo com a empresa, a circulação foi normalizada em menos de dez minutos no sentido Corinthians-Itaquera. Já o sentido Barra Funda não chegou a ser afetado. As causas do problema ainda serão apuradas.
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Astrologia
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Semana finda com astral produtivo, expansivo e promissor para as relações internacionais e a agricultura nacional. LUA CRESCENTE EM LIBRA: 11/7 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Foco de hoje é rotina, saúde, cuidados domésticos e vida privada. Você também pode engatar um curso rápido de aprimoramento! O astral está ótimo para perceber os defeitos, inclusive os seus. Organize seu lar e seus horários para extrair o máximo do seu tempo. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Promessas de amor, romance e paquera no céu de hoje para os taurinos! Também a perspectiva de uma boa vitória num campo especializado. Você vai fazer bonito no trabalho, se tiver um pouco de liberdade para criar. À noite, clima bom para se divertir e relaxar. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Lua e Júpiter em sintonia trazem sensibilidade e compreensão para os temas familiares e a vida privada. Ótimo dia para arrumar, consertar e dar destinos úteis a objetos de casa. Visita ou presença de crianças alegra o ambiente. Expansão pessoal e autoconfiança. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Diversão, contato com amigos e pessoas próximas colorem seu dia. Novidades boas e informações quentes chegam através do ambiente. Boas notícias trazem também esperanças e mais fé. Use bem sua habilidade manual e mental –aprendizado em alta. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) A primeira semana de julho termina com um astral ótimo para organizar suas finanças, repensando os gastos. Mais focado nos seus talentos e habilidades, terá boas ideias de como aplicá-las para trazer mais prosperidade pessoal. Bem-estar é meta; cuide da sua garganta. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Hoje a Lua transita em seu signo e encontra Júpiter, trazendo fé e disposição! O ideal é manter o máximo de tempo livre para se dedicar ás atividades mais gostosas. Cuidados com a saúde e um detox emocional e físico serão super bem-vindos. Adie compromissos chatos. LIBRA (23 set. a 22 out.) Se possível, tire mais tempo para si mesmo. Deixe a mente divagar por aí hoje. Rituais e meditação são ótimos meios para pacificar sua alma de hoje a domingo. Dias em que a Lua e Júpiter trazem boas inspirações, mas pedem segredo e isolamento para que frutifiquem. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Atenção com os amigos, encontros agradáveis, mas tenha cuidado com as críticas deles. Algumas são exageradas, dê um desconto. Projetos em comum podem decolar, sem fantasias e promessas. Reveja suas estratégias de comunicação com o meio profissional. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Sagitarianos estarão bem sustentados hoje por Júpiter e Lua –um dia de destaque profissional e social para você brilhar de verdade. Caminhos abertos para iniciar um novo projeto, um empreendimento que se expanda, com outras pessoas. No amor, seja mais cuidadoso. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Triângulo de astros favoráveis à criatividade em todos os níveis, capricorniano! Como pessoa determinada e focada, você tem tudo para ir adiante com seus sonhos. No amor e nas relações em geral, intimidade e profundidade em alta. Boa percepção do desejo dos seus amados. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Dia de acertar as contas com os parceiros, cobrar clientes e rever o balanço da empresa. Ótimo para tarefas mecânicas e para auto-análise, que depende também de um olhar mais crítico. Você poderá obter uma resposta muito favorável de alguém para projetos futuros. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Lua e Júpiter juntinhos em Virgem abrem as estradas para os corações alheios. Você, mais ligado nos outros do que em seus próprios sonhos, verá além das névoas. Mas não prometa nada e não se fie em promessas de ninguém. O que é, é, hoje e agora. No que é visível, confie.
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ilustrada
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AstrologiaSemana finda com astral produtivo, expansivo e promissor para as relações internacionais e a agricultura nacional. LUA CRESCENTE EM LIBRA: 11/7 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Foco de hoje é rotina, saúde, cuidados domésticos e vida privada. Você também pode engatar um curso rápido de aprimoramento! O astral está ótimo para perceber os defeitos, inclusive os seus. Organize seu lar e seus horários para extrair o máximo do seu tempo. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Promessas de amor, romance e paquera no céu de hoje para os taurinos! Também a perspectiva de uma boa vitória num campo especializado. Você vai fazer bonito no trabalho, se tiver um pouco de liberdade para criar. À noite, clima bom para se divertir e relaxar. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Lua e Júpiter em sintonia trazem sensibilidade e compreensão para os temas familiares e a vida privada. Ótimo dia para arrumar, consertar e dar destinos úteis a objetos de casa. Visita ou presença de crianças alegra o ambiente. Expansão pessoal e autoconfiança. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Diversão, contato com amigos e pessoas próximas colorem seu dia. Novidades boas e informações quentes chegam através do ambiente. Boas notícias trazem também esperanças e mais fé. Use bem sua habilidade manual e mental –aprendizado em alta. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) A primeira semana de julho termina com um astral ótimo para organizar suas finanças, repensando os gastos. Mais focado nos seus talentos e habilidades, terá boas ideias de como aplicá-las para trazer mais prosperidade pessoal. Bem-estar é meta; cuide da sua garganta. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Hoje a Lua transita em seu signo e encontra Júpiter, trazendo fé e disposição! O ideal é manter o máximo de tempo livre para se dedicar ás atividades mais gostosas. Cuidados com a saúde e um detox emocional e físico serão super bem-vindos. Adie compromissos chatos. LIBRA (23 set. a 22 out.) Se possível, tire mais tempo para si mesmo. Deixe a mente divagar por aí hoje. Rituais e meditação são ótimos meios para pacificar sua alma de hoje a domingo. Dias em que a Lua e Júpiter trazem boas inspirações, mas pedem segredo e isolamento para que frutifiquem. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Atenção com os amigos, encontros agradáveis, mas tenha cuidado com as críticas deles. Algumas são exageradas, dê um desconto. Projetos em comum podem decolar, sem fantasias e promessas. Reveja suas estratégias de comunicação com o meio profissional. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Sagitarianos estarão bem sustentados hoje por Júpiter e Lua –um dia de destaque profissional e social para você brilhar de verdade. Caminhos abertos para iniciar um novo projeto, um empreendimento que se expanda, com outras pessoas. No amor, seja mais cuidadoso. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Triângulo de astros favoráveis à criatividade em todos os níveis, capricorniano! Como pessoa determinada e focada, você tem tudo para ir adiante com seus sonhos. No amor e nas relações em geral, intimidade e profundidade em alta. Boa percepção do desejo dos seus amados. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Dia de acertar as contas com os parceiros, cobrar clientes e rever o balanço da empresa. Ótimo para tarefas mecânicas e para auto-análise, que depende também de um olhar mais crítico. Você poderá obter uma resposta muito favorável de alguém para projetos futuros. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Lua e Júpiter juntinhos em Virgem abrem as estradas para os corações alheios. Você, mais ligado nos outros do que em seus próprios sonhos, verá além das névoas. Mas não prometa nada e não se fie em promessas de ninguém. O que é, é, hoje e agora. No que é visível, confie.
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Governo terá de quebrar barreiras por leilão de trechos da Norte-Sul
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Três décadas se passaram e a ferrovia Norte-Sul continua incompleta. No próximo ano, o governo concluirá o trecho entre Ouro Verde (GO) e Estrela d´Oeste (SP), o que deixará a malha com 2.261 km, ainda longe dos 4.800 km prometidos pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A ferrovia consumiu R$ 28 bilhões em valores corrigidos pela inflação e órgãos de controle e fiscalização estimam que pelo menos um terço foi superfaturado. Em 2012, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou mais corrupção nas obras feitas pela Valec, estatal que detém a concessão da ferrovia. O pivô do esquema foi o então presidente da companhia. As obras atrasaram porque houve troca de executivos e centenas de pendências com o Tribunal de Contas da União (TCU) tiveram de ser resolvidas para que o embargo às obras fosse suspenso. Diversos contratos foram refeitos para que os sobrepreços fossem cancelados. Agora, o governo se prepara para leiloar dois novos trechos da ferrovia em um único bloco no próximo ano. São eles: Porto Nacional (TO) e Ouro Verde/Anápolis; e Ouro Verde/Anápolis (GO) a Estrela d´Oeste (SP). Para garantir concorrência, o governo terá de quebrar barreiras para que essa nova malha possa levar cargas até o porto de Itaqui (MA), que tem conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC), controlada pelo consórcio VLI. A VLI tem entre os sócios a Vale e o FI-FGTS, o bilionário fundo que investe em infraestrutura com recursos do trabalhador. A empresa também é concessionária do trecho da Norte-Sul que vai de Açailândia (MA) até Palmas (TO). Dali, a ferrovia desce em dois trechos até Estrela d'Oeste (SP), mas os operadores enfrentarão dificuldade em negociar com a VLI o direito de passar pelas suas ferrovias até chegar a Itaqui. O governo já arma com a VLI uma forma de permitir essa passagem porque há outros dois interessados nos trechos: a MRS Logística e a Rumo. Outro problema desses trechos da Norte-Sul é a falta de interconexão com os polos produtores. Por isso, o governo estuda fazer com que o vencedor do leilão dos novos trechos construa um pedaço da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), que partiria de Campinorte (GO) até Lucas do Rio Verde (MT). Segundo a Valec, já existe um projeto básico, licença ambiental prévia e pedido de licença de instalação para a construção da FICO. Na outra ponta, a ideia do governo é estabelecer conexão da Norte-Sul com o porto de Ilhéus, no sul da Bahia, por meio da Ferrovia de Interligação Oeste-Leste (FIOL). A falta dessa infraestrutura impede que o país exporte por ano pelo menos R$ 15 bilhões a mais, segundo estimativas de produtores do Centro-Oeste. Nos levantamentos do governo, somente na região que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o escoamento agrícola passaria de um ano para o outro da média de 5 milhões para 20 milhões de toneladas por ano. FALHAS Atualmente, a Norte-Sul tem 1.575 km para operação. Entretanto, não sai carga dos terminais que partem de Anápolis (GO) para o porto de Itaqui (MA) desde 2014. O volume de carga transportado pela Norte-Sul é praticamente todo feito nos trechos administrados pela VLI. As conexões entre os terminais de cargas de Anápolis e a linha férrea são quase inexistentes. Nem mesmo a ligação com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que passa a poucos metros do pátio da Norte-Sul em Anápolis está pronta. A Valec afirma que o projeto de conexão deverá ser feito assim que o modelo de concessão dos novos trechos da Norte-Sul forem definidos pelo governo.
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poder
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Governo terá de quebrar barreiras por leilão de trechos da Norte-SulTrês décadas se passaram e a ferrovia Norte-Sul continua incompleta. No próximo ano, o governo concluirá o trecho entre Ouro Verde (GO) e Estrela d´Oeste (SP), o que deixará a malha com 2.261 km, ainda longe dos 4.800 km prometidos pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A ferrovia consumiu R$ 28 bilhões em valores corrigidos pela inflação e órgãos de controle e fiscalização estimam que pelo menos um terço foi superfaturado. Em 2012, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou mais corrupção nas obras feitas pela Valec, estatal que detém a concessão da ferrovia. O pivô do esquema foi o então presidente da companhia. As obras atrasaram porque houve troca de executivos e centenas de pendências com o Tribunal de Contas da União (TCU) tiveram de ser resolvidas para que o embargo às obras fosse suspenso. Diversos contratos foram refeitos para que os sobrepreços fossem cancelados. Agora, o governo se prepara para leiloar dois novos trechos da ferrovia em um único bloco no próximo ano. São eles: Porto Nacional (TO) e Ouro Verde/Anápolis; e Ouro Verde/Anápolis (GO) a Estrela d´Oeste (SP). Para garantir concorrência, o governo terá de quebrar barreiras para que essa nova malha possa levar cargas até o porto de Itaqui (MA), que tem conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC), controlada pelo consórcio VLI. A VLI tem entre os sócios a Vale e o FI-FGTS, o bilionário fundo que investe em infraestrutura com recursos do trabalhador. A empresa também é concessionária do trecho da Norte-Sul que vai de Açailândia (MA) até Palmas (TO). Dali, a ferrovia desce em dois trechos até Estrela d'Oeste (SP), mas os operadores enfrentarão dificuldade em negociar com a VLI o direito de passar pelas suas ferrovias até chegar a Itaqui. O governo já arma com a VLI uma forma de permitir essa passagem porque há outros dois interessados nos trechos: a MRS Logística e a Rumo. Outro problema desses trechos da Norte-Sul é a falta de interconexão com os polos produtores. Por isso, o governo estuda fazer com que o vencedor do leilão dos novos trechos construa um pedaço da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), que partiria de Campinorte (GO) até Lucas do Rio Verde (MT). Segundo a Valec, já existe um projeto básico, licença ambiental prévia e pedido de licença de instalação para a construção da FICO. Na outra ponta, a ideia do governo é estabelecer conexão da Norte-Sul com o porto de Ilhéus, no sul da Bahia, por meio da Ferrovia de Interligação Oeste-Leste (FIOL). A falta dessa infraestrutura impede que o país exporte por ano pelo menos R$ 15 bilhões a mais, segundo estimativas de produtores do Centro-Oeste. Nos levantamentos do governo, somente na região que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o escoamento agrícola passaria de um ano para o outro da média de 5 milhões para 20 milhões de toneladas por ano. FALHAS Atualmente, a Norte-Sul tem 1.575 km para operação. Entretanto, não sai carga dos terminais que partem de Anápolis (GO) para o porto de Itaqui (MA) desde 2014. O volume de carga transportado pela Norte-Sul é praticamente todo feito nos trechos administrados pela VLI. As conexões entre os terminais de cargas de Anápolis e a linha férrea são quase inexistentes. Nem mesmo a ligação com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que passa a poucos metros do pátio da Norte-Sul em Anápolis está pronta. A Valec afirma que o projeto de conexão deverá ser feito assim que o modelo de concessão dos novos trechos da Norte-Sul forem definidos pelo governo.
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Após bater R$ 3,31, dólar recua ajudado por otimismo no exterior
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Após atingir R$ 3,317 nos primeiros negócios desta sexta (20), o dólar fechou em baixa de mais de 2% em relação ao real ajudado pelo otimismo nos mercados internacionais. O real foi a moeda emergente que mais se valorizou em relação à divisa americana nesta sessão, segundo a Bloomberg. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em baixa de 2,65%, para R$ 3,218. Na semana, o dólar caiu 1,02%, mas no ano sobe 21,54%. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, caiu 2%, para R$ 3,23. Na semana o dólar comercial teve queda de 0,6%, mas no ano avança 21,3%. Os investidores avaliaram de forma positiva a possibilidade de um acordo entre a Grécia e a zona do euro, após o governo grego assegurar que pretende cumprir o plano de reformas econômicas, após o primeiro-ministro Alexis Tsipras garantir aos líderes da zona do euro que seu governo vai acelerar o trabalho para evitar a falência. Com o otimismo no exterior, 21 das 24 principais moedas emergentes se valorizaram em relação ao dólar. Além do cenário externo, analistas ouvidos pela Folha citam como fator de alívio notícias de que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) manteve, nas últimas semanas, contatos com membros dos dois principais partidos de oposição -o PSDB e o DEM-, o que sugere que o governo tenta melhorar sua articulação política. ARTICULAÇÃO Os encontros do vice-presidente, Michel Temer, com líderes da oposição foram vistos como uma tentativa do governo de melhorar sua articulação política. Michel Temer esteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) há cerca de um mês, em São Paulo. O vice-presidente afirmou que queria uma conversa sobre mudanças na legislação eleitoral, segundo aliados do peemedebista. O mesmo assunto foi usado depois para justificar um encontro com o senador José Serra (PSDB-SP) em Brasília, na residência oficial do vice. Outra notícia que pesou foi o esforço anunciado pelo governo para alcançar o superavit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). A presidente Dilma Rousseff deu declarações afirmando que fará um contingenciamento "significativo" do Orçamento da União neste ano para garantir o cumprimento da meta de superavit primário. "Há rumores de que em fevereiro o Brasil terá superavit primário, reflexo de ajustes que não dependem da aprovação do Congresso, como a melhora da arrecadação pelo aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), aumento do IOF e PIS/Cofins", avalia Carlos Pedroso, economista sênior do Banco de Tokyo-Mitsubishi. Para ele, parte da queda foi causada por investidores que decidiram embolsar lucros após as fortes altas do dólar na semana. "O real está inflado, e essa depreciação forte da moeda brasileira não ocorreu só por causa do cenário externo, mas também pelas diversas incertezas que temos no cenário doméstico", ressalta. Nesta manhã, o Banco Central deu sequência aos leilões de contratos de swap cambial (equivalentes a uma venda futura de dólares), que tem sido feitos normalmente, segundo programa de intervenções no mercado já em vigor.
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mercado
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Após bater R$ 3,31, dólar recua ajudado por otimismo no exteriorApós atingir R$ 3,317 nos primeiros negócios desta sexta (20), o dólar fechou em baixa de mais de 2% em relação ao real ajudado pelo otimismo nos mercados internacionais. O real foi a moeda emergente que mais se valorizou em relação à divisa americana nesta sessão, segundo a Bloomberg. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em baixa de 2,65%, para R$ 3,218. Na semana, o dólar caiu 1,02%, mas no ano sobe 21,54%. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, caiu 2%, para R$ 3,23. Na semana o dólar comercial teve queda de 0,6%, mas no ano avança 21,3%. Os investidores avaliaram de forma positiva a possibilidade de um acordo entre a Grécia e a zona do euro, após o governo grego assegurar que pretende cumprir o plano de reformas econômicas, após o primeiro-ministro Alexis Tsipras garantir aos líderes da zona do euro que seu governo vai acelerar o trabalho para evitar a falência. Com o otimismo no exterior, 21 das 24 principais moedas emergentes se valorizaram em relação ao dólar. Além do cenário externo, analistas ouvidos pela Folha citam como fator de alívio notícias de que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) manteve, nas últimas semanas, contatos com membros dos dois principais partidos de oposição -o PSDB e o DEM-, o que sugere que o governo tenta melhorar sua articulação política. ARTICULAÇÃO Os encontros do vice-presidente, Michel Temer, com líderes da oposição foram vistos como uma tentativa do governo de melhorar sua articulação política. Michel Temer esteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) há cerca de um mês, em São Paulo. O vice-presidente afirmou que queria uma conversa sobre mudanças na legislação eleitoral, segundo aliados do peemedebista. O mesmo assunto foi usado depois para justificar um encontro com o senador José Serra (PSDB-SP) em Brasília, na residência oficial do vice. Outra notícia que pesou foi o esforço anunciado pelo governo para alcançar o superavit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). A presidente Dilma Rousseff deu declarações afirmando que fará um contingenciamento "significativo" do Orçamento da União neste ano para garantir o cumprimento da meta de superavit primário. "Há rumores de que em fevereiro o Brasil terá superavit primário, reflexo de ajustes que não dependem da aprovação do Congresso, como a melhora da arrecadação pelo aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), aumento do IOF e PIS/Cofins", avalia Carlos Pedroso, economista sênior do Banco de Tokyo-Mitsubishi. Para ele, parte da queda foi causada por investidores que decidiram embolsar lucros após as fortes altas do dólar na semana. "O real está inflado, e essa depreciação forte da moeda brasileira não ocorreu só por causa do cenário externo, mas também pelas diversas incertezas que temos no cenário doméstico", ressalta. Nesta manhã, o Banco Central deu sequência aos leilões de contratos de swap cambial (equivalentes a uma venda futura de dólares), que tem sido feitos normalmente, segundo programa de intervenções no mercado já em vigor.
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Cultura sem educação
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RIO DE JANEIRO - Juca Ferreira fez coisas boas na primeira passagem pelo Ministério da Cultura. Poderá fazer outras agora. Mas sua biografia estará para sempre manchada pela forma com que tratou Ana de Hollanda. Ela o substituiu em janeiro de 2011. Juca se dedicou com afinco a derrubar sua sucessora –para quem deixou uma série de arapucas contábeis. Fizesse isso à luz do dia, seria aceitável no jogo democrático. Mas atuou nas sombras: enquanto evitava dar entrevistas, estimulava os ataques que seus apoiadores desferiam contra Ana de Hollanda. No jornal "O Globo", em que este colunista trabalhava, todo dia era dia de seguidores de Juca sugerirem pautas contra a ministra, oferecerem "denúncias" e garantirem que ela estava para cair. Havia, no jornalismo cultural, repórteres engajados nas campanhas "sai, Ana" e "volta, Juca". Ana de Hollanda podia não ser o nome certo para o posto –que deixou após 20 meses. Mas jamais mereceria o que Juca lhe fez. É uma pessoa digna, que se abateu por não estar acostumada com o volume de sujeiras que corre em Brasília, nas redes sociais, na imprensa. Se as feministas permitem dizer, também não se deve fazer isso com uma mulher. Aécio Neves foi massacrado por ter chamado Dilma Rousseff de "leviana". Pelo menos, cometeu sua grosseria na cara da rival. Juca não teve a mesma coragem. Quem fez o trabalho sujo foram ativistas dependentes de verbas públicas –o que não é crime, diga-se. Precisam muito do MinC, pois as torneiras das empresas estatais estão fechando. Pregam ética, mas chegaram, em 2014, a usar seus espaços em jornais para impulsionar candidatos sem informar aos leitores que coordenavam a campanha desses candidatos. O novo velho ministro pode ter méritos como gestor. Mas lhe faltam algumas virtudes como homem.
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colunas
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Cultura sem educaçãoRIO DE JANEIRO - Juca Ferreira fez coisas boas na primeira passagem pelo Ministério da Cultura. Poderá fazer outras agora. Mas sua biografia estará para sempre manchada pela forma com que tratou Ana de Hollanda. Ela o substituiu em janeiro de 2011. Juca se dedicou com afinco a derrubar sua sucessora –para quem deixou uma série de arapucas contábeis. Fizesse isso à luz do dia, seria aceitável no jogo democrático. Mas atuou nas sombras: enquanto evitava dar entrevistas, estimulava os ataques que seus apoiadores desferiam contra Ana de Hollanda. No jornal "O Globo", em que este colunista trabalhava, todo dia era dia de seguidores de Juca sugerirem pautas contra a ministra, oferecerem "denúncias" e garantirem que ela estava para cair. Havia, no jornalismo cultural, repórteres engajados nas campanhas "sai, Ana" e "volta, Juca". Ana de Hollanda podia não ser o nome certo para o posto –que deixou após 20 meses. Mas jamais mereceria o que Juca lhe fez. É uma pessoa digna, que se abateu por não estar acostumada com o volume de sujeiras que corre em Brasília, nas redes sociais, na imprensa. Se as feministas permitem dizer, também não se deve fazer isso com uma mulher. Aécio Neves foi massacrado por ter chamado Dilma Rousseff de "leviana". Pelo menos, cometeu sua grosseria na cara da rival. Juca não teve a mesma coragem. Quem fez o trabalho sujo foram ativistas dependentes de verbas públicas –o que não é crime, diga-se. Precisam muito do MinC, pois as torneiras das empresas estatais estão fechando. Pregam ética, mas chegaram, em 2014, a usar seus espaços em jornais para impulsionar candidatos sem informar aos leitores que coordenavam a campanha desses candidatos. O novo velho ministro pode ter méritos como gestor. Mas lhe faltam algumas virtudes como homem.
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Quem é o homem procurado nos EUA por assassinato mostrado no Facebook
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A polícia dos Estados Unidos realiza uma busca nacional para prender o acusado de matar um homem em plena rua escolhido aleatoriamente e postar um vídeo do assassinato no Facebook. O suspeito, Steve Stephens, gravou e postou outros vídeos em que diz ter matado ao menos 13 pessoas –e que tinha a intenção de matar mais gente. A polícia diz ter indícios apenas da morte de Robert Godwin, de 84 anos, morto no domingo em uma rua de Cleveland, Ohio, quando voltava para casa após o almoço de Páscoa com a família. Até agora, sabe-se pouco sobre o suspeito. Segundo a polícia, trata-se de Steve Stephens, de 37 anos, assistente social que trabalhava em uma unidade de saúde mental para crianças e que não tinha ficha criminal. Acredita-se que ele dirigia um veículo esportivo creme ou branco. Para Calvin Williams, chefe de polícia de Cleveland, Stephens parece ter "claramente um problema". Em um vídeo postado no Facebook após o assassinato, Stephens diz ter ficado "louco por um momento". Outras postagens indicam que ele tinha dívidas de jogos de azar. "Eu perdi tudo o que eu tinha por causa do jogo nos cassinos de Cleveland Jack (Ohio) e Erie (Pensilvânia)", ele escreveu em sua página, já deletada, no Facebook. SEMPRE FUI UM MONSTRO No vídeo transmitido ao vivo de seu carro pelo Facebook, depois do assassinato, Stephens diz: "Está vendo, a coisa é, cara, que eu tenho 37 anos e toda a minha vida, cara, eu sempre fui um monstro". "Sempre tive que provar a mim mesmo, sempre fui motivo de piada. Apenas matando, cara, e tudo isso por causa de alguém chamado Joy Lane", continua. "Ela me colocou no meu limite, cara. Sabe, eu estava morando com ela, aí acordei na sexta-feira, e não consegui aguentar mais aquilo", acrescentou. "Eu simplesmente saí e, sim, aqui estou, fazendo um massacre", ele diz, rindo. No vídeo do assassinato, transmitido ao vivo, o suspeito se aproxima da vítima e pede que diga o nome da ex-namorada antes de atirar. "Pode me fazer um favor", pergunta o atirador. "Pode dizer Joy Lane?". A vítima diz: "Joy Lane". Stephen então diz: "Sim, ela é a razão pelo que está prestes a acontecer com você". À rede de TV americana CBS News, Joy Lane, que está sob custódia da polícia, confirmou seu relacionamento "de vários anos" com Stephen, por meio de uma mensagem escrita. "Sinto muito que tudo isto tenha acontecido. Meus corações e preces vão para os membros da família da vítima. Steve realmente é uma boa pessoa... ele é generoso com todos que conhece". "Ele foi gentil e amoroso comigo e com meus filhos", ela escreve. Em outro vídeo no Facebook feito pouco antes do tiroteio, Stephen também culpa a mãe. Ele diz ter contado à sua mãe que tinha "intenções suicidas" e planejava "matar algumas pessoas". Ela "não ligou", segundo o suposto atirador, dizendo ainda que a mãe foi "quem criou este monstro" que ele diz ser. "Estou cansado", acrescenta. Sua mãe, Maggie Green, contou à CNN que viu o filho mais velho um dia antes do crime. Ele teria dito a ela: "se você me vir de novo, será um milagre". A BUSCA A polícia pediu aos residentes dos Estados de Ohio, Indiana, Michigan, Nova York e Pensilvânia para ficarem em alerta. Oficiais ofereceram uma recompensa de US$ 50 mil (R$ 155 mil) por informações que levem à localização de Stephens. Segundo o chefe de polícia de Cleveland, Calvin Williams, o acusado do crime tem permissão para ter arma. "Steve ainda está por aí em algum lugar... ainda estamos pedindo que se entregue, mas se não o fizer, vamos encontrá-lo", afirmou Williams.
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mundo
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Quem é o homem procurado nos EUA por assassinato mostrado no FacebookA polícia dos Estados Unidos realiza uma busca nacional para prender o acusado de matar um homem em plena rua escolhido aleatoriamente e postar um vídeo do assassinato no Facebook. O suspeito, Steve Stephens, gravou e postou outros vídeos em que diz ter matado ao menos 13 pessoas –e que tinha a intenção de matar mais gente. A polícia diz ter indícios apenas da morte de Robert Godwin, de 84 anos, morto no domingo em uma rua de Cleveland, Ohio, quando voltava para casa após o almoço de Páscoa com a família. Até agora, sabe-se pouco sobre o suspeito. Segundo a polícia, trata-se de Steve Stephens, de 37 anos, assistente social que trabalhava em uma unidade de saúde mental para crianças e que não tinha ficha criminal. Acredita-se que ele dirigia um veículo esportivo creme ou branco. Para Calvin Williams, chefe de polícia de Cleveland, Stephens parece ter "claramente um problema". Em um vídeo postado no Facebook após o assassinato, Stephens diz ter ficado "louco por um momento". Outras postagens indicam que ele tinha dívidas de jogos de azar. "Eu perdi tudo o que eu tinha por causa do jogo nos cassinos de Cleveland Jack (Ohio) e Erie (Pensilvânia)", ele escreveu em sua página, já deletada, no Facebook. SEMPRE FUI UM MONSTRO No vídeo transmitido ao vivo de seu carro pelo Facebook, depois do assassinato, Stephens diz: "Está vendo, a coisa é, cara, que eu tenho 37 anos e toda a minha vida, cara, eu sempre fui um monstro". "Sempre tive que provar a mim mesmo, sempre fui motivo de piada. Apenas matando, cara, e tudo isso por causa de alguém chamado Joy Lane", continua. "Ela me colocou no meu limite, cara. Sabe, eu estava morando com ela, aí acordei na sexta-feira, e não consegui aguentar mais aquilo", acrescentou. "Eu simplesmente saí e, sim, aqui estou, fazendo um massacre", ele diz, rindo. No vídeo do assassinato, transmitido ao vivo, o suspeito se aproxima da vítima e pede que diga o nome da ex-namorada antes de atirar. "Pode me fazer um favor", pergunta o atirador. "Pode dizer Joy Lane?". A vítima diz: "Joy Lane". Stephen então diz: "Sim, ela é a razão pelo que está prestes a acontecer com você". À rede de TV americana CBS News, Joy Lane, que está sob custódia da polícia, confirmou seu relacionamento "de vários anos" com Stephen, por meio de uma mensagem escrita. "Sinto muito que tudo isto tenha acontecido. Meus corações e preces vão para os membros da família da vítima. Steve realmente é uma boa pessoa... ele é generoso com todos que conhece". "Ele foi gentil e amoroso comigo e com meus filhos", ela escreve. Em outro vídeo no Facebook feito pouco antes do tiroteio, Stephen também culpa a mãe. Ele diz ter contado à sua mãe que tinha "intenções suicidas" e planejava "matar algumas pessoas". Ela "não ligou", segundo o suposto atirador, dizendo ainda que a mãe foi "quem criou este monstro" que ele diz ser. "Estou cansado", acrescenta. Sua mãe, Maggie Green, contou à CNN que viu o filho mais velho um dia antes do crime. Ele teria dito a ela: "se você me vir de novo, será um milagre". A BUSCA A polícia pediu aos residentes dos Estados de Ohio, Indiana, Michigan, Nova York e Pensilvânia para ficarem em alerta. Oficiais ofereceram uma recompensa de US$ 50 mil (R$ 155 mil) por informações que levem à localização de Stephens. Segundo o chefe de polícia de Cleveland, Calvin Williams, o acusado do crime tem permissão para ter arma. "Steve ainda está por aí em algum lugar... ainda estamos pedindo que se entregue, mas se não o fizer, vamos encontrá-lo", afirmou Williams.
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Interesse corporativo pelos avanços científicos está desaparecendo
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Um iPhone tem mais poder de computação que a espaçonave Voyager que deixou o Sistema Solar dois anos atrás. Drogas de alta tecnologia contra o câncer são aprovadas todos os meses. Daqui a alguns anos, o projeto Calico do Google promete prolongar nossa vida. É fácil se entusiasmar com as proezas científicas e tecnológicas das empresas americanas. Porém, o edifício da inovação nos Estados Unidos repousa sobre um alicerce cada vez mais instável. O investimento em pesquisa e desenvolvimento esteve estagnado durante vários anos, estabilizando-se em cerca de 2,9% do PIB do país em 2012, segundo a Fundação Nacional de Ciências. Outros países estão deixando os EUA para trás. O ponto ainda mais crítico é que o investimento em pesquisa básica -o tijolo da inovação e do avanço econômico- vem encolhendo. O orçamento do governo para pesquisa básica caiu em 2013 muito abaixo do nível de dez anos antes e parece provável que encolha ainda mais. As corporações americanas, constantemente pressionadas para aumentar os lucros trimestrais diante da poderosa concorrência estrangeira, também estão se distanciando da ciência básica. "O P&D [pesquisa e desenvolvimento] das empresas está se afastando da P em direção ao D", disse Ashish Arora, da Universidade Duke, na Carolina do Norte. O número de pedidos de patentes nos EUA continua aumentando. Porém, divorciada dos progressos científicos em que se baseia o avanço tecnológico, essa corrida por patentes se parece cada vez menos com inovação fundamental. Um trabalho de pesquisa do professor Arora e Sharon Belenzon, da Escola Fuqua de Economia de Duke, e Andrea Patacconi, da Escola de Economia Norwich da Universidade de East Anglia, verifica a perda de interesse das corporações americanas por pesquisa científica. A P&D de companhias de capital aberto aumentou para 2% das vendas em 2007, contra 1% em 1980. A porcentagem de empresas que detêm patentes aumentou nesse período de 20% para pouco menos de 30%. Mas a proporção de empresas cujos pesquisadores publicaram em jornais científicos encolheu. Os pesquisadores sonham com os dias áureos do Bell Labs e seus oito ganhadores de prêmios Nobel, que nos deram o transistor e o Unix. Outros lembram o Xerox PARC, que inventou a interface gráfica de usuário que colocou o computador pessoal em praticamente todos os lares e escritórios. Hoje a inovação é espremida por orçamentos exíguos do governo e um esforço de P&D corporativo concentrado em prazos muito curtos, lamenta Mark Muro, do Instituto Brookings. Os pesquisadores de Duke e East Anglia comentam que o investimento corporativo em pesquisa básica também está desaparecendo na Europa, não sendo uma dinâmica exclusiva dos Estados Unidos. Eles duvidam que a ciência tenha de algum modo se tornado menos valiosa. As citações de pesquisas científicas recentes são tão comuns nas patentes corporativas hoje quanto eram nos anos 1980. Mas o mercado de ações dá menos valor à pesquisa original do que fazia há três décadas. Os executivos das empresas, que têm suas compensações ligadas a ganhos em curto prazo em valor de mercado, podem estar reagindo em concordância. A ciência sempre foi arriscada. A Xerox não foi a única beneficiária da interface gráfica do usuário. A Apple e a Microsoft também foram. O Bell Labs talvez não tivesse despejado muito dinheiro na descoberta da radiação cósmica de fundo de micro-ondas se não fosse apoiado por um monopólio telefônico. Assediadas pela concorrência internacional em nossa era mais agressiva, as empresas têm menos incentivos para gerar conhecimento que pode ou não ser rentável. Em vez disso, elas são incentivadas a patentear mais intensamente, para proteger o conhecimento lucrativo que já possuem. A inovação pode sobreviver a esse realinhamento? Enquanto as grandes companhias cortaram seus orçamentos de pesquisa, empresas voltadas para a ciência entraram em cena, promovidas por uma lei de 1980 que incentiva os cientistas e as universidades a comercializarem descobertas financiadas pelo governo. Em vez de investir em sua própria ciência, hoje as grandes companhias têm mais facilidade para comprar start-ups inovadoras e desenvolver suas descobertas mais promissoras em tecnologias rentáveis. Mas esse sistema é vulnerável, ao contar com um pote de dinheiro público cada vez menor que patrocina a maior parte da pesquisa básica em universidades. "A estratégia de compra seria boa se tivéssemos confiança que o sistema universitário e as start-ups suprem a lacuna", disse o professor Arora. "No entanto, ainda não compreendemos como funcionaria essa divisão de trabalho voltado à inovação."
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ciencia
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Interesse corporativo pelos avanços científicos está desaparecendoUm iPhone tem mais poder de computação que a espaçonave Voyager que deixou o Sistema Solar dois anos atrás. Drogas de alta tecnologia contra o câncer são aprovadas todos os meses. Daqui a alguns anos, o projeto Calico do Google promete prolongar nossa vida. É fácil se entusiasmar com as proezas científicas e tecnológicas das empresas americanas. Porém, o edifício da inovação nos Estados Unidos repousa sobre um alicerce cada vez mais instável. O investimento em pesquisa e desenvolvimento esteve estagnado durante vários anos, estabilizando-se em cerca de 2,9% do PIB do país em 2012, segundo a Fundação Nacional de Ciências. Outros países estão deixando os EUA para trás. O ponto ainda mais crítico é que o investimento em pesquisa básica -o tijolo da inovação e do avanço econômico- vem encolhendo. O orçamento do governo para pesquisa básica caiu em 2013 muito abaixo do nível de dez anos antes e parece provável que encolha ainda mais. As corporações americanas, constantemente pressionadas para aumentar os lucros trimestrais diante da poderosa concorrência estrangeira, também estão se distanciando da ciência básica. "O P&D [pesquisa e desenvolvimento] das empresas está se afastando da P em direção ao D", disse Ashish Arora, da Universidade Duke, na Carolina do Norte. O número de pedidos de patentes nos EUA continua aumentando. Porém, divorciada dos progressos científicos em que se baseia o avanço tecnológico, essa corrida por patentes se parece cada vez menos com inovação fundamental. Um trabalho de pesquisa do professor Arora e Sharon Belenzon, da Escola Fuqua de Economia de Duke, e Andrea Patacconi, da Escola de Economia Norwich da Universidade de East Anglia, verifica a perda de interesse das corporações americanas por pesquisa científica. A P&D de companhias de capital aberto aumentou para 2% das vendas em 2007, contra 1% em 1980. A porcentagem de empresas que detêm patentes aumentou nesse período de 20% para pouco menos de 30%. Mas a proporção de empresas cujos pesquisadores publicaram em jornais científicos encolheu. Os pesquisadores sonham com os dias áureos do Bell Labs e seus oito ganhadores de prêmios Nobel, que nos deram o transistor e o Unix. Outros lembram o Xerox PARC, que inventou a interface gráfica de usuário que colocou o computador pessoal em praticamente todos os lares e escritórios. Hoje a inovação é espremida por orçamentos exíguos do governo e um esforço de P&D corporativo concentrado em prazos muito curtos, lamenta Mark Muro, do Instituto Brookings. Os pesquisadores de Duke e East Anglia comentam que o investimento corporativo em pesquisa básica também está desaparecendo na Europa, não sendo uma dinâmica exclusiva dos Estados Unidos. Eles duvidam que a ciência tenha de algum modo se tornado menos valiosa. As citações de pesquisas científicas recentes são tão comuns nas patentes corporativas hoje quanto eram nos anos 1980. Mas o mercado de ações dá menos valor à pesquisa original do que fazia há três décadas. Os executivos das empresas, que têm suas compensações ligadas a ganhos em curto prazo em valor de mercado, podem estar reagindo em concordância. A ciência sempre foi arriscada. A Xerox não foi a única beneficiária da interface gráfica do usuário. A Apple e a Microsoft também foram. O Bell Labs talvez não tivesse despejado muito dinheiro na descoberta da radiação cósmica de fundo de micro-ondas se não fosse apoiado por um monopólio telefônico. Assediadas pela concorrência internacional em nossa era mais agressiva, as empresas têm menos incentivos para gerar conhecimento que pode ou não ser rentável. Em vez disso, elas são incentivadas a patentear mais intensamente, para proteger o conhecimento lucrativo que já possuem. A inovação pode sobreviver a esse realinhamento? Enquanto as grandes companhias cortaram seus orçamentos de pesquisa, empresas voltadas para a ciência entraram em cena, promovidas por uma lei de 1980 que incentiva os cientistas e as universidades a comercializarem descobertas financiadas pelo governo. Em vez de investir em sua própria ciência, hoje as grandes companhias têm mais facilidade para comprar start-ups inovadoras e desenvolver suas descobertas mais promissoras em tecnologias rentáveis. Mas esse sistema é vulnerável, ao contar com um pote de dinheiro público cada vez menor que patrocina a maior parte da pesquisa básica em universidades. "A estratégia de compra seria boa se tivéssemos confiança que o sistema universitário e as start-ups suprem a lacuna", disse o professor Arora. "No entanto, ainda não compreendemos como funcionaria essa divisão de trabalho voltado à inovação."
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Técnico da Argentina diz que dores impedem Messi de calçar chuteiras
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Após desfalcar a seleção argentina nos amistosos contra El Salvador e Equador devido a uma lesão, Lionel Messi gerou preocupação nos jornais catalães, região na qual está localizado o Barcelona. A imprensa local tem se perguntado pelo motivo para o jogador não voltar logo ao Barcelona, já que seu desfalque era quase certo desde o início da concentração para os amistosos. Em entrevista nesta terça-feira (1º), o técnico Gerardo Martino tocou no assunto, e disse que o jogador permaneceu com o grupo porque havia a expectativa de aproveitá-lo. "Esperamos pelo Messi até o final, mas ele não estava em condições. É muito difícil para ele calçar as chuteiras. Dói muito seu pé. Se acharem pertinente, ofereço minhas desculpas às pessoas que vieram para vê-lo", disse Martino após a partida contra o Equador, nos Estados Unidos. Messi está com dores em seu pé direito devido a pisão que sofreu no jogo contra o Real Madrid pelo Campeonato Espanhol. O atleta do Barcelona segue com o pé inflamado e só pode usar calçados confortáveis. O Barcelona ainda avaliará se ele estará disponível para o próximo compromisso do time, contra o Celta, no domingo (5).
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esporte
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Técnico da Argentina diz que dores impedem Messi de calçar chuteirasApós desfalcar a seleção argentina nos amistosos contra El Salvador e Equador devido a uma lesão, Lionel Messi gerou preocupação nos jornais catalães, região na qual está localizado o Barcelona. A imprensa local tem se perguntado pelo motivo para o jogador não voltar logo ao Barcelona, já que seu desfalque era quase certo desde o início da concentração para os amistosos. Em entrevista nesta terça-feira (1º), o técnico Gerardo Martino tocou no assunto, e disse que o jogador permaneceu com o grupo porque havia a expectativa de aproveitá-lo. "Esperamos pelo Messi até o final, mas ele não estava em condições. É muito difícil para ele calçar as chuteiras. Dói muito seu pé. Se acharem pertinente, ofereço minhas desculpas às pessoas que vieram para vê-lo", disse Martino após a partida contra o Equador, nos Estados Unidos. Messi está com dores em seu pé direito devido a pisão que sofreu no jogo contra o Real Madrid pelo Campeonato Espanhol. O atleta do Barcelona segue com o pé inflamado e só pode usar calçados confortáveis. O Barcelona ainda avaliará se ele estará disponível para o próximo compromisso do time, contra o Celta, no domingo (5).
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PMDB deve tentar neutralizar ou reduzir os danos da Lava Jato
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Ou o futuro presidente Michel Temer garroteia a Lava Jato ou a Lava Jato deve devastar o seu governo. É esse cabo de guerra silencioso que aguarda o novo presidente. Por uma das ironias da história, a ascensão de Temer à Presidência coincide com o momento em que a cúpula do PMDB torna-se um dos focos principais da investigação da Lava Jato. O problema para Temer não é só o número de envolvidos da cúpula do PMDB com suspeitas de propina, mas a proximidade deles com o novo presidente. As conexões da crise O grupo de suspeitos inclui o círculo que articulou com Temer o processo que culminou no afastamento da presidente Dilma Rousseff. Além do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado da Câmara pelo Supremo, são investigados na Lava Jato os ministros do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, da Casa Civil, Eliseu Padilha, do Turismo, Henrique Alves, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o ex-ministro Moreira Franco. Jucá, o principal articulador político de Temer, é citado em delações de executivos da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez como recebedor de suborno por causa de grandes obras no setor elétrico, como a usina nuclear Angra 3 e Belo Monte. Também é citado como articulador de medidas que favoreceram a OAS em mensagens enviadas por Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira. Jucá nega enfaticamente todas as acusações. Alves é acusado de ter recebido propina da OAS, repassada a ele a pedido de Eduardo Cunha, segundo as mensagens encontradas no celular de Léo Pinheiro. Alves diz em sua defesa que são contribuições legais para a sua campanha a deputado. Já Eliseu Padilha e Moreira Franco foram citados pelo então senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) em sua delação como políticos que deram apoio a sua indicação para diretor da Petrobras em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Delcídio confessou que recebeu propina no cargo. Moreira confirmou ter apoiado a indicação de Delcídio, mas nega ter recebido benefícios. Já Padilha nega que ter indicado o ex-senador, cassado por seus pares na terça (10). Assim como ocorreu com Cunha, todos eles podem ser abatidos pela Lava Jato se as investigações continuarem no mesmo ritmo com que a operação começou, em março de 2014. MISSÃO IMPOSSÍVEL É óbvio que o PMDB vai tentar evitar aquilo que o PT, Dilma e o ex-presidente Lula não conseguiram: buscar neutralizar ou reduzir os danos da Lava Jato. A tarefa tem algo de missão impossível, mas os procuradores da Lava Jato, tanto em Curitiba como em Brasília, trabalham com a hipótese de que o PMDB vai tentar fazer alguma manobra para salvar a cúpula do partido. Peemedebistas chegaram a cogitar até uma anistia a Cunha, que funcionaria como uma medalha para o ímpeto com que conduziu o processo de impeachment na Câmara, mas o plano foi neutralizado pela decisão do Supremo Tribunal Federal. Para piorar a situação, Temer tem sido extremamente ambíguo ao falar sobre a Lava Jato. Ele já se manifestou pelo menos três vezes sobre a apuração desde que a Câmara aprovou a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 17 de abril, sem nunca ter dito as palavras mágicas que os investigadores da Lava Jato querem ouvir dele: "Eu apoio incondicionalmente a apuração". Na primeira manifestação, Temer disse que apoiava a Lava Jato. Foi tão vago na declaração que o PSDB forçou-o a incluir esse apoio num dos programas para o eventual futuro governo. Depois convidou para o Ministério da Justiça o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que sempre criticou os métodos da Lava Jato e, em entrevista à Folha, propôs mudanças na legislação de um dos esteios da operação: as delações premiadas. A entrevista foi considerada tão desastrada que Mariz, amigo e advogado de Temer, foi descartado do cargo. Na terceira intervenção, Temer disse em entrevista à GloboNews que não via problemas em nomear para o seu ministério investigados pela Operação Lava Jato. "Em um plano mais geral, o que eu posso dizer é que a investigação ainda é o que é, uma investigação. Então, não sei se isso é um fator impeditivo de uma eventual nomeação." PRÓXIMOS CAPÍTULOS Procuradores interpretaram a manifestação como um sinal de desdém pela maior investigação sobre corrupção já feita no Brasil. Essa tentativa de parecer olímpico ao tsunami da Lava Jato pode mudar rapidamente. O nome de Temer já foi citado em duas negociações de delação que estão em curso: as da Odebrecht e OAS. Até agora seu nome só apareceu marginalmente na Lava Jato, citado por dois delatores. Delcídio disse que Temer endossou a indicação de um diretor para a BR Distribuidora, João Augusto Henriques, que teria feito negócios ilícitos com etanol –o que Temer nega. Henriques foi detido em setembro de 2015 e continua preso. Outro delator, o empresário Julio Camargo, disse que ouvira dizer que Temer teria se beneficado de um negócio na Petrobras com navios-sonda no qual Cunha teria recebido R$ 5 milhões –o presidente também refutou de maneira veemente a acusação. Há ainda uma citação ao presidente interino em mensagem enviada por Cunha a Léo Pinheiro. No textinho enviado pelo celular, o ex-presidente da Câmara cobra o empreiteiro por ter dado a Temer R$ 5 milhões de uma só vez e atrasado contribuições para outros peemedebistas. Temer disse que os R$ 5 milhões foram doação legal da OAS, não propina.
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PMDB deve tentar neutralizar ou reduzir os danos da Lava JatoOu o futuro presidente Michel Temer garroteia a Lava Jato ou a Lava Jato deve devastar o seu governo. É esse cabo de guerra silencioso que aguarda o novo presidente. Por uma das ironias da história, a ascensão de Temer à Presidência coincide com o momento em que a cúpula do PMDB torna-se um dos focos principais da investigação da Lava Jato. O problema para Temer não é só o número de envolvidos da cúpula do PMDB com suspeitas de propina, mas a proximidade deles com o novo presidente. As conexões da crise O grupo de suspeitos inclui o círculo que articulou com Temer o processo que culminou no afastamento da presidente Dilma Rousseff. Além do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado da Câmara pelo Supremo, são investigados na Lava Jato os ministros do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, da Casa Civil, Eliseu Padilha, do Turismo, Henrique Alves, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o ex-ministro Moreira Franco. Jucá, o principal articulador político de Temer, é citado em delações de executivos da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez como recebedor de suborno por causa de grandes obras no setor elétrico, como a usina nuclear Angra 3 e Belo Monte. Também é citado como articulador de medidas que favoreceram a OAS em mensagens enviadas por Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira. Jucá nega enfaticamente todas as acusações. Alves é acusado de ter recebido propina da OAS, repassada a ele a pedido de Eduardo Cunha, segundo as mensagens encontradas no celular de Léo Pinheiro. Alves diz em sua defesa que são contribuições legais para a sua campanha a deputado. Já Eliseu Padilha e Moreira Franco foram citados pelo então senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) em sua delação como políticos que deram apoio a sua indicação para diretor da Petrobras em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Delcídio confessou que recebeu propina no cargo. Moreira confirmou ter apoiado a indicação de Delcídio, mas nega ter recebido benefícios. Já Padilha nega que ter indicado o ex-senador, cassado por seus pares na terça (10). Assim como ocorreu com Cunha, todos eles podem ser abatidos pela Lava Jato se as investigações continuarem no mesmo ritmo com que a operação começou, em março de 2014. MISSÃO IMPOSSÍVEL É óbvio que o PMDB vai tentar evitar aquilo que o PT, Dilma e o ex-presidente Lula não conseguiram: buscar neutralizar ou reduzir os danos da Lava Jato. A tarefa tem algo de missão impossível, mas os procuradores da Lava Jato, tanto em Curitiba como em Brasília, trabalham com a hipótese de que o PMDB vai tentar fazer alguma manobra para salvar a cúpula do partido. Peemedebistas chegaram a cogitar até uma anistia a Cunha, que funcionaria como uma medalha para o ímpeto com que conduziu o processo de impeachment na Câmara, mas o plano foi neutralizado pela decisão do Supremo Tribunal Federal. Para piorar a situação, Temer tem sido extremamente ambíguo ao falar sobre a Lava Jato. Ele já se manifestou pelo menos três vezes sobre a apuração desde que a Câmara aprovou a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 17 de abril, sem nunca ter dito as palavras mágicas que os investigadores da Lava Jato querem ouvir dele: "Eu apoio incondicionalmente a apuração". Na primeira manifestação, Temer disse que apoiava a Lava Jato. Foi tão vago na declaração que o PSDB forçou-o a incluir esse apoio num dos programas para o eventual futuro governo. Depois convidou para o Ministério da Justiça o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que sempre criticou os métodos da Lava Jato e, em entrevista à Folha, propôs mudanças na legislação de um dos esteios da operação: as delações premiadas. A entrevista foi considerada tão desastrada que Mariz, amigo e advogado de Temer, foi descartado do cargo. Na terceira intervenção, Temer disse em entrevista à GloboNews que não via problemas em nomear para o seu ministério investigados pela Operação Lava Jato. "Em um plano mais geral, o que eu posso dizer é que a investigação ainda é o que é, uma investigação. Então, não sei se isso é um fator impeditivo de uma eventual nomeação." PRÓXIMOS CAPÍTULOS Procuradores interpretaram a manifestação como um sinal de desdém pela maior investigação sobre corrupção já feita no Brasil. Essa tentativa de parecer olímpico ao tsunami da Lava Jato pode mudar rapidamente. O nome de Temer já foi citado em duas negociações de delação que estão em curso: as da Odebrecht e OAS. Até agora seu nome só apareceu marginalmente na Lava Jato, citado por dois delatores. Delcídio disse que Temer endossou a indicação de um diretor para a BR Distribuidora, João Augusto Henriques, que teria feito negócios ilícitos com etanol –o que Temer nega. Henriques foi detido em setembro de 2015 e continua preso. Outro delator, o empresário Julio Camargo, disse que ouvira dizer que Temer teria se beneficado de um negócio na Petrobras com navios-sonda no qual Cunha teria recebido R$ 5 milhões –o presidente também refutou de maneira veemente a acusação. Há ainda uma citação ao presidente interino em mensagem enviada por Cunha a Léo Pinheiro. No textinho enviado pelo celular, o ex-presidente da Câmara cobra o empreiteiro por ter dado a Temer R$ 5 milhões de uma só vez e atrasado contribuições para outros peemedebistas. Temer disse que os R$ 5 milhões foram doação legal da OAS, não propina.
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Dicionário 'Michaelis' muda verbete de casamento após pressão on-line
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De "união legítima entre homem e mulher" para "ato solene de união entre duas pessoas". A petição on-line criada pelo paulista Eduardo Santarelo surtiu efeito: casado há três anos com o companheiro Maurício, ele pedia a alteração da definição de "casamento" no tradicional dicionário "Michaelis" em português. Após mais de 3.000 pessoas endossarem o pedido de Maurício no site Change.com, Breno Lerner, diretor da Editora Melhoramentos, responsável pela publicação, se posicionou: "Agradecemos ao organizador e signatários por nos alertarem sobre este importante tópico", disse Lerner. "Solicitamos a nossos dicionaristas uma nova redação do verbete." A mudança na versão digital do dicionário já aconteceu. "Para as versões em papel, conforme sejam feitas as reimpressões e novas edições, o verbete será corrigido", informou o diretor da editora. Na definição anterior, casamento aparecia como "união legítima entre homem e mulher", e "união legal entre homem e mulher, para constituir família". O novo verbete não traz em nenhum momento as palavras homem ou mulher –agora a definição de casamento se refere a "pessoas": "Ato solene de união entre duas pessoas; casório, matrimônio. 2 Cerimônia que celebra vínculo conjugal; matrimônio. 3 União de um casal, legitimada pela autoridade eclesiástica e/ou civil; matrimônio", informa o "Michaelis". PARCERIA No texto da petição, Santarelo diz que vive "três anos de amor e parceria" e que acredita ser "inaceitável que, até hoje, eu, meu companheiro e muitos outros casais ainda não sejam representados em um dos mais respeitados e influentes dicionários da Língua Portuguesa". "O casamento entre pessoas do mesmo sexo tem desafios jurídicos e também simbólicos", afirma o cientista político. "Por isso, fiquei muito chocado ao constatar que o dicionário 'Michaelis' ainda define a palavra 'casamento' como a 'união legítima de homem e mulher'", diz, pedindo que "o dicionário compreenda o momento histórico" e mude esta definição "em respeito aos milhões de brasileiros que, como eu, constroem seus casamentos homoafetivos." Ele cita a decisão recente da Suprema Corte norte-americana, que regulamentou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. No Brasil, cartórios são obrigados, desde 2013, a celebrar casamentos entre dois homens ou duas mulheres e não podem se recusar a tornar uniões homoafetivas estáveis em casamentos, com os mesmos direitos de casais heterossexuais. A equiparação entre uniões entre gays, lésbicas e casais heterossexuais tinha sido reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dois anos antes, em 2011. OUTROS DICIONÁRIOS Outros dicionários populares no Brasil já definem casamento como união entre pessoas, sem indicação de gênero. No "Houaiss", casamento é o "ato ou efeito de casar(-se)", "o ritual que confere o status de casado". O "Aurélio" diz que casamento é o "contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais". Para Pedro Prata, diretor de comunicação da Change, onde a petição foi publicada, a iniciativa de Eduardo mostra a "eficiência da mobilização". "Em dois dias, ele mudou um conceito que permanecia o mesmo há décadas", afirma. "A plataforma serve para todos os tipos de causas, para as mudanças que importam para as pessoas."
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Dicionário 'Michaelis' muda verbete de casamento após pressão on-lineDe "união legítima entre homem e mulher" para "ato solene de união entre duas pessoas". A petição on-line criada pelo paulista Eduardo Santarelo surtiu efeito: casado há três anos com o companheiro Maurício, ele pedia a alteração da definição de "casamento" no tradicional dicionário "Michaelis" em português. Após mais de 3.000 pessoas endossarem o pedido de Maurício no site Change.com, Breno Lerner, diretor da Editora Melhoramentos, responsável pela publicação, se posicionou: "Agradecemos ao organizador e signatários por nos alertarem sobre este importante tópico", disse Lerner. "Solicitamos a nossos dicionaristas uma nova redação do verbete." A mudança na versão digital do dicionário já aconteceu. "Para as versões em papel, conforme sejam feitas as reimpressões e novas edições, o verbete será corrigido", informou o diretor da editora. Na definição anterior, casamento aparecia como "união legítima entre homem e mulher", e "união legal entre homem e mulher, para constituir família". O novo verbete não traz em nenhum momento as palavras homem ou mulher –agora a definição de casamento se refere a "pessoas": "Ato solene de união entre duas pessoas; casório, matrimônio. 2 Cerimônia que celebra vínculo conjugal; matrimônio. 3 União de um casal, legitimada pela autoridade eclesiástica e/ou civil; matrimônio", informa o "Michaelis". PARCERIA No texto da petição, Santarelo diz que vive "três anos de amor e parceria" e que acredita ser "inaceitável que, até hoje, eu, meu companheiro e muitos outros casais ainda não sejam representados em um dos mais respeitados e influentes dicionários da Língua Portuguesa". "O casamento entre pessoas do mesmo sexo tem desafios jurídicos e também simbólicos", afirma o cientista político. "Por isso, fiquei muito chocado ao constatar que o dicionário 'Michaelis' ainda define a palavra 'casamento' como a 'união legítima de homem e mulher'", diz, pedindo que "o dicionário compreenda o momento histórico" e mude esta definição "em respeito aos milhões de brasileiros que, como eu, constroem seus casamentos homoafetivos." Ele cita a decisão recente da Suprema Corte norte-americana, que regulamentou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. No Brasil, cartórios são obrigados, desde 2013, a celebrar casamentos entre dois homens ou duas mulheres e não podem se recusar a tornar uniões homoafetivas estáveis em casamentos, com os mesmos direitos de casais heterossexuais. A equiparação entre uniões entre gays, lésbicas e casais heterossexuais tinha sido reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dois anos antes, em 2011. OUTROS DICIONÁRIOS Outros dicionários populares no Brasil já definem casamento como união entre pessoas, sem indicação de gênero. No "Houaiss", casamento é o "ato ou efeito de casar(-se)", "o ritual que confere o status de casado". O "Aurélio" diz que casamento é o "contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais". Para Pedro Prata, diretor de comunicação da Change, onde a petição foi publicada, a iniciativa de Eduardo mostra a "eficiência da mobilização". "Em dois dias, ele mudou um conceito que permanecia o mesmo há décadas", afirma. "A plataforma serve para todos os tipos de causas, para as mudanças que importam para as pessoas."
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Dilma convoca reunião com aliados para discutir 'clima de impeachment'
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A presidente Dilma Rousseff convocou para esta segunda-feira (6) uma reunião de emergência com presidentes dos partidos aliados e líderes da base no Congresso. O objetivo é tratar dos movimentos pelo afastamento da presidente que ganharam força na oposição com a piora da crise que acomete o governo. Nas palavras de um aliado, Dilma quer acalmar a base e pedir que os parlamentares a defendam no Congresso "diante desse clima de impeachment". A convocação para o encontro, que vai ocorrer às 18h no Palácio do Alvorada, começou a ser feita na manhã desta segunda. Auxiliares estimularam que a presidente conversasse com os aliados antes de viajar para a reunião da cúpula dos Brics –Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul–, na Rússia. Ela deve embarcar nesta terça-feira (7) e, em seguida, terá compromissos diplomáticos na Itália. Seu retorno está previsto somente para o fim de semana. Uma das principais queixas da base, inclusive do PT, é a falta de diálogo da presidente. A última vez que Dilma reuniu o conselho político foi em maio, quando pediu que, em meio ao ajuste fiscal, os parlamentares aliados evitassem apresentar projetos que aumentassem gastos aos cofres públicos. REAÇÃO Neste domingo (5), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reagiu aos movimentos pelo afastamento da presidente que ganharam força na oposição com o aprofundamento da crise enfrentada pelo governo. Segundo ele, falar em cassação da presidente é um "despudor democrático". "É de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição", disse. Para o ministro, "o desejo de golpe sob o manto da aparente legalidade é algo reprovável do ponto de vista jurídico e ético". A reação do ministro da Justiça acontece diante da piora da crise que enfrenta o governo. Nos bastidores, as principais forças políticas do país discutem o que fazer caso Dilma seja afastada do cargo. Segundo o ministro, para alimentar a tese de que a presidente pode cair antes do fim do ano, parlamentares de partidos oposicionistas fazem uso "de uma delação premiada que sequer foi tornada pública [de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC]" e "de um processo ainda em curso no TCU (Tribunal de Contas da União)". Artigo publicado na Folha deste domingo pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), afirma que, caso as contas do governo sejam rejeitadas no TCU em razão das chamadas "pedaladas fiscais", "não haverá outro caminho que não seja um processo de cassação do mandato de Dilma a ser conduzido no Congresso". OFENSIVA TUCANA Também no domingo, durante convenção nacional do PSDB, os tucanos previram o fim precoce do governo Dilma Rousseff. Os principais líderes da sigla que o partido está pronto para "ir até o fim" e assumir o comando do país. O PSDB teme ser acusado de golpista, mas optou por uma postura agressiva para não repetir o que avalia ser um erro do passado. Em meio ao escândalo do mensalão, em 2005, a sigla resistiu à pressão para encampar o pedido de impeachment do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reeleito para o comando da maior legenda de oposição do país, o senador Aécio Neves (MG) disse que o PSDB terá "coragem para fazer o que tem que ser feito" e que deve se preparar porque, "em breve", deixará de ser oposição para "ser governo". "[O PSDB] não pode temer o futuro. (...) Hoje somos a oposição a favor do Brasil. Mas se preparem. Dentro de muito pouco tempo, não seremos mais a oposição, vamos ser governo. O PSDB é o futuro", concluiu. Sem citar Dilma nominalmente, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o petismo está "no fundo do poço". "Ficou claro que o PT não gosta de pobre, não gosta do social. O PT gosta é de poder, a qualquer custo", disse o paulista. Ele falou em "tragédia" política e disse que Lula tenta jogar "nos ombros do povo" seus próprios erros. "Mas olha, Lula, o povo brasileiro não é bobo. Criaram a doença e agora estão querendo matar o doente." Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a tese de que os tucanos estarão, "a depender das circunstâncias, prontos para assumir o que vier pela frente". Para ele, o país perdeu o rumo. "O PT quebrou o Brasil", sentenciou. "Seja qual for o caminho pelo qual tenhamos que passar, o PSDB e seus aliados terão um norte", concluiu FHC. Apesar do tom, os tucanos insistiam em dizer que qualquer desfecho se daria "dentro da lei". "Não cabe ao PSDB antecipar a saída de presidente da República. Não somos golpistas", afirmou Aécio. Minutos mais tarde, ele disse ter o "sentimento" de que a adversária não fica no poder até 2018. "O que eu vejo é que alguns partidos que hoje apoiam o governo têm esse sentimento, até mais aflorado do que o nosso, de que ela terá dificuldades para concluir o seu mandato", disse o tucano.
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Dilma convoca reunião com aliados para discutir 'clima de impeachment'A presidente Dilma Rousseff convocou para esta segunda-feira (6) uma reunião de emergência com presidentes dos partidos aliados e líderes da base no Congresso. O objetivo é tratar dos movimentos pelo afastamento da presidente que ganharam força na oposição com a piora da crise que acomete o governo. Nas palavras de um aliado, Dilma quer acalmar a base e pedir que os parlamentares a defendam no Congresso "diante desse clima de impeachment". A convocação para o encontro, que vai ocorrer às 18h no Palácio do Alvorada, começou a ser feita na manhã desta segunda. Auxiliares estimularam que a presidente conversasse com os aliados antes de viajar para a reunião da cúpula dos Brics –Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul–, na Rússia. Ela deve embarcar nesta terça-feira (7) e, em seguida, terá compromissos diplomáticos na Itália. Seu retorno está previsto somente para o fim de semana. Uma das principais queixas da base, inclusive do PT, é a falta de diálogo da presidente. A última vez que Dilma reuniu o conselho político foi em maio, quando pediu que, em meio ao ajuste fiscal, os parlamentares aliados evitassem apresentar projetos que aumentassem gastos aos cofres públicos. REAÇÃO Neste domingo (5), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reagiu aos movimentos pelo afastamento da presidente que ganharam força na oposição com o aprofundamento da crise enfrentada pelo governo. Segundo ele, falar em cassação da presidente é um "despudor democrático". "É de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição", disse. Para o ministro, "o desejo de golpe sob o manto da aparente legalidade é algo reprovável do ponto de vista jurídico e ético". A reação do ministro da Justiça acontece diante da piora da crise que enfrenta o governo. Nos bastidores, as principais forças políticas do país discutem o que fazer caso Dilma seja afastada do cargo. Segundo o ministro, para alimentar a tese de que a presidente pode cair antes do fim do ano, parlamentares de partidos oposicionistas fazem uso "de uma delação premiada que sequer foi tornada pública [de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC]" e "de um processo ainda em curso no TCU (Tribunal de Contas da União)". Artigo publicado na Folha deste domingo pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), afirma que, caso as contas do governo sejam rejeitadas no TCU em razão das chamadas "pedaladas fiscais", "não haverá outro caminho que não seja um processo de cassação do mandato de Dilma a ser conduzido no Congresso". OFENSIVA TUCANA Também no domingo, durante convenção nacional do PSDB, os tucanos previram o fim precoce do governo Dilma Rousseff. Os principais líderes da sigla que o partido está pronto para "ir até o fim" e assumir o comando do país. O PSDB teme ser acusado de golpista, mas optou por uma postura agressiva para não repetir o que avalia ser um erro do passado. Em meio ao escândalo do mensalão, em 2005, a sigla resistiu à pressão para encampar o pedido de impeachment do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reeleito para o comando da maior legenda de oposição do país, o senador Aécio Neves (MG) disse que o PSDB terá "coragem para fazer o que tem que ser feito" e que deve se preparar porque, "em breve", deixará de ser oposição para "ser governo". "[O PSDB] não pode temer o futuro. (...) Hoje somos a oposição a favor do Brasil. Mas se preparem. Dentro de muito pouco tempo, não seremos mais a oposição, vamos ser governo. O PSDB é o futuro", concluiu. Sem citar Dilma nominalmente, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o petismo está "no fundo do poço". "Ficou claro que o PT não gosta de pobre, não gosta do social. O PT gosta é de poder, a qualquer custo", disse o paulista. Ele falou em "tragédia" política e disse que Lula tenta jogar "nos ombros do povo" seus próprios erros. "Mas olha, Lula, o povo brasileiro não é bobo. Criaram a doença e agora estão querendo matar o doente." Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a tese de que os tucanos estarão, "a depender das circunstâncias, prontos para assumir o que vier pela frente". Para ele, o país perdeu o rumo. "O PT quebrou o Brasil", sentenciou. "Seja qual for o caminho pelo qual tenhamos que passar, o PSDB e seus aliados terão um norte", concluiu FHC. Apesar do tom, os tucanos insistiam em dizer que qualquer desfecho se daria "dentro da lei". "Não cabe ao PSDB antecipar a saída de presidente da República. Não somos golpistas", afirmou Aécio. Minutos mais tarde, ele disse ter o "sentimento" de que a adversária não fica no poder até 2018. "O que eu vejo é que alguns partidos que hoje apoiam o governo têm esse sentimento, até mais aflorado do que o nosso, de que ela terá dificuldades para concluir o seu mandato", disse o tucano.
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Motivações de Cunha não tornam mais fraco impeachment, dizem autores
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Dois dos autores do pedido de impeachment contra a presidente acatado nesta quarta (2) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o jurista Hélio Bicudo e a advogada Janaína Paschoal minimizaram as críticas de que Cunha só deu prosseguimento ao impedimento para retaliar o PT. "Isso não faz com o que o impeachment perca força, porque não é ele [Cunha] que atua no resto do processo. É a comissão que vai ser designada pela Câmara e são os deputados", afirmou Bicudo. O anúncio de admissibilidade do pedido, feito por Cunha nesta tarde, foi interpretado como uma resposta à notícia de que deputados petistas votarão contra o peemedebista em uma ação no Conselho de Ética da Câmara que pode resultar na cassação de seu mandato. Bicudo também reagiu a críticas do governo e afirmou que o documento que ajudou a redigir "não é inconstitucional". Em sua opinião, o PT estará "em uma fria" se decidir recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar o processo. Cunha anuncia seguimento a impeachmento no Twitter O jurista disse, porém, que recebeu a notícia com cautela e consciente de que ainda são necessários vários passos para que o impedimento da presidente se concretize. "A Câmara agora tem que seguir o rito processual e seu regimento. Meu papel acabou, eles que façam a parte deles." Coautora do pedido levado à Câmara, a advogada Janaina Paschoal criticou a demora para a abertura do processo, mas elogiou a decisão de Cunha. "Até imaginei que nós teríamos essa decisão antes, mas antes tarde do que nunca. A gente realmente fez um pedido atendendo a todos os requisitos legais. Do ponto de vista técnico, a decisão dele [Cunha] é inquestionável. Entendo que, do ponto de vista político, também é uma decisão muito importante, porque inicia um processo que vejo como um resgate do Brasil", comemorou. Na mesma linha de Bicudo, Janaina disse que o presidente da Câmara não será responsável por todo o processo, mas apenas por seu início. "Não é um ato do Cunha. [Além disso,] Não tem que ficar com preocupação se ele tinha interesse, se não tinha interesse. Ele tem legitimidade, ele é o presidente da Câmara", disse. "Se o presidente da Câmara tinha algum outro interesse com essa decisão, acredito que esse interesse fica menor quando se percebe a importância dessa decisão para a nação. Até acho que ele, como um de seus últimos atos, quis fazer um bem para o país", completou a advogada. Assista
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Motivações de Cunha não tornam mais fraco impeachment, dizem autoresDois dos autores do pedido de impeachment contra a presidente acatado nesta quarta (2) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o jurista Hélio Bicudo e a advogada Janaína Paschoal minimizaram as críticas de que Cunha só deu prosseguimento ao impedimento para retaliar o PT. "Isso não faz com o que o impeachment perca força, porque não é ele [Cunha] que atua no resto do processo. É a comissão que vai ser designada pela Câmara e são os deputados", afirmou Bicudo. O anúncio de admissibilidade do pedido, feito por Cunha nesta tarde, foi interpretado como uma resposta à notícia de que deputados petistas votarão contra o peemedebista em uma ação no Conselho de Ética da Câmara que pode resultar na cassação de seu mandato. Bicudo também reagiu a críticas do governo e afirmou que o documento que ajudou a redigir "não é inconstitucional". Em sua opinião, o PT estará "em uma fria" se decidir recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar o processo. Cunha anuncia seguimento a impeachmento no Twitter O jurista disse, porém, que recebeu a notícia com cautela e consciente de que ainda são necessários vários passos para que o impedimento da presidente se concretize. "A Câmara agora tem que seguir o rito processual e seu regimento. Meu papel acabou, eles que façam a parte deles." Coautora do pedido levado à Câmara, a advogada Janaina Paschoal criticou a demora para a abertura do processo, mas elogiou a decisão de Cunha. "Até imaginei que nós teríamos essa decisão antes, mas antes tarde do que nunca. A gente realmente fez um pedido atendendo a todos os requisitos legais. Do ponto de vista técnico, a decisão dele [Cunha] é inquestionável. Entendo que, do ponto de vista político, também é uma decisão muito importante, porque inicia um processo que vejo como um resgate do Brasil", comemorou. Na mesma linha de Bicudo, Janaina disse que o presidente da Câmara não será responsável por todo o processo, mas apenas por seu início. "Não é um ato do Cunha. [Além disso,] Não tem que ficar com preocupação se ele tinha interesse, se não tinha interesse. Ele tem legitimidade, ele é o presidente da Câmara", disse. "Se o presidente da Câmara tinha algum outro interesse com essa decisão, acredito que esse interesse fica menor quando se percebe a importância dessa decisão para a nação. Até acho que ele, como um de seus últimos atos, quis fazer um bem para o país", completou a advogada. Assista
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Chineses usam smartphones para dar dinheiro de presente no Ano-Novo lunar
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Enquanto jantavam com a família para comemorar o Ano-Novo lunar, na última quarta-feira (18), milhões de chineses tinham um motivo a mais para não se desgrudar de seus celulares. Para muitos, o smartphone virou um cofre virtual. A antiga tradição chinesa do "hongbao" (envelope vermelho), de presentear amigos e familiares com dinheiro vivo no Ano-Novo, uniu-se a uma mania nacional da atualidade, o serviço gratuito de mensagens instantâneas Wechat (semelhante ao WhatsApp). Graças a um aplicativo que permite associar o cartão bancário à conta do Wechat, os envelopes vermelhos migraram em massa para os celulares, gerando uma explosão de mensagens instantâneas recheadas de dinheiro. Empresas aproveitaram o recurso para distribuir envelopes virtuais e cativar clientes. Mas foi o programa de Ano-Novo da TV estatal, recordista de audiência no país mais populoso do mundo, que chacoalhou os chineses –literalmente. Os apresentadores pediam aos espectadores que balançassem os celulares, numa das funções do Wechat, para ter a chance de ser presenteado com envelopes vermelhos com dinheiro. O serviço registrou nada menos do que 11 bilhões de chacoalhadas durante as quatro horas de programa. O pico foi às 22h34, quando o ritmo atingiu 810 milhões de balanços por minuto e 120 milhões de envelopes enviados. Ao mesmo tempo, os usuários usavam o Wechat para enviar seus presentes de Ano- Novo, geralmente quantias terminadas em 8, número da sorte para os chineses. Mais de um bilhão de envelopes vermelhos foram enviados na virada do ano lunar, segundo a empresa, 200 vezes mais que no ano anterior. Com 1,1 bilhão de contas registradas, metade ativa, o Wechat se tornou para a China mais que um serviço de mensagens instantâneas. Com funções semelhantes às do Facebook (proibido no país), é hoje a principal rede social da China. Isso significa um enorme potencial para os negócios, principalmente com o desenvolvimento de recursos de pagamento e transferência de dinheiro. Cerca de 8 milhões de empresas têm contas oficiais no Wechat. As maiores companhias de internet do país, como Tencent (dona do Wechat), Alibaba, Sina e Baidu lançaram promoções de Ano-Novo para ganhar uma fatia do maior mercado de pagamento eletrônico do mundo, que no ano passado movimentou algo em torno de R$ 1,2 bilhão. Até o "Diário do Povo", jornal do Partido Comunista, aderiu ao fenômeno, enviando envelopes digitais com até 10 mil yuans (R$ 4.600) aos usuários de seu aplicativo de celular. A explosão dos envelopes vermelhos eletrônicos gerou debate no país, entre os que aplaudiram a adaptação da antiga tradição aos tempos modernos e os que criticaram a obsessão por dinheiro. "Não é à toa que alguns acham que os envelopes vermelhos digitais estão destruindo o Festival da Primavera", diz um artigo da agência de notícias oficial, Xinhua, citando o outro principal feriado chinês. "Imagine um filho que viajou mil quilômetros para passar o Ano-Novo em casa colado no celular e ignorando os pais". Acredita-se que o hongbao tenha surgido na dinastia Qin (pronuncia-se tchin, 220-206 AC), quando dava-se de presente dinheiro preso a uma fita vermelha, cor que afasta os maus espíritos, segundo uma crença chinesa. Popular no Ano-Novo e em outras ocasiões especiais, o envelope vermelho também tornou-se uma forma de suborno. Em 2014, o governo apertou o controle sobre as transferências de dinheiro pelo Wechat, como parte de sua campanha anticorrupção.
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Chineses usam smartphones para dar dinheiro de presente no Ano-Novo lunarEnquanto jantavam com a família para comemorar o Ano-Novo lunar, na última quarta-feira (18), milhões de chineses tinham um motivo a mais para não se desgrudar de seus celulares. Para muitos, o smartphone virou um cofre virtual. A antiga tradição chinesa do "hongbao" (envelope vermelho), de presentear amigos e familiares com dinheiro vivo no Ano-Novo, uniu-se a uma mania nacional da atualidade, o serviço gratuito de mensagens instantâneas Wechat (semelhante ao WhatsApp). Graças a um aplicativo que permite associar o cartão bancário à conta do Wechat, os envelopes vermelhos migraram em massa para os celulares, gerando uma explosão de mensagens instantâneas recheadas de dinheiro. Empresas aproveitaram o recurso para distribuir envelopes virtuais e cativar clientes. Mas foi o programa de Ano-Novo da TV estatal, recordista de audiência no país mais populoso do mundo, que chacoalhou os chineses –literalmente. Os apresentadores pediam aos espectadores que balançassem os celulares, numa das funções do Wechat, para ter a chance de ser presenteado com envelopes vermelhos com dinheiro. O serviço registrou nada menos do que 11 bilhões de chacoalhadas durante as quatro horas de programa. O pico foi às 22h34, quando o ritmo atingiu 810 milhões de balanços por minuto e 120 milhões de envelopes enviados. Ao mesmo tempo, os usuários usavam o Wechat para enviar seus presentes de Ano- Novo, geralmente quantias terminadas em 8, número da sorte para os chineses. Mais de um bilhão de envelopes vermelhos foram enviados na virada do ano lunar, segundo a empresa, 200 vezes mais que no ano anterior. Com 1,1 bilhão de contas registradas, metade ativa, o Wechat se tornou para a China mais que um serviço de mensagens instantâneas. Com funções semelhantes às do Facebook (proibido no país), é hoje a principal rede social da China. Isso significa um enorme potencial para os negócios, principalmente com o desenvolvimento de recursos de pagamento e transferência de dinheiro. Cerca de 8 milhões de empresas têm contas oficiais no Wechat. As maiores companhias de internet do país, como Tencent (dona do Wechat), Alibaba, Sina e Baidu lançaram promoções de Ano-Novo para ganhar uma fatia do maior mercado de pagamento eletrônico do mundo, que no ano passado movimentou algo em torno de R$ 1,2 bilhão. Até o "Diário do Povo", jornal do Partido Comunista, aderiu ao fenômeno, enviando envelopes digitais com até 10 mil yuans (R$ 4.600) aos usuários de seu aplicativo de celular. A explosão dos envelopes vermelhos eletrônicos gerou debate no país, entre os que aplaudiram a adaptação da antiga tradição aos tempos modernos e os que criticaram a obsessão por dinheiro. "Não é à toa que alguns acham que os envelopes vermelhos digitais estão destruindo o Festival da Primavera", diz um artigo da agência de notícias oficial, Xinhua, citando o outro principal feriado chinês. "Imagine um filho que viajou mil quilômetros para passar o Ano-Novo em casa colado no celular e ignorando os pais". Acredita-se que o hongbao tenha surgido na dinastia Qin (pronuncia-se tchin, 220-206 AC), quando dava-se de presente dinheiro preso a uma fita vermelha, cor que afasta os maus espíritos, segundo uma crença chinesa. Popular no Ano-Novo e em outras ocasiões especiais, o envelope vermelho também tornou-se uma forma de suborno. Em 2014, o governo apertou o controle sobre as transferências de dinheiro pelo Wechat, como parte de sua campanha anticorrupção.
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Gestor da Funarte se nega a dialogar com novo ministro da Cultura
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O novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, constatou na página de Francisco Bosco em rede social que já precisa pensar em outro nome para comandar a Funarte (Fundação Nacional das Artes). Na sexta-feira (20), Francisco Bosco, atual presidente da Funarte, escreveu em sua página no Facebook que foi procurado por Calero e decidiu expor o teor da conversa. Bosco disse que se negou a dialogar com o representante escolhido pelo presidente interino Michel Temer para conduzir a política cultural do governo. Afirmou que, embora avalie positivamente a gestão de Calero à frente da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, não há como "conversar com alguém que pactua com um governo que derrubou o governo anterior de forma ilegal e ilegítima". O presidente da Funarte disse que dialogar com o atual governo significaria aceitar sua legitimidade. "Esse governo eu não reconhecerei nunca (...) não posso nem mesmo lhe desejar boa sorte, já que meu único desejo e minha única luta é para que esse governo caia", escreveu Bosco. Ele classificou como oportunistas os artistas que defendem a existência do MinC "com uma argumentação completamente destituída do contexto político mais amplo e do sentido político do ministério". Disse ainda que a luta pela valorização do ministério não pode ser encarada de forma isolada. "Um MinC para financiar as velhas elites lobistas é tudo que não precisamos (...). A luta pelo MinC não pode ser separada da luta contra o golpe e da luta por uma sociedade profundamente democrática", finalizou. Bosco se antecipou a eventuais críticas e justificou, no texto, seu direito de tornar pública a iniciativa de Calero: "Hesitei em postar isso porque geralmente repudio a publicização de conversas privadas; mas nesse caso penso que tenho o direito de tornar público o meu posicionamento político". Calero entrou em contato com Bosco ainda como Secretário Nacional de Cultura, antes da recriação do MinC anunciada neste sábado (21). Procurado pela Folha, o ministro Marcelo Calero não comentou especificamente a mensagem de Bosco, mas, em nota, disse que o governo quer manter o diálogo com os mais diversos setores da classe artística. "Com a contribuição dos servidores do MinC, estamos preparados para os desafios e entusiasmados com a missão de preservar conquistas, aprofundar políticas exitosas e criar novos programas, observados, sempre, os contornos de uma gestão republicana e eficiente", escreveu Calero.
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Gestor da Funarte se nega a dialogar com novo ministro da CulturaO novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, constatou na página de Francisco Bosco em rede social que já precisa pensar em outro nome para comandar a Funarte (Fundação Nacional das Artes). Na sexta-feira (20), Francisco Bosco, atual presidente da Funarte, escreveu em sua página no Facebook que foi procurado por Calero e decidiu expor o teor da conversa. Bosco disse que se negou a dialogar com o representante escolhido pelo presidente interino Michel Temer para conduzir a política cultural do governo. Afirmou que, embora avalie positivamente a gestão de Calero à frente da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, não há como "conversar com alguém que pactua com um governo que derrubou o governo anterior de forma ilegal e ilegítima". O presidente da Funarte disse que dialogar com o atual governo significaria aceitar sua legitimidade. "Esse governo eu não reconhecerei nunca (...) não posso nem mesmo lhe desejar boa sorte, já que meu único desejo e minha única luta é para que esse governo caia", escreveu Bosco. Ele classificou como oportunistas os artistas que defendem a existência do MinC "com uma argumentação completamente destituída do contexto político mais amplo e do sentido político do ministério". Disse ainda que a luta pela valorização do ministério não pode ser encarada de forma isolada. "Um MinC para financiar as velhas elites lobistas é tudo que não precisamos (...). A luta pelo MinC não pode ser separada da luta contra o golpe e da luta por uma sociedade profundamente democrática", finalizou. Bosco se antecipou a eventuais críticas e justificou, no texto, seu direito de tornar pública a iniciativa de Calero: "Hesitei em postar isso porque geralmente repudio a publicização de conversas privadas; mas nesse caso penso que tenho o direito de tornar público o meu posicionamento político". Calero entrou em contato com Bosco ainda como Secretário Nacional de Cultura, antes da recriação do MinC anunciada neste sábado (21). Procurado pela Folha, o ministro Marcelo Calero não comentou especificamente a mensagem de Bosco, mas, em nota, disse que o governo quer manter o diálogo com os mais diversos setores da classe artística. "Com a contribuição dos servidores do MinC, estamos preparados para os desafios e entusiasmados com a missão de preservar conquistas, aprofundar políticas exitosas e criar novos programas, observados, sempre, os contornos de uma gestão republicana e eficiente", escreveu Calero.
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Mercado vê retração maior do PIB neste ano e reduz expansão em 2017
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Os economistas e instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central pioraram a estimativa de retração do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e também reduziram o crescimento previsto para 2017, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (22). Segundo a pesquisa, semanal, a economia brasileira deve sofrer retração de 3,40% neste ano, contra estimativa anterior de queda de 3,33%. Para 2017, a previsão de crescimento foi cortada, passando de 0,59% na semana passada para 0,50% na leitura desta semana. A piora da expectativa ocorre alguns dias após a divulgação de que o indicador de atividade econômica do Banco Central mostrou retração de 4,1% do PIB em 2015. Somente no quarto trimestre do ano, a queda foi de 1,9% em relação aos três meses anteriores. A previsão dos analistas é que o Brasil complete em 2016 três anos seguidos de retração econômica, algo que não se via desde a crise de 1930. A piora das condições econômicas e a dificuldade do governo em acertar suas contas fizeram com que a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortasse novamente a nota de crédito do país. PREÇOS A perspectiva de inflação para 2016 ano teve leve aumento nesta semana, passando de 7,61% para 7,62%. Para 2017, foi mantida em 6%, no teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o próximo ano, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os economistas reavaliaram a projeção para o dólar neste ano. Agora, veem a taxa de câmbio encerrando 2016 a R$ 4,36, ante R$ 4,38 na semana anterior. Em 2017, a perspectiva foi mantida em R$ 4,40. Em relação à taxa básica de juros (Selic), a expectativa é que encerre o ano a 14,25%, mesma previsão da semana passada. Para 2017, o mercado revistou levemente para baixo a projeção, que caiu de 12,75% na semana passada para 12,63% nesta semana.
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mercado
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Mercado vê retração maior do PIB neste ano e reduz expansão em 2017Os economistas e instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central pioraram a estimativa de retração do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e também reduziram o crescimento previsto para 2017, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (22). Segundo a pesquisa, semanal, a economia brasileira deve sofrer retração de 3,40% neste ano, contra estimativa anterior de queda de 3,33%. Para 2017, a previsão de crescimento foi cortada, passando de 0,59% na semana passada para 0,50% na leitura desta semana. A piora da expectativa ocorre alguns dias após a divulgação de que o indicador de atividade econômica do Banco Central mostrou retração de 4,1% do PIB em 2015. Somente no quarto trimestre do ano, a queda foi de 1,9% em relação aos três meses anteriores. A previsão dos analistas é que o Brasil complete em 2016 três anos seguidos de retração econômica, algo que não se via desde a crise de 1930. A piora das condições econômicas e a dificuldade do governo em acertar suas contas fizeram com que a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortasse novamente a nota de crédito do país. PREÇOS A perspectiva de inflação para 2016 ano teve leve aumento nesta semana, passando de 7,61% para 7,62%. Para 2017, foi mantida em 6%, no teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o próximo ano, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os economistas reavaliaram a projeção para o dólar neste ano. Agora, veem a taxa de câmbio encerrando 2016 a R$ 4,36, ante R$ 4,38 na semana anterior. Em 2017, a perspectiva foi mantida em R$ 4,40. Em relação à taxa básica de juros (Selic), a expectativa é que encerre o ano a 14,25%, mesma previsão da semana passada. Para 2017, o mercado revistou levemente para baixo a projeção, que caiu de 12,75% na semana passada para 12,63% nesta semana.
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China lança alerta sobre qualidade do ar e cancela licenças de mineração
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A China vai cancelar cerca de um terço das licenças para minerar ferro concedidas pelas autoridades, como parte dos esforços para melhorar a qualidade do ar no país. Mais de mil licenças de mineração serão revogadas como parte da campanha chinesa de combate à poluição, disse Lei Pingxi, engenheiro-chefe da Associação de Minas Metalúrgicas da China, em uma conferência setorial. "Algumas minas de menor porte, que não prestaram atenção às questões ambientais, simplesmente fechavam as portas temporariamente para lidar com inspeções". "Essas pequenas mineradoras terão de atualizar seus processos de produção para sobreviver; de outra forma, serão eliminadas", disse. Atividades de mineração serão proscritas em lugares que abriguem reservas naturais, informou Lei, mencionando regulamentos promulgados pelo Ministério de Proteção Ambiental da China. O número de minas de ferro na China caiu de mais de três mil para apenas 1,9 mil, nos últimos anos. Segundo Peter Poppinga, diretor-executivo da Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, a queda continua. "Algumas das minas estão até importando cargas marítimas de minério de baixo teor e trabalhando para melhorar a qualidade, ao invés de investirem em suas próprias minas", disse. Em 2016, a produção de minério de ferro da China caiu em 3%, para 1,28 bilhão de toneladas. "O setor de mineração chinês está realizando cada vez menos investimentos de capital em tonelagem de substituição, e isso levará a produção mais baixa no futuro", informou Poppingao diretor executivo da Vale.
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China lança alerta sobre qualidade do ar e cancela licenças de mineraçãoA China vai cancelar cerca de um terço das licenças para minerar ferro concedidas pelas autoridades, como parte dos esforços para melhorar a qualidade do ar no país. Mais de mil licenças de mineração serão revogadas como parte da campanha chinesa de combate à poluição, disse Lei Pingxi, engenheiro-chefe da Associação de Minas Metalúrgicas da China, em uma conferência setorial. "Algumas minas de menor porte, que não prestaram atenção às questões ambientais, simplesmente fechavam as portas temporariamente para lidar com inspeções". "Essas pequenas mineradoras terão de atualizar seus processos de produção para sobreviver; de outra forma, serão eliminadas", disse. Atividades de mineração serão proscritas em lugares que abriguem reservas naturais, informou Lei, mencionando regulamentos promulgados pelo Ministério de Proteção Ambiental da China. O número de minas de ferro na China caiu de mais de três mil para apenas 1,9 mil, nos últimos anos. Segundo Peter Poppinga, diretor-executivo da Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, a queda continua. "Algumas das minas estão até importando cargas marítimas de minério de baixo teor e trabalhando para melhorar a qualidade, ao invés de investirem em suas próprias minas", disse. Em 2016, a produção de minério de ferro da China caiu em 3%, para 1,28 bilhão de toneladas. "O setor de mineração chinês está realizando cada vez menos investimentos de capital em tonelagem de substituição, e isso levará a produção mais baixa no futuro", informou Poppingao diretor executivo da Vale.
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UE aprova operação contra traficantes de pessoas no Mediterrâneo
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A União Europeia anunciou nesta segunda (22) que utilizará submarinos, navios de guerra, drones e helicópteros em uma operação de inteligência sobre traficantes de pessoas que fazem o trajeto entre a Líbia e a Europa pelo mar Mediterrâneo. Uma ação militar contra os traficantes —que permitiria, por exemplo, a destruição de seus barcos após o resgate dos imigrantes— ainda precisa de autorização do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, caso aconteça em águas da Líbia, precisaria também da concordância do governo de Trípoli. A decisão foi tomada em uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Luxemburgo como resposta à crise migratória que atinge o continente. "Quero deixar claro que o alvo dessa operação não são os migrantes, mas as pessoas que ganham dinheiro com a vida e, muitas vezes, com a morte deles", disse Federica Mogherini, chefe de diplomacia da UE. Ao todo dez países participarão da ação, que contará com cinco navios de guerra, dois submarinos, três aeronaves de reconhecimento, dois drones de vigilância, três helicópteros e mil soldados. Os aviões e navios começarão a monitorar as águas internacionais do Mediterrâneo nos próximos dias, mas ainda levará aproximadamente um mês para que a operação funcione com força total. Segundo o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), mais de 100 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa cruzando o Mediterrâneo desde o início de 2015.
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mundo
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UE aprova operação contra traficantes de pessoas no MediterrâneoA União Europeia anunciou nesta segunda (22) que utilizará submarinos, navios de guerra, drones e helicópteros em uma operação de inteligência sobre traficantes de pessoas que fazem o trajeto entre a Líbia e a Europa pelo mar Mediterrâneo. Uma ação militar contra os traficantes —que permitiria, por exemplo, a destruição de seus barcos após o resgate dos imigrantes— ainda precisa de autorização do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, caso aconteça em águas da Líbia, precisaria também da concordância do governo de Trípoli. A decisão foi tomada em uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Luxemburgo como resposta à crise migratória que atinge o continente. "Quero deixar claro que o alvo dessa operação não são os migrantes, mas as pessoas que ganham dinheiro com a vida e, muitas vezes, com a morte deles", disse Federica Mogherini, chefe de diplomacia da UE. Ao todo dez países participarão da ação, que contará com cinco navios de guerra, dois submarinos, três aeronaves de reconhecimento, dois drones de vigilância, três helicópteros e mil soldados. Os aviões e navios começarão a monitorar as águas internacionais do Mediterrâneo nos próximos dias, mas ainda levará aproximadamente um mês para que a operação funcione com força total. Segundo o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), mais de 100 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa cruzando o Mediterrâneo desde o início de 2015.
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Francia pide reforzar la seguridad de escuelas y consulados durante los Juegos Olímpicos
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GUSTAVO URIBE DE BRASILIA El gobierno francés le pidió a Brasil reforzar la seguridad de instituciones de enseñanza y representaciones diplomáticas en el país durante los Juegos Olímpicos de Río de Janeiro, que comenzarán el próximo 5 de agosto. En un pedido que fue enviado al Ministerio de Relaciones Exteriores, la embajada del país europeo solicitó protección adicional para seis instituciones regulares de enseñanza, cuatro consulados (Río de Janeiro, São Paulo, Bahía y Recife) y 68 escuelas de lengua francesa. Con el atentado terrorista que mató a más de 80 personas en Niza, Francia, el gobierno interino de Michel Temer prepara un esquema especial para la protección de la delegación francesa, que incluye al presidente François Hollande, que participará de la apertura de los Juegos Olímpicos. El presidente francés es visto hoy como el principal blanco potencial de un eventual ataque. Hollande será el único mandatario que contará con un nivel de protección cinco de la Policía Federal, el más alto en la escala de protección. Como precaución, el gobierno brasileño pretende también crear restricciones para el movimiento de vehículos de carga en Río de Janeiro. La idea es establecer áreas de exclusión en rutas o avenidas de acceso a los estadios o lugares de concentración de atletas y público. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Los Juegos Olímpicos no salvarán a los trabajadores brasileños de la recesión *Juegos Olímpicos: La limitación del espacio aéreo comienza el 24 de julio *Galeão, puerta de entrada de los Juegos Olímpicos de Río, es considerado uno de los peores aeropuertos de Brasil
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esporte
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Francia pide reforzar la seguridad de escuelas y consulados durante los Juegos Olímpicos
GUSTAVO URIBE DE BRASILIA El gobierno francés le pidió a Brasil reforzar la seguridad de instituciones de enseñanza y representaciones diplomáticas en el país durante los Juegos Olímpicos de Río de Janeiro, que comenzarán el próximo 5 de agosto. En un pedido que fue enviado al Ministerio de Relaciones Exteriores, la embajada del país europeo solicitó protección adicional para seis instituciones regulares de enseñanza, cuatro consulados (Río de Janeiro, São Paulo, Bahía y Recife) y 68 escuelas de lengua francesa. Con el atentado terrorista que mató a más de 80 personas en Niza, Francia, el gobierno interino de Michel Temer prepara un esquema especial para la protección de la delegación francesa, que incluye al presidente François Hollande, que participará de la apertura de los Juegos Olímpicos. El presidente francés es visto hoy como el principal blanco potencial de un eventual ataque. Hollande será el único mandatario que contará con un nivel de protección cinco de la Policía Federal, el más alto en la escala de protección. Como precaución, el gobierno brasileño pretende también crear restricciones para el movimiento de vehículos de carga en Río de Janeiro. La idea es establecer áreas de exclusión en rutas o avenidas de acceso a los estadios o lugares de concentración de atletas y público. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Los Juegos Olímpicos no salvarán a los trabajadores brasileños de la recesión *Juegos Olímpicos: La limitación del espacio aéreo comienza el 24 de julio *Galeão, puerta de entrada de los Juegos Olímpicos de Río, es considerado uno de los peores aeropuertos de Brasil
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Ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia morre após infarto
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O ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia (PT) morreu na madrugada deste domingo (30) após sofrer um infarto em sua casa na capital goiana. Ele tinha 58 anos e deixa mulher e dois filhos. Garcia era médico neurocirurgião e entrou na política por meio do movimento estudantil na UFG (Universidade Federal de Goiás). Foi dirigente partidário no PT e deputado estadual entre 2003 e 2006. Em 2008, foi eleito vice-prefeito de Goiânia na chapa comandada por Iris Rezende (PMDB). Assumiu a prefeitura em 2010, quando o peemedebista deixou a prefeitura para disputar o governo do Estado. Em 2012, foi reeleito prefeito de Goiânia com 57% dos votos, derrotando o então deputado Jovair Arantes (PTB), apoiado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Com rejeição alta no final do mandato, rompeu com o PMDB e não conseguiu emplacar um sucessor em 2016. Foi sucedido na prefeitura pelo próprio Iris Rezende que o antecedeu. Aliados e adversários de Garcia lamentaram a sua morte neste domingo. Em nota, o PT prestou solidariedade aos familiares do ex-prefeito. "Que Deus possa trazer paz, sabedoria para a travessia deste momento. O PT lamenta a passagem de um de seus líderes", informou. O ex-presidente Lula lamentou a morte do aliado e disse que Garcia foi um "homem público dedicado à causa da democracia e da melhora da qualidade de vida dos cidadãos de Goiás". O prefeito de Goiânia Iris Rezende e o governador de Goiás Marconi Perillo decretaram luto oficial de três dias. Em nota, Perillo destacou a trajetória do ex-adversário: "Paulo Garcia teve carreira reconhecida como médico e na política trilhou caminho de liderança e retidão. Sempre tivemos relação respeitosa", disse o governador. Rezende prestou solidariedade à família do ex-prefeito: "Neste momento de profunda tristeza, manifestamos nossa solidariedade à família e aos amigos desejando-lhes conforto em seus corações". O enterro de Paulo Garcia acontece às 17h no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia.
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Ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia morre após infartoO ex-prefeito de Goiânia Paulo Garcia (PT) morreu na madrugada deste domingo (30) após sofrer um infarto em sua casa na capital goiana. Ele tinha 58 anos e deixa mulher e dois filhos. Garcia era médico neurocirurgião e entrou na política por meio do movimento estudantil na UFG (Universidade Federal de Goiás). Foi dirigente partidário no PT e deputado estadual entre 2003 e 2006. Em 2008, foi eleito vice-prefeito de Goiânia na chapa comandada por Iris Rezende (PMDB). Assumiu a prefeitura em 2010, quando o peemedebista deixou a prefeitura para disputar o governo do Estado. Em 2012, foi reeleito prefeito de Goiânia com 57% dos votos, derrotando o então deputado Jovair Arantes (PTB), apoiado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Com rejeição alta no final do mandato, rompeu com o PMDB e não conseguiu emplacar um sucessor em 2016. Foi sucedido na prefeitura pelo próprio Iris Rezende que o antecedeu. Aliados e adversários de Garcia lamentaram a sua morte neste domingo. Em nota, o PT prestou solidariedade aos familiares do ex-prefeito. "Que Deus possa trazer paz, sabedoria para a travessia deste momento. O PT lamenta a passagem de um de seus líderes", informou. O ex-presidente Lula lamentou a morte do aliado e disse que Garcia foi um "homem público dedicado à causa da democracia e da melhora da qualidade de vida dos cidadãos de Goiás". O prefeito de Goiânia Iris Rezende e o governador de Goiás Marconi Perillo decretaram luto oficial de três dias. Em nota, Perillo destacou a trajetória do ex-adversário: "Paulo Garcia teve carreira reconhecida como médico e na política trilhou caminho de liderança e retidão. Sempre tivemos relação respeitosa", disse o governador. Rezende prestou solidariedade à família do ex-prefeito: "Neste momento de profunda tristeza, manifestamos nossa solidariedade à família e aos amigos desejando-lhes conforto em seus corações". O enterro de Paulo Garcia acontece às 17h no cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia.
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Paciência de Temer com Alexandre Moraes está chegando ao fim
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A paciência do presidente Michel Temer com o ministro da Justiça Alexandre de Moraes está chegando ao fim. A avaliação é do editor de "Poder" Fábio Zanini. Pouco discreto, Moraes tem cometido algumas gafes e causado certo constrangimento dentro do governo por "gostar dos holofotes".Em um vídeo entre ativistas de grupos anticorrupção e pró-impeachment, como o MBL (Movimento Brasil Livre), e diz a eles que a Lava Jato tem apoio do governo Michel Temer. "Teve [operação] a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", diz Moraes, em meio a risos.
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Paciência de Temer com Alexandre Moraes está chegando ao fimA paciência do presidente Michel Temer com o ministro da Justiça Alexandre de Moraes está chegando ao fim. A avaliação é do editor de "Poder" Fábio Zanini. Pouco discreto, Moraes tem cometido algumas gafes e causado certo constrangimento dentro do governo por "gostar dos holofotes".Em um vídeo entre ativistas de grupos anticorrupção e pró-impeachment, como o MBL (Movimento Brasil Livre), e diz a eles que a Lava Jato tem apoio do governo Michel Temer. "Teve [operação] a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", diz Moraes, em meio a risos.
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Sessão da comissão do impeachment é suspensa por falta de luz no Senado
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A comissão especial do impeachment encerrou suas atividades antes do previsto nesta segunda-feira (27) após um apagão de energia elétrica em Brasília afetar também o Congresso. Estavam marcados três depoimentos de testemunhas da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, mas apenas o ex-ministro e hoje deputado Patrus Ananias (PT-MG) foi ouvido. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), interrompeu os trabalhos quando a segunda testemunha iniciava sua oitiva. A ex-secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário Maria Fernanda Coelho, chegou a responder às perguntas do relator, AntOnio Anastasia (PSDB-MG), mas foi interrompida em seguida. De acordo com Lira, Maria Fernanda e João Luiz Guadagnin, diretor do departamento de financiamento e proteção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, serão ouvidos nesta terça (28). Também está prevista para amanhã a oitiva do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, do ex-advogado-geral da União Luís Inácio Adams e do responsável técnico junto ao Conselho Nacional de Justiça para análise de créditos suplementares, Antônio Carlos Rebelo. Os demais trabalhos do Senado também foram encerrados por volta das 19h30. Não houve sessão deliberativa nesta segunda, e o plenário da Casa já estava fechado desde o início da tarde. Em nota, a assessoria de imprensa do Senado informou que um incêndio em uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB) afetou parte das atividades do Senado.
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Sessão da comissão do impeachment é suspensa por falta de luz no SenadoA comissão especial do impeachment encerrou suas atividades antes do previsto nesta segunda-feira (27) após um apagão de energia elétrica em Brasília afetar também o Congresso. Estavam marcados três depoimentos de testemunhas da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, mas apenas o ex-ministro e hoje deputado Patrus Ananias (PT-MG) foi ouvido. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), interrompeu os trabalhos quando a segunda testemunha iniciava sua oitiva. A ex-secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário Maria Fernanda Coelho, chegou a responder às perguntas do relator, AntOnio Anastasia (PSDB-MG), mas foi interrompida em seguida. De acordo com Lira, Maria Fernanda e João Luiz Guadagnin, diretor do departamento de financiamento e proteção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, serão ouvidos nesta terça (28). Também está prevista para amanhã a oitiva do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, do ex-advogado-geral da União Luís Inácio Adams e do responsável técnico junto ao Conselho Nacional de Justiça para análise de créditos suplementares, Antônio Carlos Rebelo. Os demais trabalhos do Senado também foram encerrados por volta das 19h30. Não houve sessão deliberativa nesta segunda, e o plenário da Casa já estava fechado desde o início da tarde. Em nota, a assessoria de imprensa do Senado informou que um incêndio em uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB) afetou parte das atividades do Senado.
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Queda de juros pode trazer de volta regra que reduz ganho da poupança
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A queda da inflação, que está se aproximando do centro da meta fixada pelo governo para este ano, tem feito alguns analistas do mercado financeiro preverem que a taxa básica de juros definida pelo Banco Central ficará abaixo de 8,5%, o que ativaria o gatilho que reduz o rendimento da poupança já neste ano. A estimativa mínima dos analistas consultados pelo BC para a Selic no fim do ano está em 7,5%. Caso a taxa recue para 8,5% ou abaixo disso, a regra para remuneração da caderneta muda. Em vez de render 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial), a poupança passa a ter rentabilidade de 70% da Selic mais TR. Com a Selic a 8,5%, isso representaria uma taxa de 0,483%. A VOLTA DA POUPANÇA - Com Selic igual ou menor que 8,5%, caderneta volta a ficar atrativa para investidor Segundo Juliana Inhasz, professora de finanças do Insper, mesmo com a regra que reduz o ganho, a caderneta bateria outras aplicações de renda fixa, como CDBs (papéis emitidos por bancos) e títulos públicos indexados à Selic. Esses investimentos também são afetados pela queda dos juros e ainda sofrem incidência de Imposto de Renda, enquanto a poupança tem a vantagem de ser isenta. Mas a caderneta também teria retorno maior que outros papéis isentos, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário, títulos emitidos por bancos com lastro em crédito imobiliário), por causa da TR. "A poupança ainda tem a vantagem de ser um investimento líquido. Também não tem taxa de administração e outros custos que reduzem o ganho", afirma Inhasz. Outros fatores também contribuem para aumentar a atratividade da poupança ante outras aplicações de renda fixa. Com poucos recursos, o investidor tem dificuldade de encontrar CDBs que remunerem mais que 80% do CDI nos maiores bancos do país. A VOLTA DA POUPANÇA - Com Selic igual ou menor que 8,5%, caderneta volta a ficar atrativa para investidor Esse percentual já é suficiente para tornar a aplicação na poupança mais vantajosa. "Não é pecado investir na poupança. Ela é ótima para deixar o dinheiro de emergência e quantias pequenas. Mas quem quer retorno precisa procurar outros investimentos", afirma a planejadora financeira Eliane Habib. No Tesouro Direto, não há poder de barganha de taxas, que independem do volume aplicado. LCI e LCA, além de escassas devido à diminuição de lastro nos créditos imobiliário e do agronegócio, também exigem mais recursos para conseguir boas taxas. Há ainda o problema de precisar ficar com as aplicações até o vencimento –que não existe na poupança. Outra alternativa popular entre os investidores são os fundos de investimento. Taxas de administração superiores a 1,5%, porém, já prejudicam o retorno do poupador, diz Roberto Vertamatti, conselheiro da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
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Queda de juros pode trazer de volta regra que reduz ganho da poupançaA queda da inflação, que está se aproximando do centro da meta fixada pelo governo para este ano, tem feito alguns analistas do mercado financeiro preverem que a taxa básica de juros definida pelo Banco Central ficará abaixo de 8,5%, o que ativaria o gatilho que reduz o rendimento da poupança já neste ano. A estimativa mínima dos analistas consultados pelo BC para a Selic no fim do ano está em 7,5%. Caso a taxa recue para 8,5% ou abaixo disso, a regra para remuneração da caderneta muda. Em vez de render 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial), a poupança passa a ter rentabilidade de 70% da Selic mais TR. Com a Selic a 8,5%, isso representaria uma taxa de 0,483%. A VOLTA DA POUPANÇA - Com Selic igual ou menor que 8,5%, caderneta volta a ficar atrativa para investidor Segundo Juliana Inhasz, professora de finanças do Insper, mesmo com a regra que reduz o ganho, a caderneta bateria outras aplicações de renda fixa, como CDBs (papéis emitidos por bancos) e títulos públicos indexados à Selic. Esses investimentos também são afetados pela queda dos juros e ainda sofrem incidência de Imposto de Renda, enquanto a poupança tem a vantagem de ser isenta. Mas a caderneta também teria retorno maior que outros papéis isentos, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário, títulos emitidos por bancos com lastro em crédito imobiliário), por causa da TR. "A poupança ainda tem a vantagem de ser um investimento líquido. Também não tem taxa de administração e outros custos que reduzem o ganho", afirma Inhasz. Outros fatores também contribuem para aumentar a atratividade da poupança ante outras aplicações de renda fixa. Com poucos recursos, o investidor tem dificuldade de encontrar CDBs que remunerem mais que 80% do CDI nos maiores bancos do país. A VOLTA DA POUPANÇA - Com Selic igual ou menor que 8,5%, caderneta volta a ficar atrativa para investidor Esse percentual já é suficiente para tornar a aplicação na poupança mais vantajosa. "Não é pecado investir na poupança. Ela é ótima para deixar o dinheiro de emergência e quantias pequenas. Mas quem quer retorno precisa procurar outros investimentos", afirma a planejadora financeira Eliane Habib. No Tesouro Direto, não há poder de barganha de taxas, que independem do volume aplicado. LCI e LCA, além de escassas devido à diminuição de lastro nos créditos imobiliário e do agronegócio, também exigem mais recursos para conseguir boas taxas. Há ainda o problema de precisar ficar com as aplicações até o vencimento –que não existe na poupança. Outra alternativa popular entre os investidores são os fundos de investimento. Taxas de administração superiores a 1,5%, porém, já prejudicam o retorno do poupador, diz Roberto Vertamatti, conselheiro da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
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Criticada, propaganda de remédio que chama cólica de 'mimimi' é cancelada
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Uma marca de remédio contra cólica menstrual cancelou a sua nova campanha publicitária após virar alvo de crítica nas redes sociais. A propaganda, veiculada na internet, foi acusada de machismo. De acordo com as reclamações, a campanha "#SEMMiMiMi – Se você não tem tempo pra MiMiMi, descubra Novalfem", do laboratório Sanofi, equipara as dores que mulheres sentem à frescura. O clipe foi publicado na segunda-feira (8) no Facebook e no YouTube e apresenta a cantora Preta Gil dizendo frases "Sem Mimimi, Mimimi, Mimimi" e "Quando tô na balada, curtindo o batidão, você está em casa, mas que situação". A reportagem verificou às 17h da quarta-feira, que o vídeo estava sendo divulgado na página oficial do Novalfem. Ao longo desta quinta-feira (11), o vídeo foi removido e, depois, voltou a aparecer na página, junto de uma atualização que informava que a campanha seria cancelada e que todo conteúdo relacionado à campanha publicitária só permaneceria no ar até a meia-noite. A campanha já recebeu mais de 5.000 comentários, a maioria deles negativa. "Desde quando cólica é Mimimi?" e "Se é Mimimi por que precisa de remédio? Isso é ridículo" foram alguns dos questionamentos nas redes sociais. Quando divulgou o lançamento da campanha, no dia 2 deste mês, a página da Novalfem no Facebook publicou um texto em que lista o que chamou de dificuldades de mulheres, como cuidar da família e do sucesso no trabalho. "Ainda temos que lidar com cólicas menstruais (...) muitas vezes sem descer do salto. Aí aparece o MIMIMI, um estado que só as mulheres compreendem", dizia o texto na rede social. A mensagem não está mais exibida na página. Procurada pela Folha, a Sanofi, dona da Novalfem, diz que a empresa decidiu reavaliar a campanha. "Acatamos as opiniões publicadas e esclarecemos que, em nenhum momento, se pretendeu subestimar o impacto dessas dores ou desrespeitar quem as sente", acrescentou. A Publicis, agência responsável pela campanha, divulgou nota afirmando que a intenção era usar "um tom leve para falar de um assunto sério". Eles também dizem que não tiveram intenção de "minimizar as dores das mulheres ou de ofender quem sofre com problemas mais graves". O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) informou que, até esta quarta, não havia nenhuma representação contra a campanha. Neste ano, outras marcas sofreram acusações de machismo. A campanha "Homens que Amamos" da Risqué, foi acusada de parabenizar homens por ações corriqueiras e a "Esqueci o 'não' em casa", da Skol, foi interpretada como uma apologia ao estupro.
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mercado
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Criticada, propaganda de remédio que chama cólica de 'mimimi' é canceladaUma marca de remédio contra cólica menstrual cancelou a sua nova campanha publicitária após virar alvo de crítica nas redes sociais. A propaganda, veiculada na internet, foi acusada de machismo. De acordo com as reclamações, a campanha "#SEMMiMiMi – Se você não tem tempo pra MiMiMi, descubra Novalfem", do laboratório Sanofi, equipara as dores que mulheres sentem à frescura. O clipe foi publicado na segunda-feira (8) no Facebook e no YouTube e apresenta a cantora Preta Gil dizendo frases "Sem Mimimi, Mimimi, Mimimi" e "Quando tô na balada, curtindo o batidão, você está em casa, mas que situação". A reportagem verificou às 17h da quarta-feira, que o vídeo estava sendo divulgado na página oficial do Novalfem. Ao longo desta quinta-feira (11), o vídeo foi removido e, depois, voltou a aparecer na página, junto de uma atualização que informava que a campanha seria cancelada e que todo conteúdo relacionado à campanha publicitária só permaneceria no ar até a meia-noite. A campanha já recebeu mais de 5.000 comentários, a maioria deles negativa. "Desde quando cólica é Mimimi?" e "Se é Mimimi por que precisa de remédio? Isso é ridículo" foram alguns dos questionamentos nas redes sociais. Quando divulgou o lançamento da campanha, no dia 2 deste mês, a página da Novalfem no Facebook publicou um texto em que lista o que chamou de dificuldades de mulheres, como cuidar da família e do sucesso no trabalho. "Ainda temos que lidar com cólicas menstruais (...) muitas vezes sem descer do salto. Aí aparece o MIMIMI, um estado que só as mulheres compreendem", dizia o texto na rede social. A mensagem não está mais exibida na página. Procurada pela Folha, a Sanofi, dona da Novalfem, diz que a empresa decidiu reavaliar a campanha. "Acatamos as opiniões publicadas e esclarecemos que, em nenhum momento, se pretendeu subestimar o impacto dessas dores ou desrespeitar quem as sente", acrescentou. A Publicis, agência responsável pela campanha, divulgou nota afirmando que a intenção era usar "um tom leve para falar de um assunto sério". Eles também dizem que não tiveram intenção de "minimizar as dores das mulheres ou de ofender quem sofre com problemas mais graves". O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) informou que, até esta quarta, não havia nenhuma representação contra a campanha. Neste ano, outras marcas sofreram acusações de machismo. A campanha "Homens que Amamos" da Risqué, foi acusada de parabenizar homens por ações corriqueiras e a "Esqueci o 'não' em casa", da Skol, foi interpretada como uma apologia ao estupro.
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TSE cruza dados eleitorais e presidenciais de Dilma
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Técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) preparam um cruzamento dos dados da prestação de contas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff com os gastos do Palácio do Planalto com viagens e eventos no período eleitoral. O levantamento será avaliado junto com os depoimentos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras no pedido de cassação feito pela oposição contra a petista e o vice Michel Temer (PMDB). A ideia é analisar se houve abuso de poder político e econômico como diz a oposição. Os documentos já foram enviados pela Presidência à Justiça Eleitoral. No ano passado, Dilma conciliou em viagens eventos oficiais e atos de campanha. O PT, no entanto, ressarcia os cofres públicos pelos deslocamentos feitos com a estrutura oficial no período eleitoral. O uso da máquina pública é um dos argumentos utilizados por partidos de oposição, puxados pelo PSDB, para pedir que o TSE casse o registro de Dilma e Temer e dê posse ao senador tucano Aécio Neves (MG) na Presidência. Na ação, a oposição sustenta ainda que Dilma deve deixar o comando do país porque as campanhas do PT teriam sido financiadas com dinheiro de corrupção na Petrobras, o que tornaria a eleição "ilegítima" e viciada. Outra acusação é que o governo segurou divulgação de dados oficiais durante as eleições e fez pronunciamentos em cadeia de rádio e TV para promover a petista. Já foram ouvidos o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Herton Araújo. Nesta terça-feira (14), será a vez do dono da UTC, Ricardo Pessoa, prestar depoimento. Em seu acordo de delação premiada, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. O montante foi declarado à Justiça Eleitoral. O andamento da ação provocou novo embate entre governo e oposição, levando a troca de ataques entre Dilma e Aécio sobre golpismo. Diante da politização, ministros do TSE ouvidos pela Folha passaram a defender cautela na apuração do caso e demonstraram irritação com as especulações sobre a tendência dos votos. Dois integrantes do tribunal, sob a condição de anonimato, rechaçaram a tese de um eventual terceiro turno na Corte. Aplicar a lei não pode ser considerado golpe, afirmou um ministro. Um colega reforçou que ser julgado, defender-se e questionar faz parte das regras democráticas. "As instituições brasileiras têm credibilidade." Entre os ministros, porém, há quem veja a cassação via TSE como complexa, se não houver algo flagrante, e que seria melhor deixar decisões drásticas para vias que incluam aval do Congresso, caso da análise das contas de 2014 do governo no TCU (Tribunal de Contas da União). VOTOS A expectativa é de que a ação seja analisada entre agosto e setembro pelo tribunal. Dos sete ministros, cinco foram escolhidos por governos do PT e dois pelo PSDB. A indicação, no entanto, não garante um cenário favorável ao governo. Relator do pedido de cassação no TSE e ministro do STJ, João Otávio de Noronha foi nomeado por Fernando Henrique Cardoso. Presidente do TSE e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli tem criticado o governo —sendo que já atuou como advogado-geral da União no governo Lula e advogou para o PT. Vice-presidente do tribunal, Gilmar Mendes tem atacado ações de governos petistas. Chegaram aos cargos pelas mãos de Dilma o ministro do STF Luiz Fux e a ministra do TSE Luciana Lóssio, que ocupa vaga dos advogados no tribunal e foi escolhida depois de atuar na área jurídica da campanha do PT em 2010. O ex-presidente Lula indicou a ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura e o ministro Henrique Neves, também da classe dos advogados, para atuar como substituto no TSE. Ele, porém, foi reconduzido para cadeira de ministro titular por Dilma.
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poder
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TSE cruza dados eleitorais e presidenciais de DilmaTécnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) preparam um cruzamento dos dados da prestação de contas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff com os gastos do Palácio do Planalto com viagens e eventos no período eleitoral. O levantamento será avaliado junto com os depoimentos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras no pedido de cassação feito pela oposição contra a petista e o vice Michel Temer (PMDB). A ideia é analisar se houve abuso de poder político e econômico como diz a oposição. Os documentos já foram enviados pela Presidência à Justiça Eleitoral. No ano passado, Dilma conciliou em viagens eventos oficiais e atos de campanha. O PT, no entanto, ressarcia os cofres públicos pelos deslocamentos feitos com a estrutura oficial no período eleitoral. O uso da máquina pública é um dos argumentos utilizados por partidos de oposição, puxados pelo PSDB, para pedir que o TSE casse o registro de Dilma e Temer e dê posse ao senador tucano Aécio Neves (MG) na Presidência. Na ação, a oposição sustenta ainda que Dilma deve deixar o comando do país porque as campanhas do PT teriam sido financiadas com dinheiro de corrupção na Petrobras, o que tornaria a eleição "ilegítima" e viciada. Outra acusação é que o governo segurou divulgação de dados oficiais durante as eleições e fez pronunciamentos em cadeia de rádio e TV para promover a petista. Já foram ouvidos o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Herton Araújo. Nesta terça-feira (14), será a vez do dono da UTC, Ricardo Pessoa, prestar depoimento. Em seu acordo de delação premiada, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. O montante foi declarado à Justiça Eleitoral. O andamento da ação provocou novo embate entre governo e oposição, levando a troca de ataques entre Dilma e Aécio sobre golpismo. Diante da politização, ministros do TSE ouvidos pela Folha passaram a defender cautela na apuração do caso e demonstraram irritação com as especulações sobre a tendência dos votos. Dois integrantes do tribunal, sob a condição de anonimato, rechaçaram a tese de um eventual terceiro turno na Corte. Aplicar a lei não pode ser considerado golpe, afirmou um ministro. Um colega reforçou que ser julgado, defender-se e questionar faz parte das regras democráticas. "As instituições brasileiras têm credibilidade." Entre os ministros, porém, há quem veja a cassação via TSE como complexa, se não houver algo flagrante, e que seria melhor deixar decisões drásticas para vias que incluam aval do Congresso, caso da análise das contas de 2014 do governo no TCU (Tribunal de Contas da União). VOTOS A expectativa é de que a ação seja analisada entre agosto e setembro pelo tribunal. Dos sete ministros, cinco foram escolhidos por governos do PT e dois pelo PSDB. A indicação, no entanto, não garante um cenário favorável ao governo. Relator do pedido de cassação no TSE e ministro do STJ, João Otávio de Noronha foi nomeado por Fernando Henrique Cardoso. Presidente do TSE e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli tem criticado o governo —sendo que já atuou como advogado-geral da União no governo Lula e advogou para o PT. Vice-presidente do tribunal, Gilmar Mendes tem atacado ações de governos petistas. Chegaram aos cargos pelas mãos de Dilma o ministro do STF Luiz Fux e a ministra do TSE Luciana Lóssio, que ocupa vaga dos advogados no tribunal e foi escolhida depois de atuar na área jurídica da campanha do PT em 2010. O ex-presidente Lula indicou a ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura e o ministro Henrique Neves, também da classe dos advogados, para atuar como substituto no TSE. Ele, porém, foi reconduzido para cadeira de ministro titular por Dilma.
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Astrologia
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Lua minguante em Leão: 3/11 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Sintonia entre Lua e Urano torna tudo mais fácil pra você hoje. E assim é que chegam as adesões esperadas no trabalho, e na vida social há fluidez. Você também terá melhor aceitação no amor. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Vênus, Marte e Júpiter em Virgem acentuam capacidade de fechar a semana com um toque perfeito em tudo que você fizer. E a Lua em Gêmeos pede coragem pra mudar de ideias! É o segredo de ouro de hoje. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) A Lua em seu signo, ainda como ontem, reduz as chances de acertar na dose de atenção aos clientes, sócios e cônjuge. Você, mais ligado em si mesmo, poderia se livrar de tarefas mecânicas e sociais. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Nativos deste signo contam com um sexto sentido mais que apurado hoje. Porém, não podem dar ouvidos àquela vozinha insistente que só critica. É o grilo falante mental que atrapalha tudo hoje! No amor, baixa energética. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Em um aspecto fugaz, mas promissor e poderoso, Lua e Mercúrio abrem caminhos interessantes em negociações e estudos. Prováveis viagens curtas no fim de semana serão ótimas pedidas! Amor em alta. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Garra, independência, atividade e presença de espírito se somam e jeito para negociar com todo tipo de gente. Pequenos eventos inesperados do cotidiano não podem tirar sua ginga! Conte com um amigo especialista hoje. LIBRA (23 set. a 22 out.) Um dia de boas surpresas no amor e na amizade, um final de mês feliz para você confirmar certas suspeitas sobre um assistente também. É hora de mudar a equipe! Mantenha segredos sob sete chaves, por enquanto, porém. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Finalize pendências em casa e espere um chamado de amigo que precisa de você. Atente para mal-estares e reações desmedidas, afora isto o astral permanece movimentado, enriquecedor e interessante. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Clima astral tenso para você, que terá de se entender com vontades conflitantes. Ou bem você se relaciona com as pessoas, e está disponível para elas, ou bem arruma ou organiza pendências; tente um equilíbrio! CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Notícias sobre viagens ou viajantes, busca espiritual e de métodos que melhorem sua atenção e conexão interior estão em destaque hoje e amanhã. Amigos empolgados e críticos esperam sua adesão a projeto maior. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Com a Lua em Gêmeos, o mundo do intelecto e as abstrações têm seu lugar de honra garantido num momento em que as demandas do mundo concreto determinam tanto! Para você é um luxo esta sexta-feira. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Enfatizando a vida social, o relacionamento a dois, e a convivência com grupos, você se esquece de cuidar de algo ou alguém –da família, da casa, ou do passado. Equilibre isto, para se sentir bem, sem dívidas com ninguém.
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ilustrada
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AstrologiaLua minguante em Leão: 3/11 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Sintonia entre Lua e Urano torna tudo mais fácil pra você hoje. E assim é que chegam as adesões esperadas no trabalho, e na vida social há fluidez. Você também terá melhor aceitação no amor. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Vênus, Marte e Júpiter em Virgem acentuam capacidade de fechar a semana com um toque perfeito em tudo que você fizer. E a Lua em Gêmeos pede coragem pra mudar de ideias! É o segredo de ouro de hoje. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) A Lua em seu signo, ainda como ontem, reduz as chances de acertar na dose de atenção aos clientes, sócios e cônjuge. Você, mais ligado em si mesmo, poderia se livrar de tarefas mecânicas e sociais. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Nativos deste signo contam com um sexto sentido mais que apurado hoje. Porém, não podem dar ouvidos àquela vozinha insistente que só critica. É o grilo falante mental que atrapalha tudo hoje! No amor, baixa energética. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Em um aspecto fugaz, mas promissor e poderoso, Lua e Mercúrio abrem caminhos interessantes em negociações e estudos. Prováveis viagens curtas no fim de semana serão ótimas pedidas! Amor em alta. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Garra, independência, atividade e presença de espírito se somam e jeito para negociar com todo tipo de gente. Pequenos eventos inesperados do cotidiano não podem tirar sua ginga! Conte com um amigo especialista hoje. LIBRA (23 set. a 22 out.) Um dia de boas surpresas no amor e na amizade, um final de mês feliz para você confirmar certas suspeitas sobre um assistente também. É hora de mudar a equipe! Mantenha segredos sob sete chaves, por enquanto, porém. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Finalize pendências em casa e espere um chamado de amigo que precisa de você. Atente para mal-estares e reações desmedidas, afora isto o astral permanece movimentado, enriquecedor e interessante. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Clima astral tenso para você, que terá de se entender com vontades conflitantes. Ou bem você se relaciona com as pessoas, e está disponível para elas, ou bem arruma ou organiza pendências; tente um equilíbrio! CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Notícias sobre viagens ou viajantes, busca espiritual e de métodos que melhorem sua atenção e conexão interior estão em destaque hoje e amanhã. Amigos empolgados e críticos esperam sua adesão a projeto maior. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Com a Lua em Gêmeos, o mundo do intelecto e as abstrações têm seu lugar de honra garantido num momento em que as demandas do mundo concreto determinam tanto! Para você é um luxo esta sexta-feira. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Enfatizando a vida social, o relacionamento a dois, e a convivência com grupos, você se esquece de cuidar de algo ou alguém –da família, da casa, ou do passado. Equilibre isto, para se sentir bem, sem dívidas com ninguém.
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Lucro da Vale em 2014 sobe 729%, mas houve prejuízo no último trimestre
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Mesmo com o cenário de baixo preço do minério de ferro, o lucro da Vale saltou 729% para R$ 954 milhões em 2014. No ano anterior, o lucro da mineradora brasileira havia sido de R$ 115 milhões. Apesar disso, se contado apenas o quarto trimestre, a empresa teve prejuízo de R$ 4,7 bilhões, uma alta de 42% em relação ao prejuízo de R$ 3,3 bilhões. Na comparação com o resultado negativo verificado no último trimestre de 2013, houve uma melhora no cenário, com queda de 68% em relação aos R$ 14,7 bilhões negativos do período. A empresa registrou prejuízo no trimestre em que ela bateu recorde de produção. O prejuízo decorreu principalmente da queda do preço do minério de ferro, o principal produto vendido pela mineradora, que recuou quase à metade no intervalo de um ano. No último trimestre de 2013, o preço do minério estava em US$ 118,7 a tonelada e em igual período de 2014, estava em US$ 61,57 por tonelada. Ainda assim, o resultado anual da maior produtora de minério de ferro do mundo avançou principalmente pelo fato de a empresa ter batido recordes de produção no último trimestre de 2014, e feito a redução de despesas e a manutenção de sua política de venda de ativos não considerados estratégicos. O preço do minério de ferro, no entanto, reduziu todos os indicadores financeiros da companhia, tais quais receita e geração de caixa. O efeito, contudo, foi mitigado pelo bom desempenho operacional, com recordes de produção de minério de ferro, produto que representa quase 70% de sua receita, cobre e ouro. A receita operacional líquida da Vale caiu 13% em 2014 e ficou em R$ 88,2 bilhões. Em 2013, a receita da mineradora havia sido de R$ 101,4 bilhões. A China continuou a ser o principal destino da produção da Vale, responsável por 33,1% das receitas da companhia. O Brasil respondeu por 17,3% das vendas no ano passado. Apesar de ter ficado no azul, três das suas quatro linhas de produtos da empresa- minerais ferrosos, carvão e fertilizantes- apresentaram redução de receita em 2014 ante 2013. Apenas metais básicos, no que se inclui níquel, cobre ouro e prata, tiveram vendas maiores. "Estamos firmes na nossa estratégia de redução de custos, de otimização do programa de investimentos e na aceleração de desinvestimentos e parcerias", disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira, em teleconferência com analistas na manhã desta quinta-feira (26). Entre as vendas de ativos esperada estão navios cargueiros da empresa chamados Valemax, de grande porte, criados para que a empresa consiga exportar minério para China e manter seus custos competitivos frente aos praticados por mineradoras australianas, que ficam mais próximas do país asiático. A empresa fechou acordo para a venda da 15% da Vale Moçambique e 50% de participação em um corredor logístico Nacala, no mesmo país, para a japonesa Mitisui como forma de dar continuidade ao seu plano de desinvestimento. QUARTO TRIMESTRE A receita líquida avançou para R$ 23,1 bilhões no último trimestre de 2014, montante que representa alta de 12% ante o terceiro trimestre e queda de 22% ante o quarto trimestre de 2013. A geração de caixa medida pelo Ebitda foi de R$ 5,5 bilhões e caiu nas duas bases de comparação. Frente ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 18%. Ante o último trimestre de 2013, o recuo foi de 63%. CAIXA O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa da empresa, também recuou em 2014 para R$ 31,1 bilhões, queda de 36% em relação a 2013. O indicador sofreu impacto principalmente do menor preço das commodities e também de menores dividendos das empresas afiliadas da Vale. O impacto poderia ter sido maior caso o real não estivesse desvalorizado em relação ao dólar. Como a empresa tem custos em real e exporta a maior parte de sua produção, ela se beneficia da alta da moeda americana. DÍVIDA A dívida líquida da Vale avançou 1,4% no ano passado –era de US$ 24,331 bilhões em 2013 e foi para US$ 24,685 bilhões em 2014. A relação dívida/Ebitda, importante indicador do grau de endividamento da empresa que mostra, em tese, em quantos anos o caixa da empresa pagaria sua dívida, era de 1,3 vezes ao final de 2013 e foi para 2,2 vezes ao término de 2014. O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, afirmou que devido ao mau momento do preço das commodities, a alavancagem da empresa deverá aumentar nos próximos dois anos para algo em torno de 3,5 vezes. Ele disse, porém, que não acredita que a empresa terá rebaixado seu grau de investimento pelas agências de risco. MINA ENCALHADA A Vale registrou uma perda de R$ 2,7 bilhão com o projeto de Simandou, mina localizada na Guiné Equatorial, oeste da África. A empresa reconheceu um "impairment", que é um valor de investimento que fica parado, de R$ 1,676 bilhão. A companhia já havia reconhecido no primeiro semestre de 2014 um valor de R$ 1,118 bilhão. Esses valores correspondem aos investimentos feitos na Guiné. Sob a gestão anterior liderada por Roger Agnelli, a Vale pagou R$ 5,5 bilhões em 2010 por 51% da reserva à empresa israelense BSG. O governo da Guiné, porém, viu indícios de corrupção e problemas na concessão dada à BSG e cancelou o contrato de exploração. PRODUÇÃO A Vale registrou recorde na oferta anual de minério de ferro– de 331,6 milhões de toneladas em 2014, incluindo a produção própria de 319,2 milhões de toneladas e 12,3 milhões de toneladas de minério adquirido de terceiros. Principal mina da companhia, Carajás (PA) também teve seu melhor desempenho na história, com extração de 119,7 milhões de toneladas, 14,8 milhões de toneladas acima de 2013. No quarto trimestre, a mineradora bateu recorde de produção para o período, com extração de 83 milhões de toneladas, 1,7 milhões de toneladas a mais que no quarto trimestre de 2013.
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mercado
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Lucro da Vale em 2014 sobe 729%, mas houve prejuízo no último trimestreMesmo com o cenário de baixo preço do minério de ferro, o lucro da Vale saltou 729% para R$ 954 milhões em 2014. No ano anterior, o lucro da mineradora brasileira havia sido de R$ 115 milhões. Apesar disso, se contado apenas o quarto trimestre, a empresa teve prejuízo de R$ 4,7 bilhões, uma alta de 42% em relação ao prejuízo de R$ 3,3 bilhões. Na comparação com o resultado negativo verificado no último trimestre de 2013, houve uma melhora no cenário, com queda de 68% em relação aos R$ 14,7 bilhões negativos do período. A empresa registrou prejuízo no trimestre em que ela bateu recorde de produção. O prejuízo decorreu principalmente da queda do preço do minério de ferro, o principal produto vendido pela mineradora, que recuou quase à metade no intervalo de um ano. No último trimestre de 2013, o preço do minério estava em US$ 118,7 a tonelada e em igual período de 2014, estava em US$ 61,57 por tonelada. Ainda assim, o resultado anual da maior produtora de minério de ferro do mundo avançou principalmente pelo fato de a empresa ter batido recordes de produção no último trimestre de 2014, e feito a redução de despesas e a manutenção de sua política de venda de ativos não considerados estratégicos. O preço do minério de ferro, no entanto, reduziu todos os indicadores financeiros da companhia, tais quais receita e geração de caixa. O efeito, contudo, foi mitigado pelo bom desempenho operacional, com recordes de produção de minério de ferro, produto que representa quase 70% de sua receita, cobre e ouro. A receita operacional líquida da Vale caiu 13% em 2014 e ficou em R$ 88,2 bilhões. Em 2013, a receita da mineradora havia sido de R$ 101,4 bilhões. A China continuou a ser o principal destino da produção da Vale, responsável por 33,1% das receitas da companhia. O Brasil respondeu por 17,3% das vendas no ano passado. Apesar de ter ficado no azul, três das suas quatro linhas de produtos da empresa- minerais ferrosos, carvão e fertilizantes- apresentaram redução de receita em 2014 ante 2013. Apenas metais básicos, no que se inclui níquel, cobre ouro e prata, tiveram vendas maiores. "Estamos firmes na nossa estratégia de redução de custos, de otimização do programa de investimentos e na aceleração de desinvestimentos e parcerias", disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira, em teleconferência com analistas na manhã desta quinta-feira (26). Entre as vendas de ativos esperada estão navios cargueiros da empresa chamados Valemax, de grande porte, criados para que a empresa consiga exportar minério para China e manter seus custos competitivos frente aos praticados por mineradoras australianas, que ficam mais próximas do país asiático. A empresa fechou acordo para a venda da 15% da Vale Moçambique e 50% de participação em um corredor logístico Nacala, no mesmo país, para a japonesa Mitisui como forma de dar continuidade ao seu plano de desinvestimento. QUARTO TRIMESTRE A receita líquida avançou para R$ 23,1 bilhões no último trimestre de 2014, montante que representa alta de 12% ante o terceiro trimestre e queda de 22% ante o quarto trimestre de 2013. A geração de caixa medida pelo Ebitda foi de R$ 5,5 bilhões e caiu nas duas bases de comparação. Frente ao trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 18%. Ante o último trimestre de 2013, o recuo foi de 63%. CAIXA O Ebitda, indicador que mede a geração de caixa da empresa, também recuou em 2014 para R$ 31,1 bilhões, queda de 36% em relação a 2013. O indicador sofreu impacto principalmente do menor preço das commodities e também de menores dividendos das empresas afiliadas da Vale. O impacto poderia ter sido maior caso o real não estivesse desvalorizado em relação ao dólar. Como a empresa tem custos em real e exporta a maior parte de sua produção, ela se beneficia da alta da moeda americana. DÍVIDA A dívida líquida da Vale avançou 1,4% no ano passado –era de US$ 24,331 bilhões em 2013 e foi para US$ 24,685 bilhões em 2014. A relação dívida/Ebitda, importante indicador do grau de endividamento da empresa que mostra, em tese, em quantos anos o caixa da empresa pagaria sua dívida, era de 1,3 vezes ao final de 2013 e foi para 2,2 vezes ao término de 2014. O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, afirmou que devido ao mau momento do preço das commodities, a alavancagem da empresa deverá aumentar nos próximos dois anos para algo em torno de 3,5 vezes. Ele disse, porém, que não acredita que a empresa terá rebaixado seu grau de investimento pelas agências de risco. MINA ENCALHADA A Vale registrou uma perda de R$ 2,7 bilhão com o projeto de Simandou, mina localizada na Guiné Equatorial, oeste da África. A empresa reconheceu um "impairment", que é um valor de investimento que fica parado, de R$ 1,676 bilhão. A companhia já havia reconhecido no primeiro semestre de 2014 um valor de R$ 1,118 bilhão. Esses valores correspondem aos investimentos feitos na Guiné. Sob a gestão anterior liderada por Roger Agnelli, a Vale pagou R$ 5,5 bilhões em 2010 por 51% da reserva à empresa israelense BSG. O governo da Guiné, porém, viu indícios de corrupção e problemas na concessão dada à BSG e cancelou o contrato de exploração. PRODUÇÃO A Vale registrou recorde na oferta anual de minério de ferro– de 331,6 milhões de toneladas em 2014, incluindo a produção própria de 319,2 milhões de toneladas e 12,3 milhões de toneladas de minério adquirido de terceiros. Principal mina da companhia, Carajás (PA) também teve seu melhor desempenho na história, com extração de 119,7 milhões de toneladas, 14,8 milhões de toneladas acima de 2013. No quarto trimestre, a mineradora bateu recorde de produção para o período, com extração de 83 milhões de toneladas, 1,7 milhões de toneladas a mais que no quarto trimestre de 2013.
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Departamento de Justiça dos EUA acusa polícia de Chicago de violência
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos alertou a polícia de Chicago pelo frequente uso excessivo da força, pela tolerância de condutas racistas e pelo abafamento de denúncias de má conduta. As críticas contra a corporação estão contidas em relatório lançado nesta sexta-feira. O documento de 161 páginas é resultado de 13 meses de uma investigação sobre direitos civis lançada após protestos ocorridos naquela cidade contra o assassinato de um jovem negro por um policial branco. O relatório diz que o uso excessivo da força inclui práticas como atirar em suspeitos em fuga e utilizar armas de choque contra crianças. As autoridades de Chicago se comprometeram a buscar soluções para os problemas apontados pelo governo federal. "Com base nesta extensa investigação, o Departamento de Justiça concluiu que há motivos suficientes para acreditar que o Departamento de Polícia de Chicago promove um padrão de práticas de uso excessivo da força, violando a quarta emenda à Constituição", afirmou em entrevista coletiva a secretária de Justiça, Loretta Linch. Adotada em 1792, a quarta emenda constitucional estabelece que os cidadãos americanos devem ser protegidos de "buscas e apreensões despropositadas". Em novembro de 2015, uma série de protestos se seguiu à divulgação de um vídeo de um incidente ocorrido mais de um ano anos em que Jason Van Dyke, um agente branco da polícia de Chicago, aparece disparando à queima roupa 16 vezes contra Laquan McDonald, um adolescente negro. O policial chegou a ser condenado à prisão por homicídio doloso, mas foi liberado após pagar fiança. O relatório contra a polícia de Chicago foi anunciado alguns dias depois de a cidade de Baltimore, no Estado de Maryland, acatar à recomendação do Departamento de Justiça para mudar a forma como policiais fazem uso da força e transportam detentos. Há cerca de dois anos, Baltimore também registrou protestos após a morte de um cidadão negro sob custódia da polícia. O Departamento de Justiça tem acelerado investigações sobre a conduta de policiais a fim de concluí-las antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Durante a campanha eleitoral, o republicano demonstrou posição favorável à atuação das forças de segurança dos EUA.
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mundo
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Departamento de Justiça dos EUA acusa polícia de Chicago de violênciaO Departamento de Justiça dos Estados Unidos alertou a polícia de Chicago pelo frequente uso excessivo da força, pela tolerância de condutas racistas e pelo abafamento de denúncias de má conduta. As críticas contra a corporação estão contidas em relatório lançado nesta sexta-feira. O documento de 161 páginas é resultado de 13 meses de uma investigação sobre direitos civis lançada após protestos ocorridos naquela cidade contra o assassinato de um jovem negro por um policial branco. O relatório diz que o uso excessivo da força inclui práticas como atirar em suspeitos em fuga e utilizar armas de choque contra crianças. As autoridades de Chicago se comprometeram a buscar soluções para os problemas apontados pelo governo federal. "Com base nesta extensa investigação, o Departamento de Justiça concluiu que há motivos suficientes para acreditar que o Departamento de Polícia de Chicago promove um padrão de práticas de uso excessivo da força, violando a quarta emenda à Constituição", afirmou em entrevista coletiva a secretária de Justiça, Loretta Linch. Adotada em 1792, a quarta emenda constitucional estabelece que os cidadãos americanos devem ser protegidos de "buscas e apreensões despropositadas". Em novembro de 2015, uma série de protestos se seguiu à divulgação de um vídeo de um incidente ocorrido mais de um ano anos em que Jason Van Dyke, um agente branco da polícia de Chicago, aparece disparando à queima roupa 16 vezes contra Laquan McDonald, um adolescente negro. O policial chegou a ser condenado à prisão por homicídio doloso, mas foi liberado após pagar fiança. O relatório contra a polícia de Chicago foi anunciado alguns dias depois de a cidade de Baltimore, no Estado de Maryland, acatar à recomendação do Departamento de Justiça para mudar a forma como policiais fazem uso da força e transportam detentos. Há cerca de dois anos, Baltimore também registrou protestos após a morte de um cidadão negro sob custódia da polícia. O Departamento de Justiça tem acelerado investigações sobre a conduta de policiais a fim de concluí-las antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Durante a campanha eleitoral, o republicano demonstrou posição favorável à atuação das forças de segurança dos EUA.
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Ypióca lança rótulo para conquistar público classe A
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GABRIEL PERLINE DE SÃO PAULO Cachaça é bebida de "pinguço"? O novo rótulo da Ypióca, Cinco Chaves, mira o público classe A e quer quebrar esse preconceito. 'A cachaça surgiu como bebida dos escravos e essa fama ficou arraigada', diz Nelson Duarte, mestre-cachaceiro da Ypióca. Leia abaixo entrevista. * O que você tem feito para mudar a imagem da Ypióca? Ela tem muita tradição, são 169 anos de mercado. Com o lançamento de Cinco Chaves, estamos buscando um público classe A, que tenha mais conhecimento sobre a questão sensorial. Estamos abrindo um novo nicho de mercado, mas sem deixar de lado as nossas origens. Esta cachaça é mais elaborada e passou mais tempo envelhecendo. Por que a cachaça ainda é considerada uma bebida de "pinguço"? É uma coisa histórica. A cachaça surgiu como bebida dos escravos e essa fama ficou arraigada. Melhorou muito ao longo dos anos e eu luto para vencer este preconceito. As cachaças convencionais têm baixa variação no teor alcoólico. Por quê? A cachaça precisa ter entre 38% e 48% de álcool. Abaixo disso, é uma bebida alcoólica simples. Acima, é uma aguardente de cana. A maioria varia de 38% a 42% porque é uma faixa que o álcool não é tão pungente, a bebida é mais suave e o público aceita melhor. Leigos em cachaça sentem dificuldades em diferenciar os tipos da bebida. É o alto teor alcoólico que dificulta isso? A cachaça pode ser envelhecida em diferentes madeiras. E a dificuldade vem do fato de os leigos não saberem beber cachaça. Costumam virar o shot num gole e batem o copo na mesa. A cachaça é um destilado de qualidade, precisa ser degustada. E qual é a degustação correta? Comece bebendo água para limpar o território. Em seguida, vem a cachaça. Mas o primeiro gole deve ser curto e o líquido precisa passear pela boca, para sentir as primeiras notas. Seu cérebro será avisado de que um líquido forte está a caminho. Nesse momento, se ela queimar na boca é porque a qualidade pode estar comprometida. O segundo gole pode ser um pouco maior. Respire fundo após ingerir, pois o ar ajuda a intensificar algumas características da bebida.
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saopaulo
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Ypióca lança rótulo para conquistar público classe AGABRIEL PERLINE DE SÃO PAULO Cachaça é bebida de "pinguço"? O novo rótulo da Ypióca, Cinco Chaves, mira o público classe A e quer quebrar esse preconceito. 'A cachaça surgiu como bebida dos escravos e essa fama ficou arraigada', diz Nelson Duarte, mestre-cachaceiro da Ypióca. Leia abaixo entrevista. * O que você tem feito para mudar a imagem da Ypióca? Ela tem muita tradição, são 169 anos de mercado. Com o lançamento de Cinco Chaves, estamos buscando um público classe A, que tenha mais conhecimento sobre a questão sensorial. Estamos abrindo um novo nicho de mercado, mas sem deixar de lado as nossas origens. Esta cachaça é mais elaborada e passou mais tempo envelhecendo. Por que a cachaça ainda é considerada uma bebida de "pinguço"? É uma coisa histórica. A cachaça surgiu como bebida dos escravos e essa fama ficou arraigada. Melhorou muito ao longo dos anos e eu luto para vencer este preconceito. As cachaças convencionais têm baixa variação no teor alcoólico. Por quê? A cachaça precisa ter entre 38% e 48% de álcool. Abaixo disso, é uma bebida alcoólica simples. Acima, é uma aguardente de cana. A maioria varia de 38% a 42% porque é uma faixa que o álcool não é tão pungente, a bebida é mais suave e o público aceita melhor. Leigos em cachaça sentem dificuldades em diferenciar os tipos da bebida. É o alto teor alcoólico que dificulta isso? A cachaça pode ser envelhecida em diferentes madeiras. E a dificuldade vem do fato de os leigos não saberem beber cachaça. Costumam virar o shot num gole e batem o copo na mesa. A cachaça é um destilado de qualidade, precisa ser degustada. E qual é a degustação correta? Comece bebendo água para limpar o território. Em seguida, vem a cachaça. Mas o primeiro gole deve ser curto e o líquido precisa passear pela boca, para sentir as primeiras notas. Seu cérebro será avisado de que um líquido forte está a caminho. Nesse momento, se ela queimar na boca é porque a qualidade pode estar comprometida. O segundo gole pode ser um pouco maior. Respire fundo após ingerir, pois o ar ajuda a intensificar algumas características da bebida.
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Após 22 mortes antes de jogo, Federação Egípcia suspende liga
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A Federação Egípcia de Futebol anunciou nesta segunda-feira (9) a suspensão temporária do campeonato nacional, após a morte de 22 torcedores antes da partida entre Zamalek e ENPPI, no Cairo. Em um comunicado, a federação afirmou que a decisão foi tomada em homenagem às vítimas. Além disso, a entidade voltou a proibir a presença de torcedores em jogos de futebol no país. A medida já havia sido adotada há três anos, quando 74 pessoas morreram em um confronto entre torcedores do Al-Masry e do Al-Ahly, em Port Said. Segundo autoridades do governo, torcedores sem ingresso tentaram invadir o estádio e foram reprimidos pela segurança, com uso de gás lacrimogêneo, o que deu origem ao confronto campal. Em sua página oficial no Facebook, os ultras do Zamalek (facção semelhante às torcidas organizadas), conhecidos como "cavaleiros brancos", contestaram a versão e disseram que o incidente aconteceu porque as autoridades abriram apenas um portão para a entrada dos torcedores no estádio. Em campo, Zamalek e ENPPI empataram em 1 a 1.
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esporte
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Após 22 mortes antes de jogo, Federação Egípcia suspende ligaA Federação Egípcia de Futebol anunciou nesta segunda-feira (9) a suspensão temporária do campeonato nacional, após a morte de 22 torcedores antes da partida entre Zamalek e ENPPI, no Cairo. Em um comunicado, a federação afirmou que a decisão foi tomada em homenagem às vítimas. Além disso, a entidade voltou a proibir a presença de torcedores em jogos de futebol no país. A medida já havia sido adotada há três anos, quando 74 pessoas morreram em um confronto entre torcedores do Al-Masry e do Al-Ahly, em Port Said. Segundo autoridades do governo, torcedores sem ingresso tentaram invadir o estádio e foram reprimidos pela segurança, com uso de gás lacrimogêneo, o que deu origem ao confronto campal. Em sua página oficial no Facebook, os ultras do Zamalek (facção semelhante às torcidas organizadas), conhecidos como "cavaleiros brancos", contestaram a versão e disseram que o incidente aconteceu porque as autoridades abriram apenas um portão para a entrada dos torcedores no estádio. Em campo, Zamalek e ENPPI empataram em 1 a 1.
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Autor de 'Breaking Bad' pede para fãs não jogarem pizza em casa da série
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Parece piada, mas é verdade: alguns fãs de "Breaking Bad" andam reproduzindo uma cena famosa da série e jogando algumas pizzas no telhado da casa de Walter White (Bryan Cranston). Sim, a casa, usada para tomadas externadas da residência da família, existe e fica na cidade de Albuquerque, nos Estados Unidos. Assim como outros cenários da atração, o lugar virou ponto turístico, mas os donos não andam muito felizes com as "homenagens". Segundo o "The Hollywood Reporter", Vince Gilligan, criador da série, fez um apelo aos telespectadores durante um podcast de "Better Call Saul". "Recentemente ouvidos dos donoso que algumas pessoas vão até a propriedade e estão sendo rudes e dizendo coisas como 'Você está na minha propriedade'. Estão jogando pizzas no telhado, fazendo coisas do tipo. Deixem-me dizer uma coisa, isso não tem nada de original, engraçado ou legal em jogar pizza no telhado de uma senhora. Não é engraçado de jeito nenhum. Já fizeram isso antes. Você não é o primeiro a ter essa ideia", afirmou o roteirista, que foi enfático ao afirmar que não considera esses visitantes de verdadeiros fãs de "Breaking Bad". O ato de jogar a pizza no telhado é uma referência ao episódio "Caballo Sin Nombre", da terceira temporada, em que Walt tenta fazer as pazes com Skyler (Anna Gunn). Ao ser rejeitado, ele joga a comida no telhado. Gilligan teve o apoio do ator Jonathan Banks, que interpreta Mike Ehrmantraut nas duas séries. "Se eu pegar você fazendo isso, vou te perseguir", brincou o ator, encarnando o personagem impiedoso.
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ilustrada
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Autor de 'Breaking Bad' pede para fãs não jogarem pizza em casa da sérieParece piada, mas é verdade: alguns fãs de "Breaking Bad" andam reproduzindo uma cena famosa da série e jogando algumas pizzas no telhado da casa de Walter White (Bryan Cranston). Sim, a casa, usada para tomadas externadas da residência da família, existe e fica na cidade de Albuquerque, nos Estados Unidos. Assim como outros cenários da atração, o lugar virou ponto turístico, mas os donos não andam muito felizes com as "homenagens". Segundo o "The Hollywood Reporter", Vince Gilligan, criador da série, fez um apelo aos telespectadores durante um podcast de "Better Call Saul". "Recentemente ouvidos dos donoso que algumas pessoas vão até a propriedade e estão sendo rudes e dizendo coisas como 'Você está na minha propriedade'. Estão jogando pizzas no telhado, fazendo coisas do tipo. Deixem-me dizer uma coisa, isso não tem nada de original, engraçado ou legal em jogar pizza no telhado de uma senhora. Não é engraçado de jeito nenhum. Já fizeram isso antes. Você não é o primeiro a ter essa ideia", afirmou o roteirista, que foi enfático ao afirmar que não considera esses visitantes de verdadeiros fãs de "Breaking Bad". O ato de jogar a pizza no telhado é uma referência ao episódio "Caballo Sin Nombre", da terceira temporada, em que Walt tenta fazer as pazes com Skyler (Anna Gunn). Ao ser rejeitado, ele joga a comida no telhado. Gilligan teve o apoio do ator Jonathan Banks, que interpreta Mike Ehrmantraut nas duas séries. "Se eu pegar você fazendo isso, vou te perseguir", brincou o ator, encarnando o personagem impiedoso.
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Pico de buscas pelo termo 'dengue' no Google é o maior desde 2008 no Brasil
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As procuras pelo termo 'dengue' no fim de março tiveram seu maior pico no site de buscas Google desde abril de 2008. As pesquisas pelo termo entre 22 e 28 de março deste ano foram mais de duas vezes maiores que o pico de pesquisas de 2014, que aconteceu entre os dias 4 e 10 de maio. Entretanto, o número buscado no fim do mês passado ainda é três vezes menor do que o de abril de 2008. De janeiro a novembro daquele ano, o Brasil registrou 788 mil casos de dengue –um recorde para a época–, quase 30% deles no Estado do Rio de Janeiro. Nos primeiros três meses de 2015, foram 460 mil casos. O Google não divulga o número absoluto de buscas, mas apenas a comparação entre datas ou termos. As cinco dúvidas sobre a dengue mais pesquisadas no Brasil nos últimos doze meses no site foram: 1ª) "Existe repelente para a dengue?" 2ª)"Inhame previne dengue?" 3ª) "Dengue provoca espirros?" 4ª) "Gravidez com dengue" 5ª) "Vitamina B previne dengue?" EPIDEMIA O Estado de São Paulo ultrapassou a marca de casos de dengue neste ano suficiente para enquadrá-lo em uma situação de epidemia, conforme dados do Ministério da Saúde obtidos pela Folha. Só nos três primeiros meses do ano, foram 258 mil registros –número sete vezes superior ao registrado em igual período do ano passado, quando houve 35 mil notificações da doença. As informações atualizadas pelo ministério até 28 de março apontam ainda que, além de São Paulo, pelo menos outros três Estados já apresentam incidência epidêmica de dengue: Mato Grosso do Sul, Goiás e Acre. A OMS (Organização Mundial de Saúde) adota essa classificação para lugares com mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes. Pelo último balanço, do começo de março, São Paulo tinha 281 registros a cada 100 mil habitantes. Agora, a proporção atingiu 585. Nos demais Estados em epidemia, a taxa varia de 304 a 882,5. São Paulo, que também enfrentou uma epidemia de dengue há dois anos, concentra mais da metade dos casos do país. A expansão da dengue em 2015 já atinge 24 Estados. Segundo dados tabulados pela Folha a partir do novo balanço do Ministério da Saúde, apenas Amazonas, Espírito Santo e Distrito Federal não registraram aumento de casos em relação ao mesmo período do ano passado.
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cotidiano
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Pico de buscas pelo termo 'dengue' no Google é o maior desde 2008 no BrasilAs procuras pelo termo 'dengue' no fim de março tiveram seu maior pico no site de buscas Google desde abril de 2008. As pesquisas pelo termo entre 22 e 28 de março deste ano foram mais de duas vezes maiores que o pico de pesquisas de 2014, que aconteceu entre os dias 4 e 10 de maio. Entretanto, o número buscado no fim do mês passado ainda é três vezes menor do que o de abril de 2008. De janeiro a novembro daquele ano, o Brasil registrou 788 mil casos de dengue –um recorde para a época–, quase 30% deles no Estado do Rio de Janeiro. Nos primeiros três meses de 2015, foram 460 mil casos. O Google não divulga o número absoluto de buscas, mas apenas a comparação entre datas ou termos. As cinco dúvidas sobre a dengue mais pesquisadas no Brasil nos últimos doze meses no site foram: 1ª) "Existe repelente para a dengue?" 2ª)"Inhame previne dengue?" 3ª) "Dengue provoca espirros?" 4ª) "Gravidez com dengue" 5ª) "Vitamina B previne dengue?" EPIDEMIA O Estado de São Paulo ultrapassou a marca de casos de dengue neste ano suficiente para enquadrá-lo em uma situação de epidemia, conforme dados do Ministério da Saúde obtidos pela Folha. Só nos três primeiros meses do ano, foram 258 mil registros –número sete vezes superior ao registrado em igual período do ano passado, quando houve 35 mil notificações da doença. As informações atualizadas pelo ministério até 28 de março apontam ainda que, além de São Paulo, pelo menos outros três Estados já apresentam incidência epidêmica de dengue: Mato Grosso do Sul, Goiás e Acre. A OMS (Organização Mundial de Saúde) adota essa classificação para lugares com mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes. Pelo último balanço, do começo de março, São Paulo tinha 281 registros a cada 100 mil habitantes. Agora, a proporção atingiu 585. Nos demais Estados em epidemia, a taxa varia de 304 a 882,5. São Paulo, que também enfrentou uma epidemia de dengue há dois anos, concentra mais da metade dos casos do país. A expansão da dengue em 2015 já atinge 24 Estados. Segundo dados tabulados pela Folha a partir do novo balanço do Ministério da Saúde, apenas Amazonas, Espírito Santo e Distrito Federal não registraram aumento de casos em relação ao mesmo período do ano passado.
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Nem todos ganham mais com nova regra para cálculo da aposentadoria
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Nem todo mundo ganha com a nova regra proposta pela Câmara para as aposentadorias, que garante benefício integral se a soma da idade e do tempo de contribuição der 85, para a mulher, ou 95, para o homem. Para ter o benefício sem o corte previsto pelo fator previdenciário, grande parte dos segurados da Previdência terá que trabalhar mais que o necessário para se aposentar se o novo sistema prevalecer. Um homem que possa se aposentar com 54 anos de idade precisaria adiar a aposentadoria por três anos para não sofrer cortes, dizem especialistas. Ou seja, o novo modelo só traria vantagem para ele se ele puder esperar e abrir mão do benefício da Previdência nesse período. "O trabalhador mais velho começa a ter mais gastos, com cuidados médicos, novos produtos etc., e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Se aposenta assim que pode e continua trabalhando", afirma o advogado Wladimir Novaes Martinez, especialista no tema. Segundo o Ministério da Previdência, mais da metade (55%) das aposentadorias por tempo de contribuição eram concedidas a segurados com até 54 anos em 2013, e 87% eram concedidas a pessoas com até 59 anos de idade. Os mais beneficiados pela mudança seriam os que se aposentam perto dos 60 anos –só 11% dos segurados se aposenta entre 60 e 64 anos. "Essas pessoas já são beneficiadas pela regra atual", diz o consultor Newton Conde. Para ele, dificilmente alguém que tenha que trabalhar por mais tempo para aproveitar a nova regra adiará o pedido da aposentadoria. O advogado Daisson Portanova concorda. "Se o desemprego aumentar, mais gente vai optar pela aposentadoria o quanto antes", afirma.
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Nem todos ganham mais com nova regra para cálculo da aposentadoriaNem todo mundo ganha com a nova regra proposta pela Câmara para as aposentadorias, que garante benefício integral se a soma da idade e do tempo de contribuição der 85, para a mulher, ou 95, para o homem. Para ter o benefício sem o corte previsto pelo fator previdenciário, grande parte dos segurados da Previdência terá que trabalhar mais que o necessário para se aposentar se o novo sistema prevalecer. Um homem que possa se aposentar com 54 anos de idade precisaria adiar a aposentadoria por três anos para não sofrer cortes, dizem especialistas. Ou seja, o novo modelo só traria vantagem para ele se ele puder esperar e abrir mão do benefício da Previdência nesse período. "O trabalhador mais velho começa a ter mais gastos, com cuidados médicos, novos produtos etc., e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Se aposenta assim que pode e continua trabalhando", afirma o advogado Wladimir Novaes Martinez, especialista no tema. Segundo o Ministério da Previdência, mais da metade (55%) das aposentadorias por tempo de contribuição eram concedidas a segurados com até 54 anos em 2013, e 87% eram concedidas a pessoas com até 59 anos de idade. Os mais beneficiados pela mudança seriam os que se aposentam perto dos 60 anos –só 11% dos segurados se aposenta entre 60 e 64 anos. "Essas pessoas já são beneficiadas pela regra atual", diz o consultor Newton Conde. Para ele, dificilmente alguém que tenha que trabalhar por mais tempo para aproveitar a nova regra adiará o pedido da aposentadoria. O advogado Daisson Portanova concorda. "Se o desemprego aumentar, mais gente vai optar pela aposentadoria o quanto antes", afirma.
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Polícia Federal investiga ameaças a ministro Edinho Silva na internet
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O Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal abra inquérito para investigar as ameaças de morte ao ministro Edinho Silva (Comunicação Social) registradas na Internet. Um internauta crítico ao PT publicou em uma página do ministro nas redes sociais um comentário afirmando que Edinho e os petistas vão morrer. "Olha Edição Silva [sic], filho da puta, quem vai morrer é você e os petistas", escreveu o internauta. "Não ande tão tranquilo. Já tem gente na sua cola. Comunista filho da puta.". As ameaças foram publicadas abaixo do link de uma entrevista em que o ministro pedia a retomada do diálogo. De acordo com o Ministério da Justiça, a PF já deu início à apuração do episódio. O autor das postagens tem um perfil ativo nas redes sociais. Ele publica textos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Facebook, além de uma série de notícias relacionadas ao escândalo da Petrobras. O autor das postagens tem um perfil ativo nas redes sociais. Ele publica textos contra o PT e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Facebook, além de uma série de notícias relacionadas ao escândalo da Petrobras. A última mensagem postada pelo autor da ameaça é um vídeo que prega a intervenção militar e que cita, de forma distorcida, a fala feita por Edinho nesta quinta. "Edinho Silva veio falar que se nós não baixarmos o tom vai morrer gente. Estamos sendo ameaçados por esses vermelhos filhos da mãe. Cadê o povo, cadê o Exército, quem vai nos defender?", indaga o homem que aparece no filme. Edinho classificou a ameaça como "mais um exemplo do grau de intolerância que existe no país". "Hoje as pessoas falam em matar de uma forma simplista, como se isso não significasse nada. Mais uma vez digo que é preciso que todas as lideranças que têm responsabilidade com o país tomem iniciativas que combatam a intolerância", afirmou.
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Polícia Federal investiga ameaças a ministro Edinho Silva na internetO Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal abra inquérito para investigar as ameaças de morte ao ministro Edinho Silva (Comunicação Social) registradas na Internet. Um internauta crítico ao PT publicou em uma página do ministro nas redes sociais um comentário afirmando que Edinho e os petistas vão morrer. "Olha Edição Silva [sic], filho da puta, quem vai morrer é você e os petistas", escreveu o internauta. "Não ande tão tranquilo. Já tem gente na sua cola. Comunista filho da puta.". As ameaças foram publicadas abaixo do link de uma entrevista em que o ministro pedia a retomada do diálogo. De acordo com o Ministério da Justiça, a PF já deu início à apuração do episódio. O autor das postagens tem um perfil ativo nas redes sociais. Ele publica textos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Facebook, além de uma série de notícias relacionadas ao escândalo da Petrobras. O autor das postagens tem um perfil ativo nas redes sociais. Ele publica textos contra o PT e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Facebook, além de uma série de notícias relacionadas ao escândalo da Petrobras. A última mensagem postada pelo autor da ameaça é um vídeo que prega a intervenção militar e que cita, de forma distorcida, a fala feita por Edinho nesta quinta. "Edinho Silva veio falar que se nós não baixarmos o tom vai morrer gente. Estamos sendo ameaçados por esses vermelhos filhos da mãe. Cadê o povo, cadê o Exército, quem vai nos defender?", indaga o homem que aparece no filme. Edinho classificou a ameaça como "mais um exemplo do grau de intolerância que existe no país". "Hoje as pessoas falam em matar de uma forma simplista, como se isso não significasse nada. Mais uma vez digo que é preciso que todas as lideranças que têm responsabilidade com o país tomem iniciativas que combatam a intolerância", afirmou.
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'É no voto direto que vamos vencer Lula', diz Doria
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a fazer duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante discurso em mais uma ação de zeladoria Cidade Linda na zona sul da capital, divisa com São Bernardo do Campo, reduto eleitoral do petista. "Nós não estamos aqui para fazer discurso político, mas já que estamos na divisa de São Paulo com São Bernardo vale lembrar ao povo que o Lula e a anta da Dilma enterraram o Brasil nesses 13 anos de governo na maior recessão da história do país." Aos gritos de "Lula na cadeia" da plateia, Doria reagiu: "A Justiça já foi feita e vai continuar a ser feita. [É um recado] aos petistas que não sabem o que é trabalho porque têm como espelho o Lula, o espelho da vagabundagem, que trabalhou durante oito anos nessa vida e depois viveu das benesses do poder junto a empreiteiros e construtoras." Lula foi condenado por corrupção passiva em primeira instância nesta semana. Apesar de ter dito que "não precisa ser candidato para se expressar" porque foi eleito, Doria transformou a presença na ação de zeladoria em palanque eleitoral. "É no voto direto que vamos vencer do Lula, da Dilma e dos outros sem-vergonha do PT. Nós não vamos deixar e não vai ser por medida judicial. Depois de ser condenado pelo voto, Lula vai ser condenado pelo juiz Sergio Moro a ver o sol nascer quadrado em Curitiba. Antes, vai ser derrotado na urna pelo voto do povo brasileiro", disse Doria que foi ovacionado aos gritos de "presidente" da plateia.
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'É no voto direto que vamos vencer Lula', diz DoriaO prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a fazer duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante discurso em mais uma ação de zeladoria Cidade Linda na zona sul da capital, divisa com São Bernardo do Campo, reduto eleitoral do petista. "Nós não estamos aqui para fazer discurso político, mas já que estamos na divisa de São Paulo com São Bernardo vale lembrar ao povo que o Lula e a anta da Dilma enterraram o Brasil nesses 13 anos de governo na maior recessão da história do país." Aos gritos de "Lula na cadeia" da plateia, Doria reagiu: "A Justiça já foi feita e vai continuar a ser feita. [É um recado] aos petistas que não sabem o que é trabalho porque têm como espelho o Lula, o espelho da vagabundagem, que trabalhou durante oito anos nessa vida e depois viveu das benesses do poder junto a empreiteiros e construtoras." Lula foi condenado por corrupção passiva em primeira instância nesta semana. Apesar de ter dito que "não precisa ser candidato para se expressar" porque foi eleito, Doria transformou a presença na ação de zeladoria em palanque eleitoral. "É no voto direto que vamos vencer do Lula, da Dilma e dos outros sem-vergonha do PT. Nós não vamos deixar e não vai ser por medida judicial. Depois de ser condenado pelo voto, Lula vai ser condenado pelo juiz Sergio Moro a ver o sol nascer quadrado em Curitiba. Antes, vai ser derrotado na urna pelo voto do povo brasileiro", disse Doria que foi ovacionado aos gritos de "presidente" da plateia.
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Ueba! Dilma estourou o cartão!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E o Datafolha: "62% dizem ter medo da PM". E 38% ficaram com medo de responder! Rarará! E adorei a charge do Aliedo com dois empresários empreiteiros: "Ainda tá solto?". Rarará! E a frase da semana fica com a Granda Chefa Toura Sentada Dilma: "Não vamos colocar meta, vamos deixar a meta aberta. E, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta". Agora eu vou substituir por mandioca: "Não vamos colocar mandioca, vamos deixar a mandioca aberta. E, quando atingirmos a mandioca, vamos dobrar a mandioca". Nããão! Dobrar a mandioca, não! Rarará. E essa frase está sendo usada em todas as situações. Tuiteiro Robson Soares: "Sábado! Quantas vamos tomar hoje?". "Não vamos colocar meta, vamos deixar a meta aberta. E, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta". Quem escreveu essa frase pra ela foi o Bial? Bial Feelings! Rarará! E atenção! Coxinhas e coxinhos, novo candidato a prefeito de São Paulo: João Dória Jr. Todo paulista vai ter que andar com pulôver laranja amarrado no pescoço! Vai ter faixa exclusiva para Land Rovers. Ciclorovers! E a camiseta da campanha: "I Coxinha São Paulo". Rarará. E o "Piauí Herald" revela que o Amaury Jr. vai ser prefeito de Campos do Jordão! E o Kid Bengala prefeito de Itu. E que o Justus não sabe se volta pra Record ou vira prefeito de Orlando. Rarará. O Justus Sustus parece jacaré do Pantanal tomando sol: nem pisca o olho! Rarará! E esta: "Advogada Beatriz Catta Preta diz estar sendo ameaçada pela CPI". CPI quer dizer o Cunha. O Cunha não tem pau de selfie, tem pau mandado. Ele deve ter o pau torto e pau mandado. E quer melar a Lava Jato! E a Catta Preta tem que mudar de nome pra Caixa Preta. Beatriz Caixa Preta! E, quando abrir a caixa preta, pula o Cunha. Que nem aqueles palhaços com mola! Rarará! E a crise? Não tem mais dinheiro. Estouraram o cartão. A Dilma estourou o cartão! É isso! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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colunas
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Ueba! Dilma estourou o cartão!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E o Datafolha: "62% dizem ter medo da PM". E 38% ficaram com medo de responder! Rarará! E adorei a charge do Aliedo com dois empresários empreiteiros: "Ainda tá solto?". Rarará! E a frase da semana fica com a Granda Chefa Toura Sentada Dilma: "Não vamos colocar meta, vamos deixar a meta aberta. E, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta". Agora eu vou substituir por mandioca: "Não vamos colocar mandioca, vamos deixar a mandioca aberta. E, quando atingirmos a mandioca, vamos dobrar a mandioca". Nããão! Dobrar a mandioca, não! Rarará. E essa frase está sendo usada em todas as situações. Tuiteiro Robson Soares: "Sábado! Quantas vamos tomar hoje?". "Não vamos colocar meta, vamos deixar a meta aberta. E, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta". Quem escreveu essa frase pra ela foi o Bial? Bial Feelings! Rarará! E atenção! Coxinhas e coxinhos, novo candidato a prefeito de São Paulo: João Dória Jr. Todo paulista vai ter que andar com pulôver laranja amarrado no pescoço! Vai ter faixa exclusiva para Land Rovers. Ciclorovers! E a camiseta da campanha: "I Coxinha São Paulo". Rarará. E o "Piauí Herald" revela que o Amaury Jr. vai ser prefeito de Campos do Jordão! E o Kid Bengala prefeito de Itu. E que o Justus não sabe se volta pra Record ou vira prefeito de Orlando. Rarará. O Justus Sustus parece jacaré do Pantanal tomando sol: nem pisca o olho! Rarará! E esta: "Advogada Beatriz Catta Preta diz estar sendo ameaçada pela CPI". CPI quer dizer o Cunha. O Cunha não tem pau de selfie, tem pau mandado. Ele deve ter o pau torto e pau mandado. E quer melar a Lava Jato! E a Catta Preta tem que mudar de nome pra Caixa Preta. Beatriz Caixa Preta! E, quando abrir a caixa preta, pula o Cunha. Que nem aqueles palhaços com mola! Rarará! E a crise? Não tem mais dinheiro. Estouraram o cartão. A Dilma estourou o cartão! É isso! Rarará! Nóis sofre mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Sanders, Krugman e o PT
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O candidato democrata Bernie Sanders tem despertado grande entusiasmo nas prévias presidenciais norte-americanas. Ainda é provável que perca a indicação para Hillary Clinton, mas seu desempenho até agora é extraordinário. O fenômeno Sanders é tão impressionante que já passou no teste de relevância de toda ideia política global: ser avacalhada no Brasil. Segundo o Painel da Folha de 16 de fevereiro, Andrea Matarazzo, o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, pretende se apresentar como um Sanders brasileiro. Nos últimos dias, um plano econômico que circulou dentro da campanha de Sanders despertou duras críticas. Quatro ex-chefes do Conselho de Conselheiros Econômicos dos governos Clinton e Obama escreveram uma carta a Sanders em que lamentam a falta de realismo do plano, que projeta crescimento de 5% para a economia norte-americana, um número muito alto para uma economia desenvolvida. A carta também alerta contra o risco do partido democrata perder a reputação de "partido da aritmética responsável", por oposição à tradição republicana de defender cortes de impostos insustentáveis. Quando os autores da carta passaram a ser criticados por defensores de Sanders como "vendidos", o Nobel de economia Paul Krugman, que apoia Hilary Clinton nas prévias democratas, saiu em defesa dos missivistas e reforçou o alerta: não instalem no partido democrata a mesma dinâmica que, entre os republicanos, obriga os candidatos a provarem sua lealdade dizendo coisas claramente contrárias à evidência. Krugman é frequentemente citado nos debates brasileiros por suas críticas às políticas de austeridade implementadas no primeiro mundo desde 2008. As citações são, a meu ver, insatisfatórias. A situação do Brasil atual e da Europa do pós-crise são quase que perfeitamente opostas: na Europa o juro já havia baixado a zero (ou perto de zero) e havia risco de deflação; no Brasil os juros são muito altos e a inflação persiste. Na Europa erraram por fazer pouca política anticrise; no Brasil, por fazer política anticrise demais. Mas já que, felizmente, todos lemos Krugman agora, devíamos também ouvir seu apelo por uma esquerda que não brigue com os números. O descaso pela "aritmética responsável" não é raro nas discussões atuais no Partido dos Trabalhadores, em especial desde que Dilma Rousseff propôs a reforma da Previdência. Ainda circulam mitos como "se baixasse os juros teria dinheiro para tudo", que são tão picaretas quanto os cortes de impostos que "pagarão por si mesmos" dos republicanos doidões. O ativismo dos defensores de Sanders, que tanta energia infundiu no partido democrata americano, é bastante familiar à esquerda brasileira. Sempre que vejo alguém dizendo que o PT precisa se inspirar na campanha de Sanders, ou no Podemos espanhol, penso: essa é a parte que já sabemos fazer (ou a que seria fácil relembrarmos como se faz). Precisamos agora é readequar os projetos da esquerda a análises mais sólidas da realidade brasileira, que não tenham sido feitas apenas para justificar o que já achávamos. Até porque, na disputa de picaretas, a esquerda não vai ganhar nunca: a direita tem grandes economistas, mas, se precisar de picaretas, tem dinheiro para comprar todos os disponíveis no mercado, inclusive os da esquerda.
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Sanders, Krugman e o PTO candidato democrata Bernie Sanders tem despertado grande entusiasmo nas prévias presidenciais norte-americanas. Ainda é provável que perca a indicação para Hillary Clinton, mas seu desempenho até agora é extraordinário. O fenômeno Sanders é tão impressionante que já passou no teste de relevância de toda ideia política global: ser avacalhada no Brasil. Segundo o Painel da Folha de 16 de fevereiro, Andrea Matarazzo, o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, pretende se apresentar como um Sanders brasileiro. Nos últimos dias, um plano econômico que circulou dentro da campanha de Sanders despertou duras críticas. Quatro ex-chefes do Conselho de Conselheiros Econômicos dos governos Clinton e Obama escreveram uma carta a Sanders em que lamentam a falta de realismo do plano, que projeta crescimento de 5% para a economia norte-americana, um número muito alto para uma economia desenvolvida. A carta também alerta contra o risco do partido democrata perder a reputação de "partido da aritmética responsável", por oposição à tradição republicana de defender cortes de impostos insustentáveis. Quando os autores da carta passaram a ser criticados por defensores de Sanders como "vendidos", o Nobel de economia Paul Krugman, que apoia Hilary Clinton nas prévias democratas, saiu em defesa dos missivistas e reforçou o alerta: não instalem no partido democrata a mesma dinâmica que, entre os republicanos, obriga os candidatos a provarem sua lealdade dizendo coisas claramente contrárias à evidência. Krugman é frequentemente citado nos debates brasileiros por suas críticas às políticas de austeridade implementadas no primeiro mundo desde 2008. As citações são, a meu ver, insatisfatórias. A situação do Brasil atual e da Europa do pós-crise são quase que perfeitamente opostas: na Europa o juro já havia baixado a zero (ou perto de zero) e havia risco de deflação; no Brasil os juros são muito altos e a inflação persiste. Na Europa erraram por fazer pouca política anticrise; no Brasil, por fazer política anticrise demais. Mas já que, felizmente, todos lemos Krugman agora, devíamos também ouvir seu apelo por uma esquerda que não brigue com os números. O descaso pela "aritmética responsável" não é raro nas discussões atuais no Partido dos Trabalhadores, em especial desde que Dilma Rousseff propôs a reforma da Previdência. Ainda circulam mitos como "se baixasse os juros teria dinheiro para tudo", que são tão picaretas quanto os cortes de impostos que "pagarão por si mesmos" dos republicanos doidões. O ativismo dos defensores de Sanders, que tanta energia infundiu no partido democrata americano, é bastante familiar à esquerda brasileira. Sempre que vejo alguém dizendo que o PT precisa se inspirar na campanha de Sanders, ou no Podemos espanhol, penso: essa é a parte que já sabemos fazer (ou a que seria fácil relembrarmos como se faz). Precisamos agora é readequar os projetos da esquerda a análises mais sólidas da realidade brasileira, que não tenham sido feitas apenas para justificar o que já achávamos. Até porque, na disputa de picaretas, a esquerda não vai ganhar nunca: a direita tem grandes economistas, mas, se precisar de picaretas, tem dinheiro para comprar todos os disponíveis no mercado, inclusive os da esquerda.
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Gás natural liquefeito transforma Qatar em gigante energético
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A temperatura ambiente girava em torno de 38°C quando uma tubulação foi ligada a um gigantesco navio de casco vermelho. Apesar do calor, a umidade do ar se congelou em flocos dentro dos canos, formando uma rajada como se fosse de neve. Essa imagem paradoxal é comum nesse navio qatariano, o Al-Rekayyat, que carrega um combustível gelado chamado gás natural liquefeito. O gás natural, quando refrigerado a -162°C, transforma-se em um líquido com uma fração do seu volume inicial. Esse processo revolucionou a atividade de extração e venda de gás natural, permitindo que o combustível seja embarcado em navios e distribuído para o mundo todo. Após investir dezenas de bilhões de dólares, o Qatar está na linha de frente desse setor. O Al Rekayyat —que pertence à frota do emirado, tem mais de 300 metros de comprimento e é operado pela Royal Dutch Shell— costuma navegar para China, Japão, Índia, Dubai e País de Gales. O Qatar, país outrora dependente da pesca e da coleta de pérolas por mergulhadores, tornou-se um gigante relativamente novo no mercado energético global. Na década de 1970, a Shell descobriu nas águas qatarianas a maior jazida mundial de gás natural. No entanto, não havia mercado para esse combustível —os potenciais clientes na Europa estavam distantes demais para serem alcançados por gasodutos, o método usual. A Shell então se afastou. No entanto, em meados da década de 1990, vendo o exemplo da Malásia e da Indonésia, o Qatar e seu então emir, Hamad bin Khalifa al-Thani, começaram a promover o GNL (gás natural liquefeito). A Exxon Mobil foi um importante investidor inicial; Shell, Total e ConocoPhillips vieram em seguida. O Qatar e os seus parceiros energéticos levaram essa atividade a um novo patamar, desenvolvendo usinas bem maiores e mais eficientes. No ano passado, o Qatar produziu cerca de um terço de todo o gás natural liquefeito do mundo, embora a Austrália e os EUA também tenham grandes ambições exportadoras. O Qatar se tornou o país mais rico do planeta em termos de PIB per capita. Apesar de o setor atualmente ter um crescimento praticamente nulo, nas últimas duas décadas o volume produzido mundialmente quase quadruplicou, chegando a cerca de 240 milhões de toneladas por ano, o que representa cerca de um terço das exportações totais de gás. As vendas anuais são estimadas em US$ 180 bilhões. Em Ras Laffan, um promontório no deserto a cerca de uma hora de viagem de Doha (capital), tanques de armazenamento, oleodutos e outras instalações se destacam na paisagem. O gás chega de poços em alto-mar e em seguida passa por uma série de unidades de refrigeração que limpam o combustível e o resfriam até ficar líquido. A Qatargas e a RasGas, duas empresas exportadoras do emirado, possuem 14 instalações desse tipo. Graças à sua capacidade de produzir e processar enormes quantidades de gás, o Qatar consegue manter os custos baixos. A empresa IHS, especializada em pesquisas de mercado, estima que o preço de extrair e liquefazer gás no Qatar seja de US$ 2 por milhão de BTUs, a unidade-padrão de medida para o gás natural. Em projetos planejados nos EUA, na África e na Austrália, o valor é de US$ 8 a US$ 12. A estrutura de baixo custo permite que o Qatar ganhe dinheiro mesmo em um momento de resfriamento do mercado, com preços reduzidos, como atualmente. Os qatarianos originalmente planejavam levar grande parte do seu GNL para os Estados Unidos e a Europa, mas esses planos foram frustrados pelo boom do gás de xisto na América do Norte. Em vez disso, no ano passado, países asiáticos como China, Índia e Coreia do Sul receberam três quartos do gás qatariano. O Japão foi o maior cliente do Qatar, já que suas empresas elétricas adotaram o gás natural em lugar da matriz nuclear depois do acidente de Fukushima, em 2011. A guinada do Qatar em direção à Ásia reflete um padrão mais amplo no setor petrolífero. Nos últimos anos, os produtores do golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Iraque e Irã, ficaram mais focados na Ásia, onde cresce a demanda por importações energéticas. O Qatar está bem posicionado para atender aos mercados asiáticos, especialmente a Índia, que fica a poucos dias de navegação. Parte importante do esforço qatariano tem a ver com a sua nova frota de navios-tanques, substancialmente maiores e mais eficientes do que os modelos anteriores. É o caso do Al Rekayyat, que, após ser abastecido com uma carga de GNL estimada em cerca de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões, zarpou para Hazira, na Índia, onde um moderno píer da Shell o esperava.
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Gás natural liquefeito transforma Qatar em gigante energéticoA temperatura ambiente girava em torno de 38°C quando uma tubulação foi ligada a um gigantesco navio de casco vermelho. Apesar do calor, a umidade do ar se congelou em flocos dentro dos canos, formando uma rajada como se fosse de neve. Essa imagem paradoxal é comum nesse navio qatariano, o Al-Rekayyat, que carrega um combustível gelado chamado gás natural liquefeito. O gás natural, quando refrigerado a -162°C, transforma-se em um líquido com uma fração do seu volume inicial. Esse processo revolucionou a atividade de extração e venda de gás natural, permitindo que o combustível seja embarcado em navios e distribuído para o mundo todo. Após investir dezenas de bilhões de dólares, o Qatar está na linha de frente desse setor. O Al Rekayyat —que pertence à frota do emirado, tem mais de 300 metros de comprimento e é operado pela Royal Dutch Shell— costuma navegar para China, Japão, Índia, Dubai e País de Gales. O Qatar, país outrora dependente da pesca e da coleta de pérolas por mergulhadores, tornou-se um gigante relativamente novo no mercado energético global. Na década de 1970, a Shell descobriu nas águas qatarianas a maior jazida mundial de gás natural. No entanto, não havia mercado para esse combustível —os potenciais clientes na Europa estavam distantes demais para serem alcançados por gasodutos, o método usual. A Shell então se afastou. No entanto, em meados da década de 1990, vendo o exemplo da Malásia e da Indonésia, o Qatar e seu então emir, Hamad bin Khalifa al-Thani, começaram a promover o GNL (gás natural liquefeito). A Exxon Mobil foi um importante investidor inicial; Shell, Total e ConocoPhillips vieram em seguida. O Qatar e os seus parceiros energéticos levaram essa atividade a um novo patamar, desenvolvendo usinas bem maiores e mais eficientes. No ano passado, o Qatar produziu cerca de um terço de todo o gás natural liquefeito do mundo, embora a Austrália e os EUA também tenham grandes ambições exportadoras. O Qatar se tornou o país mais rico do planeta em termos de PIB per capita. Apesar de o setor atualmente ter um crescimento praticamente nulo, nas últimas duas décadas o volume produzido mundialmente quase quadruplicou, chegando a cerca de 240 milhões de toneladas por ano, o que representa cerca de um terço das exportações totais de gás. As vendas anuais são estimadas em US$ 180 bilhões. Em Ras Laffan, um promontório no deserto a cerca de uma hora de viagem de Doha (capital), tanques de armazenamento, oleodutos e outras instalações se destacam na paisagem. O gás chega de poços em alto-mar e em seguida passa por uma série de unidades de refrigeração que limpam o combustível e o resfriam até ficar líquido. A Qatargas e a RasGas, duas empresas exportadoras do emirado, possuem 14 instalações desse tipo. Graças à sua capacidade de produzir e processar enormes quantidades de gás, o Qatar consegue manter os custos baixos. A empresa IHS, especializada em pesquisas de mercado, estima que o preço de extrair e liquefazer gás no Qatar seja de US$ 2 por milhão de BTUs, a unidade-padrão de medida para o gás natural. Em projetos planejados nos EUA, na África e na Austrália, o valor é de US$ 8 a US$ 12. A estrutura de baixo custo permite que o Qatar ganhe dinheiro mesmo em um momento de resfriamento do mercado, com preços reduzidos, como atualmente. Os qatarianos originalmente planejavam levar grande parte do seu GNL para os Estados Unidos e a Europa, mas esses planos foram frustrados pelo boom do gás de xisto na América do Norte. Em vez disso, no ano passado, países asiáticos como China, Índia e Coreia do Sul receberam três quartos do gás qatariano. O Japão foi o maior cliente do Qatar, já que suas empresas elétricas adotaram o gás natural em lugar da matriz nuclear depois do acidente de Fukushima, em 2011. A guinada do Qatar em direção à Ásia reflete um padrão mais amplo no setor petrolífero. Nos últimos anos, os produtores do golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Iraque e Irã, ficaram mais focados na Ásia, onde cresce a demanda por importações energéticas. O Qatar está bem posicionado para atender aos mercados asiáticos, especialmente a Índia, que fica a poucos dias de navegação. Parte importante do esforço qatariano tem a ver com a sua nova frota de navios-tanques, substancialmente maiores e mais eficientes do que os modelos anteriores. É o caso do Al Rekayyat, que, após ser abastecido com uma carga de GNL estimada em cerca de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões, zarpou para Hazira, na Índia, onde um moderno píer da Shell o esperava.
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Mesmo após tombo, ações na educação são vistas com otimismo por analistas
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Mesmo com a incerteza trazida ao setor com as novas regras para o Fies, as companhias de educação continuam na mira de analistas. Isso porque o setor é um dos únicos, na visão deles, com possibilidade de expansão neste ano. "Antes das novas regras, nós estávamos bem otimistas para o segmento. A Bolsa corrigia [variava para baixo] e essas empresas continuavam com tendência de alta", afirma Danilo de Julio, da Concórdia. Nas últimas semanas, as ações das companhias de educação levaram um tombo, atribuídas não só às novas normas em si como também às incertezas do resultado que elas podem acarretar. Como elas só entram em vigor em abril, analistas do Citibank afirmam, em relatório, que neste ano o impacto só será parcialmente visível, e mais para o final do período. Na visão de Ricardo Kim, da XP Investimentos, mesmo ponderando os riscos que a portaria trouxe, a queda das ações foi exagerada. Ele continua recomendando exposição ao setor. "Para quem não tem ações de companhias de educação, [a queda] é boa oportunidade de entrada." Ele diz, contudo, que o investidor não deve concentrar seu patrimônio no segmento e deve sempre buscar diversificação. Para quem tem uma parcela muito grande de seu portfólio no setor, ele afirma ser melhor diminuir um pouco a fatia. Tanto Kim quanto os analistas do Citibank destacam que há expansão crescente no ensino à distância, o que deve incrementar as receitas dessas companhias. Em relatório, os analistas da corretora do Bradesco afirmam acreditar que "o mercado já precificou a maioria dos impactos negativos e dos riscos das novas medidas do governo" com as recentes quedas nos preços das ações. Por isso, a corretora mantém a recomendação de compra para algumas das ações do setor, com destaque para a Estácio –também a preferida do Citibank–, num cenário, segundo explicam os analistas, em que as novas regras não sejam revisadas. Julio, da Concórdia, é mais cauteloso: sua recomendação a quem não tem ações de educacionais é "ficar fora, mas atento".
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Mesmo após tombo, ações na educação são vistas com otimismo por analistasMesmo com a incerteza trazida ao setor com as novas regras para o Fies, as companhias de educação continuam na mira de analistas. Isso porque o setor é um dos únicos, na visão deles, com possibilidade de expansão neste ano. "Antes das novas regras, nós estávamos bem otimistas para o segmento. A Bolsa corrigia [variava para baixo] e essas empresas continuavam com tendência de alta", afirma Danilo de Julio, da Concórdia. Nas últimas semanas, as ações das companhias de educação levaram um tombo, atribuídas não só às novas normas em si como também às incertezas do resultado que elas podem acarretar. Como elas só entram em vigor em abril, analistas do Citibank afirmam, em relatório, que neste ano o impacto só será parcialmente visível, e mais para o final do período. Na visão de Ricardo Kim, da XP Investimentos, mesmo ponderando os riscos que a portaria trouxe, a queda das ações foi exagerada. Ele continua recomendando exposição ao setor. "Para quem não tem ações de companhias de educação, [a queda] é boa oportunidade de entrada." Ele diz, contudo, que o investidor não deve concentrar seu patrimônio no segmento e deve sempre buscar diversificação. Para quem tem uma parcela muito grande de seu portfólio no setor, ele afirma ser melhor diminuir um pouco a fatia. Tanto Kim quanto os analistas do Citibank destacam que há expansão crescente no ensino à distância, o que deve incrementar as receitas dessas companhias. Em relatório, os analistas da corretora do Bradesco afirmam acreditar que "o mercado já precificou a maioria dos impactos negativos e dos riscos das novas medidas do governo" com as recentes quedas nos preços das ações. Por isso, a corretora mantém a recomendação de compra para algumas das ações do setor, com destaque para a Estácio –também a preferida do Citibank–, num cenário, segundo explicam os analistas, em que as novas regras não sejam revisadas. Julio, da Concórdia, é mais cauteloso: sua recomendação a quem não tem ações de educacionais é "ficar fora, mas atento".
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Servidores ameaçam greve no Recife, epicentro dos casos de microcefalia
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Em meio a uma tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya, os servidores municipais do Recife, incluindo os da saúde, decretaram greve nesta terça (23). Os trabalhadores devem paralisar as atividades a partir da 0h da próxima segunda-feira (29), o que pode comprometer o funcionamento de hospitais, postos e policlínicas. Desde novembro do ano passado, o Recife está em estado de emergência devido às doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde, até o último dia 13, a capital registrou 1.195 casos de dengue, 908 de chikungunya e 617 de zika. Recife também é a cidade pernambucana com mais notificações de microcefalia –má formação do perímetro cefálico que compromete o desenvolvimento infantil. Já são 279 casos notificados da anomalia, supostamente causados pelo vírus da zika. Por causa do cenário crítico, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, visitará a capital pernambucana nesta quarta-feira (24). "Por enquanto a paralisação deve afetar os setores administrativos das unidades, como a marcação de consultas e o funcionamento das farmácias. Mas vamos respeitar a lei e manter 30% do efetivo", afirmou o presidente do Sindsepre (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais da Administração Direta e Indireta do Recife), e vereador Osmar Ricardo (PT). A entidade que representa cerca de 18 mil servidores de 18 secretarias e quatro empresas municipais reivindica um reajuste salarial de 10,67%, aumento do ticket alimentação de R$ 14 para R$ 18 e a implantação dos planos de cargos e carreiras. De acordo com o secretário de Administração e Gestão de Pessoas do Recife, Marconi Muzzio, a prefeitura ainda não foi notificada, mas ele recebeu a notícia com surpresa. Muzzio disse que nesta segunda-feira (22) apresentou a proposta de reajuste de 7,5% dos salários condicionado ao aumento na RLR (Receita Líquida Real) do município. Bimestralmente, a partir de janeiro, a prefeitura divulgará o número de crescimento da RLR e de acordo com o índice, os servidores já poderão garantir o reajuste. O aumento será dado de acordo com o apurado dos 12 meses, considerando o último mês do bimestre. Caso o patamar de crescimento atinja índice suficiente, o percentual acordado será concedido retroativo ao primeiro mês do bimestre analisado. "Em meio à negociação fomos surpreendidos por esse anúncio de greve, ao meu ver sem cabimento, pois estamos com os canais de diálogo abertos", afirmou Muzzio. O secretário espera que "os servidores, sobretudo os da saúde, tenham sensibilidade e não paralisem as atividades". "Ainda não dá para avaliar se haverá um prejuízo direto para a população. Vamos cumprir o acordo e voltar a nos reunir na próxima segunda-feira (29), até lá vou me reunir com os outros secretários", disse Muzzio.
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Servidores ameaçam greve no Recife, epicentro dos casos de microcefaliaEm meio a uma tríplice epidemia de dengue, zika e chikungunya, os servidores municipais do Recife, incluindo os da saúde, decretaram greve nesta terça (23). Os trabalhadores devem paralisar as atividades a partir da 0h da próxima segunda-feira (29), o que pode comprometer o funcionamento de hospitais, postos e policlínicas. Desde novembro do ano passado, o Recife está em estado de emergência devido às doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde, até o último dia 13, a capital registrou 1.195 casos de dengue, 908 de chikungunya e 617 de zika. Recife também é a cidade pernambucana com mais notificações de microcefalia –má formação do perímetro cefálico que compromete o desenvolvimento infantil. Já são 279 casos notificados da anomalia, supostamente causados pelo vírus da zika. Por causa do cenário crítico, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, visitará a capital pernambucana nesta quarta-feira (24). "Por enquanto a paralisação deve afetar os setores administrativos das unidades, como a marcação de consultas e o funcionamento das farmácias. Mas vamos respeitar a lei e manter 30% do efetivo", afirmou o presidente do Sindsepre (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais da Administração Direta e Indireta do Recife), e vereador Osmar Ricardo (PT). A entidade que representa cerca de 18 mil servidores de 18 secretarias e quatro empresas municipais reivindica um reajuste salarial de 10,67%, aumento do ticket alimentação de R$ 14 para R$ 18 e a implantação dos planos de cargos e carreiras. De acordo com o secretário de Administração e Gestão de Pessoas do Recife, Marconi Muzzio, a prefeitura ainda não foi notificada, mas ele recebeu a notícia com surpresa. Muzzio disse que nesta segunda-feira (22) apresentou a proposta de reajuste de 7,5% dos salários condicionado ao aumento na RLR (Receita Líquida Real) do município. Bimestralmente, a partir de janeiro, a prefeitura divulgará o número de crescimento da RLR e de acordo com o índice, os servidores já poderão garantir o reajuste. O aumento será dado de acordo com o apurado dos 12 meses, considerando o último mês do bimestre. Caso o patamar de crescimento atinja índice suficiente, o percentual acordado será concedido retroativo ao primeiro mês do bimestre analisado. "Em meio à negociação fomos surpreendidos por esse anúncio de greve, ao meu ver sem cabimento, pois estamos com os canais de diálogo abertos", afirmou Muzzio. O secretário espera que "os servidores, sobretudo os da saúde, tenham sensibilidade e não paralisem as atividades". "Ainda não dá para avaliar se haverá um prejuízo direto para a população. Vamos cumprir o acordo e voltar a nos reunir na próxima segunda-feira (29), até lá vou me reunir com os outros secretários", disse Muzzio.
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CE tem grupos de leitura para manter destaque em rankings de educação
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As três cidades com melhores oportunidades de educação –Sobral, Groaíras e Porteiras– estão no interior do Ceará, conforme mostrou o ranking do Ioeb (Índice de Oportunidade da Educação Brasileira). Coincidência ou não, o Ceará também é onde está mais presente o projeto Círculos de Leitura, que organiza e dissemina grupos semanais de discussão de livros em escolas públicas, e é tido por educadores como uma das razões para a boa classificação do Estado em rankings de educação. São 7.000 estudantes no Estado engajados no projeto, divididos por 52 escolas em 31 municípios, de acordo com o Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, que toca o programa. "Trabalhamos com leitura, tendo como objetivo não apenas desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, mas o desenvolvimento do protagonismo estudantil", explica a coordenadora pedagógica do projeto, Maria Aparecida Lamas. Ranking de oportunidades educacionais "Formamos multiplicadores, jovens que identificamos que tenham o perfil –gosto pela leitura, habilidade de trabalhar em grupo, que seja um bom mediador de entendimento. E esses jovens realizam grupos de leitura semanalmente." Além de autores contemporâneos, como Rubem Alves, Mia Couto e Lygia Fagundes Telles, os estudantes leem obras clássicas, como "Dom Casmurro", de Machado de Assis, e "Hamlet", de Shakespeare. Segundo Lamas, essas obras conseguem dialogar bem com os alunos. "Há um mito na educação de que não se pode trabalhar com o clássico. Tudo depende da forma como você apresenta isso aos jovens. Debatemos os temas desses livros, que dizem respeito às principais inquietações do ser humano e por isso são universais." A principal dificuldade para a expansão do projeto é a qualidade do transporte no interior do país, de acordo com Lamas. "A 30 km de Sobral, está uma cidade chamada Alcântaras. Apesar da proximidade, é bastante isolada porque praticamente não há linha de ônibus que a sirva. Então é difícil levar o Círculos para lá." Além do Ceará, o Círculos de Leitura está presente em escolas de São Paulo e na Bahia, e assessora projetos semelhantes em Pernambuco e em Minas Gerais.
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educacao
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CE tem grupos de leitura para manter destaque em rankings de educaçãoAs três cidades com melhores oportunidades de educação –Sobral, Groaíras e Porteiras– estão no interior do Ceará, conforme mostrou o ranking do Ioeb (Índice de Oportunidade da Educação Brasileira). Coincidência ou não, o Ceará também é onde está mais presente o projeto Círculos de Leitura, que organiza e dissemina grupos semanais de discussão de livros em escolas públicas, e é tido por educadores como uma das razões para a boa classificação do Estado em rankings de educação. São 7.000 estudantes no Estado engajados no projeto, divididos por 52 escolas em 31 municípios, de acordo com o Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, que toca o programa. "Trabalhamos com leitura, tendo como objetivo não apenas desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, mas o desenvolvimento do protagonismo estudantil", explica a coordenadora pedagógica do projeto, Maria Aparecida Lamas. Ranking de oportunidades educacionais "Formamos multiplicadores, jovens que identificamos que tenham o perfil –gosto pela leitura, habilidade de trabalhar em grupo, que seja um bom mediador de entendimento. E esses jovens realizam grupos de leitura semanalmente." Além de autores contemporâneos, como Rubem Alves, Mia Couto e Lygia Fagundes Telles, os estudantes leem obras clássicas, como "Dom Casmurro", de Machado de Assis, e "Hamlet", de Shakespeare. Segundo Lamas, essas obras conseguem dialogar bem com os alunos. "Há um mito na educação de que não se pode trabalhar com o clássico. Tudo depende da forma como você apresenta isso aos jovens. Debatemos os temas desses livros, que dizem respeito às principais inquietações do ser humano e por isso são universais." A principal dificuldade para a expansão do projeto é a qualidade do transporte no interior do país, de acordo com Lamas. "A 30 km de Sobral, está uma cidade chamada Alcântaras. Apesar da proximidade, é bastante isolada porque praticamente não há linha de ônibus que a sirva. Então é difícil levar o Círculos para lá." Além do Ceará, o Círculos de Leitura está presente em escolas de São Paulo e na Bahia, e assessora projetos semelhantes em Pernambuco e em Minas Gerais.
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Trump diz que conselheiro caiu após vazamentos 'criminosos' da imprensa
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O presidente Donald Trump tentou nesta quarta-feira (15) tirar o foco das revelações sobre os contatos de sua equipe com o governo russo durante a campanha eleitoral e disse que o conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn caiu por causa dos vazamentos "criminosos" de informações para a imprensa. Durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, Trump disse que Flynn foi tratado "de maneira muito injusta" pela mídia ("ou pelo que eu chamo de 'mídia falsa' em muitos casos", complementou o presidente, olhando para o visitante). "Papeis têm sido vazados da inteligência, coisas têm sido vazadas. É uma ação criminal, um ato criminal, e já vinha acontecendo por um bom tempo antes de mim, mas agora está acontecendo mais", disse Trump. Segundo ele, os funcionários que têm passado essas informações "estão tentando acobertar a terrível derrota que os democratas tiveram com Hillary Clinton". Segundo o "New York Times", funcionários da inteligência americana teriam interceptado telefonemas de integrantes da equipe de campanha de Trump com membros do governo de Vladimir Putin antes das eleições, enquanto investigavam a possibilidade de a Rússia ter ligação com a ação de hackers contra o Comitê Nacional Democrata. O governo Obama depois aplicaria sanções à Rússia, acusando o país de ter influenciado o resultado das eleições americanas, ao se coordenar com a ação de hackers que vazaram e-mails dos democratas antes do pleito. Seriam essas as sanções sobre as quais Flynn teria conversado com o embaixador russo. A imprensa americana também havia divulgado, na última sexta (10), a descoberta dos serviços de inteligência de que o general havia pedido ao russo para não reagir de forma desproporcional antes que Trump chegasse à Casa Branca, porque ele poderia rever as sanções. Mais cedo, em sua conta no Twitter, Trump já havia criticado os vazamentos. "O verdadeiro escândalo aqui é que informações confidenciais têm sido distribuídas ilegalmente pela nossa 'inteligência' como balas. Muito não americano!", escreveu. Segundo informou a Casa Branca nesta terça-feira (14), Trump havia sido informado poucos dias após tomar posse que Flynn havia ocultado de seus superiores o conteúdo de suas conversas extraoficiais com autoridades russas. A grande justificativa dada pela Casa Branca para a saída de Flynn não foi o conteúdo da conversa do general com o embaixador, mas sim o fato de eles aparentemente ter escondido do vice-presidente Mike Pence que falou sobre as sanções. Em um conflito de versões sobre o caso, Trump havia dito a repórteres, na sexta-feira (10), que desconhecia a informação sobre o telefonema entre Flynn e o embaixador. Na segunda-feira (13), contudo, o jornal "Washington Post" revelou que o Departamento de Justiça havia alertado a Casa Branca em janeiro que o general teria mentido e poderia estar vulnerável a chantagem por Moscou. Após a publicação, Spicer disse que Trump já avaliava a situação de Flynn "por algumas semanas".
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mundo
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Trump diz que conselheiro caiu após vazamentos 'criminosos' da imprensaO presidente Donald Trump tentou nesta quarta-feira (15) tirar o foco das revelações sobre os contatos de sua equipe com o governo russo durante a campanha eleitoral e disse que o conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn caiu por causa dos vazamentos "criminosos" de informações para a imprensa. Durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, Trump disse que Flynn foi tratado "de maneira muito injusta" pela mídia ("ou pelo que eu chamo de 'mídia falsa' em muitos casos", complementou o presidente, olhando para o visitante). "Papeis têm sido vazados da inteligência, coisas têm sido vazadas. É uma ação criminal, um ato criminal, e já vinha acontecendo por um bom tempo antes de mim, mas agora está acontecendo mais", disse Trump. Segundo ele, os funcionários que têm passado essas informações "estão tentando acobertar a terrível derrota que os democratas tiveram com Hillary Clinton". Segundo o "New York Times", funcionários da inteligência americana teriam interceptado telefonemas de integrantes da equipe de campanha de Trump com membros do governo de Vladimir Putin antes das eleições, enquanto investigavam a possibilidade de a Rússia ter ligação com a ação de hackers contra o Comitê Nacional Democrata. O governo Obama depois aplicaria sanções à Rússia, acusando o país de ter influenciado o resultado das eleições americanas, ao se coordenar com a ação de hackers que vazaram e-mails dos democratas antes do pleito. Seriam essas as sanções sobre as quais Flynn teria conversado com o embaixador russo. A imprensa americana também havia divulgado, na última sexta (10), a descoberta dos serviços de inteligência de que o general havia pedido ao russo para não reagir de forma desproporcional antes que Trump chegasse à Casa Branca, porque ele poderia rever as sanções. Mais cedo, em sua conta no Twitter, Trump já havia criticado os vazamentos. "O verdadeiro escândalo aqui é que informações confidenciais têm sido distribuídas ilegalmente pela nossa 'inteligência' como balas. Muito não americano!", escreveu. Segundo informou a Casa Branca nesta terça-feira (14), Trump havia sido informado poucos dias após tomar posse que Flynn havia ocultado de seus superiores o conteúdo de suas conversas extraoficiais com autoridades russas. A grande justificativa dada pela Casa Branca para a saída de Flynn não foi o conteúdo da conversa do general com o embaixador, mas sim o fato de eles aparentemente ter escondido do vice-presidente Mike Pence que falou sobre as sanções. Em um conflito de versões sobre o caso, Trump havia dito a repórteres, na sexta-feira (10), que desconhecia a informação sobre o telefonema entre Flynn e o embaixador. Na segunda-feira (13), contudo, o jornal "Washington Post" revelou que o Departamento de Justiça havia alertado a Casa Branca em janeiro que o general teria mentido e poderia estar vulnerável a chantagem por Moscou. Após a publicação, Spicer disse que Trump já avaliava a situação de Flynn "por algumas semanas".
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Ministro do TCU é citado em investigação de esquema no Carf
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O nome do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes aparece em uma investigação da Polícia Federal sobre compra de sentenças do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Como integrante do TCU, Nardes só pode ser alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro é o relator do processo das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. O nome do ministro surgiu durante os trabalhos da Operação Zelotes, que apura um esquema de pagamento de propina a integrantes do Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. A PF não informou quais os detalhes que ligam Nardes ao esquema. Em troca do suborno, os membros do colegiado do Carf votavam em favor da redução e, em alguns casos, perdão das dívidas das empresas que os corrompiam. Em alguns casos, escritórios de advocacia ou de contabilidade atuavam no cooptação de clientes para o esquema. Na prática, esses escritórios faziam a negociação entre integrantes do Carf e representantes de empresas com processos pendentes no Conselho. A informação foi publicada pela site da revista "Carta Capital" e confirmada pela Folha nesta quarta-feira. OUTRO LADO Nardes disse à Folha que não tem qualquer relação com as irregularidades encontradas no Carf e nunca atuou em favor dos interesses de escritórios e empresas investigadas. O ministro disse que foi sócio de um escritório de contabilidade, mas que se desvinculou da função há mais de dez anos, em junho de 2005. "Esse escritório ficou no nome do meu sobrinho. Não foi alvo de busca nenhuma e, pelo que ele me disse, não tem nada de irregular", afirmou Nardes. O ministro afirmou, porém, que não tem como se responsabilizar por nada relacionado à empresa no período em que ele não era mais sócio. "Não tenho nenhuma informação de que serei investigado, estou totalmente tranquilo", disse Nardes.
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poder
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Ministro do TCU é citado em investigação de esquema no CarfO nome do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes aparece em uma investigação da Polícia Federal sobre compra de sentenças do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Como integrante do TCU, Nardes só pode ser alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro é o relator do processo das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. O nome do ministro surgiu durante os trabalhos da Operação Zelotes, que apura um esquema de pagamento de propina a integrantes do Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. A PF não informou quais os detalhes que ligam Nardes ao esquema. Em troca do suborno, os membros do colegiado do Carf votavam em favor da redução e, em alguns casos, perdão das dívidas das empresas que os corrompiam. Em alguns casos, escritórios de advocacia ou de contabilidade atuavam no cooptação de clientes para o esquema. Na prática, esses escritórios faziam a negociação entre integrantes do Carf e representantes de empresas com processos pendentes no Conselho. A informação foi publicada pela site da revista "Carta Capital" e confirmada pela Folha nesta quarta-feira. OUTRO LADO Nardes disse à Folha que não tem qualquer relação com as irregularidades encontradas no Carf e nunca atuou em favor dos interesses de escritórios e empresas investigadas. O ministro disse que foi sócio de um escritório de contabilidade, mas que se desvinculou da função há mais de dez anos, em junho de 2005. "Esse escritório ficou no nome do meu sobrinho. Não foi alvo de busca nenhuma e, pelo que ele me disse, não tem nada de irregular", afirmou Nardes. O ministro afirmou, porém, que não tem como se responsabilizar por nada relacionado à empresa no período em que ele não era mais sócio. "Não tenho nenhuma informação de que serei investigado, estou totalmente tranquilo", disse Nardes.
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Painel: Para estimular delação, procuradores incentivam 'corrida' entre executivos
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Corrida do ouro Procuradores da Operação Lava Jato incentivam uma espécie de corrida entre Ricardo Pessoa, proprietário da UTC Engenharia, e Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, para ver qual dos dois fecha antes um acordo de delação premiada. Pessoa ... Leia post completo no blog
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poder
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Painel: Para estimular delação, procuradores incentivam 'corrida' entre executivosCorrida do ouro Procuradores da Operação Lava Jato incentivam uma espécie de corrida entre Ricardo Pessoa, proprietário da UTC Engenharia, e Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, para ver qual dos dois fecha antes um acordo de delação premiada. Pessoa ... Leia post completo no blog
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Angeli comenta os seus 40 anos de charges na Folha
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O paulistano Arnaldo Angeli Filho, 59, construiu um humor próprio, com a cara de São Paulo. Retratou tipos urbanos em personagens como a libertária Rê Bordosa, o punk Bob Cuspe e os velhos hippies Wood e Stock. Angeli foi um dos fundadores do moderno humor gráfico paulistano. Quer saber mais? Clique aqui para ver o especial sobre os 40 anos de Angeli na Folha.
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tv
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Angeli comenta os seus 40 anos de charges na FolhaO paulistano Arnaldo Angeli Filho, 59, construiu um humor próprio, com a cara de São Paulo. Retratou tipos urbanos em personagens como a libertária Rê Bordosa, o punk Bob Cuspe e os velhos hippies Wood e Stock. Angeli foi um dos fundadores do moderno humor gráfico paulistano. Quer saber mais? Clique aqui para ver o especial sobre os 40 anos de Angeli na Folha.
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Evo pede saída de servidores que votaram 'não' em referendo, diz jornal
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, revelou saber que funcionários públicos e autoridades do alto escalão do governo votaram pelo "não" no referendo constitucional realizado no dia 21 de fevereiro, segundo o diário "La Razón". Ainda de acordo com informações do jornal boliviano, Evo pediu que eles renunciassem e deixassem em seu lugar pessoas comprometidas com o governo. Com a vitória do 'não', Evo Morales não poderá se candidatar a um quarto mandato na presidência. Durante entrega de uma unidade educativa na cidade de Achocalla, Evo afirmou que não se trata de um "massacre branco", mas de um alerta para os funcionários que não seguem a Agenda Patriótica 2025, o plano de governo do presidente. "[Soubemos] que alguns de nossos funcionários votaram pelo 'não'. O que isso quer dizer? Que não estavam de acordo com a Agenda 2025? Como expressaram publicamente sua opção pelo 'não' e como não estavam de acordo com a 2025, elas devem deixar outras pessoas que estão alinhadas com o programa e com o projeto político de liberação trabalhar. Quem pediu isso foram os dirigentes nacionais, pois algumas pessoas estão nos prejudicando", disse.
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mundo
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Evo pede saída de servidores que votaram 'não' em referendo, diz jornalO presidente da Bolívia, Evo Morales, revelou saber que funcionários públicos e autoridades do alto escalão do governo votaram pelo "não" no referendo constitucional realizado no dia 21 de fevereiro, segundo o diário "La Razón". Ainda de acordo com informações do jornal boliviano, Evo pediu que eles renunciassem e deixassem em seu lugar pessoas comprometidas com o governo. Com a vitória do 'não', Evo Morales não poderá se candidatar a um quarto mandato na presidência. Durante entrega de uma unidade educativa na cidade de Achocalla, Evo afirmou que não se trata de um "massacre branco", mas de um alerta para os funcionários que não seguem a Agenda Patriótica 2025, o plano de governo do presidente. "[Soubemos] que alguns de nossos funcionários votaram pelo 'não'. O que isso quer dizer? Que não estavam de acordo com a Agenda 2025? Como expressaram publicamente sua opção pelo 'não' e como não estavam de acordo com a 2025, elas devem deixar outras pessoas que estão alinhadas com o programa e com o projeto político de liberação trabalhar. Quem pediu isso foram os dirigentes nacionais, pois algumas pessoas estão nos prejudicando", disse.
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De olho no Carf
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A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (3) a segunda etapa da Operação Zelotes, que apura a existência de um bilionário esquema de sonegação de tributos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. A iniciativa não produziu o mesmo alarido que têm gerado as ações da Lava Jato. Seja pela presença de políticos entre os envolvidos, seja pelo ritmo acelerado com que suas etapas se sucedem, as investigações sobre desvios também bilionários na Petrobras costumam atrair muito mais atenção. Se dependesse somente das cifras movimentadas, contudo, as duas operações mereceriam tratamento igualitário. Representantes da PF já afirmaram que as fraudes no Carf deixaram para os cofres públicos um prejuízo de quase R$ 6 bilhões, pelo menos. Estão sob suspeita 74 processos relacionados com dívidas tributárias de grandes empresas. De acordo com os investigadores, integrantes do Carf –espécie de tribunal da Receita Federal– recebiam propina para diminuir ou até cancelar débitos com o fisco. Como das decisões do órgão não cabe recurso, pode-se imaginar que muitos empresários viam no esquema uma grande oportunidade de economizar dinheiro. Pode-se imaginar, além disso, que o desfalque tenha sido ainda maior. Basta dizer que, somadas todas as pendências hoje em discussão no Carf, chega-se a nada menos que R$ 580 bilhões. Entende-se assim por que o conselho teve suas atividades suspensas durante quatro meses após a primeira fase da Zelotes, datada de março. Quando voltou a funcionar, já se regia por novas diretrizes, em tese capazes de ampliar a transparência e a segurança das decisões tomadas. Adotaram-se medidas óbvias, como a introdução do sorteio eletrônico para definição dos relatores e a proibição de que um conselheiro atue em causas de parentes ou de grupo econômico para o qual tenha trabalhado. É espantoso que tais regras não vigessem antes. Para além dessas bem-vindas reformas administrativas, é de esperar que a Operação Zelotes logo resulte em denúncias e julgamentos dos envolvidos –para nada dizer do pagamento dos bilhões devidos. No que respeita à celeridade, a comparação com a Lava Jato pode ser bastante instrutiva. [email protected]
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opiniao
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De olho no CarfA Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (3) a segunda etapa da Operação Zelotes, que apura a existência de um bilionário esquema de sonegação de tributos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. A iniciativa não produziu o mesmo alarido que têm gerado as ações da Lava Jato. Seja pela presença de políticos entre os envolvidos, seja pelo ritmo acelerado com que suas etapas se sucedem, as investigações sobre desvios também bilionários na Petrobras costumam atrair muito mais atenção. Se dependesse somente das cifras movimentadas, contudo, as duas operações mereceriam tratamento igualitário. Representantes da PF já afirmaram que as fraudes no Carf deixaram para os cofres públicos um prejuízo de quase R$ 6 bilhões, pelo menos. Estão sob suspeita 74 processos relacionados com dívidas tributárias de grandes empresas. De acordo com os investigadores, integrantes do Carf –espécie de tribunal da Receita Federal– recebiam propina para diminuir ou até cancelar débitos com o fisco. Como das decisões do órgão não cabe recurso, pode-se imaginar que muitos empresários viam no esquema uma grande oportunidade de economizar dinheiro. Pode-se imaginar, além disso, que o desfalque tenha sido ainda maior. Basta dizer que, somadas todas as pendências hoje em discussão no Carf, chega-se a nada menos que R$ 580 bilhões. Entende-se assim por que o conselho teve suas atividades suspensas durante quatro meses após a primeira fase da Zelotes, datada de março. Quando voltou a funcionar, já se regia por novas diretrizes, em tese capazes de ampliar a transparência e a segurança das decisões tomadas. Adotaram-se medidas óbvias, como a introdução do sorteio eletrônico para definição dos relatores e a proibição de que um conselheiro atue em causas de parentes ou de grupo econômico para o qual tenha trabalhado. É espantoso que tais regras não vigessem antes. Para além dessas bem-vindas reformas administrativas, é de esperar que a Operação Zelotes logo resulte em denúncias e julgamentos dos envolvidos –para nada dizer do pagamento dos bilhões devidos. No que respeita à celeridade, a comparação com a Lava Jato pode ser bastante instrutiva. [email protected]
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Lixo: Aumenta número de cidades que proíbem embalagens de isopor para comida
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A cidade de Oxford se tornou a primeira no Reino Unido a banir embalagens de poliestireno expandido (EPS, o isopor) para alimentos. Elas são o principal resíduo gerado pelas vans e carrinhos de comida que se espalham pela cidade e pelas cadeias de fast food. Os vendedores ambulantes vão ser obrigados a usar recipientes biodegradáveis. A iniciativa tenta reduzir a quantidade de isopor que a cidade envia para os aterros sanitários. Em entrevista ao jornal "The Independent", um dos líderes do Partido Trabalhista local, Bob Price, disse que a mudança é significativa para a melhoria do ambiente das ruas. Ele acredita que outras cidades vão seguir o mesmo rumo. Em janeiro, Nova York (EUA) também decidiu banir as embalagens de EPS em restaurantes, cantinas de escolas e também na comida de rua. Mas a proibição só começa a valer em julho. Ela entra em vigor por um período de carência de seis meses, durante o qual as empresas não serão ainda multadas, e depois começa a valer o sistema de multas. Com a medida, a cidade espera deixar de depositar em aterros, ruas e vias navegáveis cerca de 30 mil toneladas desse tipo de resíduo. Mais de 70 cidades nos Estados Unidos, incluindo Washington, San Francisco e Seattle já baniram esse tipo de embalagem. Em São Paulo, a prefeitura orienta a enviar as embalagens de isopor para a reciclagem, junto com os plásticos. O EPS não é biodegradável, mas é reciclável. Apesar de não ser interessante para catadores e cooperativas, porque ocupa muito espaço e não tem bom preço no mercado dos resíduos, ele pode ser tratado nas centrais mecanizadas da cidade e ser usado de insumo para o cimento. A encrenca é se for jogado junto com o lixo comum. Estima-se que leve cerca de 150 anos para ser totalmente degradado. Como outros plásticos, ele se quebra em micropartículas, que podem cair na cadeia alimentar de peixes e outros bichos do mar. Ou seja, informe-se com a prefeitura de sua cidade. Se existe esse tipo de reciclagem, envie para o local apropriado depois de usar. Se a sua cidade não recicla, melhor nem comprar.
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colunas
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Lixo: Aumenta número de cidades que proíbem embalagens de isopor para comidaA cidade de Oxford se tornou a primeira no Reino Unido a banir embalagens de poliestireno expandido (EPS, o isopor) para alimentos. Elas são o principal resíduo gerado pelas vans e carrinhos de comida que se espalham pela cidade e pelas cadeias de fast food. Os vendedores ambulantes vão ser obrigados a usar recipientes biodegradáveis. A iniciativa tenta reduzir a quantidade de isopor que a cidade envia para os aterros sanitários. Em entrevista ao jornal "The Independent", um dos líderes do Partido Trabalhista local, Bob Price, disse que a mudança é significativa para a melhoria do ambiente das ruas. Ele acredita que outras cidades vão seguir o mesmo rumo. Em janeiro, Nova York (EUA) também decidiu banir as embalagens de EPS em restaurantes, cantinas de escolas e também na comida de rua. Mas a proibição só começa a valer em julho. Ela entra em vigor por um período de carência de seis meses, durante o qual as empresas não serão ainda multadas, e depois começa a valer o sistema de multas. Com a medida, a cidade espera deixar de depositar em aterros, ruas e vias navegáveis cerca de 30 mil toneladas desse tipo de resíduo. Mais de 70 cidades nos Estados Unidos, incluindo Washington, San Francisco e Seattle já baniram esse tipo de embalagem. Em São Paulo, a prefeitura orienta a enviar as embalagens de isopor para a reciclagem, junto com os plásticos. O EPS não é biodegradável, mas é reciclável. Apesar de não ser interessante para catadores e cooperativas, porque ocupa muito espaço e não tem bom preço no mercado dos resíduos, ele pode ser tratado nas centrais mecanizadas da cidade e ser usado de insumo para o cimento. A encrenca é se for jogado junto com o lixo comum. Estima-se que leve cerca de 150 anos para ser totalmente degradado. Como outros plásticos, ele se quebra em micropartículas, que podem cair na cadeia alimentar de peixes e outros bichos do mar. Ou seja, informe-se com a prefeitura de sua cidade. Se existe esse tipo de reciclagem, envie para o local apropriado depois de usar. Se a sua cidade não recicla, melhor nem comprar.
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Astrologia
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Vênus ingressa em Peixes, sintonizando o coletivo. LUA CRESCENTE EM GÊMEOS: 16/3 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Ótimas vibrações para sair um pouco da rotina, viajar ou fazer um programa gostoso com amigos ou familiares. Vênus em Peixes traz a chance de passar algumas semanas curtindo o silêncio, a meditação. Devoção no amor. TOURO (21 abr. a 20 mai.) O astro que governa Touro entra hoje em Peixes. Vênus neste signo de elemento água fertilidade para sua natureza prática, contribuindo para que seus dotes artísticos floresçam com natural encanto. Sua vida social se tornará mais interessante. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Até agora você pensou bastante e colocou as suas habilidades para funcionar. Com Vênus em Peixes, chegou o momento de ser aplaudido por tudo o que fez! A beleza e o encanto de suas criações serão prêmios por tantas percepções lindas. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Que tal aproveitar a entrada de Vênus no signo irmão de Peixes para extravasar na música, na fotografia e na arte? Só não vale descuidar da saúde, comendo qualquer coisa por aí. Use os poderes curativos da água para ficar mais equilibrado também! LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Um sábado mais ameno do que os dias anteriores –e já não era sem tempo! Com a entrada de Vênus em Peixes, vem aquela atração por fantasias românticas –ótimo assunto para curtir com seu par amoroso. Notícias boas à vista! VIRGEM (23 ago. a 22 set.) A delicadeza de um amor sublime e idealizado tocam o coração virginiano a partir de hoje! Com Vênus, agora são quatro astros transitando Peixes, o signo das relações estáveis. Com elas você sonhará alto. Viagens e esperanças o embalam! LIBRA (23 set. a 22 out.) Vênus entra em Peixes –então agora começa uma fase em que a lógica tem de ceder à sensibilidade, à compreensão de que o mundo não é uma formula matemática. Sua saúde pode se ressentir de um estilo de vida atordoado. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Ótima visita de Vênus, o astro da atração e do encanto, no seu setor astral de diversões, sexo, prazeres, filhos e criatividade. Promessa de algumas semanas mais divertidas, em que o infinito embebedará a alma. Criatividade em alta também. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Começa hoje ótima fase para você curtir o lar e ser mais hospitaleiro: pode até aparecer alguém que você gosta pedindo uns dias no seu cantinho, o que muito alegrará seu coração! É Vênus em Peixes: torne sua intimidade mais atraente. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Não basta expressar ideias, argumentar e apregoar seus valores e verdades: é preciso fazer tudo isso tocando a alma das pessoas! Se não for assim, por que se desgastar? Vênus em Peixes traz aquele toque artístico, encanto nas palavras. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) É bom ganhar presentes, aquariano! E Vênus vem chegando com alguns especiais agora. Serão semanas ótimas para ressaltar seus dotes e talentos –nas artes, especialmente. Também poderá receber bens ou algum dinheiro inesperado. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Além de expressivo, inquieto, escutando o infinito e brilhando com seu natural talento, Vênus em Peixes traz o prêmio da beleza e do encanto secreto a você. Um passaporte para dissolver resistências e corações amargurados.
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ilustrada
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AstrologiaVênus ingressa em Peixes, sintonizando o coletivo. LUA CRESCENTE EM GÊMEOS: 16/3 ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Ótimas vibrações para sair um pouco da rotina, viajar ou fazer um programa gostoso com amigos ou familiares. Vênus em Peixes traz a chance de passar algumas semanas curtindo o silêncio, a meditação. Devoção no amor. TOURO (21 abr. a 20 mai.) O astro que governa Touro entra hoje em Peixes. Vênus neste signo de elemento água fertilidade para sua natureza prática, contribuindo para que seus dotes artísticos floresçam com natural encanto. Sua vida social se tornará mais interessante. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Até agora você pensou bastante e colocou as suas habilidades para funcionar. Com Vênus em Peixes, chegou o momento de ser aplaudido por tudo o que fez! A beleza e o encanto de suas criações serão prêmios por tantas percepções lindas. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Que tal aproveitar a entrada de Vênus no signo irmão de Peixes para extravasar na música, na fotografia e na arte? Só não vale descuidar da saúde, comendo qualquer coisa por aí. Use os poderes curativos da água para ficar mais equilibrado também! LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Um sábado mais ameno do que os dias anteriores –e já não era sem tempo! Com a entrada de Vênus em Peixes, vem aquela atração por fantasias românticas –ótimo assunto para curtir com seu par amoroso. Notícias boas à vista! VIRGEM (23 ago. a 22 set.) A delicadeza de um amor sublime e idealizado tocam o coração virginiano a partir de hoje! Com Vênus, agora são quatro astros transitando Peixes, o signo das relações estáveis. Com elas você sonhará alto. Viagens e esperanças o embalam! LIBRA (23 set. a 22 out.) Vênus entra em Peixes –então agora começa uma fase em que a lógica tem de ceder à sensibilidade, à compreensão de que o mundo não é uma formula matemática. Sua saúde pode se ressentir de um estilo de vida atordoado. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Ótima visita de Vênus, o astro da atração e do encanto, no seu setor astral de diversões, sexo, prazeres, filhos e criatividade. Promessa de algumas semanas mais divertidas, em que o infinito embebedará a alma. Criatividade em alta também. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Começa hoje ótima fase para você curtir o lar e ser mais hospitaleiro: pode até aparecer alguém que você gosta pedindo uns dias no seu cantinho, o que muito alegrará seu coração! É Vênus em Peixes: torne sua intimidade mais atraente. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Não basta expressar ideias, argumentar e apregoar seus valores e verdades: é preciso fazer tudo isso tocando a alma das pessoas! Se não for assim, por que se desgastar? Vênus em Peixes traz aquele toque artístico, encanto nas palavras. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) É bom ganhar presentes, aquariano! E Vênus vem chegando com alguns especiais agora. Serão semanas ótimas para ressaltar seus dotes e talentos –nas artes, especialmente. Também poderá receber bens ou algum dinheiro inesperado. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Além de expressivo, inquieto, escutando o infinito e brilhando com seu natural talento, Vênus em Peixes traz o prêmio da beleza e do encanto secreto a você. Um passaporte para dissolver resistências e corações amargurados.
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Yuan atinge menor nível em relação ao dólar desde novembro de 2010
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O yuan atingiu nova mínima de cinco anos e meio em relação ao dólar nesta quarta-feira (6), chegando à quinta sessão seguida de queda, após o banco central da China ter enfraquecido com força sua taxa de referência diante da alta do dólar. Com o yuan se aproximando da importante marca psicológica de 6,7 por dólar, operadores informaram que bancos estatais estavam oferecendo dólares para acalmar os mercados, que ficou sob pressão pela rápida depreciação da moeda chinesa. "Esse é um sinal do banco central, alertando o mercado de que não há necessidade de pânico, de fazer nada com pressa", disse um operador de um banco comercial em Xangai. O índice do dólar subiu mais de 0,5% contra uma cesta de moedas na terça-feira (5), enquanto a libra caiu para novas mínimas diante de temores sobre as consequências financeiras e econômicas da decisão britânica de deixar a União Europeia. O Banco do Povo da China determinou a taxa referencial do yuan a 6,6857 por dólar antes da abertura do mercado, 0,4% mais fraco do que a taxa anterior de 6,6594 por dólar. A taxa determinada nesta quarta-feira foi a mais fraca desde novembro de 2010. No mercado à vista, o yuan chegou à mínima de 6,6980 contra o dólar.
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mercado
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Yuan atinge menor nível em relação ao dólar desde novembro de 2010O yuan atingiu nova mínima de cinco anos e meio em relação ao dólar nesta quarta-feira (6), chegando à quinta sessão seguida de queda, após o banco central da China ter enfraquecido com força sua taxa de referência diante da alta do dólar. Com o yuan se aproximando da importante marca psicológica de 6,7 por dólar, operadores informaram que bancos estatais estavam oferecendo dólares para acalmar os mercados, que ficou sob pressão pela rápida depreciação da moeda chinesa. "Esse é um sinal do banco central, alertando o mercado de que não há necessidade de pânico, de fazer nada com pressa", disse um operador de um banco comercial em Xangai. O índice do dólar subiu mais de 0,5% contra uma cesta de moedas na terça-feira (5), enquanto a libra caiu para novas mínimas diante de temores sobre as consequências financeiras e econômicas da decisão britânica de deixar a União Europeia. O Banco do Povo da China determinou a taxa referencial do yuan a 6,6857 por dólar antes da abertura do mercado, 0,4% mais fraco do que a taxa anterior de 6,6594 por dólar. A taxa determinada nesta quarta-feira foi a mais fraca desde novembro de 2010. No mercado à vista, o yuan chegou à mínima de 6,6980 contra o dólar.
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'Lamento que Dilma esteja perdendo o equilíbrio', diz presidente do PMDB
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Escalado para rebater os ataques do governo ao vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (RR), atual presidente do PMDB, afirmou nesta terça-feira (12) lamentar que a presidente Dilma Rousseff esteja "perdendo a serenidade" e o "equilíbrio" ao colocar, segundo ele, a culpa em outras pessoas dos erros cometidos pelo próprio governo. Nesta manhã, Dilma chamou Temer de "golpista" e de "chefe conspirador". O tom mais duro contra o vice foi adotado pela presidente após o vazamento, nesta segunda (11), de um áudio em que o peemedebista falava como se o impeachment tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara. A votação está marcada para este domingo (17). "Eu diria que é apelação, perda de equilíbrio. [...] Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo a serenidade e esteja tentando culpar outras pessoas pelo desacerto do seu próprio governo. Se a presidente quer procurar pessoas que atrapalharam o governo, ela deve olhar para dentro do governo. O governo está pagando pelos erros que cometeu. Não é o presidente Michel Temer, não é nenhum membro do Congresso que tá fazendo alguma ação deliberada" disse Jucá. O peemedebista comparou a estratégia petista de afirmar que o impeachment em curso é um golpe ao que foi feito pelo ex-presidente Fernando Collor em 1992, quando ele também enfrentou o mesmo processo no Congresso. Para Jucá, esse discurso já é "batido". "Os erros do governo, os crimes do governo é que levaram ao processo de impeachment, não foi ninguém de fora que fez com que o governo fizesse tudo que fez. Portanto, apelar e tentar reduzir tudo isso a dizer que é um golpe é a mesma tentativa que fez Fernando Collor em 1992 no que diz respeito ao seu impeachment. Portanto, é um enredo batido, é um enredo copiado e que não deu certo. Era melhor que a presidente tivesse um pouco mais de equilíbrio e análise das suas próprias limitações", disse. Em seu discurso pela manhã, Dilma afirmou que Temer lançou mão da "farsa do vazamento" ao ter distribuído a gravação entre correligionários. Para ela, o vazamento foi "deliberado" e "premeditado", além de ter demonstrado a "arrogância" e "desprezo" do peemedebista que, de acordo com ela, subestimou a inteligência do povo brasileiro. Para Jucá, o processo de impeachment em curso na Câmara teve o aval do STF (Supremo Tribunal Federal) e foi proposto por juristas de renome nacional, o que demonstra a sua legitimidade. O peemedebista também rebateu a ideia do Palácio do Planalto, divulgada pelo ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) nesta segunda, de que Temer deveria renunciar ao cargo caso Dilma consiga uma vitória no Congresso. "Eu acho que querer propor a renúncia do presidente Michel Temer é querer imolar alguém que não tem culpa no cartório. Se o ministro Wagner tiver que propor a renúncia de alguém, o melhor para o Brasil seria que ele propusesse a renúncia da presidenta Dilma. Não sei se ele vai conseguir convencê-la", disse. O vice-presidente tomou conhecimento das declarações de Dilma durante um almoço com o ex-ministro Eliseu Padilha, no Palácio do Jaburu. Um assessor do vice mostrou uma reportagem com o discurso de Dilma e Temer afirmou que não iria responder pessoalmente, mas que Jucá poderia falar como presidente do PMDB. A linha do discurso foi fechada entre os aliados de Temer, que afirmam que a fala de Dilma mostra que "quando terminam os argumentos, começa a agressão". Segundo Jucá, a cúpula do partido está trabalhando para que a bancada na Câmara "possa votar o mais unida possível" e disse esperar que o processo tenha uma rápida tramitação no Senado, o que dependerá das decisões que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda aliado do governo, tomar. "Eu espero que o presidente Renan possa conduzir dentro da linha de direito de defesa, dentro da linha de cumprimento do regimento, mas levando em conta a urgência e as condições de dificuldade que o Brasil vive hoje. Portanto uma rápida solução é muito importante para que o país comece a reagir", disse.
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'Lamento que Dilma esteja perdendo o equilíbrio', diz presidente do PMDBEscalado para rebater os ataques do governo ao vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (RR), atual presidente do PMDB, afirmou nesta terça-feira (12) lamentar que a presidente Dilma Rousseff esteja "perdendo a serenidade" e o "equilíbrio" ao colocar, segundo ele, a culpa em outras pessoas dos erros cometidos pelo próprio governo. Nesta manhã, Dilma chamou Temer de "golpista" e de "chefe conspirador". O tom mais duro contra o vice foi adotado pela presidente após o vazamento, nesta segunda (11), de um áudio em que o peemedebista falava como se o impeachment tivesse sido aprovado pelo plenário da Câmara. A votação está marcada para este domingo (17). "Eu diria que é apelação, perda de equilíbrio. [...] Lamento que a presidente Dilma esteja perdendo a serenidade e esteja tentando culpar outras pessoas pelo desacerto do seu próprio governo. Se a presidente quer procurar pessoas que atrapalharam o governo, ela deve olhar para dentro do governo. O governo está pagando pelos erros que cometeu. Não é o presidente Michel Temer, não é nenhum membro do Congresso que tá fazendo alguma ação deliberada" disse Jucá. O peemedebista comparou a estratégia petista de afirmar que o impeachment em curso é um golpe ao que foi feito pelo ex-presidente Fernando Collor em 1992, quando ele também enfrentou o mesmo processo no Congresso. Para Jucá, esse discurso já é "batido". "Os erros do governo, os crimes do governo é que levaram ao processo de impeachment, não foi ninguém de fora que fez com que o governo fizesse tudo que fez. Portanto, apelar e tentar reduzir tudo isso a dizer que é um golpe é a mesma tentativa que fez Fernando Collor em 1992 no que diz respeito ao seu impeachment. Portanto, é um enredo batido, é um enredo copiado e que não deu certo. Era melhor que a presidente tivesse um pouco mais de equilíbrio e análise das suas próprias limitações", disse. Em seu discurso pela manhã, Dilma afirmou que Temer lançou mão da "farsa do vazamento" ao ter distribuído a gravação entre correligionários. Para ela, o vazamento foi "deliberado" e "premeditado", além de ter demonstrado a "arrogância" e "desprezo" do peemedebista que, de acordo com ela, subestimou a inteligência do povo brasileiro. Para Jucá, o processo de impeachment em curso na Câmara teve o aval do STF (Supremo Tribunal Federal) e foi proposto por juristas de renome nacional, o que demonstra a sua legitimidade. O peemedebista também rebateu a ideia do Palácio do Planalto, divulgada pelo ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) nesta segunda, de que Temer deveria renunciar ao cargo caso Dilma consiga uma vitória no Congresso. "Eu acho que querer propor a renúncia do presidente Michel Temer é querer imolar alguém que não tem culpa no cartório. Se o ministro Wagner tiver que propor a renúncia de alguém, o melhor para o Brasil seria que ele propusesse a renúncia da presidenta Dilma. Não sei se ele vai conseguir convencê-la", disse. O vice-presidente tomou conhecimento das declarações de Dilma durante um almoço com o ex-ministro Eliseu Padilha, no Palácio do Jaburu. Um assessor do vice mostrou uma reportagem com o discurso de Dilma e Temer afirmou que não iria responder pessoalmente, mas que Jucá poderia falar como presidente do PMDB. A linha do discurso foi fechada entre os aliados de Temer, que afirmam que a fala de Dilma mostra que "quando terminam os argumentos, começa a agressão". Segundo Jucá, a cúpula do partido está trabalhando para que a bancada na Câmara "possa votar o mais unida possível" e disse esperar que o processo tenha uma rápida tramitação no Senado, o que dependerá das decisões que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda aliado do governo, tomar. "Eu espero que o presidente Renan possa conduzir dentro da linha de direito de defesa, dentro da linha de cumprimento do regimento, mas levando em conta a urgência e as condições de dificuldade que o Brasil vive hoje. Portanto uma rápida solução é muito importante para que o país comece a reagir", disse.
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Saída de jovens do campo ameaça indústria da tequila
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Contra o céu laranja escuro e azul que caracteriza os altiplanos do noroeste do México em Jalisco, Armando Acevez estica o corpo e leva a manga da camisa à testa suada, para enxugá-la. As mãos calejadas são retratos ásperos de quase duas décadas dedicadas ao cultivo nesse terreno impiedoso. Acevez é um jimador. Cultiva as plantas do agave azul, cujo néctar serve como combustível para a lucrativa indústria da tequila. A colheita do agave, que continua a ser realizada sem qualquer implemento mecânico, não mudou desde 1600, quando a bebida foi inventada pelos conquistadores espanhóis. Passa de uma geração para outra, garantindo que a colheita da tequila não sofra ameaças da mecanização. Mas as tradições do jimador, uma figura ainda envolta em mística romântica na literatura e até nas telenovelas mexicanas, está lentamente desaparecendo. Embora a demanda por tequila de alta qualidade cresça ano a ano e o setor movimente mais de US$ 1 bilhão ao ano, os mais jovens estão abandonando o trabalho agrícola. "Quase todo mundo em minha família foi jimador, por gerações. É uma tradição", diz Acevez. "A maioria dos jimadores agora são idosos, porque nenhum dos jovens quer trabalhar na colheita." Acevez trabalha com uma equipe de 12 jimadores, entre os quais seu irmão e um sobrinho, e com golpes de facão remove as folhas amargas da planta -conhecida como "piña" e parecida com um grande abacaxi. Depois de colhidas, as frutas são levadas à destilaria Patrón, nas imediações, onde são cozidas, esmagadas e fermentadas a fim de produzir tequila de primeira linha. Miguel Fonseca, o diretor de agave na Patrón, diz que todas as plantas são colhidas à mão pelos jimadores, atendendo às rigorosas especificações que seu método artesanal acarreta. "Os jimadores sabem e reconhecem que plantas estão maduras para colheita e atendem às nossas especificações precisas", diz Fonseca. "Mas temos menos jovens interessados nesse trabalho porque gente moça prefere mudar para as cidades grandes ou para os Estados Unidos." A escassez de jimadores nas novas gerações é sintomática de um declínio generalizado do trabalho agrícola no México. As estatísticas mostram que a força de trabalho rural caiu em mais de 2 milhões de pessoas entre 1995 e 2010. Entre os motivos, a falta de proteção aos métodos tradicionais de agricultura mexicanos -ao contrário do que acontece com produtos protegidos como o champanhe ou o conhaque- e o crescente número de jovens que não querem passar a vida na lavoura. Mesmo o mais jovem dos jimadores, Juan Acevez, 24, diz que, a despeito de ter aprendido a profissão com o pai e o tio, ele não pretende ensiná-la ao seu filho. "Prefiro que estude", diz Acevez. "Não quero que ele trabalhe nos campos." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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mercado
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Saída de jovens do campo ameaça indústria da tequilaContra o céu laranja escuro e azul que caracteriza os altiplanos do noroeste do México em Jalisco, Armando Acevez estica o corpo e leva a manga da camisa à testa suada, para enxugá-la. As mãos calejadas são retratos ásperos de quase duas décadas dedicadas ao cultivo nesse terreno impiedoso. Acevez é um jimador. Cultiva as plantas do agave azul, cujo néctar serve como combustível para a lucrativa indústria da tequila. A colheita do agave, que continua a ser realizada sem qualquer implemento mecânico, não mudou desde 1600, quando a bebida foi inventada pelos conquistadores espanhóis. Passa de uma geração para outra, garantindo que a colheita da tequila não sofra ameaças da mecanização. Mas as tradições do jimador, uma figura ainda envolta em mística romântica na literatura e até nas telenovelas mexicanas, está lentamente desaparecendo. Embora a demanda por tequila de alta qualidade cresça ano a ano e o setor movimente mais de US$ 1 bilhão ao ano, os mais jovens estão abandonando o trabalho agrícola. "Quase todo mundo em minha família foi jimador, por gerações. É uma tradição", diz Acevez. "A maioria dos jimadores agora são idosos, porque nenhum dos jovens quer trabalhar na colheita." Acevez trabalha com uma equipe de 12 jimadores, entre os quais seu irmão e um sobrinho, e com golpes de facão remove as folhas amargas da planta -conhecida como "piña" e parecida com um grande abacaxi. Depois de colhidas, as frutas são levadas à destilaria Patrón, nas imediações, onde são cozidas, esmagadas e fermentadas a fim de produzir tequila de primeira linha. Miguel Fonseca, o diretor de agave na Patrón, diz que todas as plantas são colhidas à mão pelos jimadores, atendendo às rigorosas especificações que seu método artesanal acarreta. "Os jimadores sabem e reconhecem que plantas estão maduras para colheita e atendem às nossas especificações precisas", diz Fonseca. "Mas temos menos jovens interessados nesse trabalho porque gente moça prefere mudar para as cidades grandes ou para os Estados Unidos." A escassez de jimadores nas novas gerações é sintomática de um declínio generalizado do trabalho agrícola no México. As estatísticas mostram que a força de trabalho rural caiu em mais de 2 milhões de pessoas entre 1995 e 2010. Entre os motivos, a falta de proteção aos métodos tradicionais de agricultura mexicanos -ao contrário do que acontece com produtos protegidos como o champanhe ou o conhaque- e o crescente número de jovens que não querem passar a vida na lavoura. Mesmo o mais jovem dos jimadores, Juan Acevez, 24, diz que, a despeito de ter aprendido a profissão com o pai e o tio, ele não pretende ensiná-la ao seu filho. "Prefiro que estude", diz Acevez. "Não quero que ele trabalhe nos campos." Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Ciclone extratropical causou ressaca no litoral do Sul e do Sudeste
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A ressaca do mar que interditou a avenida Delfim Moreira no Leblon (zona sul do Rio) e a avenida Almirante Saldanha da Gama, em Santos, foi consequência da passagem de um ciclone extratropical no sul do país. De acordo com Maicon Veber, meteorologista do Cenpec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), o ciclone se formou entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul no fim da semana. À medida em que se deslocou pelo oceano provocou ventos intensos, favorecendo a formação de grandes ondas, causando danos em cidades do litoral Sul e Sudeste no sábado (29). O ciclone já se afastou da costa brasileira, portanto a previsão é que não provoque grandes impactos no litoral do Espírito Santo ou do Nordeste nos próximos dias. De acordo com o Centro de Hidrografia da Marinha, há previsão de ressaca fraca, com ondas de no máximo 3 metros, no trecho entre Peruíbe (SP) e Arraial do Cabo (RJ) até a manhã de segunda (31). SANTOS Em Santos, a prefeitura trabalha na limpeza dos locais atingidos pela ressaca. A Secretaria de Serviços Públicos calcula que o trabalho de limpeza deva durar cerca de um mês. Com a baixa da maré, o trânsito na avenida Saldanha da Gama foi liberado por volta das 10h de domingo. Segundo a Dersa, empresa estadual que opera as balsas que fazem a travessia entre Santos e Guarujá, há cinco barcas em operação, com média de 15 minutos de espera.
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Ciclone extratropical causou ressaca no litoral do Sul e do SudesteA ressaca do mar que interditou a avenida Delfim Moreira no Leblon (zona sul do Rio) e a avenida Almirante Saldanha da Gama, em Santos, foi consequência da passagem de um ciclone extratropical no sul do país. De acordo com Maicon Veber, meteorologista do Cenpec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), o ciclone se formou entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul no fim da semana. À medida em que se deslocou pelo oceano provocou ventos intensos, favorecendo a formação de grandes ondas, causando danos em cidades do litoral Sul e Sudeste no sábado (29). O ciclone já se afastou da costa brasileira, portanto a previsão é que não provoque grandes impactos no litoral do Espírito Santo ou do Nordeste nos próximos dias. De acordo com o Centro de Hidrografia da Marinha, há previsão de ressaca fraca, com ondas de no máximo 3 metros, no trecho entre Peruíbe (SP) e Arraial do Cabo (RJ) até a manhã de segunda (31). SANTOS Em Santos, a prefeitura trabalha na limpeza dos locais atingidos pela ressaca. A Secretaria de Serviços Públicos calcula que o trabalho de limpeza deva durar cerca de um mês. Com a baixa da maré, o trânsito na avenida Saldanha da Gama foi liberado por volta das 10h de domingo. Segundo a Dersa, empresa estadual que opera as balsas que fazem a travessia entre Santos e Guarujá, há cinco barcas em operação, com média de 15 minutos de espera.
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Ceia de Natal resiste, mas já exala formalismo de programação comercial
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As notícias começam com quatro, cinco meses de antecedência. Ano a ano. Não que falte coisa melhor para o mesmo espaço em jornais ou tempo nas tevês. É o domínio da burocracia: "Comércio espera Natal bom/ruim", "Natal será mais caro/barato", e outras embromações que nada significam. O que rege esse noticiário não são os fatos, é o calendário. Com a aproximação de dezembro, "Importações de Natal crescem/diminuem"; "Indústria de calçados aposta no Natal", e por aí vai. E então vêm as bobices sobre o movimento de compras, o que a professora comprou, "e você está comprando muito?", "está tudo muito caro", "o comércio aposta no 13º", e as imagens sempre iguais. Depois são as especulações sobre resultados e os resultados de fato. O Natal é só economia. É mesmo o Natal? É, desde que Natal se tornou nome de um período da atividade comercial. O sentido de Natal ficou posto na formalidade das "vendas e compras de Natal". Sim, a ceia resiste ainda. Mas já exala os formalismos de uma programação comercial, com os novos produtos industriais da publicidade, as ceias em bares e restaurantes, em clubes. E as vendas de ceias prontas, e não mais a obra típica de cada família, memórias remotas do paladar e da infância. O progresso traz também mudanças que não são progresso. O Natal não escaparia aos ímpetos mudancistas e às maneiras que lhes dá a subcultura norte-americana difundida no mundo. À parte o uso que a religiosidade dele pudesse fazer, o Natal foi a mais bela das cerimônias. Quem a perdeu não foi o Natal, fomos nós. AS MENTIRAS À falta de resposta no Painel do Leitor, volto aos depoimentos contraditórios do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. Seu advogado, Juliano Breda, disse em carta à Folha que "a mudança no seu [de Azevedo] depoimento perante o TSE ocorreu em razão da análise de uma prestação de contas dos partidos que se mostrou equivocada, e não em razão de um fato do qual ele teria conhecimento direto". O despacho 84/2016 da Procuradoria Geral Eleitoral, de 16.12.2016, diz que no depoimento para a Justiça Eleitoral em 17.11.2016 Azevedo "apresentou versão com traços divergentes em relação às afirmações feitas no depoimento prestado em 19.9.2016", à Lava Jato. Neste depoimento, Azevedo apresentou a história de um encontro seu com Edinho Silva e outro petista para acertar a doação de R$ 1 milhão à campanha de Dilma. Nas palavras da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), está claro que são duas declarações explícitas e contraditórias. A segunda, quando em novembro Azevedo foi indagado pela PGE sobre a divergência, depois que a defesa de Dilma desmentiu-o e apresentou cópia do cheque de R$ 1 milhão nominal a Michel Temer. A Azevedo só restava desdizer-se. Breda diz ainda que "os encontros com Edinho Silva realmente aconteceram, fato que o próprio ex-ministro já admitiu". O plural não estava no artigo. E o encontro para Edinho Silva pedir (e receber) R$ 1 milhão foi inventado por Otávio Azevedo: Edinho e seu acompanhante o negaram e, mais importante, a negação está implícita no reconhecimento de Azevedo de que o dinheiro não foi dado para Dilma, mas a Temer. O despacho 84 foi mais longe, ao questionar a possibilidade de "desatendimento aos termos daquele acordo" (de delação premiada, com a Lava Jato). Por isso, e por ser assunto criminal, não eleitoral, remeteu a ação contra Otávio Azevedo "à Procuradoria da República em Brasília, para a adoção das medidas que entender cabíveis", e à Procuradoria Geral da República. Ainda há o caso da declaração de Otávio Azevedo, aos procuradores da Lava Jato, de doação a Aécio Neves de R$ 12,6 milhões, que depois reconheceu serem, na verdade, R$ 19 milhões. O primeiro valor dava cobertura ao declarado na (também falsa) prestação de contas da campanha de Aécio.
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Ceia de Natal resiste, mas já exala formalismo de programação comercialAs notícias começam com quatro, cinco meses de antecedência. Ano a ano. Não que falte coisa melhor para o mesmo espaço em jornais ou tempo nas tevês. É o domínio da burocracia: "Comércio espera Natal bom/ruim", "Natal será mais caro/barato", e outras embromações que nada significam. O que rege esse noticiário não são os fatos, é o calendário. Com a aproximação de dezembro, "Importações de Natal crescem/diminuem"; "Indústria de calçados aposta no Natal", e por aí vai. E então vêm as bobices sobre o movimento de compras, o que a professora comprou, "e você está comprando muito?", "está tudo muito caro", "o comércio aposta no 13º", e as imagens sempre iguais. Depois são as especulações sobre resultados e os resultados de fato. O Natal é só economia. É mesmo o Natal? É, desde que Natal se tornou nome de um período da atividade comercial. O sentido de Natal ficou posto na formalidade das "vendas e compras de Natal". Sim, a ceia resiste ainda. Mas já exala os formalismos de uma programação comercial, com os novos produtos industriais da publicidade, as ceias em bares e restaurantes, em clubes. E as vendas de ceias prontas, e não mais a obra típica de cada família, memórias remotas do paladar e da infância. O progresso traz também mudanças que não são progresso. O Natal não escaparia aos ímpetos mudancistas e às maneiras que lhes dá a subcultura norte-americana difundida no mundo. À parte o uso que a religiosidade dele pudesse fazer, o Natal foi a mais bela das cerimônias. Quem a perdeu não foi o Natal, fomos nós. AS MENTIRAS À falta de resposta no Painel do Leitor, volto aos depoimentos contraditórios do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. Seu advogado, Juliano Breda, disse em carta à Folha que "a mudança no seu [de Azevedo] depoimento perante o TSE ocorreu em razão da análise de uma prestação de contas dos partidos que se mostrou equivocada, e não em razão de um fato do qual ele teria conhecimento direto". O despacho 84/2016 da Procuradoria Geral Eleitoral, de 16.12.2016, diz que no depoimento para a Justiça Eleitoral em 17.11.2016 Azevedo "apresentou versão com traços divergentes em relação às afirmações feitas no depoimento prestado em 19.9.2016", à Lava Jato. Neste depoimento, Azevedo apresentou a história de um encontro seu com Edinho Silva e outro petista para acertar a doação de R$ 1 milhão à campanha de Dilma. Nas palavras da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), está claro que são duas declarações explícitas e contraditórias. A segunda, quando em novembro Azevedo foi indagado pela PGE sobre a divergência, depois que a defesa de Dilma desmentiu-o e apresentou cópia do cheque de R$ 1 milhão nominal a Michel Temer. A Azevedo só restava desdizer-se. Breda diz ainda que "os encontros com Edinho Silva realmente aconteceram, fato que o próprio ex-ministro já admitiu". O plural não estava no artigo. E o encontro para Edinho Silva pedir (e receber) R$ 1 milhão foi inventado por Otávio Azevedo: Edinho e seu acompanhante o negaram e, mais importante, a negação está implícita no reconhecimento de Azevedo de que o dinheiro não foi dado para Dilma, mas a Temer. O despacho 84 foi mais longe, ao questionar a possibilidade de "desatendimento aos termos daquele acordo" (de delação premiada, com a Lava Jato). Por isso, e por ser assunto criminal, não eleitoral, remeteu a ação contra Otávio Azevedo "à Procuradoria da República em Brasília, para a adoção das medidas que entender cabíveis", e à Procuradoria Geral da República. Ainda há o caso da declaração de Otávio Azevedo, aos procuradores da Lava Jato, de doação a Aécio Neves de R$ 12,6 milhões, que depois reconheceu serem, na verdade, R$ 19 milhões. O primeiro valor dava cobertura ao declarado na (também falsa) prestação de contas da campanha de Aécio.
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Câmara aprova reforma que corta secretarias e cargos em Belo Horizonte
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Pouco mais de seis meses após assumir a Prefeitura de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) conseguiu, nesta quarta (14), a aprovação na Câmara da reforma administrativa desenhada por sua gestão. A legislação foi aprovada por unanimidade pelos 38 vereadores presentes. A reforma reduziu o número de órgãos com status de secretarias (de 31 para 18) e cortou 400 cargos comissionados. Dos 1.600 restantes, 370 deverão ser ocupados por servidores efetivos. A economia esperada é de R$ 30 milhões ao ano. As regionais, que funcionavam como secretarias, passam a ser conselhos ligados diretamente ao gabinete do prefeito, o que gerou críticas de centralização da gestão. Também foram unificadas a Fundação de Parques e a Fundação Zoo-Botânica. Outra mudança foi a criação da Secretaria Municipal da Cultura, que vai incorporar a atual Fundação Municipal da Cultura. Kalil anunciou neste mês que o ex-ministro Juca Ferreira assume a pasta da Cultura na capital mineira. Enviado em abril ao Legislativo, o projeto de lei original recebeu mais de 200 emendas dos vereadores. Cerca de 40% das propostas foi incorporada a um projeto substitutivo que, por sua vez, também recebeu 127 sugestões da Câmara. Os pontos mais polêmicos foram votados de forma separada nesta quarta. O maior debate deu-se em torno de uma proposta de vereadores do PT e do PSOL de criar um Conselho Municipal LGBT. A cidade já conta com conselhos especiais para juventude, mulheres, pessoas com deficiência, igualdade racial, idosos, crianças e adolescentes, entre outros. A ideia gerou resistência por parte da bancada religiosa, e grupos contrários e favoráveis esquentaram o clima da votação na Câmara. A proposta terminou rejeitada por 31 votos contra e 8 a favor.
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cotidiano
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Câmara aprova reforma que corta secretarias e cargos em Belo HorizontePouco mais de seis meses após assumir a Prefeitura de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) conseguiu, nesta quarta (14), a aprovação na Câmara da reforma administrativa desenhada por sua gestão. A legislação foi aprovada por unanimidade pelos 38 vereadores presentes. A reforma reduziu o número de órgãos com status de secretarias (de 31 para 18) e cortou 400 cargos comissionados. Dos 1.600 restantes, 370 deverão ser ocupados por servidores efetivos. A economia esperada é de R$ 30 milhões ao ano. As regionais, que funcionavam como secretarias, passam a ser conselhos ligados diretamente ao gabinete do prefeito, o que gerou críticas de centralização da gestão. Também foram unificadas a Fundação de Parques e a Fundação Zoo-Botânica. Outra mudança foi a criação da Secretaria Municipal da Cultura, que vai incorporar a atual Fundação Municipal da Cultura. Kalil anunciou neste mês que o ex-ministro Juca Ferreira assume a pasta da Cultura na capital mineira. Enviado em abril ao Legislativo, o projeto de lei original recebeu mais de 200 emendas dos vereadores. Cerca de 40% das propostas foi incorporada a um projeto substitutivo que, por sua vez, também recebeu 127 sugestões da Câmara. Os pontos mais polêmicos foram votados de forma separada nesta quarta. O maior debate deu-se em torno de uma proposta de vereadores do PT e do PSOL de criar um Conselho Municipal LGBT. A cidade já conta com conselhos especiais para juventude, mulheres, pessoas com deficiência, igualdade racial, idosos, crianças e adolescentes, entre outros. A ideia gerou resistência por parte da bancada religiosa, e grupos contrários e favoráveis esquentaram o clima da votação na Câmara. A proposta terminou rejeitada por 31 votos contra e 8 a favor.
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Após morte de tio, paulista herdou liderança de partido secular de Beirute
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Dois buracos chamam a atenção ao lado da porta principal na casa do paulista Carlos Eddé, 59, em Beirute –marcas de atentados contra seu tio, Raymond Eddé, durante a guerra civil libanesa (1975-1990), mantidas hoje como memória. Carlos herdou de seu tio –morto na França, em 2000– a liderança do Bloco Nacional Libanês, um dos partidos políticos históricos ali. Nessa posição, mantém a sigla fundada em 1936 pelo avô, Émile, pedindo um Líbano secular. Carlos nasceu ali, mas viveu também no Brasil e nos EUA. Aos 19 anos, durante a guerra, deixou Beirute temendo a perseguição à sua família, para retornar só 24 anos depois. "Éramos visados", diz, referindo-se aos atentados contra seu tio. No exterior, estudou administração e política. Afirma ter sido eleito líder "à revelia", após a morte do tio. "Diziam que precisavam de uma geração de políticos que não viessem dos senhores da guerra." Carlos concorreu duas vezes em eleições locais, derrotado em ambas por Michel Aoun, um popular ex-general libanês. "Eu defendo um Estado secular. Essa mensagem foi rejeitada."
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Após morte de tio, paulista herdou liderança de partido secular de BeiruteDois buracos chamam a atenção ao lado da porta principal na casa do paulista Carlos Eddé, 59, em Beirute –marcas de atentados contra seu tio, Raymond Eddé, durante a guerra civil libanesa (1975-1990), mantidas hoje como memória. Carlos herdou de seu tio –morto na França, em 2000– a liderança do Bloco Nacional Libanês, um dos partidos políticos históricos ali. Nessa posição, mantém a sigla fundada em 1936 pelo avô, Émile, pedindo um Líbano secular. Carlos nasceu ali, mas viveu também no Brasil e nos EUA. Aos 19 anos, durante a guerra, deixou Beirute temendo a perseguição à sua família, para retornar só 24 anos depois. "Éramos visados", diz, referindo-se aos atentados contra seu tio. No exterior, estudou administração e política. Afirma ter sido eleito líder "à revelia", após a morte do tio. "Diziam que precisavam de uma geração de políticos que não viessem dos senhores da guerra." Carlos concorreu duas vezes em eleições locais, derrotado em ambas por Michel Aoun, um popular ex-general libanês. "Eu defendo um Estado secular. Essa mensagem foi rejeitada."
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Justiça rejeita pela 2ª vez denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner
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A Justiça argentina voltou a rejeitar a denúncia do promotor morto Alberto Nisman contra a presidente Cristina Kirchner e seus aliados. O inquérito já havia sido rejeitado pelo juiz Daniel Rafecas, no fim de fevereiro. Nesta quinta (26), a Câmara Federal -uma espécie de segunda instância- também decidiu pelo encerramento da investigação. Dois juízes votaram por rejeitar o processo e um foi favorável à denúncia. A Promotoria poderá recorrer mais uma vez à Justiça, dessa vez na terceira instância, na Câmara de Cassação Penal. Na decisão, os dois juízes consideraram que a denúncia não traz evidências de que houve delito. Nisman acusava Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e aliados políticos de tentarem encobrir supostos responsáveis iranianos de um atentado na Argentina, em 1994. Em troca, a Argentina teria vantagens comerciais: poderia vender grãos ao Irã e comprar petróleo mais barato. A Argentina firmou um memorando de entendimento com o Irã em 2013. Segundo o governo Kirchner, o objetivo era tentar interrogar cinco suspeitos iranianos em seu país. O acordo, porém, nunca prosperou, pois a Justiça do Irã e a da Argentina o consideraram inconstitucional. Nisman afirmava que as conversas entre os dois países começaram antes, em 2011, e seriam tocadas também por representantes paralelos, como o ex-sindicalista Luis D'Elia e o suposto espião do Irã Jorge Youssef Khalil. O memorando, na versão de Nisman, seria apenas uma fachada para os verdadeiros interesses dos governantes. A Argentina receberia fôlego econômico, e o Irã, a retirada dos alertas vermelhos da Interpol contra importantes autoridades, entre elas o ex-ministro da Defesa Ahmad Vahidi e o ex-chanceler Alí Akbar Velayati, que chegou a ser cotado para substituir Mahmoud Ahmadinejad. Os juízes argumentaram, porém, que o memorando nunca produziu efeitos práticos, e o principal indício de crime, a suposta tentativa de retirada dos alertas vermelhos, não foi alcançado. O único juiz que votou a favor da denúncia afirmou que as suspeitas têm verossimilhança e devem ser investigadas, pois não significam que tal objetivo tenha sido tentado. LÍDERES JUDEUS CRITICAM Líderes da comunidade judaica na Argentina criticaram a decisão da Justiça de encerrar o caso. Os diretores do Centro Wiesenthal, entidade global que combate o antissemitismo, convocou parlamentares a organizarem uma comissão de investigação independente para analisar as denúncias de Alberto Nisman. O promotor apareceu morto há cerca de dois meses, pouco depois de apresentar a acusação contra a presidente Kirchner. "Transcorridos dois meses, a Justiça argentina ainda não conseguiu determinar se Nisman se suicidou ou se foi assassinado. Entretanto, foi veloz em invalidar sua denúncia", criticou nota divulgada pela entidade. O comunicado afirma ainda que rejeitar uma denúncia sem promover nem sequer uma investigação "turva ainda mais as motivações do memorando de entendimentos entre os dois países [Irã e Argentina]". "A motivação iraniana era a impunidade absoluta. A da Argentina está coberta por um véu de mistério que obstrui toda chance de se alcançar a Justiça", afirmou Shimon Samuels, diretor de relações internacionais do Centro Wiesenthal.
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Justiça rejeita pela 2ª vez denúncia de Nisman contra Cristina KirchnerA Justiça argentina voltou a rejeitar a denúncia do promotor morto Alberto Nisman contra a presidente Cristina Kirchner e seus aliados. O inquérito já havia sido rejeitado pelo juiz Daniel Rafecas, no fim de fevereiro. Nesta quinta (26), a Câmara Federal -uma espécie de segunda instância- também decidiu pelo encerramento da investigação. Dois juízes votaram por rejeitar o processo e um foi favorável à denúncia. A Promotoria poderá recorrer mais uma vez à Justiça, dessa vez na terceira instância, na Câmara de Cassação Penal. Na decisão, os dois juízes consideraram que a denúncia não traz evidências de que houve delito. Nisman acusava Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e aliados políticos de tentarem encobrir supostos responsáveis iranianos de um atentado na Argentina, em 1994. Em troca, a Argentina teria vantagens comerciais: poderia vender grãos ao Irã e comprar petróleo mais barato. A Argentina firmou um memorando de entendimento com o Irã em 2013. Segundo o governo Kirchner, o objetivo era tentar interrogar cinco suspeitos iranianos em seu país. O acordo, porém, nunca prosperou, pois a Justiça do Irã e a da Argentina o consideraram inconstitucional. Nisman afirmava que as conversas entre os dois países começaram antes, em 2011, e seriam tocadas também por representantes paralelos, como o ex-sindicalista Luis D'Elia e o suposto espião do Irã Jorge Youssef Khalil. O memorando, na versão de Nisman, seria apenas uma fachada para os verdadeiros interesses dos governantes. A Argentina receberia fôlego econômico, e o Irã, a retirada dos alertas vermelhos da Interpol contra importantes autoridades, entre elas o ex-ministro da Defesa Ahmad Vahidi e o ex-chanceler Alí Akbar Velayati, que chegou a ser cotado para substituir Mahmoud Ahmadinejad. Os juízes argumentaram, porém, que o memorando nunca produziu efeitos práticos, e o principal indício de crime, a suposta tentativa de retirada dos alertas vermelhos, não foi alcançado. O único juiz que votou a favor da denúncia afirmou que as suspeitas têm verossimilhança e devem ser investigadas, pois não significam que tal objetivo tenha sido tentado. LÍDERES JUDEUS CRITICAM Líderes da comunidade judaica na Argentina criticaram a decisão da Justiça de encerrar o caso. Os diretores do Centro Wiesenthal, entidade global que combate o antissemitismo, convocou parlamentares a organizarem uma comissão de investigação independente para analisar as denúncias de Alberto Nisman. O promotor apareceu morto há cerca de dois meses, pouco depois de apresentar a acusação contra a presidente Kirchner. "Transcorridos dois meses, a Justiça argentina ainda não conseguiu determinar se Nisman se suicidou ou se foi assassinado. Entretanto, foi veloz em invalidar sua denúncia", criticou nota divulgada pela entidade. O comunicado afirma ainda que rejeitar uma denúncia sem promover nem sequer uma investigação "turva ainda mais as motivações do memorando de entendimentos entre os dois países [Irã e Argentina]". "A motivação iraniana era a impunidade absoluta. A da Argentina está coberta por um véu de mistério que obstrui toda chance de se alcançar a Justiça", afirmou Shimon Samuels, diretor de relações internacionais do Centro Wiesenthal.
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