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Morre Nicholas Winton, conhecido por ter salvado dos nazistas 669 crianças
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Morreu nesta quarta-feira (1º) aos 106 anos em Maidenhead, no sul da Inglaterra, o britânico Nicholas Winton, conhecido por salvar pouco antes da Segunda Guerra Mundial 669 crianças da antiga Tchecoslováquia que seriam mortas pelos nazistas. No final de 1938, quando era funcionário da bolsa de valores de Londres, Winton desistiu de uma viagem de férias em uma estação de esqui na Suíça e foi convidado a ir a Praga por um amigo que trabalhava na embaixada britânica. Nesta época, a Tchecoslováquia havia acabado de ser ocupada pelos nazistas, que haviam criado seus primeiros campos de concentração. A intenção do amigo era criar um mecanismo para tentar ajudar famílias judaicas. Então, Winton abriu um escritório improvisado em um hotel da cidade para receber pais judeus desesperados para enviar seus filhos a um local seguro, neste caso o Reino Unido. A tarefa era difícil: obter um visto para cada criança entrar em território britânico, encontrar uma família que as adotasse e levantar fundos para o transporte, incluindo passagens de trem e propinas a funcionários da Gestapo. Seus esforços permitiram que, entre março e agosto de 1939, 669 crianças chegassem em segurança ao Reino Unido em oito trens. Em 1º de setembro, os nazistas invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O começo do conflito fez com que as autoridades britânicas impedissem o acesso de um nono trem enviado por Winton, com mais 250 crianças vindas da Tchecoslováquia. Todas elas desapareceram depois. Sua história era pouco conhecida até 1988, quando foi revelada pela rede de televisão britânica BBC. Desde então, ele passou a ser conhecido como o "Schindler britânico", em referência ao alemão que teria salvo 1.200 judeus. Devido a sua ação, Winton foi ordenado cavaleiro pela rainha Elizabeth 2ª em 2002. Ele ainda recebeu a Ordem do Leão Branco, a mais alta distinção da República Tcheca, e o título de herói britânico do Holocausto. "O mundo perdeu um grande homem. Não podemos esquecer jamais a humanidade demonstrada por Sir Nicholas Winton ao salvar tantas crianças do Holocausto", reagiu o primeiro-ministro britânico David Cameron em sua conta no Twitter. "Ele sempre será um símbolo da coragem, de profunda humanidade e incrível humildade", declarou o chefe de governo tcheco Bohuslav Sobotka, também no Twitter.
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mundo
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Morre Nicholas Winton, conhecido por ter salvado dos nazistas 669 criançasMorreu nesta quarta-feira (1º) aos 106 anos em Maidenhead, no sul da Inglaterra, o britânico Nicholas Winton, conhecido por salvar pouco antes da Segunda Guerra Mundial 669 crianças da antiga Tchecoslováquia que seriam mortas pelos nazistas. No final de 1938, quando era funcionário da bolsa de valores de Londres, Winton desistiu de uma viagem de férias em uma estação de esqui na Suíça e foi convidado a ir a Praga por um amigo que trabalhava na embaixada britânica. Nesta época, a Tchecoslováquia havia acabado de ser ocupada pelos nazistas, que haviam criado seus primeiros campos de concentração. A intenção do amigo era criar um mecanismo para tentar ajudar famílias judaicas. Então, Winton abriu um escritório improvisado em um hotel da cidade para receber pais judeus desesperados para enviar seus filhos a um local seguro, neste caso o Reino Unido. A tarefa era difícil: obter um visto para cada criança entrar em território britânico, encontrar uma família que as adotasse e levantar fundos para o transporte, incluindo passagens de trem e propinas a funcionários da Gestapo. Seus esforços permitiram que, entre março e agosto de 1939, 669 crianças chegassem em segurança ao Reino Unido em oito trens. Em 1º de setembro, os nazistas invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O começo do conflito fez com que as autoridades britânicas impedissem o acesso de um nono trem enviado por Winton, com mais 250 crianças vindas da Tchecoslováquia. Todas elas desapareceram depois. Sua história era pouco conhecida até 1988, quando foi revelada pela rede de televisão britânica BBC. Desde então, ele passou a ser conhecido como o "Schindler britânico", em referência ao alemão que teria salvo 1.200 judeus. Devido a sua ação, Winton foi ordenado cavaleiro pela rainha Elizabeth 2ª em 2002. Ele ainda recebeu a Ordem do Leão Branco, a mais alta distinção da República Tcheca, e o título de herói britânico do Holocausto. "O mundo perdeu um grande homem. Não podemos esquecer jamais a humanidade demonstrada por Sir Nicholas Winton ao salvar tantas crianças do Holocausto", reagiu o primeiro-ministro britânico David Cameron em sua conta no Twitter. "Ele sempre será um símbolo da coragem, de profunda humanidade e incrível humildade", declarou o chefe de governo tcheco Bohuslav Sobotka, também no Twitter.
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As armas de cada um
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Nos últimos 40 dias, diante da denúncia do Ministério Público contra Michel Temer, assistimos a um ciclo inteiro, com começo, meio e fim, de como funciona o sistema político brasileiro. O presidente, precisando de apoio a qualquer preço, coloca a máquina, sua maior arma, para trabalhar para si mesmo. Com poder de barganha, os deputados aliados começam a salivar. Exigem dinheiro, favores e cargos. A oposição faz o esperado, desta vez com argumentos de sobra. O Congresso como um todo, em vez de cobrir o vácuo e avançar a agenda legislativa da qual o país depende, concentra-se exclusivamente em ganhos próprios. Passam 40 dias sem nada fazer pela nação. Um ciclo típico do nosso sistema político, falido. Há um agravante. Mesmo se gastando uma fortuna em tempo e dinheiro, trocando parlamentares nas comissões, exonerando ministros para conseguir meia dúzia de votos a mais e chantageando cargos por apoio, a vitória do governo foi pífia. O tamanho da base aliada, revelado, deixa claro que Temer, daqui para frente, não conseguirá aprovar nada relevante. Com isso, cai por terra o último argumento dos que, mesmo reconhecendo a gravidade dos atos do presidente, preferiram fechar os olhos para a obviedade ética: a necessidade de uma investigação. Argumentavam que, pelo bem do país, era melhor que Temer ficasse para "tocar as reformas". Ora, com 263 votos, a única reforma que se consegue aprovar é reforma de prédio. Enquanto os deputados estavam ocupados alavancando seu poder de barganha, poderosa arma, alguém trabalhava, quieto, em outro projeto, muito mais nefasto. Nos últimos 40 dias, Vicente Cândido (PT) esteve concentrado na criação de uma nova arma, letal para a sociedade. Ele está finalizando uma proposta para levantar R$ 3 bilhões adicionais para os políticos se lambuzarem nas próximas eleições. Com cláusula de barreira, ele garante que apenas os grandes partidos terão acesso à dinheirama eleitoral. PT, PMDB e PSDB vão fazer a festa. Observe a velocidade com que essas medidas tramitarão no congresso. Enquanto projetos de nosso interesse, como o fim do foro privilegiado, permanecem parados, as toneladas de dinheiro, de interesse deles, avançarão a toque de caixa. Eficiência, quando interessa. O Brasil não tem um ditador obcecado por armas nucleares. Não tem, ainda, um ditador bonachão vestido de vermelho que deixa a população sem remédios e com fome. Mas tem um congresso radiativo, que desenvolve em benefício próprio uma reforma política que pode explodir o pouco que nos resta, aumentar a fome e a doença, sob os nossos olhos, na maior cara de pau. Mais do que indignação, isso causa repugnância. Mas o que resta a nós, meros mortais sem privilégios, fazer? Só temos duas armas. Cobrá-los e não os reeleger. Está provado que quando o gato vai passear e a pressão diminui, os ratos fazem a festa. E está provado que se não renovarmos esse Congresso, teremos devastação nuclear a partir de 2019. Para renovar, coloque uma marca não apenas nos que votaram contra a ética e os interesses da população, mas naqueles que não se posicionaram. Atenção: a sociedade criou ferramentas que escancaram a posição de cada parlamentar nas importantes votações. Como os parlamentares estão se defendendo? Colocam-se como indecisos, apesar de saberem como votarão. Escondem a perversidade por trás da indecisão. A sociedade, que sabe traduzir indecisão por covardia, prepara uma lista com seus nomes. O sistema político e seus atores não vão mudar, a menos que a sociedade use essas armas. São pacíficas, eficientes, são as armas que você tem.
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colunas
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As armas de cada umNos últimos 40 dias, diante da denúncia do Ministério Público contra Michel Temer, assistimos a um ciclo inteiro, com começo, meio e fim, de como funciona o sistema político brasileiro. O presidente, precisando de apoio a qualquer preço, coloca a máquina, sua maior arma, para trabalhar para si mesmo. Com poder de barganha, os deputados aliados começam a salivar. Exigem dinheiro, favores e cargos. A oposição faz o esperado, desta vez com argumentos de sobra. O Congresso como um todo, em vez de cobrir o vácuo e avançar a agenda legislativa da qual o país depende, concentra-se exclusivamente em ganhos próprios. Passam 40 dias sem nada fazer pela nação. Um ciclo típico do nosso sistema político, falido. Há um agravante. Mesmo se gastando uma fortuna em tempo e dinheiro, trocando parlamentares nas comissões, exonerando ministros para conseguir meia dúzia de votos a mais e chantageando cargos por apoio, a vitória do governo foi pífia. O tamanho da base aliada, revelado, deixa claro que Temer, daqui para frente, não conseguirá aprovar nada relevante. Com isso, cai por terra o último argumento dos que, mesmo reconhecendo a gravidade dos atos do presidente, preferiram fechar os olhos para a obviedade ética: a necessidade de uma investigação. Argumentavam que, pelo bem do país, era melhor que Temer ficasse para "tocar as reformas". Ora, com 263 votos, a única reforma que se consegue aprovar é reforma de prédio. Enquanto os deputados estavam ocupados alavancando seu poder de barganha, poderosa arma, alguém trabalhava, quieto, em outro projeto, muito mais nefasto. Nos últimos 40 dias, Vicente Cândido (PT) esteve concentrado na criação de uma nova arma, letal para a sociedade. Ele está finalizando uma proposta para levantar R$ 3 bilhões adicionais para os políticos se lambuzarem nas próximas eleições. Com cláusula de barreira, ele garante que apenas os grandes partidos terão acesso à dinheirama eleitoral. PT, PMDB e PSDB vão fazer a festa. Observe a velocidade com que essas medidas tramitarão no congresso. Enquanto projetos de nosso interesse, como o fim do foro privilegiado, permanecem parados, as toneladas de dinheiro, de interesse deles, avançarão a toque de caixa. Eficiência, quando interessa. O Brasil não tem um ditador obcecado por armas nucleares. Não tem, ainda, um ditador bonachão vestido de vermelho que deixa a população sem remédios e com fome. Mas tem um congresso radiativo, que desenvolve em benefício próprio uma reforma política que pode explodir o pouco que nos resta, aumentar a fome e a doença, sob os nossos olhos, na maior cara de pau. Mais do que indignação, isso causa repugnância. Mas o que resta a nós, meros mortais sem privilégios, fazer? Só temos duas armas. Cobrá-los e não os reeleger. Está provado que quando o gato vai passear e a pressão diminui, os ratos fazem a festa. E está provado que se não renovarmos esse Congresso, teremos devastação nuclear a partir de 2019. Para renovar, coloque uma marca não apenas nos que votaram contra a ética e os interesses da população, mas naqueles que não se posicionaram. Atenção: a sociedade criou ferramentas que escancaram a posição de cada parlamentar nas importantes votações. Como os parlamentares estão se defendendo? Colocam-se como indecisos, apesar de saberem como votarão. Escondem a perversidade por trás da indecisão. A sociedade, que sabe traduzir indecisão por covardia, prepara uma lista com seus nomes. O sistema político e seus atores não vão mudar, a menos que a sociedade use essas armas. São pacíficas, eficientes, são as armas que você tem.
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Promotoria arquiva inquérito sobre aeroporto em terra de tio-avô de Aécio
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O Conselho Superior do Ministério Público de Minas Gerais decidiu arquivar um inquérito que apurava se houve irregularidades na construção de um aeroporto no município de Cláudio (a 141 km de Belo Horizonte) durante o governo de Aécio Neves (PSDB). Por sete votos a quatro, o órgão considerou que não há elementos para prosseguir com a investigação. A decisão foi tomada no último dia 23. O aeroporto de Cláudio foi construído pelo governo mineiro em uma área desapropriada de Múcio Guimarães Tolentino, um tio-avô do senador, conforme revelou reportagem da Folha em julho de 2014. A reportagem mostrou que as chaves ficavam com a família do tio-avô. Promotores do Ministério Público de Minas começaram a apurar o caso em 2009, mas decidiram arquivá-lo no início de 2014. Após a revelação do caso pelo jornal, deputados estaduais de Minas pediram mais investigações e o caso foi novamente reaberto. Em julho deste ano, novamente os promotores responsáveis entenderam que não houve irregularidades nem "desvio de finalidade" na construção. O caso foi então encaminhado ao Conselho Superior, formado pelo procurador-geral de Justiça, pelo corregedor do Ministério Público e procuradores. O conselho tem como uma de suas funções ratificar o encerramento de investigações. Hoje senador, Aécio, que governou Minas de 2003 a 2010, sempre sustentou que a construção se baseou em critérios técnicos e que não houve favorecimento à família.
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poder
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Promotoria arquiva inquérito sobre aeroporto em terra de tio-avô de AécioO Conselho Superior do Ministério Público de Minas Gerais decidiu arquivar um inquérito que apurava se houve irregularidades na construção de um aeroporto no município de Cláudio (a 141 km de Belo Horizonte) durante o governo de Aécio Neves (PSDB). Por sete votos a quatro, o órgão considerou que não há elementos para prosseguir com a investigação. A decisão foi tomada no último dia 23. O aeroporto de Cláudio foi construído pelo governo mineiro em uma área desapropriada de Múcio Guimarães Tolentino, um tio-avô do senador, conforme revelou reportagem da Folha em julho de 2014. A reportagem mostrou que as chaves ficavam com a família do tio-avô. Promotores do Ministério Público de Minas começaram a apurar o caso em 2009, mas decidiram arquivá-lo no início de 2014. Após a revelação do caso pelo jornal, deputados estaduais de Minas pediram mais investigações e o caso foi novamente reaberto. Em julho deste ano, novamente os promotores responsáveis entenderam que não houve irregularidades nem "desvio de finalidade" na construção. O caso foi então encaminhado ao Conselho Superior, formado pelo procurador-geral de Justiça, pelo corregedor do Ministério Público e procuradores. O conselho tem como uma de suas funções ratificar o encerramento de investigações. Hoje senador, Aécio, que governou Minas de 2003 a 2010, sempre sustentou que a construção se baseou em critérios técnicos e que não houve favorecimento à família.
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Ministério da Justiça suspende envio de haitianos do Acre a São Paulo
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A presidente Dilma Rousseff (PT), por meio do Ministério da Justiça, suspendeu, nesta terça-feira (19), o transporte de refugiados haitianos do Acre para São Paulo e outras cidades brasileiras. A medida foi tomada depois de o prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT), reclamar, nesta terça, que não fora informado pelo governador acriano, Tião Viana (PT), da nova leva de 968 migrantes que chegaria à cidade. A pasta firmou convênio de R$ 1 milhão com o Acre neste ano para viabilizar a distribuição de haitianos pelo país. Depois do envio de haitianos a São Paulo sem aviso, a pasta informou que não permitirá as viagens até que haja um plano de acolhimento. A prefeitura disse que procura terreno para um abrigo de emergência. Haddad afirmou que "fará o melhor" para receber essa população e criticou a falta de comunicação. "Estabelecemos um protocolo, que estava funcionando bem, mas desta vez não fomos informados com antecedência." O Ministério da Justiça disse, em nota, que "concorda" que as ações devam ser "coordenadas entre vários órgãos do governo federal, Estados e municípios". O governo acriano considera a situação "delicada" e diz que esgotou sua possibilidade de ação.
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cotidiano
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Ministério da Justiça suspende envio de haitianos do Acre a São PauloA presidente Dilma Rousseff (PT), por meio do Ministério da Justiça, suspendeu, nesta terça-feira (19), o transporte de refugiados haitianos do Acre para São Paulo e outras cidades brasileiras. A medida foi tomada depois de o prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT), reclamar, nesta terça, que não fora informado pelo governador acriano, Tião Viana (PT), da nova leva de 968 migrantes que chegaria à cidade. A pasta firmou convênio de R$ 1 milhão com o Acre neste ano para viabilizar a distribuição de haitianos pelo país. Depois do envio de haitianos a São Paulo sem aviso, a pasta informou que não permitirá as viagens até que haja um plano de acolhimento. A prefeitura disse que procura terreno para um abrigo de emergência. Haddad afirmou que "fará o melhor" para receber essa população e criticou a falta de comunicação. "Estabelecemos um protocolo, que estava funcionando bem, mas desta vez não fomos informados com antecedência." O Ministério da Justiça disse, em nota, que "concorda" que as ações devam ser "coordenadas entre vários órgãos do governo federal, Estados e municípios". O governo acriano considera a situação "delicada" e diz que esgotou sua possibilidade de ação.
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Medicina em Ribeirão é curso mais concorrido da Fuvest 2016
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A Fuvest divulgou na manhã desta terça-feira (10) o número total de inscritos na prova do vestibular para 2016 e a relação candidato/vaga para os cursos oferecidos. Neste ano, 142.721 pessoas participarão do processo seletivo para os cursos da USP. Serão oferecidas 9.568 vagas pelo vestibular. A Folha publicou neste fim de semana um simulado da primeira fase da Fuvest. Pela primeira vez, a universidade decidiu alocar outras 1.489 matrículas na universidade por meio das notas obtidas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. A adesão ao Enem é feita por cada unidade. O curso de medicina no campus de Ribeirão Preto é o mais concorrido da Fuvest 2016. São 71,93 candidatos para cada vaga. Infográfico: Carreiras mais disputadas Em segundo lugar está o curso de psicologia, com 59,80 candidatos por vaga, seguido de medicina no campus de São Paulo (58,75) e relações internacionais (43,08). A lista completa está disponível no site www.fuvest.br. Em termos de números de inscritos, ainda predominam as carreiras tradicionais: medicina (17.331 candidatos), direito (10.961) e engenharia na Poli (10.205). Infográfico: Carreiras com maior demanda absoluta FIQUE ATENTO A Fuvest divulgará os locais de prova no dia 23 de novembro. A prova da primeira fase acontece no dia 29 de novembro, às 13h. Neste ano, a concorrência deve ser bem maior em relação ao ano passado, devido a uma redução na quantidade de vagas. Em vez das 11.057 vagas anteriores destinadas à USP, por exemplo, agora serão 9.568 vagas. O número total de inscritos e a relação candidato/vaga de cada curso serão divulgados a partir desta segunda-feira (9). A segunda fase do vestibular ocorre nos dias 10 e 12 de janeiro. A lista de convocados para esta etapa será divulgada no dia 21 de dezembro, assim como os locais de prova.
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educacao
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Medicina em Ribeirão é curso mais concorrido da Fuvest 2016A Fuvest divulgou na manhã desta terça-feira (10) o número total de inscritos na prova do vestibular para 2016 e a relação candidato/vaga para os cursos oferecidos. Neste ano, 142.721 pessoas participarão do processo seletivo para os cursos da USP. Serão oferecidas 9.568 vagas pelo vestibular. A Folha publicou neste fim de semana um simulado da primeira fase da Fuvest. Pela primeira vez, a universidade decidiu alocar outras 1.489 matrículas na universidade por meio das notas obtidas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. A adesão ao Enem é feita por cada unidade. O curso de medicina no campus de Ribeirão Preto é o mais concorrido da Fuvest 2016. São 71,93 candidatos para cada vaga. Infográfico: Carreiras mais disputadas Em segundo lugar está o curso de psicologia, com 59,80 candidatos por vaga, seguido de medicina no campus de São Paulo (58,75) e relações internacionais (43,08). A lista completa está disponível no site www.fuvest.br. Em termos de números de inscritos, ainda predominam as carreiras tradicionais: medicina (17.331 candidatos), direito (10.961) e engenharia na Poli (10.205). Infográfico: Carreiras com maior demanda absoluta FIQUE ATENTO A Fuvest divulgará os locais de prova no dia 23 de novembro. A prova da primeira fase acontece no dia 29 de novembro, às 13h. Neste ano, a concorrência deve ser bem maior em relação ao ano passado, devido a uma redução na quantidade de vagas. Em vez das 11.057 vagas anteriores destinadas à USP, por exemplo, agora serão 9.568 vagas. O número total de inscritos e a relação candidato/vaga de cada curso serão divulgados a partir desta segunda-feira (9). A segunda fase do vestibular ocorre nos dias 10 e 12 de janeiro. A lista de convocados para esta etapa será divulgada no dia 21 de dezembro, assim como os locais de prova.
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Fabricante de turboélices ATR tem queda de 9% nas entregas em 2016
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Maior fabricante mundial de aviões turboélice do mundo, a franco-italiana ATR anunciou nesta segunda-feira (23) uma queda de 9% nas entregas em 2016, pressionada por desaceleração na demanda por aeronaves regionais diante do enfraquecimento da economia global. As entregas caíram para 80 aviões ante 88 em 2015, um recorde que a ATR esperava repetir em 2016. O recuo nos envios de aeronaves a clientes é o primeiro desde 2010. "O segmento de aeronaves menores tem a tendência de reagir mais violentamente a flutuações dos mercados", disse o presidente-executivo da ATR, Christian Scherer. O executivo comentou que alguns clientes adiaram entregas, no mais recente sinal de vulnerabilidade em um momento em que o ciclo do setor é de baixa. As encomendas de novos ATRs caíram mais de 50%, para 36, o menor nível desde 2009 e aprofundando desaceleração iniciada em 2015. A carteira de pedidos caiu 18%, para 212 aeronaves, suficiente para apenas três anos de produção. A receita da ATR, controlada em conjunto por Airbus e Leonardo, encolheu 10%, para US$ 1,8 bilhão. Scherer disse que a companhia ainda obteve margens saudáveis, mas não deu detalhes.
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mercado
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Fabricante de turboélices ATR tem queda de 9% nas entregas em 2016Maior fabricante mundial de aviões turboélice do mundo, a franco-italiana ATR anunciou nesta segunda-feira (23) uma queda de 9% nas entregas em 2016, pressionada por desaceleração na demanda por aeronaves regionais diante do enfraquecimento da economia global. As entregas caíram para 80 aviões ante 88 em 2015, um recorde que a ATR esperava repetir em 2016. O recuo nos envios de aeronaves a clientes é o primeiro desde 2010. "O segmento de aeronaves menores tem a tendência de reagir mais violentamente a flutuações dos mercados", disse o presidente-executivo da ATR, Christian Scherer. O executivo comentou que alguns clientes adiaram entregas, no mais recente sinal de vulnerabilidade em um momento em que o ciclo do setor é de baixa. As encomendas de novos ATRs caíram mais de 50%, para 36, o menor nível desde 2009 e aprofundando desaceleração iniciada em 2015. A carteira de pedidos caiu 18%, para 212 aeronaves, suficiente para apenas três anos de produção. A receita da ATR, controlada em conjunto por Airbus e Leonardo, encolheu 10%, para US$ 1,8 bilhão. Scherer disse que a companhia ainda obteve margens saudáveis, mas não deu detalhes.
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Oded Grajew: Constituição desrespeitada
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Está no artigo 205 da Constituição Federal: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Se a cidadania é o exercício dos direitos civis, políticos e sociais –e exercê-la é ter consciência de seus direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em prática–, é fundamental que no currículo escolar, de acordo com a capacidade de compreensão de cada faixa etária, sejam incluídos conhecimentos e informações que preparem os alunos a exercer a cidadania. Exemplo disso é estimular os alunos a conhecerem os principais capítulos da Constituição Federal e as leis mais importantes do Estado e do município onde se localiza a escola. Para participar da vida social e política da comunidade, é importante ter acesso aos indicadores sociais, econômicos e ambientais e aos principais itens dos orçamentos do país, do Estado e da cidade. Para poder lutar pelos direitos é necessário conhecer os caminhos e as formas de participação. Exercitar o uso da Lei de Acesso à Informação, assistir e participar de algumas audiências públicas, conhecer formas de engajamento nos partidos políticos, ONGs, movimentos sociais, sindicatos, associações de bairro, nas redes sociais, a que órgãos e instâncias de sua cidade recorrer para garantir seus direitos. Registrar e acompanhar as principais promessas dos políticos eleitos. É fundamental colocar o debate da ética na sala de aula para que haja maior consciência das obrigações e balizar a qualificação para o trabalho. Pessoas altamente graduadas, mas sem princípios e valores éticos, já causaram enormes danos à humanidade e ao nosso país. Nas notícias de escândalos aparecem muitas pessoas oriundas das consideradas "melhores escolas e universidades". Na formação básica, os professores necessitam preparar seus alunos para serem menos manipuláveis, estimulando-os a desenvolverem espírito crítico e a pensar, a refletir e a analisar. Sabemos que a primeira medida de qualquer ditadura é cercear a informação aos cidadãos sobre seus direitos e sobre o que faz o governo, dificultando qualquer participação. Governos democráticos fazem o contrário: abrem as informações, estimulam a participação e educam para o exercício da cidadania. Pela minha experiência, poucos jovens (e até professores e pais) conhecem minimamente sua própria cidade ou já visitaram a Câmara Municipal. Como podem participar de forma efetiva nos destinos da cidade? Se quisermos ser uma pátria educadora, temos de nos fazer a pergunta básica: Educadora para quê? Qual a função da educação? Somos e seremos como nação, como comunidade, o resultado da qualidade da educação que recebemos. Será que as escolas da sua cidade e a de seus filhos cumprem a Constituição Federal e adotam um currículo que prepara seus alunos para o exercício da cidadania? ODED GRAJEW, 70, é coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, presidente emérito do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial. Foi presidente da Fundação Abrinq e assessor especial do presidente da República (governo Lula) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Oded Grajew: Constituição desrespeitadaEstá no artigo 205 da Constituição Federal: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Se a cidadania é o exercício dos direitos civis, políticos e sociais –e exercê-la é ter consciência de seus direitos e obrigações e lutar para que sejam colocados em prática–, é fundamental que no currículo escolar, de acordo com a capacidade de compreensão de cada faixa etária, sejam incluídos conhecimentos e informações que preparem os alunos a exercer a cidadania. Exemplo disso é estimular os alunos a conhecerem os principais capítulos da Constituição Federal e as leis mais importantes do Estado e do município onde se localiza a escola. Para participar da vida social e política da comunidade, é importante ter acesso aos indicadores sociais, econômicos e ambientais e aos principais itens dos orçamentos do país, do Estado e da cidade. Para poder lutar pelos direitos é necessário conhecer os caminhos e as formas de participação. Exercitar o uso da Lei de Acesso à Informação, assistir e participar de algumas audiências públicas, conhecer formas de engajamento nos partidos políticos, ONGs, movimentos sociais, sindicatos, associações de bairro, nas redes sociais, a que órgãos e instâncias de sua cidade recorrer para garantir seus direitos. Registrar e acompanhar as principais promessas dos políticos eleitos. É fundamental colocar o debate da ética na sala de aula para que haja maior consciência das obrigações e balizar a qualificação para o trabalho. Pessoas altamente graduadas, mas sem princípios e valores éticos, já causaram enormes danos à humanidade e ao nosso país. Nas notícias de escândalos aparecem muitas pessoas oriundas das consideradas "melhores escolas e universidades". Na formação básica, os professores necessitam preparar seus alunos para serem menos manipuláveis, estimulando-os a desenvolverem espírito crítico e a pensar, a refletir e a analisar. Sabemos que a primeira medida de qualquer ditadura é cercear a informação aos cidadãos sobre seus direitos e sobre o que faz o governo, dificultando qualquer participação. Governos democráticos fazem o contrário: abrem as informações, estimulam a participação e educam para o exercício da cidadania. Pela minha experiência, poucos jovens (e até professores e pais) conhecem minimamente sua própria cidade ou já visitaram a Câmara Municipal. Como podem participar de forma efetiva nos destinos da cidade? Se quisermos ser uma pátria educadora, temos de nos fazer a pergunta básica: Educadora para quê? Qual a função da educação? Somos e seremos como nação, como comunidade, o resultado da qualidade da educação que recebemos. Será que as escolas da sua cidade e a de seus filhos cumprem a Constituição Federal e adotam um currículo que prepara seus alunos para o exercício da cidadania? ODED GRAJEW, 70, é coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, presidente emérito do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial. Foi presidente da Fundação Abrinq e assessor especial do presidente da República (governo Lula) * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Médico do Corinthians diz que Rildo será desfalque por no mínimo um mês
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O atacante Rildo, do Corinthians, lesionou o ombro durante a partida contra o Joinville, neste domingo (13), e deve desfalcar a equipe por, no mínimo, um mês. A estreia do jogador como titular não durou nem cinco minutos. Escolhido para o lugar de Malcom na vitória corintiana, o atacante foi empurrado por Anselmo, caiu em cima do braço e não conseguiu mais voltar para o jogo. Logo que o atendimento corintiano chegou, o sinal foi feito para Tite de que não daria mais para o atleta, que se levantou correndo, para tentar voltar ao confronto. Impedido pelos médicos, Malcom foi chamado e entrou. De acordo com informações do departamento médico do time alvinegro, Rildo teve uma luxação acromioclavicular no ombro e deve ficar no mínimo um mês fora. "Pelo exame clínico, a gente pode dizer que é no mínimo um mês fora. Mas vamos avaliar para ver se terá que passar por cirurgia". disse Ivan Grava, médico do Corinthians. "Se tiver, pode demorar um pouco mais a recuperação", completou. O atacante passará por novos exames nesta segunda-feira (14). Depois de jogar com cinco desfalques no último confronto, contra o Grêmio, o Corinthians chegou quase completo para a 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Elias, que estava na seleção, Gil e Fagner, que estavam suspensos, Uendel, que estava machucado, voltaram para pegar o Joinville. Bruno Henrique continua no departamento médico. Com gols de Malcom, Uendel e Vagner Love, o Corinthians venceu o Joinville por 3 a 0 em sua estreia em jogos às 11h, e continua na liderança do Campeonato Brasileiro.
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esporte
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Médico do Corinthians diz que Rildo será desfalque por no mínimo um mêsO atacante Rildo, do Corinthians, lesionou o ombro durante a partida contra o Joinville, neste domingo (13), e deve desfalcar a equipe por, no mínimo, um mês. A estreia do jogador como titular não durou nem cinco minutos. Escolhido para o lugar de Malcom na vitória corintiana, o atacante foi empurrado por Anselmo, caiu em cima do braço e não conseguiu mais voltar para o jogo. Logo que o atendimento corintiano chegou, o sinal foi feito para Tite de que não daria mais para o atleta, que se levantou correndo, para tentar voltar ao confronto. Impedido pelos médicos, Malcom foi chamado e entrou. De acordo com informações do departamento médico do time alvinegro, Rildo teve uma luxação acromioclavicular no ombro e deve ficar no mínimo um mês fora. "Pelo exame clínico, a gente pode dizer que é no mínimo um mês fora. Mas vamos avaliar para ver se terá que passar por cirurgia". disse Ivan Grava, médico do Corinthians. "Se tiver, pode demorar um pouco mais a recuperação", completou. O atacante passará por novos exames nesta segunda-feira (14). Depois de jogar com cinco desfalques no último confronto, contra o Grêmio, o Corinthians chegou quase completo para a 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Elias, que estava na seleção, Gil e Fagner, que estavam suspensos, Uendel, que estava machucado, voltaram para pegar o Joinville. Bruno Henrique continua no departamento médico. Com gols de Malcom, Uendel e Vagner Love, o Corinthians venceu o Joinville por 3 a 0 em sua estreia em jogos às 11h, e continua na liderança do Campeonato Brasileiro.
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Remendo útil
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A economia brasileira está sujeita ao risco de que ondas pessimistas realimentem o desânimo de consumir e investir. A liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS pode ser um antídoto efetivo contra a depressão, mesmo que modesto. É que uma recessão ainda mais duradoura combinada à ausência de estímulos econômicos concretos poderia levar o país a uma nova espiral descendente. Os meios sensatos e tecnicamente aceitáveis de evitar a nova baixa são escassos quando se leva em conta o curto prazo. O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) representa uma alternativa criativa, com efeitos colaterais quase imperceptíveis. No final da semana, o governo Temer havia praticamente decidido que trabalhadores poderão sacar o dinheiro de suas contas inativas de março a julho, pela ordem de seus aniversários, em calendário a ser especificado. São recursos que, por restrições legais, não puderam ser sacados e ficaram estacionados em contas que deixaram de receber contribuições do empregador devido ao fim de contratos de trabalho. É importante que os recursos irriguem a economia já neste semestre, para o qual ainda se previa estagnação, na melhor das hipóteses. Mesmo que vista com maus olhos por alguns economistas, a medida parece não ter contraindicações. Não há risco de abalos no patrimônio do FGTS, de mais de R$ 470 bilhões (nas contas dos trabalhadores, o saldo é de R$ 370 bilhões). Estima-se que esse saque excepcional das contas inativas não seja muito superior a R$ 30 bilhões. Entidades representativas da construção civil se queixam do risco de que diminuam os financiamentos do fundo para o setor. A redução não está prevista e, dado o caráter excepcional da medida, não ameaça tal fonte de recursos para os próximos anos. O valor total do saque, estimado pelo governo, equivale atualmente a quase 0,5% do PIB, montante próximo ao de um ano de benefícios do Bolsa Família. É bastante razoável supor que essa cifra movimentará a atividade econômica. Quer sirvam para abater dívidas, quer se destinem ao consumo, tais recursos terão contribuído pelo menos para contrabalançar o desânimo de uma economia estagnada em um nível muito baixo. Em suma, será um remendo útil, um paliativo enquanto não começam a fazer efeito as políticas de fundo –a saber, a volta de mínima ordem nas contas do governo federal e, ora mais importante, a queda acelerada das taxas de inflação e de juros. [email protected]
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opiniao
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Remendo útilA economia brasileira está sujeita ao risco de que ondas pessimistas realimentem o desânimo de consumir e investir. A liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS pode ser um antídoto efetivo contra a depressão, mesmo que modesto. É que uma recessão ainda mais duradoura combinada à ausência de estímulos econômicos concretos poderia levar o país a uma nova espiral descendente. Os meios sensatos e tecnicamente aceitáveis de evitar a nova baixa são escassos quando se leva em conta o curto prazo. O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) representa uma alternativa criativa, com efeitos colaterais quase imperceptíveis. No final da semana, o governo Temer havia praticamente decidido que trabalhadores poderão sacar o dinheiro de suas contas inativas de março a julho, pela ordem de seus aniversários, em calendário a ser especificado. São recursos que, por restrições legais, não puderam ser sacados e ficaram estacionados em contas que deixaram de receber contribuições do empregador devido ao fim de contratos de trabalho. É importante que os recursos irriguem a economia já neste semestre, para o qual ainda se previa estagnação, na melhor das hipóteses. Mesmo que vista com maus olhos por alguns economistas, a medida parece não ter contraindicações. Não há risco de abalos no patrimônio do FGTS, de mais de R$ 470 bilhões (nas contas dos trabalhadores, o saldo é de R$ 370 bilhões). Estima-se que esse saque excepcional das contas inativas não seja muito superior a R$ 30 bilhões. Entidades representativas da construção civil se queixam do risco de que diminuam os financiamentos do fundo para o setor. A redução não está prevista e, dado o caráter excepcional da medida, não ameaça tal fonte de recursos para os próximos anos. O valor total do saque, estimado pelo governo, equivale atualmente a quase 0,5% do PIB, montante próximo ao de um ano de benefícios do Bolsa Família. É bastante razoável supor que essa cifra movimentará a atividade econômica. Quer sirvam para abater dívidas, quer se destinem ao consumo, tais recursos terão contribuído pelo menos para contrabalançar o desânimo de uma economia estagnada em um nível muito baixo. Em suma, será um remendo útil, um paliativo enquanto não começam a fazer efeito as políticas de fundo –a saber, a volta de mínima ordem nas contas do governo federal e, ora mais importante, a queda acelerada das taxas de inflação e de juros. [email protected]
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Amy Poehler vence seu primeiro Emmy por apresentação do 'SNL'
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As comediantes Amy Poehler e Tina Fey entraram para a história do Emmy, o maior prêmio mundial da televisão, ao ganharem juntas neste sábado (10) o troféu de melhor atriz convidada de uma série de comédia. Esse foi o primeiro Emmy de Poehler e o nono de Fey. Elas venceram pela apresentação do episódio especial de Natal do "Saturday Night Live" no ano passado. Fey, aliás, já vencera um Emmy por sua imitação da política republicana Sarah Palin também no "SNL". Poehler e Fey não foram à cerimônia de premiação em Los Angeles —uma parte dos Emmy são entregues neste fim de semana, mas vencedores das principais categorias serão anunciados só em 18 de setembro numa cerimônia com transmissão pela TV.
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ilustrada
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Amy Poehler vence seu primeiro Emmy por apresentação do 'SNL'As comediantes Amy Poehler e Tina Fey entraram para a história do Emmy, o maior prêmio mundial da televisão, ao ganharem juntas neste sábado (10) o troféu de melhor atriz convidada de uma série de comédia. Esse foi o primeiro Emmy de Poehler e o nono de Fey. Elas venceram pela apresentação do episódio especial de Natal do "Saturday Night Live" no ano passado. Fey, aliás, já vencera um Emmy por sua imitação da política republicana Sarah Palin também no "SNL". Poehler e Fey não foram à cerimônia de premiação em Los Angeles —uma parte dos Emmy são entregues neste fim de semana, mas vencedores das principais categorias serão anunciados só em 18 de setembro numa cerimônia com transmissão pela TV.
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Fux vê indícios de obstrução de Justiça e autoriza buscas na casa de Blairo
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O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirma que há "veementes indícios" de que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), além de outras cinco pessoas, tenham cometido crime de obstrução de Justiça em diversos fatos ocorridos entre 2014 e 2017. A informação consta de decisão e Fux que autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Blairo Maggi, cumpridos nesta quinta-feira (14). O ministro afirma que na análise de depoimentos e documentos fornecidos a partir da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cesar Correa Araújo, "são veementes os indícios quanto ao cometimento do crime de obstrução de investigação de crimes de organização criminosa por parte de Blairo Borges Maggi, José Aparecido dos Santos, Gustavo Adolfo Capilé de Oliveira, Marcelo Avalone, Carlos Avalone Júnior e Carlos Eduardo Avalone". Na decisão, Fux relata três fatos apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) que embasam o pedido de busca e apreensão devido a suspeitas de obstrução de Justiça. O primeiro remete a 2013, depois da deflagração da Operação Ararath. Na ocasião, pessoas ligadas a Maggi teriam agido em nome dele para "unificar as linhas de defesa", o que ocasionou na contratação do mesmo advogado por um grupo de investigados. O segundo fato abrange alegações de delatores sobre uma suposta tentativa de Maggi de comprar por R$ 6 milhões o silêncio de investigados da Ararath em 2014. Além disso, o ministro da Agricultura teria tentado comprar o silêncio de Silval depois que ele foi preso, em 2015. "O terceiro e último fato narrado pelo procurador-geral da República, em apoio ao pedido de busca e apreensão, reside na atuação, em tese, de oferecimento de vantagem indevida a Silval Barbosa, em seguida à prisão deste no Centro de Custódia da Capital (Cuiabá-MT), no âmbito da operação Ararath, e das subsequentes tratativas noticiadas de que seria por ele assinado acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal", escreveu Fux. DELAÇÃO HOMOLOGADA Em agosto Fux homologou a delação de Silval Barbosa. No acordo, o delator conta que Maggi teria feito pagamentos ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes para que ele mudasse um depoimento para inocentá-lo no âmbito da Ararath. Em nota, a PGR afirma que entre os crimes que apura está "a prática de obstrução de investigação criminal, que consistiu em pagar colaborador para mudar versão de depoimentos e pagar investigado para não celebrar acordo de colaboração". Silval também disse que o ministro enviou o hoje senador Cidinho Santos (PR-MT) para vistá-lo na prisão e lhe oferecer vantagens indevidas em troca de não comprometer Maggi. Silval foi preso em 2015 e saiu do presídio após firmar acordo de delação. A suposta prática de Blairo está relacionada à acusação de que ele participou de esquema de pagamento de mensalinho para deputados estaduais para comprar apoio ao governo. Maggi foi governador de Mato Grosso de 2003 a 2010. Na delação, Barbosa relata que no governo de Maggi "começou a se operar o chamado 'mensalinho' no ano de 2003, quando o colaborador era da Mesa Diretora [da Assembleia Legislativa]. Esse mensalinho era uma vantagem indevida que era paga para cada deputado estadual do Estado de Mato Grosso, tendo começado no ano de 2003, em torno de R$ 30 mil reais por deputado". Segundo Barbosa, foi feito um acerto entre a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e Maggi para que o governo aumentasse a mesada dos deputados estaduais. "No ano de 2003 houve um acréscimo de R$ 12 milhões a 15 milhões no orçamento da Assembleia Legislativa para que pudessem retirar desse valor as vantagens indevidas". OUTRO LADO Em nota o ministro Blairo Maggi negou as acusações. "Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de governo ou para obstruir a Justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados", disse. Blairo afirmou ter "total interesse na apuração da verdade" e insistiu que "não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação". Disse que jamais se utilizou de "meios ilícitos na vida pública ou nas suas empresas". Concluiu afirmando que usará "todos os meios legais necessários" para se defender e "restabelecer a verdade dos fatos". ALVOS Nesta quinta, a PF cumpriu mandado de buscas em três endereços de Blairo Maggi, sendo dois em Mato Grosso (Cuiabá e Rondonópolis), além de seu apartamento funcional em Brasília. Outras cinco pessoas, além do ministro, são alvos da operação desta quinta. Todos os endereços são em Mato Grosso. Os policiais cumprem 65 mandados de buscas pedidos pela PGR e autorizados por Fux com base na delação de Barbosa. Fux autorizou a PF a cumprir buscas no interior dos veículos "potencialmente utilizados pelos investigados" e que estiverem estacionados nos endereços dos alvos. Ele permitiu ainda o acesso da PF "a quaisquer outras unidades que, no momento da execução da diligência" estejam identificadas como de utilização das empresas ou das pessoas investigadas. A PF também deve apreender dinheiro em espécie que some mais do que R$ 30 mil.
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poder
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Fux vê indícios de obstrução de Justiça e autoriza buscas na casa de BlairoO ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirma que há "veementes indícios" de que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), além de outras cinco pessoas, tenham cometido crime de obstrução de Justiça em diversos fatos ocorridos entre 2014 e 2017. A informação consta de decisão e Fux que autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Blairo Maggi, cumpridos nesta quinta-feira (14). O ministro afirma que na análise de depoimentos e documentos fornecidos a partir da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cesar Correa Araújo, "são veementes os indícios quanto ao cometimento do crime de obstrução de investigação de crimes de organização criminosa por parte de Blairo Borges Maggi, José Aparecido dos Santos, Gustavo Adolfo Capilé de Oliveira, Marcelo Avalone, Carlos Avalone Júnior e Carlos Eduardo Avalone". Na decisão, Fux relata três fatos apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) que embasam o pedido de busca e apreensão devido a suspeitas de obstrução de Justiça. O primeiro remete a 2013, depois da deflagração da Operação Ararath. Na ocasião, pessoas ligadas a Maggi teriam agido em nome dele para "unificar as linhas de defesa", o que ocasionou na contratação do mesmo advogado por um grupo de investigados. O segundo fato abrange alegações de delatores sobre uma suposta tentativa de Maggi de comprar por R$ 6 milhões o silêncio de investigados da Ararath em 2014. Além disso, o ministro da Agricultura teria tentado comprar o silêncio de Silval depois que ele foi preso, em 2015. "O terceiro e último fato narrado pelo procurador-geral da República, em apoio ao pedido de busca e apreensão, reside na atuação, em tese, de oferecimento de vantagem indevida a Silval Barbosa, em seguida à prisão deste no Centro de Custódia da Capital (Cuiabá-MT), no âmbito da operação Ararath, e das subsequentes tratativas noticiadas de que seria por ele assinado acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal", escreveu Fux. DELAÇÃO HOMOLOGADA Em agosto Fux homologou a delação de Silval Barbosa. No acordo, o delator conta que Maggi teria feito pagamentos ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes para que ele mudasse um depoimento para inocentá-lo no âmbito da Ararath. Em nota, a PGR afirma que entre os crimes que apura está "a prática de obstrução de investigação criminal, que consistiu em pagar colaborador para mudar versão de depoimentos e pagar investigado para não celebrar acordo de colaboração". Silval também disse que o ministro enviou o hoje senador Cidinho Santos (PR-MT) para vistá-lo na prisão e lhe oferecer vantagens indevidas em troca de não comprometer Maggi. Silval foi preso em 2015 e saiu do presídio após firmar acordo de delação. A suposta prática de Blairo está relacionada à acusação de que ele participou de esquema de pagamento de mensalinho para deputados estaduais para comprar apoio ao governo. Maggi foi governador de Mato Grosso de 2003 a 2010. Na delação, Barbosa relata que no governo de Maggi "começou a se operar o chamado 'mensalinho' no ano de 2003, quando o colaborador era da Mesa Diretora [da Assembleia Legislativa]. Esse mensalinho era uma vantagem indevida que era paga para cada deputado estadual do Estado de Mato Grosso, tendo começado no ano de 2003, em torno de R$ 30 mil reais por deputado". Segundo Barbosa, foi feito um acerto entre a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e Maggi para que o governo aumentasse a mesada dos deputados estaduais. "No ano de 2003 houve um acréscimo de R$ 12 milhões a 15 milhões no orçamento da Assembleia Legislativa para que pudessem retirar desse valor as vantagens indevidas". OUTRO LADO Em nota o ministro Blairo Maggi negou as acusações. "Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de governo ou para obstruir a Justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados", disse. Blairo afirmou ter "total interesse na apuração da verdade" e insistiu que "não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato, conforme aponta de forma mentirosa o ex-governador Silval Barbosa em sua delação". Disse que jamais se utilizou de "meios ilícitos na vida pública ou nas suas empresas". Concluiu afirmando que usará "todos os meios legais necessários" para se defender e "restabelecer a verdade dos fatos". ALVOS Nesta quinta, a PF cumpriu mandado de buscas em três endereços de Blairo Maggi, sendo dois em Mato Grosso (Cuiabá e Rondonópolis), além de seu apartamento funcional em Brasília. Outras cinco pessoas, além do ministro, são alvos da operação desta quinta. Todos os endereços são em Mato Grosso. Os policiais cumprem 65 mandados de buscas pedidos pela PGR e autorizados por Fux com base na delação de Barbosa. Fux autorizou a PF a cumprir buscas no interior dos veículos "potencialmente utilizados pelos investigados" e que estiverem estacionados nos endereços dos alvos. Ele permitiu ainda o acesso da PF "a quaisquer outras unidades que, no momento da execução da diligência" estejam identificadas como de utilização das empresas ou das pessoas investigadas. A PF também deve apreender dinheiro em espécie que some mais do que R$ 30 mil.
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Exposição no Rio recebe doações para 1º banco de perucas online do Brasil
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A exposição Força na Peruca, na Galeria 1 da Caixa Cultural, no Rio, guarda uma surpresa aos seus visitantes. Além de apreciar obras de 11 artistas, há no local uma área de doações de palavras de incentivo e de cabelos para pacientes com câncer de mama. Os fios de no mínimo 20 cm, presos com elástico e acondicionados em sacos plásticos, têm como destino o primeiro banco de perucas online do país, mantido pela Fundação Laço Rosa. Já as palavras de incentivo deixadas pelos visitantes estão reunidas em uma parede. As perucas já foram acessório de moda e símbolo de poder, mas ganharam novo significado depois que a quimioterapia passou a fazer parte do tratamento para o câncer. Já que os pacientes tendem a perder o cabelo quando o medicamento é mais agressivo, os fios ajudam na autoestima. A produtora e idealizadora da mostra, Christina Martins, define o atual papel da peruca como "uma nova dimensão humanitária, dentro de um espírito de superação, solidariedade, alegria e vontade de viver". OBRAS As doações não são a única interatividade da mostra. Os 11 artistas de diferentes formações e estilos deram suas interpretações à expressão popular "força na peruca", usada para dar incentivo em momentos difíceis. Dessa forma, telas, desenhos, vídeos e até uma água viva feita de cobre e lã compõem a diversidade da exposição. Apesar de variadas, as obras são símbolo do combate ao câncer, responsável por 184.073 mortes em 2012, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). "A arte engajada, que por muito tempo foi associada apenas às ideias políticas, tem a dimensão social que está lindamente representada nessa mostra", afirma o curador Mauro Trindade. A água viva é obra do Coletivo Filhos da Mãe, que participa da exposição junto de Alfa Siqueira, Anna Bella Geiger, Batman Zavareze, Bruno Veiga, Cabelo, Denise Araripe, Denise Moraes, Gabriela Gusmão, Guilherme Secchin, Jefferson Svoboda e Toz. É possível visitar a exposição de terça a domingo até 26 de julho. Outras atividades estão marcadas, como uma mesa redonda com Martins, Trindade, Marcelle Medeiros, da Fundação Laço Rosa, e a peruqueira Divina Juan, no dia 4 de julho. No encerramento da mostra, Trindade realiza a segunda visita guiada. Serviço: O quê: Exposição Força na Peruca Onde: Galeria 1 - Caixa Cultural - avenida Almirante Barroso, 25 - Centro - Rio de Janeiro Quando: 3 de junho a 26 de julho Quanto: grátis
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empreendedorsocial
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Exposição no Rio recebe doações para 1º banco de perucas online do BrasilA exposição Força na Peruca, na Galeria 1 da Caixa Cultural, no Rio, guarda uma surpresa aos seus visitantes. Além de apreciar obras de 11 artistas, há no local uma área de doações de palavras de incentivo e de cabelos para pacientes com câncer de mama. Os fios de no mínimo 20 cm, presos com elástico e acondicionados em sacos plásticos, têm como destino o primeiro banco de perucas online do país, mantido pela Fundação Laço Rosa. Já as palavras de incentivo deixadas pelos visitantes estão reunidas em uma parede. As perucas já foram acessório de moda e símbolo de poder, mas ganharam novo significado depois que a quimioterapia passou a fazer parte do tratamento para o câncer. Já que os pacientes tendem a perder o cabelo quando o medicamento é mais agressivo, os fios ajudam na autoestima. A produtora e idealizadora da mostra, Christina Martins, define o atual papel da peruca como "uma nova dimensão humanitária, dentro de um espírito de superação, solidariedade, alegria e vontade de viver". OBRAS As doações não são a única interatividade da mostra. Os 11 artistas de diferentes formações e estilos deram suas interpretações à expressão popular "força na peruca", usada para dar incentivo em momentos difíceis. Dessa forma, telas, desenhos, vídeos e até uma água viva feita de cobre e lã compõem a diversidade da exposição. Apesar de variadas, as obras são símbolo do combate ao câncer, responsável por 184.073 mortes em 2012, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). "A arte engajada, que por muito tempo foi associada apenas às ideias políticas, tem a dimensão social que está lindamente representada nessa mostra", afirma o curador Mauro Trindade. A água viva é obra do Coletivo Filhos da Mãe, que participa da exposição junto de Alfa Siqueira, Anna Bella Geiger, Batman Zavareze, Bruno Veiga, Cabelo, Denise Araripe, Denise Moraes, Gabriela Gusmão, Guilherme Secchin, Jefferson Svoboda e Toz. É possível visitar a exposição de terça a domingo até 26 de julho. Outras atividades estão marcadas, como uma mesa redonda com Martins, Trindade, Marcelle Medeiros, da Fundação Laço Rosa, e a peruqueira Divina Juan, no dia 4 de julho. No encerramento da mostra, Trindade realiza a segunda visita guiada. Serviço: O quê: Exposição Força na Peruca Onde: Galeria 1 - Caixa Cultural - avenida Almirante Barroso, 25 - Centro - Rio de Janeiro Quando: 3 de junho a 26 de julho Quanto: grátis
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Descrédito
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É bem estabelecido entre os economistas que uma recessão acompanhada de problemas de crédito tende a ser mais acentuada que o normal; sua recuperação também costuma ser mais lenta. Pois o país enfrenta justamente um colapso do crédito, público e privado, para empresas e famílias. Os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central, relativos a fevereiro, compõem um quadro desolador. No total, a retração em relação ao mesmo mês de 2015 alcança 16% (descontada a inflação). Houve queda ainda maior (32%) nas modalidades direcionadas - que seguem destinações legais, como financiamento imobiliário com recursos oriundos da caderneta de poupança, empréstimos do BNDES e crédito rural. Para ficar em só um caso, apesar de o governo Dilma Rousseff (PT) alardear a manutenção das linhas populares, os empréstimos com taxas subsidiadas para aquisição da casa própria caíram 38%. Enquanto isso, os juros cobrados na praça disparam. As taxas médias nas modalidades livres para pessoas físicas e empresas atingiram 68,1% e 31,9% ao ano em fevereiro, respectivamente. A explicação sem dúvida vai além das restrições de oferta de dinheiro novo por parte dos bancos. Com queda da produção, cortes maciços de estoques e maior rigor no pagamento de fornecedores, a demanda por capital de giro se reduz de forma acentuada. Até agora as empresas lidaram com o agravamento da crise com ajustes de custos, negociações de prazos de pagamentos e recebimentos, rolagens de dívidas em condições menos favoráveis etc. Com o aprofundamento da recessão e a falta de expectativa quanto à sua superação, no entanto, essas medidas vão perdendo eficácia -e o risco de calotes em série se torna mais concreto. Os bancos médios já têm sido atingidos. Ainda há certa distância, contudo, de uma situação de risco sistêmico. Apesar de terem provisionado R$ 148 bilhões para possíveis perdas, os cinco grandes bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) em geral têm sobras de capital e até mostraram crescimento dos lucros em 2015. Eis algo surpreendente. Embora o sistema financeiro seja oligopolizado em todo o mundo, o Brasil intriga porque, aqui, os bancos, mantêm lucros estratosféricos até num ambiente econômico devastado. Tornou-se lugar-comum dizer que, dada a notável retração de emprego e renda, o país caiu num poço e que é difícil afirmar que já atingiu o fundo. Nada mais correto, porém, quando se enfrenta a recessão mais grave dos anos 1980 -e quando nenhum sinal sugere que a retomada começou. [email protected]
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opiniao
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DescréditoÉ bem estabelecido entre os economistas que uma recessão acompanhada de problemas de crédito tende a ser mais acentuada que o normal; sua recuperação também costuma ser mais lenta. Pois o país enfrenta justamente um colapso do crédito, público e privado, para empresas e famílias. Os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central, relativos a fevereiro, compõem um quadro desolador. No total, a retração em relação ao mesmo mês de 2015 alcança 16% (descontada a inflação). Houve queda ainda maior (32%) nas modalidades direcionadas - que seguem destinações legais, como financiamento imobiliário com recursos oriundos da caderneta de poupança, empréstimos do BNDES e crédito rural. Para ficar em só um caso, apesar de o governo Dilma Rousseff (PT) alardear a manutenção das linhas populares, os empréstimos com taxas subsidiadas para aquisição da casa própria caíram 38%. Enquanto isso, os juros cobrados na praça disparam. As taxas médias nas modalidades livres para pessoas físicas e empresas atingiram 68,1% e 31,9% ao ano em fevereiro, respectivamente. A explicação sem dúvida vai além das restrições de oferta de dinheiro novo por parte dos bancos. Com queda da produção, cortes maciços de estoques e maior rigor no pagamento de fornecedores, a demanda por capital de giro se reduz de forma acentuada. Até agora as empresas lidaram com o agravamento da crise com ajustes de custos, negociações de prazos de pagamentos e recebimentos, rolagens de dívidas em condições menos favoráveis etc. Com o aprofundamento da recessão e a falta de expectativa quanto à sua superação, no entanto, essas medidas vão perdendo eficácia -e o risco de calotes em série se torna mais concreto. Os bancos médios já têm sido atingidos. Ainda há certa distância, contudo, de uma situação de risco sistêmico. Apesar de terem provisionado R$ 148 bilhões para possíveis perdas, os cinco grandes bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) em geral têm sobras de capital e até mostraram crescimento dos lucros em 2015. Eis algo surpreendente. Embora o sistema financeiro seja oligopolizado em todo o mundo, o Brasil intriga porque, aqui, os bancos, mantêm lucros estratosféricos até num ambiente econômico devastado. Tornou-se lugar-comum dizer que, dada a notável retração de emprego e renda, o país caiu num poço e que é difícil afirmar que já atingiu o fundo. Nada mais correto, porém, quando se enfrenta a recessão mais grave dos anos 1980 -e quando nenhum sinal sugere que a retomada começou. [email protected]
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Nasa apresenta fotos da 1ª flor nascida na Estação Espacial Internacional
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A Nasa (agência espacial americana) apresentou as fotos da primeira flor que cresceu na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) como parte de um experimento de dois anos para cultivar plantas no espaço. Apesar dos astronautas já terem conseguido plantar alfaces e outros vegetais em sua horta espacial, esta é a primeira vez que as flores, do gênero das zinias, se abrem fora da gravidade da Terra. O astronauta americano Scott Kelly celebrou o feito no Twitter com uma mensagem na qual comemorava "a estreia da primeira flor nascida no espaço". Flor no espaço O experimento com flores começou em 16 de novembro do ano passado quando o astronauta Kjell Lindgren ativou as sementes de zinias, um processo que se demonstrou mais complicado que o esperado. Em dezembro, Kelly se deu conta que as plantas de zinias não estavam crescendo com toda a força que se esperaria, algo que motivou a criação de um manual para manter um jardim espacial. As plantas também começaram a sofrer quando um fungo apareceu nelas, resultado da alta umidade na ISS. No entanto, Kelly conseguiu devolver o brio às zinias, que agora são consideradas as primeiras flores que completaram o ciclo de crescimento no espaço até seu florescimento. Desde meados de 2014, a ISS administra um pequeno "centro de vegetais" para permitir o cultivo em pequena escala de plantas para experimentos. Este projeto tem como objetivo obter informação sobre a resposta das plantas em microgravidade e para futuras missões a Marte, que deverão saber como racionar água ao máximo e os possíveis problemas que podem surgir dentro dos módulos espaciais. Em entrevista publicada este fim de semana no blog da Nasa, Alexandra Whitmire, pesquisadora da agência espacial, afirmou que no futuro as plantas terão uma importância maior ao mesmo tempo em que se amplia o alcance das missões espaciais. Em 2012, o astronauta Don Pettit conseguiu fazer crescer plantas de abobrinha, girassol e brócolis em rudimentares bolsas de plástico, em um experimento pessoal que assentou as bases deste novo jardim espacial.
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ciencia
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Nasa apresenta fotos da 1ª flor nascida na Estação Espacial InternacionalA Nasa (agência espacial americana) apresentou as fotos da primeira flor que cresceu na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) como parte de um experimento de dois anos para cultivar plantas no espaço. Apesar dos astronautas já terem conseguido plantar alfaces e outros vegetais em sua horta espacial, esta é a primeira vez que as flores, do gênero das zinias, se abrem fora da gravidade da Terra. O astronauta americano Scott Kelly celebrou o feito no Twitter com uma mensagem na qual comemorava "a estreia da primeira flor nascida no espaço". Flor no espaço O experimento com flores começou em 16 de novembro do ano passado quando o astronauta Kjell Lindgren ativou as sementes de zinias, um processo que se demonstrou mais complicado que o esperado. Em dezembro, Kelly se deu conta que as plantas de zinias não estavam crescendo com toda a força que se esperaria, algo que motivou a criação de um manual para manter um jardim espacial. As plantas também começaram a sofrer quando um fungo apareceu nelas, resultado da alta umidade na ISS. No entanto, Kelly conseguiu devolver o brio às zinias, que agora são consideradas as primeiras flores que completaram o ciclo de crescimento no espaço até seu florescimento. Desde meados de 2014, a ISS administra um pequeno "centro de vegetais" para permitir o cultivo em pequena escala de plantas para experimentos. Este projeto tem como objetivo obter informação sobre a resposta das plantas em microgravidade e para futuras missões a Marte, que deverão saber como racionar água ao máximo e os possíveis problemas que podem surgir dentro dos módulos espaciais. Em entrevista publicada este fim de semana no blog da Nasa, Alexandra Whitmire, pesquisadora da agência espacial, afirmou que no futuro as plantas terão uma importância maior ao mesmo tempo em que se amplia o alcance das missões espaciais. Em 2012, o astronauta Don Pettit conseguiu fazer crescer plantas de abobrinha, girassol e brócolis em rudimentares bolsas de plástico, em um experimento pessoal que assentou as bases deste novo jardim espacial.
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Inadimplência no mercado de crédito brasileiro sobe a 5,2% em novembro
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A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres, no qual os bancos estão livres para escolher as taxas oferecidas aos consumidores, foi a 5,2% em novembro, contra 5% em outubro, divulgou o Banco Central nesta terça-feira (22). Apesar disso, a instituição prevê que o mercado de crédito continue a crescer em 2016. Segundo o BC, o estoque total de crédito no país cresceu 0,6% em novembro sobre o mês anterior, somando R$ 3,177 trilhões. Esse estoque engloba também o segmento de recursos direcionados, que inclui as linhas do BNDES, do crédito habitacional e rural. Segundo as previsões do Banco Central, o estoque total de crédito no país crescerá 7% em 2016, mesmo ritmo esperado para 2015. O percentual foi revisado para baixo diante da estimativa anterior de expansão de 9%. Nas projeções da autoridade monetária, o estoque de crédito direcionado crescerá 9% em 2016, contra 10% calculados para 2015. Já para o estoque do crédito livre, o crescimento esperado é de 5% no ano que vem, ante 4% em 2015.
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mercado
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Inadimplência no mercado de crédito brasileiro sobe a 5,2% em novembroA inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres, no qual os bancos estão livres para escolher as taxas oferecidas aos consumidores, foi a 5,2% em novembro, contra 5% em outubro, divulgou o Banco Central nesta terça-feira (22). Apesar disso, a instituição prevê que o mercado de crédito continue a crescer em 2016. Segundo o BC, o estoque total de crédito no país cresceu 0,6% em novembro sobre o mês anterior, somando R$ 3,177 trilhões. Esse estoque engloba também o segmento de recursos direcionados, que inclui as linhas do BNDES, do crédito habitacional e rural. Segundo as previsões do Banco Central, o estoque total de crédito no país crescerá 7% em 2016, mesmo ritmo esperado para 2015. O percentual foi revisado para baixo diante da estimativa anterior de expansão de 9%. Nas projeções da autoridade monetária, o estoque de crédito direcionado crescerá 9% em 2016, contra 10% calculados para 2015. Já para o estoque do crédito livre, o crescimento esperado é de 5% no ano que vem, ante 4% em 2015.
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Ciclista cubano refugiado sonha defender o Brasil na Olimpíada
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RESUMO Insatisfeito com o regime político de Cuba e apaixonado por uma mulher que tinha conhecido no Brasil, o ciclista cubano Michel Fernández, 32, desertou de seu país durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Oito anos depois, o atleta compete pela equipe de Ribeirão Preto e tenta se naturalizar brasileiro. Apesar da proximidade da Olimpíada do Rio de Janeiro, que acontece em agosto deste ano, ele ainda sonha defender o Brasil na competição. * Eu tinha 24 anos. Descobria coisas novas e achava muito injusto viver em um país que se sustenta com mentiras. Eles falam uma coisa, mas na verdade é outra. Cuba é um país fechado e a vida é muito precária. A realidade lá é praticamente a dos anos 70 aqui no Brasil. Só que estamos em 2015, e o mundo é outro. A parte boa de Cuba é que todas as modalidades são muito disseminadas. O Fidel [Castro] gosta de esporte. Qualquer cidadezinha tem escola de todos os esportes. Antes de praticar ciclismo, eu jogava beisebol, que é tão popular quanto o futebol aqui. Depois fui para o caratê, basquete e esgrima até chegar ao ciclismo, em que fiquei. Nessa época, eu tinha nove anos. Essa é uma modalidade que exige muito. Quando cheguei à seleção cubana [de ciclismo], eu treinava até quatro horas no período da manhã. À tarde, eu fazia pelo menos uma hora de academia. Era tudo muito regrado. Há toda uma estrutura à sua disposição: velódromo, alojamento, academia, além de técnicos, médicos e fisioterapeutas. São equipamentos de baixa qualidade, mas tudo está organizado, então funciona. Aqui no Brasil, há dinheiro, mas não existe vontade de fazer as coisas. Não tem planejamento, carinho e uma visão a longo prazo. Aqui, mesmo as empresas querem tudo na hora e não é assim. Você tem que plantar para colher, entendeu? Em Cuba, uma das regras é que você não pode se dedicar ao esporte sem estudar. Eu estava na seleção cubana e fazia uma faculdade de educação física voltada para atletas. Ia duas vezes por semana às aulas para facilitar os treinamentos. Eles sabem que ser atleta é difícil. Você tem que se dedicar, mas é preciso também descansar. Em 2006, conheci uma mulher em São Paulo enquanto participava de um campeonato panamericano. Estava com o uniforme de Cuba, o que chamou a atenção dela. Ela puxou assunto e aí tudo começou. Voltei para o meu país de origem e, por quase um ano, trocamos e-mails. Eu pagava um dólar para usar a internet por meia hora, e um dólar em Cuba é muito dinheiro. Equivale a 25 pesos, o que é bastante. Às vezes ela reclamava porque eu escrevia pouco. Eu queria melhorar de vida e a paixão me animou. Em 2007, voltei ao Brasil para competir nos Jogos Pan-americanos do Rio e decidi ficar no país. VIDA NOVA Eu não sabia como me virar aqui, mas a minha então namorada e hoje mulher tinha amizades e pediu a um vizinho nosso que pesquisasse sobre o que devíamos fazer. Fomos até a Polícia Federal e contamos a nossa história. Eles nos encaminharam até a Caritas [Arquidiocesana de São Paulo, Organização Não Governamental ligada à Igreja Católica, que acolhe refugiados], no centro de São Paulo, e começamos o processo de refúgio. Depois de três meses, o Brasil me acolheu como refugiado político. Sempre fui bem recebido aqui. O meu vizinho, que eu mal conhecia, me levou até a Polícia Federal. Ele pesquisou tudo. Não fiquei com medo de retaliação porque Cuba tem muitos desertores. Muitos atletas, médicos e funcionários públicos já desertaram e nunca houve represália. Enquanto meu processo corria, o mesmo vizinho que me orientou quando cheguei ao Brasil, Abel Ferreira, me ofereceu um emprego em uma loja de chaveiro, pagando um salário mínimo. Quatro anos depois, eu pedi a residência permanente. Consegui e agora espero a naturalização. Eu quero representar o Brasil no ciclismo. Sou um atleta mais de velódromo e já mostrei em várias corridas que tenho condições de competir pelo Brasil. Já se passaram mais de seis meses desde que fiz o pedido, mas ainda tenho esperança de participar da Olimpíada [em agosto deste ano]. Falta pouco tempo, está difícil. Mas tenho esperança. Costumo treinar de quatro a cinco horas por dia e defendo a equipe de Ribeirão Preto, onde vivo com minha mulher e minha filha brasileira, de dois anos e meio. Há mais de oito anos, não vou a Cuba e, por isso, tenho saudade da minha família. Depois de oito anos fora do país, eles liberam para voltar. No mês que vem, vou pedir permissão para visitá-los em Cuba. * RAIO-X Michel Fernández Nascimento: 21.mai.1983 (32 anos), em Cidade Matanzas, Cuba Modalidade: ciclismo de estrada Equipe: Ribeirão Preto
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esporte
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Ciclista cubano refugiado sonha defender o Brasil na OlimpíadaRESUMO Insatisfeito com o regime político de Cuba e apaixonado por uma mulher que tinha conhecido no Brasil, o ciclista cubano Michel Fernández, 32, desertou de seu país durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Oito anos depois, o atleta compete pela equipe de Ribeirão Preto e tenta se naturalizar brasileiro. Apesar da proximidade da Olimpíada do Rio de Janeiro, que acontece em agosto deste ano, ele ainda sonha defender o Brasil na competição. * Eu tinha 24 anos. Descobria coisas novas e achava muito injusto viver em um país que se sustenta com mentiras. Eles falam uma coisa, mas na verdade é outra. Cuba é um país fechado e a vida é muito precária. A realidade lá é praticamente a dos anos 70 aqui no Brasil. Só que estamos em 2015, e o mundo é outro. A parte boa de Cuba é que todas as modalidades são muito disseminadas. O Fidel [Castro] gosta de esporte. Qualquer cidadezinha tem escola de todos os esportes. Antes de praticar ciclismo, eu jogava beisebol, que é tão popular quanto o futebol aqui. Depois fui para o caratê, basquete e esgrima até chegar ao ciclismo, em que fiquei. Nessa época, eu tinha nove anos. Essa é uma modalidade que exige muito. Quando cheguei à seleção cubana [de ciclismo], eu treinava até quatro horas no período da manhã. À tarde, eu fazia pelo menos uma hora de academia. Era tudo muito regrado. Há toda uma estrutura à sua disposição: velódromo, alojamento, academia, além de técnicos, médicos e fisioterapeutas. São equipamentos de baixa qualidade, mas tudo está organizado, então funciona. Aqui no Brasil, há dinheiro, mas não existe vontade de fazer as coisas. Não tem planejamento, carinho e uma visão a longo prazo. Aqui, mesmo as empresas querem tudo na hora e não é assim. Você tem que plantar para colher, entendeu? Em Cuba, uma das regras é que você não pode se dedicar ao esporte sem estudar. Eu estava na seleção cubana e fazia uma faculdade de educação física voltada para atletas. Ia duas vezes por semana às aulas para facilitar os treinamentos. Eles sabem que ser atleta é difícil. Você tem que se dedicar, mas é preciso também descansar. Em 2006, conheci uma mulher em São Paulo enquanto participava de um campeonato panamericano. Estava com o uniforme de Cuba, o que chamou a atenção dela. Ela puxou assunto e aí tudo começou. Voltei para o meu país de origem e, por quase um ano, trocamos e-mails. Eu pagava um dólar para usar a internet por meia hora, e um dólar em Cuba é muito dinheiro. Equivale a 25 pesos, o que é bastante. Às vezes ela reclamava porque eu escrevia pouco. Eu queria melhorar de vida e a paixão me animou. Em 2007, voltei ao Brasil para competir nos Jogos Pan-americanos do Rio e decidi ficar no país. VIDA NOVA Eu não sabia como me virar aqui, mas a minha então namorada e hoje mulher tinha amizades e pediu a um vizinho nosso que pesquisasse sobre o que devíamos fazer. Fomos até a Polícia Federal e contamos a nossa história. Eles nos encaminharam até a Caritas [Arquidiocesana de São Paulo, Organização Não Governamental ligada à Igreja Católica, que acolhe refugiados], no centro de São Paulo, e começamos o processo de refúgio. Depois de três meses, o Brasil me acolheu como refugiado político. Sempre fui bem recebido aqui. O meu vizinho, que eu mal conhecia, me levou até a Polícia Federal. Ele pesquisou tudo. Não fiquei com medo de retaliação porque Cuba tem muitos desertores. Muitos atletas, médicos e funcionários públicos já desertaram e nunca houve represália. Enquanto meu processo corria, o mesmo vizinho que me orientou quando cheguei ao Brasil, Abel Ferreira, me ofereceu um emprego em uma loja de chaveiro, pagando um salário mínimo. Quatro anos depois, eu pedi a residência permanente. Consegui e agora espero a naturalização. Eu quero representar o Brasil no ciclismo. Sou um atleta mais de velódromo e já mostrei em várias corridas que tenho condições de competir pelo Brasil. Já se passaram mais de seis meses desde que fiz o pedido, mas ainda tenho esperança de participar da Olimpíada [em agosto deste ano]. Falta pouco tempo, está difícil. Mas tenho esperança. Costumo treinar de quatro a cinco horas por dia e defendo a equipe de Ribeirão Preto, onde vivo com minha mulher e minha filha brasileira, de dois anos e meio. Há mais de oito anos, não vou a Cuba e, por isso, tenho saudade da minha família. Depois de oito anos fora do país, eles liberam para voltar. No mês que vem, vou pedir permissão para visitá-los em Cuba. * RAIO-X Michel Fernández Nascimento: 21.mai.1983 (32 anos), em Cidade Matanzas, Cuba Modalidade: ciclismo de estrada Equipe: Ribeirão Preto
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Folha publica 'Guia do IR' com dicas sobre declaração nesta quinta
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A Folha publica nesta quinta (26) o "Guia do IR" com as principais dicas para o contribuinte fazer a declaração deste ano. Ele trará as principais regras para prestar contas à Receita: quem é obrigado a declarar, a tabela para calcular o imposto, as despesas que podem ser abatidas, os documentos necessários, como pagar o IR ainda devido após a entrega e os cuidados que o contribuinte deve ter caso pretenda antecipar a restituição em banco. O guia também traz os cuidados que o contribuinte deve ter para não cair na malha fina e como acompanhar, pela internet, o processamento da declaração após a entrega.
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Folha publica 'Guia do IR' com dicas sobre declaração nesta quintaA Folha publica nesta quinta (26) o "Guia do IR" com as principais dicas para o contribuinte fazer a declaração deste ano. Ele trará as principais regras para prestar contas à Receita: quem é obrigado a declarar, a tabela para calcular o imposto, as despesas que podem ser abatidas, os documentos necessários, como pagar o IR ainda devido após a entrega e os cuidados que o contribuinte deve ter caso pretenda antecipar a restituição em banco. O guia também traz os cuidados que o contribuinte deve ter para não cair na malha fina e como acompanhar, pela internet, o processamento da declaração após a entrega.
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Vai piorar antes de piorar
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A recessão vai abater uns 2% do PIB brasileiro neste ano, a inflação rondará 9%, e o desemprego nacional superará 10% da população engajada no trabalho. Para essa vala comum de desânimo caminha o consenso das expectativas dos agentes do mercado. Há algumas semanas, a degringolada de 2015 era vista por boa parte desses observadores profissionais como uma etapa passageira rumo a alguma recuperação em 2016. Faríamos um sacrifício concentrado agora para colher alguns frutos menos amargos logo ali na frente. O humor piorou. A fase de sofrimento foi estendida, e a marcha do retrocesso esperado na atividade, em especial no mercado de trabalho, vai até o final do ano que vem, ameaçando invadir o seguinte. A explosão do dólar, evitada à custa de uma exorbitância de juros oferecidos pelo Banco Central, é o que falta para escancarar o quadro de aguda restrição em que nos metemos. Na prática, o Brasil já perdeu o chamado grau de investimento. O governo está prestes a admitir que não conseguirá evitar a escalada preocupante do desequilíbrio fiscal. Vai poupar, na melhor das hipóteses, metade de uma meta que em si já se mostrava insuficiente. A liderança do Executivo evaporou-se na impopularidade abissal de Dilma Rousseff e do PT. O poder resultante migrou para o Congresso e se mostrou tão irresponsável quanto o experimento desenvolvimentista da primeira metade da década. Produziu uma "reforma da Previdência" que eleva o desembolso obrigatório de um conjunto cadente de trabalhadores com uma fatia crescente de aposentados. Numa tacada, o Legislativo aumentou os juros e minou a capacidade de crescer do país ao longo dos próximos 30 anos. O "ativismo dos Poderes", como definiu Renan Calheiros, resulta no flerte com um desfecho cataclísmico para tanto acúmulo de irresponsabilidade e populismo.
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colunas
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Vai piorar antes de piorarA recessão vai abater uns 2% do PIB brasileiro neste ano, a inflação rondará 9%, e o desemprego nacional superará 10% da população engajada no trabalho. Para essa vala comum de desânimo caminha o consenso das expectativas dos agentes do mercado. Há algumas semanas, a degringolada de 2015 era vista por boa parte desses observadores profissionais como uma etapa passageira rumo a alguma recuperação em 2016. Faríamos um sacrifício concentrado agora para colher alguns frutos menos amargos logo ali na frente. O humor piorou. A fase de sofrimento foi estendida, e a marcha do retrocesso esperado na atividade, em especial no mercado de trabalho, vai até o final do ano que vem, ameaçando invadir o seguinte. A explosão do dólar, evitada à custa de uma exorbitância de juros oferecidos pelo Banco Central, é o que falta para escancarar o quadro de aguda restrição em que nos metemos. Na prática, o Brasil já perdeu o chamado grau de investimento. O governo está prestes a admitir que não conseguirá evitar a escalada preocupante do desequilíbrio fiscal. Vai poupar, na melhor das hipóteses, metade de uma meta que em si já se mostrava insuficiente. A liderança do Executivo evaporou-se na impopularidade abissal de Dilma Rousseff e do PT. O poder resultante migrou para o Congresso e se mostrou tão irresponsável quanto o experimento desenvolvimentista da primeira metade da década. Produziu uma "reforma da Previdência" que eleva o desembolso obrigatório de um conjunto cadente de trabalhadores com uma fatia crescente de aposentados. Numa tacada, o Legislativo aumentou os juros e minou a capacidade de crescer do país ao longo dos próximos 30 anos. O "ativismo dos Poderes", como definiu Renan Calheiros, resulta no flerte com um desfecho cataclísmico para tanto acúmulo de irresponsabilidade e populismo.
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João Doria já exaltou Donald Trump, mas diz que apoiaria Hillary
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BERNARDO MELLO FRANCO COLUNISTA DA FOLHA "Você vai assistir a um show de competência. De ousadia. De talento. De sucesso." Assim o apresentador João Doria Jr. anunciou seu programa na TV Bandeirantes em 11 de dezembro de 1988. Naquela noite, ele levou ao ar uma entrevista com o bilionário americano Donald Trump. A descrição do convidado tinha tudo a ver com a imagem que Doria busca projetar de si mesmo: "Um homem rico, famoso, poderoso e muito, muito invejado". Uma foto do encontro decora o escritório do prefeito eleito de São Paulo. No retrato, ele e Trump seguram um quadro que reproduz um mar de arranha-céus, com o nome do bilionário no topo. Quase 28 anos depois, Doria tenta se esquivar de comparações com o candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. Os dois apostam num discurso comum para seduzir o eleitor: são empresários, e não políticos tradicionais. As semelhanças vão além disso. Doria já apresentou a versão brasileira do reality show "O Aprendiz", estrelado por Trump na rede NBC. Na atração, os dois encarnaram o mesmo personagem: um patrão rigoroso que distribuía broncas e dispensava os participantes com o bordão "Você está demitido". Fora da TV, Doria diz não se identificar em nada com o estilo de Trump. O bilionário tem atraído críticas pelo estilo arrogante e pelas ofensas a mulheres e imigrantes. "Se eu morasse na América, votaria na Hillary", afirma o prefeito eleito. Na campanha paulistana, Doria adotou um tom bem mais humilde. Nos debates, repetiu o chavão "respeito sua trajetória" para atenuar cada crítica aos adversários. O tucano afirma se inspirar em outro empresário americano que entrou na política: Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York.
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João Doria já exaltou Donald Trump, mas diz que apoiaria HillaryBERNARDO MELLO FRANCO COLUNISTA DA FOLHA "Você vai assistir a um show de competência. De ousadia. De talento. De sucesso." Assim o apresentador João Doria Jr. anunciou seu programa na TV Bandeirantes em 11 de dezembro de 1988. Naquela noite, ele levou ao ar uma entrevista com o bilionário americano Donald Trump. A descrição do convidado tinha tudo a ver com a imagem que Doria busca projetar de si mesmo: "Um homem rico, famoso, poderoso e muito, muito invejado". Uma foto do encontro decora o escritório do prefeito eleito de São Paulo. No retrato, ele e Trump seguram um quadro que reproduz um mar de arranha-céus, com o nome do bilionário no topo. Quase 28 anos depois, Doria tenta se esquivar de comparações com o candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. Os dois apostam num discurso comum para seduzir o eleitor: são empresários, e não políticos tradicionais. As semelhanças vão além disso. Doria já apresentou a versão brasileira do reality show "O Aprendiz", estrelado por Trump na rede NBC. Na atração, os dois encarnaram o mesmo personagem: um patrão rigoroso que distribuía broncas e dispensava os participantes com o bordão "Você está demitido". Fora da TV, Doria diz não se identificar em nada com o estilo de Trump. O bilionário tem atraído críticas pelo estilo arrogante e pelas ofensas a mulheres e imigrantes. "Se eu morasse na América, votaria na Hillary", afirma o prefeito eleito. Na campanha paulistana, Doria adotou um tom bem mais humilde. Nos debates, repetiu o chavão "respeito sua trajetória" para atenuar cada crítica aos adversários. O tucano afirma se inspirar em outro empresário americano que entrou na política: Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York.
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Internet gratuita em ônibus municipais de São Paulo não funciona
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Os passageiros que querem usar o sinal wi-fi (sem fio) nos ônibus municipais de São Paulo precisam de uma boa dose de paciência para conseguir conectar seus aparelhos à internet e mais ainda para navegar na rede. No último dia 14, a reportagem testou a conexão sem fio, as entradas USB, usadas para plugar o carregador de celular, e o ar-condicionado de nove ônibus pertencentes a sete linhas da cidade. Em nenhum deles foi possível navegar na internet. O sinal da rede sem fio faz parte dos projetos da SPTrans (São Paulo Transporte), da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), de modernização da frota de ônibus. Em quatro veículos testados, a conexão estava tão lenta que impedia até o envio de mensagens pelo aplicativo de celular WhatsApp. Em outros dois coletivos, não havia sinal de internet. As entradas USB, que ficam ao lado dos bancos, também estavam com problemas. Em três carros as tomadas estavam desligadas e em um deles apenas uma das quatro entradas disponíveis estava funcionando corretamente. O sistema de ar-condicionado estava ligado em todos os veículos, mas em dois deles a refrigeração era insuficiente e a temperatura ambiente estava praticamente igual à do lado de fora. A auxiliar de limpeza Daniela Cassemiro, 33, pega todos os dias os ônibus da empresa Transwolff, que faz a linha Unisa/Santo Amaro, na zona sul, e diz que nunca conseguiu usar o sinal de internet durante as viagens. "É propaganda enganosa, não conecta nunca", reclama. A esteticista Mara Cardoso, 49, também frequenta a linha e tem a mesma reclamação. "Só funcionou direito no primeiro mês depois da inauguração", diz. A auxiliar de escritório Rosângela Santos, 45, pega os ônibus da viação Campo Belo da linha Terminal Campo Limpo/Paraíso e quase nunca consegue usar a conexão de internet sem fio. "Cai toda hora", diz Rosângela. LICITAÇÃO A licitação para contratar os serviços de transporte público sobre rodas para os próximos 20 anos, aberta em outubro do ano passado, foi suspensa em 11 de novembro pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), que alega irregularidades. O Ministério Público investiga o processo licitatório desde janeiro deste ano. OUTRO LADO A SPTrans (São Paulo Transporte) informou que os problemas apontados são de responsabilidade das empresas que administram as linhas de ônibus testadas. A Campo Belo, responsável por duas linhas citadas, disse que os equipamentos de acesso à internet ainda estão em fase de teste. Em relação às entradas USB que não estavam funcionando, a empresa disse que elas sofrem constantes atos de vandalismo. Sobre o ar-condicionado insuficiente, a empresa disse que o resfriamento sofre interferências externas, como lotação dos ônibus e tempo em que as portas ficam abertas nas paradas. A empresa Transwolff, que responde por cinco linhas citadas, informou que o sinal de internet passa por instabilidade por mudanças da tecnologia e que será restabelecido. Sobre o desempenho do ar-condicionado, a empresa declarou que o equipamento está funcionando.
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cotidiano
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Internet gratuita em ônibus municipais de São Paulo não funcionaOs passageiros que querem usar o sinal wi-fi (sem fio) nos ônibus municipais de São Paulo precisam de uma boa dose de paciência para conseguir conectar seus aparelhos à internet e mais ainda para navegar na rede. No último dia 14, a reportagem testou a conexão sem fio, as entradas USB, usadas para plugar o carregador de celular, e o ar-condicionado de nove ônibus pertencentes a sete linhas da cidade. Em nenhum deles foi possível navegar na internet. O sinal da rede sem fio faz parte dos projetos da SPTrans (São Paulo Transporte), da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), de modernização da frota de ônibus. Em quatro veículos testados, a conexão estava tão lenta que impedia até o envio de mensagens pelo aplicativo de celular WhatsApp. Em outros dois coletivos, não havia sinal de internet. As entradas USB, que ficam ao lado dos bancos, também estavam com problemas. Em três carros as tomadas estavam desligadas e em um deles apenas uma das quatro entradas disponíveis estava funcionando corretamente. O sistema de ar-condicionado estava ligado em todos os veículos, mas em dois deles a refrigeração era insuficiente e a temperatura ambiente estava praticamente igual à do lado de fora. A auxiliar de limpeza Daniela Cassemiro, 33, pega todos os dias os ônibus da empresa Transwolff, que faz a linha Unisa/Santo Amaro, na zona sul, e diz que nunca conseguiu usar o sinal de internet durante as viagens. "É propaganda enganosa, não conecta nunca", reclama. A esteticista Mara Cardoso, 49, também frequenta a linha e tem a mesma reclamação. "Só funcionou direito no primeiro mês depois da inauguração", diz. A auxiliar de escritório Rosângela Santos, 45, pega os ônibus da viação Campo Belo da linha Terminal Campo Limpo/Paraíso e quase nunca consegue usar a conexão de internet sem fio. "Cai toda hora", diz Rosângela. LICITAÇÃO A licitação para contratar os serviços de transporte público sobre rodas para os próximos 20 anos, aberta em outubro do ano passado, foi suspensa em 11 de novembro pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), que alega irregularidades. O Ministério Público investiga o processo licitatório desde janeiro deste ano. OUTRO LADO A SPTrans (São Paulo Transporte) informou que os problemas apontados são de responsabilidade das empresas que administram as linhas de ônibus testadas. A Campo Belo, responsável por duas linhas citadas, disse que os equipamentos de acesso à internet ainda estão em fase de teste. Em relação às entradas USB que não estavam funcionando, a empresa disse que elas sofrem constantes atos de vandalismo. Sobre o ar-condicionado insuficiente, a empresa disse que o resfriamento sofre interferências externas, como lotação dos ônibus e tempo em que as portas ficam abertas nas paradas. A empresa Transwolff, que responde por cinco linhas citadas, informou que o sinal de internet passa por instabilidade por mudanças da tecnologia e que será restabelecido. Sobre o desempenho do ar-condicionado, a empresa declarou que o equipamento está funcionando.
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Não usar azeite para fritar? Veja regras culinárias derrubadas pela ciência
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Os conselhos a seguir são sempre repassados em programas de cozinha, livros de receita ou até repetidos insistentemente em família. No entanto, essas "verdades culinárias" que vão passando de boca em boca raramente têm alguma base científica. Aqui, nós desmistificamos algumas dessas ideias: Até os que não entendem nada de cozinha já ouviram isso. Mas não está certo. A explicação –falsa– seria que as moléculas de gordura desse tipo de azeite queimam a uma temperatura inferior à dos demais e, por isso, ele produziria aldeídos e outros compostos químicos que poderiam ser tóxicos e dariam um sabor ácido para os alimentos. No entanto, diversos estudos indicam que o azeite de oliva –tanto o comum, quanto o extra-virgem– permanece sem se decompor a temperaturas elevadas e produz menos aditivos químicos do que os outros óleos. Martin Grootveld, professor da Universidade de Montfort, no Reino Unido, recomenda o azeite de oliva tanto para fritar, quanto para cozinhar. "Primeiro, porque ele gera níveis menores dessas substâncias tóxicas, e segundo porque as substâncias que se formam são menos danosas para o corpo humano", garante Grootveld. Esta é uma recomendação de muitos chefs de cozinha, inclusive italianos, e uma orientação que também figura até em pacotes de macarrão. Em um recipiente grande, dizem, a água começa a ferver mais rapidamente e, além disso, há mais espaço para que o macarrão não fique grudado. Falso. Primeiramente, porque a mesma quantidade de macarrão baixará a temperatura da água tanto em uma panela pequena, quanto em uma grande, então as duas vão recuperar seu ponto de ebulição em um tempo similar. E a panela menor precisa de menos energia por ter uma superfície menor para aquecer, segundo um artigo publicado na revista "New Scientist". Para evitar que os fios do macarrão grudem, a tática não deve ser utilizar uma panela grande. O principal aí seria ficar atento à massa logo no primeiro minuto em que ela é jogada na panela. Isso porque o macarrão só consegue se colar nos primeiros 60 segundos –porque é nessa hora que o amido da superfície dele incham e explodem. Outra prática conhecida para cozinhar massa é a de colocar gotas de azeite na água. No entanto, isso também não vale a pena. Segundo a Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), não faz diferença alguma. Esse é outro conselho que você já deve ter escutado até de cozinheiros profissionais. No entanto, fritar a carne no fogo alto para criar aquela "crosta" na superfície antes de levá-la ao forno –o que, supostamente, protegeria sua parte suculenta– não é a melhor forma de manter o sabor e a textura do alimento. Isso pode ser comprovado com um experimento simples. Se você pegar duas peças iguais e assar a primeira, e depois selá-la, e fizer exatamente o contrário com a segunda, você vai perceber que a primeira ficará mais suculenta. Por quê? Porque a temperatura mais elevada faz as fibras e os músculos da carne se contraírem e, como consequência disso, a carne perderá mais líquido. Além disso, quando está fria, a carne demora mais tempo para ser selada (e, também por isso, perde mais líquido), em comparação com a carne assada previamente. Para manter a carne suculenta, o melhor é deixar que ela descanse um pouco depois de assada –porque assim, à medida que as fibras musculares se esfriam, elas se dilatam e conseguem reter mais o "suco" da carne. Mas ainda que selar a carne não ajude a conservar a suculência, uma coisa é certa: a prática realça o sabor da carne –e de outros alimentos também, graças à reação de Maillard. Esse é o nome que se dá ao processo pelo qual os açúcares e os aminoácidos reagem ao calor, produzindo diversos sabores. Ainda sobre carnes, outra dica popular é deixá-la marinar de um dia para outro para realçar o seu sabor. A boa notícia para os desorganizados –ou impacientes para fazer isso– é que somente sal, algumas moléculas muito pequenas de açúcar e alguns ácidos podem penetrar a carne mais do que poucos milímetros. Os condimentos ficam só na superfície, então não vale a pena deixar a carne marinando por horas. No entanto, se você suspeita que a carne que vai cozinhar é dura, mariná-la faz algum sentido –não porque você vá dar mais sabor a ela, mas porque se você utilizar uma mistura ácida, evitará que a superfície se decomponha e, ao mesmo tempo, ajudará a "amadurecer" o resto da carne. E quanto mais "madura" a carne, mais suave.
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equilibrioesaude
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Não usar azeite para fritar? Veja regras culinárias derrubadas pela ciênciaOs conselhos a seguir são sempre repassados em programas de cozinha, livros de receita ou até repetidos insistentemente em família. No entanto, essas "verdades culinárias" que vão passando de boca em boca raramente têm alguma base científica. Aqui, nós desmistificamos algumas dessas ideias: Até os que não entendem nada de cozinha já ouviram isso. Mas não está certo. A explicação –falsa– seria que as moléculas de gordura desse tipo de azeite queimam a uma temperatura inferior à dos demais e, por isso, ele produziria aldeídos e outros compostos químicos que poderiam ser tóxicos e dariam um sabor ácido para os alimentos. No entanto, diversos estudos indicam que o azeite de oliva –tanto o comum, quanto o extra-virgem– permanece sem se decompor a temperaturas elevadas e produz menos aditivos químicos do que os outros óleos. Martin Grootveld, professor da Universidade de Montfort, no Reino Unido, recomenda o azeite de oliva tanto para fritar, quanto para cozinhar. "Primeiro, porque ele gera níveis menores dessas substâncias tóxicas, e segundo porque as substâncias que se formam são menos danosas para o corpo humano", garante Grootveld. Esta é uma recomendação de muitos chefs de cozinha, inclusive italianos, e uma orientação que também figura até em pacotes de macarrão. Em um recipiente grande, dizem, a água começa a ferver mais rapidamente e, além disso, há mais espaço para que o macarrão não fique grudado. Falso. Primeiramente, porque a mesma quantidade de macarrão baixará a temperatura da água tanto em uma panela pequena, quanto em uma grande, então as duas vão recuperar seu ponto de ebulição em um tempo similar. E a panela menor precisa de menos energia por ter uma superfície menor para aquecer, segundo um artigo publicado na revista "New Scientist". Para evitar que os fios do macarrão grudem, a tática não deve ser utilizar uma panela grande. O principal aí seria ficar atento à massa logo no primeiro minuto em que ela é jogada na panela. Isso porque o macarrão só consegue se colar nos primeiros 60 segundos –porque é nessa hora que o amido da superfície dele incham e explodem. Outra prática conhecida para cozinhar massa é a de colocar gotas de azeite na água. No entanto, isso também não vale a pena. Segundo a Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em inglês), não faz diferença alguma. Esse é outro conselho que você já deve ter escutado até de cozinheiros profissionais. No entanto, fritar a carne no fogo alto para criar aquela "crosta" na superfície antes de levá-la ao forno –o que, supostamente, protegeria sua parte suculenta– não é a melhor forma de manter o sabor e a textura do alimento. Isso pode ser comprovado com um experimento simples. Se você pegar duas peças iguais e assar a primeira, e depois selá-la, e fizer exatamente o contrário com a segunda, você vai perceber que a primeira ficará mais suculenta. Por quê? Porque a temperatura mais elevada faz as fibras e os músculos da carne se contraírem e, como consequência disso, a carne perderá mais líquido. Além disso, quando está fria, a carne demora mais tempo para ser selada (e, também por isso, perde mais líquido), em comparação com a carne assada previamente. Para manter a carne suculenta, o melhor é deixar que ela descanse um pouco depois de assada –porque assim, à medida que as fibras musculares se esfriam, elas se dilatam e conseguem reter mais o "suco" da carne. Mas ainda que selar a carne não ajude a conservar a suculência, uma coisa é certa: a prática realça o sabor da carne –e de outros alimentos também, graças à reação de Maillard. Esse é o nome que se dá ao processo pelo qual os açúcares e os aminoácidos reagem ao calor, produzindo diversos sabores. Ainda sobre carnes, outra dica popular é deixá-la marinar de um dia para outro para realçar o seu sabor. A boa notícia para os desorganizados –ou impacientes para fazer isso– é que somente sal, algumas moléculas muito pequenas de açúcar e alguns ácidos podem penetrar a carne mais do que poucos milímetros. Os condimentos ficam só na superfície, então não vale a pena deixar a carne marinando por horas. No entanto, se você suspeita que a carne que vai cozinhar é dura, mariná-la faz algum sentido –não porque você vá dar mais sabor a ela, mas porque se você utilizar uma mistura ácida, evitará que a superfície se decomponha e, ao mesmo tempo, ajudará a "amadurecer" o resto da carne. E quanto mais "madura" a carne, mais suave.
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Demora para votar cassação de Cunha é falta de compromisso, diz leitora
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CASSAÇÃO DE CUNHA A data da votação da cassação de Eduardo Cunha, marcada por Rodrigo Maia, mostra de que lado o presidente da Câmara está: do lado da covardia, do desrespeito aos brasileiros, da ausência de compromisso com o combate à corrupção. Posição, diga-se, apoiada pela maioria dos parlamentares da Câmara. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * Curvando-se aos interesses de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia mostra seu verdadeiro rosto. MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP) * O roteiro está perfeito. Cunha, depois de relevantes serviços prestados, será julgado em uma segunda-feira. Com isso, safa-se, encerrando o ciclo de manobras políticas que visam a devolver aos senhores brancos e ricos os destinos da República. Parabéns a todos. CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC) * A escolha de uma segunda-feira (12/9) para a votação do pedido de cassação de Eduardo Cunha tornou Rodrigo Maia um herdeiro digno do próprio Cunha e de Waldir Maranhão, a quem sucedeu. Parabéns! PAULO SILVEIRA (São Paulo, SP) - OLIMPÍADA A Folha, no período pré-olímpico, abordou todas as modalidades esportivas, suas regras e seus recordes. Agora, quando deveria fazer uma cobertura completa, praticamente só fala de futebol, vôlei, atletismo e natação. Não vi quase nada sobre remo ou vela. Espero que, no final da Olimpíada, a Folha publique um caderno completo com a descrição das provas dos medalhistas brasileiros e das finais de todas as modalidades. Seria um caderno histórico para ser guardado como referência para o esporte. ALEXANDRE DEVELEY (São Paulo, SP) * As primeiras medalhas que o Brasil ganhou na Olimpíada do Rio foram conquistadas por atletas de nossas Forças Armadas, que sempre contribuem em diversas competições. Poucos, porém, sabem disso. FABIO FIGUEIREDO (São Paulo, SP) * Como entidade voltada para o ambientalismo e para a literatura ambiental, parabenizamos o COB pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Maracanã. Esperamos que o tema ambiental e a simbologia do plantio de mudas estimulem a transformação de atitudes em prol da sustentabilidade. Também esperamos que os compromissos ambientais assumidos pelo Rio de Janeiro em sua candidatura a cidade-sede possam ser cumpridos na íntegra. Esse será o maior legado da Olimpíada. CLEVELAND M. JONES, presidente da Academia Brasileira Ambientalista de Letras (Petrópolis, RJ) - CRISE ECONÔMICA O presidente interino, Michel Temer, deve se lembrar de que sua antecessora começou a cavar seu próprio buraco quando se desentendeu com o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Se as desavenças começarem cedo com Henrique Meirelles e a crise continuar, logo veremos esse governo repetindo o destino do anterior. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) - LETICIA SABATELLA Parabéns a Leticia Sabatella pelo texto "Domingo em Curitiba". Apesar do meu posicionamento político ser diferente do dela, achei importantíssimo o seu alerta sobre o respeito à diversidade. O pensar e o agir diferentes só trazem riquezas, abrem a mente a novas possibilidades e engrandecem nossa caminhada na Terra. É fundamental ouvir opiniões diversas. Valeu, Leticia! OTÁVIO V. DE FREITAS (São Paulo, SP) * A violência sofrida por Leticia Sabatella revela que a agressividade e o ódio escaparam das casas e invadiram o espaço público, ameaçando a sobrevivência da nossa ainda tão frágil democracia. Tempos sombrios! HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP) * Gostaria de saber de Leticia Sabatella o que ela espera das pessoas que não pensam como ela. O que se espera de uma pessoa que pede reflexão dos "outros" e, ao mesmo tempo, escreve que queria apenas passar na manifestação contra o "golpe"? Ou só a sua verdade interessa? MÁRIO B. CASTANHEIRA DE SOUZA (Brasília, DF) - OBITUÁRIO Fico comovida ao ler diariamente o obituário. A descrição é muito bem feita e o modo respeitoso destinado ao falecido encanta outros leitores, certamente. Nesta sexta, fiquei imaginando o rosto de dona Alzira e seus olhos de um "incomum azul-escuro", como descrito pela jornalista Fernanda Pereira Neves. DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR) - METRÔ EM HIGIENÓPOLIS O metrô é bem-vindo em todo lugar. É um meio de transporte eficaz, não poluente e rápido. Tenhamos visão do que é melhor para a nossa cidade. Eventuais e transitórios incômodos serão sanados. Só nos falta agora a eliminação da carcaça do Minhocão, que agride a saúde e a segurança de milhares de pessoas. FRANCISCO G. MACHADO, diretor de assuntos sociais do Conselho de Segurança de Santa Cecília e Higienópolis (São Paulo, SP) - ACUPUNTURA Sobre a reportagem "Estudos não comprovam eficácia das ventosas de Phelps ", comentei com o jornalista que a ventosa funciona melhor quando usada para melhora da dor muscular superficial. Seu uso exclusivo é restrito. Sempre associamos o uso de ventosas a agulhas ou eletroestimulação. Por isso, seu uso generalizado causa equívocos de interpretação nos trabalhos científicos. A escolha da ventosa depende de um diagnóstico preciso. Infelizmente, fui interpretado como se tivesse dito que a ventosa não funciona. HONG JIN PAI, médico (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] -
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Demora para votar cassação de Cunha é falta de compromisso, diz leitoraCASSAÇÃO DE CUNHA A data da votação da cassação de Eduardo Cunha, marcada por Rodrigo Maia, mostra de que lado o presidente da Câmara está: do lado da covardia, do desrespeito aos brasileiros, da ausência de compromisso com o combate à corrupção. Posição, diga-se, apoiada pela maioria dos parlamentares da Câmara. FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP) * Curvando-se aos interesses de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia mostra seu verdadeiro rosto. MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP) * O roteiro está perfeito. Cunha, depois de relevantes serviços prestados, será julgado em uma segunda-feira. Com isso, safa-se, encerrando o ciclo de manobras políticas que visam a devolver aos senhores brancos e ricos os destinos da República. Parabéns a todos. CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC) * A escolha de uma segunda-feira (12/9) para a votação do pedido de cassação de Eduardo Cunha tornou Rodrigo Maia um herdeiro digno do próprio Cunha e de Waldir Maranhão, a quem sucedeu. Parabéns! PAULO SILVEIRA (São Paulo, SP) - OLIMPÍADA A Folha, no período pré-olímpico, abordou todas as modalidades esportivas, suas regras e seus recordes. Agora, quando deveria fazer uma cobertura completa, praticamente só fala de futebol, vôlei, atletismo e natação. Não vi quase nada sobre remo ou vela. Espero que, no final da Olimpíada, a Folha publique um caderno completo com a descrição das provas dos medalhistas brasileiros e das finais de todas as modalidades. Seria um caderno histórico para ser guardado como referência para o esporte. ALEXANDRE DEVELEY (São Paulo, SP) * As primeiras medalhas que o Brasil ganhou na Olimpíada do Rio foram conquistadas por atletas de nossas Forças Armadas, que sempre contribuem em diversas competições. Poucos, porém, sabem disso. FABIO FIGUEIREDO (São Paulo, SP) * Como entidade voltada para o ambientalismo e para a literatura ambiental, parabenizamos o COB pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, no Maracanã. Esperamos que o tema ambiental e a simbologia do plantio de mudas estimulem a transformação de atitudes em prol da sustentabilidade. Também esperamos que os compromissos ambientais assumidos pelo Rio de Janeiro em sua candidatura a cidade-sede possam ser cumpridos na íntegra. Esse será o maior legado da Olimpíada. CLEVELAND M. JONES, presidente da Academia Brasileira Ambientalista de Letras (Petrópolis, RJ) - CRISE ECONÔMICA O presidente interino, Michel Temer, deve se lembrar de que sua antecessora começou a cavar seu próprio buraco quando se desentendeu com o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Se as desavenças começarem cedo com Henrique Meirelles e a crise continuar, logo veremos esse governo repetindo o destino do anterior. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) - LETICIA SABATELLA Parabéns a Leticia Sabatella pelo texto "Domingo em Curitiba". Apesar do meu posicionamento político ser diferente do dela, achei importantíssimo o seu alerta sobre o respeito à diversidade. O pensar e o agir diferentes só trazem riquezas, abrem a mente a novas possibilidades e engrandecem nossa caminhada na Terra. É fundamental ouvir opiniões diversas. Valeu, Leticia! OTÁVIO V. DE FREITAS (São Paulo, SP) * A violência sofrida por Leticia Sabatella revela que a agressividade e o ódio escaparam das casas e invadiram o espaço público, ameaçando a sobrevivência da nossa ainda tão frágil democracia. Tempos sombrios! HELOÍSA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP) * Gostaria de saber de Leticia Sabatella o que ela espera das pessoas que não pensam como ela. O que se espera de uma pessoa que pede reflexão dos "outros" e, ao mesmo tempo, escreve que queria apenas passar na manifestação contra o "golpe"? Ou só a sua verdade interessa? MÁRIO B. CASTANHEIRA DE SOUZA (Brasília, DF) - OBITUÁRIO Fico comovida ao ler diariamente o obituário. A descrição é muito bem feita e o modo respeitoso destinado ao falecido encanta outros leitores, certamente. Nesta sexta, fiquei imaginando o rosto de dona Alzira e seus olhos de um "incomum azul-escuro", como descrito pela jornalista Fernanda Pereira Neves. DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR) - METRÔ EM HIGIENÓPOLIS O metrô é bem-vindo em todo lugar. É um meio de transporte eficaz, não poluente e rápido. Tenhamos visão do que é melhor para a nossa cidade. Eventuais e transitórios incômodos serão sanados. Só nos falta agora a eliminação da carcaça do Minhocão, que agride a saúde e a segurança de milhares de pessoas. FRANCISCO G. MACHADO, diretor de assuntos sociais do Conselho de Segurança de Santa Cecília e Higienópolis (São Paulo, SP) - ACUPUNTURA Sobre a reportagem "Estudos não comprovam eficácia das ventosas de Phelps ", comentei com o jornalista que a ventosa funciona melhor quando usada para melhora da dor muscular superficial. Seu uso exclusivo é restrito. Sempre associamos o uso de ventosas a agulhas ou eletroestimulação. Por isso, seu uso generalizado causa equívocos de interpretação nos trabalhos científicos. A escolha da ventosa depende de um diagnóstico preciso. Infelizmente, fui interpretado como se tivesse dito que a ventosa não funciona. HONG JIN PAI, médico (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected] -
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OAS recebe intimação para bloqueio de 8,89% de suas ações na Invepar
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A empreiteira OAS recebeu uma intimação judicial para embargo de 8,89% das ações que detém na Invepar, concessionária do Aeroporto de Guarulhos, por conta de uma ação de execução de um título extrajudicial movida pelo Banco Caixa Geral Brasil, disse nesta quinta-feira (2) a concessionária em nota. A apreensão dessas ações pode dificultar a venda da fatia de 24,44% que a OAS tem no capital da Invepar. O grupo de construção, que está em recuperação judicial por conta de dificuldades de crédito enfrentadas após denúncias de corrupção trazidas à tona pela operação Lava-Jato, já anunciou que colocou à venda sua participação na concessionária. No comunicado, a Invepar afirmou apenas que já encaminhou a referida intimação ao banco escriturador de suas ações para as providências cabíveis. DÍVIDAS A OAS protocolou na terça-feira (31) o pedido de recuperação judicial do grupo em uma vara empresarial de São Paulo. A Justiça de São Paulo aceitou o pedido na quarta-feira (1º). O endividamento total do grupo é de R$ 9,2 bilhões, dos quais R$ 8 bilhões estão incluídos no pedido. Para pagar as dívidas, além de sua participação na Invepar, a OAS informa que colocou à venda sua fatia no estaleiro Enseada (17,5%) -um dos fornecedores da Sete Brasil-, a OAS Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%) e na OAS Defesa (100%).
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mercado
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OAS recebe intimação para bloqueio de 8,89% de suas ações na InveparA empreiteira OAS recebeu uma intimação judicial para embargo de 8,89% das ações que detém na Invepar, concessionária do Aeroporto de Guarulhos, por conta de uma ação de execução de um título extrajudicial movida pelo Banco Caixa Geral Brasil, disse nesta quinta-feira (2) a concessionária em nota. A apreensão dessas ações pode dificultar a venda da fatia de 24,44% que a OAS tem no capital da Invepar. O grupo de construção, que está em recuperação judicial por conta de dificuldades de crédito enfrentadas após denúncias de corrupção trazidas à tona pela operação Lava-Jato, já anunciou que colocou à venda sua participação na concessionária. No comunicado, a Invepar afirmou apenas que já encaminhou a referida intimação ao banco escriturador de suas ações para as providências cabíveis. DÍVIDAS A OAS protocolou na terça-feira (31) o pedido de recuperação judicial do grupo em uma vara empresarial de São Paulo. A Justiça de São Paulo aceitou o pedido na quarta-feira (1º). O endividamento total do grupo é de R$ 9,2 bilhões, dos quais R$ 8 bilhões estão incluídos no pedido. Para pagar as dívidas, além de sua participação na Invepar, a OAS informa que colocou à venda sua fatia no estaleiro Enseada (17,5%) -um dos fornecedores da Sete Brasil-, a OAS Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%) e na OAS Defesa (100%).
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Marca de cerveja inaugura bar conceito em aeroporto
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MARIANA MARINHO DE SÃO PAULO O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ganhou no mês passado o Living Heineken, primeiro bar conceito da marca no país. Enquanto aguardam pelo embarque, os passageiros podem provar petiscos, itens de café da manhã, lanches e pratos rápidos. Para beber, além da cerveja da marca (R$ 12,50), há outras dez opções da bebida e drinques clássicos. O espaço também oferece serviços informativos. É o caso do placar com o status dos voos e dos jogos americanos que mostram a distância e o tempo entre o bar e os portões de embarque. GRU Airport - Aeroporto Internacional de São Paulo. Rod. Hélio Smidt, s/nº, terminal 3, Aeroporto, tel. 2445-7231. 90 lugares. Seg. a dom.: 8h às 24h.
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saopaulo
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Marca de cerveja inaugura bar conceito em aeroportoMARIANA MARINHO DE SÃO PAULO O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, ganhou no mês passado o Living Heineken, primeiro bar conceito da marca no país. Enquanto aguardam pelo embarque, os passageiros podem provar petiscos, itens de café da manhã, lanches e pratos rápidos. Para beber, além da cerveja da marca (R$ 12,50), há outras dez opções da bebida e drinques clássicos. O espaço também oferece serviços informativos. É o caso do placar com o status dos voos e dos jogos americanos que mostram a distância e o tempo entre o bar e os portões de embarque. GRU Airport - Aeroporto Internacional de São Paulo. Rod. Hélio Smidt, s/nº, terminal 3, Aeroporto, tel. 2445-7231. 90 lugares. Seg. a dom.: 8h às 24h.
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Barrado por detector de metais, R2-D2 brasileiro não pode ver 'Star Wars'
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O robô R2-D2, um dos principais personagens de "Star Wars", chegou à pré-estreia de "O Despertar da Força" em um táxi adaptado para deficientes, utilizando rampa para cadeirantes. Estava entre os 630 convidados para a sessão que aconteceu em São Paulo nesta terça-feira (15), no Shopping JK Iguatemi, mas não pôde entrar. Por medida de segurança, o público teve que guardar celulares e passar por detectores de metal. As medidas, segundo o paulistano Carlos Gueiros, construtor do R2-D2, impediram o robô de entrar no cinema. Idêntico ao original, com cerca de 70 quilos e 1,09 metros, o R2 brasileiro está longe de ser único. Estimativas do R2-D2 Builder, site criado por um fã entusiasmado em fazer réplicas de máquinas do "Star Wars" e que conta com 20 mil membros, dizem que há cerca de 200 robôs no mundo. No Brasil, além do de Gueiros, há outro construído pelo mineiro Douglas Baroni e um praticamente finalizado pelo paulistano Erick Pascoalato –os três são responsáveis pelo R2-D2 Builders Brasil, versão em português do site oficial, hoje com 66 participantes ativos e oito robôs em produção. O trio teve como motivação o anúncio da nova trilogia, em 2012. Ali, viram a chance de assistir ao filme com um R2 de acompanhante. Gueiros foi o único que conseguiu, depois de menos de um ano de trabalho. Formado em logística e fã de aeromodelismo, ele conta que "o mais difícil foi a parte elétrica". "Passei muito tempo estudando antes de testá-la, pois tinha medo que algo queimasse." Seu R2 é quase todo de alumínio, com algumas peças em madeira e detalhes em resina –como o do filme, anda, emite sons e gira a cabeça. DOUTRINA DO 'AMOR' Sem tanto tempo disponível, Baroni, engenheiro de produção, levou mais de dois anos para concluir o seu robô, mas vendeu a criação antes da estreia para um projeto social de fãs da série. O mineiro, que diz ter investido R$ 10 mil no R2, para o qual confeccionou quase todas as peças, não diz quanto cobrou. "A nossa doutrina é construir por amor. Não fazemos para obter lucro, mas esse foi um caso especial", explica. Entre os membros, é comum a comercialização das peças de difícil produção. O domo dos três R2s brasileiros, por exemplo, veio dos Estados Unidos e custa em média US$ 600. Os construtores têm acesso aos desenhos do original, com as medidas externas, mas não existe um passo a passo –daí a importância dos sites e fóruns para a troca de experiências. Após o sucesso do R2 de Gueiros na pré-estreia, o paulistano ainda não se deu por satisfeito. Pretende incluir no robô o periscópio e o braço, que no filme serve de acesso às informações dos computadores. Desistiu, no entanto, de levar a cria para o cinema na data em que irá acompanhado da mulher e dos filhos. Não quer ter de dividir a atenção. A estreia oficial da nova trilogia aconteceu na quinta (17), a 0h01. Como esperado, dezenas de fãs, entre crianças e adultos, apareceram fantasiados. No Shopping JK Iguatemi, o longa-metragem foi aplaudido pelos admiradores.
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ilustrada
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Barrado por detector de metais, R2-D2 brasileiro não pode ver 'Star Wars'O robô R2-D2, um dos principais personagens de "Star Wars", chegou à pré-estreia de "O Despertar da Força" em um táxi adaptado para deficientes, utilizando rampa para cadeirantes. Estava entre os 630 convidados para a sessão que aconteceu em São Paulo nesta terça-feira (15), no Shopping JK Iguatemi, mas não pôde entrar. Por medida de segurança, o público teve que guardar celulares e passar por detectores de metal. As medidas, segundo o paulistano Carlos Gueiros, construtor do R2-D2, impediram o robô de entrar no cinema. Idêntico ao original, com cerca de 70 quilos e 1,09 metros, o R2 brasileiro está longe de ser único. Estimativas do R2-D2 Builder, site criado por um fã entusiasmado em fazer réplicas de máquinas do "Star Wars" e que conta com 20 mil membros, dizem que há cerca de 200 robôs no mundo. No Brasil, além do de Gueiros, há outro construído pelo mineiro Douglas Baroni e um praticamente finalizado pelo paulistano Erick Pascoalato –os três são responsáveis pelo R2-D2 Builders Brasil, versão em português do site oficial, hoje com 66 participantes ativos e oito robôs em produção. O trio teve como motivação o anúncio da nova trilogia, em 2012. Ali, viram a chance de assistir ao filme com um R2 de acompanhante. Gueiros foi o único que conseguiu, depois de menos de um ano de trabalho. Formado em logística e fã de aeromodelismo, ele conta que "o mais difícil foi a parte elétrica". "Passei muito tempo estudando antes de testá-la, pois tinha medo que algo queimasse." Seu R2 é quase todo de alumínio, com algumas peças em madeira e detalhes em resina –como o do filme, anda, emite sons e gira a cabeça. DOUTRINA DO 'AMOR' Sem tanto tempo disponível, Baroni, engenheiro de produção, levou mais de dois anos para concluir o seu robô, mas vendeu a criação antes da estreia para um projeto social de fãs da série. O mineiro, que diz ter investido R$ 10 mil no R2, para o qual confeccionou quase todas as peças, não diz quanto cobrou. "A nossa doutrina é construir por amor. Não fazemos para obter lucro, mas esse foi um caso especial", explica. Entre os membros, é comum a comercialização das peças de difícil produção. O domo dos três R2s brasileiros, por exemplo, veio dos Estados Unidos e custa em média US$ 600. Os construtores têm acesso aos desenhos do original, com as medidas externas, mas não existe um passo a passo –daí a importância dos sites e fóruns para a troca de experiências. Após o sucesso do R2 de Gueiros na pré-estreia, o paulistano ainda não se deu por satisfeito. Pretende incluir no robô o periscópio e o braço, que no filme serve de acesso às informações dos computadores. Desistiu, no entanto, de levar a cria para o cinema na data em que irá acompanhado da mulher e dos filhos. Não quer ter de dividir a atenção. A estreia oficial da nova trilogia aconteceu na quinta (17), a 0h01. Como esperado, dezenas de fãs, entre crianças e adultos, apareceram fantasiados. No Shopping JK Iguatemi, o longa-metragem foi aplaudido pelos admiradores.
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O que você precisa saber para não cair em roubadas ao viajar sozinho
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Ser dono do seu nariz e não ter que dar satisfações a ninguém, não ter compromissos, horários ou acordos. Mas não ter também com quem dividir a corrida do táxi, o peso da mala, o quarto do hotel. Viajar sozinho é uma experiência enriquecedora sob muitos aspectos, mas também pode se revelar mais custosa. Ainda assim, é um tipo de turismo que não para de crescer. No comparador de hotéis e passagens Kayak, mais da metade das buscas são feitas por pessoas que pretendem viajar sozinhas; um levantamento do site TripAdvisor descobriu que 25% das mulheres brasileiras já embarcaram nesse tipo de passeio –e pretendem repeti-lo. No Google, as buscas pelo termo "solo travel" (jargão usado no exterior) em agosto de 2015 foram 47% maiores que no mesmo mês em 2014 e o dobro das registradas no mesmo período de 2013. As empresas já começam a entender que quem viaja sozinho não é só "destemido" ou "sem companhia"; o prazer de viajar está mais associado a um estilo de vida. "Esse fenômeno se dá em parte pela questão demográfica –há mais gente vivendo sozinha–, mas também por mais incentivos. As pessoas estão mais confiantes e confortáveis em viajar por conta própria", diz Lea Dorf, sócia da agência Next 2 Travel. Segundo Erik Sadao, diretor da Teresa Perez Tours, as maiores procuras são por expedições de aventura ou de imersão, para viagens de autoconhecimento. "A necessidade de se desligar é o grande motivo para uma 'solo travel'. Mas a tecnologia também exerce um papel inverso: como as pessoas conseguem se manter conectadas, não se sentem sozinhas quando viajam", diz. NA PONTA DO LÁPIS É fato que viajar sozinho, em geral, custa mais –especialmente para quem não tem perfil mochileiro-alberguista. A maioria dos hotéis cobra o mesmo por quartos simples ou duplos, e alguém sem companhia arca integralmente com despesas cotidianas. Mas uma parte do setor tem se movimentado para atender à demanda de viajantes solitários que priorizam o conforto de hotéis e táxis –em detrimento de albergues e caronas. Três navios de cruzeiro da Norwegian Cruise Line têm cabines para quem viaja sozinho. Na Silversea, o "single supplement fee" (taxa suplementar para solteiros) foi abolido em vários roteiros. Cresce a oferta de operadoras e agências de viagens especializadas. A americana G Adventures (gadventures.com ) e a australiana Intrepid Travel (intrepidtravel.com ) organizam grupos de até dez turistas pensando em quem viaja sozinho –e está disposto a dividir um quarto de hotel com um desconhecido. No Brasil, Keep Company e Terrazul vendem pacotes "para solteiros". No feriado de 2 de novembro, por exemplo, a Keep Company promove viagem a São Miguel Arcanjo (a 180 km de São Paulo) –três dias por R$ 990. Na Terrazul, há até bate-volta para o segmento: Ubatuba, em 7 de novembro, por R$ 220. * VEJA DICAS PARA VIAJAR SOZINHO Estando ou não acompanhado, em viagens há que se tomar cuidados com segurança –mas quem está sozinho precisa redobrar a atenção, pois não terá alguém para dividir a responsabilidade. Envie para o seu e-mail cópias de documentos, dados do cartão de crédito e do seguro-viagem. E, se possível, deixe alguém avisado (no Brasil ou até o recepcionista do hotel) de seu itinerário –sem alardear a todo tempo que está sozinho ou sozinha. No local, tenha sempre um mapa à mão e pesquise os costumes da região e as redondezas de onde vai ficar. Reúna o máximo possível de informações antes da viagem. "Hoje é muito rápido solucionar dúvidas em blogs e redes sociais", diz o analista de TI Wilson Lima, 27, que já encarou três viagens sozinho. "Ter tanta gente disposta a compartilhar informações ajuda a vencer nossos receios e encarar a viagem sem medos." A solidariedade local pode ser acionada em momentos como o da refeição. Especialmente por quem tem pavor de ir desacompanhado a um restaurante –embora o hábito seja comum em destinos como Paris, e a oferta de locais com mesas coletivas cresça em várias cidades. Viajantes solo podem recorrer à economia compartilhada por ferramentas como o Eat With (eatwith.com ), que desde 2012 promove almoços e jantares na casa de anfitriões locais, em mais de 30 países. Há outras empresas do gênero, como Colunching (colunching.com ) e VizEat (vizeat.com ). E ideias semelhantes na hora de se hospedar (airbnb.com e couchsurfing.com ), passear (rentalocalfriend.com e withlocals.com ) e até viajar (lyft.com e blablacar.com ). MAPA-MÚNDI Na hora de escolher o destino, saiba que cidades maiores costumam ser mais fáceis para marinheiros solitários de primeira viagem: como têm mais estrutura de transportes e informação turística, é mais simples entender o ambiente e pedir ajuda. "Não falo quase nada de inglês e fui muito bem tratado na Inglaterra –parece haver uma atenção especial com quem está sozinho", conta o analista de sistemas Jefferson Fernandes, 41. Cidades universitárias também costumam ser opção, já que oferecem intensa programação cultural e têm moradores em geral mais abertos aos estrangeiros. Salamanca (Espanha) e Oxford (Inglaterra) são bons exemplos disso. Para a primeira vez, também pode valer apostar em pacotes ou hotéis que estimulem a integração dos hóspedes. Na rede chilena Tierra (tierrahotels.com ), os funcionários promovem integração nos passeios, inclusos na diária, nas mesas coletivas de refeições e espaços comuns. Matricular-se em cursos (de idiomas ou gastronomia, por exemplo) é outra ferramenta usada por "solo travelers". As escolas costumam oferecer suporte constante aos alunos e atividades para incentivar o convívio social. * COMO VIAJAR SOZINHO A ESCOLHA Qualquer um pode viajar sozinho –mas experimentar é o único caminho para saber se você realmente se adapta a essa situação, que envolve testar os próprios limites e força a sociabilidade; comece em destinos próximos O DESTINO Costumam receber bem turistas solitários as metrópoles (Paris, Nova York, Barcelona, Rio), cidades universitárias (Valência, Cambridge, Ouro Preto) e destinos de aventura (Atacama, Patagônia) A SEGURANÇA Viajar sempre requer atenção –mas, estando sozinho, ela deve ser redobrada, já que não há uma segunda pessoa para prestar atenção em você; se possível, mantenha alguém informado, antes ou durante a viagem, de seu itinerário; em deslocamentos, quando se sentir inseguro, apele para o celular, fones de ouvido ou óculos escuros para disfarçar e evitar contato visual OS CUSTOS Não ter com quem dividir gastos pode deixar a viagem mais cara; busque hotéis sem 'single supplement fee' (taxa para hospedagem individual), almoços executivos e agências que promovem interação entre turistas solo
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turismo
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O que você precisa saber para não cair em roubadas ao viajar sozinhoSer dono do seu nariz e não ter que dar satisfações a ninguém, não ter compromissos, horários ou acordos. Mas não ter também com quem dividir a corrida do táxi, o peso da mala, o quarto do hotel. Viajar sozinho é uma experiência enriquecedora sob muitos aspectos, mas também pode se revelar mais custosa. Ainda assim, é um tipo de turismo que não para de crescer. No comparador de hotéis e passagens Kayak, mais da metade das buscas são feitas por pessoas que pretendem viajar sozinhas; um levantamento do site TripAdvisor descobriu que 25% das mulheres brasileiras já embarcaram nesse tipo de passeio –e pretendem repeti-lo. No Google, as buscas pelo termo "solo travel" (jargão usado no exterior) em agosto de 2015 foram 47% maiores que no mesmo mês em 2014 e o dobro das registradas no mesmo período de 2013. As empresas já começam a entender que quem viaja sozinho não é só "destemido" ou "sem companhia"; o prazer de viajar está mais associado a um estilo de vida. "Esse fenômeno se dá em parte pela questão demográfica –há mais gente vivendo sozinha–, mas também por mais incentivos. As pessoas estão mais confiantes e confortáveis em viajar por conta própria", diz Lea Dorf, sócia da agência Next 2 Travel. Segundo Erik Sadao, diretor da Teresa Perez Tours, as maiores procuras são por expedições de aventura ou de imersão, para viagens de autoconhecimento. "A necessidade de se desligar é o grande motivo para uma 'solo travel'. Mas a tecnologia também exerce um papel inverso: como as pessoas conseguem se manter conectadas, não se sentem sozinhas quando viajam", diz. NA PONTA DO LÁPIS É fato que viajar sozinho, em geral, custa mais –especialmente para quem não tem perfil mochileiro-alberguista. A maioria dos hotéis cobra o mesmo por quartos simples ou duplos, e alguém sem companhia arca integralmente com despesas cotidianas. Mas uma parte do setor tem se movimentado para atender à demanda de viajantes solitários que priorizam o conforto de hotéis e táxis –em detrimento de albergues e caronas. Três navios de cruzeiro da Norwegian Cruise Line têm cabines para quem viaja sozinho. Na Silversea, o "single supplement fee" (taxa suplementar para solteiros) foi abolido em vários roteiros. Cresce a oferta de operadoras e agências de viagens especializadas. A americana G Adventures (gadventures.com ) e a australiana Intrepid Travel (intrepidtravel.com ) organizam grupos de até dez turistas pensando em quem viaja sozinho –e está disposto a dividir um quarto de hotel com um desconhecido. No Brasil, Keep Company e Terrazul vendem pacotes "para solteiros". No feriado de 2 de novembro, por exemplo, a Keep Company promove viagem a São Miguel Arcanjo (a 180 km de São Paulo) –três dias por R$ 990. Na Terrazul, há até bate-volta para o segmento: Ubatuba, em 7 de novembro, por R$ 220. * VEJA DICAS PARA VIAJAR SOZINHO Estando ou não acompanhado, em viagens há que se tomar cuidados com segurança –mas quem está sozinho precisa redobrar a atenção, pois não terá alguém para dividir a responsabilidade. Envie para o seu e-mail cópias de documentos, dados do cartão de crédito e do seguro-viagem. E, se possível, deixe alguém avisado (no Brasil ou até o recepcionista do hotel) de seu itinerário –sem alardear a todo tempo que está sozinho ou sozinha. No local, tenha sempre um mapa à mão e pesquise os costumes da região e as redondezas de onde vai ficar. Reúna o máximo possível de informações antes da viagem. "Hoje é muito rápido solucionar dúvidas em blogs e redes sociais", diz o analista de TI Wilson Lima, 27, que já encarou três viagens sozinho. "Ter tanta gente disposta a compartilhar informações ajuda a vencer nossos receios e encarar a viagem sem medos." A solidariedade local pode ser acionada em momentos como o da refeição. Especialmente por quem tem pavor de ir desacompanhado a um restaurante –embora o hábito seja comum em destinos como Paris, e a oferta de locais com mesas coletivas cresça em várias cidades. Viajantes solo podem recorrer à economia compartilhada por ferramentas como o Eat With (eatwith.com ), que desde 2012 promove almoços e jantares na casa de anfitriões locais, em mais de 30 países. Há outras empresas do gênero, como Colunching (colunching.com ) e VizEat (vizeat.com ). E ideias semelhantes na hora de se hospedar (airbnb.com e couchsurfing.com ), passear (rentalocalfriend.com e withlocals.com ) e até viajar (lyft.com e blablacar.com ). MAPA-MÚNDI Na hora de escolher o destino, saiba que cidades maiores costumam ser mais fáceis para marinheiros solitários de primeira viagem: como têm mais estrutura de transportes e informação turística, é mais simples entender o ambiente e pedir ajuda. "Não falo quase nada de inglês e fui muito bem tratado na Inglaterra –parece haver uma atenção especial com quem está sozinho", conta o analista de sistemas Jefferson Fernandes, 41. Cidades universitárias também costumam ser opção, já que oferecem intensa programação cultural e têm moradores em geral mais abertos aos estrangeiros. Salamanca (Espanha) e Oxford (Inglaterra) são bons exemplos disso. Para a primeira vez, também pode valer apostar em pacotes ou hotéis que estimulem a integração dos hóspedes. Na rede chilena Tierra (tierrahotels.com ), os funcionários promovem integração nos passeios, inclusos na diária, nas mesas coletivas de refeições e espaços comuns. Matricular-se em cursos (de idiomas ou gastronomia, por exemplo) é outra ferramenta usada por "solo travelers". As escolas costumam oferecer suporte constante aos alunos e atividades para incentivar o convívio social. * COMO VIAJAR SOZINHO A ESCOLHA Qualquer um pode viajar sozinho –mas experimentar é o único caminho para saber se você realmente se adapta a essa situação, que envolve testar os próprios limites e força a sociabilidade; comece em destinos próximos O DESTINO Costumam receber bem turistas solitários as metrópoles (Paris, Nova York, Barcelona, Rio), cidades universitárias (Valência, Cambridge, Ouro Preto) e destinos de aventura (Atacama, Patagônia) A SEGURANÇA Viajar sempre requer atenção –mas, estando sozinho, ela deve ser redobrada, já que não há uma segunda pessoa para prestar atenção em você; se possível, mantenha alguém informado, antes ou durante a viagem, de seu itinerário; em deslocamentos, quando se sentir inseguro, apele para o celular, fones de ouvido ou óculos escuros para disfarçar e evitar contato visual OS CUSTOS Não ter com quem dividir gastos pode deixar a viagem mais cara; busque hotéis sem 'single supplement fee' (taxa para hospedagem individual), almoços executivos e agências que promovem interação entre turistas solo
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Chinês mostra em desenhos torturas que teria sofrido para confessar crime
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As imagens, desenhadas à mão, são bizarras e perturbadoras. Uma delas mostra um homem trancado em uma jaula enquanto um policial derrama água fervendo na sua cabeça. Outra mostra o homem suspenso no teto por algemas enquanto um policial bate no seu corpo com um bastão elétrico. Os desenhos são feitos de forma amadora, com rostos que mostram expressões estranhamente neutras em meio a cenas de uma acentuada crueldade. Mas atraíram a atenção popular na China por sua representação surpreendentemente fiel dos abusos praticados pela polícia. Grupos de direitos humanos no exterior relataram várias vezes casos de abuso policial na China, e o tema às vezes é abordado por repórteres no país. Mas os desenhos que descrevem o calvário de um homem erroneamente condenado por assassinato são as representações de tortura mais claras que apareceram na mídia chinesa nos últimos anos. Liu Renwang, condenado por assassinato duas vezes pela morte de um funcionário local em um tiroteio na província de Shanxi, em 2008, diz que os desenhos retratam os métodos que a polícia utilizava para forçá-lo a confessar um crime que não cometeu. Em 2010, um tribunal de Shanxi decidiu suspender a pena de morte estabelecida para Liu. Dois anos depois, o caso foi reaberto, e ele foi condenado à prisão perpétua. Apelou e, em 2013, foi considerado inocente. O assassinato do funcionário permanece sem solução. A história de Liu normalmente teria atraído pouca atenção, mas, nesta semana, a publicação on-line estatal "The Paper", com sede em Xangai, trouxe à tona o seu caso e incluiu os desenhos dos supostos abusos da polícia. Liu, 53, disse que tinha os desenhos como parte de um esforço para receber alguma indenização por parte das autoridades locais. "Eu queria que as pessoas soubessem como a polícia poderia usar a tortura nos interrogatórios", afirmou por telefone na segunda-feira (10). Os supostos abusos incluíam derramar líquidos por seu nariz e forçá-lo a permanecer várias horas sem dormir. Ele disse que os policiais que o torturaram eram da Secretaria de Segurança Pública do condado de Zhongyang. Uma mulher que atendeu o telefone na secretaria, na segunda-feira, disse que não sabia do caso e se recusou a fazer comentários. Liu disse ter pedido a vários pintores em Zhongyang para ilustrar sua experiência, mas todos se recusaram, por medo de retaliação da polícia. Finalmente, um pintor da província de Hunan concordou em fazer os desenhos para ele. "Ele demonstrou simpatia em relação à minha experiência e disse que poderia fazê-lo", afirmou Liu. Segundo ele, o pintor fez seis desenhos e cobrou apenas 100 renminbi (cerca de US$ 16). A publicação das imagens chega no momento em que tribunais chineses estão cada vez mais focados em condenações equivocadas –especialmente nos casos de pena de morte– e tentam reduzir erros e evitar a potencial instabilidade social desencadeada pela execução de pessoas inocentes enquanto os verdadeiros culpados permanecem em liberdade. "Nós nos censuramos profundamente por deixar que condenações erradas aconteçam", disse em março Zhou Qiang, chefe de Justiça e presidente da Suprema Corte Popular da China, de acordo com a Xinhua, a agência de notícias estatal. "Tribunais de todos os níveis devem aprender uma séria lição com esses casos." Especialistas em leis dizem que os policiais chineses estão sob forte pressão para resolver crimes passíveis de pena de morte e que podem contribuir para condenações injustas. Confissões forçadas são muitas vezes um elemento desses casos. Liu disse que não sofreu nenhuma pressão da polícia até agora e que não estava com medo de possíveis represálias. "Eu morri dezenas de vezes", disse ao descrever as técnicas que a polícia utilizava com ele e que às vezes o deixaram inconsciente. "Além disso, estou dizendo a verdade. Então não tenho medo." Motorista de caminhão antes de ser preso e responsável pelo sustento da família, Liu disse que a prisão foi um enorme golpe emocional e financeiro para sua família. Ele disse que sua esposa, também presa por um mês quando ele foi levado pela polícia, estava emocionalmente arrasada e sofria de ansiedade prolongada. Seus três filhos, agora com 23, 25 e 27 anos, enfrentaram discriminação durante sua prisão porque as pessoas acreditavam que seu pai era um assassino. Ele disse que ficou desempregado e foi em busca de 6 milhões de renminbi (US$ 1 milhão) de indenização por parte do Tribunal Intermediário de Lüliang, que o condenou. Lüliang é uma localidade com nível de cidade e que engloba Zhongyang. "Depois dos interrogatórios que me fizeram, meu cabelo ficou cinza, minha audição foi danificada e não posso mais mexer corretamente minhas costas", disse. "Minha saúde entrou em colapso. Não posso fazer nada agora."
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mundo
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Chinês mostra em desenhos torturas que teria sofrido para confessar crimeAs imagens, desenhadas à mão, são bizarras e perturbadoras. Uma delas mostra um homem trancado em uma jaula enquanto um policial derrama água fervendo na sua cabeça. Outra mostra o homem suspenso no teto por algemas enquanto um policial bate no seu corpo com um bastão elétrico. Os desenhos são feitos de forma amadora, com rostos que mostram expressões estranhamente neutras em meio a cenas de uma acentuada crueldade. Mas atraíram a atenção popular na China por sua representação surpreendentemente fiel dos abusos praticados pela polícia. Grupos de direitos humanos no exterior relataram várias vezes casos de abuso policial na China, e o tema às vezes é abordado por repórteres no país. Mas os desenhos que descrevem o calvário de um homem erroneamente condenado por assassinato são as representações de tortura mais claras que apareceram na mídia chinesa nos últimos anos. Liu Renwang, condenado por assassinato duas vezes pela morte de um funcionário local em um tiroteio na província de Shanxi, em 2008, diz que os desenhos retratam os métodos que a polícia utilizava para forçá-lo a confessar um crime que não cometeu. Em 2010, um tribunal de Shanxi decidiu suspender a pena de morte estabelecida para Liu. Dois anos depois, o caso foi reaberto, e ele foi condenado à prisão perpétua. Apelou e, em 2013, foi considerado inocente. O assassinato do funcionário permanece sem solução. A história de Liu normalmente teria atraído pouca atenção, mas, nesta semana, a publicação on-line estatal "The Paper", com sede em Xangai, trouxe à tona o seu caso e incluiu os desenhos dos supostos abusos da polícia. Liu, 53, disse que tinha os desenhos como parte de um esforço para receber alguma indenização por parte das autoridades locais. "Eu queria que as pessoas soubessem como a polícia poderia usar a tortura nos interrogatórios", afirmou por telefone na segunda-feira (10). Os supostos abusos incluíam derramar líquidos por seu nariz e forçá-lo a permanecer várias horas sem dormir. Ele disse que os policiais que o torturaram eram da Secretaria de Segurança Pública do condado de Zhongyang. Uma mulher que atendeu o telefone na secretaria, na segunda-feira, disse que não sabia do caso e se recusou a fazer comentários. Liu disse ter pedido a vários pintores em Zhongyang para ilustrar sua experiência, mas todos se recusaram, por medo de retaliação da polícia. Finalmente, um pintor da província de Hunan concordou em fazer os desenhos para ele. "Ele demonstrou simpatia em relação à minha experiência e disse que poderia fazê-lo", afirmou Liu. Segundo ele, o pintor fez seis desenhos e cobrou apenas 100 renminbi (cerca de US$ 16). A publicação das imagens chega no momento em que tribunais chineses estão cada vez mais focados em condenações equivocadas –especialmente nos casos de pena de morte– e tentam reduzir erros e evitar a potencial instabilidade social desencadeada pela execução de pessoas inocentes enquanto os verdadeiros culpados permanecem em liberdade. "Nós nos censuramos profundamente por deixar que condenações erradas aconteçam", disse em março Zhou Qiang, chefe de Justiça e presidente da Suprema Corte Popular da China, de acordo com a Xinhua, a agência de notícias estatal. "Tribunais de todos os níveis devem aprender uma séria lição com esses casos." Especialistas em leis dizem que os policiais chineses estão sob forte pressão para resolver crimes passíveis de pena de morte e que podem contribuir para condenações injustas. Confissões forçadas são muitas vezes um elemento desses casos. Liu disse que não sofreu nenhuma pressão da polícia até agora e que não estava com medo de possíveis represálias. "Eu morri dezenas de vezes", disse ao descrever as técnicas que a polícia utilizava com ele e que às vezes o deixaram inconsciente. "Além disso, estou dizendo a verdade. Então não tenho medo." Motorista de caminhão antes de ser preso e responsável pelo sustento da família, Liu disse que a prisão foi um enorme golpe emocional e financeiro para sua família. Ele disse que sua esposa, também presa por um mês quando ele foi levado pela polícia, estava emocionalmente arrasada e sofria de ansiedade prolongada. Seus três filhos, agora com 23, 25 e 27 anos, enfrentaram discriminação durante sua prisão porque as pessoas acreditavam que seu pai era um assassino. Ele disse que ficou desempregado e foi em busca de 6 milhões de renminbi (US$ 1 milhão) de indenização por parte do Tribunal Intermediário de Lüliang, que o condenou. Lüliang é uma localidade com nível de cidade e que engloba Zhongyang. "Depois dos interrogatórios que me fizeram, meu cabelo ficou cinza, minha audição foi danificada e não posso mais mexer corretamente minhas costas", disse. "Minha saúde entrou em colapso. Não posso fazer nada agora."
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PSDB adota linha dura para conter dissidência em campanha de Doria
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DANIELA LIMA DE SÃO PAULO Numa resposta ao movimento de dirigentes e militantes do PSDB paulistano que declararam apoio à candidatura de Marta Suplicy (PMDB), o diretório estadual da sigla decidiu patrocinar uma intervenção, suspendendo e punindo filiados que não defenderem a campanha de João Doria, nome da legenda para disputar a Prefeitura de São Paulo. Reportagem publicada nesta segunda (19) pela Folha mostrou que um grupo, intitulado "peessedebistas autênticos", reuniu tucanos de diretórios da zona sul que decidiram declarar publicamente apoio a Marta. O episódio agravou o clima de racha na legenda e desencadeou nova troca de farpas entre as diversas alas do tucanato paulista. A direção estadual do PSDB decidiu suspender os dois militantes identificados pela reportagem. Um deles, José Galúcio, que era presidente do diretório de Piraporinha, foi destituído do cargo. "Ele está destituído. Nós vamos nomear uma executiva provisória. Fomos tolerantes até demais. Demos uma chance a pessoas que se revelaram uma quinta coluna. Agora é tolerância zero com traidores", disse César Gontijo, vice-presidente do diretório estadual. Gontijo descreveu o movimento dissidente como "muito pontual", mas disse que o gesto da direção estadual deverá soar como um "aviso". Ele também afirmou que seu diretório voltou a solicitar à direção nacional do partido que "tome providências" com relação ao ex-governador de São Paulo Alberto Goldman que vem criticando a candidatura de Doria publicamente. "Respeito o passado do Goldman, mas é muito difícil respeitar o presente. A postura dele é melancólica", afirmou Gontijo. O racha no PSDB em torno da candidatura de Doria se arrasta desde que ele disputou as prévias e derrotou um quadro tradicional da sigla, Andrea Matarazzo. O embate entre os dois foi permeado por acusações. O grupo de Matarazzo afirma que Doria cometeu abuso de poder político e econômico, fez propaganda irregular e comprou votos. O tucano sempre negou irregularidades e desqualificou as queixas do adversário dizendo que Andrea era um "mau perdedor". Matarazzo acabou abandonando as prévias no segundo turno e deixou o PSDB. Ele se filiou ao PSD e, numa articulação que contou com a bênção de tucanos proeminentes, como o ministro José Serra (Relações Exteriores), se tornou vice de Marta Suplicy. Gontijo disse à Folha que todos os militantes do partido que forem identificados trabalhando para outra campanha que não a de Doria serão punidos. "Não faz sentido a candidatura que mais cresce em São Paulo ter que lidar com esse tipo de coisa, de mau perdedor", disse. DESVIO MORAL Procurado, Galúcio confirmou a punição, disse que respeitava o partido, mas que não mudaria de posicionamento pessoal. "A gente tem que lutar pelos nossos ideais", afirmou. "Tenho mais de 20 anos de PSDB, mas se a posição deles é essa, eu respeito. Na política, com certeza eu vou continuar", concluiu. Galúcio disse ainda que não pretende deixar o partido, que só tomará uma decisão após as eleições deste ano e ainda ironizou o diagnóstico de que o movimento seja "pontual". "Só o fato de estarem apequenando a dissidência mostra que ela está incomodando", declarou O ex-governador Alberto Goldman também disse rechaçar a possibilidade de deixar o PSDB. "É um direito deles pedirem providências a meu respeito. E acho que estou no meu direito de tentar salvar o partido do que considero um grande desvio moral", sustentou. Goldman disse que há "testemunhos do que o Gontijo achava de Doria até poucos meses atrás". "Não vou sair do PSDB. Tenho convicção que estou atuando dentro dos princípios éticos e morais da minha sigla", concluiu o tucano.
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poder
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PSDB adota linha dura para conter dissidência em campanha de DoriaDANIELA LIMA DE SÃO PAULO Numa resposta ao movimento de dirigentes e militantes do PSDB paulistano que declararam apoio à candidatura de Marta Suplicy (PMDB), o diretório estadual da sigla decidiu patrocinar uma intervenção, suspendendo e punindo filiados que não defenderem a campanha de João Doria, nome da legenda para disputar a Prefeitura de São Paulo. Reportagem publicada nesta segunda (19) pela Folha mostrou que um grupo, intitulado "peessedebistas autênticos", reuniu tucanos de diretórios da zona sul que decidiram declarar publicamente apoio a Marta. O episódio agravou o clima de racha na legenda e desencadeou nova troca de farpas entre as diversas alas do tucanato paulista. A direção estadual do PSDB decidiu suspender os dois militantes identificados pela reportagem. Um deles, José Galúcio, que era presidente do diretório de Piraporinha, foi destituído do cargo. "Ele está destituído. Nós vamos nomear uma executiva provisória. Fomos tolerantes até demais. Demos uma chance a pessoas que se revelaram uma quinta coluna. Agora é tolerância zero com traidores", disse César Gontijo, vice-presidente do diretório estadual. Gontijo descreveu o movimento dissidente como "muito pontual", mas disse que o gesto da direção estadual deverá soar como um "aviso". Ele também afirmou que seu diretório voltou a solicitar à direção nacional do partido que "tome providências" com relação ao ex-governador de São Paulo Alberto Goldman que vem criticando a candidatura de Doria publicamente. "Respeito o passado do Goldman, mas é muito difícil respeitar o presente. A postura dele é melancólica", afirmou Gontijo. O racha no PSDB em torno da candidatura de Doria se arrasta desde que ele disputou as prévias e derrotou um quadro tradicional da sigla, Andrea Matarazzo. O embate entre os dois foi permeado por acusações. O grupo de Matarazzo afirma que Doria cometeu abuso de poder político e econômico, fez propaganda irregular e comprou votos. O tucano sempre negou irregularidades e desqualificou as queixas do adversário dizendo que Andrea era um "mau perdedor". Matarazzo acabou abandonando as prévias no segundo turno e deixou o PSDB. Ele se filiou ao PSD e, numa articulação que contou com a bênção de tucanos proeminentes, como o ministro José Serra (Relações Exteriores), se tornou vice de Marta Suplicy. Gontijo disse à Folha que todos os militantes do partido que forem identificados trabalhando para outra campanha que não a de Doria serão punidos. "Não faz sentido a candidatura que mais cresce em São Paulo ter que lidar com esse tipo de coisa, de mau perdedor", disse. DESVIO MORAL Procurado, Galúcio confirmou a punição, disse que respeitava o partido, mas que não mudaria de posicionamento pessoal. "A gente tem que lutar pelos nossos ideais", afirmou. "Tenho mais de 20 anos de PSDB, mas se a posição deles é essa, eu respeito. Na política, com certeza eu vou continuar", concluiu. Galúcio disse ainda que não pretende deixar o partido, que só tomará uma decisão após as eleições deste ano e ainda ironizou o diagnóstico de que o movimento seja "pontual". "Só o fato de estarem apequenando a dissidência mostra que ela está incomodando", declarou O ex-governador Alberto Goldman também disse rechaçar a possibilidade de deixar o PSDB. "É um direito deles pedirem providências a meu respeito. E acho que estou no meu direito de tentar salvar o partido do que considero um grande desvio moral", sustentou. Goldman disse que há "testemunhos do que o Gontijo achava de Doria até poucos meses atrás". "Não vou sair do PSDB. Tenho convicção que estou atuando dentro dos princípios éticos e morais da minha sigla", concluiu o tucano.
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Na reta final, cadastro de empregado doméstico causa dúvidas
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A dois dias do fim do prazo para que empregadores se cadastrem no eSocial, a Receita Federal ainda tem dificuldades em sanar dúvidas a respeito do sistema que irá gerar a guia única para recolhimento dos novos benefícios a trabalhadores domésticos. Nesta quinta (29), a Receita não soube detalhar como seria o recolhimento dos tributos pela guia da Caixa, criada como plano B ao eSocial. A nova possibilidade foi anunciada na quarta (28) para que patrões que não conseguissem se cadastrar pelo eSocial pudessem recolher o FGTS sem atraso. DIREITOS DOS DOMÉSTICOS - Veja tributos que serão recolhidos em guia única a partir de novembro A Receita informou que a guia foi criada para casos de indisponibilidade do sistema –por exemplo, uma pane generalizada. Porém, não soube detalhar as diferenças entre o eSocial e a guia. De acordo com a assessoria do órgão, a Caixa deveria informar se há discrepâncias nas datas de vencimento ou algum custo extra aos usuários que optassem por quitar os tributos via guia, em vez do eSocial. O setor de comunicação do banco estatal, entretanto, não respondeu às perguntas enviadas pela Folha. Outra informação não informada por Receita e pela Caixa foi acerca de quais tributos seriam recolhidos pela nova guia. Os órgãos não souberam dizer se os valores recolhidos iriam abraçar também os percentuais para INSS, indenização por perda do trabalho, para acidentes e Imposto de Renda, quando houver. A estimativa é que 1 milhão de patrões se registrem até o fim do prazo, neste sábado. Embora seja o prazo final, não haverá punição ou multa para quem perder a data final de inscrição no sistema. - 1- Como faço a inscrição? Patrões e empregados deverão acessar o site do eSocial (www.esocial.gov.br ). O ideal é que o empregador tenha em mãos a carteira de trabalho do funcionário. Lá, ele vai encontrar o CPF, número do NIS (NIT/PIS/PASEP) e data de nascimento do funcionário como consta na carteira de trabalho, que serão utilizadas no cadastro. Da parte do empregador, é importante ter os recibos do Imposto de Renda de 2014 e 2015 em mãos. Caso o patrão não tenha mais os recibos, deve procurar uma agência da Receita ou consultar o site do órgão. Se o empregador for isento do IR, deverá utilizar o número do título de eleitor para o cadastro. Antes de iniciar o trâmite, a Receita indica conferir se há problemas com a documentação 2- Como devo conferir os dados do empregado? O empregador deve acessar a área 'Consulta Qualificação Profissional', localizada no canto esquerdo do site. Lá, poderá informar os dados do trabalhador sobre o qual tratamos no item acima. No caso de alguma divergência nos dados, o próprio site informará qual o problema. 3- O site informa que estou com problema no CPF. Como devo proceder? Caso o CPF do empregado esteja com problemas (suspenso, nulo ou cancelado), o titular, ou um procurador autorizado, deverá se dirigir ao Banco do Brasil, Caixa ou aos Correios e solicitar a alteração. Não há a necessidade de marcar hora e o processo pode ser feito em qualquer agência 4- Há algum custo? A regularização do documento é feita pelo sistema na mesma hora e custa R$ 7 5- É permitido fazer as alterações em lotéricas? De acordo com a Receita, lotéricas ou agências do Poupatempo não têm acesso ao sistema e, por isso, não podem realizar os ajustes necessários ao CPF 6- O site indica problema na inscrição NIS/PIS. O que devo fazer? O empregado deverá se dirigir a uma agência da Caixa ou INSS portando documento com foto e carteira de trabalho. As alterações realizadas demoram sete dias corridos para serem reconhecidas e são gratuitas Porém, é importante esclarecer as diferenças entre o NIS, NIT, PIS e o PASESP. Segundo a Caixa, o NIS é atribuído ao cidadão que não possua um vínculo empregatício, mas possa vir a ter direito a benefícios sociais. Quando ele passa a ter um vínculo, a inscrição NIS é cadastrada ao PIS, mantendo o mesmo número. O comprovante de NIS não é entregue pela Caixa. No entanto, caso seja de interesse do cidadão, o comprovante poderá ser solicitado em qualquer agência gratuitamente. O PIS é o número do cadastro gerado aos trabalhadores que possuem registro em carteira. Ele também está presente no Cartão Cidadão e pode ser consultado em qualquer agência da Caixa, sem custos ao trabalhador. Já o PASESP é o cadastro para servidores públicos, que pode ser gerado e consultado nas agências do Banco do Brasil gratuitamente. Há também o NIT, o registro dos trabalhadores que contribuem como autônomos, que pode ser consultado em agências da Caixa ou do INSS. Todos eles podem ser utilizados no cadastro.
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Na reta final, cadastro de empregado doméstico causa dúvidasA dois dias do fim do prazo para que empregadores se cadastrem no eSocial, a Receita Federal ainda tem dificuldades em sanar dúvidas a respeito do sistema que irá gerar a guia única para recolhimento dos novos benefícios a trabalhadores domésticos. Nesta quinta (29), a Receita não soube detalhar como seria o recolhimento dos tributos pela guia da Caixa, criada como plano B ao eSocial. A nova possibilidade foi anunciada na quarta (28) para que patrões que não conseguissem se cadastrar pelo eSocial pudessem recolher o FGTS sem atraso. DIREITOS DOS DOMÉSTICOS - Veja tributos que serão recolhidos em guia única a partir de novembro A Receita informou que a guia foi criada para casos de indisponibilidade do sistema –por exemplo, uma pane generalizada. Porém, não soube detalhar as diferenças entre o eSocial e a guia. De acordo com a assessoria do órgão, a Caixa deveria informar se há discrepâncias nas datas de vencimento ou algum custo extra aos usuários que optassem por quitar os tributos via guia, em vez do eSocial. O setor de comunicação do banco estatal, entretanto, não respondeu às perguntas enviadas pela Folha. Outra informação não informada por Receita e pela Caixa foi acerca de quais tributos seriam recolhidos pela nova guia. Os órgãos não souberam dizer se os valores recolhidos iriam abraçar também os percentuais para INSS, indenização por perda do trabalho, para acidentes e Imposto de Renda, quando houver. A estimativa é que 1 milhão de patrões se registrem até o fim do prazo, neste sábado. Embora seja o prazo final, não haverá punição ou multa para quem perder a data final de inscrição no sistema. - 1- Como faço a inscrição? Patrões e empregados deverão acessar o site do eSocial (www.esocial.gov.br ). O ideal é que o empregador tenha em mãos a carteira de trabalho do funcionário. Lá, ele vai encontrar o CPF, número do NIS (NIT/PIS/PASEP) e data de nascimento do funcionário como consta na carteira de trabalho, que serão utilizadas no cadastro. Da parte do empregador, é importante ter os recibos do Imposto de Renda de 2014 e 2015 em mãos. Caso o patrão não tenha mais os recibos, deve procurar uma agência da Receita ou consultar o site do órgão. Se o empregador for isento do IR, deverá utilizar o número do título de eleitor para o cadastro. Antes de iniciar o trâmite, a Receita indica conferir se há problemas com a documentação 2- Como devo conferir os dados do empregado? O empregador deve acessar a área 'Consulta Qualificação Profissional', localizada no canto esquerdo do site. Lá, poderá informar os dados do trabalhador sobre o qual tratamos no item acima. No caso de alguma divergência nos dados, o próprio site informará qual o problema. 3- O site informa que estou com problema no CPF. Como devo proceder? Caso o CPF do empregado esteja com problemas (suspenso, nulo ou cancelado), o titular, ou um procurador autorizado, deverá se dirigir ao Banco do Brasil, Caixa ou aos Correios e solicitar a alteração. Não há a necessidade de marcar hora e o processo pode ser feito em qualquer agência 4- Há algum custo? A regularização do documento é feita pelo sistema na mesma hora e custa R$ 7 5- É permitido fazer as alterações em lotéricas? De acordo com a Receita, lotéricas ou agências do Poupatempo não têm acesso ao sistema e, por isso, não podem realizar os ajustes necessários ao CPF 6- O site indica problema na inscrição NIS/PIS. O que devo fazer? O empregado deverá se dirigir a uma agência da Caixa ou INSS portando documento com foto e carteira de trabalho. As alterações realizadas demoram sete dias corridos para serem reconhecidas e são gratuitas Porém, é importante esclarecer as diferenças entre o NIS, NIT, PIS e o PASESP. Segundo a Caixa, o NIS é atribuído ao cidadão que não possua um vínculo empregatício, mas possa vir a ter direito a benefícios sociais. Quando ele passa a ter um vínculo, a inscrição NIS é cadastrada ao PIS, mantendo o mesmo número. O comprovante de NIS não é entregue pela Caixa. No entanto, caso seja de interesse do cidadão, o comprovante poderá ser solicitado em qualquer agência gratuitamente. O PIS é o número do cadastro gerado aos trabalhadores que possuem registro em carteira. Ele também está presente no Cartão Cidadão e pode ser consultado em qualquer agência da Caixa, sem custos ao trabalhador. Já o PASESP é o cadastro para servidores públicos, que pode ser gerado e consultado nas agências do Banco do Brasil gratuitamente. Há também o NIT, o registro dos trabalhadores que contribuem como autônomos, que pode ser consultado em agências da Caixa ou do INSS. Todos eles podem ser utilizados no cadastro.
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Levy defende mudanças no Carf após Operação Zelotes
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O ministro Joaquim Levy (Fazenda) defendeu nesta terça-feira (31) mudanças no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para dar mais transparência aos processos analisados pelo órgão, que é subordinado à Fazenda. "Estamos num trabalho de fortalecimento, modificação onde é necessário, vamos botar recursos para agilizar isso", disse. O ministro afirmou que o Carf tem gerado dúvidas e que o contribuinte "não sabe o que faz, fica à mercê da própria autuação, muito menos clara." Segundo ele, quanto mais clareza nas regras, organização e agilidade na execução tributária, menor a necessidade de aumentar impostos. "Espero ter tempo para avançar no fortalecimento, agilidade e transparência do Carf. É importante, diminui a necessidade de aumentar impostos", disse Levy, durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. "Velocidade da execução tributaria é importante para dar boa sinalização ao bom contribuinte, que está fazendo a coisa certa, e aquele que não o fez será punido", defendeu. O Carf julga hoje mais de 100 mil processos de grandes contribuintes, que recorreram na esfera administrativa. Juntos, esses processos correspondem a aproximadamente R$ 580 bilhões. O órgão entrou na mira da Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal e da própria Corregedoria da Fazenda com a Operação Zelotes, que investiga esquema de compra de sentenças do Carf. MUDANÇAS Entre as medidas de aprimoramento do Carf, Levy sugeriu um sorteio monitorado de quem vai analisar os processos, "para que não haja risco de encaminhamento de quem vai julgar". Ele defendeu também um processo de veto mais rigoroso e aceleração da organização dos processos, que sejam separados por temas. A Fazenda já havia informado que o Carf iniciou uma reforma em seus processos internos no início deste ano, para dar mais transparência, previsibilidade, celeridade e segurança aos processos.
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mercado
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Levy defende mudanças no Carf após Operação ZelotesO ministro Joaquim Levy (Fazenda) defendeu nesta terça-feira (31) mudanças no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para dar mais transparência aos processos analisados pelo órgão, que é subordinado à Fazenda. "Estamos num trabalho de fortalecimento, modificação onde é necessário, vamos botar recursos para agilizar isso", disse. O ministro afirmou que o Carf tem gerado dúvidas e que o contribuinte "não sabe o que faz, fica à mercê da própria autuação, muito menos clara." Segundo ele, quanto mais clareza nas regras, organização e agilidade na execução tributária, menor a necessidade de aumentar impostos. "Espero ter tempo para avançar no fortalecimento, agilidade e transparência do Carf. É importante, diminui a necessidade de aumentar impostos", disse Levy, durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. "Velocidade da execução tributaria é importante para dar boa sinalização ao bom contribuinte, que está fazendo a coisa certa, e aquele que não o fez será punido", defendeu. O Carf julga hoje mais de 100 mil processos de grandes contribuintes, que recorreram na esfera administrativa. Juntos, esses processos correspondem a aproximadamente R$ 580 bilhões. O órgão entrou na mira da Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal e da própria Corregedoria da Fazenda com a Operação Zelotes, que investiga esquema de compra de sentenças do Carf. MUDANÇAS Entre as medidas de aprimoramento do Carf, Levy sugeriu um sorteio monitorado de quem vai analisar os processos, "para que não haja risco de encaminhamento de quem vai julgar". Ele defendeu também um processo de veto mais rigoroso e aceleração da organização dos processos, que sejam separados por temas. A Fazenda já havia informado que o Carf iniciou uma reforma em seus processos internos no início deste ano, para dar mais transparência, previsibilidade, celeridade e segurança aos processos.
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Chuva forte provoca dois registros de desabamento em São Paulo
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Pelo menos dois desabamentos foram registrados no começo da madrugada neste domingo (5) depois da forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo neste sábado (4). Segundo a Defesa Civil do município, uma laje desabou, por volta da 1h, na Rua Ibiajara, na altura do número 915, em Itaquera, na zona leste. De acordo com os moradores o telhado já estava apresentando "estalos" e o peso de duas caixas d'água pode ter sido decisivo para o desmoronamento. Não havia ninguém no imóvel no momento da queda. Ainda de acordo com a Defesa Civil, em outro ponto da cidade, um muro que cercava um terreno baldio na Rua Francisco Araújo Correa, 55, em Perus, zona norte, também não resistiu e caiu. Em nenhuma das ocorrências houve vítimas. A chuva que atingiu São Paulo no final da tarde se prolongou até a noite deste sábado (4). O CGE (centro de gerenciamento de emergências) colocou a cidade em estado de atenção para alagamentos, nas zonas norte, oeste, sudeste, sul, centro e as duas marginais por duas vezes. CHUVA Uma das regiões mais atingidas foi a zona leste da cidade. Segundo a Prefeitura Regional da Penha, houve o transbordamento dos córregos Franquinho e Tiquatira, colocando o bairro em estado de alerta por pelo menos uma hora. Em Itaquera ocorreu um solapamento na rua Victório Santim, abrindo um rombo no asfalto de cerca de um metro de diâmetro, interrompendo o tráfego de veículos no local. Em Guaianases uma árvore ocupa a calçada da Rua Antônio Tadeu na altura do número 408. O Bairro da Lapa, na zona oeste, também foi bastante prejudicado. Segundo o CGE, diversas ruas ficaram intransitáveis como a Rua Guaicurus com a viela Ema Angelo Murari, interrompendo o acesso ao viaduto Comendador Elias Nagib, próximo ao Mercado da Lapa. Muita gente ficou ilhada em lojas e comércios esperando a água baixar. Também houve registro de alagamentos na Freguesia do Ó, na Zona Norte.
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cotidiano
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Chuva forte provoca dois registros de desabamento em São PauloPelo menos dois desabamentos foram registrados no começo da madrugada neste domingo (5) depois da forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo neste sábado (4). Segundo a Defesa Civil do município, uma laje desabou, por volta da 1h, na Rua Ibiajara, na altura do número 915, em Itaquera, na zona leste. De acordo com os moradores o telhado já estava apresentando "estalos" e o peso de duas caixas d'água pode ter sido decisivo para o desmoronamento. Não havia ninguém no imóvel no momento da queda. Ainda de acordo com a Defesa Civil, em outro ponto da cidade, um muro que cercava um terreno baldio na Rua Francisco Araújo Correa, 55, em Perus, zona norte, também não resistiu e caiu. Em nenhuma das ocorrências houve vítimas. A chuva que atingiu São Paulo no final da tarde se prolongou até a noite deste sábado (4). O CGE (centro de gerenciamento de emergências) colocou a cidade em estado de atenção para alagamentos, nas zonas norte, oeste, sudeste, sul, centro e as duas marginais por duas vezes. CHUVA Uma das regiões mais atingidas foi a zona leste da cidade. Segundo a Prefeitura Regional da Penha, houve o transbordamento dos córregos Franquinho e Tiquatira, colocando o bairro em estado de alerta por pelo menos uma hora. Em Itaquera ocorreu um solapamento na rua Victório Santim, abrindo um rombo no asfalto de cerca de um metro de diâmetro, interrompendo o tráfego de veículos no local. Em Guaianases uma árvore ocupa a calçada da Rua Antônio Tadeu na altura do número 408. O Bairro da Lapa, na zona oeste, também foi bastante prejudicado. Segundo o CGE, diversas ruas ficaram intransitáveis como a Rua Guaicurus com a viela Ema Angelo Murari, interrompendo o acesso ao viaduto Comendador Elias Nagib, próximo ao Mercado da Lapa. Muita gente ficou ilhada em lojas e comércios esperando a água baixar. Também houve registro de alagamentos na Freguesia do Ó, na Zona Norte.
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Veja o 1º trailer de 'Narcos', com Wagner Moura como Pablo Escobar
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A série "Narcos", dirigida por José Padilha e protagonizada por Wagner Moura, ganhou seu primeiro trailer nesta quarta-feira (15). A produção estreia mundialmente na Netflix em 28 de agosto. "Narcos" terá dez episódios sobre os conflitos entre chefões do narcotráfico no final dos anos 1980 pelo controle da cocaína, além dos esforços legais e policiais para suprimir o comércio ilegal de drogas. Wagner Moura viverá Pablo Escobar, o mais poderoso traficante de drogas de que já se teve notícia na história. No elenco, Boyd Holbrook (de "Garota Exemplar") e Pedro Pascal (de "Game of Thrones"), que também interpretam personagens reais: os agentes da DEA, a agência anti-drogas americana, Stephen Murphy e Javier Peña.
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ilustrada
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Veja o 1º trailer de 'Narcos', com Wagner Moura como Pablo EscobarA série "Narcos", dirigida por José Padilha e protagonizada por Wagner Moura, ganhou seu primeiro trailer nesta quarta-feira (15). A produção estreia mundialmente na Netflix em 28 de agosto. "Narcos" terá dez episódios sobre os conflitos entre chefões do narcotráfico no final dos anos 1980 pelo controle da cocaína, além dos esforços legais e policiais para suprimir o comércio ilegal de drogas. Wagner Moura viverá Pablo Escobar, o mais poderoso traficante de drogas de que já se teve notícia na história. No elenco, Boyd Holbrook (de "Garota Exemplar") e Pedro Pascal (de "Game of Thrones"), que também interpretam personagens reais: os agentes da DEA, a agência anti-drogas americana, Stephen Murphy e Javier Peña.
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Crise de hegemonia
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"Há décadas em que nada acontece e há semanas em que décadas acontecem". Essa frase de Lênin ilustra bem a aceleração do tempo político no Brasil. O agravamento da situação econômica e o golpe institucional contra Dilma Rousseff abriram um período de instabilidade, que começa a traduzir-se em crise de hegemonia. Os últimos dias trouxeram acontecimentos inimagináveis há tempos atrás. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), defere o pedido de liminar afastando Renan Calheiros da presidência do Senado. Renan insurge-se, desacata a decisão e permanece no cargo. Comenta-se nos bastidores que foi aconselhado por outro ministro da corte, quiçá Gilmar Mendes, que veio a público sugerir o impeachment do colega Marco Aurélio. Crise entre os poderes e crise interna dos poderes. Não menos expressivo, embora ausente dos noticiários, um dia antes um grupo de soldados da tropa de choque da Polícia Militar carioca abandonou o posto e juntou-se às milhares de pessoas que protestavam contra o pacote grego do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Pacote que atinge, inclusive, os policiais. Não foi a primeira vez, já havia ocorrido algo semelhante nas semanas anteriores. Ao mesmo tempo fortalecem-se as especulações na elite econômica e na mídia de um "golpe dentro do golpe" para substituir Michel Temer por um nome mais limpinho e capaz. Temem, sobretudo, que os potenciais efeitos da delação da Odebrecht ou de uma eventual delação de Cunha tornem o governo incapaz de conduzir a agenda de austeridade e retirada de direitos sociais. Temer precisa mostrar serviço e rápido. O que une esses três episódios é a crise de hegemonia. A briga aberta entre poderes, a deserção de tropas, ainda que residual, e o abandono pelos privilegiados de um governo que lhes pertence são sinais claros de que os de cima estão perdendo a capacidade de comandar. A reação, porém, veio a galope. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) já havia cantado a bola, meses antes, no gravador de Sérgio Machado : "tem que construir um pacto nacional, com o Supremo, com tudo". Falava da Lava Jato, mas o pacto em questão é mais amplo, de sobrevivência do regime e implantação da agenda defendida pelos de cima. Nesta quarta (7) entrou em marcha abertamente o "pacto nacional" previsto por Jucá, envolvendo articulações pouco republicanas entre os três Poderes da República. Temer ajustou com o Supremo a salvação de Renan para manter a agenda, em especial a votação da PEC 55 na próxima semana. Em troca, Renan provavelmente não pautará, até o fim de sua gestão, o projeto de abuso de autoridade, que incomoda parte dos ministros da corte. Para completar, o acordo teve o apoio da oposição que o governo gosta, representada pelo senador petista Jorge Viana, e o silêncio complacente do PT, com honrosas exceções, como a do senador Lindbergh Farias. É verdade que o Supremo sai chamuscado do processo. Na prática acovardou-se ante um senador que ignorou deliberadamente uma decisão judicial. O preço do pacto, neste caso, foi atirar Marco Aurélio aos cães. Para tentar selar a recomposição hegemônica, Temer alterou ainda a draconiana proposta da reforma da Previdência, excluindo os militares. É um escárnio a olho nu, já que se há alguma "distorção" no sistema previdenciário é a dos militares. Sua contribuição é de 7,5% do salário bruto contra 11% dos civis, todos se aposentam pelo salário final e, mesmo representando apenas 30% dos servidores, geram um gasto maior que o dos civis. Mas Temer sabe que precisará deles, nestes tempos, para garantir a "ordem pública". Conseguiram com isso diminuir a temperatura da crise, mas seria ilusão crer que esse pacto encerra o problema. Até porque, ele deixa de fora a maioria do povo brasileiro. Aliás, é um arranjo de salvação das instituições contra a maioria, alicerçado numa agenda de espoliação aos direitos sociais. Os de baixo –excluídos do pacto– estarão cada vez mais na cena, levados às ruas pela falência em série dos Estados, o colapso nos serviços públicos e o aumento do desemprego. A crise de hegemonia do regime político brasileiro está apenas começando.
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Crise de hegemonia"Há décadas em que nada acontece e há semanas em que décadas acontecem". Essa frase de Lênin ilustra bem a aceleração do tempo político no Brasil. O agravamento da situação econômica e o golpe institucional contra Dilma Rousseff abriram um período de instabilidade, que começa a traduzir-se em crise de hegemonia. Os últimos dias trouxeram acontecimentos inimagináveis há tempos atrás. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), defere o pedido de liminar afastando Renan Calheiros da presidência do Senado. Renan insurge-se, desacata a decisão e permanece no cargo. Comenta-se nos bastidores que foi aconselhado por outro ministro da corte, quiçá Gilmar Mendes, que veio a público sugerir o impeachment do colega Marco Aurélio. Crise entre os poderes e crise interna dos poderes. Não menos expressivo, embora ausente dos noticiários, um dia antes um grupo de soldados da tropa de choque da Polícia Militar carioca abandonou o posto e juntou-se às milhares de pessoas que protestavam contra o pacote grego do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Pacote que atinge, inclusive, os policiais. Não foi a primeira vez, já havia ocorrido algo semelhante nas semanas anteriores. Ao mesmo tempo fortalecem-se as especulações na elite econômica e na mídia de um "golpe dentro do golpe" para substituir Michel Temer por um nome mais limpinho e capaz. Temem, sobretudo, que os potenciais efeitos da delação da Odebrecht ou de uma eventual delação de Cunha tornem o governo incapaz de conduzir a agenda de austeridade e retirada de direitos sociais. Temer precisa mostrar serviço e rápido. O que une esses três episódios é a crise de hegemonia. A briga aberta entre poderes, a deserção de tropas, ainda que residual, e o abandono pelos privilegiados de um governo que lhes pertence são sinais claros de que os de cima estão perdendo a capacidade de comandar. A reação, porém, veio a galope. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) já havia cantado a bola, meses antes, no gravador de Sérgio Machado : "tem que construir um pacto nacional, com o Supremo, com tudo". Falava da Lava Jato, mas o pacto em questão é mais amplo, de sobrevivência do regime e implantação da agenda defendida pelos de cima. Nesta quarta (7) entrou em marcha abertamente o "pacto nacional" previsto por Jucá, envolvendo articulações pouco republicanas entre os três Poderes da República. Temer ajustou com o Supremo a salvação de Renan para manter a agenda, em especial a votação da PEC 55 na próxima semana. Em troca, Renan provavelmente não pautará, até o fim de sua gestão, o projeto de abuso de autoridade, que incomoda parte dos ministros da corte. Para completar, o acordo teve o apoio da oposição que o governo gosta, representada pelo senador petista Jorge Viana, e o silêncio complacente do PT, com honrosas exceções, como a do senador Lindbergh Farias. É verdade que o Supremo sai chamuscado do processo. Na prática acovardou-se ante um senador que ignorou deliberadamente uma decisão judicial. O preço do pacto, neste caso, foi atirar Marco Aurélio aos cães. Para tentar selar a recomposição hegemônica, Temer alterou ainda a draconiana proposta da reforma da Previdência, excluindo os militares. É um escárnio a olho nu, já que se há alguma "distorção" no sistema previdenciário é a dos militares. Sua contribuição é de 7,5% do salário bruto contra 11% dos civis, todos se aposentam pelo salário final e, mesmo representando apenas 30% dos servidores, geram um gasto maior que o dos civis. Mas Temer sabe que precisará deles, nestes tempos, para garantir a "ordem pública". Conseguiram com isso diminuir a temperatura da crise, mas seria ilusão crer que esse pacto encerra o problema. Até porque, ele deixa de fora a maioria do povo brasileiro. Aliás, é um arranjo de salvação das instituições contra a maioria, alicerçado numa agenda de espoliação aos direitos sociais. Os de baixo –excluídos do pacto– estarão cada vez mais na cena, levados às ruas pela falência em série dos Estados, o colapso nos serviços públicos e o aumento do desemprego. A crise de hegemonia do regime político brasileiro está apenas começando.
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Com equipe reserva, Internacional vence Brasil de Pelotas pelo Gaúcho
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Preocupado com o jogo contra o Emelec pela Taça Libertadores, na próxima quarta (18), o Internacional entrou em campo neste domingo (15), pela 11ª rodada do Campeonato Gaúcho, contra o Brasil de Pelotas com o time reserva. Mesmo assim, a equipe comandada pelo técnico Diego Aguirre conseguiu a vitória, por 2 a 0, e assumiu a terceira colocação da competição, com 19 pontos. Apesar da vitória, o jogo não foi fácil para o Inter. Além de jogar em casa, o Brasil de Pelotas tinha a segunda melhor campanha no Estadual, e foi para cima da equipe de Porto Alegre em busca da liderança do Campeonato, que foi assumida neste sábado (14) pelo Grêmio. O primeiro gol da partida saiu apenas aos 43 min do primeiro tempo. O meia Valdivia tentou driblar o zagueiro do Brasil de Pelotas dentro da área, mas o jogador foi derrubado e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, o próprio Valdivia converteu para abrir o placar para o Inter. A equipe de Pelotas não conseguiu chegar ao empate e o Inter ampliou o marcador no final da partida. Aos 48 min, Taiberson fez o segundo gol e deu números finais a partida. Na próxima rodada do Gaúcho, o Internacional enfrenta o Veranópolis, no domingo (22). Já o Brasil de Pelotas vai à Caxias do Sul, na sexta (20) para encarar o Juventude.
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esporte
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Com equipe reserva, Internacional vence Brasil de Pelotas pelo GaúchoPreocupado com o jogo contra o Emelec pela Taça Libertadores, na próxima quarta (18), o Internacional entrou em campo neste domingo (15), pela 11ª rodada do Campeonato Gaúcho, contra o Brasil de Pelotas com o time reserva. Mesmo assim, a equipe comandada pelo técnico Diego Aguirre conseguiu a vitória, por 2 a 0, e assumiu a terceira colocação da competição, com 19 pontos. Apesar da vitória, o jogo não foi fácil para o Inter. Além de jogar em casa, o Brasil de Pelotas tinha a segunda melhor campanha no Estadual, e foi para cima da equipe de Porto Alegre em busca da liderança do Campeonato, que foi assumida neste sábado (14) pelo Grêmio. O primeiro gol da partida saiu apenas aos 43 min do primeiro tempo. O meia Valdivia tentou driblar o zagueiro do Brasil de Pelotas dentro da área, mas o jogador foi derrubado e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, o próprio Valdivia converteu para abrir o placar para o Inter. A equipe de Pelotas não conseguiu chegar ao empate e o Inter ampliou o marcador no final da partida. Aos 48 min, Taiberson fez o segundo gol e deu números finais a partida. Na próxima rodada do Gaúcho, o Internacional enfrenta o Veranópolis, no domingo (22). Já o Brasil de Pelotas vai à Caxias do Sul, na sexta (20) para encarar o Juventude.
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Chuva de meteoros terá melhor observação em oito anos
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Observadores do espaço apostam em um belo espetáculo quando uma das mais famosas chuvas anuais de meteoros atingir seu ápice nesta quarta-feira (12). Pela primeira vez desde 2007, a chuva das Perseidas irá coincidir com a ausência de luar –o que favorece as condições de observação. A expectativa é uma taxa de 100 meteoros por hora no pico da chuva. As Perseidas são pedaços do cometa Swift-Tuttle; todo ano, em agosto, a Terra cruza a órbita do cometa e a nuvem de detritos deixada pelo astro. Essas partículas de gelo e poeira (que vão do tamanho de um grão de areia ao de uma ervilha) entram na nossa atmosfera a cerca de 60 km por segundo. Nesse caminho, elas esquentam o ar ao redor, causando o feixe de luz característico que pode ser visto da superfície. Desde o solo, os meteoros parecem partir de um único ponto, chamado radiante. No caso das Perseidas, esse ponto fica na constelação de Perseu, daí o nome. A chuva de meteoros pode ser vista todo ano de 17 de julho a 24 de agosto, aproximadamente. As melhores oportunidades de visualização ocorrem no hemisfério Norte, mas as estrelas cadentes também podem ser vistas no hemisfério Sul –no Brasil, as regiões mais ao norte possuem melhores condições de observação. Para a maioria das pessoas, a visualização a olho nu é a melhor opção. Observadores de meteoros aconselham buscar um local escuro, longe de luzes artificiais, e uma vista desobstruída do céu. Aconselha-se ainda o uso de cadeiras reclináveis e cobertores para observar o céu em conforto.
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bbc
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Chuva de meteoros terá melhor observação em oito anosObservadores do espaço apostam em um belo espetáculo quando uma das mais famosas chuvas anuais de meteoros atingir seu ápice nesta quarta-feira (12). Pela primeira vez desde 2007, a chuva das Perseidas irá coincidir com a ausência de luar –o que favorece as condições de observação. A expectativa é uma taxa de 100 meteoros por hora no pico da chuva. As Perseidas são pedaços do cometa Swift-Tuttle; todo ano, em agosto, a Terra cruza a órbita do cometa e a nuvem de detritos deixada pelo astro. Essas partículas de gelo e poeira (que vão do tamanho de um grão de areia ao de uma ervilha) entram na nossa atmosfera a cerca de 60 km por segundo. Nesse caminho, elas esquentam o ar ao redor, causando o feixe de luz característico que pode ser visto da superfície. Desde o solo, os meteoros parecem partir de um único ponto, chamado radiante. No caso das Perseidas, esse ponto fica na constelação de Perseu, daí o nome. A chuva de meteoros pode ser vista todo ano de 17 de julho a 24 de agosto, aproximadamente. As melhores oportunidades de visualização ocorrem no hemisfério Norte, mas as estrelas cadentes também podem ser vistas no hemisfério Sul –no Brasil, as regiões mais ao norte possuem melhores condições de observação. Para a maioria das pessoas, a visualização a olho nu é a melhor opção. Observadores de meteoros aconselham buscar um local escuro, longe de luzes artificiais, e uma vista desobstruída do céu. Aconselha-se ainda o uso de cadeiras reclináveis e cobertores para observar o céu em conforto.
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Ex-ministros que deixaram cargos votam contra impeachment
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O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) deixou o cargo de ministro da Saúde para votar contra o impeachment no Congresso. "Hoje não é uma eleição indireta é um processo de impeachment de um presidente da República em um pais presidencialista. Isso pressupõe um crime de responsabilidade. A Dilma não matou, não roubou, não tem contas no exterior e não cometeu nenhum crime. O processo é artificial, falso e por isso eu voto contra", afirmou Castro. Mais cedo, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), que deixou o cargo de ministro de Ciências e Tecnologia também se posicionou contra o afastamento de Dilma. O PMDB, partido dos ex-ministros, orientou sua bancada a votar pelo impeachment da presidente, mas deixou seus deputados livres para votarem como bem entendessem. A VOTAÇÃO A Câmara dos Deputados vota, neste momento, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se ao menos 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, votarem a favor, o processo seguirá seu rito.
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poder
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Ex-ministros que deixaram cargos votam contra impeachmentO deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) deixou o cargo de ministro da Saúde para votar contra o impeachment no Congresso. "Hoje não é uma eleição indireta é um processo de impeachment de um presidente da República em um pais presidencialista. Isso pressupõe um crime de responsabilidade. A Dilma não matou, não roubou, não tem contas no exterior e não cometeu nenhum crime. O processo é artificial, falso e por isso eu voto contra", afirmou Castro. Mais cedo, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), que deixou o cargo de ministro de Ciências e Tecnologia também se posicionou contra o afastamento de Dilma. O PMDB, partido dos ex-ministros, orientou sua bancada a votar pelo impeachment da presidente, mas deixou seus deputados livres para votarem como bem entendessem. A VOTAÇÃO A Câmara dos Deputados vota, neste momento, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se ao menos 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, votarem a favor, o processo seguirá seu rito.
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Frustrados, refugiados decidem ir a pé da Hungria até a Áustria
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Centenas de migrantes decidiram ir a pé da Hungria até a fronteira com a Áustria nesta sexta (4) após uma série de confrontos com a polícia nos últimos dias. Em resposta, o governo húngaro anunciou às 22h (horário local) que proverá ônibus para o trajeto. Uma marcha com mais de mil pessoas saiu da capital, Budapeste, na manhã de sexta com o objetivo de vencer a pé a distância de 170 quilômetros até o país vizinho, considerado porta de entrada para países mais ricos da Europa, como a Alemanha. Na cidade de Biscke, a 135 km da divisa, ao menos 200 pessoas furaram um cerco policial, invadiram a linha férrea e começaram a caminhar nos trilhos em direção a Viena. Eles faziam parte de um grupo que chegou à cidade na quinta (3) e que se recusava a sair de um trem para ir a um acampamento na região. Os migrantes dizem ter sido enganados pelas autoridades húngaras. Segundo os refugiados, eles foram informados em Budapeste de que o trem os levaria até a fronteira com a Áustria, não a Biscke. Antes disso, por dois dias, a polícia havia impedido os migrantes de entrarem na estação ferroviária de Keleti, o principal terminal internacional húngaro de trens. Dessa maneira, não está claro se os refugiados aceitarão embarcar nos ônibus prometidos na noite dessa sexta pelo governo húngaro, que teoricamente os levariam para a fronteira austríaca. Muitos dos migrantes que chegaram à Hungria são refugiados da Síria, que enfrenta uma intensa guerra civil desde 2011, em decorrência da Primavera Árabe. Hungria - Áustria O governo de Budapeste –liderado por um premiê alinhado à direita, Viktor Orban– argumenta que as restrições impostas aos refugiados em seu território são necessárias para implementar as regras da União Europeia, que estipulam que os migrantes devem se registrar e pedir asilo no primeiro país do bloco ao qual chegarem. No entanto, os refugiados evitam fazer o procedimento na Hungria, visto como economicamente mais frágil e mais propenso a negar o asilo e deportá-los. "Hoje falamos de dezenas de milhares [de migrantes], mas amanhã estaremos falando de milhões, e isso não terá fim", disse Orban em entrevista a uma rádio nesta sexta. "De repente, seremos minoria no nosso próprio continente." "Temos que deixar claro que não podemos deixar todos entrarem, pois, se deixarmos, a Europa estará acabada. Se você é rico e atraente para os outros, você também precisa ser forte. Se não for, eles tomarão tudo pelo qual você trabalhou, e você também ficará pobre", afirmou Orban. CRISE NO BLOCO A crise provocada pela vinda de milhares de refugiados de países em conflito para a União Europeia vem fragilizando a unidade do bloco. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que é preciso que os países parem "de apontar os dedos para seus vizinhos". "Culpar uns aos outros não nos fará controlar o problema", disse. Mais de 340 mil migrantes chegaram à Europa desde o início do ano. Cerca de 160 mil deles entraram pela Hungria, que culpa a Alemanha de encorajar sírios a pedirem asilo. A tragédia dos refugiados que tentam chegar ao continente ganhou atenção internacional nos últimos dias, após ser escancarada pela comovente foto do corpo de uma criança síria encontrada morta em uma praia da Turquia. O menino, identificado como Aylan Kurdi, estava em uma embarcação que tentava fazer a travessia da Turquia até a cidade grega de Kos.
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mundo
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Frustrados, refugiados decidem ir a pé da Hungria até a ÁustriaCentenas de migrantes decidiram ir a pé da Hungria até a fronteira com a Áustria nesta sexta (4) após uma série de confrontos com a polícia nos últimos dias. Em resposta, o governo húngaro anunciou às 22h (horário local) que proverá ônibus para o trajeto. Uma marcha com mais de mil pessoas saiu da capital, Budapeste, na manhã de sexta com o objetivo de vencer a pé a distância de 170 quilômetros até o país vizinho, considerado porta de entrada para países mais ricos da Europa, como a Alemanha. Na cidade de Biscke, a 135 km da divisa, ao menos 200 pessoas furaram um cerco policial, invadiram a linha férrea e começaram a caminhar nos trilhos em direção a Viena. Eles faziam parte de um grupo que chegou à cidade na quinta (3) e que se recusava a sair de um trem para ir a um acampamento na região. Os migrantes dizem ter sido enganados pelas autoridades húngaras. Segundo os refugiados, eles foram informados em Budapeste de que o trem os levaria até a fronteira com a Áustria, não a Biscke. Antes disso, por dois dias, a polícia havia impedido os migrantes de entrarem na estação ferroviária de Keleti, o principal terminal internacional húngaro de trens. Dessa maneira, não está claro se os refugiados aceitarão embarcar nos ônibus prometidos na noite dessa sexta pelo governo húngaro, que teoricamente os levariam para a fronteira austríaca. Muitos dos migrantes que chegaram à Hungria são refugiados da Síria, que enfrenta uma intensa guerra civil desde 2011, em decorrência da Primavera Árabe. Hungria - Áustria O governo de Budapeste –liderado por um premiê alinhado à direita, Viktor Orban– argumenta que as restrições impostas aos refugiados em seu território são necessárias para implementar as regras da União Europeia, que estipulam que os migrantes devem se registrar e pedir asilo no primeiro país do bloco ao qual chegarem. No entanto, os refugiados evitam fazer o procedimento na Hungria, visto como economicamente mais frágil e mais propenso a negar o asilo e deportá-los. "Hoje falamos de dezenas de milhares [de migrantes], mas amanhã estaremos falando de milhões, e isso não terá fim", disse Orban em entrevista a uma rádio nesta sexta. "De repente, seremos minoria no nosso próprio continente." "Temos que deixar claro que não podemos deixar todos entrarem, pois, se deixarmos, a Europa estará acabada. Se você é rico e atraente para os outros, você também precisa ser forte. Se não for, eles tomarão tudo pelo qual você trabalhou, e você também ficará pobre", afirmou Orban. CRISE NO BLOCO A crise provocada pela vinda de milhares de refugiados de países em conflito para a União Europeia vem fragilizando a unidade do bloco. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que é preciso que os países parem "de apontar os dedos para seus vizinhos". "Culpar uns aos outros não nos fará controlar o problema", disse. Mais de 340 mil migrantes chegaram à Europa desde o início do ano. Cerca de 160 mil deles entraram pela Hungria, que culpa a Alemanha de encorajar sírios a pedirem asilo. A tragédia dos refugiados que tentam chegar ao continente ganhou atenção internacional nos últimos dias, após ser escancarada pela comovente foto do corpo de uma criança síria encontrada morta em uma praia da Turquia. O menino, identificado como Aylan Kurdi, estava em uma embarcação que tentava fazer a travessia da Turquia até a cidade grega de Kos.
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Polêmica sobre a mandioca chega ao Congresso
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Alçada momentaneamente a rainha da horta por Dilma Rousseff, a mandioca levou deputados de oposição e governo a quase trocar sopapos durante a madrugada e, até esta quinta-feira (25), ainda era foco de uma incógnita na Câmara. A área técnica da Casa analisava se mantinha ou se retirava dos anais o registro do bate-boca ocorrido nos primeiros minutos desta quinta. A polêmica começou quando, durante a votação do projeto que revê a desoneração da folha de pagamentos, a oposição resolveu abordar a confusa homenagem feita por Dilma à planta de raiz protuberante e comestível. Na terça-feira (23), a presidente saudou a mandioca, "uma das maiores conquistas do Brasil". Na votação da Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT) foi aos microfones já na madrugada dizer que a revisão da desoneração da folha de pagamento das empresas era um atentado contra a população. E emendou: "A mandioca é o que ela está colocando nos brasileiros com esse projeto de lei". O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), rebateu de pronto afirmando que Dilma fora desrespeitada e pediu ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que retirasse a expressão chula dos anais da Casa. Até a publicação desta matéria, não havia decisão.
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Polêmica sobre a mandioca chega ao CongressoAlçada momentaneamente a rainha da horta por Dilma Rousseff, a mandioca levou deputados de oposição e governo a quase trocar sopapos durante a madrugada e, até esta quinta-feira (25), ainda era foco de uma incógnita na Câmara. A área técnica da Casa analisava se mantinha ou se retirava dos anais o registro do bate-boca ocorrido nos primeiros minutos desta quinta. A polêmica começou quando, durante a votação do projeto que revê a desoneração da folha de pagamentos, a oposição resolveu abordar a confusa homenagem feita por Dilma à planta de raiz protuberante e comestível. Na terça-feira (23), a presidente saudou a mandioca, "uma das maiores conquistas do Brasil". Na votação da Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT) foi aos microfones já na madrugada dizer que a revisão da desoneração da folha de pagamento das empresas era um atentado contra a população. E emendou: "A mandioca é o que ela está colocando nos brasileiros com esse projeto de lei". O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), rebateu de pronto afirmando que Dilma fora desrespeitada e pediu ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que retirasse a expressão chula dos anais da Casa. Até a publicação desta matéria, não havia decisão.
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Quarta tem mais chuva e Maria Alice Vergueiro encenando o próprio velório
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A remoção de uma passarela afetará 29 linhas que circulam pela av. das Nações Unidas, sentido Castelo Branco, pela marginal Pinheiros. Elas terão os cursos desviados a partir das 23h de terça-feira (1), até as 4h de quarta (2). Veja as mudanças aqui. * TEMPO São Paulo continua mais fria nesta quarta (2). A máxima deve atingir 23ºC e a mínima, 17ºC, segundo o Inmet. A previsão é de tempo encoberto com pancadas de chuva e trovoadas a qualquer hora. * VOCÊ DEVERIA SABER Pelo menos 15% dos medicamentos utilizados para a defesa da saúde animal no Brasil são piratas. Os efeitos dessa pirataria são o de trazer problemas de saúde tanto para os humanos como para os animais. A Receita Federal começou a receber nesta terça-feira (1º) as declarações do Imposto de Renda deste ano, referentes aos ganhos de 2015. O prazo final de entrega é 29 de abril. A Receita Federal espera receber 28,5 milhões de declarações. No ano passado, foram 27,9 milhões. Tem dúvidas? A Folha esclarece. Também nesta terça (1º), a corrida presidencial americana chega a um momento decisivo, quando 13 Estados terão prévias dos partidos para a escolha dos candidatos à eleição de novembro. A expectativa é que Hillary Clinton se firme como candidata pelo Partido Democrata. Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook na América Latina foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (1º), em São Paulo. O WhatsApp classificou como "extrema" a decisão do juiz Marcel Maia Montalvão, que mandou prendê-lo em razão de a companhia não liberar dados para investigações sobre tráfico de drogas no Brasil. * AGENDA CULTURAL Teatro | Maria Alice Vergueiro versa sobre um ensaio para um velório em "Why the Horse". A apresentação nesta quarta (2), às 21h, no teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro, é gratuita Teatro Paulo Eiró - av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, região sul, tel. 5546-0449. Qua. (2) e qui. (3): 21h. * Exposições | O fotógrafo Bob Sousa inaugura a exposição "Retratos do Teatro" nesta quarta-feira (2/3), às 19h, no Espaço Cult. Quem passar por lá vai poder ver 50 imagens clicadas em espetáculos teatrais que passaram pela capital paulista na última década. Espaço Cult - r. Aspicuelta, 99, Alto de Pinheiros, tel. 3032-2800. Estreia: 2/3. Até 2/5. Seg. a sex.: 11h às 20h. Grátis.
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saopaulo
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Quarta tem mais chuva e Maria Alice Vergueiro encenando o próprio velórioA remoção de uma passarela afetará 29 linhas que circulam pela av. das Nações Unidas, sentido Castelo Branco, pela marginal Pinheiros. Elas terão os cursos desviados a partir das 23h de terça-feira (1), até as 4h de quarta (2). Veja as mudanças aqui. * TEMPO São Paulo continua mais fria nesta quarta (2). A máxima deve atingir 23ºC e a mínima, 17ºC, segundo o Inmet. A previsão é de tempo encoberto com pancadas de chuva e trovoadas a qualquer hora. * VOCÊ DEVERIA SABER Pelo menos 15% dos medicamentos utilizados para a defesa da saúde animal no Brasil são piratas. Os efeitos dessa pirataria são o de trazer problemas de saúde tanto para os humanos como para os animais. A Receita Federal começou a receber nesta terça-feira (1º) as declarações do Imposto de Renda deste ano, referentes aos ganhos de 2015. O prazo final de entrega é 29 de abril. A Receita Federal espera receber 28,5 milhões de declarações. No ano passado, foram 27,9 milhões. Tem dúvidas? A Folha esclarece. Também nesta terça (1º), a corrida presidencial americana chega a um momento decisivo, quando 13 Estados terão prévias dos partidos para a escolha dos candidatos à eleição de novembro. A expectativa é que Hillary Clinton se firme como candidata pelo Partido Democrata. Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook na América Latina foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (1º), em São Paulo. O WhatsApp classificou como "extrema" a decisão do juiz Marcel Maia Montalvão, que mandou prendê-lo em razão de a companhia não liberar dados para investigações sobre tráfico de drogas no Brasil. * AGENDA CULTURAL Teatro | Maria Alice Vergueiro versa sobre um ensaio para um velório em "Why the Horse". A apresentação nesta quarta (2), às 21h, no teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro, é gratuita Teatro Paulo Eiró - av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, região sul, tel. 5546-0449. Qua. (2) e qui. (3): 21h. * Exposições | O fotógrafo Bob Sousa inaugura a exposição "Retratos do Teatro" nesta quarta-feira (2/3), às 19h, no Espaço Cult. Quem passar por lá vai poder ver 50 imagens clicadas em espetáculos teatrais que passaram pela capital paulista na última década. Espaço Cult - r. Aspicuelta, 99, Alto de Pinheiros, tel. 3032-2800. Estreia: 2/3. Até 2/5. Seg. a sex.: 11h às 20h. Grátis.
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Lula ataca delatores da Lava Jato e diz que imprensa dá crédito a criminosos
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Um dia após o doleiro Alberto Youssef reafirmar que o Planalto sabia dos desvios na Petrobras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou do tratamento dado pela imprensa ao delator. O petista divulgou nota nas redes sociais nesta terça (12) afirmando ser "inaceitável" que o país se transforme em "refém de um criminoso notório e reincidente". Lula diz lamentar que "parte da imprensa venha tratando bandidos como heróis", quando "se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro". Em depoimento à CPI da Petrobras na segunda (11), Youssef citou os ex-ministros petistas Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Em nota, Ideli "nega as acusações, exige que sejam apresentadas provas e afirma que está à disposição" das investigações". Também citada, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que "jamais teve qualquer contato" com Youssef. Procurados, os ex-ministros Paulo Bernardo e Gilberto Carvalho não se manifestaram. REGULAÇÃO DA MÍDIA Também nesta terça, em evento com jovens metalúrgicos do ABC, o ex-presidente defendeu a regulação da mídia –segundo ele, "uma das coisas que precisamos fazer". "Regulação dos meios de comunicação é necessário. Tem nove famílias que dominam a mídia no Brasil. Não queremos um meio de comunicação chapa branca, que fale bem da gente. Mas um meio que informe." COLABOROU BELA MEGALE
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Lula ataca delatores da Lava Jato e diz que imprensa dá crédito a criminososUm dia após o doleiro Alberto Youssef reafirmar que o Planalto sabia dos desvios na Petrobras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou do tratamento dado pela imprensa ao delator. O petista divulgou nota nas redes sociais nesta terça (12) afirmando ser "inaceitável" que o país se transforme em "refém de um criminoso notório e reincidente". Lula diz lamentar que "parte da imprensa venha tratando bandidos como heróis", quando "se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro". Em depoimento à CPI da Petrobras na segunda (11), Youssef citou os ex-ministros petistas Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Em nota, Ideli "nega as acusações, exige que sejam apresentadas provas e afirma que está à disposição" das investigações". Também citada, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que "jamais teve qualquer contato" com Youssef. Procurados, os ex-ministros Paulo Bernardo e Gilberto Carvalho não se manifestaram. REGULAÇÃO DA MÍDIA Também nesta terça, em evento com jovens metalúrgicos do ABC, o ex-presidente defendeu a regulação da mídia –segundo ele, "uma das coisas que precisamos fazer". "Regulação dos meios de comunicação é necessário. Tem nove famílias que dominam a mídia no Brasil. Não queremos um meio de comunicação chapa branca, que fale bem da gente. Mas um meio que informe." COLABOROU BELA MEGALE
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Gol tem 2º lucro consecutivo com câmbio e resultado operacional melhor
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A companhia aérea Gol teve um segundo trimestre consecutivo de resultado positivo, com um desempenho apoiado por efeitos contábeis gerados pela valorização do real contra o dólar e plano de reestruturação que reduziu o tamanho da frota da empresa. A Gol teve lucro líquido de R$ 309,5 no segundo trimestre, revertendo resultado negativo de R$ 355 milhões apurado no mesmo período de 2015. No primeiro trimestre, mais movimentado para o setor aéreo que o segundo, a Gol já havia divulgado resultado positivo de R$ 757 milhões impulsionado por câmbio e devolução de aeronaves. Segundo a companhia, a valorização do real frente ao dólar gerou um ganho contábil de R$ 778,8 milhões de abril a junho. Além disso, o yield, um indicador que mede o preço das passagens aéreas, teve alta de 9,2% no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado, a 22,12 centavos de real. Com isso, a receita líquida por passageiro teve avanço de cerca de 7%, a 16,64 centavos de real. O período ainda foi marcado por queda nos preços do combustível, cujo preço por litro recuou 17,3%, o que ajudou a fazer a despesa com esse item ter queda de 28% no segundo trimestre sobre um ano antes, a 591,7 milhões de reais. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) ajustado foi de R$ 247 milhões, ante R$ 80,5 milhões nos três meses encerrados em junho do ano passado. O resultado operacional negativo (Ebit) caiu, passando de R$ 251 milhões no segundo trimestre de 2015 para R$ 171 milhões nos três meses encerrados em junho deste ano. A Gol também informou que prevê margem operacional de 4% a 6% neste ano ante 5,5% no primeiro semestre. A empresa manteve a previsão de queda de 5% a 8% na oferta total e de recuo de 15% a 18% nas decolagens em 2016. O plano de frota prevê que a empresa vai encerrar 2016 com frota de 122 aeronaves ante 139 ao final do primeiro semestre. A empresa fechou o trimestre com dívida líquida ajustada de R$ 14,3 bilhões, crescimento de 31% sobre um ano antes. A relação de alavancagem medida pela dívida líquida ajustada sobre o Ebitda passou de 7,3 para 7,6 vezes.
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Gol tem 2º lucro consecutivo com câmbio e resultado operacional melhorA companhia aérea Gol teve um segundo trimestre consecutivo de resultado positivo, com um desempenho apoiado por efeitos contábeis gerados pela valorização do real contra o dólar e plano de reestruturação que reduziu o tamanho da frota da empresa. A Gol teve lucro líquido de R$ 309,5 no segundo trimestre, revertendo resultado negativo de R$ 355 milhões apurado no mesmo período de 2015. No primeiro trimestre, mais movimentado para o setor aéreo que o segundo, a Gol já havia divulgado resultado positivo de R$ 757 milhões impulsionado por câmbio e devolução de aeronaves. Segundo a companhia, a valorização do real frente ao dólar gerou um ganho contábil de R$ 778,8 milhões de abril a junho. Além disso, o yield, um indicador que mede o preço das passagens aéreas, teve alta de 9,2% no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado, a 22,12 centavos de real. Com isso, a receita líquida por passageiro teve avanço de cerca de 7%, a 16,64 centavos de real. O período ainda foi marcado por queda nos preços do combustível, cujo preço por litro recuou 17,3%, o que ajudou a fazer a despesa com esse item ter queda de 28% no segundo trimestre sobre um ano antes, a 591,7 milhões de reais. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) ajustado foi de R$ 247 milhões, ante R$ 80,5 milhões nos três meses encerrados em junho do ano passado. O resultado operacional negativo (Ebit) caiu, passando de R$ 251 milhões no segundo trimestre de 2015 para R$ 171 milhões nos três meses encerrados em junho deste ano. A Gol também informou que prevê margem operacional de 4% a 6% neste ano ante 5,5% no primeiro semestre. A empresa manteve a previsão de queda de 5% a 8% na oferta total e de recuo de 15% a 18% nas decolagens em 2016. O plano de frota prevê que a empresa vai encerrar 2016 com frota de 122 aeronaves ante 139 ao final do primeiro semestre. A empresa fechou o trimestre com dívida líquida ajustada de R$ 14,3 bilhões, crescimento de 31% sobre um ano antes. A relação de alavancagem medida pela dívida líquida ajustada sobre o Ebitda passou de 7,3 para 7,6 vezes.
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Globo faz jornalismo, não campanha contra ou a favor
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Após a leitura de "Globo derruba JN, mas perde queda de braço com Temer" (Poder, 4/8), chego à conclusão de que o colunista Nelson de Sá não respeita o jornalismo que o próprio jornal em que trabalha pratica: a Folha de S.Paulo. Desde que a crise provocada pela delação da JBS eclodiu em 17 de maio, a Folha tem publicado tudo sobre as acusações contra Temer, num tom bastante crítico. Publicou três editoriais, um pedindo a renúncia, outro aconselhando deputados a votar a favor da autorização para que o Supremo julgue a denúncia contra o presidente e um terceiro lamentando a decisão da Câmara. No dia seguinte à votação, a manchete do jornal era: "Temer usa máquina, demonstra força e barra denúncia na Câmara". Em página interna, o título era ainda mais forte: "Balcão de negócios com recurso público garante vitória governista". Os colunistas políticos também não mediram palavras. Um deles batizou sua coluna assim: "A vitória da mala". A Globo jamais usou em seus telejornais manchetes tão duras, mas também cobriu a crise política iniciada com as acusações contra o presidente Temer, sem nada esconder, com isenção, como fez com as denúncias que envolveram os ex-presidentes Lula e Dilma. Uma prova de que não protege ninguém. Nelson de Sá preferiu ignorar tudo isso e dizer que desde o dia 17 de maio a Globo e a Globo News "atiram sem intervalo contra Temer", esquecendo-se do que a própria Folha faz. Na versão on-line do artigo, diz que a GloboNews entrevistou Fernando Henrique Cardoso quando este pediu a saída de Temer, mas omite que a Folha publicou artigo dele antes, em 26 de junho, pedindo o mesmo (a entrevista na GloboNews foi no dia 11 de julho). O colunista cita um almoço rotineiro do diretor institucional do Grupo Globo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, insinuando uma conspiração inexistente, mas novamente omite que Maia sempre jurou lealdade a Temer e provou isso na votação e nos dias que a antecederam. Que conspiração? Destaca, vergonhosamente, que o deputado Sérgio Zveiter, o relator da CCJ na Câmara, cujo parecer foi contrário a Temer, advogou, anos atrás, para a Globo, como se isso, de algum modo, pudesse ser prova de que a Globo influenciou em sua nomeação. E por fim pergunta se, vitorioso, Temer reduzirá investimentos publicitários do governo na Globo, como se isso pudesse ter algum algum impacto no compromisso da emissora com a notícia. A Globo tem orgulho de seus incontáveis anunciantes, porque são eles que garantem a sua independência: dependendo de muitos não depende de nenhum. Muito menos de governos, a quem nada deve, em nenhuma circunstância. E quando o interesse público impõe, a Globo não hesita em cancelar a sua grade de programação, e os seus espaços comerciais, para bem informar os seus espectadores: foi assim no impeachment de Collor e de Dilma, foi assim na votação da denúncia de Temer, com excelente resposta da audiência, interessada no futuro do Brasil. Se a Globo foi a única a ter essa atitude, trata-se de um mérito, não de um defeito: o interesse do país em primeiro lugar. A Globo faz jornalismo, não faz campanha, nem contra nem a favor. Em respeito ao público. Por tudo isso, essa coluna de Nelson de Sá, sem base na realidade, destoa do bom jornalismo praticado pela Folha.
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poder
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Globo faz jornalismo, não campanha contra ou a favorApós a leitura de "Globo derruba JN, mas perde queda de braço com Temer" (Poder, 4/8), chego à conclusão de que o colunista Nelson de Sá não respeita o jornalismo que o próprio jornal em que trabalha pratica: a Folha de S.Paulo. Desde que a crise provocada pela delação da JBS eclodiu em 17 de maio, a Folha tem publicado tudo sobre as acusações contra Temer, num tom bastante crítico. Publicou três editoriais, um pedindo a renúncia, outro aconselhando deputados a votar a favor da autorização para que o Supremo julgue a denúncia contra o presidente e um terceiro lamentando a decisão da Câmara. No dia seguinte à votação, a manchete do jornal era: "Temer usa máquina, demonstra força e barra denúncia na Câmara". Em página interna, o título era ainda mais forte: "Balcão de negócios com recurso público garante vitória governista". Os colunistas políticos também não mediram palavras. Um deles batizou sua coluna assim: "A vitória da mala". A Globo jamais usou em seus telejornais manchetes tão duras, mas também cobriu a crise política iniciada com as acusações contra o presidente Temer, sem nada esconder, com isenção, como fez com as denúncias que envolveram os ex-presidentes Lula e Dilma. Uma prova de que não protege ninguém. Nelson de Sá preferiu ignorar tudo isso e dizer que desde o dia 17 de maio a Globo e a Globo News "atiram sem intervalo contra Temer", esquecendo-se do que a própria Folha faz. Na versão on-line do artigo, diz que a GloboNews entrevistou Fernando Henrique Cardoso quando este pediu a saída de Temer, mas omite que a Folha publicou artigo dele antes, em 26 de junho, pedindo o mesmo (a entrevista na GloboNews foi no dia 11 de julho). O colunista cita um almoço rotineiro do diretor institucional do Grupo Globo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, insinuando uma conspiração inexistente, mas novamente omite que Maia sempre jurou lealdade a Temer e provou isso na votação e nos dias que a antecederam. Que conspiração? Destaca, vergonhosamente, que o deputado Sérgio Zveiter, o relator da CCJ na Câmara, cujo parecer foi contrário a Temer, advogou, anos atrás, para a Globo, como se isso, de algum modo, pudesse ser prova de que a Globo influenciou em sua nomeação. E por fim pergunta se, vitorioso, Temer reduzirá investimentos publicitários do governo na Globo, como se isso pudesse ter algum algum impacto no compromisso da emissora com a notícia. A Globo tem orgulho de seus incontáveis anunciantes, porque são eles que garantem a sua independência: dependendo de muitos não depende de nenhum. Muito menos de governos, a quem nada deve, em nenhuma circunstância. E quando o interesse público impõe, a Globo não hesita em cancelar a sua grade de programação, e os seus espaços comerciais, para bem informar os seus espectadores: foi assim no impeachment de Collor e de Dilma, foi assim na votação da denúncia de Temer, com excelente resposta da audiência, interessada no futuro do Brasil. Se a Globo foi a única a ter essa atitude, trata-se de um mérito, não de um defeito: o interesse do país em primeiro lugar. A Globo faz jornalismo, não faz campanha, nem contra nem a favor. Em respeito ao público. Por tudo isso, essa coluna de Nelson de Sá, sem base na realidade, destoa do bom jornalismo praticado pela Folha.
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Trump apresenta plano econômico e promete gerar crescimento e empregos
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O candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, apresentou nesta quinta (15) um resumo dos seus planos para a economia dos Estados Unidos. Durante discurso em Nova York, Trump prometeu diminuir os impostos cobrados pelo governo dos EUA em US$ 4,4 bilhões (R$ 15,4 bilhões) por ano em uma década. Seu objetivo, disse, é impulsionar o crescimento econômico e criar milhões de empregos, além de cortar o déficit público. "Meu plano vai abraçar a verdade de que as pessoas prosperam sob peso mínimo do governo, e vai aproveitar o incrível potencial não aproveitado dos nossos trabalhadores e seus sonhos", disse Trump. O republicano prometeu aumentar o crescimento econômico a pelo menos 3,5 % ao ano, bem acima da taxa atual, de 2%. Disse ainda que criaria 25 milhões de empregos ao longo dos próximos dez anos. A economia norte-americana já está criando 2,5 milhões de empregos por ano, o que atingiria a marca de 25 milhões de vagas em dez anos prometida pelo republicano. O centro do plano, entretanto, é a revisão dos impostos. Segundo ele, nenhuma empresa deveria pagar mais do que 15% da sua renda em impostos, bem menos de que os atuais 35% cobrados atualmente. SAÚDE O candidato republicano goza de excelente saúde física, assegurou seu médico pessoal em carta divulgada nesta quinta (15) pelo comitê de campanha, que detalha os resultados de um recente check-up. O documento do médico Harold Bornstein revela que Trump apenas toma remédios para reduzir o colesterol e aspirinas em pequenas doses. Segundo ele, outros exames laboratoriais apresentaram resultados considerados normais. De acordo com Bornstein, Trump pesa atualmente 107 kg, sugerindo um quadro de sobrepeso, mas menciona que não consome nem tabaco nem álcool. "Em suma, o senhor Trump goza de uma excelente saúde física", conclui Bornstein, esclarecendo que é médico do magnata desde 1990. O estado de saúde dos candidatos se tornou assunto dominante ao se revelar no domingo que a democrata Hillary Clinton sofria de uma pneumonia que a obrigou a fazer um recesso de dois dias na campanha. Hillary Clinton retorna nesta quinta à campanha depois de dias de repouso. A ex-secretária de Estado tem na agenda atos de campanha na Carolina do Norte e em Washington, em uma tentativa de retomar a iniciativa política a apenas duas semanas do esperado primeiro debate televisionado com Trump.
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mundo
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Trump apresenta plano econômico e promete gerar crescimento e empregosO candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, apresentou nesta quinta (15) um resumo dos seus planos para a economia dos Estados Unidos. Durante discurso em Nova York, Trump prometeu diminuir os impostos cobrados pelo governo dos EUA em US$ 4,4 bilhões (R$ 15,4 bilhões) por ano em uma década. Seu objetivo, disse, é impulsionar o crescimento econômico e criar milhões de empregos, além de cortar o déficit público. "Meu plano vai abraçar a verdade de que as pessoas prosperam sob peso mínimo do governo, e vai aproveitar o incrível potencial não aproveitado dos nossos trabalhadores e seus sonhos", disse Trump. O republicano prometeu aumentar o crescimento econômico a pelo menos 3,5 % ao ano, bem acima da taxa atual, de 2%. Disse ainda que criaria 25 milhões de empregos ao longo dos próximos dez anos. A economia norte-americana já está criando 2,5 milhões de empregos por ano, o que atingiria a marca de 25 milhões de vagas em dez anos prometida pelo republicano. O centro do plano, entretanto, é a revisão dos impostos. Segundo ele, nenhuma empresa deveria pagar mais do que 15% da sua renda em impostos, bem menos de que os atuais 35% cobrados atualmente. SAÚDE O candidato republicano goza de excelente saúde física, assegurou seu médico pessoal em carta divulgada nesta quinta (15) pelo comitê de campanha, que detalha os resultados de um recente check-up. O documento do médico Harold Bornstein revela que Trump apenas toma remédios para reduzir o colesterol e aspirinas em pequenas doses. Segundo ele, outros exames laboratoriais apresentaram resultados considerados normais. De acordo com Bornstein, Trump pesa atualmente 107 kg, sugerindo um quadro de sobrepeso, mas menciona que não consome nem tabaco nem álcool. "Em suma, o senhor Trump goza de uma excelente saúde física", conclui Bornstein, esclarecendo que é médico do magnata desde 1990. O estado de saúde dos candidatos se tornou assunto dominante ao se revelar no domingo que a democrata Hillary Clinton sofria de uma pneumonia que a obrigou a fazer um recesso de dois dias na campanha. Hillary Clinton retorna nesta quinta à campanha depois de dias de repouso. A ex-secretária de Estado tem na agenda atos de campanha na Carolina do Norte e em Washington, em uma tentativa de retomar a iniciativa política a apenas duas semanas do esperado primeiro debate televisionado com Trump.
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A economia do logro
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SÃO PAULO - A economia de mercado é um dos responsáveis por ter tirado a humanidade de um estado de miséria semicrônica para colocá-la no período de maior bem-estar material que jamais experimentou. Os economistas comportamentais George Akerlof e Robert Schiller, ambos laureados com um Nobel, não discordam dessa tese, mas a ela acrescentam outra um pouco mais incômoda: da mesma forma que o mercado produz com eficiência o que as pessoas querem, ele também produz o que elas não querem e as faz consumirem esses itens. O argumento está muito bem desenvolvido no recém-lançado "Phishing for Phools", título que já vem com um par de trocadilhos para o qual não arrisco uma tradução em português. O subtítulo, porém, dá o sentido geral da obra: "a economia da manipulação e do logro". O caso de Akerlof e Schiller fica cristalino em alguns exemplos concretos. Fumar não é objetivamente bom para o usuário. Se ele pensasse e agisse racionalmente, como sustentam os modelos mais tradicionais dos economistas, jamais desenvolveria o hábito, que rouba vários anos de sua expectativa de vida, mina sua saúde e o deixa mais pobre. Não obstante, como o ser humano vem de fábrica com uma série de fraquezas, incluindo uma propensão bioquímica a certos vícios, desenvolveu-se toda uma indústria do tabaco, que fez o que estava a seu alcance para ampliar ao máximo o número de fumantes, mesmo que isso tenha significado mentir e manipular trabalhos científicos. O fumo é só um pedaço da história. Akerlof e Schiller usam essa mesma chave para tratar de álcool, jogos de azar, publicidade, cartões de crédito, política e vários outros aspectos da vida. A ideia geral é que, solto, o mercado sempre encontrará a melhor forma de explorar as fraquezas humanas. Como não podemos eliminá-las (nem ao mercado, que, afinal, faz mais bem do que mal), resta recorrer à informação e regulação.
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colunas
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A economia do logroSÃO PAULO - A economia de mercado é um dos responsáveis por ter tirado a humanidade de um estado de miséria semicrônica para colocá-la no período de maior bem-estar material que jamais experimentou. Os economistas comportamentais George Akerlof e Robert Schiller, ambos laureados com um Nobel, não discordam dessa tese, mas a ela acrescentam outra um pouco mais incômoda: da mesma forma que o mercado produz com eficiência o que as pessoas querem, ele também produz o que elas não querem e as faz consumirem esses itens. O argumento está muito bem desenvolvido no recém-lançado "Phishing for Phools", título que já vem com um par de trocadilhos para o qual não arrisco uma tradução em português. O subtítulo, porém, dá o sentido geral da obra: "a economia da manipulação e do logro". O caso de Akerlof e Schiller fica cristalino em alguns exemplos concretos. Fumar não é objetivamente bom para o usuário. Se ele pensasse e agisse racionalmente, como sustentam os modelos mais tradicionais dos economistas, jamais desenvolveria o hábito, que rouba vários anos de sua expectativa de vida, mina sua saúde e o deixa mais pobre. Não obstante, como o ser humano vem de fábrica com uma série de fraquezas, incluindo uma propensão bioquímica a certos vícios, desenvolveu-se toda uma indústria do tabaco, que fez o que estava a seu alcance para ampliar ao máximo o número de fumantes, mesmo que isso tenha significado mentir e manipular trabalhos científicos. O fumo é só um pedaço da história. Akerlof e Schiller usam essa mesma chave para tratar de álcool, jogos de azar, publicidade, cartões de crédito, política e vários outros aspectos da vida. A ideia geral é que, solto, o mercado sempre encontrará a melhor forma de explorar as fraquezas humanas. Como não podemos eliminá-las (nem ao mercado, que, afinal, faz mais bem do que mal), resta recorrer à informação e regulação.
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Trump volta a ameaçar paralisar governo se não tiver verba para muro
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (28) que espera que não seja necessário paralisar as atividades do governo federal para que o Congresso libere a verba para a construção de um muro na fronteira com o México. O americano disse em entrevista coletiva ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que o muro será construído e que de "uma maneira ou de outra o México pagará" por ele. O muro é uma de suas principais promessas de campanha, mas o Congresso precisa liberar a verba para sua construção. Na coletiva, Trump disse ainda que as negociações com o México e o Canadá sobre o Nafta —o acordo de livre comércio entre os dois países e os Estados Unidos— estão difíceis. Por isso, disse Trump, talvez seja necessário cancelar o acordo ao invés de alterá-lo. "Acredito que vamos precisar pelo menos começar o processo de cancelar (o Nafta) antes de chegar a um acordo justo", afirmou ele. PERDÃO Trump declarou ainda que a construção do muro vai ajudar o país a combater a entrada de drogas e de imigrantes ilegais. Ele também defendeu sua decisão de conceder na última sexta (25) o perdão judicial ao ex-xerfie do Arizona Joe Arpaio, 85, acusado de perseguição policial por etnia devido a sua política linha-dura contra imigrantes latinos. Arpaio foi condenado em julho a seis meses de prisão por desacatar decisão judicial de 2011 que o impedia de prender pessoas apenas pela suspeita de estarem ilegalmente no país, uma das estratégias de sua gestão. O presidente americano disse que "muitas pessoas pensaram que [o perdão] era a coisa certa a ser feita" e afirmou que Arpaio é um "patriota" que ajudou no controle da fronteira e que foi tratado de maneira "injusta" pela Justiça. Do bolso de seu paletó, Trump tirou uma folha de papel com o nome de algumas pessoas que receberam o perdão dos dois últimos presidentes democratas, Bill Clinton e Barack Obama. Ele acusou os dois de liberarem criminosos perigosos. Entre os citados estava Chelsea Manning, ex-analista de inteligência das Forças Armadas que vazou informações sigilosas para o site WikiLeaks.
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mundo
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Trump volta a ameaçar paralisar governo se não tiver verba para muroO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (28) que espera que não seja necessário paralisar as atividades do governo federal para que o Congresso libere a verba para a construção de um muro na fronteira com o México. O americano disse em entrevista coletiva ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que o muro será construído e que de "uma maneira ou de outra o México pagará" por ele. O muro é uma de suas principais promessas de campanha, mas o Congresso precisa liberar a verba para sua construção. Na coletiva, Trump disse ainda que as negociações com o México e o Canadá sobre o Nafta —o acordo de livre comércio entre os dois países e os Estados Unidos— estão difíceis. Por isso, disse Trump, talvez seja necessário cancelar o acordo ao invés de alterá-lo. "Acredito que vamos precisar pelo menos começar o processo de cancelar (o Nafta) antes de chegar a um acordo justo", afirmou ele. PERDÃO Trump declarou ainda que a construção do muro vai ajudar o país a combater a entrada de drogas e de imigrantes ilegais. Ele também defendeu sua decisão de conceder na última sexta (25) o perdão judicial ao ex-xerfie do Arizona Joe Arpaio, 85, acusado de perseguição policial por etnia devido a sua política linha-dura contra imigrantes latinos. Arpaio foi condenado em julho a seis meses de prisão por desacatar decisão judicial de 2011 que o impedia de prender pessoas apenas pela suspeita de estarem ilegalmente no país, uma das estratégias de sua gestão. O presidente americano disse que "muitas pessoas pensaram que [o perdão] era a coisa certa a ser feita" e afirmou que Arpaio é um "patriota" que ajudou no controle da fronteira e que foi tratado de maneira "injusta" pela Justiça. Do bolso de seu paletó, Trump tirou uma folha de papel com o nome de algumas pessoas que receberam o perdão dos dois últimos presidentes democratas, Bill Clinton e Barack Obama. Ele acusou os dois de liberarem criminosos perigosos. Entre os citados estava Chelsea Manning, ex-analista de inteligência das Forças Armadas que vazou informações sigilosas para o site WikiLeaks.
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Time de Kaká desiste de Ganso e diz que vai cobrar São Paulo na Justiça
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O Orlando City anunciou nesta quinta-feira (23) que desistiu da contratação do meia Paulo Henrique Ganso, do São Paulo. De acordo com o clube, o prazo dado para a equipe paulista responder a proposta feita já está esgotado. No comunicado, a equipe norte-americana afirmou também que seguirá na "Justiça brasileira a ação de cobrança pelo não pagamento de todos os compromissos assumidos pelo São Paulo na contratação por empréstimo de Kaká". O time cobra cobra uma dívida de R$ 13.878.159,26. O Orlando City alega que uma série de obrigações contratuais não foram atendidas, como a realização de dois amistosos entre as equipes, um no Brasil e outro nos EUA, o pagamento de seis parcelas de R$ 400 mil pelo empréstimo e a renda do segundo jogo de Kaká no Morumbi –apenas a renda do primeiro compromisso foi quitado. O processo está na 27ª Vara Civil de São Paulo, mas o Orlando City, cujo proprietário é Flávio Augusto da Silva, fez uma proposta ao São Paulo: a compra de Paulo Henrique Ganso. O time estava disposto a adquirir o jogador e ainda pagaria mais uma quantia a ser negociada. O São Paulo não aceitou. Na quarta-feira (22), a Folha divulgou que o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, quer esmiuçar o contrato do clube com o Orlando City sobre a contratação de Kaká. O dirigente prevê uma batalha judicial com os norte-americanos, que cobram R$ 13,9 milhões na Justiça com relação ao contrato ao empréstimo do meia. A equipe do Morumbi entende que deve "apenas" R$ 1,7 milhão.
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esporte
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Time de Kaká desiste de Ganso e diz que vai cobrar São Paulo na JustiçaO Orlando City anunciou nesta quinta-feira (23) que desistiu da contratação do meia Paulo Henrique Ganso, do São Paulo. De acordo com o clube, o prazo dado para a equipe paulista responder a proposta feita já está esgotado. No comunicado, a equipe norte-americana afirmou também que seguirá na "Justiça brasileira a ação de cobrança pelo não pagamento de todos os compromissos assumidos pelo São Paulo na contratação por empréstimo de Kaká". O time cobra cobra uma dívida de R$ 13.878.159,26. O Orlando City alega que uma série de obrigações contratuais não foram atendidas, como a realização de dois amistosos entre as equipes, um no Brasil e outro nos EUA, o pagamento de seis parcelas de R$ 400 mil pelo empréstimo e a renda do segundo jogo de Kaká no Morumbi –apenas a renda do primeiro compromisso foi quitado. O processo está na 27ª Vara Civil de São Paulo, mas o Orlando City, cujo proprietário é Flávio Augusto da Silva, fez uma proposta ao São Paulo: a compra de Paulo Henrique Ganso. O time estava disposto a adquirir o jogador e ainda pagaria mais uma quantia a ser negociada. O São Paulo não aceitou. Na quarta-feira (22), a Folha divulgou que o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, quer esmiuçar o contrato do clube com o Orlando City sobre a contratação de Kaká. O dirigente prevê uma batalha judicial com os norte-americanos, que cobram R$ 13,9 milhões na Justiça com relação ao contrato ao empréstimo do meia. A equipe do Morumbi entende que deve "apenas" R$ 1,7 milhão.
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Pela primeira vez, maioria dos jovens negros está no ensino médio
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Pela primeira vez, a maioria dos jovens negros conseguiu chegar ao ensino médio. Mas ainda em proporção menor do que os brancos -e os dois grupos enfrentam problemas de aprendizagem. Os dados foram tabulados pelo Instituto Unibanco a partir de bases do IBGE e do Ministério da Educação. O levantamento considera negros todos os que declaram preta ou parda a cor de sua pele. Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), no ano passado 51% da população de 15 a 17 anos nesse grupo estava no ensino médio. Dez anos antes, esse índice era de 34%. O fator que mais explica esse avanço, segundo o instituto, é a redução da reprovação e da evasão dos negros no ensino fundamental. Em 2001, 53% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estavam na educação fundamental. Agora, são 32%. "Aumentou a conscientização sobre os prejuízos que a reprovação causa", diz o superintendente executivo do instituto, Ricardo Henriques. O aluno reprovado tende a ter notas menores na trajetória escolar e mais chances de desistir dos estudos. Para Henriques, mesmo sem políticas específicas para alunos negros, eles foram mais beneficiados porque estavam mais defasados. Já para o ministro Aloizio Mercadante (Educação), as matrículas de negros no ensino médio aumentaram devido ao Fundeb (fundo nacional de financiamento da educação), que abrangeu a etapa em 2006, e à inclusão do ensino médio em programas de alimentação escolar e transporte. "Ao apoiarmos o ensino médio, apoiamos quem estava mais excluído." Diretor da ONG Educafro (que defende maior inclusão dos negros), frei David Santos diz que as cotas em universidades incentivam a entrada e permanência dos negros no ensino médio. Apesar do avanço, a população negra ainda está em desvantagem na educação. O índice de 51% de jovens no ensino médio já havia sido alcançado pelos brancos em 2001 (atualmente, 65% estão nessa etapa de ensino). POPULAÇÃO A população que se classifica como preta ou parda cresce mais do que a branca, segundo a Pnad. Como o levantamento considera a autodeclaração, não é possível identificar com precisão o que é fruto da fecundidade ou de mudança de declaração. Ainda assim, o aumento da presença dos jovens negros no ensino médio é superior ao crescimento da população preta e parda (56% ante 13% em dez anos). NOTAS Uma constatação negativa que os dados oficiais revelam é que tanto brancos quanto negros estão piores hoje do que em 1995 em língua portuguesa e matemática no ensino médio. O levantamento do Instituto Unibanco aponta que a média em português caiu de 292 para 269 entre os brancos na avaliação nacional; entre os negros, de 278 para 254. O dado mais recente é de 2013. Especialistas apontam que 300 é a nota mínima considerada ideal. "Não estamos entregando o que precisamos no ensino médio", afirma o vice-presidente do Consed (conselho dos secretários estaduais de Educação) Rossieli Soares da Silva. Os Estados são os responsáveis por essa etapa. Silva diz que a entidade finaliza proposta para melhoria do ensino médio, que prevê mais autonomia à escola. A ideia é que em parte do currículo o colégio possa, por exemplo, oferecer ao aluno ensino técnico, ligado à economia local; ou ênfase em uma área do ensino. "O aluno tem de se identificar com a escola", diz o secretário. "As médias não são o que desejamos. Mas, por outro lado, os negros têm tido mais acesso ao ensino superior, com as cotas, Prouni e Fies", diz Mercadante. DILMA A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quinta-feira (19) que o país ainda deve avançar na igualdade de oportunidades entre brancos e negros e defendeu a ampliação do atual sistema de cotas nas universidades federais e no setor público. Em discurso em comemoração ao Dia da Consciência Negra, a petista afirmou que a pobreza no país sempre teve como cor predominante a negra e que a garantia de direitos iguais para as diferentes etnias será uma diretriz de seu segundo mandato. No evento, promovido no Palácio do Planalto, a presidente entregou títulos de posse e concessão de territórios a comunidades quilombolas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco. Colaborou a Sucursal de Brasília
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Pela primeira vez, maioria dos jovens negros está no ensino médioPela primeira vez, a maioria dos jovens negros conseguiu chegar ao ensino médio. Mas ainda em proporção menor do que os brancos -e os dois grupos enfrentam problemas de aprendizagem. Os dados foram tabulados pelo Instituto Unibanco a partir de bases do IBGE e do Ministério da Educação. O levantamento considera negros todos os que declaram preta ou parda a cor de sua pele. Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), no ano passado 51% da população de 15 a 17 anos nesse grupo estava no ensino médio. Dez anos antes, esse índice era de 34%. O fator que mais explica esse avanço, segundo o instituto, é a redução da reprovação e da evasão dos negros no ensino fundamental. Em 2001, 53% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estavam na educação fundamental. Agora, são 32%. "Aumentou a conscientização sobre os prejuízos que a reprovação causa", diz o superintendente executivo do instituto, Ricardo Henriques. O aluno reprovado tende a ter notas menores na trajetória escolar e mais chances de desistir dos estudos. Para Henriques, mesmo sem políticas específicas para alunos negros, eles foram mais beneficiados porque estavam mais defasados. Já para o ministro Aloizio Mercadante (Educação), as matrículas de negros no ensino médio aumentaram devido ao Fundeb (fundo nacional de financiamento da educação), que abrangeu a etapa em 2006, e à inclusão do ensino médio em programas de alimentação escolar e transporte. "Ao apoiarmos o ensino médio, apoiamos quem estava mais excluído." Diretor da ONG Educafro (que defende maior inclusão dos negros), frei David Santos diz que as cotas em universidades incentivam a entrada e permanência dos negros no ensino médio. Apesar do avanço, a população negra ainda está em desvantagem na educação. O índice de 51% de jovens no ensino médio já havia sido alcançado pelos brancos em 2001 (atualmente, 65% estão nessa etapa de ensino). POPULAÇÃO A população que se classifica como preta ou parda cresce mais do que a branca, segundo a Pnad. Como o levantamento considera a autodeclaração, não é possível identificar com precisão o que é fruto da fecundidade ou de mudança de declaração. Ainda assim, o aumento da presença dos jovens negros no ensino médio é superior ao crescimento da população preta e parda (56% ante 13% em dez anos). NOTAS Uma constatação negativa que os dados oficiais revelam é que tanto brancos quanto negros estão piores hoje do que em 1995 em língua portuguesa e matemática no ensino médio. O levantamento do Instituto Unibanco aponta que a média em português caiu de 292 para 269 entre os brancos na avaliação nacional; entre os negros, de 278 para 254. O dado mais recente é de 2013. Especialistas apontam que 300 é a nota mínima considerada ideal. "Não estamos entregando o que precisamos no ensino médio", afirma o vice-presidente do Consed (conselho dos secretários estaduais de Educação) Rossieli Soares da Silva. Os Estados são os responsáveis por essa etapa. Silva diz que a entidade finaliza proposta para melhoria do ensino médio, que prevê mais autonomia à escola. A ideia é que em parte do currículo o colégio possa, por exemplo, oferecer ao aluno ensino técnico, ligado à economia local; ou ênfase em uma área do ensino. "O aluno tem de se identificar com a escola", diz o secretário. "As médias não são o que desejamos. Mas, por outro lado, os negros têm tido mais acesso ao ensino superior, com as cotas, Prouni e Fies", diz Mercadante. DILMA A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quinta-feira (19) que o país ainda deve avançar na igualdade de oportunidades entre brancos e negros e defendeu a ampliação do atual sistema de cotas nas universidades federais e no setor público. Em discurso em comemoração ao Dia da Consciência Negra, a petista afirmou que a pobreza no país sempre teve como cor predominante a negra e que a garantia de direitos iguais para as diferentes etnias será uma diretriz de seu segundo mandato. No evento, promovido no Palácio do Planalto, a presidente entregou títulos de posse e concessão de territórios a comunidades quilombolas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Pernambuco. Colaborou a Sucursal de Brasília
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Sobre sonhos e tempo: saltos e passos para fazer o grande com pequenos
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Sonhos são projeções desejadas, expectativas de futuros que gostaríamos de ver, construir ou fazer parte. Dependendo da dose, podem ser combustível ou armadilha. Combustível existe para inflamar e gerar movimento, mas sempre requer cuidado para que não exploda ou te consuma. Sonhar grande ou perfeito demais pode gerar ansiedade, paralisia, insegurança ou decepção caso a imagem da projeção desejada torne-se mais sedutora e atraente do que a realidade em construção. Aí passa-se cada vez mais a alimentar um desejo crescente, viciante e impossível de ser saciado por uma ilusão de futuro nunca atingido. Tudo isso enquanto o presente passa. A realidade tem furos, faltas e excessos, manchas e imperfeições que requerem melhorias, colaboração, e que as tornam ao mesmo tempo mais incompletas e interessantes do que ilusões artificiais. Em meus 35 anos de vida já sonhei, realizei, fracassei, vivi e convivi com sonhadores e realizadores. Já me empolguei e celebrei, me iludi e me decepcionei comigo mesmo e com outras pessoas. Este texto é um pouco do que gostaria de registrar sobre sonhos e realização. ALTERAÇÃO DA REALIDADE Sim, sonhos, quando empolgantes e nítidos, mobilizam ação, pessoas e produzem campos de alteração da realidade. Campos onde possibilidades do que pode vir a ser afloram ou nunca chegam a existir. Eles existem e são tão empolgantes e envolventes porque a definição de "realidade", do que é ou não "possível", é quase sempre uma questão de interpretação (se preservadas as leis da física). Esta "nitidez" de um sonho não vem de fábrica nem surge na forma de um "insight" fulminante para pessoas iluminadas. Ela começa como um palpite, um rabisco ou uma imagem ainda rebuscada. É mais um chamado que ativa a curiosidade e inicia um processo de explorar, agir e tatear possibilidades para algo novo, melhor ou diferente. À medida em que exploramos e mergulhamos neste chamado, conhecemos e aprendemos mais sobre o objeto e contexto do sonho e destes futuros possíveis, assim como aprendemos sobre nós mesmos e nossa capacidade de realizá-los. Apenas com curiosidade, mergulho e ação ampliamos nosso repertório de capacidades e avançamos casas neste jogo. À medida em que avançamos, tanto nossos sonhos (imagens de futuros desejados) como o que sabemos sobre nós mesmos fica mais nítido e claro. Com visão mais nítida e melhores ferramentas (nosso repertório de aprendizados e capacidades), nossas mãos tornam-se mais hábeis e aptas a construir e moldar o que nosso coração deseja. Ao invés de sonhar algo grande demais e correr o risco de se imobilizar ou alimentar uma ilusão, que tal pensar em uma rota de exploração e direção a seguir? Que tal definir alguns "saltos" ou marcos chave (objetivos atingíveis em 3 a 5 anos) nesta rota que sejam empolgantes e façam você dar passos largos e mergulhar sem arrebentar a cabeça ou se afogar? Passos e saltos são ações com esforço e intenção, que consomem energia e produzem feedbacks. A cada salto ou passo (certo ou em falso) você torna-se tanto mais próximo como mais apto para o que está por vir. A VIDA EM UM DIA Para evitar a ansiedade paralisante, a ilusão de viver em "day dreaming" e a confusão que sonhos grandes podem gerar, a melhor estratégia é reduzir a complexidade, simplificar. Para tomar as rédeas dos sonhos é necessário tomar as rédeas do tempo. E o único "tempo" real é o presente, acontece na simples e gerenciável escala de um dia. Tudo, sempre, acontece ou é construído em um ou mais dias. Portanto, ao invés de querer fazer ou pensar em muitas coisas simultâneas em uma confusão de compromissos, ideias e ações, tente definir quais são as três ou cinco coisas que você irá fazer todos os dias para que, na soma destes atos diários, você construa algo relevante e que sinta orgulho. Isso se aplica a grandes projetos, sonhos e mudanças profissionais e pessoais. Coisas grandes e difíceis quando quebradas e realizadas diariamente tornam-se possíveis de acontecer. É aquele avanço de 1% realizado diariamente cuja soma é o sonho ou o objetivo atingido. Para facilitar a memorização, eu defini para mim mesmo (de 2014 para cá) quatro ações diárias padrões (que não se alteram por um bom tempo) e de uma a duas ações que defino e realizo diariamente. Para mim, as ações diárias padrões (relacionadas a objetivos de médio / longo prazo) são: 1 hora de exercícios, 30 minutos de leitura, deixar a casa arrumada e ter uma alimentação X. Já as ações definidas diariamente são feitas pela manhã e geralmente relacionadas a trabalho. São uma ou duas missões / entregas importantes do dia para algo maior que já vive na minha intenção e pensamento. Posso atrasar e-mails ou outros compromissos, mas não posso deixar de fazê-las. A cada dia coloco ou não mais tijolos no que quero construir e deixar em vida. Ações diárias são escolhas, decisões, recusas e esforços para algo maior. Se você reduz toda a complexidade e confusão para três, quatro ou cinco coisas que você faz todos os dias, é fácil se lembrar, assim como é fácil você medir e gerenciar você mesmo e a sua confusão para que aquilo que espera construir venha a existir. Um mural na parede ou checklist diário destes pontos que o permita ver sua performance ao final de cada semana ou mês irá ajudar a manter-se manter no trilho e motivar a percorrer a próxima milha. Quando reduzi a complexidade e cheguei a conclusão de que realizar sonhos é a soma de ações conscientes diárias, percebi que trata-se de agir simultaneamente com muita pressa e toda a paciência do mundo. É importante dizer que nada disso é para que você vire um robô ou ninja da produtividade, mas que possa tornar-se mais consciente em relação a você e como está lidando com o tempo, inclusive para ter mais tempo e dar melhor uso a algo que vai muito além do trabalho, chamado vida. Se o tempo é o único recurso que só se esgota e é irrecuperável, dê bom uso a ele. Dias bem vividos são vidas bem vividas. BOM RUMO Nesta jornada você irá perceber que mais importante do que definir saltos e iniciar ações diárias é desenvolver a capacidade de retomar e recomeçar. Com certeza você irá falhar, esquecer, ficar um ou vários dias fora da sua rotina de realização pelos mais diversos motivos. Nestes momentos você olha para o seu "painel de controle" diário e sente-se culpado por ter furado com você mesmo e postergado a construção do que mais deseja. Este sentimento de culpa pesa, age como uma âncora e te puxa para baixo, te faz pensar ser incapaz. É uma das principais armadilhas e gatilhos para que desista. Desistir significa não permitir que tantas coisas boas e lindas passem a existir para você e para o mundo. Desistir é uma ação intencional sua que impacta negativamente em você e potencialmente muita gente! Não faça isso ok? É péssimo! A culpa, como toda emoção, é carregada de energia. Direcione ou transmute essa energia para sua visão mobilizadora e o que está construindo. Transforme negativo em positivo, bronze em ouro. A capacidade de retomar ou recomeçar é mais importante do que a de iniciar. E quando você a domina você realmente torna-se imbatível em relação ás suas barreiras e fantasmas internos. Ao invés de autoimpor culpa, penas ou peso (âncoras) emocional, minha sugestão é: divirta-se e não leve você mesmo tão a sério. Ao invés de alimentar e dar importância aos seus problemas, dê mais atenção ao que é luz e solução. Simplesmente retome sem pensar muito. Recomece o jogo da fase onde parou, com leveza e boa intenção inspirado acima de tudo pela visão que o mobiliza e por saber que seu tempo é curto por aqui. Vai lá e faz, sem alimentar sua mente com o veneno da culpa que gera insegurança e auto piedade. Se cair levanta com a boca cheia de sangue e dá risada com orgulho da nova cicatriz. Retomar e recomeçar é simples e dá um mega tesão de "fresh air". Afinal, se tudo acontece em um dia e são apenas quatro coisas para fazer, ontem já passou e hoje é um novo dia. É seu dia, é o presente e é um presente. O amanhã é a sua tela em branco e você está doido para saber como é a próxima fase! Aperte o start e dê o play! RODRIGO BRITO, empreendedor, gerente de Operações do Instituto Coca-Cola Brasil e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais, é co-fundador da Aliança Empreendedora, Ink e Iniciativa Emerge.
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Sobre sonhos e tempo: saltos e passos para fazer o grande com pequenosSonhos são projeções desejadas, expectativas de futuros que gostaríamos de ver, construir ou fazer parte. Dependendo da dose, podem ser combustível ou armadilha. Combustível existe para inflamar e gerar movimento, mas sempre requer cuidado para que não exploda ou te consuma. Sonhar grande ou perfeito demais pode gerar ansiedade, paralisia, insegurança ou decepção caso a imagem da projeção desejada torne-se mais sedutora e atraente do que a realidade em construção. Aí passa-se cada vez mais a alimentar um desejo crescente, viciante e impossível de ser saciado por uma ilusão de futuro nunca atingido. Tudo isso enquanto o presente passa. A realidade tem furos, faltas e excessos, manchas e imperfeições que requerem melhorias, colaboração, e que as tornam ao mesmo tempo mais incompletas e interessantes do que ilusões artificiais. Em meus 35 anos de vida já sonhei, realizei, fracassei, vivi e convivi com sonhadores e realizadores. Já me empolguei e celebrei, me iludi e me decepcionei comigo mesmo e com outras pessoas. Este texto é um pouco do que gostaria de registrar sobre sonhos e realização. ALTERAÇÃO DA REALIDADE Sim, sonhos, quando empolgantes e nítidos, mobilizam ação, pessoas e produzem campos de alteração da realidade. Campos onde possibilidades do que pode vir a ser afloram ou nunca chegam a existir. Eles existem e são tão empolgantes e envolventes porque a definição de "realidade", do que é ou não "possível", é quase sempre uma questão de interpretação (se preservadas as leis da física). Esta "nitidez" de um sonho não vem de fábrica nem surge na forma de um "insight" fulminante para pessoas iluminadas. Ela começa como um palpite, um rabisco ou uma imagem ainda rebuscada. É mais um chamado que ativa a curiosidade e inicia um processo de explorar, agir e tatear possibilidades para algo novo, melhor ou diferente. À medida em que exploramos e mergulhamos neste chamado, conhecemos e aprendemos mais sobre o objeto e contexto do sonho e destes futuros possíveis, assim como aprendemos sobre nós mesmos e nossa capacidade de realizá-los. Apenas com curiosidade, mergulho e ação ampliamos nosso repertório de capacidades e avançamos casas neste jogo. À medida em que avançamos, tanto nossos sonhos (imagens de futuros desejados) como o que sabemos sobre nós mesmos fica mais nítido e claro. Com visão mais nítida e melhores ferramentas (nosso repertório de aprendizados e capacidades), nossas mãos tornam-se mais hábeis e aptas a construir e moldar o que nosso coração deseja. Ao invés de sonhar algo grande demais e correr o risco de se imobilizar ou alimentar uma ilusão, que tal pensar em uma rota de exploração e direção a seguir? Que tal definir alguns "saltos" ou marcos chave (objetivos atingíveis em 3 a 5 anos) nesta rota que sejam empolgantes e façam você dar passos largos e mergulhar sem arrebentar a cabeça ou se afogar? Passos e saltos são ações com esforço e intenção, que consomem energia e produzem feedbacks. A cada salto ou passo (certo ou em falso) você torna-se tanto mais próximo como mais apto para o que está por vir. A VIDA EM UM DIA Para evitar a ansiedade paralisante, a ilusão de viver em "day dreaming" e a confusão que sonhos grandes podem gerar, a melhor estratégia é reduzir a complexidade, simplificar. Para tomar as rédeas dos sonhos é necessário tomar as rédeas do tempo. E o único "tempo" real é o presente, acontece na simples e gerenciável escala de um dia. Tudo, sempre, acontece ou é construído em um ou mais dias. Portanto, ao invés de querer fazer ou pensar em muitas coisas simultâneas em uma confusão de compromissos, ideias e ações, tente definir quais são as três ou cinco coisas que você irá fazer todos os dias para que, na soma destes atos diários, você construa algo relevante e que sinta orgulho. Isso se aplica a grandes projetos, sonhos e mudanças profissionais e pessoais. Coisas grandes e difíceis quando quebradas e realizadas diariamente tornam-se possíveis de acontecer. É aquele avanço de 1% realizado diariamente cuja soma é o sonho ou o objetivo atingido. Para facilitar a memorização, eu defini para mim mesmo (de 2014 para cá) quatro ações diárias padrões (que não se alteram por um bom tempo) e de uma a duas ações que defino e realizo diariamente. Para mim, as ações diárias padrões (relacionadas a objetivos de médio / longo prazo) são: 1 hora de exercícios, 30 minutos de leitura, deixar a casa arrumada e ter uma alimentação X. Já as ações definidas diariamente são feitas pela manhã e geralmente relacionadas a trabalho. São uma ou duas missões / entregas importantes do dia para algo maior que já vive na minha intenção e pensamento. Posso atrasar e-mails ou outros compromissos, mas não posso deixar de fazê-las. A cada dia coloco ou não mais tijolos no que quero construir e deixar em vida. Ações diárias são escolhas, decisões, recusas e esforços para algo maior. Se você reduz toda a complexidade e confusão para três, quatro ou cinco coisas que você faz todos os dias, é fácil se lembrar, assim como é fácil você medir e gerenciar você mesmo e a sua confusão para que aquilo que espera construir venha a existir. Um mural na parede ou checklist diário destes pontos que o permita ver sua performance ao final de cada semana ou mês irá ajudar a manter-se manter no trilho e motivar a percorrer a próxima milha. Quando reduzi a complexidade e cheguei a conclusão de que realizar sonhos é a soma de ações conscientes diárias, percebi que trata-se de agir simultaneamente com muita pressa e toda a paciência do mundo. É importante dizer que nada disso é para que você vire um robô ou ninja da produtividade, mas que possa tornar-se mais consciente em relação a você e como está lidando com o tempo, inclusive para ter mais tempo e dar melhor uso a algo que vai muito além do trabalho, chamado vida. Se o tempo é o único recurso que só se esgota e é irrecuperável, dê bom uso a ele. Dias bem vividos são vidas bem vividas. BOM RUMO Nesta jornada você irá perceber que mais importante do que definir saltos e iniciar ações diárias é desenvolver a capacidade de retomar e recomeçar. Com certeza você irá falhar, esquecer, ficar um ou vários dias fora da sua rotina de realização pelos mais diversos motivos. Nestes momentos você olha para o seu "painel de controle" diário e sente-se culpado por ter furado com você mesmo e postergado a construção do que mais deseja. Este sentimento de culpa pesa, age como uma âncora e te puxa para baixo, te faz pensar ser incapaz. É uma das principais armadilhas e gatilhos para que desista. Desistir significa não permitir que tantas coisas boas e lindas passem a existir para você e para o mundo. Desistir é uma ação intencional sua que impacta negativamente em você e potencialmente muita gente! Não faça isso ok? É péssimo! A culpa, como toda emoção, é carregada de energia. Direcione ou transmute essa energia para sua visão mobilizadora e o que está construindo. Transforme negativo em positivo, bronze em ouro. A capacidade de retomar ou recomeçar é mais importante do que a de iniciar. E quando você a domina você realmente torna-se imbatível em relação ás suas barreiras e fantasmas internos. Ao invés de autoimpor culpa, penas ou peso (âncoras) emocional, minha sugestão é: divirta-se e não leve você mesmo tão a sério. Ao invés de alimentar e dar importância aos seus problemas, dê mais atenção ao que é luz e solução. Simplesmente retome sem pensar muito. Recomece o jogo da fase onde parou, com leveza e boa intenção inspirado acima de tudo pela visão que o mobiliza e por saber que seu tempo é curto por aqui. Vai lá e faz, sem alimentar sua mente com o veneno da culpa que gera insegurança e auto piedade. Se cair levanta com a boca cheia de sangue e dá risada com orgulho da nova cicatriz. Retomar e recomeçar é simples e dá um mega tesão de "fresh air". Afinal, se tudo acontece em um dia e são apenas quatro coisas para fazer, ontem já passou e hoje é um novo dia. É seu dia, é o presente e é um presente. O amanhã é a sua tela em branco e você está doido para saber como é a próxima fase! Aperte o start e dê o play! RODRIGO BRITO, empreendedor, gerente de Operações do Instituto Coca-Cola Brasil e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais, é co-fundador da Aliança Empreendedora, Ink e Iniciativa Emerge.
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MEC divulga resultado do Fies do primeiro semestre
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O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda-feira (1°) o resultado dos candidatos pré-selecionados e a lista de espera para contratar o Fies (Programa de Financiamento Estudantil) do primeiro semestre. O resultado pode ser consultado no site do Fies ou na instituição em que o candidato fez a inscrição. Os pré-selecionados terão de concluir a inscrição no SisFies (Sistema Informatizado do Fies), a partir desta terça até sábado (6). No primeiro semestre deste ano, o MEC oferece 250.279 vagas de financiamento, sendo 157.764 (63%) aplicado nas áreas definidas como prioritárias pelo governo, como engenharias, formação de professores e saúde. Em medicina, são 1.917 contratos disponíveis. Segundo o último balanço do MEC, 476.716 candidatos estavam inscritos para concorrer ao benefício até o meio-dia da última sexta (29). Para se inscrever, o estudante precisava ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir de 2010, ter obtido média igual ou superior a 450 pontos e não ter tirado nota zero na redação. O estudante deve ainda ter renda familiar mensal per capita de até 2,5 salários mínimos (R$ 2.200). Os candidatos em lista de espera devem acompanhar a eventual pré-seleção no site do Fies. Eles devem declarar se estão ou não matriculados na instituição, curso e turno em que realizaram a inscrição entre os dias 7 e 18 de março. Após esse período, o estudante que não informar a situação de matrícula terá sua inscrição cancelada no Fies do primeiro semestre. Em 2016, o custo do programa federal é estimado em R$ 18,7 bilhões –atualmente, há 2,2 milhões de contratos ativos. No ano passado, o gasto foi de R$ 17,8 bilhões. São Paulo é o Estado com maior número de contratos do Fies (49.274). A região Sudeste concentra 41% da oferta, seguida do Nordeste (29%) e Sul (12%).
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MEC divulga resultado do Fies do primeiro semestreO MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta segunda-feira (1°) o resultado dos candidatos pré-selecionados e a lista de espera para contratar o Fies (Programa de Financiamento Estudantil) do primeiro semestre. O resultado pode ser consultado no site do Fies ou na instituição em que o candidato fez a inscrição. Os pré-selecionados terão de concluir a inscrição no SisFies (Sistema Informatizado do Fies), a partir desta terça até sábado (6). No primeiro semestre deste ano, o MEC oferece 250.279 vagas de financiamento, sendo 157.764 (63%) aplicado nas áreas definidas como prioritárias pelo governo, como engenharias, formação de professores e saúde. Em medicina, são 1.917 contratos disponíveis. Segundo o último balanço do MEC, 476.716 candidatos estavam inscritos para concorrer ao benefício até o meio-dia da última sexta (29). Para se inscrever, o estudante precisava ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) a partir de 2010, ter obtido média igual ou superior a 450 pontos e não ter tirado nota zero na redação. O estudante deve ainda ter renda familiar mensal per capita de até 2,5 salários mínimos (R$ 2.200). Os candidatos em lista de espera devem acompanhar a eventual pré-seleção no site do Fies. Eles devem declarar se estão ou não matriculados na instituição, curso e turno em que realizaram a inscrição entre os dias 7 e 18 de março. Após esse período, o estudante que não informar a situação de matrícula terá sua inscrição cancelada no Fies do primeiro semestre. Em 2016, o custo do programa federal é estimado em R$ 18,7 bilhões –atualmente, há 2,2 milhões de contratos ativos. No ano passado, o gasto foi de R$ 17,8 bilhões. São Paulo é o Estado com maior número de contratos do Fies (49.274). A região Sudeste concentra 41% da oferta, seguida do Nordeste (29%) e Sul (12%).
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Revisão de processos internos nas indústrias pode elevar produtividade
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Em uma fábrica de máquinas próxima a Porto Alegre (RS), um funcionário andava 316 metros, o equivalente a três campos de futebol, para montar um único equipamento. Gastava, para isso, uma hora e 20 minutos. O dono da empresa fez então o seguinte exercício: tirou alguns dias para prestar atenção no vaivém dos seus empregados e em todo o processo de produção. Depois, mudou estações de trabalho de lugar, organizou as peças necessárias para a montagem do produto final, e nada muito além disso. O resultado: a distância percorrida pelo funcionário caiu para oito metros, o tempo para finalização do produto diminuiu para 28 minutos, e o empresário economizou R$ 17 mil por mês. Esse é um dos resultados do projeto Indústria Mais Produtiva, idealizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e executado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). O programa atendeu, em estágio-piloto, 18 empresas com faturamento anual entre R$ 3,6 milhões e R$ 20 milhões dos Estados do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Santa Catarina e do Ceará. Pelo custo de R$ 18 mil, o programa colocou à disposição desses empresários um plano de melhoramento de produção estruturado pelo engenheiro Marcos Kawagoe, ex-gerente de excelência empresarial da Embraer. O resultado do programa foi um retorno financeiro entre 8 e 108 vezes o valor investido pelas indústrias. Espaços nas indústrias SOLUÇÕES Em alguns casos, as soluções encontradas foram uma simples gambiarra: uma das empresas instalou um tubo de PVC com "silver tape" em um carrinho de peças, facilitando a organização das ferramentas e poupando tempo dos funcionários. Para Kawagoe, tempos de crise e de pouca demanda podem ser o momento certo para uma empresa parar, olhar para seusprocessos de produção e aparar desperdícios. "No momento de bonança da economia, é mais fácil propor mudanças. Já no momento de crise, quando mais se precisa, é difícil, pois toda mudança envolve riscos", afirma Kawagoe. "Mas, se as empresas não se prepararem, quando o crescimento da economia voltar, elas não vão aguentar até lá." Na Embraer, o engenheiro fez parte da equipe que conduziu uma reforma nos processos de produção baseado nos conceitos de operação enxuta e no método de melhoria contínua Kaizen, também conhecido como estilo Toyota, por ter sido originado na montadora japonesa. Eliminando excesso de estoque, desperdícios e retrabalho, reduzindo movimentação desnecessária de funcionários, tempo de espera e defeitos na fabricação, a equipe conduzida por Kawagoe conseguiu diminuir de 22 para 6 dias o tempo de fabricação do modelo Embraer 170/190, usado pela companhia aérea Azul, com um terço da equipe necessária anteriormente. Segundo o engenheiro, o erro mais comum das empresas brasileiras é excesso de estoque –capital parado que, em vez de juntar poeira, poderia estar rendendo em alguma aplicação. Na Embraer, sua equipe liberou US$ 50 milhões de estoque parado. ESTAGNAÇÃO No Brasil, os níveis de produtividade das empresas estão uma década atrasados, afirma João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de política industrial da CNI e idealizador do programa Indústria Mais Produtiva. Segundo ele, o último salto de produtividade no país foi na década de 1990, com a implantação do ISO 9000 para bons modelos de gestão. Além das razões estruturais do Brasil que explicam esse atraso, como infraestrutura precária, sistema tributário pesado e complexo, baixa qualificação profissional, as deficiências de gestão de produção das indústrias brasileiras também contribuem para essa defasagem. O próximo passo do programa é atuar em companhias da cadeia de petróleo e gás, como estaleiros, empresas de material de segurança e de equipamentos voltados à extração do produto. Com o atual cenário de crise da Petrobras e de queda na cotação do petróleo, a CNI espera que essas empresas consigam cortar gastos e tornar mais eficiente sua produção.
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mercado
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Revisão de processos internos nas indústrias pode elevar produtividadeEm uma fábrica de máquinas próxima a Porto Alegre (RS), um funcionário andava 316 metros, o equivalente a três campos de futebol, para montar um único equipamento. Gastava, para isso, uma hora e 20 minutos. O dono da empresa fez então o seguinte exercício: tirou alguns dias para prestar atenção no vaivém dos seus empregados e em todo o processo de produção. Depois, mudou estações de trabalho de lugar, organizou as peças necessárias para a montagem do produto final, e nada muito além disso. O resultado: a distância percorrida pelo funcionário caiu para oito metros, o tempo para finalização do produto diminuiu para 28 minutos, e o empresário economizou R$ 17 mil por mês. Esse é um dos resultados do projeto Indústria Mais Produtiva, idealizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e executado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). O programa atendeu, em estágio-piloto, 18 empresas com faturamento anual entre R$ 3,6 milhões e R$ 20 milhões dos Estados do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Santa Catarina e do Ceará. Pelo custo de R$ 18 mil, o programa colocou à disposição desses empresários um plano de melhoramento de produção estruturado pelo engenheiro Marcos Kawagoe, ex-gerente de excelência empresarial da Embraer. O resultado do programa foi um retorno financeiro entre 8 e 108 vezes o valor investido pelas indústrias. Espaços nas indústrias SOLUÇÕES Em alguns casos, as soluções encontradas foram uma simples gambiarra: uma das empresas instalou um tubo de PVC com "silver tape" em um carrinho de peças, facilitando a organização das ferramentas e poupando tempo dos funcionários. Para Kawagoe, tempos de crise e de pouca demanda podem ser o momento certo para uma empresa parar, olhar para seusprocessos de produção e aparar desperdícios. "No momento de bonança da economia, é mais fácil propor mudanças. Já no momento de crise, quando mais se precisa, é difícil, pois toda mudança envolve riscos", afirma Kawagoe. "Mas, se as empresas não se prepararem, quando o crescimento da economia voltar, elas não vão aguentar até lá." Na Embraer, o engenheiro fez parte da equipe que conduziu uma reforma nos processos de produção baseado nos conceitos de operação enxuta e no método de melhoria contínua Kaizen, também conhecido como estilo Toyota, por ter sido originado na montadora japonesa. Eliminando excesso de estoque, desperdícios e retrabalho, reduzindo movimentação desnecessária de funcionários, tempo de espera e defeitos na fabricação, a equipe conduzida por Kawagoe conseguiu diminuir de 22 para 6 dias o tempo de fabricação do modelo Embraer 170/190, usado pela companhia aérea Azul, com um terço da equipe necessária anteriormente. Segundo o engenheiro, o erro mais comum das empresas brasileiras é excesso de estoque –capital parado que, em vez de juntar poeira, poderia estar rendendo em alguma aplicação. Na Embraer, sua equipe liberou US$ 50 milhões de estoque parado. ESTAGNAÇÃO No Brasil, os níveis de produtividade das empresas estão uma década atrasados, afirma João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de política industrial da CNI e idealizador do programa Indústria Mais Produtiva. Segundo ele, o último salto de produtividade no país foi na década de 1990, com a implantação do ISO 9000 para bons modelos de gestão. Além das razões estruturais do Brasil que explicam esse atraso, como infraestrutura precária, sistema tributário pesado e complexo, baixa qualificação profissional, as deficiências de gestão de produção das indústrias brasileiras também contribuem para essa defasagem. O próximo passo do programa é atuar em companhias da cadeia de petróleo e gás, como estaleiros, empresas de material de segurança e de equipamentos voltados à extração do produto. Com o atual cenário de crise da Petrobras e de queda na cotação do petróleo, a CNI espera que essas empresas consigam cortar gastos e tornar mais eficiente sua produção.
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Banhista de SP é atacado por tubarão em praia de Fernando de Noronha
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Nesta sexta-feira (30), um turista de São Paulo de 49 anos foi atacado por um tubarão quando tomava banho na Praia do Leão, em Fernando de Noronha. Segundo nota divulgada pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), o banhista estava na zona de arrebentação das ondas, quando um tubarão se aproximou e causou ferimentos leves no banhista. O incidente aconteceu às 14h30. Atendido no Hospital São Lucas, o turista passa bem. OUTRO CASO Em dezembro do ano passado, no dia 23 de dezembro, o turista Márcio de Castro Palma perdeu o antebraço direito após ser atacado por um tubarão na Praia do Sueste. O local funcionou em horário especial até o dia 4 de janeiro de 2016.
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cotidiano
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Banhista de SP é atacado por tubarão em praia de Fernando de NoronhaNesta sexta-feira (30), um turista de São Paulo de 49 anos foi atacado por um tubarão quando tomava banho na Praia do Leão, em Fernando de Noronha. Segundo nota divulgada pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), o banhista estava na zona de arrebentação das ondas, quando um tubarão se aproximou e causou ferimentos leves no banhista. O incidente aconteceu às 14h30. Atendido no Hospital São Lucas, o turista passa bem. OUTRO CASO Em dezembro do ano passado, no dia 23 de dezembro, o turista Márcio de Castro Palma perdeu o antebraço direito após ser atacado por um tubarão na Praia do Sueste. O local funcionou em horário especial até o dia 4 de janeiro de 2016.
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Meirelles critica retomada da CPMF e aumento da carga tributária
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O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, criticou nesta quarta-feira (11) a proposta de retomada da CPMF, ideia que tem sido defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Apesar de ressaltar que não está no lugar das pessoas responsáveis por analisar os gastos, e portanto difícil avaliar outras alternativas, Meirelles fez ressalvas ao tributo. "CPMF não é necessariamente um imposto positivo, no sentido de que existem diversas formas de tributação que são mais produtivas para a economia", disse. A declaração foi dada logo após uma apresentação para representantes do setor industrial, em evento promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Meirelles também fez críticas com relação à atual carga tributária brasileira. "Se olharmos à frente, no médio e longo prazos, precisamos discutir a questão da carga tributária no Brasil, sim. Vislumbrar à frente uma queda da carga tributária. A curto prazo, pode haver algum aumento temporário, mas isso precisa ser demonstrado para a sociedade por que é temporário, o que vai acontecer e o que vamos fazer à frente para que venha a cair", afirmou. A fala de Meirelles foi bem recebida pelo público. Os representantes do setor não têm poupado críticas ao atual ministro da Fazenda. Eles não concordam com a atual condução da política econômica feita pelo governo. O ex-presidente do Banco Central desconversou sobre a possibilidade de assumir o comando do Ministério da Fazenda, especulação que ganhou força nos últimos dias. Ao ser questionado sobre as chances reais de assumir a pasta, ele disse que não comenta especulações. "Não há convite concreto, e eu não comento especulações ou nenhum tipo de hipótese", declarou o ex-presidente do BC. Ele também preferiu não responder questões sobre a atual política econômica do ministro Joaquim Levy. Meirelles também preferiu não responder perguntas de jornalistas sobre a atual política econômica do governo, por conta do "barulho" em torno de seu nome. Sobre a relação com a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente do Banco Central disse que sempre manteve uma relação cordial e muito produtiva, desde os tempos que eram colegas de ministério do governo Lula. "Minha experiência [com ela] sempre foi tranquila, com convergência e divergências em pontos de vistas, o que é normal", afirmou. Meirelles disse ainda que a política monetária pode oscilar dependendo dos cenários econômicos e ter maior ou menor poder na economia, "mas, em ultima análise, é o instrumento que tem mais eficiência no combate a inflação". ALMOÇO Mais cedo, Meirelles e Levy almoçaram juntos, na presença também de empresários do setor industrial. Inicialmente, Levy estava programado para fazer uma apresentação na parte da manhã, mas por conta de reuniões com parlamentares para discutir o Orçamento de 2016, ele só chegou ao evento por volta das 12h. Antes de iniciar sua fala, Levy brincou com o ex-presidente do BC. "Eu gostaria de já deixar avisado que eu concordo com tudo o que ele vai dizer", disse Levy. Em pouco mais de 10 minutos de fala, o ministro da Fazenda voltou a defender o ajuste fiscal e a melhoria dos gastos públicos atuais.
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mercado
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Meirelles critica retomada da CPMF e aumento da carga tributáriaO ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, criticou nesta quarta-feira (11) a proposta de retomada da CPMF, ideia que tem sido defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Apesar de ressaltar que não está no lugar das pessoas responsáveis por analisar os gastos, e portanto difícil avaliar outras alternativas, Meirelles fez ressalvas ao tributo. "CPMF não é necessariamente um imposto positivo, no sentido de que existem diversas formas de tributação que são mais produtivas para a economia", disse. A declaração foi dada logo após uma apresentação para representantes do setor industrial, em evento promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Meirelles também fez críticas com relação à atual carga tributária brasileira. "Se olharmos à frente, no médio e longo prazos, precisamos discutir a questão da carga tributária no Brasil, sim. Vislumbrar à frente uma queda da carga tributária. A curto prazo, pode haver algum aumento temporário, mas isso precisa ser demonstrado para a sociedade por que é temporário, o que vai acontecer e o que vamos fazer à frente para que venha a cair", afirmou. A fala de Meirelles foi bem recebida pelo público. Os representantes do setor não têm poupado críticas ao atual ministro da Fazenda. Eles não concordam com a atual condução da política econômica feita pelo governo. O ex-presidente do Banco Central desconversou sobre a possibilidade de assumir o comando do Ministério da Fazenda, especulação que ganhou força nos últimos dias. Ao ser questionado sobre as chances reais de assumir a pasta, ele disse que não comenta especulações. "Não há convite concreto, e eu não comento especulações ou nenhum tipo de hipótese", declarou o ex-presidente do BC. Ele também preferiu não responder questões sobre a atual política econômica do ministro Joaquim Levy. Meirelles também preferiu não responder perguntas de jornalistas sobre a atual política econômica do governo, por conta do "barulho" em torno de seu nome. Sobre a relação com a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente do Banco Central disse que sempre manteve uma relação cordial e muito produtiva, desde os tempos que eram colegas de ministério do governo Lula. "Minha experiência [com ela] sempre foi tranquila, com convergência e divergências em pontos de vistas, o que é normal", afirmou. Meirelles disse ainda que a política monetária pode oscilar dependendo dos cenários econômicos e ter maior ou menor poder na economia, "mas, em ultima análise, é o instrumento que tem mais eficiência no combate a inflação". ALMOÇO Mais cedo, Meirelles e Levy almoçaram juntos, na presença também de empresários do setor industrial. Inicialmente, Levy estava programado para fazer uma apresentação na parte da manhã, mas por conta de reuniões com parlamentares para discutir o Orçamento de 2016, ele só chegou ao evento por volta das 12h. Antes de iniciar sua fala, Levy brincou com o ex-presidente do BC. "Eu gostaria de já deixar avisado que eu concordo com tudo o que ele vai dizer", disse Levy. Em pouco mais de 10 minutos de fala, o ministro da Fazenda voltou a defender o ajuste fiscal e a melhoria dos gastos públicos atuais.
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Leitora defende livros de papel em relação a ebooks
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Quero acreditar que os livros de papel não morrerão jamais. Desde Gutemberg, temos ciclos, há épocas em que se compra e lê mais, pois o bolso permite, em outras, menos, pois o bolso se fecha. Mas ninguém resiste ao livro de papel, ao ruidinho de virar suas folhas, ao cheirinho de novo ou velho, aguçando nossos sentidos, ao espaço ao lado para fazer anotações, ao tato estimulado ao sentir a folha... Como é bom entrar nas livrarias e vê-las cheias de leitores com livros nas mãos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Leitora defende livros de papel em relação a ebooksQuero acreditar que os livros de papel não morrerão jamais. Desde Gutemberg, temos ciclos, há épocas em que se compra e lê mais, pois o bolso permite, em outras, menos, pois o bolso se fecha. Mas ninguém resiste ao livro de papel, ao ruidinho de virar suas folhas, ao cheirinho de novo ou velho, aguçando nossos sentidos, ao espaço ao lado para fazer anotações, ao tato estimulado ao sentir a folha... Como é bom entrar nas livrarias e vê-las cheias de leitores com livros nas mãos. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Teori nega pedido de liberdade a dois empreiteiros da Lava Jato
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O relator dos processo da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Teori Zavascki, negou nesta segunda-feira (23) pedidos de liberdade feitos por dois executivos da Camargo Corrêa: Dalton Avancini, diretor-presidente da empresa, e João Ricardo Auler, presidente do Conselho de administração. Nos pedidos, os executivos argumentavam que tal como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, solto por habeas corpus de Zavascki cerca de um mês após a prisão, os dois também teriam direito ao benefício. Em sua decisão, o ministro ponderou que a libertação de Duque aconteceu pois sua detenção provisória era baseada unicamente no risco de fuga, e o STF tem jurisprudência consolidada de que tal situação não pode justificar pedidos de detenção. De acordo com Zavascki, o caso de Auler e Avancini são diferentes, uma vez que a fundamentação de suas prisões levaria em conta outros fatores ligados à gravidade dos delitos praticados, uma vez que, segundo o Ministério Público, os executivos seriam uns dos responsáveis pela cartel de empresas que operou em licitações da Petrobras.
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Teori nega pedido de liberdade a dois empreiteiros da Lava JatoO relator dos processo da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Teori Zavascki, negou nesta segunda-feira (23) pedidos de liberdade feitos por dois executivos da Camargo Corrêa: Dalton Avancini, diretor-presidente da empresa, e João Ricardo Auler, presidente do Conselho de administração. Nos pedidos, os executivos argumentavam que tal como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, solto por habeas corpus de Zavascki cerca de um mês após a prisão, os dois também teriam direito ao benefício. Em sua decisão, o ministro ponderou que a libertação de Duque aconteceu pois sua detenção provisória era baseada unicamente no risco de fuga, e o STF tem jurisprudência consolidada de que tal situação não pode justificar pedidos de detenção. De acordo com Zavascki, o caso de Auler e Avancini são diferentes, uma vez que a fundamentação de suas prisões levaria em conta outros fatores ligados à gravidade dos delitos praticados, uma vez que, segundo o Ministério Público, os executivos seriam uns dos responsáveis pela cartel de empresas que operou em licitações da Petrobras.
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Confira especial sobre os 30 anos de palco de Madonna, que estreia nova turnê
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Décima turnê mundial de Madonna, "Rebel Heart" estreia nesta quarta-feira (9) em Montreal, no Canadá, envolta em expectativas. Primeiro, porque sua última série de shows, para promover o álbum "MDNA", foi a mais rentável de 2012, segundo a revista "Billboard" —arrecadou US$ 305 milhões. Segundo, porque Madonna é uma especialista em promover grandes espetáculos, misturando música, teatro, vídeo, dança, moda, artes visuais e, claro, polêmicas. É o que o especial No Palco com Madonna", da "Ilustrada", recorda: visuais, performances, músicas e mesmo os locais frequentados por Madonna.
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ilustrada
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Confira especial sobre os 30 anos de palco de Madonna, que estreia nova turnêDécima turnê mundial de Madonna, "Rebel Heart" estreia nesta quarta-feira (9) em Montreal, no Canadá, envolta em expectativas. Primeiro, porque sua última série de shows, para promover o álbum "MDNA", foi a mais rentável de 2012, segundo a revista "Billboard" —arrecadou US$ 305 milhões. Segundo, porque Madonna é uma especialista em promover grandes espetáculos, misturando música, teatro, vídeo, dança, moda, artes visuais e, claro, polêmicas. É o que o especial No Palco com Madonna", da "Ilustrada", recorda: visuais, performances, músicas e mesmo os locais frequentados por Madonna.
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Com lesão muscular, Arouca desfalca o Palmeiras contra o Atlético-MG
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Após ser substituído ainda no primeiro tempo da partida contra o Cruzeiro, o volante Arouca foi submetido a exames nesta quinta-feira (20) que constataram uma lesão muscular na coxa esquerda. O clube não divulgou uma estimativa de retorno do atleta. Com isso, ele será desfalque na partida de domingo (22) contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro e ainda é dúvida para a partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, na próxima quarta-feira (26). O desfalque do volante é particularmente sentido pelo Palmeiras, que já perdeu o outro titular da função, Gabriel, há algumas semanas. Para o seu lugar, o técnico Marcelo Oliveira pode colocar Zé Roberto ou Amaral na posição –ele testou os dois jogadores na partida desta quarta-feira. Outra opção é o meia Robinho, que foi poupado contra o Cruzeiro por cansaço muscular.
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esporte
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Com lesão muscular, Arouca desfalca o Palmeiras contra o Atlético-MGApós ser substituído ainda no primeiro tempo da partida contra o Cruzeiro, o volante Arouca foi submetido a exames nesta quinta-feira (20) que constataram uma lesão muscular na coxa esquerda. O clube não divulgou uma estimativa de retorno do atleta. Com isso, ele será desfalque na partida de domingo (22) contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro e ainda é dúvida para a partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, na próxima quarta-feira (26). O desfalque do volante é particularmente sentido pelo Palmeiras, que já perdeu o outro titular da função, Gabriel, há algumas semanas. Para o seu lugar, o técnico Marcelo Oliveira pode colocar Zé Roberto ou Amaral na posição –ele testou os dois jogadores na partida desta quarta-feira. Outra opção é o meia Robinho, que foi poupado contra o Cruzeiro por cansaço muscular.
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Após temporal, várias regiões de São Paulo estão sem energia elétrica
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A chuva acompanhada de ventos fortes que atingiu São Paulo na tarde de segunda-feira (12) atingiu a rede elétrica da Eletropaulo e deixou várias regiões da Grande São Paulo sem luz. Por volta da 0h desta terça-feira, ruas de bairros das zonas oeste e sul da capital e de Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, continuavam sem luz. Entre os bairros atingidos pela falta de energia estão Campo Belo, Moema, Morumbi, Butantã, Ipiranga, Campos Elíseos e Santo Amaro. Segundo a Eletropaulo, equipes de eletricistas trabalham para restabelecer a energia nas áreas atingidas pela falta de luz. A companhia não deu previsão de restabelecimento do serviço nem informou o número de pessoas afetadas pela falta de luz.
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cotidiano
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Após temporal, várias regiões de São Paulo estão sem energia elétricaA chuva acompanhada de ventos fortes que atingiu São Paulo na tarde de segunda-feira (12) atingiu a rede elétrica da Eletropaulo e deixou várias regiões da Grande São Paulo sem luz. Por volta da 0h desta terça-feira, ruas de bairros das zonas oeste e sul da capital e de Osasco e Carapicuíba, na Grande São Paulo, continuavam sem luz. Entre os bairros atingidos pela falta de energia estão Campo Belo, Moema, Morumbi, Butantã, Ipiranga, Campos Elíseos e Santo Amaro. Segundo a Eletropaulo, equipes de eletricistas trabalham para restabelecer a energia nas áreas atingidas pela falta de luz. A companhia não deu previsão de restabelecimento do serviço nem informou o número de pessoas afetadas pela falta de luz.
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O que está por trás do aumento do número de mulheres na cracolândia
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Em novembro de 2016, a fotógrafa Adri Felden recebeu um convite da Prefeitura de São Paulo para realizar um trabalho voluntário na cracolândia: fazer retratos de dependentes químicas da região. "Antes de aceitar, fui conhecer a cracolândia", conta Felden, de 50 anos, lembrando que a presença de meninas e mulheres na área, algumas delas grávidas, foi o que mais chamou sua atenção. Segundo pesquisa divulgada neste mês pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, a percepção de Adri está certa: o percentual de mulheres na cracolândia mais que dobrou em um ano: de 16% em 2016 para 34% em 2017. Enquanto no ano passado 119 usuárias teriam circulado diariamente pela região que concentrou durante anos uma feira de drogas a céu aberto, neste ano a estimativa é de 642 mulheres. O estudo mostrou que o tráfico está cada vez mais organizado na cracolândia e que traficantes têm privilegiado a cooptação de mulheres para consumo da droga e exploração. Outro ponto identificado foi a associação do tráfico na região à prostituição e ao abuso sexual de crianças, adolescentes e mulheres. "Mulheres que antes iam somente comprar droga acabaram sendo recrutadas pelo tráfico. Muitas delas passaram a ser exploradas, inclusive sexualmente. É impressionante como a cracolândia conseguiu manter as mulheres na região, tanto para consumo como trabalho", aponta o secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro (PSDB). Especialistas envolvidos no estudo apontam que as mulheres são mais vulneráveis do que os homens na cracolândia: chegam com laços sociais e familiares rompidos e, por isso, têm mais dificuldade em procurar e receber ajuda. A pesquisa entrevistou 139 usuários nos períodos entre abril e maio de 2016 e abril e maio de 2017. Foi o primeiro estudo a traçar características sociodemográficas e de vulnerabilidade social da população dessa região. "Foi uma surpresa identificar esse número de mulheres na região e mais surpresa ainda perceber que a violação de direitos humanos em dependentes químicas é maior do que em homens", afirmou Pesaro. Mulheres estão mais expostas à violência - e ao domínio de traficantes - porque muitas vezes o corpo feminino é visto como moeda de troca por drogas. "Constatamos trabalho infantil e análogo à escravidão, com maior incidência sobre o sexo feminino. Há mulheres jovens, mas também muitas idosas são exploradas ali. Também encontramos mulheres em cárcere privado e até reféns", relata o secretário. De acordo com a pesquisa do governo, a população de usuários frequentes da cracolândia saltou de 709 pessoas em 2016 para 1.861 em 2017 - um aumento de 162%. "Um dos motivos desse aumento foi a região ter ficado mais fértil para compra e venda de drogas", avalia Pesaro. PRECONCEITOS Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do Recomeço, programa anticrack do governo estadual, o preconceito é mais intenso contra uma mulher viciada em crack do que contra um homem, o que dificulta uma eventual reabilitação. "É muito mais difícil para a mulher aderir ao tratamento, em função dos estigmas e julgamentos morais, e mais provável que não se sintam confortáveis com o tratamento, por serem minoria", afirma. "Os laços familiares se perdem, ela se dissocia mais rápido dos amigos por causa dos julgamentos, perde a guarda dos filhos. Para sobreviver, ela substitui laços domésticos pelo grupo que encontra na cracolândia", completa. Há também agravantes fisiológicos. Do ponto de vista médico, a dependência química é mais severa em mulheres, por fatores hormonais. "É muito mais difícil para uma mulher se manter abstinente do que para um homem. Também é mais fácil para elas desenvolverem a dependência química", afirma Laranjeira. A origem dessas mulheres dificulta uma possível saída da vida na cracolândia: apenas 56% são de São Paulo e região metropolitana. Outras 19% declararam vir do interior paulista, 21% de outro Estado e 2% de outros países. Para a fotógrafa Felden, que aceitou o convite da gestão municipal anterior e produziu um ensaio fotográfico com 21 dependentes químicas, de 20 a 53 anos, ver a situação daquelas mulheres de perto trouxe "uma desolação profunda". Na época do ensaio, os dependentes químicos ocupavam uma esquina na região da Luz, centro de São Paulo. O fluxo, como era conhecida a concentração de usuários e traficantes, era tão intenso que impedia a passagem de veículos. Desde o último dia 21 de maio, duas ações policiais de combate ao tráfico na região dispersaram os usuários, que se espalharam por outros pontos da área central da cidade, mas tem se reaproximado da cracolândia original. VIOLÊNCIA DE GÊNERO O levantamento indicou que 44% das mulheres da região tinham histórico de abuso físico ou sexual na infância; 70% declararam já terem sido vítimas de violência na cracolândia. Felden, que conversou com dependentes químicas para produzir o ensaio fotográfico, diz que histórias de violência contra as usuárias eram comuns. "Uma das mulheres que fotografei tinha acabado de sofrer um estupro. Ela tem 53 anos e já havia sofrido violência sexual na infância", relata a fotógrafa. "Outra, de 20 anos, analfabeta e moradora de rua, já tinha feito seis abortos e, na última vez que a vi, no Natal, havia levado uma facada de seu companheiro no joelho." "Ali você tem, em um único território, todas as violações de direitos humanos, sendo o grupo das mulheres e crianças o mais vitimado e mais esquecido pelas políticas públicas até agora", afirma Pesaro. GRAVIDEZ E SÍFILIS A pesquisa mostrou também que mais da metade das mulheres que engravidaram na cracolândia nunca quiseram fazer exame pré-natal. Todos os filhos das dependentes químicas da região nasceram abaixo do peso, e 67% nasceram prematuros. No momento da entrevista, 14,3% das mulheres estavam grávidas e 21% já declararam que já tinham praticado aborto. "É fato que quando pensamos em dependentes químicos, sempre pensamos em homens, não em mulheres. Mas elas estão ali e requerem diferentes cuidados e tratamentos que um homem", alerta Laranjeira, para quem o pré-natal deve ser um serviço essencial na cracolândia. "Gravidez precoce e não planejada, aumento de sífilis sem precedentes –talvez a maior epidemia dos últimos anos– HIV, hepatite e tuberculose são problemas atuais da cracolândia", acrescenta Pesaro. O secretário diz que, diante dessas constatações, mulheres estão sendo priorizadas nas unidades de atendimento emergencial a dependentes, montadas pela prefeitura na região central. "Há também um trabalho de convencimento, porque muitas mulheres escondem que têm crianças ou que estão grávidas, com medo de perder os filhos", conta o secretário. Para Laranjeira, a maternidade pode ser uma oportunidade para a mulher deixar o vício. "A ajuda que devemos oferecer a uma grávida nessa situação não é tirar a criança dela. É preciso oferecer um tratamento da dependência química que permita a ela ficar com o filho e, depois, ajudá-la a refazer a vida." AUTOESTIMA Felden conta que produzir o ensaio com as dependentes não foi fácil. Era preciso conquistar confiança e retirá-las da concentração de usuários. Aos poucos e com conversa, conta, as mulheres começaram a vir, trazendo brincos e até maquiagem. Ao ver o resultado do trabalho, Felden revelou as fotos e voltou à região para entregar as imagens às 21 mulheres que registrou. "A ideia era apenas fazer um trabalho voluntário com mulheres da cracolândia, mas esse ensaio se tornou um estímulo de autoestima para que se vissem como mulheres fortes. Uma das mulheres me contou depois que tem tentado reduzir os danos do vício depois que se viu bonita", relata a fotógrafa.
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cotidiano
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O que está por trás do aumento do número de mulheres na cracolândiaEm novembro de 2016, a fotógrafa Adri Felden recebeu um convite da Prefeitura de São Paulo para realizar um trabalho voluntário na cracolândia: fazer retratos de dependentes químicas da região. "Antes de aceitar, fui conhecer a cracolândia", conta Felden, de 50 anos, lembrando que a presença de meninas e mulheres na área, algumas delas grávidas, foi o que mais chamou sua atenção. Segundo pesquisa divulgada neste mês pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, a percepção de Adri está certa: o percentual de mulheres na cracolândia mais que dobrou em um ano: de 16% em 2016 para 34% em 2017. Enquanto no ano passado 119 usuárias teriam circulado diariamente pela região que concentrou durante anos uma feira de drogas a céu aberto, neste ano a estimativa é de 642 mulheres. O estudo mostrou que o tráfico está cada vez mais organizado na cracolândia e que traficantes têm privilegiado a cooptação de mulheres para consumo da droga e exploração. Outro ponto identificado foi a associação do tráfico na região à prostituição e ao abuso sexual de crianças, adolescentes e mulheres. "Mulheres que antes iam somente comprar droga acabaram sendo recrutadas pelo tráfico. Muitas delas passaram a ser exploradas, inclusive sexualmente. É impressionante como a cracolândia conseguiu manter as mulheres na região, tanto para consumo como trabalho", aponta o secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro (PSDB). Especialistas envolvidos no estudo apontam que as mulheres são mais vulneráveis do que os homens na cracolândia: chegam com laços sociais e familiares rompidos e, por isso, têm mais dificuldade em procurar e receber ajuda. A pesquisa entrevistou 139 usuários nos períodos entre abril e maio de 2016 e abril e maio de 2017. Foi o primeiro estudo a traçar características sociodemográficas e de vulnerabilidade social da população dessa região. "Foi uma surpresa identificar esse número de mulheres na região e mais surpresa ainda perceber que a violação de direitos humanos em dependentes químicas é maior do que em homens", afirmou Pesaro. Mulheres estão mais expostas à violência - e ao domínio de traficantes - porque muitas vezes o corpo feminino é visto como moeda de troca por drogas. "Constatamos trabalho infantil e análogo à escravidão, com maior incidência sobre o sexo feminino. Há mulheres jovens, mas também muitas idosas são exploradas ali. Também encontramos mulheres em cárcere privado e até reféns", relata o secretário. De acordo com a pesquisa do governo, a população de usuários frequentes da cracolândia saltou de 709 pessoas em 2016 para 1.861 em 2017 - um aumento de 162%. "Um dos motivos desse aumento foi a região ter ficado mais fértil para compra e venda de drogas", avalia Pesaro. PRECONCEITOS Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do Recomeço, programa anticrack do governo estadual, o preconceito é mais intenso contra uma mulher viciada em crack do que contra um homem, o que dificulta uma eventual reabilitação. "É muito mais difícil para a mulher aderir ao tratamento, em função dos estigmas e julgamentos morais, e mais provável que não se sintam confortáveis com o tratamento, por serem minoria", afirma. "Os laços familiares se perdem, ela se dissocia mais rápido dos amigos por causa dos julgamentos, perde a guarda dos filhos. Para sobreviver, ela substitui laços domésticos pelo grupo que encontra na cracolândia", completa. Há também agravantes fisiológicos. Do ponto de vista médico, a dependência química é mais severa em mulheres, por fatores hormonais. "É muito mais difícil para uma mulher se manter abstinente do que para um homem. Também é mais fácil para elas desenvolverem a dependência química", afirma Laranjeira. A origem dessas mulheres dificulta uma possível saída da vida na cracolândia: apenas 56% são de São Paulo e região metropolitana. Outras 19% declararam vir do interior paulista, 21% de outro Estado e 2% de outros países. Para a fotógrafa Felden, que aceitou o convite da gestão municipal anterior e produziu um ensaio fotográfico com 21 dependentes químicas, de 20 a 53 anos, ver a situação daquelas mulheres de perto trouxe "uma desolação profunda". Na época do ensaio, os dependentes químicos ocupavam uma esquina na região da Luz, centro de São Paulo. O fluxo, como era conhecida a concentração de usuários e traficantes, era tão intenso que impedia a passagem de veículos. Desde o último dia 21 de maio, duas ações policiais de combate ao tráfico na região dispersaram os usuários, que se espalharam por outros pontos da área central da cidade, mas tem se reaproximado da cracolândia original. VIOLÊNCIA DE GÊNERO O levantamento indicou que 44% das mulheres da região tinham histórico de abuso físico ou sexual na infância; 70% declararam já terem sido vítimas de violência na cracolândia. Felden, que conversou com dependentes químicas para produzir o ensaio fotográfico, diz que histórias de violência contra as usuárias eram comuns. "Uma das mulheres que fotografei tinha acabado de sofrer um estupro. Ela tem 53 anos e já havia sofrido violência sexual na infância", relata a fotógrafa. "Outra, de 20 anos, analfabeta e moradora de rua, já tinha feito seis abortos e, na última vez que a vi, no Natal, havia levado uma facada de seu companheiro no joelho." "Ali você tem, em um único território, todas as violações de direitos humanos, sendo o grupo das mulheres e crianças o mais vitimado e mais esquecido pelas políticas públicas até agora", afirma Pesaro. GRAVIDEZ E SÍFILIS A pesquisa mostrou também que mais da metade das mulheres que engravidaram na cracolândia nunca quiseram fazer exame pré-natal. Todos os filhos das dependentes químicas da região nasceram abaixo do peso, e 67% nasceram prematuros. No momento da entrevista, 14,3% das mulheres estavam grávidas e 21% já declararam que já tinham praticado aborto. "É fato que quando pensamos em dependentes químicos, sempre pensamos em homens, não em mulheres. Mas elas estão ali e requerem diferentes cuidados e tratamentos que um homem", alerta Laranjeira, para quem o pré-natal deve ser um serviço essencial na cracolândia. "Gravidez precoce e não planejada, aumento de sífilis sem precedentes –talvez a maior epidemia dos últimos anos– HIV, hepatite e tuberculose são problemas atuais da cracolândia", acrescenta Pesaro. O secretário diz que, diante dessas constatações, mulheres estão sendo priorizadas nas unidades de atendimento emergencial a dependentes, montadas pela prefeitura na região central. "Há também um trabalho de convencimento, porque muitas mulheres escondem que têm crianças ou que estão grávidas, com medo de perder os filhos", conta o secretário. Para Laranjeira, a maternidade pode ser uma oportunidade para a mulher deixar o vício. "A ajuda que devemos oferecer a uma grávida nessa situação não é tirar a criança dela. É preciso oferecer um tratamento da dependência química que permita a ela ficar com o filho e, depois, ajudá-la a refazer a vida." AUTOESTIMA Felden conta que produzir o ensaio com as dependentes não foi fácil. Era preciso conquistar confiança e retirá-las da concentração de usuários. Aos poucos e com conversa, conta, as mulheres começaram a vir, trazendo brincos e até maquiagem. Ao ver o resultado do trabalho, Felden revelou as fotos e voltou à região para entregar as imagens às 21 mulheres que registrou. "A ideia era apenas fazer um trabalho voluntário com mulheres da cracolândia, mas esse ensaio se tornou um estímulo de autoestima para que se vissem como mulheres fortes. Uma das mulheres me contou depois que tem tentado reduzir os danos do vício depois que se viu bonita", relata a fotógrafa.
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Com eleições próximas, Serra Leoa proíbe grupos de corrida
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Era comum em Serra Leoa ver grupos de jovens praticando corrida nas ruas de cidades de todo o país nas manhãs dos dias úteis. A prática de exercícios físicos em grupo é uma atividade popular no país. Alguns grupos corriam em silêncio; outros cantavam e batiam palmas enquanto avançavam, às vezes seguindo veículos que tocavam música em alto volume. Esses grupos de corredores são uma constante em Serra Leoa há décadas. As autoridades agora proibiram a prática, alegando que ela possibilita comportamento desordeiro e criminal. Mas ativistas locais que defendem os direitos humanos condenaram a proibição, considerando que é uma tentativa de restringir as reuniões em grupo e de sufocar a livre expressão antes das eleições marcadas para o início de 2018. A polícia nacional de Serra Leoa emitiu uma ordem no mês passado proibindo as corridas em grupo, dizendo que as autoridades "observaram consternadas" que grandes grupos de pessoas correm nas ruas "com um quê de ameaça, chovendo insultos sobre as pessoas, obstruindo o trânsito, dando socos em veículos, tocando música em alto volume" e assaltando os transeuntes. Em entrevista à rádio em que defendeu a medida, o inspetor geral da polícia nacional leonesa, Francis Munu, disse que "elementos desordeiros" frequentemente participam dos grupos de corredores, "roubando telefones" e "provocando agitação pública". Ele disse que entende que as pessoas deveriam ter o direito de se reunir em grupos e movimentar-se livremente, mas que os bandos de corredores colocam a segurança pública em risco. Alguns corredores e outras pessoas reagiram com ceticismo. Em Serra Leoa geralmente há pouco movimento nos finais de semana, o momento de pico das corridas em grupo. Desde a epidemia de ebola que se alastrou pelo país três anos atrás, matando milhares de pessoas, as lojas não abrem aos domingos. As ruas ficam virtualmente vazias, com a exceção dos corredores, que frequentemente vestem camisetas de futebol e às vezes carregam aparelhos de som. "Como podem os corredores roubar telefones e provocar agitação pública num dia em que o comércio e os escritórios estão fechados e as ruas estão vazias?", perguntou Andrew Marrah, que corre aos domingos na capital, Freetown. "Não há razão para não nos deixarem correr." Alguns grupos locais de defesa dos direitos humanos suspeitam que a proibição seja politicamente motivada. O governo estaria preocupado com a possível influência dos grupos de corredores, no momento em que o país se prepara para uma eleição presidencial importante. O partido governista, Congresso de Todo o Povo, pode estar querendo evitar uma reprise dos acontecimentos que o ajudaram a chegar ao poder na campanha presidencial de dez anos atrás. O partido, então oposicionista, foi acusado na época de pagar jovens –com dinheiro e álcool– para irem às ruas correr em bandos nos finais de semana, cantando canções de ódio e gritando palavras de ordem contra o governo. O Congresso de Todo o Povo venceu aquela eleição, e seu candidato, Ernest Bai Koroma, se tornou o presidente. Koroma foi reeleito em 2012, mas não pode se candidatar novamente devido ao limite legal de mandatos presidenciais. Dois políticos oposicionistas que provavelmente serão candidatos à Presidência, Julius Maada Bio e Kandeh Kolleh Yumkella, são vistos com frequência correndo nas ruas e praias de Freetown nos fins de semana. Partidários correm atrás deles, cantando e gritando elogios. As multidões que os seguem vêm crescendo. Segundo o secretário-geral do Movimento pelo Progresso Social, Karim Bah, a proibição das corridas em grupo reflete um governo que está preocupado com suas perspectivas eleitorais. "Desde que o governo atual chegou ao poder, o direito à realização de protestos pacíficos é desrespeitado", disse Bah. "Precisamos defender nosso direito à liberdade de reunião. Esta proibição é inaceitável." Protestos públicos são permitidos em Serra Leoa apenas com autorização da polícia, que raramente é concedida. Até agora a proibição parece estar sendo aplicada principalmente a grupos que correm nas ruas. Samuel Saio Conteh, porta-voz da polícia leonesa, disse que os corredores ainda podem correr livremente em grupos nas praias e em áreas recreativas, como as pistas em volta de estádios de futebol. A proibição atinge até mesmo membros das forças armadas nacionais, acostumados a correr nas ruas como parte de seus treinos, disse Conteh. Com a nova medida, também eles precisarão de autorização da polícia nacional. Outros grupos também podem solicitar autorização policial para correr em grupos grandes. "Quando a polícia recebe um pedido de autorização, sabe quem são os responsáveis em casos de desordem pública", explicou Conteh. Muitos corredores temem que a proibição atrapalhe uma atividade que é uma parte importante de seu condicionamento físico. Abu Bakarr Suma, de Freetown, é técnico de computadores e telefones. Dois anos atrás, percebeu que havia ganho peso demais e resolveu começar a se exercitar. Inicialmente ele corria por apenas 20 minutos em seu próprio bairro. Mas, depois de entrar para um grupo de corredores, sua resistência física melhorou. Hoje ele consegue correr por até duas horas e já perdeu peso. "Quando você corre em grupo, ninguém fica para trás", disse Suma. "A música, a cantoria e as palmas dão ânimo para você seguir adiante." Tradução de CLARA ALLAIN
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mundo
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Com eleições próximas, Serra Leoa proíbe grupos de corridaEra comum em Serra Leoa ver grupos de jovens praticando corrida nas ruas de cidades de todo o país nas manhãs dos dias úteis. A prática de exercícios físicos em grupo é uma atividade popular no país. Alguns grupos corriam em silêncio; outros cantavam e batiam palmas enquanto avançavam, às vezes seguindo veículos que tocavam música em alto volume. Esses grupos de corredores são uma constante em Serra Leoa há décadas. As autoridades agora proibiram a prática, alegando que ela possibilita comportamento desordeiro e criminal. Mas ativistas locais que defendem os direitos humanos condenaram a proibição, considerando que é uma tentativa de restringir as reuniões em grupo e de sufocar a livre expressão antes das eleições marcadas para o início de 2018. A polícia nacional de Serra Leoa emitiu uma ordem no mês passado proibindo as corridas em grupo, dizendo que as autoridades "observaram consternadas" que grandes grupos de pessoas correm nas ruas "com um quê de ameaça, chovendo insultos sobre as pessoas, obstruindo o trânsito, dando socos em veículos, tocando música em alto volume" e assaltando os transeuntes. Em entrevista à rádio em que defendeu a medida, o inspetor geral da polícia nacional leonesa, Francis Munu, disse que "elementos desordeiros" frequentemente participam dos grupos de corredores, "roubando telefones" e "provocando agitação pública". Ele disse que entende que as pessoas deveriam ter o direito de se reunir em grupos e movimentar-se livremente, mas que os bandos de corredores colocam a segurança pública em risco. Alguns corredores e outras pessoas reagiram com ceticismo. Em Serra Leoa geralmente há pouco movimento nos finais de semana, o momento de pico das corridas em grupo. Desde a epidemia de ebola que se alastrou pelo país três anos atrás, matando milhares de pessoas, as lojas não abrem aos domingos. As ruas ficam virtualmente vazias, com a exceção dos corredores, que frequentemente vestem camisetas de futebol e às vezes carregam aparelhos de som. "Como podem os corredores roubar telefones e provocar agitação pública num dia em que o comércio e os escritórios estão fechados e as ruas estão vazias?", perguntou Andrew Marrah, que corre aos domingos na capital, Freetown. "Não há razão para não nos deixarem correr." Alguns grupos locais de defesa dos direitos humanos suspeitam que a proibição seja politicamente motivada. O governo estaria preocupado com a possível influência dos grupos de corredores, no momento em que o país se prepara para uma eleição presidencial importante. O partido governista, Congresso de Todo o Povo, pode estar querendo evitar uma reprise dos acontecimentos que o ajudaram a chegar ao poder na campanha presidencial de dez anos atrás. O partido, então oposicionista, foi acusado na época de pagar jovens –com dinheiro e álcool– para irem às ruas correr em bandos nos finais de semana, cantando canções de ódio e gritando palavras de ordem contra o governo. O Congresso de Todo o Povo venceu aquela eleição, e seu candidato, Ernest Bai Koroma, se tornou o presidente. Koroma foi reeleito em 2012, mas não pode se candidatar novamente devido ao limite legal de mandatos presidenciais. Dois políticos oposicionistas que provavelmente serão candidatos à Presidência, Julius Maada Bio e Kandeh Kolleh Yumkella, são vistos com frequência correndo nas ruas e praias de Freetown nos fins de semana. Partidários correm atrás deles, cantando e gritando elogios. As multidões que os seguem vêm crescendo. Segundo o secretário-geral do Movimento pelo Progresso Social, Karim Bah, a proibição das corridas em grupo reflete um governo que está preocupado com suas perspectivas eleitorais. "Desde que o governo atual chegou ao poder, o direito à realização de protestos pacíficos é desrespeitado", disse Bah. "Precisamos defender nosso direito à liberdade de reunião. Esta proibição é inaceitável." Protestos públicos são permitidos em Serra Leoa apenas com autorização da polícia, que raramente é concedida. Até agora a proibição parece estar sendo aplicada principalmente a grupos que correm nas ruas. Samuel Saio Conteh, porta-voz da polícia leonesa, disse que os corredores ainda podem correr livremente em grupos nas praias e em áreas recreativas, como as pistas em volta de estádios de futebol. A proibição atinge até mesmo membros das forças armadas nacionais, acostumados a correr nas ruas como parte de seus treinos, disse Conteh. Com a nova medida, também eles precisarão de autorização da polícia nacional. Outros grupos também podem solicitar autorização policial para correr em grupos grandes. "Quando a polícia recebe um pedido de autorização, sabe quem são os responsáveis em casos de desordem pública", explicou Conteh. Muitos corredores temem que a proibição atrapalhe uma atividade que é uma parte importante de seu condicionamento físico. Abu Bakarr Suma, de Freetown, é técnico de computadores e telefones. Dois anos atrás, percebeu que havia ganho peso demais e resolveu começar a se exercitar. Inicialmente ele corria por apenas 20 minutos em seu próprio bairro. Mas, depois de entrar para um grupo de corredores, sua resistência física melhorou. Hoje ele consegue correr por até duas horas e já perdeu peso. "Quando você corre em grupo, ninguém fica para trás", disse Suma. "A música, a cantoria e as palmas dão ânimo para você seguir adiante." Tradução de CLARA ALLAIN
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José Paulo Lanyi: O apartheid econômico na ilha de Fidel
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Com o pulso socialista e as pernas amparadas em um capitalismo de muletas, Cuba vive a sua transição. O povo está esperançoso, diante do acordo com os EUA e da perspectiva da chegada de mais turistas. Mas ele sabe que há muito mais a ser feito para que possa, enfim, viver com dignidade. Deve-se levantar o bloqueio de fora. E o "apartheid" de dentro. Voltamos, minha namorada e eu, de uma jornada de três semanas pelo Eldorado que só a ideologia e a ficção são capazes de fundar. Viagem independente. Nada de pacotes e excursões. Ficamos em casas de famílias que alugam quartos para estrangeiros. Foi assim na caótica Havana, nos "mogotes" de Viñales e na aristocrática Varadero. No decorrer dos dias, as férias foram minguando para dar lugar ao espanto. Canais de televisão celebravam a chegada do 56º ano da revolução. Descobrimos que, tanto quanto lá, em países como China, Rússia, Brasil e Venezuela, só acontecem coisas boas. Em Cuba, poucos são os escolhidos. Donos de lojas, restaurantes, hotéis e casas particulares convertidas em hospedaria são autorizados a cobrar em moeda turística (CUC, peso convertível), cujo valor é pouco menor do que o do euro. Esses vivem melhor, reinvestem e fazem o dinheiro circular. O grosso da população que tem emprego recebe em uma moeda que vale 25 vezes menos. E, como ganha uma espécie de cesta básica que também não cobre o mês, faz de sua rotina uma jornada pela selva. Vale tudo pelo dinheiro dos turistas. Muitos moradores mendigam, enganam, colocam, literalmente, camundongo em cima de cachorro para conseguir aquele trocado que para os gringos não é nada. Mas, para os excluídos, é uma fortuna em pesos nacionais. E a ciranda do desespero recomeça no dia seguinte. Turista pode tudo. Cubano não pode nada, a menos que receba a chancela para trabalhar com estrangeiros. Nas praias de Varadero, se um forasteiro se senta em uma "cadeira proibida" de um resort, ouve de um segurança que terá de pagar 1 ou 2 CUCs para ficar (embora, provavelmente, o hotel não saiba disso). Se um residente se abanca ali, é escorraçado pelo mesmo homem. Cubanos só podem entrar em restaurantes para nacionais e, de modo similar, em casas de hospedagem com um selo vermelho na porta. As de selo azul, melhores e mais refinadas, são frequentadas pelos estrangeiros. A corrupção é a marca da desigualdade. Em uma farmácia para nativos, a balconista exigiu 40 pesos nacionais em uma compra que deveria custar 15. Uma propina de, digamos, R$ 3. Tudo para vender duas pomadas anti-inflamatórias que, dizia a atendente, exigiam receita médica –o que não era verdade. E turistas, diga-se, também podem comprar nesses locais. No câmbio, a operadora "se enganou" e, confrontada com o seu "erro", devolveu, sem reclamar, o equivalente a R$ 9. O contraste entre o que se pode ter e o que se vê nas mãos dos estrangeiros e da minoria habilitada gera grande insatisfação popular. Muitos falam mal do governo e dizem que, enquanto a massa se sacrifica, Fidel Castro, integrantes de seu regime, artistas e esportistas famosos vivem em mansões em uma região rica a oeste de Havana. Voltamos para o Brasil com uma imagem que sintetiza o sentimento desse povo. Em Varadero, um brasileiro deu o seu mergulho, pegou a toalha na cadeira e rumou para um hotel da rede Meliá. Ostentava, no braço bronzeado, uma tatuagem de Che Guevara. JOSÉ PAULO LANYI, 44, é escritor, produtor de cinema e consultor de comunicação * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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José Paulo Lanyi: O apartheid econômico na ilha de FidelCom o pulso socialista e as pernas amparadas em um capitalismo de muletas, Cuba vive a sua transição. O povo está esperançoso, diante do acordo com os EUA e da perspectiva da chegada de mais turistas. Mas ele sabe que há muito mais a ser feito para que possa, enfim, viver com dignidade. Deve-se levantar o bloqueio de fora. E o "apartheid" de dentro. Voltamos, minha namorada e eu, de uma jornada de três semanas pelo Eldorado que só a ideologia e a ficção são capazes de fundar. Viagem independente. Nada de pacotes e excursões. Ficamos em casas de famílias que alugam quartos para estrangeiros. Foi assim na caótica Havana, nos "mogotes" de Viñales e na aristocrática Varadero. No decorrer dos dias, as férias foram minguando para dar lugar ao espanto. Canais de televisão celebravam a chegada do 56º ano da revolução. Descobrimos que, tanto quanto lá, em países como China, Rússia, Brasil e Venezuela, só acontecem coisas boas. Em Cuba, poucos são os escolhidos. Donos de lojas, restaurantes, hotéis e casas particulares convertidas em hospedaria são autorizados a cobrar em moeda turística (CUC, peso convertível), cujo valor é pouco menor do que o do euro. Esses vivem melhor, reinvestem e fazem o dinheiro circular. O grosso da população que tem emprego recebe em uma moeda que vale 25 vezes menos. E, como ganha uma espécie de cesta básica que também não cobre o mês, faz de sua rotina uma jornada pela selva. Vale tudo pelo dinheiro dos turistas. Muitos moradores mendigam, enganam, colocam, literalmente, camundongo em cima de cachorro para conseguir aquele trocado que para os gringos não é nada. Mas, para os excluídos, é uma fortuna em pesos nacionais. E a ciranda do desespero recomeça no dia seguinte. Turista pode tudo. Cubano não pode nada, a menos que receba a chancela para trabalhar com estrangeiros. Nas praias de Varadero, se um forasteiro se senta em uma "cadeira proibida" de um resort, ouve de um segurança que terá de pagar 1 ou 2 CUCs para ficar (embora, provavelmente, o hotel não saiba disso). Se um residente se abanca ali, é escorraçado pelo mesmo homem. Cubanos só podem entrar em restaurantes para nacionais e, de modo similar, em casas de hospedagem com um selo vermelho na porta. As de selo azul, melhores e mais refinadas, são frequentadas pelos estrangeiros. A corrupção é a marca da desigualdade. Em uma farmácia para nativos, a balconista exigiu 40 pesos nacionais em uma compra que deveria custar 15. Uma propina de, digamos, R$ 3. Tudo para vender duas pomadas anti-inflamatórias que, dizia a atendente, exigiam receita médica –o que não era verdade. E turistas, diga-se, também podem comprar nesses locais. No câmbio, a operadora "se enganou" e, confrontada com o seu "erro", devolveu, sem reclamar, o equivalente a R$ 9. O contraste entre o que se pode ter e o que se vê nas mãos dos estrangeiros e da minoria habilitada gera grande insatisfação popular. Muitos falam mal do governo e dizem que, enquanto a massa se sacrifica, Fidel Castro, integrantes de seu regime, artistas e esportistas famosos vivem em mansões em uma região rica a oeste de Havana. Voltamos para o Brasil com uma imagem que sintetiza o sentimento desse povo. Em Varadero, um brasileiro deu o seu mergulho, pegou a toalha na cadeira e rumou para um hotel da rede Meliá. Ostentava, no braço bronzeado, uma tatuagem de Che Guevara. JOSÉ PAULO LANYI, 44, é escritor, produtor de cinema e consultor de comunicação * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Laranja e açúcar puxam alta de 7,2% do PIB do agronegócio paulista
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Duas das principais culturas de São Paulo, açúcar e laranja, impulsionaram o PIB agrícola paulista de 2016. Entre os elos da cadeia produtiva do agronegócio, o destaque ficou com o setor básico -as chamadas atividades dentro da porteira. A evolução no ano passado nesse segmento foi de 19%. O setor básico agrícola, puxado por laranja e açúcar, tem alta prevista de 24% para 2016, enquanto a pecuária cresce 4,2%. Com isso, mesmo com peso menor na composição do PIB, o segmento primário contribuiu decisivamente para a evolução de 7,2% do PIB do agronegócio em 2016, que deverá atingir R$ 277 bilhões. Os números são estimativas do Deagro (Departamento do Agronegócio) da Fiesp e do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com base em dados de até outubro. O bom desempenho das atividades dentro da porteira se estendeu a vários outros produtos, como café, soja, milho, feijão, amendoim e uva. O bom momento da cana –São Paulo tem 57% da participação da produção nacional– ocorreu devido ao deficit global de açúcar. Problemas em importantes produtores mundiais favoreceram o comércio do Brasil. Isso porque a oferta de açúcar está menor do que a produção, o que garante ao país outros anos de boas receitas. Já a laranja teve preço reajustado em 2016 devido aos baixos estoques mundiais de suco, que terminaram o ano em um dos menores patamares da história da indústria. Apesar de uma previsão de recuperação da safra de laranja neste ano, o preço da fruta vai continuar aquecido. A CitrusBR, associação das indústrias do setor, espera estoque de apenas 70 mil toneladas de suco ao fim de junho. É um volume muito baixo e jamais visto, suficiente para o consumo de apenas três semanas. São Paulo representa 73% de todo o volume de laranja produzido no Brasil. "As duas atividades foram beneficiadas por uma conjuntura global de retração da oferta, resultando em alta de preços ao produtor, em um cenário que também favoreceu o setor de insumos agropecuários", diz Antônio Carlos Costa, gerente do Deagro. Já as atividades consideradas "antes da porteira", que compreendem as indústrias de insumos agropecuários, devem crescer 3,1% em 2016. Nesse segmento, os insumos para a pecuária foram o destaque, com evolução de 8,5%, devido ao bom desempenho da indústria de nutrição animal. Esta teve faturamento real de 14,1%. Já os insumos agrícolas não tiveram grande alteração, na média. Enquanto os números dos segmentos de adubos e de defensivos são positivos, os de máquinas agrícolas puxam a taxa de evolução para baixo. A indústria de máquinas teve retração de 21% no ano passado no Estado, conforme dados apurados até outubro. O setor já começou a reagir. No segundo semestre de 2016, houve alta de 30% em relação ao primeiro e, no primeiro mês deste ano, a evolução da vendas foi de 74% ante igual período de 2016. O cenário negativo da indústria está sendo amenizado, o que gera uma expectativa de recuperação, diz Costa. O segmento industrial, que engloba as indústrias de alimentos, entre outras, deverá fechar 2016 com alta de 5,7%. O setor agrícola, com alta de 6,3%, foi impulsionado pelas indústrias de café, de soja e, principalmente, de açúcar. A pecuária deverá crescer 4,2%. Ovos e avicultura obtiveram elevação de preços, e a bovinocultura, baixa. Já a indústria da pecuária deverá crescer 1,6%, tendo sustentação dos derivados de leite, cuja elevação de preços foi de 17,7%.
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Laranja e açúcar puxam alta de 7,2% do PIB do agronegócio paulistaDuas das principais culturas de São Paulo, açúcar e laranja, impulsionaram o PIB agrícola paulista de 2016. Entre os elos da cadeia produtiva do agronegócio, o destaque ficou com o setor básico -as chamadas atividades dentro da porteira. A evolução no ano passado nesse segmento foi de 19%. O setor básico agrícola, puxado por laranja e açúcar, tem alta prevista de 24% para 2016, enquanto a pecuária cresce 4,2%. Com isso, mesmo com peso menor na composição do PIB, o segmento primário contribuiu decisivamente para a evolução de 7,2% do PIB do agronegócio em 2016, que deverá atingir R$ 277 bilhões. Os números são estimativas do Deagro (Departamento do Agronegócio) da Fiesp e do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com base em dados de até outubro. O bom desempenho das atividades dentro da porteira se estendeu a vários outros produtos, como café, soja, milho, feijão, amendoim e uva. O bom momento da cana –São Paulo tem 57% da participação da produção nacional– ocorreu devido ao deficit global de açúcar. Problemas em importantes produtores mundiais favoreceram o comércio do Brasil. Isso porque a oferta de açúcar está menor do que a produção, o que garante ao país outros anos de boas receitas. Já a laranja teve preço reajustado em 2016 devido aos baixos estoques mundiais de suco, que terminaram o ano em um dos menores patamares da história da indústria. Apesar de uma previsão de recuperação da safra de laranja neste ano, o preço da fruta vai continuar aquecido. A CitrusBR, associação das indústrias do setor, espera estoque de apenas 70 mil toneladas de suco ao fim de junho. É um volume muito baixo e jamais visto, suficiente para o consumo de apenas três semanas. São Paulo representa 73% de todo o volume de laranja produzido no Brasil. "As duas atividades foram beneficiadas por uma conjuntura global de retração da oferta, resultando em alta de preços ao produtor, em um cenário que também favoreceu o setor de insumos agropecuários", diz Antônio Carlos Costa, gerente do Deagro. Já as atividades consideradas "antes da porteira", que compreendem as indústrias de insumos agropecuários, devem crescer 3,1% em 2016. Nesse segmento, os insumos para a pecuária foram o destaque, com evolução de 8,5%, devido ao bom desempenho da indústria de nutrição animal. Esta teve faturamento real de 14,1%. Já os insumos agrícolas não tiveram grande alteração, na média. Enquanto os números dos segmentos de adubos e de defensivos são positivos, os de máquinas agrícolas puxam a taxa de evolução para baixo. A indústria de máquinas teve retração de 21% no ano passado no Estado, conforme dados apurados até outubro. O setor já começou a reagir. No segundo semestre de 2016, houve alta de 30% em relação ao primeiro e, no primeiro mês deste ano, a evolução da vendas foi de 74% ante igual período de 2016. O cenário negativo da indústria está sendo amenizado, o que gera uma expectativa de recuperação, diz Costa. O segmento industrial, que engloba as indústrias de alimentos, entre outras, deverá fechar 2016 com alta de 5,7%. O setor agrícola, com alta de 6,3%, foi impulsionado pelas indústrias de café, de soja e, principalmente, de açúcar. A pecuária deverá crescer 4,2%. Ovos e avicultura obtiveram elevação de preços, e a bovinocultura, baixa. Já a indústria da pecuária deverá crescer 1,6%, tendo sustentação dos derivados de leite, cuja elevação de preços foi de 17,7%.
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'Queermuseu': quando o 'cause washing' dos bancos dá errado
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Em 1933, quando Hitler chegou ao poder e começou a perseguir comunistas, um fabricante alemão de bijuterias se deparou com um problema: tinha o estoque cheio de brincos de metal com a forma da foice-e-martelo. Para evitar o prejuízo e a provável perseguição, o empresário jogou os brincos de volta no cadinho e os fundiu novamente —como pequenas suásticas. Sempre me lembro dessa história quando vejo propagandas de empresas em defesa da bicicleta, da arte contemporânea ou do empoderamento. "Ande mais de bicicleta", dizia, meses atrás, o letreiro de uma agência do Itaú, banco que ganha um bom trocado com o financiamento de automóveis. Empresas tentam nos convencer que são morais, mas na verdade só defendem as causas da moda. São capazes de apoiar até mesmo ideias contrárias ao capitalismo, como os brincos comunistas do fabricante alemão ou camisetas de Che Guevara. Fiéis ao "cause washing", publicitários tentam transformar marcas numa típica pessoa fofa do século 21 —tolerante, progressista e sem preconceitos. Mas largam a estratégia no momento em que ela deixar de render likes. Devem acreditar que lucro é pecado, por isso as empresas devem praticar boas ações para se livrar da culpa. A conversa fiada do "cause washing" foi deliciosamente desmascarada na polêmica da exposição "Queermuseu" esta semana. Diante das acusações de que a mostra incentivava a pedofilia e outras perversões, o Santander poderia ter criado uma classificação etária e um alerta aos pais. Mas cedeu à pressão e interrompeu o evento. Com essa atitude, o banco deixou claro o que sempre soubemos, mas já estávamos esquecendo: antes de tudo, ele está comprometido com a própria imagem. Ao patrocinar a exposição, queria parecer sofisticado e atrair correntistas. Ao interrompê-la, conseguiu desagradar os dois lados da polêmica. O caso rendeu uma lição preciosa aos artistas: isso que dá depender de bancos. As empresas patrocinarão seu trabalho até o momento em que ele perturbar o departamento de marketing. Se você se considera um artista transgressor, há algo errado se um banco não se incomoda em bancar sua exposição. Para quem ficou indignado com a interrupção da "Queermuseu", existe uma forma criativa de contra-ataque. É fácil criar uma vaquinha on-line e arrecadar dinheiro para reabrir a exposição em outro espaço de Porto Alegre ou em outras cidades. A atenção que o caso gerou pode render muitos participantes de um financiamento coletivo. Sem o patrocínio de bancos via Lei Rouanet, ninguém poderá acusar os organizadores da exposição de usar dinheiro público para incentivar a pedofilia ou a zoofilia. E nenhum banqueiro terá direito de interromper a mostra de repente. Mas seria de bom tom avisar os pais quanto ao conteúdo das obras.
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'Queermuseu': quando o 'cause washing' dos bancos dá erradoEm 1933, quando Hitler chegou ao poder e começou a perseguir comunistas, um fabricante alemão de bijuterias se deparou com um problema: tinha o estoque cheio de brincos de metal com a forma da foice-e-martelo. Para evitar o prejuízo e a provável perseguição, o empresário jogou os brincos de volta no cadinho e os fundiu novamente —como pequenas suásticas. Sempre me lembro dessa história quando vejo propagandas de empresas em defesa da bicicleta, da arte contemporânea ou do empoderamento. "Ande mais de bicicleta", dizia, meses atrás, o letreiro de uma agência do Itaú, banco que ganha um bom trocado com o financiamento de automóveis. Empresas tentam nos convencer que são morais, mas na verdade só defendem as causas da moda. São capazes de apoiar até mesmo ideias contrárias ao capitalismo, como os brincos comunistas do fabricante alemão ou camisetas de Che Guevara. Fiéis ao "cause washing", publicitários tentam transformar marcas numa típica pessoa fofa do século 21 —tolerante, progressista e sem preconceitos. Mas largam a estratégia no momento em que ela deixar de render likes. Devem acreditar que lucro é pecado, por isso as empresas devem praticar boas ações para se livrar da culpa. A conversa fiada do "cause washing" foi deliciosamente desmascarada na polêmica da exposição "Queermuseu" esta semana. Diante das acusações de que a mostra incentivava a pedofilia e outras perversões, o Santander poderia ter criado uma classificação etária e um alerta aos pais. Mas cedeu à pressão e interrompeu o evento. Com essa atitude, o banco deixou claro o que sempre soubemos, mas já estávamos esquecendo: antes de tudo, ele está comprometido com a própria imagem. Ao patrocinar a exposição, queria parecer sofisticado e atrair correntistas. Ao interrompê-la, conseguiu desagradar os dois lados da polêmica. O caso rendeu uma lição preciosa aos artistas: isso que dá depender de bancos. As empresas patrocinarão seu trabalho até o momento em que ele perturbar o departamento de marketing. Se você se considera um artista transgressor, há algo errado se um banco não se incomoda em bancar sua exposição. Para quem ficou indignado com a interrupção da "Queermuseu", existe uma forma criativa de contra-ataque. É fácil criar uma vaquinha on-line e arrecadar dinheiro para reabrir a exposição em outro espaço de Porto Alegre ou em outras cidades. A atenção que o caso gerou pode render muitos participantes de um financiamento coletivo. Sem o patrocínio de bancos via Lei Rouanet, ninguém poderá acusar os organizadores da exposição de usar dinheiro público para incentivar a pedofilia ou a zoofilia. E nenhum banqueiro terá direito de interromper a mostra de repente. Mas seria de bom tom avisar os pais quanto ao conteúdo das obras.
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Decisão da Petrobras faz preço do gás natural subir 23% em 14 meses
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Mais de 2 milhões de consumidores, industriais e residenciais, tiveram de suportar, nos últimos 14 meses, aumento de 23% no custo do gás natural canalizado, com a decisão da Petrobras de cortar descontos no preço do produto, calcula a Abegás (Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado). Os descontos estavam em vigor desde 2011 e eram da ordem de 35%. Começaram a ser cortados em abril do ano passado, de acordo com a instituição. O objetivo do preço menor era preservar a competitividade do insumo, diante das cotações de óleo combustível. Depois de um reajuste em maio deste ano, haverá outro agora em junho, de acordo com a Abegás. É resultado de mais um corte nos descontos, comunicado pela Petrobras no começo da semana, diz Augusto Salomon, presidente da Associação. Desta vez, a alta no preço será de quase 8%. A Petrobras já confirmou que os descontos serão zerados até o fim do ano. A alta no gás nos últimos meses fez o preço interno do produto descolar ainda mais das cotações internacionais, uma vez que o barril de petróleo caiu de um patamar acima de US$ 110, em meados de 2014, para cerca de US$ 60, atualmente, diz Salomon. Segundo o representante da associação, os reajustes não têm respeitado o que preveem os contratos, que seria a revisão trimestral dos preços, e, na prática, as últimas altas foram mensais. A estatal informou, por nota, "que não houve mudança na política de preços de gás natural". Os "eventuais descontos não afetam a fórmula do preço do gás prevista nos contratos, mantendo-se, portanto, inalterados todos os instrumentos contratuais existentes", diz a empresa. A Petrobras afirma, ainda, que a medida foi tomada para "restabelecer o alinhamento dos preços relativos dos energéticos, preservando, contudo, a competitividade do gás natural no mercado". Salomon disse ter enviado uma carta à Petrobras e também à ANP para criticar a medida. "Precisamos manter a competitividade do gás. A indústria perde com isso. A Petrobras faz o papel dela para recuperar o caixa, mas o governo brasileiro precisa avaliar até que ponto vai querer reduzir a indústria brasileira. Vai haver sobra de gás", disse. "O setor precisa ser bem regulado e ter transparência".
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Decisão da Petrobras faz preço do gás natural subir 23% em 14 mesesMais de 2 milhões de consumidores, industriais e residenciais, tiveram de suportar, nos últimos 14 meses, aumento de 23% no custo do gás natural canalizado, com a decisão da Petrobras de cortar descontos no preço do produto, calcula a Abegás (Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado). Os descontos estavam em vigor desde 2011 e eram da ordem de 35%. Começaram a ser cortados em abril do ano passado, de acordo com a instituição. O objetivo do preço menor era preservar a competitividade do insumo, diante das cotações de óleo combustível. Depois de um reajuste em maio deste ano, haverá outro agora em junho, de acordo com a Abegás. É resultado de mais um corte nos descontos, comunicado pela Petrobras no começo da semana, diz Augusto Salomon, presidente da Associação. Desta vez, a alta no preço será de quase 8%. A Petrobras já confirmou que os descontos serão zerados até o fim do ano. A alta no gás nos últimos meses fez o preço interno do produto descolar ainda mais das cotações internacionais, uma vez que o barril de petróleo caiu de um patamar acima de US$ 110, em meados de 2014, para cerca de US$ 60, atualmente, diz Salomon. Segundo o representante da associação, os reajustes não têm respeitado o que preveem os contratos, que seria a revisão trimestral dos preços, e, na prática, as últimas altas foram mensais. A estatal informou, por nota, "que não houve mudança na política de preços de gás natural". Os "eventuais descontos não afetam a fórmula do preço do gás prevista nos contratos, mantendo-se, portanto, inalterados todos os instrumentos contratuais existentes", diz a empresa. A Petrobras afirma, ainda, que a medida foi tomada para "restabelecer o alinhamento dos preços relativos dos energéticos, preservando, contudo, a competitividade do gás natural no mercado". Salomon disse ter enviado uma carta à Petrobras e também à ANP para criticar a medida. "Precisamos manter a competitividade do gás. A indústria perde com isso. A Petrobras faz o papel dela para recuperar o caixa, mas o governo brasileiro precisa avaliar até que ponto vai querer reduzir a indústria brasileira. Vai haver sobra de gás", disse. "O setor precisa ser bem regulado e ter transparência".
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Jackie Chan e outros recebem Oscar por conjunto da obra em Los Angeles
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Primeiro evento da temporada de premiações em Hollywood, o Oscar entrega neste sábado em Los Angeles estatuetas que homenageiam o conjunto da obra de profissionais não contemplados por sua tradicional cerimônia que acontece todo mês de fevereiro na capital do cinema. Entre os vencedores deste ano estão a estrela de filmes de ação Jackie Chan, a montadora Anne V. Coates, o diretor de elenco Lynn Stalmaster e o documentarista Frederick Wiseman. Sem transmissão pela TV, a ideia da cerimônia à parte é dar maior atenção a esses homenageados. Stalmaster, por exemplo, é responsável pela escalação do elenco de filmes como "West Side Story", "Tootsie", "Superman: O Filme", entre outros. Ele se tornará o primeiro a receber uma estatueta nessa categoria. Entre outros vencedores do Oscar pelo conjunto da obra em categorias técnicas em anos anteriores estão os diretores Spike Lee e Roger Corman e os atores Steve Martin e Lauren Bacall.
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Jackie Chan e outros recebem Oscar por conjunto da obra em Los AngelesPrimeiro evento da temporada de premiações em Hollywood, o Oscar entrega neste sábado em Los Angeles estatuetas que homenageiam o conjunto da obra de profissionais não contemplados por sua tradicional cerimônia que acontece todo mês de fevereiro na capital do cinema. Entre os vencedores deste ano estão a estrela de filmes de ação Jackie Chan, a montadora Anne V. Coates, o diretor de elenco Lynn Stalmaster e o documentarista Frederick Wiseman. Sem transmissão pela TV, a ideia da cerimônia à parte é dar maior atenção a esses homenageados. Stalmaster, por exemplo, é responsável pela escalação do elenco de filmes como "West Side Story", "Tootsie", "Superman: O Filme", entre outros. Ele se tornará o primeiro a receber uma estatueta nessa categoria. Entre outros vencedores do Oscar pelo conjunto da obra em categorias técnicas em anos anteriores estão os diretores Spike Lee e Roger Corman e os atores Steve Martin e Lauren Bacall.
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Senado aprova, em 1º turno, fim das coligações nas eleições proporcionais
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O Senado aprovou nesta terça (10), em primeiro turno, o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais. A PEC (proposta de emenda constitucional) aprovada pelos senadores proíbe os partidos políticos de formar coligações nas eleições para a Câmara dos Deputados, Assembleias e Câmaras de Vereadores. Ficam mantidas as coligações somente nas eleições majoritárias –presidente da República, governos estaduais, municipais e Senado. A proposta tem que passar por uma nova votação no plenário do Senado, em segundo turno, antes de seguir para análise da Câmara dos Deputados. No total, 61 senadores votaram a favor da PEC, sete contra e dois se abstiveram. O intervalo entre a votação do primeiro e do segundo turno é de três sessões plenárias, portanto a análise da PEC deve ser concluída na semana que vem. A proposta é o primeiro item da reforma política, anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como prioridade para o Congresso nos próximos meses. Na próxima semana, Renan prometeu votar a proposta que acaba com o financiamento privado das campanhas eleitorais. O objetivo da PEC é acabar com as chamadas "legendas de aluguel", quando partidos se unem próximo às eleições apenas para ampliar o tempo no horário eleitoral de rádio e TV ou aumentar a visibilidade de siglas "nanicas". O tempo para o horário eleitoral soma o destinado a todos os partidos que integram as coligações. A proposta também dá fim aos chamados "puxadores de votos", em que deputados com votações expressivas garantem a eleição de outros que não alcançaram o chamado quociente eleitoral com seus próprios votos. A divisão do quociente eleitoral pela soma de todos os votos dados à legenda (partido e coligação) e a seus candidatos resulta no quociente partidário, o número de vagas a que cada partido ou coligação tem direito. Nesse cálculo, os deputados mais votados –os chamados puxadores de votos– contribuem com a eleição de outros da mesma coligação. Nas eleições para a Câmara dos Deputados em 2014, apenas 36 dos 513 deputados eleitos alcançaram o quociente eleitoral com seus próprios votos. Segundo mais votado nas eleições de 2014, com mais de 1 milhão de votos, o deputado reeleito Tiririca (PR) "puxou" mais cinco candidatos de seu partido. Um deles, o deputado Capitão Augusto, recebeu apenas 46 mil votos. Líder do PT, Humberto Costa (PE) defendeu a aprovação da PEC ao afirmar que ela fortalece os partidos políticos no país. "Isso não vai gerar nenhuma tipo de prejuízo porque o voto de legenda permanece. Os partidos vão salientar seus pontos de vista e posições para buscar os votos do eleitor", afirmou. O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), considerou que a votação será "inócua" porque acredita que a Câmara rejeite a PEC –já que os deputados são diretamente atingidos com a mudança. "Acaba aquela história de deputados com milhões de votos puxar deputado com 15 mil votos. Mas essa matéria ainda vai à Câmara, que seguramente vai derrotá-la. É a percepção que eu tenho", afirmou.
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Senado aprova, em 1º turno, fim das coligações nas eleições proporcionaisO Senado aprovou nesta terça (10), em primeiro turno, o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais. A PEC (proposta de emenda constitucional) aprovada pelos senadores proíbe os partidos políticos de formar coligações nas eleições para a Câmara dos Deputados, Assembleias e Câmaras de Vereadores. Ficam mantidas as coligações somente nas eleições majoritárias –presidente da República, governos estaduais, municipais e Senado. A proposta tem que passar por uma nova votação no plenário do Senado, em segundo turno, antes de seguir para análise da Câmara dos Deputados. No total, 61 senadores votaram a favor da PEC, sete contra e dois se abstiveram. O intervalo entre a votação do primeiro e do segundo turno é de três sessões plenárias, portanto a análise da PEC deve ser concluída na semana que vem. A proposta é o primeiro item da reforma política, anunciada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como prioridade para o Congresso nos próximos meses. Na próxima semana, Renan prometeu votar a proposta que acaba com o financiamento privado das campanhas eleitorais. O objetivo da PEC é acabar com as chamadas "legendas de aluguel", quando partidos se unem próximo às eleições apenas para ampliar o tempo no horário eleitoral de rádio e TV ou aumentar a visibilidade de siglas "nanicas". O tempo para o horário eleitoral soma o destinado a todos os partidos que integram as coligações. A proposta também dá fim aos chamados "puxadores de votos", em que deputados com votações expressivas garantem a eleição de outros que não alcançaram o chamado quociente eleitoral com seus próprios votos. A divisão do quociente eleitoral pela soma de todos os votos dados à legenda (partido e coligação) e a seus candidatos resulta no quociente partidário, o número de vagas a que cada partido ou coligação tem direito. Nesse cálculo, os deputados mais votados –os chamados puxadores de votos– contribuem com a eleição de outros da mesma coligação. Nas eleições para a Câmara dos Deputados em 2014, apenas 36 dos 513 deputados eleitos alcançaram o quociente eleitoral com seus próprios votos. Segundo mais votado nas eleições de 2014, com mais de 1 milhão de votos, o deputado reeleito Tiririca (PR) "puxou" mais cinco candidatos de seu partido. Um deles, o deputado Capitão Augusto, recebeu apenas 46 mil votos. Líder do PT, Humberto Costa (PE) defendeu a aprovação da PEC ao afirmar que ela fortalece os partidos políticos no país. "Isso não vai gerar nenhuma tipo de prejuízo porque o voto de legenda permanece. Os partidos vão salientar seus pontos de vista e posições para buscar os votos do eleitor", afirmou. O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), considerou que a votação será "inócua" porque acredita que a Câmara rejeite a PEC –já que os deputados são diretamente atingidos com a mudança. "Acaba aquela história de deputados com milhões de votos puxar deputado com 15 mil votos. Mas essa matéria ainda vai à Câmara, que seguramente vai derrotá-la. É a percepção que eu tenho", afirmou.
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Leitor diz que mau cheiro e sujeira no Carnaval não são exclusividade de SP
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Em relação ao artigo de Raquel Rolnik "Dramas e delícias do Carnaval", em que ela aponta as mazelas da falta de educação do paulistano nas ruas usando como exemplo positivo Recife, Olinda, Salvador e Rio de Janeiro, causa-me estranheza a desinformação. Sou carioca, vivi anos no Rio, morei por 20 anos em Salvador, frequentando Carnavais, e moro em Recife há dois anos. Conheci todos os Carnavais de perto. No que tange à sujeira nas ruas, mau cheiro, aperto e falta de educação do povo, nenhuma dessas cidades tem algo a ensinar de melhor a São Paulo. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor diz que mau cheiro e sujeira no Carnaval não são exclusividade de SPEm relação ao artigo de Raquel Rolnik "Dramas e delícias do Carnaval", em que ela aponta as mazelas da falta de educação do paulistano nas ruas usando como exemplo positivo Recife, Olinda, Salvador e Rio de Janeiro, causa-me estranheza a desinformação. Sou carioca, vivi anos no Rio, morei por 20 anos em Salvador, frequentando Carnavais, e moro em Recife há dois anos. Conheci todos os Carnavais de perto. No que tange à sujeira nas ruas, mau cheiro, aperto e falta de educação do povo, nenhuma dessas cidades tem algo a ensinar de melhor a São Paulo. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Tributação brasileira desencoraja a proliferação de 'Mark Zuckerbergs'
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A estrutura tributária brasileira inviabiliza ações como a do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, segundo advogados tributaristas. O empresário americano irá doar 99% das ações que detém –hoje, seriam US$ 45 bilhões (R$ 172 bilhões). No Brasil, "não há incentivo para doação. Se alguém quiser dar dinheiro para custeio de atividades filantrópicas, não receberá abatimento do Imposto de Renda", afirma Flávia Regina Oliveira, do escritório Mattos Filho. O montante doado ainda é tributado em 4%, pagos pela entidade filantrópica. Fora isso, não há desincentivos fiscais para quem quer deixar herança. Um interessado em doar postumamente só poderá deixar à filantropia metade do patrimônio –o resto, por lei, é direito dos herdeiros, afirma Oliveira. O imposto de transmissão para herança é de, no máximo, 8%. "Não é pesado perto de outras jurisdições", diz Carlos Orsolon, do Demarest. Nos EUA, as heranças são tributadas em até 50%. O Brasil está em 105 lugar no ranking do índice de solidariedade, que tem 145 países no total. Em primeiro, está Myanmar, onde há muitas repasses por motivos religiosos. Os EUA estão na segunda posição. A entidade de incentivo à filantropia Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) acredita na influência de donos de fortunas que já doaram, como Elie Horn, da Cyrela. "Trabalhamos com a elite nacional e acreditamos na pressão de pares", diz Paula Fabiane, presidente do Idis. * Nu na praia A Hope, fabricante de lingeries e pijamas, lançará uma nova marca de moda praia e fitness, a Nu. "Queríamos investir em um novo mercado. Não fazia sentido criarmos mais concorrência para nós", diz Sandra Chayo, sócia da empresa que também detém as grifes Gisele Bündchen Intimates e Bonjour. Em dez dias, a companhia abrirá a primeira loja da marca, uma unidade própria no shopping Higienópolis, em São Paulo. No ano que vem, começará a trabalhar com franquias. A partir desta quinta-feira (3), os produtos da Nu serão vendidos em duas unidades da Hope na capital paulista, na rua Oscar Freire e no Shopping Morumbi. A marca, no entanto, deverá ser comercializada em pontos exclusivos. "O modelo de expansão das lojas da marca vai bem no formato de unidades com 50 metros quadrados, onde não cabem novos produtos [como os da Nu]." "Também há os franqueados da Hope que poderão continuar no grupo e ter duas lojas em um mesmo shopping", acrescenta. 149 é o número de lojas da Hope, que prevê uma alta de 7% no faturamento deste ano 41 foram os contratos fechados para novas lojas neste ano * Metais preciosos Após dobrar o número de lojas em operação no Brasil -35 unidades foram abertas em 2015-, a rede de joalherias Pandora planeja manter o ritmo de expansão acelerado no próximo ano. "Esperamos um crescimento significativo em 2016. Um número similar ao deste ano seria razoável, algo entre 30 e 35 pontos", afirma o presidente da empresa nos EUA, Scott Burger. A crise não fará com que a companhia altere seus planos para o Brasil, segundo o executivo. "Tivemos muito sucesso em outros países que passavam por desafios na economia. [Nos períodos de retração], diferentes marcas saem [dos shoppings]. Essa é uma boa oportunidade para conseguir bons pontos", acrescenta Burger. A empresa planejava abrir mais do que 35 lojas em 2015, o que não foi possível devido à falta de espaços bem localizados para locação nos principais shoppings do país, de acordo com o executivo. O fato de as peças da marca serem de "luxo, mas acessíveis" também favorece a companhia quando o "consumidor está prestando mais atenção onde gasta seu dinheiro". US$ 2,3 bilhões deverá ser o faturamento global da empresa neste ano 70 são as lojas em operação da marca no Brasil; 60% delas são unidades próprias * Pós-... Aminoagro e Dimicron investirão em um laboratório de análise de sementes que entrará em operação no segundo semestre de 2016. ...fusão O laboratório em Cuiabá buscará impulsionar uma tecnologia de análise da semente que permite corrigir a nutrição da planta. Perigos Cerca de 30% das empresas afirma acreditar que a cobertura de seguros contra ataques virtuais é inadequada, segundo a consultoria Aon. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN
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Tributação brasileira desencoraja a proliferação de 'Mark Zuckerbergs'A estrutura tributária brasileira inviabiliza ações como a do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, segundo advogados tributaristas. O empresário americano irá doar 99% das ações que detém –hoje, seriam US$ 45 bilhões (R$ 172 bilhões). No Brasil, "não há incentivo para doação. Se alguém quiser dar dinheiro para custeio de atividades filantrópicas, não receberá abatimento do Imposto de Renda", afirma Flávia Regina Oliveira, do escritório Mattos Filho. O montante doado ainda é tributado em 4%, pagos pela entidade filantrópica. Fora isso, não há desincentivos fiscais para quem quer deixar herança. Um interessado em doar postumamente só poderá deixar à filantropia metade do patrimônio –o resto, por lei, é direito dos herdeiros, afirma Oliveira. O imposto de transmissão para herança é de, no máximo, 8%. "Não é pesado perto de outras jurisdições", diz Carlos Orsolon, do Demarest. Nos EUA, as heranças são tributadas em até 50%. O Brasil está em 105 lugar no ranking do índice de solidariedade, que tem 145 países no total. Em primeiro, está Myanmar, onde há muitas repasses por motivos religiosos. Os EUA estão na segunda posição. A entidade de incentivo à filantropia Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) acredita na influência de donos de fortunas que já doaram, como Elie Horn, da Cyrela. "Trabalhamos com a elite nacional e acreditamos na pressão de pares", diz Paula Fabiane, presidente do Idis. * Nu na praia A Hope, fabricante de lingeries e pijamas, lançará uma nova marca de moda praia e fitness, a Nu. "Queríamos investir em um novo mercado. Não fazia sentido criarmos mais concorrência para nós", diz Sandra Chayo, sócia da empresa que também detém as grifes Gisele Bündchen Intimates e Bonjour. Em dez dias, a companhia abrirá a primeira loja da marca, uma unidade própria no shopping Higienópolis, em São Paulo. No ano que vem, começará a trabalhar com franquias. A partir desta quinta-feira (3), os produtos da Nu serão vendidos em duas unidades da Hope na capital paulista, na rua Oscar Freire e no Shopping Morumbi. A marca, no entanto, deverá ser comercializada em pontos exclusivos. "O modelo de expansão das lojas da marca vai bem no formato de unidades com 50 metros quadrados, onde não cabem novos produtos [como os da Nu]." "Também há os franqueados da Hope que poderão continuar no grupo e ter duas lojas em um mesmo shopping", acrescenta. 149 é o número de lojas da Hope, que prevê uma alta de 7% no faturamento deste ano 41 foram os contratos fechados para novas lojas neste ano * Metais preciosos Após dobrar o número de lojas em operação no Brasil -35 unidades foram abertas em 2015-, a rede de joalherias Pandora planeja manter o ritmo de expansão acelerado no próximo ano. "Esperamos um crescimento significativo em 2016. Um número similar ao deste ano seria razoável, algo entre 30 e 35 pontos", afirma o presidente da empresa nos EUA, Scott Burger. A crise não fará com que a companhia altere seus planos para o Brasil, segundo o executivo. "Tivemos muito sucesso em outros países que passavam por desafios na economia. [Nos períodos de retração], diferentes marcas saem [dos shoppings]. Essa é uma boa oportunidade para conseguir bons pontos", acrescenta Burger. A empresa planejava abrir mais do que 35 lojas em 2015, o que não foi possível devido à falta de espaços bem localizados para locação nos principais shoppings do país, de acordo com o executivo. O fato de as peças da marca serem de "luxo, mas acessíveis" também favorece a companhia quando o "consumidor está prestando mais atenção onde gasta seu dinheiro". US$ 2,3 bilhões deverá ser o faturamento global da empresa neste ano 70 são as lojas em operação da marca no Brasil; 60% delas são unidades próprias * Pós-... Aminoagro e Dimicron investirão em um laboratório de análise de sementes que entrará em operação no segundo semestre de 2016. ...fusão O laboratório em Cuiabá buscará impulsionar uma tecnologia de análise da semente que permite corrigir a nutrição da planta. Perigos Cerca de 30% das empresas afirma acreditar que a cobertura de seguros contra ataques virtuais é inadequada, segundo a consultoria Aon. * Hora do café com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN
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Grupo anti-Dilma faz ato contra nomeação de Lula e agride casal em SP; assista
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Um pequeno grupo anti-Dilma se reuniu neste fim de tarde no vão do Masp (Museu de Arte de São), em São Paulo, para protestar contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ministro da Casa Civil nesta quarta-feira (16). A estudante Isadora Schautte, 18, foi agredida com pontapés pelos manifestantes quando passava pelo local. Segundo relatos, ela teria respondido às críticas ao governo do PT. Seu namorado, Lucas Brasileiro, 21, também foi agredido ao tentar defendê-la. A Polícia Militar, que tem uma base em frente ao Masp, não interveio até que o conflito estivesse separado. Segundo o tenente Altomare, o incidente foi rápido e os policias demoraram a ver o que estava acontecendo por causa da manifestação. A CET fechou a av. Paulista na altura do museu, nos dois sentidos. Os manifestantes, que às 19h eram cerca de 400, caminham para o sentido Paraíso. Munidos de apitos, bandeiras e cartazes que pedem a prisão do petista, eles gritam contra Lula e contra a presidente Dilma Rousseff. A PM não divulgou sua estimativa de quantas pessoas estão presentes. Um dos cartazes traz a frase "Pobre vai para a cadeia, rico vira ministro", dita pelo próprio ex-presidente em 1988, antes da eleição vencida por Fernando Collor de Mello. Parte dos transeuntes que passam pela av. Paulista se juntam ao protesto, mas a maioria apenas tira fotos ou o ignora.
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Grupo anti-Dilma faz ato contra nomeação de Lula e agride casal em SP; assistaUm pequeno grupo anti-Dilma se reuniu neste fim de tarde no vão do Masp (Museu de Arte de São), em São Paulo, para protestar contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ministro da Casa Civil nesta quarta-feira (16). A estudante Isadora Schautte, 18, foi agredida com pontapés pelos manifestantes quando passava pelo local. Segundo relatos, ela teria respondido às críticas ao governo do PT. Seu namorado, Lucas Brasileiro, 21, também foi agredido ao tentar defendê-la. A Polícia Militar, que tem uma base em frente ao Masp, não interveio até que o conflito estivesse separado. Segundo o tenente Altomare, o incidente foi rápido e os policias demoraram a ver o que estava acontecendo por causa da manifestação. A CET fechou a av. Paulista na altura do museu, nos dois sentidos. Os manifestantes, que às 19h eram cerca de 400, caminham para o sentido Paraíso. Munidos de apitos, bandeiras e cartazes que pedem a prisão do petista, eles gritam contra Lula e contra a presidente Dilma Rousseff. A PM não divulgou sua estimativa de quantas pessoas estão presentes. Um dos cartazes traz a frase "Pobre vai para a cadeia, rico vira ministro", dita pelo próprio ex-presidente em 1988, antes da eleição vencida por Fernando Collor de Mello. Parte dos transeuntes que passam pela av. Paulista se juntam ao protesto, mas a maioria apenas tira fotos ou o ignora.
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Piden que los pasajeros lleguen al aeropuerto internacional de Río hasta 6 horas antes este lunes
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NICOLA PAMPLONA DE RÍO La concesionaria RioGaleão recomienda a los pasajeros de vuelos internacionales que lleguen al aeropuerto Galeão/Antonio Carlos Jobim con seis horas de anticipación este lunes (22), día de mayor flujo de salidas de Río después de los Juegos Olímpicos. Para los pasajeros en vuelos nacionales, la indicación es que lleguen con por lo menos dos horas de anticipación, para evitar trastornos a la hora del embarque. La concesionaria espera hasta 85.000 pasajeros el lunes, más que el doble del promedio, que es de 40.000 pasajeros por día. Será el mayor flujo de pasajeros de la historia del aeropuerto. "Los Juegos Olímpicos son un evento único y ningún aeropuerto del mundo está preparado para esa cantidad de gente", dijo el gerente de operaciones de RioGaleão, Carlos Rodriguez. La concesionaria difundió este viernes (19) un esquema especial de embarques, que incluye una serie de eventos en el aeropuerto, para atraer a que los pasajeros vayan más temprano. La alcaldía de Río decretó feriado este lunes, también para evitar trastornos en la salida de turistas y atletas de la ciudad. Según Rodriguez, las compañías aéreas ya se comprometieron a abrir los puestos de check in más temprano para reducir los riesgos de que se registren largas filas. Asimismo, las aerolíneas van a anticipar la llegada de las tripulaciones para iniciar el embarque con anterioridad. Dentro del área restringida para pasajeros, habrá shows de escuelas de samba, de bossa nova, food trucks y otras atracciones para entretener a los pasajeros durante la espera. El flujo de salida de aviones va a concentrarse hacia el final del día, a partir de las 16, hasta las 19. Está previsto que haya 86 salidas, de las cuales 46 son vuelos charter, contratados especialmente para llevar turistas y atletas después de los Juegos. Rodriguez dijo que la estructura del aeropuerto será reforzada con 10 aparatos de rayos x adicionales, además de dos scanner de cuerpo. El área de control de pasaportes de la Policía Federal contará con 12 puestos extra. La organización de la Olimpíada va a instalar también un puesto remoto de check in en la Vila Olímpica, con 65 mostradores, para agilizar el embarque de los atletas. Desde allí, el equipaje sigue directamente hacia el patio del aeropuerto. Los atletas podrán ir directo para el control de rayos X y de allí al área de embarque. La concesionaria prevé que 7500 atletas dejen la ciudad el lunes, con 28.000 piezas de equipaje. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Asaltan al nadador americano Ryan Lochte y a otros tres colegas en Río tras salir de una fiesta *Un sitio de noticias americano expone atletas gay y recibe críticas en las redes sociales *Brasil todavía no pasó el test de la Olimpíada, dice el diario "The Washington Post"
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Piden que los pasajeros lleguen al aeropuerto internacional de Río hasta 6 horas antes este lunes
NICOLA PAMPLONA DE RÍO La concesionaria RioGaleão recomienda a los pasajeros de vuelos internacionales que lleguen al aeropuerto Galeão/Antonio Carlos Jobim con seis horas de anticipación este lunes (22), día de mayor flujo de salidas de Río después de los Juegos Olímpicos. Para los pasajeros en vuelos nacionales, la indicación es que lleguen con por lo menos dos horas de anticipación, para evitar trastornos a la hora del embarque. La concesionaria espera hasta 85.000 pasajeros el lunes, más que el doble del promedio, que es de 40.000 pasajeros por día. Será el mayor flujo de pasajeros de la historia del aeropuerto. "Los Juegos Olímpicos son un evento único y ningún aeropuerto del mundo está preparado para esa cantidad de gente", dijo el gerente de operaciones de RioGaleão, Carlos Rodriguez. La concesionaria difundió este viernes (19) un esquema especial de embarques, que incluye una serie de eventos en el aeropuerto, para atraer a que los pasajeros vayan más temprano. La alcaldía de Río decretó feriado este lunes, también para evitar trastornos en la salida de turistas y atletas de la ciudad. Según Rodriguez, las compañías aéreas ya se comprometieron a abrir los puestos de check in más temprano para reducir los riesgos de que se registren largas filas. Asimismo, las aerolíneas van a anticipar la llegada de las tripulaciones para iniciar el embarque con anterioridad. Dentro del área restringida para pasajeros, habrá shows de escuelas de samba, de bossa nova, food trucks y otras atracciones para entretener a los pasajeros durante la espera. El flujo de salida de aviones va a concentrarse hacia el final del día, a partir de las 16, hasta las 19. Está previsto que haya 86 salidas, de las cuales 46 son vuelos charter, contratados especialmente para llevar turistas y atletas después de los Juegos. Rodriguez dijo que la estructura del aeropuerto será reforzada con 10 aparatos de rayos x adicionales, además de dos scanner de cuerpo. El área de control de pasaportes de la Policía Federal contará con 12 puestos extra. La organización de la Olimpíada va a instalar también un puesto remoto de check in en la Vila Olímpica, con 65 mostradores, para agilizar el embarque de los atletas. Desde allí, el equipaje sigue directamente hacia el patio del aeropuerto. Los atletas podrán ir directo para el control de rayos X y de allí al área de embarque. La concesionaria prevé que 7500 atletas dejen la ciudad el lunes, con 28.000 piezas de equipaje. Traducido por NATALIA FABENI Lea el artículo original +Últimas noticias en español *Asaltan al nadador americano Ryan Lochte y a otros tres colegas en Río tras salir de una fiesta *Un sitio de noticias americano expone atletas gay y recibe críticas en las redes sociales *Brasil todavía no pasó el test de la Olimpíada, dice el diario "The Washington Post"
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Bloqueio de aplicativos não pode ser banalizado, dizem deputados na CPI
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O bloqueio do Whatsapp, determinado pela justiça de Sergipe nesta segunda-feira (2), dominou os debates na CPI de Crimes Cibernéticos. Segundo deputados presentes na votação da Comissão–suspensa pelo início da ordem do dia na Câmara–, o bloqueio de aplicações não pode ser banalizado. Um dos projetos de lei sugeridos pela CPI fala do bloqueio de aplicações de internet utilizados por criminosos. O bloqueio do Whatsapp foi motivado devido à recusa da empresa em disponibilizar a comunicação de uma quadrilha de traficantes de drogas. Entre os crimes que podem levar ao bloqueio estão ilicitudes com pena mínima de 2 anos. Os crimes previstos vão desde a violação de direitos autorais a até tráfico de drogas. Deputados falaram que o texto é uma temeridade e ainda tentam mudá-lo. "Estão banalizando o bloqueio de aplicativos", disse o deputado João Arruda (PMDB-PR). Segundo ele, haveria uma fragilidade injustificável de aplicativos, principalmente os de comunicação, caso o texto fosse aprovado. De acordo com o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), é preciso reduzir a gama de crimes que podem levar a um bloqueio. Para ele, a CPI está tentando reverter algo já acordado na aprovação do Marco Civil da Internet. "A indústria autoral tentou pedir o bloqueio de aplicativos nos Estados Unidos e não conseguiu. Tiramos isso do Marco Civil e agora estamos permitindo que isso volte para a legislação. A lei autoral já trata isso O deputado João Henrique Caldas (PSB-AL) citou dois projetos de lei americanos, Sopa (Stop Online Piracy Act) e Pipa (Protect IP Act), que foram rejeitados nos EUA. As propostas permitiam as autoridades a rastrear os usuários pelo IP (Internet Protocol), identificação que identifica a conexão de internet utilizada, e foram rejeitadas no Congresso americano após forte pressão popular. Para Esperidião Amin (PP-SC), relator da CPI, o próprio Marco Civil da Internet já permite o bloqueio de aplicativos. Segundo ele, o juíz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), se valeu da legislação aprovada pelo Marco Civil para suspender o Whatsapp. "Não somos nós que estamos permitindo o bloqueio de aplicações. A própria legislação já permite", afirma Amin.
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Bloqueio de aplicativos não pode ser banalizado, dizem deputados na CPIO bloqueio do Whatsapp, determinado pela justiça de Sergipe nesta segunda-feira (2), dominou os debates na CPI de Crimes Cibernéticos. Segundo deputados presentes na votação da Comissão–suspensa pelo início da ordem do dia na Câmara–, o bloqueio de aplicações não pode ser banalizado. Um dos projetos de lei sugeridos pela CPI fala do bloqueio de aplicações de internet utilizados por criminosos. O bloqueio do Whatsapp foi motivado devido à recusa da empresa em disponibilizar a comunicação de uma quadrilha de traficantes de drogas. Entre os crimes que podem levar ao bloqueio estão ilicitudes com pena mínima de 2 anos. Os crimes previstos vão desde a violação de direitos autorais a até tráfico de drogas. Deputados falaram que o texto é uma temeridade e ainda tentam mudá-lo. "Estão banalizando o bloqueio de aplicativos", disse o deputado João Arruda (PMDB-PR). Segundo ele, haveria uma fragilidade injustificável de aplicativos, principalmente os de comunicação, caso o texto fosse aprovado. De acordo com o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), é preciso reduzir a gama de crimes que podem levar a um bloqueio. Para ele, a CPI está tentando reverter algo já acordado na aprovação do Marco Civil da Internet. "A indústria autoral tentou pedir o bloqueio de aplicativos nos Estados Unidos e não conseguiu. Tiramos isso do Marco Civil e agora estamos permitindo que isso volte para a legislação. A lei autoral já trata isso O deputado João Henrique Caldas (PSB-AL) citou dois projetos de lei americanos, Sopa (Stop Online Piracy Act) e Pipa (Protect IP Act), que foram rejeitados nos EUA. As propostas permitiam as autoridades a rastrear os usuários pelo IP (Internet Protocol), identificação que identifica a conexão de internet utilizada, e foram rejeitadas no Congresso americano após forte pressão popular. Para Esperidião Amin (PP-SC), relator da CPI, o próprio Marco Civil da Internet já permite o bloqueio de aplicativos. Segundo ele, o juíz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), se valeu da legislação aprovada pelo Marco Civil para suspender o Whatsapp. "Não somos nós que estamos permitindo o bloqueio de aplicações. A própria legislação já permite", afirma Amin.
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Governo Temer retarda demarcação de 13 áreas indígenas
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Em uma decisão incomum, a Casa Civil da Presidência da República mandou devolver à Funai (Fundação Nacional do Índio) 13 processos de demarcação de terras indígenas que aguardavam homologação presidencial. O Ministério da Justiça também devolveu ao órgão indigenista outros seis processos em fase de identificação, uma etapa anterior à homologação. Os processos aguardavam assinatura ou do presidente Michel Temer ou do ministro Alexandre Moraes (Justiça). Eles se referem a 1,5 milhão de hectares em 11 Estados reivindicados por índios de 17 diferentes etnias. A maioria foi aberta entre 2004 e 2014. Um caso é datado de 1982. A Casa Civil diz que a intenção é apurar eventuais "óbices judiciais" em torno das terras. Para o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), vinculado ao Ministério da Justiça, o governo descumpre o rito das demarcações, que não prevê a suspensão de homologações pela existência de disputas judiciais. O entendimento é reforçado pelo subprocurador geral da República Luciano Mariz Maia, coordenador da 6ª Câmara da PGR (Procuradoria Geral da República), voltada para populações indígenas e comunidades tradicionais. Segundo Maia, o decreto que regula a demarcação concede um prazo de até 30 dias para o ministério devolver o processo à Funai, mediante "decisão fundamentada". Maia insere o episódio em um quadro político que inclui a recriação da CPI da Funai, no Congresso, decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) contra indígenas e o esvaziamento do órgão, com anúncio recente de reestruturação em termos ainda não divulgados. O cargo de presidente da Funai está vazio desde maio. Membro do CNPI, Weiber Tapeba afirma que as devoluções são um retrocesso. "Procrastina, dificulta, impede que os procedimentos de demarcação sejam concluídos." Sônia Guajajara, uma das principais lideranças indígenas no país e que também fazia crítica frequentes ao governo Dilma Rousseff, classificou a devolução dos processo como "violação e descompromisso" do governo com os povos indígenas. Em nota, a Casa Civil afirma que "não haverá alteração do sistema de demarcação de terras indígenas". Segundo o órgão, os processos foram devolvidos "com a finalidade de se averiguar a existência de decisões judiciais que pudessem obstar a assinatura dos respectivos decretos presidenciais". "Após verificada a inexistência de óbices judiciais, os processos de homologação retornarão à Presidência da República para as assinaturas dos respectivos atos. Não haverá, portanto, alteração do sistema de demarcação de terras indígenas", afirmou a Casa Civil, na nota.
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Governo Temer retarda demarcação de 13 áreas indígenasEm uma decisão incomum, a Casa Civil da Presidência da República mandou devolver à Funai (Fundação Nacional do Índio) 13 processos de demarcação de terras indígenas que aguardavam homologação presidencial. O Ministério da Justiça também devolveu ao órgão indigenista outros seis processos em fase de identificação, uma etapa anterior à homologação. Os processos aguardavam assinatura ou do presidente Michel Temer ou do ministro Alexandre Moraes (Justiça). Eles se referem a 1,5 milhão de hectares em 11 Estados reivindicados por índios de 17 diferentes etnias. A maioria foi aberta entre 2004 e 2014. Um caso é datado de 1982. A Casa Civil diz que a intenção é apurar eventuais "óbices judiciais" em torno das terras. Para o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), vinculado ao Ministério da Justiça, o governo descumpre o rito das demarcações, que não prevê a suspensão de homologações pela existência de disputas judiciais. O entendimento é reforçado pelo subprocurador geral da República Luciano Mariz Maia, coordenador da 6ª Câmara da PGR (Procuradoria Geral da República), voltada para populações indígenas e comunidades tradicionais. Segundo Maia, o decreto que regula a demarcação concede um prazo de até 30 dias para o ministério devolver o processo à Funai, mediante "decisão fundamentada". Maia insere o episódio em um quadro político que inclui a recriação da CPI da Funai, no Congresso, decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) contra indígenas e o esvaziamento do órgão, com anúncio recente de reestruturação em termos ainda não divulgados. O cargo de presidente da Funai está vazio desde maio. Membro do CNPI, Weiber Tapeba afirma que as devoluções são um retrocesso. "Procrastina, dificulta, impede que os procedimentos de demarcação sejam concluídos." Sônia Guajajara, uma das principais lideranças indígenas no país e que também fazia crítica frequentes ao governo Dilma Rousseff, classificou a devolução dos processo como "violação e descompromisso" do governo com os povos indígenas. Em nota, a Casa Civil afirma que "não haverá alteração do sistema de demarcação de terras indígenas". Segundo o órgão, os processos foram devolvidos "com a finalidade de se averiguar a existência de decisões judiciais que pudessem obstar a assinatura dos respectivos decretos presidenciais". "Após verificada a inexistência de óbices judiciais, os processos de homologação retornarão à Presidência da República para as assinaturas dos respectivos atos. Não haverá, portanto, alteração do sistema de demarcação de terras indígenas", afirmou a Casa Civil, na nota.
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Convidado a ajudar a 'salvar' o país, Velloso ainda avalia assumir Justiça
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O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Mário Velloso, 81, afirmou que foi convocado pelo presidente Michel Temer para "ajudar a salvar o Brasil". Ele disse à Folha, no entanto, que ainda não decidiu se aceitará o convite para assumir o Ministério da Justiça, no lugar de Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo. Clientes com contratos com cláusulas de exclusividade com seu escritório de advocacia estão criando dificuldades e podem impedi-lo de aceitar o convite. Velloso e Temer conversaram na noite desta quinta (16) sobre o problema e podem ter uma conversa definitiva nesta sexta (17). Velloso declarou à reportagem que, por ele, estaria "80% resolvido", mas alegou que, além das questões do seu escritório, ainda sofre resistências dentro da família para ser ministro do governo. Contou ainda que não estaria disposto a ficar até o fim do governo, no fim de 2018. "Seria para ficar um ano apenas. E eu já até falei isso para o presidente. Não mais que um ano", disse. "Quando falou comigo, ele [Temer] disse isso, que queria minha ajuda para salvar o Brasil. Talvez ele tenha até se excedido um pouco. Mas é uma coisa muito importante", afirmou. "E, se aceitar, vou ter até de pagar para ser ministro, porque não vou poder aceitar mais um níquel", ressaltou Velloso, em referência à sua atuação como advogado. Segundo ele, os clientes de seu escritório de advocacia em Brasília estão sendo consultados sobre o assunto. Se houver apelos para que permaneça fazendo a defesa de um ou outro, isso pesará na sua decisão sobre o convite de Temer, diz. Caso aceite ir para o ministério, por exemplo, Velloso terá de abdicar de mais de 50 ações em que atua em tribunais. "Renunciarei de todas, me afastarei da sociedade [no escritório], deixarei minhas cotas e vou embora", disse. O ex-ministro do STF reuniu-se com Temer na terça-feira no Palácio do Planalto. O presidente já decidiu pelo nome dele, esperando agora sua resposta. Caso seja positiva, a nomeação deve ocorrer a partir de quarta (22), após a sabatina de Alexandre de Moraes no Senado. LAVA JATO E BELTRAME Velloso demonstrou simpatia ao nome de José Beltrame, cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça. "Eu não conheço, mas tenho a melhor das impressões. Não vi nenhuma acusação séria contra ele. Alguém que comandou a parte de segurança de um Estado como o Rio de Janeiro durante dez anos, eu acho que tem condições de fazer qualquer coisa e já passou por todos os testes. Considero, sim, convidar ele, eventualmente, se eu aceitar. Mas isso não depende só de mim", declarou. Ele ainda elogiou Antonio Mariz de Oliveira, outro cotado para a mesma secretaria. "Mariz dispensa comentários. Pode ocupar qualquer cargo público", disse. Segundo Velloso, as delações premiadas feitas por 77 executivos da Odebrecht não o preocupam no caso de virar ministro da Justiça. "Foram apresentadas para o Ministério Público. São eles que estão com a palavra agora. O Ministério da Justiça não tem nada a ver com isso. É o Ministério Público que vai decidir se vai pedir inquérito, se vai pedir arquivamento, se vai fazer denúncia." Sobre as citações do nome de Temer nas colaborações, o ex-ministro se esquivou. "Eu sou amigo do presidente. Ele me convida, nessas circunstâncias, eu acredito nele e, se aceitar, estarei lá para ajudar o amigo". Questionado se havia risco de ser mencionado na Lava Jato, ele respondeu: "Eu acho que não. Ninguém teria algo para me delatar."
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Convidado a ajudar a 'salvar' o país, Velloso ainda avalia assumir JustiçaO ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Mário Velloso, 81, afirmou que foi convocado pelo presidente Michel Temer para "ajudar a salvar o Brasil". Ele disse à Folha, no entanto, que ainda não decidiu se aceitará o convite para assumir o Ministério da Justiça, no lugar de Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo. Clientes com contratos com cláusulas de exclusividade com seu escritório de advocacia estão criando dificuldades e podem impedi-lo de aceitar o convite. Velloso e Temer conversaram na noite desta quinta (16) sobre o problema e podem ter uma conversa definitiva nesta sexta (17). Velloso declarou à reportagem que, por ele, estaria "80% resolvido", mas alegou que, além das questões do seu escritório, ainda sofre resistências dentro da família para ser ministro do governo. Contou ainda que não estaria disposto a ficar até o fim do governo, no fim de 2018. "Seria para ficar um ano apenas. E eu já até falei isso para o presidente. Não mais que um ano", disse. "Quando falou comigo, ele [Temer] disse isso, que queria minha ajuda para salvar o Brasil. Talvez ele tenha até se excedido um pouco. Mas é uma coisa muito importante", afirmou. "E, se aceitar, vou ter até de pagar para ser ministro, porque não vou poder aceitar mais um níquel", ressaltou Velloso, em referência à sua atuação como advogado. Segundo ele, os clientes de seu escritório de advocacia em Brasília estão sendo consultados sobre o assunto. Se houver apelos para que permaneça fazendo a defesa de um ou outro, isso pesará na sua decisão sobre o convite de Temer, diz. Caso aceite ir para o ministério, por exemplo, Velloso terá de abdicar de mais de 50 ações em que atua em tribunais. "Renunciarei de todas, me afastarei da sociedade [no escritório], deixarei minhas cotas e vou embora", disse. O ex-ministro do STF reuniu-se com Temer na terça-feira no Palácio do Planalto. O presidente já decidiu pelo nome dele, esperando agora sua resposta. Caso seja positiva, a nomeação deve ocorrer a partir de quarta (22), após a sabatina de Alexandre de Moraes no Senado. LAVA JATO E BELTRAME Velloso demonstrou simpatia ao nome de José Beltrame, cotado para assumir a Secretaria de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça. "Eu não conheço, mas tenho a melhor das impressões. Não vi nenhuma acusação séria contra ele. Alguém que comandou a parte de segurança de um Estado como o Rio de Janeiro durante dez anos, eu acho que tem condições de fazer qualquer coisa e já passou por todos os testes. Considero, sim, convidar ele, eventualmente, se eu aceitar. Mas isso não depende só de mim", declarou. Ele ainda elogiou Antonio Mariz de Oliveira, outro cotado para a mesma secretaria. "Mariz dispensa comentários. Pode ocupar qualquer cargo público", disse. Segundo Velloso, as delações premiadas feitas por 77 executivos da Odebrecht não o preocupam no caso de virar ministro da Justiça. "Foram apresentadas para o Ministério Público. São eles que estão com a palavra agora. O Ministério da Justiça não tem nada a ver com isso. É o Ministério Público que vai decidir se vai pedir inquérito, se vai pedir arquivamento, se vai fazer denúncia." Sobre as citações do nome de Temer nas colaborações, o ex-ministro se esquivou. "Eu sou amigo do presidente. Ele me convida, nessas circunstâncias, eu acredito nele e, se aceitar, estarei lá para ajudar o amigo". Questionado se havia risco de ser mencionado na Lava Jato, ele respondeu: "Eu acho que não. Ninguém teria algo para me delatar."
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Para colegas, novo presidente da Câmara, Cunha é 'pau para toda obra'
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"A principal diferença de Eduardo Cunha para os adversários é que ele entrega o que promete". A frase é de um dos mais próximos aliados do novo presidente da Câmara para explicar a vitória do peemedebista contra o Palácio do Planalto e seu candidato, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Parlamentares relatam que o ex-líder do PMDB na Câmara é o proverbial "pau para toda obra": ajuda a intermediar desde a arrecadação de doações para campanhas como a resolução de demandas dos colegas no Executivo. Cunha é conhecido com um dos maiores especialistas em regimento da Câmara. Para adversários, o conhecimento é "esperteza" para tirar vantagens de projetos. Para aliados, "é ouro" para fazer valer seu ponto de vista. Em tramitações polêmicas, como no caso da MP (Medida Provisória) dos Portos, em 2013, sua atuação rendeu acusações abertas de que recebia dinheiro e promessa de financiamento eleitoral de setores empresariais interessados, o que ele nega. Uma coisa, entretanto, é consenso entre inimigos e simpatizantes: Cunha é visto como trabalhador, está 24 horas por dia à disposição de parlamentares pelo celular ou pessoalmente. Ele acorda cedo e às 8h já está no seu segundo café da manhã. Geralmente, com políticos e aliados para tratar da pauta na Câmara. Costuma dizer que "política é memória". Líder do PMDB nos últimos dois anos, a trajetória política de Cunha, 56, remonta ao governo Collor, quando ocupou a presidência da Telerj, a antiga estatal de telefonia do Rio. Ele está no quarto mandato como deputado federal. Começou a trabalhar aos 14 anos. Foi office-boy e corretor de seguros. Formado em economia, virou operador do mercado financeiro. Na política, foi só no governo de Dilma Rousseff que ganhou expressão nacional. Uma ironia, já que Dilma o considera um adversário e no governo poucos duvidam de que ele posa incentivar um processo de impeachment contra a presidente –aceitar tal iniciativa é prerrogativa do presidente da Câmara. Cunha nega a suposição e diz que falar em impeachment equivale a "golpe". Para o Planalto, Cunha tem sempre segundas intenções em projetos na pauta da Câmara e é acusado de buscar cargos no Executivo para se beneficiar pessoalmente. Desde o segundo ano do primeiro mandato de Dilma, foi vetado na distribuição de cargos de segundo escalão. Ganhou, inclusive, o apelido de "malvado favorito" entre ministros da presidente. É uma referência a uma animação cujo personagem principal, Gru, quer tornar-se o maior vilão da história, mas acaba se redimindo. Cunha não se abala com as críticas. Diz a amigos que o Planalto é errático na articulação política porque a presidente não gosta do assunto. Dilma pediu diversas vezes ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), para enquadrar o deputado, mas os apelos foram em vão. Cunha gosta de ser o porta-voz dos insatisfeitos com o Planalto no Legislativo. Recusou uma proposta de rodízio com o PT na presidência da Casa ofertada pelo governo na reta final da disputa para não perder o que chama de "credibilidade" com os eleitores. E diz a amigos que a sua vitória é, na verdade, "uma derrota do PT". Há 15 anos, tornou-se evangélico. Durante a campanha para presidente, pediu votos para, "se Deus quiser", estar em consonância com a sociedade no comando da Casa. E emendou, a 24 horas da disputa, em discurso para apoiadores da Frente Parlamentar Agropecuária: "Orai e vigiai. Estamos orando, vamos vigiar até o último momento".
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Para colegas, novo presidente da Câmara, Cunha é 'pau para toda obra'"A principal diferença de Eduardo Cunha para os adversários é que ele entrega o que promete". A frase é de um dos mais próximos aliados do novo presidente da Câmara para explicar a vitória do peemedebista contra o Palácio do Planalto e seu candidato, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Parlamentares relatam que o ex-líder do PMDB na Câmara é o proverbial "pau para toda obra": ajuda a intermediar desde a arrecadação de doações para campanhas como a resolução de demandas dos colegas no Executivo. Cunha é conhecido com um dos maiores especialistas em regimento da Câmara. Para adversários, o conhecimento é "esperteza" para tirar vantagens de projetos. Para aliados, "é ouro" para fazer valer seu ponto de vista. Em tramitações polêmicas, como no caso da MP (Medida Provisória) dos Portos, em 2013, sua atuação rendeu acusações abertas de que recebia dinheiro e promessa de financiamento eleitoral de setores empresariais interessados, o que ele nega. Uma coisa, entretanto, é consenso entre inimigos e simpatizantes: Cunha é visto como trabalhador, está 24 horas por dia à disposição de parlamentares pelo celular ou pessoalmente. Ele acorda cedo e às 8h já está no seu segundo café da manhã. Geralmente, com políticos e aliados para tratar da pauta na Câmara. Costuma dizer que "política é memória". Líder do PMDB nos últimos dois anos, a trajetória política de Cunha, 56, remonta ao governo Collor, quando ocupou a presidência da Telerj, a antiga estatal de telefonia do Rio. Ele está no quarto mandato como deputado federal. Começou a trabalhar aos 14 anos. Foi office-boy e corretor de seguros. Formado em economia, virou operador do mercado financeiro. Na política, foi só no governo de Dilma Rousseff que ganhou expressão nacional. Uma ironia, já que Dilma o considera um adversário e no governo poucos duvidam de que ele posa incentivar um processo de impeachment contra a presidente –aceitar tal iniciativa é prerrogativa do presidente da Câmara. Cunha nega a suposição e diz que falar em impeachment equivale a "golpe". Para o Planalto, Cunha tem sempre segundas intenções em projetos na pauta da Câmara e é acusado de buscar cargos no Executivo para se beneficiar pessoalmente. Desde o segundo ano do primeiro mandato de Dilma, foi vetado na distribuição de cargos de segundo escalão. Ganhou, inclusive, o apelido de "malvado favorito" entre ministros da presidente. É uma referência a uma animação cujo personagem principal, Gru, quer tornar-se o maior vilão da história, mas acaba se redimindo. Cunha não se abala com as críticas. Diz a amigos que o Planalto é errático na articulação política porque a presidente não gosta do assunto. Dilma pediu diversas vezes ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), para enquadrar o deputado, mas os apelos foram em vão. Cunha gosta de ser o porta-voz dos insatisfeitos com o Planalto no Legislativo. Recusou uma proposta de rodízio com o PT na presidência da Casa ofertada pelo governo na reta final da disputa para não perder o que chama de "credibilidade" com os eleitores. E diz a amigos que a sua vitória é, na verdade, "uma derrota do PT". Há 15 anos, tornou-se evangélico. Durante a campanha para presidente, pediu votos para, "se Deus quiser", estar em consonância com a sociedade no comando da Casa. E emendou, a 24 horas da disputa, em discurso para apoiadores da Frente Parlamentar Agropecuária: "Orai e vigiai. Estamos orando, vamos vigiar até o último momento".
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Chuva causa morte, briga por comida e alagamentos em cidades do Nordeste
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A água já estava na altura da cintura, mas a aposentada Natalícia Maria Alves, 55, não desistia. Conforme a água subia, eletrodomésticos e objetos de sua casa iam sendo colocados sobre móveis. Terminou a noite sem energia, sobre uma mesa, esperando clarear o novo dia. As chuvas que atingiram Marechal Deodoro (AL) nos últimos dias deixaram, além dela, outros 3.735 desabrigadas ou desalojados, segundo o Estado, e 29.970 afetados diretamente pela inundação, de acordo com o município. Moradora de uma casa no sítio histórico da cidade alagoana, Natalícia não pode, agora, fazer nenhuma mudança no imóvel, como repintá-lo, sem aval do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). "Perdi cama, guarda-roupa, colchão, roupas. Só salvamos fogão e geladeira. A gente ganhou colchão e vai levando até recuperar o que perdeu. Pelo menos estamos com nossas vidas." Kleyber Santana, da Defesa Civil, afirmou que a situação foi "sem precedentes". A preocupação é visível no semblante de todos, que vigiam o nível da água. Nos últimos dias, para acessar o centro histórico, era preciso usar barcos. Nesta terça (30), a situação já estava normalizada. Wanderson da Silva Nogueira, 18, acordou às 5h com a água tomando a casa em que mora com a mãe e o padrasto. Ele disse ter deixado os dois num lugar seguro e voltou para ajudar quem precisava. Segundo o secretário da Infraestrutura, Diogo Maciel Lopes, não houve mortos ou feridos. Ele constatou que não houve alagamento nos prédios históricos ocupados pelo governo, como o palácio que foi uma das residências de Marechal Deodoro, primeiro presidente do país. As enchentes em Alagoas e Pernambuco resultaram em prejuízos para as famílias, saques em lojas e até disputa por comida estragada descartada por um supermercado. Ao todo, são 51 cidades em estado de emergência nos dois Estados e cerca de 69 mil desalojados (na casa de amigos ou parentes) ou desabrigados (em abrigos improvisados). Foram confirmadas as mortes de dez pessoas, sete em Alagoas e três em Pernambuco, vítimas de desabamentos, deslizamentos de terra e afogamentos. Entre os mortos estão quatro da mesma família –um casal e seus dois filhos, um menino de 3 anos e uma menina de 7 meses. Os corpos foram soterrados após um deslizamento na periferia de Maceió. Outra pessoa da família continua desaparecida. Já em Pernambuco, o corpo de um homem foi encontrado nesta terça-feira (30) nas margens do rio Ipojuca, em Caruaru, fazendo subir para três o número de mortos com as chuvas no Estado. Uma mulher segue desaparecida, também em Caruaru. Os níveis dos rios que transbordaram e inundaram Marechal Deodoro e cidades como Pilar (AL), Barreiros (PE) e Rio Formoso (PE), começaram a baixar, revelando os estragos em equipamentos públicos e prejuízos para as famílias. A escassez de água potável e alimentos após as chuvas fez com que famílias disputassem sacos de comida cobertos de lama descartados por um supermercado em Palmares (PE). A loja descartou produtos estragados pela enchente na segunda-feira (29), atraindo dezenas de pessoas, apartadas pela PM. SUL As chuvas dos últimos dias também causaram transtornos em parte do Rio Grande do Sul. Seis cidades decretaram estado de emergência. As chuvas causaram danos em 56 cidades, com 1.889 desalojados e 495 desabrigados.
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cotidiano
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Chuva causa morte, briga por comida e alagamentos em cidades do NordesteA água já estava na altura da cintura, mas a aposentada Natalícia Maria Alves, 55, não desistia. Conforme a água subia, eletrodomésticos e objetos de sua casa iam sendo colocados sobre móveis. Terminou a noite sem energia, sobre uma mesa, esperando clarear o novo dia. As chuvas que atingiram Marechal Deodoro (AL) nos últimos dias deixaram, além dela, outros 3.735 desabrigadas ou desalojados, segundo o Estado, e 29.970 afetados diretamente pela inundação, de acordo com o município. Moradora de uma casa no sítio histórico da cidade alagoana, Natalícia não pode, agora, fazer nenhuma mudança no imóvel, como repintá-lo, sem aval do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). "Perdi cama, guarda-roupa, colchão, roupas. Só salvamos fogão e geladeira. A gente ganhou colchão e vai levando até recuperar o que perdeu. Pelo menos estamos com nossas vidas." Kleyber Santana, da Defesa Civil, afirmou que a situação foi "sem precedentes". A preocupação é visível no semblante de todos, que vigiam o nível da água. Nos últimos dias, para acessar o centro histórico, era preciso usar barcos. Nesta terça (30), a situação já estava normalizada. Wanderson da Silva Nogueira, 18, acordou às 5h com a água tomando a casa em que mora com a mãe e o padrasto. Ele disse ter deixado os dois num lugar seguro e voltou para ajudar quem precisava. Segundo o secretário da Infraestrutura, Diogo Maciel Lopes, não houve mortos ou feridos. Ele constatou que não houve alagamento nos prédios históricos ocupados pelo governo, como o palácio que foi uma das residências de Marechal Deodoro, primeiro presidente do país. As enchentes em Alagoas e Pernambuco resultaram em prejuízos para as famílias, saques em lojas e até disputa por comida estragada descartada por um supermercado. Ao todo, são 51 cidades em estado de emergência nos dois Estados e cerca de 69 mil desalojados (na casa de amigos ou parentes) ou desabrigados (em abrigos improvisados). Foram confirmadas as mortes de dez pessoas, sete em Alagoas e três em Pernambuco, vítimas de desabamentos, deslizamentos de terra e afogamentos. Entre os mortos estão quatro da mesma família –um casal e seus dois filhos, um menino de 3 anos e uma menina de 7 meses. Os corpos foram soterrados após um deslizamento na periferia de Maceió. Outra pessoa da família continua desaparecida. Já em Pernambuco, o corpo de um homem foi encontrado nesta terça-feira (30) nas margens do rio Ipojuca, em Caruaru, fazendo subir para três o número de mortos com as chuvas no Estado. Uma mulher segue desaparecida, também em Caruaru. Os níveis dos rios que transbordaram e inundaram Marechal Deodoro e cidades como Pilar (AL), Barreiros (PE) e Rio Formoso (PE), começaram a baixar, revelando os estragos em equipamentos públicos e prejuízos para as famílias. A escassez de água potável e alimentos após as chuvas fez com que famílias disputassem sacos de comida cobertos de lama descartados por um supermercado em Palmares (PE). A loja descartou produtos estragados pela enchente na segunda-feira (29), atraindo dezenas de pessoas, apartadas pela PM. SUL As chuvas dos últimos dias também causaram transtornos em parte do Rio Grande do Sul. Seis cidades decretaram estado de emergência. As chuvas causaram danos em 56 cidades, com 1.889 desalojados e 495 desabrigados.
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Brasil destrói ambiente e ataca sua proteção legal
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Nos dias que antecedem o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, más notícias para o ambiente e sua proteção legal no Brasil. O aumento do desmatamento foi revelado com a edição do novo Atlas da Mata Atlântica, elaborado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, com dados publicados pela Folha na segunda (29). Foram destruídos 291 km quadrados de florestas do bioma entre 2015 e 2016, crescimento de 57,7% em relação ao período anterior. Há 10 anos o Atlas não registrava desmatamentos dessa ordem. Bahia, Minas, Paraná e Piauí lideram o ranking de desmatadores. A destruição das proteções legais do meio ambiente avançou na quarta (31), quando o Senado reaprovou a Medida Provisória 759, que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana. Apelidada "MP da Grilagem", ela segue para sanção presidencial. A MP 759 possibilita a titulação de terras públicas urbanas e rurais ocupadas irregularmente, incluindo áreas na Amazônia Legal. Ela também elimina a exigência de plano diretor para a regularização de núcleos urbanos e permite regularização de áreas independentemente de terem interesse social ou não. Muda a definição do que é interesse social, que passa a ser atribuído pelo poder municipal. Em 18 de abril, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, havia divulgado uma nota técnica sobre a medida, considerando-a inconstitucional e em desacordo com o Estatuto das Cidades. "No que diz respeito ao desmatamento, a MP 759 não contém instrumentos eficazes para detê-lo. Ao contrário, torna mais frágil a proteção ambiental", diz a nota. "Causa, ainda, enorme espanto a adoção de medida legislativa extraordinária pelo Presidente da República para modificar mais de uma dezena de leis ordinárias aprovadas pelo Congresso Nacional, algumas das quais são fruto de processos legislativos que envolveram grande participação popular, o que representa grave distorção do sistema democrático", escreve a Procuradoria. As MPs 759, 756 e 758 são consideradas um desmonte da legislação ambiental brasileira. "Estamos num estado de barbárie. Não se ouviram cientistas. Não há racionalidade. Os argumentos técnicos não entraram no debate", avalia Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS. "Tirar o licenciamento é tirar o controle social e a função social da terra", diz Mantovani. Em artigo publicado no site da SOS, Mantovani e a diretora-executiva da fundação, Marcia Hirota, afirmam que as medidas "colocam em risco mais de um 1,1 milhão de hectares de florestas" ao fragilizar o regime de proteção de várias unidades de conservação do oeste do Pará. "Incluíram ainda, de maneira descabida, uma emenda parlamentar na MP 756 para reduzir cerca de 20% da área do Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), em Santa Catarina, excluindo 10 mil hectares do seu território. Agora, avançam sobre o licenciamento ambiental, na tentativa de aprovar uma lei que fragiliza esse instrumento e libera vários empreendimentos e atividades de sua obrigatoriedade." Mais de 140 organizações e entidades, entre elas Greenpeace, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima e Oxfam do Brasil se uniram contra a sanção presidencial dessas medidas, no movimento #Resista, que se define como resistência contra os retrocessos ruralistas. Em carta, afirmam que "tais investidas buscam disponibilizar estoques de terras para exploração desenfreada e também para serem negociadas através do projeto que libera a venda de terras para estrangeiros". "A lista de retrocessos segue com as tentativas de enfraquecimento do licenciamento ambiental e da fiscalização sobre a mineração; a liberação do uso e registro de agrotóxicos, inclusive daqueles proibidos em diversos países do mundo; a ocupação de terras públicas de alto valor ambiental; a concretização das anistias a crimes ambientais e o ataque a direitos trabalhistas e sociais de populações camponesas e de trabalhadores rurais." O movimento chama a participação nas redes sociais: "Precisamos nos unir e exigir que Temer impeça que absurdos como as MPs 756, 758 e 759 entrem em vigor. Junte sua voz a esse movimento e mande um recado direto para o presidente nas redes sociais pedindo #vetatudo".
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colunas
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Brasil destrói ambiente e ataca sua proteção legalNos dias que antecedem o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, más notícias para o ambiente e sua proteção legal no Brasil. O aumento do desmatamento foi revelado com a edição do novo Atlas da Mata Atlântica, elaborado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, com dados publicados pela Folha na segunda (29). Foram destruídos 291 km quadrados de florestas do bioma entre 2015 e 2016, crescimento de 57,7% em relação ao período anterior. Há 10 anos o Atlas não registrava desmatamentos dessa ordem. Bahia, Minas, Paraná e Piauí lideram o ranking de desmatadores. A destruição das proteções legais do meio ambiente avançou na quarta (31), quando o Senado reaprovou a Medida Provisória 759, que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana. Apelidada "MP da Grilagem", ela segue para sanção presidencial. A MP 759 possibilita a titulação de terras públicas urbanas e rurais ocupadas irregularmente, incluindo áreas na Amazônia Legal. Ela também elimina a exigência de plano diretor para a regularização de núcleos urbanos e permite regularização de áreas independentemente de terem interesse social ou não. Muda a definição do que é interesse social, que passa a ser atribuído pelo poder municipal. Em 18 de abril, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, havia divulgado uma nota técnica sobre a medida, considerando-a inconstitucional e em desacordo com o Estatuto das Cidades. "No que diz respeito ao desmatamento, a MP 759 não contém instrumentos eficazes para detê-lo. Ao contrário, torna mais frágil a proteção ambiental", diz a nota. "Causa, ainda, enorme espanto a adoção de medida legislativa extraordinária pelo Presidente da República para modificar mais de uma dezena de leis ordinárias aprovadas pelo Congresso Nacional, algumas das quais são fruto de processos legislativos que envolveram grande participação popular, o que representa grave distorção do sistema democrático", escreve a Procuradoria. As MPs 759, 756 e 758 são consideradas um desmonte da legislação ambiental brasileira. "Estamos num estado de barbárie. Não se ouviram cientistas. Não há racionalidade. Os argumentos técnicos não entraram no debate", avalia Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS. "Tirar o licenciamento é tirar o controle social e a função social da terra", diz Mantovani. Em artigo publicado no site da SOS, Mantovani e a diretora-executiva da fundação, Marcia Hirota, afirmam que as medidas "colocam em risco mais de um 1,1 milhão de hectares de florestas" ao fragilizar o regime de proteção de várias unidades de conservação do oeste do Pará. "Incluíram ainda, de maneira descabida, uma emenda parlamentar na MP 756 para reduzir cerca de 20% da área do Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), em Santa Catarina, excluindo 10 mil hectares do seu território. Agora, avançam sobre o licenciamento ambiental, na tentativa de aprovar uma lei que fragiliza esse instrumento e libera vários empreendimentos e atividades de sua obrigatoriedade." Mais de 140 organizações e entidades, entre elas Greenpeace, Instituto Socioambiental, Observatório do Clima e Oxfam do Brasil se uniram contra a sanção presidencial dessas medidas, no movimento #Resista, que se define como resistência contra os retrocessos ruralistas. Em carta, afirmam que "tais investidas buscam disponibilizar estoques de terras para exploração desenfreada e também para serem negociadas através do projeto que libera a venda de terras para estrangeiros". "A lista de retrocessos segue com as tentativas de enfraquecimento do licenciamento ambiental e da fiscalização sobre a mineração; a liberação do uso e registro de agrotóxicos, inclusive daqueles proibidos em diversos países do mundo; a ocupação de terras públicas de alto valor ambiental; a concretização das anistias a crimes ambientais e o ataque a direitos trabalhistas e sociais de populações camponesas e de trabalhadores rurais." O movimento chama a participação nas redes sociais: "Precisamos nos unir e exigir que Temer impeça que absurdos como as MPs 756, 758 e 759 entrem em vigor. Junte sua voz a esse movimento e mande um recado direto para o presidente nas redes sociais pedindo #vetatudo".
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Rússia convoca número 2 da embaixada dos EUA em Moscou
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A Rússia convocou o número 2 da embaixada dos Estados Unidos em Moscou neste sábado (2), acusando os americanos de quererem inspecionar as instalações de sua missão comercial em Washington, cujo fechamento foi ordenado pela Casa Branca. O Departamento de Estado dos EUA requisitou na quinta-feira (31) o fechamento do consulado russo em San Francisco, assim como dois escritórios de apoio, um na capital Washington e outro em Nova York. Os Estados Unidos justificaram esse fechamento em resposta à drástica redução de 755 diplomatas e funcionários, russos ou americanos, na Rússia, impostas no fim de julho por Moscou em reação às novas sanções econômicas aprovadas pelo Congresso dos EUA. "Nós convocamos o conselheiro da Embaixada dos EUA em Moscou, Anthony Godfrey. Ele recebeu uma carta de protesto sobre a vontade das autoridades dos EUA de intervenção na missão comercial russa em Washington", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado. "A partir de hoje [sábado] perdemos o acesso [para a missão comercial de Washington], embora este edifício seja de propriedade do Estado russo e tenha imunidade diplomática", disse o ministério. As autoridades dos EUA não confirmaram oficialmente que iriam realizar ações em edifícios diplomáticos russos nos Estados Unidos. De acordo com a carta dada a Godfrey, a Rússia considera as inspeções de seus edifícios diplomáticos como "ilegítimos" na ausência de representantes oficiais do Estado russo. Essas inspeções e "a ameaça de quebrar a porta de entrada" são "um ato de agressão sem precedentes, que poderia ser usado pelos serviços secretos dos EUA para criar um ato provocador contra a Rússia com objetos comprometidos que seriam colocados" por esses mesmos serviços, de acordo com a diplomacia russa. As relações bilaterais entre os dois países vêm se desgastando desde a campanha eleitoral do atual presidente Donald Trump. "As autoridades dos EUA devem acabar com suas violações flagrantes do direito internacional e renunciar a violar a imunidade das instituições diplomáticas russas", disse o comunicado. Moscou "reserva-se o direito de tomar medidas de retaliação com base na reciprocidade", continua o documento Em San Francisco, testemunhas disseram ter observado uma fumaça negra saindo de uma lareira do consulado russo nesta sexta. Isso foi devido a "medidas para preservar o prédio", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zajarova, sem mais detalhes. RÚSSIA, OBAMA E TRUMP Após o anúncio do fechamento desses escritórios diplomáticos, Moscou imediatamente criticou essa "escalada" de tensões "iniciadas" por Washington. Em qualquer caso, isso ilustra a incapacidade da Casa Branca ou do Kremlin de melhorar as relações sete meses após a chegada de Donald Trump, que apresentou como um dos seus objetivos a normalização das relações entre os dois poderes. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pareceu tirar o peso das ações da administração Trump. "Toda esta situação foi criada pelo governo Obama para minar as relações russo-americanas e não permitir que Trump as melhore", disse ele. Segundo Lavrov, o Congresso e o estabelecimento dos EUA "tentam amarrar as mãos e os pés [para a administração Trump], inventar uma suposta interferência russa, um vínculo entre ele e a Rússia, entre sua família e a Rússia". O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, anunciou por telefone a decisão de Lavrov de fechar consulados russos nos Estados Unidos. Os dois homens se encontrarão em setembro, provavelmente por ocasião da Assembléia Geral da ONU em Nova York. "Não estamos à procura de um confronto com os Estados Unidos", afirmou Lavrov nesta sexta-feira, dizendo que buscava "abordagens baseadas no respeito mútuo" para alcançar "compromissos" com Washington.
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mundo
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Rússia convoca número 2 da embaixada dos EUA em MoscouA Rússia convocou o número 2 da embaixada dos Estados Unidos em Moscou neste sábado (2), acusando os americanos de quererem inspecionar as instalações de sua missão comercial em Washington, cujo fechamento foi ordenado pela Casa Branca. O Departamento de Estado dos EUA requisitou na quinta-feira (31) o fechamento do consulado russo em San Francisco, assim como dois escritórios de apoio, um na capital Washington e outro em Nova York. Os Estados Unidos justificaram esse fechamento em resposta à drástica redução de 755 diplomatas e funcionários, russos ou americanos, na Rússia, impostas no fim de julho por Moscou em reação às novas sanções econômicas aprovadas pelo Congresso dos EUA. "Nós convocamos o conselheiro da Embaixada dos EUA em Moscou, Anthony Godfrey. Ele recebeu uma carta de protesto sobre a vontade das autoridades dos EUA de intervenção na missão comercial russa em Washington", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado. "A partir de hoje [sábado] perdemos o acesso [para a missão comercial de Washington], embora este edifício seja de propriedade do Estado russo e tenha imunidade diplomática", disse o ministério. As autoridades dos EUA não confirmaram oficialmente que iriam realizar ações em edifícios diplomáticos russos nos Estados Unidos. De acordo com a carta dada a Godfrey, a Rússia considera as inspeções de seus edifícios diplomáticos como "ilegítimos" na ausência de representantes oficiais do Estado russo. Essas inspeções e "a ameaça de quebrar a porta de entrada" são "um ato de agressão sem precedentes, que poderia ser usado pelos serviços secretos dos EUA para criar um ato provocador contra a Rússia com objetos comprometidos que seriam colocados" por esses mesmos serviços, de acordo com a diplomacia russa. As relações bilaterais entre os dois países vêm se desgastando desde a campanha eleitoral do atual presidente Donald Trump. "As autoridades dos EUA devem acabar com suas violações flagrantes do direito internacional e renunciar a violar a imunidade das instituições diplomáticas russas", disse o comunicado. Moscou "reserva-se o direito de tomar medidas de retaliação com base na reciprocidade", continua o documento Em San Francisco, testemunhas disseram ter observado uma fumaça negra saindo de uma lareira do consulado russo nesta sexta. Isso foi devido a "medidas para preservar o prédio", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zajarova, sem mais detalhes. RÚSSIA, OBAMA E TRUMP Após o anúncio do fechamento desses escritórios diplomáticos, Moscou imediatamente criticou essa "escalada" de tensões "iniciadas" por Washington. Em qualquer caso, isso ilustra a incapacidade da Casa Branca ou do Kremlin de melhorar as relações sete meses após a chegada de Donald Trump, que apresentou como um dos seus objetivos a normalização das relações entre os dois poderes. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pareceu tirar o peso das ações da administração Trump. "Toda esta situação foi criada pelo governo Obama para minar as relações russo-americanas e não permitir que Trump as melhore", disse ele. Segundo Lavrov, o Congresso e o estabelecimento dos EUA "tentam amarrar as mãos e os pés [para a administração Trump], inventar uma suposta interferência russa, um vínculo entre ele e a Rússia, entre sua família e a Rússia". O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, anunciou por telefone a decisão de Lavrov de fechar consulados russos nos Estados Unidos. Os dois homens se encontrarão em setembro, provavelmente por ocasião da Assembléia Geral da ONU em Nova York. "Não estamos à procura de um confronto com os Estados Unidos", afirmou Lavrov nesta sexta-feira, dizendo que buscava "abordagens baseadas no respeito mútuo" para alcançar "compromissos" com Washington.
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Legenda evangélica, nanica e 'ecológica' abrigará Bolsonaro
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À revelia de lideranças da Assembleia de Deus, maior igreja evangélica do país, o deputado Jair Bolsonaro escolheu o PEN (Partido Ecológico Nacional) para se lançar à Presidência em 2018. Com a decisão, ele se desligará do PSC, vinculado à cúpula da denominação religiosa, para ingressar em uma sigla sem influência no segmento evangélico e de pequena estatura. Em compensação, terá ascendência sobre o comando partidário e ocupará ao menos seis cargos na Executiva. Fundado em 2012 pelo ex-deputado estadual Adilson Barroso, ex-PSC que se define como ambientalista não radical, o PEN tem três deputados federais e 15 estaduais. A ida de Bolsonaro, se confirmada, deverá trazer uma leva de filiados. Segundo a Folha apurou, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), seu filho, e outros 15 deputados federais aproximadamente, além de 15 estaduais, são esperados. O partido também promete mudar de nome. Uma enquete em rede social mostrou a preferência de simpatizantes pela designação Patriota. "Está 99,9% fechado, estamos só esperando a assinatura do 'casamento partidário', por isso o 0,1%", afirmou Barroso. A assessoria do deputado confirmou que a troca está acertada, mas não concluída. A ampliação da bancada do PEN na Câmara pode ser fundamental para a campanha de Bolsonaro, caso o Congresso aprove o fim das coligações e, assim, restrinja o cálculo do tempo de TV ao número de cadeiras do partido do candidato. CONSELHO DE MALAFAIA O potencial presidenciável contrariou a recomendação de líderes da Assembleia de Deus ao anunciar a desfiliação do PSC e tornar pública sua briga com o presidente do partido, Pastor Everaldo. Citado na Operação Lava Jato, Everaldo perdeu prestígio no segmento evangélico. Bolsonaro, cujo discurso é baseado na crítica à corrupção, menciona frequentemente o envolvimento de Everaldo na operação e o ataca por coligações com siglas de esquerda como o PC do B. "Eu falei para Bolsonaro que achava que ele tinha que ficar no PSC e conquistar o partido, independentemente do Everaldo", afirmou o pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. "É uma maneira de mostrar a sua capacidade política." Dizendo-se dividido entre apoiar Bolsonaro ou o prefeito paulistano João Doria (PSDB) em 2018, Malafaia afirmou que o comando do PEN "é um zero à esquerda no mundo evangélico, não tem nenhuma influência". Fiel da Assembleia de Deus em Barrinha (SP), região de Ribeirão Preto onde foi cortador de cana na infância, Adilson Barroso reconheceu não ter influência na igreja, mas garantiu que vai se dedicar a conquistar votos. "Não tenho entrada nenhuma, mas é natural que a gente vá a todos os segmentos, de todas as religiões, para mostrar que temos habilidade para gerir o Brasil, sem misturar política com religião", afirmou. Everaldo disse apenas que "deseja boa sorte" ao deputado "nessa nova jornada".
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poder
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Legenda evangélica, nanica e 'ecológica' abrigará BolsonaroÀ revelia de lideranças da Assembleia de Deus, maior igreja evangélica do país, o deputado Jair Bolsonaro escolheu o PEN (Partido Ecológico Nacional) para se lançar à Presidência em 2018. Com a decisão, ele se desligará do PSC, vinculado à cúpula da denominação religiosa, para ingressar em uma sigla sem influência no segmento evangélico e de pequena estatura. Em compensação, terá ascendência sobre o comando partidário e ocupará ao menos seis cargos na Executiva. Fundado em 2012 pelo ex-deputado estadual Adilson Barroso, ex-PSC que se define como ambientalista não radical, o PEN tem três deputados federais e 15 estaduais. A ida de Bolsonaro, se confirmada, deverá trazer uma leva de filiados. Segundo a Folha apurou, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), seu filho, e outros 15 deputados federais aproximadamente, além de 15 estaduais, são esperados. O partido também promete mudar de nome. Uma enquete em rede social mostrou a preferência de simpatizantes pela designação Patriota. "Está 99,9% fechado, estamos só esperando a assinatura do 'casamento partidário', por isso o 0,1%", afirmou Barroso. A assessoria do deputado confirmou que a troca está acertada, mas não concluída. A ampliação da bancada do PEN na Câmara pode ser fundamental para a campanha de Bolsonaro, caso o Congresso aprove o fim das coligações e, assim, restrinja o cálculo do tempo de TV ao número de cadeiras do partido do candidato. CONSELHO DE MALAFAIA O potencial presidenciável contrariou a recomendação de líderes da Assembleia de Deus ao anunciar a desfiliação do PSC e tornar pública sua briga com o presidente do partido, Pastor Everaldo. Citado na Operação Lava Jato, Everaldo perdeu prestígio no segmento evangélico. Bolsonaro, cujo discurso é baseado na crítica à corrupção, menciona frequentemente o envolvimento de Everaldo na operação e o ataca por coligações com siglas de esquerda como o PC do B. "Eu falei para Bolsonaro que achava que ele tinha que ficar no PSC e conquistar o partido, independentemente do Everaldo", afirmou o pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. "É uma maneira de mostrar a sua capacidade política." Dizendo-se dividido entre apoiar Bolsonaro ou o prefeito paulistano João Doria (PSDB) em 2018, Malafaia afirmou que o comando do PEN "é um zero à esquerda no mundo evangélico, não tem nenhuma influência". Fiel da Assembleia de Deus em Barrinha (SP), região de Ribeirão Preto onde foi cortador de cana na infância, Adilson Barroso reconheceu não ter influência na igreja, mas garantiu que vai se dedicar a conquistar votos. "Não tenho entrada nenhuma, mas é natural que a gente vá a todos os segmentos, de todas as religiões, para mostrar que temos habilidade para gerir o Brasil, sem misturar política com religião", afirmou. Everaldo disse apenas que "deseja boa sorte" ao deputado "nessa nova jornada".
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Presidente de clube que defende causa gay no esporte é agredido em Paris
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O presidente da Paris Foot Gay, associação francesa que luta contra a homofobia nos esportes, Julien Pontes, foi agredido na noite deste sábado (25), em Paris, quando voltava para casa acompanhado do marido. Uma foto de Pontes, que levou socos no rosto e na nuca, foi publicada na página oficial associação no Facebook, junto com um relato sobre o ocorrido. No texto, em francês, é explicado que o casal foi abordado por volta da 1h da manhã (20h, no horário de Brasília) por três jovens, que pediam por cigarros. Ao não atender à solicitação do trio, Pontes e o companheiro foram agredidos e insultados. No texto, a associação afirma que o casal prestou queixa à polícia. O Paris Foot Gay ainda agradece àqueles que prestaram solidariedade ao casal, e diz que "Julien Pontes está em choque devido aos acontecimentos e quer se recuperar física e moralmente". O grupo foi fundado em 2003, e tem como um dos parceiros o PSG.
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esporte
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Presidente de clube que defende causa gay no esporte é agredido em ParisO presidente da Paris Foot Gay, associação francesa que luta contra a homofobia nos esportes, Julien Pontes, foi agredido na noite deste sábado (25), em Paris, quando voltava para casa acompanhado do marido. Uma foto de Pontes, que levou socos no rosto e na nuca, foi publicada na página oficial associação no Facebook, junto com um relato sobre o ocorrido. No texto, em francês, é explicado que o casal foi abordado por volta da 1h da manhã (20h, no horário de Brasília) por três jovens, que pediam por cigarros. Ao não atender à solicitação do trio, Pontes e o companheiro foram agredidos e insultados. No texto, a associação afirma que o casal prestou queixa à polícia. O Paris Foot Gay ainda agradece àqueles que prestaram solidariedade ao casal, e diz que "Julien Pontes está em choque devido aos acontecimentos e quer se recuperar física e moralmente". O grupo foi fundado em 2003, e tem como um dos parceiros o PSG.
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Turquia invade território do Iraque para capturar milicianos curdos
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Forças militares da Turquia invadiram nesta terça-feira (8) por terra o território do Iraque para perseguir milicianos curdos que realizaram ataques que mataram 31 soldados desde o último domingo (6). A invasão, a primeira desde 2012, acontece numa ofensiva contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado um grupo terrorista. A ação ocorre ao mesmo tempo em que os turcos atacam o Estado Islâmico. Segundo membros do comando militar, a incursão terrestre será curta e terá como objetivo evitar que os responsáveis pelos ataques escapem. Além da operação, a Turquia fez uma série de bombardeios a bases do PKK no Iraque. A agência de notícias Dogan afirmou que mais de cem extremistas curdos foram mortos nas operações. Em discurso nesta terça, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu "não abandonar o país aos terroristas". "Não abandonamos e não abandonaremos esta nação a três ou cinco terroristas", advertiu Erdogan. "Com a permissão de Deus, a Turquia, que já superou diversas crises, ficará livre desta praga do terrorismo." A primeira emboscada que levou à operação ocorreu no domingo (6) e provocou a morte de 16 soldados em Daglica, no sudeste turco. Nesta terça, outros 14 militares foram mortos pelos curdos na província de Igdir. OFENSIVA O ataque de domingo foi o mais sangrento desde a retomada dos confrontos entre o Exército e os rebeldes curdos, em julho. Na época, o governo turco iniciou uma série de operações contra os rebeldes curdos no norte do Iraque. A ação contra os curdos provocou mal estar com a coalizão comandada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico. Isso porque os combatentes curdos são uma das principais forças terrestres contra a milícia radical. Apesar das críticas dos parceiros de coalizão, a Turquia continuou a atacar o norte iraquiano e não foi impedida pelos demais países. O governo iraquiano não se manifestou até o momento sobre a operação. Enquanto ocorre a ofensiva militar, aumenta a reação de turcos contra curdos. As instalações do Partido da Democracia do Povo, agremiação pró-curda, foram atacadas em diversas cidades. O líder desta agremiação, Selahattin Demirtas, lançou um vibrante apelo à calma. "Curdos, turcos, aproximem-se um do outro. A paz é o melhor remédio", disse.
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mundo
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Turquia invade território do Iraque para capturar milicianos curdosForças militares da Turquia invadiram nesta terça-feira (8) por terra o território do Iraque para perseguir milicianos curdos que realizaram ataques que mataram 31 soldados desde o último domingo (6). A invasão, a primeira desde 2012, acontece numa ofensiva contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado um grupo terrorista. A ação ocorre ao mesmo tempo em que os turcos atacam o Estado Islâmico. Segundo membros do comando militar, a incursão terrestre será curta e terá como objetivo evitar que os responsáveis pelos ataques escapem. Além da operação, a Turquia fez uma série de bombardeios a bases do PKK no Iraque. A agência de notícias Dogan afirmou que mais de cem extremistas curdos foram mortos nas operações. Em discurso nesta terça, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu "não abandonar o país aos terroristas". "Não abandonamos e não abandonaremos esta nação a três ou cinco terroristas", advertiu Erdogan. "Com a permissão de Deus, a Turquia, que já superou diversas crises, ficará livre desta praga do terrorismo." A primeira emboscada que levou à operação ocorreu no domingo (6) e provocou a morte de 16 soldados em Daglica, no sudeste turco. Nesta terça, outros 14 militares foram mortos pelos curdos na província de Igdir. OFENSIVA O ataque de domingo foi o mais sangrento desde a retomada dos confrontos entre o Exército e os rebeldes curdos, em julho. Na época, o governo turco iniciou uma série de operações contra os rebeldes curdos no norte do Iraque. A ação contra os curdos provocou mal estar com a coalizão comandada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico. Isso porque os combatentes curdos são uma das principais forças terrestres contra a milícia radical. Apesar das críticas dos parceiros de coalizão, a Turquia continuou a atacar o norte iraquiano e não foi impedida pelos demais países. O governo iraquiano não se manifestou até o momento sobre a operação. Enquanto ocorre a ofensiva militar, aumenta a reação de turcos contra curdos. As instalações do Partido da Democracia do Povo, agremiação pró-curda, foram atacadas em diversas cidades. O líder desta agremiação, Selahattin Demirtas, lançou um vibrante apelo à calma. "Curdos, turcos, aproximem-se um do outro. A paz é o melhor remédio", disse.
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Extratos sublimes fazem de 'Graziella' um livro imortal
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Quem ainda lê Alphonse de Lamartine, o jovem que em 1820 introduziu o romantismo na poesia francesa, revolucionando-a, e cuja fama espalhou-se por todo o Ocidente, até o Brasil, onde ele teve inúmeros devotos? Quem ainda se lembra de Lamartine, que, homem maduro, se imiscuiu na política e, passando de reacionário a liberal, exerceu papel central na Revolução de 1848? Quem ainda se interessa pelos prolíficos relatos de Lamartine sobre a França pós-1789, suas "Confidências", as "Viagens ao Oriente" e os romances que foram best-sellers, como "Graziella" (1852), relançado agora no Brasil? Leia trecho de "Graziella", romance romântico de Alphonse de Lamartine O tempo é um severo crítico literário. Sucessos de uma época podem virar poeira em poucas gerações –o que não se dirá em séculos. Raros autores sobrevivem a tal demolição, às vezes injusta. Para Lamartine (1790-1869), a demolição começou na geração seguinte. Verlaine reclamou das "jeremiadas" de sua poesia. Rimbaud disse que ele tinha tido suas "visões", mas fora incapaz de se libertar das formas antigas (no caso, o classicismo francês, que Lamartine ajustou ao pathos romântico). Mais cruel foi Flaubert, que o chamou de "eunuco espiritual" e desbancou "Graziella" privadamente em uma carta a Louise Colet, de 24/4/1852: "É uma obra medíocre, embora seja a melhor coisa que L[amartine] fez em prosa". Com um misto de ojeriza e fascínio, Flaubert foi ainda mais longe: fez de "Paulo e Virgínia" (1789) –o livro de Bernardin de Saint-Pierre que é crucial na narrativa de "Graziella"–um dos romances que insuflam delírios na cabeça de vento de Emma Bovary. Muita coisa sucumbiu na obra de Lamartine, mas sua poesia, para bons ouvidos, conserva uma intensa vibração, aqui e ali. E os romances guardam atributos preciosos que vale a pena (re) descobrir. Por isso, o lançamento de "Graziella" é uma boa surpresa: traz Lamartine de volta às livrarias brasileiras e o faz com uma cuidadosa tradução de Sandra Stoparo. Graziella é a adolescente italiana com quem o narrador, um jovem aristocrata francês, se envolve numa viagem ao sul da Itália –viagem que o leva a descobrir ao mesmo tempo a natureza indomável, a vida da gente pobre e o amor. A história sentimental é tocante, pela delicadeza e minúcia com que expõe os complicados influxos do sensualismo na puberdade, quando o desejo costuma se dissolver em brincadeira, e vice-versa. "É mais fácil desenhar um anjo que uma mulher", criticou Flaubert. Sim, mas o anjo Graziella se faz mulher no livro, para surpresa do narrador, que, esteta meio desavisado meio perverso, havia ele próprio inoculado na menina o vírus romântico, ao ler para ela "Paulo e Virgínia". As páginas finais de "Graziella" são lacrimosas, mas extraordinárias. Não são as únicas em que Lamartine esbanja seu gênio. A descrição de um naufrágio, as visões da paisagem italiana, a descoberta da pobreza (embora edulcorada e paternalista), além da espantosa cena em que a adolescente italiana se veste "à francesa" para agradar o amado –são esses extratos sublimes que fazem de "Graziella" um pequeno livro imortal. GRAZIELLA AUTOR Alphonse de Lamartine TRADUÇÃO Sandra M. Stroparo EDITORA Carambaia QUANTO: R$ 69,90 (152 págs.)
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ilustrada
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Extratos sublimes fazem de 'Graziella' um livro imortalQuem ainda lê Alphonse de Lamartine, o jovem que em 1820 introduziu o romantismo na poesia francesa, revolucionando-a, e cuja fama espalhou-se por todo o Ocidente, até o Brasil, onde ele teve inúmeros devotos? Quem ainda se lembra de Lamartine, que, homem maduro, se imiscuiu na política e, passando de reacionário a liberal, exerceu papel central na Revolução de 1848? Quem ainda se interessa pelos prolíficos relatos de Lamartine sobre a França pós-1789, suas "Confidências", as "Viagens ao Oriente" e os romances que foram best-sellers, como "Graziella" (1852), relançado agora no Brasil? Leia trecho de "Graziella", romance romântico de Alphonse de Lamartine O tempo é um severo crítico literário. Sucessos de uma época podem virar poeira em poucas gerações –o que não se dirá em séculos. Raros autores sobrevivem a tal demolição, às vezes injusta. Para Lamartine (1790-1869), a demolição começou na geração seguinte. Verlaine reclamou das "jeremiadas" de sua poesia. Rimbaud disse que ele tinha tido suas "visões", mas fora incapaz de se libertar das formas antigas (no caso, o classicismo francês, que Lamartine ajustou ao pathos romântico). Mais cruel foi Flaubert, que o chamou de "eunuco espiritual" e desbancou "Graziella" privadamente em uma carta a Louise Colet, de 24/4/1852: "É uma obra medíocre, embora seja a melhor coisa que L[amartine] fez em prosa". Com um misto de ojeriza e fascínio, Flaubert foi ainda mais longe: fez de "Paulo e Virgínia" (1789) –o livro de Bernardin de Saint-Pierre que é crucial na narrativa de "Graziella"–um dos romances que insuflam delírios na cabeça de vento de Emma Bovary. Muita coisa sucumbiu na obra de Lamartine, mas sua poesia, para bons ouvidos, conserva uma intensa vibração, aqui e ali. E os romances guardam atributos preciosos que vale a pena (re) descobrir. Por isso, o lançamento de "Graziella" é uma boa surpresa: traz Lamartine de volta às livrarias brasileiras e o faz com uma cuidadosa tradução de Sandra Stoparo. Graziella é a adolescente italiana com quem o narrador, um jovem aristocrata francês, se envolve numa viagem ao sul da Itália –viagem que o leva a descobrir ao mesmo tempo a natureza indomável, a vida da gente pobre e o amor. A história sentimental é tocante, pela delicadeza e minúcia com que expõe os complicados influxos do sensualismo na puberdade, quando o desejo costuma se dissolver em brincadeira, e vice-versa. "É mais fácil desenhar um anjo que uma mulher", criticou Flaubert. Sim, mas o anjo Graziella se faz mulher no livro, para surpresa do narrador, que, esteta meio desavisado meio perverso, havia ele próprio inoculado na menina o vírus romântico, ao ler para ela "Paulo e Virgínia". As páginas finais de "Graziella" são lacrimosas, mas extraordinárias. Não são as únicas em que Lamartine esbanja seu gênio. A descrição de um naufrágio, as visões da paisagem italiana, a descoberta da pobreza (embora edulcorada e paternalista), além da espantosa cena em que a adolescente italiana se veste "à francesa" para agradar o amado –são esses extratos sublimes que fazem de "Graziella" um pequeno livro imortal. GRAZIELLA AUTOR Alphonse de Lamartine TRADUÇÃO Sandra M. Stroparo EDITORA Carambaia QUANTO: R$ 69,90 (152 págs.)
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Idosos, crianças, bebê: palmeirenses se aproximam de fim do jejum de 22 anos
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O título que o Palmeiras pode conquistar neste domingo (27) representará mais do que o fim do intervalo de 22 anos sem levantar o troféu do Brasileiro. Para o palmeirense, significará o término de duas décadas de angústia, ao longo das quais seus rivais paulistas ganharam pelo menos duas vezes o torneio. Tanto tempo de jejum afetou os milhões de torcedores de diferentes formas. Os mais velhos, como Mário Perricci, 71, italiano da comuna de Monopoli, no sul do país, e morador de São Paulo desde 1954, viverão o reencontro com as glórias. Perricci verá o clube do coração erguer uma taça do Brasileiro pela nona vez na vida. Ele testemunhou os dois títulos da Taça Brasil (1960 e 1967) e dois do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), além dos quatro Brasileiros (1972, 1973, 1993, 1994). Desde 2010, a CBF unificou as conquistas de torneios nacionais realizados na década de 1960 com as do Campeonato Brasileiro, batizado assim a partir dos anos 1970. "O que mais me marcou foi o de 1994. Demos o troco no Viola depois que ele imitou um porco em 1993", diz Perricci com seu sotaque marcado. Ele conta que em seus primeiros anos no Brasil só ouvia falar do Corinthians, que conquistou o Paulista IV Centenário em 1955. Em uma de suas incursões ao estádio, foi ver o duelo entre o time alvinegro e o São Paulo. No momento do gol corintiano, sua vibração foi interrompida por um soco, e então o apreço por outro time passou a ser cultivado. "Meu tio me deu um soco na barriga e falou 'italiano aqui no Brasil tem que ser Palestra'. A partir dali comecei a saber quem era aquele tal Palestra e me apaixonei", conta o aposentado. Para comemorar mais uma taça, Perricci torce por ao menos um empate do Palmeiras contra a Chapecoense. Caso o confronto entre Flamengo e Santos termine empatado, o Palmeiras pode até ser derrotado que leva o título. Um revés do time da Baixada também é suficiente. Mas depender dos resultados de outras partidas nem passa pela cabeça de Maria Eduarda Nepomuceno, 7. Ela nunca viu seu time -que aprendeu a amar com o incentivo do pai, Edgar- ser campeão do Brasileiro. "Vai ser 3 a 0. Dois gols do Dudu e um do Gabriel Jesus", projeta a menina, barrada pela Polícia Militar no último confronto do clube, diante do Botafogo, por tentar entrar no estádio com o rosto pintado. "Duda" vai entrar em campo neste domingo ao lado de seu ídolo Dudu. Pode ser a redenção para Duda e demais crianças com idades próximas, que viveram toda suas vidas no vácuo de títulos do Brasileiro. Nos últimos sete anos, o Palmeiras conquistou a Copa do Brasil em 2012 e 2015, mas amargou um rebaixamento e reincidiu em brigas contra o descenso. Os rostinhos de crianças chorando viraram um clichê palmeirense nas transmissões de TV. Fabio Yamaji, 42, cineasta, reconhece o período tortuoso, mas garante que a seca da década de 1980 foi pior. "Nesse período [sem o Brasileiro] ainda conquistamos títulos como o Paulista e a Copa do Brasil. Em 1980 não conquistamos absolutamente nada. Apesar de termos sido rebaixados em 2002 e em 2012, o jejum é bem menos doloroso atualmente", defende Yamaji, descendente de japonês que italianiza o sobrenome em sua camisa do time: "Yamaggio". Presença certa nas arquibancadas do Allianz Parque, Mayara Cardoso trocará o "Parabéns para Você" pelo hino do Palmeiras e os cantos de apoio que os torcedores carregam na ponta da língua. Ela comemorará seu aniversário de 25 anos assistindo a Jailson, Moisés, Gabriel Jesus e os demais tentando garantir que ela tenha um aniversário antológico. "É o melhor presente que qualquer palmeirense pode ganhar. Depois de tantos anos é ainda mais especial". Já Samuel de Lucena David, de apenas dez meses, começa sua vida com privilégio que poucos palmeirenses tiveram recentemente. Assim como o clube, que nasceu campeão no ano em que deixou de usar o nome Palestra Itália e passou a se chamar Palmeiras, em 1942, "Samuca" -quando entender melhor o significado do futebol- poderá se orgulhar de ter nascido no ano em que seu time chegou ao topo do mais importante torneio do futebol brasileiro.
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esporte
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Idosos, crianças, bebê: palmeirenses se aproximam de fim do jejum de 22 anosO título que o Palmeiras pode conquistar neste domingo (27) representará mais do que o fim do intervalo de 22 anos sem levantar o troféu do Brasileiro. Para o palmeirense, significará o término de duas décadas de angústia, ao longo das quais seus rivais paulistas ganharam pelo menos duas vezes o torneio. Tanto tempo de jejum afetou os milhões de torcedores de diferentes formas. Os mais velhos, como Mário Perricci, 71, italiano da comuna de Monopoli, no sul do país, e morador de São Paulo desde 1954, viverão o reencontro com as glórias. Perricci verá o clube do coração erguer uma taça do Brasileiro pela nona vez na vida. Ele testemunhou os dois títulos da Taça Brasil (1960 e 1967) e dois do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), além dos quatro Brasileiros (1972, 1973, 1993, 1994). Desde 2010, a CBF unificou as conquistas de torneios nacionais realizados na década de 1960 com as do Campeonato Brasileiro, batizado assim a partir dos anos 1970. "O que mais me marcou foi o de 1994. Demos o troco no Viola depois que ele imitou um porco em 1993", diz Perricci com seu sotaque marcado. Ele conta que em seus primeiros anos no Brasil só ouvia falar do Corinthians, que conquistou o Paulista IV Centenário em 1955. Em uma de suas incursões ao estádio, foi ver o duelo entre o time alvinegro e o São Paulo. No momento do gol corintiano, sua vibração foi interrompida por um soco, e então o apreço por outro time passou a ser cultivado. "Meu tio me deu um soco na barriga e falou 'italiano aqui no Brasil tem que ser Palestra'. A partir dali comecei a saber quem era aquele tal Palestra e me apaixonei", conta o aposentado. Para comemorar mais uma taça, Perricci torce por ao menos um empate do Palmeiras contra a Chapecoense. Caso o confronto entre Flamengo e Santos termine empatado, o Palmeiras pode até ser derrotado que leva o título. Um revés do time da Baixada também é suficiente. Mas depender dos resultados de outras partidas nem passa pela cabeça de Maria Eduarda Nepomuceno, 7. Ela nunca viu seu time -que aprendeu a amar com o incentivo do pai, Edgar- ser campeão do Brasileiro. "Vai ser 3 a 0. Dois gols do Dudu e um do Gabriel Jesus", projeta a menina, barrada pela Polícia Militar no último confronto do clube, diante do Botafogo, por tentar entrar no estádio com o rosto pintado. "Duda" vai entrar em campo neste domingo ao lado de seu ídolo Dudu. Pode ser a redenção para Duda e demais crianças com idades próximas, que viveram toda suas vidas no vácuo de títulos do Brasileiro. Nos últimos sete anos, o Palmeiras conquistou a Copa do Brasil em 2012 e 2015, mas amargou um rebaixamento e reincidiu em brigas contra o descenso. Os rostinhos de crianças chorando viraram um clichê palmeirense nas transmissões de TV. Fabio Yamaji, 42, cineasta, reconhece o período tortuoso, mas garante que a seca da década de 1980 foi pior. "Nesse período [sem o Brasileiro] ainda conquistamos títulos como o Paulista e a Copa do Brasil. Em 1980 não conquistamos absolutamente nada. Apesar de termos sido rebaixados em 2002 e em 2012, o jejum é bem menos doloroso atualmente", defende Yamaji, descendente de japonês que italianiza o sobrenome em sua camisa do time: "Yamaggio". Presença certa nas arquibancadas do Allianz Parque, Mayara Cardoso trocará o "Parabéns para Você" pelo hino do Palmeiras e os cantos de apoio que os torcedores carregam na ponta da língua. Ela comemorará seu aniversário de 25 anos assistindo a Jailson, Moisés, Gabriel Jesus e os demais tentando garantir que ela tenha um aniversário antológico. "É o melhor presente que qualquer palmeirense pode ganhar. Depois de tantos anos é ainda mais especial". Já Samuel de Lucena David, de apenas dez meses, começa sua vida com privilégio que poucos palmeirenses tiveram recentemente. Assim como o clube, que nasceu campeão no ano em que deixou de usar o nome Palestra Itália e passou a se chamar Palmeiras, em 1942, "Samuca" -quando entender melhor o significado do futebol- poderá se orgulhar de ter nascido no ano em que seu time chegou ao topo do mais importante torneio do futebol brasileiro.
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Vírus da zika continua sendo um grave problema
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O "British Medical Journal" desta sexta-feira (15) confirma problemas em bebês de mães afetadas pelo vírus da Zika. O estudo radiológico assinado pela professora Maria de Fátima V. Aragão e por colaboradores afasta, em seus 23 bebês diagnosticados com a infecção congênita, outras causas da microcefalia, como toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, sífilis e HIV. O exame de raios X sugere "danos extremamente severos no cérebro, indicando um pobre prognóstico para a futura formação neurológica desses bebês". Na revista "American Journal of Public Health", Enny S. Paixão e colaboradores da London School of Hygiene and Tropical Medicine e da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, concluem que a situação atual relacionada ao Zika não é muito animadora: não existe vacina ou tratamento para a doença, nem bons testes sorológicos para o diagnóstico e o controle do Aedes permanece um desafio. A dificuldade com o aedes, explicam, é que o mosquito se reproduz até em pouca água, como uma tampinha de garrafa, e seus ovos são extremamente resistentes. Esses ovos podem sobreviver em local seco por mais de um ano. A estimativa para a taxa de infecção pelo zika, assim como para outras arboviroses, é alta, pois cerca de 2,5% da população brasileira seria portadora do vírus. Para os autores, uma estimativa acurada inclui alto índice de infecções inaparentes e afasta reações cruzadas do zika e dengue no teste sorológico.
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colunas
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Vírus da zika continua sendo um grave problemaO "British Medical Journal" desta sexta-feira (15) confirma problemas em bebês de mães afetadas pelo vírus da Zika. O estudo radiológico assinado pela professora Maria de Fátima V. Aragão e por colaboradores afasta, em seus 23 bebês diagnosticados com a infecção congênita, outras causas da microcefalia, como toxoplasmose, citomegalovírus, rubéola, sífilis e HIV. O exame de raios X sugere "danos extremamente severos no cérebro, indicando um pobre prognóstico para a futura formação neurológica desses bebês". Na revista "American Journal of Public Health", Enny S. Paixão e colaboradores da London School of Hygiene and Tropical Medicine e da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, concluem que a situação atual relacionada ao Zika não é muito animadora: não existe vacina ou tratamento para a doença, nem bons testes sorológicos para o diagnóstico e o controle do Aedes permanece um desafio. A dificuldade com o aedes, explicam, é que o mosquito se reproduz até em pouca água, como uma tampinha de garrafa, e seus ovos são extremamente resistentes. Esses ovos podem sobreviver em local seco por mais de um ano. A estimativa para a taxa de infecção pelo zika, assim como para outras arboviroses, é alta, pois cerca de 2,5% da população brasileira seria portadora do vírus. Para os autores, uma estimativa acurada inclui alto índice de infecções inaparentes e afasta reações cruzadas do zika e dengue no teste sorológico.
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Dólar cai com alívio na tensão política; Bolsa tem quarta queda com bancos
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O dólar se desvaloriza em relação ao real nesta sexta-feira (14) e é cotado abaixo de R$ 3,50 com alívio no cenário político. No entanto, o exterior pesa, com dados ruins de crescimento econômico na Europa. Investidores também analisam indicador de produção industrial nos Estados Unidos que pode levar o banco central americano a elevar os juros já em setembro. Às 11h01, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 1,03%, para R$ 3,474. No horário, o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, sofria desvalorização de 1,13%, também para R$ 3,474. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, operava em baixa de 0,57%, para 47.738 pontos, às 11h01. As tensões políticas diminuíram após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que enfraquece a articulação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para votar as contas anuais de presidentes da República separadamente em cada Casa. Na decisão, o ministro do STF Luís Roberto Barroso afirmou que o julgamento deve ocorrer em sessão conjunta do Congresso Nacional, com análise de deputados e senadores. O entendimento do ministro dificulta a articulação de Cunha para analisar as contas de Dilma. Pelo entendimento do ministro, caberá ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), conduzir as votações. EXTERIOR O PIB (Produto Interno Bruto) de países da zona do euro no segundo trimestre ficou abaixo do esperado por analistas. A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, informou que o crescimento na região foi de 0,3% na comparação trimestral. Na comparação anual, houve crescimento de 1,2%. O resultado faz com que as principais Bolsas europeias operem em baixa nesta sessão. O índice da Bolsa de Paris caía 0,59% às 10h41, enquanto o DAX, de Frankfurt, tinha queda de 0,22% no horário. Em Madri, o Ibex-35 perdia 0,59% no horário, e em Milão o FTSE-MIB caía 0,45%. Na Grécia, o Parlamento aprovou a lei sobre o terceiro resgate estipulado com as instituições credoras durante uma longa sessão em que se tornaram evidentes mais uma vez as dissidências no partido governante Syriza. Nos Estados Unidos, a produção industrial avançou em julho ao ritmo mais forte em oito meses, com salto na fabricação de automóveis, em um sinal otimista para o crescimento econômico no terceiro trimestre. A produção industrial subiu 0,6% no mês passado, após aumentar 0,1% em junho, em números revisados para baixo, informou o Federal Reserve (Fed, banco central americano) nesta sexta-feira. A produção de veículos motorizados aumentou em 10,6%, mais do que compensando o declínio registrado em junho. Já na China, o yuan interrompeu série de três quedas e subiu em relação ao dólar nesta sexta-feira. O movimento do banco central chinês de ajustar a taxa referencial -que orienta e limita a variação que a moeda poderá ter no mercado- aplaca o temor de que a desvalorização seria um movimento prolongado face a uma piora nos indicadores econômicos. BOLSA Bancos voltam a pesar sobre o Ibovespa nesta sexta-feira. Às 10h48, as ações do Itaú caíam 0,86%, para R$ 26,47, enquanto os papéis preferenciais do Bradesco tinham desvalorização de 0,36%, para R$ 24,29. Às 10h49, as ações mais negociadas da Petrobras operavam estáveis em R$ 9,51. No horário, os papéis com direito a voto subiam 0,47%, para R$ 10,63. Os papéis da mineradora Vale caíam pelo segundo dia, acompanhando a queda do minério de ferro no exterior. Às 10h51, os papéis preferenciais da empresa tinham queda de 0,75%, para R$ 14,51, enquanto as ações ordinárias caíam 0,32%, para R$ 18,42. Às 10h53, as ações da BM&FBovespa tinham alta de 1,68%, para R$ 10,88. A empresa anunciou na quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 318 milhões no segundo trimestre, alta de 27,2% sobre o resultado positivo obtido um ano antes. Já os papéis da Gol tinham queda de 2,58%, para R$ 5,27, às 10h58. A companhia aérea teve prejuízo líquido de R$ 354,9 milhões no segundo trimestre, ampliando o resultado negativo obtido do mesmo período do ano passado, impactada pela redução de preços de passagens e do volume de passageiros corporativos, além de leve aumento das despesas. As ações da JBS se desvalorizavam 0,82% às 10h59. A produtora de carnes teve lucro líquido de R$ 80,1 milhões no segundo trimestre, queda de 68,5% sobre o mesmo período do ano anterior, afetada pela piora de seu resultado financeiro, informou na noite de quinta-feira.
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mercado
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Dólar cai com alívio na tensão política; Bolsa tem quarta queda com bancosO dólar se desvaloriza em relação ao real nesta sexta-feira (14) e é cotado abaixo de R$ 3,50 com alívio no cenário político. No entanto, o exterior pesa, com dados ruins de crescimento econômico na Europa. Investidores também analisam indicador de produção industrial nos Estados Unidos que pode levar o banco central americano a elevar os juros já em setembro. Às 11h01, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha queda de 1,03%, para R$ 3,474. No horário, o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, sofria desvalorização de 1,13%, também para R$ 3,474. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, operava em baixa de 0,57%, para 47.738 pontos, às 11h01. As tensões políticas diminuíram após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que enfraquece a articulação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para votar as contas anuais de presidentes da República separadamente em cada Casa. Na decisão, o ministro do STF Luís Roberto Barroso afirmou que o julgamento deve ocorrer em sessão conjunta do Congresso Nacional, com análise de deputados e senadores. O entendimento do ministro dificulta a articulação de Cunha para analisar as contas de Dilma. Pelo entendimento do ministro, caberá ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), conduzir as votações. EXTERIOR O PIB (Produto Interno Bruto) de países da zona do euro no segundo trimestre ficou abaixo do esperado por analistas. A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, informou que o crescimento na região foi de 0,3% na comparação trimestral. Na comparação anual, houve crescimento de 1,2%. O resultado faz com que as principais Bolsas europeias operem em baixa nesta sessão. O índice da Bolsa de Paris caía 0,59% às 10h41, enquanto o DAX, de Frankfurt, tinha queda de 0,22% no horário. Em Madri, o Ibex-35 perdia 0,59% no horário, e em Milão o FTSE-MIB caía 0,45%. Na Grécia, o Parlamento aprovou a lei sobre o terceiro resgate estipulado com as instituições credoras durante uma longa sessão em que se tornaram evidentes mais uma vez as dissidências no partido governante Syriza. Nos Estados Unidos, a produção industrial avançou em julho ao ritmo mais forte em oito meses, com salto na fabricação de automóveis, em um sinal otimista para o crescimento econômico no terceiro trimestre. A produção industrial subiu 0,6% no mês passado, após aumentar 0,1% em junho, em números revisados para baixo, informou o Federal Reserve (Fed, banco central americano) nesta sexta-feira. A produção de veículos motorizados aumentou em 10,6%, mais do que compensando o declínio registrado em junho. Já na China, o yuan interrompeu série de três quedas e subiu em relação ao dólar nesta sexta-feira. O movimento do banco central chinês de ajustar a taxa referencial -que orienta e limita a variação que a moeda poderá ter no mercado- aplaca o temor de que a desvalorização seria um movimento prolongado face a uma piora nos indicadores econômicos. BOLSA Bancos voltam a pesar sobre o Ibovespa nesta sexta-feira. Às 10h48, as ações do Itaú caíam 0,86%, para R$ 26,47, enquanto os papéis preferenciais do Bradesco tinham desvalorização de 0,36%, para R$ 24,29. Às 10h49, as ações mais negociadas da Petrobras operavam estáveis em R$ 9,51. No horário, os papéis com direito a voto subiam 0,47%, para R$ 10,63. Os papéis da mineradora Vale caíam pelo segundo dia, acompanhando a queda do minério de ferro no exterior. Às 10h51, os papéis preferenciais da empresa tinham queda de 0,75%, para R$ 14,51, enquanto as ações ordinárias caíam 0,32%, para R$ 18,42. Às 10h53, as ações da BM&FBovespa tinham alta de 1,68%, para R$ 10,88. A empresa anunciou na quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 318 milhões no segundo trimestre, alta de 27,2% sobre o resultado positivo obtido um ano antes. Já os papéis da Gol tinham queda de 2,58%, para R$ 5,27, às 10h58. A companhia aérea teve prejuízo líquido de R$ 354,9 milhões no segundo trimestre, ampliando o resultado negativo obtido do mesmo período do ano passado, impactada pela redução de preços de passagens e do volume de passageiros corporativos, além de leve aumento das despesas. As ações da JBS se desvalorizavam 0,82% às 10h59. A produtora de carnes teve lucro líquido de R$ 80,1 milhões no segundo trimestre, queda de 68,5% sobre o mesmo período do ano anterior, afetada pela piora de seu resultado financeiro, informou na noite de quinta-feira.
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Festival em parque de Amsterdã tira cultura LGBT do gueto
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Em meio à lista interminável de festivais de música no verão do hemisfério Norte, há um menos disputado pelos músicos, mas capaz de levar 30 mil pessoas a um parque "família" de Amsterdã para transformar dia em noite, beijar e se travestir sem medo. Na sede do Milkshake Festival, o Westerpark, no lado oeste da cidade, a grama é impregnada de glitter e suor de quem dançou nos últimos dias de julho os sets dos melhores DJs e performers da cena LGBTQ americana e europeia -a segunda edição brasileira do festival está programada para junho de 2018. Tirados do gueto noturno graças à união entre duas boates lendárias da capital holandesa (Air e Paradiso) e a produtora Marieke Samallo, nomes como o americano Larry Tee, a francesa Miss Kittin e o holandês Joost Van Bellen (pai das baladas mais quentes dos anos 1990) foram alguns dos destaques de um elenco de mais de 160 atrações que se dividiu em oito palcos. Festas badaladas de Londres e Berlim —que completam a trindade da cultura LGBTQ europeia— incrementaram a programação, cronometrada para durar até o último raio de sol do domingo (30), por volta das 23h. Embora a música servisse de pretexto, não foram o revival apoteótico do grupo americano Village People, os gritos do trio-você-tem-que-conhecer Fata Boom nem a deliciosa homenagem a George Michael (1963-2016) realizada por medalhões do bate-estaca que garantiram ao festival o título de encontro mais libertário do verão. As seis cores da bandeira gay, hasteada por diversas ruas da cidade em celebração ao mês do Orgulho no país, estavam personificadas em carne, osso e maquiagem. Por exemplo, no casal de transexuais, trajado com uniforme militar, que empunhava cartazes com os dizeres "trans não são um fardo", para lembrar que, três dias antes, o presidente americano Donald Trump anunciara a proibição de transgêneros nas Forças Armadas dos EUA. AMOR LIVRE O discurso dos participantes também era em defesa do amor livre -trios de bissexuais e casais gays, lésbicas e heterossexuais namoravam sem amarras- e pelo direito de se mostrar à luz do dia. As "hostesses" do evento, um trio de drag queens de leggings, uniforme quase oficial do público da festa, gritava boas-vindas em megafones, como se quisesse fazer suas mensagens serem ouvidas para além dos limites do parque. Em uma passarela armada entre dois palcos, um concurso do tipo "RuPaul's Drag Race", do qual participaram drags de todo o mundo, levou convidados ao palanque. Sem receio de julgamentos, eram intimados a revelar talentos escondidos. Nada no Milkshake, aliás, é feito para se encaixar em uma cartilha convencional. Em vez de dinheiro, tokens com a palavra "pênis" e uma carinha sorridente estampada eram moeda de troca. Além disso, uma boate inflável de plástico rosa, intitulada "menos drama, mais techno", com fachada emulando a de uma igreja, tinha fila permanente à sua porta; e um espaço só para "ursos", parte da comunidade gay adepta aos pelos e a alguns quilos extras, abrigava a piscina de bolinhas mais concorrida da Europa. Os organizadores do festival, em parceria com a Plusnetwork, responsável pelo Tomorrowland Brasil, querem replicar as mesmas ideias e espaços na próxima versão brasileira do Milkshake. Sabem que não será fácil. Se há poucos meses, segundo a organização, a patrulha de São Paulo impediu a realização da festa no autódromo de Interlagos, eles já esperam alguma dor de cabeça para levá-la ao reformado Memorial da América Latina, na Barra Funda. E em plena luz do dia, como tem de ser. O jornalista viajou a convite do Milkshake Festival
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Festival em parque de Amsterdã tira cultura LGBT do guetoEm meio à lista interminável de festivais de música no verão do hemisfério Norte, há um menos disputado pelos músicos, mas capaz de levar 30 mil pessoas a um parque "família" de Amsterdã para transformar dia em noite, beijar e se travestir sem medo. Na sede do Milkshake Festival, o Westerpark, no lado oeste da cidade, a grama é impregnada de glitter e suor de quem dançou nos últimos dias de julho os sets dos melhores DJs e performers da cena LGBTQ americana e europeia -a segunda edição brasileira do festival está programada para junho de 2018. Tirados do gueto noturno graças à união entre duas boates lendárias da capital holandesa (Air e Paradiso) e a produtora Marieke Samallo, nomes como o americano Larry Tee, a francesa Miss Kittin e o holandês Joost Van Bellen (pai das baladas mais quentes dos anos 1990) foram alguns dos destaques de um elenco de mais de 160 atrações que se dividiu em oito palcos. Festas badaladas de Londres e Berlim —que completam a trindade da cultura LGBTQ europeia— incrementaram a programação, cronometrada para durar até o último raio de sol do domingo (30), por volta das 23h. Embora a música servisse de pretexto, não foram o revival apoteótico do grupo americano Village People, os gritos do trio-você-tem-que-conhecer Fata Boom nem a deliciosa homenagem a George Michael (1963-2016) realizada por medalhões do bate-estaca que garantiram ao festival o título de encontro mais libertário do verão. As seis cores da bandeira gay, hasteada por diversas ruas da cidade em celebração ao mês do Orgulho no país, estavam personificadas em carne, osso e maquiagem. Por exemplo, no casal de transexuais, trajado com uniforme militar, que empunhava cartazes com os dizeres "trans não são um fardo", para lembrar que, três dias antes, o presidente americano Donald Trump anunciara a proibição de transgêneros nas Forças Armadas dos EUA. AMOR LIVRE O discurso dos participantes também era em defesa do amor livre -trios de bissexuais e casais gays, lésbicas e heterossexuais namoravam sem amarras- e pelo direito de se mostrar à luz do dia. As "hostesses" do evento, um trio de drag queens de leggings, uniforme quase oficial do público da festa, gritava boas-vindas em megafones, como se quisesse fazer suas mensagens serem ouvidas para além dos limites do parque. Em uma passarela armada entre dois palcos, um concurso do tipo "RuPaul's Drag Race", do qual participaram drags de todo o mundo, levou convidados ao palanque. Sem receio de julgamentos, eram intimados a revelar talentos escondidos. Nada no Milkshake, aliás, é feito para se encaixar em uma cartilha convencional. Em vez de dinheiro, tokens com a palavra "pênis" e uma carinha sorridente estampada eram moeda de troca. Além disso, uma boate inflável de plástico rosa, intitulada "menos drama, mais techno", com fachada emulando a de uma igreja, tinha fila permanente à sua porta; e um espaço só para "ursos", parte da comunidade gay adepta aos pelos e a alguns quilos extras, abrigava a piscina de bolinhas mais concorrida da Europa. Os organizadores do festival, em parceria com a Plusnetwork, responsável pelo Tomorrowland Brasil, querem replicar as mesmas ideias e espaços na próxima versão brasileira do Milkshake. Sabem que não será fácil. Se há poucos meses, segundo a organização, a patrulha de São Paulo impediu a realização da festa no autódromo de Interlagos, eles já esperam alguma dor de cabeça para levá-la ao reformado Memorial da América Latina, na Barra Funda. E em plena luz do dia, como tem de ser. O jornalista viajou a convite do Milkshake Festival
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Realidade virtual é mote de novo filme de Steven Spielberg; veja trailer
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O diretor americano Steven Spielberg apresentou neste sábado (22) o trailer de seu novo filme, a ficção científica "Jogador Número 1", durante um painel na Comic-Con, tradicional evento de cultura pop que acontece em San Diego (EUA). O filme, uma produção da Warner, é uma adaptação da saga homônima e juvenil do escritor Ernest Cline. O longa, que estreia em abril de 2018, será uma "porta de entrada" no universo da realidade virtual, segundo Cline. Na trama, após a morte do criador de uma MMO –um jogo online para múltiplos jogadores–, vários dos usuários dessa plataforma são desafiados a procurar prêmios por ele. Isso significa botar óculos especiais e mergulhar num mundo de videogame lotado de referências dos anos 1980, como Freddie Krueger e "De Volta para o Futuro". A trilha sonora, embalada pela banda Rush, incrementa o ar nostálgico. O trailer, exibido na Comic-Con mostra o personagem principal, interpretado por Tye Sheridan, se aventurando nesse mundo por meio de um óculos de realidade virtual.
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Realidade virtual é mote de novo filme de Steven Spielberg; veja trailerO diretor americano Steven Spielberg apresentou neste sábado (22) o trailer de seu novo filme, a ficção científica "Jogador Número 1", durante um painel na Comic-Con, tradicional evento de cultura pop que acontece em San Diego (EUA). O filme, uma produção da Warner, é uma adaptação da saga homônima e juvenil do escritor Ernest Cline. O longa, que estreia em abril de 2018, será uma "porta de entrada" no universo da realidade virtual, segundo Cline. Na trama, após a morte do criador de uma MMO –um jogo online para múltiplos jogadores–, vários dos usuários dessa plataforma são desafiados a procurar prêmios por ele. Isso significa botar óculos especiais e mergulhar num mundo de videogame lotado de referências dos anos 1980, como Freddie Krueger e "De Volta para o Futuro". A trilha sonora, embalada pela banda Rush, incrementa o ar nostálgico. O trailer, exibido na Comic-Con mostra o personagem principal, interpretado por Tye Sheridan, se aventurando nesse mundo por meio de um óculos de realidade virtual.
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Ônibus arrasta ao menos sete carros e deixa nove feridos na zona norte de SP
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Ao menos sete carros foram atingidos por um ônibus que perdeu o controle, por volta das 6h50 desta quinta-feira (6), no bairro Tucuruvi, zona norte de São Paulo. Segundo os bombeiros, nove pessoas foram encaminhadas aos hospitais Nipo-Brasileiro e Mandaqui com ferimentos leves. O ônibus parou apenas ao atingir um poste na rua Paulo de Avelar, altura do número 239, próximo à avenida General Ataliba Leonel. As causas da batida ainda serão apuradas. A Ataliba Leonel foi liberada para o tráfego por volta das 10h30, mas a rua Paulo Avelar continuava bloqueada às 14h30 para que a Eletropaulo fizesse a substituição do poste danificado. Segundo a Eletropaulo, a rede elétrica também precisará ser reconstruída por conta do acidente. A energia foi deslizada na região por segurança.
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cotidiano
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Ônibus arrasta ao menos sete carros e deixa nove feridos na zona norte de SPAo menos sete carros foram atingidos por um ônibus que perdeu o controle, por volta das 6h50 desta quinta-feira (6), no bairro Tucuruvi, zona norte de São Paulo. Segundo os bombeiros, nove pessoas foram encaminhadas aos hospitais Nipo-Brasileiro e Mandaqui com ferimentos leves. O ônibus parou apenas ao atingir um poste na rua Paulo de Avelar, altura do número 239, próximo à avenida General Ataliba Leonel. As causas da batida ainda serão apuradas. A Ataliba Leonel foi liberada para o tráfego por volta das 10h30, mas a rua Paulo Avelar continuava bloqueada às 14h30 para que a Eletropaulo fizesse a substituição do poste danificado. Segundo a Eletropaulo, a rede elétrica também precisará ser reconstruída por conta do acidente. A energia foi deslizada na região por segurança.
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Governo apresentará contraproposta ao Judiciário em até três semanas
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O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) disse que apresentará contraproposta de reajuste dos servidores do Judiciário entre duas e três semanas. O plano é que a negociação chegue a um acordo antes de terminar o prazo para o veto da presidente Dilma Rousseff. O governo recomendou um reajuste de 21,3% ao longo de quatro anos a partir de 2016 para os servidores do Executivo. Usará o mesmo valor como base no diálogo com o Judiciário, cujos servidores querem aumentos de até 79%. O governo disse que vetará esse valor. "Não é compatível com a realidade econômica brasileira", afirmou. "Não é adequado que a sociedade brasileira destine parcela maior de sua renda para os servidores. Com a mesma parcela já é possível ter aumento", disse Barbosa nesta quinta-feira (2), em Nova York. O ministro participou de mais uma rodada de reuniões com investidores americanos para vender o pacote de infraestrutura do Brasil. Cada Poder elabora o próprio projeto de lei com o reajuste para o próximo ano. O de 2016 deverá ser enviado ao Congresso até meado de agosto. Barbosa negou que a proposta de reajuste do Judiciário tenha sido resultado de pouca negociação. E argumentou que "há tempo para construir essa decisão. Nós continuamos o nosso esforço".
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Governo apresentará contraproposta ao Judiciário em até três semanasO ministro Nelson Barbosa (Planejamento) disse que apresentará contraproposta de reajuste dos servidores do Judiciário entre duas e três semanas. O plano é que a negociação chegue a um acordo antes de terminar o prazo para o veto da presidente Dilma Rousseff. O governo recomendou um reajuste de 21,3% ao longo de quatro anos a partir de 2016 para os servidores do Executivo. Usará o mesmo valor como base no diálogo com o Judiciário, cujos servidores querem aumentos de até 79%. O governo disse que vetará esse valor. "Não é compatível com a realidade econômica brasileira", afirmou. "Não é adequado que a sociedade brasileira destine parcela maior de sua renda para os servidores. Com a mesma parcela já é possível ter aumento", disse Barbosa nesta quinta-feira (2), em Nova York. O ministro participou de mais uma rodada de reuniões com investidores americanos para vender o pacote de infraestrutura do Brasil. Cada Poder elabora o próprio projeto de lei com o reajuste para o próximo ano. O de 2016 deverá ser enviado ao Congresso até meado de agosto. Barbosa negou que a proposta de reajuste do Judiciário tenha sido resultado de pouca negociação. E argumentou que "há tempo para construir essa decisão. Nós continuamos o nosso esforço".
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China e commodities animam mercados; Bolsa sobe 4% e dólar cai
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O aumento nos preços das commodities e os esforços do governo chinês para restaurar a confiança na economia estimularam o apetite dos investidores por risco nesta segunda-feira (22). Como consequência, as Bolsas globais fecharam predominantemente em alta. No cenário doméstico, o Ibovespa fechou com ganho superior a 4% e acima dos 43 mil pontos, puxada pelas ações de Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos. O dólar à vista fechou com queda de mais de 2%, e os juros futuros também recuaram. O principal índice da Bolsa paulista encerrou o pregão com ganho de 4,07%, aos 43.234,85 pontos. É o maior patamar desde 30 de dezembro de 2015, quando chegou a 43.349,96 pontos. O giro financeiro somou R$ 6,735 bilhões. Com a alta de hoje, em 2016 o índice acumula perda de apenas 0,27%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram alta de 13%, a R$ 5,04, e as ordinárias avançaram 16,04%, a R$ 7,41. Os papéis da Vale subiram 8,17%, a R$ 9,40 (PNA) e 11,07%, a R$ 13,14 (ON). Em Londres, o petróleo Brent avançava 5,09%, a US$ 34,69 o barril; nos EUA, o petróleo WTI subia 6,21%, a US$ 31,48. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) informou esperar que a produção de xisto nos EUA recue neste ano e no próximo, possivelmente aliviando o excesso de oferta global. E permanece no radar dos investidores um possível acordo entre os países para limitar a produção da commodity. Além disso, os preços do minério de ferro ficaram acima de US$ 50 por tonelada pela primeira vez em quatro meses, com ajuda da alta dos preços do aço na China. Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, a alta da Bolsa deve-se ao ambiente externo favorável. Segundo ele, a economia interna e questões políticas, como a prisão do marqueteiro João Santana, não chegaram a influenciar os negócios nesta sessão. "O que contou mesmo foi o cenário externo." Fábio Figueiredo, diretor técnico da Escola de Investimentos Leandro&Stormer, ressalta que o Ibovespa, depois de várias quedas, se aproxima novamente dos 44 mil pontos. "Se o índice conseguir romper este patamar, o próximo nível a ser testado é o de 50 mil pontos." Outras notícias vindas da China também animaram os mercados. No fim da semana passada, o governo chinês anunciou a redução de imposto para compra de imóveis e removeu o chefe da agência reguladora de mercados de capitais, indicando em seu lugar um alto executivo do setor bancário. As ações chinesas subiram mais de 2% nesta segunda-feira e atingiram o maior patamar em quatro semanas. As Bolsas europeias acompanharam a Ásia e fecham com altas expressivas: Londres (+1,47%), Paris (+1,79%), Frankfurt (+1,98%), Madri (+2,35%) e Milão (+3,52%). Nos EUA, o índice Dow Jones avançou 1,40%, o S&P 500, +1,45% e o Nasdaq, +1,47%. DÓLAR E JUROS A alta das commodities e as medidas chinesas para enfrentar a turbulência nos mercados financeiros favoreceram moedas ligadas a commodities, entre elas o real. A moeda americana à vista recuou 2,43%, a R$ 3,9448. O dólar comercial fechou em queda de 1,78%, a R$ 3,9510. Os juros futuros continuaram a trajetória de queda, com a sinalização do Banco Central de que manterá a taxa básica de juros inalterada nos próximos meses. O contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 14,235% para 14,180% e o DI para janeiro de 2021 cai de 15,750% para 15,500%. A pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que a expectativa do mercado é que a taxa básica de juros (Selic) encerre o ano no patamar atual, a 14,25%, mesma previsão da semana passada. Para 2017, o mercado revistou levemente para baixo a projeção, que caiu de 12,75% na semana passada para 12,63% nesta semana.
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mercado
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China e commodities animam mercados; Bolsa sobe 4% e dólar caiO aumento nos preços das commodities e os esforços do governo chinês para restaurar a confiança na economia estimularam o apetite dos investidores por risco nesta segunda-feira (22). Como consequência, as Bolsas globais fecharam predominantemente em alta. No cenário doméstico, o Ibovespa fechou com ganho superior a 4% e acima dos 43 mil pontos, puxada pelas ações de Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos. O dólar à vista fechou com queda de mais de 2%, e os juros futuros também recuaram. O principal índice da Bolsa paulista encerrou o pregão com ganho de 4,07%, aos 43.234,85 pontos. É o maior patamar desde 30 de dezembro de 2015, quando chegou a 43.349,96 pontos. O giro financeiro somou R$ 6,735 bilhões. Com a alta de hoje, em 2016 o índice acumula perda de apenas 0,27%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram alta de 13%, a R$ 5,04, e as ordinárias avançaram 16,04%, a R$ 7,41. Os papéis da Vale subiram 8,17%, a R$ 9,40 (PNA) e 11,07%, a R$ 13,14 (ON). Em Londres, o petróleo Brent avançava 5,09%, a US$ 34,69 o barril; nos EUA, o petróleo WTI subia 6,21%, a US$ 31,48. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) informou esperar que a produção de xisto nos EUA recue neste ano e no próximo, possivelmente aliviando o excesso de oferta global. E permanece no radar dos investidores um possível acordo entre os países para limitar a produção da commodity. Além disso, os preços do minério de ferro ficaram acima de US$ 50 por tonelada pela primeira vez em quatro meses, com ajuda da alta dos preços do aço na China. Para Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, a alta da Bolsa deve-se ao ambiente externo favorável. Segundo ele, a economia interna e questões políticas, como a prisão do marqueteiro João Santana, não chegaram a influenciar os negócios nesta sessão. "O que contou mesmo foi o cenário externo." Fábio Figueiredo, diretor técnico da Escola de Investimentos Leandro&Stormer, ressalta que o Ibovespa, depois de várias quedas, se aproxima novamente dos 44 mil pontos. "Se o índice conseguir romper este patamar, o próximo nível a ser testado é o de 50 mil pontos." Outras notícias vindas da China também animaram os mercados. No fim da semana passada, o governo chinês anunciou a redução de imposto para compra de imóveis e removeu o chefe da agência reguladora de mercados de capitais, indicando em seu lugar um alto executivo do setor bancário. As ações chinesas subiram mais de 2% nesta segunda-feira e atingiram o maior patamar em quatro semanas. As Bolsas europeias acompanharam a Ásia e fecham com altas expressivas: Londres (+1,47%), Paris (+1,79%), Frankfurt (+1,98%), Madri (+2,35%) e Milão (+3,52%). Nos EUA, o índice Dow Jones avançou 1,40%, o S&P 500, +1,45% e o Nasdaq, +1,47%. DÓLAR E JUROS A alta das commodities e as medidas chinesas para enfrentar a turbulência nos mercados financeiros favoreceram moedas ligadas a commodities, entre elas o real. A moeda americana à vista recuou 2,43%, a R$ 3,9448. O dólar comercial fechou em queda de 1,78%, a R$ 3,9510. Os juros futuros continuaram a trajetória de queda, com a sinalização do Banco Central de que manterá a taxa básica de juros inalterada nos próximos meses. O contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 14,235% para 14,180% e o DI para janeiro de 2021 cai de 15,750% para 15,500%. A pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que a expectativa do mercado é que a taxa básica de juros (Selic) encerre o ano no patamar atual, a 14,25%, mesma previsão da semana passada. Para 2017, o mercado revistou levemente para baixo a projeção, que caiu de 12,75% na semana passada para 12,63% nesta semana.
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'Sósia' de Karl Lagerfeld é usado em anúncio de coleção dele para o Brasil
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Não é Karl Lagerfeld quem aparece de costas e de perfil na campanha da nova coleção da Riachuelo. O fotógrafo Fernando Louza gravou em São Paulo no lugar do estilista. Ele usou rabo de cavalo e prótese no nariz. A marca, que lançou as roupas sem a presença do alemão, diz que ele não pôde participar do vídeo por questão de agenda, mas que cuidou da produção e do design das peças. Campanha da Riachuelo BALADA DA MODA A atriz Sophia Abrahão, a empresária Lala Rudge e a apresentadora Luciana Gimenez assistiram ao desfile da coleção do estilista Karl Lagerfeld para a Riachuelo na São Paulo Fashion Week, na terça (26). Na mesma noite, as atrizes Marina Ruy Barbosa e Giselle Itié participaram de festa de Patricia Bonaldi na galeria Gabriel Wickbold, após o desfile feito pela estilista. Leia a coluna completa aqui.
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'Sósia' de Karl Lagerfeld é usado em anúncio de coleção dele para o BrasilNão é Karl Lagerfeld quem aparece de costas e de perfil na campanha da nova coleção da Riachuelo. O fotógrafo Fernando Louza gravou em São Paulo no lugar do estilista. Ele usou rabo de cavalo e prótese no nariz. A marca, que lançou as roupas sem a presença do alemão, diz que ele não pôde participar do vídeo por questão de agenda, mas que cuidou da produção e do design das peças. Campanha da Riachuelo BALADA DA MODA A atriz Sophia Abrahão, a empresária Lala Rudge e a apresentadora Luciana Gimenez assistiram ao desfile da coleção do estilista Karl Lagerfeld para a Riachuelo na São Paulo Fashion Week, na terça (26). Na mesma noite, as atrizes Marina Ruy Barbosa e Giselle Itié participaram de festa de Patricia Bonaldi na galeria Gabriel Wickbold, após o desfile feito pela estilista. Leia a coluna completa aqui.
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O Estado sumiu no mundo árabe
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DAVOS - Cinco anos depois do início da chamada "Primavera Árabe", o que restou em boa parte do mundo árabe é o desaparecimento do Estado, substituído por milícias, seitas, religiões e, claro, o Estado Islâmico. Foi esse pelo menos o consenso que emergiu de um debate sobre o mundo árabe, durante o encontro anual de 2016 do Fórum Econômico Mundial em Davos. Pior: "Mesmo que desapareça o Estado Islâmico como o que conhecemos hoje, surgirão o Estado Islâmico 1, o Estado Islâmico 2, 3 e 4, porque as causas que deram origem a ele permanecem", depôs Amre Moussa, que foi secretário-geral da Liga Árabe durante 10 anos (até 2011) e candidato derrotado à presidência do Egito, no pleito que se seguiu à queda do ditador Hosni Mubarak. A falência do Estado foi apontada, principal e compreensivelmente, por Mahmoud Jibril, que foi primeiro-ministro da Líbia em 2011, após a queda de outro ditador (Muammar Gadafi), até ser afastado por pressão das milícias que hoje dividem o controle do país. É natural, por isso, que Jibril pede que se traga o Estado de volta ao controle –e não apenas na Líbia: com nuances próprias de cada país, o Estado sumiu, como fator unificador do país, também no Iraque, na Síria, no Iêmen, entre outros países, concluíram os debatedores. Na Líbia, como é óbvio, a situação é mais complexa, porque as armas e o dinheiro não estão mais nas mãos do Estado, mas das milícias e, em parte, do Estado Islâmico. "As milícias", disse Jibril, "cometeram todas as coisas ruins que se possam imaginar e muitos de seus líderes se tornaram milionários." Suas lideranças, ao contrário do que é mais ou menos tradicional não só no mundo árabe, não têm formação profissional. Podem ser mecânicos ou gente que consertava ar condicionado antes de tomar as armas. Apesar dessas características, Jibril é pragmático o suficiente para pedir que as milícias sejam tratadas como "parte da solução e não só como parte do problema". Motivo, simples, prático e lógico: "Ninguém [fora as milícias] tem poder de decretar um cessar-fogo para hoje ou para amanhã". Por isso, Jibril não é nem um pouco otimista a respeito do acordo patrocinado pelas Nações Unidas e fechado nesta terça-feira, 19, entre as duas facções rivais da Líbia. Cada uma delas controla uma parte do país, mas nenhuma pode, de fato, responder nem mesmo pela parte que controla, sem o aval das milícias (e sem considerar o Estado Islâmico, que é uma entidade à parte). Olhando mais para a frente, Majid Jafar, executivo-chefe da "Crescent Petroleum", dos Emirados Árabes Unidos, defende uma saída mais duradoura: construir instituições realmente fortes que se legitimem pela ação em favor do país. Foi o que sempre faltou no mundo árabe, em que predominaram e continuam predominando os homens fortes. Apesar do cenário pessimista, há um dado que sugere um certo otimismo para o futuro: como no mundo todo, há toda uma geração de jovens conectada ao mundo como jamais houve antes nos países árabes. É natural que rejeitem soluções como as velhas ditaduras ou como o caos atual. "O foco deve ser na sociedade e não no Estado", espera o líbio Jibril.
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O Estado sumiu no mundo árabeDAVOS - Cinco anos depois do início da chamada "Primavera Árabe", o que restou em boa parte do mundo árabe é o desaparecimento do Estado, substituído por milícias, seitas, religiões e, claro, o Estado Islâmico. Foi esse pelo menos o consenso que emergiu de um debate sobre o mundo árabe, durante o encontro anual de 2016 do Fórum Econômico Mundial em Davos. Pior: "Mesmo que desapareça o Estado Islâmico como o que conhecemos hoje, surgirão o Estado Islâmico 1, o Estado Islâmico 2, 3 e 4, porque as causas que deram origem a ele permanecem", depôs Amre Moussa, que foi secretário-geral da Liga Árabe durante 10 anos (até 2011) e candidato derrotado à presidência do Egito, no pleito que se seguiu à queda do ditador Hosni Mubarak. A falência do Estado foi apontada, principal e compreensivelmente, por Mahmoud Jibril, que foi primeiro-ministro da Líbia em 2011, após a queda de outro ditador (Muammar Gadafi), até ser afastado por pressão das milícias que hoje dividem o controle do país. É natural, por isso, que Jibril pede que se traga o Estado de volta ao controle –e não apenas na Líbia: com nuances próprias de cada país, o Estado sumiu, como fator unificador do país, também no Iraque, na Síria, no Iêmen, entre outros países, concluíram os debatedores. Na Líbia, como é óbvio, a situação é mais complexa, porque as armas e o dinheiro não estão mais nas mãos do Estado, mas das milícias e, em parte, do Estado Islâmico. "As milícias", disse Jibril, "cometeram todas as coisas ruins que se possam imaginar e muitos de seus líderes se tornaram milionários." Suas lideranças, ao contrário do que é mais ou menos tradicional não só no mundo árabe, não têm formação profissional. Podem ser mecânicos ou gente que consertava ar condicionado antes de tomar as armas. Apesar dessas características, Jibril é pragmático o suficiente para pedir que as milícias sejam tratadas como "parte da solução e não só como parte do problema". Motivo, simples, prático e lógico: "Ninguém [fora as milícias] tem poder de decretar um cessar-fogo para hoje ou para amanhã". Por isso, Jibril não é nem um pouco otimista a respeito do acordo patrocinado pelas Nações Unidas e fechado nesta terça-feira, 19, entre as duas facções rivais da Líbia. Cada uma delas controla uma parte do país, mas nenhuma pode, de fato, responder nem mesmo pela parte que controla, sem o aval das milícias (e sem considerar o Estado Islâmico, que é uma entidade à parte). Olhando mais para a frente, Majid Jafar, executivo-chefe da "Crescent Petroleum", dos Emirados Árabes Unidos, defende uma saída mais duradoura: construir instituições realmente fortes que se legitimem pela ação em favor do país. Foi o que sempre faltou no mundo árabe, em que predominaram e continuam predominando os homens fortes. Apesar do cenário pessimista, há um dado que sugere um certo otimismo para o futuro: como no mundo todo, há toda uma geração de jovens conectada ao mundo como jamais houve antes nos países árabes. É natural que rejeitem soluções como as velhas ditaduras ou como o caos atual. "O foco deve ser na sociedade e não no Estado", espera o líbio Jibril.
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Evento promove quatro dias de arte, música e gastronomia no Jockey Club
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GABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Inspirado em festivais internacionais, o F.A.M. Festival (sigla para comida, arte e música, em inglês) foi estendido —sua segunda edição ocorre, neste ano, em dois fins de semana de setembro, no Jockey Club. No sábado (10), a programação musical, com curadoria do projeto Jazz nos Fundos, inclui shows dos Barbatuques e de Walmir Gil —o músico entoa Miles Davis (1926-1991). Também se apresentam Guilherme Kastrup, ao lado da percussionista Simone Sou, no domingo (11), e KL Jay com o grupo Coisa Fina (17/9). Além de espaços para marcas, caso de Surfend Clothing, Terra Jardim e Verve Bijuterias, o espaço sedia uma galeria itinerante com trabalhos de artistas de rua -projeto da Inner Multi.Gallery. Para comer, serão servidas receitas de food e bike trucks e de restaurantes, como Pobre Juan e Forneria San Paolo. Jockey Club de São Paulo. R. Dr. José Augusto de Queiroz, s/nº, Jardim Everest, região sul, s/tel. Sáb. e dom.: 12h às 22h. Até 18/9. Livre. Estac. (R$ 25 - convênio). GRÁTIS
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saopaulo
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Evento promove quatro dias de arte, música e gastronomia no Jockey ClubGABRIELA VALDANHA DE SÃO PAULO Inspirado em festivais internacionais, o F.A.M. Festival (sigla para comida, arte e música, em inglês) foi estendido —sua segunda edição ocorre, neste ano, em dois fins de semana de setembro, no Jockey Club. No sábado (10), a programação musical, com curadoria do projeto Jazz nos Fundos, inclui shows dos Barbatuques e de Walmir Gil —o músico entoa Miles Davis (1926-1991). Também se apresentam Guilherme Kastrup, ao lado da percussionista Simone Sou, no domingo (11), e KL Jay com o grupo Coisa Fina (17/9). Além de espaços para marcas, caso de Surfend Clothing, Terra Jardim e Verve Bijuterias, o espaço sedia uma galeria itinerante com trabalhos de artistas de rua -projeto da Inner Multi.Gallery. Para comer, serão servidas receitas de food e bike trucks e de restaurantes, como Pobre Juan e Forneria San Paolo. Jockey Club de São Paulo. R. Dr. José Augusto de Queiroz, s/nº, Jardim Everest, região sul, s/tel. Sáb. e dom.: 12h às 22h. Até 18/9. Livre. Estac. (R$ 25 - convênio). GRÁTIS
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Coreia do Sul volta atrás e retoma compra de carne de frango do Brasil
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Depois de anunciar, nesta segunda (21), a suspensão das compras de carne de frango do Brasil, em consequência da Operação Carne Fraca, o governo da Coreia do Sul voltou atrás, na manhã desta terça (21) na Ásia, ao ter a confirmação por parte do Ministério da Agricultura brasileiro de que nunca adquiriu produto estragado do país. O país asiático, no entanto, decidiu intensificar a fiscalização do produto brasileiro. Nesta segunda, China, União Europeia e Chile também anunciaram restrições à carne brasileira. Depois do anúncio das restrições, o Ministério da Agricultura suspendeu a licença de exportação dos 21 frigoríficos que estão sob investigação na Operação Carne Fraca. O governo brasileiro permitirá, no entanto, que as mesmas fábricas continuem a vender o produto no mercado interno. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que iria conversar com representantes dos mercados nesta semana para tentar evitar que o bloqueio atinja fábricas não atingidas pela operação. Essas 21 unidades estão sob um "regime especial de fiscalização" do governo. "Não posso simplesmente acabar com nosso sistema produtivo por uma suspeição", disse Maggi. "Nenhum deles está na lista [da PF] por adulteração de produtos." O ministro acrescentou: "São problemas de relacionamento de fiscais com donos de frigoríficos. Não dá para dizer que a suspeição é sobre a qualidade de produtos". A China decidiu reter em seus portos toda carne do Brasil, independentemente da fábrica de origem. Técnicos do ministério planejavam se reunir por teleconferência com os chineses na noite desta segunda (20). "Esperamos que com essa conversa consigamos minimizar a situação." Em relação à UE, Maggi afirmou que a decisão foi de suspender as importações das 21 unidades sob suspeita. Destas, só 4 exportam atualmente para esse mercado. "Não há retaliação por parte dos europeus, só preocupação." CERTEZA A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, afirmou ter pedido que as autoridades brasileiras suspendam da lista de exportadoras ao bloco as empresas investigadas pela polícia, pedido que foi atendido. "Queremos certeza de que só carne com controle apropriado chegará ao mercado europeu", afirmou Enrico Brivio, porta-voz da comissão para assuntos de segurança alimentar. O governo brasileiro disse que ainda irá conversar com autoridades do Chile, pois não conseguiu entender a decisão do país. O ministro da Agricultura do Chile, Carlos Furche, anunciou a suspensão temporária da importação de "todo tipo de carne brasileira", bovina, frango e porco. Maggi fez ameaças ao vizinho sul-americano e disse ter autorização do presidente Michel Temer para retaliar o Chile em relação às compras, por exemplo, de peixes e frutas. O ministro não fez ameaças a nenhum dos outros três importadores que restringiram compra de carne do Brasil. Outro importante mercado para o Brasil, a Rússia, ainda não se manifestou. O governo dos EUA anunciou que aumentou a fiscalização sobre a carne do Brasil. O produto, que já passava por reinspeção ao chegar ao território americano, passará agora por "exames extras", segundo o governo. DESASTRE Segundo Maggi, o governo corre contra o tempo para evitar perder mercados duramente conquistados. "Não podemos permitir o fechamento de mercados. Para reabrir, serão muitos anos de trabalho", disse. Para ele, uma suspensão total das vendas brasileiras de carne ao exterior seria "um desastre". O ministro lembrou que as exportações de carne somam cerca de US$ 15 bilhões por ano. "Não estamos preocupados só com a balança comercial", disse. "O setor emprega 6 milhões de pessoas." Questionado sobre se as empresas estão realizando embarques de exportações já acertadas para outros países nos últimos dias, o ministro declarou que o momento é de cautela. "Eu não faria embarques nesses dias até se saber o que vai acontecer, principalmente com China."
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mercado
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Coreia do Sul volta atrás e retoma compra de carne de frango do BrasilDepois de anunciar, nesta segunda (21), a suspensão das compras de carne de frango do Brasil, em consequência da Operação Carne Fraca, o governo da Coreia do Sul voltou atrás, na manhã desta terça (21) na Ásia, ao ter a confirmação por parte do Ministério da Agricultura brasileiro de que nunca adquiriu produto estragado do país. O país asiático, no entanto, decidiu intensificar a fiscalização do produto brasileiro. Nesta segunda, China, União Europeia e Chile também anunciaram restrições à carne brasileira. Depois do anúncio das restrições, o Ministério da Agricultura suspendeu a licença de exportação dos 21 frigoríficos que estão sob investigação na Operação Carne Fraca. O governo brasileiro permitirá, no entanto, que as mesmas fábricas continuem a vender o produto no mercado interno. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que iria conversar com representantes dos mercados nesta semana para tentar evitar que o bloqueio atinja fábricas não atingidas pela operação. Essas 21 unidades estão sob um "regime especial de fiscalização" do governo. "Não posso simplesmente acabar com nosso sistema produtivo por uma suspeição", disse Maggi. "Nenhum deles está na lista [da PF] por adulteração de produtos." O ministro acrescentou: "São problemas de relacionamento de fiscais com donos de frigoríficos. Não dá para dizer que a suspeição é sobre a qualidade de produtos". A China decidiu reter em seus portos toda carne do Brasil, independentemente da fábrica de origem. Técnicos do ministério planejavam se reunir por teleconferência com os chineses na noite desta segunda (20). "Esperamos que com essa conversa consigamos minimizar a situação." Em relação à UE, Maggi afirmou que a decisão foi de suspender as importações das 21 unidades sob suspeita. Destas, só 4 exportam atualmente para esse mercado. "Não há retaliação por parte dos europeus, só preocupação." CERTEZA A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, afirmou ter pedido que as autoridades brasileiras suspendam da lista de exportadoras ao bloco as empresas investigadas pela polícia, pedido que foi atendido. "Queremos certeza de que só carne com controle apropriado chegará ao mercado europeu", afirmou Enrico Brivio, porta-voz da comissão para assuntos de segurança alimentar. O governo brasileiro disse que ainda irá conversar com autoridades do Chile, pois não conseguiu entender a decisão do país. O ministro da Agricultura do Chile, Carlos Furche, anunciou a suspensão temporária da importação de "todo tipo de carne brasileira", bovina, frango e porco. Maggi fez ameaças ao vizinho sul-americano e disse ter autorização do presidente Michel Temer para retaliar o Chile em relação às compras, por exemplo, de peixes e frutas. O ministro não fez ameaças a nenhum dos outros três importadores que restringiram compra de carne do Brasil. Outro importante mercado para o Brasil, a Rússia, ainda não se manifestou. O governo dos EUA anunciou que aumentou a fiscalização sobre a carne do Brasil. O produto, que já passava por reinspeção ao chegar ao território americano, passará agora por "exames extras", segundo o governo. DESASTRE Segundo Maggi, o governo corre contra o tempo para evitar perder mercados duramente conquistados. "Não podemos permitir o fechamento de mercados. Para reabrir, serão muitos anos de trabalho", disse. Para ele, uma suspensão total das vendas brasileiras de carne ao exterior seria "um desastre". O ministro lembrou que as exportações de carne somam cerca de US$ 15 bilhões por ano. "Não estamos preocupados só com a balança comercial", disse. "O setor emprega 6 milhões de pessoas." Questionado sobre se as empresas estão realizando embarques de exportações já acertadas para outros países nos últimos dias, o ministro declarou que o momento é de cautela. "Eu não faria embarques nesses dias até se saber o que vai acontecer, principalmente com China."
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Milton Cruz diz não acreditar em relaxamento do Corinthians
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Na briga para continuar no G4, o São Paulo enfrenta o Corinthians, já campeão, neste domingo (22), no Itaquerão. O técnico Milton Cruz elogiou a equipe comandada por Tite, mas lembrou que o clube do Morumbi precisa da vitória para continuar dentro da zona de classificação para a Libertadores de 2016. "Não acredito em relaxamento [do Corinthians], a rivalidade existe. Eles vão querer vencer o São Paulo", disse o treinador são-paulino. "Sabemos da dificuldade de jogar em Itaquera, mas vamos jogar para vencer o jogo. A equipe [corintiana] é campeã por méritos, mas vamos buscar o resultado porque precisamos vencer nossos jogos para ficar entre os quatro", completou Milton Cruz após a vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG. Esta foi a 18ª vez que Milton Cruz assumiu como técnico do São Paulo. Ao todo, ele soma 40 jogos, com 21 vitórias, à frente da equipe são-paulina. E o último triunfo ajudou o arquirrival a conquistar o hexa do Brasileiro. São Paulo 4 x 2 Atlético-MG "O importante hoje era nosso resultado, que pode nos dar a classificação para a Libertadores, algo que estamos em busca. O Corinthians fica para domingo. O Atlético-MG nos deu grande trabalho. Está de parabéns pela campanha que fez. São Paulo venceu uma grande equipe", afirmou Milton, que após a partida recebeu os parabéns do técnico da seleção do México, Juan Carlos Osorio, que foi assistir o jogo no Morumbi. O colombiano dirigiu o time até o início de outubro e se tornou amigo de Milton Cruz. "Ele hoje chegou cedo, ligou para mim e disse que queria assistir ao jogo. Daí falei para ele como ia jogar e ele disse que eu estava atrevido por jogar com Hudson, Thiago Mendes e Michel bastos no meio, com Carlinhos e Bruno nas laterais, algo que ele não fazia. Ele disse que eu estava abusado e atrevido. Somos amigos e fico feliz que ele tenha vindo prestigiar. Isso é gostoso", concluiu Milton Cruz.
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esporte
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Milton Cruz diz não acreditar em relaxamento do CorinthiansNa briga para continuar no G4, o São Paulo enfrenta o Corinthians, já campeão, neste domingo (22), no Itaquerão. O técnico Milton Cruz elogiou a equipe comandada por Tite, mas lembrou que o clube do Morumbi precisa da vitória para continuar dentro da zona de classificação para a Libertadores de 2016. "Não acredito em relaxamento [do Corinthians], a rivalidade existe. Eles vão querer vencer o São Paulo", disse o treinador são-paulino. "Sabemos da dificuldade de jogar em Itaquera, mas vamos jogar para vencer o jogo. A equipe [corintiana] é campeã por méritos, mas vamos buscar o resultado porque precisamos vencer nossos jogos para ficar entre os quatro", completou Milton Cruz após a vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG. Esta foi a 18ª vez que Milton Cruz assumiu como técnico do São Paulo. Ao todo, ele soma 40 jogos, com 21 vitórias, à frente da equipe são-paulina. E o último triunfo ajudou o arquirrival a conquistar o hexa do Brasileiro. São Paulo 4 x 2 Atlético-MG "O importante hoje era nosso resultado, que pode nos dar a classificação para a Libertadores, algo que estamos em busca. O Corinthians fica para domingo. O Atlético-MG nos deu grande trabalho. Está de parabéns pela campanha que fez. São Paulo venceu uma grande equipe", afirmou Milton, que após a partida recebeu os parabéns do técnico da seleção do México, Juan Carlos Osorio, que foi assistir o jogo no Morumbi. O colombiano dirigiu o time até o início de outubro e se tornou amigo de Milton Cruz. "Ele hoje chegou cedo, ligou para mim e disse que queria assistir ao jogo. Daí falei para ele como ia jogar e ele disse que eu estava atrevido por jogar com Hudson, Thiago Mendes e Michel bastos no meio, com Carlinhos e Bruno nas laterais, algo que ele não fazia. Ele disse que eu estava abusado e atrevido. Somos amigos e fico feliz que ele tenha vindo prestigiar. Isso é gostoso", concluiu Milton Cruz.
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Secretaria questiona reportagem sobre promessa de Alckmin
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Sobre a reportagem Promessa eleitoral contra crime em SP emperra, e Alckmin recorre à PM, a implantação do Detecta não está "emperrada", mas em ritmo acelerado de implantação. Em reposta enviada à Folha em 6/5, uma tabela mostrava todos os 163.072.891 registros de dados já integrados ao Detecta, dos quais constam os da Polícia Civil, os das concessionárias de rodovias, os do Detran e os da Polícia Militar. A maior parte dessas informações foi omitida. Se fossem consideradas, a Folha não afirmaria que o governo recorreu à PM para viabilizar o sistema por meio do Projeto Radar, que é um dos instrumentos integrados ao Detecta. RESPOSTA DOS JORNALISTAS CATIA SEABRA, REYNALDO TUROLLO JR. E ROGÉRIO PAGNAN - Em setembro de 2014, este mesmo missivista afirmou, em nota, que o sistema estaria operando até o final daquele ano, o que ainda não aconteceu. Como mostrou a reportagem, o Detecta segue sem funcionar com as funções prometidas nas eleições. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Secretaria questiona reportagem sobre promessa de AlckminSobre a reportagem Promessa eleitoral contra crime em SP emperra, e Alckmin recorre à PM, a implantação do Detecta não está "emperrada", mas em ritmo acelerado de implantação. Em reposta enviada à Folha em 6/5, uma tabela mostrava todos os 163.072.891 registros de dados já integrados ao Detecta, dos quais constam os da Polícia Civil, os das concessionárias de rodovias, os do Detran e os da Polícia Militar. A maior parte dessas informações foi omitida. Se fossem consideradas, a Folha não afirmaria que o governo recorreu à PM para viabilizar o sistema por meio do Projeto Radar, que é um dos instrumentos integrados ao Detecta. RESPOSTA DOS JORNALISTAS CATIA SEABRA, REYNALDO TUROLLO JR. E ROGÉRIO PAGNAN - Em setembro de 2014, este mesmo missivista afirmou, em nota, que o sistema estaria operando até o final daquele ano, o que ainda não aconteceu. Como mostrou a reportagem, o Detecta segue sem funcionar com as funções prometidas nas eleições. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Velhice
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Comemorando os 400 anos da morte de Shakespeare: "Não devias ter ficado velho antes de ficares sábio", disse o Bobo ao rei Lear, quando ele se lamentou dos erros que cometera. Velhice e sabedoria, de fato, não se confundem, mas se a gente cultivar com afinco a segunda, pode bem diminuir as agruras da primeira. Um amigo de 91 anos me respondeu, quando lhe perguntei como ia de saúde: "Olha, Daudt, tu sabes que eu estou morrendo de câncer, mas enquanto eu me sentir bem como me sinto, eu sou eterno". Pensei que ele dissera o mesmo que Vinicius: "Que eu possa dizer do amor -da vida- que tive: que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure". Uma cliente jovem veio me dizer que aprendeu que a impermanência lhe dá conforto porque traz desapego, e portanto, menor medo de perder. Ai, meu Deus, onde foi que ela aprendeu isso? "Ó menina, que desapego? Então você vai passar pela vida, só porque ela não é permanente, desapegada das coisas e das pessoas que te importam? Só por medo de perdê-las? Perder dói, sim, mas quando a perda chegar". Minha mãe dizia, quando eu perguntava se ela tinha medo de morrer: "A morte é um momento, e da minha vida não há de roubar mais do que isso: o seu momento". Isso tudo para dizer que, assim como os monges trapistas, que se sepultam em vida para combater o medo da morte, há pessoas que cultivam a velhice, e se tornam velhas (e não sábias) antes que a idade chegue. Meu pai foi responsável por que eu entendesse que a velhice é um estado de espírito. Ele ficou velho duas vezes na vida: a primeira, aos 95, quando foi obrigado a aposentar seu querido motorista só porque havia ficado cego. Tratado da depressão, ele voltou a ser o jovem de sempre. A segunda, quando resolveu morrer, aos 102, e dessa não voltou. "Ah", disse eu, "então a gente pode decidir se é velho ou não?!" Foi quando escolhi a idade de 25 anos para viver. Invisto nela, e ela está se tornando cada vez melhor. Comparada com a cronológica, então... Aos 25, eu era um imbecil. Não me achava bonito (a modéstia me impede de dizer o que acho de mim hoje). Não tinha autonomia, nem dinheiro, nem a liberdade que essas coisas trazem. Não tinha investido em sabedoria. Então eu estou negando os perrengues que a idade traz? Claro que não. Só não quero levar, além da queda, o coice. Calvície? Nomes que demoram a ser lembrados? Algumas dores articulares? Diminuição do tempo de sono? Ok, paciência, mas achar que disso decorre uma retirada do erotismo e da curiosidade, do achar graça em viver? Ah, não! Para usar uma linda invenção de minha filha para expressar discordância carinhosa, "CÁSSUABOCA!" Voltando à sabedoria de minha mãe, ela me disse um dia: "Ah, meu filho, a velhice é penosa... mas, considerando a alternativa, eu a aceito". E "melhor idade" é o cacete! Quem inventou essa idiotice? A velhice foi responsável pelo primeiro palavrão que ouvi na TV, ainda nos anos 80. Roberto D'Ávila entrevistava o editor José Olympio e perguntou-lhe que tal era ser velho. J. O. respondeu: "É uma merda".
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colunas
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VelhiceComemorando os 400 anos da morte de Shakespeare: "Não devias ter ficado velho antes de ficares sábio", disse o Bobo ao rei Lear, quando ele se lamentou dos erros que cometera. Velhice e sabedoria, de fato, não se confundem, mas se a gente cultivar com afinco a segunda, pode bem diminuir as agruras da primeira. Um amigo de 91 anos me respondeu, quando lhe perguntei como ia de saúde: "Olha, Daudt, tu sabes que eu estou morrendo de câncer, mas enquanto eu me sentir bem como me sinto, eu sou eterno". Pensei que ele dissera o mesmo que Vinicius: "Que eu possa dizer do amor -da vida- que tive: que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure". Uma cliente jovem veio me dizer que aprendeu que a impermanência lhe dá conforto porque traz desapego, e portanto, menor medo de perder. Ai, meu Deus, onde foi que ela aprendeu isso? "Ó menina, que desapego? Então você vai passar pela vida, só porque ela não é permanente, desapegada das coisas e das pessoas que te importam? Só por medo de perdê-las? Perder dói, sim, mas quando a perda chegar". Minha mãe dizia, quando eu perguntava se ela tinha medo de morrer: "A morte é um momento, e da minha vida não há de roubar mais do que isso: o seu momento". Isso tudo para dizer que, assim como os monges trapistas, que se sepultam em vida para combater o medo da morte, há pessoas que cultivam a velhice, e se tornam velhas (e não sábias) antes que a idade chegue. Meu pai foi responsável por que eu entendesse que a velhice é um estado de espírito. Ele ficou velho duas vezes na vida: a primeira, aos 95, quando foi obrigado a aposentar seu querido motorista só porque havia ficado cego. Tratado da depressão, ele voltou a ser o jovem de sempre. A segunda, quando resolveu morrer, aos 102, e dessa não voltou. "Ah", disse eu, "então a gente pode decidir se é velho ou não?!" Foi quando escolhi a idade de 25 anos para viver. Invisto nela, e ela está se tornando cada vez melhor. Comparada com a cronológica, então... Aos 25, eu era um imbecil. Não me achava bonito (a modéstia me impede de dizer o que acho de mim hoje). Não tinha autonomia, nem dinheiro, nem a liberdade que essas coisas trazem. Não tinha investido em sabedoria. Então eu estou negando os perrengues que a idade traz? Claro que não. Só não quero levar, além da queda, o coice. Calvície? Nomes que demoram a ser lembrados? Algumas dores articulares? Diminuição do tempo de sono? Ok, paciência, mas achar que disso decorre uma retirada do erotismo e da curiosidade, do achar graça em viver? Ah, não! Para usar uma linda invenção de minha filha para expressar discordância carinhosa, "CÁSSUABOCA!" Voltando à sabedoria de minha mãe, ela me disse um dia: "Ah, meu filho, a velhice é penosa... mas, considerando a alternativa, eu a aceito". E "melhor idade" é o cacete! Quem inventou essa idiotice? A velhice foi responsável pelo primeiro palavrão que ouvi na TV, ainda nos anos 80. Roberto D'Ávila entrevistava o editor José Olympio e perguntou-lhe que tal era ser velho. J. O. respondeu: "É uma merda".
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STF começa a publicar decisão sobre rito do impeachment
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O STF (Supremo Tribunal Federal) começou a publicar nesta segunda-feira (7) o resultado do julgamento que definiu o rito do processo de impeachment presidente Dilma Rousseff no Congresso. O texto, que traz o resumo da sessão, foi divulgado no Diário da Justiça Eletrônico. Nesta terça (8), será publicado um complemento do acórdão com a íntegra dos votos revisados dos ministros. É a partir da publicação de todo o teor do acordão que as partes podem recorrer, em até cinco dias, da decisão do Supremo, questionando eventuais omissões, contradições e obscuridades. No início de fevereiro, no entanto, o comando da Câmara chegou a apresentar recurso ao STF pedindo a revisão dos principais pontos do julgamento sobre a tramitação do processo da petista. Alguns ministros diziam que a tendência era que o recurso fosse negado, uma vez que a Câmara antecipou etapas. Processo de Impeachment Agora, o ministro Luís Roberto Barroso vai decidir se leva para votação o recurso da Câmara antes do documento com o resumo da sessão ou se pede para a Câmara se manifestar se quer ou não apresentar um novo questionamento ao tribunal. No julgamento de 2015, o STF anulou a comissão pró-afastamento que havia sido formada na Câmara e deu mais poder ao Senado no processo. A maioria dos ministros entendeu que não cabe votação secreta, como havia definido Cunha, para a eleição da Comissão Especial que ficará encarregada de elaborar parecer pela continuidade ou não do pedido de destituição de Dilma na Câmara. O STF também fixou que o Senado não fica obrigado a instaurar o impeachment caso a Câmara autorize (com aval de 342 dos 513 deputados) a abertura do processo. Para os ministros, a Câmara autoriza, admite o processo, mas cabe ao Senado decidir sobre a instauração. Com isso, a partir da instauração do processo por maioria simples (metade mais um, presentes 41 dos 81 dos senadores) no plenário do Senado, a presidente da República seria afastada do cargo, por até 180 dias, até o julgamento final. A perda do mandato dependeria de aprovação de 54 dos senadores. A palavra final para o afastamento de Dilma ao Senado agrada ao Planalto. Em mais de 50 páginas de recurso, a Câmara crítica o julgamento do Supremo. "Nunca na história do Supremo Tribunal Federal se decidiu por uma intervenção tão profunda no funcionamento interno da Câmara dos Deputados, restringindo, inclusive, o direito dos parlamentares." "Os fatos e a história não podem ser manipulados e propositadamente direcionados para conclusões errôneas, precipitadas e graves. Talvez não se tenha notado ainda a relevância dessa decisão não só quanto ao processo de impeachment em si, mas ao futuro institucional da Câmara dos Deputados, e do próprio Legislativo". Cunha ainda justificou a decisão de ingressar com a ação antes da divulgação do resultado e apontou que a medida representa a "defesa da liberdade da Câmara em praticar seus atos internos, sem interferência do Poder Judiciário". "É importante registrar que a interposição desde logo dos embargos de declaração se justifica porque a matéria decidida é inédita, relevantíssima do ponto de vista institucional, e acarretou uma guinada na jurisprudência dessa Corte quanto à intervenção em matéria interna corporis de outro Poder da República".
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poder
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STF começa a publicar decisão sobre rito do impeachmentO STF (Supremo Tribunal Federal) começou a publicar nesta segunda-feira (7) o resultado do julgamento que definiu o rito do processo de impeachment presidente Dilma Rousseff no Congresso. O texto, que traz o resumo da sessão, foi divulgado no Diário da Justiça Eletrônico. Nesta terça (8), será publicado um complemento do acórdão com a íntegra dos votos revisados dos ministros. É a partir da publicação de todo o teor do acordão que as partes podem recorrer, em até cinco dias, da decisão do Supremo, questionando eventuais omissões, contradições e obscuridades. No início de fevereiro, no entanto, o comando da Câmara chegou a apresentar recurso ao STF pedindo a revisão dos principais pontos do julgamento sobre a tramitação do processo da petista. Alguns ministros diziam que a tendência era que o recurso fosse negado, uma vez que a Câmara antecipou etapas. Processo de Impeachment Agora, o ministro Luís Roberto Barroso vai decidir se leva para votação o recurso da Câmara antes do documento com o resumo da sessão ou se pede para a Câmara se manifestar se quer ou não apresentar um novo questionamento ao tribunal. No julgamento de 2015, o STF anulou a comissão pró-afastamento que havia sido formada na Câmara e deu mais poder ao Senado no processo. A maioria dos ministros entendeu que não cabe votação secreta, como havia definido Cunha, para a eleição da Comissão Especial que ficará encarregada de elaborar parecer pela continuidade ou não do pedido de destituição de Dilma na Câmara. O STF também fixou que o Senado não fica obrigado a instaurar o impeachment caso a Câmara autorize (com aval de 342 dos 513 deputados) a abertura do processo. Para os ministros, a Câmara autoriza, admite o processo, mas cabe ao Senado decidir sobre a instauração. Com isso, a partir da instauração do processo por maioria simples (metade mais um, presentes 41 dos 81 dos senadores) no plenário do Senado, a presidente da República seria afastada do cargo, por até 180 dias, até o julgamento final. A perda do mandato dependeria de aprovação de 54 dos senadores. A palavra final para o afastamento de Dilma ao Senado agrada ao Planalto. Em mais de 50 páginas de recurso, a Câmara crítica o julgamento do Supremo. "Nunca na história do Supremo Tribunal Federal se decidiu por uma intervenção tão profunda no funcionamento interno da Câmara dos Deputados, restringindo, inclusive, o direito dos parlamentares." "Os fatos e a história não podem ser manipulados e propositadamente direcionados para conclusões errôneas, precipitadas e graves. Talvez não se tenha notado ainda a relevância dessa decisão não só quanto ao processo de impeachment em si, mas ao futuro institucional da Câmara dos Deputados, e do próprio Legislativo". Cunha ainda justificou a decisão de ingressar com a ação antes da divulgação do resultado e apontou que a medida representa a "defesa da liberdade da Câmara em praticar seus atos internos, sem interferência do Poder Judiciário". "É importante registrar que a interposição desde logo dos embargos de declaração se justifica porque a matéria decidida é inédita, relevantíssima do ponto de vista institucional, e acarretou uma guinada na jurisprudência dessa Corte quanto à intervenção em matéria interna corporis de outro Poder da República".
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Laboratório busca empreendedores com foco na primeira infância
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Empreendedores que atuem com a primeira infância (da gestação aos 6 anos) ou interessados em ter um projeto na área podem se inscrever no Lab Primeira Infância. O projeto selecionará, no mínimo, 30 empreendedores para participar de laboratório de três dias sobre o tema. A iniciativa é da Artemisia, organização sem fins lucrativos que dissemina e fomenta o empreendedorismo no Brasil, em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que trabalha na promoção integral do desenvolvimento da primeira infância. Os selecionados vão trabalhar conjuntamente para criar protótipos e validar ideias que se tornarão negócios de impacto social. O objetivo do Artemisia Lab Primeira Infância é fomentar a geração de negócios de impacto social voltados para esse período, considerado por especialistas da organização como um setor promissor no empreendedorismo social. De 18 a 20 de junho, os selecionados participarão de workshops vivenciais, em período integral, alinhados aos temas: proposta de valor, prototipagem, mentoria com especialistas em primeira infância e em startups, geração conjunta de ideias, preparação do "pitch" e "design thinking". Os melhores projetos desenvolvidos durante o laboratório receberão uma mentoria da equipe da Artemisia e um capital semente. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 31 de maio pelo site da Artemisia
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Laboratório busca empreendedores com foco na primeira infânciaEmpreendedores que atuem com a primeira infância (da gestação aos 6 anos) ou interessados em ter um projeto na área podem se inscrever no Lab Primeira Infância. O projeto selecionará, no mínimo, 30 empreendedores para participar de laboratório de três dias sobre o tema. A iniciativa é da Artemisia, organização sem fins lucrativos que dissemina e fomenta o empreendedorismo no Brasil, em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que trabalha na promoção integral do desenvolvimento da primeira infância. Os selecionados vão trabalhar conjuntamente para criar protótipos e validar ideias que se tornarão negócios de impacto social. O objetivo do Artemisia Lab Primeira Infância é fomentar a geração de negócios de impacto social voltados para esse período, considerado por especialistas da organização como um setor promissor no empreendedorismo social. De 18 a 20 de junho, os selecionados participarão de workshops vivenciais, em período integral, alinhados aos temas: proposta de valor, prototipagem, mentoria com especialistas em primeira infância e em startups, geração conjunta de ideias, preparação do "pitch" e "design thinking". Os melhores projetos desenvolvidos durante o laboratório receberão uma mentoria da equipe da Artemisia e um capital semente. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 31 de maio pelo site da Artemisia
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Chineses exigem mais informações sobre naufrágio no rio Yangtze
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Em busca de notícias de parentes desaparecidos, dezenas de pessoas romperam um cordão policial na noite desta quarta (3), no horário da China, perto do local onde um navio de cruzeiro afundou na noite de segunda (1º). Frustrados pela escassez de informações, cerca de 80 familiares dos turistas viajaram cerca de oito horas, em ônibus, de Nanquim até Jianli, cidade onde o barco virou. "Isso não vai ser de muita utilidade, estamos só nos mexendo para que o governo nos veja", disse o organizador do protesto, Wang Feng. As equipes de resgate ainda buscam mais de 400 desaparecidos do naufrágio do Estrela do Oriente, que levava 456 pessoas quando virou nas águas do rio Yangtze. Até a noite desta quarta no horário do Brasil, apenas 65 corpos haviam sido recuperados e só 14 pessoas foram resgatadas com vida -incluindo o capitão. As equipes de salvamento estenderam a área de busca para 220 km a jusante do rio. Parentes dos turistas pediram ao governo que divulgue os nomes dos mortos e dos resgatados. Eles também questionaram por que muitos dos resgatados são tripulantes, por que o barco não atracou durante a tempestade e por que o capitão e tripulantes tiveram tempo de vestir seus coletes salva-vidas, mas não de soar o alarme. Li Yongjun, capitão de um cargueiro que passava perto do Estrela do Oriente pouco antes de ele virou, afirmou à agência Xinhua que o tempo estava tão ruim que decidiu ancorar seu navio. Ele disse que ouviu uma voz vinda do rio gritando por socorro por volta das 22h, cerca de 30 minutos após o horário do naufrágio. Em 2013, em uma campanha de segurança, o Estrela do Oriente foi retido pelo escritório de segurança fluvial de Nanquim. Um jornal chinês informou, porém, que o barco passou por inspeções em Chongqing no mês passado e foi liberado. Segundo a imprensa estatal, esse foi o pior acidente no rio Yangtze. Em 1948, o vapor Kiangya explodiu no rio Huangpu, matando mais de mil pessoas.
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mundo
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Chineses exigem mais informações sobre naufrágio no rio YangtzeEm busca de notícias de parentes desaparecidos, dezenas de pessoas romperam um cordão policial na noite desta quarta (3), no horário da China, perto do local onde um navio de cruzeiro afundou na noite de segunda (1º). Frustrados pela escassez de informações, cerca de 80 familiares dos turistas viajaram cerca de oito horas, em ônibus, de Nanquim até Jianli, cidade onde o barco virou. "Isso não vai ser de muita utilidade, estamos só nos mexendo para que o governo nos veja", disse o organizador do protesto, Wang Feng. As equipes de resgate ainda buscam mais de 400 desaparecidos do naufrágio do Estrela do Oriente, que levava 456 pessoas quando virou nas águas do rio Yangtze. Até a noite desta quarta no horário do Brasil, apenas 65 corpos haviam sido recuperados e só 14 pessoas foram resgatadas com vida -incluindo o capitão. As equipes de salvamento estenderam a área de busca para 220 km a jusante do rio. Parentes dos turistas pediram ao governo que divulgue os nomes dos mortos e dos resgatados. Eles também questionaram por que muitos dos resgatados são tripulantes, por que o barco não atracou durante a tempestade e por que o capitão e tripulantes tiveram tempo de vestir seus coletes salva-vidas, mas não de soar o alarme. Li Yongjun, capitão de um cargueiro que passava perto do Estrela do Oriente pouco antes de ele virou, afirmou à agência Xinhua que o tempo estava tão ruim que decidiu ancorar seu navio. Ele disse que ouviu uma voz vinda do rio gritando por socorro por volta das 22h, cerca de 30 minutos após o horário do naufrágio. Em 2013, em uma campanha de segurança, o Estrela do Oriente foi retido pelo escritório de segurança fluvial de Nanquim. Um jornal chinês informou, porém, que o barco passou por inspeções em Chongqing no mês passado e foi liberado. Segundo a imprensa estatal, esse foi o pior acidente no rio Yangtze. Em 1948, o vapor Kiangya explodiu no rio Huangpu, matando mais de mil pessoas.
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Após terremoto, Facebook cria serviço para ajudar moradores do Chile
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O Facebook ativou na madrugada desta quinta-feira (17) uma ferramenta de geolocalização para que seus usuários possam informar se estão bem após o terremoto que atingiu o Chile, durante a noite desta quarta-feira (16). Por causa do tremor, oito pessoas morreram e quase um milhão de moradores das áreas costeiras do país tiveram que deixar suas casas. Segundo a rede social, que conta com 1,35 bilhão de usuários no mundo, o objetivo é tranquilizar os familiares, amigos e pessoas próximas. O terremoto sacudiu oito regiões do centro e do norte do Chile. "Avise a seus amigos que você está fora de perigo. Confirme que está bem para que eles recebam uma notificação", diz a mensagem do site. "Entre em contato rapidamente com seus amigos que estão na área. Confirme se souber que eles estão fora de perigo", diz a rede social. O Google tem uma ferramenta parecida, chamada de Person Finder, que serve tanto para a pessoa informar que está bem quanto para buscar notícias de alguém na região. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do abalo foi registrado às 19h54 (mesmo horário em Brasília) a 8 km de profundidade, no litoral próximo a Canela Baja, na região de Coquimbo, 293 km ao norte da capital. Minutos depois, foram registradas duas réplicas, de magnitudes 6,2 e 6,4, na mesma região. Além de Coquimbo e Santiago, o tremor também foi sentido nas regiões chilenas de Valparaíso, Atacama, Maule e Bío-Bio. Reflexos terremoto também foram sentidos na cidade de São Paulo.
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Após terremoto, Facebook cria serviço para ajudar moradores do ChileO Facebook ativou na madrugada desta quinta-feira (17) uma ferramenta de geolocalização para que seus usuários possam informar se estão bem após o terremoto que atingiu o Chile, durante a noite desta quarta-feira (16). Por causa do tremor, oito pessoas morreram e quase um milhão de moradores das áreas costeiras do país tiveram que deixar suas casas. Segundo a rede social, que conta com 1,35 bilhão de usuários no mundo, o objetivo é tranquilizar os familiares, amigos e pessoas próximas. O terremoto sacudiu oito regiões do centro e do norte do Chile. "Avise a seus amigos que você está fora de perigo. Confirme que está bem para que eles recebam uma notificação", diz a mensagem do site. "Entre em contato rapidamente com seus amigos que estão na área. Confirme se souber que eles estão fora de perigo", diz a rede social. O Google tem uma ferramenta parecida, chamada de Person Finder, que serve tanto para a pessoa informar que está bem quanto para buscar notícias de alguém na região. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do abalo foi registrado às 19h54 (mesmo horário em Brasília) a 8 km de profundidade, no litoral próximo a Canela Baja, na região de Coquimbo, 293 km ao norte da capital. Minutos depois, foram registradas duas réplicas, de magnitudes 6,2 e 6,4, na mesma região. Além de Coquimbo e Santiago, o tremor também foi sentido nas regiões chilenas de Valparaíso, Atacama, Maule e Bío-Bio. Reflexos terremoto também foram sentidos na cidade de São Paulo.
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Empresas fazem propostas por ativos da Petrobras na Argentina, diz jornal
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Três empresas teriam apresentado oferta para comprar os ativos da Petrobras na Argentina, segundo noticiou neste sábado (29) o jornal argentino "Clarín". Com dificuldades de caixa, a estatal brasileira informou que pretende se desfazer de ativos no exterior e, em julho, convidou empresas argentinas a apresentarem propostas de compra. Em nota, a companhia informou que não comentará o assunto. "Qualquer informação concreta sobre alterações significativas em negócios, no Brasil ou no exterior, será divulgada em momento oportuno e por meio de fato relevante." A Petrobras detém no país 30 campos de exploração de petróleo e gás, uma rede de cem postos de gasolina, a refinaria de Bahia Blanca e participação na termelétrica de Genelba, em petroquímicas, gasoduto e na hidrelétrica de Pichi Picún Leifú. Segundo a imprensa argentina, a Petrobras quer vender todos os ativos em um único negócio, que poderia superar US$ 1 bilhão. Se confirmada a operação, isso representaria a saída da estatal brasileira do país. A estatal YPF e duas empresas privadas teriam apresentado ofertas: a Pluspetrol e a Tecpetrol. Não há informações sobre o valor das propostas. A mais forte concorrente é a estatal, que poderia oferecer até US$ 1,4 bilhão pelos ativos da Petrobras. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a YPF, entretanto, ofereceu menos do que essa quantia. Correndo por fora está a Oil, empresa do controverso empresário Cristóbal López, que em 2010 arrematou postos de gasolina e uma refinaria da Petrobras por cerca de US$ 100 milhões. A empresa não foi convidada formalmente pela Petrobras, mas está pedindo para entrar na disputa. O empresário é investigado na Argentina por negócios suspeitos com a família Kirchner.
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Empresas fazem propostas por ativos da Petrobras na Argentina, diz jornalTrês empresas teriam apresentado oferta para comprar os ativos da Petrobras na Argentina, segundo noticiou neste sábado (29) o jornal argentino "Clarín". Com dificuldades de caixa, a estatal brasileira informou que pretende se desfazer de ativos no exterior e, em julho, convidou empresas argentinas a apresentarem propostas de compra. Em nota, a companhia informou que não comentará o assunto. "Qualquer informação concreta sobre alterações significativas em negócios, no Brasil ou no exterior, será divulgada em momento oportuno e por meio de fato relevante." A Petrobras detém no país 30 campos de exploração de petróleo e gás, uma rede de cem postos de gasolina, a refinaria de Bahia Blanca e participação na termelétrica de Genelba, em petroquímicas, gasoduto e na hidrelétrica de Pichi Picún Leifú. Segundo a imprensa argentina, a Petrobras quer vender todos os ativos em um único negócio, que poderia superar US$ 1 bilhão. Se confirmada a operação, isso representaria a saída da estatal brasileira do país. A estatal YPF e duas empresas privadas teriam apresentado ofertas: a Pluspetrol e a Tecpetrol. Não há informações sobre o valor das propostas. A mais forte concorrente é a estatal, que poderia oferecer até US$ 1,4 bilhão pelos ativos da Petrobras. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a YPF, entretanto, ofereceu menos do que essa quantia. Correndo por fora está a Oil, empresa do controverso empresário Cristóbal López, que em 2010 arrematou postos de gasolina e uma refinaria da Petrobras por cerca de US$ 100 milhões. A empresa não foi convidada formalmente pela Petrobras, mas está pedindo para entrar na disputa. O empresário é investigado na Argentina por negócios suspeitos com a família Kirchner.
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