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Ousada decisão monetária na Índia torna ações de Trump triviais
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Em 16 de novembro de 2016, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que as notas de 500 e 1.000 rúpias (US$ 7,50 e US$ 15, respectivamente) seriam retiradas de circulação imediatamente. A medida reduziu em 86% o valor total do dinheiro em circulação na Índia. Além disso, as cédulas que perderam a validade teriam de ser depositadas em bancos até o dia 30 de dezembro, e o saque dos fundos relacionados a elas sofreriam restrições. Pelo critério de ousadia, essa medida tomada por um líder democraticamente eleito, em um país tão grande, torna trivial tudo aquilo que o presidente norte-americano Donald Trump fez até agora. Devemos encará-la como uma ação decisiva na luta da Índia contra a sonegação de impostos, o mercado negro e a corrupção generalizada? Ou deve ser entendida como um ato arbitrário e destrutivo, da parte de um líder democrático, mas antiliberal? Hoje, as duas descrições parecem válidas. Em longo prazo, tudo dependerá do que vai acontecer a seguir. Que um país política e economicamente estável imponha subitamente uma desmonetização tão inesperada e tão radical é algo sem precedentes. Por que qualquer governo eleito infligiria tamanho choque, especialmente se levarmos em conta que a economia indiana depende muito de transações em dinheiro? Como país de renda entre baixa e média, a Índia ainda abriga grande número de pessoas que estão excluídas do sistema financeiro formal. Além disso, a Índia depende mais do que é comum do dinheiro em espécie, até mesmo em comparação com países semelhantes: há estimativas de que os pagamentos em dinheiro vivo ainda respondem por 78% das transações dos consumidores. De acordo com o "Panorama Econômico 2016/2017", uma publicação do Ministério das Finanças da Índia, o objetivo da nova política é quádruplo: "Combater a corrupção, a falsificação, o uso de cédulas de alta denominação para atividades terroristas e, especialmente, a acumulação de 'dinheiro escuro', gerado por atividades não declaradas às autoridades tributárias". Esses objetivos são populares para muitos indianos, que vêm tolerando o incômodo causado com surpreendente calma, na esperança de que os trapaceiros recebam o que merecem. Os objetivos também devem ser considerados razoáveis. Pouca gente negaria que a Índia sofre de corrupção e sonegação de impostos em larga escala. Mas a ação também pode semear desconfiança permanente quanto às propostas do governo. Ainda que a doença seja grave, a cura parece custosa. Qual pode ser seu custo total, e que benefícios ela poderia gerar? Os custos de curto prazo são evidentes. Nas lacônicas palavras do "Panorama Econômico", esses custos se traduzem em "inconveniências e dificuldades", especialmente para as pessoas nos setores econômicos "informais e que dependem de dinheiro em espécie". Já que centenas de milhões de indianos são muito pobres, isso não deve ser encarado como problema trivial. Um dos fatores que geram custos de curto prazo é o dramático declínio do suprimento de dinheiro. De acordo com o "Panorama Econômico", até dezembro o suprimento de dinheiro havia caído em 35%, com relação à demanda. Embora o crescimento da moeda em circulação tenha despencado, o crescimento nos depósitos exigíveis, que é parte do mesmo processo, em larga medida compensou esse efeito. Como resultado, as taxas de juros também caíram. Ao analisar os custos de curto prazo, o estudo enfatiza três choques: o choque sobre a demanda agregada, devido ao declínio do montante em circulação e à perda permanente de riqueza para aqueles que optaram por não declarar o dinheiro que mantinham em espécie; o choque sobre a demanda agregada, devido ao papel do dinheiro em espécie como insumo produtivo (por exemplo na agricultura); e o choque da incerteza ampliada. No geral, conclui o estudo, a desmonetização pode ter reduzido temporariamente o PIB da Índia, por conta de seu efeito sobre a base monetária, em 0,25% ou 0,5%, com relação ao referencial de 7% anuais de crescimento. Mas mesmo em curto prazo, também haverá benefícios. A análise sugere que até 2% do PIB do país era representado por cédulas que refletiam atividades econômicas clandestinas. Parte dessa riqueza indevida terá desaparecido, e outra porção terá começado a sofrer tributação. Isso aconteceu porque os detentores de dinheiro não declarado foram forçados a escolher entre declará-lo, lavá-lo ou perdê-lo. No geral, a política permitiu que o governo tributasse o dinheiro do mercado paralelo, ao menos uma vez e talvez permanentemente, dados os riscos de reter patrimônio em dinheiro. O resultado líquido foi uma transferência de riqueza dos criminosos para o governo. Não é fácil sentir pena das vítimas dessa situação. Além do mais, benefícios significativos podem emergir, em longo prazo. O choque deve, acima de tudo, acelerar o movimento de riqueza líquida para o sistema financeiro e também reforçar a transparência, honestidade e eficiência na economia. Um resultado significativo poderia ser uma "digitalização" mais ampla das transações financeiras, ainda que isso requeira reformas complementares, como facilitar os pagamentos digitais dos indianos desprovidos de smartphones. Outro poderia ser uma tributação mais efetiva. No prato oposto da balança, precisamos ponderar a irresponsabilidade que a medida revela. Se um governo ousa fazer algo assim, haveria alguma coisa que não ouse tentar? O equilíbrio entre custo e benefício dependerá em última análise do que acontecerá agora. Um ponto importante é que é preciso restaurar a conversibilidade plena dos depósitos bancários para dinheiro. Em longo prazo, a Índia pode acompanhar outras economias no caminho para uma economia em que dinheiro em espécie quase não existirá. Mas seria absurdamente prematuro tentar isso agora. Além disso, o governo precisa criar uma infraestrutura e mecanismos de apoio para garantir a inclusão financeira da população, o que inclui sistemas de pagamento eletrônicos. Não menos importante é agir contra a corrupção, o que inclui melhorar a estrutura e a administração dos impostos. Uma realização recente quanto a isso foi a introdução do imposto sobre bens e serviços —uma forma de imposto sobre valor adicionado. Também vital é a reforma do financiamento de campanhas eleitorais. Os políticos não estão acima de suspeitas, no que tange à corrupção. Por fim, uma repetição da medida seria devastadora para a confiança dos indianos. Isso simplesmente não pode acontecer. É muitas vezes difícil distinguir entre líderes decididos que tomam decisões impopulares para o bem de seus países e líderes que tomam decisões arbitrárias em benefício próprio. Os historiadores talvez venham a julgar a desmonetização indiana como exemplo do primeiro tipo de decisão. Isso ainda é incerto. Vejamos o que Modi ousa fazer a seguir.
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colunas
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Ousada decisão monetária na Índia torna ações de Trump triviaisEm 16 de novembro de 2016, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi anunciou que as notas de 500 e 1.000 rúpias (US$ 7,50 e US$ 15, respectivamente) seriam retiradas de circulação imediatamente. A medida reduziu em 86% o valor total do dinheiro em circulação na Índia. Além disso, as cédulas que perderam a validade teriam de ser depositadas em bancos até o dia 30 de dezembro, e o saque dos fundos relacionados a elas sofreriam restrições. Pelo critério de ousadia, essa medida tomada por um líder democraticamente eleito, em um país tão grande, torna trivial tudo aquilo que o presidente norte-americano Donald Trump fez até agora. Devemos encará-la como uma ação decisiva na luta da Índia contra a sonegação de impostos, o mercado negro e a corrupção generalizada? Ou deve ser entendida como um ato arbitrário e destrutivo, da parte de um líder democrático, mas antiliberal? Hoje, as duas descrições parecem válidas. Em longo prazo, tudo dependerá do que vai acontecer a seguir. Que um país política e economicamente estável imponha subitamente uma desmonetização tão inesperada e tão radical é algo sem precedentes. Por que qualquer governo eleito infligiria tamanho choque, especialmente se levarmos em conta que a economia indiana depende muito de transações em dinheiro? Como país de renda entre baixa e média, a Índia ainda abriga grande número de pessoas que estão excluídas do sistema financeiro formal. Além disso, a Índia depende mais do que é comum do dinheiro em espécie, até mesmo em comparação com países semelhantes: há estimativas de que os pagamentos em dinheiro vivo ainda respondem por 78% das transações dos consumidores. De acordo com o "Panorama Econômico 2016/2017", uma publicação do Ministério das Finanças da Índia, o objetivo da nova política é quádruplo: "Combater a corrupção, a falsificação, o uso de cédulas de alta denominação para atividades terroristas e, especialmente, a acumulação de 'dinheiro escuro', gerado por atividades não declaradas às autoridades tributárias". Esses objetivos são populares para muitos indianos, que vêm tolerando o incômodo causado com surpreendente calma, na esperança de que os trapaceiros recebam o que merecem. Os objetivos também devem ser considerados razoáveis. Pouca gente negaria que a Índia sofre de corrupção e sonegação de impostos em larga escala. Mas a ação também pode semear desconfiança permanente quanto às propostas do governo. Ainda que a doença seja grave, a cura parece custosa. Qual pode ser seu custo total, e que benefícios ela poderia gerar? Os custos de curto prazo são evidentes. Nas lacônicas palavras do "Panorama Econômico", esses custos se traduzem em "inconveniências e dificuldades", especialmente para as pessoas nos setores econômicos "informais e que dependem de dinheiro em espécie". Já que centenas de milhões de indianos são muito pobres, isso não deve ser encarado como problema trivial. Um dos fatores que geram custos de curto prazo é o dramático declínio do suprimento de dinheiro. De acordo com o "Panorama Econômico", até dezembro o suprimento de dinheiro havia caído em 35%, com relação à demanda. Embora o crescimento da moeda em circulação tenha despencado, o crescimento nos depósitos exigíveis, que é parte do mesmo processo, em larga medida compensou esse efeito. Como resultado, as taxas de juros também caíram. Ao analisar os custos de curto prazo, o estudo enfatiza três choques: o choque sobre a demanda agregada, devido ao declínio do montante em circulação e à perda permanente de riqueza para aqueles que optaram por não declarar o dinheiro que mantinham em espécie; o choque sobre a demanda agregada, devido ao papel do dinheiro em espécie como insumo produtivo (por exemplo na agricultura); e o choque da incerteza ampliada. No geral, conclui o estudo, a desmonetização pode ter reduzido temporariamente o PIB da Índia, por conta de seu efeito sobre a base monetária, em 0,25% ou 0,5%, com relação ao referencial de 7% anuais de crescimento. Mas mesmo em curto prazo, também haverá benefícios. A análise sugere que até 2% do PIB do país era representado por cédulas que refletiam atividades econômicas clandestinas. Parte dessa riqueza indevida terá desaparecido, e outra porção terá começado a sofrer tributação. Isso aconteceu porque os detentores de dinheiro não declarado foram forçados a escolher entre declará-lo, lavá-lo ou perdê-lo. No geral, a política permitiu que o governo tributasse o dinheiro do mercado paralelo, ao menos uma vez e talvez permanentemente, dados os riscos de reter patrimônio em dinheiro. O resultado líquido foi uma transferência de riqueza dos criminosos para o governo. Não é fácil sentir pena das vítimas dessa situação. Além do mais, benefícios significativos podem emergir, em longo prazo. O choque deve, acima de tudo, acelerar o movimento de riqueza líquida para o sistema financeiro e também reforçar a transparência, honestidade e eficiência na economia. Um resultado significativo poderia ser uma "digitalização" mais ampla das transações financeiras, ainda que isso requeira reformas complementares, como facilitar os pagamentos digitais dos indianos desprovidos de smartphones. Outro poderia ser uma tributação mais efetiva. No prato oposto da balança, precisamos ponderar a irresponsabilidade que a medida revela. Se um governo ousa fazer algo assim, haveria alguma coisa que não ouse tentar? O equilíbrio entre custo e benefício dependerá em última análise do que acontecerá agora. Um ponto importante é que é preciso restaurar a conversibilidade plena dos depósitos bancários para dinheiro. Em longo prazo, a Índia pode acompanhar outras economias no caminho para uma economia em que dinheiro em espécie quase não existirá. Mas seria absurdamente prematuro tentar isso agora. Além disso, o governo precisa criar uma infraestrutura e mecanismos de apoio para garantir a inclusão financeira da população, o que inclui sistemas de pagamento eletrônicos. Não menos importante é agir contra a corrupção, o que inclui melhorar a estrutura e a administração dos impostos. Uma realização recente quanto a isso foi a introdução do imposto sobre bens e serviços —uma forma de imposto sobre valor adicionado. Também vital é a reforma do financiamento de campanhas eleitorais. Os políticos não estão acima de suspeitas, no que tange à corrupção. Por fim, uma repetição da medida seria devastadora para a confiança dos indianos. Isso simplesmente não pode acontecer. É muitas vezes difícil distinguir entre líderes decididos que tomam decisões impopulares para o bem de seus países e líderes que tomam decisões arbitrárias em benefício próprio. Os historiadores talvez venham a julgar a desmonetização indiana como exemplo do primeiro tipo de decisão. Isso ainda é incerto. Vejamos o que Modi ousa fazer a seguir.
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Astrologia
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ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) O caminho não está totalmente claro, mas dá para fazer planos e tomar uma iniciativa. Há potencial de realização. Tenha fé. Inclusive, você tem colaboradores. Talvez alguém possa ser o passaporte que você precisa. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Impulso para a ação pode significar alguma oportunidade de ganhar dinheiro, quem sabe até uma proposta de emprego ou projeto. Pode ser um dia produtivo, mas se dê um tempo para avaliar decisões definitivas. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Se estiver precisando dinamizar uma negociação, aproveite. Todavia, considere que pode haver alguns fatores que ainda precisam de maior esclarecimento. Astral inspirador favorece mais as atividades criativas. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A agenda do dia pode ser confusa, embora haja estímulo para agilizar alguns processos e um aspecto positivo para mexer com dinheiro. Mas saúde sensível e algumas fantasias podem prejudicar o discernimento. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) A imaginação está solta, as ideias fluem e parceiros colaboram, é questão de mergulhar fundo na proposta, no desejo. O problema é se estiver enfrentando uma crise de identidade ou bloqueio criativo, ou seja, medo. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Com envolvimento e boa vontade, dá para haver um entendimento silencioso e curativo com o parceiro ou alguém da família. Isso significa uma doação amorosa. Talvez represente também algum gasto ou investimento. LIBRA (23 set. a 22 out.) Inspiração e impulso original para fazer seu trabalho, mas você ainda vai ter que abrir essa passagem. Por enquanto, trata-se de um primeiro passo. Vá devagar na experimentação. Propensão a alergias e intoxicações. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Em casa e em família, o assunto pode ser financeiro, sobre divisão de bens, contas a pagar, investimentos futuros. É você com seus gostos e valores. Mas pode haver uma certa dificuldade em delimitar o que é seu. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Para começar seu ano novo pessoal, um dia de forte sensibilidade, voltado para suas necessidades. No íntimo, necessidade de envolvimento e algum sacrifício pessoal. Lá fora, interatividade e visão de futuro. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Pode ser um dia silencioso, apropriado para a meditação e para os trabalhos que precisem daquela inspiração. Nos bastidores, a produtividade pode render. Na linha de frente, ouça propostas e abra a cabeça para novas ideias. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Força de vontade para abrir caminhos, e capacidade de argumentação você tem, mas os verdadeiros recursos materiais e humanos ainda não estão certos. Vale conversar e ver o que é possível fazer neste momento. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Você está muito sensível –se é desorientação ou intuição, depende de como está lidando com sua própria força. Apesar de algumas incertezas, é um astral significativo para canalizar inspirações para o trabalho.
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ilustrada
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AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) O caminho não está totalmente claro, mas dá para fazer planos e tomar uma iniciativa. Há potencial de realização. Tenha fé. Inclusive, você tem colaboradores. Talvez alguém possa ser o passaporte que você precisa. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Impulso para a ação pode significar alguma oportunidade de ganhar dinheiro, quem sabe até uma proposta de emprego ou projeto. Pode ser um dia produtivo, mas se dê um tempo para avaliar decisões definitivas. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Se estiver precisando dinamizar uma negociação, aproveite. Todavia, considere que pode haver alguns fatores que ainda precisam de maior esclarecimento. Astral inspirador favorece mais as atividades criativas. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) A agenda do dia pode ser confusa, embora haja estímulo para agilizar alguns processos e um aspecto positivo para mexer com dinheiro. Mas saúde sensível e algumas fantasias podem prejudicar o discernimento. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) A imaginação está solta, as ideias fluem e parceiros colaboram, é questão de mergulhar fundo na proposta, no desejo. O problema é se estiver enfrentando uma crise de identidade ou bloqueio criativo, ou seja, medo. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) Com envolvimento e boa vontade, dá para haver um entendimento silencioso e curativo com o parceiro ou alguém da família. Isso significa uma doação amorosa. Talvez represente também algum gasto ou investimento. LIBRA (23 set. a 22 out.) Inspiração e impulso original para fazer seu trabalho, mas você ainda vai ter que abrir essa passagem. Por enquanto, trata-se de um primeiro passo. Vá devagar na experimentação. Propensão a alergias e intoxicações. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Em casa e em família, o assunto pode ser financeiro, sobre divisão de bens, contas a pagar, investimentos futuros. É você com seus gostos e valores. Mas pode haver uma certa dificuldade em delimitar o que é seu. SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Para começar seu ano novo pessoal, um dia de forte sensibilidade, voltado para suas necessidades. No íntimo, necessidade de envolvimento e algum sacrifício pessoal. Lá fora, interatividade e visão de futuro. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Pode ser um dia silencioso, apropriado para a meditação e para os trabalhos que precisem daquela inspiração. Nos bastidores, a produtividade pode render. Na linha de frente, ouça propostas e abra a cabeça para novas ideias. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Força de vontade para abrir caminhos, e capacidade de argumentação você tem, mas os verdadeiros recursos materiais e humanos ainda não estão certos. Vale conversar e ver o que é possível fazer neste momento. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Você está muito sensível –se é desorientação ou intuição, depende de como está lidando com sua própria força. Apesar de algumas incertezas, é um astral significativo para canalizar inspirações para o trabalho.
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Decisões suspeitas do Carf podem ser mantidas, diz secretário da Receita
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O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou nesta quarta-feira (1) que decisões irregulares do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) serão reexaminadas, mas que podem ser mantidas. "Há 74 processos administrativos que estão sob suspeita pelas informações que nós já dispomos. Desses 74 processos vem esse montante de R$ 19 bilhões [estimativa de lesão ao erário], mas não necessariamente os R$ 19 bilhões serão revertidos a favor da fazenda nacional", afirmou o secretário durante sessão da CPI do SwissLeaks, no Senado. "Todos esses processos cujos julgamentos forem constatados eventual irregularidade eles serão reexaminados. Mas não necessariamente que serão reduzidos ou alterados", acrescentou. O secretário da Receita usou essa argumento para negar que a operação e o reexame dos recursos tenha alguma relação com o ajuste fiscal que o governo patrocina. "É prematura fazer essa correlação." Rachid também afirmou que as reuniões do órgão, que haviam sido suspensas sem prazo de retorno, voltarão a ocorrer "em breve". Segundo ele, a interrupção foi necessária devido ao provável afastamento de conselheiros sob suspeita, após serem notificados. No final de março, a Polícia Federal deflagrou a Operação Zelotes contra um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que o Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, reverteu ou anulou mediante propina multas em processos que somam R$ 19 bilhões em valores devidos ao fisco.
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mercado
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Decisões suspeitas do Carf podem ser mantidas, diz secretário da ReceitaO secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou nesta quarta-feira (1) que decisões irregulares do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) serão reexaminadas, mas que podem ser mantidas. "Há 74 processos administrativos que estão sob suspeita pelas informações que nós já dispomos. Desses 74 processos vem esse montante de R$ 19 bilhões [estimativa de lesão ao erário], mas não necessariamente os R$ 19 bilhões serão revertidos a favor da fazenda nacional", afirmou o secretário durante sessão da CPI do SwissLeaks, no Senado. "Todos esses processos cujos julgamentos forem constatados eventual irregularidade eles serão reexaminados. Mas não necessariamente que serão reduzidos ou alterados", acrescentou. O secretário da Receita usou essa argumento para negar que a operação e o reexame dos recursos tenha alguma relação com o ajuste fiscal que o governo patrocina. "É prematura fazer essa correlação." Rachid também afirmou que as reuniões do órgão, que haviam sido suspensas sem prazo de retorno, voltarão a ocorrer "em breve". Segundo ele, a interrupção foi necessária devido ao provável afastamento de conselheiros sob suspeita, após serem notificados. No final de março, a Polícia Federal deflagrou a Operação Zelotes contra um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que o Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, reverteu ou anulou mediante propina multas em processos que somam R$ 19 bilhões em valores devidos ao fisco.
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Nasa ganha aumento de verba para suas missões
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Belo presente de Natal para a Nasa: nos últimos dias de 2015, ela ganhou do Congresso americano o seu melhor orçamento anual desde 2010 (descontando-se a inflação). No ano que vem, a agência espacial americana terá US$ 19,3 bilhões para seus projetos -quase US$ 800 milhões a mais do que a Casa Branca havia solicitado originalmente e US$ 1,3 bilhão a mais do que no ano anterior. O bom resultado reflete o afrouxamento na contenção de gastos federais com a recuperação da economia americana e um novo senso de urgência do Congresso para que os EUA não percam a liderança global no espaço. Normalmente, a formulação do orçamento da Nasa é um "toma-lá-dá-cá" em termos da prioridade que se dá a cada um de seus segmentos de atuação. Mas o que tivemos para 2016 é o que Casey Dreier, analista da ONG Planetary Society, chama de "cenário todo mundo ganha". "Temos a chance de avançar com os programas de uma maneira que beneficia a nação e o mundo. Por um pequeno aumento do orçamento, todos têm chance de vencer", disse Dreier. Até mesmo a iniciativa de transporte comercial de astronautas e carga para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que envolve contratar empresas para prestar o serviço à Nasa, recebeu a verba solicitada (pela primeira vez no projeto). Era o principal foco de pressão da agência espacial sobre o Congresso no ano que passou. Por diversas vezes, Charles Bolden, administrador da Nasa, alertou que, se houvesse cortes, os EUA precisariam contratar mais voos da Rússia para levar seus astronautas na ISS. Uma observação: desde 2011, com a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Nasa tem dependido das naves russas Soyuz para levar seus tripulantes ao complexo orbital. ESPAÇO PROFUNDO Agora, prioridade mesmo o Congresso colocou no desenvolvimento do foguete SLS (Space Launch System), o lançador que, acoplado à cápsula Órion, levará astronautas além da órbita terrestre baixa pela primeira vez desde as missões Apollo. O novo orçamento aprovado dá ainda mais dinheiro do que a Casa Branca havia solicitado originalmente -cerca de US$ 640 milhões a mais. A verba, contudo, vem com um recado: o hiato entre o primeiro voo-teste do SLS, marcado para 2018, e a primeira missão tripulada em torno da Lua, para 2023, é inaceitável e precisa ser reduzido. Originalmente, a Nasa trabalhava com a data de 2021, mas teve de empurrar para frente por cortes sucessivos no orçamento. Agora, não só o Congresso restitui parte da verba perdida em anos anteriores como também faz outro investimento, ainda que modesto, em exploração tripulada do espaço profundo. Pelo menos US$ 55 milhões deverão ser gastos, em 2016, em estudos para desenvolver módulos de habitação para viagens mais longas -a Órion sozinha, além de apertada, só pode sustentar uma tripulação no máximo por três semanas. Outro projeto caro aos congressistas americanos é a missão não tripulada a Europa, a lua-oceano de Júpiter que pode muito bem abrigar vida sob a superfície congelada. Para 2016, a Nasa havia solicitado US$ 30 milhões. O Congresso decidiu dar US$ 175 milhões e sugeriu que a agência espacial lançasse a missão até 2022 e desenvolvesse um módulo de pouso para acompanhar o orbitador. Além disso, o novo orçamento garantiu verbas para algumas missões em andamento que estavam ameaçadas, como o LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) e o jipe marciano Opportunity. Obama já sinalizou que vai ratificar a proposta do Congresso para 2016, mas fica agora a curiosidade para saber qual será a solicitação da Casa Branca para a Nasa em 2017, a ser apresentada em fevereiro. MISSÃO ADIADA Nem tudo são flores para a Nasa, contudo. O fim do ano também marcou o adiamento daquela que seria uma nova missão não tripulada a Marte. O lançamento da sonda InSight estava agendado para em março de 2016, com pouso no planeta vermelho quase sete meses depois, mas um defeito persistente em um dos dois instrumentos embarcados, fornecido pela CNES (agência espacial francesa), obrigou ao adiamento de última hora. As inconveniências da mecânica celeste darão tempo de sobra para o conserto, uma vez que a posição dos planetas para um lançamento a Marte só voltará a ser boa em maio de 2018. Mas ainda não está claro qual será o impacto do adiamento no custo total da missão e na agenda de lançamentos de futuras missões planetárias americanas. Para o ano que vem, a ESA (Agência Espacial Europeia) também prepara o envio de seu orbitador marciano GTO (Gas Trace Orbiter), parte da missão dupla ExoMars. Ele buscará sinais de metano produzido por formas de vida na atmosfera de Marte. O lançamento também terá um pequeno módulo de pouso russo.
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ciencia
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Nasa ganha aumento de verba para suas missõesBelo presente de Natal para a Nasa: nos últimos dias de 2015, ela ganhou do Congresso americano o seu melhor orçamento anual desde 2010 (descontando-se a inflação). No ano que vem, a agência espacial americana terá US$ 19,3 bilhões para seus projetos -quase US$ 800 milhões a mais do que a Casa Branca havia solicitado originalmente e US$ 1,3 bilhão a mais do que no ano anterior. O bom resultado reflete o afrouxamento na contenção de gastos federais com a recuperação da economia americana e um novo senso de urgência do Congresso para que os EUA não percam a liderança global no espaço. Normalmente, a formulação do orçamento da Nasa é um "toma-lá-dá-cá" em termos da prioridade que se dá a cada um de seus segmentos de atuação. Mas o que tivemos para 2016 é o que Casey Dreier, analista da ONG Planetary Society, chama de "cenário todo mundo ganha". "Temos a chance de avançar com os programas de uma maneira que beneficia a nação e o mundo. Por um pequeno aumento do orçamento, todos têm chance de vencer", disse Dreier. Até mesmo a iniciativa de transporte comercial de astronautas e carga para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que envolve contratar empresas para prestar o serviço à Nasa, recebeu a verba solicitada (pela primeira vez no projeto). Era o principal foco de pressão da agência espacial sobre o Congresso no ano que passou. Por diversas vezes, Charles Bolden, administrador da Nasa, alertou que, se houvesse cortes, os EUA precisariam contratar mais voos da Rússia para levar seus astronautas na ISS. Uma observação: desde 2011, com a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Nasa tem dependido das naves russas Soyuz para levar seus tripulantes ao complexo orbital. ESPAÇO PROFUNDO Agora, prioridade mesmo o Congresso colocou no desenvolvimento do foguete SLS (Space Launch System), o lançador que, acoplado à cápsula Órion, levará astronautas além da órbita terrestre baixa pela primeira vez desde as missões Apollo. O novo orçamento aprovado dá ainda mais dinheiro do que a Casa Branca havia solicitado originalmente -cerca de US$ 640 milhões a mais. A verba, contudo, vem com um recado: o hiato entre o primeiro voo-teste do SLS, marcado para 2018, e a primeira missão tripulada em torno da Lua, para 2023, é inaceitável e precisa ser reduzido. Originalmente, a Nasa trabalhava com a data de 2021, mas teve de empurrar para frente por cortes sucessivos no orçamento. Agora, não só o Congresso restitui parte da verba perdida em anos anteriores como também faz outro investimento, ainda que modesto, em exploração tripulada do espaço profundo. Pelo menos US$ 55 milhões deverão ser gastos, em 2016, em estudos para desenvolver módulos de habitação para viagens mais longas -a Órion sozinha, além de apertada, só pode sustentar uma tripulação no máximo por três semanas. Outro projeto caro aos congressistas americanos é a missão não tripulada a Europa, a lua-oceano de Júpiter que pode muito bem abrigar vida sob a superfície congelada. Para 2016, a Nasa havia solicitado US$ 30 milhões. O Congresso decidiu dar US$ 175 milhões e sugeriu que a agência espacial lançasse a missão até 2022 e desenvolvesse um módulo de pouso para acompanhar o orbitador. Além disso, o novo orçamento garantiu verbas para algumas missões em andamento que estavam ameaçadas, como o LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) e o jipe marciano Opportunity. Obama já sinalizou que vai ratificar a proposta do Congresso para 2016, mas fica agora a curiosidade para saber qual será a solicitação da Casa Branca para a Nasa em 2017, a ser apresentada em fevereiro. MISSÃO ADIADA Nem tudo são flores para a Nasa, contudo. O fim do ano também marcou o adiamento daquela que seria uma nova missão não tripulada a Marte. O lançamento da sonda InSight estava agendado para em março de 2016, com pouso no planeta vermelho quase sete meses depois, mas um defeito persistente em um dos dois instrumentos embarcados, fornecido pela CNES (agência espacial francesa), obrigou ao adiamento de última hora. As inconveniências da mecânica celeste darão tempo de sobra para o conserto, uma vez que a posição dos planetas para um lançamento a Marte só voltará a ser boa em maio de 2018. Mas ainda não está claro qual será o impacto do adiamento no custo total da missão e na agenda de lançamentos de futuras missões planetárias americanas. Para o ano que vem, a ESA (Agência Espacial Europeia) também prepara o envio de seu orbitador marciano GTO (Gas Trace Orbiter), parte da missão dupla ExoMars. Ele buscará sinais de metano produzido por formas de vida na atmosfera de Marte. O lançamento também terá um pequeno módulo de pouso russo.
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Para além dos parques da Disney, Orlando também tem turismo de aventura
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SILVIO CIOFFI DE SÃO PAULO Reunindo alguns dos melhores complexos de entretenimento dos EUA em parques temáticos como Disney, Universal, Legoland, Wet'n Wild, Kennedy Space Center e SeaWorld, há muito que Orlando, na região da Flórida Central, está no mapa-múndi do viajante brasileiro. E, se originalmente as viagens para essa região que recebe 66 milhões de visitantes internacionais/ano eram mais voltadas para o público infantojuvenil, hoje o adulto exigente também desfruta de restaurantes de chefs estrelados, de shows como o "La Nouba", do Cirque du Soleil, de hotéis chiques e de lojas de grife como Sephora, Zara, Kate Spade, L'Occitane e Pandora, além de shoppings como o The Mall at Millenia. Ao lado de Orlando, a cidade de Kissimmee é um destino de aventura. Pouca gente sabe que alguns dos parques e atrações de Orlando, a rigor, se localizam lá. Sede de condomínios como o Celebration, onde o apresentador Silvio Santos tem casa, essas áreas mais naturais da Flórida Central são ideais para passeios de caiaque, pilotagem de veículos 4x4 e até voos silenciosos em balões de ar quente sobre a superfície plana e cheia de lagos. Nos parques, com destaque para os da Disney e da Universal, o frenesi não para. A seguir, o que ver e fazer em Orlando e em Kissimmee, mesclando a diversão dos megaparques aos passeios em meio à natureza. NOVAS ATRAÇÕES Nestas férias, a diversão é garantida no Walt Disney World Resort, complexo pioneiro na Flórida Central que inclui áreas do Epcot, do Magic Kingdom e do Disney's Hollywood Studios. Há grande expectativa pela abertura da atração "Star Wars", no Hollywood Studios, e, também, do show noturno "Rivers of Light", no Disney's Animal Kingdom. Entre final de setembro e meados de novembro, o Epcot Food & Wine Festival promete reunir chefs famosos num evento eno-gastronômico. O publicitário Washington Olivetto, aliás, até escreveu o livro "Só os Patetas Jantam Mal na Disney", mostrando que ficou para trás o tempo em que os parques serviam apenas fast food. A qualquer hora, a área do BordWalk, da Disney, é ideal para passear e foi concebida à beira do lago e inspirada em antigos balneários dos EUA. Instalados em casinhas e em construções charmosas, estão barzinhos, doçarias e restaurantes simpáticos, como o italiano contemporâneo Trattoria al Forno. UNIVERSAL Os parques da Universal Orlando Resort são divididos entre Islands of Adventures e Universal Studios. Na primeira, há atrações e brinquedos que aludem, entre outras, a produções como Homem-Aranha, Jurassic Park e The Cat on The Hat. Já em Universal Studios o destaque é uma cidade ficcional que, em cada detalhe, se inspira no personagem Harry Potter e em prédios britânicos magicamente reestilizados. Ligando ambos, há um trem também inspirado em Harry Potter. Na rua cenográfica, é possível admirar um fantástico ônibus azul de três andares. Entre essas alas, o City Walk da Universal é uma via agitada e iluminada que, margeada por restaurantes contemporâneos, caso do Hard Rock Cafe e do NBC Sports Grill & Brew, funciona sem cobrar entrada até de madrugada. Outra novidade é o Cabana Bay Beach Resort, ao lado da Universal e cuja piscina, retrô, disputa com carrões dos anos 1950e 1960 a atenção dos hóspedes. KISSIMMEE Plantações de laranja e gado eram as atividades econômicas da Flórida Central, originalmente dominada por pântanos, até que os parques temáticos começaram a transformar Orlando –e Kissimmee, por extensão– num epicentro do turismo americano e mundial. Estão na ordem do dia uma nova roda-gigante, batizada de Orlando-Eye, o aquário Orlando SeaLife, o museu Madame Tussaud's e o parque Legoland. O SeaWorld também está abrindo sua montanha-russa Mako. Para quem quer complementar a viagem aos parques com passeios mais naturais, a maneira mais emocionante de divisar a geografia da região onde estão Orlando e Kissimmee é passear de balão. Na Orlando Balloon Rides (orlandoballoonrides.com ), é preciso reservar com antecedência e ligar de véspera para conferir as condições atmosféricas. No ar, dependendo dos ventos, o local do pouso é incerto, mas os balões de ar quente são silenciosos e desvelam, conforme o dia nasce, os reflexos sobre os espelhos-d'água. O Gatorland (gatorland.com ) é mais indicado para as crianças, com seu minizoo, embora a tirolesa Screamin' Gator Zip Line seja altamente recomendável para adolescentes. Para os marmanjos radicais, a área de Lake County tem, em Revolution Off-Road (revolutionoffroad.com ), uma propriedade com trilhas enlameadas onde se alugam veículos como quadriciclos e pequenos carros anfíbios. Já aos remadores e aos observadores de tartarugas e pássaros, o The Paddling Center at Shingle Creek (paddlingcenter.com ) aluga caiaques que adentram um pequeno rio (ou "creek"), cercado de árvores imensas. * QUEM LEVA? AGAXTUR VIAGENS agaxturviagens.com.br Tel. 3067-0900 A partir de R$ 4.137. Inclui 9 noites em apto. duplo, traslados e ingressos para os parques Disney, Universal e SeaWorld STELLA BARROS stellabarros.com.br Tel. 2166-2250 A partir de R$ 11.479,92. Inclui aéreo, 12 noites em apto. quádruplo com café da manhã e ingressos para 8 parques CI INTERCÂMBIO E VIAGEM ci.com.br Tel. 2110-7460 A partir de US$ 779 Inclui aéreo, 5 noites em apto. quádruplo com café da manhã e traslados * Não volte sem... ...flanar pela City Walk, da Universal, pelo Boardwalk, da Disney, e voar de balão em Kissimmee
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saopaulo
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Para além dos parques da Disney, Orlando também tem turismo de aventuraSILVIO CIOFFI DE SÃO PAULO Reunindo alguns dos melhores complexos de entretenimento dos EUA em parques temáticos como Disney, Universal, Legoland, Wet'n Wild, Kennedy Space Center e SeaWorld, há muito que Orlando, na região da Flórida Central, está no mapa-múndi do viajante brasileiro. E, se originalmente as viagens para essa região que recebe 66 milhões de visitantes internacionais/ano eram mais voltadas para o público infantojuvenil, hoje o adulto exigente também desfruta de restaurantes de chefs estrelados, de shows como o "La Nouba", do Cirque du Soleil, de hotéis chiques e de lojas de grife como Sephora, Zara, Kate Spade, L'Occitane e Pandora, além de shoppings como o The Mall at Millenia. Ao lado de Orlando, a cidade de Kissimmee é um destino de aventura. Pouca gente sabe que alguns dos parques e atrações de Orlando, a rigor, se localizam lá. Sede de condomínios como o Celebration, onde o apresentador Silvio Santos tem casa, essas áreas mais naturais da Flórida Central são ideais para passeios de caiaque, pilotagem de veículos 4x4 e até voos silenciosos em balões de ar quente sobre a superfície plana e cheia de lagos. Nos parques, com destaque para os da Disney e da Universal, o frenesi não para. A seguir, o que ver e fazer em Orlando e em Kissimmee, mesclando a diversão dos megaparques aos passeios em meio à natureza. NOVAS ATRAÇÕES Nestas férias, a diversão é garantida no Walt Disney World Resort, complexo pioneiro na Flórida Central que inclui áreas do Epcot, do Magic Kingdom e do Disney's Hollywood Studios. Há grande expectativa pela abertura da atração "Star Wars", no Hollywood Studios, e, também, do show noturno "Rivers of Light", no Disney's Animal Kingdom. Entre final de setembro e meados de novembro, o Epcot Food & Wine Festival promete reunir chefs famosos num evento eno-gastronômico. O publicitário Washington Olivetto, aliás, até escreveu o livro "Só os Patetas Jantam Mal na Disney", mostrando que ficou para trás o tempo em que os parques serviam apenas fast food. A qualquer hora, a área do BordWalk, da Disney, é ideal para passear e foi concebida à beira do lago e inspirada em antigos balneários dos EUA. Instalados em casinhas e em construções charmosas, estão barzinhos, doçarias e restaurantes simpáticos, como o italiano contemporâneo Trattoria al Forno. UNIVERSAL Os parques da Universal Orlando Resort são divididos entre Islands of Adventures e Universal Studios. Na primeira, há atrações e brinquedos que aludem, entre outras, a produções como Homem-Aranha, Jurassic Park e The Cat on The Hat. Já em Universal Studios o destaque é uma cidade ficcional que, em cada detalhe, se inspira no personagem Harry Potter e em prédios britânicos magicamente reestilizados. Ligando ambos, há um trem também inspirado em Harry Potter. Na rua cenográfica, é possível admirar um fantástico ônibus azul de três andares. Entre essas alas, o City Walk da Universal é uma via agitada e iluminada que, margeada por restaurantes contemporâneos, caso do Hard Rock Cafe e do NBC Sports Grill & Brew, funciona sem cobrar entrada até de madrugada. Outra novidade é o Cabana Bay Beach Resort, ao lado da Universal e cuja piscina, retrô, disputa com carrões dos anos 1950e 1960 a atenção dos hóspedes. KISSIMMEE Plantações de laranja e gado eram as atividades econômicas da Flórida Central, originalmente dominada por pântanos, até que os parques temáticos começaram a transformar Orlando –e Kissimmee, por extensão– num epicentro do turismo americano e mundial. Estão na ordem do dia uma nova roda-gigante, batizada de Orlando-Eye, o aquário Orlando SeaLife, o museu Madame Tussaud's e o parque Legoland. O SeaWorld também está abrindo sua montanha-russa Mako. Para quem quer complementar a viagem aos parques com passeios mais naturais, a maneira mais emocionante de divisar a geografia da região onde estão Orlando e Kissimmee é passear de balão. Na Orlando Balloon Rides (orlandoballoonrides.com ), é preciso reservar com antecedência e ligar de véspera para conferir as condições atmosféricas. No ar, dependendo dos ventos, o local do pouso é incerto, mas os balões de ar quente são silenciosos e desvelam, conforme o dia nasce, os reflexos sobre os espelhos-d'água. O Gatorland (gatorland.com ) é mais indicado para as crianças, com seu minizoo, embora a tirolesa Screamin' Gator Zip Line seja altamente recomendável para adolescentes. Para os marmanjos radicais, a área de Lake County tem, em Revolution Off-Road (revolutionoffroad.com ), uma propriedade com trilhas enlameadas onde se alugam veículos como quadriciclos e pequenos carros anfíbios. Já aos remadores e aos observadores de tartarugas e pássaros, o The Paddling Center at Shingle Creek (paddlingcenter.com ) aluga caiaques que adentram um pequeno rio (ou "creek"), cercado de árvores imensas. * QUEM LEVA? AGAXTUR VIAGENS agaxturviagens.com.br Tel. 3067-0900 A partir de R$ 4.137. Inclui 9 noites em apto. duplo, traslados e ingressos para os parques Disney, Universal e SeaWorld STELLA BARROS stellabarros.com.br Tel. 2166-2250 A partir de R$ 11.479,92. Inclui aéreo, 12 noites em apto. quádruplo com café da manhã e ingressos para 8 parques CI INTERCÂMBIO E VIAGEM ci.com.br Tel. 2110-7460 A partir de US$ 779 Inclui aéreo, 5 noites em apto. quádruplo com café da manhã e traslados * Não volte sem... ...flanar pela City Walk, da Universal, pelo Boardwalk, da Disney, e voar de balão em Kissimmee
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Aval de assembleias a julgamentos de governadores será discutido pelo STF
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O STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir em breve se as Assembleias Legislativas dos Estados têm que dar autorização prévia para que os governadores sejam julgados por crimes comuns pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A OAB, autora da ação, sustenta que a regra é inconstitucional. EM PAUTA O ministro Luís Roberto Barroso, que tinha pedido prazo maior para analisar o tema, no ano passado, liberou o processo e pediu que ele entre em pauta na corte. FILHO ÚNICO De dezembro de 2001 a fevereiro deste ano, o STJ enviou 52 pedidos de autorização a assembleias pedindo permissão para processar governadores. Só teve sucesso em um caso, segundo levantamento do STF. SOM BAIXO Outros 36 pedidos não foram nem sequer respondidos. E 15 foram negados. AULA OBRIGATÓRIA A inclusão de disciplinas sobre racismo, direitos LGBT, pessoas com deficiência e idosos na formação dos policiais em São Paulo começou a ser fiscalizada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. A assessora especial de direitos humanos da pasta, Marcia Garutti, é quem está pedindo as informações. AULA 2 "Houve o compromisso das academias de inserir essas matérias no currículo e agora queremos verificar a implementação", diz Marcia, que é defensora pública e se afastou da função para assumir a assessoria. Para ela, o aprendizado de temas ligados a direitos humanos "pode contribuir, inclusive, para o combate a problemas como a violência e a letalidade policiais". CONSULTÓRIO O Ministério da Saúde abriu consultas públicas para receber sugestões de mudanças sobre 12 tratamentos e remédios adotados no SUS. A pasta busca modernizar o atendimento. Médicos e outros interessados podem opinar. MAIS PIANO, MENOS CENA O pianista Cristian Budu, 28, chegou há alguns dias dos Estados Unidos, onde mora, para uma série de concertos e recitais no Rio e em São Paulo. Na capital paulista, ele gravou novo disco como solista da Orquestra Jovem do Estado, sob a regência do maestro Cláudio Cruz. * Reconhecido pela crítica internacional como uma das principais revelações do piano brasileiro, o paulista ressalta a importância de interpretações "mais interiores e menos dramáticas" e diz que o público estrangeiro "sempre identifica o sotaque, o tempero particular dos músicos do Brasil". ESPARTANA A cantora Mariah Carey foi modesta -e bem light- nos pedidos de comida que fez para o camarim do seu show em São Paulo, em novembro, no Allianz Parque. * A americana requisitou quitutes saudáveis: frutas secas, sucos de fruta, homus, barras de cereais, granola, mel orgânico, morangos, amora, mirtilo e framboesa. LE MENINO O cineasta Alê Abreu fez parceria com o produtor francês Didier Brunner (de "As Bicicletas de Belleville") para incluir o personagem central de "O Menino e o Mundo", animação pela qual o brasileiro foi indicado ao Oscar, em uma série documental sobre infância. A produção vai se chamar "Menino et les Enfants du Monde" ("O Menino e as Crianças do Mundo", em francês). ARTE PELO BEM As colecionadoras de arte Cleusa Garfinkel e Angela Akagawa abriram a terceira edição da exposição filantrópica CompartiArte na quarta (17), no Centro Britânico Brasileiro. Passaram por lá o executivo Bernardo Parnes, a galerista Myra Arnaud Babenco e Silvia Afif Domingos. A colecionadora Maria Lúcia Segall também compareceu. ENTRE NÓS A exposição que Tunga preparava até sua morte, em junho, será inaugurada no dia 15 de outubro pela galeria Millan, na Vila Madalena. Com obras inéditas ou pouco vistas do artista plástico, a mostra terá trabalhos que ele deixou prontos antes de sofrer uma piora no estado de saúde. A montagem vai seguir as orientações que o pernambucano deixou para os antigos assistentes de seu estúdio. A REGRA DO JOGO Fenômeno do YouTube, Pedro Afonso Rezende, o RezendeEvil, vai lançar seu terceiro livro. "Jogada Final" sai em outubro pela editora Suma de Letras. Ele, que fala sobre games, faz duas palestras nesta semana na Bienal do Livro de São Paulo. * Os dois primeiros livros do youtuber venderam juntos mais de 270 mil exemplares. CURTO-CIRCUITO O estilista João Pimenta lança nesta segunda (22) curta-metragem em parceria com a Sagaz Filmes. "Anthropos", com direção de Renata Sette, tem estreia às 20h, no MIS. O Shop2gether celebra o lançamento da coleção de verão 2017 com evento nesta segunda (22), às 19h, na Casa Solimene. Pedro Garcia, diretor da Globo Esportes, recebeu prêmio da Federação Internacional de Cinema e TV Esportiva em reconhecimento ao trabalho do SporTV. A Agência Radioweb comemora 15 anos nesta terça (23) durante sua convenção de funcionários, na Serra Gaúcha. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI, THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO
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Aval de assembleias a julgamentos de governadores será discutido pelo STFO STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir em breve se as Assembleias Legislativas dos Estados têm que dar autorização prévia para que os governadores sejam julgados por crimes comuns pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A OAB, autora da ação, sustenta que a regra é inconstitucional. EM PAUTA O ministro Luís Roberto Barroso, que tinha pedido prazo maior para analisar o tema, no ano passado, liberou o processo e pediu que ele entre em pauta na corte. FILHO ÚNICO De dezembro de 2001 a fevereiro deste ano, o STJ enviou 52 pedidos de autorização a assembleias pedindo permissão para processar governadores. Só teve sucesso em um caso, segundo levantamento do STF. SOM BAIXO Outros 36 pedidos não foram nem sequer respondidos. E 15 foram negados. AULA OBRIGATÓRIA A inclusão de disciplinas sobre racismo, direitos LGBT, pessoas com deficiência e idosos na formação dos policiais em São Paulo começou a ser fiscalizada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. A assessora especial de direitos humanos da pasta, Marcia Garutti, é quem está pedindo as informações. AULA 2 "Houve o compromisso das academias de inserir essas matérias no currículo e agora queremos verificar a implementação", diz Marcia, que é defensora pública e se afastou da função para assumir a assessoria. Para ela, o aprendizado de temas ligados a direitos humanos "pode contribuir, inclusive, para o combate a problemas como a violência e a letalidade policiais". CONSULTÓRIO O Ministério da Saúde abriu consultas públicas para receber sugestões de mudanças sobre 12 tratamentos e remédios adotados no SUS. A pasta busca modernizar o atendimento. Médicos e outros interessados podem opinar. MAIS PIANO, MENOS CENA O pianista Cristian Budu, 28, chegou há alguns dias dos Estados Unidos, onde mora, para uma série de concertos e recitais no Rio e em São Paulo. Na capital paulista, ele gravou novo disco como solista da Orquestra Jovem do Estado, sob a regência do maestro Cláudio Cruz. * Reconhecido pela crítica internacional como uma das principais revelações do piano brasileiro, o paulista ressalta a importância de interpretações "mais interiores e menos dramáticas" e diz que o público estrangeiro "sempre identifica o sotaque, o tempero particular dos músicos do Brasil". ESPARTANA A cantora Mariah Carey foi modesta -e bem light- nos pedidos de comida que fez para o camarim do seu show em São Paulo, em novembro, no Allianz Parque. * A americana requisitou quitutes saudáveis: frutas secas, sucos de fruta, homus, barras de cereais, granola, mel orgânico, morangos, amora, mirtilo e framboesa. LE MENINO O cineasta Alê Abreu fez parceria com o produtor francês Didier Brunner (de "As Bicicletas de Belleville") para incluir o personagem central de "O Menino e o Mundo", animação pela qual o brasileiro foi indicado ao Oscar, em uma série documental sobre infância. A produção vai se chamar "Menino et les Enfants du Monde" ("O Menino e as Crianças do Mundo", em francês). ARTE PELO BEM As colecionadoras de arte Cleusa Garfinkel e Angela Akagawa abriram a terceira edição da exposição filantrópica CompartiArte na quarta (17), no Centro Britânico Brasileiro. Passaram por lá o executivo Bernardo Parnes, a galerista Myra Arnaud Babenco e Silvia Afif Domingos. A colecionadora Maria Lúcia Segall também compareceu. ENTRE NÓS A exposição que Tunga preparava até sua morte, em junho, será inaugurada no dia 15 de outubro pela galeria Millan, na Vila Madalena. Com obras inéditas ou pouco vistas do artista plástico, a mostra terá trabalhos que ele deixou prontos antes de sofrer uma piora no estado de saúde. A montagem vai seguir as orientações que o pernambucano deixou para os antigos assistentes de seu estúdio. A REGRA DO JOGO Fenômeno do YouTube, Pedro Afonso Rezende, o RezendeEvil, vai lançar seu terceiro livro. "Jogada Final" sai em outubro pela editora Suma de Letras. Ele, que fala sobre games, faz duas palestras nesta semana na Bienal do Livro de São Paulo. * Os dois primeiros livros do youtuber venderam juntos mais de 270 mil exemplares. CURTO-CIRCUITO O estilista João Pimenta lança nesta segunda (22) curta-metragem em parceria com a Sagaz Filmes. "Anthropos", com direção de Renata Sette, tem estreia às 20h, no MIS. O Shop2gether celebra o lançamento da coleção de verão 2017 com evento nesta segunda (22), às 19h, na Casa Solimene. Pedro Garcia, diretor da Globo Esportes, recebeu prêmio da Federação Internacional de Cinema e TV Esportiva em reconhecimento ao trabalho do SporTV. A Agência Radioweb comemora 15 anos nesta terça (23) durante sua convenção de funcionários, na Serra Gaúcha. com JOELMIR TAVARES, LETÍCIA MORI, THAIS ARBEX e FILLIPE MAURO
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Novo restaurante italiano 'Più' estreia em polo gastronômico de Pinheiros
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DANIELLE NAGASE DE SÃO PAULO Sob a batuta do chef Marcelo Laskani (ex-Sottovento) e do maître Mauricio Cavalcante (ex-grupo Egeu), o italiano Più vem se juntar às atrações gastronômicas da rua Ferreira Araújo —onde também funcionam os restaurantes Chácara Santa Cecília, Nou e Le Repas, a casa de carnes The Butcher, a doceria Dama e o bar Delirium Café. Sente-se na agradável varanda, onde uma videira ensaia espalhar-se pelo teto, ou no salão de luz baixa e com parede de tijolinho aparente. O "menu del giorno" (R$ 39), servido de segunda a sexta no almoço, inclui entrada (fria ou quente), prato principal e sobremesa —as opções mudam diariamente. Se possível, prove o garganelli (parecido com penne) com polpettas (míni) de galinha caipira, quiabo salteado e creme de burrata. Para acompanhar, peça uma taça de vinho tinto ou branco por mais R$ 12. Na última quinta-feira (2), os rótulos disponíveis eram o Montepulciano Abruzzo e o Pinot Grigio, da safra de 2014 (a carta também muda). No cardápio à la carte, destaque para o bigoli com ragú de linguiça de javali, pimenta, azeitona e escarola (R$ 40). Entre as carnes, aposte na paleta de cordeiro com fregola, menta e nozes (R$ 54). R. Ferreira Araújo, 314, Pinheiros, tel. 3360-7718. Seg.: 12h às 15h30. Ter. a sex.: 12h às 15h 30 e 19h à 0h. Sáb.: 12h às 16h30 e 19h à 0h. Dom.: 12h às 16h30. Menu-executivo: R$ 39.
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saopaulo
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Novo restaurante italiano 'Più' estreia em polo gastronômico de PinheirosDANIELLE NAGASE DE SÃO PAULO Sob a batuta do chef Marcelo Laskani (ex-Sottovento) e do maître Mauricio Cavalcante (ex-grupo Egeu), o italiano Più vem se juntar às atrações gastronômicas da rua Ferreira Araújo —onde também funcionam os restaurantes Chácara Santa Cecília, Nou e Le Repas, a casa de carnes The Butcher, a doceria Dama e o bar Delirium Café. Sente-se na agradável varanda, onde uma videira ensaia espalhar-se pelo teto, ou no salão de luz baixa e com parede de tijolinho aparente. O "menu del giorno" (R$ 39), servido de segunda a sexta no almoço, inclui entrada (fria ou quente), prato principal e sobremesa —as opções mudam diariamente. Se possível, prove o garganelli (parecido com penne) com polpettas (míni) de galinha caipira, quiabo salteado e creme de burrata. Para acompanhar, peça uma taça de vinho tinto ou branco por mais R$ 12. Na última quinta-feira (2), os rótulos disponíveis eram o Montepulciano Abruzzo e o Pinot Grigio, da safra de 2014 (a carta também muda). No cardápio à la carte, destaque para o bigoli com ragú de linguiça de javali, pimenta, azeitona e escarola (R$ 40). Entre as carnes, aposte na paleta de cordeiro com fregola, menta e nozes (R$ 54). R. Ferreira Araújo, 314, Pinheiros, tel. 3360-7718. Seg.: 12h às 15h30. Ter. a sex.: 12h às 15h 30 e 19h à 0h. Sáb.: 12h às 16h30 e 19h à 0h. Dom.: 12h às 16h30. Menu-executivo: R$ 39.
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Se tivéssemos ouvido Lima Barreto erraríamos menos, diz autora na Flip
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Se a militância de Lima Barreto contra os absurdos do racismo tivesse sido ouvida no século 20, a discriminação não assassinaria milhares de jovens negros e pobres todos os anos no Brasil, disse a jornalista e escritora Luciana Hidalgo. A fala fez parte da mesa "Moderno Antes dos Modernistas", primeira da programação principal da Flip desta sexta-feira (28). O encontro foi mediado pela doutora em Literatura Brasileira Rita Palmeira. Durante o debate, que lotou a Igreja Matriz, Luciana e o pesquisador e crítico literário Antonio Arnoni Prado discutiram a situação de marginalização de Barreto e o uso que fez da linguagem como forma de resistência. Para Luciana, o autor foi o que mais forçou os limites do que poderia se dizer no Brasil no século 20, e talvez até hoje. A escritora citou como exemplo o romance "Clara dos Anjos" (1922), possivelmente o primeiro a apresentar como protagonista uma mulher negra. Seguindo a linha temática do debate, os participantes discutiram o vanguardismo de Barreto. Ele acabou antecipando a linguagem modernista ao ir contra a escrita rebuscada dos literatos de sua época e produzir textos com linguagem simples e fragmentada. Isso acabou reforçando o isolamento do autor, já discriminado na época por ser negro e pobre. Alguns exemplos dessa marginalização foram apontados por Luciana, como o caso, ocorrido em 1920, em que Barreto foi internado como indigente em um hospício devido a problemas de alcoolismo. Nessa época, ele já havia escrito todos os seus grandes romances —incluindo "Triste Fim de Policarpo Quaresma"— e era reconhecido pela crítica. Ao invés de se lamentar, no entanto, aproveitou para escrever um diário, onde descrevia a vida no hospício e criticava a psiquiatria da época. A marginalização e o racismo também foram os motivos pelos quais Barreto foi obrigado a abandonar seus estudos na Escola Politécnica da USP. Aliás, a curadora da festa, Joselia Aguiar, leu antes do início da mesa uma carta em que conselho de diretores e a associação de ex-alunos da Politécnica se desculpavam tardiamente pelas situações de discriminação que levaram o autor a abandonar os estudos. Em outro ponto da conversa, Luciana Hidalgo descreveu Lima Barreto como o pioneiro da autoficção no Brasil e um típico flanêur —que caminha observando e registrando a cidade. Essa, inclusive, foi sua inspiração para escrever o romance "O Passeador" (Rocco, 2011) que apresenta o autor como protagonista e espectador das mudanças por que passava o Rio de Janeiro durante a política de higienização do prefeito Pereira Passos (1902-1906). Observando a demolição dos cortiços e a urbanização da cidade, Barreto se sente pertencer cada vez menos à realidade carioca. Para Prado, mais do que um registrador de seu tempo, o escritor enxergava além do horizonte sem perspectivas da classe dominada e lutava pela liberdade dos oprimidos por meio da literatura. Tendo como centro de seu trabalho as contradições urbanas, sociais, econômicas e humanas, Barreto usava a escrita como uma forma de "se libertar e se vingar da sociedade que oprimia os que nada tinham", diz Prado.
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ilustrada
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Se tivéssemos ouvido Lima Barreto erraríamos menos, diz autora na FlipSe a militância de Lima Barreto contra os absurdos do racismo tivesse sido ouvida no século 20, a discriminação não assassinaria milhares de jovens negros e pobres todos os anos no Brasil, disse a jornalista e escritora Luciana Hidalgo. A fala fez parte da mesa "Moderno Antes dos Modernistas", primeira da programação principal da Flip desta sexta-feira (28). O encontro foi mediado pela doutora em Literatura Brasileira Rita Palmeira. Durante o debate, que lotou a Igreja Matriz, Luciana e o pesquisador e crítico literário Antonio Arnoni Prado discutiram a situação de marginalização de Barreto e o uso que fez da linguagem como forma de resistência. Para Luciana, o autor foi o que mais forçou os limites do que poderia se dizer no Brasil no século 20, e talvez até hoje. A escritora citou como exemplo o romance "Clara dos Anjos" (1922), possivelmente o primeiro a apresentar como protagonista uma mulher negra. Seguindo a linha temática do debate, os participantes discutiram o vanguardismo de Barreto. Ele acabou antecipando a linguagem modernista ao ir contra a escrita rebuscada dos literatos de sua época e produzir textos com linguagem simples e fragmentada. Isso acabou reforçando o isolamento do autor, já discriminado na época por ser negro e pobre. Alguns exemplos dessa marginalização foram apontados por Luciana, como o caso, ocorrido em 1920, em que Barreto foi internado como indigente em um hospício devido a problemas de alcoolismo. Nessa época, ele já havia escrito todos os seus grandes romances —incluindo "Triste Fim de Policarpo Quaresma"— e era reconhecido pela crítica. Ao invés de se lamentar, no entanto, aproveitou para escrever um diário, onde descrevia a vida no hospício e criticava a psiquiatria da época. A marginalização e o racismo também foram os motivos pelos quais Barreto foi obrigado a abandonar seus estudos na Escola Politécnica da USP. Aliás, a curadora da festa, Joselia Aguiar, leu antes do início da mesa uma carta em que conselho de diretores e a associação de ex-alunos da Politécnica se desculpavam tardiamente pelas situações de discriminação que levaram o autor a abandonar os estudos. Em outro ponto da conversa, Luciana Hidalgo descreveu Lima Barreto como o pioneiro da autoficção no Brasil e um típico flanêur —que caminha observando e registrando a cidade. Essa, inclusive, foi sua inspiração para escrever o romance "O Passeador" (Rocco, 2011) que apresenta o autor como protagonista e espectador das mudanças por que passava o Rio de Janeiro durante a política de higienização do prefeito Pereira Passos (1902-1906). Observando a demolição dos cortiços e a urbanização da cidade, Barreto se sente pertencer cada vez menos à realidade carioca. Para Prado, mais do que um registrador de seu tempo, o escritor enxergava além do horizonte sem perspectivas da classe dominada e lutava pela liberdade dos oprimidos por meio da literatura. Tendo como centro de seu trabalho as contradições urbanas, sociais, econômicas e humanas, Barreto usava a escrita como uma forma de "se libertar e se vingar da sociedade que oprimia os que nada tinham", diz Prado.
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Livros e cursos ocupam o tempo de Dirceu em penitenciária no Paraná
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Preso há seis meses na 17ª fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro José Dirceu tem se dedicado a atividades que podem ajudá-lo a diminuir o tempo que poderá passar atrás das grades caso seja condenado. Entre novembro e dezembro de 2015, o petista fez dois cursos do Senai, de elétrica e de eletrônica, ministrados no CMP (Complexo Médico Penal), presídio na região metropolitana de Curitiba (PR). Essas horas serão abatidas de sua eventual pena, caso seja condenado. Dirceu já foi condenado por participação no esquema do mensalão, mas o caso da Lava Jato ainda aguarda sentença. O petista pretende fazer, agora, curso de espanhol do Instituto Nacional Brasileiro por correspondência. Na última semana, Dirceu recebeu uma nova leva de livros. Entre eles estão "Austeridade - História de uma ideia perigosa", do economista e professor da Brown University Mark Blyth. "A outra história da Lava Jato", do jornalista Paulo Moreira Leite, sobre a operação que levou o petista novamente à cadeia, e um livro sobre Simón Bolívar, herói da independência sul-americana. Para cada obra lida há o desconto de quatro dias de pena. No entanto, a lei permite que só seja descontado um livro por mês, independentemente do número de volumes lidos pelo detento. No caso de Dirceu, ele pode descontar até o momento no máximo 24 dias de sua pena, segundo fontes ligadas à Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Dirceu tem procurado se exercitar. Quem orienta sua série é Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira Odebrecht.
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Livros e cursos ocupam o tempo de Dirceu em penitenciária no ParanáPreso há seis meses na 17ª fase da Operação Lava Jato, o ex-ministro José Dirceu tem se dedicado a atividades que podem ajudá-lo a diminuir o tempo que poderá passar atrás das grades caso seja condenado. Entre novembro e dezembro de 2015, o petista fez dois cursos do Senai, de elétrica e de eletrônica, ministrados no CMP (Complexo Médico Penal), presídio na região metropolitana de Curitiba (PR). Essas horas serão abatidas de sua eventual pena, caso seja condenado. Dirceu já foi condenado por participação no esquema do mensalão, mas o caso da Lava Jato ainda aguarda sentença. O petista pretende fazer, agora, curso de espanhol do Instituto Nacional Brasileiro por correspondência. Na última semana, Dirceu recebeu uma nova leva de livros. Entre eles estão "Austeridade - História de uma ideia perigosa", do economista e professor da Brown University Mark Blyth. "A outra história da Lava Jato", do jornalista Paulo Moreira Leite, sobre a operação que levou o petista novamente à cadeia, e um livro sobre Simón Bolívar, herói da independência sul-americana. Para cada obra lida há o desconto de quatro dias de pena. No entanto, a lei permite que só seja descontado um livro por mês, independentemente do número de volumes lidos pelo detento. No caso de Dirceu, ele pode descontar até o momento no máximo 24 dias de sua pena, segundo fontes ligadas à Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Dirceu tem procurado se exercitar. Quem orienta sua série é Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira Odebrecht.
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Mais um recorde de Messi e gol de Kaká na estreia marcam rodada do futebol internacional
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Apesar do empate com o New York City por 1 a 1, o meia Kaká estreou na MLS (Major League Soccer), principal liga profissional de futebol dos EUA, fazendo história. O brasileiro marcou o primeiro gol do seu clube, o Orlando City, na história da Competição Nacional. - Com os três gols marcados neste domingo (8), na vitória por 6 a 1, sobre o Rayo Vallecano, Messi chegou aos 30 e igualou Cristiano Ronaldo na artilharia do Campeonato Espanhol. O argentino também alcançou o seu 32º hat-trick (três gols em um mesmo jogo) pelo clube catalão. Assim, se tornou o jogador com o maior número de hat-tricks marcados no futebol espanhol. Além do recorde de Messi, o Barcelona assumiu a liderança da competição. - Após a confusão na partida entre Panathinaikos e Olympiacos no último dia 22, pelo Campeonato Grego, as duas equipes ficaram impedidas de receber torcedores nos seus respectivos estádios. Porém, a proibição não intimidou a torcida do Panathinaikos, que ficou do lado de fora do estádio para apoiar o time no jogo deste final de semana pelo Campeonato Nacional –a equipe venceu o Paok por 4 a 3. - O Aston Villa venceu, por 2 a 0, o West Bromwich neste sábado (7) e se classificou para as semifinais da Copa da Inglaterra. Porém o lance curioso ficou para o término da partida. Assim que o juiz apitou o fim do jogo, os torcedores do Aston Villa invadiram o campo e foram comemorar junto com os jogadores do clube inglês. - Este foi o primeiro final de semana, após a convocação do técnico da seleção brasileira, Dunga, que os brasileiros entraram em campo pelo seus respectivos clubes, e o saldo não foi muito animador. O único convocado que marcou foi o zagueiro David Luiz na vitória do PSG, por 4 a 1, sobre o Lens. O meia Philippe Coutinho entrou em campo, mas passou em branco pelo Liverpool. O mesmo aconteceu com o atacante Douglas Costa, que não marcou diante do Metlist. Robinho, Neymar, Oscar, Willian e Diego Tardelli não entraram em campo. Os clubes da primeira divisão do Campeonato Italiano concordaram em permitir que o Parma, clube lanterna da competição e em dificuldades financeiras, complete a temporada. Um fundo de cinco milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) seria criado a partir do dinheiro proveniente de multas pagas pelos clubes por confusões com o público e outras violações das regras da Série A. Neste domingo (8), o clube entrou em campo e empatou, em 1 a 1, com a Atalanta. - - O ex-presidente do Osasuna Miguel Archanco e o ex-diretor do clube Txuma Peralta foram presos na tarde deste sábado (7), na cidade de Pamplona, por ordem da Justiça da Espanha. Ambos são investigados por suposto desvio de pelo menos 2,4 milhões de euros (aprox. R$ 8 milhões) dos cofres do clube, além de uma suposta manipulação dos resultados de partidas na última temporada.
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Mais um recorde de Messi e gol de Kaká na estreia marcam rodada do futebol internacionalApesar do empate com o New York City por 1 a 1, o meia Kaká estreou na MLS (Major League Soccer), principal liga profissional de futebol dos EUA, fazendo história. O brasileiro marcou o primeiro gol do seu clube, o Orlando City, na história da Competição Nacional. - Com os três gols marcados neste domingo (8), na vitória por 6 a 1, sobre o Rayo Vallecano, Messi chegou aos 30 e igualou Cristiano Ronaldo na artilharia do Campeonato Espanhol. O argentino também alcançou o seu 32º hat-trick (três gols em um mesmo jogo) pelo clube catalão. Assim, se tornou o jogador com o maior número de hat-tricks marcados no futebol espanhol. Além do recorde de Messi, o Barcelona assumiu a liderança da competição. - Após a confusão na partida entre Panathinaikos e Olympiacos no último dia 22, pelo Campeonato Grego, as duas equipes ficaram impedidas de receber torcedores nos seus respectivos estádios. Porém, a proibição não intimidou a torcida do Panathinaikos, que ficou do lado de fora do estádio para apoiar o time no jogo deste final de semana pelo Campeonato Nacional –a equipe venceu o Paok por 4 a 3. - O Aston Villa venceu, por 2 a 0, o West Bromwich neste sábado (7) e se classificou para as semifinais da Copa da Inglaterra. Porém o lance curioso ficou para o término da partida. Assim que o juiz apitou o fim do jogo, os torcedores do Aston Villa invadiram o campo e foram comemorar junto com os jogadores do clube inglês. - Este foi o primeiro final de semana, após a convocação do técnico da seleção brasileira, Dunga, que os brasileiros entraram em campo pelo seus respectivos clubes, e o saldo não foi muito animador. O único convocado que marcou foi o zagueiro David Luiz na vitória do PSG, por 4 a 1, sobre o Lens. O meia Philippe Coutinho entrou em campo, mas passou em branco pelo Liverpool. O mesmo aconteceu com o atacante Douglas Costa, que não marcou diante do Metlist. Robinho, Neymar, Oscar, Willian e Diego Tardelli não entraram em campo. Os clubes da primeira divisão do Campeonato Italiano concordaram em permitir que o Parma, clube lanterna da competição e em dificuldades financeiras, complete a temporada. Um fundo de cinco milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) seria criado a partir do dinheiro proveniente de multas pagas pelos clubes por confusões com o público e outras violações das regras da Série A. Neste domingo (8), o clube entrou em campo e empatou, em 1 a 1, com a Atalanta. - - O ex-presidente do Osasuna Miguel Archanco e o ex-diretor do clube Txuma Peralta foram presos na tarde deste sábado (7), na cidade de Pamplona, por ordem da Justiça da Espanha. Ambos são investigados por suposto desvio de pelo menos 2,4 milhões de euros (aprox. R$ 8 milhões) dos cofres do clube, além de uma suposta manipulação dos resultados de partidas na última temporada.
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Sobrevivente de acidente da Chape, Neto não voltará a jogar em 2017
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Após umarecuperação surpreendente, alguns treinamentos dentro de campo e a reintegração ao elenco da Chapecoense, o zagueiro Neto, um dos sobreviventes do desastre aéreo em Medellín no ano passado, não voltará aos gramados em 2017. Segundo o departamento médico da Chapecoense, não houve progresso na recuperação do atleta, que sofre com dores no joelho, e uma cirurgia será definida em no máximo 15 dias. "Estamos bem propensos a operar o joelho do Neto. Ele tem uma lesão de cartilagem e ela estacionou, não evoluiu, e ele ainda tem uma instabilidade do ligamento cruzado posterior. Por isso, vamos resolver as duas coisas com uma cirurgia", disse Carlos Mendonça, médico da Chapecoense. A recuperação do jogador, segundo o departamento médico que o acompanha desde a tragédia, foi excelente e acima de qualquer expectativa. Após quatro meses de reabilitação, Neto chegou a ser inscrito na Copa Libertadores e treinou com o elenco. No entanto, as dores no joelho voltaram a incomodá-lo. Neto passou na semana passada por uma cirurgia na vesícula e ainda se recupera do procedimento. Por isso, a cirurgia no joelho ainda não está totalmente acertada. "Temos que esperar mais uns 15 dias para a recuperação dessa cirurgia [na vesícula], e aí podemos definir", afirmou Mendonça. Ainda segundo o departamento médico da Chapecoense, Neto faria a cirurgia e teria até o inicio de 2018 para a recuperação, podendo iniciar uma pré-temporada totalmente recuperado. "Essa possibilidade existe, tratar durante esse ano para ele voltar livre de dores e de qualquer problema clínico no ano que vem. Podendo fazer uma pré-temporada adequada com o restante do grupo". Já o lateral esquerdo Alan Ruschel, também um dos sobreviventes da tragédia aérea de Medellín, está com a recuperação completa. A Chapecoense já se programa para realizar a volta do atleta aos gramados nos próximos dias. Segundo fontes ligadas ao clube e ao jogador, Alan pode voltar a ser relacionado para jogo contra o Defensa y Justicia, pela Copa Sul-Americana, em 25 de julho, ou até mesmo no jogo contra o Atlético-GO, pelo Brasileirão, em 30 de julho. Ruschel já treina com o grupo e participa de todas as atividades normais dentro de campo. Desde a liberação do departamento médico da Chapecoense, a ênfase dos trabalhos foi direcionada para a recuperação física e muscular do jogador, além da volta do ritmo de jogo.
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esporte
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Sobrevivente de acidente da Chape, Neto não voltará a jogar em 2017Após umarecuperação surpreendente, alguns treinamentos dentro de campo e a reintegração ao elenco da Chapecoense, o zagueiro Neto, um dos sobreviventes do desastre aéreo em Medellín no ano passado, não voltará aos gramados em 2017. Segundo o departamento médico da Chapecoense, não houve progresso na recuperação do atleta, que sofre com dores no joelho, e uma cirurgia será definida em no máximo 15 dias. "Estamos bem propensos a operar o joelho do Neto. Ele tem uma lesão de cartilagem e ela estacionou, não evoluiu, e ele ainda tem uma instabilidade do ligamento cruzado posterior. Por isso, vamos resolver as duas coisas com uma cirurgia", disse Carlos Mendonça, médico da Chapecoense. A recuperação do jogador, segundo o departamento médico que o acompanha desde a tragédia, foi excelente e acima de qualquer expectativa. Após quatro meses de reabilitação, Neto chegou a ser inscrito na Copa Libertadores e treinou com o elenco. No entanto, as dores no joelho voltaram a incomodá-lo. Neto passou na semana passada por uma cirurgia na vesícula e ainda se recupera do procedimento. Por isso, a cirurgia no joelho ainda não está totalmente acertada. "Temos que esperar mais uns 15 dias para a recuperação dessa cirurgia [na vesícula], e aí podemos definir", afirmou Mendonça. Ainda segundo o departamento médico da Chapecoense, Neto faria a cirurgia e teria até o inicio de 2018 para a recuperação, podendo iniciar uma pré-temporada totalmente recuperado. "Essa possibilidade existe, tratar durante esse ano para ele voltar livre de dores e de qualquer problema clínico no ano que vem. Podendo fazer uma pré-temporada adequada com o restante do grupo". Já o lateral esquerdo Alan Ruschel, também um dos sobreviventes da tragédia aérea de Medellín, está com a recuperação completa. A Chapecoense já se programa para realizar a volta do atleta aos gramados nos próximos dias. Segundo fontes ligadas ao clube e ao jogador, Alan pode voltar a ser relacionado para jogo contra o Defensa y Justicia, pela Copa Sul-Americana, em 25 de julho, ou até mesmo no jogo contra o Atlético-GO, pelo Brasileirão, em 30 de julho. Ruschel já treina com o grupo e participa de todas as atividades normais dentro de campo. Desde a liberação do departamento médico da Chapecoense, a ênfase dos trabalhos foi direcionada para a recuperação física e muscular do jogador, além da volta do ritmo de jogo.
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Engenharia genética pode fazer porcos doarem órgãos para humanos
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Um método de modificação de genes pode um dia tornar órgãos de porcos adequados para uso em pessoas, de acordo com cientistas. George Church e seus colegas usaram uma técnica chamada Crispr para alterar o DNA de células de porco e torná-las compatíveis com humanos. O trabalho preliminar, publicado na revista científica Science, trata de preocupações sobre possibilidade de rejeição e infecção por vírus presentes no DNA do porco. Se esse problemas forem resolvidos, a técnica pode ser a resposta para os baixos índices de doação de órgãos. Mas serão necessários mais anos de pesquisa para que porcos geneticamente modificados possam ser criados para abrigar órgãos que serão usados em pessoas. TÉCNICA INOVADORA O Crispr é uma ferramenta científica relativamente nova que permite que cientistas rearranjem códigos de DNA. Church, da Universidade Harvard, usou a técnica para desativar retrovírus endógeno que reside no DNA do porco. Este retrovírus suíno é perigoso porque pode infectar células humanas –pelo menos no laboratório. Em testes com jovens embriões de porcos, Church conseguiu eliminar todas as 62 cópias dos retrovírus das células de porco usando a técnica Crispr. Em seguida, ele checou se as células modificadas ainda transmitiriam com facilidade o retrovírus para as células humanas. Isso não ocorreu, embora ainda tenha havido uma pequena taxa de transmissão. Church afirma que a descoberta traz grandes esperanças para o uso de órgãos de animais em humanos –o que os médicos chamam de xenotransplante. Sarah Chan, especialista da Universidade de Edinburgo, disse: "Mesmo depois que as questões científicas e de segurança forem resolvidas, ainda deveríamos considerar possíveis preocupações culturais e impactos sociais associados a um uso disseminado de órgãos de porcos para transplante humano". "Apesar disso, o resultado do estudo é valioso tanto como prova deste princípio como um possível passo para avanços terapêuticos nesta área, que ainda precisa de bastante pesquisa."
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bbc
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Engenharia genética pode fazer porcos doarem órgãos para humanosUm método de modificação de genes pode um dia tornar órgãos de porcos adequados para uso em pessoas, de acordo com cientistas. George Church e seus colegas usaram uma técnica chamada Crispr para alterar o DNA de células de porco e torná-las compatíveis com humanos. O trabalho preliminar, publicado na revista científica Science, trata de preocupações sobre possibilidade de rejeição e infecção por vírus presentes no DNA do porco. Se esse problemas forem resolvidos, a técnica pode ser a resposta para os baixos índices de doação de órgãos. Mas serão necessários mais anos de pesquisa para que porcos geneticamente modificados possam ser criados para abrigar órgãos que serão usados em pessoas. TÉCNICA INOVADORA O Crispr é uma ferramenta científica relativamente nova que permite que cientistas rearranjem códigos de DNA. Church, da Universidade Harvard, usou a técnica para desativar retrovírus endógeno que reside no DNA do porco. Este retrovírus suíno é perigoso porque pode infectar células humanas –pelo menos no laboratório. Em testes com jovens embriões de porcos, Church conseguiu eliminar todas as 62 cópias dos retrovírus das células de porco usando a técnica Crispr. Em seguida, ele checou se as células modificadas ainda transmitiriam com facilidade o retrovírus para as células humanas. Isso não ocorreu, embora ainda tenha havido uma pequena taxa de transmissão. Church afirma que a descoberta traz grandes esperanças para o uso de órgãos de animais em humanos –o que os médicos chamam de xenotransplante. Sarah Chan, especialista da Universidade de Edinburgo, disse: "Mesmo depois que as questões científicas e de segurança forem resolvidas, ainda deveríamos considerar possíveis preocupações culturais e impactos sociais associados a um uso disseminado de órgãos de porcos para transplante humano". "Apesar disso, o resultado do estudo é valioso tanto como prova deste princípio como um possível passo para avanços terapêuticos nesta área, que ainda precisa de bastante pesquisa."
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Para tentar preservar os porões do MP, Janot dá uma ajuda à bandidagem
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Começo a minha coluna com uma saudação de rigor: "Tchau, Dilma!". Ou, para lembrar a governanta: "Às vezes, quem está na chuva não quer estar na chuva." Agora ao Brasil do futuro. Desde que li o poemeto "Anedota Búlgara", de Carlos Drummond de Andrade, não tomo os defensores de borboletas como expressão do bem absoluto, embora, em si, protegê-las me pareça uma boa ideia. Nem todos conhecem ou se lembram. É assim: "Era uma vez um czar naturalista/ que caçava homens./ Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e/ andorinhas,/ ficou muito espantado/ e achou uma barbaridade." Pegou fogo nesta semana e veio à superfície um embate antes subterrâneo envolvendo a Lava Jato. Há coisas que estão completamente fora do lugar –e minha crítica não é nova. Um vazamento sobre as tratativas para a delação de Léo Pinheiro acendeu o sinal vermelho em vários setores do Judiciário. A "Veja" revelou que o nome do ministro Dias Toffoli, do Supremo, integrava um anexo oficioso que circulava lá pelo Ministério Público Federal. Não especulo sobre as fontes da revista. À imprensa não cabe guardar segredos, mas revelá-los. E segue sendo uma obrigação do poder público apurar os vazamentos. Cada um no seu quadrado. Se há porões no MPF –e, pelo visto, há–, a revista presta um serviço ao revelá-lo. Nas democracias, se cada um cumprir o seu papel, as coisas avançam. A aposta quase unânime é a de que o vazamento partiu do próprio MPF, o que Rodrigo Janot nega. De forma inexplicável, o homem pôs fim à delação de Léo Pinheiro, como se o vazamento do que ele assegura não existir (???) interessasse ao ex-chefão da OAS. Ora, a consequência prova que não. Restou em muitos setores do meio jurídico a seguinte constatação: "Ai de quem discordar dos comandantes da Lava Jato! Terá a reputação maculada". Toffoli deu ao menos dois votos que não agradaram à força-tarefa. Ministros do Supremo lidam com a informação de que há uma espécie de esforço concentrado para fazer a Lava Jato chegar como um tsunami à Corte. E como Rodrigo Janot respondeu à coisa? Pôs fim à delação de Léo Pinheiro. Ora, mantida a decisão, o empreiteiro levará para a lápide fria as informações que seriam certamente do interesse do país. A esta altura, há figurões rezando para que as coisas assim permaneçam, não é mesmo, Lula? A delação dos diretores da Odebrecht está em andamento. E se alguém que se sabe na mira resolver se antecipar e "vazar" sucessos de verões passados? Suspende-se também essa? Qual é o ponto? O meritório trabalho do Ministério Público Federal e da PF, que está criando condições para um Brasil melhor do que aquele que teríamos sem ele, está sendo assediado pelo espírito de Savonarola que toma algumas lideranças. Pesquisem a respeito. O homem não era mau. Ele só não sabia distinguir Dante ou Botticelli de sabotadores da fé. Mandava tudo para a fogueira das vaidades. Não temos Dantes e Botticellis dando sopa por aí. Mas nem todo mundo que discorda de alguns métodos dos bravos rapazes do MP, ou de suas propostas, são defensores da corrupção. Entre as tais 10 medidas, há a defesa de provas colhidas ilicitamente, "desde que de "boa fé". Hein? A "boa fé" de Robespierre era a guilhotina. A de Savonarola, a fogueira. O ministro Gilmar Mendes chamou a proposta de "coisa de cretinos". E de cretinos contraproducentes, acrescento, que sempre conseguem o oposto do que almejam com a sua estupidez purificadora. Ou não é isso que teremos se Léo Pinheiro levar seus segredos para o além?
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colunas
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Para tentar preservar os porões do MP, Janot dá uma ajuda à bandidagemComeço a minha coluna com uma saudação de rigor: "Tchau, Dilma!". Ou, para lembrar a governanta: "Às vezes, quem está na chuva não quer estar na chuva." Agora ao Brasil do futuro. Desde que li o poemeto "Anedota Búlgara", de Carlos Drummond de Andrade, não tomo os defensores de borboletas como expressão do bem absoluto, embora, em si, protegê-las me pareça uma boa ideia. Nem todos conhecem ou se lembram. É assim: "Era uma vez um czar naturalista/ que caçava homens./ Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e/ andorinhas,/ ficou muito espantado/ e achou uma barbaridade." Pegou fogo nesta semana e veio à superfície um embate antes subterrâneo envolvendo a Lava Jato. Há coisas que estão completamente fora do lugar –e minha crítica não é nova. Um vazamento sobre as tratativas para a delação de Léo Pinheiro acendeu o sinal vermelho em vários setores do Judiciário. A "Veja" revelou que o nome do ministro Dias Toffoli, do Supremo, integrava um anexo oficioso que circulava lá pelo Ministério Público Federal. Não especulo sobre as fontes da revista. À imprensa não cabe guardar segredos, mas revelá-los. E segue sendo uma obrigação do poder público apurar os vazamentos. Cada um no seu quadrado. Se há porões no MPF –e, pelo visto, há–, a revista presta um serviço ao revelá-lo. Nas democracias, se cada um cumprir o seu papel, as coisas avançam. A aposta quase unânime é a de que o vazamento partiu do próprio MPF, o que Rodrigo Janot nega. De forma inexplicável, o homem pôs fim à delação de Léo Pinheiro, como se o vazamento do que ele assegura não existir (???) interessasse ao ex-chefão da OAS. Ora, a consequência prova que não. Restou em muitos setores do meio jurídico a seguinte constatação: "Ai de quem discordar dos comandantes da Lava Jato! Terá a reputação maculada". Toffoli deu ao menos dois votos que não agradaram à força-tarefa. Ministros do Supremo lidam com a informação de que há uma espécie de esforço concentrado para fazer a Lava Jato chegar como um tsunami à Corte. E como Rodrigo Janot respondeu à coisa? Pôs fim à delação de Léo Pinheiro. Ora, mantida a decisão, o empreiteiro levará para a lápide fria as informações que seriam certamente do interesse do país. A esta altura, há figurões rezando para que as coisas assim permaneçam, não é mesmo, Lula? A delação dos diretores da Odebrecht está em andamento. E se alguém que se sabe na mira resolver se antecipar e "vazar" sucessos de verões passados? Suspende-se também essa? Qual é o ponto? O meritório trabalho do Ministério Público Federal e da PF, que está criando condições para um Brasil melhor do que aquele que teríamos sem ele, está sendo assediado pelo espírito de Savonarola que toma algumas lideranças. Pesquisem a respeito. O homem não era mau. Ele só não sabia distinguir Dante ou Botticelli de sabotadores da fé. Mandava tudo para a fogueira das vaidades. Não temos Dantes e Botticellis dando sopa por aí. Mas nem todo mundo que discorda de alguns métodos dos bravos rapazes do MP, ou de suas propostas, são defensores da corrupção. Entre as tais 10 medidas, há a defesa de provas colhidas ilicitamente, "desde que de "boa fé". Hein? A "boa fé" de Robespierre era a guilhotina. A de Savonarola, a fogueira. O ministro Gilmar Mendes chamou a proposta de "coisa de cretinos". E de cretinos contraproducentes, acrescento, que sempre conseguem o oposto do que almejam com a sua estupidez purificadora. Ou não é isso que teremos se Léo Pinheiro levar seus segredos para o além?
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Governo retomará reforma política no primeiro trimestre, assegura ministro
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Responsável pela articulação do governo federal com os movimentos sociais, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que o governo tem como prioridade retomar, ainda no primeiro trimestre, a agenda da reforma política no país. "Essa é uma agenda definitiva para a sociedade brasileira. No processo eleitoral todos os partidos expressaram isso. A sociedade quer uma reforma política", disse, nesta terça-feira (13). Segundo Rossetto, a presidente Dilma Rousseff já manifestou seu compromisso de responder a essa demanda. O ministro deverá intensificar sua agenda de encontros com setores da sociedade que estão à frente de movimentos pela reforma política. Segundo ele, já há reunião marcada com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "Vamos cumprir nossa responsabilidade política, que ninguém duvide disso", disse. O governo espera que até março haja a possibilidade de se redesenhar um cenário favorável à discussão no Congresso das medidas para viabilizar a mudança. Segundo Rossetto, os temas a serem pautados ainda estão em aberto, e será necessário um diálogo maior com o Congresso e com a sociedade. "Temos que respeitar um tempo político, a partir de fevereiro. O novo Congresso terá que ser sensível a esse tema." Para o ministro, as bases para a reforma são projetos que já tramitam no Legislativo, propostas da sociedade civil, iniciativas do governo e temas que esperam análise do Judiciário. Sem avanço, a Câmara dos Deputados discute reforma política há 20 anos. "É uma agenda em aberto porque temos que repactuar alguns acordos. O Congresso Nacional terá a última palavra nesse tema e a presidente vai trabalhar para estimular esse debate", disse. REFERENDO OU PLEBISCITO De acordo com o ministro, o governo está disposto a ceder em alguns pontos, como a realização de um referendo, em vez de um plebiscito, o que governo sempre defendeu. "Nenhuma das ideias foi descartada, nem a do plebiscito. A ideia forte é de uma consulta popular. Temos opinião e achamos que plebiscito cria condições melhores para expressar essa opinião [popular]", afirmou. Rossetto promoveu um café da manhã com jornalistas na manhã desta terça no Palácio do Planalto. Durante sua apresentação aos jornalistas, ele afirmou que um dos objetivos do seu mandato à frente da Secretaria-Geral será tomar iniciativas para incentivar "o amplo e verdadeiro processo de diálogo com a sociedade civil". Para Rossetto, esse diálogo irá ampliar a capacidade de qualificação das políticas públicas. "A Secretaria-Geral vai estimular essa dinâmica. Será uma construção participativa com toda a sociedade. Isso faz parte de uma dinâmica de todo o governo porque é melhor quando governamos assim. A capacidade de acertar cresce e a de errar, diminui", afirmou. Ele disse que o governo deverá apresentar em agosto o projeto de atualização do Plano Plurianual (PPA), com uma dinâmica aberta de participação social. "Vamos regionalizar as discussões para abrir debates. Será uma agenda que irá assegurar direitos, emprego e renda. Mesmo com os ajustes, que são normais em inícios de governo, todos os programas sociais estão mantidos", disse. "Gostamos de democracia, mas gostamos de uma democracia viva. Trata-se, portanto, de uma capacidade de iniciativa do governo de trabalhar com todos esses temas que pautam a sociedade."
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Governo retomará reforma política no primeiro trimestre, assegura ministroResponsável pela articulação do governo federal com os movimentos sociais, o ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que o governo tem como prioridade retomar, ainda no primeiro trimestre, a agenda da reforma política no país. "Essa é uma agenda definitiva para a sociedade brasileira. No processo eleitoral todos os partidos expressaram isso. A sociedade quer uma reforma política", disse, nesta terça-feira (13). Segundo Rossetto, a presidente Dilma Rousseff já manifestou seu compromisso de responder a essa demanda. O ministro deverá intensificar sua agenda de encontros com setores da sociedade que estão à frente de movimentos pela reforma política. Segundo ele, já há reunião marcada com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "Vamos cumprir nossa responsabilidade política, que ninguém duvide disso", disse. O governo espera que até março haja a possibilidade de se redesenhar um cenário favorável à discussão no Congresso das medidas para viabilizar a mudança. Segundo Rossetto, os temas a serem pautados ainda estão em aberto, e será necessário um diálogo maior com o Congresso e com a sociedade. "Temos que respeitar um tempo político, a partir de fevereiro. O novo Congresso terá que ser sensível a esse tema." Para o ministro, as bases para a reforma são projetos que já tramitam no Legislativo, propostas da sociedade civil, iniciativas do governo e temas que esperam análise do Judiciário. Sem avanço, a Câmara dos Deputados discute reforma política há 20 anos. "É uma agenda em aberto porque temos que repactuar alguns acordos. O Congresso Nacional terá a última palavra nesse tema e a presidente vai trabalhar para estimular esse debate", disse. REFERENDO OU PLEBISCITO De acordo com o ministro, o governo está disposto a ceder em alguns pontos, como a realização de um referendo, em vez de um plebiscito, o que governo sempre defendeu. "Nenhuma das ideias foi descartada, nem a do plebiscito. A ideia forte é de uma consulta popular. Temos opinião e achamos que plebiscito cria condições melhores para expressar essa opinião [popular]", afirmou. Rossetto promoveu um café da manhã com jornalistas na manhã desta terça no Palácio do Planalto. Durante sua apresentação aos jornalistas, ele afirmou que um dos objetivos do seu mandato à frente da Secretaria-Geral será tomar iniciativas para incentivar "o amplo e verdadeiro processo de diálogo com a sociedade civil". Para Rossetto, esse diálogo irá ampliar a capacidade de qualificação das políticas públicas. "A Secretaria-Geral vai estimular essa dinâmica. Será uma construção participativa com toda a sociedade. Isso faz parte de uma dinâmica de todo o governo porque é melhor quando governamos assim. A capacidade de acertar cresce e a de errar, diminui", afirmou. Ele disse que o governo deverá apresentar em agosto o projeto de atualização do Plano Plurianual (PPA), com uma dinâmica aberta de participação social. "Vamos regionalizar as discussões para abrir debates. Será uma agenda que irá assegurar direitos, emprego e renda. Mesmo com os ajustes, que são normais em inícios de governo, todos os programas sociais estão mantidos", disse. "Gostamos de democracia, mas gostamos de uma democracia viva. Trata-se, portanto, de uma capacidade de iniciativa do governo de trabalhar com todos esses temas que pautam a sociedade."
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Leitor elogia ombudsman por texto sobre policiais em redes sociais
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Enquanto o Painel do Leitor às vezes reluta em publicar cartas que enviamos sobre segurança pública, a ombudsman da Folha desempenhou magistralmente o seu papel, no artigo Sobrou mira. Em percuciente análise da reportagem anterior "Nas redes, policial é herói e violento, questionou a postura do jornal de insinuar que a violência é intrínseca aos policiais. E mais: ainda que se entenda que imagem de rede social tem caráter público, os policiais não foram consultados. Como fica a regra jornalística de ouvir o "outro lado"? Parabéns à arguta ombudsman. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor elogia ombudsman por texto sobre policiais em redes sociaisEnquanto o Painel do Leitor às vezes reluta em publicar cartas que enviamos sobre segurança pública, a ombudsman da Folha desempenhou magistralmente o seu papel, no artigo Sobrou mira. Em percuciente análise da reportagem anterior "Nas redes, policial é herói e violento, questionou a postura do jornal de insinuar que a violência é intrínseca aos policiais. E mais: ainda que se entenda que imagem de rede social tem caráter público, os policiais não foram consultados. Como fica a regra jornalística de ouvir o "outro lado"? Parabéns à arguta ombudsman. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Saída da crise deve vir da eleição de 2018, diz comandante do Exército
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O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirma que a saída para a crise do país "está nas mãos dos cidadãos brasileiros", que poderão, "nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido". Voz moderada em meio à cacofonia histérica de extremos ideológicos que marca a crise, na qual volta e meia grupelhos clamam por intervenção militar, Villas Bôas diz que "o Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas" e reitera que a Constituição deve prevalecer: "Todos devem tê-la como farol a ser seguido". A entrevista foi feita via e-mail, por opção da assessoria do Exército, e as perguntas foram enviadas no dia 4 de julho, sendo respondidas 23 dias depois, na quinta (27). * Folha - Pesquisa Datafolha recente mostrou que as Forças Armadas são a instituição do país em que a população mais confia hoje, enquanto a Presidência, o Congresso e os partidos são as instituições menos confiáveis. Como interpreta esses dados? Eduardo Villas Bôas - Esses números nos impõem uma imensa responsabilidade. As Forças Armadas, que constituem um corte vertical da sociedade e possuem representantes de todo o espectro social, são reconhecidas por serem uma reserva de valores, como integridade, ética, honestidade, patriotismo e desprendimento. Elas sempre estiveram presentes em momentos importantes da história de nossa nação. Algumas vezes, com o Braço Forte e, inúmeras vezes, com a Mão Amiga. Por conseguinte, essa confiança configura um capital intangível que nos é muito caro. Demonstra que a maioria esmagadora da população nos observa atentamente e nos avalia. Pela primeira vez na história, um presidente foi denunciado por corrupção no exercício do mandato. Como acompanha essa crise? Acha que o presidente Temer tem condições éticas de permanecer no cargo? Vivemos um período de ineditismos. Mas o fato de seguirmos batalhando, em nosso dia a dia, demonstra que as nossas instituições ainda estão funcionando, mesmo com a crise pela qual elas e o país vêm passando. Cabe-lhes atuar no limite de suas atribuições, sempre com o sentido de se fortalecerem mutuamente. Neste momento, o que deve prevalecer é a Constituição Federal e todos, repito, todos devem tê-la como farol a ser seguido. Há quem compare a crise atual com aquela vivida em 1964. É possível fazer essa analogia? Comparações podem ser feitas, mas o Brasil é, hoje, um país muito mais complexo e sofisticado. Naquela época, havia uma situação de confronto característica da Guerra Fria, com a ação de ideologias externas, que fomentaram ameaças à hierarquia e à disciplina nas Forças Armadas, aspectos que não estão presentes nos dias atuais. O Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas. Hoje, elas estão cientes de suas missões e capacidades e mantêm-se fiéis aos ditames constitucionais. É chegada a hora de consentir que o período que engloba 1964 é história e assim deve ser percebido. Em manifestações recentes, o sr. fez uma defesa enfática da Lava Jato. Como analisa os movimentos que vão na contramão da faxina ética pretendida pela operação (julgamento no TSE, liberação de Rocha Loures, devolução do mandato de Aécio etc.)? As instituições estão trabalhando e buscando resolver essa crise, que está atingindo nosso cerne e relativizando nossos valores. Tenho afirmado que, além da crise política, vivemos um momento em que faltam fundamentos éticos e no qual o "politicamente correto", por vezes mal interpretado, prejudica nossa evolução. Falta-nos uma identidade e um projeto estratégico de país. País com letra maiúscula. Por isso, costumo dizer que estamos à deriva. No entanto, considero essa crise uma oportunidade, que poderá auxiliar a nação a se sanear, sem influências ideológicas ou políticas. A Lava Jato simboliza a esperança de que se produza no país uma mudança fundamental, em que a ética seja nossa parceira cotidiana e a sensação de impunidade, coisa do passado. Como o Exército se posiciona sobre a candidatura de Bolsonaro, um militar da reserva, à Presidência? E como vê o uso que ele faz da condição de militar na campanha (disse, por exemplo, que, como capitão, sua especialidade era "matar")? Todo cidadão tem o direito de ser candidato a qualquer cargo eletivo. É natural que o deputado Jair Bolsonaro use seu currículo e sua história pessoal, como ex-integrante do Exército, em sua campanha. Como integrante da reserva, ele sempre terá o nosso reconhecimento e o nosso respeito. No entanto, e em última análise, é a população quem vai julgar os partidos e os candidatos, por intermédio do voto, devendo, para tanto, conhecer muito bem os projetos e ideias de cada um deles. Destaco que o Exército, como instituição permanente, serve ao Estado e não a pessoas, estando acima de interesses partidários e de anseios pessoais. A dimensão da crise favorece o surgimento de candidatos populistas e aventureiros. Como vê essa possibilidade e como analisa o quadro eleitoral para 2018? Acho que a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto. Talvez seja um reflexo de os brasileiros terem permitido, no passado, que a linha de confrontação da guerra fria dividisse nossa sociedade. É preciso que a crise que estamos vivendo provoque uma mudança no debate político para 2018. É necessário discutir questões que possibilitem preparar um projeto de nação, decidir que país se quer ter e aonde se pretende chegar. Está difícil de identificar, no Brasil de hoje, uma base de pensamento com capacidade de interpretar o mundo atual, de elaborar diagnósticos estratégicos apropriados e de apontar direções e metas para o futuro. Está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido. O sr. é um crítico do uso das Forças Armadas em funções de polícia. O que achou de o presidente Temer ter assinado um decreto convocando as Forças Armadas para coibir um protesto que descambou para a violência em Brasília? Essa tarefa não seria da polícia? O Exército brasileiro é uma instituição que tem suas missões reguladas na Constituição, mais precisamente no artigo 142. Nele, observam-se três tarefas claras: a defesa da Pátria; a garantia dos poderes constitucionais; e a garantia da lei e da ordem. O emprego das Forças Armadas nas manifestações que ocorreram na Esplanada dos Ministérios se deu em uma situação de emergência e teve caráter preventivo. Havia um sério risco de o patrimônio público ser dilapidado. A integridade física das pessoas também estava em perigo. Não é possível aceitar que vândalos infiltrados nas manifestações permaneçam sem identificação e fiquem impunes. A ação dessas pessoas deslegitima qualquer manifestação e agride a democracia. O sr. tem reiterado que "não há atalhos fora da Constituição" e demonstrado ser um defensor intransigente da democracia. Como analisa e a que atribui as manifestações no país por intervenção militar? As manifestações demonstram um cansaço da população com os escândalos que temos visto. Elas refletem a materialização do capital de confiança apresentado nas pesquisas. Uma instituição que detenha 83% de confiabilidade é uma exceção em um ambiente degradado. Porém, como tenho dito, vemos tudo isso com tranquilidade, pois o Exército brasileiro atua no estrito cumprimento das leis vigentes e sempre com base na legalidade, estabilidade e legitimidade. Numa postagem recente em uma rede social, o sr. exaltou o marechal Castello Branco, um dos artífices do golpe militar de 1964. Que mensagem quis passar ao dizer que Castello Branco é "um exemplo de líder militar a ser seguido"? Herói da campanha da Itália, ele já seria um exemplo por ter participado da Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, em 1964, o Marechal Castello Branco foi o líder que civis e militares encontraram para dirigir os rumos da nação naqueles momentos conturbados e que, hoje, devem ser compreendidos dentro do contexto vivido à época. Com sua visão de estadista, foi o responsável por alterações na legislação, que afastaram os militares da política partidária e que norteiam, até hoje, a permanência das Forças Armadas em seus quartéis, no estrito cumprimento do dever constitucional. As Forças Armadas brasileiras não reconhecerão os erros e atrocidades que cometeram durante a ditadura? A lei da anistia, compreendida como um pacto social, proporcionou as condições políticas para que as divergências ideológicas pudessem ser pacificadas. Ela colocou um ponto final naquela fase da história. Precisamos olhar para o futuro, atendendo ao espírito de conciliação. O sr. costuma ressaltar a gravidade do quadro da segurança pública no País, com número de mortes equivalente ao de guerras. Como resolver ou pelo menos minimizar esse problema? Esse problema exige uma resposta que envolva distintos atores da sociedade. Mas a solução deve, necessariamente, passar pela valorização e capacitação das forças de segurança pública. Passa, igualmente, pelo efetivo combate ao tráfico de armas e de drogas, hoje, grandes indutores da violência nos principais centros. Da mesma maneira, o princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido da disciplina social e do coletivo nacional –sem luta de classes– deve ser recuperado. Existe no Brasil uma excessiva compreensão com direitos e uma enorme negligência com deveres. Há, também, excesso de diagnóstico e pouca ação efetiva e prática. Imaginar-se que apenas a vertente policial poderá resolver essas questões é ledo engano. As ações de segurança pública devem, sim, estabelecer metas e prioridades. Exigem cooperação entre atores públicos e privados e deve ter, por ferramentas, programas sociais e serviços públicos, que fogem à esfera da Segurança Pública, adequados à região e à população. Como está a negociação para alterar a Previdência dos militares? Estão definidos a idade mínima, o tempo de contribuição e o teto? O que o sr. defende? E há alguma perspectiva em relação ao reajuste salarial dos militares? Os integrantes das Forças Armadas não têm sistema previdenciário, como, aliás, já descreve a Constituição. O que temos é proteção social, de acordo com as peculiaridades da profissão militar, já bem compreendidas por alguns setores da sociedade. O Ministério da Defesa está coordenando os trabalhos de um grupo técnico com militares das três Forças Armadas, para propor medidas mais amplas nas áreas da reestruturação da carreira militar, da redução da defasagem remuneratória e da adequação de regras ao sistema de proteção social. São mudanças que terão consequências e reflexos mais duradouros no futuro. Aliás, o próprio presidente da República, no final do ano passado, reconheceu a enorme defasagem salarial dos militares das Forças Armadas em comparação com as outras carreiras de Estado. Recentemente, nas audiências em que participei nas comissões da Câmara e do Senado, também os parlamentares ficaram surpresos com essa discrepância. Os objetivos estão traçados para o longo prazo e vão muito além da mera redução de despesas para a União. Eles visam à manutenção da atratividade da carreira militar e à atração e retenção de profissionais vocacionados, motivados, capacitados e com valores éticos e morais condizentes com a profissão que detém o poder de uso da violência institucional em nome do Estado. Quero deixar claro, no entanto, que os militares não se furtarão a contribuir com a reforma. Estão dispostos a dar sua cota de sacrifício, comportamento que já tomamos inúmeras vezes no passado. Qual a principal função das Forças Armadas, do Exército em particular, no Brasil de 2017? Essa resposta é atemporal. Arguimos os nossos interlocutores sobre a importância das Forças Armadas em países com as nossas dimensões e potencialidades. Não raras vezes, nos surpreendemos com respostas superficiais, quando não, completamente distorcidas. Quem leva o Estado Brasileiro às longínquas fronteiras, contribuindo para a presença nacional? As Forças Armadas! Quem respalda decisões do Estado brasileiro perante outros Estados, impondo a nossa vontade por meio da dissuasão? As Forças Armadas! Qual país verdadeiramente relevante do ponto de vista geopolítico descarta suas Forças Armadas? Nenhum! Se você possuísse bens extremamente valiosos, estaria disposto a pagar para mantê-los? Estou seguro de que sim. Desse bem a nossa sociedade já dispõe, mas não se apercebeu do quão importante é protegê-lo. Esse bem é a nossa liberdade. Assim, é mister discutir mais sobre nossas Forças Armadas, para que, ao conhecê-las, saibamos valorizá-las e respeitá-las. O sr. tem uma doença degenerativa, sobre a qual já se manifestou com transparência publicamente. Como está sua saúde hoje? De que modo a doença tem limitado sua atuação? Até quando o senhor tem forças para ficar no posto? Conforme comentei em outras ocasiões, fui acometido por uma doença degenerativa que atingiu alguns grupos musculares, restringindo minha capacidade de locomoção. Sinto falta de viajar, de percorrer as nossas unidades, de estar junto com a tropa. Busco vencer os desafios dia a dia e sigo no tratamento. Tenho um objetivo maior de servir à pátria e continuo a persegui-lo. O general Sérgio Etchegoyen, de quem o sr. é conterrâneo e amigo, ganhou força no governo, e há quem comente que poderia substitui-lo. Existem articulações nesse sentido? Como vê a possibilidade? Como é a relação entre vocês? A substituição dos comandantes de força é atribuição exclusiva do presidente da República. Quanto ao general Etchegoyen, ele é meu amigo pessoal, há mais de 50 anos, como você mesmo destacou. Trabalhamos juntos em várias oportunidades e, além da amizade, fortalecida a cada dia, mantemos agradável convivência familiar.
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Saída da crise deve vir da eleição de 2018, diz comandante do ExércitoO comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirma que a saída para a crise do país "está nas mãos dos cidadãos brasileiros", que poderão, "nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido". Voz moderada em meio à cacofonia histérica de extremos ideológicos que marca a crise, na qual volta e meia grupelhos clamam por intervenção militar, Villas Bôas diz que "o Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas" e reitera que a Constituição deve prevalecer: "Todos devem tê-la como farol a ser seguido". A entrevista foi feita via e-mail, por opção da assessoria do Exército, e as perguntas foram enviadas no dia 4 de julho, sendo respondidas 23 dias depois, na quinta (27). * Folha - Pesquisa Datafolha recente mostrou que as Forças Armadas são a instituição do país em que a população mais confia hoje, enquanto a Presidência, o Congresso e os partidos são as instituições menos confiáveis. Como interpreta esses dados? Eduardo Villas Bôas - Esses números nos impõem uma imensa responsabilidade. As Forças Armadas, que constituem um corte vertical da sociedade e possuem representantes de todo o espectro social, são reconhecidas por serem uma reserva de valores, como integridade, ética, honestidade, patriotismo e desprendimento. Elas sempre estiveram presentes em momentos importantes da história de nossa nação. Algumas vezes, com o Braço Forte e, inúmeras vezes, com a Mão Amiga. Por conseguinte, essa confiança configura um capital intangível que nos é muito caro. Demonstra que a maioria esmagadora da população nos observa atentamente e nos avalia. Pela primeira vez na história, um presidente foi denunciado por corrupção no exercício do mandato. Como acompanha essa crise? Acha que o presidente Temer tem condições éticas de permanecer no cargo? Vivemos um período de ineditismos. Mas o fato de seguirmos batalhando, em nosso dia a dia, demonstra que as nossas instituições ainda estão funcionando, mesmo com a crise pela qual elas e o país vêm passando. Cabe-lhes atuar no limite de suas atribuições, sempre com o sentido de se fortalecerem mutuamente. Neste momento, o que deve prevalecer é a Constituição Federal e todos, repito, todos devem tê-la como farol a ser seguido. Há quem compare a crise atual com aquela vivida em 1964. É possível fazer essa analogia? Comparações podem ser feitas, mas o Brasil é, hoje, um país muito mais complexo e sofisticado. Naquela época, havia uma situação de confronto característica da Guerra Fria, com a ação de ideologias externas, que fomentaram ameaças à hierarquia e à disciplina nas Forças Armadas, aspectos que não estão presentes nos dias atuais. O Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas. Hoje, elas estão cientes de suas missões e capacidades e mantêm-se fiéis aos ditames constitucionais. É chegada a hora de consentir que o período que engloba 1964 é história e assim deve ser percebido. Em manifestações recentes, o sr. fez uma defesa enfática da Lava Jato. Como analisa os movimentos que vão na contramão da faxina ética pretendida pela operação (julgamento no TSE, liberação de Rocha Loures, devolução do mandato de Aécio etc.)? As instituições estão trabalhando e buscando resolver essa crise, que está atingindo nosso cerne e relativizando nossos valores. Tenho afirmado que, além da crise política, vivemos um momento em que faltam fundamentos éticos e no qual o "politicamente correto", por vezes mal interpretado, prejudica nossa evolução. Falta-nos uma identidade e um projeto estratégico de país. País com letra maiúscula. Por isso, costumo dizer que estamos à deriva. No entanto, considero essa crise uma oportunidade, que poderá auxiliar a nação a se sanear, sem influências ideológicas ou políticas. A Lava Jato simboliza a esperança de que se produza no país uma mudança fundamental, em que a ética seja nossa parceira cotidiana e a sensação de impunidade, coisa do passado. Como o Exército se posiciona sobre a candidatura de Bolsonaro, um militar da reserva, à Presidência? E como vê o uso que ele faz da condição de militar na campanha (disse, por exemplo, que, como capitão, sua especialidade era "matar")? Todo cidadão tem o direito de ser candidato a qualquer cargo eletivo. É natural que o deputado Jair Bolsonaro use seu currículo e sua história pessoal, como ex-integrante do Exército, em sua campanha. Como integrante da reserva, ele sempre terá o nosso reconhecimento e o nosso respeito. No entanto, e em última análise, é a população quem vai julgar os partidos e os candidatos, por intermédio do voto, devendo, para tanto, conhecer muito bem os projetos e ideias de cada um deles. Destaco que o Exército, como instituição permanente, serve ao Estado e não a pessoas, estando acima de interesses partidários e de anseios pessoais. A dimensão da crise favorece o surgimento de candidatos populistas e aventureiros. Como vê essa possibilidade e como analisa o quadro eleitoral para 2018? Acho que a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto. Talvez seja um reflexo de os brasileiros terem permitido, no passado, que a linha de confrontação da guerra fria dividisse nossa sociedade. É preciso que a crise que estamos vivendo provoque uma mudança no debate político para 2018. É necessário discutir questões que possibilitem preparar um projeto de nação, decidir que país se quer ter e aonde se pretende chegar. Está difícil de identificar, no Brasil de hoje, uma base de pensamento com capacidade de interpretar o mundo atual, de elaborar diagnósticos estratégicos apropriados e de apontar direções e metas para o futuro. Está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido. O sr. é um crítico do uso das Forças Armadas em funções de polícia. O que achou de o presidente Temer ter assinado um decreto convocando as Forças Armadas para coibir um protesto que descambou para a violência em Brasília? Essa tarefa não seria da polícia? O Exército brasileiro é uma instituição que tem suas missões reguladas na Constituição, mais precisamente no artigo 142. Nele, observam-se três tarefas claras: a defesa da Pátria; a garantia dos poderes constitucionais; e a garantia da lei e da ordem. O emprego das Forças Armadas nas manifestações que ocorreram na Esplanada dos Ministérios se deu em uma situação de emergência e teve caráter preventivo. Havia um sério risco de o patrimônio público ser dilapidado. A integridade física das pessoas também estava em perigo. Não é possível aceitar que vândalos infiltrados nas manifestações permaneçam sem identificação e fiquem impunes. A ação dessas pessoas deslegitima qualquer manifestação e agride a democracia. O sr. tem reiterado que "não há atalhos fora da Constituição" e demonstrado ser um defensor intransigente da democracia. Como analisa e a que atribui as manifestações no país por intervenção militar? As manifestações demonstram um cansaço da população com os escândalos que temos visto. Elas refletem a materialização do capital de confiança apresentado nas pesquisas. Uma instituição que detenha 83% de confiabilidade é uma exceção em um ambiente degradado. Porém, como tenho dito, vemos tudo isso com tranquilidade, pois o Exército brasileiro atua no estrito cumprimento das leis vigentes e sempre com base na legalidade, estabilidade e legitimidade. Numa postagem recente em uma rede social, o sr. exaltou o marechal Castello Branco, um dos artífices do golpe militar de 1964. Que mensagem quis passar ao dizer que Castello Branco é "um exemplo de líder militar a ser seguido"? Herói da campanha da Itália, ele já seria um exemplo por ter participado da Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, em 1964, o Marechal Castello Branco foi o líder que civis e militares encontraram para dirigir os rumos da nação naqueles momentos conturbados e que, hoje, devem ser compreendidos dentro do contexto vivido à época. Com sua visão de estadista, foi o responsável por alterações na legislação, que afastaram os militares da política partidária e que norteiam, até hoje, a permanência das Forças Armadas em seus quartéis, no estrito cumprimento do dever constitucional. As Forças Armadas brasileiras não reconhecerão os erros e atrocidades que cometeram durante a ditadura? A lei da anistia, compreendida como um pacto social, proporcionou as condições políticas para que as divergências ideológicas pudessem ser pacificadas. Ela colocou um ponto final naquela fase da história. Precisamos olhar para o futuro, atendendo ao espírito de conciliação. O sr. costuma ressaltar a gravidade do quadro da segurança pública no País, com número de mortes equivalente ao de guerras. Como resolver ou pelo menos minimizar esse problema? Esse problema exige uma resposta que envolva distintos atores da sociedade. Mas a solução deve, necessariamente, passar pela valorização e capacitação das forças de segurança pública. Passa, igualmente, pelo efetivo combate ao tráfico de armas e de drogas, hoje, grandes indutores da violência nos principais centros. Da mesma maneira, o princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido da disciplina social e do coletivo nacional –sem luta de classes– deve ser recuperado. Existe no Brasil uma excessiva compreensão com direitos e uma enorme negligência com deveres. Há, também, excesso de diagnóstico e pouca ação efetiva e prática. Imaginar-se que apenas a vertente policial poderá resolver essas questões é ledo engano. As ações de segurança pública devem, sim, estabelecer metas e prioridades. Exigem cooperação entre atores públicos e privados e deve ter, por ferramentas, programas sociais e serviços públicos, que fogem à esfera da Segurança Pública, adequados à região e à população. Como está a negociação para alterar a Previdência dos militares? Estão definidos a idade mínima, o tempo de contribuição e o teto? O que o sr. defende? E há alguma perspectiva em relação ao reajuste salarial dos militares? Os integrantes das Forças Armadas não têm sistema previdenciário, como, aliás, já descreve a Constituição. O que temos é proteção social, de acordo com as peculiaridades da profissão militar, já bem compreendidas por alguns setores da sociedade. O Ministério da Defesa está coordenando os trabalhos de um grupo técnico com militares das três Forças Armadas, para propor medidas mais amplas nas áreas da reestruturação da carreira militar, da redução da defasagem remuneratória e da adequação de regras ao sistema de proteção social. São mudanças que terão consequências e reflexos mais duradouros no futuro. Aliás, o próprio presidente da República, no final do ano passado, reconheceu a enorme defasagem salarial dos militares das Forças Armadas em comparação com as outras carreiras de Estado. Recentemente, nas audiências em que participei nas comissões da Câmara e do Senado, também os parlamentares ficaram surpresos com essa discrepância. Os objetivos estão traçados para o longo prazo e vão muito além da mera redução de despesas para a União. Eles visam à manutenção da atratividade da carreira militar e à atração e retenção de profissionais vocacionados, motivados, capacitados e com valores éticos e morais condizentes com a profissão que detém o poder de uso da violência institucional em nome do Estado. Quero deixar claro, no entanto, que os militares não se furtarão a contribuir com a reforma. Estão dispostos a dar sua cota de sacrifício, comportamento que já tomamos inúmeras vezes no passado. Qual a principal função das Forças Armadas, do Exército em particular, no Brasil de 2017? Essa resposta é atemporal. Arguimos os nossos interlocutores sobre a importância das Forças Armadas em países com as nossas dimensões e potencialidades. Não raras vezes, nos surpreendemos com respostas superficiais, quando não, completamente distorcidas. Quem leva o Estado Brasileiro às longínquas fronteiras, contribuindo para a presença nacional? As Forças Armadas! Quem respalda decisões do Estado brasileiro perante outros Estados, impondo a nossa vontade por meio da dissuasão? As Forças Armadas! Qual país verdadeiramente relevante do ponto de vista geopolítico descarta suas Forças Armadas? Nenhum! Se você possuísse bens extremamente valiosos, estaria disposto a pagar para mantê-los? Estou seguro de que sim. Desse bem a nossa sociedade já dispõe, mas não se apercebeu do quão importante é protegê-lo. Esse bem é a nossa liberdade. Assim, é mister discutir mais sobre nossas Forças Armadas, para que, ao conhecê-las, saibamos valorizá-las e respeitá-las. O sr. tem uma doença degenerativa, sobre a qual já se manifestou com transparência publicamente. Como está sua saúde hoje? De que modo a doença tem limitado sua atuação? Até quando o senhor tem forças para ficar no posto? Conforme comentei em outras ocasiões, fui acometido por uma doença degenerativa que atingiu alguns grupos musculares, restringindo minha capacidade de locomoção. Sinto falta de viajar, de percorrer as nossas unidades, de estar junto com a tropa. Busco vencer os desafios dia a dia e sigo no tratamento. Tenho um objetivo maior de servir à pátria e continuo a persegui-lo. O general Sérgio Etchegoyen, de quem o sr. é conterrâneo e amigo, ganhou força no governo, e há quem comente que poderia substitui-lo. Existem articulações nesse sentido? Como vê a possibilidade? Como é a relação entre vocês? A substituição dos comandantes de força é atribuição exclusiva do presidente da República. Quanto ao general Etchegoyen, ele é meu amigo pessoal, há mais de 50 anos, como você mesmo destacou. Trabalhamos juntos em várias oportunidades e, além da amizade, fortalecida a cada dia, mantemos agradável convivência familiar.
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Com crise hídrica, ministro do STF pede acordo contra desmatamento
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux pediu que os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo avaliem fechar um compromisso para a redução do desmatamento, seguindo normas do Código Florestal, por causa da crise hídrica que atinge os Estados. Fux quer ampliar os termos de um acordo que seria firmado para tratar a transposição do rio Paraíba do Sul. A ideia é inserir metas de recuperação e conservação da vegetação nativa em rios, nascentes e reservatórios de acordo com o código. O entendimento foi costurado em 2014 para que os Estados sejam proibidos de realizar obras de captação de águas do rio Paraíba do Sul para abastecer o sistema Cantareira, mas ainda não foi oficializado. Fux solicitou posicionamento dos governadores depois de o deputado Sarney Filho, da Frente Parlamentar Ambientalista, enviar documento no qual aponta "relação direta da escassez de recursos hídricos com o desmatamento" e informa que "o sistema Cantareira (...) teria apenas 34% dos seus 2.280 km2 com cobertura de mata Atlântica". O ministro determinou que o Ministério Público Federal se manifeste em dez dias sobre a possibilidade da inclusão da cláusula para redução do desmatamento e, posteriormente, o mesmo prazo será dado para que os governadores se manifestarem. De acordo com levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado em outubro de 2014, restam apenas 488 km2 (21,5%) de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis represas que formam o sistema Cantareira.
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cotidiano
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Com crise hídrica, ministro do STF pede acordo contra desmatamentoO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux pediu que os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo avaliem fechar um compromisso para a redução do desmatamento, seguindo normas do Código Florestal, por causa da crise hídrica que atinge os Estados. Fux quer ampliar os termos de um acordo que seria firmado para tratar a transposição do rio Paraíba do Sul. A ideia é inserir metas de recuperação e conservação da vegetação nativa em rios, nascentes e reservatórios de acordo com o código. O entendimento foi costurado em 2014 para que os Estados sejam proibidos de realizar obras de captação de águas do rio Paraíba do Sul para abastecer o sistema Cantareira, mas ainda não foi oficializado. Fux solicitou posicionamento dos governadores depois de o deputado Sarney Filho, da Frente Parlamentar Ambientalista, enviar documento no qual aponta "relação direta da escassez de recursos hídricos com o desmatamento" e informa que "o sistema Cantareira (...) teria apenas 34% dos seus 2.280 km2 com cobertura de mata Atlântica". O ministro determinou que o Ministério Público Federal se manifeste em dez dias sobre a possibilidade da inclusão da cláusula para redução do desmatamento e, posteriormente, o mesmo prazo será dado para que os governadores se manifestarem. De acordo com levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado em outubro de 2014, restam apenas 488 km2 (21,5%) de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis represas que formam o sistema Cantareira.
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Renan diz que fraude de horas extras no Senado tem que acabar
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (2) que servidores envolvidos em um esquema de fraude no pagamento de horas extras da Casa foram afastados e deverão devolver aos cofres do Senado o dinheiro recebido ilegalmente. Segundo Renan, a Casa divulgará quem são os servidores que receberam os pagamentos indevidos. No domingo, a coluna Painel, da Folha, mostrou que o Senado abriu, em janeiro, uma investigação para apurar indícios de fraudes no pagamento de horas extras. Segundo a coluna, a suspeita veio após um salto no registro do benefício. Em dezembro, foram necessárias 254 páginas para lançar todos os pagamentos –o dobro dos dois anos anteriores. Em nota, o Senado informou que identificou o pagamento de R$ 38 mil a cinco servidores entre fevereiro e setembro de 2015 mas afirmou que só poderá divulgar os nomes dos envolvidos ao final da investigação que corre em sigilo. A Casa informa ainda que parte do valor já foi ressarcido mas não detalha quanto. Ao presidir a sessão de votação da Casa, Renan informou aos colegas que a sindicância apurará "a exata participação e responsabilidade de cada um dos envolvidos". Caberá à Diretoria-Geral do Senado providenciar o imediato ressarcimento dos valores pagos indevidamente em horas extras a diretores, coordenadores e diretores adjuntos. "Sem prejuízo, todos são testemunhas das atividades da Casa. É inadmissível que ardis burocráticos pretendam fraudar essa determinação da Mesa Diretora do Senado. Aqueles que tentarem podem até fazê-lo mas responderão por seus atos e suas consequências", disse. Em sua fala, Renan defendeu a extinção das horas extras sob o argumento de que o Senado possui um banco de horas. "Essa coisa de hora extra tem de acabar porque o Senado tem um banco de horas. Então, não tem sentido, absolutamente nenhum sentido, você ampliar o gasto com hora extra no Senado Federal, que nós sabemos que os salários são altos [...] Isso é uma coisa que nós não vamos admitir", disse. Renan pediu ainda que a própria Diretoria-Geral estabeleça limites e tetos de pagamentos das horas adotados em 2014. De acordo com o Painel, a cúpula do Senado já decidiu fazer mudanças no setor. Na última quinta (27), James Raymundo assumiu a direção de Recursos Humanos no lugar de Rodrigo Brum. O peemedebista rememorou ainda a diminuição de gastos com o benefício nos últimos anos. Segundo ele, em 2010 a Casa pagou R$ 69,7 milhões para o benefício. Em 2013, ano em que ele assumiu a presidência do Senado, o gasto caiu para R$ 9,2 milhões. Em 2014, a redução foi para R$ 4,7 milhões. O senador não citou dados de 2015.
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Renan diz que fraude de horas extras no Senado tem que acabarO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (2) que servidores envolvidos em um esquema de fraude no pagamento de horas extras da Casa foram afastados e deverão devolver aos cofres do Senado o dinheiro recebido ilegalmente. Segundo Renan, a Casa divulgará quem são os servidores que receberam os pagamentos indevidos. No domingo, a coluna Painel, da Folha, mostrou que o Senado abriu, em janeiro, uma investigação para apurar indícios de fraudes no pagamento de horas extras. Segundo a coluna, a suspeita veio após um salto no registro do benefício. Em dezembro, foram necessárias 254 páginas para lançar todos os pagamentos –o dobro dos dois anos anteriores. Em nota, o Senado informou que identificou o pagamento de R$ 38 mil a cinco servidores entre fevereiro e setembro de 2015 mas afirmou que só poderá divulgar os nomes dos envolvidos ao final da investigação que corre em sigilo. A Casa informa ainda que parte do valor já foi ressarcido mas não detalha quanto. Ao presidir a sessão de votação da Casa, Renan informou aos colegas que a sindicância apurará "a exata participação e responsabilidade de cada um dos envolvidos". Caberá à Diretoria-Geral do Senado providenciar o imediato ressarcimento dos valores pagos indevidamente em horas extras a diretores, coordenadores e diretores adjuntos. "Sem prejuízo, todos são testemunhas das atividades da Casa. É inadmissível que ardis burocráticos pretendam fraudar essa determinação da Mesa Diretora do Senado. Aqueles que tentarem podem até fazê-lo mas responderão por seus atos e suas consequências", disse. Em sua fala, Renan defendeu a extinção das horas extras sob o argumento de que o Senado possui um banco de horas. "Essa coisa de hora extra tem de acabar porque o Senado tem um banco de horas. Então, não tem sentido, absolutamente nenhum sentido, você ampliar o gasto com hora extra no Senado Federal, que nós sabemos que os salários são altos [...] Isso é uma coisa que nós não vamos admitir", disse. Renan pediu ainda que a própria Diretoria-Geral estabeleça limites e tetos de pagamentos das horas adotados em 2014. De acordo com o Painel, a cúpula do Senado já decidiu fazer mudanças no setor. Na última quinta (27), James Raymundo assumiu a direção de Recursos Humanos no lugar de Rodrigo Brum. O peemedebista rememorou ainda a diminuição de gastos com o benefício nos últimos anos. Segundo ele, em 2010 a Casa pagou R$ 69,7 milhões para o benefício. Em 2013, ano em que ele assumiu a presidência do Senado, o gasto caiu para R$ 9,2 milhões. Em 2014, a redução foi para R$ 4,7 milhões. O senador não citou dados de 2015.
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Após mais de sete meses, CET e Doria contratam manutenção de semáforos
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Após sete meses e meio, a gestão João Doria (PSDB), por meio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), terminou de assinar os três contratos de manutenção de semáforos da cidade de São Paulo. O último contrato para o serviço acabou em dezembro de 2016, com o fim da gestão Fernando Haddad (PT). Enquanto isso, as falhas semafóricas na cidade se tornaram rotina, causando transtorno no trânsito e insegurança a pedestres. Só até o meio de março, a CET havia divulgado 5.700 falhas na rede. O número era superior ao mesmo período no ano anterior. Desde março, a CET não informa à Folha o número atualizado de falhas. Logo no início de 2017, ao assumir, a Prefeitura de São Paulo, a gestão Doria escolheu fazer uma nova licitação para manter funcionando os seus quase 6.400 semáforos. Enquanto aprontava a licitação, a gestão pediu que os três antigos consórcios que realizavam a manutenção até o ano anterior que estendessem as garantias de aparelhos já arrumados previamente por eles. Os consórcios liderados pelas empresas Meng, Arc e Serttel aceitaram o serviço por três meses sem cobrar nada. A licitação da CET se arrastou até julho e no processo os contratos acabaram com as mesmas empresas que faziam a manutenção dos semáforos até o ano passado. No caso da Meng e da Arc, as empresas assumiram o processo após duas empresas serem desclassificadas da licitação. Uma das eliminadas apresentou uma certidão do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia com o seu capital social desatualizado (a empresa chegou a questionar sua eliminação na Justiça, alegando que a certidão deveria servir apenas para comprovar sua capacidade técnica). A outra eliminada não teria apresentado garantias de ter instalado 50 no-breaks para semáforos (a empresa alega que instalou no-breaks compatíveis com semáforos). Com os novos contratos, cada um ao custo de R$ 13,49 milhões, o consórcio liderado pela Meng fica responsável pelo lote 1, que abrange toda a zona leste, parte do centro e da zona sul. O consórcio liderado pela Serttel tomará conta dos semáforos do lote 2, na zona norte, parte do centro e da zona oeste. A Arc terá que responder pelo lote 3 e fará a manutenção dos semáforos da zona sul e, parte do centro e da zona este. O terceiro lote é visto pelas concorrentes da licitação como o mais caro, já que os semáforos estão, na média, mais distantes um dos outros, encarecendo os custos com logística. Segundo o edital de contratação, as empresas contratadas ficam obrigadas a chegar ao ponto de uma falha semafórica prioritária em até duas horas. Estão listadas como falhas prioritárias: semáforo apagado, piscante, com informação conflitante, com uma fase apagada etc. Outras falhas, tidas pela CET como de prioridade média, obrigam que as prestadoras de serviço estejam no local do semáforo danificado em até 12 horas. São elas: botão para pedestres quebrado, conjunto de luzes do farol fora de lugar e controlador (computador dos semáforos) aberto. A terceira categoria de falhas exige a presença de equipes de manutenção em até 24 horas. A categoria basicamente inclui danificações nos semáforos de pedestres. Reclamações sobre falhas nos semáforos da cidade de São Paulo podem ser feitas pelo telefone 1188 ou pelo site da CET.
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cotidiano
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Após mais de sete meses, CET e Doria contratam manutenção de semáforosApós sete meses e meio, a gestão João Doria (PSDB), por meio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), terminou de assinar os três contratos de manutenção de semáforos da cidade de São Paulo. O último contrato para o serviço acabou em dezembro de 2016, com o fim da gestão Fernando Haddad (PT). Enquanto isso, as falhas semafóricas na cidade se tornaram rotina, causando transtorno no trânsito e insegurança a pedestres. Só até o meio de março, a CET havia divulgado 5.700 falhas na rede. O número era superior ao mesmo período no ano anterior. Desde março, a CET não informa à Folha o número atualizado de falhas. Logo no início de 2017, ao assumir, a Prefeitura de São Paulo, a gestão Doria escolheu fazer uma nova licitação para manter funcionando os seus quase 6.400 semáforos. Enquanto aprontava a licitação, a gestão pediu que os três antigos consórcios que realizavam a manutenção até o ano anterior que estendessem as garantias de aparelhos já arrumados previamente por eles. Os consórcios liderados pelas empresas Meng, Arc e Serttel aceitaram o serviço por três meses sem cobrar nada. A licitação da CET se arrastou até julho e no processo os contratos acabaram com as mesmas empresas que faziam a manutenção dos semáforos até o ano passado. No caso da Meng e da Arc, as empresas assumiram o processo após duas empresas serem desclassificadas da licitação. Uma das eliminadas apresentou uma certidão do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia com o seu capital social desatualizado (a empresa chegou a questionar sua eliminação na Justiça, alegando que a certidão deveria servir apenas para comprovar sua capacidade técnica). A outra eliminada não teria apresentado garantias de ter instalado 50 no-breaks para semáforos (a empresa alega que instalou no-breaks compatíveis com semáforos). Com os novos contratos, cada um ao custo de R$ 13,49 milhões, o consórcio liderado pela Meng fica responsável pelo lote 1, que abrange toda a zona leste, parte do centro e da zona sul. O consórcio liderado pela Serttel tomará conta dos semáforos do lote 2, na zona norte, parte do centro e da zona oeste. A Arc terá que responder pelo lote 3 e fará a manutenção dos semáforos da zona sul e, parte do centro e da zona este. O terceiro lote é visto pelas concorrentes da licitação como o mais caro, já que os semáforos estão, na média, mais distantes um dos outros, encarecendo os custos com logística. Segundo o edital de contratação, as empresas contratadas ficam obrigadas a chegar ao ponto de uma falha semafórica prioritária em até duas horas. Estão listadas como falhas prioritárias: semáforo apagado, piscante, com informação conflitante, com uma fase apagada etc. Outras falhas, tidas pela CET como de prioridade média, obrigam que as prestadoras de serviço estejam no local do semáforo danificado em até 12 horas. São elas: botão para pedestres quebrado, conjunto de luzes do farol fora de lugar e controlador (computador dos semáforos) aberto. A terceira categoria de falhas exige a presença de equipes de manutenção em até 24 horas. A categoria basicamente inclui danificações nos semáforos de pedestres. Reclamações sobre falhas nos semáforos da cidade de São Paulo podem ser feitas pelo telefone 1188 ou pelo site da CET.
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Polícia do Maranhão indicia assassino confesso de sobrinha-neta de Sarney
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A Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito e indiciou o empresário Lucas Porto, 37, por estupro e homicídio triplamente qualificado da cunhada Mariana Costa, 33, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, morta no último dia 13 em São Luís. Porto confessou o crime à polícia dois dias depois do assassinato, segundo a secretaria. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a perícia no corpo da vítima mostrou lesões (inchaço na cabeça, marcas de esganadura e manchas nas pernas) que indicam que houve luta corporal. Segundo a pasta, as investigações apontam que Mariana foi surpreendida enquanto dormia e que Lucas tentou eliminar os vestígios da cena do crime. "Após o crime, ele gastou tempo arrumando a cama e os lençóis para dar ideia de normalidade à cena, para dar ideia de suicídio ou outro motivo", disse o secretário de Segurança, Jefferson Portela, em nota. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por, segundo a secretaria, matar a vítima ser condições de defesa, pela motivação torpe e por tentar esconder o crime. Em depoimento à polícia, Porto disse que sentia "uma atração muito forte" pela cunhada e tentou abusar sexualmente da vítima no apartamento dela na tarde de domingo. Segundo ele, Mariana resistiu ao ataque e houve luta corporal entre os dois, o que acabou resultando na morte dela por asfixia. Nos primeiros depoimentos à polícia, o suspeito negou a autoria do crime. Contudo, acabou confessando após a divulgação de vídeos que o mostram deixando o apartamento da vítima na tarde do crime. Câmaras de segurança do prédio mostram que Porto esteve três vezes no apartamento de Mariana no dia em que ela foi morta. Na primeira vez, ele foi deixar Mariana e as filhas dela em casa após uma confraternização. Pouco tempo depois, ele retornou ao local, onde passou cerca de 40 minutos, e saiu apressado pelas escadas. No hall do prédio, fez uma ligação do seu telefone celular. Porto retornou ao apartamento ainda uma terceira vez, após ser informado por familiares da morte de Mariana, vestindo outra roupa. A polícia informou que ele tinha marcas de arranhões no pulso, no peito e no rosto no momento em que foi detido. A ligação feita no hall de entrada do prédio havia sido apagada de seu telefone. Mariana Costa era filha do ex-deputado estadual Sarney Neto.
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cotidiano
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Polícia do Maranhão indicia assassino confesso de sobrinha-neta de SarneyA Polícia Civil do Maranhão concluiu o inquérito e indiciou o empresário Lucas Porto, 37, por estupro e homicídio triplamente qualificado da cunhada Mariana Costa, 33, sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, morta no último dia 13 em São Luís. Porto confessou o crime à polícia dois dias depois do assassinato, segundo a secretaria. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, a perícia no corpo da vítima mostrou lesões (inchaço na cabeça, marcas de esganadura e manchas nas pernas) que indicam que houve luta corporal. Segundo a pasta, as investigações apontam que Mariana foi surpreendida enquanto dormia e que Lucas tentou eliminar os vestígios da cena do crime. "Após o crime, ele gastou tempo arrumando a cama e os lençóis para dar ideia de normalidade à cena, para dar ideia de suicídio ou outro motivo", disse o secretário de Segurança, Jefferson Portela, em nota. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado por, segundo a secretaria, matar a vítima ser condições de defesa, pela motivação torpe e por tentar esconder o crime. Em depoimento à polícia, Porto disse que sentia "uma atração muito forte" pela cunhada e tentou abusar sexualmente da vítima no apartamento dela na tarde de domingo. Segundo ele, Mariana resistiu ao ataque e houve luta corporal entre os dois, o que acabou resultando na morte dela por asfixia. Nos primeiros depoimentos à polícia, o suspeito negou a autoria do crime. Contudo, acabou confessando após a divulgação de vídeos que o mostram deixando o apartamento da vítima na tarde do crime. Câmaras de segurança do prédio mostram que Porto esteve três vezes no apartamento de Mariana no dia em que ela foi morta. Na primeira vez, ele foi deixar Mariana e as filhas dela em casa após uma confraternização. Pouco tempo depois, ele retornou ao local, onde passou cerca de 40 minutos, e saiu apressado pelas escadas. No hall do prédio, fez uma ligação do seu telefone celular. Porto retornou ao apartamento ainda uma terceira vez, após ser informado por familiares da morte de Mariana, vestindo outra roupa. A polícia informou que ele tinha marcas de arranhões no pulso, no peito e no rosto no momento em que foi detido. A ligação feita no hall de entrada do prédio havia sido apagada de seu telefone. Mariana Costa era filha do ex-deputado estadual Sarney Neto.
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Colecionador faz degustação histórica com vinhos Vega Sicilia no Rio
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O Vega Sicilia Único está para a Espanha como o Château Petrus ou o Château d'Yquem para a França: é seu vinho mais famoso e icônico. Pablo Álvarez, da família proprietária da vinícola homônima, que produz o vinho, esteve no Rio neste mês para participar da maior degustação jamais feita de Vegas Sicilias, organizada pelo empresário e enófilo Célio Pinto de Almeida. Álvarez, único responsável entre sete irmãos pelos vinhos da família, foi em seguida a São Paulo para apresentar o Vega Sicília Único –o carro chefe– e exemplares dos outros rótulos da marca a jornalistas, sommeliers e ao público pagante de um jantar no restaurante La Tambouille. "O Único é um vinho histórico que há mais de 150 anos aposta na qualidade, não falha nunca", explica Josep Roca, sommelier do El Celler de Can Roca, número um no ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo da revista Restaurant. "Fez por merecer o título de melhor vinho da Espanha." Vendido a US$ 957 (R$ 3.339,93) a garrafa na importadora, trata-se de um luxo para muito poucos. O Valbuena, igualmente festejado e produzido de maneira similar, custa US$ 368,50 (vendido em reais por R$ 1.286,05), e o Alion, com um estilo que lembra o de vinhos do Novo Mundo, US$ 162 (R$ 565,38). Álvarez, que dirige a vinícola desde 1985, vem enfrentando uma tormenta. Embrenhou-se em arrastada batalha judicial, um lado encabeçado por ele, e outro por seu pai David, que acaba de ganhar o processo que corria no Supremo Tribunal. Quatro dos outros irmãos tomaram seu partido e dois, o do patriarca, que ganhou o controle da vinícola. Pablo segue como o único da família que cuida dos vinhos no dia a dia, mas o pai pode afastá-lo quando quiser. "Estão há uns dez anos brigando feio, onde um vai o outro não vai", diz Roca. "E no entanto Pablo é mais do que importantíssimo, é vital para Vega Sicilia. Com seu trabalho impecável, reformou lenta e meticulosamente a vinícola, que hoje tem um prodígio comparável às grandes de Bordeaux, como os Châteaux Latour e Cheval Blanc". Para piorar, Javier Ausás, o enólogo que trabalhou com ele por 23 anos, saiu há poucos meses da empresa. Sereno e de fala mansa, Álvarez diz que a troca da guarda não é nada grave. "Chegamos a um acordo. Depois de tantos anos, era bom que nos separássemos. Gonzalo Iturriga de Juan, o novo enólogo, foi escolhido por mim. É um jovem engenheiro agrônomo, bem preparado para que sigamos avançando". Além dos três vinhos-estrela citados acima, feitos em Ribera del Duero, o duo cuida da qualidade dos tintos que produzem em Rioja (Macán e Macán Clásico) e em Toro (Pintia). Também estão sob sua responsabilidade vinhedos na região de Tokaj, na Hungria, onde fazem um celebrado branco licoroso (Tokaji Aszù Oremus) e um branco seco (Furmint Mandolás Oremus). DEGUSTAÇÃO HISTÓRICA Embora sejam todos de alta qualidade, nem mesmo os próprios vinhos da casa podem concorrer com a mística em torno do Vega Sicilia Único. Célio Pinto de Almeida, considerado um dos maiores colecionadores de vinho do mundo, levou anos reunindo garrafas do vinho para poder oferecer a 40 privilegiados –entre eles Álvarez– a rara oportunidade de prová-las em conjunto. Foram três dias seguidos de degustações: 76 safras de Vega Sicilia Único e 34 de Reserva Especial (espécie de edição limitada do Único, um blend de grandes safras). Havia vinhos das décadas de 20 e 30 que sequer a própria vinícola tem na adega, além de safras que nem mesmo Álvarez havia provado, como a de 1915. "Só um homem como Célio pode fazer algo assim, é um personagem único no mundo do vinho", diz. Os renomados sommeliers Manoel Beato e Gabriela Monteleone, entre outros, viajaram ao Rio para participar da histórica degustação, que Álvarez diz ter sido "a maior jamais feita". Até para eles e os outros experts presentes, foi algo fora do normal. Como Pinto de Almeida, o Brasil tem muitos outros colecionadores importantes, com cacife para comprarem Vegas. "É um de nossos maiores mercados", diz Álvarez. Para o consumidor comum, resta usar a marca como selo de qualidade, comprando seus vinhos mais acessíveis. O branco seco Mandolás, por exemplo, a US$ 49,90 (R$ 174,15) a garrafa, demonstra bem o elegante estilo dos vinhos Vega Sicilia sem quebrar a conta bancária do bebedor.
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Colecionador faz degustação histórica com vinhos Vega Sicilia no RioO Vega Sicilia Único está para a Espanha como o Château Petrus ou o Château d'Yquem para a França: é seu vinho mais famoso e icônico. Pablo Álvarez, da família proprietária da vinícola homônima, que produz o vinho, esteve no Rio neste mês para participar da maior degustação jamais feita de Vegas Sicilias, organizada pelo empresário e enófilo Célio Pinto de Almeida. Álvarez, único responsável entre sete irmãos pelos vinhos da família, foi em seguida a São Paulo para apresentar o Vega Sicília Único –o carro chefe– e exemplares dos outros rótulos da marca a jornalistas, sommeliers e ao público pagante de um jantar no restaurante La Tambouille. "O Único é um vinho histórico que há mais de 150 anos aposta na qualidade, não falha nunca", explica Josep Roca, sommelier do El Celler de Can Roca, número um no ranking dos 50 melhores restaurantes do mundo da revista Restaurant. "Fez por merecer o título de melhor vinho da Espanha." Vendido a US$ 957 (R$ 3.339,93) a garrafa na importadora, trata-se de um luxo para muito poucos. O Valbuena, igualmente festejado e produzido de maneira similar, custa US$ 368,50 (vendido em reais por R$ 1.286,05), e o Alion, com um estilo que lembra o de vinhos do Novo Mundo, US$ 162 (R$ 565,38). Álvarez, que dirige a vinícola desde 1985, vem enfrentando uma tormenta. Embrenhou-se em arrastada batalha judicial, um lado encabeçado por ele, e outro por seu pai David, que acaba de ganhar o processo que corria no Supremo Tribunal. Quatro dos outros irmãos tomaram seu partido e dois, o do patriarca, que ganhou o controle da vinícola. Pablo segue como o único da família que cuida dos vinhos no dia a dia, mas o pai pode afastá-lo quando quiser. "Estão há uns dez anos brigando feio, onde um vai o outro não vai", diz Roca. "E no entanto Pablo é mais do que importantíssimo, é vital para Vega Sicilia. Com seu trabalho impecável, reformou lenta e meticulosamente a vinícola, que hoje tem um prodígio comparável às grandes de Bordeaux, como os Châteaux Latour e Cheval Blanc". Para piorar, Javier Ausás, o enólogo que trabalhou com ele por 23 anos, saiu há poucos meses da empresa. Sereno e de fala mansa, Álvarez diz que a troca da guarda não é nada grave. "Chegamos a um acordo. Depois de tantos anos, era bom que nos separássemos. Gonzalo Iturriga de Juan, o novo enólogo, foi escolhido por mim. É um jovem engenheiro agrônomo, bem preparado para que sigamos avançando". Além dos três vinhos-estrela citados acima, feitos em Ribera del Duero, o duo cuida da qualidade dos tintos que produzem em Rioja (Macán e Macán Clásico) e em Toro (Pintia). Também estão sob sua responsabilidade vinhedos na região de Tokaj, na Hungria, onde fazem um celebrado branco licoroso (Tokaji Aszù Oremus) e um branco seco (Furmint Mandolás Oremus). DEGUSTAÇÃO HISTÓRICA Embora sejam todos de alta qualidade, nem mesmo os próprios vinhos da casa podem concorrer com a mística em torno do Vega Sicilia Único. Célio Pinto de Almeida, considerado um dos maiores colecionadores de vinho do mundo, levou anos reunindo garrafas do vinho para poder oferecer a 40 privilegiados –entre eles Álvarez– a rara oportunidade de prová-las em conjunto. Foram três dias seguidos de degustações: 76 safras de Vega Sicilia Único e 34 de Reserva Especial (espécie de edição limitada do Único, um blend de grandes safras). Havia vinhos das décadas de 20 e 30 que sequer a própria vinícola tem na adega, além de safras que nem mesmo Álvarez havia provado, como a de 1915. "Só um homem como Célio pode fazer algo assim, é um personagem único no mundo do vinho", diz. Os renomados sommeliers Manoel Beato e Gabriela Monteleone, entre outros, viajaram ao Rio para participar da histórica degustação, que Álvarez diz ter sido "a maior jamais feita". Até para eles e os outros experts presentes, foi algo fora do normal. Como Pinto de Almeida, o Brasil tem muitos outros colecionadores importantes, com cacife para comprarem Vegas. "É um de nossos maiores mercados", diz Álvarez. Para o consumidor comum, resta usar a marca como selo de qualidade, comprando seus vinhos mais acessíveis. O branco seco Mandolás, por exemplo, a US$ 49,90 (R$ 174,15) a garrafa, demonstra bem o elegante estilo dos vinhos Vega Sicilia sem quebrar a conta bancária do bebedor.
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Cunhados de Mauricio Macri fazem oposição a presidente argentino
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A fenda (ou "grieta", como é chamada localmente) que divide a Argentina politicamente também passa pela família do presidente, Mauricio Macri -o mandatário tem dois cunhados como opositores. Néstor Daniel Leonardo pediu em março para que Macri fosse levado à Justiça. Já Alejandro Awada faz questão de aparecer em atos públicos de apoio ao kirchnerismo. O parapsicólogo Leonardo, de 51 anos, é viúvo de Sandra Macri –irmã do presidente que morreu em 2014 de câncer- e é uma das vítimas de um caso de escutas ilegais. À Folha, ele afirmou que Macri é "muito agressivo e soberbo" e que, por isso, "não poderia ser presidente". Em meados de 2008, quando sua mulher já estava doente, Leonardo teve seus telefones grampeados. As escutas foram colocadas por um funcionário da Polícia Metropolitana, criada por Macri quando prefeito de Buenos Aires. Segundo o advogado de Leonardo, Luis Conde, Macri se preocupava com a possibilidade de seu cunhado tornar-se herdeiro da família. O promotor responsável pelo caso, Jorge Di Lello, impulsionou a investigação nos últimos anos, mas, em dezembro de 2015, poucos dias antes da posse do presidente, afirmou que não havia provas suficientes que indicassem o envolvimento de Macri no caso. O advogado de Leonardo recorreu em março. "Tenho muita esperança de que haja um julgamento", disse à Folha. No Brasil em dezembro, Macri descreveu o caso como "velho" e afirmou que não se sustentava. "A decisão do promotor fará com que o juiz a encerre", disse à época. A relação entre o mandatário e seu cunhado foi distante durante os 12 anos da relação com Sandra. "Estivemos na mesma mesa algumas vezes", conta o parapsicólogo. O mandatário foi ao casamento do casal em 2004, mas, segundo uma revista social da época, foi o único dos irmãos da noiva que deixou a festa antes da valsa. NOS PALCOS O outro parente-problema de Macri vem do lado da família de Juliana Awada, a elegante primeira-dama. Alejandro, 54, ganhou os microfones por ser um dos atores mais celebrados no ano passado pela minissérie "História de um Clã". Ele aproveitou os holofotes para declarar publicamente, durante a campanha presidencial, seu voto em Daniel Scioli, o candidato de Cristina Kirchner. À imprensa local, ele afirmou que havia alguns presidenciáveis que o representavam melhor que Scioli, mas que, "se o movimento [kirchnerista] diz 'vamos com Scioli', também vou". Para o irmão de Juliana, Macri representa "o que faz muito dano à Argentina, que são os grupos concentradores de poder e a gestão política a serviço dos interesses pessoais e particulares de certos setores". Poucos dias antes da posse de Macri, Alejandro afirmou que não tocaria mais no assunto em respeito à irmã. A decisão, porém, não o impediu de gravar um vídeo convocando os argentinos para participarem de um ato contra Macri, em fevereiro. Para compensar os desafetos, o presidente conta com Daniel Awada, outro irmão da primeira-dama, dono da marca de roupas infantis Cheeky. O empresário foi um dos argentinos que mais doaram para a campanha de Macri. Segundo as declarações, foram 2,6 milhões de pesos (cerca de R$ 650 mil) –mais até do que os 2 milhões de pesos colocados pelo próprio presidente.
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mundo
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Cunhados de Mauricio Macri fazem oposição a presidente argentinoA fenda (ou "grieta", como é chamada localmente) que divide a Argentina politicamente também passa pela família do presidente, Mauricio Macri -o mandatário tem dois cunhados como opositores. Néstor Daniel Leonardo pediu em março para que Macri fosse levado à Justiça. Já Alejandro Awada faz questão de aparecer em atos públicos de apoio ao kirchnerismo. O parapsicólogo Leonardo, de 51 anos, é viúvo de Sandra Macri –irmã do presidente que morreu em 2014 de câncer- e é uma das vítimas de um caso de escutas ilegais. À Folha, ele afirmou que Macri é "muito agressivo e soberbo" e que, por isso, "não poderia ser presidente". Em meados de 2008, quando sua mulher já estava doente, Leonardo teve seus telefones grampeados. As escutas foram colocadas por um funcionário da Polícia Metropolitana, criada por Macri quando prefeito de Buenos Aires. Segundo o advogado de Leonardo, Luis Conde, Macri se preocupava com a possibilidade de seu cunhado tornar-se herdeiro da família. O promotor responsável pelo caso, Jorge Di Lello, impulsionou a investigação nos últimos anos, mas, em dezembro de 2015, poucos dias antes da posse do presidente, afirmou que não havia provas suficientes que indicassem o envolvimento de Macri no caso. O advogado de Leonardo recorreu em março. "Tenho muita esperança de que haja um julgamento", disse à Folha. No Brasil em dezembro, Macri descreveu o caso como "velho" e afirmou que não se sustentava. "A decisão do promotor fará com que o juiz a encerre", disse à época. A relação entre o mandatário e seu cunhado foi distante durante os 12 anos da relação com Sandra. "Estivemos na mesma mesa algumas vezes", conta o parapsicólogo. O mandatário foi ao casamento do casal em 2004, mas, segundo uma revista social da época, foi o único dos irmãos da noiva que deixou a festa antes da valsa. NOS PALCOS O outro parente-problema de Macri vem do lado da família de Juliana Awada, a elegante primeira-dama. Alejandro, 54, ganhou os microfones por ser um dos atores mais celebrados no ano passado pela minissérie "História de um Clã". Ele aproveitou os holofotes para declarar publicamente, durante a campanha presidencial, seu voto em Daniel Scioli, o candidato de Cristina Kirchner. À imprensa local, ele afirmou que havia alguns presidenciáveis que o representavam melhor que Scioli, mas que, "se o movimento [kirchnerista] diz 'vamos com Scioli', também vou". Para o irmão de Juliana, Macri representa "o que faz muito dano à Argentina, que são os grupos concentradores de poder e a gestão política a serviço dos interesses pessoais e particulares de certos setores". Poucos dias antes da posse de Macri, Alejandro afirmou que não tocaria mais no assunto em respeito à irmã. A decisão, porém, não o impediu de gravar um vídeo convocando os argentinos para participarem de um ato contra Macri, em fevereiro. Para compensar os desafetos, o presidente conta com Daniel Awada, outro irmão da primeira-dama, dono da marca de roupas infantis Cheeky. O empresário foi um dos argentinos que mais doaram para a campanha de Macri. Segundo as declarações, foram 2,6 milhões de pesos (cerca de R$ 650 mil) –mais até do que os 2 milhões de pesos colocados pelo próprio presidente.
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Deputados articulam nova tentativa de anistiar caixa dois
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Após a frustrada tentativa de votar de surpresa uma anistia aos políticos alvo da Operação Lava Jato, deputados articulam nos bastidores nova ofensiva, dessa vez de carona no pacote de dez medidas proposto pelo Ministério Público Federal e enviado ao Congresso Nacional. Uma dessas medidas é a criminalização específica do caixa dois eleitoral —a não declaração à Justiça Eleitoral de recursos financeiros usados nas campanhas—, com pena que pode chegar a 16 anos e 8 meses de prisão. Hoje a prática não tem uma tipificação própria, embora possa ser enquadrada em alguns pontos da legislação. Políticos de vários partidos pretendem usar esse item do pacote para estabelecer uma anistia a todos os que se utilizaram de caixa dois até então, em especial os congressistas alvos da Lava Jato. São duas as frentes. Uma parte dos deputados quer deixar claro no projeto que a nova lei só punirá os crimes cometidos a partir de sua entrada em vigor. Outra entende que isso é dispensável, tendo em vista a previsão constitucional de que a lei penal não pode retroagir para prejudicar o réu. O pacote do Ministério Público Federal deve ser votado em uma comissão especial da Câmara em novembro. A análise em plenário está prevista para dezembro. Em setembro, a articulação da anistia teve participação de líderes e integrantes dos principais partidos da Câmara, mas acabou barrada principalmente pela resistência dos nanicos Rede e PSOL. Relator do pacote do Ministério Público, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) diz não ver possibilidade de anistia já que, em sua visão, os alvos da Lava Jato –que apura o desvio de recursos da Petrobras para beneficiar partidos e políticos– continuarão a responder por crimes como corrupção e peculato (apropriação ou desvio de dinheiro público). Um grupo expressivo de políticos, entretanto, espera fazer valer no Judiciário a tese de que os crimes praticados por políticos na Lava Jato estariam caracterizados na nova legislação de criminalização do caixa dois, não em outra qualquer. Logo, estariam todos anistiados. O ministro Geddel Vieira Lima (Governo) foi um dos que verbalizaram esse entendimento, em setembro. "Criminalizar a partir de agora, como pede o Ministério Público, significa que não se pode punir quem foi beneficiado antes. Quem disse que caixa dois não é crime é o Ministério Público." Apesar de dizer que não vê margem para anistia, Lorenzoni afirma que mais cedo ou mais tarde será necessário estabelecer um "marco zero" na questão do caixa dois. "O que é que nós vamos fazer se existe uma regra constitucional [de que a lei não retroage para prejudicar o réu]? Vamos dizer: 'Acabou, daqui pra, frente se fizer, é punição forte'." Lorenzoni afirma ainda que irá alterar o texto do Ministério Público para diferenciar o caixa dois eleitoral que se utilizou de dinheiro lícito daquele que usou dinheiro ilícito, com penas mais duras para a segunda situação. No dia 10 de outubro, esse ponto específico do pacote foi discutido em uma sessão da Câmara que contou com a presença do vice-procurador-geral Eleitoral, Nicolao Dino, e do advogado eleitoral José Eduardo Alckmin. Os dois disseram também não ver possibilidade de anistia. Para eles, os políticos serão julgados com base na legislação que vigorava até então.
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Deputados articulam nova tentativa de anistiar caixa doisApós a frustrada tentativa de votar de surpresa uma anistia aos políticos alvo da Operação Lava Jato, deputados articulam nos bastidores nova ofensiva, dessa vez de carona no pacote de dez medidas proposto pelo Ministério Público Federal e enviado ao Congresso Nacional. Uma dessas medidas é a criminalização específica do caixa dois eleitoral —a não declaração à Justiça Eleitoral de recursos financeiros usados nas campanhas—, com pena que pode chegar a 16 anos e 8 meses de prisão. Hoje a prática não tem uma tipificação própria, embora possa ser enquadrada em alguns pontos da legislação. Políticos de vários partidos pretendem usar esse item do pacote para estabelecer uma anistia a todos os que se utilizaram de caixa dois até então, em especial os congressistas alvos da Lava Jato. São duas as frentes. Uma parte dos deputados quer deixar claro no projeto que a nova lei só punirá os crimes cometidos a partir de sua entrada em vigor. Outra entende que isso é dispensável, tendo em vista a previsão constitucional de que a lei penal não pode retroagir para prejudicar o réu. O pacote do Ministério Público Federal deve ser votado em uma comissão especial da Câmara em novembro. A análise em plenário está prevista para dezembro. Em setembro, a articulação da anistia teve participação de líderes e integrantes dos principais partidos da Câmara, mas acabou barrada principalmente pela resistência dos nanicos Rede e PSOL. Relator do pacote do Ministério Público, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) diz não ver possibilidade de anistia já que, em sua visão, os alvos da Lava Jato –que apura o desvio de recursos da Petrobras para beneficiar partidos e políticos– continuarão a responder por crimes como corrupção e peculato (apropriação ou desvio de dinheiro público). Um grupo expressivo de políticos, entretanto, espera fazer valer no Judiciário a tese de que os crimes praticados por políticos na Lava Jato estariam caracterizados na nova legislação de criminalização do caixa dois, não em outra qualquer. Logo, estariam todos anistiados. O ministro Geddel Vieira Lima (Governo) foi um dos que verbalizaram esse entendimento, em setembro. "Criminalizar a partir de agora, como pede o Ministério Público, significa que não se pode punir quem foi beneficiado antes. Quem disse que caixa dois não é crime é o Ministério Público." Apesar de dizer que não vê margem para anistia, Lorenzoni afirma que mais cedo ou mais tarde será necessário estabelecer um "marco zero" na questão do caixa dois. "O que é que nós vamos fazer se existe uma regra constitucional [de que a lei não retroage para prejudicar o réu]? Vamos dizer: 'Acabou, daqui pra, frente se fizer, é punição forte'." Lorenzoni afirma ainda que irá alterar o texto do Ministério Público para diferenciar o caixa dois eleitoral que se utilizou de dinheiro lícito daquele que usou dinheiro ilícito, com penas mais duras para a segunda situação. No dia 10 de outubro, esse ponto específico do pacote foi discutido em uma sessão da Câmara que contou com a presença do vice-procurador-geral Eleitoral, Nicolao Dino, e do advogado eleitoral José Eduardo Alckmin. Os dois disseram também não ver possibilidade de anistia. Para eles, os políticos serão julgados com base na legislação que vigorava até então.
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Alemanha propõe saída da Grécia do euro por cinco anos, diz jornal
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A Alemanha estuda a possibilidade de uma saída temporária da Grécia do euro durante cinco anos se o país não melhorar sua proposta de reformas, segundo o jornal "Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung". Segundo o site do jornal, existe um documento do Ministério das Finanças que apresenta dois possíveis caminhos para superar a crise. O primeiro seria que a Grécia melhorasse rapidamente sua última proposta à zona do euro, o que incluiria a transferência de bens no valor de 50 bilhões de euros a uma agência fiduciária para que servissem de garantia ao pagamento de novos créditos. O segundo caminho seria a saída temporária da zona do euro, acompanhada de ajuda ao crescimento do país. O documento, que não foi levado para discussão na reunião do Eurogrupo deste sábado (11), em Bruxelas, seria uma resposta ao plano de reformas apresentado pela Grécia e que a Alemanha considera insuficiente para lhe conceder um novo resgate financeiro. A última proposta da Grécia é considerada pela Alemanha como insuficiente para um pacote de resgate do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE). "Na proposta, faltam reformas chave para modernizar o país e a longo prazo conseguir um crescimento estável", diz o ministério. O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse antes da reunião do Eurogrupo que esperava negociações muito difíceis e não escondeu que o que os gregos colocaram na mesa de negociações não lhe parece suficiente. O ministro afirmou que o que está em jogo não é um prolongamento do segundo pacote de resgate, mas um terceiro dentro do MEE que exigiria um período mais longo e valores mais altos, o que por si implica maiores exigências. Além disso, Schäuble frisou que há um problema de confiança entre as partes devido à maneira como as negociações ocorreram nos últimos meses. O jornal "Bild" disse que Schäuble queria dar por encerradas as negociações com a Grécia havia vários dias, mas teve que ceder diante do desejo da chanceler Angela Merkel de manter as portas abertas a um acordo. Grécia
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mercado
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Alemanha propõe saída da Grécia do euro por cinco anos, diz jornalA Alemanha estuda a possibilidade de uma saída temporária da Grécia do euro durante cinco anos se o país não melhorar sua proposta de reformas, segundo o jornal "Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung". Segundo o site do jornal, existe um documento do Ministério das Finanças que apresenta dois possíveis caminhos para superar a crise. O primeiro seria que a Grécia melhorasse rapidamente sua última proposta à zona do euro, o que incluiria a transferência de bens no valor de 50 bilhões de euros a uma agência fiduciária para que servissem de garantia ao pagamento de novos créditos. O segundo caminho seria a saída temporária da zona do euro, acompanhada de ajuda ao crescimento do país. O documento, que não foi levado para discussão na reunião do Eurogrupo deste sábado (11), em Bruxelas, seria uma resposta ao plano de reformas apresentado pela Grécia e que a Alemanha considera insuficiente para lhe conceder um novo resgate financeiro. A última proposta da Grécia é considerada pela Alemanha como insuficiente para um pacote de resgate do Mecanismo de Estabilidade Europeu (MEE). "Na proposta, faltam reformas chave para modernizar o país e a longo prazo conseguir um crescimento estável", diz o ministério. O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse antes da reunião do Eurogrupo que esperava negociações muito difíceis e não escondeu que o que os gregos colocaram na mesa de negociações não lhe parece suficiente. O ministro afirmou que o que está em jogo não é um prolongamento do segundo pacote de resgate, mas um terceiro dentro do MEE que exigiria um período mais longo e valores mais altos, o que por si implica maiores exigências. Além disso, Schäuble frisou que há um problema de confiança entre as partes devido à maneira como as negociações ocorreram nos últimos meses. O jornal "Bild" disse que Schäuble queria dar por encerradas as negociações com a Grécia havia vários dias, mas teve que ceder diante do desejo da chanceler Angela Merkel de manter as portas abertas a um acordo. Grécia
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Governadores querem fatia maior de dinheiro da repatriação
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Governadores querem aumentar a quantia que receberão do governo federal com o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior. Além dos R$ 5,3 bilhões que chegariam aos governadores através dos 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda a que Estados têm direito, eles querem receber uma parte da multa a ser paga por quem repatriar. O FPE (Fundo de Participação dos Estados) é formado em parte pela arrecadação do Imposto de Renda. Os contribuintes que aderirem à regularização de bens e valores mantidos ilegalmente fora do país têm que pagar 15% de multa e 15% de Imposto de Renda. O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), apresentou nesta semana uma emenda que eleva o volume repassado aos Estados. A proposta constava do texto original, mas foi vetada pela então presidente Dilma Rousseff e o Congresso Nacional manteve o veto. Segundo Florence, já há acordo entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e senadores de PSDB, PMDB, PT e PC do B a favor da aprovação da emenda. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), utiliza a emenda para tentar garantir a presença de deputados da oposição na segunda-feira (10), quando pautou a votação do projeto. "Pode se votar na segunda, porque é um tema que interessa aos governadores também. Eles estão tentando incluir uma emenda, não sei se ela será vitoriosa, mas isso inclui governadores da oposição. Talvez os próprios deputados da oposição queiram votar a repatriação para tentar incluir essa emenda. Pode ganhar ou pode perder, mas sem votar [o projeto] não há chance de ter a emenda votada", afirmou o presidente da Câmara. Ligado ao mercado financeiro, Maia é um dos principais defensores do projeto de repatriação. Para garantir a votação na segunda-feira, ele pautou o projeto antes de votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece o teto de gastos públicos, prioridade do governo Michel Temer. SEM BASE O relator do projeto de repatriação, Alexandre Baldy (PTN-GO), disse que não incluirá a proposta dos governadores em seu texto, já alterado diversas vezes. "Não tenho base legal para acolher este pedido. Tentamos de todas as formas", afirmou nesta quinta-feira (6). No entanto, uma mudança já está garantida. Baldy retirou do texto a possibilidade de manter no programa quem sonegar informações à Receita. A lei atual já exclui aqueles que apresentam declaração incorreta, mas o texto seria flexibilizado pela redação do relator. "Com a condição da foto [saldos disponíveis no dia 31 de dezembro de 2014], você exclui a possibilidade de contribuinte errar", disse Baldy. A alteração, segundo o relator, foi um pedido do Ministério da Fazenda e da Receita Federal. "Eles nos explicaram como funciona o sistema", justificou. Segundo a assessoria da Fazenda, já havia entrado, efetivamente, nos cofres do governo até 5 de outubro R$ 1,8 bilhão. R$ 9,5 bilhões foram declarados e são recursos que ainda deverão ser contabilizados. Até agora, o total regularizado é de R$ 32 bilhões. O prazo para ingresso termina em 31 de outubro, mas os deputados devem ampliá-lo para 16 de novembro.
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Governadores querem fatia maior de dinheiro da repatriaçãoGovernadores querem aumentar a quantia que receberão do governo federal com o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior. Além dos R$ 5,3 bilhões que chegariam aos governadores através dos 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda a que Estados têm direito, eles querem receber uma parte da multa a ser paga por quem repatriar. O FPE (Fundo de Participação dos Estados) é formado em parte pela arrecadação do Imposto de Renda. Os contribuintes que aderirem à regularização de bens e valores mantidos ilegalmente fora do país têm que pagar 15% de multa e 15% de Imposto de Renda. O líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), apresentou nesta semana uma emenda que eleva o volume repassado aos Estados. A proposta constava do texto original, mas foi vetada pela então presidente Dilma Rousseff e o Congresso Nacional manteve o veto. Segundo Florence, já há acordo entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e senadores de PSDB, PMDB, PT e PC do B a favor da aprovação da emenda. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), utiliza a emenda para tentar garantir a presença de deputados da oposição na segunda-feira (10), quando pautou a votação do projeto. "Pode se votar na segunda, porque é um tema que interessa aos governadores também. Eles estão tentando incluir uma emenda, não sei se ela será vitoriosa, mas isso inclui governadores da oposição. Talvez os próprios deputados da oposição queiram votar a repatriação para tentar incluir essa emenda. Pode ganhar ou pode perder, mas sem votar [o projeto] não há chance de ter a emenda votada", afirmou o presidente da Câmara. Ligado ao mercado financeiro, Maia é um dos principais defensores do projeto de repatriação. Para garantir a votação na segunda-feira, ele pautou o projeto antes de votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece o teto de gastos públicos, prioridade do governo Michel Temer. SEM BASE O relator do projeto de repatriação, Alexandre Baldy (PTN-GO), disse que não incluirá a proposta dos governadores em seu texto, já alterado diversas vezes. "Não tenho base legal para acolher este pedido. Tentamos de todas as formas", afirmou nesta quinta-feira (6). No entanto, uma mudança já está garantida. Baldy retirou do texto a possibilidade de manter no programa quem sonegar informações à Receita. A lei atual já exclui aqueles que apresentam declaração incorreta, mas o texto seria flexibilizado pela redação do relator. "Com a condição da foto [saldos disponíveis no dia 31 de dezembro de 2014], você exclui a possibilidade de contribuinte errar", disse Baldy. A alteração, segundo o relator, foi um pedido do Ministério da Fazenda e da Receita Federal. "Eles nos explicaram como funciona o sistema", justificou. Segundo a assessoria da Fazenda, já havia entrado, efetivamente, nos cofres do governo até 5 de outubro R$ 1,8 bilhão. R$ 9,5 bilhões foram declarados e são recursos que ainda deverão ser contabilizados. Até agora, o total regularizado é de R$ 32 bilhões. O prazo para ingresso termina em 31 de outubro, mas os deputados devem ampliá-lo para 16 de novembro.
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Mortes: Cirurgião, ganhou o prêmio Bisturi de Cristal
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Do manobrista ao diretor do hospital, era generalizado o carinho despertado pela figura do médico-cirurgião Ernesto Francisco Damerau. Para um amigo artista, que esculpia e pintava, dizia Ernesto: "Eu te invejo porque eu só sei operar", ao que ouvia risos de indignação. Sabia, e como, operar, tendo se especializado em cirurgias do aparelho digestivo. "Eu brinco que ele era cirurgião dos pés à cabeça", conta a mulher, Regina. Não raro, passou noites em claro estudando no escritório para complexas operações que realizaria no dia seguinte, o que nunca foi visto por Ernesto como um sacrifício. Em 2014, ganhou da Academia Mundial de Medicina, sediada na Áustria, o prêmio Bisturi de Cristal, concedido a cirurgiões de destaque em todo o mundo. Foi ainda professor titular do curso de medicina da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Formado pela UFPR (federal do Paraná), em 1957, fez residência médica no Rio de Janeiro. Os amigos brincavam que Ernesto –catarinense de Bom Retiro– fez "resistência", por ter escolhido permanecer mais seis meses após o término do período. Por meio de um amigo, conseguiu arranjar um encontro com Regina. A data é citada de cabeça por ela: 7 de abril de 1962. "Ele sempre me presenteava com uma flor nessa data", lembra ela, que era professora e casou-se com Ernesto no ano seguinte. Morreu no dia 19, aos 83 anos, após complicações decorrentes de uma diverticulite e de um câncer de pulmão. Deixa a mulher, quatro filhas, sete netos e inúmeros pacientes que ajudou em vida. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE SÁBADO 7º DIA Arnaldo De Barros Camargo - Hoje (29/8), às 17h, na igreja Sagrada Família, r. Américo Brasiliense, 928, Chácara Santo Antonio. Aurea Tereza Leite Balbi - Hoje (29/8), às 16h, na igreja São Luís Gonzaga, av. Paulista, 2.378, Cerqueira César. Nelson Dib Saad - Hoje (29/8), às 18h30, na igreja São Benedito, pça Carlos Gomes, centro, Botucatu (SP). Norma C. Finazzi Zelante - Hoje (29/8), às 15h, na igreja N. S. do Carmo, pça Floriano Peixoto, Jd. Velho, Mogi Mirim (SP). Petrônio Stamato Reiff - Hoje (29/8), às 19h, na igreja Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, av. José Augusto de Carvalho, 1.560, Jd. Centenário, Bebedouro (SP). * 1º ANO Edison Luiz Brollo - Amanhã (30/8), às 19h, na igreja N. S. Conceição, Vila Arens, Jundiaí (SP). Elza Maria Dos Reis Araujo - Hoje (29/8), às 16h, na igreja N. S. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema. * 27º ANO Antonieta Cassano Teixeira Da Silva - Amanhã (30/8), às 11h, na igreja Santo Antonio, av. dos Pássaros, 31, Aldeia da Serra, em Santana do Parnaíba, SP. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Maurício Asnis - Amanhã (30/8), às meio-dia, set. R, q. 374, sep. 66. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Natalia Rosenberg Kuschnaroff - Amanhã (30/8), às 10h, set. R., q. 393, sep. 159. Isa Kauffmann Scheneider - Amanhã (30/8), às 11h, set. R, q. 383, sep. 3. Sima Steinic - Amanhã (30/8), às 11h, set. R, q. 403, sep. 89. Rebeca Besen - Amanhã (30/8), às 11h, set. O, q. 336, sep. 82. Werner Samuel Rothschild Davidsohn - Amanhã (30/8), às 11h30, set. R, q. 405, sep. 43. Lily Orel - Amanhã (30/8), às 12h30, set. R, q. 378, sep. 30. * YURTZAIT - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Luiz Gendaken Goldstein - Amanhã (30/8), às 10h, set. R, q. 394, sep. 69. David Sendrovich - Amanhã (30/8), às 11h, set. O, q. 342, sep. 188. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Daniela Joana Katzenstein - Amanhã (30/8), às 10h30, set. B, q. 16, sep. 91. Szejndla Bejla Nudler Szwarcgun - Amanhã (30/8), às 11h, set. B, q. 25, sep. 45. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Ida Gilden Hafner - Amanhã (30/8), às 11h30, set. B, q. 17, sep. 90.
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cotidiano
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Mortes: Cirurgião, ganhou o prêmio Bisturi de CristalDo manobrista ao diretor do hospital, era generalizado o carinho despertado pela figura do médico-cirurgião Ernesto Francisco Damerau. Para um amigo artista, que esculpia e pintava, dizia Ernesto: "Eu te invejo porque eu só sei operar", ao que ouvia risos de indignação. Sabia, e como, operar, tendo se especializado em cirurgias do aparelho digestivo. "Eu brinco que ele era cirurgião dos pés à cabeça", conta a mulher, Regina. Não raro, passou noites em claro estudando no escritório para complexas operações que realizaria no dia seguinte, o que nunca foi visto por Ernesto como um sacrifício. Em 2014, ganhou da Academia Mundial de Medicina, sediada na Áustria, o prêmio Bisturi de Cristal, concedido a cirurgiões de destaque em todo o mundo. Foi ainda professor titular do curso de medicina da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Formado pela UFPR (federal do Paraná), em 1957, fez residência médica no Rio de Janeiro. Os amigos brincavam que Ernesto –catarinense de Bom Retiro– fez "resistência", por ter escolhido permanecer mais seis meses após o término do período. Por meio de um amigo, conseguiu arranjar um encontro com Regina. A data é citada de cabeça por ela: 7 de abril de 1962. "Ele sempre me presenteava com uma flor nessa data", lembra ela, que era professora e casou-se com Ernesto no ano seguinte. Morreu no dia 19, aos 83 anos, após complicações decorrentes de uma diverticulite e de um câncer de pulmão. Deixa a mulher, quatro filhas, sete netos e inúmeros pacientes que ajudou em vida. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE SÁBADO 7º DIA Arnaldo De Barros Camargo - Hoje (29/8), às 17h, na igreja Sagrada Família, r. Américo Brasiliense, 928, Chácara Santo Antonio. Aurea Tereza Leite Balbi - Hoje (29/8), às 16h, na igreja São Luís Gonzaga, av. Paulista, 2.378, Cerqueira César. Nelson Dib Saad - Hoje (29/8), às 18h30, na igreja São Benedito, pça Carlos Gomes, centro, Botucatu (SP). Norma C. Finazzi Zelante - Hoje (29/8), às 15h, na igreja N. S. do Carmo, pça Floriano Peixoto, Jd. Velho, Mogi Mirim (SP). Petrônio Stamato Reiff - Hoje (29/8), às 19h, na igreja Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, av. José Augusto de Carvalho, 1.560, Jd. Centenário, Bebedouro (SP). * 1º ANO Edison Luiz Brollo - Amanhã (30/8), às 19h, na igreja N. S. Conceição, Vila Arens, Jundiaí (SP). Elza Maria Dos Reis Araujo - Hoje (29/8), às 16h, na igreja N. S. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema. * 27º ANO Antonieta Cassano Teixeira Da Silva - Amanhã (30/8), às 11h, na igreja Santo Antonio, av. dos Pássaros, 31, Aldeia da Serra, em Santana do Parnaíba, SP. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Maurício Asnis - Amanhã (30/8), às meio-dia, set. R, q. 374, sep. 66. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Natalia Rosenberg Kuschnaroff - Amanhã (30/8), às 10h, set. R., q. 393, sep. 159. Isa Kauffmann Scheneider - Amanhã (30/8), às 11h, set. R, q. 383, sep. 3. Sima Steinic - Amanhã (30/8), às 11h, set. R, q. 403, sep. 89. Rebeca Besen - Amanhã (30/8), às 11h, set. O, q. 336, sep. 82. Werner Samuel Rothschild Davidsohn - Amanhã (30/8), às 11h30, set. R, q. 405, sep. 43. Lily Orel - Amanhã (30/8), às 12h30, set. R, q. 378, sep. 30. * YURTZAIT - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Luiz Gendaken Goldstein - Amanhã (30/8), às 10h, set. R, q. 394, sep. 69. David Sendrovich - Amanhã (30/8), às 11h, set. O, q. 342, sep. 188. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Daniela Joana Katzenstein - Amanhã (30/8), às 10h30, set. B, q. 16, sep. 91. Szejndla Bejla Nudler Szwarcgun - Amanhã (30/8), às 11h, set. B, q. 25, sep. 45. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Ida Gilden Hafner - Amanhã (30/8), às 11h30, set. B, q. 17, sep. 90.
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Turismo em Paris já sente efeito de atentados e teme pelo fim de ano
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O patrulhamento ostensivo nos pontos turísticos de Paris mudou a cara da cidade. Depois dos atentados de sexta-feira, o clima de apreensão com revistas minuciosas nas lojas de departamento e nos museus e o ar grave dos policias nos transportes públicos já traz impactos negativos para o setor de turismo. Representantes do setor ouvidos pela Folha dizem temer pelo desempenho da temporada de festas de fim de ano. O site oficial de Turismo de Paris atualiza desde a sexta-feira passada uma lista das atrações que estão abertas na cidade. Nesta quarta-feira (18), o Arco do Triunfo e as torres da catedral Notre-Dame permaneceram fechados. As visitas ao Stade de France estão suspensas até o dia 20 de novembro. Por causa da operação policial antiterrorista, a basílica de Saint-Denis, onde estão enterrados os reis da França, também foi fechada. "Os turistas ficam meio assustados com tanto policial e tanto militar nas ruas, mas explico a eles que está mais seguro passear agora do que antes dos atentados", conta Ricardo Blanche, proprietário da agência Minha Paris, especializada no atendimento a turistas brasileiros. "Nos passeios desta semana, por exemplo, tenho mostrado para os brasileiros que, apesar de todo esse aparato de segurança, os cafés e restaurantes continuam abertos. A vida continua em Paris". Entre abril e outubro deste ano, 80 mil brasileiros usaram os serviços da agência. Por semana, são, em média, 1.500 pessoas. "Registramos uma queda de 8% das reservas até agora. Para o final do ano, ainda não tivemos cancelamentos, mas, infelizmente, sabemos que isso vai ocorrer". HOTÉIS Segundo a consultoria MKG Hospitality, a taxa de ocupação dos hotéis parisienses caiu 23,1 pontos no domingo passado (15) ante a mesma data de 2014 na escala adotada pela consultoria. "O objetivo da nossa metodologia de comparar o mesmo dia em anos diferentes é o de permitir a leitura do impacto específico dos atentados em relação a uma situação considerada 'normal'", explicou Adrien Lanotte, responsável do departamento de pesquisas e marketing da consultoria. O indicador da consultoria representa 30 mil quartos de hotel em Paris. Ou seja, cerca de 40% da oferta da capital francesa. Quanto à queda nos preços das diárias, Lanotte afirma que ainda "é cedo para ver uma queda sustentada. A situação ainda esta muito volátil. Por esse motivo, também fica difícil fazer projeções para o final do ano", ponderou. Ele reconhece, porém, que o impacto dos atentados de 13 de novembro serão maiores que o efeito sentido pelo turismo no começo deste ano, que foram "de curto prazo". Principal grupo hoteleiro da França, o Accor vê, agora, uma tendência de retração maior do que a registrada após os ataques de janeiro deste ano. A rede não quis divulgar o total de reservas anuladas desde sexta-feira, mas informou que, a fim de manter os clientes para que não desistam de vir à França, decidiu estender por até seis meses a possibilidade de adiamento das reservas sem custo adicional. O ParisInfo, organismo oficial do turismo em Paris, afirma em comunicado que "não é possível reunir neste momento todas as informações dos atores do setor de turismo para fazer previsões". No entanto o comportamento recente do mercado permite ter uma noção do que está por vir. No primeiro semestre de 2015, a cidade registrou 7,5 milhões de entradas nos hotéis da capital francesa, uma queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2014. "Esse recuo deve-se essencialmente aos efeitos dos atentados de janeiro. No primeiro trimestre, a queda das entradas contra o ano anterior foi de 3,3%", revela relatório do órgão.
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mundo
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Turismo em Paris já sente efeito de atentados e teme pelo fim de anoO patrulhamento ostensivo nos pontos turísticos de Paris mudou a cara da cidade. Depois dos atentados de sexta-feira, o clima de apreensão com revistas minuciosas nas lojas de departamento e nos museus e o ar grave dos policias nos transportes públicos já traz impactos negativos para o setor de turismo. Representantes do setor ouvidos pela Folha dizem temer pelo desempenho da temporada de festas de fim de ano. O site oficial de Turismo de Paris atualiza desde a sexta-feira passada uma lista das atrações que estão abertas na cidade. Nesta quarta-feira (18), o Arco do Triunfo e as torres da catedral Notre-Dame permaneceram fechados. As visitas ao Stade de France estão suspensas até o dia 20 de novembro. Por causa da operação policial antiterrorista, a basílica de Saint-Denis, onde estão enterrados os reis da França, também foi fechada. "Os turistas ficam meio assustados com tanto policial e tanto militar nas ruas, mas explico a eles que está mais seguro passear agora do que antes dos atentados", conta Ricardo Blanche, proprietário da agência Minha Paris, especializada no atendimento a turistas brasileiros. "Nos passeios desta semana, por exemplo, tenho mostrado para os brasileiros que, apesar de todo esse aparato de segurança, os cafés e restaurantes continuam abertos. A vida continua em Paris". Entre abril e outubro deste ano, 80 mil brasileiros usaram os serviços da agência. Por semana, são, em média, 1.500 pessoas. "Registramos uma queda de 8% das reservas até agora. Para o final do ano, ainda não tivemos cancelamentos, mas, infelizmente, sabemos que isso vai ocorrer". HOTÉIS Segundo a consultoria MKG Hospitality, a taxa de ocupação dos hotéis parisienses caiu 23,1 pontos no domingo passado (15) ante a mesma data de 2014 na escala adotada pela consultoria. "O objetivo da nossa metodologia de comparar o mesmo dia em anos diferentes é o de permitir a leitura do impacto específico dos atentados em relação a uma situação considerada 'normal'", explicou Adrien Lanotte, responsável do departamento de pesquisas e marketing da consultoria. O indicador da consultoria representa 30 mil quartos de hotel em Paris. Ou seja, cerca de 40% da oferta da capital francesa. Quanto à queda nos preços das diárias, Lanotte afirma que ainda "é cedo para ver uma queda sustentada. A situação ainda esta muito volátil. Por esse motivo, também fica difícil fazer projeções para o final do ano", ponderou. Ele reconhece, porém, que o impacto dos atentados de 13 de novembro serão maiores que o efeito sentido pelo turismo no começo deste ano, que foram "de curto prazo". Principal grupo hoteleiro da França, o Accor vê, agora, uma tendência de retração maior do que a registrada após os ataques de janeiro deste ano. A rede não quis divulgar o total de reservas anuladas desde sexta-feira, mas informou que, a fim de manter os clientes para que não desistam de vir à França, decidiu estender por até seis meses a possibilidade de adiamento das reservas sem custo adicional. O ParisInfo, organismo oficial do turismo em Paris, afirma em comunicado que "não é possível reunir neste momento todas as informações dos atores do setor de turismo para fazer previsões". No entanto o comportamento recente do mercado permite ter uma noção do que está por vir. No primeiro semestre de 2015, a cidade registrou 7,5 milhões de entradas nos hotéis da capital francesa, uma queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2014. "Esse recuo deve-se essencialmente aos efeitos dos atentados de janeiro. No primeiro trimestre, a queda das entradas contra o ano anterior foi de 3,3%", revela relatório do órgão.
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Ato une favoráveis ao impeachment e à intervenção militar em Belém
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Uma manifestação contra o governo Dilma Rousseff (PT) reuniu em Belém grupos que defendem o impeachment da presidente e, em menor número, que pedem intervenção militar, neste domingo (15). Também houve pedidos de redução do preço da gasolina, fim do "calote no Fies" e agradecimentos a Sergio Moro, juiz federal responsável pelos processos da Operação Lava Jato. "Vamos mostrar a força do Norte, a força do açaí, a força da farinha", disse ao microfone o manifestante Pedro Donato, 25, que pedia a saída democrática da presidente. A Polícia Militar estima que 50 mil pessoas fizeram caminhada pelas principais ruas da cidade entre 9h30 e 13h. Organizadores do ato dizem que foram 70 mil. Entre os presentes, estavam o Sindicato dos Proprietários de Vans, o Sindicato dos Trabalhadores de Supermercados e membros da maçonaria. Do alto de carros de som, manifestantes puxavam versos como "Dilma vai embora / O Brasil não quer você / Leve o Lula junto / Vagabundo do PT", uma paródia de "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores", composição anti-ditadura militar de Geraldo Vandré. Em um desses carros, havia uma faixa com os dizeres "Contra o caos, marginais e corruptos, militares já!". Editoria de Arte/Folhapress INTERVENÇÃO MILITAR Em baixo, pessoas seguravam cartazes pró-intervenção militar. "Quero os militares. Com impeachment, não haverá limpeza. Os militares têm seriedade e hierarquia", disse a gestora em saúde Flávia Moura, 33. Outras pessoas, como o técnico em fiscalização Robert Santos, 56, afirmavam que há atualmente uma "ditadura do PT" e que só um impeachment garantirá a democracia. "Dilma rasgou a Constituição e tem que ser deposta por improbidade", disse. A manifestação foi encerrada na praça da República, centro da capital, com um Pai Nosso e promessas de mais protestos e "panelaços" em pronunciamentos da presidente. O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress
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Ato une favoráveis ao impeachment e à intervenção militar em BelémUma manifestação contra o governo Dilma Rousseff (PT) reuniu em Belém grupos que defendem o impeachment da presidente e, em menor número, que pedem intervenção militar, neste domingo (15). Também houve pedidos de redução do preço da gasolina, fim do "calote no Fies" e agradecimentos a Sergio Moro, juiz federal responsável pelos processos da Operação Lava Jato. "Vamos mostrar a força do Norte, a força do açaí, a força da farinha", disse ao microfone o manifestante Pedro Donato, 25, que pedia a saída democrática da presidente. A Polícia Militar estima que 50 mil pessoas fizeram caminhada pelas principais ruas da cidade entre 9h30 e 13h. Organizadores do ato dizem que foram 70 mil. Entre os presentes, estavam o Sindicato dos Proprietários de Vans, o Sindicato dos Trabalhadores de Supermercados e membros da maçonaria. Do alto de carros de som, manifestantes puxavam versos como "Dilma vai embora / O Brasil não quer você / Leve o Lula junto / Vagabundo do PT", uma paródia de "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores", composição anti-ditadura militar de Geraldo Vandré. Em um desses carros, havia uma faixa com os dizeres "Contra o caos, marginais e corruptos, militares já!". Editoria de Arte/Folhapress INTERVENÇÃO MILITAR Em baixo, pessoas seguravam cartazes pró-intervenção militar. "Quero os militares. Com impeachment, não haverá limpeza. Os militares têm seriedade e hierarquia", disse a gestora em saúde Flávia Moura, 33. Outras pessoas, como o técnico em fiscalização Robert Santos, 56, afirmavam que há atualmente uma "ditadura do PT" e que só um impeachment garantirá a democracia. "Dilma rasgou a Constituição e tem que ser deposta por improbidade", disse. A manifestação foi encerrada na praça da República, centro da capital, com um Pai Nosso e promessas de mais protestos e "panelaços" em pronunciamentos da presidente. O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress
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Pauta única e falta de diálogo com governos esvazia atos contra tarifa
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A fixação por uma reivindicação única e a falta de diálogo com governo estadual e prefeitura causaram um isolamento do MPL (Movimento Passe Livre), que viu minguar os protestos contra o aumento da tarifa nos transportes na última semana. A tese é endossada por movimentos sociais que engrossam os atos do MPL desde 2013, quando o movimento iniciou a série de protestos que culminou na queda do valor das tarifas no país. Grupos que apoiam o Passe Livre agora tentam diversificar a pauta das manifestações, que, porém, vêm mantendo o mesmo mote: a alta das passagens em janeiro. A mais recente, nesta sexta-feira (6), reuniu 200 pessoas , segundo a Polícia Militar. Na frente da prefeitura, manifestantes fizeram um casamento simbólico entre um boneco com o rosto de Fernando Haddad (PT) e uma catraca. O Território Livre, por exemplo, diz que a falta de água na cidade já deveria ser motivo de protestos e buscou "emplacar" o tema nos atos por meio de cartazes. "A luta acabou ficando um pouco isolada porque se voltou muito só na questão do transporte. O tema é importante, mas achamos que deveria ter sido mais radical ou ter despertado cedo a luta contra a falta de água ou carestia de vida", disse Rafael Padial, um dos organizadores do Território. Ele acredita, porém, que a situação pode ser revertida. "A conjuntura geral, com as questões de corrupção e falta de água, é propícia ao crescimento das manifestações". Outro grupo que vem participando dos atos, o Levante Popular da Juventude, afirma que os protestos devem "extrapolar a questão da tarifa e serem associados à cobrança pela reforma política no país. Além disso, argumenta que os movimentos cometem o erro de não dialogar com os governantes. O MPL adota o discurso do "não vai ter arrego" enquanto não baixar a tarifa, com a alegação de que os governos não querem conversa. "A gente vê uma indisposição de várias organizações, seja o MPL ou outras, de procurar negociar com governos. Não se admite isso, o que acaba colocando quem participa do ato à mercê da truculência da Polícia Militar", disse Thiago Pará, um dos coordenadores do Levante. Veja fotos do protesto O fundador do Juntos!, que integra a Juventude do PSOL, Thiago Aguiar, vê outros motivos para o esvaziamento dos protestos: cansaço dos movimentos sociais após um ano com eleições e atos contra a Copa, repressão policial e o reajuste da tarifa num período de férias. "Vamos voltar nossas atenções para a questão da água e nos mobilizar para isso à medida em que ela atinge mais pessoas", disse. SEM ACORDO As manifestações têm sido marcadas ainda pela falta de consenso entre os grupos. A ponto de o Território Livre postar numa página nas redes sociais um vídeo que aponta disputas internas durante as passeatas. Um texto que acompanha as imagens diz que que militantes arrancaram as faixas do Território Livre para que o coletivo não saísse à frente do 6º ato contra a tarifa. Integrantes do Passe Livre também colocaram críticas a outros movimentos por meio das redes sociais. Para Heudes Cássio, um dos porta-vozes do MPL, não é possível fazer comparações com 2013. "Naquele ano, foram menos atos com muita gente. A ideia agora é fazer muitos atos com menos pessoas mesmo", disse Cássio, ao mencionar protestos programados na periferia. Na última terça-feira (3), um ato em São Miguel Paulista, no extremos leste, juntou cerca de cem pessoas apenas. Heudes diz que o Passe Livre seguirá com a mesma bandeira. "Nossa pauta é a tarifa zero e para tratarmos de outro tema seria necessário estudá-lo. Que bom que outros grupos se organizem por outras pautas e estejam nas ruas".
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cotidiano
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Pauta única e falta de diálogo com governos esvazia atos contra tarifaA fixação por uma reivindicação única e a falta de diálogo com governo estadual e prefeitura causaram um isolamento do MPL (Movimento Passe Livre), que viu minguar os protestos contra o aumento da tarifa nos transportes na última semana. A tese é endossada por movimentos sociais que engrossam os atos do MPL desde 2013, quando o movimento iniciou a série de protestos que culminou na queda do valor das tarifas no país. Grupos que apoiam o Passe Livre agora tentam diversificar a pauta das manifestações, que, porém, vêm mantendo o mesmo mote: a alta das passagens em janeiro. A mais recente, nesta sexta-feira (6), reuniu 200 pessoas , segundo a Polícia Militar. Na frente da prefeitura, manifestantes fizeram um casamento simbólico entre um boneco com o rosto de Fernando Haddad (PT) e uma catraca. O Território Livre, por exemplo, diz que a falta de água na cidade já deveria ser motivo de protestos e buscou "emplacar" o tema nos atos por meio de cartazes. "A luta acabou ficando um pouco isolada porque se voltou muito só na questão do transporte. O tema é importante, mas achamos que deveria ter sido mais radical ou ter despertado cedo a luta contra a falta de água ou carestia de vida", disse Rafael Padial, um dos organizadores do Território. Ele acredita, porém, que a situação pode ser revertida. "A conjuntura geral, com as questões de corrupção e falta de água, é propícia ao crescimento das manifestações". Outro grupo que vem participando dos atos, o Levante Popular da Juventude, afirma que os protestos devem "extrapolar a questão da tarifa e serem associados à cobrança pela reforma política no país. Além disso, argumenta que os movimentos cometem o erro de não dialogar com os governantes. O MPL adota o discurso do "não vai ter arrego" enquanto não baixar a tarifa, com a alegação de que os governos não querem conversa. "A gente vê uma indisposição de várias organizações, seja o MPL ou outras, de procurar negociar com governos. Não se admite isso, o que acaba colocando quem participa do ato à mercê da truculência da Polícia Militar", disse Thiago Pará, um dos coordenadores do Levante. Veja fotos do protesto O fundador do Juntos!, que integra a Juventude do PSOL, Thiago Aguiar, vê outros motivos para o esvaziamento dos protestos: cansaço dos movimentos sociais após um ano com eleições e atos contra a Copa, repressão policial e o reajuste da tarifa num período de férias. "Vamos voltar nossas atenções para a questão da água e nos mobilizar para isso à medida em que ela atinge mais pessoas", disse. SEM ACORDO As manifestações têm sido marcadas ainda pela falta de consenso entre os grupos. A ponto de o Território Livre postar numa página nas redes sociais um vídeo que aponta disputas internas durante as passeatas. Um texto que acompanha as imagens diz que que militantes arrancaram as faixas do Território Livre para que o coletivo não saísse à frente do 6º ato contra a tarifa. Integrantes do Passe Livre também colocaram críticas a outros movimentos por meio das redes sociais. Para Heudes Cássio, um dos porta-vozes do MPL, não é possível fazer comparações com 2013. "Naquele ano, foram menos atos com muita gente. A ideia agora é fazer muitos atos com menos pessoas mesmo", disse Cássio, ao mencionar protestos programados na periferia. Na última terça-feira (3), um ato em São Miguel Paulista, no extremos leste, juntou cerca de cem pessoas apenas. Heudes diz que o Passe Livre seguirá com a mesma bandeira. "Nossa pauta é a tarifa zero e para tratarmos de outro tema seria necessário estudá-lo. Que bom que outros grupos se organizem por outras pautas e estejam nas ruas".
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Mito e desinformação
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Faz parte da própria cultura, ao menos para muitos, o cultivo da ideia de mitos. Quanto mais retumbante a mentira, mais convictos são seus crédulos. Esse tipo de "construção de informação", nada científica, dependendo de sua aplicação, causa estragos muitas vezes difíceis de reparar. Para os que têm o conhecimento técnico, fica a necessidade de expor a verdade, numa tentativa de reduzir os danos. Explico isso com alguns exemplos: o mito da adição de hormônios na criação de frangos, o mito do colesterol no consumo de ovos, a inverdade de que carne suína seria danosa à saúde. Mentiras defendidas de forma apaixonada por alguns desinformados que acabam incentivando a diminuição do consumo dessas proteínas. O mito do uso de hormônios no frango tornou-se menos frequente a partir da autorização, por parte do Ministério da Agricultura, da veiculação da seguinte mensagem na embalagem: "sem uso de hormônios, conforme determina a legislação brasileira". Na prática, é inviável a adição de hormônios na produção. Mesmo assim, tem sido uma difícil jornada transmitir ao público que os 9 milhões de toneladas de carne de frango ofertados ao consumidor brasileiro todos os anos cumprem normas nacionais e internacionais de saúde. Dentre essas normas, as que proíbem a adição de hormônios. Em passos mais adiantados, o ovo hoje é visto quase como "remédio" para o colesterol, por recomendação de nutrólogos e médicos especialistas. Também a carne suína, produto tão saudável que é figura frequente nas dietas hospitalares, é vista de outra forma pelo público. Recentemente, um novo equívoco atraiu a histeria. Numa interpretação muito subjetiva de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), passou-se a vender a ideia, em grande parte da mídia e, especialmente, nas redes sociais, de que a ingestão de carne processada seria determinante para o desenvolvimento de câncer. Infelizmente, omitiu-se a questão mais importante: assim como para qualquer outro alimento, todo o malefício está relacionado ao consumo excessivo. O próprio autor do relatório explicitou em suas explicações para a imprensa que o risco de desenvolver câncer com a ingestão de carnes processadas é pequeno, ocorrendo apenas diante de um consumo descontrolado, em desequilíbrio com uma dieta saudável. Quaisquer nutrientes consumidos em excesso poderão ser nocivos à saúde. Um arquivo com perguntas e respostas foi disponibilizado pela OMS com esses esclarecimentos. Diversos fatores influenciam a ocorrência da doença, como genética, hábitos alimentares, tipos de dieta e outros. Nesse sentido, não é possível apontar um único elemento como o causador. Além do mais, quem conhece o setor produtivo de cárneos sabe bem que os produtos processados feitos no país são seguros e seguem as rígidas normas internacionais. São compatíveis com uma dieta saudável e equilibrada. É preciso responsabilidade ao lidar com informações, para evitar difamar ou alimentar mitos e inverdades. Os que atuam na cadeia da proteína animal sentiram-se desrespeitados pela forma deturpada com que o relatório da OMS foi propagado. É preciso muito cuidado ao processar a informação de maneira sensacionalista. O segredo da boa vida está no equilíbrio, inclusive da informação que se consome. FRANCISCO TURRA, 72, ex-ministro da Agricultura (governo FHC), é presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Mito e desinformaçãoFaz parte da própria cultura, ao menos para muitos, o cultivo da ideia de mitos. Quanto mais retumbante a mentira, mais convictos são seus crédulos. Esse tipo de "construção de informação", nada científica, dependendo de sua aplicação, causa estragos muitas vezes difíceis de reparar. Para os que têm o conhecimento técnico, fica a necessidade de expor a verdade, numa tentativa de reduzir os danos. Explico isso com alguns exemplos: o mito da adição de hormônios na criação de frangos, o mito do colesterol no consumo de ovos, a inverdade de que carne suína seria danosa à saúde. Mentiras defendidas de forma apaixonada por alguns desinformados que acabam incentivando a diminuição do consumo dessas proteínas. O mito do uso de hormônios no frango tornou-se menos frequente a partir da autorização, por parte do Ministério da Agricultura, da veiculação da seguinte mensagem na embalagem: "sem uso de hormônios, conforme determina a legislação brasileira". Na prática, é inviável a adição de hormônios na produção. Mesmo assim, tem sido uma difícil jornada transmitir ao público que os 9 milhões de toneladas de carne de frango ofertados ao consumidor brasileiro todos os anos cumprem normas nacionais e internacionais de saúde. Dentre essas normas, as que proíbem a adição de hormônios. Em passos mais adiantados, o ovo hoje é visto quase como "remédio" para o colesterol, por recomendação de nutrólogos e médicos especialistas. Também a carne suína, produto tão saudável que é figura frequente nas dietas hospitalares, é vista de outra forma pelo público. Recentemente, um novo equívoco atraiu a histeria. Numa interpretação muito subjetiva de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), passou-se a vender a ideia, em grande parte da mídia e, especialmente, nas redes sociais, de que a ingestão de carne processada seria determinante para o desenvolvimento de câncer. Infelizmente, omitiu-se a questão mais importante: assim como para qualquer outro alimento, todo o malefício está relacionado ao consumo excessivo. O próprio autor do relatório explicitou em suas explicações para a imprensa que o risco de desenvolver câncer com a ingestão de carnes processadas é pequeno, ocorrendo apenas diante de um consumo descontrolado, em desequilíbrio com uma dieta saudável. Quaisquer nutrientes consumidos em excesso poderão ser nocivos à saúde. Um arquivo com perguntas e respostas foi disponibilizado pela OMS com esses esclarecimentos. Diversos fatores influenciam a ocorrência da doença, como genética, hábitos alimentares, tipos de dieta e outros. Nesse sentido, não é possível apontar um único elemento como o causador. Além do mais, quem conhece o setor produtivo de cárneos sabe bem que os produtos processados feitos no país são seguros e seguem as rígidas normas internacionais. São compatíveis com uma dieta saudável e equilibrada. É preciso responsabilidade ao lidar com informações, para evitar difamar ou alimentar mitos e inverdades. Os que atuam na cadeia da proteína animal sentiram-se desrespeitados pela forma deturpada com que o relatório da OMS foi propagado. É preciso muito cuidado ao processar a informação de maneira sensacionalista. O segredo da boa vida está no equilíbrio, inclusive da informação que se consome. FRANCISCO TURRA, 72, ex-ministro da Agricultura (governo FHC), é presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Tragam nossas elites para mais perto do povo
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Na abertura das primárias de 2016 para a corrida à Casa Branca, Ted Cruz, um candidato republicano descrito como um "charlatão", ofuscou Donald Trump, um "narcisista". Enquanto isso, Bernie Sanders, um Democrata autoproclamado socialista, mais ou menos empatou com a favorita do establishment, Hillary Clinton. Assim, a rebelião contra as elites está a todo vapor. A questão vital é se (e como) as elites ocidentais podem ser trazidas para mais perto do povo. Não somos chineses. Talvez nem mesmo os chineses fiquem satisfeitos de entregar a responsabilidade por assuntos públicos a uma elite auto selecionada. No Ocidente, no entanto, a ideia de cidadania —em que a esfera pública é propriedade de todos— não é apenas antiga; ela também tem sido objeto de uma luta finalmente bem-sucedida nos últimos séculos. Um atributo essencial de uma vida boa é que as pessoas não apenas desfrutem de uma série de liberdades pessoais, mas também de voz nos assuntos públicos. O resultado da liberdade econômica individual pode ser uma grande desigualdade, que esvazia as noções realistas de democracia. A governança das sociedades modernas complexas requer conhecimento técnico —e nós já estamos enfrentando o perigo de que o abismo entre as elites econômicas e tecnocráticas, por um lado, e a massa da população, por outro, se torne grande demais para ser superado. No limite, a confiança pode ser completamente quebrada. Então, o eleitorado vai se virar em direção a outsiders para limpar o sistema. Não é só nos EUA que estamos vendo uma mudança no sentido dessa confiança nos outsiders, mas também em muitos países europeus. Uma visão complacente é que os descontentes podem desabafar, mas o centro político vai segurá-los. Isso é perfeitamente possível, mas é uma estratégia arriscada. Se o descontentamento aumentar, o centro não poderá fazer isso. Mesmo que assim fosse, uma sociedade democrática em que uma grande minoria está descontente enquanto a maioria está cheia de desconfiança não seria feliz. No entanto, essa lacuna emergiu entre as atitudes das elites esclarecidas e do público em geral em relação às instituições. Então, quais são as causas dessa divisão de atitudes? Uma delas é a mudança cultural. Outra é o desagrado sobre as mudanças na composição étnica das nações. Depois, há a ansiedade sobre a crescente desigualdade e a insegurança econômica. Talvez a causa mais fundamental seja um sentimento crescente de que as elites são corruptas, incompetentes e complacentes. Demagogos jogam com tais fontes de ansiedade e raiva. É isso que eles fazem. Como mostra um documento recente da OCDE, a desigualdade aumentou substancialmente na maioria dos seus integrantes nas últimas décadas. O 1% mais rico teve particularmente grandes aumentos na renda bruta. Essa divergência entre o sucesso da elite econômica e a relativa falta de sucesso do resto tem sido particularmente notável nos EUA. Assim, observa a OCDE: "Entre 1975 e 2012, cerca de 47% do crescimento total na renda antes de impostos (nos EUA) foi para 1% mais rico." Como os EUA desenvolveram uma distribuição de renda em estilo latino-americano, sua política têm crescido infestada de populistas também com estilo latino-americano, tanto da esquerda quanto da direita. Como os que estão no centro devem responder? Políticos bem sucedidos compreendem que as pessoas precisam sentir que suas preocupações serão levadas em conta, que elas e seus filhos desfrutam da perspectiva de uma vida melhor e que vão continuar a ter certa de segurança econômica. Acima de tudo, elas precisam, mais uma vez, confiar na competência e na decência das elites econômicas e políticas. Aqui estão alguns elementos do que precisa ser feito. Em primeiro lugar, de todos os aspectos da globalização, a imigração em massa é o mais perturbador. O movimento nas fronteiras precisa ser controlado. Nunca deveria ter sido permitida a presença de 11 milhões de imigrantes sem documentos nos EUA. No caso da Europa, recuperar o controle das fronteiras é uma prioridade absoluta para que a União realmente sobreviva. Os refugiados precisam agora ser a prioridade. Isso exige a criação de uma capacidade europeia significativa de promover a ordem para além das fronteiras do bloco. Em segundo lugar, a zona do euro precisa embarcar em um questionamento fundamental sobre suas doutrinas macroeconômicas voltadas para a austeridade. É espantoso que a demanda agregada real seja substancialmente menor do que no início de 2008. Em terceiro lugar, o setor financeiro tem de ser controlado. É cada vez mais claro que a grande expansão da atividade financeira não trouxe melhorias proporcionais ao desempenho econômico. Mas tem facilitado uma imensa transferência de riqueza. Em seguida, o capitalismo deve ser mantido competitivo. Estamos em uma nova era dourada em que os negócios exercem grande poder político. Uma resposta é promover a concorrência de forma implacável. Isso vai exigir uma ação firme. Em seguida, a tributação deve ser mais justa. Os donos do capital, os gestores mais bem sucedidos do capital e algumas empresas dominantes desfrutam de ganhos notavelmente pouco tributados. Não é suficiente para os líderes empresariais insistir que estejam aderindo à lei. Essa não é uma definição adequada do comportamento ético. Esse ponto de vista é particularmente hipócrita quando interesses comerciais desempenham um papel tão poderoso para moldar essas leis. Além disso, a doutrina da primazia do acionista precisa ser desafiada. Os acionistas desfrutam do privilégio da responsabilidade limitada. Com seus riscos cobertos, seus direitos de controle devem ser praticamente limitados em favor dos mais expostos aos riscos da empresa, como funcionários de longa data. E, finalmente, o papel do dinheiro na política precisa ser contido com segurança. Os Estados ocidentais estão sujeitos ao aumento das tensões. Um grande número de pessoas se sente desrespeitado e desprovido. Isso já não pode ser ignorado. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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colunas
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Tragam nossas elites para mais perto do povoNa abertura das primárias de 2016 para a corrida à Casa Branca, Ted Cruz, um candidato republicano descrito como um "charlatão", ofuscou Donald Trump, um "narcisista". Enquanto isso, Bernie Sanders, um Democrata autoproclamado socialista, mais ou menos empatou com a favorita do establishment, Hillary Clinton. Assim, a rebelião contra as elites está a todo vapor. A questão vital é se (e como) as elites ocidentais podem ser trazidas para mais perto do povo. Não somos chineses. Talvez nem mesmo os chineses fiquem satisfeitos de entregar a responsabilidade por assuntos públicos a uma elite auto selecionada. No Ocidente, no entanto, a ideia de cidadania —em que a esfera pública é propriedade de todos— não é apenas antiga; ela também tem sido objeto de uma luta finalmente bem-sucedida nos últimos séculos. Um atributo essencial de uma vida boa é que as pessoas não apenas desfrutem de uma série de liberdades pessoais, mas também de voz nos assuntos públicos. O resultado da liberdade econômica individual pode ser uma grande desigualdade, que esvazia as noções realistas de democracia. A governança das sociedades modernas complexas requer conhecimento técnico —e nós já estamos enfrentando o perigo de que o abismo entre as elites econômicas e tecnocráticas, por um lado, e a massa da população, por outro, se torne grande demais para ser superado. No limite, a confiança pode ser completamente quebrada. Então, o eleitorado vai se virar em direção a outsiders para limpar o sistema. Não é só nos EUA que estamos vendo uma mudança no sentido dessa confiança nos outsiders, mas também em muitos países europeus. Uma visão complacente é que os descontentes podem desabafar, mas o centro político vai segurá-los. Isso é perfeitamente possível, mas é uma estratégia arriscada. Se o descontentamento aumentar, o centro não poderá fazer isso. Mesmo que assim fosse, uma sociedade democrática em que uma grande minoria está descontente enquanto a maioria está cheia de desconfiança não seria feliz. No entanto, essa lacuna emergiu entre as atitudes das elites esclarecidas e do público em geral em relação às instituições. Então, quais são as causas dessa divisão de atitudes? Uma delas é a mudança cultural. Outra é o desagrado sobre as mudanças na composição étnica das nações. Depois, há a ansiedade sobre a crescente desigualdade e a insegurança econômica. Talvez a causa mais fundamental seja um sentimento crescente de que as elites são corruptas, incompetentes e complacentes. Demagogos jogam com tais fontes de ansiedade e raiva. É isso que eles fazem. Como mostra um documento recente da OCDE, a desigualdade aumentou substancialmente na maioria dos seus integrantes nas últimas décadas. O 1% mais rico teve particularmente grandes aumentos na renda bruta. Essa divergência entre o sucesso da elite econômica e a relativa falta de sucesso do resto tem sido particularmente notável nos EUA. Assim, observa a OCDE: "Entre 1975 e 2012, cerca de 47% do crescimento total na renda antes de impostos (nos EUA) foi para 1% mais rico." Como os EUA desenvolveram uma distribuição de renda em estilo latino-americano, sua política têm crescido infestada de populistas também com estilo latino-americano, tanto da esquerda quanto da direita. Como os que estão no centro devem responder? Políticos bem sucedidos compreendem que as pessoas precisam sentir que suas preocupações serão levadas em conta, que elas e seus filhos desfrutam da perspectiva de uma vida melhor e que vão continuar a ter certa de segurança econômica. Acima de tudo, elas precisam, mais uma vez, confiar na competência e na decência das elites econômicas e políticas. Aqui estão alguns elementos do que precisa ser feito. Em primeiro lugar, de todos os aspectos da globalização, a imigração em massa é o mais perturbador. O movimento nas fronteiras precisa ser controlado. Nunca deveria ter sido permitida a presença de 11 milhões de imigrantes sem documentos nos EUA. No caso da Europa, recuperar o controle das fronteiras é uma prioridade absoluta para que a União realmente sobreviva. Os refugiados precisam agora ser a prioridade. Isso exige a criação de uma capacidade europeia significativa de promover a ordem para além das fronteiras do bloco. Em segundo lugar, a zona do euro precisa embarcar em um questionamento fundamental sobre suas doutrinas macroeconômicas voltadas para a austeridade. É espantoso que a demanda agregada real seja substancialmente menor do que no início de 2008. Em terceiro lugar, o setor financeiro tem de ser controlado. É cada vez mais claro que a grande expansão da atividade financeira não trouxe melhorias proporcionais ao desempenho econômico. Mas tem facilitado uma imensa transferência de riqueza. Em seguida, o capitalismo deve ser mantido competitivo. Estamos em uma nova era dourada em que os negócios exercem grande poder político. Uma resposta é promover a concorrência de forma implacável. Isso vai exigir uma ação firme. Em seguida, a tributação deve ser mais justa. Os donos do capital, os gestores mais bem sucedidos do capital e algumas empresas dominantes desfrutam de ganhos notavelmente pouco tributados. Não é suficiente para os líderes empresariais insistir que estejam aderindo à lei. Essa não é uma definição adequada do comportamento ético. Esse ponto de vista é particularmente hipócrita quando interesses comerciais desempenham um papel tão poderoso para moldar essas leis. Além disso, a doutrina da primazia do acionista precisa ser desafiada. Os acionistas desfrutam do privilégio da responsabilidade limitada. Com seus riscos cobertos, seus direitos de controle devem ser praticamente limitados em favor dos mais expostos aos riscos da empresa, como funcionários de longa data. E, finalmente, o papel do dinheiro na política precisa ser contido com segurança. Os Estados ocidentais estão sujeitos ao aumento das tensões. Um grande número de pessoas se sente desrespeitado e desprovido. Isso já não pode ser ignorado. Tradução de MARIA PAULA AUTRAN
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Música em Letras: John Patitucci e Brian Blade formam trio com André Marques
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Se depender do pianista André Pereira Marques, 39, a máxima "Músico é vagabundo" está definitivamente com seus dias contados. Professor, arranjador e compositor, o paulistano estuda música há 29 anos. Com Hermeto Pascoal, completou, em janeiro, 21 de convivência, aprendendo, ... Leia post completo no blog
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ilustrada
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Música em Letras: John Patitucci e Brian Blade formam trio com André MarquesSe depender do pianista André Pereira Marques, 39, a máxima "Músico é vagabundo" está definitivamente com seus dias contados. Professor, arranjador e compositor, o paulistano estuda música há 29 anos. Com Hermeto Pascoal, completou, em janeiro, 21 de convivência, aprendendo, ... Leia post completo no blog
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IPVA de veículos usados cairá 3,3% em São Paulo em 2016, diz Fazenda
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Os donos de veículos usados pagarão, em média, 3,3% menos IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para licenciá-los no Estado de São Paulo no próximo ano. Veja no fim da página como calcular o seu IPVA. A queda média para o próximo ano será um pouco inferior à deste ano, que foi de 4,2%. O pagamento do imposto começa a vencer no dia 11 de janeiro de 2016. A tabela com os valores venais (de mercado) dos veículos usados será divulgada pela Secretaria da Fazenda paulista no "Diário Oficial do Estado" deste sábado (28). Os valores servirão de base para o cálculo do IPVA de 2016. A pesquisa dos valores foi realizada em setembro pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Foram pesquisados 11.055 diferentes marcas, modelos e versões de veículos, segundo informou nesta sexta-feira (27) a assessoria de imprensa da Fazenda. A cada ano, a maior parte dos veículos paga menos IPVA não só em São Paulo, mas em todo o país. Em São Paulo, as quedas nos últimos anos foram as seguintes: 5,16% em 2014, 8,56% em 2013, 3,75% em 2012, 7,2% em 2011 e 12,2% em 2010. Pagar menos imposto pode parecer uma boa notícia, mas não é. Como o imposto é calculado sobre o valor de mercado, significa que o patrimônio do contribuinte está valendo menos. Seria mais vantajoso pagar mais sobre um patrimônio que valesse mais. O percentual de queda de 3,3% calculado pela Fazenda não leva em conta a inflação. Quando se computa a inflação, estimada em 10% para este ano, a queda real ficará em torno de 14%, em média. Os 3,3%, segundo a Fazenda, representam a queda média considerando todos os tipos de veículos, como automóveis, motos, utilitários, ônibus e caminhões. Os caminhões terão a maior queda média entre todos os tipos de veículos usados. Segundo a Fazenda, a queda em 2016 será de 3,76% (3,4% neste ano). Para os automóveis, a queda média em 2016 será de 3,4%, ante 4,6% neste ano. As motos pagarão 2,72% menos (4,1% em 2015); os ônibus e micro-ônibus, 3,15% menos (2,2% em 2015); e os utilitários, 3,28% menos (3,9% em 2015). As alíquotas do imposto permanecem inalteradas. Veículos a gasolina e modelos flex, picapes ou veículos com cabine dupla pagam 4%. Já para modelos a álcool, elétricos ou a gás, a alíquota é de 3%. Para utilitários cabine simples, ônibus, micro-ônibus e motos, a alíquota é de 2%. Para caminhões, 1,5%. Os principais motivos para a queda do IPVA são a desvalorização dos veículos usados e a recessão econômica (com menos consumidores comprando veículos novos, os usados, embora mais procurados, acabam também sendo desvalorizados). A perda de valor tende a ser maior quanto mais novo é o veículo (em geral, apenas no primeiro ano de uso os carros perdem entre 10% e 20% quando comparados aos modelos novos). Nos anos seguintes, as perdas continuam, mas em percentuais menores. PAGAMENTO Como nos anos anteriores, a Fazenda paulista manteve o desconto de 3% para o contribuinte que pagar o imposto à vista, entre 11 e 22 de janeiro de 2016. Esse desconto é vantajoso, uma vez que nenhuma aplicação financeira proporciona rendimento de 3,1% ao mês (percentual equivalente ao desconto). Segundo calendário divulgado pela Fazenda, o pagamento do imposto (primeira cota ou parcela única, com o desconto de 3%) começa a vencer em 11 de janeiro para os veículos de passeio, caminhonetes, ônibus, micro-ônibus e motos com placas de final 1 (veja tabela abaixo). No dia 22 vence o pagamento para placas de final zero. Calendário de vencimento do IPVA 2016 Entre 11 e 24 de fevereiro vence o pagamento da parcela única, sem o desconto, ou da segunda cota. Entre 11 e 24 de março vence o pagamento da terceira parcela. O IPVA dos caminhões poderá ser pago em janeiro (mesmas datas, com o desconto de 3%) ou em abril (até dia 15, todas as placas, sem o desconto). Em parcelas, o pagamento poderá ser feito em março (primeira, entre os dias 11 e 24), em junho (segunda, até dia 15) e em setembro (terceira, também até dia 15). Para fazer o pagamento o contribuinte deve ir a uma agência bancária com o número do Renavam (que consta do documento de licenciamento do veículo). O pagamento pode ser feito nos guichês, nos caixas eletrônicos, pela internet ou por débito agendado. Os contribuintes devem evitar atrasar o pagamento do imposto, pois há multa de 0,33% ao dia (limitada a 20%, após 61 dias) mais juros pela taxa Selic. A Fazenda prevê arrecadar R$ 14,4 bilhões com o IPVA em 2016 (para este ano, a previsão de receita é de R$ 14 bilhões; até outubro já foram arrecadados R$ 13,4 bilhões, segundo a Fazenda). Metade do valor arrecadado fica com o município onde o veículo é licenciado e metade com o Estado. AVISOS EM CASA A partir da segunda quinzena de dezembro, a Fazenda enviará cerca de 18 milhões de avisos de vencimento aos donos dos veículos registrados no Detran de São Paulo. A Fazenda alerta que quem não receber o aviso deve acessar o site www.ipva.fazenda.sp.gov.br para obter informações sobre o pagamento do tributo. O contribuinte poderá antecipar o licenciamento do seu veículo. Para tanto, terá de pagar a taxa de licenciamento com a parcela única (em janeiro ou em fevereiro) ou com a terceira cota (em março). A taxa de licenciamento anual está em R$ 72,25 (valor correspondente a 3,4 Ufesp, a Unidade Fiscal do Estado). O valor para 2016 ainda não está definido, uma vez que o valor da Ufesp depende da variação do IPC da Fipe deste ano. Quando licenciar o veículo, o contribuinte poderá optar por receber o documento em casa. Nesse caso, terá de pagar pela taxa de postagem (o valor cobrado em 2015 foi de R$ 11). O licenciamento normal dos veículos em São Paulo começa em abril (placas de final 1) e vai até dezembro (final zero). SEGURO OBRIGATÓRIO Ao pagar o IPVA, o contribuinte também terá de quitar o seguro obrigatório, chamado de Dpvat. O seguro tem de ser pago com a parcela única (em janeiro ou em fevereiro) ou com a primeira cota (em janeiro). No caso das motos, vans, ônibus e micro-ônibus, o seguro obrigatório poderá ser pago em até três parcelas, conforme o calendário de vencimento do IPVA. O valor do seguro obrigatório de 2016 ainda não está definido (o último reajuste autorizado pela Susep vigora desde 2013). Neste ano, os veículos de passeio pagaram R$ 105,65, sendo R$ 101,10 do seguro (o chamado prêmio tarifário), R$ 4,15 pelo custo do bilhete e R$ 0,40 de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Mesmo os veículos isentos do IPVA (entre eles, os com mais de 20 anos de fabricação, ou seja, os fabricados até 1995, inclusive) são obrigados a pagar o seguro obrigatório bem como a taxa de licenciamento. Sem esses pagamentos o veículo não é licenciado e, portanto, poderá ser apreendido em uma fiscalização de trânsito. COMO SABER O IMPOSTO DO SEU VEÍCULO Exemplo: Gol HLSC, flex, 2015 R$ 32.924 x 0.04 = R$ 1.316,96 Como calcular o desconto de 3% Valor do imposto x 0.97 (fator relativo ao desconto de 3%) = IPVA a ser pago em 2016 Exemplo: Gol HLSC, flex, 2015 R$ 1.316,96 x 0.97 = R$ 1.277,45 Valor do imposto / 3 = valor de cada parcela mensal Exemplo: Gol HLSC, flex, 2015 R$ 1.316,96 / 3 = R$ 438,98 (valor de cada parcela)
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mercado
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IPVA de veículos usados cairá 3,3% em São Paulo em 2016, diz FazendaOs donos de veículos usados pagarão, em média, 3,3% menos IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para licenciá-los no Estado de São Paulo no próximo ano. Veja no fim da página como calcular o seu IPVA. A queda média para o próximo ano será um pouco inferior à deste ano, que foi de 4,2%. O pagamento do imposto começa a vencer no dia 11 de janeiro de 2016. A tabela com os valores venais (de mercado) dos veículos usados será divulgada pela Secretaria da Fazenda paulista no "Diário Oficial do Estado" deste sábado (28). Os valores servirão de base para o cálculo do IPVA de 2016. A pesquisa dos valores foi realizada em setembro pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Foram pesquisados 11.055 diferentes marcas, modelos e versões de veículos, segundo informou nesta sexta-feira (27) a assessoria de imprensa da Fazenda. A cada ano, a maior parte dos veículos paga menos IPVA não só em São Paulo, mas em todo o país. Em São Paulo, as quedas nos últimos anos foram as seguintes: 5,16% em 2014, 8,56% em 2013, 3,75% em 2012, 7,2% em 2011 e 12,2% em 2010. Pagar menos imposto pode parecer uma boa notícia, mas não é. Como o imposto é calculado sobre o valor de mercado, significa que o patrimônio do contribuinte está valendo menos. Seria mais vantajoso pagar mais sobre um patrimônio que valesse mais. O percentual de queda de 3,3% calculado pela Fazenda não leva em conta a inflação. Quando se computa a inflação, estimada em 10% para este ano, a queda real ficará em torno de 14%, em média. Os 3,3%, segundo a Fazenda, representam a queda média considerando todos os tipos de veículos, como automóveis, motos, utilitários, ônibus e caminhões. Os caminhões terão a maior queda média entre todos os tipos de veículos usados. Segundo a Fazenda, a queda em 2016 será de 3,76% (3,4% neste ano). Para os automóveis, a queda média em 2016 será de 3,4%, ante 4,6% neste ano. As motos pagarão 2,72% menos (4,1% em 2015); os ônibus e micro-ônibus, 3,15% menos (2,2% em 2015); e os utilitários, 3,28% menos (3,9% em 2015). As alíquotas do imposto permanecem inalteradas. Veículos a gasolina e modelos flex, picapes ou veículos com cabine dupla pagam 4%. Já para modelos a álcool, elétricos ou a gás, a alíquota é de 3%. Para utilitários cabine simples, ônibus, micro-ônibus e motos, a alíquota é de 2%. Para caminhões, 1,5%. Os principais motivos para a queda do IPVA são a desvalorização dos veículos usados e a recessão econômica (com menos consumidores comprando veículos novos, os usados, embora mais procurados, acabam também sendo desvalorizados). A perda de valor tende a ser maior quanto mais novo é o veículo (em geral, apenas no primeiro ano de uso os carros perdem entre 10% e 20% quando comparados aos modelos novos). Nos anos seguintes, as perdas continuam, mas em percentuais menores. PAGAMENTO Como nos anos anteriores, a Fazenda paulista manteve o desconto de 3% para o contribuinte que pagar o imposto à vista, entre 11 e 22 de janeiro de 2016. Esse desconto é vantajoso, uma vez que nenhuma aplicação financeira proporciona rendimento de 3,1% ao mês (percentual equivalente ao desconto). Segundo calendário divulgado pela Fazenda, o pagamento do imposto (primeira cota ou parcela única, com o desconto de 3%) começa a vencer em 11 de janeiro para os veículos de passeio, caminhonetes, ônibus, micro-ônibus e motos com placas de final 1 (veja tabela abaixo). No dia 22 vence o pagamento para placas de final zero. Calendário de vencimento do IPVA 2016 Entre 11 e 24 de fevereiro vence o pagamento da parcela única, sem o desconto, ou da segunda cota. Entre 11 e 24 de março vence o pagamento da terceira parcela. O IPVA dos caminhões poderá ser pago em janeiro (mesmas datas, com o desconto de 3%) ou em abril (até dia 15, todas as placas, sem o desconto). Em parcelas, o pagamento poderá ser feito em março (primeira, entre os dias 11 e 24), em junho (segunda, até dia 15) e em setembro (terceira, também até dia 15). Para fazer o pagamento o contribuinte deve ir a uma agência bancária com o número do Renavam (que consta do documento de licenciamento do veículo). O pagamento pode ser feito nos guichês, nos caixas eletrônicos, pela internet ou por débito agendado. Os contribuintes devem evitar atrasar o pagamento do imposto, pois há multa de 0,33% ao dia (limitada a 20%, após 61 dias) mais juros pela taxa Selic. A Fazenda prevê arrecadar R$ 14,4 bilhões com o IPVA em 2016 (para este ano, a previsão de receita é de R$ 14 bilhões; até outubro já foram arrecadados R$ 13,4 bilhões, segundo a Fazenda). Metade do valor arrecadado fica com o município onde o veículo é licenciado e metade com o Estado. AVISOS EM CASA A partir da segunda quinzena de dezembro, a Fazenda enviará cerca de 18 milhões de avisos de vencimento aos donos dos veículos registrados no Detran de São Paulo. A Fazenda alerta que quem não receber o aviso deve acessar o site www.ipva.fazenda.sp.gov.br para obter informações sobre o pagamento do tributo. O contribuinte poderá antecipar o licenciamento do seu veículo. Para tanto, terá de pagar a taxa de licenciamento com a parcela única (em janeiro ou em fevereiro) ou com a terceira cota (em março). A taxa de licenciamento anual está em R$ 72,25 (valor correspondente a 3,4 Ufesp, a Unidade Fiscal do Estado). O valor para 2016 ainda não está definido, uma vez que o valor da Ufesp depende da variação do IPC da Fipe deste ano. Quando licenciar o veículo, o contribuinte poderá optar por receber o documento em casa. Nesse caso, terá de pagar pela taxa de postagem (o valor cobrado em 2015 foi de R$ 11). O licenciamento normal dos veículos em São Paulo começa em abril (placas de final 1) e vai até dezembro (final zero). SEGURO OBRIGATÓRIO Ao pagar o IPVA, o contribuinte também terá de quitar o seguro obrigatório, chamado de Dpvat. O seguro tem de ser pago com a parcela única (em janeiro ou em fevereiro) ou com a primeira cota (em janeiro). No caso das motos, vans, ônibus e micro-ônibus, o seguro obrigatório poderá ser pago em até três parcelas, conforme o calendário de vencimento do IPVA. O valor do seguro obrigatório de 2016 ainda não está definido (o último reajuste autorizado pela Susep vigora desde 2013). Neste ano, os veículos de passeio pagaram R$ 105,65, sendo R$ 101,10 do seguro (o chamado prêmio tarifário), R$ 4,15 pelo custo do bilhete e R$ 0,40 de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Mesmo os veículos isentos do IPVA (entre eles, os com mais de 20 anos de fabricação, ou seja, os fabricados até 1995, inclusive) são obrigados a pagar o seguro obrigatório bem como a taxa de licenciamento. Sem esses pagamentos o veículo não é licenciado e, portanto, poderá ser apreendido em uma fiscalização de trânsito. COMO SABER O IMPOSTO DO SEU VEÍCULO Exemplo: Gol HLSC, flex, 2015 R$ 32.924 x 0.04 = R$ 1.316,96 Como calcular o desconto de 3% Valor do imposto x 0.97 (fator relativo ao desconto de 3%) = IPVA a ser pago em 2016 Exemplo: Gol HLSC, flex, 2015 R$ 1.316,96 x 0.97 = R$ 1.277,45 Valor do imposto / 3 = valor de cada parcela mensal Exemplo: Gol HLSC, flex, 2015 R$ 1.316,96 / 3 = R$ 438,98 (valor de cada parcela)
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Processo contra Cunha não será arquivado, diz Russomanno
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Padrinho político do possível relator do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) afirmou à Folha que Fausto Pinato (PRB-SP) será correto e não irá ceder a pressões. A Folha encontrou Russomanno no início da tarde desta quarta-feira (4), quando ele deixava o gabinete do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA). Araújo deve anunciar o nome de Pinato como o relator ainda na tarde desta quarta. A Folha apurou que, no encontro, Russomanno assegurou ao presidente do Conselho que Pinato não dará parecer prévio pela inépcia da representação contra Cunha, que é o que desejam aliados do peemedebista. Político melhor colocado hoje na disputa à Prefeitura de São Paulo, Russomanno disse que não conversará com Cunha sobre o caso e que não teme efeitos sobre sua candidatura. "Tô muito tranquilo, de jeito nenhum. A postura dele sendo correta e ética, é o que a gente espera. Só isso." * Leia trechos da entrevista: Folha - Muito possivelmente será escolhido como relator da cassação de Cunha um deputado trazido para a Câmara pela votação expressiva do senhor [Russomanno teve 1,5 milhão de votos; Pinato, 22 mil, o eleito menos votado do Estado]. Não é uma responsabilidade em cima do senhor também? Celso Russomanno - É uma responsabilidade grande, mas eu posso te dizer que se ele for escolhido ele vai ser muito correto e ético, pode ter certeza disso. O senhor já conversou com ele? Já conversei. Ele vai ter autonomia, o partido não irá interferir. Ele vai ser técnico, vai ser ético e vai agir na forma de um bom relator, de um bom julgador, e não vai ceder a pressão nenhuma, não vai. Pode ter certeza disso. Como o senhor garante isso? Eu garanto. Tenho certeza porque eu o conheço muito bem e sei da vontade política dele de crescer, de se reeleger, de construir a carreira política, então se ele for escolhido vai ser muito correto. O senhor põe a mão no fogo por ele? Vai ser correto, posso te garantir. O senhor se sente também responsável pelo trabalho que ele vai desenvolver? Ele é um deputado eleito, veio na minha votação, mas é um deputado eleito. Com mandato próprio. Eu posso te responder como líder do partido de que o partido não vai interferir, e ele não vai sofrer pressão de nenhum lado e vai agir corretamente. O senhor teme efeito sobre sua possível candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2016? Não, de jeito nenhum. Tô muito tranquilo, de jeito nenhum. A postura dele sendo correta e ética, é o que a gente espera. Só isso. E qual é a opinião do senhor sobre o caso Eduardo Cunha? Eu não tenho opinião porque eu não vi a documentação, eu vou estudar as provas, vou levantar tudo o que vier para cá, vou acompanhar, mas não tenho opinião formada porque ainda não tive acesso [à investigação]. Eu, como operador do direito, não posso... É a mesma coisa de eu virar para o médico e dizer assim: ó, me consulta sem me olhar, não toque em mim, não chega perto, não me vê, mas eu quero que você me receite um remédio. O Eduardo Cunha procurou o senhor, vocês conversaram? Não, não. Se ele procurar, o senhor aceita conversar sobre o caso? Sou líder do partido, converso com o presidente Eduardo Cunha sobre diversos assuntos, mas sobre esse assunto não vou conversar. Não vou. O PRB é um dos partidos que têm dado suporte político a ele... Não, o PRB tem sido muito independente em todas as atitudes. Eu não concordo com essa avaliação. O PRB tem demonstrado independência o tempo todo. O PRB é capaz de ser o partido que será a base do pedido de cassação de Eduardo Cunha? O PRB é um partido que veio para ficar. Agora, o que vai acontecer nesse processo não posso adiantar sem saber o que está acontecendo na documentação.
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poder
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Processo contra Cunha não será arquivado, diz RussomannoPadrinho político do possível relator do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) afirmou à Folha que Fausto Pinato (PRB-SP) será correto e não irá ceder a pressões. A Folha encontrou Russomanno no início da tarde desta quarta-feira (4), quando ele deixava o gabinete do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA). Araújo deve anunciar o nome de Pinato como o relator ainda na tarde desta quarta. A Folha apurou que, no encontro, Russomanno assegurou ao presidente do Conselho que Pinato não dará parecer prévio pela inépcia da representação contra Cunha, que é o que desejam aliados do peemedebista. Político melhor colocado hoje na disputa à Prefeitura de São Paulo, Russomanno disse que não conversará com Cunha sobre o caso e que não teme efeitos sobre sua candidatura. "Tô muito tranquilo, de jeito nenhum. A postura dele sendo correta e ética, é o que a gente espera. Só isso." * Leia trechos da entrevista: Folha - Muito possivelmente será escolhido como relator da cassação de Cunha um deputado trazido para a Câmara pela votação expressiva do senhor [Russomanno teve 1,5 milhão de votos; Pinato, 22 mil, o eleito menos votado do Estado]. Não é uma responsabilidade em cima do senhor também? Celso Russomanno - É uma responsabilidade grande, mas eu posso te dizer que se ele for escolhido ele vai ser muito correto e ético, pode ter certeza disso. O senhor já conversou com ele? Já conversei. Ele vai ter autonomia, o partido não irá interferir. Ele vai ser técnico, vai ser ético e vai agir na forma de um bom relator, de um bom julgador, e não vai ceder a pressão nenhuma, não vai. Pode ter certeza disso. Como o senhor garante isso? Eu garanto. Tenho certeza porque eu o conheço muito bem e sei da vontade política dele de crescer, de se reeleger, de construir a carreira política, então se ele for escolhido vai ser muito correto. O senhor põe a mão no fogo por ele? Vai ser correto, posso te garantir. O senhor se sente também responsável pelo trabalho que ele vai desenvolver? Ele é um deputado eleito, veio na minha votação, mas é um deputado eleito. Com mandato próprio. Eu posso te responder como líder do partido de que o partido não vai interferir, e ele não vai sofrer pressão de nenhum lado e vai agir corretamente. O senhor teme efeito sobre sua possível candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2016? Não, de jeito nenhum. Tô muito tranquilo, de jeito nenhum. A postura dele sendo correta e ética, é o que a gente espera. Só isso. E qual é a opinião do senhor sobre o caso Eduardo Cunha? Eu não tenho opinião porque eu não vi a documentação, eu vou estudar as provas, vou levantar tudo o que vier para cá, vou acompanhar, mas não tenho opinião formada porque ainda não tive acesso [à investigação]. Eu, como operador do direito, não posso... É a mesma coisa de eu virar para o médico e dizer assim: ó, me consulta sem me olhar, não toque em mim, não chega perto, não me vê, mas eu quero que você me receite um remédio. O Eduardo Cunha procurou o senhor, vocês conversaram? Não, não. Se ele procurar, o senhor aceita conversar sobre o caso? Sou líder do partido, converso com o presidente Eduardo Cunha sobre diversos assuntos, mas sobre esse assunto não vou conversar. Não vou. O PRB é um dos partidos que têm dado suporte político a ele... Não, o PRB tem sido muito independente em todas as atitudes. Eu não concordo com essa avaliação. O PRB tem demonstrado independência o tempo todo. O PRB é capaz de ser o partido que será a base do pedido de cassação de Eduardo Cunha? O PRB é um partido que veio para ficar. Agora, o que vai acontecer nesse processo não posso adiantar sem saber o que está acontecendo na documentação.
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'Westworld' lidera indicações ao Emmy 2017 e concorre a 22 prêmios
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Os indicados à 69ª edição do Emmy, principal prêmio da televisão, foram revelados nesta quinta-feira (13). Pela primeira vez desde 2011, "Game Of Thrones" não está entre os nomeados. A série, que ficou inelegível por conta de sua data de estreia, é a mais premiada da história do Emmy, tendo 38 vitórias e 106 indicações. Com a veterana fora do páreo, aumentou a expectativa para esta edição do prêmio. Cotada para ser a sucessora de "Game Of Thrones", a série da HBO, "Westworld" liderou as indicações para a premiação e concorre a 22 estatuetas, empatada com o humorístico "Saturday Night Live". "Stranger Things" e "Feud" receberam 18 indicações. A Netflix lidera as indicações na categoria de melhor série dramática, com "House Of Cards", "Stranger Things" e "The Crown". As atrações do streaming concorrem com "Westworld", "Better Call Saul", nomeada pelo terceiro ano consecutivo, e as novatas "The Handmaid's Tale" e "This Is Us". Carrie Fischer, que morreu no fim ano passado, recebeu indicação póstuma pela participação na série "Catastrophe". A atriz foi nomeada ao prêmio de melhor atriz convidada em série de comédia. A cerimônia do Emmy acontece em 17 de setembro e será apresentada por Stephen Colbert. Confira abaixo os principais indicados: Melhor série de drama "Better Call Saul" "The Crown" "The Handmaid's Tale" "House of Cards" "Stranger Things" "This Is Us" "Westworld" Melhor série de comédia "Atlanta" "Black-ish" "Masters of None" "Modern Family" "Silicon Valley" "Unbreakable Kimmy Schmidt" "Veep" Melhor série limitada "Big Little Lies" "Fargo" "Feud" "Genius" "The Night Of" Ator em série dramática Sterling K. Brown ("This Is Us") Milo Ventimiglia ("This Is Us") Matthew Rhys ("The Americans") Bob Odenkirk ("Better Call Saul") Liev Schreiber ("Ray Donovan") Kevin Spacey ("House of Cards") Anthony Hopkins ("Westworld") Atriz em série dramática Claire Foy ("The Crown") Elisabeth Moss ("The Handmaid's Tale") Robin Wright ("House of Cards") Evan Rachel Wood ("Westworld") Viola Davis ("How to Get Away with Murder") Keri Russell ("The Americans") Ator coadjuvante em série dramática Jonathan Banks ("Better Call Saul") Ron Cephas Jones ("This Is Us") David Harbour ("Stranger Things") Michael Kelly ("House of Cards") John Lithgow ("The Crown") Mandy Patinkin ("Homeland") Jeffrey Wright ("Westworld") Atriz coadjuvante em série dramática Uzo Aduba ("Orange Is the New Black") Millie Bobby Brown ("Stranger Things") Ann Dowd ("The Handmaid's Tale") Chrissy Metz ("This Is Us") Thandie Newton ("Westworld") Samira Wiley ("The Handmaid's Tale") Ator em série de comédia Anthony Anderson ("Black-ish") Aziz Ansari ("Master of None") Zach Galifianakis ("Baskets") Donald Glover ("Atlanta") William H. Macy ("Shameless") Jeffrey Tambor ("Transparent") Atriz em série de comédia Pamela Adlon ("Better Things") Ellie Kemper ("Unbreakable Kimmy Schmidt") Allison Janney ("Mom") Julia Louis-Dreyfus ("Veep") Tracee Ellis Ross ("Black-ish") Lily Tomlin ("Grace and Frankie") Jane Fonda ("Grace and Frankie") Atriz coadjuvante em série de comédia Vanessa Bayer ("Saturday Night Live") Anna Chlumsky ("Veep") Kathryn Hahn ("Transparent") Leslie Jones ("Saturday Night Live") Judith Light ("Transparent") Kate McKinnon ("Saturday Night Live") Ator coadjuvante em série de comédia Louie Anderson ("Baskets") Alec Baldwin ("Saturday Night Live") Tituss Burgess ("Unbreakable Kimmy Schmidt") Ty Burrell ("Modern Family") Tony Hale ("Veep") Matt Walsh ("Veep") Filme para a TV "The Wizard of Lies" "The Immortal Life of Henrietta Lacks" "Sherlock: The Lying Detective" "Black Mirror: San Junipero" "Dolly Parton's Christmas of Many Colors: Circle of Love" Ator em série limitada ou filme para a TV Ewan McGregor ("Fargo") Geoffrey Rush ("Genius") Benedict Cumberbatch ("Sherlock: The Lying Detective") Riz Ahmed ("The Night Of") John Turturro ("The Night Of") Robert De Niro ("The Wizard of Lies") Atriz em série limitada ou filme para a TV Nicole Kidman ("Big Little Lies") Jessica Lange ("Feud") Susan Sarandon ("Feud") Reese Witherspoon ("Big Little Lies") Carrie Coon ("Fargo") Felicity Huffman ("American Crime") Ator coadjuvante em série limitada ou filme para a TV Bill Camp ("The Night Of") Alfred Molina ("Feud: Bette and Joan") Alexander Skarsgard ("Big Little Lies") David Thewlis ("Fargo") Stanley Tucci ("Feud: Bette and Joan") Michael K. Williams ("The Night Of") Atriz coadjuvante em série limitada ou filme para a TV Judy Davis ("Feud: Bette and Joan") Laura Dern ("Big Little Lies") Jackie Hoffman ("Feud: Bette and Joan") Regina King ("American Crime") Michelle Pfeiffer ("The Wizard of Lies") Shailene Woodley ("Big Little Lies") Programa de variedades "Last Week Tonight" (HBO) "Full Frontal with Samantha Bee" (TBS) "Jimmy Kimmel Live!" (ABC) "The Late Show with Stephen Colbert" (CBS) "The Late Late Show with James Corden" (CBS) "Real Time with Bill Maher" (HBO) Reality-show "The Amazing Race" "American Ninja Warrior" "Project Runway" "RuPaul's Drag Race" "Top Chef" "The Voice" Clique aqui para ver a lista completa de indicados.
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ilustrada
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'Westworld' lidera indicações ao Emmy 2017 e concorre a 22 prêmiosOs indicados à 69ª edição do Emmy, principal prêmio da televisão, foram revelados nesta quinta-feira (13). Pela primeira vez desde 2011, "Game Of Thrones" não está entre os nomeados. A série, que ficou inelegível por conta de sua data de estreia, é a mais premiada da história do Emmy, tendo 38 vitórias e 106 indicações. Com a veterana fora do páreo, aumentou a expectativa para esta edição do prêmio. Cotada para ser a sucessora de "Game Of Thrones", a série da HBO, "Westworld" liderou as indicações para a premiação e concorre a 22 estatuetas, empatada com o humorístico "Saturday Night Live". "Stranger Things" e "Feud" receberam 18 indicações. A Netflix lidera as indicações na categoria de melhor série dramática, com "House Of Cards", "Stranger Things" e "The Crown". As atrações do streaming concorrem com "Westworld", "Better Call Saul", nomeada pelo terceiro ano consecutivo, e as novatas "The Handmaid's Tale" e "This Is Us". Carrie Fischer, que morreu no fim ano passado, recebeu indicação póstuma pela participação na série "Catastrophe". A atriz foi nomeada ao prêmio de melhor atriz convidada em série de comédia. A cerimônia do Emmy acontece em 17 de setembro e será apresentada por Stephen Colbert. Confira abaixo os principais indicados: Melhor série de drama "Better Call Saul" "The Crown" "The Handmaid's Tale" "House of Cards" "Stranger Things" "This Is Us" "Westworld" Melhor série de comédia "Atlanta" "Black-ish" "Masters of None" "Modern Family" "Silicon Valley" "Unbreakable Kimmy Schmidt" "Veep" Melhor série limitada "Big Little Lies" "Fargo" "Feud" "Genius" "The Night Of" Ator em série dramática Sterling K. Brown ("This Is Us") Milo Ventimiglia ("This Is Us") Matthew Rhys ("The Americans") Bob Odenkirk ("Better Call Saul") Liev Schreiber ("Ray Donovan") Kevin Spacey ("House of Cards") Anthony Hopkins ("Westworld") Atriz em série dramática Claire Foy ("The Crown") Elisabeth Moss ("The Handmaid's Tale") Robin Wright ("House of Cards") Evan Rachel Wood ("Westworld") Viola Davis ("How to Get Away with Murder") Keri Russell ("The Americans") Ator coadjuvante em série dramática Jonathan Banks ("Better Call Saul") Ron Cephas Jones ("This Is Us") David Harbour ("Stranger Things") Michael Kelly ("House of Cards") John Lithgow ("The Crown") Mandy Patinkin ("Homeland") Jeffrey Wright ("Westworld") Atriz coadjuvante em série dramática Uzo Aduba ("Orange Is the New Black") Millie Bobby Brown ("Stranger Things") Ann Dowd ("The Handmaid's Tale") Chrissy Metz ("This Is Us") Thandie Newton ("Westworld") Samira Wiley ("The Handmaid's Tale") Ator em série de comédia Anthony Anderson ("Black-ish") Aziz Ansari ("Master of None") Zach Galifianakis ("Baskets") Donald Glover ("Atlanta") William H. Macy ("Shameless") Jeffrey Tambor ("Transparent") Atriz em série de comédia Pamela Adlon ("Better Things") Ellie Kemper ("Unbreakable Kimmy Schmidt") Allison Janney ("Mom") Julia Louis-Dreyfus ("Veep") Tracee Ellis Ross ("Black-ish") Lily Tomlin ("Grace and Frankie") Jane Fonda ("Grace and Frankie") Atriz coadjuvante em série de comédia Vanessa Bayer ("Saturday Night Live") Anna Chlumsky ("Veep") Kathryn Hahn ("Transparent") Leslie Jones ("Saturday Night Live") Judith Light ("Transparent") Kate McKinnon ("Saturday Night Live") Ator coadjuvante em série de comédia Louie Anderson ("Baskets") Alec Baldwin ("Saturday Night Live") Tituss Burgess ("Unbreakable Kimmy Schmidt") Ty Burrell ("Modern Family") Tony Hale ("Veep") Matt Walsh ("Veep") Filme para a TV "The Wizard of Lies" "The Immortal Life of Henrietta Lacks" "Sherlock: The Lying Detective" "Black Mirror: San Junipero" "Dolly Parton's Christmas of Many Colors: Circle of Love" Ator em série limitada ou filme para a TV Ewan McGregor ("Fargo") Geoffrey Rush ("Genius") Benedict Cumberbatch ("Sherlock: The Lying Detective") Riz Ahmed ("The Night Of") John Turturro ("The Night Of") Robert De Niro ("The Wizard of Lies") Atriz em série limitada ou filme para a TV Nicole Kidman ("Big Little Lies") Jessica Lange ("Feud") Susan Sarandon ("Feud") Reese Witherspoon ("Big Little Lies") Carrie Coon ("Fargo") Felicity Huffman ("American Crime") Ator coadjuvante em série limitada ou filme para a TV Bill Camp ("The Night Of") Alfred Molina ("Feud: Bette and Joan") Alexander Skarsgard ("Big Little Lies") David Thewlis ("Fargo") Stanley Tucci ("Feud: Bette and Joan") Michael K. Williams ("The Night Of") Atriz coadjuvante em série limitada ou filme para a TV Judy Davis ("Feud: Bette and Joan") Laura Dern ("Big Little Lies") Jackie Hoffman ("Feud: Bette and Joan") Regina King ("American Crime") Michelle Pfeiffer ("The Wizard of Lies") Shailene Woodley ("Big Little Lies") Programa de variedades "Last Week Tonight" (HBO) "Full Frontal with Samantha Bee" (TBS) "Jimmy Kimmel Live!" (ABC) "The Late Show with Stephen Colbert" (CBS) "The Late Late Show with James Corden" (CBS) "Real Time with Bill Maher" (HBO) Reality-show "The Amazing Race" "American Ninja Warrior" "Project Runway" "RuPaul's Drag Race" "Top Chef" "The Voice" Clique aqui para ver a lista completa de indicados.
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Trens da linha 8-diamante da CPTM circulam com velocidade reduzida
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O descarrilamento de um trem de manutenção prejudica a circulação de trens da 8-diamante (Júlio Prestes-Itapevi) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na manhã desta segunda (13). Segundo a companhia, um trem de manutenção que transportava brita (para fabricar concreto) descarrilou entre as estações Jandira e Itapevi, por volta das 6h. Com isso, os trens circulam com velocidade reduzida entre as duas estações. Ainda não há previsão de liberação do trecho, porque é necessário rebocar a composição. A CPTM informou que não acionou o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência). Na última quinta (9), uma falha no sistema de energia da companhia afetou a circulação da linha 7- rubi (Luz-Francisco Morato). Os trens circularam com velocidade reduzida por quase duas horas.
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cotidiano
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Trens da linha 8-diamante da CPTM circulam com velocidade reduzidaO descarrilamento de um trem de manutenção prejudica a circulação de trens da 8-diamante (Júlio Prestes-Itapevi) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na manhã desta segunda (13). Segundo a companhia, um trem de manutenção que transportava brita (para fabricar concreto) descarrilou entre as estações Jandira e Itapevi, por volta das 6h. Com isso, os trens circulam com velocidade reduzida entre as duas estações. Ainda não há previsão de liberação do trecho, porque é necessário rebocar a composição. A CPTM informou que não acionou o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência). Na última quinta (9), uma falha no sistema de energia da companhia afetou a circulação da linha 7- rubi (Luz-Francisco Morato). Os trens circularam com velocidade reduzida por quase duas horas.
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Levy vai 'se queixar, muito', com Dilma, mas ainda pode permanecer no cargo
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O ministro Joaquim Levy deve ter audiência logo mais a sós com a presidente Dilma Rousseff. Segundo um interlocutor frequente do comandante da Fazenda, ele "vai se queixar, muito", à presidente. Mas, de acordo com o mesmo interlocutor, que também tem acesso a Dilma, Levy "não vai pedir demissão" e "nem ser demitido". Esse era o sentimento dele pelo menos até a tarde desta sexta (16). Levy estaria disposto, no entanto, a relatar que a pressão contra o ajuste fiscal que tenta promover "aumentou muito". Após a reunião, no início da noite, testemunhas relataram que o encontro foi rápido e que Levy se queixou de isolamento com Dilma, mas permanece no cargo. O ministro vem sofrendo bombardeio do PT e do presidente Lula nos bastidores. Em reunião com a bancada do partido nesta semana, o ex-presidente ouviu queixas dos parlamentares e afirmou que insistiria com Dilma para que ela mudasse a orientação da política econômica.
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colunas
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Levy vai 'se queixar, muito', com Dilma, mas ainda pode permanecer no cargoO ministro Joaquim Levy deve ter audiência logo mais a sós com a presidente Dilma Rousseff. Segundo um interlocutor frequente do comandante da Fazenda, ele "vai se queixar, muito", à presidente. Mas, de acordo com o mesmo interlocutor, que também tem acesso a Dilma, Levy "não vai pedir demissão" e "nem ser demitido". Esse era o sentimento dele pelo menos até a tarde desta sexta (16). Levy estaria disposto, no entanto, a relatar que a pressão contra o ajuste fiscal que tenta promover "aumentou muito". Após a reunião, no início da noite, testemunhas relataram que o encontro foi rápido e que Levy se queixou de isolamento com Dilma, mas permanece no cargo. O ministro vem sofrendo bombardeio do PT e do presidente Lula nos bastidores. Em reunião com a bancada do partido nesta semana, o ex-presidente ouviu queixas dos parlamentares e afirmou que insistiria com Dilma para que ela mudasse a orientação da política econômica.
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Saiba declarar o Imposto de Renda quando empresa não dá comprovante
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A fonte pagadora, pessoa física ou empresa, deve fornecer ao contribuinte, até o último dia útil de fevereiro, o documento que comprove os pagamentos do ano anterior. Esse documento, impresso em uma via, chamado de Informe de Rendimentos, deve indicar a natureza e o valor dos pagamentos, as deduções (contribuições ao INSS, previdência privada, pensão alimentícia), IR retido, 13º etc. No caso de ter havido retenção do IR na fonte e não fornecimento do comprovante, o contribuinte deve comunicar o fato à unidade da Receita de sua jurisdição, para as medidas legais cabíveis. Se houver inexatidão nas informações (salários que não foram pagos nem creditados no ano anterior ou rendimentos tributáveis e isentos computados em conjunto), o interessado deve solicitar à fonte pagadora outro comprovante preenchido corretamente. Na impossibilidade de correção, por motivo de força maior, o contribuinte pode usar os comprovantes de pagamentos mensais (contracheques), ficando sujeito à comprovação dos valores. A Receita permite que o Informe de Rendimentos seja fornecido por e-mail à pessoa física que possua endereço eletrônico. Nesse caso, fica dispensado o fornecimento da via impressa. 148 - Recebi 1/5 do valor da venda de imóvel do espólio do meu pai, morto em 2009. Me aposentei pelo INSS em 2015, mas continuo trabalhando. Com meu FGTS, mais o valor do imóvel, mais algumas aplicações, comprei imóvel. Como declaro? (J.L.A.M.). Informe o valor da sua parte no imóvel vendido na ficha Rendimentos isentos e não tributáveis (linha 10). Informe nessa mesma ficha (linha 03) o FGTS sacado. Na ficha Bens e direitos, não preencha os campos de 2015 das aplicações financeiras usadas para comprar o imóvel. Ainda nessa ficha, abra novo item para incluir o imóvel adquirido. No campo Discriminação, informe o nome, o CPF/CNPJ do vendedor, as condições de compra e o valor pago no campo de 2015. 149 - Em 2014, comprei imóvel e passei a escritura para minha namorada. Ela declarou o bem e o empréstimo. Em 2015, fizemos união estável. Como ela declara? Podemos declarar em conjunto? (R.G.A.). A declaração será em separado. Só pode ser em conjunto com a companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho. Ela continua a declarar o bem na ficha Bens e direitos e o empréstimo na ficha Dívidas e ônus reais. 150 - Como declaro consórcio de imóvel feito, contemplado e recebido em 2015? (V.M.). Na ficha Bens e direitos, no código específico do bem, informe no campo Discriminação os dados do bem e do consórcio. Deixe em branco o campo de 2014. No de 2015, informe o valor pago até essa data, inclusive de lance dado, se for o caso. 151 - Sofri acidente em 2015 e permaneci imóvel por seis meses. Paguei tratamento de fisioterapeuta e enfermeiros. Posso abater os gastos (S.P.). Os gastos com fisioterapeutas são dedutíveis, mas os com enfermeiros particulares, não (só seriam se integrassem a conta hospitalar). 152 - Tenho filha de 26 anos e pago o convênio médico dela. Posso abater o gasto? (S.M.C.). Não, pois ela não pode mais ser sua dependente.
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mercado
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Saiba declarar o Imposto de Renda quando empresa não dá comprovanteA fonte pagadora, pessoa física ou empresa, deve fornecer ao contribuinte, até o último dia útil de fevereiro, o documento que comprove os pagamentos do ano anterior. Esse documento, impresso em uma via, chamado de Informe de Rendimentos, deve indicar a natureza e o valor dos pagamentos, as deduções (contribuições ao INSS, previdência privada, pensão alimentícia), IR retido, 13º etc. No caso de ter havido retenção do IR na fonte e não fornecimento do comprovante, o contribuinte deve comunicar o fato à unidade da Receita de sua jurisdição, para as medidas legais cabíveis. Se houver inexatidão nas informações (salários que não foram pagos nem creditados no ano anterior ou rendimentos tributáveis e isentos computados em conjunto), o interessado deve solicitar à fonte pagadora outro comprovante preenchido corretamente. Na impossibilidade de correção, por motivo de força maior, o contribuinte pode usar os comprovantes de pagamentos mensais (contracheques), ficando sujeito à comprovação dos valores. A Receita permite que o Informe de Rendimentos seja fornecido por e-mail à pessoa física que possua endereço eletrônico. Nesse caso, fica dispensado o fornecimento da via impressa. 148 - Recebi 1/5 do valor da venda de imóvel do espólio do meu pai, morto em 2009. Me aposentei pelo INSS em 2015, mas continuo trabalhando. Com meu FGTS, mais o valor do imóvel, mais algumas aplicações, comprei imóvel. Como declaro? (J.L.A.M.). Informe o valor da sua parte no imóvel vendido na ficha Rendimentos isentos e não tributáveis (linha 10). Informe nessa mesma ficha (linha 03) o FGTS sacado. Na ficha Bens e direitos, não preencha os campos de 2015 das aplicações financeiras usadas para comprar o imóvel. Ainda nessa ficha, abra novo item para incluir o imóvel adquirido. No campo Discriminação, informe o nome, o CPF/CNPJ do vendedor, as condições de compra e o valor pago no campo de 2015. 149 - Em 2014, comprei imóvel e passei a escritura para minha namorada. Ela declarou o bem e o empréstimo. Em 2015, fizemos união estável. Como ela declara? Podemos declarar em conjunto? (R.G.A.). A declaração será em separado. Só pode ser em conjunto com a companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho. Ela continua a declarar o bem na ficha Bens e direitos e o empréstimo na ficha Dívidas e ônus reais. 150 - Como declaro consórcio de imóvel feito, contemplado e recebido em 2015? (V.M.). Na ficha Bens e direitos, no código específico do bem, informe no campo Discriminação os dados do bem e do consórcio. Deixe em branco o campo de 2014. No de 2015, informe o valor pago até essa data, inclusive de lance dado, se for o caso. 151 - Sofri acidente em 2015 e permaneci imóvel por seis meses. Paguei tratamento de fisioterapeuta e enfermeiros. Posso abater os gastos (S.P.). Os gastos com fisioterapeutas são dedutíveis, mas os com enfermeiros particulares, não (só seriam se integrassem a conta hospitalar). 152 - Tenho filha de 26 anos e pago o convênio médico dela. Posso abater o gasto? (S.M.C.). Não, pois ela não pode mais ser sua dependente.
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Alckmin diz que candidatura à Presidência é decisão coletiva 'para o fim deste ano'
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Geraldo Alckmin (PSDB) apontou com o indicador para as lentes de um tablet que transmite, no fim da manhã desta quarta (23), suas respostas a usuários do Twitter. "Se você me perguntar se eu quero ser [candidato à presidente], eu vou dizer olhando aqui nos seus olhos que sim", respondeu o governador de São Paulo ao usuário @Mygoodness1. Não sem defender que a candidatura tucana ao Planalto deverá ser uma "decisão coletiva [do partido], para o final deste ano". "Uma candidatura a cargo majoritário, como o de presidente da República, não é uma decisão pessoal, é uma decisão coletiva. Começa pelo partido, tem que ouvir alianças, a sociedade. Esse é o bom caminho", afirmou Alckmin. Alckmin O governador, no entanto, desviou da segunda parte da pergunta: se teria o apoio de seu afilhado político, João Doria, que também aspira a se candidatar ao Planalto. A ala alckmista do PSDB defende que a legenda firme seu nome para 2018 até dezembro, numa tentativa de evitar a candidatura do empresário. Doria defende a realização de prévias, mas não fala em prazo. Sobre o sistema político, o governador defendeu a reforma política e o parlamentarismo, mas se disse contrário ao financiamento público de campanhas. "Defendo campanhas mais verdadeiras e mais baratas", disse o governador, favorável ao financiamento privado das candidaturas. Alckmin também foi evasivo ao falar sobre a existência de um racha dentro do PSDB. O partido está dividido sobre o desembarque ou não do governo de Michel Temer —em que ocupa quatro ministérios, entre eles a Secretaria de Governo (Antônio Imbassahy) e o das Relações Exteriores (Aloysio Nunes). Na semana passada, uma peça publicitária, com críticas implícitas ao governo Temer e em que a legenda diz ter errado, escancarou a cisão no partido, com notas de repúdio e de apoio à peça de todas as plumagens. O governador de São Paulo se posiciona pela saída do governo. No Twitter, disse apenas que, em um partido grande como o PSDB, "é natural que tenha pontos de vista diferentes". PROPOSTAS Ainda que tenha evitado falar de si como candidato oficial do PSDB, Alckmin começou a conversa com tuiteiros respondendo a uma questão sobre seus projetos governo para o Nordeste, caso seja eleito. Destacou que a Sabesp emprestou bombas para o fornecimento de água em Estados atingidos pela estiagem, entre outras promessas. A pergunta veio do usuário @ilailson_amorim, que começou a usar o Twitter neste mês. Seus tuítes começaram na semana passada, com republicações de postagens de tucanos e do deputado federal Jair Bolsonaro. O perfil é semelhante ao da maioria dos escolhidos para participar da conversa: ora usuários pouco ativos na rede sociais, ora perfis ligados à militância do PSDB. Segundo o Twitter, que cedeu o espaço para a entrevista, toda a mediação foi feita pela equipe de mídias digitais do governador.
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poder
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Alckmin diz que candidatura à Presidência é decisão coletiva 'para o fim deste ano'Geraldo Alckmin (PSDB) apontou com o indicador para as lentes de um tablet que transmite, no fim da manhã desta quarta (23), suas respostas a usuários do Twitter. "Se você me perguntar se eu quero ser [candidato à presidente], eu vou dizer olhando aqui nos seus olhos que sim", respondeu o governador de São Paulo ao usuário @Mygoodness1. Não sem defender que a candidatura tucana ao Planalto deverá ser uma "decisão coletiva [do partido], para o final deste ano". "Uma candidatura a cargo majoritário, como o de presidente da República, não é uma decisão pessoal, é uma decisão coletiva. Começa pelo partido, tem que ouvir alianças, a sociedade. Esse é o bom caminho", afirmou Alckmin. Alckmin O governador, no entanto, desviou da segunda parte da pergunta: se teria o apoio de seu afilhado político, João Doria, que também aspira a se candidatar ao Planalto. A ala alckmista do PSDB defende que a legenda firme seu nome para 2018 até dezembro, numa tentativa de evitar a candidatura do empresário. Doria defende a realização de prévias, mas não fala em prazo. Sobre o sistema político, o governador defendeu a reforma política e o parlamentarismo, mas se disse contrário ao financiamento público de campanhas. "Defendo campanhas mais verdadeiras e mais baratas", disse o governador, favorável ao financiamento privado das candidaturas. Alckmin também foi evasivo ao falar sobre a existência de um racha dentro do PSDB. O partido está dividido sobre o desembarque ou não do governo de Michel Temer —em que ocupa quatro ministérios, entre eles a Secretaria de Governo (Antônio Imbassahy) e o das Relações Exteriores (Aloysio Nunes). Na semana passada, uma peça publicitária, com críticas implícitas ao governo Temer e em que a legenda diz ter errado, escancarou a cisão no partido, com notas de repúdio e de apoio à peça de todas as plumagens. O governador de São Paulo se posiciona pela saída do governo. No Twitter, disse apenas que, em um partido grande como o PSDB, "é natural que tenha pontos de vista diferentes". PROPOSTAS Ainda que tenha evitado falar de si como candidato oficial do PSDB, Alckmin começou a conversa com tuiteiros respondendo a uma questão sobre seus projetos governo para o Nordeste, caso seja eleito. Destacou que a Sabesp emprestou bombas para o fornecimento de água em Estados atingidos pela estiagem, entre outras promessas. A pergunta veio do usuário @ilailson_amorim, que começou a usar o Twitter neste mês. Seus tuítes começaram na semana passada, com republicações de postagens de tucanos e do deputado federal Jair Bolsonaro. O perfil é semelhante ao da maioria dos escolhidos para participar da conversa: ora usuários pouco ativos na rede sociais, ora perfis ligados à militância do PSDB. Segundo o Twitter, que cedeu o espaço para a entrevista, toda a mediação foi feita pela equipe de mídias digitais do governador.
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Santos vai inscrever 2 revelações nas quartas do Paulista
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O Santos vai ter novidades nas quartas de final do Campeonato Paulista. O volante Thiago Maia e o meia Léo Cittadini foram inscritos nas vagas do volante Alison, que está machucado e só retorna no segundo semestre, e do atacante Thiago Ribeiro, emprestado ao Atlético-MG. Os dois jogadores foram revelados na base santista. Thiago Maia, 18, não fez jogos pelo time profissional. Apesar de já ter sido convocado para a seleção sub-17 em 2013, ele foi promovido este ano. Já Cittadini, 21, começou no Guarani e depois foi contratado para jogar na base santista. Foi promovido em 2013 e ano passado foi emprestado para a Ponte Preta. Voltou neste ano.
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esporte
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Santos vai inscrever 2 revelações nas quartas do PaulistaO Santos vai ter novidades nas quartas de final do Campeonato Paulista. O volante Thiago Maia e o meia Léo Cittadini foram inscritos nas vagas do volante Alison, que está machucado e só retorna no segundo semestre, e do atacante Thiago Ribeiro, emprestado ao Atlético-MG. Os dois jogadores foram revelados na base santista. Thiago Maia, 18, não fez jogos pelo time profissional. Apesar de já ter sido convocado para a seleção sub-17 em 2013, ele foi promovido este ano. Já Cittadini, 21, começou no Guarani e depois foi contratado para jogar na base santista. Foi promovido em 2013 e ano passado foi emprestado para a Ponte Preta. Voltou neste ano.
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No clima natalino, confira seleção de decorações para receber o Papai Noel
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PRODUÇÃO GUGA SARAIVA E JEANINE LEMOS FOTOS LEO ELOY 1. Enfeites de casa de pássaro e passarinho. R$ 29 (o primeiro) e R$ 49 (o segundo), na Cecília Dale, tel. 3372-3900. 2. Estrela do Divino. R$ 65, na Paiol, tel. 3554-3553. 3. Pássaros dourados para árvore. R$ 31,15 (cada), na Le Petit Jardin, tel. 3823-2463. 4. Cabeça de rena de feltro e bonecas Sony Angel de Natal. R$ 520 e R$ 95 (cada), respectivamente, na Coisas da Doris, tel. 3083-1962 ou www.coisasdadoris.com.br. 5. Miniguirlandas, de sete centímetros, e jogo americano de crochê (fundo). R$ 21,90 (cada) e R$ 29,90 (cada), respectivamente, na Camicado, tel. 3587-8633 ou www.camicado.com.br. 6. Letras de madeira Ho Ho Ho. R$ 99,90 na Tok&Stok, tel. 3583-4700. 7. Varal de luminária de bolinhas. R$ 89,90, na Japonique, tel. 3034-0253 ou www.japonique.com.br. 8. Quadro negro do Papai Noel. R$ 79,99, na Etna, www.etna.com.br. 9. Conjunto Três Reis Magos com cinco peças. R$ 299, na Livraria Alemã, tel. 5044-3735. 10. Presépio com luz. R$ 46,90, na Armarinhos Fernando, tel. 3325-0400. 11. Enfeites de latão reciclado. R$ 72, o kit com seis estrelas, na 62 Graus, tel. 3813-8434. 12. Cabeça de alce de madeira. R$ 59, na Designn Maniaa, tel. 3289-9664 ou www.designnmaniaa.com.br. 13. Caixa de correio do Papai Noel. R$ 285,15, na Rica Festa, tel. 3040-4290 ou www.ricafesta.com.br.
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saopaulo
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No clima natalino, confira seleção de decorações para receber o Papai NoelPRODUÇÃO GUGA SARAIVA E JEANINE LEMOS FOTOS LEO ELOY 1. Enfeites de casa de pássaro e passarinho. R$ 29 (o primeiro) e R$ 49 (o segundo), na Cecília Dale, tel. 3372-3900. 2. Estrela do Divino. R$ 65, na Paiol, tel. 3554-3553. 3. Pássaros dourados para árvore. R$ 31,15 (cada), na Le Petit Jardin, tel. 3823-2463. 4. Cabeça de rena de feltro e bonecas Sony Angel de Natal. R$ 520 e R$ 95 (cada), respectivamente, na Coisas da Doris, tel. 3083-1962 ou www.coisasdadoris.com.br. 5. Miniguirlandas, de sete centímetros, e jogo americano de crochê (fundo). R$ 21,90 (cada) e R$ 29,90 (cada), respectivamente, na Camicado, tel. 3587-8633 ou www.camicado.com.br. 6. Letras de madeira Ho Ho Ho. R$ 99,90 na Tok&Stok, tel. 3583-4700. 7. Varal de luminária de bolinhas. R$ 89,90, na Japonique, tel. 3034-0253 ou www.japonique.com.br. 8. Quadro negro do Papai Noel. R$ 79,99, na Etna, www.etna.com.br. 9. Conjunto Três Reis Magos com cinco peças. R$ 299, na Livraria Alemã, tel. 5044-3735. 10. Presépio com luz. R$ 46,90, na Armarinhos Fernando, tel. 3325-0400. 11. Enfeites de latão reciclado. R$ 72, o kit com seis estrelas, na 62 Graus, tel. 3813-8434. 12. Cabeça de alce de madeira. R$ 59, na Designn Maniaa, tel. 3289-9664 ou www.designnmaniaa.com.br. 13. Caixa de correio do Papai Noel. R$ 285,15, na Rica Festa, tel. 3040-4290 ou www.ricafesta.com.br.
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Com gritos de 'zika' para a goleira, EUA vencem em estreia no futebol feminino
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JOSÉ MARQUES DE BELO HORIZONTE A torcida do Mineirão fez gritos de guerra com a palavra "zika" nesta quarta-feira (3) quando a goleira Hope Solo chutava a bola na estreia da seleção feminina de futebol dos EUA contra a Nova Zelândia pelos Jogos Olímpicos, em Belo Horizonte. As americanas venceram por 2 a 0. Solo foi pivô de uma polêmica no mês passado ao publicar em uma rede social um kit que chamou de "arsenal" contra a zika: repelente e proteção contra insetos. Ao tocar na bola, o público gritava frases como "olê, olê, olê, olá, zika, zika". Em entrevista depois da partida, a treinadora americana Jill Ellis pediu desculpas pela brincadeira de Solo e disse que todo o time estava animado para vir ao Brasil porque "é um país que aprecia o futebol" e espera ser lembrado por seu jogo. O público do jogo não chegou a lotar o anel inferior do estádio e não foram vendidos ingressos para o superior. O número total de presentes, segundo o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), foi de 9.781. O Mineirão tem capacidade para 62.000 pessoas. A partida foi dominada pelos EUA. Aos oito minutos, a meio-campista Carli Lloyd, atual melhor do mundo, abriu o placar com um gol de cabeça contra o time neozelandês. No primeiro minuto do segundo tempo, a atacante Alex Morgan recebeu a bola na esquerda, chutou para o gol e aumentou a vantagem. As duas seleções fazem parte do grupo G, que também inclui França e Colômbia -equipes que se enfrentaram logo depois no mesmo estádio. Do lado de fora, o Mineirão teve o perímetro isolado e, para acessar o local, era necessário apresentar ingresso, credencial ou ser revistado. Até o início do jogo, não havia longas filas ou confusão. FRANÇA E COLÔMBIA O time feminino da França fez 4 a 0 na Colômbia, no Mineirão, logo após a partida dos EUA contra a Nova Zelândia, e assumiu a liderança do grupo G. O placar foi aberto aos dois minutos com um gol contra da meia Carolina Arias. Com controle do jogo e sem ser ameaçada pelo time colombiano, a França marcou mais duas vezes no primeiro tempo, com Le Sommer e Abily. Aos 37 do segundo tempo, a atacante Delie ampliou o resultado. No sábado (6), a França enfrentará o vice-líder Estados Unidos e a Colômbia pega a Nova Zelândia. Os dois melhores do grupo passam para as quartas de final.
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esporte
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Com gritos de 'zika' para a goleira, EUA vencem em estreia no futebol feminino
JOSÉ MARQUES DE BELO HORIZONTE A torcida do Mineirão fez gritos de guerra com a palavra "zika" nesta quarta-feira (3) quando a goleira Hope Solo chutava a bola na estreia da seleção feminina de futebol dos EUA contra a Nova Zelândia pelos Jogos Olímpicos, em Belo Horizonte. As americanas venceram por 2 a 0. Solo foi pivô de uma polêmica no mês passado ao publicar em uma rede social um kit que chamou de "arsenal" contra a zika: repelente e proteção contra insetos. Ao tocar na bola, o público gritava frases como "olê, olê, olê, olá, zika, zika". Em entrevista depois da partida, a treinadora americana Jill Ellis pediu desculpas pela brincadeira de Solo e disse que todo o time estava animado para vir ao Brasil porque "é um país que aprecia o futebol" e espera ser lembrado por seu jogo. O público do jogo não chegou a lotar o anel inferior do estádio e não foram vendidos ingressos para o superior. O número total de presentes, segundo o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), foi de 9.781. O Mineirão tem capacidade para 62.000 pessoas. A partida foi dominada pelos EUA. Aos oito minutos, a meio-campista Carli Lloyd, atual melhor do mundo, abriu o placar com um gol de cabeça contra o time neozelandês. No primeiro minuto do segundo tempo, a atacante Alex Morgan recebeu a bola na esquerda, chutou para o gol e aumentou a vantagem. As duas seleções fazem parte do grupo G, que também inclui França e Colômbia -equipes que se enfrentaram logo depois no mesmo estádio. Do lado de fora, o Mineirão teve o perímetro isolado e, para acessar o local, era necessário apresentar ingresso, credencial ou ser revistado. Até o início do jogo, não havia longas filas ou confusão. FRANÇA E COLÔMBIA O time feminino da França fez 4 a 0 na Colômbia, no Mineirão, logo após a partida dos EUA contra a Nova Zelândia, e assumiu a liderança do grupo G. O placar foi aberto aos dois minutos com um gol contra da meia Carolina Arias. Com controle do jogo e sem ser ameaçada pelo time colombiano, a França marcou mais duas vezes no primeiro tempo, com Le Sommer e Abily. Aos 37 do segundo tempo, a atacante Delie ampliou o resultado. No sábado (6), a França enfrentará o vice-líder Estados Unidos e a Colômbia pega a Nova Zelândia. Os dois melhores do grupo passam para as quartas de final.
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Joalherias serão investigadas por 'parceria' com Cabral
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O procurador regional José Augusto Vagos afirmou que os estabelecimentos em que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) adquiriu joias em dinheiro vivo sem nota fiscal serão investigadas. Cabral e a ex-primeira-dama gastaram R$ 6,5 milhões em joias desde 2007 na H. Stern e Antônio Bernardo. As compras mais caras não tiveram emissão de nota fiscal nem comunicação ao Coaf –exigência em compras acima de R$ 10 mil. "Há indícios de que houve uma certa parceria e conivência das joalheria. Estamos abrindo novas investigações porque essa lavagem pode ter ocorrido em outros âmbitos", disse Vagos. O delegado Tácio Muzzi afirmou que a joalheria Antônio Bernardo dificultou a entrega das evidências solicitadas pelos investigadores. Isso motivou uma busca e apreensão na sede da empresa, no Shopping da Gávea. Após a ação, a joalheria admitiu que Cabral e Adriana Ancelmo eram identificados por codinomes no sistema interno da empresa –"Ramos Filho" e "Lurdinha", respectivamente. Na maioria das vezes, as joias eram escolhidas pelo casal em seu apartamento, onde vendedoras apresentavam lançamentos. O pagamento era feito, inicialmente, com a apresentação de cheques-caução vinculados a contas do economista Carlos Emanuel Miranda, apontado pelo Ministério Público como operador da propina. No dia da compensação, eles eram descartados e substituídos por dinheiro vivo, entregue por Miranda, Luiz Carlos Bezerra ou Pedro Ramos, assessores do ex-governador. A PF encontrou cem unidades de joias ou bijuterias no apartamento da ex-primeira-dama na busca e apreensão realizada nesta terça-feira (7). O material ainda será analisado pela perícia para avaliar seu valor. No dia 17, agentes haviam localizado 40 joias no apartamento, cujo valor somado é de R$ 2 milhões. Nesse lote não se encontravam as mais valiosas adquiridas por Cabral, que superam o valor de R$ 600 mil. Há a suspeita de ocultação dessas peças. Vagos afirmou também que seria "desejável" que outros familiares de Cabral que tenham recebido joias de presente entregasse o material à Polícia Federal. Boa parte das compras eram feitas no fim de ano, possivelmente como presente de Natal. OUTRAS INVESTIGAÇÕES A denúncia apresentada nesta terça pelo Ministério Público contra Cabral, a ex-primeira-dama e outros 11 acusados refere-se apenas às investigações sobre propina paga pela Andrade Gutierrez. O coordenador da Lava Jato no Rio, procurador Lauro Coelho Junior, afirmou que outros inquéritos serão abertos para apurar novos fatos. A petição do pedido de prisão de Cabral, do mês passado, citava por exemplo propina paga pela Carioca Engenharia. Esse caso deve ser objeto de uma outra denúncia. De acordo com as investigações, Cabral e seus assessores cobravam 6% de propina sobre grandes obras no Estado. A estimativa é que o grupo tenha arrecadado ilegalmente R$ 224 milhões.
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Joalherias serão investigadas por 'parceria' com CabralO procurador regional José Augusto Vagos afirmou que os estabelecimentos em que o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) adquiriu joias em dinheiro vivo sem nota fiscal serão investigadas. Cabral e a ex-primeira-dama gastaram R$ 6,5 milhões em joias desde 2007 na H. Stern e Antônio Bernardo. As compras mais caras não tiveram emissão de nota fiscal nem comunicação ao Coaf –exigência em compras acima de R$ 10 mil. "Há indícios de que houve uma certa parceria e conivência das joalheria. Estamos abrindo novas investigações porque essa lavagem pode ter ocorrido em outros âmbitos", disse Vagos. O delegado Tácio Muzzi afirmou que a joalheria Antônio Bernardo dificultou a entrega das evidências solicitadas pelos investigadores. Isso motivou uma busca e apreensão na sede da empresa, no Shopping da Gávea. Após a ação, a joalheria admitiu que Cabral e Adriana Ancelmo eram identificados por codinomes no sistema interno da empresa –"Ramos Filho" e "Lurdinha", respectivamente. Na maioria das vezes, as joias eram escolhidas pelo casal em seu apartamento, onde vendedoras apresentavam lançamentos. O pagamento era feito, inicialmente, com a apresentação de cheques-caução vinculados a contas do economista Carlos Emanuel Miranda, apontado pelo Ministério Público como operador da propina. No dia da compensação, eles eram descartados e substituídos por dinheiro vivo, entregue por Miranda, Luiz Carlos Bezerra ou Pedro Ramos, assessores do ex-governador. A PF encontrou cem unidades de joias ou bijuterias no apartamento da ex-primeira-dama na busca e apreensão realizada nesta terça-feira (7). O material ainda será analisado pela perícia para avaliar seu valor. No dia 17, agentes haviam localizado 40 joias no apartamento, cujo valor somado é de R$ 2 milhões. Nesse lote não se encontravam as mais valiosas adquiridas por Cabral, que superam o valor de R$ 600 mil. Há a suspeita de ocultação dessas peças. Vagos afirmou também que seria "desejável" que outros familiares de Cabral que tenham recebido joias de presente entregasse o material à Polícia Federal. Boa parte das compras eram feitas no fim de ano, possivelmente como presente de Natal. OUTRAS INVESTIGAÇÕES A denúncia apresentada nesta terça pelo Ministério Público contra Cabral, a ex-primeira-dama e outros 11 acusados refere-se apenas às investigações sobre propina paga pela Andrade Gutierrez. O coordenador da Lava Jato no Rio, procurador Lauro Coelho Junior, afirmou que outros inquéritos serão abertos para apurar novos fatos. A petição do pedido de prisão de Cabral, do mês passado, citava por exemplo propina paga pela Carioca Engenharia. Esse caso deve ser objeto de uma outra denúncia. De acordo com as investigações, Cabral e seus assessores cobravam 6% de propina sobre grandes obras no Estado. A estimativa é que o grupo tenha arrecadado ilegalmente R$ 224 milhões.
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Cairo
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Em 1989, no bar de um hotel do Cairo, um homem estranho, de terno, ofereceu um drinque a mim e a meu namorado. Soturno, ele tomava uísque de dia e repetia, a todo instante, que aquele era uma país livre e que ele acreditava na humanidade. A predisposição para o risco, tão comum na juventude, nos fez aceitar o convite para um giro pela cidade, a bordo do Mercedes-Benz blindado do egípcio suspeito. Visitamos um clube chique, onde ele nos apresentou como amigos, e um apartamento sem vida, onde se hospedava uma mulher vulgar. E lá estávamos nós de novo, no "merça", a perambular. Como num filme de Buñuel, não conseguíamos nos livrar do ébrio deprimido que acreditava viver num país livre e reiterava, a cada minuto, a sua fé na humanidade. Foi quando notei um folheto caído no chão do banco de trás. Impresso num papel caro, do tipo usado em encartes de empreendimentos imobiliários, que vendem frações na Barra e no Morumbi, o panfleto se dedicava ao comércio legal de armas. Um soldado bem apessoado, vestido com um colete à prova de balas, exibia-se de frente e perfil, para evidenciar o desenho arrojado do artefato. Virando a página, uma máscara de gás de última geração; mais adiante, um pot-pourri de pistolas e metralhadoras que se prestavam aos mais diversos tipos de combate. Nosso guia era um negociante de armamento pesado. Talvez, por isso, bebesse sozinho num bar de hotel, apresentasse amigos que não possuía e repetisse sem trégua que aquele era um país livre, que o fazia crer na humanidade. Na aurora dos anos 1990, apesar do fim da Guerra Fria, o grande negócio das armas comia solto nas 1.001 noites das Arábias. Era o prenúncio das hordas de refugiados que se acumulariam na costa da Europa décadas depois. A prova de que a Pax Americana, com sua promessa de globalizar o "American way" de consumo, duraria tanto quanto uma fábula. No dia 20 deste mês, data do recente atentado na Champs-Élysées, em Paris, o túnel Rebouças, principal ligação entre a zona sul e o centro do Rio, sofreu um arrastão. Pode parecer inaceitável, para alguém que passeia sem receio pelas ruas de Amsterdã, Oslo e Munique, a ideia de que a Europa esteja se transformando no Rio do mundo. Mas está. Potências prósperas e continentais, como o Canadá e a China, são como grandes condomínios de luxo, que não enfrentam a pressão de ter o Terceiro Mundo como vizinho de porta. Mas não há Muralha da China que dê conta do Mediterrâneo. Cercada de Egitos, Sírias, Argélias, Líbias e Etiópias, a Europa, assim como o Rio, está situada no olho do furacão das tensões políticas e sociais. Foi-se a ideia de uma guerra limpa, cirúrgica, a milhas de distância do Ocidente. Tanto o carioca como o francês se veem às voltas com uma guerrilha primitiva, cotidiana e sem data para acabar. Conheci o egípcio armamentista logo após a queda do Muro de Berlim. Vivia-se o fim da história e a abertura ampla das fronteiras. Hoje, do jeito que as coisas vão, desconfio que, em quatro anos, uma latina como eu só terá direito a um visto "Miami only", se quiser pisar na América, e mal chegue aos Pireneus, caso tente cruzar a Europa. O mundo é tudo menos livre, e sobram razões para descrer na humanidade.
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CairoEm 1989, no bar de um hotel do Cairo, um homem estranho, de terno, ofereceu um drinque a mim e a meu namorado. Soturno, ele tomava uísque de dia e repetia, a todo instante, que aquele era uma país livre e que ele acreditava na humanidade. A predisposição para o risco, tão comum na juventude, nos fez aceitar o convite para um giro pela cidade, a bordo do Mercedes-Benz blindado do egípcio suspeito. Visitamos um clube chique, onde ele nos apresentou como amigos, e um apartamento sem vida, onde se hospedava uma mulher vulgar. E lá estávamos nós de novo, no "merça", a perambular. Como num filme de Buñuel, não conseguíamos nos livrar do ébrio deprimido que acreditava viver num país livre e reiterava, a cada minuto, a sua fé na humanidade. Foi quando notei um folheto caído no chão do banco de trás. Impresso num papel caro, do tipo usado em encartes de empreendimentos imobiliários, que vendem frações na Barra e no Morumbi, o panfleto se dedicava ao comércio legal de armas. Um soldado bem apessoado, vestido com um colete à prova de balas, exibia-se de frente e perfil, para evidenciar o desenho arrojado do artefato. Virando a página, uma máscara de gás de última geração; mais adiante, um pot-pourri de pistolas e metralhadoras que se prestavam aos mais diversos tipos de combate. Nosso guia era um negociante de armamento pesado. Talvez, por isso, bebesse sozinho num bar de hotel, apresentasse amigos que não possuía e repetisse sem trégua que aquele era um país livre, que o fazia crer na humanidade. Na aurora dos anos 1990, apesar do fim da Guerra Fria, o grande negócio das armas comia solto nas 1.001 noites das Arábias. Era o prenúncio das hordas de refugiados que se acumulariam na costa da Europa décadas depois. A prova de que a Pax Americana, com sua promessa de globalizar o "American way" de consumo, duraria tanto quanto uma fábula. No dia 20 deste mês, data do recente atentado na Champs-Élysées, em Paris, o túnel Rebouças, principal ligação entre a zona sul e o centro do Rio, sofreu um arrastão. Pode parecer inaceitável, para alguém que passeia sem receio pelas ruas de Amsterdã, Oslo e Munique, a ideia de que a Europa esteja se transformando no Rio do mundo. Mas está. Potências prósperas e continentais, como o Canadá e a China, são como grandes condomínios de luxo, que não enfrentam a pressão de ter o Terceiro Mundo como vizinho de porta. Mas não há Muralha da China que dê conta do Mediterrâneo. Cercada de Egitos, Sírias, Argélias, Líbias e Etiópias, a Europa, assim como o Rio, está situada no olho do furacão das tensões políticas e sociais. Foi-se a ideia de uma guerra limpa, cirúrgica, a milhas de distância do Ocidente. Tanto o carioca como o francês se veem às voltas com uma guerrilha primitiva, cotidiana e sem data para acabar. Conheci o egípcio armamentista logo após a queda do Muro de Berlim. Vivia-se o fim da história e a abertura ampla das fronteiras. Hoje, do jeito que as coisas vão, desconfio que, em quatro anos, uma latina como eu só terá direito a um visto "Miami only", se quiser pisar na América, e mal chegue aos Pireneus, caso tente cruzar a Europa. O mundo é tudo menos livre, e sobram razões para descrer na humanidade.
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Chester Bennington comprou casa para a família antes de morrer
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O vocalista do Linkin Park, que morreu na quinta-feira (20), comprou uma casa para sua família cerca de dois meses antes de se suicidar. De acordo com o site "TMZ", a casa em Los Angeles tem cinco quartos, quatro banheiros e está localizada em uma região nobre, cercada por boas escolas. Bennington teria comprado a casa por 2,5 milhões de dólares em maio, alguns dias após a morte de Chris Cornell. O vocalista, de 41 anos, morreu no dia do aniversário de Cornell. Ainda de acordo com o site, amigos próximos acreditam que sua decisão foi repentina e influenciada pelo luto. Os integrantes do Linkin Park disseram, em comunicado, que Bennington estava animado sobre seus planos futuros. O guitarrista e compositor do Linkin Park, Mike Shinoda, disse em uma entrevista em maio, que Bennington estava tão afetado pela morte do amigo que não tinha conseguido manter a compostura durante a passagem de som antes de um show. Em um tributo realizado após a morte de Cornell, o vocalista disse que estava chorando "com tristeza, e também com gratidão, por ter compartilhado momentos muito especiais" com o amigo e sua "linda família".
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Chester Bennington comprou casa para a família antes de morrerO vocalista do Linkin Park, que morreu na quinta-feira (20), comprou uma casa para sua família cerca de dois meses antes de se suicidar. De acordo com o site "TMZ", a casa em Los Angeles tem cinco quartos, quatro banheiros e está localizada em uma região nobre, cercada por boas escolas. Bennington teria comprado a casa por 2,5 milhões de dólares em maio, alguns dias após a morte de Chris Cornell. O vocalista, de 41 anos, morreu no dia do aniversário de Cornell. Ainda de acordo com o site, amigos próximos acreditam que sua decisão foi repentina e influenciada pelo luto. Os integrantes do Linkin Park disseram, em comunicado, que Bennington estava animado sobre seus planos futuros. O guitarrista e compositor do Linkin Park, Mike Shinoda, disse em uma entrevista em maio, que Bennington estava tão afetado pela morte do amigo que não tinha conseguido manter a compostura durante a passagem de som antes de um show. Em um tributo realizado após a morte de Cornell, o vocalista disse que estava chorando "com tristeza, e também com gratidão, por ter compartilhado momentos muito especiais" com o amigo e sua "linda família".
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Justiça encerra processos de execução de IPTU contra o ex-jogador Ronaldo
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Dois processos contra o ex-jogador Ronaldo movidos pela Prefeitura de São Paulo por dívidas de IPTU foram encerrados pela Justiça. Os débitos dos dois imóveis chegavam a R$ 93 mil. A defesa de Ronaldo diz que ele não tinha ciência das ações de execução fiscal porque não havia sido notificado, mas que as contas já tinham sido quitadas. "Bastou apresentarmos os comprovantes de pagamento", diz o advogado Guilherme Zoghbi Ayala. Leia a coluna completa aqui
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Justiça encerra processos de execução de IPTU contra o ex-jogador RonaldoDois processos contra o ex-jogador Ronaldo movidos pela Prefeitura de São Paulo por dívidas de IPTU foram encerrados pela Justiça. Os débitos dos dois imóveis chegavam a R$ 93 mil. A defesa de Ronaldo diz que ele não tinha ciência das ações de execução fiscal porque não havia sido notificado, mas que as contas já tinham sido quitadas. "Bastou apresentarmos os comprovantes de pagamento", diz o advogado Guilherme Zoghbi Ayala. Leia a coluna completa aqui
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Dilma e o Minhocão, a queda e o futuro
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Vejo semelhanças entre o Minhocão, a via elevada que cruza o centro de São Paulo, e a situação da presidente Dilma Rousseff. Creio que os destinos de ambos já estão selados. Se estou certo, a presidente, como a avenida, já acabou. A disputa que se trava agora é pelo enredo da narrativa: a imagem a ser projetada para o futuro. Será de uma pura tragédia, um erro histórico, ou reservará uma memória mais favorável, talvez até glamorosa? O Minhocão pode ser simplesmente derrubado. Ficarão as fotos de um monstrengo e algumas estacas enterradas, como fósseis de dinossauros, para que um historiador do futuro possa descobrir em alguns séculos até onde pode ir a aberração do poder público, quando se sente acima do bem e do mal, ao conceber intervenções na vida dos cidadãos. A disputa que atualmente travam duas entidades, Associação Parque Minhocão e Movimento Desmonte Minhocão, no entanto, busca determinar a crônica de seu ocaso. O Plano Diretor determinou o fechamento da avenida em um horizonte de tempo (15 anos) e deixa para decisão posterior a escolha entre derrubar a estrutura e mantê-la de pé como uma área verde. Os defensores do Desmonte alegam que não é só o trânsito de veículos que prejudica a cidade, mas a estrutura em si. Portanto, virar área verde não resolveria. É preciso apagar o Minhocão do espaço que ocupa há 45 anos. Os militantes do Parque alegam que os moradores já se apropriaram da via elevada como uma importante referência de lazer e relação com o tecido da cidade, cabe ao poder público reconhecer essa realidade e incrementá-la. Manter o Minhocão de pé (inteiramente ou em parte) e dar a ele um uso simpático, pode corresponder ao que Berlim fez com seu antigo Muro: hoje parcialmente preservada, a ruína incorporou a arte de rua, a cidade vê naquele espectro a memória do mal e sua superação, e sente orgulho. Passear no Minhocão, verde e sem carros, pode ser a consagração de uma nova concepção do espaço público frente ao erro histórico da prioridade ao carro sobre a vida humana. Dilma pode cair: sua capacidade de inflar crises sugere um destino inexorável. No dia seguinte, o Brasil entrará em nova rotina, escândalos, pacotes econômicos, a Copa América, eleições municipais, uma nova edição do Big Brother e logo chegará a Copa do Mundo e mais uma eleição presidencial. Em poucos anos, o país lembrará dela como uma imagem fora de foco. Seus apoiadores, no entanto, resistem. Mais do que a superação do impeachment, creio, buscam escrever a história que será lembrada no futuro, determinar que os livros falem de um golpe, trama que impediu a presidente de governar, que gerou uma profunda crise econômica e a impediu de redimir a pobreza e implantar a pátria educadora. E Dilma tentará ganhar um lugar mais nobre na história, sua incompetência eclipsada pela imagem da vítima de uma trama golpista. É sintomático que o PT, que nasceu como uma nova esquerda, crítica ao mesmo tempo do populismo getulista, derrotado em 1964, e da hegemonia comunista, hoje se compare com Getúlio e Jango em discursos sobre a possível queda de Dilma. Ao final, só restará o pó e ele não tem memória. Nos dois casos, a disputa é pela imagem a ser deixada para a história. O QUE DIZEM OS MORADORES As pesquisas de opinião dos paulistanos sobre o Minhocão são geralmente feitas com toda a população da cidade, sem ouvir aqueles diretamente afetados pela avenida. A pedido da coluna, uma pesquisa ouviu 500 moradores de cinco bairros que o Elevado atravessa: Barra Funda, Consolação, Higienópolis, Perdizes e Santa Cecília. E para surpresa do colunista, o resultado mostra que 59% dos entrevistados são contrários à desativação do Elevado (contra 26% a favor e 15% sem opinião). O percentual daqueles contrários à desativação é exatamente igual ao dos que têm automóvel (41% dos entrevistados nos cinco bairros dizem não ter automóvel). Quando o instituto PróPesquisa perguntou "Se o Minhocão for desativado, qual a melhor solução?", 38% disseram preferir o parque; 30%, a demolição; e 33% não responderam.
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Dilma e o Minhocão, a queda e o futuroVejo semelhanças entre o Minhocão, a via elevada que cruza o centro de São Paulo, e a situação da presidente Dilma Rousseff. Creio que os destinos de ambos já estão selados. Se estou certo, a presidente, como a avenida, já acabou. A disputa que se trava agora é pelo enredo da narrativa: a imagem a ser projetada para o futuro. Será de uma pura tragédia, um erro histórico, ou reservará uma memória mais favorável, talvez até glamorosa? O Minhocão pode ser simplesmente derrubado. Ficarão as fotos de um monstrengo e algumas estacas enterradas, como fósseis de dinossauros, para que um historiador do futuro possa descobrir em alguns séculos até onde pode ir a aberração do poder público, quando se sente acima do bem e do mal, ao conceber intervenções na vida dos cidadãos. A disputa que atualmente travam duas entidades, Associação Parque Minhocão e Movimento Desmonte Minhocão, no entanto, busca determinar a crônica de seu ocaso. O Plano Diretor determinou o fechamento da avenida em um horizonte de tempo (15 anos) e deixa para decisão posterior a escolha entre derrubar a estrutura e mantê-la de pé como uma área verde. Os defensores do Desmonte alegam que não é só o trânsito de veículos que prejudica a cidade, mas a estrutura em si. Portanto, virar área verde não resolveria. É preciso apagar o Minhocão do espaço que ocupa há 45 anos. Os militantes do Parque alegam que os moradores já se apropriaram da via elevada como uma importante referência de lazer e relação com o tecido da cidade, cabe ao poder público reconhecer essa realidade e incrementá-la. Manter o Minhocão de pé (inteiramente ou em parte) e dar a ele um uso simpático, pode corresponder ao que Berlim fez com seu antigo Muro: hoje parcialmente preservada, a ruína incorporou a arte de rua, a cidade vê naquele espectro a memória do mal e sua superação, e sente orgulho. Passear no Minhocão, verde e sem carros, pode ser a consagração de uma nova concepção do espaço público frente ao erro histórico da prioridade ao carro sobre a vida humana. Dilma pode cair: sua capacidade de inflar crises sugere um destino inexorável. No dia seguinte, o Brasil entrará em nova rotina, escândalos, pacotes econômicos, a Copa América, eleições municipais, uma nova edição do Big Brother e logo chegará a Copa do Mundo e mais uma eleição presidencial. Em poucos anos, o país lembrará dela como uma imagem fora de foco. Seus apoiadores, no entanto, resistem. Mais do que a superação do impeachment, creio, buscam escrever a história que será lembrada no futuro, determinar que os livros falem de um golpe, trama que impediu a presidente de governar, que gerou uma profunda crise econômica e a impediu de redimir a pobreza e implantar a pátria educadora. E Dilma tentará ganhar um lugar mais nobre na história, sua incompetência eclipsada pela imagem da vítima de uma trama golpista. É sintomático que o PT, que nasceu como uma nova esquerda, crítica ao mesmo tempo do populismo getulista, derrotado em 1964, e da hegemonia comunista, hoje se compare com Getúlio e Jango em discursos sobre a possível queda de Dilma. Ao final, só restará o pó e ele não tem memória. Nos dois casos, a disputa é pela imagem a ser deixada para a história. O QUE DIZEM OS MORADORES As pesquisas de opinião dos paulistanos sobre o Minhocão são geralmente feitas com toda a população da cidade, sem ouvir aqueles diretamente afetados pela avenida. A pedido da coluna, uma pesquisa ouviu 500 moradores de cinco bairros que o Elevado atravessa: Barra Funda, Consolação, Higienópolis, Perdizes e Santa Cecília. E para surpresa do colunista, o resultado mostra que 59% dos entrevistados são contrários à desativação do Elevado (contra 26% a favor e 15% sem opinião). O percentual daqueles contrários à desativação é exatamente igual ao dos que têm automóvel (41% dos entrevistados nos cinco bairros dizem não ter automóvel). Quando o instituto PróPesquisa perguntou "Se o Minhocão for desativado, qual a melhor solução?", 38% disseram preferir o parque; 30%, a demolição; e 33% não responderam.
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Confira os lançamentos de economia e negócios em destaque nessa semana
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O Cifras & Letras seleciona semanalmente lançamentos mais recentes na área de negócios e economia. Confira abaixo os destaques desta semana: NACIONAIS Dataclisma AUTOR Christian Rudder EDITORA Bestseller QUANTO R$ 49 (304 págs.) Matemático e fundador do site de relacionamentos OkCupid fala sobre comportamento humano com irreverência a partir da análise de dados coletados por empresas da internet. Provocações Corporativas AUTOR Heródoto Barbeiro EDITORA Alta Books QUANTO R$ 64,90 (320 págs.) Jornalista mostra a importância da articulação de conhecimentos de diferentes áreas no mundo corporativo a partir de dez reuniões fictícias entre gestores de uma empresa. O Regime de Câmbio Flutuante no Brasil (1999-2012) AUTORA Daniela Magalhães Prates EDITORA Ipea QUANTO Distribuição gratuita em www.ipea.gov.br Economista avalia as dinâmicas de variação das taxas de câmbio nominal no Brasil e demais países emergentes. Quem Fala Bem Vende Mais AUTOR Bob Floriano EDITORA Ser Mais QUANTO R$ 19,90 (120 págs.) Locutor comercial e coach compartilha sua história e experiência para ajudar quem quer vender mais e atender melhor. INTERNACIONAIS Digital Gold AUTOR Nathaniel Popper EDITORA Harper QUANTO US$ 14,70 (416 págs.) Repórter do "The New York Times" investiga bastidores do surgimento da moeda digital. Descreve experiências iniciadas nos anos 1990 que levaram ao bitcoin e investiga a identidade de seu inventor. No Ordinary Disruption AUTORES Richard Dobbs, James Manyika e Jonathan Woetzel EDITORA PublicAffairs QUANTO US$ 18,45 (288 págs.) Diretores do Instituto Global McKinsey avaliam quatro principais tendências criadas pelo avanço tecnológico com grande impacto global nas próximas duas décadas.
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Corinthians foi incapaz de montar elenco e dar sequência a trabalho
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Robinho estava sozinho na cabeça de área do campo de ataque do Cruzeiro, sem a companhia de Cristian, o volante do Corinthians. Por causa disso, Uendel largou De Arrascaeta e deslocou-se para tentar evitar o passe. O meia uruguaio, livre, fez o gol de empate. Não foi pelo gol de De Arrascaeta, nem pela atuação impecável de Robinho, autor de mais um passe para gol e que marcou o terceiro, a eliminação do Corinthians da próxima Copa Libertadores. A sucessão de erros do primeiro gol é a metáfora de uma temporada repleta de equívocos, desde janeiro. Foram três técnicos diferentes no ano, sem contar Fábio Carille, que chegou a ser efetivado. Desde o rebaixamento, em 2007, o Corinthians não trocava tanto de comando. Verdade que a mudança foi forçada pela inevitável contratação de Tite pela seleção brasileira. A diretoria também tratou como inevitável o desmanche de janeiro, quando sete campeões titulares de 2015 aceitaram convites para se transferir. Renato Augusto, Jádson, Ralf e Gil para a China, Vágner Love e Malcom para a França. As multas eram baixas e se não fossem não haveria chance de contratar, caso específico de Renato Augusto. É possível entender o argumento, não a sequência do ano. Porque após o desmanche de janeiro, o Corinthians gastou R$ 60 milhões em reforços para montar um time. Hoje, há conselheiros que indicam parcela de culpa de Tite, pelas contratações que não funcionaram. Faz sentido. A pressa para repor o desmanche ajuda a explicar a imperfeição das compras. Mas as perdas seguiram acontecendo. Depois da eliminação da Libertadores, o zagueiro Felipe foi embora, mais tarde o volante Elias. No último jogo do ano só restavam dois campeões brasileiros de 2015 entre os titulares: os laterais Fágner e Uendel. O Corinthians fechou o primeiro turno em terceiro lugar, dois pontos atrás do líder Palmeiras. Chegou a ser o primeiro colocado na 17ª rodada, o mesmo tempo na liderança que o vice-campeão Santos e mais do que o terceiro colocado Flamengo. Desandou de vez no segundo turno, fruto da impaciência com Cristóvão Borges, de mais uma troca de treinador e da absoluta cegueira em relação às razões que levaram ao fracasso da temporada. O Corinthians termina o ano sem nenhum troféu. E ficará fora da Copa Libertadores da América, assim como em 2014, porque foi incapaz de montar seu elenco e dar sequência ao trabalho dos técnicos. É este o diagnóstico, mesmo que tenham contribuído para isso as saídas que a diretoria preferia evitar. A lógica é dar sequência ao trabalho de Oswaldo de Oliveira, promessa já feita pelo presidente Roberto de Andrade. É o certo. Mas a ausência da Libertadores e a impaciência própria do futebol brasileiro farão o Corinthians já iniciar 2017 com uma dívida. Muita gente olhará para Oswaldo como se fosse ele o responsável pela ausência de títulos e da Libertadores, sem analisar a sequência de equívocos. A única boa notícia para o torcedores é que em janeiro de 2017 não virão clubes chineses buscar jogadores do elenco do Corinthians. Nenhum deles deixou impressão positiva suficiente para jogar em Pequim ou Shangai. Na verdade, nenhum corintiano deixou a imagem de que tem futebol para jogar no ano que vem nem mesmo em Itaquera. O CAMPEÃO O Palmeiras termina o Brasileiro com 80 pontos. Na história dos pontos corridos, com 20 clubes, só um time finalizou com a taça e mais pontos. Só o Corinthians de Tite, em 2015. É a segunda melhor campanha da história, melhor ataque e defesa. O INTER O Internacional também procurou a Série B, como o Corinthians fez tudo para ficar fora da Libertadores. Ano passado, o Vasco rebaixado tinha a maior média de idade do Brasileirão. Neste ano, o Inter tem a média mais baixa entre os 20 clubes.
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Corinthians foi incapaz de montar elenco e dar sequência a trabalhoRobinho estava sozinho na cabeça de área do campo de ataque do Cruzeiro, sem a companhia de Cristian, o volante do Corinthians. Por causa disso, Uendel largou De Arrascaeta e deslocou-se para tentar evitar o passe. O meia uruguaio, livre, fez o gol de empate. Não foi pelo gol de De Arrascaeta, nem pela atuação impecável de Robinho, autor de mais um passe para gol e que marcou o terceiro, a eliminação do Corinthians da próxima Copa Libertadores. A sucessão de erros do primeiro gol é a metáfora de uma temporada repleta de equívocos, desde janeiro. Foram três técnicos diferentes no ano, sem contar Fábio Carille, que chegou a ser efetivado. Desde o rebaixamento, em 2007, o Corinthians não trocava tanto de comando. Verdade que a mudança foi forçada pela inevitável contratação de Tite pela seleção brasileira. A diretoria também tratou como inevitável o desmanche de janeiro, quando sete campeões titulares de 2015 aceitaram convites para se transferir. Renato Augusto, Jádson, Ralf e Gil para a China, Vágner Love e Malcom para a França. As multas eram baixas e se não fossem não haveria chance de contratar, caso específico de Renato Augusto. É possível entender o argumento, não a sequência do ano. Porque após o desmanche de janeiro, o Corinthians gastou R$ 60 milhões em reforços para montar um time. Hoje, há conselheiros que indicam parcela de culpa de Tite, pelas contratações que não funcionaram. Faz sentido. A pressa para repor o desmanche ajuda a explicar a imperfeição das compras. Mas as perdas seguiram acontecendo. Depois da eliminação da Libertadores, o zagueiro Felipe foi embora, mais tarde o volante Elias. No último jogo do ano só restavam dois campeões brasileiros de 2015 entre os titulares: os laterais Fágner e Uendel. O Corinthians fechou o primeiro turno em terceiro lugar, dois pontos atrás do líder Palmeiras. Chegou a ser o primeiro colocado na 17ª rodada, o mesmo tempo na liderança que o vice-campeão Santos e mais do que o terceiro colocado Flamengo. Desandou de vez no segundo turno, fruto da impaciência com Cristóvão Borges, de mais uma troca de treinador e da absoluta cegueira em relação às razões que levaram ao fracasso da temporada. O Corinthians termina o ano sem nenhum troféu. E ficará fora da Copa Libertadores da América, assim como em 2014, porque foi incapaz de montar seu elenco e dar sequência ao trabalho dos técnicos. É este o diagnóstico, mesmo que tenham contribuído para isso as saídas que a diretoria preferia evitar. A lógica é dar sequência ao trabalho de Oswaldo de Oliveira, promessa já feita pelo presidente Roberto de Andrade. É o certo. Mas a ausência da Libertadores e a impaciência própria do futebol brasileiro farão o Corinthians já iniciar 2017 com uma dívida. Muita gente olhará para Oswaldo como se fosse ele o responsável pela ausência de títulos e da Libertadores, sem analisar a sequência de equívocos. A única boa notícia para o torcedores é que em janeiro de 2017 não virão clubes chineses buscar jogadores do elenco do Corinthians. Nenhum deles deixou impressão positiva suficiente para jogar em Pequim ou Shangai. Na verdade, nenhum corintiano deixou a imagem de que tem futebol para jogar no ano que vem nem mesmo em Itaquera. O CAMPEÃO O Palmeiras termina o Brasileiro com 80 pontos. Na história dos pontos corridos, com 20 clubes, só um time finalizou com a taça e mais pontos. Só o Corinthians de Tite, em 2015. É a segunda melhor campanha da história, melhor ataque e defesa. O INTER O Internacional também procurou a Série B, como o Corinthians fez tudo para ficar fora da Libertadores. Ano passado, o Vasco rebaixado tinha a maior média de idade do Brasileirão. Neste ano, o Inter tem a média mais baixa entre os 20 clubes.
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Pressionado, secretário de Segurança do governo Richa pede demissão
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O secretário de Segurança do Paraná, Fernando Francischini, entregou sua demissão nesta sexta-feira (8) ao governador do Estado, Beto Richa (PSDB). Ficará interinamente em seu lugar Wagner Mesquita de Oliveira, que é delegado da PF e trabalha atualmente no departamento de Inteligência da secretaria. Francischini cai depois de nove dias da ação policial que deixou ao menos 180 feridos numa manifestação contra o governo do Paraná, na semana passada. Bombas de gás e balas de borracha foram lançadas contra professores e servidores em greve, que protestavam contra um projeto que alterou a previdência do Estado, por quase duas horas. Foi a terceira demissão no alto escalão do governo paranaense em menos de uma semana. O comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, pediu exoneração, nesta quinta (7), por "dificuldades intransponíveis" com o comando da Segurança no Estado. Na quarta (6), quem deixou o cargo foi o então secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira. Apontado como principal responsável da operação que culminou na ação policial, Francischini chegou a fazer um apelo ao governador para permanecer no cargo, mas enfrentava resistências da própria PM e críticas severas de manifestantes e até da base aliada. Na carta de demissão, ele disse que pediu exoneração "para colaborar com a governabilidade do governo", e que confia na capacidade de liderança do governador para "superar este momento de crise". Contrariando declarações anteriores, ele afirmou que assumiria todas as responsabilidades pela operação policial da semana passada. "Assumo novamente e publicamente todas as minhas responsabilidades na atuação policial nas últimas operações, apoiando o trabalho da tropa", escreveu. O ex-secretário ainda defendeu sua gestão à frente da pasta e listou "os avanços na área de segurança" durante o período, como o fim de grandes rebeliões em presídios e diminuição dos roubos a caixas eletrônicos. "Tenho a convicção de que a segurança pública e a administração penitenciária estão no rumo certo", declarou. CRÍTICAS Na última quarta (6), a mulher do secretário, Flavia Francischini, fez um desabafo nas redes sociais sobre as idas e vindas do processo, e disse que seu marido não depende de "homens sujos e covardes". "Nunca pensei que ser honesto, profissional, linha-dura e determinado pudessem ser prerrogativas para não pertencer a um grupo político", escreveu ela no Facebook. "Um bom político trabalha e age por si só, não depende de homens sujos, covardes, que não honram as calças que vestem e precisam agir sempre em grupo, ou melhor, quadrilha." A postagem foi apagada minutos depois. O secretário é deputado federal licenciado pelo SD (Solidariedade), e um aliado antigo de Richa. Já foi filiado ao PSDB e atuou como secretário municipal quando o tucano era prefeito de Curitiba. "SABIA DE TUDO" Francischini travava uma queda de braço com o comando da PM desde a operação. Em entrevista coletiva, o agora ex-secretário atribuiu a responsabilidade total do episódio, classificado por ele como "terrível", à Polícia Militar, e disse que cabia a ele apenas fazer a gestão da Segurança. Kogut, então comandante-geral da PM, reagiu, e afirmou que tudo que foi feito era de pleno conhecimento de Francischini. "O secretário conhecia e participou de tudo", disse ele, em entrevista ao jornal "Gazeta do Povo" publicada nesta sexta (8). "A responsabilidade pelos atos, certos ou errados, é em conjunto entre a PM e quem esteve na execução e no planejamento. Legalmente, a coordenação operacional pertence à secretaria de Segurança", afirmou o coronel à "Gazeta". O ex-comandante, que deve seguir para a reserva da corporação, disse que não pediu demissão especificamente por causa da operação, mas por "dificuldades intransponíveis" com o secretário da Segurança. Também comentou que a conversa que teve com Richa foi amistosa, e que o governador está "abalado" pelo que aconteceu. Kogut daria uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta (8), mas a cancelou ainda na noite anterior.
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Pressionado, secretário de Segurança do governo Richa pede demissãoO secretário de Segurança do Paraná, Fernando Francischini, entregou sua demissão nesta sexta-feira (8) ao governador do Estado, Beto Richa (PSDB). Ficará interinamente em seu lugar Wagner Mesquita de Oliveira, que é delegado da PF e trabalha atualmente no departamento de Inteligência da secretaria. Francischini cai depois de nove dias da ação policial que deixou ao menos 180 feridos numa manifestação contra o governo do Paraná, na semana passada. Bombas de gás e balas de borracha foram lançadas contra professores e servidores em greve, que protestavam contra um projeto que alterou a previdência do Estado, por quase duas horas. Foi a terceira demissão no alto escalão do governo paranaense em menos de uma semana. O comandante da Polícia Militar do Paraná, coronel Cesar Vinicius Kogut, pediu exoneração, nesta quinta (7), por "dificuldades intransponíveis" com o comando da Segurança no Estado. Na quarta (6), quem deixou o cargo foi o então secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira. Apontado como principal responsável da operação que culminou na ação policial, Francischini chegou a fazer um apelo ao governador para permanecer no cargo, mas enfrentava resistências da própria PM e críticas severas de manifestantes e até da base aliada. Na carta de demissão, ele disse que pediu exoneração "para colaborar com a governabilidade do governo", e que confia na capacidade de liderança do governador para "superar este momento de crise". Contrariando declarações anteriores, ele afirmou que assumiria todas as responsabilidades pela operação policial da semana passada. "Assumo novamente e publicamente todas as minhas responsabilidades na atuação policial nas últimas operações, apoiando o trabalho da tropa", escreveu. O ex-secretário ainda defendeu sua gestão à frente da pasta e listou "os avanços na área de segurança" durante o período, como o fim de grandes rebeliões em presídios e diminuição dos roubos a caixas eletrônicos. "Tenho a convicção de que a segurança pública e a administração penitenciária estão no rumo certo", declarou. CRÍTICAS Na última quarta (6), a mulher do secretário, Flavia Francischini, fez um desabafo nas redes sociais sobre as idas e vindas do processo, e disse que seu marido não depende de "homens sujos e covardes". "Nunca pensei que ser honesto, profissional, linha-dura e determinado pudessem ser prerrogativas para não pertencer a um grupo político", escreveu ela no Facebook. "Um bom político trabalha e age por si só, não depende de homens sujos, covardes, que não honram as calças que vestem e precisam agir sempre em grupo, ou melhor, quadrilha." A postagem foi apagada minutos depois. O secretário é deputado federal licenciado pelo SD (Solidariedade), e um aliado antigo de Richa. Já foi filiado ao PSDB e atuou como secretário municipal quando o tucano era prefeito de Curitiba. "SABIA DE TUDO" Francischini travava uma queda de braço com o comando da PM desde a operação. Em entrevista coletiva, o agora ex-secretário atribuiu a responsabilidade total do episódio, classificado por ele como "terrível", à Polícia Militar, e disse que cabia a ele apenas fazer a gestão da Segurança. Kogut, então comandante-geral da PM, reagiu, e afirmou que tudo que foi feito era de pleno conhecimento de Francischini. "O secretário conhecia e participou de tudo", disse ele, em entrevista ao jornal "Gazeta do Povo" publicada nesta sexta (8). "A responsabilidade pelos atos, certos ou errados, é em conjunto entre a PM e quem esteve na execução e no planejamento. Legalmente, a coordenação operacional pertence à secretaria de Segurança", afirmou o coronel à "Gazeta". O ex-comandante, que deve seguir para a reserva da corporação, disse que não pediu demissão especificamente por causa da operação, mas por "dificuldades intransponíveis" com o secretário da Segurança. Também comentou que a conversa que teve com Richa foi amistosa, e que o governador está "abalado" pelo que aconteceu. Kogut daria uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta (8), mas a cancelou ainda na noite anterior.
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Warner quer adaptar best-seller "A Seleção" para os cinemas
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Os estúdios da Warner anunciaram nesta quarta (22) a compra dos direitos do best-seller juvenil "A Seleção" para levá-lo aos cinemas. O título, o primeiro de uma série de cinco livros escritos por Kiera Cass, trata das aventuras de uma jovem chamada America Singer que vive no país fictício de Illéa, país cuja sociedade é dividida em castas. America terá o desafio de competir com outras garotas para ficar com o príncipe e se tornar rainha do lugar. Lançado em 2012,o primeiro livro da série já vendeu mais de 3,5 milhões de cópias no mundo todo. O roteiro escolhido foi escrito por Katie Lovejoy, pinçado do site "The Black List", que reúne scripts ainda não rodados. Embora ainda não haja previsão de começo das filmagens nem da equipe encarregada, a notícia virou um dos assuntos mais comentados no Twitter. A própria autora, Kiera Cass, postou na tarde desta quarta (22): "Isso significa que temos uma chance. Pode acontecer, pode não acontecer, mas há progresso no momento".
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Warner quer adaptar best-seller "A Seleção" para os cinemasOs estúdios da Warner anunciaram nesta quarta (22) a compra dos direitos do best-seller juvenil "A Seleção" para levá-lo aos cinemas. O título, o primeiro de uma série de cinco livros escritos por Kiera Cass, trata das aventuras de uma jovem chamada America Singer que vive no país fictício de Illéa, país cuja sociedade é dividida em castas. America terá o desafio de competir com outras garotas para ficar com o príncipe e se tornar rainha do lugar. Lançado em 2012,o primeiro livro da série já vendeu mais de 3,5 milhões de cópias no mundo todo. O roteiro escolhido foi escrito por Katie Lovejoy, pinçado do site "The Black List", que reúne scripts ainda não rodados. Embora ainda não haja previsão de começo das filmagens nem da equipe encarregada, a notícia virou um dos assuntos mais comentados no Twitter. A própria autora, Kiera Cass, postou na tarde desta quarta (22): "Isso significa que temos uma chance. Pode acontecer, pode não acontecer, mas há progresso no momento".
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Em crise, secretário da Fazenda de Richa quer vender parte de estatais
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Contratado para conter a crise financeira do Estado, o secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, estuda vender parte das estatais Copel, de energia elétrica, e Sanepar, de saneamento, a fim de fazer caixa para investimentos. A informação foi dada pelo jornal "Valor Econômico", nesta terça-feira (19), e confirmada à Folha pela Secretaria da Fazenda do Estado. No início da tarde, porém, o governador Beto Richa (PSDB) negou, em nota, que tenha a intenção de vender as estatais, desautorizou qualquer estudo nesse sentido e disse que essa é "uma opinião pessoal" do secretário. "Continua intacto o meu compromisso de manter o Estado no controle acionário da Copel e da Sanepar", afirmou o tucano, em nota. Costa, nomeado em janeiro, foi o mentor do corte de gastos que levou milhares a protestar contra Richa, e já foi apelidado de "Maurinho malvadeza" pela oposição. Mesmo diante dos protestos, o secretário tem afirmado que a situação financeira do Estado é "crítica" e que as medidas são necessárias para garantir a sustentabilidade do governo nos próximos anos. PROPOSTA O projeto de venda da Copel e da Sanepar ainda está em estudo e seria apresentado ao governador em breve. A ideia era vender parte das ações do Estado, o chamado "excedente do controle" –portanto, o governo do Paraná continuaria sendo o acionista majoritário das estatais. A Copel é hoje a maior empresa do Paraná e fornece energia elétrica a quase todos os municípios do Estado, além de ter investimentos em usinas hidrelétricas e eólicas pelo país. Em 2014, teve um lucro de R$ 1,2 bilhão. O Paraná tem o controle de 58% das ações ordinárias (com direito a voto) da estatal. Já a Sanepar, em que 75% das ações ordinárias pertencem ao governo estadual, atende 10 milhões de pessoas no Estado com fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto. O lucro da companhia no ano passado foi de R$ 422 milhões. A venda das ações excedentes geraria uma receita de R$ 950 milhões ao governo, de acordo com cálculos do "Valor". O dinheiro seria obrigatoriamente aplicado em investimentos, como obras e material permanente para o Estado, já que entraria no caixa como "receita de capital". Para Costa, as condições do mercado, que por ora não são muito favoráveis, também deveriam ser avaliadas para determinar a venda ou não das ações. A venda de estatais é um tema caro na política paranaense: em 2001, o então governador Jaime Lerner (PFL, hoje sem partido) tentou privatizar a Copel e sofreu graves protestos, inclusive com a invasão da Assembleia Legislativa. Ao se eleger, Richa, que negava o rótulo de "lernista", prometeu que iria preservar o patrimônio público e negou planos de privatizar estatais.
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Em crise, secretário da Fazenda de Richa quer vender parte de estataisContratado para conter a crise financeira do Estado, o secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, estuda vender parte das estatais Copel, de energia elétrica, e Sanepar, de saneamento, a fim de fazer caixa para investimentos. A informação foi dada pelo jornal "Valor Econômico", nesta terça-feira (19), e confirmada à Folha pela Secretaria da Fazenda do Estado. No início da tarde, porém, o governador Beto Richa (PSDB) negou, em nota, que tenha a intenção de vender as estatais, desautorizou qualquer estudo nesse sentido e disse que essa é "uma opinião pessoal" do secretário. "Continua intacto o meu compromisso de manter o Estado no controle acionário da Copel e da Sanepar", afirmou o tucano, em nota. Costa, nomeado em janeiro, foi o mentor do corte de gastos que levou milhares a protestar contra Richa, e já foi apelidado de "Maurinho malvadeza" pela oposição. Mesmo diante dos protestos, o secretário tem afirmado que a situação financeira do Estado é "crítica" e que as medidas são necessárias para garantir a sustentabilidade do governo nos próximos anos. PROPOSTA O projeto de venda da Copel e da Sanepar ainda está em estudo e seria apresentado ao governador em breve. A ideia era vender parte das ações do Estado, o chamado "excedente do controle" –portanto, o governo do Paraná continuaria sendo o acionista majoritário das estatais. A Copel é hoje a maior empresa do Paraná e fornece energia elétrica a quase todos os municípios do Estado, além de ter investimentos em usinas hidrelétricas e eólicas pelo país. Em 2014, teve um lucro de R$ 1,2 bilhão. O Paraná tem o controle de 58% das ações ordinárias (com direito a voto) da estatal. Já a Sanepar, em que 75% das ações ordinárias pertencem ao governo estadual, atende 10 milhões de pessoas no Estado com fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto. O lucro da companhia no ano passado foi de R$ 422 milhões. A venda das ações excedentes geraria uma receita de R$ 950 milhões ao governo, de acordo com cálculos do "Valor". O dinheiro seria obrigatoriamente aplicado em investimentos, como obras e material permanente para o Estado, já que entraria no caixa como "receita de capital". Para Costa, as condições do mercado, que por ora não são muito favoráveis, também deveriam ser avaliadas para determinar a venda ou não das ações. A venda de estatais é um tema caro na política paranaense: em 2001, o então governador Jaime Lerner (PFL, hoje sem partido) tentou privatizar a Copel e sofreu graves protestos, inclusive com a invasão da Assembleia Legislativa. Ao se eleger, Richa, que negava o rótulo de "lernista", prometeu que iria preservar o patrimônio público e negou planos de privatizar estatais.
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Tolerância à Trump
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Diz uma velha máxima que só a experiência não piora com o tempo, mas pelo visto isso não se aplica a Donald Trump. O presidente americano deu novas mostras de inépcia verbal nos últimos dias, e logo em caso que mereceu o epíteto de terrorismo doméstico. Longas 48 horas transcorreram entre o atropelamento de manifestantes por James Alex Fields Jr., um militante racista, e as primeiras declarações sensatas de Trump. E ele só as fez porque suas primeiras manifestações desencadearam uma tempestade de protestos. "O racismo é mau", disse, na sua pobre retórica. "E aqueles que causam a violência em seu nome são criminosos e bandidos, incluindo KKK [Ku Klux Klan], os neonazistas, os supremacistas brancos e outros grupos de ódio que são repugnantes a tudo o que apreciamos como americanos." Em sua primeira reação, ainda no sábado (12) da tragédia em Charlottesville (Virgínia), Trump colhera reações adversas até de republicanos ao culpar, durante um discurso para veteranos, "os vários lados" pela violência que levou à morte de uma mulher. Suas palavras iniciais foram interpretadas como recusa a condenar os extremistas de direita, que apoiam sua política de restringir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos. Ou seja, como uma forma de tolerância com o terror praticado por norte-americanos. Na tentativa de amenizar a má repercussão, a Casa Branca decidiu emitir no domingo um comunicado condenando "supremacistas brancos" pela violência, mas num texto sem assinatura. Na segunda-feira foi a vez de o secretário de Justiça, Jeff Sessions, reiterar que Trump condenava, sim, o ataque racista. A essa altura, entretanto, apenas um anúncio de viva voz do presidente poderia estancar a onda de indignação, que somente crescia. O republicano falou o que tanto se esperava dele, afinal, mas sua prolongada hesitação em condenar conterrâneos homicidas contrasta com a ligeireza com que se pronunciou sobre assuntos tão ou mais graves do que esse. Não se observou ambiguidade alguma, por exemplo, quando Trump externou, nos últimos dias, suas ameaças belicosas a Kim Jong-un, da Coreia do Norte, e a Nicolás Maduro, da Venezuela. Não que esses ditadores mereçam condescendência, mas do líder da maior potência militar do planeta se espera algum traquejo diplomático em declarações capazes de exacerbar conflitos. [email protected]
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opiniao
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Tolerância à TrumpDiz uma velha máxima que só a experiência não piora com o tempo, mas pelo visto isso não se aplica a Donald Trump. O presidente americano deu novas mostras de inépcia verbal nos últimos dias, e logo em caso que mereceu o epíteto de terrorismo doméstico. Longas 48 horas transcorreram entre o atropelamento de manifestantes por James Alex Fields Jr., um militante racista, e as primeiras declarações sensatas de Trump. E ele só as fez porque suas primeiras manifestações desencadearam uma tempestade de protestos. "O racismo é mau", disse, na sua pobre retórica. "E aqueles que causam a violência em seu nome são criminosos e bandidos, incluindo KKK [Ku Klux Klan], os neonazistas, os supremacistas brancos e outros grupos de ódio que são repugnantes a tudo o que apreciamos como americanos." Em sua primeira reação, ainda no sábado (12) da tragédia em Charlottesville (Virgínia), Trump colhera reações adversas até de republicanos ao culpar, durante um discurso para veteranos, "os vários lados" pela violência que levou à morte de uma mulher. Suas palavras iniciais foram interpretadas como recusa a condenar os extremistas de direita, que apoiam sua política de restringir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos. Ou seja, como uma forma de tolerância com o terror praticado por norte-americanos. Na tentativa de amenizar a má repercussão, a Casa Branca decidiu emitir no domingo um comunicado condenando "supremacistas brancos" pela violência, mas num texto sem assinatura. Na segunda-feira foi a vez de o secretário de Justiça, Jeff Sessions, reiterar que Trump condenava, sim, o ataque racista. A essa altura, entretanto, apenas um anúncio de viva voz do presidente poderia estancar a onda de indignação, que somente crescia. O republicano falou o que tanto se esperava dele, afinal, mas sua prolongada hesitação em condenar conterrâneos homicidas contrasta com a ligeireza com que se pronunciou sobre assuntos tão ou mais graves do que esse. Não se observou ambiguidade alguma, por exemplo, quando Trump externou, nos últimos dias, suas ameaças belicosas a Kim Jong-un, da Coreia do Norte, e a Nicolás Maduro, da Venezuela. Não que esses ditadores mereçam condescendência, mas do líder da maior potência militar do planeta se espera algum traquejo diplomático em declarações capazes de exacerbar conflitos. [email protected]
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Seis da mesma família morrem em enchente da tempestade Harvey
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Ric Saldivar, 53, tem uma família grande –vários irmãos espalhados pelo leste de Houston e mais além. Depois que as inundações os deixaram ilhados em suas casas, uma rede de telefonemas entre os irmãos e suas mulheres informou a Saldivar que de repente sua família podia estar muito menor. Foi isto o que ele ouviu: Sua mãe e seu pai, ambos com mais de 80 anos, estavam desaparecidos e supostamente mortos, segundo ele contou ao "Washington Post". O mesmo havia acontecido com quatro parentes jovens, entre 6 e 16 anos, todos presos em uma perua que afundou enquanto tentavam chegar a sua casa durante a inundação no domingo. Seus pais, Manuel e Belia, moravam a cerca de 15 km, disse Saldivar, do outro lado de um riacho no nordeste de Houston. "Os dois têm Alzheimer", acrescentou ele. Seu irmão Sammy tinha se mudado recentemente do Missouri para cuidar do casal idoso. "Ele estava fazendo um ótimo trabalho", disse Ric Saldivar. Sammy, 56, havia tentado se preparar para a tempestade. Resolveu ficar acordado na noite de sábado, observando a elevação das águas do Halls Bayou, a alguns quarteirões de distância, pronto para fugir a qualquer momento. "Mas ele dormiu... Os vizinhos o acordaram e avisaram que a água estava chegando", disse Ric. Vários parentes moravam nesse bolsão inundado de Houston. Danny Saldivar e sua mulher viviam a uma quadra dos pais. A filha de Danny morava em uma rua além dessa –mas tinha saído naquela noite, deixando sua filha de 16 anos cuidando de três crianças pequenas. "As crianças estavam enlouquecidas", disse Ric. Enquanto Danny e a mulher faziam planos para escapar, ele disse a Sammy: pegue as chaves, pegue a van e leve-os para a casa de Ric. Sammy embarcou seus pais na van de Danny. Ele pôs as crianças atrás –Devy e Dominic, ambos adolescentes, Xavier, 8, e sua irmã Daisy, 6– e saiu pela chuva torrencial no domingo à tarde. A ponte sobre o riacho na Green River Drive estava coberta de água, mas os protetores laterais apareciam acima da superfície, por isso não parecia fundo demais. "Sammy disse: 'Talvez a gente deva voltar'", contou Ric. "Papai disse: 'Não, dá para atravessar'... Sammy sempre seguia a opinião do pai." A van conseguiu cruzar a ponte. Mas a estrada descia acentuadamente do outro lado, e antes que Sammy pudesse fazer alguma coisa o carro estava flutuando. Ele balançava para os dois lados. Sammy apertou o acelerador, mas as rodas giravam livres embaixo da água. "Ele entrou em pânico", disse Ric. "Levantou do banco sem mesmo soltar o cinto e se esgueirou pela janela." Sammy se agarrou a um galho de árvore na água e tentou abrir as portas, mas elas não abriam. As crianças estavam na parte traseira do carro, atrás de um caixote, e não havia como alcançá-las. "Ele gritava para as crianças subirem na traseira da van. Tenho certeza de que elas não conseguiram chegar lá", disse Ric. "Ele ouvia as crianças gritando, mas não conseguia abrir as portas. Ele fica ouvindo isso em sua cabeça. E a perua simplesmente afundou e desapareceu." Sammy ficou agarrado àquele galho na água agitada durante quase uma hora, disse Ric, gritando, até que policiais chegaram em um barco e lhe atiraram uma corda. Mas era tarde demais. Sem dar o nome das crianças, o distrito escolar de Pasadena confirmou que "quatro alunos e dois de seus avós foram levados pela enchente no Greens Bayou enquanto tentavam escapar da inundação do Harvey. Nossos profundos sentimentos à família". O gabinete do delegado do Condado de Harris confirmou que policiais resgataram Sammy Saldivar no domingo no Greens Bayou. Um porta-voz da delegacia disse ao "Post" que era impossível procurar a van durante a tempestade. Não foram confirmadas mortes, e é improvável que se encontrem corpos antes que a inundação baixe. "Eles basicamente nos informaram que não poderão fazer nada até que a água desça", explicou Ric. "Eu compreendo. Isso não vai mudar a situação. E quanto mais eu demorar para vê-los, não terei que encarar a realidade." Mas ele ouviu o suficiente para acreditar no pior. Os policiais levaram Sammy a um abrigo depois que o tiraram do riacho no domingo. Lá, ele pediu um telefone emprestado, ligou para seu irmão Danny e lhe contou o que tinha acontecido. Então Danny contou para sua mulher, que disse a Ric, que ligou para Sammy, que estava chorando. "Ele ficava dizendo que sentia muito, sentia muito", disse Ric. "Nós lhe dizíamos que não era sua culpa." E é assim que os Saldivar lamentam agora, ilhados em seus respectivos cantos de uma cidade inundada, lamentando-se pelo telefone, sem mesmo ter os corpos para decidir como irão enterrá-los. Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
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mundo
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Seis da mesma família morrem em enchente da tempestade HarveyRic Saldivar, 53, tem uma família grande –vários irmãos espalhados pelo leste de Houston e mais além. Depois que as inundações os deixaram ilhados em suas casas, uma rede de telefonemas entre os irmãos e suas mulheres informou a Saldivar que de repente sua família podia estar muito menor. Foi isto o que ele ouviu: Sua mãe e seu pai, ambos com mais de 80 anos, estavam desaparecidos e supostamente mortos, segundo ele contou ao "Washington Post". O mesmo havia acontecido com quatro parentes jovens, entre 6 e 16 anos, todos presos em uma perua que afundou enquanto tentavam chegar a sua casa durante a inundação no domingo. Seus pais, Manuel e Belia, moravam a cerca de 15 km, disse Saldivar, do outro lado de um riacho no nordeste de Houston. "Os dois têm Alzheimer", acrescentou ele. Seu irmão Sammy tinha se mudado recentemente do Missouri para cuidar do casal idoso. "Ele estava fazendo um ótimo trabalho", disse Ric Saldivar. Sammy, 56, havia tentado se preparar para a tempestade. Resolveu ficar acordado na noite de sábado, observando a elevação das águas do Halls Bayou, a alguns quarteirões de distância, pronto para fugir a qualquer momento. "Mas ele dormiu... Os vizinhos o acordaram e avisaram que a água estava chegando", disse Ric. Vários parentes moravam nesse bolsão inundado de Houston. Danny Saldivar e sua mulher viviam a uma quadra dos pais. A filha de Danny morava em uma rua além dessa –mas tinha saído naquela noite, deixando sua filha de 16 anos cuidando de três crianças pequenas. "As crianças estavam enlouquecidas", disse Ric. Enquanto Danny e a mulher faziam planos para escapar, ele disse a Sammy: pegue as chaves, pegue a van e leve-os para a casa de Ric. Sammy embarcou seus pais na van de Danny. Ele pôs as crianças atrás –Devy e Dominic, ambos adolescentes, Xavier, 8, e sua irmã Daisy, 6– e saiu pela chuva torrencial no domingo à tarde. A ponte sobre o riacho na Green River Drive estava coberta de água, mas os protetores laterais apareciam acima da superfície, por isso não parecia fundo demais. "Sammy disse: 'Talvez a gente deva voltar'", contou Ric. "Papai disse: 'Não, dá para atravessar'... Sammy sempre seguia a opinião do pai." A van conseguiu cruzar a ponte. Mas a estrada descia acentuadamente do outro lado, e antes que Sammy pudesse fazer alguma coisa o carro estava flutuando. Ele balançava para os dois lados. Sammy apertou o acelerador, mas as rodas giravam livres embaixo da água. "Ele entrou em pânico", disse Ric. "Levantou do banco sem mesmo soltar o cinto e se esgueirou pela janela." Sammy se agarrou a um galho de árvore na água e tentou abrir as portas, mas elas não abriam. As crianças estavam na parte traseira do carro, atrás de um caixote, e não havia como alcançá-las. "Ele gritava para as crianças subirem na traseira da van. Tenho certeza de que elas não conseguiram chegar lá", disse Ric. "Ele ouvia as crianças gritando, mas não conseguia abrir as portas. Ele fica ouvindo isso em sua cabeça. E a perua simplesmente afundou e desapareceu." Sammy ficou agarrado àquele galho na água agitada durante quase uma hora, disse Ric, gritando, até que policiais chegaram em um barco e lhe atiraram uma corda. Mas era tarde demais. Sem dar o nome das crianças, o distrito escolar de Pasadena confirmou que "quatro alunos e dois de seus avós foram levados pela enchente no Greens Bayou enquanto tentavam escapar da inundação do Harvey. Nossos profundos sentimentos à família". O gabinete do delegado do Condado de Harris confirmou que policiais resgataram Sammy Saldivar no domingo no Greens Bayou. Um porta-voz da delegacia disse ao "Post" que era impossível procurar a van durante a tempestade. Não foram confirmadas mortes, e é improvável que se encontrem corpos antes que a inundação baixe. "Eles basicamente nos informaram que não poderão fazer nada até que a água desça", explicou Ric. "Eu compreendo. Isso não vai mudar a situação. E quanto mais eu demorar para vê-los, não terei que encarar a realidade." Mas ele ouviu o suficiente para acreditar no pior. Os policiais levaram Sammy a um abrigo depois que o tiraram do riacho no domingo. Lá, ele pediu um telefone emprestado, ligou para seu irmão Danny e lhe contou o que tinha acontecido. Então Danny contou para sua mulher, que disse a Ric, que ligou para Sammy, que estava chorando. "Ele ficava dizendo que sentia muito, sentia muito", disse Ric. "Nós lhe dizíamos que não era sua culpa." E é assim que os Saldivar lamentam agora, ilhados em seus respectivos cantos de uma cidade inundada, lamentando-se pelo telefone, sem mesmo ter os corpos para decidir como irão enterrá-los. Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
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Suspeito de furtar bens municipais, Greca pede perícia em chácara
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ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA Suspeito de furtar peças de um museu municipal, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), que concorre ao cargo novamente, pediu à Justiça nesta sexta (21) uma perícia em sua chácara na região metropolitana. É lá que, conforme suspeita a prefeitura, pode estar parte do acervo desaparecido do museu Casa Klemtz, em 1995, época em que Greca era prefeito, como mostrou reportagem da Folha. O pedido de perícia foi feito no mesmo dia em que uma ação popular, movida por advogados que pedem a devolução dos bens à prefeitura, foi divulgada à imprensa. A defesa de Greca argumenta que a investigação feita pela Prefeitura de Curitiba, aberta um dia depois da reportagem da Folha, em meio à disputa eleitoral e anos após o sumiço das peças, mostra um "flagrante abuso de poder político". O atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), concorria à reeleição. Ele acabou fora do segundo turno, disputado por Greca e pelo deputado estadual Ney Leprevost (PSD). Os advogados pedem a produção de um laudo "imparcial, através de perito isento". Na sindicância da prefeitura, que está paralisada por decisão da Justiça, um laudo técnico concluiu, a partir de fotografias, que há "uma verossimilhança muito grande" entre os objetos sumidos e o acervo pessoal de Greca. Em alguns casos, o documento aponta "evidências notórias" de que se trata da mesma peça. "[Greca] tem o direito de demonstrar e ter reconhecido por meio de prova pericial, que os móveis que guarnecem sua residência não são os mesmos supostamente desaparecidos da Fundação Cultural de Curitiba, evitando assim a propagação da infundada suspeita na mídia e nas redes sociais, em flagrante prejuízo à sua reputação", afirmam os advogados de Greca. O candidato nega que tenha se apropriado das peças desaparecidas. "Se há semelhança, é de estilo do mobiliário da época, comum nas residências tradicionais de Curitiba, grande centro de produção moveleira", disse, em nota. "Essa perícia é uma questão de honra para Greca", diz a advogada Vanessa Volpi. O pedido ainda não foi analisado pela Justiça. AÇÃO POPULAR Ainda nesta sexta (21), um grupo de advogados divulgou ter entrado com uma ação popular pedindo a devolução dos bens supostamente furtados por Greca do museu municipal. "É inescondível que houve omissão do município de Curitiba em benefício de terceiro, o ex-prefeito Rafael Greca. A conduta enquadra-se perfeitamente nas hipóteses que autorizam o manejo da ação popular visando à recomposição do patrimônio público, artístico, histórico e cultural", diz a petição. A ação foi movida pelos advogados Paulo Demchuk, Carlos Alberto Farracha de Castro e Elton Baiocco. Ainda não houve decisão da Justiça. O juiz Guilherme de Paula Rezende, porém, afirmou, em despacho nesta quinta (20), que há "possibilidade de declaração de prescrição" do processo, já que o sumiço dos bens foi relatado pela primeira vez em 1995, ou seja, 21 anos atrás. Os advogados discordam e dizem que não há prescrição em caso de ressarcimento ao erário.
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Suspeito de furtar bens municipais, Greca pede perícia em chácaraESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA Suspeito de furtar peças de um museu municipal, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), que concorre ao cargo novamente, pediu à Justiça nesta sexta (21) uma perícia em sua chácara na região metropolitana. É lá que, conforme suspeita a prefeitura, pode estar parte do acervo desaparecido do museu Casa Klemtz, em 1995, época em que Greca era prefeito, como mostrou reportagem da Folha. O pedido de perícia foi feito no mesmo dia em que uma ação popular, movida por advogados que pedem a devolução dos bens à prefeitura, foi divulgada à imprensa. A defesa de Greca argumenta que a investigação feita pela Prefeitura de Curitiba, aberta um dia depois da reportagem da Folha, em meio à disputa eleitoral e anos após o sumiço das peças, mostra um "flagrante abuso de poder político". O atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), concorria à reeleição. Ele acabou fora do segundo turno, disputado por Greca e pelo deputado estadual Ney Leprevost (PSD). Os advogados pedem a produção de um laudo "imparcial, através de perito isento". Na sindicância da prefeitura, que está paralisada por decisão da Justiça, um laudo técnico concluiu, a partir de fotografias, que há "uma verossimilhança muito grande" entre os objetos sumidos e o acervo pessoal de Greca. Em alguns casos, o documento aponta "evidências notórias" de que se trata da mesma peça. "[Greca] tem o direito de demonstrar e ter reconhecido por meio de prova pericial, que os móveis que guarnecem sua residência não são os mesmos supostamente desaparecidos da Fundação Cultural de Curitiba, evitando assim a propagação da infundada suspeita na mídia e nas redes sociais, em flagrante prejuízo à sua reputação", afirmam os advogados de Greca. O candidato nega que tenha se apropriado das peças desaparecidas. "Se há semelhança, é de estilo do mobiliário da época, comum nas residências tradicionais de Curitiba, grande centro de produção moveleira", disse, em nota. "Essa perícia é uma questão de honra para Greca", diz a advogada Vanessa Volpi. O pedido ainda não foi analisado pela Justiça. AÇÃO POPULAR Ainda nesta sexta (21), um grupo de advogados divulgou ter entrado com uma ação popular pedindo a devolução dos bens supostamente furtados por Greca do museu municipal. "É inescondível que houve omissão do município de Curitiba em benefício de terceiro, o ex-prefeito Rafael Greca. A conduta enquadra-se perfeitamente nas hipóteses que autorizam o manejo da ação popular visando à recomposição do patrimônio público, artístico, histórico e cultural", diz a petição. A ação foi movida pelos advogados Paulo Demchuk, Carlos Alberto Farracha de Castro e Elton Baiocco. Ainda não houve decisão da Justiça. O juiz Guilherme de Paula Rezende, porém, afirmou, em despacho nesta quinta (20), que há "possibilidade de declaração de prescrição" do processo, já que o sumiço dos bens foi relatado pela primeira vez em 1995, ou seja, 21 anos atrás. Os advogados discordam e dizem que não há prescrição em caso de ressarcimento ao erário.
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Duque nega transferências e Vaccari, atuação em esquema
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Ex-diretor da Petrobras, Renato Duque reagiu "com surpresa" ao ser novamente preso na manhã desta segunda-feira (16), segundo seu advogado Alexandre Lopes. Lopes disse que não tinha tido acesso à decisão judicial, mas nega que Duque tenha transferido dinheiro para Mônaco. "A história dessas contas é muito estranha, eu não tenho conhecimento disso." O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, voltou a negar as acusações. Seu advogado, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse em nota que o petista "não participou de nenhum esquema" de propina. Na nota, o advogado ainda lembra que Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010. Já o advogado de Lucélio Goes, James Walker Júnior, disse que a prisão de seu cliente ocorreu de forma arbitrária, apenas por ele ser filho de Mário Goes, que já está preso em Curitiba e é apontado como operador do esquema. "Não existe fundamento", acrescentou. Rogério Marcolini, que também representa Lucélio Goes, afirmou que seu cliente foi isentado pelo delator Pedro Barusco. "Se a palavra do delator em tudo o mais merece crédito do juiz, deve merecê-lo também quando afirma o que não convém ao Ministério Público", disse. Miguel Pereira Neto, advogado de Adir Assad, disse que ainda não teve acesso aos autos, mas que pedirá a revogação da prisão preventiva. A Folha não conseguiu localizar as defesas de Sonia Mariza Branco e de Dario Teixeira Alves Junior.
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Duque nega transferências e Vaccari, atuação em esquemaEx-diretor da Petrobras, Renato Duque reagiu "com surpresa" ao ser novamente preso na manhã desta segunda-feira (16), segundo seu advogado Alexandre Lopes. Lopes disse que não tinha tido acesso à decisão judicial, mas nega que Duque tenha transferido dinheiro para Mônaco. "A história dessas contas é muito estranha, eu não tenho conhecimento disso." O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, voltou a negar as acusações. Seu advogado, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse em nota que o petista "não participou de nenhum esquema" de propina. Na nota, o advogado ainda lembra que Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010. Já o advogado de Lucélio Goes, James Walker Júnior, disse que a prisão de seu cliente ocorreu de forma arbitrária, apenas por ele ser filho de Mário Goes, que já está preso em Curitiba e é apontado como operador do esquema. "Não existe fundamento", acrescentou. Rogério Marcolini, que também representa Lucélio Goes, afirmou que seu cliente foi isentado pelo delator Pedro Barusco. "Se a palavra do delator em tudo o mais merece crédito do juiz, deve merecê-lo também quando afirma o que não convém ao Ministério Público", disse. Miguel Pereira Neto, advogado de Adir Assad, disse que ainda não teve acesso aos autos, mas que pedirá a revogação da prisão preventiva. A Folha não conseguiu localizar as defesas de Sonia Mariza Branco e de Dario Teixeira Alves Junior.
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Na última rodada, Cuca vai usar camisa em homenagem a Caio Júnior
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Técnico do Palmeiras até este domingo (11), quando comandará o time contra o Vitória pela última vez antes de período que passará afastado do futebol para ficar próximo da família, Cuca ficou particularmente abalado com o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas em Medellín, entre elas quase todos os jogadores da Chapecoense. Dois dias antes, o time de Cuca havia vencido a equipe catarinense no Allianz Parque e se consagrado campeã do Brasileiro. "Eu estava em casa vindo do jantar de comemoração do título, cheguei à uma da manhã em casa, e pouco depois fiquei sabendo do acidente. Fiquei o dia inteiro trancado no quarto, vendo televisão e a maior parte do tempo chorando. É um baque muito grande", diz o técnico à Folha. "Me lembro do Alan Ruschel me pedindo água no jogo, estava muito calor. Me lembro de entrar no campo depois do jogo e abraçar o Sérgio Manoel, o Kempes, o Gimenez. E pouco tempo depois esse pessoal estava morto. Você não consegue entender as coisas, não consegue associar o pensamento com o sentimento. É a pior coisa do mundo". "Peguei na barba do Caio Júnior e puxei", completa, comovido com a lembrança do amigo. Conterrâneo de Caio, o paranaense fará uma homenagem a ele neste domingo: ele e outros membros da comissão técnica vestirão por baixo dos uniformes uma camiseta com o rosto do treinador. Em cada uma delas estará o nome de um familiar de Caio. Na camiseta de Cuca estará o nome de dona Geni, mãe de Caio, que receberá a roupa de presente após o jogo. Os assistentes do técnico do Palmeiras vestirão camisetas com os nomes dos filhos de Caio, Matheus e Gabriel. "Fui na missa do Caio, no cerimonial, fiquei com a mãe dele, com a mulher, com os filhos. É muito doído. A Chapecoense vai se levantar já. É uma instituição sólida, teve um aumento grande no número de sócios. Mas o que importa é o ser humano. A Chape não existe sem Caio, Kempes, Thiego, Gimenez... Como não existe Palmeiras sem jogadores, torcida e demais pessoas". "A gente tem que cuidar das famílias das pessoas para que tenham uma dor um pouco menor", conclui Cuca. Acidente em voo da Chapecoense
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Na última rodada, Cuca vai usar camisa em homenagem a Caio JúniorTécnico do Palmeiras até este domingo (11), quando comandará o time contra o Vitória pela última vez antes de período que passará afastado do futebol para ficar próximo da família, Cuca ficou particularmente abalado com o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas em Medellín, entre elas quase todos os jogadores da Chapecoense. Dois dias antes, o time de Cuca havia vencido a equipe catarinense no Allianz Parque e se consagrado campeã do Brasileiro. "Eu estava em casa vindo do jantar de comemoração do título, cheguei à uma da manhã em casa, e pouco depois fiquei sabendo do acidente. Fiquei o dia inteiro trancado no quarto, vendo televisão e a maior parte do tempo chorando. É um baque muito grande", diz o técnico à Folha. "Me lembro do Alan Ruschel me pedindo água no jogo, estava muito calor. Me lembro de entrar no campo depois do jogo e abraçar o Sérgio Manoel, o Kempes, o Gimenez. E pouco tempo depois esse pessoal estava morto. Você não consegue entender as coisas, não consegue associar o pensamento com o sentimento. É a pior coisa do mundo". "Peguei na barba do Caio Júnior e puxei", completa, comovido com a lembrança do amigo. Conterrâneo de Caio, o paranaense fará uma homenagem a ele neste domingo: ele e outros membros da comissão técnica vestirão por baixo dos uniformes uma camiseta com o rosto do treinador. Em cada uma delas estará o nome de um familiar de Caio. Na camiseta de Cuca estará o nome de dona Geni, mãe de Caio, que receberá a roupa de presente após o jogo. Os assistentes do técnico do Palmeiras vestirão camisetas com os nomes dos filhos de Caio, Matheus e Gabriel. "Fui na missa do Caio, no cerimonial, fiquei com a mãe dele, com a mulher, com os filhos. É muito doído. A Chapecoense vai se levantar já. É uma instituição sólida, teve um aumento grande no número de sócios. Mas o que importa é o ser humano. A Chape não existe sem Caio, Kempes, Thiego, Gimenez... Como não existe Palmeiras sem jogadores, torcida e demais pessoas". "A gente tem que cuidar das famílias das pessoas para que tenham uma dor um pouco menor", conclui Cuca. Acidente em voo da Chapecoense
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Yahoo! é vendido para a Verizon por US$ 350 mi a menos que acordo inicial
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A Verizon Communications, operadora de telefonia móvel número 1 dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (21) que concordou em comprar o negócio de internet do Yahoo! por US$ 4,48 bilhões, cerca de US$ 350 milhões a menos do que o preço original. O acordo irá combinar os recursos de busca, email e de mensagens do Yahoo!, bem como ferramentas de tecnologia de publicidade com a unidade AOL da Verizon. A Verizon estava tentando persuadir o Yahoo! a alterar os termos do acordo para refletir o dano econômico de dois ataques cibernéticos. O fechamento do negócio, que foi anunciado pela primeira vez em julho com a oferta de US$ 4,83 bilhões, foi adiado enquanto as empresas avaliavam as consequências financeiras das brechas de segurança que o Yahoo! divulgou no ano passado. As empresas disseram nesta terça-feira que esperam que o negócio seja concluído no segundo trimestre. Sob os termos alterados, Yahoo! e Verizon vão dividir as responsabilidades financeiras relacionadas com algumas investigações do governo e litígios de terceiros relacionadas com as violações. O Yahoo! continuará responsável por passivos de ações de acionistas e investigações da Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês), órgão que regula o mercado de capitais dos EUA. Há quatro anos, o Yahoo! contratou como CEO a então executiva do Google, Marissa Mayer, para revitalizar a empresa. Uma reportagem do "New York Times" de janeiro de 2016 afirmou que a sua liderança perdeu forças entre os funcionários desde 2012.
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Yahoo! é vendido para a Verizon por US$ 350 mi a menos que acordo inicialA Verizon Communications, operadora de telefonia móvel número 1 dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (21) que concordou em comprar o negócio de internet do Yahoo! por US$ 4,48 bilhões, cerca de US$ 350 milhões a menos do que o preço original. O acordo irá combinar os recursos de busca, email e de mensagens do Yahoo!, bem como ferramentas de tecnologia de publicidade com a unidade AOL da Verizon. A Verizon estava tentando persuadir o Yahoo! a alterar os termos do acordo para refletir o dano econômico de dois ataques cibernéticos. O fechamento do negócio, que foi anunciado pela primeira vez em julho com a oferta de US$ 4,83 bilhões, foi adiado enquanto as empresas avaliavam as consequências financeiras das brechas de segurança que o Yahoo! divulgou no ano passado. As empresas disseram nesta terça-feira que esperam que o negócio seja concluído no segundo trimestre. Sob os termos alterados, Yahoo! e Verizon vão dividir as responsabilidades financeiras relacionadas com algumas investigações do governo e litígios de terceiros relacionadas com as violações. O Yahoo! continuará responsável por passivos de ações de acionistas e investigações da Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês), órgão que regula o mercado de capitais dos EUA. Há quatro anos, o Yahoo! contratou como CEO a então executiva do Google, Marissa Mayer, para revitalizar a empresa. Uma reportagem do "New York Times" de janeiro de 2016 afirmou que a sua liderança perdeu forças entre os funcionários desde 2012.
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Para opositor, é hora de aproveitar momento que fez chavismo recuar
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O vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Freddy Guevara, considera que a pressão dos países vizinhos e a crítica da procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, levaram a Justiça a revogar as decisões que tiravam poderes do Legislativo, dominado pela oposição. "Na medida em que a situação se complica, pode ser que o que não funcionou antes funcione agora. Por isso consideramos que o momento político e uma boa pressão nacional e internacional, além das pessoas nas ruas podem levar a um movimento que consiga as mudanças que nos faltam", disse, em entrevista à Folha nesta segunda-feira (3). O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado por aliados do presidente Nicolás Maduro, cancelou no sábado (1º) as sentenças que lhe davam poder de legislar e acabava com a imunidade parlamentar dos deputados. A determinação de quinta-feira (30) levou o Mercosul a ativar a cláusula democrática contra a Venezuela no sábado e os países da OEA (Organização dos Estados Americanos) a aprovar nesta segunda uma declaração que é vista como o primeiro passo para que o país caribenho seja suspendido por violar a Carta Democrática Interamericana. A surpresa, porém, veio no dia seguinte quando Luisa Ortega Díaz, indicada por Hugo Chávez (1954-2013) em 2007, disse que houve uma ruptura constitucional. Horas depois, o presidente Nicolás Maduro convocou o Conselho de Defesa do Estado, que decidiu cancelar as sentenças. Para Guevara, o recuo do governo chavista, que o deputado chama de ditadura, deve aumentar a tensão e a repressão das forças de segurança a ponto de chegar a uma situação explosiva. "Isso é um coquetel molotov, a mistura de um povo irritado e com fome e um governo que têm divisões internas, uma crise estrutural e uma comunidade internacional que condena as violações dos direitos humanos." Ele considera um sinal da divisão do chavismo o silêncio das Forças Armadas, que ainda não se manifestaram sobre a decisão do TSJ. "O comum aqui era que qualquer loucura do governo fosse apoiada imediatamente pelos militares. Agora isso não aconteceu." O legislador será um dos dirigentes da oposição que participará do protesto desta terça-feira (4) em Caracas e que, horas depois, pretende votar a destituição de membros do TSJ que estiveram envolvidos na decisão que tirou poderes do Legislativo. Mesmo aprovada, a medida dificilmente se aplicará porque a Justiça ainda considera a Assembleia Nacional em desacato por ainda estarem empossados os três deputados que tiveram seus mandatos impugnados. Guevara vê, no entanto, a votação como parte da pressão contra Maduro. ATAQUES O vice-presidente da Assembleia Nacional conversou com a reportagem depois de gravar um vídeo pedindo a seus seguidores nas redes sociais que participem do protesto. Outros colegas dele fizeram o mesmo nas ruas venezuelanas desde sábado. Nesta segunda, o deputado opositor Juan Resequens foi agredido por militantes chavistas ao pedir apoio em Caracas. Para Freddy Guevara, a violência foi um dos fatores pelos quais a maior parte dos manifestantes deixou as ruas. Por outro lado, reconhece parte da culpa da oposição, que se dividiu em relação ao diálogo com o governo mediado pelo Vaticano. "Parte da população sentiu ter levado um balde de água fria quando opositores participaram do diálogo." Também concorda que uma parcela dos manifestantes pode ter se desiludido após o revés no processo que levaria ao referendo para revogar o mandato de Maduro. As etapas da coleta das assinaturas necessárias para a consulta, que levou quase 2 milhões de pessoas a darem seu apoio, foram postergadas pelo Conselho Nacional Eleitoral. A proposta foi sepultada em outubro, quando o TSJ invalidou as firmas de 4 dos 23 Estados por suspeita de fraude. "Agora cabe a nós levantarmos, ficarmos de pé e lembrarmos que somos maioria e que temos a razão. E retomar a mobilização."
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mundo
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Para opositor, é hora de aproveitar momento que fez chavismo recuarO vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Freddy Guevara, considera que a pressão dos países vizinhos e a crítica da procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, levaram a Justiça a revogar as decisões que tiravam poderes do Legislativo, dominado pela oposição. "Na medida em que a situação se complica, pode ser que o que não funcionou antes funcione agora. Por isso consideramos que o momento político e uma boa pressão nacional e internacional, além das pessoas nas ruas podem levar a um movimento que consiga as mudanças que nos faltam", disse, em entrevista à Folha nesta segunda-feira (3). O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado por aliados do presidente Nicolás Maduro, cancelou no sábado (1º) as sentenças que lhe davam poder de legislar e acabava com a imunidade parlamentar dos deputados. A determinação de quinta-feira (30) levou o Mercosul a ativar a cláusula democrática contra a Venezuela no sábado e os países da OEA (Organização dos Estados Americanos) a aprovar nesta segunda uma declaração que é vista como o primeiro passo para que o país caribenho seja suspendido por violar a Carta Democrática Interamericana. A surpresa, porém, veio no dia seguinte quando Luisa Ortega Díaz, indicada por Hugo Chávez (1954-2013) em 2007, disse que houve uma ruptura constitucional. Horas depois, o presidente Nicolás Maduro convocou o Conselho de Defesa do Estado, que decidiu cancelar as sentenças. Para Guevara, o recuo do governo chavista, que o deputado chama de ditadura, deve aumentar a tensão e a repressão das forças de segurança a ponto de chegar a uma situação explosiva. "Isso é um coquetel molotov, a mistura de um povo irritado e com fome e um governo que têm divisões internas, uma crise estrutural e uma comunidade internacional que condena as violações dos direitos humanos." Ele considera um sinal da divisão do chavismo o silêncio das Forças Armadas, que ainda não se manifestaram sobre a decisão do TSJ. "O comum aqui era que qualquer loucura do governo fosse apoiada imediatamente pelos militares. Agora isso não aconteceu." O legislador será um dos dirigentes da oposição que participará do protesto desta terça-feira (4) em Caracas e que, horas depois, pretende votar a destituição de membros do TSJ que estiveram envolvidos na decisão que tirou poderes do Legislativo. Mesmo aprovada, a medida dificilmente se aplicará porque a Justiça ainda considera a Assembleia Nacional em desacato por ainda estarem empossados os três deputados que tiveram seus mandatos impugnados. Guevara vê, no entanto, a votação como parte da pressão contra Maduro. ATAQUES O vice-presidente da Assembleia Nacional conversou com a reportagem depois de gravar um vídeo pedindo a seus seguidores nas redes sociais que participem do protesto. Outros colegas dele fizeram o mesmo nas ruas venezuelanas desde sábado. Nesta segunda, o deputado opositor Juan Resequens foi agredido por militantes chavistas ao pedir apoio em Caracas. Para Freddy Guevara, a violência foi um dos fatores pelos quais a maior parte dos manifestantes deixou as ruas. Por outro lado, reconhece parte da culpa da oposição, que se dividiu em relação ao diálogo com o governo mediado pelo Vaticano. "Parte da população sentiu ter levado um balde de água fria quando opositores participaram do diálogo." Também concorda que uma parcela dos manifestantes pode ter se desiludido após o revés no processo que levaria ao referendo para revogar o mandato de Maduro. As etapas da coleta das assinaturas necessárias para a consulta, que levou quase 2 milhões de pessoas a darem seu apoio, foram postergadas pelo Conselho Nacional Eleitoral. A proposta foi sepultada em outubro, quando o TSJ invalidou as firmas de 4 dos 23 Estados por suspeita de fraude. "Agora cabe a nós levantarmos, ficarmos de pé e lembrarmos que somos maioria e que temos a razão. E retomar a mobilização."
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Investigado, vice-presidente da CBF é o principal cartola no Peru
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O principal cartola da CBF em Lima é o alagoano Gustavo Feijó, vice-presidente da entidade. Feijó chegou no final de semana na capital peruana e encontrou com os atletas neste domingo (13). O alagoano está substituindo Antonio Carlos Nunes, primeiro na linha sucessória da CBF que sempre viaja com a seleção. Desta vez, o cartola paraense de 78 anos não pode embarcar para Lima. Na quarta (9), ele foi internado às pressas após ter uma queda de pressão dentro da concentração da seleção em Belo Horizonte. O dirigente só foi liberado no dia seguinte pelos médicos mineiros. Desde que foi denunciado pelo FBI por corrupção no ano passado, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero não faz mais viagens internacionais. Feijó foi reeleito neste ano prefeito da pequena cidade de Boca da Mata, interior alagoano. Em outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar o Departamento de Registro e Transferência da CBF e Feijó. A transferência do meia Bismarck, ex-ABC, para o futebol da Arábia Saudita em janeiro deste ano é um dos casos suspeitos pela polícia de fraude no Boletim Informativo Diário (BID) publicado pela CBF. Patrocinado pela Prefeitura de Boca da Mata, o Santa Rita é investigado por ter servido de ponte para a saída do atleta do país. A polícia investiga se o cartola pressionou os funcionários da CBF a fraudar os documentos. Na semana passada, o Santa Rita anunciou que vai se licenciar do futebol no próximo ano. Feijó também se envolveu em polêmica ao usar vídeo de Neymar em sua campanha nas eleições para prefeito sem autorização do jogador.(sr)
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esporte
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Investigado, vice-presidente da CBF é o principal cartola no PeruO principal cartola da CBF em Lima é o alagoano Gustavo Feijó, vice-presidente da entidade. Feijó chegou no final de semana na capital peruana e encontrou com os atletas neste domingo (13). O alagoano está substituindo Antonio Carlos Nunes, primeiro na linha sucessória da CBF que sempre viaja com a seleção. Desta vez, o cartola paraense de 78 anos não pode embarcar para Lima. Na quarta (9), ele foi internado às pressas após ter uma queda de pressão dentro da concentração da seleção em Belo Horizonte. O dirigente só foi liberado no dia seguinte pelos médicos mineiros. Desde que foi denunciado pelo FBI por corrupção no ano passado, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero não faz mais viagens internacionais. Feijó foi reeleito neste ano prefeito da pequena cidade de Boca da Mata, interior alagoano. Em outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar o Departamento de Registro e Transferência da CBF e Feijó. A transferência do meia Bismarck, ex-ABC, para o futebol da Arábia Saudita em janeiro deste ano é um dos casos suspeitos pela polícia de fraude no Boletim Informativo Diário (BID) publicado pela CBF. Patrocinado pela Prefeitura de Boca da Mata, o Santa Rita é investigado por ter servido de ponte para a saída do atleta do país. A polícia investiga se o cartola pressionou os funcionários da CBF a fraudar os documentos. Na semana passada, o Santa Rita anunciou que vai se licenciar do futebol no próximo ano. Feijó também se envolveu em polêmica ao usar vídeo de Neymar em sua campanha nas eleições para prefeito sem autorização do jogador.(sr)
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Eldorado descarta concentração na celulose
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O aumento mundial da produção de celulose, principalmente pelas indústrias brasileiras, tem colocado o assunto da consolidação do setor em evidência. Essa consolidação passa por união de empresas ou pela compra de uma pela outra. José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Brasil, localizada em Três Lagoas (MS), diz que conceitualmente a discussão faz sentido em uma indústria de capital intensivo e de ciclo longo. Cada vez que se consolida, há uma melhora da capacidade de concorrência e de precificação no mercado internacional, segundo ele. Mas, ao avaliar o mercado brasileiro, Grubisich diz que hoje as condições de uniões são pouco prováveis. Todas as empresas têm crescimento, e os acionistas não estão olhando a questão da consolidação como prioritária. "Consolidação é um negócio em que ou você tem alguém muito rico que paga um prêmio suficiente para alguém vender ou você tem alguém muito pobre que está precisando de alguém que venha ajudá-lo. Não é caso de ninguém neste momento." "Os preços da celulose sobem, o câmbio ajuda, e a demanda cresce. Com isso, em todas as empresas se fala em projetos. Não há a impressão de que o estado de espírito seja de consolidação", diz. Há um crescimento da demanda mundial em pelo menos 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, e algumas fábricas estão fechando, principalmente em países menos competitivos. "A entrada de uma nova fábrica pode gerar volatilidade no início da operação, mas depois o mercado se ajusta." Na avaliação de Grubisich, o Brasil é muito competitivo neste setor e vai deslocar os menos competitivos. * Greve 1 Os efeitos da redução de oferta de alguns produtos na Ceagesp (entreposto de São Paulo), devido à greve dos caminhoneiros, ainda não foram incorporados ao índice de inflação dos paulistanos. Os da seca, sim. Greve 2 As principais altas ocorreram no setor de verduras, que, em média, subiram 15,5% em 30 dias. A escarola liderou, com evolução de 24%, seguida da alface (mais 20%), de acordo com dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas). * Brasil terá mais trigo da Argentina nesta safra Os argentinos poderão ter 7,2 milhões de toneladas de trigo para exportação na safra 2014/15. São estimativas divulgadas nesta quinta-feira (26) pela Secretaria de Comércio do país vizinho. Se confirmado, esse volume restabelecerá o fluxo de compras do Brasil, interrompido nos últimos dois anos devido à baixa disponibilidade de trigo dos argentinos. O Ministério da Agricultura da Argentina divulgou também nesta quinta-feira que o volume de soja a ser produzido na safra 2014/15 deverá atingir 58 milhões de toneladas. Esse volume fica próximo do avaliado pelo mercado e indica evolução de 9% em relação aos 53,4 milhões de toneladas da safra imediatamente anterior.
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colunas
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Eldorado descarta concentração na celuloseO aumento mundial da produção de celulose, principalmente pelas indústrias brasileiras, tem colocado o assunto da consolidação do setor em evidência. Essa consolidação passa por união de empresas ou pela compra de uma pela outra. José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Brasil, localizada em Três Lagoas (MS), diz que conceitualmente a discussão faz sentido em uma indústria de capital intensivo e de ciclo longo. Cada vez que se consolida, há uma melhora da capacidade de concorrência e de precificação no mercado internacional, segundo ele. Mas, ao avaliar o mercado brasileiro, Grubisich diz que hoje as condições de uniões são pouco prováveis. Todas as empresas têm crescimento, e os acionistas não estão olhando a questão da consolidação como prioritária. "Consolidação é um negócio em que ou você tem alguém muito rico que paga um prêmio suficiente para alguém vender ou você tem alguém muito pobre que está precisando de alguém que venha ajudá-lo. Não é caso de ninguém neste momento." "Os preços da celulose sobem, o câmbio ajuda, e a demanda cresce. Com isso, em todas as empresas se fala em projetos. Não há a impressão de que o estado de espírito seja de consolidação", diz. Há um crescimento da demanda mundial em pelo menos 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, e algumas fábricas estão fechando, principalmente em países menos competitivos. "A entrada de uma nova fábrica pode gerar volatilidade no início da operação, mas depois o mercado se ajusta." Na avaliação de Grubisich, o Brasil é muito competitivo neste setor e vai deslocar os menos competitivos. * Greve 1 Os efeitos da redução de oferta de alguns produtos na Ceagesp (entreposto de São Paulo), devido à greve dos caminhoneiros, ainda não foram incorporados ao índice de inflação dos paulistanos. Os da seca, sim. Greve 2 As principais altas ocorreram no setor de verduras, que, em média, subiram 15,5% em 30 dias. A escarola liderou, com evolução de 24%, seguida da alface (mais 20%), de acordo com dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas). * Brasil terá mais trigo da Argentina nesta safra Os argentinos poderão ter 7,2 milhões de toneladas de trigo para exportação na safra 2014/15. São estimativas divulgadas nesta quinta-feira (26) pela Secretaria de Comércio do país vizinho. Se confirmado, esse volume restabelecerá o fluxo de compras do Brasil, interrompido nos últimos dois anos devido à baixa disponibilidade de trigo dos argentinos. O Ministério da Agricultura da Argentina divulgou também nesta quinta-feira que o volume de soja a ser produzido na safra 2014/15 deverá atingir 58 milhões de toneladas. Esse volume fica próximo do avaliado pelo mercado e indica evolução de 9% em relação aos 53,4 milhões de toneladas da safra imediatamente anterior.
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Site ucraniano expõe dados de jornalistas, entre eles 4 brasileiros
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Um site que seria ligado ao governo ucraniano divulgou dados privados de jornalistas que cobriram o conflito no país. O "Mirotvorets" publicou, há duas semanas, uma planilha com os nomes completos, telefones e emails pessoais, além outros dados, de cerca de 4.500 jornalistas. A acusação é de "colaborar com organizações terroristas", pelo fato de esses profissionais terem se credenciado junto à República Popular de Donetsk. A entidade separatista, no leste do país, exige que os jornalistas que atuam em sua área de sejam identificados e credenciados por eles. Entre os profissionais estão quatro brasileiros: Leandro Colon, da Folha, Andrei Netto de "O Estado de S. Paulo", o fotógrafo Mauricio Lima –que ganhou o Prêmio Pulitzer, o mais prestigiado do jornalismo– e Sandro Fernandes, que atuou para o site Opera Mundi. Segundo agências de notícias, o site é ligado a um assessor do ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) classificou de "inadmissível a perseguição de agentes e apoiadores do Estado ucraniano a repórteres no desempenho de suas funções e vai acionar as entidades internacionais das quais é associada".
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Site ucraniano expõe dados de jornalistas, entre eles 4 brasileirosUm site que seria ligado ao governo ucraniano divulgou dados privados de jornalistas que cobriram o conflito no país. O "Mirotvorets" publicou, há duas semanas, uma planilha com os nomes completos, telefones e emails pessoais, além outros dados, de cerca de 4.500 jornalistas. A acusação é de "colaborar com organizações terroristas", pelo fato de esses profissionais terem se credenciado junto à República Popular de Donetsk. A entidade separatista, no leste do país, exige que os jornalistas que atuam em sua área de sejam identificados e credenciados por eles. Entre os profissionais estão quatro brasileiros: Leandro Colon, da Folha, Andrei Netto de "O Estado de S. Paulo", o fotógrafo Mauricio Lima –que ganhou o Prêmio Pulitzer, o mais prestigiado do jornalismo– e Sandro Fernandes, que atuou para o site Opera Mundi. Segundo agências de notícias, o site é ligado a um assessor do ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) classificou de "inadmissível a perseguição de agentes e apoiadores do Estado ucraniano a repórteres no desempenho de suas funções e vai acionar as entidades internacionais das quais é associada".
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Médicos da Venezuela denunciam 'holocausto' na saúde e convocam ato
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A Federação de Medicina da Venezuela denunciou nesta segunda (11) que o setor de saúde do país vive um "holocausto" devido à escassez de medicamentos e materiais hospitalares. A organização convocou um protesto em Caracas para a próxima quarta-feira (13). "Já denunciamos essa crise infinitas vezes ao governo. As pessoas estão morrendo não somente nos hospitais, mas também em suas casas, pois não há medicamentos. Não há como tratar os pacientes com câncer, diabetes, com doenças infecciosas e transmissíveis. É uma grande calamidade. Esse governo decretou um holocausto na saúde", disse Douglas León Natera, presidente da federação. Segundo ele, a falta de medicamentos nos hospitais venezuelanos chega a 95% do estoque. Nas farmácias, a escassez é de 85%. Ele disse que a ONG Farmacêuticos Sem Fronteiras já recolheu milhões de remédios para enviar à Venezuela, mas que o governo chavista se recusa a receber doações. O presidente Nicolás Maduro argumenta que o setor de saúde está "infiltrado" por uma "máfia", que estaria revendendo remédios importados pelo Estado a preços superfaturados. As autoridades dizem ter firmado um convênio com Cuba para contornar o problema.
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Médicos da Venezuela denunciam 'holocausto' na saúde e convocam atoA Federação de Medicina da Venezuela denunciou nesta segunda (11) que o setor de saúde do país vive um "holocausto" devido à escassez de medicamentos e materiais hospitalares. A organização convocou um protesto em Caracas para a próxima quarta-feira (13). "Já denunciamos essa crise infinitas vezes ao governo. As pessoas estão morrendo não somente nos hospitais, mas também em suas casas, pois não há medicamentos. Não há como tratar os pacientes com câncer, diabetes, com doenças infecciosas e transmissíveis. É uma grande calamidade. Esse governo decretou um holocausto na saúde", disse Douglas León Natera, presidente da federação. Segundo ele, a falta de medicamentos nos hospitais venezuelanos chega a 95% do estoque. Nas farmácias, a escassez é de 85%. Ele disse que a ONG Farmacêuticos Sem Fronteiras já recolheu milhões de remédios para enviar à Venezuela, mas que o governo chavista se recusa a receber doações. O presidente Nicolás Maduro argumenta que o setor de saúde está "infiltrado" por uma "máfia", que estaria revendendo remédios importados pelo Estado a preços superfaturados. As autoridades dizem ter firmado um convênio com Cuba para contornar o problema.
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Bilhetes são encontrados em estátua de Julieta em Verona, na Itália
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Foram encontradas dezenas de cartas, bilhetes apaixonados e chaves de cadeados no interior da famosa estátua de Julieta, na cidade italiana de Verona. A descoberta foi feita pouco antes do Dia de São Valentim, considerado o Dia dos Namorados em várias partes do mundo, quando a estátua foi substituída por uma réplica mais nova. A troca foi realizada porque a antiga imagem já estava desgastada pelo contato com os turistas. Segundo Rodolfo Camatta, dono da Fonderia Opere d'Arte –empresa responsável pela realização da nova Julieta–, muitas pessoas colocaram nas "trincas presentes debaixo dos braços e dos seios" da estátua "suas próprias mensagens de amor ou chaves de cadeados". Verona é conhecida como uma das cidades mais românticas do mundo graças a história "Romeu e Julieta", de William Shakespeare, que é ambientada na cidade. Desde então, a Casa de Julieta recebe anualmente milhões de visitantes que assinam os nomes dos seus amados nas paredes, depositam bilhetes e cartas amorosas, deixam cadeados nas grades para representar seu amor eterno e ainda acariciam os seios de Julieta por sorte.
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turismo
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Bilhetes são encontrados em estátua de Julieta em Verona, na ItáliaForam encontradas dezenas de cartas, bilhetes apaixonados e chaves de cadeados no interior da famosa estátua de Julieta, na cidade italiana de Verona. A descoberta foi feita pouco antes do Dia de São Valentim, considerado o Dia dos Namorados em várias partes do mundo, quando a estátua foi substituída por uma réplica mais nova. A troca foi realizada porque a antiga imagem já estava desgastada pelo contato com os turistas. Segundo Rodolfo Camatta, dono da Fonderia Opere d'Arte –empresa responsável pela realização da nova Julieta–, muitas pessoas colocaram nas "trincas presentes debaixo dos braços e dos seios" da estátua "suas próprias mensagens de amor ou chaves de cadeados". Verona é conhecida como uma das cidades mais românticas do mundo graças a história "Romeu e Julieta", de William Shakespeare, que é ambientada na cidade. Desde então, a Casa de Julieta recebe anualmente milhões de visitantes que assinam os nomes dos seus amados nas paredes, depositam bilhetes e cartas amorosas, deixam cadeados nas grades para representar seu amor eterno e ainda acariciam os seios de Julieta por sorte.
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Marido da rainha da Dinamarca diz não querer dividir túmulo com ela
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O marido da rainha Margrethe II da Dinamarca, o príncipe consorte Henrik, de origem francesa, diz que não quer ser enterrado com ela, anunciou o palácio real nesta quinta-feira (3). Frustrado por sempre ter sido relegado ao segundo plano protocolar, o príncipe, de 83 anos, decidiu que não queria compartilhar o túmulo com a soberana, que está "de acordo" com esta decisão, informou ao jornal "BT" a chefe de comunicação do palácio, Lene Balleby. Perguntado pela agência de notícias France Presse, um porta-voz da Corte confirmou as informações do jornal, sem dar mais detalhes. A decisão do príncipe se deve ao fato de que, ao não ter obtido o título e a função que queria, não tem uma relação de igualdade com sua mulher em vida, de modo que também não quer tê-la na morte, explicou Balleby. O príncipe Henrik nunca escondeu seu desgosto por não ter obtido o título de rei, e seu descontentamento aumentou nos últimos anos, acrescentou o porta-voz. Apesar de quebrar a tradição real ao não ser enterrado junto com sua mulher na catedral de Roskilde, o príncipe tem a intenção de ser sepultado na Dinamarca. Ele "ama a Dinamarca e trabalhou pela Dinamarca durante mais de 50 anos. O príncipe portanto quer ser enterrado na Dinamarca, mas os detalhes ainda não foram definidos", disse Balleby. O príncipe, nascido Henri Marie Jean Andre Count de Laborde de Monpezat, conheceu aquela que seria sua mulher em 1965 quando trabalhava na embaixada da França em Londres. A enérgica personalidade de Henrik nunca cativou os corações dos dinamarqueses, que zombaram da sua aposentadoria da vida pública no início de 2016.
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mundo
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Marido da rainha da Dinamarca diz não querer dividir túmulo com elaO marido da rainha Margrethe II da Dinamarca, o príncipe consorte Henrik, de origem francesa, diz que não quer ser enterrado com ela, anunciou o palácio real nesta quinta-feira (3). Frustrado por sempre ter sido relegado ao segundo plano protocolar, o príncipe, de 83 anos, decidiu que não queria compartilhar o túmulo com a soberana, que está "de acordo" com esta decisão, informou ao jornal "BT" a chefe de comunicação do palácio, Lene Balleby. Perguntado pela agência de notícias France Presse, um porta-voz da Corte confirmou as informações do jornal, sem dar mais detalhes. A decisão do príncipe se deve ao fato de que, ao não ter obtido o título e a função que queria, não tem uma relação de igualdade com sua mulher em vida, de modo que também não quer tê-la na morte, explicou Balleby. O príncipe Henrik nunca escondeu seu desgosto por não ter obtido o título de rei, e seu descontentamento aumentou nos últimos anos, acrescentou o porta-voz. Apesar de quebrar a tradição real ao não ser enterrado junto com sua mulher na catedral de Roskilde, o príncipe tem a intenção de ser sepultado na Dinamarca. Ele "ama a Dinamarca e trabalhou pela Dinamarca durante mais de 50 anos. O príncipe portanto quer ser enterrado na Dinamarca, mas os detalhes ainda não foram definidos", disse Balleby. O príncipe, nascido Henri Marie Jean Andre Count de Laborde de Monpezat, conheceu aquela que seria sua mulher em 1965 quando trabalhava na embaixada da França em Londres. A enérgica personalidade de Henrik nunca cativou os corações dos dinamarqueses, que zombaram da sua aposentadoria da vida pública no início de 2016.
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Tática do 'Rock Bola' leva ao rádio música, bom humor e futebol
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Alguém acha natural comentar duas derrotas seguidas do Corinthians em casa no Brasileirão e, um minuto depois, começar uma análise da duração das músicas do grupo de rock The Doors? Ou lamentar a crise no time do São Paulo assim que acaba de ouvir o punk dos Sex Pistols? Quatro caras acham e fazem isso todas as noites de segunda-feira na rádio paulistana 89 FM, há quase dois anos. E deve ter muito mais gente adepta dessa conexão de música e futebol, porque o programa "Rock Bola" está em quarto lugar no horário. Bate mesas futebolísticas da concorrência, perdendo em audiência apenas para rádios estritamente musicais. O locutor Zé Luiz, que tem no currículo de sucessos um grande hit em passagem anterior na 89, "Balacobaco", é o capitão de um time veterano. Se disputasse uma categoria de futebol, o escrete do "Rock Bola" estaria na "sub-60": Zé, Walter Casagrande Junior, comentarista de TV e ex-jogador, Branco Mello, dos Titãs, e o escritor Marcelo Rubens Paiva, todos cinquentões. "Sabe aquela rapaziada que se reúne numa noite da semana para jogar? Pois é, o programa é o nosso futebol com os amigos", diz Zé Luiz à Folha. Ele e Marcelo são titulares, mas, quando as coberturas de TV impedem Casagrande de participar ou a agenda dos Titãs compromete Branco, filhos tomam o lugar dos pais. Na segunda (28), com Casão em Porto Alegre para o jogo da seleção contra o Equador, Leo Casagrande saiu do banco. Bento é o reserva de Branco. Cada integrante escolhe uma música para tocar no programa, que tem uma hora. Enquanto seus parceiros apostaram no classic rock, Leo trouxe o som de um emergente, o guitarrista Eric Gales. Arriscou chamá-lo de "novo Jimi Hendrix", o que provocou um contra-ataque rápido dos colegas. "Tudo bem, tudo bem! Só falei porque ele é negro e canhoto", justificou Leo. COMPROMETIMENTO Zé Luiz tem uma teoria sobre o sucesso do "Rock Bola". "Rádio precisa de comprometimento. Muitos programas com gente famosa em outras atividades acabam durando pouco porque não é fácil pegar o caminho do estúdio toda semana. Esses caras estão aqui porque vestem a camisa." "A ideia foi do Casagrande e todos compraram. Para mim, é um jeito de me tirar de casa. Viajo sempre com a banda e fico muito com a família o resto do tempo", diz Branco. Para Marcelo, há um elo geracional no grupo. "Todos ouviram rádio desde criança. Eu adorava o Osmar Santos e seus bordões, era genial! E escutava o 'Show de Rádio', claro." "Nossa, é mesmo. 'O Show de Rádio' marcou demais", conta Branco sobre o programa humorístico que a Jovem Pan transmitia depois das rodadas de futebol nos anos 1970. A equipe do radialista Estevam Sangirardi criava esquetes com personagens que torciam por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. "Rock Bola" tem comentários pertinentes e muito humor. Ninguém perde a piada, há muita provocação entre eles. "Está ótimo! Bom mesmo era ter patrocinador", fala Branco, vendendo o peixe. ROCK BOLA QUANDO segundas, 21h, na 89 FM
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ilustrada
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Tática do 'Rock Bola' leva ao rádio música, bom humor e futebolAlguém acha natural comentar duas derrotas seguidas do Corinthians em casa no Brasileirão e, um minuto depois, começar uma análise da duração das músicas do grupo de rock The Doors? Ou lamentar a crise no time do São Paulo assim que acaba de ouvir o punk dos Sex Pistols? Quatro caras acham e fazem isso todas as noites de segunda-feira na rádio paulistana 89 FM, há quase dois anos. E deve ter muito mais gente adepta dessa conexão de música e futebol, porque o programa "Rock Bola" está em quarto lugar no horário. Bate mesas futebolísticas da concorrência, perdendo em audiência apenas para rádios estritamente musicais. O locutor Zé Luiz, que tem no currículo de sucessos um grande hit em passagem anterior na 89, "Balacobaco", é o capitão de um time veterano. Se disputasse uma categoria de futebol, o escrete do "Rock Bola" estaria na "sub-60": Zé, Walter Casagrande Junior, comentarista de TV e ex-jogador, Branco Mello, dos Titãs, e o escritor Marcelo Rubens Paiva, todos cinquentões. "Sabe aquela rapaziada que se reúne numa noite da semana para jogar? Pois é, o programa é o nosso futebol com os amigos", diz Zé Luiz à Folha. Ele e Marcelo são titulares, mas, quando as coberturas de TV impedem Casagrande de participar ou a agenda dos Titãs compromete Branco, filhos tomam o lugar dos pais. Na segunda (28), com Casão em Porto Alegre para o jogo da seleção contra o Equador, Leo Casagrande saiu do banco. Bento é o reserva de Branco. Cada integrante escolhe uma música para tocar no programa, que tem uma hora. Enquanto seus parceiros apostaram no classic rock, Leo trouxe o som de um emergente, o guitarrista Eric Gales. Arriscou chamá-lo de "novo Jimi Hendrix", o que provocou um contra-ataque rápido dos colegas. "Tudo bem, tudo bem! Só falei porque ele é negro e canhoto", justificou Leo. COMPROMETIMENTO Zé Luiz tem uma teoria sobre o sucesso do "Rock Bola". "Rádio precisa de comprometimento. Muitos programas com gente famosa em outras atividades acabam durando pouco porque não é fácil pegar o caminho do estúdio toda semana. Esses caras estão aqui porque vestem a camisa." "A ideia foi do Casagrande e todos compraram. Para mim, é um jeito de me tirar de casa. Viajo sempre com a banda e fico muito com a família o resto do tempo", diz Branco. Para Marcelo, há um elo geracional no grupo. "Todos ouviram rádio desde criança. Eu adorava o Osmar Santos e seus bordões, era genial! E escutava o 'Show de Rádio', claro." "Nossa, é mesmo. 'O Show de Rádio' marcou demais", conta Branco sobre o programa humorístico que a Jovem Pan transmitia depois das rodadas de futebol nos anos 1970. A equipe do radialista Estevam Sangirardi criava esquetes com personagens que torciam por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. "Rock Bola" tem comentários pertinentes e muito humor. Ninguém perde a piada, há muita provocação entre eles. "Está ótimo! Bom mesmo era ter patrocinador", fala Branco, vendendo o peixe. ROCK BOLA QUANDO segundas, 21h, na 89 FM
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EUA publicam mais 3 mil páginas de e-mails de Hillary Clinton
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O Departamento de Estado americano publicou nesta terça-feira (30) o segundo pacote de e-mails da ex-secretária de Estado e pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton, que consiste em 3 mil páginas extraídas das correspondências digitais enviadas e recebidas pela ex-primeira-dama em sua conta particular quando exercia o cargo. A diplomacia americana disponibilizou os e-mails, datados entre março e dezembro de 2009, para todos os cidadãos às 21h locais (22h de Brasília) em seu site. Neste ano, Hillary Clinton se envolveu em uma polêmica quando se preparava para apresentar sua candidatura às primárias democratas para as eleições presidenciais, ao revelar que tinha utilizado sua conta de e-mail particular para tratar de assuntos de interesse nacional. A página em que foi disponibilizado este novo pacote de e-mails, cujas 3 mil páginas correspondem a mais de 1.900 documentos, dispõe de um buscador no qual os resultados podem ser filtrados por palavras, tornando simples encontrar menções a certos países concretamente. Assim, o Brasil, por exemplo, aparece mencionado em 1.189 ocasiões nos e-mails enviados ou recebidos por Hillary Clinton durante esses dez meses. Entre os e-mails publicados, alguns têm um tom meramente informal, de amigos e colegas de trabalho que se interessavam por seu estado de saúde, quando Hillary sofreu uma queda em 2009, e outros de conteúdo profissional. Atendendo às reivindicações dos republicanos, e da própria Hillary Clinton, que insistiu que os e-mails fossem publicados para acabar com qualquer tipo de dúvida, o Departamento de Estado já desclassificou cerca de 300 e-mails desde maio, a maioria deles relativos ao atentado contra o Consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia. Esses e-mails já tinham sido revisados pelo Comitê da Câmara dos Representantes que investigava o atentado de 11 de setembro de 2012, no qual morreram o embaixador dos EUA na Líbia, Chris Stevens, e outros três cidadãos americanos.
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mundo
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EUA publicam mais 3 mil páginas de e-mails de Hillary ClintonO Departamento de Estado americano publicou nesta terça-feira (30) o segundo pacote de e-mails da ex-secretária de Estado e pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton, que consiste em 3 mil páginas extraídas das correspondências digitais enviadas e recebidas pela ex-primeira-dama em sua conta particular quando exercia o cargo. A diplomacia americana disponibilizou os e-mails, datados entre março e dezembro de 2009, para todos os cidadãos às 21h locais (22h de Brasília) em seu site. Neste ano, Hillary Clinton se envolveu em uma polêmica quando se preparava para apresentar sua candidatura às primárias democratas para as eleições presidenciais, ao revelar que tinha utilizado sua conta de e-mail particular para tratar de assuntos de interesse nacional. A página em que foi disponibilizado este novo pacote de e-mails, cujas 3 mil páginas correspondem a mais de 1.900 documentos, dispõe de um buscador no qual os resultados podem ser filtrados por palavras, tornando simples encontrar menções a certos países concretamente. Assim, o Brasil, por exemplo, aparece mencionado em 1.189 ocasiões nos e-mails enviados ou recebidos por Hillary Clinton durante esses dez meses. Entre os e-mails publicados, alguns têm um tom meramente informal, de amigos e colegas de trabalho que se interessavam por seu estado de saúde, quando Hillary sofreu uma queda em 2009, e outros de conteúdo profissional. Atendendo às reivindicações dos republicanos, e da própria Hillary Clinton, que insistiu que os e-mails fossem publicados para acabar com qualquer tipo de dúvida, o Departamento de Estado já desclassificou cerca de 300 e-mails desde maio, a maioria deles relativos ao atentado contra o Consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia. Esses e-mails já tinham sido revisados pelo Comitê da Câmara dos Representantes que investigava o atentado de 11 de setembro de 2012, no qual morreram o embaixador dos EUA na Líbia, Chris Stevens, e outros três cidadãos americanos.
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Ação anticrack de Haddad é alvo de investigação por suspeita de desvio
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O Ministério Público do Estado de São Paulo investiga indícios de irregularidades no programa Braços Abertos, bandeira do prefeito Fernando Haddad (PT) voltada a dependentes de drogas, em especial na região da cracolândia, no centro da capital. As suspeitas incluem a falta de controle no dinheiro que é pago aos beneficiados e falhas na prestação de contas de ONGs cadastradas para prestar os serviços da ação. O Braços Abertos foi implantado em janeiro de 2014 pela gestão petista e trabalha a ressocialização de viciados com base no conceito de redução de danos à pessoa. A ideia é incentivar a diminuição do consumo de crack sem a necessidade de internação, buscando aumentar a autonomia do usuário pela oferta de emprego e moradia. Os participantes ganham R$ 15 por dia por serviços como varrição e reciclagem. Eles também têm direito a hospedagem em hotéis na própria região da cracolândia. O custo do total do programa está estimado em mais de R$ 9 milhões anuais. O inquérito que investiga possíveis desvios de recursos foi aberto pela Promotoria do Patrimônio Público em 2015 com base em denuncias feitas por integrantes do programa e documentos do Tribunal de Contas do Município. A auditoria do TCM detectou indícios de fraude, por exemplo, em ao menos duas dezenas de recibos de pagamento a usuários de droga. Os recibos eram redigidos em nome de uma determinada pessoa, mas as assinaturas eram de outras. A auditoria também detectou que os usuários que não tinham comparecido nenhum dia sequer ao trabalho constavam na lista de pessoas que receberam da prefeitura. Entre os pagamentos suspeitos detectados pelo TCM está o de Fernanda Adelaide Gouveia, presidente da instituição que coordena atualmente o programa. Ela receberia como responsável por uma equipe, algo vedado por já ocupar cargo remunerado como dirigente da ação. Segundo relatório do tribunal, o Braços Abertos "padece de falha essencial de gestão e fragilidade do controle interno o que, além de ferir a legislação em vigor, coloca em risco o interesse público naquilo que se refere ao controle econômico financeiro". Programas sociais na região Entre os documentos analisados pelo Ministério Público estão os recibos de pagamentos feitos pelas ONGs aos responsáveis pelos hotéis. Um deles é o Hotel Lucas, na al. Dino Bueno, onde a polícia encontrou um laboratório de drogas no mês passado. Esse hotel apresentou recibos com dados de outra empresa. Um dos responsáveis pelo hotel disse à Promotoria ter feito doação de veículo ao programa Braços Abertos. Assim, segundo ele, seriam fraudulentas despesas de aluguel de veículos (R$ 9.500 mensais) apresentadas pelas ONGs. Uma das entidades que participaram do Braços Abertos é a Brasil Gigante, presidida por Roque da Luz Fernandes —ex-filiado ao PT e funcionária da prefeitura até 2015. Ela foi substituída, segundo a prefeitura, após apresentar uma série de problemas na execução do programa. Em depoimento ao Ministério Público, Fernandes disse ter assumido o programa em 2014 após a ONG ser convidada por alguém da prefeitura que, alegou, não tinha certeza de quem era. Disse que a escolha dos hotéis era feita pelo município e, assim, "não tinha como prestar contas da habitabilidade dos imóveis". OUTRO LADO A Prefeitura de São Paulo informou que parte dos problemas apontados pela reportagem, como falhas nos pagamentos, já foram solucionadas. Afirma ainda que houve considerável "avanço nos serviços prestados" pelo programa Braços Abertos. "Em especial na hospedagem, tendo sido descredenciados estabelecimentos que não atendiam a necessidade e a demanda do programa", diz trecho da nota da gestão. Segundo a prefeitura, as questões apontadas pelo Tribunal de Contas foram respondidas ao órgão e "tais processos estão hoje pendentes de análise pelo TCM." Sobre outros aprimoramentos, a gestão destaca o sistema que controla a frequência dos beneficiários. A prefeitura ainda declara que o programa atinge seus objetivos ao resgatar a cidadania dos usuários e ao conseguir que eles reduzam o consumo de crack. Fernanda Adelaide Gouveia e Roque da Luz Fernandes não foram localizados pela reportagem nesta quinta. Raio-x Braços Abertos Descaminhos da cracolândia
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cotidiano
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Ação anticrack de Haddad é alvo de investigação por suspeita de desvioO Ministério Público do Estado de São Paulo investiga indícios de irregularidades no programa Braços Abertos, bandeira do prefeito Fernando Haddad (PT) voltada a dependentes de drogas, em especial na região da cracolândia, no centro da capital. As suspeitas incluem a falta de controle no dinheiro que é pago aos beneficiados e falhas na prestação de contas de ONGs cadastradas para prestar os serviços da ação. O Braços Abertos foi implantado em janeiro de 2014 pela gestão petista e trabalha a ressocialização de viciados com base no conceito de redução de danos à pessoa. A ideia é incentivar a diminuição do consumo de crack sem a necessidade de internação, buscando aumentar a autonomia do usuário pela oferta de emprego e moradia. Os participantes ganham R$ 15 por dia por serviços como varrição e reciclagem. Eles também têm direito a hospedagem em hotéis na própria região da cracolândia. O custo do total do programa está estimado em mais de R$ 9 milhões anuais. O inquérito que investiga possíveis desvios de recursos foi aberto pela Promotoria do Patrimônio Público em 2015 com base em denuncias feitas por integrantes do programa e documentos do Tribunal de Contas do Município. A auditoria do TCM detectou indícios de fraude, por exemplo, em ao menos duas dezenas de recibos de pagamento a usuários de droga. Os recibos eram redigidos em nome de uma determinada pessoa, mas as assinaturas eram de outras. A auditoria também detectou que os usuários que não tinham comparecido nenhum dia sequer ao trabalho constavam na lista de pessoas que receberam da prefeitura. Entre os pagamentos suspeitos detectados pelo TCM está o de Fernanda Adelaide Gouveia, presidente da instituição que coordena atualmente o programa. Ela receberia como responsável por uma equipe, algo vedado por já ocupar cargo remunerado como dirigente da ação. Segundo relatório do tribunal, o Braços Abertos "padece de falha essencial de gestão e fragilidade do controle interno o que, além de ferir a legislação em vigor, coloca em risco o interesse público naquilo que se refere ao controle econômico financeiro". Programas sociais na região Entre os documentos analisados pelo Ministério Público estão os recibos de pagamentos feitos pelas ONGs aos responsáveis pelos hotéis. Um deles é o Hotel Lucas, na al. Dino Bueno, onde a polícia encontrou um laboratório de drogas no mês passado. Esse hotel apresentou recibos com dados de outra empresa. Um dos responsáveis pelo hotel disse à Promotoria ter feito doação de veículo ao programa Braços Abertos. Assim, segundo ele, seriam fraudulentas despesas de aluguel de veículos (R$ 9.500 mensais) apresentadas pelas ONGs. Uma das entidades que participaram do Braços Abertos é a Brasil Gigante, presidida por Roque da Luz Fernandes —ex-filiado ao PT e funcionária da prefeitura até 2015. Ela foi substituída, segundo a prefeitura, após apresentar uma série de problemas na execução do programa. Em depoimento ao Ministério Público, Fernandes disse ter assumido o programa em 2014 após a ONG ser convidada por alguém da prefeitura que, alegou, não tinha certeza de quem era. Disse que a escolha dos hotéis era feita pelo município e, assim, "não tinha como prestar contas da habitabilidade dos imóveis". OUTRO LADO A Prefeitura de São Paulo informou que parte dos problemas apontados pela reportagem, como falhas nos pagamentos, já foram solucionadas. Afirma ainda que houve considerável "avanço nos serviços prestados" pelo programa Braços Abertos. "Em especial na hospedagem, tendo sido descredenciados estabelecimentos que não atendiam a necessidade e a demanda do programa", diz trecho da nota da gestão. Segundo a prefeitura, as questões apontadas pelo Tribunal de Contas foram respondidas ao órgão e "tais processos estão hoje pendentes de análise pelo TCM." Sobre outros aprimoramentos, a gestão destaca o sistema que controla a frequência dos beneficiários. A prefeitura ainda declara que o programa atinge seus objetivos ao resgatar a cidadania dos usuários e ao conseguir que eles reduzam o consumo de crack. Fernanda Adelaide Gouveia e Roque da Luz Fernandes não foram localizados pela reportagem nesta quinta. Raio-x Braços Abertos Descaminhos da cracolândia
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Astrologia
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Semana começa energética, favorecendo a expansão. Lua cheia em Gêmeos: 25/11 Áries (21 mar. a 20 abr.) Mercúrio, Saturno e Netuno se envolvem em querela astral. Por isso, a briga por conservar conquistas e poderes fica feia neste começo de semana. Tenha argumentos fortes e precisos para manter suas posições. Pequenas viagens merecem replanejamento. Touro (21 abr. a 20 mai.) Clima astral de altos e baixos hoje –ótimo para estabelecer pontes quebradas com um sócio, ou um amor. Porém, controle gastos e evite se envolver em contratos com pessoas que não conhece bem. A saúde está um tanto sensível, evite excessos. Gêmeos (21 mai. a 20 jun.) É hora de colocar um ponto final numa relação que não anda nada bem! Pode ser de que natureza for, mas faltando qualidade, discernimento e compromisso, para onde isso o levará? Invista seriamente em organização pessoal e profissional. Câncer (21 jun. a 21 jul.) Sentimental demais: assim começa a semana pra você! Um tanto distraído, volúvel, sem vontade. Respeite seu limite, especialmente o físico. Ser saudável é a meta. Para isto, busque entusiasmo no trabalho e arejamento mental. No espaço físico também. Leão (22 jul. a 22 ago.) A vida lhe sorri hoje, com boas novas sobre um interesse pessoal que andava devagar, quase parando! Você vai dar lição de vida se agir de um modo altivo, mas generoso. Gente que o desprezou agora tem de morder a língua. E você desfilará tranquilo por aí... Virgem (23 ago. a 22 set.) Música, literatura, artes: a cena astral fala da necessidade de incorporar, de traduzir para essas linguagens algo do que faz. Facilita se já tiver atividades próximas. Ajude um amigo em dificuldade de trabalho. Em casa, não critique sem ser perguntado. Libra (23 set. a 22 out.) Não é porque você está sentindo falta de companhia que vai aceitar qualquer um do seu lado, certo? Leve a ferro e fogo esta dívida para preservar sua paz íntima hoje. Risco de se envolver com gente briguenta e desaforada. Fuja mesmo. Escorpião (23 out. a 21 nov.) A manhã parece ativa, desafiadora, com você tendo de resolver mil detalhes chatos e urgentes. Mas depois as coisas se amainam. Daí em diante programe-se para namorar, estar com seus queridos, e cultivar o espirito em alguma atividade de arte. Sagitário (22 nov. a 21 dez.) Mercúrio e Saturno juntinhos neste início de semana trazem percepção aguda e facilidade pra você lidar com temas bem abstratos e complexos. A Lua em Áries favorece o exercício físico, a amplitude de ações ousadas. Obrigação de crescer! Capricórnio (22 dez. a 20 jan.) Semana começa apurada, pressionando você para direções que não de sua escolha. Seu livre arbítrio anda pequeno agora. Fique esperançoso, porque embora no limbo, um tanto esquecido, irá enxergar mais profundamente. Observe sem ser notado. Aquário (21 jan. a 19 fev.) Astral positivo pra você engatar uma semaninha produtiva e divertida! Mercúrio e Saturno dão o ritmo certo para você impor certos limites em relações pouco positivas. Manhã boa para estudar e pesquisar, tarde e noite para embelezar a casa. Peixes (20 fev. a 20 mar.) Acreditar é metade do trabalho para manter um padrão, um foco; Saturno está aí, com Mercúrio, o da educação formal, da comunicação, dando a dica: profundidade no raciocínio e estabelecimento de prioridades. Comece a semana com esse foco.
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ilustrada
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AstrologiaSemana começa energética, favorecendo a expansão. Lua cheia em Gêmeos: 25/11 Áries (21 mar. a 20 abr.) Mercúrio, Saturno e Netuno se envolvem em querela astral. Por isso, a briga por conservar conquistas e poderes fica feia neste começo de semana. Tenha argumentos fortes e precisos para manter suas posições. Pequenas viagens merecem replanejamento. Touro (21 abr. a 20 mai.) Clima astral de altos e baixos hoje –ótimo para estabelecer pontes quebradas com um sócio, ou um amor. Porém, controle gastos e evite se envolver em contratos com pessoas que não conhece bem. A saúde está um tanto sensível, evite excessos. Gêmeos (21 mai. a 20 jun.) É hora de colocar um ponto final numa relação que não anda nada bem! Pode ser de que natureza for, mas faltando qualidade, discernimento e compromisso, para onde isso o levará? Invista seriamente em organização pessoal e profissional. Câncer (21 jun. a 21 jul.) Sentimental demais: assim começa a semana pra você! Um tanto distraído, volúvel, sem vontade. Respeite seu limite, especialmente o físico. Ser saudável é a meta. Para isto, busque entusiasmo no trabalho e arejamento mental. No espaço físico também. Leão (22 jul. a 22 ago.) A vida lhe sorri hoje, com boas novas sobre um interesse pessoal que andava devagar, quase parando! Você vai dar lição de vida se agir de um modo altivo, mas generoso. Gente que o desprezou agora tem de morder a língua. E você desfilará tranquilo por aí... Virgem (23 ago. a 22 set.) Música, literatura, artes: a cena astral fala da necessidade de incorporar, de traduzir para essas linguagens algo do que faz. Facilita se já tiver atividades próximas. Ajude um amigo em dificuldade de trabalho. Em casa, não critique sem ser perguntado. Libra (23 set. a 22 out.) Não é porque você está sentindo falta de companhia que vai aceitar qualquer um do seu lado, certo? Leve a ferro e fogo esta dívida para preservar sua paz íntima hoje. Risco de se envolver com gente briguenta e desaforada. Fuja mesmo. Escorpião (23 out. a 21 nov.) A manhã parece ativa, desafiadora, com você tendo de resolver mil detalhes chatos e urgentes. Mas depois as coisas se amainam. Daí em diante programe-se para namorar, estar com seus queridos, e cultivar o espirito em alguma atividade de arte. Sagitário (22 nov. a 21 dez.) Mercúrio e Saturno juntinhos neste início de semana trazem percepção aguda e facilidade pra você lidar com temas bem abstratos e complexos. A Lua em Áries favorece o exercício físico, a amplitude de ações ousadas. Obrigação de crescer! Capricórnio (22 dez. a 20 jan.) Semana começa apurada, pressionando você para direções que não de sua escolha. Seu livre arbítrio anda pequeno agora. Fique esperançoso, porque embora no limbo, um tanto esquecido, irá enxergar mais profundamente. Observe sem ser notado. Aquário (21 jan. a 19 fev.) Astral positivo pra você engatar uma semaninha produtiva e divertida! Mercúrio e Saturno dão o ritmo certo para você impor certos limites em relações pouco positivas. Manhã boa para estudar e pesquisar, tarde e noite para embelezar a casa. Peixes (20 fev. a 20 mar.) Acreditar é metade do trabalho para manter um padrão, um foco; Saturno está aí, com Mercúrio, o da educação formal, da comunicação, dando a dica: profundidade no raciocínio e estabelecimento de prioridades. Comece a semana com esse foco.
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Pernambuco corta 40% dos agentes de combate a mosquito do zika
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Em situação de emergência pela circulação do Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya, Pernambuco reduziu em 40% o número de agentes que fazem o combate ao mosquito. O Estado lidera o ranking de microcefalia, má-formação em recém-nascidos que está relacionada, segundo o Ministério da Saúde, à infecção das gestantes pelo vírus zika. Possui 646 casos dos 1.248 suspeitos no país. O surto de microcefalia está concentrado no Nordeste, onde estão 98% das ocorrências. Reportagem da Folha desta quarta (2) mostrou que grávidas de diferentes locais do Brasil estão cancelando viagens para a região, com medo do vírus. Pernambuco enfrenta ainda uma epidemia de dengue, com alta de 550% nos casos. As demissões dos agentes ocorreram após a publicação da portaria 1.025 do Ministério da Saúde, em julho deste ano, que define a composição máxima das equipes que podem ser contratadas com recursos da União. Para os prefeitos, a portaria é uma das responsáveis pelo deficit de 2.400 profissionais no Estado -antes, eram 6.000 agentes. Com menos funcionários -responsáveis por percorrer imóveis, orientar moradores e aplicar larvicida e "fumacê" contra o mosquito-, as visitas ocorrem agora em um intervalo mínimo de 45 dias. limite Infográfico: Entenda a microcefalia A Confederação Nacional dos Municípios afirma, em nota, que a contratação dos agentes foi estimulada por muitos anos pelo governo federal e que, agora, "as prefeituras ficam obrigadas a arcar com o custo". "Primeiro, o Congresso Nacional aprova o piso salarial de R$ 1.014 para esses agentes, no ano passado. Depois o Ministério da Saúde determina a quantidade que ele vai bancar por município. Isso onerou as prefeituras", diz a presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de PE, Jeciene Paulino Na segunda (30), durante passagem do ministro Marcelo Castro por Pernambuco, o presidente da Amupe (Associação Municipalista do Estado), José Patriota, solicitou a revisão da portaria. Para a professora Vera Magalhães, titular de doenças infecciosas da UFPE (federal de Pernambuco), só o corte no número de agentes não explica a tríplice epidemia. "O surto começou no início do ano, não depois da portaria. Há mais de 30 anos convivemos com o Aedes, mas faltam políticas públicas", diz a docente, apontando a coleta de lixo falha e a escassez de água, que leva ao armazenamento inadequado pela população. Para Paulino, o mosquito só será derrotado "quando a sociedade entender que ela também é responsável". outros recursos O Ministério da Saúde informou que os municípios terão recurso específico para o pagamento dos agentes e ressaltou que eles são livres para contratar agentes acima do número estabelecido, com recursos próprios. "Não é correto supor que a portaria publicada determine uma possível diminuição no número de agentes." Nesta sexta (4), 750 soldados do Exército começam as visitas porta a porta para eliminar o mosquito no Estado. Colaborou JULIANA COISSI
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cotidiano
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Pernambuco corta 40% dos agentes de combate a mosquito do zikaEm situação de emergência pela circulação do Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya, Pernambuco reduziu em 40% o número de agentes que fazem o combate ao mosquito. O Estado lidera o ranking de microcefalia, má-formação em recém-nascidos que está relacionada, segundo o Ministério da Saúde, à infecção das gestantes pelo vírus zika. Possui 646 casos dos 1.248 suspeitos no país. O surto de microcefalia está concentrado no Nordeste, onde estão 98% das ocorrências. Reportagem da Folha desta quarta (2) mostrou que grávidas de diferentes locais do Brasil estão cancelando viagens para a região, com medo do vírus. Pernambuco enfrenta ainda uma epidemia de dengue, com alta de 550% nos casos. As demissões dos agentes ocorreram após a publicação da portaria 1.025 do Ministério da Saúde, em julho deste ano, que define a composição máxima das equipes que podem ser contratadas com recursos da União. Para os prefeitos, a portaria é uma das responsáveis pelo deficit de 2.400 profissionais no Estado -antes, eram 6.000 agentes. Com menos funcionários -responsáveis por percorrer imóveis, orientar moradores e aplicar larvicida e "fumacê" contra o mosquito-, as visitas ocorrem agora em um intervalo mínimo de 45 dias. limite Infográfico: Entenda a microcefalia A Confederação Nacional dos Municípios afirma, em nota, que a contratação dos agentes foi estimulada por muitos anos pelo governo federal e que, agora, "as prefeituras ficam obrigadas a arcar com o custo". "Primeiro, o Congresso Nacional aprova o piso salarial de R$ 1.014 para esses agentes, no ano passado. Depois o Ministério da Saúde determina a quantidade que ele vai bancar por município. Isso onerou as prefeituras", diz a presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de PE, Jeciene Paulino Na segunda (30), durante passagem do ministro Marcelo Castro por Pernambuco, o presidente da Amupe (Associação Municipalista do Estado), José Patriota, solicitou a revisão da portaria. Para a professora Vera Magalhães, titular de doenças infecciosas da UFPE (federal de Pernambuco), só o corte no número de agentes não explica a tríplice epidemia. "O surto começou no início do ano, não depois da portaria. Há mais de 30 anos convivemos com o Aedes, mas faltam políticas públicas", diz a docente, apontando a coleta de lixo falha e a escassez de água, que leva ao armazenamento inadequado pela população. Para Paulino, o mosquito só será derrotado "quando a sociedade entender que ela também é responsável". outros recursos O Ministério da Saúde informou que os municípios terão recurso específico para o pagamento dos agentes e ressaltou que eles são livres para contratar agentes acima do número estabelecido, com recursos próprios. "Não é correto supor que a portaria publicada determine uma possível diminuição no número de agentes." Nesta sexta (4), 750 soldados do Exército começam as visitas porta a porta para eliminar o mosquito no Estado. Colaborou JULIANA COISSI
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Moda e revolução
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RIO DE JANEIRO - Querendo ou não, vivo às voltas com dissertações e teses acadêmicas, e percebo uma constante. Quando se trata de ir às coleções de jornais em busca de assuntos referentes aos anos 60, a maior fonte de pesquisa é o extinto "Jornal do Brasil". Fonte mais que respeitável, claro. Mas, na mesma época e até muito antes, havia também o "Correio da Manhã" –que, para os pesquisadores, é como se não tivesse existido. Um livro novo, "Moda e Revolução nos Anos 1960" (Contracapa/ Faperj), da historiadora Maria do Carmo Teixeira Rainho, rompe esse muro. Não apenas se baseia na coleção do "Correio da Manhã" daquele período, como demonstra que, pelo tratamento da fotografia no jornal, pode-se entender a transformação por que passou então a moda feminina. Na primeira metade da década, a moda era "adulta". Saía das confecções para as passarelas, vestida pelas grandes modelos, como Georgia Quental, e era fotografada por especialistas como George Gafner, sendo o seu destino final o caderno feminino. A partir de 1966, com a pílula, a minissaia, as calças compridas e uma nova postura da mulher, a moda ficou "jovem" e passou a se dar também nas ruas. Com isso, migrou do caderno feminino para a reportagem geral, e seus fotógrafos eram os mesmos que cobriam as guerras dos estudantes contra a ditadura: Osmar Gallo, Fernando Pimentel, Antonio Andrade, Gilmar Santos, Sebastião Marinho, Paulo Scheuenstuhl e muitos mais. Eles saíam para cobrir os quiproquós e registravam uma revolução no comportamento. A bela foto da capa, tirada do "Correio da Manhã", mostra uma menina de minissaia, meias ¾ brancas e sapatinho de salto, atirando uma pedra durante uma passeata. Era 1968, e ela podia ser uma de minhas colegas de faculdade. Estava desbancando Georgia Quental e não sabia.
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colunas
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Moda e revoluçãoRIO DE JANEIRO - Querendo ou não, vivo às voltas com dissertações e teses acadêmicas, e percebo uma constante. Quando se trata de ir às coleções de jornais em busca de assuntos referentes aos anos 60, a maior fonte de pesquisa é o extinto "Jornal do Brasil". Fonte mais que respeitável, claro. Mas, na mesma época e até muito antes, havia também o "Correio da Manhã" –que, para os pesquisadores, é como se não tivesse existido. Um livro novo, "Moda e Revolução nos Anos 1960" (Contracapa/ Faperj), da historiadora Maria do Carmo Teixeira Rainho, rompe esse muro. Não apenas se baseia na coleção do "Correio da Manhã" daquele período, como demonstra que, pelo tratamento da fotografia no jornal, pode-se entender a transformação por que passou então a moda feminina. Na primeira metade da década, a moda era "adulta". Saía das confecções para as passarelas, vestida pelas grandes modelos, como Georgia Quental, e era fotografada por especialistas como George Gafner, sendo o seu destino final o caderno feminino. A partir de 1966, com a pílula, a minissaia, as calças compridas e uma nova postura da mulher, a moda ficou "jovem" e passou a se dar também nas ruas. Com isso, migrou do caderno feminino para a reportagem geral, e seus fotógrafos eram os mesmos que cobriam as guerras dos estudantes contra a ditadura: Osmar Gallo, Fernando Pimentel, Antonio Andrade, Gilmar Santos, Sebastião Marinho, Paulo Scheuenstuhl e muitos mais. Eles saíam para cobrir os quiproquós e registravam uma revolução no comportamento. A bela foto da capa, tirada do "Correio da Manhã", mostra uma menina de minissaia, meias ¾ brancas e sapatinho de salto, atirando uma pedra durante uma passeata. Era 1968, e ela podia ser uma de minhas colegas de faculdade. Estava desbancando Georgia Quental e não sabia.
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Nepaleses montam guarda para impedir saques em locais históricos
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No centro histórico de Katmandu, um grupo de moradores agia por conta própria nesta semana para proteger o patrimônio cultural da cidade, após o forte terremoto que estraçalhou parte de seus monumentos. Cansados de esperar pela ação do governo, eles montaram guarda nas ruínas do mais importante templo do Nepal para impedir que suas peças fossem saqueadas. "Já que o governo é incapaz de prover segurança, decidimos nos unir para que séculos de nossa história não sejam perdidos", explicou o comerciante Niraj Shresta, 36, morador de um sobrado que fica defronte à pilha de destroços em que se transformou o templo de Kasthamandap após o terremoto. O imponente pagode de três andares, construído no século 12, é um dos principais símbolos do Nepal. Acredita-se que a palavra Kasthamandap (abrigo de madeira, em sânscrito) tenha dado origem ao nome da capital do país, Katmandu. Não espanta que o colapso do prédio tenha causado tanta comoção entre os nepaleses. "Faz parte da alma nepalesa", diz Shresta. Desde o terremoto, ele e outros moradores das redondezas passam a noite acampados em torno de uma fogueira, diante do templo. Também fazem rondas pela praça Durbar, o centro histórico de Katmandu, onde outras construções antigas também sofreram graves danos. QUEBRA-CABEÇA Empilhados em vários pontos da praça, artefatos de delicada beleza são agora peças de um quebra-cabeça, que as autoridades do país esperam juntar na reconstrução dos prédios que desabaram. Entre os objetos, há colunas de madeira com deidades esculpidas, estátuas de granito e sinos de metal, que certamente poderiam ser vendidos por milhares de dólares em leilões de arte e antiguidades no exterior. "A maior parte do que foi danificado é herança arquitetônica do vale de Katmandu", diz à reportagem Charles Ramble, da Universidade de Oxford. O vale consiste de três cidades históricas: Katmandu, Patan e Bhaktapur, com construções que remontam ao século 5º. Segundo Ramble, no entanto, a maior parte do dano atingiu a arquitetura do período Malla (do século 10º ao 18). São desse período as construções icônicas da região, com seus telhados de madeira em vários andares. "Equipes de restauração passaram algumas décadas na reconstrução do dano causado pelo terremoto de 1934, e agora isso acontece de repente", diz Ramble. RECONSTRUÇÃO Caminhando sobre os escombros do templo de Kasthamandap, o prefeito de Katmandu, Purna Bhakta Tandukar, diz à Folha que a reconstrução desses prédios históricos deve começar dentro de duas semanas, assim que for concluída a retirada dos destroços. "Na medida do possível usaremos o material original. O objetivo é reconstruir os monumentos exatamente do jeito que eles eram", afirma Tandukar. "Com a ajuda técnica e financeira de países amigos, em um ou dois anos o processo de reconstrução poderá estar concluído." De acordo com Thomas Schrom, vice-diretor do Kathmandu Valley Preservation Trust, que trabalha na restauração do patrimônio histórico da região, ainda levará semanas para avaliar a extensão da destruição. Schrom, que vive em Patan há 24 anos, estima em cerca de uma década a reconstrução da área. As construções mais afetadas, afirma, são as de estilo hindu, com os telhados em camadas e sustentados por colunas. As construções budistas têm um outro estilo, mais resistente a tremores. "Alguns monumentos budistas são do século 9º, mas não foram tão afetados. São templos de dois metros de altura, de pedra sólida", diz. Schrom afirma que as construções afetadas já haviam sido restauradas após o terremoto de 1934 e que há como reconstruir parte dos monumentos turísticos, dado o grande número de registros históricos. A preocupação, segundo o arquiteto, são os pequenos templos nos becos e ruelas da cidade, que não são protegidos pelo governo como patrimônio. "Esses nunca vão ser refeitos", afirma. Quando a reportagem da Folha esteve em Patan, assistiu a uma escavadeira do governo, guiada por um soldado, retirar escombros de uma das praças principais. Em uma curva mal planejada, o veículo acabou arrancando o canto do que um dia foi a base de um templo histórico. Schrom não culpa, porém, o governo do Nepal por como tem lidado com essas relíquias. "Não é feito da maneira mais elegante possível, mas é uma emergência. Não podemos culpá-los", afirma.
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mundo
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Nepaleses montam guarda para impedir saques em locais históricosNo centro histórico de Katmandu, um grupo de moradores agia por conta própria nesta semana para proteger o patrimônio cultural da cidade, após o forte terremoto que estraçalhou parte de seus monumentos. Cansados de esperar pela ação do governo, eles montaram guarda nas ruínas do mais importante templo do Nepal para impedir que suas peças fossem saqueadas. "Já que o governo é incapaz de prover segurança, decidimos nos unir para que séculos de nossa história não sejam perdidos", explicou o comerciante Niraj Shresta, 36, morador de um sobrado que fica defronte à pilha de destroços em que se transformou o templo de Kasthamandap após o terremoto. O imponente pagode de três andares, construído no século 12, é um dos principais símbolos do Nepal. Acredita-se que a palavra Kasthamandap (abrigo de madeira, em sânscrito) tenha dado origem ao nome da capital do país, Katmandu. Não espanta que o colapso do prédio tenha causado tanta comoção entre os nepaleses. "Faz parte da alma nepalesa", diz Shresta. Desde o terremoto, ele e outros moradores das redondezas passam a noite acampados em torno de uma fogueira, diante do templo. Também fazem rondas pela praça Durbar, o centro histórico de Katmandu, onde outras construções antigas também sofreram graves danos. QUEBRA-CABEÇA Empilhados em vários pontos da praça, artefatos de delicada beleza são agora peças de um quebra-cabeça, que as autoridades do país esperam juntar na reconstrução dos prédios que desabaram. Entre os objetos, há colunas de madeira com deidades esculpidas, estátuas de granito e sinos de metal, que certamente poderiam ser vendidos por milhares de dólares em leilões de arte e antiguidades no exterior. "A maior parte do que foi danificado é herança arquitetônica do vale de Katmandu", diz à reportagem Charles Ramble, da Universidade de Oxford. O vale consiste de três cidades históricas: Katmandu, Patan e Bhaktapur, com construções que remontam ao século 5º. Segundo Ramble, no entanto, a maior parte do dano atingiu a arquitetura do período Malla (do século 10º ao 18). São desse período as construções icônicas da região, com seus telhados de madeira em vários andares. "Equipes de restauração passaram algumas décadas na reconstrução do dano causado pelo terremoto de 1934, e agora isso acontece de repente", diz Ramble. RECONSTRUÇÃO Caminhando sobre os escombros do templo de Kasthamandap, o prefeito de Katmandu, Purna Bhakta Tandukar, diz à Folha que a reconstrução desses prédios históricos deve começar dentro de duas semanas, assim que for concluída a retirada dos destroços. "Na medida do possível usaremos o material original. O objetivo é reconstruir os monumentos exatamente do jeito que eles eram", afirma Tandukar. "Com a ajuda técnica e financeira de países amigos, em um ou dois anos o processo de reconstrução poderá estar concluído." De acordo com Thomas Schrom, vice-diretor do Kathmandu Valley Preservation Trust, que trabalha na restauração do patrimônio histórico da região, ainda levará semanas para avaliar a extensão da destruição. Schrom, que vive em Patan há 24 anos, estima em cerca de uma década a reconstrução da área. As construções mais afetadas, afirma, são as de estilo hindu, com os telhados em camadas e sustentados por colunas. As construções budistas têm um outro estilo, mais resistente a tremores. "Alguns monumentos budistas são do século 9º, mas não foram tão afetados. São templos de dois metros de altura, de pedra sólida", diz. Schrom afirma que as construções afetadas já haviam sido restauradas após o terremoto de 1934 e que há como reconstruir parte dos monumentos turísticos, dado o grande número de registros históricos. A preocupação, segundo o arquiteto, são os pequenos templos nos becos e ruelas da cidade, que não são protegidos pelo governo como patrimônio. "Esses nunca vão ser refeitos", afirma. Quando a reportagem da Folha esteve em Patan, assistiu a uma escavadeira do governo, guiada por um soldado, retirar escombros de uma das praças principais. Em uma curva mal planejada, o veículo acabou arrancando o canto do que um dia foi a base de um templo histórico. Schrom não culpa, porém, o governo do Nepal por como tem lidado com essas relíquias. "Não é feito da maneira mais elegante possível, mas é uma emergência. Não podemos culpá-los", afirma.
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Motor explode ao cruzar o Atlântico e mega-avião faz pouso de emergência
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Um voo da Air France de Paris para Los Angeles fez um pouso de emergência no Canadá neste sábado (1º) após um dos quatro motores sofrer sérios danos enquanto a aeronave sobrevoava o Atlântico. Ninguém se feriu. O voo 66 partiu do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, com cerca de 500 passageiros, e aterrissou em Goose Bay, na província de Labrador, no leste do Canadá, por volta das 12h42 horário local (11h42 no horário de Brasília), de acordo com a companhia aérea. Um passageiro postou fotos dos danos à aeronave em uma rede social e disse ter sentido um forte baque devido à falha no motor. A Air France afirmou em um comunicado que os pilotos e a tripulação "lidaram com esse sério incidente perfeitamente". A aeronave, um Airbus 380, tinha cerca de sete anos de uso. O motor foi fabricado pela Engine Alliance, uma joint venture entre a General Electric e a Pratt & Whitney, unidade da United Technologies. airfrance
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Motor explode ao cruzar o Atlântico e mega-avião faz pouso de emergênciaUm voo da Air France de Paris para Los Angeles fez um pouso de emergência no Canadá neste sábado (1º) após um dos quatro motores sofrer sérios danos enquanto a aeronave sobrevoava o Atlântico. Ninguém se feriu. O voo 66 partiu do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, com cerca de 500 passageiros, e aterrissou em Goose Bay, na província de Labrador, no leste do Canadá, por volta das 12h42 horário local (11h42 no horário de Brasília), de acordo com a companhia aérea. Um passageiro postou fotos dos danos à aeronave em uma rede social e disse ter sentido um forte baque devido à falha no motor. A Air France afirmou em um comunicado que os pilotos e a tripulação "lidaram com esse sério incidente perfeitamente". A aeronave, um Airbus 380, tinha cerca de sete anos de uso. O motor foi fabricado pela Engine Alliance, uma joint venture entre a General Electric e a Pratt & Whitney, unidade da United Technologies. airfrance
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De saída do cargo, Levy alerta que governo corre risco de andar para trás
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Seguindo ritual acertado com a presidente da República para sua saída do cargo, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) elogiou nesta sexta-feira (18) o empenho de Dilma Rousseff para aprovar mudanças na economia, mas disse que o país corre o risco de andar para trás se ela não continuar a promover reformas nos gastos públicos. "Ficar parado é o mesmo que andar para trás, não podemos ficar parados, temos de continuar as reformas", afirmou Levy durante café da manhã com jornalistas, um dia depois de ter feito uma despedida de sua equipe durante reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional). O recado de Levy ao Palácio do Planalto, num momento em que ele está deixando o cargo, tem como alvo a decisão de postergar o envio de reformas como a da Previdência ao Congresso Nacional. Na avaliação do ministro da Fazenda, que evitou confirmar sua decisão de deixar o governo, o governo não pode correr o risco de ficar fazendo "mais do mesmo". Durante café da manhã com jornalistas, no qual foi questionado diversas vezes sobre deixar o governo, Levy não confirmou nem negou as notícias publicadas nos últimos dias. Em certo momento, respondeu que ele e a presidente "têm conversado" sobre o assunto. "O ano legislativo se encerrou, e isso abre umas tantas alternativas. O meu objetivo não é criar nenhum tipo de constrangimento ao governo, mas é preciso ter clareza, quais as prioridades, e acho que qualquer caminho vai ser muito em função disso", afirmou o ministro ao ser questionado sobre sua saída. As Derrotas de Levy Em referência à questão do impeachment, afirmou que a presidente está envolvida com questões de natureza não econômica que tiram dela "alguns graus de liberdade para tocar uma agenda mais intensa de reformas nesse momento". O ministro recorreu ao futebol para dizer que, após o rebaixamento da nota de crédito do país por duas agências de risco, será necessário trabalhar para voltar a ser considerado um país com selo de bom pagador. "Voltar para a primeira divisão dá um pouquinho de trabalho, mas a gente tem condições. Ficar parado nesse momento é andar para trás. A gente não pode ficar parado."
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mercado
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De saída do cargo, Levy alerta que governo corre risco de andar para trásSeguindo ritual acertado com a presidente da República para sua saída do cargo, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) elogiou nesta sexta-feira (18) o empenho de Dilma Rousseff para aprovar mudanças na economia, mas disse que o país corre o risco de andar para trás se ela não continuar a promover reformas nos gastos públicos. "Ficar parado é o mesmo que andar para trás, não podemos ficar parados, temos de continuar as reformas", afirmou Levy durante café da manhã com jornalistas, um dia depois de ter feito uma despedida de sua equipe durante reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional). O recado de Levy ao Palácio do Planalto, num momento em que ele está deixando o cargo, tem como alvo a decisão de postergar o envio de reformas como a da Previdência ao Congresso Nacional. Na avaliação do ministro da Fazenda, que evitou confirmar sua decisão de deixar o governo, o governo não pode correr o risco de ficar fazendo "mais do mesmo". Durante café da manhã com jornalistas, no qual foi questionado diversas vezes sobre deixar o governo, Levy não confirmou nem negou as notícias publicadas nos últimos dias. Em certo momento, respondeu que ele e a presidente "têm conversado" sobre o assunto. "O ano legislativo se encerrou, e isso abre umas tantas alternativas. O meu objetivo não é criar nenhum tipo de constrangimento ao governo, mas é preciso ter clareza, quais as prioridades, e acho que qualquer caminho vai ser muito em função disso", afirmou o ministro ao ser questionado sobre sua saída. As Derrotas de Levy Em referência à questão do impeachment, afirmou que a presidente está envolvida com questões de natureza não econômica que tiram dela "alguns graus de liberdade para tocar uma agenda mais intensa de reformas nesse momento". O ministro recorreu ao futebol para dizer que, após o rebaixamento da nota de crédito do país por duas agências de risco, será necessário trabalhar para voltar a ser considerado um país com selo de bom pagador. "Voltar para a primeira divisão dá um pouquinho de trabalho, mas a gente tem condições. Ficar parado nesse momento é andar para trás. A gente não pode ficar parado."
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Cineasta que fez filme sobre morte do irmão agora busca assassino da mãe
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A empregada doméstica Belmira Burlan é quem abre a porta do apartamento no prédio de três andares no Capão Redondo, periferia de SP. Ela já esperava o sobrinho, o cineasta Cristiano Burlan, 39. A visita foi combinada para que ele entregasse o DVD de um de seus filmes, o documentário "Mataram Meu Irmão" –que ganhou o principal prêmio no festival É Tudo Verdade, em 2013. * "Faz dois anos que não volto aqui no Capão. É uma sensação estranha", diz Cristiano à repórter Marcela Paes. O retorno ao bairro –onde viveu parte da infância e quase toda a adolescência– traz lembranças ruins. Foi lá, a duas quadras do apartamento onde ele espera que a tia faça um café, que seu irmão Rafael foi assassinado. * "As pessoas acham que esse documentário que eu fiz sobre meu irmão tem a história toda. Eu conto o ínfimo das coisas. O cinema não dá conta da realidade, mesmo sendo um documentário." O bairro também foi o lugar onde ele afirma ter tomado dois tiros, um na coxa e outro na parte de trás da cabeça, aos 16 anos. * "Parou a Rota e deram geral em todo mundo. Um moleque estava com um baseado e xingou, enfim... Só sei que eles sacaram as armas e atiraram. Levei tiro e me fingi de morto", conta ele. "Põe a mão aqui, ó", diz, pegando o dedo da repórter e colocando no pequeno relevo próximo à nuca. * "Eu poderia ser uma pessoa muito mais soturna. Tinha motivo pra sair rasgando dinheiro e dando martelada nos outros [risos]. Mas também não vou ficar aqui fazendo terapia com você", diz o diretor, que hoje mora em Pinheiros, na zona oeste. * Belmira traz o café e Cristiano volta ao papo com ela. "Então, tia, tenho uma coisa pra contar. Vou fazer um filme sobre minha mãe." * "Jura, Cris? Mas é tão trágica a história dela também. Nossa, as duas histórias são muito trágicas. Que coisa acontece com essa família? Ela era tão bonita, tão bonita", diz Belmira sobre a irmã, que morreu assassinada pelo namorado em 2011. * "Elegia de um Crime" começa a ser rodado em outubro e será um híbrido de documentário e ficção em que o diretor vai mostrar sua busca pelo assassino da mãe, que, segundo ele, continua solto. * "Eu tenho uma ideia de onde ele está. Existe a possibilidade de eu não achá-lo ou achá-lo. Isso vai ser construído no filme. Acho que é meio um caminho sem volta porque vou mergulhar na história de verdade." * A relação de Cristiano com a arte vem da infância. Diz que aos 14 costumava ir para a porta do Theatro Municipal na esperança de assistir a um espetáculo sem pagar. "Eu ficava lá esperando e sempre arrumava alguma entrada porque os casais brigam e sobra ingresso." Quando ainda morava no Capão, aos 17, foi contratado como contrarregra de uma peça com o ator Osmar Prado. * "Era 'O Fabuloso Obsceno' e ele [Osmar Prado] fazia 18 personagens. Achava impressionante. Pela primeira vez na minha vida eu tive contato com um grande ator. É uma pessoa de muito caráter, me ajudou muito. Até financeiramente, mesmo depois que acabou a peça." * Logo depois, o cineasta conseguiu financiar uma ida para Barcelona, na Espanha, com o trabalho de garçom e bicos como ator. Foi para estudar teatro, mas largou o curso quando partiu para a cidade de Tânger "atrás de uma marroquina". * A empreitada artística sofreu outra pausa quando conheceu um brasileiro que era soldado da Legião Estrangeira (unidade militar francesa). * "Eu me alistei, mas só fiquei três meses. Eu já tinha lido 'Diário de um Ladrão', do Jean Genet [escritor francês que foi expulso da unidade militar]. Então tinha uma ideia do que era a Legião. Eles te transformam em uma máquina, mas eu saí antes disso", afirma ele. * Foi ainda na Espanha que Cristiano desistiu de ser ator e começou a fazer filmes. "Dirigi um longa usando uma câmera super-8 com uns amigos lá. O filme também se chamava 'Super-8' [risos]." * Desde então, já são 15 filmes, entre curtas, documentários e longas-metragens. Na semana passada, o diretor lançou "Hamlet", uma releitura do clássico de William Shakespeare. * "Não escolho os temas. São os temas que me escolhem. Mas tenho atração pelos clássicos. É impossível ir pra frente sem passar por essas grandes obras. Também não sei como fazer comédias." * Segundo ele, o longa, que foi codistribuído com incentivo da Spcine, custou R$ 10 mil, valor considerado baixo. * "Só usei verba de edital em um curta. O resto dos filmes fiz com o dinheiro que ganho com prêmios e com a ajuda de amigos", explica. * Um dos reconhecimentos veio com o Prêmio Governador do Estado de 2013, em que ele recebeu R$ 60 mil. Cristiano aproveitou a presença de Geraldo Alckmin na plateia para fazer um protesto contra a polícia do Estado de SP. * "Eu estava com o [crítico de cinema e ator] Jean-Claude Bernadet e ele me disse pra eu ser preciso e para não envergonhá-lo [risos]. Aí eu subi no palco e disse que era irônico que o mesmo governo que premiou meu filme também era responsável pela morte do meu irmão. Ele morreu por uma quadrilha comandada por policiais militares", relembra. * O motoboy Anderson Burlan, 30, primo do cineasta, toca a campainha da casa da mãe. Ele também ainda não assistiu ao documentário sobre a morte de Rafael, do qual participa. * "Umas pessoas viram no Canal Brasil e vieram falar comigo. Quero ver logo", diz. E aproveita para convidar o primo para ir a um bar próximo ao apartamento de Belmira. * O forró em altíssimo volume que sai da jukebox não impede a conversa dos dois. O diretor quer acertar a participação de Anderson em um filme que pretende fazer sobre o universo do rap. O longa, ainda embrionário, será filmado no Capão e também terá a participação da atriz Helena Ignez e do amigo Jean-Claude. * "Eu já fiz umas músicas, me chamavam de Alemão da Cohab, mas, na hora de colocar minha profissão, põe motoboy, tá?", diz Anderson à repórter. * "Lembra como era aqui há uns dez anos, primo? Era muito ruim, não dava pra ficar na rua depois de anoitecer. Agora melhorou um pouco", diz Cristiano. * "Ainda não está bom, mas era pior. Antes, pra 'pegar mulher' nas festas, a gente não podia falar que era do Capão porque elas logo diziam: 'Aquele lugar onde morre todo mundo?'", diz um amigo de Anderson que também participa da conversa. * Todos riem. E pedem mais uma cerveja.
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colunas
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Cineasta que fez filme sobre morte do irmão agora busca assassino da mãeA empregada doméstica Belmira Burlan é quem abre a porta do apartamento no prédio de três andares no Capão Redondo, periferia de SP. Ela já esperava o sobrinho, o cineasta Cristiano Burlan, 39. A visita foi combinada para que ele entregasse o DVD de um de seus filmes, o documentário "Mataram Meu Irmão" –que ganhou o principal prêmio no festival É Tudo Verdade, em 2013. * "Faz dois anos que não volto aqui no Capão. É uma sensação estranha", diz Cristiano à repórter Marcela Paes. O retorno ao bairro –onde viveu parte da infância e quase toda a adolescência– traz lembranças ruins. Foi lá, a duas quadras do apartamento onde ele espera que a tia faça um café, que seu irmão Rafael foi assassinado. * "As pessoas acham que esse documentário que eu fiz sobre meu irmão tem a história toda. Eu conto o ínfimo das coisas. O cinema não dá conta da realidade, mesmo sendo um documentário." O bairro também foi o lugar onde ele afirma ter tomado dois tiros, um na coxa e outro na parte de trás da cabeça, aos 16 anos. * "Parou a Rota e deram geral em todo mundo. Um moleque estava com um baseado e xingou, enfim... Só sei que eles sacaram as armas e atiraram. Levei tiro e me fingi de morto", conta ele. "Põe a mão aqui, ó", diz, pegando o dedo da repórter e colocando no pequeno relevo próximo à nuca. * "Eu poderia ser uma pessoa muito mais soturna. Tinha motivo pra sair rasgando dinheiro e dando martelada nos outros [risos]. Mas também não vou ficar aqui fazendo terapia com você", diz o diretor, que hoje mora em Pinheiros, na zona oeste. * Belmira traz o café e Cristiano volta ao papo com ela. "Então, tia, tenho uma coisa pra contar. Vou fazer um filme sobre minha mãe." * "Jura, Cris? Mas é tão trágica a história dela também. Nossa, as duas histórias são muito trágicas. Que coisa acontece com essa família? Ela era tão bonita, tão bonita", diz Belmira sobre a irmã, que morreu assassinada pelo namorado em 2011. * "Elegia de um Crime" começa a ser rodado em outubro e será um híbrido de documentário e ficção em que o diretor vai mostrar sua busca pelo assassino da mãe, que, segundo ele, continua solto. * "Eu tenho uma ideia de onde ele está. Existe a possibilidade de eu não achá-lo ou achá-lo. Isso vai ser construído no filme. Acho que é meio um caminho sem volta porque vou mergulhar na história de verdade." * A relação de Cristiano com a arte vem da infância. Diz que aos 14 costumava ir para a porta do Theatro Municipal na esperança de assistir a um espetáculo sem pagar. "Eu ficava lá esperando e sempre arrumava alguma entrada porque os casais brigam e sobra ingresso." Quando ainda morava no Capão, aos 17, foi contratado como contrarregra de uma peça com o ator Osmar Prado. * "Era 'O Fabuloso Obsceno' e ele [Osmar Prado] fazia 18 personagens. Achava impressionante. Pela primeira vez na minha vida eu tive contato com um grande ator. É uma pessoa de muito caráter, me ajudou muito. Até financeiramente, mesmo depois que acabou a peça." * Logo depois, o cineasta conseguiu financiar uma ida para Barcelona, na Espanha, com o trabalho de garçom e bicos como ator. Foi para estudar teatro, mas largou o curso quando partiu para a cidade de Tânger "atrás de uma marroquina". * A empreitada artística sofreu outra pausa quando conheceu um brasileiro que era soldado da Legião Estrangeira (unidade militar francesa). * "Eu me alistei, mas só fiquei três meses. Eu já tinha lido 'Diário de um Ladrão', do Jean Genet [escritor francês que foi expulso da unidade militar]. Então tinha uma ideia do que era a Legião. Eles te transformam em uma máquina, mas eu saí antes disso", afirma ele. * Foi ainda na Espanha que Cristiano desistiu de ser ator e começou a fazer filmes. "Dirigi um longa usando uma câmera super-8 com uns amigos lá. O filme também se chamava 'Super-8' [risos]." * Desde então, já são 15 filmes, entre curtas, documentários e longas-metragens. Na semana passada, o diretor lançou "Hamlet", uma releitura do clássico de William Shakespeare. * "Não escolho os temas. São os temas que me escolhem. Mas tenho atração pelos clássicos. É impossível ir pra frente sem passar por essas grandes obras. Também não sei como fazer comédias." * Segundo ele, o longa, que foi codistribuído com incentivo da Spcine, custou R$ 10 mil, valor considerado baixo. * "Só usei verba de edital em um curta. O resto dos filmes fiz com o dinheiro que ganho com prêmios e com a ajuda de amigos", explica. * Um dos reconhecimentos veio com o Prêmio Governador do Estado de 2013, em que ele recebeu R$ 60 mil. Cristiano aproveitou a presença de Geraldo Alckmin na plateia para fazer um protesto contra a polícia do Estado de SP. * "Eu estava com o [crítico de cinema e ator] Jean-Claude Bernadet e ele me disse pra eu ser preciso e para não envergonhá-lo [risos]. Aí eu subi no palco e disse que era irônico que o mesmo governo que premiou meu filme também era responsável pela morte do meu irmão. Ele morreu por uma quadrilha comandada por policiais militares", relembra. * O motoboy Anderson Burlan, 30, primo do cineasta, toca a campainha da casa da mãe. Ele também ainda não assistiu ao documentário sobre a morte de Rafael, do qual participa. * "Umas pessoas viram no Canal Brasil e vieram falar comigo. Quero ver logo", diz. E aproveita para convidar o primo para ir a um bar próximo ao apartamento de Belmira. * O forró em altíssimo volume que sai da jukebox não impede a conversa dos dois. O diretor quer acertar a participação de Anderson em um filme que pretende fazer sobre o universo do rap. O longa, ainda embrionário, será filmado no Capão e também terá a participação da atriz Helena Ignez e do amigo Jean-Claude. * "Eu já fiz umas músicas, me chamavam de Alemão da Cohab, mas, na hora de colocar minha profissão, põe motoboy, tá?", diz Anderson à repórter. * "Lembra como era aqui há uns dez anos, primo? Era muito ruim, não dava pra ficar na rua depois de anoitecer. Agora melhorou um pouco", diz Cristiano. * "Ainda não está bom, mas era pior. Antes, pra 'pegar mulher' nas festas, a gente não podia falar que era do Capão porque elas logo diziam: 'Aquele lugar onde morre todo mundo?'", diz um amigo de Anderson que também participa da conversa. * Todos riem. E pedem mais uma cerveja.
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Candidato do PT à Câmara vai se reunir com Alckmin
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O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presidência da Câmara dos Deputados, disse nesta sexta-feira (9) que vai se reunir com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) na próxima segunda (12). O objetivo é tentar criar pontes para garantir votos da oposição e discutir temas de interesse do Estado. O PSDB apoia a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Mas o petista aposta que pode levar votos de tucanos caso a disputa vá para o segundo turno contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Chinaglia diz que busca apoio de membros da oposição contando com a redução da temperatura do debate eleitoral. "A disputa na Câmara dos Deputados, é claro, passa por identidades. Mas não podemos agir na Câmara como se tivéssemos um longo passado pela frente. Essencialmente, tentar trazer para dentro da Câmara aquilo que foi a disputa presidencial ou a disputa eleitoral Brasil a fora", disse Chinaglia, em almoço com deputados fluminenses de cinco partidos (PT, PR, PC do B, PROS, PSD) no restaurante La Fiorentina, no Leme, zona sul do Rio. O deputado disse que Cunha "não conseguiu ser o candidato da oposição". "Em que pese o esforço, isso não funcionou", disse ele. Apesar disso, deu declarações que contrariam interesse da oposição. O petista afirmou que uma nova CPI sobre Petrobras dependeria de "fatos determinados". Ele disse que o ideal seria esperar o fim das investigações para a criação da comissão. "Proposta de CPI não pode ser desafio. Propor CPI não tira nem dá credibilidade. Mas se cumprir as exigências regimentais, tem que instaurar", disse Chinaglia. EDUARDO CUNHA Cunha defendeu na quinta (8) que o PMDB assine a proposta de nova CPI. A declaração foi dada após a divulgação do depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", em que seu nome é citado como destino de dinheiro repassado pelo doleiro Alberto Youssef. Chinaglia não quis comentar as citações a Eduardo Cunha em depoimentos da operação Lava-Jato. Ele afirmou que o peemedebista "lançou dúvidas" à sua campanha e à de Delgado ao atribuir o vazamento de informações a adversários na disputa pela presidência da Câmara. "Não minimizo os depoimentos. Se o depoente de uma delação premiada não prova o que está falando, não tem redução de pena", disse o petista, que não quis comentar a situação de Cunha.
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Candidato do PT à Câmara vai se reunir com AlckminO deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presidência da Câmara dos Deputados, disse nesta sexta-feira (9) que vai se reunir com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) na próxima segunda (12). O objetivo é tentar criar pontes para garantir votos da oposição e discutir temas de interesse do Estado. O PSDB apoia a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Mas o petista aposta que pode levar votos de tucanos caso a disputa vá para o segundo turno contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Chinaglia diz que busca apoio de membros da oposição contando com a redução da temperatura do debate eleitoral. "A disputa na Câmara dos Deputados, é claro, passa por identidades. Mas não podemos agir na Câmara como se tivéssemos um longo passado pela frente. Essencialmente, tentar trazer para dentro da Câmara aquilo que foi a disputa presidencial ou a disputa eleitoral Brasil a fora", disse Chinaglia, em almoço com deputados fluminenses de cinco partidos (PT, PR, PC do B, PROS, PSD) no restaurante La Fiorentina, no Leme, zona sul do Rio. O deputado disse que Cunha "não conseguiu ser o candidato da oposição". "Em que pese o esforço, isso não funcionou", disse ele. Apesar disso, deu declarações que contrariam interesse da oposição. O petista afirmou que uma nova CPI sobre Petrobras dependeria de "fatos determinados". Ele disse que o ideal seria esperar o fim das investigações para a criação da comissão. "Proposta de CPI não pode ser desafio. Propor CPI não tira nem dá credibilidade. Mas se cumprir as exigências regimentais, tem que instaurar", disse Chinaglia. EDUARDO CUNHA Cunha defendeu na quinta (8) que o PMDB assine a proposta de nova CPI. A declaração foi dada após a divulgação do depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", em que seu nome é citado como destino de dinheiro repassado pelo doleiro Alberto Youssef. Chinaglia não quis comentar as citações a Eduardo Cunha em depoimentos da operação Lava-Jato. Ele afirmou que o peemedebista "lançou dúvidas" à sua campanha e à de Delgado ao atribuir o vazamento de informações a adversários na disputa pela presidência da Câmara. "Não minimizo os depoimentos. Se o depoente de uma delação premiada não prova o que está falando, não tem redução de pena", disse o petista, que não quis comentar a situação de Cunha.
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BNDES dá 1º passo para atrair investidor em saneamento
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou nesta quinta (23) os editais para a contratação de estudos para investimentos em saneamento dos Estados que se habilitaram a participar do programa de concessões do governo para o setor. O primeiro lote inclui seis Estados: Pernambuco, Maranhão, Pará, Amapá, Sergipe e Alagoas. Dezoito consórcios se habilitaram para participar. Os vencedores farão estudos sobre as melhores alternativas para cada Estado. Segundo o banco, o próximo lote terá Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Acre e Santa Catarina. Com o programa, o banco quer atrair investimento privado para acelerar os investimentos para universalização dos serviços de saneamento. Estudo do Instituto Trata Brasil mostra que o setor recebeu investimentos médios de R$ 12 bilhões por ano e teve poucos avanços nos indicadores de atendimento à população entre 2011 e 2015. Nesse ritmo, calculou o consultor Gesner Oliveira, responsável pelo estudo, as metas de universalização só seriam atingidas após 2050 -o Plano Nacional de Saneamento Básico, lançado em 2013, estipula o ano de 2033 como meta para o atendimento universal. De acordo com os dados compilados pela consultoria GO Associados para o Trata Brasil, apenas 50,26% da população era atendida com redes de esgoto em 2015 -dado mais recente divulgado pelo Ministério das Cidades. "A velocidade com que se investe hoje é insuficiente e trazer investimento privado se faz necessário", defende o superintendente da área de desestatização do BNDES, Rodolfo Torres. A privatização não é a única alternativa, explicou. "Não há uma fórmula predefinida. O modelo vai depender das condições de cada Estado." Entre as opções, estão parcerias público-privadas, concessão total ou parcial e privatização. A única exigência, diz ele, é que os contratos tenham metas de universalização dos serviços. Estados e especialistas ouvidos pela Folha, porém, acreditam que a privatização deve ser a última opção. "Queremos ampliar o leque de opções para captação de recursos, principalmente na modalidade de PPP. Entendemos que, com o BNDES entrando nessa seara, podemos ter mais opções para financiamento", diz o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão. Segundo o Trata Brasil, 70% da população brasileira ainda é atendida por empresas estaduais. A entidade também defende a parceria com empresas privadas, em lugar da privatização, como melhor alternativa para atrair investimentos. "O Estado pode ficar com a produção de água, por exemplo, e conceder a distribuição e o tratamento de esgoto." Esse modelo é o preferido do governo do Rio para a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), cuja privatização foi aprovada nesta semana pela Assembleia Legislativa.
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BNDES dá 1º passo para atrair investidor em saneamentoO BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou nesta quinta (23) os editais para a contratação de estudos para investimentos em saneamento dos Estados que se habilitaram a participar do programa de concessões do governo para o setor. O primeiro lote inclui seis Estados: Pernambuco, Maranhão, Pará, Amapá, Sergipe e Alagoas. Dezoito consórcios se habilitaram para participar. Os vencedores farão estudos sobre as melhores alternativas para cada Estado. Segundo o banco, o próximo lote terá Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Acre e Santa Catarina. Com o programa, o banco quer atrair investimento privado para acelerar os investimentos para universalização dos serviços de saneamento. Estudo do Instituto Trata Brasil mostra que o setor recebeu investimentos médios de R$ 12 bilhões por ano e teve poucos avanços nos indicadores de atendimento à população entre 2011 e 2015. Nesse ritmo, calculou o consultor Gesner Oliveira, responsável pelo estudo, as metas de universalização só seriam atingidas após 2050 -o Plano Nacional de Saneamento Básico, lançado em 2013, estipula o ano de 2033 como meta para o atendimento universal. De acordo com os dados compilados pela consultoria GO Associados para o Trata Brasil, apenas 50,26% da população era atendida com redes de esgoto em 2015 -dado mais recente divulgado pelo Ministério das Cidades. "A velocidade com que se investe hoje é insuficiente e trazer investimento privado se faz necessário", defende o superintendente da área de desestatização do BNDES, Rodolfo Torres. A privatização não é a única alternativa, explicou. "Não há uma fórmula predefinida. O modelo vai depender das condições de cada Estado." Entre as opções, estão parcerias público-privadas, concessão total ou parcial e privatização. A única exigência, diz ele, é que os contratos tenham metas de universalização dos serviços. Estados e especialistas ouvidos pela Folha, porém, acreditam que a privatização deve ser a última opção. "Queremos ampliar o leque de opções para captação de recursos, principalmente na modalidade de PPP. Entendemos que, com o BNDES entrando nessa seara, podemos ter mais opções para financiamento", diz o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão. Segundo o Trata Brasil, 70% da população brasileira ainda é atendida por empresas estaduais. A entidade também defende a parceria com empresas privadas, em lugar da privatização, como melhor alternativa para atrair investimentos. "O Estado pode ficar com a produção de água, por exemplo, e conceder a distribuição e o tratamento de esgoto." Esse modelo é o preferido do governo do Rio para a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), cuja privatização foi aprovada nesta semana pela Assembleia Legislativa.
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Com prisão de líder, turbulência política volta a abater governo
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Ressaca prolongada O governo passou o dia seguinte à prisão de seu líder no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), encolhido. Sem estratégia clara para reagir, não conseguiu mostrar que "a vida segue", como pretendia. O Congresso tende, por inércia, a parar em quase tudo relativo à economia. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), até aqui arrimo legislativo do Palácio do Planalto, começa a dar sinais de distanciamento. A percepção geral é de que o melhor já passou e o pior ainda está por vir. Fluxo e refluxo No radar do mundo político, a crise voltaria a dar o ar da graça a partir de fevereiro, mas a operação de quarta antecipou esse calendário. Perigo à vista Antes de receber seus advogados na Polícia Federal, Delcídio dava sinais de que poderia colaborar com as investigações. Não se sabe se mudou de ideia ao ter contato com sua defesa. Crime e castigo A Procuradoria-Geral da República recolhe o resultado da busca e apreensão para denunciar, até a próxima terça-feira, o senador e seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira. Toma juízo Mesmo crítico do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende a aprovação da nova meta fiscal até dezembro. "Não se pode partidarizar o deficit. Tem de resolver." Lava as mãos "Já a LDO e o Orçamento, não sei", afirma o peemedebista. Alô, Congresso Os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa chegaram a telefonar para Renan Calheiros pedindo que a pauta econômica fosse conduzida com "normalidade". A avaliação, no entanto, foi a de não há o que ser feito diante do imobilismo do governo. Pacotão 1 Com o ambiente no Senado conflagrado, e com Renan batendo em retirada, aliados de Eduardo Cunha andam oferecendo ajuda ao Executivo caso o PT vote a favor do peemedebista no Conselho de Ética. Pacotão 2 Em troca, o presidente da Câmara agilizaria a DRU e a CPMF, além de não prorrogar a CPI do BNDES e a dos Fundos de Pensão. Bílis Auxiliares diretos de Dilma Rousseff afirmam que o PT se precipitou ao soltar a nota abandonando Delcídio. Avaliam que a cúpula da sigla agiu com o fígado. Sem contrato Depois da prisão de André Esteves, a SP-Prevcom, entidade que administra a previdência complementar dos servidores públicos paulistas, decidiu substituir o BTG como gestor dos R$ 350 milhões de investimentos de seus 18 mil participantes. Imagem Procurada, a entidade ligada à Secretaria da Fazenda de São Paulo dizse ter tomado a decisão para preservar sua imagem e reputação, já que sua política "veda qualquer associação com empresas que façam operações fora dos padrões éticos". Outro lado "Lamentamos a decisão, pois as acusações não procedem", afirma o BTG. Medida Miro Teixeira (Rede-RJ) enviará à presidente ofício pedindo que se pronuncie sobre a prisão de Esteves e determine que o Banco Central torne indisponíveis os ativos do BTG. extrema? Dilma não precisa cumprir a orientação, mas pode ser responsabilizada caso a alegação do parlamentar se confirme. O deputado diz temer que "eles coloquem o banco à venda" e "embolsem todo o dinheiro que podem ter ganhado à custa de corrupção". Vai pra rua O Vem Pra Rua enviou carta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo celeridade nas denúncias contra os políticos da Lava Jato. Carinho especial A OAB vai julgar até o fim do ano todos os processos disciplinares pendentes. Com isso, quer decidir sobre o pedido de cassação do registro de José Dirceu assim que ele chegar da seção paulista. Tête-à-tête Antes de embarcar para a COP 21, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) conversou com FHC sobre a proposta do Brasil. Ele sugeriu ampliação do percentual de energia renovável na matriz brasileira. - TIROTEIO Falta clareza ao PT sobre Estado democrático de Direito. Ao invés de criticar uma prisão que rasga a Constituição, ataca o Delcídio. DE CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre a nota em que o presidente do partido diz que o PT "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" ao senador. - CONTRAPONTO Elizabeth II Na conversa que levou Delcídio do Amaral (PT-MS) à prisão, o advogado Edson Ribeiro diz que o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, está em "situação difícil" porque quem ainda manda na estatal é a ex-presidente Graça Foster. Delcídio intervém: -Eduardo Braga foi companheiro nosso de Senado. É mandão. Na reunião com ministros, ele não deu um pio. Ou seja, a Petrobras está sendo comandada pela Dilma. Mais à frente, o advogado solta: -Bendine é a rainha da Inglaterra. Delcídio ri. com PAULO GAMA e THAIS ARBEX
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Com prisão de líder, turbulência política volta a abater governoRessaca prolongada O governo passou o dia seguinte à prisão de seu líder no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), encolhido. Sem estratégia clara para reagir, não conseguiu mostrar que "a vida segue", como pretendia. O Congresso tende, por inércia, a parar em quase tudo relativo à economia. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), até aqui arrimo legislativo do Palácio do Planalto, começa a dar sinais de distanciamento. A percepção geral é de que o melhor já passou e o pior ainda está por vir. Fluxo e refluxo No radar do mundo político, a crise voltaria a dar o ar da graça a partir de fevereiro, mas a operação de quarta antecipou esse calendário. Perigo à vista Antes de receber seus advogados na Polícia Federal, Delcídio dava sinais de que poderia colaborar com as investigações. Não se sabe se mudou de ideia ao ter contato com sua defesa. Crime e castigo A Procuradoria-Geral da República recolhe o resultado da busca e apreensão para denunciar, até a próxima terça-feira, o senador e seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira. Toma juízo Mesmo crítico do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende a aprovação da nova meta fiscal até dezembro. "Não se pode partidarizar o deficit. Tem de resolver." Lava as mãos "Já a LDO e o Orçamento, não sei", afirma o peemedebista. Alô, Congresso Os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa chegaram a telefonar para Renan Calheiros pedindo que a pauta econômica fosse conduzida com "normalidade". A avaliação, no entanto, foi a de não há o que ser feito diante do imobilismo do governo. Pacotão 1 Com o ambiente no Senado conflagrado, e com Renan batendo em retirada, aliados de Eduardo Cunha andam oferecendo ajuda ao Executivo caso o PT vote a favor do peemedebista no Conselho de Ética. Pacotão 2 Em troca, o presidente da Câmara agilizaria a DRU e a CPMF, além de não prorrogar a CPI do BNDES e a dos Fundos de Pensão. Bílis Auxiliares diretos de Dilma Rousseff afirmam que o PT se precipitou ao soltar a nota abandonando Delcídio. Avaliam que a cúpula da sigla agiu com o fígado. Sem contrato Depois da prisão de André Esteves, a SP-Prevcom, entidade que administra a previdência complementar dos servidores públicos paulistas, decidiu substituir o BTG como gestor dos R$ 350 milhões de investimentos de seus 18 mil participantes. Imagem Procurada, a entidade ligada à Secretaria da Fazenda de São Paulo dizse ter tomado a decisão para preservar sua imagem e reputação, já que sua política "veda qualquer associação com empresas que façam operações fora dos padrões éticos". Outro lado "Lamentamos a decisão, pois as acusações não procedem", afirma o BTG. Medida Miro Teixeira (Rede-RJ) enviará à presidente ofício pedindo que se pronuncie sobre a prisão de Esteves e determine que o Banco Central torne indisponíveis os ativos do BTG. extrema? Dilma não precisa cumprir a orientação, mas pode ser responsabilizada caso a alegação do parlamentar se confirme. O deputado diz temer que "eles coloquem o banco à venda" e "embolsem todo o dinheiro que podem ter ganhado à custa de corrupção". Vai pra rua O Vem Pra Rua enviou carta ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo celeridade nas denúncias contra os políticos da Lava Jato. Carinho especial A OAB vai julgar até o fim do ano todos os processos disciplinares pendentes. Com isso, quer decidir sobre o pedido de cassação do registro de José Dirceu assim que ele chegar da seção paulista. Tête-à-tête Antes de embarcar para a COP 21, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) conversou com FHC sobre a proposta do Brasil. Ele sugeriu ampliação do percentual de energia renovável na matriz brasileira. - TIROTEIO Falta clareza ao PT sobre Estado democrático de Direito. Ao invés de criticar uma prisão que rasga a Constituição, ataca o Delcídio. DE CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre a nota em que o presidente do partido diz que o PT "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" ao senador. - CONTRAPONTO Elizabeth II Na conversa que levou Delcídio do Amaral (PT-MS) à prisão, o advogado Edson Ribeiro diz que o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, está em "situação difícil" porque quem ainda manda na estatal é a ex-presidente Graça Foster. Delcídio intervém: -Eduardo Braga foi companheiro nosso de Senado. É mandão. Na reunião com ministros, ele não deu um pio. Ou seja, a Petrobras está sendo comandada pela Dilma. Mais à frente, o advogado solta: -Bendine é a rainha da Inglaterra. Delcídio ri. com PAULO GAMA e THAIS ARBEX
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Principais desafios de Temer são contas do Estado e costura de maioria
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O maior enrosco do Brasil, e do governo Michel Temer, são as finanças do Estado. "Finanças" e, sobretudo, "Estado" não existem na vida vivida. São conceitos abstratos das complexas sociedades modernas e conotam obrigações entre cidadãos. O conjunto dos brasileiros, por exemplo, deve dois terços do PIB (cerca de R$ 4 trilhões) a uma fatia menor de credores. O "Estado" é o intermediário dessa relação. A dívida pública –devida por todos nós, portanto– explode. Ao final de 2017 poderá atingir 80% de tudo o que se produz em um ano no país. O "Estado" também sela contratos entre dois conjuntos de cidadãos, em larga medida sobrepostos: o dos que pagam impostos e o dos que recebem serviços (como saúde e educação) e rendas (pensões e bolsas assistenciais). Esse acervo de vínculos entre obrigações e direitos entrou num período de desequilíbrio crônico. Neste ano faltará algo como 2,5% do PIB (R$ 150 bilhões) para fechar as contas do acordo civil. A diferença é coberta com mais dívida, devida por todos nós, e a solução do problema é empurrada para a frente. O novo governo não poderá usar tal expediente nessa escala. Credores fugiriam, ou cobrariam juros incapacitantes, e ajudariam a elevar o dólar e a inflação. O Brasil mergulharia numa segunda e mais dolorida etapa da crise. Para além do impeachment Para completar o quadro desalentador, nunca se viu tanta desagregação partidária neste ciclo democrático. Os negociadores do contrato civil, incumbidos da correção ou do aprofundamento do desequilíbrio, estão descoordenados e desorientados. A tessitura de sólida maioria reformista no Congresso, portanto, é a tarefa basal do 41º presidente. Sem ela, tudo o mais fracassará, embora "tudo o mais" seja uma montanha de desafios jamais escalada na Nova República. A favor de Temer estará o ciclo econômico. A produção despencou tanto –a queda de 10% na renda per capita, como a do triênio 2014-2016, é uma anomalia histórica– que uma recuperação em curto prazo é bastante provável. A inflação cede e o dólar se estabilizou desde que se consolidou a expectativa de troca de governo. A escalação de uma equipe econômica reputada permitirá a redução relativamente rápida dos juros. O restante são espinhos. As consequências da crise explodem nos Estados e municípios e incidem no bem-estar dos cidadãos. Há um calote consentido pela Justiça em obrigações devidas por governos estaduais à União. Temer terá de retomar quase do zero o penoso enquadramento das finanças subnacionais. O monstro parecia morto ao final do governo Fernando Henrique Cardoso, mas foi revigorado. Será preciso ceder a governadores e prefeitos, em troca do compromisso desses gestores com o controle dos gastos nas próximas décadas. O governo federal receberá ainda menos recursos em razão desse salvamento inevitável. Frustra-se mais uma receita futura importante do cofre federal, já atingido pelos efeitos de mais de 20 meses de recessão na coleta de impostos. As obrigações são rígidas por lei e precisam ser pagas, mas os financiadores (os contribuintes) não damos conta. A equipe de Temer deverá de imediato buscar no Congresso o relaxamento parcial da rigidez desses contratos civis. Como consequência, o financiamento de serviços públicos seria reduzido. Outra ação premente será a elevação das receitas da União, o que recebeu o nome eufemístico de "racionalização tributária". Contribuintes serão convocados a pagar mais para financiar os direitos mediados pelo Estado. Benefícios podem ser anulados, e cobranças de impostos, apertadas. Ninguém que faz contas descarta a criação de tributos (como a CPMF) ou a elevação de existentes. Em paralelo à duríssima etapa de ações emergenciais, talvez comece o jogo que mais importa. Trata-se da correção das obrigações duradouras que vinculam esta e as futuras gerações de brasileiros. Entrariam em cena propostas como o aumento da idade de aposentadoria, a limitação do gasto público, o fim das cotas preestabelecidas de despesas, um novo regime de correção e incidência do salário mínimo ou a redistribuição da carga tributária. Michel Temer terá a oportunidade de iniciar um diálogo entre os brasileiros sobre os requisitos, os meios e a velocidade para a aproximação dos ideais de bem-estar partilhados pela grande maioria dos cidadãos. Mas essa conversa irá muito além de 2018.
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Principais desafios de Temer são contas do Estado e costura de maioriaO maior enrosco do Brasil, e do governo Michel Temer, são as finanças do Estado. "Finanças" e, sobretudo, "Estado" não existem na vida vivida. São conceitos abstratos das complexas sociedades modernas e conotam obrigações entre cidadãos. O conjunto dos brasileiros, por exemplo, deve dois terços do PIB (cerca de R$ 4 trilhões) a uma fatia menor de credores. O "Estado" é o intermediário dessa relação. A dívida pública –devida por todos nós, portanto– explode. Ao final de 2017 poderá atingir 80% de tudo o que se produz em um ano no país. O "Estado" também sela contratos entre dois conjuntos de cidadãos, em larga medida sobrepostos: o dos que pagam impostos e o dos que recebem serviços (como saúde e educação) e rendas (pensões e bolsas assistenciais). Esse acervo de vínculos entre obrigações e direitos entrou num período de desequilíbrio crônico. Neste ano faltará algo como 2,5% do PIB (R$ 150 bilhões) para fechar as contas do acordo civil. A diferença é coberta com mais dívida, devida por todos nós, e a solução do problema é empurrada para a frente. O novo governo não poderá usar tal expediente nessa escala. Credores fugiriam, ou cobrariam juros incapacitantes, e ajudariam a elevar o dólar e a inflação. O Brasil mergulharia numa segunda e mais dolorida etapa da crise. Para além do impeachment Para completar o quadro desalentador, nunca se viu tanta desagregação partidária neste ciclo democrático. Os negociadores do contrato civil, incumbidos da correção ou do aprofundamento do desequilíbrio, estão descoordenados e desorientados. A tessitura de sólida maioria reformista no Congresso, portanto, é a tarefa basal do 41º presidente. Sem ela, tudo o mais fracassará, embora "tudo o mais" seja uma montanha de desafios jamais escalada na Nova República. A favor de Temer estará o ciclo econômico. A produção despencou tanto –a queda de 10% na renda per capita, como a do triênio 2014-2016, é uma anomalia histórica– que uma recuperação em curto prazo é bastante provável. A inflação cede e o dólar se estabilizou desde que se consolidou a expectativa de troca de governo. A escalação de uma equipe econômica reputada permitirá a redução relativamente rápida dos juros. O restante são espinhos. As consequências da crise explodem nos Estados e municípios e incidem no bem-estar dos cidadãos. Há um calote consentido pela Justiça em obrigações devidas por governos estaduais à União. Temer terá de retomar quase do zero o penoso enquadramento das finanças subnacionais. O monstro parecia morto ao final do governo Fernando Henrique Cardoso, mas foi revigorado. Será preciso ceder a governadores e prefeitos, em troca do compromisso desses gestores com o controle dos gastos nas próximas décadas. O governo federal receberá ainda menos recursos em razão desse salvamento inevitável. Frustra-se mais uma receita futura importante do cofre federal, já atingido pelos efeitos de mais de 20 meses de recessão na coleta de impostos. As obrigações são rígidas por lei e precisam ser pagas, mas os financiadores (os contribuintes) não damos conta. A equipe de Temer deverá de imediato buscar no Congresso o relaxamento parcial da rigidez desses contratos civis. Como consequência, o financiamento de serviços públicos seria reduzido. Outra ação premente será a elevação das receitas da União, o que recebeu o nome eufemístico de "racionalização tributária". Contribuintes serão convocados a pagar mais para financiar os direitos mediados pelo Estado. Benefícios podem ser anulados, e cobranças de impostos, apertadas. Ninguém que faz contas descarta a criação de tributos (como a CPMF) ou a elevação de existentes. Em paralelo à duríssima etapa de ações emergenciais, talvez comece o jogo que mais importa. Trata-se da correção das obrigações duradouras que vinculam esta e as futuras gerações de brasileiros. Entrariam em cena propostas como o aumento da idade de aposentadoria, a limitação do gasto público, o fim das cotas preestabelecidas de despesas, um novo regime de correção e incidência do salário mínimo ou a redistribuição da carga tributária. Michel Temer terá a oportunidade de iniciar um diálogo entre os brasileiros sobre os requisitos, os meios e a velocidade para a aproximação dos ideais de bem-estar partilhados pela grande maioria dos cidadãos. Mas essa conversa irá muito além de 2018.
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Sair para ficar
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A renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara na quinta-feira (7) parece resolver o mistério que envolvia o estranho encontro noturno entre ele e o presidente Michel Temer há duas semanas. Ali, no Jaburu, certamente foi acordada a liberação do cargo máximo da Casa do Povo, saída que interessa a ambos. O interino da República, aliás, quase o explicitou em entrevista à "Veja" nesta semana, ainda que a seu modo elíptico. A convergência de pontos de vista entre os responsáveis pelo golpe constitucional que derrubou Dilma Rousseff tem nome e sobrenome: Waldir Maranhão (PP-MA). O atual interino no lugar que era de Cunha nutre, por razões que a minha razão desconhece, visível proximidade com forças ligadas ao governo deposto. Tanto é assim que no 17 de abril votou contra o impeachment e logo que assumiu a interinidade tentou nada menos que anular a votação daquela data fatídica. Obviamente não convinha nem a Eduardo Cunha nem a Michel Temer que outras decisões importantes, como a cassação do primeiro ou a PEC do gasto público, passaporte do segundo para a Presidência definitiva, fossem presididas por tal personagem. Para ter chance de escapar da guilhotina, no caso do parlamentar carioca, e de chegar tranquilo à decisão do Senado sobre o destino da presidente afastada, é necessário substituir Maranhão por político confiável tanto a um quanto a outro. O Underwood brasileiro renunciou para abrir tal caminho (o quanto deve ter se arrependido de ter colocado Maranhão como vice...). Note-se, contudo, que Cunha não se mexeu antes que o inquilino do Planalto adiantasse parte do que deve ter prometido na noite daquele obscuro domingo, 26/6. Na manhã da última quarta-feira (6), o "Diário Oficial da União" ostentava a nomeação de um afilhado do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) como diretor do Arquivo Nacional. Em seguida, Fonseca leu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o parecer no qual defende anular a sessão do Conselho de Ética (14/6) que aprovou o pedido de cassação do congressista fluminense. Consumada a renúncia, o palácio começa a pagar o restante da fatura: eleger um presidente da Câmara capaz de ajudar Cunha na luta para manter o mandato. Note-se que nomes históricos como o de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que, embora do campo governista, poderiam infundir alguma esperança de mudar, passam longe das cogitações. O país patina. A Lava Jato, a mídia e o STF derrubaram Cunha da presidência da Câmara sob o peso de incríveis acusações. Porém o seu principal aliado no projeto de tirar o PT do poder é agora chefe de Estado. Juntos vão eleger um sucessor no Parlamento que representa a continuidade do mesmo sistema agora escancarado.
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Sair para ficarA renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara na quinta-feira (7) parece resolver o mistério que envolvia o estranho encontro noturno entre ele e o presidente Michel Temer há duas semanas. Ali, no Jaburu, certamente foi acordada a liberação do cargo máximo da Casa do Povo, saída que interessa a ambos. O interino da República, aliás, quase o explicitou em entrevista à "Veja" nesta semana, ainda que a seu modo elíptico. A convergência de pontos de vista entre os responsáveis pelo golpe constitucional que derrubou Dilma Rousseff tem nome e sobrenome: Waldir Maranhão (PP-MA). O atual interino no lugar que era de Cunha nutre, por razões que a minha razão desconhece, visível proximidade com forças ligadas ao governo deposto. Tanto é assim que no 17 de abril votou contra o impeachment e logo que assumiu a interinidade tentou nada menos que anular a votação daquela data fatídica. Obviamente não convinha nem a Eduardo Cunha nem a Michel Temer que outras decisões importantes, como a cassação do primeiro ou a PEC do gasto público, passaporte do segundo para a Presidência definitiva, fossem presididas por tal personagem. Para ter chance de escapar da guilhotina, no caso do parlamentar carioca, e de chegar tranquilo à decisão do Senado sobre o destino da presidente afastada, é necessário substituir Maranhão por político confiável tanto a um quanto a outro. O Underwood brasileiro renunciou para abrir tal caminho (o quanto deve ter se arrependido de ter colocado Maranhão como vice...). Note-se, contudo, que Cunha não se mexeu antes que o inquilino do Planalto adiantasse parte do que deve ter prometido na noite daquele obscuro domingo, 26/6. Na manhã da última quarta-feira (6), o "Diário Oficial da União" ostentava a nomeação de um afilhado do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) como diretor do Arquivo Nacional. Em seguida, Fonseca leu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o parecer no qual defende anular a sessão do Conselho de Ética (14/6) que aprovou o pedido de cassação do congressista fluminense. Consumada a renúncia, o palácio começa a pagar o restante da fatura: eleger um presidente da Câmara capaz de ajudar Cunha na luta para manter o mandato. Note-se que nomes históricos como o de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que, embora do campo governista, poderiam infundir alguma esperança de mudar, passam longe das cogitações. O país patina. A Lava Jato, a mídia e o STF derrubaram Cunha da presidência da Câmara sob o peso de incríveis acusações. Porém o seu principal aliado no projeto de tirar o PT do poder é agora chefe de Estado. Juntos vão eleger um sucessor no Parlamento que representa a continuidade do mesmo sistema agora escancarado.
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Liberdade de imprensa teve 'regressão brutal', afirma ONG
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A liberdade de imprensa registrou uma "regressão brutal" no mundo em 2014, principalmente pela ação de grupos islamitas radicais, como a milícia Estado Islâmico e o Boko Haram. A conclusão está em relatório de classificação anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). "2014 foi o ano de uma regressão brutal para a liberdade de informação. Dois terços dos 180 países [presentes no ranking] tiveram resultados piores que na edição anterior", afirmou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF. "Do Boko Haram ao grupo Estado Islâmico, passando pelos narcotraficantes latinos ou pela máfia siciliana, as motivações mudam, mas o 'modus operandi' é o mesmo: provocar silêncio por meio do medo ou de represálias", destaca a ONG. FINLÂNDIA E BRASIL Pelo quinto ano seguido, a Finlândia ocupa o primeiro lugar no ranking, seguida por Noruega e Dinamarca. O Brasil está na 99ª posição e é um dos países citados pela RSF pela violência contra os repórteres e os webcidadãos que cobriram as manifestações de 2014. Apesar da colocação, o país subiu 12 posições em relação a 2013 (era o 111º). Uma das razões da melhora, segundo a RSF, é a maior proteção on-line aos direitos civis. Para a organização, a segurança dos jornalistas e a concentração dos meios de comunicação em poucas mãos continuam a ser os maiores problemas do país. Entre os países latino-americanos, o relatório destaca que o México (148º) teve um ano extremamente violento. A Síria, país considerado pela ONG como o mais perigoso do mundo para os jornalistas, permanece na 177ª posição, atrás da China (176ª), mas à frente de Turcomenistão (178ª), Coreia do Norte (179ª) e Eritreia (180ª). A classificação é baseada em sete indicadores: nível dos abusos contra a liberdade de imprensa, pluralismo, independência dos meios de comunicação, o ambiente e a autocensura, o marco legal, a transparência e as infraestruturas.
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Liberdade de imprensa teve 'regressão brutal', afirma ONGA liberdade de imprensa registrou uma "regressão brutal" no mundo em 2014, principalmente pela ação de grupos islamitas radicais, como a milícia Estado Islâmico e o Boko Haram. A conclusão está em relatório de classificação anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). "2014 foi o ano de uma regressão brutal para a liberdade de informação. Dois terços dos 180 países [presentes no ranking] tiveram resultados piores que na edição anterior", afirmou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF. "Do Boko Haram ao grupo Estado Islâmico, passando pelos narcotraficantes latinos ou pela máfia siciliana, as motivações mudam, mas o 'modus operandi' é o mesmo: provocar silêncio por meio do medo ou de represálias", destaca a ONG. FINLÂNDIA E BRASIL Pelo quinto ano seguido, a Finlândia ocupa o primeiro lugar no ranking, seguida por Noruega e Dinamarca. O Brasil está na 99ª posição e é um dos países citados pela RSF pela violência contra os repórteres e os webcidadãos que cobriram as manifestações de 2014. Apesar da colocação, o país subiu 12 posições em relação a 2013 (era o 111º). Uma das razões da melhora, segundo a RSF, é a maior proteção on-line aos direitos civis. Para a organização, a segurança dos jornalistas e a concentração dos meios de comunicação em poucas mãos continuam a ser os maiores problemas do país. Entre os países latino-americanos, o relatório destaca que o México (148º) teve um ano extremamente violento. A Síria, país considerado pela ONG como o mais perigoso do mundo para os jornalistas, permanece na 177ª posição, atrás da China (176ª), mas à frente de Turcomenistão (178ª), Coreia do Norte (179ª) e Eritreia (180ª). A classificação é baseada em sete indicadores: nível dos abusos contra a liberdade de imprensa, pluralismo, independência dos meios de comunicação, o ambiente e a autocensura, o marco legal, a transparência e as infraestruturas.
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Morte e erotismo
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Na reentrância mais profunda da Caverna de Lascaux, uma pintura rupestre traz um homem com cabeça de pássaro caído diante de um bisonte que o enfrenta mesmo eviscerado, atravessado por uma lança. A gruta, em Montignac-sur-Vézère, na França, abriga o que para muitos é o conjunto mais imponente de arte pré-histórica já descoberto. O homem-pássaro caído (estará morto?) integra a "cena do poço", como é conhecida. A composição intriga historiadores desde que foi encontrada por um grupo de adolescentes em 1940. Entre outros motivos, porque o homem com cabeça de pássaro na parede da caverna está, há 17 mil anos, de pau duro. O último livro que o escritor francês Georges Bataille viu publicado em vida é um assombroso conjunto de ensaios sobre erotismo, morte, religião e arte chamado "As Lágrimas de Eros" (1961). A primeira metade do livro presta-se a elaborar a ideia de que o erotismo surge através do conhecimento da morte. Para Bataille, esse erotismo contrapõe a vida sexual do homem à do animal. Bataille era fascinado pela Caverna de Lascaux, que visitou muitas vezes. Especialmente pelo "desconcertante enigma" do seu poço, "o mais trágico entre os que a nossa espécie coloca a si própria". Já tinha escrito sobre ela antes, mas sem oferecer à pintura o sentido encontrado nos seus últimos meses de vida. O ensaio usa o homem-pássaro morto ou quase morto (ainda que em estado de vigorosa ereção) e o bisonte em posição de ataque (ainda que agonizante) como ponto de partida. Estou distraído com o livro, publicado em Portugal pela Editora Sistema Solar, na mais estupefaciente livraria de Lisboa, a Ler Devagar, sobre a qual já escrevi. Chove, o sistema de som toca um disco indie qualquer e as vendedoras são bonitas e extremamente tímidas, como lhes cabe. Vou até o bar, peço uma imperial de um euro e meio e volto a a minha mesa. Abro o livro numa página ao acaso –é assim que o estou enfrentando– e leio: "A verdade é que a sensação de incômodo ligada à atividade sexual lembra, pelo menos num sentido, a sensação de incômodo ligada à morte e aos mortos. Sempre que tal acontece, a 'violência' excede-nos de uma forma estranha: o que se passa é sempre estranho à ordem estabelecida das coisas, que tem sempre por resposta esta violência." E ainda: "Sermos humanos e vivermos na sombria perspectiva da morte faz-nos conhecer a violência exasperada, a violência desesperada do erotismo." Sempre preferir ler –e tentar escrever– romances que transitam pela encruzilhada entre sexo, morte e representação cantada aqui pelo Bataille. E quando escrevo representação, quero justamente dizer seu contrário: tentar transmitir o que não pode ser passado adiante. O que não cabe. Na gênese do erotismo e nos limites da linguagem há sempre algo interdito. Por que estou em Lisboa, lendo Bataille numa livraria, disfarçando meu nervosismo com cerveja e escrevendo banalidades sobre os limites da representação num bloco de anotações à minha frente? Talvez seja uma tentativa de justificar os últimos cinco minutos do meu filme para os que irão na estreia de "A morte de J.P. Cuenca", quinta-feira que vem, dia 8, ou nas outras sessões do longa-metragem no Festival do Rio. E talvez prepará-los, não para testemunhar a cena de uma morte, mas de um nascimento ao contrário.
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Morte e erotismoNa reentrância mais profunda da Caverna de Lascaux, uma pintura rupestre traz um homem com cabeça de pássaro caído diante de um bisonte que o enfrenta mesmo eviscerado, atravessado por uma lança. A gruta, em Montignac-sur-Vézère, na França, abriga o que para muitos é o conjunto mais imponente de arte pré-histórica já descoberto. O homem-pássaro caído (estará morto?) integra a "cena do poço", como é conhecida. A composição intriga historiadores desde que foi encontrada por um grupo de adolescentes em 1940. Entre outros motivos, porque o homem com cabeça de pássaro na parede da caverna está, há 17 mil anos, de pau duro. O último livro que o escritor francês Georges Bataille viu publicado em vida é um assombroso conjunto de ensaios sobre erotismo, morte, religião e arte chamado "As Lágrimas de Eros" (1961). A primeira metade do livro presta-se a elaborar a ideia de que o erotismo surge através do conhecimento da morte. Para Bataille, esse erotismo contrapõe a vida sexual do homem à do animal. Bataille era fascinado pela Caverna de Lascaux, que visitou muitas vezes. Especialmente pelo "desconcertante enigma" do seu poço, "o mais trágico entre os que a nossa espécie coloca a si própria". Já tinha escrito sobre ela antes, mas sem oferecer à pintura o sentido encontrado nos seus últimos meses de vida. O ensaio usa o homem-pássaro morto ou quase morto (ainda que em estado de vigorosa ereção) e o bisonte em posição de ataque (ainda que agonizante) como ponto de partida. Estou distraído com o livro, publicado em Portugal pela Editora Sistema Solar, na mais estupefaciente livraria de Lisboa, a Ler Devagar, sobre a qual já escrevi. Chove, o sistema de som toca um disco indie qualquer e as vendedoras são bonitas e extremamente tímidas, como lhes cabe. Vou até o bar, peço uma imperial de um euro e meio e volto a a minha mesa. Abro o livro numa página ao acaso –é assim que o estou enfrentando– e leio: "A verdade é que a sensação de incômodo ligada à atividade sexual lembra, pelo menos num sentido, a sensação de incômodo ligada à morte e aos mortos. Sempre que tal acontece, a 'violência' excede-nos de uma forma estranha: o que se passa é sempre estranho à ordem estabelecida das coisas, que tem sempre por resposta esta violência." E ainda: "Sermos humanos e vivermos na sombria perspectiva da morte faz-nos conhecer a violência exasperada, a violência desesperada do erotismo." Sempre preferir ler –e tentar escrever– romances que transitam pela encruzilhada entre sexo, morte e representação cantada aqui pelo Bataille. E quando escrevo representação, quero justamente dizer seu contrário: tentar transmitir o que não pode ser passado adiante. O que não cabe. Na gênese do erotismo e nos limites da linguagem há sempre algo interdito. Por que estou em Lisboa, lendo Bataille numa livraria, disfarçando meu nervosismo com cerveja e escrevendo banalidades sobre os limites da representação num bloco de anotações à minha frente? Talvez seja uma tentativa de justificar os últimos cinco minutos do meu filme para os que irão na estreia de "A morte de J.P. Cuenca", quinta-feira que vem, dia 8, ou nas outras sessões do longa-metragem no Festival do Rio. E talvez prepará-los, não para testemunhar a cena de uma morte, mas de um nascimento ao contrário.
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Santander aposta em milhas para tirar do Itaú clientes do Citibank
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O Santander perdeu para o Itaú a disputa pela operação de varejo do Citibank no Brasil, mas deu um drible no concorrente ao fechar parceria com o programa de benefícios da American Airlines. A Folha apurou que o banco espanhol passará a emitir cartões vinculados à companhia aérea a partir de março. Considerado um dos programas de benefícios mais vantajosos do mercado, o AAdvantage tem clientes fiéis e dispostos a pagar pela anuidade do cartão do Citi (R$ 450 no platinum). O motivo é que as milhas não expiram se o usuário acumular novos pontos ou resgatá-los a cada 18 meses. Além disso, esses consumidores têm maior poder aquisitivo e oferecem menor risco de calote durante a crise. São 650 mil membros do AAdvantage no Brasil, mas nem todos têm ligação com o Citi. A Folha apurou que a expectativa é que o programa tenha 1 milhão de associados no país, sendo que o Santander espera vender cartões para até 70% deles. O processo não será simples, no entanto. O banco espanhol terá acesso aos dados da American Airlines, mas não às informações dos detentores dos cartões –essas pertencerão ao Itaú. Em setembro, a instituição comandada por Roberto Setubal pagou R$ 750 milhões pelo braço de varejo do Citi, desbancando o Santander. A aquisição ainda precisa do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e do Banco Central. Quando os clientes do Citi forem incorporados pelo Itaú, o cartão perderá o vínculo com o programa da American Airlines. Portanto, os novos gastos não servirão para acumular milhas, mas os pontos existentes continuarão disponíveis. Se quiserem juntar pontos com o AAdvantage, os usuários precisarão voar pela companhia ou migrar para o Santander. "Não sei até que ponto a relação do cliente com a American Airlines faria ele mudar de banco para manter o programa", diz Boanerges Ramos Freire, sócio da consultoria Boanerges e Cia. Para ele, o mais provável é que o Itaú faça uma contraoferta para manter o cliente. Procurados, Santander e Itaú não comentaram a operação. O Citi disse que os benefícios atuais do cartão estão mantidos.
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Santander aposta em milhas para tirar do Itaú clientes do CitibankO Santander perdeu para o Itaú a disputa pela operação de varejo do Citibank no Brasil, mas deu um drible no concorrente ao fechar parceria com o programa de benefícios da American Airlines. A Folha apurou que o banco espanhol passará a emitir cartões vinculados à companhia aérea a partir de março. Considerado um dos programas de benefícios mais vantajosos do mercado, o AAdvantage tem clientes fiéis e dispostos a pagar pela anuidade do cartão do Citi (R$ 450 no platinum). O motivo é que as milhas não expiram se o usuário acumular novos pontos ou resgatá-los a cada 18 meses. Além disso, esses consumidores têm maior poder aquisitivo e oferecem menor risco de calote durante a crise. São 650 mil membros do AAdvantage no Brasil, mas nem todos têm ligação com o Citi. A Folha apurou que a expectativa é que o programa tenha 1 milhão de associados no país, sendo que o Santander espera vender cartões para até 70% deles. O processo não será simples, no entanto. O banco espanhol terá acesso aos dados da American Airlines, mas não às informações dos detentores dos cartões –essas pertencerão ao Itaú. Em setembro, a instituição comandada por Roberto Setubal pagou R$ 750 milhões pelo braço de varejo do Citi, desbancando o Santander. A aquisição ainda precisa do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e do Banco Central. Quando os clientes do Citi forem incorporados pelo Itaú, o cartão perderá o vínculo com o programa da American Airlines. Portanto, os novos gastos não servirão para acumular milhas, mas os pontos existentes continuarão disponíveis. Se quiserem juntar pontos com o AAdvantage, os usuários precisarão voar pela companhia ou migrar para o Santander. "Não sei até que ponto a relação do cliente com a American Airlines faria ele mudar de banco para manter o programa", diz Boanerges Ramos Freire, sócio da consultoria Boanerges e Cia. Para ele, o mais provável é que o Itaú faça uma contraoferta para manter o cliente. Procurados, Santander e Itaú não comentaram a operação. O Citi disse que os benefícios atuais do cartão estão mantidos.
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Ciclo de queda começou no segundo trimestre de 2014
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Recessões são períodos de recuo significativo da atividade econômica, marcados por demissões, vendas e investimentos em queda e forte pessimismo entre consumidores e empresários. O conceito mais popular de recessão é o de dois trimestres consecutivos de contração do PIB. Mas uma economia pode, por exemplo, entrar em recessão antes mesmo de o PIB começar a encolher e continuar em recessão se ocorre uma recuperação frágil. No Brasil, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que analisa e data os ciclos econômicos, a atual recessão começou no segundo trimestre de 2014 e já dura seis trimestres. A recessão mais longa das últimas décadas se estendeu por 11 trimestres, entre 1989 e 1992. Em meados de 2014, o mercado de trabalho ainda não havia entrado em forte trajetória de desaceleração. Mas já havia outros sinais de que a economia entrava em um ciclo recessivo, como a severa queda da confiança de consumidores e empresários. A duração técnica do atual ciclo recessivo ainda é incerta. Mas, para analistas, já trata-se de um dos mais severos da história.
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Ciclo de queda começou no segundo trimestre de 2014Recessões são períodos de recuo significativo da atividade econômica, marcados por demissões, vendas e investimentos em queda e forte pessimismo entre consumidores e empresários. O conceito mais popular de recessão é o de dois trimestres consecutivos de contração do PIB. Mas uma economia pode, por exemplo, entrar em recessão antes mesmo de o PIB começar a encolher e continuar em recessão se ocorre uma recuperação frágil. No Brasil, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que analisa e data os ciclos econômicos, a atual recessão começou no segundo trimestre de 2014 e já dura seis trimestres. A recessão mais longa das últimas décadas se estendeu por 11 trimestres, entre 1989 e 1992. Em meados de 2014, o mercado de trabalho ainda não havia entrado em forte trajetória de desaceleração. Mas já havia outros sinais de que a economia entrava em um ciclo recessivo, como a severa queda da confiança de consumidores e empresários. A duração técnica do atual ciclo recessivo ainda é incerta. Mas, para analistas, já trata-se de um dos mais severos da história.
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Propina a aliados de Sérgio Cabral era chamada de 'taxa de oxigênio'
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Os investigadores da Operação Calicute, que levou à prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) nesta quinta (17), relatam que a suposta propina paga por empreiteiras dentro da Secretaria de Obras do Estado era chamada de "taxa de oxigênio". De acordo com a força-tarefa da Lava Jato no Rio, que atuou em conjunto com a equipe de Curitiba na investigação, o "O2", como também foi chamado, era destinado ao ex-secretário da pasta, Hudson Braga, também preso na operação. A "taxa de oxigênio" era de 1% dos valores dos contratos. Já Cabral recebia 5% dos valores. De acordo com O Ministério Público Federal no Rio, as propinas eram pagas em forma de mesada. A Andrade Gutierrez pagava R$ 350 mil por mês e a Carioca Engenharia, R$ 500 mil a partir do segundo mandato do ex-governador –era R$ 200 mil no primeiro. Os recursos eram repassados de diferentes formas, de acordo com os investigadores. Parte vinha de contratos fictícios de consultoria por meio do empresário Adir Assad, que repassava os recursos à quadrilha. Outra parte era repassado em espécie. De acordo com a Lava Jato, Cabral tinha como principal operador e controlador do pagamento de propina o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, também preso pela PF. Os responsáveis por recolher o valor em espécie seriam Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra, também detidos na operação. De acordo com os procuradores, o dinheiro era coletado em mochilas. Em 14 de outubro de 2008, Miranda viajou a São Paulo exclusivamente para recolher a propina da Andrade Gutierrez, que não tinha os recursos em espécie para repassar à quadrilha de Cabral, sempre segundo os procuradores. Já Hudson Braga tinha como operadores José Orlando Rabelo e Wagner Jordão Garcia, responsáveis por coletar a "taxa de oxigênio". Segundo o procurador Eduardo El Hage, membro da força-tarefa da Lava Jato no Rio, o termo "taxa de oxigênio" foi identificado num e-mail enviado por Alex Sardinha, da construtora Oriente, em que menciona o repasse de R$ 77,8 mil referente a uma fatura paga à empresa. Sardinha teve a prisão temporária decretada.
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Propina a aliados de Sérgio Cabral era chamada de 'taxa de oxigênio'Os investigadores da Operação Calicute, que levou à prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) nesta quinta (17), relatam que a suposta propina paga por empreiteiras dentro da Secretaria de Obras do Estado era chamada de "taxa de oxigênio". De acordo com a força-tarefa da Lava Jato no Rio, que atuou em conjunto com a equipe de Curitiba na investigação, o "O2", como também foi chamado, era destinado ao ex-secretário da pasta, Hudson Braga, também preso na operação. A "taxa de oxigênio" era de 1% dos valores dos contratos. Já Cabral recebia 5% dos valores. De acordo com O Ministério Público Federal no Rio, as propinas eram pagas em forma de mesada. A Andrade Gutierrez pagava R$ 350 mil por mês e a Carioca Engenharia, R$ 500 mil a partir do segundo mandato do ex-governador –era R$ 200 mil no primeiro. Os recursos eram repassados de diferentes formas, de acordo com os investigadores. Parte vinha de contratos fictícios de consultoria por meio do empresário Adir Assad, que repassava os recursos à quadrilha. Outra parte era repassado em espécie. De acordo com a Lava Jato, Cabral tinha como principal operador e controlador do pagamento de propina o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, também preso pela PF. Os responsáveis por recolher o valor em espécie seriam Carlos Emanuel Miranda e Luiz Carlos Bezerra, também detidos na operação. De acordo com os procuradores, o dinheiro era coletado em mochilas. Em 14 de outubro de 2008, Miranda viajou a São Paulo exclusivamente para recolher a propina da Andrade Gutierrez, que não tinha os recursos em espécie para repassar à quadrilha de Cabral, sempre segundo os procuradores. Já Hudson Braga tinha como operadores José Orlando Rabelo e Wagner Jordão Garcia, responsáveis por coletar a "taxa de oxigênio". Segundo o procurador Eduardo El Hage, membro da força-tarefa da Lava Jato no Rio, o termo "taxa de oxigênio" foi identificado num e-mail enviado por Alex Sardinha, da construtora Oriente, em que menciona o repasse de R$ 77,8 mil referente a uma fatura paga à empresa. Sardinha teve a prisão temporária decretada.
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Aplicativo premia bons comportamentos com uma poupança
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Nos últimos anos, estamos assistindo uma verdadeira revolução em diversos mercados. Startups como Uber e AirBnb vem protagonizando mudanças profundas na forma como olhamos o transporte e o turismo. Agora, muitos analistas de mercado se perguntam qual vai ser a startup que vai revolucionar a nossa relação com dinheiro. A maior dificuldade que a maioria das pessoas sente ao lidar com suas finanças é conseguir poupar. Ninguém gosta de abrir mão de algo no presente para ter algo melhor no futuro –e se isto é verdade para a população no geral, imagine então para a geração Y. É complicado vender a importância de poupar para jovens com salários baixos e uma visão mais imediatista da vida. Para ajudar estes jovens surgiu a startup sueca Qapital, que lançou recentemente um aplicativo com o mesmo nome. O app estimula o usuário a poupar para alcançar objetivos específicos, ajudando-o a guardar dinheiro com regularidade. O diferencial é que a ferramenta possui uma função que automatiza a poupança. Funciona da seguinte forma: você pode estabelecer gatilhos automáticos para guardar dinheiro, como comprar um café no Starbucks ou andar 10 mil passos por dia. Cada usuário estabelece o gatilho que for mais adequado para a sua vida. O aplicativo difere dos demais ao olhar para a questão da poupança como um problema comportamental. Ele premia aqueles que adotam hábitos saudáveis com um depósito para atingir seus sonhos, ao mesmo tempo em que faz com que o usuário reflita duas vezes antes de sair comprando mais uma bebida no Starbucks. A partir daí, é escolher o seu objetivo para poupar e começar a juntar dinheiro. O aplicativo pede para que o usuário cadastre o seu objetivo e até inclua uma foto dele, para dar um estímulo a mais. A ideia é dar um empurrão para quem tem dificuldade de poupar, e de quebra prestar mais atenção para a forma com que gastamos o dinheiro, ligando o processo todo às recompensas de conseguir poupar, e nenhum trabalho maçante de montar orçamentos e planilhas. O usuário conecta o aplicativo a sua conta no banco e ele faz o resto, destinando de fato o dinheiro para uma conta poupança. Por enquanto, o aplicativo só funciona para clientes de bancos americanos. A ideia parece interessante, e apela para um círculo de comportamento e recompensa que pode ajudar a fomentar hábitos financeiros mais saudáveis. Resta saber quantos gatilhos, cappuccinos e passos dados conseguem juntar o valor suficiente para realizar uma viagem, por exemplo. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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Aplicativo premia bons comportamentos com uma poupançaNos últimos anos, estamos assistindo uma verdadeira revolução em diversos mercados. Startups como Uber e AirBnb vem protagonizando mudanças profundas na forma como olhamos o transporte e o turismo. Agora, muitos analistas de mercado se perguntam qual vai ser a startup que vai revolucionar a nossa relação com dinheiro. A maior dificuldade que a maioria das pessoas sente ao lidar com suas finanças é conseguir poupar. Ninguém gosta de abrir mão de algo no presente para ter algo melhor no futuro –e se isto é verdade para a população no geral, imagine então para a geração Y. É complicado vender a importância de poupar para jovens com salários baixos e uma visão mais imediatista da vida. Para ajudar estes jovens surgiu a startup sueca Qapital, que lançou recentemente um aplicativo com o mesmo nome. O app estimula o usuário a poupar para alcançar objetivos específicos, ajudando-o a guardar dinheiro com regularidade. O diferencial é que a ferramenta possui uma função que automatiza a poupança. Funciona da seguinte forma: você pode estabelecer gatilhos automáticos para guardar dinheiro, como comprar um café no Starbucks ou andar 10 mil passos por dia. Cada usuário estabelece o gatilho que for mais adequado para a sua vida. O aplicativo difere dos demais ao olhar para a questão da poupança como um problema comportamental. Ele premia aqueles que adotam hábitos saudáveis com um depósito para atingir seus sonhos, ao mesmo tempo em que faz com que o usuário reflita duas vezes antes de sair comprando mais uma bebida no Starbucks. A partir daí, é escolher o seu objetivo para poupar e começar a juntar dinheiro. O aplicativo pede para que o usuário cadastre o seu objetivo e até inclua uma foto dele, para dar um estímulo a mais. A ideia é dar um empurrão para quem tem dificuldade de poupar, e de quebra prestar mais atenção para a forma com que gastamos o dinheiro, ligando o processo todo às recompensas de conseguir poupar, e nenhum trabalho maçante de montar orçamentos e planilhas. O usuário conecta o aplicativo a sua conta no banco e ele faz o resto, destinando de fato o dinheiro para uma conta poupança. Por enquanto, o aplicativo só funciona para clientes de bancos americanos. A ideia parece interessante, e apela para um círculo de comportamento e recompensa que pode ajudar a fomentar hábitos financeiros mais saudáveis. Resta saber quantos gatilhos, cappuccinos e passos dados conseguem juntar o valor suficiente para realizar uma viagem, por exemplo. Post em parceria com Carolina Ruhman Sandler, jornalista, fundadora do site Finanças Femininas e coautora do livro "Finanças femininas - Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos" (Saraiva)
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Comando do PT deve expulsar Delcídio
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O comando do PT deverá expulsar o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo integrantes da cúpula do partido, a tendência é pela desfiliação do parlamentar, preso pela Polícia Federal sob acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A expulsão será debatida em reunião da Executiva Nacional na semana que vem. Como será convocada às pressas, a data ainda não foi fixada. Existem dois ritos em análise: o afastamento sumário ou a expulsão apenas após toda a tramitação de um processo no conselho de ética. O presidente da sigla, Rui Falcão, deu a senha para o afastamento quando minimizava críticas à nota em que negou solidariedade a Delcídio : "Não há divisão. Expressei minha opinião. Essa opinião será debatida com maior profundidade, inclusive com consequências práticas". Presidente do PT de São Paulo, o ex-prefeito Emídio de Souza defendeu publicamente a expulsão. "Se não, a opinião pública nos confunde com atos delituosos", alegou. A medida é defendida pela segunda maior força do PT, a Mensagem. O secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, prega o afastamento sumário de Delcídio. Além de Emídio, a ideia tem adeptos na maior força do PT (CNB). Mas enfrentará a resistência do líder da sigla no Senado, Humberto Costa (PE). Com direito a assento na executiva, ele criticou nesta quinta-feira (26) a decisão de Falcão de divulgar nota dura contra Delcídio. A divulgação da nota abriu um racha entre o comando do partido e sua bancada no Congresso, que reclama de não ter sido previamente consultado sobre seu teor. Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) também criticaram a nota. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre a expulsão. Mas admitiu, nesta quinta-feira (26), que a prisão de Delcídio desestabiliza o governo e leva a crise para o Palácio do Planalto. Dizendo que Delcídio fez uma "coisa de imbecil", Lula lamentou que a detenção tenha ocorrido num momento em que considerava praticamente debelado o movimento pelo impeachtment da presidente Dilma. A avaliação foi feita durante almoço na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Segundo participantes, Lula se disse perplexo com a "burrada" de um homem tão sofisticado. Ele afirmou que cada um deve se responsabilizar pelos seus atos, sem que o governo seja contaminado. O instituto Lula negou, por intermédio de sua assessoria, que o ex-presidente tenha usado a expressão "coisa de imbecil" para se referir à atitude de Delcídio. A informação foi confirmada por dois participantes do almoço com Lula. Presente ao almoço, o ex-prefeito de Guarulhos Sebastião Almeida conta que Lula manifestou preocupação com as taxas de desemprego. "Lula diz que o momento é delicado. Quando se faz um esforço gigantesco, um fato puxa [a crise de novo]." Companheirismo no PT
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Comando do PT deve expulsar DelcídioO comando do PT deverá expulsar o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo integrantes da cúpula do partido, a tendência é pela desfiliação do parlamentar, preso pela Polícia Federal sob acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A expulsão será debatida em reunião da Executiva Nacional na semana que vem. Como será convocada às pressas, a data ainda não foi fixada. Existem dois ritos em análise: o afastamento sumário ou a expulsão apenas após toda a tramitação de um processo no conselho de ética. O presidente da sigla, Rui Falcão, deu a senha para o afastamento quando minimizava críticas à nota em que negou solidariedade a Delcídio : "Não há divisão. Expressei minha opinião. Essa opinião será debatida com maior profundidade, inclusive com consequências práticas". Presidente do PT de São Paulo, o ex-prefeito Emídio de Souza defendeu publicamente a expulsão. "Se não, a opinião pública nos confunde com atos delituosos", alegou. A medida é defendida pela segunda maior força do PT, a Mensagem. O secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, prega o afastamento sumário de Delcídio. Além de Emídio, a ideia tem adeptos na maior força do PT (CNB). Mas enfrentará a resistência do líder da sigla no Senado, Humberto Costa (PE). Com direito a assento na executiva, ele criticou nesta quinta-feira (26) a decisão de Falcão de divulgar nota dura contra Delcídio. A divulgação da nota abriu um racha entre o comando do partido e sua bancada no Congresso, que reclama de não ter sido previamente consultado sobre seu teor. Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) também criticaram a nota. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre a expulsão. Mas admitiu, nesta quinta-feira (26), que a prisão de Delcídio desestabiliza o governo e leva a crise para o Palácio do Planalto. Dizendo que Delcídio fez uma "coisa de imbecil", Lula lamentou que a detenção tenha ocorrido num momento em que considerava praticamente debelado o movimento pelo impeachtment da presidente Dilma. A avaliação foi feita durante almoço na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo. Segundo participantes, Lula se disse perplexo com a "burrada" de um homem tão sofisticado. Ele afirmou que cada um deve se responsabilizar pelos seus atos, sem que o governo seja contaminado. O instituto Lula negou, por intermédio de sua assessoria, que o ex-presidente tenha usado a expressão "coisa de imbecil" para se referir à atitude de Delcídio. A informação foi confirmada por dois participantes do almoço com Lula. Presente ao almoço, o ex-prefeito de Guarulhos Sebastião Almeida conta que Lula manifestou preocupação com as taxas de desemprego. "Lula diz que o momento é delicado. Quando se faz um esforço gigantesco, um fato puxa [a crise de novo]." Companheirismo no PT
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ProUni oferece 125 mil bolsas de estudo; inscrição vai até sexta
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O MEC (Ministério da Educação) abriu as inscrições para o segundo semestre de 2016 do ProUni (Programa Universidade para Todos), programa de bolsas para estudantes de baixa renda ingressarem em instituições privadas de ensino superior. Nesta edição, o MEC oferece 125.442 bolsas de estudo, entre integrais e parciais (50% de desconto), em instituições de ensino superior. Dessas, 68.350 são parciais. De acordo com o órgão, são cerca de 9.000 bolsas a mais do que no mesmo período de 2015. O prazo para concorrer ao benefício vai até as 23h59 da próxima sexta-feira (10). As inscrições são gratuitas e acontecem exclusivamente no site do ProUni, a partir do qual o candidato poderá pesquisar a partir do nome da instituição, do curso ou da cidade desejada. Cada candidato pode escolher até duas opções de curso e poderá alterá-las ao longo do processo. Para se inscrever, os candidatos devem indicar o número de inscrição e a senha usados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015, além do CPF. Para participar, o candidato precisa ter participado do Enem de 2015 e ter obtido no mínimo 450 pontos na média das notas do exame e não ter tirado nota zero na redação. Além disso, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio na rede pública ou ter sido bolsista integral em escola privada; não ter diploma de ensino superior e renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos (R$ 2.640). O critério de renda, entretanto, não se aplica a professores da rede pública que desejam obter a bolsa para estudar em curso de licenciatura. APROVADOS A oferta de bolsas terá duas chamadas: a primeira no dia 13 de junho, e a segunda, no dia 27. Os selecionados devem procurar a instituição de ensino escolhida e comprovar as informações prestadas no site do ProUni. As matrículas da primeira chamada vão do dia 13 até o dia 20, e da segunda, do 27 até o dia 1º de julho. Se não for selecionado, o candidato pode indicar interesse em participar da lista de espera, no período entre 8 e 11 de julho. SISU As inscrições começaram um dia depois da divulgação do resultado da 2ª edição do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2016, sistema de seleção unificada para instituições públicas. Os candidatos podem consultar o resultado na página do Sisu ou nas instituições de ensino superior. O estudante aprovado deverá realizar sua matrícula na instituição para a qual foi selecionado nos dias 10, 13 e 14 de junho. ENEM No dia 8 de janeiro, o Ministério da Educação divulgou os resultados do Enem 2015, que podem ser consultados no site do Inep. O sistema possibilita que o estudante use a nota do Enem para entrar em diversas universidades públicas, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O único requisito é ter tirado nota acima de zero na prova de redação. A edição deste ano do Enem teve 7,7 milhões de inscritos, mas 25% deles (1,9 milhão) não participaram dos dois dias de testes. Esse foi o menor índice de abstenção desde 2009.
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educacao
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ProUni oferece 125 mil bolsas de estudo; inscrição vai até sextaO MEC (Ministério da Educação) abriu as inscrições para o segundo semestre de 2016 do ProUni (Programa Universidade para Todos), programa de bolsas para estudantes de baixa renda ingressarem em instituições privadas de ensino superior. Nesta edição, o MEC oferece 125.442 bolsas de estudo, entre integrais e parciais (50% de desconto), em instituições de ensino superior. Dessas, 68.350 são parciais. De acordo com o órgão, são cerca de 9.000 bolsas a mais do que no mesmo período de 2015. O prazo para concorrer ao benefício vai até as 23h59 da próxima sexta-feira (10). As inscrições são gratuitas e acontecem exclusivamente no site do ProUni, a partir do qual o candidato poderá pesquisar a partir do nome da instituição, do curso ou da cidade desejada. Cada candidato pode escolher até duas opções de curso e poderá alterá-las ao longo do processo. Para se inscrever, os candidatos devem indicar o número de inscrição e a senha usados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015, além do CPF. Para participar, o candidato precisa ter participado do Enem de 2015 e ter obtido no mínimo 450 pontos na média das notas do exame e não ter tirado nota zero na redação. Além disso, o candidato deve ter cursado todo o ensino médio na rede pública ou ter sido bolsista integral em escola privada; não ter diploma de ensino superior e renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos (R$ 2.640). O critério de renda, entretanto, não se aplica a professores da rede pública que desejam obter a bolsa para estudar em curso de licenciatura. APROVADOS A oferta de bolsas terá duas chamadas: a primeira no dia 13 de junho, e a segunda, no dia 27. Os selecionados devem procurar a instituição de ensino escolhida e comprovar as informações prestadas no site do ProUni. As matrículas da primeira chamada vão do dia 13 até o dia 20, e da segunda, do 27 até o dia 1º de julho. Se não for selecionado, o candidato pode indicar interesse em participar da lista de espera, no período entre 8 e 11 de julho. SISU As inscrições começaram um dia depois da divulgação do resultado da 2ª edição do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) 2016, sistema de seleção unificada para instituições públicas. Os candidatos podem consultar o resultado na página do Sisu ou nas instituições de ensino superior. O estudante aprovado deverá realizar sua matrícula na instituição para a qual foi selecionado nos dias 10, 13 e 14 de junho. ENEM No dia 8 de janeiro, o Ministério da Educação divulgou os resultados do Enem 2015, que podem ser consultados no site do Inep. O sistema possibilita que o estudante use a nota do Enem para entrar em diversas universidades públicas, como a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O único requisito é ter tirado nota acima de zero na prova de redação. A edição deste ano do Enem teve 7,7 milhões de inscritos, mas 25% deles (1,9 milhão) não participaram dos dois dias de testes. Esse foi o menor índice de abstenção desde 2009.
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Conta de luz não terá cobrança adicional em setembro, define Aneel
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A conta de luz de setembro dos consumidores brasileiros não terá encargos adicionais do sistema de bandeiras tarifárias. Este será o sexto mês de vigência da bandeira verde, que sinaliza custos mais baixos para a energia gerada no sistema. Mais cedo, o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Eduardo Barata, explicou que o nível dos reservatórios aponta que não deve ser necessário acionar térmicas mais caras, que levariam à bandeira amarela, e que, portanto, a sinalização verde deve permanecer pelo menos até o fim do ano. Ele chamou de especulações as notícias de que o governo poderia promover uma mudança de bandeira para amarela, o que implicaria em um custo adicional na conta dos consumidores de R$ 1,50 a cada 100 Kwh consumidos. "Mantemos verde a bandeira, com certeza... Há muita especulação nesse mercado", disse ele. "Acho que vamos ficar com a verde até o fim, até porque em outubro e novembro começa a chover. Além disso, no período seco está chovendo. Ou seja, o balanço da carga de geração permite dizer que não será necessário gerar tanta térmica", adicionou Barata, sobre as termelétricas que têm custo mais alto. * Bandeiras Vermelha - R$ 4,50* Vermelha 1 (Rosa) - R$ 3,00* Amarela - R$ 1,50* Verde - R$ 0* *Acréscimo a cada 100 kWh na conta de luz O que é a bandeira tarifária? Repassa à conta de luz, mensalmente, o custo adicional com o uso das termelétricas. Começou a valer em 2015. Uma família de quatro pessoas tem, em média, um consumo de 170 kWh mensais
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Conta de luz não terá cobrança adicional em setembro, define AneelA conta de luz de setembro dos consumidores brasileiros não terá encargos adicionais do sistema de bandeiras tarifárias. Este será o sexto mês de vigência da bandeira verde, que sinaliza custos mais baixos para a energia gerada no sistema. Mais cedo, o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Eduardo Barata, explicou que o nível dos reservatórios aponta que não deve ser necessário acionar térmicas mais caras, que levariam à bandeira amarela, e que, portanto, a sinalização verde deve permanecer pelo menos até o fim do ano. Ele chamou de especulações as notícias de que o governo poderia promover uma mudança de bandeira para amarela, o que implicaria em um custo adicional na conta dos consumidores de R$ 1,50 a cada 100 Kwh consumidos. "Mantemos verde a bandeira, com certeza... Há muita especulação nesse mercado", disse ele. "Acho que vamos ficar com a verde até o fim, até porque em outubro e novembro começa a chover. Além disso, no período seco está chovendo. Ou seja, o balanço da carga de geração permite dizer que não será necessário gerar tanta térmica", adicionou Barata, sobre as termelétricas que têm custo mais alto. * Bandeiras Vermelha - R$ 4,50* Vermelha 1 (Rosa) - R$ 3,00* Amarela - R$ 1,50* Verde - R$ 0* *Acréscimo a cada 100 kWh na conta de luz O que é a bandeira tarifária? Repassa à conta de luz, mensalmente, o custo adicional com o uso das termelétricas. Começou a valer em 2015. Uma família de quatro pessoas tem, em média, um consumo de 170 kWh mensais
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Petrobras! Assume o Mandíbula!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! O Volume Vivo da Cantareira! Caiu a ficha da Granda Chefa Toura Sentada Dilma. A Graça Foster subiu no telhado! Só espero que não caia em cima de mim! Rarará! E quem vai ficar no lugar dela? O Mandíbula, o vilão do He-Man! É a cara dela! E já tem gente dizendo que a nova diretora da Petrobras devia ser a Gisele Bündchen. Pra compensar! No lugar da Feiuracracia, a Belezacracia, é isso? E no lugar do Cerveró, o Caio Castro! E a Desgraça Foster vai fazer o que quando sair da Roubobras? Cover do Ozzy Osbourne! Cara de quem come morcego ela já tem. A merenda dela é um morcego! Rarará! E eu sempre disse que a Graça Foster não é feia, ela tem o design desarranjado. Parece que saiu da boca da vaca! E o Sujão em São Paulo? Manchete do "Piauí Herald": "Water Trucks começam a circular por São Paulo". Agora não é mais food truck, é water truck! ÁGUA GOURMET! Vai ter fila dobrando o quarteirão. "Eu quero uma Billings Water." "E eu quero uma Alto Tietê com quinoa!" Rarará! E garota de programa agora é assim: "Programa normal, 12 garrafinhas de água. Passar a noite, 12 garrafinhas de água com gás. Beijo na boca, caminhão-pipa". Rarará! E os predestinados da falta d'água. Ontem apareceu no "Jornal da Band" uma especialista em reúso da água: Claudia PEIXE! Rarará. Ela deve estar desesperada! Eu quero água! Eu quero me debater! Rarará! E um amigo foi pescar no rio Piracicaba e pescou: uma vaca e dois carneiros! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha essa placa num mercadinho da Penha, zona leste de São Paulo: "Terminantemente proibido entrar sem camisa (inclusive garotão de peito depilado), entrar fumando (cigarro convencional, baseado ou qualquer tipo de entorpecente), entrar acompanhado de animais (mesmo que seja o cachorrinho lindinho da mamãe)". Rarará! Ainda bem que nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Petrobras! Assume o Mandíbula!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! O Volume Vivo da Cantareira! Caiu a ficha da Granda Chefa Toura Sentada Dilma. A Graça Foster subiu no telhado! Só espero que não caia em cima de mim! Rarará! E quem vai ficar no lugar dela? O Mandíbula, o vilão do He-Man! É a cara dela! E já tem gente dizendo que a nova diretora da Petrobras devia ser a Gisele Bündchen. Pra compensar! No lugar da Feiuracracia, a Belezacracia, é isso? E no lugar do Cerveró, o Caio Castro! E a Desgraça Foster vai fazer o que quando sair da Roubobras? Cover do Ozzy Osbourne! Cara de quem come morcego ela já tem. A merenda dela é um morcego! Rarará! E eu sempre disse que a Graça Foster não é feia, ela tem o design desarranjado. Parece que saiu da boca da vaca! E o Sujão em São Paulo? Manchete do "Piauí Herald": "Water Trucks começam a circular por São Paulo". Agora não é mais food truck, é water truck! ÁGUA GOURMET! Vai ter fila dobrando o quarteirão. "Eu quero uma Billings Water." "E eu quero uma Alto Tietê com quinoa!" Rarará! E garota de programa agora é assim: "Programa normal, 12 garrafinhas de água. Passar a noite, 12 garrafinhas de água com gás. Beijo na boca, caminhão-pipa". Rarará! E os predestinados da falta d'água. Ontem apareceu no "Jornal da Band" uma especialista em reúso da água: Claudia PEIXE! Rarará. Ela deve estar desesperada! Eu quero água! Eu quero me debater! Rarará! E um amigo foi pescar no rio Piracicaba e pescou: uma vaca e dois carneiros! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! O Brasil é Lúdico! Olha essa placa num mercadinho da Penha, zona leste de São Paulo: "Terminantemente proibido entrar sem camisa (inclusive garotão de peito depilado), entrar fumando (cigarro convencional, baseado ou qualquer tipo de entorpecente), entrar acompanhado de animais (mesmo que seja o cachorrinho lindinho da mamãe)". Rarará! Ainda bem que nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Quem brincou com a democracia foi Renan, diz Flávio Dino
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Aliado da presidente Dilma Rousseff, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), afirma que o Senado errou ao prosseguir com o processo de impeachment segunda (9). Em entrevista à Folha, ele criticou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por ter ignorado a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Renan acusou o deputado de "brincar com a democracia" ao anular a votação do impeachment. "O Senado está assumindo o risco de tocar o processo sem a autorização da Câmara. No meu dicionário, isso que é brincar com a democracia", criticou Dino. O governador disse que a decisão de Renan foi "bastante esquisita" e deverá ser questionada pelo governo no Supremo Tribunal Federal. "Criou-se mais um argumento para o debate judicial", afirmou. Dino saiu em defesa de Maranhão, seu aliado. "Ele não revelou despreparo, e sim altivez, coragem e destemor. As críticas são da vida. Quem apanha hoje pode ser herói amanhã", disse. Ex-juiz federal, o governador negou ter sido o verdadeiro autor da decisão: "Se eu fosse o ghost-writer, diria. Mas só agi como consultor jurídico".
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Quem brincou com a democracia foi Renan, diz Flávio DinoAliado da presidente Dilma Rousseff, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), afirma que o Senado errou ao prosseguir com o processo de impeachment segunda (9). Em entrevista à Folha, ele criticou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por ter ignorado a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). Renan acusou o deputado de "brincar com a democracia" ao anular a votação do impeachment. "O Senado está assumindo o risco de tocar o processo sem a autorização da Câmara. No meu dicionário, isso que é brincar com a democracia", criticou Dino. O governador disse que a decisão de Renan foi "bastante esquisita" e deverá ser questionada pelo governo no Supremo Tribunal Federal. "Criou-se mais um argumento para o debate judicial", afirmou. Dino saiu em defesa de Maranhão, seu aliado. "Ele não revelou despreparo, e sim altivez, coragem e destemor. As críticas são da vida. Quem apanha hoje pode ser herói amanhã", disse. Ex-juiz federal, o governador negou ter sido o verdadeiro autor da decisão: "Se eu fosse o ghost-writer, diria. Mas só agi como consultor jurídico".
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'Era de ouro' da TV americana pode render Emmy histórico; relembre indicados
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Políticos egoístas, publicitários em conflito, uma prisão cheia de mulheres traiçoeiras e nobres sanguinários de reinos em disputa. Bem-vindo ao Prêmio Emmy, a maior honraria da televisão norte-americana, cuja cerimônia no domingo (20) promete uma noite histórica e um palco repleto de rostos novos entre os premiados. "No momento a TV tem um monte de grandes história e atuações, então há quase um excesso de bons programas para se escolher os vencedores", disse Mary McNamara, crítica de TV do jornal Los Angeles Times. "A pergunta é: veremos o universo ampliado da televisão refletido nos vencedores?". Veja, abaixo, as séries indicadas: Será que os eleitores do prêmio irão embarcar em "Transparent", série dramática sobe transgêneros, e dar à Amazon Studios sua primeira estatueta do Emmy? Será que a sátira política "Veep", do canal HBO, irá pegar carona na iminente campanha presidencial de 2016 e levar o prêmio de melhor série cômica? Os especialistas em premiações dizem que nada é previsível este ano, devido a uma mudança nas regras que abre espaço para a votação pela Internet pela primeira vez e amplia a votação em algumas das principais categorias para todos os 18 mil membros da Academia de Artes e Ciências da Televisão dos EUA. "Isso muda totalmente o jogo. Agora realmente tudo pode acontecer, e isso foi instituído para que haja mudança e uma seleção mais ampla de vencedores na noite do Emmy", disse Debra Birnbaum, diretora-executiva de televisão da revista "Variety". A Academia pode finalmente premiar a primeira afro-americana na categoria de melhor série dramática, na qual Viola Davis ("How to get Away with Murder", da ABC, e Taraji P. Henson ("Empire", da Fox) são as favoritas. "Mad Men" pode ganhar um afago depois de concluir seu oitavo e último ano na rede AMC e fazer história ganhando cinco prêmios Emmy de melhor série dramática - se a turma de publicitários conseguir conter a popular série de fantasia medieval "Game of Thrones", da HBO. "Modern Family", da ABC, já conquistou cinco troféus de melhor comédia, e um sexto no domingo significaria um recorde. A maioria dos especialistas concorda que Jon Hamm finalmente irá levar um Emmy para casa por sua interpretação de Don Draper em "Mad Men" e que Jeffrey Tambor receberá seu primeiro por viver um idoso que se transforma em uma mulher em "Transparent".
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'Era de ouro' da TV americana pode render Emmy histórico; relembre indicadosPolíticos egoístas, publicitários em conflito, uma prisão cheia de mulheres traiçoeiras e nobres sanguinários de reinos em disputa. Bem-vindo ao Prêmio Emmy, a maior honraria da televisão norte-americana, cuja cerimônia no domingo (20) promete uma noite histórica e um palco repleto de rostos novos entre os premiados. "No momento a TV tem um monte de grandes história e atuações, então há quase um excesso de bons programas para se escolher os vencedores", disse Mary McNamara, crítica de TV do jornal Los Angeles Times. "A pergunta é: veremos o universo ampliado da televisão refletido nos vencedores?". Veja, abaixo, as séries indicadas: Será que os eleitores do prêmio irão embarcar em "Transparent", série dramática sobe transgêneros, e dar à Amazon Studios sua primeira estatueta do Emmy? Será que a sátira política "Veep", do canal HBO, irá pegar carona na iminente campanha presidencial de 2016 e levar o prêmio de melhor série cômica? Os especialistas em premiações dizem que nada é previsível este ano, devido a uma mudança nas regras que abre espaço para a votação pela Internet pela primeira vez e amplia a votação em algumas das principais categorias para todos os 18 mil membros da Academia de Artes e Ciências da Televisão dos EUA. "Isso muda totalmente o jogo. Agora realmente tudo pode acontecer, e isso foi instituído para que haja mudança e uma seleção mais ampla de vencedores na noite do Emmy", disse Debra Birnbaum, diretora-executiva de televisão da revista "Variety". A Academia pode finalmente premiar a primeira afro-americana na categoria de melhor série dramática, na qual Viola Davis ("How to get Away with Murder", da ABC, e Taraji P. Henson ("Empire", da Fox) são as favoritas. "Mad Men" pode ganhar um afago depois de concluir seu oitavo e último ano na rede AMC e fazer história ganhando cinco prêmios Emmy de melhor série dramática - se a turma de publicitários conseguir conter a popular série de fantasia medieval "Game of Thrones", da HBO. "Modern Family", da ABC, já conquistou cinco troféus de melhor comédia, e um sexto no domingo significaria um recorde. A maioria dos especialistas concorda que Jon Hamm finalmente irá levar um Emmy para casa por sua interpretação de Don Draper em "Mad Men" e que Jeffrey Tambor receberá seu primeiro por viver um idoso que se transforma em uma mulher em "Transparent".
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Eleições na Colômbia são termômetro sobre acordo entre governo e Farc
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Além de escolher governadores, prefeitos e deputados, as eleições regionais na Colômbia, no próximo dia 25, apontarão as chances de implantação eficiente do acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), cuja assinatura está prevista para março. Itens importantes da negociação terão de ser concretizados e fiscalizados por autoridades regionais, que terão poder de decisão, por exemplo, sobre verbas federais para reformas de infraestrutura relacionadas ao acordo. A paz funciona como propaganda do governo nas regiões em que costuma ter mais apoio –departamentos (Estados) da costa e Bogotá–, mas nas zonas conflagradas a ideia de negociar com a guerrilha não é tão popular. "É difícil convencer alguém que vive numa zona muito violenta de que é preciso ceder algo em troca do fim de uma guerra", diz o analista político Maurício Vargas. A gestão de Juan Manuel Santos está preocupada com o aumento, nessas áreas, das intenções de voto de candidatos apoiados pelo ex-presidente Álvaro Uribe, que é contrário ao acordo. . Nas pesquisas, os uribistas lideram em algumas zonas muito conflituosas, como a Antioquia e o vale do Cauca. "Uribe faz campanha pelos seus candidatos pessoalmente e tem muita popularidade, sobretudo onde nasceu e tem seu reduto eleitoral", diz Vargas, referendo-se a Medellín, capital da Antioquia. BOGOTÁ É na capital, porém, que a disputa está mais acirrada. As pesquisas divergem, mas todas apontam diferenças muito pequenas entre os três primeiros lugares. Segundo a mais recente do jornal "El Tiempo", o ex-prefeito e ex-candidato a presidente Enrique Peñalosa lidera com 22%. Em segundo, está o candidato preferido de Santos, Rafael Pardo (16%). Em terceiro, embolados, a esquerdista Clara López e o candidato de Uribe, Francisco Santos (que é primo do atual presidente). Analistas concordam que o pleito apontará uma tendência para a sucessão de Santos, cujo mandato acaba em 2018 sem nova reeleição. Além dos candidatos vinculados a Santos e a Uribe, há uma nova força: o atual vice-presidente, Germán Vargas Lleras, que apoia Peñalosa. . "Se Peñalosa vencer, Vargas Lleras se fortalece. Ele tem a virtude de não confrontar diretamente nem Santos nem Uribe e assim ganha a simpatia de ambos os eleitorados", disse à Folha o economista Carlos Álvarez Gallo. Na última semana, oposicionistas enviaram uma carta ao presidente Santos pedindo que ele impedisse seu vice de usar inaugurações oficiais do governo para fazer campanha eleitoral para seus candidatos regionais.
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mundo
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Eleições na Colômbia são termômetro sobre acordo entre governo e FarcAlém de escolher governadores, prefeitos e deputados, as eleições regionais na Colômbia, no próximo dia 25, apontarão as chances de implantação eficiente do acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), cuja assinatura está prevista para março. Itens importantes da negociação terão de ser concretizados e fiscalizados por autoridades regionais, que terão poder de decisão, por exemplo, sobre verbas federais para reformas de infraestrutura relacionadas ao acordo. A paz funciona como propaganda do governo nas regiões em que costuma ter mais apoio –departamentos (Estados) da costa e Bogotá–, mas nas zonas conflagradas a ideia de negociar com a guerrilha não é tão popular. "É difícil convencer alguém que vive numa zona muito violenta de que é preciso ceder algo em troca do fim de uma guerra", diz o analista político Maurício Vargas. A gestão de Juan Manuel Santos está preocupada com o aumento, nessas áreas, das intenções de voto de candidatos apoiados pelo ex-presidente Álvaro Uribe, que é contrário ao acordo. . Nas pesquisas, os uribistas lideram em algumas zonas muito conflituosas, como a Antioquia e o vale do Cauca. "Uribe faz campanha pelos seus candidatos pessoalmente e tem muita popularidade, sobretudo onde nasceu e tem seu reduto eleitoral", diz Vargas, referendo-se a Medellín, capital da Antioquia. BOGOTÁ É na capital, porém, que a disputa está mais acirrada. As pesquisas divergem, mas todas apontam diferenças muito pequenas entre os três primeiros lugares. Segundo a mais recente do jornal "El Tiempo", o ex-prefeito e ex-candidato a presidente Enrique Peñalosa lidera com 22%. Em segundo, está o candidato preferido de Santos, Rafael Pardo (16%). Em terceiro, embolados, a esquerdista Clara López e o candidato de Uribe, Francisco Santos (que é primo do atual presidente). Analistas concordam que o pleito apontará uma tendência para a sucessão de Santos, cujo mandato acaba em 2018 sem nova reeleição. Além dos candidatos vinculados a Santos e a Uribe, há uma nova força: o atual vice-presidente, Germán Vargas Lleras, que apoia Peñalosa. . "Se Peñalosa vencer, Vargas Lleras se fortalece. Ele tem a virtude de não confrontar diretamente nem Santos nem Uribe e assim ganha a simpatia de ambos os eleitorados", disse à Folha o economista Carlos Álvarez Gallo. Na última semana, oposicionistas enviaram uma carta ao presidente Santos pedindo que ele impedisse seu vice de usar inaugurações oficiais do governo para fazer campanha eleitoral para seus candidatos regionais.
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Defesa quer adiamento do depoimento de José Dirceu
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A defesa do ex-ministro José Dirceu pediu ao juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que ele seja dispensado de depor na sexta-feira (29). O motivo para a solicitação seria a negociação de um acordo de delação premiada entre o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, apontado nas investigações como nomeação do petista para o cargo, e a força-tarefa do Ministério Público Federal. Segundo petição protocolada na quarta (28), os defensores de Dirceu afirmam que Duque se manteve calado diante do juiz Moro no último depoimento que foi convocado a prestar porque estaria em tratativas de um acordo de delação. A peça diz que foi essa a alegação do advogado dele para que o ex-executivo permanecesse em silêncio. "Caso o acordo entre Renato Duque e o Ministério Público Federal seja efetivamente firmado, e de alguma forma trate de fatos que são objetos desta ação penal, haverá nítida causa de inversão processual", destaca a defesa de Dirceu, afirmando que pode haver nulidade do processo. Os advogados dizem que as declarações dos réus precisam acontecer antes dos interrogatórios dos acusados, para que os mesmos possam se defender. Na petição, eles pedem Moro esclareça se há de fato a negociação e pede que Dirceu fale somente após o fim das tratativas entre Duque e o MPF. O depoimento do petista previsto para esta semana encerra os interrogatórios que integram a ação penal relacionada à Operação Pixuleco 2, deflagrada em agosto de 2015 e que culminou na prisão de Dirceu. Antes do pedido, os advogados alegaram que o ex-ministro pretendia falar perante o juiz e se defender das acusações que caem sobre ele.
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Defesa quer adiamento do depoimento de José DirceuA defesa do ex-ministro José Dirceu pediu ao juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que ele seja dispensado de depor na sexta-feira (29). O motivo para a solicitação seria a negociação de um acordo de delação premiada entre o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, apontado nas investigações como nomeação do petista para o cargo, e a força-tarefa do Ministério Público Federal. Segundo petição protocolada na quarta (28), os defensores de Dirceu afirmam que Duque se manteve calado diante do juiz Moro no último depoimento que foi convocado a prestar porque estaria em tratativas de um acordo de delação. A peça diz que foi essa a alegação do advogado dele para que o ex-executivo permanecesse em silêncio. "Caso o acordo entre Renato Duque e o Ministério Público Federal seja efetivamente firmado, e de alguma forma trate de fatos que são objetos desta ação penal, haverá nítida causa de inversão processual", destaca a defesa de Dirceu, afirmando que pode haver nulidade do processo. Os advogados dizem que as declarações dos réus precisam acontecer antes dos interrogatórios dos acusados, para que os mesmos possam se defender. Na petição, eles pedem Moro esclareça se há de fato a negociação e pede que Dirceu fale somente após o fim das tratativas entre Duque e o MPF. O depoimento do petista previsto para esta semana encerra os interrogatórios que integram a ação penal relacionada à Operação Pixuleco 2, deflagrada em agosto de 2015 e que culminou na prisão de Dirceu. Antes do pedido, os advogados alegaram que o ex-ministro pretendia falar perante o juiz e se defender das acusações que caem sobre ele.
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Cidade mineira tem medo e filas para vacinação após casos de febre amarela
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Após duas tentativas de se vacinar contra a febre amarela, o aposentado José Pedro de Jesus, 72, decidiu madrugar. Morador de Piedade de Caratinga (MG), município com suspeita de quatro mortes pela doença, chegou ao posto de saúde à 1h desta terça (17). "Eu estava vindo no amanhecer do dia, mas não conseguia senha e ficava nervoso. Não gosto de fila. Hoje, resolvi vir cedo", disse o aposentado, enquanto aguardava de cócoras a abertura do posto às 7h. Ele foi vacinado às 8h. Desde o dia 10, o município de 8.000 habitantes, a 314 km de Belo Horizonte, tem filas de pessoas que esperam por imunização contra a febre. Até segunda (16), Minas Gerais já contabilizava 152 casos suspeitos da doença, com 47 notificações de mortes. O balanço anterior do governo mineiro, da sexta-feira (13), contava 133 casos notificados e 38 mortes suspeitas. Municípios com casos notificados de febre amarela A procura intensa fez a vacina faltar em cidades como Governador Valadares, consideradas em situação de emergência pelo Estado. Na área urbana de Piedade de Caratinga, os dois postos que aplicam a imunização têm número limitado de doses por dia, a depender da quantidade enviada pela Secretaria de Saúde do Estado. Nesta terça, foram 300 –100 onde o aposentado esperava. Mas o número de doses diárias já chegou a ser de 500 em apenas uma unidade, e caiu desde o início do surto, na semana passada. A restrição tem feito as pessoas chegarem antes de o sol nascer para não ficarem sem senha. O outro posto da cidade tinha 200 senhas, distribuídas às 7h, e as vacinas começaram a ser aplicadas às 13h. Lá, a primeira pessoa chegou às 3h30 e, três horas depois, havia uma fila de quase 100, com idosos e crianças de colo. "Distribuímos uma senha por pessoa. Já chegamos a dar mais de uma para quem pedia, mas isso criou um problema com os outros e tivemos até que chamar a polícia", afirma Cristiana Ferreira, 43, uma das enfermeiras do posto. O lavrador Célio Machado, que chegou ao local às 3h40, enfrentou a fila pela segunda vez para pegar dez senhas e levar aos colegas de lavoura –ele diz que já conseguiu pegar cinco de uma vez. No entanto, recebeu apenas uma. A Secretaria de Saúde de Piedade de Caratinga afirma que metade da população já foi vacinada e que também tem enviado agentes de saúde às zonas rurais –onde os casos estão concentrados. O município, dependente da cafeicultura, é parte da região da cidade de Caratinga, que tem 90.000 habitantes. FEBRE AMARELA - Casos confirmados no Brasil 'FIM DOS TEMPOS' Um boato se espalhou no distrito de Santa Luzia, em Caratinga, na segunda: diziam que o filho de um casal de lavradores, internado com sintomas de febre amarela em Ipatinga, havia morrido. O casal, Luzia André de Paula, 78, e Benedito André Avelino, 81, passou toda a tarde ligando para o hospital, mas conseguiu confirmar que a afirmação não era verdadeira somente às 18h. O clima de aflição por causa do aumento dos casos de febre amarela se espalhou pela cidade e municípios vizinhos. No pronto-socorro de um hospital da cidade, pessoas com febre e dor de cabeça se dizem desconfiadas de que estão com a doença –a prefeitura separou dez leitos para casos de maior gravidade. As farmácias destacam que têm estoque de repelente, já que a doença é transmitida pela picada de mosquitos. "Minhas vendas de repelente mais que triplicaram. Desde a semana passada tive que repor o estoque quatro vezes", diz Wellington Campos, 34, dono de uma farmácia em Piedade de Caratinga que prometia "repelentes a preços especiais". Mas ele confessa que o preço do produto não está menor. Ainda em Piedade, o marceneiro Tomé Ladislau de Oliveira, 81, não teve a mesma sorte que o casal de Santa Luzia: seu sobrinho Geraldo Oliveira, 30, morreu da febre quatro dias após os sintomas se manifestarem. Ele credita o surto ao "fim dos tempos". "A profecia diz: será uma angústia tão terrível que ninguém pode imaginar." CASOS DE FEBRE AMARELA EM MG - Até 16.jan
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cotidiano
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Cidade mineira tem medo e filas para vacinação após casos de febre amarelaApós duas tentativas de se vacinar contra a febre amarela, o aposentado José Pedro de Jesus, 72, decidiu madrugar. Morador de Piedade de Caratinga (MG), município com suspeita de quatro mortes pela doença, chegou ao posto de saúde à 1h desta terça (17). "Eu estava vindo no amanhecer do dia, mas não conseguia senha e ficava nervoso. Não gosto de fila. Hoje, resolvi vir cedo", disse o aposentado, enquanto aguardava de cócoras a abertura do posto às 7h. Ele foi vacinado às 8h. Desde o dia 10, o município de 8.000 habitantes, a 314 km de Belo Horizonte, tem filas de pessoas que esperam por imunização contra a febre. Até segunda (16), Minas Gerais já contabilizava 152 casos suspeitos da doença, com 47 notificações de mortes. O balanço anterior do governo mineiro, da sexta-feira (13), contava 133 casos notificados e 38 mortes suspeitas. Municípios com casos notificados de febre amarela A procura intensa fez a vacina faltar em cidades como Governador Valadares, consideradas em situação de emergência pelo Estado. Na área urbana de Piedade de Caratinga, os dois postos que aplicam a imunização têm número limitado de doses por dia, a depender da quantidade enviada pela Secretaria de Saúde do Estado. Nesta terça, foram 300 –100 onde o aposentado esperava. Mas o número de doses diárias já chegou a ser de 500 em apenas uma unidade, e caiu desde o início do surto, na semana passada. A restrição tem feito as pessoas chegarem antes de o sol nascer para não ficarem sem senha. O outro posto da cidade tinha 200 senhas, distribuídas às 7h, e as vacinas começaram a ser aplicadas às 13h. Lá, a primeira pessoa chegou às 3h30 e, três horas depois, havia uma fila de quase 100, com idosos e crianças de colo. "Distribuímos uma senha por pessoa. Já chegamos a dar mais de uma para quem pedia, mas isso criou um problema com os outros e tivemos até que chamar a polícia", afirma Cristiana Ferreira, 43, uma das enfermeiras do posto. O lavrador Célio Machado, que chegou ao local às 3h40, enfrentou a fila pela segunda vez para pegar dez senhas e levar aos colegas de lavoura –ele diz que já conseguiu pegar cinco de uma vez. No entanto, recebeu apenas uma. A Secretaria de Saúde de Piedade de Caratinga afirma que metade da população já foi vacinada e que também tem enviado agentes de saúde às zonas rurais –onde os casos estão concentrados. O município, dependente da cafeicultura, é parte da região da cidade de Caratinga, que tem 90.000 habitantes. FEBRE AMARELA - Casos confirmados no Brasil 'FIM DOS TEMPOS' Um boato se espalhou no distrito de Santa Luzia, em Caratinga, na segunda: diziam que o filho de um casal de lavradores, internado com sintomas de febre amarela em Ipatinga, havia morrido. O casal, Luzia André de Paula, 78, e Benedito André Avelino, 81, passou toda a tarde ligando para o hospital, mas conseguiu confirmar que a afirmação não era verdadeira somente às 18h. O clima de aflição por causa do aumento dos casos de febre amarela se espalhou pela cidade e municípios vizinhos. No pronto-socorro de um hospital da cidade, pessoas com febre e dor de cabeça se dizem desconfiadas de que estão com a doença –a prefeitura separou dez leitos para casos de maior gravidade. As farmácias destacam que têm estoque de repelente, já que a doença é transmitida pela picada de mosquitos. "Minhas vendas de repelente mais que triplicaram. Desde a semana passada tive que repor o estoque quatro vezes", diz Wellington Campos, 34, dono de uma farmácia em Piedade de Caratinga que prometia "repelentes a preços especiais". Mas ele confessa que o preço do produto não está menor. Ainda em Piedade, o marceneiro Tomé Ladislau de Oliveira, 81, não teve a mesma sorte que o casal de Santa Luzia: seu sobrinho Geraldo Oliveira, 30, morreu da febre quatro dias após os sintomas se manifestarem. Ele credita o surto ao "fim dos tempos". "A profecia diz: será uma angústia tão terrível que ninguém pode imaginar." CASOS DE FEBRE AMARELA EM MG - Até 16.jan
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Fim do 'Programa do Jô' levanta a questão: por que mesmo vai acabar?
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Ao anunciar, em fevereiro, que esta seria a última temporada do "Programa do Jô", a Globo talvez tivesse duas intenções: oferecer ao programa a oportunidade de se preparar adequadamente para a despedida e permitir que o público se acostumasse, sem susto, com a ideia. O plano funcionou bem na medida em que esta foi uma das melhores, talvez a melhor, das 16 temporadas de Jô Soares na Globo. Ele sai por cima, admirado, respeitado, com audiência boa e o prestígio em alta. Mas esta estratégia teve, por isso mesmo, um efeito inesperado. Recolocou em pauta, com vigor, uma questão incômoda: por que mesmo o "Programa do Jô" vai acabar? A resposta mais simples, a que exige menos reflexão, é a que aceita como irrevogável a "lei da indústria do entretenimento". Implacável em sua exigência de renovação e sangue novo, esta lei sempre moveu o show business, o que inclui, naturalmente, a cada vez mais competitiva TV brasileira. Como lembrei na "Ilustrada" em fevereiro, dois "colegas" de Jô, mais jovens do que ele, foram vítimas recentes desta mesma lógica. Jay Leno encerrou sua carreira como apresentador de talk shows em fevereiro de 2014, pouco antes de completar 64 anos. David Letterman se aposentou em maio de 2015, aos 68 anos. Aos 78, Jô trabalhou 28 anos como apresentador de talk shows (os primeiros 12 no SBT). Esta longevidade está diretamente ligada ao seu talento peculiar, à sua capacidade de entrevistar/conversar com todo tipo de gente. Como Letterman e Leno, Jô sempre entendeu que o coração de um programa deste gênero é a boa entrevista –o humor e a música são complementos. Neste aspecto, os três representam uma tendência em baixa hoje na TV aberta. Os dois jovens que atualmente disputam audiência com Jô (Danilo Gentili no SBT e Fábio Porchat na Record) deixam isso bem claro. Já Pedro Bial, que deve ocupar o final das noites na Globo, certamente irá em uma outra direção. Nenhum dos três será um novo Jô simplesmente porque este é um gênero que não deixa sucessores. Não é à toa que os principais programas deste gênero incluem o nome dos apresentadores no título. O que faz a diferença num talk show é este atributo difícil de categorizar, que inclui não apenas as qualidades, mas também eventuais idiossincrasias e cacoetes de quem comanda. Em 2016, Jô Soares reescreveu a "assinatura" usada para a abertura do programa e passou a repeti-la diariamente: "Está começando mais um 'Programa do Jô' em sua última temporada na Globo". De caso pensado ou pura intuição, não sei, com esta nova frase ele reverteu a seu favor o anúncio da emissora de que o programa tinha data para acabar. Criou um clima emocional único, que serviu como estimulante a todos que se sentaram no sofá do estúdio (full disclosure: fui entrevistado em maio, à época do lançamento do livro "Adeus, Controle Remoto", ed. Arquipélago Editorial). Por um lado, toda entrevista se tornou uma despedida, uma chance de dizer "as últimas palavras" para Jô na Globo. E, por outro, a frase se fixou como um lembrete comovente de que o apresentador não entregou os pontos e tem a intenção de continuar fazendo o seu talk show. Espero que consiga.
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colunas
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Fim do 'Programa do Jô' levanta a questão: por que mesmo vai acabar?Ao anunciar, em fevereiro, que esta seria a última temporada do "Programa do Jô", a Globo talvez tivesse duas intenções: oferecer ao programa a oportunidade de se preparar adequadamente para a despedida e permitir que o público se acostumasse, sem susto, com a ideia. O plano funcionou bem na medida em que esta foi uma das melhores, talvez a melhor, das 16 temporadas de Jô Soares na Globo. Ele sai por cima, admirado, respeitado, com audiência boa e o prestígio em alta. Mas esta estratégia teve, por isso mesmo, um efeito inesperado. Recolocou em pauta, com vigor, uma questão incômoda: por que mesmo o "Programa do Jô" vai acabar? A resposta mais simples, a que exige menos reflexão, é a que aceita como irrevogável a "lei da indústria do entretenimento". Implacável em sua exigência de renovação e sangue novo, esta lei sempre moveu o show business, o que inclui, naturalmente, a cada vez mais competitiva TV brasileira. Como lembrei na "Ilustrada" em fevereiro, dois "colegas" de Jô, mais jovens do que ele, foram vítimas recentes desta mesma lógica. Jay Leno encerrou sua carreira como apresentador de talk shows em fevereiro de 2014, pouco antes de completar 64 anos. David Letterman se aposentou em maio de 2015, aos 68 anos. Aos 78, Jô trabalhou 28 anos como apresentador de talk shows (os primeiros 12 no SBT). Esta longevidade está diretamente ligada ao seu talento peculiar, à sua capacidade de entrevistar/conversar com todo tipo de gente. Como Letterman e Leno, Jô sempre entendeu que o coração de um programa deste gênero é a boa entrevista –o humor e a música são complementos. Neste aspecto, os três representam uma tendência em baixa hoje na TV aberta. Os dois jovens que atualmente disputam audiência com Jô (Danilo Gentili no SBT e Fábio Porchat na Record) deixam isso bem claro. Já Pedro Bial, que deve ocupar o final das noites na Globo, certamente irá em uma outra direção. Nenhum dos três será um novo Jô simplesmente porque este é um gênero que não deixa sucessores. Não é à toa que os principais programas deste gênero incluem o nome dos apresentadores no título. O que faz a diferença num talk show é este atributo difícil de categorizar, que inclui não apenas as qualidades, mas também eventuais idiossincrasias e cacoetes de quem comanda. Em 2016, Jô Soares reescreveu a "assinatura" usada para a abertura do programa e passou a repeti-la diariamente: "Está começando mais um 'Programa do Jô' em sua última temporada na Globo". De caso pensado ou pura intuição, não sei, com esta nova frase ele reverteu a seu favor o anúncio da emissora de que o programa tinha data para acabar. Criou um clima emocional único, que serviu como estimulante a todos que se sentaram no sofá do estúdio (full disclosure: fui entrevistado em maio, à época do lançamento do livro "Adeus, Controle Remoto", ed. Arquipélago Editorial). Por um lado, toda entrevista se tornou uma despedida, uma chance de dizer "as últimas palavras" para Jô na Globo. E, por outro, a frase se fixou como um lembrete comovente de que o apresentador não entregou os pontos e tem a intenção de continuar fazendo o seu talk show. Espero que consiga.
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Ex-seminarista, bilionário assume o controle da siderúrgica Usiminas
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Lirio Parisotto, 61 anos, foi seminarista, gerente de recursos humanos, bancário, médico e comerciante. Hoje é dono de uma fortuna de US$ 1,6 bilhão, boa parte disso em ações, o que faz dele o 29º homem mais rico do Brasil, segundo a revista "Forbes". Na semana passada, o filho de imigrantes italianos –nascido numa colônia no Rio Grande do Sul, que ainda engole um erre e fala "garafa"– tomou o controle da Usiminas, uma das maiores siderúrgicas do país. Em um dos movimentos mais ousados do mercado de capitais brasileiro, o bilionário, que detém só 4% dos papéis da siderúrgica, elegeu seu aliado, Marcelo Gasparino, presidente do conselho de administração. Nos últimos meses, a dupla visitou fundos de investimento em busca de apoio. Eles queriam aproveitar a briga entre os controladores, os japoneses da Nippon e os ítalo-argentinos da Ternium, para mudar a Usiminas. Nas vésperas da assembleia de acionistas, que foi marcada por acusações, Parisotto chegou a se reunir até com seu "inimigo" na empreitada, André Esteves, dono do BTG. O banco também indicou um nome para a presidência do conselho. Parisotto pediu o apoio de Esteves. O banqueiro disse que não desistiria, relata o empresário gaúcho, mas ofereceu vender toda a sua participação para ele desde que com um belo lucro. Não houve acordo. Os minoritários responderam ao apelo de Parisotto para tentar recuperar o prejuízo. As ações da Usiminas, que chegaram a R$ 42 em 2008, hoje valem R$ 4,85, arrastadas pela crise do setor e pela briga interna entre os sócios. "Temos um mandato-tampão e a missão é paz e amor", diz Parisotto à Folha. "É como um casal. Os controladores têm três opções: separar os bens [a Usiminas tem duas usinas], sair do relacionamento ou se entenderem." GARIBALDI Parisotto é conhecido por seu ativismo na gestão das companhias em que investe. O primeiro alvo foi a Celesc, distribuidora de energia de Santa Catarina. Decepcionado com os resultados, entrou para o conselho e chegou a denunciar casos de corrupção. Por isso, ganhou dos amigos o apelido de "Lirio Garibaldi", em referência ao revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi. "Ele tem esse caráter de lutador e não faz as coisas na surdina", diz Luiz Fernando Furlan, um dos acionistas da gigante de alimentos BRF. Desde 1998, Parisotto gere o fundo LPar, que hoje tem R$ 1,3 bilhão de patrimônio. No ano passado, o fundo teve sua pior performance com queda de 20% no lucro, mas ao longo dos anos o retorno acumulado é de 3.500%. Parisotto gosta de investir em ações por causa da "adrenalina". Ele já pilotou aviões e acumula 2.000 horas de voo. Avesso à ostentação, em quatro horas de conversa, deixa escapar que tem dois jatos, usa ternos Armani e possui quatro adegas com mais de 10 mil garrafas de vinho no total –uma delas no apartamento em Nova York. Também é conhecido das colunas sociais por outro motivo. Divorciado, namora a ex-modelo e empresária Luiza Brunet. "Mas vive cada um no seu apartamento. Ela está me enrolando", brinca. EX-POBRE Parisotto ampliou sua fortuna no mercado de capitais, mas já era rico antes disso. Ele conta que se tornou um "ex-pobre" aos 26 anos, quando acumulou o primeiro US$ 1 milhão com um negócio de videolocadora. Teve uma infância humilde e saiu da roça aos 13 anos para se tornar padre, mas desistiu. Chegou a se formar em medicina antes de descobrir que seu caminho era ser empreendedor. Animado com a videolocadora, resolveu fabricar CDs e DVDs. Em 1988, fundou a Videolar em Manaus. No Amazonas, conheceu o governador Eduardo Braga (hoje senador licenciado e ministro de Minas e Energia) e se envolveu com a comunidade local, ajudando a criar uma fundação. Braga e Parisotto são tão próximos que o empresário é suplente do político no Senado. "Topei porque fui um idiota. Não imaginei que me tornaria alvo de intriga", diz. Ele chegou a ter seu CPF vazado para a imprensa. Aos 53 anos, Parisotto deixou o comando da Videolar, mas teve que voltar alguns anos atrás. A internet engoliu o principal negócio da empresa, que deixou de fabricar DVDs em dezembro. Parisotto tirou R$ 600 milhões do bolso para comprar uma central petroquímica no Rio Grande do Sul e fazer uma reviravolta na companhia, que hoje fabrica plásticos. "Vou continuar trabalhando. No dia em que eu parar, viro alcoólatra", afirma o empresário, entre risadas. * RAIO-X LIRIO PARISOTTO IDADE 61 anos FORMAÇÃO Medicina POSIÇÃO 29º homem mais rico do país, com uma fortuna estimada em US$ 1,6 bilhão
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Ex-seminarista, bilionário assume o controle da siderúrgica UsiminasLirio Parisotto, 61 anos, foi seminarista, gerente de recursos humanos, bancário, médico e comerciante. Hoje é dono de uma fortuna de US$ 1,6 bilhão, boa parte disso em ações, o que faz dele o 29º homem mais rico do Brasil, segundo a revista "Forbes". Na semana passada, o filho de imigrantes italianos –nascido numa colônia no Rio Grande do Sul, que ainda engole um erre e fala "garafa"– tomou o controle da Usiminas, uma das maiores siderúrgicas do país. Em um dos movimentos mais ousados do mercado de capitais brasileiro, o bilionário, que detém só 4% dos papéis da siderúrgica, elegeu seu aliado, Marcelo Gasparino, presidente do conselho de administração. Nos últimos meses, a dupla visitou fundos de investimento em busca de apoio. Eles queriam aproveitar a briga entre os controladores, os japoneses da Nippon e os ítalo-argentinos da Ternium, para mudar a Usiminas. Nas vésperas da assembleia de acionistas, que foi marcada por acusações, Parisotto chegou a se reunir até com seu "inimigo" na empreitada, André Esteves, dono do BTG. O banco também indicou um nome para a presidência do conselho. Parisotto pediu o apoio de Esteves. O banqueiro disse que não desistiria, relata o empresário gaúcho, mas ofereceu vender toda a sua participação para ele desde que com um belo lucro. Não houve acordo. Os minoritários responderam ao apelo de Parisotto para tentar recuperar o prejuízo. As ações da Usiminas, que chegaram a R$ 42 em 2008, hoje valem R$ 4,85, arrastadas pela crise do setor e pela briga interna entre os sócios. "Temos um mandato-tampão e a missão é paz e amor", diz Parisotto à Folha. "É como um casal. Os controladores têm três opções: separar os bens [a Usiminas tem duas usinas], sair do relacionamento ou se entenderem." GARIBALDI Parisotto é conhecido por seu ativismo na gestão das companhias em que investe. O primeiro alvo foi a Celesc, distribuidora de energia de Santa Catarina. Decepcionado com os resultados, entrou para o conselho e chegou a denunciar casos de corrupção. Por isso, ganhou dos amigos o apelido de "Lirio Garibaldi", em referência ao revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi. "Ele tem esse caráter de lutador e não faz as coisas na surdina", diz Luiz Fernando Furlan, um dos acionistas da gigante de alimentos BRF. Desde 1998, Parisotto gere o fundo LPar, que hoje tem R$ 1,3 bilhão de patrimônio. No ano passado, o fundo teve sua pior performance com queda de 20% no lucro, mas ao longo dos anos o retorno acumulado é de 3.500%. Parisotto gosta de investir em ações por causa da "adrenalina". Ele já pilotou aviões e acumula 2.000 horas de voo. Avesso à ostentação, em quatro horas de conversa, deixa escapar que tem dois jatos, usa ternos Armani e possui quatro adegas com mais de 10 mil garrafas de vinho no total –uma delas no apartamento em Nova York. Também é conhecido das colunas sociais por outro motivo. Divorciado, namora a ex-modelo e empresária Luiza Brunet. "Mas vive cada um no seu apartamento. Ela está me enrolando", brinca. EX-POBRE Parisotto ampliou sua fortuna no mercado de capitais, mas já era rico antes disso. Ele conta que se tornou um "ex-pobre" aos 26 anos, quando acumulou o primeiro US$ 1 milhão com um negócio de videolocadora. Teve uma infância humilde e saiu da roça aos 13 anos para se tornar padre, mas desistiu. Chegou a se formar em medicina antes de descobrir que seu caminho era ser empreendedor. Animado com a videolocadora, resolveu fabricar CDs e DVDs. Em 1988, fundou a Videolar em Manaus. No Amazonas, conheceu o governador Eduardo Braga (hoje senador licenciado e ministro de Minas e Energia) e se envolveu com a comunidade local, ajudando a criar uma fundação. Braga e Parisotto são tão próximos que o empresário é suplente do político no Senado. "Topei porque fui um idiota. Não imaginei que me tornaria alvo de intriga", diz. Ele chegou a ter seu CPF vazado para a imprensa. Aos 53 anos, Parisotto deixou o comando da Videolar, mas teve que voltar alguns anos atrás. A internet engoliu o principal negócio da empresa, que deixou de fabricar DVDs em dezembro. Parisotto tirou R$ 600 milhões do bolso para comprar uma central petroquímica no Rio Grande do Sul e fazer uma reviravolta na companhia, que hoje fabrica plásticos. "Vou continuar trabalhando. No dia em que eu parar, viro alcoólatra", afirma o empresário, entre risadas. * RAIO-X LIRIO PARISOTTO IDADE 61 anos FORMAÇÃO Medicina POSIÇÃO 29º homem mais rico do país, com uma fortuna estimada em US$ 1,6 bilhão
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Raphael Montes usa canibalismo para fazer crítica à violência social em livro
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Se 2016 fosse um livro, quem seria o autor? "Raphael Montes", ri o escritor carioca, citando a si mesmo enquanto termina um hambúrguer vegetariano em um restaurante do centro paulistano. Seu terceiro romance, "Jantar Secreto", busca traduzir a angústia e o fracasso de quem hoje tem seus 25 anos -mais ou menos a idade de Montes, nascido em 1990. É a faixa mais atingida pela crise econômica no país: cerca de 25% estão desempregados, segundo o IBGE. "Tenho muitos amigos engenheiros, advogados bem formados e que estão desempregados precisando de grana. Crescemos ouvindo 'estude que você vai ser alguém'. E não é mais assim", ele diz. Não é o caso dele, que fez sucesso precoce em livros como "O Vilarejo" (Suma de Letras) e "Dias Perfeitos" (Companhia das Letras) -este último, vendeu 24 mil exemplares desde 2014, bem fora da curva da ficção nacional. Também foi contratado como roteirista da Globo -colaborou com o seriado de terror "Supermax" e desenvolve um novo projeto para 2018. E ainda trabalha na adaptação de "O Vilarejo" para cinema. "Jantar Secreto" conta a história de quatro amigos que saem do interior do Paraná para tentar a vida no Rio. Em dado momento, entram em desespero financeiro e a solução (sanguinolenta) é promover jantares milionários em que servem carne humana. "Eles se mudam para uma cidade grande com a promessa de que o Brasil seria o país do futuro, com a Copa e a Olimpíada. Eles saem da faculdade no momento em que tudo foi por água abaixo." O narrador é o arrogante Dante; formado em administração, quer se tornar um empreendedor de sucesso. O autor escolheu datar sua história: há capítulos inteiros na forma de conversa em grupo de WhatsApp, viagens de Uber e menções a hits do último álbum da Rihanna. Dante acaba enriquecendo (e levando uma vida de noitadas, sexo casual e drogas) graças aos jantares canibais. O tempero está em como o quarteto consegue os corpos e o que os leva a organizar os convescotes; mas o tira-gosto é a reflexão sobre ética que Montes levanta. Vegetariano há dois anos,ele quis refletir sobre o paladar. "Será que ele tudo perdoa e é desprovido de limites morais e éticos?" Se a questão animal não torna esse romance policial um libelo do vegetarianismo, ela é, por outro lado, um viés de leitura inevitável. Há passagens chocantes sobre como seria o abate humano que são baseadas em documentários sobre sofrimento animal. O canibalismo em "Jantar Secreto" funciona sobretudo como uma metáfora hiperbólica; é também uma crítica social à violência que mata os mais pobres (adivinhe quem morre em postos policiais para abastecer a máfia de corpos?), ponderando sobre o desprezo da vida humana pela alta sociedade, que lambe os beiços saboreando a carne de desaparecidos. JANTAR SECRETO AUTOR Raphael Montes EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 39,90 (376 págs.)
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ilustrada
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Raphael Montes usa canibalismo para fazer crítica à violência social em livroSe 2016 fosse um livro, quem seria o autor? "Raphael Montes", ri o escritor carioca, citando a si mesmo enquanto termina um hambúrguer vegetariano em um restaurante do centro paulistano. Seu terceiro romance, "Jantar Secreto", busca traduzir a angústia e o fracasso de quem hoje tem seus 25 anos -mais ou menos a idade de Montes, nascido em 1990. É a faixa mais atingida pela crise econômica no país: cerca de 25% estão desempregados, segundo o IBGE. "Tenho muitos amigos engenheiros, advogados bem formados e que estão desempregados precisando de grana. Crescemos ouvindo 'estude que você vai ser alguém'. E não é mais assim", ele diz. Não é o caso dele, que fez sucesso precoce em livros como "O Vilarejo" (Suma de Letras) e "Dias Perfeitos" (Companhia das Letras) -este último, vendeu 24 mil exemplares desde 2014, bem fora da curva da ficção nacional. Também foi contratado como roteirista da Globo -colaborou com o seriado de terror "Supermax" e desenvolve um novo projeto para 2018. E ainda trabalha na adaptação de "O Vilarejo" para cinema. "Jantar Secreto" conta a história de quatro amigos que saem do interior do Paraná para tentar a vida no Rio. Em dado momento, entram em desespero financeiro e a solução (sanguinolenta) é promover jantares milionários em que servem carne humana. "Eles se mudam para uma cidade grande com a promessa de que o Brasil seria o país do futuro, com a Copa e a Olimpíada. Eles saem da faculdade no momento em que tudo foi por água abaixo." O narrador é o arrogante Dante; formado em administração, quer se tornar um empreendedor de sucesso. O autor escolheu datar sua história: há capítulos inteiros na forma de conversa em grupo de WhatsApp, viagens de Uber e menções a hits do último álbum da Rihanna. Dante acaba enriquecendo (e levando uma vida de noitadas, sexo casual e drogas) graças aos jantares canibais. O tempero está em como o quarteto consegue os corpos e o que os leva a organizar os convescotes; mas o tira-gosto é a reflexão sobre ética que Montes levanta. Vegetariano há dois anos,ele quis refletir sobre o paladar. "Será que ele tudo perdoa e é desprovido de limites morais e éticos?" Se a questão animal não torna esse romance policial um libelo do vegetarianismo, ela é, por outro lado, um viés de leitura inevitável. Há passagens chocantes sobre como seria o abate humano que são baseadas em documentários sobre sofrimento animal. O canibalismo em "Jantar Secreto" funciona sobretudo como uma metáfora hiperbólica; é também uma crítica social à violência que mata os mais pobres (adivinhe quem morre em postos policiais para abastecer a máfia de corpos?), ponderando sobre o desprezo da vida humana pela alta sociedade, que lambe os beiços saboreando a carne de desaparecidos. JANTAR SECRETO AUTOR Raphael Montes EDITORA Companhia das Letras QUANTO R$ 39,90 (376 págs.)
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Temer, despachante das reformas
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Janeiro costuma ser mês de devaneio para os governos. Mesmo em ano de chacinas ou enchentes, a pressão diminui. O governante esquece por um momento que pode ser deposto, imagina reformas e tem outros sonhos de grandeza. Foi assim também com Michel Temer, que acaba de prometer sua quarta grande reforma, a tributária, zum-zum que não raro se ouve nos recessos político-burocráticos de verão (em alguns anos, é a vez da reforma política). A diferença é que a sobrevida de Temer depende da promessa e da aprovação de reformas. O presidente é impopular; dois terços dos eleitores querem escolher um substituto já. Vive sob ameaça de decapitação no TSE e de ver todo o seu círculo palaciano demitido, investigado ou até preso. O apoio do governo está no colegiado informal de lideranças judiciais e políticas que vai lhe dando ou tirando corda, a depender em parte das variações de humor da elite econômica mais vocal, que quer "reformas", e da temperatura das "ruas", que anda baixa. Temer foge para a frente, como se escrevia aqui faz menos de um mês, quando o presidente se engajou na reforma trabalhista. Procura tornar-se indispensável, vetor de reformas encalhadas, a maioria delas faz décadas. Foi bem-sucedido no ensaio geral, em mudanças mais incompreensíveis para o povo comum (leis do petróleo, das estatais e, caso maior, no "teto" de gastos, entre outras). Mudar a Previdência, as leis do trabalho e as finanças de Estados e empresas (ICMS) tende a ser mais revolucionário, tiro, pancada e bomba. Não quer dizer que vá fracassar, embora mudanças em impostos, ainda mais no ICMS dos Estados falidos, sejam quase inviáveis em tempos de receita baixa. No entanto, um programa de médio prazo pode colar. Temer tem o apoio do empresariado mais vocal (que está longe de ser uma frente, mesmo frouxa). Não é lá adesão, menos ainda satisfeita ou entusiástica: "É o que temos". Porém, o apoio acaba de ser reiterado por gente brasileira de grossa fortuna, lá em Davos. Em felicitações recentes devidas à queda agora acelerada da taxa de juros. Conviria prestar atenção. Por um bom tempo ainda, a queda da Selic será imperceptível, se tanto, para o povo e seus crediários e parcelamentos. Talvez tenha efeitos visíveis na atividade econômica lá pelo segundo semestre. Mas o corte de uns dois pontos da taxa "básica" de juros até abril vai fazer diferença importante para as empresas e suas finanças avariadas. Nas poucas conversas deste janeiro com gente de empresa, deu para sentir um clima melhor, pelo menos uma sensação de que o tempo da desgraça vai, enfim, acabar. Na política, o governo parece estar desarmando o que poderia ser uma crise no Congresso, devido à eleição da presidência da Câmara. Quanto aos casos de polícia no governo, a situação é grave e fora do controle. Ainda assim, há muita gente graúda para quem o importante é que "sobre o Temer", mesmo sozinho. O presidente ficaria como o despachante das reformas. Ninguém sabe muito bem dizer quem seriam os responsáveis pela articulação no Congresso desse governo "Temer só". Ouve-se, por vezes, um "com o Itamar [Franco] foi assim, ele ficou lá como um dois de paus". Quem ou o que seria o FHC?
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Temer, despachante das reformasJaneiro costuma ser mês de devaneio para os governos. Mesmo em ano de chacinas ou enchentes, a pressão diminui. O governante esquece por um momento que pode ser deposto, imagina reformas e tem outros sonhos de grandeza. Foi assim também com Michel Temer, que acaba de prometer sua quarta grande reforma, a tributária, zum-zum que não raro se ouve nos recessos político-burocráticos de verão (em alguns anos, é a vez da reforma política). A diferença é que a sobrevida de Temer depende da promessa e da aprovação de reformas. O presidente é impopular; dois terços dos eleitores querem escolher um substituto já. Vive sob ameaça de decapitação no TSE e de ver todo o seu círculo palaciano demitido, investigado ou até preso. O apoio do governo está no colegiado informal de lideranças judiciais e políticas que vai lhe dando ou tirando corda, a depender em parte das variações de humor da elite econômica mais vocal, que quer "reformas", e da temperatura das "ruas", que anda baixa. Temer foge para a frente, como se escrevia aqui faz menos de um mês, quando o presidente se engajou na reforma trabalhista. Procura tornar-se indispensável, vetor de reformas encalhadas, a maioria delas faz décadas. Foi bem-sucedido no ensaio geral, em mudanças mais incompreensíveis para o povo comum (leis do petróleo, das estatais e, caso maior, no "teto" de gastos, entre outras). Mudar a Previdência, as leis do trabalho e as finanças de Estados e empresas (ICMS) tende a ser mais revolucionário, tiro, pancada e bomba. Não quer dizer que vá fracassar, embora mudanças em impostos, ainda mais no ICMS dos Estados falidos, sejam quase inviáveis em tempos de receita baixa. No entanto, um programa de médio prazo pode colar. Temer tem o apoio do empresariado mais vocal (que está longe de ser uma frente, mesmo frouxa). Não é lá adesão, menos ainda satisfeita ou entusiástica: "É o que temos". Porém, o apoio acaba de ser reiterado por gente brasileira de grossa fortuna, lá em Davos. Em felicitações recentes devidas à queda agora acelerada da taxa de juros. Conviria prestar atenção. Por um bom tempo ainda, a queda da Selic será imperceptível, se tanto, para o povo e seus crediários e parcelamentos. Talvez tenha efeitos visíveis na atividade econômica lá pelo segundo semestre. Mas o corte de uns dois pontos da taxa "básica" de juros até abril vai fazer diferença importante para as empresas e suas finanças avariadas. Nas poucas conversas deste janeiro com gente de empresa, deu para sentir um clima melhor, pelo menos uma sensação de que o tempo da desgraça vai, enfim, acabar. Na política, o governo parece estar desarmando o que poderia ser uma crise no Congresso, devido à eleição da presidência da Câmara. Quanto aos casos de polícia no governo, a situação é grave e fora do controle. Ainda assim, há muita gente graúda para quem o importante é que "sobre o Temer", mesmo sozinho. O presidente ficaria como o despachante das reformas. Ninguém sabe muito bem dizer quem seriam os responsáveis pela articulação no Congresso desse governo "Temer só". Ouve-se, por vezes, um "com o Itamar [Franco] foi assim, ele ficou lá como um dois de paus". Quem ou o que seria o FHC?
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Casa Cor provoca ao pedir só o 'essencial' para expositores
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ANAÏS FERNANDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do país, a Casa Cor São Paulo começou na terça (23), no Jockey Club, em São Paulo, com um desafio aos participantes: foco no essencial. "O universo da decoração é considerado, muitas vezes, supérfluo. Queríamos ir além, pensar o que é fundamental para viver bem, em um momento do mundo e do país em que estamos repensando valores e gastos", diz Pedro Ariel Santana, diretor de conteúdo da Casa Cor. A 31ª edição da mostra apresenta 69 ambientes projetados por 105 profissionais. Cada um interpretou o mote à sua maneira, mas a maioria liga o essencial a praticidade e funcionalidade. "Vivemos sem tempo, é preciso racionalizar espaços para ter funções organizadas", diz Marília Pellegrini, que assina o "Café Experience". Pensando nisso, o engenheiro agrônomo e paisagista Ricardo Pessuto se sentiu à vontade para criar seu primeiro móvel: o banco Catuaba, com partes dobráveis que o transformam em mesa e espreguiçadeira. A peça faz parte da praça urbana de 535 metros quadrados projetada por Pessuto para a mostra. Para Fabiana Silveira e Patricia de Palma, do SP Estudio, o essencial remeteu ao artesanal, presente nos trabalhos manuais expostos num quarto de bebê. O berço suspenso de macramê foi tecido por Leticia Matos, do projeto 13pompons. Em uma parede, a artista Adriana Marto grafitou com caneta as sete ervas de proteção (alecrim, arruda, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge, guiné, manjericão e pimenta). "O design essencial não deve ser descartável, por isso, pensamos num quarto de bebê, mas com durabilidade de dez anos", diz Silveira. VARANDA SEM ESPETO A mostra mantém uma seção dedicada a ambientes menores, com até 80 metros quadrados. Neste ano, esses espaços ganharam o reforço de áreas externas. "Isso vem do mercado imobiliário, que oferece muitos imóveis com terraço", explica Santana. Segundo Lívia Pedreira, diretora da Casa Cor, a proposta é mostrar que dá para ter uma varanda sem churrasqueira. "Você pode abrir espaço para uma instalação, como fez o Leo Romano, ou um pequeno jardim", pondera. A paisagista Clariça Lima estreia com quatro canteiros e três jardins verticais de 2,5 m que acompanham os estúdios. Estruturas de vergalhões permitiram acomodar vasos sem interferir na parede do Jockey, que é tombada. Outra novidade desta edição é a parceria com o IED (Istituto Europeo di Design) para promover cursos para profissionais, relacionados à arquitetura de interiores. CASACOR SP Horário das 12h às 21h (ter. a dom), até 23 de julho Endereço Jockey Club de São Paulo, av. Lineu de Paula Machado, 1.075, Cidade Jardim; manobrista (R$ 35) Ingressos R$ 56 (ter. a qui.), R$ 70 (sex., sáb., dom. e feriados) e R$ 165 (passaporte). Estudantes e quem tem mais de 60 anos ou mais pagam meia Informações www.casacor.com.br
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Casa Cor provoca ao pedir só o 'essencial' para expositores
ANAÏS FERNANDES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do país, a Casa Cor São Paulo começou na terça (23), no Jockey Club, em São Paulo, com um desafio aos participantes: foco no essencial. "O universo da decoração é considerado, muitas vezes, supérfluo. Queríamos ir além, pensar o que é fundamental para viver bem, em um momento do mundo e do país em que estamos repensando valores e gastos", diz Pedro Ariel Santana, diretor de conteúdo da Casa Cor. A 31ª edição da mostra apresenta 69 ambientes projetados por 105 profissionais. Cada um interpretou o mote à sua maneira, mas a maioria liga o essencial a praticidade e funcionalidade. "Vivemos sem tempo, é preciso racionalizar espaços para ter funções organizadas", diz Marília Pellegrini, que assina o "Café Experience". Pensando nisso, o engenheiro agrônomo e paisagista Ricardo Pessuto se sentiu à vontade para criar seu primeiro móvel: o banco Catuaba, com partes dobráveis que o transformam em mesa e espreguiçadeira. A peça faz parte da praça urbana de 535 metros quadrados projetada por Pessuto para a mostra. Para Fabiana Silveira e Patricia de Palma, do SP Estudio, o essencial remeteu ao artesanal, presente nos trabalhos manuais expostos num quarto de bebê. O berço suspenso de macramê foi tecido por Leticia Matos, do projeto 13pompons. Em uma parede, a artista Adriana Marto grafitou com caneta as sete ervas de proteção (alecrim, arruda, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge, guiné, manjericão e pimenta). "O design essencial não deve ser descartável, por isso, pensamos num quarto de bebê, mas com durabilidade de dez anos", diz Silveira. VARANDA SEM ESPETO A mostra mantém uma seção dedicada a ambientes menores, com até 80 metros quadrados. Neste ano, esses espaços ganharam o reforço de áreas externas. "Isso vem do mercado imobiliário, que oferece muitos imóveis com terraço", explica Santana. Segundo Lívia Pedreira, diretora da Casa Cor, a proposta é mostrar que dá para ter uma varanda sem churrasqueira. "Você pode abrir espaço para uma instalação, como fez o Leo Romano, ou um pequeno jardim", pondera. A paisagista Clariça Lima estreia com quatro canteiros e três jardins verticais de 2,5 m que acompanham os estúdios. Estruturas de vergalhões permitiram acomodar vasos sem interferir na parede do Jockey, que é tombada. Outra novidade desta edição é a parceria com o IED (Istituto Europeo di Design) para promover cursos para profissionais, relacionados à arquitetura de interiores. CASACOR SP Horário das 12h às 21h (ter. a dom), até 23 de julho Endereço Jockey Club de São Paulo, av. Lineu de Paula Machado, 1.075, Cidade Jardim; manobrista (R$ 35) Ingressos R$ 56 (ter. a qui.), R$ 70 (sex., sáb., dom. e feriados) e R$ 165 (passaporte). Estudantes e quem tem mais de 60 anos ou mais pagam meia Informações www.casacor.com.br
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