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Na Escócia, Trump constrói barreira e manda a conta para os moradores
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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, já construiu um muro —não na fronteira com o México, mas nos limites de seu exclusivo campo de golfe no nordeste da Escócia, que bloqueia a vista do mar aos moradores que se recusaram a vender suas casas. E então Trump mandou a conta para eles. David e Moira Milne já tinham sido ameaçados com ações jurídicas pelos advogados de Trump, que afirmavam que um canto de sua garagem pertencia a ele. Quando voltaram do trabalho para casa certa noite, encontraram a equipe de Trump construindo uma cerca ao redor de seu jardim. Depois foram erguidas duas fileiras de árvores já crescidas, bloqueando sua vista. Suas ligações de água e eletricidade foram temporariamente cortadas. E depois chegou pelo correio uma conta de cerca de US$ 3.500 (R$ 11,8 mil), a qual, segundo David Milne, foi direto para o lixo. "Vejam, o México também não vai pagar", disse ele, um consultor de saúde e segurança e escritor no tempo livre, referindo-se à promessa feita por Trump em sua campanha de construir um "lindo e impenetrável muro" na fronteira e obrigar os mexicanos a pagar por ele. Os Milne hoje hasteiam uma bandeira mexicana em sua casa no alto do morro, uma antiga estação de guarda-marinha que dá para a sede do clube Trump International Golf Links, sempre que Trump a visita. É o que também fazem Susan e John Munro, que igualmente se recusaram a vender a casa e hoje encaram um monte de terra de quase 4,5 metros construído por funcionários de Trump nos dois lados de sua propriedade. Michael Forbes, um trabalhador mineiro cuja casa fica no lado oposto da propriedade de Trump, hasteou uma segunda bandeira —"Hillary para presidente"—, talvez porque Trump o acusou publicamente de viver "como um porco" e o chamou de "desgraça" por não vender sua casa "nojenta" e "parecida com uma favela". Enquanto muitos americanos tentam descobrir que tipo de presidente eles acabam de eleger, a população de Balmedie, um vilarejo perto da antes rica cidade de Aberdeen, dizem ter uma ideia bem próxima. Nos dez anos desde que Trump apareceu pela primeira vez ali, prometendo construir "o maior campo de golfe do mundo" em uma área de proteção ambiental que tem dunas de areia de 4.000 anos, eles o viram atacar todos os que se puseram em seu caminho. Eles dizem que o viram conquistar apoio público para seu campo de golfe com grandes promessas, e depois o viram descumpri-las uma a uma. Um investimento prometido de US$ 1,25 bilhão (R$ 4,25 bilhões) diminuiu para algo que, segundo seus adversários, não passa de US$ 50 milhões (R$ 170 milhões). 6.000 empregos encolheram para 95. Dois campos de golfe para um. Um hotel de luxo de 450 quartos não se materializou, nem os 950 apartamentos para aluguel de temporada. Em vez disso, uma antiga mansão senhorial foi transformada em um hotel-butique com 16 quartos. O Trump International Golf Links, que foi inaugurado em 2012, perdeu US$ 1,36 milhão (R$ 4,6 milhões) no ano passado, segundo as contas divulgadas. "Se os EUA querem saber o que virá, deveriam estudar o que aconteceu aqui. É previsível", disse Martin Ford, um representante do governo local. "Eu acabo de vê-lo fazer nos EUA, em escala mais grandiosa, exatamente o que fez aqui. Ele enganou as pessoas e enganou os políticos até conseguir o que queria, e então recuou em quase tudo o que prometeu. Alex Salmond, um ex-primeiro-ministro da Escócia cujo governo concedeu a Trump permissão para o projeto em 2008, desprezando as autoridades locais, hoje admite a tese, dizendo: "Balmedie conseguiu 10 centavos por dólar [prometido]". Sarah Malone, que chamou a atenção de Trump ao vencer um concurso de beleza e hoje é vice-presidente da Trump International, desmentiu alguns dos números citados publicamente sobre o projeto, dizendo que Trump investiu cerca de US$ 125 milhões (R$ 425 milhões) e que o clube de golfe hoje emprega 150 pessoas. "Enquanto outros projetos de golfe e lazer foram arquivados por falta de fundos", disse ela, "Trump continuou avançando em seus planos e colocou a região no mapa do turismo global, e este resort tem um papel vital na prosperidade econômica do nordeste da Escócia." Salmond disse que o impacto de Trump nos negócios do país poderá na verdade ser negativo, porque seus comentários xenófobos desagradaram tanto ao establishment escocês que o Royal & Ancient Golf Club of St. Andrews, conhecido simplesmente como R&A, não deverá conceder tão cedo a seu outro campo de golfe, o renomado Trump Turnberry, mais um torneio prestigioso como o Open. "Não vejo o R&A voltando a Turnberry, o que é uma tragédia por si só", disse Salmond. "Mas é também um enorme golpe econômico: várias centenas de milhões de libras perdidas —ou, nos termos de Trump, bilhões." Trump, cuja mãe migrou da Escócia para Nova York em 1930, nunca demonstrou grande interesse por sua terra natal. Mas em 2008, mesmo ano em que se inscreveu para obter a permissão do projeto em Balmedie, ele visitou a casa de pedras na ilha de Lewis, no oeste da Escócia, onde ela cresceu. Depois de descer de seu jato particular e distribuir exemplares de seu livro "Como Ficar Rico", ele teria dito aos moradores que se sentia muito escocês. "Sinto-me muito à vontade aqui", disse Trump, antes de gastar menos de dois minutos com seus primos na casa de sua mãe, relatou o jornal "The Guardian" na época. Em cerca de três horas seu jato tinha decolado. A visita claramente não impressionou Ford, então presidente da comissão de planejamento no conselho de Aberdeenshire, que recusou a Trump a permissão para o campo de golfe por questões ambientais. As antigas dunas, concluiu a comissão, eram um "local de interesse científico especial", ou, como colocou Ford, "o equivalente na Escócia à floresta Amazônica". Afinal, foi Salmond, um confesso fanático por golfe cujo eleitorado inclui Balmedie, quem saiu em defesa de Trump, concedendo-lhe a permissão para continuar, "pelo interesse econômico nacional". "6.000 empregos em toda a Escócia, 1.400 empregos locais e permanentes no nordeste da Escócia", disse Salmond na época. "Isso supera as preocupações ambientais." Oito anos depois, ele afirma que Trump o enganou: "Se soubesse o que sei hoje e pudesse voltar atrás, eu reescreveria aquela página", disse Salmond em uma entrevista nesta semana. "A maioria dos empreendimentos equilibra as questões econômicas com as ambientais. O problema, e é um grande problema, é que Donald Trump não fez o que prometeu." Mais tarde Trump se desentendeu feio com Salmond —que hoje ele chama de "Alex maluco" e de "passado"—, primeiro porque ele se recusou a despejar moradores por desapropriação e depois por seus planos de instalar turbinas eólicas no mar a poucos quilômetros do campo de golfe de Trump. "Se a Escócia não parar com essa política insana de turbinas eólicas obsoletas e assassinas de aves, o país será destruído", escreveu Trump no Twitter em 2014. Em um inquérito parlamentar sobre energia renovável em 2012, Trump advertiu que a Escócia teria "sérios problemas" se continuasse a construir turbinas eólicas. Perguntas sobre que evidências tinha, ele disse: "Eu sou a evidência". Então fez uma queixa formal sobre um político do Partido Verde que havia zombado da declaração com uma foto do filme de Monty Python "A Vida de Brian", acusando-o de blasfêmia e ameaçando levá-lo à Justiça. As turbinas eólicas, cujas fundações deverão ser construídas no próximo ano, ainda parecem irritar Trump. Em uma reunião logo depois de sua vitória na eleição, Trump pediu a Nigel Farage, o líder do populista UKIP (Partido pela Independência do Reino Unido, na sigla em inglês) –que não ganhou um único assento parlamentar na Escócia–, para combater os parques eólicos na Escócia em seu benefício. "Realmente, acreditar que uma conversa com Nick Farage e seus asseclas sobre energia eólica vai mudar a política do governo escocês está fora dos limites da possibilidade", disse Salmond. Alguns moradores locais continuam ferozmente leais a ele. Stewart Spence, dono do exclusivo Marcliffe Hotel, tem uma foto de Trump e dele mesmo à mostra no saguão, assim como seu título de sócio do clube de golfe de Balmedie. "Quantos turistas as dunas atraíram? Zero", disse ele. "O que ele fez foi construir um lindo campo de golfe e transformar o nordeste da Escócia em um destino incrível." Traduzido por LUIZ ROBERTO M. GONÇALVES
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Na Escócia, Trump constrói barreira e manda a conta para os moradoresO presidente eleito dos EUA, Donald Trump, já construiu um muro —não na fronteira com o México, mas nos limites de seu exclusivo campo de golfe no nordeste da Escócia, que bloqueia a vista do mar aos moradores que se recusaram a vender suas casas. E então Trump mandou a conta para eles. David e Moira Milne já tinham sido ameaçados com ações jurídicas pelos advogados de Trump, que afirmavam que um canto de sua garagem pertencia a ele. Quando voltaram do trabalho para casa certa noite, encontraram a equipe de Trump construindo uma cerca ao redor de seu jardim. Depois foram erguidas duas fileiras de árvores já crescidas, bloqueando sua vista. Suas ligações de água e eletricidade foram temporariamente cortadas. E depois chegou pelo correio uma conta de cerca de US$ 3.500 (R$ 11,8 mil), a qual, segundo David Milne, foi direto para o lixo. "Vejam, o México também não vai pagar", disse ele, um consultor de saúde e segurança e escritor no tempo livre, referindo-se à promessa feita por Trump em sua campanha de construir um "lindo e impenetrável muro" na fronteira e obrigar os mexicanos a pagar por ele. Os Milne hoje hasteiam uma bandeira mexicana em sua casa no alto do morro, uma antiga estação de guarda-marinha que dá para a sede do clube Trump International Golf Links, sempre que Trump a visita. É o que também fazem Susan e John Munro, que igualmente se recusaram a vender a casa e hoje encaram um monte de terra de quase 4,5 metros construído por funcionários de Trump nos dois lados de sua propriedade. Michael Forbes, um trabalhador mineiro cuja casa fica no lado oposto da propriedade de Trump, hasteou uma segunda bandeira —"Hillary para presidente"—, talvez porque Trump o acusou publicamente de viver "como um porco" e o chamou de "desgraça" por não vender sua casa "nojenta" e "parecida com uma favela". Enquanto muitos americanos tentam descobrir que tipo de presidente eles acabam de eleger, a população de Balmedie, um vilarejo perto da antes rica cidade de Aberdeen, dizem ter uma ideia bem próxima. Nos dez anos desde que Trump apareceu pela primeira vez ali, prometendo construir "o maior campo de golfe do mundo" em uma área de proteção ambiental que tem dunas de areia de 4.000 anos, eles o viram atacar todos os que se puseram em seu caminho. Eles dizem que o viram conquistar apoio público para seu campo de golfe com grandes promessas, e depois o viram descumpri-las uma a uma. Um investimento prometido de US$ 1,25 bilhão (R$ 4,25 bilhões) diminuiu para algo que, segundo seus adversários, não passa de US$ 50 milhões (R$ 170 milhões). 6.000 empregos encolheram para 95. Dois campos de golfe para um. Um hotel de luxo de 450 quartos não se materializou, nem os 950 apartamentos para aluguel de temporada. Em vez disso, uma antiga mansão senhorial foi transformada em um hotel-butique com 16 quartos. O Trump International Golf Links, que foi inaugurado em 2012, perdeu US$ 1,36 milhão (R$ 4,6 milhões) no ano passado, segundo as contas divulgadas. "Se os EUA querem saber o que virá, deveriam estudar o que aconteceu aqui. É previsível", disse Martin Ford, um representante do governo local. "Eu acabo de vê-lo fazer nos EUA, em escala mais grandiosa, exatamente o que fez aqui. Ele enganou as pessoas e enganou os políticos até conseguir o que queria, e então recuou em quase tudo o que prometeu. Alex Salmond, um ex-primeiro-ministro da Escócia cujo governo concedeu a Trump permissão para o projeto em 2008, desprezando as autoridades locais, hoje admite a tese, dizendo: "Balmedie conseguiu 10 centavos por dólar [prometido]". Sarah Malone, que chamou a atenção de Trump ao vencer um concurso de beleza e hoje é vice-presidente da Trump International, desmentiu alguns dos números citados publicamente sobre o projeto, dizendo que Trump investiu cerca de US$ 125 milhões (R$ 425 milhões) e que o clube de golfe hoje emprega 150 pessoas. "Enquanto outros projetos de golfe e lazer foram arquivados por falta de fundos", disse ela, "Trump continuou avançando em seus planos e colocou a região no mapa do turismo global, e este resort tem um papel vital na prosperidade econômica do nordeste da Escócia." Salmond disse que o impacto de Trump nos negócios do país poderá na verdade ser negativo, porque seus comentários xenófobos desagradaram tanto ao establishment escocês que o Royal & Ancient Golf Club of St. Andrews, conhecido simplesmente como R&A, não deverá conceder tão cedo a seu outro campo de golfe, o renomado Trump Turnberry, mais um torneio prestigioso como o Open. "Não vejo o R&A voltando a Turnberry, o que é uma tragédia por si só", disse Salmond. "Mas é também um enorme golpe econômico: várias centenas de milhões de libras perdidas —ou, nos termos de Trump, bilhões." Trump, cuja mãe migrou da Escócia para Nova York em 1930, nunca demonstrou grande interesse por sua terra natal. Mas em 2008, mesmo ano em que se inscreveu para obter a permissão do projeto em Balmedie, ele visitou a casa de pedras na ilha de Lewis, no oeste da Escócia, onde ela cresceu. Depois de descer de seu jato particular e distribuir exemplares de seu livro "Como Ficar Rico", ele teria dito aos moradores que se sentia muito escocês. "Sinto-me muito à vontade aqui", disse Trump, antes de gastar menos de dois minutos com seus primos na casa de sua mãe, relatou o jornal "The Guardian" na época. Em cerca de três horas seu jato tinha decolado. A visita claramente não impressionou Ford, então presidente da comissão de planejamento no conselho de Aberdeenshire, que recusou a Trump a permissão para o campo de golfe por questões ambientais. As antigas dunas, concluiu a comissão, eram um "local de interesse científico especial", ou, como colocou Ford, "o equivalente na Escócia à floresta Amazônica". Afinal, foi Salmond, um confesso fanático por golfe cujo eleitorado inclui Balmedie, quem saiu em defesa de Trump, concedendo-lhe a permissão para continuar, "pelo interesse econômico nacional". "6.000 empregos em toda a Escócia, 1.400 empregos locais e permanentes no nordeste da Escócia", disse Salmond na época. "Isso supera as preocupações ambientais." Oito anos depois, ele afirma que Trump o enganou: "Se soubesse o que sei hoje e pudesse voltar atrás, eu reescreveria aquela página", disse Salmond em uma entrevista nesta semana. "A maioria dos empreendimentos equilibra as questões econômicas com as ambientais. O problema, e é um grande problema, é que Donald Trump não fez o que prometeu." Mais tarde Trump se desentendeu feio com Salmond —que hoje ele chama de "Alex maluco" e de "passado"—, primeiro porque ele se recusou a despejar moradores por desapropriação e depois por seus planos de instalar turbinas eólicas no mar a poucos quilômetros do campo de golfe de Trump. "Se a Escócia não parar com essa política insana de turbinas eólicas obsoletas e assassinas de aves, o país será destruído", escreveu Trump no Twitter em 2014. Em um inquérito parlamentar sobre energia renovável em 2012, Trump advertiu que a Escócia teria "sérios problemas" se continuasse a construir turbinas eólicas. Perguntas sobre que evidências tinha, ele disse: "Eu sou a evidência". Então fez uma queixa formal sobre um político do Partido Verde que havia zombado da declaração com uma foto do filme de Monty Python "A Vida de Brian", acusando-o de blasfêmia e ameaçando levá-lo à Justiça. As turbinas eólicas, cujas fundações deverão ser construídas no próximo ano, ainda parecem irritar Trump. Em uma reunião logo depois de sua vitória na eleição, Trump pediu a Nigel Farage, o líder do populista UKIP (Partido pela Independência do Reino Unido, na sigla em inglês) –que não ganhou um único assento parlamentar na Escócia–, para combater os parques eólicos na Escócia em seu benefício. "Realmente, acreditar que uma conversa com Nick Farage e seus asseclas sobre energia eólica vai mudar a política do governo escocês está fora dos limites da possibilidade", disse Salmond. Alguns moradores locais continuam ferozmente leais a ele. Stewart Spence, dono do exclusivo Marcliffe Hotel, tem uma foto de Trump e dele mesmo à mostra no saguão, assim como seu título de sócio do clube de golfe de Balmedie. "Quantos turistas as dunas atraíram? Zero", disse ele. "O que ele fez foi construir um lindo campo de golfe e transformar o nordeste da Escócia em um destino incrível." Traduzido por LUIZ ROBERTO M. GONÇALVES
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Histórico da relação entre Obama e Trump é de ataques mútuos
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A hostilidade entre Donald Trump e Hillary Clinton parecia circunstancial. Os Clinton foram ao casamento do empresário, suas filhas Ivanka e Chelsea eram amigas, e Bill e Donald, parceiros de golfe. Já a relação entre Barack Obama e o presidente eleito sempre foi azeda. Em 2011, Trump ainda não o conhecia, mas, já com pretensões eleitorais, decidiu atacar o democrata que ganhou ares de rockstar na campanha de 2008. Disparou declarações como "por que ele não mostra a certidão de nascimento?" e "estou começando a achar que ele não nasceu aqui". Alimentava a tese de que o filho de queniano com americana era estrangeiro e não podia, pela Constituição, ser presidente. A campanha alimentou teorias de que ele seria um muçulmano de fora. O cristão Obama se viu obrigado a exibir o documento que prova sua origem: Honolulu, Havaí. O troco veio dias depois, no jantar com jornalistas, na Casa Branca, em que presidentes tradicionalmente fazem piadas. Trump, que apresentava "O Aprendiz - Celebridades", era um dos convidados. "Ninguém está mais interessado em deixar essa história para trás do que o Donald", disse Obama. "Ele finalmente pode focar temas que importam, como: 'Nós falsificamos a viagem à lua?'". Zombou do programa de Trump -escolher entre demitir o rapper Lil Jon, o roqueiro Meatloaf ou o ator Gary Busey "é o tipo de decisão que me manteria acordado à noite". Trump sorria constrangido. "Aquela noite de linchamento público, em vez de despachar o sr. Trump, acelerou seus esforços selvagens para ganhar estatura no mundo político", escreveu à época o "New York Times". Há anos o empresário visava a Casa Branca. Em 1988, disse à apresentadora Oprah Winfrey que concorreria, e em 1999 se lançou pela terceira via, no Partido da Reforma. No jantar de 2016, Obama voltou à carga, desta vez sem Trump, já o preferido para virar candidato dos republicanos, na plateia. "Você tem uma sala cheia de câmeras, e ele recusa o convite. O jantar é muito cafona para ele? O que ele pode estar fazendo? Comendo seu filé [da marca] Trump ou tuitando insultos para Angela Merkel?" Reencontraram-se meses depois, na Casa Branca, onde trocaram um aperto de mão, o presidente e seu sucessor.
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mundo
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Histórico da relação entre Obama e Trump é de ataques mútuosA hostilidade entre Donald Trump e Hillary Clinton parecia circunstancial. Os Clinton foram ao casamento do empresário, suas filhas Ivanka e Chelsea eram amigas, e Bill e Donald, parceiros de golfe. Já a relação entre Barack Obama e o presidente eleito sempre foi azeda. Em 2011, Trump ainda não o conhecia, mas, já com pretensões eleitorais, decidiu atacar o democrata que ganhou ares de rockstar na campanha de 2008. Disparou declarações como "por que ele não mostra a certidão de nascimento?" e "estou começando a achar que ele não nasceu aqui". Alimentava a tese de que o filho de queniano com americana era estrangeiro e não podia, pela Constituição, ser presidente. A campanha alimentou teorias de que ele seria um muçulmano de fora. O cristão Obama se viu obrigado a exibir o documento que prova sua origem: Honolulu, Havaí. O troco veio dias depois, no jantar com jornalistas, na Casa Branca, em que presidentes tradicionalmente fazem piadas. Trump, que apresentava "O Aprendiz - Celebridades", era um dos convidados. "Ninguém está mais interessado em deixar essa história para trás do que o Donald", disse Obama. "Ele finalmente pode focar temas que importam, como: 'Nós falsificamos a viagem à lua?'". Zombou do programa de Trump -escolher entre demitir o rapper Lil Jon, o roqueiro Meatloaf ou o ator Gary Busey "é o tipo de decisão que me manteria acordado à noite". Trump sorria constrangido. "Aquela noite de linchamento público, em vez de despachar o sr. Trump, acelerou seus esforços selvagens para ganhar estatura no mundo político", escreveu à época o "New York Times". Há anos o empresário visava a Casa Branca. Em 1988, disse à apresentadora Oprah Winfrey que concorreria, e em 1999 se lançou pela terceira via, no Partido da Reforma. No jantar de 2016, Obama voltou à carga, desta vez sem Trump, já o preferido para virar candidato dos republicanos, na plateia. "Você tem uma sala cheia de câmeras, e ele recusa o convite. O jantar é muito cafona para ele? O que ele pode estar fazendo? Comendo seu filé [da marca] Trump ou tuitando insultos para Angela Merkel?" Reencontraram-se meses depois, na Casa Branca, onde trocaram um aperto de mão, o presidente e seu sucessor.
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Após tragédia, Chapecoense quase triplica número de associados
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Após o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, incluindo 19 jogadores e 24 membros da delegação da Chapecoense, o clube pediu ajuda para se reerguer e a solidariedade foi vista em todo o país. Em dez dias, a equipe triplicou o número de associados, que pode crescer ainda mais. O aumento expressivo aconteceu no plano de "sócio contribuinte", que foi criado após o acidente com o objetivo de buscar apoio de torcedores que não moram na cidade de Chapecó (SC). Em dez dias, 15.850 pessoas aderiram e outras 50 mil estão na fila para ter o cadastro aprovado. Esses quase 16 mil apoiadores junto com os 9.100 sócios torcedores que o clube tem atualmente somam um total de 24.950 associados, quase o triplo dos 8.500 que a equipe tinha antes da tragédia no voo da LaMia. De acordo com departamento de marketing da Chape, os sócios torcedores pagam entre R$ 80 e R$ 185 por mês, e têm entrada gratuita garantida em todos os jogos na Arena Condá. Já os sócios contribuintes desembolsam entre R$ 20 e R$ 100 por mês e têm, em contrapartida, desconto na compra de ingressos proporcional ao valor do plano. Um dos novos associados é o treinador Cuca, que já jogou pelo clube catarinense em 1996. "Acho que a Chape vai ser ainda mais forte do que era. Até eu virei sócio. Muitos ajudaram e ainda vão ajudar", disse o técnico no início da semana. Ele faz seu último jogo pelo Palmeiras neste domingo (11), quando o clube enfrenta o Vitória, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. O aumento no número de sócios-torcedores surpreendeu até o presidente do clube, Ivan Tozzo, que assumiu o comando após a morte de Sandro Pallaoro no acidente. "Isso é para ver quanto tudo isso repercutiu e o quanto as pessoas se sensibilizaram pelo acontecido. A gente tem a obrigação de tocar esse time", disse o dirigente. NOVOS SÓCIOS Juliana Lermen, 23, natural da cidade gaúcha de Chiapeta e moradora de Chapecó há quatro anos, virou sócia da Chapecoense logo após o acidente. "Já tinha a intenção de virar sócia antes da tragédia, mas sempre adiava. Com esse momento difícil que o clube atravessa, resolvi aderir", disse a estudante de psicologia, torcedora do Internacional. Ela frequenta o estádio com o namorado, que é torcedor da Chape. Natural de Joinville, Naraiane Fermino, 23, também se tornou sócia após a tragédia. "Decidi me associar porque o clube precisa dessa ajuda para ser reconstruído", afirmou. Acidente em voo da Chapecoense
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esporte
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Após tragédia, Chapecoense quase triplica número de associadosApós o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, incluindo 19 jogadores e 24 membros da delegação da Chapecoense, o clube pediu ajuda para se reerguer e a solidariedade foi vista em todo o país. Em dez dias, a equipe triplicou o número de associados, que pode crescer ainda mais. O aumento expressivo aconteceu no plano de "sócio contribuinte", que foi criado após o acidente com o objetivo de buscar apoio de torcedores que não moram na cidade de Chapecó (SC). Em dez dias, 15.850 pessoas aderiram e outras 50 mil estão na fila para ter o cadastro aprovado. Esses quase 16 mil apoiadores junto com os 9.100 sócios torcedores que o clube tem atualmente somam um total de 24.950 associados, quase o triplo dos 8.500 que a equipe tinha antes da tragédia no voo da LaMia. De acordo com departamento de marketing da Chape, os sócios torcedores pagam entre R$ 80 e R$ 185 por mês, e têm entrada gratuita garantida em todos os jogos na Arena Condá. Já os sócios contribuintes desembolsam entre R$ 20 e R$ 100 por mês e têm, em contrapartida, desconto na compra de ingressos proporcional ao valor do plano. Um dos novos associados é o treinador Cuca, que já jogou pelo clube catarinense em 1996. "Acho que a Chape vai ser ainda mais forte do que era. Até eu virei sócio. Muitos ajudaram e ainda vão ajudar", disse o técnico no início da semana. Ele faz seu último jogo pelo Palmeiras neste domingo (11), quando o clube enfrenta o Vitória, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. O aumento no número de sócios-torcedores surpreendeu até o presidente do clube, Ivan Tozzo, que assumiu o comando após a morte de Sandro Pallaoro no acidente. "Isso é para ver quanto tudo isso repercutiu e o quanto as pessoas se sensibilizaram pelo acontecido. A gente tem a obrigação de tocar esse time", disse o dirigente. NOVOS SÓCIOS Juliana Lermen, 23, natural da cidade gaúcha de Chiapeta e moradora de Chapecó há quatro anos, virou sócia da Chapecoense logo após o acidente. "Já tinha a intenção de virar sócia antes da tragédia, mas sempre adiava. Com esse momento difícil que o clube atravessa, resolvi aderir", disse a estudante de psicologia, torcedora do Internacional. Ela frequenta o estádio com o namorado, que é torcedor da Chape. Natural de Joinville, Naraiane Fermino, 23, também se tornou sócia após a tragédia. "Decidi me associar porque o clube precisa dessa ajuda para ser reconstruído", afirmou. Acidente em voo da Chapecoense
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Regra diferente entre aéreas confunde passageiros na hora de despachar mala
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Abre a mala, tira produto de beleza, roupas, bichinho de pelúcia. A intimidade à mostra nas filas do check-in. Senta na mala, amassa tudo lá dentro, limpa o suor da testa. Pesa a bagagem de novo. Pendura mochila e sacolas plásticas nos braços. Sai correndo, como um cabideiro carregado, para o embarque. A cena se tornou mais comum em aeroportos brasileiros após a mudança das regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que permitiu às empresas cobrar por malas despachadas, entre outros pontos. A resolução foi aprovada em dezembro de 2016, mas as normas sobre bagagens ficaram proibidas pela Justiça Federal e só foram liberadas em abril. Empresas como Azul, Gol e Latam começaram a implementar as mudanças a partir de maio, oferecendo tarifas diferenciadas, de acordo com a franquia de bagagem. As três companhias aéreas criaram tarifas que não dão direito a nenhuma mala de porão e abriram a possibilidade de o passageiro pagar pela quantidade que quer despachar. No entanto, empresas como a Gol e a Latam mudaram também outros procedimentos de bagagem, o que confundiu passageiros. Nas duas companhias, por exemplo, o cliente podia somar os quilos das suas malas, pois a franquia era por peso. Ou seja, se o passageiro tinha o direito de despachar 23 kg, ele podia levar duas malas de 11 kg cada sem pagar excesso, o que não é mais permitido. Já a Azul manteve a opção, mas só em voos domésticos. Outra regra que mudou, pelo menos na Gol e na Latam, é a possibilidade de somar o peso das malas quando casais ou familiares viajam e despacham bagagens juntos. As duas empresas, bem como a Azul, ressaltam que a franquia é individual e não pode ser compartilhada. As mudanças pegaram muitos passageiros de surpresa, mesmo meses depois da implementação das novas regras. Segundo eles, as empresas informam sobre a compra da franquia no site, mas não explicam de forma detalhada os procedimentos. * Após fim de exigências da Anac, empresas aéreas têm regras diferentes para malas em voos domésticos GOL Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura 80 cm x Largura 50 cm x Espessura 28 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* - Light: Sem bagagem despachada (pelo site: R$ 30 primeira mala; no aeroporto: R$ 60) - Programada e Flexível: Uma mala de até 23 kg Pode somar peso de suas malas? Não Pode somar peso das malas de um grupo? Não LATAM Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura+Largura+Espessura= 158 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* - Promo e Light: Sem bagagem despachada (pelo site: R$ 30 uma mala de 23 kg; no aeroporto: R$ 80) - Plus: Uma mala de até 23 kg - Top: 2 malas de até 23 kg Pode somar peso de suas malas? Não Pode somar peso das malas de um grupo? Não AZUL Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura+Largura+Espessura= 158 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* - Azul: Sem bagagem despachada (pelo site: R$ 40 uma mala de 23 kg; no aeroporto: R$ 60) - Mais Azul: Bagagem de até 23 kg Pode somar peso de suas malas? Só em voos domésticos Pode somar peso das malas de um grupo? Não AVIANCA Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura+Largura+Espessura= 158 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* Franquia não mudou: todos os voos domésticos incluem 23 kg de bagagem para voos nacionais Pode somar peso de suas malas? Não informou Pode somar peso das malas de um grupo? Não informou *Na classe econômica e sem considerar programas de milhas - Alerta Após novas regras da Anac, cada empresa tem uma política de bagagem, por isso é importante verificar os sites e tirar dúvidas com as companhias antes de viajar Voos internacionais A quantidade de malas permitidas depende da origem e destino do passageiro; os preços de volumes extras também variam Peso máximo Mesmo pagando excesso, o peso de cada mala não pode ultrapassar 45 kg em voos dentro do Brasil - CONFUSÃO "A gente fica muito perdido", reclama Isabela Cavalcanti, 22, que precisou pagar excesso de bagagem. A estudante, que viajava pela Gol de São Paulo para Campo Grande (MS), tinha pago R$ 80 pela internet para despachar duas malas de 23 kg. Achou que, com isso, teria direito a 46 kg. Levou três malas que, somadas, deram 40 kg, mas precisou pagar pelo volume extra mesmo assim. "Se soubesse, tinha trazido só duas malas grandes e não teria que gastar mais. Tive que pagar R$ 120", diz. O engenheiro eletrônico Daniel Guerra, 56, saiu da fila bufando. Acostumado a viajar a trabalho, ficou perplexo quando teve que pagar excesso de bagagem em um voo doméstico da Latam. Daniel carregava uma mala de 20 kg e uma caixa com ferramentas, de 2 kg. "É injusto. Vou pagar R$ 80 por 2 kg. Se a caixa tivesse 23 kg, pagaria o mesmo valor." Para o policial militar Diogo Burgos Felix, 39, a experiência é "um constrangimento". Ele e a namorada precisaram abrir malas diante do check-in para transferir roupas e produtos de higiene de uma bagagem para outra. Os dois compraram franquias de 23 kg cada um, em um voo da Latam para Manaus. Levavam uma bagagem maior, de 30 kg, e outra menor, de 10 kg. Achavam que estavam dentro da franquia, porque tinham apenas 40 kg os dois. "Estamos acostumados a viajar e somar os pesos, não sabíamos que não era mais permitido. O site da empresa não é taxativo que a franquia é individual e intransferível", reclamou ele. Após a manobra, a mala mais pesada ainda tinha 1,9 kg de excesso. O atendente insistiu que Diogo precisaria pagar R$ 80. "Pedi para chamar o superior, mas uma atendente disse que dava para passar e pronto", contou. Segundo a advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Claudia Almeida, é preciso ficar mais atento às regras. "Cada companhia agora tem uma política diferente de bagagem e de excesso. Em resumo, o melhor é levar só uma mala de 23 kg, com as dimensões estipuladas pela empresa." Para Almeida, as empresas precisam orientar melhor os passageiros. "Muitos consumidores estão insatisfeitos com a falta de informação. As novas regras não estão fáceis de achar nos sites". O Idec foi contra o pagamento por bagagem despachada. Segundo o diretor da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Henrique Lian, o problema não é a cobrança, mas a forma como foi criada."Acabou virando um negócio, e não uma forma de baratear as passagens." INFORMAÇÕES As empresas aéreas dizem que as informações sobre franquias estão disponíveis para os passageiros e que a cobrança pela mala de porão vai diminuir o preço das passagens. A Latam afirmou que faz "ações de esclarecimento" desde maio. "A perspectiva da companhia é reduzir em até 20% o preço das tarifas domésticas até 2020." Para a empresa, a liberdade tarifária, adotada em 2001, aumentou a concorrência. "De lá para cá, segundo dados da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a tarifa média doméstica caiu mais de 50%", disse. A Gol disse que as informações estão no site, em aeroportos, no autoatendimento e nas lojas da empresa. "O excesso de peso calculado hoje, de acordo com a tarifa cheia do voo, é mais econômico e de fácil entendimento." A Azul afirmou que "a passagem ficou, no mínimo, R$ 40 mais barata para aqueles que não despacham." Já a Anac defende a resolução e diz que é cedo para analisar os impactos. "A agência entende ser prematura qualquer avaliação neste período inicial de transição, em que tanto empresas quanto passageiros ainda estão se adaptando."
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cotidiano
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Regra diferente entre aéreas confunde passageiros na hora de despachar malaAbre a mala, tira produto de beleza, roupas, bichinho de pelúcia. A intimidade à mostra nas filas do check-in. Senta na mala, amassa tudo lá dentro, limpa o suor da testa. Pesa a bagagem de novo. Pendura mochila e sacolas plásticas nos braços. Sai correndo, como um cabideiro carregado, para o embarque. A cena se tornou mais comum em aeroportos brasileiros após a mudança das regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que permitiu às empresas cobrar por malas despachadas, entre outros pontos. A resolução foi aprovada em dezembro de 2016, mas as normas sobre bagagens ficaram proibidas pela Justiça Federal e só foram liberadas em abril. Empresas como Azul, Gol e Latam começaram a implementar as mudanças a partir de maio, oferecendo tarifas diferenciadas, de acordo com a franquia de bagagem. As três companhias aéreas criaram tarifas que não dão direito a nenhuma mala de porão e abriram a possibilidade de o passageiro pagar pela quantidade que quer despachar. No entanto, empresas como a Gol e a Latam mudaram também outros procedimentos de bagagem, o que confundiu passageiros. Nas duas companhias, por exemplo, o cliente podia somar os quilos das suas malas, pois a franquia era por peso. Ou seja, se o passageiro tinha o direito de despachar 23 kg, ele podia levar duas malas de 11 kg cada sem pagar excesso, o que não é mais permitido. Já a Azul manteve a opção, mas só em voos domésticos. Outra regra que mudou, pelo menos na Gol e na Latam, é a possibilidade de somar o peso das malas quando casais ou familiares viajam e despacham bagagens juntos. As duas empresas, bem como a Azul, ressaltam que a franquia é individual e não pode ser compartilhada. As mudanças pegaram muitos passageiros de surpresa, mesmo meses depois da implementação das novas regras. Segundo eles, as empresas informam sobre a compra da franquia no site, mas não explicam de forma detalhada os procedimentos. * Após fim de exigências da Anac, empresas aéreas têm regras diferentes para malas em voos domésticos GOL Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura 80 cm x Largura 50 cm x Espessura 28 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* - Light: Sem bagagem despachada (pelo site: R$ 30 primeira mala; no aeroporto: R$ 60) - Programada e Flexível: Uma mala de até 23 kg Pode somar peso de suas malas? Não Pode somar peso das malas de um grupo? Não LATAM Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura+Largura+Espessura= 158 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* - Promo e Light: Sem bagagem despachada (pelo site: R$ 30 uma mala de 23 kg; no aeroporto: R$ 80) - Plus: Uma mala de até 23 kg - Top: 2 malas de até 23 kg Pode somar peso de suas malas? Não Pode somar peso das malas de um grupo? Não AZUL Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura+Largura+Espessura= 158 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* - Azul: Sem bagagem despachada (pelo site: R$ 40 uma mala de 23 kg; no aeroporto: R$ 60) - Mais Azul: Bagagem de até 23 kg Pode somar peso de suas malas? Só em voos domésticos Pode somar peso das malas de um grupo? Não AVIANCA Dimensões da bagagem despachada (até 23 kg): Altura+Largura+Espessura= 158 cm Tarifas para bagagens despachadas, por tipo de passagem:* Franquia não mudou: todos os voos domésticos incluem 23 kg de bagagem para voos nacionais Pode somar peso de suas malas? Não informou Pode somar peso das malas de um grupo? Não informou *Na classe econômica e sem considerar programas de milhas - Alerta Após novas regras da Anac, cada empresa tem uma política de bagagem, por isso é importante verificar os sites e tirar dúvidas com as companhias antes de viajar Voos internacionais A quantidade de malas permitidas depende da origem e destino do passageiro; os preços de volumes extras também variam Peso máximo Mesmo pagando excesso, o peso de cada mala não pode ultrapassar 45 kg em voos dentro do Brasil - CONFUSÃO "A gente fica muito perdido", reclama Isabela Cavalcanti, 22, que precisou pagar excesso de bagagem. A estudante, que viajava pela Gol de São Paulo para Campo Grande (MS), tinha pago R$ 80 pela internet para despachar duas malas de 23 kg. Achou que, com isso, teria direito a 46 kg. Levou três malas que, somadas, deram 40 kg, mas precisou pagar pelo volume extra mesmo assim. "Se soubesse, tinha trazido só duas malas grandes e não teria que gastar mais. Tive que pagar R$ 120", diz. O engenheiro eletrônico Daniel Guerra, 56, saiu da fila bufando. Acostumado a viajar a trabalho, ficou perplexo quando teve que pagar excesso de bagagem em um voo doméstico da Latam. Daniel carregava uma mala de 20 kg e uma caixa com ferramentas, de 2 kg. "É injusto. Vou pagar R$ 80 por 2 kg. Se a caixa tivesse 23 kg, pagaria o mesmo valor." Para o policial militar Diogo Burgos Felix, 39, a experiência é "um constrangimento". Ele e a namorada precisaram abrir malas diante do check-in para transferir roupas e produtos de higiene de uma bagagem para outra. Os dois compraram franquias de 23 kg cada um, em um voo da Latam para Manaus. Levavam uma bagagem maior, de 30 kg, e outra menor, de 10 kg. Achavam que estavam dentro da franquia, porque tinham apenas 40 kg os dois. "Estamos acostumados a viajar e somar os pesos, não sabíamos que não era mais permitido. O site da empresa não é taxativo que a franquia é individual e intransferível", reclamou ele. Após a manobra, a mala mais pesada ainda tinha 1,9 kg de excesso. O atendente insistiu que Diogo precisaria pagar R$ 80. "Pedi para chamar o superior, mas uma atendente disse que dava para passar e pronto", contou. Segundo a advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Claudia Almeida, é preciso ficar mais atento às regras. "Cada companhia agora tem uma política diferente de bagagem e de excesso. Em resumo, o melhor é levar só uma mala de 23 kg, com as dimensões estipuladas pela empresa." Para Almeida, as empresas precisam orientar melhor os passageiros. "Muitos consumidores estão insatisfeitos com a falta de informação. As novas regras não estão fáceis de achar nos sites". O Idec foi contra o pagamento por bagagem despachada. Segundo o diretor da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Henrique Lian, o problema não é a cobrança, mas a forma como foi criada."Acabou virando um negócio, e não uma forma de baratear as passagens." INFORMAÇÕES As empresas aéreas dizem que as informações sobre franquias estão disponíveis para os passageiros e que a cobrança pela mala de porão vai diminuir o preço das passagens. A Latam afirmou que faz "ações de esclarecimento" desde maio. "A perspectiva da companhia é reduzir em até 20% o preço das tarifas domésticas até 2020." Para a empresa, a liberdade tarifária, adotada em 2001, aumentou a concorrência. "De lá para cá, segundo dados da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a tarifa média doméstica caiu mais de 50%", disse. A Gol disse que as informações estão no site, em aeroportos, no autoatendimento e nas lojas da empresa. "O excesso de peso calculado hoje, de acordo com a tarifa cheia do voo, é mais econômico e de fácil entendimento." A Azul afirmou que "a passagem ficou, no mínimo, R$ 40 mais barata para aqueles que não despacham." Já a Anac defende a resolução e diz que é cedo para analisar os impactos. "A agência entende ser prematura qualquer avaliação neste período inicial de transição, em que tanto empresas quanto passageiros ainda estão se adaptando."
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Aos 35 anos, bicampeã mundial Fabiana Murer confirma aposentadoria
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MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO A saltadora Fabiana Murer anunciou nesta quinta-feira (25) a sua aposentadoria do atletismo. Bicampeã mundial no salto com vara, a paulista de 35 anos e três Olimpíadas não resistiu às dores cervicais causadas por uma hérnia de disco que descobriu um mês antes da Rio-2016 e confirmou que não competirá mais. "O esporte mudou minha vida. Nem sabia que o salto com vara fazia parte do atletismo. Não conhecia a prova. Mas o Elson [Miranda, técnico] me chamou. Passei por muitas dificuldades, foi conseguindo material, um caminho muito difícil sair do Brasil, tudo foi uma descoberta", disse Fabiana nesta quinta-feira. "O que fica são as conquistas que eu tive. Tive momentos ruins não só em Olimpíadas mas em temporadas que tive que parar por causa de lesão. Tive muitas dificuldades mas muitas alegrias também. Termino minha carreira muito contente pelo que fiz", afirmou. A partir de agora, a saltadora passa a ser responsável pelo relacionamento do clube BM&F Bovespa com atletas, federações nacionais e internacionais de atletismo. Nos Jogos do Rio, Fabiana não passou das eliminatórias do salto com vara. Ela falhou nas três primeiras tentativas de passar dos 4,55 m e foi eliminada ainda na primeira fase. "É a minha última Olimpíada. Vou encerrar a minha carreira neste ano. Tentei fazer o meu máximo, mas infelizmente não deu", disse Fabiana após a eliminação, no dia 16 de agosto. Após a prova, a atleta afirmou que a hérnia de disco cervical, que havia descoberto no começo do mês anterior, atrapalhou o seu desempenho na prova em que era uma das favoritas à conquista de medalha. RETROSPECTO Fabiana foi campeã mundial em 2010 (indoor) e 2011 (em pista aberta). Ela também ganhou prata no Mundial de 2015, além de ter um bronze em 2008 (em pista coberta). Em Jogos Pan-Americanos, a atleta nascida em Campinas (SP) tem um ouro (em 2007) e duas pratas (2011 e 2015). Em Jogos Olímpicos, porém, ela falhou nas três edições em que participou. Em Pequim-2008, na China, chegou até a final, mas se deparou com um imprevisto. Uma de suas varas sumiu e ela ficou longe do pódio. Terminou na décima colocação da final. Já em Londres-2012 ela culpou o vento por não ter conquistado uma medalha. Ficou na 14ª posição na fase de classificação. Antes dos Jogos do Rio, em julho, ela teve bom desempenho no Troféu Brasil. Saltou 4,87 m, segunda melhor marca do ano. Depois de descobrir a hérnia de disco, ela fez trabalho de fisioterapia duas vezes ao dia para ter condições de competir no Rio. Porém, não conseguiu um bom resultado. Até o fim do ano ela ainda poderia competir em etapa da Liga Diamante, da qual é bicampeã, mas desistiu em razão da dores. "Não tentei saltar depois da Olimpíada. Tentei fazer exercícios de musculação e não consegui, ainda sinto falta de força do meu lado esquerdo. Até o último momento acreditei que seria possível. Trabalhei muito e acreditei. No começo a dor não passava, mas aos poucos fui melhorando. Quatro dias antes da competição tinha melhorado e feito saltos bons. Mas essa limitação do braço esquerdo fez com que o salto não funcionasse. O braço falha, desliga", disse a atleta que competiu a base de remédios. Em relação às próximas gerações, que espera ajudar a formar, a bicampeã mundial acredita que possam surgir novas atletas no salto com vara para substituí-la. "Ficou uma lacuna grande da minha geração para essas meninas mais novas que estão vindo. Mas lá em São Caetano tem duas meninas, das categorias de base, que estão chegando, a Juliana Menis e Ayla Sakamoto. São meninas mais altas do que eu, mas falta bastante coisa. Se elas precisarem vou lá estar dando meus palpites", finalizou a agora dirigente Fabiana Murer.
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esporte
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Aos 35 anos, bicampeã mundial Fabiana Murer confirma aposentadoria
MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO A saltadora Fabiana Murer anunciou nesta quinta-feira (25) a sua aposentadoria do atletismo. Bicampeã mundial no salto com vara, a paulista de 35 anos e três Olimpíadas não resistiu às dores cervicais causadas por uma hérnia de disco que descobriu um mês antes da Rio-2016 e confirmou que não competirá mais. "O esporte mudou minha vida. Nem sabia que o salto com vara fazia parte do atletismo. Não conhecia a prova. Mas o Elson [Miranda, técnico] me chamou. Passei por muitas dificuldades, foi conseguindo material, um caminho muito difícil sair do Brasil, tudo foi uma descoberta", disse Fabiana nesta quinta-feira. "O que fica são as conquistas que eu tive. Tive momentos ruins não só em Olimpíadas mas em temporadas que tive que parar por causa de lesão. Tive muitas dificuldades mas muitas alegrias também. Termino minha carreira muito contente pelo que fiz", afirmou. A partir de agora, a saltadora passa a ser responsável pelo relacionamento do clube BM&F Bovespa com atletas, federações nacionais e internacionais de atletismo. Nos Jogos do Rio, Fabiana não passou das eliminatórias do salto com vara. Ela falhou nas três primeiras tentativas de passar dos 4,55 m e foi eliminada ainda na primeira fase. "É a minha última Olimpíada. Vou encerrar a minha carreira neste ano. Tentei fazer o meu máximo, mas infelizmente não deu", disse Fabiana após a eliminação, no dia 16 de agosto. Após a prova, a atleta afirmou que a hérnia de disco cervical, que havia descoberto no começo do mês anterior, atrapalhou o seu desempenho na prova em que era uma das favoritas à conquista de medalha. RETROSPECTO Fabiana foi campeã mundial em 2010 (indoor) e 2011 (em pista aberta). Ela também ganhou prata no Mundial de 2015, além de ter um bronze em 2008 (em pista coberta). Em Jogos Pan-Americanos, a atleta nascida em Campinas (SP) tem um ouro (em 2007) e duas pratas (2011 e 2015). Em Jogos Olímpicos, porém, ela falhou nas três edições em que participou. Em Pequim-2008, na China, chegou até a final, mas se deparou com um imprevisto. Uma de suas varas sumiu e ela ficou longe do pódio. Terminou na décima colocação da final. Já em Londres-2012 ela culpou o vento por não ter conquistado uma medalha. Ficou na 14ª posição na fase de classificação. Antes dos Jogos do Rio, em julho, ela teve bom desempenho no Troféu Brasil. Saltou 4,87 m, segunda melhor marca do ano. Depois de descobrir a hérnia de disco, ela fez trabalho de fisioterapia duas vezes ao dia para ter condições de competir no Rio. Porém, não conseguiu um bom resultado. Até o fim do ano ela ainda poderia competir em etapa da Liga Diamante, da qual é bicampeã, mas desistiu em razão da dores. "Não tentei saltar depois da Olimpíada. Tentei fazer exercícios de musculação e não consegui, ainda sinto falta de força do meu lado esquerdo. Até o último momento acreditei que seria possível. Trabalhei muito e acreditei. No começo a dor não passava, mas aos poucos fui melhorando. Quatro dias antes da competição tinha melhorado e feito saltos bons. Mas essa limitação do braço esquerdo fez com que o salto não funcionasse. O braço falha, desliga", disse a atleta que competiu a base de remédios. Em relação às próximas gerações, que espera ajudar a formar, a bicampeã mundial acredita que possam surgir novas atletas no salto com vara para substituí-la. "Ficou uma lacuna grande da minha geração para essas meninas mais novas que estão vindo. Mas lá em São Caetano tem duas meninas, das categorias de base, que estão chegando, a Juliana Menis e Ayla Sakamoto. São meninas mais altas do que eu, mas falta bastante coisa. Se elas precisarem vou lá estar dando meus palpites", finalizou a agora dirigente Fabiana Murer.
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Temer embarca para SP e deve encontrar Meirelles
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O presidente interino Michel Temer (PMDB) está a caminho de São Paulo, onde deverá passar o resto do final de semana. Temer deve se encontrar com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir a composição da equipe econômica e as primeiras medidas da área. O novo titular da pasta vai anunciar na segunda-feira (16) o nome do presidente do Banco Central: estão no páreo o ex-diretor da instituição Ilan Goldfajn e Alexandre Tombini, que seria mantido no posto. Após semanas de movimentação intensa, o sábado foi tranquilo no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência –a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), que passa o fim de semana em Porto Alegre, segue ocupando o Palácio da Alvorada. Em vez da romaria de políticos usual, apenas o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, esteve por cerca de meia hora com Temer. Ao telefone, Temer discutiu a crise causada pela absorção do Ministério da Cultura pelo da Educação com o novo ministro da pasta, Mendonça Filho (DEM). Com a reação negativa no setor, o peemedebista discute criar uma secretaria nacional para a área, com peso político maior –e de preferência a ser ocupado por uma mulher, para tentar reduzir as críticas pela ausência feminina no primeiro escalão do governo interino. Eles discutiram também as indicações de nomes para cargos de segundo escalão da área cultural, como a Funarte, feitas pelo aliado PPS. A intenção é anunciar os nomes na segunda.
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poder
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Temer embarca para SP e deve encontrar MeirellesO presidente interino Michel Temer (PMDB) está a caminho de São Paulo, onde deverá passar o resto do final de semana. Temer deve se encontrar com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir a composição da equipe econômica e as primeiras medidas da área. O novo titular da pasta vai anunciar na segunda-feira (16) o nome do presidente do Banco Central: estão no páreo o ex-diretor da instituição Ilan Goldfajn e Alexandre Tombini, que seria mantido no posto. Após semanas de movimentação intensa, o sábado foi tranquilo no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência –a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), que passa o fim de semana em Porto Alegre, segue ocupando o Palácio da Alvorada. Em vez da romaria de políticos usual, apenas o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, esteve por cerca de meia hora com Temer. Ao telefone, Temer discutiu a crise causada pela absorção do Ministério da Cultura pelo da Educação com o novo ministro da pasta, Mendonça Filho (DEM). Com a reação negativa no setor, o peemedebista discute criar uma secretaria nacional para a área, com peso político maior –e de preferência a ser ocupado por uma mulher, para tentar reduzir as críticas pela ausência feminina no primeiro escalão do governo interino. Eles discutiram também as indicações de nomes para cargos de segundo escalão da área cultural, como a Funarte, feitas pelo aliado PPS. A intenção é anunciar os nomes na segunda.
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Britney Spears afirma que seu novo álbum, 'Glory', não é retorno à música
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Com uma carreira de duas décadas que incluiu altos e baixos, a cantora Britney Spears falou sobre suas inspirações e explicou por que seu novo álbum, "Glory", não é uma volta à música. "Na verdade não o vejo como um retorno. Estou por aqui há bastante tempo", disse a artista à Reuters antes de sua apresentação no Apple Music Festival em Londres na terça-feira (27). Centenas de fãs vibraram, cantaram e dançaram na casa de espetáculos Roundhouse, no bairro de Camden, enquanto Britney e um grupo de dançarinos interpretaram sucessos das paradas como "...Baby One More Time" e "Oops!.. I Did it Again". A cantora usou uma variedade de figurinos durante o show, desde um traje de malha brilhante com lantejoulas até um inspirado no clássico uniforme de aluna composto de saia, camisa e gravata. A apresentação ocorreu um mês após o lançamento de "Glory", nono álbum de Britney, que fez um número sensual e eletrizante durante a premiação MTV Video Music Awards que a levou de volta aos holofotes nos EUA. "Tenho a sensação de que fazia um tempo que eu não trazia músicas novas à tona", disse Britney. "Não quis fazer um disco pop típico desta vez. Queria fazer algo realmente diferente". Britney, hoje com 34 anos, disse que "Glory", que contém o novo sucesso "Make Me", ainda é seu estilo, mas com "um certo requinte", tirando inspiração da turnê mais recente da cantora pop Selena Gomez, "Revival". O novo disco consolida uma volta firme de Britney à música depois de um hiato ocorrido após crise pessoal e artística em 2006-2007, quando chegou a raspar suas famosas tranças loiras, perdeu a custódia de seus dois filhos e foi posta sob a guarda de um mentor por ordem de um tribunal.
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ilustrada
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Britney Spears afirma que seu novo álbum, 'Glory', não é retorno à músicaCom uma carreira de duas décadas que incluiu altos e baixos, a cantora Britney Spears falou sobre suas inspirações e explicou por que seu novo álbum, "Glory", não é uma volta à música. "Na verdade não o vejo como um retorno. Estou por aqui há bastante tempo", disse a artista à Reuters antes de sua apresentação no Apple Music Festival em Londres na terça-feira (27). Centenas de fãs vibraram, cantaram e dançaram na casa de espetáculos Roundhouse, no bairro de Camden, enquanto Britney e um grupo de dançarinos interpretaram sucessos das paradas como "...Baby One More Time" e "Oops!.. I Did it Again". A cantora usou uma variedade de figurinos durante o show, desde um traje de malha brilhante com lantejoulas até um inspirado no clássico uniforme de aluna composto de saia, camisa e gravata. A apresentação ocorreu um mês após o lançamento de "Glory", nono álbum de Britney, que fez um número sensual e eletrizante durante a premiação MTV Video Music Awards que a levou de volta aos holofotes nos EUA. "Tenho a sensação de que fazia um tempo que eu não trazia músicas novas à tona", disse Britney. "Não quis fazer um disco pop típico desta vez. Queria fazer algo realmente diferente". Britney, hoje com 34 anos, disse que "Glory", que contém o novo sucesso "Make Me", ainda é seu estilo, mas com "um certo requinte", tirando inspiração da turnê mais recente da cantora pop Selena Gomez, "Revival". O novo disco consolida uma volta firme de Britney à música depois de um hiato ocorrido após crise pessoal e artística em 2006-2007, quando chegou a raspar suas famosas tranças loiras, perdeu a custódia de seus dois filhos e foi posta sob a guarda de um mentor por ordem de um tribunal.
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Mudança de PIS/Cofins cria impacto de R$ 50 bi para empresas, diz IBPT
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A proposta em estudo pelo governo de unificar o cálculo das contribuições PIS e Cofins, criando uma nova contribuição social, vai afetar o caixa de dois milhões de empresas, principalmente do setor de serviços, que deverão arcar com aumento da carga tributária de cerca de R$ 50 bilhões por ano. Os dados foram apresentados pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) nesta terça-feira (25) durante evento na ACSP (Associação Comercial de São Paulo) para discutir os impactos da unificação das duas contribuições e a elevação da alíquota paga hoje por essas empresas de 3,65% para 9,25%. Com isso, a arrecadação desses tributos deve subir para R$ 300 bilhões no ano. A maior parte das empresas atua na área de serviços e paga hoje alíquota de 3,65% de PIS/Cofins, por meio de um regime de tributação chamado cumulativo. Nele, não há créditos tributários para serem compensados na cadeia produtiva —por isso, é o mais usado pelo setor de serviços, uma vez que as empresas não têm insumos que gerem créditos. Já no regime não cumulativo —mais usado pela indústria— as empresas usam créditos tributários para compensar a cobrança das contribuições ao longo da cadeia, por isso têm uma alíquota maior, de 9,25%. "A proposta do governo, que deve ser enviada em breve ao Congresso, já tem 220 artigos e prevê o fim do regime cumulativo. Com isso, as empresas passarão a pagar uma alíquota maior [só o regime não cumulativo vai existir]", diz José Maria Chapina Alcazar, vice-presidente da associação comercial. Durante o evento, 20 entidades do setor de serviços, comércio, construção civil, transporte e telecomunicação aprovaram um manifesto que será entregue ao Congresso e ao Executivo para mostrar que, em vez de simplificar a apuração dos tributos, as mudanças vão elevar a carga. IMPACTOS O estudo informa ainda que haverá impacto ainda na inflação. "O aumento da carga tributária ao setor de serviços fará com que as empresas repassem o custo maior para os preços de seus produtos, em média 3%, o que pressionará ainda mais a inflação", diz Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. Com a crise econômica e maior dificuldade das empresas de aumentar preços, a tendência, segundo alguns empresários consultados, é de haver mais demissões para enxugar custos. José Luiz Nogueira Fernandes, presidente a Fesesp (Federação de Serviços do Estado de São Paulo), afirmou que a elevação de alíquota pode resultar ainda em aumento da informalidade no setor. "Não há empresa que consiga sucesso em uma sistema [tributário] desorganizado como o que temos no país", disse Márcio Costa, vice-presidente da Fecomercio SP. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem dito que a unificação das contribuições será feita em etapas e que o projeto de lei será apresentado "em breve" ao Congresso. Em nota, a Receita afirmou que a reforma não aumentará a carga tributária.
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mercado
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Mudança de PIS/Cofins cria impacto de R$ 50 bi para empresas, diz IBPTA proposta em estudo pelo governo de unificar o cálculo das contribuições PIS e Cofins, criando uma nova contribuição social, vai afetar o caixa de dois milhões de empresas, principalmente do setor de serviços, que deverão arcar com aumento da carga tributária de cerca de R$ 50 bilhões por ano. Os dados foram apresentados pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) nesta terça-feira (25) durante evento na ACSP (Associação Comercial de São Paulo) para discutir os impactos da unificação das duas contribuições e a elevação da alíquota paga hoje por essas empresas de 3,65% para 9,25%. Com isso, a arrecadação desses tributos deve subir para R$ 300 bilhões no ano. A maior parte das empresas atua na área de serviços e paga hoje alíquota de 3,65% de PIS/Cofins, por meio de um regime de tributação chamado cumulativo. Nele, não há créditos tributários para serem compensados na cadeia produtiva —por isso, é o mais usado pelo setor de serviços, uma vez que as empresas não têm insumos que gerem créditos. Já no regime não cumulativo —mais usado pela indústria— as empresas usam créditos tributários para compensar a cobrança das contribuições ao longo da cadeia, por isso têm uma alíquota maior, de 9,25%. "A proposta do governo, que deve ser enviada em breve ao Congresso, já tem 220 artigos e prevê o fim do regime cumulativo. Com isso, as empresas passarão a pagar uma alíquota maior [só o regime não cumulativo vai existir]", diz José Maria Chapina Alcazar, vice-presidente da associação comercial. Durante o evento, 20 entidades do setor de serviços, comércio, construção civil, transporte e telecomunicação aprovaram um manifesto que será entregue ao Congresso e ao Executivo para mostrar que, em vez de simplificar a apuração dos tributos, as mudanças vão elevar a carga. IMPACTOS O estudo informa ainda que haverá impacto ainda na inflação. "O aumento da carga tributária ao setor de serviços fará com que as empresas repassem o custo maior para os preços de seus produtos, em média 3%, o que pressionará ainda mais a inflação", diz Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. Com a crise econômica e maior dificuldade das empresas de aumentar preços, a tendência, segundo alguns empresários consultados, é de haver mais demissões para enxugar custos. José Luiz Nogueira Fernandes, presidente a Fesesp (Federação de Serviços do Estado de São Paulo), afirmou que a elevação de alíquota pode resultar ainda em aumento da informalidade no setor. "Não há empresa que consiga sucesso em uma sistema [tributário] desorganizado como o que temos no país", disse Márcio Costa, vice-presidente da Fecomercio SP. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem dito que a unificação das contribuições será feita em etapas e que o projeto de lei será apresentado "em breve" ao Congresso. Em nota, a Receita afirmou que a reforma não aumentará a carga tributária.
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Livre acesso aos prontuários pode melhorar tratamento
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Os médicos de Steven Keating o veem como um cidadão do futuro. Uma tomografia do seu cérebro, há oito anos, revelou uma ligeira anomalia –nada preocupante, mas era melhor monitorar. Ele monitorou, lendo e estudando sobre a estrutura e função do cérebro e sobre suas células rebeldes, e um novo exame, em 2010, não apontou problemas. Mas ele sabia por suas pesquisas que a sua anomalia ficava perto do centro olfativo do cérebro. Então, quando começou a sentir lufadas de vinagre, em meados do ano passado, suspeitou estar sofrendo de "convulsões olfativas". Pressionou os médicos a fazerem uma ressonância magnética e, três semanas depois, cirurgiões de Boston retiraram da cabeça dele um tumor cancerígeno do tamanho de uma bola de tênis. A cada etapa, Keating, 26, doutorando no Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), se empenhava em obter informações sobre seu estado de saúde, acumulando assim cerca de 70 gigabytes dos seus próprios dados como paciente. Seu caso aponta para os benefícios que especialistas anteveem se os pacientes tivessem acesso completo aos seus prontuários. Pacientes mais bem informados, afirmam eles, são mais propensos a cuidarem melhor de si mesmos, aderindo aos regimes de prescrição de medicamentos e até mesmo detectando sinais precoces de doenças, como fez Keating. "Hoje ele é uma grande exceção, mas também permite vislumbrar o que as pessoas vão querer: cada vez mais informação", disse David Bates, diretor de inovação no Hospital Brigham and Women. Alguns dos centros médicos mais avançados já estão começando a tornar os prontuários mais disponíveis. O Brigham and Women, onde Keating foi operado, faz parte do Partners HealthCare Group, em que 500 mil pacientes têm acesso on-line a alguns dos dados dos prontuários, incluindo condições médicas, remédios receitados e resultados de exames. Outras instituições médicas estão começando a permitir que os pacientes acessem pela internet as anotações feitas por seus médicos, numa iniciativa batizada de OpenNotes (anotações abertas). Mais de dois terços dos usuários do sistema relataram ter uma compreensão melhor sobre seus problemas de saúde, adotando hábitos mais saudáveis e tomando com mais regularidade os remédios conforme a receita médica. Dentre as clínicas com OpenNotes, estão o Centro Médico Beth Israel Deaconess, de Boston, o Sistema de Saúde Geisinger, na Pensilvânia, o Centro Médico Harborview, a Clínica Mayo, a Clínica Cleveland e o Departamento de Assuntos dos Veteranos. Até agora, cerca de 5 milhões de pacientes nos EUA já acessaram anotações médicas via internet. Por se tratar de um jovem cientista articulado, Keating tinha uma grande vantagem sobre a maioria dos pacientes. Ele sabia qual informação solicitar, falava a linguagem da medicina e não precisava de ajuda. As informações coletadas por ele incluíram o vídeo da sua cirurgia, que durou dez horas, dezenas de imagens médicas, dados de sequenciamento genético e 300 páginas de documentos clínicos. Grande parte desse material está no site de Keating, que disponibilizou seu prontuário para pesquisa. Ainda assim, ele disse ter se deparado com uma cultura médica relutante em fornecer dados. "A pessoa com menor acesso a dados no sistema é o paciente. Você pode conseguir, mas o ônus é sempre do paciente. E isso está espalhado por muitos armazéns diferentes de dados do paciente." Desde que recebeu o diagnóstico, em meados de 2014, Keating se tornou um militante da ideia de entregar aos pacientes todos os dados que eles pedirem. Em dezembro, teve início o chamado Projeto Argonauta, que busca acelerar a adoção de normas de tecnologia aberta na área da saúde. Um detalhe num estudo anual do OpenNotes sinaliza as preocupações dos médicos; 105 médicos de atendimento primário completaram o estudo, mas outros 143 se recusaram a participar. Ainda assim, a experiência dos médicos na avaliação parecia tranquilizadora. Apenas 3% disseram ter passado mais tempo respondendo a perguntas de pacientes fora das consultas. Sabendo que os pacientes poderiam ler as anotações, um quinto dos médicos disse ter mudado a forma de escrever sobre certos problemas, como o abuso de substâncias e obesidade. Alguns poucos estudos já publicados mostram os benefícios do compartilhamento para os indivíduos. Por exemplo, 55% dos membros da comunidade de epilepsia da rede PatientsLikeMe informou que o compartilhamento de informações e experiências com os outros participantes ajudou a aprender sobre as convulsões, e 27% disseram que isso contribuiu para seguir as prescrições médicas. Keating não tem dúvidas. "Há um enorme poder de cura para pacientes que entendem e veem efeitos de tratamentos e remédios.
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equilibrioesaude
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Livre acesso aos prontuários pode melhorar tratamentoOs médicos de Steven Keating o veem como um cidadão do futuro. Uma tomografia do seu cérebro, há oito anos, revelou uma ligeira anomalia –nada preocupante, mas era melhor monitorar. Ele monitorou, lendo e estudando sobre a estrutura e função do cérebro e sobre suas células rebeldes, e um novo exame, em 2010, não apontou problemas. Mas ele sabia por suas pesquisas que a sua anomalia ficava perto do centro olfativo do cérebro. Então, quando começou a sentir lufadas de vinagre, em meados do ano passado, suspeitou estar sofrendo de "convulsões olfativas". Pressionou os médicos a fazerem uma ressonância magnética e, três semanas depois, cirurgiões de Boston retiraram da cabeça dele um tumor cancerígeno do tamanho de uma bola de tênis. A cada etapa, Keating, 26, doutorando no Media Lab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), se empenhava em obter informações sobre seu estado de saúde, acumulando assim cerca de 70 gigabytes dos seus próprios dados como paciente. Seu caso aponta para os benefícios que especialistas anteveem se os pacientes tivessem acesso completo aos seus prontuários. Pacientes mais bem informados, afirmam eles, são mais propensos a cuidarem melhor de si mesmos, aderindo aos regimes de prescrição de medicamentos e até mesmo detectando sinais precoces de doenças, como fez Keating. "Hoje ele é uma grande exceção, mas também permite vislumbrar o que as pessoas vão querer: cada vez mais informação", disse David Bates, diretor de inovação no Hospital Brigham and Women. Alguns dos centros médicos mais avançados já estão começando a tornar os prontuários mais disponíveis. O Brigham and Women, onde Keating foi operado, faz parte do Partners HealthCare Group, em que 500 mil pacientes têm acesso on-line a alguns dos dados dos prontuários, incluindo condições médicas, remédios receitados e resultados de exames. Outras instituições médicas estão começando a permitir que os pacientes acessem pela internet as anotações feitas por seus médicos, numa iniciativa batizada de OpenNotes (anotações abertas). Mais de dois terços dos usuários do sistema relataram ter uma compreensão melhor sobre seus problemas de saúde, adotando hábitos mais saudáveis e tomando com mais regularidade os remédios conforme a receita médica. Dentre as clínicas com OpenNotes, estão o Centro Médico Beth Israel Deaconess, de Boston, o Sistema de Saúde Geisinger, na Pensilvânia, o Centro Médico Harborview, a Clínica Mayo, a Clínica Cleveland e o Departamento de Assuntos dos Veteranos. Até agora, cerca de 5 milhões de pacientes nos EUA já acessaram anotações médicas via internet. Por se tratar de um jovem cientista articulado, Keating tinha uma grande vantagem sobre a maioria dos pacientes. Ele sabia qual informação solicitar, falava a linguagem da medicina e não precisava de ajuda. As informações coletadas por ele incluíram o vídeo da sua cirurgia, que durou dez horas, dezenas de imagens médicas, dados de sequenciamento genético e 300 páginas de documentos clínicos. Grande parte desse material está no site de Keating, que disponibilizou seu prontuário para pesquisa. Ainda assim, ele disse ter se deparado com uma cultura médica relutante em fornecer dados. "A pessoa com menor acesso a dados no sistema é o paciente. Você pode conseguir, mas o ônus é sempre do paciente. E isso está espalhado por muitos armazéns diferentes de dados do paciente." Desde que recebeu o diagnóstico, em meados de 2014, Keating se tornou um militante da ideia de entregar aos pacientes todos os dados que eles pedirem. Em dezembro, teve início o chamado Projeto Argonauta, que busca acelerar a adoção de normas de tecnologia aberta na área da saúde. Um detalhe num estudo anual do OpenNotes sinaliza as preocupações dos médicos; 105 médicos de atendimento primário completaram o estudo, mas outros 143 se recusaram a participar. Ainda assim, a experiência dos médicos na avaliação parecia tranquilizadora. Apenas 3% disseram ter passado mais tempo respondendo a perguntas de pacientes fora das consultas. Sabendo que os pacientes poderiam ler as anotações, um quinto dos médicos disse ter mudado a forma de escrever sobre certos problemas, como o abuso de substâncias e obesidade. Alguns poucos estudos já publicados mostram os benefícios do compartilhamento para os indivíduos. Por exemplo, 55% dos membros da comunidade de epilepsia da rede PatientsLikeMe informou que o compartilhamento de informações e experiências com os outros participantes ajudou a aprender sobre as convulsões, e 27% disseram que isso contribuiu para seguir as prescrições médicas. Keating não tem dúvidas. "Há um enorme poder de cura para pacientes que entendem e veem efeitos de tratamentos e remédios.
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Pai de Prass diz que esposa do filho 'quase teve um colapso'
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Foi Fernando Prass o herói da conquista do título da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (2). Não só com suas defesas, mas dessa vez de uma forma ainda mais especial: entrou na lista dos batedores dos pênaltis e marcou o último, que deu o título ao Palmeiras. Ao ver o nome de seu marido na lista dos cobradores, Letícia, esposa do goleiro, quase teve um colapso, conta o pai de Prass. Veja vídeo "Foi a primeira vez que eu vi ele batendo pênalti, nunca tinha batido como profissional. Só nas categorias de base, no amador. A mulher dele quase teve um colapso na hora e foi uma emoção só. Foi o gol do título ainda, foi demais", afirmou Arthur Prass, pai do jogador. Marcelo Oliveira estava na dúvida se ia colocá-lo na primeira série de cobranças ou na segunda, mas tomou a decisão. "Tinha a ideia de colocar o Prass para bater, mas não sabia se na primeira série ou se seria o primeiro da segunda. Mas eu chamei ele e falei "você vai decidir pra gente". Eu falei isso pra ele. Ele treina faz um tempo já e bate sempre muito forte, bate sempre muito bem", afirmou o técnico. "Estou mais feliz ainda de coroar o ano, mesmo com todas as oscilações, fechou muito bem. Abre uma perspectiva, nos fortalece para a próxima temporada. Temos que ajustar o time desde a pré-temporada, pra começar o ano completo", completou. Veja vídeo
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esporte
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Pai de Prass diz que esposa do filho 'quase teve um colapso'Foi Fernando Prass o herói da conquista do título da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (2). Não só com suas defesas, mas dessa vez de uma forma ainda mais especial: entrou na lista dos batedores dos pênaltis e marcou o último, que deu o título ao Palmeiras. Ao ver o nome de seu marido na lista dos cobradores, Letícia, esposa do goleiro, quase teve um colapso, conta o pai de Prass. Veja vídeo "Foi a primeira vez que eu vi ele batendo pênalti, nunca tinha batido como profissional. Só nas categorias de base, no amador. A mulher dele quase teve um colapso na hora e foi uma emoção só. Foi o gol do título ainda, foi demais", afirmou Arthur Prass, pai do jogador. Marcelo Oliveira estava na dúvida se ia colocá-lo na primeira série de cobranças ou na segunda, mas tomou a decisão. "Tinha a ideia de colocar o Prass para bater, mas não sabia se na primeira série ou se seria o primeiro da segunda. Mas eu chamei ele e falei "você vai decidir pra gente". Eu falei isso pra ele. Ele treina faz um tempo já e bate sempre muito forte, bate sempre muito bem", afirmou o técnico. "Estou mais feliz ainda de coroar o ano, mesmo com todas as oscilações, fechou muito bem. Abre uma perspectiva, nos fortalece para a próxima temporada. Temos que ajustar o time desde a pré-temporada, pra começar o ano completo", completou. Veja vídeo
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Para FHC, governo Temer é frágil, 'mas é o que tem'
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O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta sexta-feira (25) que o governo Michel Temer é frágil, mas ponderou que "é o que tem". FHC disse ainda que é muito difícil para um presidente que "dispensar um amigo". "Diante da circunstância brasileira, depois do impeachment, o que temos que fazer é atravessar o rio. Isso é uma ponte. Pode ser uma ponte frágil, uma pinguela? Tudo bem. Mas é o que tem. Se você não tiver uma ponte, você cai no rio. Não adianta fazer muita especulação", afirmou FHC ao chegar em um seminário do partido na Câmara dos Deputados, em Brasília. Fernando Henrique disse que, diante da crise econômica que o Brasil enfrenta, não é possível se restringir a "pequenas coisas". "Não temos tempo a perder. Temos que ter rumo e pensar muito mais no país do que nas pequenas coisas", afirmou. Questionado especificamente sobre o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ele falou da dificuldade de dispensar um amigo. "Não há nada pior para um presidente do que ter que dispensar um amigo. Mas, às vezes, não tem jeito. Não é uma questão nem pessoal. É política. A pessoa não tem alternativa e, no caso, ele se antecipou. Fez bem, eu acho", afirmou. Para FHC, a decisão que Michel Temer teve que tomar de trocar mais um ministro era inevitável. "Se cria um clima que não tem jeito. Tem que criar jeito", afirmou. O ex-presidente da Republica disse ainda que o PSDB tem assumido seu papel de aliado do governo "responsavelmente". "Como ele (o PSDB) votou pelo impeachment, tem que ter também uma consciência, como tem tido, de que temos que apoiar algumas medidas que, muitas vezes, parecem impopulares. Mas, impopular mesmo, é ter levado o Brasil ao caos e quem levou o Brasil ao caos foi o PT", afirmou Fernando Henrique. "A população está decepcionada há muito tempo e cabe aos líderes políticos dar sinais de esperança", completou.
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poder
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Para FHC, governo Temer é frágil, 'mas é o que tem'O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta sexta-feira (25) que o governo Michel Temer é frágil, mas ponderou que "é o que tem". FHC disse ainda que é muito difícil para um presidente que "dispensar um amigo". "Diante da circunstância brasileira, depois do impeachment, o que temos que fazer é atravessar o rio. Isso é uma ponte. Pode ser uma ponte frágil, uma pinguela? Tudo bem. Mas é o que tem. Se você não tiver uma ponte, você cai no rio. Não adianta fazer muita especulação", afirmou FHC ao chegar em um seminário do partido na Câmara dos Deputados, em Brasília. Fernando Henrique disse que, diante da crise econômica que o Brasil enfrenta, não é possível se restringir a "pequenas coisas". "Não temos tempo a perder. Temos que ter rumo e pensar muito mais no país do que nas pequenas coisas", afirmou. Questionado especificamente sobre o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ele falou da dificuldade de dispensar um amigo. "Não há nada pior para um presidente do que ter que dispensar um amigo. Mas, às vezes, não tem jeito. Não é uma questão nem pessoal. É política. A pessoa não tem alternativa e, no caso, ele se antecipou. Fez bem, eu acho", afirmou. Para FHC, a decisão que Michel Temer teve que tomar de trocar mais um ministro era inevitável. "Se cria um clima que não tem jeito. Tem que criar jeito", afirmou. O ex-presidente da Republica disse ainda que o PSDB tem assumido seu papel de aliado do governo "responsavelmente". "Como ele (o PSDB) votou pelo impeachment, tem que ter também uma consciência, como tem tido, de que temos que apoiar algumas medidas que, muitas vezes, parecem impopulares. Mas, impopular mesmo, é ter levado o Brasil ao caos e quem levou o Brasil ao caos foi o PT", afirmou Fernando Henrique. "A população está decepcionada há muito tempo e cabe aos líderes políticos dar sinais de esperança", completou.
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'Aquele sangue era meu', diz mãe que viu filho morto em favela do Rio
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RESUMO Ao voltar do mercado, Sheila Cristina da Silva, 46, encontrou o corpo de seu filho Carlos Eduardo, 20, na calçada, sob um lençol. Havia sido atingido por um tiro na cabeça quando estava na porta de casa, no morro do Querosene, na região central do Rio, na última sexta (10). Desesperada, a mãe protagonizou uma cena dramática: mergulhou as mãos na poça de sangue que se formou sob o filho e passou em seu próprio rosto. O rapaz só foi enterrado nesta terça-feira (14). * Tinha acabado de descer o morro do Querosene quando ouvi dois tiros. Continuei andando até o mercado para comprar três batatas, uma cenoura e pão, para fazer uma canja para o meu caçula, que estava doente. Na volta, enquanto subia a escadaria, o pessoal da comunidade começou a dizer que meu filho tinha sido baleado [a polícia ainda não esclareceu sobre de onde partiu a bala; mais cedo, houve confronto entre PMs e traficantes em uma favela vizinha]. Ainda no caminho, soube que era o Carlos Eduardo. Subi correndo, esbarrando nas pessoas, desesperada para ver se o Dudu ainda estava vivo. Mas, quando cheguei, vi o corpo dele no chão, na porta de casa, tampado por um lençol. Retirei o pano para ver seu rosto. Só que não aguentei olhar. Ele estava morto, muito machucado. Gritei muito, xinguei, fiquei desesperada. Ninguém subiu o morro para socorrer meu filho. Ele nem chegou a ser levado para o hospital. Doeu demais ver o sangue do meu filho derramado. Aquele sangue era meu. Fiquei tão revoltada que passei o sangue do meu filho no rosto. Ali, naquela hora, não tinha mais medo de nada, da polícia, da morte. Minha vida já estava destruída. Eu nasci e fui criada no Querosene. Todo mundo no morro conhece minha história. Todo mundo sabe o que passei para para criar meus filhos. Tive 14 filhos: Luiz José, 26, Aluísio, 25, Bruno, 24, Gabriela, 23, Luiz Henrique, 21, Carlos Eduardo, 20, Marcela, 17, André, 12, Ezequiel, 4, e Gabriel, 3. Não me lembro da idade de dois filhos, Natasha e Marquinhos, que foram criados por outra família. Não tive condição de cuidar deles na época e entreguei para adoção. Perdi ainda dois outros filhos. A Vitória morreu com um mês de vida. O Max José morreu aos 12 anos de pneumonia. E agora mataram o Dudu. Sempre fiz de tudo para não faltar comida aos meus filhos. Já trabalhei como diarista e cheguei a pedir esmola em frente à Igreja de São Sebastião, na Tijuca. Ganho dinheiro hoje em dia como catadora de papel e de latinha no centro do Rio. Moro com meus seis filhos mais novos em uma casinha de um quarto. O Dudu dormia na sala junto com seus irmãos. Meu filho não era bandido. Se fosse, eu falaria. Mataram um inocente. E, desde a noite de sexta-feira, estou procurando pelo corpo dele. No sábado pela manhã, fui ao IML no centro do Rio para resolver tudo e enterrar meu filho. Mas o corpo dele não estava lá [o IML do Rio está temporariamente interditado]. Ninguém soube me informar para onde ele foi levado. Na noite de sábado, um funcionário me ligou para dizer que o corpo estava no IML de Nova Iguaçu (município da região metropolitana do Rio). Ele disse que a gente poderia buscar o corpo só na segunda-feira. Três dias depois da morte. Estou esse tempo todo sem dormir. Quando cheguei ao IML de Nova Iguaçu, disseram que o corpo tinha sido devolvido para o Rio. É muito descaso. Fazem isso porque a gente é preto e desdentado. Voltei para o Rio e finalmente reconheci o corpo do meu filho. Agora, vou descobrir quanto vai custar o enterro e pedir ajuda aos meus vizinhos no morro. A comunidade prometeu fazer uma vaquinha [o jovem foi enterrado na tarde desta terça].
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cotidiano
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'Aquele sangue era meu', diz mãe que viu filho morto em favela do RioRESUMO Ao voltar do mercado, Sheila Cristina da Silva, 46, encontrou o corpo de seu filho Carlos Eduardo, 20, na calçada, sob um lençol. Havia sido atingido por um tiro na cabeça quando estava na porta de casa, no morro do Querosene, na região central do Rio, na última sexta (10). Desesperada, a mãe protagonizou uma cena dramática: mergulhou as mãos na poça de sangue que se formou sob o filho e passou em seu próprio rosto. O rapaz só foi enterrado nesta terça-feira (14). * Tinha acabado de descer o morro do Querosene quando ouvi dois tiros. Continuei andando até o mercado para comprar três batatas, uma cenoura e pão, para fazer uma canja para o meu caçula, que estava doente. Na volta, enquanto subia a escadaria, o pessoal da comunidade começou a dizer que meu filho tinha sido baleado [a polícia ainda não esclareceu sobre de onde partiu a bala; mais cedo, houve confronto entre PMs e traficantes em uma favela vizinha]. Ainda no caminho, soube que era o Carlos Eduardo. Subi correndo, esbarrando nas pessoas, desesperada para ver se o Dudu ainda estava vivo. Mas, quando cheguei, vi o corpo dele no chão, na porta de casa, tampado por um lençol. Retirei o pano para ver seu rosto. Só que não aguentei olhar. Ele estava morto, muito machucado. Gritei muito, xinguei, fiquei desesperada. Ninguém subiu o morro para socorrer meu filho. Ele nem chegou a ser levado para o hospital. Doeu demais ver o sangue do meu filho derramado. Aquele sangue era meu. Fiquei tão revoltada que passei o sangue do meu filho no rosto. Ali, naquela hora, não tinha mais medo de nada, da polícia, da morte. Minha vida já estava destruída. Eu nasci e fui criada no Querosene. Todo mundo no morro conhece minha história. Todo mundo sabe o que passei para para criar meus filhos. Tive 14 filhos: Luiz José, 26, Aluísio, 25, Bruno, 24, Gabriela, 23, Luiz Henrique, 21, Carlos Eduardo, 20, Marcela, 17, André, 12, Ezequiel, 4, e Gabriel, 3. Não me lembro da idade de dois filhos, Natasha e Marquinhos, que foram criados por outra família. Não tive condição de cuidar deles na época e entreguei para adoção. Perdi ainda dois outros filhos. A Vitória morreu com um mês de vida. O Max José morreu aos 12 anos de pneumonia. E agora mataram o Dudu. Sempre fiz de tudo para não faltar comida aos meus filhos. Já trabalhei como diarista e cheguei a pedir esmola em frente à Igreja de São Sebastião, na Tijuca. Ganho dinheiro hoje em dia como catadora de papel e de latinha no centro do Rio. Moro com meus seis filhos mais novos em uma casinha de um quarto. O Dudu dormia na sala junto com seus irmãos. Meu filho não era bandido. Se fosse, eu falaria. Mataram um inocente. E, desde a noite de sexta-feira, estou procurando pelo corpo dele. No sábado pela manhã, fui ao IML no centro do Rio para resolver tudo e enterrar meu filho. Mas o corpo dele não estava lá [o IML do Rio está temporariamente interditado]. Ninguém soube me informar para onde ele foi levado. Na noite de sábado, um funcionário me ligou para dizer que o corpo estava no IML de Nova Iguaçu (município da região metropolitana do Rio). Ele disse que a gente poderia buscar o corpo só na segunda-feira. Três dias depois da morte. Estou esse tempo todo sem dormir. Quando cheguei ao IML de Nova Iguaçu, disseram que o corpo tinha sido devolvido para o Rio. É muito descaso. Fazem isso porque a gente é preto e desdentado. Voltei para o Rio e finalmente reconheci o corpo do meu filho. Agora, vou descobrir quanto vai custar o enterro e pedir ajuda aos meus vizinhos no morro. A comunidade prometeu fazer uma vaquinha [o jovem foi enterrado na tarde desta terça].
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Suspeito de assalto é atropelado por trem durante fuga na zona norte de SP
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Um homem suspeito de assaltar uma casa na Grande São Paulo foi atropelado por um trem na linha 7-rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) enquanto fugia da polícia na noite desta segunda-feira (20). O acidente aconteceu por volta das 23h, entre as estações Caieiras e Perus, na zona norte da capital. De acordo com a Polícia Civil, dois homens assaltavam uma casa em Caieiras, quando a Guarda Civil Metropolitana foi acionada. Ao chegarem ao local, os policias conseguiram prender um dos suspeitos, que levado para a Delegacia de Franco da Rocha. O outro fugiu. Enquanto procurava o suspeito pela região, a polícia foi informada pela CPTM que um homem havia sido atropelado por um trem. O outro suspeito fugia pelos trilhos quando foi atingido pela composição. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Segundo a polícia, as vítimas do assalto foram até o hospital e reconheceram o suspeito. O estado de saúde dele é estável. O caso será acompanhado pela Delegacia de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
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cotidiano
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Suspeito de assalto é atropelado por trem durante fuga na zona norte de SPUm homem suspeito de assaltar uma casa na Grande São Paulo foi atropelado por um trem na linha 7-rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) enquanto fugia da polícia na noite desta segunda-feira (20). O acidente aconteceu por volta das 23h, entre as estações Caieiras e Perus, na zona norte da capital. De acordo com a Polícia Civil, dois homens assaltavam uma casa em Caieiras, quando a Guarda Civil Metropolitana foi acionada. Ao chegarem ao local, os policias conseguiram prender um dos suspeitos, que levado para a Delegacia de Franco da Rocha. O outro fugiu. Enquanto procurava o suspeito pela região, a polícia foi informada pela CPTM que um homem havia sido atropelado por um trem. O outro suspeito fugia pelos trilhos quando foi atingido pela composição. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Segundo a polícia, as vítimas do assalto foram até o hospital e reconheceram o suspeito. O estado de saúde dele é estável. O caso será acompanhado pela Delegacia de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
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Amigos de Bowie promovem turnê para celebrar aniversário do astro
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Para celebrar David Bowie, que completaria 70 anos no dia 8 de janeiro, amigos e colaboradores do astro vão promover uma série de shows ao redor do mundo. A turnê Celebrating David Bowie (celebrando David Bowie), que também marca um ano da morte do camaleão, vai percorrer, ao longo de um mês, as cidades de Nova York, Los Angeles, Tóquio, Londres e Sydney. Entre os participantes estão Mike Garson, Joe Sumner, Sterling Campbell, Earl Slick e Gary Oldman. "Individualmente esses ex-integrantes das bandas de Bowie se apresentaram, compuseram e gravaram com David ao longo de diversas décadas, incluindo durante as turnês Ziggy Stardust, em 1973, Diamond Dogs, Isolar II (Heroes) à Serious Moonlight (...) e muitos deles apareceram no triunfante álbum de retorno de Bowie, 'The Next Day', de 2013", diz o anúncio da turnê.
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ilustrada
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Amigos de Bowie promovem turnê para celebrar aniversário do astroPara celebrar David Bowie, que completaria 70 anos no dia 8 de janeiro, amigos e colaboradores do astro vão promover uma série de shows ao redor do mundo. A turnê Celebrating David Bowie (celebrando David Bowie), que também marca um ano da morte do camaleão, vai percorrer, ao longo de um mês, as cidades de Nova York, Los Angeles, Tóquio, Londres e Sydney. Entre os participantes estão Mike Garson, Joe Sumner, Sterling Campbell, Earl Slick e Gary Oldman. "Individualmente esses ex-integrantes das bandas de Bowie se apresentaram, compuseram e gravaram com David ao longo de diversas décadas, incluindo durante as turnês Ziggy Stardust, em 1973, Diamond Dogs, Isolar II (Heroes) à Serious Moonlight (...) e muitos deles apareceram no triunfante álbum de retorno de Bowie, 'The Next Day', de 2013", diz o anúncio da turnê.
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Mulher morta em Serra Leoa teve teste positivo para Ebola
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O corpo de uma mulher que morreu em Serra Leoa teve teste positivo para o vírus do Ebola, menos de uma semana depois que a última pessoa no país que portava a doença teve alta do hospital, disseram profissionais da saúde. A nova morte, se confirmada, é um revés na tentativa de por fim à epidemia que já dura um ano e meio na região e infectou mais de 28 mil pessoas –matando mais de um terço delas. A mulher, morta no sábado, tinha 67 anos e residia no distrito de Kambia, na fronteira de Serra Leoa e Guiné. O médico-geral da Serra Leoa, Brima Kargbo, afirmou à Reuters que duas amostras testadas no distrito de Kambia deram positivo para o Ebola. No entanto, novos testes estariam sendo feitos em Makeni, a principal cidade da província do norte, e na capital, Freetown. "Estamos particularmente preocupados porque Kambia ficou 50 dias sem um único caso confirmado de Ebola, sugerindo a possibilidade de que tivesse acontecido um erro", disse Kargbo. Ele acrescentou que a mulher que morreu trabalhava como comerciante. As pessoas que a conheciam afirmaram que ela não viajou recentemente. Ela é agora o primeiro novo caso de Ebola no país desde 8 de agosto.
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mundo
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Mulher morta em Serra Leoa teve teste positivo para EbolaO corpo de uma mulher que morreu em Serra Leoa teve teste positivo para o vírus do Ebola, menos de uma semana depois que a última pessoa no país que portava a doença teve alta do hospital, disseram profissionais da saúde. A nova morte, se confirmada, é um revés na tentativa de por fim à epidemia que já dura um ano e meio na região e infectou mais de 28 mil pessoas –matando mais de um terço delas. A mulher, morta no sábado, tinha 67 anos e residia no distrito de Kambia, na fronteira de Serra Leoa e Guiné. O médico-geral da Serra Leoa, Brima Kargbo, afirmou à Reuters que duas amostras testadas no distrito de Kambia deram positivo para o Ebola. No entanto, novos testes estariam sendo feitos em Makeni, a principal cidade da província do norte, e na capital, Freetown. "Estamos particularmente preocupados porque Kambia ficou 50 dias sem um único caso confirmado de Ebola, sugerindo a possibilidade de que tivesse acontecido um erro", disse Kargbo. Ele acrescentou que a mulher que morreu trabalhava como comerciante. As pessoas que a conheciam afirmaram que ela não viajou recentemente. Ela é agora o primeiro novo caso de Ebola no país desde 8 de agosto.
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Com reservas, Marcelo Oliveira faz tira-teima contra ex-equipe
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Quando um relacionamento chega ao fim, é comum que os envolvidos acompanhem de longe as vidas uns dos outros para ver como cada um está e, ocasionalmente, para verificar quem ficou melhor. No caso da relação entre Marcelo Oliveira, técnico do Palmeiras, e o Cruzeiro, seu ex-clube, o treinador pode celebrar, mas não muito. Seu desempenho desde que foi demitido do time mineiro tem sido levemente superior ao do rival deste sábado (21), no Allianz Parque. Desde a saída do Cruzeiro, Oliveira dirigiu o Palmeiras em 35 ocasiões, com 17 vitórias, cinco empates e 13 derrotas, obtendo aproveitamento de 53,3% dos pontos, incluindo Brasileiro e Copa do Brasil, cujas finais disputará a partir de quarta-feira (25). Já o Cruzeiro participou de 33 jogos no mesmo período, com 14 vitórias, oito empates e 11 derrotas, aproveitamento de 50,5% dos pontos. A partida deste sábado pode ser o tira-teima. Em caso de derrota do Palmeiras de Oliveira, o Cruzeiro alcançará desempenho superior ao do treinador: 51,9% a 51,8%. As equipes já se enfrentaram três vezes em 2015. No primeiro turno, o Cruzeiro venceu por 2 a 1. Nas oitavas da Copa do Brasil, duas vitórias alviverdes: 2 a 1, em São Paulo, e 3 a 2, em Minas. No Brasileiro, o Cruzeiro, que no primeiro turno flertou com a zona de rebaixamento, ultrapassou o Palmeiras. As campanhas no segundo turno explicam essa troca de posições: o time mineiro tem 60,4% de aproveitamento na segunda metade do torneio e o Palmeiras apenas 37,5%. poupados Com sete pontos de desvantagem para o São Paulo, último time do G4, o técnico Marcelo Oliveira sabe que tentar buscar a vaga na Libertadores no Brasileiro é difícil. Com isso, neste sábado, ele deve poupar os jogadores titulares visando o primeiro jogo da final da Copa do Brasil. "Já tenho na cabeça a ideia de algumas mudanças. Vamos ver a avaliação física e preservar os mais desgastados", afirmou o treinador. Os únicos titulares que devem enfrentar o Cruzeiro são o volante Arouca, recuperado de lesão, e o goleiro Fernando Prass. * PALMEIRAS Fernando Prass; João Pedro, Nathan, Leandro Almeida e Egídio; Thiago Santos, Arouca, Kelvin, Allione e Mouche; Cristaldo T.: Marcelo Oliveira CRUZEIRO Fábio; Ceará, Manoel, Bruno Rodrigo e Fabrício; Henrique, Willians, Ariel Cabral e Marcos Vinícius; Arrascaeta e Willian T.: Mano Menezes Estádio: Allianz Parque Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO) Horário 19h30, na TV: SporTV (menos SP)
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esporte
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Com reservas, Marcelo Oliveira faz tira-teima contra ex-equipeQuando um relacionamento chega ao fim, é comum que os envolvidos acompanhem de longe as vidas uns dos outros para ver como cada um está e, ocasionalmente, para verificar quem ficou melhor. No caso da relação entre Marcelo Oliveira, técnico do Palmeiras, e o Cruzeiro, seu ex-clube, o treinador pode celebrar, mas não muito. Seu desempenho desde que foi demitido do time mineiro tem sido levemente superior ao do rival deste sábado (21), no Allianz Parque. Desde a saída do Cruzeiro, Oliveira dirigiu o Palmeiras em 35 ocasiões, com 17 vitórias, cinco empates e 13 derrotas, obtendo aproveitamento de 53,3% dos pontos, incluindo Brasileiro e Copa do Brasil, cujas finais disputará a partir de quarta-feira (25). Já o Cruzeiro participou de 33 jogos no mesmo período, com 14 vitórias, oito empates e 11 derrotas, aproveitamento de 50,5% dos pontos. A partida deste sábado pode ser o tira-teima. Em caso de derrota do Palmeiras de Oliveira, o Cruzeiro alcançará desempenho superior ao do treinador: 51,9% a 51,8%. As equipes já se enfrentaram três vezes em 2015. No primeiro turno, o Cruzeiro venceu por 2 a 1. Nas oitavas da Copa do Brasil, duas vitórias alviverdes: 2 a 1, em São Paulo, e 3 a 2, em Minas. No Brasileiro, o Cruzeiro, que no primeiro turno flertou com a zona de rebaixamento, ultrapassou o Palmeiras. As campanhas no segundo turno explicam essa troca de posições: o time mineiro tem 60,4% de aproveitamento na segunda metade do torneio e o Palmeiras apenas 37,5%. poupados Com sete pontos de desvantagem para o São Paulo, último time do G4, o técnico Marcelo Oliveira sabe que tentar buscar a vaga na Libertadores no Brasileiro é difícil. Com isso, neste sábado, ele deve poupar os jogadores titulares visando o primeiro jogo da final da Copa do Brasil. "Já tenho na cabeça a ideia de algumas mudanças. Vamos ver a avaliação física e preservar os mais desgastados", afirmou o treinador. Os únicos titulares que devem enfrentar o Cruzeiro são o volante Arouca, recuperado de lesão, e o goleiro Fernando Prass. * PALMEIRAS Fernando Prass; João Pedro, Nathan, Leandro Almeida e Egídio; Thiago Santos, Arouca, Kelvin, Allione e Mouche; Cristaldo T.: Marcelo Oliveira CRUZEIRO Fábio; Ceará, Manoel, Bruno Rodrigo e Fabrício; Henrique, Willians, Ariel Cabral e Marcos Vinícius; Arrascaeta e Willian T.: Mano Menezes Estádio: Allianz Parque Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO) Horário 19h30, na TV: SporTV (menos SP)
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Engenheiros ficam sem emprego, mudam de área e vão até para o Uber
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Recém-formada em engenharia civil, Ana Caroline Gomes, 23, decidiu continuar os estudos e fazer uma pós-graduação. O engenheiro mecânico Gutemberg Rios, 33, estuda migrar para o Canadá. "Aqui não tem muita perspectiva de melhora a curto prazo", afirma ele, demitido da empresa onde atuava no final de outubro. Rios faz parte da estatística de 496 demissões na carreira registradas no Distrito Federal no ano passado. Em 2014, já foi possível notar uma redução de vagas: diferentemente de anos anteriores, o saldo entre engenheiros admitidos e desligados naquele ano foi negativo. De acordo com estudo da Federação Nacional dos Engenheiros, foram, ao todo, pouco mais de 52 mil profissionais contratados e 55,1 mil demitidos. ESTRUTURA ABALADA - Engenheiros enfrentam corte de vagas GIGANTES SOB SUSPEITA A queda nas atividades da construção civil e a Operação Lava Jato, que investiga suspeitas de corrupção na Petrobras e já prendeu executivos das principais empreiteiras do país, são apontadas como principais fatores para a crise no setor de engenharia. E a expectativa dos profissionais para este ano não é animadora. "Para ter obra, precisa haver uma decisão de investimento. Seja do comércio, que vai fazer uma galeria de lojas, seja de alguém que vai reformar a residência. E quem é que está tomando a decisão de investir hoje?", questiona Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP (sindicato da construção civil). Somente no ano passado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, o setor da construção civil fechou 416,9 mil vagas. Para Zaidan, o atual cenário gera um novo "desmonte" na carreira, que recentemente enfrentou carência de profissionais qualificados. A atual crise no setor de engenharia é comparada, por profissionais mais experientes, à chamada década perdida, nos anos 1980. Naquele período, diante de uma crise profunda na economia, os engenheiros começaram a migrar para funções em outras áreas. "A economia brasileira parece voo de galinha: uns anos são bons, o resto é ruim. Mas acho que este é o pior momento, porque não tem perspectiva de que vai melhorar", afirma Daniel Galano, 52. Formado em engenharia mecânica em 1987, ele foi demitido da empresa em que atuava em 2014 e, desde então, não conseguiu outro trabalho na área. Também graduado na década de 1980, Antônio Seirio, 55, aponta dificuldade em se fixar na carreira vinculada "diretamente à indústria", em que se especializou. "Se a economia não gira, não se contrata engenheiro", diz ele, com um MBA no currículo, feito a partir de programa do governo federal, o chamado Promimp (programa de incentivo à indústria). Nos últimos anos, Seirio ocupou funções técnicas em diferentes empresas e, desde novembro, trabalha como motorista do Uber, serviço de transporte particular. "Já vi situações difíceis, mas não como essa", resume Célia Almeida, 42. Demitida em outubro da empresa em que trabalhava como engenheira ambiental, hoje atua no mesmo local, mas por contrato. O trabalho em tempo integral, de 8,5 salários mínimos, foi reduzido para atividade parcial e 4 mínimos. Com quatro filhos, todos na universidade, recorreu ao seguro-desemprego. "Banhos quentes viraram mornos. O pacote de internet acabou, só eu tenho celular pós-pago agora. Estou segurando o dinheiro que ganho", afirma Almeida. MAIS FORMADOS Nos últimos anos, no entanto, houve aumento da procura pela profissão. FORMAÇÃO - Número de matrículas na graduação cresceu 85,1%* Entre as cinco áreas com mais demanda por profissionais (como engenharia civil e mecânica), o número de formandos cresceu 60,6% entre 2010 e 2013. "Precisamos de mais engenheiros", disse em 2013 Aloizio Mercadante, então ministro da Educação (ele voltou ao posto em 2015). Naquele ano, o número de calouros de engenharia superou, pela primeira vez, o de direito. A questão é que, agora, o cenário se inverteu e a recessão passou a exigir que os engenheiros busquem novas áreas de atuação profissional. INVESTIMENTO NO LIXO "Estamos jogando fora um investimento tremendo em recursos humanos. Cada um vai ter que se virar para determinado lado. O problema é que não tem emprego para lado nenhum", diz Zaidan. Essa foi a mesma conclusão a que chegou um engenheiro eletricista da OAS, onde trabalhou por pouco mais de três anos na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No auge das atividades, o projeto em que atuava chegou a reunir 12 mil operários. Quando foi demitido, em março do ano passado, eram 300. Desde então, não encontrou vaga em cargo semelhante ao que atuava. "Eu achava que ia conseguir achar, porque tinha um currículo bom, numa grande empresa do país, numa grande obra. Mandei currículos, me inscrevi em sites e não recebi nenhuma resposta de emprego associado à engenharia", diz ele, que prefere não ter o nome divulgado. Na visão do profissional, a Operação Lava Jato contribuiu para a redução das atividades da empreiteira, a segunda maior do país, que teve cinco executivos condenados pela Justiça Federal do Paraná por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. "Criou-se uma situação não só política -porque tinha gente da empresa sendo presa- mas financeira, porque os bancos começaram a parar de emprestar", diz. Hoje, atuando no setor de hotelaria, ele recebe um quarto do salário que tinha como engenheiro.
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Engenheiros ficam sem emprego, mudam de área e vão até para o UberRecém-formada em engenharia civil, Ana Caroline Gomes, 23, decidiu continuar os estudos e fazer uma pós-graduação. O engenheiro mecânico Gutemberg Rios, 33, estuda migrar para o Canadá. "Aqui não tem muita perspectiva de melhora a curto prazo", afirma ele, demitido da empresa onde atuava no final de outubro. Rios faz parte da estatística de 496 demissões na carreira registradas no Distrito Federal no ano passado. Em 2014, já foi possível notar uma redução de vagas: diferentemente de anos anteriores, o saldo entre engenheiros admitidos e desligados naquele ano foi negativo. De acordo com estudo da Federação Nacional dos Engenheiros, foram, ao todo, pouco mais de 52 mil profissionais contratados e 55,1 mil demitidos. ESTRUTURA ABALADA - Engenheiros enfrentam corte de vagas GIGANTES SOB SUSPEITA A queda nas atividades da construção civil e a Operação Lava Jato, que investiga suspeitas de corrupção na Petrobras e já prendeu executivos das principais empreiteiras do país, são apontadas como principais fatores para a crise no setor de engenharia. E a expectativa dos profissionais para este ano não é animadora. "Para ter obra, precisa haver uma decisão de investimento. Seja do comércio, que vai fazer uma galeria de lojas, seja de alguém que vai reformar a residência. E quem é que está tomando a decisão de investir hoje?", questiona Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP (sindicato da construção civil). Somente no ano passado, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, o setor da construção civil fechou 416,9 mil vagas. Para Zaidan, o atual cenário gera um novo "desmonte" na carreira, que recentemente enfrentou carência de profissionais qualificados. A atual crise no setor de engenharia é comparada, por profissionais mais experientes, à chamada década perdida, nos anos 1980. Naquele período, diante de uma crise profunda na economia, os engenheiros começaram a migrar para funções em outras áreas. "A economia brasileira parece voo de galinha: uns anos são bons, o resto é ruim. Mas acho que este é o pior momento, porque não tem perspectiva de que vai melhorar", afirma Daniel Galano, 52. Formado em engenharia mecânica em 1987, ele foi demitido da empresa em que atuava em 2014 e, desde então, não conseguiu outro trabalho na área. Também graduado na década de 1980, Antônio Seirio, 55, aponta dificuldade em se fixar na carreira vinculada "diretamente à indústria", em que se especializou. "Se a economia não gira, não se contrata engenheiro", diz ele, com um MBA no currículo, feito a partir de programa do governo federal, o chamado Promimp (programa de incentivo à indústria). Nos últimos anos, Seirio ocupou funções técnicas em diferentes empresas e, desde novembro, trabalha como motorista do Uber, serviço de transporte particular. "Já vi situações difíceis, mas não como essa", resume Célia Almeida, 42. Demitida em outubro da empresa em que trabalhava como engenheira ambiental, hoje atua no mesmo local, mas por contrato. O trabalho em tempo integral, de 8,5 salários mínimos, foi reduzido para atividade parcial e 4 mínimos. Com quatro filhos, todos na universidade, recorreu ao seguro-desemprego. "Banhos quentes viraram mornos. O pacote de internet acabou, só eu tenho celular pós-pago agora. Estou segurando o dinheiro que ganho", afirma Almeida. MAIS FORMADOS Nos últimos anos, no entanto, houve aumento da procura pela profissão. FORMAÇÃO - Número de matrículas na graduação cresceu 85,1%* Entre as cinco áreas com mais demanda por profissionais (como engenharia civil e mecânica), o número de formandos cresceu 60,6% entre 2010 e 2013. "Precisamos de mais engenheiros", disse em 2013 Aloizio Mercadante, então ministro da Educação (ele voltou ao posto em 2015). Naquele ano, o número de calouros de engenharia superou, pela primeira vez, o de direito. A questão é que, agora, o cenário se inverteu e a recessão passou a exigir que os engenheiros busquem novas áreas de atuação profissional. INVESTIMENTO NO LIXO "Estamos jogando fora um investimento tremendo em recursos humanos. Cada um vai ter que se virar para determinado lado. O problema é que não tem emprego para lado nenhum", diz Zaidan. Essa foi a mesma conclusão a que chegou um engenheiro eletricista da OAS, onde trabalhou por pouco mais de três anos na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No auge das atividades, o projeto em que atuava chegou a reunir 12 mil operários. Quando foi demitido, em março do ano passado, eram 300. Desde então, não encontrou vaga em cargo semelhante ao que atuava. "Eu achava que ia conseguir achar, porque tinha um currículo bom, numa grande empresa do país, numa grande obra. Mandei currículos, me inscrevi em sites e não recebi nenhuma resposta de emprego associado à engenharia", diz ele, que prefere não ter o nome divulgado. Na visão do profissional, a Operação Lava Jato contribuiu para a redução das atividades da empreiteira, a segunda maior do país, que teve cinco executivos condenados pela Justiça Federal do Paraná por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. "Criou-se uma situação não só política -porque tinha gente da empresa sendo presa- mas financeira, porque os bancos começaram a parar de emprestar", diz. Hoje, atuando no setor de hotelaria, ele recebe um quarto do salário que tinha como engenheiro.
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CBF tira seleção da Vila e coloca jogadores dentro de shopping no Rio
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SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS A CBF tirou a seleção da Vila Olímpica e vai colocar os jogadores concentrados num hotel de luxo dentro de um shopping center na zona oeste do Rio. A partir da noite deste terça (16), a delegação vai se hospedar num hotel no Recreio dos Bandeirantes, bairro afastado do Maracanã. Apesar de o COB (Comitê Olímpico do Brasil) ter oferecido acomodação na Vila, a CBF optou deixar os jogadores longe da badalação do condomínio. Recém inaugurado, o hotel de luxo que vai receber os jogadores fica a cerca de 50 km do Maracanã. Nesta quarta (17), a seleção decide contra Honduras, no Maracanã, uma das vagas para a final olímpica . No domingo (14), os jogadores visitaram o condomínio da Vila Olímpica pela primeira vez logo após desembarcarem de São Paulo. No dia anterior, eles venceram a Colômbia, por 2 a 0, no Itaquerão. "Até então não tínhamos vivido esse momento olímpico, víamos tudo pela televisão ou redes sociais. Ontem foi quando realmente dissemos que estamos em uma Olimpíada. Até então, era um torneio de futebol como os outros", disse o zagueiro Marquinhos. "Lá, vimos o que é o espírito olímpico. Me surpreendi com a estrutura, o refeitório, a sede do Time Brasil. Todos ficaram boquiabertos com a estrutura", acrescentou. O atacante Neymar foi o mais assediado. Ele tirou fotos com atletas de várias modalidades. "Nós comemos uma pizza com todo mundo, demos uma volta de ônibus, foi importante para tranquilizar um pouco a cabeça. Um dia inesquecível para todos nós", afirmou Marquinhos Depois da visita, a CBF levou os atletas para a Granja Comary, em Teresópolis, onde treinam nesta segunda (15) e na terça. Caso o time se classifique para a disputa da medalha de ouro, os jogadores permanecerão no hotel no Recreio dos Bandeirantes. A decisão será no sábado (20), novamente no Maracanã.
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CBF tira seleção da Vila e coloca jogadores dentro de shopping no Rio
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS A CBF tirou a seleção da Vila Olímpica e vai colocar os jogadores concentrados num hotel de luxo dentro de um shopping center na zona oeste do Rio. A partir da noite deste terça (16), a delegação vai se hospedar num hotel no Recreio dos Bandeirantes, bairro afastado do Maracanã. Apesar de o COB (Comitê Olímpico do Brasil) ter oferecido acomodação na Vila, a CBF optou deixar os jogadores longe da badalação do condomínio. Recém inaugurado, o hotel de luxo que vai receber os jogadores fica a cerca de 50 km do Maracanã. Nesta quarta (17), a seleção decide contra Honduras, no Maracanã, uma das vagas para a final olímpica . No domingo (14), os jogadores visitaram o condomínio da Vila Olímpica pela primeira vez logo após desembarcarem de São Paulo. No dia anterior, eles venceram a Colômbia, por 2 a 0, no Itaquerão. "Até então não tínhamos vivido esse momento olímpico, víamos tudo pela televisão ou redes sociais. Ontem foi quando realmente dissemos que estamos em uma Olimpíada. Até então, era um torneio de futebol como os outros", disse o zagueiro Marquinhos. "Lá, vimos o que é o espírito olímpico. Me surpreendi com a estrutura, o refeitório, a sede do Time Brasil. Todos ficaram boquiabertos com a estrutura", acrescentou. O atacante Neymar foi o mais assediado. Ele tirou fotos com atletas de várias modalidades. "Nós comemos uma pizza com todo mundo, demos uma volta de ônibus, foi importante para tranquilizar um pouco a cabeça. Um dia inesquecível para todos nós", afirmou Marquinhos Depois da visita, a CBF levou os atletas para a Granja Comary, em Teresópolis, onde treinam nesta segunda (15) e na terça. Caso o time se classifique para a disputa da medalha de ouro, os jogadores permanecerão no hotel no Recreio dos Bandeirantes. A decisão será no sábado (20), novamente no Maracanã.
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Paulinho vira titular e recebe críticas em empate do Tottenham
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Ainda sonhando com uma vaga nas competições continentais, o Tottenham tinha pela frente uma tarefa fácil contra o vice-lanterna Burnley, neste domingo (5), pelo Campeonato Inglês. Jogando fora de casa, o time ficou no 0 a 0 e perdeu a chance de assumir o quinto lugar da tabela. O brasileiro Paulinho começou como titular no Inglês pela primeira vez desde 31 de janeiro, na vitória sobre o West Bromwich. Após uma tentativa frustrada de finalização, em que a bola passou longe do gol, o jogador virou o alvo de reclamações da torcida do Tottenham. vine Pelas redes sociais, um torcedor disse que doaria £ 1.000 (cerca de R$ 4.600) para caridade caso Paulinho não jogasse mais pelo Tottenham e fosse negociado. Twitter O ex-jogador da Seleção Inglesa, Michael Owen, também criticou o brasileiro. owen "Há muito tempo não vejo um jogo tão ruim como este. A finalização de Paulinho resume o jogo." Com o empate, o Tottenham subiu para o sexto lugar, com 54 pontos. O Liverpool, que foi goleado pelo Arsenal no sábado, está na frente com o mesmo número de pontos. O Burnley subiu para 18º, ainda na zona de rebaixamento, com 26 pontos. CAMPEONATO INGLÊS - 31ª RODADA Sábado (4) Arsenal 4 x 1 Liverpool Manchester United 3 x 1 Aston Villa Leicester City 2 x 1 West Ham Swansea 3 x 1 Hull City West Bromwich 1 x 4 QPR Everton 1 x 0 Southampton Chelsea 2 x 1 Stoke City Domingo (5) Burnley 0 x 0 Tottenham Sunderland 1 x 0 Newcastle Segunda-feira (6) Crystal Palace x Manchester City
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Paulinho vira titular e recebe críticas em empate do TottenhamAinda sonhando com uma vaga nas competições continentais, o Tottenham tinha pela frente uma tarefa fácil contra o vice-lanterna Burnley, neste domingo (5), pelo Campeonato Inglês. Jogando fora de casa, o time ficou no 0 a 0 e perdeu a chance de assumir o quinto lugar da tabela. O brasileiro Paulinho começou como titular no Inglês pela primeira vez desde 31 de janeiro, na vitória sobre o West Bromwich. Após uma tentativa frustrada de finalização, em que a bola passou longe do gol, o jogador virou o alvo de reclamações da torcida do Tottenham. vine Pelas redes sociais, um torcedor disse que doaria £ 1.000 (cerca de R$ 4.600) para caridade caso Paulinho não jogasse mais pelo Tottenham e fosse negociado. Twitter O ex-jogador da Seleção Inglesa, Michael Owen, também criticou o brasileiro. owen "Há muito tempo não vejo um jogo tão ruim como este. A finalização de Paulinho resume o jogo." Com o empate, o Tottenham subiu para o sexto lugar, com 54 pontos. O Liverpool, que foi goleado pelo Arsenal no sábado, está na frente com o mesmo número de pontos. O Burnley subiu para 18º, ainda na zona de rebaixamento, com 26 pontos. CAMPEONATO INGLÊS - 31ª RODADA Sábado (4) Arsenal 4 x 1 Liverpool Manchester United 3 x 1 Aston Villa Leicester City 2 x 1 West Ham Swansea 3 x 1 Hull City West Bromwich 1 x 4 QPR Everton 1 x 0 Southampton Chelsea 2 x 1 Stoke City Domingo (5) Burnley 0 x 0 Tottenham Sunderland 1 x 0 Newcastle Segunda-feira (6) Crystal Palace x Manchester City
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Semana da Moda de Milão termina com peças metalizadas de Missoni
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As peças de tricô metálicas e repletas de camadas da grife Missoni encerraram a Semana da Moda de Milão, em cujas passarelas foram vistas 17 coleções primavera/verão de marcas famosas. Angela Missoni desenhou vestidos com suporte de comprimento médio sobre calças, biquínis e fitas de cabeça com camadas de echarpes e cardigãs para encher os guarda roupas femininos de cor no ano que vem. As paletas de Missoni estavam mais ousadas do que o normal, com tons vibrantes destacados por detalhes metálicos de lamê dourado. Faixas de turquesa, amarelo, verde e areia em vestidos e calças foram misturados a padronagens que ecoavam veios de pedras, como o mármore. O look de tecido que é sua marca registrada apareceu lado a lado com técnicas de tricô diferentes. Saias perfuradas apresentaram camadas com tops de tricô mais justos e os vestidos com suporte acrescentaram textura. "Pureza. Essencial para a Coleção de Verão 2017 da Missoni, caracterizada por uma elegância informal e relaxada e exemplificada pelos vestidos bodycon que grudam no corpo", informou uma nota da estilista. Uma modelo usou um vestido reto com suporte verde metálico com tiras grossas por cima de calças capri reluzentes de cor bronze. As peças com camadas continuaram com vestidos curtos de duas cores cobertos de cardigãs compridos de tecido de mangas curtas e saias vestidas com tops de tubo sobre camisas de mangas compridas e echarpes amarradas. Outra modelo desfilou com um biquíni revelador com padronagem em preto e branco, e outra com um biquíni dourado reluzente.
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ilustrada
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Semana da Moda de Milão termina com peças metalizadas de MissoniAs peças de tricô metálicas e repletas de camadas da grife Missoni encerraram a Semana da Moda de Milão, em cujas passarelas foram vistas 17 coleções primavera/verão de marcas famosas. Angela Missoni desenhou vestidos com suporte de comprimento médio sobre calças, biquínis e fitas de cabeça com camadas de echarpes e cardigãs para encher os guarda roupas femininos de cor no ano que vem. As paletas de Missoni estavam mais ousadas do que o normal, com tons vibrantes destacados por detalhes metálicos de lamê dourado. Faixas de turquesa, amarelo, verde e areia em vestidos e calças foram misturados a padronagens que ecoavam veios de pedras, como o mármore. O look de tecido que é sua marca registrada apareceu lado a lado com técnicas de tricô diferentes. Saias perfuradas apresentaram camadas com tops de tricô mais justos e os vestidos com suporte acrescentaram textura. "Pureza. Essencial para a Coleção de Verão 2017 da Missoni, caracterizada por uma elegância informal e relaxada e exemplificada pelos vestidos bodycon que grudam no corpo", informou uma nota da estilista. Uma modelo usou um vestido reto com suporte verde metálico com tiras grossas por cima de calças capri reluzentes de cor bronze. As peças com camadas continuaram com vestidos curtos de duas cores cobertos de cardigãs compridos de tecido de mangas curtas e saias vestidas com tops de tubo sobre camisas de mangas compridas e echarpes amarradas. Outra modelo desfilou com um biquíni revelador com padronagem em preto e branco, e outra com um biquíni dourado reluzente.
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Indústria reduz produção de 7 em cada 10 produtos
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Com estoques elevados, consumo menor das famílias, crédito mais caro e confiança em baixa, a indústria reduziu a produção em sete de cada dez produtos em abril, na comparação ao mesmo mês de 2014. O IBGE acompanha 805 produtos que saem das fábricas brasileiras. Desse total, 70,1% tiveram uma produção menor em abril, informou o instituto na manhã desta terça-feira (2). A última vez em que menos da metade dos produtos acompanhados teve queda de produção foi em fevereiro do ano passado (42,4%). A situação é ainda pior em bens de consumo duráveis (como automóveis e eletrodomésticos), com 80% dos produtos pesquisados em queda. A produção de automóveis recuou 15,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, com 90% dos produtos em queda. A de eletrodomésticos caiu 23,9% Além da piora do crédito e do orçamento mais restrito das famílias, o desempenho do grupo está relacionado à retirada dos incentivos de IPI nos automóveis e da linha branca. Produção Industrial de abril de 2015 - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress CONSUMO DAS FAMÍLIAS Com um desempenho tão ruim, a produção da indústria teve uma queda de 7,6% em abril, na comparação ao mesmo mês do ano passado. Foi a 14ª queda consecutiva, mais longa sequência da série histórica, de 2002. Do resultado chama a atenção a intensificação das perdas de bens de consumo semi e não duráveis –produtos relacionados ao consumo das famílias brasileiras, como alimentos e bebidas. "São segmentos mais sensíveis à deterioração do consumo das famílias. E isso afeta segmentos industriais que vinham tendo comportamento distinto o total da indústria", disse André Macedo, do IBGE. Os bens de consumo semi e não duráveis tiveram em abril a sexta queda consecutiva, com perda de 9,3% frente ao mesmo mês de 2014. Foi uma baixa mais intensa que a de 3% de março. "O menor acréscimo na renda real e fatores como comprometimento da renda e preços mais altos justificam a perda de ritmo mais intenso [dos bens de consumo semi e não duráveis]", disse Macedo. Na sexta-feira (29), o PIB (Produto Interno Bruto) mostrou uma queda de 1,5% do consumo das famílias no primeiro trimestre deste ano, em comparação aos três últimos meses do ano passado.
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Indústria reduz produção de 7 em cada 10 produtosCom estoques elevados, consumo menor das famílias, crédito mais caro e confiança em baixa, a indústria reduziu a produção em sete de cada dez produtos em abril, na comparação ao mesmo mês de 2014. O IBGE acompanha 805 produtos que saem das fábricas brasileiras. Desse total, 70,1% tiveram uma produção menor em abril, informou o instituto na manhã desta terça-feira (2). A última vez em que menos da metade dos produtos acompanhados teve queda de produção foi em fevereiro do ano passado (42,4%). A situação é ainda pior em bens de consumo duráveis (como automóveis e eletrodomésticos), com 80% dos produtos pesquisados em queda. A produção de automóveis recuou 15,5% em comparação ao mesmo período do ano passado, com 90% dos produtos em queda. A de eletrodomésticos caiu 23,9% Além da piora do crédito e do orçamento mais restrito das famílias, o desempenho do grupo está relacionado à retirada dos incentivos de IPI nos automóveis e da linha branca. Produção Industrial de abril de 2015 - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress CONSUMO DAS FAMÍLIAS Com um desempenho tão ruim, a produção da indústria teve uma queda de 7,6% em abril, na comparação ao mesmo mês do ano passado. Foi a 14ª queda consecutiva, mais longa sequência da série histórica, de 2002. Do resultado chama a atenção a intensificação das perdas de bens de consumo semi e não duráveis –produtos relacionados ao consumo das famílias brasileiras, como alimentos e bebidas. "São segmentos mais sensíveis à deterioração do consumo das famílias. E isso afeta segmentos industriais que vinham tendo comportamento distinto o total da indústria", disse André Macedo, do IBGE. Os bens de consumo semi e não duráveis tiveram em abril a sexta queda consecutiva, com perda de 9,3% frente ao mesmo mês de 2014. Foi uma baixa mais intensa que a de 3% de março. "O menor acréscimo na renda real e fatores como comprometimento da renda e preços mais altos justificam a perda de ritmo mais intenso [dos bens de consumo semi e não duráveis]", disse Macedo. Na sexta-feira (29), o PIB (Produto Interno Bruto) mostrou uma queda de 1,5% do consumo das famílias no primeiro trimestre deste ano, em comparação aos três últimos meses do ano passado.
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Cinco explosões deixam mais de 50 mortos na Nigéria
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Quatro explosões atingiram a cidade de Maidguri, no nordeste da Nigéria, neste sábado, e uma quinta atingiu um posto militar a 50 quilômetros da cidade. São os piores ataques desde que o grupo Boko Haram tentou tomar a cidade em janeiro. Ninguém assumiu os atentados, porém. De acordo com informações oficiais, os ataques deixaram 54 mortos e 143 feridos. Segundo um oficial da inteligência militar informou à Associated Press, ainda há civis emboscados na cidade e o Boko Haram estaria cercando a cidade com minas terrestres. Na primeira explosão, um homem com um triciclo armado com uma bomba tentou entrar num mercado de peixes na estrada de Baga, no oeste da cidade. A bomba explodiu quando o triciclo foi impedido de entrar. Morreram 18 pessoas apenas nesse ataque. Logo depois, ali perto, uma segunda explosão atingiu a região de compras dos Correios locais. A terceira ocorreu numa região chamada de mercado da segunda-feira. Na quarta, um carro-bomba explodiu ao lado de uma estação de ônibus próxima ao Departamento de Segurança do Estado (DSS). A quinta ocorreu num posto militar a 75 km de Maidguri, deixando apenas feridos, entre militares e civis. "Homens do esquadrão antibombas vieram alguns minutos após a explosão para vasculhar o local, depois começaram a retirar as vítimas. Vi cinco corpos destroçados sendo postos em veículos", disse uma moradora da região próxima ao DSS. No mercado de segunda-feira, as vítimas foram levadas para ambulâncias. "Contei cinco ambulâncias retirando vítimas do local. Os soldados estão disparando para o ar para afastar as pessoas do mercado", um membro de um grupo de resgate disse à agência Reuters. Há muito tempo, o grupo islamita Boko Haram cobiça a instalação, em Maidguri, da capital de um Estado islâmico que querem implantar na Nigéria, país de religião mista. Em janeiro, ao tentar tomar a cidade, deixaram mais de 100 mortos. Em 2014, o grupo tomou o controle de um território do tamanho da Bélgica, causando problemas ao mal-equipado Exército nigeriano. Há quase um ano, membros do Boko Haram se tornaram internacionalmente conhecidos ao sequestrar mais de 200 meninas; O presidente Goodluck Jonathan, que busca a reeleição em 28 de março, tem sido fortemente criticado por sua falha em combater os insurgentes. A eleição ocorreria em 14 de fevereiro, mas foi adiada devido a temores pela segurança do pleito.
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mundo
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Cinco explosões deixam mais de 50 mortos na NigériaQuatro explosões atingiram a cidade de Maidguri, no nordeste da Nigéria, neste sábado, e uma quinta atingiu um posto militar a 50 quilômetros da cidade. São os piores ataques desde que o grupo Boko Haram tentou tomar a cidade em janeiro. Ninguém assumiu os atentados, porém. De acordo com informações oficiais, os ataques deixaram 54 mortos e 143 feridos. Segundo um oficial da inteligência militar informou à Associated Press, ainda há civis emboscados na cidade e o Boko Haram estaria cercando a cidade com minas terrestres. Na primeira explosão, um homem com um triciclo armado com uma bomba tentou entrar num mercado de peixes na estrada de Baga, no oeste da cidade. A bomba explodiu quando o triciclo foi impedido de entrar. Morreram 18 pessoas apenas nesse ataque. Logo depois, ali perto, uma segunda explosão atingiu a região de compras dos Correios locais. A terceira ocorreu numa região chamada de mercado da segunda-feira. Na quarta, um carro-bomba explodiu ao lado de uma estação de ônibus próxima ao Departamento de Segurança do Estado (DSS). A quinta ocorreu num posto militar a 75 km de Maidguri, deixando apenas feridos, entre militares e civis. "Homens do esquadrão antibombas vieram alguns minutos após a explosão para vasculhar o local, depois começaram a retirar as vítimas. Vi cinco corpos destroçados sendo postos em veículos", disse uma moradora da região próxima ao DSS. No mercado de segunda-feira, as vítimas foram levadas para ambulâncias. "Contei cinco ambulâncias retirando vítimas do local. Os soldados estão disparando para o ar para afastar as pessoas do mercado", um membro de um grupo de resgate disse à agência Reuters. Há muito tempo, o grupo islamita Boko Haram cobiça a instalação, em Maidguri, da capital de um Estado islâmico que querem implantar na Nigéria, país de religião mista. Em janeiro, ao tentar tomar a cidade, deixaram mais de 100 mortos. Em 2014, o grupo tomou o controle de um território do tamanho da Bélgica, causando problemas ao mal-equipado Exército nigeriano. Há quase um ano, membros do Boko Haram se tornaram internacionalmente conhecidos ao sequestrar mais de 200 meninas; O presidente Goodluck Jonathan, que busca a reeleição em 28 de março, tem sido fortemente criticado por sua falha em combater os insurgentes. A eleição ocorreria em 14 de fevereiro, mas foi adiada devido a temores pela segurança do pleito.
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Para economistas, medidas divulgadas são positivas, mas de execução incerta
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As medidas anunciadas pelo governo nesta segunda-feira (14), que incluem cortes de gastos em R$ 26 bilhões e aumento de impostos, como a CPMF, foram bem recebidos por economistas por apontar um esforço em reequilibrar as contas públicas. Por outro lado, economistas ainda têm dúvidas sobre a viabilidade de implementação de parcela crucial das medidas, como a própria recriação da CPMF e o adiamento de reajuste salarial de servidores públicos em 2016. Para o economista Francisco Pessoa, da consultoria LCA, o adiamento do reajuste de servidores de janeiro para agosto de 2016, o que geraria economia de R$ 7 bilhões do governo, deve encontrar forte resistência do próprio PT e, por isso, é de aplicação incerta. "Se as medidas foram implementadas devem reduzir investimentos e elevar o custo da cadeia produtiva, já que há alta de impostos. Isso pode ter efeito negativo no PIB no curto prazo. No médio e longo prazo, porém, ajuda a recuperar a confiança dos empresários", disse. José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator, disse que o mercado reagiu positivamente ao anúncio do governo, com queda do dólar e alta de ações. Para ele, porém, seria ainda cedo para falar sobre as consequências das medidas para a economia. "É possível que tenha impacto sobre o consumo, já que são bilhões de reais tirados da economia com mais impostos e corte de despesas do governo", disse o economista-chefe do Fator. Fabio Klein, economista da consultoria Tendências, disse que foi a primeira vez que o governo anunciou de forma objetiva, ponto a ponto, medidas de corte de gastos da máquina pública. Esse foi um fator positivo para o anúncio do governo. "São concurso públicos, gratificações, apontando um valor que não é desprezível. Mas foi com atraso e o custo disso foi a perda do grau de investimento. Essas medidas talvez tivessem reduzido a chance de perda de grau de investimento", disse Klein. Para Eduardo Velho, economista-chefe da Invx Global, existe um efeito temporário das medidas para conter o avanço do dólar e dos juros futuros, já que aponta que o governo ainda está comprometido em salvar com as contas públicas brasileiras. Ele disse, porém, que as medidas não resolvem o problema das contas públicas de médio e longo prazo. "O impacto de médio e longo prazo, que as agências de rating consideram em suas avaliações, vai melhorar quando tivermos reforma tributária, mudança na idade mínima da Previdência. São questões que terão que ser negociadas e serão difíceis no atual contexto", disse Velho. - VEJA O DETALHAMENTO DO CORTE DE DESPESAS - O reajuste dos servidores públicos da União previstos para o ano que vem será adiado de janeiro para agosto. Implementação será por meio de projeto de lei. Impacto previsto é de R$ 7 bilhões - Os concursos públicos do governo federal serão suspensos em 2016. Impacto de R$ 1,5 bilhão - Governo quer eliminar o chamado abono de permanência, pago aos servidores que adquirem as condições de aposentadoria mas optam por permanecer no trabalho. Depende de aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional. Impacto de R$ 1,2 bilhão - Governo quer aprovar uma lei para melhor disciplinar a aplicação do teto de remuneração do setor público, que deve equivaler ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Um dos objetivos é determinar o cruzamento de dados entre União, Estados e municípios para evitar extrapolação. Impacto estimado é de R$ 800 milhões - Governo pretende renegociar contratos com serviços como aluguel, segurança e veículos, limitar gastos com diárias e passagens de servidores e reduzir ministérios e cargos de confiança. Impacto estimado é de R$ 2 bilhões - FGTS vai passas a cobrir despesas com a faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, hoje financiado exclusivamente pela União. Será adotado por media provisória. Impacto: R$ 4,8 bilhões - Parte das emendas parlamentares deverá ser direcionada necessariamente a programas do PAC, reduzindo a despesa da União com o programa sem afetar os recursos disponíveis para as obras. Impacto: R$ 3,8 bilhões - Parte das emendas parlamentares deverá cobrir despesas com saúde para que o governo economize sem prejudicar o nível de gastos exigido constitucionalmente no setor. Impacto R$ 3,8 bilhões. Demanda aprovação de projeto de lei - Gasto previstos com garantias de preços agrícolas serão reduzidos. Impacto: R$ 1,1 bilhão - VEJA O DETALHAMENTO DO AUMENTO DE ARRECADAÇÃO - Será proposta a recriação da CPMF, com alíquota de 0,2% e prazo de quatro anos. Isso demandará a aprovação de uma PEC (Proposta e Emenda Constitucional). Estimativa de arrecadação: R$ 32 bilhões - Taxação de ganhos com a alienação de bens, que hoje é de 15%, passará a ser progressiva, chegando ao teto de 20% para ganhos superiores a R$ 20 milhões. Impacto é calculado em R$ 1,8 bilhão - O governo anunciou que cerca de 30% do que é recolhido para o Sistema S (entidades como Sesi e Senac), cerca de R$ 6 bilhões, será redirecionado para a Previdência. O valor direcionado ao Sistema S que pode ser deduzido do imposto de renda também vai ser reduzido por medida provisória, com impacto de R$ 2 bilhões - O benefício concedido a exportadores por meio do programa Reintegra será reduzido para os mesmos níveis de 2014. Medida será por decreto. Economia estimada de R$ 2 bilhões - O governo impôs um limite ao cálculo de juros sobre capital próprio por meio do qual as empresas distribuem resultados e reduzem sua base de cálculo do imposto de renda. Adoção será por medida provisória. Impacto de R$ 1,1 bilhão - O benefício para a indústria química na cobrança do PIS/Cofins será reduzido em 50%, com impacto de R$ 800 milhões. Medida provisória - O governo reduziu ainda a projeção para o crescimento da economia no ano que vem, que até então era estimada em 0,2%, o que resultou em uma queda de R$ 5,5 bilhões na estimativa de receita
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mercado
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Para economistas, medidas divulgadas são positivas, mas de execução incertaAs medidas anunciadas pelo governo nesta segunda-feira (14), que incluem cortes de gastos em R$ 26 bilhões e aumento de impostos, como a CPMF, foram bem recebidos por economistas por apontar um esforço em reequilibrar as contas públicas. Por outro lado, economistas ainda têm dúvidas sobre a viabilidade de implementação de parcela crucial das medidas, como a própria recriação da CPMF e o adiamento de reajuste salarial de servidores públicos em 2016. Para o economista Francisco Pessoa, da consultoria LCA, o adiamento do reajuste de servidores de janeiro para agosto de 2016, o que geraria economia de R$ 7 bilhões do governo, deve encontrar forte resistência do próprio PT e, por isso, é de aplicação incerta. "Se as medidas foram implementadas devem reduzir investimentos e elevar o custo da cadeia produtiva, já que há alta de impostos. Isso pode ter efeito negativo no PIB no curto prazo. No médio e longo prazo, porém, ajuda a recuperar a confiança dos empresários", disse. José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator, disse que o mercado reagiu positivamente ao anúncio do governo, com queda do dólar e alta de ações. Para ele, porém, seria ainda cedo para falar sobre as consequências das medidas para a economia. "É possível que tenha impacto sobre o consumo, já que são bilhões de reais tirados da economia com mais impostos e corte de despesas do governo", disse o economista-chefe do Fator. Fabio Klein, economista da consultoria Tendências, disse que foi a primeira vez que o governo anunciou de forma objetiva, ponto a ponto, medidas de corte de gastos da máquina pública. Esse foi um fator positivo para o anúncio do governo. "São concurso públicos, gratificações, apontando um valor que não é desprezível. Mas foi com atraso e o custo disso foi a perda do grau de investimento. Essas medidas talvez tivessem reduzido a chance de perda de grau de investimento", disse Klein. Para Eduardo Velho, economista-chefe da Invx Global, existe um efeito temporário das medidas para conter o avanço do dólar e dos juros futuros, já que aponta que o governo ainda está comprometido em salvar com as contas públicas brasileiras. Ele disse, porém, que as medidas não resolvem o problema das contas públicas de médio e longo prazo. "O impacto de médio e longo prazo, que as agências de rating consideram em suas avaliações, vai melhorar quando tivermos reforma tributária, mudança na idade mínima da Previdência. São questões que terão que ser negociadas e serão difíceis no atual contexto", disse Velho. - VEJA O DETALHAMENTO DO CORTE DE DESPESAS - O reajuste dos servidores públicos da União previstos para o ano que vem será adiado de janeiro para agosto. Implementação será por meio de projeto de lei. Impacto previsto é de R$ 7 bilhões - Os concursos públicos do governo federal serão suspensos em 2016. Impacto de R$ 1,5 bilhão - Governo quer eliminar o chamado abono de permanência, pago aos servidores que adquirem as condições de aposentadoria mas optam por permanecer no trabalho. Depende de aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional. Impacto de R$ 1,2 bilhão - Governo quer aprovar uma lei para melhor disciplinar a aplicação do teto de remuneração do setor público, que deve equivaler ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Um dos objetivos é determinar o cruzamento de dados entre União, Estados e municípios para evitar extrapolação. Impacto estimado é de R$ 800 milhões - Governo pretende renegociar contratos com serviços como aluguel, segurança e veículos, limitar gastos com diárias e passagens de servidores e reduzir ministérios e cargos de confiança. Impacto estimado é de R$ 2 bilhões - FGTS vai passas a cobrir despesas com a faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, hoje financiado exclusivamente pela União. Será adotado por media provisória. Impacto: R$ 4,8 bilhões - Parte das emendas parlamentares deverá ser direcionada necessariamente a programas do PAC, reduzindo a despesa da União com o programa sem afetar os recursos disponíveis para as obras. Impacto: R$ 3,8 bilhões - Parte das emendas parlamentares deverá cobrir despesas com saúde para que o governo economize sem prejudicar o nível de gastos exigido constitucionalmente no setor. Impacto R$ 3,8 bilhões. Demanda aprovação de projeto de lei - Gasto previstos com garantias de preços agrícolas serão reduzidos. Impacto: R$ 1,1 bilhão - VEJA O DETALHAMENTO DO AUMENTO DE ARRECADAÇÃO - Será proposta a recriação da CPMF, com alíquota de 0,2% e prazo de quatro anos. Isso demandará a aprovação de uma PEC (Proposta e Emenda Constitucional). Estimativa de arrecadação: R$ 32 bilhões - Taxação de ganhos com a alienação de bens, que hoje é de 15%, passará a ser progressiva, chegando ao teto de 20% para ganhos superiores a R$ 20 milhões. Impacto é calculado em R$ 1,8 bilhão - O governo anunciou que cerca de 30% do que é recolhido para o Sistema S (entidades como Sesi e Senac), cerca de R$ 6 bilhões, será redirecionado para a Previdência. O valor direcionado ao Sistema S que pode ser deduzido do imposto de renda também vai ser reduzido por medida provisória, com impacto de R$ 2 bilhões - O benefício concedido a exportadores por meio do programa Reintegra será reduzido para os mesmos níveis de 2014. Medida será por decreto. Economia estimada de R$ 2 bilhões - O governo impôs um limite ao cálculo de juros sobre capital próprio por meio do qual as empresas distribuem resultados e reduzem sua base de cálculo do imposto de renda. Adoção será por medida provisória. Impacto de R$ 1,1 bilhão - O benefício para a indústria química na cobrança do PIS/Cofins será reduzido em 50%, com impacto de R$ 800 milhões. Medida provisória - O governo reduziu ainda a projeção para o crescimento da economia no ano que vem, que até então era estimada em 0,2%, o que resultou em uma queda de R$ 5,5 bilhões na estimativa de receita
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Engavetamento com 11 veículos deixa uma pessoa morta em Belo Horizonte
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Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas em um engavetamento na noite desta quarta-feira (13) no anel rodoviário de Belo Horizonte, no bairro Betânia, região oeste da cidade, sentido Vitória (ES). O acidente envolveu uma carreta e outros dez veículos –carros, motos, ônibus e caminhonete. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista do caminhão perdeu o controle da direção e arrastou os veículos no anel rodoviário. Um dos carros, uma VW Parati, foi esmagado. O motorista morreu e os bombeiros precisaram retirar o corpo das ferragens. A carreta carregava 22 toneladas de minério de ferro. O engavetamento, ocorrido por volta das 19h, mobilizou equipes da Polícia Rodoviária, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço d Atendimento Móvel de Urgência). A pista ficou totalmente interditada até as 23h30 e o trânsito precisou ser desviado para a BR-356. O congestionamento chegou a seis quilômetros. O local do acidente, conhecido como descida do Betânia, tem parte do trajeto em linha reta, o que facilita a aceleração dos veículos. É também uma região conhecida pelo tráfego pesado de caminhões.
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cotidiano
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Engavetamento com 11 veículos deixa uma pessoa morta em Belo HorizonteUma pessoa morreu e duas ficaram feridas em um engavetamento na noite desta quarta-feira (13) no anel rodoviário de Belo Horizonte, no bairro Betânia, região oeste da cidade, sentido Vitória (ES). O acidente envolveu uma carreta e outros dez veículos –carros, motos, ônibus e caminhonete. Segundo o Corpo de Bombeiros, o motorista do caminhão perdeu o controle da direção e arrastou os veículos no anel rodoviário. Um dos carros, uma VW Parati, foi esmagado. O motorista morreu e os bombeiros precisaram retirar o corpo das ferragens. A carreta carregava 22 toneladas de minério de ferro. O engavetamento, ocorrido por volta das 19h, mobilizou equipes da Polícia Rodoviária, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço d Atendimento Móvel de Urgência). A pista ficou totalmente interditada até as 23h30 e o trânsito precisou ser desviado para a BR-356. O congestionamento chegou a seis quilômetros. O local do acidente, conhecido como descida do Betânia, tem parte do trajeto em linha reta, o que facilita a aceleração dos veículos. É também uma região conhecida pelo tráfego pesado de caminhões.
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Brasil é o país que mais perdeu milionários em 2014
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As crises econômica e política no Brasil já começaram a impactar a realidade dos milionários no ano passado. O Brasil teve a maior queda percentual na população de milionários em 2014, segundo estudo da consultoria Capgemini em parceria com a RBC Wealth Management. Enquanto em 2013 o país tinha cerca de 172 mil milionários, no ano passado, o volume ficou em 161 mil. A queda, de 6%, foi a primeira variação negativa desde 2009, e a conclusão mais recente é oposta à trajetória que o país vinha seguindo. Em 2011, por exemplo, o Brasil havia sido o país com o maior aumento percentual de milionários. A pesquisa lista as 25 nações com o maior número de pessoas com patrimônio de ao menos US$ 1 milhão (excetuando a sua principal residência). O primeiro lugar é dos Estados Unidos, que tiveram alta de 9%, alcançando 4,35 milhões de indivíduos de alta renda, seguidos pelo Japão. O Brasil caiu três posições no ranking e ocupa agora o 16° lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Espanha, Coreia do Sul e Índia. Além do Brasil, os únicos países que tiveram redução no total de milionários foram Rússia (-3%) e México (-4%). Os resultados brasileiros contribuíam para o mau desempenho de toda a América Latina, única região que apontou declínio tanto no tamanho da população milionária (-2,1%) quanto no volume de riqueza, que ficou em US$ 7,7 trilhões, com redução de 0,5%. No Brasil, o total da riqueza também caiu 1,4%, para US$ 3,97 trilhões. A principal razão para o mau desempenho brasileiro citada pelo estudo foi o choque nos preços das commodities. "O Brasil, que abrange mais de 50% da riqueza da região, influenciou os resultados da região e do mundo. Uma queda nos preços das commodities, a lentidão das reformas pelo governo reeleito e um escândalo de corrupção na estatal de petróleo contribuíram para a queda", aponta o relatório. RICOS NO MUNDO Impactado pelos dados desfavoráveis da América Latina, no ano passado, o resultado global também teve ritmo mais lento. O número total de milionários aferido pelo levantamento chegou a 14,6 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 6,7%. A riqueza total teve alta de 7,2%, para US$ 56,4 trilhões. Em 2013, a taxa de crescimento da população dos indivíduos de alta renda e a taxa de crescimento da riqueza haviam crescido 14,7% e 13,8% no mundo, respectivamente. A região que mais cresceu foi a Ásia-Pacífico.
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mercado
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Brasil é o país que mais perdeu milionários em 2014As crises econômica e política no Brasil já começaram a impactar a realidade dos milionários no ano passado. O Brasil teve a maior queda percentual na população de milionários em 2014, segundo estudo da consultoria Capgemini em parceria com a RBC Wealth Management. Enquanto em 2013 o país tinha cerca de 172 mil milionários, no ano passado, o volume ficou em 161 mil. A queda, de 6%, foi a primeira variação negativa desde 2009, e a conclusão mais recente é oposta à trajetória que o país vinha seguindo. Em 2011, por exemplo, o Brasil havia sido o país com o maior aumento percentual de milionários. A pesquisa lista as 25 nações com o maior número de pessoas com patrimônio de ao menos US$ 1 milhão (excetuando a sua principal residência). O primeiro lugar é dos Estados Unidos, que tiveram alta de 9%, alcançando 4,35 milhões de indivíduos de alta renda, seguidos pelo Japão. O Brasil caiu três posições no ranking e ocupa agora o 16° lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Espanha, Coreia do Sul e Índia. Além do Brasil, os únicos países que tiveram redução no total de milionários foram Rússia (-3%) e México (-4%). Os resultados brasileiros contribuíam para o mau desempenho de toda a América Latina, única região que apontou declínio tanto no tamanho da população milionária (-2,1%) quanto no volume de riqueza, que ficou em US$ 7,7 trilhões, com redução de 0,5%. No Brasil, o total da riqueza também caiu 1,4%, para US$ 3,97 trilhões. A principal razão para o mau desempenho brasileiro citada pelo estudo foi o choque nos preços das commodities. "O Brasil, que abrange mais de 50% da riqueza da região, influenciou os resultados da região e do mundo. Uma queda nos preços das commodities, a lentidão das reformas pelo governo reeleito e um escândalo de corrupção na estatal de petróleo contribuíram para a queda", aponta o relatório. RICOS NO MUNDO Impactado pelos dados desfavoráveis da América Latina, no ano passado, o resultado global também teve ritmo mais lento. O número total de milionários aferido pelo levantamento chegou a 14,6 milhões de pessoas, o que representa uma alta de 6,7%. A riqueza total teve alta de 7,2%, para US$ 56,4 trilhões. Em 2013, a taxa de crescimento da população dos indivíduos de alta renda e a taxa de crescimento da riqueza haviam crescido 14,7% e 13,8% no mundo, respectivamente. A região que mais cresceu foi a Ásia-Pacífico.
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Levantamento feito na Câmara tem características peculiares
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O levantamento do Datafolha feito na Câmara ouvindo parlamentares tem características peculiares e incomuns em pesquisas de opinião. O instituto ouviu 315 deputados entre os dias 7 e 18 de dezembro. Os resultados foram ponderados segundo bancadas dos partidos. O pressuposto é que a filiação é uma variável importante na definição do voto. Os deputados foram contatados pelo Datafolha pessoalmente, em Brasília, ou por meio das suas assessorias. Os que não aceitaram participar ou não responderam, somados aos que participaram mas não se posicionaram em determinadas questões, formam um grupo suficientemente grande para, eventualmente, alterar tendências dos resultados. Trata-se de uma limitação incomum em pesquisas convencionais de opinião que o instituto costuma fazer com o eleitorado. Todos foram informados previamente sobre a confidencialidade das informações coletadas.
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poder
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Levantamento feito na Câmara tem características peculiaresO levantamento do Datafolha feito na Câmara ouvindo parlamentares tem características peculiares e incomuns em pesquisas de opinião. O instituto ouviu 315 deputados entre os dias 7 e 18 de dezembro. Os resultados foram ponderados segundo bancadas dos partidos. O pressuposto é que a filiação é uma variável importante na definição do voto. Os deputados foram contatados pelo Datafolha pessoalmente, em Brasília, ou por meio das suas assessorias. Os que não aceitaram participar ou não responderam, somados aos que participaram mas não se posicionaram em determinadas questões, formam um grupo suficientemente grande para, eventualmente, alterar tendências dos resultados. Trata-se de uma limitação incomum em pesquisas convencionais de opinião que o instituto costuma fazer com o eleitorado. Todos foram informados previamente sobre a confidencialidade das informações coletadas.
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Breno é relacionado pela primeira vez após sair de prisão na Alemanha
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Após sete meses de treino e recuperação pelo São Paulo, o zagueiro Breno foi relacionado pela primeira vez para uma partida oficial após sair da prisão. Em 2012,o jogador foi condenado a três anos e nove meses por ter ateado fogo na sua própria casa quando jogava pelo Bayern de Munique, da Alemanha. Desde então, nunca mais entrou em campo como jogador de futebol. Revelado nas categoria de base do time paulista, Breno irá reencontrar a torcida são-paulina após sete anos. O atleta foi negociado em 2008, após ser campeão brasileiro, como uma das grandes revelações do futebol, mas, por conta do incidente, o zagueiro foi contratado novamente pelo São Paulo, que aposta no jogador para o restante da temporada. Outra novidade na equipe de Osorio é Rodrigo Caio. Após recusar a oferta de empréstimo para o Atlético de Madri, o atleta se apresentou e já treinou normalmente, neste sábado (4), junto com o elenco são-paulino. Assim, o jogador fica à disposição para a partida contra o Fluminense, neste domingo, no estádio do Morumbi. Boschilia é outro que volta ao time. O meia não vinha atuando por estar na seleção sub-20 para a disputa do Mundial. Ao retornar ao Brasil teve suspeita de dengue e não foi relacionado para o jogo da última quarta (01), contra o Atlético-PR. No último treino antes de voltar ao Morumbi, o treinador colombiano fez mais um trabalho tático. Variou a equipe e buscou alternativas para substituir Bruno. O lateral-direito levou forte entrada no tornozelo no último jogo, em Curitiba, e está fora da partida. Auro é o substituto direto, porém, Thiago Mendes ou mesmo um zagueiro, podem ocupar a vaga. Uma das preocupações de Osorio para esta partida é com as bolas paradas. O São Paulo sofreu gols deste tipo de jogada nas derrotas para o Palmeiras e Atlético Paranaense, e o elenco dedicou grande parte da atividade para ajustar a defesa e o ataque em cruzamentos na área. RELACIONADOS Goleiros: Rogério Ceni e Renan Ribeiro Zagueiros: Breno, Lucão, Rafael Toloi, Edson Silva e Rodrigo Caio Laterais: Carlinhos e Reinaldo Meio-campistas: Hudson, Thiago Mendes, Wesley, Ganso e Michel Bastos Atacantes: Pato, Luis Fabiano, Centurion e Cafu
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esporte
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Breno é relacionado pela primeira vez após sair de prisão na AlemanhaApós sete meses de treino e recuperação pelo São Paulo, o zagueiro Breno foi relacionado pela primeira vez para uma partida oficial após sair da prisão. Em 2012,o jogador foi condenado a três anos e nove meses por ter ateado fogo na sua própria casa quando jogava pelo Bayern de Munique, da Alemanha. Desde então, nunca mais entrou em campo como jogador de futebol. Revelado nas categoria de base do time paulista, Breno irá reencontrar a torcida são-paulina após sete anos. O atleta foi negociado em 2008, após ser campeão brasileiro, como uma das grandes revelações do futebol, mas, por conta do incidente, o zagueiro foi contratado novamente pelo São Paulo, que aposta no jogador para o restante da temporada. Outra novidade na equipe de Osorio é Rodrigo Caio. Após recusar a oferta de empréstimo para o Atlético de Madri, o atleta se apresentou e já treinou normalmente, neste sábado (4), junto com o elenco são-paulino. Assim, o jogador fica à disposição para a partida contra o Fluminense, neste domingo, no estádio do Morumbi. Boschilia é outro que volta ao time. O meia não vinha atuando por estar na seleção sub-20 para a disputa do Mundial. Ao retornar ao Brasil teve suspeita de dengue e não foi relacionado para o jogo da última quarta (01), contra o Atlético-PR. No último treino antes de voltar ao Morumbi, o treinador colombiano fez mais um trabalho tático. Variou a equipe e buscou alternativas para substituir Bruno. O lateral-direito levou forte entrada no tornozelo no último jogo, em Curitiba, e está fora da partida. Auro é o substituto direto, porém, Thiago Mendes ou mesmo um zagueiro, podem ocupar a vaga. Uma das preocupações de Osorio para esta partida é com as bolas paradas. O São Paulo sofreu gols deste tipo de jogada nas derrotas para o Palmeiras e Atlético Paranaense, e o elenco dedicou grande parte da atividade para ajustar a defesa e o ataque em cruzamentos na área. RELACIONADOS Goleiros: Rogério Ceni e Renan Ribeiro Zagueiros: Breno, Lucão, Rafael Toloi, Edson Silva e Rodrigo Caio Laterais: Carlinhos e Reinaldo Meio-campistas: Hudson, Thiago Mendes, Wesley, Ganso e Michel Bastos Atacantes: Pato, Luis Fabiano, Centurion e Cafu
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Delator da Odebrecht diz ter pago mesada a presidente do Instituto Lula
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O ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que pagou, durante "cinco ou seis meses", mesada de R$ 10 mil ao presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Os pagamentos são objeto de um capítulo específico da colaboração de Alencar, que era um dos dirigentes do grupo mais próximos do ex-presidente e da instituição que leva o nome do petista. Alencar diz ser um dos responsáveis, por exemplo, por ter formulado - ao lado de Okamotto - o modelo das palestras que Luiz Inácio Lula da Silva passou a oferecer depois de deixar o Planalto. Segundo seu relato, a relação entre ele e Okamotto se estreitou ao final do mandato de Lula. A proximidade fez com ele percebesse que Okamotto "estava com alguma dificuldade financeira". "Me propus a ajudá-lo durante um período finito, com recursos, e durante cinco ou seis meses, alguma coisa assim, eu dei para ele R$ 10 mil por mês, em espécie." Nas planilhas, Okamotto tinha o codinome "Tóquio". Alencar diz que o valor foi acertado com Emilio Odebrecht. "Estou sentindo que o Paulo está com dificuldades e vou tentar ajudar dentro de um valor que não seja ostensivo, que não ofenda", contou ter dito ao patriarca. "Arbitramos o valor de R$ 10 mil, foi isso o que eu fiz." Alexandrino Alencar "Eu dava pessoalmente para ele. Esses recursos vinham do setor de operações estruturadas", disse aos investigadores. O setor era o responsável na empresa por realizar as operações irregulares. Alencar afirma que os recursos eram entregues a ele por um funcionário, em espécie - "na minha sala, no escritório" - e depois ele os repassava pessoalmente ao presidente do Instituto Lula quando o encontrava. O delator afirma que Okamotto nunca pediu os recursos. "Não foi demanda, foi oferta minha, por um período finito", ele insiste. Os investigadores questionam por que nas planilhas entregues pela empresa para corrobar a acusação os pagamentos aparecem espaçados - o primeiro em julho de 2012 e o segundo apenas em setembro de 2013. Alexandrino repete que os pagamentos eram mensais. "Isso não faz sentido", ele afirma. PALESTRAS Ao contar a formulação das palestras, Alencar diz que o grupo pensou na atividade para Lula porque elas seriam um jeito "republicano" de o ex-presidente ter uma remuneração fora da Presidência. "Achávamos que Lula pudesse ter uma remuneração, pela desenvoltura, pelo carisma, esse lado de palestra seria um lado republicano." Ele conta também como eles chegaram ao valor de US$ 200 mil por palestra: "Subiram um pouco a régua do Bill Clinton, até porque era um ex-presidente novo, era um novo player no mercado", diz, bem-humorado. OUTRO LADO Procurado, Okamotto contestou, por meio da assessoria de imprensa do instituto, as informações prestadas pelo delator em sua colaboração. "Não recebi nenhuma mesada de Alexandrino Alencar."
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Delator da Odebrecht diz ter pago mesada a presidente do Instituto LulaO ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que pagou, durante "cinco ou seis meses", mesada de R$ 10 mil ao presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Os pagamentos são objeto de um capítulo específico da colaboração de Alencar, que era um dos dirigentes do grupo mais próximos do ex-presidente e da instituição que leva o nome do petista. Alencar diz ser um dos responsáveis, por exemplo, por ter formulado - ao lado de Okamotto - o modelo das palestras que Luiz Inácio Lula da Silva passou a oferecer depois de deixar o Planalto. Segundo seu relato, a relação entre ele e Okamotto se estreitou ao final do mandato de Lula. A proximidade fez com ele percebesse que Okamotto "estava com alguma dificuldade financeira". "Me propus a ajudá-lo durante um período finito, com recursos, e durante cinco ou seis meses, alguma coisa assim, eu dei para ele R$ 10 mil por mês, em espécie." Nas planilhas, Okamotto tinha o codinome "Tóquio". Alencar diz que o valor foi acertado com Emilio Odebrecht. "Estou sentindo que o Paulo está com dificuldades e vou tentar ajudar dentro de um valor que não seja ostensivo, que não ofenda", contou ter dito ao patriarca. "Arbitramos o valor de R$ 10 mil, foi isso o que eu fiz." Alexandrino Alencar "Eu dava pessoalmente para ele. Esses recursos vinham do setor de operações estruturadas", disse aos investigadores. O setor era o responsável na empresa por realizar as operações irregulares. Alencar afirma que os recursos eram entregues a ele por um funcionário, em espécie - "na minha sala, no escritório" - e depois ele os repassava pessoalmente ao presidente do Instituto Lula quando o encontrava. O delator afirma que Okamotto nunca pediu os recursos. "Não foi demanda, foi oferta minha, por um período finito", ele insiste. Os investigadores questionam por que nas planilhas entregues pela empresa para corrobar a acusação os pagamentos aparecem espaçados - o primeiro em julho de 2012 e o segundo apenas em setembro de 2013. Alexandrino repete que os pagamentos eram mensais. "Isso não faz sentido", ele afirma. PALESTRAS Ao contar a formulação das palestras, Alencar diz que o grupo pensou na atividade para Lula porque elas seriam um jeito "republicano" de o ex-presidente ter uma remuneração fora da Presidência. "Achávamos que Lula pudesse ter uma remuneração, pela desenvoltura, pelo carisma, esse lado de palestra seria um lado republicano." Ele conta também como eles chegaram ao valor de US$ 200 mil por palestra: "Subiram um pouco a régua do Bill Clinton, até porque era um ex-presidente novo, era um novo player no mercado", diz, bem-humorado. OUTRO LADO Procurado, Okamotto contestou, por meio da assessoria de imprensa do instituto, as informações prestadas pelo delator em sua colaboração. "Não recebi nenhuma mesada de Alexandrino Alencar."
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Com regra atual, planos de saúde populares não são solução, diz economista
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O economista Paulo Furquim, do Insper, acaba de coordenar uma ampla pesquisa encomendada pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar) que traça um diagnóstico do setor de planos de saúde. O estudo traz sugestões para contratação e remuneração, modelos de pagamento, protocolos médicos e para atenuar os efeitos da chamada judicialização. Para o economista, o atual modelo é insustentável e favorece o desperdício e a sobrecontratação. Maior transparência, criação de indicadores de qualidade e mudança do modelo de remuneração são algumas das principais propostas do especialista. Folha - Com a queda no número de usuários de planos de saúde, o governo Temer tem falado em criar planos populares. Até que ponto o sistema atual pode dar conta das necessidades do país? Paulo Furquim - O sistema atual não é sustentável. Se tomarmos nos últimos 15 ou 16 anos, houve um crescimento muito grande, mas o modo com que ele lida com os custos da saúde, com a incorporação de tecnologias, faz com que fique insustentável economicamente com o passar do tempo. É importante rever esse sistema, isso é quase uma unanimidade. As várias etapas da cadeia produtiva têm queixas muito grandes. Essa parte de planos populares é uma reação clara a duas coisas. Uma, obviamente, é a crise. A outra é que fica de fato um espaço entre o SUS e os planos de saúde. O que a gente precisa ver é como será a regulação desses planos populares. Se for exatamente a mesma, o que a gente verá é, na verdade, uma deterioração do serviço. Os planos populares não serão mais eficientes necessariamente, mas com um atendimento mais precário. Isto obviamente não é uma solução. BENEFICIÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE (em milhões) - Mais de 2 milhões deixaram de ter planos desde 2014 Entres as medidas para aumentar a eficiência do sistema, transparência é a mais importante? Acho que o mais importante, em um modo de se expressar, é "empoderar" o consumidor, aquele que decide, dar informação de qualidade para ele. A transparência é importante no sentido de ter informação, mas tem que ser uma informação que permita a comparabilidade não só do plano de saúde, mas sobretudo do hospital, de médicos e de laboratórios. Hoje, na ocorrência de uma doença, o hospital coloca todos os custos que cabem naquela doença e o plano de saúde cobre. Vai ficando um sistema de sobreuso de exames, de consultas, de cirurgias que não deveriam ser feitas. É [preciso] mudar as regras de remuneração, este problema que eles chamam de ter a "conta aberta". O modelo [de remuneração] que tem sido mais bem-sucedido no mundo é o DRG [Diagnosis Related Groups]. Basicamente ele consegue, com muita informação acumulada, definir para uma determinada doença um diagnóstico referente a uma pessoa que tem certas características e o procedimento que vai ser feito em um determinado hospital. Para isso ser efetivo, não seria necessário um sistema muito eficiente de informação e confiável por todas as partes? Isto é factível hoje? Certamente é possível, já há algumas experiências. Também não precisa ser para a totalidade dos hospitais. Quem deve implementar? Aí há um papel importante da ANS [agência reguladora] de coordenar os esforços de uniformização. O DRG que funciona melhor, como no Reino Unido e Suécia, tem os elementos que incorporam qualidade. Se você simplesmente definir um preço fixo para o hospital, ele pode ser incentivado a diminuir ao máximo os custos, eventualmente deteriorando a qualidade. É importante que o DRG incorpore elementos de qualidade. Na Suécia e no Reino Unido, se há reincidência, necessidade de reinternação, aquele paciente é reinternado gratuitamente. A concentração das operadoras está acontecendo de forma 'saudável' ou predatória, em prejuízo dos segurados? A concentração não tem uma face única e clara. É, sim, em benefício dos segurados, porque alguns dos planos que deixaram de existir tinham um problema de solvência, e se suas carteiras são assumidas por outros planos eles [beneficiários] continuam com o provimento de serviço. Como o sistema está ficando mais caro, parte da consolidação é a saída desses que são mais ineficientes. No nosso estudo, a única categoria que tem tido rentabilidade positiva é a dos planos grandes. No caso dos planos pequenos e médios, eles têm tido uma rentabilidade negativa, o que é preocupante. EVOLUÇÃO DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE* - Número de entidades caiu 45% desde o pico em 2000 A abertura dos planos para grupos estrangeiros tem dado os resultados esperados? Ainda considero pequeno. É interessante notar que isso ocorreu na cadeia produtiva inteira: em laboratórios, em hospitais e em planos de saúde. Em planos de saúde, esse processo ainda é relativamente pequeno. E a maior parte foi de aporte de capital, de fundos de investimento, mas mantendo uma gestão local, o que é positivo. Por que esse capital não modificou tanto a oferta de serviço propriamente dito e modificou mais a composição do capital? Porque um grupo de saúde norte-americano, por exemplo, tem muito a aprender no mercado brasileiro, que é completamente diferente. Mas a tendência é que eles tragam estas metodologias de gestão. A ANS deveria ter uma atuação maior? Nesse ponto talvez eu divirja de várias pessoas que entrevistamos, principalmente de hospitais. Entendo que a ANS tem feito um papel importante, ainda limitado por algo que não depende dela. Uma coisa que a ANS poderia avançar é coordenar um processo de formação de um banco de informações de indicadores de qualidade da cadeia produtiva inteira, que seja de adesão voluntária. Projetos como "segunda opinião" [desenvolvido pelo Hospital Albert Einstein, em que há consulta a outras equipes médicas sobre necessidade de cirurgias recomendadas] podem ser ampliados para o setor como um todo? Você citou um dos programas que acho mais animador. Foi um projeto-piloto, mas revelou algo que todo mundo já falava. Que havia muito desperdício da pior natureza: a prescrição de cirurgias que não são necessárias em níveis muito elevados. A ideia é restringir a discricionalidade que o médico individualmente tem. É algo que respeita a deferência que se deve ter ao médico, mas não exclusivamente ao médico que está encarregado do caso. Tem uma outra medida que vai nessa direção, que são as diretrizes médicas. Uma entidade, um grupo de médicos, define para um determinado diagnóstico o que deve ser feito. Esses projetos têm o papel de revelar de modo inequívoco algo que sempre se suspeita, que está havendo sobreutilização da saúde, muitas vezes em prejuízo do paciente, e de mostrar uma solução concreta para o problema replicável em escalas ampliadas.
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Com regra atual, planos de saúde populares não são solução, diz economistaO economista Paulo Furquim, do Insper, acaba de coordenar uma ampla pesquisa encomendada pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar) que traça um diagnóstico do setor de planos de saúde. O estudo traz sugestões para contratação e remuneração, modelos de pagamento, protocolos médicos e para atenuar os efeitos da chamada judicialização. Para o economista, o atual modelo é insustentável e favorece o desperdício e a sobrecontratação. Maior transparência, criação de indicadores de qualidade e mudança do modelo de remuneração são algumas das principais propostas do especialista. Folha - Com a queda no número de usuários de planos de saúde, o governo Temer tem falado em criar planos populares. Até que ponto o sistema atual pode dar conta das necessidades do país? Paulo Furquim - O sistema atual não é sustentável. Se tomarmos nos últimos 15 ou 16 anos, houve um crescimento muito grande, mas o modo com que ele lida com os custos da saúde, com a incorporação de tecnologias, faz com que fique insustentável economicamente com o passar do tempo. É importante rever esse sistema, isso é quase uma unanimidade. As várias etapas da cadeia produtiva têm queixas muito grandes. Essa parte de planos populares é uma reação clara a duas coisas. Uma, obviamente, é a crise. A outra é que fica de fato um espaço entre o SUS e os planos de saúde. O que a gente precisa ver é como será a regulação desses planos populares. Se for exatamente a mesma, o que a gente verá é, na verdade, uma deterioração do serviço. Os planos populares não serão mais eficientes necessariamente, mas com um atendimento mais precário. Isto obviamente não é uma solução. BENEFICIÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE (em milhões) - Mais de 2 milhões deixaram de ter planos desde 2014 Entres as medidas para aumentar a eficiência do sistema, transparência é a mais importante? Acho que o mais importante, em um modo de se expressar, é "empoderar" o consumidor, aquele que decide, dar informação de qualidade para ele. A transparência é importante no sentido de ter informação, mas tem que ser uma informação que permita a comparabilidade não só do plano de saúde, mas sobretudo do hospital, de médicos e de laboratórios. Hoje, na ocorrência de uma doença, o hospital coloca todos os custos que cabem naquela doença e o plano de saúde cobre. Vai ficando um sistema de sobreuso de exames, de consultas, de cirurgias que não deveriam ser feitas. É [preciso] mudar as regras de remuneração, este problema que eles chamam de ter a "conta aberta". O modelo [de remuneração] que tem sido mais bem-sucedido no mundo é o DRG [Diagnosis Related Groups]. Basicamente ele consegue, com muita informação acumulada, definir para uma determinada doença um diagnóstico referente a uma pessoa que tem certas características e o procedimento que vai ser feito em um determinado hospital. Para isso ser efetivo, não seria necessário um sistema muito eficiente de informação e confiável por todas as partes? Isto é factível hoje? Certamente é possível, já há algumas experiências. Também não precisa ser para a totalidade dos hospitais. Quem deve implementar? Aí há um papel importante da ANS [agência reguladora] de coordenar os esforços de uniformização. O DRG que funciona melhor, como no Reino Unido e Suécia, tem os elementos que incorporam qualidade. Se você simplesmente definir um preço fixo para o hospital, ele pode ser incentivado a diminuir ao máximo os custos, eventualmente deteriorando a qualidade. É importante que o DRG incorpore elementos de qualidade. Na Suécia e no Reino Unido, se há reincidência, necessidade de reinternação, aquele paciente é reinternado gratuitamente. A concentração das operadoras está acontecendo de forma 'saudável' ou predatória, em prejuízo dos segurados? A concentração não tem uma face única e clara. É, sim, em benefício dos segurados, porque alguns dos planos que deixaram de existir tinham um problema de solvência, e se suas carteiras são assumidas por outros planos eles [beneficiários] continuam com o provimento de serviço. Como o sistema está ficando mais caro, parte da consolidação é a saída desses que são mais ineficientes. No nosso estudo, a única categoria que tem tido rentabilidade positiva é a dos planos grandes. No caso dos planos pequenos e médios, eles têm tido uma rentabilidade negativa, o que é preocupante. EVOLUÇÃO DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE* - Número de entidades caiu 45% desde o pico em 2000 A abertura dos planos para grupos estrangeiros tem dado os resultados esperados? Ainda considero pequeno. É interessante notar que isso ocorreu na cadeia produtiva inteira: em laboratórios, em hospitais e em planos de saúde. Em planos de saúde, esse processo ainda é relativamente pequeno. E a maior parte foi de aporte de capital, de fundos de investimento, mas mantendo uma gestão local, o que é positivo. Por que esse capital não modificou tanto a oferta de serviço propriamente dito e modificou mais a composição do capital? Porque um grupo de saúde norte-americano, por exemplo, tem muito a aprender no mercado brasileiro, que é completamente diferente. Mas a tendência é que eles tragam estas metodologias de gestão. A ANS deveria ter uma atuação maior? Nesse ponto talvez eu divirja de várias pessoas que entrevistamos, principalmente de hospitais. Entendo que a ANS tem feito um papel importante, ainda limitado por algo que não depende dela. Uma coisa que a ANS poderia avançar é coordenar um processo de formação de um banco de informações de indicadores de qualidade da cadeia produtiva inteira, que seja de adesão voluntária. Projetos como "segunda opinião" [desenvolvido pelo Hospital Albert Einstein, em que há consulta a outras equipes médicas sobre necessidade de cirurgias recomendadas] podem ser ampliados para o setor como um todo? Você citou um dos programas que acho mais animador. Foi um projeto-piloto, mas revelou algo que todo mundo já falava. Que havia muito desperdício da pior natureza: a prescrição de cirurgias que não são necessárias em níveis muito elevados. A ideia é restringir a discricionalidade que o médico individualmente tem. É algo que respeita a deferência que se deve ter ao médico, mas não exclusivamente ao médico que está encarregado do caso. Tem uma outra medida que vai nessa direção, que são as diretrizes médicas. Uma entidade, um grupo de médicos, define para um determinado diagnóstico o que deve ser feito. Esses projetos têm o papel de revelar de modo inequívoco algo que sempre se suspeita, que está havendo sobreutilização da saúde, muitas vezes em prejuízo do paciente, e de mostrar uma solução concreta para o problema replicável em escalas ampliadas.
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Veto ao WhatsApp gerou 'caos social', diz desembargador que liberou app
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Em sua decisão de determinar o desbloqueio do WhatsApp no Brasil, o desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, do Tribunal de Justiça de Sergipe, diz que a proibição do app no Brasil gerou "caos social em todo o território" e aventou a possibilidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre a questão. "A suspensão dos serviços do WhatsApp já dura 24 horas e certo é também que gerou caos social em todo o território, com dificuldade de desenvolvimento de atividades laborativas, lazer, família etc." No texto, Lima tende mais à argumentação do WhatsApp, que diz não conseguir, tecnicamente, fornecer os dados pedidos pelo juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE) –como o app não divulgou informações sobre conversas trocadas por supostos membros de uma quadrilha de tráfico de drogas que atua na cidade, Montalvão determinou o bloqueio da ferramenta por 72 horas. "O fato é que não há condições de afirmar, pelo menos por enquanto, que as informações poderiam ser fornecidas pelo WhatsApp ou que estas podem ser desencriptadas para servir à Justiça". A decisão de Lima também traz à tona também alguns detalhes sobre o caso que ainda não estavam muito claros, porque o processo corre em segredo de Justiça. Não se tinha certeza, por exemplo, sobre os pedidos exatos de Montalvão. Ele quer acesso "irrestrito" a conversas de texto, fotos, vídeos, conversas de voz e agenda de contatos de 36 usuários do WhatsApp. Fundamenta-se em artigos do Marco Civil da Internet que determinam que os prestadores de serviços guardem dados sobre os usuários e os encaminhem à Justiça em caso de crimes. Para o advogado Francisco Carvalho de Brito Cruz, diretor do centro de pesquisas InternetLab, a legislação brasileira determina que as empresas guardem os dados de acesso, e não o conteúdo publicado pelos usuários. Lima diz que essa questão pode ser resolvida pelo STF, que "normatizaria os serviços de redes sociais em todo o território". Ao mesmo tempo, o desembargador demonstrou entender as motivações de Montalvão, de primeira instância, e do colega Cezário Siqueira Neto, desembargador plantonista do tribunal que manteve a proibição durante a madrugada. Para ele, é certo que, ao determinar que o app ficasse fora do ar, a Justiça estava buscando "o bem comum". O WhatsApp voltou ao na tarde desta terça-feira (3), após pouco mais de 24 horas fora do ar, em razão da decisão de Lima. As operadoras Tim, Oi, Claro, Vivo e Netxtel, que receberam a obrigação de tirar o aplicativo do ar, foram gradativamente restaurando o acesso. RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou nesta terça uma reclamação disciplinar contra o juiz Marcel Maia Montalvão, responsável pelo bloqueio do aplicativo, para apurar uma possível prática de falta funcional. De acordo com o órgão, o juiz tem prazo de 15 dias para prestar informações acerca do ocorrido. ENTENDA O processo que culminou na determinação de Montalvão é o mesmo que justificou, em março, a prisão de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, empresa dona do app, para a América Latina. O magistrado quer que a companhia repasse informações sobre uma quadrilha interestadual de drogas para uma investigação da Polícia Federal, o que a companhia se nega a fazer. As cinco operadoras —TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel— decidiram acatar a decisão judicial. Em caso de descumprimento, estariam sujeitas a multa diária de R$ 500 mil. Para o presidente da Anatel, João Rezende, o bloqueio do Whatsapp foi uma "decisão desproporcional porque acaba punindo todos os usuários". Para ele, o "WhatsApp deve cumprir as determinações judiciais dentro das condições técnicas que ele tem. Mas, evidentemente, o bloqueio não é a solução". Apesar de as teles e o aplicativo travarem uma disputa comercial, o bloqueio é um transtorno para as operadoras. O WhatsApp funciona com mudança de registro de computadores e isso torna o trabalho de bloqueio bastante complicado para as teles, que podem ser punidas caso não consigam implementar o bloqueio plenamente. Da última vez, a Claro foi uma das operadoras que reclamou de que o WhatsApp se valia desta particularidade técnica do serviço para furar o bloqueio intencionalmente. O aplicativo teria mudado rapidamente os registros para dificultar o bloqueio. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, em espanhol) expressou consternação pelo que classificou de "medida extrema" sobre a ação que bloqueou o WhatsApp. Para o presidente da SIP, Claudio Paolillo, a "ordem judicial é um ação discriminatória e desproporcional contra uma ferramenta digital que, apesar de alguns a utilizarem para praticar delitos, em geral, serve para o benefício da comunicação de milhões de pessoas". HISTÓRICO Em dezembro, o WhatsApp havia sido bloqueado no Brasil por 48 horas devido a uma investigação criminal. Na ocasião, as teles receberam a determinação judicial com surpresa, mas a decisão não durou 48 horas. O bloqueio foi uma represália da Justiça contra o WhatsApp por ter se recusado a cumprir determinação de quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados criminais. O aplicativo pertence ao Facebook. Em fevereiro, um caso parecido ocorreu no Piauí, quando um juiz também determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil. O objetivo era forçar a empresa dona do aplicativo a colaborar com investigações da polícia do Estado relacionadas a casos de pedofilia. A decisão foi suspensa por um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado pelas teles.
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Veto ao WhatsApp gerou 'caos social', diz desembargador que liberou appEm sua decisão de determinar o desbloqueio do WhatsApp no Brasil, o desembargador Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima, do Tribunal de Justiça de Sergipe, diz que a proibição do app no Brasil gerou "caos social em todo o território" e aventou a possibilidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre a questão. "A suspensão dos serviços do WhatsApp já dura 24 horas e certo é também que gerou caos social em todo o território, com dificuldade de desenvolvimento de atividades laborativas, lazer, família etc." No texto, Lima tende mais à argumentação do WhatsApp, que diz não conseguir, tecnicamente, fornecer os dados pedidos pelo juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE) –como o app não divulgou informações sobre conversas trocadas por supostos membros de uma quadrilha de tráfico de drogas que atua na cidade, Montalvão determinou o bloqueio da ferramenta por 72 horas. "O fato é que não há condições de afirmar, pelo menos por enquanto, que as informações poderiam ser fornecidas pelo WhatsApp ou que estas podem ser desencriptadas para servir à Justiça". A decisão de Lima também traz à tona também alguns detalhes sobre o caso que ainda não estavam muito claros, porque o processo corre em segredo de Justiça. Não se tinha certeza, por exemplo, sobre os pedidos exatos de Montalvão. Ele quer acesso "irrestrito" a conversas de texto, fotos, vídeos, conversas de voz e agenda de contatos de 36 usuários do WhatsApp. Fundamenta-se em artigos do Marco Civil da Internet que determinam que os prestadores de serviços guardem dados sobre os usuários e os encaminhem à Justiça em caso de crimes. Para o advogado Francisco Carvalho de Brito Cruz, diretor do centro de pesquisas InternetLab, a legislação brasileira determina que as empresas guardem os dados de acesso, e não o conteúdo publicado pelos usuários. Lima diz que essa questão pode ser resolvida pelo STF, que "normatizaria os serviços de redes sociais em todo o território". Ao mesmo tempo, o desembargador demonstrou entender as motivações de Montalvão, de primeira instância, e do colega Cezário Siqueira Neto, desembargador plantonista do tribunal que manteve a proibição durante a madrugada. Para ele, é certo que, ao determinar que o app ficasse fora do ar, a Justiça estava buscando "o bem comum". O WhatsApp voltou ao na tarde desta terça-feira (3), após pouco mais de 24 horas fora do ar, em razão da decisão de Lima. As operadoras Tim, Oi, Claro, Vivo e Netxtel, que receberam a obrigação de tirar o aplicativo do ar, foram gradativamente restaurando o acesso. RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR A Corregedoria Nacional de Justiça instaurou nesta terça uma reclamação disciplinar contra o juiz Marcel Maia Montalvão, responsável pelo bloqueio do aplicativo, para apurar uma possível prática de falta funcional. De acordo com o órgão, o juiz tem prazo de 15 dias para prestar informações acerca do ocorrido. ENTENDA O processo que culminou na determinação de Montalvão é o mesmo que justificou, em março, a prisão de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, empresa dona do app, para a América Latina. O magistrado quer que a companhia repasse informações sobre uma quadrilha interestadual de drogas para uma investigação da Polícia Federal, o que a companhia se nega a fazer. As cinco operadoras —TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel— decidiram acatar a decisão judicial. Em caso de descumprimento, estariam sujeitas a multa diária de R$ 500 mil. Para o presidente da Anatel, João Rezende, o bloqueio do Whatsapp foi uma "decisão desproporcional porque acaba punindo todos os usuários". Para ele, o "WhatsApp deve cumprir as determinações judiciais dentro das condições técnicas que ele tem. Mas, evidentemente, o bloqueio não é a solução". Apesar de as teles e o aplicativo travarem uma disputa comercial, o bloqueio é um transtorno para as operadoras. O WhatsApp funciona com mudança de registro de computadores e isso torna o trabalho de bloqueio bastante complicado para as teles, que podem ser punidas caso não consigam implementar o bloqueio plenamente. Da última vez, a Claro foi uma das operadoras que reclamou de que o WhatsApp se valia desta particularidade técnica do serviço para furar o bloqueio intencionalmente. O aplicativo teria mudado rapidamente os registros para dificultar o bloqueio. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, em espanhol) expressou consternação pelo que classificou de "medida extrema" sobre a ação que bloqueou o WhatsApp. Para o presidente da SIP, Claudio Paolillo, a "ordem judicial é um ação discriminatória e desproporcional contra uma ferramenta digital que, apesar de alguns a utilizarem para praticar delitos, em geral, serve para o benefício da comunicação de milhões de pessoas". HISTÓRICO Em dezembro, o WhatsApp havia sido bloqueado no Brasil por 48 horas devido a uma investigação criminal. Na ocasião, as teles receberam a determinação judicial com surpresa, mas a decisão não durou 48 horas. O bloqueio foi uma represália da Justiça contra o WhatsApp por ter se recusado a cumprir determinação de quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados criminais. O aplicativo pertence ao Facebook. Em fevereiro, um caso parecido ocorreu no Piauí, quando um juiz também determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil. O objetivo era forçar a empresa dona do aplicativo a colaborar com investigações da polícia do Estado relacionadas a casos de pedofilia. A decisão foi suspensa por um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado pelas teles.
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STF nega progressão de regime a três condenados no mensalão
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Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) negaram nesta quarta-feira (15) pedido de três condenados no processo do mensalão para passarem a cumprir imediatamente suas penas em regime aberto. Os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Pedro Henry (PP-MT), além do advogado Rogério Tolentino, recorreram ao tribunal para obter o benefício mesmo sem a quitação das multas que foram aplicadas pelo tribunal por conta da participação no esquema de corrupção. Eles cumprem pena em regime semiaberto, quando são autorizados a deixar a prisão durante o dia para trabalhar, precisando retornar no período noturno. A maioria dos ministros votou pela manutenção do entendimento firmado pelo tribunal de que sem o pagamento da multa, a progressão de regime prisional só pode ocorrer quando for comprovada a impossibilidade de condições financeiras para efetuar a quitação do débito. Tolentino argumentou ter comprovado a incapacidade econômica de pagamento da multa mediante documentos e declaração de próprio punho. Corrêa alegou que "tem feito de tudo" para pagar a dívida, mas a própria burocracia estatal tem impedido que o débito inscrito na Dívida Ativa da União. Henry justificou que seria beneficiado pelas regras do indulto natalino, que extingue a pena, portanto, fez o pagamento da 1ª parcela, mas depois suspendeu o recolhimento dos recursos. Relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso disse que irá analisar em outra oportunidade as alegações de Tolentino e Henry. Pedro Corrêa foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e não pagou multa de R$ 1,6 milhão. Pedro Henry também foi condenado a 7 anos e 2 meses por corrupção passiva e lavagem, mais multa de R$ 1,3 milhão. Os dois também são investigados na Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. Corrêa chegou a ser preso na sexta-feira e conduzido para Curitiba para prestar depoimento. Rogério Tolentino foi condenado a 6 anos e 2 meses por corrupção ativa e lavagem, o valor inicial da multa era R$ 494 mil e não há informações sobre o valor corrigido.
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STF nega progressão de regime a três condenados no mensalãoOs ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) negaram nesta quarta-feira (15) pedido de três condenados no processo do mensalão para passarem a cumprir imediatamente suas penas em regime aberto. Os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Pedro Henry (PP-MT), além do advogado Rogério Tolentino, recorreram ao tribunal para obter o benefício mesmo sem a quitação das multas que foram aplicadas pelo tribunal por conta da participação no esquema de corrupção. Eles cumprem pena em regime semiaberto, quando são autorizados a deixar a prisão durante o dia para trabalhar, precisando retornar no período noturno. A maioria dos ministros votou pela manutenção do entendimento firmado pelo tribunal de que sem o pagamento da multa, a progressão de regime prisional só pode ocorrer quando for comprovada a impossibilidade de condições financeiras para efetuar a quitação do débito. Tolentino argumentou ter comprovado a incapacidade econômica de pagamento da multa mediante documentos e declaração de próprio punho. Corrêa alegou que "tem feito de tudo" para pagar a dívida, mas a própria burocracia estatal tem impedido que o débito inscrito na Dívida Ativa da União. Henry justificou que seria beneficiado pelas regras do indulto natalino, que extingue a pena, portanto, fez o pagamento da 1ª parcela, mas depois suspendeu o recolhimento dos recursos. Relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso disse que irá analisar em outra oportunidade as alegações de Tolentino e Henry. Pedro Corrêa foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e não pagou multa de R$ 1,6 milhão. Pedro Henry também foi condenado a 7 anos e 2 meses por corrupção passiva e lavagem, mais multa de R$ 1,3 milhão. Os dois também são investigados na Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. Corrêa chegou a ser preso na sexta-feira e conduzido para Curitiba para prestar depoimento. Rogério Tolentino foi condenado a 6 anos e 2 meses por corrupção ativa e lavagem, o valor inicial da multa era R$ 494 mil e não há informações sobre o valor corrigido.
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Sistema da Petrobras criado após Lava Jato recebe 223 denúncias em um mês
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A Petrobras recebeu 223 denúncias de irregularidades no primeiro mês de funcionamento do novo canal da ouvidoria da estatal. Criado em novembro, o sistema faz parte das medidas para tentar combater casos de corrupção e fraudes, como os investigados na Operação Lava Jato. DUTO Entre as denúncias estão "questões de negócios, operacionais e comportamentais", segundo a Petrobras. O canal, operado por uma empresa especializada, recebe queixas anônimas de funcionários e de pessoas de fora sobre temas como licitações e contratos. Já no caso de reclamações trabalhistas ou acusações de assédio moral, por exemplo, é preciso se identificar. DUTO 2 Depois da avaliação da ouvidoria, as denúncias devem ser apuradas internamente por equipes da diretoria de governança e de outras áreas da empresa que cuidam de cada um dos assuntos. ENERGIA O ator Felipe de Carolis, 27, ensaia em São Paulo para estrear "We Will Rock You", musical com canções da banda Queen, em 9 de março, no Teatro Santander, dentro do shopping JK Iguatemi. Ao mesmo tempo, prepara sessões especiais da peça "Incêndios" no Rio, para celebrar três anos em cartaz da premiada montagem, e a estreia da tragédia "Céus", também nos palcos cariocas, em outubro. * "É coisa à beça, mas vai dar tempo pra tudo! E eu ainda quero fazer mais projetos, mais pluralidade de linguagens e possibilidades", diz, empolgado. O ator, que ficará na ponte aérea, vai ainda lançar um filme e tem convite para voltar à TV após a estreia na novela "Verdades Secretas", da Globo, no ano passado. TÔ AQUI Paulo Maluf diz que é obra de apoiadores a criação de páginas nas redes sociais pedindo sua candidatura a prefeito de São Paulo neste ano. "Por onde eu vou as pessoas me pedem. O que digo é: nem sim nem não. Ainda vou definir, ver com a minha família", afirma o deputado federal. "Às vezes penso que o pior que poderia me acontecer aos 84 anos é eu ser eleito, porque aí teria que trabalhar mais oito anos", diz, rindo. TÔ AQUI 2 Filiado ao PP, partido de Maluf, o apresentador da Band José Luiz Datena tem falado que vai disputar a prefeitura pela legenda. "Quem decide o candidato é a convenção", diz Maluf. "Cada um tem direito de ser candidato, mas não é só ser popular. Tem que ter projeto. São Paulo não pode ser laboratório." HIDRÔMETRO A Câmara Municipal de São Paulo fez balanço do gasto de água em 2015 e concluiu que teve economia de 2,8 milhões de litros. O consumo caiu 14% na comparação com 2014, mesmo com o maior número de pessoas circulando no prédio, por causa de atividades na Escola do Parlamento e da realização de audiências públicas como as da lei de zoneamento. HIDRÔMETRO 2 Para poupar, as escadas e os pisos dos 13 andares deixaram de ser lavados. Também foi regulada a vazão das torneiras e descargas. PULSEIRINHA Mudança na Sapucaí: a promoter Alicinha Cavalcanti, que por 25 anos cuidou da lista de VIPs do camarote Brahma (no ano passado rebatizado de Boa), este ano é a responsável pelos convites de outro espaço no sambódromo, o Folia Tropical. No Boa, assumiram Carol Sampaio e Renata Carvalho. A marca diz que escolheu as duas promoters cariocas porque o local vai homenagear os cem anos do samba. PARTICIPAÇÃO ESPECIAL A cantora Anitta e o rapper Marcelo D2 participaram da gravação do DVD do rapper Projota, no Espaço das Américas. O cenógrafo Zeca Ratu assinou o cenário do show, ocorrido na quarta (13). O DVD será lançado ainda no primeiro semestre de 2016 pela Universal Music. É POP O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo bateu recorde de público em 2015, com mais de 1,2 milhão de visitantes. No ano passado, o local teve mostras sobre Pablo Picasso, Wassily Kandinsky, Carlos Bracher e Patricia Piccinini. O recorde anterior era de 2011, quando o espaço recebeu 1 milhão de pessoas, principalmente por causa da exposição sobre o artista M. C. Escher. É ROCK Luciana Gimenez e Lucas, filho da apresentadora com Mick Jagger, vão acompanhar o roqueiro nesta sexta (15) na pré-estreia em Nova York da série musical "Vinyl", produzida pelo vocalista dos Rolling Stones e pelo cineasta Martin Scorsese. A cena musical da cidade americana nos anos 1970 é a temática do seriado. QUE COMÉDIA A peça "Cada Dois com seus Pobrema", com os atores Marcelo Médici e Ricardo Rathsam, teve reestreia na quarta (13), no teatro do shopping Frei Caneca. O espetáculo é dirigido por Paula Cohen. CURTO-CIRCUITO Vanessa da Mata canta neste fim de semana e no próximo no Teatro J. Safra. Gero Camilo e Victor Mendes reestreiam a peça "Caminham Nus Empoeirados", nesta sexta (15), às 21h30, no Teatro Nair Bello. 12 anos. O Fundo de Quintal se apresenta nesta sexta (15) no Lapa 40 Graus, a partir da meia-noite. Mário Bortolotto reestreia hoje o espetáculo "O Canal", no Teatro Cemitério de Automóveis, às 21h. 16 anos. com JOELMIR TAVARES (interino), MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Sistema da Petrobras criado após Lava Jato recebe 223 denúncias em um mêsA Petrobras recebeu 223 denúncias de irregularidades no primeiro mês de funcionamento do novo canal da ouvidoria da estatal. Criado em novembro, o sistema faz parte das medidas para tentar combater casos de corrupção e fraudes, como os investigados na Operação Lava Jato. DUTO Entre as denúncias estão "questões de negócios, operacionais e comportamentais", segundo a Petrobras. O canal, operado por uma empresa especializada, recebe queixas anônimas de funcionários e de pessoas de fora sobre temas como licitações e contratos. Já no caso de reclamações trabalhistas ou acusações de assédio moral, por exemplo, é preciso se identificar. DUTO 2 Depois da avaliação da ouvidoria, as denúncias devem ser apuradas internamente por equipes da diretoria de governança e de outras áreas da empresa que cuidam de cada um dos assuntos. ENERGIA O ator Felipe de Carolis, 27, ensaia em São Paulo para estrear "We Will Rock You", musical com canções da banda Queen, em 9 de março, no Teatro Santander, dentro do shopping JK Iguatemi. Ao mesmo tempo, prepara sessões especiais da peça "Incêndios" no Rio, para celebrar três anos em cartaz da premiada montagem, e a estreia da tragédia "Céus", também nos palcos cariocas, em outubro. * "É coisa à beça, mas vai dar tempo pra tudo! E eu ainda quero fazer mais projetos, mais pluralidade de linguagens e possibilidades", diz, empolgado. O ator, que ficará na ponte aérea, vai ainda lançar um filme e tem convite para voltar à TV após a estreia na novela "Verdades Secretas", da Globo, no ano passado. TÔ AQUI Paulo Maluf diz que é obra de apoiadores a criação de páginas nas redes sociais pedindo sua candidatura a prefeito de São Paulo neste ano. "Por onde eu vou as pessoas me pedem. O que digo é: nem sim nem não. Ainda vou definir, ver com a minha família", afirma o deputado federal. "Às vezes penso que o pior que poderia me acontecer aos 84 anos é eu ser eleito, porque aí teria que trabalhar mais oito anos", diz, rindo. TÔ AQUI 2 Filiado ao PP, partido de Maluf, o apresentador da Band José Luiz Datena tem falado que vai disputar a prefeitura pela legenda. "Quem decide o candidato é a convenção", diz Maluf. "Cada um tem direito de ser candidato, mas não é só ser popular. Tem que ter projeto. São Paulo não pode ser laboratório." HIDRÔMETRO A Câmara Municipal de São Paulo fez balanço do gasto de água em 2015 e concluiu que teve economia de 2,8 milhões de litros. O consumo caiu 14% na comparação com 2014, mesmo com o maior número de pessoas circulando no prédio, por causa de atividades na Escola do Parlamento e da realização de audiências públicas como as da lei de zoneamento. HIDRÔMETRO 2 Para poupar, as escadas e os pisos dos 13 andares deixaram de ser lavados. Também foi regulada a vazão das torneiras e descargas. PULSEIRINHA Mudança na Sapucaí: a promoter Alicinha Cavalcanti, que por 25 anos cuidou da lista de VIPs do camarote Brahma (no ano passado rebatizado de Boa), este ano é a responsável pelos convites de outro espaço no sambódromo, o Folia Tropical. No Boa, assumiram Carol Sampaio e Renata Carvalho. A marca diz que escolheu as duas promoters cariocas porque o local vai homenagear os cem anos do samba. PARTICIPAÇÃO ESPECIAL A cantora Anitta e o rapper Marcelo D2 participaram da gravação do DVD do rapper Projota, no Espaço das Américas. O cenógrafo Zeca Ratu assinou o cenário do show, ocorrido na quarta (13). O DVD será lançado ainda no primeiro semestre de 2016 pela Universal Music. É POP O Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo bateu recorde de público em 2015, com mais de 1,2 milhão de visitantes. No ano passado, o local teve mostras sobre Pablo Picasso, Wassily Kandinsky, Carlos Bracher e Patricia Piccinini. O recorde anterior era de 2011, quando o espaço recebeu 1 milhão de pessoas, principalmente por causa da exposição sobre o artista M. C. Escher. É ROCK Luciana Gimenez e Lucas, filho da apresentadora com Mick Jagger, vão acompanhar o roqueiro nesta sexta (15) na pré-estreia em Nova York da série musical "Vinyl", produzida pelo vocalista dos Rolling Stones e pelo cineasta Martin Scorsese. A cena musical da cidade americana nos anos 1970 é a temática do seriado. QUE COMÉDIA A peça "Cada Dois com seus Pobrema", com os atores Marcelo Médici e Ricardo Rathsam, teve reestreia na quarta (13), no teatro do shopping Frei Caneca. O espetáculo é dirigido por Paula Cohen. CURTO-CIRCUITO Vanessa da Mata canta neste fim de semana e no próximo no Teatro J. Safra. Gero Camilo e Victor Mendes reestreiam a peça "Caminham Nus Empoeirados", nesta sexta (15), às 21h30, no Teatro Nair Bello. 12 anos. O Fundo de Quintal se apresenta nesta sexta (15) no Lapa 40 Graus, a partir da meia-noite. Mário Bortolotto reestreia hoje o espetáculo "O Canal", no Teatro Cemitério de Automóveis, às 21h. 16 anos. com JOELMIR TAVARES (interino), MARCELA PAES e LETÍCIA MORI
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Justiça do PR nega pedido de anular delação que cita governador Richa
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O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio, negou o pedido da Procuradoria-Geral do Estado do Paraná para que fosse anulada a delação de um auditor da Receita Estadual que citou o governador Beto Richa (PSDB) como beneficiário de um esquema de corrupção no órgão. A Procuradoria-Geral informou que vai recorrer da decisão. A delação de Luiz Antônio de Souza, firmada no ano passado, é a única dos cerca de 40 acordos de colaboração da Operação Publicano para investigar casos de corrupção dentro da Receita Federal. Segundo as investigações, o esquema servia para alimentar a campanha de Richa à reeleição, em 2014. Deflagrada em Londrina, no norte do Paraná, investigações apontam que auditores estaduais cobravam propinas milionárias de empresários para anular dívidas deles com o Estado. O Ministério Público Estadual estima que o esquema funcionou por três décadas e faturava R$ 50 milhões por ano em propinas. Apenas depois da delação de Souza, ao longo das investigações em Londrina, que o governador Richa foi alvo de outra investigação, esta autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), e que ainda está em curso –como Richa tem foro privilegiado por ser governador, a apuração não poderia ser conduzida em primeira instância. Em sua decisão, de sexta-feira (15), o juiz Nanuncio afirma que uma delação é um "negócio jurídico processual personalíssimo", que "produz efeitos apenas entre os celebrantes [delator e Ministério Público], não vinculando terceiros não integrantes da relação jurídica". O termo "terceiros" usado pelo magistrado refere-se à Procuradoria-Geral –que, na prática, funciona como advogado do Estado do Paraná. "Se o réu colaborador e o Ministério Público são os únicos legitimados pela legislação brasileira para discutirem as cláusulas do acordo de delação premiada, não pode a Procuradoria-Geral do Estado, a pretexto de tutelar interesses do erário, interferir nos termos acordados", diz trecho da sentença. Nanuncio argumenta, ainda, que a ilegitimidade do órgão neste caso "salta aos olhos, na medida em que são impugnadas [questionadas] até mesmo cláusulas relacionadas aos direitos subjetivos do réu colaborador". Se a Justiça viesse a anular a delação de Souza, a decisão afetaria diretamente a investigação contra Richa aberta pelo STJ, na opinião do Ministério Público Estadual. Já o governador Richa negou, em entrevista à Folha no final de março, ter relação o pedido de nulidade com o fato de ser investigado no STJ. "Como que vocês imaginam que pode ter interferência? Interferência alguma. É o papel da Procuradoria defender os interesses do Estado e me pareceu legítimo querer que seja ressarcido integralmente aos cofres do Estado os recursos que foram desviados". Entre os pontos da delação criticados pela Procuradoria-Geral está o de que um dos bens citados pelo delator no acordo como objeto para ressarcir os cofres públicos está uma fazenda em Mato Grosso que o auditor alega ser dele, mas que não lhe pertence, mas sim a um terceiro. A defesa do Estado também questiona o valor da fazenda, citado na delação como de R$ 20 milhões. Segundo a Procuradoria-Geral, laudo de avaliação da Justiça mato-grossense aponta valor de R$ 8,5 milhões. OUTRO LADO O procurador-geral do Estado do Paraná, Paulo Sergio Rosso, afirmou, em nota, que a decisão da 3ª Vara Criminal de Londrina "contém uma série de equívocos técnicos que serão, no momento apropriado, submetidos à apreciação da segunda instância". Ainda segundo a nota, Rosso diz entender que a Procuradoria-Geral "tem competência constitucional para defender" o tesouro estadual e que sustenta que "o interesse público está sendo claramente desatendido" pela delação, "fato que está amplamente comprovado, sendo que apenas o réu tem interesse na manutenção do termo."
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poder
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Justiça do PR nega pedido de anular delação que cita governador RichaO juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Juliano Nanuncio, negou o pedido da Procuradoria-Geral do Estado do Paraná para que fosse anulada a delação de um auditor da Receita Estadual que citou o governador Beto Richa (PSDB) como beneficiário de um esquema de corrupção no órgão. A Procuradoria-Geral informou que vai recorrer da decisão. A delação de Luiz Antônio de Souza, firmada no ano passado, é a única dos cerca de 40 acordos de colaboração da Operação Publicano para investigar casos de corrupção dentro da Receita Federal. Segundo as investigações, o esquema servia para alimentar a campanha de Richa à reeleição, em 2014. Deflagrada em Londrina, no norte do Paraná, investigações apontam que auditores estaduais cobravam propinas milionárias de empresários para anular dívidas deles com o Estado. O Ministério Público Estadual estima que o esquema funcionou por três décadas e faturava R$ 50 milhões por ano em propinas. Apenas depois da delação de Souza, ao longo das investigações em Londrina, que o governador Richa foi alvo de outra investigação, esta autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), e que ainda está em curso –como Richa tem foro privilegiado por ser governador, a apuração não poderia ser conduzida em primeira instância. Em sua decisão, de sexta-feira (15), o juiz Nanuncio afirma que uma delação é um "negócio jurídico processual personalíssimo", que "produz efeitos apenas entre os celebrantes [delator e Ministério Público], não vinculando terceiros não integrantes da relação jurídica". O termo "terceiros" usado pelo magistrado refere-se à Procuradoria-Geral –que, na prática, funciona como advogado do Estado do Paraná. "Se o réu colaborador e o Ministério Público são os únicos legitimados pela legislação brasileira para discutirem as cláusulas do acordo de delação premiada, não pode a Procuradoria-Geral do Estado, a pretexto de tutelar interesses do erário, interferir nos termos acordados", diz trecho da sentença. Nanuncio argumenta, ainda, que a ilegitimidade do órgão neste caso "salta aos olhos, na medida em que são impugnadas [questionadas] até mesmo cláusulas relacionadas aos direitos subjetivos do réu colaborador". Se a Justiça viesse a anular a delação de Souza, a decisão afetaria diretamente a investigação contra Richa aberta pelo STJ, na opinião do Ministério Público Estadual. Já o governador Richa negou, em entrevista à Folha no final de março, ter relação o pedido de nulidade com o fato de ser investigado no STJ. "Como que vocês imaginam que pode ter interferência? Interferência alguma. É o papel da Procuradoria defender os interesses do Estado e me pareceu legítimo querer que seja ressarcido integralmente aos cofres do Estado os recursos que foram desviados". Entre os pontos da delação criticados pela Procuradoria-Geral está o de que um dos bens citados pelo delator no acordo como objeto para ressarcir os cofres públicos está uma fazenda em Mato Grosso que o auditor alega ser dele, mas que não lhe pertence, mas sim a um terceiro. A defesa do Estado também questiona o valor da fazenda, citado na delação como de R$ 20 milhões. Segundo a Procuradoria-Geral, laudo de avaliação da Justiça mato-grossense aponta valor de R$ 8,5 milhões. OUTRO LADO O procurador-geral do Estado do Paraná, Paulo Sergio Rosso, afirmou, em nota, que a decisão da 3ª Vara Criminal de Londrina "contém uma série de equívocos técnicos que serão, no momento apropriado, submetidos à apreciação da segunda instância". Ainda segundo a nota, Rosso diz entender que a Procuradoria-Geral "tem competência constitucional para defender" o tesouro estadual e que sustenta que "o interesse público está sendo claramente desatendido" pela delação, "fato que está amplamente comprovado, sendo que apenas o réu tem interesse na manutenção do termo."
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Leia perguntas e respostas que explicam punição à Russia na Rio-2016
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DE SÃO PAULO Decisão da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo), nesta sexta-feira (17) baniu a equipe de atletismo da Rússia dos Jogos Olímpicos de 2016, em agosto, no Rio de Janeiro. A punição acontece em razão de casos sistemáticos de doping no país. Confira abaixo algumas perguntas e respostas sobre o escândalo que abalou o esporte de uma das maiores potências olímpicas. * Quando surgiram as primeiras denúncias de um esquema de doping organizado na Rússia? Em dezembro de 2014, o canal alemão ARD transmitiu o documentário "Top Secret Doping: How Russia makes its Winners" ("Doping Secreto: Como a Rússia faz seus Vencedores"). No filme, o ex-funcionário da agência antidoping russa (Rusada) Vitali Stepanov e sua mulher, Iulia Rusanova, uma atleta dos 800 m condenada em 2013 por doping, mostram gravações implicando o técnico da seleção russa de atletismo Alexei Melnikov e o médico Sergei Portugalov em um esquema de aquisição de substâncias dopantes e de encobrimento de resultados positivos de doping. Essas denúncias foram investigadas? Sim. Uma força-tarefa da Wada (Agência Mundial Antidoping) apurou as denúncias e, cerca de um ano depois da exibição do documentário, divulgou um relatório em que dizia que a Rússia desenvolveu uma cultura "profundamente enraizada de fraude" no esporte, sobretudo no atletismo. Eles descobriram, entre outras formas de acobertamento, que pelo menos 1.417 testes positivos para doping foram destruídos no laboratório que analisava as amostras em Moscou. Além disso, a Wada identificou interferência governamental para encobrir os atletas dopados. Para Richard Pound, que presidiu a força-tarefa, seria inconcebível que o ministro do Esporte da Rússia, Vitali Mutko, não estivesse a par do esquema. A apuração, porém, poderia ter começado bem antes. Reportagem do "New York Times", mostrou que em 2012, uma atleta russa denunciou à Wada o uso sistemático de doping, por orientação de autoridades do país. A agência ignorou a denúncia. Quais atletas estavam envolvidos no escândalo? Inicialmente, cinco nomes foram divulgados: Maria Savinova, ouro nos 800 m nos Jogos de Londres-2012, Ekaterina Poistogova, bronze na mesma prova, Anastasia Bazdireva, Kristina Ugarova e Tatiana Miazina. Mais tarde, Irina Maracheva, vice-campeã europeia dos 800 m, e Anna Lukianova, da marcha olímpica, foram suspensas por dois anos. Já as corredoras Ielena Nikulina e Maria Nikolaieva foram suspensas por quatro anos. No entanto, acredita-se que muitos outros atletas foram beneficiados pelo esquema. Como as autoridades russas reagiram? O Ministério do Esporte da Rússia disse que iria colaborar com as investigações, mas pediu que fossem apresentados "fatos e provas" das acusações. Já o diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigori Rodchenkov, pediu demissão e se mudou para os EUA, onde viria a fazer novas denúncias (veja mais abaixo). O presidente russo Vladmir Putin, citado em relatório da Wada, afirmou que a legislação antidoping do país precisa ser ampliada e aprofundada. Em declarações públicas, ele costuma elogiar os esforços internacionais de investigação, apesar de o ministro russo do Esporte, Vitali Mutko, declarar que as acusações são um "ataque de informações contra o esporte russo". Houve punição aos envolvidos? O laboratório antidoping de Moscou foi descredenciado pela Wada, assim como a Rusada. O COI pediu para a Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) abrir processo disciplinar que pode resultar na cassação das medalhas olímpicas de atletas implicados. A Iaaf baniu por toda a vida, sob acusação de corrupção e envolvimento no escândalo de doping, Papa Massata Diack (filho do ex-presidente do órgão Lamine Diack e ex-consultor da organização), Valentin Balakhnichev (ex-presidente da Federação Russa de Atletismo e tesoureiro da entidade) e Alexei Melnikov (ex-treinador chefe da federação russa para corredores de longa distância). Gabriel Dollé (ex-diretor de doping da Iaaf) também foi suspenso, mas por cinco anos. A punição mais significativa, no entanto, foi a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais de atletismo. Isso significa que a Rússia não virá aos Jogos do Rio? Não, o país está suspenso apenas das competições de atletismo, e não nos demais esportes. Além disso, a Iaaf abriu uma brecha para alguns esportistas russos do atletismo competirem de forma independente nos Jogos. Isso desde que comprovem não ter histórico de doping, vivam fora do país e tenham sido submetidos a outros programas de antidoping ou tenham colaborado extraordinariamente para investigações. A avaliação da Iaaf será feita caso a caso. Os atletas brasileiros podem se beneficiar com a ausência dos russos? Antes de saber quais atletas poderão disputar os Jogos pela brecha criada pela Iaaf é difícil dizer. As principais atletas brasileiras com chances de medalhas no atletismo são Fabiana Murer, no salto com vara, e Erica de Sena, na marcha atlética. Ambas tem adversárias russas com marcas melhores ou iguais às suas em 2016. Se essas atletas ficarem realmente fora dos Jogos, sim, elas podem ser beneficiadas. As denúncias pararam por aí? Não. Matérias publicadas na imprensa europeia envolveram outros altos dirigentes da IAAF em novos casos de acobertamento de doping de atletas russos, como o secretário-geral adjunto Nick Davies, o ex-presidente da IAAF Lamine Diack e seus filhos Papa Massata Diack e Khalil Diack, inclusive com acusações de extorsão. Com as novas descobertas, o chefe da comissão independente da Wada, o canadense Richard Pound, teria dito que a corrupção estava impregnada na IAAF. O esquema organizado de doping da Rússia ficou restrito ao atletismo? Aparentemente não. Em março, o jornal britânico "The Times" publicou matéria denunciando um esquema semelhante na natação russa. Segundo a publicação, Sergei Portugalov estaria envolvido com a prática também na natação. Ele teria forçado nadadores a se doparem. A última denúncia aconteceu em maio, quando o jornal americano "The New York Times" publicou texto em que o diretor do laboratório antidoping russo em 2014, Grigori Rodchenkov, revelava ter ministrado um coquetel com substâncias proibidas em dezenas de atletas russos que disputaram os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi naquele ano. Ele também afirmou que, durante os Jogos, especialistas russos em doping e membros dos serviços de inteligência do país substituíam sigilosamente amostras de urina que continham traços de medicamentos que melhoram o desempenho por urina "limpa", recolhida meses antes. A Wada disse que investigaria as duas denúncias. A tenista russa Maria Sharapova se envolveu em algum desses esquemas? Até onde se sabe, não. Sharapova anunciou que foi pega em exame antidoping no Aberto da Austrália por uso de meldonium e está suspensa preventivamente. No entanto, não há informações de relação entre o uso da substância e os esquemas organizados doping. O que é o meldonium? É uma substância usada no tratamento de isquemia, que é a diminuição da irrigação sanguínea em uma parte do organismo. O medicamento é usado em casos como angina (dor torácica), infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca crônica. Estudos mostraram que a substância aumenta a resistência dos atletas, ajudando na recuperação dos exercícios e melhorando a ativação do sistema nervoso central. A substância era permitida até o fim do ano passado, mas passou a ser considerada dopante no início de 2016. Então Sharapova não virá para a Olimpíada do Rio? Muito provavelmente não. Apesar de alguns atletas do leste europeu terem conseguido reverter suas suspensões preventivas, Sharapova foi julgada e suspensa por dois anos pela ITF (Federação Internacional de Tênis). Sua única chance é ter a decisão revertida na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Ela já entrou com recurso e uma decisão definitiva deve ser anunciada até o dia 18 de julho, data limite para inscrição de atletas nos Jogos Olímpicos do Rio. Além da Wada e da Iaaf, outras entidades tomaram medidas contra a Rússia? Sim. Segundo o jornal americano "The New York Times", o Departamento da Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre o esquema de doping utilizado por atletas russos. Eles estão investigando pessoas que possam ter se beneficiado do esquema. Acredita-se que os promotores estejam preparando acusações de conspiração e fraude. A Justiça americana permite a abertura de processos contra estrangeiros que não moram no país desde que eles tenham alguma conexão com os EUA, por exemplo, utilizando o sistema financeiro americano para movimentar dinheiro proveniente de crimes. No caso específico, a participação de atletas estrangeiros dopados em competições realizadas nos EUA poderia justificar a abertura do processo criminal. Atletas de elite russos competiram em grandes provas esportivas nos Estados Unidos, como a maratona de Boston e campeonatos internacionais de bobsled e skeleton em Lake Placid, Nova York. O que o COI (Comitê Olímpico Internacional) disse sobre tudo isso? O presidente do COI, Thomas Bach, disse que está determinado a impedir que atletas dopados venham competir na Olimpíada do Rio. Para isso, o comitê está refazendo testes antidoping das Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012. Após reanalisar 454 amostras dos Jogos da China foram encontradas substâncias dopantes nas amostras de 31 atletas (14 russos). Já nas 265 amostras reanalisadas dos Jogos de Londres, foram encontrados 23 atletas dopados de cinco esportes e seis países diferente. O COI não revelou os nomes dos atletas pegos nos exames antidoping, mas afirmou que os testes foram focados em esportistas com potencial para disputar os Jogos do Rio. O atletismo é composto por quantos eventos? Nos Jogos Olímpicos do Rio serão disputados 24 eventos masculinos (100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1.500 m, 5.000 m, 10.000 m, 110 m com barreiras, 400 m com barreiras, 3.000 m com obstáculos, revezamento 4 x 100 m, revesamento 4 x 400 m, salto em altura, salto com vara, salto em distância, salto triplo, arremesso de peso, arremesso de disco, arremesso de dardo, decatlo, marcha atlética de 20 km, marcha atlética de 50 km e maratona) e 23 eventos femininos (100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1.500 m, 5.000 m, 10.000 m, 100 m com barreiras, 400 m com barreiras, 3.000 m com obstáculos, revezamento 4 x 100 m, revesamento 4 x 400 m, salto em altura, salto com vara, salto em distância, salto triplo, arremesso de peso, arremesso de disco, arremesso de dardo, heptatlo, marcha atlética de 20 km e maratona). É a modalidade que distribui mais medalhas nos Jogos, com 141, sendo 47 de ouro.
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esporte
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Leia perguntas e respostas que explicam punição à Russia na Rio-2016
DE SÃO PAULO Decisão da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo), nesta sexta-feira (17) baniu a equipe de atletismo da Rússia dos Jogos Olímpicos de 2016, em agosto, no Rio de Janeiro. A punição acontece em razão de casos sistemáticos de doping no país. Confira abaixo algumas perguntas e respostas sobre o escândalo que abalou o esporte de uma das maiores potências olímpicas. * Quando surgiram as primeiras denúncias de um esquema de doping organizado na Rússia? Em dezembro de 2014, o canal alemão ARD transmitiu o documentário "Top Secret Doping: How Russia makes its Winners" ("Doping Secreto: Como a Rússia faz seus Vencedores"). No filme, o ex-funcionário da agência antidoping russa (Rusada) Vitali Stepanov e sua mulher, Iulia Rusanova, uma atleta dos 800 m condenada em 2013 por doping, mostram gravações implicando o técnico da seleção russa de atletismo Alexei Melnikov e o médico Sergei Portugalov em um esquema de aquisição de substâncias dopantes e de encobrimento de resultados positivos de doping. Essas denúncias foram investigadas? Sim. Uma força-tarefa da Wada (Agência Mundial Antidoping) apurou as denúncias e, cerca de um ano depois da exibição do documentário, divulgou um relatório em que dizia que a Rússia desenvolveu uma cultura "profundamente enraizada de fraude" no esporte, sobretudo no atletismo. Eles descobriram, entre outras formas de acobertamento, que pelo menos 1.417 testes positivos para doping foram destruídos no laboratório que analisava as amostras em Moscou. Além disso, a Wada identificou interferência governamental para encobrir os atletas dopados. Para Richard Pound, que presidiu a força-tarefa, seria inconcebível que o ministro do Esporte da Rússia, Vitali Mutko, não estivesse a par do esquema. A apuração, porém, poderia ter começado bem antes. Reportagem do "New York Times", mostrou que em 2012, uma atleta russa denunciou à Wada o uso sistemático de doping, por orientação de autoridades do país. A agência ignorou a denúncia. Quais atletas estavam envolvidos no escândalo? Inicialmente, cinco nomes foram divulgados: Maria Savinova, ouro nos 800 m nos Jogos de Londres-2012, Ekaterina Poistogova, bronze na mesma prova, Anastasia Bazdireva, Kristina Ugarova e Tatiana Miazina. Mais tarde, Irina Maracheva, vice-campeã europeia dos 800 m, e Anna Lukianova, da marcha olímpica, foram suspensas por dois anos. Já as corredoras Ielena Nikulina e Maria Nikolaieva foram suspensas por quatro anos. No entanto, acredita-se que muitos outros atletas foram beneficiados pelo esquema. Como as autoridades russas reagiram? O Ministério do Esporte da Rússia disse que iria colaborar com as investigações, mas pediu que fossem apresentados "fatos e provas" das acusações. Já o diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigori Rodchenkov, pediu demissão e se mudou para os EUA, onde viria a fazer novas denúncias (veja mais abaixo). O presidente russo Vladmir Putin, citado em relatório da Wada, afirmou que a legislação antidoping do país precisa ser ampliada e aprofundada. Em declarações públicas, ele costuma elogiar os esforços internacionais de investigação, apesar de o ministro russo do Esporte, Vitali Mutko, declarar que as acusações são um "ataque de informações contra o esporte russo". Houve punição aos envolvidos? O laboratório antidoping de Moscou foi descredenciado pela Wada, assim como a Rusada. O COI pediu para a Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) abrir processo disciplinar que pode resultar na cassação das medalhas olímpicas de atletas implicados. A Iaaf baniu por toda a vida, sob acusação de corrupção e envolvimento no escândalo de doping, Papa Massata Diack (filho do ex-presidente do órgão Lamine Diack e ex-consultor da organização), Valentin Balakhnichev (ex-presidente da Federação Russa de Atletismo e tesoureiro da entidade) e Alexei Melnikov (ex-treinador chefe da federação russa para corredores de longa distância). Gabriel Dollé (ex-diretor de doping da Iaaf) também foi suspenso, mas por cinco anos. A punição mais significativa, no entanto, foi a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais de atletismo. Isso significa que a Rússia não virá aos Jogos do Rio? Não, o país está suspenso apenas das competições de atletismo, e não nos demais esportes. Além disso, a Iaaf abriu uma brecha para alguns esportistas russos do atletismo competirem de forma independente nos Jogos. Isso desde que comprovem não ter histórico de doping, vivam fora do país e tenham sido submetidos a outros programas de antidoping ou tenham colaborado extraordinariamente para investigações. A avaliação da Iaaf será feita caso a caso. Os atletas brasileiros podem se beneficiar com a ausência dos russos? Antes de saber quais atletas poderão disputar os Jogos pela brecha criada pela Iaaf é difícil dizer. As principais atletas brasileiras com chances de medalhas no atletismo são Fabiana Murer, no salto com vara, e Erica de Sena, na marcha atlética. Ambas tem adversárias russas com marcas melhores ou iguais às suas em 2016. Se essas atletas ficarem realmente fora dos Jogos, sim, elas podem ser beneficiadas. As denúncias pararam por aí? Não. Matérias publicadas na imprensa europeia envolveram outros altos dirigentes da IAAF em novos casos de acobertamento de doping de atletas russos, como o secretário-geral adjunto Nick Davies, o ex-presidente da IAAF Lamine Diack e seus filhos Papa Massata Diack e Khalil Diack, inclusive com acusações de extorsão. Com as novas descobertas, o chefe da comissão independente da Wada, o canadense Richard Pound, teria dito que a corrupção estava impregnada na IAAF. O esquema organizado de doping da Rússia ficou restrito ao atletismo? Aparentemente não. Em março, o jornal britânico "The Times" publicou matéria denunciando um esquema semelhante na natação russa. Segundo a publicação, Sergei Portugalov estaria envolvido com a prática também na natação. Ele teria forçado nadadores a se doparem. A última denúncia aconteceu em maio, quando o jornal americano "The New York Times" publicou texto em que o diretor do laboratório antidoping russo em 2014, Grigori Rodchenkov, revelava ter ministrado um coquetel com substâncias proibidas em dezenas de atletas russos que disputaram os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi naquele ano. Ele também afirmou que, durante os Jogos, especialistas russos em doping e membros dos serviços de inteligência do país substituíam sigilosamente amostras de urina que continham traços de medicamentos que melhoram o desempenho por urina "limpa", recolhida meses antes. A Wada disse que investigaria as duas denúncias. A tenista russa Maria Sharapova se envolveu em algum desses esquemas? Até onde se sabe, não. Sharapova anunciou que foi pega em exame antidoping no Aberto da Austrália por uso de meldonium e está suspensa preventivamente. No entanto, não há informações de relação entre o uso da substância e os esquemas organizados doping. O que é o meldonium? É uma substância usada no tratamento de isquemia, que é a diminuição da irrigação sanguínea em uma parte do organismo. O medicamento é usado em casos como angina (dor torácica), infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca crônica. Estudos mostraram que a substância aumenta a resistência dos atletas, ajudando na recuperação dos exercícios e melhorando a ativação do sistema nervoso central. A substância era permitida até o fim do ano passado, mas passou a ser considerada dopante no início de 2016. Então Sharapova não virá para a Olimpíada do Rio? Muito provavelmente não. Apesar de alguns atletas do leste europeu terem conseguido reverter suas suspensões preventivas, Sharapova foi julgada e suspensa por dois anos pela ITF (Federação Internacional de Tênis). Sua única chance é ter a decisão revertida na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Ela já entrou com recurso e uma decisão definitiva deve ser anunciada até o dia 18 de julho, data limite para inscrição de atletas nos Jogos Olímpicos do Rio. Além da Wada e da Iaaf, outras entidades tomaram medidas contra a Rússia? Sim. Segundo o jornal americano "The New York Times", o Departamento da Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre o esquema de doping utilizado por atletas russos. Eles estão investigando pessoas que possam ter se beneficiado do esquema. Acredita-se que os promotores estejam preparando acusações de conspiração e fraude. A Justiça americana permite a abertura de processos contra estrangeiros que não moram no país desde que eles tenham alguma conexão com os EUA, por exemplo, utilizando o sistema financeiro americano para movimentar dinheiro proveniente de crimes. No caso específico, a participação de atletas estrangeiros dopados em competições realizadas nos EUA poderia justificar a abertura do processo criminal. Atletas de elite russos competiram em grandes provas esportivas nos Estados Unidos, como a maratona de Boston e campeonatos internacionais de bobsled e skeleton em Lake Placid, Nova York. O que o COI (Comitê Olímpico Internacional) disse sobre tudo isso? O presidente do COI, Thomas Bach, disse que está determinado a impedir que atletas dopados venham competir na Olimpíada do Rio. Para isso, o comitê está refazendo testes antidoping das Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012. Após reanalisar 454 amostras dos Jogos da China foram encontradas substâncias dopantes nas amostras de 31 atletas (14 russos). Já nas 265 amostras reanalisadas dos Jogos de Londres, foram encontrados 23 atletas dopados de cinco esportes e seis países diferente. O COI não revelou os nomes dos atletas pegos nos exames antidoping, mas afirmou que os testes foram focados em esportistas com potencial para disputar os Jogos do Rio. O atletismo é composto por quantos eventos? Nos Jogos Olímpicos do Rio serão disputados 24 eventos masculinos (100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1.500 m, 5.000 m, 10.000 m, 110 m com barreiras, 400 m com barreiras, 3.000 m com obstáculos, revezamento 4 x 100 m, revesamento 4 x 400 m, salto em altura, salto com vara, salto em distância, salto triplo, arremesso de peso, arremesso de disco, arremesso de dardo, decatlo, marcha atlética de 20 km, marcha atlética de 50 km e maratona) e 23 eventos femininos (100 m, 200 m, 400 m, 800 m, 1.500 m, 5.000 m, 10.000 m, 100 m com barreiras, 400 m com barreiras, 3.000 m com obstáculos, revezamento 4 x 100 m, revesamento 4 x 400 m, salto em altura, salto com vara, salto em distância, salto triplo, arremesso de peso, arremesso de disco, arremesso de dardo, heptatlo, marcha atlética de 20 km e maratona). É a modalidade que distribui mais medalhas nos Jogos, com 141, sendo 47 de ouro.
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Uber veta motorista armado e diz que excluirá PM que matou 3 assaltantes
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Um dia depois que um policial militar matou três pessoas enquanto trabalhava como motorista do Uber em São Paulo, a administração do aplicativo declarou que o porte de armas em viagens é proibido. Com isso, o policial terá sua conta cancelada na plataforma. Ele estava armado e reagiu a uma tentativa de assalto. De acordo com o aplicativo, a proibição de porte de armas serve tanto para motoristas quanto para passageiros, que também podem ter sua conta cancelada caso descumpram a regra. A determinação segue a diretriz do Uber americano que também proíbe o porte de armas em viagens do aplicativo. Nos Estados Unidos, há pelo menos cinco casos de motoristas que estavam armados e que foram suspensos do aplicativo, desde 2015. O Uber declara que tem mecanismos de segurança para proteger tanto os passageiros como os motoristas. Entre as medidas estão o fato de todas as viagens serem rastreadas por GPS, todos os usuários terem um cadastro e a existência de um sistema de pontuação de motoristas e passageiros. Já a PM diz que apura internamente a conduta do policial. Isso inclui verificar se o policial poderia estar atuando como motorista do Uber como complemento de renda. O CASO No último domingo (6), um policial militar fora do horário de serviço reagiu a uma tentativa de assalto e matou três, na Cidade Líder, zona leste de São Paulo. Um deles, tinha 15 anos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os suspeitos tinham duas armas. Uma câmera de segurança flagrou a ação. As imagens mostram que, após a reação do PM, dois bandidos fugiram. O agente atira no terceiro, que ficou no carro, e corre atrás dos outros dois, mas não é possível ver se ele dispara mais uma vez. Depois, volta e chuta a cabeça do terceiro homem, que está no chão e aparenta estar ferido. O ouvidor da Polícia Júlio Cesar Fernandes Neto disse que pedirá investigação do caso pela Corregedoria da PM, para esclarecer as circunstâncias da morte e se o policial se excedeu ao chutar o bandido. "Fica claro no vídeo que foi legítima defesa, mas tem um limite", afirmou.
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cotidiano
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Uber veta motorista armado e diz que excluirá PM que matou 3 assaltantesUm dia depois que um policial militar matou três pessoas enquanto trabalhava como motorista do Uber em São Paulo, a administração do aplicativo declarou que o porte de armas em viagens é proibido. Com isso, o policial terá sua conta cancelada na plataforma. Ele estava armado e reagiu a uma tentativa de assalto. De acordo com o aplicativo, a proibição de porte de armas serve tanto para motoristas quanto para passageiros, que também podem ter sua conta cancelada caso descumpram a regra. A determinação segue a diretriz do Uber americano que também proíbe o porte de armas em viagens do aplicativo. Nos Estados Unidos, há pelo menos cinco casos de motoristas que estavam armados e que foram suspensos do aplicativo, desde 2015. O Uber declara que tem mecanismos de segurança para proteger tanto os passageiros como os motoristas. Entre as medidas estão o fato de todas as viagens serem rastreadas por GPS, todos os usuários terem um cadastro e a existência de um sistema de pontuação de motoristas e passageiros. Já a PM diz que apura internamente a conduta do policial. Isso inclui verificar se o policial poderia estar atuando como motorista do Uber como complemento de renda. O CASO No último domingo (6), um policial militar fora do horário de serviço reagiu a uma tentativa de assalto e matou três, na Cidade Líder, zona leste de São Paulo. Um deles, tinha 15 anos. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os suspeitos tinham duas armas. Uma câmera de segurança flagrou a ação. As imagens mostram que, após a reação do PM, dois bandidos fugiram. O agente atira no terceiro, que ficou no carro, e corre atrás dos outros dois, mas não é possível ver se ele dispara mais uma vez. Depois, volta e chuta a cabeça do terceiro homem, que está no chão e aparenta estar ferido. O ouvidor da Polícia Júlio Cesar Fernandes Neto disse que pedirá investigação do caso pela Corregedoria da PM, para esclarecer as circunstâncias da morte e se o policial se excedeu ao chutar o bandido. "Fica claro no vídeo que foi legítima defesa, mas tem um limite", afirmou.
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Ilustrada pelo anglo-brasileiro Sam Hart, "Atômica" ganha livro e filme
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Quando Sam Hart decidiu estruturar os quadrinhos da graphic novel "Atômica: A Cidade Mais Fria" como um storyboard de filme, jamais passou pela sua cabeça que aquelas cenas iriam, de fato, ser transportadas para uma tela de cinema. Ainda mais como um sucesso de bilheteria com elenco de primeira, estrelado e produzido por Charlize Theron, como é "Atômica", thriller de ação que estreia hoje, quinta-feira (31/08). A HQ escrita pelo britânico Antony Johnston e ilustrada por Hart, anglo-brasileiro, que acaba de ganhar edição nacional pela DarkSide Books (R$55,00), é situada na Berlim de 1989. Com o comunismo à beira do colapso e a iminente queda do muro como pano de fundo, acompanhamos a trajetória de uma agente do MI6 que busca recuperar uma lista que contém o nome de todos os espiões atuantes na cidade. Best-seller nos Estados Unidos e Reino Unido, o thriller de espionagem chamou a atenção de Theron antes mesmo de ser publicado em 2012. Além do estilo cool da narrativa e das ilustrações, a atriz viu na protagonista uma personagem feminina forte e pouco comum nas telas do cinema. Hart, 43, baseou as feições de Lorraine Broughton, a heroína em questão, nas feições de sua avó paterna. "Foi uma homenagem a ela. Ela estava muito à frente da época, na Inglaterra dos anos 1930. Foi uma das primeiras mulheres a trabalhar para o governo, no Home Office, uma espécie de Ministério de Imigração e Segurança Pública. Foi nesse período que ela conheceu meu avô, um advogado que trabalhava no MI5", explica à Serafina o quadrinista, que esteve na première do filme em L.A. e também contou essa história para a atriz. "Ela também era muito brava! Não sei como reagiria ao filme". Filho de pai inglês e mãe brasileira, Sam nasceu na Inglaterra e cresceu no Brasil onde permanece hoje. Depois de trabalhar com HQs na sua terra natal aos vinte e poucos anos e de fundar as publicações Front e Caos, fazer ilustrações para revistas e jornais brasileiros e criar storyboards para agências de publicidade em São Paulo, hoje ele se dedica integralmente aos quadrinhos e enxerga o Brasil como um terreno bastante fértil para esse universo. "É um mercado com muita criatividade e qualidade na produção, tanto na parte do roteiro quanto na parte gráfica - visual e impressão. Acho que depois de algumas décadas de quadrinhos excelentes produzidos aqui, mais fãs e autores têm tido meios de se desenvolver através de cursos, livros e estudos sobre essa linguagem", pondera ele, que atualmente está trabalhando num novo projeto que envolve ciência e magia, roteirizado e ilustrado por ele. "É uma época muito boa para ser fã de quadrinhos".
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serafina
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Ilustrada pelo anglo-brasileiro Sam Hart, "Atômica" ganha livro e filmeQuando Sam Hart decidiu estruturar os quadrinhos da graphic novel "Atômica: A Cidade Mais Fria" como um storyboard de filme, jamais passou pela sua cabeça que aquelas cenas iriam, de fato, ser transportadas para uma tela de cinema. Ainda mais como um sucesso de bilheteria com elenco de primeira, estrelado e produzido por Charlize Theron, como é "Atômica", thriller de ação que estreia hoje, quinta-feira (31/08). A HQ escrita pelo britânico Antony Johnston e ilustrada por Hart, anglo-brasileiro, que acaba de ganhar edição nacional pela DarkSide Books (R$55,00), é situada na Berlim de 1989. Com o comunismo à beira do colapso e a iminente queda do muro como pano de fundo, acompanhamos a trajetória de uma agente do MI6 que busca recuperar uma lista que contém o nome de todos os espiões atuantes na cidade. Best-seller nos Estados Unidos e Reino Unido, o thriller de espionagem chamou a atenção de Theron antes mesmo de ser publicado em 2012. Além do estilo cool da narrativa e das ilustrações, a atriz viu na protagonista uma personagem feminina forte e pouco comum nas telas do cinema. Hart, 43, baseou as feições de Lorraine Broughton, a heroína em questão, nas feições de sua avó paterna. "Foi uma homenagem a ela. Ela estava muito à frente da época, na Inglaterra dos anos 1930. Foi uma das primeiras mulheres a trabalhar para o governo, no Home Office, uma espécie de Ministério de Imigração e Segurança Pública. Foi nesse período que ela conheceu meu avô, um advogado que trabalhava no MI5", explica à Serafina o quadrinista, que esteve na première do filme em L.A. e também contou essa história para a atriz. "Ela também era muito brava! Não sei como reagiria ao filme". Filho de pai inglês e mãe brasileira, Sam nasceu na Inglaterra e cresceu no Brasil onde permanece hoje. Depois de trabalhar com HQs na sua terra natal aos vinte e poucos anos e de fundar as publicações Front e Caos, fazer ilustrações para revistas e jornais brasileiros e criar storyboards para agências de publicidade em São Paulo, hoje ele se dedica integralmente aos quadrinhos e enxerga o Brasil como um terreno bastante fértil para esse universo. "É um mercado com muita criatividade e qualidade na produção, tanto na parte do roteiro quanto na parte gráfica - visual e impressão. Acho que depois de algumas décadas de quadrinhos excelentes produzidos aqui, mais fãs e autores têm tido meios de se desenvolver através de cursos, livros e estudos sobre essa linguagem", pondera ele, que atualmente está trabalhando num novo projeto que envolve ciência e magia, roteirizado e ilustrado por ele. "É uma época muito boa para ser fã de quadrinhos".
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BB parcelará dívida no rotativo do cartão de crédito em 24 vezes
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O cliente do Banco do Brasil que ficar no rotativo do cartão de crédito por mais de um mês terá a dívida automaticamente parcelada em 24 vezes com as mesmas taxas cobradas de quem já prefere parcelar a fatura hoje, entre 3,13% e 9,38% ao mês, conforme o cartão. Se quiser que a dívida seja parcelada em um número menor de vezes, o cliente precisará negociar via central de atendimento. Para que a dívida não seja parcelada, o cliente precisa quitar integralmente o saldo devedor da fatura anterior. Caso não faça o pagamento do valor da prestação e nem pague integralmente a dívida, o consumidor ficará inadimplente e poderá ter o cartão bloqueado. O BB é o primeiro entre as grandes instituições a explicar como cumprirá a nova regra do Banco Central, que impede que consumidores fiquem mais de um mês no rotativo, a linha de crédito mais cara do mercado, com taxas de quase 500% ao ano. O parcelamento automático começa a valer em maio, para clientes que tenham financiado a fatura de abril. Entra no rotativo o cliente que não tem dinheiro para quitar integralmente a fatura e paga um valor entre o mínimo de 15% e uma quantia menor que o total do débito. Apesar das novas regras, o cliente poderá ficar todos os meses no rotativo no Banco do Brasil, desde que o cliente "pedale" as dívidas novas. Ao pagar a fatura do mês, o cliente precisa parcelar ou quitar o saldo devedor do mês anterior, pagar pelo menos 15% dos novos gastos e parcelamentos de fatura anteriores. Em nota, o Banco do Brasil informou que explicará as novas regras a partir de março para os clientes. Santander, Itaú e Bradesco informaram que ainda trabalham nas regras do novo rotativo e que devem cumprir o prazo estabelecido pelo governo.
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BB parcelará dívida no rotativo do cartão de crédito em 24 vezesO cliente do Banco do Brasil que ficar no rotativo do cartão de crédito por mais de um mês terá a dívida automaticamente parcelada em 24 vezes com as mesmas taxas cobradas de quem já prefere parcelar a fatura hoje, entre 3,13% e 9,38% ao mês, conforme o cartão. Se quiser que a dívida seja parcelada em um número menor de vezes, o cliente precisará negociar via central de atendimento. Para que a dívida não seja parcelada, o cliente precisa quitar integralmente o saldo devedor da fatura anterior. Caso não faça o pagamento do valor da prestação e nem pague integralmente a dívida, o consumidor ficará inadimplente e poderá ter o cartão bloqueado. O BB é o primeiro entre as grandes instituições a explicar como cumprirá a nova regra do Banco Central, que impede que consumidores fiquem mais de um mês no rotativo, a linha de crédito mais cara do mercado, com taxas de quase 500% ao ano. O parcelamento automático começa a valer em maio, para clientes que tenham financiado a fatura de abril. Entra no rotativo o cliente que não tem dinheiro para quitar integralmente a fatura e paga um valor entre o mínimo de 15% e uma quantia menor que o total do débito. Apesar das novas regras, o cliente poderá ficar todos os meses no rotativo no Banco do Brasil, desde que o cliente "pedale" as dívidas novas. Ao pagar a fatura do mês, o cliente precisa parcelar ou quitar o saldo devedor do mês anterior, pagar pelo menos 15% dos novos gastos e parcelamentos de fatura anteriores. Em nota, o Banco do Brasil informou que explicará as novas regras a partir de março para os clientes. Santander, Itaú e Bradesco informaram que ainda trabalham nas regras do novo rotativo e que devem cumprir o prazo estabelecido pelo governo.
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Rombo em unidade brasileira abala plano de gigante chinesa
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O grupo de alimentação chinês Cofco sofreu novo revés em seus esforços para se tornar uma das maiores tradings de agricultura do planeta depois de descobrir um rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera, a trading holandesa de cereais cujo controle o grupo chinês adquiriu em 2014. Pessoas próximas à situação disseram ao jornal "Financial Times" que o rombo nas contas das operações brasileiras da Nidera se relaciona aos chamados acordos de pré-pagamento, sob os quais uma trading paga aos seus fornecedores pelas commodities contratadas antes que elas sejam entregues. A Nidera anunciou na quarta-feira a descoberta de uma "questão contábil" em suas operações brasileiras durante uma revisão do balanço da unidade. O rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera é o segundo problema importante a surgir desde que a Cofco adquiriu o controle acionário da companhia holandesa. Em 2015, a Nidera anunciou seu primeiro prejuízo líquido em cinco anos, depois de descobrir US$ 200 milhões em perdas operacionais não autorizadas. Um porta-voz da Nidera disse que a empresa estava investigando a causa exata da nova questão contábil. Depois que o "Financial Times" reportou o rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera, a empresa afirmou em comunicado que "como parte do plano geral da Nidera para melhorar seus controles e gestão de risco, sob a propriedade majoritária e presidência do conselho da Cofco, a nova liderança executiva iniciou uma revisão de balanços em todas as unidades da companhia". "A revisão recentemente revelou uma questão contábil no balanço brasileiro", acrescentou a Nidera. A Nidera também informou que a Cofco havia subscrito um empréstimo à companhia holandesa a fim de garantir que ela não viole os termos de seus contratos com os bancos. A Cofco não respondeu a e-mails e telefonemas solicitando seus comentários. A Cofco tem a ambição de se tornar uma das grandes tradings agrícolas do planeta, e concorre com empresas como a Cargill e a Archer Daniels Midland. Nos dois últimos anos, a Cofco gastou mais de US$ 4 bilhões na aquisição da Nidera e da divisão de agrotrading do Noble Group. A Cofco está planejando abrir o capital de suas operações de trading agrícola, sob o nome Cofco Agri, quando completar a integração dos negócios da Nidera e Noble. Foi durante a preparação das declarações financeiras da Cofco Agri que o rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera foi descoberto, disse uma pessoa próxima à situação. A integração da Nidera à Cofco Agri pode ser retardada pela descoberta, acrescentou uma segunda fonte. A Cofco adquiriu participação majoritária na Nidera por US$ 1,3 bilhão, em 2014, e em março obteve controle acionário integral da companhia, pagando mais US$ 750 milhões pelos 49% de ações que ainda não detinha, às famílias que fundaram a trading sediada em Rotterdam quase um século atrás. Ao contrário de suas contrapartes no mercado de petróleo, as tradings agrícolas vêm passando por dois anos difíceis devido às condições desfavoráveis do mercado. Um excedente permanente de oferta está pesando sobre os preços das safras e reduziu a oportunidade de mover carregamentos pelo planeta. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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mercado
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Rombo em unidade brasileira abala plano de gigante chinesaO grupo de alimentação chinês Cofco sofreu novo revés em seus esforços para se tornar uma das maiores tradings de agricultura do planeta depois de descobrir um rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera, a trading holandesa de cereais cujo controle o grupo chinês adquiriu em 2014. Pessoas próximas à situação disseram ao jornal "Financial Times" que o rombo nas contas das operações brasileiras da Nidera se relaciona aos chamados acordos de pré-pagamento, sob os quais uma trading paga aos seus fornecedores pelas commodities contratadas antes que elas sejam entregues. A Nidera anunciou na quarta-feira a descoberta de uma "questão contábil" em suas operações brasileiras durante uma revisão do balanço da unidade. O rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera é o segundo problema importante a surgir desde que a Cofco adquiriu o controle acionário da companhia holandesa. Em 2015, a Nidera anunciou seu primeiro prejuízo líquido em cinco anos, depois de descobrir US$ 200 milhões em perdas operacionais não autorizadas. Um porta-voz da Nidera disse que a empresa estava investigando a causa exata da nova questão contábil. Depois que o "Financial Times" reportou o rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera, a empresa afirmou em comunicado que "como parte do plano geral da Nidera para melhorar seus controles e gestão de risco, sob a propriedade majoritária e presidência do conselho da Cofco, a nova liderança executiva iniciou uma revisão de balanços em todas as unidades da companhia". "A revisão recentemente revelou uma questão contábil no balanço brasileiro", acrescentou a Nidera. A Nidera também informou que a Cofco havia subscrito um empréstimo à companhia holandesa a fim de garantir que ela não viole os termos de seus contratos com os bancos. A Cofco não respondeu a e-mails e telefonemas solicitando seus comentários. A Cofco tem a ambição de se tornar uma das grandes tradings agrícolas do planeta, e concorre com empresas como a Cargill e a Archer Daniels Midland. Nos dois últimos anos, a Cofco gastou mais de US$ 4 bilhões na aquisição da Nidera e da divisão de agrotrading do Noble Group. A Cofco está planejando abrir o capital de suas operações de trading agrícola, sob o nome Cofco Agri, quando completar a integração dos negócios da Nidera e Noble. Foi durante a preparação das declarações financeiras da Cofco Agri que o rombo de US$ 150 milhões nas contas da Nidera foi descoberto, disse uma pessoa próxima à situação. A integração da Nidera à Cofco Agri pode ser retardada pela descoberta, acrescentou uma segunda fonte. A Cofco adquiriu participação majoritária na Nidera por US$ 1,3 bilhão, em 2014, e em março obteve controle acionário integral da companhia, pagando mais US$ 750 milhões pelos 49% de ações que ainda não detinha, às famílias que fundaram a trading sediada em Rotterdam quase um século atrás. Ao contrário de suas contrapartes no mercado de petróleo, as tradings agrícolas vêm passando por dois anos difíceis devido às condições desfavoráveis do mercado. Um excedente permanente de oferta está pesando sobre os preços das safras e reduziu a oportunidade de mover carregamentos pelo planeta. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Presidente Barack Obama tirou os EUA de um grande atoleiro, diz leitor
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Barack Obama foi tratado de maneira injusta pela mídia ("Imagem de Obama vincula a negritude ao poder", 20/7). Ele, porém, tirou os EUA de um grande atoleiro e fez acordos com Irã e Cuba. O mundo, e especialmente o nosso Brasil, precisa dar um basta à ganância que os banqueiros impõem às nações. VICENTE SILVA REBUSKI (Campinas, SP) * O leitor Caetano Brugnaro (Painel do Leitor, 22/7) está equivocado. É mais fácil os petistas ficarem incomodados com os americanos em Cuba e botarem no Facebook #yankeegohome, já que eles é que são antiamericanos. GERALDO MAGELA DA SILVA XAVIER (Belo Horizonte, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Presidente Barack Obama tirou os EUA de um grande atoleiro, diz leitorBarack Obama foi tratado de maneira injusta pela mídia ("Imagem de Obama vincula a negritude ao poder", 20/7). Ele, porém, tirou os EUA de um grande atoleiro e fez acordos com Irã e Cuba. O mundo, e especialmente o nosso Brasil, precisa dar um basta à ganância que os banqueiros impõem às nações. VICENTE SILVA REBUSKI (Campinas, SP) * O leitor Caetano Brugnaro (Painel do Leitor, 22/7) está equivocado. É mais fácil os petistas ficarem incomodados com os americanos em Cuba e botarem no Facebook #yankeegohome, já que eles é que são antiamericanos. GERALDO MAGELA DA SILVA XAVIER (Belo Horizonte, MG) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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DJ Matador será substituído devido a problema de saúde
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Matador, headliner do palco Eletrônica, será substituído neste domingo (20). O DJ, que fecharia a noite às 2h de segunda (21), na Cidade do Rock, cancelou sua apresentação devido a um problema de saúde, segundo a organização do festival. Em seu lugar, quem se apresenta é Phonique, um dos mas renomados DJ's europeus da atualidade. Antes dele, a dupla de DJ's Pig and Dan se apresenta no palco dedicado à música eletrônica.
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ilustrada
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DJ Matador será substituído devido a problema de saúdeMatador, headliner do palco Eletrônica, será substituído neste domingo (20). O DJ, que fecharia a noite às 2h de segunda (21), na Cidade do Rock, cancelou sua apresentação devido a um problema de saúde, segundo a organização do festival. Em seu lugar, quem se apresenta é Phonique, um dos mas renomados DJ's europeus da atualidade. Antes dele, a dupla de DJ's Pig and Dan se apresenta no palco dedicado à música eletrônica.
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É doloroso, mas temos que dividir a terra, diz ex-vice-premiê de Israel
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O advogado Dan Meridor, 68, é considerado um dos "príncipes" da política israelense, da geração que consolidou o Estado que nasceu um ano depois dele próprio. Entre 1982 e 1984, foi secretário de gabinete dos ex-premiês Menachem Begin e Yitzhak Shamir, do partido de centro-direita Likud, hoje no poder com Binyamin Netanyahu. Em 1984, concorreu pela primeira vez ao Knesset (o Parlamento), também pelo Likud. Em 30 anos de carreira política, foi vice-primeiro-ministro, ministro da Inteligência e da Energia Atômica, da Justiça e das Finanças, entre outros cargos. Moderado, bateu de frente com Netanyahu em seu primeiro mandato (1996-1999), deixando o Likud em 1997 para fundar o Partido de Centro (1999). Em 2003, deixou novamente o Knesset, mas voltou em 2009 ao Likud após ser cortejado por Netanyahu - na tentativa de arrebanhar votos centristas. Em 2013, no entanto, se afastou novamente, junto com outros nomes moderados do partido. Meridor falou à Folha alguns dias antes de embarcar para o Brasil, a convite da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e da Fundação Getúlio Vargas, para participar da conferência "Encontros e Diálogos entre Palestinos e Israelenses", entre 27 e 29 em São Paulo, e 30 no Rio. * Folha - O senhor está desapontado com os caminhos do Likud? "Dan Meridor -" Não tenho diferenças em relação ao partido, mas todos conhecem as minhas ideias, que, ao meu ver, são as do Likud clássico. Deixei o Knesset porque a maioria no partido, atualmente, pensa diferente. Minha visão é a de que não podemos manter toda a terra de Israel em nossas mãos pela eternidade porque simplesmente perderíamos a maioria judaica. Nunca acreditei num Estado binacional. Acho que temos que dividir [com os palestinos] esta terra. É muito doloroso, mas repito o que o próprio Netanyahu diz. Posso não concordar com ele em outras coisas, mas ele também fala de dois Estados. Mas Netanyahu é sincero? Ele tem repetido isso. No Congresso americano, no Knesset. Sei que não e fácil também para ele. Mas um primeiro-ministro do Likud chegou a essa posição, algo impensável para líderes anteriores como (Menachem) Begin e (Yitzhak) Shamir. Recentemente, membros da coalizão do Likud fizeram comentários considerados racistas, além de terem criticado a Suprema Corte por ser "esquerdista". O que o senhor acha disso? Realmente, temos visto o uso de uma linguagem dura que traz à tona racismo, nunca ouvida antes. Por exemplo, o comentário de que uma retro-escavadeira deveria destruir a Suprema Corte [depois que aprovou a destruição de casas ilegais de colonos na Cisjordânia] foi terrível. Escuto um discurso receoso e apocalíptico. As razões são profundas. Tem a ver com o fato de que nós vivemos numa situação que, por natureza, não é uma solução permanente. Esses comentários não incitam à desobediência civil ou à violência? Em 1995, depois do assassinato do [ex-primeiro-ministro Yitzhak] Rabin, alguns disseram que todos que haviam feito protestos contra ele eram culpados. Não aceito isso. Rabin era um grande amigo meu, seu assassinato foi um dos piores dias da história de Israel. Mas deveríamos não permitir debate sobre os Acordos de Oslo? Temos que ser maduros o suficiente para deixar que as pessoas se manifestem, mesmo que seja com vozes desagradáveis que dizem coisas dolorosas de escutar. Mas há um limite. Quando há incitamento ao crime, aí não. Analistas afirmam que há uma radicalização em Israel. Um exemplo seria o fenômeno do "price tag" [vandalismo e ataques contra árabes em reação a atentados contra israelenses e decisões do Supremo, entre outros]. O senhor concorda? Há duas escolas básicas aqui desde 1967 [quando Israel ocupou os territórios palestinos]. A esquerda, ou as "pombas", diz que se você abrir mão de terra, pode fazer a paz. A direita, os "falcões", diz que temos que ficar lá para manter a segurança. A sociedade israelense está muito frustrada porque as duas visões falharam. O sentimento de que não há uma saída se torna base para que outras ideias, ideologias e convicções, algumas extremistas, venham à tona. Qual é o papel da religião nesse cenário? Muitos pensavam que, depois da Revolução Francesa, a religião seria limitada ao âmbito privado. Mas, hoje, há Estados nos quais os evangélicos se tornaram muito importantes politicamente. No Oriente Médio, as nações criadas há cem anos pelo colonialismo europeu estão ruindo e a religião se torna a identidade principal das pessoas. Mas a reintrodução da religião como solução é perigosa porque se torna justificativa para rigidez. "Deus deu essa terra a mim, então não posso dividi-la". Vemos parte disso na comunidade judaica em Israel? Sim, mas nada parecido com o nível do mundo muçulmano, com grupos radicais e de regimes religiosos como Estado Islâmico, Hizbollah, Hamas, o regime iraniano. Mas, sim, há a introdução da religião como a única justificativa para políticas, o que não faz parte do paradigma sionista. Por que houve tão poucos indiciamentos de extremistas judeus até hoje? Existe má-fé nisso? Há pessoas profanando mesquitas, vandalizando escolas, coisas horríveis. Fico muitas vezes envergonhado. Assim como fico orgulhoso quando um cientista judeu recebe um Prêmio Nobel, fico envergonhado quando um judeu comete um ato de terror. Não sou responsável nem pelo Nobel nem pelo terrorismo, mas sinto algum tipo de responsabilidade. Não acho que é preciso deter todo mundo, mas também não há nenhum motivo para pensar que tem alguém varrendo algo para debaixo do tapete. Não é fácil detê-los. Outros países também passaram por isso. É só lembrar do Baader-Meinhof, na Alemanha, das Brigate Rosse, na Itália, e do Action Directe, na França. O governo deve usar todas as medidas legais e razoáveis. Até mesmo prisões preventivas de judeus, como as que foram aprovadas depois do assassinato do bebê Ali Dawabshe, de 18 meses, no vilarejo de Duma [Cisjordânia]? Não fico muito feliz com o uso de prisões preventivas porque, quando os britânicos estavam aqui, um dos detidos foi meu pai, ex-membro do Irgun [organização paramilitar sionista durante o Mandato Britânico na Palestina]. Mas sou a favor quando é totalmente necessário, tanto no caso de judeus quanto no de árabes. O que o senhor pensa do movimento BDS ["Boicote, Desinvestimento e Sanções"] contra Israel? Os líderes do BDS são contrários à própria existência do Estado de Israel. Falar com eles não adianta nada. Fico preocupado é com outras pessoas, do bem, que não aceitam a política israelense nos territórios e se unem ao BDS por acreditar que estão fazendo a coisa certa. Mas, na verdade, apoiam quem quer o fim de Israel. Temos que falar com eles, explicar e acima de tudo, agir mostrando que não temos a intenção de ficar nos territórios para sempre.
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mundo
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É doloroso, mas temos que dividir a terra, diz ex-vice-premiê de IsraelO advogado Dan Meridor, 68, é considerado um dos "príncipes" da política israelense, da geração que consolidou o Estado que nasceu um ano depois dele próprio. Entre 1982 e 1984, foi secretário de gabinete dos ex-premiês Menachem Begin e Yitzhak Shamir, do partido de centro-direita Likud, hoje no poder com Binyamin Netanyahu. Em 1984, concorreu pela primeira vez ao Knesset (o Parlamento), também pelo Likud. Em 30 anos de carreira política, foi vice-primeiro-ministro, ministro da Inteligência e da Energia Atômica, da Justiça e das Finanças, entre outros cargos. Moderado, bateu de frente com Netanyahu em seu primeiro mandato (1996-1999), deixando o Likud em 1997 para fundar o Partido de Centro (1999). Em 2003, deixou novamente o Knesset, mas voltou em 2009 ao Likud após ser cortejado por Netanyahu - na tentativa de arrebanhar votos centristas. Em 2013, no entanto, se afastou novamente, junto com outros nomes moderados do partido. Meridor falou à Folha alguns dias antes de embarcar para o Brasil, a convite da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e da Fundação Getúlio Vargas, para participar da conferência "Encontros e Diálogos entre Palestinos e Israelenses", entre 27 e 29 em São Paulo, e 30 no Rio. * Folha - O senhor está desapontado com os caminhos do Likud? "Dan Meridor -" Não tenho diferenças em relação ao partido, mas todos conhecem as minhas ideias, que, ao meu ver, são as do Likud clássico. Deixei o Knesset porque a maioria no partido, atualmente, pensa diferente. Minha visão é a de que não podemos manter toda a terra de Israel em nossas mãos pela eternidade porque simplesmente perderíamos a maioria judaica. Nunca acreditei num Estado binacional. Acho que temos que dividir [com os palestinos] esta terra. É muito doloroso, mas repito o que o próprio Netanyahu diz. Posso não concordar com ele em outras coisas, mas ele também fala de dois Estados. Mas Netanyahu é sincero? Ele tem repetido isso. No Congresso americano, no Knesset. Sei que não e fácil também para ele. Mas um primeiro-ministro do Likud chegou a essa posição, algo impensável para líderes anteriores como (Menachem) Begin e (Yitzhak) Shamir. Recentemente, membros da coalizão do Likud fizeram comentários considerados racistas, além de terem criticado a Suprema Corte por ser "esquerdista". O que o senhor acha disso? Realmente, temos visto o uso de uma linguagem dura que traz à tona racismo, nunca ouvida antes. Por exemplo, o comentário de que uma retro-escavadeira deveria destruir a Suprema Corte [depois que aprovou a destruição de casas ilegais de colonos na Cisjordânia] foi terrível. Escuto um discurso receoso e apocalíptico. As razões são profundas. Tem a ver com o fato de que nós vivemos numa situação que, por natureza, não é uma solução permanente. Esses comentários não incitam à desobediência civil ou à violência? Em 1995, depois do assassinato do [ex-primeiro-ministro Yitzhak] Rabin, alguns disseram que todos que haviam feito protestos contra ele eram culpados. Não aceito isso. Rabin era um grande amigo meu, seu assassinato foi um dos piores dias da história de Israel. Mas deveríamos não permitir debate sobre os Acordos de Oslo? Temos que ser maduros o suficiente para deixar que as pessoas se manifestem, mesmo que seja com vozes desagradáveis que dizem coisas dolorosas de escutar. Mas há um limite. Quando há incitamento ao crime, aí não. Analistas afirmam que há uma radicalização em Israel. Um exemplo seria o fenômeno do "price tag" [vandalismo e ataques contra árabes em reação a atentados contra israelenses e decisões do Supremo, entre outros]. O senhor concorda? Há duas escolas básicas aqui desde 1967 [quando Israel ocupou os territórios palestinos]. A esquerda, ou as "pombas", diz que se você abrir mão de terra, pode fazer a paz. A direita, os "falcões", diz que temos que ficar lá para manter a segurança. A sociedade israelense está muito frustrada porque as duas visões falharam. O sentimento de que não há uma saída se torna base para que outras ideias, ideologias e convicções, algumas extremistas, venham à tona. Qual é o papel da religião nesse cenário? Muitos pensavam que, depois da Revolução Francesa, a religião seria limitada ao âmbito privado. Mas, hoje, há Estados nos quais os evangélicos se tornaram muito importantes politicamente. No Oriente Médio, as nações criadas há cem anos pelo colonialismo europeu estão ruindo e a religião se torna a identidade principal das pessoas. Mas a reintrodução da religião como solução é perigosa porque se torna justificativa para rigidez. "Deus deu essa terra a mim, então não posso dividi-la". Vemos parte disso na comunidade judaica em Israel? Sim, mas nada parecido com o nível do mundo muçulmano, com grupos radicais e de regimes religiosos como Estado Islâmico, Hizbollah, Hamas, o regime iraniano. Mas, sim, há a introdução da religião como a única justificativa para políticas, o que não faz parte do paradigma sionista. Por que houve tão poucos indiciamentos de extremistas judeus até hoje? Existe má-fé nisso? Há pessoas profanando mesquitas, vandalizando escolas, coisas horríveis. Fico muitas vezes envergonhado. Assim como fico orgulhoso quando um cientista judeu recebe um Prêmio Nobel, fico envergonhado quando um judeu comete um ato de terror. Não sou responsável nem pelo Nobel nem pelo terrorismo, mas sinto algum tipo de responsabilidade. Não acho que é preciso deter todo mundo, mas também não há nenhum motivo para pensar que tem alguém varrendo algo para debaixo do tapete. Não é fácil detê-los. Outros países também passaram por isso. É só lembrar do Baader-Meinhof, na Alemanha, das Brigate Rosse, na Itália, e do Action Directe, na França. O governo deve usar todas as medidas legais e razoáveis. Até mesmo prisões preventivas de judeus, como as que foram aprovadas depois do assassinato do bebê Ali Dawabshe, de 18 meses, no vilarejo de Duma [Cisjordânia]? Não fico muito feliz com o uso de prisões preventivas porque, quando os britânicos estavam aqui, um dos detidos foi meu pai, ex-membro do Irgun [organização paramilitar sionista durante o Mandato Britânico na Palestina]. Mas sou a favor quando é totalmente necessário, tanto no caso de judeus quanto no de árabes. O que o senhor pensa do movimento BDS ["Boicote, Desinvestimento e Sanções"] contra Israel? Os líderes do BDS são contrários à própria existência do Estado de Israel. Falar com eles não adianta nada. Fico preocupado é com outras pessoas, do bem, que não aceitam a política israelense nos territórios e se unem ao BDS por acreditar que estão fazendo a coisa certa. Mas, na verdade, apoiam quem quer o fim de Israel. Temos que falar com eles, explicar e acima de tudo, agir mostrando que não temos a intenção de ficar nos territórios para sempre.
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Jornalista vai para o quarto após acidente da Chapecoense; veja vídeo
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O jornalista Rafael Henzel deu uma boa notícia para seus amigos e familiares neste sábado. Ele foi para o quarto do hospital San Vicente Fundacion. A novidade foi contada pelo próprio jornalista em sua página no Twitter. Durante a semana, o funcionário da rádio Oeste Capital já havia divulgado diversos áudios em que falava sobre a sua melhora. Henzel foi um dos seis sobreviventes do acidente com o avião da Chapecoense que ia para Medellin. 71 pessoas morreram na queda. tweet Acidente em voo da Chapecoense
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esporte
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Jornalista vai para o quarto após acidente da Chapecoense; veja vídeoO jornalista Rafael Henzel deu uma boa notícia para seus amigos e familiares neste sábado. Ele foi para o quarto do hospital San Vicente Fundacion. A novidade foi contada pelo próprio jornalista em sua página no Twitter. Durante a semana, o funcionário da rádio Oeste Capital já havia divulgado diversos áudios em que falava sobre a sua melhora. Henzel foi um dos seis sobreviventes do acidente com o avião da Chapecoense que ia para Medellin. 71 pessoas morreram na queda. tweet Acidente em voo da Chapecoense
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Brasil caminha para crescimento mais longo da última década, diz Meirelles
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O Brasil já está em ritmo de recuperação sólida e caminha para um ciclo de crescimento que será o mais longo da última década, afirmou nesta segunda (2) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em evento sobre tecnologia em São Paulo, Meirelles disse ainda que a expectativa de juros baixos em um período bastante prolongado são reflexos de uma política econômica e "estão aqui para ficar um longo tempo", disse. Meirelles ressaltou que os economistas consultados pelo Banco Central já esperam alta de 0,7% para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, mas afirmou que, ainda mais importante, é lembrar que a economia entrará o próximo ano crescendo a um ritmo superior a 2%. Para 2018, disse ele, os economistas esperam crescimento de 2,38%, "mas achamos que pode ser maior", afirmou. Segundo o ministro, alguns analistas discutem até que ponto a recuperação é pra valer, mas eles serão surpreendidos "por sua força e vigor". Dados da atividade já disponíveis do terceiro trimestre da indústria e do varejo ampliado trazem a convicção de que o país está retomando e avançando em ritmo mais forte do que o imaginado anteriormente. Ele ressaltou que alguns indicadores da indústria e do varejo ampliado, como a produção de papelão, consumo de energia e produção de veículos, reforçam essa tese. Meirelles lembrou também da alta de 1,4% do consumo das famílias no terceiro trimestre e disse que ela pode ser explicada especialmente pela queda da inflação e pelo consequente aumento da renda real, complementado pela liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). E disse que os analistas esperavam uma recuperação do mercado de trabalho apenas no terceiro trimestre. "Mas todos tiveram surpresa positiva e a virada ocorreu ainda em abril", disse. Sem tocar na questão da reforma previdenciária, cuja aprovação Meirelles previa para outubro, Meirelles disse que o que já foi aprovado —o teto de gastos, a reforma trabalhista e a criação da taxa de juros de longo prazo (TLP)— muda um padrão histórico. "A retomada da atividade, a geração de postos trabalho, a queda inflação e dos juros estão aqui para ficar", disse.
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mercado
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Brasil caminha para crescimento mais longo da última década, diz MeirellesO Brasil já está em ritmo de recuperação sólida e caminha para um ciclo de crescimento que será o mais longo da última década, afirmou nesta segunda (2) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em evento sobre tecnologia em São Paulo, Meirelles disse ainda que a expectativa de juros baixos em um período bastante prolongado são reflexos de uma política econômica e "estão aqui para ficar um longo tempo", disse. Meirelles ressaltou que os economistas consultados pelo Banco Central já esperam alta de 0,7% para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, mas afirmou que, ainda mais importante, é lembrar que a economia entrará o próximo ano crescendo a um ritmo superior a 2%. Para 2018, disse ele, os economistas esperam crescimento de 2,38%, "mas achamos que pode ser maior", afirmou. Segundo o ministro, alguns analistas discutem até que ponto a recuperação é pra valer, mas eles serão surpreendidos "por sua força e vigor". Dados da atividade já disponíveis do terceiro trimestre da indústria e do varejo ampliado trazem a convicção de que o país está retomando e avançando em ritmo mais forte do que o imaginado anteriormente. Ele ressaltou que alguns indicadores da indústria e do varejo ampliado, como a produção de papelão, consumo de energia e produção de veículos, reforçam essa tese. Meirelles lembrou também da alta de 1,4% do consumo das famílias no terceiro trimestre e disse que ela pode ser explicada especialmente pela queda da inflação e pelo consequente aumento da renda real, complementado pela liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). E disse que os analistas esperavam uma recuperação do mercado de trabalho apenas no terceiro trimestre. "Mas todos tiveram surpresa positiva e a virada ocorreu ainda em abril", disse. Sem tocar na questão da reforma previdenciária, cuja aprovação Meirelles previa para outubro, Meirelles disse que o que já foi aprovado —o teto de gastos, a reforma trabalhista e a criação da taxa de juros de longo prazo (TLP)— muda um padrão histórico. "A retomada da atividade, a geração de postos trabalho, a queda inflação e dos juros estão aqui para ficar", disse.
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Na cúpula do G20, Brasil tenta aproveitar vácuo deixado por Trump
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O chanceler José Serra está aproveitando seus contatos na reunião de chanceleres do G20 em Bonn para tentar fazer o Brasil tirar proveito da confusão com os aliados que o presidente Donald Trump vem semeando. Exemplo mais nítido: Serra pediu um encontro com seu colega mexicano, Luis Videgaray, para defender que o México se empenhe na aproximação entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul, os dois grandes blocos comerciais da América Latina. Será nesta sexta-feira (17) e Serra defenderá também avançar nas até agora lentas negociações com o México para liberalização comercial. É claro que Serra será diplomático o suficiente para não dizer, piedosamente, que o México deveria ser o maior interessado em aprofundar o relacionamento com o Brasil e com o Mercosul, já que corre sérios riscos econômicos se Trump levar avante sua ameaça de, por exemplo, renegociar o Nafta, o acordo entre EUA, México e Canadá. A intervenção do México para aprofundar o relacionamento da Aliança do Pacífico com o Mercosul tem toda a lógica: os outros três componentes da Aliança (Colômbia, Peru e Chile) já têm acordos de livre-comércio com o Brasil. Em tese, portanto, não teriam maior interesse nem urgência nessa aproximação. Outra vítima das críticas de Trump, a União Europeia, ouviu nesta quinta-feira (17) um apelo para que se avance nas negociações de um acordo de livre comércio com o Mercosul, que vem sendo discutido há cerca de 20 anos, sem maiores resultados. O governo brasileiro considera que é o momento ideal para que a União Europeia dê sinal de vida, ao fazer esse acordo, depois de ser criticada por Trump, de ver aprovada em plebiscito a saída do Reino Unido e das cruciais eleições deste ano na Holanda, França e Alemanha. É claro que Serra não fez essa análise ao conversar com Federica Mogherini, que é uma espécie de chanceler do bloco europeu, mas deixou claro que o Mercosul espera uma oferta realmente suculenta de abertura na área agrícola para avançar nas negociações. O protecionismo europeu nessa área sempre emperrou as negociações. O chanceler espera que as dificuldades na Europa convençam seus países a cederem. Uma terceira área em que o Brasil tem interesse em começar a conversar é com a Rússia, conforme dito nesta quinta-feira ao chanceler Sergei Lavrov. Mais exatamente, o interesse é em discutir cooperação com a Associação Econômica Euroasiática, que a Rússia lidera e é composta também por Cazaquistão, Belarus e Quirquistão. A conversa será ampliada pelo presidente Michel Temer que visitará a Rússia este ano, talvez ainda no primeiro semestre.
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colunas
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Na cúpula do G20, Brasil tenta aproveitar vácuo deixado por TrumpO chanceler José Serra está aproveitando seus contatos na reunião de chanceleres do G20 em Bonn para tentar fazer o Brasil tirar proveito da confusão com os aliados que o presidente Donald Trump vem semeando. Exemplo mais nítido: Serra pediu um encontro com seu colega mexicano, Luis Videgaray, para defender que o México se empenhe na aproximação entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul, os dois grandes blocos comerciais da América Latina. Será nesta sexta-feira (17) e Serra defenderá também avançar nas até agora lentas negociações com o México para liberalização comercial. É claro que Serra será diplomático o suficiente para não dizer, piedosamente, que o México deveria ser o maior interessado em aprofundar o relacionamento com o Brasil e com o Mercosul, já que corre sérios riscos econômicos se Trump levar avante sua ameaça de, por exemplo, renegociar o Nafta, o acordo entre EUA, México e Canadá. A intervenção do México para aprofundar o relacionamento da Aliança do Pacífico com o Mercosul tem toda a lógica: os outros três componentes da Aliança (Colômbia, Peru e Chile) já têm acordos de livre-comércio com o Brasil. Em tese, portanto, não teriam maior interesse nem urgência nessa aproximação. Outra vítima das críticas de Trump, a União Europeia, ouviu nesta quinta-feira (17) um apelo para que se avance nas negociações de um acordo de livre comércio com o Mercosul, que vem sendo discutido há cerca de 20 anos, sem maiores resultados. O governo brasileiro considera que é o momento ideal para que a União Europeia dê sinal de vida, ao fazer esse acordo, depois de ser criticada por Trump, de ver aprovada em plebiscito a saída do Reino Unido e das cruciais eleições deste ano na Holanda, França e Alemanha. É claro que Serra não fez essa análise ao conversar com Federica Mogherini, que é uma espécie de chanceler do bloco europeu, mas deixou claro que o Mercosul espera uma oferta realmente suculenta de abertura na área agrícola para avançar nas negociações. O protecionismo europeu nessa área sempre emperrou as negociações. O chanceler espera que as dificuldades na Europa convençam seus países a cederem. Uma terceira área em que o Brasil tem interesse em começar a conversar é com a Rússia, conforme dito nesta quinta-feira ao chanceler Sergei Lavrov. Mais exatamente, o interesse é em discutir cooperação com a Associação Econômica Euroasiática, que a Rússia lidera e é composta também por Cazaquistão, Belarus e Quirquistão. A conversa será ampliada pelo presidente Michel Temer que visitará a Rússia este ano, talvez ainda no primeiro semestre.
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Longa faz panorama sensível do ensino público pela voz dos alunos
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NUNCA ME SONHARAM (bom) DIREÇÃO Cacau Rhoden PRODUÇÃO Brasil, 2017, 10 anos Veja salas e horários de exibição. "Eles nunca me sonharam sendo um psicólogo, nunca me sonharam sendo professor, nunca me sonharam sendo um médico, não me sonharam. Eles não sonhavam e nunca me ensinaram a sonhar. Tô aprendendo a sonhar sozinho." O relato de Felipe Lima, secundarista de Nova Olinda (CE), sobre a expectativa de seus pais analfabetos em relação ao futuro do filho dá título ao sensível documentário de Cacau Rhoden sobre ensino médio público no Brasil. O setor é eterna "prioridade" dos governos por ser sabidamente estratégico para o desenvolvimento. Mas o fato de o Brasil estar sempre mal colocado nos rankings internacionais de avaliação de alunos em leitura, ciências e matemática indica que essa valorização é retórica. Com isso, 82% dos jovens brasileiros de até 19 anos estudam hoje na rede pública, com todos os seus problemas estruturais, de formação e de retenção. É no desencontro entre os sonhos dos adolescentes brasileiros e a baixa oferta de oportunidades a eles oferecidas que "Nunca Me Sonharam" é construído –ao mesmo tempo em que desconstrói a ideia, tão em voga, de meritocracia. O longa-metragem abre mão da abordagem vertical de um punhado de casos e, a essa receita, prefere a feliz opção por um amplo panorama de estudantes secundaristas do país. São muitas dezenas de entrevistas com jovens de capitais e cidades do interior nas cinco regiões do país. De Porto Alegre (RS) a Santarém (PA), de Goiânia (GO) a Juazeiro do Norte (CE), a diversidade de sotaques e cenários, evidenciados por uma fotografia de aspiração poética, se contrapõe a uma potência comum de querer mudar o mundo, frustrada pela consciência dos alunos de que estão expostos a uma educação limitada e limitante. São educadores, psicanalistas, economistas e antropólogos que elaboram esse conflito: o jovem pobre tem a infância e a juventude encurtadas por obrigações econômicas precoces, sua educação é instrumental. Com isso, tem seus talentos desperdiçados, o que reitera a desigualdade do país, aumentando seu custo. Para além desse triste e conhecido diagnóstico, no entanto, "Nunca Me Sonharam" parte para proposições e para a apresentação de boas práticas promovidas, não por políticas públicas, mas pelo compromisso de quem faz educação no país. É assim na escola de Cocal dos Alves, no interior do Piauí, que conseguiu obter desempenho acima da média nacional mesmo num município com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano do país. Ou no caso da escola fluminense em que o diretor formou um time de futebol com seus alunos mais "problemáticos" para se aproximar deles e lhes ensinar a importância da dedicação na obtenção de resultados. Como preâmbulo, "Nunca Me Sonharam" destaca o artigo 205 da Constituição: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Num momento de crise de um país que sempre se sonhou "grande", "Nunca Me Sonharam" cumpre o importante papel de lembrar que certas premissas republicanas precisam, para serem efetivas, da colaboração e cobrança de todos.
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ilustrada
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Longa faz panorama sensível do ensino público pela voz dos alunosNUNCA ME SONHARAM (bom) DIREÇÃO Cacau Rhoden PRODUÇÃO Brasil, 2017, 10 anos Veja salas e horários de exibição. "Eles nunca me sonharam sendo um psicólogo, nunca me sonharam sendo professor, nunca me sonharam sendo um médico, não me sonharam. Eles não sonhavam e nunca me ensinaram a sonhar. Tô aprendendo a sonhar sozinho." O relato de Felipe Lima, secundarista de Nova Olinda (CE), sobre a expectativa de seus pais analfabetos em relação ao futuro do filho dá título ao sensível documentário de Cacau Rhoden sobre ensino médio público no Brasil. O setor é eterna "prioridade" dos governos por ser sabidamente estratégico para o desenvolvimento. Mas o fato de o Brasil estar sempre mal colocado nos rankings internacionais de avaliação de alunos em leitura, ciências e matemática indica que essa valorização é retórica. Com isso, 82% dos jovens brasileiros de até 19 anos estudam hoje na rede pública, com todos os seus problemas estruturais, de formação e de retenção. É no desencontro entre os sonhos dos adolescentes brasileiros e a baixa oferta de oportunidades a eles oferecidas que "Nunca Me Sonharam" é construído –ao mesmo tempo em que desconstrói a ideia, tão em voga, de meritocracia. O longa-metragem abre mão da abordagem vertical de um punhado de casos e, a essa receita, prefere a feliz opção por um amplo panorama de estudantes secundaristas do país. São muitas dezenas de entrevistas com jovens de capitais e cidades do interior nas cinco regiões do país. De Porto Alegre (RS) a Santarém (PA), de Goiânia (GO) a Juazeiro do Norte (CE), a diversidade de sotaques e cenários, evidenciados por uma fotografia de aspiração poética, se contrapõe a uma potência comum de querer mudar o mundo, frustrada pela consciência dos alunos de que estão expostos a uma educação limitada e limitante. São educadores, psicanalistas, economistas e antropólogos que elaboram esse conflito: o jovem pobre tem a infância e a juventude encurtadas por obrigações econômicas precoces, sua educação é instrumental. Com isso, tem seus talentos desperdiçados, o que reitera a desigualdade do país, aumentando seu custo. Para além desse triste e conhecido diagnóstico, no entanto, "Nunca Me Sonharam" parte para proposições e para a apresentação de boas práticas promovidas, não por políticas públicas, mas pelo compromisso de quem faz educação no país. É assim na escola de Cocal dos Alves, no interior do Piauí, que conseguiu obter desempenho acima da média nacional mesmo num município com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano do país. Ou no caso da escola fluminense em que o diretor formou um time de futebol com seus alunos mais "problemáticos" para se aproximar deles e lhes ensinar a importância da dedicação na obtenção de resultados. Como preâmbulo, "Nunca Me Sonharam" destaca o artigo 205 da Constituição: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". Num momento de crise de um país que sempre se sonhou "grande", "Nunca Me Sonharam" cumpre o importante papel de lembrar que certas premissas republicanas precisam, para serem efetivas, da colaboração e cobrança de todos.
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Dureza contra Honduras
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Hoje em dia qualquer que seja a vitória deve ser valorizada. Mas não é preciso exagerar como no Beira-Rio. A seleção brasileira é a quinta colocada no ranking da Fifa e a de Honduras é a 75a. Admitindo-se que ninguém pagou um tostão de propina para estar em tais colocações, convenhamos que ganhar dos hondurenhos no Beira-Rio é simplesmente obrigação. Mas em 2001, na Copa América, também era e, comandado por Felipão, o time formado por Marcos; Juan, Luisão e Cris; Belletti, Emerson, Eduardo Costa, Alex e Júnior; Denílson e Guilherme foi eliminado por Honduras, num 2 a 0 vexaminoso. Ontem, no Beira-Rio, depois de um sofrível primeiro tempo com vantagem mínima, Neymar entrou no segundo para mudar a cara do jogo e garantir a 10a. vitória seguida do time de Dunga. Mas não mudou. Teve duas ou três participações brilhantes e só. Se a seleção jogar assim contra a Argentina levará uma surra inesquecível. ENVELHEÇAM! Nelson Rodrigues recomendava aos jovens que envelhecessem. De que cartola tirou semelhante despautério só mesmo a brilhante cabeça dele para explicar. Porque, exceção feita as netas, não há vantagem em envelhecer, motivo de enorme tédio ao constatar que certas coisas se repetem, se repetem e se repetem. A irresponsável dança dos técnicos em nosso futebol é uma delas. Ao ver jovens companheiros indignados com as trocas é impossível não lembrar quantas vezes já batemos na mesma tecla sem resultado. A violência feita pelo Cruzeiro ao dispensar o bicampeão brasileiro Marcelo de Oliveira dá a medida. Antigamente, quando muitos desses jovens jornalistas ainda engatinhavam, era comum dizer que o time tal era um jato nas mãos de um piloto de teco-teco. Hoje acontece o inverso, como no Corinthians. Teria Tite o direito de pedir as contas por ter sido enganado? Não seria um caso de anulação de casamento por erro essencial? Jamais Tite fará isso até por ter sido mantido depois do vexame Tolima, algo que o Cruzeiro jamais faria. Dos raros acertos na vida de um cartola, a atitude parece ter a gratidão eterna do treinador, mesmo que o tal cartola diga que o manteve porque técnico é tudo igual. Cada peça que cai neste começo de Campeonato Brasileiro reforça o quanto a cartolagem é atrasada e incompetente A ponto de os clubes deixarem de aproveitar este momento especial vivido pelo coconspirador número 12 da CBF, assim nomeado pelo FBI. Com um pé em cada canoa, os presidentes dos clubes se prestaram ao papel subalterno de comparecer ao ex-edifício José Maria Marin para se solidarizar com o chefão em apuros – e disposto a entregar os anéis para manter os dedos. Entrega limitada a deixar que clubes passem a gerir os campeonatos de que participam. Romper de vez os grilhões nem pensar, criar a liga jamais, porque, afinal, com as exceções de praxe, os cartolas dos clubes sonham em ser como os da CBF. Sem prisões, é claro. Ou fugas repentinas. Ou virar número 12 do FBI. GOLPE A bancada da bola sabota a MP do Futebol e tenta fazê-la caducar.
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colunas
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Dureza contra HondurasHoje em dia qualquer que seja a vitória deve ser valorizada. Mas não é preciso exagerar como no Beira-Rio. A seleção brasileira é a quinta colocada no ranking da Fifa e a de Honduras é a 75a. Admitindo-se que ninguém pagou um tostão de propina para estar em tais colocações, convenhamos que ganhar dos hondurenhos no Beira-Rio é simplesmente obrigação. Mas em 2001, na Copa América, também era e, comandado por Felipão, o time formado por Marcos; Juan, Luisão e Cris; Belletti, Emerson, Eduardo Costa, Alex e Júnior; Denílson e Guilherme foi eliminado por Honduras, num 2 a 0 vexaminoso. Ontem, no Beira-Rio, depois de um sofrível primeiro tempo com vantagem mínima, Neymar entrou no segundo para mudar a cara do jogo e garantir a 10a. vitória seguida do time de Dunga. Mas não mudou. Teve duas ou três participações brilhantes e só. Se a seleção jogar assim contra a Argentina levará uma surra inesquecível. ENVELHEÇAM! Nelson Rodrigues recomendava aos jovens que envelhecessem. De que cartola tirou semelhante despautério só mesmo a brilhante cabeça dele para explicar. Porque, exceção feita as netas, não há vantagem em envelhecer, motivo de enorme tédio ao constatar que certas coisas se repetem, se repetem e se repetem. A irresponsável dança dos técnicos em nosso futebol é uma delas. Ao ver jovens companheiros indignados com as trocas é impossível não lembrar quantas vezes já batemos na mesma tecla sem resultado. A violência feita pelo Cruzeiro ao dispensar o bicampeão brasileiro Marcelo de Oliveira dá a medida. Antigamente, quando muitos desses jovens jornalistas ainda engatinhavam, era comum dizer que o time tal era um jato nas mãos de um piloto de teco-teco. Hoje acontece o inverso, como no Corinthians. Teria Tite o direito de pedir as contas por ter sido enganado? Não seria um caso de anulação de casamento por erro essencial? Jamais Tite fará isso até por ter sido mantido depois do vexame Tolima, algo que o Cruzeiro jamais faria. Dos raros acertos na vida de um cartola, a atitude parece ter a gratidão eterna do treinador, mesmo que o tal cartola diga que o manteve porque técnico é tudo igual. Cada peça que cai neste começo de Campeonato Brasileiro reforça o quanto a cartolagem é atrasada e incompetente A ponto de os clubes deixarem de aproveitar este momento especial vivido pelo coconspirador número 12 da CBF, assim nomeado pelo FBI. Com um pé em cada canoa, os presidentes dos clubes se prestaram ao papel subalterno de comparecer ao ex-edifício José Maria Marin para se solidarizar com o chefão em apuros – e disposto a entregar os anéis para manter os dedos. Entrega limitada a deixar que clubes passem a gerir os campeonatos de que participam. Romper de vez os grilhões nem pensar, criar a liga jamais, porque, afinal, com as exceções de praxe, os cartolas dos clubes sonham em ser como os da CBF. Sem prisões, é claro. Ou fugas repentinas. Ou virar número 12 do FBI. GOLPE A bancada da bola sabota a MP do Futebol e tenta fazê-la caducar.
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Florestas tropicais podem economizar 12 Brasis por ano de emissões
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As florestas tropicais do mundo, Amazônia à frente, podem ajudar a combater a mudança climática tirando o equivalente a 12 Brasis de emissões de CO2 (dióxido de carbono) da atmosfera a cada ano. Mas esse é um cenário implausível, pois falta fazer muita coisa para chegar lá, inclusive no Brasil. Esse potencial foi divulgado na COP21, a cúpula do clima que se realiza em Paris até sexta-feira (11). A soma, compilada por Richard Houghton, pesquisador do Woods Hole Research Center (WHRC), think-tank dos EUA, reúne cifras de quatro artigos científicos em periódicos como "Nature Climate Change" e "Global Change Biology". Houghton, autor de um dos estudos, diz que eles fornecem evidência poderosa de que as florestas tropicais podem absorver e armazenar tremendas quantidades de carbono, podem ser medidas de maneira confiável e compensar um grande percentual das emissões globais de gases do efeito estufa. O total projetado de emissões que podem ser evitadas por florestas equivale a 18 bilhões de toneladas de CO2 (18 GtCO2), o principal gás do efeito estufa. No ano passado, todos os setores da economia brasileira emitiram 1,5 GtCO2 (o desmatamento, embora em queda, ainda entra com quase um terço do carbono emitido no país). A conta anual se divide assim: 3,6 GtCO2 que deixaria de ser emitida com desmatamento zero, 3,6-10,8 GtCO2 que podem ser retiradas com a regeneração florestal e mais 3,6 GtCO2 com o aumento da área florestada. Essa redução teria de ser combinada com o congelamento das emissões de combustíveis fósseis por dez anos e depois com uma redução a 20%, até 2050, para zerar tudo até 2100. Com isso, calcula Houghton, haveria uma probabilidade de 75% de que o aquecimento global não ultrapasse 2°C, o limiar de risco. Outro artigo, publicado na "Global Change Biology", apresenta o caso do Brasil como exemplo de que deter o desmatamento seria uma ambição realista. O trabalho de Alessandro Baccini, também do WHRC, apontou a economia brasileira de pelo menos 3,6 GtCO2, entre 2004 e 2009, quando despencou a destruição florestal na Amazônia. "O Brasil mostra que pode ser feito, e rapidamente", disse Baccini. "Isso requer forte vontade política, contudo, e esse é um ingrediente que com frequência fica faltando, não só em países tropicais, mas também nos desenvolvidos, que precisam ajudar a financiar o esforço." DIVERGÊNCIA BRASILEIRA Se a imagem do Brasil brilha para outros países na COP21, no front doméstico persistem as críticas ao governo federal, em especial no que toca ao desmatamento. Nesta quarta-feira (9) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff (PT) foi lançada na COP21 por organizações como o Observatório do Clima (uma rede de ONGs) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura (que reúne associações empresariais e ONGs). Elas pedem a revisão do processo de Redd no Brasil. Redd é um mecanismo financeiro sob a convenção do clima para carrear recursos a quem consiga evitar desmatamento e degradação de florestas. Governos estaduais estão insatisfeitos com a demora em definir as regras e com o controle do processo pela esfera federal. O Planalto vai criar uma comissão nacional para regulamentar como se dará a captação, a distribuição e o dispêndio de recursos do Redd. O problema é que ela terá só dois representantes da sociedade civil entre seus 13 membros (contra oito do governo federal). Para as entidades signatárias da carta, entre elas a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e o Comitê Indígena de Mudanças Climáticas, a comissão não garante "o equilíbrio entre governo e organizações da sociedade, a exemplo do exitoso modelo já adotado (...) na gestão do Fundo Amazônia". CÓDIGO FLORESTAL Na terça-feira (8), outra coalizão –o Observatório do Código Florestal– questionou na COP21 a falta de transparência e os atrasos na implementação do código. Uma questão central é o cadastro ambiental rural (CAR), registro em que todas as propriedades rurais do país terão de declarar o quanto devem ou têm de superavit em matas preservadas. Em alguns Estados, como Mato Grosso, 77% das fazendas já têm o CAR. Mas apenas 5% desses dados reportados de forma voluntária foram verificados, alertou Brenda Brito, da ONG Imazon. "Não é o bastante para cumprir a INDC [meta brasileira]", disse Brito. "É só mais um desafio." Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica, criticou a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, de um projeto permitindo plantações de frutíferas na recomposição de áreas de preservação permanente que foram ilegalmente desmatadas. Há uma "sabotagem permanente" do código no Congresso, alertou. Segundo o Observatório do Código, há 87 GtCO2 estocadas na vegetação florestal garantida pela lei em todo o Brasil. Outros 18 GtCO2 –a mesma cifra que as pesquisas indicam poder ser poupada a cada ano no mundo todo– se acham armazenadas em reservas nacionais de mata que podem ser legalmente derrubadas. Para evitar que esse carbono todo chegue à atmosfera, dizem associações e ONGs, o governo brasileiro precisa criar mais incentivos financeiros e legais à preservação.
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Florestas tropicais podem economizar 12 Brasis por ano de emissõesAs florestas tropicais do mundo, Amazônia à frente, podem ajudar a combater a mudança climática tirando o equivalente a 12 Brasis de emissões de CO2 (dióxido de carbono) da atmosfera a cada ano. Mas esse é um cenário implausível, pois falta fazer muita coisa para chegar lá, inclusive no Brasil. Esse potencial foi divulgado na COP21, a cúpula do clima que se realiza em Paris até sexta-feira (11). A soma, compilada por Richard Houghton, pesquisador do Woods Hole Research Center (WHRC), think-tank dos EUA, reúne cifras de quatro artigos científicos em periódicos como "Nature Climate Change" e "Global Change Biology". Houghton, autor de um dos estudos, diz que eles fornecem evidência poderosa de que as florestas tropicais podem absorver e armazenar tremendas quantidades de carbono, podem ser medidas de maneira confiável e compensar um grande percentual das emissões globais de gases do efeito estufa. O total projetado de emissões que podem ser evitadas por florestas equivale a 18 bilhões de toneladas de CO2 (18 GtCO2), o principal gás do efeito estufa. No ano passado, todos os setores da economia brasileira emitiram 1,5 GtCO2 (o desmatamento, embora em queda, ainda entra com quase um terço do carbono emitido no país). A conta anual se divide assim: 3,6 GtCO2 que deixaria de ser emitida com desmatamento zero, 3,6-10,8 GtCO2 que podem ser retiradas com a regeneração florestal e mais 3,6 GtCO2 com o aumento da área florestada. Essa redução teria de ser combinada com o congelamento das emissões de combustíveis fósseis por dez anos e depois com uma redução a 20%, até 2050, para zerar tudo até 2100. Com isso, calcula Houghton, haveria uma probabilidade de 75% de que o aquecimento global não ultrapasse 2°C, o limiar de risco. Outro artigo, publicado na "Global Change Biology", apresenta o caso do Brasil como exemplo de que deter o desmatamento seria uma ambição realista. O trabalho de Alessandro Baccini, também do WHRC, apontou a economia brasileira de pelo menos 3,6 GtCO2, entre 2004 e 2009, quando despencou a destruição florestal na Amazônia. "O Brasil mostra que pode ser feito, e rapidamente", disse Baccini. "Isso requer forte vontade política, contudo, e esse é um ingrediente que com frequência fica faltando, não só em países tropicais, mas também nos desenvolvidos, que precisam ajudar a financiar o esforço." DIVERGÊNCIA BRASILEIRA Se a imagem do Brasil brilha para outros países na COP21, no front doméstico persistem as críticas ao governo federal, em especial no que toca ao desmatamento. Nesta quarta-feira (9) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff (PT) foi lançada na COP21 por organizações como o Observatório do Clima (uma rede de ONGs) e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura (que reúne associações empresariais e ONGs). Elas pedem a revisão do processo de Redd no Brasil. Redd é um mecanismo financeiro sob a convenção do clima para carrear recursos a quem consiga evitar desmatamento e degradação de florestas. Governos estaduais estão insatisfeitos com a demora em definir as regras e com o controle do processo pela esfera federal. O Planalto vai criar uma comissão nacional para regulamentar como se dará a captação, a distribuição e o dispêndio de recursos do Redd. O problema é que ela terá só dois representantes da sociedade civil entre seus 13 membros (contra oito do governo federal). Para as entidades signatárias da carta, entre elas a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e o Comitê Indígena de Mudanças Climáticas, a comissão não garante "o equilíbrio entre governo e organizações da sociedade, a exemplo do exitoso modelo já adotado (...) na gestão do Fundo Amazônia". CÓDIGO FLORESTAL Na terça-feira (8), outra coalizão –o Observatório do Código Florestal– questionou na COP21 a falta de transparência e os atrasos na implementação do código. Uma questão central é o cadastro ambiental rural (CAR), registro em que todas as propriedades rurais do país terão de declarar o quanto devem ou têm de superavit em matas preservadas. Em alguns Estados, como Mato Grosso, 77% das fazendas já têm o CAR. Mas apenas 5% desses dados reportados de forma voluntária foram verificados, alertou Brenda Brito, da ONG Imazon. "Não é o bastante para cumprir a INDC [meta brasileira]", disse Brito. "É só mais um desafio." Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica, criticou a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, de um projeto permitindo plantações de frutíferas na recomposição de áreas de preservação permanente que foram ilegalmente desmatadas. Há uma "sabotagem permanente" do código no Congresso, alertou. Segundo o Observatório do Código, há 87 GtCO2 estocadas na vegetação florestal garantida pela lei em todo o Brasil. Outros 18 GtCO2 –a mesma cifra que as pesquisas indicam poder ser poupada a cada ano no mundo todo– se acham armazenadas em reservas nacionais de mata que podem ser legalmente derrubadas. Para evitar que esse carbono todo chegue à atmosfera, dizem associações e ONGs, o governo brasileiro precisa criar mais incentivos financeiros e legais à preservação.
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Com duas atletas, brasileiras voltam ao pódio da São Silvestre após 5 anos
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Com duas atletas no pódio, Sueli Pereira da Silva, em quarto lugar, e Joziane Cardoso, em quinto, as brasileiras conquistaram nesta 91ª edição da Corrida de São Silvestre a melhor posição para corredoras do país na prova nos últimos cinco anos. Em 2010, Simone Alves da Silva chegou em segundo lugar atrás da queniana Alice Timbilili. Outra brasileira, Cruz Nonata da Silva, chegou em quarto. Nos anos seguintes, nenhuma brasileira havia chegado ao pódio. As melhores posições foram Cruz Nonata da Silva (6º em 2011), Joziane Cardoso (8º em 2012), Sueli Pereira da Silva (6º em 2013) e Joziane Cardoso (8º em 2014). Sobem ao pódio as cinco primeiras colocadas. Em todas as provas nesse período, a vencedora da competição foi uma corredora africana : três quenianas e duas etíopes. No ano passado, a vencedora foi a mesma Yimer Ayalew, do Quênia, que também triunfou este ano. "Oito anos tentando e consegui o pódio. Queria vencer, mas não deu. São 15 anos de luta no atletismo e deu para ficar em quarto. Não é fácil correr com as quenianas, é muito difícil", disse Sueli, que em seguida começou a chorar. Antes de iniciar a entrevista, Joziane falou com o marido ao celular. "É meu marido [Claudemir], ele está dando pulos e pulos de felicidade. A felicidade é muito grande, é um pódio que todo mundo almeja. Parece que estou sonhando. Sonhei a minha vida toda em estar nesse pódio. Na chegada não tinha mais força, não estava sentindo as pernas, estava flutuando", afirmou. "Cada ano estamos batalhando mais e mais. No ano passado, fiz uma estratégia que não deu muito certo. Cada ano aprendemos um pouco mais a correr na São Silvestre", completou. DE NOVO GIOVANI Entre os homens, o melhor brasileiro foi de novo Giovani dos Santos, que chegou em quarto lugar, atrás de três corredores africanos. Giovani também foi o melhor brasileiro na São Silvestre em 2014 (5º), 2013 (4º), 2012 (5º) e 2010 (4º). O Brasil não vence a prova desde 2010, com Marilson Gomes dos Santos. De lá para cá, todos os vencedores foram africanos –três quenianos e um etíope (Edwin Kipsang, duas vezes). "Mais uma vez, a prova foi difícil, mas sou a igual cachorro: não largo o osso fácil. Não foi por falta de raça e vontade. Estou feliz pela quinta colocação. Fico feliz, mas sempre procuro um lugar mais alto no pódio. Hoje, só de estar lá, já fiquei feliz", disse Giovani. "Até o km 12,5 eu acompanhei eles [os africanos]. Procurei fazer muita força para chegar em uma posição melhor, mas é briga de cachorro grande", completou Giovani. Solonei Rocha da Silva, único brasileiro com vaga garantida na Rio-2016, chegou apenas em 14º lugar. Ele virou alvo de polêmica com outros maratonistas por ter garantido a vaga olímpica após ter ficado entre os 20 primeiros do Mundial, segundo novo critério fixado pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), independente do fato de não ter um dos três melhores tempos -são três vagas por país para homens e mulheres. Confira os resultados da 91ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre Masculino 1: Stanley Biwott (QUE) - 44min31s 2: Leul Gebresilase (ETI) - 44min34s 3: Feyisa Lilesa (ETI) - 44min38s 4: Edwin Kipsang (QUE) - 44min41s 5: Giovani dos Santos (BRA) - 44min58s Feminino 1: Ymer Wude Ayalew (ETI) - 54min0s 2: Delvine Relin (QUE) - 54min03s 3: Failuna Matanga (TAN) - 54min11s 4: Sueli Pereira (BRA) - 54min15s 5: Joziane Cardoso (BRA) - 54min22s
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esporte
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Com duas atletas, brasileiras voltam ao pódio da São Silvestre após 5 anosCom duas atletas no pódio, Sueli Pereira da Silva, em quarto lugar, e Joziane Cardoso, em quinto, as brasileiras conquistaram nesta 91ª edição da Corrida de São Silvestre a melhor posição para corredoras do país na prova nos últimos cinco anos. Em 2010, Simone Alves da Silva chegou em segundo lugar atrás da queniana Alice Timbilili. Outra brasileira, Cruz Nonata da Silva, chegou em quarto. Nos anos seguintes, nenhuma brasileira havia chegado ao pódio. As melhores posições foram Cruz Nonata da Silva (6º em 2011), Joziane Cardoso (8º em 2012), Sueli Pereira da Silva (6º em 2013) e Joziane Cardoso (8º em 2014). Sobem ao pódio as cinco primeiras colocadas. Em todas as provas nesse período, a vencedora da competição foi uma corredora africana : três quenianas e duas etíopes. No ano passado, a vencedora foi a mesma Yimer Ayalew, do Quênia, que também triunfou este ano. "Oito anos tentando e consegui o pódio. Queria vencer, mas não deu. São 15 anos de luta no atletismo e deu para ficar em quarto. Não é fácil correr com as quenianas, é muito difícil", disse Sueli, que em seguida começou a chorar. Antes de iniciar a entrevista, Joziane falou com o marido ao celular. "É meu marido [Claudemir], ele está dando pulos e pulos de felicidade. A felicidade é muito grande, é um pódio que todo mundo almeja. Parece que estou sonhando. Sonhei a minha vida toda em estar nesse pódio. Na chegada não tinha mais força, não estava sentindo as pernas, estava flutuando", afirmou. "Cada ano estamos batalhando mais e mais. No ano passado, fiz uma estratégia que não deu muito certo. Cada ano aprendemos um pouco mais a correr na São Silvestre", completou. DE NOVO GIOVANI Entre os homens, o melhor brasileiro foi de novo Giovani dos Santos, que chegou em quarto lugar, atrás de três corredores africanos. Giovani também foi o melhor brasileiro na São Silvestre em 2014 (5º), 2013 (4º), 2012 (5º) e 2010 (4º). O Brasil não vence a prova desde 2010, com Marilson Gomes dos Santos. De lá para cá, todos os vencedores foram africanos –três quenianos e um etíope (Edwin Kipsang, duas vezes). "Mais uma vez, a prova foi difícil, mas sou a igual cachorro: não largo o osso fácil. Não foi por falta de raça e vontade. Estou feliz pela quinta colocação. Fico feliz, mas sempre procuro um lugar mais alto no pódio. Hoje, só de estar lá, já fiquei feliz", disse Giovani. "Até o km 12,5 eu acompanhei eles [os africanos]. Procurei fazer muita força para chegar em uma posição melhor, mas é briga de cachorro grande", completou Giovani. Solonei Rocha da Silva, único brasileiro com vaga garantida na Rio-2016, chegou apenas em 14º lugar. Ele virou alvo de polêmica com outros maratonistas por ter garantido a vaga olímpica após ter ficado entre os 20 primeiros do Mundial, segundo novo critério fixado pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), independente do fato de não ter um dos três melhores tempos -são três vagas por país para homens e mulheres. Confira os resultados da 91ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre Masculino 1: Stanley Biwott (QUE) - 44min31s 2: Leul Gebresilase (ETI) - 44min34s 3: Feyisa Lilesa (ETI) - 44min38s 4: Edwin Kipsang (QUE) - 44min41s 5: Giovani dos Santos (BRA) - 44min58s Feminino 1: Ymer Wude Ayalew (ETI) - 54min0s 2: Delvine Relin (QUE) - 54min03s 3: Failuna Matanga (TAN) - 54min11s 4: Sueli Pereira (BRA) - 54min15s 5: Joziane Cardoso (BRA) - 54min22s
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'Crianças são mais livres na periferia', dizem fundadoras do SlowKids
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RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Em 2011, a produtora cultural Tatiana Weberman teve a ideia de exibir filmes ao ar livre, em parques. O SlowMovie foi pensado para adultos, mas ela percebeu que as crianças se divertiam bastante no evento. Por isso, junto à produtora audiovisual Juliana Borges, ela decidiu criar o SlowKids, em 2013, para estimular os pais a repensar a rotina dos pequenos. Na visão delas, os pequenos estão sem tempo para brincar livremente. Passam os dias divididos entre uma série de tarefas em lugares fechados e atrações exibidas em tablets, TVs e celulares. Há três anos, o SlowKids faz campanha nas redes sociais para mudar o modo de agir dos pais e realiza eventos em parques de São Paulo com atividades para as crianças curtirem ao ar livre e "desacelerarem". Já foram seis edições, sempre gratuitas, que recebem até cinco mil pessoas. A próxima será no último domingo do mês, dia 29, no parque Villa-Lobos, zona oeste da cidade. Por que as crianças brincam menos? Tatiana - As famílias transformam as crianças em miniexecutivos e enchem a agenda delas de atividades para suprir qualquer falta de tempo. Pensam que se a criança está sem fazer nada, não está se desenvolvendo. E é justamente ao contrário: a criança precisa desses momentos para estimular a criatividade, brincar, fantasiar, ter amplitude de percepção de espaço. Juliana - A criança brasileira é uma das que ficam mais tempo em frente às telas: média de cinco horas por dia. Tem mães que dão tablet para crianças de dois meses, sendo que o ideal seja o uso após os dois anos de idade. Hoje, 33% das crianças são obesas ou têm sobrepeso. Isso é muito relacionado com ficar na frente do computador, do videogame. A criança que sai, corre e gasta energia não vai ficar assim. Como avaliam o uso das áreas públicas, como parques? Tatiana - Os momentos nos quais as famílias passam momentos de qualidade juntos, longe de aparatos tecnológicos, é hoje muito reduzido. No parque, você vê os filhos brincando e o pai no celular. Os números são cada vez mais alarmantes: 80% das crianças passam menos de duas horas por dia ao ar livre. Elas estão muito enclausuradas. Em vez de ir a um parque ou praça, as famílias preferem levar as crianças para shoppings, um ambiente marcado pelo consumo excessivo. Nós estimulamos a troca de brinquedos em vez da compra. O compartilhamento das coisas é o futuro. A forma dos pais lidarem com as crianças muda de acordo com a região da cidade? Juliana - Sim. Fomos em locais como Parelheiros e Cidade Tiradentes e montamos a estrutura usada nos eventos em parques, o Erê Lab (espécie de playground). A forma como eles brincavam lá era diferente das crianças da zona oeste. Eles são mais soltas. Aqui, os pais brincam mais junto dos filhos, às vezes querem interferir. A criança quer seguir a trilha pela parte de baixo do brinquedo e a mãe manda ela ir por cima. Lá, os pais deixam as crianças brincarem sozinhas e vão fazer outra coisa enquanto isso acontece. Tatiana - Na periferia, as crianças já brincam nas ruas, mas não têm acolhimento do espaço público. Lá não tem essa questão da agenda superlotada. Eles são mais livres, com mais domínio corporal, pois sobem em árvores, brincam mais. Vocês percebem resultados do trabalho realizado com os pais? Tatiana - Agora que começou a se falar sobre deixar as crianças brincarem. Antes, todo mundo achava que estava tudo bem. Mas aí vieram os casos de crianças com problemas de falta de atenção, que não querem brincar. O trabalho que estamos fazendo é o de colher grãos para fazer uma grande feijoada, até as pessoas tomarem consciência e mudarem seus comportamentos. Juliana - Em um evento Slowkids, choveu e começaram a se formar poças de água, que viraram uma diversão. Vimos muitas crianças rolando naquela lama, brincando. Mas também muitos pais que não deixavam, diziam "cuidado, não vai lá, pula a lama, vai sujar o sapato". Já outros se divertiram juntos e ficaram tirando fotos dos filhos com o celular. Tatiana - Muitos pais não tem repertório de brincadeiras. Vamos publicar no site coisas como "o que fazer com os filhos em casa quando chove", com brincadeiras para fazer no parque, um piquenique legal, para munir os pais de informações. Às vezes eles querem mudar, mas não sabem o que fazer.
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saopaulo
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'Crianças são mais livres na periferia', dizem fundadoras do SlowKidsRAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO Em 2011, a produtora cultural Tatiana Weberman teve a ideia de exibir filmes ao ar livre, em parques. O SlowMovie foi pensado para adultos, mas ela percebeu que as crianças se divertiam bastante no evento. Por isso, junto à produtora audiovisual Juliana Borges, ela decidiu criar o SlowKids, em 2013, para estimular os pais a repensar a rotina dos pequenos. Na visão delas, os pequenos estão sem tempo para brincar livremente. Passam os dias divididos entre uma série de tarefas em lugares fechados e atrações exibidas em tablets, TVs e celulares. Há três anos, o SlowKids faz campanha nas redes sociais para mudar o modo de agir dos pais e realiza eventos em parques de São Paulo com atividades para as crianças curtirem ao ar livre e "desacelerarem". Já foram seis edições, sempre gratuitas, que recebem até cinco mil pessoas. A próxima será no último domingo do mês, dia 29, no parque Villa-Lobos, zona oeste da cidade. Por que as crianças brincam menos? Tatiana - As famílias transformam as crianças em miniexecutivos e enchem a agenda delas de atividades para suprir qualquer falta de tempo. Pensam que se a criança está sem fazer nada, não está se desenvolvendo. E é justamente ao contrário: a criança precisa desses momentos para estimular a criatividade, brincar, fantasiar, ter amplitude de percepção de espaço. Juliana - A criança brasileira é uma das que ficam mais tempo em frente às telas: média de cinco horas por dia. Tem mães que dão tablet para crianças de dois meses, sendo que o ideal seja o uso após os dois anos de idade. Hoje, 33% das crianças são obesas ou têm sobrepeso. Isso é muito relacionado com ficar na frente do computador, do videogame. A criança que sai, corre e gasta energia não vai ficar assim. Como avaliam o uso das áreas públicas, como parques? Tatiana - Os momentos nos quais as famílias passam momentos de qualidade juntos, longe de aparatos tecnológicos, é hoje muito reduzido. No parque, você vê os filhos brincando e o pai no celular. Os números são cada vez mais alarmantes: 80% das crianças passam menos de duas horas por dia ao ar livre. Elas estão muito enclausuradas. Em vez de ir a um parque ou praça, as famílias preferem levar as crianças para shoppings, um ambiente marcado pelo consumo excessivo. Nós estimulamos a troca de brinquedos em vez da compra. O compartilhamento das coisas é o futuro. A forma dos pais lidarem com as crianças muda de acordo com a região da cidade? Juliana - Sim. Fomos em locais como Parelheiros e Cidade Tiradentes e montamos a estrutura usada nos eventos em parques, o Erê Lab (espécie de playground). A forma como eles brincavam lá era diferente das crianças da zona oeste. Eles são mais soltas. Aqui, os pais brincam mais junto dos filhos, às vezes querem interferir. A criança quer seguir a trilha pela parte de baixo do brinquedo e a mãe manda ela ir por cima. Lá, os pais deixam as crianças brincarem sozinhas e vão fazer outra coisa enquanto isso acontece. Tatiana - Na periferia, as crianças já brincam nas ruas, mas não têm acolhimento do espaço público. Lá não tem essa questão da agenda superlotada. Eles são mais livres, com mais domínio corporal, pois sobem em árvores, brincam mais. Vocês percebem resultados do trabalho realizado com os pais? Tatiana - Agora que começou a se falar sobre deixar as crianças brincarem. Antes, todo mundo achava que estava tudo bem. Mas aí vieram os casos de crianças com problemas de falta de atenção, que não querem brincar. O trabalho que estamos fazendo é o de colher grãos para fazer uma grande feijoada, até as pessoas tomarem consciência e mudarem seus comportamentos. Juliana - Em um evento Slowkids, choveu e começaram a se formar poças de água, que viraram uma diversão. Vimos muitas crianças rolando naquela lama, brincando. Mas também muitos pais que não deixavam, diziam "cuidado, não vai lá, pula a lama, vai sujar o sapato". Já outros se divertiram juntos e ficaram tirando fotos dos filhos com o celular. Tatiana - Muitos pais não tem repertório de brincadeiras. Vamos publicar no site coisas como "o que fazer com os filhos em casa quando chove", com brincadeiras para fazer no parque, um piquenique legal, para munir os pais de informações. Às vezes eles querem mudar, mas não sabem o que fazer.
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Basta vontade para compostar e ter horta orgânica em casa, diz arquiteta
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Para quem acha que fazer a compostagem dos resíduos orgânicos dentro de casa é algo complicado e demanda espaço, a arquiteta Renata Portenoy alerta: "Não é nada muito difícil, acho que tem a ver com aquilo que a gente acredita" No apartamento de classe média, que divide com o marido e um casal de filhos, ela não só trata da destinação correta do lixo que a família produz, como também cultiva uma horta doméstica, em plena avenida Faria Lima, região nobre da capital paulista. A arquiteta chegou a morar um tempo fora da metrópole, mas quando voltou continuou seu trabalho com hortas. Ela sentia, no entanto, que ainda faltava algo. "Eu tinha todos os recursos que precisava para minha horta, mas ainda saía para comprar adubo e muitas vezes não encontrava um orgânico." Encontrou a solução para o problema ao adquirir uma composteira doméstica da Morada da Floresta. O negócio social foi fundado por Cláudio Spínola, expandindo o estilo de vida do empreendedor para outras famílias de São Paulo. Ele é um dos finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2016 e concorre também na categoria Escolha do Leitor; vote. "A Morada facilitava a nossa vida ao já entregar um produto pronto, os kits das caixas, que precisa de um lugar mínimo", diz a usuária urbana, que conseguiu assim reduzir a quase zero os resíduos orgânicos gerados em casa. Para Renata, a horta e o minhocário caseiro são um retorno a um modo de viver mais sustentável, em plena cidade. "É resgatar valores que estão muito perdidos, do contato com o natural, de uma casa mais equilibrada, com menor geração de resíduos." Leia seu depoimento à Folha. * A compostagem doméstica entrou na minha vida no momento em que voltava para São Paulo, depois de ter ficado muitos anos fora. Já dava aulas de horta, trabalhava com crianças, mas faltava alguma coisa. Descobri que era justamente a compostagem doméstica. Eu tinha todos os recursos de que precisava para minha horta, mas ainda saía para comprar adubo e muitas vezes não encontrava um orgânico. Buscando essa tendência da minimização dos resíduos e, ao mesmo tempo, um recurso para adubar de forma natural, sem nenhum tipo de componente químico, comecei a ter a ideia de fazer compostagem em casa. Aí apareceu a Morada da Floresta na minha vida. Fiz uma busca, conversei com alguns amigos que já faziam e encontrei um produto pronto, já que eles facilitavam a nossa vida ao já entregar os kits das caixas, que ocupam um lugar mínimo [na área de serviço]. Sempre digo que o problema [para não fazer compostagem em apartamento] não é falta de espaço, é falta de vontade. O kit ocupa pouco espaço e organiza a bagunça. A questão do cheiro acontece quando se está manipulando de uma forma inadequada. Assim como tudo na natureza, se a gente faz a compostagem direito, ela funciona, não traz nem bicho nem maus odores. Não é nada muito difícil, acho que tem a ver com aquilo que a gente acredita. Do lado da pia, tenho um pequeno lixo onde jogo tudo aquilo que é apropriado [para compostar]. Restos de frutas, legumes, verduras, cascas de ovos, borra de café, resto de chá, tudo isso a gente separa na pia. A cada dois dias, vou até minha área de serviço e jogo tudo dentro da caixa de cima. Cubro com serragem ou com folhas, matérias orgânicas que pego numa pracinha aqui perto. Tampo a caixa e a vida continua. No meu caso que moramos em quatro pessoas e realmente consumimos bastante frutas, verduras e legumes, demoro uns dois meses para encher uma caixa. Quando ela enche, passa a ser a caixa do meio. Se a do meio já estava lotada de resíduos que tinha jogado antes, essa terra que ficou durante dois meses descansando embaixo está pronta. É o adubo que vai para a minha horta e também para as hortas que faço para minha mãe e amigos Minha horta caseira tem rúcula, pimentinha dedo de moça, orégano, cebolinha, alecrim, manjericão e tomilho. Na sala, tenho tomate, cenoura e um pé de arruda, que nunca faz mal. Acho demais ter uma horta em plena avenida Faria Lima. É um retorno natural no meio da cidade. É resgatar valores que estão muito perdidos, do contato com o natural, de uma casa mais equilibrada, com menor geração de resíduos. É um desafio, mas, ao mesmo tempo, é uma coisa do ser humano. Todos deveriam fazer isso. É uma proposta que faz a gente se sentir mais responsável, mais em harmonia. Quando digo que estou fazendo horta, as pessoas pensam que eu moro numa casa enorme. Digo: "Não, meu apartamento não é enorme". Tento ser, de alguma forma, um espelho para algumas pessoas que querem fazer a compostagem e acham que é difícil. E não é.
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empreendedorsocial
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Basta vontade para compostar e ter horta orgânica em casa, diz arquitetaPara quem acha que fazer a compostagem dos resíduos orgânicos dentro de casa é algo complicado e demanda espaço, a arquiteta Renata Portenoy alerta: "Não é nada muito difícil, acho que tem a ver com aquilo que a gente acredita" No apartamento de classe média, que divide com o marido e um casal de filhos, ela não só trata da destinação correta do lixo que a família produz, como também cultiva uma horta doméstica, em plena avenida Faria Lima, região nobre da capital paulista. A arquiteta chegou a morar um tempo fora da metrópole, mas quando voltou continuou seu trabalho com hortas. Ela sentia, no entanto, que ainda faltava algo. "Eu tinha todos os recursos que precisava para minha horta, mas ainda saía para comprar adubo e muitas vezes não encontrava um orgânico." Encontrou a solução para o problema ao adquirir uma composteira doméstica da Morada da Floresta. O negócio social foi fundado por Cláudio Spínola, expandindo o estilo de vida do empreendedor para outras famílias de São Paulo. Ele é um dos finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2016 e concorre também na categoria Escolha do Leitor; vote. "A Morada facilitava a nossa vida ao já entregar um produto pronto, os kits das caixas, que precisa de um lugar mínimo", diz a usuária urbana, que conseguiu assim reduzir a quase zero os resíduos orgânicos gerados em casa. Para Renata, a horta e o minhocário caseiro são um retorno a um modo de viver mais sustentável, em plena cidade. "É resgatar valores que estão muito perdidos, do contato com o natural, de uma casa mais equilibrada, com menor geração de resíduos." Leia seu depoimento à Folha. * A compostagem doméstica entrou na minha vida no momento em que voltava para São Paulo, depois de ter ficado muitos anos fora. Já dava aulas de horta, trabalhava com crianças, mas faltava alguma coisa. Descobri que era justamente a compostagem doméstica. Eu tinha todos os recursos de que precisava para minha horta, mas ainda saía para comprar adubo e muitas vezes não encontrava um orgânico. Buscando essa tendência da minimização dos resíduos e, ao mesmo tempo, um recurso para adubar de forma natural, sem nenhum tipo de componente químico, comecei a ter a ideia de fazer compostagem em casa. Aí apareceu a Morada da Floresta na minha vida. Fiz uma busca, conversei com alguns amigos que já faziam e encontrei um produto pronto, já que eles facilitavam a nossa vida ao já entregar os kits das caixas, que ocupam um lugar mínimo [na área de serviço]. Sempre digo que o problema [para não fazer compostagem em apartamento] não é falta de espaço, é falta de vontade. O kit ocupa pouco espaço e organiza a bagunça. A questão do cheiro acontece quando se está manipulando de uma forma inadequada. Assim como tudo na natureza, se a gente faz a compostagem direito, ela funciona, não traz nem bicho nem maus odores. Não é nada muito difícil, acho que tem a ver com aquilo que a gente acredita. Do lado da pia, tenho um pequeno lixo onde jogo tudo aquilo que é apropriado [para compostar]. Restos de frutas, legumes, verduras, cascas de ovos, borra de café, resto de chá, tudo isso a gente separa na pia. A cada dois dias, vou até minha área de serviço e jogo tudo dentro da caixa de cima. Cubro com serragem ou com folhas, matérias orgânicas que pego numa pracinha aqui perto. Tampo a caixa e a vida continua. No meu caso que moramos em quatro pessoas e realmente consumimos bastante frutas, verduras e legumes, demoro uns dois meses para encher uma caixa. Quando ela enche, passa a ser a caixa do meio. Se a do meio já estava lotada de resíduos que tinha jogado antes, essa terra que ficou durante dois meses descansando embaixo está pronta. É o adubo que vai para a minha horta e também para as hortas que faço para minha mãe e amigos Minha horta caseira tem rúcula, pimentinha dedo de moça, orégano, cebolinha, alecrim, manjericão e tomilho. Na sala, tenho tomate, cenoura e um pé de arruda, que nunca faz mal. Acho demais ter uma horta em plena avenida Faria Lima. É um retorno natural no meio da cidade. É resgatar valores que estão muito perdidos, do contato com o natural, de uma casa mais equilibrada, com menor geração de resíduos. É um desafio, mas, ao mesmo tempo, é uma coisa do ser humano. Todos deveriam fazer isso. É uma proposta que faz a gente se sentir mais responsável, mais em harmonia. Quando digo que estou fazendo horta, as pessoas pensam que eu moro numa casa enorme. Digo: "Não, meu apartamento não é enorme". Tento ser, de alguma forma, um espelho para algumas pessoas que querem fazer a compostagem e acham que é difícil. E não é.
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Em mensagens, suspeitos diziam que precisavam atacar 'alvos da coalizão'
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BELA MEGALE DE SÃO PAULO Entre os dez presos na operação Hashtag, três nomes chamaram mais a atenção dos investigadores: Marco Mario Duarte, Alisson Luan de Oliveira e Leonid El Kadre Melo. Eles despontam como os membros que mais propagandeavam ações violentas em prol do Estado Islâmico nas redes sociais monitoradas na operação da Polícia Federal, conforme relatos de envolvidos na investigação. O grupo também contava com a participação de um menor de idade suspeito de guardar dados e informações ligadas a planos de ataques terroristas. Devido a essa possibilidade, a casa dele foi um dos alvos de busca e apreensão. Segundo relatório sigiloso elaborado pela PF, o grupo manifestou repetidas vezes que "todo muçulmano tem que atacar os alvos da coalizão onde quer que estejam". O documento embasou as prisões, buscas e conduções coercitivas. A coalizão a que se referem é o conjunto de países que combate o Estado Islâmico e que tem expoentes como os Estados Unidos. O relatório também diz que, nas redes sociais, os brasileiros suspeitos de associação com terrorismo afirmam que o Brasil não faz parte da coalizão, mas que a Olimpíada do Rio poderia ser uma oportunidade para agir, já que representantes de várias nações estão presentes. O relatório da PF traz os nomes de nascimento e também os nomes árabes usados pelos dez presos nas redes sociais. A investigação mostra que muitos se "rebatizaram" após a conversão ao islamismo, caso de Marco Mario Duarte, que se apresenta como Zaid Duarte, e Leonid El Kadre de Melo, que aparece como Abu Khaled. Muitos deles se dizem jihadistas (muçulmanos que têm o objetivo de reordenar o governo e a sociedade de acordo com a lei islâmica, chamada de sharia) e declaram que querem migrar para o califado (Estado regido pela lei islâmica que tem como grande líder o califa, sucessor do profeta Maomé). Melo é um dos foragidos, ao lado de Valdir Pereira da Rocha, que se rebatizou de Mahmoud. Ambos viviam no Mato Grosso. O relatório também afirma que a Polícia Federal contou com a colaboração de órgãos internacionais, como o FBI. O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal do Paraná, não quis comentar o conteúdo do relatório da PF, que está sob sigilo. Para o magistrado, no entanto, as manifestações de que os alvos deveriam ser atacados, onde quer que estivessem, foram um dos motivos das prisões. "Essa mensagem foi repetida mais de uma vez. Isso acendeu um alerta e fez com que as prisões fossem decretadas mais em caráter preventivo. Em situações como essa não dá para pagar para ver", disse o juiz. Ele afirma ainda que não há uma organização piramidal esclarecida. "Ainda não é possível mapear a organização desse grupo, o que concluímos é que se comunicavam, mas a estrutura ainda não está bem definida", explicou. Segundo o magistrado, a maior parte da comunicação era feita por meio da rede social telegram. Estado Islâmico - Entenda a facção terrorista
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esporte
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Em mensagens, suspeitos diziam que precisavam atacar 'alvos da coalizão'
BELA MEGALE DE SÃO PAULO Entre os dez presos na operação Hashtag, três nomes chamaram mais a atenção dos investigadores: Marco Mario Duarte, Alisson Luan de Oliveira e Leonid El Kadre Melo. Eles despontam como os membros que mais propagandeavam ações violentas em prol do Estado Islâmico nas redes sociais monitoradas na operação da Polícia Federal, conforme relatos de envolvidos na investigação. O grupo também contava com a participação de um menor de idade suspeito de guardar dados e informações ligadas a planos de ataques terroristas. Devido a essa possibilidade, a casa dele foi um dos alvos de busca e apreensão. Segundo relatório sigiloso elaborado pela PF, o grupo manifestou repetidas vezes que "todo muçulmano tem que atacar os alvos da coalizão onde quer que estejam". O documento embasou as prisões, buscas e conduções coercitivas. A coalizão a que se referem é o conjunto de países que combate o Estado Islâmico e que tem expoentes como os Estados Unidos. O relatório também diz que, nas redes sociais, os brasileiros suspeitos de associação com terrorismo afirmam que o Brasil não faz parte da coalizão, mas que a Olimpíada do Rio poderia ser uma oportunidade para agir, já que representantes de várias nações estão presentes. O relatório da PF traz os nomes de nascimento e também os nomes árabes usados pelos dez presos nas redes sociais. A investigação mostra que muitos se "rebatizaram" após a conversão ao islamismo, caso de Marco Mario Duarte, que se apresenta como Zaid Duarte, e Leonid El Kadre de Melo, que aparece como Abu Khaled. Muitos deles se dizem jihadistas (muçulmanos que têm o objetivo de reordenar o governo e a sociedade de acordo com a lei islâmica, chamada de sharia) e declaram que querem migrar para o califado (Estado regido pela lei islâmica que tem como grande líder o califa, sucessor do profeta Maomé). Melo é um dos foragidos, ao lado de Valdir Pereira da Rocha, que se rebatizou de Mahmoud. Ambos viviam no Mato Grosso. O relatório também afirma que a Polícia Federal contou com a colaboração de órgãos internacionais, como o FBI. O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal do Paraná, não quis comentar o conteúdo do relatório da PF, que está sob sigilo. Para o magistrado, no entanto, as manifestações de que os alvos deveriam ser atacados, onde quer que estivessem, foram um dos motivos das prisões. "Essa mensagem foi repetida mais de uma vez. Isso acendeu um alerta e fez com que as prisões fossem decretadas mais em caráter preventivo. Em situações como essa não dá para pagar para ver", disse o juiz. Ele afirma ainda que não há uma organização piramidal esclarecida. "Ainda não é possível mapear a organização desse grupo, o que concluímos é que se comunicavam, mas a estrutura ainda não está bem definida", explicou. Segundo o magistrado, a maior parte da comunicação era feita por meio da rede social telegram. Estado Islâmico - Entenda a facção terrorista
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Com crises política e econômica, governistas enfrentam dificuldades em campanhas eleitorais
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JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR FELIPE BÄCHTOLD DE SÃO PAULO Numa eleição marcada pela grave crise política e econômica, candidatos de oposição aos prefeitos lideram a sucessão municipal em 10 das 26 capitais, segundo pesquisas do Ibope e Datafolha das últimas semanas. Os governistas estão na liderança de maneira isolada em outras dez capitais, mas só em três com chances mais claras de vencer no primeiro turno: Salvador, João Pessoa e Boa Vista. Em outras seis capitais com pesquisas, situação e oposição estão em empate técnico: Recife, Maceió, Palmas, Florianópolis, Cuiabá e Porto Alegre. As pesquisas mostram ainda má vontade de eleitores nos planos municipal, estadual e federal, com avaliações ruins de prefeitos, governadores e do presidente. A aprovação do governo Michel Temer (PMDB) varia entre 8% e 19%, a depender da capital. O melhor desempenho está na região Norte, em capitais como Manaus, Rio Branco e Porto Velho. No Sul e no Sudeste, o cenário hoje é de muita dificuldade para os grupos que estão no poder nas prefeituras. Os candidatos de oposição só não lideram em Porto Alegre e Florianópolis, onde há empate técnico. Candidatos à reeleição em cidades como São Paulo, Curitiba e Vitória estão atrás nas pesquisas. Na capital paulista, onde a gestão é avaliada como ruim ou péssima por 47% dos eleitores, segundo o Datafolha, o prefeito Fernando Haddad (PT) aparece numericamente em quarto lugar nas intenções de voto. O Nordeste concentra a maioria dos governistas que lideram a disputa: das nove capitais da região, seis governistas lideram, dois estão em empate técnico e só o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), fica para atrás. Com 70% de desaprovação em sua gestão, Alves Filho é um dos prefeitos de capital que tentam a reeleição com baixa popularidade. Ao todo, prefeitos de 20 capitais disputam novo mandato. Na eleição de 2008, dos 20 candidatos à reeleição em capitais, 19 venceram a disputa. Quatro anos depois, o desempenho foi muito pior: dentre oito prefeitos metade se reelegeu. Só seis candidatos de situação se elegeram naquele ano em capitais. SUCESSOR Em capitais onde os atuais prefeitos tentam fazer o seu sucessor, como Rio e Belo Horizonte, os candidatos governistas ainda não decolaram. Em Goiânia, onde o prefeito Paulo Garcia (PT) é desaprovado por 79% do eleitorado —pior avaliação nas capitais—, a petista Adriana Accorsi é a quarta colocada, com 8% das intenções. A má avaliação dos governadores também pode atrapalhar a vida de seus correligionários. Em Porto Alegre, adversários do peemedebista Sebastião Melo o atacam pelo vínculo partidário com José Ivo Sartori, que vem sucessivamente atrasando salários do funcionalismo. "O cenário pode facilitar candidaturas que, mais do que 'outsiders', tragam o discurso da renovação, da mudança", diz o cientista político Rafael Madeira, da PUC do Rio Grande do Sul. Prefeitos procurados pela reportagem dizem que a campanha está no começo e há tempo para a reabilitação.
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Com crises política e econômica, governistas enfrentam dificuldades em campanhas eleitoraisJOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR FELIPE BÄCHTOLD DE SÃO PAULO Numa eleição marcada pela grave crise política e econômica, candidatos de oposição aos prefeitos lideram a sucessão municipal em 10 das 26 capitais, segundo pesquisas do Ibope e Datafolha das últimas semanas. Os governistas estão na liderança de maneira isolada em outras dez capitais, mas só em três com chances mais claras de vencer no primeiro turno: Salvador, João Pessoa e Boa Vista. Em outras seis capitais com pesquisas, situação e oposição estão em empate técnico: Recife, Maceió, Palmas, Florianópolis, Cuiabá e Porto Alegre. As pesquisas mostram ainda má vontade de eleitores nos planos municipal, estadual e federal, com avaliações ruins de prefeitos, governadores e do presidente. A aprovação do governo Michel Temer (PMDB) varia entre 8% e 19%, a depender da capital. O melhor desempenho está na região Norte, em capitais como Manaus, Rio Branco e Porto Velho. No Sul e no Sudeste, o cenário hoje é de muita dificuldade para os grupos que estão no poder nas prefeituras. Os candidatos de oposição só não lideram em Porto Alegre e Florianópolis, onde há empate técnico. Candidatos à reeleição em cidades como São Paulo, Curitiba e Vitória estão atrás nas pesquisas. Na capital paulista, onde a gestão é avaliada como ruim ou péssima por 47% dos eleitores, segundo o Datafolha, o prefeito Fernando Haddad (PT) aparece numericamente em quarto lugar nas intenções de voto. O Nordeste concentra a maioria dos governistas que lideram a disputa: das nove capitais da região, seis governistas lideram, dois estão em empate técnico e só o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), fica para atrás. Com 70% de desaprovação em sua gestão, Alves Filho é um dos prefeitos de capital que tentam a reeleição com baixa popularidade. Ao todo, prefeitos de 20 capitais disputam novo mandato. Na eleição de 2008, dos 20 candidatos à reeleição em capitais, 19 venceram a disputa. Quatro anos depois, o desempenho foi muito pior: dentre oito prefeitos metade se reelegeu. Só seis candidatos de situação se elegeram naquele ano em capitais. SUCESSOR Em capitais onde os atuais prefeitos tentam fazer o seu sucessor, como Rio e Belo Horizonte, os candidatos governistas ainda não decolaram. Em Goiânia, onde o prefeito Paulo Garcia (PT) é desaprovado por 79% do eleitorado —pior avaliação nas capitais—, a petista Adriana Accorsi é a quarta colocada, com 8% das intenções. A má avaliação dos governadores também pode atrapalhar a vida de seus correligionários. Em Porto Alegre, adversários do peemedebista Sebastião Melo o atacam pelo vínculo partidário com José Ivo Sartori, que vem sucessivamente atrasando salários do funcionalismo. "O cenário pode facilitar candidaturas que, mais do que 'outsiders', tragam o discurso da renovação, da mudança", diz o cientista político Rafael Madeira, da PUC do Rio Grande do Sul. Prefeitos procurados pela reportagem dizem que a campanha está no começo e há tempo para a reabilitação.
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Pacaembu, Angélica e mais três vias de São Paulo terão limite de 50 km/h
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A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai reduzir a velocidade máxima em cinco importantes vias das zonas oeste, norte e central de São Paulo, a partir da próxima segunda-feira (17). A mudança vai acontecer nas avenidas Pacaembu, Angélica, Doutor Abraão Ribeiro e Nadir Dias de Figueiredo, além da rua Major Natanael, com redução dos atuais 60 km/h para 50 km/h. Segundo a prefeitura, faixas já começaram a ser instaladas nesta quinta-feira (13) para orientar motoristas sobre a mudança. Na Angélica, o limite de 50 km/h valerá entre a avenida Paulista e a rua Baronesa de Itu. Já entre a Baronesa de Itú e a rua Barra Funda, o limite será de 40 km/h por conta de escolas e do grande movimento próximo à estação Marechal Deodoro do metrô. Na Nadir Dias de Figueiredo, a regulamentação de 50 km/h acontecerá entre a rua Curuçá e a avenida Guilherme Cotching, totalizando 1,6 km. Já na Doutor Abraão Ribeiro, Pacaembu e Major Natanael, a velocidade máxima de 50 km/h valerá em toda a extensão, em ambos os sentidos. Haddad afirmou, nesta quinta (13), que será divulgado semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações. "É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito. A redução de velocidade, porém, já trouxe transtornos para a prefeitura. Esta semana, a administração do prefeito Fernando Haddad (PT) cancelou multas de motoristas que passaram acima do novo limite de velocidade por errar na sinalização na rua Sena Madureira (zona sul) e na avenida Brás Leme (zona norte), que também tiveram alterada a velocidade permitida para 50 km/h. MORTES NO TRÂNSITO Uma das justificativas que a administração do prefeito Fernando Haddad (PT) usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito. Clique no infográfico: Letalidade no trânsito Em São Paulo, os acidentes de trânsito estão ficando mais graves, segundo dados da CET incluídos em um novo relatório sobre a segurança no trânsito. Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital. Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB
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cotidiano
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Pacaembu, Angélica e mais três vias de São Paulo terão limite de 50 km/hA CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai reduzir a velocidade máxima em cinco importantes vias das zonas oeste, norte e central de São Paulo, a partir da próxima segunda-feira (17). A mudança vai acontecer nas avenidas Pacaembu, Angélica, Doutor Abraão Ribeiro e Nadir Dias de Figueiredo, além da rua Major Natanael, com redução dos atuais 60 km/h para 50 km/h. Segundo a prefeitura, faixas já começaram a ser instaladas nesta quinta-feira (13) para orientar motoristas sobre a mudança. Na Angélica, o limite de 50 km/h valerá entre a avenida Paulista e a rua Baronesa de Itu. Já entre a Baronesa de Itú e a rua Barra Funda, o limite será de 40 km/h por conta de escolas e do grande movimento próximo à estação Marechal Deodoro do metrô. Na Nadir Dias de Figueiredo, a regulamentação de 50 km/h acontecerá entre a rua Curuçá e a avenida Guilherme Cotching, totalizando 1,6 km. Já na Doutor Abraão Ribeiro, Pacaembu e Major Natanael, a velocidade máxima de 50 km/h valerá em toda a extensão, em ambos os sentidos. Haddad afirmou, nesta quinta (13), que será divulgado semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações. "É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito. A redução de velocidade, porém, já trouxe transtornos para a prefeitura. Esta semana, a administração do prefeito Fernando Haddad (PT) cancelou multas de motoristas que passaram acima do novo limite de velocidade por errar na sinalização na rua Sena Madureira (zona sul) e na avenida Brás Leme (zona norte), que também tiveram alterada a velocidade permitida para 50 km/h. MORTES NO TRÂNSITO Uma das justificativas que a administração do prefeito Fernando Haddad (PT) usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito. Clique no infográfico: Letalidade no trânsito Em São Paulo, os acidentes de trânsito estão ficando mais graves, segundo dados da CET incluídos em um novo relatório sobre a segurança no trânsito. Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital. Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB
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'Inflação do aluguel' recua 1,1% em abril
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Conhecido como 'inflação do aluguel', o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) recuou 1,10% em abril, com os preços do atacado em queda O resultado foi o mais fraco da série iniciada em 1989, depois de fechar março com variação positiva de 0,01%, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas (FGV)) nesta quinta-feira (27). Pesquisa Reuters com analistas mostrava expectativa de queda de 1% do IGP-M no período. Os dados mostram que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou recuo de 1,77%neste mês, após queda de 0,17% em março. IGP-M - Em % Dentro do IPA, os preços do grupo Matérias-Primas Brutas caíram 5,22% em abril, destacando-se o recuo dos preços do minério de ferro, soja e milho. Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% no IGP-M, desacelerou a alta a 0,33% em abril, depois de ter avançado 0,38% no mês anterior. Segundo a FGV, a principal contribuição partiu do grupo Habitação, que desacelerou a alta a 0,02%, ante 0,84%, com destaque para tarifa de eletricidade residencial. Em abril, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) recuou 0,08%, após alta de 0,36% no mês anterior. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
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'Inflação do aluguel' recua 1,1% em abrilConhecido como 'inflação do aluguel', o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) recuou 1,10% em abril, com os preços do atacado em queda O resultado foi o mais fraco da série iniciada em 1989, depois de fechar março com variação positiva de 0,01%, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas (FGV)) nesta quinta-feira (27). Pesquisa Reuters com analistas mostrava expectativa de queda de 1% do IGP-M no período. Os dados mostram que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, registrou recuo de 1,77%neste mês, após queda de 0,17% em março. IGP-M - Em % Dentro do IPA, os preços do grupo Matérias-Primas Brutas caíram 5,22% em abril, destacando-se o recuo dos preços do minério de ferro, soja e milho. Já o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% no IGP-M, desacelerou a alta a 0,33% em abril, depois de ter avançado 0,38% no mês anterior. Segundo a FGV, a principal contribuição partiu do grupo Habitação, que desacelerou a alta a 0,02%, ante 0,84%, com destaque para tarifa de eletricidade residencial. Em abril, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) recuou 0,08%, após alta de 0,36% no mês anterior. O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
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Hoje na TV: França x Brasil, amistoso, e Ponte Preta x Santos, pelo Paulista
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8h - Mundial de Xangai, patinação artística, SporTV 2 11h30 - Copa do Mundo de ginástica artística, etapa de Doha, SporTV 3 12h - Masters 1.000 de Miami, tênis, SporTV 2 16h - Irã x Chile, amistoso, Fox Sports 17h - França x Brasil, amistoso, Globo e SporTV 20h - Paraguai x Brasil, Sul-Americano sub-17, SporTV 2 20h - Masters 1.000 de Miami, tênis, SporTV 3 20h - Los Angeles Angels x Chicago Cubs, beisebol (pré-temporada), ESPN + 21h - Ponte Preta x Santos, Paulista, SporTV 23h - Treino livre do GP da Malásia, F-1, SporTV 2 24h - Mundial de Xangai, patinação artística, SporTV 3h - Treino livre do GP da Malásia, F-1, SporTV
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esporte
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Hoje na TV: França x Brasil, amistoso, e Ponte Preta x Santos, pelo Paulista8h - Mundial de Xangai, patinação artística, SporTV 2 11h30 - Copa do Mundo de ginástica artística, etapa de Doha, SporTV 3 12h - Masters 1.000 de Miami, tênis, SporTV 2 16h - Irã x Chile, amistoso, Fox Sports 17h - França x Brasil, amistoso, Globo e SporTV 20h - Paraguai x Brasil, Sul-Americano sub-17, SporTV 2 20h - Masters 1.000 de Miami, tênis, SporTV 3 20h - Los Angeles Angels x Chicago Cubs, beisebol (pré-temporada), ESPN + 21h - Ponte Preta x Santos, Paulista, SporTV 23h - Treino livre do GP da Malásia, F-1, SporTV 2 24h - Mundial de Xangai, patinação artística, SporTV 3h - Treino livre do GP da Malásia, F-1, SporTV
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A bomba do Fies
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O pior ainda está por vir. A conclusão se impõe da leitura dos dados sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em reportagem desta Folha no domingo (29). Cabe ressaltar que nada há de errado em dar crédito para alunos de baixa renda custearem um curso universitário. Ao contrário, pode ser um forte estímulo para aumentar o número de matriculados no ensino superior, que era de 7,8 milhões de pessoas em 2014. Muito já se falou, porém, da irresponsabilidade que norteou a expansão do Fies nos governos de Dilma Rousseff (PT). Regras e condições de empréstimo foram consideravelmente relaxadas em 2010, o que levou a uma explosão na quantidade de contratos. Naquele ano em que Dilma se elegeu presidente da República, eram 76,2 mil os financiados. Quatro anos depois, o contingente chegava a 731,7 mil contemplados com o crédito amplamente subsidiado. Para as universidades privadas, foi o milagre da extinção da inadimplência, um problema crônico. Até alunos com renda suficiente para pagar mensalidades recebiam estímulos para aderir ao Fies. Para o estudante, as condições eram tentadoras: juros de 3,4% ao ano, carência de 18 meses e prazo de três vezes a duração do curso mais 12 meses. Ou seja, após quatro anos de estudo, o agraciado terminaria de saldar a dívida só 14 anos e 6 meses depois de formado. O Fies foi mais um exemplo do descaso com a sanidade das contas públicas que ajudou a reeleger Dilma. Com a deterioração que se seguiu, ela foi obrigada a rever o programa, elevando os juros para 6,5% e restringindo as condições para obter o financiamento. Mal se começa a colher, agora, o resultado de tanta liberalidade com o dinheiro do contribuinte —dispêndio médio de R$ 13,6 bilhões ao ano no período de 2014 a 2016. A inadimplência no Fies, que sempre foi alta, está subindo. Era de 47% em 2014 e em 2016 chegou a 53% dos 526 mil contratos que já entraram na fase de pagamento. E há ao menos 1,7 milhão de financiamentos, firmados a partir de 2013, que nem chegaram a essa etapa. É provável que o elevado desemprego entre jovens explique parte da impontualidade dos devedores por aqui. Mas, em países que também enfrentaram crises no crédito estudantil, como os EUA, a inadimplência não ultrapassa 30%. Há um rombo bilionário à frente. O governo federal precisa ser mais transparente sobre suas dimensões e sobre como pretende equacioná-lo —até para dar condições de sustentação a um programa vital para o Brasil. [email protected]
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opiniao
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A bomba do FiesO pior ainda está por vir. A conclusão se impõe da leitura dos dados sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em reportagem desta Folha no domingo (29). Cabe ressaltar que nada há de errado em dar crédito para alunos de baixa renda custearem um curso universitário. Ao contrário, pode ser um forte estímulo para aumentar o número de matriculados no ensino superior, que era de 7,8 milhões de pessoas em 2014. Muito já se falou, porém, da irresponsabilidade que norteou a expansão do Fies nos governos de Dilma Rousseff (PT). Regras e condições de empréstimo foram consideravelmente relaxadas em 2010, o que levou a uma explosão na quantidade de contratos. Naquele ano em que Dilma se elegeu presidente da República, eram 76,2 mil os financiados. Quatro anos depois, o contingente chegava a 731,7 mil contemplados com o crédito amplamente subsidiado. Para as universidades privadas, foi o milagre da extinção da inadimplência, um problema crônico. Até alunos com renda suficiente para pagar mensalidades recebiam estímulos para aderir ao Fies. Para o estudante, as condições eram tentadoras: juros de 3,4% ao ano, carência de 18 meses e prazo de três vezes a duração do curso mais 12 meses. Ou seja, após quatro anos de estudo, o agraciado terminaria de saldar a dívida só 14 anos e 6 meses depois de formado. O Fies foi mais um exemplo do descaso com a sanidade das contas públicas que ajudou a reeleger Dilma. Com a deterioração que se seguiu, ela foi obrigada a rever o programa, elevando os juros para 6,5% e restringindo as condições para obter o financiamento. Mal se começa a colher, agora, o resultado de tanta liberalidade com o dinheiro do contribuinte —dispêndio médio de R$ 13,6 bilhões ao ano no período de 2014 a 2016. A inadimplência no Fies, que sempre foi alta, está subindo. Era de 47% em 2014 e em 2016 chegou a 53% dos 526 mil contratos que já entraram na fase de pagamento. E há ao menos 1,7 milhão de financiamentos, firmados a partir de 2013, que nem chegaram a essa etapa. É provável que o elevado desemprego entre jovens explique parte da impontualidade dos devedores por aqui. Mas, em países que também enfrentaram crises no crédito estudantil, como os EUA, a inadimplência não ultrapassa 30%. Há um rombo bilionário à frente. O governo federal precisa ser mais transparente sobre suas dimensões e sobre como pretende equacioná-lo —até para dar condições de sustentação a um programa vital para o Brasil. [email protected]
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Juros e dólar em dias de colapso
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O Banco Central mandou a taxa básica de juros para a maior das alturas desde que Dilma Rousseff tomou posse, para 12,75% ao ano. A Selic voltou ao nível mais alto desde janeiro de 2009, quando, no entanto, descia a ladeira. Agora sobe. Até quando? Até pouco tempo, Selic a 13% não estava no mapa dos rapazes do mercado; deve ir a pelo menos 13% no final de maio, data da próxima decisão do BC. Mas é possível dar asas à imaginação e aos juros, dado que o dólar ronda os R$ 3 e dadas as primeiras fumaças de inflação a 8% em 2015. É razoável argumentar que o dólar bateu na casa dos R$ 3 devido a um novo surto de toleima política do governo ou a um excesso temporário de crispação, devido às novidades do Petrolão. É razoável dizer também que a crise econômica e a política podem se realimentar em espiral. Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria ainda maior devido a incertezas e rolos aos quais não se está prestando muita atenção. Dada a nossa jequice crônica, nossa tendência a prestar atenção apenas ao nosso umbigo sujo, muita vez se esquece de que o dólar está subindo pelo mundo, em especial em relação às moedas aparentadas com o real. Isto é, as chamadas moedas "commodities", objetos preferenciais de uma ponta da especulação com juros e câmbio pelos donos do dinheiro grosso. Desde o ano passado, houve dois surtos de altas do dólar em relação a essas moedas, mais ou menos no início de setembro e mais ou menos no início de novembro. O real se desvalorizou mais, como de costume (até por características do nosso mercado financeiro, grande e organizado), e, além do mais, devido às incertezas e resultados da eleição de 2014. Mas acompanha a manada. Pelo menos metade da desvalorização do real desde setembro pode ser atribuída mais ou menos a fatores que também pressionam moedas aparentadas. Desde novembro, o real não anda tão longe assim das andanças dessas moedas-primas, ainda mais quando se desconta a histeria dos últimos dias. Por outro lado, como se fosse preciso lembrar, note-se que a economia ora está colapso. Sabe-se lá até quando dura o presente surto de degradação, mas a coisa está muito feia. Por quanto tempo pode persistir a inflação numa economia tão inerte e fria, meio morta? De quanto pode ser o repasse da alta do dólar para os preços? O investimento deve estar em colapso. Não há dados precisos desde o terceiro trimestre de 2014, mas a produção de bens de capital caiu 11% nos 12 meses contados até janeiro, indicou ontem o IBGE; a importação de bens de capital afunda. As taxas de juros no mercado dito livre são as mais altas desde que Dilma tomou posse e ainda vão subir mais. O estoque de crédito (quantidade de dinheiro emprestada) cresce cada vez mais devagar, tendendo a zero; descontada a participação dos bancos públicos no crédito, que tende a minguar também, o total de crédito encolhe faz meses. Vendas de imóveis novos e de carros afundam. Assim como uma recessão feia como a necessidade pode livrar o país de um racionamento de energia, o colapso agudo da economia pode conter a alta de juros. A não ser que nossa brilhante elite política decida mandar tudo à breca, sem mais.
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colunas
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Juros e dólar em dias de colapsoO Banco Central mandou a taxa básica de juros para a maior das alturas desde que Dilma Rousseff tomou posse, para 12,75% ao ano. A Selic voltou ao nível mais alto desde janeiro de 2009, quando, no entanto, descia a ladeira. Agora sobe. Até quando? Até pouco tempo, Selic a 13% não estava no mapa dos rapazes do mercado; deve ir a pelo menos 13% no final de maio, data da próxima decisão do BC. Mas é possível dar asas à imaginação e aos juros, dado que o dólar ronda os R$ 3 e dadas as primeiras fumaças de inflação a 8% em 2015. É razoável argumentar que o dólar bateu na casa dos R$ 3 devido a um novo surto de toleima política do governo ou a um excesso temporário de crispação, devido às novidades do Petrolão. É razoável dizer também que a crise econômica e a política podem se realimentar em espiral. Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria ainda maior devido a incertezas e rolos aos quais não se está prestando muita atenção. Dada a nossa jequice crônica, nossa tendência a prestar atenção apenas ao nosso umbigo sujo, muita vez se esquece de que o dólar está subindo pelo mundo, em especial em relação às moedas aparentadas com o real. Isto é, as chamadas moedas "commodities", objetos preferenciais de uma ponta da especulação com juros e câmbio pelos donos do dinheiro grosso. Desde o ano passado, houve dois surtos de altas do dólar em relação a essas moedas, mais ou menos no início de setembro e mais ou menos no início de novembro. O real se desvalorizou mais, como de costume (até por características do nosso mercado financeiro, grande e organizado), e, além do mais, devido às incertezas e resultados da eleição de 2014. Mas acompanha a manada. Pelo menos metade da desvalorização do real desde setembro pode ser atribuída mais ou menos a fatores que também pressionam moedas aparentadas. Desde novembro, o real não anda tão longe assim das andanças dessas moedas-primas, ainda mais quando se desconta a histeria dos últimos dias. Por outro lado, como se fosse preciso lembrar, note-se que a economia ora está colapso. Sabe-se lá até quando dura o presente surto de degradação, mas a coisa está muito feia. Por quanto tempo pode persistir a inflação numa economia tão inerte e fria, meio morta? De quanto pode ser o repasse da alta do dólar para os preços? O investimento deve estar em colapso. Não há dados precisos desde o terceiro trimestre de 2014, mas a produção de bens de capital caiu 11% nos 12 meses contados até janeiro, indicou ontem o IBGE; a importação de bens de capital afunda. As taxas de juros no mercado dito livre são as mais altas desde que Dilma tomou posse e ainda vão subir mais. O estoque de crédito (quantidade de dinheiro emprestada) cresce cada vez mais devagar, tendendo a zero; descontada a participação dos bancos públicos no crédito, que tende a minguar também, o total de crédito encolhe faz meses. Vendas de imóveis novos e de carros afundam. Assim como uma recessão feia como a necessidade pode livrar o país de um racionamento de energia, o colapso agudo da economia pode conter a alta de juros. A não ser que nossa brilhante elite política decida mandar tudo à breca, sem mais.
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Outro Canal: Astro de 'Cake Boss' fará aulas de português para seu reality na Record
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Buddy Valastro, confeiteiro e astro do programa de TV "Cake Boss", foi o elemento surpresa da coletiva de imprensa da programação 2015 da Record, nesta quinta-feira (5). A última vez que ele esteve no Brasil foi em um evento do ... Leia post completo no blog
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ilustrada
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Outro Canal: Astro de 'Cake Boss' fará aulas de português para seu reality na RecordBuddy Valastro, confeiteiro e astro do programa de TV "Cake Boss", foi o elemento surpresa da coletiva de imprensa da programação 2015 da Record, nesta quinta-feira (5). A última vez que ele esteve no Brasil foi em um evento do ... Leia post completo no blog
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Vaticano inaugura trem para os jardins da residência de verão do papa
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Com um assobio ensurdecedor e uma nuvem de fumaça, um antigo trem saiu da estação ferroviária do Vaticano na sexta-feira (11) para inaugurar um serviço semanal para os jardins de Castel Gandolfo, a residência de verão do papa, ao sul de Roma, que o papa Francisco decidiu abrir ao público. A partir deste sábado (12), o público poderá visitar as duas residências papais –os museus do Vaticano, em Roma, e os jardins e uma nova galeria com retratos papais no palácio Apostólico de Castel Gandolfo–, graças ao serviço de trem semanal lançado pelo Vaticano e pela empresa ferroviária italiana Ferrovia dello Stato. A galeria conta com pinturas a óleo de papas datando desde o século 16 e suas vestimentas, tronos e até os enormes chinelos do papa Clemente 12. Também ostenta manequins com as elaboradas vestes da corte papal –oficialmente abolida pelo papa Paulo 6o em 1968 e agora exiladas para sempre em Castel Gandolfo pelo amante da simplicidade Francisco. O serviço ferroviário terá trens modernos e pacotes para tours, que devem ser agendados on-line com antecedência pelos museus do Vaticanos e custam de € 16 a € 40 (R$ 70 a R$ 175). Para a inauguração para a imprensa na sexta-feira (11), a ferrovia escolheu sua locomotiva centenária, movida a carvão, para puxar os históricos vagões de passageiro. Um deles era o vagão no qual São João 23 viajou para Loreto e Assis em 4 de outubro de 1962, na véspera do segundo Conselho do Vaticano. A viagem de João, imortalizada em fotos do sorridente "bom papa" acenando da janela do trem, foi histórica, pois marcou a primeira vez que um papa deixou o Vaticano desde 1857, quando Pio 10o se declarou um "prisioneiro" do Vaticano depois da perda dos Estados papais. Papas subsequentes continuaram o isolamento autoimposto por Pio, até João começar o que se tornou uma "peregrinação" global. Luigi Cantamessa, diretor da fundação Ferrovia e dono do histórico trem, diz que a nova linha é o primeiro serviço de trem regular entre a pequena estação do Vaticano e Castel Gandolfo. No passado, trens só levaram papas pela Itália em viagens feitas apenas uma vez, ou para eventos especiais, como levar crianças doentes para visitar o papa no Vaticano. Os museus do Vaticano, casa da Capela Sistina e de outros tesouros papais, administram Castel Gandolfo, que, com seus 55 hectares, é maior que a cidade do Vaticano (44 hectares). Papas passados sempre usaram o castelo como uma residência de verão e o papa Bento 16 encerrou seu papado ali em 28 de fevereiro de 2013, quando as grandes portas de madeira e bronze do palacete principal se fecharam, após ele deixar o Vaticano pela última vez como papa. Francisco, "workaholic" e caseiro, decidiu não usar Castel Gandolfo, preferindo passar seus verões na mesma residência em que vive, no Vaticano. Ano passado, ele decidiu abrir os jardins do castelo ao público, em parte para ajudar a compensar a queda econômica que a cidade experienciou agora que o papa não conduz mais missas de domingo semanais durante o verão.
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turismo
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Vaticano inaugura trem para os jardins da residência de verão do papaCom um assobio ensurdecedor e uma nuvem de fumaça, um antigo trem saiu da estação ferroviária do Vaticano na sexta-feira (11) para inaugurar um serviço semanal para os jardins de Castel Gandolfo, a residência de verão do papa, ao sul de Roma, que o papa Francisco decidiu abrir ao público. A partir deste sábado (12), o público poderá visitar as duas residências papais –os museus do Vaticano, em Roma, e os jardins e uma nova galeria com retratos papais no palácio Apostólico de Castel Gandolfo–, graças ao serviço de trem semanal lançado pelo Vaticano e pela empresa ferroviária italiana Ferrovia dello Stato. A galeria conta com pinturas a óleo de papas datando desde o século 16 e suas vestimentas, tronos e até os enormes chinelos do papa Clemente 12. Também ostenta manequins com as elaboradas vestes da corte papal –oficialmente abolida pelo papa Paulo 6o em 1968 e agora exiladas para sempre em Castel Gandolfo pelo amante da simplicidade Francisco. O serviço ferroviário terá trens modernos e pacotes para tours, que devem ser agendados on-line com antecedência pelos museus do Vaticanos e custam de € 16 a € 40 (R$ 70 a R$ 175). Para a inauguração para a imprensa na sexta-feira (11), a ferrovia escolheu sua locomotiva centenária, movida a carvão, para puxar os históricos vagões de passageiro. Um deles era o vagão no qual São João 23 viajou para Loreto e Assis em 4 de outubro de 1962, na véspera do segundo Conselho do Vaticano. A viagem de João, imortalizada em fotos do sorridente "bom papa" acenando da janela do trem, foi histórica, pois marcou a primeira vez que um papa deixou o Vaticano desde 1857, quando Pio 10o se declarou um "prisioneiro" do Vaticano depois da perda dos Estados papais. Papas subsequentes continuaram o isolamento autoimposto por Pio, até João começar o que se tornou uma "peregrinação" global. Luigi Cantamessa, diretor da fundação Ferrovia e dono do histórico trem, diz que a nova linha é o primeiro serviço de trem regular entre a pequena estação do Vaticano e Castel Gandolfo. No passado, trens só levaram papas pela Itália em viagens feitas apenas uma vez, ou para eventos especiais, como levar crianças doentes para visitar o papa no Vaticano. Os museus do Vaticano, casa da Capela Sistina e de outros tesouros papais, administram Castel Gandolfo, que, com seus 55 hectares, é maior que a cidade do Vaticano (44 hectares). Papas passados sempre usaram o castelo como uma residência de verão e o papa Bento 16 encerrou seu papado ali em 28 de fevereiro de 2013, quando as grandes portas de madeira e bronze do palacete principal se fecharam, após ele deixar o Vaticano pela última vez como papa. Francisco, "workaholic" e caseiro, decidiu não usar Castel Gandolfo, preferindo passar seus verões na mesma residência em que vive, no Vaticano. Ano passado, ele decidiu abrir os jardins do castelo ao público, em parte para ajudar a compensar a queda econômica que a cidade experienciou agora que o papa não conduz mais missas de domingo semanais durante o verão.
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Trump diz ter 'direito absoluto' de compartilhar dados com a Rússia
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (16) que tem "direito absoluto" de compartilhar informações com a Rússia. O republicano não deixou claro, porém, se repassou dados confidenciais a autoridades de Moscou durante encontro na Casa Branca na semana passada. "Como presidente, eu quis compartilhar com a Rússia (em um encontro abertamente marcado na Casa Branca), o que eu tenho todo o direito de fazer, fatos relacionados ao terrorismo é segurança em aviões. Razões humanitárias (sic), além disso eu quero que a Rússia intensifique seu combate contra o Estado Islâmico e o terrorismo", afirmou o presidente em um canal oficial. Reportagem do jornal "Washington Post" revelou na véspera que o republicano teria repassado informação altamente confidencial a autoridades sobre uma potencial ameaça da milícia terrorista Estado Islâmico relacionada ao uso de laptops em aviões. A reportagem diz respeito à visita do chanceler russo, Segei Lavrov, e do embaixador do país nos EUA, Sergey Kislyak, à Casa Branca na última quarta-feira (10). A revelação teria sido feita sem a permissão do parceiro americano que repassou aos EUA, por meio de um acordo, os dados de inteligência, e poderia comprometer a segurança de um colaborador. O tema seria tão sensível que os EUA não teriam dividido a informação confidencial nem com governos aliados –e poucos integrantes do governo americano também tinham acesso ao conteúdo. A Casa Branca e o Kremlin rebateram a reportagem, classificando-a de "falsa". Integrantes do alto escalão do governo Trump que participaram da reunião com os representantes russos negaram ter tratado de dados militares confidenciais. Também nesta terça, durante pronunciamento coletivo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Trump foi questionado por jornalistas sobre o encontro com as autoridades russas, ao que ele respondeu: "Nós tivemos um encontro muito, muito exitoso com o chanceler da Rússia. Queremos o máximo possível de ajuda para combater o terrorismo". Trump recebeu os representantes da Rússia num timing controverso: no dia seguinte à demissão do então diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, que liderava as investigações sobre possíveis elos de membros da equipe do republicano com Moscou durante a campanha eleitoral. O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, disse, nesta terça-feira que a conduta de Trump na conversa com os representantes da Rússia foi "apropriada". Uma autoridade europeia do alto escalão do setor de inteligência disse à agência de notícias Associated Press que seu país pode parar de compartilhar informações com os Estados Unidos caso se confirme que Trump revelou dados confidenciais à Rússia. O funcionário pediu que nem ele nem seu país fossem identificados. Apesar da sensibilidade das informações que teriam sido compartilhadas, Trump não cometeu irregularidades. Pela lei americana, o presidente tem discricionariedade para lidar com informações de interesse nacional da maneira que achar pertinente. O sistema de classificação de documentos oficiais é regulado nos EUA por decretos presidenciais, que são revisados periodicamente. Atualmente, as regras de classificação são definidas por uma ordem assinada por Barack Obama em 2009, a qual estabelece que os chefes de órgãos federais têm autoridade para impor ou derrubar o sigilo de documentos de suas respectivas áreas.
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mundo
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Trump diz ter 'direito absoluto' de compartilhar dados com a RússiaO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (16) que tem "direito absoluto" de compartilhar informações com a Rússia. O republicano não deixou claro, porém, se repassou dados confidenciais a autoridades de Moscou durante encontro na Casa Branca na semana passada. "Como presidente, eu quis compartilhar com a Rússia (em um encontro abertamente marcado na Casa Branca), o que eu tenho todo o direito de fazer, fatos relacionados ao terrorismo é segurança em aviões. Razões humanitárias (sic), além disso eu quero que a Rússia intensifique seu combate contra o Estado Islâmico e o terrorismo", afirmou o presidente em um canal oficial. Reportagem do jornal "Washington Post" revelou na véspera que o republicano teria repassado informação altamente confidencial a autoridades sobre uma potencial ameaça da milícia terrorista Estado Islâmico relacionada ao uso de laptops em aviões. A reportagem diz respeito à visita do chanceler russo, Segei Lavrov, e do embaixador do país nos EUA, Sergey Kislyak, à Casa Branca na última quarta-feira (10). A revelação teria sido feita sem a permissão do parceiro americano que repassou aos EUA, por meio de um acordo, os dados de inteligência, e poderia comprometer a segurança de um colaborador. O tema seria tão sensível que os EUA não teriam dividido a informação confidencial nem com governos aliados –e poucos integrantes do governo americano também tinham acesso ao conteúdo. A Casa Branca e o Kremlin rebateram a reportagem, classificando-a de "falsa". Integrantes do alto escalão do governo Trump que participaram da reunião com os representantes russos negaram ter tratado de dados militares confidenciais. Também nesta terça, durante pronunciamento coletivo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Trump foi questionado por jornalistas sobre o encontro com as autoridades russas, ao que ele respondeu: "Nós tivemos um encontro muito, muito exitoso com o chanceler da Rússia. Queremos o máximo possível de ajuda para combater o terrorismo". Trump recebeu os representantes da Rússia num timing controverso: no dia seguinte à demissão do então diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, que liderava as investigações sobre possíveis elos de membros da equipe do republicano com Moscou durante a campanha eleitoral. O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, disse, nesta terça-feira que a conduta de Trump na conversa com os representantes da Rússia foi "apropriada". Uma autoridade europeia do alto escalão do setor de inteligência disse à agência de notícias Associated Press que seu país pode parar de compartilhar informações com os Estados Unidos caso se confirme que Trump revelou dados confidenciais à Rússia. O funcionário pediu que nem ele nem seu país fossem identificados. Apesar da sensibilidade das informações que teriam sido compartilhadas, Trump não cometeu irregularidades. Pela lei americana, o presidente tem discricionariedade para lidar com informações de interesse nacional da maneira que achar pertinente. O sistema de classificação de documentos oficiais é regulado nos EUA por decretos presidenciais, que são revisados periodicamente. Atualmente, as regras de classificação são definidas por uma ordem assinada por Barack Obama em 2009, a qual estabelece que os chefes de órgãos federais têm autoridade para impor ou derrubar o sigilo de documentos de suas respectivas áreas.
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Incêndio de grande proporção atinge favela na zona sul de São Paulo
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Um incêndio de grande proporção atingiu na manhã desta sexta-feira (6) dezenas de barracos de uma favela localizada na rua Manuel Cherem, na Vila Paulista, zona sul de São Paulo. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 5h na favela conhecida como Rocinha, próxima do aeroporto de Congonhas, e se alastrou rapidamente. Ao menos 22 equipes, com um efetivo de 66 homens, foram enviadas ao local para combater as chamas. Não houve feridos e não há informações sobre as causas do incêndio, nem quantos barracos foram atingidos. O fogo foi controlado às 6h35, mas as equipes continuam no local fazendo o trabalho de rescaldo para evitar o surgimento de novos focos. O moradores da favela que perderam seus pertences devem ser cadastrados pela Defesa Civil.
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cotidiano
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Incêndio de grande proporção atinge favela na zona sul de São PauloUm incêndio de grande proporção atingiu na manhã desta sexta-feira (6) dezenas de barracos de uma favela localizada na rua Manuel Cherem, na Vila Paulista, zona sul de São Paulo. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 5h na favela conhecida como Rocinha, próxima do aeroporto de Congonhas, e se alastrou rapidamente. Ao menos 22 equipes, com um efetivo de 66 homens, foram enviadas ao local para combater as chamas. Não houve feridos e não há informações sobre as causas do incêndio, nem quantos barracos foram atingidos. O fogo foi controlado às 6h35, mas as equipes continuam no local fazendo o trabalho de rescaldo para evitar o surgimento de novos focos. O moradores da favela que perderam seus pertences devem ser cadastrados pela Defesa Civil.
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Bicicletas poderão embarcar em ônibus biarticulados em São Paulo
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A partir de novembro, passageiros com bicicleta poderão embarcar nos ônibus biarticulados municipais da cidade de São Paulo –desde que fora do horário de pico. A portaria com a autorização foi publicada no último sábado (7) pelo secretário Jilmar Tatto (Transportes), com previsão para entrar em vigor dentro de 180 dias –4 de novembro. Segundo o texto, divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo", o embarque só será permitido pelas portas traseira ou central, das 10h01 às 15h59 e das 19h01 às 5h59 nos dias de semana. Aos sábados, a permissão será a partir das 14h e, aos domingos, em qualquer horário. Apenas uma bicicleta será autorizada a permanecer em cada ônibus ao mesmo tempo. O passageiro terá que prender a bicicleta primeiro para depois pagar a passagem. No Metrô, o acesso de bicicletas é permitido após as 20h30, nos dias de semana, aos sábados, a partir das 14h –aos domingos, o dia todo.
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cotidiano
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Bicicletas poderão embarcar em ônibus biarticulados em São PauloA partir de novembro, passageiros com bicicleta poderão embarcar nos ônibus biarticulados municipais da cidade de São Paulo –desde que fora do horário de pico. A portaria com a autorização foi publicada no último sábado (7) pelo secretário Jilmar Tatto (Transportes), com previsão para entrar em vigor dentro de 180 dias –4 de novembro. Segundo o texto, divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo", o embarque só será permitido pelas portas traseira ou central, das 10h01 às 15h59 e das 19h01 às 5h59 nos dias de semana. Aos sábados, a permissão será a partir das 14h e, aos domingos, em qualquer horário. Apenas uma bicicleta será autorizada a permanecer em cada ônibus ao mesmo tempo. O passageiro terá que prender a bicicleta primeiro para depois pagar a passagem. No Metrô, o acesso de bicicletas é permitido após as 20h30, nos dias de semana, aos sábados, a partir das 14h –aos domingos, o dia todo.
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Facebook deixa você indicar administrador de perfil após morte
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O Facebook anunciou nesta quinta-feira (12) que vai facilitar o processo da "vida virtual pós-morte" e permitir que as pessoas designem alguém para ser o responsável por suas páginas se o pior lhes acontecer. A rede social, que tem 1,23 bilhão de usuários mensais, disse que a medida é uma resposta a centenas de milhares de pedidos de internautas. Pela ferramenta, a pessoa encarregada de administrar a conta poderá fazer um último post (para anunciar a data do enterro ou uma mensagem especial), responder a pedidos de amizade e atualizar a foto de capa e de perfil. Sob uma autorização específica, também será possível fazer o download de imagens e textos da página. Será algo diferente de simplesmente usar a senha do internauta e entrar em seu perfil. Esse administrador não poderá editar o conteúdo, apagando uma foto constrangedora, por exemplo, ou ler as mensagens privadas. Os internautas podem escolher apenas uma pessoa por vez para ser a "herdeira" de seu perfil no Facebook. Mas é possível mudar de ideia: se você brigar com aquele amigo escolhido ou se divorciar, por exemplo. De acordo com a companhia, esses recursos foram os mais pedidos pelos internautas. "Houve o caso de uma mãe que disse que a filha dela havia morrido e que havia dois primos que não eram seus amigos no Facebook, então não conseguiam ver a página", disse a gerente de produto Vanessa Callison-Burch ao site "Slate". Amigos e familiares podem indicar a morte do internauta na página de central de ajuda do Facebook. Depois que a rede confirmar o fato, vai colocar um aviso de "em memória" acima do nome do morto e notificar o futuro administrador. Por enquanto, o sistema está disponível apenas nos Estados Unidos, mas será oferecido em outros países em breve. Hoje, no Brasil, se uma pessoa cadastrada no Facebook morre, a família pode pedir ao site para deletar a conta ou ter acesso a ela. HISTÓRICO O Facebook não é a primeira companhia a adotar uma política para o "pós-morte". Em 2013, o Google criou ferramenta que permite escolher depois de quanto tempo de inatividade as informações da conta devem ser apagadas –3, 6, 9 ou 12 meses. Também é possível selecionar dez contatos que receberão dados de todos os produtos da empresa, como o Gmail.
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Facebook deixa você indicar administrador de perfil após morteO Facebook anunciou nesta quinta-feira (12) que vai facilitar o processo da "vida virtual pós-morte" e permitir que as pessoas designem alguém para ser o responsável por suas páginas se o pior lhes acontecer. A rede social, que tem 1,23 bilhão de usuários mensais, disse que a medida é uma resposta a centenas de milhares de pedidos de internautas. Pela ferramenta, a pessoa encarregada de administrar a conta poderá fazer um último post (para anunciar a data do enterro ou uma mensagem especial), responder a pedidos de amizade e atualizar a foto de capa e de perfil. Sob uma autorização específica, também será possível fazer o download de imagens e textos da página. Será algo diferente de simplesmente usar a senha do internauta e entrar em seu perfil. Esse administrador não poderá editar o conteúdo, apagando uma foto constrangedora, por exemplo, ou ler as mensagens privadas. Os internautas podem escolher apenas uma pessoa por vez para ser a "herdeira" de seu perfil no Facebook. Mas é possível mudar de ideia: se você brigar com aquele amigo escolhido ou se divorciar, por exemplo. De acordo com a companhia, esses recursos foram os mais pedidos pelos internautas. "Houve o caso de uma mãe que disse que a filha dela havia morrido e que havia dois primos que não eram seus amigos no Facebook, então não conseguiam ver a página", disse a gerente de produto Vanessa Callison-Burch ao site "Slate". Amigos e familiares podem indicar a morte do internauta na página de central de ajuda do Facebook. Depois que a rede confirmar o fato, vai colocar um aviso de "em memória" acima do nome do morto e notificar o futuro administrador. Por enquanto, o sistema está disponível apenas nos Estados Unidos, mas será oferecido em outros países em breve. Hoje, no Brasil, se uma pessoa cadastrada no Facebook morre, a família pode pedir ao site para deletar a conta ou ter acesso a ela. HISTÓRICO O Facebook não é a primeira companhia a adotar uma política para o "pós-morte". Em 2013, o Google criou ferramenta que permite escolher depois de quanto tempo de inatividade as informações da conta devem ser apagadas –3, 6, 9 ou 12 meses. Também é possível selecionar dez contatos que receberão dados de todos os produtos da empresa, como o Gmail.
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Otelo
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A ópera "Otello", de Giuseppe Verdi, abriu a temporada lírica do Theatro Municipal deste ano. Ópera, como costumava dizer Charles Baudelaire, "entra nos ossos". Essa peça lírica é baseada na obra de Shakespeare "Otelo", grande tragédia sobre amor, virtude, ciúmes e inveja. E a ópera de Verdi captura plenamente o drama clássico. O crítico italiano Italo Calvino costumava dizer que um clássico é uma obra que nunca terminou de dizer o que tinha para dizer porque trata de temas que sempre assolam o humano. Iago, invejoso do sucesso do mouro Otelo, chefe da armada de Veneza, trama sua destruição. Um detalhe, que pode escapar facilmente, é o de que no período renascentista italiano (em que se passa a tragédia), nos séculos 15 e 16, o mar Mediterrâneo está enterrado em sangue por conta da guerra entre os turcos otomanos e os cristãos. Sendo Otelo um mouro, a chance de ser visto como estrangeiro pelos habitantes de Veneza é enorme -o que, na trama, serve para engrandecer sua glória, coragem e fidelidade à cidade. O casal Otelo e Desdêmona é pura virtude. Ele, corajoso, ela, fiel. Virtudes clássicas do homem e da mulher. Sei que muita gente vai dizer que isso é bobagem, mas, diante de Shakespeare, o sábio se cala. Pobre de espírito é aquele que diz que "Otelo" é "uma peça machista". Dá sono quem fala coisa assim. Ela, rica e belíssima, filha de um senador, se apaixona pelo estrangeiro Otelo, muito mais velho. Aliás, é essa diferença de idade que ajuda Otelo a sofrer de ciúmes, como é comum em homens que se casam com mulheres muito mais jovens. O fantasma de que ela, em algum momento, buscará um jovem como ela, é presente em muitos casais que vivem essa situação. Mas é fato que as mulheres jovens encantam os homens mais velhos justamente pela beleza e doçura diante da vida. Elas, por sua vez, encantam-se com homens mais velhos devido à experiência e à segurança que eles costumam passar principalmente quando tiveram sucesso na vida. A tramoia de Iago é centrada na ideia de que um homem (ainda mais se for muito mais velho) é facilmente destruído pela insegurança sobre a fidelidade da mulher que ama. Está na moda dizer que só homens inseguros com as mulheres que amam é que caem na condição de Otelo. Mas a verdade é que apenas os mentirosos negam a síndrome de Otelo. E a mentira é a moda contemporânea por excelência quando falamos dos afetos e da condição humana. Mentiras como essas fazem os mais jovens perderem muito tempo de suas vidas correndo atrás de modas que passam como o vento. Iago monta uma situação em que Desdêmona, preocupada em fazer seu amor Otelo perdoar o melhor amigo, Cássio, é levada a interceder em favor deste. Ela sabe que Otelo sofre porque castigou seu amigo. Não é uma idiota, apenas confia no amor de seu marido. E isso a destrói. A inveja vence na peça, como costuma vencer muitas vezes na vida. Para Iago, conviver com um homem como Otelo é uma agonia. Todos nós conhecemos pessoas melhores do que nós, e conviver com elas é um tormento. A história bíblica de Caim e Abel trata disso: Caim mata Abel por inveja. "Meu veneno", como diz Iago, que se reconhece como "feito à semelhança de seu Deus cruel" e que "sente a lama originária" cobrir seu corpo e sua alma, contamina Otelo plenamente. Este passa a se torturar de ciúmes e tortura a bela e inocente Desdêmona, até matá-la asfixiada, apenas para descobrir, um minuto depois, pelas palavras de Emília, mulher de Iago, que ela era inocente. A belíssima cena em que o casal caminha em direção ao horizonte, contemplando a beleza do céu, movido pelo amor que os une, no início da peça lírica, exemplifica o que muitos entendem como a ascese que o amor verdadeiro entre duas pessoas pode causar. O amor romântico, quando correspondido, faz com que vejamos a beleza em toda parte. E isso é mais um motivo para a inveja dos outros. Mas, como toda paixão, o amor é loucura e, contra ele, a razão pode pouco, porque quando pode é porque o amor já não existe mais.
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colunas
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OteloA ópera "Otello", de Giuseppe Verdi, abriu a temporada lírica do Theatro Municipal deste ano. Ópera, como costumava dizer Charles Baudelaire, "entra nos ossos". Essa peça lírica é baseada na obra de Shakespeare "Otelo", grande tragédia sobre amor, virtude, ciúmes e inveja. E a ópera de Verdi captura plenamente o drama clássico. O crítico italiano Italo Calvino costumava dizer que um clássico é uma obra que nunca terminou de dizer o que tinha para dizer porque trata de temas que sempre assolam o humano. Iago, invejoso do sucesso do mouro Otelo, chefe da armada de Veneza, trama sua destruição. Um detalhe, que pode escapar facilmente, é o de que no período renascentista italiano (em que se passa a tragédia), nos séculos 15 e 16, o mar Mediterrâneo está enterrado em sangue por conta da guerra entre os turcos otomanos e os cristãos. Sendo Otelo um mouro, a chance de ser visto como estrangeiro pelos habitantes de Veneza é enorme -o que, na trama, serve para engrandecer sua glória, coragem e fidelidade à cidade. O casal Otelo e Desdêmona é pura virtude. Ele, corajoso, ela, fiel. Virtudes clássicas do homem e da mulher. Sei que muita gente vai dizer que isso é bobagem, mas, diante de Shakespeare, o sábio se cala. Pobre de espírito é aquele que diz que "Otelo" é "uma peça machista". Dá sono quem fala coisa assim. Ela, rica e belíssima, filha de um senador, se apaixona pelo estrangeiro Otelo, muito mais velho. Aliás, é essa diferença de idade que ajuda Otelo a sofrer de ciúmes, como é comum em homens que se casam com mulheres muito mais jovens. O fantasma de que ela, em algum momento, buscará um jovem como ela, é presente em muitos casais que vivem essa situação. Mas é fato que as mulheres jovens encantam os homens mais velhos justamente pela beleza e doçura diante da vida. Elas, por sua vez, encantam-se com homens mais velhos devido à experiência e à segurança que eles costumam passar principalmente quando tiveram sucesso na vida. A tramoia de Iago é centrada na ideia de que um homem (ainda mais se for muito mais velho) é facilmente destruído pela insegurança sobre a fidelidade da mulher que ama. Está na moda dizer que só homens inseguros com as mulheres que amam é que caem na condição de Otelo. Mas a verdade é que apenas os mentirosos negam a síndrome de Otelo. E a mentira é a moda contemporânea por excelência quando falamos dos afetos e da condição humana. Mentiras como essas fazem os mais jovens perderem muito tempo de suas vidas correndo atrás de modas que passam como o vento. Iago monta uma situação em que Desdêmona, preocupada em fazer seu amor Otelo perdoar o melhor amigo, Cássio, é levada a interceder em favor deste. Ela sabe que Otelo sofre porque castigou seu amigo. Não é uma idiota, apenas confia no amor de seu marido. E isso a destrói. A inveja vence na peça, como costuma vencer muitas vezes na vida. Para Iago, conviver com um homem como Otelo é uma agonia. Todos nós conhecemos pessoas melhores do que nós, e conviver com elas é um tormento. A história bíblica de Caim e Abel trata disso: Caim mata Abel por inveja. "Meu veneno", como diz Iago, que se reconhece como "feito à semelhança de seu Deus cruel" e que "sente a lama originária" cobrir seu corpo e sua alma, contamina Otelo plenamente. Este passa a se torturar de ciúmes e tortura a bela e inocente Desdêmona, até matá-la asfixiada, apenas para descobrir, um minuto depois, pelas palavras de Emília, mulher de Iago, que ela era inocente. A belíssima cena em que o casal caminha em direção ao horizonte, contemplando a beleza do céu, movido pelo amor que os une, no início da peça lírica, exemplifica o que muitos entendem como a ascese que o amor verdadeiro entre duas pessoas pode causar. O amor romântico, quando correspondido, faz com que vejamos a beleza em toda parte. E isso é mais um motivo para a inveja dos outros. Mas, como toda paixão, o amor é loucura e, contra ele, a razão pode pouco, porque quando pode é porque o amor já não existe mais.
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Câmara decide pagar passagens para levar acusador de Cunha ao DF
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Após vários dias de silêncio, a Mesa da Câmara autorizou na manhã desta segunda-feira (25) o gasto com passagens aéreas para levar a Brasília o lobista Fernando Baiano, que na tarde desta terça (26) prestará depoimento ao Conselho de Ética da Casa. Um dos investigados que firmou acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, Baiano acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de receber propina desviada da Petrobras. O conselho, que analisa o processo de cassação de Cunha, havia solicitado a compra das passagens de ida e volta para Baiano e o advogado, que estão no Rio de Janeiro, mas não havia recebido resposta até esta segunda. Em entrevista na semana passada, Cunha chegou a dizer que o gasto era um desperdício de dinheiro público já que o lobista não teria nada a dizer sobre a acusação que pesa contra ele no Conselho, a de ter mentido aos colegas quando negou ter contas fora do país. O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou que iria pagar do próprio bolso o valor das passagens aéreas caso a Câmara se recusasse a fazê-lo. A autorização dada nesta segunda foi assinada pelo vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). Em seu acordo de delação premiada, Baiano afirma, entre outras coisas, que a entrega da propina se deu algumas vezes, em dinheiro vivo, no escritório de Cunha no Rio de Janeiro. A negativa da existência de contas no exterior foi feita por Cunha em depoimento à CPI da Petrobras, em 2015. Posteriormente, vieram a tona documentos mostrando a existência de contas vinculadas ao peemedebista na Suíça. Segundo a Procuradoria-Geral da República, há fortes indícios de que elas tenham sido abastecidas por dinheiro desviado da Petrobras. Em decisão da semana passada, Waldir Maranhão, que é aliado de Cunha, limitou a investigação do Conselho à acusação de Cunha de ter mentido aos colegas. E deixou claro que irá anular qualquer prova ou depoimento que escape à esse tema.
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Câmara decide pagar passagens para levar acusador de Cunha ao DFApós vários dias de silêncio, a Mesa da Câmara autorizou na manhã desta segunda-feira (25) o gasto com passagens aéreas para levar a Brasília o lobista Fernando Baiano, que na tarde desta terça (26) prestará depoimento ao Conselho de Ética da Casa. Um dos investigados que firmou acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, Baiano acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de receber propina desviada da Petrobras. O conselho, que analisa o processo de cassação de Cunha, havia solicitado a compra das passagens de ida e volta para Baiano e o advogado, que estão no Rio de Janeiro, mas não havia recebido resposta até esta segunda. Em entrevista na semana passada, Cunha chegou a dizer que o gasto era um desperdício de dinheiro público já que o lobista não teria nada a dizer sobre a acusação que pesa contra ele no Conselho, a de ter mentido aos colegas quando negou ter contas fora do país. O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou que iria pagar do próprio bolso o valor das passagens aéreas caso a Câmara se recusasse a fazê-lo. A autorização dada nesta segunda foi assinada pelo vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). Em seu acordo de delação premiada, Baiano afirma, entre outras coisas, que a entrega da propina se deu algumas vezes, em dinheiro vivo, no escritório de Cunha no Rio de Janeiro. A negativa da existência de contas no exterior foi feita por Cunha em depoimento à CPI da Petrobras, em 2015. Posteriormente, vieram a tona documentos mostrando a existência de contas vinculadas ao peemedebista na Suíça. Segundo a Procuradoria-Geral da República, há fortes indícios de que elas tenham sido abastecidas por dinheiro desviado da Petrobras. Em decisão da semana passada, Waldir Maranhão, que é aliado de Cunha, limitou a investigação do Conselho à acusação de Cunha de ter mentido aos colegas. E deixou claro que irá anular qualquer prova ou depoimento que escape à esse tema.
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Com surto de gripe, pais enfrentam filas em hospitais até de madrugada
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O surto da gripe H1N1 fora de época em São Paulo tem lotado os prontos-socorros públicos e privados infantis até mesmo de madrugada. O resultado são filas de espera de mais de três horas e pais tentando buscar estratégias para fugir delas. Na última semana, a reportagem da Folha percorreu durante a madrugada os hospitais privados no centro e zona oeste de São Paulo. Em alguns deles, banners orientavam sobre os sintomas da doença e a maneira de evitá-la. No Hospital Infantil Sabará, em Higienópolis, centro de São Paulo, 75 crianças deram entrada no pronto-socorro infantil com febre, coriza e vômito, entre a noite da última quinta-feira (31) e a madrugada de sexta (1º). Segundo uma funcionária do atendimento, dez destas crianças foram diagnosticadas com H1N1 e várias delas estão em observação. Por volta das 4h30, uma menina utilizando máscara esperava atendimento deitada no colo do pai. Gripe H1N1 A opção pelo atendimento de madrugada, segundo pais falaram para alguns funcionários do hospital, é para fugir das filas. No entanto, em alguns dias nem mesmo durante a noite os pais conseguem fugir da espera, que pode chegar até quatro horas e meia. Nas duas unidades do hospital particular São Camilo que têm pronto-socorro infantil houve um aumento no volume de atendimentos. As unidades Pompeia e Santana registraram cerca de 4% e 8% mais pacientes infantis do que no mesmo período do ano passado. O aumento da doença tem mudado também a rotina de acolhimento das crianças nos prontos-socorros infantis. Os desenhos para colorir, giz de cera e lápis de cor –antes oferecidos para os pequenos passarem o tempo– foram banidos no Sabará, ao menos por enquanto, devido ao risco de contágio de gripe. Na sala de espera do hospital infantil são disponibilizados ainda lenços de papel e luvas para os pais utilizarem em caso de suspeita da doença. Com a fila de espera, como ocorre no Sabará, uma mãe (que pediu para não ser identificada) optou por levar o filho de dois anos ao pronto-socorro do particular Samaritano, em Higienópolis, na madrugada da última quinta (31). Quando a mulher chegou ao local, encontrou uma fila de espera menor. "Meu filho estava resfriado e a febre se agravou durante a madrugada", falou a mãe, justificando o horário de ida ao pronto-socorro. Preocupada com o surto da gripe, a engenheira Cláudia dos Santos Martins, que mora em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) levou o filho de 12 anos, com gripe, ao Hospital Santa Catarina, na Bela Vista, centro de São Paulo, na madrugada desta sexta. "Dei o remédio o dia inteiro e, como a febre não passou, vim direto para cá. Aqui nunca tem fila e só liberam com 100% de certeza", falou Cláudia, aliviada pelo filho não ter contraído a doença. O tempo de espera para ser atendido por um médico era de 30 minutos no Santa Catarina, mas os pais tinham que esperar o resultado dos exames para os filhos serem liberados. OUTRO LADO Em nota, o hospital Sabará informou que o pronto-socorro infantil recebe uma alta demanda de pacientes desde o início de março, o que pode aumenta a espera para casos de baixo grau de urgência. O Sabará afirma ainda ter aumentado em 20% o efetivo de médicos do pronto-socorro em relação a 2015 e ter aberto dois consultórios extras, além de uma terceira sala de pré-atendimento. "Pacientes emergenciais serão atendidos imediatamente a sua chegada no Hospital. Pacientes urgentes serão priorizados e atendidos em até 60 minutos. Demais pacientes serão atendidos na sequência, após andamento da fila de pacientes prioritários", diz a nota.
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cotidiano
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Com surto de gripe, pais enfrentam filas em hospitais até de madrugadaO surto da gripe H1N1 fora de época em São Paulo tem lotado os prontos-socorros públicos e privados infantis até mesmo de madrugada. O resultado são filas de espera de mais de três horas e pais tentando buscar estratégias para fugir delas. Na última semana, a reportagem da Folha percorreu durante a madrugada os hospitais privados no centro e zona oeste de São Paulo. Em alguns deles, banners orientavam sobre os sintomas da doença e a maneira de evitá-la. No Hospital Infantil Sabará, em Higienópolis, centro de São Paulo, 75 crianças deram entrada no pronto-socorro infantil com febre, coriza e vômito, entre a noite da última quinta-feira (31) e a madrugada de sexta (1º). Segundo uma funcionária do atendimento, dez destas crianças foram diagnosticadas com H1N1 e várias delas estão em observação. Por volta das 4h30, uma menina utilizando máscara esperava atendimento deitada no colo do pai. Gripe H1N1 A opção pelo atendimento de madrugada, segundo pais falaram para alguns funcionários do hospital, é para fugir das filas. No entanto, em alguns dias nem mesmo durante a noite os pais conseguem fugir da espera, que pode chegar até quatro horas e meia. Nas duas unidades do hospital particular São Camilo que têm pronto-socorro infantil houve um aumento no volume de atendimentos. As unidades Pompeia e Santana registraram cerca de 4% e 8% mais pacientes infantis do que no mesmo período do ano passado. O aumento da doença tem mudado também a rotina de acolhimento das crianças nos prontos-socorros infantis. Os desenhos para colorir, giz de cera e lápis de cor –antes oferecidos para os pequenos passarem o tempo– foram banidos no Sabará, ao menos por enquanto, devido ao risco de contágio de gripe. Na sala de espera do hospital infantil são disponibilizados ainda lenços de papel e luvas para os pais utilizarem em caso de suspeita da doença. Com a fila de espera, como ocorre no Sabará, uma mãe (que pediu para não ser identificada) optou por levar o filho de dois anos ao pronto-socorro do particular Samaritano, em Higienópolis, na madrugada da última quinta (31). Quando a mulher chegou ao local, encontrou uma fila de espera menor. "Meu filho estava resfriado e a febre se agravou durante a madrugada", falou a mãe, justificando o horário de ida ao pronto-socorro. Preocupada com o surto da gripe, a engenheira Cláudia dos Santos Martins, que mora em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) levou o filho de 12 anos, com gripe, ao Hospital Santa Catarina, na Bela Vista, centro de São Paulo, na madrugada desta sexta. "Dei o remédio o dia inteiro e, como a febre não passou, vim direto para cá. Aqui nunca tem fila e só liberam com 100% de certeza", falou Cláudia, aliviada pelo filho não ter contraído a doença. O tempo de espera para ser atendido por um médico era de 30 minutos no Santa Catarina, mas os pais tinham que esperar o resultado dos exames para os filhos serem liberados. OUTRO LADO Em nota, o hospital Sabará informou que o pronto-socorro infantil recebe uma alta demanda de pacientes desde o início de março, o que pode aumenta a espera para casos de baixo grau de urgência. O Sabará afirma ainda ter aumentado em 20% o efetivo de médicos do pronto-socorro em relação a 2015 e ter aberto dois consultórios extras, além de uma terceira sala de pré-atendimento. "Pacientes emergenciais serão atendidos imediatamente a sua chegada no Hospital. Pacientes urgentes serão priorizados e atendidos em até 60 minutos. Demais pacientes serão atendidos na sequência, após andamento da fila de pacientes prioritários", diz a nota.
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Para se dar bem no vestibular, aluno deve ir além dos livros obrigatórios
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Se considerarmos apenas os vestibulares da USP e da Unicamp, os candidatos a uma vaga nas duas universidades precisarão ler, no mínimo, 15 livros durante a sua preparação -as obras de leitura obrigatória vão de Machado de Assis ao moçambicano Mia Couto, de antologias de poemas a peça de teatro. "Mas ler apenas os livros que 'vão cair' não basta para obter um bom resultado nas provas", afirma Eduardo Calbucci, supervisor de português do Anglo. A recomendação de professores e cursinhos é que o aluno faça uma seleção de textos que não são exigidos pelos vestibulares e desenvolva um cronograma diário de leitura. Vale tudo: poema, artigo, romance, conto, história em quadrinhos. "Desde que seja bem escrito. Só assim você aumenta o seu repertório e ganha bagagem para entender uma questão, interpretar um texto e ter referências na hora de escrever a redação", diz Heric Palos, coordenador de português do Etapa. Uma boa maneira de começar é ler diariamente os jornais, dizem os professores. Principalmente editoriais e artigos de opinião, que costumam ter uma preocupação maior com o estilo e, invariavelmente, fazem o aluno concordar e discordar de argumentos usados -habilidade fundamental na hora de produzir uma redação. Com o hábito de leitura já estabelecido, o próximo passo é começar a escolher diferentes livros, sejam eles clássicos ou de autores contemporâneos, de qualquer gênero. O importante é que a obra gere esforço intelectual e reflexão, algo que sempre é cobrado nos grandes exames. "Leitura tem que ser diária, como estudar uma disciplina qualquer. Além disso, não é só se preocupar com o conteúdo. É preciso dissecar como o autor escreveu, quais foram os argumentos utilizados, entender a forma do texto", diz Palos. E importante: não fazer isso à noite, antes de dormir, para não correr o risco de pegar no sono. "Se começar hoje a ler três ou quatro páginas por dia, o estudante consegue terminar um livro inteiro até os vestibulares", diz Calbucci. Nesta página, há indicação de dez obras sugeridas por professores e pela Folha, divididas entre ficção e não ficção. Longe de ser obrigatória, a seleção propõe um ponto de partida para o aluno conhecer diferentes livros.
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educacao
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Para se dar bem no vestibular, aluno deve ir além dos livros obrigatóriosSe considerarmos apenas os vestibulares da USP e da Unicamp, os candidatos a uma vaga nas duas universidades precisarão ler, no mínimo, 15 livros durante a sua preparação -as obras de leitura obrigatória vão de Machado de Assis ao moçambicano Mia Couto, de antologias de poemas a peça de teatro. "Mas ler apenas os livros que 'vão cair' não basta para obter um bom resultado nas provas", afirma Eduardo Calbucci, supervisor de português do Anglo. A recomendação de professores e cursinhos é que o aluno faça uma seleção de textos que não são exigidos pelos vestibulares e desenvolva um cronograma diário de leitura. Vale tudo: poema, artigo, romance, conto, história em quadrinhos. "Desde que seja bem escrito. Só assim você aumenta o seu repertório e ganha bagagem para entender uma questão, interpretar um texto e ter referências na hora de escrever a redação", diz Heric Palos, coordenador de português do Etapa. Uma boa maneira de começar é ler diariamente os jornais, dizem os professores. Principalmente editoriais e artigos de opinião, que costumam ter uma preocupação maior com o estilo e, invariavelmente, fazem o aluno concordar e discordar de argumentos usados -habilidade fundamental na hora de produzir uma redação. Com o hábito de leitura já estabelecido, o próximo passo é começar a escolher diferentes livros, sejam eles clássicos ou de autores contemporâneos, de qualquer gênero. O importante é que a obra gere esforço intelectual e reflexão, algo que sempre é cobrado nos grandes exames. "Leitura tem que ser diária, como estudar uma disciplina qualquer. Além disso, não é só se preocupar com o conteúdo. É preciso dissecar como o autor escreveu, quais foram os argumentos utilizados, entender a forma do texto", diz Palos. E importante: não fazer isso à noite, antes de dormir, para não correr o risco de pegar no sono. "Se começar hoje a ler três ou quatro páginas por dia, o estudante consegue terminar um livro inteiro até os vestibulares", diz Calbucci. Nesta página, há indicação de dez obras sugeridas por professores e pela Folha, divididas entre ficção e não ficção. Longe de ser obrigatória, a seleção propõe um ponto de partida para o aluno conhecer diferentes livros.
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Parque Pôr do Sol volta a ser praça para ter estrutura melhorada
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A Praça Pôr do Sol, que ganhou status de parque após um decreto municipal, vai voltar a ser considerada uma praça. A medida foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (21) e tem o objetivo de incluir o local no programa "Adote uma Praça", voltado para a manutenção de áreas públicas. O decreto 56.333/205, assinado por Fernando Haddad (PT), em 13 de agosto de 2015, foi revogado por João Doria. Ele previa que a praça, localizada no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, fosse considerada uma área verde especial e recebesse os cuidados da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Em 2016, a gestão Haddad informou que a secretaria desenvolveria um projeto para cercar o local, mas a medida não foi para frente. Por pressão da associação de moradores, a praça ganhou iluminação nova, mais baixa e forte, e monitoramento por câmera. Os moradores, no entanto, continuam se queixando da violência. Na noite de terça-feira, um estudante de 22 anos foi baleado após sofrer uma tentativa de assalto próximo ao local. Ao ser considerada praça novamente, o local fará parte do programa de zeladoria que funciona por meio de termos de cooperação com empresas privadas.
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cotidiano
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Parque Pôr do Sol volta a ser praça para ter estrutura melhoradaA Praça Pôr do Sol, que ganhou status de parque após um decreto municipal, vai voltar a ser considerada uma praça. A medida foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (21) e tem o objetivo de incluir o local no programa "Adote uma Praça", voltado para a manutenção de áreas públicas. O decreto 56.333/205, assinado por Fernando Haddad (PT), em 13 de agosto de 2015, foi revogado por João Doria. Ele previa que a praça, localizada no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, fosse considerada uma área verde especial e recebesse os cuidados da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Em 2016, a gestão Haddad informou que a secretaria desenvolveria um projeto para cercar o local, mas a medida não foi para frente. Por pressão da associação de moradores, a praça ganhou iluminação nova, mais baixa e forte, e monitoramento por câmera. Os moradores, no entanto, continuam se queixando da violência. Na noite de terça-feira, um estudante de 22 anos foi baleado após sofrer uma tentativa de assalto próximo ao local. Ao ser considerada praça novamente, o local fará parte do programa de zeladoria que funciona por meio de termos de cooperação com empresas privadas.
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'O pior da inflação já aconteceu', diz especialista em consumo
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O comportamento dos próprios consumidores começa a contribuir para o abrandamento da inflação. O repasse de preços já aconteceu, apesar da resistência dos varejistas em aceitar a escalada dos preços da indústria. Em outras palavras, o pior da inflação já passou. As ideias são de Luis Arjona, 47, presidente da subsidiária brasileira do Nielsen, instituto que audita o desempenho da indústria e do varejo no consumo de abastecimento do lar em 50 milhões de lares. "As famílias já estão contribuindo para que a inflação não aumente, porque elas estão comprando uma cesta diferente da que compravam antes. E estão comprando em locais onde as cestas são mais básicas", afirma o especialista em consumo. A inflação, medida pelo IPCA, teve aceleração em maio, e chega a 8,47% em 12 meses, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). É a maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%), patamar que já havia sido atingido no mês anterior. ABAIXO, LEIA ENTREVISTA COM LUIS ARJONA: Folha - Os preços vão subir mais até o fim do ano? Como as indústrias estão reajustando as tabelas? Luis Arjona - O pior da inflação já aconteceu. Eu não vi os fabricantes com os quais eu converso segurando preço. Pelo contrário: o que fizeram foi ter acelerado o repasse de preços, dentro de uma dinâmica em que o varejista tentava segurar, e eles têm esse embate. As quatro cadeias grandes não aceitam repassar os preços tão facilmente. Mas os fabricantes tentaram acelerar essa dinâmica. Daí a inflação manifestada. Agora já temos patamares de inflação em 0,7%. Imagino que a tendência vai ser essa. Qual é a diferença da inflação para as classes mais baixas e mais altas? Preço é uma coisa muito relativa. Se você vai a um supermercado de mais alto nível, acaba comprando uma cesta com valor maior do que quando vai a um mercado mais popular, ainda que compre as mesmas categorias de produtos. Se você compara um mesmo artigo nos dois lugares provavelmente aquele produto não seja necessariamente muito mais caro na loja premium. É que o mix dos produtos do mercado de alto nível incentiva o consumidor a trazer produtos mais diferenciados. Você leva um biscoito mais sofisticado, importado, recheado, coberto de chocolate. Eu entendo que agora as famílias já estão contribuindo para que a inflação não aumente, porque elas estão comprando uma cesta diferente da que compravam antes. E estão comprando em locais onde as cestas são mais básicas. Uma família que vá a um atacadão acaba tendo uma possibilidade de compra mais básica do que quem vai a um supermercado mais exclusivo. O preço em si não é a única variável. Então, a inflação da classe AB está mais forte que a das classes mais baixas? Eu não poderia falar historicamente, mas posso lhe dar o exemplo de 2014, quando a inflação foi ligeiramente mais alta para as classes C, D e E. Nós analisamos os gastos das famílias que compõem nosso painel de domicílios, comparamos com base na inflação por setor do IBGE e vimos um impacto ligeiramente maior da inflação sobre as classes C, D e E em comparação com as classes A e B. Por que isso acontece? Porque a inflação pode ser mais alta ou mais baixa por classe social, de acordo com o peso de cada gasto no orçamento e com o nível de inflação de cada setor. Por exemplo: se a inflação de produtos de abastecimento do lar, de itens mais básicos, for acima da média, a probabilidade da inflação das classes baixas ser mais alta é evidente (pois o abastecimento do lar tem maior peso no orçamento dessas famílias); por outro lado, se outros gastos como a educação particular, lazer fora do lar e viagens apresentam maior inflação que a média, a tendência é que as classes mais altas sintam mais o reajuste de preços, pois esses gastos têm maior importância no orçamento das famílias com maior renda. Inflação - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress É só baixar preço que o consumidor aparece? Certamente não. Mas em momentos como este, o preço é uma variável que os consumidores estão estudando com muito mais cuidado. Vemos que ele está indo menos frequentemente aos lugares de compras de alimentos, comprando mais em cada ocasião que vai, programando mais a compra e indo a canais onde os preços são mais competitivos porque a cesta também é mais básica. O setor de bens de consumo é muito baseado em inovação. Mas em um momento difícil como atual, a indústria consegue manter o volume de lançamentos de produtos inovadores? A inovação no Brasil quase sempre é liderada pelas empresas maiores. Eu não acredito que a taxa de inovação esteja caindo. Não vejo os fabricantes em diferentes categorias jogando a toalha e dizendo que não vai ter retorno. Até porque a inovação é uma das alavancas que estão sendo procuradas para se diferenciar de concorrentes. E inovação não significa só produtos mais caros. São produtos que têm funcionalidade maior e inclusive vantagem de preço. As empresas estão tentando cortar desperdícios e priorizar o que faz diferença para elas. Mas a taxa de inovação, os esforços no ponto de venda, as promoções para donas de casa, na minha opinião, se mantêm nos mesmos patamares. Qual é a importância do crédito no consumo de abastecimento do lar? Historicamente os setores de bens duráveis são muito mais voláteis e dependentes de crédito. Os bens de consumo, principalmente os mais básicos, são mais resilientes. Se a economia vai para cima ou para baixo, o patamar se mantém mais estável. Os bens de consumo tipicamente não dependem de crédito. Mas há momentos em que eles podem cair ou subir nessa dependência de crédito? Como está hoje? Depende de onde se compra. Dificilmente uma loja de bairro tem algum tipo de crédito formal. Nos supermercados, as pessoas fazem financiamento no cartão. Mas o que estamos observando é a queda disso. As famílias hoje estão escolhendo se endividar menos. O patamar de endividamento já foi maior. Agora está menor, em geral, nos setores de consumo onde nós atuamos. Com a expectativa de desemprego aumentando, as pessoas que estavam empregadas hoje estão escolhendo se endividar menos porque não sabem se vão se manter empregados. Quando perguntamos às famílias sobre o endividamento, nós vemos o patamar indo para baixo. E isso é consistente com a tendência da economia como um todo. A dependência de crédito vai ser menor. Provavelmente, podem até usar para completar a conta do mês, mas esse endividamento tende a cair. Se os clientes da Nielsen, indústria e varejo, não dependem desse crédito, isso os deixa imunes à crise? O último setor que sofre é o de bens de consumo. Dentro disso há categorias mais premium e outras menos premium. Estamos observando um fenômeno que aconteceu nos últimos oito ou dez anos, em que o poder aquisitivo da população aumentou e tinha uma tendência de comprar cada vez mais produtos sofisticados. Mas nos últimos meses, as famílias estão em um processo de retrocesso, escolhendo marcas mais baratas. Isso é bastante evidente nas diferentes categorias. Dizer que nosso clientes estão imunes a uma recessão, não. Que são mais resilientes, sim. Que há uma tendência menos premium, também é verdade. Quantos anos na sua estimativa serão de baixo crescimento? Espero que só 2015. E ainda sim, que as cestas de consumo se mantenham em crescimento. Recentemente, tive conversas com pessoas que estão estudando mercado de consumo e eles pensam que nossa visão é mais otimista. Espero que 2016 seja um ano de crescimento. Mas certamente não serão os crescimentos que tivemos cinco ou seis anos atrás. Inflação por setor - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress ================ RAIO-X NOME Luis Arjona, 47 FORMAÇÃO Administração de empresas pela Universidade de Stanford - Califórnia CARREIRA Mckinsey & Company, Bain & Company e Ebay
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mercado
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'O pior da inflação já aconteceu', diz especialista em consumoO comportamento dos próprios consumidores começa a contribuir para o abrandamento da inflação. O repasse de preços já aconteceu, apesar da resistência dos varejistas em aceitar a escalada dos preços da indústria. Em outras palavras, o pior da inflação já passou. As ideias são de Luis Arjona, 47, presidente da subsidiária brasileira do Nielsen, instituto que audita o desempenho da indústria e do varejo no consumo de abastecimento do lar em 50 milhões de lares. "As famílias já estão contribuindo para que a inflação não aumente, porque elas estão comprando uma cesta diferente da que compravam antes. E estão comprando em locais onde as cestas são mais básicas", afirma o especialista em consumo. A inflação, medida pelo IPCA, teve aceleração em maio, e chega a 8,47% em 12 meses, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). É a maior taxa desde dezembro de 2003 (9,3%), patamar que já havia sido atingido no mês anterior. ABAIXO, LEIA ENTREVISTA COM LUIS ARJONA: Folha - Os preços vão subir mais até o fim do ano? Como as indústrias estão reajustando as tabelas? Luis Arjona - O pior da inflação já aconteceu. Eu não vi os fabricantes com os quais eu converso segurando preço. Pelo contrário: o que fizeram foi ter acelerado o repasse de preços, dentro de uma dinâmica em que o varejista tentava segurar, e eles têm esse embate. As quatro cadeias grandes não aceitam repassar os preços tão facilmente. Mas os fabricantes tentaram acelerar essa dinâmica. Daí a inflação manifestada. Agora já temos patamares de inflação em 0,7%. Imagino que a tendência vai ser essa. Qual é a diferença da inflação para as classes mais baixas e mais altas? Preço é uma coisa muito relativa. Se você vai a um supermercado de mais alto nível, acaba comprando uma cesta com valor maior do que quando vai a um mercado mais popular, ainda que compre as mesmas categorias de produtos. Se você compara um mesmo artigo nos dois lugares provavelmente aquele produto não seja necessariamente muito mais caro na loja premium. É que o mix dos produtos do mercado de alto nível incentiva o consumidor a trazer produtos mais diferenciados. Você leva um biscoito mais sofisticado, importado, recheado, coberto de chocolate. Eu entendo que agora as famílias já estão contribuindo para que a inflação não aumente, porque elas estão comprando uma cesta diferente da que compravam antes. E estão comprando em locais onde as cestas são mais básicas. Uma família que vá a um atacadão acaba tendo uma possibilidade de compra mais básica do que quem vai a um supermercado mais exclusivo. O preço em si não é a única variável. Então, a inflação da classe AB está mais forte que a das classes mais baixas? Eu não poderia falar historicamente, mas posso lhe dar o exemplo de 2014, quando a inflação foi ligeiramente mais alta para as classes C, D e E. Nós analisamos os gastos das famílias que compõem nosso painel de domicílios, comparamos com base na inflação por setor do IBGE e vimos um impacto ligeiramente maior da inflação sobre as classes C, D e E em comparação com as classes A e B. Por que isso acontece? Porque a inflação pode ser mais alta ou mais baixa por classe social, de acordo com o peso de cada gasto no orçamento e com o nível de inflação de cada setor. Por exemplo: se a inflação de produtos de abastecimento do lar, de itens mais básicos, for acima da média, a probabilidade da inflação das classes baixas ser mais alta é evidente (pois o abastecimento do lar tem maior peso no orçamento dessas famílias); por outro lado, se outros gastos como a educação particular, lazer fora do lar e viagens apresentam maior inflação que a média, a tendência é que as classes mais altas sintam mais o reajuste de preços, pois esses gastos têm maior importância no orçamento das famílias com maior renda. Inflação - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress É só baixar preço que o consumidor aparece? Certamente não. Mas em momentos como este, o preço é uma variável que os consumidores estão estudando com muito mais cuidado. Vemos que ele está indo menos frequentemente aos lugares de compras de alimentos, comprando mais em cada ocasião que vai, programando mais a compra e indo a canais onde os preços são mais competitivos porque a cesta também é mais básica. O setor de bens de consumo é muito baseado em inovação. Mas em um momento difícil como atual, a indústria consegue manter o volume de lançamentos de produtos inovadores? A inovação no Brasil quase sempre é liderada pelas empresas maiores. Eu não acredito que a taxa de inovação esteja caindo. Não vejo os fabricantes em diferentes categorias jogando a toalha e dizendo que não vai ter retorno. Até porque a inovação é uma das alavancas que estão sendo procuradas para se diferenciar de concorrentes. E inovação não significa só produtos mais caros. São produtos que têm funcionalidade maior e inclusive vantagem de preço. As empresas estão tentando cortar desperdícios e priorizar o que faz diferença para elas. Mas a taxa de inovação, os esforços no ponto de venda, as promoções para donas de casa, na minha opinião, se mantêm nos mesmos patamares. Qual é a importância do crédito no consumo de abastecimento do lar? Historicamente os setores de bens duráveis são muito mais voláteis e dependentes de crédito. Os bens de consumo, principalmente os mais básicos, são mais resilientes. Se a economia vai para cima ou para baixo, o patamar se mantém mais estável. Os bens de consumo tipicamente não dependem de crédito. Mas há momentos em que eles podem cair ou subir nessa dependência de crédito? Como está hoje? Depende de onde se compra. Dificilmente uma loja de bairro tem algum tipo de crédito formal. Nos supermercados, as pessoas fazem financiamento no cartão. Mas o que estamos observando é a queda disso. As famílias hoje estão escolhendo se endividar menos. O patamar de endividamento já foi maior. Agora está menor, em geral, nos setores de consumo onde nós atuamos. Com a expectativa de desemprego aumentando, as pessoas que estavam empregadas hoje estão escolhendo se endividar menos porque não sabem se vão se manter empregados. Quando perguntamos às famílias sobre o endividamento, nós vemos o patamar indo para baixo. E isso é consistente com a tendência da economia como um todo. A dependência de crédito vai ser menor. Provavelmente, podem até usar para completar a conta do mês, mas esse endividamento tende a cair. Se os clientes da Nielsen, indústria e varejo, não dependem desse crédito, isso os deixa imunes à crise? O último setor que sofre é o de bens de consumo. Dentro disso há categorias mais premium e outras menos premium. Estamos observando um fenômeno que aconteceu nos últimos oito ou dez anos, em que o poder aquisitivo da população aumentou e tinha uma tendência de comprar cada vez mais produtos sofisticados. Mas nos últimos meses, as famílias estão em um processo de retrocesso, escolhendo marcas mais baratas. Isso é bastante evidente nas diferentes categorias. Dizer que nosso clientes estão imunes a uma recessão, não. Que são mais resilientes, sim. Que há uma tendência menos premium, também é verdade. Quantos anos na sua estimativa serão de baixo crescimento? Espero que só 2015. E ainda sim, que as cestas de consumo se mantenham em crescimento. Recentemente, tive conversas com pessoas que estão estudando mercado de consumo e eles pensam que nossa visão é mais otimista. Espero que 2016 seja um ano de crescimento. Mas certamente não serão os crescimentos que tivemos cinco ou seis anos atrás. Inflação por setor - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress ================ RAIO-X NOME Luis Arjona, 47 FORMAÇÃO Administração de empresas pela Universidade de Stanford - Califórnia CARREIRA Mckinsey & Company, Bain & Company e Ebay
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Em 'O Vilarejo', Raphael Montes exibe potencial maléfico do homem comum
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As histórias de "O Vilarejo" não deveriam ser lidas, e sim contadas em voz soturna em torno de uma fogueira, em noite de lua cheia. Não são contos fantasmagóricos nem relatos do sobrenatural, nada de mula-sem-cabeça ou morcegos chupadores de sangue, mas trazem o gosto de terror que costuma rechear conversas noturnas em acampamentos. Como em outras obras do gênero –um exemplo é "O Diário de Drácula", do romeno Marin Mincu–, o autor se apresenta como mero recuperador de manuscritos antigos e misteriosos. No prefácio, Raphael Montes informa que os textos foram produzidos em cimério, "língua morta pertencente ao ramo botno-úgrico", e encontrados por acaso em um sebo do Rio de Janeiro. Decifrados pelo jovem escritor carioca –nascido em 1990, o autor é apontado como prodígio literário e produz roteiros para cinema e TV–, os contos revelam até que ponto pode chegar a maldade humana. Seu caráter é tanto mais terrível porque os personagens são gente comum, de boa cepa –uma prestimosa mãe de três filhos, irmãs adolescentes que brincam sem culpa por campos verdejantes, trabalhadores que mourejam para garantir o sustento da família. Tangidos pela guerra, porém, pressionados pela fome e pelo frio, acossados pelo medo e pela solidão, eles deixam que a luta pela sobrevivência os transforme em predadores sexuais, torturadores, assassinos. Os breves contos do pequeno livro –93 páginas– são escritos em linguagem simples e direta, conduzindo o leitor a uma parceria, uma certa cumplicidade com as figuras que habitam o vilarejo. Até que, num zás-trás, o simpático morador comete ato demoníaco inspirado por um dos sete pecados capitais. Ainda que laicos e pagãos, os contos de Raphael Montes são tecidos por forte componente moralista, tal como as fábulas. Na maioria das histórias, a trama é tão instigante que o leitor pode nem se dar conta do "ensinamento" que encerra. Os contos são organizados em uma estrutura que se poderia chamar de jornalística –o primeiro é o mais dramático e terrível, os que seguem contribuem para que se entenda os bastidores da história, e o último retoma a trilha inicial, esclarecendo elementos que ainda estavam obscuros. Nesse fechamento, o moralismo salta dos recônditos do tecido da trama e se expõe de forma explícita, incomodamente didática. Também nele aparecem elementos sobrenaturais, o que reduz a carga de terror dos textos –afinal, seu valor está justamente em mostrar o potencial maléfico do homem comum. De qualquer forma, "O Vilarejo" propicia bons momentos de leitura. Engrandecido por ótima edição e ilustrações superbacanas, o conjunto ajuda a lembrar os leitores da era digital do prazer de ter nas mãos um livro de verdade. O VILAREJO AUTOR: RAPHAEL MONTES EDITORA: SUMA DE LETRAS QUANDO: LANÇAMENTO NESTA TERÇA (25), ÀS 18H30, NA LIVRARIA CULTURA - AV. PAULISTA, 2.073; TEL. (11) 3170-4033 QUANTO: R$ 29,90 (96 PÁGS.)
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ilustrada
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Em 'O Vilarejo', Raphael Montes exibe potencial maléfico do homem comumAs histórias de "O Vilarejo" não deveriam ser lidas, e sim contadas em voz soturna em torno de uma fogueira, em noite de lua cheia. Não são contos fantasmagóricos nem relatos do sobrenatural, nada de mula-sem-cabeça ou morcegos chupadores de sangue, mas trazem o gosto de terror que costuma rechear conversas noturnas em acampamentos. Como em outras obras do gênero –um exemplo é "O Diário de Drácula", do romeno Marin Mincu–, o autor se apresenta como mero recuperador de manuscritos antigos e misteriosos. No prefácio, Raphael Montes informa que os textos foram produzidos em cimério, "língua morta pertencente ao ramo botno-úgrico", e encontrados por acaso em um sebo do Rio de Janeiro. Decifrados pelo jovem escritor carioca –nascido em 1990, o autor é apontado como prodígio literário e produz roteiros para cinema e TV–, os contos revelam até que ponto pode chegar a maldade humana. Seu caráter é tanto mais terrível porque os personagens são gente comum, de boa cepa –uma prestimosa mãe de três filhos, irmãs adolescentes que brincam sem culpa por campos verdejantes, trabalhadores que mourejam para garantir o sustento da família. Tangidos pela guerra, porém, pressionados pela fome e pelo frio, acossados pelo medo e pela solidão, eles deixam que a luta pela sobrevivência os transforme em predadores sexuais, torturadores, assassinos. Os breves contos do pequeno livro –93 páginas– são escritos em linguagem simples e direta, conduzindo o leitor a uma parceria, uma certa cumplicidade com as figuras que habitam o vilarejo. Até que, num zás-trás, o simpático morador comete ato demoníaco inspirado por um dos sete pecados capitais. Ainda que laicos e pagãos, os contos de Raphael Montes são tecidos por forte componente moralista, tal como as fábulas. Na maioria das histórias, a trama é tão instigante que o leitor pode nem se dar conta do "ensinamento" que encerra. Os contos são organizados em uma estrutura que se poderia chamar de jornalística –o primeiro é o mais dramático e terrível, os que seguem contribuem para que se entenda os bastidores da história, e o último retoma a trilha inicial, esclarecendo elementos que ainda estavam obscuros. Nesse fechamento, o moralismo salta dos recônditos do tecido da trama e se expõe de forma explícita, incomodamente didática. Também nele aparecem elementos sobrenaturais, o que reduz a carga de terror dos textos –afinal, seu valor está justamente em mostrar o potencial maléfico do homem comum. De qualquer forma, "O Vilarejo" propicia bons momentos de leitura. Engrandecido por ótima edição e ilustrações superbacanas, o conjunto ajuda a lembrar os leitores da era digital do prazer de ter nas mãos um livro de verdade. O VILAREJO AUTOR: RAPHAEL MONTES EDITORA: SUMA DE LETRAS QUANDO: LANÇAMENTO NESTA TERÇA (25), ÀS 18H30, NA LIVRARIA CULTURA - AV. PAULISTA, 2.073; TEL. (11) 3170-4033 QUANTO: R$ 29,90 (96 PÁGS.)
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Justiça dos EUA suspende decreto anti-imigração antes de entrar em vigor
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Previsto para entrar em vigor nesta quinta (16), o novo decreto do presidente Donald Trump que restringe a entrada nos EUA de cidadãos de seis países de maioria muçulmana foi suspenso por decisão do juiz federal Derrick K. Watson, do Havaí. Mais dois juízes poderiam tomar decisões até a manhã desta quinta, um deles em Maryland e o outro em Washington –no caso, o mesmo James Robart que concedeu liminar contra a primeira edição da ordem executiva, posteriormente confirmada pela 9ª Corte de Apelações. Watson, do Havaí, acatou as demandas de uma ação movida pelo próprio Estado. Os advogados alegaram que o texto federal viola a Primeira Emenda da Constituição por ser essencialmente um veto de caráter religioso. Argumentaram, além disso, que o decreto prejudicaria a indústria do turismo e afetaria empresas e universidades interessadas em recrutar talentos estrangeiros. Watson deixou claro que a decisão tem alcance nacional. Em discurso com tom de campanha em Nashville, para uma plateia de apoiadores, Trump reagiu à decisão, que chamou de "extrapolação judicial". O presidente acusou o juiz havaiano, nomeado por Barack Obama, de agir com motivação política num ambiente marcado pelo ódio. Lembrou que foram introduzidas diversas mudanças que "aguaram" a proposta anterior –e disse que se for preciso irá à Suprema Corte. "E vamos ganhar", afirmou. Alguns analistas concordam que seriam grandes as chances de o Executivo sair vitorioso. O juiz citou declarações em entrevista à CNN, no ano passado, para caracterizar o ânimo discriminatório de Trump –mas não caberia à Justiça avaliar declarações de campanha, e sim julgar a legalidade do texto. O presidente reafirmou que sua ordem é embasada na Lei de Imigração, que faculta ao mandatário "por proclamação e durante o período que julgar necessário, suspender a entrada de todos os estrangeiros ou qualquer classe de estrangeiros como imigrantes ou não imigrantes" se julgar necessário para proteger a segurança nacional. Embora continue controverso e dê margem a contestações políticas, o decreto é considerado mais consistente em termos legais do que o precedente –e não apenas por apoiadores de Trump. A nova versão exclui o Iraque (que coopera com militares dos EUA e combate a milícia terrorista Estado Islâmico) da lista de países atingidos, mantendo o veto de ingresso, por 90 dias, para cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iêmen, Somália e Sudão. Também foram retiradas as restrições a estudantes, profissionais e turistas que já tenham visto válido para entrar nos EUA –uma das causas da forte indignação causada pelo decreto anterior. O texto cancela, ainda, por 120 dias o acolhimento de refugiados e revoga a proibição de entrada por tempo indeterminado aos sírios. Ao mesmo tempo, suprime a sugestão de que refugiados cristãos mereceriam tratamento privilegiado. Para contornar imprevistos, autoridades poderão decidir caso a caso em situações que caracterizem "sofrimento indevido". A escolha dos seis países, que os críticos veem como discriminatória e ineficaz para conter atentados, foi defendida pelo secretário de Justiça, Jeff Sessions, sob a justificativa de que os governos enquadrados apoiam o terrorismo ou são incapazes de dar informações sobre seus cidadãos que satisfaçam os EUA. O governo já havia questionado a legalidade da adesão de Estados a ações judiciais e apontado como "especulativa" a presunção de que a medida prejudicaria a população muçulmana local e causaria danos a empresas, universidades e turismo.
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mundo
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Justiça dos EUA suspende decreto anti-imigração antes de entrar em vigorPrevisto para entrar em vigor nesta quinta (16), o novo decreto do presidente Donald Trump que restringe a entrada nos EUA de cidadãos de seis países de maioria muçulmana foi suspenso por decisão do juiz federal Derrick K. Watson, do Havaí. Mais dois juízes poderiam tomar decisões até a manhã desta quinta, um deles em Maryland e o outro em Washington –no caso, o mesmo James Robart que concedeu liminar contra a primeira edição da ordem executiva, posteriormente confirmada pela 9ª Corte de Apelações. Watson, do Havaí, acatou as demandas de uma ação movida pelo próprio Estado. Os advogados alegaram que o texto federal viola a Primeira Emenda da Constituição por ser essencialmente um veto de caráter religioso. Argumentaram, além disso, que o decreto prejudicaria a indústria do turismo e afetaria empresas e universidades interessadas em recrutar talentos estrangeiros. Watson deixou claro que a decisão tem alcance nacional. Em discurso com tom de campanha em Nashville, para uma plateia de apoiadores, Trump reagiu à decisão, que chamou de "extrapolação judicial". O presidente acusou o juiz havaiano, nomeado por Barack Obama, de agir com motivação política num ambiente marcado pelo ódio. Lembrou que foram introduzidas diversas mudanças que "aguaram" a proposta anterior –e disse que se for preciso irá à Suprema Corte. "E vamos ganhar", afirmou. Alguns analistas concordam que seriam grandes as chances de o Executivo sair vitorioso. O juiz citou declarações em entrevista à CNN, no ano passado, para caracterizar o ânimo discriminatório de Trump –mas não caberia à Justiça avaliar declarações de campanha, e sim julgar a legalidade do texto. O presidente reafirmou que sua ordem é embasada na Lei de Imigração, que faculta ao mandatário "por proclamação e durante o período que julgar necessário, suspender a entrada de todos os estrangeiros ou qualquer classe de estrangeiros como imigrantes ou não imigrantes" se julgar necessário para proteger a segurança nacional. Embora continue controverso e dê margem a contestações políticas, o decreto é considerado mais consistente em termos legais do que o precedente –e não apenas por apoiadores de Trump. A nova versão exclui o Iraque (que coopera com militares dos EUA e combate a milícia terrorista Estado Islâmico) da lista de países atingidos, mantendo o veto de ingresso, por 90 dias, para cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iêmen, Somália e Sudão. Também foram retiradas as restrições a estudantes, profissionais e turistas que já tenham visto válido para entrar nos EUA –uma das causas da forte indignação causada pelo decreto anterior. O texto cancela, ainda, por 120 dias o acolhimento de refugiados e revoga a proibição de entrada por tempo indeterminado aos sírios. Ao mesmo tempo, suprime a sugestão de que refugiados cristãos mereceriam tratamento privilegiado. Para contornar imprevistos, autoridades poderão decidir caso a caso em situações que caracterizem "sofrimento indevido". A escolha dos seis países, que os críticos veem como discriminatória e ineficaz para conter atentados, foi defendida pelo secretário de Justiça, Jeff Sessions, sob a justificativa de que os governos enquadrados apoiam o terrorismo ou são incapazes de dar informações sobre seus cidadãos que satisfaçam os EUA. O governo já havia questionado a legalidade da adesão de Estados a ações judiciais e apontado como "especulativa" a presunção de que a medida prejudicaria a população muçulmana local e causaria danos a empresas, universidades e turismo.
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Netflix tem conta no Twitter invadida por grupo OurMine
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Uma das contas do Netflix no Twitter foi invadida nesta quarta-feira (21) por grupo que atende pelo nome de "OurMine". Várias mensagens com gozações foram enviadas da conta americana do Netflix no microblog. "A segurança mundial é uma droga. Estamos aqui para provar isso", disse uma das publicações. Algumas delas foram deletadas em menos de 10 minutos. O Netflix não pode ser imediatamente contatado para comentar o assunto. Contudo, o serviço de suporte ao cliente publicou em sua conta no Twitter: "Estamos cientes da situação e estamos trabalhando para resolvê-la", disse. O OurMine é conhecido por invadir contas importantes nas redes sociais, incluindo a do presidente do Twitter, Jack Dorsey, e a do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, além de veículos de comunicação como a Forbes e a TechCrunch. Contatado pela Reuters, o OurMine disse ter assumindo o controle da conta do Netflix no Twitter três horas antes.
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Netflix tem conta no Twitter invadida por grupo OurMineUma das contas do Netflix no Twitter foi invadida nesta quarta-feira (21) por grupo que atende pelo nome de "OurMine". Várias mensagens com gozações foram enviadas da conta americana do Netflix no microblog. "A segurança mundial é uma droga. Estamos aqui para provar isso", disse uma das publicações. Algumas delas foram deletadas em menos de 10 minutos. O Netflix não pode ser imediatamente contatado para comentar o assunto. Contudo, o serviço de suporte ao cliente publicou em sua conta no Twitter: "Estamos cientes da situação e estamos trabalhando para resolvê-la", disse. O OurMine é conhecido por invadir contas importantes nas redes sociais, incluindo a do presidente do Twitter, Jack Dorsey, e a do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, além de veículos de comunicação como a Forbes e a TechCrunch. Contatado pela Reuters, o OurMine disse ter assumindo o controle da conta do Netflix no Twitter três horas antes.
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O partido do looping no tempo
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Agora, todos que acompanham política sabem da performance falha de Marco Rubio no debate republicano de sábado (6) - eu diria um desempenho que bateu um recorde, mas isso revelaria minha idade. Ele não apenas respondeu a uma questão de Chris Christie sobre sua falta de realizações repetindo, palavra por palavra, a mesma linha de seu discurso de campanha que tinha usado um momento antes, como quando Christie zombou de seu "produto enlatado", ele repetiu a mesma linha mais uma vez. Em outras notícias, na semana passada – no Dia da Marmota [2 de fevereiro], para ser mais preciso – republicanos da Câmara deram o que todo mundo sabia que era um voto puramente simbólico, sem conteúdo, para revogar o Obamacare. Foi a 63ª vez que fizeram isso. Essas histórias estão relacionadas. A incapacidade de Rubio de fazer qualquer coisa além de repetir seus pontos de discussão "enlatados" foi surpreendente. Pior, foi engraçada, o que significa que se tornou viral. E reforçou a narrativa de que ele não é nada além de um terno vazio. Mas, sério, será que todos em seu partido não estão fazendo praticamente a mesma coisa, talvez não tão visivelmente? A verdade é que todo o partido republicano parece preso em um looping de tempo, dizendo e fazendo as mesmas coisas repetidas vezes. E, ao contrário do personagem de Bill Murray no filme "O feitiço do tempo", os republicanos não mostram nenhum sinal de que aprendem alguma coisa com a experiência. Pense nas doutrinas que cada político republicano precisa agora aprovar, sob pena de excomunhão. Primeiro, há o ritual de denúncia de que o Obamacare é uma lei terrível, muito ruim, assassina de empregos. Mencionei que ela assassina empregos? É estranho dizer, mas essa linha não mudou em nada, apesar do fato de termos criado 5,7 milhões de postos de trabalho no setor privado desde janeiro de 2014, quando o Affordable Care Act entrou em pleno vigor. Depois, há a afirmação de que tributar os ricos tem efeitos terríveis sobre o crescimento econômico, e, inversamente, que o corte de impostos no topo da pirâmide pode contar para produzir um milagre econômico. Essa doutrina foi testada mais de duas décadas atrás, quando Bill Clinton elevou as taxas de imposto sobre os rendimentos elevados. Os republicanos previram um desastre, mas o que tivemos foi o melhor funcionamento da economia desde os anos 1960. Ela foi testada novamente quando George W. Bush cortou impostos sobre os ricos. Os republicanos previram um "boom de Bush", mas na verdade tiveram uma expansão sem brilho seguida pela pior recessão desde a Grande Depressão. E foi testada pela terceira vez depois que o presidente Obama ganhou a reeleição, e os impostos sobre os mais ricos subiram substancialmente; desde então, criamos oito milhões de empregos no setor privado. Ah, e há também o fracasso espetacular da experiência do Kansas, onde enormes cortes de impostos criaram uma crise orçamental sem entregar qualquer indício do milagre econômico prometido. Mas a fé republicana em cortes de impostos como um elixir econômico universal tem, se é que tem, se tornado mais forte, com Rubio, em particular, indo ainda mais longe do que os outros candidatos com a promessa de eliminar todos os impostos sobre ganhos de capital. Enquanto isso, na política externa, a posição necessária no Partido Republicano se tornou a de confiança absoluta na eficácia da força militar. Como isso funcionou no Iraque? Não importa: a única razão pela qual alguém no mundo não faz exatamente o que os EUA querem deve ser porque a nossa liderança é covarde, se não traidora. E a diplomacia, não importa o quão bem sucedida, é denunciada como apaziguamento. Não por acaso, a postura republicana compartilhada em política externa é basicamente a mesma que Richard Hofstadter famosamente descreveu em seu ensaio "O estilo paranoico na política americana": sempre que os EUA não conseguem impor sua vontade sobre o resto do mundo, só pode ser porque foram traídos. A John Birch Society ganhou a guerra pela alma do partido. Mas será que todos os políticos não jorram respostas enlatadas que têm pouca relação com a realidade? Não. Goste você dela ou não, Hillary Clinton é uma especialista genuína em política, que é capaz de pensar rápido e claramente sabe o que está falando sobre muitos assuntos. Bernie Sanders é muito mais um candidato de uma nota só, mas pelo menos a questão que leva sua assinatura – o aumento da desigualdade e os efeitos do dinheiro na política – reflete preocupações reais. Quando você pensa sobre os debates democratas após o que aconteceu no sábado, não parece que está assistindo a um partido diferente, parece que entrou em um universo intelectual e moral diferente. Então, como isso aconteceu com o Partido Republicano? Sendo direto, suspeito de que tem muito a ver com a "Foxificação", a forma como eleitores republicanos das primárias vivem em uma bolha de mídia na qual fatos constrangedores não podem penetrar. Mas deve haver causas mais profundas por trás da criação dessa bolha. Seja qual for a razão crucial, no entanto, o ponto é que enquanto Rubio, de fato, caiu no ridículo no sábado, ele não foi a única pessoa no palco jorrando questões de discussão enlatadas que são descoladas da realidade. Todos eles eram, mesmo que os outros candidatos conseguissem evitar se repetir palavra por palavra. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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O partido do looping no tempoAgora, todos que acompanham política sabem da performance falha de Marco Rubio no debate republicano de sábado (6) - eu diria um desempenho que bateu um recorde, mas isso revelaria minha idade. Ele não apenas respondeu a uma questão de Chris Christie sobre sua falta de realizações repetindo, palavra por palavra, a mesma linha de seu discurso de campanha que tinha usado um momento antes, como quando Christie zombou de seu "produto enlatado", ele repetiu a mesma linha mais uma vez. Em outras notícias, na semana passada – no Dia da Marmota [2 de fevereiro], para ser mais preciso – republicanos da Câmara deram o que todo mundo sabia que era um voto puramente simbólico, sem conteúdo, para revogar o Obamacare. Foi a 63ª vez que fizeram isso. Essas histórias estão relacionadas. A incapacidade de Rubio de fazer qualquer coisa além de repetir seus pontos de discussão "enlatados" foi surpreendente. Pior, foi engraçada, o que significa que se tornou viral. E reforçou a narrativa de que ele não é nada além de um terno vazio. Mas, sério, será que todos em seu partido não estão fazendo praticamente a mesma coisa, talvez não tão visivelmente? A verdade é que todo o partido republicano parece preso em um looping de tempo, dizendo e fazendo as mesmas coisas repetidas vezes. E, ao contrário do personagem de Bill Murray no filme "O feitiço do tempo", os republicanos não mostram nenhum sinal de que aprendem alguma coisa com a experiência. Pense nas doutrinas que cada político republicano precisa agora aprovar, sob pena de excomunhão. Primeiro, há o ritual de denúncia de que o Obamacare é uma lei terrível, muito ruim, assassina de empregos. Mencionei que ela assassina empregos? É estranho dizer, mas essa linha não mudou em nada, apesar do fato de termos criado 5,7 milhões de postos de trabalho no setor privado desde janeiro de 2014, quando o Affordable Care Act entrou em pleno vigor. Depois, há a afirmação de que tributar os ricos tem efeitos terríveis sobre o crescimento econômico, e, inversamente, que o corte de impostos no topo da pirâmide pode contar para produzir um milagre econômico. Essa doutrina foi testada mais de duas décadas atrás, quando Bill Clinton elevou as taxas de imposto sobre os rendimentos elevados. Os republicanos previram um desastre, mas o que tivemos foi o melhor funcionamento da economia desde os anos 1960. Ela foi testada novamente quando George W. Bush cortou impostos sobre os ricos. Os republicanos previram um "boom de Bush", mas na verdade tiveram uma expansão sem brilho seguida pela pior recessão desde a Grande Depressão. E foi testada pela terceira vez depois que o presidente Obama ganhou a reeleição, e os impostos sobre os mais ricos subiram substancialmente; desde então, criamos oito milhões de empregos no setor privado. Ah, e há também o fracasso espetacular da experiência do Kansas, onde enormes cortes de impostos criaram uma crise orçamental sem entregar qualquer indício do milagre econômico prometido. Mas a fé republicana em cortes de impostos como um elixir econômico universal tem, se é que tem, se tornado mais forte, com Rubio, em particular, indo ainda mais longe do que os outros candidatos com a promessa de eliminar todos os impostos sobre ganhos de capital. Enquanto isso, na política externa, a posição necessária no Partido Republicano se tornou a de confiança absoluta na eficácia da força militar. Como isso funcionou no Iraque? Não importa: a única razão pela qual alguém no mundo não faz exatamente o que os EUA querem deve ser porque a nossa liderança é covarde, se não traidora. E a diplomacia, não importa o quão bem sucedida, é denunciada como apaziguamento. Não por acaso, a postura republicana compartilhada em política externa é basicamente a mesma que Richard Hofstadter famosamente descreveu em seu ensaio "O estilo paranoico na política americana": sempre que os EUA não conseguem impor sua vontade sobre o resto do mundo, só pode ser porque foram traídos. A John Birch Society ganhou a guerra pela alma do partido. Mas será que todos os políticos não jorram respostas enlatadas que têm pouca relação com a realidade? Não. Goste você dela ou não, Hillary Clinton é uma especialista genuína em política, que é capaz de pensar rápido e claramente sabe o que está falando sobre muitos assuntos. Bernie Sanders é muito mais um candidato de uma nota só, mas pelo menos a questão que leva sua assinatura – o aumento da desigualdade e os efeitos do dinheiro na política – reflete preocupações reais. Quando você pensa sobre os debates democratas após o que aconteceu no sábado, não parece que está assistindo a um partido diferente, parece que entrou em um universo intelectual e moral diferente. Então, como isso aconteceu com o Partido Republicano? Sendo direto, suspeito de que tem muito a ver com a "Foxificação", a forma como eleitores republicanos das primárias vivem em uma bolha de mídia na qual fatos constrangedores não podem penetrar. Mas deve haver causas mais profundas por trás da criação dessa bolha. Seja qual for a razão crucial, no entanto, o ponto é que enquanto Rubio, de fato, caiu no ridículo no sábado, ele não foi a única pessoa no palco jorrando questões de discussão enlatadas que são descoladas da realidade. Todos eles eram, mesmo que os outros candidatos conseguissem evitar se repetir palavra por palavra. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Vida familiar inspirou Anthony Doerr em livro premiado com Pulitzer
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Escrevendo "Toda Luz que Não Podemos Ver", Anthony Doerr ouviu de um amigo que se pegassem todos os livros sobre a Segunda Guerra, arrancassem as páginas e as jogassem na Alemanha, o país ficaria coberto. "Pensei, meu Deus, por que eu iria acrescentar algo a isso?", ri. Doerr seguiu em frente e o livro, lançado dez anos após o episódio, ganhou em abril o prêmio Pulitzer de ficção. É um livro sobre a Segunda Guerra, sim, mas é também a história de duas crianças –uma francesa e um alemão– ligadas por um rádio. "Investi na história dos dois e na minha paixão, que é a intersecção entre a natureza e a tecnologia. Não quis falar de Churchill, Roosevelt ou Hitler", disse à Folha por telefone de sua casa em Idaho, EUA. Foi em 2004, numa viagem de trem, que teve o lampejo para a obra. Na sua frente, um homem conversava com um amigo ao celular sobre um filme quando passaram por um túnel e a ligação caiu. "Ele começou a socar o telefone. Foi engraçado, mas meio assustador. Fiquei pensando no que ele estava fazendo, no que nós dois estamos fazendo agora. É um milagre ouvir a voz de alguém tão longe", diz. "Naquela noite comecei a escrever uma história sobre o rádio." Em uma viagem a Saint Malo, na França, foi juntando peças a seu quebra-cabeças. Imaginou naquela cidade destruída pela guerra uma garota lendo uma história pelo rádio, ouvida por um menino a quilômetros dali. À trama histórica inicial foi incorporando elementos de sua vida. O livro favorito da francesa Marie-Laure ("20 Mil Léguas Submarinas", de Júlio Verne") foi também um dos que marcaram sua infância. O personagem Frederick, colega de Werner, o alemão, o faz lembrar de um dos filhos gêmeos de 11 anos, Owen. O personagem, sensível e segregado pelos colegas de uma escola nazista, serve como contraponto moral a Werner, que, apaixonado pela tecnologia, não vê o contexto político ao seu redor. No texto de Doerr não há maniqueísmo. Nem todos os alemães são maus, nem todos os franceses são bons. "Via como meus filhos aprendiam sobre a Segunda Guerra, por meio de videogames ou programas de TV e tudo parece tão simples", diz. "É um jeito reducionista de ver a história. Era um período muito complicado. A única forma de impedirmos que se repita é entender que indivíduos tomam pequenas decisões todos os dias que podem contribuir para um grande mal." A influência dos filhos também se faz sentir na forma do livro, brinca. "Como tinha só duas horas de trabalho antes de ter que fazer algo com eles, os capítulos ficaram bem curtos", diz. Cada um estende-se por não mais que cinco páginas. Na mesma França onde começou a traçar a história do livro, ficou sabendo que havia ganhado o Pulitzer. Tomava sorvete com os filhos quando a mulher o avisou. "Nunca pensei que pudesse ganhar. A ficha ainda não caiu", conta. "Meu Deus, tem tantos escritores incríveis que ganharam o prêmio. Não acho que pertença, nem remotamente, a essa lista." TODA LUZ QUE NÃO PODEMOS VER AUTOR Anthony Doerr TRADUÇÃO Maria Carmelita Dias EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 39,90 (528 págs.)
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Vida familiar inspirou Anthony Doerr em livro premiado com PulitzerEscrevendo "Toda Luz que Não Podemos Ver", Anthony Doerr ouviu de um amigo que se pegassem todos os livros sobre a Segunda Guerra, arrancassem as páginas e as jogassem na Alemanha, o país ficaria coberto. "Pensei, meu Deus, por que eu iria acrescentar algo a isso?", ri. Doerr seguiu em frente e o livro, lançado dez anos após o episódio, ganhou em abril o prêmio Pulitzer de ficção. É um livro sobre a Segunda Guerra, sim, mas é também a história de duas crianças –uma francesa e um alemão– ligadas por um rádio. "Investi na história dos dois e na minha paixão, que é a intersecção entre a natureza e a tecnologia. Não quis falar de Churchill, Roosevelt ou Hitler", disse à Folha por telefone de sua casa em Idaho, EUA. Foi em 2004, numa viagem de trem, que teve o lampejo para a obra. Na sua frente, um homem conversava com um amigo ao celular sobre um filme quando passaram por um túnel e a ligação caiu. "Ele começou a socar o telefone. Foi engraçado, mas meio assustador. Fiquei pensando no que ele estava fazendo, no que nós dois estamos fazendo agora. É um milagre ouvir a voz de alguém tão longe", diz. "Naquela noite comecei a escrever uma história sobre o rádio." Em uma viagem a Saint Malo, na França, foi juntando peças a seu quebra-cabeças. Imaginou naquela cidade destruída pela guerra uma garota lendo uma história pelo rádio, ouvida por um menino a quilômetros dali. À trama histórica inicial foi incorporando elementos de sua vida. O livro favorito da francesa Marie-Laure ("20 Mil Léguas Submarinas", de Júlio Verne") foi também um dos que marcaram sua infância. O personagem Frederick, colega de Werner, o alemão, o faz lembrar de um dos filhos gêmeos de 11 anos, Owen. O personagem, sensível e segregado pelos colegas de uma escola nazista, serve como contraponto moral a Werner, que, apaixonado pela tecnologia, não vê o contexto político ao seu redor. No texto de Doerr não há maniqueísmo. Nem todos os alemães são maus, nem todos os franceses são bons. "Via como meus filhos aprendiam sobre a Segunda Guerra, por meio de videogames ou programas de TV e tudo parece tão simples", diz. "É um jeito reducionista de ver a história. Era um período muito complicado. A única forma de impedirmos que se repita é entender que indivíduos tomam pequenas decisões todos os dias que podem contribuir para um grande mal." A influência dos filhos também se faz sentir na forma do livro, brinca. "Como tinha só duas horas de trabalho antes de ter que fazer algo com eles, os capítulos ficaram bem curtos", diz. Cada um estende-se por não mais que cinco páginas. Na mesma França onde começou a traçar a história do livro, ficou sabendo que havia ganhado o Pulitzer. Tomava sorvete com os filhos quando a mulher o avisou. "Nunca pensei que pudesse ganhar. A ficha ainda não caiu", conta. "Meu Deus, tem tantos escritores incríveis que ganharam o prêmio. Não acho que pertença, nem remotamente, a essa lista." TODA LUZ QUE NÃO PODEMOS VER AUTOR Anthony Doerr TRADUÇÃO Maria Carmelita Dias EDITORA Intrínseca QUANTO R$ 39,90 (528 págs.)
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Sindicato dos Atores surpreende e dá a 'Spotlight' o prêmio de melhor elenco
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Mesmo com apenas duas indicações na 22ª edição do SAG Awards, prêmio concedido pelo Sindicato de Atores dos Estados Unidos, o elenco de "Spotlight - Segredos Revelados" foi o grande vencedor da noite. O protagonismo dividido entre Michael Keaton, Mark Ruffalo, Liev Schreiber e Rachel McAdams —que perdeu na categoria de melhor atriz coadjuvante para a sueca Alicia Vikander, de "A Garota Dinamarquesa"— garantiu a surpresa da noite. Enquanto o prêmio de melhor elenco em série de comédia foi para "Orange is the New Black", dramédia que se passa em um presídio feminino, o troféu de melhor elenco de série dramática foi para "Downton Abbey", sobre a aristocracia britânica no começo do século 20. Entre os atores, Leonardo DiCaprio ("O Regresso") confirmou o favoritismo, venceu o prêmio de melhor ator e foi aplaudido de pé. Foi a primeira vez que DiCaprio, ganhador do Globo de Ouro deste ano, levou o SAG. Já Brie Larson, de "O Quarto de Jack", venceu o prêmio de melhor atriz. Uzo Aduba, que interpreta a personagem Crazy Eyes da série "Orange is the New Black" (Netflix), e Jeffrey Tambor, de "Transparent" (Amazon), foram os primeiros vencedores do SAG. Eles triunfaram nas categorias de melhor atriz e melhor ator em série de comédia. Na categoria de melhor ator coadjuvante em cinema, o ganhador foi Idris Elba, de "Beasts of No Nation". Foi o terceiro troféu da noite para a Netflix, produtora do longa. Elba foi o grande nome deste SAG, porque também levou na categoria de melhor ator em minissérie ou telefilme por "Luther". Se Queen Latifah venceu pela atuação em "Bessie" em melhor atriz em minissérie ou telefilme, Viola Davis, de "How to Get Away with Murder", levou o prêmio de melhor atriz em série de drama pelo segundo ano seguido. Também foi o caso de Kevin Spacey, protagonista de "House of Cards" no papel de Frank Underwood, que repetiu a vitória do ano passado. Das mãos de Tina Fey e Amy Poehler, a atriz e escritora Carol Burnett, vencedora por duas vezes do Globo de Ouro, em 1977 e 1978, com "The Carol Burnett Show", recebeu a homenagem do SAG Awards por sua carreira. O evento ocorreu na noite deste sábado (30), em Los Angeles. Embora o prêmio de melhor elenco nem sempre se traduza na conquista do Oscar de melhor filme, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, ele indica que os atores, maior bloco de eleitores, favorecem um filme em detrimento de outro concorrente. Veja os vencedores da 22ª edição do SAG Awards: CINEMA Melhor elenco "Spotlight - Segredos Revelados" Melhor atriz Brie Larson ("O Quarto de Jack") Melhor ator Leonardo DiCaprio ("O Regresso") Melhor atriz coadjuvante Alicia Vikander ("A Garota Dinamarquesa") Melhor ator coadjuvante Idris Elba ("Beasts of No Nation") TV Melhor elenco em série de comédia "Orange Is the New Black" Melhor elenco em série dramática "Downton Abbey" Melhor atriz em série de comédia Uzo Aduba ("Orange Is the New Black") Melhor ator em série de comédia Jeffrey Tambor ("Transparent") Melhor atriz em série de drama Viola Davis ("How to Get Away with Murder") Melhor ator em série de drama Kevin Spacey ("House of Cards") Melhor atriz em minissérie ou telefilme Queen Latifah ("Bessie") Melhor ator em minissérie ou telefilme Idris Elba ("Luther")
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ilustrada
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Sindicato dos Atores surpreende e dá a 'Spotlight' o prêmio de melhor elencoMesmo com apenas duas indicações na 22ª edição do SAG Awards, prêmio concedido pelo Sindicato de Atores dos Estados Unidos, o elenco de "Spotlight - Segredos Revelados" foi o grande vencedor da noite. O protagonismo dividido entre Michael Keaton, Mark Ruffalo, Liev Schreiber e Rachel McAdams —que perdeu na categoria de melhor atriz coadjuvante para a sueca Alicia Vikander, de "A Garota Dinamarquesa"— garantiu a surpresa da noite. Enquanto o prêmio de melhor elenco em série de comédia foi para "Orange is the New Black", dramédia que se passa em um presídio feminino, o troféu de melhor elenco de série dramática foi para "Downton Abbey", sobre a aristocracia britânica no começo do século 20. Entre os atores, Leonardo DiCaprio ("O Regresso") confirmou o favoritismo, venceu o prêmio de melhor ator e foi aplaudido de pé. Foi a primeira vez que DiCaprio, ganhador do Globo de Ouro deste ano, levou o SAG. Já Brie Larson, de "O Quarto de Jack", venceu o prêmio de melhor atriz. Uzo Aduba, que interpreta a personagem Crazy Eyes da série "Orange is the New Black" (Netflix), e Jeffrey Tambor, de "Transparent" (Amazon), foram os primeiros vencedores do SAG. Eles triunfaram nas categorias de melhor atriz e melhor ator em série de comédia. Na categoria de melhor ator coadjuvante em cinema, o ganhador foi Idris Elba, de "Beasts of No Nation". Foi o terceiro troféu da noite para a Netflix, produtora do longa. Elba foi o grande nome deste SAG, porque também levou na categoria de melhor ator em minissérie ou telefilme por "Luther". Se Queen Latifah venceu pela atuação em "Bessie" em melhor atriz em minissérie ou telefilme, Viola Davis, de "How to Get Away with Murder", levou o prêmio de melhor atriz em série de drama pelo segundo ano seguido. Também foi o caso de Kevin Spacey, protagonista de "House of Cards" no papel de Frank Underwood, que repetiu a vitória do ano passado. Das mãos de Tina Fey e Amy Poehler, a atriz e escritora Carol Burnett, vencedora por duas vezes do Globo de Ouro, em 1977 e 1978, com "The Carol Burnett Show", recebeu a homenagem do SAG Awards por sua carreira. O evento ocorreu na noite deste sábado (30), em Los Angeles. Embora o prêmio de melhor elenco nem sempre se traduza na conquista do Oscar de melhor filme, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, ele indica que os atores, maior bloco de eleitores, favorecem um filme em detrimento de outro concorrente. Veja os vencedores da 22ª edição do SAG Awards: CINEMA Melhor elenco "Spotlight - Segredos Revelados" Melhor atriz Brie Larson ("O Quarto de Jack") Melhor ator Leonardo DiCaprio ("O Regresso") Melhor atriz coadjuvante Alicia Vikander ("A Garota Dinamarquesa") Melhor ator coadjuvante Idris Elba ("Beasts of No Nation") TV Melhor elenco em série de comédia "Orange Is the New Black" Melhor elenco em série dramática "Downton Abbey" Melhor atriz em série de comédia Uzo Aduba ("Orange Is the New Black") Melhor ator em série de comédia Jeffrey Tambor ("Transparent") Melhor atriz em série de drama Viola Davis ("How to Get Away with Murder") Melhor ator em série de drama Kevin Spacey ("House of Cards") Melhor atriz em minissérie ou telefilme Queen Latifah ("Bessie") Melhor ator em minissérie ou telefilme Idris Elba ("Luther")
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Erramos: Final da Copa do Rei entre Athletic e Barça será jogada no Camp Nou
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Diferentemente do que havia sido informado na reportagem "Final da Copa do Rei entre Athletic e Barça será jogada no Camp Nou" (Esporte - 25/03/2015 - 18h12), o Athletic Bilbao fará a final da Copa do Rei contra o Barcelona, não o Real Madrid. O texto foi corrigido.
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esporte
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Erramos: Final da Copa do Rei entre Athletic e Barça será jogada no Camp NouDiferentemente do que havia sido informado na reportagem "Final da Copa do Rei entre Athletic e Barça será jogada no Camp Nou" (Esporte - 25/03/2015 - 18h12), o Athletic Bilbao fará a final da Copa do Rei contra o Barcelona, não o Real Madrid. O texto foi corrigido.
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Após 4 dias, Justiça de SP informa Alckmin de decisão sobre passagens
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O Tribunal de Justiça de São Paulo notificou na tarde desta terça-feira (10) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre a liminar que suspende o reajuste das integrações entre ônibus e trens da CPTM e ônibus-metrô em 14,8%. Em nota, o governo do Estado confirmou a notificação e disse que avisará a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos e a SPTrans, responsável pela gerência do sistema de cobrança das integrações. Na sexta (6), o tribunal decidiu suspender o plano do governo de aumentar a tarifa de interligação dos sistemas de transporte público. O pedido ao tribunal foi feito pela bancada do PT na Assembleia Legislativa por meio de uma ação popular. A decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho afirmou que as pessoas que moram em locais mais distantes serão as mais prejudicadas. No mesmo dia da decisão, um oficial de justiça declarou que às 17h20 foi até a sede do governo estadual mas não conseguiu entregar ao governador Geraldo Alckmin a notificação da suspensão. Segundo o oficial, o governador não estava. Ainda assim, sua equipe foi informada sobre o teor da decisão. A Procuradoria do Estado orientou servidores estaduais a não receber a notificação em nome do governador. Em nota, o governo afirma que "o governador não se recusou a receber o comunicado do Poder Judiciário" e que só o governador poderia recebê-la. No domingo, o governo do Estado aumentou o valor das integrações de seus sistemas de transporte público, mesmo sabendo da liminar, mas sem ainda ter a notificação oficial da suspensão. DEMAGOGIA Nesta terça-feira (10), o governador Geraldo Alckmin atacou o PT por entrar com ação que resultou na suspensão do reajuste. O tucano acusou o partido de "farisaísmo" e "demagogia". "O PT quando governo deu reajuste para tudo, inclusive para integração. E ninguém entrou na Justiça. Nós não fizemos o reajuste do bilhete de R$ 3,80, porque é ele que beneficia o maior número de pessoas", disse. Alckmin disse ainda que a medida judicial é descabida e que será revertida.
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cotidiano
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Após 4 dias, Justiça de SP informa Alckmin de decisão sobre passagensO Tribunal de Justiça de São Paulo notificou na tarde desta terça-feira (10) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre a liminar que suspende o reajuste das integrações entre ônibus e trens da CPTM e ônibus-metrô em 14,8%. Em nota, o governo do Estado confirmou a notificação e disse que avisará a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos e a SPTrans, responsável pela gerência do sistema de cobrança das integrações. Na sexta (6), o tribunal decidiu suspender o plano do governo de aumentar a tarifa de interligação dos sistemas de transporte público. O pedido ao tribunal foi feito pela bancada do PT na Assembleia Legislativa por meio de uma ação popular. A decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho afirmou que as pessoas que moram em locais mais distantes serão as mais prejudicadas. No mesmo dia da decisão, um oficial de justiça declarou que às 17h20 foi até a sede do governo estadual mas não conseguiu entregar ao governador Geraldo Alckmin a notificação da suspensão. Segundo o oficial, o governador não estava. Ainda assim, sua equipe foi informada sobre o teor da decisão. A Procuradoria do Estado orientou servidores estaduais a não receber a notificação em nome do governador. Em nota, o governo afirma que "o governador não se recusou a receber o comunicado do Poder Judiciário" e que só o governador poderia recebê-la. No domingo, o governo do Estado aumentou o valor das integrações de seus sistemas de transporte público, mesmo sabendo da liminar, mas sem ainda ter a notificação oficial da suspensão. DEMAGOGIA Nesta terça-feira (10), o governador Geraldo Alckmin atacou o PT por entrar com ação que resultou na suspensão do reajuste. O tucano acusou o partido de "farisaísmo" e "demagogia". "O PT quando governo deu reajuste para tudo, inclusive para integração. E ninguém entrou na Justiça. Nós não fizemos o reajuste do bilhete de R$ 3,80, porque é ele que beneficia o maior número de pessoas", disse. Alckmin disse ainda que a medida judicial é descabida e que será revertida.
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Câmara derruba exigência de duas sessões e vota PEC do Teto nesta 2ª
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A Câmara dos Deputados derrubou nesta segunda-feira (10), por 255 votos a 9 (e uma abstenção), a exigência regimental de duas sessões para se iniciar a votação em primeiro turno da PEC do Teto, que por 20 anos limita os gastos do governo à inflação dos 12 meses anteriores. O regimento da Casa exige a realização de duas sessões entre a votação da medida em uma comissão especial, o que ocorreu na quinta (6), e a votação em plenário. Com a decisão tomada há pouco, a previsão é que a proposta seja votada a partir das 15h. Haverá ainda uma votação em segundo turno (quando a Câmara terá que confirmar ou não sua decisão do primeiro turno). Em seguida, a proposta segue para análise do Senado. Pec dos gastos Por se tratar de emenda à Constituição, a PEC, considerada a prioridade máxima do Palácio do Planalto para 2016, precisa do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados. Mesmo depois de ter sido derrotada esta manhã, com a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, a oposição ainda ameaça recorrer à Justiça devido à quebra de interstício. Para evitar judicialização, a base de Temer não vai tentar acelerar mais uma vez a tramitação do texto quando for analisar a proposta em segundo turno. Ao chegar à Câmara, pouco antes das 11h, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou a convicção de que a proposta será aprovada com votação favorável entre 360 e 380. Sobre o encontro de deputados na manhã desta segunda com a presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Laurita Vaz, ele afirmou que ela disse, sem ser questionada, que não tem nenhuma restrição à PEC do Teto. Na sexta-feira, a PGR (Procuradoria-Geral da República) soltou parecer afirmando que a proposta é inconstitucional. ATRASO A sessão começou depois do meio dia, com mais de duas horas de atraso, apesar do apelo do presidente da República, Michel Temer, para que os deputados estivessem no plenário da Câmara às 10h desta segunda-feira (10). Em jantar com cerca de 200 deputados na noite deste domingo (9), Temer fez um discurso apelando aos parlamentares para cumprirem esse horário para iniciar a sessão. A pressa se dá devido à disposição da oposição de usar todos os recursos do regimento para atrasar a votação, o que deve levar a sessão a durar horas. No fim de semana, Maia e o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), haviam previsto um horário mais cedo ainda para a sessão, às 9h. No começo da manhã desta segunda, Maia sequer havia chegado à Câmara. Ele promoveu um café da manhã com a presidente do STJ, outros ministros da corte e líderes de partidos governistas. Temer e a cúpula do Congresso tentam obter apoio no mundo jurídico contra a tese da Procuradoria-Geral da República de que a PEC do Teto é inconstitucional. ENTENDA A proposta que limita o aumento de gastos do governo à inflação oficial do ano anterior (o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA) tem duração de 20 anos, com possibilidade de mudança na fórmula para conter as despesas a partir do décimo ano. O texto final, aprovado em comissão especial na semana passada, prevê maior folga em saúde e educação. Nessas duas áreas, a correção do piso dos gastos só valerá a partir de 2018, ou seja, o ano base levado em conta para cálculo do quanto poderá ser gasto a mais será 2017, quando se espera que a receita seja mais alta do que em 2016. Além disso, o relatório estabelece ainda que a base de cálculo do piso da saúde em 2017 será de 15% da receita líquida, e não de 13,7%, como previa o texto original. A mudança permitirá um piso de cerca de R$ 113,7 bilhões na área no ano que vem, ou seja, R$ 10 bilhões a mais do que estava previsto inicialmente.
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mercado
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Câmara derruba exigência de duas sessões e vota PEC do Teto nesta 2ªA Câmara dos Deputados derrubou nesta segunda-feira (10), por 255 votos a 9 (e uma abstenção), a exigência regimental de duas sessões para se iniciar a votação em primeiro turno da PEC do Teto, que por 20 anos limita os gastos do governo à inflação dos 12 meses anteriores. O regimento da Casa exige a realização de duas sessões entre a votação da medida em uma comissão especial, o que ocorreu na quinta (6), e a votação em plenário. Com a decisão tomada há pouco, a previsão é que a proposta seja votada a partir das 15h. Haverá ainda uma votação em segundo turno (quando a Câmara terá que confirmar ou não sua decisão do primeiro turno). Em seguida, a proposta segue para análise do Senado. Pec dos gastos Por se tratar de emenda à Constituição, a PEC, considerada a prioridade máxima do Palácio do Planalto para 2016, precisa do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados. Mesmo depois de ter sido derrotada esta manhã, com a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, a oposição ainda ameaça recorrer à Justiça devido à quebra de interstício. Para evitar judicialização, a base de Temer não vai tentar acelerar mais uma vez a tramitação do texto quando for analisar a proposta em segundo turno. Ao chegar à Câmara, pouco antes das 11h, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou a convicção de que a proposta será aprovada com votação favorável entre 360 e 380. Sobre o encontro de deputados na manhã desta segunda com a presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Laurita Vaz, ele afirmou que ela disse, sem ser questionada, que não tem nenhuma restrição à PEC do Teto. Na sexta-feira, a PGR (Procuradoria-Geral da República) soltou parecer afirmando que a proposta é inconstitucional. ATRASO A sessão começou depois do meio dia, com mais de duas horas de atraso, apesar do apelo do presidente da República, Michel Temer, para que os deputados estivessem no plenário da Câmara às 10h desta segunda-feira (10). Em jantar com cerca de 200 deputados na noite deste domingo (9), Temer fez um discurso apelando aos parlamentares para cumprirem esse horário para iniciar a sessão. A pressa se dá devido à disposição da oposição de usar todos os recursos do regimento para atrasar a votação, o que deve levar a sessão a durar horas. No fim de semana, Maia e o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), haviam previsto um horário mais cedo ainda para a sessão, às 9h. No começo da manhã desta segunda, Maia sequer havia chegado à Câmara. Ele promoveu um café da manhã com a presidente do STJ, outros ministros da corte e líderes de partidos governistas. Temer e a cúpula do Congresso tentam obter apoio no mundo jurídico contra a tese da Procuradoria-Geral da República de que a PEC do Teto é inconstitucional. ENTENDA A proposta que limita o aumento de gastos do governo à inflação oficial do ano anterior (o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ou IPCA) tem duração de 20 anos, com possibilidade de mudança na fórmula para conter as despesas a partir do décimo ano. O texto final, aprovado em comissão especial na semana passada, prevê maior folga em saúde e educação. Nessas duas áreas, a correção do piso dos gastos só valerá a partir de 2018, ou seja, o ano base levado em conta para cálculo do quanto poderá ser gasto a mais será 2017, quando se espera que a receita seja mais alta do que em 2016. Além disso, o relatório estabelece ainda que a base de cálculo do piso da saúde em 2017 será de 15% da receita líquida, e não de 13,7%, como previa o texto original. A mudança permitirá um piso de cerca de R$ 113,7 bilhões na área no ano que vem, ou seja, R$ 10 bilhões a mais do que estava previsto inicialmente.
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Segunda-feira tem filme premiado em Cannes e dois bons faroestes
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Se fosse feita de água, a lista de filmes bons, ótimos ou interessantes que a TV, paga ou não, deixa de exibir por comodismo ou incompetência, poderia encher a Cantareira, hidratar o sertão, tornar fértil o Saara etc. É a TV Brasil quem tem ido atrás deles, e de tempos em tempos, entra com um ciclo forte. Esta semana, é a vez dos iranianos. Para começar, há "Tempo de Cavalos Bêbados" (2000, às 23h), que não é tudo isso, mas com sua história de família pobre lutando para sobreviver no Curdistão ganhou a Caméra d'Or (prêmio ao primeiro filme) em Cannes. Mas que não se desprezem as opções que o dia oferece: a Trilogia Bourne (2002, 2004, 2007) vem completa no Space (16h10, 18h20 e 20h15). Os dois últimos são os melhores, de longe. No TC Cult, dois faroestes: "Matar ou Morrer" (1952, às 22h), de Fred Zinnemann e "Rio Vermelho" (1948, 23h40), de Howard Hawks.
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ilustrada
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Segunda-feira tem filme premiado em Cannes e dois bons faroestesSe fosse feita de água, a lista de filmes bons, ótimos ou interessantes que a TV, paga ou não, deixa de exibir por comodismo ou incompetência, poderia encher a Cantareira, hidratar o sertão, tornar fértil o Saara etc. É a TV Brasil quem tem ido atrás deles, e de tempos em tempos, entra com um ciclo forte. Esta semana, é a vez dos iranianos. Para começar, há "Tempo de Cavalos Bêbados" (2000, às 23h), que não é tudo isso, mas com sua história de família pobre lutando para sobreviver no Curdistão ganhou a Caméra d'Or (prêmio ao primeiro filme) em Cannes. Mas que não se desprezem as opções que o dia oferece: a Trilogia Bourne (2002, 2004, 2007) vem completa no Space (16h10, 18h20 e 20h15). Os dois últimos são os melhores, de longe. No TC Cult, dois faroestes: "Matar ou Morrer" (1952, às 22h), de Fred Zinnemann e "Rio Vermelho" (1948, 23h40), de Howard Hawks.
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Leis da ciência e do acaso
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Até os 35 minutos do primeiro tempo, o Chile não era o Chile de Sampaoli e o Brasil era o Brasil de Dunga. Estavam parecidos. Havia equilíbrio. O Chile não pressionava, não tomava a bola no campo do Brasil, como faz normalmente, excessivamente preocupado em não deixar espaços para o contra-ataque. O Brasil, quando perdia a bola, recuava, deixava apenas Hulk à frente e, quando a recuperava, não contra-atacava nem envolvia o adversário. Era um jogo burocrático, com raras chances de gol e pouca emoção. Os mestres de Sampaoli —Bielsa e Guardiola— não estavam gostando. Sampaoli, irritado, com ele ou com os jogadores que não faziam o que ele queria, mudou tudo aos 35 minutos, instante em que, raramente, um treinador altera os jogadores e a maneira de atuar. Trocou um zagueiro por um atacante, passou a pressionar, dominar a partida e a criar chances de gol, o que continuou no segundo tempo. O Chile voltou a ser o Chile de Sampaoli. Na segunda etapa, com o avanço do Chile, o Brasil teve espaço para contra-atacar e não aproveitou. Oscar e Hulk tiveram atuações bisonhas. Faltou também ousadia. "O que a vida quer da gente é coragem", diria João Guimarães Rosa. Pulo para a Europa. A Alemanha, mesmo jogando bem, perdeu muitos gols e foi derrotada pela Irlanda. A Alemanha, campeã do mundo em 2014, e a Espanha, campeã das Eurocopas de 2008 e 2012 e mundial em 2010, ainda são as seleções europeias com mais probabilidade de ganhar a Euro de 2016 e o Mundial de 2018. Quase todos os principais jogadores da Alemanha e da Espanha continuam em forma. A Espanha já tem dois ótimos substitutos para Casillas e Xavi, De Gea e Thiago Alcântara. A eliminação da Espanha, na primeira fase da Copa de 2014, não significa o fim de uma brilhante geração, como tanto falam. A Espanha jogou mal o Mundial, mas só foi eliminada porque atuou contra duas fortes seleções, Holanda e Chile. Algo parecido ocorreu com o Brasil, em 1966, quando foi derrotado por duas excelentes equipes, Portugal e Hungria. A geração atual da Espanha, influenciada pelo Barcelona de Guardiola, assim como as seleções inglesa de 1966, a brasileira de 1970 e a holandesa de 1974, foram revolucionárias, pela enorme contribuição que deram à maneira de jogar das equipes. A seleção inglesa de 1966 foi a primeira a marcar com duas linhas de quatro, o que ainda é moderno. A brasileira de 1970 mostrou que beleza, improvisação e talento individual não são incompatíveis com o jogo coletivo e a disciplina tática. A holandesa de 1974 despertou no imaginário de todos a possibilidade da marcação por pressão e de defender e atacar em bloco, presentes no futebol atual. As grandes equipes do mundo associam, em um mesmo jogo, a troca de passes e a posse de bola da atual geração espanhola com a intensidade e a velocidade nos contra-ataques. A Copa de 2018 será o fim das brilhantes gerações atuais da Alemanha e da Espanha. Por melhor que sejam o planejamento e a formação de jogadores, é difícil imaginar, pela lei das probabilidades, da ciência e do acaso, que as próximas sejam tão excepcionais.
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colunas
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Leis da ciência e do acasoAté os 35 minutos do primeiro tempo, o Chile não era o Chile de Sampaoli e o Brasil era o Brasil de Dunga. Estavam parecidos. Havia equilíbrio. O Chile não pressionava, não tomava a bola no campo do Brasil, como faz normalmente, excessivamente preocupado em não deixar espaços para o contra-ataque. O Brasil, quando perdia a bola, recuava, deixava apenas Hulk à frente e, quando a recuperava, não contra-atacava nem envolvia o adversário. Era um jogo burocrático, com raras chances de gol e pouca emoção. Os mestres de Sampaoli —Bielsa e Guardiola— não estavam gostando. Sampaoli, irritado, com ele ou com os jogadores que não faziam o que ele queria, mudou tudo aos 35 minutos, instante em que, raramente, um treinador altera os jogadores e a maneira de atuar. Trocou um zagueiro por um atacante, passou a pressionar, dominar a partida e a criar chances de gol, o que continuou no segundo tempo. O Chile voltou a ser o Chile de Sampaoli. Na segunda etapa, com o avanço do Chile, o Brasil teve espaço para contra-atacar e não aproveitou. Oscar e Hulk tiveram atuações bisonhas. Faltou também ousadia. "O que a vida quer da gente é coragem", diria João Guimarães Rosa. Pulo para a Europa. A Alemanha, mesmo jogando bem, perdeu muitos gols e foi derrotada pela Irlanda. A Alemanha, campeã do mundo em 2014, e a Espanha, campeã das Eurocopas de 2008 e 2012 e mundial em 2010, ainda são as seleções europeias com mais probabilidade de ganhar a Euro de 2016 e o Mundial de 2018. Quase todos os principais jogadores da Alemanha e da Espanha continuam em forma. A Espanha já tem dois ótimos substitutos para Casillas e Xavi, De Gea e Thiago Alcântara. A eliminação da Espanha, na primeira fase da Copa de 2014, não significa o fim de uma brilhante geração, como tanto falam. A Espanha jogou mal o Mundial, mas só foi eliminada porque atuou contra duas fortes seleções, Holanda e Chile. Algo parecido ocorreu com o Brasil, em 1966, quando foi derrotado por duas excelentes equipes, Portugal e Hungria. A geração atual da Espanha, influenciada pelo Barcelona de Guardiola, assim como as seleções inglesa de 1966, a brasileira de 1970 e a holandesa de 1974, foram revolucionárias, pela enorme contribuição que deram à maneira de jogar das equipes. A seleção inglesa de 1966 foi a primeira a marcar com duas linhas de quatro, o que ainda é moderno. A brasileira de 1970 mostrou que beleza, improvisação e talento individual não são incompatíveis com o jogo coletivo e a disciplina tática. A holandesa de 1974 despertou no imaginário de todos a possibilidade da marcação por pressão e de defender e atacar em bloco, presentes no futebol atual. As grandes equipes do mundo associam, em um mesmo jogo, a troca de passes e a posse de bola da atual geração espanhola com a intensidade e a velocidade nos contra-ataques. A Copa de 2018 será o fim das brilhantes gerações atuais da Alemanha e da Espanha. Por melhor que sejam o planejamento e a formação de jogadores, é difícil imaginar, pela lei das probabilidades, da ciência e do acaso, que as próximas sejam tão excepcionais.
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Em referendo, bolivianos decidem hoje o futuro político de Evo Morales
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Um homem acorda após passar dez anos em coma. Confuso, pergunta: "Como está meu filho?". O médico responde: "Está bem. Hoje trabalha na Agência Espacial Boliviana". O paciente se espanta: "A Bolívia tem agência espacial?", enquanto vê o telejornal informando sobre a construção de estradas de duas vias em todo o país. Esse é um dos criativos "spots" publicitários criados para a campanha do "sim" para o referendo deste domingo (21) na Bolívia. Com a defesa da manutenção de políticas sociais e dos investimentos em infraestrutura permitidos pelas nacionalizações e pela boa performance econômica na última década, o governo espera apoio popular nas urnas para mudar a Constituição. A intenção é fazer com que o atual presidente, Evo Morales, 56, possa concorrer a um quarto mandato, em 2019. Hoje, a Carta permite apenas uma reeleição. Em 2014, o mandatário obteve permissão da Corte Suprema para concorrer ao terceiro período porque a primeira gestão não contaria, sendo anterior à Constituição promulgada em 2009. MUDANÇA NO JOGO Quando lançou a ideia, em 2015, as pesquisas indicavam que o "sim" ganharia fácil. O jogo, porém, mudou nos últimos meses. A pesquisa mais recente, do instituto Mori, indica empate técnico entre as duas opções. Como há muitos indecisos (11%) ou que não declaram voto (7%), o resultado é incerto. "A popularidade de Morales é grande [cerca de 60%], mas o governo vem se desgastando", diz à Folha o analista político Fernando Molina. O primeiro alerta veio nas eleições regionais de 2015, em que o MAS (Movimento ao Socialismo, partido do governo) teve derrotas em bastiões tradicionais como El Alto, na região metropolitana de La Paz. "Ainda não sentimos o impacto da desaceleração mundial, mas os economistas vêm dizendo que os efeitos logo serão concretos, e isso assusta as pessoas", diz Molina, citando a queda internacional dos preços da energia e de produtos como a soja, principais exportações da Bolívia. Em dez anos, o país cresceu a uma média de 5%. Para 2016, a previsão do FMI é que a Bolívia cresça 3,5%. Não é tenebroso se comparado a alguns de seus sócios tradicionais, como Brasil e Argentina, mas pode levar à restrição do gasto com os programas sociais que têm reduzido a pobreza –em dez anos, o índice caiu de 59,9% para 29%. Diferentemente de eleições passadas, que Morales ganhou com boa margem (53% em 2005, 65% em 2009 e 61% em 2014), nesta campanha o presidente tem precisado explicar um elemento antes quase ausente, a corrupção. Primeiro, foram denúncias de desvios no Fundo Indígena, causando deserções na principal base original de apoio de Morales –os movimentos indígenas do país. Líderes dissidentes, como Rafael Quispe, acusam Morales de, por exemplo, abandonar a luta ambiental e ceder espaços das comunidades para mineradoras estrangeiras. NOVELA O caso mais recente de corrupção, porém, é mais picante e tem dominado o noticiário nas últimas semanas. O jornalista de oposição Carlos Valverde mostrou que Morales havia favorecido uma ex-namorada, colocando-a num cargo de chefia no escritório boliviano de uma empresa chinesa que, nos últimos anos, ganhou licitações para obras do governo que superam US$ 500 milhões. Morales admitiu a relação com Gabriela Zapata quando esta tinha 18 anos (hoje ela tem 29), mas disse que o namoro já havia acabado. Dias depois, porém, surgiu nos jornais uma foto em que os dois apareciam juntos em uma festividade recente. Morales admitiu, ainda, ter tido um filho com a mulher –a criança teria morrido aos dois anos de idade. Ele acrescentou que abriria uma sindicância para investigar se o Estado teria privilegiado a tal empresa. "É a primeira vez que uma denúncia de corrupção com provas tocou o presidente, é preciso ver como isso vai impactar o resultado", diz o analista Carlos Cordero. A denúncia de tráfico de influência, porém, é amplificada pelos organizadores da campanha do "não". O fato de o mandatário ter mantido relações com uma mulher jovem quando era presidente causa furor nas redes sociais e revolta entre feministas. Morales, que é solteiro e discreto, tem outros filhos de outras relações e é conhecido pelo perfil conquistador. Alguns analistas consideram que as vitórias recentes de Mauricio Macri, na Argentina, e da oposição ao chavismo, na Venezuela, também "animaram" a direita local. "Além disso, o que ocorre com Dilma Rousseff vira contraexemplo aqui, pois a direita usa o mau momento do Brasil para demonstrar o que pode ocorrer com um governo que fica tanto tempo no poder", diz Molina.
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Em referendo, bolivianos decidem hoje o futuro político de Evo MoralesUm homem acorda após passar dez anos em coma. Confuso, pergunta: "Como está meu filho?". O médico responde: "Está bem. Hoje trabalha na Agência Espacial Boliviana". O paciente se espanta: "A Bolívia tem agência espacial?", enquanto vê o telejornal informando sobre a construção de estradas de duas vias em todo o país. Esse é um dos criativos "spots" publicitários criados para a campanha do "sim" para o referendo deste domingo (21) na Bolívia. Com a defesa da manutenção de políticas sociais e dos investimentos em infraestrutura permitidos pelas nacionalizações e pela boa performance econômica na última década, o governo espera apoio popular nas urnas para mudar a Constituição. A intenção é fazer com que o atual presidente, Evo Morales, 56, possa concorrer a um quarto mandato, em 2019. Hoje, a Carta permite apenas uma reeleição. Em 2014, o mandatário obteve permissão da Corte Suprema para concorrer ao terceiro período porque a primeira gestão não contaria, sendo anterior à Constituição promulgada em 2009. MUDANÇA NO JOGO Quando lançou a ideia, em 2015, as pesquisas indicavam que o "sim" ganharia fácil. O jogo, porém, mudou nos últimos meses. A pesquisa mais recente, do instituto Mori, indica empate técnico entre as duas opções. Como há muitos indecisos (11%) ou que não declaram voto (7%), o resultado é incerto. "A popularidade de Morales é grande [cerca de 60%], mas o governo vem se desgastando", diz à Folha o analista político Fernando Molina. O primeiro alerta veio nas eleições regionais de 2015, em que o MAS (Movimento ao Socialismo, partido do governo) teve derrotas em bastiões tradicionais como El Alto, na região metropolitana de La Paz. "Ainda não sentimos o impacto da desaceleração mundial, mas os economistas vêm dizendo que os efeitos logo serão concretos, e isso assusta as pessoas", diz Molina, citando a queda internacional dos preços da energia e de produtos como a soja, principais exportações da Bolívia. Em dez anos, o país cresceu a uma média de 5%. Para 2016, a previsão do FMI é que a Bolívia cresça 3,5%. Não é tenebroso se comparado a alguns de seus sócios tradicionais, como Brasil e Argentina, mas pode levar à restrição do gasto com os programas sociais que têm reduzido a pobreza –em dez anos, o índice caiu de 59,9% para 29%. Diferentemente de eleições passadas, que Morales ganhou com boa margem (53% em 2005, 65% em 2009 e 61% em 2014), nesta campanha o presidente tem precisado explicar um elemento antes quase ausente, a corrupção. Primeiro, foram denúncias de desvios no Fundo Indígena, causando deserções na principal base original de apoio de Morales –os movimentos indígenas do país. Líderes dissidentes, como Rafael Quispe, acusam Morales de, por exemplo, abandonar a luta ambiental e ceder espaços das comunidades para mineradoras estrangeiras. NOVELA O caso mais recente de corrupção, porém, é mais picante e tem dominado o noticiário nas últimas semanas. O jornalista de oposição Carlos Valverde mostrou que Morales havia favorecido uma ex-namorada, colocando-a num cargo de chefia no escritório boliviano de uma empresa chinesa que, nos últimos anos, ganhou licitações para obras do governo que superam US$ 500 milhões. Morales admitiu a relação com Gabriela Zapata quando esta tinha 18 anos (hoje ela tem 29), mas disse que o namoro já havia acabado. Dias depois, porém, surgiu nos jornais uma foto em que os dois apareciam juntos em uma festividade recente. Morales admitiu, ainda, ter tido um filho com a mulher –a criança teria morrido aos dois anos de idade. Ele acrescentou que abriria uma sindicância para investigar se o Estado teria privilegiado a tal empresa. "É a primeira vez que uma denúncia de corrupção com provas tocou o presidente, é preciso ver como isso vai impactar o resultado", diz o analista Carlos Cordero. A denúncia de tráfico de influência, porém, é amplificada pelos organizadores da campanha do "não". O fato de o mandatário ter mantido relações com uma mulher jovem quando era presidente causa furor nas redes sociais e revolta entre feministas. Morales, que é solteiro e discreto, tem outros filhos de outras relações e é conhecido pelo perfil conquistador. Alguns analistas consideram que as vitórias recentes de Mauricio Macri, na Argentina, e da oposição ao chavismo, na Venezuela, também "animaram" a direita local. "Além disso, o que ocorre com Dilma Rousseff vira contraexemplo aqui, pois a direita usa o mau momento do Brasil para demonstrar o que pode ocorrer com um governo que fica tanto tempo no poder", diz Molina.
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Alívio para as contas de luz
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O Congresso Nacional votará em breve uma proposta negociada entre governo e empresas do setor elétrico que poupará os consumidores de uma conta bilionária causada pela escassez de chuvas. O deficit hídrico, cujo índice é conhecido pela sigla GSF, deverá acumular em 2015 um custo superior a R$ 10 bilhões nas usinas hidrelétricas que não estão conseguindo gerar toda a energia vendida em contratos. Liminares judiciais concedidas às empresas resultariam em transferir para os consumidores mais de dois terços dessa despesa. Por outro lado, a derrubada dessas liminares obrigaria as usinas a pagar integralmente o custo da energia que elas não conseguiram entregar e que teve que ser buscada junto a outros fornecedores, a um custo superior ao de seus contratos. Esse caminho enfraqueceria financeiramente as empresas, reduziria sua capacidade de investir e de concorrer em leilões de energia. Traria ainda insegurança jurídica, que seria embutida nas propostas de tarifa dos próximos leilões. Diante do impasse, o Ministério de Minas e Energia estimulou a busca de uma solução negociada, materializada no texto da Medida Provisória 688, editada em agosto. As usinas pagarão o custo do GSF em 2015, mas a conta não será dividida com o consumidor, será compensada com um aumento no prazo dos seus contratos de concessão. Esse prolongamento do contrato é, na contabilidade, entendido como ativo e aceito por instituições financeiras. Para aderir a essa solução, que é voluntária, as geradoras deverão desistir de ações judiciais que contestam os débitos do GSF. O deficit hidrológico de 2015 está previsto em 17%, e as usinas estão sendo autorizadas pela Justiça a cobrir apenas 5%. Portanto, é um ganho inegável para todos estabelecer que a conta deste ano seja coberta com a própria atividade dos geradores. Apesar de usar a conta das bandeiras tarifárias para o acerto contábil da solução, está claro que não haverá aumento de custos para o consumidor final de energia. Para os anos seguintes, a solução continua vantajosa. Na improvável hipótese de termos em breve outra estiagem tão intensa quanto a de 2015, a solução proposta pela MP 688 livraria o consumidor de mais da metade do custo imposto pelas atuais liminares judiciais. Pelo acordo, os geradores assumirão um risco de 12% da energia contratada, sendo 7% pago sob a forma de um prêmio de risco, uma espécie de seguro, mediante redução nas tarifas de energia, por meio da conta das bandeiras tarifárias. Os outros 5% serão cobertos com capacidade de geração nova, podendo ser contratada de terceiros. Ou seja, nessa simulação, com o acordo em vigor, o custo do consumidor ficaria em apenas 5% do deficit. Mas, na ausência do entendimento, subiria para 12%. É fundamental, portanto, encerrar a judicialização do GSF. A negociação que resultou na edição da MP 688 foi o caminho encontrado por todos –agentes, governo, regulador– como solução para proteger os consumidores, os investimentos e a modicidade tarifária. Independentemente da solução legislativa que venha a ser adotada para transformar a proposta em lei definitiva, o importante é sua rápida aprovação pelo Congresso, permitindo mais um passo na pacificação do setor elétrico, para chegarmos a 2018 com um sistema ainda mais robusto, com custos declinantes e com tarifas competitivas com o mercado internacional. EDUARDO BRAGA, 54, senador licenciado pelo PMDB-AM, é ministro de Minas e Energia. Foi governador de Amazonas de 2003 a 2010 * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Alívio para as contas de luzO Congresso Nacional votará em breve uma proposta negociada entre governo e empresas do setor elétrico que poupará os consumidores de uma conta bilionária causada pela escassez de chuvas. O deficit hídrico, cujo índice é conhecido pela sigla GSF, deverá acumular em 2015 um custo superior a R$ 10 bilhões nas usinas hidrelétricas que não estão conseguindo gerar toda a energia vendida em contratos. Liminares judiciais concedidas às empresas resultariam em transferir para os consumidores mais de dois terços dessa despesa. Por outro lado, a derrubada dessas liminares obrigaria as usinas a pagar integralmente o custo da energia que elas não conseguiram entregar e que teve que ser buscada junto a outros fornecedores, a um custo superior ao de seus contratos. Esse caminho enfraqueceria financeiramente as empresas, reduziria sua capacidade de investir e de concorrer em leilões de energia. Traria ainda insegurança jurídica, que seria embutida nas propostas de tarifa dos próximos leilões. Diante do impasse, o Ministério de Minas e Energia estimulou a busca de uma solução negociada, materializada no texto da Medida Provisória 688, editada em agosto. As usinas pagarão o custo do GSF em 2015, mas a conta não será dividida com o consumidor, será compensada com um aumento no prazo dos seus contratos de concessão. Esse prolongamento do contrato é, na contabilidade, entendido como ativo e aceito por instituições financeiras. Para aderir a essa solução, que é voluntária, as geradoras deverão desistir de ações judiciais que contestam os débitos do GSF. O deficit hidrológico de 2015 está previsto em 17%, e as usinas estão sendo autorizadas pela Justiça a cobrir apenas 5%. Portanto, é um ganho inegável para todos estabelecer que a conta deste ano seja coberta com a própria atividade dos geradores. Apesar de usar a conta das bandeiras tarifárias para o acerto contábil da solução, está claro que não haverá aumento de custos para o consumidor final de energia. Para os anos seguintes, a solução continua vantajosa. Na improvável hipótese de termos em breve outra estiagem tão intensa quanto a de 2015, a solução proposta pela MP 688 livraria o consumidor de mais da metade do custo imposto pelas atuais liminares judiciais. Pelo acordo, os geradores assumirão um risco de 12% da energia contratada, sendo 7% pago sob a forma de um prêmio de risco, uma espécie de seguro, mediante redução nas tarifas de energia, por meio da conta das bandeiras tarifárias. Os outros 5% serão cobertos com capacidade de geração nova, podendo ser contratada de terceiros. Ou seja, nessa simulação, com o acordo em vigor, o custo do consumidor ficaria em apenas 5% do deficit. Mas, na ausência do entendimento, subiria para 12%. É fundamental, portanto, encerrar a judicialização do GSF. A negociação que resultou na edição da MP 688 foi o caminho encontrado por todos –agentes, governo, regulador– como solução para proteger os consumidores, os investimentos e a modicidade tarifária. Independentemente da solução legislativa que venha a ser adotada para transformar a proposta em lei definitiva, o importante é sua rápida aprovação pelo Congresso, permitindo mais um passo na pacificação do setor elétrico, para chegarmos a 2018 com um sistema ainda mais robusto, com custos declinantes e com tarifas competitivas com o mercado internacional. EDUARDO BRAGA, 54, senador licenciado pelo PMDB-AM, é ministro de Minas e Energia. Foi governador de Amazonas de 2003 a 2010 * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Embaixada da Rússia em Damasco é atingida por morteiros
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A Embaixada da Rússia em Damasco, capital da Síria, foi atacada nesta terça-feira (13) por disparos de morteiros.O ataque ocorreu enquanto centenas de manifestantes favoráveis ao regime do ditador sírio, Bashar-al-Assad, se reuniam em frente ao local para agradecer a Moscou por sua operação militar no país. Dois projéteis atingiram o edifício diplomático. Não há informações sobre o dano provocado, nem a quantidade de mortos e feridos. Antes dos ataques, os manifestantes exibiam diante da embaixada pôsteres do presidente russo, Vladimir Putin, e Bashar Assad, e agitavam bandeiras de ambos os países. Em alguns cartazes era possível ler: "Obrigada, Rússia" e "Síria e Rússia unidas no combate ao terrorismo". De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os foguetes foram disparados por rebeldes islâmicos da capital. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, declarou que seu país considera o ataque à embaixada do país em Damasco um ato terrorista, informou a agência de notícias RIA. "Esse é um claro ato de terrorismo, provavelmente com o objetivo de intimidar os apoiadores da luta contra o terrorismo", disse Lavrov, segundo a agência. No final do setembro, a Embaixada russa já tinha sido alvo de outro ataque com morteiros. Há cerca de duas semanas, a Rússia, aliada de Assad, iniciou uma série de ataques aéreos na Síria, sob justificativa de estar combatendo a milícia radical Estado Islâmico. No entanto, há relatos de que os principais atingidos foram, na realidade, grupos rebeldes da chamada "oposição moderada" que tentam derrubar Assad desde o início da guerra civil no país, em março de 2011. O conflito na Síria já deixou cerca de 250 mil mortos e forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas, o que corresponde a quase metade da população do país.
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mundo
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Embaixada da Rússia em Damasco é atingida por morteirosA Embaixada da Rússia em Damasco, capital da Síria, foi atacada nesta terça-feira (13) por disparos de morteiros.O ataque ocorreu enquanto centenas de manifestantes favoráveis ao regime do ditador sírio, Bashar-al-Assad, se reuniam em frente ao local para agradecer a Moscou por sua operação militar no país. Dois projéteis atingiram o edifício diplomático. Não há informações sobre o dano provocado, nem a quantidade de mortos e feridos. Antes dos ataques, os manifestantes exibiam diante da embaixada pôsteres do presidente russo, Vladimir Putin, e Bashar Assad, e agitavam bandeiras de ambos os países. Em alguns cartazes era possível ler: "Obrigada, Rússia" e "Síria e Rússia unidas no combate ao terrorismo". De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os foguetes foram disparados por rebeldes islâmicos da capital. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, declarou que seu país considera o ataque à embaixada do país em Damasco um ato terrorista, informou a agência de notícias RIA. "Esse é um claro ato de terrorismo, provavelmente com o objetivo de intimidar os apoiadores da luta contra o terrorismo", disse Lavrov, segundo a agência. No final do setembro, a Embaixada russa já tinha sido alvo de outro ataque com morteiros. Há cerca de duas semanas, a Rússia, aliada de Assad, iniciou uma série de ataques aéreos na Síria, sob justificativa de estar combatendo a milícia radical Estado Islâmico. No entanto, há relatos de que os principais atingidos foram, na realidade, grupos rebeldes da chamada "oposição moderada" que tentam derrubar Assad desde o início da guerra civil no país, em março de 2011. O conflito na Síria já deixou cerca de 250 mil mortos e forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas, o que corresponde a quase metade da população do país.
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Atirador mata nove em igreja de comunidade negra na Carolina do Sul
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Um atirador matou a tiros, na noite de quarta-feira (17), nove pessoas em uma histórica igreja da comunidade negra em Charleston, na Carolina do Sul (EUA). O suspeito, identificado como Dylann Storm Roof, de 21 anos, foi preso nesta quinta-feira (18) após uma intensa busca da polícia. Para o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen, o ataque foi "um crime de ódio", em referência a um crime racial. O ato de violência aconteceu às 21h locais (22h em Brasília) na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, descrita em seu site como a mais antiga igreja metodista episcopal africana do sul dos EUA. A captura do suspeito aconteceu horas depois de a polícia divulgar imagens de uma câmera de segurança mostrando que o suspeito era um homem branco e sem barba. Nas imagens, ele vestia um moletom cinza, calça jeans e botas. O suspeito ficou quase uma hora no encontro em que era realizada uma prece em grupo antes de matar seis mulheres e três homens, disse Mullen. De acordo com o legislador estadual Todd Rutherford, entre os mortos está o pastor da igreja, Clementa Pinckney, que também fazia parte do Legislativo estadual. Casado e com dois filhos, Pinckney, 41, foi eleito para a Câmara dos Representantes aos 23 anos, tornando-se o mais jovem membro da Casa na época. CULTO A igreja onde houve o ataque realiza estudos bíblicos em nas noites de quarta-feira. Corey Wessenger, que estava parado do outro lado da rua, em frente à igreja, disse que a área ficou repleta de policiais logo após o incidente. "Eu vi um grupo de ao menos 40 pessoas serem escoltadas pelos policiais", relatou Wessenger à rede CNN por telefone. TVs locais mostravam várias ambulâncias no local. A igreja foi fundada em 1816, quando negros que faziam parte da Igreja Metodista Episcopal de Charleston formaram sua própria congregação após desentendimentos internos. REPERCUSSÃO "Minha família e eu oramos pelas vítimas e os parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley. "Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros." Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, disse no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston". A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston, meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".
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Atirador mata nove em igreja de comunidade negra na Carolina do SulUm atirador matou a tiros, na noite de quarta-feira (17), nove pessoas em uma histórica igreja da comunidade negra em Charleston, na Carolina do Sul (EUA). O suspeito, identificado como Dylann Storm Roof, de 21 anos, foi preso nesta quinta-feira (18) após uma intensa busca da polícia. Para o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen, o ataque foi "um crime de ódio", em referência a um crime racial. O ato de violência aconteceu às 21h locais (22h em Brasília) na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, descrita em seu site como a mais antiga igreja metodista episcopal africana do sul dos EUA. A captura do suspeito aconteceu horas depois de a polícia divulgar imagens de uma câmera de segurança mostrando que o suspeito era um homem branco e sem barba. Nas imagens, ele vestia um moletom cinza, calça jeans e botas. O suspeito ficou quase uma hora no encontro em que era realizada uma prece em grupo antes de matar seis mulheres e três homens, disse Mullen. De acordo com o legislador estadual Todd Rutherford, entre os mortos está o pastor da igreja, Clementa Pinckney, que também fazia parte do Legislativo estadual. Casado e com dois filhos, Pinckney, 41, foi eleito para a Câmara dos Representantes aos 23 anos, tornando-se o mais jovem membro da Casa na época. CULTO A igreja onde houve o ataque realiza estudos bíblicos em nas noites de quarta-feira. Corey Wessenger, que estava parado do outro lado da rua, em frente à igreja, disse que a área ficou repleta de policiais logo após o incidente. "Eu vi um grupo de ao menos 40 pessoas serem escoltadas pelos policiais", relatou Wessenger à rede CNN por telefone. TVs locais mostravam várias ambulâncias no local. A igreja foi fundada em 1816, quando negros que faziam parte da Igreja Metodista Episcopal de Charleston formaram sua própria congregação após desentendimentos internos. REPERCUSSÃO "Minha família e eu oramos pelas vítimas e os parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley. "Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros." Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, disse no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston". A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston, meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".
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Erramos: Painel: Articulação tenta garantir habeas corpus no STJ para empreiteiros
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Diferentemente do que foi publicado na nota "Deu Errado", do Painel (Poder - 20/9/2015 - 02h00), o juiz federal Sergio Moro não decretou novo pedido de prisão do executivo Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez.
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poder
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Erramos: Painel: Articulação tenta garantir habeas corpus no STJ para empreiteirosDiferentemente do que foi publicado na nota "Deu Errado", do Painel (Poder - 20/9/2015 - 02h00), o juiz federal Sergio Moro não decretou novo pedido de prisão do executivo Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez.
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'É uma coisa de identidade muito bonita', diz Taís Araújo sobre cabelo
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HELOÍSA NEGRÃO DE SÃO PAULO "Eu comecei a fazer a transição há oito anos. [Nessa época] nem lembrava como era o meu cabelo natural". A atriz Taís Araújo conta que ainda estava fazendo a novela "Da Cor do Pecado" quando decidiu parar com a química. Uma incompatibilidade entre a cola do alongamento e o relaxamento fez uma mecha cair. "Daí eu mandei parar com tudo", diz. A atriz adora acompanhar pelas redes sociais as meninas que estão em transição. "É uma coisa de identidade muito bonita que está acontecendo. De querer expor e ter orgulho [do cabelo crespo]", diz. Para a atriz, é uma questão de referência e empoderamento. "Se nós tivéssemos tido isso na infância, seríamos hoje mulheres completamente diferente", afirma. Nina Vieira, do coletivo Manifesto Crespo, diz que a aceitação do próprio corpo passa pelo cabelo. "Muitas mulheres passaram tantos anos com os fios alisados, que elas não sabem mais como é o próprio cabelo. Desconhecem um parte de seus próprios corpos". Há cinco anos, o grupo discute questões relativas ao corpo negro. "No começo, a maioria das pessoas que vinha nas oficinas de tranças buscava aprender um bico. De um tempo para cá, cada vez mais as meninas vem aprender a trançar o próprio cabelo e a fazer turbantes para elas mesmas". O filho da atriz com o ator Lázaro Ramos é adepto do black power e, recentemente disse para a mãe que quer trançar os fios. "Quando eu cortei o cabelo dele, ele passou três meses de boné. Ele fala: mãe, esse é o meu estilo", conta Taís sobre João, 4. Nina conta que muitas mães levam suas crianças nas oficinas. "Quando uma mãe põe o filho entre as pernas para trançar o cabelo, isso é um ato de amor e de proteção".
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saopaulo
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'É uma coisa de identidade muito bonita', diz Taís Araújo sobre cabeloHELOÍSA NEGRÃO DE SÃO PAULO "Eu comecei a fazer a transição há oito anos. [Nessa época] nem lembrava como era o meu cabelo natural". A atriz Taís Araújo conta que ainda estava fazendo a novela "Da Cor do Pecado" quando decidiu parar com a química. Uma incompatibilidade entre a cola do alongamento e o relaxamento fez uma mecha cair. "Daí eu mandei parar com tudo", diz. A atriz adora acompanhar pelas redes sociais as meninas que estão em transição. "É uma coisa de identidade muito bonita que está acontecendo. De querer expor e ter orgulho [do cabelo crespo]", diz. Para a atriz, é uma questão de referência e empoderamento. "Se nós tivéssemos tido isso na infância, seríamos hoje mulheres completamente diferente", afirma. Nina Vieira, do coletivo Manifesto Crespo, diz que a aceitação do próprio corpo passa pelo cabelo. "Muitas mulheres passaram tantos anos com os fios alisados, que elas não sabem mais como é o próprio cabelo. Desconhecem um parte de seus próprios corpos". Há cinco anos, o grupo discute questões relativas ao corpo negro. "No começo, a maioria das pessoas que vinha nas oficinas de tranças buscava aprender um bico. De um tempo para cá, cada vez mais as meninas vem aprender a trançar o próprio cabelo e a fazer turbantes para elas mesmas". O filho da atriz com o ator Lázaro Ramos é adepto do black power e, recentemente disse para a mãe que quer trançar os fios. "Quando eu cortei o cabelo dele, ele passou três meses de boné. Ele fala: mãe, esse é o meu estilo", conta Taís sobre João, 4. Nina conta que muitas mães levam suas crianças nas oficinas. "Quando uma mãe põe o filho entre as pernas para trançar o cabelo, isso é um ato de amor e de proteção".
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Argentina dá olé no Brasil em apoio à inovação
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O Brasil acaba de tomar um olé da Argentina em um tema que deveria ser crucial para o país: apoio à inovação. Nossos hermanos acabaram de anunciar, por iniciativa do presidente Mauricio Macri, um pacote de leis sobre o assunto que é de matar de inveja qualquer ministro, secretário de Ciência e Tecnologia ou empresário do país. Trata-se do plano chamado "Argentina Emprende". A primeira medida causa suspiros em quem está acostumado com burocracia. O empreendedor argentino poderá criar uma empresa pela internet em 24 horas. Nessas mesmas 24 horas a empresa estará também inscrita no Afip (correspondente ao CNPJ brasileiro) e com conta bancária aberta. Já o Brasil fica hoje em 174º lugar (entre 189 posições) no ranking do Banco Mundial que mede a dificuldade de abrir um negócio. São necessários em média 83 dias para iniciar um empreendimento aqui. Fechar uma empresa, por sua vez, demanda uma eternidade. Perdemos de todos os países latino-americanos, com exceção da Venezuela. O plano argentino é ambicioso. Cria um novo tipo de empresa chamada "Sociedade por Ações Simplificada". Ela facilita investimentos e crescimento rápido, com estatutos flexíveis, ideais para start-ups. Faz sentido. A Argentina conseguiu produzir uma multinacional de peso no território da tecnologia: o Mercado Livre. A empresa começou apenas com uma ideia e poucos recursos. Hoje é o oitavo maior site de comércio eletrônico do planeta. Anunciou há pouco investimento de US$ 100 milhões na Argentina e a criação de 5.000 empregos. Macri quer repetir essa experiência, abrindo espaço para novos "Mercados Livres". O plano cria também a figura jurídica da "Empresa de Interesse Coletivo". São empresas que devem gerar um triplo impacto: sua própria rentabilidade, sustentabilidade e aspectos socioambientais. Essas empresas terão benefícios. Nas palavras de Macri: "Aspiramos a que um dia todas as empresas sejam assim". Além disso, foram anunciados dez fundos de apoio à inovação, seguindo o modelo adotado por Israel (que levou ao surgimento de empresas como o Waze). O objetivo é incentivar ideias e talentos argentinos. Uma ferramenta para isso é a autorização para usar crowdfunding (financiamento coletivo pela internet) para apoiar as empresas diretamente. Com isso, a Argentina marca um 7 a 1 no Brasil em imaginação institucional. Um dos principais desafios em nosso país é aprendermos a transformar conhecimento em novos produtos, serviços e modos de vida. Uma parte disso é fomentar o empreendedorismo inovador. Eliminar a insanidade da burocracia que se enraizou no país seria um começo. A Argentina dá a lição de que "não é só a economia, estúpido". Criatividade e boas ideias são essenciais. READER JÁ ERA Congresso Nacional apoiando a internet no Brasil JÁ É Congresso Nacional contra a internet no Brasil JÁ VEM Congresso criando mais burocracias e criminalizando o empreendedor de internet no país
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Argentina dá olé no Brasil em apoio à inovaçãoO Brasil acaba de tomar um olé da Argentina em um tema que deveria ser crucial para o país: apoio à inovação. Nossos hermanos acabaram de anunciar, por iniciativa do presidente Mauricio Macri, um pacote de leis sobre o assunto que é de matar de inveja qualquer ministro, secretário de Ciência e Tecnologia ou empresário do país. Trata-se do plano chamado "Argentina Emprende". A primeira medida causa suspiros em quem está acostumado com burocracia. O empreendedor argentino poderá criar uma empresa pela internet em 24 horas. Nessas mesmas 24 horas a empresa estará também inscrita no Afip (correspondente ao CNPJ brasileiro) e com conta bancária aberta. Já o Brasil fica hoje em 174º lugar (entre 189 posições) no ranking do Banco Mundial que mede a dificuldade de abrir um negócio. São necessários em média 83 dias para iniciar um empreendimento aqui. Fechar uma empresa, por sua vez, demanda uma eternidade. Perdemos de todos os países latino-americanos, com exceção da Venezuela. O plano argentino é ambicioso. Cria um novo tipo de empresa chamada "Sociedade por Ações Simplificada". Ela facilita investimentos e crescimento rápido, com estatutos flexíveis, ideais para start-ups. Faz sentido. A Argentina conseguiu produzir uma multinacional de peso no território da tecnologia: o Mercado Livre. A empresa começou apenas com uma ideia e poucos recursos. Hoje é o oitavo maior site de comércio eletrônico do planeta. Anunciou há pouco investimento de US$ 100 milhões na Argentina e a criação de 5.000 empregos. Macri quer repetir essa experiência, abrindo espaço para novos "Mercados Livres". O plano cria também a figura jurídica da "Empresa de Interesse Coletivo". São empresas que devem gerar um triplo impacto: sua própria rentabilidade, sustentabilidade e aspectos socioambientais. Essas empresas terão benefícios. Nas palavras de Macri: "Aspiramos a que um dia todas as empresas sejam assim". Além disso, foram anunciados dez fundos de apoio à inovação, seguindo o modelo adotado por Israel (que levou ao surgimento de empresas como o Waze). O objetivo é incentivar ideias e talentos argentinos. Uma ferramenta para isso é a autorização para usar crowdfunding (financiamento coletivo pela internet) para apoiar as empresas diretamente. Com isso, a Argentina marca um 7 a 1 no Brasil em imaginação institucional. Um dos principais desafios em nosso país é aprendermos a transformar conhecimento em novos produtos, serviços e modos de vida. Uma parte disso é fomentar o empreendedorismo inovador. Eliminar a insanidade da burocracia que se enraizou no país seria um começo. A Argentina dá a lição de que "não é só a economia, estúpido". Criatividade e boas ideias são essenciais. READER JÁ ERA Congresso Nacional apoiando a internet no Brasil JÁ É Congresso Nacional contra a internet no Brasil JÁ VEM Congresso criando mais burocracias e criminalizando o empreendedor de internet no país
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Sétimo 'Star Wars' chega cheio de mistérios; conheça os personagens
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LUIZA WOLF DE SÃO PAULO Praticamente todos os detalhes de "Star Wars - O Despertar da Força", sétimo episódio da clássica franquia criada por George Lucas, estão trancados a sete chaves pelo diretor J.J. Abrams. Mas o mistério está quase terminando: a partir das 23h59 desta quarta (16), o filme chega às telas em pré-estreia e é lançado definitivamente na quinta. Por enquanto, sabe-se que a trama se passa 30 anos depois de "O Retorno do Jedi" (1983). Neste tempo, os Jedi estão extintos e não passam de lendas. Veja, abaixo, quem são os novos personagens e quais são as figuras antigas que retornam à série. Salas e horários - NOVATOS Finn (John Boyega) Integra o exército de Stormtroopers do movimento chamado Primeira Ordem. Porém, ele se junta aos rebeldes. Rey (Daisy Ridley) A jovem é uma sucateira que vive em um planeta desértico —o local lembra Tatooine, dos episódios 1, 2, 3, 4 e 6. Kylo Ren (Adam Driver) É o vilão do filme e tem um sabre vermelho com três lasers. Em nome da Primeira Ordem, combate a Resistência. * VETERANOS Leia (Carrie Fisher) A mocinha retorna à série. A atriz Carrie Fisher, agora com 59 anos, emagreceu 15 kg para o papel. Han Solo (Harrison Ford) O lendário e carismático trapaceiro promete voar novamente na histórica nave Millenium Falcon. Chewbacca (Peter Mayhew) Leal a Han Solo, o wookie Chewie —como é carinhosamente apelidado— integra o time de rebeldes. Luke Skywalker (Mark Hamill) O protagonista da primeira trilogia retorna agora à série. O ator Mark Hamill precisou entrar em forma para retomar o papel. * MAQUINÁRIO R2-D2 e C-3PO Os simpáticos dróides, uma vez leais a Anakin Skywalker, o Darth Vader, agora acompanham os novos heróis. VEJA O TRAILER DE "STAR WARS - O DESPERTAR DA FORÇA" Vídeo
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Sétimo 'Star Wars' chega cheio de mistérios; conheça os personagensLUIZA WOLF DE SÃO PAULO Praticamente todos os detalhes de "Star Wars - O Despertar da Força", sétimo episódio da clássica franquia criada por George Lucas, estão trancados a sete chaves pelo diretor J.J. Abrams. Mas o mistério está quase terminando: a partir das 23h59 desta quarta (16), o filme chega às telas em pré-estreia e é lançado definitivamente na quinta. Por enquanto, sabe-se que a trama se passa 30 anos depois de "O Retorno do Jedi" (1983). Neste tempo, os Jedi estão extintos e não passam de lendas. Veja, abaixo, quem são os novos personagens e quais são as figuras antigas que retornam à série. Salas e horários - NOVATOS Finn (John Boyega) Integra o exército de Stormtroopers do movimento chamado Primeira Ordem. Porém, ele se junta aos rebeldes. Rey (Daisy Ridley) A jovem é uma sucateira que vive em um planeta desértico —o local lembra Tatooine, dos episódios 1, 2, 3, 4 e 6. Kylo Ren (Adam Driver) É o vilão do filme e tem um sabre vermelho com três lasers. Em nome da Primeira Ordem, combate a Resistência. * VETERANOS Leia (Carrie Fisher) A mocinha retorna à série. A atriz Carrie Fisher, agora com 59 anos, emagreceu 15 kg para o papel. Han Solo (Harrison Ford) O lendário e carismático trapaceiro promete voar novamente na histórica nave Millenium Falcon. Chewbacca (Peter Mayhew) Leal a Han Solo, o wookie Chewie —como é carinhosamente apelidado— integra o time de rebeldes. Luke Skywalker (Mark Hamill) O protagonista da primeira trilogia retorna agora à série. O ator Mark Hamill precisou entrar em forma para retomar o papel. * MAQUINÁRIO R2-D2 e C-3PO Os simpáticos dróides, uma vez leais a Anakin Skywalker, o Darth Vader, agora acompanham os novos heróis. VEJA O TRAILER DE "STAR WARS - O DESPERTAR DA FORÇA" Vídeo
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Slash, do Guns N' Roses, é nomeado 1º embaixador das guitarras Gibson
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Guitarrista icônico da banda Guns N' Roses, Slash foi nomeado o primeiro embaixador global da marca de guitarras Gibson nesta terça-feira (15). O músico fará uma série de novos produtos com a marca na nova parceria. Criada há mais de 100 anos, a Gibson teve suas guitarras usadas por outros nomes icônicos como Angus Young (AC/DC), Jimmy Page (Led Zeppelin), Eric Clapton, Billy Gibbons (XX Top), Steve Jones (Sex Pistols) e Pete Townshend (The Who). Slash usa guitarras Gibson há mais de 30 anos e já colaborou com a marca anteriormente. "É uma honra ser o primeiro embaixador global da Gibson, com quem trabalho desde os primeiros dias da minha carreira profissional", diz em nota. Ele criou alguns de seus solos memoráveis usando uma Gibson Les Paul 1959 (réplica da guitarra de Joe Perry, guitarrista da banda Aerosmith), usada para gravar o álbum "Appetite for Destruction" em 1987. Para diversas performances ao vivo em turnês, o músico usou sua Les Paul Standart 1987. Slash toca com a formação clássica do Guns N' Roses em dois shows no Brasil: em 23 de setembro, no Rock in Rio; e em 26 de setembro no São Paulo Trip, no Allianz Parque.
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Slash, do Guns N' Roses, é nomeado 1º embaixador das guitarras GibsonGuitarrista icônico da banda Guns N' Roses, Slash foi nomeado o primeiro embaixador global da marca de guitarras Gibson nesta terça-feira (15). O músico fará uma série de novos produtos com a marca na nova parceria. Criada há mais de 100 anos, a Gibson teve suas guitarras usadas por outros nomes icônicos como Angus Young (AC/DC), Jimmy Page (Led Zeppelin), Eric Clapton, Billy Gibbons (XX Top), Steve Jones (Sex Pistols) e Pete Townshend (The Who). Slash usa guitarras Gibson há mais de 30 anos e já colaborou com a marca anteriormente. "É uma honra ser o primeiro embaixador global da Gibson, com quem trabalho desde os primeiros dias da minha carreira profissional", diz em nota. Ele criou alguns de seus solos memoráveis usando uma Gibson Les Paul 1959 (réplica da guitarra de Joe Perry, guitarrista da banda Aerosmith), usada para gravar o álbum "Appetite for Destruction" em 1987. Para diversas performances ao vivo em turnês, o músico usou sua Les Paul Standart 1987. Slash toca com a formação clássica do Guns N' Roses em dois shows no Brasil: em 23 de setembro, no Rock in Rio; e em 26 de setembro no São Paulo Trip, no Allianz Parque.
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Barbosa diz que governo corrigiu rota sobre pedaladas em 2015
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O ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse nesta quinta-feira (7) que o documento do Banco Central, que mostra a disparada das "pedaladas fiscais" no governo Dilma Rousseff, também revela que houve o intuito do governo em corrigir a rota ainda em 2015. Segundo noticiou a Folha, as pedaladas aumentaram de uma média de 0,03% e 0,1% do PIB entre 2001 e 2008 para 1% em 2015. As pedaladas, razão pela qual a presidente poderá enfrentar um julgamento de impeachment no Congresso, são operações de financiamento dos bancos públicos ao Tesouro. A legislação veda a prática. O governo atrasou repasses a Caixa, BNDES e Banco do Brasil de despesas que esses bancos tiveram com subsídios em programas do governo, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Sustentação do Investimento. A opinião de Barbosa é que não houve irresponsabilidade fiscal do governo. Segundo sua versão, o próprio relatório do BC que mostra a evolução das pedaladas sob Dilma, revela que o governo reconheceu a dívida após entendimento do TCU (Tribunal de Contas da União) condenando essas operações. Barbosa disse que o entendimento do TCU é de dezembro de 2015. "Feito o acórdão, o governo implementou as medidas necessárias. Se não me engano, o estoque do passivo apontado pelo TCU caiu de R$ 58 bilhões em novembro para R$ 11 bilhões em dezembro. Houve uma regularização [por parte do governo] dentro do próprio ano de 2015", afirmou. Barbosa repetiu que não houve crime por parte da presidente e criticou a interpretação do relator do processo na comissão de impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). "Eu respeito e discordo do relatório do deputado Jovair Arantes. A história brasileira vai analisar todo esse processo no futuro. Para mim, está claro que não há crime de responsabilidade que justifique o impeachment da presidente da república". "O ponto do governo é que todas as operações estão de acordo de acordo com a legislação no momento de sua adoção. A partir do momento que a interpretação mudou, o governo imediatamente adotou essa nova interpretação nas suas operações", disse. "Não se pode aplicar essa nova interpretação para trás, não é correto. É perfeitamente normal aperfeiçoar a execução da política fiscal. Isso acontece todos os dias e em todos os países". Barbosa alfinetou ainda a oposição, que acusa o governo de leniência com o aumento dos gastos públicos e por não cumprir as metas fiscais. Em sua apresentação a empresários, investidores e economistas convidados pelo banco Itaú BBA, em São Paulo, o ministro disse que os governos passados eram de "presidencialismo quase imperial". "No passado, o governo tinha mais flexibilidade para adaptar sua execução orçamentária, via medidas provisórias. Vetos presidenciais não eram sequer votados. Hoje o governo tem mais limites", disse. Barbosa disse esperar que a "discussão política seja superada" e que o debate de medidas econômicas não está paralisado. "Mesmo com o impasse político, as iniciativas econômicas não devem ficar paralisadas, muito pelo contrário. Com o apoio das medidas econômicas, vamos superar o impasse político", disse. Em sua palestra a investidores, o ministro afirmou que não há passe de mágica político capaz de resolver os problemas estruturais da economia brasileira, em referência ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Hoje nossos problemas são estabilizar renda e emprego e promover o reequilíbrio fiscal", disse. "Nossos problemas econômicos não irão embora com o fim do impasse político. Ainda temos que construir soluções econômicas. Nesse momento, a economia tem que ajudar a política", afirmou. Barbosa voltou a defender a criação de mecanismos que estabeleça teto de gastos do governo e afirmou que a reforma da Previdência segue em discussão. Ele lembrou que hoje o governo pode cortar, sem a aprovação do governo, apenas as despesas discricionárias, que representam 19% do gasto primário. Do gasto obrigatório, 44% é Previdência e assistência social, disse. "Por isso que a discussão de gasto público tem que enfrentar discussão de Previdência", afirmou. O ministro falou ainda que é preciso estabilizar a demanda doméstica, com incentivo ao crédito e a reestruturação de dívidas de empresas. "Mas não se trata de medidas de estímulo", disse. Segundo ele, é preciso evitar "abordagens simplistas e ideológicas" na economia. "É preciso evitar as guerras santas da igreja da microeconomia, de cortar demanda, contra a igreja da ressurreição keynesiana, que tem a visão messiânica de que estimular a demanda resolve tudo".
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Barbosa diz que governo corrigiu rota sobre pedaladas em 2015O ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse nesta quinta-feira (7) que o documento do Banco Central, que mostra a disparada das "pedaladas fiscais" no governo Dilma Rousseff, também revela que houve o intuito do governo em corrigir a rota ainda em 2015. Segundo noticiou a Folha, as pedaladas aumentaram de uma média de 0,03% e 0,1% do PIB entre 2001 e 2008 para 1% em 2015. As pedaladas, razão pela qual a presidente poderá enfrentar um julgamento de impeachment no Congresso, são operações de financiamento dos bancos públicos ao Tesouro. A legislação veda a prática. O governo atrasou repasses a Caixa, BNDES e Banco do Brasil de despesas que esses bancos tiveram com subsídios em programas do governo, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Sustentação do Investimento. A opinião de Barbosa é que não houve irresponsabilidade fiscal do governo. Segundo sua versão, o próprio relatório do BC que mostra a evolução das pedaladas sob Dilma, revela que o governo reconheceu a dívida após entendimento do TCU (Tribunal de Contas da União) condenando essas operações. Barbosa disse que o entendimento do TCU é de dezembro de 2015. "Feito o acórdão, o governo implementou as medidas necessárias. Se não me engano, o estoque do passivo apontado pelo TCU caiu de R$ 58 bilhões em novembro para R$ 11 bilhões em dezembro. Houve uma regularização [por parte do governo] dentro do próprio ano de 2015", afirmou. Barbosa repetiu que não houve crime por parte da presidente e criticou a interpretação do relator do processo na comissão de impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO). "Eu respeito e discordo do relatório do deputado Jovair Arantes. A história brasileira vai analisar todo esse processo no futuro. Para mim, está claro que não há crime de responsabilidade que justifique o impeachment da presidente da república". "O ponto do governo é que todas as operações estão de acordo de acordo com a legislação no momento de sua adoção. A partir do momento que a interpretação mudou, o governo imediatamente adotou essa nova interpretação nas suas operações", disse. "Não se pode aplicar essa nova interpretação para trás, não é correto. É perfeitamente normal aperfeiçoar a execução da política fiscal. Isso acontece todos os dias e em todos os países". Barbosa alfinetou ainda a oposição, que acusa o governo de leniência com o aumento dos gastos públicos e por não cumprir as metas fiscais. Em sua apresentação a empresários, investidores e economistas convidados pelo banco Itaú BBA, em São Paulo, o ministro disse que os governos passados eram de "presidencialismo quase imperial". "No passado, o governo tinha mais flexibilidade para adaptar sua execução orçamentária, via medidas provisórias. Vetos presidenciais não eram sequer votados. Hoje o governo tem mais limites", disse. Barbosa disse esperar que a "discussão política seja superada" e que o debate de medidas econômicas não está paralisado. "Mesmo com o impasse político, as iniciativas econômicas não devem ficar paralisadas, muito pelo contrário. Com o apoio das medidas econômicas, vamos superar o impasse político", disse. Em sua palestra a investidores, o ministro afirmou que não há passe de mágica político capaz de resolver os problemas estruturais da economia brasileira, em referência ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Hoje nossos problemas são estabilizar renda e emprego e promover o reequilíbrio fiscal", disse. "Nossos problemas econômicos não irão embora com o fim do impasse político. Ainda temos que construir soluções econômicas. Nesse momento, a economia tem que ajudar a política", afirmou. Barbosa voltou a defender a criação de mecanismos que estabeleça teto de gastos do governo e afirmou que a reforma da Previdência segue em discussão. Ele lembrou que hoje o governo pode cortar, sem a aprovação do governo, apenas as despesas discricionárias, que representam 19% do gasto primário. Do gasto obrigatório, 44% é Previdência e assistência social, disse. "Por isso que a discussão de gasto público tem que enfrentar discussão de Previdência", afirmou. O ministro falou ainda que é preciso estabilizar a demanda doméstica, com incentivo ao crédito e a reestruturação de dívidas de empresas. "Mas não se trata de medidas de estímulo", disse. Segundo ele, é preciso evitar "abordagens simplistas e ideológicas" na economia. "É preciso evitar as guerras santas da igreja da microeconomia, de cortar demanda, contra a igreja da ressurreição keynesiana, que tem a visão messiânica de que estimular a demanda resolve tudo".
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Romero Jucá diz que criação da CPMF não é primeira opção do governo
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O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou na manhã desta terça-feira (16) que criar um novo imposto não é a primeira opção do governo. De acordo com ele, o governo tomará outras medidas, como o corte de gastos, antes de lançar mão da criação, por exemplo, da CPMF. "O que temos dito é que criar impostos não é a primeira opção do governo. Antes de discutir criação de impostos, o governo precisa fazer o dever de casa: cortar gastos, animar a economia, ajustar a legislação, recuperar a segurança jurídica, a credibilidade, ter condição de dar previsibilidade aos setores econômicos para fazer investimentos. Portanto, a discussão de uma transição com algum tipo de imposto poderá ser necessária, mas será dita no momento apropriado pelo coordenador da equipe econômica, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda)", disse. Questionado sobre divergências no tema no governo —depois de Meirelles defender a criação de um novo imposto, Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, disse que não era o momento de recriar a CPMF, Jucá disse que a questão não é "ser contra ou a favor" da medida. "A questão é ser compatível com a realidade, com a expectativa e com a forma de melhorar a economia. Precisamos arrumar o crescimento, encaminhar questões econômicas, enfim. Acho que num primeiro momento a discussão não é criar impostos, é fazer os ajustes", disse. Segundo Jucá a discussão sobre o tema "será feita no momento apropriado". Jucá participou na manhã desta terça da 28ª edição do Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio. Sobre corte de gastos, Jucá reafirmou o desejo do governo de cortar até dezembro quatro mil cargos comissionados. Ele afirmou que o objetivo é ampliar essa margem, sem especificar um número exato. "Não é só corte de gastos. É a racionalização das despesas, a melhoria da governança e a modernização da máquina." Ele lembrou que há pelo menos 20 mil funções gratificadas no Executivo. Segundo ele, o governo tem 51 mil formas de gratificar e contratar pessoas. Todas esses cargos passarão por avaliação, afirmou.
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Romero Jucá diz que criação da CPMF não é primeira opção do governoO ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou na manhã desta terça-feira (16) que criar um novo imposto não é a primeira opção do governo. De acordo com ele, o governo tomará outras medidas, como o corte de gastos, antes de lançar mão da criação, por exemplo, da CPMF. "O que temos dito é que criar impostos não é a primeira opção do governo. Antes de discutir criação de impostos, o governo precisa fazer o dever de casa: cortar gastos, animar a economia, ajustar a legislação, recuperar a segurança jurídica, a credibilidade, ter condição de dar previsibilidade aos setores econômicos para fazer investimentos. Portanto, a discussão de uma transição com algum tipo de imposto poderá ser necessária, mas será dita no momento apropriado pelo coordenador da equipe econômica, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda)", disse. Questionado sobre divergências no tema no governo —depois de Meirelles defender a criação de um novo imposto, Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, disse que não era o momento de recriar a CPMF, Jucá disse que a questão não é "ser contra ou a favor" da medida. "A questão é ser compatível com a realidade, com a expectativa e com a forma de melhorar a economia. Precisamos arrumar o crescimento, encaminhar questões econômicas, enfim. Acho que num primeiro momento a discussão não é criar impostos, é fazer os ajustes", disse. Segundo Jucá a discussão sobre o tema "será feita no momento apropriado". Jucá participou na manhã desta terça da 28ª edição do Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, no Rio. Sobre corte de gastos, Jucá reafirmou o desejo do governo de cortar até dezembro quatro mil cargos comissionados. Ele afirmou que o objetivo é ampliar essa margem, sem especificar um número exato. "Não é só corte de gastos. É a racionalização das despesas, a melhoria da governança e a modernização da máquina." Ele lembrou que há pelo menos 20 mil funções gratificadas no Executivo. Segundo ele, o governo tem 51 mil formas de gratificar e contratar pessoas. Todas esses cargos passarão por avaliação, afirmou.
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Rolezinhos do beijo lotam marquise do Ibirapuera com até 20 mil jovens
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Das 15h às 17h, Letícia beijou Matheus, que beijou Michele, que beijou Luan, que beijou Samira, Julia e Priscila. Priscila beijou Danilo. Danilo quis beijar Bianca, mas ela não. Para Luka e Pedro, Bianca também disse não. Por três minutos e 47 segundos, David beijou Ricky. Depois voltou para a roda de amigos, e Ricky seguiu seu caminho. Vinicius beijou 17, Rafael beijou 25, Juh só beijou uma e Witor não estava ali para beijar ninguém, mas para cuidar de três amigas. Nas tardes de domingo na marquise do parque Ibirapuera, a graça é "beijar até a boca ficar doendo", como avisa numa rede social a convocatória do encontro marcado para este domingo (5). O post decreta: "PROIBIDO: brigas, sair sem beijar, sair sem ficar doidão e gente homofóbica. LIBERADO: narguilhe, bebida alcoólica (tomem cuidado com os guardas), beijar na boca". Os primeiros domingos do mês costumam reunir até 20 mil adolescentes, a maioria entre 14 e 18 anos, embora as idades variem de 11 a 28. Rolezinhos do beijo FUMAÇA COMPARTILHADA Alguns dormem no parque, outros chegam pela manhã. Os encontros costumam começar às 13h ou 14h e pegam fogo a partir das 16h. "Narguilhe" é um dos nomes para narguilé, cachimbo de origem oriental que eles trazem em maletas de madeira ou metal. Vários não tragam, mas gostam do objeto porque é de uso coletivo. "É para não ficar sem fazer nada", diz Fabio, 16, enquanto o carvão queima o fumo com essência de abacaxi (há outros sabores, como menta, morango, café ou caramelo). Juliana, 22, também carrega o seu. "Minha mãe não deixa usar o dos outros, porque alguns batizam com bebida na água ou com maconha." Cheiro da erva é esporádico nos cerca de 8.000 m² (o mesmo que quatro vãos livres do Masp) sob a estrutura projetada por Oscar Niemeyer. Disseminado é o álcool, geralmente vinho de marcas baratas, catuaba ou askov (aperitivo à base de vodca). Uma parte é vendida ali, por ambulantes clandestinos. Em meia hora, a Folha testemunhou a compra de oito garrafas, por de R$ 10 a R$ 25. Abordada, a vendedora não quis dar entrevista. CAÇA ÀS GARRAFAS Cerca de 20 vigilantes do parque percorrem a marquise confiscando garrafas de vidro. Eles dizem recolher mais de 3.000 por domingo. Ainda assim, muitas escapam e algumas se quebram. Quem consegue passa o líquido para vasilhames de plástico. A bebida é combustível para dançar -funk, hip-hop, break- e beijar -meninos, meninas, conhecidos e desconhecidos- até os portões fecharem, às 24h. Ou antes que saia o último ônibus de volta para casa, que chegam a ficar a até 25 km do parque —em Guaianases, Parelheiros ou Itapecerica da Serra, para citar três regiões diferentes. Para alguns, a festa acaba bem cedo. No domingo em que a Folha acompanhou o encontro pelo menos dois garotos em coma foram levados por uma ambulância da empresa Remocenter. A primeira viagem foi às 15h30. Já foi pior. Em 2013, chegavam a 20 os casos de coma alcoólico aos domingos nos arredores do MAM (Museu de Arte Moderna). O museu decidiu agir e criou um programa voltado aos rolezeiros. "Nossa preocupação não era fiscalizar nem reprimir o que eles faziam, mas fomentar um espaço de todos para todos, com mais segurança", diz Daina Leyton, 37, coordenadora do setor educativo e de acessibilidade do MAM. Quatro anos depois, o Domingo MAM coleciona dois prêmios. Na avaliação dos educadores do museu, caíram também os incidentes médicos. A gestão do prefeito João Doria (PSDB) não atendeu ao pedido de informações sobre os eventos e o parque. Na marquise, a música do momento é o funk "Deu Onda" (também conhecido como "Meu Pau te Ama"), de MC G15, cujos versos todos cantam em voz alta: "Eu não preciso mais beber/nem fumar maconha/que a sua presença me deu onda/o seu sorriso me dá onda". LONGE DO PRECONCEITO Nas entrevistas, sobressai a possibilidade de encontrar amigos ou desconhecidos e ficar com quem quiserem. O Ibirapuera, dizem, é um espaço em que conseguem escapar do preconceito de suas vizinhanças –principalmente, mas não só, os LGBT. "Aqui não tem briga, posso me vestir de rosa se quiser. Na minha cidade, Itapevi, não tenho a liberdade de ser o que sou", diz Vinicius, 18. Para o antropólogo e professor da Unifesp Alexandre Barbosa Pereira, que há mais de 10 anos pesquisa experiências juvenis nas periferias das metrópoles, as identidades de gênero e sexualidade têm sido assumidas com menos barreiras e experimentadas de forma mais fluida. Barbara Jimenez, responsável pelo Domingo MAM, concorda. "Rotular é sempre limitador. Começamos a fazer um glossário de identidades sexuais com os garotos e já temos mais de 30 tipos." Outro engano é imaginar que os adolescentes vão ao Ibirapuera porque não há lazer nos seus bairros, afirma o sociólogo Gabriel Feltran, professor da UFSCar e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole e do Cebrap. "Na verdade, é das periferias que vêm muitas das tendências que tomam o conjunto da cidade", diz Feltran, que pesquisa as regiões há mais de 20 anos. Os rolezinhos são uma delas. "Há uma crítica social e cultural muito mais radical e criativa, do que a que nossas esquerdas puderam formular", afirma o pesquisador. Essa crítica se manifesta, segundo ele, na construção das identidades LGBT, o rap e o funk, o pagode e a narrativa oral, a politização dos saraus e a queda dos homicídios por auto-organização. Segundo ele, o preconceito, citado por vários adolescentes como motivo para saírem de seus bairros e preferirem o Ibirapuera, "é muito típico de momentos autoritários como os que vivemos". "A norma social vai se tornando mais e mais policial, mais e mais evangélica, a narrativa da família cristã ganha força, e é preciso inventar espaços não institucionais nos quais se podem viver outras experiências, mais realistas."
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Rolezinhos do beijo lotam marquise do Ibirapuera com até 20 mil jovensDas 15h às 17h, Letícia beijou Matheus, que beijou Michele, que beijou Luan, que beijou Samira, Julia e Priscila. Priscila beijou Danilo. Danilo quis beijar Bianca, mas ela não. Para Luka e Pedro, Bianca também disse não. Por três minutos e 47 segundos, David beijou Ricky. Depois voltou para a roda de amigos, e Ricky seguiu seu caminho. Vinicius beijou 17, Rafael beijou 25, Juh só beijou uma e Witor não estava ali para beijar ninguém, mas para cuidar de três amigas. Nas tardes de domingo na marquise do parque Ibirapuera, a graça é "beijar até a boca ficar doendo", como avisa numa rede social a convocatória do encontro marcado para este domingo (5). O post decreta: "PROIBIDO: brigas, sair sem beijar, sair sem ficar doidão e gente homofóbica. LIBERADO: narguilhe, bebida alcoólica (tomem cuidado com os guardas), beijar na boca". Os primeiros domingos do mês costumam reunir até 20 mil adolescentes, a maioria entre 14 e 18 anos, embora as idades variem de 11 a 28. Rolezinhos do beijo FUMAÇA COMPARTILHADA Alguns dormem no parque, outros chegam pela manhã. Os encontros costumam começar às 13h ou 14h e pegam fogo a partir das 16h. "Narguilhe" é um dos nomes para narguilé, cachimbo de origem oriental que eles trazem em maletas de madeira ou metal. Vários não tragam, mas gostam do objeto porque é de uso coletivo. "É para não ficar sem fazer nada", diz Fabio, 16, enquanto o carvão queima o fumo com essência de abacaxi (há outros sabores, como menta, morango, café ou caramelo). Juliana, 22, também carrega o seu. "Minha mãe não deixa usar o dos outros, porque alguns batizam com bebida na água ou com maconha." Cheiro da erva é esporádico nos cerca de 8.000 m² (o mesmo que quatro vãos livres do Masp) sob a estrutura projetada por Oscar Niemeyer. Disseminado é o álcool, geralmente vinho de marcas baratas, catuaba ou askov (aperitivo à base de vodca). Uma parte é vendida ali, por ambulantes clandestinos. Em meia hora, a Folha testemunhou a compra de oito garrafas, por de R$ 10 a R$ 25. Abordada, a vendedora não quis dar entrevista. CAÇA ÀS GARRAFAS Cerca de 20 vigilantes do parque percorrem a marquise confiscando garrafas de vidro. Eles dizem recolher mais de 3.000 por domingo. Ainda assim, muitas escapam e algumas se quebram. Quem consegue passa o líquido para vasilhames de plástico. A bebida é combustível para dançar -funk, hip-hop, break- e beijar -meninos, meninas, conhecidos e desconhecidos- até os portões fecharem, às 24h. Ou antes que saia o último ônibus de volta para casa, que chegam a ficar a até 25 km do parque —em Guaianases, Parelheiros ou Itapecerica da Serra, para citar três regiões diferentes. Para alguns, a festa acaba bem cedo. No domingo em que a Folha acompanhou o encontro pelo menos dois garotos em coma foram levados por uma ambulância da empresa Remocenter. A primeira viagem foi às 15h30. Já foi pior. Em 2013, chegavam a 20 os casos de coma alcoólico aos domingos nos arredores do MAM (Museu de Arte Moderna). O museu decidiu agir e criou um programa voltado aos rolezeiros. "Nossa preocupação não era fiscalizar nem reprimir o que eles faziam, mas fomentar um espaço de todos para todos, com mais segurança", diz Daina Leyton, 37, coordenadora do setor educativo e de acessibilidade do MAM. Quatro anos depois, o Domingo MAM coleciona dois prêmios. Na avaliação dos educadores do museu, caíram também os incidentes médicos. A gestão do prefeito João Doria (PSDB) não atendeu ao pedido de informações sobre os eventos e o parque. Na marquise, a música do momento é o funk "Deu Onda" (também conhecido como "Meu Pau te Ama"), de MC G15, cujos versos todos cantam em voz alta: "Eu não preciso mais beber/nem fumar maconha/que a sua presença me deu onda/o seu sorriso me dá onda". LONGE DO PRECONCEITO Nas entrevistas, sobressai a possibilidade de encontrar amigos ou desconhecidos e ficar com quem quiserem. O Ibirapuera, dizem, é um espaço em que conseguem escapar do preconceito de suas vizinhanças –principalmente, mas não só, os LGBT. "Aqui não tem briga, posso me vestir de rosa se quiser. Na minha cidade, Itapevi, não tenho a liberdade de ser o que sou", diz Vinicius, 18. Para o antropólogo e professor da Unifesp Alexandre Barbosa Pereira, que há mais de 10 anos pesquisa experiências juvenis nas periferias das metrópoles, as identidades de gênero e sexualidade têm sido assumidas com menos barreiras e experimentadas de forma mais fluida. Barbara Jimenez, responsável pelo Domingo MAM, concorda. "Rotular é sempre limitador. Começamos a fazer um glossário de identidades sexuais com os garotos e já temos mais de 30 tipos." Outro engano é imaginar que os adolescentes vão ao Ibirapuera porque não há lazer nos seus bairros, afirma o sociólogo Gabriel Feltran, professor da UFSCar e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole e do Cebrap. "Na verdade, é das periferias que vêm muitas das tendências que tomam o conjunto da cidade", diz Feltran, que pesquisa as regiões há mais de 20 anos. Os rolezinhos são uma delas. "Há uma crítica social e cultural muito mais radical e criativa, do que a que nossas esquerdas puderam formular", afirma o pesquisador. Essa crítica se manifesta, segundo ele, na construção das identidades LGBT, o rap e o funk, o pagode e a narrativa oral, a politização dos saraus e a queda dos homicídios por auto-organização. Segundo ele, o preconceito, citado por vários adolescentes como motivo para saírem de seus bairros e preferirem o Ibirapuera, "é muito típico de momentos autoritários como os que vivemos". "A norma social vai se tornando mais e mais policial, mais e mais evangélica, a narrativa da família cristã ganha força, e é preciso inventar espaços não institucionais nos quais se podem viver outras experiências, mais realistas."
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Escolas ocupadas em Paraisópolis têm tumulto e ofensas a alunos
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Pais de alunos compareceram nas escolas estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Etelvina de Góes Marcucci em Paraisópolis, comunidade na zona oeste de São Paulo, para participar de uma reunião com a direção das unidades, marcada para as 7h desta segunda-feira (30). Quando os pais chegaram aos respectivos colégios não havia como entrar nas unidades porque os alunos ainda ocupavam as instalações. A tomada dos colégios foi na segunda passada (23), e ao menos 40 estudantes ainda permanecem na Maria Zilda. Já na Etelvina, os alunos não informaram quantos participavam do protesto. De acordo com a Secretaria de Educação, as duas escolas atendem ensino fundamental 2 e médio, mas com a reorganização os ciclos serão divididas por prédios, que ficam um ao lado do outro. O princípio de tumulto começou quando pais contrários ao movimento pediram que os alunos desocupassem a escola Maria Zilda. A dona de casa, Francisca Costa Silvia, 43, estava presente e disse que esses pais começaram a xingar e a ofender os estudantes. "Eles disseram que era errado os alunos ocuparem as escolas. Alguns chamaram os estudantes de vagabundos e que eles estavam reunidos para usar drogas e não para protestar", disse Francisca, que tem uma filha de 16 anos que participa do movimento contra a proposta da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) de dividir parte dos colégios por ciclos únicos de ensino (anos iniciais e finais do fundamental e o médio). Francisca disse ainda que apoia a filha e que ela deve brigar pelos seus direitos. "Ela está brigando pelos direitos dela e dos amigos. Eu nunca ia permitir que minha filha participasse de uma manifestação em um lugar que houvesse drogas. Isso é mentira. Além de estudar, minha filha trabalha. Ela passa a noite aqui em apoio aos amigos, mas durante o dia ela vai trabalhar", defendeu Francisca. Tudo começou quando um carro de som (assista vídeo abaixo) passou no último fim de semana convocando os pais para uma reunião com a direção da escola. "O carro passou ontem na minha rua, que fica perto dos colégios, anunciando essa reunião que teria com os pais às 7h. Cheguei e já havia uma multidão com gente discutindo. Uma das diretoras da escola [Maria Zilda] apareceu e, depois, foi embora", concluiu a dona de casa. Ambas as escolas atendem a alunos do ensino médio e fundamental e, com a nova reorganização, elas passarão a atender a apenas um tipo de ensino. O fornecimento de água na escola Maria Zilda foi cortado a partir do segundo dia de ocupação. Os alunos disseram que recebem doações de galões de água, mas que ainda precisam de produtos de limpeza. Veja vídeo A Secretaria da Educação informou que o carro de som não foi contratado pela pasta nem pela direção das escolas ou diretoria de ensino. A pasta disse ainda que a reunião com pais e interessados seria realizada nesta segunda, contudo, a "entrada não foi permitida e os ocupantes não quiseram negociar". Conforme falamos, esse serviço não foi contratado pela direção das escolas, Diretoria de Ensino ou Secretaria da Educação. A reunião foi marcada para dialogar com pais e ocupantes, porém, a entrada não foi permitida e os ocupantes não quiseram negociar. De acordo com último balanço da Secretaria de Educação, 194 colégios estão ocupados. A secretaria informou que a partir desta segunda planeja realizar um mutirão de visitas às escola para pedir que sejam entregues as reivindicações de cada colégio. A intenção do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é enfraquecer o movimento, explicando suas posições ou tentando classificar os manifestantes como intransigentes (caso não queiram apresentar reivindicações). Alunos, professores e movimentos sociais criticam a reorganização da rede proposta pelo governo. O plano de reorganização de ciclos prevê para 2016 o fechamento de 92 escolas e o remanejamento de 311 mil alunos -a rede estadual tem 5.147 escolas e atende a 3,8 milhões de estudantes. Ao todo, 754 escolas atenderão só um ciclo de ensino no Estado. Os alunos dizem que só saem das escolas quando a gestão Alckmin desistir do plano de reorganização. Por outro lado, o governo disse que não voltará atrás, mas considera renegociar o plano caso os estudantes deixem as unidades. Mudanças na educação
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Escolas ocupadas em Paraisópolis têm tumulto e ofensas a alunosPais de alunos compareceram nas escolas estaduais Maria Zilda Gamba Natel e Etelvina de Góes Marcucci em Paraisópolis, comunidade na zona oeste de São Paulo, para participar de uma reunião com a direção das unidades, marcada para as 7h desta segunda-feira (30). Quando os pais chegaram aos respectivos colégios não havia como entrar nas unidades porque os alunos ainda ocupavam as instalações. A tomada dos colégios foi na segunda passada (23), e ao menos 40 estudantes ainda permanecem na Maria Zilda. Já na Etelvina, os alunos não informaram quantos participavam do protesto. De acordo com a Secretaria de Educação, as duas escolas atendem ensino fundamental 2 e médio, mas com a reorganização os ciclos serão divididas por prédios, que ficam um ao lado do outro. O princípio de tumulto começou quando pais contrários ao movimento pediram que os alunos desocupassem a escola Maria Zilda. A dona de casa, Francisca Costa Silvia, 43, estava presente e disse que esses pais começaram a xingar e a ofender os estudantes. "Eles disseram que era errado os alunos ocuparem as escolas. Alguns chamaram os estudantes de vagabundos e que eles estavam reunidos para usar drogas e não para protestar", disse Francisca, que tem uma filha de 16 anos que participa do movimento contra a proposta da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) de dividir parte dos colégios por ciclos únicos de ensino (anos iniciais e finais do fundamental e o médio). Francisca disse ainda que apoia a filha e que ela deve brigar pelos seus direitos. "Ela está brigando pelos direitos dela e dos amigos. Eu nunca ia permitir que minha filha participasse de uma manifestação em um lugar que houvesse drogas. Isso é mentira. Além de estudar, minha filha trabalha. Ela passa a noite aqui em apoio aos amigos, mas durante o dia ela vai trabalhar", defendeu Francisca. Tudo começou quando um carro de som (assista vídeo abaixo) passou no último fim de semana convocando os pais para uma reunião com a direção da escola. "O carro passou ontem na minha rua, que fica perto dos colégios, anunciando essa reunião que teria com os pais às 7h. Cheguei e já havia uma multidão com gente discutindo. Uma das diretoras da escola [Maria Zilda] apareceu e, depois, foi embora", concluiu a dona de casa. Ambas as escolas atendem a alunos do ensino médio e fundamental e, com a nova reorganização, elas passarão a atender a apenas um tipo de ensino. O fornecimento de água na escola Maria Zilda foi cortado a partir do segundo dia de ocupação. Os alunos disseram que recebem doações de galões de água, mas que ainda precisam de produtos de limpeza. Veja vídeo A Secretaria da Educação informou que o carro de som não foi contratado pela pasta nem pela direção das escolas ou diretoria de ensino. A pasta disse ainda que a reunião com pais e interessados seria realizada nesta segunda, contudo, a "entrada não foi permitida e os ocupantes não quiseram negociar". Conforme falamos, esse serviço não foi contratado pela direção das escolas, Diretoria de Ensino ou Secretaria da Educação. A reunião foi marcada para dialogar com pais e ocupantes, porém, a entrada não foi permitida e os ocupantes não quiseram negociar. De acordo com último balanço da Secretaria de Educação, 194 colégios estão ocupados. A secretaria informou que a partir desta segunda planeja realizar um mutirão de visitas às escola para pedir que sejam entregues as reivindicações de cada colégio. A intenção do governo Geraldo Alckmin (PSDB) é enfraquecer o movimento, explicando suas posições ou tentando classificar os manifestantes como intransigentes (caso não queiram apresentar reivindicações). Alunos, professores e movimentos sociais criticam a reorganização da rede proposta pelo governo. O plano de reorganização de ciclos prevê para 2016 o fechamento de 92 escolas e o remanejamento de 311 mil alunos -a rede estadual tem 5.147 escolas e atende a 3,8 milhões de estudantes. Ao todo, 754 escolas atenderão só um ciclo de ensino no Estado. Os alunos dizem que só saem das escolas quando a gestão Alckmin desistir do plano de reorganização. Por outro lado, o governo disse que não voltará atrás, mas considera renegociar o plano caso os estudantes deixem as unidades. Mudanças na educação
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Segurança de 144 quilos é eleito Rei Momo da corte do Carnaval de SP
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O segurança Valter Pinto, 38 anos e 144 quilos, foi nomeado o novo Rei Momo da corte do Carnaval de São Paulo em eleição realizada na noite de sexta-feira (9). Foi a sétima vez que ele participou do concurso. Ao seu lado, o novo Rei Momo terá a bailarina Theba Pitylla, 30, escolhida como Rainha da Folia, em sua primeira participação na disputa. Também foram escolhidas as princesas da festa da capital paulista. Katia Cristina Ferreira Salles, 29, será a primeira princesa, e Cintia Cristina de Mello, 27, foi escolhida para ocupar o cargo de 2ª princesa. O novo Rei Momo e a Rainha da Folia receberão R$ 20 mil cada um, enquanto a primeira princesa levará para casa R$ 15 mil e a segunda, R$ 14 mil. O evento ocorreu no auditório do Palácio das Convenções do Anhembi, na zona norte de São Paulo, e foi apresentado pela atriz Adriana Lessa com show do cantor Wilson Simoninha. Os participantes foram avaliados pelos seguintes requisitos: comunicação, simpatia, samba no pé e elegância. Para as garotas, também será julgado um item de estética corporal. De acordo com o regulamento do concurso, o candidato a Rei Momo deveria ter peso mínimo de 110 kg e idade entre 18 e 55 anos. Ao todo, oito candidatos disputaram a vaga: seis já haviam participado de edições anteriores e dois concorriam pela primeira vez. Juntos, os candidatos somavam mais de uma tonelada. Para participar do processo o candidato precisava ser brasileiro ou ter sido naturalizado, morar em São Paulo e não ter sido eleito para a corte nas três últimas edições. RAINHAS As sete candidatas inscritas para ocupar o posto de Rainha tinham média de idade de 27 anos. Para concorrer ao título de Rainha, as candidatas precisavam ter entre 18 e 32 anos. Este ano, seis candidatas disputaram pela primeira o título de Rainha.
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Segurança de 144 quilos é eleito Rei Momo da corte do Carnaval de SPO segurança Valter Pinto, 38 anos e 144 quilos, foi nomeado o novo Rei Momo da corte do Carnaval de São Paulo em eleição realizada na noite de sexta-feira (9). Foi a sétima vez que ele participou do concurso. Ao seu lado, o novo Rei Momo terá a bailarina Theba Pitylla, 30, escolhida como Rainha da Folia, em sua primeira participação na disputa. Também foram escolhidas as princesas da festa da capital paulista. Katia Cristina Ferreira Salles, 29, será a primeira princesa, e Cintia Cristina de Mello, 27, foi escolhida para ocupar o cargo de 2ª princesa. O novo Rei Momo e a Rainha da Folia receberão R$ 20 mil cada um, enquanto a primeira princesa levará para casa R$ 15 mil e a segunda, R$ 14 mil. O evento ocorreu no auditório do Palácio das Convenções do Anhembi, na zona norte de São Paulo, e foi apresentado pela atriz Adriana Lessa com show do cantor Wilson Simoninha. Os participantes foram avaliados pelos seguintes requisitos: comunicação, simpatia, samba no pé e elegância. Para as garotas, também será julgado um item de estética corporal. De acordo com o regulamento do concurso, o candidato a Rei Momo deveria ter peso mínimo de 110 kg e idade entre 18 e 55 anos. Ao todo, oito candidatos disputaram a vaga: seis já haviam participado de edições anteriores e dois concorriam pela primeira vez. Juntos, os candidatos somavam mais de uma tonelada. Para participar do processo o candidato precisava ser brasileiro ou ter sido naturalizado, morar em São Paulo e não ter sido eleito para a corte nas três últimas edições. RAINHAS As sete candidatas inscritas para ocupar o posto de Rainha tinham média de idade de 27 anos. Para concorrer ao título de Rainha, as candidatas precisavam ter entre 18 e 32 anos. Este ano, seis candidatas disputaram pela primeira o título de Rainha.
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Pesquisa mostra que imagem dos EUA no mundo continua positiva
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A imagem dos EUA no mundo continua a ser largamente positiva, segundo pesquisa publicada nesta terça (23) pelo Pew Research Center, com sede em Washington. Nos 39 países que participaram da pesquisa, uma média de 69% dos entrevistados disse ter uma opinião favorável aos EUA, enquanto apenas 24% expressaram uma visão desfavorável. Há, porém, uma variação significativa entre as regiões e os países. AMÉRICA Na América Latina, a visão sobre os EUA se mantém bastante positiva. Às vésperas da viagem da presidente Dilma Rousseff a Washington –em 30 de junho–, 73% dos brasileiros dizem ter uma visão favorável dos EUA, ante os 65% de um ano atrás. E mesmo na Argentina, único país da região onde menos da metade da população tem visão positiva sobre os EUA, o percentual dos que veem favoravelmente os EUA passou de 36% em 2014 para 43% neste ano. Na Venezuela, porém, país que tem tido disputas com os EUA, o processo é no sentido contrário. No ano passado, 62% dos venezuelanos se diziam favoráveis aos EUA. O valor agora é de 51%. Mas a divisão é profunda no país. A aprovação aos EUA atinge 73% entre os que se dizem à direita politicamente. Entre os "centristas", o resultado fica em 44%, e entre os que se dizem de esquerda o valor é de 21%. OTAN Entre os países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental, os EUA recebem visão bastante favorável. Cerca de dois em cada três canadenses têm uma opinião favorável, como ocorre na Itália, na Polônia, na França, no Reino Unido e na Espanha. A exceção é a Alemanha, onde apenas 50% dão os EUA uma avaliação positiva, enquanto 45% expressam uma visão negativa. ORIENTE MÉDIO Em Israel, cerca de oito em cada dez israelenses veem os EUA positivamente, embora haja uma grande diferença entre judeus israelenses (87% favorável) e árabes israelenses (48%).
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Pesquisa mostra que imagem dos EUA no mundo continua positivaA imagem dos EUA no mundo continua a ser largamente positiva, segundo pesquisa publicada nesta terça (23) pelo Pew Research Center, com sede em Washington. Nos 39 países que participaram da pesquisa, uma média de 69% dos entrevistados disse ter uma opinião favorável aos EUA, enquanto apenas 24% expressaram uma visão desfavorável. Há, porém, uma variação significativa entre as regiões e os países. AMÉRICA Na América Latina, a visão sobre os EUA se mantém bastante positiva. Às vésperas da viagem da presidente Dilma Rousseff a Washington –em 30 de junho–, 73% dos brasileiros dizem ter uma visão favorável dos EUA, ante os 65% de um ano atrás. E mesmo na Argentina, único país da região onde menos da metade da população tem visão positiva sobre os EUA, o percentual dos que veem favoravelmente os EUA passou de 36% em 2014 para 43% neste ano. Na Venezuela, porém, país que tem tido disputas com os EUA, o processo é no sentido contrário. No ano passado, 62% dos venezuelanos se diziam favoráveis aos EUA. O valor agora é de 51%. Mas a divisão é profunda no país. A aprovação aos EUA atinge 73% entre os que se dizem à direita politicamente. Entre os "centristas", o resultado fica em 44%, e entre os que se dizem de esquerda o valor é de 21%. OTAN Entre os países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental, os EUA recebem visão bastante favorável. Cerca de dois em cada três canadenses têm uma opinião favorável, como ocorre na Itália, na Polônia, na França, no Reino Unido e na Espanha. A exceção é a Alemanha, onde apenas 50% dão os EUA uma avaliação positiva, enquanto 45% expressam uma visão negativa. ORIENTE MÉDIO Em Israel, cerca de oito em cada dez israelenses veem os EUA positivamente, embora haja uma grande diferença entre judeus israelenses (87% favorável) e árabes israelenses (48%).
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Temendo bloqueio, RJ quer repasse do BNDES a construtora de metrô
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O governo do Rio estuda propor ao BNDES que o novo empréstimo para a construção da linha 4 do metrô seja repassado direto do banco às construtoras da obra. O objetivo é fugir de eventuais futuros bloqueios de contas pela Justiça em caso de novos atrasos no pagamento de aposentadorias e pensões. O Estado ainda não sabe como pagará toda sua folha no mês que vem. Ao mesmo tempo, teme não ter dinheiro disponível para concluir a obra até a Olimpíada, como prometido. Cerca de 143 mil servidores inativos e pensionistas receberam nesta quinta (28) seus benefícios referentes a março, após duas semanas de atraso. A Justiça sequestrou das contas do Estado R$ 648 milhões para quitar a dívida. O Estado afirma que os recursos eram provenientes de empréstimos carimbados para obras. A Secretaria de Obras listou 20 programas de investimentos que seriam afetados com a medida. A obra da linha 4 do metrô, compromisso para a Olimpíada de agosto, não foi afetada diretamente. Mas o Estado depende um novo empréstimo de R$ 989 milhões do BNDES para concluí-la. "A gente vai ter que fazer um esquema com o BNDES para ele pagar direto [as construtoras]. Não sei como vou fazer", disse o secretário de Fazenda, Júlio Bueno. O arresto da verba de operações de crédito pode atrapalhar a aprovação do contrato de empréstimo, que ainda está em análise no banco. O BNDES disse, em nota, que "está avaliando o eventual impacto da decisão da Justiça sobre os contratos que possui com o Estado do Rio". Quase metade do empréstimo em análise pelo banco de fomento é essencial para finalização do trecho olímpico do metrô (Ipanema-Barra). A Secretaria de Transporte afirma que ainda falta a colocação dos trilhos entre São Conrado e Leblon e o acabamento das estações. De acordo com a pasta, a obra atingiu 94% de execução e será concluída em julho. O financiamento de R$ 9,7 bilhões para a linha 4 causa dor de cabeça há dois anos. Técnicos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) afirmaram no relatório de análise de contas de 2014 que as construtoras gastaram R$ 472 milhões sem serem pagas. A manobra foi considerada uma "pedalada", por caracterizar uma operação de crédito sem autorização. As contas do governo naquele ano foram aprovadas com ressalvas. Os técnicos recomendavam a rejeição. ARRESTO AMEAÇA Em manifestação à Justiça, o governo do Rio afirmou que o arresto das contas põe "em xeque a formalização de novas operações de crédito". Diz também que o bloqueio de verbas de empréstimos pode gerar a interrupção de novos repasses, bem como a cobrança antecipada da dívida. O Banco do Brasil, um dos que tiveram os empréstimos afetados pela decisão judicial, afirmou que não pode comentar os efeitos do desvio de finalidade dos recurso em razão de "sigilo comercial e bancário". A Corporação Andina de Fomento, outro dos emprestadores, disse, em nota, confiar que "o Estado do Rio terá condições para regularizar sua situação em tempo hábil". Já a Caixa afirmou que "a aplicação de penalidades, incluindo-se o vencimento antecipado da dívida, (...) dependerá da capacidade do Estado continuar o pagamento das parcelas do financiamento, bem como de comprovar a aplicação dos recursos já emprestados em projetos de infraestrutura".
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Temendo bloqueio, RJ quer repasse do BNDES a construtora de metrôO governo do Rio estuda propor ao BNDES que o novo empréstimo para a construção da linha 4 do metrô seja repassado direto do banco às construtoras da obra. O objetivo é fugir de eventuais futuros bloqueios de contas pela Justiça em caso de novos atrasos no pagamento de aposentadorias e pensões. O Estado ainda não sabe como pagará toda sua folha no mês que vem. Ao mesmo tempo, teme não ter dinheiro disponível para concluir a obra até a Olimpíada, como prometido. Cerca de 143 mil servidores inativos e pensionistas receberam nesta quinta (28) seus benefícios referentes a março, após duas semanas de atraso. A Justiça sequestrou das contas do Estado R$ 648 milhões para quitar a dívida. O Estado afirma que os recursos eram provenientes de empréstimos carimbados para obras. A Secretaria de Obras listou 20 programas de investimentos que seriam afetados com a medida. A obra da linha 4 do metrô, compromisso para a Olimpíada de agosto, não foi afetada diretamente. Mas o Estado depende um novo empréstimo de R$ 989 milhões do BNDES para concluí-la. "A gente vai ter que fazer um esquema com o BNDES para ele pagar direto [as construtoras]. Não sei como vou fazer", disse o secretário de Fazenda, Júlio Bueno. O arresto da verba de operações de crédito pode atrapalhar a aprovação do contrato de empréstimo, que ainda está em análise no banco. O BNDES disse, em nota, que "está avaliando o eventual impacto da decisão da Justiça sobre os contratos que possui com o Estado do Rio". Quase metade do empréstimo em análise pelo banco de fomento é essencial para finalização do trecho olímpico do metrô (Ipanema-Barra). A Secretaria de Transporte afirma que ainda falta a colocação dos trilhos entre São Conrado e Leblon e o acabamento das estações. De acordo com a pasta, a obra atingiu 94% de execução e será concluída em julho. O financiamento de R$ 9,7 bilhões para a linha 4 causa dor de cabeça há dois anos. Técnicos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) afirmaram no relatório de análise de contas de 2014 que as construtoras gastaram R$ 472 milhões sem serem pagas. A manobra foi considerada uma "pedalada", por caracterizar uma operação de crédito sem autorização. As contas do governo naquele ano foram aprovadas com ressalvas. Os técnicos recomendavam a rejeição. ARRESTO AMEAÇA Em manifestação à Justiça, o governo do Rio afirmou que o arresto das contas põe "em xeque a formalização de novas operações de crédito". Diz também que o bloqueio de verbas de empréstimos pode gerar a interrupção de novos repasses, bem como a cobrança antecipada da dívida. O Banco do Brasil, um dos que tiveram os empréstimos afetados pela decisão judicial, afirmou que não pode comentar os efeitos do desvio de finalidade dos recurso em razão de "sigilo comercial e bancário". A Corporação Andina de Fomento, outro dos emprestadores, disse, em nota, confiar que "o Estado do Rio terá condições para regularizar sua situação em tempo hábil". Já a Caixa afirmou que "a aplicação de penalidades, incluindo-se o vencimento antecipado da dívida, (...) dependerá da capacidade do Estado continuar o pagamento das parcelas do financiamento, bem como de comprovar a aplicação dos recursos já emprestados em projetos de infraestrutura".
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'Diálogos' sobre desmatamento gera consenso e otimismo de especialistas
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Comunicar melhor as mudanças e aprofundar o diálogo entre governo, iniciativa privada e terceiro setor são alguns dos desafios para disseminar boas práticas no combate ao desmatamento, tema da primeira edição de 2016 do Diálogos Transformadores. O encontro, realizado na quarta-feira (18), teve como protagonistas Sergio Leitão, ambientalista do Instituto Escolhas e ex-Greenpeace; Suzana Pádua, presidente do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas); e Elizabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Ao final do evento de duas horas com transmissão ao vivo pela "TV Folha", Leitão avaliou que "o debate mostra que é possível criar um entendimento positivo sobre proteção florestal, meio ambiente, economia e desenvolvimento". Suzana Pádua destacou como ponto positivo da iniciativa da Folha, em parceria com a Ashoka, a possibilidade de ampliar o diálogo entre os vários atores responsáveis pela preservação das nossas florestas. "Nós ambientalistas acabamos falando para nós mesmos. Um evento como esse populariza, dissemina ideias", acrescenta a empreendedora social. Segundo Elizabeth de Carvalhaes, a temática do desmatamento é "a conversa da atualidade". Ela também avalia positivamente o modelo dinâmico das discussões. "Você tem que falar em dois minutos o que você quer, aí você vai direto ao ponto". Todos eles destacam que a presença de especialistas de origens tão diversas enriquece o diálogo. Ana Cristina Barros afirma que "foi bom ver que hoje tanto as ONGs como as empresas têm o mesmo discurso sobre preservação". Na segunda parte do evento, Rodrigo Castro, da Associação Caatinga; Ana Cristina Barros, ex-secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente; e Aline Tristão, da FSC Brasil, ONG de certificação florestal, foram encarregados de interagir e sabatinar os protagonistas. Todos os debatedores ressaltaram que a presença de especialistas de origens tão diversas enriquece o diálogo. Ana Cristina Barros afirma que "foi bom ver que hoje tanto as ONGs como as empresas têm o mesmo discurso sobre preservação". Para Rodrigo Castro, "os debates trazem experiências que inspiram reflexões e podem provocar uma nova prática". A iniciativa contou com o apoio da Unilever, que realiza uma campanha com o WWF para financiar a proteção de um milhão de árvores no Brasil e na Indonésia, conscientizando as pessoas da importância das florestas. Para Juliana Carvalho, diretora de Marca Corporativa da empresa, "esses debates são o caminho para avançar em projetos sustentáveis que deem resultado". Ela destacou também a qualidade dos especialistas renomados que qualificaram o debate. Cláudia Duran, diretora do escritório Ashoka Brasil, conta que a ideia surgiu para "discutir questões urgentes e trazer soluções para problemas brasileiros". "Os Diálogos mostram para a sociedade como é possível se engajar e ser protagonista de mudanças", diz. No encerramento da rodada sobre desmatamento, foram apresentados os casos inspiradores de Ricardo Cardim, fundador da Amigos das Árvores de São Paulo, e Jerônimo Villas-Bôas, da Kambôas Socioambiental. Ricardo Cardim diz que o evento "trouxe um assunto, que se tornou praticamente cliché, em uma perspectiva diferente, o que tornou o debate muito instrutivo". Para Jerônimo Villas-Bôas, participar do Diálogos Transformadores foi um privilégio. "Eu admiro e acompanho desde a minha formação tanto o ambientalista Sergio Leitão como as organizações FSC e Ipê", conta. Joana Castelo Branco, coordenadora de Comunicação do Instituto C&A, que esteve na plateia, diz que "a discussão foi rica tanto para o público em geral, como para quem trabalha nessa área". O gerente de Sustentabilidade da Telefônica Vivo, João Zeni, que também assistia ao evento, se identificou com o debate sobre como a tecnologia pode contribuir para a sustentabilidade. "Saio daqui muito animado com as propostas positivas que o evento trouxe e com as possibilidades abertas para virar o jogo de uma vez: parar o desmatamento e começar a recuperar a floresta que a gente perdeu", diz Ricardo Anderáos, líder para a Mudança de Paradigma na América Latina da Ashoka. Em setembro, a Unilever apresentará o tema "Empoderamento Feminino", em mais uma rodada da série Diálogos Transformadores. "Já temos essa parceria firmada para o segundo semestre, para dar visibilidade ao tema, com mais experts discutindo soluções", conclui Juliana Carvalho.
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empreendedorsocial
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'Diálogos' sobre desmatamento gera consenso e otimismo de especialistasComunicar melhor as mudanças e aprofundar o diálogo entre governo, iniciativa privada e terceiro setor são alguns dos desafios para disseminar boas práticas no combate ao desmatamento, tema da primeira edição de 2016 do Diálogos Transformadores. O encontro, realizado na quarta-feira (18), teve como protagonistas Sergio Leitão, ambientalista do Instituto Escolhas e ex-Greenpeace; Suzana Pádua, presidente do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas); e Elizabeth de Carvalhaes, presidente-executiva da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Ao final do evento de duas horas com transmissão ao vivo pela "TV Folha", Leitão avaliou que "o debate mostra que é possível criar um entendimento positivo sobre proteção florestal, meio ambiente, economia e desenvolvimento". Suzana Pádua destacou como ponto positivo da iniciativa da Folha, em parceria com a Ashoka, a possibilidade de ampliar o diálogo entre os vários atores responsáveis pela preservação das nossas florestas. "Nós ambientalistas acabamos falando para nós mesmos. Um evento como esse populariza, dissemina ideias", acrescenta a empreendedora social. Segundo Elizabeth de Carvalhaes, a temática do desmatamento é "a conversa da atualidade". Ela também avalia positivamente o modelo dinâmico das discussões. "Você tem que falar em dois minutos o que você quer, aí você vai direto ao ponto". Todos eles destacam que a presença de especialistas de origens tão diversas enriquece o diálogo. Ana Cristina Barros afirma que "foi bom ver que hoje tanto as ONGs como as empresas têm o mesmo discurso sobre preservação". Na segunda parte do evento, Rodrigo Castro, da Associação Caatinga; Ana Cristina Barros, ex-secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente; e Aline Tristão, da FSC Brasil, ONG de certificação florestal, foram encarregados de interagir e sabatinar os protagonistas. Todos os debatedores ressaltaram que a presença de especialistas de origens tão diversas enriquece o diálogo. Ana Cristina Barros afirma que "foi bom ver que hoje tanto as ONGs como as empresas têm o mesmo discurso sobre preservação". Para Rodrigo Castro, "os debates trazem experiências que inspiram reflexões e podem provocar uma nova prática". A iniciativa contou com o apoio da Unilever, que realiza uma campanha com o WWF para financiar a proteção de um milhão de árvores no Brasil e na Indonésia, conscientizando as pessoas da importância das florestas. Para Juliana Carvalho, diretora de Marca Corporativa da empresa, "esses debates são o caminho para avançar em projetos sustentáveis que deem resultado". Ela destacou também a qualidade dos especialistas renomados que qualificaram o debate. Cláudia Duran, diretora do escritório Ashoka Brasil, conta que a ideia surgiu para "discutir questões urgentes e trazer soluções para problemas brasileiros". "Os Diálogos mostram para a sociedade como é possível se engajar e ser protagonista de mudanças", diz. No encerramento da rodada sobre desmatamento, foram apresentados os casos inspiradores de Ricardo Cardim, fundador da Amigos das Árvores de São Paulo, e Jerônimo Villas-Bôas, da Kambôas Socioambiental. Ricardo Cardim diz que o evento "trouxe um assunto, que se tornou praticamente cliché, em uma perspectiva diferente, o que tornou o debate muito instrutivo". Para Jerônimo Villas-Bôas, participar do Diálogos Transformadores foi um privilégio. "Eu admiro e acompanho desde a minha formação tanto o ambientalista Sergio Leitão como as organizações FSC e Ipê", conta. Joana Castelo Branco, coordenadora de Comunicação do Instituto C&A, que esteve na plateia, diz que "a discussão foi rica tanto para o público em geral, como para quem trabalha nessa área". O gerente de Sustentabilidade da Telefônica Vivo, João Zeni, que também assistia ao evento, se identificou com o debate sobre como a tecnologia pode contribuir para a sustentabilidade. "Saio daqui muito animado com as propostas positivas que o evento trouxe e com as possibilidades abertas para virar o jogo de uma vez: parar o desmatamento e começar a recuperar a floresta que a gente perdeu", diz Ricardo Anderáos, líder para a Mudança de Paradigma na América Latina da Ashoka. Em setembro, a Unilever apresentará o tema "Empoderamento Feminino", em mais uma rodada da série Diálogos Transformadores. "Já temos essa parceria firmada para o segundo semestre, para dar visibilidade ao tema, com mais experts discutindo soluções", conclui Juliana Carvalho.
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Equador deporta novo grupo de 47 cubanos que queriam chegar aos EUA
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O governo do Equador deportou nesta quarta-feira (13) um novo grupo de 47 imigrantes cubanos que estavam acampados nas ruas da capital Quito tentando chegar aos Estados Unidos. A decisão do governo do presidente Rafael Correa foi criticada por grupos de direitos humanos e opositores, que a viram como um aceno ao regime do ditador cubano, Raúl Castro, seu aliado. Com isso, chega a 122 o número de pessoas que foram enviadas de volta à ilha em aviões da Força Aérea do país. Outros dois voos militares equatorianos levaram 75 cubanos no sábado (9) e na segunda (11). O último grupo deportado teve sua libertação e permanência no país recusada pela Justiça por volta das 9h locais (11h em Brasília). Às 15h, foram colocados no avião rumo a Havana. Em nota, o Ministério do Interior disse que os cubanos estavam em situação irregular e que as deportações foram feitas "respeitando o devido processo e os direitos humanos de forma irrestrita". Porém, deportados e ativistas acusam o Equador de impedir o direito de defesa. As audiências foram marcadas por protestos contra Correa. Um dos advogados dos cubanos, Francisco Hurtado acusou a polícia de não permitir o acesso aos clientes. Em entrevista ao site 14ymedio, da dissidente cubana Yoani Sánchez, o mecânico Armando Ávila, deportado no sábado, acusou a polícia equatoriana de roubar seus documentos e bens. Segundo ele, a Justiça equatoriana declarou sua soltura depois que já havia chegado a Havana. "Fui vítima de uma contravenção política por mostrar a realidade que vivemos em Cuba." Também no 14ymedio, Carlos Salazar contesta a acusação das autoridades equatorianas de que estavam ilegais. "A primeira vez que vimos nossos advogados foi na audiência, mas não permitiram sequer falar conosco." Em nota, o regime cubano disse que os deportados foram enviados a suas províncias de origem e culpou os EUA por incentivar a saída em massa de seus cidadãos. Na terça (12), a ONG Human Rights Watch chamou a expulsão de "uma violação à lei internacional, que impede o retorno de refugiados a lugares onde suas vidas podem estar em perigo". MIGRAÇÃO Os cubanos haviam montado barracas no fim de junho em frente à embaixada do México em Quito para pedir um visto que os permitisse viajar por terra aos EUA. A permissão exigida pelos cubanos é a mesma que foi concedida aos retidos no Panamá e na Costa Rica no fim de 2015 após a Nicarágua fechar a fronteira –o presidente do país, Daniel Ortega, também é aliado de Havana. Os vistos foram concedidos depois de uma reunião entre México, Costa Rica, Panamá e Guatemala para resolver a crise migratória, que havia deixado mais de 10 mil cubanos presos nos dois países em dezembro. Como alternativa, a Costa Rica ofereceu aviões para levar os cubanos à Guatemala, mas cobrando uma passagem de US$ 500 (R$ 1.650) por pessoa. Mesmo com o custo, cerca de 2.000 pessoas usaram esta rota aérea.
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mundo
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Equador deporta novo grupo de 47 cubanos que queriam chegar aos EUAO governo do Equador deportou nesta quarta-feira (13) um novo grupo de 47 imigrantes cubanos que estavam acampados nas ruas da capital Quito tentando chegar aos Estados Unidos. A decisão do governo do presidente Rafael Correa foi criticada por grupos de direitos humanos e opositores, que a viram como um aceno ao regime do ditador cubano, Raúl Castro, seu aliado. Com isso, chega a 122 o número de pessoas que foram enviadas de volta à ilha em aviões da Força Aérea do país. Outros dois voos militares equatorianos levaram 75 cubanos no sábado (9) e na segunda (11). O último grupo deportado teve sua libertação e permanência no país recusada pela Justiça por volta das 9h locais (11h em Brasília). Às 15h, foram colocados no avião rumo a Havana. Em nota, o Ministério do Interior disse que os cubanos estavam em situação irregular e que as deportações foram feitas "respeitando o devido processo e os direitos humanos de forma irrestrita". Porém, deportados e ativistas acusam o Equador de impedir o direito de defesa. As audiências foram marcadas por protestos contra Correa. Um dos advogados dos cubanos, Francisco Hurtado acusou a polícia de não permitir o acesso aos clientes. Em entrevista ao site 14ymedio, da dissidente cubana Yoani Sánchez, o mecânico Armando Ávila, deportado no sábado, acusou a polícia equatoriana de roubar seus documentos e bens. Segundo ele, a Justiça equatoriana declarou sua soltura depois que já havia chegado a Havana. "Fui vítima de uma contravenção política por mostrar a realidade que vivemos em Cuba." Também no 14ymedio, Carlos Salazar contesta a acusação das autoridades equatorianas de que estavam ilegais. "A primeira vez que vimos nossos advogados foi na audiência, mas não permitiram sequer falar conosco." Em nota, o regime cubano disse que os deportados foram enviados a suas províncias de origem e culpou os EUA por incentivar a saída em massa de seus cidadãos. Na terça (12), a ONG Human Rights Watch chamou a expulsão de "uma violação à lei internacional, que impede o retorno de refugiados a lugares onde suas vidas podem estar em perigo". MIGRAÇÃO Os cubanos haviam montado barracas no fim de junho em frente à embaixada do México em Quito para pedir um visto que os permitisse viajar por terra aos EUA. A permissão exigida pelos cubanos é a mesma que foi concedida aos retidos no Panamá e na Costa Rica no fim de 2015 após a Nicarágua fechar a fronteira –o presidente do país, Daniel Ortega, também é aliado de Havana. Os vistos foram concedidos depois de uma reunião entre México, Costa Rica, Panamá e Guatemala para resolver a crise migratória, que havia deixado mais de 10 mil cubanos presos nos dois países em dezembro. Como alternativa, a Costa Rica ofereceu aviões para levar os cubanos à Guatemala, mas cobrando uma passagem de US$ 500 (R$ 1.650) por pessoa. Mesmo com o custo, cerca de 2.000 pessoas usaram esta rota aérea.
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Eleição na França traz alívio aos mercados; Bolsas sobem e dólar cai
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A vantagem do candidato centrista Emmanuel Macron sobre a ultra direitista Marine Le Pen no primeiro turno da eleição presidencial francesa trouxe alívio aos mercados nesta segunda-feira (24). Isso levou as Bolsas mundiais a registrarem altas expressivas e o dólar a perder força frente às principais moedas. Na Europa, o principal índice da Bolsa de Paris subiu 4,14%; a de Londres ganhou 2,11%; Frankfurt, +3,37%; Madri, +3,76%; e Milão, +4,47%. Em Nova York, os índices acionários subiram mais de 1%, e a Bolsa Brasileira ganhou 0,99%. Macron teve 24,01% dos votos, enquanto Le Pen recebeu 21,3%. Eles disputarão o segundo turno no próximo dia 7. O centrista já recebeu o apoio de diversas figuras tradicionais e é o favorito a vencer o pleito. Segundo analistas, o favoritismo de Macron afasta os temores de mais protecionismo no mundo, depois do "brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia, e de o republicano Donald Trump ter se tornado presidente dos Estados Unidos. Analistas ressaltam que, ao contrário de Le Pen, Macron é um candidato pró-mercado, favorável à União Europeia. "O desempenho de Macron trouxe um importante alívio ao mercado e ao mundo como um todo, que enxerga nesse resultado um revés de peso à onda protecionista que tanto preocupa", escrevem analistas da corretora H.Commcor, acrescentando que as probabilidades de derrota de Le Pen são altas. No campo doméstico, a menor tensão em relação à tramitação das reformas no Congresso, principalmente a da Previdência, contribuiu para os ganhos da Bolsa e do real. "O governo Temer tem se mostrado mais agressivo para aprovar as reformas, e sinalizou que não haverá mais recuos no texto da nova Previdência", destaca Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos. Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer afirmou que o governo fez as mudanças que eram possíveis no texto da reforma da Previdência. BOLSA Contagiado pelo bom humor no cenário externo, o Ibovespa fechou em alta de 0,99%, aos 64.389,01 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,6 bilhões. As ações da Petrobras subiram 1,08% (PN) e 0,84% (ON), apesar da queda do petróleo no mercado internacional. A estatal anunciou na noite de quinta-feira (20) o reajuste dos preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Os papéis da Vale ganharam 0,80% (PNA) e 0,62% (ON), mesmo com a queda do minério de ferro na China. Entre os bancos, Itaú Unibanco PN subiu 1,93%; Bradesco PN ganhou 1,83%; Bradesco ON, +1,90%; Banco do Brasil ON, +2,86%; e Santander unit, +1,26%. As ações ordinárias da empresa de produtos farmacêuticos Hypermarcas lideraram as altas do Ibovespa, com ganho de 3,83%, após notícia, veiculada pelo jornal "O Globo" neste domingo (23), de que a companhia tem três propostas de compra por empresas internacionais. A Hypermarcas negou a informação. Nesta segunda-feira, a agência Reuters informou, citando fontes, que Johnson & Johnson, Novartis e Takeda estariam em negociações com o bloco de controle da Hypermarcas para compra da companhia brasileira. CÂMBIO E JUROS O dólar comercial encerrou em baixa de 1,01%, a R$ 3,1270. Pela manhã, o Banco Central rolou mais 16 mil contratos de swap cambial que vencem em maio, no montante de US$ 800 milhões. A operação equivale à venda futura de dólares. No exterior, com o alívio dos investidores em relação ao primeiro turno da eleição presidencial francesa, o euro foi uma das moedas que mais subiu frente ao dólar. No mercado de juros futuros, as taxas caíram, reagindo ao câmbio, à menor percepção de risco e ao boletim semanal Focus, do BC. O levantamento com uma centena de economistas continuou apontando queda nas expectativas de inflação para 2017 e 2018. Além disso, houve ligeira melhora na projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano. O contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2018 caiu de 9,545% para 9,500% ao ano; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 9,940% para 9,910%; e o contrato para janeiro de 2026 cedeu de 10,390% para 10,350%. Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos. O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 2,81%, aos 217,725 pontos.
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Eleição na França traz alívio aos mercados; Bolsas sobem e dólar caiA vantagem do candidato centrista Emmanuel Macron sobre a ultra direitista Marine Le Pen no primeiro turno da eleição presidencial francesa trouxe alívio aos mercados nesta segunda-feira (24). Isso levou as Bolsas mundiais a registrarem altas expressivas e o dólar a perder força frente às principais moedas. Na Europa, o principal índice da Bolsa de Paris subiu 4,14%; a de Londres ganhou 2,11%; Frankfurt, +3,37%; Madri, +3,76%; e Milão, +4,47%. Em Nova York, os índices acionários subiram mais de 1%, e a Bolsa Brasileira ganhou 0,99%. Macron teve 24,01% dos votos, enquanto Le Pen recebeu 21,3%. Eles disputarão o segundo turno no próximo dia 7. O centrista já recebeu o apoio de diversas figuras tradicionais e é o favorito a vencer o pleito. Segundo analistas, o favoritismo de Macron afasta os temores de mais protecionismo no mundo, depois do "brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia, e de o republicano Donald Trump ter se tornado presidente dos Estados Unidos. Analistas ressaltam que, ao contrário de Le Pen, Macron é um candidato pró-mercado, favorável à União Europeia. "O desempenho de Macron trouxe um importante alívio ao mercado e ao mundo como um todo, que enxerga nesse resultado um revés de peso à onda protecionista que tanto preocupa", escrevem analistas da corretora H.Commcor, acrescentando que as probabilidades de derrota de Le Pen são altas. No campo doméstico, a menor tensão em relação à tramitação das reformas no Congresso, principalmente a da Previdência, contribuiu para os ganhos da Bolsa e do real. "O governo Temer tem se mostrado mais agressivo para aprovar as reformas, e sinalizou que não haverá mais recuos no texto da nova Previdência", destaca Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos. Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer afirmou que o governo fez as mudanças que eram possíveis no texto da reforma da Previdência. BOLSA Contagiado pelo bom humor no cenário externo, o Ibovespa fechou em alta de 0,99%, aos 64.389,01 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,6 bilhões. As ações da Petrobras subiram 1,08% (PN) e 0,84% (ON), apesar da queda do petróleo no mercado internacional. A estatal anunciou na noite de quinta-feira (20) o reajuste dos preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Os papéis da Vale ganharam 0,80% (PNA) e 0,62% (ON), mesmo com a queda do minério de ferro na China. Entre os bancos, Itaú Unibanco PN subiu 1,93%; Bradesco PN ganhou 1,83%; Bradesco ON, +1,90%; Banco do Brasil ON, +2,86%; e Santander unit, +1,26%. As ações ordinárias da empresa de produtos farmacêuticos Hypermarcas lideraram as altas do Ibovespa, com ganho de 3,83%, após notícia, veiculada pelo jornal "O Globo" neste domingo (23), de que a companhia tem três propostas de compra por empresas internacionais. A Hypermarcas negou a informação. Nesta segunda-feira, a agência Reuters informou, citando fontes, que Johnson & Johnson, Novartis e Takeda estariam em negociações com o bloco de controle da Hypermarcas para compra da companhia brasileira. CÂMBIO E JUROS O dólar comercial encerrou em baixa de 1,01%, a R$ 3,1270. Pela manhã, o Banco Central rolou mais 16 mil contratos de swap cambial que vencem em maio, no montante de US$ 800 milhões. A operação equivale à venda futura de dólares. No exterior, com o alívio dos investidores em relação ao primeiro turno da eleição presidencial francesa, o euro foi uma das moedas que mais subiu frente ao dólar. No mercado de juros futuros, as taxas caíram, reagindo ao câmbio, à menor percepção de risco e ao boletim semanal Focus, do BC. O levantamento com uma centena de economistas continuou apontando queda nas expectativas de inflação para 2017 e 2018. Além disso, houve ligeira melhora na projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano. O contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2018 caiu de 9,545% para 9,500% ao ano; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 9,940% para 9,910%; e o contrato para janeiro de 2026 cedeu de 10,390% para 10,350%. Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos. O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 2,81%, aos 217,725 pontos.
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Secretamente, George Michael doava milhões a instituições de caridade
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Fãs enlutados lamentaram a morte do astro pop George Michael neste domingo (25) e instituições de caridade britânicas enalteceram sua generosidade manifestada nos bastidores de diversas causas. Os últimos anos de Michael foram marcados por atritos ocasionais com a lei e uma série de incidentes na direção envolvendo abuso de drogas, mas um outro lado do astro emergiu nesta segunda (26), conforme atuantes em instituições de caridade vieram à tona para agradecer Michael por anos de doações e serviços sociais. Entre os grupos que ele apoiou estão o Terrence Higgins Trust, que ajuda pessoas portadoras do vírus da Aids, Macmillan Cancer Support e Childline, que oferece aconselhamento por telefone a jovens. A fundadora da Childline, Esther Rantzen, disse que Michael doou os royalties do hit "Jesus to a Child" à instituição, além de ter realizado diversas doações financeiras. "Ao longo dos anos, ele nos deu milhões e estávamos planejando para o próximo ano, como parte das celebrações dos nossos 30 anos, criar, esperávamos, um grande show em sua homenagem –à sua arte, à sua maravilhosa musicalidade e também agradecê-lo pelas centenas de milhares de crianças que ele ajudou", disse. Ela conta que Michael estava determinado de que ninguém de fora da instituição deveria saber "o quanto ele deu às crianças mais vulneráveis da nação". "Por anos ele ele foi um filantropo extraordinário, doando dinheiro à Childline, mas estava determinado a não tornar essa generosidade pública", disse Rantzen. Jane Barron, da Terrence Higgins Trust, disse que Michael fez diversas doações, inclusive concedeu os royalties de "Don't Let the Sun Go Down on Me", dueto gravado com Elton John em 1991. Michael falou publicamente sobre a dor de perder um parceiro por Aids, no início da epidemia, mas manteve em segredo sua longa história de doações à instituição. "Suas doações contribuíram com uma visão de um mundo onde pessoas com Aids vivem vidas saudáveis livres de preconceito e discriminação. Graças ao legado de George, estamos um passo em direção a este mundo e somos muito gratos por seu apoio e amizade ao longo dos anos", disse Barron. Não somente instituições de caridades tiveram a chance de conhecer o lado generoso do astro. Horas após a morte de Michael, o apresentador do programa britânico "Pointless", Richard Osman, disse, em uma publicação em seu perfil no Twitter, que George Michael doou secretamente 15 mil libras (cerca de R$ 60 mil) a uma mulher que pedia ajuda para realizar um tratamento de fertilização in vitro. "Uma mulher no [programa] 'Deal or no deal' nos disse que precisava de £15k para um tratamento de IVF. George Michael telefonou em segredo no dia seguinte e deu para ela os £15k", escreveu Osman, que era produtor executivo do programa na época da boa ação de Michael. Na mesma rede social, uma pessoa afirmou ter sido voluntária com o astro em um abrigo para sem-teto. Também foi reportado que Michael doou 25 mil libras (cerca de R$ 100 mil) a uma desconhecida em um café, após ouvi-la chorar por uma dívida.
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ilustrada
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Secretamente, George Michael doava milhões a instituições de caridadeFãs enlutados lamentaram a morte do astro pop George Michael neste domingo (25) e instituições de caridade britânicas enalteceram sua generosidade manifestada nos bastidores de diversas causas. Os últimos anos de Michael foram marcados por atritos ocasionais com a lei e uma série de incidentes na direção envolvendo abuso de drogas, mas um outro lado do astro emergiu nesta segunda (26), conforme atuantes em instituições de caridade vieram à tona para agradecer Michael por anos de doações e serviços sociais. Entre os grupos que ele apoiou estão o Terrence Higgins Trust, que ajuda pessoas portadoras do vírus da Aids, Macmillan Cancer Support e Childline, que oferece aconselhamento por telefone a jovens. A fundadora da Childline, Esther Rantzen, disse que Michael doou os royalties do hit "Jesus to a Child" à instituição, além de ter realizado diversas doações financeiras. "Ao longo dos anos, ele nos deu milhões e estávamos planejando para o próximo ano, como parte das celebrações dos nossos 30 anos, criar, esperávamos, um grande show em sua homenagem –à sua arte, à sua maravilhosa musicalidade e também agradecê-lo pelas centenas de milhares de crianças que ele ajudou", disse. Ela conta que Michael estava determinado de que ninguém de fora da instituição deveria saber "o quanto ele deu às crianças mais vulneráveis da nação". "Por anos ele ele foi um filantropo extraordinário, doando dinheiro à Childline, mas estava determinado a não tornar essa generosidade pública", disse Rantzen. Jane Barron, da Terrence Higgins Trust, disse que Michael fez diversas doações, inclusive concedeu os royalties de "Don't Let the Sun Go Down on Me", dueto gravado com Elton John em 1991. Michael falou publicamente sobre a dor de perder um parceiro por Aids, no início da epidemia, mas manteve em segredo sua longa história de doações à instituição. "Suas doações contribuíram com uma visão de um mundo onde pessoas com Aids vivem vidas saudáveis livres de preconceito e discriminação. Graças ao legado de George, estamos um passo em direção a este mundo e somos muito gratos por seu apoio e amizade ao longo dos anos", disse Barron. Não somente instituições de caridades tiveram a chance de conhecer o lado generoso do astro. Horas após a morte de Michael, o apresentador do programa britânico "Pointless", Richard Osman, disse, em uma publicação em seu perfil no Twitter, que George Michael doou secretamente 15 mil libras (cerca de R$ 60 mil) a uma mulher que pedia ajuda para realizar um tratamento de fertilização in vitro. "Uma mulher no [programa] 'Deal or no deal' nos disse que precisava de £15k para um tratamento de IVF. George Michael telefonou em segredo no dia seguinte e deu para ela os £15k", escreveu Osman, que era produtor executivo do programa na época da boa ação de Michael. Na mesma rede social, uma pessoa afirmou ter sido voluntária com o astro em um abrigo para sem-teto. Também foi reportado que Michael doou 25 mil libras (cerca de R$ 100 mil) a uma desconhecida em um café, após ouvi-la chorar por uma dívida.
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